teoria do agente-principal – o esforÇo do agente combinado com outras variÁveis nÃo...

89
TEORIA DO AGENTE-PRINCIPAL – O ESFORÇO DO AGENTE COMBINADO COM OUTRAS VARIÁVEIS NÃO OBSERVÁVEIS IAN DOBBS (2000, p.421-423) E BSZ (2000, CAP 15) NOTAS DE AULA ECONOMIA DOS RECURSOS HUMANOS PROF. GIACOMO BALBINOTTO NETO II/2004

Upload: internet

Post on 17-Apr-2015

116 views

Category:

Documents


2 download

TRANSCRIPT

Page 1: TEORIA DO AGENTE-PRINCIPAL – O ESFORÇO DO AGENTE COMBINADO COM OUTRAS VARIÁVEIS NÃO OBSERVÁVEIS IAN DOBBS (2000, p.421-423) E BSZ (2000, CAP 15) NOTAS

TEORIA DO AGENTE-PRINCIPAL – O ESFORÇO DO AGENTE COMBINADO COM OUTRAS VARIÁVEIS NÃO OBSERVÁVEIS

IAN DOBBS (2000, p.421-423) E BSZ (2000, CAP 15)

NOTAS DE AULAECONOMIA DOS RECURSOS HUMANOS

PROF. GIACOMO BALBINOTTO NETOII/2004

Page 2: TEORIA DO AGENTE-PRINCIPAL – O ESFORÇO DO AGENTE COMBINADO COM OUTRAS VARIÁVEIS NÃO OBSERVÁVEIS IAN DOBBS (2000, p.421-423) E BSZ (2000, CAP 15) NOTAS

2

A Compensação por IncentivosThe term incentive pay conjures up images of piece rate, commissions, and cash bonusplans, with the employee being paid on the basis of some measure of output. Broadly speaking however, any compensation plan, either explicit or implicit, that rewards employees for good performance (or punishes them for poor performance) can appropriately be considered incentive compenation. Rewards do not have be monetary – they consist of anything that employees value. The fundamental porpouse of incentive pay is to increase shareholder value by motivating value-adding effort on the part of employees. A closely related purpose is to reinforce the firm’s value creation formulas and strategic objettives... The important question is how to design na incentive plan whose benefits outweigh its potencial disadvantages.

Brickley, Smith, Zimmermann e Willett (2003,p. 209)

Page 3: TEORIA DO AGENTE-PRINCIPAL – O ESFORÇO DO AGENTE COMBINADO COM OUTRAS VARIÁVEIS NÃO OBSERVÁVEIS IAN DOBBS (2000, p.421-423) E BSZ (2000, CAP 15) NOTAS

3

A compensação por incentivos

Os problemas de incentivo existem porque os conflitos de interesse entre os agentes [empregados] e o principal [empregador]. Tais problemas podem ser facilmente resolvidos quando as ações são facilmente observáveis [ou quando a informação é simétrica] As firmas podem observar as ações mais eficientes tomadas pelos agentes e paga-los somente se aquelas ações são tomadas.

Contudo, na maioria das situações, as ações dos agentes não são observáveis a um abaixo custo [há assimetria de informações]. Neste caso as firmas podem motivar os agentes através de incentivos de compensação.

Page 4: TEORIA DO AGENTE-PRINCIPAL – O ESFORÇO DO AGENTE COMBINADO COM OUTRAS VARIÁVEIS NÃO OBSERVÁVEIS IAN DOBBS (2000, p.421-423) E BSZ (2000, CAP 15) NOTAS

4

A compensação por incentivos

Os problemas de incentivo surgem porque a maioria dos custos de exercer o esforço são incorridos pelos empregados [agentes], enquanto que a maioria dos ganhos vai para os empregadores [principal].

Page 5: TEORIA DO AGENTE-PRINCIPAL – O ESFORÇO DO AGENTE COMBINADO COM OUTRAS VARIÁVEIS NÃO OBSERVÁVEIS IAN DOBBS (2000, p.421-423) E BSZ (2000, CAP 15) NOTAS

5

A TEORIA DA AGÊNCIA

- A teoria do agente-principal, assume que os indivíduos são criativos, mas egoístas e maximizadores de utilidade;

- A teoria da agência reconhece que nas relações hierárquicas os principais são apenas parcialmente capazes de observar o comportamento e a produtividade de seus subordinados (agentes) e portanto, eles fazem face ao problema de moral hazard (hidden action).

Page 6: TEORIA DO AGENTE-PRINCIPAL – O ESFORÇO DO AGENTE COMBINADO COM OUTRAS VARIÁVEIS NÃO OBSERVÁVEIS IAN DOBBS (2000, p.421-423) E BSZ (2000, CAP 15) NOTAS

6

A TEORIA DA AGÊNCIA

Um dos problemas mais comuns de agência surge quando o produto de um indivíduo depende não somente do seu próprio esforço, mas também de outros fatores, alguns dos quais podem ser mensuráveis, mas outros não.

Page 7: TEORIA DO AGENTE-PRINCIPAL – O ESFORÇO DO AGENTE COMBINADO COM OUTRAS VARIÁVEIS NÃO OBSERVÁVEIS IAN DOBBS (2000, p.421-423) E BSZ (2000, CAP 15) NOTAS

7

O objeto da teoria do agente-principal

[cf. Stiglitz (1988, p.241-253)]

A literatura principal-agente está preocupada com o fato de como um indivíduo, o principal [digamos o empregador], pode estruturar um sistema de compensação [um contrato], o qual motive um outro indivíduo, seu agente [o empregado], a a agir no interesse do principal.

A origem do termo principal-agente é devido a Ross (1973) na AER.

Page 8: TEORIA DO AGENTE-PRINCIPAL – O ESFORÇO DO AGENTE COMBINADO COM OUTRAS VARIÁVEIS NÃO OBSERVÁVEIS IAN DOBBS (2000, p.421-423) E BSZ (2000, CAP 15) NOTAS

8

Importantes papers sobre a teoria do agente-principal

Ross (1973)Mirrless (1974)Stiglitz (1974, 1975)Grossman & Hart (1983)

Page 9: TEORIA DO AGENTE-PRINCIPAL – O ESFORÇO DO AGENTE COMBINADO COM OUTRAS VARIÁVEIS NÃO OBSERVÁVEIS IAN DOBBS (2000, p.421-423) E BSZ (2000, CAP 15) NOTAS

9

O modelo básico de agente-principal [MS & PC, cap.2] – os pressupostos da análise

P A1

A2 N

contratorejeita

aceita

Esforço não observado

alto

baixo

Page 10: TEORIA DO AGENTE-PRINCIPAL – O ESFORÇO DO AGENTE COMBINADO COM OUTRAS VARIÁVEIS NÃO OBSERVÁVEIS IAN DOBBS (2000, p.421-423) E BSZ (2000, CAP 15) NOTAS

10

O modelo básico de agente-principal [MS & PC, cap.2] – os pressupostos da análise

Principal

Agente

Produto

O principal recebe o produto

O agente oferta um esforço que não é observado pelo principal

O principal paga o agente. O pagamento pode estar relacionado ao produto

Page 11: TEORIA DO AGENTE-PRINCIPAL – O ESFORÇO DO AGENTE COMBINADO COM OUTRAS VARIÁVEIS NÃO OBSERVÁVEIS IAN DOBBS (2000, p.421-423) E BSZ (2000, CAP 15) NOTAS

11

O modelo básico de agente-principal [MS & PC, cap.2] – os pressupostos da análise

P estrutura um contrato

A aceita (ou rejeita)

A oferta um esforço não verificável

N determina o estado do mundo

Resultado e pay-offs

Page 12: TEORIA DO AGENTE-PRINCIPAL – O ESFORÇO DO AGENTE COMBINADO COM OUTRAS VARIÁVEIS NÃO OBSERVÁVEIS IAN DOBBS (2000, p.421-423) E BSZ (2000, CAP 15) NOTAS

12

O modelo básico de agente-principal [MS & PC, cap.2] – os pressupostos da análise o problema do principal

O problema de principal-agente é um tipo de problema que envolve um esforço que não pode ser monitorado e medido pelo principal e, portanto, não pode ser diretamente recompensado.

A solução para este tipo de problema como veremos, está em se requerer algum tipo de alinhamento de interesses de ambas as partes [principal e o agente].

Page 13: TEORIA DO AGENTE-PRINCIPAL – O ESFORÇO DO AGENTE COMBINADO COM OUTRAS VARIÁVEIS NÃO OBSERVÁVEIS IAN DOBBS (2000, p.421-423) E BSZ (2000, CAP 15) NOTAS

13

Exemplo de problema principal-agente: acionistas e administradores

Os proprietários de uma firma são os acionistas que adquiriram ações como um investimento ou simplesmente investidores que adquiriram participações em fundos mútuos ou pensionistas que investiram em firmas.

A maioria dos investidores está interessada na maximização do valor se seus investimentos, o qual se traduz na maximização de suas renda [valor da ação e dividendos].

Page 14: TEORIA DO AGENTE-PRINCIPAL – O ESFORÇO DO AGENTE COMBINADO COM OUTRAS VARIÁVEIS NÃO OBSERVÁVEIS IAN DOBBS (2000, p.421-423) E BSZ (2000, CAP 15) NOTAS

14

O conflito principal agente e sua resolução

PRINCIPAL AGENTE

MECANISMOS DE GOVERNANÇA

CONTROLES EXTERNOS

DESEMPENHO

Page 15: TEORIA DO AGENTE-PRINCIPAL – O ESFORÇO DO AGENTE COMBINADO COM OUTRAS VARIÁVEIS NÃO OBSERVÁVEIS IAN DOBBS (2000, p.421-423) E BSZ (2000, CAP 15) NOTAS

15

Mecanismos que reduzem os problemas de principal agente

Mecanismos que reduzem os problemas de principal agente

a) externos

b) internos

1) Mercado de aquisição hostil

2) Mercado de trabalho competitivo para executivos

3) Relatórios contábeis fiscalizados externamente

1) Conselho de administração

2) Sistema de remuneração

3) Estrutura de propriedade

Page 16: TEORIA DO AGENTE-PRINCIPAL – O ESFORÇO DO AGENTE COMBINADO COM OUTRAS VARIÁVEIS NÃO OBSERVÁVEIS IAN DOBBS (2000, p.421-423) E BSZ (2000, CAP 15) NOTAS

16

Mecanismos que reduzem os problemas de principal agente

Os sistema de remuneração - os contratos de incentivo e remuneração são mecanismo que buscam alinhar os interesses dos executivos e dos acionistas, especialmente quando os executivos tomam muitas decisões cujo custo de monitoração, medição e desempenho são de difícil execução por parte dos acionistas e do conselho de administração.

Page 17: TEORIA DO AGENTE-PRINCIPAL – O ESFORÇO DO AGENTE COMBINADO COM OUTRAS VARIÁVEIS NÃO OBSERVÁVEIS IAN DOBBS (2000, p.421-423) E BSZ (2000, CAP 15) NOTAS

17

Mecanismos que reduzem os problemas de principal agente

Componentes básicos de um sistema de RemuneraçãoPor incentivos

1) Salário base;

2) Bônus atrelado ao desempenho contábil;

3) Stock options

4) Planos de incentivos de longo prazo baseados na contabilidade em vários anos

Page 18: TEORIA DO AGENTE-PRINCIPAL – O ESFORÇO DO AGENTE COMBINADO COM OUTRAS VARIÁVEIS NÃO OBSERVÁVEIS IAN DOBBS (2000, p.421-423) E BSZ (2000, CAP 15) NOTAS

18

A TEORIA DA AGÊNCIA – PRESSUPOSTOS DO MODELO DE DOBBS (2000)

(i) suponha que um agente despenda um esforço em conjunção com outros fatores, estes aleatórios, para determinar o nível de produto (Q). Portanto, o produto produzido, somente em parte é devido ao esforço do agente.

(1) Q = e + v

média - E (v) = 0 2

variância - var (v) =

e = esforço exercido pelo agente > 0

Page 19: TEORIA DO AGENTE-PRINCIPAL – O ESFORÇO DO AGENTE COMBINADO COM OUTRAS VARIÁVEIS NÃO OBSERVÁVEIS IAN DOBBS (2000, p.421-423) E BSZ (2000, CAP 15) NOTAS

19

A TEORIA DA AGÊNCIA – PRESSUPOSTOS DO MODELO DE DOBBS (2000)

(ii) o principal é assumido ser incapaz de observar o esforço do agente (ou seja, há um problema de hidden action que irá gerar um problema de moral hazard por parte do agente), que deseja maximizar o seu lucro líquido esperado, escolhendo um produto relacionando a estrutura de pagamento de incentivos do agente.

Page 20: TEORIA DO AGENTE-PRINCIPAL – O ESFORÇO DO AGENTE COMBINADO COM OUTRAS VARIÁVEIS NÃO OBSERVÁVEIS IAN DOBBS (2000, p.421-423) E BSZ (2000, CAP 15) NOTAS

20

A TEORIA DA AGÊNCIA – PRESSUPOSTOS DO MODELO DE DOBBS (2000)

(iii) aqui assumimos que o principal é neutro ao risco e o agente avesso ao risco.

Isto significa que o principal faz face a um trade-off , adicionado uma comissão ou um pagamento por peça a estrutura de remuneração, aumenta-se o incentivo do agente a despender esforço, o qual aumenta o produto, mas também torna o seu pagamento mais arriscado.

Page 21: TEORIA DO AGENTE-PRINCIPAL – O ESFORÇO DO AGENTE COMBINADO COM OUTRAS VARIÁVEIS NÃO OBSERVÁVEIS IAN DOBBS (2000, p.421-423) E BSZ (2000, CAP 15) NOTAS

21

A TEORIA DA AGÊNCIA – PRESSUPOSTOS DO MODELO DE DOBBS (2000)

A aversão ao risco do agente significa que um elevado salário médio deve ser pago ao agente que faz face a um emprego arriscado, em termos de remuneração.

Em outras palavras, é necessário pagar um salário médio mais elevado para compensar o agente pelo maior risco associado com o pagamento de incentivo.

Page 22: TEORIA DO AGENTE-PRINCIPAL – O ESFORÇO DO AGENTE COMBINADO COM OUTRAS VARIÁVEIS NÃO OBSERVÁVEIS IAN DOBBS (2000, p.421-423) E BSZ (2000, CAP 15) NOTAS

22

A TEORIA DA AGÊNCIA – PRESSUPOSTOS DO MODELO DE DOBBS (2000)

(iv) assumimos que o agente tem um nível de utilidade reserva Ur (abaixo do qual ele escolhe encontrar um emprego em qualquer lugar).

Ur = salário reserva do agente.

Page 23: TEORIA DO AGENTE-PRINCIPAL – O ESFORÇO DO AGENTE COMBINADO COM OUTRAS VARIÁVEIS NÃO OBSERVÁVEIS IAN DOBBS (2000, p.421-423) E BSZ (2000, CAP 15) NOTAS

23

A TEORIA DA AGÊNCIA – PRESSUPOSTOS DO MODELO DE DOBBS (2000)

(v) o principal (P) somente observa o produto e, portanto, ele somente pode compensar o agente com base no seu produto corrente (observado);

Page 24: TEORIA DO AGENTE-PRINCIPAL – O ESFORÇO DO AGENTE COMBINADO COM OUTRAS VARIÁVEIS NÃO OBSERVÁVEIS IAN DOBBS (2000, p.421-423) E BSZ (2000, CAP 15) NOTAS

24

A TEORIA DA AGÊNCIA – PRESSUPOSTOS DO MODELO DE DOBBS (2000)

Aqui, por simplificação analítica, nós nos concentramos nos esquemas de pagamento lineares. Assim, temos que ao agente [A] é ofertado um esquema de pagamento (um esquema de incentivo) no qual o pagamento Y varia com o produto, isto é:

(2) Y = o + 1Q

Page 25: TEORIA DO AGENTE-PRINCIPAL – O ESFORÇO DO AGENTE COMBINADO COM OUTRAS VARIÁVEIS NÃO OBSERVÁVEIS IAN DOBBS (2000, p.421-423) E BSZ (2000, CAP 15) NOTAS

25

A TEORIA DA AGÊNCIA – PRESSUPOSTOS DO MODELO DE DOBBS (2000) – O PROBLEMA DO PRINCIPAL

- O problema para o principal é selecionar as constantes o e 1 a fim de maximizar os lucros esperado do principal [E()].

o – representa o pagamento básico

1 – representa o pagamento por incentivo,

se 1 = 0, temos que o salário do agente será fixo.

Page 26: TEORIA DO AGENTE-PRINCIPAL – O ESFORÇO DO AGENTE COMBINADO COM OUTRAS VARIÁVEIS NÃO OBSERVÁVEIS IAN DOBBS (2000, p.421-423) E BSZ (2000, CAP 15) NOTAS

26

A TEORIA DA AGÊNCIA – PRESSUPOSTOS DO MODELO DE DOBBS (2000) – O PROBLEMA DO PRINCIPAL

(vi) o principal é capaz de vender o seu produto (Q) a um preço fixo [p].

(vii) o lucro líquido do principal é dado por:

(3) = p.Q – Y

(viii) o lucro esperado do principal é dado por:

(4) E() = p.E(Q) – E[Y]

Page 27: TEORIA DO AGENTE-PRINCIPAL – O ESFORÇO DO AGENTE COMBINADO COM OUTRAS VARIÁVEIS NÃO OBSERVÁVEIS IAN DOBBS (2000, p.421-423) E BSZ (2000, CAP 15) NOTAS

27

A TEORIA DA AGÊNCIA – PRESSUPOSTOS DO MODELO DE DOBBS (2000) – O PROBLEMA DO PRINCIPAL

De (1) temos que:

E(Q) = E [e + v] = e

pois E(v)= 0 e

(5) E(Y) = E = (o + 1Q)

(6) E(Y) = E (o + 1e)

Page 28: TEORIA DO AGENTE-PRINCIPAL – O ESFORÇO DO AGENTE COMBINADO COM OUTRAS VARIÁVEIS NÃO OBSERVÁVEIS IAN DOBBS (2000, p.421-423) E BSZ (2000, CAP 15) NOTAS

28

A TEORIA DA AGÊNCIA – PRESSUPOSTOS DO MODELO DE DOBBS (2000) – O PROBLEMA DO PRINCIPAL

Portanto, o lucro esperado é dado por:

(7) E() = [(p - 1) e] - 0

Page 29: TEORIA DO AGENTE-PRINCIPAL – O ESFORÇO DO AGENTE COMBINADO COM OUTRAS VARIÁVEIS NÃO OBSERVÁVEIS IAN DOBBS (2000, p.421-423) E BSZ (2000, CAP 15) NOTAS

29

A TEORIA DA AGÊNCIA – PRESSUPOSTOS DO MODELO DE DOBBS (2000) – O PROBLEMA DO PRINCIPAL

(ix) em qualquer problema do tipo agente-principal, o primeiro passo é obtermos a resposta ótima do agente a uma dada estrutura de recompensas oferecidas pelo principal, P;

Page 30: TEORIA DO AGENTE-PRINCIPAL – O ESFORÇO DO AGENTE COMBINADO COM OUTRAS VARIÁVEIS NÃO OBSERVÁVEIS IAN DOBBS (2000, p.421-423) E BSZ (2000, CAP 15) NOTAS

30

A TEORIA DA AGÊNCIA – PRESSUPOSTOS DO MODELO DE DOBBS (2000) – O PROBLEMA DO PRINCIPAL

(x) seja a função utilidade do agente: 2

(8) U= uo E(Y) – u1 var(Y) – e

Esta função de utilidade média-variância utilizada também em mercado financeiros sugere que a renda média aumenta a utilidade do agente a uma taxa uo enquanto a variância da renda reduz a utilidade a uma taxa u1 e a mesma diminui também com o esforço exercido (e).

Page 31: TEORIA DO AGENTE-PRINCIPAL – O ESFORÇO DO AGENTE COMBINADO COM OUTRAS VARIÁVEIS NÃO OBSERVÁVEIS IAN DOBBS (2000, p.421-423) E BSZ (2000, CAP 15) NOTAS

31

A TEORIA DA AGÊNCIA – PRESSUPOSTOS DO MODELO DE DOBBS (2000) – O PROBLEMA DO PRINCIPAL

Seja:var (Y) = var (o + 1Q)

2var (Y) = 1 var (Q)

2 2var (Y) = 1 var (e + v) = 1 var (v)

2 2 var (Y) = 1

Page 32: TEORIA DO AGENTE-PRINCIPAL – O ESFORÇO DO AGENTE COMBINADO COM OUTRAS VARIÁVEIS NÃO OBSERVÁVEIS IAN DOBBS (2000, p.421-423) E BSZ (2000, CAP 15) NOTAS

32

A TEORIA DA AGÊNCIA – PRESSUPOSTOS DO MODELO DE DOBBS (2000) – O PROBLEMA DO PRINCIPAL

- A utilidade do agente pode ser escrita usando E(Y) e var (Y) como:

2 2 2

U = uo (0 + 1e) – u1 1 - e (9)

Os parâmetros 0 e 1 são tomados como sendo dados pelo agente, visto que são parte do contrato oferecidos pelo principal.

O pressuposto da separabilidade aditiva para ao utilidade do agente implica que sua aversão ao risco não varia com o esforço que ele oferta.

Page 33: TEORIA DO AGENTE-PRINCIPAL – O ESFORÇO DO AGENTE COMBINADO COM OUTRAS VARIÁVEIS NÃO OBSERVÁVEIS IAN DOBBS (2000, p.421-423) E BSZ (2000, CAP 15) NOTAS

33

A TEORIA DA AGÊNCIA – PRESSUPOSTOS DO MODELO DE DOBBS (2000) – O PROBLEMA DO AGENTE

(xi) O problema do agente é o de decidir se trabalha ou não para o principal (isto é, se aceita ou não o contrato proposto) e qual o nível de esforço a ser alocado na execução das tarefas.

É assumido que o agente possui uma utilidade reserva Ur. Portanto, o agente irá escolher um nível de esforço e > 0 somente se isto produzir uma utilidade U Ur.

Page 34: TEORIA DO AGENTE-PRINCIPAL – O ESFORÇO DO AGENTE COMBINADO COM OUTRAS VARIÁVEIS NÃO OBSERVÁVEIS IAN DOBBS (2000, p.421-423) E BSZ (2000, CAP 15) NOTAS

34

A TEORIA DA AGÊNCIA – PRESSUPOSTOS DO MODELO DE DOBBS (2000) – O PROBLEMA DO AGENTE

- se o agente escolher um nível positivo de esforço, então temos que a condição de primeira ordem deve prevalecer para o esforço. Assim, temos que:

U/e = uo 1 – 2e = 0

uo 1 – 2e = 0uo 1 = 2e

e* = (uo 1)/2 (10)

Page 35: TEORIA DO AGENTE-PRINCIPAL – O ESFORÇO DO AGENTE COMBINADO COM OUTRAS VARIÁVEIS NÃO OBSERVÁVEIS IAN DOBBS (2000, p.421-423) E BSZ (2000, CAP 15) NOTAS

35

A TEORIA DA AGÊNCIA – PRESSUPOSTOS DO MODELO DE DOBBS (2000) – O PROBLEMA DO AGENTE

Para satisfazer a equação de participação do problema, temos que a seguinte condição deve prevalecer:

2 2 U* = uo ( o + 1e*) – u11 - e* Ur

(11)

Page 36: TEORIA DO AGENTE-PRINCIPAL – O ESFORÇO DO AGENTE COMBINADO COM OUTRAS VARIÁVEIS NÃO OBSERVÁVEIS IAN DOBBS (2000, p.421-423) E BSZ (2000, CAP 15) NOTAS

36

A TEORIA DA AGÊNCIA – PRESSUPOSTOS DO MODELO DE DOBBS (2000) – O PROBLEMA DO AGENTE

Se o agente aceita o contrato de trabalho, a equação acima nos diz que o agente é induzido a exercer mais esforço quanto quanto maior for o pagamento por peça (isto é, quanto maior for 1), quanto mais importante for a renda para o agente (isto é, quanto maior for uo) e quanto mais o esforço aumentar o produto ().

(12) e/uo > 0 ; e/ 1> 0 ; e/ > 0

Page 37: TEORIA DO AGENTE-PRINCIPAL – O ESFORÇO DO AGENTE COMBINADO COM OUTRAS VARIÁVEIS NÃO OBSERVÁVEIS IAN DOBBS (2000, p.421-423) E BSZ (2000, CAP 15) NOTAS

37

A TEORIA DA AGÊNCIA – PRESSUPOSTOS DO MODELO DE DOBBS (2000) – NOVAMENTE O O PROBLEMA DO PRINCIPAL

- O problema do principal é o de maximizar o lucro esperado sujeito a restrição de que o contrato salarial oferecido ao agente (A) permita a ele, na escolha do nível ótimo de esforço (e*), atingir, no mínimo, o seu nível de utilidade reserva.

Portanto, o objetivo do principal é o de maximizar seus lucros esperados sujeito a restrição de que o contrato oferecido ao agente lhe permita escolher e*.

Page 38: TEORIA DO AGENTE-PRINCIPAL – O ESFORÇO DO AGENTE COMBINADO COM OUTRAS VARIÁVEIS NÃO OBSERVÁVEIS IAN DOBBS (2000, p.421-423) E BSZ (2000, CAP 15) NOTAS

38

A TEORIA DA AGÊNCIA – PRESSUPOSTOS DO MODELO DE DOBBS (2000) – O PROBLEMA DO PRINCIPAL

Formalmente temos que o problema do principal é o seguinte:

(13) Max E() = (p- 1) e - o

2 2 2

s.a U* = uo(o +1e*) – u11 - e* Ur (14)

Assim, o contrato ótimo irá manter o agente com o seu nível de utilidade reserva, satisfazendo a restrição de participação e ao mesmo tempo a restrição de incentivo.

Page 39: TEORIA DO AGENTE-PRINCIPAL – O ESFORÇO DO AGENTE COMBINADO COM OUTRAS VARIÁVEIS NÃO OBSERVÁVEIS IAN DOBBS (2000, p.421-423) E BSZ (2000, CAP 15) NOTAS

39

A TEORIA DA AGÊNCIA – PRESSUPOSTOS DO MODELO DE DOBBS (2000) – O PROBLEMA DO PRINCIPAL

Substituindo e* tanto na função objetivo como na restrição de participação e formando uma função de Lagrange, temos que:

L = E() + (U* - Ur) 2 2

2

= (p-1)e* - o + [o uo (o + 1e*) – u1 1 - e* - Ur)

= (p-1)* [uo1/2] - o +

Page 40: TEORIA DO AGENTE-PRINCIPAL – O ESFORÇO DO AGENTE COMBINADO COM OUTRAS VARIÁVEIS NÃO OBSERVÁVEIS IAN DOBBS (2000, p.421-423) E BSZ (2000, CAP 15) NOTAS

40

A TEORIA DA AGÊNCIA – PRESSUPOSTOS DO MODELO DE DOBBS (2000) – O PROBLEMA DO PRINCIPAL

O principal tem como variáveis de escolha o e 1, portanto, as condições de primeira ordem para um máximo são tais que:

L/o = -1 + uo = 0 = 1/uo 2 2 2

2

L/1=(uo/2) (p-21) + [ uo1 – 2 2 2

2u1 1 - uo 1/2 ] = 0

Page 41: TEORIA DO AGENTE-PRINCIPAL – O ESFORÇO DO AGENTE COMBINADO COM OUTRAS VARIÁVEIS NÃO OBSERVÁVEIS IAN DOBBS (2000, p.421-423) E BSZ (2000, CAP 15) NOTAS

41

A TEORIA DA AGÊNCIA – PRESSUPOSTOS DO MODELO DE DOBBS (2000) – O PROBLEMA DO PRINCIPAL

Substituindo = (1/uo), simplificando e resolvendo para 1, temos que:

2 2 2 1* = p/ [1+ (4u1 / uo ) ]

Isto implica que o esforço implícito realizado por A é dado pela substituição de 1 em e* =uo 1 / 2, o que resulta em:

2 2 2

e* = uo p/ 2 [1+ (4u1 / uo ) ]

Page 42: TEORIA DO AGENTE-PRINCIPAL – O ESFORÇO DO AGENTE COMBINADO COM OUTRAS VARIÁVEIS NÃO OBSERVÁVEIS IAN DOBBS (2000, p.421-423) E BSZ (2000, CAP 15) NOTAS

42

A TEORIA DA AGÊNCIA – PRESSUPOSTOS DO MODELO DE DOBBS (2000) – O PROBLEMA DO PRINCIPAL – A ANÁLISE DE

1*

2 2 2

1* = p/ [1+ (4u1 / uo ) ]

1* - indica o grau de sensibilidade do pagamento dos agentes ao produto, quanto maior for 1* , mais relacionado estará o pagamento ao produto produzido pelo agente.

Page 43: TEORIA DO AGENTE-PRINCIPAL – O ESFORÇO DO AGENTE COMBINADO COM OUTRAS VARIÁVEIS NÃO OBSERVÁVEIS IAN DOBBS (2000, p.421-423) E BSZ (2000, CAP 15) NOTAS

43

A TEORIA DA AGÊNCIA – PRESSUPOSTOS DO MODELO DE DOBBS (2000) – O PROBLEMA DO PRINCIPAL – A ANÁLISE DE 1*

(i) 1* será maior quanto mais avesso ao risco for o agente [quanto mais alto o valor de uo, menor o valor de u1];

(ii) 1* será maior quanto menor for a variação aleatória, isto é, quanto menor for o risco que o agente estiver correndo por aceitar e firmar tal contrato, no que diz respeito as variações de sua remuneração;

Page 44: TEORIA DO AGENTE-PRINCIPAL – O ESFORÇO DO AGENTE COMBINADO COM OUTRAS VARIÁVEIS NÃO OBSERVÁVEIS IAN DOBBS (2000, p.421-423) E BSZ (2000, CAP 15) NOTAS

44

A TEORIA DA AGÊNCIA – PRESSUPOSTOS DO MODELO DE DOBBS (2000) – O PROBLEMA DO PRINCIPAL – A ANÁLISE DE 1*

(iii) 1* será maior quanto mais o produto responder ao esforço do agente, isto é, quanto maior for ;

Page 45: TEORIA DO AGENTE-PRINCIPAL – O ESFORÇO DO AGENTE COMBINADO COM OUTRAS VARIÁVEIS NÃO OBSERVÁVEIS IAN DOBBS (2000, p.421-423) E BSZ (2000, CAP 15) NOTAS

45

A TEORIA DA AGÊNCIA – PRESSUPOSTOS DO MODELO DE DOBBS (2000) – O PROBLEMA DO PRINCIPAL – A ANÁLISE DE 1* E SUAS IMPLICAÇÕES NA DETERMINAÇÃO DOS INCENTIVOS

Assim vemos que:

(i) quanto mais avesso ao risco for o agente, maiores serão suas preferências por um salário fixo (estável);

(ii) a solução ótima para o modelo de agente principal é uma solução de second best.

Page 46: TEORIA DO AGENTE-PRINCIPAL – O ESFORÇO DO AGENTE COMBINADO COM OUTRAS VARIÁVEIS NÃO OBSERVÁVEIS IAN DOBBS (2000, p.421-423) E BSZ (2000, CAP 15) NOTAS

46

A TEORIA DA AGÊNCIA E INCENTIVOS – UMA AVALIAÇÃO

- os modelos de agente-principal como os vistos acima sugerem que, se apropriadamente estruturados, os incentivos podem melhorar o desempenho de uma organização;

- os modelos analíticos de agente principal são úteis na medida em que mostram quais são os dilemas envolvidos na estruturação de incentivos para as empresas;

Page 47: TEORIA DO AGENTE-PRINCIPAL – O ESFORÇO DO AGENTE COMBINADO COM OUTRAS VARIÁVEIS NÃO OBSERVÁVEIS IAN DOBBS (2000, p.421-423) E BSZ (2000, CAP 15) NOTAS

47

A TEORIA DA AGÊNCIA E INCENTIVOS – UMA AVALIAÇÃO

Os modelos de agência sugerem que pela estruturação apropriada, os incentivos de pagamento podem melhorar o desempenho de uma organização. Contudo, existem sérias dificuldades com a implementação de tais esquemas na prática.

Page 48: TEORIA DO AGENTE-PRINCIPAL – O ESFORÇO DO AGENTE COMBINADO COM OUTRAS VARIÁVEIS NÃO OBSERVÁVEIS IAN DOBBS (2000, p.421-423) E BSZ (2000, CAP 15) NOTAS

48

A TEORIA DA AGÊNCIA E INCENTIVOS – UMA AVALIAÇÃO

Em empregos que envolvem muitas tarefas, se somente um subconjunto de elementos são explicitamente recompensados através de pagamentos por incentivos, então o indivíduo irá tender a se concentrar sobre aqueles aspectos do trabalho e exercer pouco esforço sobre aqueles aspectos que não são monitorados.

Page 49: TEORIA DO AGENTE-PRINCIPAL – O ESFORÇO DO AGENTE COMBINADO COM OUTRAS VARIÁVEIS NÃO OBSERVÁVEIS IAN DOBBS (2000, p.421-423) E BSZ (2000, CAP 15) NOTAS

49

A TEORIA DA AGÊNCIA E INCENTIVOS – UMA AVALIAÇÃO

Isto sugere então que os pagamentos de incentivo tendem a funcionar melhor para empregos simples (onde as tarefas envolvidas podem ser monitoradas e recompensadas na estrutura de pagamento e pode ser contra-produtivo em tarefas complexas que envolvem diversos procedimentos onde o produto de importantes elementos no trabalho são difíceis de medir).

Page 50: TEORIA DO AGENTE-PRINCIPAL – O ESFORÇO DO AGENTE COMBINADO COM OUTRAS VARIÁVEIS NÃO OBSERVÁVEIS IAN DOBBS (2000, p.421-423) E BSZ (2000, CAP 15) NOTAS

50

Exemplo – BSZ (cap.15)

- Aqui consideramos um único período, onde há um empregador (principal) que deseja que o empregado (agente) trabalhe em seu benefício;

- o principal é neutro ao risco e o agente é avesso ao risco;

- o produto do agente é função do seu esforço e de um nível aleatório v (com média zero e

2 variância ( )

Page 51: TEORIA DO AGENTE-PRINCIPAL – O ESFORÇO DO AGENTE COMBINADO COM OUTRAS VARIÁVEIS NÃO OBSERVÁVEIS IAN DOBBS (2000, p.421-423) E BSZ (2000, CAP 15) NOTAS

51

Exemplo – BSZ (cap.15)

Q = e + v

O termo v (termo randômico) reflete o fato de que ele pode afetar o produto e que está fora do controle do agente. Quanto maior for a variância, mais provável é que o produto experimente grandes choques.

Page 52: TEORIA DO AGENTE-PRINCIPAL – O ESFORÇO DO AGENTE COMBINADO COM OUTRAS VARIÁVEIS NÃO OBSERVÁVEIS IAN DOBBS (2000, p.421-423) E BSZ (2000, CAP 15) NOTAS

52

Exemplo – BSZ (cap.15)

A divisão ótima dos riscos sugere que há benefícios em ter o principal fazendo frente aos riscos (ou em outras palavras assumindo os riscos) e que pague ao agente um salário fixo.

Por exemplo, o agente pode concordar em ofertar um esforço [ê] e ser pago um salário fixo w por exercer seu esforço.

Page 53: TEORIA DO AGENTE-PRINCIPAL – O ESFORÇO DO AGENTE COMBINADO COM OUTRAS VARIÁVEIS NÃO OBSERVÁVEIS IAN DOBBS (2000, p.421-423) E BSZ (2000, CAP 15) NOTAS

53

Exemplo – BSZ (cap.15)

O principal iria receber a diferença entre o valor do produto e o salário pago.

= (ê + v) – w

Contudo, há aqui um problema de incentivos com este arranjo, se não se puder observar nem o esfoço do agente ê e nem v. O agente tem o incentivo de concordar com o esforço ê, mas exercer um esforço menor. O principal irá tender a observar um menor nível de produto quando o agente faz corpo mole, contudo, devido ao problema de ação oculta (hidden action), o agente sempre pode afirmar que este resultado observado foi devido a sua má sorte, isto é que v foi negativo.

Page 54: TEORIA DO AGENTE-PRINCIPAL – O ESFORÇO DO AGENTE COMBINADO COM OUTRAS VARIÁVEIS NÃO OBSERVÁVEIS IAN DOBBS (2000, p.421-423) E BSZ (2000, CAP 15) NOTAS

54

Exemplo – BSZ (cap.15) – os contratos de incentivo

lineares

- é possivel prover o agente com incentivos nos quais parte de seus rendimentos se baseiem sobre o produto realizado, isto é:

W = wo + Q 0 1

wo= $1000 = 0,2

Q = $100e + v - produto 2

C(e) = e - custo do esforço

Page 55: TEORIA DO AGENTE-PRINCIPAL – O ESFORÇO DO AGENTE COMBINADO COM OUTRAS VARIÁVEIS NÃO OBSERVÁVEIS IAN DOBBS (2000, p.421-423) E BSZ (2000, CAP 15) NOTAS

55

Exemplo – BSZ (cap.15) – os contratos de incentivo

lineares

O contrato de compensação é dado por:

W = $1000 + 0,2 ($100e + v)

Um contrato ótimo implica em que BMg = CMg, assim, temos que:

B/e = C/e20 = 2 ee* = 10

Page 56: TEORIA DO AGENTE-PRINCIPAL – O ESFORÇO DO AGENTE COMBINADO COM OUTRAS VARIÁVEIS NÃO OBSERVÁVEIS IAN DOBBS (2000, p.421-423) E BSZ (2000, CAP 15) NOTAS

56

Exemplo – BSZ (cap.15) – os contratos de incentivo lineares

$

eê = 10

1200

0

1000

W= 1000+ 20 e

2 C= e

Page 57: TEORIA DO AGENTE-PRINCIPAL – O ESFORÇO DO AGENTE COMBINADO COM OUTRAS VARIÁVEIS NÃO OBSERVÁVEIS IAN DOBBS (2000, p.421-423) E BSZ (2000, CAP 15) NOTAS

57

Exemplo – BSZ (cap.15) – os contratos de incentivo lineares

$

eê = 10

1200

0

1000

W= 1000+ 20 e

ê`= 15

W= 1200 + 20e

2

C= e

Page 58: TEORIA DO AGENTE-PRINCIPAL – O ESFORÇO DO AGENTE COMBINADO COM OUTRAS VARIÁVEIS NÃO OBSERVÁVEIS IAN DOBBS (2000, p.421-423) E BSZ (2000, CAP 15) NOTAS

58

Exemplo – BSZ (cap.15) – os contratos de incentivo lineares

- Mudanças nos salários fixos resultam apenas em mudanças ou deslocamentos paralelos na compensação, mas não implicam numa mudança do nível ótimo de esforço;

Page 59: TEORIA DO AGENTE-PRINCIPAL – O ESFORÇO DO AGENTE COMBINADO COM OUTRAS VARIÁVEIS NÃO OBSERVÁVEIS IAN DOBBS (2000, p.421-423) E BSZ (2000, CAP 15) NOTAS

59

Exemplo – BSZ (cap.15) – os contratos de incentivo lineares

- Um salário fixo mais elevado não provê incentivos para trabalhar mais duro, visto que ele não afeta os benefícios marginais do esforço do agente.

- Contudo, quando os incentivos ou o coeficiente de incentivo aumenta, o agente tende a selecionar níveis mais elevados de esforço.

Page 60: TEORIA DO AGENTE-PRINCIPAL – O ESFORÇO DO AGENTE COMBINADO COM OUTRAS VARIÁVEIS NÃO OBSERVÁVEIS IAN DOBBS (2000, p.421-423) E BSZ (2000, CAP 15) NOTAS

60

Exemplo – BSZ (cap.15) – os contratos de incentivo lineares

A análise da figura nos mostra que os pagamentos elevados não proveêm incentivos a menos que os mesmos estejam relacionados a um bom desempenho (maior esforço).

Page 61: TEORIA DO AGENTE-PRINCIPAL – O ESFORÇO DO AGENTE COMBINADO COM OUTRAS VARIÁVEIS NÃO OBSERVÁVEIS IAN DOBBS (2000, p.421-423) E BSZ (2000, CAP 15) NOTAS

61

Fatores que favorecem os pagamentos por incentivo

1- quando o valor do produto é sensível ao esforço do empregado ou ao esforço adicional;

2- quando o agente não é muito avesso ao risco;

3- quando o risco que está fora do controle do agente é baixo;

Page 62: TEORIA DO AGENTE-PRINCIPAL – O ESFORÇO DO AGENTE COMBINADO COM OUTRAS VARIÁVEIS NÃO OBSERVÁVEIS IAN DOBBS (2000, p.421-423) E BSZ (2000, CAP 15) NOTAS

62

Fatores que favorecem os pagamentos por incentivo

4- quando as respostas dos agentes ao aumento dos incentivos é elevada;

5- o produto do agente pode ser medido a um baixo custo.

Page 63: TEORIA DO AGENTE-PRINCIPAL – O ESFORÇO DO AGENTE COMBINADO COM OUTRAS VARIÁVEIS NÃO OBSERVÁVEIS IAN DOBBS (2000, p.421-423) E BSZ (2000, CAP 15) NOTAS

63

Fatores que favorecem os pagamentos por incentivo

1- A sensibilidade do valor do produto () ao esforço adicional do empregado equivale neste modelo a produtividade marginal do agente.

Um elevado valor de () implica que os incentivos de pagamento, ceteris paribus, é efetiva porque os benefícios de motivar o esforço são elevados;

Page 64: TEORIA DO AGENTE-PRINCIPAL – O ESFORÇO DO AGENTE COMBINADO COM OUTRAS VARIÁVEIS NÃO OBSERVÁVEIS IAN DOBBS (2000, p.421-423) E BSZ (2000, CAP 15) NOTAS

64

Fatores que favorecem os pagamentos por incentivo

2- uma elevada aversão ao risco do agente implica custos elevados de uma divisão ineficientes de riscos e então, reduz a propensão a usar-se incentivos de pagamento aos agentes;

Page 65: TEORIA DO AGENTE-PRINCIPAL – O ESFORÇO DO AGENTE COMBINADO COM OUTRAS VARIÁVEIS NÃO OBSERVÁVEIS IAN DOBBS (2000, p.421-423) E BSZ (2000, CAP 15) NOTAS

65

Fatores que favorecem os pagamentos por incentivo

3- O nível de risco que está além do controle do agente também é um fator que afeta o uso dos incentivos.

Quando o nível de riscos é baixo, o produto é determinado principalmente pelo esforço do agente e assim faz sentido pagar-se elevados níveis de compensação por incentivo. Mas quando os riscos são elevados, a compensação por incentivos impõe altos custos para uma divisão ineficiente dos riscos.

Page 66: TEORIA DO AGENTE-PRINCIPAL – O ESFORÇO DO AGENTE COMBINADO COM OUTRAS VARIÁVEIS NÃO OBSERVÁVEIS IAN DOBBS (2000, p.421-423) E BSZ (2000, CAP 15) NOTAS

66

Fatores que favorecem os pagamentos por incentivo

4- O quarto fato que afeta o uso de pagamentos por incentivo é quanto do esforço adicional que o agente exerce como incentivo é aumentado.

Se o agente não responde aos aumentos de incentivo, altos incentivos impõe mais riscos sobre o agente enquanto induzem pouco ou nenhum esforço adicional. Portanto, haveria poucas razões para prover-se pagamentos por incentivos.

Page 67: TEORIA DO AGENTE-PRINCIPAL – O ESFORÇO DO AGENTE COMBINADO COM OUTRAS VARIÁVEIS NÃO OBSERVÁVEIS IAN DOBBS (2000, p.421-423) E BSZ (2000, CAP 15) NOTAS

67

Fatores que favorecem os pagamentos por incentivo

5- Quanto mas caro for medir o produto do agente, menor a probabilidade de que será oferecido pagamentos por incentivo.

Page 68: TEORIA DO AGENTE-PRINCIPAL – O ESFORÇO DO AGENTE COMBINADO COM OUTRAS VARIÁVEIS NÃO OBSERVÁVEIS IAN DOBBS (2000, p.421-423) E BSZ (2000, CAP 15) NOTAS

68

Controvérsia sobre os efeitos de pagamento por incentivos

Alfie Kohn (1993). Why Incentive Plans Cannot Work. HBR (sept-oct): 54-63.

G. Baker (1993). Rethinking Rewards. HBR (nov-dec): 44-45

Page 69: TEORIA DO AGENTE-PRINCIPAL – O ESFORÇO DO AGENTE COMBINADO COM OUTRAS VARIÁVEIS NÃO OBSERVÁVEIS IAN DOBBS (2000, p.421-423) E BSZ (2000, CAP 15) NOTAS

69

Controvérsia sobre os efeitos de pagamento por incentivos

Os argumentos de que os planos de compensação motivam os agentes, embora sejam aceitos por muitos economistas, há controvérsias sobre sua efetividade.

Page 70: TEORIA DO AGENTE-PRINCIPAL – O ESFORÇO DO AGENTE COMBINADO COM OUTRAS VARIÁVEIS NÃO OBSERVÁVEIS IAN DOBBS (2000, p.421-423) E BSZ (2000, CAP 15) NOTAS

70

Controvérsia sobre os efeitos de pagamento por incentivos

Uma das principais críticas é que as compensações monetárias não motivam as pessoas.

Este argumento, contudo, parece ser inconsistente com algumas evidências recentemente acumuladas na qual os incentivos monetários afetaram de modo dramático o comportamento dos agentes.

Page 71: TEORIA DO AGENTE-PRINCIPAL – O ESFORÇO DO AGENTE COMBINADO COM OUTRAS VARIÁVEIS NÃO OBSERVÁVEIS IAN DOBBS (2000, p.421-423) E BSZ (2000, CAP 15) NOTAS

71

Controvérsia sobre os efeitos de pagamento por incentivos

Um segundo argumento com relação ao papel do pagamento por incentivos é que é difícil (se não impossível) estruturar planos de compensação por incentivos efetivos.

Este argumento parece estar correto, pois a estruturação e o desenvolvimento de incentivos apropriados, na prática, raramente é algo fácil. Contudo, o ponto importante é termos em conta que tais planos podem ser estruturados onde os benefícios forem maiores que os custos

Page 72: TEORIA DO AGENTE-PRINCIPAL – O ESFORÇO DO AGENTE COMBINADO COM OUTRAS VARIÁVEIS NÃO OBSERVÁVEIS IAN DOBBS (2000, p.421-423) E BSZ (2000, CAP 15) NOTAS

72

Controvérsia sobre os efeitos de pagamento por incentivos

A teoria econômica dos incentivos, do agente principal e da assimetria de informação, tem a intenção de prover insigths sobre como os administradores podem estruturar contratos ótimos que maximizem o valor da firma e maximizem a função utilidade dos agentes num contexto de conflito de interesses [agente-principal] e assimetria de informação [hidden action – moral hazard].

Page 73: TEORIA DO AGENTE-PRINCIPAL – O ESFORÇO DO AGENTE COMBINADO COM OUTRAS VARIÁVEIS NÃO OBSERVÁVEIS IAN DOBBS (2000, p.421-423) E BSZ (2000, CAP 15) NOTAS

73

Estudo de casos sobre incentivos

Du Pont – BSZ (2000,p.368)

Allen-Edmont Shoes Company – BSZ (2000,p.378)

IBM-Brasil (BSZ, 2000,p.386)

Rodman case – Besanko, Dravone & Shanley (2000,p.509-510)

Page 74: TEORIA DO AGENTE-PRINCIPAL – O ESFORÇO DO AGENTE COMBINADO COM OUTRAS VARIÁVEIS NÃO OBSERVÁVEIS IAN DOBBS (2000, p.421-423) E BSZ (2000, CAP 15) NOTAS

74

O caso de Dennis Rodman [Besanko, Dravone & Shanley, 2000, p.509]

Page 75: TEORIA DO AGENTE-PRINCIPAL – O ESFORÇO DO AGENTE COMBINADO COM OUTRAS VARIÁVEIS NÃO OBSERVÁVEIS IAN DOBBS (2000, p.421-423) E BSZ (2000, CAP 15) NOTAS

75

O caso de Dennis Rodman [Besanko, Dravone & Shanley (2000,p.509)]

No verão de 1997, o gerente geral do Chicago Bulls, Jerry Krause, negociou um novo contrato para Dennis Rodman.

A temporada anterior havia sido muito tumultuada para Rodman. Ele havia sido o principal roboteiro na NBA em rebotes por jogo, mas ele também foi o que mais cometeu faltas, desqualificações e obteve suspensões.

Page 76: TEORIA DO AGENTE-PRINCIPAL – O ESFORÇO DO AGENTE COMBINADO COM OUTRAS VARIÁVEIS NÃO OBSERVÁVEIS IAN DOBBS (2000, p.421-423) E BSZ (2000, CAP 15) NOTAS

76

O caso de Dennis Rodman [Besanko, Dravone & Shanley (2000,p.509)]

Muitos torcedores do Chicago Bulls achavam que ele ira uma má influência para o time nos “payoffs” e quando o Chicago Bulls venceu o seu quinto campeonato, apesar do seu jogo errático, alguns pensaram que o “Bulls” não deveria renovar com Dennis Rodman.

Page 77: TEORIA DO AGENTE-PRINCIPAL – O ESFORÇO DO AGENTE COMBINADO COM OUTRAS VARIÁVEIS NÃO OBSERVÁVEIS IAN DOBBS (2000, p.421-423) E BSZ (2000, CAP 15) NOTAS

77

O caso de Dennis Rodman [Besanko, Dravone & Shanley (2000, p.509)]

Jerry Krause renovou com Rodman e ofereceu a ele um contrato com incentivos. Rodman receberia um salário base de US$ 4,5 milhões, com o potencial para dobrar até US$ 9,0 milhões se ele cumprisse certos incentivos.

A maioria dos incentivos que Rodman deveria cumprir foram de caráter individual e não estavam relacionados ao desempenho do time.

Muitos dos incentivos comportamentais estipulavam que ele não deveria ter problemas que o levassem a suspensões desqualificações como no ano anterior.

Page 78: TEORIA DO AGENTE-PRINCIPAL – O ESFORÇO DO AGENTE COMBINADO COM OUTRAS VARIÁVEIS NÃO OBSERVÁVEIS IAN DOBBS (2000, p.421-423) E BSZ (2000, CAP 15) NOTAS

78

O caso de Dennis Rodman [Besanko, Dravone & Shanley (2000, p.509)]

Ninguém pode saber ao certo se os incentivos foram a causa do sucesso de Rodman na temporada de 1997-1998, mas Dennis Rodman foi virtualmente um jogador exemplar em 1997-1998.

Ele não somente reduziu significativamente suas faltas, ele não bateu nos câmeras e nada que o sujeitasse a uma suspensão. Como conseqüência, ele acabou recebendo a maior parte dos incentivos de seu contrato e acabou sendo também o líder dos rebotes na NBA. O contrato de Rodman ilustra um caso da teoria da agência, a qual estuda o uso de

incentivos financeiros para motivar os trabalhadores.

Page 79: TEORIA DO AGENTE-PRINCIPAL – O ESFORÇO DO AGENTE COMBINADO COM OUTRAS VARIÁVEIS NÃO OBSERVÁVEIS IAN DOBBS (2000, p.421-423) E BSZ (2000, CAP 15) NOTAS

79

O Caso Allen-Edmont Shoes Company BSZ (2000,p.378) & WSJ (1993, march, 4)

Allen-Edmont Shoes Company é um fabricante de sapatos de alta qualidade.

Por muitos anos ela pagou seus funcionários com base no produto individual através de um sistema de pagamento por peças [piece rate].

Em 1990, contudo, seguindo os conselhos de experts em qualidade, a companhia abandonou o seu sistema de pagamentos por peça e começou a pagar seus trabalhadores com base num salário fixo por hora.

Page 80: TEORIA DO AGENTE-PRINCIPAL – O ESFORÇO DO AGENTE COMBINADO COM OUTRAS VARIÁVEIS NÃO OBSERVÁVEIS IAN DOBBS (2000, p.421-423) E BSZ (2000, CAP 15) NOTAS

80

O Caso Allen-Edmont Shoes Company BSZ (2000,p.378) & WSJ (1993, march, 4)

A intenção era encorajar os empregados a se forcar sobre a qualidade e no trabalho de equipe, com a idéia de que eles iriam trabalhar duro [work harder] porque eles estariam mais felizes com o trabalho.

Page 81: TEORIA DO AGENTE-PRINCIPAL – O ESFORÇO DO AGENTE COMBINADO COM OUTRAS VARIÁVEIS NÃO OBSERVÁVEIS IAN DOBBS (2000, p.421-423) E BSZ (2000, CAP 15) NOTAS

81

O caso Allen-Edmont Shoes Company BSZ (2000,p.378) & WSJ (1993, march, 4)

www.allenedmonds.com

Page 82: TEORIA DO AGENTE-PRINCIPAL – O ESFORÇO DO AGENTE COMBINADO COM OUTRAS VARIÁVEIS NÃO OBSERVÁVEIS IAN DOBBS (2000, p.421-423) E BSZ (2000, CAP 15) NOTAS

82

O caso Allen-Edmont Shoes Company BSZ (2000,p.378) & WSJ (1993, march, 4)

A produtividade cai significativamente e a companhia perdeu cerca de US$1 milhão

Ápós ela perder um milhão de dólares, ela restaurou o sistema de pagamento por peças. Como resultado, a produtividade e os lucros aumentaram simediatamente.

Um executivo da companhia afirmou – Our people needed the discipline the the piecework sustem gives to them.

Contudo BSZ (2000) sugerem que o problema era muito mais de incentivos do que de simples disciplina.

Page 83: TEORIA DO AGENTE-PRINCIPAL – O ESFORÇO DO AGENTE COMBINADO COM OUTRAS VARIÁVEIS NÃO OBSERVÁVEIS IAN DOBBS (2000, p.421-423) E BSZ (2000, CAP 15) NOTAS

83

Incentivos Importam ?

Page 84: TEORIA DO AGENTE-PRINCIPAL – O ESFORÇO DO AGENTE COMBINADO COM OUTRAS VARIÁVEIS NÃO OBSERVÁVEIS IAN DOBBS (2000, p.421-423) E BSZ (2000, CAP 15) NOTAS

84

Resumo dos principais pontos

1- A abordagem principal-agente é utilizada para analisar as interações da firma com seus empregados. Um agente é contratado por seu principal para realizar ou tomar alguma decisão que afete o payoff recebido pelo principal.

Page 85: TEORIA DO AGENTE-PRINCIPAL – O ESFORÇO DO AGENTE COMBINADO COM OUTRAS VARIÁVEIS NÃO OBSERVÁVEIS IAN DOBBS (2000, p.421-423) E BSZ (2000, CAP 15) NOTAS

85

Resumo dos principais pontos

2- Na relação de agência os problemas surgem quando a ação tomada pelo agente ou a informação disponível não puder ser usada como base para um contrato de incentivo.

Nestes casos, o principal não pode recompensar o agente diretamente pelas ações que ele toma, e portanto, ele deve basear-se em outra medida de desempenho para prover incentivos ao agente.

Page 86: TEORIA DO AGENTE-PRINCIPAL – O ESFORÇO DO AGENTE COMBINADO COM OUTRAS VARIÁVEIS NÃO OBSERVÁVEIS IAN DOBBS (2000, p.421-423) E BSZ (2000, CAP 15) NOTAS

86

Resumo dos principais pontos

3- os agentes respondem os incentivos de pagamento-por-desempenho tomando ações que maximizam seus benefícios pessoais líquidos. Isto é, eles comparam os benefícios pessoais de suas ações com relação aos custos pessoais.

Os agentes adotam a ação que maximiza o valor de sua função utilidade somente se ele receber

todo o benefício marginal de sua ação.

Page 87: TEORIA DO AGENTE-PRINCIPAL – O ESFORÇO DO AGENTE COMBINADO COM OUTRAS VARIÁVEIS NÃO OBSERVÁVEIS IAN DOBBS (2000, p.421-423) E BSZ (2000, CAP 15) NOTAS

87

Resumo dos principais pontos

4- O pagamento por desempenho é dispendioso se a medida de desempenho for “fraca” (ou inadequada).

5- Se a medida de desempenho contiver muito ruído [noise], relacionar o pagamento com ela implica em aumentar os riscos para o agente. Assumindo que os agentes são avessos ao risco, e eles não gostam de empregos que envolvam riscos de pagamento, temos que a firma deverá compensar o agente por fazer face a este risco. Isto torna as provisões de incentivo caras e significa que há um dilema [trade-off] entre riscos e incentivos.

Page 88: TEORIA DO AGENTE-PRINCIPAL – O ESFORÇO DO AGENTE COMBINADO COM OUTRAS VARIÁVEIS NÃO OBSERVÁVEIS IAN DOBBS (2000, p.421-423) E BSZ (2000, CAP 15) NOTAS

88

Resumo dos principais pontos

6- As medidas de desempenho podem falhar em refletir as atividades que as firmas desejam que os agentes busquem na medida em que eles executam várias tarefas.

De acordo com o princípio da multi-tarefas [H & M (1982)], fortes incentivos irão fazer com que os agentes se foquem mais sobre aquelas atividades que são mensuradas as custas das atividades que não são medidas.

Page 89: TEORIA DO AGENTE-PRINCIPAL – O ESFORÇO DO AGENTE COMBINADO COM OUTRAS VARIÁVEIS NÃO OBSERVÁVEIS IAN DOBBS (2000, p.421-423) E BSZ (2000, CAP 15) NOTAS

FIM

NOTAS DE AULAECONOMIA DOS RECURSOS

HUMANOSPROF. GIACOMO BALBINOTTO NETO

II/2004