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TELESSAÚDE BAHIA ABRE CADASTRO PARA PROFISSIONAIS AB MINISTRAREM WEBPALESTRAS

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BREVE HISTÓRICO

▪ Violência como problema de saúde pública

▪ Violência e Gênero;

▪ Educação sexista e patriarcal;

▪ Interseccionalidade;

▪ Importância dos movimentos feministas e de mulheres;

▪ Realidade no mundo e no Brasil;

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▪ As inúmeras formas de violência contra as mulheres estão baseadas ainda em sistemas de desigualdades que seretroalimentam, sobretudo em relação às questões como raça, etnia, classe, orientação sexual e identidade de gênero(KOTIRENE, 2018);

▪ Na execução, interseccionalidade propicia perceber que os marcadores sociais tem uma atuação na identificação dessesgrupos vulneráveis, primordialmente, as mulheres, e essa discriminação formada, colocas as mulheres negras em espaçosproscritos concomitantemente na inferioridade estrutural, desta maneira buscando alternativas para a sobrevivência nestesistema sexista (LORDE,1984);

▪ Desse modo, tão importante compreender que o processo da saúde e adoecimento perpassa o biológico, cuja inerência é acondição humana, mas que também tem influência direta na condição de serem pessoas inseridas em dinâmicas sociais,onde as condições inadequadas desse acompanhamento e um não olhar sensível para a perpetuação desses tipos deviolências, e é imprescindível, portanto observar esses marcadores socias, que majoritariamente, é factível e experenciadopelas mulheres compreendendo a importância da interseccionalização.(CECCON, 2018).

INTERSECCIONALIDADE

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DADOS EPIDEMIOLÓGICOS

▪ Pelo menos uma em cada quatro mulheres sofre violência durante a sua vida adulta no mundo (OEA, 2018).

▪ União Europeia, apenas 24% das mulheres registraram na polícia o mais grave incidente de violência cometida por parceiro íntimo;

▪ Brasil, passou da 7ª colocação nas taxas de feminicídio, em uma amostra de 84 países e para a 5ª colocação em uma amostra de 83 países;

▪ 5.762 casos de feminicídio cometidos em 2018, 60,3% foram cometidos por familiares, sendo que, dentro desse percentual, 33,2% foi realizada por parceiros ou ex-parceiros.

▪ Estima-se que:2,1 milhões de mulheres são espancadas por ano /175 mil por mês 5,8 mil por dia /243 por hora /4 por minuto/1 cada 15 segundos;

Essas mortes em 2018 representaram 13 homicídios femininos diários.

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Mundo: Relatório da ONU

(2018)

▪ 87 mil mulheres foram

vítimas de feminicídio

(2017);

▪ 6 feminicídios cometidos

por hora;

▪ 58% foram assassinadas

por conhecidos;

DADOS EPIDEMIOLÓGICOS

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DADOS EPIDEMIOLÓGICOS

Brasil: DATAFOLHA (2019)

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DADOS EPIDEMIOLÓGICOS

Brasil: ATLAS DA VIOLÊNCIA -IPEA (2019)

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▪ A primeira dificuldade para romper o ciclo é a de comunicar o fato;

▪ Dependência financeira ou econômica – a falta desses recursos é um fator importante na tomadade decisão e a garantia destes é uma forma eficaz de empoderamento;

▪ Falta de apoio social- de algum membro da família e/ou da comunidade, a mulher acredita que nãotem condições de sair da relação;

▪ Dependência emocional e os filhos - envolvem questões de gênero que dizem respeito aos papéissociais das mulheres esperados na nossa sociedade.

FATORES DIFICULTADORES

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▪ DISPOSITIVO AMOROSO E O DISPOSITIVO MATERNO

▪ As mulheres se subjetivam na "prateleira do amor". Esta prateleira é mediada por um ideal

estereoripificado racista e hegemônico;

▪ O amor como algo identitário - Elas pagam preços caros para serem escolhidas por um homem, porque

isto implica em serem validadas como mulheres.

▪ Perdem o aspecto identitário e de um lugar de reconhecimento narcísico de "precisar serem precisadas"

▪ A criação dos filhos- “empoderamento colonizado” , sentimento de culpa.

FATORES DIFICULTADORES

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VIOLÊNCIA CONTRA A MULHER MARCOS INTERNACIONAIS

▪ Carta das ONU (1945);

▪ Convenção contra o genocídio (1948);

▪ Pacto internacional dos direitos civis e políticos (1966);

▪ Convenção sobre a eliminação de todas as formas de discriminação racial (1965);

▪ Convenção sobre a eliminação de todas as formas de discriminação contra a mulher – CEDAW (1979);

▪ Convenção contra a tortura e outros tratamentos ou penas cruéis, desumanas ou degradantes (1984);

▪ Convenção sobre os direitos da criança (1989);

▪ Convenção interamericana para prevenir, punir e erradicar a violência contra a mulher - Convenção de Belém do Pará (1994);

▪ Conferência Mundial sobre Direitos Humanos (1993);

▪ Conferência Internacional sobre População e Desenvolvimento (1994)

▪ Conferência de Cúpula para o Desenvolvimento Social (1995)

▪ Conferência Mundial sobre Mulher, Desenvolvimento e Paz (1995);

▪ IV Conferência Mundial sobre a Mulher –Beijing (1995);

▪ Convenção Interamericana para Prevenir, Punir e Erradicar a Violência contra a Mulher (1994);

▪ Objetivos e Metas do Milênio – ODM

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▪ Criação das DEAM´S (1985);

▪ A Política Nacional de Atenção Integral à Saúde da Mulher – MS/2004;

▪ Lei Maria da Penha Lei nº 11.340/2006 - (2006);

▪ Rede de Enfrentamento à Violência contra a Mulher;

▪ Lei do Feminicídio (2015);

▪ Norma Técnica (2015);

▪ Lei de estupro n.º 12.015 (2009);

▪ Lei nº 12.845 DE 01/08/ (2013);

▪ Decreto n.º 7.958 (2013);

▪ Portaria n.º 485 e 618 (2014);

▪ Lei da importunação sexual nº 13.718 (2018);

▪ Programa Mulher viver sem Violência Decreto 8.086 de 30 de agosto de 2013;

▪ Projeto Viver;

▪ Hospital da Mulher.

VIOLÊNCIA CONTRA A MULHER MARCOS INTERNACIONAIS

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1981O Brasil ratifica a Convenção

sobre todas as mulheres

1985Implementação do Conselho Nacional

dos Direitos das Mulheres e a 1ª

DEAM

1988Mulheres e

homens passam a ter os mesmos

direitos e deveres

1995Brasil assina a Convenção do Belém do Pará

2003Criação da Secretaria de Políticas para Mulheres

2006Lei 11.340/2006

Criação do Ligue 180 -

Central de Atendimento àMulher

2007Política

Nacional de

Enfrentamento a Violência Contra a Mulher

2011Rede de Enfrentamento à Violência contra Mulher

2012Proibição da Retirada de

Queixa

2015Lei n°13.104/2015 -

Feminicídio(LIMA et al, 2018)

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TIPOS DE VIOLÊNCIA CONTRA A MULHER

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Violência doméstica é um padrão de comportamento que envolve violência ououtro tipo de abuso por parte de uma pessoa contra outra num contextodoméstico, como no caso de um casamento ou união de facto, ou contra criançasou idosos;

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▪ Violência física (visual): É aquela entendida como qualquer conduta que ofenda integridade ou saúde corporal da mulher.É praticada com uso de força física do agressor, que machuca a vítima de várias maneiras ou ainda com o uso de armas,exemplos: Bater, chutar, queimar. cortar e mutilar.

▪ Violência psicológica (não-visual, mas muito extensa)- Qualquer conduta que lhe cause dano emocional e diminuição daautoestima ou que lhe prejudique e perturbe o pleno desenvolvimento ou que vise degradar ou controlar suas ações,comportamentos, crenças e decisões, mediante ameaça, constrangimento, humilhação, manipulação, isolamento,vigilância constante, perseguição.

▪ Violência moral (não-visual): Entende-se por violência moral qualquer conduta que importe em calúnia, quando oagressor ou agressora afirma falsamente que aquela praticou crime que ela não cometeu; difamação; quando o agressoratribui à mulher fatos que maculem a sua reputação, ou injúria, ofende a dignidade da mulher.

▪ Violência patrimonial (visual-material): importa em qualquer conduta que configure retenção, subtração, destruiçãoparcial ou total de objetos pertencentes à mulher, instrumentos de trabalho, documentos pessoais, bens, valores edireitos ou recursos econômicos, incluindo os destinados a satisfazer suas necessidades.

TIPOS DE VIOLÊNCIA

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Constranger

Coação

Assédio sexual

Indução da sexualidade

BRASIL. Lei Maria da Penha. Lei n.11.340, de 07 de agosto de 2006. Dispõe sobre mecanismos para coibir a violência doméstica e familiar contra a mulher. Subchefia de Assunto Jurídicos, Brasília, DF 07 ago. 2006. Disponível em http://www.planalto.gov.br/ccivil/_ato2004-2006/2006/lei/l11340.htm. Acesso em: 07 de mai.

Violência sexual (visual): é caracterizada como qualquer conduta que constranja a mulher a presenciar, a manter ou a participar de relaçãosexual não desejada; quando a mulher é obrigada a se prostituir, a fazer aborto, a usar anticoncepcionais contra a sua vontade ou quando amesma sofre assédio sexual, mediante intimidação, ameaça, coação ou uso da força; que a induza a comercializar ou a utilizar, de qualquermodo, a sua sexualidade.

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▪ Estupro dentro do casamento ou namoro;▪ Estupros por parte de estranhos;▪ Estupros sistemáticos durante os conflitos armados;▪ Assédio sexual;▪ Abuso sexual de pessoas mental ou fisicamente incapazes;▪ Abusos sexuais de crianças;▪ A prostituição forçada;▪ Abuso sexual verbal;▪ Telefonemas obscenos;▪ Tráfico de pessoas com o fim de exploração sexual;▪ Casamentos precoces forçados;▪ Atos violentos contra a integridade sexual das mulheres (aborto forçado, o impedimento ao direito

do uso de contracepção ou auto-proteção de doenças sexualmente transmissíveis) ;▪ Mutilação genital e as inspeções obrigatórias da virgindade.

TIPOS DE VIOLÊNCIA SEXUAL

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REPERCURSSÕES

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▪ Causam em sua grande maioria, danos irreparáveis. ▪ Incentivam uma reação agressiva e violenta;▪ Perda gradativa da sua rede de apoio;▪ Preconceito e/ou discriminação;▪ Restrição do convívio social;▪ Isolamento da vítima;▪ Comorbidades metais (transtornos alimentares, depressão, isolamento social, transtornos do sono,

ansiedade, transtorno de déficit de atenção e hiperatividade, transtorno de estresse pós-traumático (TEPT), autoagressão e automutilação, transtornos de personalidade borderlaine e comportamento suicida

▪ Dores crônicas;▪ complicações reprodutivas; ▪ Crianças como reprodutores deste fenômeno;

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COMO PROCEDER?

.

VIOLÊNCIA

CONTRA A MULHER

Demanda aos serviços

de saúde

Impacto no processo de

saúde mental da mulher

vitimizada

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E os profissionais de saúde estão preparados para lidar com tal problemática?

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Formação dos profissionais:

“Precisa de formação, sim. Eu acho que a gente é muito mal educado nesse sentido. A gente sabe tirar do risco

de vida, mas não sabe como ajudar, ou fazer a conexão pra essa pessoa ter uma vida normal” (Médica 4, 36

anos).

Ausência de Conhecimentos epidemiológicos sobre violência:

“Quando tem dano de algum membro, quando ela sente muita dor, ela vem. Agressão moral, verbal não chega

aqui” (Enfermeira 2, 30 anos).

Atendimento extremamente racional:

“Se ela quer continuar nessa vida, o problema é dela. Não é meu. O meu problema é suturar o braço dela,

certo?” (Médico 12, 57 anos);

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O serviço de saúde pode ser o primeiro lugar que as mulheres em situação de violência procura.

Cabe a ele:

▪ Identificar a situação de violência;▪ Prestar atenção qualificada e humanizada;▪ Encaminhar aos outros pontos da rede.

No entanto:

▪ Despreparo na formação acadêmica;▪ Muitos ainda não reconhecem a violência contra a mulher como um problema de saúde pública;

Muitos profissionais não se sentem a vontade para se “intrometer” na vida do paciente;▪ Não observam sinais clínicos e básicos;▪ Não encaminham para a Redes de atendimento;▪ Não fazem a Notificação Compulsória.

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COMO PROCEDER?

Notificação compulsória

▪ A violência contra a mulher é um problema de alta relevância e que possui pouca visibilidade social;

▪ Lei N.º 10.778, de 24 de novembro de 2003 e regulamentada pela portaria N.º 2.406

▪ Obrigatoriedade do profissional de saúde com relação a notificação. O preenchimento deve ocorrer

na unidade de saúde onde foi atendida a vítima.

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FLUXO DE NOTIFICAÇÃO DE VIOLÊNCIA CONTRA A MULHER

Quem notifica?

Todos os profissionais de Saúde, em todas as unidades, pronto atendimentos

do município e CREAS

Pronto AtendimentosUnidades de Saúde

CREAS

Aciona a Política quando há risco de vida para a

mulher

NOTIFICAÇÃO DE VIOLÊNCIA

Vigilância Epidemiológica

Faz cópias e encaminha para rede

Responsável pela rede na Secretaria de Saúde da Mulher

Responsável pela rede SocialCRAS

CREAS

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FLUXO DE ENCAMINHAMENTO DE VIOLÊNCIA À MULHER

PA(s) e US Avaliar a situação de risco da mulher e orientar sobre a Lei Maria da Penha.

Encaminhar para:Delegacia SEMPRE

SocialAtendimento Jurídico

Guarda dos filhosPensão alimentícia

Separação de corposSeparação judicial

DivórcioCRAS trabalha com:

Prevenção da violênciaCursos profissionalizantes

Saúde

Atendimento Psicológico US

SedeVítima e Agressor

CREASSituações mais graves,

proteção especial

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Quando apresentam queixas vagas e crônicas, com

resultados normais eminvestigações e exames

realizados;

Relatos de acidentes frequentes, como também a compatibilidade deste relato

com a lesão observada;

Quando a mulher está muito agitada, ou se evita dar muitos detalhes sobre oocorrido, se está muito

fechada;

Além disso, é fundamental ficar atento aos sinais

clínicos, psicossomáticos esociais;

OS PRINCIPAIS SINAIS OCULTOS QUE DENUNCIAM A EXISTÊNCIA DA VIOLÊNCIA E QUE DEVEM SER DETECTADOS PELOS PROFISSIONAIS DE SAÚDE:

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É importante nos questionarmos sobre os mitos sociais

que os profissionais possuem e a influência que exercem em

sua prática profissional. Pensamentos como os citados são

uma forma grave não só de invisibilização da violência, no

sentido de que os profissionais não buscam conhecimentos

sobre a lei para embasar a prática, mas da violência institucional

que os próprios profissionais podem cometer, ao atender

mulheres nessa situação. Esses estereótipos devem ser

quebrados na sociedade e, em primeiro lugar, nos prestadores de

serviço público na área de saúde.

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REFERÊNCIAS

DAHLSTEDT, Jayme Kay. Notification and risk management for victims of domestic violence. Wis. JL Gender & Soc’s. v.28, n. 1. 2013. LEITÃO, T. SUS atende 2,5 vezes mais mulheres vítimas de violência do que homens. Agência Brasil. 2012. Disponível em: . Acesso em: 05 jul. 2018.

POLIT, D.F. BECK, C.T. HUNGLER, B.P. Fundamentos de Pesquisa em Enfermagem, métodos, avaliação e utilização. 5 ed. Porto Alegre: Artmed, 2004, 487 p. ROUQUAYROL, Maria Zélia; SILVA, Marcelo Gurgel Carlos da. Rouquayrol epidemiologia & saúde. 7. ed. Rio de Janeiro: MedBook, 2013. UNITED NATIONS. Human Rights Violation. 2013. Disponível em: Acesso em: 10 juN. 2018.

VILLELA, W. V. et al. Ambiguidades e Contradições no Atendimento de Mulheres que sofrem Violência. Saúde & Sociedade. São Paulo, v.20, n.1, p. 113-23, 2011. VIEIRA, E. V.; PERDONA, G. S. C.; SANTOS, M. A. Fatores associados à violência física por parceiro íntimo em usuárias de serviços de saúde. Revista Saúde Pública. v. 45, n. 4, p. 730-7, 2011 WAISELFISZ, Julio Jacobo.

Mapa da Violência, 2012. Os novos padrões da violência homicida no Brasil. São Paulo, Instituto Sangari, 2012. Disponível em: . Acesso em 27 de Nov de 2013 WATTS N. Screening for domestic violence: a team approach for maternal/newborn nurses. AWHONN Lifelines. 2004 Dec; 8(3):210-9

FACURI, Cláudia de Oliveira, et al. Violência sexual: estudo descritivo sobre as vítimas e o atendimento em um serviço universitário de referência no Estado de São Paulo, Brasil. Cad. Saúde Pública, Rio de Janeiro, v. 29, n. 5, p. 889-898, mai, 2 9º Anuário Brasileiro de Segurança Pública (Fórum Brasileiro de Segurança Pública, 2015)

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OBRIGADA!

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