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UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE CENTRO DE TECNOLOGIA PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ENGENHARIA ELÉTRICA MAX CHIANCA PIMENTEL FILHO USO DE TÉCNICAS DE OTIMIZAÇÃO BASEADAS EM DERIVADAS COMO SUPORTE DO PLANEJAMENTO OPERACIONAL DE REDES DE DISTRIBUIÇÃO DE ENERGIA ELÉTRICA Orientador: Prof. Dr. Ing. Manoel Firmino de Medeiros Júnior. Co-orientador: Prof. Dr. Sc. José Tavares de Oliveira NATAL 2005

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Page 1: USO DE TÉCNICAS DE OTIMIZAÇÃO BASEADAS EM … · transmissão, os níveis de tensão são altos e as linhas são geralmente muito longas. Esses fatores contribuem para que os efeitos

UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE CENTRO DE TECNOLOGIA

PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ENGENHARIA ELÉTRICA

MAX CHIANCA PIMENTEL FILHO

USO DE TÉCNICAS DE OTIMIZAÇÃO BASEADAS EM DERIVADAS COMO SUPORTE DO PLANEJAMENTO OPERACIONAL DE REDES DE DISTRIBUIÇÃO DE

ENERGIA ELÉTRICA

Orientador: Prof. Dr. Ing. Manoel Firmino de Medeiros Júnior. Co-orientador: Prof. Dr. Sc. José Tavares de Oliveira

NATAL 2005

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MAX CHIANCA PIMENTEL FILHO

USO DE TÉCNICAS DE OTIMIZAÇÃO BASEADAS EM DERIVADAS COMO SUPORTE DO PLANEJAMENTO OPERACIONAL DE REDES DE DISTRIBUIÇÃO DE

ENERGIA ELÉTRICA

Tese de Doutorado submetida ao Programa de Pós-Graduação em Engenharia Elétrica do Centro de Tecnologia da Universidade Federal do Rio Grande do Norte, em cumprimento às exigências para obtenção do grau de Doutor em Ciências, na área de Automação e Sistemas de Energia Elétrica. Orientador: Prof. Dr. Ing. Manoel Firmino de Medeiros Júnior. Co-orientador: Prof. Dr. Sc. José Tavares de Oliveira

NATAL 2005

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MAX CHIANCA PIMENTEL FILHO

USO DE TÉCNICAS DE OTIMIZAÇÃO BASEADAS EM DERIVADAS COMO SUPORTE DO PLANEJAMENTO

OPERACIONAL DE REDES DE DISTRIBUIÇÃO DE ENERGIA ELÉTRICA

Tese de Doutorado submetida ao Programa de Pós-Graduação em Engenharia Elétrica do Centro de Tecnologia da Universidade Federal do Rio Grande do Norte, em cumprimento às exigências para obtenção do grau de Doutor em Ciências, na área de Automação e Sistemas de Energia Elétrica.

Data de aprovação: ______/_______/_______

BANCA EXAMINADORA

_____________________________________________ Prof. Dr. Ing Manoel Firmino de Medeiros Júnior (Orientador)

Universidade Federal do Rio Grande do Norte - UFRN

______________________________________________ Prof. Dr. Sc. José Tavares de Oliveira (Co-orientador) Universidade Federal do Rio Grande do Norte - UFRN

_____________________________________________ Prof. Dr. Sc. Marcos Antonio Dias de Almeida (Membro) Universidade Federal do Rio Grande do Norte - UFRN

_____________________________________________ Prof. Dr. Ubiratan Holanda Bezerra (Membro)

Universidade Federal da Pará - UFPA

_____________________________________________ Prof. Dr. Benemar Alencar de Souza (Membro)

Universidade Federal de Campina Grande - UFCG

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AGRADECIMENTOS

• Ao meu pai Max (em memória) e a minha mãe Teresa, que foram os que

mais investiram para que eu pudesse chegar a este estágio; • A meu filho Fernando, que apesar de não entender a dimensão deste

trabalho, indiretamente me ajudou muito; • As minhas irmãs Adriane, Ana Esmera e Teresa pelo apoio moral; • Ao professor Manoel Firmino por além de cumprir com sua tarefa de

orientador também soube ser um amigo nas horas difíceis; • Aos professores e amigos do Departamento de Engenharia Elétrica -

DEE e Departamento de engenharia da Computação e Automação - DCA;

• A Universidade Federal do Rio Grande do Norte - UFRN pela oportunidade;

• A Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior - CAPES pelo apoio financeiro;

• A Companhia Energética do Rio Grande do Norte - COSERN por fornecer todos os dados necessários para realização do trabalho;

• A outras pessoas e entidades que contribuíram direta ou indiretamente para realização.

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RESUMO

Os programas desenvolvidos para o cálculo de fluxo de carga sempre

foram amplamente utilizados objetivando simular sistemas de transmissão,

subtransmissão e distribuição de energia elétrica. Entretanto, os métodos

matemáticos aplicados para esse cálculo estruturavam-se, em sua maioria,

tomando como base apenas as características dos sistemas de transmissão,

os quais eram o principal foco de preocupação dos engenheiros e

pesquisadores. Todavia, as características físicas desses sistemas são

bastante diferentes da realidade dos de distribuição. Nos sistemas de

transmissão, os níveis de tensão são altos e as linhas são geralmente muito

longas. Esses fatores contribuem para que os efeitos capacitivos e indutivos

que aparecem nos sistemas passem a ter uma influência considerável nos

valores das grandezas de interesse, razão por que devem ser considerados.

Ainda nos sistemas de transmissão, as cargas são de natureza macro, a

exemplo de cidades, bairros, ou grandes indústrias ou consumidores. Tais

cargas são, em geral, praticamente equilibradas, o que reduz a necessidade de

utilização de metodologias trifásicas para o cálculo do fluxo. Os sistemas de

distribuição, por sua vez, pressupõem outras implicações, apesar de os níveis

de tensão serem pequenos em comparação aos de transmissão, o que

praticamente anula o efeito capacitivo das linhas. Como as cargas passam a

ser, neste caso, transformadores, em cujos secundários estão conectados

pequenos consumidores, muitas vezes, monofásicos, a possibilidade de se

encontrar um circuito desbalanceado é grande. Portanto, face a tal

possibilidade, a utilização de metodologias trifásicas assume uma dimensão

importante. Além disso, equipamentos como reguladores de tensão, para cujo

funcionamento utilizam simultaneamente o conceito de tensão de fase e de

linha, necessitam de uma metodologia trifásica, para que seu modelo permita

simulação em tempo real. Pelas razões expostas, o trabalho apresenta um

método de cálculo de fluxo de carga trifásico para sistemas de distribuição de

energia. No intuito de realizar tal tarefa, foi utilizado como base o método Soma

de Potências, já bastante testado e aprovado na simulação de sistemas radiais

de distribuição de energia elétrica. As linhas são a três fios, considerando-se o

acoplamento magnético entre as fases; já o efeito da terra foi considerado

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através da correção de Carson. É interessante ressaltar que, apesar de as

cargas estarem normalmente conectadas nos secundários dos

transformadores, foi considerada, além dessa possibilidade, a hipótese da

existência de cargas em estrela ou delta no circuito primário. Já para a

simulação de reguladores de tensão, foi utilizado um novo modelo que permite

a simulação dos vários tipos de configurações, de acordo com o seu

funcionamento real. Por fim, também foi considerada a possibilidade da

representação com chaves de medição de corrente em diversos pontos do

alimentador. As cargas são ajustadas, durante o processo iterativo, de maneira

que a corrente em cada chave convirja para o valor especificado nos dados de

entrada. Em uma segunda etapa, tomando como base o fluxo de carga

descrito, o trabalho apresenta um método de cálculo para os parâmetros de

sensibilidade, com o objetivo de serem aplicados em processos de otimização.

Esses parâmetros são encontrados através do cálculo da derivada parcial de

uma variável com relação a uma outra, determinando a taxa de variação entre

elas. Após a descrição de cálculo dos parâmetros de sensibilidade, apresenta-

se o método do gradiente, que usa esses parâmetros para determinar o ponto

ótimo de uma função objetivo, que será definida para cada tipo de estudo.

Neste trabalho são abordados dois tipos de problema. O primeiro refere-se à

redução das perdas técnicas em um alimentador de média tensão, através da

instalação de bancos de capacitores; o segundo trata do problema da correção

do perfil de tensão, através da instalação de bancos de capacitores ou de

reguladores de tensão. No caso da redução das perdas será considerada,

como função objetivo, a soma das perdas em todos os trechos do sistema. Já

para a correção do perfil de tensão, a função objetivo será a soma do quadrado

dos desvios de tensão em cada nó, com relação à tensão requerida. No final do

trabalho, os métodos descritos foram aplicados em alguns alimentadores com a

finalidade de testar o seu desempenho e precisão.

Palavras-chave: Capacitor. Regulador de tensão. Cálculo de fluxo de carga. Otimização.

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ABSTRACT

The usual programs for load flow calculation were in general developped

aiming the simulation of electric energy transmission, subtransmission and

distribution systems. However, the mathematical methods and algorithms used

by the formulations were based, in majority, just on the characteristics of the

transmittion systems, which were the main concern focus of engineers and

researchers. Though, the physical characteristics of these systems are quite

different from the distribution ones. In the transmission systems, the voltage

levels are high and the lines are generally very long. These aspects contribute

the capacitive and inductive effects that appear in the system to have a

considerable influence in the values of the interest quantities, reason why they

should be taken into consideration. Still in the transmission systems, the loads

have a macro nature, as for example, cities, neiborhoods, or big industries.

These loads are, generally, practically balanced, what reduces the necessity of

utilization of three-phase methodology for the load flow calculation. Distribution

systems, on the other hand, present different characteristics: the voltage levels

are small in comparison to the transmission ones. This almost annul the

capacitive effects of the lines. The loads are, in this case, transformers, in

whose secondaries are connected small consumers, in a sort of times, mono-

phase ones, so that the probability of finding an unbalanced circuit is high. This

way, the utilization of three-phase methodologies assumes an important

dimension. Besides, equipments like voltage regulators, that use simultaneously

the concepts of phase and line voltage in their functioning, need a three-phase

methodology, in order to allow the simulation of their real behavior. For the

exposed reasons, initially was developped, in the scope of this work, a method

for three-phase load flow calculation in order to simulate the steady-state

behaviour of distribution systems. Aiming to achieve this goal, the Power

Summation Algorithm was used, as a base for developing the three phase

method. This algorithm was already widely tested and approved by researchers

and engineers in the simulation of radial electric energy distribution systems,

mainly for single-phase representation. By our formulation, lines are modeled in

three-phase circuits, considering the magnetic coupling between the phases;

but the earth effect is considered through the Carson reduction. It’s important to

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point out that, in spite of the loads being normally connected to the

transformer’s secondaries, was considered the hypothesis of existence of star

or delta loads connected to the primary circuit. To perform the simulation of

voltage regulators, a new model was utilized, allowing the simulation of various

types of configurations, according to their real functioning. Finally, was

considered the possibility of representation of switches with current measuring

in various points of the feeder. The loads are adjusted during the iteractive

process, in order to match the current in each switch, converging to the

measured value specified by the input data. In a second stage of the work,

sensibility parameters were derived taking as base the described load flow, with

the objective of suporting further optimization processes. This parameters are

found by calculating of the partial derivatives of a variable in respect to another,

in general, voltages, losses and reactive powers. After describing the

calculation of the sensibility parameters, the Gradient Method was presented,

using these parameters to optimize an objective function, that will be defined for

each type of study. The first one refers to the reduction of technical losses in a

medium voltage feeder, through the installation of capacitor banks; the second

one refers to the problem of correction of voltage profile, through the instalation

of capacitor banks or voltage regulators. In case of the losses reduction will be

considered, as objective function, the sum of the losses in all the parts of the

system. To the correction of the voltage profile, the objective function will be the

sum of the square voltage deviations in each node, in respect to the rated

voltage. In the end of the work, results of application of the described methods

in some feeders are presented, aiming to give insight about their performance

and acuity.

Key-words: Capacitor. Voltage Regulatior. Load flour calculation. Optimization.

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LISTA DE FIGURAS

Figura 1 – Diagrama unifilar de um sistema de distribuição simplificado ... 42 Figura 2 – Sistema reduzido a dois nós ..................................................... 42 Figura 3 – Fluxograma do método da soma de potências ......................... 45 Figura 4 – Linha de transmissão trifásica ................................................... 48 Figura 5 – Linha de transmissão bifásica ................................................... 48 Figura 6 – Linha de transmissão monofásica ............................................. 49 Figura 7 – Carga trifásica ligada em delta .................................................. 51 Figura 8 – Carga trifásica ligada em estrela ............................................... 53 Figura 9 – Carga monofásica ligada entre duas fases ............................... 57 Figura 10 – Circuito simplificado de um transformador monofásico ........... 59 Figura 11 – Circuito completo equivalente de um transformador monofásico com carga no secundário ............................................................................ 63 Figura 12 – Circuito equivalente de um transformador trifásico ∆-Y .......... 65 Figura 13 – Circuito equivalente de um transformador trifásico ∆-∆ ........... 67 Figura 14 – Circuito equivalente de um transformador monofásico com carga conectada no seu secundário ..................................................................... 69 Figura 15 – Circuito equivalente de um transformador monofásico (MRT) com carga conectada no seu secundário ........................................................... 70 Figura 16 – Circuito equivalente de um transformador .............................. 74 Figura 17 – Circuito equivalente de um regulador de tensão ..................... 75 Figura 18 – Reguladores conectados em Y ............................................... 80 Figura 19 – Fasores representativos das tensões de entrada e saída de três reguladores conectados em Y .................................................................... 81 Figura 20 – Reguladores conectados em ∆ ............................................... 83 Figura 21 – Fasores representativos das tensões de entrada e saída de três reguladores conectados em ∆ ..................................................................... 84 Figura 22 – Reguladores conectados em ∆ ............................................... 87

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Figura 23 – Fasores representativos das tensões de entrada e saída de dois reguladores conectados em delta aberto .................................................... 92 Figura 24 – Reguladores conectados em delta aberto ............................... 93 Figura 25 – Circuito simplificado do compensador de queda de linha ....... 97 Figura 26 – Curva de carga representativa de um alimentador ................. 103 Figura 27 – Curva de carga representativa de um alimentador rural, para as três fases .................................................................................................... 104 Figura 28 – Curva de carga representativa de um alimentador residencial, para as três fases ................................................................................................ 104 Figura 29 – Gráfico representativo de uma população qualquer ............... 105 Figura 30 – Gráfico representativo da aplicação do método K-means ....... 106 Figura 31 – Curva de carga qualquer ......................................................... 107 Figura 32 – Patamares estabelecidos pelo método ................................... 108 Figura 33 – Comparativo entre a curva original e a curva aproximada ...... 109 Figura 34 – Comparativo entre a curva original e a curva aproximada apresentado de forma contínua .................................................................. 110 Figura 35 – Diagrama unifilar de um sistema de distribuição simplificado . 126 Figura 36 – Trecho de um sistema de distribuição ..................................... 134 Figura 37 – Variação da função objetivo quando se varia a posição do regulador ao longo alimentador .................................................................. 147 Figura 38 – Efeito proporcional da tensão de regulação sobre o perfil de tensão ..................................................................................................................... 150 Figura 39 – Efeito da instalação de um regulador de tensão nó 7, sobre o perfil de tensão da rede; Azul: cálculo exato, preto: cálculo aproximado. Composição usual das cargas ......................................................................................... 151 Figura 40 – Idem Fig. 39; Composição das cargas: 100% potência constante para as partes ativa e reativa ...................................................................... 152 Figura 41 – Perfil da tensão de linha no tronco do alimentador do sistema NTU-01J3 ............................................................................................................ 166

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Figura 42 – Perfil da tensão de linha no tronco do alimentador do sistema NTU-01J3, para o caso desequilibrado ............................................................... 168 Figura 43 – Perfil da tensão de linha no tronco do alimentador do sistema NTU-01J3, para o caso desequilibrado com cargas conectadas no circuito primário .................................................................. 170 Figura 44 – Perfil da tensão de linha no tronco do alimentador do sistema NEO-01N6 .................................................................................................. 172 Figura 45 – Perfil da tensão de linha no tronco do alimentador do sistema NEO-01N6, para o caso desequilibrado ..................................................... 174 Figura 46 – Perfil da tensão de linha no tronco do alimentador do sistema NEO-01N6, para o caso desequilibrado com cargas conectadas no circuito primário ....................................................................................................... 176 Figura 47 – Perfil da tensão de fase no tronco do alimentador do sistema AÇU-01Z1, com regulador funcionando em delta fechado .................................. 179 Figura 48 – Perfil da tensão de linha no tronco do alimentador do sistema AÇU-01Z1, com regulador funcionando em delta fechado ......................... 179 Figura 49 – Perfil da tensão de linha no tronco do alimentador do sistema AÇU-01Z1 para regulação remota .............................................................. 182 Figura 50 – Perfil da tensão de fase no tronco do alimentador do sistema AÇU-01Z1, com regulador funcionando em delta aberto ..................................... 184 Figura 51 – Perfil da tensão de linha no tronco do alimentador do sistema AÇU-01Z1, com regulador funcionando em delta aberto ............................ 185 Figura 52 – Perfil da tensão de fase no tronco do alimentador do sistema AÇU-01Z1 para o caso desequilibrado com os reguladores funcionando em delta fechado ....................................................................................................... 187 Figura 53 – Perfil da tensão de linha no do tronco do alimentador do sistema AÇU-01Z1 para o caso desequilibrado com os reguladores funcionando em delta fechado .............................................................................................. 188 Figura 54 – Perfil da tensão de fase no tronco do alimentador do sistema AÇU-01Z1 para o caso desequilibrado com os reguladores funcionando em delta aberto .......................................................................................................... 190 Figura 55 – Perfil da tensão de linha ao longo no tronco do alimentador do sistema AÇU-01Z1 para o caso desequilibrado com os reguladores funcionando em delta aberto ....................................................................... 191 Figura 56 – Perfil da tensão de fase ao longo no tronco do alimentador do sistema DMA-01M1 com os reguladores funcionando em delta fechado ... 193

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Figura 57 – Perfil da tensão de linha no tronco do alimentador do sistema DMA-01M1 com os reguladores funcionando em delta fechado ................ 194 Figura 58 – Perfil da tensão de linha no tronco do alimentador do sistema DMA-01M1 para regulação remota ............................................................. 196 Figura 59 – Perfil da tensão de fase no tronco do alimentador do sistema DMA-01M1 para o caso equilibrado com os reguladores funcionando em delta aberto ..................................................................................................................... 198 Figura 60 – Perfil da tensão de linha no tronco do alimentador do sistema DMA-01M1 para o caso equilibrado com os reguladores funcionando em delta aberto .......................................................................................................... 199 Figura 61 – Perfil da tensão de linha no tronco do alimentador do sistema DMA-01M1 para o caso desequilibrado com os reguladores funcionando em delta fechado .............................................................................................. 201 Figura 62 – Perfil da tensão de linha no tronco do alimentador do sistema DMA-01M1 para o caso desequilibrado com os reguladores funcionando em delta fechado .............................................................................................. 202 Figura 63 – Perfil da tensão de fase no tronco do alimentador do sistema DMA-01M1 para o caso desequilibrado com os reguladores funcionando em delta aberto .......................................................................................................... 204 Figura 64 – Perfil da tensão de linha no tronco do alimentador do sistema DMA-01M1 para o caso desequilibrado com os reguladores funcionando em delta aberto ................................................................................................. 205 Figura 65 – Curva de carga real e aproximada durante um dia típico do sistema NTU 01J3 .................................................................................................... 206 Figura 66 – Curva de carga real e aproximada durante um dia típico do sistema NEO 01N6 ................................................................................................... 208 Figura 67 – Perfil da tensão de linha no tronco do alimentador trechos do sistema NTU-01J3, para o caso de nós com tensão controlada ................. 211 Figura 68 – Perfil da tensão de linha no tronco do alimentador do sistema NEO-01N6, para o caso de nós com tensão controlada ............................. 213 Figura 69 – Perfil da tensão de linha no tronco do alimentador do sistema NTU-01J3, para o cálculo com ajuste de corrente .............................................. 215 Figura 70 – Perfil da tensão de linha no tronco do alimentador do sistema NEO-01N6, para o cálculo com ajuste de corrente ..................................... 218

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Figura 71 – Perfil da tensão de linha no tronco do alimentador do sistema NTU-01J3, para solução discreta do cálculo com redução de perdas (Método de Newton) ...................................................................................................... 221 Figura 72 – Perfil da tensão de linha no tronco do alimentador do sistema NEO-01N6, para solução discreta do cálculo com redução de perdas (Método de Newton) .................................................................................................. 223 Figura 73 – Perfil da tensão de linha no tronco do alimentador do sistema NTU-01J3, para solução discreta do cálculo com redução de perdas (Método de Gradiente) ................................................................................................... 226 Figura 74 – Perfil da tensão de linha no tronco do alimentador do sistema NEO-01N6, para solução discreta do cálculo com redução de perdas (Método de Gradiente) .............................................................................................. 228 Figura 75 – Perfil da tensão de linha no tronco do alimentador do sistema NTU-01J3, para solução discreta do cálculo com ajuste do perfil de tensão (Método do Gradiente) .............................................................................................. 230 Figura 76 – Perfil da tensão de linha no tronco do alimentador do sistema NEO-01N6, para solução discreta do cálculo com ajuste do perfil de tensão (Método do Gradiente) ................................................................................ 233 Figura 77 – Perfil da tensão de linha no tronco do alimentador do sistema NTU- 01J3, para solução discreta do cálculo com ajuste do perfil de tensão (Método do Alternativo) ............................................................................................. 235 Figura 78 – Perfil da tensão de linha no tronco do alimentador do sistema NEO-01N6, para solução discreta do cálculo com ajuste do perfil de tensão (Método do Alternativo) ............................................................................... 237 Figura 79 – Perfil da tensão de linha no tronco do alimentador do sistema NTU-01J3, para o cálculo da localização ótima de reguladores .......................... 240 Figura 80 – Perfil da tensão de linha no tronco do alimentador do sistema NEO-01N6, para o cálculo da localização ótima de reguladores ................ 242

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LISTA DE TABELAS

Tabela 1 – Resultados dos ensaios de laboratório feitos em transformadores de distribuição .................................................................................................. 61 Tabela 2 – Limites laterais das descontinuidades do gráfico da figura 37... 148 Tabela 3 – Dados gerais dos sistemas testados ........................................ 161 Tabela 4 – Resumo dos resultados do sistema NTU-01J3 ........................ 165 Tabela 5 – Resultados de nós do sistema NTU-01J3 ................................ 165 Tabela 6 – Resultados de trechos do sistema NTU-01J3 .......................... 166 Tabela 7 – Resumo dos resultados do sistema NTU-01J3, para o caso desequilibrado ............................................................................................. 167 Tabela 8 – Resultados de nós do sistema NTU-01J3, para o caso desequilibrado ............................................................................................. 167 Tabela 9 – Resultados de trechos do sistema NTU-01J3, para o caso desequilibrado ............................................................................................. 168 Tabela 10 – Resumo dos resultados do sistema NTU-01J3, para o caso desequilibrado com cargas conectadas no circuito primário ....................... 169 Tabela 11 – Resultados de nós do sistema NTU-01J3, para o caso desequilibrado com cargas conectadas no circuito primário ....................... 169 Tabela 12 – Resultados de trechos do sistema NTU-01J3, para o caso desequilibrado com cargas conectadas no circuito primário ....................... 169 Tabela 13 – Resumo dos resultados do sistema NEO-01N6 ..................... 171 Tabela 14 – Resultados de nós do sistema NEO-01N6 ............................. 171 Tabela 15 – Resultados de trechos do sistema NEO-01N6 ....................... 171 Tabela 16 – Resumo dos resultados do sistema NEO-01N6, para o caso desequilibrado ............................................................................................. 173 Tabela 17 – Resultados de nós do sistema NEO-01N6, para o caso desequilibrado ............................................................................................. 173 Tabela 18 – Resultados de trechos do sistema NEO-01N6, para o caso desequilibrado ............................................................................................. 174

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Tabela 19 – Resumo dos resultados do sistema NEO-01N6, para o caso desequilibrado com cargas conectadas no circuito primário ....................... 175 Tabela 20 – Resultados de nós do sistema NEO-01N6, para o caso desequilibrado com cargas conectadas no circuito primário ....................... 175 Tabela 21 – Resultados de trechos do sistema NEO-01N6, para o caso desequilibrado com cargas conectadas no circuito primário ....................... 175

Tabela 22 – Resumo dos resultados do sistema AÇU-01Z1, com regulador funcionando em delta fechado .................................................................... 178

Tabela 23 – Resultados de nós do sistema AÇU-01Z1, com regulador funcionando em delta fechado .................................................................... 178

Tabela 24 - Resultados de trechos do sistema AÇU-01Z1, com regulador funcionando em delta fechado .................................................................... 178

Tabela 25 – Resultados de reguladores do sistema AÇU-01Z1, com regulador funcionando em delta fechado .................................................................... 178

Tabela 26 – Resumo dos resultados do sistema AÇU-01Z1 para regulação remota ......................................................................................................... 180 Tabela 27 – Resultados de nós do sistema AÇU-01Z1 para regulação remota ..................................................................................................................... 181

Tabela 28 – Resultados de trechos do sistema AÇU-01Z1 para regulação remota ......................................................................................................... 181

Tabela 29 – Resultados de reguladores do sistema AÇU-01Z1 para regulação remota ......................................................................................................... 181

Tabela 30 – Ajuste do R e do X do regulador do sistema AÇU-01Z1 para regulação remota ........................................................................................ 181

Tabela 31 – Resumo dos resultados do sistema AÇU-01Z1, com regulador funcionando em delta aberto ....................................................................... 183

Tabela 32 – Resultados de nós do sistema AÇU-01Z1, com regulador funcionando em delta aberto ....................................................................... 183

Tabela 33 – Resultados de trechos do sistema AÇU-01Z1, com regulador funcionando em delta aberto ....................................................................... 183

Tabela 34 – Resultados de reguladores do sistema AÇU-01Z1, com regulador funcionando em delta aberto ....................................................................... 184

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Tabela 35 – Resumo dos resultados do sistema AÇU-01Z1 para o caso desequilibrado com os reguladores funcionando em delta fechado ........... 186

Tabela 36 – Resultados de nós do sistema AÇU-01Z1 para o caso desequilibrado com os reguladores funcionando em delta fechado ........... 186

Tabela 37 – Resultados de trechos do sistema AÇU-01Z1 para o caso desequilibrado com os reguladores funcionando em delta fechado ........... 186

Tabela 38 – Resultados de reguladores do sistema AÇU-01Z1 para o caso desequilibrado com os reguladores funcionando em delta fechado ........... 187

Tabela 39 – Resumo dos resultados do sistema AÇU-01Z1 para o caso desequilibrado com os reguladores funcionando em delta aberto............... 189

Tabela 40 – Resultados de nós do sistema AÇU-01Z1 para o caso desequilibrado com os reguladores funcionando em delta aberto .............. 189

Tabela 41 – Resultados de trechos do sistema AÇU-01Z1 para o caso desequilibrado com os reguladores funcionando em delta aberto .............. 189

Tabela 42 – Resultados de reguladores do sistema AÇU-01Z1 para o caso desequilibrado com os reguladores funcionando em delta aberto .............. 190

Tabela 43 – Resumo dos resultados do sistema DMA-01M1 com os reguladores funcionando em delta fechado ................................................ 192

Tabela 44 – Resultados de nós do sistema DMA-01M1 com os reguladores funcionando em delta fechado .................................................................... 192

Tabela 45 – Resultados de trechos do sistema DMA-01M1 com os reguladores funcionando em delta fechado .................................................................... 193

Tabela 46 – Resultados de reguladores do sistema DMA-01M1 com os reguladores funcionando em delta fechado ................................................ 193 Tabela 47 – Resumo dos resultados do sistema DMA-01M1 para regulação remota ......................................................................................................... 194 Tabela 48 – Resultados de nós do sistema DMA-01M1 para regulação remota ..................................................................................................................... 195 Tabela 49 – Resultados de trechos do sistema DMA-01M1 para regulação remota ......................................................................................................... 195 Tabela 50 – Resultados de reguladores do sistema DMA-01M1 para regulação remota ......................................................................................................... 195 Tabela 51 – Resumo dos resultados do sistema DMA-01M1 para regulação remota ......................................................................................................... 196

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Tabela 52 – Resumo dos resultados do sistema DMA-01M1 para o caso equilibrado com os reguladores funcionando em delta aberto .................... 197 Tabela 53 – Resultados de nós do sistema DMA-01M1 para o caso equilibrado com os reguladores funcionando em delta aberto ...................................... 197 Tabela 54 – Resultados de trechos do sistema DMA-01M1 para o caso equilibrado com os reguladores funcionando em delta aberto .................... 197 Tabela 55 – Resultados de reguladores do sistema DMA-01M1 para o caso equilibrado com os reguladores funcionando em delta aberto .................... 198 Tabela 56 – Resumo dos resultados do sistema DMA-01M1 para o caso desequilibrado com os reguladores funcionando em delta fechado ........... 200 Tabela 57 – Resultados de nós do sistema DMA-01M1 para o caso desequilibrado com os reguladores funcionando em delta fechado ........... 200 Tabela 58 – Resultados de trechos do sistema DMA-01M1 para o caso desequilibrado com os reguladores funcionando em delta fechado ........... 200 Tabela 59 – Resultados de reguladores do sistema DMA-01M1 para o caso desequilibrado com os reguladores funcionando em delta fechado ........... 201 Tabela 60 – Resumo dos resultados do sistema DMA-01M1 para o caso desequilibrado com os reguladores funcionando em delta aberto .............. 202 Tabela 61 – Resultados de nós do sistema DMA-01M1 para o caso desequilibrado com os reguladores funcionando em delta aberto .............. 203 Tabela 62 – Resultados de trechos do sistema DMA-01M1 para o caso desequilibrado com os reguladores funcionando em delta aberto .............. 203 Tabela 63 – Resultados de reguladores do sistema DMA-01M1 para o caso desequilibrado com os reguladores funcionando em delta aberto .............. 204 Tabela 64 – Energia fornecida ao sistema NTU 01J3 ................................ 207 Tabela 65 – Perdas no sistema NTU 01J3 ................................................. 207 Tabela 66 – Energia vendida no sistema NTU 01J3 .................................. 207 Tabela 67 – Energia fornecida ao sistema NEO 01N6 ............................... 208

Tabela 68 – Perdas no sistema NEO 01N6 ................................................ 209

Tabela 69 – Energia vendida no sistema NEO 01N6 ................................. 209

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Tabela 70 – Resumo dos resultados do sistema NTU-01J3, para o caso de nós com tensão controlada ................................................................................ 210

Tabela 71 – Resultados de nós do sistema NTU-01J3, para o caso de nós com tensão controlada ....................................................................................... 210

Tabela 72 – Resultados de trechos do sistema NTU-01J3, para o caso de nós com tensão controlada ................................................................................ 210

Tabela 73 – Resumo dos resultados do sistema NEO-01N6, para o caso de nós com tensão controlada ......................................................................... 212 Tabela 74 – Resultados de nós do sistema NEO-01N6, para o caso de nós com tensão controlada ................................................................................ 212 Tabela 75 – Resultados de trechos do sistema NEO-01N6, para o caso de nós com tensão controlada ................................................................................ 212 Tabela 76 – Módulo das correntes medidas e calculadas nas chaves do sistema NTU 01J3 ...................................................................................... 214 Tabela 77 – Resumo dos resultados do sistema NTU-01J3, para o cálculo com ajuste de corrente ....................................................................................... 214 Tabela 78 – Resultados de nós do sistema NTU-01J3, para o cálculo com ajuste de corrente ....................................................................................... 215 Tabela 79 – Resultados de trechos do sistema NTU-01J3, para o cálculo com ajuste de corrente ....................................................................................... 215

Tabela 80 – Módulo das correntes medidas e calculadas nas chaves do sistema NEO-01N6 ..................................................................................... 216 Tabela 81 – Resumo dos resultados do sistema NEO-01N6, para o cálculo com ajuste de corrente ....................................................................................... 217 Tabela 82 – Resultados de nós do sistema NEO-01N6, para o cálculo com ajuste de corrente ....................................................................................... 217 Tabela 83 – Resultados de trechos do sistema NEO-01N6, para o cálculo com ajuste de corrente ........................................................................................ 217 Tabela 84 – Resumo dos resultados do sistema NTU-01J3, para solução contínua do cálculo com redução de perdas (Método de Newton) ............. 220 Tabela 85 – Resultados de nós do sistema NTU-01J3, para solução discreta do cálculo com redução de perdas (Método de Newton) ................................. 220 Tabela 86 – Resultados de trechos do sistema NTU-01J3, para solução discreta do cálculo com redução de perdas (Método de Newton) ............... 220

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Tabela 87 – Capacitores instalados depois de processo discretização, no sistema NTU-01J3 (Método de Newton) ..................................................... 221 Tabela 88 – Resumo dos resultados do sistema NEO-01N6, para solução contínua do cálculo com redução de perdas (Método de Newton) .............. 222 Tabela 89 – Resultados de nós do sistema NEO-01N6, para solução discreta do cálculo com redução de perdas (Método de Newton) ............................ 222 Tabela 90 – Resultados de trechos do sistema NEO-01N6, para solução discreta do cálculo com redução de perdas (Método de Newton) .............. 223 Tabela 91 – Capacitores instalados depois de processo discretização no sistema NEO-01N6 (Método de Newton)..................................................... 223 Tabela 92 – Resumo dos resultados do sistema NTU-01J3, para solução contínua do cálculo com redução de perdas (Método de Gradiente)........... 224 Tabela 93 – Resultados de nós do sistema NTU-01J3, para solução discreta do cálculo com redução de perdas (Método de Gradiente) .............................. 225 Tabela 94 – Resultados de trechos do sistema NTU-01J3, para solução discreta do cálculo com redução de perdas (Método de Gradiente)............ 225 Tabela 95 – Capacitores instalados depois de processo discretização do sistema NTU-01J3 (Método de Gradiente) .................................................. 225 Tabela 96 – Resumo dos resultados do sistema NEO-01N6, para solução contínua do cálculo com redução de perdas (Método de Gradiente)........... 227 Tabela 97 – Resultados de nós do sistema NEO-01N6, para solução discreta do cálculo com redução de perdas (Método de Gradiente) ......................... 227 Tabela 98 – Resultados de trechos do sistema NEO-01N6, para solução discreta do cálculo com redução de perdas (Método de Gradiente) ........... 227 Tabela 99 – Capacitores instalados depois de processo discretização do sistema NEO-01N6 ...................................................................................... 228 Tabela 100 – Resumo dos resultados do sistema NTU-01J3, para solução contínua do cálculo com ajuste do perfil de tensão (Método do Gradiente) 229 Tabela 101 – Resultados de nós do sistema NTU-01J3, para solução discreta do cálculo com ajuste do perfil de tensão (Método do Gradiente) ............... 229 Tabela 102 – Resultados de trechos do sistema NTU-01J3, para solução discreta do cálculo com ajuste do perfil de tensão (Método do Gradiente).. 230

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Tabela 103 – Capacitores instalados depois de processo discretização do sistema NTU-01J3 ...................................................................................... 230 Tabela 104 – Resumo dos resultados do sistema NEO-01N6, para solução contínua do cálculo com ajuste do perfil de tensão (Método do Gradiente). 231 Tabela 105 – Resultados de nós do sistema NEO-01N6, para solução discreta do cálculo com ajuste do perfil de tensão (Método do Gradiente) ............... 232 Tabela 106 – Resultados de trechos do sistema NEO-01N6, para solução discreta do cálculo com ajuste do perfil de tensão (Método do Gradiente).. 232 Tabela 107 – Capacitores instalados depois de processo discretização do sistema NEO-01N6, para solução discreta do cálculo com ajuste do perfil de tensão (Método do Gradiente) .................................................................... 232 Tabela 108 – Resumo dos resultados do sistema NTU-01J3, para solução contínua do cálculo com ajuste do perfil de tensão (Método do Alternativo) 234 Tabela 109 – Resultados de nós do sistema NTU-01J3, para solução discreta do cálculo com ajuste do perfil de tensão (Método do Alternativo) .............. 234 Tabela 110 – Resultados de trechos do sistema NTU-01J3, para solução discreta do cálculo com ajuste do perfil de tensão (Método do Alternativo) 234 Tabela 111 – Capacitores instalados depois de processo discretização do sistema NTU-01J3, para solução discreta do cálculo com ajuste do perfil de tensão (Método do Alternativo) ................................................................... 235 Tabela 112 – Resumo dos resultados do sistema NEO-01N6, para solução contínua do cálculo com ajuste do perfil de tensão (Método do Alternativo) 236 Tabela 113 – Resultados de nós do sistema NEO-01N6, para solução discreta do cálculo com ajuste do perfil de tensão (Método do Alternativo) ............. 236 Tabela 114 – Resultados de trechos do sistema NEO-01N6, para solução discreta do cálculo com ajuste do perfil de tensão (Método do Alternativo) 237 Tabela 115 – Capacitores instalados depois de processo discretização do sistema NEO-01N6, para solução discreta do cálculo com ajuste do perfil de tensão (Método do Alternativo) ................................................................... 237 Tabela 116 – Resumo dos resultados do sistema NTU-01J3, para o cálculo da localização ótima de reguladores ................................................................ 238 Tabela 117 – Resultados de nós do sistema NTU-01J3, para o cálculo da localização ótima de reguladores ................................................................ 239 Tabela 118 – Resultados de trechos do sistema NTU-01J3, para o cálculo da localização ótima de reguladores ................................................................ 239

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Tabela 119 – Resumo dos resultados do sistema NEO-01N6, para o cálculo da localização ótima de reguladores ................................................................ 240 Tabela 120 – Resultados de nós do sistema NEO-01N6, para o cálculo da localização ótima de reguladores ................................................................ 241 Tabela 121 – Resultados de trechos do sistema NEO-01N6, para o cálculo da localização ótima de reguladores ................................................................ 241

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LISTA DE SÍMBOLOS

Antes de descrever os símbolos e as abreviaturas é importante

descrever algumas regras que foram estabelecidas:

• A(s) fase(s) das variáveis trifásicas serão sobrescritas; no caso de letras

maiúsculas significa que elas se referem à respectiva fase do circuito

primário. No caso de letras minúsculas, as fases serão do circuito

secundário;

• Quando as fases forem omitidas, significa que se está fazendo uma

análise monofásica, mesmo que seja para aplicar em uma análise

trifásica;

• A posição do nó sempre virá subscrita;, no caso da omissão do índice

significa que corresponde a um ponto genérico;

• No caso de variáveis sublinhadas, significa que estas são complexas.

s = conjunto de fases A, B e C.

j = Índice.

i = Índice do nó do lado da fonte.

k = Índice do nó do lado da carga.

Pcc = Potência ativa com corrente constante.

Qcc = Potência reativa com corrente constante.

Pzc = Potência ativa com impedância constante.

Qzc = Potência reativa com impedância constante.

Pnom = Potência ativa nominal da carga.

Qnom = Potência reativa nominal da carga.

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Vpu = Módulo da tensão na carga, em p.u..

CapQ = Potência reativa gerada pelo banco de capacitor.

nomcQ = Potência reativa nominal do banco de capacitor.

Bc = Susceptância do banco de capacitor.

nomcV = Tensão nominal do banco de capacitor.

Pk Qk = Cargas ativa e reativa liquida no nó índice k.

PSk QSk = Cargas ativa e reativa equivalentes do sistema no nó k.

Vj = Tensão no nó j.

Rk, Xk = Resistência e reatância da linha índice k.

kPL = Perdas ativas na linha índice k.

kQL = Balanço de reativos na linha índice k.

kL = Perdas complexas na linha índice k.

*kI = Conjugado da corrente no trecho índice k.

s

iV = Tensão no ponto índice i da fase s.

s

kI = Corrente do trecho índice k da fase s.

( )*s

kI = Conjugado da corrente no trecho índice k da fase s.

s

kZ = Impedância do trecho índice k na fase s.

ABM = Impedância mútua entre os trechos da fase A e da fase B.

s

kL = Perdas complexas na fase s do trecho k.

k

sPL = Parte real das perdas complexas s

kL .

k

sQL = Parte imaginária das perdas complexas s

kL .

Page 24: USO DE TÉCNICAS DE OTIMIZAÇÃO BASEADAS EM … · transmissão, os níveis de tensão são altos e as linhas são geralmente muito longas. Esses fatores contribuem para que os efeitos

ABS =Potência complexa consumida entre as fases A e B em uma

conexão delta.

BCS =Potência complexa consumida entre as fases B e C em uma

conexão delta.

CAS =Potência complexa consumida entre as fases C e A em uma

conexão delta.

AS =Potência complexa consumida pela fase A (alta tensão).

BS =Potência complexa consumida pela fase B (alta tensão).

CS =Potência complexa consumida pela fase C (alta tensão).

aS =Potência complexa consumida pela fase a (baixa tensão).

bS =Potência complexa consumida pela fase b (baixa tensão).

cS =Potência complexa consumida pela fase c (baixa tensão).

ABI =Corrente que flui entre as fases A e B em uma conexão delta.

BCI =Corrente que flui entre as fases B e C em uma conexão delta.

CAI =Corrente que flui entre as fases C e A em uma conexão delta.

AI =Corrente que flui pela fase A (alta tensão).

BI =Corrente que flui pela fase B(alta tensão).

CI =Corrente que flui pela fase C (alta tensão).

aI =Corrente que flui pela fase a (baixa tensão).

bI =Corrente que flui pela fase b (baixa tensão).

cI =Corrente que flui pela fase c (baixa tensão).

aV =Tensão na fase a (baixa tensão).

Page 25: USO DE TÉCNICAS DE OTIMIZAÇÃO BASEADAS EM … · transmissão, os níveis de tensão são altos e as linhas são geralmente muito longas. Esses fatores contribuem para que os efeitos

bV = Tensão na fase b (baixa tensão).

cV = Tensão na fase c (baixa tensão).

abV =Tensão entre as fases a e b (baixa tensão).

bcV = Tensão entre as fases b e c (baixa tensão).

caV = Tensão entre as fases c e a (baixa tensão).

s

PZ =Impedância equivalente da carga conectada a fase s.

NV = Tensão no ponto neutro (alta tensão).

nV = Tensão no ponto neutro (baixa tensão).

NI = Corrente entre o ponto neutro e a referencia.

NZ =Impedância da terra entre o ponto neutro e a referencia.

ER =Relação de espiras de um transformador.

N1 = número de espiras da bobina do primário do transformador (alta

tensão).

N2 = número de espiras da bobina do secundário do transformador

(baixa tensão).

β = Porcentagem da tensão nominal relativa à tensão do ensaio de

curto-circuito.

NOMaltaI = Corrente nominal no circuito de alta tensão do transformador.

NOMaltaV = Tensão nominal no circuito de alta tensão do transformador.

NOMS = Potência nominal do transformador.

cuP = Perda ativa no cobre.

cuS = Perda aparente no cobre.

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ccR = Resistência de curto-circuito.

ccX = Reatância de curto-circuito.

ccZ = Impedância complexa de curto-circuito.

magnaltaI = Corrente de magnetização no lado de alta tensão do

transformador.

magnbaixaI = Corrente de magnetização no lado de baixa tensão.

magnXI = Parte real da corrente de magnetização do circuito de baixa

tensão.

magnYI = Parte imaginária da corrente de magnetização do circuito de

baixa tensão.

nombaixaV = Tensão nominal no circuito de baixa tensão.

feP = Perdas ativas no ferro.

magnG = Parte real da admitância de circuito aberto.

magnB = Parte real da admitância de circuito aberto.

magnY = Admitância de circuito aberto.

bobaltaV =Tensão na bobina no lado de alta tensão do transformador.

ijY = Admitância série do regulador (modelo π).

ija = Posição do TAP do regulador (modelo π).

Ve = Tensão na entrada do regulador.

Vs = Tensão na saída do regulador.

Vref = Tensão no ramo em derivação.

VBs = Tensão induzida na bobina série.

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VBsh = Tensão induzida na bobina em derivação (shunt).

Ise = Corrente no alimentador.

Ish = Corrente na bobina em derivação (shunt).

Zse = Impedância série.

Zsh = Impedância paralelo.

Se = Potência aparente complexa na entrada do regulador.

Ss = Potência aparente complexa do alimentador.

SV = Tensão de saída do regulador.

SxV =Componente real da tensão de saída do regulador.

SyV =Componente imaginária da tensão de saída do regulador.

BV =Tensão induzida na bobina série.

BxV =Componente real da tensão induzida na bobina série.

ByV =Componente imaginária da tensão induzida na bobina série.

BshV = Tensão induzida na bobina em paralelo.

BshxV = Componente real da tensão induzida na bobina em paralelo.

BshyV = Componente imaginária da tensão induzida na bobina em

paralelo.

RE = relação de espiras.

Is =corrente na bobina série.

sxI = componente real da corrente na bobina série.

syI = componente imaginária da corrente na bobina série.

Ish =corrente na bobina em derivação.

shxI = componente real da corrente na bobina em derivação.

Page 28: USO DE TÉCNICAS DE OTIMIZAÇÃO BASEADAS EM … · transmissão, os níveis de tensão são altos e as linhas são geralmente muito longas. Esses fatores contribuem para que os efeitos

shxI = componente real da corrente na bobina em derivação.

BshZ = impedância de dispersão da bobina derivação.

BshxZ = componente real da impedância de dispersão (bobina

derivação).

BshyZ = componente imaginária da impedância de dispersão (bobina

derivação).

sZ = impedância de dispersão da bobina série.

sxZ = componente real da impedância de dispersão (bobina série).

syZ = componente imaginária da impedância de dispersão (bobina

série).

sgL ,Re =Perdas complexas do ramo série do regulador.

shgL ,Re =Perdas complexas do ramo série em derivação do regulador.

Zeq =Valor da impedância equivalente entre a saída do regulador e o

nó remoto.

iinicialV , =Tensão inicial do trecho i.

ifinalV , =Tensão inicial do trecho i.

Vr =Tensão de regulação.

Ck = Posição do centro k.

Ei = Posição do elemento i.

Distik = Distância Euclidiana entre o elemento i e o centro k.

Npontos k =Número de pontos (elementos) associado ao centro k.

siF = Fator de correção do no nó i na fase s.

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s

imedI = Módulo da corrente medida na fase s do trecho i.

s

icalcI = Módulo da corrente calculada na fase s do trecho i.

s'iS = Carga atualizada da fase s do nó i.

siS = Carga original da fase s do nó i.

Ωk = Conjunto de todos os nós localizados a jusante do nó k , e

conectados direta ou indiretamente a ele.

r = resistência da linha em Ω/km.

x = reatância da linha em Ω/km.

it = Contador de iterações do cálculo de fluxo de carga.

Vref =Tensão de referência.

X = Vetor das variáveis de controle.

G =Vetor gradiente.

α = Passo sobre uma direção de busca.

L = Distância que define a posição do regulador na linha.

( )XFob =Função objetivo.

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SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO.......................................................................................... 33

2 FLUXO DE CARGA PELO MÉTODO DA SOMA DE POTÊNCIAS......... 39

2.1 MODELAGEM DAS CARGAS ............................................................... 39

2.2 DESENVOLVIMENTO MATEMÁTICO .................................................. 41

2.3 PASSOS DO ALGORITIMO .................................................................. 43

3 FLUXO DE CARGA TRIFÁSICO PELO MÉTODO DA SOMA DE

POTÊNCIAS ................................................................................................ 46

3.1 MODELAGEM DAS LIHAS DE TRANSMISSÃO................................... 46

3.1.1 Equações para um trecho trifásico ................................................. 47

3.1.2 Equações para um trecho bifásico.................................................. 48

3.1.3 Equação para um trecho monofásico ............................................. 49

3.1.4 Cálculo das perdas ........................................................................... 49

3.2 CONEXÃO DAS CARGAS..................................................................... 50

3.2.1 Cargas trifásicas no circuito primário .................................................. 50

3.2.1.1 Delta................................................................................................. 50

3.2.1.2 Estrela aterrada ............................................................................... 53

3.2.1.3 Cargas conectadas entre fases no circuito primário ........................ 56

3.2.2 Cargas conectadas no secundário de transformadores de

distribuição................................................................................................. 58

3.2.2.1 Conexão ∆/Y .................................................................................... 64

3.2.2.2 Conexão ∆/∆ ...............................................................................................67

3.2.2.3 Transformadores monofásicos......................................................... 69

3.2.2.4 Modelagem dos tap´s....................................................................... 71

3.2.3 Capacitores e indutores ................................................................... 72

3.3 REGULADORES DE TENSÃO.............................................................. 72

3.3.1 Modelagens utilizadas ...................................................................... 72

3.3.1.1 Modelagem tradicional ..................................................................... 73

3.3.1.2 Modelagem proposta ....................................................................... 75

3.3.2 Tipos de ligações .............................................................................. 78

3.3.2.1 Estrela.............................................................................................. 79

3.3.2.2 Delta fechado (bobinas conectadas em delta) ................................. 82

3.3.2.3 Delta fechado (reguladores conectados em delta)........................... 86

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3.3.2.4 Delta aberto ..................................................................................... 89

3.3.3 Cálculo do TAP ................................................................................. 94

3.3.4 Cálculo das perdas ........................................................................... 96

3.3.5 Regulação remota ............................................................................. 97

3.3.6 Algoritmo de cálculo do regulador.................................................. 100

3.4 ALGORITMO GERAL DO CÁLCULO DE FLUXO DE CARGA.............. 100

3.5 DETERMINAÇÃO DA CURVA DE CARGA........................................... 101

3.6 FLUXO DE CARGA COM AJUSTE DE CORRENTE ............................ 110

3.6.1 Definição das áreas de atuação....................................................... 111

3.6.2 Correção das cargas ........................................................................ 113

3.6.3 Algoritmo de ajuste de carga baseada em medição de corrente . 115

4 PARÂMETROS DE SENSIBILIDADE ...................................................... 117

4.1 CÁLCULO DAS DERIVADAS................................................................ 118

4.1.1 Derivada do módulo da tensão em um nó, com relação à potência

reativa em qualquer nó.............................................................................. 119

4.1.1.1 Passos do Algoritmo ........................................................................ 127

4.1.2 Derivada do módulo da tensão em um nó, com relação ao módulo da

tensão em qualquer nó.............................................................................. 128

4.1.2.1 Passos do Algoritmo ........................................................................ 132

4.1.3 Derivada do módulo da tensão em um nó, com relação a sua posição

em uma linha de distribuição.................................................................... 133

5 APLICAÇÕES .......................................................................................... 138

5.1 MODELAGEM DE NÓ DE TENSÃO CONTROLADA ............................ 139

5.1.1 Passos do Algoritmo ........................................................................ 140

5.2 OTIMIZAÇÃO DO PERFIL DE TENSÃO ............................................... 141

5.2.1 Otimização do perfil de tensão através da instalação de bancos de

capacitores ................................................................................................. 142

5.2.1.1 Método de correção 1 ...................................................................... 142

5.2.1.1.1 Passos do Algoritmo ..................................................................... 143

5.2.1.2 Método de correção 2 ...................................................................... 144

5.2.1.2.1 Passos do Algoritmo ..................................................................... 146

5.2.2 Localização ótima de reguladores de tensão................................. 146

5.2.2.1 Pré-otimização ................................................................................. 149

5.2.2.2 Método do gradiente ........................................................................ 153

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5.2.2.3 Passos do Algoritmo ........................................................................ 154

5.3 MINIMIZAÇÃO DAS PERDAS ATRAVÉS DA INSTALAÇÃO DE BANCOS

DE CAPACITORES ..................................................................................... 155

5.3.1 Passos do Algoritmo ........................................................................ 157

6 RESULTADOS ......................................................................................... 161

6.1 RESULTADOS DE CÁLCULO DE FLUXO DE CARGA......................... 164

6.1.1 Demanda máxima ............................................................................. 164

6.1.1.1 Sistemas sem reguladores............................................................... 164

6.1.1.1.1 Sistema NTU 01J3 ........................................................................ 165

6.1.1.1.2 Sistema NEO 01N6....................................................................... 170

6.1.1.2 Sistemas com reguladores............................................................... 177

6.1.1.2.1 Sistema AÇU 01Z1 ....................................................................... 177

6.1.1.2.2 Sistema DMA 01M1 ...................................................................... 191

6.1.2 Cálculo de energia ............................................................................ 205

6.1.2.1 Sistema NTU 01J3........................................................................... 206

6.1.2.2 Sistema NEO 01N6.......................................................................... 208

6.1.3 Sistemas com nós de tensão controlada........................................ 209

6.1.3.1 Sistema NTU 01J3........................................................................... 209

6.1.3.2 Sistema NEO 01N6.......................................................................... 211

6.1.4 Fluxo de carga com ajuste de corrente........................................... 213

6.1.4.1 Sistema NTU 01J3........................................................................... 214

6.1.4.2 Sistema NEO 01N6.......................................................................... 216

6.2 DIMENSIONAMENTO ÓTIMO DE BANCOS DE CAPACITORES ........ 218

6.2.1 Minimização das perdas técnicas ................................................... 219

6.2.1.1 Método de Newton........................................................................... 219

6.2.1.1.1 Sistema NTU 01J3 ........................................................................ 219

6.2.1.1.2 Sistema NEO 01N6....................................................................... 222

6.2.1.2 Método do Gradiente ....................................................................... 224

6.2.1.2.1 Sistema NTU-01J3........................................................................ 224

6.2.1.2.2 Sistema NEO-01N6....................................................................... 226

6.2.2 Otimização do perfil de tensão ........................................................ 229

6.2.2.1 Método do Gradiente ....................................................................... 229

6.2.2.1.1 Sistema NTU 01J3 ........................................................................ 229

6.2.2.1.2 Sistema NEO 01N6....................................................................... 231

Page 33: USO DE TÉCNICAS DE OTIMIZAÇÃO BASEADAS EM … · transmissão, os níveis de tensão são altos e as linhas são geralmente muito longas. Esses fatores contribuem para que os efeitos

6.2.2.2 Método alternativo ........................................................................... 233

6.2.2.2.1 Sistema NTU 01J3 ........................................................................ 233

6.2.2.2.2 Sistema NEO 01N6....................................................................... 236

6.3 LOCALIZAÇÃO ÓTIMA DE REGULADORES DE TENSÃO.................. 238

6.3.1 Sistema NTU 01J3 ............................................................................. 238

6.3.2 Sistema NEO 01N6 ............................................................................ 240

7 CONSIDERAÇÕES FINAIS...................................................................... 243

REFERÊNCIAS ........................................................................................... 248

APÊNDICE .................................................................................................. 254

ANEXOS...................................................................................................... 262

Page 34: USO DE TÉCNICAS DE OTIMIZAÇÃO BASEADAS EM … · transmissão, os níveis de tensão são altos e as linhas são geralmente muito longas. Esses fatores contribuem para que os efeitos

33

1 INTRODUÇÃO

Desde a década de 50, com o surgimento do método Gauss-Siedel, o

cálculo de fluxo de carga constituiu-se em ferramenta de análise mais utilizada

para a simulação de sistemas de energia elétrica. No final da década de 60,

Tinney e Hart (1967) apresentou uma nova formulação para o cálculo de fluxo

de carga baseada no método de Newton-Rapshon, passando este a ser o

método mais utilizado pelos profissionais da área. Posteriormente foram

apresentados outros trabalhos, como os de Stott (1972), Stott e Alsac (1974),

Rajicic e Bose (1988) e Van Amerogen (1989), os quais tentavam corrigir

algumas deficiências do método de Tinney e Hart (1967).

No passado, o mercado de produção, compra e venda de energia

elétrica não apresentava o nível de competitividade de hoje; a legislação

também era mais maleável, de modo que a exigência em relação à qualidade

da energia fornecida não apresentava critérios rígidos e difíceis de serem

atendidos. Entretanto, aspectos como a gradativa dependência dos

equipamentos eletroeletrônicos à qualidade de energia elétrica a eles

fornecida, o aumento do nível de exigência por parte dos consumidores sobre a

qualidade do fornecimento, bem como o aparecimento de novas leis

regulamentando, de forma mais rígida, o fornecimento de energia elétrica,

forçaram a indústria de energia a se adequar a essa nova realidade.

Neste novo contexto, pesquisadores e engenheiros passaram a

desenvolver ferramentas de análise mais eficientes, baseadas em modelos

matemáticos mais adequados, possibilitando encontrar resultados mais

compatíveis com os registrados em um sistema real, determinando tomadas de

decisões mais acertadas no dimensionamento de sistemas de energia.

Outra evolução importante, ocorrida ao longo dos últimos anos, foi o

aumento da capacidade de processamento e de memória dos computadores, o

que permitiu a análise de sistemas em tamanho e complexidade reais, sem a

necessidade de reduzir a sua dimensão física para possibilitar análises

trifásicas, tendo em vista que o número de variáveis e de operações envolvidas

no cálculo, nesses casos, tendem a crescer de forma considerável.

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34

Partindo dessa, pretendeu-se, como primeiro objetivo deste trabalho,

mostrar o desenvolvimento de um fluxo de carga baseado no método Soma de

Potências (SHIRMOHAMMADI et al, 1988), utilizando-se uma modelagem

trifásica dos elementos dos sistemas. Este procedimento consiste na resolução

do problema por trechos, desenvolvendo-se equações através da aplicação

das leis de Kirchoff, segundo as quais a tensão da saída é relacionada com a

tensão da entrada de cada trecho, para cada tipo de elemento do sistema

(linhas, reguladores e transformadores). Desenvolvido para sistemas de

distribuição de energia elétrica de configuração radial, ou pouco malhados,

esse método apresenta uma excelente característica de convergência, sendo

extremamente robusto e veloz. Cespedes (1990), tomando como base a nova

metodologia de cálculo, propôs um novo equacionamento, segundo o qual uma

equação biquadrada relaciona o módulo da tensão entre os dois nós de um

trecho do sistema, possibilitando a programação computacional do método sem

a necessidade de utilizar a representação das variáveis como números

complexos, desacoplando assim os módulos e os ângulos das tensões. Este

procedimento torna o método mais simples, razão por que ele passa a ser mais

difundido. A propósito, cabe dizer que a análise trifásica de fluxo de carga não

é algo inexplorado, visto que alguns métodos desse tipo de análise já foram

apresentados, fundamentando-se, inclusive, na metodologia descrita.

Em um trabalho bastante completo, Chen et al (1991), utilizando o

método Zbus Gauss para cálculo do fluxo de carga, apresenta uma modelagem

trifásica dos elementos do sistema. Neste, porém, as cargas são modeladas

em estrela solidamente aterradas, o que limita um pouco a aplicação do

método, principalmente quando se trata de uma análise trifásica, visto que não

contempla transformadores de distribuição monofásicos, cujos primários são

conectados entre fases. Fazendo uso do método proposto - referenciado neste

trabalho como Soma de Potências – Cheng e Shirmohamadi (1995) apresenta

uma evolução do seu primeiro trabalho, utilizando uma modelagem mais

complexa. De acordo com esta, as cargas passam a ser representadas no

secundário dos transformadores de distribuição, ou segundo uma aproximação

das cargas originalmente distribuídas uniformemente ao longo da linha por

duas cargas equivalentes ligadas em Y: uma colocada no início do trecho e a

outra no final. Ainda no mesmo trabalho, é apresentada uma modelagem para

Page 36: USO DE TÉCNICAS DE OTIMIZAÇÃO BASEADAS EM … · transmissão, os níveis de tensão são altos e as linhas são geralmente muito longas. Esses fatores contribuem para que os efeitos

35

os reguladores de tensão, que é limitada apenas para configurações em Y, e

para as barras PV (tensão controlada), sem entretanto apresentar uma

evolução significativa com relação a trabalhos anteriores.

Com uma modelagem de carga completa, Mayordomo et al (2000, 2002)

apresentam em seus trabalhos a possibilidade de diversos tipos de

configuração utilizando componentes simétricas, o que possibilita o cálculo de

deslocamento do neutro; porém, em suas análises, as cargas estão sempre

ligadas no circuito primário, desprezando as perdas e o efeito dos tipos de

ligações entre o primário e o secundário dos transformadores de distribuição.

Por sua vez, Zimmerman e Chiang (1995) utiliza o método de Stott e Alsac

(1974) para a elaboração de um cálculo de fluxo de carga trifásico direcionado

para simulação de sistemas radiais de distribuição de energia elétrica.

Entretanto, para efeito do presente, os transformadores de distribuição são

modelados apenas para conexões estrela aterrada (média tensão) e para

estrela aterrada (baixa tensão), limitando sua abrangência.

O algoritmo de fluxo de carga aqui apresentado tem como objetivo

mostrar a evolução dos métodos já descritos, tendo estes suas deficiências

suplantadas sem prejudicar sua robustez. Portanto, o modelo apresentado

deverá conter:

• Modelagens trifásicas, bifásicas e monofásicas das linhas de

transmissão, podendo estar operando simultaneamente em um

mesmo sistema;

• Modelagem de cargas trifásicas, bifásicas ou monofásicas,

podendo estar conectadas entre fases ou fase-neutro, no circuito

primário ou secundário;

• Simulação de cargas compostas, incluindo o efeito da

dependência da tensão;

• Análise de sistemas desbalanceados;

• Modelagem dos transformadores de distribuição para os vários

tipos de conexões, considerando-se as perdas no cobre e no

ferro, bem como possibilidade do tap fora do nominal;

• Modelagem dos reguladores de tensão, considerando as

características construtivas do equipamento e a possibilidade de

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36

simulação dos tipos de conexão ao sistema (delta, delta aberto ou

estrela);

• Determinação das perdas em cada trecho do sistema;

• Possibilidade da simulação de nós de tensão controlada (PV);

• A manutenção da convergência ainda que para sistemas grandes

ou mal condicionados.

Uma vez apresentada uma nova proposta para o cálculo de fluxo de

carga, outro problema será tratado: o desenvolvimento de ferramentas que

possibilitarão uma simulação da operação ótima do sistema, através da

aplicação de técnicas de otimização. De posse dos resultados, o analista

passará a ter uma referência para determinar a nova configuração do sistema.

O problema da otimização de sistemas de energia elétrica é algo

complexo e já vem sendo estudado ao longo das últimas três décadas. Em um

trabalho pioneiro, Dommel e Tinney (1968) propuseram minimizar a potência

ativa fornecida pela barra slack, como um artifício para reduzir as perdas totais

do sistema. No entanto, por considerar todas as cargas como de potência

constante, o método desprezava a vinculação da dependência das cargas à

tensão, o que poderia gerar erros. Na realidade, as perdas, bem como o

carregamento do sistema, dependem da tensão; portanto, quando se injetam

reativos no sistema, tanto os valores das perdas quanto o valor do

carregamento são modificados. Significa que, monitorando-se apenas a

potência fornecida pela subestação, é impossível identificar o comportamento

das perdas. Em um novo trabalho, Wen-Hsing, Papalexopoulos e Tinney

(1992) utiliza como função a ser otimizada, a soma das perdas em todas as

linhas de transmissão, com isto tratando diretamente o problema; como o

método utilizado considera o valor da variável de otimização – potência de

bancos de capacitores - de forma contínua, são utilizadas funções de

penalidade para que o processo se adeque aos valores comerciais existentes.

Em outros termos, quando o valor do banco de capacitor calculado se distancia

do valor comercial mais próximo, o processo tenta reverter a situação. Baran e

Wu (1989a) decompõe o problema em níveis hierárquicos, o problema mestre

que determina a localização dos capacitores utilizando uma programação

inteira e o problema escravo que determina o tipo e o tamanho do capacitor a

Page 38: USO DE TÉCNICAS DE OTIMIZAÇÃO BASEADAS EM … · transmissão, os níveis de tensão são altos e as linhas são geralmente muito longas. Esses fatores contribuem para que os efeitos

37

ser instalado através de um método de otimização tradicional como de Baran e

Wu (1989b).

Outro fator que também não se pode desprezar é o efeito da variação da

carga durante o dia, principalmente quando se trabalha com alimentadores

residenciais. Nesse tipo de situação, para cada horário do dia haverá um nível

de carregamento; portanto, para que se possa fazer uma simulação completa

do sistema, torna-se necessário considerar as variações ocorridas evitando que

o equipamento seja mal dimensionado. Na pesquisa de Medeiros Júnior e

Pimentel Filho (1998) foi utilizada uma aproximação da curva de carga diária

para calcular a quantidade de reativos a serem alocados. Outros trabalhos,

como o de Borozan, Baran e Novosel (2001), já consideram a existência de

capacitores chaveados que poderão entrar ou sair de operação segundo o

estado do sistema.

De acordo com as considerações feitas, o método apresentado nesta

tese vem oferecer elementos que viabilizam possibilidades para instalação

ótima de capacitores em sistemas de distribuição de energia elétrica,

objetivando a melhoria do perfil de tensão, ou a redução das perdas. O

processo será desenvolvido utilizando-se um fluxo de carga trifásico, ao qual

será associado o método do gradiente como ferramenta de otimização. Apenas

para o caso de minimização das perdas, investigou-se sobre a implementação

do método de otimização de Newton, a fim de se avaliar a necessidade de

aumentar a complexidade computacional sobre o algoritmo de busca.

Outro assunto tratado neste trabalho refere-se à localização ótima de

reguladores de tensão em sistemas de distribuição de energia. Cabe registrar

que a localização de bancos de reguladores de tensão, em alimentadores de

distribuição, é um aspecto ainda pouco pesquisado. Um estudo realizado por

Medeiros Júnior e Câmara (2000a) mostrou a aplicação do método do

gradiente para otimização do perfil de tensão, através da localização ótima de

reguladores de tensão. Porém, em suas análises, são considerados para o

cálculo da localização do regulador, apenas os valores da tensão nos nós de

entrada e de saída do regulador e em um nó remoto. Entretanto, em caso de

sistemas cuja quantidade de nós e ramais sejam grandes, o método pode não

apresentar bons resultados.

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38

Safigianni e Salis (2000) trata o problema de otimização como um

problema combinatório. O método por ela apresentado permite localizar

inicialmente o(s) regulador(es) no(s) trecho(s) terminal(ais) do alimentador,

calculando-se um fluxo de carga para esta configuração. A partir daí o método

passa a mudar a posição do regulador, no sentido de que ele se aproxime cada

vez mais da subestação, sendo calculado, a cada mudança, um novo fluxo de

carga. No final do processo, escolhe-se a configuração que apresentou como

resultado o melhor perfil de tensão.

O método aqui apresentado para a solução desse problema consiste de

uma evolução do trabalho de Medeiros Júnior e Câmara (2000b), considerando

que, para o cálculo do vetor gradiente, a função objetivo será composta de

todos os nós do sistema, o que permitirá conseguir um perfil de tensão mais

próximo do desejável, de maneira a evitar, ao máximo possível, violações dos

limites máximo e mínimo de tensão determinados pelas normas.

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39

2 FLUXO DE CARGA PELO MÉTODO DA SOMA DE POTÊNCIAS

Neste capítulo será apresentado o método Soma de Potências em sua

versão monofásica, de acordo com a formulação de Cespedes (1990). O

método tem, como característica básica, a possibilidade de transformar as

equações que relacionam as tensões entre dois nós de um alimentador de

distribuição em uma equação biquadrada que apresenta solução direta. Dessa

forma, o processo de solução é realizado de dois em dois nós, partindo da

subestação (nó-referência), de modo que a tensão em cada nó do sistema seja

conhecida. Após atualizar as potências dos nós, o processo é repetido até que

os valores das tensões convirjam. Esse método – aqui em estudo - foi

desenvolvido para a análise de sistemas radiais de distribuição de energia

elétrica que apresentam elementos shunt da linha desprezíveis.

Posteriormente, Medeiros Júnior e Costa (2001)

mostraram como esses

elementos podem ser incorporados às equações que o compõem. Pesquisas

realizadas no âmbito deste trabalho apontaram que é pouco significativo o

ganho em velocidade de convergência através desse procedimento.

2.1 MODELAGEM DAS CARGAS

Na metodologia apresentada, as cargas são classificadas de acordo

com Cheng e Shirmohammadi (1995), que as organiza segundo suas

dependências com a tensão, podendo elas estar divididas em três tipos:

potência constante, corrente constante e impedância constante, conforme se

apresenta a seguir:

a) Cargas com potência constante: são cargas cujo valor da potência

por elas consumida independe do valor da tensão, sendo por isto assim

denominadas.

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40

b) Cargas com corrente constante: são cargas cujo valor da potência

consumida varia diretamente com o valor da tensão. Considerando a

tensão nominal da carga igual à tensão nominal do sistema, tomando esta

tensão como base, tem-se:

punomcc VPP ⋅= ...(1)

punomcc VQQ ⋅= ...(2)

Onde:

Vpu = Módulo da tensão na carga, em p.u.;

Pcc = Potência ativa com corrente constante (kW);

Qcc = Potência reativa com corrente constante (kvar).

c) Cargas com impedância constante: são cargas cujo valor da

potência consumida varia com o quadrado do valor da tensão.

Considerando a tensão nominal da carga igual à tensão nominal do

sistema, tem-se:

2punomzc VPP ⋅= ...(3)

2punomzc VQQ ⋅= ...(4)

Desde que Pnom em kW e Qnom em kvar, tem-se:

Pzc = Potência ativa com impedância constante (kW);

Qzc = Potência reativa com impedância constante (kvar);

Os bancos de capacitores devem ser modelados semelhantemente às

cargas com impedância constante, podendo ser sua tensão nominal diferente

da tensão atual da rede. Sabendo-se que:

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41

2VBQ cCap ⋅= ...(5)

E que:

2nomc

nomcc

V

QB = ...(6)

Encontra-se:

2

⋅=

nomc

nomcCapV

VQQ ...(7)

Caso nomcV seja igual à tensão nominal do sistema, a razão

nomcV

V será

igual ao valor da tensão no sistema em por unidade (pu).

Desde que a potência do banco seja em kVar, tem-se:

CapQ = Potência reativa gerada pelo banco de capacitor (kvAr);

nomcQ = Potência reativa nominal do banco de capacitor (kvAr);

Bc = Susceptância do banco de capacitor (mho);

V = Tensão aplicada no banco (kV);

nomcV = Tensão nominal do banco de capacitor (kV).

2.2 DESENVOLVIMENTO MATEMÁTICO

A figura 1 mostra um diagrama unifilar simplificado, representativo de um

sistema de distribuição radial. O método apresentado inspira-se na idéia da

redução de todo o sistema a apenas duas barras, conforme o exposto na figura

2:

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42

Figura 1 – Diagrama unifilar de um sistema de distribuição simplificado. Fonte: O autor (2005)

Figura 2 – Sistema reduzido a dois nós. Fonte: O autor (2005)

Assim, pode-se calcular a tensão no nó k resolvendo-se a seguinte equação:

( ) 04k

V2k

V2i

Vsk

Qk

Xsk

Pk

R22Sk

Q2sk

P2k

X2k

R =+

−⋅+⋅+

+

+ ...(8)

O cálculo das perdas complexas (Lk) nas linhas é feito a partir da equação:

( ) *kkik IVVL ⋅−= ...(9)

De onde se obtêm:

i k

kk jXR +

kk jQsPs +

Page 44: USO DE TÉCNICAS DE OTIMIZAÇÃO BASEADAS EM … · transmissão, os níveis de tensão são altos e as linhas são geralmente muito longas. Esses fatores contribuem para que os efeitos

43

( )2

22

k

skskkkP

V

QPRL

+= ...(10)

( )2

22

k

kkk

kQV

QsPsXL

+= ...(11)

Onde:

Pk,, Qk = Cargas ativa e reativa líquidas no nó k;

Psk ,Qsk = Cargas ativa e reativa equivalentes do sistema no

nó k;

Vj = Módulo da tensão no nó j;

Rk, Xk = Resistência e reatância do trecho k;

kPL = Perda ativa no trecho k;

kQL = Balanço de reativo no trecho k;

kL = Perda complexa no trecho k;

*kI = Conjugado da corrente no trecho k;

j = Índice;

i = Nó do lado da fonte;

k = Nó do lado da carga;

O cálculo de Pski e de Qski

é feito somando-se todas as cargas nos nós,

assim como as perdas das linhas que se encontram depois da barra de

interesse k. Esse processo é feito partindo-se do nó terminal, em direção ao

nó-fonte.

2.3 PASSOS DO ALGORITMO

Page 45: USO DE TÉCNICAS DE OTIMIZAÇÃO BASEADAS EM … · transmissão, os níveis de tensão são altos e as linhas são geralmente muito longas. Esses fatores contribuem para que os efeitos

44

Com base nas equações apresentadas acima, desenvolveu-se o

algoritmo do processo de cálculo do método Soma de Potências, conforme se

mostra a seguir. Como se trata de um processo iterativo, a figura 3 apresenta

um fluxograma para um melhor entendimento do método.

1- Ler os dados da rede e assumir um perfil inicial de tensão para o

alimentador;

2- Calcular as cargas que dependem da tensão;

3- Calcular a potência soma equivalente de cada nó;

4- Calcular o novo perfil de tensão, utilizando (8);

5- Com o novo perfil de tensão, calcular as perdas através das equações (10) e

(11) e as cargas que variam com a tensão por (1), (2), (3), (4) e (7);

6- Testar a convergência. Não convergindo, voltar ao passo 2;

7- Calcular os carregamentos, os ângulos das tensões e apresentar os

resultados

Page 46: USO DE TÉCNICAS DE OTIMIZAÇÃO BASEADAS EM … · transmissão, os níveis de tensão são altos e as linhas são geralmente muito longas. Esses fatores contribuem para que os efeitos

45

Figura 3 - Fluxograma do método da soma de potências

Fonte: O autor (2005)

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46

3 FLUXO DE CARGA TRIFÁSICO PELO MÉTODO DA SOMA DE

POTÊNCIAS

O algoritmo de fluxo de carga soma de potências segundo a abordagem

de Cespedes (1990) pressupõe que o sistema analisado é equilibrado e

simétrico, pois os acoplamentos magnéticos entre fases são desconsiderados.

Como conseqüência, as variáveis utilizadas no processo de resolução são

números reais. Neste capítulo, apresenta-se uma nova versão para esse

algoritmo, em continuidade aos trabalhos de Medeiros Júnior e Câmara

(2000b) e Trindade Júnior (1994), que utiliza um modelo trifásico de cada

elemento que compõe o sistema, considerando a possibilidade de

desequilíbrios ocasionados pelo desbalanceamento das cargas e pelo

acoplamento magnético entre as fases das linhas de transmissão.

Inicialmente expõe-se uma modelagem matemática trifásica para cada

tipo de elemento que compõe o sistema. Posteriormente descreve-se o

algoritmo geral do método reunindo, de maneira adequada, todas as

informações anteriormente apresentadas, possibilitando, respectivamente, o

cálculo das tensões e dos fluxos de potências nos nós e nas linhas do sistema.

Para complementar o processo de cálculo do fluxo de carga e viabilizar

uma análise ainda mais precisa, apresenta-se um método de aproximação da

curva de carga, o que permitirá gerar estimativas do custo das perdas e de

faturamento. No final do capítulo, é descrita a possibilidade da implementação

de chaves com medição de corrente no processo de cálculo. Nesse caso, no

resultado do fluxo de carga, as correntes medidas em cada fase foram iguais

às correntes calculadas pelo algoritmo de fluxo de carga, promovendo-se o

devido ajuste das cargas assumidas no início do processo.

3.1 MODELAGEM DAS LINHAS DE TRANSMISSÃO

Assim como em Cheng e Shirmohammadi (1995), na formulação

apresentada a seguir as linhas serão modeladas apenas através de suas

Page 48: USO DE TÉCNICAS DE OTIMIZAÇÃO BASEADAS EM … · transmissão, os níveis de tensão são altos e as linhas são geralmente muito longas. Esses fatores contribuem para que os efeitos

47

resistências e reatâncias-série e as impedâncias mútuas de acordo com

Kersting e Philips (1994), desprezando–se as admitâncias shunt e o efeito da

terra, o que é razoável para análises de sistemas de distribuição em regime

permanente e em condição normal de operação. Entretanto, seu efeito pode

ser considerado semelhante à forma como são tratados os bancos de

capacitores, caso se queira adotar critérios exigentes de simulação. No caso de

cargas em que o ponto neutro está conectado à terra, sua atuação será

modelada através de uma impedância que liga o ponto de conexão e a

referência. Por se tratar de um circuito trifásico, a corrente de uma fase causa

queda de tensão nas demais fases, devido ao acoplamento magnético (CHEN;

DILLON, 1974). Analisando o circuito da figura 4, percebe-se que é possível

estabelecer um sistema de equações simples, que relaciona as tensões de

entrada com as tensões de saída. As equações 12, 13 e 14 mostram as

relações entre a tensão inicial e final para um trecho trifásico (figura 4), bifásico

(figura 5) e monofásico (figura 6), respectivamente.

3.1.1 Equações para um trecho trifásico

BCB

k

CAA

k

C

k

C

k

C

i

C

k

BCC

k

ABA

k

B

k

B

k

B

i

B

k

CAC

k

ABB

k

A

k

A

k

A

i

A

k

MIMIZIVV

MIMIZIVV

MIMIZIVV

⋅−⋅−⋅−=

⋅−⋅−⋅−=

⋅−⋅−⋅−=

...(12)

Onde:

s = conjunto de fases A, B e C;

s

iV = Tensão inicial do trecho na fase s;

s

iV = Tensão final do trecho na fase s;

s

kI = Corrente do trecho k na fase s;

s

kZ = Impedância do trecho k na fase s;

ABM = Impedância mútua entre os trechos da fase A e da fase B.

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48

Figura 4 – Linha de transmissão trifásica

Fonte: O autor (2005)

3.1.2 Equações para um trecho bifásico

ABA

k

B

k

B

k

B

i

B

k

ABB

k

A

k

A

k

A

i

A

k

MIZIVV

MIZIVV

⋅−⋅−=

⋅−⋅−= ...(13)

Figura 5 – Linha de transmissão bifásica

Fonte: O autor (2005)

A

kZA

kV

ABM

B

kV

B

kZ

A

iV

B

iV

A

kZ

B

C

kZ

A

kV

B

kV

C

kV

CAM

ABM

BCM

A

iV

B

iV

C

iV

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49

3.1.3 Equação para um trecho monofásico

A

k

A

k

A

i

A

k ZIVV ⋅−= ...(14)

Figura 6 – Linha de transmissão monofásica

Fonte: O autor (2005)

3.1.4 Cálculo das perdas

O cálculo das perdas em um trecho é dado por:

( ) ( )*s

k

s

k

s

i

s

k IVVL ⋅−= ...(15)

Para encontrar as perdas ativa e reativa, basta separar as partes real e

imaginária.

( )s

kk

sP LL real= ...(16)

( )s

kk

sQ LL imag= ...(17)

Onde:

s

kL = Perdas complexas na fase s do trecho k;

k

sPL = Parte real das perdas complexas s

kL ;

A

kZA

kVA

iV

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50

k

sQL = Parte imaginária das perdas complexas s

kL ;

( )*s

kI = Conjugado da corrente no trecho k da fase s.

3.2 CONEXÃO DAS CARGAS

Usualmente, em sistemas de distribuição, as cargas estão conectadas

no secundário dos transformadores. Porém, para que o trabalho possa

abranger todas as possibilidades de conexão de cargas, até mesmo as menos

usuais, decidiu-se pela implementação dos tipos de conexões apresentadas a

seguir.

3.2.1 Cargas trifásicas no circuito primário

As cargas trifásicas conectadas diretamente no circuito primário poderão

estar lidadas em delta ou estrela aterrada.

3.2.1.1 Delta

Na figura 7 é representada uma carga trifásica ligada em delta sendo

alimentada por três tensões VA , VB , VC , solicitando correntes IA , IB , IC .

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51

Figura 7 – Carga trifásica ligada em delta Fonte: O autor (2005)

As correntes nos ramos da ligação delta são dadas por:

( )

*

−=

BA

ABAB

VV

SI ...(18)

( )

*

−=

CB

BCBC

VV

SI ...(19)

( )

*

−=

AC

CACA

VV

SI ...(20)

As correntes fornecidas pelas fases são dadas por:

CAABAIII −= ...(21)

ABBCBIII −= ...(22)

BCCACIII −= ...(23)

Por sua vez, as potências fornecidas pelas fases são:

*AAAIVS ⋅= ...(24)

AI

BI

CI

AV

BV

CV

BCS

ABS

CAS

BCI

ABI

CAI

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52

*BBBIVS ⋅= ...(25)

*CCCIVS ⋅= ...(26)

Onde:

ABS =Potência complexa consumida entre as fases A e B do delta;

BCS =Potência complexa consumida entre as fases B e C do delta;

CAS =Potência complexa consumida entre as fases C e A do delta;

AS =Potência complexa fornecida pela fase A para o delta;

BS =Potência complexa fornecida pela fase B para o delta;

CS =Potência complexa fornecida pela fase C para o delta;

ABI =Corrente entre as fases A e B do delta;

BCI =Corrente entre as fases B e C do delta;

CAI =Corrente entre as fases C e A do delta;

AI =Corrente pela fase A;

BI =Corrente pela fase B;

CI =Corrente pela fase C.

Algoritmo de cálculo das potências fornecidas por cada fase:

1. Calcular ABS , BC

S e CAS , de acordo com as suas dependências com a

tensão;

2. Calcular as correntes dentro do delta ABI , BC

I e CAI através das

equações (18) a (20);

3. Através das equações (21) a (23), calcular a corrente em cada fase AI ,

BI , C

I ;

4. Com a corrente e a tensão em cada fase, calcular a potência fornecida

por cada uma AS , B

S , CS , através das equações (24) a (26).

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53

3.2.1.2 Estrela aterrada

Na figura 8 é representada uma carga trifásica ligada em Y sendo

alimentada por três tensões VA ,VB , VC e três correntes IA , IB , IC . O ponto

neutro, cuja tensão é VN, está conectado ao neutro da subestação por uma

impedância ZN.

Figura 8 – Carga trifásica ligada em estrela

Fonte: O autor (2005)

Aplicando a lei das malhas e considerando a carga de cada fase como

uma impedância ( s

PZ ), encontra-se:

BV

AV

CV

NV

AS

NZ

CI

CS B

S

BI

AI

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54

=−⋅−

=−⋅−

=−⋅−

0

0

0

NC

P

CC

NB

P

BB

NA

P

AA

VZIV

VZIV

VZIV

Somando:

NC

P

CB

P

BA

P

ACBAVZIZIZIVVV ⋅=⋅−⋅−⋅−++ 3

Como

NNNZIV ⋅=

Portanto:

( )N

C

P

CB

P

BA

P

ACBAN

Z

ZIZIZIVVVI

⋅−⋅−⋅−++=

3 ...(27)

Onde:

NV = Tensão no ponto neutro;

NI = Corrente entre o ponto neutro e a referência;

NZ =Impedância da terra entre o ponto neutro e a referência.

Os valores de A

PZ , B

PZ e C

PZ podem ser encontrados através das equações:

( )A

NAA

PS

VVZ

2−

= ...(28)

( )B

NBB

PS

VVZ

2−

= ...(29)

. ( )

C

NCC

PS

VVZ

2−

= ...(30)

Aplicando agora a lei dos nós, tem-se:

NCBAIIII =++ ...(31)

( ) ( ) ( ) N

C

P

NC

B

P

NB

A

P

NA

IZ

VV

Z

VV

Z

VV=

−+

−+

++⋅−++=

C

P

B

P

A

P

N

C

P

C

B

P

B

A

P

AN

ZZZV

Z

V

Z

V

Z

VI

111 ...(32)

Explicitando VN, tem-se:

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55

++

−++

=

A

P

A

P

A

P

N

C

P

C

B

P

B

A

P

A

N

ZZZ

IZ

V

Z

V

Z

V

V111

...(33)

Com as expressões para IN e VN pode-se encontrar iterativamente seus

valores, considerando-se inicialmente IN=0.

No caso de cargas com neutro flutuante, ou seja, IN =0, a expressão

para o cálculo de VN será simplificada, ou seja:

++

++

=

C

P

B

P

A

P

C

P

C

B

P

B

A

P

A

N

ZZZ

Z

V

Z

V

Z

V

V111

...(34)

Um fato importante é que as equações apresentadas para o cálculo de

VN e de IN foram desenvolvidas considerando que todas as cargas são de

impedância constante. Para o caso de cargas mistas, onde cargas de potência

constante, corrente constante e impedância constante são conectadas

simultaneamente, o cálculo de IN e de VN apresenta ainda resultados válidos

para o ponto de operação em questão, tendo em vista que uma impedância

equivalente pode ser calculada considerando todas as componentes da carga.

Finalmente, depois do cálculo da corrente de cada fase, calcula-se,

através das equações abaixo, quanto de potência cada uma delas está

fornecendo à carga, tomando como referência o neutro da subestação.

( )*AAAIVS ⋅= ...(35)

( )*BBBIVS ⋅= ...(36)

( )*CCCIVS ⋅= ...(37)

Sendo as correntes de cada fase, calculadas pelas equações:

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56

( )( )NA

AA

VV

SI

−=

* ...(38)

( )( )NB

BB

VV

SI

−=

* ...(39)

( )( )NC

CC

VV

SI

−=

* ...(40)

Algoritmo de cálculo das potências fornecidas por cada fase:

1. Calcular o valor de VN através da equação (34);

2. Calcular as correntes AI , B

I , CI através das equações (38) a (40);

3. Com a corrente e a tensão em cada fase, calcular a potência fornecida

por cada fase, AS , B

S , CS , através das equações (35) a (37).

3.2.1.3 Cargas conectadas entre fases no circuito primário

Na figura 9 é representada uma carga conectada entre duas fases,

sendo alimentada pelas tensões VA e VB e uma corrente IAB .

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57

Figura 9 – Carga monofásica ligada entre duas fases

Fonte: O autor (2005)

A corrente na carga é dada por:

( )

*

−=

BA

ABAB

VV

SI ...(41)

Com a corrente, calcula-se quanto de potência é fornecida por cada fase à

carga, ou seja:

( )*ABAAIVS ⋅= ...(42)

( )*ABBBIVS ⋅= ...(43)

Algoritmo de cálculo das potências fornecidas por cada fase:

1. Calcular SAB , de acordo com a sua dependência com a tensão;

2. Calcular a corrente IAB , através da equação (41);

ABV

AV

ABI

BV

ABS

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58

3. Com a corrente e a tensão em cada fase, calcular a potência fornecida

pela fase A ( SA ) e pela fase B ( SB), através das equações (42) e (43).

3.2.2 Cargas conectadas no secundário de transformadores de

distribuição

Normalmente, em simulações, as cargas costumam ser representadas

no circuito primário dos sistemas de distribuição. Além disso, os primeiros

métodos de cálculo de fluxo de carga em sistemas de distribuição partem de

aproximações monofásicas, com o sistema tido como equilibrado, não havendo

muita diferença entre a representação da carga no circuito primário ou no

secundário. Com a utilização de metodologias trifásicas para solução de fluxo

de carga, este tipo de aproximação passou a limitar a qualidade dos resultados.

No caso de sistemas desequilibrados, por exemplo, as potências consumidas

por cada fase podem ser diferentes, caso estas estejam ligadas ao secundário

dos transformadores de distribuição, ou diretamente ligadas no circuito

primário. Como conseqüência, as correntes e as quedas de tensão serão

diferentes para cada tipo de representação, razão por que os resultados

alcançados serão distintos. Baran e Staton (1997) e Kersting e Philips (1995) já

mostram uma preocupação com a questão da localização da carga ligada

diretamente no circuito primário e não no secundário dos transformadores de

distribuição; sendo assim, apresentam um tratamento matemático que

possibilita a representação de cargas no secundário dos transformadores de

distribuição para os tipos mais comuns de conexões (∆/Y, Y/Y e Y/∆). Outros

trabalhos como de Medeiros Júnior e Pimentel Filho (2004) já representam todo

o sistema de baixa tensão, resolvendo o problema mediante um algoritmo

misto, em que o circuito de média tensão é resolvido através do método soma

de potências e os circuitos de baixa tensão através do método de injeção de

corrente (GARCIA et al, 2000).

A representação dos transformadores de distribuição é importante para

que o engenheiro se aproprie do comportamento das variáveis de interesse no

seu secundário, ou seja, no circuito de baixa tensão, onde, normalmente, os

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59

consumidores se encontram ligados. Assim como em Baran e Staton (1997),

será assumido que os transformadores trifásicos são construídos pela conexão

de unidades monofásicas. No modelo adotado, as impedâncias obtidas no

ensaio de curto-circuito estarão em série com as bobinas do primário e as

impedâncias obtidas no ensaio de circuito aberto estarão em paralelo com as

bobinas do circuito secundário. Para simplificação dos cálculos, serão

desprezados os fluxos mútuos entre as bobinas, o que é razoável já que os

transformadores estão sendo modelados pela conexão de unidades

monofásicas. Em geral, em sistemas de distribuição, os transformadores têm

suas bobinas de alta tensão ligadas em delta e suas bobinas de baixa tensão

ligadas em Y aterrado. Neste trabalho serão apresentadas as equações que

modelam este tipo de ligação; adicionalmente, será apresentado também o

equacionamento para uma ligação ∆/∆. Convém lembrar que o método ora

apresentado pode ser adaptado a quaisquer outros tipos de conexão.

Apresenta-se, na figura 10, o circuito equivalente representativo do

comportamento de um transformador monofásico em regime permanente, na

freqüência fundamental, conforme será adotado neste trabalho, para

modelagem das unidades trifásicas.

Figura 10 – Circuito simplificado de um transformador monofásico

Fonte: O autor (2005)

Da figura 10, tem-se:

AV

BV

aV

bV

ER

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60

( ) ( ) E

baBARvvVV ⋅−=− ...(44)

Onde:

VA= Tensão na fase A no lado de alta tensão do transformador;

VB = Tensão na fase B no lado de alta tensão do transformador;

Va = Tensão na fase a no lado de baixa tensão do transformador;

Vb= Tensão na fase b no lado de baixa tensão do transformador;

ER = Relação de espiras

2

1N

N ;

N1= Número de espiras da bobina do enrolamento primário do transformador

(alta tensão);

N2= Número de espiras da bobina do enrolamento secundário do

transformador (baixa tensão).

Para tornar a representação mais real, deve-se considerar no modelo as

impedâncias de curto-circuito - que é representada em série com a bobina do

circuito primário - e de magnetização, que é representada em paralelo com a

bobina do circuito secundário, incluindo-se nestas os efeitos das perdas no

cobre e no ferro, respectivamente. Estas impedâncias são calculadas com base

nos ensaios de curto-circuito e de circuito aberto, cujos resultados são

fornecidos pelo fabricante de cada transformador. Na tabela 1 são

apresentados os valores obtidos nos ensaios de curto-circuito e circuito aberto,

feitos em transformadores trifásicos classe 15 kV, de potências variadas.

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61

Tabela 1 – Resultados dos ensaios de laboratório feitos em

transformadores de distribuição trifásicos de 15 kV

Potência Corrente Perdas Perdas Impedância

(kVA) excitação em vazio Totais 75° C

máxima máximas máximas (%)

(%) (W) (W)

30 4,1 170 740

45 3,7 220 1.000

75 3,1 330 1.470

112,5 2,8 440 1.990

150 2,6 540 2.450

3,5

225 2,3 765 3.465

300 2,2 950 4.310

4,5

Fonte: O autor (2005)

As equações apresentadas a seguir, sintetizam o cálculo da impedância

série do circuito L-equivalente, que será adotado para o transformador de

distribuição, a partir dos dados do ensaio de curto-circuito.

NOMaltacc VV ⋅= β ...(45)

NOMalta

NOM

NOMaltaV

S

I

=0,3

...(46)

ccNOMaltacu VIS ⋅= ...(47)

NOMalta

cccc

I

VZ = ...(48)

Para se encontrar as partes real e imaginária de Zcc, utiliza-se:

( )2

3

NOMalta

cu

ccI

P

R

= ...(49)

( ) ( )22cccccc RZX −= ...(50)

Onde:

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62

β = Porcentagem da tensão nominal relativa à tensão do ensaio de

curto-circuito (Vcc);

NOMaltaI = Corrente nominal no circuito de alta tensão do transformador;

NOMaltaV = Tensão nominal no circuito de alta tensão do transformador;

NOMS = Potência trifásica nominal do transformador;

cuP = Perda ativa no cobre;

cuS = Perda aparente no cobre;

ccR = Resistência de curto-circuito;

ccX = Reatância de curto-circuito;

ccZ = Impedância de curto-circuito.

O cálculo da impedância de magnetização é realizado através das

equações:

E

magnalta

magnbaixaR

II = ...(51)

( )nombaixa

fe

magnXV

PI = ...(52)

( ) ( ) ( )[ ]22magnXmagnmagnY III −= ...(53)

nombaixa

magnX

magnV

IG = ...(54)

nombaixa

magnY

magnV

IB = ...(55)

magnmagnmagn BiGY ⋅+= ...(56)

Onde:

magnaltaI = Corrente de magnetização no lado de alta tensão do

transformador;

magnbaixaI = Corrente de magnetização no lado de baixa tensão;

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63

magnXI = Parte real da corrente de magnetização do circuito de baixa

tensão;

magnYI = Parte imaginária da corrente de magnetização do circuito de

baixa tensão;

nombaixaV = Tensão nominal no circuito de baixa tensão;

feP = Perdas ativas no ferro;

magnG = Parte real da admitância de circuito aberto;

magnB = Parte real da admitância de circuito aberto;

magnY = Admitância de circuito aberto.

Desta feita, quando se conecta uma carga no secundário do

transformador, obtém-se o circuito equivalente da figura 11. Calculando-se a

corrente circulando na bobina do circuito secundário (57), encontra-se a

corrente circulando na bobina do circuito primário (58), portanto a potência

fornecida por cada fase do circuito primário pode ser definido pelas equações

(59) e (60):

Figura 11 – Circuito completo equivalente de um transformador monofásico com carga no

secundário Fonte: O autor (2005)

AV

aI

aV

abS

bV

AS

AV

AS

ER CCY

CCZ

AI

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64

( )( ) mag

ba

ba

aba

YVVVV

SI ⋅−+

−=

*

...(57)

EaA

RII ⋅= ...(58)

( )*AAAIVS ⋅= ...(59)

( )*ABBIVS ⋅= ...(60)

Conhecendo-se o valor da corrente no circuito de alta tensão IA pode-se

calcular o valor da tensão à qual a bobina do lado de alta estará submetida.

cc

ABA

bobalta ZIVVV ⋅−−= ...(61)

Onde:

bobaltaV =Tensão na bobina no lado de alta tensão do transformador.

3.2.2.1 Conexão ∆/Y

No caso das unidades monofásicas mostradas anteriormente, as

tensões e as correntes nos lados primário e secundário do transformador estão

em fase entre si, respectivamente, mesmo quando interligam unidades

monofásicas em bancos trifásicos. Assim, para a modelagem de um banco de

transformadores trifásicos ligados em ∆/Y, de acordo com a figura 12, tem-se:

Page 66: USO DE TÉCNICAS DE OTIMIZAÇÃO BASEADAS EM … · transmissão, os níveis de tensão são altos e as linhas são geralmente muito longas. Esses fatores contribuem para que os efeitos

65

Figura 12 – Circuito equivalente de um transformador trifásico ∆/Y

Fonte: O autor (2005)

BCCAC

ABBCB

CAABA

III

III

III

−=

−=

−=

...(62)

AV

AI

AS

BV

BI

BS

CV

CI

CS

CCZ

CCZ

CCZ

ABI

BCI

CAI

ER

ER

ER aI

bI

cI

cS

bS

aS

aV

bV

cV

NV

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66

( ) ( )

( ) ( )

( ) ( )ncm

nc

cc

nbm

nb

bb

nam

na

aa

VVYVV

SI

VVYVV

SI

VVYVV

SI

−⋅+

−=

−⋅+

−=

−⋅+

−=

*

*

*

...(63)

( )( )( ) E

ccCACAca

E

ccBCBCbc

E

ccABABab

RZIVV

RZIVV

RZIVV

/

/

/

⋅−=

⋅−=

⋅−=

...(64)

E

CAc

E

BCb

E

ABa

RII

RII

RII

/

/

/

=

=

=

...(65)

( )( )( )*

*

*

CCC

BBB

AAA

IVS

IVS

IVS

⋅=

⋅=

⋅=

...(66)

Através do sistema de equações (66), pode-se calcular as potências

fornecidas por cada fase ao primário do transformador, para o suprimento de

cargas conectadas no seu secundário.

É importante lembrar que as cargas do secundário do transformador de

distribuição são concentradas na sua saída e, de acordo com o modelo

adotado, conectam-se em paralelo com a admitância obtida no ensaio de

circuito aberto (Ymagn), acompanhando o mesmo tipo de conexão das bobinas

secundárias, conforme mostram as figuras 12 e 13.

Page 68: USO DE TÉCNICAS DE OTIMIZAÇÃO BASEADAS EM … · transmissão, os níveis de tensão são altos e as linhas são geralmente muito longas. Esses fatores contribuem para que os efeitos

67

3.2.2.2 Conexão ∆/∆

A figura 13 mostra um transformador trifásico com as bobinas do circuito

primário e secundário ligadas em delta. Note que, no circuito de baixa tensão, a

carga (S) representa a soma da admitância equivalente da carga com a

admitância de magnetização.

Figura 13 – Circuito equivalente de um transformador trifásico ∆/∆

AV

AI

AS

BV

BI

BS

CV

CI

CS

CCZ

CCZ

CCZ

ABI

BCI

CAI

ER

ER

ER abI

bcI

caI

caS

bcS

abS

aV

bV

cV

Page 69: USO DE TÉCNICAS DE OTIMIZAÇÃO BASEADAS EM … · transmissão, os níveis de tensão são altos e as linhas são geralmente muito longas. Esses fatores contribuem para que os efeitos

68

Fonte: O autor (2005)

BCCAC

ABBCB

CAABA

III

III

III

−=

−=

−=

...(67)

( ) ( )

( ) ( )

( ) ( )acm

ac

caca

cbm

cb

bcbc

bam

ba

abab

VVYVV

SI

VVYVV

SI

VVYVV

SI

−⋅+

−=

−⋅+

−=

−⋅+

−=

*

*

*

...(68)

E

caCA

E

bcBC

E

abAB

RII

RII

RII

⋅=

⋅=

⋅=

...(69)

( )( )( ) E

ccCACAca

E

ccBCBCbc

E

ccABABab

RZIVV

RZIVV

RZIVV

/

/

/

⋅−=

⋅−=

⋅−=

...(70)

( )( )( )*

*

*

CCC

BBB

AAA

IVS

IVS

IVS

⋅=

⋅=

⋅=

...(71)

A seguir é apresentado o algoritmo utilizado para o cálculo da potência

fornecida por cada fase no circuito primário.

1. Com as tensões e correntes iniciais, ou da iteração anterior, calcular as

tensões nas bobinas do circuito primário e referenciar para o circuito

Page 70: USO DE TÉCNICAS DE OTIMIZAÇÃO BASEADAS EM … · transmissão, os níveis de tensão são altos e as linhas são geralmente muito longas. Esses fatores contribuem para que os efeitos

69

secundário segundo a relação de espiras, utilizando o sistema de

equações (64) quando se utiliza transformadores com bobinas em ∆/Y,

ou o sistema de equações (70) no caso ∆/∆;

2. Calcular a potência consumida por cada fase do lado de baixa tensão do

transformador, de acordo com a sua dependência com a tensão;

3. Com as tensões e a potência relativas a cada fase, calcular as correntes

no circuito secundário utilizando o sistema de equações (63) para

transformadores em ∆/Y ou (68) para transformadores em ∆/∆.

Referenciar as correntes para o circuito primário, utilizando o sistema de

equações (65) e (69) para transformadores conectados em ∆/Y e ∆/∆,

respectivamente;

4. Utilizando o sistema de equações (67), calcular a corrente fornecida por

cada fase do circuito primário;

5. Com a tensão e corrente de cada fase, calcular a potência fornecida por

cada uma, utilizando o sistema de equações (66).

3.2.2.3 Transformadores monofásicos

Outro equipamento utilizado em alimentadores de média tensão é o

transformador monofásico, cujo primário está conectado entre duas fases,

segundo mostra a figura 14. A seguir será desenvolvida sua modelagem.

Figura 14 – Circuito equivalente de um transformador monofásico com carga conectada no seu

secundário

AV

BV

bV

aV

ABI

CCZab

I

ccYab

SER

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70

Fonte: O autor (2005)

O seu comportamento em regime permanente é descrito pelas

equações:

( )( )ba

magnba

abab

VVYVV

SI −⋅+

−=

*

...(72)

E

abABRII ⋅= ...(73)

ccAB

EABab

ZIRVV ⋅+⋅= ...(74)

*ABAAIVS ⋅= ...(75)

−⋅=

*ABBBIVS ...(76)

De acordo com a figura 15, para um sistema monofásico com retorno

pela terra (MRT), a corrente no circuito secundário pode ser calculada por:

( )( )na

magnna

aa

VVYVV

SI −⋅+

−=

*

...(77)

Figura 15 – Circuito equivalente de um transformador monofásico (MRT) com carga conectada no seu secundário.

Fonte: O autor (2005)

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71

A corrente no circuito primário é calculada através da equação:

E

aARII ⋅= ...(78)

Tendo conhecimento da resistência de terra, pode-se calcular a tensão no

ponto neutro.

NANZIV ⋅= ...(79)

Isso possibilita calcular a potência fornecida pelo circuito primário.

*AAAIVS ⋅= ...(80)

No sistema MRT, ao contrário dos demais, o retorno da corrente á feito

unicamente pela terra (Rt).

3.2.2.4 Modelagem dos tap´s

Geralmente os transformadores de distribuição apresentam a

possibilidade de dispor de mais de um tap, o que significa que, além da relação

nominal de espiras, o transformador pode operar com outras relações. Essa

característica permite que em circuitos longos, ou com carregamento alto, os

transformadores ligados aos nós, cuja tensão apresente valor abaixo do

desejável no circuito primário, tenham em seu circuito secundário uma tensão

próxima da nominal. A implementação dessa característica é bastante simples

e se realiza na medida em que cada nó irá apresentar adicionalmente, como

dado de entrada, o tap em que o transformador estará operando. Portanto, com

esta possibilidade, transformadores idênticos instalados em pontos de mesma

tensão, funcionando em vazio - sem carga - poderão apresentar em seu

circuito secundário tensões diferentes, desde que estejam operando com tap’s

em posições distintas. Em um cálculo de fluxo de carga, no qual as cargas

estão conectadas no lado de baixa tensão dos transformadores, o resultado

pode não ser satisfatório, caso essa característica não seja observada.

Page 73: USO DE TÉCNICAS DE OTIMIZAÇÃO BASEADAS EM … · transmissão, os níveis de tensão são altos e as linhas são geralmente muito longas. Esses fatores contribuem para que os efeitos

72

3.2.3 Capacitores e indutores

Os capacitores e indutores serão modelados como cargas de

impedância constante conectadas ao circuito primário, podendo estas ser

tratadas como conectadas em ∆ ou Y, embora este último tipo de conexão seja

predominante em sistemas reais.

3.3 REGULADORES DE TENSÃO

Os reguladores são aplicados, usualmente, empregando-se unidades

monofásicas em três tipos de configurações: três unidades ligadas em Y, três

unidades ligadas em ∆, ou duas unidades ligadas em delta aberto, para as

quais se têm faixas de regulação máximas de 10%, 15% e 10%,

respectivamente. Realizando-se uma análise do circuito do regulador, pode-se

estabelecer uma equação relacionando-se a tensão de entrada com a tensão

de saída do regulador.

3.3.1 Modelagens utilizadas

Freqüentemente reguladores de tensão são modelados em um cálculo

de fluxo de carga através de um transformador com tap fora do valor nominal, o

que neste trabalho será denominada como modelagem tradicional. Entretanto,

esse modelo não incorpora todas as características físicas e funcionais do

equipamento, não permitindo assim a simulação de todas as suas funções,

com um grau de exatidão razoável. Recentemente alguns modelos foram

propostos, no sentido de atender as exigências ou requisitos de uma análise

trifásica, Medeiros Júnior e Câmara (2000a) e Almeida et al (2005). A seguir

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73

será apresentado o equacionamento da modelagem tradicional, comumente

utilizada. Posteriormente é apresentado a modelagem proposta, que leva em

consideração as características funcionais do equipamento.

3.3.1.1 Modelagem tradicional

Os algoritmos para cálculo de fluxo de carga foram desenvolvidos,

originariamente para sistemas de geração e transmissão de energia elétrica.

Nesses sistemas, equipamentos reguladores de tensão como transformadores

com mudança de tap sob carga, costumam ser utilizados, e o seu modelo, para

cálculo de fluxo de carga, apresenta-se na literatura como um circuito π-

equivalente, conforme mostra a figura 16. Para modelar reguladores de tensão

de sistemas de distribuição em cálculos de fluxo de carga para esses sistemas,

alguns pesquisadores passaram a tratar os reguladores como transformadores

com o tap fora da sua posição nominal, ao invés de desenvolverem uma nova

modelagem. Garcia, Pereira e Carneiro Júnior (2001)

e Roytelman e Ganesan

(1999), em trabalhos recentes - nos quais descrevem a modelagem de

dispositivos para o controle da tensão para sistemas de distribuição - ainda

tratam os reguladores de tensão através do modelo π-equivalente, conforme

será descrito nesta seção. Sob tal abordagem, os reguladores de tensão são

representados por três unidades monofásicas conectadas em Y, com cada

unidade sendo modelada através de uma impedância em série com um

transformador ideal com tap em seu secundário. Na figura 16 é mostrado o

circuito π equivalente do regulador de tensão, cujos parâmetros Aij, Bij e Cij são

calculados por.

ijijij YaA ⋅= ...(81)

( ) ijijijij YaaB 1−⋅= ...(82)

( ) ijijij YaC ⋅−= 1 ...(83)

Onde:

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74

ijY = Admitância série do regulador;

ija = Posição do tap do regulador.

No modelo proposto, três novas variáveis de estado são calculadas (Aij

,Bijc ,Cij) para que o módulo da tensão de cada fase, na saída do regulador,

seja igual à tensão de regulação requerida.

Figura 16 – Circuito equivalente de um transformador. Fonte: O autor (2005)

Como se pode observar nas equações que modelam o regulador,

quando o tap se encontra na posição neutra (a=1), o valor dos elementos em

paralelo é igual a zero e o modelo passará a ser semelhante ao de uma linha

de transmissão sem seus elementos shunt. Entretanto, quando o regulador

passa a operar em um tap fora do nominal (a≠1), as admitâncias dos ramos

paralelos não serão mais nulas, comportando-se como um indutor e um

capacitor em cada ramo, forçando a tensão no secundário a aumentar ou a

diminuir, dependendo da necessidade.

Apesar desse modelo ser muito utilizado, pode apresentar limitações

para o caso de reguladores de tensão conectados em delta ou delta aberto,

tendo em vista que nesses casos os reguladores estão ligados a duas fases do

sistema.

i jijA

ijBijC

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75

3.3.1.2 Modelagem proposta

O modelo proposto é baseado nas características funcionais e

construtivas do próprio regulador, descritas no seu manual de operação

(COOPER POWER SYSTEMS DISTRIBUTION, 2001) e apresentada no

trabalho de Medeiros Júnior e Pimentel Filho (2004), possibilitando uma

simulação do seu funcionamento real, de acordo com a figura 17.

Figura 17 – Circuito equivalente de um regulador de tensão. Fonte: O autor (2005)

A tensão de saída no regulador é dada por:

sesSes ZIVBVV ⋅−+= ...(84)

eI

eV

eS

seZs

VB

sI

sV

sS

sI

shZ

shI

shVB

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76

A tensão na bobina em derivação pode ser calculada através de:

refshshesh VZIVVB −⋅−= ...(85)

A tensão e a corrente na bobina série são calculadas por:

EshsRVBVB /= ...(86)

e

Eshs RII ⋅= , ...(87)

sendo

Ve = Tensão na entrada do regulador;

Vs = Tensão na saída do regulador;

Vref= Tensão de referencia para bobina em derivação (tensão em dos

seus terminais);

VBs = Tensão induzida na bobina série;

VBsh = Tensão induzida na bobina em derivação;

RE = Relação de espiras do regulador entre a bobina série e a bobina

em derivação;

Ise = Corrente na bobina em série;

Ish = Corrente na bobina em paralelo;

Zse = Impedância série do regulador;

Zsh= Impedância paralelo do regulador;

Se = Carga na entrada do regulador;

Ss = Carga na saída do regulador.

A partir do esquema apresentado na figura 17 e da equação (84),

observa-se que a tensão VBs, que se adiciona (ou que se subtrai) à tensão de

fase na entrada do regulador, pode estar praticamente em fase com a tensão

entre seus terminais de entrada - caso em que a bobina derivação é alimentada

por uma tensão de fase - ou pode estar defasada em relação à tensão nos

terminais de entrada, no caso em que estes sejam energizados por uma tensão

de linha. Portanto, além da tensão de saída poder ser maior ou menor que a

tensão de entrada, ela também poderá estar defasada.

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77

Como o regulador é um elemento passivo, não é capaz de fornecer

potência ativa; desse modo, a potência na entrada do regulador deverá ser

igual à potência na sua saída, excluindo-se as perdas. No entanto, em se

tratando de um conjunto de reguladores de tensão conectados em delta ou

delta aberto, individualmente a potência na entrada de cada regulador pode

não ser igual a da sua saída, mesmo excluindo-se as perdas. Porém, se for

considerado o conjunto, a potência em sua entrada será igual à potência em

sua saída. Essa característica pode ser facilmente justificada pela ação das

bobinas em paralelo dos reguladores, pois, como estão conectadas entre duas

fases, possibilita uma transferência de potência entre elas, principalmente

quando o sistema apresenta desequilíbrios. No caso do fluxo de carga pelo

método da soma de potências, esta consideração passa a ser um ponto-chave

para simulação do funcionamento do regulador. Ao se percorrer o sistema

partindo dos nós terminais em direção à subestação, para se calcular a

potência soma em cada nó, em se encontrando um trecho onde existe um

regulador, o intercâmbio de potência entre as fases deve ser levado em

consideração. Portanto, para modelagem exata do regulador, não basta

calcular a tensão na saída ou as perdas de cada um deles, mas igualmente a

potência que é transferida de uma fase para a outra durante o processo de

regulação.

A corrente na entrada do regulador é dada por:

shse III += ...(88)

e a corrente no ramo série é:

*

=

s

sse

V

SI ...(89)

Como a corrente no ramo em derivação é dada pela relação de espiras,

têm-se:

Esesh RII ⋅= ...(90)

*IVS ee ⋅= ...(91)

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78

Como se pode observar das equações 88 e 91, a potência na entrada do

regulador é composta pela adição da potência dos dois ramos: o série e o

paralelo. Tendo em vista que a corrente no em derivação é muito pequena a

potência de entrada é praticamente definida pelo ramo série.

Após essa apresentação inicial, torna-se necessário calcular os

parâmetros indispensáveis à modelagem matemática do regulador, os quais

são determinados com base nos dados construtivos do equipamento, a saber:

a potência e tensão nominal, a tensão de regulação, a relação máxima de

espiras, o número total de tap’s, bem como as características de ensaio de

circuito aberto e de curto-circuito. De posse desses parâmetros, constitui-se um

modelo matemático pelo qual se torna possível simular o funcionamento do

equipamento. A partir desses dados, o algoritmo de cálculo verificará, a cada

iteração, o quanto deverá ser acrescido à tensão de entrada do regulador, para

que o módulo da tensão de saída seja igual à tensão de regulação. No caso em

que a relação de transformação necessária para manter a tensão de saída no

valor desejável seja maior que a relação de transformação máxima, a relação

de transformação será limitada neste valor.

Para que o regulador possa funcionar de maneira satisfatória, é preciso

que se procedam alguns ajustes, em função dos quais se dá esse

funcionamento. Para isso, o regulador é dotado de um painel a fim de que se

possa programar esses ajustes. São eles:

• Tensão de regulação: tensão que o regulador deverá manter na sua

saída;

• Retardo de tempo: tempo que o regulador deverá esperar para que haja

uma mudança na posição do tap;

• Insensibilidade: faixa de tensão dentro da qual o regulador, mesmo

havendo uma variação na tensão, não mudará a posição do tap;

• Regulação remota: tipo de regulação em que o nó de regulação não

coincide com o nó de saída do regulador.

3.3.2 Tipos de Ligações

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79

Usualmente, os reguladores de tensão são utilizados em três tipos de

configurações: estrela, delta fechado e delta aberto.

3.3.2.1 Estrela

Na ligação em estrela, a bobina em derivação do regulador estará ligada

entre uma fase e um neutro, conforme mostra a figura 18:

Page 81: USO DE TÉCNICAS DE OTIMIZAÇÃO BASEADAS EM … · transmissão, os níveis de tensão são altos e as linhas são geralmente muito longas. Esses fatores contribuem para que os efeitos

80

Figura 18 – Reguladores conectados em Y.

Fonte: O autor (2005)

Nesse tipo de ligação a tensão máxima de saída do regulador (Va’) será,

no máximo, igual à tensão de entrada do regulador (Va), adicionada da tensão

a que a bobina em derivação está submetida, multiplicada pela relação de

espiras máxima (RE). A figura 19 expõe essa relação de forma vetorial.

a

eV

S L

seZa

e

a

e VR a

sV

shZ

a

eV

SL

b

eV

S L

seZb

e

b

e VR b

sV

shZ

b

eV

SL

c

eV

S L

seZc

e

c

e VR c

sV

shZ

c

eV

SL

Page 82: USO DE TÉCNICAS DE OTIMIZAÇÃO BASEADAS EM … · transmissão, os níveis de tensão são altos e as linhas são geralmente muito longas. Esses fatores contribuem para que os efeitos

81

Figura 19 – Fasores representativos das tensões de entrada e saída de três reguladores

conectados em Y. Fonte: O autor (2005)

Considerem-se três reguladores funcionando em estrela, cujos tap

estejam na posição máxima, ou seja, em uma relação de espiras de 10%. Na

entrada de cada um, três tensões equilibradas A

eV , B

eV e C

eV , estando elas

defasadas em 120 graus como:

( ) ( )

( ) ( ) ⋅⋅+=

−⋅+−=

=

120120cos

120120cos

1

senjV

senjV

V

C

e

B

e

A

e

...(92)

No caso de uma ligação em estrela, a bobina em derivação estará ligada

entre a fase regulada e um ponto neutro, a tensão de fase, na saída de cada

regulador, será:

( )

( )

( ) C

e

C

e

C

e

C

s

B

e

B

e

B

e

B

s

A

e

A

e

A

e

A

s

VVVV

VVVV

VVVV

⋅=⋅+=

⋅=⋅+=

⋅=⋅+=

1,11,0

1,11,0

1,11,0

...(93)

°120

°120

°120

A

sV

B

eV

C

eV

A

eV

A

eE

A

e

A

sVRVV •+=

Page 83: USO DE TÉCNICAS DE OTIMIZAÇÃO BASEADAS EM … · transmissão, os níveis de tensão são altos e as linhas são geralmente muito longas. Esses fatores contribuem para que os efeitos

82

Conforme pôde ser verificado, o modelo da tensão na saída do regulador

é 10% maior do que a tensão de entrada, estando as duas em fase.

3.3.2.2 Delta fechado (bobinas conectadas em delta)

Na ligação em delta fechado, a bobina em derivação do regulador está

ligada entre uma fase e outra, conforme mostra a figura 20:

Page 84: USO DE TÉCNICAS DE OTIMIZAÇÃO BASEADAS EM … · transmissão, os níveis de tensão são altos e as linhas são geralmente muito longas. Esses fatores contribuem para que os efeitos

83

Figura 20 – Reguladores conectados em ∆.

Fonte: O autor (2005)

a

eV

S

L

seZab

e

a

e VR a

sV

shZ

ab

eV

SLb

eV

b

eV

S

L

seZbc

e

b

e VR b

sV

shZ

bc

eV

SLc

eV

c

eV

S

L

seZca

e

c

e VR c

sV

shZ

ca

eV

SL

a

eV

Page 85: USO DE TÉCNICAS DE OTIMIZAÇÃO BASEADAS EM … · transmissão, os níveis de tensão são altos e as linhas são geralmente muito longas. Esses fatores contribuem para que os efeitos

84

Figura 21 – Fasores representativos das tensões de entrada e saída de três reguladores

comconectados em ∆. Fonte: O autor (2005)

Na figura 21, pode-se observar que à tensão de entrada do regulador foi

somada uma parcela da tensão de linha; portanto, nesse tipo de configuração,

consegue-se uma faixa de regulação maior que a relação máxima de espiras.

Essa propriedade é confirmada pelo exemplo a seguir:

Considere-se o funcionamento de três reguladores conectados em delta,

com o tap de cada um na posição máxima, logo em uma relação de espiras de

10%, tendo em suas entradas três tensões equilibradas A

eV , B

eV e C

eV ,

respectivamente, estando elas defasadas em 120 graus, como as definidas em

92. No caso de uma ligação em delta, na qual a bobina em derivação está

ligada entre a fase regulada e uma outra fase, a tensão de fase na saída de

cada regulador será:

°120

°120

J

°120

AB

eV

A

eV

A

sV

CA

eV

BC

eV

C

eV

B

eV

Page 86: USO DE TÉCNICAS DE OTIMIZAÇÃO BASEADAS EM … · transmissão, os níveis de tensão são altos e as linhas são geralmente muito longas. Esses fatores contribuem para que os efeitos

85

( ) ( )( ) ( )( ) ( )A

e

C

e

C

e

C

s

C

e

B

e

B

e

b

s

B

e

A

e

A

e

A

s

VVVV

VVVV

VVVV

−⋅+=

−⋅+=

−⋅+=

1,0

1,0

1,0

...(94)

Considerando-se tensões de 1 p.u., na entrada do regulador, tem-se:

( ) ( ) ( )[ ]( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( )[ ]( ) ( ) ( ) ( ) ( )[ ]1120120cos1,0120120cos

120120cos120120cos1,0120120cos

120120cos11,01

−⋅+⋅+⋅+=

⋅−−−⋅+−⋅+−⋅+−=

−⋅−−−⋅+=

ooooC

s

ooooooB

s

ooA

s

senjsenjV

senjsenjsenjV

senjV

9526,065,0

0392,15,0

0866,015,1

⋅+−=

⋅+−=

⋅+=

jV

jV

jV

C

s

B

s

A

s

oC

s

oB

s

oA

s

V

V

V

3,1241533,1

7,1151533,1

3,41533,1

∠=

−∠=

∠=

De acordo com o exposto acima, pode-se verificar que o módulo da

tensão na saída do regulador é 15% maior que o da tensão na sua entrada,

mesmo com uma relação de espiras de 10%.

Ainda observando a figura 20, verifica-se que as correntes na entrada de

cada regulador, bem como nas suas saídas, são determinadas segundo as

equações:

Fase A

A

s

A

sA

sV

SI = ...(95)

BE

B

sAE

A

s

A

s

A

e RIRIII ⋅−⋅+= ...(96)

Fase B

B

s

B

sB

sV

SI = ...(97)

CE

C

sBE

B

s

B

s

B

e RIRIII ⋅−⋅+= ...(98)

Page 87: USO DE TÉCNICAS DE OTIMIZAÇÃO BASEADAS EM … · transmissão, os níveis de tensão são altos e as linhas são geralmente muito longas. Esses fatores contribuem para que os efeitos

86

Fase C

C

s

C

sC

sV

SI = ...(99)

AE

A

sCE

C

s

C

s

C

e RIRIII ⋅−⋅+= ...(100)

3.3.2.3 Delta fechado (reguladores conectados em delta)

A configuração em delta fechado, apresentada anteriormente, não

representa um tipo de conexão usada regularmente nas empresas, visto que

apenas as bobinas em derivação de cada regulador é que estão ligadas de

acordo com essa configuração. Entretanto, didaticamente, ela permite que a

representação dos fasores de tensão, envolvidos no processo, possa ser feita

de maneira mais clara. Ainda assim, se torna necessário apresentar a

configuração na qual os reguladores estão conectados em delta fechado. De

acordo com a figura 22, verifica-se que a tensão de saída de cada regulador é

a tensão de referência do outro, não se conseguindo, portanto, explicitar uma

expressão direta que permita verificar a faixa de regulação máxima dessa

configuração.

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87

Figura 22 – Reguladores conectados em DELTA.

Fonte: O autor (2005)

S

seZ ( )b

s

a

e

a

e VVR −

L

a

sV

a

eV

shZ

SL

b

sV

S

seZ ( )c

s

b

e

b

e VVR −

L

b

sV

b

eV

shZ

SL

c

sV

S

seZ ( )a

s

c

e

c

e VVR −

L

c

sV

c

eV

shZ

SL

a

sV

Page 89: USO DE TÉCNICAS DE OTIMIZAÇÃO BASEADAS EM … · transmissão, os níveis de tensão são altos e as linhas são geralmente muito longas. Esses fatores contribuem para que os efeitos

88

Portanto, para calcular a faixa de regulação máxima, serão explicitadas

as equações da tensão de saída em cada regulador, o que é feito em função

da tensão na sua entrada, do valor da relação máxima de espiras e da tensão

na saída no outro regulador. Feito isso, será aplicado um método iterativo

(Gauss-Siedel), em que, partindo de valores iniciais escolhidos de maneira

apropriada, novos valores são calculados, até que seja determinada a tensão

na saída de cada regulador. Isto é feito através do conjunto de equações:

A tensão na saída de cada regulador é encontrada através da solução

do sistema abaixo:

( ) [ ]( ) [ ]( ) [ ]A

s

C

e

C

e

C

s

C

s

B

e

B

e

B

s

B

s

A

e

A

e

A

s

VVVV

VVVV

VVVV

−⋅+=

−⋅+=

−⋅+=

1,0

1,0

1,0

...(101)

Tomando como tensões de entrada:

( ) ( )

( ) ( ) ⋅⋅+=

−⋅+−=

=

120120cos

120120cos

1

senjV

senjV

V

C

e

B

e

A

e

a fazendo, inicialmente:

( ) ( )

( ) ( ) ⋅⋅+=

−⋅+−=

=

120120cos

120120cos

1

senjV

senjV

V

C

s

B

s

A

s

De acordo com o sistema de equações (101), a tensão de saída em um

regulador é função de sua própria tensão de entrada, bem como da sua tensão

de saída do regulador adjacente. Portanto, para que se possa resolver este tipo

de sistema, é necessário aplicar-se um método iterativo:

9440,06650,0

0392,15,0

0866,015,1

⋅+−=

⋅−−=

⋅+=

jV

jV

jV

C

s

B

s

A

s

ou

oC

s

oB

s

oA

s

V

V

V

21,1251531,1

8,1141531,1

21,51531,1

∠=

−∠=

∠=

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89

Verificando-se as tensões de saída, pode-se constatar que a faixa de

regulação conseguida foi de aproximadamente 15,0%, percentual este

igualmente atingido na configuração anterior; significa que, matematicamente,

as duas configurações são semelhantes.

Ainda observando a figura 22, verifica-se que as correntes na entrada de

cada regulador, bem como nas suas saídas, são determinadas segundo as

equações 102, 103, 104, 105, 106 e 107:

Fase A

A

s

A

sA

sV

SI = ...(102)

BE

B

sAE

A

s

A

s

A

e RIRIII ⋅−⋅+= ...(103)

Fase B

B

s

B

sB

sV

SI = ...(104)

CE

C

sBE

B

s

B

s

B

e RIRIII ⋅−⋅+= ...(105)

Fase C

C

s

C

sC

sV

SI = ...(106)

AE

A

sCE

C

s

C

s

C

e RIRIII ⋅−⋅+= ...(107)

3.3.2.4 Delta aberto

Na conexão em delta aberto, dois reguladores estão conectados à fase

de referência, fazendo com que a tensão de linha, na saída dos reguladores,

Page 91: USO DE TÉCNICAS DE OTIMIZAÇÃO BASEADAS EM … · transmissão, os níveis de tensão são altos e as linhas são geralmente muito longas. Esses fatores contribuem para que os efeitos

90

cresça proporcionalmente em todas as direções, como pode ser observado na

figura 23. Essa propriedade pode ser verificada acompanhando o exemplo

abaixo:

Considere-se que dois reguladores estão funcionando em delta aberto,

com o tap de cada um na posição máxima, ou seja, em uma relação de espiras

de 10%, tendo na entrada de cada um duas tensões equilibradas VB e VC,

respectivamente. Nesse tipo de ligação, uma das fases não é regulada; neste

caso a fase VA, estando conectada à bobina em derivação de cada um dos

reguladores.

( ) ( )

( ) ( ) ⋅⋅+=

−⋅+−=

=

120120cos

120120cos

1

senjV

senjV

V

C

e

B

e

A

e

( ) ( )( ) ( )A

e

C

e

C

e

C

s

A

e

B

e

B

e

B

s

A

e

A

s

VVVV

VVVV

VV

−⋅+=

−⋅+=

=

1,0

1,0 ...(108)

( ) ( ) ( ) ( ) ( )[ ]( ) ( ) ( ) ( ) ( )[ ]1120120cos1,0120120cos

1120120cos1,0120120cos

0,1

−⋅+⋅+⋅+=

−−⋅+−⋅+−⋅+−=

=

ooooC

s

ooooB

s

A

s

senjsenjV

senjsenjV

V

9526,065,0

9526,065,0

0,1

⋅+−=

⋅−−=

=

jV

jV

V

C

s

B

s

A

s

oC

S

oB

S

oA

S

V

V

V

30,12415,1

30,12415,1

00,1

∠=

−∠=

∠=

95,065,1

9053,10

95,065,1

⋅+−=−=

⋅+=−=

⋅+=−=

jVVV

jVVV

jVVV

A

s

C

s

CA

s

C

s

B

s

BC

s

B

s

A

s

AB

s

Page 92: USO DE TÉCNICAS DE OTIMIZAÇÃO BASEADAS EM … · transmissão, os níveis de tensão são altos e as linhas são geralmente muito longas. Esses fatores contribuem para que os efeitos

91

oCA

s

oBC

s

oAB

s

V

V

V

0,1509053,1

0,909053,1

0,309053,1

∠=

−∠=

∠=

73,1

73,1

73,1

=

=

=

CA

e

BC

e

AB

e

V

V

V

1013,173,1

9053,1==

AB

e

AB

s

V

V

Como foi visto, na entrada dos reguladores têm-se três tensões de fase

equilibradas. Porém, na sua saída, obtém-se tensões de fase desequilibradas,

embora as tensões entre fases resultantes estejam equilibradas, obtendo-se

assim um módulo das tensões de linha 10% superior ao módulo das tensões

de linha na entrada dos reguladores.

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92

Figura 23 – Fasores representativos das tensões de entrada e saída de dois reguladores

conectados em DELTA aberto. Fonte: O autor (2005)

°120

°120

°120

J

A

eV

B

sV

B

eV

BC

sV

BC

eV

C

sV

C

eV

Page 94: USO DE TÉCNICAS DE OTIMIZAÇÃO BASEADAS EM … · transmissão, os níveis de tensão são altos e as linhas são geralmente muito longas. Esses fatores contribuem para que os efeitos

93

Figura 24 – Reguladores conectados em DELTA aberto.

Fonte: O autor (2005)

Observando a figura 23, verifica-se que as correntes na entrada de cada

regulador, bem como nas suas saídas, são determinadas segundo as

equações 109, 110, 111, 112, 113 e 114:

Fase A

A

s

A

sA

sV

SI = ...(109)

CE

C

sBE

B

s

A

s

A

e RIRIII ⋅−⋅−= ...(110)

S L

c

eV seZ

ca

e

c

e VR c

sV

shZ

ca

eV

SLa

eV

a

sV

SL

ab

eV

shZ

S

b

eV seZ

L

b

sV

Page 95: USO DE TÉCNICAS DE OTIMIZAÇÃO BASEADAS EM … · transmissão, os níveis de tensão são altos e as linhas são geralmente muito longas. Esses fatores contribuem para que os efeitos

94

Fase B

B

s

B

sB

sV

SI = ...(111)

BE

Bs

B

s

B

e RIII ⋅+= ...(112)

Fase C

C

s

C

sC

sV

SI = ...(113)

CE

C

s

C

s

C

e RIII ⋅+= ...(114)

Cabe ressaltar que a conexão em delta aberto é bastante econômica

visto que, fazendo uso de apenas duas unidades monofásicas, possibilita-se a

consecução da mesma faixa de regulação de uma conexão em estrela; não

obstante, ela provoca um desequilíbrio nas tensões de fase do circuito primário

que, para o caso de sistemas que apresentam cargas ligadas em estrela no

circuito primário - a exemplo dos bancos de capacitores - haverá a ocorrência

de desequilíbrios.

3.3.3 Cálculo do TAP

Os reguladores usualmente apresentam 32 tap’s, 16 elevadores

(booster) e 16 abaixadores de tensão (buck) localizados na bobina série;

portanto, para uma determinada tensão na entrada do regulador, este deverá

ajustar o tap para que a saída seja a mais próxima possível da tensão de

regulação. Internamente, no regulador, esse procedimento é realizado a partir

da comparação da tensão medida por um TP (transformador de potencial) na

saída do regulador, com uma tensão de referência; através do erro em tensão,

o circuito determina o tap que o regulador deverá operar para aquele estado.

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95

Computacionalmente, pode-se implementar esse processo verificando o

percentual de tensão da bobina em derivação, o qual deverá ser somado à

tensão de fase do sistema para que esta seja igual à tensão de referência.

Na equação 84, que calcula a tensão na saída do regulador, a tensão na

bobina em derivação é calculada por:

refshsheBsh VZIVV −⋅−= ...(115)

Fazendo:

rs VV =

obtém-se, após algumas manipulações de álgebra complexa, a equação 116,

que indicará a relação de espiras (tap) que o regulador deverá operar para que

o módulo da tensão de saída seja igual ao especificado.

a

cabbRE

⋅⋅−+−=

2

42

...(116)

Onde:

22BshyBshx VVa +=

SySyBshySxSxBshxSxSyBshy

BshySySySyBshyBshxex

ZIVZIVZIV

VVZIVVVb

⋅⋅⋅−⋅⋅−⋅⋅⋅−

⋅⋅+⋅⋅⋅+⋅⋅=

22

222

2

2222222222

22

2222

rSxSySySxSySySxSx

SxSyeySySxeySySyexSxSxex

SxSySySySySxsxSxeyex

VZIZIZIZI

ZIVZIVZIVZIV

ZIZIZIZIVVc

−⋅⋅⋅⋅+⋅⋅⋅⋅−

⋅⋅⋅−⋅⋅⋅−⋅⋅⋅+⋅⋅⋅

−⋅+⋅+⋅+⋅++=

SV =Tensão de saída do regulador;

SxV =Componente real da tensão de saída do regulador;

SyV =Componente imaginária da tensão de saída do regulador;

BV =Tensão induzida na bobina série;

BxV =Componente real da tensão induzida na bobina série;

ByV =Componente imaginária da tensão induzida na bobina série;

BshV = Tensão induzida na bobina em paralelo;

BshxV = Componente real da tensão induzida na bobina em paralelo;

BshyV = Componente imaginária da tensão induzida na bobina em paralelo;

Page 97: USO DE TÉCNICAS DE OTIMIZAÇÃO BASEADAS EM … · transmissão, os níveis de tensão são altos e as linhas são geralmente muito longas. Esses fatores contribuem para que os efeitos

96

Vr =Tensão de regulação;

RE = Relação de espiras do regulador;

Is =Corrente na bobina série;

sxI = Componente real da corrente na bobina série;

syI = Componente imaginária da corrente na bobina série;

Ish =Corrente na bobina em derivação;

shxI = Componente real da corrente na bobina em derivação;

shxI = Componente real da corrente na bobina em derivação;

BshZ = impedância de dispersão da bobina derivação;

BshxZ = Componente real da impedância de dispersão (bobina derivação);

BshyZ = Componente imaginária da impedância de dispersão (bobina

derivação);

sZ = Impedância de dispersão da bobina série;

sxZ = Componente real da impedância de dispersão (bobina série);

syZ = Componente imaginária da impedância de dispersão (bobina série);

exV = Componente imaginária da tensão de entrada do regulador;

eyV = Componente imaginária da tensão de entrada do regulador.

3.3.4 Cálculo das perdas

As perdas, em um regulador, resultam da passagem da corrente através

da impedância do ramo série e do ramo em derivação. Portanto, para sua

determinação, basta calcular as perdas em cada um desses ramos, através da

multiplicação do quadrado do módulo da corrente de cada ramo, pela sua

respectiva impedância. Ou seja, através das equações apresentadas a seguir:

sssg ZIL ⋅=2

,Re ...(117)

shshshg ZIL ⋅=2

,Re ...(118)

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97

Onde:

sgL ,Re =Perdas complexas do ramo série do regulador;

shgL ,Re =Perdas complexas do ramo em derivação do regulador.

3.3.5 Regulação remota

A regulação remota pode ser conseguida através de um dispositivo de

controle denominado compensador de queda de linha - do inglês: Line Drop

Compensator (LDC) -, cujo circuito simplificado é apresentado na figura 25:

Figura 25 – Circuito simplificado do compensador de queda de linha Fonte: O autor (2005)

Em uma regulação remota, o nó no qual incidirá a regulação da tensão

não será o nó de saída do regulador, mas aquele localizado a uma distância

que lhe é determinada. Para que isto seja possível, o regulador deverá ser

ajustado com valores de queda de tensão calculados de acordo com a

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98

distância ao ponto de regulação, o tipo de cabo utilizado e a distribuição da

carga entre a saída do regulador e o nó remoto. Com esses valores, bem como

com os valores colhidos pelos Transformadores de Potencial (TP) e pelos

Transformadores de Corrente (TC), o sistema de controle ajusta a tensão na

saída do regulador, de modo que em um ponto remoto a tensão assuma o valor

estabelecido.

Para simulação computacional dessa característica do regulador,

implementar-se-á o processo inverso. Através do erro entre a tensão no nó de

regulação e a tensão a ser regulada, a tensão na saída do regulador é ajustada

de modo que o seu módulo tenha o acréscimo suficiente para que no nó de

regulação o módulo da tensão esteja no valor desejado, conforme (119).

Portanto, no processo iterativo do cálculo de fluxo de carga, a cada iteração

adiciona-se, à tensão de regulação, a diferença entre a tensão desejada e a

tensão no nó remoto. No final do processo, a tensão na saída do regulador

deverá ter o valor da tensão de regulação desejada, acrescida do valor da

queda de tensão entre o nó de saída do regulador e o nó remoto (j).

Finalmente, depois da convergência do processo, serão calculados os valores

exigidos para o ajuste dos valores de R e de X do regulador.

( )remrrs VVVV −+= ...(119)

Onde: Vrem é a tensão no nó remoto;

Normalmente, entre a saída do regulador e o nó de regulação, podem

existir cargas e pontos de derivação. Todavia, o regulador tem apenas como

informação a medição da corrente no ponto em que ele estiver localizado e a

tensão na sua saída. Portanto, os valores de R e de X, a serem ajustados,

deverão ser calculados de maneira tal que se consiga manter a tensão

regulada no ponto remoto, mesmo quando o cálculo da impedância entre o nó

de regulação e o nó remoto não for trivial, ou seja, o valor da impedância do

cabo. Para que isto seja possível em todas as situações, será calculada uma

impedância equivalente, tomando como base a corrente no regulador e as

quedas de tensão dos trechos que ligam o regulador ao nó remoto, isto é:

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99

( )∑

=

−=

nt

i s

ifinaliinicial

eqI

VVZ

1

,, ...(120)

Onde:

Zeq =Valor da impedância equivalente entre a saída do regulador e o

nó remoto;

iinicialV , =Tensão inicial do trecho i;

ifinalV , =Tensão final do trecho i;

Simplificando a equação 120, tem-se:

( )

reg

remseq

I

VVZ

−= ...(121)

O valor de Zeq, calculado da maneira apresentada, permite que se

determine o valor do incremento a ser dado à tensão na sua saída, de modo

que a tensão remota seja igual ao valor determinado, utilizando apenas as

variáveis disponíveis.

Para que o módulo da tensão no nó remoto seja igual à tensão de

regulação requerida, respeitando-se os limites impostos pelo tipo de conexão

adotada, apresenta-se o algoritmo do processo de cálculo dos ajustes do

regulador:

1- Iniciar o processo iterativo de cálculo de fluxo de carga, com os

tap’s de todos os reguladores na posição neutra;

2- Comparar o módulo da tensão no nó de regulação (Vi) com a

tensão desejada (Vr), e através da equação 119 calcular o

módulo da tensão de saída do regulador (Vs);

3- Determinar o tap do regulador através da equação 116, para que

o módulo da tensão de saída (Vs) esteja de acordo com o

determinado no passo anterior;

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100

4- Verificar a convergência; caso o processo não esteja convergido,

retornar ao passo 2;

5- Calcular o valor de Req e de Xeq de acordo com a equação (121);

6- Imprimir os resultados.

3.3.6 Algoritmo de cálculo do regulador

A seguir é apresentado o algoritmo do modelo de um conjunto de

reguladores conectados em qualquer configuração, que deverá ser

executado a cada iteração de um cálculo de fluxo de carga.

1- Calcular a diferença do módulo da tensão entre o nó remoto e o nó de

saída do regulador. Somar essa diferença ao valor da tensão de

regulação, conforme a equação (119);

2- Calcular, através da equação (116), qual a parcela (RE) da tensão da

bobina em derivação que deverá ser somada ou subtraída da tensão de

fase, no sentido de que o módulo da tensão na saída do regulador seja

igual à tensão de regulação;

3- Caso o valor de RE seja maior que o disponível, limitar no valor máximo;

4- De acordo com o tipo de ligação, calcular a potência de entrada e de

saída de cada fase do regulador, fazendo os ajustes necessários, caso

haja migração de potência entre uma fase e outra, através do ramo em

paralelo;

5- Calcular as perdas através das equações (117) e (118);

6- No caso de regulação remota, calcular os valores de R e de X do

regulador.

3.4 ALGORITMO GERAL DO CÁLCULO DE FLUXO DE CARGA

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101

Após a descrição do método soma de potências - que permite a simulação

de sistemas de distribuição de energia elétrica - e da apresentação da

modelagem matemática de todos os elementos que o compõem, descreve-se

abaixo o algoritmo geral do processo.

1- Ler dados de entrada;

2- Inicializar todas as tensões do circuito de média tensão com a tensão da SE

(flat start);

3- Calcular a potência consumida em cada nó do circuito conforme o tipo de

ligação da carga;

3.1. No caso de cargas em estrela, utilizar algoritmo apropriado

descrito na seção 3.1;

3.2. No caso de cargas ligadas em delta, realizar procedimento

semelhante;

3.3. No caso de cargas ligadas no secundário dos

transformadores, idem;

4- Calcular as perdas em cada trecho, através de (15) e representá-las como

uma carga no nó final do trecho. Caso este seja um regulador, calcular as

perdas representando-as como uma carga em seu nó de saída;

5- Partindo dos nós finais, calcular a potência soma equivalente em cada nó;

6- Partindo da SE, percorrer todos os trechos do alimentador calculando a

tensão no seu nó final. Caso o trecho seja uma linha, utilizando (12), (13),

(14), respectivamente para linhas trifásicas, bifásicas ou monofásicas. Caso

seja um regulador, utilizar o algoritmo apresentado na seção 3.3.6;

7- Verificar a convergência; caso não tenha convergido, voltar ao passo 3;

8- Imprimir os resultados.

3.5 DETERMINAÇÃO DA CURVA DE CARGA

O cálculo de fluxo de carga consiste em uma análise estática do

sistema, na qual se considera uma configuração fixa de cargas. Isso, em

termos práticos, não representa a realidade, uma vez que cargas são ligadas e

desligadas a cada momento e a potência que circula no alimentador sofre

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102

variação, podendo haver diferenças consideráveis de carregamento em

momentos distintos do dia. Geralmente, em estudos de operação e

planejamento, esta análise é feita – conforme sejam os períodos em estudo -

para apenas dois momentos do carregamento do sistema: o de carga máxima

e o de carga mínima.

A escolha desses pontos de operação tem como objetivo verificar se os

limites máximo e mínimo, estabelecidos para as grandezas estudadas, não

estão sendo violados, visto que em qualquer outro ponto de operação as

grandezas de interesse estarão sempre entre os valores calculados. Este tipo

de análise gera, como resultado, subsídios para que se possa analisar e tomar

decisões sobre a operação ou planejamento. Entretanto, a quantidade de

informações oferecidas por esse tipo de procedimento é insuficiente para uma

análise completa do comportamento do sistema. Por exemplo, nas figuras 26,

27 e 28, mostram-se curvas de potência ativa fornecida pela subestação para

três alimentadores, cujos consumidores apresentam características diferentes

ao longo do dia. Para a montagem de cada gráfico, foram feitas medições de

potência na saída da subestação, considerando intervalos de 15 minutos

durante todo o dia.

Note-se que em cada figura o consumo de energia elétrica apresenta um

comportamento diferente ao longo do período, razão por que, fazer-se um

estudo completo do estado do alimentador, implicaria em executar um cálculo

de fluxo de carga para todos os pontos do gráfico. Desse modo, torna-se

possível obter um levantamento preciso do comportamento do sistema, o que

permite calcular parâmetros impossíveis de se obter ao se utilizar, como objeto

de análise, apenas as cargas máxima e mínima. Informações como energia

consumida durante o dia, energia consumida pelas perdas, como também o

cálculo de faturamento, somente são conseguidas procedendo-se a esse tipo

de análise. Por outro lado, executar um fluxo de carga, para cada ponto do

gráfico, é uma tarefa bastante demorada e minuciosa, sendo desnecessária

para fins de planejamento da rede. Adotou-se, portanto, uma aproximação da

curva de carga em patamares, para obter uma avaliação dessas grandezas.

Para tanto, desenvolveu-se um método baseado no algoritmo K-means

(BISHOP, 1995), cuja função, classificatória, usa um modelo baseado nas

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103

redes neurais. Através deste faz-se uma aproximação da curva de carga

mantendo-se as principais características do gráfico original, quais sejam:

• Área;

• Ponto máximo;

• Ponto mínimo;

• Perfil.

0

1

2

3

4

5

6

7

8

9

10

0:00

0:35

1:10

1:45

2:20

2:55

3:30

4:05

4:40

5:15

5:50

6:25

7:00

7:35

8:10

8:45

9:20

9:55

10:3

011

:0511

:4012

:1512

:5013

:2514

:0014

:3515

:1015

:4516

:2016

:5517

:3018

:0518

:4019

:1519

:5020

:2521

:00

tempo (hora:minuto)

Po

tên

cia

Ati

va (

MW

)

Figura 26– Curva de carga representativa de um alimentador.

Fonte: O autor (2005)

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104

SUBESTAÇÃO DE AÇU 06/01/2001 ALIMENTADOR 01Z3 (SÁBADO)

150

200

250

300

350

400

0:00

0:45

1:30

2:15

3:00

3:45

4:30

5:15

6:00

6:45

7:30

8:15

9:00

9:45

10:3

011

:1512

:0012

:4513

:3014

:1515

:0015

:4516

:3017

:1518

:0018

:4519

:3020

:1521

:00

TEMPO

CO

RR

EN

TE

S (

A)

Figura 27– Curva de carga representativa de um alimentador rural, para as três fases.

Fonte: O autor (2005)

SUBESTAÇÃO DE AÇU 20/01/2001 ALIMENTADOR 01Z1 (SÁBADO)

80

90

100

110

120

130

140

150

160

170

0:00

0:45

1:30

2:15

3:00

3:45

4:30

5:15

6:00

6:45

7:30

8:15

9:00

9:45

10:3

011

:1512

:0012

:4513

:3014

:1515

:0015

:4516

:3017

:1518

:0018

:4519

:3020

:1521

:00

TEMPO

CO

RR

EN

TE

S (

A)

Figura 28 – Curva de carga representativa de um alimentador residencial, para as três

fases. Fonte: O autor (2005)

Page 106: USO DE TÉCNICAS DE OTIMIZAÇÃO BASEADAS EM … · transmissão, os níveis de tensão são altos e as linhas são geralmente muito longas. Esses fatores contribuem para que os efeitos

105

Redes neurais são modelos matemáticos inspirados no cérebro humano,

que possuem a capacidade de extrair conhecimento a partir de um conjunto de

dados. No caso em estudo, o método adotado é extremamente simples e tem

como principal aplicabilidade classificar padrões, sendo por isto ideal para a

pesquisa em questão.

O algoritmo K-means consiste em um método iterativo, que tem como

objetivo dividir o conjunto de dados em K subconjuntos que identificam

aglomerados (clusters), em que cada subconjunto é associado a um centro

(elemento) e cada centro passará a representar todos os elementos a ele

associados.

Figura 29 – Gráfico representativo de uma população qualquer.

Fonte: O autor (2005)

0 0.2 0.4 0.6 0.8 1 1.2 1.4 1.6 1.8 20

0.2

0.4

0.6

0.8

1

1.2

1.4

1.6

1.8

2

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106

Figura 30 – Gráfico representativo da aplicação do método K-means.

Fonte: O autor (2005)

As figuras 29 e 30 ilustram o funcionamento do método. A figura 29

representa um conjunto de dados. Depois de aplicado o algoritmo, dividindo o

conjunto em três partes (k=3), a figura 30 passa a representar essa divisão, de

modo que cada classe é configurada por uma cor. Se for calculada a distância

euclidiana de um elemento qualquer para cada centro, certamente a menor

será a do centro a ela associado. Portanto, o critério de escolha que definirá o

centro ao qual o elemento se associará será determinado por aquele que

apresentar a menor distância.

No caso pesquisado, a população foi definida por cada medição de

potência feita durante o período em estudo; em seguida, se fez necessário

determinar o número de centros, proporcionalmente aos quais a população foi

dividida. Em função deste mecanismo, se deu a exatidão do estudo. De acordo

com a especificação original do método os centros dos subconjuntos mudam

de posição ao longo do processo. Entretanto, para aplicação neste estudo, dois

0 0.2 0.4 0.6 0.8 1 1.2 1.4 1.6 1.8 20

0.2

0.4

0.6

0.8

1

1.2

1.4

1.6

1.8

2

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107

centros precisam permanecer fixos: os pontos de carga mínima e de carga

máxima. Isso decorre do fato de que estes determinam duas características

fundamentais, quando o estudo tem como uma das finalidades precisar os

limites de operação. Os demais pontos iniciais são pontos médios entre o

máximo e mínimo. Depois de aplicado o processo, cada centro determina um

patamar da curva de carga aproximada; já o número de medições relacionadas

a cada centro determinará o tempo de duração de cada patamar. Para um

melhor entendimento, o algoritmo proposto será apresentado como forma de

exemplo.

1. Dado um conjunto de medições de potência ativa (Pi) realizadas durante

o dia em um intervalo de 5 min cada. 24x60/5=288 medições;

Figura 31 – Curva de carga qualquer.

Fonte: O autor (2005)

2. Inicializar os 4 centros, Pmax, Pmin e dois pontos intermediários;

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108

Figura 32 – Patamares estabelecidos pelo método.

Fonte: O autor (2005)

3. Calcular as distâncias euclidianas de cada ponto a cada centro;

ikik ECDist −= ...(122)

Onde:

Ck = Posição do centro k;

Ei = Posição do elemento i;

4. Associar o ponto ao centro mais próximo;

5. Atualizar os centros, mantendo constante Pmax e Pmin

kpontos

Nmed

i

k

i

kN

E

C

∑== 1 ...(123)

Onde:

Npontos k = Número de pontos (elementos) associado ao centro k;.

6. Se não houver variação de posição dos centros, dá-se o processo por

concluído; caso contrário, voltar ao passo 3;

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109

7. Verificar quantos pontos foram associados a cada um dos centros e,

multiplicando o número de pontos de cada centro por 5 min, encontrar a

largura relacionada a cada centro.

Figura 33 – Comparativo entre a curva original e a curva aproximada.

Fonte: O autor (2005)

A figura 33 mostra a divisão da curva de carga original (linha vermelha)

numa aproximação em 4 patamares (linha azul); porém ela é apresentada de

modo que se possa visualizar o patamar ao qual cada ponto foi relacionado.

Contudo, para simulação, será utilizada a mesma curva, desta feita com os

patamares apresentados de forma contínua, como se pode observar na figura

34:

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110

Figura 34 – Comparativo entre a curva original e a curva aproximada apresentado de forma contínua.

Fonte: O autor (2005)

3.6 FLUXO DE CARGA COM AJUSTE DE CORRENTE

Com a automação dos Sistemas de Distribuição de Energia Elétrica

(SDEE), a presença de equipamentos de medição remota, ao longo dos

alimentadores, passou a ser mais freqüente, permitindo um acompanhamento,

em tempo real, de algumas grandezas de interesse. Alguns trabalhos, como o

de Medeiros Júnior, Almeida e Silveira (2002) usam técnicas de estimação de

estado para calcular os valores das grandezas que não são medidas.

O método aqui apresentado não tem como propósito mostrar como se

aplicam técnicas de estimação para fins de supervisão, mas simplesmente

acrescentar, ao método de cálculo de fluxo de carga apresentado, um algoritmo

eficiente para realizar um ajuste de cargas trifásicas aos dados históricos de

medição de correntes, definindo uma configuração básica para fins de estudos

de planejamento.

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111

Ao nível prático pretende-se acrescentar, aos dados de entrada usuais

para um cálculo de fluxo de carga, um conjunto de dados provenientes de

medições, no intuito de melhorar a qualidade da simulação, tornando-a mais

realista quanto às suposições de possíveis sobrecargas e quedas de tensão.

Dessa forma, violações de limites operacionais, provocadas pelo atendimento

de novas cargas, podem ser mais eficientemente avaliadas.

A definição de configurações básicas de rede, para simulações em

estudos de planejamento, baseia-se nas condições operativas históricas de

carga máxima e de carga mínima, obtidas através de medidores instalados em

cada subestação. Já em sistemas de distribuição de energia elétrica,

geralmente se dispõe apenas da potência nominal dos transformadores que

compõem o sistema e do tipo de consumidores atendidos: rural, residencial,

industrial, comercial, entre outros. Assim, dispõe-se apenas de um valor de

referência sobre a carga consumida em cada nó e da aproximação da variação

da curva de carga durante o dia. A partir daí, costuma-se adotar fatores de

utilização e fatores de potência típicos para definição das cargas ativas e

reativas (MEDEIROS JÚNIOR, ALMEIDA E SILVEIRA, 2002).

Com os dados de medições de corrente em alguns pontos do

alimentador, é possível compatibilizar as correntes medidas nas chaves com as

correntes calculadas. Portanto, com o valor da medição de corrente, num dado

horário do dia, é possível ajustar as cargas conservando a mesma

proporcionalidade entre as potências nominais dos transformadores, definindo

assim a condição de carregamento da rede para o caso-base. Esse

procedimento tem sido adotado pelos planejadores de redes de distribuição,

embora se considere apenas a corrente máxima registrada, em uma das fases

do alimentador (saída da SE), como parâmetro de ajuste.

3.6.1 Definição das áreas de atuação

Em se conhecendo o comportamento da corrente com relação à carga

de cada fase, para os tipos de conexões disponíveis, outro ponto importante a

ser apresentado é a definição das cargas do alimentador que entram na

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112

composição da corrente calculada em cada chave; significa que se deve

determinar em qual(ais) chave(s) haverá uma mudança de corrente como

conseqüência de uma alteração na carga de um determinado nó.

Considerando que o alimentador tem uma configuração radial, as chaves

poderão ter, basicamente, dois tipos de localização.

Tipo 1: No primeiro tipo, não existe nenhuma outra chave localizada a

jusante da chave em questão. Isto é, a corrente que passa nesta chave e

decorrente de todas as cargas conectadas a ela.

Tipo 2 : No segundo tipo, existe outra chave localizada a jusante da

chave em questão, ou seja, existem duas chaves localizadas em um mesmo

caminho que vai da mais afastada até a subestação.

No primeiro tipo de chave, a sua corrente é diretamente proporcional as

cargas conectadas a ela. Já no segundo tipo, a corrente que passa pela chave

mais próxima da subestação é decorrente do somatório das cargas conectadas

a chave mais distante e das conectadas a ela.

Observa-se, portanto, que no segundo tipo de carga, a corrente da

chave mais a jusante irá se sobrepor a corrente da primeira chave. Portanto, no

cálculo dos fatores de correção este fato deverá ser levado em consideração.

Para o ajuste desejado, é de suma importância a elaboração de um

algoritmo de separação dos nós, de acordo com as áreas de atuação das

chaves. Para o desenvolvimento do algoritmo, serão adotados os seguintes

critérios: no caso de chaves localizadas em ramais distintos, todos os nós

relacionados a uma chave continuarão sendo a ela associados (tipo 1). Já no

caso de chaves ligadas em cascata (tipo 2), o critério de relacionamento será

outro. Os nós mais externos, ou seja, mais próximos ao final do alimentador,

serão associados à chave mais externa. Para as chaves mais internas, os nós

a elas relacionados passarão a ser os nós localizados a sua jusante, excluindo-

se aqueles já associados a alguma outra chave. Para um melhor entendimento,

mostra-se abaixo um algoritmo simplificado do método de divisão.

1. Numerar os nós do sistema, pelo o critério de Rajagoplan (1978),

segundo qual os nós são numerados em uma ordem crescente, partindo

da subestação (SE) em direção aos nós terminais;

2. Percorrer os nós, partindo do nó de numeração mais alta para o de

numeração mais baixa;

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113

3. Ao encontrar uma chave, associar todos os nós conectados a sua

jusante, desde que contribuam para a definição de sua corrente. Caso

alguns desses nós já estejam relacionados a outra chave, conservar o

relacionamento original;

4. Repetir o processo até chegar ao nó da SE.

3.6.2 Correção das cargas

Após dividir o sistema de acordo com a área de atuação de cada chave,

cabe agora definir os fatores que deverão ser aplicados às cargas, no intuito de

que a corrente calculada pelo algoritmo de fluxo de carga, em cada chave, seja

igual à medida.

• Cargas ligadas em Y com neutro solidamente aterrado

A determinação do fator de correção a ser aplicado às cargas ligadas em

Y com neutro solidamente aterrado é simples; basta determinar para cada

trecho i a razão entre a corrente medida s

imedI , e a corrente calculada s

icalcI ,

para cada fase (s = A, B, C)

s

icalc

s

imedsi

I

IF = ...(124)

e multiplicar este fator à carga de sua respectiva fase.

Portanto, a nova carga em cada fase será dada pela equação:

=

Ci

Ci

Bi

Bi

Ai

Ai

Ci

Bi

Ai

SF

SF

SF

S

S

S

'

'

'

...(125)

Onde:

s'iS = Carga atualizada da fase s do nó i;

siS = Carga original da fase s do nó i.

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114

• Cargas ligadas em delta

No caso de cargas ligadas em delta, o processo não é tão direto;

utilizando-se as equações (18) a (23), pode-se chegar a:

( )

( )

( )

=

*

*

*

110

011

101

A

i

C

i

CA

i

C

i

B

i

BC

i

B

i

A

i

AB

i

C

i

B

i

A

i

VV

S

VV

S

VV

S

I

I

I

...(126)

Observa-se que o determinante é igual a zero.

0

110

011

101

=

Assim é impossível, pela equação 126, saber quanto da potência

AB

iS está sendo fornecida pela fase A e pela fase B; além disso, verifica-se que

se o fator de correção da fase A for aplicado à carga AB

iS , também haverá uma

modificação na corrente da fase B. O mesmo raciocínio pode ser aplicado para

cargas ligadas às outras fases.

Ainda analisando (126), pode-se constatar a relação abaixo:

( )( )( )

=

*

*

*

CA

I

BC

I

AB

I

C

B

A

C

i

B

i

A

i

S

S

S

I

I

I

α

α

α

...(127)

Onde:

sα = Fator de proporcionalidade da fase s.

Portanto, como regra para atualização das cargas ligadas em delta, será dado

por:

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115

=

CA

i

BC

i

AB

i

Ci

Bi

Ai

CA

i

BC

i

AB

i

S

S

S

F

F

F

S

S

S

'

'

'

...(128)

Para as cargas conectadas ao secundário de transformadores de

distribuição, será aplicada a mesma filosofia utilizada para a atualização das

cargas ligadas em delta, tendo em vista que os seus primários apresentam este

mesmo tipo de conexão.

No caso de sistemas em que as chaves estão ligadas em cascata -

quando se faz uma correção nas cargas dos nós associados à chave mais a

jusante - deve-se considerar a mesma correção para o ajuste das cargas

relacionadas à chave mais a montante. Exemplificando, considere-se duas

chaves (i e j) localizadas em cascata em um sistema de distribuição, onde a

chave i está a montante da chave j. Para corrigir as cargas relacionadas à

chave j usam-se os fatores calculados através da equação 124. No caso da

chave i, para o cálculo do fator de correção, deve-se subtrair da corrente total

que passa pela chave, a corrente relativa às cargas já atualizadas, ou seja:

( )( )

−=

sCalcj

sCalci

sMedj

sMedis

iII

IIF ...(129)

3.6.3 Algoritmo de ajuste de carga baseada em medição de corrente

Abaixo são mostrados os passos a serem seguidos para a execução do

fluxo de carga com ajuste de corrente.

1. Ler dados de entrada;

2. Relacionar cada nó a sua respectiva chave, de acordo com a

metodologia apresentada na seção 3.6.1;

3. Executar a primeira iteração do cálculo de fluxo de carga;

4. Calcular os fatores (124) para cada chave, utilizando (129) em caso

de chaves ligadas em cascata;

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116

5. Atualizar as cargas utilizando a equação (125) no caso de cargas em

Y e a equação (128) no caso de cargas ligadas em ∆;

6. Verificar a convergência;

7. Caso o processo não tenha convergido, voltar ao passo 3; caso

contrário, imprimir os resultados.

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117

4 PARÂMETROS DE SENSIBILIDADE

No capítulo 2, apresentou-se o cálculo de fluxo de carga Soma de Potências

em sua versão monofásica. A fim de dar um tratamento que possibilitasse a

simulação de desequilíbrio das cargas, descreveu-se, no capítulo 3, uma formulação

trifásica do mesmo algoritmo. Observe-se, neste último caso, que as equações

resultantes envolviam variáveis complexas, devido à necessidade da representação

de valores distintos de tensão para as três fases, enquanto que no fluxo de carga

monofásico todas as variáveis foram reais. O cálculo dos parâmetros de

sensibilidade, a partir das equações do fluxo de carga monofásico, torna-se,

portanto, muito mais simples. Tendo em vista que esses parâmetros são utilizados

na definição de direções de busca, em processo de otimização, a precisão do seu

cálculo não é tão relevante; por isso, adotou-se a formulação monofásica

simplificada.

Os parâmetros de sensibilidade consistem simplesmente em taxas de

variação da função em estudo, com relação à(s) variável(eis) de controle em um

ponto. A partir desse conceito e utilizando técnicas matemáticas, é possível ajustar o

valor das variáveis de controle, fazendo com que o sistema passe a trabalhar em um

ponto otimizado, segundo os critérios definidos.

Neste capítulo são apresentados, inicialmente, algoritmos para o cálculo dos

parâmetros de sensibilidade a serem utilizados; em seguida, é feita uma breve

revisão dos métodos matemáticos de otimização que também constam no decorrer

do trabalho. No capítulo seguinte, expõem-se as aplicações práticas dos métodos

descritos para soluções de problemas em sistemas de distribuição de energia

elétrica.

Em geral os sistemas de distribuição, ao serem projetados, são

dimensionados segundo uma previsão de crescimento de carga nos limites

estabelecidos pelo horizonte de estudo; caso o crescimento se concretize, no final

do período o alimentador deverá passar por reformas; caso o crescimento seja mais

acelerado que o previsto, o alimentador necessitará de investimentos antes do

tempo estabelecido.

Geralmente, quando os alimentadores são novos, eles apresentam um nível

de tensão determinado pelas normas e suas perdas estão em níveis aceitáveis;

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118

entretanto, quando eles estão próximos de uma faixa crítica de carregamento, essas

grandezas começam a apresentar valores preocupantes. Ainda assim, talvez esse

não seja o momento técnico ou econômico de uma reforma geral do alimentador;

para que ele possa dispor de uma sobrevida, sugerem-se reformas que adiam uma

solução definitiva. Os reguladores de tensão e os bancos de capacitores são os

elementos mais utilizados no intuito de prolongar a vida útil de um alimentador; no

entanto, sua localização e dimensionamento, na maioria das vezes, são feitos

levando em consideração alguns procedimentos simples de cálculo, como, por

exemplo, a execução de diversos cálculos de fluxo de carga, com a escolha daquele

que apresentou um melhor resultado.

Com a utilização de técnicas de otimização é possível determinar, de maneira

rápida e eficiente, a localização e o dimensionamento ótimo dos equipamentos; para

isso basta definir uma função objetivo que quantifique o problema em estudo, cujo

ponto ótimo indique sua solução. Portanto, a escolha da função objetivo representa

um ponto significativo para resolução do problema de otimização, pois ela deverá

representar exatamente a questão em estudo, garantindo que quando o seu ponto

ótimo for atingido, o problema estará resolvido.

Diversas técnicas estão disponíveis na literatura para solução de problemas

de otimização. As mais tradicionais baseiam-se no uso de derivadas; outras,

conhecidas como meta-heuristicas, têm sido atualmente muito utilizadas,

principalmente em problemas em que o cálculo do gradiente (derivadas) da função

objetivo não pode ser garantida, na região de busca. Além disso, os métodos

clássicos se limitam a encontrar ótimos locais, enquanto que com meta-heuristicas

há chance de se encontrar o ótimo global ou uma boa aproximação desta. Neste

trabalho, mostrar-se-á como resolver os problemas aqui apresentados, através de

técnicas baseadas em derivadas.

4.1 CÁLCULO DAS DERIVADAS

Cada nó, em um sistema de distribuição de energia elétrica, pode ser

caracterizado por quatro variáveis: o módulo, a fase de tensão, a potência ativa e a

potência reativa líquida neles injetada. De posse dessas variáveis e das

Page 120: USO DE TÉCNICAS DE OTIMIZAÇÃO BASEADAS EM … · transmissão, os níveis de tensão são altos e as linhas são geralmente muito longas. Esses fatores contribuem para que os efeitos

119

características construtivas do sistema, é possível calcular o valor de outras

grandezas de interesse, como o fluxo de potência, o carregamento das linhas e a

potência fornecida pela subestação. Como as funções a serem criadas para

aplicação dos processos de otimização são compostas por essas variáveis,

inicialmente, neste capítulo, serão apresentados os processos de cálculo das

derivadas parciais de cada uma delas com relação à outra, assim possibilitando o

cálculo das derivadas das funções escolhidas para otimização, em função das

variáveis de controle.

Para facilitar o cálculo das derivadas, será assumido que:

• O alimentador tem configuração radial;

• O módulo e fase da tensão na subestação são constantes para

qualquer valor de carregamento;

• A numeração dos nós e dos trechos é feita de acordo com as regras

estabelecidas por Rajicic, Ackovski, e Taleski (1994)

, onde:

Dado um trecho, a numeração do nó inicial deverá ser

menor que o nó final. Considera-se como nó inicial aquele

que aparece primeiro, quando um caminho ligando o nó

da subestação a um nó terminal é percorrido.

O número que determinará o trecho deverá ser igual ao

do seu nó final.

Tomando como verdade as premissas acima, o que é bastante razoável em

sistemas de distribuição, serão apresentados os algoritmos que permitem o cálculo

das derivadas a serem utilizadas ao longo deste trabalho.

4.1.1 Derivada do módulo da tensão em um nó, com relação à potência reativa

em qualquer nó

Segundo a equação (8), o cálculo do módulo da tensão em um nó é feito

através da resolução da equação biquadrada:

( )( ) ( )[ ] 0VVVQsXPsR2QsPsXR4

k2

k2

ikkkkk2k

2k

2k =+−+⋅+++ 2 ...(130)

Isolando Vk, encontra-se:

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120

A

CABBVk

⋅⋅−+−=

2

42

...(131)

Onde:

( )[ ]( )( )2222

22

1

kkkk

ikk

QsPsXRC

VQsk

XPsk

RB

A

++=

−+⋅=

=

Analisando a (131), verifica-se que o cálculo de Vk depende da resistência

(Rk) e da reatância (Xk) da linha, das potências soma ativa ( kPs ) e reativa ( kQs ) no

ponto, e do módulo da tensão no nó anterior Vi. Portanto, para o cálculo da derivada

do módulo da tensão com relação a essa potência, inicialmente deve-se investigar a

dependência de cada uma dessas variáveis com relação à potência reativa. Em

assim sendo, tem-se que:

• Os valores da resistência (Rk) e da reatância (Xk) do trecho não dependem do

valor da potência reativa no sistema; significa que a derivada de Rk e Xk com

relação à potência reativa é igual a zero:

0=∂

j

k

Q

R 0=

j

k

Q

X

• O valor da potência ativa soma (Psk), no ponto k, é definido pela adição de

todas as potências ativas instaladas a jusante:

[ ]∑Ω∈

+++=kn

nPnzcnccnck LPPPPs

...(132)

Onde:

Ωk = Conjunto de todos os nós localizados a jusante do nó k , e conectados direta ou

indiretamente a ele.

kPs = Potência ativa soma equivalente no nó k;

ncP = Potência ativa constante consumida no nó n;

nccP = Potência ativa de corrente constante consumida no nó n;

nzcP = Potência ativa de impedância constante consumida no nó n;

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121

nPL = Perdas ativas na linha cujo nó final é o nó n.

Como a potência ativa (Pc) é sempre constante, e independe do valor da

potência reativa injetada no sistema, sua derivada será:

0=∂

∂ ∑Ω∈

j

n

c

Q

P

k

n

...(133)

Como os valores de Pcc e Pzc dependem da tensão, o valor de cada uma das

derivadas é dado por:

jc

nncc

jc

ncc

Q

VP

Q

P

∂⋅=

∂ ...(134)

jc

n

nnzc

jc

nzc

Q

VVP

Q

P

∂⋅⋅⋅=

∂2 ...(135)

Portanto, o valor completo da derivada é:

∑Ω∈

∂+

∂⋅⋅⋅+

∂⋅+

∂=

kn jc

Pn

jc

n

nnzc

jc

n

ncc

jc

nc

jc

k

Q

L

Q

VVP

Q

VP

Q

P

Q

Ps2 ...(136)

• O valor da potência reativa soma (Qsk), no ponto k, é definido pela adição de

todas as potências reativas instaladas a jusante.

[ ]∑Ω∈

+++=kn

nQnzcnccnck LQQQQs ...(137)

Onde:

kQs = Potência reativa soma equivalente no nó k;

ncQ = Potência reativa constante consumida no nó n;

nccQ = Potência reativa de corrente constante consumida no nó n;

nzcQ = Potência reativa de impedância constante consumida no nó n;

nQL = Perdas reativas na linha cujo nó final é o nó n.

Em se tratando da potência reativa (Qc), é interessante evidenciar que poderá

haver duas possibilidades:

No caso em que o ponto onde exista a injeção Qi não pertença a Ωk, a

presença de Qi não interfere no valor de Qsk, como é observado na equação:

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122

0=∂

∂∑Ω∈

j

n

nc

Q

Qk ...(138)

Já no caso em que o ponto onde exista a injeção pertença a Ωk, essa

interferência se faz notada, ou seja, de acordo com a equação:

1=∂

∂∑Ω∈

j

n

nc

Q

Qk ...(139)

Para facilitar o entendimento, basta decompor o somatório das equações 138

e 139. Se o elemento nCQ pertencer ao conjunto ΩK , o valor da derivada será igual a

um.

[ ]11

=∂

+⋅⋅+⋅⋅⋅+∂=

∂+Ω∈

jc

kcicjcncnc

jc

nnc

Q

QQQQQ

Q

Q

k

Caso contrário, esse valor será igual a zero:

[ ]01 =

+⋅⋅⋅⋅⋅+∂=

∂+Ω∈

jc

kcicncnc

jc

nnc

Q

QQQQ

Q

Q

k

Uma observação importante é que, nesta abordagem, a potência reativa a ser

injetada será considerada como potência constante.

Como os valores de Qcc e Qzc dependem da tensão, o valor de cada uma das

derivadas é dado por:

jc

nncc

jc

ncc

Q

VQ

Q

Q

∂⋅=

∂ ...(140)

jc

n

nnzc

jc

nzc

Q

VVQ

Q

Q

∂⋅⋅⋅=

∂2 ...(141)

Portanto, a expressão geral é:

∑Ω∈

∂+

∂⋅⋅⋅+

∂⋅+

∂=

kn jc

Qn

jc

n

nnzc

jc

n

ncc

jc

nc

jc

k

Q

L

Q

VVQ

Q

VQ

Q

Q

Q

Qs2 ...(142)

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123

Assim como já foi visto, para o cálculo da derivada do módulo da tensão em

um nó, com relação à potência reativa em qualquer nó, deve-se definir, inicialmente,

dois tipos de posicionamento entre os dois nós:

i. Na primeira possibilidade, os dois nós que compõem o cálculo da derivada estão

em um mesmo caminho entre um nó terminal e a subestação, existindo, ainda, duas

possibilidades de localização:

a) O nó no qual está sendo injetada a potência reativa está a jusante do nó em que

se está medindo a sensibilidade da tensão. Neste caso:

∑Ω∈

∂+

∂⋅⋅⋅+

∂⋅+=

kn jc

Qn

jc

n

nnzc

jc

n

ncc

jc

k

Q

L

Q

VVQ

Q

VQ

Q

Qs21

b) O nó no qual está sendo injetada a potência reativa está a montante do nó em

que se está medindo a sensibilidade da tensão. Deste modo:

∑Ω∈

∂+

∂⋅⋅⋅+

∂⋅=

kn jc

Qn

jc

n

nnzc

jc

n

ncc

jc

k

Q

L

Q

VVQ

Q

VQ

Q

Qs2

ii. Na segunda possibilidade, os dois nós em estudo estão em caminhos distintos

entre um nó terminal e a subestação. Neste caso:

∑Ω∈

∂+

∂⋅⋅⋅+

∂⋅=

kn jc

Qn

jc

n

nnzc

jc

n

ncc

jc

k

Q

L

Q

VVQ

Q

VQ

Q

Qs2

Uma vez estudada a dependência das variáveis que compõem o cálculo da

tensão, com relação à potência reativa, apresenta-se, a seguir, a equação que

determina a derivada do módulo da tensão com relação à potência reativa injetada.

( )[ ]( )( )

A

CABBV

QsPsXRC

VQsk

XPsk

RB

A

k

kkkk

ikk

⋅⋅−+−=

++=

−+⋅=

=

2

4

2

1

2

2222

2

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124

( )

∂⋅⋅+

∂⋅⋅+=

∂⋅⋅−

∂⋅+

∂⋅=

=∂

jc

k

k

jc

k

kkk

jc

jc

i

i

jc

k

jc

k

jc

jc

Q

QsQs

Q

PsPsXR

Q

C

Q

VV

Q

Qs

iX

Q

Ps

kR

Q

B

Q

A

22

22

0

22

( )

( )

Ω∈

Ω∈

Ω∈

Ω∈

∂+

∂+

∂+

∂=

+++=

∂+

∂+

∂+

∂=

+++=

k

k

k

k

n jc

n

jc

nzc

jc

ncc

jc

nc

jc

k

n

nnzcnccnck

n jc

n

jc

nzc

jc

ncc

jc

nc

jc

k

n

nnzcnccnck

Q

LQ

Q

Q

Q

Q

Q

Q

Q

Qs

LQQQQQs

Q

LP

Q

P

Q

P

Q

P

Q

Ps

LPPPPPs

0=∂

jc

nc

Q

P

jc

n

ncc

jc

ncc

Q

VP

Q

P

∂⋅=

jzc

n

nzc

jzc

nzc

Q

VP

Q

P

∂⋅⋅=

∂2

0=∂

jc

nc

Q

Q

ou

1=∂

jc

nc

Q

Q

jc

n

ncc

jc

ncc

Q

VQ

Q

Q

∂⋅=

jc

n

nnzc

jc

nzc

Q

VVQ

Q

Q

∂⋅⋅⋅=

∂2

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125

( )

∂⋅−

∂⋅⋅⋅⋅⋅−⋅+

∂−

⋅⋅−+−⋅=

A

Q

C

Q

BBCAB

Q

B

A

CABB

Q

V jcjcjc

jc

k

2

4242

1

2

4

2

12

12

2

1

2

Pode-se observar que, segundo a equação 130, o módulo da tensão em um

nó depende do módulo da tensão no nó anterior. Portanto, inicialmente, pode-se

concluir que esse fato inviabiliza o cálculo dessa derivada. Entretanto, como foi dito

na seção 4, o módulo e a fase da tensão no nó da subestação serão constantes

para qualquer situação. Matematicamente, pode-se concluir que a derivada do

módulo dessa tensão, com relação à potência reativa injetada em qualquer ponto do

sistema, é igual a zero. Diante dessa nova informação - e com a certeza de que o

sistema dispõe de uma configuração radial - para o cálculo da derivada da tensão

com relação à potência reativa, basta começar o processo partindo do primeiro

trecho ligado à subestação e caminhar em direção aos nós terminais do sistema.

Dessa maneira, a derivada no nó anterior ao qual ela está sendo calculada estará

sempre disponível.

Observando as equações (132) e (137), que determinam o fluxo ativo e

reativo de potência, nota-se que uma de suas parcelas refere-se, respectivamente,

às perdas ativa e reativa, cujo cálculo das derivadas ainda não foi descrito. Essa

separação entre os dois cálculos é decorrente da interdependência entre o valor das

perdas e o valor do módulo da tensão, na medida em que o cálculo de um depende

do cálculo do outro. A seguir será apresentado um procedimento que permite o

cálculo da derivada das perdas, supondo-se que o valor da derivada do módulo da

tensão em um nó, com relação à injeção de reativo em qualquer outro nó, é

conhecido.

As perdas ativa e reativa em um trecho são dadas por:

( )2

22

k

kkkkP

V

QsPsRL

+= ...(144)

( )2

22

k

kkk

kQV

QsPsXL

+= ...(145)

A derivada das perdas com relação à potência reativa é dada por:

...(143)

Page 127: USO DE TÉCNICAS DE OTIMIZAÇÃO BASEADAS EM … · transmissão, os níveis de tensão são altos e as linhas são geralmente muito longas. Esses fatores contribuem para que os efeitos

126

4

222

k

jc

kk

jc

kk

jc

kk

k

jc

kP

V

Q

VV

Q

QsQs

Q

PsPs

RQ

L ∂

∂⋅⋅−

∂⋅⋅+

∂⋅⋅

=∂

∂ ...(146)

4

222

k

jc

kk

jc

kk

jc

kk

k

jc

kQ

V

Q

VV

Q

QsQs

Q

PsPs

XQ

L ∂

∂⋅⋅−

∂⋅⋅+

∂⋅⋅

=∂

∂ ...(147)

Para este sistema simplificado, as potências ativa soma em cada nó são:

Figura 35 – Diagrama unifilar de um sistema de distribuição simplificado.

Fonte: O autor (2005)

66

5655

546544

54365433

5432654322

PPs

LPPPPs

LPLPPPPPs

LPLPLPPPPPPs

LPLPLPLPPPPPPPs

=

++=

++++=

++++++=

++++++++=

E as potências reativa soma são:

66

5655

546544

54365433

5432654322

QQs

LQQQQs

LQLQQQQQs

LQLQLQQQQQQs

LQLQLQLQQQQQQQs

=

++=

++++=

++++++=

++++++++=

Assim como para o cálculo da derivada da tensão, se faz necessário observar

a seqüência com que o sistema deverá ser percorrido, para possibilitar a realização

dos cálculos; neste caso, partindo dos nós terminais em direção ao nó da SE. Esse

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127

procedimento é importante pelo fato de a derivada das perdas, em um trecho,

depender da soma das derivadas das perdas de todos os trechos localizados a

jusante do trecho em questão. Analisando a figura 35, na qual um sistema de

distribuição de energia bastante simples é representado, pode-se verificar que a

potência soma no último nó é composta apenas das cargas a ele conectadas.

Portanto, para o cálculo das derivadas das perdas no último trecho, não é

necessário conhecer o valor da derivada das perdas em nenhum outro trecho, sendo

estas facilmente calculadas pelas equações (146) e (147). Uma vez calculadas as

derivadas para o último trecho (nós 5 e 6), é possível calcular as derivadas para o

trecho imediatamente anterior uma vez que, neste caso, a potência soma no nó 5

será igual às perdas no trecho 5-6, somadas com as cargas nos nós 5 e 6; pode-se

observar, neste caso, que todas as parcelas para o cálculo das derivadas estão

disponíveis. Portanto, se essa seqüência de cálculo for seguida, será sempre

possível determinar a derivada das perdas com relação à potência reativa para todos

os trechos do sistema.

Ao fim desta seção, chega-se à conclusão de que o cálculo da derivada da

tensão em um nó, com relação à potência reativa em qualquer outro nó, não pode

ser feito de um modo direto. Como se trata de um método iterativo, os valores das

derivadas das perdas ativa e reativa em um trecho, com relação à injeção de reativo

em qualquer nó, podem ser inicializados como zero e serem corrigidos no decorrer

das iterações. Isto possibilita o cálculo da derivada do módulo da tensão com

relação à injeção de reativo. De posse desse resultado, torna-se possível calcular a

derivada das perdas. Portanto, na seqüência do processo, diante da necessidade de

utilização do valor de um dos dois tipos de derivadas, será utilizado o valor cujo

cálculo seja o mais recente. A seguir apresenta-se o algoritmo completo do processo

de cálculo.

4.1.1.1 Passos do Algoritmo

1. Ler os dados de entrada que contem as características elétricas do sistema;

2. Organizar os dados;

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128

3. Inicializar 0=∂

jc

kP

Q

L, 0=

jc

kQ

Q

L, 0=

jc

k

Q

P e 0=

jc

k

Q

Q para todos os trechos e

nós;

4. Executar uma iteração de cálculo de fluxo de carga;

5. Percorrer o sistema começando da SE, em direção aos nós terminais,

calculando jc

k

Q

V

∂ para todos os nós de acordo com a equação 143;

6. Percorrer o sistema começando dos nós terminais em direção à SE,

calculando jc

k

Q

Ps

∂,

jc

k

Q

Qs

∂,

jc

kP

Q

L

∂,

jc

k

Q

LQ

∂ e para todos os trechos e nós de

acordo com as equações 136, 142, 146 e 147, respectivamente;

7. Testar convergência do cálculo de fluxo de carga verificando se a diferença

entre os módulos das tensões de iterações sucessivas é inferior a tolerância

estabelecida (neste trabalho adotou-se 10-5) . Voltar ao passo 4, caso o

critério não esteja satisfeito;

8. Imprimir os resultados.

4.1.2 Derivada do módulo da tensão em um nó, com relação ao módulo da

tensão em qualquer nó

O cálculo da derivada do módulo da tensão em um nó, com relação ao

módulo da tensão em qualquer outro nó, permite fazer uma estimativa da

interdependência dessas grandezas. Partindo da equação 130, que permite calcular

o módulo da tensão do nó terminal de um trecho, é possível calcular a derivada do

módulo da tensão em um nó com relação a todos os nós do sistema, ou seja:

Page 130: USO DE TÉCNICAS DE OTIMIZAÇÃO BASEADAS EM … · transmissão, os níveis de tensão são altos e as linhas são geralmente muito longas. Esses fatores contribuem para que os efeitos

129

( )[ ]( )( )

A

CABBV

QsPsXRC

VQsk

XPsk

RB

A

k

kkkk

ikk

⋅⋅−+−=

++=

−+⋅=

=

2

4

2

1

2

2222

2

Derivando A, B e C com relação Qcj:

∂⋅⋅+

∂⋅⋅

+=

∂⋅⋅−

∂⋅+

∂⋅=

=∂

jc

kk

jc

kkkk

jc

jc

ii

jc

k

jc

k

jc

jc

V

QsQs

V

PsPsXR

V

C

V

VV

V

Qs

iX

V

Ps

kR

V

B

V

A

22

22

0

22

Onde:

( )

( )

Ω∈

Ω∈

Ω∈

Ω∈

∂+

∂+

∂+

∂=

+++=

∂+

∂+

∂+

∂=

+++=

k

k

k

k

n j

nQ

j

nzc

j

ncc

j

nc

jc

k

nnQnzcnccnck

n j

nP

j

nzc

j

ncc

j

nc

jc

k

nnPnzcnccnck

V

L

V

Q

V

Q

V

Q

V

Qs

LQQQQs

V

L

V

P

V

P

V

P

V

Ps

LPPPPs

E ainda:

0=∂

j

nc

V

P

j

n

ncc

j

ncc

V

VP

V

P

∂⋅=

j

n

nnzc

jzc

nzc

V

VVP

P

P

∂⋅⋅⋅=

∂2

Page 131: USO DE TÉCNICAS DE OTIMIZAÇÃO BASEADAS EM … · transmissão, os níveis de tensão são altos e as linhas são geralmente muito longas. Esses fatores contribuem para que os efeitos

130

0=∂

j

nc

V

Q

j

n

ncc

j

ncc

V

VQ

V

Q

∂⋅=

j

n

nnzc

j

nzc

V

VVQ

V

Q

∂⋅⋅⋅=

∂2

Encontra-se:

( )

∂⋅−

∂⋅⋅⋅⋅⋅−⋅+

∂−

⋅⋅−+−⋅=

A

V

C

V

BBCAB

V

B

A

CABB

V

V jjj

j

k

2

4242

1

2

4

2

12

12

2

1

2..(148)

Verificando a equação 130, pode-se constatar que a derivada do módulo da

tensão em um nó, com relação ao módulo da tensão em outro nó específico,

depende de seu valor, bem como do valor da derivada do módulo da tensão com

relação aos outros nós; para isto é necessário conhecer, em princípio, os valores da

derivada do módulo de cada tensão com relação ao módulo de todas as outras,

assim como seus próprios valores, para que se possa montar a seguinte matriz.

−−

−−

n

n

n

n

nn

n

n

n

n

nn

nn

n

nn

nn

V

V

V

V

V

V

V

V

V

V

V

V

V

V

V

V

V

V

V

V

V

V

V

V

V

V

V

V

V

V

V

V

V

V

V

V

V

V

121

11

1

1

2

1

1

33

1

3

1

2

1

2

2

2

1

11

1

1

2

1

1

....

....

.....

.....

.....

..

....

....

Como o cálculo das derivadas é realizado em um processo iterativo, ou seja,

a cada iteração os valores delas serão recalculados, torna-se necessário que na

Page 132: USO DE TÉCNICAS DE OTIMIZAÇÃO BASEADAS EM … · transmissão, os níveis de tensão são altos e as linhas são geralmente muito longas. Esses fatores contribuem para que os efeitos

131

primeira iteração os valores de todas as derivadas sejam inicializados com um valor

qualquer. Entretanto, se os valores escolhidos inicialmente forem muito distantes dos

valores reais para aquela situação, o processo poderá não convergir ou até mesmo

divergir.

Para o processo iterativo do cálculo das derivadas serão adotadas as

seguintes hipóteses:

• A derivada do módulo da tensão da subestação (V1) com relação ao

módulo da tensão em qualquer nó (Vj) será igual a zero;

01 =∂

jV

V

• A derivada do módulo da tensão de um nó (j) com relação a qualquer

nó (i), quando (j) está localizado a montante de (i), será igual a zero;

0=∂

i

j

V

V

• A derivada do módulo da tensão de um nó (j) com relação a qualquer

nó (i), quando (j) está localizado a jusante de (i), será igual a um, desde

que ambos estejam direta ou indiretamente ligados entre si;

1=∂

i

j

V

V

• A derivada do módulo da tensão de um nó (i), com relação a ele

mesmo, será igual a um;

1=∂

i

i

V

V

Desta feita, se for considerado um sistema radial sem ramificações, e com n

nós, a matriz que inicializará os valores das derivadas terá a forma seguinte:

Page 133: USO DE TÉCNICAS DE OTIMIZAÇÃO BASEADAS EM … · transmissão, os níveis de tensão são altos e as linhas são geralmente muito longas. Esses fatores contribuem para que os efeitos

132

10....00

11....00

.....

.....

1...1000

11...100

11....10

11....11

Ainda com base na equação 148, percebe-se a necessidade de conhecimento

do valor da derivada das perdas ativas e reativas com relação à tensão do nó, em

função do qual a derivada está sendo calculada. Neste caso, o cálculo da derivada

dessas perdas, em um trecho i, com relação à tensão em um nó j, é realizado

através das equações:

( )4

222

k

j

kk

j

kk

j

kk

k

j

kP

V

V

VV

V

QsQs

V

PsPs

RV

L ∂

∂⋅⋅−

∂⋅⋅+

∂⋅⋅

=∂

∂ ...(149)

( )4

222

k

j

kk

j

kk

j

kk

i

j

kQ

V

V

VV

V

QsQs

V

PsPs

XV

L ∂

∂⋅⋅−

∂⋅⋅+

∂⋅⋅

=∂

∂ ...(150)

Mais uma vez, como se trata do cálculo da derivada da tensão, por razões já

expostas, o processo de cálculo deverá iniciar partindo da subestação em direção

aos nós terminais. Abaixo é mostrado o algoritmo de cálculo que deverá ser seguido,

para que se possa chegar ao valor real das derivadas.

4.1.2.1 Passos do Algoritmo

1. Ler dados de entrada;

2. Organizar os dados;

3. Inicializar os valores das derivadas de acordo com as regras

estabelecidas;

4. Executar uma iteração de fluxo de carga;

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133

5. Calcular o valor da derivada das perdas de cada trecho, com relação

ao módulo da tensão em cada nó através das equações 149 e 150,

percorrendo o sistema partindo dos nós finais em direção ao nó da SE;

6. Calcular os novos valores das derivadas do módulo das tensões com

relação ao módulo da tensão dos demais nós, percorrendo o sistema

partindo do nó inicial (SE) em direção aos nós terminais, através da

equação 148;

7. Verificar a convergência. Voltar ao passo 4, caso o critério não esteja

satisfeito;

8. Imprimir os resultados.

4.1.3 Derivada do módulo da tensão em um nó, com relação a sua posição

em uma linha de distribuição

O cálculo de fluxo de carga tem como objetivo revelar o valor das tensões em

pontos distintos do sistema caracterizados como nós. Neste sentido, caso se queira

conhecer o valor da tensão em um ponto qualquer, localizado entre dois nós, terá

que ser feito um cálculo complementar ao do fluxo de carga. Até o momento, todos

os cálculos de derivadas apresentados neste trabalho se limitaram exclusivamente

aos nós. Entretanto, quando o problema de otimização consiste em apontar a

posição do equipamento ao longo de uma linha, ou seja, em um ponto entre dois nós

do sistema, se faz necessário calcular a taxa de variação da grandeza ao longo

dessa linha.

Considerando o trecho da figura 36, pode-se observar que a impedância entre

o nó inicial e o ponto em questão é dada pela multiplicação da distância (l) entre os

dois pontos e a impedância da linha em ohms/km.

Page 135: USO DE TÉCNICAS DE OTIMIZAÇÃO BASEADAS EM … · transmissão, os níveis de tensão são altos e as linhas são geralmente muito longas. Esses fatores contribuem para que os efeitos

134

Figura 36 – Trecho de um sistema de distribuição

Fonte: O autor (2005)

Dessa forma, pode-se reescrever 130 como:

xlX

rlR

k

k

⋅=

⋅=

( )

A

CABBV

QsPsXRC

VQsXPsRB

A

k

kkkk

ikkkk

⋅⋅−+−=

+

+=

−⋅+⋅=

=

2

4

2222

22

1

2

...(151)

Analisando as variáveis que possibilitam o cálculo de kV com relação à

posição no alimentador, é possível concluir que:

• A sensibilidade de Psk e Qsk com relação a l, onde l é a posição do ponto no

alimentador, pode ser calculada por (152) para as cargas com potência

constante; por (153) para as cargas de corrente constante e por (154) para as

cargas de impedância constante.

0=∂

l

Pk ...(152)

l

VP

l

P kkcc

k

∂⋅=

∂ ...(153)

l

VVP

l

P kkkzc

k

∂⋅⋅⋅=

∂2 ...(154)

Page 136: USO DE TÉCNICAS DE OTIMIZAÇÃO BASEADAS EM … · transmissão, os níveis de tensão são altos e as linhas são geralmente muito longas. Esses fatores contribuem para que os efeitos

135

Assim sendo, a expressão completa que determina a derivada de Psk com

relação a l é:

∑Ω= ∂

∂⋅⋅⋅+

∂⋅+=

ki

iiizc

iicc

k

l

VVP

l

VP

l

Ps20 ...(155)

• A sensibilidade Qsn com relação a l, pode ser calculada por (156) para as

cargas com potência constante, por (157) para as cargas de corrente

constante e por (158) para as cargas de impedância constante.

0=∂

l

Qk ...(156)

l

VQ

l

Q kkcc

k

∂⋅=

∂ ...(157)

l

VVQ

l

Q kkkzc

k

∂⋅⋅⋅=

∂2 ...(158)

Assim sendo, a expressão completa que determina a derivada de Qsk com

relação a l é:

∑Ω= ∂

∂⋅⋅⋅+

∂⋅+=

ni

kkkzc

kkcc

k

l

VVQ

l

VQ

l

Qs20 ...(159)

• A sensibilidade de R e X com relação a l, é dada pelas equações:

rl

R=

∂ ...(160)

xl

X=

∂ ...(161)

Onde:

r = resistência da linha em Ω/km;

x = reatância da linha em Ω/km.

• Como neste caso o universo de busca limita-se ao trecho compreendido entre

dois nós, o valor da tensão (Vi), no nó inicial do trecho, será considerado fixo,

então:

0=∂

l

Vk

De acordo com o exposto acima, tem-se:

Page 137: USO DE TÉCNICAS DE OTIMIZAÇÃO BASEADAS EM … · transmissão, os níveis de tensão são altos e as linhas são geralmente muito longas. Esses fatores contribuem para que os efeitos

136

( )

∂⋅⋅+

∂⋅⋅+=

∂⋅⋅−

∂⋅+

∂⋅⋅=

=∂

l

QsQs

l

PsPsxr

l

C

l

VV

l

Qsx

l

Psr

l

B

l

A

kk

kkkk

ii

kk

kk

22

22

0

22

( )

∂⋅−

∂⋅⋅⋅⋅⋅−⋅+

∂−

⋅⋅−+−⋅=

−−

A

l

C

l

BBCAB

l

B

A

CABB

l

Vk

2

4242

1

2

4

2

12

12

2

1

2

A equação (162) permite o cálculo de l

Vk

∂ para quando o ponto k está no

interior do trecho em questão. Portanto, para os demais nós do sistema, o

procedimento de cálculo será um pouco diferente, dividindo-se em dois tipos de

caso. No primeiro, o nó (j) em que se quer calcular a derivada está a montante do

trecho em questão. Logo:

0=∂

l

V j

No segundo caso, será tomado como exemplo a figura 36, considerando-se

um nó genérico j localizado a jusante do nó em questão k, ao qual está ligada direta

ou indiretamente. Como o valor da derivada l

Vk

∂ é conhecido e pode ser calculado

através de (162) e considerando que o valor de k

j

V

V

∂ também é conhecido, podendo

ser calculado através de (148), o cálculo de l

V j

∂ será realizado através da regra da

cadeia, ou seja:

l

V

V

V

l

Vk

k

jj

∂⋅

∂=

∂ ...(163)

...(162)

Page 138: USO DE TÉCNICAS DE OTIMIZAÇÃO BASEADAS EM … · transmissão, os níveis de tensão são altos e as linhas são geralmente muito longas. Esses fatores contribuem para que os efeitos

137

Cabe salientar que a metodologia apresentada calcula os parâmetros de

sensibilidade para apenas uma fase. Porém, para um cálculo mais exato, os

parâmetros podem ser calculados para cada uma das fases, separadamente,

desprezando-se as impedâncias mútuas. Como, neste trabalho, os parâmetros de

sensibilidade serão utilizados em métodos de otimização, supõe-se que o nível de

desequilíbrio dos sistemas não seja alto, pois caso contrário a preocupação inicial

seria a correção do desequilíbrio para que, posteriormente, caso os problemas ainda

persistam sejam aplicados os processos de otimização a serem descritos.

Page 139: USO DE TÉCNICAS DE OTIMIZAÇÃO BASEADAS EM … · transmissão, os níveis de tensão são altos e as linhas são geralmente muito longas. Esses fatores contribuem para que os efeitos

138

5 APLICAÇÕES

No capítulo 3 foi apresentado um método de cálculo de fluxo de carga,

trifásico em sistemas radiais de distribuição de energia elétrica. Entretanto, um

simples cálculo de fluxo de carga representa apenas um retrato do sistema para uma

situação instantânea de carregamento; caso se queira instalar de maneira ótima

algum equipamento, costuma-se executar diversos cálculos de fluxo de carga,

mudando a localização ou sua capacidade até que seja encontrada a melhor

solução.

Tendo em vista a tentativa de melhorar esse procedimento utilizando o fluxo

de carga – conforme fora descrito no capítulo 3 – deve-se aplicar métodos

matemáticos baseados no cálculo dos parâmetros de sensibilidade - expostos no

capítulo 4 - no intuito de desenvolver ferramentas de análise para que o

dimensionamento de alguns tipos de equipamentos, como os capacitores e os

reguladores de tensão, passe a ser uma tarefa simples, mas baseada em uma

fundamentação matemática. A exposição sobre essa metodologia constitui objeto

deste capítulo.

Igualmente deve-se destacar que as equações apresentadas no capítulo

anterior, para o cálculo dos parâmetros de sensibilidade, foram desenvolvidas

considerando apenas uma fase do sistema. Este tipo de modelagem não apresenta

problemas para o estudo de sistemas equilibrados, porque a solução do problema

para uma fase será a mesma para as outras duas. Entretanto, como se trata da

apresentação de um fluxo trifásico, no qual podem existir desequilíbrios, este tipo de

aproximação pode não ser pertinente. No caso de sistemas desequilibrados, o valor

do vetor gradiente será diferente para cada fase; conseqüentemente, a solução para

o problema baseado nesse parâmetro também será diferente para cada fase, sendo

tecnicamente inviável aplicar soluções diferentes para cada fase em um sistema

real. Portanto, em todas as aplicações apresentadas neste trabalho, os cálculos

serão baseados nos parâmetros da fase mais debilitada, ou seja, aquela que

apresenta o maior valor para a função objetivo. A solução do problema para esta

fase será aplicada também às demais, sendo o valor das grandezas de interesse,

Page 140: USO DE TÉCNICAS DE OTIMIZAÇÃO BASEADAS EM … · transmissão, os níveis de tensão são altos e as linhas são geralmente muito longas. Esses fatores contribuem para que os efeitos

139

dessas, apenas monitorado para que seus valores nunca estejam fora das faixas

máxima e mínima estabelecidas.

5.2 MODELAGEM DE NÓ DE TENSÃO CONTROLADA

O modelo de barra de tensão controlada (PV) não é nenhuma novidade na

história do cálculo de fluxo de carga; entretanto, no caso do método da soma de

potências, trabalhos como de Rajicic e Dimitrovski (2001) ou de Cheng e

Sirmohamadi (1995) já tratam do assunto, ainda que não se tenha chegado a um

consenso sobre o procedimento mais eficaz para executar essa tarefa. O problema

do nó PV consiste em determinar o valor da potência reativa que deverá ser injetada

em um ponto, para que o módulo da tensão neste ponto seja igual a um valor pré-

determinado. Como não existe uma equação direta pela qual se consiga determinar

o valor da potência reativa para controlar a tensão em um ponto, será utilizada uma

aproximação linear para simular esta dependência. Sendo assim, pode-se escrever:

i

i

iiti

iti Q

Q

VVV ∆⋅

∂+= − )1()( ...(164)

Ou então:

( ) ( ))1()()1()( −− −⋅∂

∂=− it

iit

i

i

iiti

iti QQ

Q

VVV ...(165)

Ou ainda:

( ) ( )( ) ( ) ( )( )11

1 −

− −⋅=

∂⋅− it

iit

i

i

iiti

iti QQ

Q

VVV ...(166)

Page 141: USO DE TÉCNICAS DE OTIMIZAÇÃO BASEADAS EM … · transmissão, os níveis de tensão são altos e as linhas são geralmente muito longas. Esses fatores contribuem para que os efeitos

140

De acordo com (166), o cálculo do valor da potência reativa necessária para

controlar a tensão no nó é feito encontrando-se o valor de finaliQ através de:

( ) ( ) ( ) ( )( )1

11−

−−

∂⋅−+=

i

iiti

iti

iti

iti

Q

VVVQQ ...(167)

Como o problema de cálculo de fluxo de carga supõe um processo iterativo, a

cada iteração será calculado, por (167), o valor necessário de potência reativa que

deverá ser alocada no nó para controlar a sua tensão. No final do processo, quando

a diferença ( ) ( )( )1−− iti

iti VV for igual a zero ou menor que uma tolerância pré-

especificada , o valor da potência a ser alocada será o valor calculado durante o

processo.

Caso haja no sistema mais de um nó PV, a equação (166) passará a ser

escrita da forma matricial, conforme:

( ) ( )( )

( ) ( )( )

( ) ( )( )

( ) ( )( )

( ) ( )( )

( ) ( )( )

=

∂∂

1

122

111

1

122

111

1

21

22

2

2

1

11

2

1

1

:

:

:

:

......

:::

:::

......

......

it

n

it

n

itit

itit

it

n

it

n

itit

itit

n

n

nn

n

n

QQ

QQ

QQ

VV

VV

VV

Q

V

Q

V

Q

V

Q

V

Q

V

Q

V

Q

V

Q

V

Q

V

...(168)

5.1.1 Passos do Algoritmo

1. Calcular uma iteração de fluxo de carga;

2. Calcular a diferença ( ) ( )( )1−− iti

iti VV para cada fase de cada nó de tensão

controlada e escolher a fase que apresenta, em módulo, a maior diferença;

3. Montar a matriz das derivadas das tensões com relação às potências

reativas injetadas;

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141

4. Resolver o sistema de equações (168) e encontrar o valor de potência

reativa a ser alocada em cada nó, respeitando-se os limites impostos;

5. Verificar a convergência; voltar ao passo 1, caso o processo não tenha

convergido.

5.3 OTIMIZAÇÃO DO PERFIL DE TENSÃO

Utopicamente, otimizar o perfil de tensão seria levar o valor do módulo da

tensão em todos os nós do sistema a um único valor pré-determinado. Esta poderia

ser, tecnicamente, uma tarefa possível; porém, econômica e operacionalmente ela

se torna inviável. Portanto, os métodos aqui apresentados têm como objetivo -

através da instalação de equipamentos localizados e dimensionados de maneira

ideal - possibilitar que o perfil da tensão no sistema esteja mais próximo possível do

esperado.

Basicamente são utilizados dois tipos de equipamentos para a melhoria do

perfil de tensão: os bancos de capacitores e os reguladores de tensão. Os bancos

de capacitores são elementos que injetam potência reativa em um ponto do sistema,

fazendo com que a tensão se eleve naquela região. Porém, a injeção de potência

reativa no sistema pode, muitas vezes, trazer problemas indesejáveis, como:

sobretensões em períodos de carga leve, problemas de transitórios, ou problemas

de flutuação de tensão em pontos com aterramento deficiente.

Evidentemente, existem algumas soluções para esses problemas, como a

utilização de capacitores chaveados e o tratamento dos pontos de aterramento

deficientes; entretanto, essas soluções envolvem custos que muitas vezes

inviabilizam sua utilização para esses fins.

Por sua vez, os reguladores de tensão já são elementos mais utilizados pelas

distribuidoras de energia para correção do perfil de tensão, visto que os transitórios

por eles gerados não são agressivos ao sistema e, uma vez trabalhando nos seus

limites de operação, têm a capacidade de se adaptar a qualquer situação de

carregamento. Como o uso desse tipo de equipamento em sistemas de distribuição

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142

é tecnicamente limitado, o seu ponto de instalação deve ser bem estudado para que

sua atuação seja a mais ampla possível.

A primeira iniciativa, quando se quer resolver um problema de otimização, é

adotar um critério de otimalidade e estabelecer uma função objetivo. No caso do

perfil de tensão, o objetivo é fazer com que as tensões passassem a ter um valor

determinado; isto significa que a diferença entre o módulo da tensão e o valor

determinado, para um mesmo nó, deve ser igual o menor valor possível. Ou seja, a

função objetivo para ser minimizada será definida como:

( )∑Ω∈

−=ii

refiob VVF2

...(169)

Analisando a equação (169), percebe-se que minimizar a função Fob supõe

considerar que o valor do conjunto de tensões Vi está o mais próximo possível de

Vref .

5.3.1 Otimização do perfil de tensão através da instalação de bancos de

capacitores

Para correção do perfil de tensão serão utilizados dois métodos, chamado

como método da correção 1 e método da correção 2.

5.3.1.1 Método de correção 1

Neste primeiro algoritmo, não será utilizado um método de otimização

tradicional para encontrar o valor de potência reativa necessária à correção do perfil

de tensão. Para aplicação do método, inicialmente serão especificado o valor

máximo e o mínimo que o módulo da tensão, em um determinado nó, poderá

assumir. Posteriormente, é executada a primeira iteração do cálculo de fluxo de

Page 144: USO DE TÉCNICAS DE OTIMIZAÇÃO BASEADAS EM … · transmissão, os níveis de tensão são altos e as linhas são geralmente muito longas. Esses fatores contribuem para que os efeitos

143

carga, a qual funcionará como a de um fluxo de carga normal. Após o cálculo da

tensão em todos os nós, é verificado se o módulo da tensão em cada um é superior

ao valor máximo, ou inferior ao valor mínimo estabelecido; caso isso ocorra, esses

nós passarão a ser considerados como nó de tensão controlada (PV), com o valor

da tensão especificado igual a média dos valores mínimo e máximo, ou seja, a

tensão de referência. Caso contrário, o nó continuará como nó de carga (PQ). Esse

processo será repetido a cada iteração, até que o critério de convergência seja

alcançado e o módulo da tensão em todos os nós esteja entre os níveis

estabelecidos. Desse modo, no final do processo iterativo, o valor de potência

reativa, que deverá ser injetado em cada nó, estará automaticamente determinado e

não existirá nenhuma tensão fora dos limites. É importante ressaltar que neste

método a função objetivo não será utilizada diretamente no processo de correção do

perfil de tensão; entretanto, ela se constituirá em parâmetro para que se possa

mensurar a qualidade do resultado, principalmente quando comparado a um de

otimização tradicional método.

5.3.1.1.1 Passos do Algoritmo

1. Inicializar todas as tensões com a mesma da subestação (flat start);

2. Definir os limites de tensão em cada nó;

3. Definir todos os nós como nó de carga (PQ);

4. Executar uma iteração do cálculo de fluxo de carga;

5. Verificar se existe algum nó cujo valor de módulo da tensão esteja acima

ou abaixo dos valores máximo ou mínimo estabelecidos. Caso exista,

definir este nó como PV, no qual o valor da tensão especificada será o

valor de referência; caso contrário, continuar como nó PQ;

6. Calcular, através do sistema de equações (168), o valor de potência

reativa necessária para controlar a tensão em cada nó PV, respeitando-se

os limites de reativos;

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144

7. Verificar a convergência; caso o processo não tenha convergido, voltar ao

passo 4. Caso contrário, imprimir os resultados.

O método apresentado não pode ser considerado como um processo

tradicional de otimização, pois ele apenas garante que os valores de todas as

tensões estejam nos limites estabelecidos, não garantindo que o valor da função

objetivo seja mínimo. Entretanto, os objetivos da engenharia são alcançados, tendo

em vista que as restrições operacionais estabelecidas são respeitadas.

5.3.1.2 Método de correção 2

Neste segundo método será utilizado um processo de otimização baseado no

método do gradiente, cujo objetivo é minimizar a função definida por (169). Vale

salientar que encontrar o ponto de máximo ou de mínimo de uma função não

necessariamente constitui uma tarefa simples; em uma função de segundo grau, por

exemplo, a solução direta para este problema supõe que se encontre o ponto de

derivada igual a zero, o qual pode ser facilmente calculado. Em funções mais

complexas, no entanto, onde não se consegue encontrar o ponto de derivada igual a

zero diretamente, é comum utilizar-se um método de busca para determinar o

mínimo da função. A derivada de uma função com relação a uma variável determina

a taxa de variação dessa função, como também o sentido de seu crescimento ou

decrescimento (gradiente).

O método do gradiente pode ser formalizado como:

( ) ( ) ( )X

XFXX

itit

∂−= − α1 ...(170)

Onde:

X = Variável de controle;

it = Iteração;

F(X) =Função objetivo;

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145

α = Passo.

Analisando (170), observa-se que a identificação do mínimo supõe um

processo iterativo em que a escolha do valor de α é determinante para a

convergência do processo. Caso seja utilizado um valor de α muito alto, o processo

pode divergir; já se forem escolhidos valores baixos de α, o processo pode se tornar

muito lento.

Para modelar o problema em estudo, inicialmente será calculada a derivada

da equação 169 (função objetivo) em função da(s) variável(eis) de controle, ou seja,

da potência reativa injetada em cada nó.

( ) ( )∑Ω∈

∂⋅−⋅=

ii i

i

refii Q

VVV

Q

XF2 ...(171)

Após efetuar o cálculo para todos os nós, constrói-se o vetor gradiente:

( )

( )

( )

( )

( )

∂∂

∂∂

=∇

n

n

Q

XF

Q

XF

Q

XF

Q

XF

xF

1

2

1

..

...(172)

Desse modo, a equação de busca ficará assim descrita como:

( ) ( ) ( )XFXX itit ∇−= − α1 ...(173)

Onde:

=

n

n

Q

Q

Q

Q

X

1

2

1

.

.

.

Page 147: USO DE TÉCNICAS DE OTIMIZAÇÃO BASEADAS EM … · transmissão, os níveis de tensão são altos e as linhas são geralmente muito longas. Esses fatores contribuem para que os efeitos

146

5.3.1.2.1 Passos do Algoritmo

O algoritmo pode ser resumido nos seguintes passos:

1. Preparar os dados de entrada;

2. Executar uma iteração de fluxo de carga;

3. Calcular o vetor gradiente;

4. Através da equação 173 encontrar o novo valor das variáveis de controle;

5. Voltar ao passo 2 utilizando os novos valores das variáveis de controle, até

que atinja a convergência.

5.3.2 Localização ótima de reguladores de tensão

A localização ótima de reguladores de tensão, ao longo de sistemas de

distribuição de energia elétrica, é algo ainda pouco explorado. No conjunto dos

estudos que expõem sobre esse assunto, salienta-se o de Safigianni e Salis (2000),

que trata o problema através de um método combinatório. Outros, como o de

Medeiros Júnior e Câmara (2000a), já utilizam o método gradiente para encontrar o

ponto ótimo, limitando-se a determinar a localização ótima do regulador dentro de

apenas um trecho do sistema de distribuição.

Como o atual problema também consiste em otimizar o perfil de tensão de um

alimentador, será utilizada como função objetivo a mesma definida na seção

anterior, ou seja, o somatório do quadrado dos desvios de tensão. Desta feita,

porém, serão utilizadas como variáveis de controle a localização do regulador e o

valor da tensão de regulação; finalmente, o universo de busca será aquele definido

pelos limites físicos do alimentador em estudo.

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147

-

0,0500000

0,1000000

0,1500000

0,2000000

0,2500000

0,3000000

0,3500000

0,4000000

0,4500000

0,0

6

0,6

0

1,1

4

1,6

8

2,2

2

2,7

6

3,0

8

3,2

1

3,3

5

3,4

8

3,6

2

3,7

5

3,9

8

4,2

0

4,4

3

4,6

5

4,8

8

5,5

2

6,6

9

7,8

6

9,0

3

10,

20

11,

37

11,

82

12,

18

12,

54

12,

90

13,

26

13,

62

13,

98

14,

34

14,

70

15,

06

15,

42

Posição (km)

Fu

nçã

o O

bje

tivo

Figura 37 - Variação da função objetivo quando se varia a posição do regulador ao longo

alimentador. Fonte: O autor (2005)

A figura 37 mostra o comportamento da função objetivo, quando se varia a

posição de um regulador de tensão, ao longo do tronco de um alimentador de

distribuição de energia elétrica, para uma tensão de regulação fixa. Note-se que o

comportamento da função não apresenta um padrão contínuo, quando é observada

a presença de descontinuidades ou pontos de mudanças abruptas de direção, no

qual não se consegue calcular o valor da derivada, assim impossibilitando a

aplicação direta de um método baseado no gradiente. Por outro lado, o gráfico

representa apenas o tronco principal do alimentador, em que a possibilidade de se

encontrar o ponto ótimo é mais provável; contudo, nada impede que algum outro

ponto do sistema possa ser aquele que leva a função objetivo ao seu valor ótimo.

Adicionalmente, ainda observando o gráfico da figura 37, pode-se constatar que

entre dois nós, o valor da função objetivo apresenta uma variação contínua.

Portanto, uma vez identificado o trecho no qual se encontra o ponto ótimo, pode-se

aplicar o método do gradiente para saber seu ponto exato.

Page 149: USO DE TÉCNICAS DE OTIMIZAÇÃO BASEADAS EM … · transmissão, os níveis de tensão são altos e as linhas são geralmente muito longas. Esses fatores contribuem para que os efeitos

148

No parágrafo anterior, afirma-se que a função objetivo apresenta pontos de

descontinuidade; entretanto, para que se possa fundamentar esta afirmação, deve

ser feito um estudo mais minucioso, calculando-se numericamente o valor da função

objetivo e da sua derivada em dois pontos. No primeiro, o regulador é localizado

imediatamente antes do ponto em questão; já no outro, imediatamente depois.

Tabela 2 - Limites laterais das descontinuidades do gráfico da Figura 37.

Localização no

trecho(km)

Limite pela

esquerda Derivada

Limite pela

direita Derivada

3,00

0,241837

(0,028708) 0,240123

(0,028563)

3,75

0,222897

(0,026633) 0,339820

0,00000

5,00

0,339820 0,00000 0,222732 0,044852

11,50

0,079095

(0,000868) 0,407212

0,00000

13,50

0,407205 0,00000 0,416309 0,00000

Fonte: O autor (2005)

Com os valores da função e da derivada calculados e apresentados na tabela

2, é possível concluir que a função apresenta pontos de descontinuidade.

Analisando-se, por exemplo, o valor da função nos limites pela esquerda e pela

direita do ponto localizado a 5,0 quilômetros da subestação, verifica-se que

apresentam valores diferentes, assim como os valores da suas derivadas, ou seja,

ele é um ponto de descontinuidade, o mesmo repetindo-se claramente para os

pontos localizados a 3,75 km e 11,50 km da subestação.

Tendo em vista as limitações impostas pelas descontinuidades, o método aqui

descrito será dividido em duas partes. A primeira, chamada de pré-otimização, se dá

através de um processo de “estimação”, pelo qual será identificado, em todo o

alimentador, o trecho mais provável em que será encontrado o ponto em questão.

Posteriormente, através da aplicação do método do gradiente, são determinados o

ponto de instalação e o valor da tensão de regulação que levam o sistema ao melhor

perfil de tensão.

Page 150: USO DE TÉCNICAS DE OTIMIZAÇÃO BASEADAS EM … · transmissão, os níveis de tensão são altos e as linhas são geralmente muito longas. Esses fatores contribuem para que os efeitos

149

5.3.2.1 Pré-otimização

Os sistemas de distribuição, em geral, têm como característica uma

constituição radial sem apresentar fechamento de laços. Desse modo, quando se

incrementa o valor da tensão em um ponto, esse aumento é refletido para todos os

nós que estão localizados a sua jusante, e os valores das novas tensões podem ser

aproximados por uma linearização através da equação:

( ) ( )j

j

iiti

iti V

V

VVV ∆⋅

∂−= −1 ...(174)

Para os nós localizados a montante, será considerado que, sobre eles, não

incidirá nenhuma variação.

Esta propriedade é mostrada através da figura 38, na qual são apresentados

cinco perfis de tensão para um alimentador. O primeiro refere-se ao caso-base,

sobre o qual o regulador não está atuando; nos outros quatro, a tensão no nó 7 foi

escolhida como grandeza a regular; significa que esse nó foi adotado como ponto de

regulação, tendo sido admitidos quatro valores para a tensão de regulação: 1,00 p.u.

e 1.03 p.u., 1.05 p.u. e 1.07 p.u. . Note-se que, para cada incremento na tensão de

regulação, existe um aumento aproximadamente proporcional nas tensões dos nós

que se encontram a jusante, estando estes, portanto, direta ou indiretamente,

ligados ao nó de regulação.

Page 151: USO DE TÉCNICAS DE OTIMIZAÇÃO BASEADAS EM … · transmissão, os níveis de tensão são altos e as linhas são geralmente muito longas. Esses fatores contribuem para que os efeitos

150

0,7

0,75

0,8

0,85

0,9

0,95

1

1,05

1,1

1 3 5 7 9 11 13 15 17 19 21 23 25 27 29 31 33 35 37 39 41 43 45 47 49

Ten

são

(p

.u.) Base

1,00 p.u.

1,03 p.u.

1,05 p.u.

1,07 p.u.

Figura 38 - Efeito proporcional da tensão de regulação sobre o perfil de tensão. Fonte: O autor (2005)

Com base nos argumentos apresentados, depois da execução de um cálculo

fluxo de carga, é possível prever o comportamento do sistema - caso haja uma

elevação de tensão em algum ponto - sem que a execução de um novo fluxo de

carga seja requerida. Como o objeto ora em estudo é o ponto de instalação de um

regulador de tensão, cabe relacioná-lo com o ponto de elevação de tensão. Isto

significa que é possível simular os efeitos da atuação do regulador sobre as tensões

em todos os nós do sistema, através da execução de apenas um fluxo de carga e da

aplicação de (174).

A figura 39 mostra uma comparação entre o perfil de tensão exato obtido por

um cálculo de fluxo de carga para um sistema com um regulador localizado no nó “7”

e por um processo de estimação. Neste caso, as cargas ativas foram consideradas

50% com potência constante e 50% impedância constante e as reativas com 100%

de impedância constante, conforme representação usual do carregamento de

Page 152: USO DE TÉCNICAS DE OTIMIZAÇÃO BASEADAS EM … · transmissão, os níveis de tensão são altos e as linhas são geralmente muito longas. Esses fatores contribuem para que os efeitos

151

transformadores de distribuição. O erro máximo entre os valores obtidos com os dois

processos foi de 0,7%.

0,85

0,87

0,89

0,91

0,93

0,95

0,97

0,99

1,01

1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26 27

Ten

são

(p

u)

real

estimada

Figura 39 - Efeito da instalação de um regulador de tensão nó 7, sobre o perfil de tensão da rede;

Azul: cálculo exato, preto: cálculo aproximado. Composição usual das cargas. Fonte: O autor (2005)

A figura 40 representa o caso em que as cargas foram modeladas com 100%

de potência constante. Nesse caso a aproximação apresentou resultado ainda

melhor, quando o erro máximo verificado foi igual a 0,2%.

Page 153: USO DE TÉCNICAS DE OTIMIZAÇÃO BASEADAS EM … · transmissão, os níveis de tensão são altos e as linhas são geralmente muito longas. Esses fatores contribuem para que os efeitos

152

0,85

0,87

0,89

0,91

0,93

0,95

0,97

0,99

1,01

1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26 27

Ten

são

(p

u)

real

estimada

Figura 40 - Idem Fig. 39; Composição das cargas: 100% potência constante para as partes ativa e

reativa. Fonte: O autor (2005)

Para escolher o melhor ponto de regulação, inicialmente executa-se um

cálculo de fluxo de carga sem considerar a atuação do regulador. Em seguida,

calculam-se as derivadas das tensões de todos os nós, com relação à tensão do nó

de regulação. Fazendo o nó de regulação percorrer todo o alimentador, define-se

uma matriz de sensibilidade de tensões que permitirá estimar, através de (174), os

máximos valores de tensão a serem obtidos em todos os nós, para os máximos

valores de tensão ajustáveis nos nós de regulação. Em seguida, calculam-se os

valores aproximados da função objetivo, considerando cada nó como se fosse de

regulação. O nó escolhido para iniciar o processo de otimização será aquele que

apresentar o menor valor para a função objetivo.

Para o caso de um sistema de n nós, onde se registra um incremento ∆Vi no

nó i, as tensões nos demais nós podem ser avaliadas através de:

Page 154: USO DE TÉCNICAS DE OTIMIZAÇÃO BASEADAS EM … · transmissão, os níveis de tensão são altos e as linhas são geralmente muito longas. Esses fatores contribuem para que os efeitos

153

( )

( )

( )

( )

( )

( )

( )

( )

( )

( )

( )

( )

i

n

nit

n

itn

it

it

it

it

itn

itn

it

it

it

it

V

Vi

VVi

V

Vi

VVi

VVi

VVi

V

V

V

V

V

V

V

V

V

V

V

V

V

∆⋅

∂∂

∂∂

∂∂

∂∂

=

−−

−−

−1

4

3

2

1

1

11

14

13

12

11

1

4

3

2

1

...(175)

5.3.2.2 Método do gradiente

Apesar dos bons resultados conseguidos através da linearização, não se

pode garantir a existência de um ótimo no vértice de menor valor da função objetivo.

Os erros indicados para o exemplo acima foram calculados apenas para os vértices.

Portanto, é possível a existência de um mínimo no interior de um trecho de

alimentador. Nessa região, a função objetivo é convexa e continuamente

diferenciável e, conseqüentemente, pode-se aplicar um método simples, como o do

gradiente, para a determinação do possível mínimo.

Como ponto de partida para o processo de otimização, pode-se adotar, sem

perda de generalidade, o ponto médio do trecho anterior ao nó escolhido no

processo de pré-otimização. A tensão de regulação inicial pode ser ajustada, por

exemplo, em 1,0 p.u.. Utilizando-se um algoritmo iterativo através da equação 176,

encontram-se os valores ótimos das variáveis de controle. Um fator relevante a ser

mencionado é que essas variáveis estão submetidas a valores máximos e mínimos,

o que significa que a tensão de regulação não poderá ser maior que a tensão

máxima estipulada para o sistema; caso a distância correspondente à localização

Page 155: USO DE TÉCNICAS DE OTIMIZAÇÃO BASEADAS EM … · transmissão, os níveis de tensão são altos e as linhas são geralmente muito longas. Esses fatores contribuem para que os efeitos

154

ótima exceda o limite superior ou inferior, de definição do trecho de linha, o regulador

será localizado imediatamente antes do limite excedido.

[ ]

∂∂

⋅−

=

+

+

L

Fob

V

Fob

L

V

L

Vr

Lvt

tr

t

tr αα

1

1

...(176)

Onde:

Vr = Tensão de regulação;

L = Distância que define a posição do regulador na linha;

it = Iteração.

( )r

i

i

refir V

VVV

V

Fob

i

∂⋅−⋅=

∂∑

Ω∈

2 ...(177)

( )L

VVV

L

Fob i

i

refi

i

∂⋅−⋅=

∂∑

Ω∈

2 ...(178)

5.3.2.3 Passos do Algoritmo

1. Executar um cálculo de fluxo de carga trifásico para o sistema sem regulador;

2. Escolher a fase com pior perfil de tensão;

3. Estimar, através de (175), as tensões da fase escolhida tendo cada nó como

“candidato” a nó de regulação;

4. Identificar o nó que corresponde ao menor valor da função objetivo;

5. Colocar um regulador no meio do trecho de linha anterior ao nó escolhido;

6. Executar outro cálculo de fluxo de carga trifásico para essa condição;

7. Montar o vetor gradiente e aplicar (176), atualizando as variáveis de controle;

8. Verificar se a tensão de regulação viola os limites admissíveis; em caso

afirmativo, ajustar a tensão no limite violado;

Page 156: USO DE TÉCNICAS DE OTIMIZAÇÃO BASEADAS EM … · transmissão, os níveis de tensão são altos e as linhas são geralmente muito longas. Esses fatores contribuem para que os efeitos

156

Nesta subseção, será apresentado um método para redução das perdas,

através da alocação ótima de reativos ao longo dos alimentadores. Tal temática não

se constitui, no entanto, como uma novidade, uma vez que muitos pesquisadores já

apresentaram trabalhos voltados para investigação da redução das perdas através

da utilização de bancos de capacitores. O método aqui apresentado será uma

continuação do trabalho de Medeiros Júnior e Pimentel Filho (1998), sendo, desta

feita, aplicado a uma formulação trifásica, o que lhe confere um caráter inovador.

Para a localização ótima de banco de capacitores - a exemplo do que foi feito

para correção do perfil de tensão - também será utilizado o método do gradiente,

definindo como função objetivo a equação (179), a qual representa a soma das

perdas ativas em todos os trechos do alimentador, nas três fases.

( ) ∑ ∑∈ =

=ABCs

nl

i

sPLXFob

1

...(179)

Operacionalmente, quando se está estudando casos de sistemas com perdas

muito altas, inicialmente se corrigirem os desequilíbrios - caso existam - no

carregamento de cada fase do sistema, através de um remanejamento de cargas do

sistema. Caso o problema persista, então será feito um estudo de dimensionamento

e localização de bancos de capacitores. Com base nesta afirmação, pode-se

concluir que as perdas totais em cada fase são praticamente iguais. Portanto a

função objetivo a ser otimizada será as perdas totais em uma fase, conforme a

equação 180. No entanto, como se trata de um fluxo trifásico, é interessante

verificar, após o dimensionamento e localização dos bancos, como as variáveis de

interesse irão se comportar quando o sistema for submetido a desequilíbrios.

( )( )

∑=

+⋅=

nl

k k

kSkSk

V

QPRXFob

12

22

...(180)

Calculando a derivada com relação a Qi tem-se:

( )( )

∑=

∂⋅⋅⋅+−⋅

∂⋅⋅+

∂⋅⋅

⋅=∂

∂ nl

k k

j

kkkSkSk

j

kS

kS

j

kS

kS

j

j V

Q

VVQPV

Q

QQ

Q

PP

RQ

XFob

14

222 222

...(181)

Page 157: USO DE TÉCNICAS DE OTIMIZAÇÃO BASEADAS EM … · transmissão, os níveis de tensão são altos e as linhas são geralmente muito longas. Esses fatores contribuem para que os efeitos

157

Portanto, o vetor gradiente será:

( )

( )

( )

( )

∂∂

∂∂

=

n

n

Q

XFob

Q

XFob

Q

XFob

Q

XFob

G

1

2

1

.

.

.

Onde X:

=

n

n

Q

Q

Q

Q

X

1

2

1

.

.

.

Logo, pelo método do gradiente a equação de busca será:

( ) ( )GXX

itit ⋅−= − α1 ...(182)

5.3.1 Passos do Algoritmo

1- Ler os dados de entrada;

2- Inicializar todas as tensões com 1,0 p.u.;

3- Inicializar, como igual a zero, o valor das potências reativas a serem

calculadas pelo processo de otimização;

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158

4- Executar uma iteração de cálculo de fluxo de carga;

5- Calcular o vetor gradiente, equação (181);

6- Calcular os novos valores das variáveis de controle, equação (182);

7- Verificar se houve alguma violação de limite, ou seja, se o valor

calculado excede o valor máximo disponível. Caso haja, fixar o valor no

limite excedido;

8- Testar convergência. Voltar ao passo 4 se o critério de convergência

não for satisfeito;

9- Imprimir resultados.

Caso se queira utilizar o método de Newton para solução do problema, ao

invés de se usar o passo α , na equação (182), é utilizado a matriz Hessiana

( ( )XFob2∇ ) que foi deduzida no trabalho de Medeiros Júnior e Pimentel Filho (1998).

( )

( ) ( ) ( )

( ) ( ) ( )

( ) ( )

∂∂

∂∂

∂∂

∂∂

∂∂

=∇

n

ob

n

ob

n

obobob

n

obobob

ob

Q

XF

QQ

XF

QQ

XF

Q

XF

QQ

XF

QQ

XF

QQ

XF

Q

XF

XF

21

222

12

12112

2

......

..

..

..

...

...(183)

Com isso, a nova equação de busca passará a ser:

( ) ( ) ( ) GXFXX obitit ⋅∇−= − 21 ...(184)

Onde:

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159

( )

( )4

2

2

22 V

V2

k

j

k

k

k

kk

j

kS

kS

j

kS

kS

k

j

k

V

QcQs

PsR

Qc

QQ

Qc

PP

R

Qc

P

+−

+

+

+

=

E definindo:

22 k

j

kS

kS

j

kS

kSk VQc

QQ

Qc

PPRD

+

=

( ) ( )j

kkSkSk

Qc

VQPRE

∂ 222 +=

Calculam-se:

( )

+

+

+

+

+

=mC

k

jC

kS

k

jC

kS

kn

mCjC

kSk

mC

kS

jC

kS

mCjC

kS

k

m

kS

j

kS

k

mC Q

V

Q

QQs

Q

PPsV

QQ

QQs

Q

Q

Q

Q

QQ

PPs

Qc

P

Qc

P

RQ

D

∂∂

∂∂

∂ 22

2

2

2

( ) ( ) ( )

++

+

=

mCjC

n

kSkS

jC

k

mC

kS

kS

mC

kS

kSi

mC QQ

VQP

Q

V

Q

QQ

Q

PPR

Q

E

∂∂

∂ 2222

2

2

Obtém-se a expressão geral:

( ) ( ) ( )

⋅⋅⋅−−

=8

224

22

k

mC

kkk

mCmC

mCjC

kL

V

Q

VVEDV

Q

E

Q

D

QQ

P ∂

∂∂

∂ ...(185)

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160

Para se encontrar ( )

mCjC

k

QQ

V

∂∂

∂ 22

, deriva-se parcialmente a equação (134) com

relação a Qcm, obtendo-se:

( )

( ) ( ) ( )

( )

( )

( )

( )

( )( )

( ) ( )

+−

+

⋅−

+

+

+

−+

=

mC

kS

kk

mCjC

i

mC

i

mC

kS

k

jC

i

jC

kS

k

jC

kS

kSkk

jC

i

jC

kS

i

mC

kS

kSkk

mC

i

mC

kS

i

mCjC

i

mCjC

k

Q

QXR

QQ

VB

Q

V

Q

QX

Q

V

Q

QX

CB

Q

QQXR

Q

V

Q

QXB

Q

QQXR

Q

V

Q

QX

B

CBQQ

V

QQ

V

∂∂

∂∂

∂∂

2222

2

2

2

12

22

2

22

2

2

32

22

22

4

2

2

242

1

8

22

8

2

2

44

1

2

1

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155

9. Verificar se a posição “L” está fora do limite do trecho em questão; caso

esteja, posicionar no limite que foi violado (superior ou inferior);

10. Voltar ao passo 5 até que o valor da função objetivo não sofra variação,

considerando o critério estabelecido.

5.3 MINIMIZAÇÃO DAS PERDAS ATRAVÉS DA INSTALAÇÃO DE BANCOS DE

CAPACITORES

Existem dois tipos de perda nos sistemas de distribuição de energia elétrica:

as comerciais e as técnicas. As perdas comerciais são decorrentes de ligações

irregulares, de medidores descalibrados, ou de erros cometidos na aplicação das

tarifas. Esse tipo de perda é combatido através de uma fiscalização mais eficiente da

concessionária sobre os consumidores ou através da aplicação de métodos

estatísticos para detecção de consumidores que estejam fora do seu padrão de

consumo que, neste caso, são potencialmente candidatos a algum tipo de ligação

irregular.

Outro tipo de perda são as técnicas, ocasionadas principalmente pela geração

de calor, por efeito Joule, como conseqüência da passagem da corrente pelos

condutores, ante cujo aquecimento liberam calor para o meio ambiente, dissipando

energia. Em se tratando de tais perdas - cuja principal fonte é ocasionada pela

passagem de corrente pelos condutores - existem basicamente dois tipos de solução

para combater o problema. Uma, mais definitiva, supõe a troca de todos os cabos do

alimentador por outros de menor resistência. A outra, de caráter mais imediato e

econômico, é traduzida pela redução da passagem de corrente pelos condutores,

através da instalação de bancos de capacitores ao longo do alimentador. Isso faz

com que a necessidade de reativos passe a ser suprida localmente e o caminho

percorrido pelo fluxo de potência reativa seja bem menor do que se este fosse

fornecido pela subestação, assim diminuindo a circulação de corrente e,

conseqüentemente, as perdas.

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161

7 RESULTADOS

Nos capítulos anteriores foram apresentadas ferramentas matemáticas que

possibilitam a simulação de sistemas de distribuição de energia elétrica, bem como

o dimensionamento e a localização ótima de capacitores e reguladores de tensão.

Para testar a eficiência das ferramentas desenvolvidas, foram escolhidos quatro

alimentadores de média tensão (13,8 kV), cujos dados de entrada podem ser

encontrados nos anexos A, B, C e D. Na seqüência, é representada a tabela 3 com

os dados principais de cada um deles.

Tabela 3 - Dados gerais dos sistemas testados.

Num. de Nós

Carga Instalada

(MVA) Fator de Potência

Chaves com Medição Reguladores

Instalados NTU-01J3 66 6,2 0,92 2 - NEO-01N6 58 4,5 0,92 1 - DMA-01M1 113 2,2 0,92 - 1 AÇU-01Z1 44 4,6 0,92 - 1

Fonte: O autor (2005)

Neste capítulo, inicialmente, são feitas simulações para testar o algoritmo do

fluxo de carga trifásico, considerando os sistemas como balanceados e

desbalanceados, no intuito de verificar, através da comparação dos resultados, os

erros cometidos em análises monofásicas. É importante salientar que para essa

primeira simulação foram consideradas as cargas máximas de cada nó, o que

permitiu verificar se os limites operacionais não estavam sendo violados. Lembrar

que este tipo de análise, importante para o planejamento dos alimentadores,

apresenta limitações pelo fato de não fornecer uma estimativa da energia

consumida e dissipada nos condutores durante o período em estudo. Para que se

possa avaliar a energia envolvida ao longo desse período, utiliza-se uma

aproximação da curva diária de carga em quatro patamares, empregando-se para

isto o método descrito no capítulo 3. Assim sendo, são utilizadas curvas de cargas

reais, de acordo com os dados colhidos pelo sistema de medição localizado na

saída para cada alimentador. Com o resultado dos quatro fluxos de carga - um para

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162

cada nível de carregamento - e a sua respectiva duração, é possível calcular toda a

energia fornecida pela SE, as perdas totais do sistema e a energia vendida.

Outro tipo de análise de extrema importância para verificação do estado dos

alimentadores ocorre quando, além dos dados naturais do alimentador -

carregamento, cabos, distâncias, topologia - existem também dados de correntes

medidas em chaves telecomandadas, localizadas ao longo do mesmo, que

possuem módulos de medição. Neste caso, no resultado, o valor das correntes

medidas nas chaves deverá ser igual ao calculado pelo fluxo de carga, segundo o

algoritmo descrito no capítulo 3. Esse resultado se diferencia do processo comum

de cálculo, pelo fato de o carregamento de cada nó ser determinado pela aplicação

de fatores de proporcionalidade sobre a potência nominal do seu transformador,

com isto ocasionando a igualdade entre as correntes medidas e as calculadas.

Portanto, ao invés de serem aplicados fatores estatísticos para a determinação do

carregamento, este é determinado de acordo com os parâmetros calculados a partir

dos dados de medições, conforme descrito no capítulo 3 (seção 3.6).

Em uma segunda parte do capítulo são mostradas análises realizadas

utilizando métodos de otimização, indicando a dimensão e a localização de

equipamentos, como bancos de capacitores e reguladores de tensão. O processo

de análise é apresentado sob três diferentes óticas. Na primeira, é determinada a

quantidade de reativos a ser alocada no sistema, para que suas perdas ativas

sejam mínimas. Posteriormente, os bancos de capacitores são dimensionados para

que o valor da tensão em cada nó esteja o mais próximo possível do valor

especificado, possibilitando uma comparação entre os resultados dos dois

primeiros métodos. Finalmente, conclui-se o capítulo determinando a localização

ótima dos reguladores de tensão em cada sistema, de modo que a tensão em cada

nó esteja mais próximo possível do valor especificado.

Para testar os algoritmos propostos, foi desenvolvido um programa

computacional em linguagem FORTRAN. O computador utilizado foi um Notebook

fabricado pela Hawlet Packard que utiliza um processador CELERON 1,3 MHz com

126,0 kBytes de memória de acesso aleatório e um disco rígido de 20 GBytes. Os

protótipos de programa, utilizados para teste, foram aperfeiçoados, resultando em

um sistema computacional denominado TopReDE (Técnicas de Otimização para

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163

Redes de Distribuição de Energia), cujas telas principais estão apresentadas no

apêndice A.

Como o número de simulações, assim como a quantidade de dados

relacionados a cada uma delas, é bastante extenso, optou-se por apresentar os

resultados através de tabelas resumidas e gráficos do perfil de tensão. Portanto,

para cada simulação, as tabelas serão elaboradas de acordo com critérios pré-

definidos. A primeira tabela refere-se às características gerais do sistema,

apresentando suas principais características. Na segunda, constarão os dados

relativos aos nós como as tensões de fase, de linha e no secundário dos

transformadores de distribuição, isto é, se eles existirem para aquele nó. Nesta

tabela também constará a potência ativa soma equivalente no nó. Apenas um

subconjunto de nós será considerado para apresentação. Os nós escolhidos para

preencher esta tabela foram determinados de maneira que a seqüência acompanhe

o perfil de tensão do alimentador, sempre constando, o nó de menor tensão e o(s)

nó(s) de tensão controlada, caso existam. A terceira tabela refere-se aos dados de

linha; nela serão apresentadas as linhas de maior carregamento, incluindo sempre

a localizada na saída para o alimentador. Para sistemas nos quais existam

reguladores de tensão, será apresentada uma tabela contendo o módulo das

tensões e das correntes e o fluxo de potência ativa na entrada e na saída dos

reguladores, e a faixa de regulação de cada um deles. Em caso de regulação

remota, serão apresentados os valores calculados de R e de X. Como na

configuração em delta fechado e delta aberto, os ângulos das tensões na saída dos

reguladores estão adiantados ou atrasados com relação a tensão de entrada,

adicionalmente também serão apresentados valores de R e de X para estas

possibilidades.

Ao final de cada simulação será apresentado um gráfico contendo o perfil de

tensão de linha no tronco do alimentador. No caso de sistemas que apresentem

reguladores de tensão, também será apresentado o perfil da tensão de fase do

tronco do alimentador. Esse gráfico é importante pelo fato de se poder visualizar

uma das principais diferenças entre a configuração em delta aberto e delta fechado,

que é a falta da regulação de uma das tensões de fase na configuração em delta

aberto.

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164

7.2 RESULTADOS DE CÁLCULO DE FLUXO DE CARGA

7.2.1 Demanda máxima

Neste tipo de simulação são utilizadas, para as cargas máximas de cada nó,

as potências nominais do transformador com um fator de potência de 0,92. As

cargas são modeladas com 50% de potência constante e 50% de impedância

constante para componente ativa, e 100% de impedância constante para

componente reativa. Os dados de entrada são divididos em dados gerais, dados de

nós, dados de linhas e dados de reguladores, conforme expostos nos anexos A, B,

C e D. Os dados de saída são apresentados em forma de tabelas auto-explicativas

caso o leitor se interesse por resultados mais completos, poderá obtê-los através

de solicitação eletrônica.

Para cada sistema, são feitos três tipos de simulação. Na primeira, o sistema

é considerado como equilibrado, as cargas representadas no secundário dos

transformadores de distribuição (∆/Y) e as linhas modeladas de acordo com a

representação trifásica, na qual são consideradas as impedâncias mútuas. Na

segunda simulação, são introduzidos fatores de desbalanceamento sobre as

cargas, sendo 50% da potência total concentrada entre as fases A e B, 20% entre

as fases B e C e 30% entre as fases C e A. Posteriormente é feita uma terceira

simulação, considerando o caso desequilibrado, no qual cada carga está conectada

diretamente no circuito primário em estrela, ou seja, entre a fase e um ponto neutro.

7.2.1.1 Sistemas sem reguladores

Inicialmente serão feitas simulações nos dois primeiros sistemas descritos

na tabela 3, nos quais não se encontram reguladores instalados. Duas condições

de carregamento serão analisadas: cargas equilibradas e cargas desequilibradas.

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165

7.2.1.1.1 Sistema NTU 01J3

Cargas equilibradas

As tabelas 4, 5 e 6 apresentam os resultados para o caso do sistema com as

cargas equilibradas conectadas, de forma concentrada, no secundário dos

transformadores.

Tabela 4 – Resumo dos resultados do sistema NTU-01J3.

Dados Gerais

Fase A B C Potência Ativa Fornecida pela SE (kW) 2051,62 2053,13 2046,06

Potência Reativa Fornecida pela SE (kvar) 873,55 866,21 868,56 Corrente na saída de SE (A) 279,87 279,69 278,98

Desvio Máximo de Tensão (%) 4,04 4,78 4,67

Perdas Ativas Totais (kW) 142,1 Balanço de Reativos (kvar) 292,3

Número de Iterações 4 Fonte: O autor (2005)

Tabela 5 –Resultados de nós do sistema NTU-01J3.

Dados de Nós Tensão de Fase

(kV) Tensão de Linha

(kV) Tensão no Secundário

(V) Potência Líquida (kW) Nó

A B C AB BC CA A B C A B C

4 7,90 7,90 7,89

13,69

13,67

13,67 218,22 217,90 217,94 1.997,05 1.995,85 1.986,15

18 7,72 7,69 7,65

13,37

13,29

13,30 213,12 211,82 212,01 1.475,47 1.468,82 1.455,06

29 7,66 7,63 7,57

13,26

13,16

13,18 211,47 209,84 210,09 270,87 269,30 266,38

33 7,65 7,62 7,56

13,24

13,14

13,16 211,12 209,48 209,74 46,68 46,41 45,91

47 7,68 7,65 7,60

13,29

13,20

13,21 211,93 210,45 210,67 22,22 22,10 21,88

58 7,67 7,63 7,58

13,27

13,17

13,19 211,58 209,99 210,24 14,63 14,54 14,39 Fonte: O autor (2005)

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166

Tabela 6 – Resultados de trechos do sistema NTU-01J3.

Carregamento (%) De Para A B C 1 2 62,2 62,2 62,0 8 9 51,9 51,9 51,7 10 11 51,9 51,9 51,7

Fonte: O autor (2005)

Pode-se observar nas tabelas 5 e 6 que, apesar de se ter considerado

cargas equilibradas, os carregamentos das três fases, como também os desvios de

tensão, não são iguais. Isso se justifica pelo acoplamento diferenciado entre fases,

devido à assimetria da rede.

Ainda observando a tabela 5 pode-se notar que, embora inicialmente as

cargas tenham sido consideradas equilibradas, seus valores resultantes do cálculo,

são distintos. Isso decorre da ação do desequilíbrio resultante nas tensões de cada

fase sobre as cargas de impedância constante.

A figura 41 apresenta o perfil de tensão no tronco do alimentador.

13

13,1

13,2

13,3

13,4

13,5

13,6

13,7

13,8

1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26 27 28 29

Ten

são

de

Lin

ha

(kV

)

Fase AB

Fase BC

Fase CA

Figura 41 - Perfil da tensão de linha no tronco do alimentador do sistema NTU-01J3.

Fonte: O autor (2005)

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167

Cargas desequilibradas

As tabelas 7, 8 e 9 apresentam os resultados para o caso do sistema com as

cargas desequilibradas conectadas, de forma concentrada, no secundário dos

transformadores:

Tabela 7 – Resumo dos resultados do sistema NTU-01J3, para o caso desequilibrado.

Dados Gerais

Fase A B C Potência Ativa Fornecida pela SE (kW) 2.294,83 2.384,32 1.470,85

Potência Reativa Fornecida pela SE (kvar) 1.398,15 395,02 819,08 Corrente na saída de SE (A) 337,27 303,34 211,30

Desvio Máximo de Tensão (%) 4,90 3,34 5,56

Perdas Ativas Totais (kW) 151,81 Balanço de Reativos (kvar) 309,46

Número de Iterações 6 Fonte: O autor (2005)

Ao ser imposto um desequilíbrio nas cargas do sistema, apesar do

carregamento total ter permanecido o mesmo constata-se que, houve um aumento

nas perdas e nos desvios de tensão. Com relação a convergência, o processo de

cálculo necessitou de duas iterações a mais para alcançar o resultado.

Tabela 8 – Resultados de nós do sistema NTU-01J3, para o caso desequilibrado.

Dados de Nós Tensão de Fase

(kV) Tensão de Linha

(kV) Tensão no Secundário

(V) Potência Líquida (kW) Nó

A B C AB BC CA A B C A B C

4 7,88 7,91 7,90 13,66

13,71

13,65 217,81 218,52 217,53 2.229,27 2.317,59 1.429,11

18 7,62 7,74 7,69 13,28

13,44

13,20 211,59 214,30 210,42 1.635,67 1.706,11 1.050,33

29 7,53 7,69 7,62 13,15

13,36

13,05 209,66 212,95 208,12 301,73 309,51 193,63

33 7,52 7,68 7,61 13,12

13,34

13,03 209,15 212,63 207,74 52,28 52,86 33,55

47 7,56 7,70 7,64 13,18

13,38

13,11 210,15 213,31 208,91 24,43 25,92 15,71

58 7,54 7,69 7,63 13,16

13,36

13,07 209,76 213,03 208,31 15,99 17,20 10,29

Fonte: O autor (2005)

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168

Tabela 9 – Resultados de trechos do sistema NTU-01J3, para o caso desequilibrado.

Carregamento (%) De Para A B C 1 2 74,9 67,4 47,0 8 9 65,9 59,3 41,3 10 11 62,5 56,3 39,2

Fonte: O autor (2005)

A figura 42 apresenta o perfil de tensão no tronco do alimentador.

13

13,1

13,2

13,3

13,4

13,5

13,6

13,7

13,8

1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26 27 28 29

Ten

são

de

Lin

ha

(kV

)

Fase AB

Fase BC

Fase CA

Figura 42: Perfil da tensão de linha no tronco do alimentador do sistema NTU-01J3, para o caso desequilibrado.

Fonte: O autor (2005)

Cargas desequilibradas conectadas no circuito primário

As tabelas 10, 11 e 12 apresentam os resultados para o caso do sistema

com as cargas desequilibradas conectadas no circuito primário.

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169

Tabela 10 – Resumo dos resultados do sistema NTU-01J3, para o caso desequilibrado com cargas conectadas no circuito primário.

Dados Gerais

Fase A B C Potência Ativa Fornecida pela SE (kW) 3.054,97 1.238,24 1.849,56

Potência Reativa Fornecida pela SE (kvar) 1.357,21 500,27 772,82 Corrente na saída de SE (A) 167,62 251,59 62,13

Desvio Máximo de Tensão (%) 3,36 4,18 6,37

Perdas Ativas Totais (kW) 162,16 Balanço de Reativos (kvar) 337,32

Número de Iterações 4 Fonte: O autor (2005)

Tabela 11 – Resultados de nós do sistema NTU-01J3, para o caso desequilibrado com cargas conectadas no circuito primário.

Dados de Nós Tensão de Fase

(kV) Tensão de Linha

(kV) Potência Líquida (kW) Nó

A B C AB BC CA A B C 4 7,87 7,93 7,89 13,71 13,68 13,62 2.964,09 1.206,40 480,57

18 7,58 7,80 7,66 13,44 13,35 13,11 2.167,71 894,16 341,27 29 7,48 7,76 7,59 13,36 13,24 12,95 396,51 164,30 54,31 33 7,46 7,76 7,58 13,34 13,22 12,92 68,28 28,33 8,26 47 7,51 7,78 7,61 13,38 13,28 13,00 32,57 13,47 5,74 58 7,49 7,77 7,60 13,36 13,25 12,96 21,42 8,87 4,04

Fonte: O autor (2005)

Tabela 12 – Resultados de trechos do sistema NTU-01J3, para o caso desequilibrado com cargas conectadas no circuito primário.

Carregamento (%) De Para A B C 1 2 93,2 37,2 55,9 8 9 82,0 32,8 49,2 10 11 77,8 31,1 46,7

Fonte: O autor (2005)

A figura 43 apresenta o perfil de tensão no tronco do alimentador.

Page 171: USO DE TÉCNICAS DE OTIMIZAÇÃO BASEADAS EM … · transmissão, os níveis de tensão são altos e as linhas são geralmente muito longas. Esses fatores contribuem para que os efeitos

170

13

13,1

13,2

13,3

13,4

13,5

13,6

13,7

13,8

1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26 27 28 29

Ten

são

de

Lin

ha

(kV

)

Fase AB

Fase BC

Fase CA

Figura 43 - Perfil da tensão de linha no tronco do alimentador do sistema NTU-01J3, para o caso desequilibrado com cargas conectadas no circuito primário

Fonte: O autor (2005)

Notar que, de uma maneira geral, o perfil de tensão do alimentador

apresenta-se pior, com maiores desvios de tensão, se comparado ao perfil obtido

para o caso em que as cargas são representadas no secundário dos

transformadores. Observando-se as tabelas 9 e 12, verifica-se que os

carregamentos dos trechos tornam-se, neste último caso, mais desbalanceados.

Além disso, as tabelas 7 e 10 indicam aumento nas perdas totais. A razão para

essas diferenças reside no fato de que as conexões em delta, dos primários dos

transformadores, reduzem significativamente os desequilíbrios existentes nos

secundários, conectados em estrela.

7.2.1.1.2 Sistema NEO 01N6

Cargas equilibradas

Page 172: USO DE TÉCNICAS DE OTIMIZAÇÃO BASEADAS EM … · transmissão, os níveis de tensão são altos e as linhas são geralmente muito longas. Esses fatores contribuem para que os efeitos

171

As tabelas 13, 14 e 15 apresentam os resultados para o caso do sistema

com as cargas conectadas, de forma concentrada, no secundário dos

transformadores.

Tabela 13 – Resumo dos resultados do sistema NEO-01N6.

Dados Gerais

Fase A B C Potência Ativa Fornecida pela SE (kW) 1.527,45 1.525,30 1.523,86

Potência Reativa Fornecida pela SE (kvar) 318,20 315,29 318,61 Corrente na saída de SE (A) 195,83 195,49 195,40

Desvio Máximo de Tensão (%) 5,07 5,73 5,45

Perdas Ativas Totais (kW) 152,14 Balanço de Reativos (kvar) 173,15

Número de Iterações 2 Fonte: O autor (2005)

Tabela 14 – Resultados de nós do sistema NEO-01N6.

Dados de Nós Tensão de Fase

(kV) Tensão de Linha

(kV) Tensão no Secundário

(V) Potência Soma (kW) Nó

A B C AB BC CA A B C A B C

4 7,93 7,92 7,91 13,73

13,71

13,72 218,88 218,60

218,69

1.463,01

1.459,42

1.456,53

9 7,88 7,87 7,85 13,65

13,60

13,62 217,52 216,86

217,09

1.092,08

1.087,45

1.083,77

15 7,83 7,80 7,77 13,54

13,48

13,50 215,87 214,89

215,26

974,01

968,64

964,30

22 7,68 7,65 7,61 13,29

13,21

13,24 211,83 210,55

211,08

731,25

726,14

722,26

29 7,59 7,55 7,51 13,13

13,04

13,08 209,26 207,84

208,44

246,08

244,03

242,77

35 7,58 7,54 7,50 13,10

13,01

13,05 208,87 207,43

208,04

58,83

58,46

58,02

Fonte: O autor (2005)

Tabela 15 – Resultados de trechos do sistema NEO-01N6.

Carregamento (%) De Para A B C 1 2 43,5% 43,4% 43,4% 8 9 30,9% 30,9% 30,9% 14 15 59,4% 59,2% 59,2% 21 22 68,1% 67,9% 67,9% 32 33 12,7% 12,7% 12,6%

Fonte: O autor (2005)

Page 173: USO DE TÉCNICAS DE OTIMIZAÇÃO BASEADAS EM … · transmissão, os níveis de tensão são altos e as linhas são geralmente muito longas. Esses fatores contribuem para que os efeitos

172

Observando os resultados das tabelas 13, 14 e 15 pode-se notar que o

comportamento do sistema é praticamente o mesmo comparando-se com os

resultados obtidos para o sistema NTU-01J3, tabelas 4, 5 e 6. Apesar de as cargas

estarem equilibradas, houve um leve desequilíbrio nas tensões e no carregamento

do sistema. Observe que o valor da tensão no secundário dos transformadores não

obedece diretamente a relação nominal de espiras (13.800/220), isto é causado

devido à ação das impedâncias calculadas pelo ensaio de curto-circuito. Em

sistemas equilibrados com um reduzido número de nós, o fato de se considerar as

cargas conectadas no secundário dos transformadores não produz um resultado

muito diferente do que quando as cargas são modeladas como conectadas

diretamente no circuito primário. Entretanto, quando na simulação os sistemas são

longos, com elevado número de transformadores, a consideração das perdas dos

transformadores passa a ter uma influência relevante no carregamento total do

alimentador, e no resultado do cálculo.

A figura 44 apresenta o perfil de tensão no tronco do alimentador.

12,6

12,8

13

13,2

13,4

13,6

13,8

14

1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26 27 28 29 30 31 32 33 34 35

Tes

ão d

e L

inh

a (k

V)

Fase AB

Fase BC

Fase CA

Figura 44 - Perfil da tensão de linha no tronco do alimentador do sistema NEO-01N6. Fonte: O autor (2005)

Page 174: USO DE TÉCNICAS DE OTIMIZAÇÃO BASEADAS EM … · transmissão, os níveis de tensão são altos e as linhas são geralmente muito longas. Esses fatores contribuem para que os efeitos

173

Cargas desequilibradas

As tabelas 16, 17 e 18 apresentam os resultados para o caso do sistema

com as cargas desequilibradas conectadas, de forma concentrada, no secundário

dos transformadores.

Tabela 16 – Resumo dos resultados do sistema NEO-01N6, para o caso desequilibrado.

Dados Gerais

Fase A B C Potência Ativa Fornecida pela SE (kW) 1.721,82 1.774,35 1.090,26

Potência Reativa Fornecida pela SE (kvar) 1.045,72 286,13 620,43 Corrente na saída de SE (A) 252,8424 225,5779 157,4456

Desvio Máximo de Tensão (%) 8,20% 5,50% 7,60%

Perdas Ativas Totais (kW) 162,79 Balanço de Reativos (kvar) 183,82

Número de Iterações 2 Fonte: O autor (2005)

Tabela 17 – Resultados de nós do sistema NEO-01N6, para o caso desequilibrado.

Dados de Nós Tensão de Fase

(kV) Tensão de Linha

(kV) Tensão no Secundário

(V) Potência Líquida (kW) Nó

A B C AB BC CA A B C A B C

4 7,89 7,92 7,91 13,69

13,72

13,67 218,15 218,76 217,90

1.645,76

1.696,76

1.042,08

9 7,79 7,85 7,82 13,53

13,62

13,49 215,69 217,10 215,07

1.224,55

1.263,28

775,36

15 7,67 7,77 7,74 13,35

13,50

13,31 212,77 215,13 212,10

1.087,40

1.123,61

689,77

22 7,45 7,58 7,58 12,95

13,23

12,98 206,44 210,91 206,85

805,89

841,25

516,12

29 7,31 7,46 7,49 12,71

13,07

12,79 202,62 208,34 203,80

269,72

280,59

173,80

35 7,29 7,44 7,48 12,67

13,04

12,75 202,00 207,93 203,31

64,71

66,58

41,72

Fonte: O autor (2005)

Um fato interessante que pode ser observado é que, em um cálculo de fluxo

de carga monofásico, as tensões de linha são determinadas através da

multiplicação das tensões de fase por 3 . No caso do cálculo trifásico, esta relação

nem sempre é válida, principalmente em sistemas desequilibrados. Isto ocorre pelo

Page 175: USO DE TÉCNICAS DE OTIMIZAÇÃO BASEADAS EM … · transmissão, os níveis de tensão são altos e as linhas são geralmente muito longas. Esses fatores contribuem para que os efeitos

174

fato de que em um cálculo trifásico, as tensões de linha e de fase são tratadas

através de uma diferença vetorial e não apenas por uma razão. Portanto, no cálculo

trifásico, conhecer as tensões de fase não se implica necessariamente conhecer as

tensões de linha, e vice-versa.

Tabela 18 – Resultados de trechos do sistema NEO-01N6, para o caso desequilibrado.

Carregamento (%) De Para A B C 1 2 56,2% 50,1% 35,0% 8 9 40,5% 36,1% 25,2% 14 15 77,8% 69,4% 48,5% 21 22 89,6% 79,9% 55,8%

Fonte: O autor (2005)

A figura 45 apresenta o perfil de tensão no tronco do alimentador.

12

12,2

12,4

12,6

12,8

13

13,2

13,4

13,6

13,8

14

1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26 27 28 29 30 31 32 33 34 35

Tes

ão d

e L

inh

a (k

V)

Fase AB

Fase BC

Fase CA

Figura 45 - Perfil da tensão de linha no tronco do alimentador do sistema NEO-01N6, para o caso desequilibrado.

Fonte: O autor (2005)

Page 176: USO DE TÉCNICAS DE OTIMIZAÇÃO BASEADAS EM … · transmissão, os níveis de tensão são altos e as linhas são geralmente muito longas. Esses fatores contribuem para que os efeitos

175

Cargas desequilibradas conectadas no circuito primário

As tabelas 19, 20 e 21 apresentam os resultados para o caso do sistema

com as cargas desequilibradas conectadas no circuito primário:

Tabela 19 – Resumo dos resultados do sistema NEO-01N6, para o caso desequilibrado com cargas conectadas no circuito primário.

Dados Gerais

Fase A B C

Potência Ativa Fornecida pela SE (kW) 2.267,21 913,58 1.367,19 Potência Reativa Fornecida pela SE (kvar) 1.050,84 400,12 610,53

Corrente na saída de SE (A) 313,64 125,18 187,93 Desvio Máximo de Tensão (%) 6,51% 5,93% 9,19%

Perdas Ativas Totais (kW) 174,58 Balanço de Reativos (kvar) 200,76

Número de Iterações 2 Fonte: O autor (2005)

Tabela 20 – Resultados de nós do sistema NEO-01N6, para o caso desequilibrado com cargas conectadas no circuito primário.

Dados de Nós Tensão de Fase

(kV) Tensão de Linha

(kV) Potência Líquida (kW) Nó

A B C AB BC CA A B C 4 7,88 7,91 7,88 13,69 13,67 13,64 2.164,04 875,09 1.305,77 9 7,77 7,82 7,77 13,54 13,49 13,42 1.605,17 652,74 969,85 15 7,63 7,73 7,64 13,36 13,29 13,19 1.422,20 582,59 861,77 22 7,36 7,53 7,41 12,96 12,92 12,74 1.050,15 439,20 643,95 29 7,19 7,42 7,26 12,71 12,70 12,47 349,53 148,17 216,07 35 7,16 7,40 7,24 12,67 12,66 12,43 83,50 35,48 51,69

Fonte: O autor (2005)

Tabela 21 – Resultados de trechos do sistema NEO-01N6, para o caso desequilibrado com cargas conectadas no circuito primário.

Carregamento (%) De Para A B C 1 2 69,7% 27,8% 41,8% 8 9 50,2% 20,0% 30,1% 14 15 96,7% 38,5% 57,9% 21 22 111,4% 44,4% 66,7%

Fonte: O autor (2005)

Page 177: USO DE TÉCNICAS DE OTIMIZAÇÃO BASEADAS EM … · transmissão, os níveis de tensão são altos e as linhas são geralmente muito longas. Esses fatores contribuem para que os efeitos

176

Confirmando os resultados encontrados nos subtópicos da seção 6.1.1.1.1,

pode-se constatar quanto o desequilíbrio pode ser prejudicial ao alimentador.

Observando as tabelas 19, 20 e 21, constata-se que cada fase do sistema

apresenta um comportamento diferente, ou seja, os valores de queda de tensão e

do carregamento das linhas são distintos para cada fase. Portanto, para esse caso,

a análise apresenta situações de tensões e correntes diferentes, dependendo da

fase escolhida.

A figura 46 apresenta o perfil de tensão no tronco do alimentador.

11,8

12

12,2

12,4

12,6

12,8

13

13,2

13,4

13,6

13,8

14

1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26 27 28 29 30 31 32 33 34 35

Tes

ão d

e L

inh

a (k

V)

Fase AB

Fase BC

Fase CA

Figura 46 - Perfil da tensão de linha no tronco do alimentador do sistema NEO-01N6, para o caso desequilibrado com cargas conectadas no circuito primário.

Fonte: O autor (2005)

Comparando os gráficos das figuras 45 e 46, observa-se que no nó 21 existe

um cruzamento de duas linhas. Curiosamente, na figura 45, este cruzamento se dá

entre as tensões de linha das fases AB e CA, no caso da figura 46 o mesmo fato

acontecendo com as tensões entre fases AB e BC. Duas conclusões pode-se tirar

deste fato. Como as tensões de linha decorre de uma diferença vetorial, apesar do

carregamento ser constante para cada fase, o perfil da tensão de linha pode

Page 178: USO DE TÉCNICAS DE OTIMIZAÇÃO BASEADAS EM … · transmissão, os níveis de tensão são altos e as linhas são geralmente muito longas. Esses fatores contribuem para que os efeitos

177

apresentar inversões com relação ao seu decaimento. A segunda é que realmente,

uma simples mudança do tipo de conexão das cargas pode trazer resultados

diferentes de cálculos de fluxo de carga.

7.2.1.2 Sistemas com reguladores

As simulações dos sistemas que contêm reguladores instalados foram feitas

separadamente, no intuito de explicitar mais detalhadamente as vantagens da

utilização da modelagem proposta. Serão feitas simulações com o sistema

equilibrado e desequilibrado e com os reguladores funcionando em delta fechado e

em delta aberto, para cada situação. Posteriormente será feita uma simulação com

o sistema equilibrado, considerando-se que o ponto de regulação é um nó remoto.

Não foram feitas, entretanto, simulações com regulação remota para os casos

cujos sistemas são considerados desequilibrados. Esta decisão é fundamentada no

fato de que como o objetivo de cálculos de fluxo de carga são para fins de

planejamento e operação, as análises para regulação remota seriam feitas depois

que os desequilíbrios do sistema fossem corrigidos. Entretanto, caso se queira

fazer este tipo de análise para situações de desequilíbrio, a metodologia proposta

pode ser empregada sem nenhuma dificuldade.

7.2.1.2.1 Sistema AÇU 01Z1

Cargas Equilibradas

o Reguladores funcionando em delta fechado.

As tabelas 22, 23, 24 e 25 apresentam os resultados para o caso do sistema

com as cargas equilibradas conectadas, de forma concentrada, no secundário dos

transformadores:

Page 179: USO DE TÉCNICAS DE OTIMIZAÇÃO BASEADAS EM … · transmissão, os níveis de tensão são altos e as linhas são geralmente muito longas. Esses fatores contribuem para que os efeitos

178

Tabela 22 – Resumo dos resultados do sistema AÇU-01Z1, com regulador funcionando em delta fechado.

Dados Gerais

Fase A B C Potência Ativa Fornecida pela SE (kW) 1.446,49 1.446,61 1.444,56

Potência Reativa Fornecida pela SE (kvar) 627,79 625,57 626,67 Corrente na saída de SE (A) 197,92 197,82 197,65

Desvio Máximo de Tensão (%) 12,29 12,91 12,84 Perdas Ativas Totais (kW) 368,38 Balanço de Reativos (kvar) 182,43

Número de Iterações 5 Fonte: O autor (2005)

Tabela 23 – Resultados de nós do sistema AÇU-01Z1, com regulador funcionando em delta fechado.

Dados de Nós Tensão de Fase

(kV) Tensão de Linha

(kV) Tensão no Secundário

(V) Potência Líquida (kW) Nó

A B C AB BC CA A B C A B C

4 7,70 7,69 7,67 13,34

13,30

13,31 212,58 212,00

212,07

1.326,15

1.322,93

1.317,88

6 7,63 7,62 7,59 13,22

13,17

13,18 210,70 209,96

210,05

1.019,70

1.016,41

1.011,92

13 7,01 6,99 6,94 12,14

12,06

12,07 193,61 192,29

192,42

195,81

193,93

193,43

14 7,90 7,90 7,90 13,70

13,67

13,70 218,45 217,88

218,32

184,34

183,99

184,04

17 7,51 7,50 7,49 13,02

12,96

12,99 207,57 206,64

207,11

157,55

157,01

156,79

Fonte: O autor (2005)

Tabela 24 – Resultados de trechos do sistema AÇU-01Z1, com regulador funcionando em delta fechado.

Carregamento (%) De Para A B C

SUB 2 43,98 43,96 43,92 6 7 41,54 41,52 41,48 7 8 24,11 24,06 24,16

Fonte: O autor (2005)

Tabela 25 – Resultados de reguladores do sistema AÇU-01Z1, com regulador funcionando em delta fechado.

Dados de Reguladores

Tensão de Fase Tensão de Linha Fluxo de Potência

(kW) Correntes (A) A B C AB BC CA A B C A B C

Entrada 6,99 6,96 6,92 12,10 12,02 12,03 186,98 185,14 184,68 28,93 28,87 28,99 Saída 7,97 7,97 7,97 13,81 13,78 13,81 175,23 174,91 174,94 25,29 25,26 25,22

Regulação (%) 13,96 14,41 15,18 14,11 14,65 14,79

Fonte: O autor (2005)

Page 180: USO DE TÉCNICAS DE OTIMIZAÇÃO BASEADAS EM … · transmissão, os níveis de tensão são altos e as linhas são geralmente muito longas. Esses fatores contribuem para que os efeitos

179

As figuras 47 e 48 apresentam o perfil de tensão de fase e de linha,

respectivamente, no tronco do alimentador.

6,4

6,6

6,8

7

7,2

7,4

7,6

7,8

8

8,2

8,4

SUB 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 133 134 14 15 16 17

Ten

são

de

Fas

e (

kV)

Fase A

Fase B

Fase C

Figura 47 - Perfil da tensão de fase no tronco do alimentador do sistema AÇU-01Z1, com regulador funcionando em delta fechado.

Fonte: O autor (2005)

11

11,5

12

12,5

13

13,5

14

SUB 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 133 134 14 15 16 17

Ten

são

de

Lin

ha

(kV

)

Fase AB

Fase BC

Fase CA

Page 181: USO DE TÉCNICAS DE OTIMIZAÇÃO BASEADAS EM … · transmissão, os níveis de tensão são altos e as linhas são geralmente muito longas. Esses fatores contribuem para que os efeitos

180

Figura 48 - Perfil da tensão de linha no tronco do alimentador do sistema AÇU-01Z1, com regulador funcionando em delta fechado.

Fonte: O autor (2005)

Analisando a tabela 25, pode-se notar que a tensão das três fases na saída

do regulador é exatamente igual à tensão de regulação; entretanto, cada regulador

apresenta uma faixa de regulação diferente. Isto ocorre pelo fato de que, na

simulação, a faixa de regulação e a posição do tap foi considerada contínua. Para o

caso de simulações na qual seja necessário a discretização na posição do tap, o

número total será limitado de acordo com as características construtivas do

regulador. Neste caso, as tensões em cada fase passarão a ser diferentes, embora

bem próximas da tensão de regulação.

o Regulação remota

O nó a ser regulado será o 17 com uma tensão de regulação de 1 p.u..

As tabelas 26, 27, 28, 29 e 30 apresentam os resultados para o caso do

sistema com as cargas equilibradas conectadas, de forma concentrada, no

secundário dos transformadores.

Tabela 26 – Resumo dos resultados do sistema AÇU-01Z1 para regulação remota.

Dados Gerais Fase A B C

Potência Ativa Fornecida pela SE (kW) 1.458,07 1.457,50 1.456,26 Potência Reativa Fornecida pela SE (kvar) 635,64 633,98 635,41

Corrente na saída de SE (A) 199,64 199,49 199,42 Desvio Máximo de Tensão (%) 12,54 13,17 13,12

Perdas Ativas Totais (kW) 377,2854 Balanço de Reativos (kvar) 186,4768

Número de Iterações 6 Fonte: O autor (2005)

Page 182: USO DE TÉCNICAS DE OTIMIZAÇÃO BASEADAS EM … · transmissão, os níveis de tensão são altos e as linhas são geralmente muito longas. Esses fatores contribuem para que os efeitos

181

Tabela 27 – Resultados de nós do sistema AÇU-01Z1 para regulação remota. Dados de Nós

Tensão de Fase (kV)

Tensão de Linha (kV)

Tensão no Secundário (V) Potência Líquida (kW)

A B C AB BC CA A B C A B C

4 7,70 7,69 7,67 13,33

13,30

13,30 212,52 211,93

212,00

1.336,84

1.332,99

1.328,52

6 7,63 7,61 7,59 13,21

13,17

13,17 210,61 209,86

209,95

1.030,29

1.026,38

1.022,46

13 7,00 6,97 6,92 12,11

12,03

12,03 193,06 191,68

191,81

205,29

202,82

202,83

14 8,35 8,36 8,38 14,48

14,47

14,51 230,96 230,71

231,31

193,27

192,98

193,82

17 7,96 7,96 7,97 13,81

13,77

13,81 220,13 219,53

220,15

165,54

165,06

165,54

Fonte: O autor (2005)

Tabela 28 – Resultados de trechos do sistema AÇU-01Z1 para regulação remota.

Carregamento (%) De Para A B C

SUB 2 90,74 44,33 44,32 6 7 117,32 41,89 41,87 7 8 105,09 25,42 25,60 11 12 47,67 13,09 13,09

Fonte: O autor (2005)

Tabela 29 – Resultados de reguladores do sistema AÇU-01Z1 para regulação remota.

Dados de Reguladores Tensão de Fase Tensão de Linha Fluxo de Potência (kW) Correntes (A)

A B C AB BC CA A B C A B C Entrada 6,97 6,94 6,89 12,07 11,98 11,99 196,42 193,97 194,03 30,60 30,50 30,72 Saída 8,41 8,42 8,45 14,59 14,58 14,62 183,64 183,36 184,15 25,17 25,13 25,12

Regulação (%) 20,70 21,30 22,52 20,90 21,69 21,92 Fonte: O autor (2005)

Ajuste do R e do X do regulador:

Tabela 30 – Ajuste do R e do X do regulador do sistema AÇU-01Z1 para regulação remota. Normal Adiantado Atrasado

R (Volts) 4,8723 6,9176 1,5213

X (Volts) 5,3963 2,2371 7,1094

Fonte: O autor (2005)

Page 183: USO DE TÉCNICAS DE OTIMIZAÇÃO BASEADAS EM … · transmissão, os níveis de tensão são altos e as linhas são geralmente muito longas. Esses fatores contribuem para que os efeitos

182

É importante observar que no caso da regulação remota, o limite para

relação máxima de espiras do regulador não foi obedecido, possibilitando que a

tensão no ponto remoto pudesse atingir o valor esperado.

A figura 49 apresenta o perfil de tensão no tronco do alimentador.

11

11,5

12

12,5

13

13,5

14

14,5

SUB 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 133 134 14 15 16 17

Ten

são

de

Lin

ha

(kV

)

Fase AB

Fase BC

Fase CA

Figura 49 - Perfil da tensão de linha no tronco do alimentador do sistema AÇU-01Z1 para regulação remota.

Fonte: O autor (2005)

Observando a tabela 27, verifica-se que a tensão no ponto remoto

apresentou o valor pré-estabelecido; entretanto, observando a tabela 29, pode-se

verificar que há um aumento substancial na tensão de saída do regulador (1,05

p.u.). Portanto torna-se necessário impor limites operacionais na implementação do

algoritmo, impossibilitando que o seu resultado apresente valores

desaconselháveis. A tabela 30 apresenta os valores calculados para o ajuste do R

e do X do regulador.

o Reguladores funcionando em delta aberto

Page 184: USO DE TÉCNICAS DE OTIMIZAÇÃO BASEADAS EM … · transmissão, os níveis de tensão são altos e as linhas são geralmente muito longas. Esses fatores contribuem para que os efeitos

183

As tabelas 31, 32, 33 e 34 apresentam os resultados para o caso do sistema

com as cargas conectadas, de forma concentrada, no secundário dos

transformadores.

Tabela 31 – Resumo dos resultados do sistema AÇU-01Z1, com regulador funcionando em delta aberto.

Dados Gerais Fase A B C

Potência ativa fornecida pela SE (kW) 1.446,27 1.447,89 1.445,96 Potência. Reativa Fornecida pela SE

(kvar) 626,57 624,80 623,96 Corrente na saída de SE (A) 197,83 197,92 197,66

Desvio Máximo de Tensão (%) 12,29 12,93 12,82 Perdas Ativas Totais (kW) 368,4067 Balanço de Reativos (kvar) 182,4103

Número de Iterações 5 Fonte: O autor (2005)

Tabela 32 – Resultados de nós do sistema AÇU-01Z1, com regulador funcionando em delta aberto.

Dados de Nós Tensão de Fase

(kV) Tensão de Linha

(kV) Tensão no Secundário

(V) Potência Líquida (kW) Nó

A B C AB BC CA A B C A B C

4 7,70 7,69 7,67 13,34

13,30

13,31 212,59 212,00 212,09 1.325,85 1.324,14 1.319,10

6 7,63 7,62 7,59 13,22

13,17

13,18 210,70 209,96 210,07 1.019,37 1.017,55 1.013,08

13 7,02 6,99 6,94 12,14

12,06

12,07 193,58 192,20 192,44 195,31 194,74 194,20

14 8,44 6,89 8,44 13,68

13,68

13,64 218,08 218,09 217,52 204,33 161,06 187,00

17 8,05 6,49 8,03 13,00

12,97

12,94 207,16 206,79 206,34 175,55 136,27 159,45

Fonte: O autor (2005)

Tabela 33 – Resultados de trechos do sistema AÇU-01Z1, com regulador funcionando em delta aberto.

Carregamento (%) De Para A B C

SUB 2 89,52 43,76 43,66 6 7 115,08 41,32 41,22 7 8 102,86 23,31 23,20 11 12 45,46 13,29 13,22

Fonte: O autor (2005)

Page 185: USO DE TÉCNICAS DE OTIMIZAÇÃO BASEADAS EM … · transmissão, os níveis de tensão são altos e as linhas são geralmente muito longas. Esses fatores contribuem para que os efeitos

184

Tabela 34 – Resultados de reguladores do sistema AÇU-01Z1, com regulador funcionando em delta aberto.

Dados de Reguladores

Tensão de Fase Tensão de Linha Fluxo de Potência

(kW) Correntes (A) A B C A B C A B C A B C

Entrada 6,99 6,96 6,92 12,10 12,02 12,03 186,48 185,94 185,44 28,83 28,97 29,00 Saída 8,50 6,95 8,51 13,79 13,79 13,76 194,21 153,08 177,75 25,26 25,30 25,22

Regulação(%) 21,59

(0,14)

22,97

13,92

14,79

14,34

Fonte: O autor (2005)

As figuras 50 e 51 apresentam o perfil de tensão de fase e de linha,

respectivamente, no tronco do alimentador.

6,4

6,6

6,8

7

7,2

7,4

7,6

7,8

8

8,2

8,4

8,6

SUB 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 133 134 14 15 16 17

Ten

são

de

Fas

e (

kV)

Fase A

Fase B

Fase C

Figura 50 - Perfil da tensão de fase no tronco do alimentador do sistema AÇU-01Z1, com regulador funcionando em delta aberto.

Fonte: O autor (2005)

Page 186: USO DE TÉCNICAS DE OTIMIZAÇÃO BASEADAS EM … · transmissão, os níveis de tensão são altos e as linhas são geralmente muito longas. Esses fatores contribuem para que os efeitos

185

11

11,5

12

12,5

13

13,5

14

SUB 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 133 134 14 15 16 17

Ten

são

de

Lin

ha

(kV

)

Fase AB

Fase BC

Fase CA

Figura 51 - Perfil da tensão de linha no tronco do alimentador do sistema AÇU-01Z1, com regulador funcionando em delta aberto.

Fonte: O autor (2005)

Comparando-se os gráficos das figuras 50 e 51 nota-se a característica

principal dos reguladores funcionando em delta aberto. No caso das tensões de

fase, apenas duas delas apresentam variação entre o nó de saída e de entrada do

regulador; já as três tensões de linha sofrem o efeito da regulação, como mostra a

figura 51. Como usualmente as cargas no circuito primário estão conectadas em

delta, este efeito não é relevante. Entretanto, no caso de sistemas com cargas em

estrela conectadas ao circuito primário, como banco de capacitores, essa

característica pode trazer algumas perturbações em alguns pontos do alimentador.

Cargas desequilibradas

o Reguladores funcionando em delta fechado

Page 187: USO DE TÉCNICAS DE OTIMIZAÇÃO BASEADAS EM … · transmissão, os níveis de tensão são altos e as linhas são geralmente muito longas. Esses fatores contribuem para que os efeitos

186

As tabelas 35, 36, 37 e 38 apresentam os resultados para o caso do sistema

com as cargas desequilibradas conectadas, de forma concentrada, no secundário

dos transformadores.

Tabela 35 – Resumo dos resultados do sistema AÇU-01Z1 para o caso desequilibrado com os reguladores funcionando em delta fechado.

Dados Gerais

Fase A B C Potência Ativa Fornecida pela SE (kW) 1.609,42 1.688,64 1.044,49

Potência Reativa Fornecida pela SE (kvar) 996,12 297,98 578,33 Corrente na saída de SE (A) 237,56 215,22 149,85

Desvio Máximo de Tensão (%) 17,68 10,69 12,63 Perdas Ativas Totais (kW) 392,6958 Balanço de Reativos (kvar) 192,7766

Número de Iterações 6 Fonte: O autor (2005)

Tabela 36 – Resultados de nós do sistema AÇU-01Z1 para o caso desequilibrado com os reguladores funcionando em delta fechado.

Tensão de Fase (kV)

Tensão de Linha (kV)

Tensão no Secundário (V) Potência Líquida (kW) Nó

A B C AB BC CA A B C A B C

4 7,64 7,69 7,73 13,22

13,41

13,30 210,72 213,70 212,01 1.459,85 1.544,03

959,13

6 7,55 7,62 7,67 13,07

13,30

13,17 208,38 212,09 209,98 1.116,96 1.187,71

739,51

13 6,83 6,93 7,17 11,72

12,36

12,17 186,77 197,02 194,07 201,47 232,11

146,40

14 7,74 7,90 7,92 13,32

13,95

13,52 212,28 222,32 215,65 199,01 214,83

134,41

17 7,28 7,46 7,60 12,46

13,35

12,88 198,61 212,77 205,37 167,06 183,15

115,82

Fonte: O autor (2005)

Tabela 37 – Resultados de trechos do sistema AÇU-01Z1 para o caso desequilibrado com os reguladores funcionando em delta fechado.

Carregamento (%) De Para A B C

SUB 2 107,98 47,83 33,30 6 7 138,73 45,19 31,45 7 8 123,98 27,08 18,03 11 12 54,83 14,33 10,16

Fonte: O autor (2005)

Page 188: USO DE TÉCNICAS DE OTIMIZAÇÃO BASEADAS EM … · transmissão, os níveis de tensão são altos e as linhas são geralmente muito longas. Esses fatores contribuem para que os efeitos

187

Tabela 38 – Resultados de reguladores do sistema AÇU-01Z1 para o caso desequilibrado com os reguladores funcionando em delta fechado.

Dados de Reguladores

Tensão de Fase Tensão de Linha Fluxo de Potência

(kW) Correntes (A) A B C AB BC CA A B C A B C

Entrada 6,81 6,90 7,15 11,67 12,33 12,14 191,79 221,88 139,98 33,84 32,50 21,64 Saída 7,82 7,96 7,97 13,45 14,04 13,63 189,18 204,18 127,87 30,15 27,44 19,44

Regulação (%) 14,84 15,44 11,37 15,32 13,93 12,30

Fonte: O autor (2005)

As figuras 52 e 53 apresentam o perfil de tensão de fase e de linha,

respectivamente, no tronco do alimentador.

6,4

6,6

6,8

7

7,2

7,4

7,6

7,8

8

8,2

8,4

SUB 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 133 134 14 15 16 17

Ten

são

de

Fas

e (

kV)

Fase A

Fase B

Fase C

Figura 52 - Perfil da tensão de fase no tronco do alimentador do sistema AÇU-01Z1 para o caso desequilibrado com os reguladores funcionando em delta fechado.

Fonte: O autor (2005)

Page 189: USO DE TÉCNICAS DE OTIMIZAÇÃO BASEADAS EM … · transmissão, os níveis de tensão são altos e as linhas são geralmente muito longas. Esses fatores contribuem para que os efeitos

188

11

11,5

12

12,5

13

13,5

14

SUB 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 133 134 14 15 16 17

Ten

são

de

Lin

ha

(kV

)

Fase AB

Fase BC

Fase CA

Figura 53 - Perfil da tensão de linha no tronco do alimentador do sistema AÇU-01Z1 para o caso

desequilibrado com os reguladores funcionando em delta fechado. Fonte: O autor (2005)

Comparando os resultados do sistema AÇU-01Z1, tabelas 35, 36 e 37, para

o caso desequilibrado com o caso equilibrado, tabelas 22, 23 e 24 pode-se concluir

o mesmo que para o caso de sistemas sem reguladores. Para o caso em que o

sistema é submetido a situações de desequilíbrios sempre ocorre um aumento das

perdas, assim como no desvio máximo de tensão. Com relação ao resultado dos

reguladores, pode-se conferir que cada regulador passou a funcionar em um tap

distinto, não conseguiu uma regulação ideal, ou seja, exatamente 1,0 p.u. para

cada fase.

o Reguladores funcionando em delta aberto

Page 190: USO DE TÉCNICAS DE OTIMIZAÇÃO BASEADAS EM … · transmissão, os níveis de tensão são altos e as linhas são geralmente muito longas. Esses fatores contribuem para que os efeitos

189

As tabelas 39, 40, 41 e 42 apresentam os resultados para o caso do sistema

com as cargas desequilibradas conectadas, de forma concentrada, no secundário

dos transformadores.

Tabela 39 – Resumo dos resultados do sistema AÇU-01Z1 para o caso desequilibrado com os reguladores funcionando em delta aberto.

Dados Gerais Fase A B C

Potência Ativa Fornecida pela SE (kW) 1.609,10 1.671,86 1.039,51 Potência Reativa Fornecida pela SE (kvar) 988,18 293,87 586,20

Corrente na saída de SE (A) 237,00 213,05 149,79 Desvio Máximo de Tensão (%) 22,04 12,16 14,83

Perdas Ativas Totais (kW) 387,8992 Balanço de Reativos (kvar) 190,7848

Número de Iterações 5 Fonte: O autor (2005)

Tabela 40 – Resultados de nós do sistema AÇU-01Z1 para o caso desequilibrado com os reguladores funcionando em delta aberto.

Dados de Nós Tensão de Fase

(kV) Tensão de Linha

(kV) Tensão no Secundário

(V) Potência Líquida (kW) Nó

A B C AB BC CA A B C A B C

4 7,64 7,69 7,73 13,23

13,41

13,30

210,80

213,75

212,01 1.459,82

1.528,30

954,19

6 7,55 7,62 7,67 13,08

13,31

13,17

208,49

212,15

209,97 1.117,04

1.172,11

734,63

13 6,83 6,95 7,18 11,75

12,39

12,16

187,33

197,52

193,99 202,74

218,08

141,99

14 7,75 6,85 8,21 12,73

13,49

13,23

202,92

215,08

210,99 208,82

187,14

135,55

17 7,28 6,42 7,90 11,86

12,89

12,58

189,20

205,47

200,67 175,79

158,20

116,79

Fonte: O autor (2005)

Tabela 41 – Resultados de trechos do sistema AÇU-01Z1 para o caso desequilibrado com os reguladores funcionando em delta aberto.

Carregamento (%) De Para A B C

SUB 2 107,73 47,35 33,29 6 7 138,27 44,71 31,44 7 8 123,53 25,25 17,96 11 12 54,41 14,40 10,26

Fonte: O autor (2005)

Page 191: USO DE TÉCNICAS DE OTIMIZAÇÃO BASEADAS EM … · transmissão, os níveis de tensão são altos e as linhas são geralmente muito longas. Esses fatores contribuem para que os efeitos

190

Tabela 42 – Resultados de reguladores do sistema AÇU-01Z1 para o caso desequilibrado com os reguladores funcionando em delta aberto.

Dados de Reguladores

Tensão de Fase Tensão de Linha Fluxo de Potência (kW) Correntes (A) A B C AB BC CA A B C A B C

Entrada 6,81 6,93 7,16 11,70 12,36 12,13 193,11 207,93 135,58 33,37 30,30 21,55 Saída 7,82 6,92 8,26 12,86 13,59 13,33 198,53 177,92 128,98 30,34 27,55 19,60

Regulação (%) 14,88 (0,04) 15,47 9,94 9,96 9,95 Fonte: O autor (2005)

As figuras 54 e 55 apresentam o perfil de tensão de fase e de linha,

respectivamente, no tronco do alimentador.

6,4

6,6

6,8

7

7,2

7,4

7,6

7,8

8

8,2

8,4

SUB 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 133 134 14 15 16 17

Ten

são

de

Fas

e (

kV)

Fase A

Fase B

Fase C

Figura 54 - Perfil da tensão de fase no tronco do alimentador do sistema AÇU-01Z1 para o caso desequilibrado com os reguladores funcionando em delta aberto.

Fonte: O autor (2005)

Page 192: USO DE TÉCNICAS DE OTIMIZAÇÃO BASEADAS EM … · transmissão, os níveis de tensão são altos e as linhas são geralmente muito longas. Esses fatores contribuem para que os efeitos

191

10,5

11

11,5

12

12,5

13

13,5

14

SUB 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 133 134 14 15 16 17

Ten

são

de

Lin

ha

(kV

)

Fase AB

Fase BC

Fase CA

Figura 55 - Perfil da tensão de linha ao longo no tronco do alimentador do sistema AÇU-01Z1 para o caso desequilibrado com os reguladores funcionando em delta aberto.

Fonte: O autor (2005)

Analisando-se as simulações feitas para sistemas desequilibrados, verificou-

se, que tanto para configuração em delta fechado quanto em delta aberto, os

resultados foram semelhantes. Apenas, para o caso dos reguladores em delta

fechado, consegue-se uma faixa de regulação maior, ocasionando uma melhoria

mais substancial no perfil de tensão, além de um pequeno aumento na potência

ativa consumida pelo sistema, o que era perfeitamente previsível.

7.2.1.2.2 Sistema DMA 01M1

Cargas equilibradas

o Reguladores funcionando em delta fechado

Page 193: USO DE TÉCNICAS DE OTIMIZAÇÃO BASEADAS EM … · transmissão, os níveis de tensão são altos e as linhas são geralmente muito longas. Esses fatores contribuem para que os efeitos

192

As tabelas 43, 44, 45 e 46 apresentam os resultados para o caso do sistema

com as cargas equilibradas conectadas, de forma concentrada, no secundário dos

transformadores.

Tabela 43 – Resumo dos resultados do sistema DMA-01M1 com os reguladores funcionando em delta fechado.

Dados Gerais Fase A B C

Potência Ativa Fornecida pela SE (kW) 731,78 729,71 731,65 Potência Reativa Fornecida pela SE (kvar) 300,58 301,57 302,85

Corrente na saída de SE (A) 99,29 99,10 99,39 Desvio Máximo de Tensão (%) 13,81 14,33 14,06

Perdas Ativas Totais (kW) 316,15 Balanço de Reativos (kvar) 107,74

Número de Iterações 7 Fonte: O autor (2005)

Tabela 44 – Resultados de nós do sistema DMA-01M1 com os reguladores funcionando em delta fechado.

Dados de Nós Tensão de Fase

(kV) Tensão de Linha

(kV) Tensão no Secundário

(V) Potência Líquida (kW) Nó

A B C AB BC CA A B C A B C 4 7,95 7,95 7,95 13,78 13,77 13,77 219,63 219,56 219,57 729,84 727,58 729,30 23 7,60 7,59 7,57 13,16 13,12 13,13 209,72 209,23 209,27 571,21 568,11 568,73 42 7,21 7,20 7,16 12,49 12,43 12,44 199,09 198,20 198,27 452,79 449,21 449,21 44 7,85 7,85 7,87 13,60 13,59 13,62 216,86 216,65 217,13 431,85 431,07 432,40 53 7,30 7,29 7,29 12,65 12,61 12,64 201,70 200,98 201,52 344,52 343,11 343,42 73 7,14 7,12 7,12 12,37 12,32 12,35 197,22 196,34 196,90 209,03 208,05 208,04

Fonte: O autor (2005)

Analisando as tabelas 43 e 44 nota-se que mesmo com um regulador de

tensão instalado, o sistema ainda apresenta baixos valores de tensão, chegando a

um desvio máximo de 14,33%. Esse seria o caso de colocar mais um regulador de

tensão ao longo do alimentador, ou então, aplicar uma solução mais definitiva,

como recondutoramento do alimentador ou construção de outro, fazendo-se uma

nova divisão de cargas.

Tabela 45 – Resultados de trechos do sistema DMA-01M1 com os reguladores funcionando em delta fechado.

Page 194: USO DE TÉCNICAS DE OTIMIZAÇÃO BASEADAS EM … · transmissão, os níveis de tensão são altos e as linhas são geralmente muito longas. Esses fatores contribuem para que os efeitos

193

Carregamento (%) De Para A B C

SUB 2 22,07 22,02 22,09 2 4 22,03 21,98 22,05 6 14 70,74 70,58 70,82 20 21 67,78 67,62 67,86 23 25 66,29 66,13 66,38 47 49 46,20 46,14 46,10

Fonte: O autor (2005)

Tabela 46 – Resultados de reguladores do sistema DMA-01M1 com os reguladores funcionando em delta fechado.

Dados de Reguladores

Tensão de Fase Tensão de Linha Fluxo de Potência (kW) Correntes (A) A B C AB BC CA A B C A B C

Entrada 7,21 7,19 7,16 12,49 12,43 12,43 452,72 449,14 449,14 67,79 67,59 67,90 Saída 7,94 7,94 7,97 13,77 13,76 13,79 441,10 440,46 441,97 60,06 59,99 59,94

Regulação (%) 10,18 10,42 11,25 10,26 10,69 10,89

Fonte: O autor (2005)

As figuras 56 e 57 apresentam o perfil de tensão de fase e de linha,

respectivamente, no tronco do alimentador.

6,2

6,4

6,6

6,8

7

7,2

7,4

7,6

7,8

8

8,2

SUB 4 6 20 23 26 36 39 42 423 44 46 49 51 53 56 62 65 68 73

Ten

são

de

Fas

e (

kV)

Fase A

Fase B

Fase C

Figura 56 - Perfil da tensão de fase ao longo no tronco do alimentador do sistema DMA-01M1 com os reguladores funcionando em delta fechado.

Fonte: O autor (2005)

Page 195: USO DE TÉCNICAS DE OTIMIZAÇÃO BASEADAS EM … · transmissão, os níveis de tensão são altos e as linhas são geralmente muito longas. Esses fatores contribuem para que os efeitos

194

11

11,5

12

12,5

13

13,5

14

SUB 4 6 20 23 26 36 39 42 423 44 46 49 51 53 56 62 65 68 73

Ten

são

de

Lin

ha

(kV

)

Fase AB

Fase BC

Fase CA

Figura 57 - Perfil da tensão de linha no tronco do alimentador do sistema DMA-01M1 com os

reguladores funcionando em delta fechado. Fonte: O autor (2005)

o Regulação remota

O nó a ser regulado será o 49 com uma tensão de regulação de 1 p.u..

As tabelas 47, 48, 49, 50 e 51 apresentam os resultados para o caso do

sistema com as cargas equilibradas conectadas, de forma concentrada, no

secundário dos transformadores.

Tabela 47 – Resumo dos resultados do sistema DMA-01M1 para regulação remota. Dados Gerais

Fase A B C Potência Ativa Fornecida pela SE (kW) 762,92 759,94 763,27

Potência Reativa Fornecida pela SE (kvar) 311,16 313,24 314,81

Corrente na saída de SE (A) 103,41 103,17 103,63 Desvio Máximo de Tensão (%) 7,77 8,17 7,88

Perdas Ativas Totais (kW) 333,09 Balanço de Reativos (kvar) 113,81

Número de Iterações 7 Fonte: O autor (2005)

Page 196: USO DE TÉCNICAS DE OTIMIZAÇÃO BASEADAS EM … · transmissão, os níveis de tensão são altos e as linhas são geralmente muito longas. Esses fatores contribuem para que os efeitos

195

Tabela 48 – Resultados de nós do sistema DMA-01M1 para regulação remota. Dados de Nós

Tensão de Fase (kV)

Tensão de Linha (kV)

Tensão no Secundário (V) Potência Líquida (kW)

A B C AB BC CA A B C A B C 4 7,95 7,95 7,95 13,78 13,77 13,77 219,61 219,54 219,55 760,93 757,74 760,84 23 7,58 7,57 7,55 13,12 13,09 13,09 209,22 208,69 208,72 599,58 595,50 597,27 42 7,17 7,15 7,12 12,42 12,36 12,36 198,00 197,04 197,07 478,38 473,78 474,72 44 8,32 8,33 8,36 14,43 14,43 14,46 229,98 230,02 230,55 455,51 455,12 457,83 53 7,77 7,77 7,79 13,48 13,45 13,49 214,92 214,44 215,03 364,96 363,91 365,37 73 7,61 7,61 7,62 13,20 13,16 13,20 210,47 209,84 210,44 221,55 220,79 221,48

Fonte: O autor (2005)

Tabela 49 – Resultados de trechos do sistema DMA-01M1 para regulação remota. Carregamento (%)

De Para A B C SUB 2 22,98 22,93 23,03

2 4 22,94 22,89 22,99 6 14 74,18 73,97 74,36 20 21 71,21 71,01 71,39 23 25 69,73 69,52 69,91 47 49 45,92 45,86 45,84

Fonte: O autor (2005)

Tabela 50 – Resultados de reguladores do sistema DMA-01M1 para regulação remota. Dados de Reguladores

Tensão de Fase Tensão de Linha Fluxo de Potência

(kW) Correntes (A) A B C A B C A B C

Entrada 7,17 7,15 7,12 12,42 12,36 12,36 478,31 473,70 474,64 71,90 71,65 72,14 Saída 8,41 8,42 8,46 14,59 14,60 14,63 464,93 464,68 467,59 59,73 59,65 59,64

Ponto de Regulação 7,95 7,95 7,97 13,78 13,76 13,79 459,65 459,37 462,21 59,19 59,12 59,11 Regulação

(%) 10,83 11,09 11,98 10,95 11,34 11,60 Fonte: O autor (2005)

A regulação remota constitui um modo alternativo de mudar o ponto de

regulação, sem que haja um deslocamento físico do regulador. Entretanto, a tensão

de saída de um regulador, funcionando com regulação remota, é determinada

através de um cálculo simples, utilizando apenas o valor da tensão de regulação, o

módulo da corrente que passa pelo regulador e a sua tensão de entrada. Portanto,

quando o sistema estiver operando em uma situação diferente na qual os valores

de R e de X foram calculados, o processo pode não funcionar a contento.

Page 197: USO DE TÉCNICAS DE OTIMIZAÇÃO BASEADAS EM … · transmissão, os níveis de tensão são altos e as linhas são geralmente muito longas. Esses fatores contribuem para que os efeitos

196

Ajuste do R e do X:

Tabela 51 – Resumo dos resultados do sistema DMA-01M1 para regulação remota. Normal Adiantado Atrasado

R (Volts) 4,8365 7,0506 1,3262

X (Volts) 5,7244 2,5391 7,3756

Fonte: O autor (2005)

A figura 58 apresenta o perfil de tensão no tronco do alimentador.

11

11,5

12

12,5

13

13,5

14

14,5

15

SUB 4 6 20 23 26 36 39 42 423 44 46 49 51 53 56 62 65 68 73

Ten

são

de

Lin

ha

(kV

)

Fase AB

Fase BC

Fase CA

Figura 58 - Perfil da tensão de linha no tronco do alimentador do sistema DMA-01M1 para regulação remota.

Fonte: O autor (2005)

o Reguladores funcionando em delta aberto

As tabelas 52, 53, 54 e 55 apresentam os resultados para o caso do sistema

com as cargas equilibradas conectadas, de forma concentrada, no secundário dos

transformadores.

Page 198: USO DE TÉCNICAS DE OTIMIZAÇÃO BASEADAS EM … · transmissão, os níveis de tensão são altos e as linhas são geralmente muito longas. Esses fatores contribuem para que os efeitos

197

Tabela 52 – Resumo dos resultados do sistema DMA-01M1 para o caso equilibrado com os reguladores funcionando em delta aberto.

Dados Gerais Fase A B C

Potência Ativa Fornecida pela SE (kW) 726,86 727,86 725,85 Potência Reativa Fornecida pela SE (kvar) 303,10 300,36 300,16

Corrente na saída de SE (A) 98,84 98,83 98,59 Desvio Máximo de Tensão (%) 14,36 15,20 15,08

Perdas Ativas Totais (kW) 314,2768 Balanço de Reativos (kvar) 107,01

Número de Iterações 7 Fonte: O autor (2005)

Tabela 53 – Resultados de nós do sistema DMA-01M1 para o caso equilibrado com os

reguladores funcionando em delta aberto. Dados de Nós

Tensão de Fase (kV)

Tensão de Linha (kV)

Tensão no Secundário (V) Potência Líquida (kW)

A B C AB BC CA A B C A B C 4 7,95 7,95 7,95 13,78 13,77 13,77 219,63 219,56 219,57 724,93 725,73 723,52 23 7,60 7,59 7,57 13,16 13,13 13,13 209,75 209,30 209,37 566,61 566,46 563,53 42 7,22 7,20 7,17 12,49 12,44 12,45 199,15 198,36 198,49 448,52 447,78 444,58 44 8,20 7,08 8,15 13,53 13,47 13,48 215,73 214,76 214,90 464,61 389,71 431,33 53 7,65 6,52 7,58 12,58 12,49 12,50 200,54 199,08 199,28 372,62 307,49 342,60 73 7,49 6,35 7,41 12,30 12,20 12,21 196,04 194,45 194,66 226,47 185,93 207,60

Fonte: O autor (2005)

Tabela 54 – Resultados de trechos do sistema DMA-01M1 para o caso equilibrado com os reguladores funcionando em delta aberto.

Carregamento (%) De Para A B C

SUB 2 21,97 21,96 21,91 2 4 21,93 21,92 21,87 6 14 70,37 70,35 70,16 20 21 67,40 67,39 67,19 23 25 65,92 65,91 65,71 47 49 46,27 46,25 46,09

Fonte: O autor (2005)

Page 199: USO DE TÉCNICAS DE OTIMIZAÇÃO BASEADAS EM … · transmissão, os níveis de tensão são altos e as linhas são geralmente muito longas. Esses fatores contribuem para que os efeitos

198

Tabela 55 – Resultados de reguladores do sistema DMA-01M1 para o caso equilibrado com os reguladores funcionando em delta aberto.

Dados de Reguladores Tensão de Fase Tensão de Linha Fluxo de Potência (kW) Correntes (A)

A B C AB BC CA A B C A B C Entrada 7,21 7,20 7,17 12,49 12,44 12,45 448,46 447,71 444,51 67,33 67,32 67,10 Saída 8,30 7,17 8,24 13,70 13,64 13,65 474,16 398,75 440,88 60,15 60,12 59,93

Regulação (%) 14,99 (0,33) 14,98 9,66 9,65 9,65 Fonte: O autor (2005)

Em algumas concessionárias existe a prática de se instalar até 3 reguladores

em um mesmo alimentador, embora seja recomendada a instalação de no máximo

2. Nesses casos é sempre interessante fazer uma análise preliminar através de um

cálculo de fluxo de carga trifásico antes deles serem instalados, principalmente

quando estiverem funcionando em delta aberto. No caso dessa configuração, ao se

instalar reguladores de tensão em série, é interessante alternar a fase que não está

sendo regulada para cada grupo de regulador.

As figuras 59 e 60 apresentam o perfil de tensão de fase e de linha,

respectivamente, no tronco do alimentador.

6,2

6,4

6,6

6,8

7

7,2

7,4

7,6

7,8

8

8,2

SUB 4 6 20 23 26 36 39 42 423 44 46 49 51 53 56 62 65 68 73

Ten

são

de

Fas

e (

kV)

Fase A

Fase B

Fase C

Figura 59 - Perfil da tensão de fase no tronco do alimentador do sistema DMA-01M1 para o caso equilibrado com os reguladores funcionando em delta aberto.

Fonte: O autor (2005)

Page 200: USO DE TÉCNICAS DE OTIMIZAÇÃO BASEADAS EM … · transmissão, os níveis de tensão são altos e as linhas são geralmente muito longas. Esses fatores contribuem para que os efeitos

199

11

11,5

12

12,5

13

13,5

14

SUB 4 6 20 23 26 36 39 42 423 44 46 49 51 53 56 62 65 68 73

Ten

são

de

Lin

ha

(kV

)

Fase AB

Fase BC

Fase CA

Figura 60 - Perfil da tensão de linha no tronco do alimentador do sistema DMA-01M1 para o caso equilibrado com os reguladores funcionando em delta aberto.

Fonte: O autor (2005)

Cargas desequilibradas

o Reguladores funcionando em delta fechado

As tabelas 56, 57, 58 e 59 apresentam os resultados para o caso do sistema

com as cargas desequilibradas conectadas, de forma concentrada, no secundário

dos transformadores.

Page 201: USO DE TÉCNICAS DE OTIMIZAÇÃO BASEADAS EM … · transmissão, os níveis de tensão são altos e as linhas são geralmente muito longas. Esses fatores contribuem para que os efeitos

200

Tabela 56 – Resumo dos resultados do sistema DMA-01M1 para o caso desequilibrado com os reguladores funcionando em delta fechado.

Dados Gerais Fase A B C

Potência Ativa Fornecida pela SE (kW) 807,44 861,10 531,79 Potência Reativa Fornecida pela SE (kvar) 497,17 145,86 268,28

Corrente na saída de SE (A) 119,03 110,14 75,15 Desvio Máximo de Tensão (%) 18,54 10,62 13,24

Perdas Ativas Totais (kW) 340,14 Balanço de Reativos (kvar) 114,77

Número de Iterações 7 Fonte: O autor (2005)

Tabela 57 – Resultados de nós do sistema DMA-01M1 para o caso desequilibrado com os reguladores funcionando em delta fechado.

Dados de Nós Tensão de Fase

(kV) Tensão de Linha

(kV) Tensão no Secundário

(V) Potência Líquida (kW) Nó

A B C AB BC CA A B C A B C 4 7,95 7,96 7,95 13,77 13,78 13,77 219,53 219,69 219,50 805,19 862,46 533,17 23 7,53 7,55 7,66 12,98 13,23 13,18 206,92 210,93 210,07 618,05 674,78 422,33 42 7,08 7,12 7,35 12,13 12,64 12,56 193,36 201,46 200,21 478,76 534,78 339,14 44 7,83 7,84 7,89 13,39 13,82 13,59 213,41 220,35 216,62 475,39 500,75 314,32 53 7,19 7,24 7,45 12,19 13,00 12,69 194,38 207,17 202,26 370,00 398,09 253,67 73 7,00 7,06 7,32 11,84 12,75 12,42 188,75 203,27 198,03 222,64 241,25 154,77

Fonte: O autor (2005)

A simulação de sistemas desequilibrados é muito importante para que se

possa saber o comportamento do sistema quando ele é submetido a situações

extremas, para as quais não foi projetado (planejamento) ou para se tentar

encontrar as causas de problemas que estejam ocorrendo (operação). Com os

resultados encontrados nas tabelas 56, 57 e 58 pode-se ter uma visão bastante

clara dos danos causados em um sistema desequilibrado onde se encontra um

regulador instalado.

Tabela 58 – Resultados de trechos do sistema DMA-01M1 para o caso desequilibrado com os reguladores funcionando em delta fechado.

Carregamento (%) De Para A B C

SUB 2 26,45 24,48 16,70 2 4 26,40 24,43 16,67 6 14 84,65 78,80 53,57 20 21 81,06 75,59 51,34 23 25 79,27 73,99 50,21 47 49 55,23 50,02 35,45

Page 202: USO DE TÉCNICAS DE OTIMIZAÇÃO BASEADAS EM … · transmissão, os níveis de tensão são altos e as linhas são geralmente muito longas. Esses fatores contribuem para que os efeitos

201

Fonte: O autor (2005)

Tabela 59 – Resultados de reguladores do sistema DMA-01M1 para o caso desequilibrado com os reguladores funcionando em delta fechado.

Dados de Reguladores Tensão de Fase Tensão de Linha Fluxo de Potência (kW) Correntes (A)

A B C AB BC CA A B C A B C Entrada 7,08 7,12 7,35 12,13 12,64 12,56 478,66 534,69 339,10 80,92 76,08 51,33 Saída 7,94 7,95 7,97 13,59 13,96 13,75 487,44 511,75 320,50 71,84 65,03 46,06

Regulação (%) 12,15 11,64 8,37 12,09 10,52 9,46 Fonte: O autor (2005)

As figuras 61 e 62 apresentam o perfil de tensão de fase e de linha,

respectivamente, no tronco do alimentador.

6,2

6,4

6,6

6,8

7

7,2

7,4

7,6

7,8

8

8,2

SUB 4 6 20 23 26 36 39 42 423 44 46 49 51 53 56 62 65 68 73

Ten

são

de

Fas

e (

kV)

Fase A

Fase B

Fase C

Figura 61 - Perfil da tensão de linha no tronco do alimentador do sistema DMA-01M1 para o caso desequilibrado com os reguladores funcionando em delta fechado.

Fonte: O autor (2005)

Page 203: USO DE TÉCNICAS DE OTIMIZAÇÃO BASEADAS EM … · transmissão, os níveis de tensão são altos e as linhas são geralmente muito longas. Esses fatores contribuem para que os efeitos

202

10,5

11

11,5

12

12,5

13

13,5

14

14,5

SUB 4 6 20 23 26 36 39 42 423 44 46 49 51 53 56 62 65 68 73

Ten

são

de

Lin

ha

(kV

)

Fase AB

Fase BC

Fase CA

Figura 62 - Perfil da tensão de linha no tronco do alimentador do sistema DMA-01M1 para o caso desequilibrado com os reguladores funcionando em delta fechado.

Fonte: O autor (2005)

o Reguladores funcionando em delta aberto

As tabelas 60, 61, 62 e 63 apresentam os resultados para o caso do sistema

com as cargas desequilibradas conectadas, de forma concentrada, no secundário

dos transformadores.

Tabela 60 – Resumo dos resultados do sistema DMA-01M1 para o caso desequilibrado com os reguladores funcionando em delta aberto.

Dados Gerais Fase A B C

Potência Ativa Fornecida pela SE (kW) 817,57 836,20 528,13 Potência Reativa Fornecida pela SE (kvar) 481,67 134,33 284,78

Corrente na saída de SE (A) 119,10 106,30 75,31 Desvio Máximo de Tensão (%) 20,51 11,89 13,86

Perdas Ativas Totais (kW) 335,00 Balanço de Reativos (kvar) 113,25

Número de Iterações 7 Fonte: O autor (2005)

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203

Tabela 61 – Resultados de nós do sistema DMA-01M1 para o caso desequilibrado com os reguladores funcionando em delta aberto.

Dados de Nós Tensão de Fase

(kV) Tensão de Linha

(kV) Tensão no Secundário

(V) Potência Líquida (kW) Nó

A B C AB BC CA A B C A B C 4 7,95 7,96 7,95 13,77 13,78 13,77 219,55 219,69 219,49 815,08 833,73 526,53 23 7,52 7,57 7,66 13,00 13,25 13,16 207,18 211,21 209,85 627,84 648,97 415,63 42 7,07 7,15 7,35 12,16 12,68 12,53 193,91 202,09 199,73 488,51 511,78 332,42 44 7,99 7,03 8,28 13,12 13,65 13,51 209,14 217,55 215,39 507,55 448,64 319,84 53 7,33 6,43 7,84 11,92 12,82 12,61 190,08 204,37 200,95 397,45 353,39 258,35 73 7,14 6,25 7,71 11,57 12,57 12,34 184,44 200,47 196,70 239,69 213,59 157,73

Fonte: O autor (2005)

Tabela 62 – Resultados de trechos do sistema DMA-01M1 para o caso desequilibrado com os reguladores funcionando em delta aberto.

Carregamento (%) De Para A B C

SUB 2 26,47 23,62 16,74 2 4 26,42 23,58 16,71 6 14 84,71 75,60 53,70 20 21 81,12 72,39 51,46 23 25 79,32 70,79 50,33 47 49 55,41 50,04 35,60

Fonte: O autor (2005)

Considerando a configuração de carga estabelecida, sempre que se

compara os resultados de um mesmo sistema com reguladores funcionando em

delta fechado ou em delta aberto, as simulações feitas com a configuração em

delta fechado sempre apresentam um valor de carregamento e perdas superior ao

configurado em delta fechado, além de um melhor perfil de tensão. Essa

característica pode ser justificada pelo fato de que configuração delta fechado

consegue aumentar em até 15% a tensão de saída com relação a de entrada, no

caso do delta aberto cuja capacidade de regulação é no máximo de 10%. Assim

sendo, as cargas de corrente e impedância constantes passam a consumir mais,

aumentando o carregamento do sistema e a suas respectivas perdas.

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204

Tabela 63 – Resultados de reguladores do sistema DMA-01M1 para o caso desequilibrado com os reguladores funcionando em delta aberto.

Dados de Reguladores Tensão de Fase Tensão de Linha Fluxo de Potência (kW) Correntes (A)

A B C AB BC CA A B C A B C Entrada 7,07 7,15 7,35 12,16 12,68 12,53 488,41 511,70 332,38 80,99 72,23 51,46 Saída 8,10 7,13 8,35 13,33 13,79 13,67 519,93 459,16 326,09 72,06 65,04 46,25

Regulação (%) 14,58 (0,31) 13,64 9,58 8,78 9,11 Fonte: O autor (2005)

As figuras 63 e 64 apresentam o perfil de tensão de fase e de linha,

respectivamente, no tronco do alimentador.

6,2

6,7

7,2

7,7

8,2

SUB 4 6 20 23 26 36 39 42 423 44 46 49 51 53 56 62 65 68 73

Ten

são

de

Fas

e (

kV)

Fase A

Fase B

Fase C

Figura 63 - Perfil da tensão de fase no tronco do alimentador do sistema DMA-01M1 para o caso desequilibrado com os reguladores funcionando em delta aberto.

Fonte: O autor (2005)

Page 206: USO DE TÉCNICAS DE OTIMIZAÇÃO BASEADAS EM … · transmissão, os níveis de tensão são altos e as linhas são geralmente muito longas. Esses fatores contribuem para que os efeitos

205

11,2

11,7

12,2

12,7

13,2

13,7

14,2

SUB 4 6 20 23 26 36 39 42 423 44 46 49 51 53 56 62 65 68 73

Ten

são

de

Lin

ha

(kV

)

Fase AB

Fase BC

Fase CA

Figura 64 - Perfil da tensão de linha no tronco do alimentador do sistema DMA-01M1 para o caso desequilibrado com os reguladores funcionando em delta aberto.

Fonte: O autor (2005)

7.2.2 Cálculo de energia

Para o cálculo da energia envolvida no processo, foi considerado um período

de 30 dias utilizando-se uma curva que representasse a variação diária da potência

fornecida para o sistema. Apesar de, na prática, a curva de carga poder apresentar

para cada dia um formato diferente, nesta simulação foi utilizada uma curva de

carga média representativa de todos os dias. Para tal simulação foi feita uma

aproximação do gráfico em quatro patamares, com durações distintas, segundo o

critério apresentado no capítulo 3.

O cálculo da energia é feito de acordo com a equação.

( ) 3044332211 ⋅⋅+⋅+⋅+⋅= DTDTDTDTE ...(186)

Onde:

E = Energia consumida em um período de um mês (kWh);

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206

iT = Duração da demanda relativa ao patamar índice i, ocorrida dentro de um

dia (horas);

iD = Demanda relativa ao patamar índice i;

7.2.2.1 Sistema NTU 01J3

Através da figura 65 é feita uma comparação entre a curva de carga média

real (azul) e aproximada (rosa) de um dia típico da semana.

30,00

40,00

50,00

60,00

70,00

80,00

90,00

100,00

0:00

0:45

1:30

2:15

3:00

3:45

4:30

5:15

6:00

6:45

7:30

8:15

9:00

9:45

10:3

011

:1512

:0012

:4513

:3014

:1515

:0015

:4516

:3017

:1518

:0018

:4519

:3020

:1521

:0021

:45

Tempo

Dem

and

a (%

)

Original

Aproximada

Figura 65 - Curva de carga real e aproximada durante um dia típico do sistema NTU 01J3. Fonte: O autor (2005)

Os valores relevantes, obtidos da figura 65, são apresentados nas tabelas

64, 65 e 66.

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207

Tabela 64 – Energia fornecida ao sistema NTU 01J3

Patamar 1 Patamar 2 Patamar 3 Patamar 4 Demanda (MW) 6,16 5,23 3,98 3,55

Duração (h) 30,00 217,50 392,50 80,00

Energia (MWh) 184,65 1.136,76 1.562,57 284,21

Total Aproximado (KWh) 3.168,20 Energia Real (KWh) 3.153,40

Fonte: O autor (2005)

Tabela 65 – Perdas no sistema NTU 01J3.

Patamar 1 Patamar 2 Patamar 3 Patamar 4 Demanda (MW) 0,14 0,10 0,059 0,047

Duração (h) 30,00 217,50 392,50 80,00

Energia (KWh) 4,26 22,19 23,10 3,74 Total (KWh) 53,29

Fonte: O autor (2005)

Tabela 66 – Energia vendida no sistema NTU 01J3.

Patamar 1 Patamar 2 Patamar 3 Patamar 4 Demanda (MW) 6,01 5,12 3,92 3,51

Duração (h) 30,00 217,50 392,50 80,00

Energia (KWh) 180,39 1.114,57 1.539,47 280,47 Total (KWh) 3.114,91

Fonte: O autor (2005)

A tabela 64 indica a energia total fornecida ao sistema no período de um

mês, calculada tomando como base a aproximação da curva de carga. Caso fosse

utilizada a curva real, o erro cometido seria de 0,47%. Portanto, pode-se concluir

que a aproximação da curva de carga em quatro patamares é uma boa

aproximação, evitando que se tenha que executar um número excessivo de

cálculos de fluxo de carga para que se possa calcular a energia consumida em um

dia representativo. Entretanto, caso se haja necessidade, pode-se diminuir ou

aumentar o número de patamares de acordo com a exigência do tipo de análise

que se será feita.

Page 209: USO DE TÉCNICAS DE OTIMIZAÇÃO BASEADAS EM … · transmissão, os níveis de tensão são altos e as linhas são geralmente muito longas. Esses fatores contribuem para que os efeitos

208

7.2.2.2 Sistema NEO 01N6

Através da figura 66 é feita uma comparação entre a curva de carga média

real (azul) e aproximada (rosa) de um dia típico da semana.

30,00

40,00

50,00

60,00

70,00

80,00

90,00

100,00

0:00

0:40

1:20

2:00

2:40

3:20

4:00

4:40

5:20

6:00

6:40

7:20

8:00

8:40

9:20

10:0

010

:4011

:2012

:0012

:4013

:2014

:0014

:4015

:2016

:0016

:4017

:2018

:0018

:4019

:2020

:0020

:4021

:2022

:00

Tempo

Dem

and

a (%

)

Original

Aproximada

Figura 66 - Curva de carga real e aproximada durante um dia típico do sistema NEO 01N6. Fonte: O autor (2005)

A energia real e aproximada fornecida ao sistema é mostrada na tabela 67:

Tabela 67 – Energia fornecida ao sistema NEO 01N6.

Patamar 1 Patamar 2 Patamar 3 Patamar 4 Demanda (MW) 4,55 4,02 2,99 2,44

Duração (h) 55,00 202,50 240,00 222,50

Energia (MWh) 250,38 813,24 716,52 541,93

Total Aproximado (KWh) 2.322,07 Energia Real (KWh) 2.299,08

Fonte: O autor (2005)

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209

Tabela 68 – Perdas no sistema NEO 01N6.

Patamar 1 Patamar 2 Patamar 3 Patamar 4

Demanda (MW) 0,15276 0,118561 0,065231 0,043317

Duração (h) 55,00 202,50 240,00 222,50

Energia (KWh) 8,40 24,01 15,66 9,64 Total (KWh) 57,70

Fonte: O autor (2005)

Tabela 69 – Energia vendida no sistema NEO 01N6.

Patamar 1 Patamar 2 Patamar 3 Patamar 4

Demanda (MW) 4,40 3,90 2,92 2,39

Duração (h) 55,00 202,50 240,00 222,50

Energia (KWh) 241,98 789,23 700,87 532,29 Total (KWh) 2.264,36

Fonte: O autor (2005)

Para esse sistema, foi encontrado um erro de 0,99% entre a energia

calculada através da curva de carga aproximada e a energia real fornecida. Isto

ratifica a conclusão obtida para o sistema anterior, ou seja, o método proposto

fornece uma boa aproximação da curva de carga.

7.2.3 Sistemas com nós de tensão controlada

7.2.3.1 Sistema NTU 01J3

Para esta simulação foram determinados os nós 08 e 24 como de tensão

controlada. Em ambos os nós o valor de ajuste do módulo da tensão será de 1,0

p.u..

As tabelas 70, 71 e 6.70 apresentam os resultados para o caso do sistema

com as cargas conectadas no circuito primário:

Page 211: USO DE TÉCNICAS DE OTIMIZAÇÃO BASEADAS EM … · transmissão, os níveis de tensão são altos e as linhas são geralmente muito longas. Esses fatores contribuem para que os efeitos

210

Tabela 70 – Resumo dos resultados do sistema NTU-01J3, para o caso de nós com tensão controlada.

Dados Gerais

Fase A B C Potência Ativa Fornecida pela SE (kW) 2.136,20 2.137,31 2.144,06

Potência Reativa Fornecida pela SE (kvar) -1.144,82 -1.156,66 -1.151,17 Corrente na saída de SE (A) 307,81 308,67 309,10

Desvio Máximo de Tensão (%) -0,71% 0,40% -0,74%

Perdas Ativas Totais (kW) 170,02 Balanço de Reativos (kvar) 350,37

Total de Reativos Instalados (kvar) 6.197,00 Número de Iterações 18

Fonte: O autor (2005)

Tabela 71 – Resultados de nós do sistema NTU-01J3, para o caso de nós com tensão controlada.

Dados de Nós Tensão de Fase

(kV) Tensão de Linha

(kV) Potência Líquida (kW) Nó

A B C AB BC CA A B C 4 7,98 7,97 7,96 13,82 13,80 13,82 2.069,29 2.066,65 2.069,97 8 8,00 7,979 7,967 13,84 13,80 13,84 1.871,06 1.865,65 1.866,03 18 8,02 7,98 7,95 13,86 13,77 13,86 1.513,51 1.504,63 1.500,80 24 8,05 8,00 7,97 13,90 13,80 13,90 939,64 933,11 929,85 33 8,03 7,97 7,94 13,85 13,75 13,85 49,48 49,39 49,34 47 8,02 7,97 7,94 13,85 13,76 13,85 116,15 115,37 114,97 58 8,04 7,98 7,95 13,88 13,78 13,88 32,84 32,61 32,48

Fonte: O autor (2005)

Tabela 72 – Resultados de trechos do sistema NTU-01J3, para o caso de nós com tensão controlada. Carregamento (%)

De Para A B C 1 2 67,6 67,8 67,9 10 11 54,5 54,6 54,7 8 9 58,1 58,3 58,4 28 29 13,0 13,1 13,2

Fonte: O autor (2005)

A figura 67 apresenta o perfil de tensão no tronco do alimentador.

Page 212: USO DE TÉCNICAS DE OTIMIZAÇÃO BASEADAS EM … · transmissão, os níveis de tensão são altos e as linhas são geralmente muito longas. Esses fatores contribuem para que os efeitos

211

13,6

13,65

13,7

13,75

13,8

13,85

13,9

1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26 27 28 29

Ten

são

de

Lin

ha

(kV

)

Fase AB

Fase BC

Fase CA

Figura 67 - Perfil da tensão de linha no tronco do alimentador trechos do sistema NTU-01J3, para o caso de nós com tensão controlada.

Fonte: O autor (2005)

Da tabela 71, pode-se verificar que apenas as tensões na fase C foram

controladas. Isto ocorre, porque durante o processo de cálculo, foi utilizado, apenas

uma fase para o cálculo da quantidade de reativos a ser alocada no nó as

grandezas da fase de maior desvio de tensão, repetindo-se o valor de reativos

calculado, para as demais fases. Devido a este fato, as tesões, nas demais fases

do nó de tensão controlada, apresentam uma tensão superior à estabelecida.

7.2.3.2 Sistema NEO 01N6

Para esta simulação foram determinados os nós 12 e 30 como de tensão

controlada. Em ambos os nós o valor de ajuste do módulo da tensão será de 1,0

p.u..

Page 213: USO DE TÉCNICAS DE OTIMIZAÇÃO BASEADAS EM … · transmissão, os níveis de tensão são altos e as linhas são geralmente muito longas. Esses fatores contribuem para que os efeitos

212

As tabelas 73, 74 e 75 apresentam os resultados para o caso do sistema

com as cargas conectadas no circuito primário:

Tabela 73 – Resumo dos resultados do sistema NEO-01N6, para o caso de nós com tensão controlada.

Dados Gerais

Fase A B C Potência Ativa Fornecida pela SE (kW) 1.695,47 1.703,48 1.715,23

Potência Reativa Fornecida pela SE (kvar) (715,75) (725,57) (717,96) Corrente na saída de SE (A) 230,99 232,39 233,38

Desvio Máximo de Tensão (%) 0,00 0,01 0,00

Perdas Ativas Totais (kW) 521,49 Balanço de Reativos (kvar) 405,47

Total de Reativos Instalados (kvar) 5.184,41

Número de Iterações 24 Fonte: O autor (2005)

Tabela 74 – Resultados de nós do sistema NEO-01N6, para o caso de nós com tensão controlada.

Dados de Nós Tensão de Fase

(kV) Tensão de Linha (kV) Potência Líquida (kW) Nó

A B C AB BC CA A B C

4 7,97

7,96

7,96 13,80 13,78 13,80 1.628,90 1.634,71 1.644,25

9 8,00

7,98

7,96 13,84 13,79 13,84 1.251,08 1.254,56 1.261,54

12 8,01

7,98

7,97 13,85 13,80 13,86 1.202,54 1.205,40 1.211,71

15 8,04

8,00

7,98 13,88 13,81 13,89 1.120,34 1.121,06 1.125,26

22 8,01

7,96

7,93 13,82 13,73 13,85 827,65 825,47 826,68

29 8,05

7,98

7,96 13,86 13,76 13,92 265,28 263,35 262,97

30 8,06

7,99

7,97 13,87 13,78 13,93 225,10 223,16 222,62

35 8,04

7,97

7,95 13,85 13,75 13,91 62,24 61,70 61,55

Fonte: O autor (2005)

Tabela 75 – Resultados de trechos do sistema NEO-01N6, para o caso de nós com tensão controlada.

Carregamento (%) De Para A B C 1 2 51,3 51,6 51,9 8 9 43,5 43,8 44,0 14 15 99,0 99,8 100,1 21 22 142,3 143,5 143,9

Fonte: O autor (2005)

Page 214: USO DE TÉCNICAS DE OTIMIZAÇÃO BASEADAS EM … · transmissão, os níveis de tensão são altos e as linhas são geralmente muito longas. Esses fatores contribuem para que os efeitos

213

A figura 68 apresenta o perfil de tensão no tronco do alimentador.

13,6

13,65

13,7

13,75

13,8

13,85

13,9

13,95

1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26 27 28 29 30 31 32 33 34 35

Tes

ão d

e L

inh

a (k

V)

Fase AB

Fase BC

Fase CA

Figura 68 - Perfil da tensão de linha no tronco do alimentador do sistema NEO-01N6, para o caso de nós com tensão controlada.

Fonte: O autor (2005)

Das tabelas 70 e 73, pode-se verificar que, para o caso de simulações de

sistemas com nós de tensão controlada utilizando o método soma de potências, o

número de iterações sobe de maneira considerável, embora se tenha conseguido

uma solução satisfatória.

Observando a tabela 75, pode-se notar que houve um aumento no

carregamento das linhas, devido ao aumento do fluxo de potência reativa.

7.2.4 Fluxo de carga com ajuste de corrente

No caso do fluxo de carga com ajuste de corrente, durante o processo

iterativo, as cargas vão sendo modificadas, de modo que no final do processo o(s)

valor(es) da(s) correntes medidas sejam iguais às calculadas. No primeiro sistema

simulado existem duas chaves, uma na saída para o alimentador e outra ao longo

Page 215: USO DE TÉCNICAS DE OTIMIZAÇÃO BASEADAS EM … · transmissão, os níveis de tensão são altos e as linhas são geralmente muito longas. Esses fatores contribuem para que os efeitos

214

do mesmo. No sistema da segunda simulação, existe apenas uma chave na sua

saída.

7.2.4.1 Sistema NTU 01J3

No alimentador NTU 01J3 estão instaladas duas chaves, a primeira (chave

1) na saída da subestação e a segunda (chave 2) entre os nós 21 e 22 do

alimentador, conforme se pode ver na tabela 76.

Tabela 76 – Módulo das correntes medidas e calculadas nas chaves do sistema NTU 01J3. Correntes (A)

Chave 1 Chave 2

Medida Calculada Erro (%) Medida Calculada Erro (%)

Fase A 252,00 251,9966 0,001 163,00 163,0018 -0,001 Fase B 254,50 254,4964 0,001 162,12 162,1222 -0,001 Fase C 253,30 253,2961 0,002 161,66 161,6624 -0,001

Fonte: O autor (2005)

As tabelas 77, 78 e 79 apresentam os resultados para o caso do sistema

com as cargas conectadas, de forma concentrada, no secundário dos

transformadores.

Tabela 77 – Resumo dos resultados do sistema NTU-01J3, para o cálculo com ajuste de corrente.

Dados Gerais

Fase A B C Potência Ativa Fornecida pela SE (kW) 1.856,31 1.878,50 1.870,38

Potência Reativa Fornecida pela SE (kvar) 765,02 763,38 757,96 Corrente na saída de SE (A) 252,00 254,50 253,30

Desvio Máximo de Tensão (%) 3,86 4,53 4,39

Perdas Ativas Totais (kW) 115,26 Balanço de Reativos (kvar) 271,20

Número de Iterações 34 Fonte: O autor (2005)

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215

Tabela 78 – Resultados de nós do sistema NTU-01J3, para o cálculo com ajuste de corrente. Dados de Nós

Tensão de Fase (kV)

Tensão de Linha (kV)

Tensão no Secundário (V) Potência Líquida (kW)

A B C AB BC CA A B C A B C

4 7,91 7,90 7,89 13,69

13,67

13,68 217,81 218,52 217,53 1.806,02 1.824,13 1.814,24

18 7,74 7,71 7,67 13,39

13,32

13,33 211,59 214,30 210,42 1.317,00 1.312,30 1.302,27

29 7,68 7,65 7,60 13,29

13,20

13,22 209,66 212,95 208,12 270,92 269,82 268,20

33 7,67 7,63 7,58 13,27

13,17

13,19 209,15 212,63 207,74 46,69 46,50 46,22

47 7,70 7,67 7,63 13,33

13,25

13,26 210,15 213,31 208,91 14,25 13,88 13,66

58 7,68 7,65 7,60 13,30

13,21

13,23 209,76 213,03 208,31 14,63 14,58 14,49

Fonte: O autor (2005)

Tabela 79 – Resultados de trechos do sistema NTU-01J3, para o cálculo com ajuste de corrente.

Carregamento (%) De Para A B C 1 2 56,0 56,6 56,3 8 9 48,9 49,2 49,0 10 11 46,3 46,5 46,3

Fonte: O autor (2005)

A figura 69 apresenta o perfil de tensão no tronco do alimentador.

13

13,1

13,2

13,3

13,4

13,5

13,6

13,7

13,8

1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26 27 28 29

Ten

são

de

Lin

ha

(kV

)

Fase AB

Fase BC

Fase CA

Page 217: USO DE TÉCNICAS DE OTIMIZAÇÃO BASEADAS EM … · transmissão, os níveis de tensão são altos e as linhas são geralmente muito longas. Esses fatores contribuem para que os efeitos

216

Figura 69 - Perfil da tensão de linha no tronco do alimentador do sistema NTU-01J3, para o cálculo com ajuste de corrente.

Fonte: O autor (2005)

Comparando-se os resultados obtidos com o fluxo de carga de corrente

proporcional descritos nas tabelas 77, 78 e 79, com a simulação do caso base nas

tabelas 4, 5 e 6, verificam-se diferenças substanciais nas perdas e no

carregamento do sistema, assim como no perfil de tensão. Portanto, caso existam

medições de correntes ao longo do alimentador, para simulação do sistema no

período de carregamento desejado, o fluxo de carga de corrente proporcional vai

alcançar resultados que transpareçam mais fielmente o ponto de operação

escolhido. Com relação ao número de iterações, constatou-se que houve um

aumento considerável no seu número total, entretanto, sem inviabilizar o método,

haja vista que as correntes calculadas foram muito próximas das correntes

medidas.

7.2.4.2 Sistema NEO 01N6

No alimentador NEO 01N6 está instalada apenas uma chave na saída,

conforme a tabela 80.

Tabela 80 – Módulo das correntes medidas e calculadas nas chaves do sistema NEO-01N6. Chave 1

Medida Calculada Erro (%)

Fase A 170,00 170,0056 -0,00003 Fase B 170,00 169,9806 0,00011 Fase C 170,00 170,0139 -0,00008

Fonte: O autor (2005)

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217

Tabela 81 – Resumo dos resultados do sistema NEO-01N6, para o cálculo com ajuste de corrente.

Dados Gerais

Fase A B C Potência Ativa Fornecida pela SE (kW) 1.237,57 1.237,31 1.237,53

Potência Reativa Fornecida pela SE (kvar) 550,53 550,63 550,81 Corrente na saída de SE (A) 170,01 169,98 170,01

Desvio Máximo de Tensão (%) 5,43 5,97 5,90

Perdas Ativas Totais (kW) 101,19 Balanço de Reativos (kvar) 115,13

Número de Iterações 20 Fonte: O autor (2005)

Tabela 82 – Resultados de nós do sistema NEO-01N6, para o cálculo com ajuste de corrente. Dados de Nós

Tensão de Fase (kV)

Tensão de Linha (kV)

Tensão no Secundário (V) Potência Líquida (kW)

A B C AB BC CA A B C A B C

4 7,92 7,92 7,91 13,72

13,71

13,71 218,75 218,52 218,54 1.185,40 1.184,07 1.183,07

9 7,86 7,85 7,83 13,62

13,58

13,59 217,06 216,51 216,58 884,00 881,97 879,68

15 7,79 7,78 7,75 13,49

13,44

13,45 215,09 214,29 214,39 788,37 785,74 782,74

22 7,64 7,62 7,59 13,24

13,17

13,18 210,96 209,91 210,05 592,03 589,42 586,43

29 7,55 7,53 7,49 13,08

13,01

13,02 208,48 207,31 207,46 199,19 198,22 197,09

35 7,54 7,51 7,47 13,05

12,98

12,99 208,08 206,89 207,05 47,67 47,44 47,16

Fonte: O autor (2005)

Tabela 83 – Resultados de trechos do sistema NEO-01N6, para o cálculo com ajuste de corrente.

Carregamento (%) De Para A B C 1 2 37,8 37,8 37,8 8 9 27,2 27,2 27,2 14 15 52,4 52,4 52,3 21 22 60,3 60,3 60,3

Fonte: O autor (2005)

A figura 70 apresenta o perfil de tensão no tronco do alimentador.

Page 219: USO DE TÉCNICAS DE OTIMIZAÇÃO BASEADAS EM … · transmissão, os níveis de tensão são altos e as linhas são geralmente muito longas. Esses fatores contribuem para que os efeitos

218

12,4

12,6

12,8

13

13,2

13,4

13,6

13,8

14

1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26 27 28 29 30 31 32 33 34 35

Tes

ão d

e L

inh

a (k

V)

Fase AB

Fase BC

Fase CA

Figura 70 - Perfil da tensão de linha no tronco do alimentador do sistema NEO-01N6, para o cálculo com ajuste de corrente.

Fonte: O autor (2005)

No caso do fluxo de carga de corrente proporcional, a diferença básica entre

os dois sistemas analisados, é o fato de no sistema NTU-01J3 existirem chaves em

dois pontos e no sistema NEO-01N6 existir chave em apenas um ponto. Analisando

as tabelas 76 e 80, verifica-se que os erros cometidos nos cálculos das correntes

são insignificantes para ambos os casos, ou seja, um aumento no número de

chaves não diminui a eficiência do processo. Apesar de o número total de

iterações ser grande, no caso de cálculos de fluxo de carga com ajuste de corrente,

é importante ressaltar que, se não houver este recurso, o ajuste terá que ser feito

da maneira tradicional. Portanto, experimentalmente, fatores serão aplicados às

cargas do sistema e cálculos de fluxo de carga são executados até encontrar o

valor de corrente esperado.

7.3 DIMENSIONAMENTO ÓTIMO DE BANCOS DE CAPACITORES

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219

Em uma primeira análise, os bancos de capacitores são dimensionados de

modo que as perdas ativas no sistema sejam mínimas; para isso são utilizados o

método do Gradiente - aplicando um passo escolhido - e o método de Newton que,

ao invés do passo, utiliza a matriz Hessiana em conjunto com o vetor gradiente, a

fim de determinar o valor dos incrementos que deverão ser somados, a cada

iteração, às variáveis de controle (bancos de capacitores) para que o valor da

função objetivo chegue ao seu valor mínimo.

Em uma segunda fase, será determinado o valor ótimo de potência reativa

que deverá ser alocada em cada nó, para que o perfil de tensão esteja o mais

próximo possível do seu valor nominal. Desse modo, são utilizados os dois

métodos descritos no capítulo 5. No caso do método do Gradiente, também se

emprega um passo escolhido convenientemente, para que a convergência

aconteça de maneira eficaz. Este artifício não abona a possibilidade de divergência

do método, ou seja, sua impossibilidade de chegar a um resultado. No outro

método apresentado (método alternativo), não existe a necessidade da utilização

de um passo; entretanto, não é garantido que o dimensionamento dos reativos seja

ótimo pelo fato de não se estar empregando um método de otimização para

resolução do problema.

Para uma melhor clareza na apresentação dos resultados eles serão,

inicialmente, descritos de forma compacta em uma tabela comparando os

resultados gerais do sistema para a simulação contínua e discreta. Posteriormente,

como a solução discreta será a de implementação mais provável, serão

apresentados resultados resumidos de nós e linhas desta solução, assim como o

perfil de tensão do tronco do alimentador.

7.3.1 Minimização das perdas técnicas

7.3.1.1 Método de Newton

7.3.1.1.1 Sistema NTU 01J3

Page 221: USO DE TÉCNICAS DE OTIMIZAÇÃO BASEADAS EM … · transmissão, os níveis de tensão são altos e as linhas são geralmente muito longas. Esses fatores contribuem para que os efeitos

220

As tabelas 84, 85 e 86 apresentam os resultados para o caso do sistema

com as cargas conectadas no circuito primário:

Tabela 84 – Resumo dos resultados do sistema NTU-01J3, para solução contínua do cálculo com redução de perdas (Método de Newton).

Dados Gerais Solução Contínua Solução Discreta Fase A B C A B C

Pot. Ativa Fornecida pela SE (kW) 2.078,26 2.078,71 2.079,03 2.059,91 2.062,13 2.061,71 Pot. Reativa Fornecida pela SE

(kvar) 13,68 4,55 6,60 567,89 558,98 560,82 Corrente na saída de SE (A) 260,85 260,90 260,94 268,187 268,1617 268,1708

Desvio Máximo de Tensão (%) 2,13% 2,88% 2,49% 3,23% 3,98% 3,74% Perdas Ativas Totais (kW) 124,13 129,74 Balanço de Reativos (kvar) 255,32 266,75

Total de Reativos Instalados (kvar) 857,00 900,00 Número de Iterações 60 65

Fonte: O autor (2005)

Tabela 85 – Resultados de nós do sistema NTU-01J3, para solução discreta do cálculo com redução de perdas (Método de Newton).

Dados de Nós Tensão de Fase

(kV) Tensão de Linha

(kV) Potência Líquida (kW) Nó

A B C AB BC CA A B C

4 7,92 7,91 7,90 13,71

13,69

13,69 1.988,86 1.988,29 1.985,08

18 7,78 7,75 7,70 13,46

13,37

13,40 1.484,97 1.479,57 1.471,96

29 7,73 7,69 7,64 13,38

13,27

13,31 272,74 271,43 269,69

33 7,72 7,68 7,63 13,35

13,25

13,28 47,01 46,78 46,48

47 7,74 7,71 7,66 13,40

13,30

13,33 22,36 22,26 22,13

58 7,73 7,70 7,65 13,38

13,28

13,31 14,73 14,66 14,57

Fonte: O autor (2005)

Tabela 86 – Resultados de trechos do sistema NTU-01J3, para solução discreta do cálculo com redução de perdas (Método de Newton).

Carregamento De Para A B C 1 2 59,0 59,0 59,0 10 11 48,0 48,0 48,0 08 09 51,0 51,0 51,0

Fonte: O autor (2005)

Page 222: USO DE TÉCNICAS DE OTIMIZAÇÃO BASEADAS EM … · transmissão, os níveis de tensão são altos e as linhas são geralmente muito longas. Esses fatores contribuem para que os efeitos

221

Tabela 87 – Capacitores instalados depois de processo discretização, no sistema NTU-01J3 (Método de Newton) .

Nó Potência (kvar) 24 150,00 31 150,00 41 150,00 48 150,00 52 150,00 61 150,00

Total 900,00 Fonte: O autor (2005)

A figura 71 apresenta o perfil de tensão no tronco do alimentador.

13,15

13,25

13,35

13,45

13,55

13,65

13,75

13,85

13,95

1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26 27 28

Ten

são

de

Lin

ha

(kV

)

Fase AB

Fase BC

Fase CA

Figura 71 - Perfil da tensão de linha no tronco do alimentador do sistema NTU-01J3, para solução discreta do cálculo com redução de perdas (Método de Newton).

Fonte: O autor (2005)

A solução contínua e a solução discreta apresentam valores de perdas totais

bem próximos. A comparação entre as simulações feitas com valores contínuos e

valores discretos tem o objetivo de se verificar se houve prejuízos significativo nos

resultados após o processo de discretização.

Page 223: USO DE TÉCNICAS DE OTIMIZAÇÃO BASEADAS EM … · transmissão, os níveis de tensão são altos e as linhas são geralmente muito longas. Esses fatores contribuem para que os efeitos

222

7.3.1.1.2 Sistema NEO 01N6

As tabelas 91, 92 e 93 apresentam os resultados para o caso do sistema

com as cargas conectadas no circuito primário:

Tabela 88 – Resumo dos resultados do sistema NEO-01N6, para solução contínua do cálculo com redução de perdas (Método de Newton).

Dados Gerais Solução Contínua Solução Discreta Fase A B C A B C

Pot. Ativa Fornecida pela SE (kW) 1.529,51 1.529,83 1.530,08 1.518,95 1.520,51 1.520,36 Pot. Reativa Fornecida pela SE (kvar) 5,93 0,75 1,65 432,64 427,58 428,37

Corrente na saída de SE (A) 191,97 192,01 192,04 198,23 198,24 198,25 Desvio Máximo de Tensão (%) 4,74% 5,39% 5,05% 5,98% 6,63% 6,45%

Perdas Ativas Totais (kW) 128,82 138,53 Balanço de Reativos (kvar) 146,71 157,41

Total de Reativos Instalados (kvar) 678,00 750,00 Número de Iterações 61 64

Fonte: O autor (2005)

Tabela 89 – Resultados de nós do sistema NEO-01N6, para solução discreta do cálculo com redução de perdas (Método de Newton).

Dados de Nós Tensão de Fase

(kV) Tensão de Linha

(kV) Potência Líquida (kW) Nó

A B C AB BC CA A B C

4 7,92 7,92 7,91 13,72

13,70

13,71 1.454,41 1.454,44 1.452,78

9 7,86 7,85 7,83 13,62

13,57

13,58 1.083,84 1.082,55 1.079,74

15 7,79 7,77 7,74 13,48

13,42

13,44 965,78 963,52 959,84

22 7,62 7,59 7,55 13,19

13,11

13,13 723,46 720,96 717,32

29 7,52 7,48 7,44 13,01

12,92

12,94 243,05 242,07 240,71

35 7,50 7,47 7,42 12,98

12,89

12,91 58,15 57,92 57,58

Fonte: O autor (2005)

Page 224: USO DE TÉCNICAS DE OTIMIZAÇÃO BASEADAS EM … · transmissão, os níveis de tensão são altos e as linhas são geralmente muito longas. Esses fatores contribuem para que os efeitos

223

Tabela 90 – Resultados de trechos do sistema NEO-01N6, para solução discreta do cálculo com redução de perdas (Método de Newton).

Carregamento (%) De Para A B C 1 2 44,1 44,1 44,1 8 9 32,0 32,0 32,0 14 15 61,2 61,2 61,2 21 22 70,8 70,8 70,8

Fonte: O autor (2005)

Tabela 91 – Capacitores instalados depois de processo discretização no sistema NEO-01N6 (Método de Newton). Nó Potência (kvar) 3 150,00 8 150,00 19 150,00 26 150,00 33 150,00

Total 750,00 Fonte: O autor (2005)

A figura 72 apresenta o perfil de tensão no tronco do alimentador.

12,4

12,6

12,8

13

13,2

13,4

13,6

13,8

14

1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26 27 28 29 30 31 32 33 34 35

Tes

ão d

e L

inh

a (k

V)

Fase AB

Fase BC

Fase CA

Figura 72 - Perfil da tensão de linha no tronco do alimentador do sistema NEO-01N6, para solução discreta do cálculo com redução de perdas (Método de Newton).

Fonte: O autor (2005)

Page 225: USO DE TÉCNICAS DE OTIMIZAÇÃO BASEADAS EM … · transmissão, os níveis de tensão são altos e as linhas são geralmente muito longas. Esses fatores contribuem para que os efeitos

224

Das tabelas 84 e 88 pode-se observar um fato interessante, em ambos os

casos a quantidade de potência reativa fornecida ao sistema é muito pequena

quando comparada a potência ativa, ou seja, o fator de potência na subestação,

após o processo de otimização, é praticamente 1,0. Com base neste resultado,

pode-se esperar que ao se corrigir localmente as cargas para um fator de potência

unitária seria uma solução próxima para a minimização das perdas totais no

sistema, podendo este ser objeto de análise para outros trabalhos.

7.3.1.2 Método do Gradiente

7.3.1.2.1 Sistema NTU-01J3

As tabelas 98, 99 e 100 apresentam os resultados para o caso do sistema

com as cargas conectadas no circuito primário.

Tabela 92 – Resumo dos resultados do sistema NTU-01J3, para solução contínua do cálculo com redução de perdas (Método de Gradiente).

Dados Gerais Solução Contínua Solução Discreta Fase A B C A B C

Pot. Ativa Fornecida pela SE (kW) 2.079,50 2.079,90 2.080,30 2.057,95 2.060,45 2.060,01 Pot. Reativa Fornecida pela SE (kvar) 22,14 12,94 15,05 568,04 559,13 560,99

Corrente na saída de SE (A) 261,02 261,06 261,11 267,96 267,96 267,97 Desvio Máximo de Tensão (%) 2,06 2,82 2,41 3,36 4,11 3,89

Perdas Ativas Totais (kW) 124,14 131,21 Balanço de Reativos (kvar) 255,31 269,90

Total de Reativos Instalados (kvar) 828,17 900,00 Passo 10 10

Número de Iterações 5 14 Fonte: O autor (2005)

Page 226: USO DE TÉCNICAS DE OTIMIZAÇÃO BASEADAS EM … · transmissão, os níveis de tensão são altos e as linhas são geralmente muito longas. Esses fatores contribuem para que os efeitos

225

Tabela 93 – Resultados de nós do sistema NTU-01J3, para solução discreta do cálculo com redução de perdas (Método de Gradiente).

Dados de Nós Tensão de Fase

(kV) Tensão de Linha

(kV) Potência Líquida (kW) Nó

A B C AB BC CA A B C

4 7,92 7,91 7,90 13,71

13,69

13,69 1.986,87 1.986,56 1.983,32

18 7,77 7,74 7,70 13,44

13,36

13,38 1.482,96 1.477,73 1.470,02

29 7,72 7,68 7,63 13,36

13,25

13,28 272,35 271,06 269,30

33 7,71 7,67 7,62 13,34

13,23

13,26 46,94 46,72 46,41

47 7,73 7,70 7,65 13,38

13,28

13,31 22,33 22,23 22,10

58 7,72 7,69 7,64 13,36

13,26

13,29 14,71 14,64 14,55

Fonte: O autor (2005)

Tabela 94 – Resultados de trechos do sistema NTU-01J3, para solução discreta do cálculo com redução de perdas (Método de Gradiente).

Carregamento (%) De Para A B C 1 2 59,0 59,0 59,0 10 11 48,0 48,0 48,0 8 9 51,0 51,0 51,0

Fonte: O autor (2005)

Tabela 95 – Capacitores instalados depois de processo discretização do sistema NTU-01J3 (Método de Gradiente).

Nó Potência (kvar) 2 150,00 15 150,00 24 150,00 27 150,00 31 150,00 48 150,00

Total 900,00 Fonte: O autor (2005)

A figura 73 apresenta o perfil de tensão no tronco do alimentador.

Page 227: USO DE TÉCNICAS DE OTIMIZAÇÃO BASEADAS EM … · transmissão, os níveis de tensão são altos e as linhas são geralmente muito longas. Esses fatores contribuem para que os efeitos

226

12,9

13

13,1

13,2

13,3

13,4

13,5

13,6

13,7

13,8

13,9

1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26 27 28

Ten

são

de

Lin

ha

(kV

)

Fase AB

Fase BC

Fase CA

Figura 73 - Perfil da tensão de linha no tronco do alimentador do sistema NTU-01J3, para solução discreta do cálculo com redução de perdas (Método de Gradiente).

Fonte: O autor (2005)

Comparando-se os resultados obtidos pelo método de Newton com os

obtidos pelo método do Gradiente, pode-se concluir que seus resultados são

semelhantes. Contudo, caso seja comparado o número total de iterações verifica-

se que o método do Gradiente mostrou-se mais eficiente. Entretanto, não se deve

esquecer que no caso do método do Gradiente se faz necessário escolher o valor

do passo. No caso de passos muito pequenos o processo pode se tornar

demasiadamente lento; em caso de escolha de passos grandes, o processo pode

divergir. Portanto, se for computado o número de cálculos necessários para que se

encontre um valor de passos satisfatórios, o método de Newton pode se tornar

mais eficiente.

7.3.1.2.2 Sistema NEO-01N6

Page 228: USO DE TÉCNICAS DE OTIMIZAÇÃO BASEADAS EM … · transmissão, os níveis de tensão são altos e as linhas são geralmente muito longas. Esses fatores contribuem para que os efeitos

227

As tabelas 105, 106 e 107 apresentam os resultados para o caso do sistema

com as cargas conectadas no circuito primário:

Tabela 96 – Resumo dos resultados do sistema NEO-01N6, para solução contínua do cálculo com redução de perdas (Método de Gradiente).

Dados Gerais Solução Contínua Solução Discreta Fase A B C A B C

Pot. Ativa Fornecida pela SE (kW) 1.529,82 1.530,13 1.530,40 1.518,95 1.520,51 1.520,36 Pot. Reativa Fornecida pela SE (kvar) (20,56) (25,75) (24,83) 432,64 427,58 428,37

Corrente na saída de SE (A) 192,03 192,08 192,11 198,23 198,24 198,25 Desvio Máximo de Tensão (%) 4,71% 5,36% 5,01% 5,98% 6,63% 6,45%

Perdas Ativas Totais (kW) 128,85 138,53 Balanço de Reativos (kvar) 146,77 157,41

Total de Reativos Instalados (kvar) 703,70 750,00 Passo 100 100

Número de Iterações 22 26 Fonte: O autor (2005)

Tabela 97 – Resultados de nós do sistema NEO-01N6, para solução discreta do cálculo com redução de perdas (Método de Gradiente).

Dados de Nós Tensão de Fase

(kV) Tensão de Linha

(kV) Potência Líquida (kW) Nó

A B C AB BC CA A B C

4 7,92 7,92 7,91 13,72

13,70

13,71 1.454,41 1.454,44 1.452,78

9 7,86 7,85 7,83 13,62

13,57

13,58 1.083,84 1.082,55 1.079,74

15 7,79 7,77 7,74 13,48

13,42

13,44 965,78 963,52 959,84

22 7,62 7,59 7,55 13,19

13,11

13,13 723,46 720,96 717,32

29 7,52 7,48 7,44 13,01

12,92

12,94 243,05 242,07 240,71

35 7,50 7,47 7,42 12,98

12,89

12,91 58,15 57,92 57,58

Fonte: O autor (2005)

Tabela 98 – Resultados de trechos do sistema NEO-01N6, para solução discreta do cálculo com redução de perdas (Método de Gradiente).

Carregamento (%) De Para A B C 1 2 44,1 44,1 44,1 8 9 32,0 32,0 32,0 14 15 61,2 61,2 61,2 21 22 70,8 70,8 70,8

Fonte: O autor (2005)

Page 229: USO DE TÉCNICAS DE OTIMIZAÇÃO BASEADAS EM … · transmissão, os níveis de tensão são altos e as linhas são geralmente muito longas. Esses fatores contribuem para que os efeitos

228

Tabela 99 – Capacitores instalados depois de processo discretização do sistema NEO-01N6 . Nó Potência (kvar) 3 150,00 8 150,00 19 150,00 26 150,00 33 150,00

Total 750,00 Fonte: O autor (2005)

A figura 74 apresenta o perfil de tensão no tronco do alimentador.

12,4

12,6

12,8

13

13,2

13,4

13,6

13,8

14

1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26 27 28 29 30 31 32 33 34 35

Tes

ão d

e L

inh

a (k

V)

Fase AB

Fase BC

Fase CA

Figura 74 - Perfil da tensão de linha no tronco do alimentador do sistema NEO-01N6, para solução discreta do cálculo com redução de perdas (Método de Gradiente).

Fonte: O autor (2005)

Comparando-se o método de Newton com o do Gradiente para o sistema

NEO-01N6, também se chega à conclusão de que os dois métodos levaram a

função objetivo ao mesmo ponto de ótimo. Comparando o número total de

iterações das duas soluções nota-se que a diferença não é tão grande como

aconteceu na comparação da simulação do sistema anterior.

Page 230: USO DE TÉCNICAS DE OTIMIZAÇÃO BASEADAS EM … · transmissão, os níveis de tensão são altos e as linhas são geralmente muito longas. Esses fatores contribuem para que os efeitos

229

7.3.2 Otimização do perfil de tensão

7.3.2.1 Método do Gradiente

7.3.2.1.1 Sistema NTU 01J3

As tabelas 112, 113 e 114 apresentam os resultados para o caso do sistema

com as cargas equilibradas conectadas no circuito primário:

Tabela 100 – Resumo dos resultados do sistema NTU-01J3, para solução contínua do cálculo com ajuste do perfil de tensão (Método do Gradiente).

Dados Gerais Solução Contínua Solução Discreta Fase A B C A B C

Pot. Ativa Fornecida pela SE (kW) 2.139,63 2.140,62 2.147,63 2.140,49 2.141,53 2.148,65 Pot. Reativa Fornecida pela SE (kvar) -1.056,93 -1.068,87 -1.063,25 -1.076,38 -1.088,37 -1.082,69

Corrente na saída de SE (A) 299,53 300,30 300,78 299,53 300,30 300,78 Desvio Máximo de Tensão (%) -0,74 0,14 -0,77 -0,77 -0,03 -0,81

Perdas Ativas Totais (kW) 171,7079 172,8683 Balanço de Reativos (kvar) 352,4169 354,3986

Total de Reativos Instalados (kvar) 5.940,00 6.000,00 Função Objetivo 0,000068 0,0000736

Número de Iterações 37 41 Fonte: O autor (2005)

Tabela 101 – Resultados de nós do sistema NTU-01J3, para solução discreta do cálculo com ajuste do perfil de tensão (Método do Gradiente).

Dados de Nós Tensão de Fase

(kV) Tensão de Linha

(kV) Potência Líquida (kW) Nó

A B C AB BC CA A B C 4 7,98 7,97 7,96 13,81 13,79 13,81 2.066,66 2.064,09 2.067,58 18 8,04 7,99 7,97 13,88 13,80 13,89 1.546,11 1.537,13 1.533,41 29 8,06 8,00 7,97 13,90 13,80 13,91 284,33 282,23 281,16 33 8,05 7,99 7,96 13,89 13,78 13,89 49,00 48,63 48,44 47 8,04 7,99 7,96 13,88 13,79 13,89 23,22 23,07 22,98 58 8,06 8,00 7,97 13,90 13,80 13,91 15,34 15,23 15,17

Fonte: O autor (2005)

Page 231: USO DE TÉCNICAS DE OTIMIZAÇÃO BASEADAS EM … · transmissão, os níveis de tensão são altos e as linhas são geralmente muito longas. Esses fatores contribuem para que os efeitos

230

Tabela 102 – Resultados de trechos do sistema NTU-01J3, para solução discreta do cálculo com ajuste do perfil de tensão (Método do Gradiente).

Carregamento De Para A B C 01 02 66,0 67,0 67,0 10 11 57,0 57,0 57,0 08 09 59,0 59,0 59,0

Fonte: O autor (2005)

Tabela 103 – Capacitores instalados depois de processo discretização do sistema NTU-01J3. Nó Potência (kvar) Nó Potência (kvar) Nó Potência (kvar) Nó Potência (kvar) 04 150,00 25 150,00 42 150,00 55 150,00 10 150,00 26 150,00 44 150,00 57 150,00 12 150,00 28 150,00 45 150,00 58 150,00 14 150,00 29 150,00 46 150,00 59 150,00 16 150,00 30 150,00 47 150,00 60 150,00 17 150,00 32 150,00 49 150,00 61 150,00 19 150,00 33 150,00 50 150,00 63 150,00 20 150,00 36 150,00 52 150,00 64 150,00 22 150,00 38 150,00 53 150,00 65 150,00 23 150,00 40 150,00 54 150,00 66 150,00

Total Geral 6.000,00 Fonte: O autor (2005)

A figura 75 apresenta o perfil de tensão no tronco do alimentador.

13,6

13,65

13,7

13,75

13,8

13,85

13,9

13,95

1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26 27 28

Ten

são

de

Lin

ha

(kV

)

Fase AB

Fase BC

Fase CA

Page 232: USO DE TÉCNICAS DE OTIMIZAÇÃO BASEADAS EM … · transmissão, os níveis de tensão são altos e as linhas são geralmente muito longas. Esses fatores contribuem para que os efeitos

231

Figura 75 - Perfil da tensão de linha no tronco do alimentador do sistema NTU-01J3, para solução discreta do cálculo com ajuste do perfil de tensão (Método do Gradiente).

Fonte: O autor (2005)

No caso da otimização do perfil de tensão, pode-se notar que a quantidade

de reativos injetados durante o processo de otimização é muito maior que no caso

da otimização das perdas totais. Analisando a potência reativa fornecida pela

subestação, nota-se que ela passa a trabalhar com um fator de potência capacitivo.

De acordo com o gráfico da figura 80 pode-se verificar que, na maioria dos nós, o

módulo da tensão é maior que o valor da subestação. Observe que a tensão entre

as fases BC está bem mais próxima da nominal que as demais e isto ocorre pelo

fato de ser a fase escolhida (menor valor de tensão) para utilização dos seus

parâmetros para montagem do vetor gradiente.

7.3.2.1.2 Sistema NEO 01N6

As tabelas 119, 120 e 121 apresentam os resultados para o caso do sistema

com as cargas conectadas no circuito primário:

Tabela 104 – Resumo dos resultados do sistema NEO-01N6, para solução contínua do cálculo com ajuste do perfil de tensão (Método do Gradiente).

Dados Gerais Solução Contínua Solução Discreta Fase A B C A B C

Pot. Ativa Fornecida pela SE (kW) 1.649,23 1.659,42 (1.133,00) 1.641,17 1.646,05 1.656,02 Pot. Reativa Fornecida pela SE (kvar) (1.133,00) (1.142,51) (1.136,00) (1.129,35) (1.138,76) (1.132,39)

Corrente na saída de SE (A) 250,61 251,81 252,41 250,61 251,81 252,41 Desvio Máximo de Tensão (%) -1,30% -0,86% -1,44% 0,00% 0,53% 0,00%

Perdas Ativas Totais (kW) 345,43 336,76 Balanço de Reativos (kvar) 346,00 339,35

Total de Reativos Instalados (kvar) 5.724,00 5.700,00 Passo 100 100

Função Objetivo 0,0001395 0,0001278 Número de Iterações 25 29

Fonte: O autor (2005)

Page 233: USO DE TÉCNICAS DE OTIMIZAÇÃO BASEADAS EM … · transmissão, os níveis de tensão são altos e as linhas são geralmente muito longas. Esses fatores contribuem para que os efeitos

232

Tabela 105 – Resultados de nós do sistema NEO-01N6, para solução discreta do cálculo com ajuste do perfil de tensão (Método do Gradiente).

Dados de Nós Tensão de Fase

(kV) Tensão de Linha

(kV) Potência Líquida (kW) Nó

A B C AB BC CA A B C

4 7,99 7,98 7,98 13,83

13,82

13,84 1.573,29 1.575,61 1.583,02

9 8,05 8,02 8,01 13,91

13,87

13,93 1.192,36 1.191,90 1.196,15

15 8,09 8,05 8,03 13,97

13,90

13,99 1.061,99 1.058,97 1.060,52

22 8,05 8,00 7,98 13,89

13,80

13,93 783,65 779,00 778,37

29 8,02 7,96 7,94 13,83

13,74

13,88 260,22 258,20 257,69

35 8,02 7,96 7,94 13,82

13,73

13,87 62,09 61,59 61,45

Fonte: O autor (2005)

Tabela 106 – Resultados de trechos do sistema NEO-01N6, para solução discreta do cálculo com ajuste do perfil de tensão (Método do Gradiente).

Carregamento (%) De Para A B C 1 2 55,6 55,8 56,0 8 9 47,0 47,3 47,4 14 15 93,9 94,5 94,6 21 22 116,7 117,5 117,8

Fonte: O autor (2005)

Tabela 107 – Capacitores instalados depois de processo discretização do sistema NEO-01N6, para solução discreta do cálculo com ajuste do perfil de tensão (Método do Gradiente) .

Nó Potência (kvar) Nó Potência (kvar) Nó Potência (kvar) 5 300,00 32 300,00 50 150,00 12 300,00 34 300,00 51 150,00 18 300,00 35 150,00 52 150,00 21 300,00 36 150,00 53 150,00 23 300,00 43 150,00 54 150,00 25 300,00 46 150,00 55 150,00 27 300,00 47 150,00 56 150,00 28 300,00 48 150,00 57 150,00 30 300,00 49 150,00 58 150,00

Total geral 2.700,00 Fonte: O autor (2005)

A figura 76 apresenta o perfil de tensão no tronco do alimentador.

Page 234: USO DE TÉCNICAS DE OTIMIZAÇÃO BASEADAS EM … · transmissão, os níveis de tensão são altos e as linhas são geralmente muito longas. Esses fatores contribuem para que os efeitos

233

13,55

13,6

13,65

13,7

13,75

13,8

13,85

13,9

13,95

14

14,05

1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26 27 28 29 30 31 32 33 34 35

Tes

ão d

e L

inh

a (k

V)

Fase AB

Fase BC

Fase CA

Figura 76 - Perfil da tensão de linha no tronco do alimentador do sistema NEO-01N6, para solução discreta do cálculo com ajuste do perfil de tensão (Método do Gradiente).

Fonte: O autor (2005)

Nesta simulação aconteceu um fato interessante, a função objetivo

apresentou um valor menor após o processo de discretização, porém com valores

bem próximos. Uma explicação possível se deve ao critério de convergência

utilizado, devido ao qual o processo de otimização possa ter interrompido um pouco

antes de se alcançar o ponto ótimo e, coincidentemente, o processo de

discretização tenha conseguido alcançar um ponto ainda mais próximo do ótimo.

7.3.2.2 Método alternativo

7.3.2.2.1 Sistema NTU 01J3

As tabelas 108, 109 e 110 apresentam os resultados para o caso do sistema

com as cargas equilibradas conectadas no circuito primário.

Page 235: USO DE TÉCNICAS DE OTIMIZAÇÃO BASEADAS EM … · transmissão, os níveis de tensão são altos e as linhas são geralmente muito longas. Esses fatores contribuem para que os efeitos

234

Tabela 108 – Resumo dos resultados do sistema NTU-01J3, para solução contínua do cálculo com ajuste do perfil de tensão (Método do Alternativo).

Dados Gerais Solução Contínua Solução Discreta Fase A B C A B C

Pot. Ativa Fornecida pela SE (kW) 2.165,08 2.167,76 2.178,31 2.162,26 2.164,71 2.174,83 Pot. Reativa Fornecida pela SE (kvar) (1.462,68) (1.476,12) (1.468,52) (1.457,48) (1.470,75) (1.463,39)

Corrente na saída de SE (A) 299,53 300,30 300,78 327,28 328,47 329,01 Desvio Máximo de Tensão (%) -1,62% -0,87% -1,78% -1,52% -0,76% -1,66%

Perdas Ativas Totais (kW) 208,22 203,86 Balanço de Reativos (kvar) 421,05 412,62

Total de Reativos Instalados (kvar) 7.142,00 2.250,00 Função Objetivo 0,0003862 0,000337

Número de Iterações 6 10 Fonte: O autor (2005)

Tabela 109 – Resultados de nós do sistema NTU-01J3, para solução discreta do cálculo com ajuste do perfil de tensão (Método do Alternativo).

Dados de Nós Tensão de Fase

(kV) Tensão de Linha

(kV) Potência Líquida (kW) Nó

A B C AB BC CA A B C 4 8,00 7,98 7,98 13,84 13,81 13,84 2.086,29 2.084,44 2.090,27 18 8,08 8,03 8,01 13,96 13,87 13,97 1.560,42 1.551,14 1.548,58 29 8,12 8,06 8,03 14,01 13,90 14,03 287,12 284,87 283,94 33 8,12 8,05 8,03 14,00 13,89 14,02 49,42 49,02 48,86 47 8,10 8,04 8,02 13,98 13,88 14,00 23,39 23,22 23,15 58 8,12 8,06 8,03 14,00 13,90 14,02 15,45 15,34 15,28

Fonte: O autor (2005)

Tabela 110 – Resultados de trechos do sistema NTU-01J3, para solução discreta do cálculo com ajuste do perfil de tensão (Método do Alternativo).

Carregamento (%) De Para A B C 1 2,00 72,0 72,0 72,0 10 11,00 59,0 59,0 60,0 8 9,00 62,0 63,0 63,0

Fonte: O autor (2005)

Page 236: USO DE TÉCNICAS DE OTIMIZAÇÃO BASEADAS EM … · transmissão, os níveis de tensão são altos e as linhas são geralmente muito longas. Esses fatores contribuem para que os efeitos

235

Tabela 111 – Capacitores instalados depois de processo discretização do sistema NTU-01J3, para solução discreta do cálculo com ajuste do perfil de tensão (Método do Alternativo) .

Nó Potência (kvar) Nó Potência (kvar) Nó Potência (kvar) 2 150,00 37 150,00 53 150,00 8 300,00 39 150,00 55 150,00 11 300,00 41 150,00 56 150,00 15 300,00 44 300,00 57 150,00 22 300,00 46 300,00 58 150,00 30 300,00 47 150,00 59 150,00 31 300,00 48 300,00 60 150,00 33 300,00 49 150,00 61 1.067,54 35 150,00 50 300,00 64 150,00 36 150,00 51 150,00 66 300,00

Total 2250,00 Fonte: O autor (2005)

A figura 77 apresenta o perfil de tensão no tronco do alimentador.

13,65

13,7

13,75

13,8

13,85

13,9

13,95

14

14,05

1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26 27 28

Ten

são

de

Lin

ha

(kV

)

Fase AB

Fase BC

Fase CA

Figura 77 - Perfil da tensão de linha no tronco do alimentador do sistema NTU-01J3, para solução discreta do cálculo com ajuste do perfil de tensão (Método do Alternativo).

Fonte: O autor (2005)

Comparando-se o método alternativo com o método do Gradiente, verifica-se

que o segundo se mostrou muito superior que o primeiro. No caso do método do

gradiente além da função objetivo ter alcançado um valor muito mais baixo, ele

necessitou de uma quantidade inferior de reativos e apresentou um valor menor de

Page 237: USO DE TÉCNICAS DE OTIMIZAÇÃO BASEADAS EM … · transmissão, os níveis de tensão são altos e as linhas são geralmente muito longas. Esses fatores contribuem para que os efeitos

236

perdas totais. Entretanto, se for comparado o número total de iterações, o método

alternativo se mostrou mais eficiente, com a vantagem de que no método

alternativo não é necessário a escolha de um valor de passo.

7.3.2.2.2 Sistema NEO 01N6

As tabelas 112, 113 e 114 apresentam os resultados para o caso do sistema

com as cargas conectadas no circuito primário:

Tabela 112 – Resumo dos resultados do sistema NEO-01N6, para solução contínua do cálculo com ajuste do perfil de tensão (Método do Alternativo).

Dados Gerais Solução Contínua Solução Discreta Fase A B C A B C

Pot. Ativa Fornecida pela SE (kW) 1.689,30 1.697,64 1.711,68 1.640,77 1.645,29 1.654,32 Pot. Reativa Fornecida pela SE (kvar) (1.389,80) (1.400,90) (1.392,15) (935,91) (944,85) (938,98)

Corrente na saída de SE (A) 274,56 276,25 276,92 237,08 238,13 238,75 Desvio Máximo de Tensão (%) -1,90% -1,32% -2,22% 0,20% 0,87% 0,00%

Perdas Ativas Totais (kW) 459,61 347,78 Balanço de Reativos (kvar) 440,79 322,61

Total de Reativos Instalados (kvar) 6.597,00 5.096,00 Função Objetivo 0,0001598 0,000165

Número de Iterações 9 14 Fonte: O autor (2005)

Tabela 113 – Resultados de nós do sistema NEO-01N6, para solução discreta do cálculo com ajuste do perfil de tensão (Método do Alternativo).

Dados de Nós Tensão de Fase

(kV) Tensão de Linha

(kV) Potência Líquida (kW) Nó

A B C AB BC CA A B C 4 7,98 7,97 7,97 13,82 13,80 13,82 1.573,77 1.575,99 1.582,72 9 8,02 8,00 7,99 13,87 13,83 13,88 1.195,03 1.194,93 1.199,01 15 8,05 8,01 8,00 13,91 13,84 13,92 1.066,57 1.064,20 1.065,89 22 8,02 7,97 7,95 13,84 13,76 13,87 784,25 779,89 779,23 29 8,00 7,94 7,92 13,79 13,69 13,83 258,94 256,96 256,37 35 7,99 7,93 7,91 13,77 13,68 13,82 61,90 61,41 61,26

Fonte: O autor (2005)

Page 238: USO DE TÉCNICAS DE OTIMIZAÇÃO BASEADAS EM … · transmissão, os níveis de tensão são altos e as linhas são geralmente muito longas. Esses fatores contribuem para que os efeitos

237

Tabela 114 – Resultados de trechos do sistema NEO-01N6, para solução discreta do cálculo com ajuste do perfil de tensão (Método do Alternativo).

Carregamento (%) De Para A B C 1 2 52,7 52,9 53,1 8 9 43,4 43,7 43,8 14 15 90,0 90,6 90,8 21 22 128,1 129,0 129,3

Fonte: O autor (2005)

Tabela 115 – Capacitores instalados depois de processo discretização do sistema NEO-01N6, para solução discreta do cálculo com ajuste do perfil de tensão (Método do Alternativo).

Nó Potência (kvar) Nó Potência (kvar) 25 1.346,67 49 300,00 27 300,00 50 150,00 29 300,00 51 150,00 32 300,00 52 300,00 36 300,00 54 300,00 39 150,00 55 150,00 40 150,00 56 150,00 43 150,00 57 150,00 47 150,00 58 300,00

Total Geral 3146,674 Fonte: O autor (2005)

A figura 78 apresenta o perfil de tensão no tronco do alimentador.

13,55

13,6

13,65

13,7

13,75

13,8

13,85

13,9

13,95

14

1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26 27 28 29 30 31 32 33 34 35

Tes

ão d

e L

inh

a (k

V)

Fase AB

Fase BC

Fase CA

Figura 78 - Perfil da tensão de linha no tronco do alimentador do sistema NEO-01N6, para solução discreta do cálculo com ajuste do perfil de tensão (Método do Alternativo).

Page 239: USO DE TÉCNICAS DE OTIMIZAÇÃO BASEADAS EM … · transmissão, os níveis de tensão são altos e as linhas são geralmente muito longas. Esses fatores contribuem para que os efeitos

238

Fonte: O autor (2005)

No caso da correção do perfil de tensão do sistema NEO-01N6 pelo método

alternativo, pode-se repetir as mesmas observações feitas para a correção do

sistema NTU-01J3.

7.4 LOCALIZAÇÃO ÓTIMA DE REGULADORES DE TENSÃO

Para finalizar este capítulo, serão apresentados os resultados da localização

de reguladores ao longo dos sistemas de distribuição escolhidos, utilizando o

método descrito no capítulo 6.

7.4.1 Sistema NTU 01J3

As tabelas 116, 117 e 118 apresentam os resultados para o caso do sistema

com as cargas conectadas, de forma concentrada, no secundário dos

transformadores.

Tabela 116 – Resumo dos resultados do sistema NTU-01J3, para o cálculo da localização ótima de reguladores.

Dados Gerais Caso Base sem Regulador Caso Otimizado Fase A B C A B C

Pot. Ativa Fornecida pela SE (kW) 2051,62 2053,13 2046,06 2.109,55 2.097,15 2.110,13 Pot. Reativa Fornecida pela SE (kvar) 873,55 866,21 868,56 886,48 894,27 916,88

Corrente na saída de SE (A) 279,87 279,69 278,98 287,20 286,15 288,77 Desvio Máximo de Tensão (%) 4,04 4,78 4,67 2,82 3,41 3,33

Perdas Ativas Totais (kW) 142,1 148,93 Balanço de Reativos (kvar) 292,3 306,87

Função Objetivo 0,0037629 0,0009730 Tensão de Regulação - 13,80

Posição na Linha (14-15) - 70,0% Número de Iterações 4 17

Fonte: O autor (2005)

Page 240: USO DE TÉCNICAS DE OTIMIZAÇÃO BASEADAS EM … · transmissão, os níveis de tensão são altos e as linhas são geralmente muito longas. Esses fatores contribuem para que os efeitos

239

Tabela 117 – Resultados de nós do sistema NTU-01J3, para o cálculo da localização ótima de reguladores.

Dados de Nós Tensão de Fase

(kV) Tensão de Linha

(kV) Tensão no Secundário

(V) Potência Líquida (kW) Nó

A B C AB BC CA A B C A B C

4 7,90 7,90 7,88

13,69

13,66

13,67 218,14 217,78 217,82 2.037,24 2.021,73 2.031,27

rgI 7,75 7,72 7,68

13,41

13,33

13,34 213,75 212,45 212,63 1.638,28 1.617,80 1.622,20

rgO 7,88 7,88 7,97

13,66

13,69

13,76 217,76 218,14 219,26 1.605,39 1.606,24 1.623,23

18 7,85 7,85 7,93

13,61

13,63

13,70 216,97 217,19 218,33 1.497,80 1.497,71 1.512,65

29 7,80 7,79 7,85

13,51

13,50

13,58 215,32 215,22 216,40 274,92 274,57 276,95

33 7,78 7,77 7,84

13,49

13,48

13,55 214,97 214,86 216,04 47,38 47,32 47,73

47 7,81 7,80 7,88

13,54

13,54

13,61 215,77 215,83 216,98 22,55 22,53 22,74

58 7,80 7,79 7,86

13,52

13,51

13,59 215,43 215,37 216,55 14,85 14,83 14,96 Fonte: O autor (2005)

Tabela 118 – Resultados de trechos do sistema NTU-01J3, para o cálculo da localização ótima de reguladores.

Carregamento De Para A B C 1 2 63,1 62,9 63,5 10 11 52,2 51,9 52,5 8 9 54,9 54,7 55,3

Fonte: O autor (2005)

Comparando-se os resultados do caso base com o caso otimizado, pode-se

verificar uma diminuição da função objetivo em 74,14%, o que é um resultado

razoável.

A figura 79 apresenta o perfil de tensão no tronco do alimentador.

Page 241: USO DE TÉCNICAS DE OTIMIZAÇÃO BASEADAS EM … · transmissão, os níveis de tensão são altos e as linhas são geralmente muito longas. Esses fatores contribuem para que os efeitos

240

13,1

13,2

13,3

13,4

13,5

13,6

13,7

13,8

13,9

1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 rgI rgO 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26 27

Ten

são

de

Lin

ha

(kV

)

Fase AB

Fase BC

Fase CA

Figura 79 - Perfil da tensão de linha no tronco do alimentador do sistema NTU-01J3, para o cálculo da localização ótima de reguladores.

Fonte: O autor (2005)

7.4.2 Sistema NEO 01N6

As tabelas 119, 120 e 121 apresentam os resultados para o caso do sistema

com as cargas conectadas, de forma concentrada, no secundário dos

transformadores.

Tabela 119 – Resumo dos resultados do sistema NEO-01N6, para o cálculo da localização ótima de reguladores.

Dados Gerais Caso Base sem Regulador Caso Otimizado Fase A B C A B C

Pot. Ativa Fornecida pela SE (kW) 1.527,45 1.525,30 1.523,86 1.561,44 1.555,64 1.561,42 Pot. Reativa Fornecida pela SE (kvar) 318,20 315,29 318,61 700,60 703,87 707,24

Corrente na saída de SE (A) 195,83 195,49 195,40 214,80 214,31 215,14 Desvio Máximo de Tensão (%) 5,07 5,73 5,45 5,40% 6,05% 5,97%

Perdas Ativas Totais (kW) 152,14 164,6 Balanço de Reativos (kvar) 173,15 186,8

Função Objetivo 0,0038246 0,00135817 Tensão de Regulação - 13,80

Posição na Linha (14 -15) - 80,00% Número de Iterações 2 12

Fonte: O autor (2005)

Page 242: USO DE TÉCNICAS DE OTIMIZAÇÃO BASEADAS EM … · transmissão, os níveis de tensão são altos e as linhas são geralmente muito longas. Esses fatores contribuem para que os efeitos

241

Tabela 120 – Resultados de nós do sistema NEO-01N6, para o cálculo da localização ótima de reguladores.

Dados de Nós Tensão de Fase

(kV) Tensão de Linha

(kV) Tensão no Secundário

(V) Potência Líquida (kW) Nó

A B C AB BC CA A B C A B C

4 7,91 7,91 7,90 13,70

13,68

13,69 218,41 218,11 218,15 1.496,09 1.488,54 1.492,52

9 7,83 7,82 7,80 13,57

13,52

13,53 216,27 215,55 215,64 1.125,15 1.116,11 1.119,03

15 7,74 7,72 7,69 13,41

13,34

13,35 213,75 212,69 212,82 1.006,03 995,92 997,87

22 7,55 7,53 7,48 13,08

12,99

13,00 208,43 207,02 207,17 761,31 751,10 753,37

29 7,83 7,83 7,86 13,58

13,56

13,61 216,40 216,11 216,87 309,90 308,76 311,25

35 7,81 7,81 7,84 13,54

13,53

13,57 215,90 215,59 216,35 94,44 94,10 94,83

Fonte: O autor (2005)

Tabela 121 – Resultados de trechos do sistema NEO-01N6, para o cálculo da localização ótima de reguladores.

Carregamento (%) De Para A B C 1 2 47,7 47,6 47,8 8 9 34,8 34,7 34,8 14 15 67,2 66,9 67,4 21 22 78,3 78,0 78,7

Fonte: O autor (2005)

Assim como no sistema anterior, a instalação ótima de reguladores de

tensão, no alimentador, resultou em uma melhoria significativa no perfil de tensão.

Porém, caso estes resultados sejam comparados com os encontrados por meio do

processo de otimização de tensão, através da instalação de bancos de capacitores,

verifica-se que o valor da função objetivo ainda é menor. No caso da otimização

com bancos de capacitores, é possível que exista mais de um ponto para injeção

de reativos, permitindo que o perfil de tensão seja corrigido localmente, o que não

acontece no caso da otimização de tensão com apenas um banco de regulador.

Caso seja colocado mais de um banco de capacitor, durante o processo de

Page 243: USO DE TÉCNICAS DE OTIMIZAÇÃO BASEADAS EM … · transmissão, os níveis de tensão são altos e as linhas são geralmente muito longas. Esses fatores contribuem para que os efeitos

242

otimização, o valor da função objetivo alcançaria valores bem inferiores que os

encontrados com a possibilidade de utilização de um banco de regulador.

A figura 80 apresenta o perfil de tensão no tronco do alimentador.

12,4

12,6

12,8

13

13,2

13,4

13,6

13,8

14

1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 rgI

rgO 23 24 25 26 27 28 29 30 31 32 33

Tes

ão d

e L

inh

a (k

V)

Fase AB

Fase BC

Fase CA

Figura 80 - Perfil da tensão de linha no tronco do alimentador do sistema NEO-01N6, para o cálculo da localização ótima de reguladores.

Fonte: O autor (2005)

Page 244: USO DE TÉCNICAS DE OTIMIZAÇÃO BASEADAS EM … · transmissão, os níveis de tensão são altos e as linhas são geralmente muito longas. Esses fatores contribuem para que os efeitos

243

7 CONSIDERAÇÕES FINAIS

O objetivo deste trabalho foi apresentar novas formulações para o

cálculo de fluxo de carga, objetivando a simulação de sistemas radiais de

distribuição de energia elétrica. Desse modo, das formulações adotadas,

adotou-se que é possível fazer simulações de maneira eficiente e precisa,

obtendo-se resultados confiáveis para tomar decisões corretas e solucionar os

problemas usuais da operação e planejamento do sistema. Tendo em vista que

este assunto ainda não se encontrava tão explorado - comparando-se com a

simulação de sistemas de transmissão que já apresenta estudos desde a

década de 50 – o trabalho apresentado contribuiu para suplantar algumas

deficiências encontradas na literatura.

Mesmo na época atual, em que fatores limitadores como memória dos

computadores ou sua capacidade de processamento não são mais problemas

relevantes nos processos de resolução de cálculo de fluxo de carga, a

metodologia baseada em uma análise monofásica ainda é amplamente

utilizada. De fato, em uma análise monofásica, consegue-se detectar algumas

deficiências do sistema analisado, como baixos níveis de tensão e

sobrecarregamento das linhas. Entretanto, a quantidade de informações

disponíveis nesse tipo de análise é muito pequeno, podendo não ser suficiente

para identificar alguns tipos de problemas, limitando o poder de solução à

experiência adquirida. Na realidade, ainda não existe uma tradição em utilizar

análises trifásicas em cálculos de fluxo de carga para fins de operação e

planejamento da distribuição.

A primeira parte do capítulo 6 teve como objetivo justificar a utilização de

uma modelagem trifásica, com a representação fiel das características dos

sistemas. Observando os resultados, quando se comparam sistemas

equilibrados com sistemas desequilibrados, a diferença entre as grandezas das

três fases é considerável. Outro ponto importante é com relação à localização

das cargas; localizar as cargas no secundário dos transformadores de

distribuição (∆/Y) ao invés de colocá-las no circuito primário, conectadas em

estrela, faz com que o processo de cálculo apresente soluções diferentes,

principalmente quando o sistema apresenta desequilíbrios.

Page 245: USO DE TÉCNICAS DE OTIMIZAÇÃO BASEADAS EM … · transmissão, os níveis de tensão são altos e as linhas são geralmente muito longas. Esses fatores contribuem para que os efeitos

244

No caso de sistemas onde existem reguladores instalados, a situação

não é diferente. Observando os resultados, pode-se verificar através da

comparação das tensões de linha e das tensões de fase, a importância da

possibilidade de se modelar reguladores em delta fechado ou delta aberto, de

acordo com suas características construtivas. Atualmente, em muitos cálculos,

a simulação destes dois tipos de configuração, é feita modificando apenas a

faixa de regulação, sendo 15% para delta fechado e 10% para delta aberto,

prática que não reflete fielmente o processo de regulação de tensão e limita a

qualidade dos resultados oferecidos.

O cálculo dos valores de R e X para a regulação remota, também

representa um avanço deste trabalho. Ao contrário dos tipos de cálculos

encontrados na literatura existente, o cálculo proposto é baseado na topologia

do sistema e no carregamento real, sem a necessidade da utilização de

aproximações que têm o intuito de facilitar o processo de determinação destes

parâmetros. Apesar do assunto ainda poder evoluir bastante, principalmente

com a utilização de sistemas embarcados, onde o alimentador é simulado em

tempo real através de um módulo de controle localizado dentro dele, o cálculo

proposto é uma evolução.

A possibilidade da modelagem de chaves com medição de corrente,

localizadas ao longo dos alimentadores, também representa algo novo no

cálculo de fluxo de carga para sistemas de distribuição. Com essa opção,

existe a possibilidade de se enriquecer o conjunto de dados de entrada,

adicionando-se os dados de medição de corrente, o que resulta em análises

mais precisas.

Existem poucos trabalhos na literatura, referindo-se a nós de tensão

controlada, específicos para o fluxo de carga Soma de Potência. Com base nos

resultados deste trabalho, pode-se dizer que o método apresentado funcionou

de acordo com o esperado. Porém, como se trata de um cálculo no qual se

considera o acoplamento magnético entre as fases, e o cálculo de reativos a

ser instalado para controlar a tensão é baseado nos parâmetros de apenas

uma fase, tendo em vista que os bancos de capacitores são simétricos, não foi

possível controlar as tensões nas três fases. Algumas adaptações podem ser

feitas para evitar este tipo de problema, como exemplo o cálculo dos reativos

para as três fases separadamente, ou ainda a utilização de valores médios das

Page 246: USO DE TÉCNICAS DE OTIMIZAÇÃO BASEADAS EM … · transmissão, os níveis de tensão são altos e as linhas são geralmente muito longas. Esses fatores contribuem para que os efeitos

245

três fases. Entretanto, seja qual for o algoritmo, o processo de cálculo dos

gradientes será exatamente o mesmo apresentado neste trabalho.

Finalizando, na primeira parte dos resultados, foram apresentadas

simulações para cálculo de energia considerando a curva de carga de um dia

representativo. Cálculos envolvendo energia representa um processo posterior

ao do cálculo de fluxo de carga, permitindo outros tipos de análises, em que é

considerado o tempo total que o sistema esteve exposto a cada patamar de

carregamento. Com os resultados obtidos, é possível saber a energia total

fornecida ao sistema em um determinado período, quanto dessa energia foi

perdida por efeito Joule e quanto foi vendida de maneira exata, sem a

necessidade de se fazer cálculos complexos ou laboriosos, como a

necessidade de um cálculo de fluxo de carga para cada ponto da curva de

demanda diária. De posse das tarifas de compra e venda de energia, e dos

resultados das simulações, é possível calcular o lucro que o alimentador

proporciona à Companhia. Com essa ferramenta pode-se, fazer além de

estudos de viabilidade técnica, estudos de viabilidade financeira para definir

futuras modificações no alimentador.

Na segunda parte do capítulo 6, são mostrados os resultados de cálculo

dos fluxos de potência ótimo, os quais têm, como característica, a modificação

do valor de algum(ns) dado(s) de entrada durante o processo iterativo,

objetivando otimizar o sistema sobre algum aspecto.

No caso do dimensionamento de bancos de capacitores, foram feitos

dois tipos de análises: o primeiro visando à minimização das perdas técnicas e

o segundo à melhoria do perfil de tensão. Como no processo de otimização os

valore dos bancos de capacitores eram calculados de forma contínua, foi

necessário que os valores de reativos encontrados na solução inicial (contínua)

fossem recalculados de modo que na solução final os bancos de capacitores

propostos se limitassem a valores comerciais. Um fato interessante foi que,

após o processo de discretização, o valor da função objetivo não apresentou

variações significativas, ou seja, apesar da mudança nos valores dos reativos

calculados, não houve uma perda representativa com relação à qualidade dos

resultados.

No caso da otimização das perdas totais, através da instalação de

bancos de capacitores, surpreendentemente o número de iterações

Page 247: USO DE TÉCNICAS DE OTIMIZAÇÃO BASEADAS EM … · transmissão, os níveis de tensão são altos e as linhas são geralmente muito longas. Esses fatores contribuem para que os efeitos

246

necessárias para a convergência -quando se testou o método de Newton - foi

maior que no método do Gradiente. O motivo desta diferença pode ser

explicado pelo fato de que, na programação do método de Newton, o cálculo

da matriz Hessiana é demasiadamente demorado, devido à alta complexidade

do seu algoritmo de cálculo. Portanto, decidiu-se fazer algumas aproximações,

com o objetivo de diminuir a complexidade do algoritmo e reduzir o tempo de

processamento. Como resultado, o cálculo do processo de otimização passou

a ser mais rápido, porém com um maior número de iterações.

No caso da otimização do perfil de tensão, foram testados dois métodos:

o método do Gradiente e um método baseado em nós de tensão controlada.

Como se poderia esperar, o primeiro se mostrou mais eficaz, já que este

cálculo é baseado em um método de otimização. O segundo método é

baseado apenas na suposição de que todos os nós são PV, tentando-se

controlar as tensões em todos eles. Portanto, após o processo de cálculo,

todas as tensões estavam entre dos limites estabelecidos. Todavia, o valor dos

reativos instalados durante o processo, não foi feita de maneira otimizada.

Comparando-se os resultados da otimização das perdas totais e da

correção do perfil de tensão, através da instalação de bancos de capacitores,

observou-se um fato interessante. Para correção do perfil de tensão a

necessidade de injeção de reativos é muito grande, ocasionando um aumento

das perdas totais. No caso em que o objetivo é a diminuição das perdas, tende

a haver, durante o processo de otimização, uma diminuição do fluxo de reativos

com o objetivo de reduzir as correntes que fluem nas linhas dos alimentadores.

Contudo, como existe uma injeção de reativos capacitivos, a tensão também

tende a melhorar.

Os testes feitos com fluxo de potência ótimo para localização de

reguladores de tensão, apresentaram resultados satisfatórios. No caso dos dois

sistemas testados, o valor da função objetivo diminuiu de forma considerável e

a convergência a contento. Portanto, o ponto de instalação calculado pelo

algoritmo pode ser tomado como base para uma instalação definitiva,

facilitando o processo. Utilizar algoritmos combinatórios também seria uma

alternativa para a solução do problema; entretanto, supõe-se que haveria um

maior esforço computacional.

Page 248: USO DE TÉCNICAS DE OTIMIZAÇÃO BASEADAS EM … · transmissão, os níveis de tensão são altos e as linhas são geralmente muito longas. Esses fatores contribuem para que os efeitos

247

Depois de toda a apresentação do trabalho, é importante dizer que o

método de fluxo de carga apresentado se encontra funcionando na Companhia

Energética do Rio Grande do Norte (COSERN) pertencente ao grupo

Neoenergia. O programa está instalado no EPOPD (Engenharia de Operação e

Planejamento da Distribuição), contando com um módulo para resolução de

cálculos simples de fluxo de carga e outro para otimização do perfil de tensão

com bancos de capacitores ou com reguladores de tensão. No apêndice A é

feita uma breve apresentação do programa.

Sugestões para Trabalhos Futuros

O presente trabalho mostrou como algoritmos, baseado em técnicas

simples de otimização, podem ser formulados e incorporados a um cálculo de

fluxo de carga, de forma a resolver problemas práticos de planejamento de

redes de distribuição. O foco da formulação dos algoritmos foi a obtenção de

ferramentas para auxiliar o planejador na solução de problemas mais

freqüentes. Assim, as técnicas apresentadas podem ainda ser expandidas ou

aprofundadas, de maneira a abranger situações mais específicas.

Enumeram-se abaixo algumas das investigações necessárias ao

aprimoramento das técnicas aqui apresentadas:

1. Evolução do método Soma de Potências para que se tenha a

possibilidade de simular sistemas com fechamento de laços;

2. Otimização do dimensionamento e localização de bancos de

capacitores e reguladores simultaneamente;

3. Localização ótima de mais de um banco de reguladores

simultaneamente;

4. Desenvolver um algoritmo para o cálculo da matriz Hessiana no

caso da otimização do perfil de tensão através da alocação ótima

de bancos de capacitores;

5. Uso de meta-heurísticas para a solução dos problemas

apresentados, para comparação do desempenho computacional;

6. Consideração da curva de carga, no cálculo das variáveis de controle.

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248

REFERÊNCIAS

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254

APÊNDICE

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255

APÊNDICE A – PROGRAMA TOPREDE

Neste apêndice serão mostradas as telas principais do TopRede (Técnicas

de Otimização para Redes de Distribuição de Energia Elétrica), sistema de

programas desenvolvido com base nos algoritmos desenvolvidos no âmbito

desse trabalho. Esse sistema foi disponibilizado para uso na Companhia

Energética do Rio Grande do Norte (COSERN). Tendo em vista que seu

desenvolvimento fez parte de um programa de pesquisa e desenvolvimento

(P&D) da Empresa.

TELA PRINCIPAL

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DADOS GERAIS DO ALIMENTADOR

DADOS DE NÓS

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DADOS DE TRECHOS

DADOS DE REGULADORES

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RESULTADOS GERAIS

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RESULTADOS DE NÓS

RESULTADOS DE TRECHOS

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RESULTADOS DE REGULADOR

RESUMO DOS RESULTADOS (MODELO 1)

RESUMO DOS RESULTADOS (MODELO 2)

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RESUMO DOS RESULTADOS (MODELO 3)

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RESUMO DOS RESULTADOS (MODELO 4)

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ANEXOS

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ANEXO A - Dados de entrada do sistema NEO-01N6

Dados de Nós Dados de Linhas

Potência (KVA) f.p. Nó Inicial Nó Final Tipo do Cabo Comp.

1 - 1 2 336,4CA 0,4

2 150,00 0,92 2 3 336,4CA 0,3

3 45,00 0,92 3 4 336,4CA 0,2

4 75,00 0,92 4 5 336,4CA 0,33

5 112,50 0,92 5 6 336,4CA 0,39

6 75,00 0,92 6 7 336,4CA 0,19

7 75,00 0,92 7 8 336,4CA 0,17

8 75,00 0,92 8 9 336,4CA 0,43

9 75,00 0,92 9 10 336,4CA 0,15

10 - - 10 11 336,4CA 0,1

11 30,00 0,92 11 12 336,4CA 0,18

12 75,00 0,92 12 13 336,4CA 0,1

13 112,50 0,92 13 14 336,4CA 0,49

14 30,00 0,92 14 15 35MM2 0,49

15 75,00 0,92 15 16 35MM2 0,14

16 30,00 0,92 16 17 35MM2 0,3

17 112,50 0,92 17 18 35MM2 0,1

18 26,24 0,93 18 19 35MM2 0,1

19 307,01 0,94 19 20 35MM2 0,1

20 62,73 0,95 20 21 35MM2 0,21

21 75,00 0,92 21 22 16 MM2 0,8

22 150,00 0,92 22 23 16 MM2 0,15

23 30,00 0,92 23 24 16 MM2 0,1

24 112,50 0,92 24 25 16 MM2 0,32

25 112,50 0,92 25 26 35 MM2 0,2

26 75,00 0,92 26 27 16 MM2 0,12

27 75,00 0,92 27 28 16 MM2 0,41

28 75,00 0,92 28 29 16 MM2 0,12

29 112,50 0,92 29 30 16 MM2 0,11

30 75,00 0,92 30 31 16 MM2 0,1

31 75,00 0,92 31 32 16 MM2 0,13

32 75,00 0,92 32 33 16 MM2 0,1

33 112,50 0,92 33 34 16 MM2 0,21

34 - 34 35 16 MM2 0,15

35 75,00 0,92 35 36 16 MM2 0,3

36 123,39 0,94 4 37 336,4CA 0,23

37 75,00 0,92 4 38 336,4CA 0,1

38 112,50 0,92 38 39 336,4CA 0,1

39 150,00 0,92 5 40 336,4CA 0,22

40 150,00 0,92 8 41 336,4CA 0,1

41 75,00 0,92 41 42 336,4CA 0,12

42 75,00 0,92 41 43 336,4CA 0,18

43 75,00 0,92 43 44 336,4CA 0,21

44 75,00 0,92 10 45 336,4CA 0,1

45 45,00 0,92 15 46 35 MM2 0,4

46 61,50 0,92 24 47 16 MM2 0,2

47 75,00 0,71 47 48 16 MM2 0,2

48 75,00 0,92 48 49 16 MM2 0,1

49 112,50 0,92 26 50 16 MM2 0,17

50 75,00 0,92 50 51 16 MM2 0,26

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51 112,50 0,92 27 52 16 MM2 0,3

52 150,00 0,92 27 53 16 MM2 0,22

53 75,00 0,92 53 54 16 MM2 0,21

54 112,50 0,92 54 55 16 MM2 0,12

55 112,50 0,92 28 56 16 MM2 0,21

56 112,50 0,92 31 57 16 MM2 0,11

57 75,00 0,92 34 58 16 MM2 0,15

58 112,50 0,92

Fonte: COSERN (2000).

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ANEXO B - Sistema NTU-01J3

Dados de Nós Dados de Linhas

Potência (KVA) f.p. Nó Inicial Nó Final Tipo do Cabo Comp.

1 - - 1 2 336,4CA 0,5

2 75,00 0,92 2 3 336,4CA 0,12

3 75,00 0,92 3 4 336,4CA 0,17

4 55,00 0,89 4 5 336,4CA 0,1

5 22,00 0,91 5 6 336,4CA 0,1

6 75,00 0,92 6 7 336,4CA 0,14

7 75,00 0,92 7 8 336,4CA 0,28

8 112,50 0,92 8 9 336,4CA 0,36

9 150,00 0,92 9 10 336,4CA 0,21

10 150,00 - 10 11 336,4CA 0,68

11 150,00 0,92 11 12 336,4CA 0,1

12 75,00 0,92 12 13 336,4CA 0,1

13 19,99 0,89 13 14 336,4CA 0,12

14 98,25 0,98 14 15 336,4CA 0,07

15 150,00 0,92 15 16 336,4CA 0,1

16 45,00 0,92 16 17 336,4CA 0,24

17 150,00 0,92 17 18 336,4CA 0,1

18 112,50 0,92 18 19 336,4CA 0,13

19 20,00 1,00 19 20 336,4CA 0,22

20 75,00 0,92 20 21 336,4CA 0,11

21 - - 21 22 336,4CA 0,1

22 112,50 0,92 22 23 336,4CA 0,24

23 15,00 0,92 23 24 336,4CA 0,15

24 66,01 0,87 24 25 336,4CA 0,1

25 150,00 0,92 25 26 336,4CA 0,11

26 75,00 0,92 26 27 336,4CA 0,1

27 50,40 0,97 27 28 336,4CA 0,16

28 75,00 0,92 28 29 336,4CA 0,1

29 - - 29 30 4CAA 0,1

30 156,21 1,00 30 31 4CAA 0,1

31 112,50 0,92 31 32 4CAA 0,13

32 75,00 0,92 32 33 4CAA 0,29

33 151,54 0,96 6 34 4CAA 0,1

34 19,68 0,99 34 35 4CAA 0,1

35 30,00 0,92 34 36 4CAA 0,23

36 75,00 0,92 36 37 4CAA 0,1

37 31,75 1,00 8 38 4/0CA 0,11

38 19,27 0,89 38 39 1/0CA 0,14

39 143,51 0,95 19 40 336,4CA 0,17

40 112,50 0,92 40 41 336,4CA 0,1

41 75,00 0,92 41 42 336,4CA 0,3

42 75,00 0,92 22 43 1/0CA 0,1

43 150,00 0,92 43 44 4CA 0,19

44 123,46 0,94 43 45 4CA 0,22

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267

45 - - 45 46 16 MM2 0,12

46 150,00 0,92 46 47 4CA 0,11

47 75,00 0,92 45 48 16 MM2 0,1

48 112,50 0,92 48 49 1/0CAA 0,1

49 150,00 0,92 48 50 4CA 0,1

50 112,50 0,92 23 51 336,4CA 0,14

51 150,00 0,92 51 52 336,4CA 0,1

52 64,50 0,95 52 53 336,4CA 0,1

53 150,00 0,92 23 54 336,4CA 0,16

54 43,96 0,85 26 55 4CA 0,1

55 75,00 0,92 55 56 4CA 0,1

56 49,20 0,86 56 57 4CA 0,1

57 75,00 0,92 57 58 4CA 0,1

58 50,00 0,91 26 59 4CA 0,1

59 28,75 0,99 59 60 4CA 0,1

60 75,00 0,92 28 61 336,4CA 0,1

61 1.356,48 0,95 29 62 336,4CA 0,11

62 75,00 0,92 62 63 336,4CA 0,1

63 45,51 0,94 63 64 336,4CA 0,1

64 112,50 0,92 64 65 336,4CA 0,1

65 57,91 0,86 32 66 4CA 0,15

66 112,50 0,92 Fonte: COSERN (2000)

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268

ANEXO C - AÇU – 01Z1 Dados de Nós Dados de Linhas

Potência (KVA) f.p. Nó Inicial Nó Final Tipo do Cabo Comp.

SUB 0 0 SUB 2 1/0CAA 0,66

2 112,5 0,92 2 3 1/0CAA 0,84

3 150 0,92 3 4 1/0CAA 0,5

4 150 0,92 4 5 1/0CAA 0,32

5 200 0,92 5 6 1/0CAA 0,36

6 25 0,92 6 7 4CAA 0,14

7 300 0,92 7 8 4CAA 0,45

8 300 0,92 8 9 4CAA 0,23

9 50 0,92 9 10 4CAA 0,76

10 150 0,92 10 11 4CAA 0,48

11 112,5 0,92 11 12 4CAA 2,7

12 250 0,92 12 13 4CAA 1,42

13 30 0,92 13 133 4CAA 0,52

133 0 0 134 14 4CAA 1,6

134 0 0 14 15 4CAA 4,64

14 30 0,92 15 16 4CAA 1,96

15 15 0,92 16 17 4CAA 4,26

16 15 0,92 17 18 4CAA 5

17 30 0,92 18 19 4CAA 4

18 30 0,92 19 20 4CAA 2,78

19 75 0,92 20 21 4CAA 3,48

20 50 0,92 21 22 4CAA 4,71

21 30 0,92 22 23 4CAA 6,27

22 15 0,92 23 24 4CAA 2,03

23 15 0,92 4 25 1/0CAA 0,13

24 50 0,92 25 26 4CAA 0,47

25 75 0,92 26 27 4CAA 1,3

26 300 0,92 9 31 4CAA 0,78

27 250 0,92 21 32 4CAA 2,76

31 200 0,92 32 33 4CAA 3,54

32 50 0,92 6 60 4CAA 2,02

33 150 0,92 7 70 4CAA 1,02

60 112,5 0,92 9 90 4CAA 1,02

70 50 0,92 11 110 4CAA 1,02

90 50 0,92 12 120 4CAA 1,02

110 500 0,92 12 121 4CAA 1,02

120 150 0,92 18 180 4CAA 1,02

121 200 0,92 26 260 4CAA 1,02

180 30 0,92 33 330 4CAA 1,02

260 30 0,92 9 900 4CAA 1,02

330 15 0,92 9 901 4CAA 1,02

900 112,5 0,92 9 902 4CAA 1,02

901 150 0,92

902 15 0,92 Fonte: COSERN (2000)

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269

ANEXO D - Sistema DMA – 01M1

Dados de Nós Dados de Linhas

Potência (KVA) f.p. Nó Inicial Nó Final Tipo do Cabo Comp.

SUB - - SUB 2 336,4CA 0,15

2 - - 2 3 336,4CA 0,2

3 4,25 0,92 2 4 336,4CA 0,3

4 38,25 0,92 4 5 336,4CA 0,05

5 12,75 0,92 5 6 336,4CA 0,45

6 8,50 0,92 6 7 4CAA 0,23

7 12,75 0,92 7 8 4CAA 0,25

8 38,25 0,92 8 9 4CAA 0,11

9 95,63 0,92 9 10 4CAA 0,08

10 - - 10 11 4CAA 1,05

11 38,25 0,92 10 12 4CAA 0,2

12 - - 12 13 4CAA 0,1

13 95,63 0,92 6 14 4CAA 0,3

14 - - 14 15 4CAA 0,17

15 8,50 0,92 15 16 4CAA 0,4

16 - - 16 17 4CAA 0,01

17 12,75 0,92 16 18 4CAA 0,14

18 12,75 0,92 16 19 4CAA 0,95

19 12,75 0,92 14 20 4CAA 0,27

20 38,25 0,92 20 21 4CAA 2

21 - - 21 22 4CAA 0,27

22 4,25 0,92 21 23 4CAA 0,15

23 - - 23 24 4CAA 0,25

24 38,25 0,92 23 25 4CAA 0,35

25 8,50 0,92 25 26 4CAA 0,25

26 - - 26 27 4CAA 0,1

27 8,50 0,92 27 28 4CAA 0,8

28 8,50 0,92 28 29 4CAA 0,01

29 25,50 0,92 29 30 4CAA 5,6

30 25,50 0,92 30 31 4CAA 0,65

31 25,50 0,92 31 32 4CAA 1,05

32 12,75 0,92 32 33 4CAA 0,17

33 38,25 0,92 26 34 4CAA 0,01

34 - 34 35 4CAA 0,27

35 63,75 0,92 34 36 4CAA 0,55

36 - - 36 37 4CAA 0,08

37 12,75 0,92 36 38 4CAA 1,2

38 12,75 0,92 38 39 4CAA 0,38

39 - - 39 40 4CAA 0,01

40 25,50 0,92 39 41 4CAA 0,45

41 12,75 0,92 41 42 4CAA 0,3

42 - - 42 422 4CAA 0,01

422 - - 423 43 4CAA 0,22

Page 271: USO DE TÉCNICAS DE OTIMIZAÇÃO BASEADAS EM … · transmissão, os níveis de tensão são altos e as linhas são geralmente muito longas. Esses fatores contribuem para que os efeitos

270

423 25,50 0,92 43 44 4CAA 0,8

43 12,75 0,92 44 45 4CAA 0,5

44 38,25 0,92 45 46 4CAA 0,35

45 12,75 0,92 46 47 4CAA 0,25

46 38,25 0,92 47 48 4CAA 0,01

47 - - 47 49 4CAA 3,25

48 8,50 0,92 49 50 4CAA 0,38

49 25,50 0,92 50 51 4CAA 0,67

50 25,50 0,92 51 52 4CAA 0,6

51 25,50 0,92 52 53 4CAA 0,45

52 25,50 0,92 53 54 4CAA 0,6

53 25,50 0,92 54 55 4CAA 0,18

54 - - 54 56 4CAA 0,27

55 8,50 0,92 56 57 4CAA 1,15

56 - - 57 58 4CAA 0,3

57 12,75 0,92 56 59 4CAA 0,01

58 95,63 0,92 59 60 4CAA 3,02

59 95,63 0,92 56 61 4CAA 0,2

60 95,63 0,92 61 62 4CAA 0,1

61 8,50 0,92 62 63 4CAA 0,4

62 - - 62 64 4CAA 0,17

63 38,25 0,92 64 65 4CAA 0,17

64 12,75 0,92 65 66 4CAA 0,18

65 - - 65 67 4CAA 0,45

66 12,75 0,92 67 68 4CAA 0,15

67 8,50 0,92 68 69 4CAA 0,3

68 8,50 0,92 69 70 4CAA 0,15

69 - - 70 71 4CAA 0,8

70 8,50 0,92 71 72 4CAA 3,38

71 25,50 0,92 69 73 4CAA 0,25

72 4,25 0,92 73 74 4CAA 1,35

73 12,75 0,92 74 75 4CAA 0,05

74 - - 74 76 4CAA 0,32

75 25,50 0,92 76 77 4CAA 0,32

76 - - 76 78 4CAA 0,21

77 12,75 0,92 78 79 4CAA 0,25

78 25,50 0,92 79 80 4CAA 2,2

79 38,25 0,92 80 81 4CAA 0,57

80 - - 81 82 4CAA 0,11

81 - - 81 83 4CAA 0,22

82 25,50 0,92 83 84 4CAA 0,75

83 12,75 0,92 84 85 4CAA 0,25

84 25,50 0,92 85 86 4CAA 0,35

85 - - 85 87 4CAA 0,55

86 12,75 0,92 87 88 4CAA 0,1

87 - - 87 89 4CAA 0,12

88 38,25 0,92 89 90 4CAA 0,65

89 38,25 0,92 90 91 4CAA 0,55

Page 272: USO DE TÉCNICAS DE OTIMIZAÇÃO BASEADAS EM … · transmissão, os níveis de tensão são altos e as linhas são geralmente muito longas. Esses fatores contribuem para que os efeitos

271

90 12,75 0,92 80 92 4CAA 0,25

91 12,75 0,92 92 93 4CAA 1,3

92 8,50 0,92 93 94 4CAA 0,25

93 12,75 0,92 94 95 4CAA 0,1

94 - - 95 96 4CAA 0,1

95 12,75 0,92 96 97 4CAA 0,1

96 12,75 0,92 94 98 4CAA 0,5

97 38,25 0,92 98 99 4CAA 0,32

98 - - 98 100 4CAA 0,06

99 12,75 0,92 100 101 1/0CAA 0,72

100 8,50 0,92 101 102 1/0CAA 0,11

101 63,75 0,92 102 103 1/0CAA 0,35

102 - - 102 104 4CAA 0,1

103 38,25 0,92 104 105 4CAA 0,13

104 - - 105 106 4CAA 0,34

105 63,75 0,92 104 107 4CAA 0,09

106 12,75 0,92 107 108 4CAA 0,42

107 95,63 0,92 108 109 4CAA 0,75

108 25,50 0,92 109 110 4CAA 0,16

109 - - 109 111 4CAA 0,05

110 38,25 0,92

111 12,75 0,92 Fonte: COSERN (2000)

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Curriculum Vitae (resumido)

IDENTIFICAÇÃO Nome: Max Chianca Pimentel Filho Nacionalidade: Brasileiro Naturalidade: Recife/PE Data de nascimento: 18/10/1969 Endereço: R. Açu 387, ap/901 Tirol Natal/RN CEP: 59020-110 E-mail: [email protected]

FORMAÇÃO • 1o Grau 1978 a 1981: Colégio Santo Ignácio de Loyola (Belo Horizonte/MG) 1982: Colégio Pitágoras (Belo Horizonte/MG) 1983 a 1984: Colégio Marista (Natal/RN). • 2o Grau 1985 a 1987: Colégio Marista (Natal/RN). • Concurso Vestibular Para o curso de E. Elétrica (C. Grande/PB), 1997.

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• 3o Grau 1988 a 1994: Universidade Federal da Paraíba (Campus II- C. Grande/PB)

Curso de Engenharia Elétrica- Ênfase em eletrotécnica • Mestrado

1995 a 1997: Universidade Federal do Rio Grande do Norte (Natal/RN). • Estágios Realizados

1993: Estágio na Laser Engenharia e Comercio (C. Grande/PB)

1994: Estágio na Cia. Sul Paulista de Energia Elétrica (Itapetininga/SP)