taxonomia de hydrophilidae (insecta: coleoptera) dos …
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INSTITUTO NACIONAL DE PESQUISAS DA AMAZÔNIA – INPA
DIVISÃO DO CURSO DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ENTOMOLOGIA – DIENT
TAXONOMIA DE HYDROPHILIDAE (INSECTA: COLEOPTERA) DOS
LAGOS DA SAVANA DE RORAIMA, BRASIL
Larissa Oliveira de Santana
Manaus, AM
Março, 2017
LARISSA OLIVEIRA DE SANTANA
TAXONOMIA DE HYDROPHILIDAE (INSECTA: COLEOPTERA) DE
LAGOS DA SAVANA DE RORAIMA, BRASIL
Orientadora: Dra. Ana Maria Oliveira Pes
Coorientador: Dr. Cesar João Benetti
Dissertação entregue ao Conselho da
Divisão do curso de Pós-Graduação em
Entomologia, como parte dos requisitos
para obtenção do título de Mestre em
Ciências Biológicas, área de
concentração em Entomologia.
Manaus, Amazonas
Março, 2017
i
RELAÇÃO DA BANCA JUGADORA
Larissa Oliveira de Santana
“Taxonomia de Hydrophilidae (Insecta: Coleoptera) de lagos da savana de Roraima, Brasil”
Dissertação aprovada como parte dos requisitos para a obtenção do título de Mestre em
Ciências Biológicas, área de concentração em Entomologia
_________________________________________________________
Dr. Galileu Petronilo da Silva Dantas
Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (INPA)
_________________________________________________________
Dr. Alexandre Somavilla
Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (INPA)
_________________________________________________________
Dra. Valéria Araújo Braule Pinto
Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (INPA)
ii
FICHA CATALOGRÁFICA
S231 Santana, Larissa Oliveira de
Taxonomia de Hydrophilidae (Insecta: Coleoptera) de lagos da savana de Roraima,
Brasil /Larissa Oliveira de Santana . --- Manaus: [s.n.], 2017.
147 f.: il.
Dissertação (Mestrado) --- INPA, Manaus, 2017.
Orientador: Ana Maria Oliveira Pes
Coorientador: Cesar João Benetti
Área de concentração: Entomologia
1. Besouros aquáticos . 2. Estudo taxonômico . 3. Biodiversidade . I. Título.
CDD 595.76
Sinopse:
Foram estudadas as espécies de Hydrophilidae dos lagos da savana de Roraima. Foram
registradas 35 espécies, distribuídas em cinco subfamílias, cinco tribos e dez gêneros.
Diagnoses, descrição de espécies novas, chave de identificação, registros e mapas com
registros geográficos também são fornecidos.
Palavras-chave: Coleópteros aquáticos, Estudo taxonômico, Biodiversidade,
Amazônia, Espécies novas.
iii
Dedico a meus pais, Edna e Antônio,
por todo o apoio, incentivo e amor inesgotável.
iv
AGRADECIMENTOS
À Dra. Ana Maria Oliveira Pes por me proporcionar todos os meios para a realização
deste trabalho, pela confiança, paciência, ensinamentos e por me acalmar em todos os
momentos de desespero. Obrigada por me aceitar como sua “fia” e por todo carinho e
preocupação.
Ao meu coorientador Dr. Cesar João Benetti, por me mostrar um pouco do
maravilhoso mundo dos coleópteros aquáticos, por toda dedicação e paciência. Obrigada pela
valiosa contribuição neste trabalho e pelos ensinamentos tão importantes para o meu futuro
acadêmico.
Agradeço a Dra. Neusa Hamada por todo apoio fornecido, principalmente, pelas
coletas, equipamentos e pela maravilhosa infraestrutura do laboratório, sem dúvidas,
essenciais para que esse trabalho fosse concretizado.
Agradeço à Bruno Clarkson Mattos por me presentear com uma enorme bibliografia
de Hydrophilidae que sem dúvida foram de extrema importância para este trabalho e para os
próximos que virão.
Ao Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (INPA) e ao Programa de Pós-
Graduação em Entomologia pela oportunidade de realização desse trabalho. Ao projeto
“Taxonomia e Biologia de Dytiscidae (Coleoptera: Adephaga) na Amazônia Central”,
financiado pelo CNPq/FAPEAM e à Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível
Superior (CAPES) pela concessão da bolsa de mestrado.
Agradeço a todos do laboratório de Citotaxonomia e Insetos Aquáticos (INPA), em
especial, à Karina Dias e Jeferson Silva, pelas coletas realizadas, pelas brincadeiras e
companhia no dia-a-dia. Aos meus irmãozinhos Patrik Barcelos e Gleison Desidério pela
amizade, apoio e muitas dúvidas tiradas. À querida Daniara Colpani por compartilhar um
pouco do seu conhecimento comigo, pela amizade e ajuda em todos os momentos de
dificuldades.
Aos amigos da turma de 2015 do curso de Entomologia (INPA), em especial as
“bichas”: Cris Utta, Dayana Andrade, Jéssica Luna, Talitha Ferreira, Marta Custódio, Thaís
Melo e Luana Barros, pelos ótimos momentos (e péssimos) compartilhados, pela “hora do
lanche” sagrada e por tornarem a rotina tão descontraída. Agradeço também aos “bichos”
v
Thiago Bueno, Ângelo Rêgo e Mateus Soares pela companhia diária, sem esquecer do Walter
Botelho que me faz tanta falta.
Agradeço a todos do Laboratório de Sistemática e Ecologia de Coleoptera (INPA)
pelas boas conversas e trocas de conhecimentos, em especial a Valéria Braule que divide
comigo o amor pelos “besouros pitititicos” e ao querido Marcus Bevilaqua por ter me
apresentado o INPA e me ajudar desde o começo, por todo apoio, compreensão, amizade e
carinho.
Agradeço aos meus pais, Edna e Antônio por todo amor que sempre me deram, pelos
ensinamentos, incentivo e apoio em todos os momentos de dificuldade e saudade. A minha
irmãzinha, Leilane, que tanto amo e que sinto tanta falta. Aos meus “brothers” Weldson e
César por todas as mensagens carinhosas (ou não) que me fazem tão bem. À minha família
manauara Ana Afra e Wadnol por me acolherem com tanto amor e carinho. Às minhas tias
Eneida, Helena, Heloísa, Elisabeth e a vovó Afra por tudo que já fizeram por mim.
À Deus por tornar tudo possível.
vi
Cada sonho que você deixa para trás
é um pedaço do seu futuro que deixa de existir.
Steve Jobs
vii
RESUMO
Os besouros aquáticos constituem o principal grupo de artrópodes de água doce, tanto pelo
número de espécies, como por sua importância, participando das cadeias e redes tróficas
aquáticas. Uma das famílias mais abundantes e ricas de coleópteros aquáticos é
Hydrophilidae, com aproximadamente 2.840 espécies descritas, distribuídas em 174 gêneros e
5 subfamílias, distribuidas mundialmente. Apesar da grande diversidade e riqueza do grupo,
seu conhecimento ainda é bastante restrito, principalmente pela carência de especialistas e
disponibilidade de ferramentas que visem a identificação das espécies. O presente estudo teve
como objetivo caracterizar os gêneros de Hydrophilidae encontrados na área de estudo,
descrever as novas espécies, redescrever espécies que apresentam descrição sucinta, elaborar
chave de identificação para os gêneros e as espécies e fornecer informações sobre a
distribuição geográfica das espécies. As coletas dos exemplares foram realizadas nos meses
de junho e agosto de 2015 em 26 lagos da savana de Roraima. Foram coletados 1863
exemplares adultos, pertencentes a cinco subfamílias, cinco tribos, dez gêneros e 35 espécies,
das quais sete são novas para a ciência: Berosus apiciflatus sp. nov.; Berosus atratus sp. nov.;
Berosus cordatus sp. nov.; Berosus aurifer sp. nov.; Berosus clarksoni sp. nov.; Crenitulus
savana sp. nov. e Derallus roraimenses sp. nov. Das espécies encontradas no presente estudo
nove são registradas pela primeira vez para o Brasil (Berosus castaneus Oliva & Short, 2012;
Berosus llanensis Oliva & Short, 2012; Berosus megaphallus Oliva & Short, 2012; Berosus
olivae Queney, 2006; Berosus repertus Oliva & Short, 2012; Paracymus sedatus Wooldridge,
1973; Hydrophilus simulator Bedel, 1891; Tropisternus apicipalpis Fabricius, 1775;
Tropisternus laevis Sturm, 1826) e todas as espécies são primeiro registro para estado de
Roraima. É fornecida chave de identificação dicotômica para os gêneros e espécies registradas
para a área de estudo, baseadas tanto em caracteres morfológicos externos como nas
características da genitália masculina. Foram incluídos diagnoses e comentários, além de
mapas com registros geográficos para cada espécie.
viii
ABSTRACT
Water beetles are the main group of freshwater arthropods, both, by the number of species as
by its importance, since they participate in the aquatic chains and food webs. One of the most
abundant and rich families of aquatic Coleoptera is Hydrophilidae, with approximately 2,840
described species distributed in 174 genera and 5 subfamilies, distributed worldwide. Despite
the great diversity and richness of the group, their knowledge is still limited, mainly due to the
lack of specialists and the availability of tools that aim at the identification of the species. The
present study aimed to characterize the genera of Hydrophilidae found in the study area, to
describe the new species, to redescribe species with description short and brief, to make
identification key for genera and species and to provide information on the geographic
distribution of the species. The samples were performed in June and August of 2015 in 26
lakes of the Roraima savanna. It were collected 1863 adults belongs to five subfamilies, five
tribes, ten genera and 35 species, of which seven are new to science: Berosus apiciflatus sp.
nov.; Berosus atratus sp. nov.; Berosus cordatus sp. nov.; Berosus aurifer sp. nov.; Berosus
clarksoni sp. nov.; Crenitulus savanna sp. nov. and Derallus roraimenses sp. nov. Of the
species found in the present study nine are new records for Brazil (Berosus castaneus Oliva &
Short, 2012; Berosus llanensis Oliva & Short, 2012; Berosus megaphallus Oliva & Short,
2012; Berosus olivae Queney, 2006; Berosus repertus Oliva & Short, 2012; Paracymus
sedatus Wooldridge, 1973; Hydrophilus simulator Bedel, 1891; Tropisternus apicipalpis
Fabricius, 1775; Tropisternus laevis Sturm, 1826) and all species are new records for Roraima
State. An identification key is provided for the genera and species registered for the study
area, based on both, external morphological characters and on characteristics of the male
genitalia. In addition, diagnoses and comments were included, as well as maps with
geographical records for each species.
ix
SUMÁRIO
RESUMO ............................................................................................................................... VII
ABSTRACT ........................................................................................................................ VIII
LISTA DE FIGURAS ............................................................................................................ XI
1. INTRODUÇÃO ................................................................................................................ 1
1.1. Coleoptera ....................................................................................................................... 1
1.2. Hydrophilidae ................................................................................................................. 2
2. OBJETIVOS ...................................................................................................................... 4
2.1. Objetivo geral .................................................................................................................. 4
2.2. Objetivos específicos ....................................................................................................... 4
3. MATERIAL E MÉTODOS .............................................................................................. 4
3.1. Área de estudo ................................................................................................................. 4
3.2. Coleta dos espécimes ....................................................................................................... 6
3.3. Identificação e descrição das espécies ............................................................................. 7
3.4. Elaboração de chaves de identificação .......................................................................... 10
4. RESULTADOS E DISCUSSÃO .................................................................................... 11
4.1. Hydrophilidae (Insecta: Coleoptera) dos lagos da savana de Roraima, Brasil .............. 11
4.2. Chaves para Identificação dos gêneros e espécies de Hydrophilidae dos lagos da savana
de Roraima, Brasil ................................................................................................................ 12
4.3 Gêneros e espécies de Hydrophilidae dos lagos da savana de Roraima, Brasil ............. 17
HYDROPHILINAE Latreille, 1802 ..................................................................................... 17
Berosini Mulsant, 1844 ......................................................................................................... 17
Berosus Leach, 1817 ............................................................................................................. 17
Berosus ambogynus Mouchamps, 1963 ............................................................................ 20
Berosus brevibasis Oliva, 1989 ......................................................................................... 23
Berosus castaneus Oliva & Short, 2012 ........................................................................... 26
Berosus consobrinus Knisch, 1921 ................................................................................... 29
Berosus freyi Mouchamps, 1960 ....................................................................................... 32
Berosus insignis Knisch, 1921 .......................................................................................... 34
Berosus llanensis Oliva & Short, 2012 ............................................................................. 37
Berosus marquardti Knisch, 1921 .................................................................................... 40
Berosus megaphallus Oliva & Short, 2012 ....................................................................... 43
Berosus olivae Queney, 2006 ............................................................................................ 46
Berosus patruelis Berg, 1885 ............................................................................................ 49
Berosus rectangulus Mouchamps, 1960 ........................................................................... 52
Berosus repertus Oliva & Short, 2012 .............................................................................. 55
Berosus reticulatus Knisch, 1921...................................................................................... 58
Berosus apiciflatus sp. nov................................................................................................ 61
Berosus atratus sp. nov. .................................................................................................... 65
Berosus aurifer sp. nov. .................................................................................................... 69
x
Berosus clarksoni sp. nov.................................................................................................. 73
Berosus cordatus sp. nov. ................................................................................................. 77
Derallus Sharp, 1882 ............................................................................................................. 81
Derallus roraimensis sp. nov. ........................................................................................... 81
Laccobiini Bertrand, 1954 .................................................................................................... 85
Paracymus Thomson, 1867 ................................................................................................... 86
Paracymus gracilis Orchymont, 1942 .............................................................................. 86
Paracymus sedatus Wooldridge, 1973 .............................................................................. 89
Hydrophilini Latreille, 1802 ................................................................................................. 91
Hydrobiomorpha Blackburn, 1888 ....................................................................................... 91
Hydrobiomorpha corumbaensis Mouchamps, 1959 ......................................................... 92
Hydrophilus Geoffroy, 1762 ................................................................................................. 95
Hydrophilus ensifer Brullé, 1837 ...................................................................................... 95
Hydrophilus simulator Bedel, 1891 .................................................................................. 99
Tropisternus Solier, 1834 .................................................................................................... 102
Tropisternus (Pristoternus) apicipalpis Chevrolat, 1834 ............................................... 102
Tropisternus (Strepitornus) collaris (Fabricius, 1775) ................................................... 107
Tropisternus (Pristoternus) laevis (Sturm, 1826) ........................................................... 110
Tropisternus (Pristoternus) ovalis Castelnau, 1840 ........................................................ 114
CHAETARTHRINAE Bedel, 1881 .................................................................................... 117
Anacaenini Hansen, 1991 ................................................................................................... 117
Crenitulus Winters, 1926 .................................................................................................... 117
Crenitulus savana sp. nov. .............................................................................................. 117
ENOCHRINAE Short & Fikacek, 2013 ............................................................................. 122
Enochrus Thomson, 1859 ................................................................................................... 122
Enochrus (Methydrus) atlantis Orchymont, 1943........................................................... 122
Enochrus (Metlhydrus) melanthus Orchymont, 1943 ..................................................... 124
ACIDOCERINAE Zaitzev, 1908........................................................................................ 126
Chasmogenus Sharp, 1882 .................................................................................................. 126
Chasmogenus sp. ............................................................................................................. 127
SPHAERIDIINAE Latreille, 1802 ..................................................................................... 129
Coelostomatini Heyden, 1891 ............................................................................................. 129
Phaenonotum Sharp, 1882 .................................................................................................. 129
Phaenonotum sp. 1 .......................................................................................................... 129
Phaenonotum sp. 2 .......................................................................................................... 131
5. CONCLUSÃO ............................................................................................................... 134
6. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ........................................................................ 135
xi
LISTA DE FIGURAS
Figura 1A – D. Lagos onde foram coletados os espécimes de Hydrophilidae. A. Lago 15; B.
Lago 11; C. Lago 2; D. Lago 18................................................................................................. 6
Figura 2. Mapa com os pontos de coleta dos espécimes de Hydrophilidae no estado de
Roraima. ..................................................................................................................................... 7
Figura 3.A - C. Principais estrururas morfológicas de Hydrophilidae. A. Vista dorsal; B. Vista
ventral; C. Genitália masculina. Abreviações: ael = ápice elitral; ant = antena; apst =
anepisterno; cac = crista acessória; ccx = cavidade coxal; cl = clípeo; co = crista ocular; colant
= colarinho anterior; cx = coxa; dt = dobra transversa; el = élitro; ep = Epipleura; epm =
epímero; esc = escutelo; fcx = fissura coxal; fr = fronte; ga = garra; gul = gula; hipm =
hipomero; lbr = labro; lm = lobo médio; mnt= mento; mst = mesosterno; mtfmr = metafêmur;
mttb = metatíbia; mttn = metasterno; mtts = metatarso; oc = olho composto; pb = peça basal;
pep = pseudoepipleura; phipm = processo hipomeral; plb = palpo labial; pmx = palpo maxilar;
pr = parâmero; prm = pré-mento; prn = pronoto; pst = prosterno; sapl = sutura anapleural; esu
= estria sutural; sfcl = sutura fronto clipeal; sgul = sutura gular; smt = submento; snst =
sutura notosternal; spl = sutura pleural; strv = sutura transversa; urst = urosternito (Adaptado
de Komarek, 2004). .................................................................................................................... 9
Figura 4. Mapa com registro geográfico de Berosus ambogynus Mouchamps nos lagos da
savana de Roraima. ................................................................................................................... 21
Figura 5.A – H: Berosus ambogynus Mouchamps. A. Hábito em vista dorsal; B. Hábito em
vista lateral; C. Hábito em vista ventral; D. Processo mesosternal em vista lateral; E. Abdome
em vista ventral; F. Genitália masculina em vista dorsal; G. Genitália masculina em vista
lateral; H. Genitália masculina em vista ventral....................................................................... 22
Figura 6. Mapa com registro geográfico de Berosus brevibasis Oliva nos lagos da savana de
Roraima. ................................................................................................................................... 24
Figura 7A – H: Berosus brevibasis Oliva. A. Hábito em vista dorsal; B. Hábito em vista
lateral; C. Hábito em vista ventral; D. Processo mesosternal em vista lateral; E. Abdome em
vista ventral; F. Genitália masculina em vista dorsal; G. Genitália masculina em vista lateral;
H. Genitália masculina em vista ventral. .................................................................................. 25
xii
Figura 8. Mapa com registro geográfico de Berosus castaneus Oliva & Short nos lagos da
savana de Roraima. ................................................................................................................... 27
Figura 9A – H: Berosus castaneus Oliva & Short. A. Hábito em vista dorsal; B. Hábito em
vista lateral; C. Hábito em vista ventral; D. Processo mesosternal em vista lateral; E. Abdome
em vista ventral; F. Genitália masculina em vista dorsal; G. Genitália masculina em vista
lateral; H. Genitália masculina em vista ventral....................................................................... 28
Figura 10. Mapa com registro geográfico de Berosus consobrinus Knisch nos lagos da savana
de Roraima. ............................................................................................................................... 30
Figura 11A – H: Berosus consobrinus Knisch. A. Hábito em vista dorsal; B. Hábito em vista
lateral; C. Hábito em vista ventral; D. Processo mesosternal em vista lateral; E. Abdome em
vista ventral; F. Genitália masculina em vista dorsal; G. Genitália masculina em vista lateral;
H. Genitália masculina em vista ventral. .................................................................................. 31
Figura 12. Mapa com registro geográfico de Berosus freyi Mouchamps nos lagos da savana de
Roraima. ................................................................................................................................... 32
Figura 13A – H: Berosus freyi Mouchamps. A. Hábito em vista dorsal; B. Hábito em vista
lateral; C. Hábito em vista ventral; D. Processo mesosternal em vista lateral; E. Abdome em
vista ventral; F. Genitália masculina em vista dorsal; G. Genitália masculina em vista lateral;
H. Genitália masculina em vista ventral. .................................................................................. 33
Figura 14. Mapa com registro geográfico de Berosus insignis Knisch nos lagos da savana de
Roraima. ................................................................................................................................... 35
Figura 15A – H: Berosus insignis Knisch. A. Hábito em vista dorsal; B. Hábito em vista
lateral; C. Hábito em vista ventral; D. Processo mesosternal em vista lateral; E. Abdome em
vista ventral; F. Genitália masculina em vista dorsal; G. Genitália masculina em vista lateral;
H. Genitália masculina em vista ventral. .................................................................................. 36
Figura 16. Mapa com registro geográfico de Berosus llanensis Oliva & Short nos lagos da
savana de Roraima. ................................................................................................................... 38
Figura 17A – H: Berosus llanensis Oliva & Short. A. Hábito em vista dorsal; B. Hábito em
vista lateral; C. Hábito em vista ventral; D. Processo mesosternal em vista lateral; E. abdome
xiii
em vista ventral; F. Genitália masculina em vista dorsal; G. Genitália masculina em vista
lateral; H. Genitália masculina em vista ventral....................................................................... 39
Figura 18. Mapa com registro geográfico de Berosus marquardti Knisch nos lagos da savana
de Roraima. ............................................................................................................................... 41
Figura 19A – H: Berosus marquardti Knisch. A. Hábito em vista dorsal; B. Hábito em vista
lateral; C. Hábito em vista ventral; D. Processo mesosternal em vista lateral; E. Abdome em
vista ventral; F. Genitália masculina em vista dorsal; G. Genitália masculina em vista lateral;
H. Genitália masculina em vista ventral. .................................................................................. 42
Figura 20. Mapa com registro geográfico de Berosus megaphallus Oliva & Short nos lagos da
savana de Roraima. ................................................................................................................... 44
Figura 21A – H: Berosus megaphallus Oliva & Short. A. Hábito em vista dorsal; B. Hábito
em vista lateral; C. Hábito em vista ventral; D. Processo mesosternal em vista lateral; E.
Abdome em vista ventral; F. Genitália masculina em vista dorsal; G. Genitália masculina em
vista lateral; H. Genitália masculina em vista ventral. ............................................................. 45
Figura 22. Mapa com registro geográfico de Berosus olivae Queney nos lagos da savana de
Roraima. ................................................................................................................................... 47
Figura 23A – H: Berosus olivae Queney. A. Hábito em vista dorsal; B. Hábito em vista
lateral; C. Hábito em vista ventral; D. Processo mesosternal em vista lateral; E. Abdome em
vista ventral; F. Genitália masculina em vista dorsal; G. Genitália masculina em vista lateral;
H. Genitália masculina em vista ventral. .................................................................................. 48
Figura 24. Mapa com registro geográfico de Berosus patruelis Berg nos lagos da savana de
Roraima. ................................................................................................................................... 50
Figura 25A – H: Berosus patruelis Berg. A. Hábito em vista dorsal; B. Hábito em vista
lateral; C. Hábito em vista ventral; D. Processo mesosternal em vista lateral; E. Abdome em
vista ventral; F. Genitália masculina em vista dorsal; G. Genitália masculina em vista lateral;
H. Genitália masculina em vista ventral. .................................................................................. 51
Figura 26. Mapa com registro geográfico de Berosus rectangulus Knisch nos lagos da savana
de Roraima. ............................................................................................................................... 53
xiv
Figura 27A – H: Berosus rectangulus Knisch. A. Hábito em vista dorsal; B. Hábito em vista
lateral; C. Hábito em vista ventral; D. Processo mesosternal em vista lateral; E. abdome em
vista ventral; F. Genitália masculina em vista dorsal; G. Genitália masculina em vista lateral;
H. Genitália masculina em vista ventral. .................................................................................. 54
Figura 28. Mapa com registro geográfico de Berosus repertus Oliva & Short nos lagos da
savana de Roraima. ................................................................................................................... 56
Figura 29A – H: Berosus repertus Oliva & Short. A. Hábito em vista dorsal; B. Hábito em
vista lateral; C. Hábito em vista ventral; D. Processo mesosternal em vista lateral; E. Abdome
em vista ventral; F. Genitália masculina em vista dorsal; G. Genitália masculina em vista
lateral; H. Genitália masculina em vista ventral....................................................................... 57
Figura 30. Mapa com registro geográfico de Berosus reticulatus Knisch nos lagos da savana
de Roraima. ............................................................................................................................... 59
Figura 31A – H: Berosus reticulatus Knisch. A. Hábito em vista dorsal; B. Hábito em vista
lateral; C. Hábito em vista ventral; D. Processo mesosternal em vista lateral; E. abdome em
vista ventral; F. Genitália masculina em vista dorsal; G. Genitália masculina em vista lateral;
H. Genitália masculina em vista ventral. .................................................................................. 60
Figura 32. Mapa com registro geográfico de Berosus apiciflatus sp. nov. nos lagos da savana
de Roraima. ............................................................................................................................... 63
Figura 33A – H: Berosus apiciflatus sp. nov. A. Hábito em vista dorsal; B. Hábito em vista
lateral; C. Hábito em vista ventral; D. Processo mesosternal em vista lateral; E. Abdome em
vista ventral; F. Genitália masculina em vista dorsal; G. Genitália masculina em vista lateral;
H. Genitália masculina em vista ventral. .................................................................................. 64
Figura 34. Mapa com registro geográfico de Berosus atratus sp. nov. nos lagos da savana de
Roraima. ................................................................................................................................... 67
Figura 35A – H: Berosus atratus sp. nov. A. Hábito em vista dorsal; B. Hábito em vista
lateral; C. Hábito em vista ventral; D. Processo mesosternal em vista lateral; E. Abdome em
vista ventral; F. Genitália masculina em vista dorsal; G. Genitália masculina em vista lateral;
H. Genitália masculina em vista ventral. .................................................................................. 68
xv
Figura 36. Mapa com registro geográfico de Berosus aurifer sp. nov. nos lagos da savana de
Roraima. ................................................................................................................................... 71
Figura 37A – H: Berosus aurifer sp. nov. A. Hábito em vista dorsal; B. Hábito em vista
lateral; C. Hábito em vista ventral; D. Processo mesosternal em vista lateral; E. Abdome em
vista ventral; F. Genitália masculina em vista dorsal; G. Genitália masculina em vista lateral;
H. Genitália masculina em vista ventral. .................................................................................. 72
Figura 38. Mapa com registro geográfico de Berosus clarksoni sp. nov. nos lagos da savana
de Roraima. ............................................................................................................................... 75
Figura 39A – H: Berosus clarksoni sp. nov. A. Hábito em vista dorsal; B. Hábito em vista
lateral; C. Hábito em vista ventral; D. Processo mesosternal em vista lateral; E. abdome em
vista ventral; F. Genitália masculina em vista dorsal; G. Genitália masculina em vista lateral;
H. Genitália masculina em vista ventral. .................................................................................. 76
Figura 40. Mapa com registro geográfico de Berosus cordatus sp. nov. nos lagos da savana de
Roraima. ................................................................................................................................... 79
Figura 41A – H: Berosus cordatus sp. nov. A. Hábito em vista dorsal; B. Hábito em vista
lateral; C. Hábito em vista ventral; D. Processo mesosternal em vista lateral; E. Abdome em
vista ventral; F. Genitália masculina em vista dorsal; G. Genitália masculina em vista lateral;
H. Genitália masculina em vista ventral. .................................................................................. 80
Figura 42. Mapa com registro geográfico de Derallus roraimensis sp. nov. nos lagos da
savana de Roraima. ................................................................................................................... 84
Figura 43A – F: Derallus roraimensis sp. nov. A. Hábito em vista dorsal; B. Hábito em vista
lateral; C. Hábito em vista ventral; D. Genitália masculina em vista dorsal; E. Genitália
masculina em vista lateral; F. Genitália masculina em vista ventral. ...................................... 85
Figura 44. Mapa com registro geográfico de Paracymus gracilis Orchymont nos lagos da
savana de Roraima. ................................................................................................................... 87
Figura 45A – C: Paracymus gracilis Orchymont. A. Hábito em vista dorsal; B. Hábito em
vista lateral; C. Hábito em vista ventral. .................................................................................. 88
xvi
Figura 46A – B: Paracymus gracilis Orchymont. A. Genitália masculina em vista dorsal; B.
Genitália masculina em vista ventral. ....................................................................................... 88
Figura 47. Mapa com registro geográfico de Paracymus sedatus Wooldridge nos lagos da
savana de Roraima. ................................................................................................................... 90
Figura 48A – C: Paracymus sedatus Wooldridge. A. Hábito em vista dorsal; B. Hábito em
vista lateral; C. Hábito em vista ventral. .................................................................................. 90
Figura 49A – B: Paracymus sedatus Wooldridge. A. Genitália masculina em vista dorsal; B.
Genitália masculina em vista ventral. ....................................................................................... 91
Figura 50. Mapa com registro geográfico de Hydrobiomorpha corumbaensis Mouchamps nos
lagos da savana de Roraima...................................................................................................... 93
Figura 51A – H: Hydrobiomorpha corumbaensis Mouchamps. A. Hábito em vista dorsal; B.
Hábito em vista lateral; C. Hábito em vista ventral; D. Processo prosternal em vista ventral;
E. Área glabra dos urosternitos; F. Genitália masculina em vista dorsal; G. Genitália
masculina em vista lateral; H. Genitália masculina em vista ventral. ...................................... 94
Figura 52. Mapa com registro geográfico de Hydrophilus ensifer Brullé nos lagos da savana
de Roraima. ............................................................................................................................... 97
Figura 53A – H: Hydrophilus ensifer Brullé. A. Hábito em vista dorsal; B. Hábito em vista
lateral; C. Hábito em vista ventral; D. Processo prosternal em vista ventral; E. Quarto e quinto
urosternito; F. Genitália masculina em vista dorsal; G. Genitália masculina em vista lateral;
H. Genitália masculina em vista ventral. .................................................................................. 98
Figura 54. Mapa com registro geográfico de Hydrophilus simulator Bedel nos lagos da savana
de Roraima. ............................................................................................................................. 100
Figura 55A – H: Hydrophilus simulator Bedel. A. Hábito em vista dorsal; B. Hábito em vista
lateral; C. Hábito em vista ventral; D. Processo prosternal em vista ventral; E. Quarto e quinto
urosternito. .............................................................................................................................. 101
Figura 56. Mapa com registro geográfico de Tropisternus apicipalpis Fabricius nos lagos da
savana de Roraima. ................................................................................................................. 104
xvii
Figura 57A – H: Tropisternus apicipalpis Fabricius. A. Hábito em vista dorsal; B. Hábito em
vista lateral; C. Hábito em vista ventral; D. Processo prosternal em vista ventral; E. Espinho
do quinto urosternito; F. Genitália masculina em vista dorsal; G. Genitália masculina em vista
lateral; H. Genitália masculina em vista ventral..................................................................... 106
Figura 58. Mapa com registro geográfico de Tropisternus collaris Chevrolat nos lagos da
savana de Roraima. ................................................................................................................. 108
Figura 59A – H: Tropisternus collaris Chevrolat. A. Hábito em vista dorsal; B. Hábito em
vista lateral; C. Hábito em vista ventral; D. Processo prosternal em vista ventral; E. Espinho
do quinto urosternito; F. Genitália masculina em vista dorsal; G. Genitália masculina em vista
lateral; H. Genitália masculina em vista ventral..................................................................... 109
Figura 60. Mapa com registro geográfico de Tropisternus laevis Sturm nos lagos da savana de
Roraima. ................................................................................................................................. 111
Figura 61A – H: Tropisternus laevis Sturm. A. Hábito em vista dorsal; B. Hábito em vista
lateral; C. Hábito em vista ventral; D. Processo prosternal em vista ventral; E. Espinho do
quinto urosternito; F. Genitália masculina em vista dorsal; G. Genitália masculina em vista
lateral; H. Genitália masculina em vista ventral..................................................................... 113
Figura 62. Mapa com registro geográfico de Tropisternus ovalis Castelnau nos lagos da
savana de Roraima. ................................................................................................................. 115
Figura 63A – H: Tropisternus ovalis Castelnau. A. Hábito em vista dorsal; B. Hábito em vista
lateral; C. Hábito em vista ventral; D. Antena em vista ventral; E. Processo prosternal; F.
Genitália masculina em vista dorsal; G. Genitália masculina em vista lateral; H. Genitália
masculina em vista ventral. .................................................................................................... 116
Figura 64. Mapa com registro geográfico de Crenitulus savana sp. nov. nos lagos da savana
de Roraima. ............................................................................................................................. 120
Figura 65A – C: Crenitulus savana sp. nov. A. Hábito em vista dorsal; B. Hábito em vista
lateral; C. Hábito em vista ventral. ......................................................................................... 121
Figura 66A – B. Crenitulus savana sp. nov. A. Genitália masculina em vista dorsal; B.
Genitália masculina em vista ventral. ..................................................................................... 121
xviii
Figura 67. Mapa com registro geográfico de Enochrus atlantis Orchymont nos lagos da
savana de Roraima. ................................................................................................................. 123
Figura 68A – C: Enochrus atlantis Orchymont. A. genitália masculina em vista dorsal; B.
genitália masculina em vista lateral; C. genitália masculina em vista ventral. ...................... 124
Figura 69. Mapa com registro geográfico de Enochrus melanthus Orchymont nos lagos da
savana de Roraima. ................................................................................................................. 125
Figura 70A – F: Enochrus melanthus Orchymont. A. Hábito em vista dorsal; B. Hábito em
vista lateral; C. Hábito em vista ventral; D. Genitália masculina em vista dorsal; E. Genitália
masculina em vista lateral; F. Genitália masculina em vista ventral. .................................... 126
Figura 71. Mapa com registro geográfico de Chasmogenus sp. nos lagos da savana de
Roraima. ................................................................................................................................. 128
Figura 72 A – C: Chasmogenus sp. A. Hábito em vista dorsal; B. Hábito em vista lateral; C.
Hábito em vista ventral. .......................................................................................................... 129
Figura 73. Mapa com registro geográfico de Phaenonotum sp. 1 nos lagos da savana de
Roraima. ................................................................................................................................. 130
Figura 74A – C: Phaenonotum sp. 1. A. Genitália masculina em vista dorsal; B. Genitália
masculina em vista lateral; C. Genitália masculina em vista ventral. .................................... 131
Figura 75. Mapa com registro geográfico de Phaenonotum sp. 2 nos lagos da savana de
Roraima. ................................................................................................................................. 132
Figura 76A – C. Phaenonotum sp. 2. A. Hábito em vista dorsal; B. Hábito em vista lateral; C.
Hábito em vista ventral. .......................................................................................................... 133
xix
PREFÁCIO
Os nomes atribuídos às novas espécies (Berosus apiciflaus sp. nov.; Berosus atratus sp. nov.;
Berosus aurifer sp. nov.; Berosus clarksoni sp. nov.; Berosus cordatus sp. nov.; Derallus
roraimensis sp. nov.; Crenitulus savana sp. nov.) descritas neste trabalho ainda não são
válidos, de acordo com o Capítulo 3, Artigo 8 do Código Internacional de Nomenclatura
Zoológica (1999).
1
1. INTRODUÇÃO
1.1. Coleoptera
Coleoptera é a ordem mais rica e diversificada da Classe Insecta, com 392.415 espécies
descritas, representando cerca de 40% de todos os insetos (Zhang, 2013). Os adultos dessa
ordem são reconhecidos por possuírem um corpo bastante esclerosado e asas anteriores
modificadas em élitros que protegem as asas posteriores, membranosas (Triplehorn e Johnson,
2011). Estes insetos diferenciam-se amplamente em tamanhos, formas e cores (Casari e Ide,
2012), além de possuírem os mais variados hábitos alimentares (Marinoni, 2001) e estarem
presentes em quase todos os tipos de ambientes terrestres e aquáticos (Triplehorn e Johnson,
2011).
A ordem compreende 211 famílias agrupadas dentro de 4 subordens: Archostemata,
Adephaga, Myxophaga e Polyphaga (Bouchard, 2011). Embora a maioria dos coleópteros seja
terrestre, existem, aproximadamente, 12.600 espécies aquáticas e semiaquáticas, distribuídas
em 30 famílias (Jach e Balke, 2008), sendo 16 registradas para o Brasil (Costa et al., 1988).
Os besouros aquáticos constituem um dos principais grupos de artrópodes de água doce
(White e Roughley, 2008). Eles participam das cadeias e redes tróficas aquáticas, tanto como
predadores, como fitófagos que se alimentam de algas e detritos, fazendo a decomposição da
matéria orgânica (Archangelsky et al., 2009). Por outro lado, são uma importante fonte de
alimento para outros invertebrados, peixes, anfíbios e aves (Benetti e Hamada, 2003). Larvas
e adultos de diferentes espécies são utilizados como bioindicadores de qualidade da água, pois
utilizam o oxigênio dissolvido na água para respiração, não tolerando altos níveis de poluição
(Epler, 2010).
Os coleópteros aquáticos ocupam os mais variados habitats, como rios, riachos, lagos,
banhados, poças, águas subterrâneas, estuários, canais e fitotelmatas, entre outros ambientes
(Benetti e Fiorentin 2003; White e Brigham, 1996), embora sejam mais diversificados em
ambientes lênticos, pequenos e ricos em vegetação (Archangelsky et al., 2009; Segura et al.,
2011). Os adultos da maioria das espécies são aquáticos, mas mantém a capacidade de voo, o
que permite a estes insetos se deslocarem de um ambiente a outro. Em função disso, e por
serem hábeis voadores, podem colonizar ambientes temporários, dispersando-se no caso de
2
alguma perturbação ambiental ou à procura de parceiros reprodutivos e recursos alimentares
(Epler, 2010).
1.2. Hydrophilidae
Hydrophilidae é uma das famílias mais abundantes e diversas de coleópteros aquáticos,
sendo a maior família de Hydrophiloidea (Short e Fikácek, 2011). Possui, aproximadamente,
2.840 espécies descritas, em 166 gêneros, distribuídas por todo o mundo (Short e Fikácek,
2011). Esta família está dividida em 6 subfamílias: Hydrophilinae (33 gêneros),
Chaetarthriinae (11 gêneros), Enochrinae (5 gêneros), Acidocerinae (14 gêneros),
Rygmodinae (17 gêneros) e Sphaeridiinae (86 gêneros) (Short e Fikácek, 2013). Na região
Neotropical, existem cerca de 600 espécies descritas, distribuídas em 58 gêneros
(Archangelsky et al., 2009), dentre os quais 10 são registrados para a amazônia (Benneti e
Hamada, 2003).
Os hidrofilídeos adultos possuem, geralmente, corpo oval, convexo dorsalmente e
achatado ventralmente (Ferreira-Jr et al., 2014; Archangelsky et al., 2009), variando de 0,5 a
50 mm de comprimento total. Exibem coloração variada, geralmente negra, às vezes com
manchas marrons ou verdes e em alguns casos com tons amarelados ou metálicos (Triplehorn
e Johnson, 2011). As espécies desta família podem ser reconhecidas pelas antenas curtas, de
sete a nove segmentos, com três antenômeros apicais formando uma clava; fórmula tarsal 5-5-
5, 5-4-4 ou 4-5-5; geralmente com cinco esternitos abdominais visíveis (raramente com quatro
ou com seis), sendo o primeiro não dividido pela coxa posterior. As larvas são
campodeiformes com cápsula cefálica bem esclerosada, prognata, subquadrada, raramente
arredondada; labro fusionado com o clípeo; mandíbulas robustas, muitas vezes denteadas;
maxilas com cardo pequeno, estipes alargados e palpo bem desenvolvido; tórax com os três
segmentos bem definidos; pares de espiráculos 1-7 obliterados e o oitavo par amplo e
funcional, se abrindo em uma cavidade muscular entre os tergitos 8-9, denominada átrio
espiracular. As larvas de quase todas as espécies possuem pernas com 4 artículos que
terminam em uma única garra (Anderson, 1976; Archangelsky, 1997; Archangelsky et al.,
2009; Oliva et al, 2002).
A maioria dos hidrofilídeos é aquática, sendo encontrados em águas paradas e rasas de
lagos, lagoas, igapós, riachos e poças temporárias com vegetação em abundância, porém
alguns são semiaquáticos, encontrados em musgos molhados, lama ou na vegetação das
margens dos ambientes aquáticos, enquanto outros são terrestres, como a maioria dos
3
representantes da subfamília Spharidiinae, vivendo na matéria orgânica em decomposição de
origem animal ou vegetal (Archangelsky, 2004; Short e Fikácek, 2010). As larvas são
predadoras, alimentando-se principalmente de pequenos invertebrados, enquanto os adultos
são detritívoros, alimentando-se, principalmente, de algas e material vegetal ou animal em
decomposição. Adultos de algumas espécies terrestres são predadoras e outros necrófagos
(Anderson, 1976; Casari e Ide, 2012).
Os ovos são postos isolados ou em grupo, cobertos por uma seda, produzida por
glândulas especiais da fêmea. Nas espécies aquáticas, os ovos são deixados na água, flutuando
ou na vegetação submersa, enquanto que nas espécies terrestres são deixados em solo úmido,
geralmente próximo aos habitats dos adultos. Os ovos eclodem em aproximadamente 10 dias,
variando de acordo com a temperatura. As larvas possuem três ínstares, cada um com duração
de 7-10 dias dependendo da disponibilidade de alimento. Ao final do último ínstar larval, as
larvas saem da água e empupam, emergindo na forma adulta em até 20 dias (Smetana, 1988).
Os adultos, quando submersos, obtém oxigênio a partir de um reservatório de ar, situado
numa cavidade entre o élitro e o abdome, onde os espiráculos respiratórios estão localizados.
Para prolongar sua permanência submersos, esse reservatório entra em contato com uma
bolha de ar formada na região ventral dos indivíduos, devido a uma densa pubescência
hidrofóbica. O oxigênio presente na água se funde para a bolha e então para o reservatório,
com o gás carbônico fazendo o caminho oposto. Para renovar o estoque de oxigênio, nadam
até a superfície, em posição obliqua, e quebram a tensão superficial da água com uma das
antenas ou ambas. Com a antena se movendo em direção à porção posterior dos olhos,
também pubescentes, um estreito canal é formado entre as antenas, a bolha ventral de ar e o
reservatório. Ainda na mesma posição, o inseto bombeia o novo ar para as traquéias, através
da contração do abdome. Após determinado período, o ar é readquirido e o inseto volta a
mergulhar (Hrbácek, 1949; Hansen, 1997).
Apesar da grande diversidade e riqueza do grupo, seu conhecimento ainda é bastante
restrito, principalmente pela carência de especialistas e disponibilidade de ferramentas que
auxiliem na identificação das espécies. Na região Neotropical foram descritas cerca de 600
espécies, mas estima-se que esse número aumente, chegando até 700 espécies (Jach e Balke,
2008).
A literatura sobre a família no Brasil é escassa, se restringindo a poucos autores, em
alguns casos que fizeram importantes contribuições para incrementar o conhecimento
taxonômico sobre o grupo. O conhecimento do grupo teve um incremento considerável nos
4
últimos anos. Dentre os trabalhos recentemente publicados podemos citar artigos contendo
descrições de espécies (Oliveira et al., 2004; Queney, 2006; Clarkson e Ferreira-Jr, 2009;
Queney, 2010; Clarkson e Short, 2012; Albertoni e Fikácek, 2014; Clarkson et al., 2014;
Clarkson e Ferreira-Jr, 2014; Clarkson e Takiya 2017); uma chave de identificação (Ferreira-
Jr et al., 2014), duas dissertações (Santos, 2006; Clarkson, 2011) e uma tese (Clarkson, 2015).
Destes apenas os trabalhos de Ferreira-Jr et al., (2014) e Santos (2006) foram feitos na região
amazônica. Assim, o presente estudo visa contribuir para o conhecimento de Hydrophilidae
na área estudada, visto que os trabalhos realizados no estado de Roraima, especialmente na
região de savana, apenas registram a ocorrência desses insetos em determinada localidade e os
identificam no máximo até o nível de família.
2. OBJETIVOS
2.1. Objetivo geral
Realizar estudo taxonômico sobre a família Hydrophilidae em lagos da savana do estado de
Roraima.
2.2. Objetivos específicos
- Caracterizar os gêneros de Hydrophilidae amostrados;
- Confeccionar chaves de identificação dicotômica para os gêneros e as espécies de
Hydrophilidae do estado de Roraima.
- Descrever eventuais espécies novas.
- Realizar registros de ocorrência no estado de Roraima e fornecer informações sobre a
distribuição geográfica das espécies.
3. MATERIAL E MÉTODOS
3.1. Área de estudo
5
Localizada no nordeste do estado de Roraima, a região é conhecida regionalmente como
lavrado (cerrado ou savana). Possui uma extensão de aproximadamente 43,281 mil km² e é
caracterizada por apresentar uma extensa área aberta e plana, com vegetação dominante do
tipo savana, onde predominam gramíneas e ciperáceas, além de árvores esparsas de pequeno
porte (cinco a sete metros em média) e arbustos agrupados ou isolados (Pinheiro et al., 2012 e
Pinheiro, 2007).
O clima da região é tropical úmido sem estação fria (Awi na classificação de Köppen-
Geiger) com duas estações bem definidas, uma chuvosa (de abril a setembro) e uma de
estiagem (de outubro a março). A precipitação média anual está em torno de 1.100 mm
(Barbosa, 1997) e a umidade relativa do ar em torno de 70% (Araújo et al., 2001).
Segundo Simões Filho et al. (1997), a área está marcada pela presença de diversos lagos
ovalados, geralmente de pequenas dimensões (10 a 100 metros de diâmetro) e pouca
profundidade (1,0 a 1,5 metros). Esses lagos foram formados possivelmente por processos
pluviais e do lençol freático e podem ser classificados como sazonais ou perenes. No período
de estiagem alguns lagos sazonais secam, deixando apenas uma depressão exposta no local.
Na época de chuva esses lagos aumentam, podendo chegar a transbordar ou se conectar com
outros lagos, igarapés ou rios (Carvalho e Carvalho, 2012).
6
Figura 1A – D. Lagos onde foram coletados os espécimes de Hydrophilidae. A. Lago 15; B.
Lago 11; C. Lago 2; D. Lago 18.
3.2. Coleta dos espécimes
As amostragens foram realizadas nos meses de junho e agosto de 2015 em 26 lagos da
savana de Roraima (Figura 1A - D), localizados nos municípios de Boa Vista e Alto Alegre
(Figura 2). Para a coleta dos espécimes foi utilizada rede entomológica aquática (rapiché ou
Rede D), passando-o sobre a vegetação. O material coletado foi acondicionado em potes de
plástico contendo álcool 96%, devidamente identificados e encaminhados para o Laboratório
de Citotaxonomia e Insetos Aquáticos do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia para
posterior triagem.
7
Figura 2. Mapa com os pontos de coleta dos espécimes de Hydrophilidae no estado de Roraima.
3.3. Identificação e descrição das espécies
Após a triagem realizada sob estereomicroscopio, os Hydrophilidae foram separados em
frascos menores para posterior identificação.
Os espécimes foram morfotipados e identificados até espécie ou ao menor nível
taxonômico possível utilizando, principalmente, os trabalhos de Bachmann (1965), Bachmann
(1966), Bachmann (1970), Bachmann (1988), Fernandez (1989), Fernandez (1997),
Fernández (2006), Fernandez e Bachmann (1980), Komarek (2005), Oliva (1981), Oliva
(1983), Oliva (1989), Oliva (1993), Oliva (2010) Oliva e Short (2012), Queney (2010), Sharp
(1983), Short e Torres (2006) Spangler e Short (2008) Wooldridge (1973), bem como artigos
específicos para cada gênero e apoio de especialistas. A classificação para a família e tribos
adotada neste trabalho seguiu a proposta por Short e Fikacek (2013). A terminologia para as
descrições das novas espécies e para as diagnoses das subfamílias, tribos e gêneros segue
Hansen, 1991 e Short e Fikacek, 2013.
8
9
Figura 3.A - C. Principais estrururas morfológicas de Hydrophilidae. A. Vista dorsal; B. Vista ventral;
C. Genitália masculina. Abreviações: ael = ápice elitral; ant = antena; apst = anepisterno; cac = crista
acessória; ccx = cavidade coxal; cl = clípeo; co = crista ocular; colant = colarinho anterior; cx = coxa;
dt = dobra transversa; el = élitro; ep = Epipleura; epm = epímero; esc = escutelo; fcx = fissura coxal; fr
= fronte; ga = garra; gul = gula; hipm = hipomero; lbr = labro; lm = lobo médio; mnt= mento; mst =
mesosterno; mtfmr = metafêmur; mttb = metatíbia; mttn = metasterno; mtts = metatarso; oc = olho
composto; pb = peça basal; pep = pseudoepipleura; phipm = processo hipomeral; plb = palpo labial;
pmx = palpo maxilar; pr = parâmero; prm = pré-mento; prn = pronoto; pst = prosterno; sapl = sutura
anapleural; esu = estria sutural; sfcl = sutura fronto clipeal; sgul = sutura gular; smt = submento; snst
= sutura notosternal; spl = sutura pleural; strv = sutura transversa; urst = urosternito (Adaptado de
Komarek, 2004).
Foram elaboradas diagnoses e descrições das espécies novas, com auxílio de literatura e
observação dos exemplares. Cada descrição ou diagnose vai acompanhada de comentários
taxonômicos, registros geográficos com as novas ocorrências, lista de material examinado e
uma prancha com ilustrações.
Os nomes sugeridos para as espécies novas neste trabalho não são válidos para a
ciência enquanto não forem publicados em revista científica (ICNZ, 1999 - capítulo 3, artigo
8) segundo os termos do Código Internacional de Nomenclatura Zoológica. Os novos nomes
10
científicos foram propostos como prática do aprendizado taxonômico e para facilitar as
discussões entre os táxons.
As principais características observadas para o estudo morfológico dos adultos de
Hydrophilidae foram: tamanho e forma do corpo; número de segmentos das antenas; cor e
escultura da cabeça e pronoto; escultura e padrão de coloração do élitro; estrias pronotais e
elitrais; ângulo pronoto-elitral; carena mediana e lateral do primeiro urosternito; margem
posterior do quinto urosternitos; tíbias posteriores; segundo e terceiro segmentos do tarso em
machos; forma e comprimento da peça basal da genitália masculina; forma e comprimento do
lobo médio; forma e comprimento dos parâmeros; existência de apêndices acessórios (Figura
3A - C).
A genitália masculina foi extraída com auxílio de uma pinça de ponta fina e
microestiletes. O exemplar estudado e as peças extraídas foram conservados juntos, em
microtubos de plástico contendo álcool 80%.
Para cada espécie foram fotografados o habitus em diferentes vistas, a genitália
masculina e, quando necessário, algumas estruturas importantes para sua identificação. As
fotos foram geradas utilizando um estereomicroscópio Leica M165C com uma câmera de foto
Leica DFC 420 acoplada. Para tratamento das fotos e confecção das pranchas foi utilizado o
programa Adobe Photoshop® versão cc2015. Quando não foi possível visualizar as estruturas
por meio de fotografias, foram elaborados desenhos com auxílio de câmera clara, tanto em
estereomicroscópio quanto em microscópio óptico. Em seguida, os desenhos foram
escaneados e vetorizados utilizando o programa Adobe Illustrator® CS6.
3.4. Elaboração de chaves de identificação
Foram elaboradas chaves dicotômicas para identificação dos gêneros e espécies de
Hydrophilidae, a partir do material coletado nos lagos da savana de Roraima e bibliografia
específica. As características descritas nos passos das chaves foram baseadas nas já citadas no
item 3.3. Além disso, outras características importantes para a determinação de cada gênero
foram adicionadas.
3.5. Distribuição geográfica das espécies
Os dados de distribuição geográfica das espécies foram tirados da literatura. Também
foram elaborados mapas com os registros geográficos nos lagos de Roraima para cada uma
das espécies através do software livre Quantum Gis versão 1.5.
11
4. RESULTADOS E DISCUSSÃO
4.1. Hydrophilidae (Insecta: Coleoptera) dos lagos da savana de Roraima, Brasil
Foram examinados neste estudo taxonômico 1863 exemplares adultos de Hydrophilidae,
sendo 948 machos e 915 fêmeas, pertencentes a cinco subfamílias, cinco tribos, dez gêneros e
35 espécies (Tabela 1):
Tabela 1. Táxons de Hydrophilidae (Coleoptera) encontrados nos lagos da savana de Roraima. As
espécies marcadas com * constituem o primeiro registro para o Brasil.
Subfamília Tribo Gênero Espécie
Hydrophilinae
Berosini
Berosus
Berosus ambogynus Mouchamps, 1963
B. brevibasis Oliva, 1989
B. castaneus Oliva & Short, 2012*
B. consobrinus Knisch, 1921
B. freyi Mouchamps, 1960
B. insignis Knisch, 1921
B. llanensis Oliva & Short, 2012*
B. marquardti Knisch, 1921
B. megaphallus Oliva & Short, 2012*
B. olivae Queney, 2006*
B. patruelis Berg, 1885
B. rectangulus Mouchamps, 1960
B. repertus Oliva & Short, 2012*
B. reticulatus Knisch, 1921
B. apiciflatus sp. nov.
B. atratus sp. nov.
B. aurifer sp. nov.
B. clarksoni sp. nov.
B. cordatus sp. nov.
Derallus Derallus roraimensis sp. nov.
Laccobiini
Paracymus
Paracymus gracilis Orchymont, 1942
P. sedatus Wooldridge, 1973*
Hydrobiomorpha Hydrobiomorpha corumbaensis Mouchamps,
1959
Hydrophilus ensifer Brullé, 1837
12
Hydrophilini Hydrophilus H. simulator Bedel, 1891*
Tropisternus
Tropisternus apicipalpis Fabricius, 1775*
T. collaris Chevrolat, 1834
T. laevis Sturm, 1826*
T. ovalis Castelnau, 1840
Chaetarthriinae Anacaenini Crenitulus Crenitulus savana sp. nov.
Enochrinae
Enochrus
Enochrus atlantis Orchymont, 1943
E. melanthus Orchymont, 1943
Acidocerinae Chasmogenus Chasmogenus sp.
Sphaeridiinae Coelostomatini Phaenonotum Phaenonotum sp. 1
P. sp. 2
4.2. Chaves para Identificação dos gêneros e espécies de Hydrophilidae dos lagos da
savana de Roraima, Brasil
1. Labro aparente e bem esclerosado, mais escuro que o clípeo. Palpos labiais bem
desenvolvidos, sem cerdas no 2º palpômero; 3º palpômero assimétrico .................................... 3
1’. Labro retraído e pouco esclerosado, mais claro que o clípeo. Palpos labiais frequentemente
pequenos, com cerdas no segundo palpômero; terceiro palpômero simétrico .............................
........................................................................ (Sphaeridiinae, Coelostomatini, Phaenonotum) 2
2. 2,1 mm de comprimento; pronoto uniformemente marrom escuro .......... Phaenonotum sp. 1
2’. 1,5 mm de comprimento; margens do pronoto marrom claro (Fig. 76A) ...............................
....................................................................................................................... Phaenonotum sp. 2
3. Palpo maxilar com segundo palpômero simétrico, reto ou curvado internamente, em vista
dorsal (Fig.55A) ......................................................................................................................... 5
3’. Palpo maxilar com segundo palpômero assimétrico, curvado externamente, em vista dorsal
(Fig. 70A) ............................................................................................ (Enochrinae, Enochrus) 4
4. Palpos maxilares uniformemente amarelados. Último urosternito visível sem reentrância
apical ................................................................................................................. Enochrus atlantis
4’. Palpos maxilares em sua maior parte castanho claro, com zonas mais escuras na base do
segundo palpómero e na extremidade do último (Fig. 70A). Último urosternito visível com
reentrância apical profunda (Fig. 70C) ....................................................... Enochrus melanthus
13
5. Pseudoepipleura tão grande quanto a epipleura na parte anterior, se pseudoepipleura
estreita, separada da epipleura por uma borda. Quinto urosternito com reentrância apical ....... 6
5’. Pseudoepipleura estreita, não separada pela borda da epipleura. Quinto urosternito sem
reentrância apical ..........................................................................................................................
....................................... (Chaetarthriinae, Anacaenini, Crenitulus) Crenitulus savana sp. nov.
6. Mento com profunda escavação na região anterior (Fig. 72C) ................................................
.......................................................................... Acidocerinae, Chasmogenus, Chasmogenus sp.
6’. Mento sem escavação na região anterior (Fig. 57C) .................................. (Hydrophilinae) 7
7. Tíbias médias e posteriores com fileiras de cerdas natatórias (Fig. 9B) Escutelo muito mais
largo que longo (Fig 5A). Prosterno pouco desenvolvido, muito curto. Forma muito convexa ..
................................................................................................................................... (Berosini) 8
7’. Tíbias médias e posteriores sem fileiras de cerdas natatórias (Fig. 48B); se presentes, o
escutelo é quase tão largo quanto longo e o prosterno está bem desenvolvido. Forma desde
moderadamente convexa a plana .............................................................................................. 27
8. Corpo muito convexo, comprimido lateralmente. Dorso preto, brilhante. Élitros com calos
humerais não proeminentes. Metasterno com uma carena. Tíbias anteriores dilatadas no ápice
(Figs. 43A-C) .............................................................. (Derallus) Derallus roraimensis sp. nov.
8’. Corpo moderadamente convexo, não comprimido lateralmente. Superfície dorsal
raramente negra; Élitros com calos humerais proeminentes. Metasterno com uma escavação.
Tíbias anteriores quase lineares, não dilatadas no ápice (Figs. 7A) ..........................(Berosus) 9
9. Ápice elitral com projeções ou recortes (Fig. 5A)................................................................ 10
9’. Ápice elitral sem projeções ou recortes (Fig. 9A) ............................................................... 14
10. Sem manchas no pronoto (Fig. 5A) .................................................................................... 11
10’. Com manchas no pronoto (Fig. 29A) ................................................................................ 12
11. Ápice elitral recortado em semicírculo e ângulo sutural longo e afinado (Fig. 5A). Peça
basal da genitália masculina de comprimento um pouco menor que a metade do comprimento
total (Fig. 5F-H) ..................................................................................................... B. ambogynus
11’. Ápice elitral recortado em semicírculo e ângulo sutural sem prolongação (Fig. 7A). Peça
basal da genitália masculina muito curta, cerca de 1/4 do comprimento total (Fig. 7F-H) ..........
................................................................................................................................. B. brevibasis
12. Cabeça preta (Fig. 31A). Parâmeros sem apêndices membranosos internos, com uma
fileira de cerdas subapicais (31F-H) ......................................................................................... 13
14
12’. Cabeça amarela com manchas pretas (Fig. 21A). Parâmeros com apêndices membranosos
internos, com um tufo de cerdas (Fig. 21F-H) .................................................... B. megaphallus
13. Quinto urosternito com margem laterais serrilhadas e com reentrância apical contendo
duas projeções na região medial (Fig. 31E) ............................................................B. reticulatus
13’. Quinto urosternito com margens laterais lisas e com reentrância apical rasa e lisa, sem
projeções na região medial (Fig. 25E) ....................................................................... B. patruelis
14. Primeiro urosternito com carena mediana (Fig. 17E)......................................................... 15
14’. Primeiro urosternito sem carena mediana (Fig. 9E) .......................................................... 21
15. Processo mesosternal laminar (Fig. 17D) .......................................................................... 16
15’. Processo mesosternal com dente escavado (Fig. 13D) ..................................................... 18
16. Cabeça marrom amarela com região posterior da fronte escurecida. (Fig. 17A) Quinto
urosternito com reentrância apical contendo uma pequena elevação medial. (Fig. 17E) Lobo
médio de mesmo comprimento que os parâmeros (41A) ......................................................... 17
16’. Cabeça preta (Fig. 33A). Quinto urosternito com reentrância apical contendo duas
projeções mediais (Fig. 33E). Lobo médio um pouco maior que os parâmeros (33F-H) ............
................................................................................................................... B. apiciflatus sp. nov.
17. Margens posteriores dos urosternitos lisas (Fig. 17E). Porção distal da pubescência
femoral oblíqua (Fig. 17C). Mancha enegrecida na região lateral do élitro (Fig. 17A)B. llanensis
17’. Margens posteriores dos urosternitos serrilhadas (Fig. 41E). Porção distal da pubescência
femoral reta (Fig. 41C). Sem mancha enegrecida na região lateral do élitro (Fig. 41A) .............
..................................................................................................................... B. clarksoni sp. nov.
18. Dorso marrom com manchas pretas. Pontuações elitrais arredondadas (Fig. 19A) ........... 19
18’. Dorso completamente preto. Pontuações elitrais subquadrangulares (Fig. 27A) .................
.............................................................................................................................. B. rectangulus
19. Pernas totalmente amareladas (Fig.19C). Região lateral do pronoto sem manchas (15A) ....
.................................................................................................................................................. 20
19’. Pernas amareladas com parte pubescente do fêmur marrom escura (Fig. 13C). Região
lateral do pronoto com uma mancha preta (Fig. 13A) ...................................................... B. freyi
20. Cabeça preta (Fig.15A). Pubescência femoral com porção distal reta (Fig. 15) ....................
..................................................................................................................................... B. insignis
20’. Cabeça marrom (3Fig. 19A). Pubescência femoral com porção distal oblíqua (Fig. 19C) ..
............................................................................................................................... B. marquardti
15
21. Quinto urosternito com reentrância apical contendo duas projeções na região mediana
(Fig. 35E) .................................................................................................................................. 22
21’. Quinto urosternito com reentrância apical contendo uma pequena elevação na região
mediana (23E)........................................................................................................................... 26
22. Dorso marrom com manchas pretas (Fig. 37A). Margens laterais dos urosternitos lisas ou
serrilhadas (37E) ....................................................................................................................... 23
22’. Dorso completamente preto (Fig. 35A). Margens laterais dos urosternitos serrilhadas
(Fig. 35E) ........................................................................................................ B. atratus sp. nov.
23. Cabeça amarela com manchas pretas (Fig. 9A) ................................................................. 24
23’. Cabeça preta (Fig. 29A) .................................................................................................... 25
24. Região mediana da fronte com mancha preta de formato trapezoidal (Fig. 9A). Peça basal
da genitália masculina com comprimento cerca de 3/4 do comprimento total (Fig. 9F- H) ........
.................................................................................................................................. B. castaneus
24’. Região mediana da fronte com uma mancha em forma de “V” (Fig. 37A). Peça basal da
genitália masculina cerca de 1/3 do comprimento total (Fig. 37F – H) ......................................
...................................................................................................................... B. cordatus sp. nov.
25. Pronoto com pontuações de menor diâmetro que as pontuações do élitro. Porção lateral do
pronoto sem manchas (Fig. 29A) ............................................................................... B. repertus
25’. Pronoto com pontuações de mesmo diâmetro que as pontuações do élitro. Porção lateral
do pronoto com mancha preta (Fig. 11A)............................................................. B. consobrinus
26. Pronoto com duas manchas na região mediana (Fig. 23A). Peça basal de comprimento um
pouco maior que a metade do comprimento total (Fig. 23F-H) ..................................... B. olivae
26’. Pronoto sem manchas (Fig. 39A). Peça basal com comprimento de 2/3 do comprimento
total (Fig. 39F-H) .............................................................................................B. aurifer sp. nov.
27. Prosterno com uma carena elevada com um par de espinhos na região anterior. Processos
meso e metasternal separados, o mesosternal com vários espinhos curvos na face ventral, o
metasternal em forma de triângulo pouco elevado (Fig. 45C). Élitros sem estrias (Fig. 45A).
Meso e metafêmures glabros ........................................................... (Laccobiini, Paracymus) 28
27’. Prosterno não carenado ou carenado, mas sem um par de espinhos anteriores (Fig. 65C).
Processos meso e metasternal unidos formando uma quilha contínua (59C); Élitros com
estrias. Meso e metafêmures com pubescência basal, que pode ser muito estreita ......................
.......................................................................................................................... (Hydrophilini) 29
16
28. Élitros pretos, mais claro na metade posterior (Fig.45A). Parâmeros afinados na região
apical (Fig. A-B) ............................................................................................ Paracymus gracilis
28’. Élitros pretos com margens laterais amareladas (Fig. 48A). Parâmeros arredondados na
região apical (Fig. 49A-B) ............................................................................. Paracymus sedatus
29. Fêmures médios e posteriores glabros (Fig. 51C) .............................................................. 33
29’. Fêmures médios e posteriores com pubescência hidrofóbica, algumas vezes restrita à
região basal (Fig. 57C) ..................................................................................... (Tropisternus) 30
30. Elevação prosternal com sulco mediano longitudinal fechado anteriormente (Fig. 61D),
em forma de capuz; élitros negros, verde escuros ou marrons, nunca com faixas longitudinais
(Fig. 61A) ................................................................................................................................. 31
30’. Elevação prosternal com sulco mediano longitudinal aberto anteriormente (Fig. 59C);
élitros amarelados com quatro faixas longitudinais esverdeadas (Fig. 59A) ...............................
.................................................................................................................... Tropisternus collaris
31. Antenômero seis de comprimento normal .......................................................................... 32
31’. Antenômero 6 dilatado, de tamanho equivalente ao antenômero apical (Fig. 63D) .............
....................................................................................................................... Tropisternus ovalis
32. 14 mm de comprimento total. Quinto urosternito com um longo espinho mediano, que se
estende além do último urosternito (Fig. 57E) ...................................... Tropisternus apicipalpis
32’. 8,5 mm de comprimento total. Quinto urosternito com uma discreta elevação pré-apical
portando um tufo de cerdas douradas (Fig. 61E)........................................... Tropisternus laevis
33. Elevação prosternal com sulco mediano longitudinal que recebe a porção anterior da
elevação mesosternal (Fig. 53D) ...................................................................... (Hydrophilus) 34
33’ Elevação prosternal carenada (Fig. 51D) ...............................................................................
.................................................................... (Hydrobiomorpha) Hydrobiomorpha corumbaensis
34. Menor que 32 mm de comprimento. Quinto urosternito com sulco em formato de “V” na
região anterior (Fig. 53E) ............................................................................. Hydrophilus ensifer
34’. Maior que 37 mm de comprimento. Quinto urosternito com sulco em formato de “U” na
região anterior (Fig. 55E) ......................................................................... Hydrophilus simulator
17
4.3 Gêneros e espécies de Hydrophilidae dos lagos da savana de Roraima, Brasil
HYDROPHILINAE Latreille, 1802
Berosini Mulsant, 1844
Diagnose. Comprimento total entre 1,5 e 9,0 mm; corpo com forma visivelmente convexa;
escutelo mais longo que largo; densa franja de cerdas natatórias sobre as meso e metatíbias;
emarginação retangular ou, raramente, semicircular na margem posterior do quinto urosternito
abdominal.
Berosus Leach, 1817
Diagnose. Comprimento total entre 1,5 e 9,0 mm. Corpo não muito convexo. Olhos muito
projetados. Antenas com sete artículos. Região mediana do mesosterno apresentando carena
longitudinal elevada em forma de lâmina, podendo apresentar uma escavação na face ventral
da elevação; metasterno não projetado entre as mesocoxas; com região mediana elevada em
plataforma que apresenta escavação central, às vezes com presença de projeções
posterolaterais espiniformes. Tíbias médias e posteriores com longas cerdas natatórias na face
dorsal; tarsos com cinco artículos, exceto em machos, que apresentam tarsos anteriores com
quatro tarsômeros, o primeiro mais dilatado. Élitros com estria escutelar bem desenvolvida e
fileiras longitudinais de estrias punctiformes, às vezes, com cerdas espiniformes e projeções
espiniformes apicais. Abdome com cinco urosternitos; primeiro urosternito podendo
apresentar carena longitudinal na região mediana e depressão nas laterais; quinto urosternito
com diferentes tipos de reentrâncias na região apical.
Berosus é encontrado em todas as regiões biogeográficas, sendo composto por
aproximadamente 270 espécies (Fikacek et al., 2010). Na região Neotropical são registradas
cerca de 115 espécies, das quais aproximadamente 90 ocorrem na América do Sul e 60 no
Brasil (Hansen, 1999; Short e Hebauer, 2006). No estado de Roraima foram encontradas 19
espécies, sendo 14 já descritas para o gênero e cinco espécies novas.
Segundo Oliva (1989) as espécies neotropicais podem ser subdivididas em complexos
de espécies com base, principalmente, na forma da genitália masculina:
18
Complexo holdhausi - Genitália masculina compactada. Parâmeros paralelos, acuminados.
Lobo médio fortemente curvado, formando um "S", dilatado no ápice. Primeiro urosternito
carenado na maioria das espécies, sem depressões laterais. Quinto urosternito com reentrância
apical rasa e região mediana com um par de dentes pontiagudos. Margens laterais dos
urosternitos serrilhada na maioria das espécies. Coloração do dorso variando para cada
espécie. Escultura dorsal bem marcada, grossa ou muito grossa.
Na área de estudos foram encontradas as seguintes espécies:
Berosus rectangulus Mouchamps, 1960
Berosus marquardti Knisch, 1921
Berosus insignis Knisch, 1921
Berosus freyi Mouchamps, 1960
Berosus consobrinus Knisch, 1921
Berosus apiciflatus sp. nov.
Berosus atratus sp. nov.
Complexo obscurifrons - Genitália masculina alongada, levemente compactada. Parâmeros
acuminados. Lobo médio debilmente curvado, levemente dilatado no ápice. Primeiro
urosternito sem carena mediana, com depressões laterais rasas. Quinto urosternito com
reentrância apical profunda e um par de dentes na região mediana. Escultura dorsal fina, sem
micropontuações. Coloração do dorso sem brilho metálico nas espécies conhecidas.
Na área de estudos foi encontrada uma espécie:
Berosus cordatus sp. nov.
Complexo patruelis - Genitália masculina subcilíndrica. Parâmeros acuminados, paralelos.
Lobo médio espesso, pouco curvo. Primeiro urosternito carenado ou não, com ou sem
depressões laterais. Olhos notavelmente grandes, às vezes maiores nos machos. Escultura
dorsal grosseira, mas com finas estrias elitrais.
Na área de estudos foram encontradas as seguintes espécies:
Berosus patruelis Berg, 1885
Berosus repertus Oliva & Short, 2012
19
Complexo sticticus - Genitália masculina comprimida. Parâmeros paralelos, acuminados.
Lobo médio fortemente ou débilmente curvo, moderadamente dilatado no ápice. Primeiro
urosternito carenado ou não, sem depressões laterais. Escultura dorsal variando de grossa a
fina, com ou sem micropontuações. Tamanho pequeno (comprimento total raramente superior
a 4 mm). Todas as espécies conhecidas sem brilho metálico no dorso.
Na área de estudos foram encontradas as seguintes espécies:
Berosus llanensis Oliva & Short, 2012
Berosus olivae Queney, 2006
Berosus aurifer sp. nov.
Berosus clarksoni sp. nov.
Complexo truncatipennis - Genitália masculina cilíndrica, grande. Parâmeros mais ou menos
acuminados, com apêndices membranosos internos. Lobo médio simples, com ápice
pontiagudo ou complexo. Primeiro urosternito carenado, com depressões laterais grandes,
profundas e arredondadas na maioria das espécies.
Na área de estudos foi encontrada apenas uma espécie:
Berosus megaphallus Oliva & Short, 2012
Complexo corumbanus - Genitália masculina cilíndrica. Parâmeros acuminados, claramente
divididos longitudinalmente em uma área membranosa e uma esclerosada. Lobo médio
fortemente dilatado no ápice. Primeiro urosternito carenado, sem depressões laterais. Margens
laterais dos urosternitos lisas, ás vezes a margem lateral do quinto urosternito serrilhada.
Escultura dorsal fina ou moderadamente grosseira.
Na área de estudos foi encontrada apenas uma espécie:
Berosus castaneus Oliva & Short, 2012
Complexo reticulatus - Genitália masculina comprimida. Parâmeros alongando-se,
estreitando-se ou arredondando-se no ápice. Lobo médio pouco curvado, com o ápice pouco
20
dilatado. Primeiro urosternito não carenado, com rasas ou profundas depressões laterais.
Élitro de todas as espécies conhecidas com ápices biespinosos.
Na área de estudos foram encontradas as seguintes espécies:
Berosus reticulatus Knisch, 1921
Berosus ambogynus Mouchamps, 1963
Berosus brevibasis Oliva, 1989
Berosus ambogynus Mouchamps, 1963
(Figs. 4; 5A - H)
Berosus (Enoplurus) ambogynus Mouchamps, 1963: 123.
Berosus ambogynus Mouchamps: Oliva,1989: 164, Figs. 262, 263; Hansen, 1999: 73; Oliva e
Short, 2012: 8, Figs. 2A, 2B, 3A, 26.
Diagnose. 5,5 – 5,6 mm de comprimento total. Cabeça marrom, sem brilho metálico, apenas
escurecida na fronte. Processo mesosternal em formato laminar, com dente anterior e
posterior pequeno, o primeiro mais saliente, borda entre eles um pouco serrilhada (Fig.5D).
Élitros com cerdas espiniformes em todas as interestrias, ápices recortados em semicírculo e
ponta sutural longa e afilada (Fig.5A). Fêmures marrons com pubescência cobrindo quase
toda a superfície, porção distal reta (Fig.5C). Urosternitos com bordas laterais lisas e
posteriores serrilhadas; quinto urosternito com reentrância apical contendo uma pequena
elevação medial (Fig.5E). Genitália masculina com peça basal mais curta que a metade da
longitude total. Parâmeros curvados regularmente em terço distal, apresentando cerdas longas
em toda a sua longitude. Lobo médio mais curto que os parâmeros (Fig.5F-H).
Comentários. Esta espécie é bem caracterizada pelo formato dos ápices elitrais cortados em
semicírculo e pela escultura com pontuações muito finas. Assemelha-se a B. festai Knisch,
1925 pela proporção da peça basal e distal, diferenciando-se por apresentar parâmeros mais
arredondados em seu ápice.
Distribuição. BRASIL: Amazonas, Pará, Roraima; BOLÍVIA: Tarija; VENEZUELA:
Amazonas, Apure, Bolívar, Guárico.
21
Figura 4. Mapa com registro geográfico de Berosus ambogynus Mouchamps nos lagos da savana de
Roraima.
Material examinado. BRASIL: Roraima: Boa Vista, Lago 1, 02°54'24.7''N, 60°57'38.3'',
Rede Entomológica Aquática (Rapiché), K. Dias, C. Benetti cols., 31.v.2015, 1 ♂ [álcool];
mesmos dados, exceto Lago 3, 02°47'15.4''N, 60°46'37.3''W, K. Dias, C. Benetti, L. Santana
cols., 01.vi.2015; 12.viii.2015, 5 ♂ e 14 ♀ [álcool]; mesmos dados, exceto Lago 5,
02°46'23.8''N, 60°45'41.8''W, 01.vi.2015, 3 ♂ e 2 ♀ [álcool]; mesmos dados, exceto Lago 10,
02°52'06.4''N, 60°51'57.9''W, 03.vi.2015, 1 ♂ e 1 ♀ [álcool]; mesmos dados, exceto Lago 13,
02°53'03.5''N, 60°52'45.5''W , 03.vi.2015, 1 ♂ e 1 ♀ [álcool]; mesmos dados, exceto Lago 14,
02°57'35.4''N, 61°04'39.9''W, 04.vi.2015, 1 ♂ e 1 ♀ [álcool]; mesmos dados, exceto Lago 15,
02°58'04.1''N, 61°04'46.2''W, K. Dias, C. Benetti, L. Santana cols., 04.vi.2015; 10.viii.2015 1
♂ e 2 ♀ [álcool]; mesmos dados, exceto Lago 17, 02°52'29.7''N, 60°51'48.9''W, 05.vi.2015, 1
♀ [álcool]; mesmos dados, exceto Lago 20, 02°49'17.4''N, 60°48'10.6''W, 06.vi.2015, 1 ♂
[álcool]; mesmos dados, exceto Lago 23, 02°51'46.3''N, 60°47'30.6''W, K. Dias, L. Santana
cols., 07.vi.2015, 2 ♀ [álcool]; mesmos dados, exceto Lago 24, 03°02'20.3''N, 60°46'51.7''W,
K. Dias, C. Benetti, L. Santana cols., 07.vi.2015; 13.viii.2015, 8 ♂ e 19 ♀ [álcool]; mesmos
dados, exceto Lago 25, 03°10'53.9''N, 60°50'00.8''W, 07.vi.2015, 1 ♀ [álcool]; mesmos
dados, exceto Alto Alegre, Lago 8, 02°50'51.2''N, 60°50'25.0''W, 02.vi.2015, 1 ♂ e 2 ♀
[álcool]; mesmos dados, exceto Alto Alegre, Lago 9, 02°51'13.7''N, 60°50'32.8''W,
02.vi.2015, 1 ♀ [álcool]; mesmos dados, exceto Alto Alegre, Lago 18, 02°59'48.7''N,
61°07'48.7''W, 05.vi.2015, 42 ♂ e 44 ♀ [álcool]; mesmos dados, exceto Alto Alegre, Lago 21,
02°49'17.4''N, 60°48'10.6''W, 06.vi.2015, 8 ♂ e 3 ♀ [álcool].
22
Figura 5.A – H: Berosus ambogynus Mouchamps. A. Hábito em vista dorsal; B. Hábito em vista
lateral; C. Hábito em vista ventral; D. Processo mesosternal em vista lateral; E. Abdome em vista
ventral; F. Genitália masculina em vista dorsal; G. Genitália masculina em vista lateral; H. Genitália
masculina em vista ventral.
23
Berosus brevibasis Oliva, 1989
(Figs. 6; 7A - H)
Berosus (Enoplurus) brevibasis Oliva, 1989: 165, Figs. 264, 265, 266, 267, 268; Hansen, 1999:
76; Oliva e Short, 2012, Figs. 2C, 4A.
Diagnose. 4,6 - 5,2 mm de comprimento total. Cabeça marrom, com a parte posterior da
fronte mais escura. Pontuações da cabeça fina, sem microesculturas. Processo mesosternal em
forma de lâmina grossa e muito saliente, com pequeno dente anterior curvado, voltado para
trás e ângulo posterior arredondado, muito saliente (Fig.7D). Cerdas espiniformes em todas as
interestrias elitrais. Ápices elitrais recortados em semicírculo e ângulo sutural sem
prolongação (Fig.7A). Fêmures marrons, com a pubescência cobrindo quase toda superfície,
porção distal reta (Fig.7C). Primeiro urosternito sem carena mediana ou depressões laterais.
Margens laterais dos urosternitos lisas e posteriores serrilhadas. Quinto urosternito visível
com borda lisa; reentrância apical contendo duas projeções espiniformes na região mediana
(Fig.7E). Genitália masculina com peça basal muito curta, cerca de quatro vezes menor que o
comprimento total; parâmetros largos, arredondados no ápice, lobo médio mais largo que os
parâmetros, subcilíndrico, engrossado fortemente na base e ligeiramente no ápice (Fig.7F-H).
Comentários. Se diferencia de B. ambogynus por apresentar forma mais robusta, presença de
pontos mais grossos na escultura e ângulo sutural dos ápices elitrais não tão longos e afilados.
A ausência de brilho metálico a difere das outras espécies do complexo reticulatus
Knisch,1921.
Distribuição. BRASIL: Mato Grosso, Roraima; VENEZUELA: Apure, Bolívar, Guárico.
24
Figura 6. Mapa com registro geográfico de Berosus brevibasis Oliva nos lagos da savana de Roraima.
Material examinado. BRASIL: Roraima: Boa Vista, Lago 3, 02°47'15.4''N, 60°46'37.3''W,
Rede Entomológica Aquática (Rapiché), K. Dias, C. Benetti cols., 01.vi.2015, 6 ♂ e 3 ♀
[álcool]; mesmos dados, exceto Lago 1, 02°54'24.7''N, 60°57'38.3'', K. Dias, L. Santana cols.,
11.viii.2015, 8 ♂ e 1 ♀ [álcool]; mesmos dados, exceto Lago 2, 02°46'00.4''N, 60°45'38.0''W,
K. Dias, L. Santana cols., 08.viii.2015, 1 ♂ e 2 ♀ [álcool]; mesmos dados, exceto Lago 5,
02°46'23.8''N, 60°45'41.8''W, K. Dias, C. Benetti, L. Santana cols., 01.vi.2015; 13.viii.2015, 4
♂ e 2 ♀ [álcool]; mesmos dados, exceto Lago 6, 02°48'21.2''N, 60°47'40.8''W, K. Dias, L.
Santana cols., 12.viii.2015, 5 ♂ e 5 ♀ [álcool]; mesmos dados, exceto Lago 10, 02°52'06.4''N,
60°51'57.9''W, K. Dias, L. Santana cols., 12.viii.2015, 1 ♀ [álcool]; mesmos dados, exceto
Lago 11, 02°53'36.6''N, 60°55'40.1''W, 03.vi.2015, 1 ♀ [álcool]; mesmos dados, exceto Lago
13, 02°53'03.5''N, 60°52'45. 03.vi.2015, 3 ♂ e 1 ♀ [álcool]; mesmos dados, exceto Lago 14,
02°57'35.4''N, 61°04'39.9''W, 04.vi.2015, 3 ♂ e 1 ♀ [álcool]; mesmos dados, exceto Lago 17,
02°52'29.7''N, 60°51'48.9''W, K. Dias, L. Santana cols., 12.viii.2015, 10 ♂ e 2 ♀ [álcool];
mesmos dados, exceto Lago 20, 02°49'17.4''N, 60°48'10.6''W, K. Dias, L. Santana cols.,
09.viii.2015, 8 ♂ e 1 ♀ [álcool]; mesmos dados, exceto Lago 8, 02°50'51.2''N, 60°50'25.0''W,
K. Dias, L. Santana cols., 09.viii.2015, 2 ♂ e 6 ♀ [álcool]; mesmos dados, exceto Alto
Alegre, Lago 18, 02°59'48.7''N, 61°07'48.7''W, 05.vi.2015, 12 ♂ e 12 ♀ [álcool]; mesmos
dados, exceto Alto Alegre, Lago 19, 02°59'39.8''N, 61°06'46.2''W, K. Dias, L. Santana cols.,
10/viii/2015, 2 ♂ e 3 ♀ [álcool]; mesmos dados, exceto Alto Alegre, Lago 21, 02°49'17.4''N,
60°48'10.6''W, K. Dias, L. Santana cols., 06.vi.2015; 13.viii.2015, 5 ♂ 1 ♀ [álcool]; mesmos
dados, exceto Lago 24, 03°02'20.3''N, 60°46'51.7''W, K. Dias, C. Benetti, L. Santana cols.,
25
07.vi.2015; 13.viii.2015, 4 ♂ e 3 ♀ [álcool]; mesmos dados, exceto Lago 26, 02°52'02.1''N,
60°51'00.0''W, 07.vi.2015, 3 ♂ e 2 ♀ [álcool].
Figura 7A – H: Berosus brevibasis Oliva. A. Hábito em vista dorsal; B. Hábito em vista lateral; C.
Hábito em vista ventral; D. Processo mesosternal em vista lateral; E. Abdome em vista ventral; F.
Genitália masculina em vista dorsal; G. Genitália masculina em vista lateral; H. Genitália masculina
em vista ventral.
26
Berosus castaneus Oliva & Short, 2012
(Figs. 8; 9A - H)
Berosus castaneus: Oliva e Short, 2012: 41, Figs. 21B.
Diagnose. 4,3 – 4,6 mm de comprimento total. Clípeo marrom claro com um triângulo de
coloração mais escura medialmente. Fronte marrom nas laterais com centro totalmente
enegrecido. Pontuações da cabeça mais finas que as pronotais. Pronoto com duas faixas
escurecidas, separadas por uma faixa mais fina, marrom. Processo mesosternal com dente
anterior pequeno, dirigido posteroventralmente (Fig.9D). Élitro apresentando manchas
escuras, esparsas, no padrão usual (Fig.9A). Estrias elitrais externas mais densamente
pontuadas que as internas. Interestrias com pontuações uniseriadas, de mesmo diâmetro que
nas estrias e contendo cerdas espiniformes; ápice elitral sem projeções ou recortes (Fig.9A).
Primeiro urosternito sem carena mediana, sem depressões laterais. Bordas laterais dos
urosternitos lisas e bordas posteriores dos quatro primeiros urosternitos serrilhadas. Quinto
urosternito com reentrância apical contendo duas projeções espiniformes medianamente
(Fig.9E). Genitália masculina com peça basal que se estende por 3/4 do comprimento total.
Parâmeros acuminados com filas de cerdas curtas estendendo-se subapicalmente. Lobo médio
um pouco mais curto que os parâmeros, reto, acuminado no ápice (Fig.9F-H).
Comentários. Esta espécie assemelha-se a B. sinigus Oliva, 1989 e B. hispidulus Oliva, 1993
na forma geral da genitália e o padrão de cor. Ela difere de ambas por ter cerdas como
espinhos nas interestrias e peça basal da genitália masculina muito longa.
Distribuição. BRASIL: Roraima; VENEZUELA: Bolívar.
27
Figura 8. Mapa com registro geográfico de Berosus castaneus Oliva & Short nos lagos da savana de
Roraima.
Material examinado. BRASIL: Roraima: Boa Vista, Lago 3, 02°47'15.4''N, 60°46'37.3''W,
Rede Entomológica Aquática (Rapiché), K. Dias, C. Benetti cols., 01.vi.2015, 1 ♂ [álcool];
mesmos dados, exceto Lago 13, 02°53'03.5''N, 60°52'45.5''W , 03.vi.2015, 1 ♀ [álcool];
mesmos dados, exceto Lago 24, 03°02'20.3''N, 60°46'51.7''W, 07.vi.2015, 1 ♂ e 1 ♀ [álcool];
mesmos dados, exceto Lago 25, 03°10'53.9''N, 60°50'00.8''W, 07.vi.2015, 1 ♀ [álcool];
mesmos dados, exceto Alto Alegre, Lago 18, 02°59'48.7''N, 61°07'48.7''W, 05.vi.2015, 5 ♂ e
3 ♀ [álcool]; mesmos dados, exceto Alto Alegre, Lago 22, 02°59'37.1''N, 61°07'38.9''W,
06.vi.2015, 1 ♀ [álcool].
28
Figura 9A – H: Berosus castaneus Oliva & Short. A. Hábito em vista dorsal; B. Hábito em vista
lateral; C. Hábito em vista ventral; D. Processo mesosternal em vista lateral; E. Abdome em vista
ventral; F. Genitália masculina em vista dorsal; G. Genitália masculina em vista lateral; H. Genitália
masculina em vista ventral.
29
Berosus consobrinus Knisch, 1921
(Figs. 10; 11A - H)
Berosus (Berosus) consobrinus Knisch, 1921: 18.
Berosus consobrinus Knisch: Oliva,1989: 93; Oliva,1993: 203; Oliva, 2012: 21.
Diagnose. 3,2 - 3,4 mm de comprimento total. Cabeça negra com brilho verde metálico;
densamente pontuada, com pontos mais largos e profundos na região posterior da fronte.
Pronoto marrom com uma mancha extensa na região mediana e uma mancha nas margens
laterais. Pontuações do pronoto de diâmetro equivalente ao diâmetro das pontuações do élitro;
separadas por aproximadamente o diâmetro de um ponto. Processo mesosternal laminar com
dente anterior voltado para baixo (Fig.11D). Ápice elitral sem projeções ou recortes
(Fig.11A). Pernas marrom com parte pubescente dos fêmures marrom escuro; porção distal
oblíqua (Fig.11C). Primeiro urosternito visível sem carena mediana ou depressões laterais.
Margens laterais e posteriores dos urosternitos serrilhados. Quinto urosternito com reentrância
apical contendo duas projeções espiniformes na região mediana (Fig.11E). Peça basal de
tamanho igual a metade do comprimento total; parâmeros de tamanho equivalente ao
comprimento do lobo médio, portando uma fileira de cerdas subapicais; lobo médio
acuminado apicalmente (Fig.11F-H).
Comentários. Se assemelha a B. freyi Mouchamps, 1960 pelo padrão de manchas pronotais e
pela forma da genitália masculina, diferenciando-se desta por apresentar pontuações pronotais
grosseiras, de mesmo diâmetro que as pontuações do élitro (pontuações pronotais mais finas
que as elitrais em B. freyi); processo mesosternal laminar e primeiro urosternito sem carena na
região mediana.
Distribuição. BRASIL: Mato Grosso, Roraima; VENEZUELA: Bolívar, Guárico.
30
Figura 10. Mapa com registro geográfico de Berosus consobrinus Knisch nos lagos da savana de
Roraima.
Material examinado. BRASIL: Roraima: Boa Vista, Lago 25, 03°10'53.9''N,
60°50'00.8''W, Rede Entomológica Aquática (Rapiché), K. Dias, C. Benetti cols., 07/vi/2015,
1 ♂ [álcool].
31
Figura 11A – H: Berosus consobrinus Knisch. A. Hábito em vista dorsal; B. Hábito em vista lateral;
C. Hábito em vista ventral; D. Processo mesosternal em vista lateral; E. Abdome em vista ventral; F.
Genitália masculina em vista dorsal; G. Genitália masculina em vista lateral; H. Genitália masculina
em vista ventral.
32
Berosus freyi Mouchamps, 1960
(Figs. 12; - 13A - H)
Berosus freyi: Mouchamps, 1960: 97; Oliva, 1989: 85, Figs. 35 - 38.
Diagnose. 4,0 mm de comprimento total. Cabeça negra com brilho verde metálico;
densamente pontuada, com pontos mais largos e profundos na região posterior da fronte.
Pronoto marrom com uma mancha enegrecida extensa na região mediana e uma nas margens
laterais. Processo mesosternal com dente anterior escavado, voltado para baixo (Fig.13D).
Ápice elitral sem projeções ou recortes (Fig.13A). Pubescência femoral oblíqua,
moderadamente extensa (Fig.13C). Primeiro urosternito visível carenado em toda a sua
longitude. Margens laterais e posteriores dos urosternitos serrilhadas. Quinto urosternito com
reentrância apical contendo duas projeções espiniformes na região mediana (Fig.13E). Peça
basal de tamanho igual a metade do comprimento total; parâmeros de tamanho equivalente ao
comprimento do lobo médio, portando uma fileira de cerdas subapicais; lobo médio
acuminado apicalmente (Fig.13F-H).
Comentários. Ver comentário de. Berosus insignis.
Distribuição. BRASIL: Pará, Roraima.
Figura 12. Mapa com registro geográfico de Berosus freyi Mouchamps nos lagos da savana de
Roraima.
33
Material examinado. BRASIL: Roraima: Boa Vista, Lago 24, 03°02'20.3''N,
60°46'51.7''W, Rede Entomológica Aquática (Rapiché), K. Dias, C. Benetti cols., 07.vi.2015,
1 ♂ [álcool].
Figura 13A – H: Berosus freyi Mouchamps. A. Hábito em vista dorsal; B. Hábito em vista lateral; C.
Hábito em vista ventral; D. Processo mesosternal em vista lateral; E. Abdome em vista ventral; F.
34
Genitália masculina em vista dorsal; G. Genitália masculina em vista lateral; H. Genitália masculina
em vista ventral.
Berosus insignis Knisch, 1921
(Figs. 14; 15A - H)
Berosus insignis Knisch, 1921: 17; Mouchamps, 1960: 100; Oliva, 1989: 90, Figs. 57 – 59;
Hansen, 1999: 89.
Diagnose. 3,0 - 3,3 mm de comprimento total. Cabeça preta com brilho verde metálico.
Pronoto marrom, apresentando duas manchas na região mediana, a anterior mais arredondada
e a posterior em forma de triângulo invertido. Pontuações da cabeça e pronoto irregulares e
bem impressos. Dente anterior do processo mesosternal ligeiramente engrossado, mas não
oco, voltado para baixo e para trás (Fig.15D). Estrias elitrais com pontos redondos mais
grossos que os pronotais, alguns apresentando cerdas espiniformes. Ápice elitral sem
projeções ou recortes (Fig.15A). Pubescência femoral extensa, reta (Fig.15C). Primeiro
urosternito carenado, sem depressões laterais. Margens laterais e posteriores dos urosternitos
serrilhadas. Quinto urosternito com reentrância apical contendo duas projeções espiniformes
na região mediana (Fig.15E). Genitália masculina com peça basal de tamanho um pouco
maior que a metade do comprimento total; parâmeros estreitos, levemente sinuosos,
arredondados, com longas cerdas subapicais (Fig.15F-H).
Comentários. Se assemelha a B. freyi pelo comprimento do corpo, padrão de manchas elitrais
e forma da genitália masculina. Em B. insignis a genitália masculina é mais larga que em B.
freyi, a peça basal é um pouco maior que a metade do comprimento total e lobo médio maior
que os parâmeros. Se diferencia também pela ausência de manchas laterais no pronoto, bem
evidentes em B. freyi.
Distribuição. BRASIL: Mato Grosso, Roraima; PARAGUAI: Boquerón.
35
Figura 14. Mapa com registro geográfico de Berosus insignis Knisch nos lagos da savana de Roraima.
Material examinado. BRASIL: Roraima: Boa Vista. Lago 3, 02°47'15.4''N, 60°46'37.3''W,
Rede Entomológica Aquática (Rapiché), K. Dias, C. Benetti cols., 01.vi.2015, 1 ♂ [álcool];
mesmos dados, exceto Lago 5, 02°46'23.8''N, 60°45'41.8''W, 01.vi.2015, 1 ♂ e 1 ♀ [álcool];
mesmos dados, exceto Lago 10, 02°52'06.4''N, 60°51'57.9''W, 03.vi.2015, 1 ♂ [álcool];
mesmos dados, exceto Lago 12, 02°54'36.5''N, 60°57'30.9''W, 03.vi.2015, 1 ♀ [álcool];
mesmos dados, exceto Lago 13, 02°53'03.5''N, 60°52'45.5''W, 03.vi.2015, 1 ♂ [álcool];
mesmos dados, exceto Lago 14, 02°57'35.4''N, 61°04'39.9''W, 04.vi.2015, 1 ♂ [álcool];
mesmos dados, exceto Lago 15, 02°58'04.1''N, 61°04'46.2''W, K. Dias, C. Benetti, L. Santana
cols., 04.vi.2015; 10.viii.2015, 3 ♂ e 6 ♀ [álcool]; mesmos dados, exceto Lago 16,
02°59'46.20"N, 61°6'44.07"W, 04.vi.2015, 1 ♂ e 2 ♀ [álcool]; mesmos dados, exceto Lago
17, 02°52'29.7''N, 60°51'48.9''W, K. Dias, C. Benetti, L. Santana cols., 05.vi.2015;
12.viii.2015, 10 ♂ e 3 ♀ [álcool]; mesmos dados, exceto Lago 20, 02°49'17.4''N,
60°48'10.6''W, 06.vi.2015, 1 ♀ [álcool]; mesmos dados, exceto Lago 24, 03°02'20.3''N,
60°46'51.7''W, 07.vi.2015, 13 ♂ e 9 ♀ [álcool]; mesmos dados, exceto Lago 25,
03°10'53.9''N, 60°50'00.8''W, 07.vi.2015, 1 ♂ e 3 ♀ [álcool]; mesmos dados, exceto Lago 26,
02°52'02.1''N, 60°51'00.0''W, 07.vi.2015, 5 ♂ e 6 ♀ [álcool]; mesmos dados, exceto Alto
Alegre, Lago 8, 02°50'51.2''N, 60°50'25.0''W 02.vi.2015, 1 ♂ [álcool]; mesmos dados, exceto
Alto Alegre, Lago 18, 02°59'48.7''N, 61°07'48.7''W, 05.vi.2015, 17 ♂ e 26 ♀ [álcool];
mesmos dados, exceto Alto Alegre, Lago 21, 02°49'17.4''N, 60°48'10.6''W, 06.vi.2015, 3 ♂ e
1 ♀ [álcool]; mesmos dados, exceto Alto Alegre, Lago 22, 02°59'37.1''N, 61°07'38.9''W
06.vi.2015; 1 ♂ e 1 ♀ [álcool].
36
Figura 15A – H: Berosus insignis Knisch. A. Hábito em vista dorsal; B. Hábito em vista lateral; C.
Hábito em vista ventral; D. Processo mesosternal em vista lateral; E. Abdome em vista ventral; F.
Genitália masculina em vista dorsal; G. Genitália masculina em vista lateral; H. Genitália masculina
em vista ventral.
37
Berosus llanensis Oliva & Short, 2012
(Figs. 16 – 17A - H)
Berosus llanensis: Oliva e Short, 2012: 38, Figs. 19A, 20A.
Diagnose. 2,3 - 2,6 mm de comprimento total. Cabeça marrom com área mediana da fronte
escurecida. Pontuações pronotais arredondadas, moderadamente densas, maiores e mais
profundas que as pontuações da cabeça. Processo mesosternal com dente anterior grande,
voltado para trás e para baixo (Fig.17D). Pontuações da margem lateral do élitro,
arredondadas, esparsas, medindo cerca de duas vezes o diâmetro de um ponto; ápice elitral
sem projeções ou recortes (Fig.17A). Primeiro urosternito carenado, sem depressões laterais.
Margens laterais e posteriores dos urosternitos lisas. Quinto urosternito com reentrância apical
contendo duas projeções espiniformes (Fig.17E). Genitália masculina com peça basal de
comprimento cerca de duas vezes maior que a largura, correspondendo a 2/3 do comprimento
total. Parâmeros curvados, com ápices estreitados, portando uma fileira de cerdas curtas,
subapicais (Fig.17F-H).
Comentários. A espécie se assemelha a B. sticticus Kinsch, 1921 e B. guyanensis Boheman,
1859 pela forma da genitália masculina, diferenciando-se por possuir peça basal maior. Se
assemelha também a B. olivae Queney 2006, mas pode ser diferenciada desta por apresentar
tonalidade mais escura; uma mancha bem aparente na região lateral do élitro; forma da
genitália masculina e reentrância apical do quinto urosternito com duas projeções
espiniformes na região mediana (ausente em B. olivae).
Distribuição. BRASIL: Roraima; VENEZUELA: Apure.
38
Figura 16. Mapa com registro geográfico de Berosus llanensis Oliva & Short nos lagos da savana de
Roraima.
Material examinado. BRASIL: Roraima: Boa Vista, Lago 1, 02°54'24.7''N, 60°57'38.3'',
Rede Entomológica Aquática (Rapiché), K. Dias, C. Benetti cols., 31.v.2015, 6 ♂ e 7 ♀
[álcool]; mesmos dados, exceto Lago 3, 02°47'15.4''N, 60°46'37.3''W, 01.vi.2015, 1 ♂ e 1 ♀
[álcool]; mesmos dados, exceto Lago 4, 02°47'29.8''N, 60°47'08.4''W, 01.vi.2015, 1 ♂ e 1 ♀
[álcool]; mesmos dados, exceto Lago 5, 02°46'23.8''N, 60°45'41.8''W, 01.vi.2015, 4 ♀
[álcool]; mesmos dados, exceto Lago 7, 02°49'02.7''N, 60°48'18.3''W, 02.vi.2015, 1 ♂ e 2 ♀
[álcool]; mesmos dados, exceto Lago 10, 02°52'06.4''N, 60°51'57.9''W, 03.vi.2015, 1 ♂ e 2 ♀
[álcool]; mesmos dados, exceto Lago 12, 02°54'36.5''N, 60°57'30.9''W, 03.vi.2015, 4 ♀;
mesmos dados, exceto Lago 13, 02°53'03.5''N, 60°52'45.5''W, 03.vi.2015, 1 ♂ e 1 ♀ [álcool];
mesmos dados, exceto Lago 14, 02°57'35.4''N, 61°04'39.9''W, 04.vi.2015, 3 ♀ [álcool];
mesmos dados, exceto Lago 17, 02°52'29.7''N, 60°51'48.9''W, 05.vi.2015, 1 ♀ [álcool];
mesmos dados, exceto Lago 20, 02°49'17.4''N, 60°48'10.6''W, 06.vi.2015, 2 ♀ [álcool];
mesmos dados, exceto Lago 23, 02°51'46.3''N, 60°47'30.6''W, 07.vi.2015, 1 ♀; mesmos
dados, exceto Lago 25, 03°10'53.9''N, 60°50'00.8''W, 07.vi.2015, 3 ♀ [álcool]; mesmos
dados, exceto Lago 26, 02°52'02.1''N, 60°51'00.0''W, 07.vi.2015, 2 ♀ [álcool]; mesmos
dados, exceto Alto Alegre, Lago 8, 02°50'51.2''N, 60°50'25.0''W, 02.vi.2015, 2 ♀ [álcool];
mesmos dados, exceto Alto Alegre, Lago 9, 02°51'13.7''N, 60°50'32.8''W, 02.vi.2015, 3 ♂ e 3
♀ [álcool]; mesmos dados, exceto Alto Alegre, Lago 18, 02°59'48.7''N, 61°07'48.7''W,
05.vi.2015, 14 ♂ e 10 ♀ [álcool]; mesmos dados, exceto Alto Alegre, Lago 19, 02°59'39.8''N,
61°06'46.2''W, 05.vi.2015, 6 ♀ [álcool].
39
Figura 17A – H: Berosus llanensis Oliva & Short. A. Hábito em vista dorsal; B. Hábito em vista
lateral; C. Hábito em vista ventral; D. Processo mesosternal em vista lateral; E. abdome em vista
ventral; F. Genitália masculina em vista dorsal; G. Genitália masculina em vista lateral; H. Genitália
masculina em vista ventral.
40
Berosus marquardti Knisch, 1921
(Figs. 18; 19A - H)
Berosus marquardti Knisch, 1921: 12; Mouchamps, 1960: 102; Oliva, 1989: 88, Figs. 48 –
52; Hansen, 1999: 89; Oliva e Short, 2012: 40.
Diagnose. 3,2 - 3,9 mm de comprimento total. Cabeça marrom, sem brilho metálico,
escurecida na metade posterior da fronte. Pronoto com pequenas manchas escurecidas na
região mediana, uma na região anterior e duas na região posterior. Dente anterior do processo
mesoesternal curvado, escavado, voltado para baixo (Fig.19D). Élitro com pontos seriados
redondos, mais grossos do que os pronotais, portando cerdas espiniformes nas interestrias;
ápice elitral sem projeções ou recortes (Fig.19A). Pubescência femoral extensa, oblíqua.
Carena do primeiro urosternito muito elevada, convexa em vista lateral. Margens laterais e
posteriores dos urosternitos serrilhadas. Quinto urosternito com reentrância apical contendo
duas projeções espiniformes na região mediana (Fig.19E). Peça basal da genitália masculina
de tamanho igual a metade do comprimento total; parâmeros maiores e mais finos que o lobo
médio, portando uma fileira de cerdas subapicais (Fig.19F-H).
Comentários. Espécie próxima a B. corozo Oliva & Short, 2012, da qual pode ser
diferenciada por apresentar tonalidade do dorso mais escura e forma do processo mesosternal
não laminar.
Distribuição. BRASIL: Mato Grosso, Roraima; VENEZUELA: Apure.
41
Figura 18. Mapa com registro geográfico de Berosus marquardti Knisch nos lagos da savana de
Roraima.
Material examinado. BRASIL: Roraima: Boa Vista, Lago 4, 02°47'29.8''N, 60°47'08.4''W,
Rede Entomológica Aquática (Rapiché), K. Dias, C. Benetti cols., 01.vi.2015, 2 ♀ [álcool];
mesmos dados, exceto Lago 2, 02°46'00.4''N, 60°45'38.0''W, K. Dias, C. Benetti, L. Santana
cols., 01.vi.2015; 08.viii.2015, 2 ♂ e 2 ♀ [álcool]; mesmos dados, exceto Lago 3,
02°47'15.4''N, 60°46'37.3''W, K. Dias, C. Benetti, L. Santana cols., 01.vi.2015; 12.viii.2015, 5
♀ [álcool]; mesmos dados, exceto Lago 5, 02°46'23.8''N, 60°45'41.8''W, 01.vi.2015, 3 ♂ e 1
♀ [álcool]; mesmos dados, exceto Lago 6, 02°48'21.2''N, 60°47'40.8''W, 02.vi.2015, 3 ♂ e 4
♀ [álcool]; mesmos dados, exceto Lago 7, 02°49'02.7''N, 60°48'18.3''W, 02.vi.2015, 2 ♀
[álcool]; mesmos dados, exceto Lago 10, 02°52'06.4''N, 60°51'57.9''W, 03.vi.2015, 3 ♂ e 2 ♀
[álcool]; mesmos dados, exceto Lago 12, 02°54'36.5''N, 60°57'30.9''W, 03.vi.2015, 1 ♀
[álcool]; mesmos dados, exceto Lago 13, 02°53'03.5''N, 60°52'45.5''W, 03.vi.2015, 2 ♂ e 1 ♀
[álcool]; mesmos dados, exceto Lago 14, 02°57'35.4''N, 61°04'39.9''W, 04.vi.2015, 1 ♂
[álcool]; mesmos dados, exceto Lago 16, 02°59'46.20"N, 61° 6'44.07"W, 04.vi.2015, 4 ♂ e 3
♀ [álcool]; mesmos dados, exceto Lago 17, 02°52'29.7''N, 60°51'48.9''W, 05.vi.2015, 6 ♂ e 2
♀ [álcool]; mesmos dados, exceto Lago 20, 02°49'17.4''N, 60°48'10.6''W, 06.vi.2015, 8 ♂ e 3
♀ [álcool]; mesmos dados, exceto Lago 23, 02°51'46.3''N, 60°47'30.6''W, 07.vi.2015, 4 ♂ e 1
♀ [álcool]; mesmos dados, exceto Lago 24, 03°02'20.3''N, 60°46'51.7''W, 07.vi.2015, 2 ♂ e 1
♀ [álcool]; mesmos dados, exceto Lago 25, 03°10'53.9''N, 60°50'00.8''W, 07.vi.2015, 1 ♂ e 1
♀ [álcool]; mesmos dados, exceto Lago 26, 02°52'02.1''N, 60°51'00.0''W, 07.vi.2015, 2 ♂ e 1
♀ [álcool]; mesmos dados, exceto Alto Alegre, Lago 8, 02°50'51.2''N, 60°50'25.0''W,
02.vi.2015, 5 ♂ e 4 ♀ [álcool]; mesmos dados, exceto Alto Alegre, Lago 18, 02°59'48.7''N,
61°07'48.7''W, 05.vi.2015, 5 ♂ e 3 ♀ [álcool]; mesmos dados, exceto Alto Alegre: Lago 19,
02°59'39.8''N, 61°06'46.2''W, 05.vi.2015, 3 ♂ [álcool]; mesmos dados, exceto Alto Alegre,
Lago 21, 02°49'17.4''N, 60°48'10.6''W, 06.vi.2015, 2 ♂ e 3 ♀ [álcool]; mesmos dados, exceto
42
Alto Alegre, Lago 22, 02°59'37.1''N, 61°07'38.9''W, K. Dias, C. Benetti, L. Santana cols.,
06.vi.2015; 10.viii.2015, 2 ♂ e 2 ♀ [álcool].
Figura 19A – H: Berosus marquardti Knisch. A. Hábito em vista dorsal; B. Hábito em vista lateral; C.
Hábito em vista ventral; D. Processo mesosternal em vista lateral; E. Abdome em vista ventral; F.
Genitália masculina em vista dorsal; G. Genitália masculina em vista lateral; H. Genitália masculina
em vista ventral.
43
Berosus megaphallus Oliva & Short, 2012
(Figs. 20; 21A - H)
Berosus megaphallus: Oliva e Short, 2012: 41, Figs. 21B.
Diagnose. 6,2 - 7,7 mm de comprimento total. Cabeça marrom, escurecida na região posterior
da fronte. Pronoto com duas faixas escuras e estreitas na região mediana. Processo
mesosternal laminar, com dente anterior grande e curvado (Fig.21D). Élitro com manchas
enegrecidas esparsas, seguindo o padrão usual. Escultura moderadamente fina (Fig.21A).
Interestrias largas, com pontuações de tamanho moderado dispostos em séries, na metade
posterior do élitro um pouco mais grossas e contendo cerdas espiniformes. Ápices elitrais
emarginados, com espinho parasutural agudo (Fig.21A, C). Primeiro urosternito com carena
mediana e grandes depressões laterais. Margens laterais e posteriores dos urosternitos lisas.
Porção posterior do quinto urosternito elevado, formando um disco ao redor de uma
reentrância apical estreita e profunda (Fig.21E). Peça basal da genitália masculina cerca de
2/3 o comprimento total. Parâmeros de ápices largos, contendo apêndices membranosos na
posição ventral e tufos de cerdas na região dorsal (Fig.21F-H).
Comentários. Assemelha-se a B. truncatipennis Castelnau, 1840, mas com pontuações mais
finas no dorso e ápice elitral com ângulo sutural nos machos largamente arredondada, não
tendo espinhos.
Distribuição. BRASIL: Roraima; GUIANA: Karanambo; VENEZUELA: Apure, Bolívar,
Delta Amacuro, Monagas.
44
Figura 20. Mapa com registro geográfico de Berosus megaphallus Oliva & Short nos lagos da savana
de Roraima.
Material examinado. BRASIL: Roraima: Boa Vista, Lago 2, 02°46'00.4''N, 60°45'38.0''W,
Rede Entomológica Aquática (Rapiché), K. Dias, L. Santana cols., 08.viii.2015, 2 ♂ 3 ♀
[álcool]; mesmos dados, exceto Lago 11, 02°53'36.6''N, 60°55'40.1''W, 11.viii.2015, 1 ♀
[álcool]; mesmos dados, exceto Lago 12, 02°54'36.5''N, 60°57'30.9''W, 11.viii.2015, 1 ♀
[álcool]; mesmos dados, exceto Lago 1, 02°54'24.7''N, 60°57'38.3'', K. Dias, C. Benetti cols.,
31.v.2015, 1 ♂ [álcool]; mesmos dados, exceto Alto Alegre, Lago 19, 02°59'39.8''N,
61°06'46.2''W, 10.viii.2015, 1 ♀ [álcool].
45
Figura 21A – H: Berosus megaphallus Oliva & Short. A. Hábito em vista dorsal; B. Hábito em vista
lateral; C. Hábito em vista ventral; D. Processo mesosternal em vista lateral; E. Abdome em vista
ventral; F. Genitália masculina em vista dorsal; G. Genitália masculina em vista lateral; H. Genitália
masculina em vista ventral.
46
Berosus olivae Queney, 2006
(Figs. 22; 23A - H)
Berosus olivae: Queney, 2006: 459, Figs. 1-7; Oliva e Short, 2012: 43, Figs. 19B, 20B.
Diagnose. 2,4 – 2,6 mm de comprimento total. Coloração da cabeça amarela, com duas
manchas mais escuras na região posteromediana da fronte; Pronoto amarelo escuro, com
porção mediana apresentando duas faixas longitudinais mais escuras, que se unem na porção
anterior; duas manchas na região lateral. Pontuações do pronoto distanciadas por
aproximadamente uma a duas vezes o diâmetro de um ponto; presença de fileira de
pontuações mais evidentes e mais escuras na região posterior (Fig.23A). Prosterno com
reentrância ânteromediana. Processo mesosternal laminar (Fig.23D). Pernas amareladas;
pubescência cobrindo todo o fêmur, exceto em seu ápice; parte distal da pubescência
levemente oblíqua (Fig.23C). Élitro amarelo apresentando manchas enegrecidas esparsas em
toda a sua extensão; presença de dez fileiras longitudinais de estrias grosseiras; cerdas
espiniformes em todo o comprimento das estrias e interestrias; ápices elitrais sem projeções
ou recortes (Fig.23A). Urosternitos com margens laterais lisas e margem posterior dos quatro
primeiros urosternitos serrilhadas; quinto urosternito com reentrância apical contendo uma
discreta projeção na região mediana (Fig.23E). Peça basal da genitália masculina de
comprimento um pouco maior que a metade do comprimento total, envolvendo as partes
distais. Parâmeros um pouco mais curto que o lobo médio, curvando-se gradualmente em
direção ao ápice, subcilíndricos, com fileiras de cerdas subapicais. Lobo médio dilatado e
arredondado no ápice, que apresenta, em vista dorsal, um orifício (Fig.23F-H).
Comentários. Ver comentário em B. llanensis.
Distribuição. BRASIL: Roraima; GUIANA FRANCESA: Iracoubo; VENEZUELA:
Bolívar.
47
Figura 22. Mapa com registro geográfico de Berosus olivae Queney nos lagos da savana de Roraima.
Material examinado. BRASIL: Roraima: Boa Vista, Lago 1, 02°54'24.7''N, 60°57'38.3'',
Rede Entomológica Aquática (Rapiché), K. Dias, C. Benetti cols., 31/v/2015, 1 ♂ [álcool];
mesmos dados, exceto Lago 2, 02°46'00.4''N, 60°45'38.0''W, 01/vi/2015, 1 ♂ e 1 ♀ [álcool];
mesmos dados, exceto Lago 4, 02°47'29.8''N, 60°47'08.4''W, 01/vi/2015, 1 ♀ [álcool];
mesmos dados, exceto Lago 6, 02°48'21.2''N, 60°47'40.8''W, 02/vi/2015, 1 ♀ [álcool];
mesmos dados, exceto Lago 7, 02°49'02.7''N, 60°48'18.3''W, 02/vi/2015, 1 ♀ [álcool];
mesmos dados, exceto Lago 10, 02°52'06.4''N, 60°51'57.9''W, 03/vi/2015, 1 ♀ [álcool];
mesmos dados, exceto Lago 12, 02°54'36.5''N, 60°57'30.9''W, 03/vi/2015, 1 ♀ [álcool];
mesmos dados, exceto Lago 13, 02°53'03.5''N, 60°52'45.5''W , Rede 03/vi/2015, 1♀ [álcool];
mesmos dados, exceto Lago 14, 02°57'35.4''N, 61°04'39.9''W, 04/vi/2015, 1 ♀ [álcool];
mesmos dados, exceto Lago 15, 02°58'04.1''N, 61°04'46.2''W, 04/vi/2015, 2 ♀ [álcool];
mesmos dados, exceto Lago 17, 02°52'29.7''N, 60°51'48.9''W, 05/vi/2015, 1 ♂ [álcool];
mesmos dados, exceto Lago 20, 02°49'17.4''N, 60°48'10.6''W, 06/vi/2015, 1 ♀ [álcool];
mesmos dados, exceto Lago 23, 02°51'46.3''N, 60°47'30.6''W, 07/vi/2015, 2 ♀ [álcool];
mesmos dados, exceto Lago 24, 03°02'20.3''N, 60°46'51.7''W, 07/vi/2015, 3 ♀; mesmos
dados, exceto Lago 26, 02°52'02.1''N, 60°51'00.0''W, 07/vi/2015, 3 ♀ [álcool]; mesmos
dados, exceto Alto Alegre: Lago 8, 02°50'51.2''N, 60°50'25.0''W, 02/vi/2015, 2 ♂ e 1 ♀
48
[álcool]; mesmos dados, exceto Alto Alegre: Lago 9, 02°51'13.7''N, 60°50'32.8''W,
02/vi/2015, 2 ♀ [álcool]; mesmos dados, exceto Alto Alegre: Lago 18, 02°59'48.7''N,
61°07'48.7''W, 05/vi/2015, 1 ♂ [álcool]; mesmos dados, exceto Alto Alegre: Lago 21,
02°49'17.4''N, 60°48'10.6''W, 06/vi/2015, 2 ♀ [álcool].
Figura 23A – H: Berosus olivae Queney. A. Hábito em vista dorsal; B. Hábito em vista lateral; C.
Hábito em vista ventral; D. Processo mesosternal em vista lateral; E. Abdome em vista ventral; F.
49
Genitália masculina em vista dorsal; G. Genitália masculina em vista lateral; H. Genitália masculina
em vista ventral.
Berosus patruelis Berg, 1885
(Figs. 24; 25A - H)
Berosus patruelis: Berg, 1885: 220; Bruch, 1915: 483.
B. (Enoplurus) griseus: Knisch, 1924: 263; Mouchamps, 1963: 126; Bidau, 1978: 64.
B. (s. str.) carinatus: Mouchamps, 1963 (syn. nov.).
B. (Enoplurus) patruelis: Oliva, 1982: 106; Oliva, 1989: 122, Figs. 149 - 156; Oliva e Short,
2012: 45, Figs. 22A, 23A.
Diagnose. 3,2 – 4,7 mm de comprimento total. Cabeça preta, sem brilho metálico. Pronoto
amarelo pardo com uma mancha enegrecida na região medial, dividida por uma faixa central.
Processo mesosternal com dente anterior quase reto, voltado para baixo e atrás (Fig.25D).
Élitros densamente pontuados, com estrias finas e interestrias com pontos grossos dispostos bi
ou triseriadamente; cerdas espiniformes na metade posterior. Ápices elitrais recortados quase
em semicírculo (Fig.25A). Primeiro urosternito com depressões laterais pequenas e rasas, as
vezes reduzidas a uma simples área lisa. Margens laterais dos urosternitos lisas e posteriores
discretamente serrilhadas. Quinto urosternito com reentrância muito larga e rasa;
apresentanado duas projeções um pouco arredondadas na porção mediana (Fig.25E). Genitália
masculina com parâmetos largos, amplamente acuminados; lobo médio um pouco mais curto
que os parâmeros, subcilíndrico, quase reto, dilatado no ápice (Fig.25F-H).
Comentários. Esta espécie apresenta variação intraespecífica nas depressões laterais do
primeiro urosternito, tendo, alguns espécimes depressões mais rasas e outras depressões um
pouco mais profundas. Alguns exemplares possuem diferença na coloração do dorso.
Distribuição. ARGENTINA: Buenos Aires; BRASIL: Mato Grosso, Roraima; BOLÍVIA:
Santa Cruz, PARAGUAI: São Pedro, Concepção; VENEZUELA: Amazonas, Bolívar, Apure,
Aragua, Barinas, Cojedes.
50
Figura 24. Mapa com registro geográfico de Berosus patruelis Berg nos lagos da savana de Roraima.
Material examinado. BRASIL: Roraima: Boa Vista, Lago 4, 02°47'29.8''N, 60°47'08.4''W,
Rede Entomológica Aquática (Rapiché), K. Dias, C. Benetti cols., 01.vi.2015, 1 ♀; mesmos
dados, exceto Lago 13, 02°53'03.5''N, 60°52'45.5''W , 03.vi.2015, 1 ♀ [álcool]; mesmos
dados, exceto Lago 14, 02°57'35.4''N, 61°04'39.9''W, 04.vi.2015, 1 ♀ [álcool]; mesmos
dados, exceto Lago 24, 03°02'20.3''N, 60°46'51.7''W, K. Dias, C. Benetti, L. Santana cols.,
07.vi.2015; 13.viii.2015, 1 ♂ e 1 ♀ [álcool]; mesmos dados, exceto Lago 25, 03°10'53.9''N,
60°50'00.8''W, 07.vi.2015, 1 ♀ [álcool]; mesmos dados, exceto Alto Alegre, Lago 18,
02°59'48.7''N, 61°07'48.7''W, 05.vi.2015, 1 ♀ [álcool]; mesmos dados, exceto Alto Alegre,
Lago 19, 02°59'39.8''N, 61°06'46.2''W, K. Dias, C. Benetti, L. Santana cols., 05.vi.2015;
10.viii.2015, 1 ♂ e 1♀ [álcool]; mesmos dados, exceto Alto Alegre, Lago 22, 02°59'37.1''N,
61°07'38.9''W, 06.vi.2015, 1 ♂ [álcool].
51
Figura 25A – H: Berosus patruelis Berg. A. Hábito em vista dorsal; B. Hábito em vista lateral; C.
Hábito em vista ventral; D. Processo mesosternal em vista lateral; E. Abdome em vista ventral; F.
Genitália masculina em vista dorsal; G. Genitália masculina em vista lateral; H. Genitália masculina
em vista ventral.
52
Berosus rectangulus Mouchamps, 1960
(Figs. 26; 27A - H)
Berosus rectangulus Mouchamps, 1960:101; Oliva, 1989: 87, Figs. 44 – 47; Hansen, 1999:
92; Oliva e Short, 2012: 38, Figs. 19A, 20A.
Diagnose. 3,5 – 4,3 mm de comprimento total. Cabeça preta, sem brilho metálico,
densamente pontuada, com pontos grossos; fileira de longas cerdas dispostas ao longo da
margem interna dos olhos. Pronoto preto, mais estreito que o élitro com pontos tão grossos
quanto os da cabeça. Processo mesosternal com face anterior convexa, ápice dentiforme,
levemente dilatado e escavado (Fig.27D). Élitro com profundas pontuações subseriadas
subquadrangulares; interestrias reduzidas (Fig.27A-B). Tíbias amarronzadas em sua base com
ápice das protíbias e 3/4 distais do meso e metafêmures mais escuros; pubescência dos
fêmures reduzida (Fig.27C). Primeiro urosternito com carena mediana longitudinal; sem
depressões laterais. Margens laterais e posteriores dos urosternitos serrilhadas. Quinto
urosternito com reentrância apical, apresentando dois dentes na região medial (Fig.27E).
Genitália masculina com peça basal de tamanho equivalente a metade do comprimento total
ou um pouco maior; parâmeros curvados, arredondados, com longas cerdas subapicais; lobo
médio mais curto que os parâmeros (Fig.27F-H).
Comentário. Esta espécie parece apresentar variação intraespecífica na coloração do pronoto,
possuindo, alguns indivíduos, pronoto marrom com manchas enegrecidas, outros com pronoto
completamente preto. Se diferencia de B. holdhausi Knisch, 1921 pela ausência de brilho
metálico na cabeça, padrão de coloração das pernas e forma da genitália masculina.
Distribuição. BRASIL: Mato Grosso, Roraima.
53
Figura 26. Mapa com registro geográfico de Berosus rectangulus Knisch nos lagos da savana de
Roraima.
Material examinado. BRASIL: Roraima: Boa Vista, Lago 2, 02°46'00.4''N, 60°45'38.0''W,
Rede Entomológica Aquática (Rapiché), K. Dias, C. Benetti cols., 01.vi.2015, 4 ♂ e 15 ♀
[álcool]; mesmos dados, exceto Lago 4, 02°47'29.8''N, 60°47'08.4''W, 01.vi.2015, 17 ♂ e 13
♀ [álcool]; mesmos dados, exceto Lago 5, 02°46'23.8''N, 60°45'41.8''W, 01.vi.2015, 12 ♂ e
35 ♀ [álcool]; mesmos dados, exceto Lago 6, 02°48'21.2''N, 60°47'40.8''W, 02.vi.2015, 11 ♂
e 9 ♀ [álcool]; mesmos dados, exceto Lago 7, 02°49'02.7''N, 60°48'18.3''W, 02.vi.2015, 1 ♀
[álcool]; mesmos dados, exceto Lago 10, 02°52'06.4''N, 60°51'57.9''W, 03.vi.2015, 20 ♂ e 33
♀ [álcool]; mesmos dados, exceto Lago 11, 02°53'36.6''N, 60°55'40.1''W, 03.vi.2015, 3 ♂ e 2
♀ [álcool]; mesmos dados, exceto Lago 13, 02°53'03.5''N, 60°52'45.5''W , 03.vi.2015, 5 ♂ 7♀
[álcool]; mesmos dados, exceto Lago 16, 02°59'46.20"N, 61° 6'44.07"W, 04.vi.2015, 7 ♂ e 13
♀ [álcool]; mesmos dados, exceto Lago 17, 02°52'29.7''N, 60°51'48.9''W, 05.vi.2015, 4 ♂ e 3
♀ [álcool]; mesmos dados, exceto Lago 20, 02°49'17.4''N, 60°48'10.6''W, 06.vi.2015, 2 ♂ e 2
♀ [álcool]; mesmos dados, exceto Lago 23, 02°51'46.3''N, 60°47'30.6''W, 07.vi.2015, 10 ♂ e
16 ♀ [álcool]; mesmos dados, exceto Lago 24, 03°02'20.3''N, 60°46'51.7''W, 07.vi.2015, 3 ♂
e 7 ♀ [álcool]; mesmos dados, exceto Lago 25, 03°10'53.9''N, 60°50'00.8''W, 07.vi.2015, 2 ♂
e 8 ♀ [álcool]; mesmos dados, exceto Lago 26, 02°52'02.1''N, 60°51'00.0''W, 07.vi.2015, 23
♂ e 26 ♀ [álcool]; mesmos dados, exceto Alto Alegre, Lago 9, 02°51'13.7''N, 60°50'32.8''W,
02.vi.2015, 4 ♂ e 3 ♀ [álcool]; mesmos dados, exceto Alto Alegre, Lago 18, 02°59'48.7''N,
61°07'48.7''W, 05.vi.2015, 14 ♂ e 6 ♀ [álcool]; mesmos dados, exceto Alto Alegre, Lago 19,
02°59'39.8''N, 61°06'46.2''W, 05.vi.2015, 1 ♀ [álcool]; mesmos dados, exceto Alto Alegre:
Lago 21, 02°49'17.4''N, 60°48'10.6''W, 06.vi.2015, 5 ♂ e 9 ♀ [álcool]; mesmos dados, exceto
Alto Alegre, Lago 22, 02°59'37.1''N, 61°07'38.9''W, 06.vi.2015, 2 ♂ e 6 ♀ [álcool].
54
Figura 27A – H: Berosus rectangulus Knisch. A. Hábito em vista dorsal; B. Hábito em vista lateral; C.
Hábito em vista ventral; D. Processo mesosternal em vista lateral; E. abdome em vista ventral; F.
Genitália masculina em vista dorsal; G. Genitália masculina em vista lateral; H. Genitália masculina
em vista ventral.
55
Berosus repertus Oliva & Short, 2012
(Figs. 28; 29A - H)
Berosus repertus: Oliva e Short, 2012: 49, Figs. 22B, 23B.
Diagnose. 4,1 – 4,5 mm de comprimento total. Cabeça preta com brilho verde metálico.
Pronoto marrom com mancha enegrecida dividida por uma linha amarelada na região
mediana. Processo mesosternal laminar, com dente anterior grande, angularmente muito
curvado, voltado para trás; ângulo posterior arredondado (Fig.29D). Élitro marrom com
manchas enegrecidas esparsas; presença de cerdas espiniformes em todas as interestrias; ápice
elitral sem projeções ou recortes (Fig.29A). Primeiro urosternito com carena mediana e
depressões laterais grandes, arredondadas. Margem lateral dos urosternitos lisas; margem
posterior dos quatro primeiros urosternitos serrilhadas. Quinto urosternito com reentrância
apical contendo na região mediana dois dentes (Fig.29E). Peça basal da genitália masculina
medindo 2/3 do comprimento total; parâmeros longos, paralelos, arredondados no ápice, com
uma fila de cerdas curtas subapicais (Fig.29F-H).
Comentários. Assemelha-se a Berosus palposus Knisch, 1921 e B. patruelis pelo formato e
comprimento do corpo. Diferencia-se de B. palposus por possuir genitália masculina com
peça basal mais alongada e de B. patruelis pela forma da genitália masculina com peça basal
mais comprida que em B. repertus e lobo médio subcilíndrico não dilatado no ápice; possui
também mancha medial do pronoto mais alargada.
Distribuição. BRASIL: Roraima; VENEZUELA: Apure, Barinas, Guárico.
56
Figura 28. Mapa com registro geográfico de Berosus repertus Oliva & Short nos lagos da savana de
Roraima.
Material examinado. BRASIL: Roraima: Boa Vista: Lago 1, 02°54'24.7''N, 60°57'38.3'',
Rede Entomológica Aquática (Rapiché), K. Dias, C. Benetti cols., 31.v.2015, 1 ♂ [álcool];
mesmos dados, exceto Lago 2, 02°46'00.4''N, 60°45'38.0''W, 01.vi.2015, 1 ♂ e 2 ♀ [álcool];
mesmos dados, exceto Lago 3, 02°47'15.4''N, 60°46'37.3''W, 01.vi.2015, 1 ♂ e 2 ♀ [álcool];
mesmos dados, exceto Lago 5, 02°46'23.8''N, 60°45'41.8''W, 01.vi.2015, 1 ♂ [álcool];
mesmos dados, exceto Lago 6, 02°48'21.2''N, 60°47'40.8''W, 02.vi.2015, 1 ♂ e 2 ♀ [álcool];
mesmos dados, exceto Lago 7, 02°49'02.7''N, 60°48'18.3''W, 02.vi.2015, 2 ♂ e 1 ♀ [álcool];
mesmos dados, exceto Lago 10, 02°52'06.4''N, 60°51'57.9''W, 03.vi.2015, 1 ♂ e 1 ♀ [álcool];
mesmos dados, exceto Lago 11, 02°53'36.6''N, 60°55'40.1''W, 03.vi.2015, 1 ♂ e 2 ♀ [álcool];
mesmos dados, exceto Lago 12, 02°54'36.5''N, 60°57'30.9''W, 03.vi.2015, 1 ♂ [álcool];
mesmos dados, exceto Lago 13, 02°53'03.5''N, 60°52'45.5''W, 03.vi.2015, 2 ♂ e 2 ♀ [álcool];
mesmos dados, exceto Lago 14, 02°57'35.4''N, 61°04'39.9''W, 04.vi.2015, 1 ♂ e 2 ♀ [álcool];
mesmos dados, exceto Lago 16, 02°59'46.20"N, 61°6'44.07"W, 04.vi.2015, 1 ♂ e 1 ♀
[álcool]; mesmos dados, exceto Lago 17, 02°52'29.7''N, 60°51'48.9''W, 05.vi.2015, 3 ♂ e 2 ♀
[álcool]; mesmos dados, exceto Lago 20, 02°49'17.4''N, 60°48'10.6''W, 06.vi.2015, 1 ♂ e 1 ♀
[álcool]; mesmos dados, exceto Lago 24, 03°02'20.3''N, 60°46'51.7''W, 07.vi.2015, 7 ♂ e 1 ♀
[álcool]; mesmos dados, exceto Lago 25, 03°10'53.9''N, 60°50'00.8''W, 07.vi.2015, 7 ♂ e 1 ♀
[álcool]; mesmos dados, exceto Alto Alegre, Lago 8, 02°50'51.2''N, 60°50'25.0''W,
02.vi.2015, 1 ♂ [álcool]; mesmos dados, exceto Alto Alegre, Lago 9, 02°51'13.7''N,
60°50'32.8''W, 02.vi.2015, 1 ♂ [álcool]; mesmos dados, exceto Alto Alegre, Lago 18,
02°59'48.7''N, 61°07'48.7''W, 05.vi.2015, 25 ♂ e 21 ♀ [álcool]; mesmos dados, exceto Alto
Alegre, Lago 21, 02°49'17.4''N, 60°48'10.6''W 06.vi.2015, 1 ♂ [álcool].
57
Figura 29A – H: Berosus repertus Oliva & Short. A. Hábito em vista dorsal; B. Hábito em vista
lateral; C. Hábito em vista ventral; D. Processo mesosternal em vista lateral; E. Abdome em vista
ventral; F. Genitália masculina em vista dorsal; G. Genitália masculina em vista lateral; H. Genitália
masculina em vista ventral.
58
Berosus reticulatus Knisch, 1921
(Figs. 30; 31A - H)
Berosus (Enoplurus) reticulatus Knisch 1921: 62; Knisch, 1924: 79: 264; knisch, 1925: 39;
Bruch, 1927: 546, 551. Mouchamps, 1963: 125.
Berosus reticulatus Knisch: Oliva, 1989: 155, Figs. 241 - 247; Hansen, 1999: 80; Oliva e
Short, 2012: 48, Figs. 2A, 4B.
Diagnose. 4,0 – 5,1 mm de comprimento total. Cabeça preta com brilho verde metálico.
Pronoto marrom com mancha central escura extensa, dividida medianamente por uma linha
mais clara. Processo mesosternal com dente anterior afilado, saliente, voltado para baixo e
para trás; dente posterior sem ponta, arredondado (Fig.31D). Cerdas espiniformes em todas as
interestrias elitrais. Ápices elitrais recortados e ângulo sutural sem prolongação (Fig.31A).
Pubescência femoral extensa e reta (Fig.31C). Margens laterais dos quatro primeiros
urosternitos lisas; margens posteriores serrilhadas. Quinto urosternito visível com borda
lateral serreada, apresentando reentrância apical contendo duas projeções espiniformes na
região mediana (Fig.31E). Genitália masculina alongada; peça basal equivalente a 2/3 da
longitude total; lobo médio fino, mais curto que os parâmeros, gradualmente dilatado
apicalmente (Fig.31F-H).
Comentários. Se diferencia das outras espécies do gênero pelo brilho aveludado das
superfícies dorsais muito característico, pela extensão da mancha pronotal e nitidez do
desenho das manchas do élitro e pela margem lateral dos quatro primeiros urosternitos lisas e
do quinto serrilhada.
Distribuição. ARGENTINA: Buenos Aires, Santa Fé; BRASIL: Mato Grosso, Roraima;
PARAGUAI: Concepção; VENEZUELA: Anzoátegui, Barinas, Bolívar, Falcón, Guárico.
59
Figura 30. Mapa com registro geográfico de Berosus reticulatus Knisch nos lagos da savana de
Roraima.
Material examinado. BRASIL: Roraima: Boa Vista, Lago 3, 02°47'15.4''N, 60°46'37.3''W,
Rede Entomológica Aquática (Rapiché), K. Dias, C. Benetti cols., 01.vi.2015, 2 ♂ e 2 ♀
[álcool]; mesmos dados, exceto Lago 4, 02°47'29.8''N, 60°47'08.4''W, K. Dias, L. Santana
cols., 09.viii.2015, 1 ♀ [álcool]; mesmos dados, exceto Lago 5, 02°46'23.8''N, 60°45'41.8''W,
01.vi.2015, 6 ♂ e 2 ♀ [álcool]; mesmos dados, exceto Lago 6, 02°48'21.2''N, 60°47'40.8''W,
02.vi.2015, 1 ♂ e 2 ♀ [álcool]; mesmos dados, exceto Lago 13, 02°53'03.5''N, 60°52'45.5''W,
03.vi.2015, 2 ♂ [álcool]; mesmos dados, exceto Lago 17, 02°52'29.7''N, 60°51'48.9''W, K.
Dias, L. Santana cols., 12.viii.2015, 1 ♂ [álcool]; mesmos dados, exceto Lago 20,
02°49'17.4''N, 60°48'10.6''W, 06.vi.2015, 8 ♂ e 5 ♀ [álcool]; mesmos dados, exceto Lago 23,
02°51'46.3''N, 60°47'30.6''W, 07.vi.2015, 1 ♂ e 2 ♀ [álcool]; mesmos dados, exceto Lago 24,
03°02'20.3''N, 60°46'51.7''W, K. Dias, C. Benetti, L. Santana cols., 07.vi.2015; 13.viii.2015,
25 ♂ e 14 ♀ [álcool]; mesmos dados, exceto Lago 25, 03°10'53.9''N, 60°50'00.8''W,
07.vi.2015, 7 ♂ e 6 ♀ [álcool]; mesmos dados, exceto Lago 26, 02°52'02.1''N, 60°51'00.0''W,
07.vi.2015, 1 ♂ [álcool]; mesmos dados, exceto Alto Alegre, Lago 8, 02°50'51.2''N,
60°50'25.0''W, 02.vi.2015, 2 ♂ e 2 ♀ [álcool]; mesmos dados, exceto Alto Alegre, Lago 9,
02°51'13.7''N, 60°50'32.8''W, 02.vi.2015, 3 ♂ e 1 ♀ [álcool]; mesmos dados, exceto Alto
Alegre: Lago 18, 02°59'48.7''N, 61°07'48.7''W, 05.vi.2015, 8 ♂ e 4 ♀ [álcool].
60
Figura 31A – H: Berosus reticulatus Knisch. A. Hábito em vista dorsal; B. Hábito em vista lateral; C.
Hábito em vista ventral; D. Processo mesosternal em vista lateral; E. abdome em vista ventral; F.
Genitália masculina em vista dorsal; G. Genitália masculina em vista lateral; H. Genitália masculina
em vista ventral.
61
Berosus apiciflatus sp. nov.
(Figs. 32; 33A - H)
Diagnose. 4,6 – 4,8 mm de comprimento total. Coloração da cabeça preta com brilho
metálico. Pronoto marrom, com porção mediana apresentando duas faixas longitudinais
enegrecidas que se juntam na porção anterior (Fig.33A). Mesosterno com elevação mediana
laminar, face anterior convexa com ápice dentiforme levemente dilatado (Fig.33D). Élitro
marrom, com manchas enegrecidas esparsas (Fig.33A). Margens laterais e posteriores de
todos os urosternitos serrilhadas; primeiro urosternito com carena mediana, sem depressão nas
laterais; quinto urosternito dos machos com reentrância apical contendo duas projeções
espiniformes na região mediana (Fig.33E). Peça basal com comprimento cerca da metade do
comprimento total; parâmeros um pouco mais curtos que o lobo médio, curvando-se
gradualmente em direção ao ápice, com fileiras de cerdas subapicais; lobo médio dilatado e
arredondado no ápice, apresentando, em vista dorsal, um orifício (Fig.33F-H).
Descrição:
Tamanho. 4,6 – 4,8 mm de comprimento total.
Cabeça: Coloração negra com brilho metálico; densamente pontuada, com pontos mais finos
que os do pronoto, distanciados por aproximadamente o diâmetro de um ponto; pontuações da
fronte mais largas e profundas que as do clípeo (Fig.33A). Clípeo com carena longitudinal
mediana na região posterior. Olhos protuberantes, separados por pouco mais que duas vezes a
largura de um olho. Comprimento dos antenômeros da clava somados menor que a soma do
comprimento dos demais antenômeros; último antenômero de comprimento equivalente a
duas vezes o do anterior. Palpos maxilares longos, de comprimento um pouco menor que duas
vezes a largura do mento; último palpômero de comprimento maior que os anteriores. Palpos
labiais com comprimento equivalente à metade da largura do mento; segundo palpômero
discretamente menor que o terceiro.
Tórax: Pronoto marrom, com porção mediana apresentando duas faixas longitudinais
enegrecidas que se juntam na porção anterior; pontuação do pronoto com pontos distanciados
por aproximadamente duas vezes o diâmetro de um ponto (Fig.33A). Prosterno com
reentrância ânteromediana. Escutelo preto, com pontos escassos, distanciados por
aproximadamente uma a duas vezes o diâmetro de um ponto. Mesosterno com elevação
mediana laminar, face anterior convexa com ápice dentiforme levemente dilatado (Fig.33D).
62
Metasterno com elevação mediana e projeção lateral espiniforme. Élitro marrom, com
manchas enegrecidas esparsas; dez fileiras longitudinais de estrias punctiformes grosseiras;
ápice elitral sem projeção espiniforme ou recorte (Fig.33A).
Pernas: Coloração marrom. Pubescência dos fêmures cobrindo pouco menos que metade da
superfície, parte distal da pubescência levemente oblíqua (Fig.33C). Tarsos anteriores em
machos com os três primeiros tarsômeros dilatados portando escova de cerdas adesivas,
segundo e terceiro com cerdas menos conspícuas; primeiro tarsômero de comprimento
aproximadamente duas vezes o do segundo; segundo e terceiro tarsômeros de comprimento
equivalentes; último aproximadamente uma vez o comprimento dos demais somados.
Abdome: Margens laterais e posteriores de todos os urosternitos serrilhadas; primeiro
urosternito com carena mediana, sem depressões nas laterais; quinto urosternito dos machos
com reentrância apical contendo duas projeções espiniformes na região mediana (Fig.33E).
Genitália masculina: Peça basal com comprimento cerca da metade do comprimento total;
parâmeros um pouco mais curtos que o lobo médio, curvando-se gradualmente em direção ao
ápice, com fileiras de cerdas subapicais; lobo médio dilatado e arredondado no ápice,
apresentando, em vista dorsal, um orifício (Fig.33F-H).
Localidade tipo. BRASIL, Estado de Roraima, município de Alto Alegre 02°59'48.7''N,
61°07'48.7''W.
Série tipo. Holótipo: BRASIL: Roraima: Alto Alegre, Lago 18, 02°59'48.7''N,
61°07'48.7''W, Rede Entomológica Aquática (Rapiché), K. Dias, C. Benetti cols., 05.vi.2015,
1 ♂ [álcool]; Parátipo: mesmos dados do holótipo, exceto Boa Vista: Lago 24, 03°02'20.3''N,
60°46'51.7''W, 07.vi.2015, 1 ♂ [álcool].
Etimologia. O epíteto específico refere-se à genitália do macho que possui o ápice do lobo
médio inflado ou inchado (apiciflatus, do Latim “ápice inchado”).
Comentários. Assemelha-se a B. insignis e B. marquardti pelo comprimento e formato do
corpo, diferenciando-se, principalmente, pela coloração da cabeça, pronoto e élitro, ápice da
pubescência dos fêmures oblíqua (reta em B. marquardti), características do primeiro e quinto
urosternitos e, principalmente, pelas características da genitália masculina.
63
Figura 32. Mapa com registro geográfico de Berosus apiciflatus sp. nov. nos lagos da savana
de Roraima.
64
Figura 33A – H: Berosus apiciflatus sp. nov. A. Hábito em vista dorsal; B. Hábito em vista lateral; C.
Hábito em vista ventral; D. Processo mesosternal em vista lateral; E. Abdome em vista ventral; F.
Genitália masculina em vista dorsal; G. Genitália masculina em vista lateral; H. Genitália masculina
em vista ventral.
65
Berosus atratus sp. nov.
(Figs. 34; 35A - H)
Diagnose. 3,7 – 3,9 mm de comprimento total. Coloração da cabeça preta com brilho
metálico. Pronoto totalmente preto, densamente pontuado (Fig.35A). Mesosterno com
elevação mediana laminar, face anterior convexa com ápice dentiforme levemente dilatado
(Fig.35D). Metasterno com elevação mediana e projeção lateral espiniforme. Élitro totalmente
preto, com dez fileiras longitudinais de estrias punctiformes grosseiras (Fig.35A).
Urosternitos com margens laterais e posteriores serrilhadas; primeiro urosternito sem carena
mediana, sem depressão nas laterais; quinto urosternito dos machos com reentrância apical
contendo duas projeções espiniformes na região mediana (Fig.35E). Peça basal com
comprimento cerca de duas vezes maior que a largura; parâmeros gradualmente acuminados e
curvados, portando fileira de cerdas longas na região subapical; lobo médio de comprimento
equivalente ao dos parâmeros, fracamente curvado, com ápice abruptamente afinado
(Fig.35F-H).
Descrição:
Tamanho. 3,7 – 3,9 mm de comprimento total.
Cabeça: Coloração preta com brilho metálico; densamente pontuada, com pontuações
distanciadas por aproximadamente o diâmetro de um ponto; pontuações da fronte mais largas
e profundas que as do clípeo (Fig.35A). Fronte com carena longitudinal mediana na região
posterior. Olhos protuberantes; separados por aproximadamente duas vezes a largura de um
olho. Comprimento dos antenômeros da clava somados menor que a soma do comprimento
dos demais antenômeros; último antenômero de comprimento equivalente a duas vezes e meia
o do antenômero anterior. Palpos maxilares longos, de comprimento um pouco menor que
duas vezes a largura do mento; segundo palpômero de comprimento equivalente ao último;
terceiro palpômero de comprimento equivalente a duas vezes e meia o do antenômero
anterior. Palpos labiais com comprimento equivalente à metade da largura do mento; segundo
palpômero discretamente menor que o terceiro.
Tórax: Pronoto totalmente preto, densamente pontuado, com pontos distanciados por menos
de uma vez o diâmetro de um ponto (Fig.35A). Prosterno com reentrância ânteromediana.
Escutelo preto, com pontos distanciados por uma vez o diâmetro de um ponto. Mesosterno
66
com elevação mediana laminar, face anterior convexa com ápice dentiforme levemente
dilatado (Fig.35D). Metasterno com elevação mediana e projeção lateral espiniforme. Élitro
totalmente preto, com dez fileiras longitudinais de estrias punctiformes grosseiras. Ápice
elitral sem projeção espiniforme ou recorte (Fig.35A).
Pernas: Coloração amareladas. Pubescência dos fêmures enegrecidas, cobrindo quase
completamente o fêmur, parte distal da pubescência reta (Fig.35C). Tarsos anteriores em
machos com os três primeiros tarsômeros dilatados portando escova de cerdas adesivas,
segundo e terceiro com cerdas menos conspícuas; primeiro tarsômero de comprimento
aproximadamente duas vezes o segundo; segundo e terceiro tarsômeros equivalentes em
comprimento; último aproximadamente uma vez o comprimento dos demais somados.
Abdome: Urosternitos com margens laterais e posteriores serrilhadas; primeiro urosternito
sem carena mediana, sem depressão nas laterais; quinto urosternito dos machos com
reentrância apical contendo duas projeções espiniformes na região mediana (Fig.35E).
Genitália masculina: Peça basal com comprimento cerca de duas vezes maior que a largura;
parâmeros gradualmente acuminados e curvados, portando fileira de cerdas longas na região
subapical; lobo médio de comprimento equivalente ao dos parâmeros, fracamente curvado,
com ápice abruptamente afinado (Fig.35F-H).
Localidade tipo. BRASIL, Estado de Roraima, município de Boa Vista 03°02'20.3''N,
60°46'51.7''W.
Série tipo. Holótipo: BRASIL: Roraima: Boa Vista, Lago 24, 03°02'20.3''N, 60°46'51.7''W,
Rede Entomológica Aquática (Rapiché), K. Dias, C. Benetti cols., 07.vi.2015, 1 ♂ [álcool].
Parátipos: mesmos dados do holótipo, exceto Lago 3, 02°47'15.4''N, 60°46'37.3''W;
01.vi.2015, 1 ♀; mesmos dados do holótipo, exceto Lago 5, 02°46'23.8''N, 60°45'41.8''W,
01.vi.2015, 1 ♀ [álcool]; mesmos dados do holótipo, exceto Alto Alegre, Lago 18,
02°59'48.7''N, 61°07'48.7''W 05.vi.2015, 1 ♂ [álcool].
Etimologia. O epíteto específico refere-se à coloração preta da espécie (atratus, do Latim
“vestido em preto”).
Comentários. Se assemelha a B. rectangulus pela coloração, ausência de manchas no corpo e
pronoto mais estreito que o élitro. Ambas espécies são diferenciadas pelo formato e
dimensões das pontuações do pronoto e élitro (arredondadas e menores em B. atratus e
subquadrangulares e maiores em B. rectangulus), forma do processo mesosternal e forma da
67
genitália masculina. Além disso, B. atratus sp. nov. possui brilho metálico na cabeça, ausente
em B. rectangulus.
Figura 34. Mapa com registro geográfico de Berosus atratus sp. nov. nos lagos da savana de
Roraima.
68
Figura 35A – H: Berosus atratus sp. nov. A. Hábito em vista dorsal; B. Hábito em vista lateral; C.
Hábito em vista ventral; D. Processo mesosternal em vista lateral; E. Abdome em vista ventral; F.
Genitália masculina em vista dorsal; G. Genitália masculina em vista lateral; H. Genitália masculina
em vista ventral.
69
Berosus aurifer sp. nov.
(Figs. 36; 37A - H)
Diagnose. 2,5 – 2,7 mm de comprimento total. Cabeça amarelada, com região da fronte mais
escura; sem brilho metálico; densamente pontuada, com pontos mais finos que os do pronoto.
Pronoto amarelo, sem manchas (Fig.37A). Prosterno com reentrância ânteromediana;
mesosterno com elevação mediana laminar, com ápice dentiforme (Fig.37D); metasterno com
elevação mediana e projeção lateral espiniforme. Élitro amarelado, com duas manchas
enegrecidas na região mediana e uma na região do úmero; presença de cerdas espiniformes
em todo o comprimento das estrias e interestrias (Fig.37A). Urosternitos com margens laterais
lisas; margens posteriores serrilhadas; primeiro urosternito sem carena mediana e sem
depressões nas laterais; quinto urosternito com reentrância apical sem projeções ou dentes na
região mediana(Fig.37E). Peça basal com comprimento cerca de 2/3 do comprimento total;
parâmeros um pouco maior que o lobo médio com uma pequena reentrância em cerca de 2/3
do seu comprimento, subcilíndrico, curvando-se gradualmente em direção ao ápice. Lobo
médio dilatado e arredondado no ápice, apresentando, em vista dorsal, um orifício (Fig.37F-
H).
Descrição:
Tamanho. 2,5 – 2,7 mm de comprimento total.
Cabeça: Coloração amarelada, com região da fronte mais escura; sem brilho metálico
(Fig.37A); densamente pontuada, com pontos mais finos que os do pronoto, distanciados por
aproximadamente o diâmetro de um ponto; pontuações da fronte maiores e mais profundas
que as do clípeo. Clípeo com carena longitudinal mediana na região posterior. Olhos
protuberantes; separados por duas vezes a largura de um olho. Comprimento dos antenômeros
da clava somados menores que a soma dos demais antenômeros; último antenômero de
comprimento equivalente a duas vezes o do anterior. Palpos maxilares de comprimento cerca
de duas vezes a largura do mento; último palpômero de comprimento maior que os anteriores,
com mancha enegrecida em seu ápice. Palpos labiais com comprimento equivalente à metade
da largura do mento; segundo palpômero discretamente menor que o terceiro.
Tórax: Pronoto amarelo, sem manchas; pontuação do pronoto com pontos distanciados por
aproximadamente uma vez o diâmetro de um ponto (Fig.37A). Prosterno com reentrância
70
ânteromediana. Escutelo amarelado, com pontos distanciados por aproximadamente uma vez
o diâmetro de um ponto. Mesosterno com elevação mediana laminar, com ápice dentiforme
(Fig.37D). Metasterno com elevação mediana e projeção lateral espiniforme. Élitro
amarelado, com duas manchas enegrecidas na região mediana e uma na região do úmero; dez
fileiras longitudinais de estrias punctiformes grosseiras; pontuação de fundo discretamente
menores que a das estrias. Presença de cerdas espiniformes em todo o comprimento das
estrias e interestrias. Ápice elitral sem projeção espiniforme ou recorte (Fig.37C).
Pernas: Amareladas. Pubescência cobrindo todo o comprimento do fêmur, exceto seu ápice;
porção distal da pubescência reta (Fig.37C). Tarsos anteriores em machos com os três
primeiros tarsômeros dilatados portando escova de cerdas adesivas, segundo e terceiro com
cerdas menos conspícuas; primeiro tarsômero de comprimento aproximadamente duas vezes o
segundo; segundo e terceiro tarsômeros equivalentes; último aproximadamente uma vez o
comprimento dos demais somados.
Abdome: Margens laterais lisas e margens posteriores dos quatro primeiros urosternitos
serrilhadas; primeiro urosternito sem carena mediana e sem depressões nas laterais; quinto
urosternito com reentrância apical, sem projeções ou dentes na região mediana (Fig.37E).
Genitália masculina: Peça basal com comprimento cerca de 2/3 do comprimento total;
parâmeros um pouco maiores que o lobo médio com uma pequena reentrância em cerca de 2/3
do seu comprimento, subcilíndricos, curvando-se gradualmente em direção ao ápice. Lobo
médio dilatado e arredondado no ápice, apresentando, em vista dorsal, um orifício (Fig.37F-
H).
Localidade tipo. BRASIL, Estado de Roraima, município de Boa Vista, 02°46'23.8''N,
60°45'41.8''W.
Série tipo. Holótipo: BRASIL: Roraima: Boa Vista, Lago 5, 02°46'23.8''N, 60°45'41.8''W,
Rede Entomológica Aquática (Rapiché), K. Dias, C. Benetti cols., 01/vi/2015, 1 ♂ [álcool].
Parátipos: mesmos dados do holótipo, exceto Lago 12, 02°54'36.5''N, 60°57'30.9''W,
03/vi/2015 [álcool]; mesmos dados do holótipo, exceto Lago 13, 02°53'03.5''N, 60°52'45.5''W
, 03/vi/2015, 1 ♂ [álcool]; mesmos dados do holótipo, exceto Lago 14, 02°57'35.4''N,
61°04'39.9''W, 04/vi/2015, 1 ♂ [álcool]; mesmos dados do holótipo, exceto Lago 16,
02°59'46.20"N, 61° 6'44.07"W, 04/0vi/2015, 1 ♂ [álcool]; mesmos dados do holótipo, exceto
71
Lago 24, 03°02'20.3''N, 60°46'51.7''W, 07/vi/2015, 2 ♂ [álcool]; mesmos dados do holótipo,
exceto Lago 26, 02°52'02.1''N, 60°51'00.0''W, 07/vi/2015, 1 ♂ [álcool].
Etimologia. O epíteto específico refere-se à coloração dourada da espécie (aurifer, do Latim
“coloração dourada”).
Comentários. Diferencia-se das demais espécies do gênero principalmente pela ausência de
manchas no pronoto e reentrância apical do quinto urosternito sem projeção medial.
Figura 36. Mapa com registro geográfico de Berosus aurifer sp. nov. nos lagos da savana de
Roraima.
72
Figura 37A – H: Berosus aurifer sp. nov. A. Hábito em vista dorsal; B. Hábito em vista lateral; C.
Hábito em vista ventral; D. Processo mesosternal em vista lateral; E. Abdome em vista ventral; F.
Genitália masculina em vista dorsal; G. Genitália masculina em vista lateral; H. Genitália masculina
em vista ventral.
73
Berosus clarksoni sp. nov.
(Figs. 38; 39A - H)
Diagnose. 2,4 – 2,5 mm de comprimento total. Coloração marrom claro, com duas manchas
mais escuras na região posterior da fronte, sem brilho metálico. Pronoto marrom claro,
apresentando duas manchas escuras, mais evidente na região anteromediana (Fig.39A).
Mesosterno com elevação mediana laminar, com ápice dentiforme (Fig.39D). Metasterno com
elevação mediana e projeção lateral espiniforme. Élitro marrom claro, com duas manchas
enegrecidas na região mediana e pequenas manchas mais escuras nas pontuações das estrias e
algumas interestrias (Fig.39A). Pubescência cobrindo todo o comprimento do fêmur, exceto
seu ápice (Fig.39C). Urosternitos com margens laterais e posteriores serrilhadas; primeiro
urosternito com carena mediana. Quinto urosternito com reentrância apical e discreta elevação
na região mediana (Fig.39E). Peça basal com comprimento cerca de 3/4 do comprimento
total; parâmeros de comprimento equivalente ao do lobo médio com uma pequena reentrância
em cerca de 3/4 do seu comprimento, curvando-se na região subapical. Lobo médio
subcilíndrico, apresentando, em vista dorsal, um pequeno orifício (Fig.39F-H).
Descrição:
Tamanho. 2,4 – 2,5 mm de comprimento total.
Cabeça: Coloração marrom claro, com duas manchas mais escuras na região posterior da
fronte, sem brilho metálico. Pontuações da cabeça distanciadas por aproximadamente o
diâmetro de um ponto; pontuações da fronte mais largas e profundas que as do clípeo. Clípeo
com carena longitudinal mediana na região posterior. Olhos protuberantes; separados por duas
vezes a largura de um olho. Comprimento dos antenômeros da clava somados menor que a
soma dos demais antenômeros; último antenômero de comprimento equivalente a duas vezes
o do anterior. Palpos maxilares de comprimento cerca de duas vezes a largura do mento;
último palpômero de comprimento maior que os anteriores, com discreta mancha enegrecida
em seu ápice. Palpos labiais com comprimento equivalente à metade da largura do mento;
segundo palpômero discretamente menor que o terceiro.
Tórax: Pronoto amarelo, apresentando duas manchas mais evidente na região anteromediana;
pontuação do pronoto com pontos distanciados por aproximadamente uma vez o diâmetro de
74
um ponto (Fig. 39A). Prosterno com reentrância anteromediana. Escutelo marrom claro, com
pontos distanciados por aproximadamente uma vez o diâmetro de um ponto. Mesosterno com
elevação mediana laminar, com ápice dentiforme. Metasterno com elevação mediana e
projeção lateral espiniforme (Fig. 39D). Élitro marrom claro, com duas manchas enegrecidas
na região mediana e pequenas manchas mais escuras nas pontuações das estrias e algumas
interestrias; dez fileiras longitudinais de estrias punctiformes grosseiras; pontuação de fundo
discretamente menores que a das estrias (Fig. 39C). Presença de cerdas espiniformes em todo
o comprimento das estrias e interestrias. Ápice elitral sem projeção ou recorte (Fig. 39A).
Pernas: Marrom claro. Pubescência cobrindo todo o comprimento do fêmur, exceto seu
ápice; porção distal da pubescência reta. Tarsos anteriores em machos com os três primeiros
tarsômeros dilatados portando escova de cerdas adesivas, segundo e terceiro com cerdas
menos conspícuas; primeiro tarsômero de comprimento aproximadamente duas vezes o
segundo; segundo e terceiro tarsômeros equivalentes; último aproximadamente uma vez o
comprimento dos demais somados (Fig. 39C).
Abdome: Margens laterais lisas e margens posteriores dos quatro primeiros urosternitos
serrilhadas; primeiro urosternito com carena mediana; sem depressões nas laterais. Quinto
urosternito com reentrância apical e discreta elevação na região mediana (Fig. 39E).
Genitália masculina: Peça basal com comprimento cerca de 3/4 do comprimento total;
parâmeros do mesmo comprimento que o do lobo médio com uma pequena reentrância em
cerca de 3/4 do seu comprimento, curvando-se na região subapical. Lobo médio subcilíndrico,
apresentando, em vista dorsal, um pequeno orifício (Fig. 39F-H).
Localidade tipo. BRASIL, Estado de Roraima, município de Boa Vista, 02°47'15.4''N,
60°46'37.3''W.
Série tipo. Holótipo: BRASIL: Roraima: Boa Vista, Lago 3, 02°47'15.4''N, 60°46'37.3''W,
Rede Entomológica Aquática (Rapiché), K. Dias, C. Benetti cols., 01/vi/2015, ♂ [álcool].
Parátipos: mesmos dados do holótipo, exceto Lago 12, 02°54'36.5''N, 60°57'30.9''W,
03/vi/2015, 2 ♂ [álcool]; mesmos dados do holótipo, exceto Lago 17, 02°52'29.7''N,
60°51'48.9''W, 05/vi/2015, 1 ♂ [álcool]; mesmos dados do holótipo, exceto Lago 25,
03°10'53.9''N, 60°50'00.8''W, 07/vi/2015, 1 ♂ [álcool]; mesmos dados do holótipo, exceto
Alto alegre: Lago 18, 02°59'48.7''N, 61°07'48.7''W, 05/vi/2015, 1 ♂ [álcool]; mesmos dados
75
do holótipo, exceto Alto Alegre: Lago 9, 02°51'13.7''N, 60°50'32.8''W, 02/vi/2015, 1 ♂
[álcool].
Etimologia. O epíteto específico, clarksoni, é em homenagem ao Dr. Bruno Clarkson que
vem contribuindo para o conhecimento acerca da família Hydrophilidae no Brasil.
Comentários. Se assemelha a B. olivae pelo comprimento do corpo, padrão de manchas da
cabeça e pronoto e forma da reentrância do quinto urosternito, diferenciando-se desta pela
forma da genitália masculina. A espécie também é próxima de B. aurifer sp. nov.,
principalmente, pela forma da genitália masculina, porém em B. clarksoni sp. nov. a peça
basal é maior em relação ao comprimento total do edeago.
Figura 38. Mapa com registro geográfico de Berosus clarksoni sp. nov. nos lagos da savana de
Roraima.
76
Figura 39A – H: Berosus clarksoni sp. nov. A. Hábito em vista dorsal; B. Hábito em vista lateral; C.
Hábito em vista ventral; D. Processo mesosternal em vista lateral; E. abdome em vista ventral; F.
Genitália masculina em vista dorsal; G. Genitália masculina em vista lateral; H. Genitália masculina
em vista ventral.
77
Berosus cordatus sp. nov.
(Figs. 40; 41A - H)
Diagnose. 6,0 – 6,1 mm de comprimento total. Cabeça marrom, sem brilho metálico, com
uma mancha escura, larga em formato de “V” na região posterior da fronte. Pronoto marrom,
com porção anteromediana apresentando duas faixas longitudinais enegrecidas. Mesosterno
com elevação mediana laminar (Fig.41D). Metasterno com elevação mediana e projeção
lateral espiniforme. Élitros marrons, com manchas enegrecidas esparsas, contendo cerdas
espiniformes nas interestrias a partir da metade posterior (Fig.41A). Urosternitos com
margens laterais lisas e margem posterior serrilhadas; primeiro urosternito sem carena
mediana, sem depressão lateral; quinto urosternito com reentrância apical contendo duas
projeções espiniformes na região mediana (Fig.41E). Peça basal de comprimento equivalente
a um terço do comprimento total; parâmeros longos, estreitos, debilmente sinuosos, com
vértices voltados para o lado externo, arredondados; presença de cerdas longas, subapicais.
Lobo médio um pouco mais curto do que os parâmeros, subcilíndrico, ligeiramente curvado
(Fig.41F-H).
Descrição:
Tamanho. 6,0 – 6,1 mm de comprimento total.
Cabeça: marrom, sem brilho metálico, com uma mancha escura, larga em formato de “V” na
região posterior da fronte; pontuações finas, distanciadas por uma vez o diâmetro de um ponto
(Fig. 41A). Fronte com carena longitudinal mediana na região posterior. Olhos protuberantes,
separados por aproximadamente duas vezes a largura de um olho. Comprimento dos
antenômeros da clava somados menor que a soma dos demais antenômeros; último
antenômero da clava de comprimento equivalente a duas vezes o do anterior. Palpos
maxilares longos, de comprimento aproximadamente duas vezes a largura do mento; segundo
palpômero de comprimento equivalente ao do último; terceiro palpômero discretamente
menor que o anterior; último palpômero com mancha apical enegrecida. Palpos labiais com
comprimento um pouco maior que a largura do mento; segundo palpômero discretamente
menor que o terceiro.
78
Tórax: Pronoto marrom, com porção anteromediana apresentando duas faixas longitudinais
enegrecidas; pontuações finas, com pontos distanciados por pelo menos de uma a duas vezes
o diâmetro de um ponto (Fig. 41A). Prosterno com reentrância anteromediana. Escutelo
negro, com pontos escassos, distanciados por duas à três vezes o diâmetro de um ponto.
Mesosterno com elevação mediana laminar (Fig. 41D). Metasterno com elevação mediana e
projeção lateral espiniforme. Élitros marrons, com manchas enegrecidas esparsas; presença de
dez fileiras longitudinais de estrias punctiformes grosseiras; pontuação de fundo com pontos
discretamente menores que os das estrias. Cerdas espiniformes presentes nas interestrias a
partir da metade posterior; ápices elitrais sem projeções ou recortes (Fig. 41A).
Pernas: Marrom; pubescência dos fêmures cobrindo quase toda superfície; parte distal da
pubescência reta (Fig. 41C). Tarsos anteriores em machos com primeiro, segundo e terceiro
tarsômeros dilatados portando escova de cerdas adesivas; primeiro tarsômero de comprimento
aproximadamente duas vezes o do segundo; último aproximadamente uma vez e meia o
comprimento dos demais somados.
Abdome: Urosternitos com margens laterais lisas e margem posterior serrilhada; primeiro
urosternito sem carena mediana, sem depressão lateral; quinto urosternito com reentrância
apical contendo duas projecões espiniformes na região mediana (Fig. 41E).
Genitália masculina: Peça basal de comprimento equivalente a um terço do comprimento
total; parâmeros longos, estreitos, debilmente sinuosos, com vértices voltados para o lado
externo, arredondados; presença de cerdas longas, subapicais. Lobo médio um pouco mais
curto do que os parâmeros, subcilíndrico, levemente curvado (Fig. 41F-H).
Localidade tipo. BRASIL, Estado de Roraima, município de Boa Vista, 02°47'29.8''N,
60°47'08.4''W.
Série tipo. Holótipo: BRASIL: Roraima: Boa Vista, Lago 4, 02°47'29.8''N, 60°47'08.4''W,
Rede Entomológica Aquática (Rapiché), K. Dias, C. Benetti cols., 01.vi.2015, 1 ♂ [álcool].
Parátipos: mesmos dados do holótipo, exceto 2 ♂ [álcool]; mesmos dados do holótipo, exceto
Lago 13, 02°53'03.5''N, 60°52'45.5''W, 03.vi.2015, 1 ♂ [álcool]; mesmos dados do holótipo,
exceto Lago 25, 03°10'53.9''N, 60°50'00.8''W, 07.vi.2015, 1 ♀ [álcool]; mesmos dados do
holótipo, exceto Alto Alegre, Lago 18, 02°59'48.7''N, 61°07'48.7''W, 05.vi.2015, 2 ♂ e 1 ♀
[álcool].
79
Etimologia. O epíteto específico refere-se à presença de uma mancha em formato de coração
na região posterior da fronte (cordatus, do Latim “em forma de coração”).
Comentários. Essa espécie é diferenciada das demais do gênero pelo conjunto de tais
caracteres: comprimento do corpo relativamente grande (6,0 – 6,1), padrão de manchas da
cabeça, pronoto e élitro, quinto urosternito com região mediana contendo duas projeções
espiniformes e parâmeros longos, estreitos, debilmente sinuosos com presença de cerdas
longas, subapicais.
Figura 40. Mapa com registro geográfico de Berosus cordatus sp. nov. nos lagos da savana de
Roraima.
80
Figura 41A – H: Berosus cordatus sp. nov. A. Hábito em vista dorsal; B. Hábito em vista lateral; C.
Hábito em vista ventral; D. Processo mesosternal em vista lateral; E. Abdome em vista ventral; F.
Genitália masculina em vista dorsal; G. Genitália masculina em vista lateral; H. Genitália masculina
em vista ventral.
81
Derallus Sharp, 1882
Diagnose. Podem ser diferenciados dos outros gêneros pelas seguintes características:
comprimento total entre 1,5 e 4 mm; corpo fortemente convexo, comprimido lateralmente;
antenas com sete antenômeros; prosterno muito curto, com discreta elevação mediana e
pequena reentrância na região anteromediana; mesosterno com carena mediana apresentando
diferentes formatos; metasterno com porção mediana elevada, com uma carena mediana
longitudinal; base dos fêmures com densa pubescência hidrofóbica; tíbias médias e
posteriores com longas cerdas natatórias na face dorsal; abdome com cinco urosternito
visíveis; primeiro urosternito podendo apresentar uma carena mediana; último urosternito
com reentrância apical e discreta projeção na região mediana.
O gênero possui 18 espécies descritas, com distribuição Neotropical e Neártica. Na América
do Sul são registradas 17 espécies das quais 13 ocorrem no Brasil (Hansen, 1999; Short e
Hebauer, 2006; Short, 2007). No estado de Roraima foi encontrada uma espécie de Derallus,
sendo esta nova para a ciência.
Derallus roraimensis sp. nov.
(Figs. 42; 43A – F)
Diagnose. 1,8 – 2,0 mm de comprimento total. Parte dorsal preta e ventral marrom escura;
apêndices marrons claros. Cabeça com pontos finos, bem impressos. Pronoto com pontuação
fina, pontos dispostos densamente na região central e mais grossos na região lateral. Élitros
com dez fileiras longitudinais de pontos, as quatro externas mais largas que as internas;
pontuação de fundo com pontos de tamanho menor (Fig.43A). Meso e metafêmures com
pubescência curta e sigmoide. Processo mesosternal apresentando duas projeções dentiformes,
a posterior mais projetada e bífida em vista posterolateral. Metasterno com elevação mediana
fina e curta (Fig.43C). Peça basal um pouco menor que a metade do comprimento total;
parâmeros mais largos no ápice que na base, margem externa muito arredonda e margem
interna subparalela, curvando-se em seu ápice; lobo médio mais longo que os parâmeros, com
ápice arredondado (Fig.43D-F).
Descrição:
82
Tamanho. 1,8 – 2,0 mm de comprimento total.
Coloração. Dorsalmente preto e ventralmente marrom escuro; apêndices marrons claros.
Cabeça. Labro fino e densamente pontuado, clípeo emarginado anteriormente, pontuação da
cabeça fina e densa, com pontos bem impressos, distanciados por aproximadamente a largura
de um ponto; presença de cerdas finas presente em algunas pontos situados na margem interna
dos olhos. Sutura frontoclipeal pouco aparente. Olhos grandes, separados por cerca de duas
vezes a largura de um olho. Antenas com oito antenômeros, escapo aproximadamente do
mesmo comprimento dos antenômeros dois e cinco somados, terceiro e quarto antenômeros
muito reduzidos. Mento mais largo que longo; superfície com poucas pontuações. Palpos
maxilares de comprimento menor que a largura da cabeça, último palpômero de comprimento
equivalente aos palpômeros dois e três juntos, levemente preto na região subapical. Palpos
labiais com cerca da metade da largura do mento.
Tórax. Pronoto, com pontuação fina, pontos dispostos densamente na região central e mais
grossos na região lateral; distância entre as pontuações cerca de três vezes o diâmetro de um
ponto; interstícios sem microescultura. Élitros com dez fileiras longitudinais estreitas de
pontos sistemáticos, as quatro externas mais espessas que as anteriores; pontuação de fundo
com pontos de tamanho menor que a das fileiras de ponto, distanciados por uma a duas vezes
o diâmetro de um ponto, muitas vezes portando cerdas curtas; calos umerais ausentes
(Fig.43A). Prosterno carenado medianamente. Processo mesosternal apresentando duas
projeções dentiformes, a posterior mais projetada e bífida em vista posterolateral, contendo
algumas cerdas. Metasterno com elevação mediana longitudinal fina e curta.
Pernas. Tíbias posteriores aplanadas, com um grande espinho apical no lado externo; tarsos
com cinco artículos, segundo artículo das pernas médias e posteriores com o dobro do
comprimento do primeiro, quinto artículo maior que o terceiro e quarto somados; garras
tarsais bífidas em todas as pernas.
Abdome. Urosternitos densamente pubescentes. Primeiro urosternito com carena mediana
grossa. Quinto urosternito com reentrância na margem posterior, portando uma projeção
mediana (Fig.43C).
Genitália masculina. Peça basal um pouco menor que a metade do comprimento total;
parâmeros mais largos no ápice que na base, margem externa arredondada e margem interna
83
subparalela, curvando-se gradualmente a partir do terço apical; lobo médio mais longo que os
parâmeros, com ápice arredondado (Fig.43D-F).
Localidade tipo. BRASIL, Estado de Roraima, município de Boa Vista, 02°54'24.7''N,
60°57'38.3''.
Série tipo. Holótipo: BRASIL: Roraima: Boa Vista, Lago 1, 02°54'24.7''N, 60°57'38.3'',
Rede Entomológica Aquática (Rapiché), K. Dias, C. Benetti cols., 31.v.2015, 1 ♂ [álcool].
Parátipos: mesmos dados do holótipo, exceto Lago 2, 02°46'00.4''N, 60°45'38.0''W,
01.vi.2015, 3 ♂ [álcool]; mesmos dados do holótipo, exceto Lago 3, 02°47'15.4''N,
60°46'37.3''W, 01.vi.2015, 1 ♂ [álcool]; mesmos dados do holótipo, exceto Lago 4,
02°47'29.8''N, 60°47'08.4''W, 01.vi.2015, 3 ♂ [álcool]; mesmos dados do holótipo, exceto
Lago 7, 02°49'02.7''N, 60°48'18.3''W, 02.vi.2015, 2 ♂ [álcool]; mesmos dados do holótipo,
exceto Lago 12, 02°54'36.5''N, 60°57'30.9''W, 03.vi.2015, 1 ♂ [álcool]; mesmos dados do
holótipo, exceto Lago 14, 02°57'35.4''N, 61°04'39.9''W, 04.vi.2015, 7 ♂ [álcool]; mesmos
dados do holótipo, exceto Lago 20, 02°49'17.4''N, 60°48'10.6''W, 06.vi.2015, 1 ♂ [álcool];
mesmos dados do holótipo, exceto Alto Alegre, Lago 19, 02°59'39.8''N, 61°06'46.2''W,
05.vi.2015, 2 ♂ [álcool]; Alto Alegre mesmos dados do holótipo, exceto Lago 22,
02°59'37.1''N, 61°07'38.9''W, 06.vi.2015, 1 ♂ [álcool].
Etimologia. O epíteto específico, roraimenses, refere-se ao local onde o holótipo foi coletado,
Estado de Roraima.
Comentários. As espécies que compõem o gênero são muito similares, diferenciando-se
apenas pelo comprimento do corpo, forma do processo meso e metasternal e forma da
genitália masculina. Derallus roraimensis sp. nov. assemelha-se a D. terraenovae Oliva, 1984
pela forma do processo mesosternal, porém diferencia-se desta principalmente pelo
comprimento do corpo menor e pela forma da genitália masculina, especialmente o formato
dos parâmeros, que são mais largos no ápice que na base, possuem a margem externa
arredondada e a margem interna subparalela.
84
Figura 42. Mapa com registro geográfico de Derallus roraimensis sp. nov. nos lagos da savana de
Roraima.
85
Figura 43A – F: Derallus roraimensis sp. nov. A. Hábito em vista dorsal; B. Hábito em vista lateral;
C. Hábito em vista ventral; D. Genitália masculina em vista dorsal; E. Genitália masculina em vista
lateral; F. Genitália masculina em vista ventral.
Laccobiini Bertrand, 1954
Diagnose. Borda posterior do quinto urosternito arredondada, sem reentrância apical.
Mesosterno com vários espinhos curvados na face ventral; metasterno em forma de triângulo
pouco elevado, glabro. Élitros sem estrias, podendo haver fileiras de pontuações. Segmento
apical dos palpos maxilares mais largo do que o penúltimo. Pseudoepipleura tão larga quanto
epipleura. Profêmures com pubescência basal; meso e metafêmures glabros.
86
Paracymus Thomson, 1867
Diagnose. Comprimento total entre 1,0 e 3,2 mm; antenas usualmente com oito antenômeros,
podendo apresentar sete ou nove; ápice mandibular trífido; prosterno carenado na região
mediana; mesosterno com elevação mediana em forma de “V” invertido; fêmures anteriores e
médios com densa pubescência hidrofóbica na região basal; élitros com estria sutural pelo
menos na metade posterior e pontuações muito discretas; primeiro urosternito carenado ou
não na região mediana e quinto urosternito sem reentrância apical.
O gênero está presente em todas as regiões biogeográficas, sendo composto por
aproximadamente 80 espécies descritas. Na região Neotropical há registos de 29 espécies,
sendo 15 registradas para a América do Sul e 13 para o território brasileiro (Hansen, 1999;
Short e Hebauer, 2006). Foram registradas para o estado de Roraima duas espécies já
descritas.
Paracymus gracilis Orchymont, 1942
(Figs. 44; 45A – C; 46A - B)
Paracymus gracilis Orchymont, 1942: 64; Wooldridge, 1973: 122.
Diagnose. 1,7 – 1,8 mm de comprimento total. Corpo de forma oval, ligeiramente convexa.
Coloração da superfície dorsal preta com brilho verde metálico. Base da fronte sem
pontuação; partes da fronte, clípeo e labro cobertos de pontos finos e irregularmente
distribuídos; diâmetros dos pontos distintamente menores que os intervalos; algumas
pontuações densamente organizadas na margem interna dos olhos. Sutura frontoclipeal
aparente. Antenas com oito antenômeros. Pronoto preto com margens laterais amareladas
(Fig.46B). Pontuações desordenadas finas e irregularmente distribuídas, como na cabeça.
Prosterno preto, carena mediana afinada ao longo de todo o comprimento. Élitro preto,
tornando-se mais claro a partir da sua metade posterior. Pontuações do élitro grosseiras,
desordenadas, ligeiramente mais densas que no pronoto e cabeça. Estria sutural presente,
nitidamente impressa (Fig.46A). Processo mesosternal discretamente laminar. Procoxa,
trocânteres, e metade basal dos fêmures marrom escuro, pubescente; demais áreas das pernas
anteriores lisas e amareladas. Meso e metatarso com cerdas natatórias finas. Urosternitos
pretos, inteiramente cobertos com densa pubescência hidrofóbica (Fig.45C); primeiro
urosternito apresentando carena longitudinal, sem depressões laterais. Genitália masculina
com peça basal de comprimento equivalente à metade do comprimento total; parâmeros um
87
pouco mais longos que o lobo médio, apresentando, em vista dorsal, margens exteriores
uniformemente curvas desde a base até o ápice, margens internas sinuosas; ápice afinado.
Lobo médio largo, afinando em cerca de um terço do comprimento total (Fig.46A-B).
Comentários. Esta espécie pode ser diferenciada das demais espécies do gênero pela forma
do corpo, coloração do palpômero apical, forma do processo mesosternal, coloração dos
élitros, extensão da pubescência dos fêmures e forma da genitália masculina.
Distribuição. BRASIL: Pernambuco, Roraima.
Figura 44. Mapa com registro geográfico de Paracymus gracilis Orchymont nos lagos da savana de
Roraima.
Material examinado. BRASIL: Roraima: Boa Vista: Lago 7, 02°49'02.7''N, 60°48'18.3''W,
Rede Entomológica Aquática (Rapiché), K. Dias, C. Benetti cols., 02.vi.2015, 3 ♂ [álcool];
mesmos dados, exceto Lago 12, 02°54'36.5''N, 60°57'30.9''W, 03.vi.2015, 1 ♂ [álcool];
mesmos dados, exceto Lago 14, 02°57'35.4''N, 61°04'39.9''W, 04.vi.2015, 2 ♂ [álcool];
mesmos dados, exceto Lago 16, 02°59'46.20"N, 61°6'44.07"W, 04.vi.2015, 1 ♂ [álcool];
mesmos dados, exceto Alto Alegre, Lago 18, 02°59'48.7''N, 61°07'48.7''W, 05.vi.2015, 1 ♂
[álcool].
88
Figura 45A – C: Paracymus gracilis Orchymont. A. Hábito em vista dorsal; B. Hábito em vista lateral;
C. Hábito em vista ventral.
Figura 46A – B: Paracymus gracilis Orchymont. A. Genitália masculina em vista dorsal; B. Genitália
masculina em vista ventral.
89
Paracymus sedatus Wooldridge, 1973
(Figs. 47; 48A – C; 49A - C)
Paracymus sedatus Woldridge, 1973:121.
Diagnose. 1,8 mm de comprimento total. Corpo de forma oval, ligeiramente convexo
(Fig.48A). Coloração da superfície dorsal preta e ventral marrom escura. Base da fronte sem
pontuação; partes da fronte, clípeo e labro cobertos de pontos finos e irregularmente
distribuídos; diâmetro dos pontos distintamente menor que o dos intervalos. Sutura
frontoclipeal indistinta. Antenas com oito antenômeros. Pronoto preto, com margens laterais
amareladas (Fig.48B). Pontuações desordenadas muito finas, irregularmente distribuídas,
como na cabeça. Prosterno preto, carena mediana afinada longitudinalmente. Élitro preto com
margens discretamente mais claras (Fig.48B). Pontuações desordenadas e grosseiras,
ligeiramente mais densas que no pronoto e cabeça. Estria sutural presente. Processo
mesosternal bem desenvolvido, com forma laminar. Procoxa, trocanteres, e metade basal dos
fêmures marrom escuro, pubescentes. Meso e metatarso com cerdas natatórias finas.
Urosternitos pretos, inteiramente cobertos com densa pubescência hidrofóbica; primeiro
urosternito com discreta carena mediana longitudinal (Fig.48C). Genitália masculina com
peça basal de comprimento equivalente a 2/3 do comprimento total; parâmeros em vista
dorsal com margens exteriores uniformemente curvas desde a base até o ápice, margens
internas pouco sinuosas; ápice arredondado. Lobo médio menor que os parâmeros, largo,
afinando em cerca de um terço do comprimento total (Fig.49A-B).
Comentários. P. sedatus é próxima morfologicamente a P. gracilis, porém diferencia-se
desta principalmente pela forma e proporções da genitália masculina. Em P. sedatus os
parâmeros possuem o ápice arredondado, já em P. gracilis o ápice é afinado.
Distribuição. ARGENTINA: Tucuman; BRASIL: Roraima.
90
Figura 47. Mapa com registro geográfico de Paracymus sedatus Wooldridge nos lagos da savana de
Roraima.
Figura 48A – C: Paracymus sedatus Wooldridge. A. Hábito em vista dorsal; B. Hábito em vista
lateral; C. Hábito em vista ventral.
91
Figura 49A – B: Paracymus sedatus Wooldridge. A. Genitália masculina em vista dorsal; B. Genitália
masculina em vista ventral.
Hydrophilini Latreille, 1802
Diagnose. Maioria das espécies de comprimento total maior que 20 mm. Meso e metasterno
fusionados em um quilha mediana, que muitas vezes se estende posteriormente (exceto
Protistolophus) ao longo dos urosternitos como um espinho afiado. A maioria das espécies,
com cerdas natatórias longas nas pernas meso e metatorácicas.
Hydrobiomorpha Blackburn, 1888
Diagnose. Comprimento total entre 12 e 28 mm; antenas com nove antenômeros; primeiro
antenômero da clava dividido em dois lobos assimétricos, o mais estreito com cerdas longas;
prosterno fortemente carenado na região mediana; meso e metasterno fusionados, formando
uma quilha; elevação metasternal com a região posterior pontiaguda avançando sobre o
abdome; fêmures médios e posteriores glabros; tíbias sem longas cerdas natatórias; tarsos
médios e posteriores com franjas de longas cerdas natatórias; élitros com fileiras longitudinais
de pontuações inconspícuas, dificilmente detectáveis; urosternitos com pubescência
hidrofóbica.
Hydrobiomorpha tem representantes em todas as regiões zoogeográficas, com excessão da
região Neártica, sendo composto por 58 espécies (Hansen, 1999; Short e Hebauer, 2006). O
92
gênero possui dois subgêneros: Hydrobiomorpha (Brownephilus) Mouchamps, 1959, com
uma espécie e Hydrobiomorpha (s. str.) Blackburn, 1988, composto por 57 espécies. Na
região Neotropical estão registradas 33 espécies, das quais 30 ocorrem na América do Sul e
21 no Brasil (Hansen, 1999; Short e Hebauer, 2006). Foi encontrada, no presente estudo, uma
espécie do gênero.
Hydrobiomorpha corumbaensis Mouchamps, 1959
(Figs. 50 – 51A - H)
Hydrobiomorpha longa ssp. corumbaensis Mouchamps, 1959: 331.
Hydrobiomorpha corumbaensis Mouchamps; Bachmann, 1988: 21.
Diagnose. 17,0 mm de comprimento total. Coloração da cabeça preta. Labro com duas
pontuações sistemáticas distintas medialmente; clípeo amplamente emarginado anteriormente.
Fronte com pontuações sistemáticas na margem interna dos olhos. Labro, clípeo e fronte com
pontuação muito finas e indistinta. Palpos maxilares amarelados e ligeiramente mais longos
do que a cabeça. Dorso preto; série anterolateral de pontuações sistemáticas lineares, mais ou
menos irregulares e espaçadas e séries posterolaterais dispersas e irregulares (Fig.51A).
Prosterno carenado, com área central elevada e glabra; extremidade anterior arredondada e
extremidade posterior projetada em um espinho ligeiramente curvado (Fig.51D). Élitro com
pontuações sistemáticas reduzidas, pouco visíveis, aparecendo como arranhões; margem
lateral com pontuações mais bem impressas, irregulares, algumas com cerdas curtas
(Fig.51A). Meso e metasterno fundidos e elevados, formando uma quilha esternal;
extremidade anterior com ligeira endentação e extremidade posterior bastante afinada, não
atingindo mais do que a metade do primeiro urosternito. Quilha ligeiramente engrossada na
região do metasterno (Fig.51C). Fêmures glabros. Urosternitos de dois a cinco pubescentes,
com área medial glabra (Fig.51E). Genitália como na figura 51F -H.
Comentários. Esta espécie possui as séries de pontos elitrais e pronotais notavelmente mais
impressas que qualquer outra espécie do gênero, sendo essa a principal característica que a
difere das demais. É próxima morfologicamente a Hydrobiomorpha longa Bruch, 1915, mas
se distingue desta principalmente por ter maiores dimensões, possuir a área glabra do último
urosternito mais estreita e pela genitália masculina possuir parâmeros mais largos e lobo
médio mais curvado em vista lateral.
93
Distribuição. BRASIL: Roraima, Rio Grande do Sul; PARAGUAI: Concepción.
Figura 50. Mapa com registro geográfico de Hydrobiomorpha corumbaensis Mouchamps nos lagos da
savana de Roraima.
Material examinado. BRASIL: Roraima: Boa Vista: Lago 12, 02°54'36.5''N,
60°57'30.9''W, Rede Entomológica Aquática (Rapiché), K. Dias, L. Santana cols.,
11.viii.2015, 1 ♂ [álcool]; mesmos dados, exceto Lago 13, 02°53'03.5''N, 60°52'45.5''W,
XX.viii.2015, 1 ♀ [álcool]; mesmos dados, exceto Lago 24, 03°02'20.3''N, 60°46'51.7''W,
13.viii.2015, 1 ♀ [álcool]; mesmos dados, exceto Alto Alegre: Lago 22, 02°59'37.1''N,
61°07'38.9''W, K. Dias, C. Benetti cols., 06.vi.2015, 1 ♂ [álcool].
94
Figura 51A – H: Hydrobiomorpha corumbaensis Mouchamps. A. Hábito em vista dorsal; B. Hábito
em vista lateral; C. Hábito em vista ventral; D. Processo prosternal em vista ventral; E. Área glabra
dos urosternitos; F. Genitália masculina em vista dorsal; G. Genitália masculina em vista lateral; H.
Genitália masculina em vista ventral.
95
Hydrophilus Geoffroy, 1762
Diagnose. Comprimento total entre 20 a 50 mm; olhos protuberantes; antenas com nove
antenômeros; prosterno bem desenvolvido, porção mediana fortemente elevada, formando um
processo em forma de capuz ou com sulco mediano longitudinal aberto posteriormente; meso
e metasternos fundidos, formando uma quilha; elevação mesoventral com região anterior sem
entalhamento ou cerdas; elevação metaventral lisa, região posterior pontiaguda, de
comprimento variável; fêmures médios e posteriores glabros; tíbias médias e posteriores com
fileiras longitudinais de espinhos muito finos e densos na região dorsal; élitros com dez
fileiras longitudinais de pontos finos; região apical dos élitros com ou sem espinhos;
urosternitos variando na distribuição da pubescência hidrofóbica; quinto urosternito sem
reentrância apical.
Hydrophilus é composto por 47 espécies, ocorrentes em todas as regiões biogeográficas
(Hansen, 1999; Short e Hebauer, 2006). O gênero está dividido em três subgêneros:
Hydrophilus (s. str.) Geoffroy, 1762, composto por 35 espécies; Hydrophilus (Dibolocelus)
Bedel, 1891, composto por 10 espécies e Hydrophilus (Temnopterus) Solier, 1834, composto
por duas espécies. Na região Neotropical são registradas 16 espécies das quais 15 ocorrem na
América do Sul e nove no Brasil (Hansen, 1999; Short e Hebauer, 2006). No presente estudo
foram encontradas duas espécies de Hydrophilus previamente descritas.
Hydrophilus ensifer Brullé, 1837
(Figs. 52 – 53A - H)
Hydrophilus ater Olivier, 1792: 125
Hydrous ater (Olivier), Cristofori e Jan, 1832: 31.
Stethoxus ater (Olivier), Solier, 1834: 307.
Hydrous (Pagipherus) ater (Olivier), Kuwert, 1893: 90.
Hydrophilus ater Fabricius, 1792: 183. Syn.: Castelnau, 1840: 49.
Hydrophilus (Hydrocus) ensifer Brullé, 1837: 52. Syn.: Bedel, 1881: 94.
Stethoxus (Stethoxus) ensifer (Brullé); Orchymont, 1943: 69.
Hydrophilus (Hydrocus) ovalis Brullé, 1837: 53.
96
Hydrophilus (Hydrophilus) brasiliensis Castelnau, 1840: 50. Syn.: Bedel, 1891: 321
Hydrous (Pagipherus) brasiliensis (Castelnau); Kuwert, 1893: 90.
Diagnose. 30 – 32 mm de comprimento total. Forma do corpo ligeiramente convexa
dorsalmente e plana ventralmente, de coloração preta. Palpos e antenas marrons (Fig.53A).
Presença de cerdas curtas nas estrias elitrais e pubescência amarelada na região ventral.
Primeiro urosternito totalmente coberto pela pubescência, o segundo com zona glabra em
forma triangular e nos seguintes a pubescência se restringe as margens laterais (Fig.53C).
Quinto artículo dos protarsos do macho largo e subretangular, com sua margem interna reta e
ventosas que não se restringem ás margens laterais; unhas protarsais desiguais, a interna
evidentemente mais larga e longa que a externa. Prosterno com elevação mediana em forma
de capuz não dividido no meio (Fig.53D). Meso e metasterno fundidos e elevados, formando
uma quilha esternal. Quilha do mesosterno com sulco pouco profundo, não muito largo em
sua metade anterior. Quilha do metasterno atingindo a região posterior do segundo urosternito
(Fig.53C). Último urosternito fortemente elevado no centro; região anterior com sulco em
forma de “V” (Fig.53E). Genitália masculina com parâmeros longos, ápice arredondado e
dente lateral, lobo médio curto e estreitado na região apical (Fig.53F-H).
Comentários. Possui pequenas dimensões quando comparadas como outras espécies de
Hydrophilus. Se diferencia das demais espécies do gênero por apresentar quinto artículo do
protarso dos machos muito curto, largo, com margem interna reta e região glabra do segundo
urosternito subtriangular.
Distribuição. ARGENTINA; BOLÍVIA; BRASIL: Pará, Roraima; COLOMBIA;
EQUADOR; GUATEMALA: Peten; GUIANA FRANCESA; MÉXICO: Campeche;
NICARAGUA: Masaya, Granada; PARAGUAI; SURINAMI; URUGUAI.
97
Figura 52. Mapa com registro geográfico de Hydrophilus ensifer Brullé nos lagos da savana de
Roraima.
Material examinado. BRASIL: Roraima: Alto Alegre, Lago 18, 02°59'48.7''N,
61°07'48.7''W, Rede Entomológica Aquática (Rapiché), K. Dias, C. Benetti cols., 05.vi.2015,
1 ♂ [álcool]; mesmos dados, exceto Boa Vista, Lago 15, 02°58'04.1''N, 61°04'46.2''W, K.
Dias, L. Santana cols., 10.viii.2015, 1 ♂ e 2 ♀ [álcool].
98
Figura 53A – H: Hydrophilus ensifer Brullé. A. Hábito em vista dorsal; B. Hábito em vista lateral; C.
Hábito em vista ventral; D. Processo prosternal em vista ventral; E. Quarto e quinto urosternito; F.
Genitália masculina em vista dorsal; G. Genitália masculina em vista lateral; H. Genitália masculina
em vista ventral.
99
Hydrophilus simulator Bedel, 1891
(Figs. 54 – 55A - E)
Stethoxus (Stethoxus) simulator Bedel, 1891: 313.
Hydrous (Pagipherus) simulator (Bedel); Kuwert, 1893: 89.
Hydrous (Hydrous) simulator (Bedel); Zaitzev, 1908: 366.
Hydrophilus simulator (Bedel); Blackwelder, 1944: 171.
Diagnose da fêmea. 37,0 – 39,0 mm de comprimento total. Forma do corpo ligeiramente
convexa dorsalmente e plana ventralmente, de coloração preta, sem brilho. Palpos marrom
claro; antenas com antenômeros marrons e clava antenal preta. Presença de cerdas curtas nas
estrias elitrais (Fig.55A). Primeiro urosternito totalmente coberto pela pubescência, o segundo
com zona glabra em forma triangular e nos seguintes a pubescência se restringe as margens
laterais (Fig.55C). Prosterno com elevação mediana em forma de capuz não dividido no meio
(Fig.55D). Meso e metasterno fundidos e elevados, formando uma quilha esternal. Quilha do
mesosterno com sulco pouco profundo, não muito largo em sua metade anterior. Metasterno
com sulco não muito profundo na região medial (Fig.55C). Último urosternito levemente
elevado na região mediana; região anterior com sulco em forma de “U” (Fig.55E).
Comentários. Se assemelha a Hydrophilus ensifer pelo formato das áreas glabras dos
urosternito, diferenciando-se principalmente pelo comprimento maior do corpo e por
apresentar sulco na região anterior do quinto urosternito em forma de “U” e leve elevação na
região mediana. Não foi possível a comparação da genitália masculina pois o espécime
estudado é uma fêmea.
Distribuição: BRASIL: Roraima; SURINAME
100
Figura 54. Mapa com registro geográfico de Hydrophilus simulator Bedel nos lagos da savana de
Roraima.
Material examinado. BRASIL: Roraima: Boa Vista, Lago 13, 02°53'03.5''N,
60°52'45.5''W, Rede Entomológica Aquática (Rapiché), K. Dias, L. Santana cols.,
13.viii.2015, 1♀ [álcool].
101
Figura 55A – H: Hydrophilus simulator Bedel. A. Hábito em vista dorsal; B. Hábito em vista lateral;
C. Hábito em vista ventral; D. Processo prosternal em vista ventral; E. Quarto e quinto urosternito.
102
Tropisternus Solier, 1834
Diagnose. Comprimento total entre 6 e 15 mm; prosterno com porção mediana fortemente
elevada, formando um processo em forma de capuz, ou com sulco mediano longitudinal
aberto; meso e metasternos fusionados, região anterior sem entalhamentos ou cerdas longas;
elevação metasternal lisa, região posterior pontiaguda avançando sobre o abdome; élitros com
fileiras de pontos sistemáticos longitudinais, aparentes ou não; fêmures médios e posteriores
com pubescência hidrofóbica; tíbias médias com franjas de cerdas natatórias na região dorsal;
tíbias posteriores portando ou não cerdas; tarsos médios e posteriores com franjas de cerdas
natatórias na região dorsal; urosternitos pubescentes; região apical do quinto urosternito com
ou sem reentrância, parte subapical podendo apresentar-se lisa, com um tubérculo, com cerdas
discretas ou com um espinho de tamanho variável.
Tropisternus possui 58 espécies descritas, com representantes nas regiões Neotropical e
Neártica (Hansen, 1999; Short e Hebauer, 2006). O gênero está dividido em cinco
subgêneros: Tropisternus (Pleurhomus) Sharp, 1883 com uma espécie; Tropisternus
(Homostethus) Orchymont, 1921 com três espécies; Tropisternus (Pristoternus) Orchymont,
1936 com 24 espécies; Tropisternus (s. str.) Solier, 1834 com 24 espécies e Tropisternus
(Strepitornus) Hansen, 1989 com três espécies. Das espécies conhecidas, 51 ocorrem na
região Neotropical, 40 na América do Sul e 26 no Brasil (Hansen, 1999; Short e Hebauer,
2006). Na área estudada foram encontradas quatro espécies já descritas.
Tropisternus (Pristoternus) apicipalpis Chevrolat, 1834
(Figs. 56 – 57A - H)
Hydrophilus apicipalpis Chevrolat, 1834: 44.
Tropisternus apicipalpis (Chevrolat), Castelnau, 1840: 53.
Tropisternus (Cyphostethus) apicipalpis (Chevrolat), Orchymont, 1921: 364.
Tropisternus (Pristoternus) apicipalpis (Chevrolat), Orchymont, 1943: 64.
Tropisternus agilis Castelnau, 1840: 53. – Syn Orchymont, 1921: 364
103
Diagnose. 13 – 14 mm de comprimento total. Cabeça com pontuação densa, pontos
distanciados por aproximadamente o diâmetro de um ponto. Clípeo com duas fileiras de
pontos em forma de “V” em frente aos olhos. Pronoto levemente sinuoso na região lateral e
bisinuoso na região basal; pontuação igual a da cabeça com alguns pontos mais grosseiros na
região lateral (Fig.57A). Prosterno com elevação mediana em forma de capuz não dividido no
meio (Fig.57D). Mesosterno com elevação mediana larga, com algumas cerdas curtas na
região anterior. Metasterno com elevação mediana, atingindo aproximadamente metade do
segundo urosternito (Fig.57C). Élitros com nove fileiras longitudinais de pontos finos.
Margem apical do quinto urosternito com um longo espinho mediano, que se estende além do
último urosternito a uma distância de um pouco mais da metade do comprimento do
urosternito; presença de algumas cerdas douradas no ápice (Fig.57E). Peça basal da genitália
masculina medindo cerda da metade do comprimento total; parâmeros com ápice estreitado e
levemente recortado; lobo médio mais curto que os parâmeros, acuminado apicalmente
(Fig.57F-H).
Comentários. Esta espécie é bastante semelhante a T. phyllisae Spangler e Short, porém essa
última possui a forma do corpo mais ampla e menos convexa, a base do pronoto mais estreita
que a base do élitro e a área pubescente do metafêmur muito maior.
Distribuição. ARGENTINA; BOLÍVIA; BRASIL: Roraima; COSTA RICA; CUBA;
MÉXICO; NICARAGUA; PARAGUAI.
104
Figura 56. Mapa com registro geográfico de Tropisternus apicipalpis Fabricius nos lagos da savana de
Roraima.
Material examinado. BRASIL: Roraima: Boa Vista, Lago 1, 02°54'24.7''N, 60°57'38.3'',
Rede Entomológica Aquática (Rapiché), K. Dias, L. Santana cols., 1.viii.2015, 3 ♂ [álcool];
mesmos dados, exceto Lago 2, 02°46'00.4''N, 60°45'38.0''W, 08.viii.2015, 1 ♀ [álcool];
mesmos dados, exceto Lago 3, 02°47'15.4''N, 60°46'37.3''W, 12.viii.2015, 1 ♂ [álcool];
mesmos dados, exceto Lago 5, 02°46'23.8''N, 60°45'41.8''W, 13.viii.2015, 1 ♂ [álcool];
mesmos dados, exceto Lago 12, 02°54'36.5''N, 60°57'30.9''W, K. Dias, C. Benetti, L. Santana
cols., 03.vi.2015; 11.vii.2015, 4 ♂ [álcool]; mesmos dados, exceto Lago 13, 02°53'03.5''N,
60°52'45.5''W, K. Dias, C. Benetti, L. Santana cols., 03.vi.2015; 10.viii.2015, 2 ♂ e 2 ♀
[álcool]; mesmos dados, exceto Lago 14, 02°57'35.4''N, 61°04'39.9''W, K. Dias, C. Benetti
cols., 04.vi.2015, 1 ♂ [álcool]; mesmos dados, exceto Lago 15, 02°58'04.1''N, 61°04'46.2''W,
10.viii.2015, 8 ♂ 11♀ [álcool]; mesmos dados, exceto Lago 23, 02°51'46.3''N, 60°47'30.6''W,
K. Dias, C. Benetti, L. Santana cols., 07.vi.2015; 13.viii.2015, 1 ♂ 1 ♀ [álcool]; mesmos
dados, exceto Lago 24, 03°02'20.3''N, 60°46'51.7''W, K. Dias, C. Benetti, L. Santana cols.,
07.vi.2015; 13.viii.2015, 4 ♂ e 3 ♀ [álcool]; mesmos dados, exceto Lago 25, 03°10'53.9''N,
60°50'00.8''W, K. Dias, C. Benetti cols., 07.vi.2015, 2 ♀ [álcool]; mesmos dados, exceto Alto
Alegre, Lago 8, 02°50'51.2''N, 60°50'25.0''W, K. Dias, C. Benetti cols., 02.vi.2015, 1 ♀
[álcool]; mesmos dados, exceto Alto Alegre, Lago 18, 02°59'48.7''N, 61°07'48.7''W, K. Dias,
105
C. Benetti cols., 05.vi.2015, 2 ♂ e 4 ♀ [álcool]; mesmos dados, exceto Alto Alegre: Lago 22,
02°59'37.1''N, 61°07'38.9''W, K. Dias, C. Benetti L. Santana cols., 06.vi.2015; 10.viii.2015, 6
♂ e 4 ♀ [álcool].
106
Figura 57A – H: Tropisternus apicipalpis Fabricius. A. Hábito em vista dorsal; B. Hábito em vista
lateral; C. Hábito em vista ventral; D. Processo prosternal em vista ventral; E. Espinho do quinto
urosternito; F. Genitália masculina em vista dorsal; G. Genitália masculina em vista lateral; H.
Genitália masculina em vista ventral.
107
Tropisternus (Strepitornus) collaris (Fabricius, 1775)
(Figs. 58; 59A - H)
Hydrophilus collaris Fabricius, 1775: 229
Dytiscus collaris (Fabricius); Goeze, 1777: 615.
Tropisternus collaris (Fabricius); Castelnau, 1840: 54.
Hydrophilus lineatus Dejean, 1821: 50 (syn.: Orchymont, 1919: 159).
Tropisternus Iineatus (Dejean); Solier, 1834: 310. – nom. nud.
Diagnose. 8,5 – 9,5 mm de comprimento total. Cabeça com pontuação densa, pontos
distanciados por aproximadamente o diâmetro ou metade do diâmetro de um ponto. Clípeo
amarelo escuro com duas fileiras de pontuações em forma de “ V” na frente dos olhos. Fronte
verde metálica. Pronoto com uma faixa longitudinal verde metálica na porção mediana;
pontuação lateral seriada (Fig.59A). Prosterno com elevação mediana em forma de capuz
dividido no meio (Fig.59D); Mesosterno com elevação mediana apresentando cerdas curtas,
principalmente na região anterior. Metasterno com elevação mediana apresentando cerdas e
uma linha mediana; parte posterior da elevação plana, atingindo até mais da metade do
segundo urosternito (Fig.59C). Presença de quatro faixas longitudinais verde metálicas no
élitro, entre as faixas, na porção posterior, outra faixa pequena (Fig.59A). Urosternitos lisos,
sem carena; quinto urosternito sem reentrância apical e uma discreta elevação pré-apical
portando um tufo de cerdas (Fig.59E). Genitália masculina com peça basal de comprimento
equivalente à metade do comprimento total; parâmeros com ápice estreitado e sigmóide; lobo
médio mais curto que os parâmeros, estreito e dilatado no ápice (Fig.59F-H).
Comentários. T. collaris difere das demais espécies do gênero por apresentar quatro faixas
longitudinais verde metálicas no élitro e elevação prosternal dividida ao meio. A espécie pode
apresentar variações, principalmente na faixa longitudinal verde metálica do pronoto que pode
variar de comprimento, chegando a atingir as margens anteriores e posteriores pronotais.
Distribuição. ARGENTINA; BOLÍVIA; BRASIL: Amazonas, Pará, Roraima; CUBA;
HAITI; ANTILHAS; PARAGUAI; PERU; VENEZUELA.
108
Figura 58. Mapa com registro geográfico de Tropisternus collaris Chevrolat nos lagos da savana de
Roraima.
Material examinado. BRASIL: Roraima: Boa Vista, Lago 14, 02°57'35.4''N,
61°04'39.9''W, Rede Entomológica Aquática (Rapiché), K. Dias, C. Benetti cols., 04.vi.2015,
6 ♂ e 9 ♀ [álcool]; mesmos dados, exceto Lago 7, 02°49'02.7''N, 60°48'18.3''W, K. Dias, C.
Benetti, L. Santana cols., 02.vi.2015; 09.viii.2015, 2 ♂ e 2 ♀ [álcool]; mesmos dados, exceto
Lago 10, 02°52'06.4''N, 60°51'57.9''W, K. Dias, C. Benetti, L. Santana cols., 03.vi.2015;
12.viii.2015 1 ♂ e 3 ♀ [álcool]; mesmos dados, exceto Lago 11, 02°53'36.6''N, 60°55'40.1''W,
K. Dias, C. Benetti, L. Santana cols., 03.06.2015; 11.viii.2015, 2 ♂ [álcool]; mesmos dados,
exceto Lago 12, 02°54'36.5''N, 60°57'30.9''W, K. Dias, C. Benetti, L. Santana cols.,
03.vi.2015; 11.viii.2015, 19 ♂ e 16 ♀ [álcool]; mesmos dados, exceto Lago 13,
02°53'03.5''N, 60°52'45.5''W, K. Dias, C. Benetti, L. Santana cols., 03.vi.2015; XX.viii.2015,
3 ♂ e 2 ♀ [álcool]; mesmos dados, exceto Lago 17, 02°52'29.7''N, 60°51'48.9''W, K. Dias, L.
Santana cols., 05.vi.2015, 2 ♂ [álcool]; mesmos dados, exceto Lago 24, 03°02'20.3''N,
60°46'51.7''W, K. Dias, L. Santana cols., 13.viii.2015, 2 ♂ e 1 ♀ [álcool]; mesmos dados,
exceto Lago 25, 03°10'53.9''N, 60°50'00.8''W, K. Dias, C. Benetti cols., 07.vi.2015, 7 ♂ e 7
♀ [álcool]; mesmos dados, exceto Alto Alegre, Lago 22, 02°59'37.1''N, 61°07'38.9''W,
06.vi.2015, 1 ♂ [álcool]; mesmos dados, exceto Alto Alegre, Lago 19, 02°59'39.8''N,
61°06'46.2''W, K. Dias, L. Santana cols., 10.viii.2015, 2 ♀ [álcool].
109
Figura 59A – H: Tropisternus collaris Chevrolat. A. Hábito em vista dorsal; B. Hábito em vista
lateral; C. Hábito em vista ventral; D. Processo prosternal em vista ventral; E. Espinho do quinto
urosternito; F. Genitália masculina em vista dorsal; G. Genitália masculina em vista lateral; H.
Genitália masculina em vista ventral.
110
Tropisternus (Pristoternus) laevis (Sturm, 1826)
(Figs. 60 – 61A - H)
Hydrophilus laevis Sturm, 1826: 64.
Tropisternus laevis (Sturm), Gemminger e Harold, 1868: 477.
Tropisternus (Cyphostethus) laevis (Sturm), Orchymont, 1921: 359.
Tropisternus (Pristoternus) laevis (Sturm), Orchymont, 1943: 65.
Tropisternus laevigatus Boheman, 1858: 22. - Syn.: Orchymont, 1921: 359.
Diagnose. 8,5 – 8,7 mm de comprimento total. Cabeça com pontuação fina e densa, pontos
distanciados por aproximadamente o diâmetro de um ponto. Clípeo com duas fileiras de
pontos em forma de “V” na frente dos olhos. Pronoto levemente bisinuado na região basal,
apresentando alguns pontos na região medial e lateral, contendo um pequeno tufo de cerdas
douradas (Fig. 61A). Prosterno com elevação mediana em forma de capuz não dividido ao
meio (Fig. 61D). Mesosterno com elevação mediana larga, densamente pontuada,
apresentando algumas cerdas curtas, principalmente na região anterior. Metasterno com
elevação moderadamente convexa, atingindo a porção anterior do terceiro urosternito (Fig.
61C). Élitros com pontuação semelhante à da cabeça e pronoto. Margem apical do quinto
urosternito sem reentrância, com uma discreta elevação pré-apical portando um tufo de cerdas
douradas (Fig. 61E). Peça basal da genitália masculina medindo cerda 2/3 do comprimento
total; parâmeros com ápice estreitado ligeiramente recortado; lobo médio estreitado, de
comprimento menor que os parâmeros (Fig. 61F-H).
Comentários. A espece diferencia-se de Tropisternus ovalis pelo comprimento do corpo mais
longo; sexto antenômero de tamanho normal e por possuir no quinto urosternito uma discreta
elevação portando um tufo de cerdas douradas.
Distribuição. ARGENTINA; BRASIL: Roraima; GUIANA FRANCESA; GUIANA;
PARAGUAI; VENEZUELA.
111
Figura 60. Mapa com registro geográfico de Tropisternus laevis Sturm nos lagos da savana de
Roraima.
Material examinado. BRASIL: Roraima: Boa Vista: Lago 2, 02°46'00.4''N, 60°45'38.0''W,
Rede Entomológica Aquática (Rapiché), K. Dias, C. Benetti, L. Santana cols., 01.vi.2015;
08.viii.2015, 2 ♂ e 1 ♀ [álcool]; mesmos dados, exceto Lago 3, 02°47'15.4''N, 60°46'37.3''W,
K. Dias, L. Santana cols., 01.vi.2015; 12.viii.2015, 4 ♂ e 5 ♀ [álcool]; mesmos dados, exceto
Lago 5, 02°46'23.8''N, 60°45'41.8''W, 01.vi.2015; 13.viii.2015, 2 ♂ e 3 ♀ [álcool]; mesmos
dados, exceto Lago 6, 02°48'21.2''N, 60°47'40.8''W, 02.vi.2015; 12.viii.2015, 6 ♂ e 7 ♀;
mesmos dados, exceto Lago 7, 02°49'02.7''N, 60°48'18.3''W, 02.vi.2015; 09.viii.2015, 12 ♂ e
10 ♀ [álcool]; mesmos dados, exceto Lago 10, 02°52'06.4''N, 60°51'57.9''W, 03.vi.2015;
12.viii.2015, 2 ♂ e 2 ♀ [álcool]; mesmos dados, exceto Lago 11, 02°53'36.6''N,
60°55'40.1''W, 03.vi.2015; 11.viii.2015, 1 ♂ e 3 ♀ [álcool]; mesmos dados, exceto Lago 12,
02°54'36.5''N, 60°57'30.9''W, K. Dias, C. Benetti cols., 03.vi.2015, 3 ♂ e 3 ♀ [álcool];
mesmos dados, exceto Lago 13, 02°53'03.5''N, 60°52'45.5''W, 03.vi.2015; 10.viii.2015, 6 ♂ e
5 ♀ [álcool]; mesmos dados, exceto Lago 14, 02°57'35.4''N, 61°04'39.9''W, K. Dias, C.
Benetti cols., 04.vi.2015, 3 ♂ e 3 ♀ [álcool]; mesmos dados, exceto Lago 15, 02°58'04.1''N,
61°04'46.2''W, 04.vi.2015; 10.viii.2015, 3 ♂ e 5 ♀ [álcool]; mesmos dados, exceto Lago 17,
02°52'29.7''N, 60°51'48.9''W, 05.vi.2015; 12.viii.2015, 9 ♂ e 11♀ [álcool]; mesmos dados,
exceto Lago 20, 02°49'17.4''N, 60°48'10.6''W, 06.vi.2015; 09.viii.2015, 2 ♂ e 1 ♀ [álcool];
mesmos dados, exceto Lago 23, 02°51'46.3''N, 60°47'30.6''W, 07.vi.2015; 13.viii.2015, 5 ♂ e
112
13 ♀ [álcool]; mesmos dados, exceto Lago 24, 03°02'20.3''N, 60°46'51.7''W, K. Dias, C.
Benetti cols., 07.vi.2015, 3 ♂ e 2 ♀ [álcool]; mesmos dados, exceto Lago 25, 03°10'53.9''N,
60°50'00.8''W, 07.vi.2015; 13.viii.2015, 10 ♂ e 10 ♀ [álcool]; mesmos dados, exceto Alto
Alegre: Lago 8, 02°50'51.2''N, 60°50'25.0''W, K. Dias, C. Benetti cols., 02.vi.2015, 8 ♂ e 8 ♀
[álcool]; mesmos dados, exceto Alto Alegre: Lago 9, 02°51'13.7''N, 60°50'32.8''W, K. Dias,
C. Benetti cols., 02.vi.2015, 1 ♂ e 1 ♀ [álcool]; mesmos dados, exceto Alto Alegre, Lago 18,
02°59'48.7''N, 61°07'48.7''W, K. Dias, C. Benetti cols., 05.vi.2015, 7 ♂ e 9 ♀ [álcool];
mesmos dados, exceto Alto Alegre: Lago 19, 02°59'39.8''N, 61°06'46.2''W, K. Dias, L.
Santana cols., 10/viii/2015, 3 ♂ e 3♀ [álcool]; mesmos dados, exceto Alto Alegre, Lago 21,
02°49'17.4''N, 60°48'10.6''W, K. Dias, L. Santana cols., 13.viii.2015, 1 ♂ [álcool].
113
Figura 61A – H: Tropisternus laevis Sturm. A. Hábito em vista dorsal; B. Hábito em vista lateral; C.
Hábito em vista ventral; D. Processo prosternal em vista ventral; E. Espinho do quinto urosternito; F.
Genitália masculina em vista dorsal; G. Genitália masculina em vista lateral; H. Genitália masculina
em vista ventral.
114
Tropisternus (Pristoternus) ovalis Castelnau, 1840
(Figs. 62; 63A - H)
Tropisternus ovalis Castelnau, 1840: 54, Figs. 271 – 275.
Tropisternus (Cyphostethus) ovalis Castelnau; Orchymont, 1921: 363.
Tropisternus (Pristoternus) ovalis (Castelnau); Orchymont, 1943: 66.
Diagnose. 5,8 – 6,4 mm de comprimento total. Cabeça com pontuação densa, com pontos
distanciados por aproximadamente o diâmetro de um ponto. Clípeo com duas fileiras de
pontos em forma de “V” na frente dos olhos. Pronoto com pontuação igual a da cabeça;
pontuação lateral seriada (Fig. 63A). Prosterno com elevação mediana em forma de capuz não
dividido ao meio (Fig. 63E). Mesosterno com elevação mediana apresentando cerdas.
Metasterno com elevação mediana apresentando cerdas e uma estria longitudinal mediana;
parte posterior da elevação inclinada, atingindo a metade do segundo urosternito (Fig. 63C).
Élitros com nove fileiras longitudinais de pontos. Urosternitos lisos, sem carena; quinto
urosternito sem reentrância apical e elevação pré-apical. Peça basal da genitália masculina
medindo 2/3 do comprimento total; parâmeros com ápice estreitado e ligeiramente recortado;
lobo médio mais curto que os parâmeros (Fig. 63F-H).
Comentários. A espécie é muito semelhante a T. dilatatus Bruch, 1915, diferindo apenas pela
largura, tamanho menor e pela forma da genitália masculina. Diferencia-se das demais
espécies do gênero por apresentar o sexto antenômero dilatado.
Distribuição. BRASIL: Amazonas, Pará, Roraima; ARGENTINA; COLÔMBIA; CUBA;
GUATEMALA; MÉXICO; PARAGUAI.
Material examinado. BRASIL: Roraima: Boa Vista, Lago 14, 02°57'35.4''N,
61°04'39.9''W, Rede Entomológica Aquática (Rapiché), K. Dias, C. Benetti cols., 04.vi.2015,
1 ♂ [álcool].
115
Figura 62. Mapa com registro geográfico de Tropisternus ovalis Castelnau nos lagos da savana de
Roraima.
116
Figura 63A – H: Tropisternus ovalis Castelnau. A. Hábito em vista dorsal; B. Hábito em vista lateral;
C. Hábito em vista ventral; D. Antena em vista ventral; E. Processo prosternal; F. Genitália masculina
em vista dorsal; G. Genitália masculina em vista lateral; H. Genitália masculina em vista ventral.
117
CHAETARTHRINAE Bedel, 1881
Anacaenini Hansen, 1991
Diagnose. Comprimento total do corpo menor que 5 mm; mandíbula com margem externa
distintamente angulada. Antenas com sete a nove antenômeros. Estria sutural sempre
presente; prosterno plano ou com sulco transverso; mesosterno plano ou com o dente
mediano; Margem posterior do quinto urosternito nunca com uma reentrância apical;
Crenitulus Winters, 1926
Diagnose. 1,4 e 2,5 mm de comprimento total; corpo atenuado posteriormente; sutura
frontoclipeal pouco visível; antenas com nove antenômeros; procoxa com ou sem fortes
espinhos aparentes prosterno quase plano, não distintamente carenado na região mediana;
élitros com pontuações subseriadas arranjadas; Genitália masculina com peça basal
geralmente de mesmo comprimento que os parâmeros; parâmeros apontados apicalmente;
lobo médio ligeiramente mais estreitos que os parâmeros; apódemas curtos; gonóporo apical
ou subapical.
Na área de estudos foi encontrada uma espécie, nova para a ciência.
Crenitulus savana sp. nov.
(Figs. 64; 65A – C; 66A, B)
Diagnose: 1.6 - 1.8 mm de comprimento total; forma oval; clípeo, fronte preto. Pronoto preto,
com margens laterais amareladas distintamente demarcadas, atingindo ângulos ântero-laterais
e margens posteriores; élitro preto, com margens amarelas na sua metade posterior;
distintamente pubescente; pontuações mais grossas que em pronoto, com arranjo subserial,
mais fino na porção anterior, com fileiras longitudinais de pontuações mais grosseiras nas
margens laterais; mesoventrite marrom escuro a preto, plano; procoxas com algumas cerdas
indistintas semelhantes a espinhos na face medial perto da junção trocantérica; metafemur
com pubescência confinada à margem anterior e à porção proximal. Genitália masculina com
peça basal com diâmetro semelhante aos parâmeros; parâmeros estreitados apicalmente,
118
ápices arredondados; lobo médio ligeiramente mais curto do que os parâmeros, corona situada
na posição subapical.
Descrição: Habitus oval, maior largura e convexidade máxima ao nível da base elitral, na
região do úmero; élitro cerca de três vezes mais longo que o pronoto.
Tamanho. Comprimento total 1,6-1,8 mm.
Cabeça: Labro moderadamente largo. Labro, clípeo e fronte totalmente pretos. Pontuação
formada por pontos irregulares e finos, mesclados com alguns ligeiramente mais grossos,
densamente distribuídos, sendo mais densos nas margens clipeais e na fronte; diâmetros dos
pontos ligeiramente menores do que nos interstícios, alguns com cerdas muito finas; pontos
finos dispostas densamente ao longo da margem interna dos olhos. Interstícios brilhantes, sem
microescultura. Olhos não emarginados anteriormente, porção dorsal ligeiramente esférica.
Clípeo grande, ligeiramente côncavo anteriormente; sutura frontoclipeal não visível; palpos
maxilares robustos, palpômero dois inflado, palpômeros de um a três amarelos; palpômero
quatro preto com ofuscação terminal bem demarcada. Mento, gula, submento, cardo e estipes
pretos; premento e palpos labiais amarelos; antenas com nove antenômeros; antenômeros
amarelos, pedicelo curto e robusto, antenômero três mais longo que antenômeros quatro e
cinco juntos. Clava antenal apical oval, duas vezes mais longa que larga.
Tórax: Pronoto preto com margens laterais amarelas, de largura variável, que atingem as
margens anteriores e posteriores; pontuação irregular, mais fina do que na cabeça, densamente
distribuída, mais grossa em direção às margens laterais. Cerdas muito finas inseridas em
alguns pontos, principalmente nas laterais. Interstícios lisos, brilhantes, sem microescultura;
prosterno marrom escuro a preto, plano, com convexidade mediana projetando-se em direção
a gula; parte lateral do hipômero castanho claro, parte medial marrom escura; escutelo preto,
com escassos pontos. Élitro preto com margens amarelas; pontuação elitral fina, mais grossa
do que no pronoto, com arranjo subserial indistinto, frequentemente mais fina na porção
anterior, com fileiras longitudinais de pontos mais grossos nas margens laterais; presença de
cerdas finas inconspícuas, principalmente lateral e apicalmente. Estria sutural nitidamente
impressa, presente em dois terços posteriores do élitro. Mesosterno marrom escuro a preto,
plano; suturas anapleurais em forma de “S”. Epipleura marrom clara, meso e metasterno
preto.
119
Pernas: Procoxa de coloração marrom escuro, pubescente, com espinhos próximo a junção
trocantérica; porções proximais dos fêmures, principalmente metafêmur, indistinta ou com um
variável grau de marrom escuro; pubescência confinada à margem anterior e à porção
proximal, côncava; pro e mesofemur quase inteiramente pubescentes. Metatíbia com espinhos
moderadamente fortes na margem lateral. Meso e metatarsos com cerdas muito longas, que
surgem distalmente na face dorsal dos tarsômeros. Metatarso tão longo ou ligeiramente mais
longo que metatíbia.
Abdome: Urosternitos de coração marrom escura a preta, inteiramente cobertos com densa
pubescência hidrofóbica.
Genitália masculina: Peça basal de comprimento equivalente a metade do comprimento
total. Parâmeros estreitados apicalmente, com margens laterais convexas e margens mediais
quase retas, ápices arredondados. Lobo médio ligeiramente mais curto que os parâmeros,
corona situada subapicalmente (Fig. 66A-B).
Localidade tipo. BRASIL, Estado de Roraima, município de Boa Vista, 02°47'29.8''N,
60°47'08.4''W.
Série tipo. Holótipo: BRASIL: Roraima: Boa Vista, Lago 4, 02°47'29.8''N, 60°47'08.4''W,
Rede Entomológica Aquática (Rapiché), K. Dias, L. Santana cols., 09.viii.2015, 1 ♂ [álcool].
Parátipos: mesmos dados do holótipo, exceto Lago 7, 02°49'02.7''N, 60°48'18.3''W, K. Dias,
C. Benneti cols., 02.vi.2015, 6 ♂ e 7♀ [álcool]; mesmos dados do holótipo, exceto Lago 10,
02°52'06.4''N, 60°51'57.9''W, 12.viii.2015, 1♀ [álcool]; mesmos dados do holótipo, exceto
Lago 13, 02°53'03.5''N, 60°52'45.5''W, XX.viii.2015, 4 ♂ e 8 ♀ [álcool]; mesmos dados do
holótipo, exceto Lago 15, 02°58'04.1''N, 61°04'46.2''W, 10.viii.2015, 1 ♂ [álcool]; mesmos
dados do holótipo, exceto Lago 23, 02°51'46.3''N, 60°47'30.6''W, 13.viii.2015, 25 ♂ e 5 ♀
[álcool]; mesmos dados do holótipo, exceto Lago 24, 03°02'20.3''N, 60°46'51.7''W,
13.viii.2015, 5 ♂ [álcool]; mesmos dados do holótipo, exceto Alto Alegre, Lago 19,
02°59'39.8''N, 61°06'46.2''W, 10.viii.2015, 1 ♀ [álcool].
Etimologia. O epíteto específico, savana, usado aqui como um substantivo em aposição,
refere-se ao Bioma savana onde a localidade tipo está situada.
Comentários. Crenitulus savana sp. nov. é próxima morfologicamente a Crenitulus suturalis
(LeConte, 1866), Crenitulus hirsutus (Komarek, 2005), Crenitulus attiguus (d'Orchymont,
1942) e Crenitulus perpennus (Orchymont, 1942). A nova espécie difere de C. attiguus pelo
120
comprimento do corpo menor (2,1-2,4 mm em C. attiguus) na forma do mesosterno, padrão
de pubescência dos fêmures, presença de pubescência dorsal (ausente em C Attiguus) e
genitália masculina com a peça basal maior do que em C. attiguus e a forma dos parâmeros e
do lobo mediano. C. savana sp. nov. difere de C. hirsutus pelo segmento apical da antena,
mais longo em C. hirsutus; presença de linhas longitudinais de pontuações mais grosseiras nas
margens laterais (ausente em C. hirsutus), forma do palpo maxilar, forma do mesoventrito,
padrão de pubescência dos fêmures e parâmeros não apontados (apontados em C. hirsutus). C.
savana sp. nov. difere de C. suturalis pelo segmento apical da antena, mais longo em C.
suturalis, presença de fileiras longitudinais de pontuações mais grosseiras nas margens
laterais (ausente em C. suturalis); presença de serdas como espinhos na procoxa (pouco
desenvolvido em C. suturalis) E genitália masculina com formato dos parâmeros e lobo
médio diferentes. A nova espécie difere de C. perpennus pela forma da genitália masculina, a
forma do palpo maxilar, ao mesosterno e o padrão de pubescência do fêmur posterior.
Figura 64. Mapa com registro geográfico de Crenitulus savana sp. nov. nos lagos da savana
de Roraima.
121
Figura 65A – C: Crenitulus savana sp. nov. A. Hábito em vista dorsal; B. Hábito em vista lateral; C.
Hábito em vista ventral.
Figura 66A – B. Crenitulus savana sp. nov. A. Genitália masculina em vista dorsal; B. Genitália
masculina em vista ventral.
122
ENOCHRINAE Short & Fikacek, 2013
Enochrus Thomson, 1859
Diagnose. Comprimento total entre 2,0 e 8,5 mm; palpos maxilares com tamanhos variando
de pequenos (menores que a largura da cabeça) a grandes (maiores que a largura da cabeça);
segundo palpômero assimétrico e convexo na face interna; palpômero apical com face interna
mais alongada, curvado no lado externo; antenas com nove antenômeros; prosterno com
região mediana um pouco convexa, às vezes apresentando carena longitudinal; mesosterno
elevado, formando diferentes processos ou com pequena elevação mediana; metasterno com
pubescência hidrofóbica e elevação na região mediana; fêmures com pubescência hidrofóbica,
exceto na sua extremidade apical; élitros com dez fileiras longitudinais de pontos e estria
sutural aparente; cinco urosternitos visíveis; quinto urosternito com reentrância apical quase
sempre contendo cerdas.
Enochrus está composto por 217 espécies descritas, distribuídas em todas as regiões
biogeográficas (Hansen, 1999; Short e Hebauer, 2006). O gênero está dividido em seis
subgêneros; Enochrus (Hydatotrephis) MacLeay, 1871, composto por quatro espécies;
Enochrus (Methydrus) Rey, 1885, composto por 139 espécies; Enochrus (Holcophilydrus)
Kniz, 1911, com nove espécies; Enochrus (Lumetus) Zaitzev, 1908, com 39 espécies;
Enochrus (s. str.) Thomson, 1859, com nove espécies e Enochrus (Hugoscottia) Knish, 1922,
com 17 espécies. Na região Neotropical ocorrem 68 espécies, das quais 36 ocorrem na
América do Sul e 11 no território brasileiro (Hansen, 1999; Short e Hebauer, 2006). Na área
de estudo foram encontradas duas espécies.
Enochrus (Methydrus) atlantis Orchymont, 1943
(Figs. 67; 68A – C)
Enochrus (Methydrus) atlantis Orchymont, 1943: 57.
Diagnose. 2,5 – 2,8 mm de comprimento total. Labro marrom claro. Margens laterais do
clípeo amareladas e porção central marrom clara; parte posterior da cabeça marrom escura.
Palpos maxilares uniformemente amarelados com último palpômero um pouco menor do que
penúltimo. Antenas com nove antenômeros. Pronoto cobrindo parte da cabeça, de coloração
amarelo a marrom claro, distintamente escurecido ou castanho escuro na região mediana.
123
Élitro de coloração amarela a marrom; estria sutural presente. Prosterno não carenado, no
máximo com uma pequena elevação mediana. Metasterno com processo laminar. Élitro com
dez fileiras de pontuações regulares. Fêmures densamente pubescente, com pubescência
ausente apenas nas extremidades. Urosternitos uniformemente pubescentes; quinto urosternito
sem reentrância apical. Genitália masculina com parâmeros alargados na base e estreitado
abruptamente no ápice. Lobo médio mais curto e mais estreito que os parâmeros; Corona
situada subapicalmente, ápice arredondado. Peça basal menor que a metade do comprimento
total (Fig. 68A-C).
Comentários. Diferencia-se das outras espécies do gênero por possuir prosterno não
carenado, pela presença de reentrância apical no quinto urosternito e pela forma da genitália
masculina. E. atlantis é semelhante a E. guarani e E. rufrenus (Fernandez, 1988) porém a
coloração da fronte, do pronoto e a forma da genitália masculina as difere.
Distribuição. BRASIL: Piauí, Roraima.
Figura 67. Mapa com registro geográfico de Enochrus atlantis Orchymont nos lagos da savana de
Roraima.
Material examinado. BRASIL: Roraima: Boa Vista, Lago 1, 02°54'24.7''N, 60°57'38.3'',
Rede Entomológica Aquática (Rapiché), K. Dias, C. Benetti cols., 31/v/2015, 1 ♂ [álcool].
124
Figura 68A – C: Enochrus atlantis Orchymont. A. genitália masculina em vista dorsal; B. genitália
masculina em vista lateral; C. genitália masculina em vista ventral.
Enochrus (Metlhydrus) melanthus Orchymont, 1943
(Figs. 69; 70A – F)
Enochrus (Metlhydrus) melanthus Orchymont, 1943: 59; Fernandez, 1997: 22
Diagnose. 3,1 – 4,0 mm de comprimento total. Cabeça preta com uma mancha castanho clara
na frente dos olhos. Palpo maxilar em sua maior parte castanho claro, com zonas mais escuras
na base do segundo palpômero e na extremidade do último. Pontuação da cabeça, pronoto e
élitros fina e homogênea, diâmetro dos pontos menor que a distância entre eles. Pronoto de
coloração castanho escuro com a borda lateral castanho claro (Fig. 70A). Prosterno sem
carena em sua metade posterior com uma suave elevação longitudinal medial. Processo
mesosternal com um dente conspícuo (Fig. 70C). Último urosternito visível com uma
reentrância apical profunda. Genitália masculina com parâmetros mais longos que peça basal,
arredondados apicalmente, voltados suavemente para fora, formando uma pequena
concavidade. Lobo médio com bordas retas na base, estreitando-se em seu terço apical,
curvado em vista lateral (Fig. 70D-F).
Comentários. A espécie se diferencia das demais pela coloração do palpo maxilar, processo
mesosternal com dente conspícuo e forma da genitália masculina.
Distribuição. ARGENTINA: Chaco, Tucuman, Misiones; BOLÍVIA: Santa Cruz; BRASIL:
Fernando de Noronha, Pernambuco, São Paulo, Roraima; PARAGUAI: Carumbé, Caaguazú.
125
Figura 69. Mapa com registro geográfico de Enochrus melanthus Orchymont nos lagos da savana de
Roraima.
Material examinado. BRASIL: Roraima: Boa Vista, Lago 1, 02°54'24.7''N, 60°57'38.3''W,
Rede Entomológica Aquática (Rapiché), K. Dias, C. Benetti cols., 31.v.2015, 1 ♂ [álcool];
mesmos dados, exceto Lago 3, 02°47'15.4''N, 60°46'37.3''W, 01.vi.2015, 1 ♂ [álcool];
mesmos dados, exceto Lago 4, 02°47'29.8''N, 60°47'08.4''W, K. Dias, L. Santana cols.,
09.viii.2015, 1 ♂ [álcool]; mesmos dados, exceto Lago 7, 02°49'02.7''N, 60°48'18.3''W,
02.vi.2015, 3 ♀ [álcool]; mesmos dados, exceto Lago 13, 02°53'03.5''N, 60°52'45.5''W,
03.vi.2015, 6 ♂ [álcool]; mesmos dados, exceto Lago 17, 02°52'29.7''N, 60°51'48.9''W, K.
Dias, L. Santana cols., 12.viii.2015; ♂ 8 e ♀ 1 [álcool]; mesmos dados, exceto Lago 23,
02°51'46.3''N, 60°47'30.6''W, 07.vi.2015, 3 ♂ [álcool]; mesmos dados, exceto Lago 24,
03°02'20.3''N, 60°46'51.7''W, K. Dias, L. Santana cols., 13.viii.2015, 5 ♂ [álcool]; mesmos
dados, exceto Lago 25, 03°10'53.9''N, 60°50'00.8''W, K. Dias, L. Santana cols., 13.viii.2015,
5 ♂ [álcool]; Mesmos dados, exceto Alto Alegre, Lago 9, 02°51'13.7''N, 60°50'32.8''W,
02.vi.2015, 1 ♂ [álcool].
126
Figura 70A – F: Enochrus melanthus Orchymont. A. Hábito em vista dorsal; B. Hábito em vista
lateral; C. Hábito em vista ventral; D. Genitália masculina em vista dorsal; E. Genitália masculina em
vista lateral; F. Genitália masculina em vista ventral.
ACIDOCERINAE Zaitzev, 1908
Chasmogenus Sharp, 1882
Diagnose. 2,5 e 5,5 mm de comrpimento; antenas com oito ou nove antenômeros; palpos
maxilares longos, palpômero subapical apresentando a face externa convexa; mento com
127
reentrância conspícua na região anterior; prosterno sem carena e pouco convexo; mesosterno
com discreta carena mediana em quase toda sua extensão; metasterno com pubescência
hidrofóbica e discreta elevação na região posteromediana; fêmures com pubescência
hidrofóbica; tarsos com cinco artículos; élitros com estria sutural na metade posterior e
inconspícuas fileiras longitudinais de pontos sistemáticos seriados; abdome com pubescência
hidrofóbica; quinto urosternito com reentrância na região apical.
Chasmogenus é composto por 40 espécies, distribuídas em todas as regiões biogeográficas,
com exceção da região Neártica. Na região Neotropical podemos encontrar 11 espécies,
destas dez registradas para a América do Sul e quatro registradas para o Brasil (Hansen, 1999;
Short e Hebauer, 2006, Clarkson e Ferreira Jr. 2014). No presente estudo foi encontrada uma
espécie.
Chasmogenus sp.
(Figs. 71; 72A - C)
Diagnose da fêmea. 3,3 – 3,5 mm de comprimento total. Cabeça densamente pontuada, com
pontos distanciados por aproximadamente uma à duas vezes o diâmetro de um ponto; área
imediatamente atrás da sutura fronto clipeal com pontos maiores que os demais. Mento com
reentrância anterior arredondada (Fig. 72C). Antenas com oito antenômeros; comprimento
dos antenômeros da clava antenal somados equivalente ao comprimento dos demais
antenômeros somados. Pronoto densamente pontuado. Prosterno levemente abaulado, não
carenado. Meso e metasterno abaulados no meio com uma discreta estria longitudinal no
centro da elevação (Fig. 72C). Élitro com pontuação de fundo densa; estria sutural conspícua
e presença de dez fileiras longitudinais de pontos, a décima restrita a uma pequena porção
anterior (Fig. 72A). Pubescência femoral nos meso e metafêmures ausente apenas nas
extremidades. Urosternitos sem carena, com margens posteriores e laterais lisas. Quinto
urosternito com reentrância apical rasa.
Comentários. As diferenças entre as espécies de Chasmogenus são observadas nas formas da
margem anterior do clípeo, da escavação do mento, depressões no pronoto, forma do processo
mesosternal e, principalmente, da genitália masculina. O único exemplar desta espécie
examinado não pode ser identificado por se tratar de uma fêmea.
128
Figura 71. Mapa com registro geográfico de Chasmogenus sp. nos lagos da savana de Roraima.
Material examinado. BRASIL: Roraima: Alto Alegre, Lago 9, 02°51'13.7''N,
60°50'32.8''W, Rede Entomológica Aquática (Rapiché), K. Dias, C. Benetti cols., 02.vi.2015,
1 ♀ [álcool]; mesmos dados, exceto Lago 13 02°53'03.5''N, 60°52'45.5''W, 03.vi.2015, 1 ♀;
mesmos dados, exceto Lago 14, 02°57'35.4''N, 61°04'39.9''W, 04.vi.2015, 1 ♀ [álcool].
129
Figura 72 A – C: Chasmogenus sp. A. Hábito em vista dorsal; B. Hábito em vista lateral; C. Hábito
em vista ventral.
SPHAERIDIINAE Latreille, 1802
Coelostomatini Heyden, 1891
Diagnose. Metasterno com porção central elevada, mais ou menos projetada entre as
mesocoxas, em contato com o processo mesosternal, geralmente muito elevado, com
escavação ânteromediana. Epipleura muito ampla.
Phaenonotum Sharp, 1882
Diagnose. Comprimento total entre 1,5 e 4,5 mm; corpo oval arredondado, convexo
dorsalmente; antenas com nove antenômeros; palpos maxilares pequenos, menores do que a
largura da cabeça; pronoto com ângulos anteriores e posteriores arredondados; prosterno
curto, quase plano, sem carena mediana; mesosterno fusionado com o mesanepisterno;
elevação mesosternal setiforme, com porção posterior fundida à elevação metasternal;
elevação metasternal com margens laterais subparalelas; fêmures anteriores e médios com
pubescência esparsa e indistinta; élitros sem distintas fileiras de pontos; estria sutural ausente;
abdome com cinco urosternitos visíveis, apresentando densa pubescência hidrofóbica; quinto
urosternito com região apical arredondada.
O gênero está composto por 18 espécies distribuídas nas regiões Neártica, Afrotropical
e Neotropical. Na região neotropical há registro de 16 espécies, sendo 13 delas encontradas na
América do Sul e sete espécies registradas para o Brasil (Hansen, 1999; Short e Hebauer,
2006). Na área de estudos foram encontradas duas espécies.
Phaenonotum sp. 1
(Figs. 73; 74A - C)
Diagnose. 2,1 – 2,2 mm de comprimento total. Forma do corpo oval em vista dorsal; muito
convexo em vista lateral. Superfície dorsal e ventral de coloração marrom escura. Antenas e
130
palpos maxilares amarelados. Cabeça um pouco mais escura do que o pronoto e élitro, com
finos e esparsos pontos. Pronoto mais largo que longo e muito convexo, com pontos do
mesmo tamanho que os presentes na cabeça. Pontuação elitral muito mais grosseira que na
cabeça e pronoto, fortemente impressa. Processos meso e metasternal fundidos em uma quilha
comum, processo mesosternal mais elevado que o metasternal com ápice arredondado. Pro e
mesofêmur com pubescência muito curta; metafemur com pubescência escassa. Todos os
tarsos com cerdas longas na superfície ventral. Lobo médio da genitália masculina mais curto
que parâmeros, região basal robusta, região apical alongada e arredondada. Parâmeros
moderadamente grandes e indistintamente sinuosos a partir da região subapical. Peça basal
um pouco menor que a metade do comprimento total (Fig. 74A-C).
Comentários. Não foi possível a identificação a nível especifico do material coletado. A
principal dificuldade é devida a carência de trabalhos sobre as espécies deste gênero. Além
disso, as descrições de espécies neotropicais são antigas e incompletas não possibilitando a
correta identificação das mesmas.
Distribuição. BRASIL: Roraima
Figura 73. Mapa com registro geográfico de Phaenonotum sp. 1 nos lagos da savana de Roraima.
131
Material examinado. BRASIL: Roraima: Boa Vista, Lago 4, 02°47'29.8''N, 60°47'08.4''W,
Rede Aquática (Rapiché), K. Dias, C. Benetti cols., 01/vi/2015, 1 ♂ [álcool]; mesmos dados,
exceto Lago 17, 02°52'29.7''N, 60°51'48.9''W, 05/vi/2015, 1 ♀ [álcool]; mesmos dados,
exceto Alto Alegre: Lago 9, 02°51'13.7''N, 60°50'32.8''W, 02/vi/2015, 1 ♂ 1 ♀ [álcool].
Figura 74A – C: Phaenonotum sp. 1. A. Genitália masculina em vista dorsal; B. Genitália masculina
em vista lateral; C. Genitália masculina em vista ventral.
Phaenonotum sp. 2
(Figs. 75; 76A - C)
Diagnose. 1,5 – 1,7 mm de comprimento total. Forma do corpo oval em vista dorsal, muito
convexa em vista lateral. Superfície dorsal e ventral de coloração marrom escura. Antenas e
palpos maxilares amarelados. Cabeça mais escura que o pronoto e élitros, com finos e
esparsos pontos (Fig. 76A). Margens anterior e posterior do pronoto mais claras,
distintamente demarcadas (Fig. 76B). Pronoto com pontuação do mesmo tamanho que na
cabeça. Pronoto mais largo que longo e muito convexo. Processos meso e metasternal
fundidos em uma quilha comum; processo mesosternal com ápice arredondado (Fig. 76C).
Pontuação elitral mais grosseira do que a pontuação pronotal e da cabeça. Pro e mesofêmur
com pubescência muito curta; metafêmur com pubescência escassa. Todos os tarsos com
cerdas longas na superfície ventral.
Comentários. Phaenonotum sp. 2 pode ser diferenciado de Phaenonorum sp. 1 por ter
menores dimensões e por possuir as margens anterior e posterior do pronoto mais claras. Não
132
foi possível a comparação da genitália masculina, pois o único exemplar coletado se trata de
uma fêmea.
Distribuição. BRASIL: Roraima
Figura 75. Mapa com registro geográfico de Phaenonotum sp. 2 nos lagos da savana de Roraima.
Material examinado. BRASIL: Roraima: Boa Vista, Lago 25, 03°10'53.9''N,
60°50'00.8''W, Rede Entomológica Aquática (Rapiché), K. Dias, C. Benetti cols., 07/vi/2015,
1 ♂ [álcool].
133
Figura 76A – C. Phaenonotum sp. 2. A. Hábito em vista dorsal; B. Hábito em vista lateral; C. Hábito
em vista ventral.
134
5. CONCLUSÃO
As espécies encontradas correspondem a 15% da riqueza de espécies da família
para o Brasil.
Foram descritas sete espécies novas para a ciência, pertencentes a três gêneros:
Berosus apiciflatus sp. nov.; Berosus atratus sp. nov.; Berosus cordatus sp. nov.;
Berosus aurifer sp. nov.; Berosus clarksoni sp. nov.; Crenitulus savana sp. nov. e
Derallus roraimensis sp. nov.
Também registramos pela primeira vez no Brasil, nove novas espécies já
descritas: Berosus. castaneus; Berosus llanensis; Berosus megaphallus; Berosus olivae;
Berosus repertus; Paracymus sedatus; Hydrophilus simulator; Tropisternus apicipalpis;
Tropisternus laevis. Todas as espécies encontradas são novos registros para Roraima,
visto que não havia sido feito nenhum estudo prévio para a família no estado.
Embora a subfamília Sphaeridiinae seja composta predominantemente por táxons
terrestres, os representantes do gênero Phaenonotum podem estar associados a corpos
de água e, talvez por isso, tenham sido os únicos da subfamília presentes no material
coletado. Não foi possível a identificação dos espécimes a nível específico devido a
carência de trabalhos com este gênero e descrições de espécies neotropicais antigas e
incompletas. Também não foi possível a identificação da única espécie coletada do
gênero Chasmogenus, visto que a principal característica para identificação das espécies
é a genitália masculina e o exemplar se trata de uma fêmea.
O gênero Berosus mostrou-se o mais rico, com 19 espécies registradas. Este
gênero é reconhecidamente o gênero mais diverso da família em todo o mundo. O
número de espécies novas encontradas para este gênero pode refletir uma riqueza de
espécies ainda não estudadas no país.
A chave de identificação apresentada neste trabalho permite a identificação das
espécies e juntamente com as diagnoses, descrições e as imagens fornecem subsídios
para futuros trabalhos com os gêneros e espécies estudadas, principalmente de lagos de
savana de Roraima.
135
6. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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APÊNDICE A
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APÊNDICE A - Táxons de Hydrophilidae (Coleoptera) encontrados na Região Norte do
Brasil (BR), e países limítrofes da região: Venezuela (V), Suriname (S), Guiana (G) e Guiana
Francesa (GF).
Gênero Espécie Referência Ocorrência
Anacaena Anacaena sp. Benetti e Hamada, 2003 BR: Amazonas
Apurebium A. jasperae Garcia, 2002 Garcia, 2002 V: Apure
Australocyon A. confusus Hansen, 2003 Fikácek e Short, 2011 BR: Pará
A. huijbregtsi Hansen, 2003 Short e F. Hebauer, 2006 S: Nickerie
A. minutus Hansen, 2003 Fikácek e Short, 2011 BR: Pará
Berosus B. ambogynus Mouchamps,
1963 Oliva, 1989ª; Este trabalho BR: Amazonas; Pará; Roraima
B. apiciflatus sp. nov. Este trabalho BR: Roraima
B. apure Oliva, 2002 Short e Hebauer, 2006 V: Apure
B. aragua Oliva e Short, 2012 Oliva e Short, 2012 V: Anzoategui
B. arcanus Knisch, 1924 Oliva, 1993 BR: Amazonas
B. asymmetricus Oliva e
Short, 2012 Oliva e Short, 2012 V: Bolívar
B. atratus sp. nov. Este trabalho BR: Roraima
B. aurifer sp. nov. Este trabalho BR: Roraima
B. batesi Oliva, 1992 Oliva, 1992
BR: Amazonas; Pará
B. brevibasis Oliva, 1989 Oliva e Short, 2012;
Este trabalho
V: Apure;
BR:Roraima
B. capanaparo Oliva e Short,
2012 Oliva e Short, 2012 V: Apure
B. castaneus Oliva e Short,
2012 Oliva e Short, 2012 V: Bolívar; BR: Roraima
B. clarksoni sp. nov. Este trabalho BR: Roraima
B. consobrinus Knisch, 1921 Oliva e Short, 2012; Este
trabalho
V: Bolívar; BR:
Roraima
B. cordatus sp. nov Este trabalho BR: Roraima
B. corozo Oliva e Short, 2012 Oliva e Short, 2012 V: Guarico
B. duquefi Queney, 2006 Fikácek e Short, 2011 GF.: Roura
B. ebeninus Oliva e Short,
2012 Oliva e Short, 2012 V: Bolívar
B. elegans Knisch, 1921 Oliva e Short, 2012 V: Bolívar
B. erraticus Mouchamps,
1963 Oliva e Short, 2012 V:Anzoategui
B. festivus Berg, 1885 Oliva e Short, 2012 V: Barinas
B. freyi Mouchamps, 1960 Mouchamps, 1960; Este
trabalho BR: Amazonas; Roraima
B. garciai Oliva e Short, 2012 Oliva e Short, 2012 V: Amazonas
B. geayi d’Orchymont, 1937 Oliva e Short, 2012 V: Falcón
B. ghanicus d’Orchymont,
1941 Oliva e Short, 2012 V: Bolívar
B. guyanensis Queney, 2006 Fikácek e Short, 2011 GF.: Iracoubo
B. hamatus Knisch, 1924 Orchymont, 1925 BR: Amazonas; Pará
B. holdhausi Knisch, 1920 Mouchamps, 1960 BR: Acre V: Anzoategui
B. humeralis Oliva e Short,
2012 Oliva e Short, 2012 V: Amazonas
B. inpa Oliva, 1992 Oliva, 1992 BR: Amazonas
B. insignis Knish, 1921 Este trabalho BR: Roraima
B. jolyi Oliva e Short, 2012 Oliva e Short, 2012 V: Anzoategui
B. llanensis Oliva e Short,
2012
Oliva e Short, 2012; Este
trabalho V: Apure; BR: Roraima
Continua...
145
...Continuação
B. marquardti Knisch, 1921 Oliva e Short, 2012; Este
trabalho V: Apure; BR: Roraima
B. megaphallus Oliva e Short,
2012
Oliva e Short, 2012; Este
trabalho V: Apure; BR: Roraima
B. minimus Knisch, 1921 OLIVA, 1989a BR: Amazonas
B. olivae Queney, 2006 Oliva e Short, 2012; Este
trabalho
V: Bolívar; GF:
Iracoubo; BR:
Roraima
B. ornaticollis Oliva e Short,
2012 Oliva e Short, 2012 V: Amazonas; Bolívar
B. pallipes Brullé, 1841 Oliva e Short, 2012 V: Anzoategui
B. patruelis Berg, 1885 Oliva e Short, 2012; Este
trabalho
V: Apure, Aragua;
BR: Roraima
B. rectangulus Mouchamps,
1960 Este trabalho BR: Roraima
B. repertus Oliva e Short,
2012
Oliva e Short, 2012; Este
trabalho
V: Guarico; BR:
Roraima
B. reticulatus Knisch, 1921 Oliva e Short, 2012; Este
trabalho
V: Anzoategui; BR:
Roraima
B. ruffinus d’Orchymont, 1946 Oliva e Short, 2012 V: Amazonas
BR: Amazonas
B. sinigus Oliva, 1989 Oliva, 1989a BR: Amazonas
B. tramidrum Oliva e Short,
2012 Oliva e Short, 2012 V: Guarico
B. truncatipennis Castelnau,
1840 Oliva e Short, 2012
V: Anzoategui BR:
Pará
B. wintersteineri Knisch, 1921 Oliva e Short, 2012 V: Guárico;
B. zimmermanni Knisch, 1921 Oliva e Short, 2012 V: Apure
Cercyon C. soesilae Makhan, 2010 Fikácek e Short, 2011 S: Suriname
C. nincantatus Fikáček e
Short, 2010b Fikácek e Short, 2011 S: Brokopondo
Chaetarthria Chaetarthriasp. Benetti e Hamada, 2003 BR: Amazonas
C. minuta Garcia, 2002 Short e Hebauer, 2006 V: Apure
Chasmogenus Chasmogenus sp. Este trabalho BR: Roraima
C. australis Garcia, 2000 Short e Hebauer, 2006 V: Apure
C. bariorum Garcia, 2000 Short e Hebauer, 2006 V: Zulia
C. occidentalis Garcia, 2000 Short e Hebauer, 2006 V: Zulia
C. yukparum Garcia, 2000 Short e Hebauer, 2006 V: Zulia
Crenitulus Crenitulus savana sp. nov. Este trabalho BR: Roraima
Derallus Derallus spp. Bertrand, 1968; Spangler,
1990; Benetti e Hamada, 2003
BR: Amazonas; Pará
D. roraimensis sp. nov Este trabalho BR: Roraima
D. angustus Sharp, 1882 Oliva, 1983; Oliva, 1989b BR: Amazonas; Pará
D. anicatus Orchymont, 1940 Oliva, 1983 BR: Amazonas
D. brachyphallus Oliva, 1983 Oliva, 1983 BR: Amazonas
D. pectoralis Oliva, 1983 Oliva, 1983 BR: Pará
D. perpunctatus Oliva, 1983 Oliva, 1983 BR: Amazonas
D. subglobosus Oliva, 1983 Oliva, 1983 BR: Amazonas
D. terranovae Oliva, 1983 Oliva, 1983 BR: Amazonas
D. amrishi Makhan, 2005c Short e F. Hebauer, 2006 S: Commewijne
D. aschnae Makhan, 2005c Short e F. Hebauer, 2006 S: Commewijne
Enochrus Enochrus spp. Bertrand, 1968; Benetti e
Hamada, 2003 BR: Amazonas
E. atlantis Orchymont, 1943 Este trabalho BR: Roraima
Continua...
146
Continuação...
E. fittkaui Fernandez, 1988 Fernandez, 1988 BR: Amazonas
E. lampros Knisch, 1924 Fernandez, 1997 BR: Amazonas
E. melanthus Orchymont,
1943 Este trabalho BR: Roraima
E. paraenses Fernandez, 1997 Fernandez, 1997 BR: Pará
E. rufrenus Orchymont, 1943 Orchymont, 1943 BR: Amazonas
Globulosis G. hemisphaericus Garcia A,
2001
Short e Hebauer, 2006
V: Bolívar
Guaramacalus G. andinus Garcia 2000c Short e Hebauer, 2006 V: Trujillo
Guyanobiu G. lacuniventris Gustafson e
Short, 2010b Fikácek e Short, 2011 V: Trujillo
G. queneyi Gustafson e Short,
2010b Fikácek e Short, 2011 GF.: Roura
Helobata H. amazonenses Clarkson,
2016 Clarkson et al., 2016 BR: Amazonas
H. aschnakiranae Makhan,
2007 Fikácek e Short, 2011 S: Commwijne
H. bitriangulata, Garcia, 2000 García, 2000 V: Apure
H. cuivaum Garcia, 2000d Short e Hebauer, 2006 V: Apure
H. larvalis Horn, 1873 Clarkson et al., 2016 BR: Amazonas
H. lilianae Garcia, 2000d Short e Hebauer, 2006 V: Apure
H. quatipuru Fernandez e
Bachmann, 1987 Fernandez e Bachmann; 1987
BR: Pará
H. soesilaeMakhan, 2007a Fikácek e Short, 2011 S: Nieuw Amsterdam.
Helochares Helochares sp. Bertrand, 1968; Spangler,
1990; Benetti e Hamada, 2003 BR: Amazonas; Pará
H. ventricosus Bruch, 1915 Fernandez, 1982 BR: Amazonas
Hemiosus H. fittkaui Oliva, 1994 Oliva, 1994 BR: Amazonas
H. monstrosus Oliva, 1994 Oliva, 1994 BR: Amazonas
H. mornarius Orchymont,
1940 Oliva, 1994 BR: Amazonas
H. costalis Oliva, 1994 Oliva, 1994 BR: Amazonas
Hydrobiomorpha Hydrobiomorpha sp. Benetti e Hamada, 2003 BR: Amazonas
H. corumbaensis Mouchamps,
1959 Este trabalho BR: Roraima
H. denticulata Bachmann,
1988 Bachmann, 1988 BR: Pará
H. longa Bruch, 1915 Bachmann, 1988 BR: Amazonas
H. mucajai Bachmann, 1988 Bachmann, 1988 BR: Amazonas
H. paraenses Bachmann, 1988 Bachmann, 1988 BR: Pará
H. solitaria Bachmann, 1988 Bachmann, 1988 BR: Pará
H. spiculosa Bachamnn, 1988 Bachmann, 1988 BR: Pará
H. Utinga Bachmann, 1988 Bachmann, 1988 BR: Pará
Hydrophilus H. smaragdinus Brullé, 1837
Bachmann, 1969
BR: Amazonas
H. ensifer Brullé, 1837 Benetti e Hamada, 2003; Este
trabalho
BR: Acre; Amazonas; Pará;
Roraima
H. simulator Bedel, 1891 Este trabalho BR: Roraima
Motonerus M. amrishi Makhan, 2009 Fikácek e Short, 2011 S: Kasikasima
M. apterus Fikáček e Short,
2006 Fikácek e Short, 2011 V: Mérida
Continua...
Continuação...
M. nublado Fikáček e Short,
2006 Fikácek e Short, 2011 V: Mérida
147
Notionotus Notionotus sp. Spangler, 1990 BR: Pará
N. dilucidus Queney, 2010 Fikácek e Short, 2011 GF.: Cascades de Fourgassié
N. edibethae, Garcia, 2000 Garcia, 2000 V: Trujillo
N. liparus, Spangler, 1972 Garcia, 2000 V: Aragua
N. lohezi Queney, 2010b Fikácek e Short, 2011 GF.: Régina, Patawa
N. perijanus Garcia, 2000 Garcia, 2000 V: Zulia
N. rosalesi, Spangler, 1972 Garcia, 2000 V: Trujillo, Táchira, Falcón,
Zulia
N. shorti Queney, 2010b Fikácek e Short, 2011 G: Mazaruni-Potaro
Omicrus O. piceus Smeatana, 1975 Smeatana, 1975 BR: Amazonas
Oocyclus O. andinus Short e García,
2010 Fikácek e Short, 2011 V: Mérida
O. bolivari Short e García,
2010 Fikácek e Short, 2011 V: Bolívar
O. coromoto Short e García,
2010 Fikácek e Short, 2011 V: Amazonas
O. floccus Short e García,
2010 Fikácek e Short, 2011 V: Bolívar
O. galbus Short e García,
2010 Fikácek e Short, 2011 V: Zulia
O. maluz Short, Greene e
Garcia 2013 Short, Greene e Garcia, 2013 V: Mérida
O. meridensis Short e García,
2010 Fikácek e Short, 2011 V: Mérida
O. miza Short, Greene e
García, 2013 Short, Greene e Garcia, 2013 V: Bolívar
O. petra Short e García, 2010 Short e Garcia, 2013 G: Essequibo
O. pico Short e García, 2010 Fikácek e Short, 2011 V: Aragua
O. pittieri Short e García,
2010 Fikácek e Short, 2011 V: Aragua
O. sapphirus Short e García,
2010 Fikácek e Short, 2011 V: Aragua
O. trio Short e Kadosoe, 2011 Short e Garcia, 2013 G: Essequibo
O. trujilloShort e García, 2010 Fikácek e Short, 2011 V: Trujillo
O. zulianus Short e García,
2010 Fikácek e Short, 2011 V: Zulia
Paracymus Paracymus. spp. Benetti e Hamada, 2003 BR: Amazonas
P. gracilis Orchymont, 1942 Este trabalho BR: Roraima
P.s P. sedatus Wooldridge, 1973 Este trabalho BR: Roraima
Phaenonotum Phaenonotum spp Spangler, 1990 BR: Pará
Phaenonotum sp.1 Este trabalho BR: Roraima
Phaenonotum sp.2 Este trabalho BR: Roraima
Phaenostoma P. stochasma Short, 2010 Short, 2010 V: Amazonas
Protistolophus P. spangleri Short, 2010 Fikácek e Short, 2011 V: Amazonas
Quadriops Q. amazonenses Garcia, 2000 Garcia, 2000 V: Amazonas
Q. amazonenses García 2000b Short e Hebauer, 2006 V: Amazonas
Sacosternum S. auribleps Fikáček e Short,
2010a Fikácek e Short, 2010 BR: Rondônia
Spahaeridium S. braziliense Henegouwe,
1986 Henegouwe, 1986 BR: Amazonas
Continua...
Continuação...
Tobochares T. sulcatus Short e Garcia,
2007 Fikácek e Short, 2011 V: Amazonas
T. sulcatus, Short e Garcia,
2007 Short e Garcia, 2007 V: Amazonas
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Tropisternus Tropisternus sp. Bertrand, 1968 BR: Amazonas
T. acaragua Bachmann, 1970 Benetti e Hamada, 2003 BR: Amazonas
T. apicipalpis Chevrolat, 1834 Este trabalho BR: Roraima
T. chalybeus Castelnau, 1840 Orchymont, 1921 BR: Amazonas
T. collaris Fabricius, 1775 Spangler, 1966; Benetti e
Hamada, 2003; Este trabalho BR: Amazonas; Roraima
T. laevis Sturm, 1826 Benetti e Hamada, 2003; Este
trabalho BR: Amazonas; Roraima
T. metallescens Orchymont,
1922 Orchymont, 1922 BR: Amazonas
T. ovalis Castelnau, 1840
Spangler, 1966;
Benetti e Hamada, 2003; Este
trabalho
BR: Amazonas; Roraima
T. sanapana Bachmann, 1970 Benetti e Hamada,
2003
BR: Amazonas
T. phyllisae Spangler e Short,
2008 Fikácek e Short, 2011 S: Krakka-Phedra Road
T. surinamensis Spangler e
Short, 2008 Fikácek e Short, 2011 S: Krakka-Phedra Road
Venezuelobium V. convexum, Garcia, 2002 Garcia, 2002 V: Apure
V. jolyi, Garcia, 2002 Garcia, 2002 V: Apure