sistema bancário português · 52€mm em setembro de 2013 é um indicador adicional do...

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Sistema Bancário Português Desenvolvimentos Recentes Última atualização: 3º trimestre 2013

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Sistema Bancário Português Desenvolvimentos Recentes

Última atualização: 3º trimestre 2013

1/14

Sistema Bancário Português – Desenvolvimentos

recentes

Sistema Bancário Português

o Estrutura de balanço

o Liquidez e financiamento

o Qualidade dos ativos

o Rendibilidade

o Solvabilidade

Indicadores Macroeconómicos e Financeiros

Últimas medidas com impacto sobre o Sistema Bancário

Sistema Bancário Português – Avaliação Global

2/14

Sistema bancário português – avaliação global

Estrutura de balanço

– Redução da carteira de crédito como principal contributo para a redução do ativo

Liquidez & financiamento

– Decréscimo consistente do rácio crédito-depósitos

– Reforço do peso dos depósitos na estrutura de financiamento

• Qualidade dos ativos

– Qualidade do crédito em carteira continua a pressionar a rendibilidade dos bancos

– Manutenção do esforço de provisionamento

• Rendibilidade

– Rendibilidade continua sob pressão

– Imparidade para crédito em níveis historicamente elevados e refletindo as condições macroeconómicas adversas

dos últimos anos, apesar dos sinais recentes de recuperação do crescimento económico

• Solvabilidade

– Níveis de solvabilidade reforçados, refletindo operações de recapitalização realizadas em 2012 e 2013, apesar da

evolução dos resultados.

A rendibilidade do sistema bancário português encontra-se sob pressão.

Os níveis de solvabilidade foram reforçados para enfrentar as adversidades do mercado.

I

II

III

IV

V

3/14

Últimas medidas com impacto sobre o sistema bancário

Tópico Instituição Últimas medidas

Enquadra-mento legal

Banco de

Portugal

• Publicação da Instrução n.º 17/2013 que revê o Regulamento da Central de Responsabilidades de

Crédito (Instrução 21/2008). Esta instrução determina o reporte de informação adicional sobre os

saldos de responsabilidades de crédito, nomeadamente, (i) a partir de janeiro de 2014, a

identificação de non-performing loans e de créditos restruturados; e (ii) a partir de julho de 2014,

informação sobre garantias concedidas pelo Estado e a identificação de créditos vencidos ou

abatidos ao ativo em litígio judicial.

4/14

Taxa de crescimento do PIB - Volume

Indicadores Macroeconómicos e Financeiros (I/IV)

Balança corrente e de capital, em percentagem do PIB

Depois de um longo período de

decréscimo continuado do produto,

no segundo e terceiro trimestres de

2013 registaram-se duas variações

em cadeia positivas. Em resultado,

ao longo de 2013 abrandou o ritmo

de contração homóloga da economia

portuguesa. Estima-se que este

comportamento se mantenha no

último trimestre do ano.

O ajustamento das contas externas

prosseguiu, e traduziu-se em

capacidade (líquida) de

financiamento da economia

portuguesa.

Nos primeiros três trimestres, a

balança corrente registou sempre um

excedente, ainda que reduzido,

estimando-se que esta evolução se

mantenha no último trimestre .

Fonte: Banco de Portugal e INE

Gráfico 2

Gráfico 1

2,3% 2,4%

1.9

-1.3

-3.2

1.1

0.2

-4

-3

-2

-1

0

1

2

3

2010 2011 2012 2013 T2 2013 T3

Em p

erc

en

tage

m

-10.6

-7.0

-2.0

1.0 0.1

1.1 1.2 2.3

2.6 2.0

-12

-10

-8

-6

-4

-2

0

2

4

6

2010 2011 2012 2013 T2 2013 T3

Em p

erc

en

tage

m d

o P

IB

Balança de capital

Balança corrente

5/14

Taxa de desemprego, em percentagem da população activa

Indicadores Macroeconómicos e Financeiros(II/IV)

Défice orçamental, em percentagem do PIB

Em 2013 a taxa de desemprego

continuou elevada, apesar de nos

trimestres mais recentes ter

decrescido ligeiramente.

Estima-se que, em 2013, a dívida

pública tenha aumentado, ainda que

menos do que em 2012.

O défice orçamental deverá reduzir-

se em 2013, prosseguindo a

consolidação estrutural das finanças

públicas.

Fonte: Banco de Portugal e INE. * Estimativa para 2013.

Gráfico 4

Gráfico 3

94 % 108 % 124% 128 %* Assets /GDP Dívida Pública

(% do PIB)

-9.8

-4.3

-6.4 -5.9

-12

-10

-8

-6

-4

-2

0

2010 2011 2012 2013*

Em p

erc

en

tage

m

11.8 12.7

15.7 16.6

15.7

0

2

4

6

8

10

12

14

16

18

2010 2011 2012 2013 T2 2013 T3

Em p

erc

en

tage

m

6/14

Capacidade (+) ou necessidade (-) de financiamento das

sociedades não financeiras, em percentagem do PIB

Indicadores Macroeconómicos e Financeiros(III/IV)

Capacidade (+) ou necessidade (-) de financiamento dos

particulares, em percentagem do PIB

O elevado endividamento das

sociedades não financeiras está a

corrigir-se de forma gradual. Todavia,

o grau de alavancagem financeira

permanece elevado.

No primeiro semestre de 2013,

prosseguiu a correção gradual dos

desequilíbrios no balanço dos

particulares.

O aumento da capacidade de

financiamento dos particulares fez

com que prosseguisse a amortização

líquida de dívida deste setor.

Fonte: Banco de Portugal. (1) Valores de junho 2013. * Valor anual terminado no semestre.

Gráfico 6

Gráfico 5

137 % 140% 143 % 144 % (1) DP Dívida das Sociedades

(% do PIB)

102 % 101 % 100 % 98 %(1) DP Dívida dos Particulares

(% do PIB)

-6.9

-5.6

-3.6

-2.4

-8

-6

-4

-2

0

2010 2011 2012 S1* 2013

Em p

erc

en

tage

m

4.5 4.6

6.6 7.8

0

2

4

6

8

10

2010 2011 2012 S1* 2013

Em p

erc

en

tage

m

7/14

Taxas de rendibilidade de dívida pública a 10 anos

Indicadores Macroeconómicos e Financeiros(IV/IV)

Euribor e taxa de juro do BCE

Até meados de 2013, prosseguiu a

tendência de descida de yields

soberanas portuguesas, em linha

com as yields dos restantes países

sob pressão. A partir do verão, num

contexto de tensões institucionais

internas, foi interrompida a tendência

de descida e a volatilidade

aumentou.

As taxas de juro interbancárias

permaneceram relativamente

estáveis em 2013, e mantiveram-se

inferiores à taxa das operações

principais de refinanciamento do

Eurosistema * .

* a taxa de refinanciamento de operações principais do BCE voltou a

descer em novembro de 2013

Fonte: Bloomberg, BCE

Gráfico 7

Gráfico 8

0%

5%

10%

15%

20%

25%

30%

35%

40%

Dez-09 Mar-10 Jun-10 Set-10 Dez-10 Mar-11 Jun-11 Set-11 Dez-11 Mar-12 Jun-12 Set-12 Dez-12 Mar-13 Jun-13 Set-13

Portugal

Espanha

Grécia

Itália

Alemanha

0.0%

0.5%

1.0%

1.5%

2.0%

Dez-09 Mar-10 Jun-10 Set-10 Dez-10 Mar-11 Jun-11 Set-11 Dez-11 Mar-12 Jun-12 Set-12 Dez-12 Mar-13 Jun-13 Set-13

Euribor 3M

Euribor 6M

Taxa de operações principais de refinanciamento do BCE

8/14

532 513 496 478 461

0

100

200

300

400

500

600

2010 2011 2012 2T 2013 3T 2013

€ m

M

Outros ativos

Aplicações em outras instituições de crédito Instrumentos de capital

Instrumentos de dívida

Crédito

3,1 3,0 3,0 2,9 2,8 Ativos / PIB

Estrutura de financiamento bancário (€mM) – Valor em final do período

Ativos (€mM) – Valor em final do período

Fonte: Banco de Portugal

Gráfico 10

364

A evolução do balanço do sistema

bancário português reflete a

desalavancagem em curso.

Entre o final de 2010 e setembro

de 2013, a carteira de crédito

(líquido) decresceu mais de 13%,

em resultado de amortizações

líquidas e deterioração da qualidade

do crédito em carteira.

A estrutura de financiamento do

sistema bancário tem-se ajustado, e

é atualmente constituída por uma

maior proporção de fontes de

financiamento mais estáveis,

nomeadamente depósitos.

A diminuição do peso da dívida

emitida no financiamento do sistema

bancário reflete, entre outros

aspetos, a fragmentação do

mercado europeu. 231

89

SISTEMA BANCÁRIO PORTUGUÊS

I. Estrutura de balanço

Gráfico 9

532 513 496 478 461

0

100

200

300

400

500

600

2010 2011 2012 2T 2013 3T 2013

€ m

M

Capital e outros

Recursos de Bancos Centrais Mercado interbancário

Títulos

Depósitos

9/14

Rácio crédito-depósitos (%) - Valor em final de período

Recursos de Bancos Centrais (€mM) – Valor em final de período

II. Liquidez e Financiamento (I/II)

Fonte: Banco de Portugal

Gráfico 11

Gráfico 12

43

Depois de um aumento

significativo até 2012, ano em que

atingiu o máximo, o recurso a

financiamento do Eurosistema

manteve-se globalmente estável. No

entanto, em setembro de 2013, este

valor foi superior ao dos dois

primeiros trimestres do ano.

A redução no rácio de

transformação resulta sobretudo da

redução do crédito concedido, dado

que os depósitos, em termos

homólogos, permaneceram

globalmente estáveis.

49.2 50.7

56.2

53.2

55.4

44

46

48

50

52

54

56

58

2010 2011 2012 2T 2013 3T 2013

€ m

M

158 140

128 123 121

0

50

100

150

200

2010 2011 2012 2T 2013 3T 2013

Em p

erce

nta

gem

10/14

133

98

70

57 52

0

20

40

60

80

100

120

140

160

2010 2011 2012 2T 2013 3T 2013

€ m

M

Gaps de liquidez em escalas cumulativas de maturidade - Valor em final de período

Gap comercial (€mM) - Valor em final de período

II. Liquidez e Financiamento (II/II)

Fonte: Banco de Portugal

Gráfico 13

Gráfico 14

-61%

A redução do gap comercial para

52€mM em setembro de 2013 é um

indicador adicional do ajustamento

estrutural do setor bancário.

Os gaps de liquidez melhoraram

desde 2012 (inclusive) e

permaneceram globalmente estáveis

entre o 2º e o 3º trimestres de 2013.

-3.9 -2.8

5.0 6.5 6.6

-7.3 -6.3

2.2

5.0 5.2

-11.5 -9.6

-0.3

1.9 2.0

-15

-10

-5

0

5

10

2010 2011 2012 2T 2013 3T 2013

Em p

erce

nta

gem

Até 3 meses

Até 6 meses

Até 1 ano

11/14

3.2

4.2

5.5 5.9 6.1

0

1

2

3

4

5

6

7

2010 2011 2012 2T 2013 3T 2013

Em p

erce

nta

gem

Imparidades para crédito em % do crédito bruto - Valor em final de período

Rácio de crédito em risco (% do crédito bruto) - Valor em final de período

III. Qualidade dos ativos

Fonte: Banco de Portugal

Gráfico 15

Gráfico 16

283 pb

A deterioração dos indicadores de

qualidade do ativo é indissociável do

agravamento das condições

macroeconómicas em que o sistema

bancário tem operado nos últimos anos,

repercutindo a redução da atividade

económica e do rendimento disponível. Os

sinais de melhoria da conjuntura

macroeconómica do 2º e 3º trimestres de

2013, que se extrapolam para o 4º trimestre,

são ainda insuficientes para inverter a

tendência de agravamento do rácio de

crédito em risco.

O rácio crédito em risco aumentou

significativamente em termos agregados,

passando de 5% em dezembro de 2010 para

11% em setembro de 2013. Esta evolução

resulta sobretudo dos desenvolvimentos das

sociedades não financeiras.

As imparidades associadas ao crédito têm

aumentado, refletindo o esforço de

manutenção dos níveis de cobertura do risco

de crédito.

6

10

14 15

17

10 12

16 17 18

4

6 6 6 6

0

5

10

15

20

2010 2011 2012 2T 2013 3T 2013

Em p

erce

nta

gem

Empresas não financeiras

Consumo e outros

Habitação

Total

12/14

-69.7

-57.6

-3.2

53.1

34.8

12.1

-160.0

-110.0

-60.0

-10.0

40.0

90.0

140.0

2010 2011 2012 2T 2013 3T 2013

Em p

erce

nta

gem

Outras operações financeiras Comissões

Margem financeira

Outros custos

Imparidades

Custos operacionais

7.7

-6.3 -5.5

-8.4 -7.8

0.5

-0.4 -0.3

-0.5 -0.5

-1.0

-0.8

-0.6

-0.4

-0.2

0.0

0.2

0.4

0.6

-10

-5

0

5

10

2010 2011 2012 2T 2013 3T 2013

Em p

erce

nta

gem

Em p

erce

nta

gem

Rendibilidade dos Capitais Próprios (ROE)

Rendibilidade dos Ativos (ROA) - esc.direita

Custos e Proveitos em % do produto bancário - Valor em final de período

ROA e ROE - Valor em final de período

IV. Rendibilidade (I/II)

Fonte: Banco de Portugal

Gráfico 17

0,42%

-53%

56%

27%

14 13 13 5 7 Produto bancário

(€ mM)

Desde 2011, os resultados

permanecem em valores negativos

devido ao comportamento da

margem financeira e, em particular,

ao aumento expressivo dos níveis de

imparidades totais.

A margem financeira deverá

continuar sob pressão num contexto

de taxas de juro muito baixas, baixos

volumes de concessão de novo

crédito e deterioração da qualidade

dos ativos.

Gráfico 18

13/14

0

1

2

3

4

5

6

7

2010 2011 2012 2T 2013 3T 2013

Em p

erce

nta

gem

Empréstimos a empresas não financeiras

Empréstimos a particulares à habitação

Depósitos de empresas não financeiras

Depósitos de particulares

IV. Rendibilidade (II/II)

Fonte: Banco de Portugal

3,5 1,8

8,0

Cost-to-Income (%) , Custos operacionais (€mM) - Valor em final de período

Gráfico 19

Taxas de juro bancárias (novas operações) - Valor médio do período

Gráfico 20

O agravamento do rácio cost-to-

income deve-se sobretudo à

contração do produto bancário.

A redução dos custos operacionais

não acompanhou o ritmo de redução

das receitas bancárias, apesar dos

programas de reestruturação de

negócio em curso em alguns dos

maiores bancos do sistema.

A remuneração dos novos

depósitos tem vindo a diminuir desde

2011, enquanto as taxas de juro para

novos empréstimos se mantêm

elevadas, contribuindo positivamente

para a margem financeira.

58 61 59

69 70

0

10

20

30

40

50

60

70

80

0

2

4

6

8

10

2010 2011 2012 2T 2013 3T 2013

Em p

erce

nta

gem

€ m

M Custos

operacionais

Cost-to-Income

14/14

8.1 9.6

11.5 11.9 12.2

0

2

4

6

8

10

12

14

2010 2011 2012 2T 2013 3T 2013

Em p

erce

nta

gem

4.5 5.2

6.7 6.9 7.2

0

1

2

3

4

5

6

7

8

2010 2011 2012 2T 2013 3T 2013

Em p

erce

nta

gem

Capital Core Tier 1 sobre total dos Ativos - Valor em final de período

V. Solvabilidade

Rácio Core Tier 1 – Valor em final de período

Fonte: Banco de Portugal

Gráfico 21

Gráfico 22

269 pb

11,1 % 10,7 % 12,6 % 13,1 % 13,4 % Rácio de

solvabilidade total

Em 2012 e 2013, o reforço dos

níveis de solvabilidade resultou de

operações de recapitalização com

recurso a investidores privados e

públicos.

O capital Core Tier 1 representa

cerca de 7% dos ativos totais e

permaneceu relativamente estável

em 2013.

O rácio Core Tier 1 é superior ao

mínimo regulamentar de 10%

requerido pelo Banco de Portugal

desde 2012 (9% em 2011).

Sistema Bancário Português Desenvolvimentos Recentes

Última atualização: 3º trimestre 2013