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Educação Imersiva Uma possibilidade além da tecnologia
Conceito de imersão;
Tecnologias imersivas;
Imersão na sala de aula;
Motivação do aluno;
Imersão, fracasso e aprendizado;
Apatia na sala de aula.
Temas abordados
Mergulho, submersão
“Estado de Imersão”. Características Envolvimento total pelo ambiente
Perda da noção de tempo e/ou espaço
Envolvimento profundo
Estado aguçado de atenção e absorção da informação
Aprendizado subconsciente
Imersão
“Há uma forte associação da imaginação e o bem estar no processo de imersão e, por outro, do prazer de se estar envolvido sensorial, cognitiva e emocionalmente com estímulos externos. Não se trata de um processo passivo da recepção de estímulos, mas o resultado de interações com o ambiente vivenciado, na qual as ações do sujeito imerso se transformam e se configuram como um espaço imersivo de acontecimentos relacionados” (MASSAROLO, 2013).
Imersão, Emoção e Imaginação
IMERSÃO
Envolvimento
Feedback
Participação
Comprometimento
A Realidade Virtual (RV), que vem sendo desenvolvida desde os anos de 1970, pode ser considerada como uma das interfaces que mais permite imersão em realidades construídas no mundo digital. Há vários sistemas de RV:
- O usuário veste óculos especiais e outros aparelhos para mergulhar, através desses sentidos, em um mundo totalmente virtual.
- O usuário, sem aparato algum em seu corpo, interage com um ambiente que simula outra realidade (simuladores)
Imersão e Tecnologias
Entrar em um estado de imersão não depende exclusivamente de uma tecnologia. É perfeitamente possível atingir esse estado utilizando apenas a imaginação e despertando o interesse do aluno.
O que a tecnologia permite são formas diferentes de imersão e ferramentas que auxiliem na visualização de determinados resultados.
Um exemplo disso é o simulador de voo, que coloca o aluno na situação do piloto sem, no entanto, oferecer risco à sua vida.
Imersão e Tecnologias
É possível entrar em estado de imersão com, por exemplo:
Livros
Peças teatrais, filmes, documentários
Programas de TV ou rádio
Jogos (físicos ou digitais)
Sistemas de Realidade Virtual
Aulas
Estado de Imersão
A imersão na sala de aula
Desmotivação do Aluno em sala de aula
CONTEXTO EXTERNO
• Dispersores de atenção (dispositivos portáteis como tablets, smartphones, etc.)
• Excesso de informação (Facebook, Twitter, TV, YouTube, portais, linguagens sonora e visual)
• Fragmentação
• Imediatismo
CONTEXTO INTERNO
(Sala de aula)
Estado geral de:
• Apatia
• Desconexão
• “Fuga”
• Submissão (aceite ou recusa)
• Desmotivação
Expectativas e compensações
EXPECTATIVA DO ALUNO INSTITUIÇÃO DE ENSINO/PROFESSOR
COMPENSAÇÃO EXTERNA (outros meios)
Conhecimento agora Conhecimento em prazo específico
Informação imediata disfarçada de conhecimento
Tornar-se apto Construção/desenvolvi-mento de competências
Cursos livres e informais de curtíssima duração.
Somente a essência Entendimento do contexto
Resumos = conteúdo
Aprendizado por meio de múltiplas linguagens e processos (visual, sonora, interações)
Aprendizado por meio da linguagem oral e escrita. Visual e sonoro apenas como ilustração.
Internet, games, etc.
Expectativas e compensações
EXPECTATIVA DO ALUNO INSTITUIÇÃO DE ENSINO/PROFESSOR
COMPENSAÇÃO EXTERNA (outros meios)
Leitura rápida Leitura aprofundada Leitura rápida (ex. Twitter, Facebook)
Protagonista: aluno Protagonista: professor Protagonista: mercado
Uma história bem contada Exposição do conteúdo Histórias sem fins pedagógicos
Sentir-se especial Mais um na turma Tem controle do seu perfil, blog e página
Ser motivado Ser motivado Multiplas possibilidades para encontrar qualquer motivação
Como propiciar a imersão no ambiente acadêmico?
Desafio
Desafio
“Muitos educadores já perceberam que a educação autêntica não se faz sem a participação genuína do aluno, que a educação não se faz transmitindo conteúdos de A para B ou de A sobre B, mas na interação de A com B. No entanto, esta premissa ainda não mobilizou o professor diante da urgência de modificar o modelo comunicacional baseado no falar-ditar do mestre que se mantém inarredável na era digital” (SILVA, 2001).
Expectativa, torcer por um resultado
Envolvimento total no processo, narrativa ou atividade
Afinidade, simpatia pelo tema
Emocionar-se, apaixonar-se
Curiosidade
Ser responsável ou um dos responsáveis pelo resultado final
Fatores que estimulam a imersão
Já reparou como os jovens não desistem de tentar todas as formas possíveis de passar de fase em um jogo eletrônico? Percebeu que, mesmo quando ele fracassa, tenta novamente e com uma estratégia diferente para poder superar o obstáculo?
Imersão, fracasso e aprendizado
No meio acadêmico o fracasso, em geral é medido pelo conhecimento acumulado, por meio de provas escritas.
O fracasso em uma prova não dá ao aluno a chance de corrigir o rumo e melhorar a performance, poderá fazer isso para outro teste, com questões diferentes, em um outro momento.
Por outro lado a instituição precisa aplicar modelos de avaliação condizentes com as normativas gerais ligadas à Educação.
Como resolver esse impasse?
Imersão, fracasso e aprendizado
Sugestões para resolver o impasse do “tiro único”:
Feedback da prova: montar uma atividade em grupo na qual os alunos possam reestudar as questões que erraram e apresentarem o contexto da resposta certa aos outros grupos. Isso pode valer um bônus para a nota.
Investir em outras atividades que valham nota e que possam absorver o modelo de auto-aperfeiçoamento.
Imersão, fracasso e aprendizado
Em geral a apatia pode ocorrer pelos seguintes fatores:
Sensação de “tenho coisa melhor para fazer”
Perdeu a linha de raciocínio do professor ou perdeu aula e se desconectou do ritmo da sala;
“Essa matéria não é importante para mim”;
Antipatia ou indiferença ao professor;
Problemas pessoais de ordens diversas;
Sensação de perda de tempo;
Acha que a aula é chata.
A apatia na sala de aula
A apatia na sala de aula
Apatia
Desinteresse
Desmotivação
Indisciplina
Reprovação
Evasão
QUEDA NO NÍVEL DE
INTERESSE DO ALUNO
Segundo a psicóloga Mara Fischer:
(...) “Os pais não tem referências que possam dar um norte ao seu papel junto aos filhos. Não há mais respeito à autoridade e os pais têm medo de exercer sua função na colocação de regras, limites e perder o “amor” dos filhos. Acham que já saem demais de casa para trabalhar, não conseguem dar toda a atenção que acham que deveriam, então, fazem “vista grossa” para muitas coisas.
Da mesma forma, a escola não tem mais autoridade para colocar limites, se pune o desrespeito às regras, recebe reclamações dos pais. Quando os professores exigem mais dos alunos, na escola pública eles são aprovados por conselho de classe e na privada os pais vão protestar contra as notas baixas (não querem pagar mensalidades da mesma série duas vezes, caso ocorra uma reprovação)”.
A apatia na sala de aula
Como podemos minimizar o problema:
Fale de você para os alunos (mas não exagere). Mostre não apenas o que já fez ou o quanto sabe, mas também que já passou pelas mesmas dificuldades que eles.
Mostre a sua paixão pela área.
Ao ensinar, busque os olhos dos alunos e não desista se eles estiverem dispersos. A conexão pelo olhar é algo muito poderoso.
Fale COM eles e não apenas PARA eles.
A apatia na sala de aula
Como podemos minimizar o problema:
Utilize estratégias diferentes para aproximar-se do tema;
Conecte o aprendizado em sala com situações que o aluno enfrenta ou enfrentará no cotidiando profissional;
Ouse! Instigue, provoque e desafie seus alunos;
Faça uso das tecnologias e conceitos com os quais eles estão habituados;
Mude de ambiente, reorganize a estrutura da sala, se necessário.
A apatia na sala de aula
Como podemos minimizar o problema: Mostre como sua matéria os ajudará na
profissão que escolheram e como ela se associa com as outras disciplinas da grade.
Teste a conexão com seus alunos, questione-os, envolva-os no tema,
Faça com que busquem respostas em conjunto.
Mantenha o bom humor e crie uma linha narrativa/lógica para as explicações
Se possível, converse em off com os alunos mais problemáticos, tente descobrir seus motivos.
A apatia na sala de aula
“A participação do aluno se inscreve nos estados potenciais do conhecimento arquitetados pelo professor de modo que evoluam em torno do núcleo preconcebido com coerência e continuidade. O aluno não está mais reduzido a olhar, ouvir, copiar e prestar contas. Ele cria, modifica, constrói, aumenta e, assim, torna-se co-autor.
(...) Em sala de aula presencial ou virtual o professor não é um contador de histórias. A maneira do design de software interativo, ele constrói um conjunto de territórios a explorar, não uma rota. Mais do que “conselheiro” ou “facilitador”, ele converte-se em formulador de problemas, provocador de interrogações, coordenador de equipes de trabalho, sistematizador de experiências” (SILVA, 2001).
O novo papel do professor
MASSAROLO, José C. Imersão em realidades ficcionais. In: Encontro Anual da Compós - Associação Nacional dos Programas de Pós-Graduação em Comunicação, XXII, 2013. Salvador. Anais...Universidade Federal da Bahia, 2013.
FISCHER, Mara K. Apatia... Será este um mal de nossos adolescentes? Disponível em http://kolinskifischer.wordpress.com/2010/07/14/apatia-sera-este-um-mal-de-nossos-adolescentes. Acesso em 10 de out. de 2013.
SILVA, Marco. A sala de aula interativa. In: INTERCOM – Sociedade Brasileira de Estudos Interdisciplinares da Comunicação, XXIV Congresso Brasileiro da Comunicação. 2001, Campo Grande.
Referências
Educação Imersiva Uma possibilidade além da tecnologia
Palestrante: Prof. Ms. Claudio Yutaka Laureate International Universities Universidade Anhembi Morumbi (Brasil) Escola de Comunicação Curso de Rádio e TV
Contatos: [email protected] https://www.facebook.com/claudio.yutaka http://www.linkedin.com/pub/claudio-yutaka/56/112/705