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Os Critérios de convergência da moeda única Ana Tomás_n.º7914 2.º Ano de Comunicação Empresarial Direito Empresarial Dr. Luís Marinho Coimbra, Abril 2010

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Page 1: Trabalho de direito

Os Critérios de convergência da moeda única

Ana Tomás_n.º7914

2.º Ano de Comunicação Empresarial

Direito Empresarial

Dr. Luís Marinho

Coimbra, Abril 2010

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Introdução:

O presente trabalho foi elaborado no âmbito da disciplina de direito empresarial

do 2.º semestre do 2.º ano do curso de Comunicação Empresarial.

Neste trabalho é narrada uma breve história acerca da moeda única, desde o

nascimento da União Aduaneira em 1968 até à entrada da moeda única a 1 de Janeiro de

2002.

Abordamos também os critérios de convergência e as normas que os países

aderentes tiveram de cumprir.

O PEC (Plano de Estabilidade e Crescimento) foi proposto pelos Ministros da

Finanças alemão, que tinha o objectivo de garantir a solidez das finanças públicas e a

redução do risco de inflação.

Explicamos, embora de forma sumaria o que é a moeda única (EURO).

Por último explicamos as vantagens e desvantagens da moeda única.

1. Breve história acerca da moeda única

Em 1968 é criada uma União Aduaneira entre os estados membros da comunidade

que tem o objectivo de dará resposta à questão da estabilidade cambial que começava a

ter uma grande importância ao nível da integração económica.

Um ano depois, em Dezembro de 1969, na cimeira de Haia é feita a proposta de

criação de uma União Económica e Monetária (UEM). O Plano Werner é apresentado

em 1970.

Na década de 70 assiste-se a um desmaio dos câmbios fixos de Bretton Woods.

Em 1972 é criado um fundo monetário que tem como objectivo salvaguardar a

estabilidade cambial face ao dólar.

Em 1978 o Conselho de Bruxelas cria o SME (Sistema Monetário Europeu) que

só começou a “operar” em 1979.Esta é considerada a 1.ª fase para a implementação da

moeda única na Europa.

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Nos anos 80 através do Acto Único foi criado o Mercado Único Europeu que

elimina todas as fronteiras e possibilita a livre circulação de capitais, pessoas e bens.

Embora só tenha entrado em vigor em 1983. A criação do Acto Único possibilitou o

bom processo de integração.

Nos anos 90 dá-se a abolição do controlo das taxas de câmbio o que possibilitou o

movimento de capitais entre os países membros da CEE.

Para aderir a esta moeda foi necessário estabelecer critérios que foram afixados

em três documentos, sendo eles: o Tratado de Maastricht em 1992, embora só tenha

entrado em vigor em 1 de Novembro de 1993, ainda neste ano sugue o segundo

documento “ Os critérios de Copenhaga”, cujo objectivo era esclarecer os objectivos do

Tratado de Maastricht. Sendo o terceiro documento o “contrato - quadro” que era

negociado com cada país que queria entrar na União Europeia (UE).

Em 1995 na Cimeira de Madrid é mudado o nome da nova moeda única que passo

de ECU para Euro.

Em 1999 a moeda única (euro) foi aceita na forma não – material consoante a taxa

de câmbio da moeda dos 12 países que aderiram a moeda única. Sendo o seu valor

efectivo fixado a 31 de Dezembro 1998.

A 1 de Janeiro de 2002 a moeda única entra em circulação nos 12 países da Zona

Euro (Portugal, Bélgica, Alemanha, Espanha, Áustria, Finlândia, Grécia, França,

Holanda, Irlanda, Itália e Luxemburgo).

2. Quais os critérios de convergência.

Para poder adoptar a moeda única cada país teve de cumprir durante 2 anos os

“critérios de convergência “ estipulados no Tratado de Maastricht.

Os critérios de convergência estão descritos no n.º1 do artigo 121 do Tratado que

constitui a Comunidade e tinham como objectivo clarificar as bases económicas e

financeiras nas quais assentavam a moeda única, uma vez que era importante alertar

para os critérios de convergência que os países aderentes deviam cumprir para entrar no

euro.

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Com o passar do tempo estes critérios são um aspecto crucial para a construção da

moeda única constituindo também um importante instrumento condutor para os países

aderentes, ajudando-os a alcançar uma coesão económica com o intuito de evitar as

disparidades que possam surgir e pôr em causa a credibilidade da moeda única (euro).

Os critérios de convergência são os seguintes:

A inflação média anual de um estado membro não pode ser

superior em mais de 1,5% do PIB percentual, da média dos três estados

membros que apresentem a menor taxa de inflação no ano anterior a

avaliação;

Um estado membro para integrar a União Económica e Monetária

no Mecanismo de Taxas de Cambio do Sistema Monetário Europeu pelo

menos nos 2 anos anteriores ao do inicio da União Económica e Monetária.

A taxa de juro nominal a longo prazo não deve exceder a taxa de

juro média verificada nos países que apresentem uma menor inflação na

União em mais 2 pontos percentuais no ano anterior a avaliação.

O défice anual do Sector Público e Administrativo não deve

exceder 3% do PIBpm, excepto se este rácio tiver evoluído

substancialmente e sistematicamente no passado recente e se apresente

próximo do valor de referência.

Por último, o nível de dívida pública não pode ultrapassar 60%

do PIBpm excepto se o rácio tiver vindo a diminuir e se

encontrar próximo do valor de referência.

Fonte: http://www.cmvm.pt/NR/rdonlyres/13A77DD2-F785-4B2E-922A-

08A0FFA400CB5/764/20010529.pdf

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3. Pacto de Estabilidade e Crescimento (PEC).

O PEC foi proposto pelo Ministro das Finanças alemão com o objectivo de

garantir a solidez das finanças públicas e a redução do risco de inflação.

Segundo Theo Waige ” os Estados Membros tenham um défice orçamental

anual não superior a 3% do PIB e uma dívida pública abaixo de 60% do PIB”,”

Podem ser temporariamente aceites défices superiores, em caso de verdadeira

recessão” in http://www.eu4journalists.eu/index.php/dossiers/portuguese/C23/21/ . Caso se

verifique esta situação há a legitimidade dos restantes estados membros

aplicarem sanções que rondam 0.2% do PIB.

Em 1999, muitos estados temiam que a disciplina económica não fosse

cumprida.

Em 2003 os défices da França e da Alemanha mostrava-se excessivo, assim

a comissão desencadeou um processo de recomendação, com o objectivo de

trazer os dois países membros para os limites estipulados, gerando uma grande

incerteza sobre a aplicação por parte da União Europeia na aplicação das suas

regras fiscais.

Em 2004 são admitidas novas reformas no PEC. No ano seguinte o PEC é

revisto acabando assim com a incerteza vivida no ano de 2003 na Alemanha e

França. Esta revisão serviu também para haver “uma maior flexibilidade na análise

de uma crise económica como causa do défice excessivo”, apontando “correcções mais

estruturais e duráveis dos défices”. In

http://www.eu4journalists.eu/index.php/dossiers/portuguese/C23/21/

O Pacto de Estabilidade e Crescimento defende ainda que “melhoria da

situação fiscal se deve manter mesmo quando o défice baixa dos 3%, po is o

maior ritmo de redução da dívida é essencial para enfrentar o impacto orçamental

do envelhecimento das populações”. In

http://www.eu4journalists.eu/index.php/dossiers/portuguese/C23/21/

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4. A moeda Única – EURO

A moeda única (euro) é desde 1 de Janeiro de 2002 a moeda de 16 dos 27

estados membros que constituem a União Europeia (UE). Embora tenha surgido

em 1999 como moeda escritural.

Foi introduzida pelo regulamento (CE) nº. 974\98 que resultou da criação

da UEM( União Económica e Monetária). Apesar de não ter sido adoptada por

todos os estados - membro é um sinal da identidade europeia.

O símbolo do euro é a presentação da União Europeia e da estabilidade.

5. Quais as vantagens e desvantagens da criação da

Moeda única?

As vantagens da moeda única são: a facilidade de comparação dos diversos

preços, nos diversos países, assegura a clareza do mercado, elimina a variação das taxas

de câmbio e dá a possibilidade de poupança ao nível da reserva de divisas.

As desvantagens da moeda única são: a perda das taxas de câmbio, os preços

psicológicos não sortiram tanta eficácia e o euro levou a um afastamento do dolar nos

mercados internacionais de títulos.

Conclusão:

Após a elaboração deste trabalho foi possível compreender a historia da moeda

única, desde o aparecimento da União Aduaneira até circulação da moeda.

Quais os critérios exigidos para poder ter a moeda em circulação nos país, as

alterações que a economia teve de fazer para que lhe fosse possível aderir a nova

moeda.

O modo como o PEC influenciou os critérios de convergencia.

O que foi a moeda única e o que ela representa. E por ultimo as vantagens e

desvantagens que trouxe ao mercado.

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Bibliografia

http://www.bportugal.pt/pt-

PT/PublicacoeseIntervencoes/BCE/RelatoriodeConvergencia/Publicacoes/rcim

e06-pt.pdf.

http://www.cjf.jus.br/revista/seriecadernos/VOL16-2.htm.

http://www.cmvm.pt/NR/rdonlyres/13A77DD2-F785-4B2E-922A-

08A0FFA40CB5/764/20010529.pdf.

Marinho, D. L. (2010). Sebenta de Direito Empresarial. Coimbra.

Schor, A. -D. (1996). Euro - O que é a Moeda Única? Dom Quixote.

Theo Waigel. (s.d.).

http://www.eu4journalists.eu/index.php/dossiers/portuguese/C23/21/.