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Teorias Urbanas Pontifícia Universidade Católica de Goiás Curso de Arquitetura e Urbanismo Teoria e História da Arquitetura e Urbanismo III – TH3 Profa. Ana Paula de Oliveira Zimmermann

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Teorias Urbanas

Pontifícia Universidade Católica de Goiás Curso de Arquitetura e Urbanismo Teoria e História da Arquitetura e Urbanismo III – TH3 Profa. Ana Paula de Oliveira Zimmermann

A Gênese do Urbanismo Moderno

• O Urbanismo tal como conhecemos, que se pretende uma ciência dos estabelecimentos humanos, nasce em decorrência da Rev. Ind.

• Esta revolução, que começa na Inglaterra, lança toda uma população operária nas cidades, que não estão preparadas para acolhe-las.

As Teorias fundadoras do Urbanismo

• Pré-Urbanismo: um conjunto de textos e de realizações de pensadores políticos sociais do século XIX. São contribuições anteriores ao surgimento da palavra Urbanismo.

• Urbanismo: se opõe ao pré-urbanismo essencialmente porque ele é feito, não de pensadores (filósofos, economistas, historiadores etc) mas de profissionais que visam colocar em prática suas ideias.

• Choay distingue os pré-urbanistas em duas correntes: progressistas e culturalistas.

O Modelo Progressista

• Uma série de pensadores repudia a noção tradicional de cidade e elabora modelos que permitem reencontrar uma ordem perturbada pelo maquinismo.

• Inspirada no racionalismo da filosofia das luzes, ela baseia-se numa concepção abstrata do homem, indivíduo mutável no tempo e no espaço.

• A ciência deve permitir a definição exata de um modelo urbano perfeito que convenha a todo grupo humano.

• Entre os autores pré-urbanistas progressistas, são as posições filosóficas, políticas, econômicas e sociais e mesmo éticas que conduzem a se interrogar sobre o papel da organização do espaço habitado, e em particular sobre a organização da cidade.

• Entre seus autores encontramos:

• Pierre-Joseph Proudhon

• Benjamin Ward Richardson

• Etienne Cabet

• Júlio Verne

• Robert Owen

• Charles Fourier

Robert Owen

• Operário desde os 10 anos, se tornou proprietário de uma fábrica de algodão e também fundador do pensamento socialista.

• Pela vivência como operário propôs reformas sociais: jornada de trabalho de 10 horas, melhoramento do habitat e escolaridade obrigatória.

• Propunha comunidades semi-rurais de até 3000 habitantes

• Deveriam ser espaços higiênicos, ordenados e criadores, auto-sustentáveis.

• Edifícios públicos e comunitários ao centro

• Espaço livre para o lazer

• Quadrilátero edificado: residências, escolas, igrejas

• Locais de trabalho ficam no exterior, após os jardins. De um lado as atividades mecânicas e industriais. Do outro as instalações agrícolas.

Charles Fourier

• Charles Fourier foi um filósofo, economista e político francês.

• Filho de um comerciante de tecidos.

• Serviu no exército durante a revolução francesa.

• Lançou o jornal O Falanstério, que mais tarde mudou para A Falange.

• Idealizou e planejou as comunidades chamadas de Falanstérios.

Pensamento

• Charles Fourier adota as fases da sociedade como : selvageria, barbárie, patriarcado e civilização.

• Fourier abominava o pensamento capitalista da época contemporânea onde vivia (civilização). A classifica como algo “passageiro” e com “conserto”.

• A solução proposta por Fourier é uma reestruturação da sociedade que deverá adotar associação e cooperação.

• Através das medidas do garantismo, a sociedade sairia de seu estado de “civilização” e chegaria ao sociantismo, e por fim ao harmonismo.

A Cidade • Resolver os problemas de salubridade e embelezamento

das cidades e as conduzir para a “Associação”, que se opõe ao “Fracionamento”.

• Regime garantista.

• A Cidade do período

garantista deveria ter três

anéis concêntricos :

1º Contém a cidade central.

2º Os arrabaldes e as

grandes fábricas.

3º as avenidas e o subúrbio

• Os anéis serão separados por paliçadas, relvas e/ou plantações que não cubram a visão.

• Toda a cidade deve ter em sua dependência, tanto terreno vazio quanto a superfície construída. Esse espaço será duplo no segundo anel e triplo no terceiro.

• O espaço de isolamento deve ser no mínimo a metade da fachada diante da qual se localiza.

• A limitação da altura é dada em relação a largura da rua.

• As ruas serão voltadas para paisagens campestres ou monumentos arquitetônicos.

• Algumas ruas serão uniformes, abolindo o monótono tabuleiro de xadrez.

• As praças devem ocupar 1/8 da superfície e metade das ruas serão arborizadas.

Falanstério

• Na foto: Perspectiva do falanstério, mostrando como este se comunica com seu entorno.

• Além de apartamentos individuais, o Falanstério devera contar muitas salas de reuniões públicas, os seristérios.

• Seristérios serão organizados de acordo com a atividade exercida, com regularidade e organização.

Familistério de Godin

• Jean Baptista Godin compra, em 1859, 18 hectares de um terreno, onde tenta (com sucesso) construir um complexo arquitetônico de habitações para operários

• Seu projeto é inspirado nas ideias foureistas.

• A luminosidade, a circulação do ar e o acesso a água potável eram garantidos pela arquitetura própria dos edifícios.

• O Palácio Social , como ficou conhecido, durou até 1968.

• Na foto: Interior do Familistério

• Corte e planta (setor) do familistério de Godin.

• Vista da ala esquerda do Familistério

• Reconstituição do interior de

um apartamento do Familistério

O Modelo Culturalista

• Ao contrário do progressista, ele se volta para o passado

• A ideia é que a cidade é reflexo da cultura, que a cidade e seus habitantes constituem uma unidade orgânica ameaçadas pelas consequências do desenvolvimento industrial

• Parte da situação do agrupamento humano, da cidade

• Entre seus teóricos temos:

• Augustus Welby Northmore Pugin

• John Ruskin

• William Morris

John Ruskin • Sociólogo, crítico, teórico e filósofo

da arte

• Importante para o movimento Arts and Crafts

• Através da análise crítica da sociedade em que vive, propõe uma cidade ideal

• A cidade deve ter estreito contato com a natureza e espaços verdes; os edifícios devem ser belos, tratados como obra de arte; devem ser originais e evitar a repetição de formas e elementos arquitetônicos; a assimetria e o traçado espontâneo são desejáveis.

William Morris

• Arquiteto, influenciou o Art Nouveau

• Buscava a volta do ideal criador medieval, em que havia unidade de estilo entre as edificações mais diferentes.

• Culpava a Revolução Industrial pela impessoalidade da arquitetura e da cidade, o distanciamento entre o homem e seu habitat urbano

O Urbanismo

Urbanismo Progressista Urbanismo Culturalista

• Entre os Urbanistas Progressistas temos: Tony Garnier, Walter Gropius e Charles-Edouard Jeanneret (Le Corbusier) – estes urbanistas buscavam adaptar a cidade às necessidades modernas, englobando a indústria e o novo modo de vida.

Essas filosofias e ideias influenciaram as primeiras teorias urbanas elaboradas por arquitetos-urbanistas

• No Urbanismo Culturalista temos: Camillo Sitte, Ebenezer Howard, Raymond Unwin. – Buscavam uma nova forma de vida, resgatando valores e costumes passados.

O Movimento Humanista

• Derivados do movimento Humanista temos diferentes correntes filosóficas urbanas:

A Corrente Culturalista

• Fundamenta-se na ideia de que a cidade europeia pré-industrial representa um momento excepcional da história e permite, graças ao clima particular da comunidade urbana, uma realização do indivíduo e um desabrochar da cultura.

• O Urbanismo Antropológico

• Procura resolver o problema da criação e do planejamento das cidades por meio das informações fornecidas pela antropologia descritiva.

• Urbanistas: Patrick Geddes, Lewis Munford, Marcel Poete.

• A Corrente Naturalista

• É própria dos EUA onde se forma no século XIX uma forte tradição anti-urbana, ligada à imagem nostálgica de uma natureza virgem e ao mito dos pioneiros.

• Urbanista: Frank Lloyd Wright

Referências

• CHOAY, Françoise. O Urbanismo. Ed. Perspectiva. São Paulo. 1992

• FRAMPTON, Kenneth. História Crítica da Arquitetura Moderna. São Paulo. Martins Fontes. 2008