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1. APRESENTAÇÃO
2. ESTUDOS TOPOGRÁFICOS
3. ESTUDOS GEOLOGICO/GEOTECNICOS
4. ESTUDOS DE TRANSPORTE E TRÁFEGO
5. PROJETO DE GEOMETRIA
6. PROJETO DE TERRAPLENAGEM
7. PROEJTO DE DRENAGEM
8. PROJETO DE PAVIMENTAÇÃO
9. PROJETO DE SINALIZAÇÃO
10. PROJETO DE ILUMINAÇÃO PÚBLICA
11. PROJETO DE RELOCAÇÃO DE SERVIÇOS PÚBLICOS
1 APRESENTAÇÃO
A Engesolo Engenharia Ltda. apresenta à Fundação Theodomiro Santiago - FTS o
Relatório dos Projetos de Infraestrutura referente ao Contrato firmado entre as partes, de
n.º 201150001/2011, e Ordem de Início em 15/08/2011, tendo como objeto a
Elaboração dos Serviços de Arquitetura e Engenharia para a Elaboração de Projetos
Executivos de Urbanização e Edificações, referentes à Fase II do Parque Científico e
Tecnológico de Itajubá, no Município de Itajubá, no Estado de Minas Gerais.
2 ESTUDOS TOPOGRÁFICOS
2.1 INTRODUÇÃOA área do Parque Cientifico e Tecnológico de Itajubá foi levantada não somente no
perímetro que abrange o projeto urbanístico mas também em uma extensão maior,
possibilitando os estudos para definição das áreas de melhores condições de
implantação do projeto.
Foram levantados também caminhamentos fora da área do Parque para possibilitar as
interligações dos sistemas de abastecimento de água e esgotamento sanitário aos
sistemas existentes nas vias do bairro a jusante da área do parque.
2.2 LEVANTAMENTOS TOPOGRÁFICOSO trecho de projeto foi devidamente levantado topograficamente, tendo sido feito o
levantamento planialtimetrico e cadastral das vias existentes e das áreas de implantação
de novas vias ainda não implantadas.
Foram levantados pontos cotados em todos locais de interesse para caracterização do
terreno nas faixas onde serão implantadas as vias, feito o cadastro das edificações
existentes e das redes publicas de água, esgoto e energia elétrica, para subsidiar os
projetos de geometria, terraplenagem, drenagem, pavimentação e iluminação publica e
dos prédios projetados.
2.3 METODOLOGIA ADOTADAInicialmente foi implantada uma poligonal de apoio com três marcos, onde foram feitas
determinações de coordenadas e cotas verdadeiras, com utilização de GPS (Ground
Position System). Nestes locais foram implantados marcos rígidos em forma de tronco
de piramide, com pinos metálicos cravados no centro.
Em seguida, com a utilização de equipamento tipo Estação Total, foi feito o fechamento
para aferição do trabalho que serviram de referencia para o levantamento de toda a área.
Os quadros a seguir apresentam os dados referentes aos marcos:
POLIGONAL
Estação DH Desnível Azimute Norte Este Cota Descrição
M2
236°22'42"
M17.522.416.064
0
455.549.802
0887.1230
584.0251 21.0276185°5S'S2
"
M37.521.835.124
4
455.489.848
5908.1506
978.7690 -8.5602 28°58'09"
M27.522.691.431
1
455.963.902
7899.5904
497.2992 -12.4674 236°22'37"
M17.522.416.064
0
455.549.802
0887.1230
56°22'42"
M2
OBSERVADOS COMPENSADOSPerímetro 2.060.1000 m 2.060.0932 m
Área 112.025.7696 m² 112.029.1499 m²
ERROS TOLERÂNCIAS FORAAngular 0°00'11" 0°0035" (= 0°00'20" x N1/2)Relativo 1:37050 1:20Linear 0.0556 m
Eixo Norte -0.0136 mEixo Este -0.0539 m
Altimétrico 0.024 m 0.029 m (= 20 mm x K1/2 )
Durante as irradiações, as nuvens de pontos foram adensadas de acordo com a
necessidade, como por exemplo: cadastro de casas, cercas, ruas, acessos, instalações,
talvegues, obras de arte, dispositivos de drenagem existentes, relevo mais acidentado,
etc., de forma a garantir a execução de um projeto geométrico sobre uma base confiável.
Todo o levantamento de campo através de estação total foi descarregado em
computador e processado através do Sistema Topograph Tg98 SE, versão 3.05, de
forma a demonstrar todo o desenho da topografia em um modelo digital. A partir deste
modelo digital foi gerada a malha triangular e processado, por interpolação analítica as
curvas de nível de metro em metro.
Estes elementos se constituíram dos subsídios necessários ao desenvolvimento do
Projeto Geométrico, de Terraplenagem e demais projetos que dependem de informações
planialtimétricas e cadastrais.
2.4 APRESENTAÇÃOAs representações gráficas dos levantamentos desenvolvidos no campo, em planta,
foram plotados na escala 1:1000. O mesmo procedimento foi tomado com referência
aos levantamentos de eixo em perfil, onde foram utilizadas as escalas 1:1000
(horizontal) e 1:100 (vertical), para possibilitar a definição do greide do projeto.
Nos desenhos são apresentados todos os elementos necessários à identificação do
alinhamento, tais como o estaqueamento com sua respectiva numeração, os pontos
notáveis das curvas, posicionamento e representação do sistema de coordenadas
adotadas para o projeto das vias do parque e acessos.
Em planta foram destacados ainda todos os elementos obtidos pelo levantamento
cadastral, tais como obras de arte, cercas, edificações, vias existentes, e demais
ocorrências de interesse para o trabalho.
A representação gráfica de todo o levantamento planialtimétrico encontra-se
apresentada no Volume 2 – Projeto de Execução, junto ao Projeto Geométrico.
3 ESTUDOS GEOTÉCNICOS
3.1 GEOLOGIA
3.1.1 Situação Geológica RegionalRegionalmente, o município de Itajubá está localizado na borda sul do cráton São
Francisco, definido pela articulação de blocos crustais (São Paulo-Brasília-Vitória) que
resultaram em cinturões a partir de movimentação diferencial entre tais blocos.
Estes cinturões apresentam zonas de cisalhamento definindo complexos agrupamentos
litológicos, entre os quais o Complexo Paraisópolis onde município de Itajubá está
situado, onde ocorrem rochas pré-cambrianas do tipo granulíticas parcialmente
migmatizadas e migmatitos encerrando gnaisses, granada biotita gnaisse e metabásicas.
Sobre este cenário geológico dos terrenos Pré-cambrianos, sedimentos aluvionares
Quaternários preenchem os fundos dos vales, especialmente do rio Sapucaí que
atravessa a cidade de Itajubá.
3.1.2 Situação Geológica-Geotécnica LocalA cidade de Itajubá se estende pela planície aluvionar do rio Sapucaí, aproximadamente
em torno da cota 850m, e pelas encostas e morros mais elevados constituídos pelos
terrenos Pré-cambrianos.
Os sedimentos aluvionares apresentam camadas unitárias arenosas (incluindo horizontes
cascalhentos) e outras argilosas, destacando-se a existência de camadas importantes de
argila orgânica preta muito mole; a espessura total do pacote sedimentar, segundo
informações parciais, atingem 25 metros. Os valores NSPT de resistência (sondagens a
percussão) indicam camadas fracas e até muito fracas (muito mole), à exceção quando
em camadas cascalhentas.
As encostas e morros apresentam solos residuais de texturas variadas e espessuras
significativas sobre um topo rochoso (rocha mãe); manchas coluviais assentadas sobre o
solo residual ocorrem com espessuras, comumente pouco significativas. Os valores
NSPT indicam variações muito significativas.
3.2 GEOTECNIAOs estudos geotécnicos foram desenvolvidos objetivando o fornecimento de elementos
para elaboração dos projetos de fundação de aterro e edificações, terraplenagem,
drenagem, de Pavimentação e demais projetos que se apoiam nas condições dos solos
locais.
Os serviços foram desenvolvidos a partir de um reconhecimento geológico-geotécnico
de campo do trecho, bem como de potenciais fontes de materiais para os serviços de
pavimentação (jazida de material granular, empréstimos, pedreiras e areais).
Desta forma, os estudos geotécnicos contemplaram basicamente as seguintes atividades:
Estudos dos materiais do subleito;
Localização de áreas de ocorrências de materiais de construção (jazidas de materiais
granulares, empréstimos, pedreiras e areais);
Sondagem a percussão;
Sondagem a penetrômetro dinâmico leve (PDL).
3.3 ESTUDOS DOS MATERIAIS DE SUBLEITOOs estudos dos materiais do subleito contemplaram basicamente a realização de
sondagens e coleta de amostras representativas dos materiais para a realização, em
laboratório, de ensaios rotineiros de caracterização física e caracterização mecânica,
visando, além da avaliação do suporte do material, a definição da energia mais
adequada a ser adotada na especificação de regularização do subleito.
Nos segmentos em corte, e em aterro com altura máxima de 1,0 m, foram realizadas
sondagens ao longo dos eixos locados com espaçamento variável, atingindo a
profundidade de 1,5 m abaixo do greide do projeto geométrico.
As amostras coletadas nos furos de sondagem foram submetidas aos seguintes ensaios:
Limite de Liquidez;
Limite de Plasticidade;
Granulometria por Peneiramento;
Compactação na Energia de referência do Proctor Normal;
Índice de Suporte Califórnia.
3.4 ESTUDOS DE OCORRÊNCIAS DE MATERIAIS PARA EMPREGO NA CONSTRUÇÃO
As ocorrências de materiais a serem utilizados nas camadas constituintes do pavimento
e para emprego nos serviços de drenagem e concreto foram cadastradas tendo em vista a
qualidade e o volume disponível dos materiais. Buscou-se a indicação de ocorrências
com características geotécnicas satisfatórias e volumes suficientes, levando-se também
em conta a otimização das distâncias de transporte.
Desta forma, foram localizadas e estudadas as seguintes ocorrências de materiais:
3.4.1 Jazida de Material GranularJazida Srº Valdir Viana (Comercial): localizada a de 28,3km do Parque Científico e
Tecnológico de Itajubá, constituída de saibro, com volume suficiente para atendimento
do projeto (cerca de 30.000m3), de propriedade do Srº Valdir Viana. As amostras
representativas dos materiais foram submetidas aos seguintes ensaios de laboratório:
Limite de Liquidez;
Limite de Plasticidade;
Granulometria por Peneiramento;
Compactação na energia de referência do Proctor Intermediário, Proctor
Intermodificado e Proctor Modificado;
Índice de Suporte Califórnia.
3.4.2 Áreas de EmpréstimoFoi estudada uma área de empréstimo para possível utilização na execução de aterros
e/ou substituição de solos do subleito:
Empréstimo concentrado Sr. Hugo Ricota - área "B": empréstimo concentrado
localizado a 17,8km do Parque Científico e Tecnológico de Itajubá, constituído de argila
areno-siltosa marrom e volume estimado de 396.000m3, de propriedade do Sr. Hugo
Ricota.
A área de empréstimo foi sondada e as amostras coletadas foram submetidas aos
seguintes ensaios de caracterização:
Limite de Liquidez;
Limite de Plasticidade;
Granulometria por Peneiramento;
Compactação na Energia de referência do Proctor Normal;
Índice de Suporte Califórnia.
3.4.3 PedreirasForam localizadas e estudadas as seguintes pedreiras na região do Parque Científico e
Tecnológico de Itajubá:
Pedreira Mineração Mantiqueira Ltda.: localizada na rodovia Itajubá Maria da Fé (MGC
- 383) km-10, S/N° a 10,0km do Parque Científico e Tecnológico de Itajubá, constituída
de gnaisse e cascalho britado; e produção média de 10.000m3 por mês;
Pedreira - Britasul: localizada na av. Antônio Scodeler, n°3455, bairro Faisqueira –
Pouso Alegre/MG a 76,2km do Parque Científico e Tecnológico de Itajubá, constituída
de gnaisse; e produção média de 6.000m³ por mês.
Amostras coletadas nas pedreiras foram submetidas aos seguintes ensaios de
laboratório:
Índice de Forma (materiais britados);
Abrasão "Los Angeles";
Durabilidade;
Adesividade, com CAP 50/70 e com Emulsão RR-2C.
Granulometria por Peneiramento (materiais britados e cascalho britado);
Limite de Liquidez (cascalho britado);
Limite de Plasticidade (cascalho britado);
Compactação na Energia de referência do Proctor Intermodificado (cascalho britado);
Índice de Suporte Califórnia (cascalho britado).
3.4.4 AreaisComo fontes de fornecimento de areia para emprego em drenagem e obras-de-arte
correntes foram estudados os seguintes areais:
Areal São José: localizado a 13,8km do Parque Científico e Tecnológico de Itajubá, as
margens do rio Sapucaí, constituído de areia grossa, areia média e areia fina;
Areal Itasul: localizado a 12,2km do Parque Científico e Tecnológico de Itajubá,
constituído de areia fina, areia média e areia grossa.
As amostras coletadas nos areais foram submetidas aos seguintes ensaios de laboratório:
Granulometria por Peneiramento;
Impurezas Orgânicas;
Equivalente de Areia.
3.4.5 Sondagens à PercussãoForam executados 22 furos de sondagem à percussão (SP) para avaliação da fundação
de aterro e fundação predial, conforme prescrições da ABNT, explicitadas nas normas
técnicas seguintes:
NBR-6484/1980 - Execução de Sondagens de Simples Reconhecimento dos Solos.
NBR-7250/1982 - Identificação de Descrição de Amostras de Solos Obtidas em
Sondagens de Simples Reconhecimento dos Solos.
A execução das sondagens de solo à percussão consistiu na cravação de um amostrador
padrão por peso de 65kg caindo de uma altura de 75cm. Registra-se, a cada metro de
profundidade, o número de golpes necessário para cravar o amostrador 45cm no terreno,
em três etapas de 15cm. Os resultados foram apresentados em gráficos e,
numericamente consistem na soma do número de golpes necessários para cravação dos
primeiros 30cm e dos 30cm finais.
Após cada rotina de cravação do amostrador, o mesmo é retirado e obtida uma amostra
amolgada do solo que é classificada segundo sua gênese, consistência ou compacidade,
cores predominantes e etc.
Conforme a tabela abaixo, podemos fazer uma correlação entre Resistência à Penetração
e Pressão Admissível, para uma avaliação preliminar, sendo:
AREIAS E SILTES ARENOSOS
Nº DE GOLPES COMPACIDADE PRESSÃO ADMISSÍVEL(Kg/cm2)
4 FOFA (0) 0,5 / 1,0
5 a 8 POUCO COMPACTA (0) 1,0 / 1,5
9 a 18 MEDIAMENTE COMPACTA (0) 1,5 / 3,0
19 a 40 COMPACTA (0) 3,0 / 5,0
> 40 MUITO COMPACTA (0) > 5,0
ARGILAS E SILTES ARGILOSOS
Nº DE GOLPES CONSISTÊNCIA PRESSÃO ADMISSÍVEL(Kg/cm2)
2 MUITO MOLE 0,2
3 a 5 MOLE 0,2 / 0,4
6 a 10 MÉDIA (0) 0,4 / 1,0
11 a 19 RIJA (0) 1,0 / 3,0
> 19 DURA (0) 3,0 / -
3.4.6 Estudos de Áreas de Ocorrência de Solos de Baixa ConsistênciaAs áreas que poderiam apresentar problemas para fundação foram objetos de sondagens,
visando o conhecimento das características dos terrenos e a capacidade de carga dos
mesmos.
Foram realizadas sondagens com o auxílio do penetrômetro dinâmico leve - PDL - com
massa do peso batente equivalente a 10 kg e diâmetro das hastes de ¾”, determinando-
se o número de golpes para penetração de 0,20 m.
3.5 FUNDAÇÃO DOS ATERROS SOBRE SOLOS COM BAIXA RESISTÊNCIA
Para a implantação das vias do Parque em segmentos com solos de baixa resistência
(solos moles), foram necessários estudos para avaliação do comportamento dos aterros a
serem construídos. Sendo assim a seguir são apresentadas as considerações de projeto.
3.5.1 Caracterização dos Segmentos EstudadosAvenida 01 – sondagens SP 01 a SP 03: solos moles superficiais com espessuras entre
6,5 e 7,5 m e, ainda, outras camadas mais profundas com espessura de 4,5 a 5,5 m. Os
aterros variam de zero a 2,5 m de espessura;
Avenida 02 – sondagens SP 06 a SP 11: solos moles não superficiais, exceto na SP 09 e
com grande espessura de 11,5 m. A sondagem SP 11 não identifica solos moles. Nessas
sondagens a camada superficial apresenta-se como arenosa e onde aparecem as camadas
de solos moles subjacentes, elas apresentam espessuras muito variáveis indo desde zero
a 13,5 m. Os aterros variam de zero a 2,5 m de espessura;
Avenida 03 – sondagens SP 12 a SP 15: solos moles não superficiais. A sondagem SP
12 não identifica solos moles Nessas sondagens a camada superficial apresenta-se como
arenosa e onde aparecem as camadas de solos moles subjacentes, elas apresentam
espessuras muito variáveis entre os valores de 3,5 a 8,5 m. Os aterros variam de zero a
1,5 m de espessura;
Avenida 04 – sondagens SP 05 e SP 16 a SP 20: solos moles não superficiais, exceto na
SP 16, na qual foi identificada a camada superficial com espessura de 7,0 m e, em
profundidade, outra camada de 8,0 de espessura. As sondagens SP 17 a SP 20 não
identificam solos moles, especificamente como nas outras sondagens onde tais solos
estão presentes.
Nessas sondagens a camada superficial apresenta-se como arenosa e/ou identificadas
como argilas siltosas. A sondagem SP 05 apresenta uma camada de solo mole em
profundidade, de pequena igual a 4,5 m Os aterros apresentam espessura média de 3,0
m;
Rotatória 01: somente a sondagem SP 04, que apresenta uma camada de solo mole
superficial de 7,5 m de espessura; e
RUA B – extremo NORTE: SP 21: Sem problemas de solo moles.
3.5.2 Nível de águaExceto na Avenida 01 onde o nível de água está um pouco mais profundo, todas as
áreas têm o N.A. muito próximo da superfície do terreno.
3.5.3 Ações e TratamentosÉ certo que qualquer carregamento sobre os solos moles determinados pelas sondagens
vai gerar o adensamento (recalque) das camadas de solos moles. Tal adensamento irá
ocorrer ao longo do tempo, dependendo principalmente das espessuras das camadas de
solo moles e das prováveis lentes arenosas existentes nesses depósitos aluvionares.
Se o problema das deformações (recalques) que os aterros irão apresentar não for
imediato e ainda, que tais de recalques puderem ser corrigidos ao longo do tempo de
execução das obras civis, então a preocupação será apenas em garantir a estabilidade
dos aterros, durante as suas execuções.
A melhoria da estabilidade é efetuada por meio se:
- execução do aterro em pequenas espessuras, permitindo o adensamento parcial do
solo mole antes do próximo alteamento do aterro;
- instalação de estruturas de reforço do tipo geogrelhas; e
- execução de um reforço por meio de empedramento (enrocamento) lançado na base
dos aterros.
Desta forma, para se estabelecer um projeto de melhoria da estabilidade dos referidos
aterros, recomenda-se as seguintes ações:
1ª – previsão de lançamento de uma base de enrocamento (pedras de tamanhos
variados, mas não superiores a 40 cm) nas vias onde estão previstos os aterros
sobre solo mole. Como tais enrocamentos irão penetrar (agulhar) no solo mole,
estima-se que uma espessura de 1,50 m, no mínimo, vai ser necessária. Esse
enrocamento é lançado e espalhado mecanicamente, o que vai gerar a
compactação e a penetração do mesmo no solo mole;
2ª – após o espalhamento desse enrocamento “grosso” lança-se sobre o mesmo uma
camada de brita fina (brita 01), de espessura média de 20 cm;
3ª – sobre essa camada de brita fina projeta-se uma geogrelha de PVA, classificação
55/30 – 30, para reforçar e garantir a estabilidade dos aterros; e
4ª – sobre a geogrelha, iniciam-se os aterros, em camadas de 20 cm de espessuras,
compactando-as conforme projeto.
Recomenda-se que os alteamentos dos aterros, em cada trecho, não ultrapassem as
espessuras de 1,0 m, numa mesma operação. O prazo médio de continuação do
alteamento dependerá das diversas frentes de aterro abertas em todas as vias de acesso.
Espera-se que tais prazos médios não sejam inferiores a uma semana. Quanto mais
longo for esse prazo, melhor.
Recomenda-se que os aterros das vias sejam executados antecipadamente á implantação
das obras civis (prédios) para que sejam evitados os esforços horizontais mais
importantes, os quais ocorrem durante o carregamento vertical dos aterros. Nestes casos
também, quanto maior o tempo entre a execução do aterro e a implantação dos prédios,
melhor a condição de consolidação dos recalques.
3.6 APRESENTAÇÃOA seguir é apresentado o desenho com a locação dos furos de sondagem a percussão e a
seção tipo do sistema de reforço para a fundação dos aterro em áreas de solo mole.
Os resultados dos estudos geotécnicos serão apresentados no ANEXO 1A –
“ESTUDOS GEOTÉCNICOS”, contendo os boletins de sondagem do subleito, jazidas
pedreiras e areais, os quadros-resumo dos ensaios de laboratório e as sondagens a
percussão realizadas.
4 ESTUDOS DE TRANSPORTE E TRÁFEGOOs estudos de transporte e tráfego são desenvolvidos para subsidiar os projetos de
urbanização, na definição das plataformas das vias a serem projetadas, na utilização
pretendida para o empreendimento e para subsidiar o projeto de pavimentação.
Para o projeto do parque, dado às suas características de utilização, ou seja, o parque
abrigará parte da UNIFEI (Campus II), empresas de desenvolvimento tecnológico e
empresas de serviços de apoio (restaurantes, lojas e agências bancárias, etc.), foi
definido que as vias deveriam atender, além dos veículos de passeio e dos veículos de
carga para abastecimento, serviços de apoio às empresas e prédios educacionais, uma
acessibilidade, em todas as vias, de ciclistas e pedestres.
Sendo assim, as vias foram dotadas de ciclovias e passeios amplos para uma circulação
segura e confortável dos usuários, por toda a extensão urbana do parque. Para as áreas
de lazer foram projetados caminhos dentro das áreas verdes preservadas no entorno da
área urbanizada.
No dimensionamento do pavimento a ser implantado nas vias foram adotados
parâmetros característicos de vias urbanas de trafego local, conforme apresentado no,
projeto de pavimentação. A metodologia de dimensionamento do pavimento utilizada é
amplamente adotada em projetos de vias urbanas.
Para disciplinar o trafego de veículos, ciclistas e pedestres o projeto prevê a implantação
de sinalizações horizontal e vertical, em todas as vias, como apresentado no projeto de
sinalização.
5 PROJETO GEOMÉTRICO
5.1 INTRODUÇÃOO projeto geométrico foi desenvolvido com base nas plantas geradas pelos
levantamentos topográficos da área do empreendimento e no parcelamento definido pela
Projetista e aprovado pela Contratante (FTS) e UNIFEI, buscando a implantação
adequada às características do terreno, preservando sempre as áreas de nascentes e
cursos d’água, as áreas com declividades mais acentuadas e as vegetações mais
significativas, ou seja, áreas de mato mais denso e de espécies de maior porte.
Os greides projetados para as vias do loteamento foram lançados buscando a maior
aproximação possível do terreno natural, objetivando a menor movimentação de
materiais possível, o que reduz o custo de implantação das obras e concomitantemente
atende às condicionantes ambientais de menor interferência com o solo e menor volume
de materiais para descarte em áreas de bota-fora.
Entretanto, devido às características dos solos das áreas de baixada do terreno e a
possibilidade de implantação de um lago em parte do segmento do córrego José Pereira
e visando a proteção do pavimento das vias lindeiras ao lago, os aterro de tais vias
foram projetados em cota um pouco mais elevadas.
5.2 CARACTERÍSTICAS DO PROJETOPara o projeto das vias, a partir do projeto urbanístico, foram lançados estaqueamentos
sobre o eixo de cada via, com espaçamento de 20 metros entre estacas, o que subsidiou
todos os outros projetos, servindo de referência e apoio, bem como será a orientação
para toda a implantação do empreendimento quando da execução das obras.
O Parque terá acesso por duas vias localizadas, uma principal ao sul do parque, dando
continuação a avenida hoje existente que dá acesso à sede da Prefeitura Municipal de
Itajubá e, outra ao leste, dando acesso pela rodovia BR-383 (Itajubá-Maria da Fé).
As vias constantes do loteamento apresentam extensão total de aproximadamente
8.050,00m, conforme quadro a seguir:
EXTENSÃO DA VIA
Avenida 1 1165,487
Avenida 2 921,839
Avenida 3 614,776
Avenida 4 208,532
Retorno 1 97,634
Rotatória 1 565,487
Rotatória 2 87,022
Rua "A" 497,324
Rua "B" 1616,277
Rua "C" 179,322
Rua "D" 170,748
Rua "E" 245,122
Rua "F" 254,876
Rua "G" 143,631
Rua "H" 821,952
Rua "I" 128,000
Acesso 1 219,851
As plataformas das vias foram fixadas de acordo com a largura total e nas seguintes
configurações de pavimento acabado:
NOME DA VIAPLATAFORMA
TOTAL (m)PISTAS (m)
CANTEIRO CENTRAL
(m)
PASSEIOS (m)
Avenida 1 24,00 8,30 e 8,80 1,50 2 x 2,20
Avenida 2 28,00 8,30 e 8,80 1,50 2 x 4,20
Avenida 3 28,00 8,80 e 8,30 1,50 2 x 4,20
Avenida 4 28,00 8,80 e 8,30 1,50 2 x 4,20
Retorno 1 13,50 9,30 4,20
Rotatória 1 13,90 9,70 4,20
Rotatória 2 17,00 9,50 3,50 e 4,00
Rua "A" 16,00 11,70 2 x 2,15
Rua "B" 16,00 11,70 2 x 2,15
Rua "C" 16,00 11,70 2 x 2,15
Rua "D" 16,00 11,70 2 x 2,15
Rua "E" 16,00 11,70 2 x 2,15
Rua "F" 16,00 11,70 2 x 2,15
Rua "G" 16,00 11,70 2 x 2,15
Rua "H" 16,00 11,70 2 x 2,15
Rua "I" 16,00 11,70 2 x 2,15
Acesso 1 15,40 7,00 2 x 4,20
6 PROJETO DE TERRAPLENAGEM
6.1 INTRODUÇÃOCom base nas plantas geradas pelos levantamentos topográficos e pelas definições do
Projeto Geométrico para as características do traçado das vias em planta e perfil, o
Projeto de Terraplenagem foi desenvolvido pela superposição da seção-tipo de projeto
sobre as seções transversais do terreno natural obtidas para cada estaca.
Para a implantação do lago foram determinadas seções transversais espaçadas de 20 em
20m, a partir de um eixo, paralelo a avenida 2. Estas seções foram gabaritadas com as
cotas de fundo do lago e inclinação dos taludes de escavação e conformação do lago nos
seus bordos, onde foi calculado o volume de material a ser retirado para a formação do
espelho d’água.
6.2 METODOLOGIAOs cortes e aterros gerados pela interposição da seção de projeto com a seção natural
foram conformados com taludes de 1:1 e 1,5:1 (H:V), respectivamente, gerando as
seções finais, de pavimento acabado.
As declividades transversais dos passeios (2,0%) e da pista de rolamento (3%) foram
indicadas na direção do bordo externo onde será colocada sarjeta de concreto, sempre
que necessário, para coleta de excesso de escoamento superficial. Foram indicadas
também ciclovias ao longo das avenidas e ruas para atendimento à todo o parque.
6.3 ORIGEM E DESTINO DOS MATERIAIS DE TERRAPLENAGEMApós os cálculos dos volumes de corte e aterro originados da implantação dos greides
de projeto, apurou-se o seguinte:
volume de corte = 220.090,00 m3
volume de aterro= 259.660,00 m3
Todo o material obtido dos cortes ao longo das vias, depois da retirada da camada
vegetal (limpeza superficial), será aproveitado na confecção dos aterros. Os materiais a
serem retirados para formação do lago, principalmente a camada superior até
aproximadamente 2,00m de profundidade, com características arenosas ou argilas de
melhor qualidade, poderão ser aproveitado na execução de corpo de aterro e na
regularização de quadras e lote cujas cotas forem inferiores ao greide das vias
projetadas. Este procedimento minimizará os impactos ambientais e o custo de
transporte para locais mais distantes. O material excedente será destinado a bota-fora,
em local a ser definido com a aprovação da Fiscalização da Obra.
O material da limpeza do terreno em sua camada superficial é basicamente composto de
solo com matéria orgânica, o mesmo deverá utilizado na proteção dos taludes e em
áreas desnudas.
Para o material a ser importado para execução dos aterros, em complementação ao
material de corte local, foi indicada uma área de empréstimo, devidamente estudada as
características do solo, como apresentado nos estudos geotécnicos. Quanto da execução
das obras de implantação das vias, objetivando a redução de custos, poderão ser
estudadas áreas dentro das quadras na parte superior do parte (cotas mais elevadas),
fazendo-se assim o acerto do lotes e obtendo uma distancia de transporte menor para a
movimentação de terra.
O quadro a seguir apresenta os volumes de corte e aterro a serem movimentados em
cada via e na implantação do lago.
CUBAÇÃO DE VOLUMES
VIAEXTENSÃO VOLUMES (m3)
(m) CORTE ATERRO
Avenida 1 24,00 10.785,52 37.400,19
Avenida 2 28,00 6.282,19 84.869,26
Avenida 3 28,00 9.151,47 7.336,64
Avenida 4 28,00 - 15.916,29
Retorno 1 13,50 - 5.009,02
Rotatória 1 13,90 157,22 25.218,42
Rotatória 2 17,00 5.266,95 405,73
Rua "A" 16,00 9.547,98 6.325,14
Rua "B" 35.967,21 21.451,34
Rua "C" 16,00 4.797,76 868,99
Rua "D" 16,00 3.095,01 1.344,93
Rua "E" 16,00 5.368,17 3.051,87
Rua "F" 16,00 4.755,65 327,91
Rua "G" 16,00 0,00 8.018,78
Rua "H" 16,00 6.385,28 24.722,84
Rua "I" 16,00 733,06 36,84
Acesso 1 15,40 0,00 17.356,10
Lago - 117.797,36 -
TOTAL 220.090,83 259.660,29
O volume geométrico de aterro foi acrescido de 30% para compensação da retração do
material solto no corte.
6.4 NOTA DE SERVIÇOPara efeito de implantação da obra foram elaboradas as notas de serviço, considerando a
execução independente de cada via. Nestas notas de serviço estão indicados os
afastamentos em relação ao eixo dos principais pontos de inflexão da seção transversal
com suas respectivas alturas de corte e aterro.
6.5 SEÇÕES TRANSVERSAISOs eixos das vias projetadas foram estaqueados a cada 20,0 m e em cada estaca foi feita
uma seção transversal abrangendo toda a plataforma da via até os off-set’s de corte ou
de aterro. Todas as seções foram gabaritadas com a respectiva plataforma da via a ser
implantada, contendo as larguras de pista, acostamentos, ciclovias e passeios, bem como
os abaulamentos e caimentos transversais, subsidiando assim os cálculos de volumes de
movimentação de terra.
7 PROJETO DE DRENAGEM
7.1 INTRODUÇÃOO Projeto de Drenagem foi desenvolvido com base nos resultados alcançados nos
Estudos Hidrológicos e nas características indicadas no Projeto Geométrico, objetivando
a captação, condução e deságüe seguro das águas pluvias.
7.2 DRENAGEM DAS VIASAs vias componentes do loteamento foram dotadas de dispositivos de captação e
condução das águas pluviais incidentes sobre a área do loteamento e sobre as bacias de
contribuição adjacentes que influenciam diretamente na área do empreendimento.
Para isto foram projetadas sarjetas, redes coletoras, poços de visitas e outros
dispositivos,. todos padronizados pela SUDECAP (Belo Horizonte-MG), sendo
largamente utilizados na capital mineira e em inúmeras localidades do Estado de Minas
Gerais e do Brasil.
7.2.1 SarjetasO estudo da capacidade de escoamento das vias está condicionado à capacidade das
sarjetas, que, na realidade, são os primeiros coletores de águas pluviais, funcionando
como canais abertos.
Essa capacidade de escoamento depende diretamente da declividade longitudinal da via,
da declividade transversal da sarjeta e do coeficiente de rugosidade, sendo também
função dos limites de conforto definidos para pedestres e veículos que utilizam as vias.
Esses limites se traduzem pela fixação da faixa de alagamento da via admitida no
projeto.
Foi considerado o trajeto superficial na maior extensão possível, o que sob o ponto de
vista econômico é o ideal, em virtude da redução do número de bocas-de-lobo e da
extensão de tubulações.
Tendo em vista as características da seção transversal típica das vias, optou-se pela
utilização de sarjetas de seção triangular, com 50 cm de largura, inclinação transversal
de 15% e altura útil de 11,0 cm. A capacidade de vazão da sarjeta é avaliada através da
aplicação da fórmula de Manning, modificada por Izzard :
Onde:
Q = capacidade de vazão, em l/s;
z = inverso da inclinação transversal da sarjeta;
n = coeficiente de rugosidade de Manning;
y = lâmina d'água na sarjeta, em cm;
I = declividade longitudinal da via, em m/m.
Admite-se o alagamento parcial da pista, limitado a uma faixa de 1,67 m, a partir da
face da guia. Para essa faixa de inundação o valor da lâmina d'água máxima (y),
considerando-se o abaulamento transversal das pistas igual a 3%, é de 11 cm, conforme
pode ser visto na figura a seguir.
Nota: dimensões em cm.
Nesse tipo de sarjeta, composta de duas declividades, a fórmula de Izzard é aplicada
utilizando-se o seguinte artifício de cálculo:
Q = Q1 - Q2 + Q3
O valor do coeficiente de rugosidade (n) é função do material de constituição do plano
de escoamento. Considerando-se que são previstas sarjetas em concreto (n = 0,014) e
revestimento asfáltico das pistas de rolamento (n = 0,017), a rugosidade média é obtida
pela ponderação desses valores em relação aos respectivos perímetros molhados,
obtendo-se
n = 0,016.
A velocidade máxima de escoamento, de modo a serem minimizados problemas devido
a desgaste do material, é de 4,0 m/s.
Considerando-se as vazões de projeto, o tipo de sarjeta indicado, a faixa de alagamento
admitida, o abaulamento transversal das vias e o coeficiente de rugosidade adotado são
efetuados os cálculos para análise do escoamento da sarjeta, constantes das planilhas
apresentadas ao final deste item.
7.2.2 Bocas-de-LoboAs bocas-de-lobo foram posicionadas imediatamente a montante das curvas das guias
nos cruzamentos, em pontos baixos do perfil, e em pontos intermediários, segundo a
necessidade de alívio das sarjetas.
No projeto foi adotada boca-de-lobo do tipo combinada, com grelha e abertura na guia,
cantoneira montada em concreto, e com rebaixamento de 5 cm em relação ao fundo da
sarjeta, admitindo-se a altura mínima de 0,80 m para a caixa de alvenaria.
O dimensionamento das bocas-de-lobo foi efetuado segundo a metodologia exposta na
publicação "Drenagem Urbana - Manual de Projeto", CETESB, 1986, baseada em
ensaios efetuados pela Universidade Johns Hopkins, desprezando-se, a favor da
segurança, o rebaixo de grelha, conforme descrito a seguir.
Boca-de-lobo em Ponto Baixo
Eficiência da boca-de-lobo em ponto baixo corresponde a 65% do valor teórico
calculado para a boca-de-lobo simples e boca-de-lobo com grelha, admitindo-se o
funcionamento como vertedor de soleira livre até o limite de 11 cm para a abertura da
lâmina d'água sobre a grelha.
Boca-de-lobo com Abertura na Guia
QL = 1,703 . y01,5
como L = 1,00 m Q = 1,703 . y01,5 (cantoneira simples)
L = 2,00 m Q = 3,406 . y01,5 (cantoneira dupla)
Boca-de-lobo com Grelha
para y 0,11 m,
QP = 1,655 . y01,5
como P = 1,770 m Q = 2,929 . y01,5 (cantoneira simples)
P = 2,660 m Q = 4,402 . y01,5 (cantoneira dupla)
Os resultados obtidos são mostrados no quadro 3 a seguir:
QUADRO 3CAPACIDADE DAS BOCAS-DE-LOBO COMBINADAS EM PONTOS BAIXOS
Y0 (cm) 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 12,5 13 14 15 16
BL simples
16 24 34 38 55 68 81 95 110 125 133 141 158 175 193
BL dupla 26 41 57 75 94 115 137 160 185 211 224 238 266 295 325
Boca-de-lobo Combinada em Greide Contínuo
A capacidade de engolimento da boca-de-lobo combinada em greide contínuo é
expressa por:
Q = Q0 - q2 - q3
Onde:
Q = vazão esgotada pela boca-de-lobo;
Q0 = vazão que escoa na sarjeta;
q2 = vazão que escoa lateralmente à grelha;
q3 = vazão que escoa sobre a grelha.
Utilizando grelhas em sarjetas sem depressão temos:
q2 = 0,25 . (L' - L) . g1/2 . (y')1,5 = 0,78 (L' - L) . (y')1,5
q3 = Q0 (1 - L2/L02)2
Onde:
L = comprimento da boca-de-lobo, em m;
L'= comprimento da grelha necessário para interceptar, lateralmente, toda a água que
escoa na sarjeta, em m;
L0 = comprimento da grelha necessário para captar toda a água que escoa na sarjeta,
dentro da faixa correspondente à sua largura, em m;
y'= profundidade da lâmina d'água junto à borda externa da grelha, em m;
g = aceleração da gravidade (9,81 m/s²).
Os valores de L' e Lo são calculados através das seguintes expressões:
L'= 40 . Vo . (y'9,81 )
0,5
Lo = 3,3 . Vo . ( y0
9,81 )0,5
7.3 DIMENSIONAMENTO DAS REDES COLETORAS
O dimensionamento hidráulico das redes coletoras de drenagem projetadas, face às
descargas correspondentes ao período de recorrência de 10 anos, foi efetuado a partir da
aplicação da fórmula de Manning de escoamento, associada à equação da continuidade:
Onde:
Q = vazão, em m³/s;
S = seção de vazão, em m²;
Rh = raio hidráulico, em m;
I = declividade do conduto, em m/m;
n = coeficiente de rugosidade, adotado igual a 0,014, para tubos pré-moldados de
concreto.
Foram admitidos os seguintes critérios no desenvolvimento do projeto:
- valor máximo de 0,80 para a relação entre o tirante d'água e o diâmetro da tubulação;
- valores de 0,75 e 7,50 m/s, como limites inferior e superior da velocidade de
escoamento, com objetivo de se evitar problemas de deposição de materiais sólidos e
desgaste excessivo da tubulação de concreto, respectivamente;
- diâmetro mínimo de 600 mm para as redes pluviais e de 400 mm para as ligações de
bocas-de-lobo.
7.4 CONSIDERAÇÕES SOBRE O PROJETOO projeto de drenagem pluvial das vias do loteamento contemplou os segmentos a
montante da área com escoamentos superficiais nas vias, ora pela sarjeta virtual
formada pelo abaulamento da pista e o meio-fio, ou seja, sarjeta de 3% de inclinação
transversal, ora por sarjeta de concreto (15% de inclinacão transversal) junto ao meio-
fio, formando uma seção composta concreto-pista.
A partir de vazões concentradas superiores a 0,500 m3/s foram projetadas captações,
através de bocas-de-lobo, que por sua vez deságuam em poços de visita das redes
coletoras de águas pluviais, ou têm seus lançamentos nos talvegues existentes, caminho
natural das águas pluviais.
As redes de drenagem terão seus lançamentos em áreas livres de edificações, ou seja,
áreas verdes, talvegues naturais ou na lagoa a ser formada no segmento a montante da
avenida 1.
A jusante das alas de lançamento das redes de drenagem são indicadas estruturas de
dissipação de energia, através de pedra-de-mão argamassada, o que visa proteger o solo
das erosões devido ao fluxo concentrado e com velocidades mais elevadas.
Para transposição do acesso 1 (acesso a rodovia BR-383) sobre o córrego José Pereira
foi projetada uma obra de arte especial, ou seja um pontilhão, para permitir o fluxo do
curso d’água em condições favoráveis, uma vez que imediatamente a montante existe
um bueiro sob a rodovia que conduz as águas concentradas. Neste projeto está previsto
a proteção da entrada e saída do pontilhão através de muros de contenção e proteção
contra os efeitos da águas, principalmente em períodos de cheias do córrego.
7.5 APRESENTAÇÃO DO PROJETO DE DRENAGEMO projeto de drenagem pluvial é apresentado em planta e perfil das vias projetadas, são
apresentados os desenhos tipo dos diversos dispositivos, desenho do projeto básico do
vertedouro da lagoa e do pontilhão do Acesso a BR-383 e as notas de serviço das redes
projetadas.
8 PROJETO DE PAVIMENTAÇÃOO Projeto de Pavimentação foi desenvolvido visando à concepção e ao
dimensionamento da estrutura de um pavimento capaz de suportar a atuação das cargas
do tráfego, através da indicação da espessura das camadas constituintes, materiais a
serem empregados e técnicas mais recomendáveis de execução.
Trata-se de projeto de pavimentação das avenidas, ruas, ciclovias e calçadas do Parque
Científico Tecnológico de Itajubá e ligação da Av. Benedito Pereira Santos à BR-383.
O projeto foi elaborado com base nos seguintes elementos:
O valor "p" da carga por roda que possivelmente trafegarão pelo loteamento;
estudos geotécnicos realizados pela Consultora, contemplando basicamente:
estudos do subleito;
estudos de ocorrências de materiais disponíveis na região do trecho para emprego nas
camadas do pavimento (jazidas de materiais granulares, pedreiras e areais).
8.1 PARÂMETROS DE DIMENSIONAMENTO Carga por Roda “p ”
O valor "p" da carga por roda foi estimado levando em consideração a carga aplicada
pelos possíveis tipos de veículos que por ela irão trafegar.
p = 4,0 t
p = 5,0 t
Subleito – ISPROJ
Os valores de ISPROJ foram para o Pavimento Parque Científico e Tecnológico de
Itajubá definidos através de análises e estudos estatísticos dos resultados obtidos em
ensaios de laboratório, com amostras representativas do subleito.
Inicialmente, plotaram-se os valores de ISC e expansão nas condições ótimas de
compactação em laboratório, com a energia de referência do Proctor Normal, obtidos
para o subleito das avenidas e ruas a serem implantadas. Com base neste gráfico foi
feita a análise em segmentos homogêneos, do ponto de vista de suporte e expansão e
definindo o valor de ISproj adotado no valor de 8%.
Ressalta-se que a plataforma da Av. Benedito Pereira Santos (acesso a BR-383)
encontra-se executada, não foram coletadas amostras do subleito, adotando um ISPROJ
no valor de 7%.
8.2 METODOLOGIA EMPREGADAPara o dimensionamento do pavimento foi empregado o "Método CBR", utilizando para
o cálculo a fórmula de Peltier que, em função da carga aplicada no pavimento
(estimada) e do valor de CBR, fornece o valor da espessura total do pavimento em
centímetros (SENÇO-1980, 3ª ed).
e=100+150√ pIs+5
Sendo:
e: espessura total do pavimento em centímetros;
p: carga por roda em tonelada;
Is: CBR do Subleito em porcentagem.
Considerando-se que existirá uma boa distribuição de cargas e que as articulações
promoverão uma transmissão eficiente de cargas aos blocos vizinhos, a carga
transmitida ao terreno através dos blocos, foi considerada menor ou igual a 50% da
carga aplicada no pavimento.
Logo temos:
e=100+150√ p/2Is+5
8.2.1 Dimensionamento das EstruturasA espessura total do pavimento (e) corresponde à soma das espessuras do bloco de
concreto, do colchão de assentamento e da base, conforme figura abaixo:
Figura 01: Seção tipo de pavimento em Blocos de Concreto
Dimensionamento da Estrutura do Pavimento Parque Científico e Tecnológico de
Itajubá:
e
REJUNTAMENTO
BLOCOS DE CONCRETO
BASE
COLCHÃO DE ASSENTAMENTO
BLOCOS DE CONCRETO
SUBLEITO
Parâmetros para o dimensionamento:
p: 4,0 t;
Is: 8%.
Logo:
e=100+150√4 /28+5
e=24 cmComo o pavimento será executado com blocos de concreto de 6cm de espessura,
devidamente assentados sobre um colchão de assentamento de 4 cm de espessura,
determina-se a espessura da camada de base conforme a seguir:
H B=e−HBL−HCALogo:
H B=24−8−4
H B=12cm
Observação: Considerando-se que na execução do revestimento o bloco penetra cerca
de 2cm no colchão de assentamento, a favor de segurança, adotou-se como espessura de
base:
H B=15 cmDimensionamento da Estrutura do Pavimento da Avenida. Benedito Pereira Santos
Parâmetros para o dimensionamento:
p: 5,0 t;
Is: 7%.
Logo:
e=100+150√5/27+5
e=28cmComo o pavimento será executado com blocos de concreto de 8cm de espessura,
devidamente assentados sobre um colchão de assentamento de 4 cm de espessura,
determina-se a espessura da camada de base conforme a seguir:
H B=e−HBL−HCALogo:
H B=28−8−4
H B=16cmObservação: Considerando-se que na execução do revestimento o bloco penetra cerca
de 2cm no colchão de assentamento, a favor de segurança, adotou-se como espessura de
base:
H B=18 cmCalçadas das vias do Pavimento Parque Científico e Tecnológico de Itajubá:
Para as calçadas o pavimento será executado com blocos de concreto de 4,5cm de
espessura, devidamente assentados sobre um colchão de assentamento de 4 cm de
espessura e subleito regularizado, conforme figura abaixo:
8.3 CONCEPÇÃO E ESTRUTURAS DOS PAVIMENTOSA estrutura do pavimento ficou assim definida:
Parque Tecnológico Científico de
Itajubá
CARGA(t)
ISproj.(%)
PAVIMENTO – ESPESSURAS (cm)
BLOCOCONCRETO
(1)
COLCHÃOASSENTAM.
(2)
BASE (3)
TOTAL(Camadas)
(4)
TOTAL(Pavimento)
(5)
Avenidas, ruas, Traffic Calming e ciclovias
4,0 8 8 4 15 27 25
4,0 cm4,5cm
Calçadas 8 4,5 4 - 8,5 6,5
Av. Benedito Pereira Santos
5 7 8,0 4 18 30 28
Notas:
Bloco pré-moldado de concreto de cimento Portland com (fck > 35MPa);
Colchão de assentamento composto por areia grossa;
Base de solo estabilizado granulometricamente;
Total das camadas corresponde à soma das espessuras de execução das camadas do
pavimento;
Total do pavimento corresponde à espessura total do pavimento acabado.
8.4 ESPECIFICAÇÕES BÁSICAS DE MATERIAIS E SERVIÇOS
8.4.1 Blocos Pré-Moldados de Concreto de Cimento PortlandO pavimento será executado no Parque Científico e Tecnológico de Itajubá com Blocos
Pré-moldados de Concreto de Cimento Portland, de boa qualidade, devidamente
assentados sobre um colchão de areia. Para tanto deverão ser utilizados blocos de
concreto 10x20cm. A espessura e pigmentação dos blocos deverá seguir a especificação
de projeto conforme a PV-04 – Planta esquemática no item 4 anexos e demonstrada no
quadro a seguir:
Para o Av. Benedito Pereira Santos (Acesso a BR-383) o pavimento será executado
também com Blocos Pré-moldados de Concreto de Cimento Portland do tipo Blocos
Sextavados de Concreto com espessura de 8cm.
LOCALESPESSURA DO
BLOCO (cm)PIGMENTAÇÃO
Avenidas e ruas 8,0 Cinza Escuro
Calçada 4,5 Cinza claro
Ciclovias e travessias de
pedestres8,0 Vermelha
Ambos com resistência característica estimada à compressão (fck) maior ou igual
35MPa A resistência característica à compressão deve ser calculada de acordo com as
orientações da norma NBR 9780.
Antes da execução, os blocos devem ser inspecionados visualmente objetivando a
identificação de peças com defeitos que possam vir a prejudicar o assentamento, o
desempenho estrutural ou a estética do pavimento.
Para que a qualidade dos blocos seja garantida, é necessário que eles atendam às
especificações da norma NBR 9781.
8.4.2 Rejuntamento dos BlocosPara o rejuntamento dos blocos deverá ser utilizada areia fina de boa qualidade,
proveniente também do areal Itasul, Localizado as margens do rio Sapucaí e cumprir as
seguinte orientações da norma ABNT NBR 15.953:2011.
O material deverá cumprir as especificações da ABNT 7211 quanto à presença de
torrões de argila, materiais friáveis e impurezas orgânicas;
Ser aplicado em juntas com espessura de 2mm a 5mm entre as peças de concreto;
Recomenda-se que o material de rejuntamento esteja seco no momento da aplicação,
para facilitar o preenchimento das juntas, e que sua distribuição com granulométrica
atenda a faixa a seguir:
ABERTURA DA PENEIRA (ABNT NBR NM ISSO
3310-1)
PORCENTAGEM RETIDA EM MASSA
%
4,75mm 0
2,36mm 0 a 25
1,18mm 5 a 50
0,6mm 15 a 70
0,3mm 50 a 95
0,15mm 85 a 100
0,074mm 90 a 100
8.4.3 Colchão de Assentamento dos BlocosO colchão de assentamento dos blocos deverá ser constituída de areia e cumprir as
seguinte orientações da norma ABNT NBR 15.953:2011:
A umidade do material de assentamento deverá estar entre 3% e 7% no momento da
aplicação;
O material deverá cumprir as especificações da ABNT 7211 quanto à presença de
torrões de argila, materiais friáveis e impurezas orgânicas;
A camada de assentamento deverá ser uniforme e constante com espessura de 5cm, com
variação máxima de ±2cm, na condição não compactada ou conforme especificação de
projeto;
A dimensão máxima característica do material de assentamento deverá ser menor que 5
vezes a espessura da camada de assentamento já compactada.
Recomenda-se a distribuição com granulométrica enquadrada na faixa a seguir.
ABERTURA DA
PENEIRA (ABNT
NBR NM ISSO 3310-1)
PORCENTAGEM
RETIDA EM MASSA
%
6,3 mm 0 a 7
4,75mm 0 a 10
2,36mm 0 a 25
1,18mm 5 a 50
0,6mm 15 a 70
0,3mm 50 a 95
0,15mm 85 a 100
0,074mm 90 a 100
O colchão de assentamento com espessura de 4cm será de areia grossa proveniente do
areal Itasul, localizado as margens do rio Sapucaí. A estocagem do material deverá ser
feita sobre um piso firme ou lona para evitar a contaminação com solo natural.
8.4.4 ConfinamentosO pavimento intertravado deverá obrigatoriamente ter contenções laterais que evitem o
deslizamento dos blocos, seja pelos procedimentos de compactação durante a
construção seja pelo tráfego durante sua vida útil, mantendo a continuidade da camada
de blocos de concreto evitando a separação entre eles e a perda do Intertravamento.
O confinamento é, portanto, parte fundamental do pavimento intertravado externo, e
serão executados o confinamento externo em seu perímetro através de sarjetas e meios-
fios e o confinamento interno, que rodeia as estruturas que se encontram dentro dele
(bocas-de-lobo, canaletas, etc).
Deverão ser construídos antes do lançamento da camada de areia de assentamento dos
blocos de concreto, de maneira a colocar a areia e os blocos dentro de uma “caixa”, cujo
fundo é a superfície compactada da base e as paredes são as estruturas de confinamento.
8.4.5 Assentamento dos BlocosVale ressaltar que a execução dos blocos retangulares nas calçadas é possível adotar
qualquer tipo de alinhamento, que geram diversos posicionamentos aplicáveis.
Para as pistas de rolamento e ciclovias os blocos retangulares deverão ser colocados em
fileiras, estas deverão ser travadas da mesma maneira que os tijolos de uma parede e
ficar alinhadas transversalmente ao sentido do tráfego. Nas interseções com curvas ou
esquinas, o padrão de posicionamento deve ser “girado”, de modo que as fileiras fiquem
transversais ao fluxo das rodas.
Esta mudança se realiza a partir do corte preciso dos blocos ou com o uso de cordão
transversal de calçamento. Fileiras nunca são alinhadas com o eixo da via, conforme
podemos observar na figura abaixo:
Todos os serviços que envolvem a o detalhamento da execução do assentamento dos
blocos das camadas de rolamento deverão seguir as orientações da norma ABNT NBR
15.953:2011 e do “Boletim Técnico Nº 135” “Construção de Pavimentos de Blocos de
Concreto” da Associação Brasileira de Cimento Portland (ABCP/1999).
8.4.6 ImprimaçãoA acamada de base deverá ser imprimada com a finalidade de diminuir o mínimo de
vazios, para que não se perca muita areia no colchão de assentamento. A imprimação da
base deverá ser executada empregando-se asfalto diluído tipo CM-30 aplicado a uma
taxa de
cerca de 1,2l/m2, proveniente da refinaria de Paulínia(Replan)-SP ,. Deverá atender a
especificação de serviço DNIT 144/2010-ES – Imprimação.
8.4.7 Base de Solo Estabilizado GranulometricamenteA camada de base do pavimento das avenidas, ruas e ciclovias, com espessura de 16 cm,
será constituída de solo estabilizado granulometricamente e deverá ser compactada com
a energia de referência do Proctor InterModificado. A umidade deverá situar-se no
intervalo de -2% a +1% em relação à ótima, preferencialmente no ramo seco. Deverá
atender a especificação de serviço do DNIT 141/2010 – ES - Pavimentação - Base
estabilizada granulometricamente
O material a ser utilizado na execução da base será proveniente da cascalheira Ouro
Branco.
8.4.8 Regularização e Compactação do SubleitoO subleito deverá ser regularizado e compactado com a energia de referência do Proctor
Normal com desvio de umidade máxima, em relação à umidade ótima, de -2% no ramo
seco e +1% no ramo úmido e deverá atender a especificação de serviço DNIT
137/2010-ES - Regularização do Subleito.
Os materiais constituintes do subleito deverão apresentar ISC igual ou superior ao
adotado no dimensionamento do pavimento como representativo do subleito e, ainda,
expansão inferior a 2%.
Foram detectados através do estudo do subleito, solos que possuem materiais com ISC
inferior a 8% e/ou expansão ≥ 2%. O quadro a seguir, indica os locais de substituição do
material do subleito, onde a terraplenagem configura corte em uma profundidade não
menor que 60 cm, por materiais provenientes de área de empréstimo e/ou cortes que
atendam aos requisitos citados anteriormente.
LOCAIS DE SUBSTITUIÇÃO DO MATERIAL DO
SUBLEITO
RUA/AVENIDAESTACA ESPESSURA
(m)INICIAL FINAL
Avenida 01 12 14 0,60
Avenida 03 21 23 0,60
Rua B 4 6 0,60
Rua C 1 3 0,60
Rua F 8 10 0,60
Nos aterros em locais de solos saturados/compressíveis, conforme mencionado nos
estudos geotécnicos ressalta-se que o pavimento deverá ser executado o mais tardio
possível após a finalização dos mesmos, para melhor consolidação dos recalques.
8.5 QUANTITATIVOS DOS SERVIÇOS DE PAVIMENTAÇÃOApresentam-se a seguir as planilhas referentes aos quantitativos dos serviços de
pavimentação, a saber:
Resumo dos Quantitativos dos Serviços de Pavimentação;
Demonstrativo dos Quantitativos dos Serviços de Pavimentação.
8.6 DESENHOSApresentam-se a seguir a numeração dos desenhos do detalhamento do Projeto de
Pavimentação, que estão incluídos no Volume 2 – Projeto de Execução:
Desenho no VU-PR091/11-DE-06-001-A - “Projeto de Pavimentação - Seções
Tipo Avenidas”;
Desenho no VU-PR091/11-DE-06-002-A - “Projeto de Pavimentação - Seções Tipo
Ruas, acesso e Rotatórias”;
Desenho no VU-PR091/11-DE-06-003-A - “Projeto de Pavimentação - Seção Tipo
Avenida BPS (Acesso BR-383)”;
Desenho no VU-PR091/11-DE-06-004-A - “Projeto de Pavimentação – Detalhe
Construtivo”;
Desenho no VU-PR091/11-DE-06-005-A - “Projeto de Pavimentação – Planta
Geral”;
Desenho no VU-PR091/11-DE-06-006-A - “Projeto de Pavimentação – Jazida
Cascalheira Ouro Branco”;
Desenho no VU-PR091/11-DE-06-007-A - “Projeto de Pavimentação – Pedreira
Britasul”;
Desenho no VU-PR091/11-DE-06-008-A - “Projeto de Pavimentação – Pedreira
Mineração Mantiqueira”;
Desenho no VU-PR091/11-DE-06-009-A - “Projeto de Pavimentação – Areal
Itasul”;
Desenho no VU-PR091/11-DE-06-010-A - “Projeto de Pavimentação – Areal São
Jose”.
9 PROJETO DE SINALIZAÇÃO
9.1 INTRODUÇÃOO Projeto de Sinalização foi desenvolvido considerando-se o Projeto Geométrico e
obedeceu às determinações do Código de Trânsito Brasileiro, Anexo II – Revisão –
Resolução n.º 160/04 do CONTRAN; VOLUME I – Sinalização Vertical de
Regulamentação; VOLUME II – Sinalização Vertical de Advertência; VOLUME IV –
Sinalização Horizontal (Manual Brasileiro de Sinalização de Trânsito) 2007 e outras
publicações.
9.2 SINALIZAÇÃO HORIZONTALO Projeto de Sinalização Horizontal consistiu na determinação dos seguintes
dispositivos (marcações a serem feitas no pavimento):
Linhas de divisão de fluxos de sentidos opostos – LFO-1;
Linhas Simples Contínuas – LMS-1;
Linhas de Divisão de Fluxos de Mesmo Sentido – LMS-2;
Linhas de Bordo - LBO;
Linhas de Continuidade - LCO;
Linhas de Canalização - LCA;
Dispositivos de Canalização Permanente (Zebrados) - ZPA;
Linhas de Dê a Preferência - LDP;
Linhas de Retenção - LRE;
Símbolos - SIP;
Legendas - LEG;
Faixa de Travessia de Pedestres;
Ciclofaixa
Marcação de cruzamento rodocicloviário;
Setas.
9.2.1 Linhas de Divisão de Fluxos de Sentidos Opostos – LFO-1São as linhas longitudinais que regulamentam a separação dos fluxos de tráfego de
sentidos opostos, delimitando, na pista, o espaço disponível para cada sentido de
tráfego. Foram também utilizadas na ciclofaixa, junto à linha de retenção com uma
extensão de 15m cada.
Linha simples, contínua;
de cor amarela;
largura = 0,10 m;
A marcação desta linha será feita com os blocos de concreto de cor branca, conforme
projeto tipo, apresentado junto ao projeto de Execução.
9.2.2 Linha simples seccionada - LFO-2São linhas aplicadas sobre o eixo da rodovia, utilizadas para indicar os trechos onde são
permitidas as ultrapassagens de veículos nos dois sentidos de tráfego.
Cor: Amarela
Largura: 0,10m
Os espaçamentos (intervalos entre os traços) utilizados são com cadência 1:2 (2,0m
pintado e 4m de espaçamento), e serão empregados nos segmentos de cruzamento de
vias e na ciclofaixa.
A marcação desta linha será feita com os blocos de concreto de cor amarela, conforme
projeto tipo, apresentado junto ao projeto de Execução.
9.2.3 Linha Simples Contínua – LMS-1São as linhas longitudinais que regulamentam as situações em que são proibidas as
ultrapassagens e a transposição de faixa de trânsito, por comprometer a segurança
viária.
Linha simples contínua.
De cor branca.
Largura = 0,10 m
A marcação desta linha será feita com os blocos de concreto de cor branca, conforme
projeto tipo, apresentado junto ao projeto de Execução.
9.2.4 Linhas de Divisão de Fluxos de Mesmo Sentido – LMS-2São as linhas longitudinais que regulamentam a separação dos fluxos de tráfego de
mesmo sentido delimitando, na pista, o espaço disponível para cada sentido de tráfego.
Linha simples tracejada na relação 1:2, ou seja, 4,00 m de pintura e 2,00 m de intervalo.
De cor branca.
Largura = 0,10 m
A marcação desta linha será feita com os blocos de concreto de cor branca, conforme
projeto tipo, apresentado junto ao projeto de Execução.
9.2.5 Linhas de Bordo – LBOSão as linhas longitudinais utilizadas para delinear a parte da pista destinada ao
rolamento. Foram também utilizadas junto aos bordos da ciclofaixa.
Linha simples contínua;
Cor branca;
Largura = 0,10 m.
A marcação desta linha será feita com os blocos de concreto de cor branca, conforme
projeto tipo, apresentado junto ao projeto de Execução.
9.2.6 Linhas de Continuidade – LCOForam utilizadas a no prolongamento das linhas de bordo, para dar noção de
continuidade da faixa de tráfego.
Linha simples tracejada na relação 1:1, ou seja, 1,00 m de pintura e 1,00 m de intervalo;
De cor branca;
Largura = 0,10 m.
A marcação desta linha será feita com os blocos de concreto de cor branca, conforme
projeto tipo, apresentado junto ao projeto de Execução.
9.2.7 Linhas de Canalização – LCAForam utilizadas na interseção contígua aos obstáculos, distando destes lateralmente de
0,60 m, de forma a conduzir o tráfego com segurança.
Linha simples contínua;
Cor branca, quando o fluxo de veículos for de mesmo sentido, convergente ou
divergente.
Cor amarela, quando os fluxos forem de sentidos opostos.
Largura = 0,10 m.
Tipo de material: laminado elastoplástico retrorrefletorizado, na espessura de 1,50mm
9.2.8 Zebrado de preenchimento da área de pavimento não utilizável - (ZPA)Foram utilizadas na interseção à 45º em relação ao fluxo de tráfego nas aproximações
de canteiros e ilhas, na proporção de 1:3, ou seja:
Largura = 0,30 m e espaçamento de 0,90 m.
Cor branca, quando o fluxo de veículos for de mesmo sentido, convergente ou
divergente.
Cor amarela, quando os fluxos forem de sentidos opostos.
Tipo de material: laminado elastoplástico retrorrefletorizado, na espessura de 1,50mm
9.2.9 Linhas de Dê a Preferência – LDPSão as linhas transversais à via que indicam aos condutores que a preferência de
circulação está com os veículos da via onde se quer ter acesso.
Linha simples descontínua, com segmentos de 0,40 m de comprimento e intervalos de
igual tamanho.
De cor branca;
Largura = 0,40 m.
A marcação desta linha será feita com os blocos de concreto de cor branca, conforme
projeto tipo, apresentado junto ao projeto de Execução.
9.2.10 Linhas de Retenção – LRESão as linhas transversais à via utilizadas na interseção para indicarem aos condutores o
local limite em que deverão parar os veículos, caso isto lhes seja imposto pela
sinalização de controle de tráfego (placa “PARE”, ou semáforo). Foram também
utilizadas para sinalização nas ciclofaixas.
Linha simples contínua, com o comprimento igual à largura da faixa de rolamento ou a
ciclofaixa;
De cor branca;
Largura = 0,30 m.
A marcação desta linha será feita com os blocos de concreto de cor branca, conforme
projeto tipo, apresentado junto ao projeto de Execução.
9.2.11 SímbolosForam utilizados os seguintes símbolos:
“Dê a Preferência” – SIP, distante, no mínimo 2 m da linha de “Dê a Preferência”, para
indicar a iminência de interseção com via cujo direito de passagem é sempre prioritário
em relação ao da via em que se está circulando, acompanhada da placa de
regulamentação R–2 (Dê a Preferência).
De cor branca;
Comprimento = 3,60 m, conforme padrão determinado pelo CTB;
“Bicicleta” – SIC, símbolo indicativo de faixa de uso de ciclista, .
De cor branca;
Comprimento = 1,95 m, conforme padrão determinado pelo CTB;
Largura = 1,00m
Tipo de material: laminado elastoplástico retrorrefletorizado, na espessura de 1,50mm
9.2.12 LegendasFoi utilizada a legenda “PARE”, distante, no mínimo 2m da faixa de retenção, nos
cruzamentos da interseção, acompanhada da placa de regulamentação R–1 (Parada
Obrigatória).
De cor branca;
Comprimento = 1,60 m, para as vias, conforme padrão determinado pelo CTB;
Comprimento = 0,50 m, na ciclofaixa.
Tipo de material: laminado elastoplástico retrorrefletorizado, na espessura de 1,50mm
9.2.13 Faixa de Travessia de PedestresFoi utilizada para delimitar a área destinada à travessia de pedestres, regulamentando a
prioridade de passagem dos mesmos em relação aos veículos.
De cor branca;
Comprimento = 4,25 m, conforme projeto tipo apresentado no volume 2 – Projeto de
Execução;
A marcação desta linha será feita com os blocos de concreto de cor branca, conforme
projeto tipo, apresentado junto ao projeto de Execução.
9.2.14 Marcação de Cruzamento RodocicloviárioFoi utilizada para indicar ao condutor de veículo a existência de um cruzamento em
nível, entre a pista de rolamento e a ciclofaixa.
Linha simples descontínua, com segmentos de 0,40 m de comprimento e intervalos de
igual tamanho.
De cor branca;
Largura = 0,40 m.
A marcação desta linha será feita com os blocos de concreto de cor branca, conforme
projeto tipo, apresentado junto ao projeto de Execução.
9.2.15 SetasUtilizadas nas aproximações das interseções, nas saídas e nos ramos, ou seja, nos locais
onde houver mudança de faixa ou de direção.
De cor branca;
Comprimento = 5,00 m, conforme padrão determinado pelo CTB;
Tipo de material: laminado elastoplástico retrorrefletorizado, na espessura de 1,50mm
9.3 SINALIZAÇÃO VERTICALO Projeto de Sinalização Vertical constitui no posicionamento das placas de
regulamentação, de advertência e de indicação ao longo da rodovia.
9.3.1 Placas de AdvertênciaQuadrada:
Lado = 0,50 m;
Fundo na cor amarela;
Símbolo na cor preta;
Orla interna = 0,020 m, na cor preta;
Orla externa = 0,010 na cor amarela;
Altura = 2,40 m do solo.
9.3.2 Placas de RegulamentaçãoOctogonal:
Lado = 0,25 m;
Fundo na cor vermelha;
Orla interna = 0,040 m, na cor branca;
Orla externa = 0,020 m, na cor vermelha;
Letras na cor branca;
Altura = 2,40 m do solo.
Triangular:
Lado = 0,50 m;
Fundo na cor branca;
Orla = 0,150 m, na cor vermelha;
Altura =2,40 m do solo.
Circular:
Diâmetro = 0,50 m;
Fundo na cor branca;
Símbolo na cor preta;
Tarja = 0,100 m, na cor vermelha;
Orla = 0,100 m, na cor vermelha;
Letras na cor preta;
Altura = 2,40 m do solo.
9.3.3 Placas InformativasRetangular:
As placas de indicação de sentido e distâncias foram utilizadas para dar as informações
necessárias ao usuário nas aproximações da interseção e acessos. Seu dimensionamento,
posicionamento e padronização se basearam em:
Altura = 2,40 m do solo;
Altura das letras 0,175 m, na cor branca;
As dimensões horizontais devem variar em múltiplos de 0,10 m;
As dimensões verticais devem variar em múltiplos de 0,10 m;
Suas cores são: fundo verde e setas brancas;
Tarjas = 0,010 m, na cor branca;
Orla interna = 0,020 m, na cor branca;
Orla externa = 0,010 m, na cor verde.
9.3.4 Marcadores de perigoSão unidades afixadas em suportes a serem implantados em obstáculos.
Serão nas cores amarelo refletivo e preto fosco, devendo ser posicionados de acordo
com o fluxo que contorna o obstáculo. Suas dimensões são 0,30 x 0,90m.
9.4 APRESENTAÇÃO DO PROJETOO detalhamento do Projeto de Sinalização é apresentado no Volume 2 - Projeto de
Execução, abrangendo:
Planta (folha: SV-01 a SV-03);
Sinalização Horizontal (folha: SV-04 a SV-06);
Sinalização Vertical - Listagem (folha: SV-07 e SV-10);
Detalhes (folha: SV-11 e SV-12);
Quadro Resumo de Quantidades (folha: SV-13).
10 PROJETO DE ILUMINAÇÃO PÚBLICA
10.1 INTRODUÇÃOProjeto iluminação pública foi desenvolvido para atendimento às áreas de circulação
como, ou seja, avenidas, ruas e praças.
A rede projetada também disponibilizará energia para as edificações a serem
implantadas no instante inicial de implantação do empreendimento, sendo indicada a
rede desde o inicio da Avenida 1 passado pela área destinada ao prédio da Reitoria
(projeto elaborado pela UNIFEI) e se estendendo até o prédio do IRN (projeto
elaborado pela UNIFEI).
10.2 METODOLOGIAO projeto de iluminação publica objetivou dotar as vias de posteamento e luminárias
capazes de dar condições de utilização noturna do parque, nas avenidas, ruas e praças
(rotatória/ágora).
No presenta projeto é apresentada a planta com o caminhamento da rede subterrânea de
média tensão e a locação dos postes ao longo das vias projetadas. Tal projeto deverá ser
apresentado ã CEMIG (concessionaria de energia elétrica responsável em Itajubá) para
aprovação, conforme exigência do Edital.
10.3 APRESENTAÇÃOA seguir são apresentados os cálculos de dimensionamento das redes nos diversos trafos
e a planilha com a relação de materiais necessários a implantação do sistema de
iluminação pública das vias do parque.
As plantas do projeto, em numero de três, são apresentadas no Volume 2- Projeto de
Execução. As quantidades de matérias para implantação da rede de média e da rede de
baixa para o posteamento é apresentada no orçamento do projeto.
11 PROJETO DE RELOCAÇÃO DE SERVIÇOS PÚBLICOSNa área destinada ao projeto de implantação do Parque não existem redes ou dutos de
serviços públicos, tais como postes tubos e cabos, que necessitassem de uma relocação.
No projeto de adequação da avenida 1, no segmento hoje já implantado, defronte a sede
da Prefeitura Municipal até o ponto de tomada de energia para o parque, entre as estacas
5 e 37, existem 23 (vinte e tres) postes de iluminação da CEMIG que deverão ser
relocados para o canteiro central ou passeio lateral.
Por se tratar de rede pública a relocação será de responsabilidade da concessionária,
cabendo ao projeto do parque prever em planilha o custo dos serviços cobrados pela
mesma ou por empreiteiras que executam estes serviços para as concessionárias
(Energia elétrica, cabos de telefonia e outros).