aula jonatas 75: um corpo estranho
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75ª LIÇÃO – Um corpo estranho
Texto Base: Mc 14.10-11
MIM1: Interceda pela multiplicação dos discípulos de Jesus em Araruama. Peça
ao Senhor que envie mais obreiros para esta seara, que coloque em nossos
corações a necessidade e a urgência de espalharmos o amor de Deus aqui nesta cidade e
que retire de nossos corações tudo o que venha a impedir esta multiplicação. Peça,
ainda, que os PGMs da nossa igreja sejam ferramentas aprovadas por Deus nesta grande
obra.
AMOR EM AÇÃO: Envolva seus liderados nesta grande obra. Vamos adorar a Jesus
através do cuidado com o próximo (Mt 25.35-40). Nesta semana vamos promover uma
arrecadação de agasalhos para doá-los as pessoas em situação de rua. Peça aos
componentes do PGM que tragam um agasalho e/ou um cobertor e entregue a
coordenação dos PGMs da Piba. INFELIZMENTE ESTAMOS TENDO POUCA
PROCURA PARA DOAÇÕES; MOBILIZE O SEU PGM, FUTUROS IRMÃOS
NOSSOS ESTÃO PASSANDO FRIO NAS RUAS. Deus quer abençoar muitas pessoas
através do seu PGM!
CARTÃO ALVO: Faça um Diário de Oração no seu PGM; nele inclua o nome de
pessoas ou famílias que vocês gostariam que estivesse participando do estudo. O grupo
deve firmar o compromisso de orar por essas pessoas/famílias durante a semana.
“Quando Deus deseja realizar uma grande obra, primeiro ele convoca Seu povo para
orar.” C.H. Spurgeon.
INTRODUÇÃO: No estudo anterior, falamos sobre a atitude de Maria, que ungiu Jesus
sem qualquer apego ao preço do alabastro utilizado; com isso, identificamos que não
deve haver mensuração na adoração. Os discípulos de Jesus não devem ser mesquinhos
quando se trata de adorar ao seu Deus.
Na presente lição, vamos falar sobre um evento por todos conhecido, que
é a traição perpetrada por Judas contra Jesus. Mesmo sendo um discípulo de Jesus,
caminhando passo-a-passo com Jesus, Judas o trai, mostrando assim que não fazia parte
do corpo, sendo, pois, um corpo estranho. Seria possível identificar hoje atitudes
traidoras contra Jesus e sua igreja? Que atitudes os verdadeiros discípulos de Jesus deve
adotar diante dessa constatação?
DESENVOLVIMENTO:
a) V. 10 – Parece não haver muita lógica no comentário de Marcos,
causando a ideia de que o comentário da traição está solto e sem
conexão com a perícope anterior.
No entanto, precisamos relembrar que João identifica aquele que
quantificou o “desperdício” de Maria como sendo Judas (Jo
12.4).
Assim, nos parece que João Marcos, ainda que implicitamente,
está a indicar que foi Judas o “contabilizador” da oferta de Maria,
não estando a presente perícope solta na narrativa.
O v. 10 é claro ao identificar Judas como um dos 12 discípulos.
Isso mostra que muitas vezes a traição está mais próxima do que
se imagina. Jesus era seguido por muita gente, mas o grupo dos
12, que viriam a ser a colina da igreja (Ef 2.20) caminhavam mais
de perto com Jesus.
Havia um provérbio rabínico que dizia que um discípulo deveria
seguir seu rabi (Heb. Mestre) tão de perto que deveria se cobrir
com a poeira de seus pés. Infelizmente, Judas estava coberto com
a poeira dos pés de Jesus, mas não estava disposto a ser lavado
pelo sangue de Jesus.
Infelizmente há muitos desta forma dentro da igreja, estão
cobertos de poeira, ou seja, completamente envolvidos em
atividades, participantes de cargos de liderança na igreja, com
uma religiosidade exterior imaculada, mas ainda não foram
lavados pelo sangue de Jesus, estando dispostos a trair a Jesus e
sua igreja.
Na parábola do trigo e do joio (Mt 13.24-30), Jesus nos exorta
quanto a essa possível traição. Recentemente o Pr Assis, numa
pregação, disse: “A igreja de Jesus é uma instituição de Deus
minada por satanás”; dura realidade é essa constatação do nosso
pastor.
Jesus, mesmo sabendo que Judas o trairia, (Jo 13.27) tratou-o
com amor (Jo 13.26); outra não deve ser a atitudes dos discípulos
de Jesus que além da poeira estão cobertos do sangue.
Certa vez me falaram: “Tenho pena de Judas! Alguém tinha que
cumprir a profecia de Sl 41.9 e, infelizmente, foi ele.” Essa não é
a melhor ótica dos fatos; a profecia foi dada previamente por
causa de Judas e não Judas existiu por causa da profecia; neste
caso “a ordem dos fatores altera o produto”. Não podemos
concluir que Judas foi “um testa de ferro”, alguém cuja história
foi gerada para que servisse de bode expiatório. Na verdade, por
causa da presciência de Deus, a profecia foi dada e não o
contrário; se fizermos o caminho inverso chegaremos a uma
conclusão distorcida; a interpretação a contrario senso neste caso
nos leva a um resultado errado.
b) v. 11 – Os que engendravam a manobra ficaram felizes com a atitude
traidora.
É interessante que o valor pago a Judas (Mt 26.15) era 1/10 do
valor despendido por Maria ao ungir Jesus (Mc 14.5).
Pois é, o discípulo que mensura a adoração trai ao seu Deus por
muito pouco.
Jesus estava rodeado de traidores. Judas indicou Jesus para os
oficiais romanos; Pedro negou que era discípulo de Jesus embora
até o seu jeito de falar o denunciasse (Mt 26.73).
Mas Pedro não foi aquele que primeiro reconheceu a Jesus como
Cristo de Deus, o filho de Deus vivo (Mc 8.29)?.
Pois é, a Palavra de Deus nos exorta a tomarmos cautela quanto a
nossa vida e vigiarmos para não cairmos em tentação.
A diferença entre estar de pé ou cair está na forma como você lida
com Jesus: se você o adora, reconhecendo que ele é Deus, você
está na posição mais segura, ou seja, de joelhos; no entanto, se
você não acha que Jesus é digno de adoração valorosa
acreditando que as 300 moedas (ou as 30) são mais úteis a você,
sua posição inspira cuidados.
CONCLUSÃO: Em Ef 4.1-16, vemos o Ap. Paulo exortando a igreja quanto à sua
unidade. Judas, por trair a Jesus, por um momento se achou como parte do grupo dos
12, embora fosse contabilizado com discípulo de Jesus.
Na igreja o que não for corpo é estranho, ou corpo estranho. No corpo humano,
um “corpo estranho” precisa ser removido; qual foi a sorte de Judas? Interessante que
“ele se removeu a si próprio” (me perdoem a redundância); por isso não devemos nos
preocupar com o joio. Aliás, é de Jesus a tarefa de remover o joio/palha (Lc 3.17).
Irmão, gostaria de ouvir sua opinião, crítica, sugestão ou correção sobre os estudos. Mande-os para [email protected] (não esqueça do “.br” no final!)
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1- Momento de Intercessão Missionária. Nossa ideia é criar em todas as reuniões este momento inicial de oração por missões nacionais.