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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PRÓ-REITORIA DE PLANEJAMENTO E DESENVOLVIMENTO DIRETORIA DE PROJETOS ESPECIAIS PROJETO A VEZ DO MESTRE MARKETING BANCÁRIO GIUSEPPE DELL’ ARMI ORIENTADOR: Prof. Marco Antônio Chaves Rio de Janeiro, Abr./2002

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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES

PRÓ-REITORIA DE PLANEJAMENTO E DESENVOLVIMENTO

DIRETORIA DE PROJETOS ESPECIAIS

PROJETO A VEZ DO MESTRE

MARKETING BANCÁRIO

GIUSEPPE DELL’ ARMI

ORIENTADOR:

Prof. Marco Antônio Chaves

Rio de Janeiro, Abr./2002

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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES

PRÓ-REITORIA DE PLANEJAMENTO E DESENVOLVIMENTO

DIRETORIA DE PROJETOS ESPECIAIS

PROJETO A VEZ DO MESTRE

MARKETING BANCÁRIO

GIUSEPPE DELL’ ARMI

Trabalho monográfico apresentado como requisito

parcial para a obtenção do Grau de Especialista em

Marketing no Mercado Globalizado.

Rio de Janeiro, Abr./2002

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Aos professores e funcionários da UCAM, em

especial ao “Projeto A Vez do Mestre.”

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A minha família, em especial aos meus filhos

Giovanni, Monique e Camila.

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RESUMO

A literatura atual tem apontado para a aplicação do marketing

individualizado, Sistemas de Informação de Marketing, Marketing de Relacionamento,

Tecnologia da Informação, Marketing de Serviços e Database Marketing como

possíveis práticas que podem auxiliar as instituições na busca do sucesso competitivo.

A escolha para estudar o Marketing de Relacionamento e Sistemas de Informação de

clientes em bancos comerciais, deve-se ao fato de se tratarem de organizações de

serviços, altamente intensivas em tecnologiada informação, nas quais o

relacionamento com clientes tem sua maior importância e onde existe alta

sensibilidade a soluções e resultados provenientes de sistemas, marketing e tecnologia

da informação. A presente pesquisa têm como objetivos analisar a relevância do

marketing de relacionamento em bancos comerciais, bem como verificar a importância

dos Sistemas de Informações de Clientes e Marketing para aumento dos negócios com

clientes existentes sob a ótica dos gerentes nos bancos comerciais. Para atingir esses

objetivos foi realizado um estudo bibliográfico.

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SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO .................................................................................................. 06 2. O CONCEITO DE MARKETING DE RELACIONAMENTO ........................ 08 2.1 Os benefícios do Marketing de Relacionamento ............................................... 13 2.2 Estratégias do marketing de relacionamento ..................................................... 15 3. APLICAÇÕES DO DATABASE MARKETING NAS INSTITUIÇÕES FINANCEIRAS ....................................................................................................... 22 3.1 Como o Database viabiliza o Marketing de Relacionamento ............................ 23 4. MARKETING BANCÁRIO ............................................................................... 29 5. CONCLUSÃO .................................................................................................... 33 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS .................................................................... 35 ANEXOS ................................................................................................................ 36

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1. INTRODUÇÃO

O trabalho aqui proposto tem como objetivo realizar uma reflexão sobre a

implementação do conceito de Marketing de Relacionamento como estratégia para

crescimento e desenvolvimento de negócios no setor financeiro no Brasil. Este setor

tem enfrentado grandes desafios desde o início do Plano Real em 1994, tendo buscado

alternativas para manter seus níveis de lucratividade e ao mesmo tempo criar soluções

criativas para as diversas necessidades dos clientes diante das constantes alterações do

cenário econômico do país. A nova ordem restringe às instituições financeiras a

obtenção de receitas advindas de artifícios próprios de uma economia inflacionária.

Com o objetivo de superar os novos desafios de mercado, as instituições

financeiras têm direcionado suas ações principalmente em três direções: (1) introdução

de produtos e serviços inovadores no portfolio ofertado, visando atrair novos clientes e

reter os clientes atuais; (2) administração da carteira de clientes com o objetivo de

incrementar as receitas; (3) reestruturação interna por meio de revisão de processos e

implantação de suporte tecnológico, visando melhor atendimento ao cliente e custos

menores.

Observando-se o direcionamento das ações gerenciais do setor, percebe-se

que a prática do Marketing de Relacionamento torna-se possível e fundamental para

enfrentar os novos desafios, principalmente por dois motivos: (1) o serviço prestado

por uma instituição financeira implica relacionamento prolongado que permite um alto

grau de interação empresa-cliente – entretanto, geralmente, as organizações não estão

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estruturadas para acrescentar valor continuamente para seus clientes a partir destas

interações; (2) As barreiras de mudança de fornecedor do serviço são baixas – um

cliente pode mudar facilmente de fornecedor caso esteja insatisfeito.

Justificam-se portanto, reflexões acadêmicas neste mercado, com o

objetivo de apoiar o setor na busca de alternativas produtivas de comercialização e de

relacionamento com os clientes.

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2. O CONCEITO DE MARKETING DE RELACIONAMENTO

O Marketing de Relacionamento enfatiza principalmente a necessidade de

um relacionamento a longo prazo com o mercado, em detrimento das práticas de

transações com objetivos de curto prazo, buscando a fidelização dos clientes.

Segundo Stone (2001:20),

“marketing de relacionamento é a utilização de uma ampla gama de abordagens de marketing, vendas, comunicação, serviço e atendimento ao cliente para identificar os clientes individuais de uma empresa, criar um relacionamento duradouro e vantajoso entre a empresa e os clientes que ela possui e gerenciar esse relacionamento para beneficiar os clientes e a própria empresa.”

Em grandes organizações a gestão do relacionamento com clientes já é uma

realidade. As companhias aéreas, por exemplo, desenvolvem programas de fidelidade

com sucesso. Nesses programas, os clientes acumulam pontos todas as vezes que

utilizam o serviço e recebem tratamento diferenciado e descontos especiais por isso.

Um exemplo isto é dado pela United Airlines através do seu Programa

Mileage Plus, os participantes do programa recebem um tratamento especial desde o

início, obtendo um cartão de sócio numerado. Cada sócio recebe relatórios freqüentes,

mostrando seu histórico de vôo, milhagem percorrida, bônus em milhas e o total de

milhas que se pode utilizar para ser transferido para melhor classe de passageiros e

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obter viagens grátis. Os participantes do Mileage Plus também têm acesso a um

número de telefone exclusivo para fazer suas reservas e recebem newsletters

freqüentes oferecendo viagens exclusivas e bonificações especiais. Se o participante

atingir os níveis superiores de milhas de vôo, é promovido ao status "premier", o que

lhe proporciona um número ainda maior de bônus e vantagens. Quanto mais o cliente

compra, maiores são as recompensas e incentivos para ele continuar comprando.

O exemplo citado demonstra que a satisfação do cliente não se resume à

aquisição de produto ou serviço, mas na sua avaliação contínua após a venda. Mais

ainda, ele espera que a empresa possa continuar prestando-lhe atendimento, e de

qualidade, mesmo após ter-se encerrado o processo de aquisição. Ou seja, a relação

entre uma empresa e seu cliente é para sempre: se isso não ocorre, ele tende a procurar

outros produtos, outras marcas, outros fornecedores.

O Marketing de Relacionamento parte deste princípio e desta constatação e

pratica o conceito de fidelização do cliente, investindo, prioritariamente, na

manutenção do cliente já conquistado, porém não descartando a conquista do cliente

potencial.

Embora conceitos de parceria e contratos de longo prazo já estejam sendo

praticados há bastante tempo principalmente no mercado industrial, a terminologia

Marketing de Relacionamento surgiu com Berry, na literatura de marketing de

serviços, em 1983. O autor reconhece a fidelização de clientes como forma de alcançar

maior competitividade das empresas e maior satisfação dos clientes.

Berry, citado por Bretzke (2000:45), definiu Marketing de Relacionamento

como “a atração, a manutenção e - em organizações multiserviços - o realce

(aumento) de relacionamentos com clientes”, enfatizando que a atração de novos

clientes deve ser vista como um passo intermediário no processo de marketing; a

solidificação do relacionamento cliente-empresa, a transformação de clientes

indiferentes em leais e servi-los é o que de fato é considerado marketing.

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Por algum tempo, o Marketing de Relacionamento foi considerado uma

abordagem que se referia somente às relações entre comprador e vendedor, por meio

das quais uma organização buscaria estabelecer, fortalecer e desenvolver relações de

longo prazo com clientes potenciais e atuais. Evans e Laskin, também citados citado

por Bretzke (2000:46), por exemplo, definiram o Marketing de Relacionamento como

“um processo onde a firma constrói alianças de longo prazo tanto com clientes atuais

e em perspectiva, de forma que comprador e vendedor trabalham em direção de um

conjunto comum de objetivos específicos”. Segundo os autores, para que estes

objetivos sejam alcançados, a empresa deve:

1. Compreender as necessidades dos clientes;

2. Tratar os clientes como parceiros;

3. Assegurar que os empregados satisfaçam as necessidades dos consumidores;

4. Prover os consumidores com a melhor qualidade possível às necessidades

individuais.

Entretanto, autores tais como McKenna (1993), dentre outros, alertaram

para outros relacionamentos relevantes para a oferta de valor aos clientes. Segundo

estes autores, o Marketing de Relacionamento deve, ainda, considerar todos os

relacionamentos que possam influenciar na satisfação dos clientes, tais como:

relacionamentos com fornecedores (fornecedores de bens e serviços, revendedores),

relacionamentos laterais (concorrência, organizações não lucrativas, governo)

relacionamentos internos (unidades de negócios, áreas funcionais, empregados), e

relacionamentos com compradores (intermediários e consumidores finais).

Um exemplo desse tipo de relacionamento é a atuação da Trellis (empresa

brasileira especializada em tecnologia de ponta para comunicação de dados) que

desenvolve uma atuação focada no cliente e não apenas no produto, através da

promoção de cursos de treinamento para as suas revendas, pois são estas que, no

momento da comercialização, respondem pelo contato direto com o cliente.1 Este

procedimento reforça o conceito de atuação da Trellis que homologa os seus produtos

1 www.trellis.com.br/press_releases/Marketing_de_Relacionamento.html

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no usuário final corporativo, passando a concretização do negócio para as revendas

participantes de seu processo de fidelização. Isto gera demanda no mercado e negócios

para revendas e distribuidores.

Sob este ponto de vista, para Hunt e Morgan (1995), citados por MacKenna

(1993), o “marketing de Relacionamento se refere a todas as atividades dirigidas a

estabelecer, desenvolver e manter as trocas relacionais de sucesso”.

Sheth, citado por Bretzke (1992:52) de forma bastante completa e concisa,

apresenta a seguinte definição: “Marketing de relacionamento envolve a criação e

distribuição de valor através da cooperação mútua e interdependência”.

A lógica da adequação da estratégia de Marketing de Relacionamento em

ambientes de grande turbulência como meio de buscar a fidelidade dos clientes, está na

disposição das empresas em aprender de forma contínua de seus clientes e realçar o

relacionamento com a oferta crescente de valor com base neste conhecimento.

A interação entre o Marketing de Relacionamento com o Marketing de

Serviço deve-se ao fato de que o relacionamento é um serviço prestado ao cliente e a

sua natureza interativa passa a ser a base para a oferta contínua de valor superior.

McKenna (1993:48) esclarece esta posição ao afirmar que o Marketing de

Relacionamento deve se apoiar no conhecimento e na experiência:

“O marketing baseado no conhecimento exige da empresa uma escala de conhecimento: da tecnologia pertinente, da concorrência, de seus clientes, das novas fontes de tecnologia que podem alterar o ambiente competitivo e de sua própria organização, recursos, planos e formas de fazer negócios” “O marketing baseado na experiência enfatiza a interatividade, a conectividade e a criatividade. Com esta abordagem, as empresas dedicam-se aos seus clientes, monitoram constantemente seus concorrentes e desenvolvem um sistema de análise de feedback que transforma essa informação sobre o

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mercado e a concorrência em uma nova e importante informação sobre o produto”.

Dessa forma, o Marketing de Relacionamento pressupõe, então, a

interatividade, a conectividade e a criatividade, para que o cliente realmente possa ser

parte da estratégia da organização no planejamento de produtos e serviços de valor em

um processo dinâmico e contínuo. Ações de marketing não comprometidas com o

feedback de mercado não estão alinhadas com a estratégia de Marketing de

Relacionamento. O feedback dos clientes desenvolve a capacidade dos

administradores de terem intimidade com o mercado, a ponto de poderem prever as

reações destes diante das mudanças ambientais.

No aspecto prático, o Marketing de Relacionamento se materializa por

meio das parcerias que são estabelecidas com clientes e com todos os agentes que

influenciam em sua satisfação, bem como através dos programas de relacionamento

sustentados por bancos de dados de marketing (database marketing), utilizando-se da

comunicação direta e interativa (malas diretas, telemarketing, computadores) para

acessar os clientes.

Segundo Ribeiro (1997), as ações táticas da prática do Marketing de

Relacionamento sustentadas em bancos de dados, permitem:

• Diálogo com o cliente através dos meios que se utilizam para o feedback, tais

como: a análise dos padrões de feedback e dos históricos de compras; implantação

de hot lines - os sistemas de atendimento ao consumidor: análise das cartas dos

clientes; pesquisas formais e informais.

• O aprofundamento na base de clientes. Programas de continuidade, de afinidade,

de aumento de volume de vendas, tais como: cross selling (venda cruzada) ou up

grade (intensificação do volume, valor ou freqüência da compra).

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• Trabalhar nichos de mercado com eficiência e lucro. Através das informações no

banco de dados é possível encontrar nichos de mercado e viabilizar a atuação nestes

nichos, vencendo a barreira do tamanho do mercado e a perda de economia de

escala.

• Maior controle sobre o Canal de Distribuição. Oferecendo melhores

informações sobre o público-alvo, permitindo melhorar a adequação da oferta.

• O marketing mais contabilizado. Trata-se da capacidade de mensurabilidade do

sistema e da capacidade de controle das variáveis que influenciam as respostas.

2.1 Os benefícios do Marketing de Relacionamento

Dentre os benefícios advindos do Marketing de Relacionamento para a

empresa, pode-se citar os seguintes resultados positivos: (1) maior qualidade de

produtos e serviços; (2) maior satisfação do cliente; (3) lealdade do cliente e (4) maior

lucratividade.

A maior qualidade de produtos e serviços é alcançada através do

conhecimento do valor demandado pelo cliente. A oferta de valor adequado leva à

maior satisfação e maior probabilidade para a manutenção de um relacionamento de

longo prazo. A lealdade, por sua vez, leva à maior lucratividade.

Berry destaca que o impacto da lealdade sobre a lucratividade deve-se não

somente à geração de maior receita por mais tempo, mas acontece também porque a

retenção de clientes custa menos do que conquistar novos clientes. O autor relata uma

pesquisa realizada por Reichheld e Sasser (1991), na qual os resultados mostram que a

redução da perda de clientes em 10% dobrou a média de duração do relacionamento

do cliente com a empresa de 5 para 10 anos e mais que dobrou o valor presente de

lucros cumulativos de $135 para $300. Se a taxa de perda de clientes declinasse para

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15%, a duração do relacionamento dobraria novamente e os lucros aumentariam em

75% - de $300 para $525 (citado por Bretzke, 2000:55).

McKenna (1993) destaca que a lealdade dos clientes resultante de um

relacionamento permite uma base maior de conhecimento do cliente. Com isto, é

possível alcançar maior lucratividade devido à possibilidade de maiores receitas com

transações futuras, custos menores das transações e até mesmo da venda da

informação.

Segundo o autor acima citado, as grandes receitas com transações futuras

resultam de:

• Aumento do número de transações

• Habilidade de vender unidades adicionais ou produtos complementares

• Habilidade de praticar preços mais elevados

• Habilidade de prover serviços customizados

Em contra-partida, os custos reduzidos de transações futuras, podem resultar

de programas de comunicação mais eficientes ou de uma distribuição mais eficiente:

estoques, entregas etc.

Assim, os benefícios do Marketing de Relacionamento para o cliente

consistem numa obtenção contínua ou periódica de serviços que são pessoalmente

importantes e customizados às suas necessidades; reduz o risco da compra, pelo fato

dos clientes já conhecerem o fornecedor; há por parte do cliente uma oferta de

benefício social, uma vez que estão recebendo um serviço personalizado; e, há um

maior bem-estar e qualidade de vida, devido a facilitação do processo decisório de

compra, principalmente quando se trata de situações tais como, adquirir um produto ou

serviço mais complexo, que envolvem o ego dos clientes ou riscos financeiros.

Dessa forma, o relacionamento é o fator-chave de sucesso para a

diferenciação da oferta no mercado, uma vez que a oferta de valor só é possível por

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meio do conhecimento adquirido. A estratégia de Marketing de Relacionamento,

portanto, possibilita a oferta contínua de valor superior, trazendo um grande potencial

de benefícios tanto para o fornecedor quanto para o cliente.

2.2 Estratégias do marketing de relacionamento

- Suporte à Força de Vendas

O Marketing de Relacionamento, como suporte à força de vendas, permite

aumentar a produtividade do vendedor, realizando para ele todas as atividades de

prospecção, apoio (ex: envio de informações para o cliente), liberando tempo para que

o vendedor se dedique ao trabalho de negociação e fechamento da venda.

As funções específicas do MKR como suporte à força de vendas são as

seguintes:

1. Fazer a prospecção de cliente potenciais, separando aqueles efetivamente

interessantes da enorme massa de compradores aparentes. Em outras palavras,

identificar os prospects entre os suspects.

2. Identificar todas as pessoas-chaves na cadeia decisória de compra do produto ou

serviço para atingi-los com informações que dêem seqüência ao processo de vendas.

3. Através da informatização e estruturação de um Database, acionar campanhas de

comunicação segmentada - através de comunicação dirigida (Mala Direta) ou

telemarketing - visando romper barreiras iniciais, fornecer argumentos básicos, fazer

uma pré-venda do conceito do produto/serviço e, acima de tudo, colocar o vendedor

em uma posição favorável perante o prospect já predisposto a iniciar a negociação.

4. Gerenciar o trabalho de vendas, pois ao qualificar o prospect através do MKR, a

empresa entrega para seus vendedores apenas as oportunidades realmente

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interessantes, tornando o esforço de vendas mais eficiente e controlável, impedindo

que boa parte dessa função de Marketing fique na dependência do estilo pessoal e da

sorte de cada vendedor. Isto é possível através da construção de algoritmos que

percorrem, o database.

5. Apoiar todo o processo de venda. Pois, com as informações contidas no database

sobre cada prospect - tais como decisores efetivos, comportamento de compra e perfil

da empresa, entre outras - o vendedor pode ser mais eficiente em todo o seu trabalho,

contando com excelente apoio do sistema de Marketing de Relacionamento para

agilizar até o fechamento da venda.

6. Possibilitar uma perfeita mensuração de resultados. Pela capacidade de

acompanhamento do sistema e o controle objetivo da ação do vendedor, a empresa

pode avaliar com precisão os resultados do trabalho de cada um e aferir a eficácia de

sua força de vendas como um todo.

- Geração de Leads

É uma das aplicações como maior potencial de crescimento, inclusive no

Brasil. Consiste numa série de ações que buscam gerar nomes qualificados para

revendedores e força de vendas.

"Nome qualificado" significa que o prospect respondeu a comunicação e

que está interessado no produto ou na informação que foi disponibilizada na

campanha.

O fator chave de sucesso é a estratégia de comunicação, que irá veicular a

mensagem certa, pela mídia mais pertinente, disponibilizando o meio de resposta mais

adequado para atingir o target objetivado, e assim obter a maior taxa de resposta

possível.

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O fator decisivo é a capacidade do banco de dados, de primeiramente

segmentar com precisão o mercado, e depois mensurar os resultados, proporcionando

uma forma de comparar e acompanhar o custo por nome gerado, a taxa de conversão, e

o custo total por unidade vendida, bem como o número gerado de nomes por mídia,

por tipo de oferta, por tipo de mensagem publicitária etc.

- Cross Selling

É a venda de outro produto (complementar ou não) a clientes ou

consumidores atuais de um determinado produto.

Através das ferramentas que dão suporte ao Marketing de Relacionamento,

são detectadas as necessidades e as oportunidades de venda:

• O Banco de Dados e sistemas de suporte à decisão permitem identificar

público-alvo, produto/necessidade;

• O telemarketing e a comunicação dirigida possibilitam a ativação e estímulo à

compra e meio de resposta.

Além disso, mensura-se o esforço realizado e aprofunda-se o conhecimento

sobre o comportamento de compra de dado público-alvo.

O Cross-selling aumenta a lucratividade do cliente durante o seu lifetime

value, que é o prazo médio em que o cliente trará lucro para a empresa através da

compra repetida ou pela compra de reposição.

- Vendas Diretas

A aplicação do Marketing de Relacionamento como canal de vendas (ativo

ou receptivo), fazendo parte dos canais de Marketing para venda e distribuição de

produtos e serviços têm sido bem sucedido no Brasil. O canal de Marketing tradicional

normalmente pode ter vários intermediários, entre o fabricante e o consumidor final,

diferente da venda direta. Nesta última, as duas principais funções do canal de

distribuição são:

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1. Como intermediário

2. Como agente facilitador

Como intermediário desenvolve as atividades de venda dos produtos,

assume os riscos da transferência de posse e concede o crédito. Nem todos os

intermediários assumem todas as funções.

Como agentes facilitadores, engloba a propaganda e promoção dos produtos

ou serviços, transporte e armazenagem, mas não necessariamente envolve diretamente

as transações entre compradores e vendedores. Facilitadores são essencialmente

prestadores de serviços, mais que agentes do canal.

Portanto, a estrutura voltada para vendas diretas cumpre as duas funções,

tanto como intermediária como facilitadora, pois transfere a posse do produto ou

executa o serviço, utilizando a propaganda para gerar uma resposta direta e imediata

pelo tipo de comunicação que estabelece com os clientes e consumidores.

As principais características do Canal de Venda Direta são:

• Imediatismo ("immediacy"): Significa que a comunicação de venda direta incita

para uma ação imediata, seja qual for a mídia, ou em último caso numa resposta

que capacita a perguntar por um pedido de compra na próxima comunicação.

Procurar persuadir para uma ação imediata, exibindo um meio de resposta, que

pode ser cartão resposta comercial, telefone (telemarketing receptivo), etc.

• Concentração: O uso das técnicas de database e segmentação de mercado

permitem concentrar os esforços de mídia em targets bem definidos obtendo

resultados melhores, que os que seriam alcançados com a propaganda tradicional,

que vende indiretamente pela alteração que promove na percepção, imagem e

atitudes dos consumidores e clientes.

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• Personalização: a personalização é um dos primeiros indícios da prática do

Marketing de Relacionamento, através do uso das técnicas de Database Marketing.

Isto significa, não só personalizar a carta colocando o nome do consumidor, mas

também segmentando o mercado-alvo e personalizando o produto e oferta (artifício

para levar à ação imediata), para determinados segmentos identificados como

homogêneos em relação a características sócio-demográficas, estilos de vida,

comportamento de compra etc.

• Mensurabilidade: A mensurabilidade é particularmente importante na aferição dos

resultados do canal de vendas, pois permite o teste. O teste pode ser realizado em

relação:

• Ao mix de mídia utilizado;

• À estratégia de comunicação;

• Ao tipo de oferta;

• Ao produto ou mix de produtos (principalmente no caso de catálogos).

E, neste caso, o uso das técnicas estatísticas em conjunto com o Banco de

Dados desempenham um papel decisivo para o sucesso da operação.O feedback

resultante da mensuração permite aperfeiçoar todos os componentes da campanha ou

canal, obtendo taxas de retorno cada vez maiores, bem como, detectar onde há

necessidade de promover mudanças ou não.

• Conveniência: A venda direta pelo correio ou telemarketing é altamente

conveniente, principalmente nesta década em que os estilos de vida estão mudando

e os consumidores estão buscando mais tempo para lazer e para os esportes.

- Promoção de Vendas

Através do Banco de Dados é possível segmentar a base de clientes

utilizando critérios como o FRVC (Freqüência, Recência, Valor e Categoria de

Produto). E assim, realizar promoções dirigidas, de acordo com a necessidade da

empresa (desova de estoques, etc) e o potencial de conversão do cliente. Além disso,

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pode-se "premiar" os melhores clientes com ofertas especiais, descontos diferenciados,

gerando satisfação, oportunidade e conveniência.

- Programas de Fidelização

Esses programas buscam através de campanhas de persuasão customizada,

construir e manter a fidelidade dos clientes e consumidores. A fidelização de clientes é

basicamente construída pelo relacionamento constante, diferenciado e personalizado

com os mesmos.

Exemplos de programas de fidelização podem ser encontrados nas

companhias aéreas com o "frequent flyer program", onde um plano de milhagem vai

concedendo vantagens progressivas recompensando o uso constante. Outro exemplo

são os programas do "comprador freqüente" desenvolvido por algumas lojas de

departamento, hotéis, locadora de automóveis etc. Estes, concedem descontos

diferenciados aos portadores de cartões, bem como promoções e descontos especiais

por volume e freqüência de compra ou utilização dos serviços.

O pressuposto de um programa de fidelização é de que 80% das vendas

repetidas vem de 20% da base de clientes, segundo Bob Stone. Todo o esforço de

segmentação, portanto, concentra-se em identificar esses 20% da base de clientes e

desenvolver uma série de atividades de relacionamento que mantém o cliente e

consumidor constantemente motivado a repetir a compra.

Dentro do contexto do Marketing de Relacionamento os Programas de

Fidelização, seja qual for a sua amplitude, são considerados de extrema importância na

construção de relacionamentos estáveis e duradouros.

A decisão de repetir a compra pode estar baseada em fatores objetivos e

subjetivos. A fidelização pode resultar de características intrínsecas e extrínsecas dos

produtos ou de valores. Nos dois casos a fidelidade se relaciona com a satisfação com

o produto ou seus atributos - essa satisfação pode ser real ou apenas uma percepção.

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Estimular a repetição da compra através de um círculo vicioso de desconto e

promoções, faz com que os consumidores comprem o produto ou serviço por razões

periféricas às qualidades dos mesmos. Para construir a fidelização é essencial entender

as necessidades, desejos e valores, pois constantemente a comunicação, nesse

contexto, deve reforçar a percepção sobre o produto ou serviço com a mensagem certa,

na hora certa.

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3. APLICAÇÕES DO DATABASE MARKETING NAS INSTITUIÇÕES

FINANCEIRAS

No mercado de informações intensivas atual, o sucesso das instituições

financeiras não dependerá apenas da extensão pela qual elas coletam informações

sobre seus clientes atuais, mas também da forma que usarão as informações coletadas.

As instituições financeiras que se relacionam de forma continuada vendendo seus

serviços tem a facilidade de coletar rotineiramente informações de seus clientes

adaptar-se-ão ao novo marketing de informação intensiva com relativa facilidade. Os

esforços de implantar o banco de dados de clientes serão recompensados pelo aumento

da lealdade dos mesmos.

O valor estratégico de uma informação está em considerá-la como

componente da vantagem competitiva. Essa importância estratégica da informação

reside no fato que:

1. Habilita a instituição financeira a criar valor extra para os clientes.

2. Possibilita a diferenciação do produto ou serviço no mercado.

A promessa de um banco de dados de clientes é muito grande. Os

concorrentes podem aumentar os gastos em propaganda, melhorar as taxas e aumentar

o número de agências, mas, se uma instituição implantou forte relacionamento com

seus clientes atuais baseada em banco de dados, é improvável que ela seja

imediatamente vulnerável.

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As instituições financeiras têm numerosas oportunidades para coletar

informações de seus clientes sem incorrer em custos elevados. O crescimento e

desenvolvimento de lealdade dos clientes pode obtido pela utilização da "escada de

lealdade". O modelo criado por Considine Raphael ensina que os clientes atuais e

potenciais devem subir uma escada ou dar passos em termos de intensidade de

lealdade em relação à empresa: passando de clientes prováveis, clientes potenciais,

experimentadores, repetidores de compra, a clientes fiéis e defensores (Gronroos,

1995).

Muito freqüentemente os bancos e seguradoras param no caminho, ficando

satisfeitas ao converter um cliente potencial em cliente da instituição. O valor real em

implantar um banco de dados de clientes é a vantagem de o mesmo proporcionar à

empresa condições de conduzir o cliente em sua escada de lealdade. Como o banco de

dados de clientes facilita a transformação de clientes potenciais em clientes rentáveis e

leais, ele é a única ferramenta para implementar a escada de lealdade.

3.1 Como o Database viabiliza o Marketing de Relacionamento

O banco de dados de clientes ajuda a implementar o Marketing de

Relacionamento de diversas maneiras:

• Os esforços de marketing tornam-se tanto mais eficientes como eficazes, porque a

instituição financeira está hábil para identificar seus clientes mais importantes e

daí, apresentar a eles a oferta, produto ou serviço adequado no tempo correto.

• A tecnologia de computador está equipada para administrar a vasta quantidade de

dados que a instituição necessita para interagir com seus clientes de maneira

verdadeiramente personalizada e rentável.

• Um "diálogo" verdadeiro pode ser mantido com clientes ao descobrir interações

contínuas, identificando mudanças no comportamento de compra, perfil de

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investimento e propensão a inadimplência e permitindo à instituição antecipar risco

e oportunidades futuras.

• O desenvolvimento de novos produtos é facilitado ao se conhecer o perfil da sua

base de clientes atuais e futuros, como ele satisfaz o cliente e quais as mudanças

poderiam resultar em maior aceitação do serviço ou produto.

Entretanto, esses benefícios levam a uma decorrente responsabilidade do

Marketing apoiado em banco de dados - repensar a maneira que conduz o negócio. O

plano de Marketing e os programas táticos devem ser totalmente reprojetados para

explorar propriamente o banco de dados.

- Benefícios Específicos

O banco de dados de clientes permite à instituição avaliar o valor de clientes

individuais de maneira nunca possível com o Marketing convencional. Três das mais

importantes mensurações são as seguintes:

• Determinação do lifetime value;

• Identificação dos custos de conquistar um novo cliente;

• Possibilidade do cliente "dar uma nota à instituição" e construir um "modelo de

relacionamento".

- Valor de Duração de um Cliente

A Estratégia de Marketing de Relacionamento está baseada na assumpção

de que o cliente tem long-term value . Portanto, a quantidade de esforço de marketing

e a verba alocada para a conquista e manutenção de um cliente está diretamente

relacionado com a estimativa do prazo médio em que o cliente trará lucro para a

instituição através do aumento do valor investido, tipo de produto comprado,

concentração dos negócios na instituição ou pelo uso intensivo dos serviços.

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Um dos resultados mais úteis de um banco de dados de clientes é a

habilidade de calcular o valor de duração de um cliente, que indicará quanto cada

cliente vale. Os procedimentos para calcular esse valor podem ser pragmáticos ou

envolver modelos estatísticos preditivos, que identificam os clientes mais rentáveis e

mais fiéis para então, determinar quais os segmentos que devemos prospectar ou

fidelizar o Database Marketing de forma lucrativa.

Para verificar qual o nível de investimento que trará o melhor retorno, deve-

se realizar refinados testes para determinar no que, em quem e quanto gastar com qual

produto, com que oferta, a que nível de taxas, e quanto devemos gastar na busca de

obter a primeira aplicação ou utilização, a sua repetição e para construir um

relacionamento de longo prazo com a lealdade à marca.

O primeiro passo é definir quais clientes devem ser considerados ativos. Os

clientes têm uma vida distinta, dependendo da instituição, desde sua primeira compra

até a última. O problema é que, embora uma primeira compra seja facilmente

identificada, a última de um cliente não é tão evidente. Mas o cliente em algum

momento vai parar de comprar os produtos ou serviços da instituição. Qualquer que

seja a razão - recebimento de serviço inferior, taxa insatisfatória, mudança da agência,

relacionamento com outra instituição etc. - chega um tempo em que o cliente não quer

mais ser cliente da instituição.

A definição de quem é um cliente ativo deve depender do tipo de cliente, do

tipo de produto considerado principal e do ciclo de compra deste produto. Mas, um

cliente que não movimenta a conta, que não utiliza o cartão de crédito, que está

diminuindo suas aplicações, sem motivo racional, já pode ser considerado em vias de

se tornar inativo e precisa ser incorporado numa campanha de retenção de clientes. É

da natureza humana tentar evitar a perda de um cliente, mas isso não deve servir de

propósito para alguém se iludir otimisticamente estendendo a definição de um cliente

ativo além de certo número de critérios que atendem este critério. Quanto mais tempo

um cliente permanecer fiel a uma instituição maior seu valor. Porém, fidelidade

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precisa ser traduzida em níveis crescentes de rentabilidade. O cálculo do valor de

duração estimula o cálculo do custo para conquistar um cliente.

- Análise de Rentabilidade

O conceito está relacionado com a estratégia de venda para cada segmento

de clientes. Depois de determinar o lifetime value do cliente irá se analisar qual o

portfólio de ações de venda ao longo do período de tempo em questão capaz de

garantir uma dada rentabilidade por cliente. Essa rentabilidade está diretamente

relacionada com a oportunidade de vendas que é buscada, do mesmo produto ou

produtos complementares, durante o período de tempo em que a instituição consegue

manter o cliente fiel à marca (lifetime). No caso da abertura da conta corrente pode-se

aumentar a lucratividade do cliente pela venda de outros produtos como cartão de

crédito, cheque especial, seguros diversos, produtos complementares etc. O

ferramental de Database Marketing irá permitir a mensuração de resultados efetivos de

cada Programa de Marketing por segmento e o teste de novas combinações de ações

(programas).

Além da mensuração do retorno do investimento, do número de conversões,

há que se considerar nesta análise o ganho em produtividade pois o uso do Database

Marketing proporciona a liberação de 60% do tempo do executivo da conta,

primeiramente para fechamento da venda e depois para o planejamento do

desenvolvimento do cliente e o atendimento pessoal diferenciado. Isto é, todo o

trabalho, é transferido para um sistema centralizado, que se responsabiliza por

identificar, qualificar (obter informações relevantes sobre ele), e criar através de ações

de comunicação, a predisposição no prospect para atender o executivo de contas ou

vendedor. As ações táticas e operacionais de suporte que, apesar de invisíveis para os

clientes, e que não servem para o processo decisório, permitem que a construção do

relacionamento seja mais eficaz e efetivo, podendo muitas vezes se constituir na

diferenciação da instituição em relação aos concorrentes. Esse aspecto é corroborado

por Zemke (1991) quando comenta que:

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"...porque os consumidores de hoje estão dispostos a pagar um extra para terem suas necessidades básicas satisfeitas de forma rápida e eficiente, e ficarão agradavelmente surpresos se forem tratados com um pouco de dignidade e respeito...Quando o cliente está satisfeito, realmente contente por estar fazendo negócio conosco, seremos bem-sucedidos e prosperaremos."

É nesse aperfeiçoamento da infra-estrutura de Marketing que podem surgir

oportunidades para redução de gastos, racionalização, melhoria na organização em

geral e aumento de produtividade.

- Criar valor para os clientes

As técnicas de segmentação de mercado do Database Marketing permitem

detectar e selecionar nichos de mercado, que são, inclusive, mais rentáveis que a

participação em grandes mercados. A vantagem de atuar em nichos de mercado,

primeiramente é a redução do poder de barganha dos clientes, pois normalmente a

concorrência é menor. Portanto a chance de se constituir no líder daquele nicho é

maior. Segundo, quando uma instituição foca os seus esforços mercadológicos em

determinados segmentos, pode atuar mais efetivamente em entender e atender às

necessidades daqueles clientes.

Em essência, o poder de barganha do cliente em termos de taxa se reduz

quando se cria um valor extra no produto ou serviço. Outra forma de aumentar o poder

de barganha da instituição, em relação a estrutura de agência e pontos de venda/

atendimento, é a utilização das técnicas de telemarketing, mala direta, e a Internet para

atender, vender e promover os seus produtos ou serviços. Assim atende-se às

necessidades diversificadas e em constante mudança dos seus clientes, sem incorrer

em custos não competitivos. Portanto, pode-se melhorar a posição competitiva através

da:

- Reduzir custos e taxas: com novas tecnologias da informação é possível reduzir o

custo de certas operações ao longo da cadeia de valores, e repassá-lo para o cliente;

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- Melhorar a conveniência: através de um sistema de pesquisa ou análise estatística,

determina-se para quem e que tipo de conveniência pode ser disponibilizado. Por

exemplo: o banco virtual, o sistema de agência de andar, o caixa eletrônico dos

bancos, a consulta a saldos, envio de talão de cheques a domicílio, o pagamento de

contas facilitado, etc.

- Oferecer serviços personalizados: conhecendo-se os hábitos de consumo e

comportamento de compra de clientes, pode-se oferecer serviços especialmente

desenvolvidos para atender a um tipo de cliente, e às suas necessidades. Exemplo

típico, encontra-se no Privat bank, que providenciam um atendimento diferenciado

disponibilizando um carro com motorista para levar o cliente ao banco, bem como a

administração do patrimônio desenvolvido em bases absolutamente pessoais. Além de

construir relacionamento para reduzir o poder de barganha e a negociação por taxas,

consegue-se fidelizar o cliente e aumentar a rentabilidade pela concentração da

operação do cliente na instituição.

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4. MARKETING BANCÁRIO

Atualmente, os bancos têm se preocupado cada vez mais em manter sua

base de clientes. Isto é, precisam ter clientes satisfeitos, porque as opções destes são

inúmeras. Para tanto, é necessário otimizar os investimentos em marketing. E, isto se

deve ao fato de que há algum tempo, a tecnologia permitiu que aos produtos

tradicionais se agregassem canais alternativos, amplos serviços de conveniência. Que,

num determinado momento, quer de hiperinflação quer de economia estável, na

tentativa de se entender quais são as alternativas, passou a ser dominante o desejo de

que o banco oferecesse ao cliente assessoria financeira, até chegar a uma parceria entre

o banco e seu cliente.

Dessa forma, os bancos precisam substituir a "orientação para o produto"

pela "orientação para o cliente", procurando conhecer o cliente individualmente, suas

expectativas, os produtos que ele deseja e a forma como ele opera com o banco.

Porque há os clientes que se contentam com a rede de caixas eletrônicos e com o

banco por telefone, que são um pouco desatualizados em matéria de microcomputador

e gostam de contatar o banco pela rede eletrônica. E há outros – e são muitos – que

requerem um atendimento personalizado. Nesse campo, o banco possui duas formas de

chegar a esse conhecimento do cliente. Uma é por meio da tecnologia da informação,

que nos permite acumular dados sobre ele, em função das transações que faz no nosso

banco, do momento em que ele se acha em sua vida, de suas características, de sua

faixa de renda. Mas há uma segunda forma: a migração da orientação para produtos

para orientação para o cliente. O cliente relaciona-se com o banco em cima de algumas

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variáveis. O produto é uma delas – queremos ter produtos bons, que atendam aquilo

que o cliente quer. O preço é importante. A embalagem, também. Hoje, os bancos

brasileiros estão indo buscar um selo de qualidade para seus produtos e serviços, por

meio da certificação ISO. Essas formas de relacionamento do cliente com o banco são

absolutamente interligadas.

Dessa forma, o marketing faz parte do processo de planejamento estratégico.

Ele representa uma filosofia fundamental, onde a administração reconhece que o banco

deve estar alinhado com o mercado, adotando estratégias para atender às necessidades

dos clientes. Tem-se, então, o marketing de relacionamento, enfatiza principalmente a

necessidade de um relacionamento a longo prazo com o mercado, em detrimento das

práticas de transações com objetivos de curto prazo, buscando a fidelização dos

clientes.

Um exemplo, é o caso do Unibanco. O Unibanco é uma das maiores

instituições financeiras brasileiras. Possui em torno de 1.000 pontos de venda,

incluindo agências, ISB e PAB’S, um patrimônio de US$12 bilhões de dólares e lucro

líquido de 1,2 bilhões de dólares. Dentre outras unidades de negócio, possui a Divisão

Unibanco Corporate, que tem como clientes empresas com faturamento anual

superior a US$ 20 milhões de dólares. Esta divisão pretendia aumentar o

volume de negócios e a receita, e para isso precisava de uma estratégia de

marketing inovadora e que diferenciasse o Unibanco dos demais concorrentes.

Para atingir esse objetivo, o Unibanco iniciou um projeto de

Marketing de Relacionamento. Pretendia com esta estratégia estabelecer um

envolvimento produtivo e que em cada contato fosse possível oferecer mais

valor para os clientes, bem como reforçar o posicionamento da divisão como

um banco corporativo que se importa com seus clientes e provê serviço

personalizado por meio de especialistas que têm mais a oferecer além de

informação sobre produtos financeiros. Antes de tudo, o Unibanco seria um

Banco que se importa com o sucesso do negócio do cliente.

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A partir deste conceito, lançou três linhas de ações. A primeira

atividade, a Biblioteca Unibanco, um conjunto de informações composto de

fitas de vídeo, livros e publicações mensais, cujo objetivo era aumentar o

reconhecimento da instituição nos níveis hierárquicos mais altos dos clientes

corporativos, tais como os Presidentes e Diretores Financeiros. Esta ação

visava também criar um vínculo entre o banco e o cliente, a partir da suposição

de que passariam a buscar, constantemente, informações úteis para o seu

negócio na Biblioteca Unibanco.

A segunda linha de ação visava aumentar as receitas junto aos clientes

atuais. Para isso, foi criado um software para cada produto do Banco, chamado

Simulador de Produtos, através do qual o gerente de conta em suas visitas

podia mostrar os benefícios de cada produto do Unibanco, simulando os

resultados, e ainda permitia comparações com o desempenho de produtos das

instituições financeiras concorrentes.

O terceiro ponto do relacionamento com os clientes foi o Sistema de

Atendimento ao Cliente (telemarketing), onde os clientes poderiam pedir o

material da Biblioteca Unibanco, tirar dúvidas, dar sugestões e ainda agendar

visitas dos gerentes de contas. Este canal aberto de comunicação também seria

utilizado para pesquisas de satisfação.

Todas as ações foram suportadas por um banco de dados de marketing

com informações relevantes sobre cada cliente, o que permitia oferecer os

produtos mais adequados às suas necessidades.

A criação de um relacionamento duradouro com o cliente, apoiado por

sistemas de informação, promove um elo subjetivo que une este cliente à organização.

Assim, pode-se posicionar mais adequadamente a empresa, seu pessoal e seus

produtos na mente do cliente, gerando um diálogo de mão dupla, que, se bem

administrado, migrará para a fidelidade e se possível uma "amizade", onde ambos

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confiam e acreditam uns nos outros. A organização pode conhecer o cliente, qualificá-

lo e comunicar-se com ele com mensagens que o interessam, demonstrando atenção e

preocupação. O cliente por sua vez, pode esperar que suas compras, sugestões e

reclamações sejam respondidas, recebendo um “feedback” ativo. Para obter um grande

volume de clientes, faz-se necessária uma memória bem grande e sistemas que

permitam gerenciar bases de milhares de clientes, conhecê-los e acompanhá-los

individualmente. Consegue-se isso com a ajuda de sistemas de informação e

computadores, que contenham em seus programas uma "inteligência de marketing"

que apóie, suporte ou mesmo atue como instrumento ativo de marketing.

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5. CONCLUSÃO

Atualmente, as tecnologias de informação vem sendo aplicadas por

organizações para gerar um diferencial mercadológico, aprimorando os serviços e

produtos, inclusive expandindo seu conceito, e assim gerar vantagens competitivas em

seu macroambiente de marketing.

Com o desenvolvimento tecnológico, a cada dia surgem novas

oportunidades para se aperfeiçoar e gerar benefício aos clientes e às organizações. A

revolução recentemente iniciada com a explosão do uso da Internet é um exemplo. As

instituições bancárias em especial são o tipo de organização em que este fato mais se

comprova, se comparadas com a indústrias e outras empresas de serviços. Os bancos

devem saber se beneficiar com o desenvolvimento da tecnologia de informação,

utilizando-a como uma estratégia de negócios de modo a gerar um diferencial

competitivo em relação aos seus concorrentes.

A “excelência” nos serviços é um fator importante para a criação de um

relacionamento duradouro com o cliente, que é a base do Marketing de

Relacionamento. Esta proximidade com o cliente é caracterizado pelo lado interativo

do processo de marketing, visando relações de longo prazo. Já o Marketing

Transacional é aquele voltado para a venda (transação) e o curto prazo. Desse modo,

as organizações podem centrar suas ações de marketing mais no relacionamento

(atendimento, interação, e estabelecimento de relações de longo prazo) ou mais na

transação (características do produto, preço, promoção de vendas).

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Cabe relembrar que, desde o início dos tempos, donos de estabelecimentos

comerciais (exemplo: um armazém) praticavam Marketing de Relacionamento com

seus clientes, buscando conhecer, suas necessidades e desejos. Muitas vezes, esses

comerciantes surpreendiam seus clientes com agrados ou mesmo ofertas

personalizadas. Também trabalhavam variáveis transacionais, baixando os preços e

buscando novos produtos e marcas. Hoje, em grandes organizações, com milhões de

clientes, como é o caso de dezenas de bancos brasileiros, é impossível conhecer cada

cliente, seu comportamento de compra e preferências, como conhecia o dono do

armazém, sem o uso da tecnologia da informação.

As tecnologias da informação aparecem como capacitadores de um

marketing diferente, no qual novas maneiras de comunicação com o cliente surgem,

seja na agência bancária ou em qualquer lugar do planeta.

A criação de um relacionamento duradouro com o cliente, apoiado por

sistemas de informação, promove um elo subjetivo que une este cliente à organização.

Assim, pode-se posicionar mais adequadamente a empresa, seu pessoal e seus

produtos na mente do cliente, gerando um diálogo de mão dupla, que, se bem

administrado, migrará para a fidelidade e se possível uma "amizade", onde ambos

confiam e acreditam uns nos outros.

A organização pode conhecer o cliente, qualificá-lo e comunicar-se com ele

com mensagens que o interessam, demonstrando atenção e preocupação. O cliente por

sua vez, pode esperar que suas compras, sugestões e reclamações sejam respondidas,

recebendo um “feedback” ativo. Para obter um grande volume de clientes, faz-se

necessária uma memória bem grande e sistemas que permitam gerenciar bases de

milhares de clientes, conhecê-los e acompanhá-los individualmente. Consegue-se isso

com a ajuda de sistemas de informação e computadores, que contenham em seus

programas uma "inteligência de marketing" que apóie, suporte ou mesmo atue como

instrumento ativo de marketing. Assim, poderá equacionar-se a questão.

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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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ANEXOS