watoto newsletter - brazil

4
WWW.WATOTO.COM | BRASIL | NOVEMBRO 2013 | EDIÇÃO Nº2 O QUE FAZEMOS | CRIANÇAS ÓRFÃS | MULHERES VULNERÁVEIS | TRANSFORMAÇÃO DA COMUNIDADE Continua na pág. 2 NO FUTURO “Quando Sunday Okello decidiu ser voluntário no projeto Sustentabilidade Lubbe, ele não tinha idéia de quanto ele iria aprender apenas oferecendo seu tempo. Ex criança soldado de 23 anos, Sunday afirma que sua única motivação para o voluntariado é para dar o que ele também recebeu, e agradecer ao Watoto por escolher investir em sua vida. “Minha experiência na fazenda Lubbe foi incrível. Eu aprendi muito, inclusive sobre como cultivar uma variedade de plantas e dirigir um trator. Também tive a oportunidade de aprender todas as habilidades que necessito para gerenciar um projeto agrícola de sucesso.”

Upload: watoto-ministries

Post on 27-Mar-2016

223 views

Category:

Documents


0 download

DESCRIPTION

Watoto Newsletter - December 2013

TRANSCRIPT

Page 1: Watoto Newsletter - Brazil

WWW.WATOTO.COM | BRASIL | NOVEMBRO 2013 | EDIÇÃO Nº2

O QUE FAZEMOS | CRIANÇAS ÓRFÃS | MULHERES VULNERÁVEIS | TRANSFORMAÇÃO DA COMUNIDADE

Continua na pág. 2

NO FUTURO

“Quando Sunday Okello decidiu ser voluntário no projeto Sustentabilidade Lubbe, ele não tinha idéia de quanto ele iria aprender apenas oferecendo seu tempo. Ex criança soldado de 23 anos, Sunday afirma que sua única motivação para o voluntariado é para dar o que ele também recebeu, e agradecer ao Watoto por escolher investir em sua vida. “Minha experiência na fazenda Lubbe foi incrível. Eu aprendi muito, inclusive sobre como cultivar uma variedade de plantas e dirigir um trator. Também tive a oportunidade de aprender todas as habilidades que necessito para gerenciar um projeto agrícola de sucesso.”

Page 2: Watoto Newsletter - Brazil

Continuação da pág. 1Okello tinha 13 anos de

idade, quando ele encontrou pela primeira vez os soldados rebeldes no norte de Uganda - um incidente que dispersou sua família. Seu irmão mais novo foi seqüestrado e o resto da família se mudou para Onyama, um campo para refugiados na cidade de Gulu. Os rebeldes frequentemente tinham este acampamento como alvo para raptar meninos e meninas que eles usavam para lhes servir de soldados e esposas.

Os ataques desenfreados forçavam Okello e sua família a ir todas as noites para a cidade de Gulu a procura de abrigo em varandas de edifícios.

Um dia, o pai de Okello sugeriu passar a noite em casa, já que os rebeldes não tinham invadido o acampamento há um tempo. Os rebeldes atacaram com força total naquela noite.

Okello, seu irmão e cerca de 70 crianças foram raptadas do acampamento. Eles caminharam para o norte por muitas horas e acabaram sendo inseridos no movimento rebelde depois de serem batidos 150 vezes com um bastão de madeira.

Okello passou dois meses em

Uganda e mais tarde foi forçado a andar mais de 300 quilômetros para o Sudão, onde ele ficou cara a cara com o líder rebelde do Exército de Resistência do Senhor (LRA), Joseph Kony.

Dois meses depois, o líder rebelde comandou o regimento para voltar a Uganda para estocar munição, comida e soldados. Seis quilômetros da fronteira sudanesa, os rebeldes encontraram uma troca de tiros com os soldados do governo de Uganda por mais de sete horas. Muitas vidas foram perdidas, mas eles escaparam.

Uma vez estando em Uganda, seu trabalho era raptar mais crianças e saquear alimentos. Foi durante esta missão que Okello escapou. Ele foi resgatado por soldados ugandeses do governo que o inscreveram para um aconselhamento de trauma na organização de suporte à crianças em Gulu (GUSCO), que hoje funciona como Watoto Living Hope, centro para trauma e reabilitação de mulheres vulneráveis.

Após quatro meses de aconselhamento intensivo, Okello decidiu ir para a escola, mas não tinha dinheiro. Quando ele

estava prestes a desistir, uma equipe Watoto, liderada pela co-fundadora Marilyn Skinner, visitou o acampamento. Okello se juntou à família Watoto logo depois. “Fiquei surpreso com as oportunidades que se abriram. Eu estava matriculado na melhor escola secundária em Gulu, porque a Escola Watoto ainda não tinha sido aberta no norte de Uganda, naquela época .”

Após terminar o colegial, ele completou um certificado em Produção Vegetal e Manejo de Animais. Okello também participou do programa de discipulado Watoto360 e se ofereceu para ser voluntário no projeto Sustentabilidade Watoto.

“Eu aprendi muito trabalhando na fazenda Lubbe. Literalmente abriu a porta para os meus sonhos. Já comecei uma associação de agricultores em parceria com alguns dos meus ex- colegas de faculdade e eu tenho sonhos de executar projetos de agricultura no norte de Uganda e exportar produtos”, diz Okello.

Embarcando em uma nova jornadaOito crianças antigas de Watoto

se formaram em várias universi-dades em toda Uganda, em julho.

Cada uma delas se destacou em seus respectivos campos, incluindo Administração, Direito, Finanças, Moda & Design, Estudos de Desenvolvimento, Ciência e Tecnologia da Informação .

O Departamento de Educação Watoto organizou um evento alegre para celebrar as conquistas dos formandos .

Jane Nalwada, que se formou com um diploma em Moda e Design usava um vestido que ela mesma desenhou. Ela é grata ao Watoto pela oportunidade que lhe foi concedida. Ela se sentiu particularmente grata por sua mãe Watoto, pelos padrinhos e

Quando eu conheci Fortu-nate e soube da sua história, o meu primeiro pensamento foi: oh, quão irônico que o nome dela é Fortunate (Sorte, Feliz), sendo que ela está tão infe-liz. Fortunate foi abandonada quando bebê e sofria de anos de abuso antes de ser resgatada pelo Watoto. Como resultado do abuso e negligência que ela experimentou, ela lutou contra a continência intestinal e sofreu muito constrangimento por causa disso.

Apesar de algumas cirurgias bem-sucedidas ao longo dos anos em Uganda, começou enfrentando problemas logo depois que ela chegou nos

Estados Unidos com o resto das crianças e adultos do Coral de Crianças Watoto. Numa manhã de terça-feira em março, minha história cruzou com a dela. Entrei na clínica do Hospital de Crianças do Alabama, onde eu trabalhava como enfermeira há 16 anos. For-tunate foi um dos meus pacientes naquele dia. Eu fui imediatamente atraído por ela e queria ajudá-la.

Dr. Kirk Thame, meu colega e eu nos tornamos sua equipe médica. Nós rapidamente determina-mos que ela precisava ser vista todos os dias por uma semana. Ela estava a mais de uma hora de distância do hospital e eu me ofereci para que ela ficasse na minha casa. Ela veio para ficar junto com seu acompanhante adulto, tia Claire. Meu marido Eric e nossa filha Kate, de 19 meses, as receberam como uma família. Estávamos nervosos de que não gostassem de ficar com a gente, mas elas se encaixaram certinho. Até meu gato exigente amou elas.

Entre visitas à clínica fizemos alguns passeios divertidos. Fomos a um parque do bairro, assisti-mos um filme, fomos ao museu de ciência e ao zoológico. Todas essas foram experiências que

Fortunate

Page 3: Watoto Newsletter - Brazil

Embarcando em uma nova jornadatodos aqueles que contribuíram para suas realizações.

Sarah Kigozi, líder da equipe de Bem-Estar Infantil de Watoto, incentivou, pediu e aconselhou os formandos à exemplificarem o caráter de Cristo em tudo o que fazem.

A Líder de Educação, Dorcas Kibirige, incentivou os forman-dos a continuar esperançosos na busca da excelência.

Sem o apoio contínuo de padrinhos e parceiros a nível mundial, nenhum desses gradua-dos teria tido a oportunidade de buscar uma educação. Junte-se

à jornada e apadrinhe uma vida hoje. Para mais informações www.watoto.com/sponsorship.

A jovem de 23 anos, Fernanda Barbosa, é animada e adora fazer novos amigos. Ela é do Brasil e, embora seja óbvio que a comunicação em Inglês seja um desafio, esse é um fato que facilmente se esquece no momento que você começar a falar com ela.

Fernanda ouviu falar sobre o Watoto pela primeira vez quando o Coral de Crianças Watoto número 57 visitou sua cidade natal. Ela se apaixonou pelas crianças e foi inspirada por suas histórias de

Fortunate teve pela primeira vez e ela estava contente, não importa o quê. Ela nunca pediu nada e em vez disso iria protestar: “ Você já fez muito”, sempre que eu ia ofe-recer-lhe as coisas mais simples, como a escolha de um lanche. Eu olho para ela e percebo que ela se sente tão abençoada. Ela está feliz com o que ela tem, que com-parado com o que nós temos nos Estados Unidos é muito pouco. Eu podia ver que ela parecia a pes-soa mais rica do mundo.

Quando a semana comigo chegou ao fim eu chorei e chorei. Ela teve um impacto tão grande em mim que eu voei para vê-la com o resto do coral mais duas vezes antes deles voltarem para casa em Uganda. Eu agora apa-drinho duas crianças do Watoto e um dia eu vou fazer a viagem para a África para ver eles e For-tunate.

O procedimento cirúrgico que fomos capazes de dar à Fortunate vai causar um grande impacto em sua qualidade de vida, e, mesmo no meio de sua situação médica, não conhecendo sua mãe ou seu pai e sendo uma criança órfã, ela já tem uma grande paz sobre ela. Você percebe o quanto

História de uma voluntária

Watoto faz por eles. Como Watoto muda suas vidas e lhes dá esperança para o futuro. Ela sabe que é especial para Jesus, que ela já é uma afortunada. Eu só ficava pensando, aos 12 anos de idade, você já tem isso. Se eu tivesse que resumir em uma palavra minha experiência de conhecer Fortunate seria ‘abençoado’.

Tracy Howell

transformação e esperança. Foi aí que ela decidiu visitar Watoto como voluntário.

Fernanda atualmente cursa licenciatura em psicologia e também ensina música. Sua paixão é trabalhar com crianças e ela confirma que este é um dos motivos pelos quais ela ama o trabalho de Watoto.

Durante a sua estadia de um mês na vila Suubi de Watoto, Fernanda teve a oportunidade de experimentar a África em primeira mão. “Antes de vir para Uganda, minha percepção de África era tristeza e sofrimento, mas eu vi pessoas cheias de esperança e expectativas para o futuro, o que me fez pensar de forma diferente”, comenta.

“Acho que as pessoas em Uganda são tão acolhedoras e simpáticas”, acrescenta ela.

Ela amou o tempo bonito, que ela diz ser semelhante ao Brasil. Comer chapati e matooke (bananas salgadas) foi uma experiência totalmente nova.

Quando perguntado sobre o que ela espera fazer depois de sua visita, Fernanda diz que, por onde passar, planeja se tornar um dos embaixadores de

Watoto. Junto com sua família, ela apadrinha uma criança Watoto.

“Mesmo quando achamos que não somos bons o suficiente, Deus escolheu a todos nós para fazer algo especial”, acrescenta Fernanda . “Servir é o que Deus está nos chamando para fazer.”

Assim como Fernanda , você também pode fazer a diferença na África, apadrinhando uma criança hoje. Para mais informações sobre como você pode visitar Watoto, visite www.watoto.com/visitwatoto

Page 4: Watoto Newsletter - Brazil

WWW.WATOTO.COM/[email protected]

Júnior conhece as histórias bíblicas e aproveita todas as oportunidades para ‘pregar’ para seus amigos.

A mãe biológica de Júnior faleceu quando ele tinha apenas duas semanas de idade. Ele estava desnutrido e doente quando chegou ao Baby Watoto, mas Deus o curou e fez o seu corpinho frágil ficar forte e saudável.

Ele tem seis anos e frequenta a escola primária, onde ele saboreia cada experiência de aprendizagem. Ele ama jogar bola, cantar e dançar. Sua comida favorita é arroz e feijão e ele ama ajudar sua mãe em casa.

Apadrinhe um bebê Watoto

ANTES

DEPOIS

”Eu sou um pastor,” Junior conta para sua mãe adotiva todos os dias.