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VILA FLORES

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www.facebook.com/vilaflorespoa Situado na Rua São Carlos, no 753, 759 e 765, esquina com a Rua Hoffmann, no 477 e 459, o conjunto, construído entre os anos 1925 e 1928 é um complexo arquitetônico formado por 3 edificações totalizando 2.332 m2 de área construída em um terreno de 1.415 m2: 1. edifício de 3 pavimentos na Rua São Carlos – total área construída: 1.041 m2 2. edifício de 3 pavimentos na Rua Hoffman – total área construída: 1.115 m2 3. galpão térreo de 176 m2 O empreendimento foi realizado pelo doutor Oscar Bastian Pinto e o projeto arquitetônico pelo engenheiro- arquiteto José Franz Seraph Lutzenberger, alemão chegado a Porto Alegre no ano de 1920 que teve importantes contribuições para a arquitetura da cidade, entre elas a Igreja São José, o Palácio do Comércio e o Orfanato Pão dos Pobres. O conjunto teve seu uso até então destinado a “casas de aluguel” para pessoas e famílias que vinham habitar o Bairro Floresta, em franca expansão industrial na época da construção do empreendimento. No piso térreo, predominou o uso comercial e alguns serviços que se aproveitavam da localização na esquina da quadra. Atualmente em processo de restauro, vale notar que a fachada das edificações voltadas para a rua se encontram em excelentes condições, preservando as características da arquitetura original. Um detalhe notável nos edifícios é a utilização de bay-windows, afim de destacar a es- quina dos predios, solução muito comum na arquitetura alemã do final do século XX. Em contrapartida, as facha- das posteriores, voltadas para o pátio, foram bastante modificadas pelos diferentes inquilinos ao longo dos anos, fator este determinante nas decisões de projeto a cerca dos novos elementos construídos que contrastam e valorizam as carcterísticas originais da edificação.

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VILA FLORES

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VILA FLORESprojeto de adequacao de conjunto na r. hoffman x r. sao carlos · bairro floresta · porto alegre · rs

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contexto urbano

O conjunto está localizado no Bairro Floresta também chamado 4º Distrito de Porto Alegre, próximo a região central da cidade. Via principal do aeroporto para o cen-tro, proporciona às empresas da região e aos seus mora-dores facilidades no manejo e logística. Suas principais avenidas, a Farrapos, a Cristóvão Colombo, a São Pedro e a Rua Voluntários da Pátria interligam o bairro com o centro e os demais bairros limítrofes, como o Moinhos de Vento, Higienópolis e São Geraldo.

Trata-se de um bairro que, até ao final da Revolução Farroupilha (1845), não passava de uma área de chácaras. A construção de um hospital em 1849, a Casa de Saúde Bela Vista (atualmente o Hospital Militar), a abertura da rua da Floresta em 1857, atual Av. Cristóvão Colombo e a inauguração da linha dos bondes de tração elétrica (1909), que passava nas proximidades do bairro, são de-terminantes para o desenvolvimento urbano da região e o

início de sua industrialização. Logo vieram as cervejarias Bopp, Sasse, Ritter e Cia. Ltda., a Cervejaria Brahma, e o seu contingente cosmopolita que habitaria o bairro. As indústrias atraíram primeiramente os alemães, juntando-se a eles os italianos, poloneses, árabes e, em menor escala, os espanhóis, austríacos e israelitas. Destaca-se a presença de muitos portugueses e o fato de que em uma mesma quadra do bairro, conviviam moradores de diversas etnias.

Atualmente, o bairro Floresta dialoga com a transição de usos sobre as formas (património construído) ali exis-tentes, que estimulam e relacionam novas forças de ser-viços, comerciais e residenciais, com galpões industriais e edifícios históricos. A migração de muitas empresas de médio porte já contribuem de forma significativa para a revitalização da região, com importante papel de inter-ligação com os bairros tradicionais da cidade.

Foto aerea de Porto Alegre situando o

conjunto no bairro Floresta.

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MOINHOS DE VENTO

FLORESTA

P/ AUXILIADORA

P/ SÃO GERALDO

P/ CENTRO

rodoviaria

p aeroporto

P/ INDEPÊNDENCIA

av. f

arrap

os

av. c

risto

vao co

lombo

av. v

olun

tario

s da

pat

ria

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Situado na Rua São Carlos, nº 753, 759 e 765, esquina com a Rua Hoffmann, nº 477 e 459, o conjunto, construído entre os anos 1925 e 1928 é um complexo arquitetônico formado por 3 edificações totalizando 2.332 m2 de área construída em um terreno de 1.415 m2:

1. edifício de 3 pavimentos na Rua São Carlos – total área construída: 1.041 m2

2. edifício de 3 pavimentos na Rua Hoffman – total área construída: 1.115 m2

3. galpão térreo de 176 m2O empreendimento foi realizado pelo doutor Oscar

Bastian Pinto e o projeto arquitetônico pelo engenheiro-arquiteto José Franz Seraph Lutzenberger, alemão chegado a Porto Alegre no ano de 1920 que teve importantes contribuições para a arquitetura da cidade, entre elas a Igreja São José, o Palácio do Comércio e o Orfanato Pão dos Pobres. O conjunto teve seu uso até então destinado

a “casas de aluguel” para pessoas e famílias que vinham habitar o Bairro Floresta, em franca expansão industrial na época da construção do empreendimento. No piso térreo, predominou o uso comercial e alguns serviços que se aproveitavam da localização na esquina da quadra.

Atualmente em processo de restauro, vale notar que a fachada das edificações voltadas para a rua se encontram em excelentes condições, preservando as características da arquitetura original. Um detalhe notável nos edifícios é a utilização de bay-windows, afim de destacar a es-quina dos predios, solução muito comum na arquitetura alemã do final do século XX. Em contrapartida, as facha-das posteriores, voltadas para o pátio, foram bastante modificadas pelos diferentes inquilinos ao longo dos anos, fator este determinante nas decisões de projeto a cerca dos novos elementos construídos que contrastam e valorizam as carcterísticas originais da edificação.

complexo arquitetonico

Aquarela do projeto original do edifício na

rua São Carlos.

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Esquina das ruas Hoffman e São Carlos. O pátio interno atualmente, e detalhe da porta de acesso aos pavimentos superiores. Nesta página, detalhe da bay-window.

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Este projeto tem como ambição a revitalização dos edifícios e adaptação de seu uso a uma demanda contemporânea. Vemos a intervenção como um grande potencial para melhoria da região e manutenção da memória e do patrimônio material de Porto Alegre.

Para isso o tomamos como premissa de projeto o restauro das fachadas externas, bem como as bay-windows e das aberturas originais de madeira. O objetivo é ter a conformação da quadra, os acessos e passeios, assim como havia pensado o arquiteto Joseph Lutzenberger, aproveitando a boa orientação, insolação e ventilação.

A modificação ocorre na face interna, onde uma nova estrutura organiza as plantas dos pavimentos e suporta as infraestruturas ao novo uso do complexo.

Nas fachadas internas dos dois edifícios, no alin-hamento dos núcleos hidráulicos, pensamos uma nova estrutura metálica que parasita os prédios. Essa estrutura

com fechamentos em vidro e madeira soma metragem as áreas molhadas e cria espaços de convívio, fundamental para a nova organização da planta.

A principal função desta construção é garantir o bom funcionamento das infraestruturas: água, esgoto, descidas pluviais, energia, gás, aproveitamento de água de chuva e sol. A intervenção estabelece uma nova prumada externa que garante o abastecimento de água e luz a uma demanda maior e mais moderna do que o previsto em 1928 quando o prédio foi concebido. Considera-se o aproveitamento de água da chuva, e aquecimento de água por placas solares, armazenamento de águas cinzas para suprir usos como irrigação dos jardins e abastecimento dos vasos sanitários.

No térreo, a nova estrutura funciona como uma mar-quise para um passeio coberto de galeria que convida as pessoas a ingressarem no conjunto.

Ao lado, imagem da rua São Carlos e o acesso principal à praça do conjnto.

o projeto

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Fotos da maquete, face anterior

e posterior do conjunto e as novas

infraestruturas.

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Térreo - galeriaValorizando o passeio publico, o pátio interno se torna uma extensão da rua. O térreo é uma galeria comercial com lojas voltadas para esse pátio . O Galpão no fundo adquire então uma função diferenciada de serviço ao usuário: um restaurante, um café, uma sala de exposição ou sala de eventos.

Os acessos para pedestre são nas extremidades dos edifícios e na entrada centralizada entre o edifício da rua São Carlos e o edifício da rua Hoffman. Para o acesso de automóveis, em caso de emergência e carga e descarga foi projetado um portão na extremidade do conjunto.

Ed. São Carlos - salas comerciais, trabalhoA planta tipo do Edifício São Carlos é adaptada para comportar salas comerciais. A nova estrutura amplia os núcleos molhados (banheiros e copa) e cria zonas de con-vivência organizando a circulação interna. O pavimento tem área total de 240m2 considerando área comum de 45m2 (copa, banheiros e varanda) e pode ser comparti-mentado em salas menores.planta térreo - usos

planta térreo - acessos

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O acesso dos andares é feito pelas caixas de escadas que dão para rua e são de uso exclusivo dos condôminos e eventuais clientes.

Ed. Hoffman - habitação, moradaLevando em conta o caráter original concebido ao edifício e valorizando a vitalidade do conjunto com a multiplici-dade de usos, destina-se o programa dos pavimentos su-periores do Ed. Hoffmann à habitação. Uma flexibilidade concebida às plantas permitem diferentes possibilidades de locação, seja para o aluguel tradicional, com variação de metragem dos apartamentos, ou para um aluguel tem-porário, com células menores no pavimento intercaladas com áreas comuns.

Para isso é preciso fazer algumas adaptações para atender a demanda atual. Aberturas de vãos nas paredes permite a criação de espaços mais integrados. Cozinhas e banheiros ganham área com a nova estrutura que forma uma grande varanda que contempla o pátio e suas ativi-dades. O acesso dos moradores continua exclusivo e in-dependente dos usos do térreo, pela rua Hoffman. planta pav. tipo - usos

planta pav. tipo - acessos

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PAVIMENTO TÉRREO 0 10 m

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0 10 mPAVIMENTO TIPO - OPÇÃO A: ed. São Carlos (serviços) | ed. Hoffman (habitação)

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0 10 mPAVIMENTO TIPO - OPÇÃO B: ed. São Carlos (serviços) | ed. Hoffman (habitação temporária)

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0 10 mPAVIMENTO TIPO - OPÇÃO C: ed. São Carlos (serviços) | ed. Hoffman (serviços)

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0 10 mPAVIMENTO SOTÃO: ed. São Carlos (serviços) | ed. Hoffman (habitação)

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PLANTA DE COBERTURA 0 10 m

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CORTE B

CORTE A

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CORTE D

CORTE C

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Perspectiva do pátio interno. A marquise e

as novas estruturas que parasitam

os edificios.

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ÁREA DO TERRENO: 1.415 m2

TOTAL CONSTRUÍDO ATUAL: 2.332 m2ed. São Carlos: 1.041 m2

ed. Hoffman: 1.115 m2

galpão: 176 m2

TOTAL A CONSTRUIR: 272 m2estruturas parasitas: 196 m2

anexo galpão: 76 m2

TOTAL ÁREA CONSTRUÍDA: 2.604 m2

TOTAL ÁREA ÚTIL: 2.122 m2ed. São Carlos: 890 m2

ed. Hoffman: 998 m2

galpão+ anexo: 234 m2

T.0. (taxa e ocupação): 70%

C.A. (coeficiente de aproveitamento): 1,84

Taxa de permeabilidade: 56% (80 m2)

Perspectiva da circulação horizontal

do edifício São Carlos. Detalhe para a nova área comum

favorecida pela nova estrutura.

quadro de areas

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