tratamento artroscópico de os acromiale sintomático
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Tratamento Artroscópico do “Os Acromiale” Sintomático
Autores: Roberto Rangel Bongiovanni; Luciano Pascarelli; Jose Carlos Garcia; Lucio Cesar Silva Righi; Ricardo Mirrha; Rodrigo Fileto Gavaldão Moreira
Histórico
Galeno(131-202 dC): primeira descrição;
1779: Sandifort;
1863: Gruber – “Os Acromiale”;
Sec. XX: maior evidência – Liberson 1937.
“OS ACROMIALE”
Introdução
Defeito congênito;
Falha na fusão dos centros ossificação do acrômio;
Acomete o esqueleto maduro: 20-25 anos;
2,7 % população, com 60 % de bilateralidade;
Quadro de dor no ombro e lesões do manguito rotador, quando associado a impacto subacromial ou trauma direto no ombro.
OSSIFICAÇÃO DO ACRÔMIO
19 anos: metacrômio se funde a espinhae préacrômio se funde ao mesoacrômio.
21 anos: metacrômio emesoacrômio se fundem.
Classificação
Tipos de “Os Acromiale” conforme Gruber: A- centros de ossificação – I: preacrômio, II: mesoacrômio, III: metacrômio; B- os acromiale mediano ou comum de Gruber; C- os acromiale terminal; D- os acromiale duplo de Gruber; E- os acromiale basal.
Patologia
“Os Acromiale” X Síndrome do Impacto:
Mais comum nos tipos mediano e basal;
Contração deltóide inclinação inferior da porção anterior do acrômio redução do espaço subacromial;
Tipo terminal: esporão anterior.
Tratamento
Conservador: medicamentoso, fisioterapêutico e adequação das atividades laborais;
Cirúrgico: persistência da dor e associação com lesões do manguito rotador;
Aberto x Artroscópico.
Objetivo
Relatar a técnica artroscópica para o tratamento do “Os Acromiale”, bem como avaliar resultados preliminares.
Material e Métodos
Foi realizado o tratamento cirúrgico artroscópico em 12 pacientes com “Os Acromiale” sintomático, refratários ao tratamento conservador;
Avaliação através do questionário UCLA, realizado no pré-operatório e com 4 meses após a cirurgia.
Técnica cirúrgica
Posição do paciente em “cadeira de praia”;
Portais posterior e lateral;
Descompressão subacromial, com liberação do ligamento coraco-acromial (minimiza a tração ântero-inferior do acrômio);
Desbridamento ósseo ao nível do “Os Acromiale”;
2 portais anteriores para fixação do “Os Acromiale” com auxilio de 2 parafusos de compressão canulados.
Resultados
Dois pacientes encontram-se, no momento, com menos de 4 meses de pós operatório e não foram avaliados;
Em um dos casos ocorreu fratura da extremidade distal do acrômio, sendo necessária a excisão artroscópica do fragmento, sem osteossíntese, também excluído do estudo;
Avaliados, portanto, 9 pacientes através do questionário UCLA, com valores médios no pré-operatório de 21,25 e após 4 meses da cirurgia de 29,75;
1 paciente evoluiu com osteólise do fragmento anterior, corrigido através de cirurgia aberta convencional.
Conclusão
O tratamento artroscópico do “Os Acromiale” é considerado uma questão difícil e desafiadora;
Apresenta como vantagens, uma abordagem menos invasiva e que permite acesso à outras lesões associadas;
Até o momento não existem diferenças entre o tratamento por cirurgia aberta ou artroscópica;
Consideramos que o aperfeiçoamento da técnica e o desenvolvimento de novos materiais são importantes para difundir esta modalidade de tratamento.