secretaria de estado da saÚde de sÃo paulo · educativos sobre o assunto e assessoria a diversas...
TRANSCRIPT
SECRETARIA DE ESTADO DA SAÚDE DE SÃO PAULO
2
O Tabaco
O tabaco é originário de América, tem origem da plantaNicotiana Tabacum, arbusto de folhas verdes grandes, texturaaveludada e pegajosa com sabor amargo, suas flores sãobrancas, amarelas e violetas.
É utilizada na agricultura como inseticida,
Na industria química como fonte de ácido nicotínico.
Para a indústria de tabaco é a matéria prima., pela qual setem aumentado o cultivo, chegando a ser uma das principaisfontes de renda para alguns países.
Tabagismo
Tabaco: é uma erva que o ser humano vem utilizando por
processo inalatório há mais de 300 anos.
Tabagismo: é o ato de inalar e exalar a fumaça do tabaco.
é considerado como doença e classificado pelo CID 10 como F 17
Tabagismo Passivo: é o processo de respirar a fumaça de segunda
mão, isto é, inalar involuntariamente a fumaça do ambiente
PTA: Poluição Tabágica Ambiental é a fumaça do tabaco liberada
para o ambiente e que as pessoas inalam involuntariamente .
Responsável por inúmeros riscos à saúde e diversos outros danos ao meio ambiente, à
economia e a sociedade de uma maneira geral;
Problema multifacetado, exigindo portanto atuação multidisciplinar, transetorial,
multiprofissional;
Principal fator de risco no desenvolvimento de doenças cardíacas e neoplasias;
Principal fator isolado de adoecimento e morte no mundo;
Dimensionando o problema Tabagismo
-
-
6 milhões óbítos/ano *
95% ca pulmonar, 85% DPOC
25% doenças cerebrovasculares
+ MORTES EM TODO MUNDO DO QUE A SOMA DAS CAUSADAS POR AIDS,
TUBERCULOSE, MORTALIDADE MATERNA, ACIDENTES COM VEÍCULOS
MOTORIZADOS, SUICÍDIOS E HOMICÍCIOS.
1- Um desafio mundialDCNTs : Um desafio mundial
DCNT
TabagismoAlimentação
inadequada
Inatividade
física
Consumo
abusivo de
álcool
Doenças
Cardiovasculares
Câncer
Diabetes
Doenças
Respiratórias
Crônicas
Fatores de Risco
Sucessos: a queda das doenças cardiovasculares e das doenças respiratórias crônicas
O enfrentamento do tabagismo.
1989 – 32%
2011 – 14,8%
3 - SucessosDCNTs : Cenário no Brasil
Tabaco no Brasil
Brasil é o 2º maior produtor mundial e maior exportador de
folhas (desde 93) e a produção vem aumentando ;
O aumento na produção está diretamente ligado às mudanças
ocorridas no mercado externo – redução em alguns países.
A cadeia produtiva emprega cerca de 2,4 milhões agricultores
familiares
> 90% da produção de fumo provêm da agricultura familiar
MDA (2011),
Cerca de 85% da produção de fumo brasileira é exportada
gerando uma renda média anual de US$ 1,1 bilhão
Metas do desenvolvimento do milênio
1. Erradicar a extrema pobreza e a fome;
2. Alcançar uma educação básica universal;
3. Promover igualdade de gênero e empoderamento da mulher;
4. Reduzir a mortalidade infantil;
5. Melhorar a saúde materna;
6. Combater HIV/Aids, Malária e outras doenças;
7. Garantir sustentatibilidade ambiental.
Tabaco e a Pobreza
Bangladesh - se as pessoas pobres não fumassem haveria redução de 10,5
milhões de pessoas desnutridas
China e na Índia, as evidências mostram a existência de uma forte correlação entre
tabagismo e tuberculose
Brasil: o maço de cigarros é mais barato do que 1 kg de pão.
Estratégia para a redução do consumo:
Aumentar preços e impostos = redução do consumo
Fontes: World Bank, 2003; European Commission, 2003; OECD & WHO, 2001
Alcançar uma educação básica universal;
PORQUE O TABAGISMO É DOENÇA PEDIÁTRICA
90% dos tabagistas começam a fumar na adolescência;
Por ano surgem 35 milhões de fumantes novos. 34 milhões são
adolescentes;
Os centros nervosos cerebrais são altamente vulneráveis à nicotina;
Profundo efeito deletério morfo-funcional nos receptores colinérgicos
e no hipocampo. As lesões neste repercutem na cognição e memória;
Alterações estruturais de centros nervosos desenvolvem depressão
crônica;
Maior facilidade no desenvolvimento da dependência à nicotina com
alto nível de intensidade;
Dos que começam a fumar em torno dos 14 anos, 90% estão
nicotino-dependentes aos 19 anos;
É elevado o consumo de cigarros quando adultos;
Cerca da metade morre por doenças tabaco-relacionadas, entre os 34
a 69 anos de idade;
Nesse grupo etário o tabaco contribui com um terço da mortalidade
geral.
A J Araújo - NETT 14
A mulher é especialmente vulnerável aos efeitos da nicotina:
A secreção estrogênica e a função ovariana se alteram com o consumo de tabaco: é comum que apareça a menopausa
precoce
e sintomas de osteoporose.
Fumar altera o equilíbrio hormonal
da mulher.
15
Gravidez & Tabaco: Evidências
Fonte: Manual de Condutas & Práticas de Tabagismo. Araujo AJ (org.). SBPT, 2012.
Quadro – Complicações na gravidez em consequência do tabagismo.
COMPLICAÇÕES RELACIONADAS COM O FUMO DURANTE A GESTAÇÃO
Baixo peso ao nascimento Abortamento espontâneo Gravidez ectópica
Redução do crescimento fetal Placenta prévia Gravidez de risco
Descolamento prematuro placenta Parto prematuro Natimortalidade
0 100 200 300 400 500 600 700 800 900
Drogas ilícitas
Deficiencia Ferro
baixo peso
Agua, Saneamento, e higiene
Polução do ar
Sexo não seguro
Sedentarismo
Alcool
Falta Consumo de frutas e legumes
Colesterol
sobrepeso
Hipertensão
tabagismo
Principais Fatores de Risco
Mortes atribuíveis: AMÉRICAS, 2006
Número de mortes (000s)
Fonte: WHR 2008
Fonte: mpower - OMS 2008
O impacto
O impacto no ecossistema provocado pelo cultivo
do tabaco não se resume somente à devastação
ambiental, mas também ao vínculo de sujeição
que cria nos produtores uma enorme dependência
com relação as empresas do complexo formado
pelos compradores das folhas, exportadores e
produtores de derivados
Situação atual
•As águas dos rios e aquíferos estão contaminadas
•OS alimentos, o ar, as chuvas e até mesmo o leite materno estão
contaminados de venenos provenientes das aplicações de
agrotóxicos
•Uso de lenha para a secagem das folhas (Cura) tem devastado as
florestas do sul
•Reflorestamento fictício - feito com árvores não nativas
(eucalipto)
•Redução drástica de pássaros, borboletas e animais silvestres
•Áreas dos pampas gaúchos – Desertificação
Programa de Controle do tabagismo no CVE
1995 – 2005 - Contou com a Assessoria do Instituto
Nacional de Câncer- MS, tendo permanecido por mais de
dez anos na DCNT e promovido em todo Estado de São
Paulo um rico intercâmbio com as Regionais de Saúde
Serviços Municipais de Saúde e Educação produzindo
inúmeras atividades de capacitação de pessoal, assim
como elaboração de materiais técnicos/científicos e
educativos sobre o assunto e assessoria a Diversas
Unidades de Saúde, Ambientes de Trabalho e Escolas.
Simpósio de Atualização sobre Controle do Tabagismo do
Estado de São Paulo
Objetivo: Atualizar os interlocutores e ativistas da Área de
Promoção da Saúde nas ações de controle do tabagismo.
Número de participantes: 162 participantes
II SIMPÓSIO DE ATUALIZAÇÃO DO TABAGISMO NO ESTADO
DE SÃO PAULO
Objetivo: Atualizar os
interlocutores e ativistas da Área
de Promoção da Saúde nas
ações de controle do tabagismo.
Distribuição das neoplasias tabaco-relacionadas:
DadosDoenças Tabaco-relacionadas
NEOPLASIAS TABACO RELACIONADASTx mortali
MascTx mortal
FemTx mortal
Total
% em relação ao total de neoplasias
% em relação ao grupo de neopl tabaco
relac
Neopl malig dos brônquios e dos pulmoes 16,71 10,08 13,31 11,86 29,78Neopl malig da mama 0,19 16,35 8,48 7,56 18,99Neopl malig do pâncreas 5,32 4,98 5,15 4,59 11,52Neopl malig figado vias biliares intrahepat 5,89 3,62 4,72 4,21 10,57Neopl malig do esôfago 7,04 1,43 4,16 3,71 9,31Neopl malig da laringe 4,42 0,53 2,42 2,16 5,42Neopl malig da bexiga 3,37 1,30 2,30 2,05 5,16Neopl malig do colo do útero 0,00 4,02 2,06 1,84 4,62Neopl malig da orofaringe 2,05 0,31 1,16 1,03 2,59Neop mal out loc mal def labio cav oral far 0,91 0,13 0,51 0,45 1,14Doenc de Hodgkin 0,35 0,31 0,33 0,29 0,74Neopl malig da traquéia 0,05 0,03 0,04 0,04 0,09Neopl malig do lábio 0,05 0,01 0,03 0,03 0,07TOTAL DAS NEOPLASIAS TABACO RELACIONADAS 46,35 43,09 44,68 39,83 100
Total de neoplasias: 46.287
Distribuição das doenças do aparelho circulatório tabaco-relacionadas:
DadosDAC
Total de DAC: 79.993
DAC Tabaco-RelacionadasTx mortali
MascTx mortal
FemTx mortal
Total
% em relação ao
total de DACs
% em relação às DACs tabaco
relacionadas
Infarto agudo do miocardio 59,37 38,77 48,79 25,19 41,21
Acid vasc cerebr NE como hemorrag isquemico 18,79 16,93 17,83 9,21 15,06
Insuf cardiaca 13,96 16,37 15,20 7,85 12,84
Hemorragia intracerebral 10,00 7,57 8,75 4,52 7,39
Hipertensao essencial 7,29 8,03 7,67 3,96 6,48
Outr doenc cerebrovasculares 7,50 6,84 7,16 3,70 6,05
Infarto cerebral 5,54 5,34 5,44 2,81 4,60
Outr doenc isquemicas agudas do coracao 3,58 2,66 3,11 1,60 2,62
Aterosclerose 1,16 1,34 1,25 0,64 1,05
Flebite e tromboflebite 0,94 1,34 1,15 0,59 0,97
Embolia e trombose arteriais 1,00 1,01 1,01 0,52 0,85
Outr doenc vasculares perifericas 0,89 0,87 0,88 0,46 0,75
Outr embolia e trombose venosas 0,11 0,15 0,13 0,07 0,11
Trombose da veia porta 0,04 0,04 0,04 0,02 0,03
DAC Tabaco Relacionadas 130,17 107,25 118,41 61,13 100
Distribuição das doenças do aparelho respiratório tabaco-relacionadas:
DadosDAR
Total de DAR: 32.857
DAR TABACO RELACIONADASTx mortali
MascTx mortal
FemTx mortal
Total
% em relação ao
total de DAR
% em relação às
DAR tabaco relacionadas
Outr doe pulm obstr crônicas 23,95 15,80 19,77 24,82 84,44
Enfisema 3,22 1,46 2,31 2,91 9,89
Asma 0,52 1,03 0,78 0,98 3,33
Bronquite crônica NE 0,31 0,19 0,25 0,31 1,07
Bronquite NE como aguda ou crônica 0,17 0,11 0,14 0,18 0,61
Influenza dev vírus nao identificado 0,04 0,08 0,06 0,07 0,25
Bronquite crônica simples e a mucopurulenta 0,03 0,06 0,05 0,06 0,20
Influenza dev outro vírus influenza ident 0,05 0,03 0,04 0,05 0,19
Influenza dev vírus gripe aviária 0,00 0,01 0,01 0,01 0,03
TOTAL DE DAR TABACO RELACIONADAS 28,29 18,77 23,40 29,40 100,00
Distribuição das doenças do aparelho digestivo tabaco-relacionadas:
DadosDAG
Total de DAG: 15.228
DAG TABACO RELACIONADAS
Tx mortaliMasc
Tx mortal Fem
Tx mortal Total
% em relação ao total de
DAG
% em relação às DAG tabaco
relacionadas
Úlcera gastrica 1,0 0,8 0,93 3 64
Úlcera duodenal 0,7 0,3 0,53 1 36TOTAL DE DAG TABACO RELACIONADAS 1,7 1,2 1,47 4 100
(Louis Pasteur 1822 - 1895)