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Tecnologia de Aplicação de Defensivos
Programa de Produção Integrada de
CITROS, GOIABAS e MORANGOS
PRODUÇÃO
Engº. Agrº. M. Sc. Aldemir Chaim
APRESENTAÇÃO
Engº. Agrº. Luiz Guilherme Rebello Wadt
Equipamento de aplicação de defensivos
utilizado
antes de 1868
Tipos de bicos de pulverização que já
eram
descritos em 1896
História da aplicação de defensivos
Durante o século XX, houve uma evolução
muito grande no processo de síntese de
novas moléculas de agrotóxicos.
Entretanto, tecnologia para aplicar essas
novas moléculas continuou sendo muito
semelhante àquela empregada no século
XIX
Conseqüência:
BAIXA EFICIÊNCIA DE DEPOSIÇÃO
Vista de um pulverizador costal
esquemático.
Vista de um pulverizador tipo
turboatomizador esquemático
Foto de um moderno
pulverizador costal motorizado
Foto de um moderno
pulverizador tipo pistolas
Foto de um moderno pulverizador tratorizado
tipo canhão
Foto de um moderno turboatomizador para
engate de 3 pontos
Foto de um moderno
turboatomizador em atividade
.
Foto de um moderno
pulverizador de barras rebocável
em atividade
Foto de um moderno
pulverizador de barras
autopropelido (gafanhoto)
Foto de um turboatomizador
adaptado para a cultura de morango
Foto de um Pulverizador Elétrico
tipo Mangueiras (ou Pistolas)
Modelo de Pulverizador a
Controle Remoto
Pulverizadores a Controle
Remoto
Foto de um moderno
pulverizador costal de pressão
hidraulica manual
Vista de um Pulverizador Costal
Eletrostático (protótipo)
Diferença entre
pulverização e aplicação
Pulverização: processo físico-mecânico de
transformação de uma substância líquida
em partículas ou gotas.
Aplicação: Deposição de gotas sobre um
alvo desejado, com tamanho e densidade
adequadas ao objetivo proposto.
EFICIÊNCIA DA APLICAÇÃO DE DEFENSIVOS
NA ATUALIDADE
DISTRIBUIÇÃO PERCENTUAL DE
DEFENSIVOS NA CULTURA DO FEIJÃO
Distribuição percentual de defensivos em culturas arbustivas
FATORES QUE AFETAM A EFICIÊNCIA DA APLICAÇÃO
• VOLUME INADEQUADO DE CALDA PARA
DETERMINADOS
ESTÁGIOS DE DESENVOLVIMENTO DA CULTURA
• FALTA DE DEFINIÇÃO DE ALVO BIOLÓGICO
• ESCOLHA INCORRETA DE EQUIPAMENTO PARA
CONTROLE
FITOSSANITÁRIO DE DETERMINADA CULTURA
RESÍDUOS DE DEFENSIVOS ( quantidade de deposição) ENCONTRADOS EM
PLANTAS TRATADAS COM PULVERIZADOR TRADICIONAL E OUTRO
MOTORIZADO COSTAL ELETROSTÁTICO
Resíduos expressos em g/cm2
Distribuição/ Plantas
PULVERIZADOR
TRADICIONAL
(2000 L/HA)
PULVERIZADOR
COSTAL MOTORIZADO
(30 L/HA)
Inferior 0,11 1,61
Mediana 0,12 2,06
Superior 0,14 2,13
Média 0,12 1,93
EPI (s)
DEPOSIÇÃO DE DEFENSIVOS
NOS OPERADORES
Modelos de EPI(s)
Modelos femininos de EPI(s)
Utilização de equipamentos de proteção individual
O grau de exposição das diferentes regiões do
corpo varia com o método de aplicação empregado
e a natureza do alvo tratado em diversos pontos do
corpo do aplicador.
Rg. Anatom. Pulv.
Tradicional
Pulv. Motor Costal
eletrostático
Pescoço 15,3 0,7
Punhos 15,3 2,1
Braços 13,8 1,5
Ombros 9,9 1,0
Tórax 8,0 0,8
Abdômen 9,5 0,4
Coxas 13,3 0,7
Pernas 12,6 0,7
Tornozelos 16,5 1,6
Nuca 12,5 0,4
Média 12,7 1,0
CONTAMINAÇÃO DOS APLICADORES COM DOIS TIPOS
DE EQUIPAMENTOS
Resíduos expressos em g/cm2
No caso de pulverizador estacionário, quando
utilizado em tomate estaqueado com 100 cm
de altura, a contaminação é distribuída nas
regiões dos coxas, barriga e ombros.
Em tomateiro com 160 cm de altura, ocorre
contaminação generalizada nos regiões do
corpo, mas a região do pescoço é muito
atingida.
Os pulverizadores tipo pistola, utilizados em
citros ou outras fruteiras de grande porte
(dependendo do espaçamento e porte da
cultura) proporcionam contaminação nas
regiões do cabeça, braços, tórax e abdômen
do aplicador.
No caso de pulverizador costal, quando utilizado em
cultura de porte baixo, promove pesada contaminação
apenas das pernas do aplicador.
Entretanto, quando usado em culturas envaradas (como
o tomate) e parreiras, ou culturas de porte médio (como o
fumo e o café), o aplicador necessita deslocar-se dentro
de uma névoa de gotas em suspensão no ar,
contaminando as regiões mais elevados do corpo.
Exemplos de uso correto de EPI(s)
Operador com EPI correto
Outro exemplo de uso correto de
EPI
Exemplos de mau uso de EPI(s)
Outros exemplos de mau uso de
EPI(s)
Principais Vias de Contaminação
Exemplos de Intoxicações por
Agrotóxicos • Dermatite de Contato Hipersecreção
Outros exemplos de intoxicação
por Agrotóxicos • Intoxicação por Arsênico Dermatite por Diuron
Pulverizador tratorizado de barras apresenta
um risco muito pequeno ao aplicador
(tratorista), quando usado em culturas de porte
inferior a 50 cm.
Entretanto, à medida que o porte da cultura
aumenta, o risco de contaminação do aplicador
aumenta por causa da deriva da névoa
produzida pelo equipamento.
O pulverizador tratorizado turbinado (ventilador),
largamente empregado em culturas de porte
arbustivo e arbóreo, promove uma contaminação
relevante nos regiões da cabeça e ombros do
aplicador devido à deriva das gotículas.
Desenho Animado – EPI(s)
RECOMENDAÇÃO DE
PULVERIZAÇÃO
Definição dos Alvos Biológicos
Definição dos Níveis de Danos
Econômicos
Escolha dos Agroquímicos
ALVO BIOLÓGICO
A proteção da
cultura será mais
eficiente quando os
agrotóxicos forem
aplicados de
forma econômica,
dentro de uma
escala determinada
pela área ocupada
pela praga e pela
urgência com que a
população deve ser
controlada.
Exemplo:
SITUAÇÃO NOS CITROS
Distribuição espacial do ácaro
da Leprose em plantas de citros.
Exemplo:
SITUAÇÃO NOS CITROS
Região de concentração de população de ácaro
da Leprose, que se localiza entre
plantas adjacentes
Exemplo:
SITUAÇÃO NOS CITROS
Padrão de distribuição de gotas de
pulverização em plantas de citros, de 7 anos de
idade, obtida com duas marcas de
pulverizadores turbinados. As áreas mais
escuras representam maior deposição
Exemplo:
SITUAÇÃO NOS CITROS
Esquema hipotético da trajetória do
jato de ar
dos pulverizadores turbinados
utilizados na
pulverização de citros
Exemplo:
SITUAÇÃO NOS CITROS
Variação da velocidade do jato de ar produzido
por ventilador axial, em função da distância,
medida em múltiplos de diâmetro da saída de
ar (figura adaptada de Matthews, 1982)
0
0,1
0,2
0,3
0,4
0,5
0,6
0,7
0,8
0,9
1
0 20 40 60 80
Distância da saida (em diâmetros da saída de ar)
Rel
ação
da
velo
cida
de a
xial
Antes de comprar um produto fitossanitário,
é fundamental consultar um Engenheiro
Agrônomo para fazer uma avaliação correta
dos problemas da lavoura, como o ataque de
pragas, doenças e plantas daninhas.
Existem circunstâncias em que o uso de agrotóxicos
não é necessário, quando os métodos culturais e
biológicos de controle são eficazes, ou quando a
população da praga ainda não tenha atingido níveis
que justifiquem o custo da aplicação do produto.
Caberá aos técnicos identificarem a presença de
pragas, doenças ou plantas daninhas; avaliarem se
estas estão presentes ao ponto de causarem danos
econômicos e orientarem quando houver
necessidade de intervenção com a pulverização.
MANEJO INTEGRADO DE PRAGAS
No MIP não basta só a presença da praga para que o controle químico seja
iniciado, pois avalia também a ótica financeira. O monitoramento da
população da praga, evidenciada pelos sintomas de ataque ou de alimentação
deixados nas estruturas da planta, indicam se é inevitável a sua redução
imediata. Entretanto, são utilizados alguns indicadores que devem ser
avaliados antes de se iniciar as pulverizações com agrotóxicos.
O limiar econômico – LE, é a densidade populacional da praga que causaria a
primeira perda estatística da produção.
Outro índice considerado é o nível econômico de dano - NED, que expressa a
densidade populacional da praga que causaria dano equivalente ao custo de
uma operação de controle.
Portanto, se aguardada a tomada de ação até que o NED seja evidenciado,
existirá o comprometimento financeiro de produção e os custos adicionais
associados ao controle por agrotóxicos. Assim, por essa proposta, indica-se
que a tomada de ação do MIP seja orientada pelo Limiar Econômico
NIVEL DE CONTROLE
MANEJO INTEGRADO DE PRAGAS
A melhor fonte de informação sobre o produto é o rótulo e a bula.
Período de carência ou intervalo de segurança
É o número de dias que deve ser respeitado entre a última aplicação e a colheita. O período de carência vem escrito na bula do produto. Este prazo é importante para garantir que o alimento colhido não possua resíduos acima do limite máximo permitido.
Período de carência ou intervalo de segurança
Por exemplo: se a última aplicação
do produto na lavoura de tomate foi
no dia 2 de março e o período de
carência é de 5 dias, a colheita só
poderá ser realizada a partir do dia
7 de março.
A comercialização de produtos
agrícolas com resíduo acima do
limite máximo permitido pelo
Ministério da Saúde é ilegal. A
colheita poderá ser apreendida e
destruída. Além do prejuízo da
colheita, o agricultor ainda poderá
ser multado e processado.
Manejo de Pragas - Obrigatório
.Utilizar princípios básicos do MIP (repassados nos treinamentos para inspetores e manejadores fitossanitários), ter pelo menos uma pessoa habilitada para o monitoramento de pragas;
.Disponibilizar as fichas de inspeção de cada talhão/ parcela devidamente preenchidas;
.Tomar a decisão de controle que contemple as necessidades de cada propriedade e de acordo com a grade PI Citros, Goiabas, Morangos, etc.
Manejo de Pragas - Recomendado
.Monitorar periodicamente as pragas de acordo com as recomendações técnicas do MIP;
.Subdividir os talhões (possuir no máximo 2000 plantas); utilizar métodos diretos e armadilhas para a avaliação dos níveis de população de pragas;
.Utilizar informações geradas por estações de aviso;
.Realizar o controle logo após detectado os níveis de ação preestabelecidos no MIP;
.Dar preferência aos métodos de controle biológicos, biotecnológicos, culturais, físicos e genéticos;
.Utilizar ficha de inspeção padrão em papel ou eletrônica; consolidar, na ficha anual de monitoramento, os resultados de cada talhão/parcela.
Manejo de Pragas - Proibido
.Executar tratamentos periódicos e sistemáticos
sem justificativa técnica;
.Manter pomares (parcelas) abandonados e com
risco de disseminação de pragas.
.Utilizar somente produtos registrados para a cultura, constantes na
grade de agrotóxicos, mediante receituário agronômico, conforme
legislação vigente;
.Usar agrotóxicos (vide Marco Legal) levando em conta eficiência e
seletividade dos produtos para cada praga, riscos de resistência,
toxicidade, dose recomendada, limite máximo de resíduo - LMR,
intervalo de segurança e impacto ambiental;
.Fazer alternância de produtos levando em consideração o ingrediente
ativo e o modo de ação;
.Armazenar e manusear agrotóxicos de acordo com a legislação vigente;
Treinar, disponibilizar e exigir o uso de EPIs;
Respeitar o intervalo de reentrada após aplicações fitossanitárias.
Uso de Agrotóxicos - Obrigatório
Uso de Agrotóxicos - Proibido
.Empregar recursos humanos sem capacitação técnica;
.Aplicar agrotóxicos em sistema de termonebulização;
.Reutilizar embalagens;
.Descartar embalagens e resíduos de agrotóxicos em locais impróprios;
.Desrespeitar os intervalos de segurança dos
agrotóxicos.
Preparo das caldas - Obrigatório
.Obedecer às recomendações técnicas sobre
manipulação de agrotóxicos, conforme legislação
vigente;
.Preparar e manipular agrotóxicos em locais
específicos ou adequados para manuseio, desde que
não cause risco de contaminação;
.Operadores devem utilizar EPIs.
Preparo da calda - Proibido
.Proceder à manipulação e à aplicação de agrotóxicos na presença de crianças, pessoas alheias à atividade e animais;
.Utilizar recursos humanos sem capacitação técnica;
.Descartar restos de agrotóxicos e lavar equipamentos em fontes de água, riachos e lagos, conforme legislação vigente.
Armazenagem de Agrotóxicos
Local isolado para
armazenagem
Local adequado e isolado
para preparo das caldas.
Armazenagem de Agrotóxicos
Receituário Nota Fiscal
Armazenagem de Agrotóxicos
Serragem para eventuais
derramamentos
Quadro para organizar
aplicações
Armazenagem de Agrotóxicos
Armazenagem de Agrotóxicos
Comprovante de devolução
de embalagens vazias
Checagem durante auditoria
(PIMo – 2011)
Desenho Animado Transporte de Agrotóxicos
PULVERIZAÇÃO OU GERAÇÃO DE GOTAS
A PULVERIZAÇÃO É O FENÔMENO FÍSICO QUE
AUMENTA A “ÁREA” DO “INGREDIENTE ATIVO”,
PARA QUE ELE POSSA SER ESPALHADO EM
UMA GRANDE ÁREA DE FOLHAS DAS CULTURAS
O CONTROLE FITOSSANITÁRIO NECESSITA DE
PEQUENAS QUANTIDADES DE INGREDIENTE ATIVO
CLASSIFICAÇÃO DAS PULVERIZAÇÕES DE ACORDO COM O TAMANHO DAS GOTAS
Diâmetro mediano
Volumétrico ( m) Classificação da pulverização
<50 Aerossol
51-100 Neblina
101-200 Pulverização fina
201-400 Pulverização média
>400 Pulverização grossa
>500 Garoa
EXEMPLOS:
A pulverização aerossol é adequada para pulverização sob deriva,
contra insetos voadores.
Algumas gotas aerossóis - 30 a 50 m e neblina são ideais para
tratamento de folhagens em aplicações com volumes ultra baixos -
menos de 5,0 L/ha .
Quando é necessário reduzir a deriva, as pulverizações média e
grossa são as mais adequadas, independentemente do volume
aplicado.
A pulverização fina é adequada quando é necessário um ajuste
entre reduzir a deriva e promover uma boa cobertura.
Alvos Tamanho de gotas (m)Insetos em vôo 10-15Insetos em folhagem 30-50Folhagens 40-100Solos ou para reduzir deriva 250-500
RELAÇÃO ENTRE O TAMANHO DAS GOTAS E O ALVO DA PULVERIZAÇÃO
CUIDADO:
A seleção do tamanho das gotas deve ser
bastante criteriosa. Por exemplo, imaginando-se
que uma gota de 50 m possui a dose letal de
um determinado inseticida para um determinado
inseto, uma gota de 200 m teria uma dose 64
vezes maior. Entretanto, se as duas gotas
fossem perdidas, a gota maior desperdiçaria 64
vezes mais produto que a gota menor.
ESTE FENÔMENO, QUE DEPENDE DA TEMPERATURA E
UMIDADE RELATIVA, É O QUE MAIS AFETA AS PERDAS
DAS PULVERIZAÇÕES.
EVAPORAÇÃO DE GOTAS
Tamanho T=200 C T=250 C T=300 C
original T=2,2 T=4,0 T=7,7da gota UR=80% UR=72% UR=50%
m) t=(s) D=(m) t=(s) D=(m) t=(s) D=(m)
30 5 0,07 3 0,04 1 0,02
50 14 0,30 8 0,29 4 0,1570 28 2,05 15 1,13 8 0,58
100 57 8,52 31 4,69 16 2,44
150 128 43,14 70 23,73 37 12,33200 227 136,36 125 75,00 65 38,96
300 511 690,34 281 379,69 146 197,24
400 909 2181,81 500 1200,00 290 623,37
TEMPO DE VIDA E DISTÂNCIA DE QUEDA DE UMA GOTA EM
AR PARADO SOB DIFERENTES CONDIÇÕES DE TEMPRATURA
E UMIDADE RELATIVA
DISTÂNCIA DE DERIVA DE GOTAS LIBERADAS A TRÊS METROS DE ALTURA SUBMETIDAS A VENTO DE
1,34 m/s (4,8 km/h)
Diâmetro da Gota (micras)
500
200
100
30
15
Distância da Deriva (m)
2,10
4,90
15,25
152,50
610,00
Intervalo
PROCESSOS DE GERAÇÃO DE
GOTAS
BICOS DE PULVERIZAÇÃO
• BICOS CENTRÍFUGOS
• BICOS PNEUMÁTICOS
• BICOS ELETROHIDRODINÂMICOS
• BICOS HIDRÁULICOS
Pulverizador manual com bico centrífugo: produção de gotas
com tamanho uniforme, mas com péssima penetração
no interior da cobertura vegetal
1
652127
4
13
3
15
9 14
10
11
8
Bico pneumático eletrostático desenvolvido pela
Embrapa Meio Ambiente
Excelente na deposição e penetração nas plantas.
Exige compressor de ar de alta potência pois cada bico consome
400 L de ar por minuto em 4 a 6 libras de pressão. Isso limita a
fabricação de máquinas tratorizadas.
1. Corpo do bico2. Capa de pulverização
3. Eletrodo de indução4. Eletrodo de aterramento5. Parafuso de conexão de cabo de alta tensão
6. Mola de conexão7. Parafuso de conexão do cabo de aterramento
8. Tubo de alimentação para líquido9. Entrada de líquido10. Entrada de ar sob pressão
11. Direção do deslocamento do ar comprimido12. Fenda interna de escoamento de líquido
13. Fresta anular de emergência do líquido14. Orifício de escape de ar do corpo do bico15. Orifício da capa de pulverização
4
9
13
14
3
11
12
7
16
1
1. Corpo do bico 3. Eletrodo de indução 4. Eletrodo de aterramento 7. Parafuso de conexão do cabo de aterramento 9. Mangueira de admissão de líquido 11. Direção do deslocamento do ar comprimido 12. Fenda interna de escoamento de líquido 13. Fresta anular de emergência do líquido 14. Orifício de escape de ar do corpo do bico 16. Gotas com carga eletrostática
Esquema do funcionamendo do bico pneumático eletrostático
1 - saída do ar; 2 - eletrodo de indução; 3 - suporte de sustentação do eletrodo de indução; 4 - “margarida”paraauxiliaryapulverização; 5 - tubulação de condução do líquido.
Outro bocal eletrostático pneumático desenvolvido pela Embrapa Meio Ambiente para ser acoplado a pulverizadores motorizados costais
Bico eletrohidrodinâmico desenvolvido por Chaim em 1984
O líquido é pulverizado pela própria alta tensão
(25 kV) empregada para eletrificação das gotas
Não possui motor ou bomba de pressurização.
Funciona com bateria de 12 V com consumo
baixíssimo de 18 miliwatts.
Todas as gotas saem com o mesmo tamanho
Limitação: Só funciona com calda oleosa
Os bicos hidráulicos extraem a energia para a pulverização da
pressão a que o líquido é submetido e, atualmente, são os mais
utilizados no mundo.
Uma bomba hidráulica ou tanques pressurizados são utilizados
para suprir a energia necessária para a pulverização.
Os bicos hidráulicos podem ser subdivididos em grupos, que
basicamente descrevem as características do jato emitido e,
assim sendo, existem bicos de jato cônico-cheio, bicos de jato
cônico-vazio e bicos de jato em leque.
Bicos Hidráulicos
BICOS HIDRÁULICOS CONVENCIONAIS
cone cheio cone vazio leque
e cheio
UM BICO CONE É CONSTITUÍDO DE DIFERENTES PEÇAS
1- corpo, 2- filtro, 3- núcleo, 4- disco, 5- capa
O bico de jato cônico possui um dispositivo
interno com uma ou mais aberturas, o qual em
inglês é denominado de "core", e em
português recebe uma série de outras
denominações, como disco, caracol, difusor
ou núcleo. Esse dispositivo tem como
finalidade promover uma rotação do líquido em
uma pequena câmara antes do orifício de
saída. A rotação do líquido faz com que ele
saia tangenciando a borda circular do orifício,
na forma de uma fina lâmina em formato
cônico que, com a expansão, se rompe em
gotas.
Nos bicos da Spraying Systems, o núcleo
recebe as numerações como 13, 23, 25, 45, etc.;
onde o primeiro algarismo indica o número de
aberturas existentes no núcleo. Por exemplo, nº
45 indica que existem 4 aberturas no núcleo; o
segundo algarismo indica o tamanho da
abertura.
O disco recebe a numeração como D2, D4, D5,
etc., sendo que o número após a letra D indica o
diâmetro do orifício (ex: 2/64", 5/64").
Da combinação núcleo-disco resulta a
identificação do bico. Exemplo: D2-13, D4-45.
Nos bicos da marca Jacto, o núcleo é
identificado através do número de furos: o
núcleo 1 possui um furo, o núcleo 2 possui
dois.
O disco Jacto pode ser 10 ou 14, sendo
que esses números também indicam o
diâmetro do orifício (1,0 mm e 1,4 mm,
respectivamente).
A identificação do bico Jacto é feita assim:
JD14-1 (disco 14, núcleo de 1 furo);
JD10-2 (disco 10, núcleo de 2 furos).
Nos bicos de jato em leque, que são
amplamente utilizados na aplicação de
herbicidas ou pulverização em superfícies
planas, o líquido é forçado a passar por um
orifício de forma elíptica ou retangular. Esses
bicos trabalham geralmente com pressões
inferiores, em relação aos cônicos, e existem
opções para se trabalhar em uma ampla
gama de vazões e ângulos de pulverização.
BICOS LEQUE
BICOS LEQUE
Tipo de bico leque, onde o jato é originário de um orifício elíptico da ponta (3). Os algarismos indicam: 1- corpo, 2- filtro, 3- ponta, 4- capa.
Como a maioria dos herbicidas é aplicada à superfície do solo, ficou arraigada a crença de que bico leque é bico para se aplicar herbicidas. Entretanto, o bico leque é indicado também para aplicar inseticidas e fungicidas ao solo, pois a escolha do bico é em função do alvo. Deve ser considerado, que no bico cônico o líquido desperdiça energia quando efetua a rotação antes de sair pela ponta e por isso, o jato não tem velocidade suficiente para penetrar nas regiões inferiores das plantas. Neste caso, quando o alvo se situa na região mediana e inferior das plantas, um bico leque de ângulo de jato mais estreito poderá oferecer maiores vantagens de penetração que o bico cone, porque seu jato atinge maior velocidade, gerando turbulências desejáveis para melhorar a deposição.
Na série Teejet da Spraying Systems Co., a numeração obedece à seguinte notação: os, primeiros dois (ou três) algarismos indicam o ângulo de abertura do jato, à pressão de 40 lbf/pol². Os demais algarismos à direita indicam a vazão, em galão por minuto. Exemplificando: o nº 8002 (lê-se 80-02) indica que o bico, operado a pressão de 40 lbf/pol², produz jato com 80 graus de abertura, e a sua vazão é de 0,2 galão/minuto. O nº 11004 (lê-se 110-04) indica bico que fornece 110 graus de abertura do jato e vazão de 0,4 galão/minuto, a 40 lbf/pol².
BICO LEQUE DE IMPACTO
Tipo de bico leque de impacto, onde o jato é
formado por uma ponta (3) em que o líquido
colide com uma superfície lisa. Os algarismos
indicam: 1- corpo, 2- filtro, 3- ponta, 4- capa.
Esse tipo de bico necessita pressões menores
que o anterior.
Foi introduzido no Brasil um tipo de bico leque com
indução de ar, que segundo os fabricantes consegue
introduzir pequenas bolhas de ar nas gotas. As gotas
produzidas por esse tipo de bico são muito grandes e
portanto, adequadas à aplicação de produtos para
redução de deriva. É um tipo de bico adequado para
aplicação de herbicidas e fungicidas sistêmicos.
Materiais utilizados na fabricação das pontas dos bicos
Latão: baixa resistência ao desgaste, principalmente na pulverização
de formulações tipo pó molhável, além de serem especialmente
suscetíveis à corrosão principalmente com o uso de fertilizantes.
Aço inoxidável: boa resistência ao desgaste e excelente resistência à
ação dos produtos químicos; orifício durável.
Aço inoxidável endurecido: alta resistência ao desgaste; boa
durabilidade e resistência ao ataque de produtos químicos.
Polímeros: média a boa resistência ao desgaste; boa resistência ao
ataque de produtos químicos; orifício facilmente danificável, durante a
limpeza.
Cerâmica: Muito alta resistência ao desgaste; muito resistente à ação
dos produtos químicos abrasivos e corrosivos
Bicos de diversos materiais
Bico em Leque
Diversos Tipos de Pontas para
Bicos
Moderno Suporte para Bicos de
diversos modelos ou calibres
A inspeção dos bicos deve ser constante
(nunca admita vazamentos)
PULVERIZADORES TRATORIZADOS
PULVERIZADORES DE BARRA
Circuito hidráulico de um pulverizador de barras onde: 1- tanque 2- agitador 3- registro geral 4- filtro 5- bomba 6- câmara de compensação de pressão 7- regulador de pressão 8- manômetro 9- registro 10- tubulação de retorno 11- barra 12- bicos.
Nos PULVERIZADORES DE BARRA:
Depósito - O depósito ou tanque do
pulverizador (1), define a capacidade
operacional do pulverizador e dispõe de
uma peneira na sua entrada, que serve
para retenção de sujeiras mais
grosseiras. O tanque dispõe de agitador
mecânico (2) que é útil para a utilização
de formulações tipo pó molhável ou
suspensão concentrada, evitando a
decantação do produto na base do
depósito. A forma de transporte do
tanque define se o equipamento é de
arrasto tipo carreta ou se e é montado
no terceiro ponto do trator.
Nos PULVERIZADORES DE BARRA:
Filtro - Antes que a calda
entre na bomba, existe um
filtro (4), cuja limpeza deve
ser freqüente. Para poder
abrir o filtro, com o tanque
abastecido, existe um
registro (3) antes do mesmo.
Nos PULVERIZADORES DE BARRA:
Bomba - Existem vários tipos de
bombas, cuja função é fornecer
pressão à calda (5), mas no
Brasil, a maioria é do tipo pistão.
Para formação de pressão, a
bomba deverá ter capacidade de
recalcar um volume líquido maior
do que a vazão total de todos os
bicos.
Nos PULVERIZADORES DE BARRA:
Câmara de compensação - Esta
câmara é um frasco metálico com ar em
sua região superior, e sua principal
função (6) é de amortecer as pulsações
de pressão, oriundas da ação de
admissão-compressão da bomba de
pistão. Se esta câmara, por algum motivo
ficar cheia de líquido, os jatos dos bicos
poderão apresentar pulsações, alterando
substancialmente a qualidade das gotas
produzidas. Essa câmara possui um
dreno para retirada de água, quando
necessário. Para bombas de ação
continua, como as bombas centrífugas,
não seria necessária essa câmara.
Nos PULVERIZADORES DE BARRA:
Regulador de pressão - Eliminada a
pulsação, a calda entra no regulador de
pressão (7), que divide o volume
bombeado pela bomba, sendo uma parte
do líquido direcionado diretamente para
os bicos e outra parte desviada para o
tanque. Para variar essa proporção
basta girar uma manopla que comprime
uma mola com uma pastilha, que
comanda a passagem para o retorno.
Quanto mais se comprime essa mola,
mais difícil será o retorno e, portanto,
mais liquido será enviado aos bicos.
Como a saída dos bicos é pequena, a
pressão nessa parte do circuito se
elevará e vice-versa.
Nos PULVERIZADORES DE BARRA:
Manômetro - A pressão no circuito dos bicos é observada em um manômetro (8) em escalas em lbf/pol2, e kg/cm2 (ambas não oficiais, porém consagradas pelo uso). Normalmente os manômetros só devem ser utilizados durante a regulagem da pressão de pulverização. Para sua proteção, o manômetro deve ser acoplado a um registro, que deverá ser fechado durante o trabalho no campo. O registro do manômetro deverá ser fechado, quando o sistema estiver despressurizado. Quando não houver o registro, a solução paliativa é utilizá-lo enquanto se regula a pressão e, após isso, desacoplá-lo do circuito. Por precaução, seria necessário conferir a pressão 2 ou 3 vezes ao dia .
Nos PULVERIZADORES DE BARRA:
Registro - Depois do regulador de pressão e manômetro deve haver um registro(9) que o operador comanda a abertura e fechamento do liquido para os bicos. Este comando permite a abertura e fechamento de líquido para diferentes seções da barra, como por exemplo: central, esquerda e direita, ou outras que o equipamento possuir.
Nos PULVERIZADORES DE BARRA:
Barra - A barra de pulverização (11) é o
dispositivo que serve de suporte para os
bicos e apresenta comprimento que varia
conforme o modelo do pulverizador.
Quanto mais comprida a barra, mais larga
será a faixa de tratamento e, portanto,
maior a capacidade operacional do
equipamento. Entretanto, mais comprida
a barra, maior será a oscilação da mesma
e a deposição será mais heterogênea.
Entretanto hoje existem pulverizadores de
barras muito longas e estabilizadas, de
grande capacidade operacional no
mercado nacional
Nos PULVERIZADORES DE BARRA:
Bicos - Os bicos (12) se acham
posicionados na barra em distâncias
uniformes, fixadas por diferentes
sistemas. Normalmente o
equipamento vem de fábrica com a
barra montada adequada para as
situações mais comuns de cobertura
do alvo, que é a cobertura total da
superfície do solo ou da cultura.
Entretanto, deve-se procurar o melhor
posicionamento do bico, para que a
maior quantidade do produto químico
seja colocada no alvo. A iniciativa e
imaginação são os critérios que
deverão ser adotados para maximizar
a deposição nos alvos atendendo as
particularidades de cada cultura.
TURBO-PULVERIZADORES
Os turbo pulverizadores dispõem de ventiladores que
produzem um grande volume de ar para projetar as
gotas para o alvo. São especialmente adequados para
controle de pragas e doenças, na pulverização de
culturas de porte arbustivo e arbóreo, e aquelas que
necessitam de vento para levar as gotas no interior da
sua copa. Normalmente, os turbo pulverizadores
utilizados no Brasil, utilizam-se de bicos do tipo cone ou
leque, e o circuito hidráulico é semelhante ao dos
pulverizadores de barra, com a diferença de
apresentarem um ventilador para assoprar as gotas.
TURBO PULVERIZADORES
Circuito hidráulico de um turbo pulverizador onde: 1- tanque 2- agitador 3- registro geral 4- filtro 5- bomba 6- câmara de compensação de pressão 7- regulador de pressão 8- manômetro 9- registro 10- tubulação de retorno 11- barra 12- bicos 13- ventilador
REGULAGEM DOS PULVERIZADORES
1) Verificar o funcionamento da máquina, se não há eventuais vazamentos, e se os componentes estão funcionando a contento.
2) Checar a relação entre a marcha selecionada e velocidade de deslocamento.
3) Equipar o pulverizador com os bicos apropriados. Para isso deve ser feita a investigação sobre o hábito da praga, doença ou erva daninha para verificar qual o tamanho ideal de gotas para o seu controle.
4) Verificar a uniformidade da vazão de todos os bicos, da barra. Para tanto, funciona-se o equipamento de recolhe-se o líquido pulverizado de cada bico por um período entre 30 a 60 segundos. Bicos que estiverem com variação de vazão entre 5% a 10% em relação à média, deverão ser substituídos.
5) Procurar uma altura de trabalho que consiga a melhor distribuição de líquido sobre o alvo. A altura da barra deve ser suficiente para que o jatos dos bicos cruzem cerca de 30% (no caso de pulverizadores de barras).
Regular o posicionamento dos bicos e a altura da barra
O cruzamento de jatos de pulverização onde a sobreposição muito
grande é causada por altura elevada da barra de pulverização e a
sobreposição deficiente é provocada pela baixa altura.
Sobreposição excessiva correta sobreposição deficiente
Sobreposição muito
grande Sobreposição correta
Sobreposição
deficiente
No caso dos turbo pulverizadores, é necessário
verificar se todos os bicos estão projetando seus
jatos para as plantas. No caso de fruteiras como
citros, maçã, goiabas, etc., deve ser verificado se
os bicos da região inferior do arco não estão
contaminando excessivamente o solo ou se não
está ocorrendo projeção de gotas muito acima dos
ponteiros das plantas. Dependendo das condições
de enfolhamento e porte dessas plantas, alguns
bicos da região inferior ou superior do arco podem
ser simplesmente fechados.
Regulagem inadequada dos bicos de um turbo pulverizador
Observa-se na IMAGEM que o
ramal do turbo pulverizador
apresenta 8 bicos, sendo que
apenas os 4 centrais estão
corretamente orientados para
a planta. Os 4 outros, bicos
situados tanto na extremidade
superior como inferior do
ramal, deveriam ter seus jatos
re-orientados para a planta ou
simplesmente desligados,
desde que outros fossem
alinhados para projetar seus
jatos por toda copa da planta.
Por outro lado, já é possível
verificar que essa regulagem,
da forma como está,
desperdiçaria no mínimo 50%
de volume de calda
pulverizada.
Existe uma diferença entre "regulagem de
equipamentos de pulverização" e "calibração de
aplicação de agrotóxicos" . Todo o enfoque da
regulagem é para a máquina, onde se colocam os
bicos que produzem as gotas mais adequadas para
controlar o problema fitossanitário, regula-se a
direção dos jatos de gotas, a altura de pulverização, a
pressão de trabalho recomendada pelos fabricantes
dos bicos, verifica-se os filtros do bicos, checa-se a
relação entre marchas do trator e velocidades, enfim,
efetua-se a manutenção geral da máquina.
Na calibração é feita a aferição da deposição no alvo da
aplicação. Essa aferição deve ser realizada mediante a
conhecimento do tamanho e densidade de gotas necessária
para o controle fitossanitário. Só após a calibração, o
volume de calda consumido será conhecido. Como o desejo
é colocar a quantidade correta de agrotóxicos no alvo,
sem desperdícios, não se deve calibrar um equipamento
para aplicar XX litros de calda por hectare - o volume de
calda consumido é resultado da calibração e não uma meta
a ser alcançada. Assim, calibração deve ser definida como
a "otimização da deposição de agrotóxicos no alvo, com
o menor consumo possível de calda".
CALIBRAÇÃO DA PULVERIZAÇÃO
O primeiro passo na calibração da pulverização é identificar o “alvo”, onde ocorre o problema que se deseja controlar.
O segundo passo: É feita uma pulverização com água , para verificar o grau de deposição de gotas nos principais locais de ocorrência das pragas ou doenças.
Tipo de pulverização Densidade de gotas (nº/cm²)Inseticidas 20-30Herbicidas em pré-emergência 20-30Herbicidas de contato 30-40Fungicidas 50-70
A calibração poderá ser considerada boa, quando atingir os seguintes graus de deposição
www.cnpma.embrapa.br/novidades/sof_gota.html
Padrões de tamanho e densidade de gotas de pulverização.
O tamanho das gotas é o VMD e é medido e classificado pelo programa
"GOTAS" desenvolvido pela Embrapa Meio Ambiente & Embrapa Informática
Agropecuária. (Acima, Imagens recuperadas de amostras originais, que fornecem
apenas aspectos visuais de deposição, pois algumas manchas podem ter sido
alteradas entre a captura e a transposição para o texto).
200 m 130 gotas/cm²
200 m 260 gotas/cm²
300 m 38 gotas/cm²
300 m 76 gotas/cm²
400 m 20 gotas/cm²
400 m 30
gotas/cm²
Normalmente, para o caso de controle de doenças,
deposições com densidade superior a 70 gotas por
centímetro quadrado, são consideradas como as mais
adequadas para aplicações de fungicidas. Assim,
considerando os padrões apresentados na Figura
anterior, gotas entre 200 e 300 m poderiam ser
utilizadas nas pulverizações.
Portanto, não seria necessário molhar totalmente as
folhas ao ponto de escorrimento, porque essa
condição de pulverização exigiria elevado volume de
calda e seria extremamente desperdiçadora.
PARA SE ATINGIR O GRAU DE DEPOSIÇÃO
ADEQUADO, É NECESSÁRIO UTILIZAR A
CRIATIVIDADE E IMAGINAÇÃO, PARA
SELECIONAR OS BICOS ADEQUADOS,
POSICIONAMENTO NA BARRA, VELOCIDADE
DE APLICAÇÃO, ETC.
NÃO EXISTEM FÓRMULAS PRONTAS
PARA ESSA ETAPA !!!!!!!!!!
Vista de uma aula de calibração
APÓS OBTER A DEPOSIÇÃO ADEQUADA É NECESSÁRIO REALIZAR
AS SEGUINTES ETAPAS:
Avaliação da Vazão do Equipamento
Método Direto: uso de utensílios
graduados.
Método Indireto: utilização de cronometragem
de tempo de esgotamento de um
determinado volume de líquido colocado no
tanque do equipamento.
Avaliação da vazão de um
bico (método direto)
Exemplo para um pulverizador tratorizado:
1- Adicionar 20 litros de água (bem medidos) no tanque do
pulverizador
2- Acionar o pulverizador selecionando a rotação do motor
usualmente utilizada na pulverização
3- Cronometrar o tempo que se gasta para pulverizar os 20 litros
(por exemplo = 3 minutos e 15 segundos).
4- Converter o tempo para “segundos”:(exemplo: (3 x 60) + 15 = 180
+ 15 = 195 segundos).
5- Dividir os 20 litros pelo tempo em segundos:
(exemplo: 20/195 = 0,10256 litros/segundo).
6- Multiplicar o valor por 60 para obtenção da vazão em litros/min:
(VA = 0,10256 x 60 = 6,156 litros/minuto)
7- Caso necessário, dividir a vazão da máquina pelo número de
bicos. Exemplo para pulverizador com 8 bicos: 6,15 litros / 8 = 0,77
l/bico/min.
Medir a velocidade de deslocamento da
máquina durante uma pulverização:
Com uma trena, marcar um percurso de 50metros.
Afastar o trator do local demarcado a uma distância tal
que seja suficiente para imprimir velocidade
constante durante a passagem pela região
demarcada.
Disparar o cronômetro no momento em que o para-
choque (ou qualquer outro ponto de referência) do
trator atingir a marca inicial.
Desligar o cronômetro no momento em que o para-
choque atingir a marca final dos 50 metros.
Anotar o tempo gasto (repetindo a operação para obter
uma média confiável)
Se, por exemplo, o trator demorar 40 segundos para
percorrer os 50 metros, deve-se dividir a distância
percorrida pelos segundos consumidos.
Velocidade = 50/40 = 1,25 m/s
transformando em distância/minuto:
V = 1,25 x 60 = 75,00m/min.
Calcular a distancia percorrida
para tratar um hectare
Supondo que a faixa de aplicação do pulverizador é de 2,5m e
considerando um hectare como um quadrado de 100m de lado,
o numero de passadas será:
P = 100 / 2,5 = 40
Como em cada passada o trator percorre 100m, com 40 passadas
serão percorridos:
L = 100 / 2,5 = 40 x 100 = 4000m / ha
Calcular o tempo que será
gasto para tratar um hectare
O tempo será dado pela distância
percorrida (4000m / ha) dividida pela
velocidade de aplicação (75m/ min.)
T = 4000/75 = 53,3 min./ha
Calcular o volume de calda que
será gasto para tratar um hectare
O volume de calda gasto será obtido
multiplicando-se a vazão do pulverizador
(VA = 6,15 litros/min.) pelo tempo que se
gasta para a pulverização (T = 53,3 min./ha)
VOL = VA x T
VOL = 6,156 x 53,3 = 328 litros / ha
Outro Exemplo: Regulagem de
Um Pulverizador Costal
Proceda as seguintes etapas:
1. Demarque uma área de 10 m x 10 m (100 m2 ) na cultura.
2. Abasteça o pulverizador somente com água e marque o nível no tanque.
3. Coloque o pulverizador nas costas e ajuste as alças.
4. Pulverize a área marcada a uma velocidade confortável e que seja sustentável nas condições normais da área que será pulverizada (subida, descida, evitando obstáculos etc.) no período de trabalho normal.
5. Retire o pulverizador das costas.
6. Meça a quantidade de água necessária para reabastecer o tanque do pulverizador até a marca feita anteriormente, com recipiente graduado.
7. Repita essa operação por mais duas vezes e calcule a média do gasto de água.
8. Para determinar o volume de aplicação em 1 hectare, multiplique por 100 o volume aplicado em 100 m2.
9. Leia a bula do produto para verificar se este volume está dentro dos limites recomendados.
Se o volume obtido for superior ou inferior a 10% do volume recomendado na bula, mude a
ponta para uma de vazão maior ou menor, conforme o caso. Caso haja necessidade da troca
das pontas, o procedimento de calibração deve ser repetido.
.
10. Calcule o número de tanques que serão gastos em um hectare, dividindo a quantidade
de água gasta por hectare pelo volume do tanque do pulverizador.
11. Leia a bula do produto para identificar a dosagem recomendada.
Se a dosagem estiver recomendada por hectare (ex: 2,0 L/ha), calcule a quantidade de
produto a ser colocada no tanque a cada reabastecimento em função do número de tanques
por hectare. Por exemplo, se a capacidade do tanque é de 20 L e a taxa de aplicação de 200
L/ha, a quantidade de produto a ser colocada a cada reabastecimento será (20 ÷ 200) x 2,0
= 0,2 litros de produto por tanque.
Se a dosagem estiver recomendada em concentração (ex: 150 mL/100 L de água), calcule
a quantidade de produto a ser colocada no tanque a cada reabastecimento em função da
capacidade do tanque. Por exemplo, se a capacidade do tanque é de 20 L, a quantidade de
produto a ser colocada a cada reabastecimento será (20 ÷ 100) x 150 = 30 mL de produto
por tanque.
Observação: como alternativa, pode-se determinar o tempo gasto para pulverizar 100 m².
Posteriormente, com o pulverizador parado e o auxílio de um recipiente graduado, determina-
se o volume pulverizado no tempo cronometrado.
Preparo da Calda
Segurança no preparo da calda
O preparo da calda exige muito cuidado, pois é o
momento em que o trabalhador está manuseando o
produto concentrado.
Pelas regras da Produção Integrada, é obrigatório o
uso de EPI completo, e o local deve ser isolado,
ventilado e protegido contra eventuais vazamentos.
Preparo da calda
A embalagem deve ser aberta com cuidado para evitar derramamento do produto;
Utilize balanças, copos graduados, baldes e funis específicos para o preparo da calda. Nunca utilize esses mesmos equipamentos para outras atividades;
Faça a lavagem da embalagem vazia logo após o esvaziamento da embalagem;
Após o preparo da calda, lave os utensílios e seque-os ao sol;
Use apenas o agitador do pulverizador para misturar a calda;
Utilize sempre água limpa para preparar a calda e evitar o entupimento dos bicos do pulverizador;
Verifique se todas as embalagens usadas estão fechadas e guarde-as no depósito;
Manuseie os produtos longe de crianças, animais ou pessoas desprotegidas.
A ÚLTIMA ETAPA SERÁ CALCULAR A QUANTIDADE DE
PRODUTO QUE SE DEVE COLOCAR NO TANQUE
PARA ISSO É NECESSÁRIO LER O RÓTULO DO AGROTÓXICO Normalmente as embalagens dos agrotóxicos podem apresentar recomendação de dosagem em duas formas: a) na forma de XX a YY gramas de produto/ha ou XX a YY mililitros/ha b) na forma de XX gramas de produto por 100 litros ou XX mililitros de produto por 100 litros, com recomendação de um volume de calda mínimo, que deve ser utilizado para controle eficiente de pragas e doenças.
A recomendação apresentada na forma de XX gramas ou
mililitros/100 litros é amplamente utilizada pelos
agricultores, devido à facilidade dos cálculos para preparo
da calda. Entretanto essa recomendação só deve ser
utilizada quando se emprega grande volume de calda, ou
seja acima de 500 litros por hectare, obedecendo à
recomendação do fabricante do agrotóxico.
Para o exemplo de consumo de 328 litros de calda/ha, o
agricultor deverá utilizar uma recomendação que
especifique a dosagem do agrotóxico em gramas ou
mililitros por hectare.
Supondo que o agricultor utilizará um fungicida para
controle de uma determinada doença. No rótulo ou bula
da embalagem o agricultor encontra a recomendação de
dosagem de 1,5 a 2,0 L/ha do produto comercial.
Devido às características da cultura e do elevado risco
de infestação da doença o agricultor optou por aplicar a
dosagem de 2,0 litros do produto comercial por hectare.
Considerando que a área cultivada pelo agricultor é
de 5 ha e que o equipamento devidamente calibrado
aplica um volume de calda equivalente a 328 L/ha, o
consumo total de calda para tratar a cultura será: 5x
328 = 1640 litros. Supondo que a capacidade do
tanque do pulverizador é de 500 Litros, o agricultor
poderia simplesmente adicionar 328 litros de água no
tanque e os 2,0 litros do produto e tratar com cada
maquinada, um hectare de cada vez.
Com isso seriam realizados 5 preparos de calda e abastecimentos.
Entretanto, para economizar combustível, o agricultor pode realizar
apenas quatro preparos de calda, colocando no tanque do
pulverizador, em cada aplicação, 410 litros de água. Neste caso, a
dose de produto comercial a ser adicionada no tanque seria:
desejado/Volumeha/Volume
ha/DoseD
0,4100,328
0,2D
D = 2,5 litros de produto comercial para cada preparo de calda (410 Litros)
Manutenção dos Equipamentos
.
Cuidados gerais e manutenção de equipamentos de aplicação
* Exigir do representante ou fabricante do seu equipamento, o manual
de instruções referentes à montagem, a manutenção e a garantia.
* Dispor sempre do manual de instruções do equipamento de
pulverização para obtenção de informações sobre as causas das
deficiências de funcionamento. Em muitos casos as soluções de
problemas de funcionamento são simples.
* Seguir as recomendações dos fabricantes quanto às recomendações
de manutenção do pulverizador, atendendo aos períodos de
lubrificações, trocas de correias, etc.
Antes da pulverização da cultura
* Verifique se o tanque do pulverizador está limpo.
* Coloque água limpa no tanque e faça funcionar o equipamento.
* Caso exista vazamento, conserte-o. As peças com defeito devem ser
substituídas.
* Verifique se não há vazamento ou entupimento dos bicos e mangueiras.
* Observe se o jato formado está correto. Se necessário retirar o bico e
limpar com urna escova ou pincel, destinado exclusivamente para essa
finalidade. Nunca desentupir o bico de pulverização com a boca. Não usar
arame, prego ou grampo para desentupir o bico.
Após a o período de pulverização
* Esvaziar totalmente o tanque em local seguro ( ideal )
e repassar algum local da cultura com as sobras da
calda do tanque. Para evitar esse desperdício, preparar
apenas a quantidade de calda necessária para tratar a
área
* Lavar o exterior e interior da máquina com detergente
* Aplicar uma solução de 80% de óleo lubrificante e 20%
de óleo diesel, nas partes metálicas do equipamento
para evitar a corrosão
Como evitar a contaminação ambiental
* Não manusear produtos fitossanitários no interior ou nas proximidades de
residências, escolas, crianças ou pessoas não envolvidas no trabalho nem
perto de fontes de água ou beiras de córregos, rios, lagos ou canais.
* Nunca prepare a calda em ambiente fechado. Proceda sempre à
preparação da calda em local ventilado.
* Efetuar sempre a regulagem do seu equipamento e calibração da
pulverização.
* Não pulverizar quando o vento estiver muito forte. Evitar a deriva.
* Usar SEMPRE equipamentos de proteção individual.
* A temperatura e a umidade relativa do ar influenciam na evaporação das
gotas, na movimentação das massas de ar e na sustentação de gotas no ar.
Assim, para evitar perdas por evaporação, as aplicações devem ser
realizados nas horas mais frescas do dia, isto é, pela manhã e ao
entardecer.
* Toda água de lavagem de equipamentos de aplicação e de
proteção individual deverá ser descartada em local que não
ofereça risco ao meio ambiente (aproveitar e repassar linhas
da cultura tratadas).
* Durante o preparo da calda, efetuar a tríplice lavagem da
embalagem e destinar para descarte.
* Observar rigorosamente o intervalo entre a última aplicação
e a colheita (período de carência).
* Recomenda-se manutenção de faixas de isolamento dentro
das áreas cultivadas (de 1,5 a 2,0 m) ou plantio de 'quebra-
vento' para minimizar a deriva (caso houver) e para servir de
abrigo dos organismos considerados inimigos naturais.
Muito Obrigado!
Embrapa Meio Ambiente
Rodovia SP 340 km 127,5 - Bairro Tanquinho Velho
Jaguariúna, SP – CEP 13820-000
Caixa Postal 69 Tel (19) 3311-2700 Fax (19) 3311-2640
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