teorias de consumo e produção

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Teorias de consumo e produção RESUMO Prof. Vlademir Rodrigues

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Page 1: Teorias de consumo e produção

Teorias de consumo e produçãoRESUMO

Prof. Vlademir Rodrigues

Page 2: Teorias de consumo e produção

Teoria Elementar de Consumo

Na teoria econômica, as unidades de decisão designam-se por agentes econômicos. Podem ser [a] famílias, agentes da procura no mercado de bens e da oferta no mercado de fatores; [b] empresas, agentes da oferta no mercado de bens e da procura no mercado de fatores; e [c] governo, agentes da oferta de alguns bens e da regulamentação e controle do setor privado. Dados os recursos à sua disposição, assume-se que cada família procura maximizar a sua satisfação ou utilidade, e cada empresa procura maximizar o seu lucro.

Duas teorias básicas:– Curvas de indiferença (substituição) – Maximização da utilidade (utilidade e/ou satisfação marginal)

Page 3: Teorias de consumo e produção

Teoria Elementar do Consumo

demanda e os seus determinantes demanda de um Bem: é a quantidade de um bem que as famílias

desejam obter em cada período de tempo. Esta definição mostra que: (1) a quantidade procurada é um desejo e (2) a quantidade procurada é um fluxo, o que obriga a referir um período de tempo.

Determinantes da Procura: são cinco as variáveis que determinam a Procura: (1) o preço do bem; (2) o preço dos outros bens; (3) o rendimento da Família; (4) fatores sociológicos; (5) os gostos e o padrão de vida da Família.

Função Procura: na forma funcional, viria:

qnd = D(pn,p1,…,pn-1,Y,S)

Page 4: Teorias de consumo e produção

Teoria Elementar do Consumo

demanda e os seus determinantes Condição ceteris paribus: não é possível compreender a influência e

importância de cada uma daquelas variáveis, se elas sofressem todas uma alteração ao mesmo tempo. Assume-se que o estudo da função demanda é determinado por uma variável, sendo todas as outras constantes. Esta condição é conhecida em economia como a condição ceteris paribus.

Relação entre a demanda e o Preço: vamos centrar a nossa atenção na relação que encontramos entre a quantidade procurada de um bem e o seu próprio preço, isto é:

qnd = D(pn)

A hipótese básica da Teoria Econômica é que quanto mais baixo for o preço de um bem, maior será a quantidade procurada desse bem, mantendo-se todas as outras condições inalteradas.

Page 5: Teorias de consumo e produção

demanda Individual de Ovos

Referência Preço [u.m./dúzia]Quantidade procurada

[dúzias por mês]

abcdef

0.501.00

2.002.50

1.50

7.0

3.52.5

3.00

5.0

1.01.5

1 2 3

0.50

1.00

2.00

Quantidade de Ovos [dúzias por mês]

Pre

ço d

os o

vos

[u.

m. p

or d

úzia

] 3.00

2.50

654 7

Curva da demanda individual

a

b

c

e

d

f

1.50

Page 6: Teorias de consumo e produção

2 4 6 8 10 12

2 4 6

1.00

2.00

3.00

1.00

2.00

3.00

8

14

Quantidade de Ovos[dúzias/mês]

Quantidade de ovos[dúzias/mês]

Pre

ço d

os o

vos

[u.m

/dúz

ia]

Pre

ço d

os o

vos

[u.m

./dúz

ia]

Relação entre curva da demanda individual e de mercado

[i]. Família A

[ii]. Família B

[iii]. demanda total de A + B

2 4 6

1.00

2.00

3.00

Quantidade de ovos[dúzias/mês]

Pre

ço d

os o

vos

[u.m

./dúz

ia]

8

Page 7: Teorias de consumo e produção

Demanda de Mercado dos Ovos

Referência Preço [u.m./dúzia] Quantidade procurada [000 dúzias/mês]

U

V

W

X

Y

Z

0.50

1.00

2.00

2.50

1.50

110.0

77.5

67.5

3.00

90.0

60.0

62.5

Page 8: Teorias de consumo e produção

Quantidade de Ovos[000 dúzias/mês]

20 40 60 80 100 120

1.00

2.00

3.00

140

Pre

ço d

os O

v os

[u. m

./ dú z

ia]

Curva da demanda de Mercado dos Ovos

2.50

1.50

3.50

0.50

Z

D

Y

X

W

V

U

Page 9: Teorias de consumo e produção

20 40 60 80 100 120

1.00

2.00

3.00

140

Quantidade de Ovos[000 dúzias/mês]

Pre

ço d

os O

v os

[u. m

./ dú z

ia]

Curvas da demanda de Ovos

2.50

1.50

3.50

0.50

ZD0

Y

X

W

V

U

Page 10: Teorias de consumo e produção

20 40 60 80 100 120

1.00

2.00

3.00

140

Quantidade de Ovos [000 dúzias/mês]

Pre

ço d

os O

v os

[u. m

./ dú z

ia]

Duas Curvas da demanda de Ovos

2.50

1.50

3.50

0.50

Z

D0

Y

X

W

V

U

D1

Z’

Y’

X’

W’

V’

U’

Page 11: Teorias de consumo e produção

Teoria Elementar de Consumo

Deslocamento da Curva da Demanda A curva da demanda é traçada a partir da hipótese de que só varia o

preço, mantendo-se todas as outras condições constantes. No entanto, qualquer alteração de uma das variáveis que

anteriormente se supunham constantes, provocará um deslocamento da curva da Demanda .

Um acréscimo no Rendimento Médio das Famílias, provocará uma deslocamento para a direita da curva da demanda de Bens Normais, indicando que existe uma maior demanda para cada nível de preço possível.

Um acréscimo no Rendimento Médio das Famílias, provocará uma Deslocamento para a esquerda da curva da demanda de Bens Inferiores, indicando que existe uma menor demanda para cada nível de preço possível (dado que haverá uma maior demanda de bens mais caros, mas de maior substituição).

Page 12: Teorias de consumo e produção

Classificação dos bens (renda)Pela ótica da renda, classifica-se os bens de duas formas:Bem inferior: quando a renda aumenta, sua quantidade demandada diminui.Bem normal: quando a renda aumenta, sua quantidade demandada aumenta. Os bens normais se dividem em duas categorias:

bens de primeira necessidade: quando, ao aumentar a renda, a quantidade demandada do bem aumenta em menor proporção.

bens de luxo: quando, ao aumentar a renda, a quantidade demandada do bem aumenta em maior proporção.

Preçoproduto

Quantidadeprodutos

Demanda 1

Deslocamentoda curva da demanda (bem normal)

Houve um aumento da rendaentão, a curva se desloca para a direita

Demanda 2

Page 13: Teorias de consumo e produção

Classificação dos bens (preços)Pela ótica dos preços dos bens relacionados, classifica-se os bens de duas formas:Bem substituto: um bem é substituto se um aumento de seu preço causar um aumento da quantidade do outro bem relacionado.Bem complementar: um bem é complementar se um aumento de seu preço causar uma diminuição da quantidade do outro bem relacionado.

Ótica dos gostos ou preferências dos consumidores:

Curva da demanda

Variações da renda Variações dos preços dos bens relacionados. Variações das preferências

Page 14: Teorias de consumo e produção

D0

Pre

ço

Quantidade0

Curva da demanda

Page 15: Teorias de consumo e produção

D0

D1

Quantidade0

Deslocamentos da Curva da demanda

Pre

ço

Page 16: Teorias de consumo e produção

D2

D0

D1

Quantidade0

Deslocamentos da Curva da demanda

Pre

ço

Page 17: Teorias de consumo e produção

Fonte: Tolley, G.S. and Hastings, V.S. (1960) Optimal Water Allocation: The North Plate River. The

Quarterly Journal of Economics. 74(2): 279-295.

UTILIDADE: O consumidor pode escolher alternativas de forma a ganhar utilidade (satisfação). É assumido que o consumidor entende as alternativas disponíveis.

y = -3x2 + 12x + 4E-15

-20.00

-15.00

-10.00

-5.00

0.00

5.00

10.00

15.00

0.00 1.00 2.00 3.00 4.00 5.00 6.00

Q (Acre-ft)

Ben

efic

io (

US

$) Qsat

Page 18: Teorias de consumo e produção

UTILIDADE MARGINAL : Variação da utilidade total, resultante da variação de uma unidade no consumo do bem em questão

y = -3x2 + 12x + 4E-15

-20.00

-15.00

-10.00

-5.00

0.00

5.00

10.00

15.00

0.00 1.00 2.00 3.00 4.00 5.00 6.00

Q (Acre-ft)

Ben

efic

io (

US

$)

y = -5.1818x + 9.9545

-20

-15

-10

-5

0

5

10

15

0.00 1.00 2.00 3.00 4.00 5.00 6.00

Q (Acre-ft)

UM

(U

S$/

Acr

e-ft

)

Max UT ==>

UM é decrescente em todos os níveis de consumo

0

Q

UTUM

20612

QQQ

UT

Page 19: Teorias de consumo e produção

EXEMPLO: Considerar que a UT de um estabelecimento agrícola depende da terra, água , trabalho, clima e estações do ano , etc… nxxxfU ...,,, 21

Onde xi são os diferentes bens consumidos. A função de utilidade é contínua e diferenciável (1a e 2a derivadas).

X1X2

22

21216 xxxxU

Page 20: Teorias de consumo e produção

nível particular de utilidade de muitas diferentes combinações de x1 e x2

curva de indiferença

ctexxfU 210 ,

níveis diferentes de utilidade expresso através de um conjunto de curvas de indiferenças

Mapa de Indiferenças

Cestas de consumo consiste no conjunto dos bens (X1 e

X2) que estão disponíveis aos

consumidores.

Page 21: Teorias de consumo e produção

dx1

dx2

Taxa de substituição de mercadorias (ou taxa marginal de substituição)

dx1’dx2’

A variação total da utilidade (comparada com uma situação inicial), provocada por variações em x1 e x2 é dado pelo diferencial total da

utilidade:

Onde e são as utilidades marginais.

Movendo-se ao longo da curva de indiferença, substituindo uma quantidade x1 por outra x2, dU = 0, resultando:

ou

Taxa marginal de substituição é a declividade (dx2/dx1) de uma

curva de indiferença que defina a taxa com o consumidor substitui X1 por X2 por unidade de X1 para manter um nível específico de

utilidade.

22

11

.. dxx

fdx

x

fdU

1xf

2x

f

0.. 22

11

dxx

fdx

x

f

2

1

1

2

xfx

f

dx

dx

Page 22: Teorias de consumo e produção

Restrição Orçamentária: Ao decidir o quanto vai consumir de cada produto o consumidor tem de levar em consideração os preços dos produtos e quantidade de recursos à sua disposição. Suponha que x1

custe p1, x2 custe p2 e o total de recursos a disposição do consumidor

seja m, a restrição orçamentária será descrita como:

p1x1 + p2x2 ≤ m

x1

x2

m/p1

m/p2

Conjunto orçamentário

Reta orçamentária

O conjunto orçamentário é o conjunto das cestas que o consumidor pode adquirir. Define-se como {(x1, x2) | p1x1 + p2x2 ≤ m}

A reta orçamentária é definida pelo conjunto de cestas que custam exatamente m, ou seja, {(x1, x2) | p1x1 + p2x2 = m }.

m’/p1

m’/p2

m/p1’

É de se esperar que, quando ocorrem variações nos preços ou na renda, mude o conjunto de cestas que o consumidor pode comprar. A mudança neste conjunto ocorre por meio de alterações da reta orçamentária.

Page 23: Teorias de consumo e produção

Maximização da utilidade com restrição orçamentária: O consumidor racional deseja compra uma combinação de x1 e x2 que maximize o seu

nível de satisfação. Entretanto a sua renda é limitada e ele não é capaz de comprar quantidades ilimitadas de mercadorias. Tem-se um problema de maximização com restrições.

X1

X2

o Lagrangeano associado a este problema terá a forma:

para obtermos as condições de primeira ordem (C.P.O.) devemos derivar o lagrangeano em relação a cada uma de suas variáveis e igualar a zero.

mxpxpas

xxfxx

2211

21,

....

,max21

22112121 ..,,, xpxpmxxfxx

Page 24: Teorias de consumo e produção

As C.P.O. formam o seguinte sistema:

0...

0.,.

0.,.

2211

22

21

2

11

21

1

xpxpm

px

xxf

x

px

xxf

x

dividindo a primeira equação pela segunda, podemos escrever o sistema como:

2

2

21

1

1

21 ,,

px

xxf

px

xxf ou seja¸a utilidade marginal de cada bem dividido pelo seu preço é constante para todos os bens.

2

1

2

1

1

2

2

1

2

21

1

21

...,

,

p

pSMT

p

p

x

xp

p

x

xxfx

xxf

Outra interpretação :

A última equação de restrição diz que a solução deve estar na reta orçamentária.

Page 25: Teorias de consumo e produção

x1x2

22

21216 xxxxU

a reta orçamentária 3x1 + 2x2 ≤ 14.306

Ver:Usando o solver do excel.doc

Max_consumo.xls

Page 26: Teorias de consumo e produção

Maximização da utilidade com restrição orçamentária

Page 27: Teorias de consumo e produção

Elasticidade da demandaConceito: mede o grau em que a quantidade demandada responde às variações de preço de mercado e se expressa como o quociente entre a variação percentual da quantidade demandada do bem, produzida por uma variação de seu preço em 1%, mantendo-se constantes todos os demais fatores que afetam a quantidade demandada (ceteris paribus).

preços

quantidade

demandaP

Q

Q

P

PPQQ

E

Page 28: Teorias de consumo e produção

Tipos de elasticidadeDemanda elástica: se o valor numérico da elasticidade for maior que a unidade (em módulo), isto é, se a variação na quantidade é percentualmente maior que no preço. Ou seja, Ep > |1|Demanda com elasticidade unitária: se uma variação percentual do preço produz uma variação da quantidade igual àquela. Ou seja, Ep = |1|Demanda inelástica: se o valor numérico da elasticidade é menor que a unidade (em módulo), isto é, se a variação na quantidade é percentualmente menor que a variação do preço. Ou seja, Ep < |1|

Casos extremos:Demanda perfeitamente inelástica: Ep = 0Demanda perfeitamente elástica: Ep =