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UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE – UFRN CENTRO DE EDUCAÇÃO CURSO DE PEDAGOGIA
ISMÂNIA MARIA MOREIRA SOARES
A IMPORTÂNCIA DA ALFABETIZAÇÃO NOS ANOS INICIAIS
NOVA CRUZ
2016.1
ISMÂNIA MARIA MOREIRA SOARES
A IMPORTÂNCIA DA ALFABETIZAÇÃO NOS ANOS INICIAIS
Artigo Científico apresentado ao Curso
de Pedagogia a Distância do Centro de
Educação da Universidade Federal do
Rio Grande do Norte, como requisito
parcial para obtenção do título de
Licenciatura em Pedagogia, sob a
orientação da professora Mestra
Antonia Costa de Andrade.
Nova Cruz / RN
2016.1
FICHA CATALOGRÁFICA
Soares, Ismânia Maria Moreira
A Importância da Alfabetização nos Anos Iniciais. Trabalho apresentado a UFRN, conclusão de
curso. 2º Ed. Natal: Editora da UFRN, Natal, 30/05/2016
A IMPORTÂNCIA DA ALFABETIZAÇÃO NOS ANOS INICIAIS
Por
ISMÂNIA MARIA MOREIRA SOARES
Artigo Científico apresentado ao Curso de
Pedagogia a Distância do Centro de
Educação da Universidade Federal do Rio
Grande do Norte, como requisito parcial para
obtenção do título de Licenciatura em
Pedagogia. Sob a orientação da Professora
Mestra Antonia Costa de Andrade.
Data:____/_____/2016
BANCA EXAMINADORA
__________________________________________
Mestra Antonia Costa de Andrade (Orientadora)
Universidade Federal do Rio Grande do Norte
___________________________________________
Prof.ª Convidada Ms. Iza Pereira dos Santos
Universidade Gama Filho/RJ
____________________________________________
Prof. Convidado Ms. José Tomaz da Silva Neto
Universidade Gama Filho/RJ
Nova Cruz/RN
2016.1
AGRADECIMENTOS
A Deus minha, força e fortaleza. Fonte única de inspiração, fé e sabedoria
obrigada senhor porque és meu amigo e me deste a maior das maravilhas – a vida.
Aos meus pais, irmã, familiares e amigos pela força e incentivo durante este
percurso.
A professora orientadora Mestra Antônia Costa de Andrade pelo carinho,
dedicação e empenho que me dedicou na concretização deste trabalho.
Aos tutores presenciais José Roberto Ferreira e Marleide Silva Pimentel pelo
carinho e paciência. Estando presentes em minha vida nos momentos de dificuldades,
me incentivando a mais uma conquista.
Aos mestres da UFRN que me dedicaram paciência, carinho e uma fonte
principal – o saber.
EPÍGRAFE
“Um dos maiores danos que se pode causar a uma criança é leva-la a perder a
confiança na sua própria capacidade de pensar”
Emília Ferreiro
SUMÁRIO
1. INTRODUÇÃO..................................................................................................9
2. ALFABETIZAÇÃO E LETRAMENTO..............................................................9
3. DIFICULDADES DO PROCESSO DE ALFABETIZAÇÃO............................12
3.1 Perfil da Escola...................................................................................13
3.2 Perfil da Professora e da Turma do 1º ano.......................................14
3.3 Perfil da Professora e da Turma do 2º ano.......................................14
3.4 O Papel da Escola..............................................................................18
4. AS MÚLTIPLAS APRENDIZAGENS PROPORCIONADA DENTRO E FORA
DA ESCOLA...................................................................................................19
4.1 Limites e Possibilidades da Educação Escolar...............................20
5. CONSIDERAÇÕES FINAIS............................................................................21
REFERENCIAIS.............................................................................................22
RESUMO
Este artigo traz a concepção de alfabetização e letramento como uma reflexão acerca da leitura e escrita. A qual é um tema atual e está presente nas reflexões sobre o processo de alfabetização que envolve os anos iniciais. Onde destaca que deve ser prioridade a alfabetização das crianças como direito garantido no decorrer do desenvolvimento deste artigo enfatiza compreender como pode alfabetizar letrando de forma eficaz, dentro de um contexto que propicie a criança como um sujeito ativo. Aborda a ideia de alguns pensadores sobre como é o processo de alfabetização, qual a sua importância e o seu valor para o ensino aprendizagem, através das vivencias dos educandos e suas experiências do cotidiano. Enfatiza o aluno na construção do saber e no desenvolvimento das suas capacidades e habilidades em torno do processo educativo, abordamos também a atuação do professor, seus métodos e estratégias para o sucesso da alfabetização. A escola deve ser um local acolhedor e sua função social é formar o discente para vivenciar as situações cotidianas de forma crítica e participativa na sociedade. Foi realizada uma pesquisa de campo para conhecermos os sujeitos desse processo professores, alunos, escola, família. Como também foi relatado as dificuldades, os desafios e possibilidades no contexto atual, onde servirá de suporte para refletirmos acerca da alfabetização em toda a sua essência e para compreendermos melhor sua finalidade dentro do contexto educacional relacionada as práticas sociais. Onde o grande desafio atualmente é alfabetizar valorizando o discente em todos os seus aspectos e oportuniza-lo a vivenciar nas práticas sociais a leitura e a escrita de forma significativa como sujeito participativo no processo de ensino aprendizagem. Palavras chave: alfabetização. Letramento. Importância. Ensino aprendizagem.
ABSTRACT
This article presents the design of literacy and literacy as a reflection about reading and writing. Which is a current theme and is present in the reflections on the process of literacy that involves the initial years. Which emphasizes that priority should be children's literacy as a right guaranteed in the course of the development of this article emphasizes understand how you can alphabetize letrando effectively, within a framework that fosters the child as an active subject. Addresses the idea of some thinkers about how the literacy process, which their importance and their value for teaching and learning through the livings of students and their everyday experiences. Emphasizes the student in the construction of knowledge and the development of their skills and abilities around the educational process, also we approached the teacher's performance, its methods and strategies for the success of literacy. The school should be a welcoming place and its social function is to train the students to experience the everyday situations of critical and participatory in society. a field survey was conducted to know the subjects of this process teachers, students, school, family. As also reported the difficulties, challenges and opportunities in the current context, which will serve as support to reflect about literacy in all its essence and to better understand their purpose in the social practices of related educational context. Where the challenge is now alphabetize valuing the student in all its aspects and it provides an opportunity to experience in social practices reading and writing significantly as participatory subject in the teaching learning process.
Keywords: literacy. Literacy. Importance. Teaching and learning.
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1. INTRODUÇÃO
O tema proposto desse artigo é fazer uma abordagem teórica sobre a
importância da alfabetização nos anos iniciais o qual será enfatizado algumas
concepções sobre a alfabetização e como acontece esse processo no contexto
escolar. Sabe-se que a educação é a maior herança que toda criança deve possuir e
deve prolongar-se por toda vida afim de compreender a sua realidade e situar se como
sujeito transformador no mundo em que está inserido. Num entanto, existe a
defasagem de crianças que não conseguem alfabetizar-se no ensino fundamental I,
pois não adquiriram o domínio da leitura e da escrita, neste sentido o referido artigo
visa encontrar subsídios para uma melhor compreensão dessa questão. Através da
coleta de dados, informações, pesquisas, procurarei entender as dificuldades dos
discentes que não adquiriram a competência necessária da alfabetização, bem como
a importância desta para o ensino aprendizagem.
Os objetivos propostos são reconhecer a importância da leitura e escrita para
a alfabetização, identificar as dificuldades dos discentes em relação ao processo de
leitura e escrita, compreender esse processo e compreender como se dá o processo
de alfabetização nas series iniciais.
Diante disso foi realizada pesquisas enfatizando os teóricos Emília Ferreiro,
Jean Piaget, Paulo Freire, como também atividades de campo na Escola Municipal
Francisco Pereira Mattos, sendo finalizada com questionário afim de entender esse
processo tão desafiador que é a alfabetização e letramento.
Na primeira parte deste artigo será abordado o conceito de alfabetização e
letramento possibilitando uma melhor compreensão da mesma como instrumento de
transformação nas práticas sociais.
Na segunda parte trataremos como acontece a alfabetização nos anos iniciais
e as suas dificuldades.
Na terceira parte será enfatizado os programas que auxiliam no processo de
alfabetização e a importância que a alfabetização tem no cotidiano do discente
atualmente e posteriormente segue as considerações.
2. ALFABETIZAÇÃO E LETRAMENTO
A alfabetização consiste em que o indivíduo aprende algumas habilidades como
codificar e decodificar de forma individual. Ele amplia novos horizontes na capacidade
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de ler, interpretar e produzir conhecimento. O processo de alfabetização envolve a
linguagem de maneira espontânea e viva em um determinado contexto. Segundo
Ferreiro (2004 P. 22): “O desenvolvimento da alfabetização ocorre sem dúvida, em
um ambiente social. Mas as práticas sociais, assim são recebidas passivamente pela
criança.”
Isto é, a alfabetização de uma criança acontece paulatinamente e a forma que
ela assimila esse processo depende do ambiente que está inserida, e como está
sendo estimulada, pois a criança é um ser ativo e o seu pensamento está em
desenvolvimento.
Uma criança alfabetizada consegue compreender o mundo e tudo que está a
sua volta de forma crítica e participativa, tendo em vista que a alfabetização envolve
o uso da língua de uma forma significativa. Alfabetizar é ensinar a ler e escrever e
adequar esse processo a essas práticas sociais. Ainda segundo Ferreiro (2004, P. 36)
“Não é a informação, como tal, que cria o conhecimento. O conhecimento é o resultado
da construção de um sujeito cognocente conhecido.”
Fica claro que o conhecimento para a criança acontece na medida em que ela
interpreta e constrói gradativamente o que lhe é ensinado, ela terá possibilidades de
associar letras e sílabas até chegar sua totalidade de maneira que compreenda as
informações que lhes são adquiridas no cotidiano.
A alfabetização e o letramento são termos que se complementam, onde a criança
fará seu uso nas práticas sociais. Ela terá a capacidade de interpretar, compreende,
opinar de forma espontânea no contexto que está sendo inserido. Correspondendo
positivamente as demandas sociais da leitura e da escrita, isto é, sendo alfabetizada
a criança terá condições de apropriar-se do conhecimento de forma contextualizada.
Ao longo do processo de alfabetização e letramento a escrita é um mecanismo
importante para a sua eficácia, em que a criança passa por várias etapas até serem
alfabetizadas. Como diz Ferreiro (2004, P. 15) “As crianças enfrentam este problema
não somente quando produzem uma escrita, mas quando procuram interpretar a
escrita produzida por outra pessoa.”
No início da alfabetização a criança no primeiro momento associar e
compreender as letras a palavra e posteriormente a figura de modo que ela ainda não
assimila a palavra ao objeto. Na verdade, esse é um processo natural onde a criança
fará um esforço cognitivamente e consequentemente irá chegar a compreender o
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significado na medida que terá um desenvolvimento significativo no processo de
leitura e escrita. Como afirma Ferreiro (2004, P. 44).
“Esta hipótese silábica faz com que as crianças comecem a compreender a relação entre a totalidade construída (o nome escrito) e as partes que a constitui (suas letras em uma determinada ordem), além de encaminha-las para compreender a relação entre as letras e os sons da fala.”
A criança ao iniciar a escrita, basicamente o processo de alfabetização ela sente
dificuldade em assimilar instantaneamente, pois irá confundir-se, fazer junções
repetitivas de palavras, muitas vezes faltando letras, ao longo do processo ela terá
condições de associar a pronuncia das palavras ao significado deste modo
simultaneamente a criança desenvolvera a escrita de maneira peculiar expressando
a ideias de forma significativa. Pois a escrita é a forma real do pensamento humano e
faz parte da alfabetização.
Vale salientar que a criança já possui contato com o mundo da leitura antes de
receber a educação formal do ambiente escolar. Ainda segundo Ferreiro (2004, P.
65), diz:
Muito antes de serem capazes de ler, no sentido convencional do termo, as crianças tentem interpretar os diversos textos que encontram a seu redor (livros, embalagens, comerciais, cartazes de rua) títulos, (anúncios de televisão, histórias em quadrinhos, etc.).
A autora evidencia claramente que a criança antes de ser alfabetizada, tenta
assimilar e interpretar do seu modo, da sua maneira particular, tudo que está ao seu
redor nas diversas formas de leitura no conhecimento prévio.
Portanto a alfabetização e o letramento acontecem na medida em que a criança
tem a cesso a esses mecanismos e desenvolve suas habilidades de leitura e escrita
associando a compreensão e interpretação do meio em que está inserida, como
sujeito transformador da sua própria realidade. Segundo Castanheira (2009 P. 81)
lembra que o:
Letramento relaciona-se às práticas sociais de leitura e de escrita. Esse conceito diz respeito “ao conjunto de conhecimentos, atitudes, capacidades envolvidos no uso da língua em prática sociais e necessários para uma participação ativa e competente na cultura escrita” (SOARES; Batista, 2005 p> 50).
Isso significa que a pessoa letrada é aquela que faz uso no seu cotidiano que
envolve a leitura e escrita, e a pessoa alfabetizada adquiriu fielmente o conhecimento
sistemático no contexto escolar. Entende-se que a alfabetização e letramento embora
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apresentem suas particularidades são termos inseparáveis e estão presentes no
contexto social que o indivíduo está inserido.
3. DIFICULDADES DO PROCESSO DE ALFABETIZAÇÃO
O processo de alfabetização é um suporte riquíssimo em que a criança é um
sujeito ativo, porém existe as dificuldades de se alfabetizar. Muitas de nossas crianças
não atingem o nível de desenvolvimento esperado, não adquire a competências da
leitura e da escrita no ano em que estão inseridas. De acordo com Ferreiro (2004 p.
10).
“Quando procuramos compreender o desenvolvimento da leitura e escrita do
ponto de vista dos processos de apropriação de um objeto socialmente
constituído (e não do ponto de vista da aquisição de uma técnica ou
transcrição) buscamos ver se havia modos de organização relativamente
estáveis que se sucediam em certa ordem.”
Devemos compreender o processo de leitura e escrita na criança de modo a
respeitar seus limites, levando em consideração como ela está aprendendo,
assimilando. O conhecimento deve ser mediado de acordo com a necessidade da
aprendizagem, o nível que ela se encontra e suas especificidades. Existem algumas
crianças que não compreende o que foi ensinado na escola e sentem dificuldade em
se expressar oralmente, de questionarem diante do meio em que está inserido. Ainda
segundo Ferreiro (2004 p.15)
“O chegar a ser consciente de certo processo implica sempre uma reconstrução desse conhecimento, em outro nível, e cada reconstrução toma tempo, porque implica um grande esforço cognitivo para superar as perturbações que devem ser compensadas”
É necessário conhecer profundamente como se dá o processo de assimilação
da leitura e as fases que a criança se encontra, pois ela é um ser ativo e de uma
agilidade que permite a construção do conhecimento em um piscar de olhos e muitas
vezes isso demora a processar oralmente nas diferentes manifestações do cotidiano.
Outro ponto importante é a construção da escrita ou melhor a sua aquisição
que deve acontecer simultaneamente. A criança deve ser estimulada de forma a iniciar
a construção da escrita de forma eficaz, muitas vezes a escola no primeiro momento
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não compreende isso então começa as dificuldades no processo de ensino
aprendizagem. Como diz Dauden (1994 p.28), diz que:
“O adulto entra no processo como aquele que interpreta como significativa as ações da criança com o objeto escrito, atribuindo-lhes sentido. Ao observar a criança ao passar o dedo ou apontar a escrita em alguns objetos em que as letras atraem a atenção pela própria cor, forma ou tamanho, o adulto atribui a leitura, como demonstração de um interesse pela escrita.”
É importante que o professor se interesse por tudo que a criança faz, produz
não importa como é, de que forma é realizada, tudo tem o seu valor. O conhecimento
da escrita acontece gradativamente pois a criança terá condições de associar palavras
a imagens que serão incorporadas no cotidiano das práticas sociais. Uma das
preocupações atualmente são as avaliações na alfabetização pois elas contribuem
para verificar o nível de aprendizagem dos discentes, procurando informações
precisas com diagnostico a fim de conhecer a realidade dos discentes, se os
conhecimentos sistematizados estão dando resultado no processo de alfabetização.
Como enfatiza Castanheira (2009 p.75):
“As avaliações dessa natureza permitem a construção de um diagnóstico do sistema de ensino, revelando os saberes construídos pelos alunos em diversos momentos de seu percurso escolar. Esse tipo de avaliação é um instrumento que tem como finalidade gerar ações voltadas para a correção de distorções, no ensino que implica ações de apoio técnico e financeiro à escola.”
É de grande relevância diagnosticar o ensino em todos os seus aspectos:
avanços e dificuldades. Pois a partir daí é que frente a tal resultado pode-se procurar
possíveis alternativas para sanar as deficiências dos discentes. Ela contribui para
apontar possíveis caminhos para melhorias de um ensino aprendizagem, enfim avaliar
a alfabetização, ou melhor a forma como está se alfabetizando faz toda diferença na
aquisição de uma aprendizagem satisfatória.
Diante da realidade e das dificuldades em relação a alfabetização foi realizada
uma pesquisa de campo, na qual as professoras responderam um questionário, assim
é preciso conhecer a referida instituição que foi realizada a pesquisa.
3.1 PERFIL DA ESCOLA
A Escola Municipal Francisco Pereira Mattos situa-se a rua Juvemar da Silveira
Borges, nº 216 conjuntos IPE no município de Nova Cruz RN. Funciona nos turnos
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matutino e vespertino e atualmente conta com trezentos (300) alunos do 1º ao 5º ano
do ensino fundamental I o público alvo reside nos bairros próximos a escola, quanto
as famílias são oriundas predominantes das camadas populares e se sustentam
através das profissões: domésticas, pedreiros, moto taxis, agricultores, feirantes e
muitos são beneficiários do programa bolsa família.
Quanto ao grau de instrução das famílias varia pois muitos não concluíram o
ensino fundamental I e tem aqueles que não se alfabetizaram. A referida escola, onde
os discentes convivem com problemas sociais que vem do seu convívio como
violência doméstica, drogas, alcoolismo e desestrutura familiar, isso reflete no
cotidiano das crianças, pois ambas são vítimas desses problemas, refletindo no
contexto escolar, como: mudança de comportamento que consequentemente dificulta
o processo de alfabetização no ensino aprendizagem. Como afirma Castanheira (2009
P. 75):
“A ideia básica é de que toda criança tem direito a uma escola que ensine de fato. Isto é, todo aluno, independentemente de suas condições econômicas e sociais, em qualquer lugar do pais, tem direito a uma educação de qualidade.”
Deve-se reconhecer que toda criança independentemente de qualquer classe
social que pertença deve ter direito exclusivo a uma educação que priorize, a
construção do conhecimento de forma integral e diferenciada.
3.2 PERFIL DA PROFESSORA E DA TURMA DO 1º ANO
Através do questionário foi possível conhecer melhor a professora e
consequentemente a turma que leciona. A educadora concluiu o magistério e
atualmente está cursando o 3º grau, curso de pedagogia pela Universidade Potiguar
UNOPAR leciona a 5 anos e participou do Programa Nacional de Alfabetização na
Idade Certa – PACTO e de cursos referentes a educação que por ventura a
universidade oferece.
Quanto a turma do 1º ano é composta por 22 alunos, é uma turma homogênea, 16
meninas e 6 meninos com faixa etária entre 5 a 6 anos.
3.3 PERFIL DA PROFESSORA E DA TURMA DO 2º ANO
A educadora cursou sua graduação em pedagogia pela Universidade Potiguar
UNP e a pós-graduação em psicopedagogia pela Universidade Castelo Branco (à
distância), leciona há oito anos participou do Programa Alfabetização na Idade certa
– PACTO, como também outras capacitações que o município oferece. Atualmente
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leciona a turma do 2º ano, a qual é composta por 27 alunos 12 meninas e 15 meninos
com faixa etária entre seis a oito anos de idade.
Dando continuidade ao questionário as professoras relataram que a
alfabetização acontece na medida que a criança apropria – se do saber formal quando
ela tem o primeiro contato com as letras, palavras, números, outros. Citaram algumas
dificuldades que apresenta nas turmas e está dificultando a concretização deste
processo, a alfabetização. Uma das dificuldades citadas foi o meio social que a criança
pertence, isto é, o poder aquisitivo influencia na aprendizagem pois muitas delas não
têm acesso a bens culturais como livros e revistas. Segundo Ferreiro (2004 p> 102)
as crianças pertencentes a esse grupo são caracterizadas como desfavorecidas ou
carentes. Assim compreende-se que as crianças que vem de uma classe social baixa
não tem recursos para comprar revistas, livros e a alfabetização não tem muito
sucesso na sua vida escolar pois suas expectativas são poucas e não corresponde
positivamente no contexto escolar. Vale ressaltar e não percebem o real valor na vida
de seus filhos.
Outra questão abordada é a família que na maioria das vezes só se preocupa
em inserir a criança na escola por causa dos programas sociais e muitas vezes não
auxiliam a criança nos deveres escolares. Isso é preocupante, pois a criança necessita
do apoio da família para o seu sucesso no ensino aprendizagem. Ela precisa sentir-
se segura e protegida em todos os aspectos: familiar e escolar. Entendemos que a
criança deve construir seu próprio conhecimento e dar significado ao que se aprende
e a família precisa estar junto fazendo parte desse processo de forma prazerosa, pois
ela tem um papel importante na formação da criança tendo em vista que é onde a
criança adquire o conhecimento prévio. Segundo Freire (2002 P. 119) diz que:
É indispensável que os pais tomem parte das discussões com os filhos em torno desse amanhã. Não podem nem devem omitir-se mas precisam saber e assumir que o futuro é de seus filhos e não seu. É preferível, para mim, reforçar o direito que tem a liberdade de decidir, mesmo correndo risco de não acertar, a seguir a decisão dos pais.
Fica evidente que os pais, a família, devem dialogar e participar ativamente da
vida escolar de seus filhos, e encaminha-los positivamente na descoberta do
aprendizado e nas situações cotidianas que este vivenciará ao longo de sua trajetória.
Outra dificuldade que influencia na alfabetização é a desestrutura familiar, muitas
crianças presenciam situações de violência no seu próprio convívio sem falar que
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muitas delas moram só com a mãe, só com a vó, tia, padrasto ou só com o pai.
Também a falta de esclarecimento e a perspectiva que a família tem em relação ao
estudo, isto é a família é carente de cultura, de saber. Acarretando na criança a
mudança de comportamento, a falta de limites e concentração no ambiente escolar.
Sabe-se que toda criança necessita de um lar equilibrado que lhe propicie respeito,
confiança, amor, isto é, os valores, pois a família é a base de tudo. Diante dessa
questão referente a família as professoras buscam algumas alternativas como o
diálogo, o apoio da gestão da escola através das reuniões, palestras e eventos que
visem administrar melhor essas questões já citadas anteriormente.
Em relação ao ensino aprendizagem, as professoras têm acesso ao acervo da
escola como suporte pedagógico: jogos educativos, mapas, materiais concretos,
livros, DVDs, Datashow, cartolina, eva, coleções, entre outros. As professoras
trabalham com diversas atividades, orais, escritas, individuais e coletivas. Enfatizando
jogos e brincadeiras, promovendo uma aprendizagem significativa. Segundo
Castanheira (2009 p. 15)
“Nesse sentido é importante que o professor, consciente de que o acesso ao mundo da escrita é em grande parte responsabilidade da escola, conceba a alfabetização e o letramento como fenômenos completos e perceba que são múltiplas as possibilidades de uso da leitura e da escrita na sociedade.”
Deverá ser permitida a criança diversas possibilidades que favoreça o
aprendizado de forma envolvente e que oportunize conhecer o vasto e rico mundo da
leitura e da escrita de forma contextualizada. Ainda segundo Castanheira (2009 P. 15
à 16):
Assim as práticas em sala de aula devem estar orientadas de modo que se promova a alfabetização na perspectiva do letramento e, tomando as palavras de Soares (2001), que se proporcione a construção de habilidades para o exercício efetivo e competente da tecnologia da escrita. Esse exercício sobre as relações que se estabelecem entre as pessoas em nossa sociedade.
Os educadores na sala de aula devem ter o aporte teórico suficiente objetivando
mediar o ensino aprendizagem de forma a facilitar a inserção da criança no processo
de alfabetização, na construção do saber de forma eficiente garantindo assim a
qualidade do que é absorvido e que será posto em pratica nas relações do cotidiano
como afirma Castanheira (2009 p. 31) “o modo como o professor conduz o seu
trabalho é crucial para que a criança construa o conhecimento sobre o objeto escrito
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e adquira certas habilidades que lhe permitirão o uso efetivo do ler e do escrever em
diferentes situações sociais.”
É importante como o educador encaminha, direciona as atividades para os
alunos. Ele é um condutor do saber auxiliando a elevar o nível de desenvolvimento
das habilidades e a busca por recursos, materiais diversificados faz toda a diferença
na alfabetização.
Outro fator que dificulta a alfabetização é a maneira de avaliar os alunos nos
anos iniciais, pois existe a promoção automática em que as crianças são promovidas
de uma= ano para outro e muitas delas não atingem a competência necessária no
corrente ano. Esse sistema na visão das professoras não é eficiente, tendo em vista,
que quando a criança não corresponde positivamente ao processo de alfabetização,
mesmo assim, são promovidas para o ano seguinte comprometendo sua
aprendizagem ficando uma lacuna a preencher. Segundo Castanheira (2009 P. 78) a
dimensão da gravidade da situação é percebida quando observamos que as
capacidades reveladas por aqueles que, na quarta série estão nos níveis crítico e
muito crítico quase indicam, analfabetismo. Isso é comprovado quando a criança não
consegue ser alfabetizada nos anos iniciais, mais precisamente do 1º ao 3º ano
acarretando no processo de alfabetização a fragmentação da aprendizagem.
Ao chegar no quarto ano do ensino fundamental a criança tende a apresentar
um histórico de repetência, pois será avaliada através de provas e simulados, onde
lhe é atribuída uma nota, essa criança sofrerá as sequelas de não ter conseguido ser
alfabetizada no tempo certo estando apta a ficar retida ocasionando o fracasso
escolar. Infelizmente este é um diagnóstico real da pura realidade que acontece no
contexto escolar. Como afirma Castanheira (2009 P. 75) a avaliação dessa natureza
permite a construção de um diagnóstico do sistema de ensino, revelando os saberes
construídos pelos alunos em diversos momentos do seu percurso escolar. A avaliação
é um instrumento importante e se faz necessária para verificar o nível de
aprendizagem dos alunos naquele corrente ano, como também tem por finalidade
detectar os fatores que contribuem negativamente e positivamente.
Devido as dificuldades já citadas anteriormente compreende-se que a
alfabetização acontece no ambiente escolar de acordo com as aptidões e meios que
a criança está inserida, isto é que nem todas as crianças tem acesso ou não consegue
se alfabetizarem no tempo adequado necessitando serem estingadas e estimuladas
diariamente.
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3.4 O PAPEL DA ESCOLA
A escola tem um papel importante na alfabetização pois é responsável por fornecer
subsídios que possibilitem ao aluno ampliar as habilidades da leitura e escrita na
construção do significado que lhe é atribuído. Faz necessário que o ambiente seja um
espaço acolhedor e prazeroso. A escola deve garantir para todos o desenvolvimento
de capacidades e aprendizagens dos conteúdos necessários a vida em sociedade,
oferecendo instrumentos de compreensão da realidade e também favorecendo a
participação dos discentes na transformação da sociedade. Como diz Freire (2002 P.
152) diz que:
“É o respeito as diferenças entre mim e eles ou elas, na coerência entre o que faço e o que digo, que me encontro com eles ou elas. É a minha disponibilidade à realidade de que construo a minha segurança indispensável a própria disponibilidade. É impossível viver a disponibilidade à realidade sem segurança mas é impossível também criar segurança fora do risco da disponibilidade.”
A função da escola e também do educador é mostrar segurança e favorecer ao
discente a apropriação do conhecimento que permita a reflexão, ao questionamento
de forma saudável, transparente para que este seja formador de sua própria opinião.
Assim o discente deve se aproprias desse conhecimento de forma crítica e construtiva
modificando tudo as diversas situações do cotidiano.
Fica evidente o real papel da escola em assumir um compromisso de
responsabilidade frente aos educandos onde o conhecimento e a maneira de como
ele mediado é a base para as ações e transformações que existem no mundo, é
importante que se reconheça que o processo de alfabetização contribui
significativamente, onde as práticas sociais são efetivadas e valorizadas através do
pensamento, intervenções e reflexões que cada educando faz no seu contexto social.
Segundo Castanheira (2009 p. 31) “cabe as escolas e os alfabetizadores ter
consciência da concepção sobre alfabetização/letramento a ser adotada para que se
torne mais claro quais procedimentos metodológicos deveram ser utilizados.”
Portanto entende-se que a escola é responsável pela aquisição da alfabetização
de forma solida. Onde o educando terá condições frente as práticas sociais, mudar
suas concepções atitudes, ser autônomo e responsável por sua própria transformação
de forma consciente.
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4. AS MÚLTIPLAS APRENDIZAGENS PROPORCIONADA DENTRO E FORA DA
ESCOLA
As crianças não aprendem da mesma forma existe aquelas, que desenvolve a
habilidade de se expressar, outras da escrita, da leitura, entre outras. Existem diversas
razões para os diferentes níveis de aprendizagem umas necessitam de estímulos,
intervenções mais que outras pois não conseguem desenvolver satisfatoriamente a
aprendizagem. Como afirma Freire (1996 p.33):
“Por isso mesmo pensar certo coloca ao professor ou, mais amplamente, a escola, o dever de não só respeitar os saberes com que os educandos, sobre tudo os das classes populares, chegam a ela – saberes socialmente construídos na prática comunitária – mas também, como há mais de trinta anos velho sugerindo, discutir com os alunos a razão de ser de alguns desses saberes, em relação com o ensino dos conteúdos.”
Cabe ao professor respeitar os níveis de aprendizagem dos educandos como
os saberes que tem. Também é necessário conhecer as múltiplas aprendizagens dos
alunos e descobrir sobre como desenvolve-la de forma que possibilite a organizar,
comparar as habilidades. Pois o discente terá melhor resultado no ensino
aprendizagem, a criança poderá desenvolver suas habilidades e saberes nas
diferentes situações, tanto no contexto escolar como fora dele dentro das suas
experiências e vivencias as múltiplas aprendizagens devem ser valorizadas e
colocadas em pratica nas relações sociais. Como diz Freire (1996 p.25) “Quem ensina
aprende ao ensinar, e quem aprende ensina ao aprender. Quem ensina, ensina
alguma coisa a alguém.” É na maneira de ensinar que a criança apropria-se do
conhecimento e isso implica na maneira de aprender o ensinar e o aprender caminhão
lado a lado. Aprender a ser, a ver as coisas da sua maneira contribui para a autonomia
da criança, onde deve ser levado em consideração o pensamento, a forma de agir,
opinar, questionar de como interpreta e compreende tudo ao seu redor.
A escola por meio do lúdico, jogos, brincadeiras proporciona ao discente o
conhecimento de forma dinâmica, onde aprender brincando é muito prazerosos
através desse processo a criança estabelece relações consigo mesma e com outro
levando em consideração as suas diferenças individuais. Como enfatiza o modulo do
Pacto, de acordo com os estudos de Jean Piaget (1987), a atividade lúdica é um
princípio fundamental para o desenvolvimento das atividades intelectuais da criança
sendo, por isso, indispensável à prática educativa. Pensar no lúdico nas atividades de
sala de aula é considerar satisfatoriamente a simulação de situações vivenciadas
dentro do ambiente escolar. Assim é através do lúdico que a criança se diverte, cria,
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recria a sua própria realidade crescendo socialmente e culturalmente. Como diz
Campbell (2000 p.22):
“As inteligências são linguagens que todas as pessoas falam e são em parte, influenciadas pela cultura em que a pessoa nasceu. São ferramentas para a aprendizagem, resolução de problemas e criatividade que todos os seres humanos podem usar.”
Cabe a instituição educativa repensar, reavaliar os seus métodos enfim a forma
de como a criança aprende melhor buscando meios e possibilitando a sua efetivação
de forma prazerosa, que envolva o educando ampliando a sua capacidade em
aprender a conviver com as diferenças de forma harmoniosa. De acordo com os PCNs
(2001 p.33):
“O exercício da cidadania exige acesso de todos a totalidade dos recursos culturais relevantes para intervenção e a participação responsável na vida social. O domínio da língua falada e escrita, os princípios da reflexão matemática, as coordenadas espaciais e temporais que organizam a percepção do mundo, os princípios da explicação científica.”
As aprendizagens fora da escola acontece na medida que o discente interagi
significativamente no mundo, ao ponto de ter condição para transforma-lo,
interpretando as diversas situações com responsabilidade e compromisso a maneira
de agir fará toda diferença para a sua evolução como ser humano, cidadão autônomo
de seus direitos e deveres na sociedade.
4.1 LIMITES E POSSIBILIDADE DA EDUCAÇÃO ESCOLAR
Pensar no papel que a educação vem exercendo ao longo dos anos é
compreender que a escola tem a capacidade de formar cidadãos críticos e
conscientes do seu papel na sociedade, pois a finalidade com que se educa contribui
na aquisição do conhecimento. Um conhecimento que propicia os valores que formam
o caráter, onde as relações sociais são construídas gradativamente dependendo das
ações de cada indivíduo. De acordo com os PCNs (2001 p.47):
“Um ensino de qualidade, que busca formar cidadãos capazes de interferir criticamente na realidade para transforma-la, deve também contemplar o desenvolvimento de capacidades que possibilitem adaptações às complexas condições e alternativas de trabalho que temos hoje e a lidar com a rapidez na produção e na circulação de novos conhecimentos e informações que são avassaladoras e crescentes.”
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Um dos desafios para instituição educativa é garantir propiciar um ensino de
qualidade onde a sociedade está em constante desenvolvimento e transformação
frente as tendências atuais e a escola deve acompanhar esse momento, essa corrida.
Ela não pode ficar para trás e renovar-se a cada dia buscando inovar seus métodos,
currículo, as formas de como avaliar, como também acompanhar as tendências
tecnológicas que estão inseridas no contexto atual. De acordo com os PCNs (2001
p.44 e 45):
“Garantir o acesso aos saberes elaborados socialmente, pois este se constitui como instrumentos para o desenvolvimento, a socialização, o exercício da cidadania democrática e a atuação no sentido de refutar ou reformular as deformações dos conhecimentos, as imposições de crenças dogmáticas e a petrificações de valores.”
Fica claro que a escola deve ser um lugar aberto a qualquer pessoa que
necessite aprender, com o proposito explicitamente educativo e tendo o compromisso
de intervir efetivamente promovendo o desenvolvimento das capacidades e a
socialização. Onde o aprendizado deve ser satisfatório e permita ao educando inseri-
lo cotidianamente nas questões sociais e culturais este deve ter condições de
participar, transformar e atuar em prol de uma sociedade mais harmoniosa e menos
excludente.
4.2 CONSIDERAÇÕES FINAIS
Através da concretização desse artigo foi possível demonstrar que o processo
de alfabetização acontece gradativamente nos anos iniciais dentro do contexto
escolar. E este vai se concretizando através das situações reais e as tentativas que o
discente faz para efetivar esse processo, melhorando a sua forma de ler e escrever
em um ambiente colaborativo e acolhedor. Diante disso se faz necessário
compreender que a educação é um processo continuo e está em constante
transformação fazendo parte de toda uma conjuntura política econômica e social.
É através dela que todo o indivíduo tem a capacidade de transformar-se a se
mesmo e o seu contexto social. A aprendizagem está relacionada ao que se deseja
alcançar, as inquietações e as dúvidas vão projetar novos caminhos. As descobertas
ao observar o processo de ensino aprendizagem nos depara-se com a sua evolução,
dificuldades e transformação em que o educador deve ter consciência de sua inclusão
de maneira responsável na vida escolar do educando. Sua atuação deve ser um
suporte que viabilize a construção do conhecimento de forma igualitária e segura.
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REFERÊNCIAS
Alfabetização e letramento na sala de aula/ Maria Lúcia Castanheira, Francisca
Izabel Pereira Maciel, Raquel Marcia Fontes Martins, (organizadoras). – 2. Ed. – Belo
Horizonte: autentica editora: ceale, 2009. – (coleção alfabetização e letramento na
sala de aula)
FERREIRO, Emilia. Alfabetização em processo/ Emilia Ferreiro: (tradução Sara
Cunha Lima, Marisa do Nascimento paro). – 15. Ed. – São Paulo: Cortez, 2004.
FREIRE, Paulo. Pedagogia da autonomia: saberes necessários à prática
educativa/Paulo Freire. – São Paulo: paz e terra, 1996. – (coleção leitura)
PARÂMETROS CURRICULARES NACIONAIS: introdução aos parâmetros
curriculares nacionais/ Ministério da Educação. Secretaria da Educação Fundamental
– 3. Ed. – Brasília: a Secretaria, 2001.
BRASIL. Secretaria de Educação Básica. Diretoria de apoio à gestão educacional.
Pacto Nacional pela Alfabetização na Idade Certa: vamos brincar de construir as
nossas e outras histórias: ano 02, unidade 4/ ministério da educação, secretaria de
educação básica, diretoria de apoio à gestão educacional. – Brasília: Mec, Seb, 2012.
SOARES, Magda. Letramento: um tema entre três gêneros. Belo horizonte: autêntica,
1998.