Trancos e Barrancos

Poema I

Provas, provas e provasando cansado de lógicasde certeirasde testesidiotaentre arranjos sonorosde floresde palavrasde espíritode almaencontro uma porta semiabertaou quase fechadadepende da pegadada porradana boca do estômagofico sem artontonão és um coitadonão és um coitadosem jeitolacreteto passo...ando boladoquem se importaelas sempre pensamque o opressorchega com a mala na minha portaidiotanunca convenci ninguém do contrario...

Poema II

A preta negacoração indisponívelfico putoesforço continuonegação em domíniosou esforçadinholimpinhotrato bemfaço alguns caprichosfoda-sea preta neganão de hojeto mesmo perdidoaininguém se interessavocê: dali, daquifaz isso aqui, isso alia preta negaa pessoa tem que provarcerta elatem que exigirate esgotareu me esvaio no lamentotalvez tenha sortimentoentendo ela me negarate porquesempre deixo a desejar...

Poema III

Pouco tradicionalme encaixovejo um quadrildesfaleçodisfarçosigo, sigo, sigoquase sou atropeladodanço no quartoo caminho sem voltadifícil pra porrazoaos fios brancos da minha barbaminha postura eretaminha mão boba encalhadaos beijos molhados escassosas transas sãoimpulsos mnemônicosdespedaçadostão difícil provar que não sou escrotoentãosou homemoro poucochoro poucosem pau ococom a corda no pescoçono tribunal da desconstrução...