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UMA ANÁLISE RESPEITOSA DO LIVRO OS FATOS SOBRE O Sétimo Dia DE GORDON LINDSAY 1 1

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Análise Critica da Obra de Gordon Lindsay acerca do Quarto Mandamento da Lei de Deus.

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Page 1: Uma Análise Respeitosa So Libro Os Fatos Sobre o Sétimo Dia

UMA ANÁLISERESPEITOSA

DO LIVRO

OS FATOS SOBRE

O Sétimo Dia

DE GORDON LINDSAYPor

Ângelo Gabriel da Silva

1

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ANGELO GABRIEL DA SILVA

UMA ANÁLISERESPEITOSA

DO LIVRO

OS FATOS SOBRE

OSétimo Dia

DE GORDON LINDSAY1ª EDIÇÃO

ADOS

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DEDICAÇÃO

Á todos os que procuram uma resposta para suas perguntas geradas pelo desejo sincero de servir a Deus.

Uma palavra aos leitores

O presente opúsculo é resultado do amor que tenho por meus irmãos de outros credos, porém da mesma fé. Tomando conhecimento do livro do Irmão Gordon, lendo-o, percebi que muita coisa apresentada nele carecia de explicação pois estava muito longe de ser a verdade, tanto do ponto de vista histórico quanto teológico; a respeito de quem são e do que crêem os Adventistas. A própria pessoa que o apresentou a mim, crendo serem estas as verdades finais sobre o assunto precisava ler os fatos como são, e não como apresentado no dito livro. Por isto resolvi apresentar o outro lado, que aqui aparece na forma deste livreto.Queremos deixar claro que nós adventistas não cremos na salvação pelas obras, nem pela Lei. Mas somente pela graça de Cristo. Os estudiosos que já se aproximaram de nós sem preconceitos e investigaram o que realmente ensinamos chegaram automaticamente a essa conclusão. ficaremos felizes se você, querido leitor puder descobrir esta verdade.

O Autor.

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ÍNDICE

Prefácio-------------------------------------------------------------------------------------------------------------------- 5

Introdução------------------------------------------------------------------------------------------------------------------6

A Verdadeira Breve História do Moderno Movimento do Sétimo Dia -------------------------------------------7

Alguns Fatos Sobre O Sábado que o Irmão Gordon Ignorou------------------------------------------------------9

Os Crentes do Novo Testamento Adoravam No Dia do Senhor ou No Primeiro dia da Semana? ----------14

O Sábado do Judeu foi Abolido? E Judeu tem Sábado? -----------------------------------------------------------28

Questionando a Resposta a Algumas Objeções Sobre o Culto no Domingo-------------------------------------54

Bibliografia----------------------------------------------------------------------------------------------------------------71

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INTRODUÇÃO

Os que se lançam na tarefa inglória de combater as doutrinas bíblicas defendidas e pregadas pelos adventistas a mais de um século e meio, tem tido sempre, grande dificuldade em apresentar os fatos como eles realmente são a respeito do que cremos. Sobre isto já dizia com muita propriedade e de forma insuspeita por não ser um Adventista, o Dr. Geoffrey Paxton

“Os adventistas do sétimo dia têm sido muito mal compreendidos. As razões para tanto são, sem dúvida, complexas. Mas sejam quais forem as razões, permanece o fato de que a maioria dos críticos do adventismo deixa de alcançar o cerne da questão. Os adventistas têm tido dificuldade de se reconhecer nessas análises .A impressão de que o adventismo do sétimo dia é pouco melhor do que uma seita não-cristã não resiste a um exame sério. Os adventistas crêem na Santíssima Trindade, na divindade de Cristo, no nascimento virginal, vida sem pecado e sacrifício expiatório de Cristo sobre a cruz, na sua ressurreição corpórea e ascensão à destra do Pai. Este não é um credo de uma seita não-cristã. Alem disso, os adventistas do sétimo dia crêem na salvação pela graça mediante a fé somente, tão ardorosamente quanto o crê a maioria dos evangélicos. Crêem na santificação pela posse do Espírito Santo e no breve retorno de Jesus Cristo, em grande poder e gloria. Não, seja o que for que pensemos sobre essa ou aquela doutrina “particular” adventista temos que reconhecer o movimento como sendo CristãoAlega-se, às vezes, que os adventistas do sétimo dia pregam a salvação pela guarda do sábado . Em meus contatos com eles jamais ouvi tal coisa. Os adventistas não crêem que são aceitos por Deus por guardarem o sábado mais do que por praticarem a monogamia!... ...Na verdade, quando considerada à luz das verdadeiras reivindicações adventistas, essa acusação se revelará improcedente.” 1 (destaque em negrito nosso, exceto na palavra Cristão.) a forma como aparecem distorcidas nossa história e crenças torna realmente difícil nos reconhecermos nelas. Por isso decidimos que a verdade quanto ao que foi dito no livro “Os Fatos Sobre O Sétimo Dia” deve ser entregue entregue aos leitores para que eles possam comparar os verdadeiros fatos sobre o Sétimo Dia. O que pretendemos nesse trabalho portanto, é analisar cada capítulo do referido livro e mostrar as coisas como elas realmente são; sem nenhum ressentimento contra o irmão Gordon ou à minha querida Irmã, (Viúva do meu saudoso amigo, Pastor José Francisco), Missionária Climene Paizante, que o apresentou a mim. Considero portanto este trabalho, como um trabalho de amor, e o realizo profundamente movido por este sentimento. Não pretendo ser original na apresentação das verdades aqui exaradas porque entendo que o que já foi dito de forma clara eu não preciso reapresentar em outras palavras só com o fim parecer que sou o originador delas, não. Por isto o leitor verá que o que fiz foi organizar o conteúdo de outros escritores de forma que fosse dada uma resposta clara a cada afirmação do Irmão Gordon. Os grandes auxiliares que emprestaram seus dons para este mister foram os irmãos Lourenço Gonzáles, Arnaldo B. Christianini, Mario Feller, o anônimo preparador do dossiê sobre o sábado, e demais amigos que colaboraram fazendo o site em defesa da fé, de onde colhi boa parte dos referidos materiais. A todos, meus sinceros agradecimentos.

_____________________ 1 Geoffrey Paxton, O Abalo do Adventismo pp.13,14

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CAPÍTULO 1VERDADEIRA BREVE HISTÓRIA DO MODERNO

MOVIMENTO DO SÉTIMO DIA

Fazendo uma justa ressalva de que a história apresentada no livro do nosso irmão Gordon não trata do movimento adventista e sim do Milerita passamos a apresentar a verdadeira história deste movimento e sua ligação com aquele.

História da Igreja Adventista do Sétimo Dia

“Em apenas um século e meio a Igreja Adventista do Sétimo Dia tem crescido de um punhado de pessoas, que diligentemente estudaram a Bíblia em procura da verdade, para uma comunidade mundial de mais de dez milhões de membros e, outros milhões, que consideram a Igreja Adventista seu lar espiritual. Doutrinariamente, os Adventistas do Sétimo Dia são herdeiros do supradenominacional movimento Milleriano da década de 1840. Embora o nome “Adventista do Sétimo Dia” tenha sido escolhido em 1860, a denominação não foi oficialmente organizada até 21 de maio de 1863, quando o movimento incluía cerca de 125 Igrejas e 3.500 membros.

Entre 1831 e 1844, William Miller - um pregador Batista e ex-capitão de exército da guerra de 1812 - lançou o “grande despertar do segundo advento” o qual eventualmente se espalhou através da maioria do mundo cristão. Baseado em seu estudo da profecia de Daniel 8:14, Miller calculou que Jesus poderia retornar a terra em 22 de outubro de 1844. Quando Jesus não apareceu os seguidores de Miller experimentaram o que veio a se chamar “O grande Desapontamento.” Por esta época Miller declarou: "Embora... duas vezes desapontado, eu não estou abatido ou desencorajado... estou entristecido com os inimigos e zombadores, mas minha mente está perfeitamente calma, e minha esperança na vinda de Cristo, mais forte do que nunca." a) Miller tinha feito o que sentira ser seu dever.

b) E ainda disse: "Mantenham-se firmes, não permitam que nenhum homem tome sua coroa. Eu fixei em minha mente em outro tempo, e aqui eu permaneço, até que Deus me dê mais luz - e este dia é hoje, hoje e hoje, até que Ele venha".

A maioria dos milhares que haviam se juntado ao movimento, saiu em profunda desilusão. Uns poucos no entanto, voltaram para suas Bíblias para descobrirem porque eles tinham sido desapontados. Logo eles concluíram que a data de 22 de outubro tinha na verdade estado correta, mas que Miller tinha predito o evento errado para aquele dia. Eles se convenceram que a profecia bíblica previa não o retorno de Jesus à Terra em 1844, mas que Ele começaria naquela data um ministério especial no céu para Seus seguidores. Assim, eles continuaram a esperar pelo breve retorno de Jesus, como fazem os Adventistas do Sétimo Dia ainda hoje.

Deste pequeno grupo que se recusou a desistir depois do “grande desapontamento” surgiram vários líderes que construíram a base do que viria a ser a Igreja Adventista do Sétimo Dia. Destacam-se dentre estes líderes um jovem casal - Tiago e Ellen White - e um capitão de navio aposentado, José Bates.

Este pequeno núcleo de “adventistas” começou a crescer - principalmente nos estados da Nova Inglaterra na América do Norte, aonde o movimento de Miller havia começado. Ellen White, apenas uma adolescente na época do “grande desapontamento”, desenvolveu-se em uma dotada escritora, oradora e administradora, se tornando, e permanecendo, a conselheira espiritual de confiança da família Adventista por mais de 70 anos até sua morte em 1915. Os primeiros Adventistas vieram a acreditar - como têm os Adventistas desde então - que ela desfrutou da direção especial de Deus enquanto ela escrevia seus conselhos para o crescente grupo de crentes.

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Em 1860, em Battle Creek, Michigan, EUA, um punhado de congregações de Adventistas escolheram o nome Adventista do Sétimo Dia e em 1863 organizaram formalmente o corpo da Igreja com um número de 3.500 membros. No princípio, a atuação foi em grande parte limitada a América do Norte, até 1874 quando o primeiro missionário da Igreja, J.N. Andrews, foi enviado para

Suíça. A obra na África foi iniciada timidamente em 1879 quando Dr. H.P. Ribton, um recente converso na Itália, se mudou para o Egito e abriu uma escola, mas o projeto terminou quando tumultos começaram a surgir nas vizinhanças. O primeiro país cristão não-protestante a receber a Igreja foi a Rússia, aonde um ministro Adventista foi enviado em 1886. Em 20 de outubro de 1890, a escuna Pitcairn foi lançada em São Francisco e logo designada para levar missionários para as ilhas do Pacífico. Missionários Adventistas do Sétimo Dia entraram pela primeira vez em países não-cristãos em 1894 - Costa Dourada (Gana), oeste da África, e Matalbeleland, África do Sul. No mesmo ano missionários vieram a América do Sul, e em 1896 havia representantes no Japão. A Igreja hoje tem atuação estabelecida em 209 países.

A publicação e distribuição de literaturas foram os principais fatores no crescimento do movimento do Advento. A Advent Review e o Sabbath Herald (hoje Adventist Review), órgão geral de comunicação da Igreja, foram lançados em Paris, Maine, em 1850; o Youth’s Instructor em Rochester, Nova Iorque, em 1852; e o Signs of the Times em Oakland, Califórnia, em 1874. A primeira casa publicadora denominacional em Battle Creek, Michigan, começou a operar em 1855 e foi devidamente incorporada em 1861 com o nome de Associação de Publicação Adventista do Sétimo Dia. O Instituto de Reforma da Saúde, conhecido mais tarde como Sanatório Battle Creek, abriu suas portas em 1866, e a obra da sociedade missionária foi estabelecida a nível estadual em 1872, e 1877 viu a formação das Associações das Escolas Sabatinas em todo o estado. Em 1903, a sede da denominação se mudou de Battle Creek, Michigan, para Washington, D.C., e em 1989 para Silver Spring, Maryland, aonde ela continua a formar o nervo central do trabalho sempre em expansão.” Dossiê obre o Sábado - http://www.emdefesadafe.com/index1.htm - 12.08.02

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CAPÍTULO 2ALGUNS FATOS SOBRE O SÁBADO QUE O IRMÃO GORDON IGNOROU

1) O irmão Gordon afirma baseado em Canright que todos os dez mandamentos são repetidos no NT menos o sábado. será? E todos os textos e exemplos que aparecem no NT deixaram de existir? E Mateus 24:20 onde Jesus aconselha seus discípulos a orar para que não tenham que fugir num dia de sábado, e assim transgredi-lo na destruição de Jerusalém, deixou de ter valor?

Nosso irmão ao apresentar os fatos sobre o sábado neste segundo capitulo de seu livro deixou de apresentar muita coisa que julgamos necessária, para ser considerado verdade tudo que ele falou. Existem 59 textos no NT tratando do sábado e numerosos no VT dos quais alistaremos alguns tanto no VT como no NT para que o leitor possa analisar.

livro Algumas citações VezesGênesis 2:23 1Êxodo 16:5, 16:22-30, 20:8-11 (na Lei), 23:12, 31:13-17 (sinal), 34:21 e

35:2-37

Levítico 16:30-31, 19:3, 19:30, 23:3, 23:32, 23:37-38, 24:8, 25:1-7, 26:2, 26:34-35 e 26:43

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Números 15:32-36, 28:9-10 e 28:25 3Deuteronômio 5:12-15 (Lei) e 16:8 21o Crônicas 23:31 12o Crônicas 2:4, 8:12-13, 23:4, 23:8, 31:3 e 36:21 6Neemias 9:14, 10:31, 10:33, 13:15-22 4Isaías 1:10-17, 56:1-8, 58:13-14 (o dia do Senhor) e 66:22-23

(guardado na eternidade)4

Jeremias 17:19-27 1Lamentações 2:6 1Ezequiel 20:12-13 (sinal do povo de Deus), 20:16, 20:19-21

(sinal do povo de Deus), 20:23-24, 22:8, 22:26, 23:38-39, 44:24, 45:17, 46:1, 46:3-4, 46:12

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Oséias 2:11 1Amós 8:4-7 1Mateus 12:1-8, 12:9-14, 24:20 (tempo da destruição de Jerusalém ) e

28:14

Marcos 1:21-31, 2:23-28, 3:1-6, 6:2-6, 15:42-47 e 16:1-8 6Lucas 4:16-21, 4:31-32, 6:1-5, 6:6-11, 13:10-17, 14:1-6 e 23:54-56 (não

foi quebrado nem para sepultar a Jesus)7

João 5:2-18, 7:22-24, 9:13-34 e 19:31 4Atos 1:12, 13:14-15, 13:27, 13:42, 13:44, 15:21,16:13, 17:2-3 e 18:4 9Colossenses 2:16-17 1Hebreus 4:1-13 1Apocalipse 1:10 1

Antigo Testamento: 55 – Novo Testamento: 33 – Total dessa relação na Bíblia:

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De todos os textos que aparecem no NT o único que fala negativamente do sábado é o de Colossenses 2:16 e neste caso não trata do sábado moral e sim do cerimonial. O que o autor desconsiderou, seja por desconhece,r ou para negar abertamente a santidade do dia do Senhor.

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Fazendo uso do bom material apresentado no site em defesa da fé “dossiê sobre o sábado” Alistamos aqui algumas considerações em forma de questionário para que o leitor possa analisar e comparar.

Que três coisas fez Deus no fim da criação?

“Descansou...abençoou o dia sétimo...santificou o dia sétimo.” (Gênesis 2:1-3)

Você acha que Deus descansou porque estava cansado? “Não sabes, não ouviste que o eterno Deus, o Senhor, o Criador dos fins da terra,nem se cansa nem se fatiga?” (Isaías 40:28). Então porque Deus separou o sábado como um dia especial? “E disse-lhes: o sábado foi feito por causa do homem, e não o homem por causado sábado.” (Marcos 2:27). “E também lhes dei os meus sábados, para que servissem de sinal entre mim eeles...” (Ezequiel 20:12). “E santificai os meus sábados, e servirão de sinal entre mim e vós, para quesaibais que eu sou o Senhor vosso Deus.” (Ezequiel 20:20) O sábado foi estabelecido por Deus como memorial de dois grandesacontecimentos. Quais? Criação: “Entre mim e os filho de Israel será um sinal para sempre: porque emseis dias fez o Senhor os céus e a terra, e ao sétimo dia descansou, e restaurou-se.”(Êxodo 31:17) Redenção: “Porque te lembrarás que foste servo na terra do Egito, e que oSenhor teu Deus te tirou dali com mão forte e braço estendido: pelo que o Senhor teuDeus te ordenou que guardasses o dia de sábado.” (Deuteronômio 5:15). Por quanto tempo ainda Deus quer que seja guardado o sábado? “Guardarão pois o sábado os filhos de Israel, celebrando o sábado nas suasgerações por concerto perpétuo.” (Êxodo 31:16) Então essa lei ainda é vigente? “Entre mim e os filho de Israel será um sinal para sempre...” (Êxodo 31:17) “Portanto ainda resta um repouso para o povo de Deus.” (Hebreus 4:9). Até quando guardaremos o sábado? “Porque, como os céus novos, e a terra nova, que hei de fazer, estarão diante daminha face, diz o Senhor,...E será que desde uma lua nova até a outra, e desde um sábado até ao outro, virá toda a carne a adorar perante mim, diz o Senhor.” (Isaías 66:22 e 23).

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Quando começa e termina cada sábado? “...duma tarde a outra tarde, celebrarei o vosso sábado.” (Levíticos 23:32)

Quem guardou o sábado? “E abençoou Deus o dia sétimo, e o santificou; porque nele descansou de toda asua obra, que Deus criara e fizera.” (Gênesis 2:3), (O Pai ) “E, voltando elas, prepararam especiarias e ungüentos, e no sábado repousaram,conforme o mandamento.” (Lucas 23:56) ( A virgem Maria) “E no dia de sábado, saímos fora das portas, para beira do rio, onde julgávamoster lugar para oração...” (Atos 16:13) (Os apóstolos e discípulos ) E Jesus? “Não cuideis que vim destruir a lei ou os profetas: não vim ab-rogar, mascumprir.” (Mateus 5:17) “Até que os céu e a terra passem, nem um jota ou um til se omitirá da lei...”(Mateus 5:18) “...eu tenho guardado os mandamentos de meu Pai, e permaneço no seu amor.”(João 15:10) “Se queres entrar na vida, guarda os mandamentos.” (Mateus 19:17) Mas afinal, de quem é o sábado? “Mas o sétimo dia é o sábado do Senhor teu Deus...” (Êxodo 20:10) “Porque o filho do homem até do sábado é Senhor.” (Mateus 12:8) “Tudo quanto o Pai tem é meu.” (João 16:15) “...Meu Santo dia...” (Isaías 58:13) “Eu e o Pai somos um.” (João 10:30) 2) Neste tópico o Irmão Gordon cita que “O sábado foi feito para o Homem e não o homem para o sábado” Concordamos com isto. Não porém, com as conclusões finais do irmão, que simplesmente chama o sábado de cerimonial dado a Israel. Aqui ele contradiz o Senhor Jesus que diz que o sábado foi feito para o Homem e não para o judeu. Neste caso o texto que ele analisou deveria dizer “O sábado foi feito para os judeus e não os judeus para o sábado” e não diz. Então, sua conclusão não concorda com Jesus e nós não podemos concordar com ele, ficando contra nosso Salvaor. Alem disso olha o que diz estes outros textos:

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“Bem-aventurado o homem que fizer isto, e o filho do homem que lançar mãodisto; que se guarda de profanar o sábado, e guarda a sua mão de perpetrar algummal...Porque assim diz o Senhor a respeito dos eunucos, que guardam os meussábados, e escolhem aquilo que me agrada, e abraçam o meu concerto.” (Isaías 56:2 e 4)

“E aos filhos dos estrangeiros, que se chegarem ao Senhor, para o servirem, epara amarem o nome do Senhor, sendo deste modo servos seus, todos os queguardarem o sábado, e os que abraçarem o meu concerto...” (Isaías 56:6)

3) Neste tópico o irmão Gordon diz que é impossível todos os cristãos guardarem o sábado em todo o mundo.

Eu não faria uma afirmação destas. Pois, estaria negando um fato que ocorre mundialmente, e além disso estaria dizendo que Deus foi infeliz ao fazer o sábado para o homem, como já analisamos. Já pensou!! Deus fazer o sábado por causa do homem, e ele não servir para ele? Será que o irmão estaria chamando indiretamente a Deus de incompetente; que faz algo para o homem que de nada lhe serviria? Precisamos cuidar com o que dizemos pois por nossas palavras seremos justificados ou condenados. Para uma análise melhor sobre se podemos ou não guardar o sábado em face dos fusos horários vejamos o seguinte texto do Pastor Christianini com o qual já respondemos também o tópico número 4 do capitulo em análise.

“O SABADO PODE SER GUARDADO NAS REGIÕES POLARES?

Nas Regiões Polares dias e noites duram seis meses. Guarda-se o Sábado lá? Lógico que sim! Como? Veja:

"Vendo que as Escrituras Sagradas ensinam a observância do Sábado do pôr-do-Sol ao pôr-do-Sol, pessoas há que concluem ser isso impossível no Extremo Norte, onde há todos os anos um período durante o qual o Sol permanece no alto, e outro em que ele permanece oculto abaixo do horizonte, durante as completas vinte e quatro horas do dia."É certo que residem ali numerosos observadores do Sábado, os quais afirmam não ser difícil saber quando chega a hora do pôr-do-Sol, para então iniciarem a observância do dia de repouso. Surpreendem-se com efeito, ao saberem que haja quem isso julgue impossível. "No período em que o Sol está oculto abaixo do horizonte, os guardadores do Sábado no Extremo Norte observam o dia de sexta-feira ao meio-dia até o Sábado ao meio-dia, porquanto essa hora corresponde ao pôr-do-Sol na região ártica no inverno. Pois todos os dias, enquanto o Sol se oculta sob o horizonte meridional, ele atinge seu zénite ao meio-dia, visto como nessa hora tanto se levanta como se põe, abaixo do horizonte.

"Daí por diante, passa a ser visível o pôr-do-Sol, assinalando o começo e o fim do sétimo dia. Cada dia o Sol se ergue um pouco mais cedo e se põe um pouco mais tarde, de modo que a 21 de março (equinócio vernal). o nascer do Sol se dá às 6 horas da manhã, pondo-se às 6 horas da tarde.

"Nos dias de verão, em que o Sol não se põe, quando ele alcança o zênite (o ponto mais alto em seu aparente caminho circular no Céu) os habitantes de além do circulo ártico sabem que é meio-dia. E quando chega ao nadir (o ponto mais baixo em seu aparente caminho circular no Céu), nos dias de verão, eles sabem que é meia-noite. Este ponto mais baixo no aparente circuito solar de vinte e quatro horas no Céu é pelos habitantes daquela região denominado ponto do norte. Corresponde, como dissemos, ao pôr- do-Sol. Daí, os habitantes de além círculo ártico, observam no verão o sétimo dia de meia-noite de sexta-feira até meia-noite de Sábado, pois o Sol está então em seu nadir (o ‘mergulho ‘), que é também o ponto do pôr-do-Sol.

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"Nem os observadores do domingo nem os do Sábado têm qualquer dificuldade em saber quando começa seu dia de repouso religioso, no Extremo Norte. Em dois períodos do ano o visível pôr-do-Sol serve de sinal para marcar o princípio co fim do sétimo dia para os adventistas na região ártica. E nos dias em que o Sol não aparece acima do horizonte, o Sábado é observado de sexta-feira, ao meio-dia, até o meio-dia do Sábado, por isso que essa hora corresponde ao tempo do pôr-do-Sol, segundo o prova o último pôr-do-Sol visível ocorrido no princípio do período, e o primeiro pôr-do-Sol visível ocorrido no final do período. Mas durante o tempo em que o Sol está no Céu continuamente, o Sábado é observado de sexta-feira à meia-noite, até meia-noite do Sábado , porque o sol está em seu nadir nesse momento do dia, como prova o último pôr–do-sol visível no princípio do período , e o primeiro visível pôr-do-sol ocorrido no final do período." R. L. Odom, The Lord´s Day On a Round World, págs. 121,122,138,140,141,143,144. Citado em Consultoria Doutrinária, pág. 154.

"E mesmo na terra do ‘Sol da meia-noite’ , pergunta-se a um explorador dos povos e ele achará ridículo a idéia de não Ter ali noção do dia, seu começo e fim. Os exploradores árticos mantém exata contagem dos dias e semanas em seus diários, relatando o que fizeram em determinados dias. Eles dizem que naquela estranha e quase desabitada terra, é possível notar a passagem dos dias durante os meses em que o Sol está acima do horizonte, pelas posições variáveis do SoL e durante os meses em que o Sol está abaixo do horizonte, pelo vestígio perceptível do crepúsculo vespertino. E se um sabatista se encontrasse lá no polo, e tivesse algum receio de perder a contagem das semanas, bastar-lhe-ia dirigir-se, por exemplo, a uma missão evangélica entre os esquimós, e lá obteria a informação do que deseja, pois os missionários sem dúvida saberiam quando é domingo para nele realizarem sua Escola Dominical... Certamente que eles não perderiam o ciclo semanal." —Arnaldo B. Christianini, Subtilezas do Erro, pág. 177-178.

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CAPÍTULO 3

OS CRENTES DO NOVO TESTAMENTO ADORAVAM

NO DIA DO SENHOR, OU NO PRIMEIRO DIA DA SEMANA?

Este é o titulo do Capitulo três do livro em análise. Não diz muito. Para mim apenas coloca o sábado como dia do Senhor em contraste com o domingo, como primeiro dia da semana. Entretanto os subtítulos Parecem querer contradizer esta verdade (de que o sábado ainda é o dia do Senhor) e que o domingo hoje ocupa este lugar. Vejamos a história do domingo numa entrevista feita com o Dr. Bacchiocchi em 1979 a reproduzida no site emdefesadafé.com, e então tiremos nossas conclusões.

A ORIGEM HISTÓRICA DA GUARDA DO DOMINGO

Entrevista com Samuell Bacchiocchi (1979)

Professor, entre outras matérias, de História Eclesiástica, de que é doutor, o italiano Samuel Bacchiocchi foi o primeiro não-católico a graduar-se na Pontifícia Universidade Gregoriana de Roma instituição jesuíta fundada há mais de quatro séculos por Inácio de Loyola pela qual passaram muitos eclesiásticos que chegaram a ser cardeais e papas. Defendendo com brilhantismo tese doutoral que versava sobre as origens não-bíblicas da observância do domingo, o professor da Andrews University conseguiu posteriormente que sua alentada e bem documentada pesquisa fosse editada pela imprensa da própria universidade católica onde se formou, trazendo o imprimatur da Igreja e a aprovação do vicariato de Roma.

Foi assim que o livro From Sabbath to Sunday [Do Sábado Para Domingo], de 372 páginas, passou a ser amplamente difundido nos Estados Unidos e outros países, recebendo comentários elogiosos e reconhecimento de erudição de líderes eclesiásticos por toda parte.

[inclusive do Dr. Don A. Carson Deão do Seminário Teológico Batista do Noroeste Vancouver, B.C . que disse: “O tratado bem pesquisado do Dr. Bacchiocchi combina erudição, devoção e um espírito conciliatório. Ele argumenta que a compreensão do domingo como sábado cristão encontra suas raízes, não no Novo Testamento, absolutamente, mas em complexas pressões históricas e ideológicas no período patrístico. Se esta controvérsia do Sr. Bacchiocchi está correta – e acredito que esteja que esteja – então deve-se, ou segui-lo e apoiar um sábado continuado ( do sétimo dia), ou estudar-se- novamente os documentos principais a fim de chegar a alguma outra conclusão. Pessoalmente inclino-me para com a última; mas seja como for, as implicações são surpreendentes, não somente em virtude da própria questão sábado/domingo, mas também por causa do problema maior do relacionamento entre o Velho e o Novo Testamento citado em “Do Sábado para o Domingo vol. 5 p. 133 de Samuele Bacchiocchi] Material entre colchetes acrescentado pelo autor.

Ao visitar a Universidade Andrews no mês de setembro passado (1979), Azenilto G. Brito, redator de Mocidade, aproveitou para realiza a entrevista que se segue com o pesquisador adventista das origens do domingo, sendo por ele recebido de muito bom grado.

O entrevistado valeu-se da oportunidade para expressar o desejo de ver From Sabbath to Sunday circulando também entre autoridades eclesiásticas e intelectuais brasileiros — católicos e protestantes — bem como para anunciar o preparo de outra obra a ser brevemente editada em português pela mesma gráfica do Vaticano que imprimiu sua tese doutoral.

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Em carta dirigida a pastores adventistas promovendo seu livro, o autor declara rogar aos céus que seus "muitos anos de dedicada pesquisa possam ser usados por Deus para conduzir muitos a compreenderem e aceitarem o sábado como uma expressão tangível da dedicação de suas vidas ao Salvador."

Antes de integrar o corpo docente da Andrews University, o Prof. Samuel Bacchiocchi foi pastor distrital em seu país natal, a Itália, e atuou como missionário na Etiópia, África.

R.A.: Como se pode demonstrar que o mandamento bíblico do sábado, transmitido originalmente aos filhos de Israel, tem aplicação mundial, sobretudo para o tempo presente?

Samuell Bacchiocchi: Este é o tema que estou discutindo em meu novo livro. No primeiro capítulo estou levando em consideração as várias objeções que têm sido levantadas contra a universalidade e permanência do preceito do sábado. Na instituição do sábado está implícito o próprio ato de bênção, santificação e separação de um dia para a humanidade e isso indica uma função permanente. A santificação do sábado nos fala que Deus estava desejoso de entrar no tempo humano. O que toma um período de tempo ou um lugar santo é a presença de Deus. Ao santificar o sábado e entrar no tempo humano Deus demonstra Sua disposição em entrar na própria carne humana. Assim, o sábado é uma prefiguração da encarnação, um símbolo e anúncio da própria encarnação. Na História da Salvação nós temos continuidade, não interrupções. As instituições estabelecidas na Criação, tal como o sábado, o trabalho, o repouso, o matrimônio, são instituições que na verdade prosseguem ao longo da História da Salvação. Contudo, há diferentes momentos na História da Salvação em que essas instituições adquirem novo significado. No relatório do Gênesis o sábado obtém um significado cosmológico, falando ao mundo que Deus é o perfeito Criador e que ficou perfeitamente satisfeito com a Criação que havia realizado. Assim, em Gênesis o sábado transmite essa mensagem da perfeição divina no que concerne à Criação. Mas se seguirmos de Gênesis para Êxodo, aprendemos que Deus não só criou o mundo, mas as pessoas. E formou um novo povo, Israel, ao qual concedeu o sábado para simbolizar o desejo do Criador em restaurar o interrompido relacionamento que o pecado produziu, separando o Criador de Suas criaturas. Assim, em Êxodo encontramos o sábado associado com a Redenção. Os Dez Mandamentos se iniciam dizendo — "Eu sou o Senhor teu Deus que te tirou da terra do Egito." Ele é o Libertador, e para que fosse mantida a lembrança desse Libertador, Deus ordenou: "Lembra-te de santificar o dia de sábado." Lembra-te por livrar o teu servo, tua serva, teu filho, tua filha, dando-lhes liberdade e, em certo sentido, redenção a todos os israelitas de modo a que o próprio Deus fosse lembrado como o Libertador. E essa mensagem é particularmente expressa em Deuteronômio 5:15 onde o motivo dado para a guarda do sábado não é a Criação, mas a Redenção. Nesse sentido é que a passagem declara: "Lembra-te de que foste servo na terra do Egito, e que o Senhor teu Deus te tirou dali com mão forte e braço estendido; pelo que o Senhor teu Deus te ordenou que guardasses o dia do sábado." Sendo, pois, que o sábado não é apenas símbolo da Criação, mas também da Redenção, tendo caráter cósmico, universal, sua obrigatoriedade é também universal.

R. A.: Muitas vezes é ensinado que a mudança do sábado para o domingo ocorreu basicamente por influência do paganismo, sobretudo do mitraísmo. Em seu livro From Sabbath to Sunday, porém, é expresso outro ponto de vista. Que comentários teria a fazer a respeito disso? Samuell Bacchiocchi: Apreciei que tenha feito esta pergunta que ajudará a esclarecer importante questão. À luz de minha pesquisa gostaria de declarar que descobri ter havido dois fatores

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principais para a transição do sábado para o domingo. Por um lado temos o antijudaísmo, ou seja, a necessidade que surgiu [entre os cristãos dos primeiros séculos] de separarem-se, diferenciarem-se dos judeus. Foi este realmente um fator preponderante que induziu muitos cristãos a abandonarem todas as festividades associadas com os judeus. À luz de minha investigação, isso teve lugar na primeira parte do século II, particularmente na regência do Imperador Adriano. Ele reinou de 117a 138 e foi quem proibiu categoricamente a observância do sábado e a pratica do judaísmo. Isso se deu porque os judeus estavam constantemente se rebelando contra o domínio dos romanos sobre sua terra. Quando os romanos se viram ante tais difundidas idéias de independência entre os judeus, sentiram a necessidade de

impor uma legislação bem restritiva e repressiva e uma das conseqüências foi a proibição rigorosa da observância de festividades judaicas como a páscoa e o sábado. Descobri em minha pesquisa ainda que em vista dessas medidas restritivas contra os judeus, os cristãos de Roma julgaram necessário demonstrar perante as autoridades a separação e diferenciação dos cristãos em relação aos judeus pela mudança das festividades judaicas a dias diferentes. Por exemplo, a páscoa judaica, que até aquele tempo era celebrada pêlos cristãos em geral em 14 de nisã (uma data fixa que podia ocorrer em qualquer dia da semana) foi transferida para o domingo. Semelhantemente, o repouso foi transferido do sábado do sétimo dia para o primeiro dia da semana.

Sumariando, o abandono do sábado foi motivado primariamente pela necessidade sentida pêlos cristãos de se separarem dos judeus a fim de evitar as medidas repressivas e as penalidades impostas sobre a comunidade judaica. Mas, pode surgir a pergunta — por que foi escolhido o domingo, quando outro dia qualquer poderia cumprir a mesma finalidade? Sexta-feira, por exemplo, poderia muito bem comemorar a Paixão de Cristo e contribuir para diferenciar cristãos e judeus! Mas constatei que a significação da escolha do domingo tem que ver com a prevalecente veneração do deus-Sol. Quando remontamos ao século II, descobrimos que o deus-Sol tornou-se a divindade predominante no Império Romano e isso contribuiu para o acontecimento que debatemos. Num calendário descoberto pela Arqueologia, que tenho em mãos, do século I, podemos ver que Saturni, que significa "dia de Saturno", é o dia nº 1 e o “dia do sol” é o nº 2. Contudo, ao chegarmos ao século II, o “dia do Sol" avança à posição n° l e o "dia de Saturno" toma-se o sétimo dia.

Quando descobri essa “promoção” do “dia do Sol'' para o primeiro dia da semana no século II, perguntei-me: seria possível que essa circunstância no mundo pagão romano haja influenciado os cristãos a escolherem exatamente o mesmo dia que havia sido posto em preeminência naquele tempo? A fim de comprovar a validade de tal raciocínio, investiguei a influência do culto ao Sol sobre a comunidade cristã da época, e descobri alguns fatos muito interessantes como o de que o culto ao Sol influenciou os cristãos em muitas maneiras. Por exemplo, a) os cristãos originalmente oravam voltados para Jerusalém, mas por influência do culto ao Sol passaram a orar voltados ao Oriente, na posição do nascer do Sol; b) o próprio dia do Sol, o "Sol-Invictus", foi escolhido para celebrar o aniversário de Cristo; c) a própria simbologia do Sol foi usada para representar a Cristo. Este mosaico, que foi reproduzido na Biblical Archeology Review [Revista de Arqueologia Bíblica] de setembro de 1978 em conexão com um artigo de minha autoria sobre as pesquisas que realizei (o artigo, por sinal, causou grande repercussão e graças somente a ele vendi cerca de mil volumes de meu livro), apresenta Cristo como o deus-Sol subindo no carro do Sol, com uma aura de luz em tomo da cabeça. Isso é de cerca dos anos 200 a 240 AD e constitui a mais antiga representação pictórica de Cristo como o deus-Sol que veio até nossos dias, o que realmente demonstra que a simbologia do deus-Sol tinha grande influência sobre o pensamento cristão. Estas são evidências indiretas. A evidência mais direta pode ser encontrada nos documentos cristãos que usam o motivo do Sol para justificar a observância do domingo, sendo as duas razões predominantes para justificar a guarda do domingo: 1°— no primeiro dia Deus criou a luz;

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2° — o primeiro dia foi também aquele em que o Sol da justiça ressurgiu. Assim, os motivos do Sol e da luz estão estreitamente relacionados, de modo que, a par do antijudaísmo, culto ao Sol contribuiu para levar os cristãos dessa época a abandonarem o sábado e adotarem o domingo como dia de culto. O mitraísmo era, na verdade, apenas um pequeno fragmento no conjunto do culto ao Sol entre os pagãos do Império Romano. Era mais um culto individual, praticado em caráter particular, no contexto das muitas manifestações de culto à divindade solar, que predominava em escala nacional.

R. A.: Os autores do Novo Testamento não fazem referência direta, mas apenas indireta, ao mandamento do sábado. Como podemos comprovar que os cristãos primitivos observavam o sábado em vista da falta de declaração mais específica indicando que o fizessem?

Samuele Bacchiocchi: Primeiramente permita-me dizer que o Novo Testamento não é "novo" em termos de nova revelação, mas é, antes, uma continuação, cumprimento e esclarecimento do Velho Testamento. No Novo Testamento não encontramos realmente os outros nove andamentos numa forma nova. O que o Novo Testamento provê via de regra é um esclarecimento do espírito da lei. E se reconhecemos isto, então veremos que o Novo Testamento concede mais esclarecimento para o sábado do que para qualquer outro mandamento. Quem ler o Novo Testamento e tomar nota de todas as referências ao sábado ficará surpreso em verificar que uma boa porção do ministério de Jesus, tal como registrado no Novo Testamento (e eu dedico um capítulo discutindo a questão em From Sabbath to Sunday e o farei em amplitude ainda maior em meu novo livro) indica um envolvimento de Cristo numa observância sabática provocativa, causando muitos debates a respeito da guarda do sábado.

Agora, a indagação que temos a fazer é — por que esse material foi registrado? Por que os redatores dos evangelhos, trinta ou quarenta anos após a morte de Cristo, decidiram registrar e dar ampla cobertura ao ministério de Cristo no sábado? Ora, a resposta é óbvia — o material que temos nos evangelhos é o testemunho da igreja sobre o Salvador e Seu testemunho foi registrado a luz de problemas existentes. Em outras palavras — a igreja primitiva tinha o problema de clarificar o significado do sábado na dispensação cristã; e para fazê-lo eles registraram o ministério sabático de Cristo que proveu, ademais, a linha de conduta sobre o significado de amar meu próximo, honrar meus pais, não matar ou outros preceitos divinos. Agora, o que precisamos saber é — qual o significado do sábado à luz do ministério de Cristo? Qual é a clarificação sobre o sábado que o Salvador faz? Para responder, teríamos que empreender uma vasta pesquisa, e é o que fazemos em meu novo livro onde há um capítulo no qual demonstro que Cristo começou Seu ministério num dia de sábado, anunciou Seu ministério como sendo o cumprimento das promessas sabáticas de liberdade em Lucas 4:18 e intensificou o ministério sabático levando redenção física e espiritual de modo que aqueles que foram curados por Jesus lembrar-se-iam do sábado como o dia de total redenção física e espiritual.

Também percebemos que Jesus encerrou Seu ministério numa tarde de sexta-feira. E quando Ele disse está consumado", descansou no sábado segundo o mandamento. Isso quer dizer que à luz do Calvário, o sábado é não apenas um memorial da Criação completada, mas também um memorial da completa a Redenção. Também significa que quando nos adentramos na experiência da salvação ao repousarmos fisicamente, Jesus nos concede Seu repouso espiritual, o repouso do perdão, o repouso da paz, o repouso da salvação. Vemos assim que o Novo Testamento tem muito a dizer sobre o sábado. Isso constatamos no ministério de Cristo, no ministério de Paulo, na Epístola aos Hebreus que ressalta o sentido profundamente espiritual do sábado. Finalmente, o sábado é o dia em que celebramos a totalidade da bênção de Deus — bênção da Criação, bênção da Redenção, bênção da Restauração final. O sábado provê uma janela para olhar à eternidade, à obra original de Deus na Criação, à completa Redenção em Cristo e à final restauração.

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R.A.: Como podemos apresentar o tema do sábado num contexto que evite parecermos legalistas?

Samuell Bacchiocchi.: Ótima pergunta. Uma das acusações lançadas contra os adventistas do sétimo dia é a de que somos legalistas porque realçamos o quarto mandamento. Podemos inicialmente assinalar que ninguém é rotulado ou designado como legalista por apenas pregar os outros nove mandamentos.

Assim, não é exatamente o pregar sobre o mandamento, ou enfatizá-lo, que resulta em legalismo. Legalismo é o sistema pelo qual a observância de qualquer regra é considerada a base da salvação. E realmente devemos evitar apresentar a guarda do sábado como a garantia da salvação, e eu creio que a razão de tal atribuição ser-nos feita é porque em nossa ênfase escatológica apresentamos às vezes o sábado como o selo de Deus, o que significa que se aceitamos o sábado nós somos selados, protegidos, e ficamos seguros para o tempo de angústia. Com isso, muitas pessoas tendem a pensar que por terem aceito o sábado, receberam a garantia da salvação. Julgam-se, então, salvas por guardarem o sábado.

Temos realmente que retificar esse raciocínio e ajudar nosso povo e os cristãos em geral a entenderem que no sábado somos ensinados, não que trabalhamos para nossa salvação, e sim que repousamos de nossos trabalhos. Durante a semana temos realmente que trabalhar e por fazê-lo podemos obter a sensação de que somos independentes, nós próprios, por assim dizer, sendo o criador e salvador. Mas a mensagem do sábado — do verbo hebraico shabbath — é cessar, descansar. Por que temos de descansar? Porque temos de permitir que Deus opere em nós. Assim, o repouso sabático indica que aquele que o pratica percebendo seu real significado está dizendo de si para si — eu não sou auto-suficiente, mas insuficiente; não sou meu próprio criador, mas reconheço o Deus Criador; e estou repousando hoje porque ao fazê-lo desejo pôr-me à disposição de Deus para que Ele me possa dar por repouso — isto é, como um presente, e não por obras — a provisão da salvação. Com o repousar no sábado, proclamamos por nosso exemplo que aceitamos a salvação como um presente, e não como uma obra meritória. Portanto, a verdadeira compreensão do descanso sabático é realmente salvação pela graça, e não por obras. Nós trabalhamos durante a semana, mas repousamos no sábado para proclamar nossa fé no divino Criador que nos deu o dom da vida no princípio, vida que foi concedida por Jesus Cristo, vida que se toma uma realidade para nós no dia de sábado quando, à semelhança de Maria, irmã de Marta, tomamos tempo para estar com Jesus dedicando-Lhe nossa atenção integral.

R. A.: O fato de Cristo ter ressuscitado num domingo não torna esse dia o mais significativo da semana e não justificaria a mudança da observância do sábado para o domingo?

Samuele Bacchiocchi: O que posso responder nesta oportunidade constituirá apenas um brevíssimo resumo do que discuti longamente em meu livro sobre a hipótese de a Ressurreição ocorrer num domingo ter ou não sido fator determinante na transferência da guarda do sábado para o domingo. Um estudo honesto e imparcial de todos os documentos do Novo Testamento, bem como dos primeirosdocumentos cristãos fora do Novo Testamento, revelam conclusivamente que a Ressurreição de fato não exerceu papel destacado na escolha específica da observância do domingo. Pois, 1° — o dia da Ressurreição não é, como tal, jamais mencionado no Novo Testamento. A expressão "dia da Ressurreição" é encontrada apenas por volta do fim do século II. Antes disso, particularmente nos evangelhos e no Novo Testamento, a expressão é "primeiro dia da semana". Ora, se esse dia se houvesse tomado na época o memorial da Ressurreição, então a expressão “dia da Ressurreição" estaria em uso. O próprio fato de que tal expressão está ausente no Novo Testamento indica que o primeiro dia da semana não era considerado ainda o "dia da Ressurreição"; 2° — no Novo Testamento não encontramos uma ordem ou instrução para celebrar a Ressurreição de Cristo no exato dia semanal em que ocorreu.

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Temos ordens quanto ao batismo, temos ordens quanto à Ceia do Senhor ("fazei isto em memória de Mim"), temos ordens quanto ao lava-pés ("dei-vos o exemplo para que como Eu vos fiz, façais vos também"), mas nenhuma ordenança ocorre quanto à celebração do dia da Ressurreição. Contudo, mesmo considerando o fato de que Jesus ressuscitou num domingo, a pergunta que temos a fazer é — acaso esse fato requer que o dia seja, então, posto à parte para comemorar tal evento? Parece-me que o evento da Ressurreição pressupõe que o mundo não deve ainda repousar, por duas razões, pelo menos: 1a — porque o dia da Ressurreição não assinala a complementação do ministério terrestre de Cristo, o que se deu na sexta-feira à tarde, quando declarou "está consumado", e então repousou segundo o mandamento. Antes, marca o início do novo ministério de Cristo. Semelhantemente ao princípio da Criação, o primeiro dia da semana pressupõe atividade, antes que repouso; 2º — as declarações de Jesus no dia da Ressurreição não eram convites para adoração. Jesus não disse, no dia da Ressurreição — ‘vinde à parte e adorai", mas ordenou às mulheres "Ide à Galiléia e dizei aos irmãos", e aos discípulos — “Ide, ensinai, fazei discípulos, batizai." Eram declarações que implicavam atividade, e não repouso. Então há o argumento baseado na Ceia do Senhor que muitos consideram o próprio âmago do culto dominical, em honra da Ressurreição. E outra vez podemos perguntar — foi a Ceia do Senhor celebrada pela igreja primitiva como memorial da Ressurreição? Tanto o Novo Testamento como os primitivos registros cristãos nos dizem que a Ceia do Senhor não estava associada à Ressurreição. Podemos considerar o que disse Paulo, por exemplo, em I Coríntios 11, onde a Ceia do Senhor é apresentada sem ligação com um tempo específico (ver versos 17, 20, 33, 34). Isso implica

qualquer dia da semana, porque as autoridades romanas proibiam reuniões noturnas, não só dos cristãos como mesmo dos pagãos. E para evitar suspeitas das autoridades, os cristãos reuniam-se em diferentes dias, em ocasiões diversas. Assim, não só o tempo era indefinido, mas o significado não era Ressurreição. Paulo declarou ter recebido essa tradição dos próprios apóstolos. E qual era a tradição? A de que, partindo o pão e bebendo o vinho, "anunciais a morte de Jesus". Portanto, o sentido da Ceia do Senhor é morte, sacrifício. Nenhuma menção se faz à Ressurreição. Isto não quer dizer que a Ressurreição não fosse importante. Paulo dá crédito e valor à Ressurreição em I Coríntios 15, mas a Ressurreição deveria ser celebrada por uma forma de vida, por andar em novidade de vida. Após morrermos à semelhança de Cristo no batismo, somos ressuscitados com Ele e andamos em novidade de vida, mas não há associação disso com qualquer dia semanal em particular (ver Romanos cap. 6). http://www.emdefesadafe.com/index1.htm

1) neste primeiro tópico do capitulo 3 o autor apresenta o fato de que o primeiro dia da Semana é o dia da ressurreição!

Perguntamos: e daí? Onde está o texto que diz que por isto ele substituiu o sábado do Senhor? Neste caso a Sexta feira deve ser guardada muito mais ainda pois foi nela que Jesus disse “está consumado” e ali se efetivou o plano da redenção. Então onde estão as bases para a guarda do domingo? Nas considerações feitas na entrevista apresentada anteriormente as mostram claramente. Elucidando concluímos:

“Alguma vez em toda a Bíblia é ordenada a guarda do domingo? Essa pergunta felizmente tem uma resposta simples e objetiva...NÃO...Alguma vez na Bíblia se fala da guarda do sábado? Outra resposta simples e objetiva....SIM...Inúmeras vezes se fala na guarda do sábado...Antigamente os fariseus fizeram uma pseudo lei do sábado que proibia até que se cuspisse no chão no sábado pois era uma forma de regar as plantas...Esse foi o tipo de atitude farisaica Abolida por Jesus que nós também rejeitamos....É muito fácil crer mas é mais difícil ainda acreditar, o domingo é uma instituição humana, já provada, e é uma coisa irrefutável, foi

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um homem que instituiu o domingo, não práticas aleatórias, fatos não tornaram esse dia santo pois na Bíblia não se fala em nenhum momento na guarda do domingo... “Vocês serão meus amigos se fizerem o que Eu vos mando." (João 15:14). Seja amigo de Jesus e faça o que Ele mandou. Pois ele disse: “Se me amares guardareis os meus mandamentos”. (João 14:15).

2) O oitavo Dia de João 20:26Apelar para o artifício da contagem inclusiva - que não pode ser provado pelo texto - para afiançar a guarda do domingo é quase infantil, e não fora a sinceridade que cremos, leva o irmão Gordon o fazê-lo e duvidaríamos de sua moral cristã. Fazer primeiro virar oitavo apenas que concorde com uma idéia pré-fabricada é injusto e incoerente com o cristianismo que professamos. Alem da clara contradição ninguém pode provar se este dia era realmente domingo ou segunda. Pois a contagem inclusiva não pode, como já disse, ser provada pelo texto. Nem Justino mártir nem Barnabé são autoridades superiores a Cristo para mudar com seus malabarismos exegéticos o dia do Senhor. Se houvesse tido alguma mudança esta teria que ter sido feita pelo Senhor Jesus e não foi. Pelo contrário, falando da destruição de Jerusalém 40 anos após sua ressurreição, Jesus falava da Guarda do sábado pelos seus seguidores, isto basta.

3) O pentecostes ocorreu no domingoNovamente perguntamos: e daí? Muda por isto, o dia do Senhor? Não. Maior que o pentecostes (se considerarmos o plano da redenção) foi a morte do redentor, e a sexta feira não se tornou o santo dia do Senhor por isto.

4) Os Discípulos Cristãos Reuniam-se regularmente aos domingos, O primeiro dia da semana

Pergunto reuniam para que? Os oito textos dominicanos no NT nada falam reunião para adoração falam de reunião por medo dos judeus (e a esta altura ainda nem sequer os discípulos criam na ressurreição ver João 20:19-29 e Lucas 24:36-40), de coleta, de jantar (ceia), mas não de santificar o domingo como dia do Senhor.nem se reunir nele para adoração. Vejamos Agora o texto de atos 20:6-7 citado neste tópico. Apresentaremos a análise feita pelo saudoso pastor Christianini onde ele comenta além dos argumentos apresentados pelo Irmão Gordon muitos outros até mais consistentes que os dele, mas nem por isto menos fantasiosos.

A Célebre Reunião de TrôadeAtos 20:7 reza: "E no primeiro dia da semana, ajuntando-se os discípulos para partir o pão, Paulo, que havia de partir no dia seguinte, discursava com eles; e alargou a prática até a meia-noite." - E desse texto, que relata um fato eventual da vida paulina, alguns tomam a liberdade de tirar as seguintes conclusões:

1. Que os crentes em Trôade reuniam-se regularmente aos domingos para o culto, e que esta foi uma reunião de Santa Ceia; 2. Que a reunião em tela não ocorreu sábado à noite, como admitimos por motivos óbvios; 3. Que Lucas, sendo gentio e escrevendo a um "romano", deveria valer-se da contagem romana de tempo, e não da judaica; 4. Que os romanos desde o início de sua história (753 a.C.) contavam os dias de meia-noite à meia-noite; 5. Que provavelmente (não afirmam com convicção) Lucas seguira o método romano.

Vamos pulverizar estas falsidades, seguindo, a ordem numérica acima estabelecida: 1. A afirmação de que os cristãos troadeanos se reuniam com absoluta regularidade aos domingos é temerária, destituída de fundamento, pois a Bíblia não se infere que havia, na época, tal costumes, e os documentos do primeiro século o desautorizam.

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O Dr. Augusto Neander, abalizado escritor eclesiástico, insuspeito por ser observador do domingo, assim se refere à passagem de Atos 20:7: "A passagem não é absolutamente convincente [como prova da guarda do domingo], porque a partida iminente do apóstolo era motivo para reunir a pequenina igreja, em uma ceia fraternal, ocasião em que fez seu último discurso, embora não fosse culto especial de domingo nesse caso." 1

Também o autorizado Ellicott, observador do domingo, no seu comentário bíblico, assim considera esta passagem: "'Que havia de partir no dia seguinte.' - Pode parecer estranho que alguns sustentem a opinião exposta na nota anterior, de que o apóstolo e seus companheiros assim se propusessem a viajar no dia ao qual se transferissem todas as restrições do sábado judaico. No entanto, é de se lembrar:

1.º - que não há nenhuma prova de que S. Paulo pensasse em tais dias como assim mudados, mas bem ao contrário (Gálatas 4:10; Colossenses 2:16); 2.º - que o navio, no qual seus amigos tomaram passagem, provavelmente não devia alterar seu dia de partida para satisfazer escrúpulos, mesmo que tais escrúpulos existissem." 2

Como se vê, foi um fato eventual, acidental, circunstancial que ocorreu. Citemos ainda o testemunho de Meyer: "Que nesse tempo o domingo já fosse regularmente observado por influentes corporações religiosas e os Agapae (plural do termo grego que significa amor, designando as refeições sociais, ou festas de amor, seguidas usualmente pela Ceia do Senhor, na primitiva igreja cristã), não pode, com efeito, ser provado como certeza histórica, visto que possivelmente a observância do Agapae nesta passagem, talvez ocorresse apenas acidentalmente no primeiro dia da semana, porque Paulo pretendia partir no dia seguinte e porque nem mesmo I Coríntios 16:2 e Apocalipse 1:10 distinguem necessariamente esse dia como separado para serviços religiosos." 3 Quanto ao "partir o pão" há divergência de interpretação, sendo temerária a afirmação de que se tratasse da Santa Ceia. Este "partir o pão" era um ato que os cristãos primitivos praticavam diariamente (Atos 2:46), e não apenas no primeiro dia da semana, como se pretende insinuar. A própria Bíblia se encarrega de desmentir conclusões levianas.

Walker, notável historiador eclesiástico, assim comenta o costume: "... partiam o pão diariamente em casas particulares. Este 'partir o pão' servia a um fim duplo: era um elo de fraternidade e um meio de sustento para os necessitados." 4

2. O sistema de contar os dias de pôr do Sol a pôr do Sol vem da Criação, e está em toda a Bíblia. E quanto ao tempo referido na passagem de Atos 20:7, podemos alinhar um rol de citações que confirmam nosso ensino. Conybeare and Howson, têm esta convicção: "Era o anoitecer que sucedia o sábado judaico. No domingo de manhã o navio deveria partir... Ele [Paulo] continuou sua solitária viagem naquele domingo, depois do meio-dia, na primavera, entre os carvalhais e córregos de Ida." 5

Robertson, admite: "Com toda probabilidade se reuniram em nosso sábado à noite - início do primeiro dia ao pôr do Sol." 6

Calvino, assim comenta a passagem: "É ponto pacífico que Paulo esperara pelo sábado, por que no dia anterior à sua partida, podia muito facilmente encontrar reunidos todos os discípulos num mesmo lugar. Digno de nota é o favor de todos eles, não se sentindo incomodados em que Paulo lhes discursassem até à meia-noite, embora necessitasse ele seguir viagem; tampouco se tratava de uma ocasião especial para serem instruídos. Pois não tinha o apóstolo outro motivo para alongar o seu discurso a não ser unicamente o profundo desejo e atenção dos seus ouvintes." 7 Convém alinhar mais comentários de eruditos evangélicos, observadores do domingo: Hackett, professor de grego do Novo Testamento, no Seminário Teológico de Rochester, diz em seu comentário: "Os judeus contavam o dia da tarde para a manhã, e sobre esta base a

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noite do primeiro dia seria nosso sábado à noite. Se Lucas aqui contava assim, como supõem muitos comentaristas, o apóstolo então aguardava o término do sábado judaico, e realizara sua última reunião religiosa com os irmãos em Trôade... na noite de sábado, e em conseqüência, recomeçara a viagem na manhã de domingo." 8

O autorizado e sempre citado Moffat, consigna o seguinte comentário sobre a passagem em lide: "Paulo e seus amigos não podiam, como bons judeus, iniciar uma viagem no sábado; fizeram-na tão cedo quanto foi possível, a saber, na madrugada do 'primeiro dia' - tendo o sábado expirado ao pôr do Sol." 9

Outro estudioso do assunto foi McGarvey: "Chego, portanto, à conclusão de que os irmãos se reuniram na noite após o sábado judaico, que era ainda observado como dia de repouso por todos dentre eles que eram judeus ou prosélitos; e considerando este fato, tal foi o início do primeiro dia da semana, empregado na maneira acima descrita. Na manhã de domingo, Paulo e seus companheiros reencetaram a viagem." 10

Robertson Nicoll nos diz sobre o assunto: "Vieram a Trôade, e lá permaneceram por uma semana, forçados sem dúvida pelas exigências do navio e seu carregamento. No primeiro dia da semana, S. Paulo reuniu a igreja para culto. A reunião realizou-se no que poderíamos chamar de sábado à noite; pois nos devemos lembrar de que o primeiro dia judaico começa ao pôr de Sol do sábado." 11

Stockes, outro comentarista de valor nos diz: "A reunião foi realizada no que poderíamos chamar a noite de sábado; pois nos devemos lembrar de que o primeiro dia judeu tinha início ao pôr do Sol do sábado." 12

Stifler, também autor de um comentário do livro Atos dos Apóstolos, nos informa: "Sem dúvida reuniram-se na noite de nosso sábado, de modo que o pão da comunhão foi partido antes do romper do dia, na manhã do nosso domingo." 13

Conviria lembrar a maneira bíblica de delimitar o dia. Para isso devem-se reler Gênesis 1:5, 8, 19, 23 e 31; Levítico 23:32, Marcos 1:32, 15:42 e outras passagens. Assim fica pulverizada a segunda conclusão leviana.

3. Grande erro é afirmar que Lucas, sendo gentio e escrevendo a outro gentio, se tivesse valido do sistema romano de demarcar o tempo. Os evangelhos sinóticos referem-se ao sistema judaico, ainda vigorante em seus dias. E também Lucas. Primeiramente vejamos no seu Evangelho dirigido ao mesmo Teófilo:

Lucas 2:8 - "vigílias da noite" (não havia tal entre os romanos). Lucas 4:40 - "pôr do Sol". Lucas 23:44 - "hora sexta" (½ dia entre os romanos) e também "hora nona" (3 horas entre os romanos). Lucas 24:29 - "é tarde e já declina o dia" (referência clara ao pôr de Sol).

Há também em Atos dos Apóstolos:

Atos 2:15 - "hora terceira" (9 horas entre os romanos). Atos 3:1 - "hora nona" (15 horas). Atos 10:3 - "hora nona". Atos 10:9 - "hora sexta" (½ dia). Atos 23:23 - "hora terceira" (21 horas) da noite. Cláudio Lísias não mandaria escoltar Paulo às três da madrugada... Lucas não se valeu da contagem romana. E assim fica fulminada a terceira conclusão imprudente.

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4. Que os romanos desde o início de sua história adotassem o chamado "dia civil", é afirmação que provoca repúdios entre pessoas de certa cultura. Recomendaríamos o livro "Sunday in Roman Paganism", de Leo Robert Odom, que traz exaustivas provas de que o "dia civil" se implantou no início da era cristã.

Citaremos aqui apenas o testemunho de um escrito W. E. Allen: "No fim do primeiro século o método judaico não estaria mais em uso." 14

Deve-se dizer, em alto e bom som, que a Bíblia não se subordina aos arbítrios humanos, pois Deus não altera Suas normas. O modo bíblico de contar o tempo é sempre o mesmo. E se os oponentes da verdade, contra todas as provas, teimarem em afirmar que a reunião de Trôade se deu num primeiro dia da semana, então foi numa noite que findava esse dia, e então a "Santa Ceia" ocorreu numa segunda-feira, pois se deu depois da meia-noite!!!

5. Aquele advérbio "provavelmente" destrói o próprio argumento. Nos não nos basearíamos em doutrina alguma sobre probabilidades. Tudo no que cremos se assenta na sólida base de um "Assim diz o Senhor..."Depois de expor estes fatos incontraditáveis, afirmamos: ainda que a reunião de Trôade se desse, sem sombra de dúvida, num domingo, e ainda que nela se celebrasse a Santa Ceia, nada disso constituiria prova de que o dia de repouso houvera sido mudado, pois não há na Bíblia recomendação taxativa a respeito. A verdade, porém, é que Paulo passou aquele domingo caminhando a pé, de Trôade a Assôs, uma distância de várias dezenas de quilômetros. Bem analisada, a passagem é contrária à tese dominguista.

A. B. Christianini, Subtilezas do Erro, 2.ª ed., CPB - 1981, pág. 205 - 210.

5) As coletas Deviam Ser levantadas No Primeiro dia da Semana. Mais um: E daí? Sim, porque isto não torna o dia santo nem que estas coletas fossem o dizimo.

Mais uma vez convidamos O Pastor Christianini Ex. pastor Evangélico que se tornou um grande pastor da causa do advento para dar sua opinião. Veja o que ele diz sobre a questão da coleta de que falou o Irmão Gordon ao comentar I cor. 16:1,2.

“Emprega-se muito o surrado texto de I Coríntios 16:2, na tentativa de "justificar", pela Bíblia, a guarda do domingo. Muitos, valem-se da versão Almeida comum, que omite a expressão "em casa" encontrada no texto original. E argumentam: "Ora, se cada um pusesse de parte 'em sua casa' o dinheiro, teria que ser feita a coleta quando Paulo chegasse e era justamente isto o que queria evitar!"Veremos como isto se pulveriza a um simples sopro de verdade. Nem haveria necessidade de argumentar, pois o próprio texto de Almeida na Versão Revista e Atualizada no Brasil, se encarregaria de fulminar a falsidade. Ei-la:

"Quanto à coleta para os santos, fazei vós como também ordenei às igrejas da Galácia. No primeiro dia da semana cada um de vós ponha de parte, em casa, conforme a sua prosperidade, e vá juntando, para que se não façam coletas quando eu for." Maior clareza não pode haver! Torna-se dispensável qualquer comentário! A Simples leitura do texto nos convence de que: I.Não se tratava de culto nem de reunião de espécie alguma no primeiro dia da semana. II.A coleta não era feita na igreja. III.A coleta não era parte do culto nem se destinava à igreja local. IV.Era uma separação de dinheiro que cada um devia fazer em sua casa. V.Quando Paulo viesse, cada um lhe entregaria o total de sua separação semanal, que Paulo levaria ou mandaria para os crentes pobres de Jerusalém. Não se faria coleta alguma quando Paulo viesse, porquanto esta já fora feita, já estava pronta. Paulo somente a tomaria para encaminhá-la ao seu destino. Notemos no texto a expressão "pôr de parte", separar, reservar, depois de um balanço na situação, "conforme a prosperidade". Ora, se se tratasse de coleta feita

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num culto, Paulo não usaria estas expressões. Notemos mais a demolidora expressão "em casa" que está no texto original, e também nas melhores traduções. Isto liquida a pretensão de ser a coleta feita na igreja. Notemos ainda a expressão "e vá juntando", o que indica uma acumulaçãoque se formava gradativamente mediante periódicas reservas de dinheiro. Por que num "primeiro dia da semana"? Porque com o sábado findava-se a semana. Os cristãos eram previdentes e organizados. Era costume, no início da semana, logo no seu primeiro dia, planejarem suas atividades seculares, considerarem os gastos da semana anterior, anteciparem providências e fazerem previsão dos gastos para a nova semana. Uma questão de contabilidade doméstica. Paulo lhes recomenda que, ao fazerem a costumeira previsão, no início da semana, não se esqueçam de separar, o que fosse possível, em dinheiro para os pobres de Jerusalém, colocando o donativo numa caixa em seus lares. A idéia de Culto ou de reunião dominical é completamente estranha ao texto, e seria uma deslealdade à Bíblia forçá-la aqui.

O The Cambridge Bible For Schools and Colleges, autorizado comentário das Escrituras publicado pela Cambridge University Press dos prelados da igreja Anglicana, declara, comentando este texto, que "não podemos inferir desta passagem que os cristãos se reuniam no primeiro dia da semana". E prossegue: "'Cada um ponha de lado', isto é, em casa, no lar, não em reunião como geralmente se supõe. Ele [Paulo] fala aqui de um costume que havia naquele tempo, de se colocar uma pequena caixa ao lado da cama, e dentro dela se depositavam as ofertas, depois de se fazer oração". - Parte "The First Epistle to the Corinthians", editado por J. J. Lias, pág. 164.

Notemos que este comentário é insuspeito, porque é dos ardorosos advogados do repouso dominical. A seguir, citaremos interessante testemunho católico. O cônego Hugo Bressane de Araújo, em seu opúsculo Perguntas e Respostas, vol. 1, pág. 23, escreve o seguinte:

"'Pergunta: Mas dizem os protestantes que S. Paulo manda guardar o domingo.'

'Resposta: Não. S. Paulo, na I Epístola aos Coríntios, cap. XVI, só ordena que se faça uma coleta para os pobres no primeiro dia da semana; eis as palavras do Apóstolo; vers. 2.º - 'Ao primeiro dia da semana, cada um de vós ponha de parte alguma coisa em casa, guardando assim o que bem lhe parecer, para que se não façam as coletas quando eu chegar.' Porventura esta determinação do Apóstolo acerca das esmolas para os pobres de Jerusalém anula o preceito sobre a observância do sábado?'" - Edições 1931, págs. 23 e 24

Este comentário também é insuspeito, por ser de origem da instituição responsável pela observância dominical religiosa. Alinhemos ainda alguns testemunhos de pessoas guardadoras do domingo:

Sir Willian Domville, em seu livro The Sabbath, entre outras considerações diz: "É estranhável que um texto que nada diz a respeito de qualquer reunião para qualquer propósito, venha a ser usado para provar um costume de reunir finalidades religiosas!... Se é insustentável inferir do texto um costume de reunir - pois nele não se menciona reunião alguma

- parece ainda mais insustentável, e mais incoerente inferir dele... que a ordem de reservar um donativo em casa signifique que o mesmo deveria ser dado na igreja... A tradução em nossas Bíblias comuns é exatamente como o original: 'Cada um de vós ponha de parte em casa'. Uma tradução ainda mais literal da palavra original thesaurizon (acumulando), mostra de modo mais claro que cada irmão contribuinte devia ir ajuntando por si mesmo, e não entregar a oferta de semana em semana a uma outra pessoa." - The Sabbath, págs. 101 à 104.

Diz Neander: "Contudo não podemos de modo algum ver aqui qualquer observância especial do dia, como afirma Osiander."

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John Peter Lange, outro comentarista muito citado, conclui: "A expressão é, pois, conclusiva contra a opinião prevalecente de que a coleta se fazia na igreja. Era ela um negócio individual e privado". E mais adiante: "'E vá juntando'... Em virtude de todo domingo alguma contribuição ser posta à parte, formaria, sem dúvida uma acumulação".

Era, sem dúvida, esta "acumulação" que Paulo tomaria e enviaria de uma só vez, já pronta, para Jerusalém.

A Enciclopédia Bíblica (em inglês), de Cheyne and Black, no artigo "dia do Senhor", comenta esta passagem, chegando à seguinte conclusão: "Não devemos, no entanto, passar por alto o fato de que a dádiva de cada um devia ser separada particularmente (parhauto) isto é, em seu próprio lar, e não em alguma assembléia de adoração".

Outro fato digno de nota é que, antes do fim do quarto século de nossa era, ninguém se lembrou de valer-se deste texto para pretender confirmar a guarda do domingo. O primeiro a fazê-lo foi Crisóstomo, em sua Homília 43 sobre I Coríntios. No entanto, o próprio Crisóstomo admite que a coleta não se fazia na igreja. Eis textualmente seu comentário:

"S. Paulo não afirmou que trouxessem suas ofertas à igreja, para que não se envergonhassem da pequenez da quantia; mas, 'aumentando-a aos poucos em casa, que a tragam, quando eu chegar'; por ora, vão juntando, em casa, e façam de suas casas uma igreja e de seu mealheiro um cofre".

Eis o silogismo:

* Premissa Maior: O dia em que o crente, em casa, põe de parte um donativo para os pobres, é o dia de guarda; * Premissa Menor: Ora, os crentes de Corinto faziam isso no primeiro dia da semana; * Conclusão: Logo, o primeiro dia da semana é dia de guarda.

Estará certa a premissa maior? Seria esta a forma de se estabelecer uma doutrina? Será sincero este modo de proceder com as coisas divinas?

Pensaram acaso os leitores como deveriam sentir-se os crentes de Corinto, se lhes fosse dado saber, naquela ocasião, que algumas professos cristãos do século XX haviam de tentar estabelecer a doutrina da guarda do domingo, no simples fato deles, os crentes coríntios, colocarem moedas em cofres domésticos com a intenção de ajudar os pobres de Jerusalém? Com certeza estes amigos de Paulo ficariam estarrecidos! E talvez bem aborrecidos também!Falsos pilares! bolhas de sabão...

A. B. Christianini, Subtilezas do Erro, 2.ª ed., 1981, pág. 211 -215.

6) A Revelação de Cristo a João Ocorreu no “Dia do Senhor”Qual dia do Senhor? Para mim o dia do Senhor é o sábado, pois Jesus disse que ele é o senhor do sábado logo o sábado é o seu dia. Além do mais Ex. 20:10 diz: “O sétimo dia é o sábado do senhor teu Deus...” basta. Mas sem nos cansarmos, vamos convidar mais uma vez o pastor Christianini, para analisar este argumento:

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Apocalipse 1:10 e o "Dia do Senhor"

Um opositor aos mandamentos de Deus afirma: "O primeiro dia da semana ou domingo tomou tanta importância, pelas coisas que se deram nele, especialmente pela ressurreição de Jesus, que se tornou comum entre os apóstolos e os cristãos primitivos chamá-lo 'dia do Senhor'. A linguagem de João 'Eu fui arrebatado em espírito no dia do Senhor' (Apocalipse 1:10) revela o fato que qualquer pessoa no seu tempo, que lesse esse seu escrito saberia a que dia se referia, isto é, qual o dia que pertencia ao Senhor Jesus." Há nesse trecho nada menos que três afirmações destituídas de qualquer fundamento:

a) "... o domingo tomou tanta importância..." Não tomou importância nenhuma. Tanto assim que os evangelistas sinóticos, escrevendo seus evangelhos sempre depois do ano 60, mais de 30 anos após a ressurreição, referem-se ao dia meramente como "o primeiro dia da semana", sem nenhum título da santidade, sem nenhum caráter especial. Nos escritos apostólicos não se vê esta "tanta importância" que o opositor pretende. E o mesmo João, escrevendo seu evangelho, perto do ano 100 de nossa era, também refere ao dia como sendo "o primeiro dia da semana". Quer dizer que no fim do primeiro século, o dia não tinha a "tanta importância" que lhe atribuem. E isto nos vai ser confirmado pelo pastor Albert C. Pittman: "Primitivamente reuniam-se [os cristãos] no domingo de manhã, porque o domingo não era um dia feriado, mas sim um dia de trabalho normal como os demais... Partilhavam de uma merenda religiosa e em seguida retornavam ao seu trabalho, para os labores da semana." – The Watchman Examiner, 25 de outubro de 1956.

b) "... se tornou comum entre os apóstolos... chamá-lo 'dia do Senhor'."

Aí está outra ficção. Quais apóstolos? Onde? Quando? Como se prova que tornou comum entre os apóstolos designar o domingo como o "dia do Senhor"? Apontem-se seus escritos, por favor! Queremos provas!

c) "A linguagem de João: Eu fui arrebatado no 'dia do Senhor' revela o fato..."

Primeiramente o arrebatamento nada prova em favor da guarda do dia, aliás a nova versão bíblica diz "achei-me em espírito", indicando apenas que o apóstolo teve as visões. João teve outras visões e, com relação a estas, não se menciona o dia em que ocorreram. A segunda visão se deu em dia não especificado (Apocalipse 4:2), e o fato de um profeta ter visão em determinado dia, não significa que tal dia deva ser guardado. A santidade de um dia repousa em base mais sólida, fundamenta-se num claro e insofismável "assim diz o Senhor". A afirmação que o "dia do Senhor" nessa passagem se refira indiscutivelmente ao primeiro dia da semana é baseada em presunção sem nenhum valor probante. O fato de em fins do segundo século da era cristã surgirem escritos aludindo ao primeiro dia da semana como sendo "dia do Senhor', não autoriza ao dogmatizar que João também se referia ao domingo. Antes do ano 180 d.C., quando surgiu um falso Evangelho Segundo S. Pedro que afirmava ser o primeiro dia da semana o "dia do Senhor", nada, absolutamente nada se pode invocar para dizer que João de referia ao domingo. O próprio Justino Mártir que alude a um costume que se implantava entre os cristãos, de se reunirem no primeiro dia da semana, ao dia, refere como"o dia do Sol" e não como o "dia do Senhor".

A partir daqueles tempos, o título "dia do Senhor" aparece exuberantemente na literatura patrística. Mas é preciso provar que João tinha em mente o primeiro dia da semana quando escreveu "dia do Senhor". Autoridades evangélicas afirmam que João escreveu seu evangelho depois do Apocalipse, situando-se entre 96 a 99 d.C., tais como: Albert Barnes, em suas Notas Sobre os Evangelhos, John Beatty Howell em sua tabela de datas, W. W. Rand, em seu Dicionário Bíblico, e comentaristas Bloomfield, Dr. Hales, Horne, Nevinse Olshausen, Williston Walker e muitos outros.Isso é importante, pois se João, no Apocalipse, escrito antes, se refere ao domingo como o "dia

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do Senhor", como então no seu evangelho, escrito posteriormente, volta a referir-se simplesmente ao "primeiro dia da semana"? (João 20:1 e 19). Temos fundadas razões para crer que S. João se referia ao sábado. Porque, consoante a Bíblia, o único "dia do Senhor" que nela se menciona é o sábado. Leia-se cuidadosamente Isaías 58:13: "santo dia do Senhor". O quarto mandamento em Êxodo 20:10 diz: "o sétimo dia é o sábado do Senhor." Em Marcos 2:28 lemos: "O Filho do homem é Senhor até do sábado." E a Revista de Jovens e Adultos para Escola Dominical, editada pela Convenção Batista Brasileira, relativa ao 4.º trimestre de 1938, pág. 15, assim comenta este versículo: "... o 'Filho do homem é Senhor do sábado (Marcos 2:28)'; isto é... o sábado é o 'dia do Senhor', o dia em que Ele é Senhor e pelo Seu senhorio Ele restaura o Seu dia ao seu verdadeiro desígnio." ( destaque em itálico nosso)O discípulo amado conhecida muito bem as palavras do Decálogo (Êxodo 20:10) bem como as de Isaías (Isaías 58:13). À vista disso, não precisamos ter duvidas quanto ao dia a que ele quis referir-se quando no Apocalipse escreveu: "fui arrebatado em espírito no dia do Senhor". Só posteriormente, com a fermentação da apostasia na igreja primitiva, é que o domingo foi tomando corpo, e a designação "dia do Senhor" lhe foi dada deliberadamente.

Heylin, erudito de projeção intelectual, da Igreja da Inglaterra, escritor bem informado, da o seguinte testemunho: "Tomai o que quiserdes, ou os pais [da igreja] ou os modernos: e não encontraremos nenhum dia do Senhor instituído por mandamento apostólico: nenhum 'sabbath' [dia de repouso] por eles firmados sobre o primeiro dia da semana. Vemos assim sobre que bases se assenta o dia do Senhor: primeiro sobre o costume e a consagração voluntária desse dia para reuniões religiosas; tal costume continuou favorecido pela autoridade da igreja de Deus, que tacitamente o aprovava; e finalmente foi confirmado e ratificado pelos príncipes cristãos em todos os seus impérios. E como dia de descanso dos trabalhos e abstenção dos negócios, recebeu sua maior força dos magistrados civis enquanto detinham o poder, e a seguir dos cânones, decretos de concílios, decretais dos papas, ordens de prelados de categoria quando a direção dos negócios eclesiásticos lhes era exclusivamente confiada. Estou certo de que assim não foi com o antigo sábado, o qual nem teve origem no costume – e o povo não se adiantara a ponto de dar um dia a Deus – nem exigiu qualquer favorecimento ou autoridade dos reis de Israel para ser confirmado ou ratificado. O Senhor falou que Ele queria ter um dia em sete, exatamente o sétimo dia da criação do mundo, para ser dia de repouso para todo Seu povo, e este nada mais tinha a fazer senão de boa vontade submeter-se à Sua vontade e obedecer-lhe... Assim, porém, não ocorreu no caso em tela. O dia do Senhor [domingo] não tem nenhuma ordem para que deva ser santificado; mas foi evidentemente deixado ao povo de Deus determinar este ou outro dia qualquer, para uso notório. E assim foi adotado por eles, e tornado um dia de reunião da congregação para práticas religiosas; contudo, por trezentos anos não houve lei alguma que o impusesse aos crentes e tampouco se exigia a cessação do trabalho ou de negócios seculares nesse dia." – Dr. Peter Heylin, em History of the Sabbath, 2.ª parte, capítulos I e III, seção 12.

"Quando os antigos pais da Igreja falam do dia do Senhor, eles, às vezes, talvez por comparação, o liguem ao dia de repouso; porém jamais encontramos, anterior à conversação de Constantino, uma citação proibitória de qualquer trabalho ou ocupação no mencionado dia; e se houve alguma, em grande medida se trata de coisas sem importância, pelas razões que apresentavam." - Smith's Dictionary of the Bible, pág. 593.

Depois de tudo isto, ainda que se pudesse provar (o que é absolutamente impossível) que João tivera a visão num primeiro dia da semana, isto em nada altera a observância do sétimo dia da semana, pois não tem relação alguma com o dia do repouso do cristão, e muito menos se destina a abolir o sábado do Decálogo. A. B. Christianini, Subtilezas do Erro, 2.ª ed., 1981, pág. 201.

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CAPITULO 4

O SÁBADO JUDEU FOI ABOLIDO?

Numa referencia aos sábados cerimoniais e à forma farisaica de guardar o sábado poderíamos dizer que sim mas quanto ao sábado como instituído por Deus e guardado por Jesus Jamais.E embora eu não seja salvo por guardar o sábado ou obedecer qualquer outro mandamento a existência deste dia hoje somada à ordem de Deus para observa-lo me colocaria como desobediente se eu não o fizesse.

Colosssenses 2:14, 16 e 17 citados pelo Irmão Gordon fala dos sábados cerimoniais não do mandamento. Para ficar claro que só os sábados cerimoniais é que foram abolidos, Paulo disseque tais sábados representavam apenas sombras das coisas futuras, ou Cristo que haveria de vir, e não a comemoração da criação, um fato do passado ou desde o Éden. (Colossenses 2:16-17). Os dias de festas anuais eram chamados “sábados” (feriados) e faziam parte das leis cerimoniais, as quais prefiguravam aspectos do ministério de Cristo no plano da salvação. Todos os anos, estes dias aconteciam num dia diferente da semana. Representavam a morte sacrifical e o ministério sacerdotal de Jesus (Hebreus 10:1). Por este meio Deus ensinava a história da salvação a Israel (Hebreus 4:1-2). Por exemplo, o sábado anual da Páscoa prefigurava os sofrimentos e a morte de Cristo (I Coríntios 5:7). Todos os sábados anuais desapareceram com a Cruz. Eles não faziam parte da Lei Moral de Deus, ou seja os Dez Mandamentos. Esta é a Lei perfeita e eterna que todos os filhos de Deus são chamados a cumprir, inclusive o Sábado do 7º Dia (Salmo 19:8; 111:7-8). Como Deus não é Deus de confusão, para não se misturarem os dois tipos diferentes de sábados, Ele disse o seguinte: “Estas coisas são as solenidades ( ou os sábados cerimoniais ) além do sábado do Senhor” (Levíticos 23:37-38 ), o qual é de duração perpétua ( Êxodo 31:16-17 ).

Para uma melhor compreensão da verdade do sábado talvez seja importante conhecermos a história do sábado na era cristã. Para isto ninguém melhor que o pastor Christianini Vejamos.

O Sábado na Era Cristã

Alinhamos alguns depoimentos escritos em épocas variadas, ao longo dos séculos depois de Cristo e citados pelo já citado Pastor Chritianini.

Século II

Justino Mártir (100-165): "Devemos unir-nos a eles [observadores do sábado], associando-nos com eles em tudo, como parentes e irmãos." - Dialogue With Trypho, em The Ante-Nicene Fathers, vol. I, pág. 218.

Século III

Tertuliano (155-222): "Na questão de ajoelhar-se, também a oração pode ser feita de várias maneiras, embora haja alguns que se abstenham de se ajoelharem no sábado. Uma vez que esta divergência está sendo considerada pelas igrejas, o Senhor dará Sua graça para que os que não concordam com isto cedam ou sigam o exemplo dos outros, sem haver ofensa contra ninguém." - On Prayer, cap. 23. Em The Ante-Nicene Fathers, vol. III, pág. 689.

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Orígenes (185-254): "Depois da celebração do sacrifício contínuo (a crucifixão), vem a segunda festividade, do sábado, e é apropriado para quem for direito entre os santos, celebrar também a festa do sábado. E qual é, de fato, a festa do sábado, senão a de que o apóstolodisse: 'Portanto resta ainda um sabatismo para o povo de Deus?' Hebreus 4:9. Deixando, pois, de lado a observância judaica do sábado, que espécie de observância se espera do cristão? No sábado nenhum ato mundano deve ser realizado. Se, portanto, repousardes de todas as obras seculares, não deveis fazer coisa alguma mundana, mas estareis livres para as obras espirituais, indo à igreja, dedicando atenção à leitura sagrada e aos estudos de assuntos divinos, pensando nas coisas celestiais e na vida futura, bem como no julgamento vindouro, sem atentar para as coisas atuais e visíveis, mas para as invisíveis e futuras." - Homily on Numbers 23, par. 4, em Migne, Patrologia Graeca, vol. XII. cols. 749 e 750.

Século IV

Hermas Sozomeno (399-443): "O povo de Constantinopla, e de quase todas as partes, reúne-se no sábado, bem como no primeiro dia da semana, costume que nunca se observa em Roma, nem em Alexandria." - Ecclesiastical History, livro 7, cap. 19, em Nicene and Post-Nicene Fathers, 2.ª série, vol. II, pág. 390.

Johannes Cassianus, monge egípcio, (360-435), descrevendo a vida monástica: "Portanto, exceto os cultos vespertinos e noturnos, só há culto de dia no sábado e no primeiro dia da semana, quando os monges se reúnem à terceira hora [nove horas] para a santacomunhão." - De Institutione Coenobiorum, livro III, cap. 2, em Nicene and Post-Nicene Fathers, 2.ª série, vol. XI, pág. 213.

Constituições dos Santos Apóstolos (produto de escritores da Igreja Oriental). Embora também ordene a guarda do domingo, assim indica a guarda do sábado: "Observarás o sábado por causa dAquele que repousou da obra da criação, mas não cessou Sua obra de providência. É repouso para meditação sobre a lei, e não para ficar com as mãos ociosas." - Constitutions of the Holy Apostles, livro II, sec. 5, cap. 36. The Ante-Nicene Fathers, vol. VII, pág. 413.

Atanásio (298-373): "Reunimo-nos no dia de sábado não porque estejamos infectados de judaísmo... Achegamo-nos ao sábado para adorar a Cristo, o Senhor do sábado." - Pseudoathan, de semente, tomo I, pág. 885.

Agostinho (354-430): "Neste dia, que é sábado, costumam reunir-se, na maior parte, os desejosos da Palavra de Deus... Em alguns lugares, a comunhão ocorre diariamente; em outros, somente no sábado; e em outros, somente no domingo." - Sermão 128, tomo VII, pág. 629, Epistola ad Janerius, cap. 2.

Edward Brerewood, historiador (1565-1615), depois de exaustiva pesquisa do assunto: "O sábado foi religiosamente observado na Igreja do Oriente, durante mais de trezentos anos depois da paixão do Salvador." - A Learned Treatise of the Sabbath, pág. 77.

Concílio de Laodicéia (cerca de 365 d.C.): "No sábado, os Evangelhos e outras porções da Escritura devem ser lidos em voz alta." - Charles Joseph Hefele, A History of the Concils of the Church, vol. II, pág. 31. (Edinburg. 1876).

Bruce M. Metzger, orientalista contemporâneo, que estudou profundamente o Lecionário Grego do Evangelho: "Na Igreja Oriental o sábado, com exceção do grande sábado que fica entre a Sexta-Feira Santa e o dia da Páscoa, era observado como dia de festa." – The Saturday and Sanday Lessons From Luke in the Gospel Lectionary.

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John C. L. Gieseler (historiador eclesiástico alemão do século do séc. XIX): "O domingo e o sábado eram observados como dias de festa na igreja cristã; o último, porém, sem a superstição judaica." - Compendium of Ecclesiastical History, período I, divisão 2, cap. 3, parágrafo 53.

Joseph Bingham (pesquisador de história da igreja cristã, que viveu na Inglaterra no século XVIII): "Depois do dia do Senhor, os antigos cristãos eram cuidadosos na observância do sábado, ou sétimo dia, que era o primitivo sábado judaico. Alguns o observavam como dia de jejum, outros como dia festivo. Todos, porém, unanimemente o guardavam como o mais solene dos dias religiosos de culto e adoração. Na Igreja Oriental era sempre observado como dia de festa." – Origines Eclesiasticae, ou Antiquities of the Christian Church, livro XX, cap.3, par.1.

Século V

Sócrates, o Eclesiástico (historiador - 379-440): "Conquanto quase todas as igrejas do mundo celebrassem os sacramentos aos sábados, cada semana, os cristãos de Alexandria e de Roma, por causa de alguma tradição, deixaram de fazer isto." – Ecclesiastical History, livro V, cap. 22 (escrito em 439 d.C.), em Nicene and Post-Nicene Fathers, 2.ª série, vol. II, pág. 132.

Agostinho (Aurelius Augustinus, 354-430): "Se dissermos que é errado jejuar no sétimo dia, condenaremos são somente a igreja de Roma, mas também muitas outras igrejas, tanto da atualidade como dos tempos mais remotos, nas quais o mesmo costume continua sendo praticado. Se, por outro lado, dissermos que não é errado jejuar no sétimo dia, quão grande será nossa presunção em censurar tantas igrejas do Oriente, e até a maior parte do mundo cristão!" - Carta 82, de Agostinho a Jerônimo, parágrafo 14 - Nicene and Post-Nicene Fathers, 1.ª série, vol. I, págs. 353 e 354.

Lyman Coleman (1796-1882), após minuciosa pesquisa: "Retrocedendo mesmo até ao quinto século, foi contínua a observância do sábado judaico na igreja cristã, mas com rigor e solenidade gradualmente decrescentes, até ser de todo abolida." - Ancient Christianity Exemplified (1852), cap. 26, seção 2.

Século VI

Alexander Clarence Flick (doutor em Filosofia e Letras, catedrático de História Européia na Universidade Siracusa, 1869-1942): "Os celtas permitiam o casamento de seus sacerdotes, e a igreja romana proibia... Os celtas tinham seus próprios concílios e editavam suas próprias leis, independentes de Roma. Os celtas usavam uma Bíblia latina diferente da Vulgata, e guardavam o sábado como dia de repouso. Também realizavam cultos especiais no domingo." - The Rise of Medieval Church, pág. 237 (ed. 1909, New York).

Alphonso Bellesheim (1839-1912) falando da igreja celta da Irlanda, no sexto século: "No sábado seguinte, o santo, apoiado em seu fiel assistente Diormit, foi abençoar o celeiro. 'Este dia" - disse Columba - 'nas Escrituras Sagradas é chamado o sábado, que significa descanso'... A Igreja Celta, como já observamos, embora guardasse o domingo, parece ter seguido os judeus, por isso abstinha-se de todo trabalho no sábado." - History of the Catholic Church in Scotland, vol. I, pág. 86.

Gregório I (540-604) trovejou uma objurgatória contra os existentes observadores do sábado: "Gregório I, bispo pela graça de Deus, a seus amados filhos, os cidadãos de Roma: Chegou ao meu conhecimento que certos homens de índole perversa têm disseminado entre vós coisas depravadas e contrárias à santa fé, pois proíbem que se faça qualquer trabalho no sábado. Como os chamarei senão de pregadores do Anticristo?" - Epitles, b. 13:1, em Labbes and Cossart, Sacrosancta Concilia, vol. V., col. 1511.

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Século XI Andrew Lang (1844-1912), erudito grego-escocês, historiador, referindo-se à igreja do norte da Escócia no décimo primeiro século, igreja fundada por Columba: "Eles trabalhavam no domingo, observavam o sábado." - History of Scotland, vol. I, pág. 96.

William Forbes Skene (1809-1892), historiógrafo real da Escócia em 1881. Referindo-se à Igreja Celta do século XI: "Parecia seguirem um costume, conforme, vestígios na primeira igreja monástica da Irlanda, segundo o qual consideravam o sábado como dia de repouso, no qual descansavam de seu trabalho... Não deixavam de venerar o domingo, embora sustentassem que o sábado do sétimo dia era o legítimo sábado, no qual se abstinham do trabalho." - Celtic Scotland (Edinburgo, 1877), livro II, cap. 8, págs. 349 e 350.

Thomas Ratcliffe Barnett (1868-1941) erudito anglicano: "Neste assunto, os escoceses talvez

mantivessem o costume tradicional da antiga Igreja da Irlanda que observava o sábado, em vez do domingo, como dia de repouso." - Margaret of Scotland, Queen and Saint (Londres, 1926), pág. 97.

Um Ramo dos Valdenses

J. J. Ign. Dollinger (1799-1890), professor de História Eclesiástica e Direito Canônico na Universidade de Munich: "Os Picardos, ou Irmãos Valdenses, não celebravam festividades à Virgem e aos Apóstolos. Alguns guardavam o domingo. Outros, entretanto, só observavam o sábado, como os judeus." - Beiträge zur Sektengeschichte des Mittelalters (Munich, Beck 1890), vol. II, pág. 662.

Época da reforma

Andreas Rudolf Karlstadt (1480-1541), reformador protestante alemão, que se juntou a Lutero em Witenberg, em 1517. Escreveu um tratado sobre o dia de guarda. "Quando os servos tenham trabalhado seis dias, devem ter o sétimo livre. Deus disse com toda a clareza: 'Lembrai-vos de observares o sétimo dia'... Com relação ao domingo, sabe-se que os homens o inventaram." - Von dem Sabbath und Gebotten Feyertagen (1524), cap. IV, pág. 23.

Martinho Lutero (1483-1546) o pai da reforma protestante: "Em verdade, se Karlstadt escrevesse mais acerca do sábado, o domingo teria que lhe ceder lugar, e o sábado ser santificado." - Wider die himmlischen Propheten, em Sämmtliche Schriften (ed. por John Georg Walch - St. Louis: Concordia, 1890), vol. XX, col. 148.

Posteriormente

No século XVII, fundou-se em Newport, (Rhode Island, USA), precisamente em 1671, a Igreja Batista do Sétimo Dia. No século XVIII fundou-se a Comunidade Efrata, por John Conrad Beissel, em Lancaster, precisamente em 1732. Convenceu-se depois do dever de observar o sétimo dia como dia de repouso e publicou Das Büchlein vom Sabbath (Philadelphia, 1728). E no século XIX, em 1844 surgiu nos Estados Unidos o movimento que, anos depois, teria a denominação de Adventistas do Sétimo Dia, de âmbito mundial.

A. B. Christianini, Subtilezas do Erro, 2.ª ed., 1981, pág.162 -167.

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Paulo Repreende Aqueles que observam os velhos tipos judaicos

À pagina 34 o Irmão Gordon apresenta esta frase e logo após apresenta o Texto de Gálatas 4:10,11 desejando que entendamos que “dias, meses, tempos e anos” sejam o sábado. Uma compreensãoexata de Gálatas evitaria que ele caísse neste erro mas como ele já caiu só nos resta alertar seus leitores para que escapem do buraco que ele caiu. Para apresentar a realidade da lei em gálatas convidamos o grande Teólogo “leigo” dos Adventistas, Lourenço Gonzáles. Vejamos:

A Lei de Deus aos Gálatas

Gálatas 2:16 - "Sabendo, contudo, que o homem não é justificado por obras da lei e sim mediante a fé em Jesus Cristo, também temos crido em Jesus Cristo, para que fôssemos justificados pela fé em Cristo, e não por obras da lei, pois, por obras da lei, ninguém será justificado." Paulo como que franze o cenho, olhando para Pedro e os demais apóstolos e discípulos, usando de sua fina dialética, mostra-lhes o poder do Evangelho. Circuncisão era uma exigência da lei Cerimonial, necessária antes de Cristo. Mas após a morte do Senhor, cumprir esse ritual era buscar justificação pelas obras; por isso Paulo rebateu essa posição, pois o necessário agora era demonstrar e exercer fé no sacrifício de Jesus, e nada mais. Querer,

portanto, praticar esse ritual depois que foi cancelado, era tentar justificar a si próprio, o que contraditava o Evangelho de Jesus. Por isso Paulo enfatizava: "Por obras da lei ninguém será justificado." Corretíssimo. A lei Cerimonial não se compunha somente do dogma da circuncisão, mas de uma infinidade de cerimônias; porém, o problema na ordem do dia é ela. O foco principal discorrido entre Paulo e os demais, é a circuncisão comentada na epístola.

Gálatas 2:21 - "Não anulo a graça de Deus, porque, se a justiça provém da lei, segue-se que Cristo morreu inutilmente."

Antes do advento do Messias, Deus dera aos judeus, em especial, um ritual maravilhoso. Um conjunto de cerimônias, acompanhado de variadas ordenanças, cognominado lei Cerimonial. Sua obrigação era exigível, pois todo o cerimonial apontava para Jesus. Era portanto necessário até que Ele viesse. Vindo porém o Filho de Deus, todo aquele cerimonial, embora belo e requerido, tornara-se inútil, pois era sombra de Jesus (Hebreus 10:1). Paulo por sua vez, compreendeu assim, aceitou o fato e colocou-o em prática. Por isso, indignou-se, ao ver, agora, novamente os discípulos voltarem a circuncidar-se.

Mais irritado ficou, ao notar os próprios apóstolos presenciarem essa disposição de suas ovelhas e nada fazerem. Permaneciam inertes. Daí causar, em Paulo, repulsa tal que levou a repreender não somente os discípulos mas também a Pedro. Paulo não concordava de modo algum, com a atitude daqueles homens que tiveram repetidas vezes o esclarecimento do plano de salvação. Um plano tão detalhado, com o seu cumprimento na morte vicária de Jesus, voltar agora aos rituais abolidos. E se essas praticas pudesse justificar o oferente, então Jesus teria morrido em vão, asseverava Paulo.

Ressaltando que a "lei" focada é sem dúvida nenhuma a lei Cerimonial, pois tudo está exatamente dentro do mesmo fim explicativo de Paulo, da seqüência do pensamento discorrido por ele no capítulo 2. Por isso não há por que isolá-lo. Isolando-o, perderá seu sentido real. Separando-o do contexto, é cortar o fio da meada. É destruir o pensamento proposto e ardorosamente defendido porPaulo. Gálatas 3:10 - "Todos aqueles, pois, que são das obras da lei estão debaixo da maldição; porque está escrito: Maldito todo aquele que não permanece em todas as cousas escritas no livro da lei, para praticá-las."

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Se tivéssemos aberto a Bíblia agora, tomando este versículo separado, lendo-o, e em seguida fechando-a, certamente iríamos interpreta-la de maneira errônea. Mas infelizmente é dessa forma que a mensagem do apóstolo Paulo, é estudada por muitos. Servindo-se deste versículo, muitos pregam inverdades e escrevem grosseiras falsidades, enganando muita gente sincera.

1.º - Quem pratica ou permanece em "todas cousas escritas no livro da lei" está sob maldição. Logicamente não poderá ser a Lei Moral ou os Dez Mandamentos, que a Bíblia nos mostra sem deixar qualquer dúvida. As Escrituras deixam bem claro que os Dez Mandamentos são eternos e não mudam. E estes mesmos Dez Mandamentos entregue a Moisés no monte Sinai foram divididos sabiamente em duas partes pelo Seu Criador. Os quatro primeiros, dizem respeito à nossa obrigação para com Deus, e os seis restantes, para com o nosso próximo. Assim que, amar a Deus de todo coração, de toda a alma e entendimento, é cumprir os primeiros Quatro Mandamentos da primeira tábua de pedra. E amar nossos semelhantes como a nós mesmos é cumprir os Seis Mandamentos restantes na segunda tábua de pedra. Portanto se isso é maldição, pedimos-lhe para afirmar: é irracional, incabível, insuportável e inverossímil.

2.º - Essa lei que Paulo menciona foi escrita em um livro. Portanto, só isso bastaria para os sinceros crentes compreenderem que essa lei focada pelo apóstolo é a lei Cerimonial, haja vista que os Dez Mandamentos foram escritos pelo próprio Deus e em pedras (Êxodo 31:18). Ora, pedra é granito, livro é pergaminho, pele de animal e casca de madeira. Por isso mesmo é bastante diferente. Ademais, quem escreveu essa lei insistentemente abordada em Gálatas, não foi Deus, e sim Moisés, é o que descobrimos na leitura de Deuteronômio 31:24, que diz: "Tendo Moisés acabado de escrever, integralmente, as palavras desta lei num livro..."

Gálatas 4:5 - "Para remir os que estavam debaixo da lei, a fim de recebermos a adoção de filhos."

A lei Cerimonial apontava para Cristo como afirma Paulo, e Cristo veio exatamente para tomar o lugar da oferta que era morta no ritual da manhã e da tarde, pelo pecado. (Êxodo 29:38 a 41; Isaías 1:13; Malaquias 2:8 e 9). Ele acabou com todos os símbolos que apontavam para Sua obra redentora. Por isso recebemos a "adoção de filhos". Fomos precipitados pelo pecado, perdemos a condição de filhos; entretanto agora, arrancados das garras de Satanás, fomos "adotados" por Cristo, pelo Seu sangue e sacrifício na cruz do Calvário. Paulo procurava insistentemente mostrar aos gálatas que, com a vinda do Messias Jesus, o homem não podia ser salvo sob o judaísmo, escorado na lei Cerimonial.

Gálatas 4:9 e 10 - "Mas agora, conhecemos a Deus, ou antes, sendo conhecidos de Deus, como estais voltando outra vez, a esses rudimentos fracos e pobres, aos quais de novo quereis servir? Guardais dias, e meses e tempos, e anos."

Após um logo estudo sobre as diferenças entre as Lei Moral e Cerimonial, temos certeza absoluta onde encaixar e enquadrar "esses rudimentos fracos e pobres." Entretanto deixaremos bem gravado que a "lei" enfocada novamente por Paulo, é aquela que a Bíblia nos diz ser: lei Cerimonial, porque:

1.º - Na seqüência do pensamento de Paulo está se mostrando a inutilidade daquelas cerimônias introduzidas pelos judaizantes em sua ausência. Diz que é maldito (Gálatas 3:10) todo aquele que praticar aquelas obras, depois que se tornaram obsoletas. Por outro lado, na Lei Moral, não existem cerimônias. Pelo contrário Ela enobrece o homem, moralizando-o, daí não conter maldição.

2.º - Menciona Paulo que a lei Cerimonial foi escrita em um livro (Gálatas 3:10), ao passo que a Lei Moral foi escrita em blocos de pedra (Êxodo 31:18).

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3.º - Diz Paulo que a lei Cerimonial tinha um propósito: mostrar a obra redentora de Cristo. E isso não pode ser requerido da Lei Moral. Nos Dez Mandamentos não há ordem para circuncidar, nem matar animais, ou outro ritual qualquer, os quais simbolizavam e apontavam a obra de expiação de Jesus.

4.º - Ninguém será maldito por guardar a Lei Moral; pelo contrário, ela ajuda o homem a tornar-se elevado, nobre e a ter bons princípios. A Lei do Senhor (Dez Mandamentos) é perfeita (Salmo 19:7).

5.º - A Lei Moral não tem "rudimentos", e sim "Mandamentos" (Salmo 119:34 a 36). Em Romanos 7:12: "Por conseguinte, a Lei é santa; e o Mandamento santo, e justo, e bom."

Fica por conseguinte, claríssimo que a "lei" de "rudimentos fracos e pobres" jamais pode ser a Lei Moral, que é enaltecida por Paulo, e que mesmo a fé não pode anular (Romanos 3:31). "Pelo contrário, a Bíblia diz que os Dez Mandamentos e o testemunho de Jesus são requisitos, características, para distinguir os filhos de Deus, nos momentos finais deste mundo. (Apocalipse 12:17 e Apocalipse 14:12)."

6.º - Portanto a lei Cerimonial é que se enquadra no texto, pois ela, sim tem "rudimentos", e estes são comprovadamente, "fracos e pobres", foram e são impotentes para justificar. Cumpriram sua missão e pronto. Acabou. E note o paradoxo, foram anulados pela fé em Cristo.

7.º - A Lei Moral não exige a guarda de "dias" e sim de "um" dia, ordenado por Deus - o Sábado - memorial eterno do Seu poder Criador.

8.º - Na lei Cerimonial havia sim "dias", "meses" e "anos". Eram sete festas anuais, consideradas feriados altamente solenes, são elas:

1ª páscoa 2ª festa dos pães Asmos. . 3.ª - Festa das Primícias (Pentecostes). 4.ª - Memória da Jubilação (Festa das Trombetas). 5.ª - Dia da Expiação. 6.ª - 1.º Dia da Festa dos Tabernáculos. 7.ª - Último Dia da Festa dos Tabernáculos.

Estas festas se davam no decorrer do ano judaico. Eram datas fixas em dias móveis. Por exemplo, data fixa quer dizer: um dia de determinado mês. Dia móvel indica que esse dia podia cair em uma segunda, quarta, quinta, sábado, etc. (Assim como o nosso sete de setembro, que é feriado nacional, não cai continuamente no mesmo dia da semana, porém é uma data fixa - sete de setembro). Eram "dias" guardados com tanta solenidade pelos judeus que se assemelhavam ao sábado do sétimo dia da semana, porque, naqueles "dias" em que caíam tais festas, toda a nação parava. [Veja também em Guiados Para Vencer I: Comparando a Lei Moral e a Lei Cerimonial].

Os afazeres cotidianos e seculares findavam, semelhante ao que faziam durante o Sábado do Senhor. Aliás esses "dias" eram também chamados de sábados (Isaías 1:13 e 14; Oseías 2:11). A páscoa ocorrida na semana em que Cristo foi crucificado, coincidiu cair no dia de Sábado do Sétimo dia da semana; por isso foi "grande aquele Sábado" (João 19:31). Era o sábado cerimonial, dentro do Sábado Moral dos Dez Mandamentos.Assim que, os gálatas guardavam "dias" (eram esses feriados), "meses" (porque eram meses fixos), e "anos" (durante todos os anos, até a morte de Jesus - Hebreus 10:1). Exatamente como enfatizou Paulo aos gálatas, que retornavam ao judaísmo, empurrados pelos professores judaizantes.

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Portanto nada mais claro e lógico que a "lei" insistentemente abordada por Paulo aos gálatas não é outra senão a lei Cerimonial. É o que diz a Bíblia. Resta de sua parte a decisão para aceitar.

Gálatas 5:1 a 4 - "Estais pois firmes na liberdade com que Cristo nos libertou, e não torneis a meter-vos debaixo do julgo da servidão. Eis que eu, Paulo, vos digo que, se vos deixardes circuncidar, Cristo de nada vos aproveitará. E de novo protesto a todo homem que se deixa circuncidar, que está obrigado a guardar toda a lei. Separados estais de Cristo, vós, os que vos justificais pela lei; da graça tendes caído."

Observe que Paulo novamente enfatiza o tema central especulativo da epístola: a circuncisão. Os gálatas buscavam com "ousadia e muita severidade" a justificação pelas suas próprias obras, e o apóstolo sabia que nada disso tinha valor; mesmo que eles observassem todos os ritos mosaicos com a maior sinceridade, de nada adiantaria. O homem só será justificado e salvo pela fé em Cristo, nada mais.

Paulo então determina, como que cansado de falar, argüir e repreender: "Se vos deixardes circuncidar, Cristo de nada vos aproveitará". E isso é fácil de compreender agora, pelo estudo que fazemos de toda a epístola de Gálatas.

Cristo Jesus morreu. Sua morte cancelou a lei Cerimonial. Agora era necessário apenas exercer fé no ressurreto Filho de Deus, para que o homem fosse justificado. Isso é graça. Se os gálatas continuassem a buscar a justificação pelo cumprimento e prática das obras da lei Cerimonial, a graça não teria nenhum valor para eles. Por certo, "da graça cairiam".

Gálatas 5:6 - "Porque em Jesus Cristo nem a circuncisão nem a incircuncisão tem virtude alguma; mas a fé que opera pelo amor."

Que clareza meridiana! Que declaração límpida! Perceptível! Só uma mente cauterizada, indecisa, deixará de alcançar o que Paulo passou toda a epístola combatendo, lutando para colocar na mente dos gálatas que o ritual da circuncisão, sendo parte integrante e saliente dos dogmas cerimoniais, perdera o seu valor e significado com o advento do Messias. Aliais, para eles isso não era uma

doutrina nova, fora o Evangelho que Paulo lhes pregou anteriormente. Eles haviam aceitado desta forma e até posto em prática, pois o que se depreende do versículo seguinte é isso, note bem o versículo de Gálatas 5:7.

Gálatas 5:7 - " Vós corríeis bem; quem vos impediu para não obedeçais à verdade?"

"Quem vos impediu...?" Observe a enfática indagação de Paulo.

Quem?... Os professores judaizantes. Eles adoçaram sua mensagem de tal maneira, que não demorou muito e os gálatas estavam todos elevados e apegados à circuncisão. Os tais professores, naturalmente, devem ter-se servido de argumentos contundentes, porque, deixar os ensinamentos de Paulo anteriormente recebidos, para aceitar aquelas ordenanças agora obsoletas, apagadas, sem vida, é demais.

Gálatas 5:10 e 12 - "Confio de vós, no Senhor, que nenhuma outra coisa sentireis; mas aquele que vos inquieta, seja ele quem for, sofrerá a condenação. Eu queria que fossem cortados aqueles que vos andam inquietando."

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Paulo pregava o Evangelho da liberdade. Cristo concedera a liberdade pelo Evangelho. Fé, somente fé em Seu sacrifício. Fé e testemunho em favor de Cristo, eis tudo que era necessário. Entretanto, queriam novamente os gálatas meter-se debaixo da servidão do ritual mosaico; reviver os momentos solenes do sistema sacrifical e da infinidade de cerimônias, agora inúteis e sem nenhuma expressão, pois Jesus Cristo, o justo, tornara-Se a oferta viva pelo pecado, o Cordeiro Pascal, e, assim, abolira a lei Cerimonial, conforme a mesma segura e abalizada palavra do apóstolo Paulo em Colossenses 2:14: "Havendo riscado a cédula que era contra nós nas suas ordenanças, a qual de alguma maneira nos era contrária, cravando-a na cruz."

Foi realmente o que aconteceu. Quando exausto o Salvador expirava na cruz, lá no Templo de Jerusalém o sacerdote se preparava para oficiar o ritual da tarde, alheio ao magistral acontecimento daquele fatídico dia.

O cordeirinho estava amarrado sobre o altar, semelhante ao que era feito por milênios. Naquela tarde, como de costume, o animalzinho seria sacrificado. Ao bradar Jesus: "está consumado", toda a natureza se mostrou repulsa pelo triste quadro, retirando sua luz natural, e os elementos, entrando em comoção, suspiravam pela vida de Seu Criador, enquanto que miraculosamente, o cordeiro se desprende do altar e foge, deixando apavorado o sacerdote ministrante, e, para seu completo desentendimento daquela situação, nota que o véu do templo, que separava o lugar santo do santíssimo, rasga-se de alto a baixo por mãos potentes e invisíveis (Mateus 27:51). Era o cumprimento in-loco de todas as profecias messiânicas do Antigo Testamento. Em especial a de Daniel 9:27, que agora cumpre-se fidedignamente:

Daniel 9:27 - "Ele fará firme Aliança com muitos, por uma semana; na metade fará cessar o sacrifício e a oferta de manjares..." Terminara portanto o ritual que por milênios impressionara os judeus. Pendia altaneiro do Gólgota o Messias Jesus, e agora, a cruz tornara-se o emblema de fé, símbolo de salvação. Findara a era da justificação pelas obras da lei Cerimonial, e raiava a era da justificação pela fé em Cristo. E isso os gálatas rejeitavam, absorvidos pelo vento de doutrinas dos "professores judaizantes".

Gálatas 6:13 - "Porque nem ainda esses mesmos que se circuncidam guardam a lei, mas querem que vos circuncideis para se gloriarem na vossa carne."

Neste versículo Paulo deixa claro que todo o tema e preocupação da epístola de Gálatas, são motivados pela circuncisão. Isso aceitarão os sinceros de coração que são os "cidadãos do Céu", porque afirma o apóstolo, aqueles heréticos ensinadores "professores judaizantes" que insuflaram novamente a circuncisão na igreja dos gálatas, eles mesmos não guardavam a lei Cerimonial, por que esta não se compunha apenas do rito da circuncisão, mas de uma infinidade de ritos cerimoniais.

Viaje em pensamento até a Igreja de Corinto, sente-se no primeiro banco, poste-se diante do Rei do Céu, pois convidamos o campeão da cruz, para pregar um grandioso sermão para você. Ei-lo:

I Coríntios 7:19 - "A circuncisão, em si, não é nada; a incircuncisão também nada é, mas o que vale é a observância dos mandamentos de Deus."

Aqui Paulo define claramente as duas leis do conflito dos gálatas. Nega com veemência a lei da circuncisão (Cerimonial) e realça os mandamentos de Deus (Lei Moral). Assim com a descoberta da lei que Paulo menciona insistente e exaustivamente, na Epístola aos Gálatas, cuja preocupação geral foi a circuncisão, leva-nos sem dúvida até a lei Cerimonial.

A Lei de Deus, revela a condição do homem, é como um espelho que nos mostra como estamos, cabe a essa Lei mostrar o nosso pecado, e a Cristo, quando assim permitimos através da verdadeira fé e obediência, remove-los, nos ajudando assim a alcançar a graça de Sua salvação.

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Esta gloriosa "lei" que revela a condição do homem, que lhe mostra o pecado, que é sobretudo o fundamento do Seu governo, de Seu caráter, será norma de justiça no grande julgamento do Senhor, o DIA DO JUÍZO. (Eclesiastes 12:13 e 14; II Coríntios 5:10)

A decisão deve ser feita. Lembre-se: você será um vencedor, se for humilde, em aceitar o que diz a Bíblia.

Lourenço Silva Gonzalez, Assim Diz o Senhor, 5.ª ed., 1993 citado em http://www.emdefesadafe.com/index1.htm

O SÁBADO FOI DADO SOMENTE A ISRAEL

Conclusão pueril e incongruente pois contesta a palavra de Deus que reza diferente. Senão vejamos: * Marcos 2: 27, 28 E prosseguiu: O sábado foi feito por causa do homem, e não o homem por causa do sábado. Pelo que o Filho do homem até do sábado é Senhor.

* ISAIAS 561 Assim diz o Senhor: Mantende a retidão, e fazei justiça; porque a minha salvação está prestes a vir, e a minha justiça a manifestar-se.2 Bem-aventurado o homem que fizer isto, e o filho do homem que lançar mão disto: que se abstém de profanar o sábado, e guarda a sua mão de cometer o mal.3 E não fale o estrangeiro, que se houver unido ao Senhor, dizendo: Certamente o Senhor me separará do seu povo; nem tampouco diga o eunuco: Eis que eu sou uma árvore seca. 4 Pois, e escolhem as coisas que me agradam, e abraçam o meu pacto: assim diz o Senhor a respeito dos eunucos que guardam os meus sábados5 Dar-lhes-ei na minha casa e dentro dos meus muros um memorial e um nome melhor do que o de filhos e filhas; um nome eterno darei a cada um deles, que nunca se apagará.6 E aos estrangeiros, que se unirem ao Senhor, para o servirem, e para amarem o nome do Senhor, sendo deste modo servos seus, todos os que guardarem o sábado, não o profanando, e os que abraçarem o meu pacto,7 sim, a esses os levarei ao meu santo monte, e os alegrarei na minha casa de oração; os seus holocaustos e os seus sacrifícios serão aceitos no meu altar; porque a minha casa será chamada casa de oração para todos os povos.

* Eclesiastes 12:13 “Este é o fim do discurso; tudo já foi ouvido: Teme a Deus, e guarda os seus mandamentos; porque isto é todo o dever do homem.” (destaques nossos)

Diante destes textos, pode se ver que o sábado só para Israel não é o que a Bíblia ensina. Portanto dizemos com todo respeito, que o Irmão Gordon se equivocou grandemente. Só podemos pedir a Deus que lhe abra os olhos pra que ele contemple as maravilhas da lei do Senhor.

Nosso irmão também afirma que os patriarcas não guardavam o sábado e que afirmamos que não é possível provar pela bíblia que estes guardavam-no porque o relato bíblico é muito resumido ( ele só não disse onde foi que fizemos esta afirmação). Entretanto queremos dizer, que há sim na bíblia, registros dos patriarcas guardando o sábado. Leiamos Gênesis 26:5 “porquanto Abraão obedeceu à minha voz, e guardou o meu mandado, os meus preceitos, os meus estatutos e as minhas leis”.Se o autor concorda como já pudemos ver, que os dez mandamentos está incluído entre as leis aqui citadas, como é que ele consegue excluir destas o sábado? Não há como negar, o sábado como as demais leis do senhor, foi também observado por Abraão.

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COMO ERA GUARDADO O SÁBADO

Devido ao grande afã de refutar os observadores do sábado o autor do livro em análise, apresenta as coisas no panorama mais legalístico possível para tentar ver se nos atinge. Para ele teríamos que guardar as cerimônias de Israel porque para ele o sábado era cerimonial; teríamos de apedrejar os transgressores do sábado, não sair de, não acender fogo etc. etc. etc. perdoe-me mas nunca vi tanto farisaísmo quanto nessas conclusões.

Pondo as coisas em pratos limpos explicamos:

1º - Para nós o sábado é Moral, Os sábados cerimoniais eram anuais e estes sim foram abolidos, ou melhor, foram cumpridas as suas funções na cruz de Cristo. Por isto não cumprimos as cerimônias de Israel como o Irmão Gordon deseja. O Irmão Gordon nos acusa de guardarmos o sábado e rejeitarmos muitas outras coisas dos judeus ele diz a circuncisão também foi dada aos judeus como também o sacerdócio incenso etc. e que nós não observamos. Neste caso como já dissemos agimos assim por considerar estas coisas como cerimônias – o que não pode ser aplicado ao sábado por ser ele um dos dez mandamentos da santa lei de Deus e esta não era cerimonial. Agora não somos os únicos a aceitar umas coisas dos judeus e rejeitar outras não. A bíblia foi dada aos judeus e o Irmão Gordon usa, O dizimo foi dado aos Judeus e ele usa ,defende e prega sobre o assunto e está certo pois não são cerimônias. Agora falta ser coerente, e não coar um mosquito engolindo um camelo. 2º- não encontramos mais de um exemplo de apedrejamento na bíblia que parece ter ficado apenas como exemplo da seriedade do mandamento e como advertência de que Deus punirá os transgressores. A Ele, Criador e Senhor deixamos o acerto de contas com quem ele encontrar culpado, pois só Ele conhece os motivos e sentimentos do coração. Por outro lado perguntamos ao irmão: Não era o adultério punido de morte também? Não eram apedrejados os adúlteros e adúlteras? O Irmão obedece o mandamento “Não adulterarás” e no entanto não apedreja os adúlteros portanto está em pé de igualdade conosco. É a mesma coisa da guarda do sábado nos pólos; ele diz ser impossível observar o sábado lá por causa dos fusos horários e por do sol. Então como guardam lá o domingo, os seus defensores? Estão em pé de igualdade conosco. Se é impossível para nós a observância do dia do Senhor lá, não é diferente para os observadores do domingo. 3º Quanto ao “sair de casa” o texto que o proíbe foi tirado do contexto e gerou um pretexto. O texto completo nos mostra que a ordem foi não sair para apanhar o maná. Deus não proibir sair de casa isto é idéia gratuita do Irmão Gordon. Entretanto fica aqui apresentado o fato de que o Senhor considera seu dia de forma diferente do irmão pois ele mandava Maná em dobro na sexta feira para que ninguém inventasse a desculpa de quem iria busca-lo por estar com fome como alguns hoje fazem: “vou trabalhar para não passar fome”dizem, quando em verdade quem provê nosso pão é o Senhor. Aos incrédulos resta apenas a desobediência hoje e o juízo no futuro. 4º Quanto ao cozinhar ou assar de que fala o Irmão Gordon, queremos que ele saiba que nós ainda hoje ensinamos e praticamos o que está escrito de cozinhar na sexta nosso alimento deixando para o dia seguinte o que resta.5º Acender o fogo tinha implicações que hoje não tem. Hoje não precisamos ficar horas batendo

uma pedra na outra até gerar uma faísca que acenda apenas precisamos apertar um botão o que não nos tira o direito de ir adorar o Senhor. 6º Usar Êxodo 16:29 para dizer que os judeus não saíam de suas casas para adorar a Deus no sábado e que nós não obedecemos isto indo à igreja, é uma ignorância bem próxima da maldade. Até hoje os judeus recebem o sábado com o Shabatt Shallon nas sinagogas. Eu mesmo já pude assistir a um pôr do sol ( shabatt shallon) na sinagoga judaica que fica ao lado de igreja Adventista Central de Salvador na Rua do Carro ao lado do fórum Rui Barbosa. Este tipo de conclusão estapafúrdia indica o nível de conhecimento histórico-teológico dos que combatem os dez mandamentos, é por este diapasão que se afinam as demais conclusões do Irmão Gordon, Canright e outros. Por falar em Canright, tão citado pelo Irmão Gordon; gostaria de alertar o dito irmão que não deseje para si o mesmo fim de Canright pois dele foi profetizado:

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“Sempre tivestes o desejo do poder, da popularidade, e isto é uma das razões de vossa presente situação. Rogo-vos, porém, que guardeis convosco as vossas dúvidas, vossas interrogações, vosso ceticismo. O povo vos tem dado mais crédito quanto à força de propósito e estabilidade de caráter do que possuíeis. Pensavam que éreis um homem forte; e ao manifestardes vossos sombrios pensamentos e sentimentos, Satanás está pronto a tornar os mesmos tão intensamente poderosos em sua natureza enganadora, que muitas almas serão iludidas e perdidas mediante a influência de uma alma que preferiu as trevas à luz, e se colocou presunçosamente ao lado de Satanás, nas fileiras do inimigo. Quisestes ser muita coisa, e fizestes uma ostentação e um ruído no mundo, e em resultado disso, vosso sol certamente se porá em obscuridade. Estais a cada dia encontrando um prejuízo eterno” Ellen G. White. Mensagens Escolhidas Vol 2 P. 163

No fim de sua vida já sentindo o peso de sua escolha, referindo-se a Mensagem Adventista “dirigindo se então a Reavis, com o rosto umedecido pelas lagrimas, exortou-o: “Faça o que quiser, mas nuca combata a mensagem.” D.W. Reavis I Remember p. 120 citado por Enoch de Oliveira em A mão de Deus ao Leme. P. 187.

“Seus últimos anos foram vividos entre humilhações, angustias econômicas e atrozes padecimentos físicos. Uma perna lhe foi amputada como resultado de um acidente que quase lhe roubou a vida. Inválido, sentiu sua saúde deteriorar-se rapidamente. Passou a sofrer então, em toda a intensidade, as angústias intoleráveis de um imenso ostracismo. Os batistas que o receberam com ruidosas manifestações de apreço e admiração, pareciam a ignora-lo e desconhecer suas necessidades. No dia 12 de maio de 1919, após um rosário de aflições e desenganos, Canright faleceu. Foi sepultado no pequeno cemitério de Moutain Home, em Otsego, na presenç de um reduzido numero de pessoas, testemunhas da solidão que o acompanhou em seus últimos anos. As palavras “vosso sol se porá em obscuridade”cumpriram-se com assombrosa precisão.” - A mão de Deus ao Leme P. 187. É de bom alvitre acrescentar que este nosso irmão renegado e então inimigo mortal de nossa fé, terminou sendo enterrado por seus perseguidos irmãos, os Adventistas do Sétimo Dia.

Lei moral x cerimonial Nas páginas 38 e 39 o Irmão Gordon tece alguns comentários quanto á posição dos adventistas em relação à lei e finaliza dizendo coisas que não de todo corretas por exemplo: “Os professores Sabatistas, tentando definir a lei, distinguiram o que eles chamam de duas leis – Lei Moral e a Lei de Moises. Eles definem a Lei Moral como os Dez Mandamentos, e a Lei de Moises incluíndo tudo mais. No entanto as escrituras não fazem tal distinção.” Com todo respeito ao Irmão Gordon esta afirmação denuncia a falta de conhecimento dele sobre o assunto. Existem duas coisas incorretas em suas afirmações. Primeiro, Não são os Adventistas que fazem distinção de leis, a bíblia é que o faz. E com isto todos teólogos leais às leis da hermenêutica concordam. Citemos alguns teólogos e estudiosos, não Adventistas, para provar o que acabamos de afirmar.

“Billy Graham, considerado o maior evangelista da atualidade, batista e fundamentalista, assim se expressou sobre a lei de Deus. Reproduzimos a pergunta específica de um repórter e conseqüente resposta textual, como estão na coluna de um jornal londrino, e reproduzido em Signs of the Times de 23-8-1955, pág. 4:

Pergunta: Mr. Graham, Alguns homens religiosos que conheço dizem que os Dez mandamentos são parte da ´lei´e não se aplicam a nós hoje. Dizem que nos, cristãos, estamos ´livres da Lei´. está certo?

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Resposta: Não, não está e espero que você não seja desencaminhado por estas opiniões; é de suma importância compreender o que quer dizer o Novo Testamento quando afirma que estamos ´livres da lei´. Como evidente, a palavra´lei´ é usada pelos escritores do Novo Testamento em sois sentidos. Algumas vezes ela se refere à Lei Cerimonial – do Velho Testamento, que se relaciona com a matéria ritualística e regulamentos concernentes à manjares, bebidas e coisas deste gênero. Desta lê, os cristãos estão livres na verdade. Mas o Novo testamento também fala da Lei Moral, a qual é de caráter permanente e imutável e está sumariada nos Dez mandamentos.”

A. B. Christianini , Subtilezas do Erro, CPB 1981 p. 71,72 ( destaque nosso)

Adão Carlos Nascimento “O crente deve guardar a Lei? R. Na Bíblia, encontramos três tipos de leis: 1. Lei cerimonial – ordenanças que tinham como finalidade orientar, disciplinar e dirigir a vida religiosa do povo de Israel, servindo-lhe de instrumento de comunhão com Deus e de preparação para a vinda do Salvador; 2. Lei Civil - que disciplinava vida do cidadão perante o Estado; 3. Lei Moral - que revela a natureza e a vontade de Deus, bem como o dever de cada ser humano para com o senhor. A lei Cerimonial e a Lei Civil, do Antigo Testamento, foram todas abrogadas pelo Novo Testamento. Mas a Lei Moral, que se encontra resumida nos dois mandamentos citados por Cristo ( Mt.19.16-22; 22.34-40) deve ser ainda obedecida por todos os homens, especialmente por todos os crentes.” Adão Carlos Nascimento – A razão de Nossa fé a história, as doutrinas e o governo da Igreja Presbiteriana do Brasil, ao alcance de Todos p.24 ( destaque nosso)

Falando sobre se existe ou não diferença de leis na bíblia. Diz Orlando S. Boyer

“Algumas pessoas dão ênfase à distinção entre mandamentos ´morais´e mandamentos ´cerimoniais´. As exigências ´morais´ são aquelas que em sí mesmas são justas e nunca podem ser revogadas. Ao contrário, as leis ´cerimoniais´são aquelas sobre observâncias, sobre o cumprimento de certos ritos, por exemplo: os mandamentos acerca dos holocaustos e o incenso... As leis ´cerimoniais´ podem ser abrogadas na mudança de de dispensação, mas não as leis ´morais´. É certo que existe tal distinção. – Pr. O. S.Boyer (teólogo Assembleiano) Marcos: O Evangelho do Senhor, págs. 38,39. citados por Lourenço Gonzalez em Assim diz o Senhor 7ª edição 1997 p. 78 ( destaque nosso)Veja prezado leitor, que esta distinção de leis existentes na bíblia é reconhecida por teólogos de diversos credos. Pode-se perceber portanto, que o irmão Gordon mais uma vez, mostra desconhecer a verdade dos fatos.

Outro equivoco do Irmão Gordon está na afirmação de que nós adventistas definimos “a lei Moral como os dez Mandamentos, e a Lei de Moises incluindo tudo mais” isto é inverídico. Nós temos conhecimento de várias leis na Bíblia como leis Civis, Agrárias, de Saúde, cerimonial, Moral, etc. das citadas observamos as de saúde e a Moral. esta é a verdade, e é isto o que de fato cremos e ensinamos. Agora, o Irmão Gordon fica nos devendo o pedido de perdão por nos levantar este falso testemunho. Mas nós o amamos, e mesmo que ele não no-lo peça nós já o perdoamos, e não levaremos isto em conta. O nosso desejo mesmo, é que ele faça o que os teólogos supracitados ensinaram – observe os mandamentos da Santa Lei de Deus. Se por uma questão ou outra ele não pode concordar conosco que pelo menos concorde com os teólogos insuspeitos que acabamos de citar e siga os conselhos destes em obediência a Deus. Não para ser salvo, mas porque já foi salvo por Jesus.

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O Dois Pactos Ou Alianças

O irmão Gordon tece alguns comentários nesse tópico dando a entender que a lei de Deus escrita pelo seu santo dedo Ex 31: 16-18 é um jugo de escravidão parece que ele não leu I João 5:2,32 que diz: “Nisto conhecemos que amamos os filhos de Deus, se amamos a Deus e guardamos os seus mandamentos. Porque este é o amor de Deus, que guardemos os seus mandamentos; e os seus mandamentos não são penosos;

Mas como já vimos falta conhecimento do santo livro por isto pedimos ao Senhor que perdoe este filho dele que quer servi-lo mas não sabe como fazê-lo.Vamos convidar mais uma vez o grande Teólogo “Leigo”dos Adventistas brasileiros( agora também espanhóis e ingleses – pois o ADOS já fala estas duas línguas também) para colaborar conosco falando sobre os dois concertos, fala Lourenço:

Os Dois Concertos - II Coríntios 3

Paulo estabelece em II Coríntios 3, um contraste entre dois Concertos, a saber:

Velho Concerto Novo Concerto 1 - (v. 7) “Ministério da Morte" 1 - (v. 8) "Ministério do Espírito"

2 - (v. 9) “Ministério da Condenação" 2 - (v. 9) "Ministério da Justiça"

3 - (v. 6) "Letra que Mata" 3 - (v. 6) "Espírito que Vivifica"

4 - (v.14) "Foi abolido" 4 - (v. 11) "Permanece"

5 - (v. 10) "Em Glória" 5 - (v. 10) "Em Excelente Glória"

O Velho Concerto, foi com sangue de animais (Hebreus 9:19 e 20). O Novo Concerto foi com o sangue de Jesus.

A base fundamental destes dois Concertos foi uma só: Os Dez Mandamentos, chamados de Lei Moral. A função da Lei é revelar o pecado (Romanos 7:7). O objetivo da Lei é levar o homem a Cristo. (Romanos 2:13).

II Coríntios 3:3 - "Porque já é manifesto que vós sois a carta de Cristo, ministrada por nós e escrita não com tinta, mas com o Espírito do Deus vivo, não em tábuas de pedra, mas nas tábuas de carne do coração."

Tábuas de "pedra e de carne": Isto é uma metáfora, para comparar os dois Concertos. Leia o que diz o profeta, nas palavras seguintes:

Jeremias 31:31 a 33 - "Eis que vem dias, diz o Senhor, em que farei um Concerto Novo com a casa de Israel e com a casa de Judá. Não conforme o Concerto que fiz com seus pais, no dia em que os tomei pela mão, para tirar da terra do Egito; porquanto eles invalidaram o Meu Concerto,

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apesar de Eu os haver desposado, diz o Senhor. Mas este é o Concerto que farei com a casa de Israel depois daqueles dias, diz o Senhor: “Porei a Minha Lei no seu interior, e a escreverei no seu coração: e Eu serei o seu Deus e eles serão Meu povo."

Deus está falando de um Novo Concerto e Se refere à mesma Lei que escreveu com o Seu dedo no Sinai. Portanto, nada há de indicativo do cancelamento da Lei Moral. Observe:

Ezequiel 11:19 e 20 - "E lhes darei um mesmo coração e um espírito novo porei dentro deles; e tirarei de sua carne o coração de pedra, e lhes darei um coração de carne. Para que andem nos Meus estatutos, e guardem os Meus juízos (leis), e os executem; e eles serão o Meu povo, e Eu serei o seu Deus."

Hebreus 8:10 - "Porque este é o concerto que depois daqueles dias farei com a casa de Israel, diz o Senhor; porei as Minhas Leis no seu entendimento, e em seu coração as escreverei; e Eu serei por Deus, e eles Me serão por povo."

No Novo Concerto, a Lei de Deus seria impressa não em pedra, mas em carne (no coração). Isso prova que jamais seria abolida. Sem sombra de dúvida, sob o evangelho, só pode participar do Novo Concerto que tenha conhecimento da Lei de Deus, pois ela será colocada no coração do crente.

O que é concerto?

Diz o dicionário ser: Combinação, acordo. Concerto não é uma Lei, mas um pacto normativo entre duas pessoas. Neste caso, com o povo de Deus, os cristãos. E a norma ou base é a Lei Moral.

Se Deus acabar com o objeto (norma/base) do Seu acordo, como saberá se a outra parte (nós) está cumprindo o acordo?

Qual legislador executará a sentença se não possuir uma lei reguladora?

Quando Deus julgar o mundo (João 12:47, Atos 17:31), o fará através desta Lei (Tiago 2:12). Como faria, estando cancelada?

Por conseguinte, o problema de II Coríntios 3 não é o cancelamento da Lei de Deus, porque o próprio Paulo diz que a fé não anula a Lei ( Romanos 3:31). Em nenhuma hipótese ou circunstância a Lei Moral pode ser abolida, porque ela é base, o fundamento do governo de Deus no presente e o será no futuro, para todos os Seus súditos fiéis e leais.

"Ministério da Morte" - (II Coríntios 3:7) "Ministério da Condenação" - (II Coríntios 3:9)

"Sem derramamento de sangue, não há remissão de pecados" (Hebreus 9:22). Se alguém transgredisse a Lei Moral deveria morrer. Todavia, o pecador poderia conseguir um substituto para assumir o seu lugar.

O Velho Concerto foi estabelecido nesta base: "A alma que pecar, esta morrerá" (Ezequiel 18:20). A Lei realiza sua função (ministério da condenação). Ao revelar o pecado, exige a morte do pecador (ministério da morte).

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Quando pecava (transgredindo a Lei de Deus), o que, então, fazia o pecador? Adquiria um cordeiro sem defeitos físicos e o levava ao sacerdote para ser morto pelo seu pecado. Hoje a base (Lei Moral - único instrumento que revela o pecado) continua a mesma, apenas, o sacrifício é melhor. O Cordeiro é Jesus, o "Cordeiro que tira o pecado do mundo" (João 1:29).

"Letra que Mata" - (II Coríntios 3:6)

A função (ministério) da Lei era definida. Sua "letra que mata", resultava evidentemente em morte para os transgressores. Hoje, porém, a função (ministério) da Lei continua, mas "baseada na justiça de Cristo através da ação do Espírito Santo no coração do pecador, resulta em vida."

Assim, "o primeiro ministério foi letra mortal, por inadimplemento por parte do povo. O último, 'Espírito que vivifica', por ser Cristo que habilita o homem a obedecer." Em ambos os Concertos, nada sugere a abolição da Lei de Deus.

"Foi Abolido" - (II Coríntios 3:14)

Quanto ao que foi "abolido", é claro, foi o Velho Concerto e não a Lei de Deus. O Novo Concerto permanece, e a Lei Moral como sua eterna base, continua em vigor. Enquanto houver o pecado, a Lei terá que existir. Ela é o mais perfeito instrumento que Deus possui para revelar o pecado. Mas, indagará alguém: Estaria Deus circunscrito a uma Lei para definir o pecado?

O que é pecado?

Você pode dizer: beber, fumar, falar palavrão são pecados. Sim! Mas Deus em Sua suprema sabedoria, enfeixou todo o pecado, sob quaisquer espécie, nome ou títulos, em Dez Mandamentos. Por isso a melhor definição para o pecado é bíblica:

"Pecado é transgressão da Lei de Deus." (I João 3:4). Por isso, a Lei só perderá seu valor quando o pecado acabar.

" Em Glória" - (II Coríntios 3:10)

O Sinai foi envolvido em glória quando Deus proclamou a Lei. Porém, maior glória viu a Terra quando Cristo desceu do Céu para "salvar o povo dos seus pecados" (Mateus 1:21). A glória de Jesus no Sinai, produziu reflexos no rosto de Moisés, que precisou cobri-lo com um véu. Mas, a glória de Jesus em pessoa na Terra, visível e palpável entre os homens, empalideceu a glória do Sinai. Cristo exaltou a Sua Lei (Isaías 42:21), libertando-a da grande quantidade de tradições (39 classes de regulamentos impostas pelos rabis), que levavam as pessoas a considerá-la fardo pesado. Ele esclareceu-a, explicou-a, honrou-a e obedeceu-a. Jesus tornou-a muito mais gloriosa. E quando pediu que orássemos para não transgredir o Sábado (Mateus 24:20), Jesus demonstrou, de fato, ser uma Lei por demais gloriosa.

O texto de II Coríntios 3, menciona duas palavras que muitos cristãos sinceros aplicam à Lei de Deus, equivocadamente. Ei-las:

Abolido - Está claro que é o Velho Concerto. Transitório - Esta palavra não pode referir-se à Lei Moral, porque:

1.Paulo em nenhum lugar da Bíblia falou contra ela. 2.Paulo, dezenas de vezes realça a santidade, legitimidade, utilidade e necessidade dela.

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3.O Senhor Jesus mencionou cinco dos Dez Mandamentos dessa Lei, para o jovem rico, dizendo-lhe da necessidade de observá-la, para entrar na vida eterna. (Mateus 19:16 a 19). 4.Na Nova Terra (Isaías 66:22 e 23), o Sábado será eternamente o Dia do Senhor. 5.Deus não se contradiz. 6.A grande maioria dos cristãos não admite o cancelamento de Nove Mandamentos desta Lei, mas apenas um (4.º Mandamento). 7.Deus não daria uma lei nas circunstâncias que fez, para depois dizer que foi cancelada ou que só valeria para um povo, uma época ou ocasião. 8.Na Lei, especificamente no quarto mandamento, está o selo de Deus, isto é: Seu nome: "Senhor teu Deus". Seu cargo ou posição: "Fez os Céus e a Terra". Território sobre que domina: "Os Céus e a Terra". Abolindo a Lei de Deus, a idolatria se generalizaria na proliferação de deuses.

O texto de II Coríntios 3, apresenta apenas a função da Lei. Paulo jamais poderia concluir pela ab-rogação dela neste texto isolado, senão contraditaria dezenas de outros textos seus, que exaltam a Lei de Deus. Portanto, transitório e fadado a extinção foi o Velho Concerto que abrigava o Sistema Sacrifical.

Charles Spurgeon: "Antes de vir a fé, éramos mantidos sob a lei, retidos dentro da fé que depois se revelaria. Por essa causa a lei era nosso aio para conduzir-nos a Cristo, a fim de sermos justificados pela fé. Digo-vos que, pondo de parte a lei, despojastes o evangelho de seu auxiliar mais competente. Tiraste dele o aio que leva os homens a Cristo. Eles nunca aceitarão a Graça sem que tremam perante uma lei justa e santa. Por conseguinte, a lei serve ao mais necessário e bendito propósito, e não deve ser removida do lugar que ocupa." - C. H. Spurgeon, The Perpetuity of the Law of God, pág. 11.

Willian Carey Taylor: "Seria uma bênção se cada púlpito do mundo trovejasse ao povo a voz divina do Decálogo, pois a lei é o aiopara guiar a Cristo." - W. C. Taylor, Os Dez Mandamentos, pág. 5.

Perceba este detalhe:

II Coríntios 3:13 - "E não somos como Moisés, que punha um véu sobre a face , para que os filhos de Israel não olhassem firmemente para o fim daquilo que era transitório."

* Por que o véu era posto sobre o rosto de Moisés e não sobre as tábuas de pedra? A Lei de Deus é fato consumado em toda a Bíblia, e confirmado por todos os escritores bíblicos, inclusive o próprio Paulo.

* Portanto, isto não é forte argumento para se concluir que o que era transitório foi o reflexo de glória que ficou na face de Moisés?

II Coríntios 3:14 e 15 - "... Porque até hoje o mesmo véu está por levantar na lição do Velho Concerto (nunca Velho Testamento), o qual por Cristo abolido; e até hoje, quando é lido Moisés, o véu está posto sobre o coração deles."

"Deles" quem? - Paulo esta se referindo aos "judaizantes".

Paulo escreveu esta epístola em 52-54 d.C., nesta ocasião os judeus teimavam em praticar o ritual (lei Cerimonial) que por Jesus foi abolido ao morrer no Calvário. Somente no ano 70 com a destruição do Templo pelos romanos é que cessou "definitivamente" o que fora transitório. Este texto de II Coríntios 3, jamais financia a abolição de 39 livros da Bíblia, como afirma em seu livro, o pastor pentecostal Antenor Santos de Oliveira. Nele Paulo realmente se refere à Lei Moral escrita em tábuas de pedra, porque ela era, e é o único instrumento que Deus tem para revelar o pecado. Paulo diz claramente que o que foi abolido é o Velho Concerto e não o Velho Testamento.

Semelhanças entre os dois concertos:

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* Ambos são chamados concertos.* Ambos foram ratificados com sangue.

* Ambos foram feitos com base na Lei de Deus.* Ambos foram feitos com o povo de Deus .

* Ambos foram estabelecidos sobre promessas.

"... Moisés mesmo estava inconsciente da brilhante glória que irradiava da face, e não sabia porque era que os filhos de Israel fugiam dele quando se lhes aproximava. Chamou-os para junto de si, mas não ousavam olhar para aquela face glorificada. Quando Moisés percebeu que o povo não lhes podia mirar o rosto, por causa de sua glória, cobriu-o com o véu.

A glória do rosto de Moisés era muitíssimo penosa para os filhos de Israel, por motivo de sua transgressão da santa Lei de Deus. Isto é uma ilustração dos sentimentos dos que violam a lei divina. Desejam remover dela sua luz penetrante, que é um terror para o que a transgride, ao passo que para os leais ela se afigura santa, justa e boa. Apenas os que têm justa consideração para com a Lei de Deus podem estimar devidamente a expiação de Cristo, tornada necessária pela violação da Lei do Pai." - Ellen G. White, Mensagens Escolhidas, vol. 1, pág 232. Lourenço Gonzalez, Assim Diz o Senhor, 7.ª ed., 1997.

A LEI DE CRISTO

O irmão Gordon fala de Lei de Cristo Qual? Existe uma Lei de Deus outra de Cristo? A de Deus é um Jugo a de Cristo um benção? Que lei apresentou Cristo enquanto aqui na terra como norma para os seres humanos? Esta deve ser a sua lei sim porque se existem duas leis em conflito a de Deus o Pai e a de Jesus o Filho este deve ter apresentado a sua Lei para substituir a de Deus o pai. Vejamos:

Mateus 19:16-2116 E eis que se aproximou dele um jovem, e lhe disse: Mestre, que bem farei para conseguir a vida eterna?17 Respondeu-lhe ele: Por que me perguntas sobre o que é bom? Um só é bom; mas se é que queres entrar na vida, guarda os mandamentos.18 Perguntou-lhe ele: Quais? Respondeu Jesus: Não matarás; não adulterarás; não furtarás; não dirás falso testemunho;19 honra a teu pai e a tua mãe; e amarás o teu próximo como a ti mesmo.20 Disse-lhe o jovem: Tudo isso tenho guardado; que me falta ainda?21 Disse-lhe Jesus: Se queres ser perfeito, vai, vende tudo o que tens e dá-o aos pobres, e terás um tesouro no céu; e vem, segue-me.Pelo visto parece tratar-se da mesma lei. Como o problema do jovem estava na falta de amor ao próximo Jesus citou a 2ª tábua da lei. Alguns aproveitam este fato para dizer que o sábado passou porque Jesus não o citou. Nesse caso como fica a questão das imagens? ele também não as citou e os demais mandamentos da primeira tábua. Uma coisa é certa: A lei de Cristo é a mesma de Deus. Amém, Glória a Deus.

Uma vez que a lei de Cristo é a mesma de Deus vejamos algumas coisas importantes da lei de Cristo. A Lei de Deus. Para isto nos valeremos do trabalho: dossiê sobre o Sábado de autor desconhecido que encontramos em http://www.emdefesadafe.com

1. A Lei de Deus foi promulgada no Monte Sinai (Êxodo 20:3-17). 1. Não foi dada por Moisés, mas pela boca do próprio Deus, diante de todo o povo

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(Êxodo 20:1-2 e 18-21). “Então falou Deus todas estas palavras: Eu sou o Senhor teu Deus, que te tirei da terra do Egito, da casa da servidão...” Leia Êxodo 20, do início ao final, e perceba como e por Quem foi dada a Lei.

1. A seguir, após o povo ouvi-la da boca de Deus, foi entregue a Moisés em duas tábuas de pedra, pedra que é símbolo de eternidade, escritas pelo dedo de Deus; veja também Deuteronômio 4:13, 5:22 e 9:10. Êxodo 24:12 “Então disse o Senhor a Moisés: Sobe a Mim ao monte, e fica lá; dar-te-ei tábuas de pedra e a lei e os mandamentos, que escrevi, para os ensinares”. Êxodo 31:18 “E, tendo acabado de falar com ele no monte Sinai, deu a Moisés as duas tábuas do testemunho, de pedra, escritas pelo dedo de Deus”. Êxodo 34:1 “Então disse o Senhor a Moisés: Lavra duas tábuas de pedra como as primeiras; e Eu escreverei nelas as mesmas palavras que estavam nas primeiras tábuas, que quebraste”.

1. Da boca de Deus saiu o que é justo e a Sua Palavra de Deus não tornará atrás (Isaías 45:23). Responda sinceramente: O que significa para você esse texto de Isaías? 2. Para quem foi instituída a Lei – (1a Timóteo 1:9-10) “Tendo em vista que não se promulga Lei para quem é justo, mas para transgressores e rebeldes, irreverentes e pecadores, ímpios e profanos, parricidas e matricidas, homicidas, impuros, sodomitas, raptores de homens, mentirosos, perjuros, e para tudo quanto se opõe à sã doutrina”. 1. Ainda existem pessoas como aquelas para quem a Lei foi promulgada? 2. Se não existisse Lei, como se saberia quem é transgressor? E transgressor de que? 3. Você crê na sã doutrina da Palavra de Deus e a aceita? 3. As finalidades da Lei Moral: 1. Apontar o pecado, ou seja, definir o que é pecado – (1a João 3:4): “Todo aquele que pratica o pecado, também transgride a Lei: porque o pecado é a transgressão da Lei”. Diga: não o que era, mas o que é o pecado? Romanos 7:7-11 - “Que diremos, pois? É a Lei pecado? De modo nenhum. Mas eu não te-ria conhecido o pecado, senão por intermédio da Lei; pois não teria eu conhecido a cobiça, se a Lei não dissera: Não cobiçarás. Mas o pecado, tomando ocasião pelo mandamento, despertou em mim toda a sorte de concupiscência; porque sem Lei está morto o pecado. Outrora, sem a Lei, eu vivia; mas, sobrevindo o preceito, reviveu o pecado, e eu morri. E o mandamento que me fora para a vida, verifiquei que este mesmo mandamento se me tornou para morte. Porque o pecado, prevalecendo-se do mandamento, pelo mesmo mandamento me enganou e me matou”. Depois de ler o os dois textos anteriores, pense e responda: 1. Esses textos foram escritos antes ou após a morte de Jesus na cruz? 2. O que é pecado? 3. Ainda existe pecado no mundo atual? 4. Se a Lei não mais vigora, como se poderá saber o que é pecado? 1. Mostrar a malignidade do pecado (Romanos 7:13) “Acaso o bom se me tornou em morte? De modo nenhum; pelo contrário, o pecado, para revelar-se como pecado, por meio de uma coisa boa, causou-me a morte; a fim de que pelo mandamento se mostrasse sobremaneira maligno”. Cabe outra pergunta: Hoje o pecado já não é mais maligno? 2. Conduzir o pecador ao Salvador (Gálatas 3:19, 20 e 24) “Qual, pois, a razão de ser da Lei? Foi adicionada por causa das transgressões, até que viesse o Descendente a quem se fez a promessa, e foi promulgada por meio de anjos, pela mão de um Mediador. Ora, o Mediador não é de um, mas Deus é Um. ... De maneira que a Lei nos serviu de aio para nos conduzir a Cristo, a fim de que fôssemos justificados por fé”.

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Se você já entregou seu coração a Cristo, se você O aceita como seu Salvador, se você vive de acordo com a Sua santa vontade, então não está sujeito à Lei, ou seja, não está sujeito à penalidade da Lei (porque o salário do pecado é a morte); você que não vive pecando, pelos méritos de Cristo está perdoado pela graça de Deus; assim, você não está debaixo da penalidade da Lei, mas foi perdoado em Cristo e está sob a graça de Deus. Entenda: o fato de não viver sob da Lei, vivendo sob a graça, não significa que a Lei deixe de ser necessária. Se você crê que a Lei não salva ninguém, está coberto de razão, pois, muito ao contrário, a Lei apenas condena; desse modo, o condenado só tem uma saída, que é buscar a Jesus como seu Salvador. É por isso que Paulo afirma que “a Lei nos serviu de aio para nos conduzir a Cristo, a fim de que fôssemos justificados por fé”. Ele também afirma (Romanos 3:23) que “todos pecaram e carecem da glória de Deus”. Esse “Todos” inclui a mim e a você, porque eu e você, em alguma vez, já pecamos, e por isso dependemos da graça de Deus, pelos méritos do sangue que Jesus derramou na cruz para sermos justificados pela fé. Responda: - Hoje ainda existe quem precise do Salvador Jesus? - Quem lhe mostra essa necessidade? 4. A Missão do Consolador: Convencer o mundo do pecado, da justiça e do juízo. (João 16:7-11) “Mas Eu vos digo a verdade: Convém-vos que Eu vá, por que se Eu não for, o Consolador não virá para vós outros; se, porém, Eu for, Eu vô-lo enviarei. Quando Ele vier, convencerá o mundo do pecado, da justiça e do juízo: do pecado, porque não crêem em Mim; da justiça, porque Eu vou para o Pai, e não Me vereis mais; do juízo, porque o príncipe deste mundo já está julgado”. Responda: 1. Como convencer o mundo do pecado sem compará-lo com a Lei (1a João 3:4)? 2. Como falar em justiça sem Lei? 3. Como pensar em juízo, em julgamento, sem Lei? 5. A Lei de Deus – Lei Moral eterna (Salmos 119:152) “Quanto às Tuas prescrições, há muito sei que as estabeleceste para sempre”. Diga: O que o salmista quer dizer com “Para Sempre”? (Mateus 5:17-18) “Não penseis que vim revogar a Lei ou os profetas; não vim para revogar, vim para cumprir. Porque em verdade vos digo: Até que o céu e a terra passem, nem um i ou um til jamais passará da Lei, até que tudo se cumpra”. (Lucas 16:17) “É mais fácil passar o céu e a terra, do que cair um til sequer da Lei”. Lembrando que a vida de Jesus cumpriu todas as profecias a respeito do Salvador, Responda: Quem cumpre as leis de um país “vive de conformidade” ou “termina” com elas? O que Jesus queria dizer com “Até que o céu e a terra passem”? 6. A Lei de Deus – Lei para ser observada sem ser alterada. (Deuteronômio 12:32) “Tudo o que Eu te ordeno, observarás; nada lhe acrescentarás nem lhe diminuirás”.Responda: Ainda existem céus e terra? O que devemos fazer em relação ao que Deus ordena? 7. A Lei é santa, e o mandamento, santo, e justo, e bom (Romanos 7:12 e 16) “Por conseguinte, a Lei é santa; e o mandamento, santo e justo e bom. Ora, se faço o que não quero, consinto com a Lei, que é boa”. Repare que Paulo não diz: “A Lei era santa”, mas diz que “A Lei é santa”.

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Agora responda:

- Quando Paulo escreveu a Carta aos Romanos? - Antes ou depois da morte de Cristo na cruz? - Segundo Paulo, a Lei estava ou a Lei está em vigor? - O que Paulo pensava a respeito da Lei? Respeito ou desprezo e indiferença? (1ª Timóteo 1:18) - “Sabemos, porém, que a Lei é boa, se alguém dela se utiliza de modo legítimo”. 8. A Lei de Deus é a própria verdade, e os Seus mandamento são verdade (Salmos 119:142, 151) “A Tua justiça é justiça eterna, e a Tua Lei é a própria Verdade. Tu estás perto do Senhor, e todos os Seus mandamentos são Verdade”. Responda: Lembrando que Cristo declarou ser Ele o Caminho, e a Verdade e a Vida (em João 14:6), e que o Salmo acima declara que a lei de Deus é a Verdade, e que a Justiça para expressar-se depende da existência de lei, como poderia passar, ou deixar de vigorar, uma lei na qual se apóia a própria justiça eterna? 9. A Lei do Senhor é perfeita (Salmos 19:7-8) “A Lei do Senhor é perfeita, e restaura a alma; o testemunho do Senhor é fiel, e dá sabedoria aos símplices. Os preceitos do Senhor são re-tos, e alegram o coração; o mandamento do Senhor é puro, e ilumina os olhos”. Responda: Lembrando que só Deus é perfeito só Ele é eterno, e que é eterno porque é perfeito (se assim não fosse, seria sujeito a mudanças, e o que muda não é eterno), e que o salmista, inspirado pelo Espírito Santo, declarou que a lei é perfeita, como poderia ser perfeita se também não fosse eterna? 10. Guardar a Lei é atitude prudente (Provérbios 28:7) “O que guarda a Lei é filho prudente, mas o companheiro de libertinos envergonha a seu pai”. 11. Deus abomina até a oração do desobediente (Provérbios 28:9) “O que desvia os ouvidos de ouvir a Lei, até a sua oração será abominável”. Responda: Lembrando que a ação de “desviar ou ouvidos” é uma atitude voluntária, consciente, diga: Você é obediente a Deus e dá ouvidos à Sua Lei? Você vive de modo que Ele tenha prazer em ouvir suas orações? 12. A Lei deve estar no coração dos discípulos de Deus(Deuteronômio 11:18) “Ponde, pois, estas Minhas palavras no vosso coração e navossa alma; atai-as por sinal na vossa mão, para que estejam por frontal entre osvossos olhos”. Diga: As palavras de Deus estão no seu coração, e atadas por sinal na sua mão? Isaías 8:16 - “Resguarda o testemunho, sela a Lei no coração dos Meus discípulos”. Responda: Você é discípulo de Deus? A Lei de Deus está selada no seu coração? Jeremias 31:33 - “Porque esta é a aliança que firmarei com a casa de Israel, depois daqueles dias, diz o Senhor. Na mente lhes imprimirei as Minhas leis, também no seu coração lhas inscreverei; Eu serei o seu Deus, e eles serão o Meu povo”. Responda: Lembrando que “os da fé é que são filhos de Abraão”, como se vê em (Gálatas 3:7), e que assim somos o atual povo da promessa, o Israel espiritual moderno, diga: Você já permitiu a Deus imprimir Sua leis na sua mente e inscrevê-las no seu coração? Se Deus de-seja imprimir Suas leis em nossa mente e nosso coração, como poderia fazer isso se elas não estivessem mais em vigor?

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Ezequiel 11:19-20 “Dar-lhes-ei um só coração, espírito novo porei dentro neles; tirarei da sua carne o coração de pedra, e lhes darei coração de carne; para que andem nos Meus estatu-tos, guardem os Meus juízos, e os executem; eles serão o Meu povo, e Eu serei o seu Deus”. Responda: Deus já lhe deu espírito novo? Deus já tirou seu coração de pedra (duro e desobediente) e deu um coração de carne? Você anda nos estatutos de Deus? Guarda e executa os Seus juízos? Você pertence ao Seu povo? Ele é, de fato e não de boca, o seu Deus?

13. Deus mesmo engrandeceu a Lei e a fez gloriosa. Isaías 42:21 “Foi do agrado do Senhor, por amor de Sua própria justiça,engrandecer a Lei, e fazê-la gloriosa”. Lembrando que glorioso é Deus, glorioso é o Seu caráter, e que por amor da Sua justiça (a mesma justiça que nos concede através dos méritos de Cristo), Ele agradou-se de fazer a Sua Lei gloriosa, responda: Você concorda com Deus? Você respeita a vontade Dele ou a opinião humana é que lhe importa? 14. Deus ensina o que é útil e o melhor caminho. Isaías 48:17 “Assim diz o Senhor, o teu Redentor, o Santo de Israel: Eu sou o Senhor, o teu Deus, que te ensina o que é útil, e te guia pelo caminho em que deves andar”. Responda: - Você crê que Deus deseja ensinar a Seus filhos o que é útil, e o melhor caminho? - Você aceita a orientação que Deus dá por Sua Palavra, e a segue? 15. A transgressão da Lei contamina toda a Terra (Isaías 24:5-6) “Na verdade a terra está contaminada por causa dos seus moradores, por-quanto transgridem as leis, violam os estatutos, e quebram a aliança eterna. Por isso a maldição consome a terra, e os que habitam nela se tornam culpados; por isso serão queima-dos os moradores da Terra, e poucos homens restarão”. É a Escritura quem diz: Maldição e morte resultam de transgredir-se as leis de Deus. Você concorda com a Escritura Sagrada? 16. A guarda da Lei é sinal de amor e amizade para com Jesus. (João 14:15) “Se me amais, guardareis os Meus mandamentos”. Responda a Jesus: Você O ama? E guarda os Seus mandamentos? Lembre a lei de Cristo é a mesma de Deus o Pai.

Por que Jesus recomendaria guardar mandamentos se estivessem destinados a passar depois de Sua morte? Oh! para causar confusão? Cristo não causa confusão, que causa? Você diria que Jesus é legalista por recomendar a guarda da Lei? Veja o conselho de Jesus em Mateus 24:20, e note especialmente que Jerusalém foi destruída no ano 70, quase 40 anos após a morte do nosso Salvador.

(João 14:21) “Aquele que tem os Meus mandamentos e os guarda, esse é o que Meama; e aquele que Me ama, será amado por Meu Pai, e Eu também o amarei e Me manifestarei a ele”. Responda: Você crê que essa promessa de Jesus é para você? (João 14:23-24) “Respondeu-lhe Jesus: Se alguém Me ama, guardará a Minha palavra; e Meu Pai o amará, e viremos para ele e faremos nele morada. Quem não Me ama, não guarda

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as Minhas palavras; e a palavra que estais ouvindo não é Minha, mas do Pai que Me enviou”. Entre as palavras de Jesus estão os mandamentos que Ele menciona em (João 14:15 e 21). Responda: Em qual grupo está você? Entre os que O amam e guardam as Suas palavras, ou entre os desobedientes, que não O amam? (João 15:10) “Se guardardes os Meus mandamentos, permanecereis no Meu amor; assim como também eu tenho guardado os mandamentos de Meu Pai, e no Seu amor permaneço”. Você permanece no amor de Cristo? E guarda os Seus mandamentos? (João 15:14) “Vós sois Meus amigos, se fazeis o que vos mando”. Você faz o que nos manda Cristo? (I João 3:24) “E aquele que guarda os Seus mandamentos permanece em Deus, e Deus nele. E nisto conhecemos que Ele permanece em nós, pelo Espírito que nos deu”. O Espírito que Cristo nos deu está em você? (I João 5:2-3) “Nisto conhecemos que amamos os filhos de Deus, quando amamos a Deus e praticamos os seus mandamentos. Porque este é o amor de Deus, que guardemos os Seus mandamentos; ora, os Seus mandamentos não são penosos”. Guardar os mandamentos implica em amar os filhos de Deus; você os ama? Diga sinceramente: Pode-se verdadeiramente amar os semelhantes sem guardar os mandamentos de Deus? Ou João estava errado? 17. A Lei de que Jesus falou é a mesma dos 10 Mandamentos (Mateus 19:16-19) “E eis que alguém, aproximando-se, Lhe perguntou: Mestre, que farei eu de bom, para alcançar a vida eterna? Respondeu-lhe Jesus: Por que Me perguntas a respeito do que é bom? Bom, só existe Um. Se queres, porém, entrar na vida, guarda os mandamentos. E ele lhe perguntou: Quais? Respondeu Jesus: Não matarás, não adulterarás, não furtarás, não dirás falso testemunho; honra a teu pai e a tua mãe, e amarás o teu próximo como a ti mesmo.” Você reconhece os cinco mandamentos que Jesus mencionou como sendo parte dos dez que estão em Êxodo 20:3-17? Lembra dos outros cinco? (Lucas 18:18-20) “Certo homem de posição perguntou-Lhe: Bom Mestre, que farei para herdar a vida eterna? Respondeu-lhe Jesus: Por que Me chamas bom? Ninguém é bom senão Um só, que é Deus. Sabes os mandamentos: Não adulterarás, não matarás, não furtarás, não dirás falso testemunho, honra a teu pai e a tua mãe.” Lucas repete os mesmo cinco mandamentos citados por Mateus, e as duas listasfazem parte de Êxodo 20:3-17, onde está escrita a Lei de Deus, a mesma que toda aBíblia afirma ser eterna. 18. Tiago apoia a mesma idéia e mostra que a Lei deve ser guardada por inteiro. (Tiago 2:10-11) “Pois, qualquer que guarda toda a Lei, mas tropeça em um só ponto, se torna culpado de todos. Porquanto Aquele que disse: Não adulterarás, também ordenou: Não matarás. Ora, se não adulteras, porém, matas, vens a ser transgressor da Lei”. A Bíblia diz que não há como separar qualquer dos mandamentos da Lei; quem transgride qualquer um deles, torna-se culpado de todos. Admitindo que não mais vigore a Lei, você está livre diante de Deus para matar? Para roubar? Para cobiçar a mulher do seu próximo? Para pisar o Seu santo Sábado? 19. A Lei não é para ser discutida, mas respeitada como uma bênção de Deus para nós.(Tito 3:9) “Evita discussões insensatas, genealogias, e contendas, e debates sobre a Lei; porque não têm utilidade e são fúteis.” 20. Quem confessa seus pecados: 1. É perdoado por Deus (I João 1:8-9), “Se dissermos que não temos pecado nenhum,

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a nós mesmos nos enganamos, e a verdade não está em nós. Se confessarmos os nossos pecados, Ele é fiel e justo para nos perdoar e nos purificar de toda a injustiça”. 1. É nascido de Deus e não vive pecando Não é um pecadeiro, profissional do pecado. O Pecado na vida dele é um Acidente.(I João 3:6 e 9, 5:4), “Todo aquele que permanece nEle não vive pecando; todo aquele que vive pecando não O viu, nem O conheceu. (9) Todo aquele que é nascido de Deus não vive na prática de pecado; pois o que permanece nele é a divina semente; ora, esse não pode viver pecando, porque é nascido de Deus.” 1. Vence o mundo (I João 5:4-5), “Porque tudo o que é nascido de Deus vence o mundo; e esta é a vitória que vence o mundo, a nossa fé. Quem é o que vence o mundo senão aquele que crê ser Jesus o Filho de Deus?”. 1. já não está sob o domínio do pecado, mas da graça (Romanos 6:14), “Porque o pecado não terá domínio sobre vós; pois não estais debaixo da Lei, e sim, da Graça”. Esta é a condição dos que já estão perdoados em Cristo Jesus, esses não são devedores da Lei. 1. pois quem foi perdoado já não é devedor da Lei (Romanos 6:15-16), “E daí? Havemos de pecar porque não estamos debaixo da Lei, e, sim, da Graça? De modo nenhum. Não sa-beis que daquele a quem vos ofereceis como servos para obediência, desse mesmo a quem obedeceis sois servos, seja do pecado para a morte, ou da obediência para a Justiça?” 1. mas é servo da justiça (Romanos 6:17-18) “Mas graças a Deus porque, outrora escravos do pecado, contudo viestes a obedecer de coração à forma de doutrina a que fostes entregues; e, uma vez libertados do pecado, fostes feitos servos da Justiça”. 21. Somos salvos pela graça de Deus Efésios 2:4-5 “Mas Deus, sendo rico em misericórdia, por causa do grande amor com que nos amou, e estando nós mortos em nossos delitos, nos deu vida juntamente com Cristo, - pela Graça sois salvos. (8-9) Porque pela graça sois salvos, mediante a fé; e isto não vem de vós, é Dom de Deus; não de obras, para que ninguém se glorie.”

22. E julgados por nossas obrasMateus 7:21 “Nem todo o que Me diz: Senhor, Senhor! Entrará no Reino dos Céus, mas aquele que faz a vontade de Meu Pai que está nos Céus”. Se você reconhece a Cristo como seu Senhor, está certo nisso; mas também faz a vontade do nosso Pai, que está nos céus? Vive de conformidade com ela? Romanos 2:6-8 “Que retribuirá a cada um segundo o seu procedimento. Dará a vida eterna aos que, perseverando em fazer o bem, procuram glória, honra e incorruptibilidade; mas ira e indignação aos facciosos que desobedecem à verdade, e obedecem à injustiça”. Tiago 2:20-23 “Queres, pois, ficar certo, ó homem insensato, de que a fé sem as obras in-operante? Não foi por obras que o nosso pai Abraão foi justificado, quando ofereceu sobre o altar o próprio filho, Isaque? Vês como a fé operava juntamente com as suas obras; com efeito, foi pelas obras que a fé se consumou, e se cumpriu a Escritura, a qual diz: Ora, Abraão creu em Deus, e isso lhe foi imputado para Justiça; e: Foi chamado amigo de Deus”. 1. As obras aceitáveis a Deus resultam da presença do Espírito Santo no coração. 23. A Lei Cerimonial tratava dos sacrifícios de animais e das festas anuaisEla foi ordenada por Deus através de Moisés (Deuteronômio 4:14). Conheça a Lei Cerimonial, que devia comover o coração do pecador com a morte de animais inocentes, que

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simbolizavam a morte de Cristo na cruz do Calvário, lendo com atenção Levítico, especialmente os capítulos 1 até 7:21. 24. A Lei abolida foi a Lei Cerimonial (Hebreus 10:1-18). Essa lei, que incluía os sacrifícios de animais, destinava-se a mostrar a malignidade do pecado aos povos do Antigo Testamento, pois o pecador arrependido sacrificava um animal inocente para expiar seus pecados, demonstrando, assim, que acreditava na promessa da vinda de Um Salvador futuro que derramaria Seu sangue pelos pecados de todo o mundo. Após a morte de Cristo, essa demonstração de fé num acontecimento futuro deixou de ser necessária, pois o símbolo (morte de animais inocentes) foi substituído pela realidade da morte do Cordeiro de Deus, o Único que tira os pecados do mundo. Prova disso é que, no momento da morte de Jesus, rasgou-se sozinha a cortina do Templo (Mateus 27:51), de alto a baixo, que separava o lugar Santo do lugar Santíssimo (que representava o lugar do trono de Deus e onde apenas o sumo-sacerdote entrava uma vez por ano), simbolizando que, por Cristo, não dependemos mais de sumo-sacerdote humano para irmos pela fé ao trono de graça de Deus, e que Cristo é o nosso Representante, Mediador e Intercessor junto ao Pai.

25. Não permanece em Deus quem ultrapassa a doutrina de Cristo II João 9 “Todo aquele que ultrapassa a doutrina de Cristo e nela não permanece, não tem

Deus; o que permanece na doutrina, esse tem assim o Pai, como o Filho”. 1. Você guarda a mesma doutrina e a mesma Lei que Cristo guardou? Toda ela? 26. O mesmo Deus que promulgou a Lei Moral não pode mentirTito 1:2 “...na esperança da vida eterna que o Deus que não pode mentir prometeu,antes dos tempos eternos, ...” 27. E convida o homem ao arrependimentoEzequiel 18:30-31 “Portanto, eu vos julgarei, a cada um segundo os seus caminhos, ó casa de Israel, diz o Senhor Deus. Convertei-vos, e desviai-vos de todas as vossas transgressões; e a iniqüidade não vos servirá de tropeço. Lançai de vós todas as vossas transgressões com que transgredistes, e criai em vós coração novo e espírito novo; pois, por que morreríeis, ó casa de Israel?” Deus afirma que nos julgará. Responda: Como poderia julgar sem uma Lei que defina o padrão de justiça? Sem uma lei que defina as transgressões, o pecado? Pense: sem Lei não há condenação (pois é a Lei que define quem será condenado); não havendo condenação, ninguém estaria perdido, e assim Cristo não precisaria ter morrido por ninguém. Supor que a Lei tenha sido anulada é supor que Cristo tenha morrido em vão. 28. Deus não tem prazer na morte de ninguémEzequiel 18:32 “Porque não tenho prazer na morte de ninguém, diz o Senhor Deus.Portanto, convertei-vos e vivei”. Deus não deseja a morte de ninguém, e insiste conosco: convertei-vos e vivei. Você aceita? 29. Deus não leva em conta os tempos da ignorância: Atos 17:30 “Ora, não levou Deus em conta os tempos da ignorância; agora, porém, notifica aos homens que todos em toda parte se arrependam. Arrepender-se de que? De pecados. Mas de que pecados, se não houver Lei que os aponte?? 30. Se Deus desejasse (ou pudesse) mudar ou abolir Sua Lei, teria encontradooutro meio de salvar a humanidade pecadora, de devolver a vida eterna a Suas criaturas sem

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que fosse necessária a morte de Seu único Filho, que assumiu as nossas culpas e que sofreu a morte que nos estava destinada. Jesus morreu em nosso lugar porque não havia nenhum outro meio de sermos salvos sem mudar a Lei. Ore a Deus e pense um pouco: 1. Lembre-se que Satanás opôs-se a Deus acusando-O de ser injusto, de exigir adoração de todas as Suas criaturas, de obrigá-las a obedecer uma Lei impossível de ser cumprida, e de exterminar com a morte aqueles que O desobedecessem. A resposta de Deus foi dar tempo para que o pecado mostrasse toda a sua malignidade, e para que Satanás mostrasse a todos os seres criados, anjos e homens, o seu verdadeiro caráter. 2. De fato, Deus poderia ter mudado ou abolido a Sua Lei, mas se assim tivesse feito, estaria “mudando as regras” para favorecer a Si mesmo. A resposta de Deus foi manter Sua Lei e engrandecê-la Ele próprio ao ponto de honrá-la trocando a vida de Seu único Filho pelas vidas de todos os pecadores arrependidos, entre os quais estamos incluídos eu e você. A própria Bíblia diz isso muito claramente. 3. Como teria ficado a credibilidade de Deus diante dos anjos fiéis, diante dos que não seguiram a rebelião de Lúcifer, se Ele tivesse mudado a Lei que serve de base para o Seu governo? A resposta de Deus foi manter a Sua Lei e tomar para Si o prejuízo do pecado (que custou a morte de Seu Filho). 4. Lembre-se que para resolver o problema do pecado, Deus poderia ter destruído tudo, poderia ter começado tudo novamente com outros seres fiéis, poderia ter evitado a morte de Seu único Filho destruindo Sua criação e com ela a desobediência, a desconfiança, a mentira e todo o pecado. Se tivesse feito isso, teria poupado a Si mesmo muita dor e sofrimento, certamente; o Pai não teria passado pela experiência de ver o Filho ser maltratado até a morte; o Filho não teria enfrentado a rejeição, a calúnia, o desprezo e a morte vergonhosa; o Espírito Santo não teria passado pelo sofrimento de tentar incessantemente influenciar para a razão, para o arrependimento, para a conversão à Verdade todos os teimosos pecadores que já viveram e os que ainda vivem sobre esta Terra. Sim, certamente Deus poderia ter destruído tudo, mas não o fez 1. porque amou o mundo de tal maneira que deu Seu Filho Unigênito, para que todo aquele que Nele crê não pereça, mas tenha vida eterna (João 3:16), 2. porque não tem prazer na morte de ninguém, mas deseja que todos vivamos (Ezequiel 18:32), 3. porque Deus é amor (I João 4:16), o amor não é apenas uma característica Sua, o amor é a Sua própria natureza.

Pensando assim,como fica a sua opinião a respeito de Deus,como fica a sua opinião a respeito do Seu caráter,como fica a sua opinião a respeito da Sua integridade?”

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CAPÍTULO 5

QUESTIONANDO A RESPOSTA, A ALGUMAS OBJEÇÕESSOBRE O CULTO NO DOMINGO

1. O Papa Mudou o SábadoObjeção:O papa mudou o Sábado, pelo que a guarda do domingo é a marca da besta. Afirmação inexata do que cremos e pregamos. O Irmão Gordon desconhece a realidade do que realmente ensinamos Que o papado, não o papa (Um sistema, não um indivíduo pois não foi uma mudança instantânea e sim demorada) fez a mudança na Lei de Deus como já profetizava Daniel 7:25 ninguém pode, nem tem como negar. Mas que por isto ensinamos que a guarda do domingo é a marca da besta não é verdade.

Vamos à verdade então? 1. Sobre a mudança do sábado. No dia 07/ 03/ 321 Constantino imperador de Roma fez uma lei Civil ordenando a Guarda do domingo Isto não pode ser negado. Mas para quem ainda se arroga ao direito de faze-lo apresentamos a própria história como prova de que isto é um fato. Vejamos que diz a lei supracitada

A lei promulgada por Constantino em sete de Março de 321 AD, relativa a um dia de descanso, assim reza: “Que todos os juízes, e todos os habitantes da cidade, e todos os mercadores e artífices descansem no venerável dia do Sol. Não obstante, atendam os lavradores com plena liberdade ao cultivo dos campos; visto acontecer amiúde que nenhum outro dia é tão adequado à semeadura do grão ou ao plantio da vinha; daí não se dever deixar passar o tempo favorável concedido pelo Céu.” Código de Justiniano, Lib. 13, tit. 12, par. 2 (3). “Descansem todos os juízes, o povo das cidades e os oficiais de todas as artes no venerável dia do Sol. Mas trabalhe livre e licitamente nas fainas agrícolas os estabelecidos nos campos, pois acontece com freqüência que nenhum outro dia se deita mais convenientemente o grão aos sulcos e se plantam vides nas covas, a fim de que com a ocasião do momento não se perca o benefício concedido pela celestial providência.” - Código de Justiniano, lib. 3, tit. 12, par. 2 (3) ( na edição em latim e castelhano, por Gracia del Coral, intitulada Corpo no direito civil romano: tomo 4, pág. 333, Barcelona, 1892). Além disso, o original em latim se acha em J.L. v. Mosheim: Institutionem Historiae Ecclesiasticae Antiquoris et Recensiores, sig. 4, parte 2, cap. 4, sec.5.

“Foi Constantino que também converteu o domingo no dia de descanso, fechando os tribunais e proibindo todo o trabalho, exceto na agricultura. Apesar da nova crença, Constantino nunca abandonou o culto pagão ao sol ( Mitraísmo ), mantendo a figura do sol em suas moedas.” -História Geral - Cláudio Vicentino, pág. 93, par. 3.

“A conversão de Constantino efetuou-se pelo ano de 323. Evitando hostilizar ou perseguir ospagãos, afirmou a vitória do cristianismo pelos atos mais significativos: em 321 tornou obrigatório o descanso dominical, e em 325 convocou o grande Concílio de Nicéia ( na Bitínia ). Roma, muito distanciada das fronteiras, continuava a ser o foco do paganismo;...” - Enciclopédia Barsa - ENCICLOPÉDIA BRASILEIRA DE PESQUISA ESTUDANTIL.

Temos aqui cinco fontes históricas que não podem ser contestadas por isto eu entendo que os opositores do sábado respeitarão a história calando-se com relação a negar isto.

No concílio de laodicéia em 364 a igreja de Roma tomou a decisão de condenar o sábado como dia de guarda (o que indica que por esta época havia filhos de Deus que o obedeciam, observando Seu Dia.) este é outro fato também inegável. Mas, para que não haja dúvidas

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deixaremos aqui as provas históricas. Vamos a elas

“Os cristãos não devem judaizar e descansar no sábado, mas sim trabalhar neste dia; devem honrar o dia do Senhor e descansar, se for possível, como cristãos. Se, entretanto, forem encontrados judaizando, sejam excomungados por Cristo." - Hefele, History of the Councils of the Church, vol. II, livro 6, sec. 93, pág. 318.

Aí está, com a maior fidelidade possível, a transcrição do Cânon 29, legislado sobre o dia de guarda. Os cristãos fiéis observavam o sábado. Contudo a apostasia gradual já se manifestava com certa ascendência nos meios eclesiásticos, tendo tomado vigoroso impulso com o célebre edito do imperador Constantino em 321, além de outras leis dominicais promulgadas por ele nos anos seguintes. Contudo, o sábado continuava sendo observado. Eis alguns depoimentos:

"O sábado foi religiosamente observado na Igreja do Oriente, durante mais de trezentos anos depois da paixão do Salvador." - E. Brerwood (professor do Gresham College de Londres), Learned Treatise of the Sabbath, pág. 77.

Outro historiador sincero, criterioso e imparcial, afirma: "Retrocedendo mesmo até o quinto século, foi contínua a observância do sábado judaico na igreja cristã, mas com rigor e solenidade gradualmente decrescentes, até ser de todo abolida." - Lyman Coleman, Ancient Christianity Exemplified, cap. 26, seção 2.

Mais forte se nos afigura ainda o depoimento do historiador Sócrates, que escreveu em meados do quinto século. Diz ele: "Quase todas as igrejas do mundo celebram os sagrados mistérios no sábado de cada semana; não obstante os cristãos de Alexandria e de Roma, em vista de alguma antiga tradição, recusarem-se a fazê-lo." - Eclesiastical History, livro V, cap. 22.

Sozomen, outro historiador do mesmo período, escreveu: "O povo de Constantinopla e de outras cidades, congregam-se tanto no sábado como no dia imediato; costume esse que nunca é observado em Roma." - Eclesiastical History, livro VII, cap. 19.

Estas citações provam que o sábado era observado pelos fiéis, naquele tempo, mas a igreja de Roma e as de sua órbita de influência já começaram a implantar o domingo. O "festival da ressurreição", sem nenhum caráter de dia de guarda, tivera grande incremento com a imposição oficial pelo edito de Constantino. O resultado foi a confusão, a guarda de ambos os dias por muito tempo. Pois bem, é um ambiente assim que o Concílio de Laodicéia vota o Cânon 29. Nesse contexto histórico é que se vê a apostasia ganhando terreno, e melhor se percebe o sentido desse voto.

Ninguém pode negar que esse cânon foi estabelecido, e salta à vista que se trata de uma lei eclesiástica impondo a guarda do domingo. Se a observância dominical era, na ocasião, ponto pacífico, fato estabelecido, coisa indiscutível - como querem alguns - então por que o Concílio de Laodicéia cogitou deste assunto em suas sessões? Por que legislou a respeito de um ponto líquido e certo? A. B. Christianini, Subtilezas do Erro, 2.ª ed., 1981, pág. 241.

2. sobre o domingo como marca da Besta.Cremos sim que a observância do domingo representa um acinte à lei de Deus. Cremos também que esta é a marca de autoridade da igreja de Roma, isto ela mesma afirma como veremos a seguir. Entretanto, cremos que ninguém ainda recebeu a marca da Besta pois isto

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só ocorrerá no decreto dominical quando esta for imposta. Veja o que diz nossas publicações oficiais:

“Ninguém recebeu até agora o sinal da besta. Ainda não chegou o tempo de prova. Há cristãos verdadeiros em todas as igrejas, inclusive na comunidade católico-romana. Ninguém é condenado sem que haja recebido iluminação nem se compenetrado da obrigatoriedade do quarto mandamento. Mas quando for expedido o decreto que impõe o falso sábado , e o alto clamor do terceiro anjo advertir os homens contra a adoração da besta e de sua imagem, será traçada com clareza a linha divisória entre o falso e o verdadeiro.” Ellen G. White Evangelismo 234 CPB Edição [obras de Ellen G White Virtual]

“Ninguém é condenado sem que haja recebido iluminação nem se compenetrado da obrigatoriedade do quarto mandamento. Mas quando for expedido o decreto que impõe o sábado espúrio, e o alto clamor do terceiro anjo advertir os homens contra a adoração da besta e de sua imagem, será traçada com clareza a linha divisória entre o falso e o verdadeiro. Então os que ainda persistirem na transgressão receberão o sinal da besta. Idem, Eventos finais 225

Quando, porém, a observância do domingo for imposta por lei, e o mundo for esclarecido relativamente à obrigação do verdadeiro sábado, quem então transgredir o mandamento de Deus para obedecer a um preceito que não tem maior autoridade que a de Roma, honrará desta maneira o papado mais do que a Deus. Prestará homenagem a Roma, ao poder que impõe a instituição que Roma ordenou. Adorará a besta e a sua imagem. Ao rejeitarem os homens a instituição que Deus declarou ser o sinal de Sua autoridade, e honrarem em seu lugar a que Roma escolheu como sinal de sua supremacia, aceitarão, de fato, o sinal de fidelidade para com Roma - "o sinal da besta". E somente depois que esta situação esteja assim plenamente exposta perante o povo, e este seja levado a optar entre os mandamentos de Deus e os dos homens, é que, então, aqueles que continuam a transgredir hão de receber "o sinal da besta” idem Eventos finais 226

“Deus tem um povo que não receberá a marca da besta em sua mão direita ou em sua fronte.” Idem Este dia com Deus p. MM 1980 p.112

todos os textos apresentados mostram a marca da Besta como algo futuro. Esta é a verdade que o Irmão desconhece. Em verdade a maioria dos erros de avaliação dos evangélicos em relação aos adventistas se dá por isto: desconhecem os verdadeiros fatos, por isto erram quando falam.

O irmão Gordon diz que os católicos não afirmam que eles mudaram o sábado e apresenta uma fontezinha isolada das demais grandes fontes históricas, em que eles afirmam esta verdade. Por isto vamos apresentar aqui um rosário de dados históricos que mostram a igreja católica afirmando que ela mudou a lei de Deus, para que não fique nenhuma dúvida.

“Podereis ler a Bíblia de Gênesis ao Apocalipse, e não encontrareis uma única linha que autorize a santificação do domingo. As Escrituras ordenam a observância religiosa do sábado, dia que nós nunca santificamos.” Cardeal Gibbons em The Faith of Ours Fathers, edição de 1892.

“A Bíblia manda santificar o sábado, não o domingo, Jesus e os apóstolos guardaram o sábado. Foi a tradição católica que honrando a ressurreição do Redentor,ocorrida no domingo, aboliu a observância do sábado.” O Biblismo, pág. 106, PadreDubois - Belém.

"Pergunta: Você tem alguma outra forma de demonstrar que a Igreja tem poder parainstituir festividades de preceito?

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"Resposta: Se esta não tivera tal poder, não poderia haver feito aquilo em que os religiosos

modernos estão de acordo com ela - - ela não poderia haver trocado a observância do sábado, o sétimo dia, para a observância do domingo, o primeiro dia da semana; uma troca para a qual não há autoridade da Escritura". Stephen Keenan, A Doctrinal Catechism (O catecismo doutrinal) , 3a ed., pág. 174

"Alguns teólogos têm mantido que Deus, inclusive diretamente, determinou o domingo como o dia de adoração na Nova Lei, e que Ele mesmo substituiu explicitamente o sábado para o domingo. Mas esta teoria foi abandonada completamente. Agora é a crença que Deus sensivelmente deu à Sua Igreja a autoridade para separar qualquer dia ou dias que ela crer apropriados como dias sagrados. A Igreja escolheu o domingo, o primeiro dia da semana, e no transcurso do tempo adicionou outros dias como dias sagrados". John Laux, A Course in Religion for Catholic High Schools and Academie (Um curso em religião para as escolas secundárias e acadêmicas) (1936), vol. 1. pág. 51:

"Pergunta: Como se pode comprovar que a Igreja tem a autoridade para impor festas e dias festivos?

"Resposta: Através do mesmo ato de trocar o sábado para o domingo, o qual aceitam os protestantes, contudo, estes indulgentemente se contradizem ao observar o domingo estritamente e romper com outras festas ordenadas pela mesma Igreja". Daniel Ferres, ed., Manual of Christian Doctrine (Manual de doutrina cristã) (1916), pág. 67: "É o sábado, o sétimo dia de acordo com a Bíblia e os Dez Mandamentos? Eu respondo que sim. É o domingo, o primeiro dia da semana e trocou a Igreja o sétimo dia- - o sábado- - pelo domingo, o primeiro dia? Eu respondo que sim. Cristo trocou o dia? Eu respondo, não. "Atenciosamente, Card. J. Gibbons". Cardeal James Gibbons, arcebispo de Baltimore (1877-1921), em carta firmada:

"A Igreja Católica ... em virtude de sua missão divina, trocou o dia de sábado para odomingo." The Catholic Mirror (O espelho católico), publicação oficial do cardeal James Gibbons, 23 de set. de 1893: "Por exemplo, em nenhuma parte da Bíblia encontramos que Cristo ou os apóstolos ordenaram que o sábado fosse trocado para o domingo. Nós temos o mandamento de Deus, dado a Moisés, de guardar santo o dia de sábado, este é, o sétimo dia da semana. Hoje muitos cristãos guardam o domingo porque nos tem sido revelado pela Igreja (Católico Romana), fora da Bíblia." Catholic Virginian (Virginiano católico), 3 de out. de 1947, pág. 9, art. "To Tell You the Truth" ("Para lhe dizer a verdade"): "Pergunta: Qual o dia de repouso?

"Resposta: O sábado.

"Pergunta: Por que nós observamos o domingo no lugar do sábado?

"Resposta: Nós observamos o domingo no lugar do sábado porque a Igreja Católicatransferiu a solenidade do sábado ao domingo". Pedro Geiermann, C.S.S.R., The Converts Catechism of Catholic Doctrine (Catecismo de doutrina católica dos convertidos) (1957), pág. 50.

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"Em nenhuma parte da Bíblia se declara que a adoração se deva trocar do sábado para odomingo ... Agora, a Igreja ... instituiu, pela autoridade de Deus, o domingo como o diade adoração. Esta mesma Igreja, pela mesma autoridade divina, ensinou a doutrina dopurgatório muito antes que a Bíblia fora feita. Temos, portanto, a mesma autoridade em

relação ao purgatório, como em relação ao domingo". Martin J. Scott, Things Catholics Are Asked About (Coisas que se perguntam aos católicos) (1927), pág. 136:

"Com relação à troca da observância do sábado judaico ao domingo cristão, gostaria dechamar a atenção para os fatos:

"1) Que os protestantes, que aceitam a Bíblia como sua única regra de fé e religião, devem por todos os meios regressar à observância do sábado. O fato de não o fazerem, mas, pelo contrário, observam o domingo, os põe em ridículo aos olhos de todo homem pensante.

"2) Nós, os católicos, não aceitamos a Bíblia como única regra de fé. Além da Bíblia, temos a Igreja viva, a autoridade da Igreja, como uma regra para guiar-nos. Declaramos que esta Igreja, instituída por Cristo para ensinar e guiar o homem pela vida, tem o direito de trocar leis cerimoniais do Antigo Testamento,e, portanto, nós aceitamos sua troca do sábado ao domingo.Declaramos com franqueza que a Igreja realizou esta troca, fez esta lei, como tem feito muitas outras leis -- por exemplo, a sexta feira de abstinência, o celibato sacerdotal, as leis que têm que ver com os matrimônios mistos, regulamentação dos matrimônios católicos e outras. "Sempre achamos engraçado ver as igrejas protestantes, no púlpito e através da legislação, exigir a observância do domingo, do qual não há nada na sua Bíblia." Peter R. Kraemer, Catholic Church Extension Society (Sociedade Anexa da Igreja Católica) (1975). Chicago, Illinois, EE.UU.:

"Repetidamente tenho oferecido $1,000 [dólares] a qualquer pessoa que possa comprovar, só com a Bíblia, que estou obrigado a guardar santo o domingo. Não há tal lei na Bíblia. É uma lei somente da Igreja Católica. A Bíblia diz, "Lembra-te do dia de sábado para o santificar ". A Igreja Católica diz, "Não. Pelo meu poder divino eu anulo o dia de sábado e mando santificar o primeiro dia da semana". E, como aqui, o mundo inteiro civilizado se submete reverente em obediência à Santa Igreja Católica ". T. Enright, C. S. S. R., em uma dissertação, Hartford, Kansas, EE.UU., 18 de feb. De 1884: ( citados em dossiê sobre os Sábado http://www.emdefesadafe.com/index1.htm - colhido em 2002–08–14 )

“Os 10 mandamentos foram gravados em 2 taboas, para fazer comprehender que estes 10 mandamentos não são mais do que uma explicação mais desenvolvida dos 2 mandamentos do amor de Deus e do próximo. Estas duas taboas foram quebradas por Moyses, em signal de que Cristo as havia de aperfeiçoar. Chamamos a estes 10 mandamentos <<mandamentos de Deus>>, porque Deus é o seu auctor. Chama-se- lhes também Decalogo, isto é, 10 palavras – A Egreja catholica, assistida do Espírito Santo, modificou no sentido christão a forma do Decalogo promulgado no Sinai. O Decalogo judaico comprehende os mandamentos seguintes: 1.º adorar só a Deus; 2.º Prohibição de adorar imagens; 3.º Prohibição de invocar o nome de Deus em vão; 4.º o mandamento da santificação do sabbado; 5.º o de honrar pae e mãe; 6.º a prohibição do homicidio; 7.º a do adultério; 8.º a do roubo; 9.º a do falso testemunho; 10.º a da cobiça das coisas alheias (Ex. XX,1-17). A Egreja catholica reuniu, pois

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o 2.º mandamento relativo à idolatria, ao 1.º concernente ao culto de Deus; e ao invés, dividiu em dois o 10.º e acentuou o 9.º afim de augmentar o prestígio da mulher christã. Quanto ao mandamento do respeito aos paes, a Egreja accrescentou: <<afim de viver muito tempo>> e isto em virtude das palavras de S. Paulo na epistola aos Eph. (VI,3) A Egreja transferiu também a obrigação de santificar o Sabbado para o Domingo o mandamento não commeter adultério foi assim ampliado: guardar castidade ( isto é não commeter impureza alguma)... CATECISMO CATHOLICO POPULAR REDIGIDO SEGUNDO AS REGRAS DA PEDAGOGIA PARA AS NECESSIDADES DA EPOCA PRESENTE 2ª Parte pp 32,33. Edição de 1907 por Editora Cathólica Veritas POR FRANCISCO SPIRAGO VERSÃO FEITA SOBRE A TRADUCÇÃO DO PADRE N. DELSOR POR ARTHUR BIVAR Doutor em philosophia pela Universidade Gregoriana. - (foi respeitada a grafia portuguesa de então ao ser transcrito o texto. (destaques nossos)

“11.º Confessamos que o pontífice romano tem poder de alterar as Escrituras, acrescentá-las, ou diminuí-las, segundo a conveniência dele” V. Die Politik des Hauses (Osterreich, etc. – Pág. 111 citado em O Papa e o Concílio - Rui Barbosa vol.1 p. 113

Alem destas citações incontestáveis de autores católicos mostrando a origem divina do sábado e humana do domingo apresentaremos ainda, muitas dos próprios evangélicos que confirmam este fato

CONFISSÕES PROTESTANTES

Anglicana/Episcopal Isaac Williams, Plain Sermons on the Catechism (Sermões simples do catecismo), vol. I págs. 334, 336: "E, onde nos diz as Escrituras que devemos guardar o primeiro dia? Nos ordena guardaro sétimo, mas em nenhuma parte nos ordena guardar o primeiro dia...A razão porquesantificamos o primeiro dia da semana, no lugar do sétimo, é a mesma porqueobservamos muitas outras coisas, não por causa da Bíblia, mas porque a igreja nos temprescrito". Canon Eyton, The Ten Commandments (Os Dez Mandamentos), págs. 52, 63, 65: "Não há palavra nem indicação alguma no Novo Testamento com relação a abster-se detrabalhar no domingo...Quanto ao descanso dominical, não há lei divina...A observânciada quarta feira de cinzas ou quaresma se fundamenta na mesma base da observânciado domingo." O bispo Seymour, Why We Keep Sunday (Por que guardamos o domingo): "Nós temos feito a troca do sétimo para o primeiro dia, do sábado para o domingo, pelaautoridade da Santa Igreja Católica".

Batistas Dr. Edward T. Hiscox, em um documento lido ante una conferência de ministros en NovaYork em 13 de nov. de 1893, reportado no New York Examiner, de 16 de nov. de 1893: "Houve e ainda há um mandamento para santificar o dia de sábado, mas esse diasábado não era o domingo. Se dirá sem constrangimento, e com certa mostra de

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triunfo, que o dia de repouso (sábado) foi transferido do sétimo para o primeiro dia dasemana...Onde se pode encontrar o registro dessa transação? Em absoluto, não existeno Novo Testamento". "A mim me parece inexplicável que Jesus, durante três anos convivendo com seusdiscípulos, falando frequentemente com eles com relação ao sábado...nunca fez alusão anenhuma transferência do dia, tampouco foi insinuada tal questão durante quarentadias de vida depois de sua ressurreição". "Contudo, sei muito bem que o domingo veio a ser usado cedo na história cristã...mas,que pesar que vem marcado com a mancha do paganismo, e batizado com o nome dodeus sol, adotado e sancionado pela apostasia papal, e deixado como um legado sagrado ao protestantismo". William Owen Carver, The Lord's Day in Our Day (O dia do Senhor em nosso dia), p. 49:"Nunca houve uma troca formal e autoritativa do sétimo dia sabático judeu, ao primeirodia de observância cristão.

Congregacionalistas Dr. R. W. Dale, The Ten Commandments (Os Dez Mandamentos) (New York. Eaton & Mains), págs. 127-129: "... é muito claro que, não importa quão rígida ou devotamente nós passamos odomingo, não estamos guardando o sábado...O sábado foi fundado sobre ummandamento específico divino. Nós não podemos anular o mandamento através daobrigação de observar o domingo...Não há nem uma só oração no Novo Testamento parasugerir que incorramos em alguma penalidade por violar a suporta santidade dodomingo".

Timothy Dwight, Theology: Explained and Defended (Teologia: explicada e defendida) (1823), Ser. 107, vol. 3, pág. 258. "... o sábado cristão [domingo] não está nas Escrituras, e não foi chamado sábado pelaIgreja primitiva".

Discípulos de Cristo Alexander Campbell, The Christian Baptist (O cristão batista), 2 de feb. de 1824, vol. 1.Núm. 7, pág. 164: "Mas, dizem alguns, foi trocado o sétimo para o primeiro dia. Onde? Quando e porquem? Ninguém poderá dizer. Não, nunca foi trocado, nem podia ser trocado, a menosque fosse feita nova criação. Pois a razão para a troca teria que ser trocada antes que aobservância ( o respeito dado à razão para a troca) pudesse ser trocada! Se trata defábulas de velhas falar da troca do sábado para o primeiro dia. Se foi trocado, foi aquelapersonagem solene que o trocou- -o mesmo que tenta trocar as festividades e a lei exoficio -- Creio que se chama Doutor Anticristo".

First Day Observance (A observância do primeiro dia), págs. 17, 19: "O primeiro dia da semana comumente se chama 'sábado'. Isto é um erro. O sábado daBíblia era o dia que justamente antecedia ao primeiro dia da semana. Ao primeiro dia dasemana nunca foi chamado de 'sábado' em nenhuma parte das Escrituras. Também é

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um erro falar da troca do repouso bíblico do sábado para o domingo. Não há emnenhum lugar da Bíblia insinuação alguma de tal troca".

Luterana The Sunday Problem (O problema do domingo), um livro de estudo da Igreja Unida Luterana (1923), pág. 36: "Temos visto, gradualmente, como se desvanece a impressão do sábado judeu damente da Igreja cristã, e quão completamente o novo pensamento, que é a base daobservância do primeiro dia, tomou posição na Igreja. Temos visto que os cristãos dosprimeiros três séculos nunca confundiram um com o outro, mas durante algum tempocelebraram ambos".

Augsburg Confession of Faith (A confissão de fé de Augsburg), art. 28; escrito por Melanchthon, aprovado por Martín Lutero, 1530; como foi publicado no Livro de convenio da Igreja Evangélica Luterana, Henry Jacobs, ed. (1911), pág. 63: "Eles [católicos romanos] se referem ao dia sábado como dia que foi transformado nodia do Senhor, contrario ao Decálogo. Tampouco não há nenhum exemplo ao qual lhedão tanta importância como à troca do dia sábado. Segundo dizem, grande, grande é opoder da Igreja, uma vez que fazem omissão de um dos Dez Mandamentos!"

Dr. Augustus Neared, The History of the Christian Religion and Church (A história da religião e igreja cristãs), Henry John Rose, tr. (1843), pág. 186: "O festival do domingo, como todos os demais festivais, foi sempre somente umaordenança humana, e esteve longe das intenções dos apóstolos estabelecer ummandamento divino a respeito - - longe dos mesmos e da Igreja apostólica primitiva - -ao transferir as leis do sábado para o domingo".

John Theodore Mueller, Sabbath or Sunday (Sábado ou domingo), págs. 15-16: "Mas eles erram ensinando que o domingo tomou o lugar do sábado do AntigoTestamento e, portanto, deve ser guardado como o sétimo dia teve que ser observadopelos filhos de Israel... ... Estas igrejas erram em seu ensino, porque a Escritura denenhuma maneira ordenou o primeiro dia da semana no lugar do sábado.Sensivelmente, não há nenhuma lei no Novo Testamento a este respeito".

Metodista Harris Franklin Rall, Christian Advocate (Defensor cristão), 2 de julho de 1942, pág. 26: "Considere o assunto do domingo. Há indicações no Novo Testamento de como a igrejaveio a guardar o primeiro dia da semana como seu dia de adoração, mas não hánenhuma passagem em que se manda aos cristãos que guardem esse dia, ou quetransfiram o sábado judeu para esse dia".

John Wesley, The Works of the Rev. John Wesley, A.M. (As obras do Rev. John Wesley,A.M.), John y Emory, ed. (New York: Eaton & Mains), Sermão 25, vol. 1. pág. 221: "Mas, a lei moral, encerrada nos Dez Mandamentos e reforçada pelos profetas, Ele

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(Cristo)não a anulou. Sua vinda não teve por propósito revogar nenhuma parte da mesma. Esta é uma lei que nunca pode ser ab-rogada...Cada parte desta lei tem que permanecer em vigor sobre toda a humanidade, por todas as idades, sem depender de tempo ou lugar, ou qualquer outras circunstancias propensas à troca, senão da natureza de Deus e a natureza do homem, e sua insubstituível relação mútua".

D. L. Moody, Weighed and Wanting (Pesado e encontrado em falta) (Fleming H. RevellCo: New York), págs. 47-48: "O sábado era obrigatório no Éden, e tem estado vigente desde lá. Este quartomandamento começa com a palavra "lembra-te", que demonstra que o sábado já existiaquando Deus escreveu a Lei nas tábuas de pedra no Sinai. Como podem os homenspretender que só este mandamento foi anulado, quando todavia admitem que os outrosnove ainda estão vigentes? "

Presbiteriana T.C. Blake, D.D., Theology Condensed (Teologia condensada) págs. 474-475: "O sábado é parte do decálogo -- Os Dez Mandamentos. Isto por si só resolve a questãoda perpetuidade da instituição...Portanto, até que se possa demonstrar que toda a leimoral foi abolida, o sábado permanecerá. O ensino de Cristo, confirma a perpetuidadedo sábado". (citado em dossiê sobre o sábado http://www.emdefesadafe.com)

Quanto às citações dos chamados pais da igreja apresentadas pelo Irmão Gordon os mesmos pais da igreja as refutam. Senão vejamos:

“Justino Mártir (100-165): "Devemos unir-nos a eles [observadores do sábado], associando-nos com eles em tudo, como parentes e irmãos." - Dialogue With Trypho, em The Ante-Nicene Fathers, vol. I, pág. 218.

Tertuliano (155-222): "Na questão de ajoelhar-se, também a oração pode ser feita de várias maneiras, embora haja alguns que se abstenham de se ajoelharem no sábado. Uma vez que esta divergência está sendo considerada pelas igrejas, o Senhor dará Sua graça para que os que não concordam com isto cedam ou sigam o exemplo dos outros, sem haver ofensa contra ninguém." - On Prayer, cap. 23. Em The Ante-Nicene Fathers, vol. III, pág. 689.

Orígenes (185-254): "Depois da celebração do sacrifício contínuo (a crucifixão), vem a segunda festividade, do sábado, e é apropriado para quem for direito entre os santos, celebrar também a festa do sábado. E qual é, de fato, a festa do sábado, senão a de que o apóstolo disse: 'Portanto resta ainda um sabatismo para o povo de Deus?' Hebreus 4:9. Deixando, pois, de lado a observância judaica do sábado, que espécie de observância se espera do cristão? No sábado nenhum ato mundano deve ser realizado. Se, portanto, repousardes de todas as obras seculares, não deveis fazer coisa alguma mundana, mas estareis livres para as obras espirituais, indo à igreja, dedicando atenção à leitura sagrada e aos estudos de assuntos divinos, pensando nas coisas celestiais e na vida futura, bem como no julgamento vindouro, sem atentar para as coisas atuais e visíveis, mas para as invisíveis e futuras." - Homily on Numbers 23, par. 4, em Migne, Patrologia Graeca, vol. XII. cols. 749 e 750.

Hermas Sozomeno (399-443): "O povo de Constantinopla, e de quase todas as partes, reúne-se no sábado, bem como no primeiro dia da semana, costume que nunca se observa em Roma, nem em Alexandria." - Ecclesiastical History, livro 7, cap. 19, em Nicene and Post-Nicene Fathers, 2.ª série, vol. II, pág. 390.

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Johannes Cassianus, monge egípcio, (360-435), descrevendo a vida monástica: "Portanto, exceto os cultos vespertinos e noturnos, só há culto de dia no sábado e no primeiro dia da semana, quando os monges se reúnem à terceira hora [nove horas] para a santa comunhão." - De Institutione Coenobiorum, livro III, cap. 2, em Nicene and Post-Nicene Fathers, 2.ª série, vol. XI, pág. 213.

Constituições dos Santos Apóstolos (produto de escritores da Igreja Oriental). Embora também ordene a guarda do domingo, assim indica a guarda do sábado: "Observarás o sábado por causa dAquele que repousou da obra da criação, mas não cessou Sua obra de providência. É repouso para meditação sobre a lei, e não para ficar com as mãos ociosas." - Constitutions of the Holy Apostles, livro II, sec. 5, cap. 36. The Ante-Nicene Fathers, vol. VII, pág. 413.

Atanásio (298-373): "Reunimo-nos no dia de sábado não porque estejamos infectados de judaísmo... Achegamo-nos ao sábado para adorar a Cristo, o Senhor do sábado." - Pseudoathan, de semente, tomo I, pág. 885.

Agostinho (354-430): "Neste dia, que é sábado, costumam reunir-se, na maior parte, os desejosos da Palavra de Deus... Em alguns lugares, a comunhão ocorre diariamente; em outros, somente no sábado; e em outros, somente no domingo." - Sermão 128, tomo VII, pág. 629, Epistola ad Janerius, cap. 2.

A. B. Christianini, Subtilezas do Erro, 2.ª ed., 1981, pág. 162 e163

2. Paulo guardava o sábadoobjeção:Paulo guardava o sábado e nós também temos que guardar. Após apresentar nossa objeção, um tanto deficiente pois nós não apresentamos assim tão simplória como ele o fez. ele contra argumenta dizendo que Paulo só foi a uma sinagoga para ganhar os judeus, e que não há registro de que Paulo tenha guardado o sábado. Parece que o irmão ignora, ou faz questão de não enxergar que Paulo observou o sábado dentro, e fora do judaísmo, dentro e fora das sinagogas judaicas senão vejamos.

Muito poderia ser dito sobre isto. Mas, nos limitaremos apenas a apresentar um exemplo que destrói o argumento do irmão Gordon de que Paulo só pregava no sábado porque estava nas sinagogas.

Atos 16:13 “No sábado saímos portas afora para a beira do rio, onde julgávamos haver um lugar de oração e, sentados, falávamos às mulheres ali reunidas”. Pronto. Aí está Paulo pregando num sábado à beira de um rio. Para um estudo extenso recomendamos o livro de Lourenço González Assim Diz O Senhor o capitulo Paulo e o Sábado no Livro de Atos.

3. Deus Descansou no Sétimo Dia. Portanto, Temos que Descansar Também O autor vai discorrer tentando provar que o sábado de Gênesis não é o mesmo de hoje e cita até um batista sabatista que crê numa semana da criação maior que a nossa. Nem concordamos com

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ele, nem com o batista que quase guarda o sábado, em suas considerações. Que o sábado de Gênesis seja o mesmo de Êxodo não resta dúvida pela própria declaração bíblica. Senão vejamos:

»GÊNESIS [2]1 Assim foram acabados os céus e a terra, com todo o seu exército.2 Ora, havendo Deus completado no dia sétimo a obra que tinha feito, descansou nesse dia de toda a obra que fizera.3 Abençoou Deus o sétimo dia, e o santificou; porque nele descansou de toda a sua obra que criara e fizera.

Êxodo 20:8-118 Lembra-te do dia do sábado, para o santificar.9 Seis dias trabalharás, e farás todo o teu trabalho;10 mas o sétimo dia é o sábado do Senhor teu Deus. Nesse dia não farás trabalho algum, nem tu, nem teu filho, nem tua filha, nem o teu servo, nem a tua serva, nem o teu animal, nem o estrangeiro que está dentro das tuas portas.11 Porque em seis dias fez o Senhor o céu e a terra, o mar e tudo o que neles há, e ao sétimo dia descansou; por isso o Senhor abençoou o dia do sábado, e o santificou.

Negar que o sábado de Gênesis Seja o mesmo de Êxodo é a mais grosseira ignorância até do texto sagrado pois em Gênesis diz: “Abençoou Deus o sétimo dia, e o santificou; porque nele descansou de toda a sua obra que criara e fizera”E em Êxodo diz: “ao sétimo dia descansou; por isso o Senhor abençoou o dia do sábado, e o santificou”.E no verso 10 diz: “mas o sétimo dia é o sábado do Senhor teu Deus...”Perguntamos: Qual é, de acordo com Êxodo, o sétimo dia no qual Deus descansou em gênesis? O texto citado responde com clareza: “sétimo dia é o sábado do Senhor teu Deus” Nós observamos portanto o sábado de Êxodo que é o mesmo de Gênesis. Isto é muito claro para quem quer crer na verdade sem sofismar.

Para não deixar dúvidas quanto a isto, acrescentaremos ainda, a abalizada palavra do pastor Arnaldo Christianinni. Pois ninguém escreveu melhor sobre este assunto que este saudoso irmão, e como nossa intenção não é sermos originais e sim apresentar a verdade transcrevemos aqui a matéria do referido pastor sobre o assunto.

A Semana Através dos Tempos

Há uma acusação que é assim formulada: "Podem os adventistas provar que o sábado é o dia sétimo exato desde a criação? Estão eles certos de que tem sido conservado... durante todos os séculos?! Certamente não."

E nós respondemos, com absoluta firmeza: Certamente sim! E ficam os oponentes aosmandamentos de Deus na obrigação de provar em que época, em que dia, mês e ano ocorreu a alteração dos dias da semana. Notem os leitores que não se apresenta uma única prova sequer em favor da interrupção do ciclo semanal através da história. Apenas afirmações vagas, imprecisas, hipotéticas. Coisas assim: "Quem sabe foi na ocasião do dilúvio... Quem

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sabe no período anárquico dos juízes... Quem sabe... talvez... é provável..." etc. Isto é um "complexo de extravio de tempo" que acomete os antiadventistas, em grande parte devido ao modernismo religioso, calcado em equivocadas idéias evolucionistas, que os induz a não levarem a sério a antiguidade do dia do repouso.

Na era pré-cristã não se perdeu o dia original de repouso. Na nossa era não seria possível perder-se. Consideremos estes fatores:

1. Impossibilidade do mundo perder a contagem de um dia.

Uma simples pessoa dificilmente perde a contagem de um dia. Mais difícil é que uma família o faça. Seria possível que um povoado, ou cidade, ou país perdesse a contagem de um dia? Seria, pois, absurdo admitir que o mundo com seus bilhões de habitantes, grande parte observando o primeiro dia da semana, perdesse a contagem do dia!

2. O cuidado de Deus.

É absurdo supor que Deus exija a observância de uma instituição - como no caso do sábado por mandamento - e permita que este dia se extravie através dos tempos.

3. Os judeus.

Nos tempos de Jesus, os judeus eram extremados na guarda do sábado. Ao serem espalhados, dispersos por todas as nações da Terra, após a destruição de Jerusalém, levaram consigo a observância sabática. Em tempo algum se perdeu o sétimo dia nas nações em que se estabeleceram.

4. O costume e a História.

O Pastor William Jones, de Londres, com a cooperação de competentes lingüistas de todo o mundo, elaborou um mapa da semana em 162 idiomas ou dialetos. Todos reconheceram a mesma ordem dos dias da semana, e 102 deles denominaram o sétimo dia, de sábado. Abram-se as enciclopédias, cronologias seculares ou eclesiásticas, e o domingo é reconhecido como o primeiro dia da semana, logo depois do sábado. Quer dizer que não houve extravio algum.

5. As igrejas.

A igreja primitiva observava o sábado. O Prof. Edward Brerewood, em sua obra Learned Treatise of the Sabbath, Oxford, 1631 (notem bem a data), afirma: "O sábado ou sétimo dia... era observado religiosamente na igreja oriental por 300 anos ou mais depois da paixão do Salvador." Quer observadores do domingo (católicos e protestantes), quer da sexta-feira (mulçumanos) ou do sábado (judeus e adventistas), na era cristã, jamais houve eles a menor dúvida quanto ao dia queguardam.

6. Astronomia.

Os registros astronômicos e datas, que remontam a 600 a.C. concordam com a contagem dos astrônomos de hoje, de que jamais se alterou em tempo algum o ciclo semanal.

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Reformas do calendário.

Houve, de fato, mudanças no calendário. Nenhuma delas, porém, mexeu com a ordem dos dias da semana. Não vamos referir-nos às reformas precárias que não foram adotadas, ou apenas simbólicas como o calendário positivista, o da Revolução Francesa, e outros. Analisemos resumidamente as mudanças que alteraram a contagem dos meses, dias e anos. O calendáriojudaico vinha dos primeiros tempos bíblicos, e consignava o sábado. Os calendários das demais nações do Antigo Oriente, embora dessemelhantes quanto aos meses ou anos, eram contudo idênticos na divisão semanal. O calendário romano mais antigo, que se crê fora dado por Rômulo, na qual propôs um ano de 305 dias em 10 meses, a partir de março. Numa, sucessor de Rômulo, acrescentou dois meses, elevando o ano civil para 365 dias. Quando Júlio César subiu ao poder supremo de Roma, notando que o calendário vigente era deficiente, chamou o famoso astrólogo Alexandrino Sosígenes para estudar a questão.Este determinou que se abandonasse o calendário dos meses lunares, e se

dotasse o egípcio. Essa reforma foi feita em 45 a.C. e a semana que vinha no calendário egípcio era paralela à do calendário judaico, e foi mantida.

Assim a ordem setenária dos dias da semana não se alterou. Isso foi antes do nascimento de Cristo. Nos tempos de Jesus e dos apóstolos, a semana na Palestina coincidia com a semana dos romanos quanto a ordem dos dias. Também a denominação dos dias era a designação ordinal, pois os nomes aos dias da semana se devem a Constantino, o mesmo que, por decreto, legalizou a observância do primeiro dia. Voltando a Júlio César, o calendário ficou alterado, sem afetar a ordem dos dias semanais. É a reforma chamada juliana.

A outra reforma que alterou a contagem, mas não a semana, é a denominada gregoriana, feita por ordem do Papa Gregório XIII. Os países latinos: Espanha, Portugal e Itália aceitaram-na em 1582. A reforma se fez no dia 4 de outubro daquele ano. O dia 4 de outubro pulou para 15 (havendo portanto uma subtração de 10 dias). Mas o dia 4 foi quinta-feira, e o dia 15 logo a seguir foi a sexta-feira, permanecendo inalterado o ciclo semanal. Nos países de fala inglesa a mudança gregoriana só foi aceita em 1752, em setembro daquele ano. Assim o dia 2 foi seguido pelo dia 14. Mas o dia 2 de setembro caiu, numa quinta-feira. De novo não se alterou a semana.

Testemunho dos Astrônomos.

Não creio haver pessoas mais bem informadas a respeito do assunto do que os astrônomos. Recorramos, pois, a eles. Eis o que depõem:

"Tivemos a oportunidade de investigar os resultados dos trabalhos de especialistas em cronologia, e jamais se soube de um sequer que tivesse a menor dúvida acerca da continuidade do ciclo semanal desde muito tempo antes da era cristã. Nenhuma das reformas havidas em nosso calendário, em séculos passados, afetou de algum modo o ciclo da semana." - Dr. A. JamesRobertson, Diretor do Observatório Naval de Washington, respondendo a carta de consulta, em 1932. (Fotocópia publicada à pág. 560 de Answers to Objections, de F. D. Nichol.)

Outra carta assinada por Sir Frank W. Dyson, do Real Observatório de Greenwich, Londres, diz, em 1932: "Tanto quanto se sabe, nas várias mudanças do Calendário, não tem havido nenhuma alteração na ordem dos sete dias da semana, a qual transcorre inalterada desde os mais remotos tempos." (Fac-símile no mesmo livro, pág. 562).

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Depoimento do Prof. D. Eginitis, Diretor do Observatório de Atenas, num relatório apresentado à antiga Liga das Nações:"A quebra da continuidade da semana, que tem atravessado, ainda intacta, os séculos e todos os calendários conhecidos, e o uso universal desta unidade de medição de tempo, são as razões que se opõem a esta mudança de calendário."

Em Nature, publicação científica inglesa, de 06/06/1931, na "Coluna da Astronomia", há o seguinte tópico: "A regularidade ininterrupta da seqüência das semanas, que têm decorrido sem uma quebra por mais de três mil anos, está agora levantando debates... Alguns... defendem a utilidade de manter-se a unidade do tempo que se mantém invariável desde o alvorecer daHistória."

O Dr. Fotheringham, uma das mais eruditas autoridades em cronologia, num artigo, publicado no Nautical Almanac para 1931, pág. 740, afirma: "Evidência clara é que o período de sete dias era contado independentemente do mês e de todos os períodos astronômicos. Da Igreja Judaica passou-se ele para a Igreja Cristã."

O congressista Sol Bloom, de Nova Iorque, falando no senado americano, em 11/06/1929, sobre a reforma do calendário, disse: "As mudanças do calendário de modo algum interferiram nacontinuidade dos dias da semana... Não produziram quebra no ciclo semanal. As datas do mês foram alteradas, mas nunca os dias da semana... Não foi alterada quando a França canceloudez dias de seu calendário no mês de dezembro. A mudança teve lugar numa sexta-feira, mas continuou sendo sexta-feira dia 20 em vez de sexta-feira dia 10... Os dias do ciclo semanal jamais foram alterados em tempo algum, em qualquer reforma processada no calendário." - Congressional Record, junho, 1829, pág. 5.

"A divisão da semana vem inalterável em milhares de anos" - M. Anders Donner, professor de Astronomia da Universidade de Helsinqui (Report on the Reform of the Calendar, 17 de agosto, 1926, pág. 51.

O espaço não nos permite citar perto de quinze depoimentos de autoridade em matéria de calendário, entre elas o Prof. M.Edouard Bailland, Diretor do Observatório de Paris, o Prof. Frederico Oom, Diretor do Observatório Astronômico de Lisboa, o Prof. M. Emile Picard, Presidente do Office of Longitudes.

Concluiremos com a transcrição dos debates havidos em torno da reforma do calendário, no Congresso de Washington, sessão de 21/01/1929, entre os congrecistas Sol Bloom, Cyrenus Cole e W. S. Eichelberger, então Diretor do Observatório Naval dos E.U.A:

"Mr. Bloom: Não é um fato que, nas mudanças produzidas no calendário, as datas foram mudadas, porém nunca os dias? V. Exa. sabe de algum tempo na História em que algum calendário, a partir do princípio do remoto calendário egípcio, em que o dia da semana se tenha trocado? Mr. Eichelberger: Não, não sei absolutamente. Mr. Bloom: Mas as datas foram mudadas? Mr. Eichelberger: Sim, não há dúvida. Mr. Bloom: V. Exa. pode mudar qualquer data do calendário a seu critério, como o fez o Papa Gregório, desprezando 10 dias em 1582, e o britânicos 11 dias em seu calendário, instituindo-se assim o calendário sob o qual vivemos. As datas foram trocadas, mas não foi alterado sequer um dia da semana...

Mr. Eichelberger: Tanto quando eu saiba, isto é exato. Mr. Cole: Há fundamento na crença de que o sábado, ou outros dias da semana se têm sucedido em ininterrupta continuidade desde tempos remotos?

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Mr. Eichelberger: Tanto quanto eu sabia, isto é verídico." - Congressional Report, pág. 68.

Temos absoluta certeza de que o dia de sábado jamais se perdeu na meada dos milênios. E, a despeito da multiplicidade das provas, contentamo-nos com uma: sendo o dia que tem o brilho inviolável da bênção divina, jamais se perderia na noite dos tempos. O próprio Deus Onisciente cuidou que assim fosse. E de fato o foi.Já o mesmo não ocorre com os professos cristão em relação ao seu espúrio dia de repouso. Não têm certeza de que não se tenha extraviado nalguma alteração cronológica ou mudança de calendário na era cristã. Com este "complexo de extravio de dia", nem têm certeza do dia que guardam. Isto, porém, é problema deles.

A. B. Christianini, Subtilezas do Erro, 2.ª ed., 1981, pág. 168 -173.

Como não temos interesse de economizar páginas deixaremos aqui ainda, as palavras de um judeu convertido ao cristianismo como um depoimento final a respeito do sábado como Dia do Senhor desde a Criação.

Mário Feller

 Introdução:

 Nunca é demais lembrar ou enfatizar que são as festas religiosas do calendário judaico, da qual dou destaque especial a observância do shabat que tem mantido a chama da fé acesa no coração do judeu durante séculos. A palavra de Deus o TANACH ou Bíblia, tem unido e fortalecido o povo judeu na sua sobrevivência, das perseguições e aflições sofridas, e é a base de sustentação dos povos e nações, do conhecimento, da ética da moral e da justiça e obediência aos mandamentos da Lei de Deus. 

1. O shabat é uma importante mitzvá da TORÁ. Ela se encontra na Lei de Deus (Haseret hadvarim) e é a única mitzvá que começa com um lembra-te (zahor). Por que? Porque Deus sabia que o homem ia se esquecer desse mandamento como realmente se esqueceu.

2.  Dos 10 mandamentos de Lei de Deus dadas à Moisés, o sábado foi o primeiro mandamento instituído na criação. Sabemos que após Deus haver criado os céus e a terra, ele descansou no 7º dia, abençoou e santificou este dia. Deus colocou um marco neste dia que haveria de se repetir durante os séculos, milênios e toda a eternidade. Ele criou o ciclo semanal que haveria de aparecer cada 7 dias. ( Gen. 2:2,3 ; Ex. 20:10). Santificar significa separar para um objetivo específico, um culto especial de adoração. 

3. O sábado, o 7º dia da semana, é portanto o MEMORIAL DA CRIAÇÃO. 

Se este dia é santo, é separado pelo homem para adoração de Deus. Quem não o honra ou santifica, profana, transgride, quebra. O dia de sábado está intimamente ligado ao Criador dos céus e da terra. 

4. O shabat está no centro da Lei dado à Moisés por Deus. São quatro mandamentos primeiros mostrando a relação íntima do homem para com Deus (vertical) e seis últimos uma relação do homem para com o homem, seu semelhante. 

O 4º mandamento tem características próprias. É como um sinete ou selo usado nos anéis dos reis e imperadores que davam autenticação aos documentos, decretos ou éditos. Neste sinete ou selo usado nos anéis dos reis e imperadores . Neste sinete ou anel aparecem 3 coisas:

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 5.                 NOME : Jeovah 

                    TÍTULO : Criador dos céus e da terra 

                    JURISDIÇÃO (domínio) Universo 

6.  O shabat é um sinal entre Deus e seu povo. (Ex. 31.13,17 e Ez. 20:12,20) Lemos: “E também lhes dei os meus sábados para que servissem de sinal entre mim e eles”. “...santificai os meus sábados e eles servirão de sinal entre mim e vós para que saibais que eu sou Jeovah vosso Deus, (destaque acrescentado).

7.  Se nós retirarmos o 4º mandamento da Lei de Deus, ela fica oca, incompleta porque ficamos sem saber quem foi o criador dos céus e da terra, e as 3 características citadas acima. Deus ao instituir o shabat e abençoar e o santificar, desejou incutir na mente do homem que uma vez por semana ele deveria quebrar a rotina de olhar somente para a horizontal e olhar para cima e se lembrar de Deus como único Deus criador dos céus e terra, doador das bênçãos e nunca dele se esquecer jamais. 

8. Alguém já disse muito apropriadamente que se o homem não tivesse se esquecido de observar o sábado do 7º dia durante os séculos, ele não teria se afastado tanto de Deus e se esquecido da sua comunhão como se encontra hoje. Não haveria tanto ateu, incrédulo ou idólatra. 

9. Durante 40 anos (2.080 semanas), Deus procurou incutir na mente do povo israelita quando saiu do Egito para Canaã, (Êxodo) a necessidade do descanso do 7º dia, dando através do MANÁ (pão do céu) que caiu durante sua caminhada no deserto, para seu alimento. O povo tinha de colher ou apanhar no solo, na terra cada dia, do domingo até a 6a feira, pois no sábado não havia. Assim, na 6a feira fora ordenado que colhesse ou apanhasse porção dobrada da quantia que ele apanhava cada dia, para ter no sábado o que comer. Cada um devia colher apenas o que podia comer durante um dia. Fora recomendado que não deviam colher para dois ou três ou mais dias. Como em todo lugar existem preguiçosos, alguns querendo bancar sabidos colheram mais do que podiam comer e deixaram para outro dia. No dia seguinte estava apodrecido e com bichos cheirando mal. Estes foram censurados por Moisés. (Ex. 16:20)

10.  Deus fixou os limites da observância da guarda do sábado e da sua santificação. São horas sagradas. Não é uma hora ou são duas ou três etc. São 24 horas sagradas do 7º dia. (Lev. 23:32 ; Deut. 16:6 ; Ex. 12:6).

 Lemos: “Duma tarde a outra tarde celebrareis o vosso sábado”. 

Se uma pessoa observar o sábado durante 23 horas e deixar uma hora ou 15 minutos que seja sem honrar o sétimo dia, profanou ou violou o sábado. Tomei a iniciativa de colocar em uma folha xerocada para todos os presentes alguns conselhos como guardar o sábado. Certamente não vão encontrar 300 ou 400 restrições ou mais, que alguns rabinos durante os séculos (professores de escolas rabínicas) interpretaram por conta própria alguns mandamentos que não encontramos no TANACH. No livro de Números (bamidbar) 15:32, 35 encontramos um incidente de uma pessoa que no sábado, no deserto, foi apanhar lenha e foi pego e levado para Moisés e Arão e toda a congregação. Jeovah ordenou à Moisés que deveria ser apedrejado e ele foi.

 

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BENCÃOS AOS OBSERVADORES DO SHABAT

 O profeta ISAÍAS que viveu mais de 700 anos a. C. diz de maneira enfática (Is. 58:13, 14): “Se desviares o teu pé do sábado e de fazeres a tua vontade no meu santo dia, e de chamares ao sábado deleitoso e santo dia do Senhor, digno de honra e o honrares não seguindo os teus caminhos, nem pretendendo fazer a tua própria vontade, nem falar as tuas próprias palavras, então te deleitarás no Senhor e te farei cavalgar sobra as alturas da terra, e te sustentarei com a herança de teu pai Jacob, porque a boca do Senhor o disse”. (destaque acrescentado). Pode surgir a pergunta: Por que durante os séculos milhões de pessoas crentes (evangélicas) observam o 1º dia da semana (domingo) e não o Sábado? (7º dia). 

Deus revelou e respondeu esta pergunta cerca de 500 anos antes da era comum no TANACH. No livro do profeta DANIEL 7:25 ele diz: “E proferirá palavras contra o Altíssimo e destruirá os santos do Altíssimo e cuidará em mudar os tempos e a lei”. (destaque acrescentado). Um poder político/religioso haveria de surgir e fazer esta mudança na lei: mudaria o sábado pelo domingo. Este poder político/religioso é a Igreja Católica (Vaticano). O imperador romano CONSTANTINO em 321 da nossa era, promulgou a 1º lei DOMINICAL transferindo o repouso do sábado para o domingo (dies solis ou Sunday (dia do sol)). O Concílio de Laodicéia em 364 A. D. resolveu a observância do domingo como dia do Senhor e proibiu a observância do sábado. Éditos e cânones durante os séculos vieram confirmar a resolução do Concílio. Ainda o profeta Isaías 56:2: “Bem aventurado o homem que fizer isto, e o filho do homem que lançar mão disto: que se guarda de profanar o sábado, e guarda a sua mão de perpetrar algum mal”. (destaque acrescentado).

 Apesar de várias reformas do calendário, jamais Deus permitiu que o marco que ele colocou no princípio fosse removido. O sábado do 7º dia da criação é o mesmo sábado de hoje para todas as nações tribos povos e línguas. O maior testemunho disto são os judeus. O sábado dos judeus (7º dia) é o mesmo sábado ou 7º dia das nações. http://www.geocities.com/feller_52051/shabati.htm

4. O Sábado é Perpétuo

O Irmão Gordon cita Êxodo 31:16 e argumenta que o sábado é tão perpetuo quanto às demais leis levíticas.Este argumento não procede quando consideramos que, na gramática hebraica, no texto citado, “o adjetivo hebraico olam (que corresponde ao grego aionios) que se traduz por “perpétuo”. É flutuante em sua significação, conforme o substantivo a que se apega; é absoluto ou relativo, pode ter significação restrita ou lata. Junto de um substantivo de natureza transitória, de ordem temporal, encerra um sentido de duração limitada à época em que a coisa se destinava a vigorar; junto de coisas eternas, o sentido é de duração sem fim. O sábado teve começo com o mundo (Gen. 2:3) e aqui durará até o fim do mundo. (Isa. 66:22,23) e irá até a nova terra; portanto sua perpetuidade não poderá confundir-se com as das transitórias festas judaicas” A. B. Christianini, Subtilezas do Erro, 2.ª ed., 1981 p. 282

Se o irmão Gordon não ignorasse as bases da gramática das línguas originais da Bíblia, evitaria por certo cometer erros tão gritantes, como os que acabamos de expor. Fica aqui o nosso apelo para que os irmãos evangélicos se dediquem um pouco mais aos princípios da teologia, e assim poderão compreender melhor o sentido de nossas crenças e então apresentar as verdades sem preconceito aos seus leitores. Dizemos isto por amor ao próprio irmão. Pois, ele é o lider que alimenta o rebanho do Senhor Jesus que lhe foi confiado. como alimenta-los sem conhecer o alimento? Deixo-lhe o lembrete de Malaquias 2:7 “Pois os lábios do sacerdote devem guardar o conhecimento, e da sua boca devem os homens procurar a instrução, porque ele é o mensageiro do Senhor dos exércitos”.

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5. Jesus Guardou o sábado, portanto também temos que Guardar.

Objeção:

Uma vez que Jesus guardou o sábado, portanto se aplica a nós.

Em sua reposta, o irmão Gordon pelo menos é sincero, diferentemente de outros autores, ele afirma que Jesus guardou realmente o sábado. Melhor do que colocar Jesus para pecar como fazem alguns chamando-o de transgressor da lei de Deus. No entanto ele conclui que, uma vez que Jesus guardou o sábado ele está livre para desobedece-lo e que se guardarmos o sábado temos que observar as leis cerimoniais também. Isto é irrazoável e no mínimo contraditório. Senão vejamos: Jesus guardou também o segundo mandamento da lei de Deus, que proíbe adorar imagens de escultura. Por isto está agora o irmão gordon livre para ser idólatra? Não diria ele. Então seu argumento contradiz seu comportamento. Quanto ao argumento de que se observarmos o sábado teremos que observar as leis cerimoniais. Também se aplica a mesma regra. Pois, o irmão Gordon observa 9 mandamentos e nem por isto ele se circuncidou. Estamos tratando dos dez mandamentos e não de leis cerimoniais. Tirar o Sábado do decálogo e transforma-lo em lei cerimonial para aboli-lo na cruz, é ignorância.

O último argumento do Irmão Gordon é um falso testemunho que desejo refutar com todas as veras de minha alma. Ele diz: “É só o sábado da lei que eles Guardam.” Errado, erradíssimo. Nós observamos os dez mandamentos da lei de Deus completos, não nove para que Tiago, que trata dos dez mandamentos não nos condene nem oito para que assim não nos classifiquemos católicos romanos e portanto também desobedientes, nem 10 para que não continuemos errando e errados.

Que Deus possa ajudar o leitor dando –lhe como recompensa a satisfação do pedido do salmista 18 “Desvenda os meus olhos, para que eu veja as maravilhas da tua lei.” SAL. 119:18

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BIBLIOGRAFIA

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