aula - genética bacteriana

55
Genética Genética bacteriana bacteriana

Upload: naiara-ramires

Post on 01-Dec-2014

103 views

Category:

Documents


0 download

TRANSCRIPT

Page 1: aula - genética bacteriana

Genética Genética

bacterianabacteriana

Page 2: aula - genética bacteriana

Dogma Central da Biologia Molecular Dogma Central da Biologia Molecular

DNA

RNA

Proteína

transcriçãotranscrição

traduçãotradução

Transcriptasereversa

Page 3: aula - genética bacteriana

NucleotídeosNucleotídeos

Page 4: aula - genética bacteriana

Dogma Central da Biologia Molecular Dogma Central da Biologia Molecular

DNA - fita dupla -

4 nucleotídeos

Adenina -Timina - Citocina -Guanina

RNA - fita simples -

4 nucleotídeos

Adenina - Uraci l- Citocina - Guanina

Proteína

sequência de 20 aminoácidos

transcriçãotranscrição

traduçãotradução

Page 5: aula - genética bacteriana
Page 6: aula - genética bacteriana

Gregor Mendel – Pai da Genética (1822-1884)Gregor Mendel – Pai da Genética (1822-1884)

Ervilha – Pisum sativum

1° lei de Mendel:

As características se segregam

Os genes se segregam

Trabalho descoberto no ano 1900

Page 7: aula - genética bacteriana

1928 – Frederick Griffith – Inglaterra – S. pneumoniae

Células S virulentas vivas

Células R avirulentas vivas

Células S virulentas mortas pelo calor

Células R vivas +

células S virulentas mortas pelo calor

Conclusão: Existe um princípio transformante

células S virulentas vivas

Page 8: aula - genética bacteriana

Evidências que o DNA é o material genético Evidências que o DNA é o material genético

1944 – O.T Avery, C. M. Mac Leod & M. Mc Carty

Conclusão: O DNA é o princípio transformante

Células S virulentas mortas

Células R avirulentas vivas

células S virulentas vivas

Page 9: aula - genética bacteriana

Dada a complexidade das proteínas e a simplicidade da estrutura do DNA composta apenas de 4 nucleotídeos, a maioria dos

cientistas estava convencida que os genes deviam ser compostos por proteínas. Assim, os resultados de Avery foram ignorados ou atribuídos a presença de contaminação do DNA com proteínas.

Aceitação na comunidade científica

Page 10: aula - genética bacteriana

Evidências sobre a estrutura de DNAEvidências sobre a estrutura de DNA

Estudando fotos do DNA através de difração de raios X, Rosalind Franklin foi capaz de mostrar que o DNA seria provavelmente uma hélice com duas ou três cadeias. Mas seriam duas ou três as cadeias?

Page 11: aula - genética bacteriana

Estrutura de DNA – Modelo de Watson & Crick – Estrutura de DNA – Modelo de Watson & Crick – início década 1950início década 1950

James Watson

Francis Crick

Page 12: aula - genética bacteriana

Modelo Watson e Crick - 1953Modelo Watson e Crick - 1953

Sulco maior

Sulco menor

Page 13: aula - genética bacteriana

Estrutura de DNAEstrutura de DNA

Page 14: aula - genética bacteriana

Duplicação de DNA – Conservativa ou semiconservativa? Duplicação de DNA – Conservativa ou semiconservativa?

Fita parental

Fita filha

1958 - Experiência de Meselson - Stahl

A duplicação de DNA é semiconservativaA duplicação de DNA é semiconservativa

Page 15: aula - genética bacteriana

1963 Cairns

Duplicação do cromossomo de E. coli

DuplicaçãoDuplicação de DNA de DNA

Microscopia eletrônica de células em duplicação com DNA marcado com radioatividade

Page 16: aula - genética bacteriana

1963 Modelo Cairns modelo theta - (letra grega)

Duplicação de DNADuplicação de DNA

O cromossomo de E. coli é circular.

Existe uma única origem de replicação em E. coli.

Page 17: aula - genética bacteriana

Genoma BacterianoGenoma Bacteriano

- Conjunto total de genes

- organizado em cromossomos

• Cromossomo:

- Estruturas contendo DNA, que transportam fisicamente a informação heteditária;

- Contêm os genes;

Page 18: aula - genética bacteriana

Genes

- segmentos de DNA que codificam os produtos funcionais - proteínas.

Genótipo X Fenótipo

Genótipo:

• Composição genética de um organismo;

• Propriedades potenciais;

Fenótipo:

• Manifestação do genótipo;

• Propriedades reais

Page 19: aula - genética bacteriana

Informação genética:

• Cromossomo

• Plasmídeos

• DNA fágico (fago)

• Transposons

Page 20: aula - genética bacteriana

Genoma Bacteriano

Funções:

Codificação de informações;

Variabilidade;

Hereditariedade;

Page 21: aula - genética bacteriana

Cromossomos:

- fita dupla circular

- aproximadamente 4.500 Kb

- apresentam informações essenciais a célula.

Page 22: aula - genética bacteriana

Plasmídeos:

- fita dupla circular ou linear

- tamanho: 2 a 200 Kb

- apresentam informações adicionais

Fertilidade;

Resistência a antimicrobianos, íons e metais pesados;

Produção de bacteriocinas;

Produção de toxinas;

Utililização de carboidratos.

Page 23: aula - genética bacteriana

• Plasmídeo F :

permite trocas genéticas por conjugação entre bactérias.

Bactéria com plasmídeo F faz ponte citoplasmática

(fimbria sexual) com outra bactéria e passa uma cópia do

plasmídeo.

Alguns até se integram ao cromossomo, mas isto é muito

raro. Se o plasmídeo conseguir se integrar ao

cromossomo haverá passagem somente de genes, pois a

fimbria sexual logo se quebrará.

Page 24: aula - genética bacteriana

• Plasmídeo R : Possui genes que promovem resistência

a antimicrobianos. Age como o plamídeo F.

• Plasmídeo bacteriocinogênico : produzem

bacteriocinas que matam outras bactérias.

Ex: E.coli - colicina;

Pseudomonas - piocinas.

Este mecanismo é para que as bactéria produtoras do

plasmídeo bacteriocinogênico prevaleçam no ambiente.

Page 25: aula - genética bacteriana

Transposons:

- pedaços lineares pequenos de DNA que se movem de um sítio

para outro no DNA celular ou entre o DNA de bactérias, de

plasmídeos e de bacteriófagos.

- São denominados de "genes saltadores".

- Incapazes de se duplicar independentemente.

- Codificam enzimas relacionadas à resistência a drogas e podem

causar mutações.

Page 26: aula - genética bacteriana

Elementos de transposição

Segmentos de DNA capazes de se transpor.

Page 27: aula - genética bacteriana

Prófago:

são vírus temperados que infectam bactérias, mas que

não causam sua lise (morte). Inserem-se no cromossomo

ou via plasmídeo e se multiplica normalmente com a

bactéria.

Page 28: aula - genética bacteriana

Colônias - ocorrem o fenômeno do monomorfismo (mesmas bactérias têm sempre as mesmas características, já que a reprodução é por divisão binária).

Variações

Variação Fenotípica: ocorrem variações em função do meio / ambiente. Assim que o estímulo cessa a bactéria retorna ao original.

Variações Genotípicas: evento não reversível. Pode acontecer pela presença de um plasmídeo, carreando novas características.

Page 29: aula - genética bacteriana

Variação Fenotípica

· Exemplo 1: a produção de cápsulas por Klebsiella

pneumoniae (bacilo GRAM negativo com cápsula) é

cessada por falta de açúcar no meio, mas não param a

multiplicação.

Page 30: aula - genética bacteriana

· Exemplo 2: raças de Corynibacterium difteriae

produzem toxinas o tempo todo, mas em presença de Fe 2+ há inibição.

· Exemplo 3: Proteus spp são extremamente móveis

(devido aos flagelos), o que dificulta o seu isolamento e

posterior estudo. Para resolver tal problema, usa-se

formol para inibir o crescimento de flagelo ou usa-se

anticorpos contra os flagelos.

Page 31: aula - genética bacteriana

Variação Genotípica

• Exemplo 1: a resistência a um antibiótico, a partir do

momento que a célula ganha um plasmídeo contendo o

gene de resistência a ampicilina.

O processo de variação genotípica pode acontecer

devido aos diferentes mecanismos de troca genética das

células e/ou através das mutações.

Page 32: aula - genética bacteriana

Mutações : alterações na sequência de bases nitrogenadas do DNA.

• Tipos de mutações:

- Espontânea - erro de replicação ou transcrição (falha no sistema reparo)

- Induzida - ocorre a partir de agentes químicos, físicos ou biológicos.

Page 33: aula - genética bacteriana

• Mutações induzidas podem gerar:

- Mutação positiva: benéfica

- Mutação negativa: deletéria

- Silenciosa: sem alteração fenotípica

Page 34: aula - genética bacteriana
Page 35: aula - genética bacteriana

1) Mutagênicos químicos

Análogos de base Ex: 5-bromouracil (análogo de T)Agentes químicos que reagem com o DNAEx: Ácido nitroso (grupos amina grupos hidroxila)Agentes alquilantes Brometo de etídio Inserção entre 2 pb 2) Mutagênicos físicosRadiações não ionizantes - UV (formação de dímeros de T) Radiações ionizantes - Raio X e gama (quebra da cadeia DNA)

3) Mutagênicos biológicos - Transposons e Bacteriófagos

Page 36: aula - genética bacteriana

TROCAS DE MATERIAL GENÉTICO

Variação genética

Page 37: aula - genética bacteriana

Transformação

- Díficil ocorrer in vivo

- Necessário DNA livre no meio extracelular

- DNA faz parte do material genético da bactéria – origina outra na

reprodução.

- Divisão binária - célula nova

- célula receptora = estado de competência.

Page 38: aula - genética bacteriana

Estado de competência

• Natural : Streptococcus pneumoniae

• In vitro : métodos físicos (eletroporação, biobalística)

Page 39: aula - genética bacteriana

Transferência de genes em bactérias Transferência de genes em bactérias

1- Transformação1- Transformação

Contato DNA livre – célula bacteriana

Griffith-1928

“Principio transformante”

Page 40: aula - genética bacteriana

1- Transformação1- Transformação

Integração do DNA no cromossomo bacteriano

Plasmídio livre no citoplasma bacteriano

Page 41: aula - genética bacteriana

1- Transformação1- Transformação

Page 42: aula - genética bacteriana

• E. coli - Insulina

- Bactéria recebe pedaços de DNA humano

- Gene que produz a insulina

- Bactéria passa a sintetizar hormônio

- Bactérias transgênicas

Page 43: aula - genética bacteriana

• E. coli - Mercúrio

- Bactéria recebe pedaços de DNA

- Gene especifícos para suportar altas

concentrações de mercúrio acumulado-o em

elevadas taxas (24x mais).

- Utilizado para limpar água contaminada com

mercúrio.

Page 44: aula - genética bacteriana

2- Conjugação2- Conjugação

Lederberg & Tatum - 1946

auxotrófica

auxotróficaprototrófica

Contato célula – célula

met+ bio+ thr+ leu+

Page 45: aula - genética bacteriana

2- Conjugação2- Conjugação

Contato célula – célula

auxotrófica1

auxotrófica2

Conclusão: A presença do filtro inibe a transferência de material genético

Ausência de crescimento em meio mínimo

Tubo U-Davis

Page 46: aula - genética bacteriana

2- Conjugação2- Conjugação

Page 47: aula - genética bacteriana

Conjugação

A bactéria que doa material genético não sofre modificação, já a receptora sai modificada.

Resistência a vários antibióticos – infecção hospitalar.

Page 49: aula - genética bacteriana

2- Conjugação2- Conjugação

Page 50: aula - genética bacteriana

Transdução

- Bacteriófagos - vírus que infectam bactérias;

- Material genético do vírus não pode promover a destruição da bactéria.

- Durante a reprodução assexuada, há formação de uma nova linhagem.

Page 51: aula - genética bacteriana

Transdução

Ciclo Lítico x Lisogênico

Fagos líticos:

o Muito agressivos;

o Transdução pouco eficiente;

Fagos temperados:

o Menos agressivos;

o Estado de lisogenia (prófago);

Ciclo lítico formação da partícula transdutora

Page 52: aula - genética bacteriana

Transdução

Partícula Transdutora (Capsídeo fágico + DNA clivado da

bactéria)

Altamente específica

Ex.: Corynebacterium diphteriae (gene da toxina diftérica)

Page 53: aula - genética bacteriana

3- Transdução 3- Transdução Zinder & Lederberg- 1952

auxotrófica 1 auxotrófica 2

Ausência de crescimento em meio mínimo

Presença de crescimento em meio mínimo

cepa 2 prototrófica

phe+ trp + met- his- phe- trp - met+ his+

phe+ trp+ met + his +

Conclusão: um agente filtrável seria responsável pelo aparecimento dos microrganismos prototróficos da cepa 2.

Page 55: aula - genética bacteriana