a adolescência na perspectiva psicanalítica
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A adolescência na perspectiva psicanalítica
A adolescência na perspectiva psicanalítica
Elementos de definição O adolescente é alguém:
que teve o tempo de assimilar os valores mais banais e mais bem compartilhados na comunidade
cujo corpo chegou à maturação necessária para que possa efetiva e eficazmente se consagrar às tarefas que lhe são apontadas por esses valores, competindo de igual para igual com todo mundo
para quem, nesse exato momento, a comunidade impõe uma moratória
cujos sentimentos e comportamentos são obviamente reativos, de rebeldia a uma moratória injusta
que tem o inexplicável dever de ser feliz, pois vive uma época da vida idealizada por todos
que não sabe quando e como vai poder sair de sua adolescência
A adolescência na perspectiva psicanalítica
Resumindo: há um sujeito capaz, instruído e treinado para adotar os ideais da comunidade que se torna um adolescente quando, apesar de seu corpo e seu espírito estarem pronto para a competição, não é reconhecido como adulto. Há um tempo de suspensão entre a chegada à
maturação dos corpos e a autorização de realizar os ditos valores
Há a difícil tarefa de interpretar o que os adultos esperam dele
A adolescência na perspectiva psicanalítica
Insegurança A imagem refletida nos espelhos
O Eu “é, sobretudo um Eu corporal” (Freud, 1923/2007, p. 38) e está perpassado pelas pulsões e pelo desejo.
Corpo pulsional
O corpo recebe as marcas do olhar e da palavra do outro anteriormente à identificação com o corpo próprio e à construção da imagem própria pelo sujeito
Corpo simbólico
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A partir desse corpo pulsional e das satisfações obtidas, inúmeras identificações vão ocorrendo no decorrer da vida. De início, há o corpo pulsional fragmentado em zonas
erógenas, estrado para o desenvolvimento da sexualidade e estabelecimento das relações entre o dentro e o fora do corpo, observam Lazzarini e Viana (2006).
Esse corpo recortado vai, aos poucos, se transformando em uma vivência de totalização e unificação corpórea em torno da imagem corporal (Lacan, 1949/1998, “O estádio do espelho”).
A adolescência na perspectiva psicanalítica
O infans passa a experimentar seu corpo como uno a partir do que o Outro lhe reflete e lhe fala.
Essa identificação e construção de uma imago própria ocorre a partir do olhar da mãe, do Outro.
A partir da articulação entre o corpo real, pulsional, e o corpo simbólico, perpassado pela linguagem e pelo locus da representação da pulsão, surge o corpo imaginário (García-Roza, 1990).
Narcisismo primário
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“O sujeito localiza e reconhece originalmente o desejo por intermédio não só da sua própria imagem, mas também do corpo do seu semelhante (...). É na medida em que seu desejo passou para o outro lado, que ele assimila o corpo do outro e se reconhece como corpo. (...) Nos reconhecemos como corpo na medida em que esses outros, indispensáveis para reconhecer o nosso desejo, têm também um corpo, ou, mais exatamente, que o temos como eles” (Lacan,1975[1954]/1986, “A tópica do imaginário”).
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Eu-Ideal e Ideal-de-Eu O Ideal-de-Eu é impregnado pelos valores, ideais
e interdições sociais. O Ideal-de-Eu, instância herdeira do Complexo de
Édipo e portadora da imago paterna, torna-se alvo do investimento narcísico. Carrega a marca da alteridade – o Eu percebe a
necessidade da intermediação do outro para a realização de seu desejo.
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O Eu é, portanto, uma construção intersubjetiva Constitui-se, em grande parte, a partir daquilo que
idealizamos e fantasiamos causar no outro, e gozamos, em grande medida, com o usufruto dessa condição.
“Nosso desejo é o de fazer o outro nos desejar, e nossa satisfação consiste em alcançar, na realidade ou na imaginação, o que antecipamos de forma imaginária” (Costa, 2005, p. 73). Assim, durante a primeira infância, a criança apreende
que sua realidade é regida pelo desejo dos outros que se manifesta através do espelho presente no olhar.
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“A identidade não é um estado, é uma busca do Eu que só pode receber sua resposta reflexiva através do objeto e da realidade que a refletem” (Green, 1988, p. 45).
Como em um espelho, ou vários, a realidade reflete a identidade do sujeito que, por conseguinte, constrói uma imagem de si.
“Ela tentava se ver através do próprio corpo. Por isso, passava longos momentos diante do espelho. E como temia ser surpreendida pela mãe, esses olhares traziam a marca de um vício secreto. Não era vaidade que a atraía para o espelho, mas o espanto de se descobrir nele. Esquecia que tinha diante dos olhos o painel dos mecanismos corporais. Acreditava ver sua alma se revelando para ela sob os traços do rosto. Esquecia que o nariz é a extremidade de um tubo que leva ar aos pulmões. Via nele a expressão fiel de sua natureza. Contemplava-se demoradamente, e o que a contrariava às vezes era encontrar em seu rosto alguns traços da mãe. Então, olhava-se obstinadamente e dirigia sua vontade para se abstrair da fisionomia materna, fazer dela tábua rasa e só deixar subsistir em seu rosto aquilo que era ela mesma. Quando conseguia, era um momento inebriante: a alma subia à superfície do corpo, semelhante à tripulação que se lança no ventre do navio e invade o convés agitando os braços e cantando em direção ao céu” (Kundera, 1984/2008, pp. 44-45, “A insustentável leveza do ser”).
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Mudança do olhar do outro diante do corpo adolescente em mutação
Busca no espelho pelo olhar do Outro Atuação no corpo: cabelos, piercings, tatuagens Angústia ante a retirado do olhar apaixonado dos pais
O adolescente vive a falta do olhar apaixonado que ele merecia quando criança e a falta de palavras que o admitam como par na sociedade dos adultos
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“Mas, o que eles esperam de mim, então?” “Os adultos querem coisas contraditórias. Eles pedem
uma moratória de minha autonomia, mas o resultado de minha aceitação é que eles não me amam mais como uma criança, nem reconhecem como um par essa ‘coisa’ na qual me transformei. Talvez, para ganhar seu amor e seu reconhecimento, eu não deva seguir à risca suas indicações e seus pedidos, mas descobrir qual é de fato o desejo deles, atrás do que dizem que querem. Em suma: de fato, qual é o ideal dos adultos para que eu possa presenteá-los com isso e portanto ser por eles enfim amado e reconhecido como adulto?”
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Autonomia e independência X Conformidade social Duplo vínculo
NÃO LEIA
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Em resposta à falta de reconhecimento que o adolescente esperava dos adultos, ele vai em busca de novas condições sociais, em que sua admissão como cidadão de pleno direito não dependa mais dos adultos e, portanto, não seja mais sujeita à moratória.
Busca pelo reconhecimento no grupo de iguais Adolescente gregário Adolescente delinquente Adolescente toxicômaco Adolescente que se enfeia Adolescente barulhento
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A adolescência como ideal cultural Ideal de liberdade Desejo dos adultos em se libertarem das regras e convenções sociais A infância é um ideal comparativo. Os adultos podem desejar ser ou
vir a ser felizes, inocentes, despreocupados como as crianças. Mas normalmente não gostariam de voltar a ser crianças
A adolescência é um ideal identificatórios. Os adultos podem querer ser adolescentes. Os adolescentes ideais têm corpos que reconhecemos parecidos com os nossos em suas formas e seus gozos, prazeres iguais aos nossos e, ao mesmo tempo, graças à mágica da infância estendida (moratória), são ou deveriam ser felizes numa hipotética suspensão das obrigações, das dificuldades e das responsabilidades da vida adulta.
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Idealizar os prazeres da adolescência é uma maneira de querer menos consolo com perspectivas futuras e mais satisfação imediata.
Identificação dos adultos com a adolescência Como satisfazer os adultos, senão sendo mais
adolescentes ainda do que já eram? Os adolescentes pedem reconhecimento e encontram no
âmago dos adultos um espelho para se contemplar. Pedem uma palavra para crescer e ganham um olhar que admira justamente o casulo que eles queriam deixar.
A Síndrome Normal da Adolescência
Síndrome Normal da Adolescência
Entrada no mundo dos adultos Mundo desejado e temido Perda definitiva da condição de criança Etapa decisiva de um processo de desprendimento Imperativos e contradições do mundo externo Modificações corporais incontroláveis Novas relações com os pais e com o mundo
Luto pelo corpo de criança Luto pela identidade infantil Luto pela relação com os pais da infância
Luto pelo corpo infantil e pela identidade infantil Novo esquema corporal Nova identidade
Flutuações da identidade: versões contraditórias de si mesmo Dificuldades em renunciar aspectos de si mesmo e não poder
sintetizar os que vai adquirindo
Novas relações consigo e com seu corpo Genitalidade Aceitação do novo corpo
Síndrome Normal da Adolescência
Nova identidade adulta Sentir-se dolorosamente separado do meio familiar Desprendimento de seu corpo infantil Encontrar o lugar de si mesmo no seu corpo e no seu
mundo Capacidade de utilizar seu corpo e seu lugar no mundo
Síndrome Normal da Adolescência
Luto pelos pais da infância Queda da idealização dos pais da infância
Imagem mais próxima do real, com defeitos e problemas
Luto dos pais pelos filhos Luto pelo corpo do filho pequeno
Enfrentamento da aceitação do futuro, do envelhecimento e da morte
Abandono da imagem idealizada de si mesmo que seu filho criou e na que ele se acomodou
Luto pela identidade de criança Luto pela relação de dependência infantil
Enfrentamento das próprias capacidades
Avaliação de suas conquistas e fracassos
Síndrome Normal da Adolescência
Novas relações com os pais Dificuldade dos pais em aceitar o crescimento e amadurecimento do
adolescente
Rejeição da genitalidade e à livre manifestação da personalidade que dela surge
Excessiva liberdade ou restrições exageradas
Dependência e independência Incompreensão dos pais
Maturidade biológica e maturidade afetiva e intelectual que possibilite a entrada no mundo do adulto Sistema de valores pessoais
Crítica construtiva da realidade circundante
Resposta às dificuldades e desordens da vida
Síndrome Normal da Adolescência
A dor que lhe causa abandonar o seu mundo e a consciência de que vão se produzindo mais modificações incontroláveis dentro de si, levam o adolescente a produzir reformas exteriores que lhe garantam a satisfação de suas necessidades na nova situação em que se encontra agora frente ao mundo e que, ao mesmo tempo, servem-lhe de defesa contra as mudanças internas e do seu corpo Intelectualização Atividades esportivas Amizades Modificações corporais: roupas, cabelo
Síndrome Normal da Adolescência
Normalidade x Anormalidade na adolescência ‘Anormal’ dentro de determinado marco familiar ou social A estabilização da personalidade não se consegue sem passar por um
certo grau de conduta ‘patológica’ que deve ser considerar inerente à evolução normal desta etapa da vida (Knobel,1992)
Normalidade se estabelece sobre as pautas de adaptação ao meio e não significa submetimento ao meio Capacidade de utilizar dispositivos existentes para o alcance das
satisfações básicas do indivíduo numa interação permanente que procura modificar o desagradável ou o inútil através do alcance substituições para o indivíduo e para a comunidade
Síndrome Normal da Adolescência
Sintomatologia que integraria a Síndrome Normal da Adolescência (Knobel, 1992): Busca de si mesmo e da identidade Tendência grupal Necessidade de intelectualizar e fantasiar Crises religiosas que podem ir desde o ateísmo mais
intransigente até o misticismo mais fervoroso Deslocalização temporal em que o pensamento adquire
as características de pensamento primário
Síndrome Normal da Adolescência
Evolução sexual manifesta Atitude social reivindicatória com tendências anti ou
associais de diversas intensidades Contradições sucessivas em todas as manifestações da
conduta, dominada pela ação, que constitui a forma de expressão conceitual mais típica deste período da vida
Separação progressiva dos pais Constantes flutuações de humor e do estado de ânimo
Síndrome Normal da Adolescência
Busca de si mesmo e da identidade O adolescente recorre, muitas vezes, a um comportamento defensivo
de busca de uniformidade – segurança e estima pessoal Confusão de papéis: impossibilidade de manutenção da dependência
e do corpo infantil, e impossibilidade de assunção da independência adulta
Tendência grupal Uniformidade: superidentificação em massa
Representa a oposição às figuras parentais
Maneira ativa de determinar uma identidade diferente da do meio familiar
Depois de passar pela experiência grupal, o indivíduo poderá começar a separar-se do grupo e assumir a sua identidade adulta
Síndrome Normal da Adolescência
Necessidade de intelectualizar e fantasiar A necessidade que a realidade impõe de renúncia ao corpo, ao
papel infantil e aos pais da infância, leva o adolescente a uma vivência de fracasso ou impotência frente à realidade externa – o adolescente recorre ao pensamento para compensar as perdas inevitáveis que ocorrem dentro de si Fantasias conscientes – fantasiar Intelectualização e ascetismo como formas de controle do próprio
id Perda dos objetos reais – substituição por símbolos
intelectualizados
Síndrome Normal da Adolescência
Fuga para o mundo interior permite uma espécie de reajuste emocional, um ‘autismo positivo’ e que leva à preocupação por princípios éticos, filosóficos, sociais, formulações de um plano de vida Envolvimento com movimentos sociais e políticos
Envolvimento com atividades artísticas: escrita de poesias, desenhos etc.
Anna Freud afirma que na puberdade há uma recapitulação do período pré-genital e identifica alguns mecanismos de defesa: ascetismo (negação de se conceder prazer) e a intelectualização (recalcamento dos sentimentos e análise dos problemas em termos puramente abstratos), através dos quais o adolescente se protege do acréscimo das pulsões.
Síndrome Normal da Adolescência
Crises religiosas/ideológicas Preocupações metafísicas
Tentativas de soluções de angústias que vive o ego na sua busca por identificações positivas e de confronto com o fenômeno da morte definitiva de parte do seu ego corporal
Necessidade de identificações positivas com imagens idealizadas que lhe garantam a continuidade da existência de si mesmo e de seus pais infantis
Síndrome Normal da Adolescência
Deslocalização temporal Tentativa de manejar e controlar o tempo
Negação da passagem do tempo Comportamentos de isolamento
Necessidade de elaboração das perdas da infância Necessidade de formular projetos para o futuro Necessidade de desenvolver a capacidade de estar consigo
mesmo Importância de se vivenciar o tempo como contínuo – sou o
mesmo do passado, mas diferente
Síndrome Normal da Adolescência
Evolução sexual manifesta Evolução do auto-erotismo ao exercício da genitalidade
Oscilação entre atividades masturbatórias e o começo do contato genital de forma exploratória e preparatória para a genitalidade amadurecida
Conclusão da situação edípica
Aceitar e aprender, progressivamente, a lidar com sua genitalidade, o adolescente inicia uma busca do parceiro de maneira mais íntima e intensa
O amor apaixonado e idealização desse objeto de amor – impulsividade e labilidade emocional
Síndrome Normal da Adolescência
Questões
Filme 1) quais os principais atrasos no desenvolvimento cognitivo
apresentados pelo garoto do filme? 2) Como musicoterapeuta, elabore uma estratégia de
intervenção para auxiliá-lo nessas dificuldades.
Prova 1) Pesquise e discorra sobre a crise de identidade na
adolescência de acordo com Erik Erikson. 2) Explique o que é a Sindrome Normal da adolescência.
Retorno a Freud
Freud sustenta em Projeto para uma Psicologia Científica (1895) que “toda pessoa adolescente possui marcas mnêmicas que só podem ser compreendidas com a emergência de sensações sexuais próprias; dir-se-ia então que todo adolescente porta em si o ‘gérmen da histeria”.
O funcionamento psíquico a partir de uma dupla temporalidade através da concepção de uma ação retardada.
Três ensaios sobre a sexualidade (1905), Freud teoriza que a puberdade leva a vida sexual infantil a sua conformação definitiva, a partir do primado das zonas genitais e da escolha objetal, ambas prefiguradas no tempo do infantil.
A puberdade e o incremento da pulsão sexual com a primazia da zona genital. Ela reordena todas as zonas e permite que o sujeito realize escolhas objetais fora de seu próprio corpo, saindo do autoerotismo.
Retorno a Freud
Outro fator apontado por Freud em 1905 é o desligamento da autoridade dos pais, entendido como o evento mais significativo e doloroso da puberdade. Demarca a diferença de gerações
Forte ligação entre a desistência de realização das fantasias incestuosas e o desligamento da autoridade parental
Em Romances Familiares, Freud (1908) toma a puberdade como referencia em relação ao objetivo erótico e ambicioso da fantasia no desligamento com a autoridade. A criança pequena toma seus pais como fonte de todo o conhecimento, porem em seu desenvolvimento conhece outras famílias e começa a “por em duvida as qualidades extraordinárias e incomparáveis que lhes atribuía” (p.219). Esse processo se inicia em um período logo anterior a puberdade podendo
prolongar-se para muito depois dela. O indivíduo elabora o seu romance familiar neurótico, que pode incluir as mais variadas fantasias, desde a substituição por pais melhores ate a infidelidade materna.
Retorno a Freud
Em Algumas Reflexões sobre a Psicologia Escolar, Freud (1914) trabalha o desligamento dos pais na juventude e as outras relações no mesmo período da vida, atravessado pelas marcas do Complexo de Édipo. No fim da infância o menino mantém contato com várias pessoas fora do núcleo
familiar e não pode deixar de perceber o quão elevado era o seu primeiro ideal paterno.
Se apressa em desligar-se desse ideal infantil e começa a criticar e avaliar seus comportamentos.
Entra em contato com outras figuras de autoridade, porém em seus relacionamentos traz traços infantis e edipianos e investe nos substitutos parentais as ambivalências de sentimentos que experimenta em relação aos seus pais.
“Essas figuras substitutivas podem classificar-se, do ponto de vista da criança, segundo provenham do que chamamos as ‘imagos’, do pai, da mãe, dos irmãos e das irmãs, e assim por diante. Seus relacionamentos posteriores são assim obrigados a arcar com uma espécie de herança emocional [...]” (p. 248-249).
Retorno a Freud
Os Grandes Dilemas do Adolescente
Os Grandes Dilemas do Adolescente
O dilema existencial Redefinição da imagem corporal consubstanciada na perda do corpo
infantil e aquisição do corpo adulto Culminação do processo de separação/individuação e substituição do
vínculo de dependência simbiótica com os pais da infância por relações objetais de autonomia plena
Elaboração do luto referente à perda da condição infantil Estabelecimento de uma escala de valores ou código de ética próprio Busca de pautas de identificação no grupo de iguais Assunção de papéis sexuais auto-outorgados, ou seja, consoante
inclinações pessoais, independentemente das expectativas familiares
O dilema vocacional Desempenho e competição x ludicidade do trabalho Realizar-se profissionalmente numa sociedade que reduziu o
trabalho a mero sucedâneo do poder econômico
O dilema sexual Permissividade x resolução dos conflitos sexuais Liberdade sexual concedida x liberdade sexual conquistada
pela superação individual das próprias inibições e conflitos internos Liberalidade de fachada: ânsia dos adultos em recuperar o tempo e
a juventude perdidos nas malhas da repressão sexual
Os Grandes Dilemas do Adolescente
Repetição dos conflitos do período edipiano Necessidade de integração da sexualidade ao
conjunto da personalidade Pressupõe que o adolescente se aceite sem receio como
indivíduo com desejo sexual e seja capaz de experienciar esse desejo numa relação de amor com um(a) parceiro(a) maturidade
Escolha objetal
Os Grandes Dilemas do Adolescente