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#60 OFERECIMENTO: CRÉDITO: ATENÇÃO AO CONSIGNADO FUNDOS: CAPTAÇÃO RECORDE NO ANO GASTOS: SIMULE A CORRIDA DE TÁXI SEU DINHEIRO A SUA REVISTA DE FINANÇAS PESSOAIS As estratégias dos casais que elegem as franquias para empreender juntos FELIZES NOS NEGÓCIOS E NO AMOR

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#60

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atenção ao consignado

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no ano

Gastos: simule a corrida

de táxi

seudinheiro a sua revista de finanças pessoais

As estratégias dos casais que elegem as franquias para

empreender juntos

Felizes nos negócios e no amor

Ganhar

no amor e nos negócios, perFeito equilíbrio

Ganhar

enquanto alguns casais não conseguem nem ima-ginar a possibilidade de trabalhar juntos, muito menos estar à frente do mesmo negócio, outros encontram na dinâmica da relação a dois e na com-

binação de talentos e gostos, que podem até ser distintos, ingredientes preciosos para impulsioná-los ao sucesso. É o caso de marido e mulher que decidem empreender juntos e elegem abrir uma franquia, um tipo de negócio que, pelas próprias características, seduz com a segurança de um casamento perfeito, entre o knowhow (do franqueador) e o perfil (do franqueado).

Casais que escolheram as franquias para empreender juntos contam suas estratégias

de sucesso. Consultores dão as dicas para não deixar

azedar nenhuma das relações

por luciane macedo

Mas, como em qualquer outro negócio, não existe fórmula garantida de sucesso com franquias. Marido e mulher, por mais “casal 20” que sejam, devem estar preparados tanto para o fracasso, quanto para o sucesso. A relação pode azedar caso a franquia não decole, o que é compreensível, e é mais fácil para o casal se precaver contra essa possibilida-de tendo um plano B na manga. O que poucos conseguem antever é que o sucesso estrondoso nos negócios também pode custar o fim do casamento. O equilíbrio, portanto, deve ser perfeito, porque são as mesmas pessoas no coman-do em casa e nos negócios. É bom que o capital emocional do casal esteja no azul, ele pode ser mais valioso que o dinheiro em espécie.

franquias a doisUma das principais vantagens das franquias para os casais é que o negócio tem mais chances de dar dar certo. “A taxa de fechamento de franquias varia entre 1% e 2% ao ano, enquanto que, em outros tipos de negócios, essa taxa fica em 22%”, diz Ricardo Camargo, diretor executivo da Associação Brasileira de Franchising (ABF). “As linhas de financiamento também são muito mais disponíveis e têm juros inferiores aos demais praticados no mercado, até pelo baixo risco do negócio”, continua Camargo.

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“O casal também terá suporte do franqueador para abrir o negócio e o processo é muito mais ágil, não tem toda a burocracia de outros tipos de negócio próprio”, assinala o diretor da ABF. “Só aí já tem um ganho de capital considerável”. A escolha do ponto comercial mais adequado ao negócio será feita com ajuda do franqueador, que também já possui um marketing robusto e toda uma estrutura de treinamento. Tudo isso diminui consideravelmente os riscos do casal empreendedor que escolhe as franquias.

Como os dois estão à frente da fran-quia e o sucesso é compartilhado, também não há desigualdades de carreira ou salariais para colocar um elefante branco no meio da sala do casal. “A divisão do sucesso, que é dos dois, ajuda o negócio a crescer muito e ainda favorece a relação”, comenta Camargo.

Segundo o diretor da ABF, gran-de parte dos casais à frente de uma franquia possui mais de uma unidade. “Sinal de que o negócio administrado a dois vai bem”, assinala. Quando o marido ou a mulher começa só, é comum que o outro cônjuge acabe se envolvendo ou deixe o emprego para embarcar de vez na franquia. E há também os casais que continuam em seus empregos ao mesmo tempo em que se tornam empreendedores no setor de franquias.

cada um na suaSeja qual for a situação, as tare-fas devem ser bem divididas para que um não interfira na seara do outro e não haja conflitos entre as responsabilidades de cada um. “Às vezes, esses conflitos não chegam ao franqueador a tempo e isso pode ameaçar o sucesso da franquia”,

adverte Cristina de Paula, espe-cialista em franquias e varejo da Novoa Prado Consultoria.

A divisão de tarefas não causou pro-blemas para o casal Nanci e Cláudio Miranda, embora ambos sejam contadores. “Eu cuido mais da parte administrativa. Ele, de operacio-nal e equipe”, conta Nanci. “Eu me identifico muito com a área e gosto de lidar com investimentos”.

Nanci e Cláudio são donos de duas franquias da MegaMatte no Rio de Janeiro. Ela começou o negócio e ele embarcou depois -- o marido ainda mantém outro emprego como contador. Para Nanci, as franquias melhoraram a vida do casal e a par-ceria também trouxe benefícios para os negócios: “É bom dividir o traba-lho com quem você tem intimidade, temos uma liberdade grande para conversar”.

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A enfermeira Clarísia Gusmão Tigre e o bioquímico Gildásio Cairo Neto continu-am trabalhando em suas profissões e têm um bebê na família. Mas é justamente o fato de tocarem uma franquia a dois que permite ao casal ter sucesso na Prima Cle-an que possuem em Vitória da Conquista, na Bahia.

“Só dá certo porque estamos os dois jun-tos. Claro que, para o negócio prosperar, temos de nos fazer presentes, mas a tec-nologia ajuda. Sabemos que nossa função é gerenciar e ter uma equipe confiável é fundamental. Não adianta querer fazer tudo, tem que fazer bem-feito, otimizan-do o tempo”, ensina Gildásio. “O profis-sionalismo independe de sermos casados. Mas o afeto que nos une faz com que o negócio tenha mais sucesso”.

papéis em seu luGarAlém de áreas de comando bem demar-cadas na franquia, o casal também deve

fazer o que o diretor do Instiad, Luiz Cláudio Binato, chama de “plano de papéis”. O seleto ingrediente preven-tivo pode evitar que marido e mulher sofram uma espécie de efeito rebote por causa do sucesso financeiro do casal. Se o casal estiver ciente dos seus papéis e responsabilidades, vai ser mais difícil chegar a uma situação em que os negócios vão bem, mas o casamento vai mal -- e, se acontecer, pode evitar que o casal coloque a franquia em risco.

“Homem e mulher desempenham vários papéis. A mulher é mãe, esposa, sócia e executiva. O homem é pai, mari-do, sócio e executivo. Então, proponho aos casais que, além de terem um plano de negócios, tenham um plano de papéis, saibam que papéis eles desem-penham, porque os comportamentos, crenças e valores tendem a ser dife-rentes no desempenho desses papéis”, explica Binato. “É muito comum as pessoas trocarem

os papéis, pensar como pai na empre-sa ou agir como marido no ambiente de negócios, e é isso que deteriora as relações”, ressalta o estrategista em negócios. “Mas se o casal se antecipa com um plano de papéis e souber as responsabilidades esperadas de cada um, fica mais difícil de as relações se deteriorarem”.

Segundo Binato, se o casamento, seja por que motivo for, estiver passando por problemas, eles não vão afetar tão drasticamente os negócios do casal se cada um tiver ciência de seus papéis na franquia: “Conheço casais que se sepa-raram, mas mantiveram a sociedade porque os negócios iam bem, e depois acabaram até reatando”.

equilíbrio e flexibilidadeO sucesso do casal Fernando Bamberg e Laura Milano demonstra que eles

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têm habilidade ímpar para separar as expectativas e responsabilidades em casa e nos negócios. Nas franquias da Trópico, marca de surfwear, que possuem no Rio Grande do Sul, eles também se dedicam a áreas distintas. “Ela cuida de Recursos Humanos e contas a pagar e receber. Eu cuido da parte operacional e estratégica do negócio”, conta Fernando.

Laura e Fernando decidiram empreen-der juntos quando ela engravidou do primeiro bebê do casal. Ambos tinham carreiras e empregos estáveis. Ela, em um grande banco. Ele, em uma grande rede varejista. “A gente queria algo fle-xível para ter mais tempo com o bebê”, lembra Fernando. O negócio deu tão certo que no curto espaço de um ano eles já tinham quatro unidades de franquia da Trópico.

Um mês depois que abriram a primei-ra loja, na cidade de Canoas, nasceu o

bebê. Naquele mesmo mês, dezembro de 2010, abriram a segunda franquia, em São Leopoldo, ao surgir uma boa oportunidade de compra. Laura estava de licença maternidade e ele ainda mantinha seu emprego. Em feverei-ro de 2011, ambos decidiram pedir demissão para se dedicar em tempo integral às franquias. Em abril e de-zembro, abriram as outras duas lojas, em Torres e Novo Hamburgo.

“Já tínhamos um planejamento financeiro muito seguro para abrir uma loja”, lembra Fernando. “Mas a gente se identificou muito com o franqueador e o modelo de negócios e, em pouco tempo, vimos que tinha ganhos”. Fernando ressalta que o casal foi motivado a expandir os negócios em tão pouco tempo pela identificação com a marca e boas oportunidades de compra e de ganhos. Tanto que não hesitou em ir atrás de recursos para financiar essa expansão. Em casa, a

família também aumentou com a che-gada do segundo bebê.

“Temos 18 funcionários. Nós trabalha-mos mais agora, só que trabalhamos como e quando a gente quer”, conta Fernando. “Consigo flexibilizar minha dedicação aos negócios de acordo com as necessidades pessoais. A família vem em primeiro lugar e o trabalho é o nosso suporte para a gente ter a vida que sempre quisemos ter”, comemo-ra. “Pego meu filho na escola, posso planejar uma viagem com a família toda fora de temporada. Esse é o ganho principal, a qualidade de vida, de modo que fique bom para a gente e para o negócio”.

sinerGia e conflitosA consultora da Novoa Prado explica que não é o sistema de franchising em si que faz o sucesso do negócio quando marido e mulher estão no comando,

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mas, sim, como a dinâmica do casal contribui para impulsioná-lo, uma combinação que deu mais do que certo no caso de Laura e Fernando, que conseguem conciliar as responsa-bilidades de uma jovem família com os novos negócios em expansão.

“Não adianta um ter o perfil adequado para a franquia e o outro não, e isso já vai aparecer na hora de passar pelo processo de seleção do franqueador. Ambos têm que ter uma sinergia e habilidades que se complementam, até para poderem trabalhar bem juntos”, diz Cristina. “É a sinergia no trabalho e o profissionalismo dos dois que vão alavancar a franquia”.

Mesmo com uma boa dinâmica nos negócios, nenhum casal está imune às divergências só porque está vestindo seus “trajes business”. Em casa, as de-cisões podem até ser mais passionais e emocionais. Já nos negócios, marido

e mulher terão de solucionar impas-ses sem prejudicar a franquia e sem que um fique de cara amarrada com o outro pelo resto da semana.

“A principal dificuldade é a relação marido e mulher, de confronto de duas áreas, de duas pessoas diferen-tes”, atesta Fernando. “Quero contra-tar mais gente e o RH, que é minha mulher, não deixa. Isso pode ser levado para casa depois do expedien-te”, comenta. “Mesmo assim, a gente gerencia esses conflitos, aí entra o con-senso, porque nós dois já convivemos há muito tempo e o objetivo é um só, o sucesso da empresa”.

“Pontos de vista distintos sobre qual-quer assunto acontecem em qualquer empresa”, comenta a especialista da Novoa Prado. “O casal tem que ter discernimento para agir em favor da franquia, pensando no que é melhor para os negócios”, ressalta Cristina.

Na hora dos problemas

nos negócios, culpar um ao

outro não trará soluções

Ganhar

“Tem que deixar o orgulho de marido e mulher de lado e favorecer sempre o negócio”.

Camargo concorda, e ressalta a ideia do sucesso compartilhado para ajudar o casal a manter o foco no benefício mútuo e não pensar no individual na hora de tomar decisões de negócios. “Discussões entre sócios são nor-mais. Mas se a mulher é ciumenta e o marido é responsável pela contra-tação, pode provocar uma briga de casal”, comenta o diretor da ABF. “O casal tem que ter ciência que tem de administrar essas relações em favor do sucesso do negócio”.

Caio de Almeida Cunha é master--franqueado Brasil da WSI. Ele e a mulher, Ana Luiza, apostaram na parceria para empreender no setor de franquias no retorno ao País, depois de três anos nos Estados Unidos. “Mesmo que, às vezes, tenhamos

opiniões diferentes sobre o negócio, chegamos sempre a um denominador comum”, conta Ana Luiza. “A grande vantagem de trabalhar com o marido é a confiança mútua que temos. É po-der ser 100% aberta com o outro, sem medo de ser mal-interpretada”.

finanças Outro ponto importante, observa Cristina, é separar as finanças pes-soais das finanças da empresa. “Em qualquer franquia, o franqueado tem o hábito de misturar as contas da pessoa física com as da pessoa jurí-dica e isso não é uma cultura bacana para os negócios, tem que separar e administrar isoladamente”, orienta a consultora.

Essa demarcação é ainda mais funda-mental para o casal empreendedor, porque a franquia será sua única fonte de renda. “Se a franquia não

engrenar no prazo que eles esperam, vai faltar dinheiro dentro de casa”, ressalta Cristina. “Por isso, o casal tem que demarcar as finanças e ter uma reserva para as contas pesso-ais e outra para o capital de giro da franquia”.

Ter essa disciplina é tão importante quanto a confiança que um deposita no outro quando o assunto é dinhei-ro. Grande parte dos casais se sente mais seguro sabendo que é o marido ou a mulher quem está cuidando do dinheiro, mas não se pode misturar os desejos do casal com as necessi-dades do negócio e colocar tudo na mesma conta. Tudo a seu tempo, recomendam os especialistas, até que o investimento comece a ter retorno.

o mesmo horizonteAssim como a vida conjugal não deve interferir na empresa, também os

Ganhar

negócios não devem invadir a vida do casal. A tentação de trabalhar além da conta, principalmente no início da franquia, pode ser grande, mas deve ser evitada para não atrapalhar a relação. É claro que, como casal, nada impede que levem assuntos do trabalho para casa, desde que não passem da medida -- se a vida íntima ou o lazer dos filhos começarem a sofrer, é um bom sinal para pisar no freio.

“Ser casado e trabalhar junto é como se dois gerentes convives-sem 24 horas por dia falando do negócio”, conta Fernando. “Temos que nos policiar para não falar só sobre trabalho. Então, a gente estabelece um limite como em um emprego normal, às vezes até um pouco mais tarde porque estamos trabalhando para nós mesmos”.

explica Fernando. “E se eu tenho carga horário para o chefe, tenho que ter para mim mesmo”.

Felizes nos negócios e no amor, o casal gaúcho celebra os frutos da dupla parceria. “O fato de admi-nistrarmos as franquias a dois é um dos fatores de sucesso porque nosso objetivo é o mesmo: ter re-sultado financeiro com a qualida-de de vida que a gente buscava”.

Saiba MaIS

Embora consigam equilibrar tão bem as franquias e a vida pesso-al, Fernando e Laura admitem o receio de que os negócios possam predominar sobre a vida pesso-al do casal. Mas também lidam com essa possibilidade de forma bem prática. “A gente prometeu tratar do negócio como um meio para atingir objetivos pessoais, estando presente para os filhos e mantendo nosso padrão de vida”,

MarIdo e Mulher à freNte doS NeGócIoS

Dicas para ter sucesso na franquia e não deixar o casamento desandar

A cumplicidade do casal favorece a sinergia no ambiente de trabalho, o que contribui para que a franquia decole

A confiança que um já deposita no outro dá mais segurança na condução dos negócios, especialmente na parte financeira

Qualquer nova empresa exige uma dose maior de sacrifício no começo. O casal pode enfrentar essa fase com mais facilidade, já que marido e mulher estão unidos pelos mesmos ideais

As tarefas na franquia devem ser bem divididas para que um não interfira na área do outro ou caia na tentação de criar conflitos típicos de casal no ambiente de negócios

O casal deve fazer uma divisão de papéis dentro da franquia, ou seja, não se pode pensar como pai e agir como executivo ou pensar como esposa e agir como mulher de negócios. O casal também não deve cobrar uma atitude de marido ou de mulher no ambiente de negócios

Para sair de um impasse, marido e mulher têm que pensar naquilo que é melhor para o negócio e no benefício mútuo -- não em quem tem razão ou no que é melhor para si

É preciso ter claro quais são as finanças da empresa e quais são as do casal para não misturar as estações. O casal vai precisar de tempo para que o investimento na franquia comece a dar retorno

Como o casal está à frente do mesmo negócio, é necessário respeitar as fronteiras entre a vida profissional e a pessoal. Assuntos de trabalho ficam na franquia. Em casa, marido e mulher devem se dedicar aos filhos e à família

Encher a franquia de “agregados” e começar a usá-la para ajudar familiares ou amigos pode azedar ambas as relações do casal, a pessoal e a de negócios

Sentimentos de casal, como ciúme, por exemplo, não devem interferir nas decisões sobre a franquia, que devem ser sempre voltadas ao que é melhor para o negócio

Proteger

atenção ao consignadoProcon alerta sobre os cuidados relacionados a este tipo de crédito e autua 15 "pastinhas". Saiba como emprestrar sem ferir o bolso

por luciane macedo

associação Brasileira dos Procons (Procons Brasil) iniciou uma ação conjunta em vários Es-tados do País para alertar o consumidor sobre os

cuidados necessários antes de se contratar um emprés-timo consignado e a atuação dos chamados “pastinhas”. Em tese, o crédito consignado deveria ser um dos mais baratos do mercado, dado seu baixo risco. Mas a falta de informação tem levado muitos consumidores ao superendividamento e a assinar contratos que ferem a legislação, porque não sabem o que é permitido oferecer e o que não é neste tipo de empréstimo (veja abaixo). Em ação realizada pelo Procon-SP na semana passada, 15 “pastinhas” foram autuados na capital e no interior.

Proteger

NordeSte registra o maior

número de reclamações

sobre consignado nos Procons

Em geral, o empréstimo consignado é oferecido a servidores públicos, aposentados e pensionistas, que têm o pagamento das parcelas descon-tado diretamente da folha de paga-mento ou do benefício previdenci-ário (pensão ou aposentadoria). Os chamados “pastinhas” são “profissio-nais pagos para abordar este público com propostas atrativas e promessas de juros mais baixos no parcelamen-to”, informa a Procons Brasil.

Como o risco associado a este tipo de empréstimo é baixo, os juros também tendem a ser os mais bai-xos do mercado. Mas a falta de in-formação sobre o consignado é que pode levar o consumidor a cair em armadilhas e até no superendivida-mento, alerta a Procons Brasil. De acordo com a associação, a região Nordeste é a que registra o maior número de reclamações relaciona-das ao consignado.

“Há muitas falhas e falta de clareza nas informações passadas ao consu-midor, que acaba assinando o con-trato sem saber ao certo o impacto do empréstimo nas suas contas”, diz a presidente da Procons Brasil, Gisela Simona Viana de Souza. “Não existe preocupação da instituição financeira envolvida em negociar ou reduzir a taxa de juros nestes casos porque não há inadimplência, já que as parcelas são descontadas diretamente em folha”.

cartão de créditoAlgumas instituições financeiras também oferecem cartão de crédito consignado com limite superior ao permitido. Para isso, dividem o des-conto da parcela da seguinte forma: uma parte na fatura do cartão (dentro do estipulado pela legislação, 10% do montante do benefício) e a diferença por meio de boleto bancário.

Proteger

“Isso é ilegal pelo Código de Defesa do Consumidor e é uma prática abusi-va”, alerta a Procons Brasil. “Por isso, o consumidor deve ficar informado para não aceitar esse tipo de oferta e denunciar”.

procon-sp autua “pastinhas”

Em operação realizada em São Paulo, capital, e nas cidades de Presiden-te Prudente, Santos e São José dos Campos, o Procon-SP e seus núcleos regionais autuaram 15 “pastinhas” de 32 empresas de correspondentes ban-cários visitados. Além da autuação, 21 empresas tiveram contratos dos bancos recolhidos para análise mais detalhada do Procon-SP e regionais.

Em São Paulo, seis empresas foram autuadas, todas no centro da cidade, e 11 tiveram de entregar documentação para análise, de um total de 15 visita-das. Em Presidente Prudente, todas as

cinco visitadas tiveram documentação apreendida e só uma não foi autuada. Em São José dos Campos, houve seis visitas dos fiscais, resultando em duas autuações e duas empresas com docu-mentação apreendida. Em Santos, das seis fiscalizadas, três foram autuadas e três tiveram de submeter documenta-ção para análise mais detalhada.

As empresas que apresentaram irregu-laridades terão 15 dias para apresentar defesa. Elas responderão a processo administrativo e estão sujeitas a mul-tas que variam entre R$ 450,00 e R$ 6,5 milhões, a depender de seu porte e

da gravidade das infrações, conforme o Código de Defesa do Consumidor.

As principais infrações encontradas foram a falta de crachá nos funcioná-rios das empresas e de informação no local com os telefones dos Serviços de Atendimento ao Consumidor (SAC) e das ouvidorias dos bancos, conforme exige norma do Banco Central.

Veja a lista de empresas autuadas e as infrações em: http://www.procon.sp.gov.br/pdf/Relat%C3%B3rio%20Opera%C3%A7%C3%A3o%20Correspon-dentes%20Banc%C3%A1rios%20Geral.pdf

Saiba MaIS

coNSIGNado: PrINcIPaIS reGraSSAibA COmO EmPrEStAr COm SEgurAnçA

A contratação não pode ser feita pelo telefone

A mensalidade não pode ultrapassar 30% do montante do benefício líquido

O prazo máximo é de 60 meses

A taxa máxima de juros já deve incluir todos os custos da operação. Para saber qual a taxa máxima permitida, consulte o inSS

não pode haver tAC (tarifa de abertura de crédito) ou qualquer outra cobrança na contratação

bancos e financeiras são obrigados a disponibilizar, em até cinco dias úteis, boleto ou documento de pagamento detalhado, quando o beneficiário desejar quitar antecipadamente o empréstimo. Após a confirmação da quitação, as instituições financeiras terão o prazo de até cinco dias úteis para informar ao órgão competente sobre a exclusão da operação de empréstimo

não pode haver contratos com prazo de carência para início dos descontos, ou seja, o primeiro vencimento não poderá ocorrer em prazo superior a 30 dias a partir da assinatura do contrato

Para obter o crédito consignado, não é necessário contratar outro produto ou serviço do banco ou financeira que está cedendo o

empréstimo. Venda casada é prática abusiva. Denuncie

atenção!

Os empréstimos só podem ser contratados no Estado em que o aposentado ou pensionista reside e recebe o benefício

O empréstimo não pode ser usado em operações de financiamento, arrendamento mercantil (leasing) e CDC (crédito direto ao consumidor)

Fon

te: Proc

on

-SP

Multiplicar

Fundos têm maior

captação líquida em onze

anos

Acumulado no ano é de R$ 79,4 bi até agosto, com multimercados liderando no mês

por luciane macedo

Multiplicar

fundos de ações small caps

mesmo com Selic em queda há um ano e juros reais se aproximando da casa dos 2% anu-ais, a indústria de fundos de investimento já

registra, no acumulado de 2012 até agosto, sua maior captação líquida desde o início da série histórica, em 2002: R$ 79,4 bilhões, segundo a Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais (Anbima).

No balanço mensal da indústria em agosto, a captação líquida ficou em R$ 5,4 bilhões, sendo que R$ 5,3 bilhões correspondem a fundos multimercado. Dentro da catego-ria, destaque para o tipo multiestratégia (captação líquida de R$ 4,1 bilhões), em que o gestor pode adotar mais de uma estratégia de investimento sem o compromisso declarado de se dedicar a uma em particular para atingir

reNdeM 3% pelo segundo mês

seguido

o objetivo do fundo. Em rentabilidade, os multiestratégia também tiveram o melhor desempenho do mês dentre os fundos multimercado, com 0,96% -- e 10,09% no acumu-lado do ano.

A captação líquida em agosto só não foi melhor em função do resgate líquido de R$ 4,8 bilhões de fundos de renda fixa, diz a Anbima, assinalando que 15 fundos cujos patri-mônios líquidos somavam aproximadamente R$ 7 bilhões foram encerrados. “Diante desse resultado, a categoria pre-vidência passou a ser a de maior captação líquida acumula-da no ano, com R$ 19,7 bilhões”, ressalta a Anbima.

Os fundos de ações small caps tiveram os melhores resulta-dos da indústria pelo segundo mês consecutivo em agosto, com rentabilidade de 3%. Neste tipo de fundo, as carteiras devem investir, no mínimo, 90% dos recursos em ações de empresas com baixa ou média capitalização, geralmente com atuação preponderante no mercado interno.

“Em um ambiente de maior incerteza em relação ao cenário externo, os fundos de ações small caps vem se destacando”, comenta a Anbima. Sua rentabilidade acumulada no ano é de 10,68%, contra 0,54% do Ibo-vespa no período.

Gastar

saiba quanto vai custar

vai de táxi?

Gastar

quanto vai custar sua corrida de táxi para ir ao teatro ou na volta do restaurante até sua casa? E durante uma viagem, chegando a um país que

você vai conhecer pela primeira vez, você sabe quanto vai gastar com o transporte do aeroporto até seu local de hospedagem? É bom não faltar informação nestas horas -- e nem dinheiro.

Seja o táxi a única opção de transporte em determinadas situações ou fruto de uma escolha -- mais cômoda, econô-mica ou prática que sair de carro --, é sempre bom não ser pego de surpresa pelo taxímetro, especialmente em viagem.

Já é possível sair de casa sabendo mais ou menos quan-to você vai gastar com o táxi, em São Paulo ou no Rio de Janeiro, em Nova York ou Roma. Basta fazer uma consulta

por luciane macedo

Sites permitem simular o valor da corrida em centenas

de cidades no Brasil e no mundo

online. Sites na internet simulam o preço da corrida (veja abaixo) de acordo com o trajeto e a bandeirada do horário, mas é sempre bom lembrar que se o trânsito es-tiver congestionado, essa conta vai pesar mais no bolso. Para saber quanto vai custar sua corrida de táxi, basta selecionar a cidade desejada e inserir os endereços ou locais de origem e destino para que os sites calculem o valor do trajeto.

No Brasil, o Tarifa de Taxi é um dos mais completos, está no ar desde 2008 e cobre mais de 60 cidades, de Araca-ju (SE) a Vitória (ES). O site, que tem cerca de 300 mil acessos por mês, é criação de dois colegas de faculdade, o engenheiro de software Eduardo Habkost e Sheldon Demario, que estudaram juntos na Universidade Federal do Paraná (UFPR).

“O Eduardo não tem a mínima vontade de ter carro e a gente pegava muito táxi, então fizemos o site inicial-mente para nós mesmos e para os amigos, para ver como funcionava. As pessoas começaram a pedir para a gente incluir mais cidades, e assim a ideia foi se espa-lhando e o site foi se expandindo”, conta Demario. “O Eduardo ainda é convicto sobre a ideia de não precisar ter carro”, assinala o sócio.

O Tarifa de Táxi usa os mapas do Google para mostrar o trajeto que vai ser percorrido e simula o preço da corrida nas bandeiras um e dois para táxis comuns, especiais e de luxo. Se você vai passar na casa de um amigo, por exemplo, e precisa mudar a rota sugerida, ou simplesmente conhece um caminho mais rápido, dá para fazer todas as alterações no Google Maps que o Tarifa de Táxi recalcula o preço da sua corrida.

O site traz ainda informações práticas e valiosas que nem todo mundo co-nhece. Se precisar que o taxista espere por você, a hora dele parado custa R$ 33,00 em São Paulo. Este é apenas um dos possíveis valores adicionais que podem ser úteis ao passageiro. O site informa ainda quanto custa a bandeirada e o quilômetro rodado nas cidades em sua base de dados -- tudo atualizado sempre que estes valores mudam.

Há uma versão mobile do Tarifa de Táxi para usar com a internet do celu-lar. A expectativa dos sócios é que os aplicativos para iPhone e smartphones Android estejam disponíveis para do-wnload até o final do ano ou no ínicio de 2013.

“Os aplicativos já estão no forno”, diz Demario. “Eles serão lançados junto com uma nova funcionalidade que vai deixar o Tarifa de Táxi ainda mais prático, permitindo ao usuário chamar um táxi no site mesmo depois de cal-cular o preço de uma corrida”.

E para quem pensa que os táxis mais caros do Brasil são os das grandes capitais, os números nem sempre coincidem com o senso comum. Seu Dinheiro pediu a Demario que nos informasse onde o táxi custa mais caro e mais barato. Como algumas cidades têm a bandeirada alta e o quilômetro rodado baixo (ou o contrário) e ambos

Gastar

Preço é estimado

Por trajeto e baNdeIrada. trânsito parado pode aumentar

a conta

os valores influenciam na conta final, Demario usou uma corrida típica de 5km para fazer as contas.

O táxi mais caro, entre as mais de 60 cidades já cobertas pelo Tarifa de Taxi, é o de Guaratinguetá (SP), onde uma corrida de 5km ficou em R$ 23,00. Juiz de Fora (MG) apre-sentou o menor valor, de R$ 12,25 para os mesmos 5km percorridos. Ambos, é claro, sem incluir a variá-vel trânsito.

Falando apenas em bandeirada, a mais cara é a de Criciúma (SC), custa R$ 5,01. Ilhéus (BA), Palmas (TO), São Luís (MA) e Teresina (PI) têm as mais baratas, todas em R$ 3,00. Já em termos de quilômetro rodado na bandeira um, Guara-tinguetá (SP) tem o mais caro (R$ 3,70) e Campos dos Goytacases (RJ), o mais em conta (R$ 1,66).Como não tem congestionamento no

Gastar

O Taxi Fare Calculator (World Taximeter) permite simular o valor da corrida em mais de uma centena de cidades no mundo, de Amsterdam a Zurique. O site in-forma distância percorrida, tempo estimado do trajeto e todos os valo-res cobrados para chegar ao custo total da corrida.

Ainda traz informações úteis ao turista, como custos fixos ou adicionais relacionados a trajetos de e para aeroportos, por exemplo. O taxímetro mundial também sugere empresas de táxi para o trajeto desejado, infor-mando seus telefones.

Saiba MaIS

Google Maps, na prática, é o tempo gasto no trânsito parado que pode encarecer muito uma corrida. Portan-to, antes de chamar o táxi, informe-se sobre o trânsito. E, se puder, faça um combinado metrô e táxi para ganhar tempo e gastar menos.

Em viagem, a corrida de táxi clás-sica é aquela do aeroporto ao local de hospedagem. Quando a viagem é internacional e o turista chega ao país pela primeira vez, nem sempre se sente confortável para pegar o metrô quando existe esta opção -- sem falar no incômodo de estar com a bagagem em mãos. Assim, o táxi acaba sendo o meio de transporte preferencial.

Simule online antes de sair ou viajar

tarifa de táxihttp://www.tarifadetaxi.comÁrea: 64 cidades brasileirasVersão mobile: sim

QuaNto vaI dar Sua corrIda de táxI?

preço do táxihttp://www.precodotaxi.com

Área: 56 cidades brasileirasVersão mobile: não

taxi fare calculatorhttp://www.worldtaximeter.comÁrea: mais de cem cidades no mundo, de Amsterdam a ZuriqueVersão mobile: sim