seleta do i encontro sergipano de escritores

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OrganizaçãoDomingos Pascoal de Melo

Aracaju-SEInfographics Gráfica e Editora

2013

Copyright 2013 by Editora Perfil

Capa Isaias Marinho

Diagramação Joselito Miranda de Souza

Revisão Professor Vasko

ImpressãoInfographics Gráfica e Editora

Todos os direitos desta edição ficam reservados aos autores e à organização. Proibida a reprodução total ou parcial, por qualquer meio ou processo, com finalidade de comercialização ou aproveitamento de lucro ou vantagens, com observância da Lei de regência. Poderá ser reproduzido texto, entre aspas, desde que haja clara menção do nome do autor, título da obra, edição e paginação. A violação dos direitos do autor (Lei nº 9.610/98) é crime estabelecido pelo artigo 184 do Código Penal.

Printed in Brazil / Impresso no Brasil

Ficha Catalográfica

Av. Edézio Vieira de Melo, 480 - São José49052-240 - Aracaju/SE - Tels.: (79) 3214-3031 / 3302-5285

Melo, Domingos Pascoal (org)M528s Seleta do I Encontro Sergipano de Escritores / Domingos Pascoal Melo... (et al) Aracaju/SE : Infographics Gráfica e Editora, 2013.

186 p. : il; 21 cm.

ISBN – 978.85672115.006

1. Literatura brasileira. 2. Contos. 3. Poesia. 4. BiografiaTítulo

CDU: 821.134.3(81)-34

[ 5 ]

Coletânea do I Encontro Sergipano de Escritores

Índice

Apresentação .......................................................................................... 9

Sobre o I Encontro Sergipano de Escritores .................................... 13

Prefácio ...................................................................................................15

Introdução ............................................................................................. 19

ACÁCIO SOUTO O homem que superou cancão de fogo ................................................... 23

ADAIL VILELA DE ALMEIDA Balada para Del ............................................................................................ 27

ANA MARIA PITANGUEIRA Por Que Será? ............................................................................................... 29

ANDRÉ LUIZ LACÉ LOPES Ubi bene, ibi patria ...................................................................................... 31

ANTENOR AGUIAR O valor da contação de histórias ............................................................... 37

ANTONIO FRANCISCO DE JESUS Em busca de patrocínio .............................................................................. 41

ANTONIO MARTINS BEZERRA Riachuelo Futebol Clube ............................................................................ 47

ARIONALDO MOURA SANTOS Uma proposta metodológica para o ensino público ............................. 49


[ 6 ]

CARLOS CONRADO A respiração do Deus – Universo ..............................................................53

CRIS SOUZA A estrela de Natal ......................................................................................... 55

DEIVSON ROBERTO COSTA SOUZA Natureza ........................................................................................................ 59

DIRCE RODRIGUES DA COSTA NASCIMENTO Vergonha, da vergonha alheia ................................................................... 61

DOMINGOS PASCOAL DE MELO CACESE: um símbolo de união ................................................................ 65

EDILDE DA CONCEIÇÃO CANDIDO Não somos .................................................................................................... 69

EDIVAN SANTOS Quando a loucura salva a arte ................................................................... 71

EVANILSON OLIVEIRA DE SANTANA A resposta da vida ....................................................................................... 75

FRANCISCO PAULO MONTEIRO Notícias de Aracaju ..................................................................................... 77

FRANCISCO SOUSA DA COSTA O funeral da vida ......................................................................................... 79

GEANE AGUIAR Encontro........................................................................................................ 81

GLAUCIA PAMELA DE JESUS SILVA Testamento de um poeta virgem .............................................................. 83

GUSTAVO ARAGÃO CARDOSO Canção do sergipano .................................................................................. 85 Brincando com palavras ............................................................................. 89

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HERMÍNIO SARGENTIM Beija-flor ....................................................................................................... 89

INEZ RESENDE DE JESUS Os olhos verdes de Malika ......................................................................... 91

ISABEL CRISTINA RODRIGUES ANDRADE Os óculos escuros ........................................................................................ 95

ISMAEL PEREIRA AZEVEDO Sargento Zacarias, a fibra de herói ............................................................ 97

JAMISSON LINHARES Diva guerreira ............................................................................................ 103

JOANA MELO OLIVEIRA Ser pai .......................................................................................................... 107

JOÃO FREIRE AMADO Família de roda .......................................................................................... 109

JOSÉ ADILSON DE FREITAS Eu e a Educação ......................................................................................... 115

JOSÉ LIMA SANTANA Aos irmãos da África do Sul que lutaram pela liberdade .................... 119

JOSÉ ORLANDO DOS SANTOS Criticado por pensar ..................................................................................121

JOSÉ RIVADÁLVIO LIMA História abandonada .................................................................................125

JOSELITO MIRANDA DE SOUZA Ela ................................................................................................................ 129

LEUNIRA BATISTA SANTOS SOUSA Vida, vida .................................................................................................... 135


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LUCAS LAMONIER SILVA SANTOS Sem paciência para infantilidade ............................................................ 137

LUZIA MARIA DA COSTA NASCIMENTO Um perfil da mulher brasileira ................................................................ 139

MARTHA ANDRADE HORA MENDONÇA Eterna presença ..........................................................................................145

PROF. VASKO Avareza ........................................................................................................ 147 Homenagem à mulher .............................................................................. 149

RONALDO PEREIRA DE LIMA As lavadeiras .............................................................................................. 151

RUSEL MARCOS BARROSO Nossa língua tão portuguesa ....................................................................155

SALETE C. NASCIMENTO Paixão pela poesia ..................................................................................... 161

SANDRA MARIA NATIVIDADE Sono letárgico ............................................................................................ 163

JOSÉ SERGIVAL DA SILVA O arauto do sobrado ................................................................................. 167

TÂNIA CRISTINA CARDOSO DE GOIS Um caminho, algumas leituras! .............................................................. 171

TELMA COSTA Catadores de lixo ....................................................................................... 175

THOMÉ DANTAS A origem da beleza .................................................................................... 179

VÍRMAN A justiça tem endereço ............................................................................. 181

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Apresentação

“Deus quer, o homem sonha e a obra nasce.” (Fernando Pessoa)

Senhoras e senhores, é com imenso prazer que anunciamos a seleta de textos de autores sergipanos, resultante do I Encontro Sergipano de Escritores.

Este evento foi uma realização da Infographics Gráfica e Editora, Revista Perfil e da Academia Sergipana de Letras, contando com o valoroso apoio cultural do Instituto Banese, do Museu da Gente Sergipana, do Ibep e da Companhia Editora Nacional, além da imprensa sergipana tão solícita, quando acionada para a divulgação do evento.

Agradecemos a participação de todos os escritores que cederam gentilmente suas obras para a composição desta.

Estamos aqui movidos pela ideia e pela ação. Eis o momento em que somos chamados pela palavra, tomados de sensibilidade, no intuito de semear o amor pela cultura sergipana.

Cantamos, nesta obra, novas auroras, com excelsos cânticos e embalamos os homens sábios, plenos de palavras, em rede perene de sentidos.

Despertamos – em verde, amarelo, azul e branco – nossos


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olhos, que vislumbram novos tempos; verdadeiras estrelas que no céu se transformarão.

O I Encontro Sergipano de Escritores teve como objetivo maior, congregar saberes e experiências, no intuito de refletir e estimular aqueles que já atuam ou os que desejam atuar no âmbito da escrita, seja publicando, seja vendendo livros.

Teve também o interesse de transformar ideias em ações concretas, bem como promover oportunidades, debater os problemas existentes, atender necessidades e satisfazer desejos.

Sentimos a necessidade de cristalizar nossa cultura no espaço e no tempo.

Sergipe foi, é, e sempre será, um centro morigerado de talentos. Inúmeros são os referenciais de nossa cultura que influenciaram significativamente a cultura brasileira, a exemplo de Tobias Barreto, Silvio Romero, Clodomir Silva, João Ribeiro, José Silvério Leite Fontes, Núbia Marques, Hermes Fontes, Epifânio Dória, Luiz Antônio Barreto, Santo Souza, dentre tantos outros que se firmaram no rol dos ilustres e maiores pensadores sergipanos.

Diante da efervescência cultural em que vivemos, com a expressiva quantidade de obras escritas e produzidas em nosso Estado, sentimos a necessidade de compilar e registrar textos diversos no intuito de promover uma ação de solidariedade e humanização por meio da leitura e da escrita, cujo elemento fundador é a palavra.

Gostaríamos, pois, de agradecer a participação e o apoio de todos e esperamos que esta ideia floresça e que, a cada ano, ganhe mais visibilidade. Que esta seja apenas a primeira edição de uma interminável série.

Valorizemos nossa cultura em todas as suas vertentes, para que possamos fortalecê-la. É preciso congregar o erudito

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ao popular e às nossas riquezas culturais. É preciso conhecê-la, para que possamos reconhecê-la e valorizá-la. Sintamos orgulho de nossos valores. Não temamos de nos identificar sergipanos, pois o somos com toda a alegria e sapiência que nos são peculiares.

Viva a literatura sergipana! Vivam todas as manifestações culturais de nosso povo! “Dare lumen terrae per culturam.” (Dar luz à terra através da cultura).

Adail VilelaDomingos Pascoal de MeloFrancisco das Chagas Vasconcelos (Prof. Vasko)Gustavo Aragão CardosoIlmara Cristina SouzaKarina Araújo Dias Meireles.

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Sobre o I Encontro Sergipano de Escritores

Profª. Lygia Prudente Maynard Vieira*

O ineditismo do I ENCONTRO SERGIPANO DE ESCRITORES rompe o distanciamento da Academia Sergipana de Letras que, até então, mantinha-se

numa redoma, inatingível aos olhos e anseios daqueles que, amadoristicamente, exercitam a escrita.

Surpreendentemente, o auditório do Museu da Gente Sergipana esteve lotado, numa demonstração, clara e inequívoca, do interesse das pessoas.

Ficamos a imaginar quantas daquelas ali presentes não teriam contribuição a dar à Cultura e, mais especificamente, às Letras no nosso Estado, com “ideias engavetadas” como bem foi dito numa das falas.

A partir do ENCONTRO, começamos a engatinhar em direção à popularização dos espaços literários e avocar das pessoas comuns os talentos, tão comodamente guardados, enriquecendo, assim, culturalmente, o nosso Sergipe.

Sabemos da tradição que permeia o cotidiano das Academias de Letras, e as admiramos pelo ritual preservado ao longo dos anos, mas, na luta por uma educação mais dignificante, o caminho deve ser o de sair em busca de novas possibilidades, o


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que acontecerá, por certo, com a promoção de eventos como o que ora vivenciamos.

Naturalmente, parcerias com educadores devem ser estabelecidas, considerando que as escolas são celeiros das fantasias juvenis, fonte inesgotável de romantismo, dramaticidade e aventuras; alicerce indiscutível da literatura.

Parabéns à Academia Sergipana de Letras pela iniciativa, mais de perto ao Acadêmico Domingos Pascoal e aos Profs. Gustavo e Vasko pela organização.

Com acendrado orgulho, digo: Minha Terra é Sergipe!”

* Profª. Lygia Prudente, matéria postada originalmente na página do Facebook/Minha Terra é Sergipe, no dia 07 de dezembro de 2012, um dia após a realização do I Encontro de Escritores Sergipanos.

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Prefácio

“Libros paucos legere utilius, quam multos habere”. É mais proveitoso ler poucos livros do que ter muitos.

Quando instado pelo dileto amigo, Domingos Pascoal, ora à testa da II Bienal do Livro de Itabaiana (SE), a exordiar esta monumental e histórica obra literária;

sentimentos opostos entrechocaram-se dentro do meu ser: ufania, desvanecimento e, sobretudo, impotência, diante do honroso, mas difícil, mister.

Como iniciaria, como desenvolveria, como terminaria?Após refletir profundamente, luzes divinas me nortearam

a iniciar como iniciei. Se me permitem um pretensamente jocoso trocadilho, posso dizer que mal comecei, mas creio já haver começado bem.

Todos sabemos que o termo “comunicar” advém de “communicare” que pode ser traduzido por: compartilhar, tornar comum, aquilo que se pensa.

A comunicação constitui, pois, elemento extremamente essencial para o viver em sociedade, até mesmo entre os irracionais.

Como não poderia ser diferente, a nossa espécie exercita a comunicação, desde as mais priscas eras, desde os primórdios,


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desde o primeiro átimo de existência em comunidade. Afinal, “o homem é um animal social”, como já prelecionava, em sua quadra, o mais famoso estagirita.

Inicialmente, a comunicação se limitava a pantomima e grunhidos. Estes, com o passar do tempo, foram se aprimorando até o balbuciar de toscas palavras que, paulatinamente, ganharam nitidez: processo idêntico ao do recém-nascido.

Assim, as primeiras civilizações eram completamente ágrafas. O advento da escrita constituiu-se, indubitavelmente, no biombo mais significativo para a história dos povos.

Praticamente indecifráveis, os primeiros hieróglifos foram cedendo lugar aos bem mais entendíveis ideogramas, até inventarmos o alfabeto. Agora, com poucos símbolos, graças aos fenícios (ou sumérios?), podemos escrever e decodificar tudo o que desejamos.

Mas, apenas escrever ainda não era tudo para a perfeita transmissão dos nossos pensamentos. Sabemos, e muito bem, que um texto elaborado ao arrepio da norma culta pode induzir a equívocos hermenêuticos de efeitos que vão de simplesmente lamentáveis a dantescamente trágicos.

Surgiu a Gramática e seus rígidos cânones. Agora sim. Se “uma imagem vale por mil palavras”; estas, quando bem articuladas, podem definir com cirúrgica exatidão aquela.

Entrementes, inócuo seria criar normas sem guardiões de sua observância. Que destino estaria reservado ao idioma que prescindisse de intransigentes cérberos, para protegê-lo contra a natural e compreensível incúria dos seus usuários?

Daí os gramáticos, os escritores, as academias de letras que democrática e espontaneamente exsurgem em todo o país, sem necessidade de vênia e a despeito dos óbices estranhamente interpostos por setores que se dizem “elitizados”; como se as

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letras não passassem de um feudo oligárquico.A montante dessa perversa corrente, acadêmicos,

escritores (consagrados ou incipientes) e demais acrisoladores do nosso idioma, sob o patronato financeiro de abnegados mecenas, e impulsionados pelo mais lídimo patriotismo, soem promover, a cada dois anos, aqui e alhures, as já conhecidas Bienais do Livro: eventos que colimam a mais ampla e irrestrita popularização da nossa literatura. As marcas registradas desses empreendimentos são: acolher com linearidade e não turibular ícones.

É o que estamos a vivenciar neste triduano evento que tem a hospitaleira cidade de Itabaiana (SE) como anfitrioa.

O analecto cujos prolegômenos me ufano de exarar é, insofismavelmente, a mais clara prova da universalidade, da pluralidade e do amor que devemos nutrir pelo vernáculo e, consequentemente, pela nossa cultura.

Minhas justas homenagens, pois, aos organizadores e apoiadores do bem urdido mosaico literário, ao tempo em que almejo aos leitores o mais edênico deleite e proveito.

Prof. Vasko Aposentado do BB, advogado, jornalista, radialista e palestrante.Cadeira nº 13 do MAC da Academia Sergipana de Letras. Cadeira nº 07 da

Academia Gloriense de Letras. Membro da Associação Sergipana de Imprensa – ASI. Membro da Associação Cearense de Escritores – ACE.

Apresentou o programa “Educação & Cultura” na TV Cidade, em Aracaju (SE). Apresenta o programa “Correio do Sertão” na FM Sertaneja, em Feira Nova (SE).

Lecionou: Língua Portuguesa, Matemática, Direito e Latim.Revisou as seguintes obras: Caminhadas, de Cezar Britto (sic); e

Experimente Mudar, de Domingos Pascoal.Pós-graduado em: Administração de Empresas; Didática do Ensino

Superior; Gestão Escolar; Língua Portuguesa.

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Introdução

O que é uma ideia?

Ideia é a mãe de todas as realizações humanas. Nada acontece, sem antes passar pela fase mater da imaginação. Isso, já falava Platão, há 2.400 anos. Seguramente é uma verdade inabalável: tudo nasce de

uma ideia. Este livro que estamos a ler não fugiu à regra. Ele foi imaginado primeiro por Antônio Luiz que, certo dia, manifestou para mim a vontade de fazer algo em prol dos escritores sergipanos que publicavam livros pela Infographics Gráfica e Editora, empresa da qual é diretor.

A proposta foi logo incorporada pela Revista Perfil, através de seu diretor Honorino Junior; pela Academia Sergipana de Letras, na pessoa de seu Presidente, Dr. José Anderson Nascimento; pelo Instituto Banese, através de seu superintendente, Dr. Ézio Déda; e, com isso, a centelha do pensamento incendiou o nosso sonho.

A inquietação se encarregou de buscar, potencializar e expandir aquela ideia que, mesmo pequena no nascedouro, tornou-se maior, mais inclusiva e agregadora, arregimentando mais pessoas que também acreditaram na proposta: Poeta Adail Vilela, Acadêmico Domingos Pascoal, Professor Gustavo


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Aragão, Karina Dias, Jornalista Ilmara Cristina Souza, Acadêmico Prof. Vasko que, juntos, perseguiram e conseguiram objetivos sempre maiores e melhores para a nossa cultura literária e educacional.

E assim, totalmente patrocinado pela Infographics, aconteceu o 1º. Encontro Sergipano de Escritores, evento inédito e pioneiro em nosso Estado, que reuniu, no dia 06 de dezembro de 2012, no Museu da Gente Sergipana, durante oito horas, cerca de 500 pessoas voltadas para as letras, a produção literária e para a cultura de Sergipe: escritores, professores, jornalistas e, sobretudo, sonhadores, interessados em concretizar ideias engavetadas por anos ou até décadas.

Com muita propriedade, assim se manifestou a ilustre Profª. Lygia Prudente num simpático e autêntico comentário publicado na página do “Minha Terra é Sergipe”, em 07 de dezembro de 2012, dia posterior ao citado evento:

.............................................................................................................

“Surpreendentemente, o auditório do Museu da Gente Sergipana esteve lotado numa demonstração, clara e

inequívoca, do interesse das pessoas. Ficamos a imaginar quantas daquelas ali presentes não teriam contribuição a dar à Cultura e mais especificamente, às Letras no nosso

Estado, com “ideias engavetadas” como bem foi dito numa das falas!”

.............................................................................................................

Por estas e por outras razões, somente as coisas feitas com amor e dedicação se explicam.

O Encontro foi revestido de um sucesso ímpar e produziu

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excelentes frutos; pois, naquela oportunidade, foi criada, ali mesmo, a Academia Tobiense de Letras.

Além disso, foi lançada a ideia da construção e entronização de uma escultura, em tamanho natural, da pioneira e maior historiadora de Sergipe, Acadêmica Maria Thetis Nunes, num banco de praça, em Itabaiana, sua cidade natal.

Ali também floresceu a ideia de criação da Associação dos Escritores Sergipanos e a presente antologia do 1º Encontro Sergipano de Escritores.

Se nada mais tivesse acontecido naquela oportunidade, já estaria por demais justificada a sua realização.

Porém, muitas outras coisas boas aconteceram para a cultura literária de Sergipe.

Ouso afirmar que a história do Escritor Sergipano está dividida em dois momentos: antes e depois daquele 1º Encontro.

Ideia que acho fundamentada noutra colocação da citada e emérita Profª. Lygia Prudente:

.............................................................................................................

“A partir do ENCONTRO, começamos a engatinhar em direção à popularização dos espaços literários e, assim,

avocar, das pessoas comuns, os talentos, tão comodamente guardados, enriquecendo culturalmente nosso Sergipe”.

.............................................................................................................

Que bênção! Que recompensa! Estamos felizes e agradecidos por nos ter sido dada a oportunidade de participar de todos esses eventos. Mas, os efeitos da ideia não pararam por aí. Como já dito, se potencializaram, cresceram e estamos às portas da II Bienal do Livro que acontecerá em Itabaiana nos


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dias 17, 18 e 19 de outubro de 2013. Trata-se de outro evento, também patrocinado pela

Infographics e organizado por três jovens líderes, empresários da comunicação: Honorino Junior, da Revista Perfil; Carlos Eloi, da Rádio 93.1 FM Itabaiana; e Jamisson Machado, da Itnet; e que, sem dúvida, marcará a historiografia deste Estado, como o maior acontecimento lítero-cultural de Sergipe.

Avante! As ideias estão nascendo a todo momento e a nós compete aproveitá-las, colocando ação apropriada em sua implementação e execução.

Nada mais lamentável do que deixar uma ideia morrer à míngua de uma ação!

Acadêmico Domingos Pascoal de MeloOrganizador da Coletânea.

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JOSElITO mIRANDA DE SOuzANascido na cidade de São Paulo e radicado em Aracaju

desde 2009.Apaixonado pelas artes está envolvido com fotografia e artes

gráficas há mais de 20 anos. Participou de diversas exposições e concursos de fotos. Atualmente é editor gráfico, onde produz livros e revistas.

Já escreveu mais de mil poemas, todos inéditos. Vê nesta coletânea a oportunidade em mostrar um pouco de sua sensibilidade poética.

ElaI... antes mesmoque soubesse seu nome,sua presençavagava entre a curiosidadee o infinito.


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... antes mesmoque a conhecesse,a criei na minha fantasiae no meu sonhoesculpi a sua imagem.

Hoje,antes mesmo que venha,sinto a sua essência vir primeiro.Antes mesmo da sua chegadapressinto um frio misteriosopor onde passeiam meus anseios.

Hoje,só sei que hoje,mesmo depois de a conhecer,seu nome esua imagemflutuam de mãos dadas comigono espaço longiguo da minha saudade.

II

Hoje te recomponho poucoa poucodo que me restou edo que ainda não sei

Te faço um anjodas vestes brancas desejadasdos sorrisos que não recebi edos desejos ainda guardados.

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Antes mesmo de te saberte fiz pequenina,muito mais menina,entre meus sonho juvenis.

E neles tu és a bela,o descansopor onde viajo tranquilo.

Neles sou apenas a criançaem busca do teu calor,onde deitoe sonho manso.

Antes mesmo de te saber,te recompus pouco a pouco...Devagar te fizentre meus dedos...e tenho medoque deles venhas escapar

III

... antes que soubesse tua voz,tua vozjá caminhava mil anosem minha alma

... mesmo antes queteu sorriso se fizesse,teu sorriso se fezantes de uma era


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O azul dos teus olhosmuito mais azuljá era realidade,mesmo antes de tua chegada.

Hoje,és o sonho realsempre foste antes que te soubesse

Hoje,talvez sejas a inalcançável,a obra prima por terminar,por ter nos braçosterno abraço.E quem sabe num longo beijo voarnum céu azul,muito mais azul,que o azul do teu olhar

IV

Antes de formar tua imagem,teus gestosjá eram presentes e neles divagava feito criança.

Antes que fosses realte imaginava...e teus fragmentosse faziam entre o espantoe a solidão.

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Juntar peça a peça.te recompor,pouco a pouco,formar dos estilhaços em minha mentea persona dos sonhos.

Hoje olho o espelho.Sei que existe e no meu coração te formasinteira,ideal.

Hoje sei...És viva!Morando em meus pensamentose desejosTú és a bela onde passeio,minha felicidade.

Te recompus.

[ 185 ]


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