um método prático para o dimensionamento da ventusagem de redes de Água

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  • Universidade de Aveiro

    2010

    Departamento de Engenharia Civil

    Nuno Alexandre Honrio Lopes

    Um mtodo prtico para o dimensionamento da ventusagem de redes de gua

  • Universidade de Aveiro

    2010

    Departamento de Engenharia Civil

    Nuno Alexandre Honrio Lopes

    Um mtodo prtico para o dimensionamento da ventusagem de redes de gua

    Dissertao apresentada Universidade de Aveiro para cumprimento dos

    requisitos necessrios obteno do grau de Mestre em Engenharia Civil,

    realizada sob a orientao cientfica do Doutor Armando Baptista da Silva

    Afonso, Professor Associado do Departamento de Engenharia Civil da

    Universidade de Aveiro

  • o jri

    Presidente Prof. Doutor Anbal Guimares da Costa

    Professor Catedrtico, Departamento de Engenharia Civil da

    Universidade de Aveiro

    Prof. Doutor Pedro Nuno Castelo Madeira Afonso,

    Professor Adjunto, Instituto Superior de Engenharia de Coimbra

    Prof. Doutor Armando Baptista Da Silva Afonso

    Professor Associado convidado, Departamento de Engenharia Civil da

    Universidade de Aveiro

  • agradecimentos

    Ao incio desta dissertao, o conhecimento do tema era de tal forma

    superficial, que no tinha ideia do caminho a percorrer. Com o transpor dos

    obstculos e dificuldades, esse caminho vai surgindo de forma gradual e

    natural.

    Confesso que por vezes foi difcil lidar com todas as adversidades que

    logicamente me ocorreram, levando-me a questionar, de formas menos

    prprias, o porqu de ter de ter tanto trabalho. No entanto, percebo agora que

    todo esse trabalho rduo necessrio para espevitar a imaginao e o

    conhecimento, necessrio para nos picar, obrigando-nos ir buscar foras

    escondidas, levando-nos a chegar a bom porto. S o apoio, compreenso e

    conhecimento recebido, por parte de diversas pessoas, tornou todo este

    percurso possvel. Dedico este espao a todas essas pessoas, que de uma forma

    ou de outra, tornaram este caminho mais fcil, e que directa e indirectamente

    contriburam para a elaborao desta dissertao, especialmente:

    Ao meu orientador, professor Armando Baptista da Silva Afonso, pela sua

    partilha de conhecimento, pelo seu sentido crtico e por todo o apoio e

    dedicao.

    Ao engenheiro Jos Jlio da EPAL, pela possibilidade de entrevista e

    informao compartilhada.

    Ao Sr. Lus Teles da Saint-Gobain, pela forma como se disponibilizou para

    colaborar, por todo o material fornecido e pelas sugestes apresentadas.

    Ao meu colega e amigo de longa data nestas andanas da engenharia, Gustavo

    Segorbe, pela companhia nos dias e noites passados a escrever e a estudar,

    pelo apoio e encorajamento contnuo e pela sucessiva crtica construtiva.

    Ao meu irmo, pela atitude antistresse, proporcionando momentos de

    descontraco e boa disposio.

    Aos meus pais, por todo o amor e carinho, e pela slida formao pessoal e

    acadmica que me proporcionaram.

    Marta companheira e amiga, pelo seu amor e amizade, e pela sua enorme

    pacincia e apoio incondicional, factores sem os quais no teria sido possvel a

    realizao deste trabalho.

  • palavras-chave

    Purgadores, Ventosas, dimensionamento, choque hidrulico, padres de

    fluxo, localizao.

    Resumo

    Tendo como referncia a forma leviana como se trata a problemtica da

    existncia de ar nas condutas de abastecimento de gua, pretende-se

    elaborar um documento que ajude a compreender o fenmeno da

    movimentao de ar nas condutas de abastecimento de gua.

    A bibliografia existente em Portugal escassa e a que trata o assunto, f-

    lo geralmente de forma bastante superficial. Esta situao leva a que o

    dimensionamento de ventosas seja praticamente inexistente ou tal como

    a bibliografia, tambm ele leviano e pouco funcional.

    Pretende, com este documento, contrariar este status quo e contribuir

    para uma melhoria significativa do modo de funcionamento das

    infraestruturas.

  • Keywords

    Air release valves, sizing, hydraulical shock, standards of flow,

    localization

    Abstract

    Having as reference the frivolous form as if deals with the problematic

    one the air existence in the systems of water supply, is intended to

    elaborate a document that helps to understand the air movement in the

    water supply pipes.

    The existing bibliography in Portugal is scarce and the one that treats the

    subject, to far it of sufficiently superficial form generally. This situation

    takes the one that the sizing of air-valves either practically inexistent or

    as the bibliography, also frivolous it and little functionary.

    It intends, with this document, to oppose this status quo and to contribute

    for a significant improvement in the way of functioning of the

    infrastructures.

  • NDICE GERAL

    NUNO LOPES I

    ndice geral

    ndice geral ............................................................................................................................... I

    ndice de figuras .................................................................................................................... III

    ndice de grficos.................................................................................................................... V

    ndice de tabelas ................................................................................................................... VII

    Lista de abreviaturas ............................................................................................................... X

    1. Introduo ............................................................................................................................ 1

    2. Objectivos ............................................................................................................................ 3

    3. Metodologia de trabalho ...................................................................................................... 5

    4. Necessidade de aplicao de ventosas ................................................................................. 7

    4.1. O fluxo de ar nas condutas ........................................................................................... 7

    4.2. Problemas causados pelo movimento de bolsas de ar nas tubulaes ........................ 10

    4.3 Critrios de movimento de ar nas condutas .............................................................. 11

    4.3.1 - Testes padres de fluxo vertical ......................................................................... 11

    4.3.2 - Testes padres de fluxo de inclinao ................................................................ 12

    4.3.3 - Testes padres de fluxo horizontal ..................................................................... 12

    4.3.4 Previso de comportamento dos fluxos ar/gua ................................................ 14

    4.4 Velocidade Crtica da gua .......................................................................................... 18

    5. Modelos de ventosas e funcionamento .............................................................................. 21

    5.1. Ventosas de simples efeito ......................................................................................... 21

    5.2. Ventosas de duplo efeito ............................................................................................ 23

    5.3. Ventosas de triplo efeito ............................................................................................. 23

    5.4. Ventosas de triplo efeito, com fecho lento ................................................................. 25

    6. Aspectos de dimensionamento de Ventosas ...................................................................... 29

    6.1 Locais de aplicao de ventosas ............................................................................... 29

  • UM MTODO PRTICO PARA O DIMENSIONAMENTO DA VENTUSAGEM DE REDES DE GUA

    II DEC - UA

    6.2 Dimensionamento e escolha de Ventosas ................................................................. 36

    6.2.1 Expulso de ar das condutas Situao de enchimento da tubagem ................... 36

    6.2.2 Admisso de ar das condutas Situao de esvaziamento da tubagem ............... 37

    6.3 Eliminao de ar durante o funcionamento da conduta em regime permanente ......... 38

    6.4 Anlise do choque hidrulico provocado pelo fecho de ventosas ............................ 40

    6.4.1 Fluxo em orifcios .............................................................................................. 40

    6.4.1.2 Velocidade da massa de ar que sai por um orifcio com fluxo isotrpico .. 41

    6.4.1.3 Fluxo real atravs de orifcios ........................................................................ 43

    6.4.2 Clculo do valor do choque hidrulico .............................................................. 44

    6.4.2.1 Fluxo real da ventosa .................................................................................. 46

    6.4.2.2 Exemplo de clculo do valor do choque hidrulico ................................... 46

    7. Mtodo prtico para dimensionamento de ventosas .......................................................... 49

    7.1 - Marcha de clculo de dimensionamento de ventosas de simples efeito ................... 49

    7.2 Marcha de clculo de dimensionamento de ventosa para expulso de ar - situao de

    enchimento da tubagem ..................................................................................................... 53

    7.3 - Dimensionamento de ventosa para admisso de ar - situao de esvaziamento de

    tubagem ............................................................................................................................. 55

    7.4 Elementos de apoio ao dimensionamento ................................................................ 56

    7.4.1 Tubagem PEAD PN 10, PEAD PN 16, PEAD PN 20 e PEAD PN 25 ............. 56

    7.4.2 Tubagem PVC PN 10, PN 16 e PN 20 .............................................................. 76

    7.4.3 Tubagem FFD K9 .............................................................................................. 87

    8. Concluso .......................................................................................................................... 95

    9. Bibliografia ........................................................................................................................ 96

  • NDICE DE FIGURAS

    NUNO LOPES III

    ndice Figuras

    Fig 1. Descarga de conduta originada por utilizao pontual [6] ......................................... 7

    Fig 2. Troo de conduta com vlvula aberta [8] ................................................................... 8

    Fig 3. Troo de conduta com vlvula fechada [8] ................................................................ 8

    Fig 4. Troo de conduta vazio [8] ........................................................................................ 9

    Fig 5. Acumulao ar nas tubagens [6] ................................................................................ 9

    Fig 6. Representao ilustrada de padres de fluxo vertical [7] ......................................... 12

    Fig 7. Representao ilustrada de padres [7] .................................................................... 14

    Fig 8. Mapa geral para um regime de fluxo, de 2 fases, horizontal [7] .............................. 16

    Fig 9. Mapa geral para um regime de fluxo, de 2 fases, ascendente [7] ............................ 17

    Fig 10. Mapa geral para um regime de fluxo, de 2 fases, descendente [7] ........................ 17

    Fig 11. Mapa geral para um regime de fluxo, de 2 fases, vertical [7] ................................ 18

    Fig 12. Ventosa duplo efeito [11] ....................................................................................... 23

    Fig 13. Ventosa duplo efeito Corte esquemtico [11] ..................................................... 23

    Fig 14. Ventosa triplo efeito - Expulso de ar na conduta [10] .......................................... 24

    Fig 15. Ventosa triplo efeito Desgasificao em regime permanente [10] ..................... 24

    Fig 16. Ventosa triplo efeito - Admisso de ar na conduta [10] ......................................... 25

    Fig 17. Ventosa triplo efeito, com fecho lento Expulso de ar na conduta (1 fase) [11] 26

    Fig 18. Ventosa triplo efeito, com fecho lento Expulso de ar na conduta (2 fase) [11] 27

    Fig 19. Ventosa triplo efeito, com fecho lento Expulso de ar na conduta (3 fase) [11] 27

    Fig 20. Ventosa triplo efeito, com fecho lento Admisso de ar na conduta [11] ............ 28

    Fig 21. Localizao de ventosa Elevao da cota do perfil da conduta [12] ................... 29

    Fig 22. Localizao de ventosa Zonas de reduo de presso [12] ................................. 29

    Fig 23. Localizao de ventosa Zonas de variao de seco [12] ................................. 30

    Fig 24. Enchimento de conduta [13] .................................................................................. 30

  • UM MTODO PRTICO PARA O DIMENSIONAMENTO DA VENTUSAGEM DE REDES DE GUA

    IV DEC - UA

    Fig 25. Localizao de ventosa Grupos de Bombagem e Vlvulas de controlo [13] ...... 31

    Fig 26. Localizao de ventosa Antes de aparelhos de medio ou contadores [12] ...... 31

    Fig 27. Localizao de ventosa Baterias de filtrao [12] ............................................... 32

    Fig 28. Localizao de ventosa Variaes de inclinao [12][13] .................................. 32

    Fig 29. Localizao de ventosa Pontos altos [13] ........................................................... 33

    Fig 30. Localizao de ventosa Comprimento crtico [13] ............................................. 34

    Fig 31. Localizao de ventosa Risco de colapso [13] .................................................... 34

    Fig 32. Localizao de ventosas Esquema geral [21] ...................................................... 35

    Fig 33. Esquema de fluxo em orifcios [14] ....................................................................... 40

    Fig 34. Relaes de presso de fluxo em orifcios [14]...................................................... 41

    Fig 35. Esquema de seces de descarga de ventosas [14] ................................................ 44

  • NDICE DE GRFICOS

    NUNO LOPES V

    ndice de Grficos

    Grfico 1 Solubilidade do ar em gua [12]......................................................................... 39

    Grfico 2 Solubilidade do ar em gua ................................................................................ 51

    Grfico 3 Obteno do dimetro do orifcio da ventosa de simples efeito (purga) ............ 52

    Grfico 4 - Velocidade crtica tubagem PEAD PN10 ........................................................... 61

    Grfico 5 - Velocidade crtica tubagem PEAD PN10 (cont.)................................................ 62

    Grfico 6 - Velocidade crtica tubagem PEAD PN16 ........................................................... 63

    Grfico 7 - Velocidade crtica tubagem PEAD PN16 (cont)................................................. 64

    Grfico 8 - Velocidade crtica tubagem PEAD PN20 (cont)................................................. 65

    Grfico 9 - Velocidade crtica tubagem PEAD PN20 (cont)................................................. 66

    Grfico 10 - Velocidade crtica tubagem PEAD PN25 ......................................................... 67

    Grfico 11 - Caudais de admisso de ar - tubagem PEAD PN 10 DN 250 a DN 1000 ........ 68

    Grfico 12 - Caudais de admisso de ar - tubagem PEAD PN 10 DN 63 a DN 225 ............ 69

    Grfico 13 - Caudais de admisso de ar - tubagem PEAD PN 16 DN 250 a DN 630 .......... 70

    Grfico 14 - Caudais de admisso de ar - tubagem PEAD PN 16 DN 63 a DN 225 ............ 71

    Grfico 15 - Caudais de admisso de ar - tubagem PEAD PN 20 DN 250 a DN 500 .......... 72

    Grfico 16 - Caudais de admisso de ar - tubagem PEAD PN 20 DN 63 a DN 225 ............ 73

    Grfico 17 - Caudais de admisso de ar - tubagem PEAD PN 25 DN 225 a DN 355 .......... 74

    Grfico 18 - Caudais de admisso de ar - tubagem PEAD PN 25 DN 63 a DN 200 ............ 75

    Grfico 19 - Velocidade crtica tubagem PVC PN 10 ........................................................... 78

    Grfico 20 - Velocidade crtica tubagem PVC PN 16 ........................................................... 79

    Grfico 21 - Velocidade crtica tubagem PVC PN 20 ........................................................... 80

    Grfico 22 - Caudais admisso ar Tubagem PVC PN 10 DN 200 a DN 500 ................. 81

    Grfico 23 - Caudais admisso ar Tubagem PVC PN 10- DN 63 a DN 160 ..................... 82

    Grfico 24 - Caudais admisso ar Tubagem PVC PN 16- DN 200 a DN 400 ................... 83

  • UM MTODO PRTICO PARA O DIMENSIONAMENTO DA VENTUSAGEM DE REDES DE GUA

    VI DEC - UA

    Grfico 25 - Caudais admisso ar Tubagem PVC PN16- DN 63 a DN 160 ...................... 84

    Grfico 26 - Caudais admisso ar Tubagem PVC PN20- DN 200 a DN 400 .................... 85

    Grfico 27 - Caudais admisso ar Tubagem PVC PN20- DN 63 a DN 160 ...................... 86

    Grfico 28 - Velocidade crtica tubagem FFD K9 ................................................................ 89

    Grfico 29 - Velocidade crtica tubagem FFD K9 ................................................................ 90

    Grfico 30 Caudais admisso ar Tubagem FFD K9 DN 1400 a DN 2600 ..................... 91

    Grfico 31 Caudais admisso ar Tubagem FFD K9 DN 700 a DN 1200 ....................... 92

    Grfico 32 Caudais admisso ar Tubagem FFD K9 DN 250 a DN 600 ......................... 93

    Grfico 33 Caudais admisso ar Tubagem FFD K9 DN 60 a DN 200 ........................... 94

  • NDICE DE TABELAS

    NUNO LOPES VII

    ndice de Tabelas

    Tabela 1 Valores do coeficiente de vazo de vlvulas ....................................................... 37

    Tabela 2 - Valor do Coeficiente de Bunsen presso atmosfrica ....................................... 38

    Tabela 3 - Caractersticas tubagem PEAD PN 10 ................................................................. 56

    Tabela 4 - Caractersticas tubagem PEAD PN 16 ................................................................. 57

    Tabela 5 - Caractersticas tubagem PEAD PN 20 ................................................................. 58

    Tabela 6 - Caractersticas tubagem PEAD PN 25 ................................................................. 59

    Tabela 7 Caudais de enchimento tubagem PEAD PN 10 a PN 25 ..................................... 60

    Tabela 8 - Caractersticas tubagem PVC PN 10 .................................................................... 76

    Tabela 9- Caractersticas tubagem PVC PN 16 ..................................................................... 76

    Tabela 10 - Caractersticas tubagem PVC PN 20 ................................................................. 77

    Tabela 11 Caudais de enchimento tubagem PVC PN 10, PVC PN 16 e PVC PN 20 ........ 77

    Tabela 12 - Caractersticas tubagem FFD K9 ....................................................................... 87

    Tabela 13 - Limites de caudal de enchimento de tubagem FFD classe K9 ........................... 88

  • LISTA ABREVIATURAS

    NUNO LOPES X

    Lista de Abreviaturas

    IRAR - Instituto Regulador de guas e Resduos

    DN Dimetro Nominal

    PEAD Polietileno de Alta Densidade

    FFD Ferro Fundido Dctil

    PVC Policroreto de Vinilo

    PN Presso Nominal

  • CAPTULO 1 - INTRODUO

    NUNO LOPES 1

    1. Introduo

    No mbito na unidade curricular de Dissertao de Mestrado em Engenharia Civil foi

    apresentado, por parte da Comisso Coordenadora do MECivil, uma lista de temas para

    dissertao para o ano lectivo 2009/2010, de entre os quais se propunha o tema

    Desenvolvimento de um modelo prtico para o estudo da ventusagem de redes de gua.

    No meu caso, estando ligado profissionalmente execuo obras de urbanizao, despertou-

    me interesse poder abordar um tema com o qual lido vrias vezes, mas cujo conhecimento

    era superficial. Como resultado deste interesse, candidatei-me a elaborar a Dissertao de

    Mestrado com o tema descrito, sob orientao do Professor Armando Silva Afonso.

    Segundo o jornal gua&Ambiente os sistemas de abastecimento de gua e de drenagem,

    evidenciam problemas relacionados com a deficiente seleco e aplicao de materiais, a

    compactao de valas e o desrespeito por boas prticas de execuo e manuteno.

    Os casos de estudo em Portugal sobre redes estabilizadas em termos de idade apontam para

    taxas de roturas entre 500 e 1000 por cento superiores mdia europeia ou norte-americana.

    Mesmo no caso de redes mais jovens, sublinha o IRAR no guia tcnico Controlo de perdas

    de gua em sistemas pblicos de aduo e distribuio, os valores so da mesma ordem de

    grandeza ou at superiores.

    Em Portugal perdem-se todos os dias 750 000 m3 de gua potvel, ou seja, 31 262 m

    3 por

    hora e 521 m3 por minuto.

    Do volume total de gua destinado ao consumo humano que entra no sistema de

    abastecimento pblico, 40 por cento no chega aos consumidores, devido a perdas na rede

    de distribuio municipal. No total, as perdas de gua na rede de distribuio situam-se em

    273,8 milhes de m3/ano. Este valor corresponde a 200 milhes de euros anuais de prejuzos

    econmicos, tendo em conta os investimentos feitos em captao, tratamento, transporte e

    armazenamento de gua, comprada pelas entidades gestoras em baixa aos sistemas em alta.

    Tendo em conta que, cada vez mais a gua um bem escasso, torna-se fundamental o Sector

    da Construo assumir um papel importante na diminuio destes valores. Pode consegui-lo,

    desenvolvendo e disponibilizando estudos e mtodos de trabalho que resultem no correcto

    dimensionamento, projeco e aplicao de processos de construo adequados.

  • UM MTODO PRTICO PARA O DIMENSIONAMENTO DA VENTUSAGEM DE REDES DE GUA

    2 DEC - UA

    O Estudo da ventusagem de redes de gua, assume-se como uma ferramenta de elevada

    importncia, contribuindo de uma forma directa para o melhoramento do cenrio das infra-

    estruturas em Portugal.

  • CAPTULO 2 - OBJECTIVOS

    NUNO LOPES 3

    2. Objectivos

    Pretende-se, com o presente trabalho elaborar um modelo prtico, em que se entre com

    diversas variveis relacionadas com sistemas de abastecimento de gua e se obtenham dados

    para aplicao de ventosas, tais como o modelo, o dimetro e o local de aplicao, de forma

    a solucionar adequadamente o problema da existncia de ar nas canalizaes de

    abastecimento de gua.

  • CAPTULO 3 . METODOLOGIA DE TRABALHO

    NUNO LOPES 5

    3. Metodologia de trabalho

    Em primeiro, pesquisaram-se os diversos tipos de ventosas comercializadas em Portugal.

    Atravs da consulta dos catlogos disponibilizados nas pginas online dos diversos

    fornecedores, foi possvel agrupar variado material com caractersticas tcnicas e funcionais

    dos diversos modelos de ventosas.

    Depois de mais familiarizado com o assunto, entrou-se em contacto com diversas empresas

    responsveis pela gesto de redes de abastecimento. Procurou-se, com estes contactos, obter

    informao relativa a processos de seleco, escolha e aplicao de acessrios componentes

    das redes, especialmente ventosas.

    Passada esta fase inicial, de adquirir um conhecimento mais aprofundado do mercado e

    mtodos de trabalho, realizou-se pesquisa em bibliografia tcnica, de modo a obter um

    conhecimento profundo. Foi possvel perceber o modo de funcionamento das ventosas, os

    acessrios necessrios sua montagem, o modo de operar quando surge necessidade de

    intervir na conduta de forma a garantir a estabilidade das infra-estruturas, a importncia da

    sua aplicao em condutas de gua e os pontos favorveis sua montagem.

    Para a fase final foi deixado os aspectos relacionados com o dimensionamento, seleco e

    localizao de ventosas.

  • CAPTULO 4 - NECESSIDADE DE APLICAO DE VENTOSAS

    NUNO LOPES 7

    4. Necessidade de aplicao de ventosas

    4.1. O fluxo de ar nas condutas

    A presena de ar nas condutas pode ter vrias origens. Uma delas poder ser a consequncia

    de uma rotura acidental de um troo de conduta, em que existe um acrscimo de caudal

    sado da tubagem, resultando da zonas de presso suficientemente baixas para libertar o ar

    contido na gua. Outra origem, mais frequente, decorre da explorao da conduta: ar

    aspirado pelo sistema de bombagem, quer na tubagem de aspirao, quer pelo vortex criado

    pela bomba (pode chegar a 10% do caudal de gua), quer no empanque da bomba; ar

    existente em emulso na gua de um reservatrio (emulso provocada pela agitao da

    gua); ar originado por operaes de esvaziamentos ou enchimentos de troos de conduta.

    Fig 1. Descarga de conduta originada por utilizao pontual [6]

  • UM MTODO PRTICO PARA O DIMENSIONAMENTO DA VENTUSAGEM DE REDES DE GUA

    8 DEC - UA

    Nas figuras 1, 2 e 3, pode-se observar, como se processa o fluxo de ar.

    Fig 2. Troo de conduta com vlvula aberta [8]

    Fig 3. Troo de conduta com vlvula fechada [8]

  • CAPTULO 4 - NECESSIDADE DE APLICAO DE VENTOSAS

    NUNO LOPES 9

    Fig 4. Troo de conduta vazio [8]

    O ar entra em emulso nos locais em que a presso prxima da presso atmosfrica. A

    arrastado sob forma de bolhas de ar, ou dissolvido na gua se a presso aumenta (a

    solubilidade do ar na gua aumenta proporcionalmente com a presso da gua).

    O ar arrastado pela gua concentra-se em pontos altos se no for previamente retido no

    circuito da cmara de bombagem.

    Fig 5. Acumulao ar nas tubagens [6]

  • UM MTODO PRTICO PARA O DIMENSIONAMENTO DA VENTUSAGEM DE REDES DE GUA

    10 DEC - UA

    Ao ar assim arrastado junta-se, nos pontos altos (consequentemente a presso menor), o ar

    libertado pela desgasificao da gua. A perda de carga faz igualmente baixar a presso da

    canalizao, provocando a libertao do ar dissolvido.

    Para o perfeito funcionamento das condutas necessrio que o fluxo de ar dentro das

    mesmas apresente-se da seguinte forma:

    Quando entra gua na tubulao, o ar que nela estava contido precisa sair totalmente,

    para que no haja bolsas de ar durante o funcionamento da conduta, e, rapidamente,

    para no prejudicar o incio do funcionamento das bombas;

    Quando sai a gua da tubulao necessrio que entre ar com a mesma vazo, para

    que o diferencial entre as presses internas e externas do tubo permanea limitado de

    modo a impedir o colapso dos tubos.

    4.2. Problemas causados pelo movimento de bolsas de ar nas tubulaes

    Nas adutoras por gravidade, o ar retido nos pontos altos, provoca o aumento da perda de

    carga, que implica numa diminuio de vazo e consequentemente a capacidade de

    escoamento.

    Nas adutoras por bombagem, a presena de bolsas de ar nos pontos de queda de presso

    provocam um aumento de altura manomtrica, implicando em reduo de vazo o,

    sobrecarga da bomba, com os consequentes prejuzos de consumo de energia ou danificao

    do equipamento e existncia de cavitao.

    Por cavitao, entende-se um fenmeno hidrulico no qual se formam bolhas de vapor que

    repentinamente implodem quando se deslocam no rotor. Estas imploses no rotor, causam

    um barulho excessivo e h uma reduo da performance da bomba.

    A cavitao ocorre quando a presso do lquido reduzida pela presso de vapor e ento

    comea o processo de fervura, sem que a temperatura do lquido mude. Para prevenir a

    cavitao necessria que a presso no caia abaixo da presso de vapor do lquido.

    A movimentao das bolsas de ar pode provocar choques hidrulicos em decorrncia de

    suces bruscas.

  • CAPTULO 4 - NECESSIDADE DE APLICAO DE VENTOSAS

    NUNO LOPES 11

    4.3 Critrios de movimento de ar nas condutas

    A relao de ar e gua que so transportados num sistema, podem ser representados por

    padres de fluxo diferentes. Estes padres variam dependendo da inclinao das condutas.

    Os autores como Falvey (1980) e Rouhani e Sohal (1983) fornecem resultados dos testes

    padres dos diferentes tipos de fluxo.

    4.3.1 - Testes padres de fluxo vertical

    Os testes padres de fluxo vertical, podem ser descritos como segue:

    Fluxo de bolha (Buble flow) - o ar est distribudo na gua em bolhas

    esfricas, de pequena dimenso quando comparadas com o dimetro da

    tubagem. Este teste padro de fluxo, ocorre quando uma quantidade

    relativamente pequena de ar misturada com um fluxo moderado de massa

    de gua.

    Fluxo descontnuo (Plug flow) - ocorre enquanto o fluxo de ar aumenta. A

    transio do fluxo da bolha ao fluxo descontnuo ocorre quando o dimetro

    da bolha aproximadamente metade do dimetro da tubagem.

    Fluxo de bolsas de ar (Slug flow) ocorre quando o fluxo de ar aumenta

    mais, relativamente ao fluxo descontnuo, e origina uma sequncia regular de

    bolhas. Cada uma destas bolhas preenche quase na totalidade a seco

    transversal da tubagem, ficando livre apenas, uma fina camada lquida na

    parede.

    Fluxo da batedeira (Churn flow) se o fluxo de ar aumenta, o fluxo irregular

    passa a um regime turbulento de ar e gua. Este teste padro de fluxo

    referido frequentemente como o fluxo de batedeira.

    Anular (Annular flow) ocorre quando a tubagem transporta um fluxo de ar

    relativamente elevado com um baixo volume de gua. O volume de gua

    circula como uma pelcula na parede da tubagem enquanto a massa de ar se

    move na zona central da tubagem.

    Fluxo de spray (Spray flow) - para taxas de fluxo de ar bastante elevadas, a

    pelcula anular separada das paredes da tubagem e passa a ser transportada

  • UM MTODO PRTICO PARA O DIMENSIONAMENTO DA VENTUSAGEM DE REDES DE GUA

    12 DEC - UA

    dentro do ar, como gotas arrastadas. Isto referido s vezes como o fluxo

    anular da nvoa

    Fig 6. Representao ilustrada de padres de fluxo vertical [7]

    4.3.2 - Testes padres de fluxo de inclinao

    Para regimes de fluxo em tubulaes inclinadas, os testes padres encontrados so os

    mesmos que em fluxos verticais.

    4.3.3 - Testes padres de fluxo horizontal

    A maioria dos regimes do fluxo em sistemas horizontais, mostram a um padro assimtrico,

    devido aos efeitos da aco da gravidade em lquidos com densidades diferentes. Esta aco

    gera uma tendncia para a estratificao vertical, levando a que a massa de lquido tenha

    uma tendncia ocupar a parte inferior da tubagem, forando o ar ou o vapor s zonas

    superiores.

    Fluxo de bolha (Bubble flow) o ar forma-se em bolhas na superfcie

    superior da tubagem. As velocidades, das bolhas de ar e da gua so iguais. O

    fluxo de bolha ocorre em situaes de taxas de fluxo lquidas relativamente

    elevadas, com pouco fluxo de ar.

  • CAPTULO 4 - NECESSIDADE DE APLICAO DE VENTOSAS

    NUNO LOPES 13

    Fluxo descontnuo (Plug flow) aumentando o fluxo de ar, as bolhas de ar

    unem-se dando forma a um teste padro de fluxo intermitente. Estas bolsas

    so transportados alternadamente com o volume de gua ao longo da parte

    superior da tubagem.

    Fluxo estratificado (Stratified smooth flow) uma interface horizontal,

    aproximadamente lisa, separa a fase lquida da massa de ar. Este fluxo

    geralmente observado em situaes de baixo fluxo de ar e gua.

    Fluxo ondulado estratificado (Stratified wavy flow) aumentando a taxa de

    fluxo de ar, a interface horizontal do fluxo estratificado, torna-se ondulada.

    Fluxo intermitente (Slug flow) - as amplitudes das ondas tm uma dimenso

    suficiente para selar a tubagem. O ar viaja com uma velocidade mais elevada

    do que a velocidade da massa lquida.

    Fluxo anular (Annular flow)- para um fluxo de ar elevado, volume de gua

    circula como uma pelcula na parede da tubulao (a zona anular).

    Fluxo de spray (Spray flow) - para taxas de fluxo de ar bastante elevadas, a

    pelcula anular separada das paredes da tubagem e passa a ser transportada

    dentro do ar, como gotas arrastadas.

  • UM MTODO PRTICO PARA O DIMENSIONAMENTO DA VENTUSAGEM DE REDES DE GUA

    14 DEC - UA

    Fig 7. Representao ilustrada de padres de fluxo horizontal [7]

    4.3.4 Previso de comportamento dos fluxos ar/gua

    Hansen (1986) desenvolveu um estudo sobre regimes de fluxo de duas fases em sistemas

    verticais e horizontais e concluiu que, para as tubulaes horizontais ou prximas o fluxo

    mais complexo do que para as tubulaes verticais, devido assimetria introduzida pelas

    foras gravticas.

  • CAPTULO 4 - NECESSIDADE DE APLICAO DE VENTOSAS

    NUNO LOPES 15

    Muitos autores forneceram mapas de padres de fluxo para avaliao e estimativa dos

    diferentes fluxos. A transio de um padro de fluxo a outro funo de vrias variveis

    diferentes, incluindo:

    As taxas de fluxo das massas de ar e gua;

    As propriedades dos fluidos;

    O dimetro da tubagem e o seu ngulo de inclinao, relativamente ao plano

    horizontal.

    Taitel e por Dukler (1976) desenvolveram um modelo para determinar as transies de

    regime do fluxo de duas fases, ar - gua. O modelo baseado em conceitos fsicos e pode

    ser usado para fornecer um mapa generalizado do regime de fluxo para sistemas horizontais

    e aproximadamente horizontais.

    O modelo considerou cinco regimes do fluxo diferentes:

    Fluxo estratificado (Smooth Stratified);

    Fluxo ondulado estratificado (Wavy);

    Fluxo intermitente (Intermittent (slug) (plug));

    Fluxo anular (Annular-Mist);

    Fluxo de bolha (Dispersed Bubble).

    Os fluxos intermitentes e de bolha so os regimes dominantes de fluxo considerados neste

    estudo. A Fig. 8 ilustra o mapa geral do regime de fluxo baseado no modelo.

    Os autores estudaram o efeito, nas transies do fluxo, de pequenas diferenas na da

    inclinao da tubagem. Para inclinaes descendentes, necessrio um fluxo de ar e gua

    muito elevado para causar uma transio de fluxo estratificado para fluxo intermitente,

    sendo a regio de fluxo intermitente, extremamente reduzida. Inversamente, para fluxos com

    uma inclinao ligeiramente ascendente, o modelo prev que o regime de fluxo intermitente

    do fluxo prevalecer sobre grande parte dos restantes regimes de fluxo.

  • UM MTODO PRTICO PARA O DIMENSIONAMENTO DA VENTUSAGEM DE REDES DE GUA

    16 DEC - UA

    Mais tarde, Barnea (1980) executaram estudos experimentais em transies de regimes de

    fluxo em tubulaes inclinados e comparam os resultados ao modelo de Taitel e de Dukler

    (1976). Dessa comparao, de resultados experimentais com o modelo terico, concluiu-se

    que o modelo deu resultados muito satisfatrios para fluxos horizontais e resultados

    razoavelmente exactos para tubagens com inclinao at 10. Os mapas generalizados do

    teste padro de fluxo para as tubulaes inclinadas baseadas, em Barnea e outros (1980), so

    mostrados em figuras 9 e 10, sendo VSG e VSL as velocidades do ar e gua respectivamente.

    Para sistemas verticais, vrios autores, elaboraram mapas de regime do fluxo vertical. Na

    figura 11, exibido um mapa geral, para o comportamento do regime de fluxo vertical,

    baseado em Dukler e em Taitel (1977).

    Fig 8. Mapa geral para um regime de fluxo, de 2 fases, horizontal [7]

  • CAPTULO 4 - NECESSIDADE DE APLICAO DE VENTOSAS

    NUNO LOPES 17

    Fig 9. Mapa geral para um regime de fluxo, de 2 fases, ascendente [7]

    Fig 10. Mapa geral para um regime de fluxo, de 2 fases, descendente [7]

  • UM MTODO PRTICO PARA O DIMENSIONAMENTO DA VENTUSAGEM DE REDES DE GUA

    18 DEC - UA

    Fig 11. Mapa geral para um regime de fluxo, de 2 fases, vertical [7]

    Taitel e por Duckler (1987) analisaram a hidrodinmica na descarga de um gs e de um

    lquido em fluxo estratificado horizontal. Observou-se que para lquidos de alta viscosidade,

    o comprimento da tubagem tem um efeito considervel na transio de fluxo estratificado a

    no estratificado (anular ou intermitente). Constatou-se ainda que, para os lquidos baixa

    viscosidade o comprimento da tubagem no tem importncia para a transio de fluxos

    estratificado a no estratificado.

    4.4 Velocidade Crtica da gua

    Para haver um transporte das bolhas de ar acumuladas na tubagem, arrastadas pela gua, a

    massa de gua ter de ter uma velocidade mnima. A essa velocidade d-se o nome de

    velocidade crtica da gua, traduzindo-se pela expresso:

    gDsenVc 4,025,0

    Em que:

    o ngulo de declive ()

  • CAPTULO 4 - NECESSIDADE DE APLICAO DE VENTOSAS

    NUNO LOPES 19

    g a acelerao da gravidade (9,81m/s2)

    D o dimetro da tubagem (m)

    Vc a velocidade crtica (m/s)

    No ponto 7.4 Elementos de apoio ao dimensionamento, so apresentados valores, em

    forma de leitura grfica, para a velocidade crtica de diversos tipos de tubagem.

  • CAPTULO 5 MODELOS DE VENTOSAS E FUNCIONAMENTO

    NUNO LOPES 21

    5. Modelos de ventosas e funcionamento

    As ventosas so dispositivos hidromecnicos projectados para permitir o movimento de

    admisso ou expulso de volumes de ar do interior de condutas.

    Quando a presso interna inferior presso atmosfrica, a vlvula abre-se permitindo a

    entrada do ar, nivelando as presses e evitando que seja alcanada uma presso de valor

    prximo da presso de vapor do lquido. Evita-se desta forma o fenmeno da cavitao.

    O compartimento principal tem dimenses compatveis com o dimetro nominal da ventosa,

    encerra um flutuador que se aloja numa concavidade do fundo enquanto a ventosa estiver

    vazia. Desta forma, todo o ar deslocado pelo enchimento da adutora ser expelido pela

    abertura que se encontra na tampa do compartimento. No momento em que o ar tenha sido

    eliminado, a gua alcana o flutuador, deslocando-o para cima, de encontro respectiva

    abertura. Assim, fecha-se automaticamente a ventosa, ficando neste trecho, a adutora, sob

    presso da gua. A prpria presso interna manter o flutuador contra sua sede.

    Em caso de drenagem da conduta, falta de gua em linhas de gravidade, ou quaisquer outras

    condies que provoquem uma reduo da presso interna, a presso atmosfrica, auxiliada

    pelo peso prprio do flutuador, provocar a admisso do ar, evitando a criao do vcuo.

    5.1. Ventosas de simples efeito

    Estas ventosas tm, tambm, a denominao de Purgadores.

    Tem como principal objectivo eliminar o ar que se acumula nos pontos altos e pontos

    especficos das condutas, apropriada para funcionamento em condutas de pequenos

    dimetros (DN40 a DN150) em condies de funcionamento de pequenas evacuaes e

    entradas de ar nas canalizaes

  • UM MTODO PRTICO PARA O DIMENSIONAMENTO DA VENTUSAGEM DE REDES DE GUA

    22 DEC -UA

    Fig 6. Ventosa simples efeito [10]

    O flutuador empurrado contra a tubuladura pela impulso exercida pela gua, mantendo o

    purgador estanque.

    Quando o ar resultante da desgasificao da gua se acumula no purgador, a impulso

    diminui, o flutuador baixa e o ar acumulado liberta-se pela tubuladura. (Fig 5).

    Fig 7. Funcionamento de Ventosa simples efeito [10]

    Os dois fluidos presentes (ar e gua) submetem o flutuador a duas presses radialmente

    opostas que se anulam. Apenas a seco do flutuador em face da tubuladura, est submetida

    somente presso atmosfrica, que no equilibra a impulso vertical devido presso dos

    fluidos.

  • CAPTULO 5 MODELOS DE VENTOSAS E FUNCIONAMENTO

    NUNO LOPES 23

    5.2. Ventosas de duplo efeito

    Permitem a sada de grandes volumes de ar durante o perodo de enchimento da conduta ou,

    entrada durante o perodo de esvaziamento.

    Fig 12. Ventosa duplo efeito [11]

    Fig 13. Ventosa duplo efeito Corte esquemtico [11]

    5.3. Ventosas de triplo efeito

    Ventosas que satisfazem os requisitos das ventosas de simples e duplo efeito, ou seja,

    permitem a admisso e eliminao de grandes quantidades de ar (ventosas de duplo efeito) e

    tambm funcionam como purgador para pequenas quantidades de ar (ventosas de simples

    efeito)

  • UM MTODO PRTICO PARA O DIMENSIONAMENTO DA VENTUSAGEM DE REDES DE GUA

    24 DEC -UA

    Fig 14. Ventosa triplo efeito - Expulso de ar na

    conduta [10]

    Durante o enchimento da conduta, a gua deve chegar lentamente. (ordem de grandeza

    normalmente admitida: 0,5 m/s).

    O ar escoa-se pelo orifcio (A) da ventosa com um caudal equivalente ao da gua de entrada

    na canalizao.

    Uma velocidade de enchimento excessiva far o flutuador subir e comprimir-se contra a sua

    sede.

    Fig 15. Ventosa triplo efeito

    Desgasificao em regime permanente [10]

    Funcionamento como purgador, sendo o caudal de ar escoado funo do dimetro do orifcio

    (B) da tubuladura.

  • CAPTULO 5 MODELOS DE VENTOSAS E FUNCIONAMENTO

    NUNO LOPES 25

    Fig 16. Ventosa triplo efeito - Admisso

    de ar na conduta [10]

    Durante o esvaziamento ou entrada em depresso da canalizao, o flutuador (1) baixa sob o

    efeito do seu prprio peso abrindo o orifcio (A).

    5.4. Ventosas de triplo efeito, com fecho lento

    Este tipo de ventosas protege o sistema de abastecimento de gua contra choques hidrulicos

    em situaes tais como separao da coluna de gua, bombagem de gua em profundidade e

    enchimento rpido da fonte de fornecimento de gua.

    Operao em bombagem de poo profundo

    Em poo profundo, a longa tubulao de suco instalada no poo est cheia de ar. Quando

    a gua bombeada rapidamente por esse ducto, o ar flui a grande velocidade atravs da

    ventosa da bomba. Se esta ventosa fechasse repentinamente devido ascenso da gua,

    reduzindo imediatamente a velocidade a zero, poderia causar um severo choque hidrulico.

    O elemento cintico de fecho lento em duas fases, parando a extraco de ar na segunda, e

    assim eliminando lentamente a bolsa de ar. A lenta eliminao desta bolsa amortece o fecho

    da segunda fase medida que a gua se aproxima da bia, evitando assim os choques

    hidrulicos.

    Operao em situao de separao da coluna de gua

    A separao da coluna de gua pode acontecer em funo de mudanas registadas nas

    condies de fluxo e/ou drenagem da tubagem. A coluna de gua ir separar-se num ponto

    de inflexo do declive, criando uma cavidade de vcuo.

  • UM MTODO PRTICO PARA O DIMENSIONAMENTO DA VENTUSAGEM DE REDES DE GUA

    26 DEC -UA

    Se esta ventosa de fecho lento for instalada sobre o ponto de inflexo da tubagem, evitar a

    ocorrncia do choque hidrulico.

    1. Quando ocorre a separao de coluna de gua, grandes volumes de ar so introduzidos

    pelo grande orifcio da bolsa de vcuo, reduzindo a presso.

    2. Quando as colunas de gua mudam de direco e comeam a movimentar-se para trs,

    o ar ser extrado rapidamente atravs da ventosa, criando um diferencial de presso

    superior a 1.0 metros atravs do orifcio da ventosa.

    3. O dispositivo de fecho lento, numa primeira fase, fecha parcialmente a boca de sada,

    permitindo apenas uma lenta descarga do ar preso na tubagem. Esta bolsa de ar diminui

    a velocidade da coluna de gua que se aproxima e age como amortecedor, evitando o

    choque hidrulico.

    Fig 17. Ventosa triplo efeito, com fecho lento Expulso de ar na

    conduta (1 fase) [11]

    Quando se enche rapidamente a tubagem e a gua expulsa o ar para o exterior atravs da

    ventosa, cria-se uma presso diferencial atravs do orifcio da vlvula.

  • CAPTULO 5 MODELOS DE VENTOSAS E FUNCIONAMENTO

    NUNO LOPES 27

    Fig 18. Ventosa triplo efeito, com fecho lento Expulso

    de ar na conduta (2 fase) [11]

    Quando esta presso diferencial alcana um nvel predefinido (geralmente de 0.05 bar), o

    disco do orifcio fecha.

    O ar continua a sair pelo orifcio pequeno do disco at estar completamente eliminado e a

    gua alcanar a bia cintica. Esta dupla operao de descarga evita o fecho brusco e assim

    evita o choque hidrulico.

    Fig 19. Ventosa triplo efeito, com fecho lento Expulso

    de ar na conduta (3 fase) [11]

    Quando o ar chega bia cintica eleva-a, fechando o orifcio e completando o ciclo

    cintico.

    O disco do pequeno orifcio da vlvula de reteno retorna posio aberta normal.

  • UM MTODO PRTICO PARA O DIMENSIONAMENTO DA VENTUSAGEM DE REDES DE GUA

    28 DEC -UA

    Fig 20. Ventosa triplo efeito, com fecho lento

    Admisso de ar na conduta [11]

    Quando a gua drenada da tubagem a presso descendente criada baixa a bia cintica,

    abrindo totalmente o orifcio para admisso de grande volume de ar para o interior da

    conduta.

  • CAPTULO 6 ASPECTOS DE DIMENSIONAMENTO DE VENTOSAS

    NUNO LOPES 29

    6. Aspectos de dimensionamento de Ventosas

    6.1 Locais de aplicao de ventosas

    Recomenda-se a aplicao de ventosas de simples efeito em:

    Situaes de elevao da cota do perfil da conduta.

    Fig 21. Localizao de ventosa Elevao da cota do perfil da

    conduta [12]

    Situaes em que haja reduo de presso, facilitando a formao de bolhas

    de ar, que por acumulao podem formar bolsas de ar de maior tamanho.

    Desta forma recomendvel a instalao de purgadores, a seguir s vlvulas

    redutoras de presso.

    Fig 22. Localizao de ventosa Zonas de reduo de presso

    [12]

    Situaes em que ocorra diminuio da seco da tubagem. Devido s

    variaes de dimetro, ocorrem variaes de presso, dando origem

    libertao de pequenas quantidades de ar dissolvido na gua. Para eliminar o

    ar libertado, aconselha-se a montagem de vlvulas ventosas de simples efeito

    antes ou depois do dispositivo de reduo no tubo de maior dimetro.

  • UM MTODO PRTICO PARA O DIMENSIONAMENTO DA VENTUSAGEM DE REDES DE GUA

    30 DEC -UA

    tambm aconselhvel, a montagem de vlvulas sada de acessrios com

    cavidades e/ou perdas de carga elevadas.

    Fig 23. Localizao de ventosa Zonas de variao de seco

    [12]

    Sadas de um grupos de bombagem e antes/depois de vlvulas de reteno, de

    forma a possibilitar a eliminao do ar provocado pelo sistema de bombagem

    e do ar dos caudais de esvaziamento e enchimento.

    Conduta cheia de ar

    Durante o bombeamento, a

    gua entra e toma o lugar

    do ar. O ar tem de ser

    evacuado

    Conduta cheia de gua, o ar

    foi completamente

    substitudo

    Fig 24. Enchimento de conduta [13]

  • CAPTULO 6 ASPECTOS DE DIMENSIONAMENTO DE VENTOSAS

    NUNO LOPES 31

    Fig 25. Localizao de ventosa Grupos de Bombagem e Vlvulas de

    controlo [13]

    Tubagem que anteceda um contador ou medidor, diminuindo os erros de

    medio, desgaste e deteriorao dos mecanismos internos dos aparelhos de

    medio, provocados pela existncia de ar.

    Fig 26. Localizao de ventosa Antes de aparelhos de

    medio ou contadores [12]

  • UM MTODO PRTICO PARA O DIMENSIONAMENTO DA VENTUSAGEM DE REDES DE GUA

    32 DEC -UA

    Baterias de filtrao, o ar acumula-se facilmente nos pontos elevados do

    sistema, para eliminar estas bolsas de ar, deve-se colocar ventosas nos pontos

    de cota mais alta.

    Fig 27. Localizao de ventosa Baterias de filtrao [12]

    Alteraes de pendentes da tubagem, tantos em variaes na inclinao

    ascendente como nas variaes de inclinao descendente.

    Fig 28. Localizao de ventosa Variaes de inclinao [12][13]

  • CAPTULO 6 ASPECTOS DE DIMENSIONAMENTO DE VENTOSAS

    NUNO LOPES 33

    Em pontos altos, se houver dois pontos altos relativamente prximos dever

    ser aplicado ventosa no mais elevado do conjunto

    Fig 29. Localizao de ventosa Pontos altos [13]

    Em troos de inclinao constante, devem ser aplicadas ventosas num

    intervalo no superior ao denominado comprimento crtico, definido pela

    expresso:

    15085

    DLc

    em que Lc o comprimento crtico em metros e D o dimetro da tubagem

    em milmetros.

    Esta expresso perde aplicabilidade para dimetros inferiores a 1000mm.

    Nesse caso, encontram-se recomendaes de instalao que variam entre os

    800 e 1000 metros de distncia.

  • UM MTODO PRTICO PARA O DIMENSIONAMENTO DA VENTUSAGEM DE REDES DE GUA

    34 DEC -UA

    Fig 30. Localizao de ventosa Comprimento crtico [13]

    Em troos com previsveis riscos de colapso da tubagem

    Fig 31. Localizao de ventosa Risco de colapso [13]

    Vrios autores resumem a informao sobre a localizao de ventosas num perfil tipo

    abrangendo as vrias situaes possveis.

    15085

    DLc

  • CAPTULO 6 ASPECTOS DE DIMENSIONAMENTO DE VENTOSAS

    NUNO LOPES 35

    Fig 32. Localizao de ventosas Esquema geral [21]

  • UM MTODO PRTICO PARA O DIMENSIONAMENTO DA VENTUSAGEM DE REDES DE GUA

    36 DEC -UA

    6.2 Dimensionamento e escolha de Ventosas

    6.2.1 Expulso de ar das condutas Situao de enchimento da tubagem

    A operao de enchimento de condutas, uma situao pontual de elevado cuidado.

    recomendado, que os caudais de enchimento sejam superiores ao valor de:

    240 DQenchimento

    em que:

    D o dimetro da conduta (m)

    Qenchimento o caudal de enchimento (l/s)

    no entanto o caudal no deve tal que a velocidade do escoamento seja superior a 0,5m/s.

    Desta forma deduz-se um intervalo, para o caudal de enchimento de tubagem em situaes

    de expulso de ar, traduzido pela seguinte expresso:

    5004

    402

    2

    D

    QD enchimento

    No grfico representado, pode ser observados os limites superiores e inferiores, de caudal de

    enchimento, demarcados pelas rectas, tendo em conta o dimetro da tubagem.

  • CAPTULO 6 ASPECTOS DE DIMENSIONAMENTO DE VENTOSAS

    NUNO LOPES 37

    6.2.2 Admisso de ar das condutas Situao de esvaziamento da tubagem

    Numa situao de esvaziamento controlado, para manuteno e/ou intervenes na conduta,

    atravs da abertura de descargas de fundo, bocas-de-incndio, bocas de rega e/ou outras

    vlvulas estrategicamente colocadas para o efeito, relativamente simples controlar o caudal

    de sada da tubagem. O caudal de ar a entrar igual ao caudal de gua a sair das tubagens, e

    traduz-se matematicamente pela expresso:

    gHACQQ vsairaguaentraraar 21000

    em que:

    Qar a entrar o caudal de ar igual ao caudal de gua escoado pela descarga (l/s)

    Cv o coeficiente de vazo

    A a seco da descarga (m2)

    H a diferena de cotas entre a ventosa e a descarga (m)

    g a acelerao da gravidade

    A determinao do coeficiente de vazo, obtida essencialmente por mtodos

    experimentais. Em Hidrulica Antnio Quintela, so apresentados alguns valores para o

    coeficiente de vazo em vlvulas de diferentes tipos:

    Tabela 1 Valores do coeficiente de vazo de vlvulas

    Vlvula Corredia Esfrica De Borboleta Cnica

    Cv 0,95 1,00 0,95 a 0,60 0,85

    Tendo em conta que as descargas de fundo, ou outros dispositivos utilizados para proceder

    ao esvaziamento das tubagens, se encontram a um nvel superior ao nvel da tubagem, em

    que a massa de gua tem de percorrer um caminho, onde vai encontrar vlvulas de corte e

    seccionamento e outros dispositivos de controlo, ser certamente seguro adoptar para

    coeficiente de vazo, o valor de 0,70.

    Simplificando a expresso temos:

  • UM MTODO PRTICO PARA O DIMENSIONAMENTO DA VENTUSAGEM DE REDES DE GUA

    38 DEC -UA

    HAQQ sairaguaentraraar 3100

    Com base na expresso e nas medidas de tubos comercializados podemos obter um modelo

    grfico para obteno dos caudais de ar a entrar na conduta, numa situao de esvaziamento.

    No ponto 7 Manual prtico para o dimensionamento de ventosas, pode consultar-se

    informao mais pormenorizada sobre os caudais de admisso de ar de diversas tubagens

    6.3 Eliminao de ar durante o funcionamento da conduta em regime permanente

    A quantidade de ar dissolvido na gua depende de diferentes factores, tais como, a presso e

    a temperatura. A uma maior presso corresponde uma maior quantidade de ar dissolvido. E

    contrrio, a uma maior temperatura, a quantidade de ar diminui.

    As variaes de pendente nas tubagens, provocam mudanas de presso. Nos pontos de cota

    elevada, a presso diminui, originando a libertao do ar dissolvido e provocando a

    formao de bolsas de ar.

    A quantidade mxima de ar dissolvido, presso atmosfrica, m3

    ar/m2 gua, denominado

    Coeficiente de Bunsen (CB).

    Tabela 2 - Valor do Coeficiente de Bunsen presso atmosfrica

    T C 0 5 10 15 20 25 30

    CB 0.0286 0.0252 0.0224 0.0201 0.0183 0.0167 0.0154

    Este coeficiente proporcional presso. Assim, por exemplo a 15 C e a 2 atm, o valor de

    ar dissolvido o dobro do valor presso atmosfrica (1 atm), ou seja 0,0402 m3.

    No catlogo tcnico Regaber, apresentado um grfico que representa, o volume de ar em

    cm3

    contido em 1 litro de gua. Reproduz-se de seguida o grfico referido.

  • CAPTULO 6 ASPECTOS DE DIMENSIONAMENTO DE VENTOSAS

    NUNO LOPES 39

    Grfico 1 Solubilidade do ar em gua [12]

    A quantidade de ar proveniente da desgaseificao resultante da diminuio de presso

    numa conduta que transporta um caudal Q (l/s) a uma temperatura T (C), pode ser estimado

    pela seguinte equao:

    2

    21 )(

    p

    ppCQQ Bdesgar

    em que:

    Qar desg o caudal de ar libertado no ponto alto presso de servio (l/s)

    CB o coeficiente de Bunsen

    P1 a presso absoluta na seco inicial do escoamento (MPa)

    P2 a presso absoluta no ponto alto (MPa)

    Segundo bibliografia tcnica dos fabricantes de ventosas, o ar escoa pelos orifcios das

    ventosas segundo a lei da expanso adiabtica reversvel o que permite estabelecer uma

    velocidade do ar entrada da tubuladura de 195 m/s, quando a presso na canalizao

    superior a 1 bar.

    Apurado o caudal de ar a evacuar presso de servio, o dimetro do orifcio poder ser

    calculado considerando uma velocidade do ar no orifcio de 195 m/s

  • UM MTODO PRTICO PARA O DIMENSIONAMENTO DA VENTUSAGEM DE REDES DE GUA

    40 DEC -UA

    VAQ

    Simplificando a expresso, em funo do dimetro do orifcio, temos:

    Qorifcio 56,2

    em que:

    Q o caudal de ar libertado no ponto alto presso de servio (l/s)

    orifcio o dimetro do orifcio da ventosa (mm)

    6.4 Anlise do choque hidrulico provocado pelo fecho de ventosas

    A purga de ar de redes em servio, atravs de ventosas, pode produzir sobrepresses

    importantes na tubagem. Estas sobrepresses ocorrem quando o volume de ar expulso na

    totalidade levando a massa de gua a activar o mecanismo de encerramento do orifcio de

    evacuao, e consequentemente ao fecho instantneo da ventosa.

    6.4.1 Fluxo em orifcios

    O fluxo de qualquer gs ou vapor por um orifcio sempre um fenmeno adiabtico, porque

    o tempo requerido para que cada elemento do fluido passe pelo orifcio demasiado curto

    para permitir que haja lugar a uma grande transferncia de calor. Se o fluxo fosse tambm

    sem frico, a expanso ocorria isotropicamente.

    Fig 33. Esquema de fluxo em orifcios [14]

  • CAPTULO 6 ASPECTOS DE DIMENSIONAMENTO DE VENTOSAS

    NUNO LOPES 41

    Fig 34. Relaes de presso de fluxo em orifcios [14]

    A presso no orifcio para a qual o regime adquire um valor mximo, denomina-se Presso

    Crtica. A relao entre esta presso a presso da seco de entrada, tem o nome de relao

    crtica de presses (Pc/P1). O valor da relao crtica de presses, obtido por vias

    experimentais, igual a 0,528. Quando se alcana este valor, a velocidade da massa que sai

    no orifcio mxima, igual velocidade do som no ar temperatura do orifcio.

    6.4.1.2 Velocidade da massa de ar que sai por um orifcio com fluxo isotrpico

    A equao de energia num processo contnuo e:

    g

    VZvPUW

    g

    VZvPUQ

    2'

    2

    2

    22222

    2

    11111

    Em que:

    U a energia interna do fluido;

    Z a altura do fluido sobre o plano horizontal de referncia;

    V a velocidade do fluido;

    Q o calor fornecido ao fluido;

    Pv o trabalho executado pelo fluido ao sair;

    Considerando que o fluxo adiabtico, vem:

  • UM MTODO PRTICO PARA O DIMENSIONAMENTO DA VENTUSAGEM DE REDES DE GUA

    42 DEC -UA

    Q=0;

    No h trabalho realizado pela sada do fluido, W=0;

    A diferena de cotas desprezvel, Z1-Z2=0;

    A entalpia, h, define-se como: h=U+Pv.

    Assim, a equao de energia transforma-se em:

    g

    Vh

    g

    Vh

    22

    22

    11

    Simplificando, em ordem velocidade do fludo, vem:

    2112 VhhgV

    Onde h1 e V1 so a entalpia e a velocidade do fluido na seco de entrada e h e V so a

    entalpia e a velocidade do fluido no orifcio respectivamente.

    Se o fluido um gs perfeito, que tem valores constantes de calor especfico, sero

    cumpridas as equaes caractersticas, obtendo-se a equao final:

    2

    1

    1

    1

    1 11

    2V

    P

    PRT

    K

    gKV

    K

    K

    Para A1 >> a e V >> V1, ento V1 ser desprezvel, dando origem equao:

    K

    K

    P

    PRT

    K

    gKV

    1

    1

    1 11

    2

    Em que:

    Cv

    CpK , sendo Cp e Cv, os calores especficos do gs a presso e volume

    constante.

    A expresso s vlida quando 528,011

    P

    Pc

    P

    P, neste caso a velocidade mxima para

    528,011

    P

    Pc

    P

    P

  • CAPTULO 6 ASPECTOS DE DIMENSIONAMENTO DE VENTOSAS

    NUNO LOPES 43

    Atravs das expresses anteriores, possvel obter o valor da velocidade do ar que passa

    num orifcio, com temperatura 20C e em que a presso na seco de descarga menor que

    0,528P1 (Pd

  • UM MTODO PRTICO PARA O DIMENSIONAMENTO DA VENTUSAGEM DE REDES DE GUA

    44 DEC -UA

    6.4.2 Clculo do valor do choque hidrulico

    Para anlise do choque hidrulico ser considerada uma ventosa com as seces e

    caractersticas da figura seguinte.

    Fig 35. Esquema de seces de descarga de ventosas [14]

    Para anlise do processo de descarga, faz-se uma analogia entre a purga da ar de uma

    ventosa com o fluxo isotrpico em orifcios, conforme descrito anteriormente.

    Na seco de entrada, o sistema apresenta as seguintes caractersticas:

    A a rea de seco transversal da tubagem;

    D o dimetro da tubagem;

    V1 a velocidade do ar na chegada ventosa;

    P1 a presso que se encontra submetida a massa de ar;

    1 o volume de ar;

    Na seco de descarga, temos:

    a;

    d;

    V;

    P;

  • CAPTULO 6 ASPECTOS DE DIMENSIONAMENTO DE VENTOSAS

    NUNO LOPES 45

    Na regio de descarga, Pd = P atmosfrica absoluta

    A equao de continuidade aplicada s seces de entrada e orifcio estabelece:

    V

    AV

    V

    AV

    1

    1

    Para um gs perfeito, num sistema isotrpico cumpre-se a equao:

    KK PP 11

    Combinando esta expresso com a expresso da velocidade e tendo em considerao que A

    >> a, sendo, deste modo , V1 desprezvel comparada com a velocidade de sada do ar V,

    temos:

    K

    K

    P

    PRT

    K

    gKV

    1

    1

    1 11

    2

    Considerando que a presso na seco de descarga (Pd) da ventosa sempre a presso

    atmosfrica, que a presso P1 que a gua exerce sobre o ar a presso de servio a que se

    encontra o sistema e considerando ainda que, a presso de servio do sistema no instante da

    purga do ar habitualmente maior que Pd, o regime de fluxo da massa de ar que sai pelo

    purgador mximo. Ou seja, cumpre sempre a relao 528,01

    P

    P.

    Baseado no exposto, a velocidade V do ar sada da ventosa, ser mxima. Para uma

    temperatura de 20C na seco de entrada, considerando o fluxo sem frico, a velocidade V

    de sada igual a 314 m/s, para K=1,4 e 528,01

    P

    P, temos:

    A

    aV

    A

    aVV

    200

    624,0

    1

    1

  • UM MTODO PRTICO PARA O DIMENSIONAMENTO DA VENTUSAGEM DE REDES DE GUA

    46 DEC -UA

    6.4.2.1 Fluxo real da ventosa

    Como a purga de ar se realiza muito rapidamente, o fecho da ventosa ocorre de forma

    instantnea, sendo possvel determinar o choque hidrulico atravs da frmula de Allievi,

    sem cometer um erro significativo e obtendo valores sempre do lado da segurana.

    Considerando um fluxo real na ventosa, em vez do fluxo ideal sem frico, teremos de

    corrigir as frmulas obtidas em situao ideal. Assim teremos:

    )/(2001 smA

    aV

    Aplicando a frmula de Allievi, temos para valor da sobrepresso H a expresso:

    )(20000 mA

    aH

    6.4.2.2 Exemplo de clculo do valor do choque hidrulico

    Supondo que se tem uma tubagem de PEAD de dimetro nominal (DN 1000) da classe de

    resistncia PN 16, com caudal de enchimento no limite superior (tabela 7 do ponto 7.4.1), ou

    seja 393 l/s, que corresponde a:

    hmsl

    hmsl

    /8,1414/393

    /36001000

    393/393

    3

    3

    Pesquisando nos catlogos tcnicos de fabricantes de ventosas, por exemplo o catlogo

    Regaber, tendo em conta os grficos de entrada e sada de ar para valores de presso na

    ordem da presso atmosfrica, verifica-se que podemos solucionar o problema com uma

    ventosa de 3, com orifcio de sada de 1809mm2, e capacidade de expulso de ar de 2000

    m3/h.

    Sendo:

    VAQ

    vem:

    smhmV

    V

    /25,217/55,782089

    )101809(8,1414 6

  • CAPTULO 6 ASPECTOS DE DIMENSIONAMENTO DE VENTOSAS

    NUNO LOPES 47

    Depois de obtido o valor da velocidade real da expulso de ar na ventosa e conhecendo os

    restantes parmetros da ventosa e da tubagem, estamos em condies de calcular o choque

    hidrulico.

    Propriedades de sada do ar:

    VR=217,25 m/s;

    VT=314 m/s;

    Tubagem PEAD DN 500 PN 16:

    Dimetro exterior 500mm

    Espessura parede tubo 45,5mm

    rea seco transversal 0,131 m2

    Propriedades da ventosa:

    rea da seco do orifcio de sada do ar 1809x10-6 m2

    489,0314

    25,217

    2

    22

    2

    2

    2

    2

    2

    T

    R

    T

    R

    V

    V

    g

    V

    g

    V

    mH

    H

    mA

    aH

    13,193

    489,0131,0

    10180920000

    )(20000

    6

  • CAPTULO 7 - MTODO PRTICO PARA DIMENSIONAMENTO DE VENTOSAS

    NUNO LOPES 49

    7. Mtodo prtico para dimensionamento de ventosas

    Pretende-se neste ponto, obter uma compilao de toda a informao demonstrada, de modo

    a criar uma forma prtica de obteno de dados para uma correcta escolha de ventosas a

    aplicar numa rede de abastecimento de gua.

    Para se efectuar um clculo rigoroso dos fenmenos de admisso e expulso de ar nas

    condutas, necessrio ter em conta as propriedades dos materiais e acessrios aplicados ou

    a aplicar na conduta.

    De uma elevada gama de produtos destinados execuo de redes de abastecimento de

    gua, seleccionou-se um reduzido conjunto de tubagem para elaborao de tabelas e grficos

    de clculo.

    Dado que a escolha da localizao de ventosas, um processo que requer a anlise de vrias

    condicionantes, como o traado, morfologia do terreno, acessrios integrantes do sistema,

    entre outros, no torna prtico nem simples colocar essa informao em modo

    esquematizado ou tabelado. Por esse motivo, atravs do manual de seguida apresentado, no

    se torna possvel a obteno da localizao das ventosas. A localizao de ventosas, poder

    ser estudada em pormenor no captulo 6.1 - Locais de aplicao de ventosas.

    7.1 - Marcha de clculo de dimensionamento de ventosas de simples efeito

    1. Determinar a velocidade crtica da massa de gua atravs da frmula

    gDsenVc 4,025,0 (m/s)

    1.1. Dados necessrios:

    1.1.1. D dimetro interno da tubagem (m);

    Tabelas 3, 4, 5 e 6, para tubagem PEAD PN 10, PN 16, PN 20 e PN

    25

    Tabela 8, 9 e 10, para PVC PN 10, PVC PN 16 e PVC PN 20

    Tabelas 12, para FFD K9

    1.1.2. g - acelerao da gravidade

  • UM MTODO PRTICO PARA O DIMENSIONAMENTO DA VENTUSAGEM DE REDES DE GUA

    50 DEC -UA

    1.1.3. - ngulo de declive da tubagem ()

    1.2. Obteno da velocidade crtica directamente atravs dos grficos:

    Grficos 4, 5, 6, 7, 8, 9 e 10, para tubagem PEAD PN 10, PN 16, PN

    20 e PN 25

    Grficos, 19, 20 e 21, para PVC PN 10, PVC PN 16 e PVC PN 20

    Grficos 28 e 29, para FFD K9

    2. Obteno do volume de ar contido do volume de gua, coeficiente de Bunsen, atravs do

    grfico 2

    2.1. Dados necessrios:

    2.1.1. Conhecer a temperatura da gua

    2.1.2. Conhecer a presso na tubagem

  • CAPTULO 7 - MTODO PRTICO PARA DIMENSIONAMENTO DE VENTOSAS

    NUNO LOPES 51

    Solubilidade do Ar em gua

    funo da Temperatura e Presso

    16 atm

    8 atm

    4 atm

    2 atm1 atm

    0

    0,05

    0,1

    0,15

    0,2

    0,25

    0,3

    0,35

    0,4

    0,45

    0,5

    0 5 10 15 20 25 30

    Temperatura (C)

    Volume

    (m3 Ar/m

    3 gua)

    Grfico 2 Solubilidade do ar em gua

    3. Obteno do caudal de ar proveniente da desgaseificao, pela frmula:

    2

    21 )(

    p

    ppCQQ Bdesgar

    3.1. Dados necessrios:

    3.1.1. Q caudal transportado pela conduta (l/s)

    3.1.2. CB - coeficiente de Bunsen

  • UM MTODO PRTICO PARA O DIMENSIONAMENTO DA VENTUSAGEM DE REDES DE GUA

    52 DEC -UA

    3.1.3. p1 -presso absoluta na seco inicial do escoamento (MPa)

    3.1.4. p2 a presso absoluta no ponto alto (MPa)

    4. Determinao do dimetro do orifcio da purga, pelo grfico 3

    4.1. Dados necessrios:

    4.1.1. desgarQ

    - caudal proveniente da desgaseificao, que ser o caudal de ar que a

    purga dever ter capacidade de expulsar (l/s)

    Dimetro do orifcio em funo do caudal de ar a evacuar

    0,00

    10,00

    20,00

    30,00

    40,00

    50,00

    60,00

    70,00

    80,00

    90,00

    0 5 10 15 20 25Dimetro

    do orifcio (mm)

    Caudal

    l/s

    0

    25

    50

    75

    100

    125

    150

    175

    200

    225

    250

    275

    300

    325

    Caudal

    m3/h

    Grfico 3 Obteno do dimetro do orifcio da ventosa de simples efeito (purga)

  • CAPTULO 7 - MTODO PRTICO PARA DIMENSIONAMENTO DE VENTOSAS

    NUNO LOPES 53

    7.2 Marcha de clculo de dimensionamento de ventosa para expulso de ar - situao

    de enchimento da tubagem

    5. Determinar caudal de enchimento (l/s)

    5004

    402

    2

    D

    QD enchimento

    5.1. Dados necessrios:

    5.1.1. D dimetro interno da tubagem (m);

    Tabelas 3, 4, 5 e 6, para tubagem PEAD PN 10, PN 16, PN 20 e PN

    25

    Tabela 8, 9 e 10, para PVC PN 10, PVC PN 16 e PVC PN 20

    Tabelas 12, para FFD K9

    6. O caudal de enchimento igual ao caudal de expulso de ar

    Tabela 7, para tubagem PEAD PN 10, PN 16, PN 20 e PN 25

    Tabela 11, para PVC PN 10, PVC PN 16 e PVC PN 20

    Tabelas 13, para FFD K9

    6.1. Adoptar uma ventosa que tenha capacidade de valor igual ou superior ao valor

    escolhido para caudal de enchimento

    7. Verificar o choque hidrulico provocado pelo fecho da ventosa, utilizando a expresso:

    )(20000 mA

    aH

  • UM MTODO PRTICO PARA O DIMENSIONAMENTO DA VENTUSAGEM DE REDES DE GUA

    54 DEC -UA

    com 2

    2

    2

    2

    2

    2

    T

    R

    T

    R

    V

    V

    g

    V

    g

    V

    7.1. Dados necessrios:

    7.1.1. a rea da seco do orifcio de sada do ar;

    caracterstica da ventosa escolhida

    7.1.2. A - rea seco transversal da tubagem;

    Tabelas 3, 4, 5 e 6, para tubagem PEAD PN 10, PN 16, PN 20 e PN

    25

    Tabela 8, 9 e 10, para PVC PN 10, PVC PN 16 e PVC PN 20

    Tabelas 12, para FFD K9

    7.1.3. 2

    TV - 314 m/s

    7.1.4. 2

    RV - Velocidade real de sada de ar no orifcio da ventosa escolhida ou

    aplicada, obtida atravs da diviso do caudal de ar escoado pela rea do orifcio

  • CAPTULO 7 - MTODO PRTICO PARA DIMENSIONAMENTO DE VENTOSAS

    NUNO LOPES 55

    7.3 - Dimensionamento de ventosa para admisso de ar - situao de esvaziamento de

    tubagem

    8. Conhecer o caudal que est a sair da conduta

    HAQQ sairaguaentraraar 3100

    8.1. Dados necessrios:

    8.1.1. A - seco da descarga (m2)

    Tabelas 3, 4, 5 e 6, para tubagem PEAD PN 10, PN 16, PN 20 e PN

    25

    Tabela 8, 9 e 10, para PVC PN 10, PVC PN 16 e PVC PN 20

    Tabelas 12, para FFD K9

    8.1.2. H - diferena de cotas entre a ventosa e a descarga (m)

    9. O caudal de esvaziamento igual ao caudal de ar a entrar na tubagem

    9.1. Adoptar uma ventosa que tenha capacidade de entrada de ar de valor igual ou

    superior ao valor do caudal de admisso de ar

    Grficos 11, 12, 13, 14, 15, 16, 17 e 18, para tubagem PEAD PN 10 a

    PEAD PN 25

    Grficos 22, 23, 24, 25, 26 e 27, para PVC PN 10 a PVC PN 25

    Grficos 30, 31, 32 e 33, para FFD K9

  • UM MTODO PRTICO PARA O DIMENSIONAMENTO DA VENTUSAGEM DE REDES DE GUA

    56 DEC -UA

    7.4 Elementos de apoio ao dimensionamento

    7.4.1 Tubagem PEAD PN 10, PEAD PN 16, PEAD PN 20 e PEAD PN 25

    Tabela 3 - Caractersticas tubagem PEAD PN 10

    DN Espessura

    parede (mm)

    Dimetro

    interno

    (mm)

    rea seco

    (m2)

    63 3,8 55,4 0,002409

    75 4,5 66 0,003419

    90 5,4 79,2 0,004924

    110 6,6 96,8 0,007356

    125 7,4 110,2 0,009533

    140 8,3 123,4 0,011954

    160 9,5 141 0,015607

    180 10,7 158,6 0,019746

    200 11,9 176,2 0,024371

    225 13,4 198,2 0,030837

    250 14,8 220,4 0,038132

    280 16,6 246,8 0,047815

    315 18,7 277,6 0,060493

    355 21,1 312,8 0,076807

    400 23,7 352,6 0,097597

    450 26,7 396,6 0,123474

    500 29,7 440,6 0,152391

    560 33,2 493,6 0,191258

    630 37,4 555,2 0,241974

    710 42,1 625,8 0,307426

    800 47,4 705,2 0,390386

    900 53,3 793,4 0,494145

    1000 59,3 881,4 0,609840

  • CAPTULO 7 - MTODO PRTICO PARA DIMENSIONAMENTO DE VENTOSAS

    NUNO LOPES 57

    Tabela 4 - Caractersticas tubagem PEAD PN 16

    DN Espessura

    parede (mm)

    Dimetro

    interno

    (mm)

    rea seco

    (m2)

    63 5,8 51,4 0,002074

    75 6,8 61,4 0,002959

    90 8,2 73,6 0,004252

    110 10 90 0,006359

    125 11,4 102,2 0,008199

    140 12,7 114,6 0,010310

    160 14,6 130,8 0,013430

    180 16,4 147,2 0,017009

    200 18,2 163,6 0,021010

    225 20,5 184 0,026577

    250 22,7 204,6 0,032861

    280 25,4 229,2 0,041238

    315 28,6 257,8 0,052172

    355 32,3 290,4 0,066201

    400 36,4 327,2 0,084042

    450 40,9 368,2 0,106423

    500 45,5 409 0,131316

    560 50,8 458,4 0,164952

    630 57,2 515,6 0,208687

  • UM MTODO PRTICO PARA O DIMENSIONAMENTO DA VENTUSAGEM DE REDES DE GUA

    58 DEC -UA

    Tabela 5 - Caractersticas tubagem PEAD PN 20

    DN Espessura

    parede (mm)

    Dimetro

    interno

    (mm)

    rea seco

    (m2)

    63 7,1 48,8 0,001869

    75 8,4 58,2 0,002659

    90 10,1 69,8 0,003825

    110 12,3 85,4 0,005725

    125 14 97 0,007386

    140 15,7 108,6 0,009258

    160 17,9 124,2 0,012109

    180 20,1 139,8 0,015342

    200 22,4 155,2 0,018908

    225 25,2 174,6 0,023931

    250 27,9 194,2 0,029605

    280 31,3 217,4 0,037101

    315 35,2 244,6 0,046966

    355 39,7 275,6 0,059625

    400 44,7 310,6 0,075731

    450 50,3 349,4 0,095833

    500 55,8 388,4 0,118421

  • CAPTULO 7 - MTODO PRTICO PARA DIMENSIONAMENTO DE VENTOSAS

    NUNO LOPES 59

    Tabela 6 - Caractersticas tubagem PEAD PN 25

    DN Espessura

    parede (mm)

    Dimetro

    interno

    (mm)

    rea seco

    (m2)

    63 10,5 42 0,001385

    75 12,5 50 0,001963

    90 15 60 0,002826

    110 18,3 73,4 0,004229

    125 20,8 83,4 0,005460

    140 23,3 93,4 0,006848

    160 26,6 106,8 0,008954

    180 29,9 120,2 0,011342

    200 33,2 133,6 0,014011

    225 37,4 150,2 0,017710

    250 41,5 167 0,021893

    280 46,5 187 0,027451

    315 52,3 210,4 0,034751

    355 59 237 0,044093

  • UM MTODO PRTICO PARA O DIMENSIONAMENTO DA VENTUSAGEM DE REDES DE GUA

    60 DEC -UA

    Tabela 7 Caudais de enchimento tubagem PEAD PN 10 a PN 25

    DN

    (mm)

    PN 10 PN 16 PN 20 PN 25

    Caudal

    enchimento (l/s)

    Caudal

    enchimento (l/s)

    Caudal

    enchimento (l/s)

    Caudal

    enchimento (l/s)

    Mnimo Mximo Mnimo Mximo Mnimo Mximo Mnimo Mximo

    63 0,123 1,205 0,106 1,037 0,095 0,935 0,071 0,693

    75 0,174 1,711 0,151 1,480 0,135 1,330 0,100 0,982

    90 0,251 2,463 0,217 2,127 0,195 1,913 0,144 1,414

    110 0,375 3,680 0,324 3,181 0,292 2,864 0,216 2,116

    125 0,486 4,769 0,418 4,102 0,376 3,695 0,278 2,731

    140 0,609 5,980 0,525 5,157 0,472 4,631 0,349 3,426

    160 0,795 7,807 0,684 6,719 0,617 6,058 0,456 4,479

    180 1,006 9,878 0,867 8,509 0,782 7,675 0,578 5,674

    200 1,242 12,192 1,071 10,511 0,963 9,459 0,714 7,009

    225 1,571 15,426 1,354 13,295 1,219 11,971 0,902 8,859

    250 1,943 19,076 1,674 16,439 1,509 14,810 1,116 10,952

    280 2,436 23,919 2,101 20,630 1,891 18,560 1,399 13,732

    315 3,082 30,262 2,658 26,099 2,393 23,495 1,771 17,384

    355 3,914 38,423 3,373 33,117 3,038 29,828 2,247 22,058

    400 4,973 48,823 4,282 42,042 3,859 37,885

    450 6,292 61,768 5,423 53,239 4,883 47,941

    500 7,765 76,234 6,691 65,691 6,034 59,240

    560 9,746 95,678 8,405 82,518

    630 12,330 121,048 10,634 104,396

    710 15,665 153,791

    800 19,892 195,292

    900 25,179 247,198

    1000 31,075 305,075

  • CAPTULO 7 - MTODO PRTICO PARA DIMENSIONAMENTO DE VENTOSAS

    NUNO LOPES 61

    Velocidade Crtica

    Tubagem PEAD PN 10

    DN 1000

    DN 900

    DN 800

    DN 710

    DN 630

    DN 560

    DN 500

    DN 450

    DN 400

    DN 355

    0,70

    0,80

    0,90

    1,00

    1,10

    1,20

    1,30

    1,40

    1,50

    1,60

    1,70

    1,80

    1,90

    0 10 20 30 40 50 60 70 80 90

    Inclinao ()

    Velocidade

    (m/s)

    Grfico 4 - Velocidade crtica tubagem PEAD PN10

  • UM MTODO PRTICO PARA O DIMENSIONAMENTO DA VENTUSAGEM DE REDES DE GUA

    62 DEC -UA

    Velocidade Crtica

    Tubagem PEAD PN 10 (cont)

    DN 315

    DN 280

    DN 250

    DN 225

    DN 200

    DN 180

    DN 160

    DN 140

    DN 125

    DN 110

    DN 90

    DN 75

    DN 63

    0,25

    0,35

    0,45

    0,55

    0,65

    0,75

    0,85

    0,95

    1,05

    0 10 20 30 40 50 60 70 80 90

    Inclinao ()

    Velocidade

    (m/s)

    Grfico 5 - Velocidade crtica tubagem PEAD PN10 (cont.)

  • CAPTULO 7 - MTODO PRTICO PARA DIMENSIONAMENTO DE VENTOSAS

    NUNO LOPES 63

    Velocidade Crtica

    Tubagem PEAD PN 16

    DN 630

    DN 560

    DN 500

    DN 450

    DN 400

    DN 355

    DN 280

    DN 315

    0,60

    0,70

    0,80

    0,90

    1,00

    1,10

    1,20

    1,30

    1,40

    1,50

    0 10 20 30 40 50 60 70 80 90

    Inclinao ()

    Velocidade

    (m/s)

    Grfico 6 - Velocidade crtica tubagem PEAD PN16

  • UM MTODO PRTICO PARA O DIMENSIONAMENTO DA VENTUSAGEM DE REDES DE GUA

    64 DEC -UA

    Velocidade Crtica

    Tubagem PEAD PN 16 (cont)

    DN 250

    DN 225

    DN 200

    DN 180

    DN 160

    DN 140

    DN 125

    DN 110

    DN 90

    DN 75

    DN 63

    0,25

    0,35

    0,45

    0,55

    0,65

    0,75

    0,85

    0,95

    0 10 20 30 40 50 60 70 80 90

    Inclinao ()

    Velocidade

    (m/s)

    Grfico 7 - Velocidade crtica tubagem PEAD PN16 (cont)

  • CAPTULO 7 - MTODO PRTICO PARA DIMENSIONAMENTO DE VENTOSAS

    NUNO LOPES 65

    Velocidade Crtica

    Tubagem PEAD PN 20

    DN 500

    DN 450

    DN 400

    DN 355

    DN 280

    DN 315

    0,55

    0,65

    0,75

    0,85

    0,95

    1,05

    1,15

    1,25

    0 10 20 30 40 50 60 70 80 90

    Inclinao ()

    Velocidade

    (m/s)

    Grfico 8 - Velocidade crtica tubagem PEAD PN20 (cont)

  • UM MTODO PRTICO PARA O DIMENSIONAMENTO DA VENTUSAGEM DE REDES DE GUA

    66 DEC -UA

    Velocidade Crtica

    Tubagem PEAD PN 20 (cont)

    DN 250

    DN 225

    DN 200

    DN 180

    DN 160

    DN 140

    DN 125

    DN 110

    DN 90

    DN 75

    DN 63

    0,25

    0,35

    0,45

    0,55

    0,65

    0,75

    0,85

    0,95

    0 10 20 30 40 50 60 70 80 90

    Inclinao ()

    Velocidade

    (m/s)

    Grfico 9 - Velocidade crtica tubagem PEAD PN20 (cont)

  • CAPTULO 7 - MTODO PRTICO PARA DIMENSIONAMENTO DE VENTOSAS

    NUNO LOPES 67

    Velocidade Crtica

    Tubagem PEAD PN 25

    DN 250

    DN 225

    DN 200

    DN 180

    DN 160

    DN 140

    DN 125

    DN 110

    DN 90

    DN 75

    DN 63

    DN 280

    DN 315

    DN 355

    0,25

    0,35

    0,45

    0,55

    0,65

    0,75

    0,85

    0,95

    1,05

    0 10 20 30 40 50 60 70 80 90

    Inclinao ()

    Velocidade

    (m/s)

    Grfico 10 - Velocidade crtica tubagem PEAD PN25

  • UM MTODO PRTICO PARA O DIMENSIONAMENTO DA VENTUSAGEM DE REDES DE GUA

    68 DEC -UA

    Caudais de admisso de ar

    Tubagem PEAD PN10

    DN 1000

    DN 900

    DN 800

    DN 710

    DN 630

    DN 560

    DN 500

    DN 450

    DN 400

    DN 355

    DN 315

    DN 280DN 250

    0

    1000

    2000

    3000

    4000

    5000

    6000

    7000

    8000

    9000

    10000

    11000

    12000

    13000

    14000

    15000

    16000

    17000

    18000

    19000

    0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100Desnvel (H)

    m

    Caudal (Q)

    l/s

    Grfico 11 - Caudais de admisso de ar - tubagem PEAD PN 10 DN 250 a DN 1000

  • CAPTULO 7 - MTODO PRTICO PARA DIMENSIONAMENTO DE VENTOSAS

    NUNO LOPES 69

    Caudais de admisso de ar

    Tubagem PEAD PN10 (cont)

    DN 225

    DN 200

    DN 180

    DN 160

    DN 140

    DN 125

    DN 110

    DN 90

    DN 75

    DN 63

    0

    100

    200

    300

    400

    500

    600

    700

    800

    900

    1000

    0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100Desnvel (H)

    m

    Caudal (Q)

    l/s

    Grfico 12 - Caudais de admisso de ar - tubagem PEAD PN 10 DN 63 a DN 225

  • UM MTODO PRTICO PARA O DIMENSIONAMENTO DA VENTUSAGEM DE REDES DE GUA

    70 DEC -UA

    Caudais de admisso de ar

    Tubagem PEAD PN16

    DN 630

    DN 560

    DN 500

    DN 450

    DN 400

    DN 355

    DN 315

    DN 280

    DN 250

    0

    1000

    2000

    3000

    4000

    5000

    6000

    0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100Desnvel (H)

    m

    Caudal (Q)

    l/s

    Grfico 13 - Caudais de admisso de ar - tubagem PEAD PN 16 DN 250 a DN 630

  • CAPTULO 7 - MTODO PRTICO PARA DIMENSIONAMENTO DE VENTOSAS

    NUNO LOPES 71

    Caudais de admisso de ar

    Tubagem PEAD PN16 (cont)

    DN 225

    DN 200

    DN 180

    DN 160

    DN 140

    DN 125

    DN 110

    DN 90

    DN 75

    DN 63

    0

    100

    200

    300

    400

    500

    600

    700

    800

    0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100Desnvel (H)

    m

    Caudal (Q)

    l/s

    Grfico 14 - Caudais de admisso de ar - tubagem PEAD PN 16 DN 63 a DN 225

  • UM MTODO PRTICO PARA O DIMENSIONAMENTO DA VENTUSAGEM DE REDES DE GUA

    72 DEC -UA

    Caudais de admisso de ar

    Tubagem PEAD PN20

    DN 500

    DN 450

    DN 400

    DN 355

    DN 315

    DN 280

    DN 250

    0

    1000

    2000

    3000

    0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100Desnvel (H)

    m

    Caudal (Q)

    l/s

    Grfico 15 - Caudais de admisso de ar - tubagem PEAD PN 20 DN 250 a DN 500

  • CAPTULO 7 - MTODO PRTICO PARA DIMENSIONAMENTO DE VENTOSAS

    NUNO LOPES 73

    Caudais de admisso de ar

    Tubagem PEAD PN 20 (cont)

    DN 225

    DN 200

    DN 180

    DN 160

    DN 140

    DN 125

    DN 110

    DN 90

    DN 75

    DN 63

    0

    100

    200

    300

    400

    500

    600

    700

    0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100Desnvel (H)

    m

    Caudal (Q)

    l/s

    Grfico 16 - Caudais de admisso de ar - tubagem PEAD PN 20 DN 63 a DN 225

  • UM MTODO PRTICO PARA O DIMENSIONAMENTO DA VENTUSAGEM DE REDES DE GUA

    74 DEC -UA

    Tubagem PEAD PN 25

    Caudais de admisso de ar

    DN 355

    DN 315

    DN 280

    DN 250

    DN 225

    0

    100

    200

    300

    400

    500

    600

    700

    800

    900

    1000

    1100

    1200

    1300

    1400

    0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100Desnvel (H)

    m

    Caudal (Q)

    l/s

    Grfico 17 - Caudais de admisso de ar - tubagem PEAD PN 25 DN 225 a DN 355

  • CAPTULO 7 - MTODO PRTICO PARA DIMENSIONAMENTO DE VENTOSAS

    NUNO LOPES 75

    Tubagem PEAD PN 25

    Caudais de admisso de ar (cont)

    DN 200

    DN 180

    DN 160

    DN 140

    DN 125

    DN 110

    DN 90

    DN 75

    DN 63

    0

    100

    200

    300

    400

    0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100Desnvel (H)

    m

    Caudal (Q)

    l/s

    Grfico 18 - Caudais de admisso de ar - tubagem PEAD PN 25 DN 63 a DN 200

  • UM MTODO PRTICO PARA O DIMENSIONAMENTO DA VENTUSAGEM DE REDES DE GUA

    76 DEC -UA

    7.4.2 Tubagem PVC PN 10, PN 16 e PN 20

    Tabela 8 - Caractersticas tubagem PVC PN 10

    DN

    Espessura

    parede

    (mm)

    Dimetro

    interno

    (mm)

    rea seco

    (m2)

    63 3 57 0,002550

    75 3,6 67,8 0,003609

    90 4,3 81,4 0,005201

    110 4,2 101,6 0,008103

    125 4,8 115,4 0,010454

    140 5,4 129,2 0,013104

    160 6,2 147,6 0,017102

    200 7,7 184,6 0,026751

    250 9,6 230,8 0,041816

    315 12,1 290,8 0,066383

    400 15,3 369,4 0,107118

    500 19,1 461,8 0,167409

    Tabela 9- Caractersticas tubagem PVC PN 16

    DN

    Espessura

    parede

    (mm)

    Dimetro

    interno

    (mm)

    rea seco

    (m2)

    63 4,7 53,6 0,002255

    75 5,6 63,8 0,003195

    90 6,7 76,6 0,004606

    110 6,6 96,8 0,007356

    125 7,4 110,2 0,009533

    140 8,3 123,4 0,011954

    160 9,5 141 0,015607

    200 11,9 176,2 0,024371

    250 14,8 220,4 0,038132

    315 18,7 277,6 0,060493

    400 23,7 352,6 0,097597

  • CAPTULO 7 - MTODO PRTICO PARA DIMENSIONAMENTO DE VENTOSAS

    NUNO LOPES 77

    Tabela 10 - Caractersticas tubagem PVC PN 20

    DN

    Espessura

    parede

    (mm)

    Dimetro

    interno

    (mm)

    rea seco

    (m2)

    63 5,8 51,4 0,002074

    75 6,8 61,4 0,002959

    90 8,2 73,6 0,004252

    110 8,1 93,8 0,006907

    125 9,2 106,6 0,008920

    140 10,3 119,4 0,011191

    160 11,8 136,4 0,014605

    200 14,7 170,6 0,022847

    250 18,4 213,2 0,035682

    315 23,2 268,6 0,056635

    400 29,4 341,2 0,091388

    Tabela 11 Caudais de enchimento tubagem PVC PN 10, PVC PN 16 e

    PVC PN 20

    DN

    (mm)

    PN 10 PN 16 PN 20

    Caudal enchimento

    (l/s)

    Caudal enchimento

    (l/s)

    Caudal enchimento

    (l/s)

    Mnimo Mximo Mnimo Mximo Mnimo Mximo

    63 0,130 1,276 0,115 1,128 0,106 1,037

    75 0,184 1,805 0,163 1,598 0,151 1,480

    90 0,265 2,602 0,235 2,304 0,217 2,127

    110 0,413 4,054 0,375 3,680 0,352 3,455

    125 0,533 5,230 0,486 4,769 0,455 4,462

    140 0,668 6,555 0,609 5,980 0,570 5,598

    160 0,871 8,555 0,795 7,807 0,744 7,306

    200 1,363 13,382 1,242 12,192 1,164 11,429

    250 2,131 20,919 1,943 19,076 1,818 17,850

    315 3,383 33,208 3,082 30,262 2,886 28,332

    400 5,458 53,586 4,973 48,823 4,657 45,717

    500 8,530 83,747

  • UM MTODO PRTICO PARA O DIMENSIONAMENTO DA VENTUSAGEM DE REDES DE GUA

    78 DEC -UA

    Velocidade crtica

    Tubagem PVC PN10

    DN 500

    DN 400

    DN 315

    DN 250

    DN 200

    DN 160

    DN 140

    DN 125

    DN 110

    DN 90

    DN 75

    DN 63

    0,25

    0,35

    0,45

    0,55

    0,65

    0,75

    0,85

    0,95

    1,05

    1,15

    1,25

    1,35

    0 10 20 30 40 50 60 70 80 90

    Inclinao ()

    Velocidade

    (m/s)

    Grfico 19 - Velocidade crtica tubagem PVC PN 10

  • CAPTULO 7 - MTODO PRTICO PARA DIMENSIONAMENTO DE VENTOSAS

    NUNO LOPES 79

    Velocidade crtica

    Tubagem PVC PN16

    DN 400

    DN 315

    DN 250

    DN 200

    DN 160

    DN 140

    DN 125

    DN 110

    DN 90

    DN 75

    DN 63

    0,25

    0,35

    0,45

    0,55

    0,65

    0,75

    0,85

    0,95

    1,05

    1,15

    1,25

    0 10 20 30 40 50 60 70 80 90

    Inclinao ()

    Velocidade

    (m/s)

    Grfico 20 - Velocidade crtica tubagem PVC PN 16

  • UM MTODO PRTICO PARA O DIMENSIONAMENTO DA VENTUSAGEM DE REDES DE GUA

    80 DEC -UA

    Velocidade crtica

    Tubagem PVC PN20

    DN 400

    DN 315

    DN 250

    DN 200

    DN 160

    DN 140

    DN 125

    DN 110

    DN 90

    DN 75

    DN 63

    0,25

    0,35

    0,45

    0,55

    0,65

    0,75

    0,85

    0,95

    1,05

    1,15

    0 10 20 30 40 50 60 70 80 90

    Inclinao ()

    Velocidade

    (m/s)

    Grfico 21 - Velocidade crtica tubagem