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Ana Carolina Lourenço Amorim Pitangueira (Eugenia uniflora L.): Fitoquímica e Avaliação Farmacológica do Óleo Essencial Bruto e Frações. IQ/PGQO 2007

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Ana Carolina Lourenço Amorim

Pitangueira (Eugenia uniflora L.):

Fitoquímica e Avaliação Farmacológica do

Óleo Essencial Bruto e Frações.

IQ/PGQO

2007

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UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE JANEIRO

INSTITUTO DE QUÍMICA

DEPARTAMENTO DE QUÍMICA ORGÂNICA

Pitangueira (Eugenia uniflora L.): Fitoquímica e Avaliação Farmacológica

do Óleo Essencial Bruto e Frações.

ANA CAROLINA LOURENÇO AMORIM

Tese apresentada ao Programa de Pós-Graduação

em Química Orgânica, como requisito visando à

obtenção do grau de Doutor em Ciências, junto

ao Instituto de Química da Universidade Federal

do Rio de Janeiro.

Orientadora:

Dr.a Claudia Moraes de Rezende

Co-Orientadora:

Dr.a Ana Luísa Palhares de Miranda

Rio de Janeiro

2007

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FICHA CATALOGRÁFICA

AMORIM, Ana Carolina Lourenço

Pitangueira (Eugenia uniflora L.): Fitoquímica e Avaliação Farmacológica do Óleo

Essencial Bruto e Frações.

Rio de Janeiro, UFRJ, IQ, 2007

XI, 216 f.

TESE: Doutor em Ciências (Química Orgânica)

1. Eugenia uniflora L. 2. Furanosesquiterpeno 3. CGAR. 4. Óleo essencial 5.

Atividade antinoceptiva.

I. Universidade Federal do Rio de Janeiro

II. Título

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A minha avó Clélia pelo amor incondicional e admiração;

Ao meu marido Wilton pelo laços de amor, paciência e compreensão;

Pelos meus pais de coração pela oportunidade e amor

Pelos meus pais pelo dom da vida e amor,

Dedico

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AGRADECIMENTOS

• A Deus e aos bons espíritos protetores.

• A minha família cujo apoio, amor e incentivo foram de fundamental importância.

• Ao meu esposo Wilton, ao amor, amizade, carinho e acima de tudo paciência.

• A Dra. Claudia Resende pela dedicação, ensinamentos e amizade.

• A Dra. Ana Luisa P. Miranda pelo auxílio nos ensaios farmacológicos e sua disposição

em ajudar.

• Ao Prof. Dr. Ângelo C. Pinto por disponibilizar o seu laboratório e pelo convívio e

amizade.

• Ao Dr. Kaiser pelas análises de Ressonância Magnética Nuclear.

• Ao Ricardo Bezerra pelas análises no polarímetro e pelos auxílios imprescindíveis no

CGAR-EM.

• Ao Laboratório do Dr. Joel Jones Junior e Dra. Flávia M. da Silva por disponibilizar o

polarímetro.

• Ao CNPq pela concessão da Bolsa.

• A Bárbara Zellner por disponibilizar o óleo essencial de Mirra e acima de tudo pela

amizade e carinho.

• Aos professores e funcionários do Departamento de Química Orgânica.

• A querida Paula Rocha, pelo auxílio nas coletas de material vegetal e a sua amizade.

• Aos colegas do Laboratório 626-A, 621 e LASSBio.

• Aos amigos Eduardo, Marluce, Silvia Oigman, Lílian, Adriana, Jorge, Rodolfo,

Zenildo, Anderson, Áurea, Priscila e Silvia Fontes.

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Use o tostão que sobra E que em nada te aproveita, Dar sempre é exemplificar

a caridade perfeita! Caridade é, muitas vezes, Fazer-se sempre o menor, Está na luz da Humildade

A caridade melhor. Caridade é perdoar

A quem te causa uma dor É converter todo o espinho

Numa braçada de flor. Caridade, enfim, na Terra

É buscar a perfeição, A perfeição de si mesmo

No templo do coração.

Casimiro Cunha (Psicografado por Francisco Cândido Xavier, 1938)

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SUMÁRIO p.

Lista de Figuras i

Lista de Tabelas iii

Lista de Gráficos v

Lista de Abreviaturas e siglas vi

Lista de Reagente, Equipamentos e Acessórios para o CG vii

Resumo viii

Abstract ix

1. INTRODUÇÃO 22

2. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA 24

2.1 Produtos naturais 24

2.2 Óleos essenciais 29

2.2.1 Aspectos gerais e importância econômica 29

2.2.2 Métodos de extração 35

I Hidrodestilação 35

II Destilação por arraste à vapor 35

III Extração por solventes 36

IV Prensagem ou expressão 36

V Extração por CO2 supercrítico 36

VI Extração por microondas 37

VII Extração por água subcrítica contínua 38

2.2.3 Atividades biológicas 38

2.2.4 Sinergismo e antagonismo 49

2.3 Considerações gerais sobre terpenos 54

2.3.1 Classificação 54

2.3.2 Biossíntese 54

I Rota mevalonato 54

II Rota independente do mevalonato 57

III Fenilpropanóides 60

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2.3.3 Biossíntese dos sesquiterpenos 61

2.3.4 Degradação de terpenos 63

2.3.5 Furanosesquiterpenos: ocorrência e atividades farmacológicas 67

2.4 Sitemática Vegetal 73

2.4.1 Família Myrtaceae 73

2.4.2 Eugenia uniflora L 73

I Descrição botânica 73

II Composição química 74

III Atividades farmacológicas 78

2.5 Mecanismo da dor e da inflamação 80

3. OBJETIVOS 83

3.1 Objetivos gerais 83

3.2 Objetivos específicos 83

4. METODOLOGIA EXPERIMENTAL 84

4.1 Coleta do material vegetal 84

4.2 Secagem e envelhecimento 84

4.3 Extração do óleo essencial 85

4.4 Cromatografia em coluna aberta do óleo essencial 85

4.5 Isolamento do sesquiterpeno furanóide 86

4.6 Identificação dos óleos essenciais e do sesquiterpeno furanóide. 87

4.6.1 Cromatografia em fase gasosa acoplada a Espectrometria de Massas (CGAR-

EM).

87

4.6.2 Determinação do Índice de Retenção Linear (IRL) 87

4.6.3 Ressonância Magnética Nuclear - RMN 88

I Experimentos unidimensionais 88

II Experimentos bidimensionais 89

4.6.4 Cromatografia em camada delgada (CCD) 89

4.6.5 Rotação Específica dos Óleos Essenciais de Eugenia uniflora L. 89

4.7 Variação sazonal 89

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4.8 Estimativa do teor do sesquiterpeno majoritário 90

4.9 Ensaios farmacológicos 90

4.9.1 Atividade analgésica 90

4.9.2 Atividade antiinflamatória 91

4.9.3 Avaliação estatística 91

5. RESULTADOS E DISCUSSÃO 92

5.1 Caracterização química e variação sazonal do óleo essencial 92

5.2 Secagem e envelhecimento do óleo essencial 108

5.3 Variação do rendimento do óleo essencial 115

5.4 Separação por CLC do óleo essencial da pitangueira 117

5.5 Isolamento do furanosesquiterpeno majoritário 121

5.6 Identificação do sesquiterpeno furanóide majoritário por RMN 126

5.7 Estimativa do teor de atractilona e do furanoeudesma-3-eno 135

5.8 Atividades farmacológicas 137

5.8.1 Atividade analgésica 137

5.8.2 Atividade antiinflamatória 143

6. CONCLUSÕES 145

7. ANEXOS 147

Anexo A – Espectros de Massa 147

Anexo B – Espectros de RMN 163

Anexo C – Espectro de Infravermelho 180

8. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 186

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LISTA DE FIGURAS

Figura 01 Sesquiterpenos furanóides presentes na E. uniflora (Ogunwande et al., 2005) 23

Figura 02 Princípios ativos importantes isolados de produtos naturais 25

Figura 03 Exemplos de terpenóides presentes em óleos essenciais com função biológica conhecida 29

Figura 04 Monoterpenos de importância industrial 30

Figura 05 Substâncias isoladas de óleos essenciais com atividades farmacológicas relatadas 42

Figura 06 Monoterpenos que apresentam efeito sinérgico 50

Figura 07 Isobolograma descrevendo a interação zero entre a dose de A e B no mesmo nível de

atividade, por exemplo, LD50. A linha tracejada reta representa a dose isoefetiva (Nelson

& Kursar, 1999).

52

Figura 08 Isobolograma representando o sinergismo entre o composto A e B (Nelson & Kursar,

1999)

52

Figura 09 Isobolograma representando o antagonismo entre o composto A e B (Nelson & Kursar,

1999)

53

Figura 10 Biogênese dos terpenos (Adaptado de Breitmaier, 2006) 56

Figura 11 Rota dos terpenos independente do mevalonato (Adaptado de Withers & Keasling, 2007) 58

Figura 12 Compostos envolvidos no estudo da engenharia biossintética 60

Figura 13 Biogênese de sesquiterpenos (Adaptado de Breitmaier, 2006 e Sangwan et al., 2001) 61

Figura 14 Esqueletos de sesquiterpenos comuns (Dicionário de Produtos Naturais, 2004) 62

Figura 15 Rearranjos sofridos pelos Germacrenos 63

Figura 16 Sesquiterpenos formados pelo rearranjo de Cope 64

Figura 17 Sensibilidade de sesquiterpenos ao calor e a condições ácidas 64

Figura 18 Rearranjo do Germacreno D sob ação da sílica gel 65

Figura 19 Degradação de monoterpenos em alumina 65

Figura 20 Efeito da Temperatura na estabilidade de monoterpenos sob 30 minutos de aquecimento

em água (Adaptado de Yang et al., 2007).

66

Figura 21 Terpenos degradados no Tenax 67

Figura 22 Furanosesquiterpenos presentes em C. myrrha 68

Figura 23 Furanosesquiterpenos presentes em C. molmol 68

Figura 24 Furanosesquiterpenos encontrados nos gêneros Atractyloides e Curcuma 69

Figura 25 Sesquiterpenos furanóides encontrados no gênero Smyrnium 70

i

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Figura 26 Sesquiterpenos furânicos encontrados nos gêneros Gnidia, Merremia, Lindera e

Neolitsea

71

Figura 27 Sesquiterpenos furânicos encontrados em espécies marinhas 72

Figura 28 Pitangueira (Eugenia uniflora L.) 74

Figura 29 Terpenos presentes no óleo essencial das folhas de E. uniflora 76

Figura 30 Compostos fenólicos, taninos e carotenóides encontrados na Pitangueira 77

Figura 31 Fluxograma da produção dos mediadores químicos envolvidos no processo inflamatório

(Fonte: Lüllmann, 2000)

82

Figura 32 Acondicionamento das folhas secas da Pitangueira 84

Figura 33 Cromatograma total de íons do óleo essencial da pitangueira obtido no mês de Fevereiro 92

Figura 34 Rearranjo de Retro Diels Alder de sesquiterpenos furanóides 95

Figura 35 Rearranjo de Cope da germacrona em β-elemenona 95

Figura 36 Alguns sesquiterpenos caracterizados por CGAR-EM no óleo da E. uniflora L. 98

Figura 37 Terpenos presentes em diversas espécies vegetais 105

Figura 38 Cromatograma total de íons do óleo essencial das folhas secas (7 dias) da pitangueira. 108

Figura 39 Cromatograma total de íons das frações obtidas por CLC do óleo essencial da pitangueira 118

Figura 40 Frações de óleo de Pitangueira obtidas a partir de CLC empregando pentano como

eluente.

121

Figura 41 Cromatograma dos óleos de Mirra, Pitangueira e de ambos coeluídos com seus

respectivos espectros de massa correspondentes ao sesquiterpeno furanóide majoritário.

123

Figura 42 Cromatograma total de íons e espectro de massas do sesquiterpeno furanóide majoritário

da E. uniflora L.

124

Figura 43 Cromatografia em camada fina do óleo essencial de pitangueira (OEP), da fração obtida

por pentano por CLC impregnada por KOH (FP), do sesquiterpeno majoritário isolado

(FI) e do óleo essencial de mirra (OEM).

125

Figura 44 Numeração fornecida aos carbonos nos sesquiterpenos furanóides. 126

Figura 45 Espectro de RMN 13C (75 MHz) e RMN 1H (300 MHz) da mistura de sesquiterpenos. 128

Figura 46 Estrutura química e a numeração fornecida para a atractilona [145]. 130

Figura 47 Estrutura química e a numeração fornecida para o furanoeudesmano-3-eno [168]. 132

Figura 48 Estrutura do 1,2-diiidrotubipofurano [216] 134

ii

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LISTA DE TABELAS Tabela 01 Fármacos obtidos a partir de produtos naturais ou derivados, lançadas nos Estados

Unidos, Europa ou Japão entre os anos de 2000 e 2003.

26

Tabela 02 Espécies vegetais de importância para a Indústria e Comércio de óleos essenciais de

diferentes regiões geográficas.

31

Tabela 03 Exportação do d-Limoneno por ano/safra. 32

Tabela 04 Exportação de óleos essenciais no Brasil. 33

Tabela 05 Terpenóides com atividades biológicas comprovadas. 43

Tabela 06 Associações aprovadas entre óleos essenciais na comissão alemã de monografias. 50

Tabela 07 Caracterização química por CGAR-EM dos óleos essenciais da Pitangueira avaliados

em dois turnos durante o mês de fevereiro de 2006.

93

Tabela 08 Teor de sesquiterpenos do tipo hidrocarboneto presentes no óleo essencial de

Pitanga, extraído durante turnos diferentes e em dias consecutivos do mês de

Fevereiro de 2006.

97

Tabela 09 Teor de sesquiterpenos hidroxilados presentes no óleo essencial de Pitanga, extraído

durante turnos diferentes e em dias consecutivos do mês de Fevereiro de 2006.

97

Tabela 10 Porcentagem relativa do sesquiterpeno furanóide majoritário presente no óleo

essencial da E. uniflora, extraído no mês de fevereiro, durante os turnos diurno e

vespertino.

98

Tabela 11 Dados metereológicos fornecidos pelo INMET para Fevereiro de 2006. 98

Tabela 12 Caracterização química por CGAR-EM dos óleos essenciais da Pitangueira avaliados

durante o mês de junho de 2006.

99

Tabela 13 Teor de sesquiterpenos do tipo hidrocarboneto presentes no óleo essencial de

Pitanga, extraído durante turnos diferentes e em dias consecutivos do mês de junho

de 2006.

101

Tabela 14 Teor de sesquiterpenos do tipo hidroxilados presentes no óleo essencial de Pitanga,

extraído durante turnos diferentes e em dias consecutivos do mês de Fevereiro de

2006.

102

Tabela 15 Porcentagem relativa do sesquiterpeno furanóide majoritário presente no óleo

essencial da E. uniflora, extraído no mês de junho, durante os turnos diurno e

vespertino.

102

iii

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Tabela 16 Dados metereológicos fornecidos pelo INMET para Junho de 2006. 103

Tabela 17 Caracterização química por CGAR-EM dos óleos essenciais da Pitangueira cultivada

no CCS-UFRJ

106

Tabela 18 Caracterização química por CGAR-EM dos óleos essenciais da Pitangueira extraídos

de folhas secas durante o mês de junho de 2006

109

Tabela 19 Caracterização química por CGAR-EM dos óleos essenciais da Pitangueira extraídos

de folhas secas durante o mês de junho de 2006, durante 3 meses de armazenamento.

111

Tabela 20 Porcentagem relativa dos sesquiterpenos do tipo hidrocarboneto presente no óleo

essencial da E. uniflora, extraído de folhas secas e de folhas envelhecidas.

114

Tabela 21 Porcentagem relativa dos sesquiterpenos hidroxilados presente no óleo essencial da

E. uniflora, extraído de folhas secas e de folhas envelhecidas.

114

Tabela 22 Porcentagem relativa dos sesquiterpenos furanóides presente no óleo essencial da E.

uniflora, extraído de folhas secas e de folhas envelhecidas.

115

Tabela 23 Rendimento do Óleo Essencial de Pitanga extraído durante turnos diferentes e em

dias consecutivos do mês de Fevereiro de 2006.

115

Tabela 24 Rendimento do óleo essencial da pitangueira obtido de folhas secas por 1 semana 116

Tabela 25 Rendimento do óleo essencial da pitangueira obtido de folhas envelhecidas 117

Tabela 26 Caracterização química por CGAR-EM das frações obtidas por CLC do óleo

essencial de Eugenia uniflora.

119

Tabela 27 Deslocamentos químicos de RMN 13C (300MHz) do Furanosesquiterpeno 1

(Majoritário) e do furanosesquiterpeno 2, do Curzereno, do Furanodieno .

127

Tabela 28 Deslocamentos químicos de RMN 1H (300MHz) do Furanosesquiterpeno 1 e 2, do

Curzereno, do Furanodieno.

129

Tabela 29 Deslocamentos químicos de RMN 1H e 13C do Furanosesquiterpeno 1 e da

Atractilona.

130

Tabela 30 Correlações observadas nos espectros de COSY, HMQC, HMBC, observados para o

Furanosesquiterpeno 1.

131

Tabela 31 Deslocamentos químicos de RMN 1H e 13C do Furanosesquiterpeno 2 e do

furanoeudesmano-3-eno [168].

133

Tabela 32 Correlações observadas nos espectros de COSY, HMQC, HMBC, observados para o

Furanosesquiterpeno 2.

133

iv

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LISTA DE GRÁFICOS

Gráfico 01 Revistas indexadas com maior número de publicações na área de óleos

essenciais

34

Gráfico 02 Porcentagem relativa dos grupos químicos presentes no óleo essencial da

Pitangueira no mês de fevereiro

96

Gráfico 03 Porcentagem relativa dos grupos químicos presentes no óleo essencial da

Pitangueira no mês de junho

103

Gráfico 04 Comparação entre os grupos químicos presentes nos óleos essenciais da

pitangueira nos meses de fevereiro e junho

101

Gráfico 05 Porcentagem relativa dos grupos químicos presentes no óleo essencial da

Pitangueira obtido de folhas secas durante 1 semana

111

Gráfico 06 Porcentagem relativa dos grupos químicos presentes no óleo essencial da

Pitangueira obtido de folhas secas armazenadas durante 3 meses

113

Gráfico 07 Correlação entre as áreas absolutas dos sesquiterpenos furanóides

majoritários e suas concentrações

136

Gráfico 08 Atividade analgésica do óleo essencial da Pitangueira 137

Gráfico 09 Atividade analgésica das frações obtidas do óleo essencial da Pitangueira 138

Gráfico 10 Relação Dose Resposta do Óleo essencial da Pitangangueira e da fração de

pentano

139

Gráfico 11 Atividade analgésica do óleo essencial, fração pentano e produto isolado da

pitangueira a 100mg/kg

140

Gráfico 12 Atividade analgésica do óleo bruto obtido de folhas envelhecidas por 3 meses 142

Gráfico 13 Atividade analgésica do óleo essencial obtido do CCS 142

Gráfico 14 Avaliação da atividade antiinflamatória do óleo essencial bruto da

Pitangueira (200mg/Kg)

144

v

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LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS

α-TNF α-Interferon

AA Ácido Araquidônico

CCD Cromatografia em camada delgada

CGAR-EM Cromatografia gasosa de alta resolução acoplada a espectrometria de massas

CG-EM Cromatografia em fase gasosa acoplada a espectrometria de massas

CLC Cromatografia líquida em coluna aberta

COX Ciclooxigenase

HD Hidrodestilação

HMG-CoA Hidróximetilglutaril-CoA sintetase

FPP Farnesilpirofosfato

GG-PP Geranilgeranilpirofosfato

IL Interleucina

INMET Instituto Nacional de Meteorologia

IPP Isopentenilpirofosfato

IRL Índice de retenção linear

IspC Deoxi xilulose redutase

LOX Lipoxigenase

MAD Microwave accelerated distillation

m/z Razão massa carga

NF- κB Fator nuclear κB

PA Pitangueira coletada no Bloco A do Instituto de Química da UFRJ

PH Pitangueira coletada no Bloco H do Centro de Ciência da Saúde da UFRJ

PGHS Prostaglandina endoperóxido sintase

PGE2 Prostaglandina E2

PLA2 Fosfolipase A2

RMN Ressonância magnética nuclear

SWE Superheated water extraction

USPTO United states patent and trademarks office’s

vi

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LISTA DE REAGENTES, EQUIPAMENTOS E ACESSÓRIOS PARA CG Evaporador rotatório com sistema de resfriamento

Marconi Equipamentos e Calibração para Laboratórios – MA120/ TECNAL – TE-184

Estufa Icamo – Modelo 3 Cromatógrafo a Gas Hewlett Packard 5890A Espectrômetro de Massas Agilent 5973 Mass selective Detection Coluna cromatográfica DB-1 J & W Scientific Inc. 30m X 0,25mmX0,25μm Sistema de Resfriamento para extração do óleo essencial

Modelo Themp-Term B250

Aparelho de Ponto de Fusão Mel Temp II- Laboratory Devices Inc. USA Polarímetro Jasco DIP-370 Digital Polarimeter Espectrofotômetro de Infravermelho

Marca Shimadzu DR 8021

Equipamento de RMN Bruker 300MHz Sílica Gel para CLC Merk – 70-230Mesh Pentano Grau HPLC-Tedia Diclorometano P.A- Tedia Metanol P.A-Vetec Hidróxido de Potássio Vetec Ácido Fórmico Control Hidróxido de Amônia Solução aquosa 28-30% - Tédia Padrões de n-alcanos Aldrich Tween 80 Isofar Clorofórmio Deuterado Cambridge Isotope Laboratories Inc. Hexano Tédia Isopropanol Vetec Ácido Sulfúrico Isofar

vii

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RESUMO Foram investigadas a composição química e atividade biológica do óleo essencial de E.

uniflora L.. Por CGAR-EM avaliou-se a interferência da sazonalidade no perfil químico do óleo

essencial extraído das folhas coletadas no Centro de Tecnologia da UFRJ, durante cinco dias dos

meses de fevereiro e junho, em diferentes turnos. Não houve diferença significativa na composição

química entre os meses avaliados e a média dos principais constituintes do óleo essencial foi:

espatulenol (5,0%), β-elemeno (3,7%), γ-elemeno (2,9%) e um sesquiterpeno furanóide (32,4%) com

IRL=1467 não identificado. Para avaliar a conformidade dos exemplares da pitangueira foi realizada

uma extração do óleo essencial das folhas coletadas no Centro de Ciências da Saúde da UFRJ. A

porcentagem dos sesquiterpenos do tipo hidrocarboneto para os óleos obtidos dos exemplares do CCS

foi maior que do CT.

Com o objetivo de determinar a estabilidade do óleo essencial da pitangueira foram analisados

os óleos de folhas secas por 1 semana e folhas secas armazenadas por 3 meses por CGAR-EM. Foi

observado diferenças no perfil químico apenas para as folhas envelhecidas, apresentando um

percentual maior de espatulenol (11,4%). A média do rendimento dos óleos essenciais obtidos de

folhas frescas foi de 0,73%, não havendo diferença significante entre os turnos. Quanto ao rendimento

dos óleos obtidos de folhas secas e envelhecidas, o teor médio foi de 1,6% e 0,98% respectivamente.

O isolamento do sesquiterpeno com IRL=1467 foi realizado por filtração com metanol a frio.

Foi caracterizado inicialmente por CGAR-EM com 95% de pureza, submetido a análises de RMN e

identificado como uma mistura de atractilona e seu isômero, furanoeudesmano-3-eno.

Foram avaliados a atividade analgésica e antiinflamatória do óleo essencial e frações da

pitangueira. O óleo essencial e a fração pentano, na dose de 200mg/kg, promoveram uma inibição

significativa do número de contorções (48,18% e 71,13%). Considerando a atividade analgésica do

óleo e da fração pentano foram realizados ensaios para a obtenção de curvas dose-resposta (50, 100,

200 e 500mg/kg). Os resultados indicaram um efeito analgésico dose-dependente. Visto que a

atractilona e o furanoeudesmano-3-eno estão presentes na fração pentano, foi realizado o ensaio

empregando os produtos isolados. Na dose de 100mg/kg a atividade pode ser atribuída aos

sesquiterpenos furanóides, em conseqüência da inibição do número de contorções (70,78%). O óleo

essencial da pitangueira não apresentou atividade antiinflamatória significativa, na dose de 200mg/kg,

empregando o ensaio de edema de orelha.

viii

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ABSTRACT The chemical composition and biological activity of E. unifora L. essential oil were

studied. Using HRGC-MS, the seasonal interference on the essential oil chemical profile was

investigated. Oils were extracted from leafs collected in Centro de Tecnologia / UFRJ Campus,

during five days, from February thru June, in different turns. No significant difference on the

chemical composition was observed between the evaluated months, and the average of the mainly

components was: spathulenol (5.0%), β-elemene, (3.7%), γ-elemene (2.9%) and a furanoid

sesquiterpene (32.4%) with LRI=1467 not identified. To evaluate the conformity of different

examples of pitangueira, another essential oil was obtained from leafs collected in Centro da

Saúde- UFRJ campus. Hydrocarbon sesquiterpenes from this oil were higher than from CT, due to

higher contents of β- e γ-elemenes and of compounds not identified which LRI were 1806 and

1929. To determine the stability of pitangueira essential oil leafs were dried for 1 week and also

stored for 3 months. No difference on the chemical profile of the oil obtained from leafs dried for 1

week was observed by HRGC-MS. The percentage of spathulenol from the oil extracted from old

leafs was in a higher amount (11.41%). The mean yield of the essential oils obtained from fresh

leafs, in different turns was 0.75%, and no significative difference was observed between them.

About the yield of the essential oils obtained from dried and old leafs, the mean value was 1.60%

and 0.98%, respectively. The major component of the oil (LRI=1467) was isolated after filtration

with cold methanol. The product showed 95% purity by HRGC-MS. By NMR analyses a mixture

of atractylone and an isomer furanoeudesman-3-ene was observed.

The analgesic and anti-inflammatory activities of the essential oil and fractions were

evaluated. In a dose of 200mg/kg of the essential oil and the pentane fraction showed a significant

inhibition on contortions number (48.18% and 71,13%). Considering the analgesic activity of the

crude essential oil and the pentane fraction other doses were tested (50, 100, 200 and 500 mg/kg)

and the results showed a dose-dependent analgesic effect. Since atractylone and furanoeudesman-

3-ene were the major compounds present in pentane fraction, the isolated product was tested. At

the dose of 100 mg/kg a reduction in writhing response of 70.78% was observed and this activity

could be associated to both compounds. The essential oil of pitangueira did not shown significant

anti-inflammatory activity, at proportion of 200mg/kg, applying the ear’s edema test.

ix

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1. INTRODUÇÃO

A riqueza e diversidade da flora brasileira fazem do nosso País um laboratório natural

para a química de produtos naturais, desde o isolamento de substâncias até a sua produção e

comercialização. A área de Produtos Naturais é considerada um ponto de referência na

busca de protótipos de moléculas bioativas. Centros de pesquisa governamentais e privados

atuam envolvendo áreas distintas (Botânica, Química, Farmacologia e Biotecnologia) e

equipes multidisciplinares integradas e empregam técnicas modernas na busca de possíveis

fármacos.

Os óleos essenciais são de grande interesse não apenas no campo acadêmico, mas

também na área alimentícia, de fragrâncias, cosméticos e produtos farmacêuticos. Há

inúmeras pesquisas científicas envolvendo o estudo químico destes produtos e suas

atividades biológicas. Devido à complexidade da composição química destes óleos, a

avaliação da atividade biológica de substâncias isoladas ainda é pequena, assim como as

publicações em que se avalia a relação entre a estrutura química e a atividade destes

produtos. Vale ressaltar que não é incomum a associação do efeito farmacológico aos

componentes majoritários destes óleos que não são necessariamente os responsáveis pela

ação biológica observada. Neste contexto, é preciso considerar ainda a relação de

sinergismo ou antagonismo entre os componentes, observada em determinadas situações.

Em particular, uma das classes químicas presentes nos óleos essenciais com notáveis

atividades farmacológicas é a dos sesquiterpenos.

Dentre as espécies vegetais cujos óleos essenciais são ricos em sesquiterpenos e

apresentam crescente importância na indústria brasileira destaca-se a Eugenia uniflora L.,

pertencente a família Myrtaceae e popularmente conhecida como pitangueira. Apresenta-se

como uma árvore de distribuição bastante cosmopolita e muito apreciada em conseqüência

de seus frutos saborosos e folhas aromáticas muito empregadas em chás. Seu uso atual está

focado na indústria de cosméticos.

A composição química do óleo essencial da Pitangueira apresenta-se ainda confusa.

Publicações citam como componentes majoritários ora o isofuranogermacreno ou curzereno

[1], ora o furanodieno [2] (Ogunwande, et al., 2005).

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23

O

H

O

[1] [2] Figura 01: Sesquiterpenos furanóides presentes na E. uniflora (Ogunwande et al., 2005)

É conhecida a dificuldade de identificação por CG-EM desta classe particular de

metabólitos, os sesquiterpenos furanóides. São grupos que sofrem alterações devido a

sensibilidade ao calor (rearranjo de Cope), ou ao emprego de determinados solventes.

Assim, a interpretação fornecida anteriormente pela literatura especializada a respeito do

componente principal da pitangueira ainda é controversa.

Considerando o apelo que a pitangueira traz, atualmente, não apenas no âmbito

científico, porém também para a indústria farmacêutica, é de grande importância estudar a

composição química deste óleo essencial, avaliar possíveis atividades biológicas atribuídas

à espécie, determinar a estabilidade do produto frente ao envelhecimento e realizar análises

da variação sazonal dos óleos.

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24

2. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA

2.1 Produtos naturais

Sociedades antigas empregavam popularmente plantas medicinais na cura de

moléstias e geralmente a descoberta das atividades farmacológicas das plantas era obtida ao

acaso ou a partir da observação dos animais. O uso de plantas pelos indígenas e aborígines,

por exemplo, contribuíu muito para o desenvolvimento da medicina (Khine, 2006). Um

exemplo curioso do uso de plantas medicinais é o emprego de ervas alucinógenas em rituais

pagãos ou na preparação de poções consideradas mágicas (Barreiro, 2001).

Indícios arqueológicos de 4000 anos a.C. sugerem o emprego do ópio pelos

Sumérios, com a função soporífera, narcótica e analgésica. Este produto lactífero extraído

da papoula (Papaver soniferum) era bem conhecido pela cultura grega. Hipócrates

preconizou um grande número de estudos a cerca das propriedades dos vegetais na cura de

doenças.

Documentos egípcios citam o uso de folhas de salgueiro branco (Salix alba) como

agente febrífugo. Em 1825, a partir desta valiosa informação, os químicos isolaram de suas

cascas a salicina [3] que posteriormente foi convertida a ácido salicílico [4], com

conseqüente comprovação da eficácia do produto como um potente agente antipirético.

Para sobrepujar seu efeito adverso no trato gastrointestinal, a substância sofreu uma

acetilação, resultando na produção do ácido acetilsalicílico [5] (Aspirina®) e na sua

comercialização realizada inicialmente pela Bayer, na Alemanha (Hostettman, 2003).

Atualmente, a Aspirina® também é empregada em pacientes com riscos cardíacos ou

cerebrais, em função da diminuição da agregação plaquetária.

No século XIX, com o início da química farmacêutica, as plantas passaram a

representar uma fonte de substâncias para o desenvolvimento de medicamentos

(Hostettman, 2003). Em 1804, o constituinte majoritário da Papoula foi isolado, a morfina

[6] (referência ao Deus do sono, Morfeu), por Armand Séquin. Posteriormente, o

farmacêutico Wilhem Setürner demonstrou o potente efeito narcótico deste alcalóide ao

experimentá-lo em seu próprio cão.

Desde então, outros fármacos de categorias terapêuticas distintas foram descobertos

a partir de produtos naturais. A quinina [7], isolada das cascas de Cinchona spp. por

Pelletier e Caventou (1820); a atropina [8] , obtida a partir da espécie Atropa belladona

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(Solanaceae) com efeito dilatador das pupilas; os glicosídeos cardiotônicos

(Digitoxigenina) [9] obtidos de espécies de Digitalis e que promovem a diminuição da

freqüência cardíaca e outros (Hostettman, 2003).

Na América do Sul, o curare usado em flechas por tribos indígenas amazônicas deu

origem a descoberta de um poderoso relaxante muscular. Seu princípio ativo, isolado em

1935 a partir de uma trepadeira (Chondondendron tomentosum Ruiz. et Pav.), inspirou o

desenvolvimento de bloqueadores ganglionares (Barreiro, 2001).

Outro sucesso no desenvolvimento de medicamentos obtidos de produtos naturais

foram os alcalóides indólicos diméricos vincristina [10] e a vimblastina [11]. Obtidos da

Catharantus rosea, esses fármacos atuam como poderosos agentes antineoplásicos

(Barreiro, 2001). Atualmente a vimblastina [11] é comercializada pela indústria Eli Lilly,

com o nome comercial de Velban®.

OH

OGlc

OH

OH

COOH

OAc

[3] [4] [5]

HO

HN

O

HO[6]

N

H3CO

HON

H

HH

[7]

N

O O

OH

[8]

OH

HHO

O O

[9]

NH

N

HO

O O ONR

N

H

O

OH

O

O

O

[10] R= H[11] R= CHO

O

H

Figura 02: Princípios ativos importantes isolados de produtos naturais

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26

De acordo com Butler (2004), medicamentos derivados de produtos de origem

natural (abrangendo não apenas os vegetais) estão bem representados, considerando os

fármacos legalizados e comercializados entre os anos de 2000-2003 (Tabela 01).

Tabela 01: Fármacos obtidos a partir de produtos naturais ou derivados, lançadas nos Estados Unidos, Europa ou Japão entre os anos de 2000 e 2003.

Ano Nome Estrutura Química de Partida

Companhia Efeito Terapêutico

Produto natural

2000 Arteether Artemotil®

Artemisinina Artecef BV (Central Drug Institute)

Antimalárico Semi-sintético, obtido da Artemísia annua

2001 Ertapenem Invans®

Tienamicina Merck (AstraZeneca) Antibacteriano Sintético Estrutura baseada na

tienamicina isolada do Streptomyces cattleya

2001 Caspofungin Cancidas®

Pneumocandin B Merck (Merck) Antifúngico Semi-sintético Isolado originalmente do

Glarea lozoyensis 2001 Telithromycin

Ketek® Eritromicina Aventis (Aventis) Antibacteriano Semi-sintético

Isolado da Saccharopolyspora

erythraea 2001 Pimecrolimus Elidel® Ascomicina Novartis (Novartis) Dermatite

atópica Semi-sintética

Isolado do Streptomyces higroscopicus var.

ascomyceticus 2002 Galantamine

Remynil® Produto Natural Johnson & Johnson

(Medicina Tradicional da Europa Oriental)

Doença de Alzheimer

Sintético Produto natural isolado da planta Galanthus spp. e da

Narcissus spp. 2002 Micafungin

Funguard® FR901379 Fugisawa (Fugisawa) Antifúngico Semi-sintético

Isolado do Coleophoma empetri

2002 Amrubicin hydroclhoride

Calsed®

Doxorubicina Sumitomo (Sumitomo)

Anti-câncer Sintético Derivado do Streptomyces

peuceticus 2002 Biapenem

Omegacin® Tienamicina Meiji Seika (Wyeth) Antibacteriano Sintético

Streptomyces cattleya 2002 Nitisinona

Orfadin® Leptospermona Rare Diseases

Therapeutics (AstraZeneca)

Anti-tirosinanemia

Sintético Isolado da

Callistemon citrinus 2003 Miglustat

Zavesca® 1-deoxi nojirimicina Actelion/Teva

(CellTech) Doença de

Gaucher tipo 1 Sintético

Isolado do Streptomyces trehalosaticus e de várias

plantas. 2003 Mychophenolate

sodium Crestor®

Mevastatina AstraZeneca (Shionogi & Co)

Dislipidemia Sintético Isolado da Penicillium

citrimum e P. brevecompactum

2003 Pivastatin Livalo®

Mevastatina Sankyo/Kowa (Kowa/Nissan

Chemical)

Dislipidemia Sintético Isolado da Penicillium

citrimum e P. brevecompactum

2003 Daptomycin Cubicin®

Produto Natural Cubist (Lilly) Antibacteriano Produto Natural obtido do Streptomyces roseosporus

FONTE: Butler (2004)

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Hoje, cerca de 80% da população mundial faz uso de plantas medicinais

(Hostettman & Marston, 2002). Aproximadamente 25% das prescrições de medicamentos

dispensadas nos Estados Unidos contêm extrato de plantas ou ingredientes ativos derivados

dos mesmos. Considerando um total de 520 novos fármacos aprovados para o emprego

comercial entre os anos de 1983 e 1994, 30 são produtos naturais novos e 127 são

modificações químicas de princípios ativos de origem natural (Khine, 2006).

A Alemanha é o maior incentivador das terapias naturais e em países como a

França, Bélgica, Suécia, Suíça, Japão e Estados Unidos enfatiza-se a fitoterapia. A China é

a campeã na utilização de medicamentos naturais, o uso da alopatia é recorrido apenas na

ausência de um substituto fitoterápico (Biesky, 2005).

Apesar do grande sucesso alcançado pela química de produtos naturais no

desenvolvimento de medicamentos, estima-se que apenas 5 a 15% das 250.000 espécies de

plantas terrestres existentes têm suas propriedades farmacológicas e composição química

investigadas. Considerando os insetos, organismos marinhos e microorganismos, este

percentual ainda é menor (Khine, 2006).

As práticas médicas populares no Brasil se estabeleceram em resposta ao sistema de

saúde público precário ou porque representam a única fonte de medicamentos em lugares

mais isolados ou distantes além da questão cultural. De acordo com Silva (2006), existe

uma extensa rede de praticantes, consumidores e comerciantes da medicina popular, em

todas as regiões brasileiras e classificadas em categorias tais como mateiros, raizeiros,

rezadores, parteiras e umbandistas. Vale ressaltar que a grande maioria do material vegetal

empregado medicinalmente e comercializado é desprovido de qualquer registro em órgão

governamental regulador.

As tradições populares no uso de plantas medicinais são práticas transmitidas de

geração em geração. Apresenta-se muito difundida em todas as regiões brasileiras. Sua

origem advém da cultura de grupos indígenas, imigrantes europeus e africanos que

chegaram ao país e estabeleceram, de acordo com a flora local, a prática do uso de espécies

vegetais nativas e exóticas, provenientes da imigração de portugueses e africanos (Silva,

2006). A partir do conhecimento popular de plantas medicinais é possível a investigação

científica, por meio de estudos químicos e farmacológicos, como estratégia na investigação

de medicamentos novos. A este estudo denomina-se etnofarmacologia, que consiste na

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combinação das informações adquiridas em comunidades locais sobre o uso da flora

medicinal e o conhecimento científico dos agentes biologicamente ativos (Elisabetsky &

Costa-Campos, 1996).

Os instrumentos legais para a regulação de plantas medicinais encontram-se em

legislações gerais, não permitindo uma fiscalização adequada para as atividades de

extração, uso e comércio. Além disso, outros fatores propiciam para o agravamento do

problema, como por exemplo, a carência de profissionais especializados e de infra-estrutura

adequada. A Lei que rege o controle sanitário do comércio de drogas, medicamentos e

insumos farmacêuticos, regulamentando a venda destes produtos em farmácias e ervanários

é a 5.991 de 1973. Em 1995 foi emitida a portaria a SNVS (Secretaria Nacional de

Vigilância Sanitária) n° 19 que tornava obrigatório o registro das especiarias e ervas na

Divisão Nacional de Vigilância Sanitária de Alimentos – DINAL (Marques & Petrovick,

2001). Posteriormente, esta portaria foi revogada pela RDC n° 253 de 2005.

Na década de 90, mudanças normativas nas leis brasilieras foram realizadas

proibindo o uso de determinadas espécies, como o Confrei (Symphytum officinale),

identificado como hepatotóxico e o cambará (Lantana sp.) (Marques & Petrovick, 2001).

Até 1996 os produtos naturais podiam ser comercializados sem requerer estudos pré-

clínicos e de toxicidade, mas atualmente estes são exigidos pelas Secretarias de Saúde

Estaduais e Municipais, responsáveis pela vigilância sanitária destes medicamentos. Em

1998, a CONAFIT (Subcomissão Nacional de Assessoramento em Fitoterápicos) foi criada

pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária, nomeando especialistas para garantir a

eficácia e segurança do uso dos fitoterápicos pela população. Este órgão estabeleceu uma

norma em 2000 (R.D.C N.17) onde é apresentado uma lista de medicamentos tradicionais

elaborados com base em literatura científica fidedigna, que posteriormente foi revogada

pela RDC n°48 de 2004 onde exige a reprodutibilidade dos fitoterápicos fabricados (Silva,

2006). Em 2006,

Atualmente, apesar dessas medidas regulamentadoras, ainda existe ausência de

controle da comercialização de plantas medicinais, permitindo a venda indiscriminada

destes produtos sem quaisquer fiscalizações da qualidade, da confiabilidade do efeito

terapêutico e da avaliação dos riscos e contra-indicações.

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Os maiores extrativistas de espécies para fins medicinais encontram-se no estado do

Maranhão e a maioria dos produtores pertence ao Acre. São Paulo e Paraná destacam-se

por serem os maiores exportadores de plantas medicinais. No exterior, os Estados Unidos e

Alemanha são os maiores importadores de matérias primas brasileiras (Silva, 2006).

2.2 Óleos essenciais

2.2.1 Aspectos gerais e importância econômica

Os óleos essenciais ou etéreos são produtos derivados do metabolismo secundário

das plantas, constituídos por uma mistura líquida complexa de compostos orgânicos, com

valores de pressão de vapor elevados, apresentando solubilidade limitada em água e

solúveis em solventes orgânicos de natureza apolar (Tognolini, 2006; Simões & Spitzer,

2001).

São constituídos majoritariamente de derivados fenilpropanóides ou de terpenóides,

envolvendo classes químicas diversas como hidrocarbonetos, álcoois, aldeídos, cetonas,

ácidos orgânicos, ésteres, éteres, óxidos, peróxidos, furanos e lactonas (Vieira, 2004;

Simões & Spitzer, 2001).

Podem ser extraídos de diversas partes vegetais (raízes, folhas, flores, cascas e

frutos), desde espécies arbóreas como a hortelã-pimenta (Metha piperita L.) a árvores de

porte considerável como o eucalipto (Eucalyptus spp.). De acordo com a família botânica,

estes produtos secundários podem encontrar-se no interior de células vegetais

especializadas (Lauraceae, Piperaceae, Poaceae) ou em pêlos glandulares, denominados de

tricomas (Lamiaceae) ou ainda em bolsas lisígenas ou esquizolisígenas (Pinaceae,

Rutaceae) (Vieira, 2004; Simões & Spitzer, 2001).

Os óleos essenciais são produzidos nas plantas com importantes funções biológicas.

A atração de polinizadores, como é o caso da dama da noite (Cestrum calycinum Willd),

cujo aroma intenso e noturno atrai mariposas, principalmente as Esphingidae

(Lepidoptera); a proteção contra o estresse oxidativo e no controle da tolerância térmica

(Simões & Spitzer, 2001); o combate de herbívoros e insetos predadores, exemplificado

pela atividade inseticida do monoterpeno 1,2-epoxi-pulegona [12] presente na Lippia

stoechadiofolia e o efeito tóxico do mentol [13] e da mentona [14] no crescimento de

diversas larvas (Ferreira, 2001); defesa direta contra microorganismos, exemplificado pelo

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sesquiterpeno furanóide (S)-8a,9-diidro-3,5,8a-trimetilnaftofurano-4(6H)-ona [15] presente

na espécie Commiphora abyssinica com atividade antifúngica e antibacteriana e a inibição

do desenvolvimento de outras espécies vegetais competidoras (efeito alelopático), muito

observada em espécies do gênero Eucalyptus, são algumas das principais funções atribuídas

a estes óleos (Harborne & .; Grayer, 1994; Simões & Spitzer, 2001; Devon & Scott, 1972).

O OH O

[12] [13] [14]

O

O

[15]

O

Figura 03: Exemplos de terpenóides presentes em óleos essenciais

com função biológica conhecida

As primeiras referências históricas do uso de óleos essenciais datam séculos antes

da Era Cristã. Os países orientais China, Japão e Índia, além das civilizações remotas como

o Egito e a Pérsia, apresentam registros históricos na metodologia de obtenção e no

emprego dos referidos produtos em banhos e em cosméticos (Vieira, 2004; Sangwan, et al.

2001).

Com a evolução dos conhecimentos técnicos sobre os óleos etéreos, iniciaram-se os

estudos de caracterização química, principalmente em conseqüência do enorme interesse

econômico (Vieira, 2004). Ervas e temperos riquíssimos em óleos eram e ainda são

empregados como ingredientes em alimentos (flavorizantes) e também como elementos

ativos em produtos de higiene e na perfumaria, além do emprego medicinal em função de

suas atividades farmacológicas específicas (Tognolini, 2006; Santos, et al. 2005).

No Brasil, a produção de óleo essencial iniciou-se no final da década de 20,

fundamentado no extrativismo de essências nativas, como por exemplo, o pau rosa (Aniba

rosaeodora Ducke). Sua exploração comercial na região amazônica, em função do óleo

essencial rico em um álcool monoterpênico, o linalol [16] (85-90%), advém do seu

emprego como precursor da produção do acetato de linalila [17], importante para a

indústria internacional de perfumes (Maia, 2000; Brito, 2006).

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Figura 04: Monoterpenos de importância industrial.

Durante a Segunda Guerra Mundial, a comercialização dos óleos aromáticos pelo

Brasil tornou-se mais organizada e introduziram-se outras culturas vegetais, tais como a

menta (Mentha sp.), a laranja (Citrus sp.), o eucalipto (Eucalyptus spp.), o patchouli

(Pogostemon beyneanum Benth.) entre outras. Este fato decorreu da grande demanda

imposta pelas indústrias do ocidente, privadas das tradicionais fontes de matéria prima em

virtude da desorganização do transporte e comércio causado pela Guerra. Assim,

consolidou-se a exportação produção dos óleos essenciais para o mercado externo e a partir

da década de 50, importantes empresas internacionais de cosméticos, produtos alimentícios,

farmacêuticos e de higiene instalaram-se no Brasil (Brito, 2006). Em 2001, as culturas

vegetais produtoras de óleos essenciais com maior importância mundial na indústria

apresentam-se destacadas na tabela a seguir.

Tabela 02: Espécies vegetais de importância para a Indústria e Comércio de óleos essenciais de diferentes regiões geográficas.

Espécie Aromática Nome Família Componentes principais Mentha arvensis Menta, hortelã Labiateae Mentol, acetato de mentila

Mentha piperita Menta, hortelã Labiateae Mentona, mentol e isomentona

Mentha spicata Menta, hortelã Labiateae Carvona e carveol

Cymbopogon winterianus Citronela Poaceae Citronelal, citronelol, geraniol e seus acetatos

Cymbopogon flexuosus Capim-limão Poaceae Citral e geraniol

Cymbopogon martinii Palma rosa Poaceae Geraniol e acetato de geranila

Eucalyptus sp. Eucalipto Mirtaceae Eugenol e metil eugenol

Rosa damacena Rosa Rosaceae Geraniol e “rose oxide”

Salvia offıcinalis Salvia Labiateae Cânfora e tujona

Artemisia annua Artemísia Compositeae “Artemísia ketone”

Ocimum basilicum Manjericão Labiateae “Chavicol” e Linalol

Pelargonium graveolens Gerânio Geraniaceae Geraniol, citronelol

Carum carvi Cominho Umbellifereae Limoneno, Carvona

Fonte: Sangwan, et. a.l (2001).

OH OAc

[16] [17] [18]

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32

Entre os óleos essenciais exportados pelo Brasil, os mais importantes são o de

laranja (Citrus sp.), de limão (Citrus limon), do eucalipto, do pau-rosa (Aniba roseaeodora

Ducke), da lima (Citrus latifolia) e do capim-limão [Cymbopogum citratus (D.C) Stapf]

(Barata, 2005). Vale ressaltar que o eucalipto sempre ocupou um lugar de destaque na área

de óleos essenciais. Estima-se que nossa produção atual seja de 1000 toneladas ao ano,

movimentando cerca de 4 milhões de dólares, perdendo apenas para a China, que produz

cerca de 3000 toneladas anualmente (Brito, 2006; Vieira, 2004). No nosso País o principal

estado produtor de óleos essenciais é São Paulo, em razão da atividade citrícola (Agrosoft,

2005). Aliás, a produção de laranjas permite não apenas a exportação do produto principal,

o suco da fruta, como também seus subprodutos, como os óleos essenciais e seu

constituinte principal, o d-limoneno [18]. Este terpeno é empregado pelas indústrias

farmacêutica e alimentícia, por exemplo, como flavorizante na fabricação de sabores

artificiais em doces, balas e gomas de mascar, além de ser empregado como solvente

(ABECITRUS, 2006). Na tabela 03 é possível vizualizar o volume exportado de d-

limoneno [18] de 1996 à 2006.

Tabela 03: Exportação do d-Limoneno por ano/safra

Ano/Safra Volume Exportado (toneladas) 1996/97 41,044 1997/98 34.314 1998/99 33.929 1999/00 35.560 2000/01 43.274 2001/02 30.335 2002/03 40.864 2003/04 34.445 2004/05 42.935 2005/06 34.534

Fonte: ABECITRUS, 2006

Em 2004, o Brasil estabeleceu-se em quarto lugar entre os principais exportadores

de óleos essenciais no mundo e ocupa a décima posição entre os importadores. Entre os

principais mercados de destino das exportações brasileiras no ano 2005 estão os Estados

Unidos (40%), Paises baixos (11%), o Reino Unido (6%), a França (4%), a Espanha (3%) e

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33

a China (3%) (Santos, 2006). A tabela 04 mostra os volumes exportados de óleos essenciais

pelo Brasil.

Tabela 04: Exportação de óleos essenciais no Brasil

Ano/Safra Volume Exportado (toneladas) 1996/97 19.159 1997/98 24.454 1998/99 26.954 1999/00 18.575 2000/01 21.739 2001/02 20.790 2002/03 25.898 2003/04 19.698 2004/05 32.713 2005/06 29.081

Fonte: ABECITRUS, 2007

Santos et al. (2005) avaliaram as patentes oficializadas nos EUA (USPTO)

envolvendo o estudo dos óleos essenciais empregados em cosméticos e perfumaria, durante

os anos de 1980 a 2003. Concluiu-se que 30% das patentes referiam-se a atividades

protetoras da pele realizada pelos óleos, sejam contra a influência externa da luz solar, raios

X, materiais corrosivos, ou até mesmo a picadas de insetos, seguido de 15% de referências

em produtos de limpeza bucal e dentária. O estudo ainda revela o aumento crescente do

número de patentes nesta área, com o pico máximo em 2001, havendo um discreto

decréscimo até 2003.

Entre as publicações em torno de óleos essenciais, a maioria envolve a

caracterização química do óleo essencial bruto por CG-EM e avaliação de atividades

biológicas diversas, principalmente da ação antimicrobiana.

Fundamentado no site de buscas por publicações científicas, o Science Finder, e

apresentando como palavra-chave “essential oil”, sem janela de tempo determinada,

pesquizou-se quais revistas indexadas apresentam o maior número de artigos científicos

publicados na área de óleos essenciais. O Journal of Essential Oil Reasearch apresenta-se

com o maior número de publicações na área, seguido da Flavour and Fragrance Journal e

da Planta medica.

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34

Gráfico 01: Revistas Indexadas com maior número de publicações na área de Óleos Essenciais

2036

976

579

429

358

293

223

214

197

183

181

176

157

154

150

150

145

141

140

138

135

124

0 500 1000 1500 2000 2500

Journal of Essential Oil Research

Flavour and Fragrance Journal

Planta Medica

Journal of Agricultural and Food Chemistry

Indian Perfumer

Faming Zhuanli Shenqing Gongkai Shuomingshu

Phytochemistry

Rivista Italiana EPPOS

Essenze, Derivati Agrumari

Journal of Essential Oil Bearing Plants

Fitoterapia

Phytochemistry (Elsevier)

Journal of Ethnopharmacology

Biochemical Systematics and Ecology

Journal of Medicinal and Aromatic Plant Sciences

Perfumery and Essential Oil Record

Rastitel'nye Resursy

Perfumer & Flavorist

Yakugaku Zasshi

Acta Horticulturae

Khimiya Prirodnykh Soedinenii

Pharmazie

Fonte: Science Finder (2007)

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35

2.2.2 Métodos de extração

I. Hidrodestilação

Em estudos laboratoriais é o método convencional mais empregado na extração de

óleos essenciais. O processo envolve o aquecimento do material vegetal (fresco ou seco)

em água destilada. Os vapores produzidos são condensados e formam duas fases imiscíveis,

a aquosa (hidrolato) e a orgânica (óleo essencial). Neste procedimento emprega-se o

aparelho Clevenger, operarando em sistema aberto. O modelo deste extrator apresenta-se

descrito em Farmacopéias de diversos países e seu uso é de fácil manuseio (Santos, 1999;

Adio, 2005).

A metodologia apresenta baixo custo e é eficiente, comparando-se com outras

técnicas. Sefidkon et a.l (2006), ao estudar diversos métodos de extração do óleo essencial

de Satureja hortensis (Labiatae), percebeu um maior rendimento do referido produto

empregando a hidrodestilação (HD) comparando com a destilação por arraste a vapor.

Ammann et al. (1999) também obtiveram resultados favoráveis com a HD, comparando-se

as extrações por água superaquecida e com extração por fluido supercrítico (SFE),

empregando como material vegetal a menta (Mentha piperita).

Apesar de bastante popularizado e de baixo custo, a técnica apresenta a

desvantagem do grande período de extração (3 a 5 horas), comparado-a com a extração por

microondas, que ocorre em cerca de 30 minutos (Ferhat, 2006; Tigrine et al., 2006).

II Destilação por arraste a vapor

É amplamente empregada na obtenção de óleos voláteis em escala industrial. O

material vegetal fresco é depositado em um reservatório ou tanque de aço e sob ele é

incidido o vapor de água. O calor permite que o óleo essencial seja arrastado junto com o

vapor até chegar ao condensador. Posteriormente o material é condensado e obtém-se o

produto desejado juntamente com o hidrolato. Este método rende óleos com maior

qualidade e quantidade, além disso, a exposição do material vegetal ao vapor é menor,

reduzindo a deteriorização dos compostos químicos (Adio, 2005).

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36

III Extração por solventes

Neste tipo de extração emprega-se preferencialmente os solventes éter etílico, éter

de petróleo, pentano, hexano, diclorometano ou clorofórmio. É uma metodologia pouco

específica, pois extrai não apenas compostos voláteis como também outros constituintes de

maior peso molecular tais como pigmentos, resinas e ceras.

A extração por solventes pode ser realizada a temperatura ambiente ou por

aquecimento, empregando-se aparelhagens específicas. Neste último, utiliza-se geralmente

o Soxhlet, procedimento analítico desenvolvido em 1879 onde o material vegetal sofre uma

percolação pelos vapores do solvente recondensados. Sua grande desvantagem é o uso de

grande quantidade de solventes, quando comparados com outras técnicas (Adio, 2005).

IV Prensagem ou expressão

Metodologia geralmente empregada para a extração de óleos essenciais de frutos

cítricos. O material é mecanicamente prensado e sob o material comprimido é colocada

água, certificando-se que todo o óleo e polpa foram capturados. Em seguida a emulsão

formada é separada por decantação ou com auxílio de uma centrífuga (Adio, 2005; Simões

& Spitzer, 2001).

V Enfloração

Método de extração empregado antigamente pela indústria para obtenção de óleos

essenciais presentes em flores. O material vegetal é depositado em uma camada de gordura,

sob temperatura ambiente, durante um determinado período de tempo. Posteriormente, as

pétalas esgotadas são substituídas por novas até ocorrer a total saturação da gordura. Em

seguida, esta sofre tratamento com álcool que é destilado a baixa temperatura obtendo-se o

produto desejado (Simões & Sptizer, 2001).

VI Extração por CO2 Supercrítico

O processo de extração por CO2 supercrítico é uma técnica eficiente na captura dos

óleos essenciais e também de outros constituintes. O procedimento consiste em depositar o

material vegetal em um reservatório de aço inoxidável, sob pressão, adicionando-se o CO2 e

submetendo a uma determinada pressão e temperatura (31°C e 7.3 MPa) onde o gás torna-

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37

se liquefeito. Neste estágio, o CO2 atinge o estado supercrítico, com viscosidade análoga de

um gás, porém com a capacidade de dissolução semelhante à de um líquido, agindo como

solvente e permitindo a extração do produto a partir da planta. Posteriormente, o CO2

retorna ao seu estado gasoso, resultando na obtenção do óleo essencial (Ammann et al.,

1999; Adio, 2005).

A técnica apresenta as seguintes vantagens: obtenção de um material com maior

grau de pureza, ausência da utilização de solvente e a utilização de temperaturas baixas,

minimizando a degradação térmica do óleo. Todavia, ainda apresenta-se como uma técnica

cara e tem sido observado que seu emprego permite alterações na constituição química do

óleo essencial por meio de reações de oxidação e polimerização (Huie, 2002; Galhiane et

al, 2006; Simões & Sptizer, 2001).

VII Extração por microondas

O uso da extração por microondas na extração de óleos essenciais foi descrita

primeiramente por Craveiro em 1989, empregando folhas frescas de Lippia sidoides. A

técnica fundamenta-se no aquecimento do material vegetal por meio de ondas

eletromagnéticas. Entre as vantagens tem-se o tempo reduzido de extração (cerca de 30

minutos), a ausência de contato com a fonte térmica e redução no uso de solventes

(Letellier & Budzinski, 1999). Apresenta como desvantagens o alto custo e a

impossibilidade de utilização de grande quantidade de material vegetal.

Percebe-se que a técnica de extração por microondas (MAD – Microwave

Accelerated Distillation) tem apresentado resultados promissores, como no caso de Ferhat

et al. (2006). Os pesquisadores compararam as técnicas MAD e HD empregando cascas de

espécies de Citrus e concluíram que o uso de ondas eletromagnéticas propiciou um

rendimento superior. Além disso, neste trabalho, a análise por microscopia eletrônica das

células das cascas do material vegetal, submetidas aos processos de extração supracitados,

indicou que a HD provocou danos significantes na superfície externa da casca. O mesmo

processo de destruição celular foi observado em pesquisas realizadas por Lucchesi (2007) e

Spiro & Chen (1995) na extração de óleos essenciais.

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38

VIII Extração por água subcrítica

A extração por água subcrítica ou por água superaquecida (SWE) é uma técnica

relativamente nova, fundamentada no uso da água como elemento extrator, sendo

submetida a temperaturas entre 100 °C e 374 °C, atingindo o ponto crítico da água (221 bar

ou 22.4 MPa), porém com pressão suficientemente grande para mantê-la em estado líquido.

O uso deste procedimento analítico tem sido uma alternativa válida para a técnica

convencional de CO2 supercrítico (Ayala & Castro, 2001; Fernández-Perez et al., 2000;

Ozel et al., 2003). Além disso, apresenta-se como uma tecnologia rápida e por

conseqüência com menor perda e degradação de compostos voláteis ou termolábeis

(Gámiz-Gracia & Castro, 2000; Jiménez-Carmona et al., 1999).

2.2.3 Atividades Biológicas

Na maioria das publicações envolvendo os óleos essenciais existe a caracterização

química do material bruto e o estudo de seus efeitos biológicos. A avaliação farmacológica

das substâncias obtidas a partir da separação e isolamento dos compostos é escassa, assim

como a relação entre a estrutura química e a ação destes compostos.

Lim et al. (2002) avaliaram o efeito do óleo essencial de Magnolia sieboldii na

inibição da Prostaglandina E2 (PGE2) e na produção de óxido nítrico. Observou-se que o

óleo bruto foi ativo na concentração de 30μM e pela análise por CG-EM caracterizou-se

como compostos principais o β-selineno (18%) [19], α-terpineno (15%) [20] e β-mirceno

(13%) [21]. Quando os referidos terpenos foram avaliados isoladamente não houve

atividade significativa.

Siani et al. (1999) realizaram a avaliação da atividade antiinflamatória de cinco

espécies do gênero Protium. Nos ensaios farmacológicos determinou-se a inibição da

produção de óxido nítrico (NO), que apresenta papel regulador sobre os mediadores

químicos envolvidos na inflamação e realizou-se o ensaio de pleurisia onde se avalia o

número de leucócitos (macrófagos, eosinófilos) presentes na cavidade pleural de cobaias

após a indução da inflamamação por LPS (lipopolissacarídeo). A espécie P. heptaphyllum

apresentou como componentes majoritários o p-cimeno [22], o terpinoleno [23], o p-

cimeno-8-ol [24] e o dilapiol [25] e mostrou uma inibição significativa de NO (74%). Já a

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39

espécie P. strumosum, cujos constituintes principais são os sesquiterpenos β-selineno [19] e

α-selineno [26], mostrou uma diminuição de 46% da produção de NO. A espécie P.

grandifolium, que foi capaz de inibir significativamente a acumulação de neutrófilos, é

constituída principalmente por dois sesquiterpenos conhecidos, o δ-cadineno [27] e o β-

cariofileno [28]. A espécie P. lewellyni apresentou em sua constituição química os

compostos limoneno [18] e β-cariofileno [28] e também se mostrou eficaz na redução do

número de neutrófilos e de eosinófilos. Em todas as situações atribuiu-se o efeito

terapêutico aos compostos com maior teor nos óleos. Assim como nestes casos, na espécie

B. gibraltaricum, a atividade antiinflamatória do óleo essencial foi também foi atribuída ao

componente principal, o δ-3-careno (33%) [29] (Ocete et al., 1989).

Outro sesquiterpeno com reconhecida ação biológica é o α-bisabolol [30], presente

no óleo essencial de camomila (Chamomilla sp.). De acordo com Barry & Kadir (1991),

este sesquiterpeno monocíclico insaturado apresenta comprovado efeito antiinflamatório.

Adicionalmente, Szöke et al. (2004) citam que a ação antiinflamatória da camomila deve-se

não apenas ao bisabolol, mas também ao camazuleno [31] e ao óxido de bisabolol [32].

Neste trabalho, compararam-se os óleos essenciais de diversas populações de espécies de

camomila, cultivada e selvagem, obtidos de suas flores, além de comparar os constituintes

majoritários dos óleos essenciais obtidos de flores, raízes e folhas.

As atividades analgésica, antiinflamatória e antimicrobiana estão entre mais

estudadas em óleos essenciais. Na pesquisa realizada por Hart et al. (2000), por exemplo,

avaliou-se o efeito inibidor do terpineno-4-ol [33] na produção de mediadores químicos

ativados por monócitos. O referido monoterpeno apresentou-se como um dos constituintes

majoritários da espécie nativa da Austrália Melaleuca alternifolia e foi capaz de suprimir

sua produção. Além disso, os autores afirmam que outros terpenos presentes na espécie,

como o α-pineno [34], α-terpineno [20], α-terpineol [35] e linalol [16], podem ter ação

direta ou indireta sobre a atividade antiinflamatória.

Dentre as espécies aromáticas com reconhecidas atividades biológicas, destacam-se

as do gênero Lippia. Pascual et al. (2000), por meio de uma revisão bibliográfica do

referido gênero, cita a utilização de diversas espécies utilizadas como medicamentos com

ação analgésica, antipirética e antiinflamatória, tais como, L. alba (Mill.) N. E. Brown, L.

dulcis Trevir., L. geminata H.G.K., L. graveolens H.B.K., L. javanica (N. L. Burm.)

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40

Spreng., L. nodiflora (L.) Michx e L. triphylla L´Her. As espécies que apresentam atividade

farmacológica comprovada por estudos clínicos são: L. alba (Mill.) N. E. Brown, L.

geminata H.G.K. e L. citriodora (ort.) H. B.K.

Girão et al. (2003) observaram que o óleo essencial de Lippia sidoides Cham.que

apresenta como constituintes majoritários o timol [36], o β-cariofileno [28] e o p-cimeno

[22] e foi eficaz na redução do processo inflamatório em gengivites canina. Em outra

pesquisa utilizando-se a L. multiflora Moldenke, cuja constituição principal é p-cimeno

[22], timol [36] e timolacetato [37], observou-se sua ação analgésica e antipirética, porém

sem nenhum efeito antiinflamatório (Abena et al. 2003).

Outro gênero de plantas aromáticas com conhecida atividade antiinflamatória é a

Salvia. De acordo com Satta & Peana (1993), as espécies S. sclarea L. e S. desoleana A. et

P. mostraram bons níveis de inibição do edema de pata de rato, porém a composição

química destas espécies não foi descrita neste trabalho, provavelmente em função desta

espécie apresentar uma composição química bastante conhecida.

Óleos essenciais de eucalipto são utilizados com fins medicinais no Brasil para

inúmeras enfermidades, devido a sua ação analgésica, antitérmica e contra afecções do trato

respiratório, além de apresentarem atividade antiinflamatória. Os óleos essenciais de

Eucalyptus citriodora, E. tereticornis e E. globulus apresentam efeito analgésico central e

periférico, assim como atividade antiinflamatória dependente e independente de neutrófilos.

Acredita-se que a atividade biológica deve-se a presença de monoterpenos em sua

composição majoritária, tais como o eucaliptol (1,8 cineol) [38]. Vale ressaltar que este

último mostrou uma boa atividade antiinflamatória em processos asmáticos (Juergens et al.,

2003).

O monoterpeno 1-8 cineol [38] presente em espécies de eucalipto também está

presente no óleo essencial de Lavandula angustifolia Mill. Esta é reconhecidamente uma

erva aromática usada em perfumarias e em indústrias de cosméticos e também se emprega

como planta medicinal. Sharif et al. (2003) comprovaram a sua ação antiinflamatória e

associaram o efeito ao terpeno citado anteriormente, além do borneol [39] e da cânfora

[40].

Em revisão bibliográfica realizada por pesquisadores da Universidade Uppsala, na

Suécia, a respeito de produtos naturais com atividade biológica, destacou-se a espécie

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41

vegetal Ipomoea pescaprae (L.) R. Sr. devido a comprovação de uma significante atividade

antiinflamatória, provavelmente mediada pela redução da biossíntese de prostaglandinas e

leucotrienos. Sua ação foi associada principalmente a dois componentes principais o

eugenol [41] e o 4-vinilguaiacol [42] (Sharif et al.2003).

De acordo com Román et al. (1989), o óleo essencial de Artemisis caerulescens

Subsp. Gallica também apresenta atividades antiinflamatória, analgésica e antipirética

quando administrada por via intraperitoneal em cobaias. O referido autor descreve como

componentes majoritários a tujona [43], cânfora [40], β-cariofileno [28], borneol [39], nerol

[43] e α-terpineol [35].

A atividade analgésica e antiinflamatória de óleos essenciais é bem estudada e por

isso algumas formulações farmacêuticas têm sido desenvolvidas empregando-os como

agente terapêutico. Como exemplo disso temos o Dermosport® e o SolutionCrio®,

amplamente empregados e na França, principalmente por fisioterapeutas, no combate de

dores e injúrias em articulações. Fazem parte de sua composição química óleos essenciais

de Bétula alba (Bétula), Melaleuca leucadendron (Cajeput), Cinnamomum camphora

(Cânfora), Syzygium aromaticum (Cravo da Índia), Eucalyptus globulus (Eucalipto),

Gaultheria procumbens (Wintergreen), Anthemis nobilis (Camomila Romana), Citrus

limonum (Limão), Cupressus sempervirens (Cipreste) e mentol [13] como agente adicional

(Faou et al., 2005).

No Brasil, a atividade antiinflamatória de Cordia verbenaceae (erva-baleeira)

culminou no primeiro fitomedicamento totalmente desenvolvido no país. Foram sete anos

de pesquisas científicas e ensaios farmacológicos, com um gasto de 15 milhões de dólares.

Os sesquiterpenos ativos da fórmula do Acheflan® são o α-humuleno [44] e o β-cariofileno

[28] (Geraque, 2006).

Um exemplo de crescente desenvolvimento é a avaliação da permeabilidade de

terpenos ou de óleos essenciais na pele, bem como o estudo do aumento da absorção de

medicamentos associados aos óleos essenciais. Estes vêm se apresentando como

excipientes que causam distúrbios reversíveis no extrato córneo, permitindo maior

penetração pela epiderme devido à característica lipofílica e de baixo peso molecular (Cal,

2006). Neste contexto, Fang et al. (2003), avaliaram o efeito do óleo essencial de Alpinia

oxyphylla no aumento da permeabilidade da pele na absorção de um antiinflamatório

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42

tópico, a indometacina. O estudo envolveu o emprego de duas frações do óleo, a de baixa

polaridade (AO-1) e de alta polaridade (AO-2). Ambas apresentaram efeito significativo,

porém a última apresentou-se mais efetiva.

A área de maior número de publicações em óleos essenciais é a de atividade

antimicrobiana. Numerosos óleos têm sido testados in vitro e in vivo possuindo potencial

para serem empregados como agentes antimicóticos, sejam sozinhos ou utilizados em

associações com terapias antifúngicas convencionais (Harrisa, 2002).

[19] [20] [21] [22] [23]

OH

[24]

O

OMeO

OMe

[25]

[26]

H

H

H

[27]

HH

[28] [29]

OH

[30] [31]

H

HO

O

[32]

OH

[33] [34]

OH

[35]

OH

[36]

OAc

[37]

O

[38]

[39]

OOH

[40]

OMe

[41]

MeO OH

[42]

OH

[43]

E

E E

[44] Figura 05: Substâncias isoladas de óleos essenciais com atividades farmacológicas relatadas

A tabela a seguir mostra exemplos de compostos comuns presentes na composição

química de óleos essenciais e as atividades farmacológicas comprovadas.

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43

Tabela 05: Terpenóides com atividades biológicas comprovadas NOME ORIGEM ATIVIDADE FARMACOLÓGICA REFERÊNCIA

Ácido deidrocóstico [45]

COOH

Inula viscosa(Eac) Inibição da Fosfolipase A2 (PLA2) Inibição do acetato de tetradecanoil forbol (TPA) Hernandéz et al. 2005

Álcool perílico e derivados [46] OH

Síntese Atividade antitumoral Crowell et al., 1994 Elegbede et. al, 2003

α-bisabolol [30] OH

Comercial Sem informação Sem informação

Aumento da absorção dérmica de medicamentosAtividade antifúngica

Inibição da 5-Lipooxigenase

Barry & Kadir, 1991 Pauli, 2006

Baylac & Racine,2003

τ-cadinol [47] OH

H

H

Commiphora guidottii Chiov(EAcOEt) Efeito relaxante muscular Claeson et al.,1991

Capsidiol [48] OH

CH3CH3

HO

Nicotiana silvestris Inibição da síntese de Prostaglandinas Nasiri, 1993

β-cariofileno [28]

Bupleurum fruticescens(OE e C) Comercial

Syzygium aromaticum Sem infomação

Efeito antiinflamatório Efeito citoprotetor gástrico

Efeito anestésico Inibição da 5-Lipooxigenase

Martin et al.,1993 Tamble et. al, 1996

Ghelardini et al., 2001 Baylac & Racine, 2003

1,8-cineol [38] Eucalyptus sp.(C) Efeito antiinflamatório Juergens et al., 2003

Cedrol [49]

H

OHH

Comercial Atividade Sedativa Kagawa et al., 2002

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44

NOME ORIGEM ATIVIDADE FARMACOLÓGICA REFERÊNCIA Curcumenol [50]

O OHH

Zedoariae rhizoma (SI) Curcuma zedoaria (SI)

Efeito inibidor do α-interferon (α-TNF) Efeito hepatoprotetor e antitumoral

Matsuda et.al, 1998 Morikawaa et al., 2002

Curdiona [51] O

OH

Zedoariae rhizoma (SI) Curcuma zedoaria (SI)

Efeito inibidor do α-TNF Efeito hepatoprotetor e antitumoral

Matsuda et.al, 1998 Morikawaa et al., 2002

(4R,4aS,6R)-decahidro-4,4a-dimetil-6-(1-propen-2-il)naftalen-1-ol [52]OH

Alpinia Oxyphilla (EAc) Inibição da Produção de Óxido Nítrico (NO) Morikawab et al., 2002

Dehidrocurdiona [53] O

O

Curcuma zedoaria Atividade antitumoral Morikawaa et.al., 2002

1,4-dihidróxi-germacra-5E-10(14)-dieno [54] OH

OH

Achillea pannonica Efeito antiinflamatório Sosa et al., 2001

α-dictiopterol [55] OH

H

Laurus nobilis (EMeOH) Inibição fraca de Óxido Nítrico Matsuda et al., 2000

Elemol [56]

H OH

Mentha sp. Atividade anticolinesterásica Miyazawa et al., 1998

(7S)-4β,5α-epoxigermacra-1(10)E-en-2 β,6 β-diol[57]

OH

OHOH

HO

Santolina chamaecyparissus (EDc) Inibição da atividade de PLA2 Sala et al., 2000

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45

NOME ORIGEM ATIVIDADE FARMACOLÓGICA REFERÊNCIA Espatulenol [58]

HO

H

Laurus nobilis (EMeOH) Santolina chamaecyparissus (EDc)

Inibição fraca de NO Inibição da atividade de PLA2

Matsuda et al., 2000 Sala et al., 2000

α-eudesmol [59]

OHH

Laurus nobilis (EMeOH) Inibição fraca de NO Matsuda et al., 2000

β-eudesmol [60]

OHH

Laurus nobilis (EMeOH) Inibição fraca de NO Matsuda et al., 2000

γ-eudesmol [61]

OH

Laurus nobilis (EMeOH) Inibição fraca de NO Matsuda et al., 2000

Eugenol [41] OH

OCH3

Comercial Atividade inseticida Price & Berry, 2006

Germacra-4(15),5,10(14)-trieno-1β-ol [62] OH

Laurus nobilis (EMeOH) Inibição fraca de NO Matsuda et al., 2000

Germacrona [63] O

Zedoariae rhizoma (SI) Curcuma zedoaria (SI)

Efeito inibidor do TNF Efeito antitumoral

Matsuda et.al, 1998 Morikawaa et al., 2002

Germacreno D [64]

Sem informação Inibição da 5-Lipooxigenase Baylac & Racine, 2003

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46

NOME ORIGEM ATIVIDADE FARMACOLÓGICA REFERÊNCIA Glutinona [65]

OO OH

OH

Jasonia glutinosa (SI) Inibição da Tromboxana B2 Benito et al., 2002

α-humuleno [44] Abies balsamea (OE e C) Atividade antitumoral Legault et al., 2003 Isociperol [66]

HO

Alpinia oxyphilla (EAc) Inibição da Produção de NO Morikawab et al., 2002

d-Limoneno [18] Sem informação Inibição da 5-Lipooxigenase Baylac & Racine, 2003

Linalol[16] Sem informação

Comercial Comercial

Efeito antiinflamatório do Linalol e de seu acetato

Efeito antinoceptivo Inibidor do Óxido nítrico

Peana et al.,2002 Peana et al.,2003 Peana et al., 2006

Litseaverticilol B [67]

O

OHH

Litsea verticillata (EMeOH) Atividade anti-HIV Zhang et al., 2003

Neocurdiona [68] O

OH

Zedoariae rhizoma (SI) Curcuma zedoaria (SI)

Efeito inibidor do TNF Efeito hepatoprotetor e antitumoral

Matsuda et.al, 1998 Morikawaa et al., 2002

(Z)-nerolidol [69]

OHZ

Sem informação Inibição da 5-Lipooxigenase Baylac & Racine, 2003

Nootkatone [70] O

Alpinia oxyphilla (EAc) Inibição da Produção de Óxido Nítrico Morikawab et al., 2002

Oplopanone [71]

HOH

O

Laurus nobilis (EMeOH) Inibição fraca de NO Matsuda et al., 2000

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47

NOME ORIGEM ATIVIDADE FARMACOLÓGICA REFERÊNCIA Oxifilenodiol B [72]

O

OHHO

Alpinia oxyphilla (EAc) Inibição da Produção de NO Morikawab et al., 2002

Oxifilenona A [73]

HOOHO

Alpinia oxyphilla (EAc) Inibição da Produção de NO Morikawab et al., 2002

Oxifilol A [74]

OH

Alpinia oxyphilla (EAc) Inibição da Produção de NO Morikawab et al., 2002

(+) p- ment-1-eno [75]

Comercial Atividade anticolinesterásica Miyazawa et al., 1997

Selina-11-eno-4α-ol [76]

OH

Alpinia Oxyphilla (EAc) Inibição da Produção de NO Morikawab et al., 2002

β-sesquifelandreno [77] H

Zingiber officinale (EHex) Efeito antirinoviral Denyer et al. 1994

Poligodial [78] CHO

CHO

Drymis winteri (EHA) Atividade antialérgica e antiinflamatória Sayah et al., 1998 Cunha et al., 2001

α-terpineno [79]

Comercial Atividade anticolinesterásica Miyazawa et al., 1997

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48

NOME ORIGEM ATIVIDADE FARMACOLÓGICA REFERÊNCIA γ-terpineno [80]

Sem informação Inibição da 5-lipooxigenase Baylac & Racine, 2003

Terpinen-4-ol [33] Melaleuca alternifólia (C) Inibidor do α-TNF

Inibidor da Interleucina 1β, IL-8, IL-10 Inibição da Prostaglandina E2 (PGE2)

Hart et al., 2000

β-turmerona [81]

O

Curcuma zedoaria Inibidor da PGE2 e do NO Hong et al., 2002

Viridiflorol [82] OH

H

H

Mentha sp. Atividade anticolinesterásica Miyazawa et al., 1998

Zerumbona [83]

O

E

E

E

Zingiber zerumbet Diminuição dos níveis de IL-1β, TNF-α, PGE2 Murakami 2003

C: comercial; SI: sem informação; EAc: extrato obtido da acetona;EDc: extrato obtido de diclorometano EHex: extrato hexânico; EHA: extrato hidroalcoólico; EMeOH: extrato metanólico.

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49

2.2.4 Sinergismo e antagonismo

As pesquisas em óleos essenciais geralmente relacionam a atividade farmacológica

aos componentes majoritários que não são necessariamente os providos de função

terapêutica. Para exemplificar esta afirmativa, temos a pesquisa realizada por Lim et al.

(2002) onde se avaliou o efeito do óleo essencial de Magnolia sieboldii na inibição da

Prostaglandina E2 (PGE2) e na produção de óxido nítrico. Observou-se que o óleo bruto foi

ativo na concentração de 30μM e apresentou efeito dose-resposta dependente. Pela análise

por CG-EM caracterizou-se como compostos principais o β-selineno (18%) [19], α-

terpineno (15%) [20] e β-mirceno (13%) [21]. Quando os referidos terpenos foram avaliados

isoladamente não houve atividade significativa, contudo ao aumentar-se a concentração dos

compostos até a concentração de 100μM, houve o efeito inibitório apenas do α-terpineno

[20]. Assim, além de provável efeito sinérgico existente entre os elementos presentes no

óleo bruto, houve uma maior atividade do monoterpeno não majoritário.

O sinergismo representa uma forma de interação entre diferentes compostos ativos

que potencializam seus efeitos biológicos. O antagonismo representa o efeito contrário ao

sinergismo, ou seja, quando dois elementos ativos ou mais se integram e sua ação biológica

é diminuída (Williamson et al., 2006; Harrisb, 2002).

O sinergismo pode ser aditivo, quando o efeito das substâncias administradas

simultaneamente é igual a soma dos efeitos das substâncias administradas isoladamente; ou

potencializador quando o efeito global é superior ao esperado, ou seja, quando o efeito das

substâncias administradas simultaneamente é maior que a soma dos efeitos das substâncias

administradas isoladamente (Wepierre, 1981).

Na medicina chinesa e ayurvédica o uso de ervas em combinação é comum e

desenvolveu-se a partir da observação individual dos pacientes e no uso empírico. Na

Europa os fitoterápicos são empregados em associações, na Alemanha, por exemplo,

existem monografias que aprovam determinadas combinações de ervas e óleos essenciais,

fundamentado em evidências do efeito sinérgico e na segurança do produto (Harrisb, 2002).

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50

Tabela 06: Associações aprovadas entre óleos essenciais na comissão alemã de monografias.

Fonte: Harris b, 2002.

O sinergismo pode ocorrer entre componentes de um mesmo óleo essencial, como

mostrado no trabalho de Onawumni et al. (1984), que avaliaram a atividade antibacteriana

do óleo essencial de Cymbopogons citratus. Os constituintes majoritários ativos neral [84] e

citral [85] apresentaram atividade potencializada pelo mirceno [86]. Singh et al. (1993)

também observaram o efeito sinérgico na espécie Citrus sinensis. Neste trabalho o óleo

essencial bruto apresentou maior atividade antifúngica que seus componentes majoritários

isolados.

Em outra pesquisa o óleo volátil de Salvia lavandulaefolia apresentou maior efeito

anticolinesterásico e sua atividade foi atribuída aos seus constituintes isolados, o 1,8-cineol

[38], o α-pineno [34] e o β-pineno [87] (Savelev et al., 2003).

OH

[84]

OMe

OMe

[85] [86] [87]

OH

[88] Figura 06: Monoterpenos que apresentam efeito sinérgico

Óleos de diferentes espécies vegetais podem ser combinados e potencializar seus

efeitos terapêuticos, como no caso do fitoterápico Enteroplant®. Este medicamento é uma

Óleo essencial Indicação Via de administração

Anis, fennel e alcaravia Dispepsia gástrica Via Oral

Alcaravia e fennel Dispepsia gástrica Via Oral

Hortelã e alcaravia Dispepsia gástrica Via Oral

Hortelã, alcaravia e fennel Dispepsia gástrica Via Oral

Hortelã e fennel

Dispepsia gástrica Via Oral

Eucalipto e pine needle

Resfriado relacionado a Doenças Respiratórias

Inalação e Uso externo

Cânfora [40], Eucalipto e tupertina Catarro no trato respiratório Dores reumáticas não inflamatórias

Inalação e Uso externo

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51

associação dos óleos essenciais de menta (90 mg) e de alcaravia (50mg) e apresenta eficaz

redução de dores gástricas (Harrisb, 2002).

Publicações envolvendo a combinação de óleos essenciais ou de terpenos com

medicamentos sintéticos de eficácia terapêutica comprovada apresentam destaque. Betoni et

al. (2006) avaliaram a eficácia de 13 fármacos antimicrobianos associadas a 8 extratos de

plantas aromáticas contra o Staphylococcus aureus e o efeito sinérgico foi confirmado para

todos os produtos vegetais. As espécies empregadas foram a goiaba (Psidium guava), o

guaco (Mikania glomerata), o cravo da índia (Syzygium aromaticum), o alho (Allium

sativum), o capim limão (Cymbopogon citratus), o gengibre (Zingiber offiicinale), a

carqueja (Baccharis trimera) e a menta (Mentha piperita).

Do mesmo modo, Shin & Kang (2003) confirmaram a potencialização do óleo

essencial de Agastache rugosa na atividade antifúngica do Cetoconazol contra um raro

fungo patogênico humano causador de micoses fatais em pacientes imunodeprimidos, o

Blastoschizomyces capitatus.

Adicionalmente, o sinergismo foi avaliado por Periago et al. (2001). Em uma

concentração de 0.3 mmol/L de carvacrol [90] e de timol [36] não foi observado efeito

antibacteriano contra o Bacillus cereus, porém quando os fenóis foram associados com a

Nisina1 houve uma inibição no crescimento micelial maior do que quando o medicamento

foi aplicado sozinho. Em outro estudo, a associação do 5-fluorouracil [5-fluoropirimidina-

2,4(1H,3H)-diona], antitumoral empregado no tratamento quimioterápico de câncer de colo,

associado com o geraniol reduziu em 53% o volume celular contra 26% de diminuição

obtida pelo monoterpeno aplicado isoladamente (Carnesecchi, 2004).

De acordo com Berenbaum (1989), para que o efeito sinérgico entre componentes

biologicamente ativos sejam matematicamente comprovados, é fundamental que algum

tratamento ou cálculo estatístico seja realizado e não apenas atribuições subjetivas. Existem

alguns modelos que devem ser empregados para a comprovação da interação, como o

método isobolográfico. Este método foi desenvolvido por Loewe (1921) e consiste em

analisar se os efeitos dose-dependente de dois compostos em uma mistura são mais ou

menos efetivos que a atividade esperada de sua combinação (Luszczki & Czuczwar, 2003;

1 Proteína produzida pela Lactococcus lactis subsp. Lactis, empregada como antibiótico e eficaz contra diversas bactérias gram-positivas (Periago et al., 2001)

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52

Tallarida, 2006). É representado por um gráfico ou isobolograma. Quando não há interação

entre os dois compostos (A e B) ou a combinação dos dois apresenta o mesmo efeito que A

e B sozinhos, o efeito é aditivo e sua dose é chamada de isoefetiva (Kruse et al., 2006). A

representação gráfica é uma linha reta ilustrada na figura 07. Quando os dados adquiridos

são plotados em torno da linha diz-se que existe uma interação zero.

Figura 07: Isobolograma descrevendo a interação zero entre a dose de A e B

no mesmo nível de atividade, por exemplo, LD50. A linha tracejada reta representa a dose isoefetiva (Nelson & Kursar, 1999).

Quando os valores de uma particular combinação de A e B estão dispostos abaixo da

linha que representa a interação zero, existe o efeito sinérgico (Figura 08). Neste caso os

agentes em combinação são mais efetivos que o esperado.

Figura 08: Isobolograma representando o sinergismo entre

o composto A e B (Nelson & Kursar, 1999).

No antagonismo o gráfico é definido como uma curva côncava e os dados

apresentam-se plotados acima da linha (Figura 09).

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53

Figura 09: Isobolograma representando o antagonismo entre

o composto A e B (Nelson & Kursar, 1999).

O efeito de aditividade de Loewe também é representado por equações.

Considerando dA e dB as doses ou concentrações de A e B e DA e DB

as doses de A e B que

são isoefetivas com a combinação, produzindo um efeito específico, como a LD50, temos a

fórmula da / Da + db / Db = 1. Se a soma das parcelas é igual a um, não existe interação ou o

efeito é aditivo. O resultado apresentando um valor superior a 1 há o antagonismo, ou seja a

equação descreve a necessidade das doses dos agentes (dA e/ou dB) serem maiores para

produzir o efeito esperado. Caso a soma seja menor que 1 existe o efeito sinérgico

(Berenbaum,1989).

Outros métodos também são empregados para descrever a interação entre duas

substâncias como por exemplo: o efeito de adição, onde emprega-se a análise de variância

para corroborar os resultados. Quando a soma dos efeitos dos constituintes isolados ou

frações apresenta valor igual ou menor ao efeito biológico da mistura há sinergismo de

adição (efeito zero) e quando o valor é maior há sinergismo potencializador. (Collen , 1988;

Berenbaum, 1989); o método de multiplicação avalia o efeito farmacológico das

substâncias a serem analisadas antes e depois de sua associação. Caso haja sinergismo, a

resposta da dose da mistura apresenta-se igual ou menor que o produto da multiplicação de

seus efeitos isolados. Assim temos E (dA,dB) = E (dA)x (dB) (Berenbaum,1989); o método do

diagrama de Gaddum onde compara-se o efeito da combinação dos agentes com suas

atividades isoladas descritas em um diagrama.

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54

2.3 Considerações gerais sobre terpenos

Os terpenos apresentam-se como a maior família de produtos naturais originárias de

plantas com cerca de 30.000 compostos conhecidos (Dubey et al., 2003 e Adio, 2005). São

também denominados de isoprenóides, por serem constituídos de blocos monoméricos

designados de isopreno ou 2-metil-1,3-butadieno. O esqueleto carbônico desses compostos

é construído pela união entre esses monômeros seguindo uma regra conhecida, a Regra do

Isopreno, sugerida inicialmente por Wallach (1887) e posteriormente reformulada por

Ruzicka et al. (1953).

Há 40 anos uma das hipóteses para a produção de terpenos pelas plantas era que a

biossíntese se processava como um mecanismo para livrar-se do excesso de carbono. Essa

proposição foi abandonada e diversos terpenóides foram identificados (Withers & Keasling,

2007). Todos os vegetais produzem os isoprenóides desde os elementos primários para sua

sobrevivência, como a ubiquinona (respiração), os carotenóides (fotossíntese) e as

giberelinas (crescimento e desenvolvimento) a produtos secundários (monoterpenos,

sesquiterpenos, diterpenos e triterpenos) importantes para a sobrevivência do vegetal

(Rodríguez-Concepción, 2006).

2.3.1 Classificação

Os terpenóides são classificados de acordo com o número de unidades de isopreno.

Hemiterpenos C5 são constituídos de 1 unidade de isopreno, monoterpenos C10 (2 unidades

de isopreno), sesquiterpenos C15 (3 unidades de isopreno), diterpenos C20 (4 unidades de

isopreno), sesterpenos C25 (5 unidade de isopreno), triterpenos C30 (6 unidades de isopreno)

e tetraterpenos C40 (8 unidades de isopreno) (Dubey et al., 2003; Santos, 2001).

A porção isopropila é definida como cabeça e o grupo etil é caracterizado como

cauda. Em mono, sesqui, di e sesterpenos as unidades de isoprenos são ligadas entre

cabeça-cauda. Em contrapartida, os tri e tetraterpenos são conectados por duas caudas

(Breitmaier, 2006). As prenil transferases são responsáveis pelo aumento da cadeia

carbônica dos precursores poliprenil difosfatos, discutidos a seguir.

2.3.2 Biossíntese

I Rota do mevalonato

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55

Inicialmente duas moléculas de acetil coenzima A (precursor biogenético dos

terpenos), catalizadas pela acetoacetil-CoA tiolase, reagem segundo o mecanismo de

condensação de Claisen formando o acetoacetil-CoA. Em seguida, ocorre uma condensação

aldólica entre a acetoacetil-CoA e outra molécula de acetil CoA, esta reação é catalizada

pela hidróximetilglutaril-CoA sintetase (HMG-CoA) e culmina na produção de β-hidróxi-β-

metilglutaril-CoA. Esta por sua vez sofre uma redução enzimática pelo diidronicotinamida

adenina dinucleotideo (NADPH + H+), gerando o ácido mevalônico (Breitmaier, 2006).

Vale ressaltar que o conhecimento na biossíntese deste grupo de metabólitos permitiu o

desenvolvimento, por exemplo, das estatinas, medicamentos com potente atividade

anticolesterêmica, inibidoras da HMG-CoA sintetase ou redutase (Withers & Keasling,

2007).

Em uma etapa seguinte, o ácido mevalônico é fosforilado e convertido em

difosfomevalonato que posteriormente é descarboxilado e desidratado formando o

isopentenilpirofosfato ou isopentenildifosfato (IPP). As enzimas envolvidas neste processo

são a ERG12 mevalonato quinase (MK), ERG8 fosfomevalonato quiinase (PMK) e a

ERG19 mevalonato pirofosfato descarboxilase (MPD). A seguir o IPP sofre isomerização

em γ,γ-dimetilalilpirofosfato (DMAPP) por meio da isopentenil difosfato isomerase (Idi)

(Keasling, 2007). A partir da formação destes isômeros, as preniltransferases catalizam o

aumento da cadeia carbônica, pela adição cabeça-cauda, formando os difosfatos

poliprenílicos que serão os precursores do geranilpirofosfato (GPP), do farnesilpirofosfato

(FPP) e do geranilgeranilpirofosfato (GG-PP).

Assim, para haver a formação dos monoterpenos, o grupo eletrofílico metilênico

presente no DMAPP reage com o grupo nucleofílico do IPP para a formação do

geranilpirofosfato (GPP) (Tesso, 2005).

O geranilgeranilpirofosfato (GG-PP) emerge da ligação entre a cabeça do IPP

(agente nucleofílico) e a cauda eletrofílica do farnesilpirofosfato (FPP). A formação dos

sesquiterpenos envolve a união do IPP ao GG-PP e por fim a produção dos triterpenos é

realizada pela conecção das caudas de duas moléculas de FPP. A figura 10 ilustra a

seqüência de etapas envolvidas na produção dos terpenos (Breitmaier, 2006; Tholl, 2006).

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56

Figura 10: Biogênese dos terpenos (Adaptado de Breitmaier, 2006)

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57

II Rota independente do mevalonato

Até a década de 90 acreditava-se que os terpenos eram biossintetizados apenas pela

rota do ácido mevalônico (Hecht et al., 2001; Sangwan et al., 2001). Rohmer et al. (1999), a

partir de estudos inovadores, demonstraram a presença de uma rota alternativa dos

isoprenóides que não originavam da acetilCoA. Posteriomente, Rohdich et al. (2003)

elucidram completamente a rota biossintética que partia da 1-deoxi-D-xilulose-5-fosfato

(DXP).

A rota biossintética se inicia pelo piruvato (ácido pirúvico) e a tiamina-difosfatase.

Ao combinarem-se formam um complexo que posteriormente é descarboxilado gerando o

hidroxietiltiaminapirofosfato, este por sua vez reage com gliceraldeído-3-fosfato, auxiliado

pela enzima 1-deoxi-D-xilulose-5-fosfato sintetase (DXS) para produzir o 1-deoxi-D-

xilulose-5-fosfato (DXP) (Adio, 2005).

O DXP é transformado em 2-C-metil-D-eritrose-4-fosfato (MEP), catalizada pela

deoxixilulose redutase (IspC). Posteriormente o MEP e a citidina 5’-trifosfato reagem,

auxiliados pela IspD (4-difosfocitidil-2-C-metileritritol sintase), formando a 4-difosfocitidil-

2C-metileritritol que é fosforilado pela IspE (4-difosfocitidil-2-C-metil-D-eritrol sintetase).

O produto desta reação, 4-difsfocitidil-2C-metil-D-eritrol-2-fosfato, é ciclizado pela IspF

(2C-metil-D-eritritol-2,4-ciclodifosfato sintase) formando a 2C- metil-D-eritro 2,4-

ciclodifosfato. Finalmente as duas últimas etapas envolvem a formação do IPP e do

DMAPP, catalizadas pela IspG (1-hidroxi-2-metil-2-(E)-butenil 4-difosfato sintetase) e

IspH (acetoacetil-CoA- tiolase)( Withers & Keasling, 2007).

A figura 11 ilustra as reações envolvidas.

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58

Figura 11: Rota dos terpenos independente do mevalonato (Adaptado de Withers &

Keasling, 2007).

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59

Uma área mais recente no desenvolvimento de fármacos que usa a modificação

estrutural de terpenos é a bioengenharia metabólica, onde há o redirecionamento das rotas

biossintéticas usando a manipulação genética. A produção de isoprenóides emprega

hospedeiros nativos ou hospedeiros heterólogos (Khosla & Keasling, 2003).

No primeiro caso, a biotecnologia é focada na produção dos metabólitos de interesse

por meio de cultura de células de plantas (Withers & Keasling, 2007). Lange & Croteau

(1999) desenvolveram uma metodologia para aumentar o teor de óleo essencial da espécie

Mentha piperita. Foi descoberto o gene responsável pela codificação da IspC (1-deoxi-D-

xilulose-5-fosfatoreductoisomerase) e o aumento de sua expressão culminou em maiores

teores de óleo (cerca de 50%). Aubourg et al. (2002) identificaram 40 enzimas envolvidas

na síntese de terpenos na espécie Arabidopsis thaliana e posteriormente foram identificados

os genes responsáveis pela produção dos compostos. Estes genes foram clonados e

funcionalmente expressos para elevar os teores de dois diterpenos, o (-) kaureno [89] e o

ácido kaurenóico [90] (Fleet et al., 2003).

Os hospedeiros heterólogos apresentam pouca ou nenhuma capacidade natural de

produzir terpenos, porém, com a manipulação genética, há a introdução de novos genes

obtidos de hospedeiros naturais com consequente desenvolvimento de compostos desejados.

Os mais conhecidos e empregados são a Escherichia coli, Saccharomyces cerevisiae e

Arabidopsis thaliana (Withers & Keasling, 2007).

Um grande avanço na bioengenharia de metabólitos é a produção de compostos com

efeitos biológicos conhecidos, como o Taxol®. Este produto, quimicamente denominado de

paclitaxel [91], é muito empregado na quimioterapia e apresenta uma rota biossintética

longa e complexa que é iniciada pela conversão do GGPP em um precursor do Taxol®,

catalizada pela enzima taxadieno sintase. Três grupos diferentes de pequisadores

empregaram hospedeiros heterólogos distintos A. thaliana, E. coli e S. cereviseae (Huang et

al., 2001; Besumbes et al., 2004 e Dejong et al., 2006, respectivamente) para produzir o

terpeno e todos obtiveram sucesso.

Outro interessante caso é a pesquisa envolvendo a espécie vegetal Artemiísia annua.

A partir dela é extraído uma sesquiterpenolactona, a artemisina [92], empregada no combate

da malária (Martin et al., 1993; Bouwmeester, 2006; Wu et al., 2006; Liu et al. 2006). Seu

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60

precursor biossintético o amorfa-4,11-dieno [93] já foi identificado e produzido a partir de

um hospedeiro heterólogo, o E. coli por Mercke et al. (2000).

H

H

[89]

H

H

COOH

[90]

OAc

OH

OAcO

HPhOCO

OO

O

Ph

NH

Ph

O

OH

[91]

O

O

H3C H

H3C

OCH3

HH

OO

H

H

[92]

[93]

Figura 12: Compostos envolvidos no estudo da engenharia biossintética

III Fenilpropanóides

Os derivados de fenilpropanóides são compostos cujo esqueleto carbônico derivam

da fenilalanina (sintetizado via ácido chiquímico). Diversos compostos derivados de

fenilpropanóides são encontrados em óleos essenciais de espécies vegetais, como por

exemplo: eugenol, cinamato de metila, elemicina, chavicol, dilapiol, anetol, estragol, apiol e

outros (Sangwan et al., 2001).

A rota biossintética dos derivados de fenilpropanóides inicia-se pela condensação

aldólica de dois metabólitos da glicose, o fosfoenolpiruvato e a eritrose-4-fosfato, formando

o ácido chiquímico. Este é metabolizado para gerar o corismato que é o precursor

biogenético da fenilalanina. Posteriormente, por ação da enzima fenilalanina amonialiase

(PAL), a fenilalanina perde uma molécula de amônia e origina o ácido cinâmico. Este último

origina a maioria dos compostos classificados como fenilpropanóides, compostos

aromáticos com uma cadeia lateral de três átomos de carbono ligadas diretamente ao anel

(Simões & Sptizer, 2001).

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61

2.3.3 Biossíntese dos sesquiterpenos

O precursor da biossíntese dos sesquiterpenos é o farnesilpirofosfato (FPP) que ao

sofrer diversas ciclizações promove a formação de vários esqueletos carbônicos. A

biossíntese se inicia com a remoção do ânion pirofosfato do FPP e a formação dos carbênios

por auxílio de enzimas terpeno sintetase (Sangwan et al. 2001; Withers & Keasling, 2007).

Acredita-se que a biogênese dos terpenos cíclicos e policíclicos envolva íons

carbênios não clássicos como intermediários da reação. Como esperado, rearranjos são

freqüentes, como por exemplo, a substituição 1,2-metila (Rearranjo de Wagner-Meerwein) e

as reações sigmatrópicas (Rearranjo de Cope). A figura 13 demonstra algumas

possibilidades de ciclização para a formação de sesquiterpenos (Breitmaier, 2006).

Figura 13: Biogênese de sesquiterpenos (Adaptado de Breitmaier, 2006 e Sangwan et al. 2001).

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62

Os principais esqueletos de sesquiterpenos encontrados na natureza incluem os

bisabolanos, elemanos, germacranos, humulanos, cariofilanos, eudesmanos, guaianos e

cedranos. Exemplos destes esqueletos estão ilustrados na figura 14.

Figura 14: Esqueletos de sesquiterpenos comuns (Dicionário de Produtos Naturais, 2004).

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63

2.3.4 Degradação dos terpenos

Um dos problemas no estudo de terpenos presentes em óleos essenciais fundamenta-

se na sua degradação quando submetidos a altas temperaturas. Isto deve ser cuidadosamente

observado na cromatografia em fase gasosa, que é a ferramenta analítica mais empregada

em sua identificação.

Existem alguns exemplos de modificação estrutural de terpenos reportados na

literatura. A germacrona [63] é capaz de rearranjar formando a β-elemenona [96] por meio

do rearranjo de Cope (Sorm, 1971). Outros produtos de degradação térmica são o β-ilangeno

[97] e o α-amorfeno [98] que são rearranjados a partir do Germacreno D [65] e do α-

ilangeno [99], respectivamente (Melching et al., 1997) (figura 15).

Figura 15: Rearranjos sofridos pelos Germacrenos

O edicariol [100], pertencente à classe dos germacrenos, pode rearranjar em elemol

[56] por meio do rearranjo de Cope (Sorm, 1971), assim como a linderalactona [101] em

isolinderalactona [102] (Gopalan & Magnus, 1984) e o curzereno [1] que se modifica

estruturalmente em furanodieno [2] sob altas temperaturas (figura 16).

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64

Figura 16: Sesquiterpenos formados pelo rearranjo de Cope

A facilidade em alterar a estrutura química dos germacranos também foi citada por

Kraker et al. (1998). Estes autores descrevem o rearranjo de Cope do Germacreno A [103]

em β-elemeno [104] e afirmam que em condições ácidas fracas existe a possibilidade de

ciclização em selina-4,11-dieno [105], α e β-selineno [19, 26]. Hackl et al. (2004) também

descreve a formação do iso β-elemeno [104] a partir do isogermacreno A [106] (figura 17).

Figura 17: Sensibilidade de sesquiterpenos ao calor e a condições ácidas.

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65

Sorm (1971) citou a possibilidade de transformação do Germacreno D [64], sob a

ação da silica gel, em α-cadineno [107], γ-cadineno [108], α-amorfeno [109], β-bourboneno

[110], γ-muuroleno [111] e em α-muuroleno [112] (figura 18).

Figura 18: Rearranjo do Germacreno D sob ação da sílica gel

Nigan & Levi (1968) estudaram os efeitos da alumina em terpenos e verificaram sua

degradação. O óxido de limoneno [113] é isomerizado em álcoois α e β insaturados, além

das cetonas correspondentes. Este monoterpeno é capaz de rearranjar em cis e trans-carveol

[114 e 115], álcool perílico [46] e em cis e trans-dihidrocarvona [116 e 117]. O óxido de α-

pineno [118] é isomerizado em cis e trans pinocarveol [119, 120] e cis e trans - pinocarvona

[121, 122] (figura 19).

Figura 19: Degradação de monoterpenos em alumina.

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66

Yang et al. (2007) estudaram a degradação de monoterpenos em diferentes

temperaturas, empregando a extração por água subcrítica e concluíram que durante 30

minutos de extração sob uma temperatura de 100°C os terpenos de α-pineno [34], limoneno

[18], cânfora [40], citronelol [123] e carvacrol [124] já apresentavam degradação(figura 20).

Figura 20: Efeito da Temperatura na estabilidade de monoterpenos sob 30 minutos

de aquecimento em água (Adaptado de Yang et al., 2007).

Decomposição de terpenos em cartuchos de Tenax também já foi descrito na

literatura. Calogirou et al. (1996) investigaram o efeito do ozônio atmosférico e do referido

material adsorvente na estrutura química de alguns terpenos. Os monoterpenos saturados

1,8-cineol [38], cânfora [40] e canfeno [125] não apresentaram degradação e os insaturados

β-pineno [89], mirtenal [126], α-pineno [34], sabineno [127] e citronelal [128] foram pouco

degradados. Os terpenos com duas ou mais insaturações como o d-limoneno [18], citral [87],

linalol [16], β-ocimeno [129], terpinoleno [23], α-terpineno [20] e β-cariofileno [28]

apresentaram degradações significantes (figura 21).

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67

OH

OH

OH

[125] [126]

[127] [128] [129]

Figura 21: Terpenos degradados no Tenax

2.3.5 Furanosesquiterpenos: ocorrência e atividade farmacológica

Os sesquiterpenos furanóides apresentam ampla distribuição na natureza e já foram

isolados de diferentes fontes naturais (Blay et al., 1996). O gênero Commiphora

(Burseraceae), por exemplo, apresenta diversos furanosesquiterpenos. Da resina da mirra

(Commiphora myrrha) são reportados o curzereno [1], furanoeudesma-1,3-dieno [130],

1,10-(15)-furanodieno-6-ona [131], o lindestreno [132], curzerenona [133], furanodieno-6-

ona [134], diidropirocurzerenona [135], 3-metóxi-10(15)-diidrofuranodieno-6-ona [136], 3-

metóxifuranoguaia-9-eno-8-ona [137], 2-metóxi-4,5-diidrofuranodieno-6-ona [138] e 3-

metóxi-10-metilenofuranogermacra-1-eno-6-ona [139] (Hanus, 2005). Este último também

foi encontrado em C. sphaerocarpa (Dekebo, 2002) (figura 22).

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68

Figura 22: Furanosesquiterpenos presentes em C. myrrha

Outra espécie de mirra, a C. molmol, apresenta em seu óleo essencial diversos

terpenos furanóides como o furanodieno-6-ona [134], curzerenona [133], 2-

metóxifuranoguaia-9-eno-8-ona [140], 2-metóxifuranodieno [141], 4,5-diidrofuranodieno-6-

ona [142] entre outros (figura 23). Aliás, esta espécie é a mirra mais comercializada

industrialmente e é nativa da Arábia, Somália e Iêmen (Hanus, 2005).

O

H3CO

[141]

OH3CO

[140]

O

O

[142] Figura 23: Furanosesquiterpenos presentes em C. molmol

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69

Tipton et al. (2003) observaram o efeito inibidor do óleo de mirra na produção da

interleucina-1β, mediador químico relacionado com a inflamação. Apesar do seu efeito

terapêutico, foi reportado por Saeed & Sabir (2004) o efeito irritante de alguns constituintes

desse produto.

Sesquiterpenos furanóides são encontrados também no gênero Atractyloides

(Compositae). As espécies desse gênero são empregadas pela medicina tradicional chinesa

para diversas enfermidades como desordens estomacais e digestivas, contra resfriados e

gripes e também para combater diarréias. Dos rizomas da espécie A. lancea (Thunb.) D. C.,

foram isolados o atractilenolídeo II [143] e III [144], a atractilona [145] e o ostol [146]. Os

dois últimos apresentaram efeito inibidor moderado contra a 5-lipooxigenase (Resch et al.,

1998). Dos rizomas da A. japonica, empregada na medicina popular devido ao seu efeito

sudorífero, foram identificados o atractilenolídeo III [143] e a atractilona [145]. Esta foi

ativa na inibição do Na+, K+-ATPase explicando o efeito diurético provocado por esta

substância (Satoh et al., 1996; Gavagnin, et al., 2003).

Dos tubérculos da Curcuma zedoaria (Zingiberaceae), foram encontrados o

curzereno [1], epicurzerenona [147], furanodieno [2], furanodienona [148] e zederona [149]

(Hikino et al., 1968, Hikino et al., 1970, Morikawaa et al., 2002; Mau et al., 2003; Yang et

al., 2005). Quanto aos efeitos terapêuticos da espécie, comprovou-se sua atividade

hepatoprotetora e o furanodieno [2] apresentou inibição de tumores em camundongos sob

uma dose de 50mg/Kg (Morikawaa et al., 2002). Além disso, outro terpenóide presente na

espécie, a furanodienona [148], apresentou efeito vasorelaxador em um ensaio de órgão

isolado (Sasaki et al., 2003) (figura 24).

O

O

[148]

OO

R

[143] R= H[144] R=OH

O

H[145]

O OH3CO

[146]

O

OO

[149][147]

OO

Figura 24: Furanosesquiterpenos encontrados nos gêneros Atractyloides e Curcuma.

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70

Da Smyrnium perfoliatum (Umbelliferae) foram identificados os terpenos

linderazuleno [150], 1β-acetoxifurano-4(15)-eudesmeno [151], 1β-acetoxifuranoeudesmano-

3-eno [152] e o glecomafurano [153] (figura 25). Os três últimos também foram encontrados

na S. olustrasum (Möllekena et al., 1998; Möllekenb et al., 1998; Ulubelen & Öksüz, 1983).

OO

[150]

O O

OAc

OAc

H

O

O

[151]

[152] [153] Figura 25: Sesquiterpenos furanóides encontrados no gênero Smyrnium

Outras espécies vegetais com relatos sobre sesquiterpenos furanóides são a Gnidia

latifolia Gilg.(Thymelaeaceae) apresentando a gnididiona [154] (Kupchan et al., 1977); a

Merremia kentrocaulos (Convolvulaceae) onde foi identificados as merrekentronas A, B, C,

e D [155158] (Jenett-Siems et al., 2001); Lindera strychnifolia Vill, cuja constituição está

presente o curzereno [1] , o lindestreno [132], o linderóxido [159] e o isolinderóxido [160]

(Ishii et al., 1967); a Neolitsea parvigemma (Lauraceae) apresentando em seu extrato

metanólico o neolitrano [161] , a deacetilzeilanidina [162], a zeilanicina [163], a zeilanidina

[164], a linderalactona [101] e o pseudoneolinderano [165] (figura 26). Vale ressaltar que os

dois últimos apresentaram significante atividade antiinflamatória em uma pesquisa realizada

por Chen et al. (2005).

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71

O

OO

H

[154]

O

O

O

R

[155] R=CH3[156] R=CH2OH

OO

O

O

[157]

O OO

[158]

O

OO

[159]

O

O

O

OO

[160]

O

O

O

O

OR

[161] R= OAc[162] R= OH

OO

OO

OAc

[163]

OO

OH

OAc

O

OO

[164]

Figura 26: Sesquiterpenos furânicos encontrados nos gêneros Gnidia, Merremia, Lindera e Neolitsea

Os furanosesquiterpenóides são também muito comuns em produtos naturais

marinhos. Da espécie Tubipora musica L. foi isolado o furanodieno [2], o tubipofurano

[166] e o 15-acetoxitubipofurano [167]. Vale ressaltar que este último apresenta

ictiotoxicidade e atividade antitumoral (Iguchi et al., 1986; Ojida et al., 1994).

Em espécies de Gorgônias também é comum a presença de furanosesquiterpenóides.

A espécie Dasystenella acanthina apresenta além do furanodieno [2], a atractilona [145] e

seu isômero correspondente o furanoeudesmano-3-eno [168]; da Bebryce grandicalyx foi

isolado o bebriazuleno [169] (Aknin et al., 1998); de Echinogorgia praelonga o terpeno

equinofurano [170] (Yim et al., 2003); e da espécie Phylum Cnidaria, foi isolado

furanodieno [2], sericenina [171], neosericenina [172] e isosericenina [173], primeiramente

isoladas na planta Neolitsea sericea (Izac et al., 1982).

No trabalho de Grace et al. (1994), isolou-se o ácido (1´E, 5´Z)-2-(2´,6´-dimetilocta-

1,5,7-trienil)-furano-4-carboxílico [174], a partir de corais marinhos do gênero Sinularia,

com significante atividade in vitro contra fosfolipase A2.

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72

Do extrato metanólico de um fungo saprótico Chromodoris funerea encontrado em

associações com a esponja Dysidea herbaceae, foram isolados os furanosesquiterpenos

furodisinina [175] e o furodisina [176] (Carté et al., 1986). Aliás, é bastante comum esta

classe de substâncias no gênero Dysidea (Scheuer, 1978). D. herbaceae, por exemplo,

apresenta em sua composição química o sesquiterpeno 2-hidróxi-9,11-dimetil-10-metileno-

3-oxatriciclo [7.3.1.02,6] tridecano-5-eno-4-ona [177] (Sera et al., 1999) cuja estrutura

química é semelhante ao nakafuran 9 [178] encontrada por McPhail et al. (2000) na esponja

Dysidea sp. As estruturas de alguns sesquiterpenos furânicos encontram-se ilustradas na

figura 27.

O O

H H[168][166]

O

[170]

O

[169]

OH3CO2C

[171]

OH3CO2C

[172]

H3CO2C

O

[173]

O

O

[175] [176]

O OHO

[177]

O

[178]

O

H[167]AcO

O

HOOC

[174]

Figura 27: Sesquiterpenos furânicos encontrados em espécies marinhas.

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73

2.4 Sistemática vegetal

2.4.1 Família Myrtaceae

A família Myrtaceae é constituída de 130 gêneros e cerca de 3.000 espécies. É

representada principalmente por plantas arbustivas ou arbóreas. Nas Américas, espécies

frutíferas como o jambo (Eugenia jambolana), goiaba (Psidium guajava), jaboticaba (Plinia

trunciflora), cerejeira (E. involucrata) são importantes representantes. Além dessas espécies,

outra de grande importância econômica é o Eucalyptus, nativo da Austrália e cultivado em

larga escala nos trópicos (Wikipédia, 2007).

2.4.2 Gênero Eugenia

O gênero Eugenia é considerado o maior gênero de árvores e arbustos da família

Myrtaceae e compreende cerca de 2000 espécies. Este grupo ocorre em climas tropicais e

subtropicais e também nos trópicos da Ásia, África e Austrália (Wikipédia, 2007). Dentro

deste grupo destacamos a espécie E. uniflora, vulgarmente conhecida como pitangueira.

2.4.2 Eugenia uniflora

I Descrição botânica

E. uniflora é uma árvore de pequeno porte, de 6 a 12 metros, com folhas opostas e

nervuras marginais apresentando aspecto ovalado lanceolado, de ápice aguda ou obtusa com

margem inteira de 2,0 a 6,0 cm de comprimento e 1,0 a 2,5 cm de largura. São glabras e

membranosas apresentando a face abaxial um pouco mais clara e opaca. Suas flores são

solitárias ou em grupos de 2 ou 3 membros nas axilas da extremidade dos ramos brancas ou

amarelo-pálidas. Os frutos apresentam-se como uma drupa globosa achatada e sulcada,

glabra, brilhante, vermelha, de polpa carnosa e comestível, apresentando uma ou duas

sementes (Lorenzi, 1992).

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74

Figura 28: Pitangueira (Eugenia uniflora L.) (Lorenzi, 1992)

Apresenta diversas sinonímias botânicas dentre elas: E. michelli Lam., E. costata

Camb., Eugenia indica Mich., Stenocalix michelli (Lam) O. Berg., S. brunneus O. Berg, S.

affinis O. Berg, S. strigousus O. Berg, S. impuctatus O. Berg, S. glaber O. Berg, S. lucidus

O. Berg, S. dasyblastus O. Berg, Pinia rubra L., Pinia penducalata L. e Myrtus brasiliana

L (Lorenzi, 1992).

Quanto à distribuição geográfica, é uma espécie encontrada principalmente nas

regiões tropicais. No Brasil pode ser encontrada em Goiás, Bahia, Mato Grosso do Sul,

Mato Grosso, Rio de Janeiro, São Paulo, Santa Catarina e Rio Grande do Sul (Pio Corrêa,

1984).

A pitangueira é apreciada pelos seus frutos apresentarem sabor agridoce. O chá de

suas folhas serem empregados na medicina popular como antitérmico, hipotensor, antigota,

estomáquico e hipoglicemiante (Auricchio & Bacchi, 2003).

II Composição química

Existem diversos trabalhos relatando a composição química do óleo essencial obtido

das folhas da pitangueira. Weyerstahl et al. (1988) identificaram por CG-EM e RMN 1H e 13C como componentes majoritários do óleo de E. uniflora o furanodieno [2] (24%) que de

acordo com os autores coelui com o curzereno [1] além de formar atractilona citada como

produto de isomerização. Vale ressaltar que os dados de RMN unidimensionais do

curzereno não foram apresentados no artigo. Outros sesquiterpenos também foram

identificados como o germacreno B [179] (5.8%), β-elemeno [104] (3,5%), selina-1,3,7

(11)-trieno-8-ona [180] (17%) e óxido de selina-1,3,7 (11)-trieno-8-ona [181] (14%).

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75

No Brasil, Morais et al. (1996) identificaram por CG-EM e pelo IRL, além dos

compostos supracitados o 4-acetoxi-germacra-1,8(11)-dieno-9-ona [182]. O selina-

1,3,5(11)-trieno-8-ona [181] e o óxido de selina-1,3,7(11)-trieno-8-ona foram identificados

também por RMN 13C. A porcentagem dos terpenos foi muito diferente do encontrado por

Weyerstahl, o selina-1,3,7(11)-trieno-8-ona [180], por exemplo apresentou-se como

constituinte majoritário com 48,5% do óleo bruto. No Nordeste brasileiro, encontrou-se na

composição do óleo essencial, os sesquiterpenos majoritários selina-1,3,7 (11)-trieno-8-ona

[180] (48,52%) e óxido de selina-1,3,7 (11)-trieno-8-ona [181] (17,33%) (Morais et al.,

1996; Auricchio & Bacchi, 2003). Em contrapartida, Maia et al. (1999), estudaram por CG-

EM o óleo essencial das folhas e ramos de E. uniflora coletados no estado do Pará e

identificaram como compostos majoritários o germacrona [63] (32,8%) e curzereno [1]

(30,0%). Melo (2005) caracterizou os componentes majoritários do óleo essencial das folhas

da pitangueira o curzereno [1] e furanodieno [2] (42,2%), o β-elemeno [104] (5.9%), e o

espatulenol [58] (3,8%). As análises foram realizadas por CGAR-EM.

Onayade et al., (1999) identificaram por CG-EM no óleo essencial das folhas da E.

uniflora os sesquiterpenos germacreno A [103], germacreno D [65], selina-1,3,7 (11)-trieno-

8-ona [180], selina-11-eno-4α-ol [77], viridiflorol [82],óxido de selina-1,3,7 (11)-trieno-8-

ona [181] e o 4-acetóxigermacra-1,8 (11)-trieno-8-ona [182]. Além disso, foi avaliado o

efeito do armazenamento em congelador do óleo essencial de pitangueira. Observou-se que

o óleo obtido das folhas frescas apresentaram 25,5% de selina-1,3,7 (11)-trieno-8-ona [180]

enquanto que o óleo armazenado sob refrigeração apresentou 10,9%.

Em outra pesquisa, El-Shabrawy (1995) empregando a CG-EM, identificou no óleo

essencial das folhas da pitangueira a selina-1,3,7(11)trieno-8-ona [180] (20,33%),

furanodieno [2] (16,52%), óxido de selina-1,3,7(11)-trieno-8-ona [181] (10,53%), selina-11-

eno-4α-ol (6,23%) [77] e o espatulenol [58] (4,39%). Henriques et al. (1993) também

estudaram por CG-EM o óleo essencial das folhas da E. uniflora e identificaram como

constituinte majoritário o nerolidol [69] com 25,2% de teor. Este sesquiterpeno também foi

encontrado por Ubiergo et al. (1987) no óleo essencial da pitangueira cultivada na

Argentina, com teor de 10,5%. Além deste, outros compostos foram identificados

empregando a CG-EM: limoneno [18] (10,4%), verbenona [183] (5,0%), carvona [184]

(14,4%) e a pulegona [185] (11,4%),. Viana et al., (1971) identificaram o β-pineno [89],

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limoneno [18], pulegona [185] e cânfora [40] no óleo essencial das folhas da pitangueira

secas à sombra. Rucker et al. (1971) e Weyerstahl et al. (1988) isolaram do óleo essencial

da pitangueira o furanodieno [2] empregando a metodologia de filtração por metanol à frio.

A identificação foi realizada por CG-EM e por RMN1H e 13C.

Na Nigéria, observou-se que a constituição química do óleo essencial da pitangueira

apresentou como componente principal o curzereno [2] (19,7%) seguido da selina-1,3,7

(11)-trieno-8-ona [180] (17,8%), atractilona [145] (16,9%) e furanodieno [2] (9,6%).

Adicionalmente, os autores extraíram também o óleo essencial dos frutos da referida espécie

e encontraram os terpenos germacrona [63] (27,5%), selina-1,3,7 (11)-trieno-8-ona [180]

(19,2%), curzereno [1] (11,3%) e óxido de selina-1,3,7 (11)-trieno-8-ona [181] (11,0%)

como majoritários (Ogunwande et al., 2005). Oliveira et al. (2006) encontraram compostos

bem diferentes no óleo volátil dos frutos como o β-pineno [89] (9.3%), o β-ocimeno [129]

(15,4%), β-elemeno [104] (1,3%) e o curzereno [1] (0,7%). Pino et al. (2003) identificaram

no óleo essencial da pitanga o curzereno [1] (38,9%) e o bergapteno [186] (16,2%). Rucker

et al. (1971) isolou dos óleos dos frutos da pitangueira o furanoelemeno [1], o germacreno B

(179) e o selina-4(14),7(11)-dieno (187). Nestes estudos empregou-se a CG-EM para a

identificação dos compostos.

H

[180]

O

H

O

[181]

O

AcOE

E

[179] [182]

O

[183]

O

[184]

O

[185]

O OO

OMe

[186]

H

[187]

Figura 29: Terpenos presentes no óleo essencial das folhas de E. uniflora

Outros compostos da pitangueira foram identificados. Lee et al. (1997) isolaram a

partir do extrato em acetona os taninos eugeniflorina D2 [188] e eugeniflorina D1 [189] e os

compostos fenólicos oenoteina B [190] e galocatequina [191]. Mais recentemente, Lee et al.

(2000) isolaram os radicais fenólicos galoil [192] e valoneoil [193]. Dos frutos da

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pitangueira identificaram-se as antocianinas cianidina-3-O-β-glicopiranosideo [194] e o

delfinidina-3-O-β- glicopiranosídeo [195] (Einbond et al., 2004) e carotenóides como o

Licopeno [196], γ-caroteno [197], β-criptoxantina [198], ξ-caroteno [199] e o fitoflueno

[200] (figura 30).

Figura 30: Compostos fenólicos, taninos e carotenóides encontrados na pitangueira.

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III Atividades farmacológicas

Popularmente a pitangueira é empregada em infusões ou em decocções para a

diminuição do açúcar no sangue, contra dores reumáticas, como diurético, no combate de

distúrbios estomacais, na diminuição da febre e como antiinflamatório (Ogunwande et al.,

2005).

A inibição da enzima xantina oxidase pelo extrato hidroalcoólico da E. uniflora foi

estudado por Schmeda-Hirschmann et al. (1987). Esta enzima é responsável por catalisar a

oxidação da xantina em hipoxantina que por sua vez transforma-se em ácido úrico e,

consequëntemente acredita-se que a infusão do vegetal seja medicinalmente útil no

tratamento da gota. Os autores atribuem o efeito aos flavonóides presentes no extrato; além

disso, a pesquisa avaliou a toxicidade aguda e subaguda do produto e os resultados

mostraram a ausência de efeito tóxico.

Arai et al. (1999) avaliaram frações obtidas do extrato etanólico das folhas da

pitangueira (70%), e sua atividade hipoglicêmica e hipotrigliceridêmica. Duas frações

promoveram a diminuição dos níveis de açúcar e do teor de triglicerídeos sanguíneos.

Praticamente todas as frações foram capazes de inibir a atividade da maltase e sucrase.

Outra pesquisa envolvendo a avaliação dos níveis de lipídeos sanguíneos foi realizada por

Ferro et al. (1988). Os autores verificaram que o extrato hidroalcoólico das folhas da

Pitanguera foi capaz de diminuir teor de triglicerideos e de VLDL (Very Low Density

Lipids) no sangue de macacos após 2 semanas de tratamento, empregando uma dieta rica em

colesterol.

Souza et al. (2004) relataram que o extrato metanólico da pitangueira apresentou-se

ativo contra o Staphylococcus aureaus, Bacillus subtilis e Micrococcus luteus. O óleo

essencial das folhas e frutos desta espécie também foi avaliado quanto ao efeito antifúngico

e antibacteriano, e apresentaram inibição significativa contra a Pseudomonas aeruginosa e

Trichophyton mantagrophytes (Adebajo et al., 1989). A metodologia empregada em ambos

os casos foi a de difusão por ágar. De modo semelhante, Ogunwande et al. (2005) estudaram

o efeito antibacteriano dos óleos voláteis dos frutos e folhas da pitangueira e perceberam

uma inibição significativa no crescimento do S. aureus e B. cereus respectivamente. O efeito

citotóxico também foi pesquisado pelos autores e os materiais vegetais apresentaram

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resultados excelentes, inibindo completamente o crescimento de células mamárias humanas

tumorais.

Holetz et al. (2002) avaliaram o efeito antifúngico de diversas plantas empregadas

pela medicina popular no tratamento de infecções bacterianas e fúngicas e concluíram que a

pitangueira apresentou uma diminuição significativa no crescimento micelial das espécies

Cândida krusei e C. tropicalis.

A atividade vasorelaxante do extrato hidroalcóolico bruto e das frações da E.

uniflora também foi confirmada por meio do ensaio de órgão isolado em ratos. Percebeu-se

uma ação do extrato mediada pelo óxido nítrico e o desaparecimento da atividade com o

fracionamento do produto bruto (Wazlawik et al., 1997). Consolini & Sarubbio (2002),

avaliando o extrato aquoso da espécie, observaram o efeito hipotensor em ratos e sugeriram

que os compostos presentes na pitangueira diminuem a pressão intraventricular através do

bloqueio irreversível dos canais de cálcio. Adicionalmente, Consolini, et al. (1999)

comprovaram o efeito vasodilator e hipotensivo do extrato aquoso obtido das folhas da E.

uniflora e citam que a atividade pode ser em conseqüência do bloqueio dos canais de cálcio

ou da ativação dos canais de potássio ou ainda do efeito da inibição da enzima

fosfodiesterase.

O efeito antioxidante dos extratos metanólicos da E. uniflora revelou-se bastante

expressivo. Foram realizados ensaios de peroxidação lipídica induzida por Fé2+/Ascorbato e

por CCl4/NADPH, com IC50 de 6,9 e 6,2 μg/ mL, respectivamente; na redução do

superóxido induzido pela enzima hipoxantina com IC50 de 7,7 μg/ mL; na redução do DPPH

(2,2-difenil-1-picrilhidrazil) com um IC50 de 9,1 μg/ mL (Velásquez et al., 2003).

Almeida et al., (1995) estudaram a atividade antidiarréica do extrato aquoso obtido

das folhas da pitangueira a partir da avaliação da absorção intestinal de água. Os resultados

mostram que o extrato foi capaz de atuar em todas as porções intestinais com exceção do

jejuno.

Lee et al. (2000) observaram o efeito antiviral de taninos e compostos fenólicos

obtidos da E. uniflora e observaram que a eugeniflorina D2 [185] e eugeniflorina D1 [185]

foram capazes de inibir a enzima DNA polimerase do vírus Epstein-Barr.

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80

2.5 Mecanismo da dor e da inflamação

A inflamação é uma reação de defesa do organismo desencadeada por agentes

físicos, químicos ou biológicos (bactérias, vírus ou parasitas) e apresenta cinco sinais

clássicos: calor, rubor, dor, tumor e perda da funcionalidade do tecido (Schmitz & Bacher,

2005). A vermelhidão e o aumento da temperatura local resultam do aumento do fluxo

sanguíneo e em conseqüência da maior permeabilidade vascular. Em função disto, fibras

nervosas são comprimidas e por sua vez sensibilizadas e estimuladas caracterizando o que

conhecemos como dor (Calixto et al., 2003).

O processo inflamatório consiste na resposta orgânica diante de uma injúria tissular

ou infecção e envolve uma ação coordenada entre o tecido lesionado e o sistema

imunológico. Acumulam-se no local da agressão substâncias biologicamente ativas, como as

prostaglandinas, tromboxanos e outros mediadores químicos, que também favorecem o

estímulo doloroso, sensibilizando os receptores da dor ou nociceptores (Kummer & Coelho,

2002).

Um grupo importante de mediadores químicos envolvidos no processo inflamatório é

o dos eicosanóides, produzidos a partir do ácido araquidônico (AA). O AA apresenta um

papel regulador chave na fisiologia celular e é liberado a partir de fosfolipídeos de

membrana, com o auxílio da enzima Fosfolipase A2.

O ácido araquidônico ao ser liberado por estímulos (físicos, químicos ou biológicos)

é convertido nas prostaglandinas G2 e H2, pelo auxílio enzima prostaglandina endoperóxido

sintase (PGHS) citosólica, também denominada de ciclooxigenase (COX) (Kummer &

Coelho, 2002; Helliwell, 2006).

O termo ciclooxigenase deve-se ao seu mecanismo de ação que consiste na formação

de endoperóxidos (peróxidos bicíclicos) a partir da oxigenação dos ácidos graxos

poliinsaturados. A enzima COX apresenta duas isoformas denominadas de COX-1 e COX-

2. A COX-1 é a isoforma fisiologicamente constitutiva, atuando como citoprotetora gástrica

e mantenedora da homeostase renal e plaquetária e a COX-2 dita indutiva, ou seja, sendo

produzida apenas em situações de trauma tecidual ou nos processos inflamatórios. A partir

desta descoberta surgiram os medicamentos inibidores seletivos da COX-2, que permitiram

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a diminuição ou ausência dos efeitos colaterais indesejáveis, como os distúrbios

gastrointestinais, advindos do bloqueio inespecífico da ciclooxigenase. Atualmente foi

estabelecido que a isoforma 2 está presente em tecidos e que exista uma terceira isoforma

desta enzima, intitulada COX-3 (Kummer & Coelho, 2002).

A enzima PGHS apresenta dois sítios catalíticos, o sítio ciclooxigenase que

convertem o AA em PGG2 e o sítio peroxidase que é responsável em produzir as PGH2. Esta

é convertida pelas isomerases tissulares específicas em diversos prostanóides como as

prostaglandinas e as tromboxanas (Helliwell et al., 2006).

As lipooxigenases constituem outra classe de enzimas que metabolizam ácido

araquidônico produzindo outros mediadores químicos envolvidos no processo inflamatório,

os leucotrienos, estes atuam como fator quimiotático, permitindo que as células envolvidas

na inflamação (neutrófilos) cheguem ao local com mais facilidade, em função do aumento

da permeabilidade vascular (Lüllmann et al., 2000).

Outro mediador importante é o óxido nítrico, que está presente em processos

fisiológicos e patológicos, tais como vasodilatação e inflamação crônica, o que implica no

estudo de sua atividade para determinação dos efeitos antiinflamatórios de compostos

(Matsuda et al., 2000), assim como o Fator nuclear-κB (NF- κB) que é um elemento de

transcrição que ativa genes envolvidos no processo inflamatório (Kwok et al., 2001).

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Figura 31: Mediadores químicos envolvidos no processo inflamatório (Fonte: Lüllmann,

2000).

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3 OBJETIVOS

3.1 Gerais

Estudar a composição química do óleo essencial extraído das folhas da pitangueira

(E. uniflora L.) e sua atividade biológica, levando em consideração efeitos de sazonalidade e

envelhecimento.

3.2 Específicos

• Caracterizar por Cromatografia em Fase Gasosa acoplada a Espectrometria

de Massas, associada aos índices lineares de retenção, o óleo essencial de E.

uniflora L..

• Separar o óleo essencial da pitangueira, em grupos químicos, empregando

cromatografia em coluna com sílica impregnada por KOH.

• Isolar o constituinte majoritário do óleo essencial da E. uniflora L. e elucidar

sua estrutura química

• Avaliar o efeito da sazonalidade na composição química do óleo essencial da

pitangueira.

• Avaliar a interferência ou não da secagem das folhas na composição química

do óleo essencial da E. uniflora L..

• Caracterizar o óleo essencial da E. uniflora L. extraído a partir de folhas

envelhecidas por CGAR-EM

• Estudar o efeito analgésico do óleo essencial da pitangueira, assim como suas

frações e seu constituinte majoritário.

• Avaliar o efeito antiinflamatório do óleo essencial da pitangueira.

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4 METODOLOGIA EXPERIMENTAL

4.1 Coleta do material vegetal

As folhas da pitangueira foram coletadas no Bloco A do Instituto de Química (IQ) da

Universidade Federal do Rio de Janeiro, durante os períodos diurno (7:30 às 8:30) e

vespertino (12:30 às 13:30) entre os anos de 2004-2006.

Folhas de E. uniflora de outra localidade foram coletadas (Bloco H do Centro de

Ciências as Saúde da Universidade Federal do Rio de Janeiro), nos períodos Diurno (7:30 às

8:30) e Vespertino (12:30 às 13:30), durante o mês de Dezembro de 2006. Para facilitar a

descrição das análises designou-se o símbolo PA para amostras coletadas no bloco A do

Instituto de Química e a PH para aquelas extraídas a partir de pitangueiras do bloco H do

Centro de Ciências da Saúde.

4.2 Secagem e envelhecimento

A secagem das folhas de E. uniflora L. foi realizada com as folhas dispostas em

papel absorvente, em ambiente sob refrigeração com ar-condicionado (T=20°C), no

Laboratório de Aromas da UFRJ (626A - IQ), durante sete dias para posterior extração do

óleo. As amostras vegetais empregadas para a secagem foram a do mês de junho (PA) e

dezembro (PH).

Para a avaliação do envelhecimento, as folhas secas após o período de sete dias

foram acondicionadas em plásticos e guardadas por um período de três meses (figura 32). O

material foi mantido sobre a bancada, sem incidência direta de luz, sob temperatura

ambiente no Laboratório de Aromas da UFRJ. Decorrido o tempo descrito, o óleo volátil foi

extraído do material vegetal.

Figura 32: Acondicionamento das folhas secas da pitangueira

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4.3 Extração do óleo essencial

O óleo essencial foi extraído por hidrodestilação empregando o aparelho Clevenger

adaptado a um condensador com um sistema de resfriamento (5 0C) e controlador de fluxo

modelo Themp-Term B250. As folhas frescas ou secas foram picadas com auxílio de tesoura

e colocadas em um balão de fundo redondo junto com a água destilada. Após 3 horas de

extração retirou-se o óleo junto com o hidrolato e transferiu-se a mistura para um funil de

separação. Adicionou-se diclorometano (Tédia – P.A) à mistura e a fase orgânica foi

separada e evaporada em um evaporador rotatório (Marconi Equipamentos e Calibração

para Laboratórios – MA120). Os rendimentos estão apresentados na tabela 07 (página 115).

O óleo de mirra (C. myrrha) foi obtido comercialmente (Ökoshop Reagen) da

Alemanha e cedido gentilmente pela Msc. Bárbara Zellner. O estudo do óleo foi realizado

por apresentar características químicas similares ao óleo da pitangueira.

4.4 Cromatografia em coluna aberta do óleo essencial

Os óleos essenciais da pitangueira (270 mg) foi submetidos a cromatografia em uma

coluna empacotada com sílica gel 60 (Merck 70-230 Mesh), impregnada com KOH,

seguindo a metodologia de Veiga Junior (2004) modificada. Nesta técnica empregou-se

20mL de uma solução aquosa de KOH 5% em 30g de sílica gel, com posterior secagem em

estufa a 110°C, durante 3 horas. A coluna cromatográfica foi eluída com pentano,

diclorometano e metanol. A última fração foi totalmente evaporada e nela adicionou-se

40mL água destilada. Posteriormente a solução foi acidificada até o pH 4 e foi adicionado de

100mL de diclorometano. Finalmente, a fase orgânica foi separada por meio de um funil de

decantação e evaporada em evaporador rotatório. Uma alíquota da fração orgânica foi

derivatizada com diazometano (Veiga Junior, 2004) para posterior análise por CGAR-EM

descrita no item 4.7.1.

Realizou-se outra CLC, com o objetivo de isolamento do composto majoritário

(sesquiterpeno furanóide) onde a partir da coluna de sílica gel impregnada com KOH

retirou-se 10 frações. A partir de 1,57g de óleo obteve-se 4 frações de pentano e de

diclorometano e 2 frações metanólicas.

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86

4.5 Isolamento do sesquiterpeno furanóide majoritário

Com o intuito de isolar o componente majoritário do óleo essencial empregou-se a

metodologia realizada por Hikino et al. (1968) no isolamento de furanosesquiterpenos da

espécie Curcuma zedoaria. A metodologia consistiu no resfriamento do óleo essencial de E.

uniflora L. por cerca de 2 meses em um congelador e posteriormente realizou-se sua

filtração com metanol a frio (0oC).

4.5.1 Atractilona [145]

Sólido Branco; Rf=0,6 (clorofórmio:isopropanol 8:2); RMN1H (300MHz, CDCl3) δ:

1,54-1,72 (4H, m); 2,05-2,19 (2H, m); 2,33-2,35 (1H, t, J=2,33Hz); 2,39-2,41 (2H, t, J=2,13

Hz); 2,47 (2H, s); 7,1, 1H, s); 1,99 (3H, d, J=1,1 Hz); 0,8 (3H, s); Sistema AB: 4,74-4,75

(1H, d, J=1,63 Hz) e 4,90-4,91 (1H, d, 1,63 Hz). RMN13C (300MHz, CDCl3) δ: 8,25; 17,64;

20,97; 23,60; 36,72; 37,40; 39,37; 42,02; 45,81; 116,23; 107,36; 119,66; 137,01; 149,49;

149,90. EM (IE 70eV) m/z (%): 216(M+,11), 201(8), 187(2), 159(5), 148(33), 133(9),

119(6), 108(100), 91(14), 79(14), 65(5), 55(4), 53(3). IV da mistura de isômeros (KBr):

3052 , 2967 , 2931 , 2893 , 1508 , 1444 , 1454 , 1425 , 1133 , 1078 , 1024 , 752 , 758 cm-1.

4.5.2 Furanoeudesmano-3-eno [168]

Sólido Branco; Rf=0,6 (clorofórmio: isopropanol 8:2); RMN1H (300MHz, CDCl3) δ:

1,54-1,72 (2H, m); 2,05-2,19 (2H, m); 5,48 (1H, br s); 2,25-2,27 (1H, m); 2,58-2,60 (1H, dd,

J=4,53, 15,0 Hz); 2,66-2,68 (1H, dd, J=4,53, 15,0 Hz); 2,47 (2H, s); 7,1 (1H, s); 1,99 (3H, d,

J=1,1 Hz); 0,87 (3H, s); 1,76 (3H, d, 1,1 Hz). RMN13C (300MHz, CDCl3) δ: 37,23; 22,89;

121,98; 134,51; 43,97; 21,42; 117,24; 150,39; 38,77; 33,28; 119,66; 137,01; 8,25; 16,67;

21,36. EM (IE 70eV) m/z (%): 216(M+,11), 201(8), 187(2), 159(5), 148(33), 133(9), 119(6),

108(100), 91(14), 79(14), 65(5), 55(4), 53(3). IV da mistura de isômeros (KBr): 3052 , 2967

, 2931 , 2893 , 1508 , 1444 , 1454 , 1425 , 1133 , 1078 , 1024 , 752 , 758 cm-1.

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87

4.6 Identificação dos óleos essenciais e do sesquiterpeno furanóide majoritário.

4.6.1 Cromatografia em fase gasosa de alta resolução acoplada a Espectrometria de

Massas (CGAR-EM)

Empregou a CGAR-EM para a separação e caracterização química dos componentes

presentes no óleo essencial bruto da pitangueira, suas frações e seu produto isolado. Todas

as análises foram realizadas empregando-se a mesma programação do forno cromatográfico

e mesmas concentrações.

Empregou-se uma coluna capilar cromatográfica DB-1 (30m x 0.25mm x 0.25μm) e

2mg de cada amostra foram solubilizadas em 1mL de diclorometano e injetados 2μL de

solução a partir da técnica de agulha aquecida. A corrida cromatográfica iniciou-se em 80 oC, mantendo-se a esta temperatura por 4 minutos e aumentando-se gradativamente a 2 °C

por minuto até a temperatura de 240 °C. Posteriormente houve um aumento de 5 °C até

atingir a temperatura máxima de 270 °C, permanecendo em isoterma por 5 minutos. O modo

de injeção foi sem divisão de fluxo e a temperatura do injetor e da linha de transferência

foram de 270 e 290°C, respectivamente. O gás de arraste empregado foi o Hélio (1.0 psi) e o

tempo de não detecção do solvente foi de 4 minutos. Os espectros de massa foram obtidos

na faixa de 50 a 800 Da e as espectrotecas empregadas foram a Wiley 275 (G1034C Versão

C0300-Hewlett-Packard 1984-1994) e a Nist (Versão 2.0 – FairCom Corporation 1984-

2002). Além disso, os espectros foram analisados com base no livro “Identification of

essential oil components by gas chromatography/mass spectrometry” de Adams (1995). Para

o cálculo da abundância dos picos dos fragmentogramas empregou-se o programa AMDIS-

Automated Mass Spectral Deconvolution System DTRA/Nist 2002 (Versão 2.1).

4.6.2 Determinação do Índice de Retenção Linear (IRL)

Para a determinação do Índice de Retenção Linear uma mistura de n-alcanos (C12 a

C25) foi analisada por CGAR-EM nas mesmas condições cromatográficas mencionadas no

item anterior. O cálculo empregado apresenta-se ilustrado pela fórmula a seguir:

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88

TrA = tempo de retenção do analito

TrN = tempo de retenção do alcano com N carbonos

TrN+1 = tempo de retenção do alcano com n carbonos (n = N+1)

4.6.3 Ressonância Magnética Nuclear-RMN

A espectrometria de Ressonância Magnética Nuclear é uma técnica que permite

elucidar estruturalmente compostos a partir de absorções de radiação eletromagnéticas

característica, em função dos núcleos da molécula. Neste trabalho tanto experimentos

unidimensionais como bidimensionais foram realizados na amostra do sesquiterpeno

furanóide majoritário. Para as análises empregou-se clorofórmio deuterado no momento da

análise para evitar a degradação da amostra.

I - Experimentos unidimensionais

Os experimentos unidimensionais incluem RMN 1H e 13C. A ressonância magnética

nuclear de hidrogênio nos permite obter informações do número de diferentes tipos de

hidrogênio (ambientes químicos distintos), cujas áreas de absorção, calculadas pelas

integrações dos picos, correspondem ao número de hidrogênios. Além disso, o espectro de

RMN 1H nos informa sobre os prótons não equivalentes vizinhos, por meio do fenômeno

denominado de acoplamento de spin, que é o acoplamento indireto dos spins dos

hidrogênios através dos elétrons de ligação. Quanto a RMN 13C, não há o acoplamento spin-

spin, em função do núcleo magneticamente ativo 13C não apresentar abundância natural

grande (1,1% de 12C). A multiplicidade dos sinais de carbono é determinada pelo

experimento DEPT (Distortionless Enhancement by Polarization Transfer). Neste

experimento são aplicados três pulsos diferentes de hidrogênio (45°, 90° e 135°) e é

percebido sinais de intesidade diferente de acordo com o número de hidrogênio ligado ao

carbono.

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89

II - Experimentos bidimensionais

O experimento 1H-1H COSY (Correlation Spectroscopy) realizado indica quais os

pares de núcleos estão sendo correlacionados. As mais comuns correlações observadas nos

espectro de COSY são os acoplamentos em 2J (geminal), 3J (vicinal) e 4J (alílico e em W).

Nos experimentos de HETCOR (Heteronuclear chemical shift correlation)

correlacionam-se os núcleos de carbono com os de hidrogênio. Neste tipo incluem os

acoplamentos entre 1H e 13C que participam da mesma ligação química (HMQC -

Heteronuclear Multiple Quantum Coherence) e HMQC (Heteronuclear Multiple Bond

Correlation), onde são observados acoplamentos de longa distância (2J e 3J ).

4.6.4 Cromatografia em Camada Delgada-CCD

Os óleos essenciais de mirra e pitangueira, fração pentano (item 4.4) e produto

isolado foram cromatografados empregando clorofórmio e isopropanol (8:2). O revelador

empregado foi solução alcoólica 10% de ácido sulfúrico com posterior aquecimento em

placa quente.

4.6.5 Rotação Específica dos Óleos Essenciais de Eugenia uniflora L.

Foram calculadas a rotação específica dos óleos essenciais obtidos de folhas frescas e

envelhecidas (3 meses). Solubilizou-se os óleos em diclorometano (solução de 1%),

empregando-se uma célula de 3,5cm x 50mm, a 25°C e realizou-se 10 repetições de cada

óleo.

4.7 Variação sazonal

As folhas da pitangueira foram coletadas no Bloco A do Instituto de Química (IQ) da

Universidade Federal do Rio de Janeiro, durante os períodos Diurno (7:30 às 8:30) e

Vespertino (12:30 às 13:30) durante os meses de fevereiro e junho de 2006.

A composição química dos óleos foi analisada por CGAR-EM nas condições

descritas no item 4.6.1. A variação sazonal foi avaliada entre diferentes meses (fevereiro e

junho), dias (cinco dias consecutivos) e turnos (matutino e vespertino). Realizam-se

comparações entre os teores de sesquiterpenos furanóides, hidrocarbonetos, hidroxilados e

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90

carbonilados. Os dados foram analisados estatisticamente e empregou-se o teste t-student. O

programa utilizado foi o Biostat 2.0.

4.8 Estimativa do teor do sesquiterpeno majoritário

A linearidade caracteriza-se pela capacidade da metodologia em fornecer resultados

diretamente proporcionais à concentração da substância em exame, especificamente o

constituinte majoritário furanosesquiterpeno, neste caso. Para isto foi correlacionado o sinal

medido (área do pico) e a concentração do composto a ser quantificado e essa relação

matemática foi expressa por uma curva analítica descrita pela equação y=ax+b (onde y é o

sinal medido, a e b são os coeficientes angular e linear respectivamente e x é a concentração

da espécie a ser quantificada).

Neste trabalho empregou-se o furanosesquiterpeno isolado, em três concentrações

diferentes 1, 2 e 3 mg em 1 mL de diclorometano e injetados 2μL nas condições

cromatográficas anteriormente citadas. As amostras foram analisadas por CGAR-EM e os

dados comparados com as amostras de óleos brutos obtidos do exemplar PA.

4.9 Ensaios farmacológicos

Todos os animais empregados nos ensaios farmacológicos foram obtidos do Biotério

do Laboratório de Avaliação e Síntese de Substâncias Bioativas (LASSBio) supervisionado

pela Professora Dra Ana Luísa P. de Miranda e foram realizados dentro das boas normas de

emprego de animais em pesquisa.

4.9.1 Atividade analgésica

Para o ensaio da atividade antinoceptiva empregou-se grupos de 8 camundongos

albinos, em jejum, de ambos os sexos e administração oral foi realizada por gavagem de

acordo com o peso do animal (0,1 mL/ 20g). Os óleos brutos da pitangueira foram

administrados nas doses de 50, 100, 200 e 500 mg/Kg, assim como a fração pentano obtida

por CLC descrita no item 4.4. As frações eluídas com diclorometano e metanol foram

administradas na dose de 200mg/Kg e o sesquiterpeno majoritário isolado (item 4.5) foi

empregado na dose de 100mg/Kg .O veículo empregado para a solubilização dos óleos e

frações foi uma solução de etanol, tween 80® e água (1:1:10).

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91

Após 1 hora da administração dos produtos aplicou-se por via intraperitoneal o

agente indutor da dor, o ácido acético (0,1N; 0,1 mL/ 10g) aguardando-se 10 minutos para a

contagem do número de contorções abdominais realizadas em um período de 20min

(Whittle, 1964). O grupo controle foi aquele constituído pela administração do veículo. Para

avaliar se o veículo empregado não apresentava efeito ao animal, comparou-se seus

resultados com outro veículo, comumente empregado em ensaios farmacológicos, a solução

aquosa de goma arábica à 5%. Não houve diferença estatística significante entre eles.

4.9.2 Atividade antiinflamatória

A atividade antiinflamatória foi avaliada pelo ensaio de edema de orelha induzido

por TPA (12-O-tetra-decanoylphorbol 13-acetate) (Opas et al., 1985 & Young et al., 1989).

Empregou-se a dose de 200mg/Kg (v.o.) de óleo bruto, solubilizados em etanol:tween:água

(1:1:10). Após 1 hora da administração do óleo, foram aplicados nas orelhas direitas 20 μL

(face interna e externa) de TPA (2µg/orelha), solubilizado em acetona, e nas orelhas

esquerdas acetona (controle). O grupo controle foi aquele constituído pela administração do

veículo. Após 6 horas, os animais foram sacrificados e as orelhas cortadas e pesadas para

avaliação do efeito farmacológico.

4.9.3 Avaliação estatística

Os resultados dos ensaios farmacológicos foram tratados estatisticamente

empregando o teste t-student. O software utilizado para o cálculo foi o BioStat 2.0.

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92

5 RESULTADOS E DISCUSSÃO

5.1 Caracterização química e variação sazonal do óleo essencial

O óleo essencial da pitangueira foi caracterizado quimicamente por CGAR-EM e o

fragmentograma correspondente ao óleo essencial extraído no mês de fevereiro apresenta-se

ilustrado na figura 33.

Figura 33: Cromatograma total de íons do óleo essencial da pitangueira obtido no mês de

Fevereiro.

Os óleos apresentaram cor amarelo-claro, aroma agradável, aspecto límpido e a média

dos desvios de luz polarizada foi de [α]25=1,98+0,4. Na tabela 07 encontra-se o resultado da

caracterização química realizada dos óleos essenciais, extraídos da pitangueira no mês de

fevereiro, durante os turnos matutino e vespertino, mostrando as porcentagens relativas dos

compostos. A análise foi fundamentada nas bibliotecas eletrônicas citadas no item 4.6.1,

considerando a probabilidade acima de 90%, além da comparação dos espectros de massa

com o Adams (1995). Os espectros de massa correspondentes aos óleos analisados

encontram-se no Anexo 01. Os compostos mais abundantes, considerando a porcentagem de

área relativa foram o furanosesquiterpeno em IRL=1467, espatulenol [58], β-elemeno [104],

γ-elemeno [201], globulol [202], os furanosesquiterpenos em IRL=1606 e IRL=1828 e os

compostos não identificados em (IRL=1737) e (IRL=1836). O sesquiterpeno majoritário

(IRL=1467) apresentou variação percentual de 17.97% (amostra PAB manhã) a 50.97%

(amostra PAA tarde) e o teor médio do furanosesquiterpenóide foi de 32%.

D

10.00 20.00 30.00 40.00 50.00 60.00 70.00 80.00

200000

400000

600000

800000

1000000

1200000

1400000

1600000

1800000

2000000

2200000

2400000

2600000

2800000

3000000

3200000

Tempo-->

AbundânciaTIC: 15MPIT.D

10.00 20.00 30.00 40.00 50.00 60.00 70.00 80.00

200000

400000

600000

800000

1000000

1200000

1400000

1600000

1800000

2000000

2200000

2400000

2600000

2800000

3000000

3200000

Tempo-->

AbundânciaTIC: 15MPIT.D

10.00 20.00 30.00 40.00 50.00 60.00 70.00 80.00

200000

400000

600000

800000

1000000

1200000

1400000

1600000

1800000

2000000

2200000

2400000

2600000

2800000

3000000

3200000

Tempo-->

AbundânciaTIC: 15MPIT.D

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93

Tabela 07: Caracterização química por CGAR-EM dos óleos essenciais da pitangueira avaliados em dois turnos durante o mês de fevereiro de 2006.

Área (%) Amostra

PAA PAB PAC PAD PAE IRL TR

Grupo

Químico Composto

Manhã Tarde Manhã Tarde Manhã Tarde Manhã Tarde Manhã Tarde1202 8,92 HC N.I - - - - - 0,34 0,23 0,18 - - 1319 14,26 HC δ-elemeno [203] 0,57 0,68 0,82 0,64 0,58 0,62 0,55 0,56 0,43 0,72 1372 16,90 HC β-elemeno [104] 4,12 3,10 4,74 4,24 4,25 4,18 3,34 3,60 3,29 4,28 1393 18.09 HC β-cariofileno [28] 2,08 1,41 2,77 1,51 1,42 1,49 1,41 1,48 1,21 1,75 1410 19,02 HC γ-elemeno [201] 2,96 3,35 4,17 1,98 1,87 2,39 3,07 2,73 1,90 3,24 1413 19,15 HC N.I - - 0,48 - - 0,23 - 0,29 - 0,23 1431 20,16 HC Aromadendreno [204] 0,51 0,33 1,21 0,58 0,50 0,49 0,35 0,63 0,51 0,59 1449 21,12 HC γ-selineno [205] 0,62 0,63 0,83 0,42 0,52 0,47 0,52 0,90 0,54 0,52 1452 21.32 HC N.I - - 0,43 - - - - - - - 1455 21,46 HC β-selineno [19] 0,99 0,54 0,88 0,86 0,97 0,90 0,90 1,28 0,93 0,90 1467 22,12 SF Furanosesquiterpeno 36,45 57.97 17,97 24,69 33,37 25,47 41,33 25,54 29,28 27,8 1469 22,24 HC Ledeno [206] 1,41 - 2,64 1,07 1,0 1,10 - 1,67 1,72 1,26 1473 22,48 SF Furanosesquiterpeno 0,54 1,24 0,53 0,43 0,59 0,40 0,57 0,48 0,55 0,43 1494 23,62 HC δ-cadineno [27] - - - - - - - 0,27 - - 1502 24,04 HC N.I - - 0,57 - - - 0,28 0,49 - - 1510 24,52 HC Selina-3,7(11)dieno [207] - - 0,83 - - - - 0,53 - - 1521 25,11 HC Germacreno B [179] 0,96 0,78 0,93 0,39 0,59 0,44 0,40 0,47 0,63 0,39 1525 25,35 HC N.I - 0,35 0,92 0,73 0,71 0,50 0,46 0,85 0,77 0,61 1529 25,59 OH Palustrol [208] - - 0,83 0,51 0,59 - - 0,52 0,54 0,43 1535 25,92 OH Espatulenol [58] 5,09 3,44 8,60 7,06 6,63 5,81 3,54 3,46 5,72 6,58 1538 26,08 SF Óxido de Cariofileno [209] 1,35 0,70 2,12 1,80 2,19 1,48 1,06 1,34 1,52 1,33 1544 26,41 OH Globulol [202] 2,05 1,68 4,66 2,97 3,05 2,21 1,81 2,76 3,11 2,58 1550 26,74 OH Viridiflorol [82] 1,55 1,14 2,69 1,92 1,97 1,54 1,26 1,68 2,00 1,68 1554 26,96 OH N.I 0,62 0,52 1,45 0,79 0,82 0,69 0,57 1,13 0,96 0,78 1559 27,22 SC β−elemenona [96] - - - - - - - - - 0,44 1560 27,33 OH N.I 1,11 0,93 1,93 1,24 1,40 1,14 1,09 1,82 1,49 0,93 1569 27,82 HC N.I - - 0,82 - - - - 0,54 - - 1572 27,98 OH N.I - - - - - - - 0,45 - - 1580 28,44 HC N.I - - 0,74 - - - - 0,37 - 0,25 1582 28,53 SI N.I - - - 0,57 - - 0,33 0,50 0,62 - 1585 28,69 HC N.I - - 0,91 0,37 0,66 0,35 - 0,36 0,91 0,40 1586 28,79 HC N.I - - - 0,64 - 0,79 0,82 - - 0,66 1593 29,15 OH Isoespatulenol [210] 0,73 0,67 1,20 0,79 0,73 0,70 0,52 0,81 0,73 0,80 1599 29,49 OH N.I - 0,54 0,95 0,68 0,64 0,66 0,49 0,64 0,70 0,59 1602 29,67 OH N.I - - 0,42 - - - - 0,33 - 0,25 1605 29,84 OH N.I - - - 2,19 - - - - 2,41 1,99 1606 29,86 SF Furanosesquiterpeno 1,93 2,12 2,27 - 2,25 2,11 2,52 3,38 - - 1610 30,09 OH τ-muurolol [211] - 0,48 0,93 0,67 0,72 0,59 0,53 0,68 0,78 0,53 1613 30,26 SF Furanosesquiterpeno 1,22 1,70 1,21 1,43 1,16 1,71 1,99 2,67 1,17 1,17 1625 30,92 HC N.I - - - - - - - 0,36 - - 1630 31,17 HC N.I 2,57 1,46 1,43 2,49 2,70 3,09 2,18 1,96 2,46 1,60 1641 31,76 HC N.I 2,71 - 1,82 2,75 2,42 3,32 3,40 2,18 3,13 2,20 1642 31,83 SF Furanosesquiterpeno 1,89 4,32 - - - - - - - - 1644 31,96 OH N.I - - 0,77 - - - - 0,73 0,68 0,52 1653 32,45 HC N.I - - 0,61 - - 0,59 - - - - 1660 32,84 OH N.I - - 0,43 0,42 0,48 0,59 0,44 0,75 0,63 0,59 1670 33,35 OH N.I 1,04 0,53 1,37 0,90 0,93 0,55 0,92 1,05 1,19 1,16 1676 33,70 HC N.I 0,89 0,15 1,78 0,70 0,41 0,37 - 0,18 0,99 0,82 1678 33,83 HC N.I - - - 0,70 - 0,84 - 0,25 0,72 0,62 1688 34,35 OH N.I - 0,29 - 1,01 - - 0,71 - - - 1705 35,27 OH N.I 1,82 0,32 1,10 1,68 1,11 0,98 1,54 0,80 1,71 1,77 1709 35,47 OH N.I 1,01 - 1,07 1,18 0,86 1,84 0,86 0,68 1,14 0,99 1715 35,80 OH N.I - - 1,09 0,93 0,74 1,06 0,85 0,72 1,03 0,82 1737 36,97 OH N.I 3,67 2,10 2,64 4,93 4,87 0,94 3,91 3,35 4,11 3,51 1747 37,48 OH N.I 0,65 0,34 - 0,54 - - 0,44 0,42 1,10 0,40 1751 37,72 OH N.I - - - - - - - 0,54 - - 1765 38,43 OH N.I - - 1,09 0,62 - - - - 0,76 0,65 1767 38,56 SI N.I - - - - - - - 0,54 - - 1774 38,94 OH N.I - - - - - - - - - 0,37

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94

Área (%) Amostra

PAA PAB PAC PAD PAE IRL TR

**Grupo Químico Composto

Manhã Tarde Manhã Tarde Manhã Tarde Manhã Tarde Manhã Tarde1779 39,20 OH N.I - - - - - - - 0,59 - - 1796 40,09 OH N.I 0,87 0,37 1,07 2,28 2,07 0,45 2,19 2,23 1,08 2,16 1800 40,31 OH N.I 1,58 0,71 2,52 1,31 0,69 4,76 0,62 0,63 1,62 1,66 1808 40,70 SI N.I 0,88 - 0,57 0,68 0,46 0,68 0,58 0,60 0,57 0,68 1828 41,69 SF Furanosesquiterpeno 3,73 0,91 2,11 2,99 2,24 0,44 2,75 3,09 2,49 3,05 1836 42,05 OH N.I 4,78 1,50 2,93 4,95 4,32 1,21 4,37 5,00 3,91 5,10 1853 42,98 OH N.I 0,87 - 0,33 0,85 0,40 1,30 0,71 0,45 0,56 0,79 1878 44,24 OH N.I 1,43 0,41 0,38 1,48 2,42 0,91 1,06 1,22 1,56 1,12 1893 45,01 OH N.I - - - - 0,52 0,65 - 0,29 0,42 0,30 1921 46,32 OH N.I 0,38 - 0,63 0,34 0,50 3,26 0,67 0,49 0,27 0,52 1930 46,77 OH N.I - - - - - - 0,37 0,30 - 0,35 1957 48,06 OH N.I - - - - - - - 0,26 - - 1965 48,41 OH N.I - - - - - - - 0,32 - 0,63 1995 49,85 SF Furanosesquiterpeno - - - 0,79 - - 0,56 0,55 - 0,69 2137 57,63 OH N.I - - - 1,04 0,71 4,90 - - 1,13 0,88 2157 58,67 OH N.I - - - 1,12 1,04 1,02 0,59 0,75 0,99 0,73 2171 59,41 OH N.I - - - 1,12 0,89 1,79 - 0,82 1,05 0,81

Sesquiterpenos Hidrocarbonetos 20,39 12,78 29,59 20,07 18,60 22,50 17,91 22,13 20,14 21,04 Sesquiterpenos Oxigenados Furanoides 47,11 68,96 26,21 31,70 41,80 31.61 50,22 35,90 35,90 35,13 Sesquiterpenos Oxigenados Hidroxilados 27,85 15,97 41,25 42,08 38,00 38,75 28,29 34,77 38,89 38,99 Sesquiterpenos Oxigenados Carbonilados - - - - - - - - - 0,44 TOTAL 96,23 97,71 97,62 95,10 98,86 93,54 97,33 94,44 96,12 95,84

*PAA-E: Amostras de óleos obtidos de um único exemplar cultivado no bloco A do Centro de Tecnologia da UFRJ. ** Grupos químicos: HC=hidrocarboneto; SF: sesquiterpenos furanóides; OH: sesquiterpenos hidroxilados; SC: sesquiterpenos carbonilados.

O β-elemeno [104] (IRL=1372) encontrado no óleo essencial obtido das folhas da

pitangueira foi encontrado também por Weyerstahl et al. (1998) e Melo (2005), assim como

o espatulenol [58] (IRL=1535) foi observado nas pesquisas realizadas por El-Shabrawy

(1995) e Melo (2005). Quanto ao sesquiterpeno furanóide majoritário (IRL=1467) não foi

possível sua identificação por meio da espectroteca e nem pela análise de seu espectro de

massas. Com base na literatura, o óleo essencial das folhas da pitangueira apresenta em sua

constituição os furanosesquiterpenos curzereno [1] (Morais et al., 1996; Maia et al., 1999;

Ogunwande et al., 2005), furanodieno [2] (El-Shabrawy, 1995; Ogunwande et al., 2005) e

atractilona [145] (Ogunwande et al., 2005). Comparando os espectros de massa do

furanosesquiterpeno (IRL=1467) com os espectros de massa do furanodieno [2], curzereno

[1] e atratilona [145], todos apresentam os mesmos fragmentos e com o pico base em m/z

108, referente ao rearranjo por Retro Diels Alder (Figura 34).

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95

Figura 34: Rearranjo de Retro Diels Alder de sesquiterpenos furanóides

A presença da β-elemenona na amostra PAE (tarde) provavelmente refere-se a

degradação térmica, em função da alta temperatura do injetor (270°C), como discutido no

item 2.3.4. A germacrona [63] é capaz de rearranjar formando a β-elemenona [96] (figura

35) por meio do rearranjo de Cope (Sorm, 1971).

Figura 35: Rearranjo de Cope da germacrona em β-elemenona

Os terpenos foram classificados em quatro grupos químicos: hidrocarbonetos,

oxigenados hidroxilados, oxigenados furanóides e oxigenados carbonilados. Os compostos

que não foram identificados pela espectroteca foram classificados de acordo com a análise

de seus espectros de massa (Anexo 1). Assim, os constituintes que apresentaram íon

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96

correspondente a perda de metila [M-15] e/ou perda de H2O [M-18] foram caracterizados

como sendo do tipo hidroxilado, aqueles que não continham perda de hidroxila e

apresentavam íon correspondente [M-15] foram classificados como hidrocarboneto. Os íons

que apresentaram o pico base em m/z 108 foram caracterizados como furanóides. Além

disso, foi considerado o tempo de retenção dos compostos. Os terpenos mais oxigenados,

com maior número de insaturações apresentam maior tempo de retenção em função de

afinidade com a fase estacionária e devido ao peso molecular.

Quanto a porcentagem relativa dos grupos químicos presentes no óleo da pitangueira,

nas amostras PAA (Manhã e Tarde) apresentaram os maiores teores de sesquiterpenos

furanóides (Gráfico 02). Os sesquiterpenos do tipo hidrocarbonetos e os oxigenados

hidroxilados não foram regulares em todos os óleos e os que apresentaram maior

discrepância foram as amostras PAA e PAC do turno da tarde, com 12,78% e 17,91% para os

sesquiterpenos do tipo hidrocarboneto, 15,97 % e 28,29% para os sesquiterpenos

hidroxilados, respectivamente (Tabela 07).

0

10

20

30

40

50

60

70

Exem

plar

es

PAA M PAA T PAB M PAB T PAC M PAC T PAD M PAD T PAE M PAE T

Teor (%)

Gráfico 02: Porcentagem relativa dos grupos químicos presentes no óleo essencial da Pitangueira no mês de fevereiro

SesquiterpenosHidrocarbonetos

SesquiterpenosOxigenadosFuranoidesSesquiterpenosOxigenadosHidroxiladosSesquiterpenosOxigenadosCarbonilados

Quanto ao teor de sesquiterpenos do tipo hidrocarboneto, não foi observado

diferença estatística entre os turnos avaliados. A variação da porcentagem deste grupo foi

semelhante entre os turnos vespertino (21,75%) e diurno (22,91%). A média do teor de

sesquiterpeno do tipo hidrocarboneto para o período da tarde (19,04 + 4,22) foi menor do

que o período da manhã (20,80 + 4,76), em função do teor baixo na amostra PAA (Tarde).

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Tabela 08: Teor de sesquiterpenos do tipo hidrocarboneto presentes no óleo essencial de Pitanga, extraído durante turnos diferentes e em dias consecutivos do mês de Fevereiro de 2006.

Porcentagem relativa do sesquiterpeno do tipo hidrocarboneto Amostra Manhã Tarde

PAA 20,39 12,78 PAB 29,59 20,07 PAc 18,60 22,50 PAD 17,91 22,13 PAE 20,14 21,04

Média 20,80+4,76* 19,04+4,22*

CV 22,91% 21,75% Erro Padrão 2,13 1,89

* Os valores não apresentam diferença estatística (t= 0,49, gl= 8, p> 0,5)

As áreas relativas aos sesquiterpenos hidroxilados do período da manhã e da tarde

também não apresentaram diferença estatística e a maior variação do teor deste grupo foi no

período da tarde, em função de baixos teores deste sesquiterpenos na amostra PAA.

Tabela 09: Teor de sesquiterpenos hidroxilados presentes no óleo essencial de Pitanga, extraído durante turnos diferentes e em dias consecutivos do mês de Fevereiro de 2006.

Porcentagem relativa do sesquiterpeno hidroxilados Amostra Manhã Tarde

PAA 27,85 15,97 PAB 41,25 42,08 PAc 38,00 38,75 PAD 28,29 34,77 PAE 38,89 38,99

Média 34,40+6,43* 33,40+10,67*

CV 18,68% 31,94% Erro Padrão 2,87 4,77

* Os valores não apresentam diferença estatística (t= 0,17, gl= 8, p> 0,5)

Nos diferentes turnos avaliados não houve diferença significativa no teor do

sesquiterpeno furanóide (Tabela 10). O grupo da tarde apresentou maior variabilidade em

função do primeiro exemplar, com um valor discrepante em relação aos outros dias. Não foi

observado nenhum fator que pudesse favorecer a sua produção, como umidade,

luminosidade ou pluviosidade, baseado nos dados do Instituto Nacional de Metereologia

(INMET) (Tabela 11).

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98

Tabela 10: Porcentagem relativa do grupo de sesquiterpenos furanóides presente no óleo essencial da E. uniflora,extraído no mês de fevereiro, durante os turnos diurno e vespertino.

Porcentagem relativa do sesquiterpeno furanóide Amostra Manhã Tarde

PAA 47,11 68,96 PAB 26,21 31,70 PAC 41,80 31,61 PAD 50,22 35,90 PAE 35,90 35,13

Média 39,80+ 9,63 40,00+15,78 CV 24,19% 39,45%

Erro Padrão 4,30 7,06 * Os valores não apresentam diferença estatística (t= -0,074, gl= 8, p< 0,5)

Tabela 11: Dados metereológicos fornecidos pelo INMET para Fevereiro de 2006. Exemplar

Temperatura máxima (°C)

Temperatura mínima (°C)

Precipitação (mm)

PAA 35 19.8 0 PAB 33.4 20.8 0 PAC 33.6 21.2 2 PAD 28.2 21.2 31 PAE 27.2 22.6 7.8

Fonte:Instituto Nacional de Meteorologia (INMET) http://www.agritempo.gov.br/agroclima/pesquisaWeb?uf=RJ

As estruturas químicas dos compostos caracterizados do óleo essencial da pitangueira

encontram-se na figura 36.

HO

H

O

[201]

[206] [207]

[209] [210]

[204]

[205]

HO

[208]

HO H

[211]

HH

H

H

[203]

HOH

[202]

Figura 36: Alguns sesquiterpenos caracterizados por CGAR-EM no óleo da E. uniflora L.

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Na tabela 12 encontra-se a caracterização química realizada dos óleos essenciais

extraídos da pitangueira no mês de junho, durante os turnos matutino e vespertino,

mostrando as porcentagens relativas dos compostos. Os fragmentogramas correspondentes

encontram-se no Anexo 01 e a caracterização química foi realizada de modo semelhante ao

realizado com o óleo extraído em fevereiro.

Tabela 12: Caracterização química por CGAR-EM dos óleos essenciais da pitangueira

avaliados durante o mês de junho de 2006. Área (%) Amostra*

PAF PAG PAH PAI PAJ IRL TR

**Grupo Químico Composto

Manhã Tarde Manhã Tarde Manhã Tarde Manhã Tarde Manhã Tarde1202 8,94 HC N.I - - - - - - - 0,23 0,34 - 1317 14,14 HC N.I 0,89 - - - 0,83 - - - - - 1319 14,27 HC δ-elemeno [203] - - - 0,51 - 0,54 0,54 0,54 0,63 0,72 1369 16,84 HC β-elemeno[104] 4,12 2,04 2,92 3,54 3,73 3,89 3,57 3,40 4,02 4,02 1392 18,03 HC β-cariofileno[28] 2,17 0,94 1,66 1,56 1,91 1,46 1,35 1,33 1,15 1,54 1409 18,96 HC γ-elemeno[201] 4,51 2,81 2,86 2,97 4,36 2,88 2,03 2,27 2,97 3,11 1413 19,15 HC N.I - - 0,61 - - - 0,41 - - 0,46 1430 20,09 HC Aromadendreno [204] 0,62 - 0,43 0,43 0,48 - 0,43 0,39 0,35 0,64 1447 21,05 HC γ-selineno [205] 0,57 - 0,63 - 0,52 - 0,55 0,39 - 0,56 1453 21,37 HC β-selineno [19] 0,83 0,79 2,04 0,89 0,83 0,94 1,43 0,80 - 1,09 1466 22,09 SF Furanosesquiterpeno 27,86 34,65 36,42 29,83 36,68 36,41 30,62 31,35 38,62 26,221469 22,25 HC Ledeno [206] 1,63 - 1,70 1,11 - - 1,32 0,88 1,00 1,57 1472 22,42 SF Furanosesquiterpeno 0,42 0,40 0,46 0,38 0,46 0,39 0,37 0,39 0,45 0,37 1493 23,55 HC δ-cadineno [27] - - - - 0,20 - - - - - 1500 23,97 HC N.I - - 0,55 - 0,28 - 0,37 - - 0,33 1519 25,03 HC Germacreno B [179] 0,71 0,42 - 0,52 0,47 - 0,38 0,46 - 0,43 1524 25,29 HC N.I 0,96 0,49 0,56 0,69 0,46 - 0,73 0,48 0,62 0,76 1528 25,51 OH Palustrol [208] 0,67 - - - 0,36 - - - - 0,47 1534 25,85 OH Espatulenol [58] 5,03 3,38 3,43 5,31 4,12 4,24 4,22 4,68 4,03 5,14 1537 26,00 SF Óxido de cariofileno [209] 1,10 0,73 1,20 1,20 0,90 1,19 1,37 1,05 0,91 1,06 1543 26,33 OH Globulol [202] 5,23 2,69 2,62 2,73 2,64 2,02 2,42 2,21 2,14 3,25 1549 26,67 OH Viridiflorol [82] 3,23 1,79 1,66 1,89 1,71 1,40 1,55 1,55 1,70 2,14 1554 26,99 OH N.I 1,57 0,80 0,72 0,74 0,81 0,59 0,77 0,63 0,67 0,92 1561 27,35 OH N.I 2,39 1,45 1,10 1,28 1,31 1,04 1,23 1,04 0,99 1,43 1570 27,88 OH N.I - - - - 0,39 - - - 0,72 0,51 1579 28,36 HC N.I - - - - 0,37 - - - - - 1580 28,45 HC N.I 0,76 - - - 0,32 - - 0,24 - 0,42 1582 28,55 SI N.I 0,51 0,80 - - - - - 0,33 - 0,33 1584 28,63 HC N.I - - - - 0,81 - - - - - 1585 28,73 HC N.I - 0,85 - - - 1,00 0,61 0,46 - 0,81 1593 29,17 OH Isoespatulenol [210] 1,07 0,98 1,42 1,14 0,96 1,01 1,31 0,99 0,58 1,24 1598 29,49 OH N.I 1,01 0,76 0,59 0,81 0,71 - 0,72 0,68 0,70 0,84 1600 29,58 OH N.I - - - - 0,26 - - - - - 1605 29,84 OH N.I 2,71 2,81 2,74 2,27 2,10 2,43 2,24 2,05 2,38 1,96 1610 30,10 OH τ-muurolol [211] 1,03 0,80 0,56 0,79 0,69 0,60 0,68 0,64 0,65 0,78 1613 30,26 SF Furanosesquiterpeno 1,20 1,51 1,66 1,49 1,50 1,66 1,50 1,48 1,54 1,00 1622 30,74 HC N.I - - - - - - 0,45 - - 0,38 1630 31,16 HC N.I 0,76 1,65 1,16 2,11 0,86 2,91 2,26 2,21 2,46 0,93 1641 31,76 HC N.I 1,41 2,18 1,26 2,40 1,39 3,09 2,65 2,64 2,78 1,43 1644 31,97 OH N.I 1,05 0,75 - 0,73 0,64 0,57 0,60 0,56 0,64 0,66 1653 32,46 HC N.I - - - - - - - - 0,56 - 1660 32,83 OH N.I 0,27 0,39 - 0,58 0,37 - - 0,44 - - 1665 33,11 OH N.I - 0,64 - 1,25 - - 0,47 0,47 - - 1670 33,38 OH N.I 0,87 0,91 1,22 - 1,05 0,98 1,17 1,05 0,97 1,35

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100

Área (%) Amostra

PAF PAG PAH PAI PAJ IRL TR Grupo

Químico Composto Manhã Tarde Manhã Tarde Manhã Tarde Manhã Tarde Manhã Tarde

1677 33,76 HC N.I 2,47 1,98 - 0,69 1,52 - 0,14 0,67 - 1,63 1679 33,87 HC N.I 0,50 - - - - - - 0,58 - - 1681 33,94 OH N.I - - - - - 1,02 - - 1,29 - 1689 34,38 OH N.I - 0,51 0,49 - 0,35 0,70 0,56 0,83 1,15 0,41 1705 35,27 OH N.I 1,07 1,31 - 1,39 0,83 1,10 0,98 1,53 1,70 0,71 1710 35,51 OH N.I 1,32 1,15 0,80 1,14 0,97 0,89 0,81 1,03 1,18 0,88 1715 35,81 OH N.I 0,95 0,83 0,72 0,93 0,83 0,72 0,90 0,89 - 1,05 1737 36,95 OH N.I 2,21 2,61 3,06 3,58 2,96 4,53 3,78 3,80 3,77 3,89 1748 37,56 OH N.I - 0,93 - 0,56 0,79 0,83 - 0,79 1,12 0,66 1766 38,47 OH N.I 1,45 1,19 - 1,21 1,04 - - 0,46 - 1,17 1793 39,93 OH N.I - 0,68 - - 1,68 0,90 - - 1,31 - 1797 40,11 OH N.I 1,17 1,46 2,13 2,04 2,81 1,86 2,30 2,08 1,45 2,08 1802 40,41 OH N.I 4,05 3,09 1,02 3,02 0,57 0,62 1,08 1,53 0,73 3,07 1809 40,73 OH N.I - 0,76 0,88 0,92 - - 0,83 0,67 - 0,84 1827 41,67 SF Furanosesquiterpeno 1,85 4,19 5,15 3,84 2,83 3,94 5,12 3,74 3,19 3,26 1836 42,10 OH N.I 3,31 5,31 7,79 6,14 4,43 6,51 7,24 6,27 4,40 5,22 1843 42,48 OH N.I - - - - 0,51 - 0,59 - - - 1846 42,61 OH N.I - - 0,78 - 0,44 - - - - - 1854 43,04 OH N.I - 0,54 - 0,75 - 0,69 - 0,62 0,94 - 1860 43,33 OH N.I - - 1,00 - - - - - - - 1880 44,32 OH N.I - 0,79 1,05 1,36 - 1,54 1,25 1,28 1,14 0,72 1894 45,06 OH N.I - - - - - - - 0,27 - - 1922 46,37 OH N.I - - - - - - - 0,30 0,69 - 1924 46,50 OH N.I 1,41 1,19 - 0,88 0,92 0,71 0,36 0,52 - 0,94 1931 46,84 OH N.I - 0,37 - - 0,24 0,46 - 0,37 0,48 - 1965 48,41 OH N.I - 0,37 - - - - - 0,42 - - 1996 49,91 OH N.I - 0,78 0,97 - - - - 0,72 - - 2138 57,70 OH N.I 1,08 0,98 - 1,60 0,77 - 0,63 0,73 - 1,76 2158 58,76 OH N.I - 0,55 0,82 0,76 - 0,81 1,34 0,67 - 0,58 2173 59,51 OH N.I - - 1,14 - - 0,88 1,62 0,86 - - Sesquiterpenos Hidrocarbonetos 22,91 14,20 16,38 17,42 19,34 16,71 19,08 17,97 16,88 20,83Sesquiterpenos Oxigenados Furanoides 32,43 41,48 44,89 36,74 42,37 43,59 38,98 38,01 44,71 31,91Sesquiterpenos Oxigenados Hidroxilados 44,15 43,55 38,71 45,80 38,26 39,65 41,65 43,63 37,52 44,67Sesquiterpenos Oxigenados Carbonilados - - - - - - - - - - TOTAL 100 100 99,98 99,96 99,97 99,95 99,71 99,94 99,11 97,74

*PAF-J: Amostras de óleos obtidos de um único exemplar cultivado no bloco A do Centro de Tecnologia da UFRJ ** Grupos químicos: HC=hidrocarboneto; SF: sesquiterpenos furanóides; OH: sesquiterpenos hidroxilados; SC: sesquiterpenos carbonilados.

Igualmente ao encontrado nos óleos do mês de fevereiro, os compostos mais

abundantes em junho foram o furanosesquiterpeno não identificado (IRL=1467), espatulenol

[58], β-elemeno [104], γ-elemeno [201], globulol [202], os furanosesquiterpenos não

identificados (IRL=1605) e (IRL=1828) e os compostos não identificados (IRL=1737) e

(IRL=1836). O composto majoritário apresentou variação percentual de 26,22 (exemplar

PAJ tarde) a 36,68% (exemplar PAH manhã) e o teor médio do furanosesquiterpenóide foi de

32,87%. Vale ressaltar que o furanosesquiterpeno majoritário (IRL=1467) é citado pela

literatura como sendo o curzereno [1] e o furanodieno [2] que apresentam índices de

retenção linear diferentes, IRL=1496 e IRL=1687 (Adams, 1995; Ogunwand et al., 2005).

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101

Quanto a porcentagem relativa dos grupos químicos presentes no óleo da pitangueira,

os exemplares PAG (Manhã) e PAJ (Manhã) apresentaram os maiores teores de

sesquiterpenos furanóides (Gráfico 03). Os sesquiterpenos do tipo hidrocarbonetos e os

oxigenados hidroxilados apresentaram variação de 16,38 a 22,91 e 37,52 a 45,80 %

respectivamente.

0

5

10

15

20

25

30

35

40

45

50

Teor

(%

)

PAF M PAF T PAG M PAG T PAH M PAH T PAI M PAI T PAJ M PAJ T

Exemplar

Gráfico 03: Porcentagem relativa dos grupos químicos presentes no óleo essencial da Pitangueira no mês de junho

SesquiterpenosHidrocarbonetos

SesquiterpenosOxigenadosFuranoidesSesquiterpenosOxigenadosHidroxiladosSesquiterpenosOxigenados

Quanto ao teor de sesquiterpenos do tipo hidrocarboneto, não foi observado

diferença estatística entre os turnos avaliados (Tabela 13). A variação da porcentagem deste

grupo foi maior no turno matutino (13,64%) do que no período vespertino (12,90%).

Tabela 13: Teor de sesquiterpenos do tipo hidrocarboneto presentes no óleo essencial de Pitanga, extraído durante turnos diferentes e em dias consecutivos do mês de junho de 2006.

Porcentagem relativa do sesquiterpeno do tipo hidrocarboneto Amostra Manhã Tarde

PAF 22,91 14,20 PAG 16,38 17,42 PAH 19,34 16,71 PAI 19,08 17,97 PAJ 16,88 20,83

Média 18,40+2,51* 16,80+2,17*

CV 13,64% 12,90% Erro Padrão 1,12 0,97

* Os valores não apresentam diferença estatística (t=-1,07, gl= 8, p> 0,5)

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102

As áreas relativas aos sesquiterpenos hidroxilados do período da manhã e da tarde

também não apresentaram diferença estatística e a maior variação do teor deste grupo foi no

período da manhã, semelhantemente ao encontrado nos sesquiterpenos do tipo

hidrocarboneto (Tabela 14).

Tabela 14: Teor de sesquiterpenos do tipo hidroxilados presentes no óleo essencial de Pitanga, extraído durante turnos diferentes e em dias consecutivos do mês de Junho de 2006.

Porcentagem relativa do sesquiterpeno hidroxilados Amostra Manhã Tarde

PAF 44,15 43,55 PAG 38,71 45,80 PAH 38,26 39,65 PAI 41,65 43,63 PAJ 37,52 44,67

Média 39,60+2,88* 42,80+2,28*

CV 7,28% 5,33% Erro Padrão 1,29 1,02

* Os valores não apresentam diferença estatística (t= -1,94, gl= 8, p> 0,5)

Nos diferentes turnos avaliados não houve diferença significativa no teor de

sesquiterpenos furanóides (Tabela 15). O grupo da tarde apresentou uma média inferior a do

turno diurno. Não foi observado nenhum fator que pudesse favorecer a sua produção, como

umidade, temperatura ou pluviosidade (Tabela 16).

Tabela 15: Porcentagem relativa do grupo de sesquiterpenos furanóides presente no óleo essencial da E. uniflora, extraído no mês de junho, durante os turnos diurno e vespertino.

Porcentagem relativa do sesquiterpeno furanóide Amostra Manhã Tarde

PAH 32,43 41,48 PAI 44,89 36,74 PAJ 42,37 43,59 PAL 38,98 38,01 PAM 44,71 31,91

Média 40,00+5,10* 37,80+4,66*

CV 12,75% 12,32% Erro Padrão 2,28 2,08

* Os valores não apresentam diferença estatística (t= -0,074, gl= 8, p< 0,5)

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103

Tabela 16: Dados metereológicos fornecidos pelo INMET para Junho de 2006. Exemplar

Temperatura máxima (°C)

Temperatura mínima (°C)

Precipitação (mm)

PAF 25,2 15 0 PAG 26,2 19,2 0 PAH 27,2 18,6 0 PAI 27,6 9 0 PAJ 27 14 0

Fonte:Instituto Nacional de Meteorologia(INMET) http://www.agritempo.gov.br/agroclima/pesquisaWeb?uf=RJ

Comparando-se os óleos obtidos das folhas frescas coletadas nos meses de fevereiro

e junho não houve diferença significante na caracterização química como pode ser

observado no gráfico 04.

0 10 20 30 40 50

Teor médio (%)

Sesquiterpenoshidrocarbonetos

Sesquiterpenoshidroxilados

Sesquiterpenosfuranóides

SesquiterpenosCarbonilados

Gráfico 04: Comparação entre os grupos químicos presentes nos óleos essenciais da pitangueira nos meses de fevereiro e junho

JunhoFevereiro

Apesar de ser comum a variabilidade química em função da época de coleta, as

análises por CGAR-EM dos óleos essenciais da pitangueira demonstraram que o perfil

químico apresenta-se estatísticamente semelhante, considerando os exemplares coletados

nos meses de fevereiro e junho. Angelopoulou et al., (2002) perceberam variações no óleo

essencial, por CG-EM, de Cistus monspeliensis quando coletados em diferentes turnos

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104

(6:00/12:00/18:00/0:00 horas) e épocas do ano (fevereiro, maio, agosto e novembro). O

óxido de cariofileno [209] esteve presente no mês de agosto, com porcentagem relativa de

0,5%, 3,83%, 25,8%, 6,41% (6:00, 12:00, 18:00 e 0:00 h respectivamente) e no mês de

novembro, com teor médio de 0,41% (12:00 h). Em contrapartida, nos meses de fevereiro e

maio o óxido de cariofileno [209] não foi encontrado.

Lopes et al., (1997) ao analisarem os óleos essenciais de Virola surinamensis

(Myristicaceae) por CG-EM, em diferentes turnos (6:00, 12:00, 18:00 e 21:00 h) e em meses

distintos (fevereiro, junho e outubro), observaram diferenças marcantes. O limoneno [18] no

mês de fevereiro apresentou teores de 19,29%, 12,59%, 11,87% e 19,85% (6:00, 12:00,

18:00 e 21:00 respectivamente), em junho a porcentagem relativa deste monoterpeno foi

maior (26,67%, 22,92%, 23,72%, 25,49%) e em outubro os teores de limoneno [18] foram

menores (10,42%, 10,11%, 10,37%, 10,64%). Outros terpenos apresentaram variações

marcantes como o α-pineno [34] (com maiores teores no mês de junho e menores em

fevereiro) e cariofileno [28] (com maior porcentagem em outubro). Em outra pesquisa,

Randrianalijaona et al. (2005) avaliaram óleos essenciais de Lantana camara

(Verbenaceae), espécie nativa de Madagascar, em três épocas diferentes: na estação chuvosa

ou verão (dezembro à março), seca (setembro à novembro) e intermediária (abril à julho).

Os autores perceberam diferenças na porcentagem relativa dos compostos presentes nos

exemplares, como por exemplo, o β-cariofileno [28] (20,62%, 15,84% e 21,29% no verão,

estação seca e intermediária respectivamente), o ar-curcumeno [50] (1,52%, 2,05% e

2,40%), β-bisaboleno [213] (7,32%, 4,81%, 8,96%), a davanona [214] (13,64%, 16,92% e

12,15%) e o sabineno [215] (11,37%, 8,84% e 9,92%) (figura 39).

Em algumas pesquisas há o relato da importância da fenologia na diferenciação da

composição química dos óleos essenciais. Hudaib et al. (2002) ao analisarem por CG-EM

óleos essenciais de Thymus vulgaris L. (Lamiaceae) em diferentes épocas do ano, junho

(durante a floração), em julho (após a floração) e em dezembro, perceberam alterações nos

teores de diversos compostos, como por exemplo, o p-cimeno [22] (21,57%, 14,95% e

32,18%), timol [36] (35,83%, 51,17%, 19,38%) e o β-cariofileno [28] (3,50%, 3,97% e

3,15%). Chericoni et al. (2004) analisaram óleos essenciais da Artemisia verlotiorum

(Asteraceae) e perceberam que durante o período da floração (setembro) o 1,8-cineol [38]

(32,2%), a cânfora [40] e a β-tujona [216].

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105

Para a E. uniflora a floração ocorre durante os meses de agosto à novembro e os

frutos amadurecem entre outubro e janeiro. Apesar da coleta de material vegetal em

fevereiro ter sido logo após a frutificação, podendo ainda ser observado alguns frutos na

árvore, não houve diferença significativa no perfil químico entre os dois meses avaliados.

Pául et al. (2001) concluíram que as variações de teores de terpenos presentes no

óleo essencial de Santolina rosmarinifolia L. ssp. rosmarinifolia (Asteraceae), não

dependiam das condições climáticas e que alguns constituintes como o β-felandreno [217]

(figura 37), limoneno [18] e o 1,8-cineol [38] foram influenciados pela temperatura (os

maiores teores foram detectados em períodos de menos temperatura). Alguns constituintes

apresentaram-se diretamente influenciados pela precipitação, como o 4-terpinenol [33] e β-

eudesmol [60].

O

O

[214][213] [215] [217]

O

[216] Figura 37: Terpenos presentes em diversas espécies vegetais

Para avaliar a conformidade dos exemplares da pitangueira foi realizada uma

extração de seu óleo essencial empregando material vegetal coletado em outro local (Centro

de Ciências da Saúde-CCS da UFRJ). Os resultados das análises por CGAR-EM encontram-

se ilustrados na tabela 17.

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106

Tabela 17: Caracterização química por CGAR-EM dos óleos essenciais da pitangueira

cultivada no CCS-UFRJ. Área (%) *Amostra IRL TR

**Grupo Químico Composto

PHA PHB PHC PHD 1310 13,79 HC N.I 0.18 - - - 1319 14,23 HC N.I 2.58 23,0 2,38 1,96 1362 16,49 HC N.I 0.44 0,40 0,49 0,36 1372 16,98 HC β-elemeno [104] 5.62 5,12 6,05 4,44 1394 18,13 HC β-cariofileno [28] 1.47 1,07 1,19 0,87 1404 18,66 HC Germacreno D [64] 0.51 0,41 0,50 0,38 1413 19,14 HC γ-elemeno [201] 7.21 6,29 6,53 5,30 1418 19,42 HC N.I 0.22 - 0,20 - 1424 19,79 HC N.I 0.31 - 0,25 - 1432 20,18 HC Aromadendreno [204] 0.33 0,25 0,21 - 1452 21,28 HC β-cubebeno [218] 2.91 2,29 2,89 2,05 1455 21,49 HC β-selineno [19] 0.61 0,35 0,52 0,33 1472 22,39 SF Furanosesquiterpeno 38.72 37,00 38,59 34,25 1476 22,61 HC Ledeno [206] 0.85 - - - 1479 22,82 SF Furanosesquiterpeno 0.41 0,58 0,84 0,65 1480 22,84 SI N.I - - 0,34 0,22 1495 23,68 HC δ-cadineno [27] 0.61 0,31 0,57 0,35 1503 24,09 OH N.I 0.25 - 0,20 - 1506 24,30 HC α-gurjuneno [219] 0.29 - 0,23 - 1511 24,56 HC Selina-3,7(11)dieno [207] 0.28 - 0,21 - 1522 25,15 HC Germacreno B [179] 0.89 0,80 0,67 0,40 1526 25,39 HC N.I 0.17 - - - 1529 25,59 OH Palustrol [208] 0.17 - - - 1534 25,86 OH Espatulenol [58] 0.45 0,57 0,36 0,27 1544 26,39 OH Globulol [202] 0.99 0,75 0,60 0,50 1550 26,74 OH Viridiflorol [82] 0.76 0,64 0,47 0,40 1554 26,96 OH N.I 0.52 0,29 0,37 - 1559 27,26 SC β-elemenona [96] 1.23 0,80 0,77 0,74 1569 27,83 OH N.I 0.20 - - - 1582 28,55 SI N.I 0.53 0,31 0,41 0,34 1585 28,71 HC N.I 0.47 0,56 0,72 0,46 1599 29,50 OH Isoespatulenol [210] 0.39 0,33 0,35 0,21 1605 29,81 OH N.I - 1,33 1,61 0,32 1606 29,88 SF Furanosesquiterpeno 1.89 - - 1,22 1610 30,11 OH τ-muurolol [211] 0.33 0,30 0,31 0,29 1614 30,31 SF Furanosesquiterpeno 1.70 0,87 1,27 0,64 1629 31,13 HC N.I 0.31 0,28 0,22 0,16 1642 31,86 SF Furanosesquiterpeno 1.73 1,42 1,39 1,00 1665 33,08 OH N.I 0.36 0,45 0,32 0,47 1676 33,70 HC N.I 0.34 0,32 0,22 0,23 1678 33,83 SF Furanosesquiterpeno 0.32 0,34 0,31 0,28 1688 34,35 OH N.I 0.17 - - - 1691 34,53 OH N.I 0.16 - - - 1709 35,49 OH N.I 0.25 0,28 0,27 0,28 1715 35,79 SF Furanosesquiterpeno 0.31 0,46 0,37 0,56 1729 36,55 OH N.I - - - 0,20 1736 36,89 OH N.I 0.31 0,37 0,35 0,30 1748 37,53 OH N.I - 0,28 0,27 0,30 1765 38,45 OH N.I 0.69 0,90 0,58 0,81 1787 39,60 OH N.I 0.42 0,57 0,33 0,60 1806 40,61 OH N.I 9.88 14,84 11,04 16,56 1824 41,50 OH N.I 1.06 1,45 1,42 1,63

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107

Área (%) *Amostra IRL TR

**Grupo Químico Composto

PHA PHB PHC PHD 1833 41,94 OH N.I 0.16 0,22 0,21 0,25 1851 42,85 OH N.I 0.12 - 0,24 0,29 1889 44,77 OH N.I 0.26 0,34 0,34 0,56 1916 46,08 OH N.I - - - 0,27 1929 46,69 OH N.I 7.30 11,19 9,69 14,65 1939 47,18 OH N.I 1.11 1,71 1,51 2,33

Sesquiterpenos Hidrocarbonetos 26,60 20,75 24,05 17,29 Sesquiterpenos Oxigenados Furanoides 43,38 40,67 42,77 38,60 Sesquiterpenos Oxigenados Hidroxilados 26,11 36,81 30,84 41,49 Sesquiterpenos Oxigenados Carbonilados 1,23 0,8 0,77 0,74 TOTAL 97,85 99,34 99,18 98,68

*PHA-D: Amostras de óleos obtidos de um único exemplar cultivado no bloco H do Centro de Ciências da Saúde UFRJ ** Grupos químicos: HC=hidrocarboneto; SF: sesquiterpenos furanóides; OH: sesquiterpenos hidroxilados; SC: sesquiterpenos carbonilados.

Os óleos obtidos do Centro de Ciências da Saúde – CCS ( amostras PH)

apresentaram algumas variações qualitativas em comparação com as amostras Centro de

Tecnologia –CT (amostras PA). Quanto aos sesquiterpenos do tipo hidrocarboneto houve

uma maior porcentagem nas amostras PH, principalmente em função do β e γ elemeno e dos

compostos cujo IRL são 1806 e 1929. Os sesquiterpenos hidroxilados e os sesquiterpenos

furanóides não houve variação significativa. Estes apresentaram teor médio de 41,35%.

Apesar de ter sido coletado em local diferente, as características ambientais, como

clima, umidade, pluviosidade, latitude e altitude são praticamente idênticas, visto que o

perímetro entre os diferentes exemplares é próximo. Mesmo assim, foi possível observar

diferenças na composição química na espécie.

Azevedo et al. (2002) caracterizou quimicamente por CG-EM o óleo essencial de

Hyptis suaveolensis coletadas em diferentes regiões do cerrado brasileiro. Três exemplares

coletados na mesma altitude, latitude e longitude (524 m, 14° 30’ 30’ e 49° 7’ 25’’)

apresentaram diferenças marcantes na composição química, como por exemplo, o 1,8-cineol

[38] (10,52%, 4,20% e 5,17%), o espatulenol [58] (10,81%, 18,24% e 18,45%) e o óxido de

cariofileno [209] (4,71%, 8,61% e 11,43%). Em relação aos grupos químicos os autores

observaram uma variação de 20,35% à 38,93% de monoterpenos hidrocarbonetos, 2,23% à

16,08% de monoterpenos oxigenados, 10,33% à 19,64% de sesquiterpenos hidrocarbonetos.

Entre os sesquiterpenos oxigenados não houve grande variação (42,27 à 43,26). Quanto aos

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108

outros exemplares, obtidos de altitudes, latitude e longitudes diferentes pode-se observar que

as espécies coletadas em altitudes maiores (810m) apresentavam menores teores de

sesquiterpenos oxigenados (17,35%).

Em contrapartida, Sefidkon et al. (2004) não observaram relação entre teores de

terpenos oxigenados e altas altitudes ao analisar óleos essenciais de Saturja sahendica por

CG-EM. Os teores de timol [36] para as mesmas variedades da referida espécie foram de

27,5%, 30,2% e 32,7% nas altitudes de 2315m, 2047m e 2105m respectivamente.

5.2 Secagem e envelhecimento do óleo essencial

As espécies vegetais comercializadas passam por um processo de secagem após a

colheita objetivando-se minimizar a ação enzimática e o desenvolvimento de

microorganismos mantendo a qualidade do produto (Barbosa et al., 2006). Diante disso está

a importância em avaliar-se se o processo de secagem do material compromete a qualidade

do óleo essencial da pitangueira.

A figura 38 mostra o fragmentograma do óleo essencial da pitagueira obtido das

folhas secas por sete dias. O perfil cromatográfico apresentou-se semelhante ao óleo

essencial da E. uniflora obtido das folhas frescas.

Figura 38: Cromatograma total de íons do óleo essencial das folhas secas (7 dias) da

pitangueira.

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109

Na tabela 18 encontra-se o resultado da caracterização química realizada dos óleos

essenciais extraídos da pitangueira no mês de junho, das folhas secas durante sete dias,

mostrando as porcentagens relativas dos compostos. Os espectros de massa correspondentes

encontram-se no Anexo 01. Os resultados mostram que a sua constituição química é

semelhante aos obtidos a partir de material vegetal fresco e os compostos com maior

percentual no óleo foram os mesmos.

Tabela 18: Caracterização química por CGAR-EM dos óleos essenciais da

pitangueira extraídos de folhas secas durante o mês de junho de 2006. Área (%) *Amostra IRL IRL

**Grupo Químico Composto

PAL PAM PAN PAO 1202 8,94 HC Ν.Ι - 0,30 - 0,30 1318 14,20 HC Ν.Ι - - - 0,51 1319 14,26 HC δ-elemeno [203] 0,66 0,62 0,72 - 1362 16,46 HC N.I 0,19 - - - 1370 16,91 HC β-elemeno [104] 3,43 3,37 4,13 3,45 1394 18,10 HC β-cariofileno [28] 2,00 1,63 2,17 1,48 1403 18,62 HC N.I 0,20 - - - 1411 19,04 HC γ-elemeno [201] 4,11 3,60 3,91 2,53 1413 19,16 HC N.I 0,26 - - - 1425 19,79 HC α-humuleno [220] 0,22 - - - 1431 20,16 HC Aromadendreno [204] 0,64 0,39 0,72 0,43 1449 21,12 HC γ-selineno [205] 0,56 0,44 0,52 0,39 1451 21,27 OH N.I - - 0,37 - 1455 21,45 HC β-selineno [19] 1,09 0,72 0,53 0,80 1467 22,15 SF Furanosesquiterpeno 26,22 35,90 19,91 28,26 1469 22,26 HC Ledeno [206] 1,57 - 1,52 0,96 1474 22,48 SF Furanosesquiterpeno 0,37 0,42 0,38 0,37 1494 23,62 HC δ-cadineno [27] 0,29 - - - 1502 24,04 OH N.I 0,33 - 0,34 - 1510 24,52 HC Selina-3,7(11)dieno [207] 0,08 - - - 1521 25,11 HC Germacreno B [179] 0,71 0,64 0,28 0,42 1525 25,37 HC N.I 0,82 0,54 0,58 0,70 1530 25,60 OH Palustrol [208] 0,51 0,29 - 0,40 1536 25,97 OH Espatulenol [58] 4,91 4,13 6,57 5,29 1539 26,10 SF Óxido de cariofileno [209] 1,02 0,89 1,57 1,33 1545 26,46 OH Globulol [202] 3,82 2,12 3,95 2,70 1551 26,79 OH Viridiflorol [82] 2,47 1,57 2,57 1,92 1554 26,98 OH N.I 1,21 0,65 1,19 0,81 1561 27,35 OH N.I 1,97 1,09 1,81 1,32 1569 27,83 OH N.I 0,41 - 0,27 - 1572 27,97 OH N.I 0,78 - 0,50 - 1579 28,36 OH N.I - - 0,44 - 1580 28,45 HC N.I 0,63 - 0,37 0,63 1582 28,54 SI N.I 0,42 0,56 0,49 0,50 1585 28,72 HC N.I 1,06 1,00 - 0,59 1593 29,18 OH Isoespatulenol [210] 1,24 0,77 1,06 0,82 1599 29,50 OH N.I 0,84 0,69 0,35 0,77 1602 29,68 OH N.I 0,36 - - - 1605 29,85 SF Furanosesquiterpeno 2,36 2,32 2,23 2,25 1610 30,10 OH τ-muurolol [211] 0,95 0,64 0,97 1,26 1613 30,26 SF Furanosesquiterpeno 1,07 1,39 0,90 0,78 1622 30,74 OH N.I 0,39 - - - 1625 30,93 HC N.I 0,37 - - - 1630 31,17 HC N.I 1,01 1,92 1,26 1,96

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110

Área (%) *Amostra IRL IRL Composto

PAL PAM PAN PAO 1641 31,77 HC N.I 1,50 2,62 1,66 2,15 1644 31,98 OH N.I 0,94 0,69 0,94 0,80 1653 32,46 HC N.I 0,30 0,49 0,55 0,53 1660 32,84 HC N.I 0,39 0,41 0,57 0,54 1665 33,08 OH N.I 0,50 0,50 - - 1670 33,39 OH N.I 1,10 0,84 1,30 1,10 1677 33,76 HC N.I 2,01 1,42 2,06 0,92 1679 33,88 HC N.I 0,44 - 0,52 - 1688 34,36 OH N.I 0,28 0,44 - 0,49 1705 35,28 OH N.I 0,71 0,99 0,85 1,06 1710 35,52 OH N.I 1,04 0,95 1,29 1,09 1715 35,82 OH N.I 0,88 0,64 1,06 0,77 1737 36,95 OH N.I 1,97 3,21 2,74 4,45 1748 37,54 OH N.I 0,58 1,26 0,45 1,10 1755 37,93 SF Furanosesquiterpeno - 0,27 - - 1766 38,47 OH N.I 1,48 0,96 1,94 0,95 1771 38,75 OH N.I - - 0,36 - 1787 39,60 OH N.I 0,40 0,41 - - 1793 39,91 OH N.I 0,51 1,25 0,40 0,84 1797 40,13 OH N.I 0,87 1,02 1,25 1,67 1803 40,42 OH N.I 3,50 2,55 4,56 2,38 1808 40,71 OH N.I 0,45 0,51 0,60 0,77 1823 41,47 OH N.I 0,33 - 0,35 - 1828 41,68 SF Furanosesquiterpeno 2,07 2,58 1,95 3,05 1836 42,12 OH N.I 3,33 3,48 3,52 5,06 1853 42,99 OH N.I 0,27 0,64 0,52 0,71 1879 44,27 OH N.I 0,54 0,79 0,78 1,16 1892 44,96 OH N.I - - - 0,25 1920 46,27 OH N.I - - - 0,37 1925 46,51 OH N.I 1,40 0,98 1,68 0,58 1931 46,81 OH N.I 0,24 0,37 - 0,41 1996 49,91 SF Furanosesquiterpeno 0,44 0,59 - 0,63 2095 55,40 OH N.I - - 0,35 - 2139 57,75 OH N.I 1,03 0,54 2,07 1,00 2212 61,57 OH N.I 0,23 - 0,43 -

Sesquiterpenos Hidrocarbonetos 24,54 20,11 22,07 19,29 Sesquiterpenos Oxigenados Furanoides 33,55 44,36 26,94 36,67 Sesquiterpenos Oxigenados Hidroxilados 41,83 35,53 47,83 41,81 Sesquiterpenos Oxigenados Carbonilados - - - - TOTAL 99,92 100 96,84 97,77

*PAL-O: Amostras de óleos obtidos de um único exemplar cultivado no bloco A do Centro de Tecnologia da UFRJ ** Grupos químicos: HC=hidrocarboneto; SF: sesquiterpenos furanóides; OH: sesquiterpenos hidroxilados; SC: sesquiterpenos carbonilados.

O composto majoritário apresentou variação percentual de 19,91 (amostra PAN) a

35,90% (amostra PAM) e o teor médio do furanosesquiterpenóide foi de 27,57%. Em relação

aos grupos químicos, o gráfico 05 mostra que o teor de sesquiterpenos furanóides

ultrapassou a porcentagem de sesquiterpenos do tipo hidrocarboneto em todas as amostras.

Além disso, observa-se uma relação inversamente proporcional entre os grupos de

sesquiterpenos furanóides e hidroxilados.

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111

0

10

20

30

40

50Te

or(%

)

PAA L PAA M PAA N PAA O

Exemplares

Gráfico 05: Porcentagem relativa dos grupos químicos presentes no óleo essencial da Pitangueira obtido de folhas secas durante 1 semana

SesquiterpenosHidrocarbonetos

SesquiterpenosOxigenadosFuranoides

SesquiterpenosOxigenadosHidroxilados

SesquiterpenosOxigenadosCarbonilados

O resultado da composição química dos óleos essenciais extraídos de folhas secas

armazenadas por 3 meses encontra-se na tabela 19. O aroma das folhas foi modificado com

o processo de secagem do material, o material vegetal adquiriu notas marinhas (aroma

semelhante a maresia e a peixe). A análise por CGAR-EM não possibilitou a identificação

da possível modificação química responsável pela mudança nas características

organolépticas.

Tabela 19: Caracterização química por CGAR-EM dos óleos essenciais da pitangueira extraídos de folhas secas durante o mês de junho de 2006, durante 3 meses de armazenamento.

Área (%) *Amostra IRL TR

**Grupo

Químico Composto

PAP PAQ PAR PAS 1318 14,20 HC Ν.Ι 1.03 1,34 0,85 0,58 1362 16,47 HC Ν.Ι - - 0,21 - 1371 16,93 HC β-elemeno [104] 3.22 4,35 3,10 2,60 1394 18,14 HC β-cariofileno [28] 2.61 3,54 2,57 1,97 1411 19,07 HC γ-elemeno [201] 3.94 5,11 3,51 3,30 1425 19,83 HC α-humuleno [220] 0.56 0,58 0,53 0,37 1432 20,19 HC Aromadendreno [204] 0.87 1,21 0,86 0,76 1449 21,14 HC γ-selineno [205] 0.27 0,36 0,30 0,23 1455 21,47 HC β-selineno [19] 1.08 1,17 1,12 0,98 1472 22,40 SF Furanosesquiterpeno 43.77 52,11 43,50 39,30 1476 22,62 SF Furanosesquiterpeno 0.79 0,64 0,87 0,46 1495 23,66 HC δ-cadineno [27] 0.14 - 0,23 - 1502 24,07 OH Ν.Ι 0.44 0,39 0,47 0,44 1511 24,56 HC Selina-3,7(11)dieno [206] 0.22 - 0,25 0,32 1521 25,13 HC Germacreno B [179] 0.38 0,60 0,96 0,25 1525 25,37 HC N.I 0.22 - 0,25 0,26 1539 26,15 OH Espatulenol [58] 11.09 9,78 11,60 13,18 1541 26,26 OH N.I - 0,56 - - 1543 26,36 OH N.I 0.81 - 0,76 0,75 1545 26,48 OH Globulol [201] 0.70 0,72 0,79 0,92 1551 26,79 OH Viridiflorol [82] 0.80 0,66 0,70 0,93 1556 27,09 OH N.I 0.60 - 0,50 0,68

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112

Área (%) *Amostra IRL TR

**Grupo Químico Composto

PAP PAQ PAR PAS 1559 27,27 SC β−elemenona [96] 1.29 0,94 - 0,68 1561 27,36 OH N.I - - 0,96 0,74 1569 27,84 OH N.I - - - 0,49 1572 27,96 OH N.I - - - 0,35 1581 28,47 HC N.I 0.33 - 0,23 0,39 1586 28,78 HC N.I 2.03 1,38 1,79 2,36 1594 29,24 OH Isoespatulenol [210] 1.68 1,16 1,51 1,81 1598 29,43 OH N.I 0.56 - 0,45 0,61 1603 29,70 OH N.I - - - 0,51 1607 29,93 SF Furanosesquiterpeno 2.25 2,00 2,23 2,45 1614 30,32 SF Furanosesquiterpeno 2.22 1,82 2,39 2,17 1618 30,53 HC N.I 0.66 - 0,56 0,76 1623 30,79 OH N.I 0.78 0,28 0,76 0,81 1626 30,98 HC N.I 1.42 0,46 1,00 1,16 1629 31,15 HC N.I - - - 0,57 1643 31,88 SF Furanosesquiterpeno 1.96 1,87 3,97 2,06 1653 32,44 HC N.I 0.47 - 0,41 0,56 1660 32,82 HC N.I 0.37 - 0,32 0,47 1663 32,98 HC N.I 0.53 - 0,27 0,58 1670 33,38 OH N.I 1.35 0,84 1,30 1,55 1677 33,73 HC N.I 0.75 0,56 0,82 0,88 1689 34,38 OH N.I 0.89 0,70 0,80 1,06 1709 35,50 OH N.I 0.86 0,80 0,85 - 1715 35,80 OH N.I 0.81 0,63 0,74 - 1736 36,90 OH N.I 0.72 0,77 0,64 - 1748 37,56 OH N.I 0.46 0,48 0,45 0,45 1765 38,44 OH N.I 0.44 0,42 0,53 0,53 1786 39,55 OH N.I - - 0,27 0,27 1792 39,88 OH N.I - - 0,28 0,28 1801 40,32 OH N.I 0.69 0,76 0,93 0,93 1822 41,40 OH N.I 0.77 0,55 0,71 0,71 1833 41,95 OH N.I 0.43 - - - 1924 46,46 OH N.I 0.36 0,43 0,36 0,36

Sesquiterpenos Hidrocarbonetos 21,10 20,66 20,14 18,78 Sesquiterpenos Oxigenados Furanoides 50.99 58.44 52.96 46.44 Sesquiterpenos Oxigenados Hidroxilados 25,24 19,93 26,36 27,85 Sesquiterpenos Oxigenados Carbonilados 1.29 0.94 - 0.68 TOTAL 98.62 99.97 99,46 94,83

*PAP-S: Amostras de óleos obtidos de um único exemplar cultivado no bloco A do Centro de Tecnologia da UFRJ ** Grupos químicos: HC=hidrocarboneto; SF: sesquiterpenos furanóides; OH: sesquiterpenos hidroxilados; SC: sesquiterpenos carbonilados.

Os resultados mostram que a constituição química dos óleos obtidos de folhas

envelhecidas modificou-se em relação às folhas frescas e secas por 1 semana. Alguns

sesquiterpenos não foram detectados como o δ-elemeno [203], o ledeno [206], o palustrol

[208], o τ-muurolol [211], o furanosesquiterpeno com IRL=1996 e o óxido de cariofileno

[209]. Uma possível explicação seria a evaporação de alguns destes constituintes, levando as

alterações observadas.

Pode-se observar menor porcentagem do composto cujo IRL=1736 e um maior teor

do sesquiterpeno hidroxilado espatulenol nestes óleos, com um percentual médio de 11,41

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113

%. Provavelmente este sesquiterpeno hidroxilado apresenta-se com maior percentual em

conseqüência do processo de oxidação dos terpenos presentes nas folhas.

Além disso, a β-elemenona [96], provável produto de rearranjo da germacrona [63],

em conseqüência da alta temperatura do injetor (270°C), esteve presente em quase todos os

exemplares, com exceção do PAR e o α-humuleno [220] ausente nas amostras anteriores, foi

detectado nos óleos extraídos de folhas envelhecidas.

O percentual do sesquiterpeno furanóide foi maior do que os outros exemplares

avaliados, variando de 39,30 à 52,11 e com uma média de 44,67%. Quanto aos grupos

químicos, os furanóides foram os mais abundantes, em função do alto teor do composto em

IRL=1472 e os sesquiterpenos hidroxilados apresentaram o menor percentual, levando a

considerar uma possível correlação entre estes grupos.. Os resultados estão ilustrados no

Gráfico 06.

0

10

20

30

40

50

60

Teor

(%)

PAA P PAA Q PAA R PAA S

Exemplares

Gráfico 06: Porcentagem relativa dos grupos químicos presentes no óleo essencial da Pitangueira obtido de folhas secas armazenadas durante 3 meses

SesquiterpenosHidrocarbonetos

SesquiterpenosOxigenadosFuranoides

SesquiterpenosOxigenadosHidroxilados

SesquiterpenosOxigenadosCarbonilados

O aspecto físico dos óleos obtidos de folhas envelhecidas foi bem diferente dos óleos

extraídos de folhas frescas. O aroma do óleo adquiriu notas marinhas e a cor apresentou-se

amarelo-escuro e o [α]25= 0,94+0,49, diferente do óleo essencial obtido de material fresco,

com cores amarelo claro, aroma agradável e [α]25= 1,98+0,40. Arabhosseini et al. (2007)

descrevem processo semelhante de modificação da cor do óleo essencial de Artemisia

dracunculus L. na secagem e no armazenamento das folhas. Os autores afirmam que durante

esse processo ocorre a decomposição de ingredientes ativos que favorecem a mudança das

D

D

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114

características originais do produto. Após 30 dias de armazenamento de folhas secas a 60°C

e a 90°C já ocorrem modificações na cor do produto. Determinou-se 45°C a melhor

condição para secagem, permitindo uma qualidade semelhante ao do óleo obtido de folhas

frescas.

Como o aspecto do óleo, sabor, odor e cor são parâmetros fundamentais para serem

apreciados por consumidores, o envelhecimento do material vegetal por 3 meses não

mostrou resultados satisfatórios.

Na tabela 20 encontra-se a comparação dos valores dos sesquiterpenos

hidrocarbonetos entre os óleos obtidos de folhas secas por 1 semana e de folhas

envelhecidas. Pode-se inferir que não houve uma diferença estatística entre os teores.

Tabela 20: Porcentagem relativa dos sesquiterpenos do tipo hidrocarboneto presente no óleo

essencial da E. uniflora, extraído de folhas secas e de folhas envelhecidas. Porcentagem relativa dos sesquiterpenos do tipo hidrocarboneto

Amostra Folhas secas Amostra Folhas envelhecidas PAL 24,54 PAP 21,10 PAM 20,11 PAQ 20,66 PAN 22,07 PAR 20,14 PAO 19,29 PAS 18,78

Média 21,25+2,21* Média 19,75+1,26*

CV 10,43% CV 6,37% Erro Padrão 1,10 Erro Padrão 0,63

* Os valores apresentam diferença estatística (t= 1,18 gl= 6, p< 0,5)

Em relação aos sesquiterpenos hidroxilados, houve diferença estatística significante.

Os resultados estão apresentados na tabela 21.

Tabela 21: Porcentagem relativa dos sesquiterpenos hidroxilados presente no óleo essencial da E. uniflora, extraído de folhas secas e de folhas envelhecidas.

Porcentagem relativa dos sesquiterpenos do tipo hidroxilados Amostra Folhas secas Amostra Folhas envelhecidas

PAL 41,83 PAP 25,24 PAM 35,53 PAQ 19,93 PAN 47,83 PAR 26,36 PAO 41,81 PAS 27,85

Média 41,00+4,90* Média 24,25+3,60*

CV 11,95% CV 14,82% Erro Padrão 2,45 Erro Padrão 1,80

* Os valores apresentam diferença estatística (t= 5,51 gl= 6, p< 0,5)

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115

De maneira semelhante aos sesquiterpenos anteriores, os valores dos furanóides

também apresentaram diferença estatística. Os resultados estão dispostos na tabela 22.

Tabela 22: Porcentagem relativa dos sesquiterpenos furanóides presente no óleo essencial da E. uniflora, extraído de folhas secas e de folhas envelhecidas.

Porcentagem relativa dos sesquiterpenos do tipo furanóide Amostra Folhas secas Amostra Folhas envelhecidas

PAL 33,55 PAP 50,99 PAM 44,36 PAQ 58,44 PAN 26,94 PAR 52,96 PAO 36,67 PAS 46,44

Média 34,75+7,45* Média 51,50+5,00*

CV 21,45% CV 9,71% Erro Padrão 3,73 Erro Padrão 2,50

* Os valores apresentam diferença estatística (t= -11,59 gl= 6, p< 0,5).

5.3 Variação do rendimento do óleo essencial

Os rendimentos obtidos dos óleos essenciais de Eugenia uniflora L. do mês de

fevereiro estão apresentados na Tabela 23. De acordo com os resultados apresentados a

variação do rendimento dos óleos essenciais foi de 0,4 à 1,1%, apresentando uma média de

0,73%. O exemplar PAD apresentou os maiores rendimentos observados durante a semana.

Tabela 23: Rendimento do Óleo Essencial de Pitanga extraído durante turnos diferentes e em dias consecutivos do mês de Fevereiro de 2006.

RENDIMENTO DO ÓLEO ESSENCIAL DE Eugenia Uniflora L. (%) Amostra Manhã Tarde

PAA 0,615 0,473 PAB 0,456 0,971 PAc 0,797 1,089 PAD 1,105 0,826 PAE 0,603 0,4024

Média 0,71+0,28* 0,75+0,30*

CV 34,82% 40,27% Erro Padrão 0,11 0,13

* Os valores não apresentam diferença estatística (t= -0,211, gl= 8, p> 0,5)

A partir dos resultados pode-se inferir que a diferença entre as médias dos dois

grupos avaliados não foi grande suficiente para ser significativamente diferente, ou seja, o

rendimento do óleo essencial de pitanga em fevereiro não varia com diferentes turnos

(diurno/ vespertino).

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116

Simões & Sptizer (2001) citam que o ambiente (temperatura, umidade relativa,

exposição ao sol) onde o vegetal desenvolve-se exerce influência direta sobre a composição

química e teor de óleo essencial produzido. Os autores recomendam a coleta de material

vegetal na manhã ou à noite para garantir maiores teores de óleo. Porém para a pitangueira,

os resultados demonstraram que o rendimento de óleo esssencial é indiferente ao período de

coleta, provavelmente porque para a referida espécie, as estruturas celulares responsáveis

pela estocagem dos óleos essenciais não são superficiais e apresentam-se em cavidade

denominadas esquizolisígenas (Farmacopéia Brasileira, 2003).

Comparando-se com outras publicações em óleos essenciais de pitangueira, o

rendimento obtido a partir de exemplares cultivados no Campus da UFRJ apresentou teor

superior, com exceção a pesquisa realizada por Weyerstahl et al. (1988) que obtiveram

rendimento de 1% a partir de exemplares cultivados na Nigéria. Morais et al. (1996) a partir

de espécies do nordeste brasileiro (Ceará), obtiveram rendimento de 0,74% e Galhiane et

al.(2006) alcançaram teores de 0,42% ao extraírem óleo essencial de pitagueira cultivada em

São Paulo.

Quanto ao rendimento do óleo essencial da pitangueira obtido de folhas secas

durante sete dias, o teor apresentou-se superior ao das folhas frescas, provavelmente em

função da perda de água. Os valores encontram-se ilustrados na tabela 24. A média da

porcentagem relativa dos óleos de folhas secas por 1 semana foi de 1,60% enquanto que

para as folhas frescas o teor médio foi de 0,73%.

Tabela 24: Rendimento do óleo essencial da pitangueira obtido de folhas secas por 1 semana

Rendimento do Óleo Essencial de Eugenia Uniflora L. Amostra Teor (%)

PAL 1,49 PAM 1,85 PAN 1,75 PAO 1,32

Média 1,60+0,24*

CV 24,46% Erro Padrão 3,0

Galhiane et al., (2006) realizou a secagem por 1 semana das folhas de pitangueira e

observaram um rendimento de 0,43, inferior ao encontrado. Os autores realizaram a

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117

secagem sob temperatura ambiente com posterior trituração por moinho das folhas.

Provavelmente por esse motivo houve perda em rendimento de óleo.

O rendimento médio do óleo essencial da pitangueira obtido de folhas armazenadas

por 3 meses foi 0,98%, como pode-se observar na tabela 25. Pode-se perceber que ao longo

dos três meses houve uma perda em rendimento do óleo essencial.

Tabela 25: Rendimento do óleo essencial da pitangueira obtido de folhas envelhecidas

Rendimento do Óleo Essencial de Eugenia Uniflora L. Amostra Teor (%)

PAP 0,92 PAQ 1,20 PAR 1,28 PAS 0,96

Média 0,98+0,35*

CV 12,30% Erro Padrão 3,0

5.4 Separação por CLC do óleo essencial da pitangueira

A separação cromatográfica do óleo essencial da pitangueira, empregando a técnica

de sílica gel impregnada com KOH foi realizada com o intuito de separar em três frações

(pentano, diclorometano e metanol) grupos químicos distintos: uma fração rica em

hidrocarbonetos, outra em oxigenados e a última em possíveis ácidos orgânicos, Esta

metodologia foi inicialmente desenvolvida por McCarthy & Duthie (1962) e adaptado pelo

grupo de pesquisa do Prof. Angelo Pinto, no Laboratório de Produtos Naturais da UFRJ, e

foi eficaz na separação em grupos de terpenos para o óleo-resina de copaíba.

As frações separadas por CLC (sílica impregnada com KOH) foram empregadas em

ensaios farmacológicos (item 5.9) e seus efeitos comparados de acordo com a sua

constituição química. O fracionamento de 270 mg de óleo essencial de E. uniflora, por meio

da coluna de sílica gel impregnada por KOH, permitiu a separação de 147,67 mg da fração

eluída por pentano, 70,52 mg da fração obtida por diclorometano e 23,08 mg da fração

metanólica, mostrando uma recuperação de 89,36% de material. Os fragmentogramas

correspondentes as frações apresentam-se na figura 39 e os espectros de massas encontram-

se no Anexo 01.

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118

Figura 39: Cromatograma total de íons das frações obtidas por CLC do óleo essencial da

pitangueira

Os resultados das análises por CGAR-EM das três frações obtidas do óleo essencial da E.

uniflora encontram-se descritos na tabela 26.

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119

Tabela 26: Caracterização química por CGAR-EM das frações obtidas por CLC do óleo essencial de Eugenia uniflora.

Área (%) IRL TR *Grupo

Químico Composto Fração Pentano Fração Diclorometano Fração Metanólica 1202 8,95 HC N.I 0.06 - - 1320 14,31 HC δ-elemeno [203] 0.88 - - 1363 16,52 HC N.I 0.18 - - 1373 17,04 HC β-elemeno [104] 3.80 - - 1395 18,20 HC β-cariofileno [28] 1.78 - - 1414 19,18 HC N.I 3.84 - - 1415 19,28 HC Aromadendreno [204] 0.24 - - 1432 20,23 HC Aloaromadendreno [216] 0.61 - - 1450 21,21 HC γ-selineno [205] 0.29 - - 1453 21,37 HC N.I - - 0,75 1455 21,49 HC β-selineno [19] 0.86 - - 1476 22,62 SF Furanosesquiterpeno 28.56 2,06 - 1478 22,72 HC Ledeno [206] 0,38 - - 1480 22,82 SF Furanosesquiterpeno 0,66 - - 1482 22,93 HC Furanosesquiterpeno 0,38 - - 1523 25,21 HC Germacreno B [179] 0.51 - - 1527 25,47 HC α-selineno [26] 0.44 - - 1531 25,69 OH Palustrol [207] 0.41 - - 1540 26,16 OH Espatulenol [58] 3.57 0,64 0,95 1541 26,25 SF Óxido de Cariofileno[209] 0.56 - - 1548 26,61 OH Globulol [202] 2.22 - - 1553 26,94 OH Viridiflorol [82] 1.76 - - 1557 27,12 OH N.I 0.89 - - 1562 27,40 OH N.I 0.74 - - 1563 27,49 OH N.I 0.81 - - 1582 28,53 HC N.I 0.42 - - 1589 28,96 OH N.I 0.54 - - 1595 29,28 OH Isoespatulenol [210] 0.84 - - 1601 29,60 OH N.I 0.41 - - 1609 30,03 SF Furanosesquiterpeno 2.38 - - 1613 30,27 OH N.I 0.67 - - 1616 30,43 SF Furanosesquiterpeno 1.74 - - 1632 31,30 HC N.I 1.08 1,35 0,62 1639 31,70 HC N.I - 1,44 - 1644 31,93 HC N.I 1.78 0,57 - 1647 32,10 OH (+)-Selin-7(11)-en-4α-ol [215] 0.64 - - 1653 32,47 HC N.I - 0,73 - 1659 32,79 HC N.I - 1,79 4,91 1666 33,17 OH N.I 0.55 - - 1671 33,45 OH N.I 0.76 - 0,48 1680 33,92 OH N.I - 0,61 0,67 1682 34,04 OH N.I - 0,66 - 1685 34,20 OH N.I - 0,87 0,97 1689 34,42 OH N.I 0.49 - - 1696 34,79 OH N.I - 0,74 0,42 1708 35,41 OH N.I 1,25 - - 1711 35,58 OH N.I 0,54 - 0,79 1717 35,89 OH N.I 0,63 - - 1739 37,04 OH N.I 1,20 15,94 6,20 1741 37,15 OH N.I - 0,99 1,17 1746 37,46 OH N.I - 0,70 - 1749 37,61 OH N.I 0,44 - - 1769 38,67 OH N.I - 1,11 - 1771 38,77 OH N.I - 1,22 - 1778 39,15 OH N.I - - 1,48 1785 39,52 OH N.I - - 1,49 1798 40,15 OH N.I 1,70 1,80 0,52 1799 40,26 OH N.I - - 0,52 1803 40,43 OH N.I 0,45 - - 1822 41,39 OH N.I - - 2,04 1826 41,82 SF Furanosesquiterpeno 2.15 0,75 -

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Área (%) IRL TR **Grupo Químico Composto Fração Pentano Fração Diclorometano Fração Metanólica

1830 41,94 OH N.I - 0,75 1,12 1836 42,11 OH N.I - - 1,45 1845 42,54 OH N.I 6,06 - - 1850 42,83 OH N.I - - 0,56 1852 42,92 OH N.I - 0.84 - 1856 43,11 OH N.I - 0.68 - 1864 43,51 OH N.I - - 0,98 1868 4372 OH N.I - - 0,84 1880 44,29 OH N.I - 4.43 3,31 1893 45,01 OH N.I - - 2,98 1916 46,10 OH N.I - - 0,56 1920 46,31 OH N.I - 2.01 1,16 1930 46,75 OH N.I - 1.69 1,51 1936 47,03 OH N.I - 1.41 2,09 1938 47,16 OH N.I - 0.63 - 1941 47,27 OH N.I - - 1,49 1963 48,33 OH N.I - 1.69 - 1970 48,66 OH N.I - - 7,79 1994 49,82 SF Furanosesquiterpeno - 2.06 - 2004 50,30 OH N.I - - 0,53 2040 52,34 OH N.I - - 3,15 2051 52,91 OH N.I - - 3,07 2058 53,33 OH N.I - 1.78 0,91 2062 53,53 OH N.I - - 0,53 2082 54,67 OH N.I - 1.04 - 2084 54,81 OH N.I - - 0,73 2087 54,98 OH N.I - 0.99 0,77 2137 57,64 OH N.I - 1.91 - 2149 58,26 OH N.I - 1.10 1,41 2157 58,67 OH N.I - 3.96 5,80 2164 59,04 OH N.I - 1.46 1,67 2172 59,48 OH N.I - 9.23 2,98 2204 61,18 OH N.I - 0.64 0,87 2242 63,17 OH N.I - 1.54 3,23 2281 65,23 OH N.I - 0.85 1,64 2298 66,11 OH N.I - 2.78 3,48 2318 67,20 OH N.I - 1.81 - Sesquiterpenos Hidrocarbonetos 17,15 5,88 6,28 Sesquiterpenos Oxigenados Furanoides 36,43 4,87 - Sesquiterpenos Oxigenados Hidroxilados 27,57 68,5 74,31 Sesquiterpenos Oxigenados Carbonilados - - - TOTAL 81,15 79,25 80,59

* Grupos químicos:HC=hidrocarbonetos; SF: furanóides; OH:hidroxilados; SC: carbonilados

A eluição com o pentano permitiu a extração de praticamente todo o percentual de

compostos furanóides presentes no óleo (36,43%) e de sesquiterpenos do tipo

hidrocarboneto (17,15%). Os terpenos hidroxilados foram extraídos principalmente pelo

emprego do diclorometano (68,5 %) e metanol (74,31%). A técnica permitiu a separação de

uma fração enriquecida em sesquiterpenos furanóides, contudo a presença de picos não

detectados no óleo bruto nas frações obtidas por diclorometano e metanol caracteriza uma

degradação do material. Outras técnicas foram empregadas, como a cromatografia em

coluna aberta empregando sílica gel comum e sílica gel impregnada com nitrato de prata

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121

(Guerrero et al., 2000), sem obter sucesso na separação dos furanóides. Esta última inclusive

promoveu a degradação do material.

5.5 Isolamento do furanosesquiterpeno majoritário

No intuito de isolar-se o composto majoritário foi realizada outra CLC com maior

fracionamento do óleo essencial. Os resultados apresentaram-se ineficientes. A figura 40

ilustra as 4 frações obtidas empregando-se como eluente o pentano, onde foi detectado o

composto furanóide.

Figura 40: Frações de óleo de pitangueira obtidas a partir de CLC

empregando pentano como eluente

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122

Na tentativa de identificar-se o composto majoritário empregou-se a coinjeção com

um óleo cuja composição química é bem descrita na literatura e por apresentar

características químicas similares ao óleo da pitangueira, o óleo-resina de mirra.

Os cromatogramas a seguir mostram que os furanosesquiterpenos da mirra e do óleo

essencial da Eugenia uniflora foram eluídos no mesmo tempo de retenção. Os compostos

apresentam fragmentogramas semelhantes, com um pico base em m/z 108, característico de

fragmento obtido pelo rearranjo retro-Diels-Alder. A figura 41 apresenta os cromatogramas

e espectro de massas correspondentes do sesquiterpeno furanóide.

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123

Figura 41: Cromatograma total de íons dos óleos de Mirra, pitangueira e de ambos coeluídos

com seus respectivos espectros de massa correspondentes ao sesquiterpeno furanóide majoritário.

O tratamento do óleo essencial de Eugenia uniflora com o emprego de metanol à

frio possibilitou o isolamento do sesquiterpeno furanóide majoritário (IRL=1467), com 95%

de pureza (calculado por CGAR-EM), como podemos observar no fragmentograma seguinte

(figura 42). A partir de 141 mg de óleo essencial da pitangueira obteve-se 35 mg de produto,

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124

ou seja, um rendimento de 25%. O espectro de massas correspondente ao sesquiterpeno

furanóide majoritário é semelhante ao anteriomente mostrado (figura 42). O mesmo

procedimento foi realizado para o óleo de mirra, mas a metodologia não foi satisfatória no

isolamento do sesquiterpeno majoritário. Recentemente a técnica de isolamento por metanol

a frio também foi utilizada por Baldovini et al. (2000), no isolamento do furanodieno [2] e

furanoelemeno [1] do óleo de Smyrnium olustrasum.

Figura 42: Fragmentograma e espectro de massas do sesquiterpeno furanóide majoritário da

E. uniflora L.

O produto isolado apresentou-se como um sólido de cor branca que pode ser

cristalizado (cristal incolor) ao solubilizar-se com metanol e evaporar-se sob temperatura

ambiente. Tanto o sólido branco quanto o cristal apresentaram o mesmo Rf (0,6) (figura 43)

e mesmo ponto de fusão 60°C+ 1°C.

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Figura 43: Cromatografia em camada fina do óleo essencial de pitangueira (OEP), da fração obtida por pentano por CLC impregnada por KOH (FP), do sesquiterpeno majoritário isolado (FI) e do óleo essencial de mirra (OEM).

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126

5.6 Identificação do sesquiterpeno furanóide majoritário por RMN

Apesar do cromatograma total de íons do sesquiterpeno furanóide apresentar apenas

um pico (figura 42), com IRL=1467, com 95% de pureza, a partir dos resultados de RMN

pode-se inferir que há mais de um sesquiterpeno na amostra e que apresentam tempos de

retenção semelhantes, havendo assim uma coeluição. Os sinais foram separados entre

sesquiterpeno furanóide 1 e 2 a partir da análise das integrações dos hidrogênios, pois foi

observada uma relação de 2:1.

Em função dos relatos da literatura que citam o curzereno [1] e furanodieno [2]

como os constituintes majoritários da pitangueira foram comparados os deslocamentos

químicos dos sesquiterpenos furanóides isolados (IRL=1467) com os valores conhecidos

dos furanosesquiterpenos curzereno [1] e furanodieno [2]. A figura 44 mostra a numeração

dos carbonos dos furanosesquiterpenos curzereno e furanodieno.

O

1 109 8

765

4

3

2

13

14

1512

[2][1]

9 O12

3 4 5 6 7

810

13

1415

1211 11

Figura 44: Numeração fornecida aos carbonos nos sesquiterpenos furanóides.

Os deslocamentos químicos de RMN 13C do sesquiterpeno furanóide majoritário

(IRL=1467) estão apresentados na tabela 27. Os resultados mostram 27 sinais de carbonos,

entre os quais três são comuns entre os dois compostos. Os sinais coincidentes referem-se

aos carbonos olefínicos C11, C12 e a metila C13 do anel furânico e apresentam-se em destaque

na tabela 27. Os valores são similares aos outros sesquiterpenos que apresentam o mesmo

anel em sua estrutura (Blay et al., 1996). O deslocamento químico alto do C12, C11, C7 e C8

ocorrem em consequência da presença do oxigênio que favorece a desblindagem dos

carbonos próximos. Vale ressaltar que os valores do deslocamento químico destes carbonos

apresentam similaridade com os encontrados para o curzereno [1] e furanodieno [2]. Os

deslocamentos dos carbonos metilênicos em C9 também são semelhantes aos

furanosesquiterpenos em questão.

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Tabela 27: Deslocamentos químicos de RMN 13C (75MHz) do Furanosesquiterpeno 1 e do furanosesquiterpeno 2, do Curzereno*, do Furanodieno* .

Carbono δ-C

Furanosesquiterpeno1 δ-C

Furanosesquiterpeno2 δ-C

Curzereno [1] δ-C

Furanodieno [2] 1 20.97 t 37,23 t 147.15 d 129.02 d 2 23.6 t 22,89 t 110.97 t 24.35 t 3 39.37 t 121,98 t 112.72 t 26.83 t 4 149.49 s 134,51 s 147.22 s 128.83 s 5 45,81 d 43.97 d 50.06 d 127.61 d 6 37.4 t 21,42 t 24.20 t 39.43 t 7 116.23 s 117,24 s 116.61 s 118.88 s 8 149.9 s 150,39 s 149.55 s 149.72 s 9 42,02 t 38,77 t 36.11 t 40.92 t

10 36.72 s 33,28 s 40.12 s 134.34 s 11 119.66 s 119.66 s 119.28 s 121.88 s 12 137.01 d 137.01 d 137.18 d 135.98 d 13 8.25 q 8,25 q 8.10 q 8.88 q 14 17.64 q 16,67 q 24.47 q 16.45 q 15 107.36 t 21,36 q 19.50 q 16.19 q

* Baldovini et al., 2000 +A multiplicidade foi determinada pelo espectro de DEPT 135.

Entre os sinais do sesquiterpeno furanóide 1, cinco são correspondentes a carbonos

quaternários, seis à carbonos metilênicos e dois para carbonos metínicos e metilas. O

furanosesquiterpeno 2, por sua vez, apresenta quatro sinais correspondentes a carbono

quaternário, metilênico e metínico e três sinais de metilas. Comparando-se o valor total do

número de carbonos do curzereno e do furanodieno, dez sinais corresponderiam a carbono

quaternário, oito à grupos metilênicos, seis a carbonos metínico e metilas. Portanto, os

sesquiterpenos furanóides majoritários presentes no óleo essencial da pitangueira não são os

comumente relatados na literatura. Na figura 45 encontra-se os espectros de RMN 1H e 13C

da mistura de sesquiterpenos furanóides.

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128

Figura 45: Espectro de RMN 13C (75 MHz) e RMN 1H (300 MHZ) da mistura de sesquiterpenos.

Descarta-se que o curzereno [1] e o furanodieno [2] estejam presentes no produto

isolado do óleo essencial no exemplar da Eugenia uniflora (cultivada no Campus da UFRJ)

também pelos deslocamentos distintos, como por exemplo, o C1. Na mistura de

furanosesquiterpenos, não há carbono metínico com freqüência próxima de δ 147,15

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129

(Curzereno [1]), além disso, seis sinais correspondem as metilas na mistura entre curzereno

[1] e furanodieno [2] enquanto que na mistura isolada a partir do óleo existem cinco sinais,

com dois deles apresentando o mesmo deslocamento químico (C13 = 8,25 ppm). Outro ponto

em discordância são os sinais dos carbonos metilênicos C2 e C3 do curzereno [1]. Entre os

sinais da mistura de sesquiterpenos desconhecidos, existe apenas um com freqüência alta em

δ 107,36. Os resultados de RMN 1H estão apresentados na tabela 28.

Tabela 28: Deslocamentos químicos de RMN 1H (300MHz) do Furanosesquiterpeno 1 e 2, do Curzereno*, do Furanodieno ** .

* Hikino et al., 1970 ** Dekebo et al., 2002

O sesquiterpeno furanóide 1, cuja fórmula molecular C15H20O foi determinada pela

análise por CGAR-EM (Item 5.1) exibe no espectro de RMN de hidrogênio um multipleto

entre 1,54 a 1,72 ppm e um multipleto entre 2,05 a 2,19 ppm, correspondentes aos

hidrogênios metilênicos H1 e H2 e aos hidrogênios metilênicos de H3, respectivamente. Entre

2,33-2,35 ppm um tripleto indica a presença de um hidrogênio desblindado (H5),

provavelmente pela presença de um sistema de elétrons π ou por um elemento

Hidrogênio δ-H (m, J em HZ) Furanosesquiterpeno 1

δ-H (m, J em HZ) Furanosesquiterpeno 2

δ-H (m, J em HZ) Curzereno

δ-H (m, J em HZ) Furanodieno

1 1,54-1,72; 2H; m 5,84; 1H; dd; J=18 e 11Hz 4,64; 1H; m

2 1,54-1,72, 4H, m 2,05-2,19; 2H; m 4,91; 1H; dd; J=18 e 1Hz 4,88; 1H; dd; J=11 e 1Hz 2,13; 2H; m

3 2.05-2.19, 2H, m 5,48; 1H; br s 4,73; 1H; d; J=1Hz 4,77; 1H; d; J=1Hz

H-3a 2,24; 1H; m H-3b 1,79; 1H; m

4 - - - - 5 2.33-2.35, 1H, t, J=2,33Hz 2,25-2,27; 1H, m 2,0-2,9; 1H; m 4,74; 1H; t; J=7 Hz

6 2,39-2,41, 2H, t, J=2.33Hz 2,58-2,60; 1H; d, J=4,53 e 15,0Hz2,66-2,68; 1H; d, J=4,53 e 15,0Hz 2,0-2,9; 2H; m 3,08; 2H; d; J=7 Hz

7 - - - - 8 - - - -

9 2.47, 2H, s 2,47; 2H; s 2,0-2,9; 2H; m 2H AB

δA=3,54 J=16 δB=3,43 J=16

10 - - - - 11 - - - - 12 7,1, 1H, s 7,1; 1H; s 6,94; 1H; br s 7,07; 1H; s 13 1.99;3H; d, J=1,1Hz 1.99;3H; d, J=1,1Hz 1,86; 3H; d; J= 1,5 e 1,86Hz 1,92; 3H; br s 14 0,80; 3H; s 0,87; 3H; s 1,03; 3H; s 1,27; 3H; br s

15 4,74-4,75; 1H; d; J=1.63Hz 4,90-4,91; 1H; d; J=1,63 Hz

1,76; 3H; d; 1,1Hz

1,70; 3H; br s 1,60; 3H; br s

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130

eletronegativo (oxigênio), com um acoplamento com H6 (δ=2,41, 2H) em J=2,33 Hz. Esse

sistema é característico de hidrogênio de junção de anel entre terpenos bicíclicos.

O simpleto em 2,47 ppm é um grupo metilênico não olefínico desblindado e é

encontrado para ambos os furanosesquiterpenos desconhecidos. Nos dois isômeros o

simpleto em 7,1 ppm, característico de olefina é encontrado e é pertencente ao H12 do anel

furânico. Os sinais em 0,80 ppm e 1,99 ppm correspondem as metilas H14 e H13.. Por fim os

dubletos em δ4,74 a 4,75 e em δ4,9 a 4,91 correspondem a um sistema AB com um J=1,63

Hz. Comparando os dados de RMN 1H e 13C do furanosesquiterpeno 1 e da atractilona [145]

(figura 45) pode-se perceber que apresentam dados semelhantes. Os resultados dos espectros

de RMN 1H e 13C obtidos de outras literaturas e do furanosesquiterpeno 1 estão apresentados

na tabela 29.

Tabela 29: Deslocamentos químicos de RMN 1H e 13C do Furanosesquiterpeno 1 e da Atractilona.

*Bagal et al., 2004.

O

H

[145]

1

2

3 45

67

89

10

1112

13

14

15

Figura 46: Estrutura química e a numeração fornecida para a atractilona [145].

Hidrogênio δ-H (m, J em HZ) Furanosesquiterpeno 1

δ-H (m, J em HZ) Atractilona* Carbono δ-C

Furanosesquiterpeno 1 δ-C

Atractilona* 1 1 20.90 t 20.9 t 2 1,54-1,72; 4H; m 1,44-173; 4H; m 2 23.60 t 23.5 t

3 2,05-2,19; 2H; m 2,10-2,15; 1H; m 2,06; 1H; td; 13.0; 5.0 Hz 3 39.37 t 39.3 t

4 - - 4 149.49 s 149.4 s 5 2.33-2.35, 1H, t, J=2,33Hz 2,26-2,35; 1H; m 5 45,81 d 45.7 d 6 2,39-2,41, 2H, t, J=2.33Hz 2,37-2,46; 2H; m 6 37.40 t 37.3 s 7 - - 7 116.23 s 116.1 s 8 - - 8 149.90 s 149.8 s

9 2,47; 2H; s 2,41; 1H; dd; 16.0; 5.0Hz 2,37-2,46; 1H; m 9 42,02 t 41.9 t

10 - - 10 36.72 s 36.6 s 11 - - 11 119.66 s 119.5 s 12 7,1; 1H; s 7,07; 1H; s 12 137.01 d 136.9 d 13 1,99; 3H; d; 1,1Hz 1,97; 3H; s 13 8.25 q 8.1 q 14 0,80; 3H; s 0,77; 3H 14 17.64 q 17.5 q

15 4,74-4,75; 1H; d; J=1.63Hz 4;90-4;91; 1H; d; J=1,63 Hz

4,72; 1H; s 4,88; 1H; s 15 107.36 t 107.2 t

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131

Os valores das correlações observadas nos espectros de COSY, HMQC, HMBC para a

atractilona [145] isolada estão apresentados na tabela 30.

Tabela 30: Correlações observadas nos espectros de COSY, HMQC, HMBC, observados para o Furanosesquiterpeno 1.

H-H δH-δH C-H (J1) δC-δH (J1) C-H (longa distância)

δC-δH (longa distância)

H1- H3 1,54-2,05 C1-H1 20,97-1.65 C1-H14 20,97-0,80 H1-H14 1,54-0,80 C2-H2a 23,60-1.65 C1-H5 20,97-2,26 H1-H9 1,53-2,47 C2-H2b 23,60-1.65 C2-H5 23,60-2,26 H2- H5 1,54-2,05 C3-H3 39,37-2,05 C3-H14 38,77-0,80 H2-H14 1,54-0,80 C5-H5 45,81-2,33 C4-H3 149,49-2.05 H2-H9 1,53-2,47 C6-H6 37,40-2,40 C4-H12 149,49-7,10 H3-H2 2.05-1.53 C9-H9a 42,02-1,54 C5-H1 45,81-1,70 H3-H5 2,05-233 C12-H12 137,01-7,07 C7-H9 116,23-2,47 H6-H13 2.40-1.96 C13-H13 8,25-1,96 C7-H13 116,23-1,99 H9-H14 2.47-0.80 C14-H14 17,64-0,80 C8-H9 149,9-2,47 H12-H13 7.07-1.96 C15-H15a 107,36-4,71 C9-H14 42,02-0,80

H15a-H15b 4,71-4,87 C15-H15b 107,36-4,87 C10-H15a 36,72-4,74 C10-H15b 36,72-4,90 C11-H13 119,56-1,99 C12-H13 137,01-1,99

O espectro de COSY revela as seguintes correlações: entre os hidrogênios

metilênicos H1 e o hidrogênio em H3; entre os hidrogênios metilênicos H1 e H9; entre os

hidrogênios H3 e o hidrogênio H5 da junção de anel, provavelmente devido a proximidade

entre os átomos; os hidrogênios da metila (H13) correlacionando com o hidrogênio olefínico

(H12) . Os resultados do HMQC e HMBC foram também condizentes a estrutura da

atractilona [145]. Observou-se no espectro de H-C a longa distância, por exemplo, a

correlação dos hidrogênios da metila (H14) com o C1 em 3J; os carbonos C7 e C8 com os H9a

e H9b (3J e 2J respectivamente); e entre o C10 e os hidrogênios metilênicos exocíclicos H15.

Quanto ao furanosesquiterpeno 2, o espectro de 13C revela a presença de quatro

sinais correspondentes a carbono quaternário (δ=134,51, δ=150,39, δ=33,28, δ=119,66) a

carbono metilênico (δ=37,23, δ=22,89, δ=21,42, δ=38,77) e a carbonos metínicos

(δ=121,98, δ=117,24, δ=43,97, δ=137,01) e três sinais referentes a metilas (δ=8,25, δ=21,36

e δ=16,67). Os carbonos C8, C9, C10, C11, C12 e C13 referem-se ao anel furano e condizem

com os valores de outros sesquiterpenos furanóides.

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132

O espectro de hidrogênio revela multipletos entre δ1,54-1,72 (H1) e δ2,04-2,19 (H2)

característicos de hidrogênios sp3. Um multipleto em δ2,33-2,35 (J=4,53Hz) corresponde a

um hidrogênio metínico (H5) desblindado provavelmente próximo a uma ligação π ou um

grupo eletronegativo. Entre δ2,58-2,68 dois dd indicam a presença de hidrogênios sp3

diastereotópicos, correspondentes ao H6. Em δ=2,47 ppm o simpleto corresponde a

hidrogênios sp3, deblindados e sem outros núcleos próximos para haver o acoplamento,

constituindo assim os hidrogênios em H9. Em 5,48 ppm, a existência de um sinal alargado, é

característico de hidrogênio de olefina e os outros picos correspondem aos hidrogênios do

anel furânico e a três metilas. Com base nas informações a estrutura proposta para o segundo

sesquiterpeno furanóide é o furanoeudesmano-3-eno [168] (figura 46), já relatado na

literatura como sendo o isômero correspondente a atractilona [145], por rearranjo de Cope.

Os dados de RMN 1H e 13C obtidos de outras literaturas e os correspondentes ao

furanosesquiterpeno 2 estão apresentados na tabela 31.

O

H

[168]

12

34

5

6 7

89

10

11

12

13

14

15

Figura 47: Estrutura do furanoeudesmano-3-eno [168]

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133

Tabela 31: Deslocamentos químicos de RMN 1H e 13C do Furanosesquiterpeno 2 e do furanoeudesma-3-eno [168]*.

* Gavagnin et al. (2003).

Os espectros de COSY, HMQC e HMBC para o furanoeudesma-3-eno estão na tabela 32.

Tabela 32: Correlações observadas nos espectros de COSY, HMQC, HMBC, observados para os Furanosesquiterpeno 2.

H-H δH-δH C-H (J1) δC-δH (J1) C-H (longa distância)

δC-δH (longa distância)

H1-H2 1,54-2,04 C1-H1 37,23-1,54 C1-H14 37,23-1,76 H1-H9 1,54-2,47 C2-H2 22,89-2,04 C2-H1 22,89-1,54 H1-H14 1,54-0,87 C3-H3 121,98-5,49 C3-H1 121,89-1,54 H2-H9 2,04-2,47 C5-H5 43,97-2,33 C3-H15 121,98-1,76 H2-H15 2,04-1,99 C6-H6a 21,42-2,59 C4-H15 134,51-1,76 H3-H15 5,48-1,99 C6-H6b 21,42-2,67 C5-H1 43,97-1,54 H3-H2 5,48-2,04 C9-H9a 38,77-2,47 C5-H6a 43,97-2,59 H5-H6a 2,25-2,59 C12-H12 137.01-7,1 C5-H6b 43,97-2,67 H5-H6b 2,25-2,67 C13-H13 8,25-1,99 C5-H14 43,97-0,87 H6a-H9 2,59-2,47 C14-H14 16,67-0,87 C5-H15 43,97-1,76 H6a-H13 2,59-1,99 C15-H15 21,36-1,76 C7-H6a 117,24-2,59 H6b-H9 2,67-2,47 C7-H6b 117,24-2,67 H6b-H13 2,67-1,99 C7-H12 117,24-7,10 H9-H5 2,47-2,25 C7-H13 117,24-1,99

H12-H13 7,07-1,99 C8-H6a 149,9-2,59 H13- H6a 1,99-2,59 C8-H6b 149,9-2,67 H13- H6b 1,99-2,67 C8-H12 149,9-7,10 H14- H2 0,87-1,54 C9-H14 38,77-0,87 H14- H9 0,87-2,47 C11-H13 119,66-1,99

C12-H13 137,01-1,99 C14-H1 16,67-1,54 C14-H5 16,67-2,33 C15-H9 21,36-2,47

Hidrogênio δ-H (m, J em HZ) Furanosesquiterpeno 2

δ-H (m, J em HZ) Furanoeudesmano-3-eno Carbono δ-C

Furanosesquiterpeno 2 δ-C

Furanoeudesma-3-eno1 1,54-1,72; 2H; m 1,55; 2H; m 1 37,23 t 37.5 t 2 2,05-2,19; 2H; m 2,01-2,16; 2H; m 2 22,89 t 23.2 t 3 5,48; 1H; br s 5,44; 1H; m 3 121,98 d 122.2 d 4 - - 4 134,51 s 134.9 s 5 2,25-2,27; 1H; m 2,18; 1H; m 5 43.97 d 44.3 d

6 2,58-2,60; 1H; d; J=4,53 e 15,0Hz 2,66-2,68; 1H; d; J=4,53 e 15,0Hz

1,97; 1H; m 2,61; 1H; dd; 15,4Hz 6 21,42 t 21.7 t

7 - - 7 117,24 s 117.7 s 8 - - 8 150,39 s 150.6 s 9 2,47; 2H; s 2,34; 2H; bs 9 38,77 t 39.0 t 10 - - 10 33,28 s 33.5 s 11 - - 11 119.66 s 120.1 s 12 7,1; 1H; s 7,05; 1H; bs 12 137.01 d 137.2 d 13 1,99; 3H; d; 1,1Hz 1,94; 3H; d; 1 Hz 13 8,25 q 8.2 q 14 0,87; 3H; s 0,82; 3H; s 14 16,67 q 16.6 q 15 1,76; 3H; d; 1,1Hz 1,72; 3H; d; 1 Hz 15 21,36 q 21.4 q

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134

O espectro de COSY apresenta correlações entre os hidrogênios metilênicos H1 e os

hidrogênios H2, H9 e H14 (CH3); entre os hidrogênios metilênicos H6 e os hidrogênios

metilênicos H9 e os hidrogênios correspondentes a metila (H13). No anel furânico observa-se

a correlação entre o hidrogênio metínico H12 e a os hidrogênios da metila (H13), esta por sua

vez apresenta sinal referente a correlação entre os hidrogênios metilênicos em H6. Assim

como o COSY, os espectros de HMQC e HMBC estão de acordo com a estrutura proposta.

No espectro de correlação entre H-C a longa distância aparece sinais correspondentes a 2J,

como o carbono de ponte de ligação entre os anéis C5 e os hidrogênios metilênicos HH6a e

HH6b, sinais 3J, exemplificado pela correlação entre o C1 e os hidrogênios da metila (H14) e

pelo carbono C8 do anel furânico e o hidrogênio metilênico H12.

Quanto a estereroquímica do sesquiterpeno furanóide 2, a junção trans entre os anéis

A e B pode ser confirmada a partir do deslocamento químico menor do C14 (16,67ppm) em

comparação com o valor do isômero sintético cis, 1,2-dihidrotubipofurano [216] (figura 47).

Alem disso, os valores do deslocamento químico dos carbonos metilênicos C1, C2, C6 e C9

(δ 37,23; δ 22,89; δ21,42; 38,77) são diferentes do isômero cis (δ 23,2; δ 24,5; 29,8; 35,1)

(Cardona et al., 1994).

O

H

[216]

Figura 48: Estrutura do 1,2-dihidrotubipofurano [216]

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135

5.7 Estimativa do teor de atractilona e do furanoeudesma-3-eno

Com o objetivo de estimar a concentração da atractilona [145] e do

furanoeudesmano-3-eno [168] do óleo essencial de pitangueira, foi realizado uma

quantificação parcial dos sesquiterpenos furanóides.

De acordo com a ANVISA (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) e com a ICH

(International Coference on Harmonization) a construção de uma curva analítica padrão

deve ser realizada com pelo menos cinco pontos experimentais, não incluindo o ponto zero e

para cada injeção devem ser feitas três repetições. Assim, os experimentos realizados no

presente trabalho podem ser considerados apenas como estimativas (Ribani et al., 2004).

Para correlacionar a área ou sinal medido do pico com a real concentração da

substância é realizado um cálculo matemático expresso por uma curva analítica ou padrão

descrita pela equação y=ax+b (onde y é o sinal medido, a e b são os coeficientes angular e

linear, respectivamente, e x é a concentração da espécie a ser quantificada). Além dos

coeficientes de regressão, é possível calcular a partir dos pontos experimentais, o coeficiente

de correlação r2, este parâmetro permite avaliar a qualidade da curva obtida (Soares et al.,

2001; Ribani et al., 2004).

Empregou-se a padronização externa, utilizando-se o produto isolado (mistura de

isômeros atractilona e furanoeudesmano) como padrões. Comparou-se a área absoluta dos

sesquiterpenos furanóides (IRL=1467) com as amostras de óleos essenciais obtidas nos

meses de fevereiro e junho. Injetou-se três diferentes concentrações (1, 2 e 3mg/mL), sob as

mesmas condições cromatográficas.

Considerando o grau de pureza do produto puro isolado de 95%, as injeções da

mistura de isômeros (atractilona e furanoeudesmano) realizadas apresentaram um

coeficiente de correlação de 0,95. O INMETRO (Instituto Nacional de Metrologia,

Normalização, e Qualidade Industrial) recomenda um coeficiente de correlação maior que

0,90 como evidência de ajuste ideal dos dados para linha da regressão. Os coeficientes

angular e linear calculados foram de 0,083 e 1,31 respectivamente. As áreas absolutas das

injeções em três diferentes concentrações (1, 2, e 3mg/mL) estão ilustradas no gráfico 07.

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136

Susbtituindo os valores na equação pelas áreas absolutas encontradas para a mistura

de isômeros nos óleos essenciais extraídos a partir de folhas frescas de fevereiro pode-se

inferir que a variação de seus teores no produto bruto é de 18,40% a 35,40%, com uma

média de 24,19%. Para o mês de junho a variação de atractilona e do seu isômero

furanoeudesmano-3-eno é de 15,50% a 32,50%, com uma média de 22,53%.

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137

5.8 Atividades farmacológicas

As atividades analgésica e antiinflamatória do óleo essencial de pitangueira e frações

foram investigadas em função de relatos na literatura citando o emprego na medicina popular

da Eugenia uniflora L. como antifebrífugo, na diminuição da inflamação, contra desordens

estomacais, no tratamento de bronquite e outras (Ogunwande et al., 2005; Weyerstahl et al.,

1988; Consolini et al., 2002). Considerando ser uma espécie amplamente empregada pela

indústria farmacêutica, buscou-se verificar por meio de ensaios farmacológicos preliminares

os efeitos terapêuticos atribuídos à espécie.

5.8.1 Atividade analgésica

O resultado da atividade analgésica do óleo bruto da pitangueira, na dose de

200mg/kg, está apresentado no gráfico 08. Podemos observar que o óleo bruto apresentou

uma atividade analgésica significativa, inibindo o número de contorções em 48,2%, quando

comparado com o grupo controle.

71.875

37.25*

0

10

20

30

40

50

60

70

80

Núm

ero

de c

onto

rçõe

s

Controle Óleo Essencial (200mg/kg)

Gráfico 08: Atividade analgésica do óleo essencial da pitangueira

* Diferença significativa com p< 0,05, t=5,78

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138

Considerando a significante atividade analgésica apresentada pelo óleo essencial da

pitangueira, realizou-se seu fracionamento, por meio da técnica de sílica impregnada por

KOH descrita no item 4.4, com o intuito de determinar qual a fração ou composto

responsável pela atividade observada. As frações isoladas foram obtidas pelos eluentes

pentano, diclorometano e metanol. A fração pentano apresentou em sua composição

sesquiterpenos furanóides incluindo a atractilona [145] e o furanoeudesmano-3-eno [168] e

sesquiterpenos do tipo hidrocarboneto, enquanto que as frações obtidas a partir de

diclorometano e metanol apresentaram principalmente hidroxilados em sua composição. Os

resultados da avaliação da atividade analgésica das frações, na dose de 200mg/kg, estão

apresentados no gráfico 09.

71.88

20.75*

68.62 68.88

0

10

20

30

40

50

60

70

80

Núm

ero

de c

onto

rçõe

s

Controle fração pentano(200mg/kg)

fraçãodiclorometano

(200mg/kg)

fração metanólica(200mg/kg)

Gráfico 09: Atividade analgésica das frações obtidas do óleo essencial da pitangueira

* Diferença significante com p< 0,05, t=2,64

Dentre as frações avaliadas, a obtida a partir do pentano foi a que apresentou

atividade analgésica significante, com 71,13% de inibição do número de contorções.

Schapoval et al. (1994) estudaram a atividade analgésica do infuso e decocto de

folhas frescas e secas de pitangueira (extrato aquoso) e não observaram atividade

significativa empregando uma dose de 300mg/kg. Provavelmente os compostos detentores

de atividade analgésica da pitangueira não foram extraídos pelo procedimento de infusão e

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139

decocção das folhas, considerando as polaridades distintas entre os extratos aquosos e o óleo

essencial.

São reconhecidos os efeitos de sinergismo e antagonismo entre os compostos

presentes nos óleos essenciais. Diversas publicações citam os efeitos farmacológicos e as

interações entre os terpenos e fenilpropanóides existentes nesta matriz complexa, como foi

discutido anteriormente (item 2.2.4). Assim foi realizada uma análise a partir do método de

adição, para verificação da existência ou não de efeito sinérgico na atividade analgésica do

óleo essencial e frações da pitangueira.

Empregando o referido método, caso a atividade das frações fosse isoefetiva, o efeito

do óleo bruto deveria ser igual à média dos efeitos das frações isoladas. Considerando que a

média da inibição observada para as frações foi de 26,6% e menor do que a obtida para o

óleo essencial bruto (48,2%), pode-se sugerir a existência de um efeito sinérgico entre os

componentes presentes no óleo.

Visando determinar a potência analgésica do óleo bruto e da fração foram realizados

ensaios para a obtenção de curvas dose-resposta, com as doses de 50, 100, 200 e 500mg/kg.

Os resultados estão apresentados no gráfico 10.

Gráfico 10: Relação dose resposta do óleo essencial de pitanga e da fração de pentano

0

20

40

60

80

Dose (mg/Kg)

Méd

ia d

as C

onto

rçõe

s

Óleo Bruto 60.125 57.5 37.25 7.5

Fr Pentano 51 53.125 20.75 18

50 mg/kg 100mg/kg 200 mg/kg 500 mg/kg

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140

As curvas para ambos, óleo e fração pentano, indicam um efeito analgésico dose-

dependente. Pode-se observar que a fração pentano apresentou uma maior inibição das

contorções em doses menores. As DI50 aproximadas, calculadas a partir destes resultados

através de uma análise de regressão não-linear, foram de 218,6 mg/kg e 176,7 mg/kg para o

óleo bruto e fração pentano, respectivamente, indicando que a fração pentano é mais potente

que o óleo essencial bruto.

Considerando que os sesquiterpenos furanóides atractilona [145] e seu isômero

furanoeudesmano-3-eno [168] estão presentes na fração mais ativa, foi realizado o ensaio

dos compostos isolados para confirmar a atividade. Os resultados estão apresentados no

gráfico 11.

71.87557.5*a

53.12*b

21,00*c

0

10

20

30

40

50

60

70

80

Núm

ero

de c

onto

rçõe

s

Controle Óleo Bruto Fraçãopentano

Produtosisolados

Gráfico 11: Atividade analgésica do óleo essencial, fração pentano e produto isolado da pitangueira a 100mg/kg

a Diferença significativa com *p< 0,05, t=-1,96 b Diferença significativa com *p< 0,05, t=2,94 c Diferença significativa com *p< 0,05, t=2,67

Os dados permitem inferir que a atividade é atribuída aos sesquiterpenos furanóides

isolados, a atractilona [145] e ao furanoeudesmano-3-eno [168] em consequência da inibição

do número de contorções (70,78%) promovida pelos produtos isolados na dose de

100mg/Kg.

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141

Não existem relatos na literatura a respeito da atividade analgésica da atractilona

[145] e do furanoeudesmano-3-eno [168]. Resultados correlatos de Dolara et al. (1996)

comprovaram os efeitos analgésicos de dois sesquiterpenos furanóides isolados da mirra (C.

molmol), o curzereno [2] e o furanoeudesmano-1,3-dieno [132], empregando o ensaio de

placa quente (modelo experimental de avaliação de efeito analgésico central) e de contorção

abdominal.

Lesburg et al. (1997) citam que os efeitos analgésicos relatados da mirra ocorrem em

conseqüência da interação com receptores opióides dos sesquiterpenos furanóides curzereno

[1] e furanoeudesma-1,3-dieno [132].

Considerando que as plantas medicinais, na grande maioria, são comercializadas em

ervanários ou drogarias sob a forma de folhas secas, embaladas em sacos plásticos, realizou-

se a secagem e armazenamento durante 3 meses das folhas de pitangueira para observar se o

processo de envelhecimento promovia alterações na composição química e na atividade

analgésica. Quanto a composição química, discutida no item 5.2, pode-se perceber diferenças

marcantes, como por exemplo, a ausência do δ-elemeno [203], o ledeno [206], o palustrol

[208], o τ-muurolol [211], do furanosesquiterpeno com IRL=1996 e do óxido de cariofileno

[209], a diminuição da porcentagem relativa do composto não identificado em IRL=1996 e

maiores teores de espatulenol (11,41%)

Quanto a atividade do óleo envelhecido, os resultados estão apresentados no gráfico

12. Pode-se perceber uma redução do efeito analgésico do óleo essencial obtido de folhas

armazenadas por 3 meses.

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142

71.875

37.5*a 44.125*b

0

10

20

30

40

50

60

70

80N

úmer

o de

con

torç

ões

Controle Óleo Bruto Óleo envelhecido

Gráfico 12: Atividade analgésica do óleo bruto obtido de folhas envelhecidas por 3 meses

a Diferença significativa com *p< 0,05, t=5,78 b Diferença significativa com *p< 0,05, t=5,69

Para avaliar a conformidade dos exemplares da pitangueira foi realizada uma

extração de seu óleo essencial empregando material vegetal coletado em outro local (Centro

de Ciências da Saúde-CCS da UFRJ). Os resultados da atividade analgésica dos óleos

obtidos do CCS encontram-se no gráfico seguinte.

71.875

30.37*a37.5*b

0

10

20

30

40

50

60

70

80

Núm

ero

de c

onto

rçõe

s

Controle Óleo Bruto CCS Óleo Bruto CT

Gráfico 13: Atividade analgésica do óleo essencial obtido do CCS

a Diferença significativa com *p< 0,05, t=5,78 b Diferença significativa com *p< 0,05, t=5,28

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143

Os dados permitem inferir que não houve diferença estatística entre as atividades

analgésicas dos óleos entre os exemplares obtidos de diferentes localidades. Apesar dos

exemplares obtidos do Centro de Tecnologia-CT apresentarem teores de sesquiterpenos

hidrocarbonetos e de hidroxilados diferentes dos exemplares obtidos do Centro de Ciências

da Saúde-CCS não houve alteração significativa no efeito farmacológico, provavelmente

porque não são estes os responsáveis pela atividade, e sim os sesquiterpenos furanóides,

atractilona [145] e furanoeudesmano-3-eno [168].

5.8.2 Atividade antiinflamatória

Considerando os relatos na literatura a respeito da atividade antiinflamatória da E.

uniflora e da atividade dos sesquiterpenos furanóides, foi realizado o ensaio de edema de

orelha de camundongos induzido por TPA para o estudo da atividade antiinflamatória.

A mirra (Commiphora myrrha) reconhecida por apresentar em sua constituição

diversos sesquiterpenos furanóides como, por exemplo, o curzereno [1], furanoeudesma-1,3-

dieno [130], 1,10-(15)-furanodieno-6-ona [131], o lindestreno [132], curzerenona [133], tem

sua atividade relatada em diversas publicações (Hanus, 2005). Baylac & Racine (2003), por

exemplo, observaram atividade antiinflamatória do óleo de mirra empregando o ensaio de

inibição da enzima 5-lipoxigenase.

Outros terpenos pertencentes a esta classe de compostos, os sequiterpenos furanóides,

apresentam atividade antiinflamatória comprovada. O pseudoneolinderano [165], extraídos

da Neolitsea parvigemma (Lauraceae) apresentou atividade antiinflamatória, empregando os

ensaios de inibição do ânion superóxido produzidos por neutrófilos (Chen et al., 2005).

Os resultados da avaliação da atividade antiinflamatória do óleo essencial da

pitangueira estão apresentados no gráfico 14.

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144

119.4 115.3

0

20

40

60

80

100

120

Volu

me

do e

dem

a de

or

elha

(g)

Óleo de Pitanga Controle

Gráfico 14: Avaliação da atividade antiinflamatória do óleo essencial bruto da pitangueira (200mg/Kg)

Não houve diferença estatística entre os volumes de edema de orelha dos

camundongos tratados com o óleo essencial e o controle, apesar da atractilona [145] ter

apresentado in vitro efeito inibidor moderado da 5-lipooxigenase na pesquisa realizada por

Resch et al. (1998).

Os metabólitos enzimáticos de COX e LOX são sintetizados nas respostas de edema

de orelha induzidas tanto por AA quanto por TPA, mas se diferem consideravelmente

quanto ao perfil biosintético dos mediadores formados. Geralmente, considera-se que o

edema de orelha induzido por AA é mais dependente da formação de prostaglandinas (PGs)

e o edema induzido por TPA dependente da formação de leucotrieno B4 (LTB4), isto é, da

via da 5-LOX (Sanchéz & Moreno, 1999; Lloret & Moreno, 1995; Opas et al, 1985). A

indometacina, um antiinflamatório não-esteroidal capaz de inibir a formação de

prostaglandinas de forma não-seletiva, inibe o edema de orelha induzido por AA em 75,4%

(resultado não mostrado), porém não é capaz de inibir o edema induzido por TPA.

Dessa forma, a não observância de efeito antiinflamatório no modelo empregado não

nos permite afirmar que o óleo essencial de pitangueira seja desprovido desta atividade, pois

este pode estar atuando por mecanismos diferentes e não exclusivamente pela inibição de 5-

lipoxigenase. O estudo desta atividade em modelos envolvendo uma maior participação de

mediadores como as PGs deverá ser investigado.

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145

6. CONCLUSÕES

A caracterização química do óleo essencial da Eugenia uniflora L. por CGAR-EM

obtida de diferentes meses (fevereiro e junho) e turnos (matutino e vespertino) permitiu

avaliar o efeito da sazonalidade nesta espécie. Observou-se a não interferência da época de

coleta no perfil químico. Os constituintes majoritários no óleo essencial da pitagueira foram

o β-elemeno, γ-elemeno, globulol, ledeno, β-cariofileno, além dos sesquiterpenos furanóides

em IRL=1467. A coleta de material vegetal de outra localidade permitiu observar que em

exemplares cultivados em praticamente um mesmo ambiente promove alterações no perfil

químico do óleo essencial da pitangueira.

Foi realizada uma avaliação do efeito da secagem e do armazenamento do material

vegetal na caracterização química do óleo essencial da pitangueira. A secagem por 1

semana, sob temperatura controlada e sem incidência direta de luz, permitiu a retirada da

água, diminuindo a possibilidade de possíveis contaminantes, sem provocar alterações

significativas no perfil químico.

É conhecido que as plantas medicinais comercializadas em ervanários ou em

farmácias naturais, geralmente são acondicionadas em sacos plásticos e na maioria sem uma

identificação que determine seu prazo de validade. Assim, este trabalho também avaliou o

efeito da armazenagem das folhas secas e armazenadas, durante um período de 3 meses.

Pôde-se perceber que este procedimento propiciou modificações marcantes no óleo essencial

da pitangueira, não apenas quimicamente, como também nas características organolépticas

como cor e odor. Considerando que a aceitação de um produto medicinal, como por

exemplo, dos óleos essenciais, depende também do aroma agradável e do aspecto límpido, o

acondicionamento das folhas de pitangueira não é recomendado.

A partir do isolamento e da identificação química por RMN identificou-se como

constituintes majoritários presentes no óleo essencial da pitangueira a atractilona e seu

isômero correspondente o furanoeudesmano-3-eno, diferentemente do que é relatado na

literatura. Estudos anteriores apresentam como constituinte principal da E. uniflora o

furanodieno, que sofre rearranjo térmico em curzereno. Portanto é importante que seja

realizada uma reavaliação do real constituinte químico em espécies estudadas anteriormente,

de diferentes localidades, considerando possíveis quimiotipos ou erros na identificação

química.

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146

Avaliar os óleos essenciais empregando apenas a biblioteca eletrônica, sem avaliar a

fragmentação, tempo de retenção e o emprego de padrões, pode levar a uma identicação

falha dos terpenos, isto porque são metabólitos bastante complexos, que facilmente sofrem

rearranjos, oxidações e degradações por sensibilidade a calor ou luz. Além disso, observou a

partir desta pesquisa que diferentes furanosesquiterpenos, sob as mesmas condições

cromatográficas apresentaram o mesmo tempo de retenção, sendo difícil a identificação

fidedigna do composto.

Baseado no conhecimento do uso tradicional da espécie para o tratamento de febres e

dores foi avaliada a atividade analgésica e antiinflamatória do óleo essencial e frações da

pitangueira. O óleo essencial bruto da pitangueira promoveu uma inibição significativa do

número de contorções (48,18%) e devido apresentar esta atividade analgésica realizou-se

uma avaliação de quais os constituintes estariam envolvidos na inibição da dor. A atividade

analgésica do óleo essencial da pitangueira pôde ser atribuída aos compostos majoritários

isolados, a atractilona e o furanoeudesmano-3-eno, com uma inibição do número de

contorções (70,78%) na dose de 100mg/kg. Além disso, foi avaliado se os óleos obtidos por

envelhecimento das folhas e de outra localidade mantinham o efeito analgésico. Para ambos

os casos não houve diferença significativa comparando-se com os óleos obtidos de folhas

frescas.

A partir desta pesquisa pôde-se percerber um efeito sinérgico potencializador na

atividade analgésica do óleo essencial e frações, visto que a média do número de contorção

das frações foi de 26,61%, menor do que a porcentagem do óleo essencial bruto (48,18%).

Quanto à atividade antiinflamatória, não houve inibição significativa no modelo de edema de

orelha induzido por TPA.

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147

7. ANEXOS

Anexo A – Espectros de Massa

Espectro de massa dos óleos essenciais da Pitangueira do mês de fevereiro IRL TR Composto Fragmentos 1202 8,92 N.I 148(100)133(33)129(4)119(39)105(81)91(26)77(16)69(2)65(8)63(7)51(10) 1319 14,26 δ-elemeno [191] 204(M+, 3)189(6)161(32)136(56)121(100)107(15)105(21)93(72)91(31)77(23)67(9)65(6)55(9)53(8) 1372 16,90 β-elemeno [106] 204(M+,1)189(28)175(8)161(34)147(47)133(32)121(45)107(66)93(100)81(90)68(60)67(65)53(34) 1393 18.09 β-cariofileno [28] 204(M+,7)189(22)175(11)161(37)147(30)133(94)120(47)105(62)93(100)91(85)79(76)69(73)67(37)55(31) 1410 19,02 γ-elemeno [192] 204(M+,6)189(14)175(2)161(23)147(12)133(22)121(100)107(45)93(64)79(30)67(29)55(18)53(18) 1413 19,15 N.I 204(M+,6)189(14)175(2)161(23)147(12)133(22)121(100)107(45)93(64)79(30)67(29)55(18)53(18) 1431 20,16 Aromadendreno [193] 204(M+,32)189(27)175(8)161(100)147(53)133(65)119(60)107(68)105(86)91(100)79(69)69(43)67(44)55(39) 1449 21,12 γ-selineno [194] 204(M+,57)189(100)175(7)161(78)147(36)133(79)119(49)105(75)91(72)79(50)67(26)55(25) 1452 21.32 N.I 204(M+,23)189(13)173(7)161(35)147(25)133(24)119(38)105(100)93(51)91(48)79(44)67(18)55(17) 1455 21,46 β-selineno [19] 204(M+,48)189(51)175(21)161(53)147(53)133(52)121(67)107(91)105(100)93(97)79(79)67(58)55(37) 1467 22,12 Furanosesquiterpeno 216(M+,11)201(8)187(2)159(5)148(33)133(9)119(6)108(100)91(14)79(14)65(5)55(4)53(3) 1469 22,24 Ledeno [195] 216(M+,1)204(27)189(35)175(20)161(66)147(24)135(43)135(43)121(35)119(63)107(100)105(93)93(80)91(74)79(48) 1473 22,48 Furanosesquiterpeno 216(M+,1)204(27)189(35)161(66)147(24)135(43)135(43)121(35)119(63)108(100)105 (93)93(80)91(74)79(48)67(24) 1494 23,62 δ-cadineno [27] 204(M+,52)189(18)175(2)161(100)145(7)134(58)128(6)119(60)105(58)91(38)81(26)77(18)69(9)65(6)55(12) 1502 24,04 N.I 204(M+,75)189(29)175(7)161(100)147(25)133(53)119(43)107(50)105(67)93(55)91(65)79(48)67(37)55(37) 1510 24,52 Selina-3,7(11)dieno [196] 204(M+,47)189(22)175(6)161(100)149(17)133(25)122(61)107(65)93(46)91(56)79(41)67(28)55(28) 1521 25,11 Germacreno B [180] 204(M+,22)189(25)175(4)161(39)147(23)133(32)121(100)107(59)105(70)93(73)91(58)81(46)67(51)55(30)53(29) 1525 25,35 N.I 204(M+,60)189(96)175(11)161(74)149(54)147(51)133(44)125(53)121(48)109(62)95(58)93(77)81(100)73(55)67(60)59(71) 1529 25,59 Palustrol [197] 222(M+,5)204(23)189(15)179(6)161(39)147(34)133(22)122(83)111(100)107(55)95(46)93(43)81(48)67(37)55(45) 1535 25,92 Espatulenol [58] 220(M+,6)205(100)187(38)177(21)159(63)147(49)131(39)119(87)105(71)93(77)91(95)79(67)69(43)67(38)55(36) 1538 26,08 Óxido de Cariofileno [198] 220(M+,2)205(7)187(7)177(10)161(15)149(17)135(20)121(35)109(49)107(47)93(83)91(80)79(100)69(60)67(45)55(44) 1544 26,41 Globulol [190] 222(M+,3)204(34)189(45)161(83)147(40)135(41)122(69)121(64)109(100)107(84)95(72)93(73)81(85)69(74)67(60)55(53) 1550 26,74 Viridiflorol [82] 222(M+,2)204(27)189(44)161(76)147(30)135(28)133(29)122(47)121(46)107(62)109(100)95(46)93(56)81(56)69(68)55(42) 1554 26,96 N.I 222(M+,3)204(5)189(4)175(2)163(90)149(24)135(12)121(20)107(100)93(39)91(25)81(38)67(21)59(49)55(17) 1559 27,22 β−elemenona [96] 218(M+,3)203(6)185(2)175(8)161(9)149(17)135(82)121(75)107(100)93(46)77(23)67(42)53(18) 1560 27,33 N.I 222(M+,1)220(5)204(5)189(7)185(2)164(31)149(100)135(16)121(31)107(39)107(39)93(93)81(50)67(26)59(47)55(19) 1569 27,82 N.I 222(M+,7)207(60)204(76)189(54)175(14)161(42)147(43)135(78)123(54)121(54)107(70)93(89)81(100)71(66)67(71)55(61) 1572 27,98 N.I 222(M+,7)204(18)189(17)173(3)179(100)161(50)147(22)137(47)121(44)115(10)105(55)93(53)81(56)67(29)55(40) 1580 28,44 N.I 220(M+,2)205(5)189(7)175(3)164(41)149(100)135(47)121(32)107(59)93(47)91(42)81(43)67(24)59(79)55(22) 1582 28,53 N.I 218(M+,7)204(44)189(31)175(21)161(100)149(35)133(31)121(65)105(73)95(57)93(60)91(60)79(64)67(33)55(37) 1585 28,69 N.I 220(M+,10)205(16)202(12)187(20)177(19)162(54)147(41)133(28)119(100)107(54)105(55)91(91)79(49)77(40)67(26)55(31)

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IRL TR Composto Fragmentos 1586 28,79 N.I 220(M+,4)205(3)187(3)179(2)161(9)145(6)135(9)124(100)123(44)119(14)105 (14)91(17)77(14)67(12)55(9) 1593 29,15 Isoespatulenol [210] 220(M+,24)205(28)187(19)177(14)162(55)147(49)133(37)119(100)105(77)91(90)79(59)67(42)55(30) 1599 29,49 N.I 222(M+,2)220(8)204(53)189(14)175(5)161(100)145(16)134(20)121(64)105(57)95(83)79(52)69(26)67(24)55(28) 1602 29,67 N.I 220(M+,26)204(23)202(6)187(12)176(31)161(100)149(30)135(45)119(72)105(65)93(68)91(61)79(55)77(43)67(30)55(37) 1605 29,84 N.I 222(M+,6)216(20)204(50)189(45)161(42)147(27)137(36)135(86)121(47)108(60)93(65)91(45)81(100)71(65)67(55)55(45) 1606 29,86 Furanosesquiterpeno 222(M+,6)216(20)204(50)189(45)161(42)147(27)137(36)135(86)121(47)108(60)93(65)91(45)81(100)71(65)67(55)55(45) 1610 30,09 τ-muurolol [211] 222(M+,4)204(41)189(9)175(5)161(43)157(20)148(13)137(21)121(85)105(41)95(100)79(45)71(27)55(21) 1613 30,26 Furanosesquiterpeno 216(M+,95)201(16)187(6)173(8)159(17)145(28)128(10)121(20)108(100)93(48)77(21)65(9)53(7) 1625 30,92 N.I 220(M+,9)214(62)205(84)199(56)183(46)159(44)147(42)133(40)119(49)105(64)93(100)79(68)67(45)55(43) 1630 31,17 N.I 232(M+,10)217(15)205(6)189(6)177(5)161(13)149(10)135(18)121(41)108(50)93(100)77(28)67(19)53(17) 1641 31,76 N.I 232(M+,10)217(16)205(5)189(5)175(5)161(11)149(9)135(18)121(42)108(47)93(100)77(27)53(17) 1642 31,83 Furanosesquiterpeno 216(M+,31)201(11)187(8)159(25)145(24)131(13)115(13)108(100)93(32)91(32)79(21)77(22)65(9)53(9) 1644 31,96 N.I 222(M+,48)220(54)204(59)189(100)175(18)161(70)147(42)135(67)121(57)105(69)93(71)91(72)67(53)55(51) 1653 32,45 N.I 232(M+,1)215(1)212(1)197(1)187(1)179(1)172(25)159(100)147(5)141(2)128(7)115(10)105(5)91(11)77(5)65(3)55(4) 1660 32,84 N.I 220(M+,12)205(13)202(12)177(14)175(14)162(31)159(30)145(37)133(38)124(100)105(52)93(68)91(56)79(48)67(30)55(33) 1670 33,35 N.I 232(M+,6)220(64)214(29)202(34)187(39)177(15)162(100)149(71)133(44)119(93)105(88)91(92)79(57) 55(40) 1676 33,70 N.I 218(M+,51)212(6)203(7)175(20)157(31)147(30)145(29)133(22)123(100)119(45)105(44)91(56)79(38)67(28)55(27) 1678 33,83 N.I 220(M+,52)205(12)187(22)177(30)159(55)147(36)135(41)124(100)108(89)93(73)91(76)83(43)81(37)79(56)67(50)55(53) 1688 34,35 N.I 248(M+,5)232(33)219(22)205(25)189(22)177(20)173(22)161(35)145(38)133(57)105(82)91(100)79(56)67(39)55(37) 1705 35,27 N.I 232(M+,35)220(35)217(16)189(57)177(29)159(100)147(47)145(52)133(45)119(51)107(53)105(69)91(99)79(63)77(58)55(45) 1709 35,47 N.I 248(M+,2)232(35)220(35)214(35)189(57)159(100)147(47)145(52)133(45)119(51)107(53)105(69)91(99)79(63)77(58)55(45) 1715 35,80 N.I 232(M+,38)220(69)204(6)187(32)177(84)163(40)159(69)147(49)135(58)123(71)109(77)107(90)91(100)79(71)67(55)55(64) 1737 36,97 N.I 230(M+,29)215(39)202(28)187(48)174(41)162(50)159(50)145(32)135(47)119(39)107(96)91(100)77(47)67(55)53(39) 1747 37,48 N.I 230(M+,1)214(1)212(1)197(1)187(1)179(1)172(25)159(100)147(5)141(2)128(7)115(10)105(5)91(11)77(5)65(3)55(4) 1751 37,72 N.I 248(M+,36)230(6)215(7)201(8)187(18)172(32)163(52)147(43)133(57)125(100)119(40)105(55)91(60)77(41)67(35)55(40) 1765 38,43 N.I 230(M+,40)215(21)197(28)187(16)172(100)159(25)145(22)128(13)115(16)108(42)91(26)77(24)65(10)53(10) 1767 38,56 N.I 232(M+,17)218(12)199(14)187(12)173(29)167(63)159(31)145(49)133(29)124(75)115(23)105(54)91(74)79(61)68(100)55(47) 1774 38,94 N.I 232(M+,29)217(27)214(22)189(27)161(56)159(49)145(36)133(34)124(100)119(44)109(67)105(54)91(74)77(52)55(37) 1779 39,20 N.I 264(M+,5)249(4)230(27)209(14)181(40)173(90)163(61)145(58)135(43)123(97)121(100)115(33)105(82)91(81)79(63)67(98) 1796 40,09 N.I 232(M+,9)217(16)203(10)190(14)176(19)161(31)149(26)148(26)135(43)121(100)107(67)91(66)77(38)67(28)53(33) 1800 40,31 N.I 232(M+,100)217(21)213(7)199(52)175(25)173(23)159(12)147(35)133(15)119(20)108(35)91(23)79(20)67(10)55(13)51(4) 1808 40,70 N.I 232(M+,100)217(9)213(24)199(56)185(12)174(90)159(80)149(58)145(53)131(38)123(29)115(30)105(47)91(60)77(41)55(32) 1828 41,69 Furanosesquiterpeno 232(M+,100)217(2)214(2)199(13)185(7)173(6)159(11)145(10)128(8)109(45)108(84)91(22)79(24)65(9)55(10) 1836 42,05 N.I 232(M+,10)217(13)199(6)190(7)176(11)161(18)149(17)135(28)135(28)121(100)107(63)93(44)91(56)77(30)67(25)53(27) 1853 42,98 N.I 248(M+,13)230(8)215(7)205(6)197(6)187(9)172(37)159(100)149(39)123(38)115(24)105(24)91(38)77(26)65(15)55(21) 1878 44,24 N.I 248(M+,5)230(11)215(15)202(12)187(16)162(24)147(19)135(32)123(32)107(100)91(71)79(32)69(40)67(45)55(30)53(31)

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IRL TR Composto Fragmentos 1893 45,01 N.I 248(M+,9)246(7)231(5)215(7)207(5)203(12)200(8)173(16)159(20)145(26)131(17)121(100)105(25)93(33)91(33)79(27)71(33) 1921 46,32 N.I 248(M+,13)230(41)215(51)201(20)187(19)177(43)172(100)159(33)145(16)131(19)115(16)105(22)91(38)77(28)65(15)53(18) 1930 46,77 N.I 248(M+,13)230(41)215(51)201(20)177(43)172(100)159(33)145(16)131(19)115(16)105(22)91(38)77(28)65(15)55(17)53(18) 1957 48,06 N.I 248(M+,7)232(100)217(43)203(12)187(14)176(13)161(21)147(30)133(22)124(58)115(16)107(53)91(68)79(46)67(26)53(28) 1965 48,41 N.I 250(M+,71)232(83)217(84)199(71)175(73)159(44)147(64)133(52)121(63)108(100)107(86)91(96)79(77)67(41)53(46) 1995 49,85 Furanosesquiterpeno 250(M+,100)230(4)217(7)215(6)189(10)174(24)161(31)147(28)145(28)133(22)119(22)108(84)95(30)91(45)79(39)55(30) 2137 57,63 N.I 248(M+,53)230(7)215(12)203(14)175(18)161(10)148(14)137(100)125(34)124(33)112(51)109(47)91(31)81(25)67(31)55(53) 2157 58,67 N.I 246(M+,100)228(29)213(99)203(39)189(75)175(64)161(44)145(48)138(47)128(25)109(47)105(39)91(76)77(51)67(27)53(47) 2171 59,41 N.I 248(M+,100)230(33)215(20)205(16)189(16)178(56)159(37)145(31)133(72)119(45)105(60)91(74)77(49)67(27)55(44)

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Espectro de massa dos óleos essenciais da pitangueira do mês de junho. IRL TR Composto Fragmentos 1202 8,94 N.I 148(100)133(33)129(4)119(39)105(81)91(26)77(16)69(2)65(8)63(7)51(10) 1317 14,14 N.I 207(M+,1)189(7)161(16)148(4)136(23)121(100)115(3)107(43)93(60)91(33)79(31)67(15)53(11) 1319 14,27 δ-elemeno [191] 204(M+, 3)189(6)161(32)136(56)121(100)107(15)105(21)93(72)91(31)77(23)67(9)65(6)55(9)53(8) 1369 16,84 β-elemeno[106] 204(M+,1)189(28)175(8)161(34)147(47)133(32)121(45)107(66)93(100)81(90)68(60)67(65)53(34) 1392 18,03 β-cariofileno[28] 204(M+,7)189(22)175(11)161(37)147(30)133(94)120(47)105(62)93(100)91(85)79(76)69(73)67(37)55(31) 1409 18,96 γ-elemeno[192] 204(M+,6)189(14)175(2)161(23)147(12)133(22)121(100)107(45)93(64)79(30)67(29)55(18)53(18) 1413 19,15 N.I 204(M+,49)189(42)175(10)161(100)147(39)133(78)121(73)107(80)105(89)93(89)91(100)79(73)69(54)67(53)55(45) 1430 20,09 Aromadendreno [193] 204(M+,32)189(27)175(8)161(100)147(53)133(65)119(60)107(68)105(86)91(100)79(69)69(43)67(44)55(39) 1447 21,05 γ-selineno [194] 204(M+,57)189(100)175(7)161(78)147(36)133(79)119(49)105(75)91(72)79(50)67(26)55(25) 1453 21,37 β-selineno [19] 204(M+,48)189(51)175(21)161(53)147(53)133(52)121(67)107(91)105(100)93(97)79(79)67(58)55(37) 1466 22,09 Furanosesquiterpeno 216(M+,11)201(8)187(2)159(5)148(33)133(9)119(6)108(100)91(14)79(14)65(5)55(4)53(3) 1469 22,25 Ledeno [195] 216(M+,11)201(8)187(2)159(5)148(33)133(9)119(6)108(100)107(90)91(14)79(14)65(5)55(4)53(3) 1472 22,42 Furanosesquiterpeno 216(M+,1)204(27)189(35)161(66)147(24)135(43)135(43)121(35)119(63)108(100)105 (93)93(80)91(74)79(48)67(24) 1493 23,55 δ-cadineno [27] 204(M+,52)189(18)175(2)161(100)145(7)134(58)128(6)119(60)105(58)91(38)81(26)77(18)69(9)65(6)55(12) 1500 23,97 N.I 204(M+,75)189(29)175(7)161(100)147(25)133(53)119(43)107(50)105(67)93(55)91(65)79(48)67(37)55(37) 1519 25,03 Germacreno B [180] 204(M+,22)189(25)175(4)161(39)147(23)133(32)121(100)107(59)105(70)93(73)91(58)81(46)67(51)55(30)53(29) 1524 25,29 N.I 204(M+,59)189(100)175(10)161(66)147(56)133(46)123(50)121(49)109(61)93(71)81(85)73(48)59(57)55(49) 1528 25,51 Palustrol [197] 222(M+,5)204(23)189(15)179(6)161(39)147(34)133(22)122(83)111(100)107(55)95(46)93(43)81(48)67(37)55(45) 1534 25,85 Espatulenol [58] 220(M+,6)205(100)187(38)177(21)159(63)147(49)131(39)119(87)105(71)93(77)91(95)79(67)69(43)67(38)55(36) 1537 26,00 Óxido de cariofileno [198] 220(M+,2)205(7)187(7)177(10)161(15)149(17)135(20)121(35)109(49)107(47)93(83)91(80)79(100)69(60)67(45)55(44) 1543 26,33 Globulol [190] 222(M+,3)204(34)189(45)161(83)147(40)135(41)122(69)121(64)109(100)107(84)95(72)93(73)81(85)69(74)67(60)55(53) 1549 26,67 Viridiflorol [82] 222(M+,2)204(27)189(44)161(76)147(30)135(28)133(29)122(47)121(46)107(62)109(100)95(46)93(56)81(56)69(68)55(42) 1554 26,99 N.I 222(M+,3)204(5)189(4)175(2)163(90)149(24)135(12)121(20)107(100)93(39)91(25)81(38)67(21)59(49)55(17) 1561 27,35 N.I 222(M+,1)220(5)204(5)189(7)185(2)164(31)149(100)135(16)121(31)107(39)107(39)93(93)81(50)67(26)59(47)55(19) 1570 27,88 N.I 222(M+,7)204(18)189(17)173(3)179(100)161(50)147(22)137(47)121(44)115(10)105(55)93(53)81(56)67(29)55(40) 1579 28,36 N.I 220(M+,2)205(5)189(7)175(3)164(41)149(100)135(47)121(32)107(59)93(47)91(42)81(43)67(24)59(79)55(22) 1580 28,45 N.I 218(M+,7)204(44)189(31)175(21)161(100)149(35)133(31)121(65)105(73)95(57)93(60)91(60)79(64)67(33)55(37) 1582 28,55 N.I 218(M+,7)204(44)189(31)175(21)161(100)149(35)133(31)121(65)105(73)95(57)93(60)91(60)79(64)67(33)55(37) 1584 28,63 N.I 220(M+,10)205(16)202(12)187(20)177(19)162(54)147(41)133(28)119(100)107(54)105(55)91(91)79(49)77(40)67(26)55(31) 1585 28,73 N.I 220(M +,10)205(16)202(12)187(20)177(19)162(54)147(41)133(28)119(100)107(54)105(55)91(91)79(49)77(40)67(26)55(31) 1593 29,17 Isoespatulenol [210] 220(M+,24)205(28)187(19)177(14)162(55)147(49)133(37)119(100)105(77)91(90)79(59)67(42)55(30) 1598 29,49 N.I 222(M+,2)220(8)204(51)189(14)175(5)161(91)147(17)134(19)121(75)105(56)95(100)91(48)79(50)71(33)55(27) 1600 29,58 N.I 220(M+,8)204(53)189(14)175(5)161(100)145(16)134(20)121(64)105(57)95(83)79(52)69(26)67(24)55(28)

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IRL TR Composto Fragmentos 1605 29,84 N.I 222(M+,6)216(20)204(50)189(45)161(42)147(27)137(36)135(86)121(47)108(60)93(65)91(45)81(100)71(65)67(55)55(45) 1610 30,10 τ-muurolol [211] 222(M+,4)204(41)189(9)175(5)161(43)157(20)148(13)137(21)121(85)105(41)95(100)79(45)71(27)55(21) 1613 30,26 Furanosesquiterpeno 216(M+,95)201(16)187(6)173(8)159(17)145(28)128(10)121(20)108(100)93(48)77(21)65(9)53(7) 1622 30,74 N.I 220(M+,15)202(19)187(31)176(13)159(48)145(39)135(49)125(59)119(49)107(100)96(61)93(88)79(60)67(38)55(47) 1630 31,16 N.I 232(M+,10)217(15)205(6)189(6)177(5)161(13)149(10)135(18)121(41)108(50)93(100)77(28)67(19)53(17) 1641 31,76 N.I 232(M+,10)217(16)205(5)189(5)175(5)161(11)149(9)135(18)121(42)108(47)93(100)77(27)53(17) 1644 31,97 N.I 222(M+,54)204(59)189(100)175(18)161(70)147(42)135(67)121(57)105(69)93(71)91(72)67(53)55(51) 1653 32,46 N.I 230(M+,23)220(8)207(10)187(9)172(24)159(100)145(68)133(26)119(62)107(52)91(63)83(34)77(40)67(38)55(36) 1660 32,83 N.I 220(M+,12)205(13)202(12)187(19)175(14)162(31)159(30)145(37)133(38)124(100)105(52)93(68)91(56)79(48)67(30)55(33) 1665 33,11 N.I 220(M+,5)203(15)189(15)175(15)161(23)150(44)135(49)121(100)107(95)91(79)67(42)53(41) 1670 33,38 N.I 232(M+,6)220(64)214(29)202(34)187(39)177(15)162(100)149(71)133(44)119(93)105(88)91(92)79(57) 55(40) 1677 33,76 N.I 218(M+,51)212(6)203(7)175(20)157(31)147(30)145(29)133(22)123(100)119(45)105(44)91(56)79(38)67(28)55(27) 1679 33,87 N.I 220(M+,52)205(12)187(22)177(30)159(55)147(36)135(41)124(100)108(89)93(73)91(76)83(43)81(37)79(56)67(50)55(53) 1681 33,94 N.I 220(M+,52)205(12)187(22)177(30)159(55)147(36)135(41)124(100)108(89)93(73)91(76)83(43)81(37)79(56)67(50)55(53) 1689 34,38 N.I 248(M+,5)232(33)217(16)199(18)189(35)174(94)159(100)145(64)131(38)119(29)115(29)105(40)91(63)77(35)65(20)53(17) 1705 35,27 N.I 232(M+,35)220(35)217(16)189(57)177(29)159(100)147(47)145(52)133(45)119(51)107(53)105(69)91(99)79(63)77(58)55(45) 1710 35,51 N.I 248(M+,2)232(38)220(69)199(11)187(32)177(84)163(40)159(69)147(49)135(58)123(71)109(77)107(90)91(100)79(71)55(64) 1715 35,81 N.I 232(M+,38)220(69)204(6)187(32)177(84)163(40)159(69)147(49)135(58)123(71)109(77)107(90)91(100)79(71)67(55)55(64) 1737 36,95 N.I 230(M+,29)215(39)202(28)187(48)174(41)162(50)159(50)145(32)135(47)119(39)107(96)91(100)77(47)67(55)53(39) 1748 37,56 N.I 230(M+,1)214(1)212(1)197(1)187(1)179(1)172(25)159(100)147(5)141(2)128(7)115(10)105(5)91(11)77(5)65(3)55(4) 1766 38,47 N.I 230(M+,40)215(21)197(28)187(16)172(100)159(25)145(22)128(13)115(16)108(42)91(26)77(24)65(10)53(10) 1793 39,93 N.I 230(M+,22)215(25)205(7)187(20)172(29)159(22)145(23)131(14)123(23)115(14)108(27)91(38)77(29)69(100)53(16) 1797 40,11 N.I 232(M+,9)217(16)203(10)190(14)176(19)161(31)149(26)148(26)135(43)121(100)107(67)91(66)77(38)67(28)53(33) 1802 40,41 N.I 232(M+,100)217(21)213(7)199(52)175(25)173(23)159(12)147(35)133(15)119(20)108(35)91(23)79(20)67(10)55(13)51(4) 1809 40,73 N.I 232(M+,100)217(9)213(24)199(56)185(12)174(90)159(80)149(58)145(53)131(38)123(29)115(30)105(47)91(60)77(41)55(32) 1827 41,67 Furanosesquiterpeno 232(M+,100)217(2)214(2)199(13)185(7)173(6)159(11)145(10)128(8)109(45)108(84)91(22)79(24)65(9)55(10) 1836 42,10 N.I 232(M+,55)217(17)199(59)187(10)172(23)159(23)149(26)135(31)121(100)107(66)91(63)77(39)67(28)53(30) 1843 42,48 N.I 232(M+,20)217(4)210(14)199(7)187(8)175(7)159(12)149(38)135(71)122(74)107(100)91(54)77(36)67(41)53(27) 1846 42,61 N.I 232(M+,23)217(6)210(13)195(4)187(7)175(8)164(17)149(33)135(71)122(94)107(100)91(50)77(31)67(29)55(23) 1854 43,04 N.I 248(M+,37)230(9)215(10)201(9)187(14)172(98)159(43)149(100)145(43)135(57)123(93)119(48)105(43)91(73)77(50)67(30) 1860 43,33 N.I 230(M+,14)215(7)203(15)187(13)180(43)175(19)163(49)151(100)147(27)135(34)126(25)119(30)107(98)91(73)79(36)67(37) 1880 44,32 N.I 250(M+,9)232(4)230(9)215(14)189(26)174(16)162(34)147(23)133(26)123(30)107(100)91(76)77(39)67(43)53(32) 1894 45,06 N.I 248(M+,9)246(7)231(5)215(7)207(5)203(12)200(8)173(16)159(20)145(26)131(17)121(100)105(25)93(33)91(33)79(27)71(33) 1922 46,37 N.I 214(M+,79)199(74)185(48)172(100)159(39)145(30)129(21)115(16)108(32)91(42)79(28)67(10)65(11)55(13)53(12) 1924 46,50 N.I 250(M+,9)232(4)230(9)215(14)189(26)174(16)162(34)147(23)133(26)123(30)107(100)91(76)77(39)67(43)53(32) 1931 46,84 N.I 214(M+,79)199(74)185(48)172(100)159(39)145(30)129(21)115(16)108(32)91(42)79(28)67(10)65(11)55(13)53(12)

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IRL TR Composto Fragmentos 1965 48,41 N.I 250(M+,71)232(83)217(84)199(71)175(73)159(44)147(64)133(52)121(63)108(100)107(86)91(96)79(77)67(41)53(46) 1996 49,91 N.I 250(M+,100)230(4)217(7)215(6)189(10)174(24)161(31)147(28)145(28)133(22)119(22)108(84)95(30)91(45)79(39)55(30) 2138 57,70 N.I 248(M+,53)230(7)215(12)203(14)175(18)161(10)148(14)137(100)125(34)124(33)112(51)109(47)91(31)81(25)67(31)55(53) 2158 58,76 N.I 246(M+,100)228(29)213(99)203(39)189(75)175(64)161(44)145(48)138(47)128(25)109(47)105(39)91(76)77(51)67(27)53(47) 2173 59,51 N.I 248(M+,100)230(33)215(20)205(16)189(16)178(56)159(37)145(31)133(72)119(45)105(60)91(74)77(49)67(27)55(44)

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Espectro de massa dos óleos essenciais da Pitangueira dos exemplares do CCS IRL TR Composto Fragmentos 1310 13,79 N.I 207(M+,2)189(8)175(1)161(18)147(6)136(21)121(100)107(46)93(66)91(34)79(32)67(18)55(13) 1319 14,23 N.I 207(M+,1)189(7)161(16)148(4)136(23)121(100)115(3)107(43)93(60)91(33)79(31)67(15)53(11) 1362 16,49 N.I 204(M+,2)189(27)175(6)161(44)147(21)133(26)121(39)107(50)93(100)81(92)79(59)67(55)55(30) 1372 16,98 β-elemeno [106] 204(M+,1)189(28)175(8)161(34)147(47)133(32)121(45)107(66)93(100)81(90)68(60)67(65)53(34) 1394 18,13 β-cariofileno [28] 204(M+,7)189(22)175(11)161(37)147(30)133(94)120(47)105(62)93(100)91(85)79(76)69(73)67(37)55(31) 1404 18,66 Germacreno D [64] 204(M+,12)189(11)175(2)161(100)147(13)133(24)121(53)105(57)93(61)79(33)67(24)55(19) 1413 19,14 γ-elemeno [192] 204(M+,49)189(42)175(10)161(100)147(39)133(78)121(73)107(80)105(89)93(89)91(100)79(73)69(54)67(53)55(45) 1418 19,42 N.I 204(M+,7)189(16)161(24)147(13)133(23)121(100)107(45)93(64)91(59)79(28)67(27)53(18) 1424 19,79 N.I 204(M+,14)189(8)175(2)161(58)147(19)133(16)121(28)105(35)93(100)91(46)79(31)67(21)53(15) 1432 20,18 Aromadendreno [193] 204(M+,40)189(28)175(7)161(86)147(60)133(68)119(59)105(90)93(75)91(100)79(76)69(45)55(37) 1452 21,28 β-cubebeno [202] 204(M+,15)189(3)161(100)147(7)133(19)119(34)105(54)91(47)81(31)77(24)67(12)55(13) 1455 21,49 β-selineno [19] 204(M+,48)189(51)175(21)161(53)147(53)133(52)121(67)107(91)105(100)93(97)79(79)67(58)55(37) 1472 22,39 Furanosesquiterpeno 216(M+,11)201(8)187(2)159(5)148(33)133(9)119(6)108(100)91(14)79(14)65(5)55(4)53(3) 1476 22,61 Ledeno [195] 216(M+,11)201(8)187(2)159(5)148(33)133(9)119(6)108(100)107(90)91(14)79(14)65(5)55(4)53(3) 1479 22,82 Furanosesquiterpeno 216(M+,1)204(27)189(35)161(66)147(24)135(43)135(43)121(35)119(63)108(100)105 (93)93(80)91(74)79(48)67(24) 1480 22,84 N.I 216(M+,6)204(53)189(30)173(3)161(100)148(21)134(49)119(68)108(52)105(72)91(60)79(42)67(20) 1495 23,68 δ-cadineno [27] 204(M+,52)189(18)175(2)161(100)145(7)134(58)128(6)119(60)105(58)91(38)81(26)77(18)69(9)65(6)55(12) 1503 24,09 N.I 204(M+,75)189(29)175(7)161(100)147(25)133(53)119(43)107(50)105(67)93(55)91(65)79(48)67(37)55(37) 1506 24,30 α-gurjuneno [203] 204(M+,100)189(98)175(10)161(69)147(23)133(53)119(55)105(53)91(48)79(23)67(14)55(18) 1511 24,56 Selina-3,7(11)dieno [196] 204(M+,47)189(22)175(6)161(100)149(17)133(25)122(61)107(65)93(46)91(56)79(41)67(28)55(28) 1522 25,15 Germacreno B [180] 204(M+,22)189(25)175(4)161(39)147(23)133(32)121(100)107(59)105(70)93(73)91(58)81(46)67(51)55(30)53(29) 1526 25,39 N.I 204(M+,60)189(96)175(11)161(74)149(54)147(51)133(44)125(53)121(48)109(62)95(58)93(77)81(100)73(55)67(60)59(71) 1529 25,59 Palustrol [197] 222(M+,5)204(23)189(15)179(6)161(39)147(34)133(22)122(83)111(100)107(55)95(46)93(43)81(48)67(37)55(45) 1534 25,86 Espatulenol [58] 220(M+,6)205(100)187(38)177(21)159(63)147(49)131(39)119(87)105(71)93(77)91(95)79(67)69(43)67(38)55(36) 1544 26,39 Globulol [190] 222(M+,3)204(34)189(45)161(83)147(40)135(41)122(69)121(64)109(100)107(84)95(72)93(73)81(85)69(74)67(60)55(53) 1550 26,74 Viridiflorol [82] 222(M+,2)204(27)189(44)161(76)147(30)135(28)133(29)122(47)121(46)107(62)109(100)95(46)93(56)81(56)69(68)55(42) 1554 26,96 N.I 222(M+,3)204(5)189(4)175(2)63(90)149(24)135(12)121(20)107(100)93(39)91(25)81(38)67(21)59(49)55(17) 1559 27,26 β-elemenona [96] 218(M+,3)203(6)185(2)175(8)161(9)149(17)135(82)121(75)107(100)93(46)77(23)67(42)53(18) 1569 27,83 N.I 222(M+,7)207(60)204(76)189(54)175(14)161(42)147(43)135(78)123(54)121(54)107(70)93(89)81(100)71(66)67(71)55(61) 1582 28,55 N.I 204(M+,41)189(34)179(7)161(100)147(23)133(22)121(59)105(59)93(48)79(47)69(30)55(27) 1585 28,71 N.I 220(M+,10)205(16)202(12)177(19)162(54)147(41)133(28)119(100)107(54)105(55)91(91)79(49)77(40)67(26)55(31) 1599 29,50 Isoespatulenol [210] 220(M+,8)204(53)189(14)175(5)161(100)145(16)134(20)121(64)105(57)95(83)79(52)69(26)67(24)55(28) 1605 29,81 N.I 222(M+,6)216(20)204(50)189(45)161(42)147(27)137(36)135(86)121(47)108(60)93(65)91(45)81(100)71(65)67(55)55(45) 1606 29,88 Furanosesquiterpeno 216(M+,95)201(16)187(6)173(8)159(17)145(28)128(10)121(20)108(100)93(48)77(21)65(9)53(7) 1610 30,11 τ-muurolol [211] 222(M+,4)204(41)189(9)175(5)161(43)157(20)148(13)137(21)121(85)105(41)95(100)79(45)71(27)55(21)

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IRL TR Composto Fragmentos 1614 30,31 Furanosesquiterpeno 216(M+,95)201(16)187(6)173(8)159(17)145(28)128(10)121(20)108(100)93(48)77(21)65(9)53(7) 1629 31,13 N.I 232(M+,10)217(15)205(6)189(6)177(5)161(13)149(10)135(18)121(41)108(50)93(100)77(28)67(19)53(17) 1642 31,86 Furanosesquiterpeno 216(M+,31)201(11)187(8)159(25)145(24)131(13)115(13)108(100)93(32)91(32)79(21)77(22)65(9)53(9) 1665 33,08 N.I 220(M+,5)203(15)189(15)175(15)161(23)150(44)135(49)121(100)107(95)91(79)67(42)53(41) 1676 33,70 N.I 218(M+,51)212(6)203(7)175(20)157(31)147(30)145(29)133(22)123(100)119(45)105(44)91(56)79(38)67(28)55(27) 1678 33,83 Furanosesquiterpeno 220(M+,88)202(8)187(13)177(4)159(22)149(26)138(35)124(38)108(100)96(37)93(77)83(40)67(44)55(45) 1688 34,35 N.I 248(M+,5)232(33)217(16)199(18)189(35)174(94)159(100)145(64)131(38)119(29)115(29)105(40)91(63)77(35)65(20)53(17) 1691 34,53 N.I 232(M+,35)220(35)189(57)177(29)159(100)147(47)145(52)133(45)119(51)107(53)105(69)91(99)79(63)77(58)67(42)55(45) 1709 35,49 N.I 232(M+,35)220(35)189(57)177(29)159(100)147(47)145(52)133(45)119(51)107(53)105(69)91(99)79(63)77(58)67(42)55(45) 1715 35,79 Furanosesquiterpeno 232(M+,100)220(16)199(21)187(10)175(28)159(29)145(37)135(31)119(43)115(17)109(77)108(100)91(56)79(44) 1729 36,55 N.I 230(M+,60)215(75)213(100)197(41)187(47)173(53)159(93)145(92)128(35)115(38)105(31)91(51)77(26)65(14) 1736 36,89 N.I 230(M+,14)220(16)202(17)187(25)174(16)159(33)145(23)135(28)119(35)107(50)97(100)91(61)84(39)79(55)67(35) 1748 37,53 N.I 232(M+,2)214(1)202(3)199(4)187(6)172(22)159(100)147(18)145(15)128(6)115(11)105(6)91(11)79(6)65(3)53(3) 1765 38,45 N.I 230(M+,40)215(21)197(28)187(16)172(100)159(25)145(22)128(13)115(16)108(42)91(26)77(24)65(10)53(10) 1787 39,60 Furanosesquiterpeno 230(M+,60)215(22)197(29)187(65)172(100)159(31)145(37)128(18)115(23)108(97)91(39)77(38)65(17)55(18) 1806 40,61 N.I 232(M+,100)217(21)213(7)199(52)175(25)173(23)159(12)147(35)133(15)119(20)108(35)91(23)79(20)67(10)55(13)51(4) 1824 41,50 N.I 232(M+,1)219(1)212(1)202(11)187(22)173(7)159(100)145(23)131(25)117(18)105(26)91(27)79(15)67(16) 1833 41,94 N.I 232(M+,10)217(13)199(6)190(7)176(11)161(18)149(17)135(28)135(28)121(100)107(63)93(44)91(56)77(30)67(25)53(27) 1851 42,85 N.I 232(M+,2)219(7)202(59)187(100)173(23)163(23)159(66)145(46)131(32)119(35)105(41)91(38)77(19)55(23) 1889 44,77 N.I 230(M+,1)214(23)199(87)186(48)172(100)159(20)145(12)128(12)115(14)105(6)91(14)77(14)67(10)57(7) 1916 46,08 N.I 214(M+,79)199(74)185(48)172(100)159(39)145(30)129(21)115(16)108(32)91(42)79(28)67(10)65(11)55(13)53(12) 1929 46,69 N.I 214(M+,79)199(74)185(48)172(100)159(39)145(30)129(21)115(16)108(32)91(42)79(28)67(10)65(11)55(13)53(12) 1939 47,18 N.I 214(M+,79)199(74)185(48)172(100)159(39)145(30)129(21)115(16)108(32)91(42)79(28)67(10)65(11)55(13)53(12)

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Espectro de massa dos óleos essenciais da Pitangueira extraídos de folhas secas por 1 semana. IRL TR Composto Fragmentos 1202 8,94 Ν.Ι 148(100)133(33)129(4)119(39)105(81)91(26)77(16)69(2)65(8)63(7)51(10) 1318 14,20 Ν.Ι 207(M+,1)189(7)161(16)148(4)136(23)121(100)115(3)107(43)93(60)91(33)79(31)67(15)53(11) 1319 14,26 δ-elemeno [191] 204(M+, 3)189(6)161(32)136(56)121(100)107(15)105(21)93(72)91(31)77(23)67(9)65(6)55(9)53(8) 1362 16,46 N.I 207(M+,5)189(19)175(3)161(39)147(15)133(19)123(34)107(42)93(72)81(100)67(48)55(29) 1370 16,91 β-elemeno [106] 204(M+,1)189(28)175(8)161(34)147(47)133(32)121(45)107(66)93(100)81(90)68(60)67(65)53(34) 1394 18,10 β-cariofileno [28] 204(M+,7)189(22)175(11)161(37)147(30)133(94)120(47)105(62)93(100)91(85)79(76)69(73)67(37)55(31) 1403 18,62 N.I 204(M+,13)189(20)175(3)161(83)147(16)133(43)121(100)105(70)93(96)91(61)79(45)67(37)55(30) 1411 19,04 γ-elemeno [192] 204(M+,6)189(14)175(2)161(23)147(12)133(22)121(100)107(45)93(64)79(30)67(29)55(18)53(18) 1413 19,16 N.I 204(M+,49)189(42)175(10)161(100)147(39)133(78)121(73)107(80)105(89)93(89)91(100)79(73)69(54)67(53)55(45) 1425 19,79 α-humuleno [202] 204(M+,7)189(5)175(1)161(6)147(21)133(6)121(31)105(17)93(100)80(34)67(13)53(11) 1431 20,16 Aromadendreno [193] 204(M+,32)189(27)175(8)161(100)147(53)133(65)119(60)107(68)105(86)91(100)79(69)69(43)67(44)55(39) 1449 21,12 γ-selineno [194] 204(M+,57)189(100)175(7)161(78)147(36)133(79)119(49)105(75)91(72)79(50)67(26)55(25) 1451 21,27 N.I 204(M+,23)189(13)173(7)161(35)147(25)133(24)119(38)105(100)93(51)91(48)79(44)67(18)55(17) 1455 21,45 β-selineno [19] 204(M+,48)189(51)175(21)161(53)147(53)133(52)121(67)107(91)105(100)93(97)79(79)67(58)55(37) 1467 22,15 Furanosesquiterpeno 216(M+,11)201(8)187(2)159(5)148(33)133(9)119(6)108(100)91(14)79(14)65(5)55(4)53(3) 1469 22,26 Ledeno [195] 216(M+,11)201(8)187(2)159(5)148(33)133(9)119(6)108(100)107(90)91(14)79(14)65(5)55(4)53(3) 1474 22,48 Furanosesquiterpeno 216(M+,1)204(27)189(35)161(66)147(24)135(43)135(43)121(35)119(63)108(100)105 (93)93(80)91(74)79(48)67(24) 1494 23,62 δ-cadineno [27] 204(M+,52)189(18)175(2)161(100)145(7)134(58)128(6)119(60)105(58)91(38)81(26)77(18)69(9)65(6)55(12) 1502 24,04 N.I 204(M+,75)189(29)175(7)161(100)147(25)133(53)119(43)107(50)105(67)93(55)91(65)79(48)67(37)55(37) 1510 24,52 Selina-3,7(11)dieno [196] 204(M+,47)189(22)175(6)161(100)149(17)133(25)122(61)107(65)93(46)91(56)79(41)67(28)55(28) 1521 25,11 Germacreno B [180] 204(M+,22)189(25)175(4)161(39)147(23)133(32)121(100)107(59)105(70)93(73)91(58)81(46)67(51)55(30)53(29) 1525 25,37 N.I 204(M+,60)189(96)175(11)161(74)149(54)147(51)133(44)125(53)121(48)109(62)95(58)93(77)81(100)73(55)67(60)59(71) 1530 25,60 Palustrol [197] 222(M+,5)204(23)189(15)179(6)161(39)147(34)133(22)122(83)111(100)107(55)95(46)93(43)81(48)67(37)55(45) 1536 25,97 Espatulenol [58] 220(M+,6)205(100)187(38)177(21)159(63)147(49)131(39)119(87)105(71)93(77)91(95)79(67)69(43)67(38)55(36) 1539 26,10 Óxido de cariofileno [198] 220(M+,2)205(7)187(7)177(10)161(15)149(17)135(20)121(35)109(49)107(47)93(83)91(80)79(100)69(60)67(45)55(44) 1545 26,46 Globulol [190] 222(M+,3)204(34)189(45)161(83)147(40)135(41)122(69)121(64)109(100)107(84)95(72)93(73)81(85)69(74)67(60)55(53) 1551 26,79 Viridiflorol [82] 222(M+,2)204(27)189(44)161(76)147(30)135(28)133(29)122(47)121(46)107(62)109(100)95(46)93(56)81(56)69(68)55(42) 1554 26,98 N.I 222(M+,3)204(5)189(4)175(2)163(90)149(24)135(12)121(20)107(100)93(39)91(25)81(38)67(21)59(49)55(17) 1561 27,35 N.I 220(M+,5),204(5)189(7)164(31)149(100)135(16)121(31)107(39)107(39)93(93)81(50)67(26)59(47)55(19) 1569 27,83 N.I 222(M+,7)207(60)204(76)189(54)175(14)161(42)135(78)123(54)121(54)107(70)93(89)81(100)71(66)67(71)55(61) 1572 27,97 N.I 222(M+,7)204(18)189(17)173(3)179(100)161(50)147(22)137(47)121(44)115(10)105(55)93(53)81(56)67(29)55(40) 1579 28,36 N.I 220(M+,2)205(5)189(7)175(3)164(41)149(100)135(47)121(32)107(59)93(47)91(42)81(43)67(24)59(79)55(22) 1580 28,45 N.I 220(M+,2)205(5)189(7)175(3)164(41)149(100)135(47)121(32)107(59)93(47)91(42)81(43)67(24)59(79)55(22) 1582 28,54 N.I 218(M+,7)204(44)189(31)175(21)161(100)149(35)133(31)121(65)105(73)95(57)93(60)91(60)79(64)67(33)55(37)

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156

IRL TR Composto Fragmentos 1585 28,72 N.I 220(M+,10)205(16)202(12)177(19)162(54)147(41)133(28)119(100)107(54)105(55)91(91)79(49)77(40)67(26)55(31) 1593 29,18 Isoespatulenol [210] 220(M+,24)205(28)187(19)177(14)162(55)147(49)133(37)119(100)105(77)91(90)79(59)67(42)55(30) 1599 29,50 N.I 222(M+,4)204(51)189(14)175(5)161(91)147(17)134(19)121(75)105(56)95(100)91(48)79(50)71(33)55(27) 1602 29,68 N.I 220(M+,8)204(53)189(14)175(5)161(100)145(16)134(20)121(64)105(57)95(83)79(52)69(26)67(24)55(28) 1605 29,85 Furanosesquiterpeno 222(M+,6)216(20)204(50)189(45)161(42)147(27)137(36)135(86)121(47)108(60)93(65)91(45)81(100)71(65)67(55)55(45) 1610 30,10 τ-muurolol [211] 222(M+,4)204(41)189(9)175(5)161(43)157(20)148(13)137(21)121(85)105(41)95(100)79(45)71(27)55(21) 1613 30,26 Furanosesquiterpeno 216(M+,95)201(16)187(6)173(8)159(17)145(28)128(10)121(20)108(100)93(48)77(21)65(9)53(7) 1622 30,74 N.I 220(M+,15)202(19)187(31)176(13)159(48)145(39)135(49)125(59)119(49)107(100)96(61)93(88)79(60)67(38)55(47) 1625 30,93 N.I 220(M+,9)214(62)205(84)199(56)183(46)159(44)147(42)133(40)119(49)105(64)93(100)79(68)67(45)55(43) 1630 31,17 N.I 232(M+,10)217(15)205(6)189(6)177(5)161(13)149(10)135(18)121(41)108(50)93(100)77(28)67(19)53(17) 1641 31,77 N.I 232(M+,10)217(16)205(5)189(5)175(5)161(11)149(9)135(18)121(42)108(47)93(100)77(27)53(17) 1644 31,98 N.I 220(M+,54)204(59)189(100)175(18)161(70)147(42)135(67)121(57)105(69)93(71)91(72)67(53)55(51) 1653 32,46 N.I 220(M+,12)205(13)202(12)187(19)175(14)162(31)159(30)145(37)133(38)124(100)105(52)93(68)91(56)79(48)67(30) 1660 32,84 N.I 220(M+,12)205(13)202(12)187(19)175(14)162(31)159(30)145(37)133(38)124(100)105(52)93(68)91(56)79(48)67(30) 1665 33,08 N.I 220(M+,5)203(15)189(15)175(15)161(23)150(44)135(49)121(100)107(95)91(79)67(42)53(41) 1670 33,39 N.I 232(M+,6)220(64)214(29)202(34)187(39)177(15)162(100)149(71)133(44)119(93)105(88)91(92)79(57) 55(40) 1677 33,76 N.I 218(M+,51)212(6)203(7)175(20)157(31)147(30)145(29)133(22)123(100)119(45)105(44)91(56)79(38)67(28)55(27) 1679 33,88 N.I 220(M+,52)205(12)187(22)177(30)159(55)147(36)135(41)124(100)108(89)93(73)91(76)83(43)81(37)79(56)67(50)55(53) 1688 34,36 N.I 232(M+,33)217(16)199(18)189(35)174(94)159(100)145(64)131(38)119(29)115(29)105(40)91(63)77(35)65(20)53(17) 1705 35,28 N.I 232(M+,35)220(35)189(57)177(29)159(100)147(47)145(52)133(45)119(51)107(53)105(69)91(99)79(63)77(58)55(45) 1710 35,52 N.I 232(M+,38)220(69)199(11)187(32)177(84)163(40)159(69)147(49)135(58)123(71)109(77)107(90)91(100)79(71)67(55) 1715 35,82 N.I 232(M+,38)220(69)199(11)187(32)177(84)163(40)159(69)147(49)135(58)123(71)109(77)107(90)91(100)79(71)67(55) 1737 36,95 N.I 230(M+,29)215(39)202(28)187(48)174(41)162(50)159(50)145(32)135(47)119(39)107(96)91(100)77(47)67(55)53(39) 1748 37,54 N.I 232(M+,1)215(1)212(1)197(1)187(1)179(1)172(25)159(100)147(5)141(2)128(7)115(10)105(5)91(11)77(5)65(3)55(4) 1755 37,93 Furanosesquiterpeno 232(M+,72)217(11)199(15)189(19)175(21)159(36)147(73)133(35)119(54)108(100)95(31)91(64)79(45)67(20)55(30) 1766 38,47 N.I 230(M+,40)215(21)197(28)187(16)172(100)159(25)145(22)128(13)115(16)108(42)91(26)77(24)65(10)53(10) 1771 38,75 N.I 246(M+,8)232(14)231(5)220(19)203(19)187(29)162(71)147(97)133(56)119(82)107(85)91(100)79(66)79(47)59(56) 1787 39,60 N.I 248(M+,2)230(18)215(8)205(7)187(20)172(29)159(22)145(23)131(14)123(23)115(14)108(27)91(38)77(29)69(100)53(16) 1793 39,91 N.I 248(M+,3)232(18)217(7)207(7)190(17)161(46)147(31)135(45)122(79)107(100)93(65)91(72)77(46)67(42)53(35) 1797 40,13 N.I 232(M+,9)217(16)203(10)190(14)176(19)161(31)149(26)148(26)135(43)121(100)107(67)91(66)77(38)67(28)53(33) 1803 40,42 N.I 232(M+,100)217(21)213(7)199(52)175(25)173(23)159(12)147(35)133(15)119(20)108(35)91(23)79(20)67(10)55(13)51(4) 1808 40,71 N.I 232(M+,100)213(24)199(56)185(12)174(90)159(80)149(58)145(53)131(38)123(29)115(30)105(47)91(60)77(41)55(32) 1823 41,47 N.I 262(M+,20)246(2)232(3)212(8)202(11)187(20)173(12)159(100)145(33)131(25)119(28)105(37)91(43)77(23)67(24) 1828 41,68 Furanosesquiterpeno 232(M+,100)217(2)214(2)199(13)185(7)173(6)159(11)145(10)128(8)109(45)108(84)91(22)79(24)65(9)55(10) 1836 42,12 N.I 232(M+,55)217(17)199(59)187(10)172(23)159(23)149(26)135(31)121(100)107(66)91(63)77(39)67(28)53(30) 1853 42,99 N.I 248(M+,34)230(8)215(7)205(6)197(6)187(9)172(52)159(95)149(100)123(93)115(24)105(24)91(68)77(26)65(15)55(21)

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IRL TR Composto Fragmentos 1879 44,27 N.I 250(M+,9)232(4)230(9)215(14)189(26)174(16)162(34)147(23)133(26)123(30)107(100)91(76)77(39)67(43)53(32) 1892 44,96 N.I 248(M+,9)246(7)231(5)215(7)203(12)200(8)185(11)159(20)145(26)131(17)121(100)105(25)93(33)91(33)79(27)71(33) 1920 46,27 N.I 248(M+,13)230(41)215(51)201(20)177(43)172(100)159(33)145(16)131(19)115(16)105(22)91(38)77(28)65(15)53(18) 1925 46,51 N.I 214(M+,79)199(74)185(48)172(100)159(39)145(30)129(21)115(16)108(32)91(42)79(28)67(10)65(11)55(13)53(12) 1931 46,81 N.I 248(M+,13)230(41)215(51)201(20)177(43)172(100)159(33)145(16)131(19)105(22)91(38)77(28)65(15)55(17)53(18) 1996 49,91 Furanosesquiterpeno 250(M+,100)230(4)217(7)215(6)174(24)161(31)147(28)145(28)133(22)119(22)108(84)95(30)91(45)79(39)67(21)55(30) 2095 55,40 N.I 244(M+,55)226(18)216(22)201(54)187(44)173(61)162(99)161(100)145(55)131(33)115(37)105(39)91(84)77(55)53(44) 2139 57,75 N.I 248(M+,53)230(7)215(12)203(14)175(18)161(10)148(14)137(100)125(34)124(33)112(51)109(47)91(31)67(31)55(53) 2212 61,57 N.I 246(M+,91)228(97)213(100)200(33)189(42)173(16)161(32)145(21)12(20)115(29)109(31)105(31)91(72)77(42)53(38)

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Espectro de massa dos óleos essenciais da Pitangueira extraídos de folhas secas envelhecidas por 3 meses IRL TR Composto Fragmentos 1318 14,20 Ν.Ι 207(M+,1)189(7)161(16)148(4)136(23)121(100)115(3)107(43)93(60)91(33)79(31)67(15)53(11) 1362 16,47 Ν.Ι 207(M+,5)189(19)175(3)161(39)147(15)133(19)123(34)107(42)93(72)81(100)67(48)55(29) 1371 16,93 β-elemeno [106] 204(M+,1)189(28)175(8)161(34)147(47)133(32)121(45)107(66)93(100)81(90)68(60)67(65)53(34) 1394 18,14 β-cariofileno [28] 204(M+,7)189(22)175(11)161(37)147(30)133(94)120(47)105(62)93(100)91(85)79(76)69(73)67(37)55(31) 1411 19,07 γ-elemeno [192] 204(M+,6)189(14)175(2)161(23)147(12)133(22)121(100)107(45)93(64)79(30)67(29)55(18)53(18) 1425 19,83 α-humuleno [202] 204(M+,7)189(5)175(1)161(6)147(21)133(6)121(31)105(17)93(100)80(34)67(13)53(11) 1432 20,19 Aromadendreno [193] 204(M+,32)189(27)175(8)161(100)147(53)133(65)119(60)107(68)105(86)91(100)79(69)69(43)67(44)55(39) 1449 21,14 γ-selineno [194] 204(M+,57)189(100)175(7)161(78)147(36)133(79)119(49)105(75)91(72)79(50)67(26)55(25) 1455 21,47 β-selineno [19] 204(M+,48)189(51)175(21)161(53)147(53)133(52)121(67)107(91)105(100)93(97)79(79)67(58)55(37) 1472 22,40 Furanosesquiterpeno 216(M+,11)201(8)187(2)159(5)148(33)133(9)119(6)108(100)91(14)79(14)65(5)55(4)53(3) 1476 22,62 Furanosesquiterpeno 216(M+,1)204(27)189(35)161(66)147(24)135(43)135(43)121(35)119(63)108(100)105 (93)93(80)91(74)79(48)67(24) 1495 23,66 δ-cadineno [27] 204(M+,52)189(18)175(2)161(100)145(7)134(58)128(6)119(60)105(58)91(38)81(26)77(18)69(9)65(6)55(12) 1502 24,07 Ν.Ι 204(M+,75)189(29)175(7)161(100)147(25)133(53)119(43)107(50)105(67)93(55)91(65)79(48)67(37)55(37) 1511 24,56 Selina-3,7(11)dieno [196] 204(M+,47)189(22)175(6)161(100)149(17)133(25)122(61)107(65)93(46)91(56)79(41)67(28)55(28) 1521 25,13 Germacreno B [180] 204(M+,22)189(25)175(4)161(39)147(23)133(32)121(100)107(59)105(70)93(73)91(58)81(46)67(51)55(30)53(29) 1525 25,37 N.I 204(M+,60)189(96)175(11)161(74)149(54)147(51)133(44)125(53)121(48)109(62)95(58)93(77)81(100)73(55)67(60)59(71) 1539 26,15 Espatulenol [58] 220(M+,6)205(100)187(38)177(21)159(63)147(49)131(39)119(87)105(71)93(77)91(95)79(67)69(43)67(38)55(36) 1541 26,26 N.I 220(M+,5)202(46)187(59)177(19)159(66)147(56)131(43)119(89)105(82)93(94)91(100)79(71)67(37)55(35) 1543 26,36 N.I 220(M+,8)202(58)187(67)177(17)162(43)159(78)147(51)131(53)119(82)105(77)91(100)79(67)69(41)55(41) 1545 26,48 Globulol [190] 222(M+,3)204(34)189(45)161(83)147(40)135(41)122(69)121(64)109(100)107(84)95(72)93(73)81(85)69(74)67(60)55(53) 1551 26,79 Viridiflorol [82] 222(M+,2)204(27)189(44)161(76)147(30)135(28)133(29)122(47)121(46)107(62)109(100)95(46)93(56)81(56)69(68)55(42) 1556 27,09 N.I 236(M+,3)218(8)202(15)187(18)177(17)163(26)159(49)145(31)132(94)120(84)107(100)91(88)79(80)69(68)55(43) 1559 27,27 β−elemenona [96] 218(M+,3)203(6)185(2)175(8)161(9)149(17)135(82)121(75)107(100)93(46)77(23)67(42)53(18) 1561 27,36 N.I 220(M+,5),204(5)189(7)164(31)149(100)135(16)121(31)107(39)107(39)93(93)81(50)67(26)59(47)55(19) 1569 27,84 N.I 222(M+,7)207(60)204(76)189(54)175(14)161(42)147(43)135(78)123(54)121(54)107(70)93(89)81(100)71(66)67(71)55(61) 1572 27,96 N.I 222(M+,7)204(18)189(17)173(3)179(100)161(50)147(22)137(47)121(44)115(10)105(55)93(53)81(56)67(29)55(40) 1581 28,47 N.I 220(M+,2)205(5)189(7)175(3)164(41)149(100)135(47)121(32)107(59)93(47)91(42)81(43)67(24)59(79)55(22) 1586 28,78 N.I 220(M+,10)205(16)202(12)177(19)162(54)147(41)133(28)119(100)107(54)105(55)91(91)79(49)77(40)67(26)55(31) 1594 29,24 Isoespatulenol [210] 220(M+,24)205(28)187(19)177(14)162(55)147(49)133(37)119(100)105(77)91(90)79(59)67(42)55(30) 1598 29,43 N.I 220(M+,60)202(29)187(71)177(22)159(100)145(60)133(59)131(79)119(79)105(89)91(97)79(62)67(42)55(50) 1603 29,70 N.I 220(M+,11)216(11)202(11)187(18)176(14)162(57)159(100)147(39)131(25)119(49)105(71)91(65)79(48)67(22)59(81) 1607 29,93 Furanosesquiterpeno 216(M+,95)201(16)187(6)173(8)159(17)145(28)128(10)121(20)108(100)93(48)77(21)65(9)53(7)

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IRL TR Composto Fragmentos 1614 30,32 Furanosesquiterpeno 216(M+,100)201(42)187(10)173(12)159(32)145(60)131(14)115(12)108(68)93(39)77(23)65(10)53(9) 1618 30,53 N.I 220(M+,7)205(38)189(36)177(11)164(26)147(30)135(52)121(100)107(57)105(57)93(82)91(82)79(58)67(31)55(32) 1623 30,79 N.I 220(M+,15)202(19)187(31)176(13)159(48)145(39)135(49)125(59)119(49)107(100)96(61)93(88)79(60)67(38)55(47) 1626 30,98 N.I 220(M+,9)214(62)205(84)199(56)183(46)159(44)147(42)133(40)119(49)105(64)93(100)79(68)67(45)55(43) 1629 31,15 N.I 232(M+,10)217(15)205(6)189(6)177(5)161(13)149(10)135(18)121(41)108(50)93(100)77(28)67(19)53(17) 1643 31,88 Furanosesquiterpeno 216(M+,31)201(11)187(8)159(25)145(24)131(13)115(13)108(100)93(32)91(32)79(21)77(22)65(9)53(9) 1653 32,44 N.I 230(M+,23)220(8)207(10)187(9)172(24)159(100)145(68)133(26)119(62)107(52)91(63)83(34)77(40)67(38)55(36) 1660 32,82 N.I 220(M+,25)202(18)187(34)173(10)159(50)145(64)133(100)119(55)105(71)93(89)79(46)67(30)55(37) 1663 32,98 N.I 220(M+,27)205(24)187(30)177(16)159(67)145(48)133(74)119(69)107(80)93(100)91(94)79(67)67(51)55(57) 1670 33,38 N.I 232(M+,6)220(64)214(29)202(34)187(39)177(15)162(100)149(71)133(44)119(93)105(88)91(92)79(57) 55(40) 1677 33,73 N.I 218(M+,51)212(6)203(7)175(20)157(31)147(30)145(29)133(22)123(100)119(45)105(44)91(56)79(38)67(28)55(27) 1689 34,38 N.I 230(M+,10)219(26)205(25)189(15)177(33)161(45)159(59)147(44)145(48)133(63)121(96)105(86)91(100)79(80)55(58) 1709 35,50 N.I 232(M+,35)220(35)189(57)177(29)159(100)147(47)145(52)133(45)119(51)107(53)105(69)91(99)79(63)77(58)55(45) 1715 35,80 N.I 232(M+,38)220(69)199(11)187(32)177(84)163(40)159(69)147(49)135(58)123(71)109(77)107(90)91(100)79(71)55(64) 1736 36,90 N.I 230(M+,29)215(39)202(28)187(48)174(41)162(50)159(50)145(32)135(47)119(39)107(96)91(100)77(47)67(55)53(39) 1748 37,56 N.I 232(M+,2)214(1)202(3)199(4)187(6)172(22)159(100)147(18)145(15)128(6)115(11)105(6)91(11)79(6)65(3)53(3) 1765 38,44 N.I 230(M+,40)215(21)197(28)187(16)172(100)159(25)145(22)128(13)115(16)108(42)91(26)77(24)65(10)53(10) 1786 39,55 N.I 248(M+,2)230(18)215(8)205(7)187(20)172(29)159(22)145(23)131(14)123(23)115(14)108(27)91(38)77(29)69(100)53(16) 1792 39,88 N.I 248(M+,3)232(18)217(7)207(7)190(17)161(46)147(31)135(45)122(79)107(100)93(65)91(72)77(46)67(42)53(35) 1801 40,32 N.I 212(M+,100)197(83)183(22)169(15)165(16)153(18)141(8)128(9)115(9)105(5)91(11)76(5)63(4)51(3) 1822 41,40 N.I 212(M+,100)197(83)183(22)169(15)165(16)153(18)141(8)128(9)115(9)105(5)91(11)76(5)63(4)51(3) 1833 41,95 N.I 232(M+,55)217(17)199(59)187(10)172(23)159(23)149(26)135(31)121(100)107(66)91(63)77(39)67(28)53(30) 1924 46,46 N.I 214(M+,79)199(74)185(48)172(100)159(39)145(30)129(21)115(16)108(32)91(42)79(28)67(10)65(11)55(13)53(12)

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Espectro de massa das frações obtidas por CLC do óleo essencial de Eugenia uniflora. IRL TR Composto Fragmentos 1202 8,95 N.I 148(M+,100)145(9)133(34)129(3)119(38)115(11)105(82)103(12)91(25)77(19)72(4)63(7)51(9) 1320 14,31 δ-elemeno 207(M+,1)189(7)161(16)148(4)136(23)121(100)115(3)107(43)93(60)91(33)79(31)67(15)53(11) 1363 16,52 N.I 204(M+,5)189(12)175(2)161(40)147(13)133(17)123(45)107(28)105(26)93(62)81(100)80(50)79(50)77(27)67(34)55(22) 1373 17,04 β-elemeno 204(M+,2)189(30)175(8)161(34)147(51)133(34)121(46)107(66)93(100)91(45)81(92)79(59)77(31)68(64)67(64)65(13)55(31) 1395 18,20 β-cariofileno 204(M+,8)189(20)175(11)161(38)147(30)133(90)121(31)120(47)119(40)107(48)105(60)93(100)91(86)81(41)79(76)69(73) 1414 19,18 N.I 204(M+,7)189(15)175(2)161(24)147(12)133(23)121(100)119(32)107(45)93(66)91(37)81(23)79(30)77(24)67(28)53(19) 1415 19,28 Aromadendreno 204(M+,43)189(41)161(97)147(38)133(67)121(64)119(68)107(74)105(88)95(35)93(85)91(100)81(54)79(77)77(43)69(50) 1432 20,23 Aloaromadendreno 204(M+,33)189(27)175(9)161(86)147(49)133(67)119(57)107(68)105(86)93(72)91(100)81(54)79(71)77(43)69(48)67(41) 1450 21,21 γ-selineno 204(M+,57)189(100)175(4)161(84)147(33)133(76)119(48)105(70)95(21)91(71)81(36)79(42)77(33)79(42)67(23)55(23) 1453 21,37 N.I 207(M+,10)177(16)159(14)147(51)131(39)119(36)108(73)91(100)77(58)67(20)55(22) 1455 21,49 β-selineno 204(M+,56)189(54)175(24)161(57)147(49)133(55)121(68)119(50)107(88)105(100)95(42)93(91)91(72)81(59)79(79)67(59) 1476 22,62 Furanosesquiterpeno 216(M+,11)201(8)187(2)173(4)159(5)133(9)115(6)108(100)91(14)79(15)77(12)65(5)53(4) 1478 22,72 Ledeno 216(M+,2)204(33)189(47)175(21)161(69)147(28)135(45)133(43)119(58)107(100)105(95)96(26)93(83)91(78)81(43)79(52) 1480 22,82 Furanosesquiterpeno 216(M+,11)201(8)187(2)173(4)159(5)148(30)133(14)115(6)108(100)91(14)79(15)77(12)65(5)53(4) 1482 22,93 Furanosesquiterpeno 216(M+,95)201(16)187(6)173(8)159(17)145(28)128(10)121(20)108(100)93(48)77(21)65(9)53(7) 1523 25,21 Germacreno B 204(M+,7)189(15)175(2)161(24)147(12)133(23)121(100)119(32)107(45)93(66)91(37)81(23)79(30)77(24)67(28)53(19) 1527 25,47 α-selineno 204(M+,57)189(100)175(10)161(72)149(46)133(38)125(52)109(58)93(65)81(83)67(47)59(62) 1531 25,69 Palustrol 222(M+,5)204(23)189(15)179(6)161(39)147(34)133(22)122(83)111(100)107(55)95(46)93(43)81(48)67(37)55(45) 1540 26,16 Espatulenol 220(M+,6)205(80)187(33)177(21)159(68)147(48)131(43)119(84)105(74)93(87)91(100)79(88)69(56)67(51)55(48) 1541 26,25 Óxido de Cariofileno 220(M+,2)205(7)187(7)177(10)161(15)149(17)135(20)121(35)109(49)107(47)93(83)91(80)79(100)69(60)67(45)55(44) 1548 26,61 Globulol 222(M+, 8)204(38)189(49)175(17)161(91)147(38)135(46)122(70)109(100)93(77)81(81)69(79)55(57) 1553 26,94 Viridiflorol [82] 222(M+,2)204(27)189(44)175(9)161(76)147(30)135(28)133(29)122(47)121(46)107(62)109(100)95(46)93(56)81(56)69(68) 1557 27,12 N.I 222(M+,4)204(5)189(3)163(97)149(24)135(12)121(20)107(100)95(23)93(38)81(38)67(21)59(47) 1562 27,40 N.I 222(M+, 1)218(20)204(3)203(5)189(3)175(8)161(9)149(35)135(84)121(82)107(100)93(50)79(25)67(46)53(17) 1563 27,49 N.I 220(M+,4)204(11)189(17)175(5)161(32)149(100)135(26)122(66)109(79)107(73)93(83)81(84)69(52)59(48) 1582 28,53 N.I 220(M+,2)205(5)189(7)175(3)164(41)149(100)135(47)121(32)107(59)93(47)91(42)81(43)67(24)59(79)55(22) 1589 28,96 N.I 232(M+,16)220(1)214(1)204(5)190(6)179(6)161(11)148(4)133(4)124(100)119(13)109(14)91(14)77(10)67(9)55(8) 1595 29,28 Isoespatulenol [210] 220(M+,24)205(28)187(23)177(13)162(55)147(48)133(35)128(7)119(100)105(70)96(32)93(80)91(80)79(41)67(31)55(24) 1601 29,60 N.I 222(M+,4)204(57)189(13)179(5)164(28)161(87)149(8)134(13)127(4)121(75)115(3)105(40)95(100)85(4)79(38)71(29)58(22) 1609 30,03 Furanosesquiterpeno 216(M+,60)201(11)189(9)173(7)145(16)135(15)121(21)108(100)91(23)79(26)67(13)55(12) 1613 30,27 N.I 222(M+,3)204(41)189(8)179(4)161(40)157(11)149(10)137(19)121(85)115(4)105(34)95(100)79(34)71(26)55(18) 1616 30,43 Furanosesquiterpeno 216(M+,95)201(16)187(6)173(8)159(17)145(28)128(10)121(20)108(100)93(48)77(21)65(9)53(7)

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161

IRL TR Composto Fragmentos 1632 31,30 N.I 232(M+,10)217(15)205(6)189(6)177(5)161(13)149(10)135(18)121(41)108(50)93(100)77(28)67(19)53(17) 1639 31,70 N.I 232(M+,10)217(16)205(5)189(5)175(5)161(11)149(9)135(18)121(42)108(47)93(100)77(27)53(17) 1644 31,93 N.I 232(M+,10)217(16)205(5)189(5)175(5)161(11)149(9)135(18)121(42)108(82)93(100)77(27)53(17) 1647 32,10 (+)-Selin-7(11)-en-4α-ol 222(M+,56)204(53)189(100)175(9)161(57)147(27)135(56)121(43)105(43)93(49)81(68)67(38)55(39) 1653 32,47 N.I 230(M+18)215(5)207(14)187(5)172(22)159(100)145(61)133(19)123(9)119(38)107(22)91(36)83(26)77(21)67(15)55(21) 1659 32,79 N.I 220(M+,19)205(43)187(28)177(34)162(94)147(73)135(51)121(78)119(77)107(84)91(83)93(100)79(73)67(49)55(52) 1666 33,17 N.I 207(M+,7)203(20)189(12)175(17)158(26)150(58)145(27)135(56)121(100)107(90)91(83)79(54)67(40)53(40) 1671 33,45 N.I 220(M+,67)205(31)202(31)187(43)177(13)162(100)159(48)149(68)147(68)131(36)121(81)119(86)97(43)91(75)79(47)67(49) 1680 33,92 N.I 220(M+,8)207(20)205(12)192(57)179(38)161(30)147(38)135(40)127(48)119(58)107(100)91(93)79(61)67(59)53(41) 1682 34,04 N.I 230(M+,15)215(31)205(35)187(31)177(35)162(79)147(53)133(48)119(74)107(100)93(81)91(85)79(78)67(63)55(57) 1685 34,20 N.I 234(M+,5)216(6)207(17)205(15)192(25)177(29)159(37)147(40)138(45)121(63)107(85)105(85)91(100)93(77)91(68)67(48)55(44) 1689 34,42 N.I 248(M+,4)233(8)216(16)205(24)189(20)177(46)159(39)145(60)133(61)121(100)105(81)91(76)79(53)67(37)55(42) 1696 34,79 N.I 221(M+,31)207(24)195(33)162(80)147(92)135(42)123(57)105(85)91(99)73(100)67(47)55(78) 1708 35,41 N.I 232(M+,29)217(16)199(22)189(37)174(90)159(100)145(66)131(42)115(33)105(46)95(23)91(68)77(38)65(20)55(21) 1711 35,58 N.I 248(M+,4)232(14)220(69)214(17)205(9)199(28)187(20)177(30)159(100)145(37)135(46)119(39)105(53)97(50)91(69)79(53)67(45) 1717 35,89 N.I 232(M+,24)220(77)202(9)187(21)177(100)163(19)159(69)145(24)135(61)123(69)107(42)91(61)81(60)67(41)55(42) 1739 37,04 N.I 230(M+,25)215(34)202(29)187(53)174(36)159(51)145(35)134(44)119(51)107(96)91(100)79(56)67(55)53(42) 1741 37,15 N.I 230(M+,5)220(11)205(16)187(21)179(27)161(34)147(27)135(32)123(100)115(15)109(68)95(74)81(75)69(47)55(75) 1746 37,46 N.I 230(M+,2)215(1)207(3)201(5)192(18)183(3)173(33)159(100)149(42)143(24)134(66)119(32)105(46)91(69)77(39)67(15)55(26) 1749 37,61 N.I 232(M+,6)214(4)202(13)199(13)194(9)187(27)174(25)159(94)147(38)13(39)119(100)108(69)105(72)91(75)79(48) 1769 38,67 N.I 248(M+,54)230(20)215(7)205(100)187(42)173(35)159(55)147(81)133(41)123(96)105(71)95(50)91(88)72(72)67(32)55(40) 1771 38,77 N.I 220(M+,36)205(36)187(43)175(29)162(66)147(88)133(50)122(100)107(89)91(79)79(64)67(53)55(52) 1778 39,15 N.I 264(M+,19)249(13)231(4)219(7)207(10)175(9)167(20)149(18)139(37)125(100)107(62)91(30)84(61)79(29)67(66)55(49) 1785 39,52 N.I 205(M+,10)187(12)177(12)159(28)148(26)133(25)123(31)115(14)105(35)95(26)91(45)79(31)69(100)67(32)55(30) 1798 40,15 N.I 232(M+,5)217(11)203(10)190(17)176(21)161(42)149(30)135(50)121(100)107(67)93(60)91(73)79(42)77(38)67(32)53(37) 1799 40,26 N.I 232(M+,25)217(16)199(13)189(11)176(21)161(28)148(26)135(41)121(100)107(74)96(21)91(73)77(38)67(32)53(37) 1803 40,43 N.I 232(M+,100)217(21)213(7)199(52)175(25)173(23)159(12)147(35)133(15)119(20)108(35)91(23)79(20)67(10)55(13)51(4) 1822 41,39 N.I 232(M+,10)217(6)207(10)189(6)173(9)153(16)135(21)121(26)109(100)91(41)77(33)69(51)68(50)55(30) 1830 41,82 Furanosesquiterpeno 232(M+,100)217(2)214(2)199(13)185(7)173(6)159(11)145(10)128(8)109(45)108(84)91(22)79(24)65(9)55(10) 1826 41,94 N.I 232(M+,6)217(13)203(10)187(8)176(11)161(18)135(28)121(100)115(11)107(65)91(61)77(35)67(28)53(30) 1836 42,11 N.I 232(M+,8)217(6)207(11)191(7)177(11)159(9)149(13)136(18)121(22)109(100)91(32)79(25)69(52)55(24) 1845 42,54 N.I 232(M+,13)217(14)199(14)187(7)176(10)161(18)149(17)135(26)121(100)107(59)91(52)77(29)67(24)53(27) 1850 42,83 N.I 244(M+,65)229(15)215(41)207(25)187(100)173(33)159(57)145(30)128(53)115(48)105(40)91(54)79(40)69(36)55(40) 1852 42,92 N.I 248(M+,12)230(10)215(12)205(6)197(6)187(12)172(52)163(37)159(100)149(43)123(34)105(34)91(44)73(32)55(25) 1856 43,11 N.I 238(M+,70)220(19)205(26)202(32)187(64)176(69)159(87)147(62)135(100)121(87)107(82)93(98)91(93)79(79)67(59)55(90) 1864 43,51 N.I 232(M+,100)217(2)214(2)199(13)185(7)173(6)159(11)145(10)128(8)109(45)108(84)91(22)79(24)65(9)55(10)

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IRL TR Composto Fragmentos 1868 4372 N.I 232(M+,13)217(14)199(14)187(7)176(10)161(18)149(17)135(26)121(100)107(59)91(52)77(29)67(24)53(27) 1880 44,29 N.I 230(M+,10)215(12)205(11)189(19)175(13)162(32)147(22)135(23)123(31)107(100)91(67)77(33)69(43)53(29) 1893 45,01 N.I 248(M+,37)215(19)200(36)185(36)173(52)159(65)145(75)133(44)121(100)105(69)95(50)91(95)77(69)67(51)55(61) 1916 46,10 N.I 246(M+,5)228(4)217(3)207(14)189(13)175(9)161(20)137(15)125(100)107(37)91(31)79(23)69(36)55(35) 1920 46,31 N.I 248(M+,17)230(43)215(64)201(26)187(23)177(40)172(100)159(31)145(21)131(16)132(12)115(15)105(23)91(44)77(26) 1930 46,75 N.I 264(M+,26)248(16)215(6)203(6)187(11)177(23)172(100)163(26)145(18)135(24)123(64)105(23)95(37)91(35)77(26)55(23) 1936 47,03 N.I 248(M+,13)230(43)215(100)209(26)201(13)187(16)174(21)162(85)145(21)134(21)123(35)115(21)105(40)91(58)77(42)71(18) 1938 47,16 N.I 230(M+,28)215(100)201(15)187(18)174(32)164(57)145(31)135(27)125(87)107(54)91(74)83(63)69(47)55(71) 1941 47,27 N.I 236(M+,4)244(3)230(13)213(30)185(16)171(17)157(18)145(17)129(54)115(34)107(36)91(37)83(51)73(100)69(63)55(86) 1963 48,33 N.I 250(M+,100)232(17)217(15)199(89)188(30)175(56)159(37)147(50)133(28)124(34)115(20)108(98)95(28)91(43)79(36)69(26) 1970 48,66 N.I 264(M+,1)246(9)219(18)203(12)185(9)166(12)159(20)159(21)133(22)121(82)115(15)105(61)91(84)84(100)71(83)55(53) 1994 49,82 Furanosesquiterpeno 250(M+,92)234(12)199(20)189(13)175(30)159(42)145(31)131(30)123(31)115(16)108(100)99(11)91(58)77(40)69(27)55(37) 2004 50,30 N.I 248(M+,15)230(23)215(26)203(24)187(24)175(33)161(32)147(68)133(30)121(100)107(92)91(93)79(61)55(71) 2040 52,34 N.I 238(M+,1)246(4)187(33)173(24)161(36)152(24)145(36)135(32)121(51)107(100)91(94)77(57)67(44)55(60) 2051 52,91 N.I 244(M+,3)229(6)205(16)189(22)175(20)161(40)145(28)133(51)115(23)107(96)95(50)91(100)84(54)77(51)67(40)55(62) 2058 53,33 N.I 248(M+,18)233(36)217(17)207(15)191(30)175(29)161(44)149(27)135(38)119(38)107(61)95(46)91(96)84(100)79(50)55(59) 2062 53,53 N.I 248(M+,39)233(20)215(16)203(18)187(18)175(100)163(76)147(24)134(28)119(31)107(46)91(87)79(48)55(70) 2082 54,67 N.I 248(M+,27)232(36)217(20)207(47)191(44)175(51)161(52)147(62)133(52)119(82)109(63)95(60)91(100)77(68)67(47)55(57) 2084 54,81 N.I 248(M+,49)233(20)215(18)207(32)189(27)175(99)163(75)147(42)135(45)212(48)105(71)65(55)91(100)79(66)55(57) 2087 54,98 N.I 248(M+,26)230(73)215(23)207(24)190(48)172(92)159(48)145(72)137(38)123(46)115(31)105(67)91(100)77(67)67(36)53(63) 2137 57,64 N.I 248(M+,59)230(7)215(10)203(9)187(10)174(10)159(8)148(11)137(100)125(58)119(12)112(43)109(44)105(10)91(21)67(25) 2149 58,26 N.I 246(M+,78)231(19)213(65)207(19)199(29)185(45)174(30)162(70)161(66)147(28)137(65)115(34)109(66)91(100)77(64)67(53) 2157 58,67 N.I 246(M+,100)228(84)213(92)200(33)185(33)174(17)162(31)143(19)131(19)117(29)105(29)91(71)77(41)67(22)53(31) 2164 59,04 N.I 246(M+,56)231(58)213(18)202(100)187(35)174(44)159(61)145(24)131(31)115(68)105(41)91(70)77(41)67(30)55(4 2172 59,48 N.I 248(M+,100)230(27)215(18)204(13)187(11)178(58)159(31)145(24)133(61)119(36)105(48)91(58)77(37)71(25)53(35) 2204 61,18 N.I 248(M+,59)230(49)215(22)207(47)191(88)175(37)161(72)147(76)133(63)125(69)105(60)91(100)81(99)67(61)55(70) 2242 63,17 N.I 262(M+,16)244(15)201(27)189(27)176(27)162(100)147(21)135(35)117(35)105(32)95(31)91(56)83(31)77(28)69(29)55(45) 2281 65,23 N.I 264(M+,28)246(45)228(51)207(29)189(79)173(83)162(99)147(45)138(73)117(46)109(53)91(100)85(77)77(59)67(41)55(63) 2298 66,11 N.I 264(M+,29)248(27)228(34)213(31)200(22)188(59)173(54)162(100)147(40)135(57)117(38)105(47)95(43)91(86)77(51)55(67) 2318 67,20 N.I 266(M+,100)248(11)230(13)215(16)207(21)190(28)175(33)165(62)147(41)133(29)119(43)107(43)91(54)81(38)71(40)55(58)

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Anexo B – Espectros de RMN

Espectro de RMN 13C da mistura de isômeros atractilona e furanoeudesmano-3-eno (CDCl3 – 75MHz)

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164

Espectro de RMN 1H da mistura de isômeros atractilona e furanoeudesmano-3-eno (CDCl3 – 300MHz)

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165

Espectro de DEPT 135 da mistura de isômeros atractilona e furanoeudesmano-3-eno (CDCl3 – 75 MHz)

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166

Espectro de 1H-1H COSY da mistura de isômeros atractilona e furanoeudesmano-3-eno (CDCl3 – 300MHz)

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167

Espectro de 1H-1H COSY da mistura de isômeros atractilona e furanoeudesmano-3-eno (CDCl3 – 300MHz)

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168

Espectro de 1H-1H COSY da mistura de isômeros atractilona e furanoeudesmano-3-eno (CDCl3 – 300MHz)

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169

Espectro de HMQC da mistura de isômeros atractilona e furanoeudesmano-3-eno (CDCl3 – 1H 300MHz, 13C 75MHz)

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170

Espectro de HMQC da mistura de isômeros atractilona e furanoeudesmano-3-eno (CDCl3 – 1H 300MHz, 13C 75MHz)

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171

Espectro de HMQC da mistura de isômeros atractilona e furanoeudesmano-3-eno (CDCl3 – 1H 300MHz, 13C 75MHz)

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172

Espectro de HMBC da mistura de isômeros atractilona e furanoeudesmano-3-eno (CDCl3 – 1H 300MHz, 13C 75MHz)

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173

Espectro de HMBC da mistura de isômeros atractilona e furanoeudesmano-3-eno (CDCl3 – 1H 300MHz, 13C 75MHz)

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174

Espectro de HMBC da mistura de isômeros atractilona e furanoeudesmano-3-eno (CDCl3 – 1H 300MHz, 13C 75MHz)

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175

Espectro de HMBC da mistura de isômeros atractilona e furanoeudesmano-3-eno (CDCl3 – 1H 300MHz, 13C 75MHz)

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176

Espectro de HMBC da mistura de isômeros atractilona e furanoeudesmano-3-eno (CDCl3 – 1H 300MHz, 13C 75MHz)

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177

Espectro de HMBC da mistura de isômeros atractilona e furanoeudesmano-3-eno (CDCl3 – 1H 300MHz, 13C 75MHz)

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178

Espectro de HMBC da mistura de isômeros atractilona e furanoeudesmano-3-eno (CDCl3 – 1H 300MHz, 13C 75MHz)

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179

Espectro de HMBC da mistura de isômeros atractilona e furanoeudesmano-3-eno (CDCl3 – 1H 300MHz, 13C 75MHz)

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Anexo C - Espectro de Infravermelho

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