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O LÚDICO NA EDUCAÇÃO INFANTIL.

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O LÚDICO NA EDUCAÇÃO INFANTIL.

FACULDADE DE PINHAIS

FABIANA STORMOVISKI

LORENZINA CAVALHEIRO

O LÚDICO NA EDUCAÇÃO INFANTIL.

Pinhais

2011.

FACULDADE DE PINHAIS

ELIANE ALVES DE LIMA.

VINICIUS GOMES SIQUEIRA.

A IMPORTÂNCIA DO LÚDICO NA ESCOLA.

Trabalho de conclusão de curso apresentado ao curso de Pedagogia das Faculdades de Pinhais como re - quisito para obtenção do grau de Pedagogo. Orientadora: Cristiane Luvizotto.

Pinhais

2011.

TERMO DE APROVAÇAO

ELIANE ALVES DE LIMA.

VINICIUS GOMES SIQUEIRA.

O LÚDICO NA EDUCAÇÃO INFANTIL.

Trabalho de Conclusão de Curso apresentado como requisito para obtenção do titulo Licenciado no curso de Pedagogia das Faculdades de Pinhais – FAPI.

Aprovado em _________de _____________ de _______. Componentes da Banca Examinadora: _______________________ Faculdades de Pinhais Nome do Professor _______________________ Faculdades de Pinhais Nome do Professor _______________________ Faculdades de Pinhais Nome do Professor

Pinhais

2011

AGRADECIMENTO

Realizar um agradecimento é algo, de extrema importância, pois é através dele que

passamos a reconhecer de forma efetiva os esforços que a nós prestaram.

Portanto é também uma atividade difícil, pois não podemos deixar e reconhecer

nem mesmo as menores atitudes que por ventura colaboraram para a conclusão deste

trabalho.

Assim, portanto, necessitamos primeiramente agradecer a Deus, o nosso Supremo,

pois é Dele que vem nosso conhecimento, nossa compreensão, nossa assimilação, nosso

entendimento, pois bem sabemos que tudo o que somos, temos e sabemos, provém Dele.

Na sequencia, nossos agradecimentos se dirigem aos nossos pais, nossos maridos

e esposas, filhos e família de forma geral, pois o apoio que procede de nossa família é de

valor inestimável e imensurável.

Não podemos logicamente esquecer-se de agradecer aos nossos amigos que

também estiveram ao nosso lado durante todo o processo de execução deste trabalho,

que vem a realizar um estimado sonho nosso, que é alcançar a graduação em nível de

terceiro grau.

Queremos ainda expressar nossos agradecimentos à nossa professora

orientadora, a qual não mediu esforços para nos orientar quanto à execução deste

projeto, bem como a toda Equipe Pedagógica da FAPI – Faculdade de Pinhais, a qual nos

possibilitou aprimorar nossos conhecimentos de forma a concluir um curso de graduação.

E, com o mérito de não cometer o erro de esquecer alguém em especial, queremos

neste momento dizer Muito Obrigado, a todos que de forma direta e ou indireta

colaboraram para que este trabalho chegasse ao seu fim, com o êxito que o mesmo

merece.

“O jogo é um caso típico das condutas negligenciadas pela escola tradicional, dado

o fato de parecerem destituídas de significado funcional. Para a pedagogia correta, é

apenas um descanso ou o desgaste de um excedente de energia. Mas esta visão

simplista não explica nem a importância que as crianças atribuem aos jogos e muito

menos a forma constante de que se revestem os jogos infantis, simbolismo ou ficção“.

(PIAGET, 1972, p.156).

RESUMO

A Educação Infantil é o primeiro contato que a criança tem com a escola. E, este

contato para que não se torne desagradável nem deixe traumas à criança, ele precisa

ocorrer da forma mais natural possível.

Percebemos hoje nas escolas, a ausência de uma proposta pedagógica que

incorpore o lúdico como eixo de trabalho. O brinquedo é oportunidade do

desenvolvimento. Brincando, a criança experimenta, descobre, inventa, aprende e confere

habilidades. E também estimular a curiosidade, a autoconfiança e a autonomia,

proporciona o desenvolvimento da linguagem, do pensamento e da concentração e

atenção. No brincar, a criança equilibra as tensões provenientes de seu mundo cultural,

construindo sua individualidade, sua marca pessoal e sua personalidade. O brincar ainda

implica uma dimensão evolutiva com as crianças, apresentando características

especificas, apresentando formas diferenciadas de brincar. As atividades lúdicas têm o

poder sobre a criança de facilitar tanto o progresso de sua personalidade integral, como o

progresso de cada uma de suas funções psicológicas, intelectuais e morais.

O brinquedo é desenvolvimento, brincando, a criança experimenta, descobre,

inventa, aprende e confere habilidades. Além de estimular a curiosidade, a autoconfiança

e a autonomia, proporciona o desenvolvimento da linguagem, do pensamento e da

concentração e atenção. Brincar é indispensável à saúde física, emocional e intelectual da

criança. Por este motivo que levou-nos a escolher este tema, pois está relacionada ao

desenvolvimento da criança como num todo, e sua importância para a escola.

E, diante deste relato a certeza de que o professor atuante no segmento Educação

Infantil precisa ter e saber, que precisa valorizar na integra a criança que cada aluno é

valorizando e respeitando seus limites, bem como reconhecendo o avanço em seu

processo ensino aprendizagem ocorrido a partir do contato com o lúdico em sala de aula.

Palavras chaves: Lúdico, Brinquedo, Jogo, Brincadeira

ABSTRACT

We realize in today's schools, the absence of an educational proposal that

incorporates playful as shaft work. The toy is an opportunity for development. Playing, the

child experiences, discover, invent, learn and give skills. And also to stimulate curiosity,

self reliance and autonomy, provides the development of language, thought and

concentration and attention. In the play, the child balances the tensions stemming from

their cultural world, building up his individuality, his personal brand and your personality.

The play also involves an evolutionary dimension to the children, with specific

characteristics, presenting different ways to play. The play activities have power over the

child to facilitate both the advancement of their whole personality, as the progress of each

of their psychological functions, intellectual and moral.

The toy is developing, playing, and the child experience, discover, invent, learn and

provides skills. In addition to stimulating the curiosity, self reliance and autonomy, provides

the development of language, thought and concentration and attention. Play is essential to

physical, emotional and intellectual development of children. For this reason that led us to

choose this theme because it is related to child development as a whole, and its

importance to school.

And, before this report to make sure that the teacher in the segment must have

early childhood education and learning, which incorporates the need to appreciate that

each student is a child, valuing and respecting your limits and recognizing progress in their

learning process occurred from contact with the playfulness in the classroom.

Keywords: Playful, Toy, Game, Fun.

SUMÁRIO 1. INTRODUÇÃO........................................................................................ 10

2. A IMPORTÂNCIA DO LÚDICO NA ESCOLA........................................ 12

2.1. O BRINQUEDO.................................................................................... 15

2.2. O JOGO................................................................................................ 17

2.3. A BRINCADEIRA.................................................................................. 18

3. CONSIDERAÇÕES FINAIS.................................................................... 26

REFERÊNCIAS........................................................................................... 28 APÊNDICE.................................................................................................. 29

10

1. INTRODUÇÃO:

Antes de passar, a saber, se o lúdico é realmente importante na escola,

necessitamos primeiramente saber o é o Lúdico.

Portanto, o lúdico é qualquer movimento que a criança e até mesmo um adulto

realize, onde objetive realizá-la de forma prazerosa, a fim de proporcionar uma motivação

ainda maior quanto a sua realização. Para com a criança o termo Lúdico pode ser

interpretado como brincadeira.

Assim, podemos dizer que brinquedo ou brincadeiras menos consistentes e mais

livres regras ou normas, são atividades que não visam à competição, como objetivo

principal e, mas a realização de uma tarefa de forma prazerosa existe sempre a presença

de motivação para atingir os objetivos.

O brincar permite ainda, aprender a lidar com as emoções. Pelo brincar, a criança

equilibra as tensões provenientes de seu modo cultural, construindo sua individualidade,

sua marca pessoal e sua personalidade. Mas é Piaget que nos esclarece que o brincar,

implica uma dimensão evolutiva com as crianças de diferentes idades, apresentando

características especificas, apresentando formas de brincar.

Assim o papel da escola é facilitar a aprendizagem utilizando-se de atividades

lúdicas que criem um ambiente alfabetizador para favorecer o processo de aquisição de

autonomia de aprendizagem. O saber escolar deve ser valorizado socialmente e o

processo dinâmico e criativo através de jogos, brinquedos, brincadeiras e musicalidade.

Com a utilização desses recursos pedagógicos, pó professor poderá utilizar-se de

jogos e brincadeiras em atividades de leitura ou escrita em matemática e outros

conteúdos, no entanto, saber usar os recursos no momento oportuno, uma vez que as

crianças desenvolvam o seu raciocínio e construam o seu conhecimento de forma

descontraída.

A escola deve partir de exercícios e brincadeiras simples para incentivar a

motricidade e as habilidades normais da criança em um período de adaptação para,

gradativamente complicá-los um pouco possibilitando um melhor aproveitamento geral.

Podemos concluir que das atividades lúdicas, espera-se que a criança desenvolva

a coordenação motora, a atenção, o movimento ritmado, conhecimento quanto à posição

do corpo, direção e seguir e outros, participando do desenvolvimento em seus aspectos

biopsicológicos e sociais, desenvolva livremente a expressão corporal que favorece a

11

criatividade, adquira hábitos de práticas recreativas para serem empregados

adequadamente nas horas de lazer, adquira hábitos de boa atividade corporal, seja

estimulada em suas funções orgânicas, visando ao equilíbrio da saúde dinâmica e

desenvolva o espírito de iniciativa, tornando-se capaz de resolver eficazmente situações

imprevistas.

12

2. DESENVOLVIMENTO:

O modismo da educação como um todo hoje, é o Termo: Ludicidade.

Inúmeros estudiosos devem a prática da utilização da Ludicidade em sala de aula,

como forma de repassar os conteúdos curriculares, com o intuito de que através dele o

aluno, que acima de tudo é uma criança, consegue assimilar melhor o que está a ele

sendo apresentado.

E, este conceito não se direciona a um segmento educacional mas a sua prática

vem sendo discutida para todos os segmentos educacionais: Educação Infantil, Ensino

Fundamental – anos iniciais e ou finais, a fim de proporcionar ao aluno um aprendizado

onde ele interaja com o conhecimento que está adquirindo como ator principal desta peça

mágica que é o aprender, e não somente como um figurante no processo ensino

aprendizagem.

Para que isto venha a acontecer, onde o aluno possa realmente se sentir interagido

com tudo o que está proposto a ser repassado a ele em sala de aula, é que se pensa,

discute e age através da ludicidade, pois como bem sabemos, a ludicidade não mais é do

que uma forma informal de trabalhar o formal, para com os alunos.

Muitos pensam que quando se fala em ludicidade, o termo está ligado à bagunça, a

falta de controle e domínio e até mesmo um descomprometimento com a educação

propriamente dita, onde entendem que através da ludicidade não há uma

responsabilidade quanto ao que se precisa trabalhar com o aluno.

A escola é quase que uma segunda casa para os alunos, principalmente para os

alunos que são frequentadores da Educação Infantil, pois chegam passar oito horas ou

mais nas creches aonde muitos vão para casa apenas para dormir, portanto ela precisa

ser cativante, motivadora, e acima de tudo o mais parecido possível com a realidade que

o aluno está inserido e bem sabemos que nossos alunos não passam de crianças,

portanto, a escola tem o dever de trabalhar com o aluno, respeitando de forma sublime a

criança que está sendo representada pelo papel de aluno.

E é por este significante motivo que a educação vem se adaptando quanto ao uso

da ludicidade, pois se entende que é na brincadeira, termo que melhor define a

ludicidade, que os alunos se soltam e passam a agir de forma natural, assim deixam

transparecer deus sentimentos, suas emoções e até mesmo através das expressões por

13

eles usadas durante o processo lúdico, se pode perceber o quanto eles realmente estão

sendo espontâneos em demonstrar seu aprendizado.

Bem sabemos que somos espelhos para nossos alunos, assim, quanto ele está

interagido em uma brincadeira é bem provável que venha a agir da mesma forma que nós

professores atuamos quando estamos diante deles.

Então, saber dosar a ludicidade em sala de aula, é muito mais do um tempo de

lazer e descontração para nossos alunos, utilizar a ludicidade em sala de aula é propor a

eles um caminho melhor entre o conhecimento a aquisição, a assimilação deste, ou seja,

um melhor desempenho para com o processo ensino aprendizagem no qual vem

interagindo.

Para OLIVEIRA, (1990), “As atividades lúdicas são a essência da infância”, como

então passar a ignorá-la? Não se pode realmente agir de forma a não aceitar que este

“modismo” educacional não tenha realmente a sua fundamental importância para com o

aluno e seu processo ensino aprendizagem como um todo.

O aluno é uma criança e deve ser tratado como tal, respeitando obviamente seus

limites, mas valorizando suas experiências.

E, como passar a compreender estas experiências se bem sabemos que muitas

vezes nosso alunos não se expressam de forma a entender coerentemente sua

expressão?

Isto se torna possível a partir do momento que se valoriza as atitudes tomadas pela

criança, através de suas brincadeiras, pois é nelas que ele realmente age de forma clara

e objetiva, deixando transparecer não somente sentimentos e emoções, mas também

conhecimentos específicos, quanto ao assunto que a brincadeira enfatiza.

Necessita-se ressaltar que a brincadeira com cunho educativo e ainda com cunho

de progresso no ensino aprendizagem precisa ser uma brincadeira descontraída, porém

dirigida, ou seja, o professor não pode, de forma alguma, deixar que os alunos brinquem

pelo simples brincar. O professor precisa elaborar brincadeiras onde utilize brinquedo e ou

jogos pedagógicos, para que esta possa estar coerente com o intuito de melhorar o

processo ensino aprendizagem dos alunos.

Uma brincadeira livre, sem um cunho pedagógico, com certeza não terá um

resultado educacional tão esperado quanto à brincadeira que passou pelo processo de

elaboração, evidenciando os objetivos pedagógicos que se quer obter para com esta

atividade lúdica.

14

Quando se fala em importância da ludicidade em sala de aula, muitos focam seus

pensamentos exclusivamente para o segmento educacional – Educação Infantil. E,

infelizmente isto é um erro, pois através do lúdico, pode-se trabalhar até mesmo com

adolescentes e adultos, prova disto são os campeonatos escolares de Xadrez, onde ele

apóia de forma incondicional o processo ensino aprendizagem da disciplina de

Matemática, bem como desenvolve o raciocínio lógico, a atenção e coordenação entre

outros quesitos educacionais tão importantes quanto os aqui exemplificados.

O que ocorre também é uma má interpretação quanto ao termo Ludicidade, pois

são muitas as atividades que estão em concordância com o tema, porém não se faz a

justa relação. Podemos, portanto relatar que dentro da área da ludicidade, aparece, não

somente, o jogo, a brincadeira, o brinquedo, termos estes mais evidenciados diante deste

assunto, mas também entre passeios, dramatizações, desenhos, danças, cantos, teatros,

enfim tudo o que realmente envolve uma brincadeira, onde com certeza o aluno passa a

compreender melhor o que está sendo repasso a ele, dentro do critério ensino

pedagógico.

O que não se pode aceita, é que o professor utilize deste método, de forma livre,

ou seja, sem um objetivo a alcançar para como o desenvolvimento de tal atividade, não se

pode nunca, deixar que o excesso de liberdade nas brincadeiras, faça com que se perca o

foco principal que é o processo ensino aprendizagem.

Para tanto, o professor tem que agir com cautela, precisa fazer um estudo

antecipado quanto ao que tipo de lúdico convém ofertar diante do conteúdo repassado.

Não se pode em momento algum deixar que esta atividade aconteça de forma aleatória

em sala de aula sem um pré planejamento da mesma e ainda sem que se tenha o

domínio da atividade e ainda da turma como um todo, para que não se torne uma

atividade frustrada, tanto para o professor, quanto para os alunos.

A grande maioria dos pensadores que tem a educação como foco principal,

direciona seus estudos sobre a ludicidade principalmente para com os alunos que

freqüentam a educação infantil, no entanto, em todos os segmentos educacionais ela

importante, a fim de proporcionar um caminho mais fácil no aprendizado dos alunos, onde

se trabalha a sociabilidade, o saber repartir, o saber esperar, a expressão e ainda

valorizando de forma singular o sentimento, a emoção dos alunos, pois nestes momentos

de “descontração”, o aluno age de forma mais natural, onde ele deixa transparecer de

forma real o que sabe e ou como sabe e entende determinados assuntos.

15

Logicamente que a educação infantil tem um papel fundamental dentro de todo

este processo de integração da ludicidade no currículo escolar, pois é através do inicio, da

base, que se constrói um caminho a ser seguido, onde o aluno já interaja de forma

coerente, porém a escola como um todo necessita estar preparada ludicamente para

atender aos alunos, a fim de proporcionar a eles um ambiente mais acolhedor, mais

agradável e consequentemente mais produtivo, onde ele sinta prazer em estar ali e não o

faça somente por uma obrigatoriedade.

A ludicidade como vista anteriormente não se resume apenas em alguns pontos

específicos, porém podemos direcionar este trabalho em três fatores determinantes do

uso da ludicidade em sala de aula, são eles: O Brinquedo, O Jogo e A Brincadeira.

Estes três termos juntos englobam todos os outros termos educacionais que estão

interligados a questão do lúdico, pois praticamente tudo começa quando se escolhe um

brinquedo, ou quando se desenvolve um jogo e ou pratica uma brincadeira.

Assim, portanto, passaremos a dar uma atenção especial neste trabalho a estes

três termos, a fim de proporcionar um entendimento mais amplo quanto à prática que a

escola deve apresentar dentro do quesito ludicidade, proporcionando aos seus alunos um

aprendizado mais efetivo, porém, mais prazeroso.

2.1 O BRINQUEDO

O brinquedo é um artifício utilizado muitas vezes pelos pais, a fim de compensar

sua ausência, devido sua jornada de trabalho ser além do normal e o tempo em família,

muitas vezes se torna escasso.

No entanto os pais passam a conceder aos seus filhos brinquedos e mais

brinquedos para ele tenha o que fazer durante o período em que o pai e ou a mãe não

estão em casa.

Se, o brinquedo passa a ter esta visão, que preocupação e escola devem ter

quanto ao uso do brinquedo?

É justamente esta relação que a educação, que a escola necessita fazer a fim de

passar a compreender melhor seus alunos.

Diante do contato com o brinquedo, em sala de aula, o aluno deixa de ser aluno a

passa a agir como criança, ou seja, ele passa a ser ele mesmo onde a naturalidade, a

espontaneidade fica bem clara.

16

Então o professor perante este processo, tem diante de si, uma realidade talvez

antes desconhecida, pois muitas vezes o aluno pode ser agressivo e no contado com um

brinquedo demonstre que a sua agressividade vem de casos, onde seus pais são

agressivos com ele, e ou pode vir de situações onde ele presencia demasiadamente

questões onde a violência impera.

Situações inversas também podem ocorrer, por exemplo, se a criança é muito só,

consequentemente ele não tem uma participação efetiva em sala de aula e, então,

quando lhe é concedido um brinquedo, ele passa a manuseá-lo onde as situações que o

envolvem, são sempre únicas, não ocorrendo uma socialização deste aluno com outros

brinquedos e muito menos com outras crianças. Isto geralmente acontece quando são

filhos únicos, onde não possuem companhias para brincar e então ele faz tudo sozinho,

sem perceber que pode interagir com outras crianças, a fim de aumentar seu convívio

com os colegas e ainda saber que existem mais de um brinquedo a sua disposição.

Observe o que nos relata VELASCO (1996): ”Em todos os tempos, para todos os

povos, os brinquedos evocam as mais sublimes lembranças. São objetos mágicos, que

vão passando de geração a geração, com um incrível poder de encantar crianças e

adultos”.

Portanto, realmente a afirmação de que a traves da utilização do brinquedo a aluno

realmente desempenha um papel que foge das obrigatoriedades de ser aluno, faz com

que o deixe manifestar suas atitudes onde a naturalidade e a espontaneidade, se juntam,

a ponto a obter um favorecimento ainda maior quanto ao processo ensino aprendizagem,

o qual está inserido e que não tem como ser ignorado, pois é este o foco da educação,

onde o objetivo maior é conceder aos alunos formas de melhorar os ensinamentos a eles

repassados, onde possam como adultos utilizar destes ensinamentos e passar a atuar

como um cidadão ativo na sociedade em que está inserido, sem ter medo de expor suas

idéias, seus sentimentos e suas opiniões.

O que se pode ressaltar diante da citação de VELASCO, é que independentemente

do segmento educacional que o aluno se encontra, o brinquedo traz a sua memória,

lembranças das quais podem ajudar a aprimorar os conteúdos pedagógicos que

necessitam ser repassados aos alunos, pois muitos destes brinquedos trazem uma

cultura histórica que remete o aluno a compreender a historia de uma forma mais

descontraída, possibilitando assim um melhor entendimento do assunto estudado, e ainda

permite uma compreensão ainda maior da sua utilização na época em que mais foi

utilizado, demonstrando a sua real importância para a cultura na qual ele está inserido.

17

Apos ter compreendido um pouco mais sobre o brinquedo, não podemos deixar de

considerar o Jogo, pois muitas vezes, ele está diretamente ligado a um brinquedo. Ou

seja, um vem a completar o outro.

Mas vejamos então, um pouco sobre a importância que o jogo traz para com o

processo ensino aprendizagem dos alunos.

2.2 O JOGO

Iniciamos nosso parecer quanto jogo, utilizando a citação de PIAGET (1972), um

dos estudiosos mais preocupados com a criança e logicamente com o papel dela na

escola:

O jogo é um caso típico das condutas negligenciadas pela escola tradicional, dado o fato de parecerem destituídas de significado funcional. Para a pedagogia correta, é apenas um descanso ou o desgaste de um excedente de energia. Mas esta visão simplista não explica nem a importância que as crianças atribuem aos jogos e muito menos a forma constante de que se revestem os jogos infantis, simbolismo ou ficção (PIAGET, 1972, p.156).

Aqui PIAGET nos deixa claro, que o jogo não é apenas uma descontração ao

aluno. Pois as escolas que ainda estão na utilização do método de Ensino tradicional,

jamais aceita que sair da rotina, quebrar o protocolo onde o aluno não está o tempo todo

sentado em sua cadeira escolar, é inadmissível.

Portanto, ela peca e muito no quesito ensino aprendizagem do aluno, onde ele não

vai demonstrar suas reais dúvidas, com medo de uma possível represália quanto as suas

indagações.

Mas, é importante ressaltar que o método tradicional, não é de todo ruim, ele tem

sim e em grande escala, uma importância fundamental para o ensinamento, porém peca,

quando não valoriza que o aluno é uma criança, que deve ser tratada como criança e,

esses tratamentos também se referem aos comportamentos de criança onde precisa

utilizar recursos pedagógicos que contemplem esta visão de trabalhar com o aluno não

como se ele fosse um robô, mas sim o valorizando enquanto criança, que é o que ele

realmente é.

Logicamente que não se pode utilizar este método de forma onde não se tenha um

objetivo especifico a ser alcançado, ou seja, utilizá-lo apenas como uma brincadeira de

descontração, este não é o papel verdadeiro do jogo, diante do processo ensino

aprendizagem. O jogo precisa acima de tudo ser um jogo pedagógico onde a participação,

18

a atenção, o raciocínio, a competitividade estejam sendo explorados de forma a contribuir

cada vez mais com o desenvolvimento do aluno, independentemente do segmento

educacional no qual está inserido, não podendo apenas ser valorizado e utilizado

somente na educação infantil.

Outro termo que ainda integra a ludicidade está à brincadeira, pois é a partir dela

que tudo começa.

Então, não poderíamos deixar de evidenciá-la neste trabalho.

2.3 A BRINCADEIRA

A brincadeira é talvez a melhor forma de transformar a realidade em ludicidade, ou

seja, tornar o real em imaginário e vice versa.

“Para a criança, a brincadeira gira em torno da espontaneidade e da imaginação.

Não depende de regras, de formas rigidamente estruturadas. Para surgir basta uma bola,

um espaço para correr ou um risco no chão” (VELASCO, 1996).

Então, como desempenhar um papel onde a criança é a peça principal, sem utilizar

de brincadeiras?

A criança indistintamente e ainda inesperadamente, age através das brincadeiras,

ela consegue se interagir com o imaginário a ponto de tornar este imaginário em realidade

e se colocar dentro desta realidade, não se pode, de forma alguma, separar a criança da

brincadeira, e se o aluno é criança, consequentemente o aluno necessita da brincadeira

no seu cotidiano escolar, para que possa passar a compreender melhor todo o processo

ensino aprendizagem em que está inserido.

Torna-se ineficaz o processo de aprendizagem para com o aluno se não o

considerar como criança e consequentemente fazer uso da brincadeira, pois é através

dela que a criança realmente age de forma espontânea, onde o processo de

aprendizagem pode ser obtido de forma mais ampla, mais eficiente, o que apresentará um

resultado ainda mais satisfatório, não somente aos olhos do professor, mas cima de tudo

diante do próprio aluno, que poderá compreender melhor tudo o que a ele está sendo

repassado.

Segundo VYGOTSKY, “A brincadeira possui três características: a imaginação, a

imitação e a regra. Elas estão presentes em todos os tipos de brincadeiras infantis, tanto

19

nas tradicionais, naquelas de faz-de-conta, como ainda nas que exigem regras”.

(BERTOLDO, RUSCHEL).

Se estes três critérios estão dispostos a um completar o outro, eles juntos visão

proporcionar ao aluno um melhor aprendizado, onde ele passa a compreender as regras

da escola, as regras da sociedade, onde ele age de forma natural, através do imaginário e

ainda passa a utilizar da imitação para assimilar ainda mais o que a ele é ensinado, assim

todo o processo ensino aprendizagem vem somente a somar no desenvolvimento do

aluno a fim de aprimorar ainda mais a sua vivencia não somente na sociedade escolar,

mas na sociedade como um todo.

“A brincadeira não é um mero passatempo, ela ajuda no desenvolvimento das

crianças, promovendo processos de socialização e descoberta do mundo” (MALUF,

2003).

Então, podemos realmente afirmar que não se pode esquecer que a ludicidade é

de suma importância para o desenvolvimento pedagógico da criança, onde a escola deve

estar prepara para atender a estes alunos de forma a proporcionar a eles um estudo mais

diversificado pedagogicamente falando, valorizando seu aluno como a criança que ele

realmente representa.

No entanto, necessitamos ainda compreender se a escola está apta a trabalhar

diante da ludicidade e passamos a realizar uma pesquisa de campo, onde entrevistamos

sete professoras que atuam na Educação Básica, com o intuito de perceber se esta

realidade de se trabalhar através do lúdico realmente está acontecendo em nossas

escolas.

Esta entrevista que possui no seu todo, oito perguntas onde suas respostas são de

múltipla escolha, está representada no item APÊNDICE, deste trabalho, vale ressaltar que

a identidade dos entrevistados permanece no anonimato a fim de não prejudicar aqueles

que não quiseram se manifestar, agindo, portanto, de forma ética para com os

entrevistados, que exercem suas atividades profissionais, Escolas Municipais, na cidade

de Rio Negro, Estado do Paraná, onde se entrevistou sete professoras.

Os resultados obtidos através da entrevista estão representados através de

gráficos, que seguem este trabalho, para uma melhor compreensão dos resultados

obtidos, onde logo abaixo do mesmo, apresenta uma pequena conclusão referente ás

respostas apresentadas, com o intuito de poder compreender melhor os resultados

obtidos para com a entrevista realizada.

20

Pergunta 1:

Qual é a sua formação?

( ) Magistério ( ) Magistério e Pedagogia ( ) Pedagogia

Qual é sua formação?

Acima de doisanosAcima de cincoanosAcima de dezanos

Conclusão: É bom saber que a maioria dos entrevistados possui em sua formação

pessoal, as duas formações: Magistério e Pedagogia, pois são estes dois cursos que

preparam realmente o professor para atuar principalmente com alunos frequentadores da

Educação Infantil e nos Anos Iniciais do Ensino Fundamental.

Pergunta 2:

Há quanto tempo você exerce a profissão de professor?

( ) acima de dois anos ( ) acima de cinco anos ( ) acima de dez anos

21

Há quanto tempo você exerce a profissão de Professor?

Acima de uma ano

Acima de cincoanosAcima de dezanos

Conclusão: Tendo em vista que a maioria dos entrevistados possui uma boa experiência

na profissão, podemos compreender que durante este tempo de profissão

consequentemente já utilizaram de vários métodos de ensino, onde procuram sempre

melhorar sua postura enquanto mediador entre o conhecimento e os alunos.

Pergunta 3:

Você entende que há uma necessidade de trabalhar através da ludicidade?

( ) Sim ( ) Não

Você entende que há uma necessidade de trabalhar através da

ludicidade?

SimNão

Conclusão: Todos os entrevistados concordam que utilizar da ludicidade vem somente a

somar o resultado final dos alunos no processo ensino aprendizagem destes.

22

Pergunta 4:

Você utiliza a ludicidade em sala de aula?

( ) Sim ( ) Não

Você utiliza a ludicidade em sala de aula?

SimNão

Conclusão: Este gráfico fecha com o objetivo deste trabalho que é saber a importância do

lúdico na escola, e se todos os entrevistados utilizam da ludicidade, podemos

compreender que ela representa muita importância para o desenvolvimento educacional.

Pergunta 5:

Você acha que a ludicidade deve ser trabalhada em qual segmento?

( ) Na Educação Infantil ( ) Ensino Fundamental ( ) Em ambos os segmentos.

23

Você acha que a ludicidade deve ser trabalhada em qual segmento?

Na EducaçãoInfantilNo EnsinoFundamentalEm ambos ossegmentos

Conclusão: Diante deste resultado obtido, a interpretação a se fazer é que

independentemente a grande maioria entende que se deve trabalhar em todos os

segmentos educacionais, o que proporciona um melhor entendimento quanto à atuação

deste método de ensino nas escolas.

Pergunta 6:

Qual lúdico você utiliza com mais frequência?

( ) O jogo ( ) A brincadeira ( ) O brinquedo

Qual lúdico você utiliza com mais frequência?

O JogoA BrincadeiraO Brinquedo

24

Conclusão: Apesar de compreender que o lúdico não é somente um destes critérios, mas

sim a junção destes, pode perceber que a maioria dos entrevistados coloca que utilizam

mais da brincadeira, então, podemos compreender que, sabendo que tudo começa

através de uma brincadeira, que os outros critérios também estão sendo utilizados.

Pergunta 7:

Você acha que a criança assimila melhor os conhecimentos através da ludicidade?

( ) Sim ( ) Não

Você acha que a criança assimila melhor os conhecimentos através da

ludicidade?

SimNão

Conclusão: Como pudemos perceber todos os entrevistados colocaram que, acha que a

criança realmente assimila melhor através do método da Ludicidade, o que nos deixa

feliz, pois pudemos perceber que ele não é apenas um modismo e sim um método de

trabalho.

Pergunta 8:

Na Proposta Pedagógica de sua escola, trata-se do assunto Ludicidade?

( ) Sim ( ) Não

25

Na Proposta Pedagógica de sua escola, trata-se do assunto

Ludicidade?

SimNão

Conclusão: Podemos perceber que a escola está se adequando com relação a trabalhar

através do uso da ludicidade para com seus alunos, uma vez que ela apresenta em sua

Proposta Pedagógica este assunto, pois todos os entrevistados colocaram que a sua

escola possui este assunto.

E, diante destes resultados, realmente passamos, a saber, que este trabalho teve

seu objetivo alcançado, pois percebemos que realmente a Ludicidade vem tomando seu

espaço na educação, de forma a colaborar com o desenvolvimento educacional dos

alunos que nela estão inseridos.

26

3. CONSIDERAÇOES FINAIS

Para Vygotski (1988), “a aprendizagem e o desenvolvimento estão estreitamente

relacionados, sendo que as crianças se inter-relacionam com o meio objeto e social,

internalizando o conhecimento advindo de um processo de construção”.

portanto não podemos jamais aceitar que o professor separe a relação de aluno x

criança, eles são a mesma coisa, ma mesma pessoa, não podendo, portanto, serem

separados.

Atuar como educador é estar ligado a tudo o que diz respeito à criança, não

podemos atuar com um aluno onde não valorizamos a criança que ele é.

Durante o processo de conclusão deste trabalho podemos perceber que a

ludicidade vem tomando lugar na educação, e isto é um ponto importantíssimo para a

evolução e revolução que a educação vem sofrendo.

Antes a educação era para a elite, depois era somente para os meninos, passou a

ser considerada apenas nos critérios religiosos vindo a aceitar mais tarde a presença de

meninas nas classes, porém, o tradicionalismo imperou por muito tempo.

Hoje, graças ao avanço educacional e logicamente aos pensadores que voltaram

seus estudos à educação, ela já é ofertada de forma gratuita a todos, independentemente

de sua cor, raça e ou religião, muito menos com relação ao seu fator econômico.

E ainda o que a diferencia, é a forma como ela vem sendo apresentada, a ponto de

valorizar cada conhecimento que a criança possui antes mesmo de entrar na sala de

atual, onde passa a ouvir mais a criança e ainda deixa de colocar uma verdade absoluta

para o papel do professor.

O professor é sim um mediador entre o aluno, que já possui pré conhecimentos e o

conhecimento cientifico, o qual é passado aos alunos traves das disciplinas escolares.

Mas para que o professor seja um mediador de presença marcante e de real

importância, ele precisa saber que seu aluno está na fase infantil e consequentemente

brinca, joga e interage com o brincado, portanto ele deve sim passar a valorizar estes

critérios e introduzi-los em sala de aula através da ludicidade, método do qual tem

apoiado a escola e se reestruturar a fim de proporcionar um aprendizado mais eficaz ao

seus alunos.

Portanto, este trabalho nos apóia de forma singular no quesito aprendizagem para

atuar em sala de aula, onde devemos não somente ensinar, mas acima de tudo aprender

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com nossos alunos, para sejamos todos cidadãos ativos e participativos da sociedade em

que estamos inseridos.

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REFERÊNCIAS:

BERTOLDO, Janice Vida; RUSCHEL, Maria Andrea de Moura. JOGO, BRINQUEDO e BRINCADEIRA - Uma Revisão Conceitual. Disponível em: http://www.ufsm.br/gepeis/jogo.htm. Acesso no dia 25 de abril de 2011.. MALUF, Ângela Cristina Munhoz. A importância das brincadeiras na evolução dos processos de desenvolvimento humano. 2003. Disponível em: http://www.psicopedagogia.com.br/opiniao/opiniao.asp?entrID=132. Acesso no dia 25 de abril de 2011. OLIVEIRA, Zilma de Moraes Ramos. (1990). EDUCAÇÃO INFANTIL: MUITOS OLHA - RES. 4.ed. São Paulo: Cortez, PIAGET, J. (1972). PSICOLOGIA E PEDAGOGIA. 2ºed. Rio de Janeiro: Forense, VELASCO, Cacilda Gonçalves. Brincar: o despertar psicomotor. Rio de Janeiro: Sprint Editora, 1996

VYGOTSKI. L. S. A formação social da mente. São Paulo: Martins Fontes, 2. Ed. 1988.

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APÊNDICE

Neste capitulo do trabalho, apresenta-se o questionário, o qual foi aplicado para

oito professoras da Educação Básica, as quais exercem suas atividades profissionais em

Escolas Municipais da cidade de Rio Negro, Estado do Paraná – Brasil.

Pergunta 1:

Qual é a sua formação?

( ) Somente Magistério ( )Somente Pedagogia ( )Magistério e Pedagogia

Pergunta 2:

Há quanto tempo você exerce a profissão de professor?

( ) acima de ano ( ) acima de cinco anos ( ) acima de dez anos

Pergunta 3:

Você entende que há uma necessidade de trabalhar através da ludicidade?

( ) Sim ( ) Não

Pergunta 4:

Você utiliza o lúdico em sala de aula?

( ) Sim ( ) Não ( ) Às vezes

Pergunta 5:

Você acha que a ludicidade deve ser trabalhada em qual segmento?

( ) Na Educação Infantil ( ) No Ensino Fundamental ( ) Em ambos os

segmentos

Pergunta 6:

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Qual lúdico você utiliza com mais frequência?

( ) O jogo ( ) O brinquedo ( ) A brincadeira

Pergunta 7:

Você acha que a criança assimila melhor os conhecimentos através da ludicidade?

( ) Sim ( ) Não

Pergunta 8:

Na Proposta Pedagógica de sua escola, trata-se do assunto Ludicidade?

( ) Sim ( ) Não