trabalho de ccga

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Ministério da Educação Universidade Federal Rural do Semi- Árido Departamento de Ciências Animais Disciplina: Clínica Cirúrgica de Grandes Animais Professor: Eraldo Barbosa Calado TENOTOMIA DOS TENDÕES FLEXORES DIGITAL SUPERFICIAL, PROFUNDO E CHECK Simon Rodrigues Barbosa 1

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Page 1: Trabalho de CCGA

Ministério da EducaçãoUniversidade Federal Rural do Semi-

ÁridoDepartamento de Ciências Animais

Disciplina: Clínica Cirúrgica de Grandes Animais

Professor: Eraldo Barbosa Calado

TENOTOMIA DOS TENDÕES FLEXORES DIGITAL SUPERFICIAL, PROFUNDO E CHECK

Simone Rodrigues Barbosa

1

Page 2: Trabalho de CCGA

CONCEITO Tenotomia

Secção cirúrgica de um tendão

2

m) Terceiro metacarpiano

S) Tendão flexor digital superficial

P) Tendão flexor digital profundo

a) Ligamento acessório do tendão

flexor digital profundo

Peç

a an

atôm

ica

– vi

sta

late

ral d

a re

gião

m

etac

arpi

ana

do m

embr

o to

ráci

co d

ireito

Page 3: Trabalho de CCGA

INDICAÇÕES Deformidades flexoras ou contraturas dos

tendões flexores digitais; Envolvimento do tendão flexor digital

profundo nas deformidades flexoras da articulação interfalangeana distal;

Osteocondrite dissecante; Artrite séptica; Ferimentos nos tecidos moles; Laminite; Tendinite;

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Page 4: Trabalho de CCGA

DEFORMIDADES FLEXORAS OU CONTRATURAS DOS TENDÕES FLEXORES

DIGITAIS Congênita Adquirida

Uni ou bilaterais articulações interfalangeanas distais e matacarpofalangeanas.

Potros Nutricionais desequilíbrios nutritivos e/ou alimentação em

excesso Predisposição genética Restrição do exercício

Adulto Dor Flexão do tendão Trauma do tendão contração tendínea pela formação de

tecido fibroso 4

Page 5: Trabalho de CCGA

Deformidade f1exora da articulação interfalangeana distal Estágio I o ângulo entre a parede dorsal do

casco não ultrapassa 90º. Estágio II o ângulo é maior que 90°

Indicado a tenotomia.

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DEFORMIDADES FLEXORAS OU CONTRATURAS DOS TENDÕES FLEXORES

DIGITAIS

Page 6: Trabalho de CCGA

DEFORMIDADES FLEXORAS OU CONTRATURAS DOS TENDÕES FLEXORES

DIGITAIS

6

Comprometimento do tendão f1exor digital

profundo (fdp) - Deformidade f1exora

da articulação interfalangeana

distal

Comprometimento do tendão flexor digital superficial (fds) - Articulação

metacarpofalangeana

Comprometimento tendíneo de ambos os tendões flexores

digitais e dos respectivos ligamentos acessórios

Page 7: Trabalho de CCGA

SINAIS CLÍNICOS Deformidade no apoio Dor Claudicação

Alterações do eixo podofalangeano dos membros acometidos

Limitação à extensão forçada da articulação interfalangeana distal;

Deformidade flexora nos membros;

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Page 8: Trabalho de CCGA

SINAIS CLÍNICOS Alteração da postura Deformidade nos cascos dos membros

acometidos ou cascos achatados Crescimento excessivo dos talões Atrofia do casco Apoio na pinça do casco deformado Apatia Relutância em mover-se

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Page 9: Trabalho de CCGA

SINAIS CLÍNICOS

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Vista lateral aproximada do membro torácico direito acometido de deformidade flexora comprometendo o tendão flexor digital profundo.

Page 10: Trabalho de CCGA

DIAGNÓSTICO Histórico clínico Exame clínico

Região palpada e manipulada com o animal sustentando o peso e com o membro em flexão

Avaliação radiográfica Alterações ósseas associadas

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Page 11: Trabalho de CCGA

TRATAMENTO Conservativos

Procedimentos corretivos Casqueamento corretivo Ferrageamento ortopédico

AINE Extensão da pinça dos cascos Imobilização

Cirúrgico Quando não existe resposta ao tratamento conservador Casos de rápida correção da deformação Instituído de acordo com o grau ou fase de

deformidade e as estruturas envolvidas Anestesia geral inalatória Decúbito lateral Tricotomia regional e anti-sepsia local

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Page 12: Trabalho de CCGA

TÉCNICAS CIRÚRGICAS Tenotomias do flexor digital profundo (fdp)

Tenotomia do fdp no terço médio do metacarpo Tenotomia do flexor profundo na quartela -Casos

severos Tenotomia do fdp no terço proximal do metacarpo

Tenotomias do flexor digital superficial (fds) Desmotomia do acessório do flexor digital

superficial ou brida cárpica superior (bcs) Desmotomia do acessório do flexor digital profundo

ou brida cárpica inferior (bci) 12

Page 13: Trabalho de CCGA

TENOTOMIA DO FLEXOR DIGITAL PROFUNDO ACIMA DA INSERÇÃO DO LIGAMENTO

ACESSÓRIO Técnica Cirúrgica

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Incisão, de aproximadamente 6 cm de comprimento

Face lateral do terço proximal da

região metacarpiana sobre

o tendão f1exor digital profundo

Secciona os planos de pele e fascia

subcutânea

Identifica o tendão f1exor digital

profundo, faz o isolamento deste tendão com uma pinça tipo Kelly

curva

Secção do tendão do membro acometido

Sutura da fáscia com categute 2-0, com sutura festonadaSutura de pele em

pontos Wolf separados com fio de náilon 2-0

Page 14: Trabalho de CCGA

TENOTOMIA DO FLEXOR DIGITAL PROFUNDO ACIMA DA INSERÇÃO DO LIGAMENTO

ACESSÓRIO

1. Local da secção do tendão flexor digital profundo acima da inserção do ligamento acessório (a)

2. Local da tenotomia do flexor digital profundo no terço médio do metacarpo – abaixo da inserção do ligamento acessório (a)

m) Terceiro metacarpiano S) Tendão flexor digital superficialP) Tendão flexor digital profundo a) Ligamento acessório do tendão

flexor digital profundo

14Peç

a an

atôm

ica

– vi

sta

late

ral d

a re

gião

m

etac

arpi

ana

do m

embr

o to

ráci

co d

ireito

Page 15: Trabalho de CCGA

PÓS-OPERATÓRIO Penicilina benzatina associada, 20.000 UI/kg, IM - Repetir a

medicação após 72 horas Fenilbutazona, 4 mg/kg/ VO, a cada 12 horas, durante 3

dias a partir do dia da cirurgia Curativo local com tintura de timerosal e proteção da

ferida cirúrgica - Diariamente Retirada dos pontos de pele - 10 dias Claudicação no pós-operatório É possível o pleno estabelecimento anatômico do eixo

podofalangeano, tanto em repouso como em locomoção, logo após a recuperação anestésica

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Page 16: Trabalho de CCGA

PÓS-OPERATÓRIO

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Page 17: Trabalho de CCGA

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Figura 1. Deformidade flexural interfalangeana distal do MPE

Figura 2. Após tenotomia do TFDP do MPE

(FILHO, L. P. M.; BERTONHA, C. M.)

Page 18: Trabalho de CCGA

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Page 19: Trabalho de CCGA

TENOTOMIA DO FLEXOR DIGITAL SUPERFICIAL

Tratamento de casos selecionados de deformidade de flexão da articulação metacarpofalangiana (boleto). O tendão flexor digital profundo é normalmente

atingido. Em casos crônicos o ligamento suspensor poderá

também estar afetado.

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Page 20: Trabalho de CCGA

TENOTOMIA DO FLEXOR DIGITAL SUPERFICIAL

Paciente sob analgesia local, ou posicionando-o em decúbito lateral sob anestesia geral

A região mediana do metacarpo é preparada cirurgicamente

Após a tenotomia, a pele é suturada com material inabsorvível.

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Tenotomia às cegas - Incisão perfurante com um bisturi de

tenotomia

Tenotomia sob visualização direta -

Incisão mais alargada da pele

Page 21: Trabalho de CCGA

TENOTOMIA DO FLEXOR DIGITAL SUPERFICIAL

21TÉCNICAS CIRÚRGICAS EM ANIMAIS DE GRANDE PORTE / A. Simon e C. Wayne

Page 22: Trabalho de CCGA

TENOTOMIA DO FLEXOR DIGITAL SUPERFICIAL

PÓS-OPERATÓRIO Curativo estéril sobre a incisão A perna é enfaixada desde o metacarpo

proximal em direção a periferia 1 a 2 gramas de fenilbutazona - Facilitar o

retorno da função Programa de exercícios Retirada das suturas: 10 a 12 dias após a

operação Suspende-se o enfaixamento

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Page 23: Trabalho de CCGA

POSSÍVEIS COMPLICAÇÕES Sequelas

Alteração estética local Seqüela funcional: decorrente de alterações

indesejáveis do eixo podofalangeano, com desvio dorsal da falange distal, traduzida por uma dorsoflexão e subluxação da articulação interfalangeana distal

Provável irreversibilidade Comprometimento da função do animal de forma

severa e permanente Impossibilidade de retomar satisfatoriamente

sua função locomotora23

Page 24: Trabalho de CCGA

PROGNÓSTICO Bom

Quanto à vida Reservado a mau

Quanto à função Cavalos jovens com deformidades leves ou

moderadas da articulação interfalangeana distal Bom para o uso atlético

Cavalos sujeitas à tenotomia do flexor digital profundo Utilizados somente para trabalhos leves

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Page 25: Trabalho de CCGA

CONSIDERAÇÕES FINAIS Intervenção cirúrgica está indicada quando

não existe resposta ao tratamento conservador ou em casos de rápida correção da deformação.

O nível de gravidade do quadro clínico determina a escolha da técnica cirúrgica para o tratamento nos casos de deformidades flexurais.

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Page 26: Trabalho de CCGA

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS HUSSNI, C. A., et al. Tenotomia proximal do flexor digital profundo na

deformidade flexora em equinos . Continuous Education Journal. São Paulo, volume 2. fascículo 3. pag. 023 - 029. 1999

MERINI, L. P, et al. Tenotomia do Tendão Flexor Profundo no Tratamento da Deformidade Flexural Adquirida na Articulação Interfalangeana Distal em Equino. Acta Scientiae Veterinariae. 37(4): 397-400, 2009.

TURNER, A.S.; MCILWRAITH, G.W. Técnicas cirúrgicas em animais de grande porte. São Paulo: Roca, 1985. 181-182.

WILSON, D.A.; KRAMER, J.; CONSTANTINESCU, G.M,; BRANSON, K.R. Manual of Equine Field Surgery. Sunders Elsevier.203.

CORRÊA, R. R.; ZOPPA, A. L. V. Deformidades Flexurais em Eqüinos:

Revisão Bibliográfica, São Paulo, 2007. 26

Page 27: Trabalho de CCGA

Ministério da EducaçãoUniversidade Federal Rural do Semi-

ÁridoDepartamento de Ciências Animais

Disciplina: Clínica Cirúrgica de Grandes Animais

Professor: Eraldo Barbosa Calado

TENOTOMIA DOS TENDÕES FLEXORES DIGITAL SUPERFICIAL, PROFUNDO E CHECK

(PROXIMAL E DISTAL)

Simone Rodrigues Barbosa

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