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SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO SUPERINTENDÊNCIA DA EDUCAÇÃO

DIRETORIA DE POLÍTICAS E PROGRAMAS EDUCACIONAIS PROGRAMA DE DESENVOLVIMENTO EDUCACIONAL – PDE

DIVERSIFICAÇÃO METODOLÓGICA NO ENSINO DE HISTÓRIA: UM PASSO PARA MOTIVAÇÃO.

MARCELO GAERTNER MARQUES

CURITIBA

2012

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SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO SUPERINTENDÊNCIA DA EDUCAÇÃO

DIRETORIA DE POLÍTICAS E PROGRAMAS EDUCACIONAIS PROGRAMA DE DESENVOLVIMENTO EDUCACIONAL – PDE

DIVERSIFICAÇÃO METODOLÓGICA NO ENSINO DE HISTÓRIA:

UM PASSO PARA MOTIVAÇÃO.

Trabalho final apresentado ao Programa de

Desenvolvimento Educacional – PDE, como

quesito parcial do programa.

Orientador: Dennison de Oliveira

Área de concentração: Didática da História

CURITIBA

2012

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TRABALHO FINAL

1. DADOS DE IDENTIFICAÇÃO

Professor: Marcelo Gaertner Marques

Escola de Atuação: Colégio Estadual Ivo Leão – Ensino Fundamental e

Médio

Município da Escola: Curitiba

Núcleo Regional de Educação: Curitiba

Orientador: Dennison de Oliveira

Instituição de Ensino Superior: Universidade Federal do Paraná

Disciplina/Área (entrada no PDE): História

Área de Concentração: Didática da História

Público Alvo: Alunos da 8ª série ou 9º ano do Ensino Fundamental

Localização: Rua Nossa Senhora da Cabeça, nº 1183. CIC. Curitiba-Pr

Relação Interdisciplinar: Para o presente trabalho o conhecimento é

interdisciplinar e supõe o domínio de linguagens diferentes. Nesse sentido,

o cinema em sala de aula pode articular política, economia, relações

sociais, cultura, religião, geografia, ecologia, arte, matemática, biologia e

outros campos do saber. O trabalho desenvolvido busca evidenciar essa

inter-relação.

2. APRESENTAÇÃO

A velocidade, os avanços tecnológicos e a grande exposição das

pessoas aos meios de comunicação caracterizam a vida atual. Estamos em

constante movimento, recebendo muitas informações e agindo em ritmo

contínuo e acelerado, pois a vida tornou-se, principalmente nas grandes

metrópoles, uma sucessão dinâmica de acontecimentos imediatos.

É possível praticarmos muitas atividades, vivenciarmos muitos fatos, nos

quais o contato com o mundo é feito através de sistemas complexos. Isso

tudo devido, principalmente, à presença massiva da tecnologia, que está

tão acessível a nós, quanto aos nossos alunos. Além disso, a internet

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oferece muitas possibilidades de informação, de comunicação com várias

pessoas de vários lugares ao mesmo tempo, transações comerciais,

contatos amorosos e a possibilidade de permanecer durante horas em

frente ao computador ligado a jogos eletrônicos, sozinho ou interagindo com

outras pessoas. Os alunos não têm medo de lidar com os recursos que a

tecnologia proporciona, estão familiarizados com o seu uso e interagem

facilmente com a linguagem digital. Muitos têm acesso a ela a qualquer

momento e em qualquer lugar. A linguagem audiovisual fascina e tem a

capacidade de despertar a atenção e o interesse através do movimento,

imagens, sons e cores.

Infelizmente, apesar do acelerado desenvolvimento da comunicação,

das tecnologias e produção de novas linguagens, o ensino de História

continua excessivamente centrado em aulas expositivas na maioria das

escolas públicas, caracterizado pela apresentação sistematizada dos

conteúdos pelo professor. Aulas ministradas dessa forma, só contribuem

para que o aluno permaneça passivo no processo em virtude da

metodologia e dos recursos pedagógicos utilizados, tais como: livro-

didático, quadro e giz.

Às deficiências do método tradicional, somam-se as expectativas

frustradas, o desinteresse, a pressão da vida moderna e muitas vezes, os

problemas familiares dos alunos. Tais fatores formam a receita ideal para o

desânimo, a indisciplina, ou seja: o fracasso.

É nesse cenário desanimador que pretende-se inserir uma nova

perspectiva de ensino de História: o emprego do cinema em sala de aula,

de forma planejada e organizada.

Novas metodologias como análise de filmes e novas linguagens culturais

como o cinema, possibilitam ao professor diferentes alternativas, meios e

formas para motivar o aluno em relação ao conteúdo. O cinema é uma das

linguagens que permitem a mediação didática e prática do saber histórico e

sua utilização pode transformar a realidade em sala de aula, despertar o

interesse dos alunos através da fantasia e da imaginação proporcionada

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pela linguagem audiovisual. Portanto, além do entretenimento, o cinema

representa um fantástico instrumento de aprendizado em sala de aula.

A exibição de filmes inseridos no contexto de forma planejada e

organizada, pode ser um poderoso instrumento motivador do interesse do

aluno à pesquisa, além de formador de uma consciência crítica.

Independente do gênero, o filme apresenta várias possibilidades de análise,

podendo propiciar inúmeras atividades práticas.

O caderno pedagógico “Diversificação Metodológica no Ensino de

História: Um Passo Para Motivação” não tem a pretensão de dar receitas

prontas para a utilização de filmes em sala de aula, pois o vídeo aproxima a

sala de aula do cotidiano, das linguagens de aprendizagem e comunicação

da sociedade urbana, introduzindo novas questões no processo

educacional, ajudando o professor a despertar o interesse dos alunos,

porém não modifica substancialmente a relação pedagógica.

O uso de novas metodologias e outros recursos didáticos não irá

resolver a crise do ensino público. Nem tampouco acabar com o

alheamento dos alunos em relação à palavra escrita, pois o desinteresse

escolar é um fator complexo, envolvendo aspectos culturais, sociais,

institucionais e financeiros. O que se pretende através do cinema em sala

de aula, é dar um passo em direção à melhoria no ensino-aprendizagem e

propor métodos e técnicas para a utilização deste valioso e interessante

recurso midiático.

Não existem fórmulas prontas ou mágicas. De maneira que, todo

professor e toda instituição escolar deve criar seus próprios recursos,

mecanismos e procedimentos. Trocar experiências e aplicar novas

metodologias com o objetivo de diversificar as possibilidades de ação

docente, no sentido de refletir, melhorar e potencializar o ensino-

aprendizagem.

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3. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA / REVISÃO BIBLIOGRÁFICA

A pesquisa Diversificação metodológica no ensino de História: um passo

para motivação; utilizou como principal fonte bibliográfica as Diretrizes

Curriculares da Educação Básica de 2008, desenvolvida pela Secretaria de

Estado da Educação do Paraná, cuja proposta curricular para o ensino de

História apresenta muitas inovações no conteúdo, na forma e nos métodos

de ensino.

Busca-se despertar reflexões a respeito de aspectos políticos,

econômicos, culturais, e das relações entre o ensino da disciplina e a

produção do conhecimento histórico. Tendo como destaque as

permanências, mudanças e rupturas ocorridas no ensino de história e suas

contradições frente à ciência de referência. Tais análises têm por finalidade

fazer a crítica ao ensino que se quer superar.

Na concepção de História apresentada pelas Diretrizes Curriculares do

Paraná, as verdades prontas e definitivas não têm lugar, porque o trabalho

pedagógico na disciplina deve dialogar com várias vertentes tanto quanto

recusar o ensino de História marcado pelo dogmatismo e pela ortodoxia.

Do mesmo modo são rechaçadas as produções historiográficas que

afirmam não existir objetividade possível em História. Destaca-se que os

consensos mínimos construídos no debate entre as vertentes teóricas não

expressam meras opiniões, ao contrário, tornam-se fundamentos do

conhecimento histórico, referenciais nas Diretrizes Curriculares do Paraná.

A História tem como objetivo de estudo os processos históricos relativos

às ações e às relações humanas praticadas no tempo, bem como a

respectiva significação atribuída pelos sujeitos, tendo ou não consciência

dessas ações. As relações humanas produzidas por essas ações podem ser

definidas como estruturas sócio-históricas, ou seja, são as formas de agir,

pensar, sentir, representar, imaginar, instituir e de se relacionar social,

cultural e politicamente.

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A finalidade da História é a busca da superação das carências humanas,

fundamentada por meio de um conhecimento constituído por interpretações

históricas. Essas interpretações são compostas por teorias que diagnosticam

as necessidades dos sujeitos históricos, propondo ações no presente e

projetos de futuro. Já a finalidade do ensino de História é a formação de um

pensamento histórico a partir da produção do conhecimento. Esse

conhecimento é provisório, configurado pela consciência histórica dos

sujeitos. Essa condição provisória não significa relativismo teórico, mas sim

que existem várias explicações e interpretações para um mesmo fato,

dependendo das experiências dos sujeitos e da realidade em que vivem.

Dentro deste contexto, as Diretrizes Curriculares do Paraná apresentam

três correntes historiográficas: a Nova História, a Nova História Cultural e a

Nova Esquerda Inglesa, as quais dialogam entre si e trazem grandes

contribuições para a formação de um pensamento histórico pautado em uma

nova racionalidade.

As correntes historiográficas tomadas como referências nas Diretrizes

Curriculares do Paraná valorizam a diversificação de documentos como

imagens, canções, objetos arqueológicos, entre outros, o que pode

beneficiar a prática em sala de aula na construção do conhecimento

histórico. Tal diversidade permite relações interdisciplinares com outras

áreas do conhecimento.

Circe Maria Fernandes Bittencourt, em sua obra Ensino de História:

fundamentos e métodos; valoriza a diversificação de documentos históricos

e sua importância no desenvolvimento de uma consciência crítica:

Recorrer ao uso de vestígios e fontes históricas nas aulas de história pode favorecer o pensamento histórico e a iniciação aos métodos de trabalho do historiador. A intenção do trabalho com documentos em sala de aula é de desenvolver a autonomia intelectual adequada, que permita ao aluno realizar análises críticas da sociedade por meio de uma consciência histórica (BITTENCOURT, 2004).

Ao trabalhar com vestígios ou fontes históricas na aula de história, é

indispensável ir além dos documentos escritos, trabalhando com os

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iconográficos, os registros orais, os testemunhos de história local, além de

documentos contemporâneos como: fotografia, cinema, quadrinhos, leitura e

informática. Outro fator a ser observado, é a identificação das

especificidades do uso desses documentos, bem como entender a sua

utilização para superar as meras ilustrações das aulas de História. Quanto à

identificação do documento, a sugestão é determinar sua origem, natureza,

autor ou autores, datação e pontos importantes do mesmo.

André Luis Joanilho, em sua obra História e Prática: pesquisa em sala

de aula; descreve o apego dos professores aos livros didáticos devido à

absoluta falta de contato com a pesquisa histórica:

Hoje, a prática mais usual nas escolas é o processo de aprendizado com o professor dentro da sala de aula, expondo o conteúdo ou dirigindo estudos. Nesta situação, realmente, é inviável a aplicação de qualquer novidade em sala. Logo, a facilidade que os livros didáticos tradicionais oferecem é mais do que cômoda para os professores, é a garantia de conteúdo aplicado e, de certa maneira, a certeza do trabalho realizado, evitando-se possíveis frustrações por não se cumprir satisfatoriamente a obrigação: “ ensinar “. Assim, o conteúdo tradicional apresenta segurança necessária. (Joanilho,1976p.7,8).

Ao adotar uma nova metodologia, o professor precisa adotar a prática da

pesquisa histórica e relativizar o livro didático, uma vez que as explicações

nele apresentadas são limitadas, seja pelo número de páginas do livro, pela

vinculação do autor a uma determinada concepção historiográfica, seja pela

tentativa de abraçar uma grande quantidade de conteúdos em atendimento

às demandas do mercado editorial. Isso não significa que o livro didático

deva ser abandonado pelo professor, mas problematizado junto aos alunos,

de modo que se identifiquem seus limites e possibilidades. Implica também a

busca de outros referenciais que complementem o conteúdo em sala de

aula.

As correntes historiográficas tomadas como referências nas Diretrizes

Curriculares da Educação Básica romperam a ideia do documento escrito

como única fonte confiável para o estudo do passado. O conceito de

documento foi ampliado. Dessa forma, devido á capacidade de persuasão

da linguagem audiovisual como influenciadora de sentido, é possível utilizá-

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la no processo educacional. Nessa perspectiva Milton José de Almeida em

sua obra: Imagens e Sons, reforça essa ideia afirmando que:

Os alunos recebem cada vez mais informações dos diversos meios de comunicações audiovisuais, com diferentes formas de transmissão. Ver filmes e analisá-los, é a vontade de entender a nossa sociedade massificada, praticamente analfabeta e que não tem memória escrita. Uma sociedade que se educa por imagens e sons, principalmente da televisão. (Almeida,1994,p.72).

A presente pesquisa foi norteada pelo uso da linguagem audiovisual

através da exibição de filmes de forma planejada e organizada em sala de

aula, com o objetivo de diversificar as possibilidades de ação docente,

atualizar a concepção de documento histórico e superar a experiência

cotidiana. Dentro deste contexto Marcos Napolitano, em sua obra Como usar

o cinema em sala de aula; procura discutir a incorporação de filmes na

realidade escolar como algo mais que “ilustração de aulas e conteúdos”:

Mesmo reconhecendo que o uso do cinema em sala de aula procura relacionar a escola à cultura cotidiana mais ampla, esse tipo de atividade não deve se diluir nela, apenas produzindo as expectativas, formas de leituras que já operamos cotidianamente. Se fosse assim, a escola seria desnecessária. É preciso que a atividade escolar com o cinema vá além da experiência cotidiana, porém sem negá-la. A diferença é que a escola, tendo o professor como mediador, deve propor leituras mais ambiciosas além do puro lazer, fazendo a ponte entre a emoção e a razão de forma mais direcionada, incentivando o aluno a se tornar um expectador mais exigente e crítico, propondo relações de conteúdo/linguagem do filme com o conteúdo escolar. Este é o desafio. (Napolitano, 2009, p.15).

A exibição de um filme precisa ser planejada e organizada como

qualquer outra atividade, para que seja realmente produtiva e contribua para

o aprendizado dos educandos. Infelizmente, esse planejamento não ocorre

na maioria das instituições escolares, os filmes são usados de forma

improvisada, quando ocorre um problema inesperado, como a ausência de

um professor, com o objetivo de entreter os alunos sem compromisso com a

aprendizagem, tendo um caráter puramente recreativo.

A prática em sala de aula requer do professor um trabalho criativo e em

constante mudança, no sentido da busca de atitudes, recursos,

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metodologias e referenciais novos. Assim, o aluno terá a possibilidade de

atuar como mediador no processo de construção do conhecimento, criando

seus próprios conceitos.

4. PROCEDIMENTOS/ORIENTAÇÕES/MATERAL DIDÁTICO/ AVALIAÇÃO/IMPLEMENTAÇÃO

COMO UTILIZAR O FILME NA ESCOLA

A exibição de um filme precisa ser planejada e organizada como

qualquer outra atividade, para que seja realmente produtiva e contribua

para o aprendizado dos educandos. Infelizmente, esse planejamento não

ocorre na maioria das instituições escolares, os filmes são utilizados de

forma improvisada quando há um problema inesperado, como a ausência

de um professor, para entreter os alunos, sem compromisso com a

aprendizagem, tendo um caráter puramente recreativo.

Os filmes devem ser inseridos dentro do planejamento geral, articulados

com os conteúdos e conceitos trabalhados, bem como as habilidades e

competência desejadas. A escolha de um filme para ser trabalhado em sala

de aula deve se dar em função do tema em discussão e das atividades que

se quer desenvolver. Qualquer que seja o tipo de exibição escolhida, é de

fundamental importância a elaboração de um roteiro de análise por parte do

professor a ser oferecido ou proposto aos alunos.

O roteiro deve conter ao menos os seguintes elementos:

Ficha técnica (nome do diretor, nacionalidade, ano de produção,

nome dos principais atores, entre outros);

Gênero e tema central;

Localização da história filmada no tempo e no espaço;

Sinopse da história;

Comentário sobre o filme;

Lista dos personagens principais.

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Observação: no caso de filmes com tema histórico, é importante os

alunos localizarem a história filmada no tempo e no espaço procurando

informações mínimas sobre o contexto/país no qual o filme foi produzido,

eventos/personagens históricos representados e, identificarem a história do

processo social de produção do filme.

Antes de exibir um filme para os alunos devemos tomar certos cuidados:

Verificar se o equipamento necessário para a exibição do filme está

funcionando;

O filme deve estar locado (no caso do professor não o possuir);

Observar se não existe incompatibilidade entre o tempo da aula e o

tempo do filme;

Constatar se a sala é adequada para a exibição do filme;

Verificar se o filme não contém cenas impróprias para a faixa etária a

que se destina;

Informar somente aspectos gerais do filme (título, autor, diretor, ano

de produção, nacionalidade, etc.). Não interpretar antes da exibição,

não prejulgar (para que cada aluno possa fazer sua própria leitura e

interpretação);

Exibir produções cinematográficas contextualizadas ao conteúdo

escolar;

Respeitar os valores culturais, religiosos e morais dos alunos, mesmo

discordando deles, para que o bom senso venha prevalecer;

Não utilizar ou permitir que o filme seja usado como uma verdade

absoluta, esquecendo de relativizar tempo, espaço e sujeito histórico.

As produções cinematográficas não possuem compromisso com a

História ou com o ensino, são produtos da indústria cultural no campo do

entretenimento, possuindo interesses econômicos, ideológicos, políticos,

sociais e culturais, não didáticos. Portanto, o professor deve ressaltar os

problemas de compressão do espaço e do tempo, da adaptação do texto à

imagem e da caracterização dos personagens, que nem sempre o filme é

fiel à época representada, informações são omitidas e, muitas vezes,

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situações e personagens históricos distorcidos, por razões que não tem

haver necessariamente com os propósitos do diretor.

Depois de o filme ter sido visto e assimilado pelos alunos, é necessário

que o professor estimule uma análise aprofundada e crie desdobramentos,

tais como: a formação de grupos de discussão e a apresentação dos alunos

com base nos relatórios.

O material didático desenvolvido neste trabalho foi aplicado na 8ª série

(9º ano), do Colégio Estadual Ivo Leão, onde o conteúdo previsto no

planejamento começa com a Eclosão dos Movimentos Sociais no Brasil e

no Mundo no início do século XX, estendendo-se até o Mundo Globalizado

do início do século XXI, de maneira que os filmes que foram exibidos

estavam dentro deste contexto.

RELAÇÃO DE ALGUNS FILMES CONTEXTUALIZADOS AO

CONTEÚDO PREVISTO NO PLANEJAMENTO

DAENS – UM GRITO DE JUSTIÇA, DIREÇÃO DE STIJN CONINX, 1992.

Contextualização histórica: Industrialização e Urbanização. Sinopse:

Na virada do século XIX, na cidade de Aalst, norte da Bélgica, um grupo de

trabalhadores vive em estado de miséria absoluta, vítimas da exploração

da indústria de tecidos onde estão empregados. A situação começa a

mudar quando um padre revolucionário é transferido para a cidade e

assume a igreja local. Seu coração balança perigosamente entre o ofício

da fé e a conscientização política dos oprimidos.

GERMINAL, DIREÇÃO DE CLAUDE BERRI, 1993. Contextualização

histórica: Industrialização e Urbanização (contrastes sociais e exploração).

Sinopse: O filme, baseado no romance homônimo de Émile Zola, retrata o

processo de gestação e maturação de uma atitude menos submissa por

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parte dos trabalhadores das minas de carvão do século XIX, na França, em

relação à exploração de seus patrões.

GUERRA DE CANUDOS, DIREÇÃO DE SÉRGIO REZENDE, 1997.

Contextualização histórica: República Velha. Sinopse: No final do século

XIX, Antônio Conselheiro ( um monarquista assumido ) e seus seguidores

começam a transformar um simples movimento em algo grande demais

para a República, que recentemente tinha sido proclamada. O poder oficial

decide enviar vários destacamentos militares para destruí-los. Os

seguidores de Conselheiro apenas defendiam seus lares, mas a nova

ordem não podia aceitar que humildes moradores do sertão da Bahia

desafiassem a República. Assim, em 1897, esforços são reunidos para

destruir os sertanejos. Estes fatos são vistos pela ótica de uma família que

vive no vilarejo e tem opiniões conflitantes sobre Conselheiro.

ABRIL DESPEDAÇADO, DIREÇÃO DE WALTER SALES, 2001.

Contextualização histórica: República Velha (coronelismo). Sinopse:

Baseado no livro homônimo do albanês Ismail Kadaré, o filme se passa em

1910, no Nordeste, e discute aspectos do coronelismo, focalizando os

conflitos entre os fazendeiros. No interior do Brasil, uma sangrenta rixa

destrói, aos poucos, os integrantes de duas famílias. Depois de seu irmão

mais velho ser morto por um membro do clã rival, chega a hora de Tonho

executar a vingança e aguardar a hora de sua própria morte. Entretanto, ele

não se conforma com este trágico destino e, estimulado pelo irmão caçula,

um menino sonhador, resolve viver intensamente os dias que lhe restam,

acompanhando um circo mambembe.

BAILE PERFUMADO, DIREÇÃO DE PAULO CALDAS E LÍRIO FERREIRA,

1997. Contextualização histórica: Estado Novo (cangaço). Sinopse: Amigo

íntimo do Padre Cícero, o mascate libanês Benjamin Abrahão decide filmar

Lampião e todo o seu bando, pois acredita que este filme o deixará muito

rico. Após alguns contatos iniciais, ele conversa diretamente com o famoso

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cangaceiro e expõe sua ideia. Mas os sonhos do mascate são prejudicados

pela ditadura do Estado Novo.

HOTEL RUANDA, DIREÇÃO DE TERRY GEORGE, 2004.

Contextualização histórica: Descolonização da África. Sinopse: Em 1994,

um conflito político em Ruanda levou à morte quase 1 milhão de pessoas

em apenas 100 dias. Sem apoio dos demais países, os ruandenses tiveram

que buscar saídas em seu próprio cotidiano para sobreviver. Uma delas foi

oferecida por Paul Rusesabagina, que era gerente do hotel Milles Collines,

localizado na capital do país. Contando apenas com sua coragem, Paul

abrigou no hotel mais de 1200 pessoas durante o conflito.

55 DIAS EM PEQUIM, DIREÇÃO DE NICHOLAS RAY, GUY GREEN E

ANDREW MARTON, 1963. Contextualização histórica: Imperialismo.

Sinopse: Na Pequim de 1900, durante a rebelião dos boxers (revolta de

uma facção do povo chinês contra a presença ocidental na China), é

organizada uma comissão que reúne diplomatas, ministros do exército e

outros representantes de dezenas de nações. A ideia é encontrar uma

solução amigável e diplomática, que leve ao fim da revolução. Mas, há o

evidente conflito de interesses entre os países presentes no Império Chinês.

MISSISSÍPI EM CHAMAS, DIREÇÃO DE ALAN PARKER, 1988.

Contextualização histórica: Segregação racial norte americana. Sinopse:

Mississípi, 1964. Rupert Anderson ( Gene Hackman ) e Alan Ward ( Willem

Dafoe), dois agentes do FBI investigam a morte de três militantes dos

direitos civis em uma pequena cidade onde a segregação divide a

população entre brancos e negros e a violência contra os negros é uma

tônica constante.

E O VENTO LEVOU, DIREÇÃO DE VICTOR FLEMING, 1939.

Contextualização histórica: Guerra da Secessão. Sinopse: Durante a Guerra

Civil Americana, quando fortunas e famílias foram destruídas, um cínico

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aventureiro e uma jovem determinada, que foi duramente atingida pela

guerra, se envolvem numa relação de amor e ódio.

OUTUBRO: DEZ DIAS QUE ABALARAM O MUNDO, DIREÇÃO DE

SERGEI M. EISENSTEIN E GRIGORI ALEKSANDROV, 1928.

Contextualização histórica: Revolução Russa. Sinopse: Filme de

comemoração ao 10º aniversário da Revolução Soviética de 1917, na qual

os bolcheviques derrubaram o governo de Kerensky. Em tom de

documentário, o filme relata o fim da monarquia e, posteriormente, o fim do

governo provisório em novembro de 1917. Foi realizado com vultuosos

recursos, utilizando gente do povo que havia realmente participado da

Revolução nas ruas.

ANASTÁSIA, DIREÇÃO DE DON BLUTH E GARY GOLDMAN, DESENHO

ANIMADO PRODUZIDO PELOS ESTÚDIOS 20TH FOX, 1997.

Contextualização histórica: Revolução Russa. Sinopse: Anastásia, filha do

Czar Nicholas, nasceu em 1916, na Rússia. Depois da maldição de

Rasputin contra os Romanovs, a pequena Anastásia é separada de sua

avó, a grã-duquesa imperial. Ela cresce em um orfanato e se torna uma

jovem mulher chamada Anya. Sem memórias claras de sua juventude, Anya

encontra Dimitri e Vladimir, que procuram por alguém parecido com

Anastásia, na esperança de conseguirem uma recompensa de 10 milhões

de rublos oferecida pela Imperatriz Maria, que fugira para a França. Anya

sai à procura de sua identidade numa aventura cheia de romance, música e

humor, enfrentando as peripécias do terrível feiticeiro Rasputin e de seu

morcego Bartok. Tomando como pano de fundo a queda da família imperial

russa e a Paris dos anos 20, a animação é um conto de fadas em torno da

lenda da princesa Anastásia, que teria sobrevivido ao massacre de sua

família.

ASSASSINATO DE TROTSKI, DIREÇÃO DE JOSEPH LOSEY, 1972.

Contextualização histórica: Revolução Russa. Sinopse: Cidade do México,

1940. Paradas comunistas estão celebrando o Dia do Trabalho. Num quarto

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de hotel perto da praça Zocalo, encontram-se duas pessoas que serão os

protagonistas do assassinato de Leon Trotski, o idealizador do Exército

Vermelho e “dedicado marxista ateu” expulso da Rússia pelo ditador Josef

Stalin. Trotski continuava muito envolvido com a política russa. Stalin,

desejando eliminar seu oponente, envia ao México o assassino de aluguel

Frank Jackson, que através de uma amizade em comum, é convidado para

conhecer Trotski pessoalmente em sua casa.

DR. JIVAGO, DIREÇÃO DE DAVID LEAN, 1965. Contextualização

histórica: Revolução Russa. Sinopse: O filme narra o antes, o durante e o

pós Revolução Russa pela ótica de Yuri Zhivago, um médico e poeta. Yuri

fica órfão ainda criança e vai para Moscou, onde é criado. Já adulto, se

casa com a aristocrata Tonya, mas tem um envolvimento com Lara, uma

enfermeira que se torna a grande paixão de sua vida. Lara, antes da

revolução, tinha sido estuprada por Victor Komarovsky, um político sem

escrúpulos, que já tinha se envolvido com a mãe dela. A enfermeira se casa

com Pasha Strelnikoff, que se torna um vingativo revolucionário. A história é

narrada em flashback por Yevgraf de Zhivago, o meio irmão de Yuri, que

procura sua sobrinha, suposta filha de Zhivago com Lara. Enquanto

Strelnikoff representa o “mal”, Yevgraf representa o “bom” elemento da

Revolução Bolchevique.

CABARET, DIREÇÃO DE BOB FOSSE, 1972. Contextualização histórica:

Totalitarismo ( ascensão do Nazismo ). Sinopse: Berlim, início da década

de 1930. O nazismo estava em uma ascensão meteórica, mas a grande

maioria das pessoas ainda não tinha noção do terrível poder que aquela

força política representaria. Sally Bowles, uma jovem americana que canta

em um cabaré e sonha em se transformar numa estrela, se apaixona por

Brian Roberts, que é bissexual. Ambos se envolvem com Maximillian Von

Heune, um rico e nobre alemão. Quando Sally fica grávida, Brian diz que

quer casar e declara não se importar de quem seja o filho. Mas o futuro lhes

reserva outro destino.

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O MENINO DO PIJAMA LISTRADO, DIREÇÃO DE MARK HERMAN, 2008.

Contextualização Histórica: Segunda Guerra Mundial. Sinopse: O filme tem

início quando um menino de 8 anos, Bruno, recebe a notícia de que terá

que deixar a sua confortável casa em Berlim e se mudar com sua família

para um lugar isolado, no campo, chamado Auschwitz. O motivo é a

promoção de seu pai, um oficial nazista. No lugar não tem nada para fazer.

Bruno pergunta à mãe sobre as pessoas estranhas da fazenda, que andam

sempre de “pijamas listrados” e é proibido de ir lá. Mas, seu instinto

explorador fala mais alto e o garoto descobre um caminho. Bruno conhece

Shmuel, que também tem 8 anos, nasceu no mesmo dia que ele, mas vive

do outro lado da cerca. Desenvolve uma improvável amizade com o menino

judeu.

A VIDA É BELA, DIREÇÃO DE ROBERTO BENIGNI, 1997.

Contextualização histórica: A segunda Guerra Mundial. Sinopse: Na Itália

dos anos 40, durante a Segunda Guerra Mundial, Guido filho de judeus, é

levado para um campo de concentração nazista, juntamente com sua

esposa e seu filho, o pequeno Giosuè e, tem que usar sua imaginação para

fazer seu filho acreditar que estão participando de uma grande brincadeira,

com o intuito de protegê-lo do horror e da violência que os cercam.

A LISTA DE SCHINDLER, DIREÇÃO DE STEVEN SPIELBERG, 1993.

Contextualização histórica: A Segunda Guerra Mundial (Holocausto).

Sinopse: Inusitada história de Oskar Schindler, um sujeito oportunista,

sedutor, “armador”, simpático comerciante no mercado negro, mas, acima

de tudo, um homem que se relacionava muito bem com o regime nazista.

Tanto, que era membro do Partido Nazista, o que não o impediu de ser

preso algumas vezes. Mas, sempre o libertavam rapidamente em razão de

seus contatos. No entanto, apesar de seus defeitos, ele amava o ser

humano e, por isso, fez o impossível para salvar mais de 1000 judeus dos

campos de concentração, o que o levou a perder toda a sua fortuna.

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O RESGATE DO SOLDADO RYAN, DIREÇÃO DE STEVEN SPIELBERG,

1998. Contextualização histórica: A Segunda Guerra Mundial. Sinopse: Ao

desembarcar em uma praia da Normandia, no Dia D, um capitão recebe a

missão de resgatar com vida o soldado James Ryan, caçula de quatro

irmãos, cujos três primeiros já haviam morrido em combate.

PEARL HARBOR, DIREÇÃO DE MICHAEL BAY, 2001. Contextualização

histórica: A Segunda Guerra Mundial. Sinopse: Com o bombardeamento

dos japoneses à Pearl Harbor, dois amigos, um americano outro inglês, se

envolvem de maneira distinta nos eventos que fazem com que os Estados

Unidos entrem na Segunda Guerra Mundial. Alistam-se na Força Aérea de

cada um dos seus países para participarem do conflito. Entretanto, no

decorrer do drama da guerra surge outro, relacionado com a paixão que

ambos desenvolvem pela mesma mulher, no que será um teste sério à sua

grande amizade. Esse filme é baseado na obra homônima de Randall

Wallace.

ALÉM DA LINHA VERMELHA, DIREÇÃO DE TERRENCE MALICK, 1998.

Contextualização histórica: A Segunda Guerra Mundial. Sinopse: Durante a

Segunda Guerra Mundial, jovens fuzileiros são lançados num arquipélago

do Pacífico, onde americanos e japoneses vão se enfrentar na Batalha de

Guadalcanal. Ao chegarem, os novatos conhecem um terror que jamais

haviam imaginado. Em meio ao desespero e às dificuldades, afloram fortes

laços de amizade entre os jovens soldados.

OLGA, DIREÇÃO DE JAIME MONJARDIM, 2004. Contextualização

histórica: Era Vargas (Intentona Comunista). Sinopse: Baseado no livro de

Fernando Morais, o filme relata a história e a trajetória política de Olga,

companheira de Luiz Carlos Prestes. Por ser judia e comunista, foi presa

durante o governo Getúlio Vargas e deportada para a Alemanha, onde foi

entregue aos nazistas. As Duas Guerras compõem o contexto.

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DIÁRIOS DE MOTOCICLETA, DIREÇÃO DE WALTER SALLES, 2004.

Contextualização histórica: A desigualdade social da América Sul na

década de 50. Sinopse: Che Guevara era um jovem estudante de Medicina

que, em 1952, decide viajar pela América do Sul com seu amigo Alberto

Granado. A viagem é realizada em uma moto, que acaba quebrando após 8

meses. Eles então passam a seguir viagem através de caronas e

caminhadas, sempre conhecendo novos lugares. Porém, quando chegam a

Machu Pichu, a dupla conhece uma colônia de leprosos e passa a

questionar a validade do progresso econômico da região, que privilegia

apenas uma pequena parte da população.

GANDHI, DIREÇÃO DE RICHARD ATTENBOROUGH, 1982.

Contextualização histórica: Descolonização da África e da Ásia. Sinopse:

África do Sul, início do século XX. Após ser expulso da 1ª classe de um

trem, o jovem e idealista advogado indiano Mohandas Karamchand Gandhi

inicia um processo de avaliação da submissão indiana, pois, na época, a

Índia era uma colônia britânica. Já na Índia, através de manifestações

enérgicas, mas não violentas, atrai para si a atenção do mundo ao se

colocar como líder espiritual de hindus e muçulmanos.

A BATALHA DE ARGEL, DIREÇÃO DE GILLO PONTECORVO, 1966.

Contextualização histórica: Processo de Independências na África. Sinopse:

História da luta da Argélia para se tornar independente da França. Narra a

trajetória de Ali, líder da Frente Algeriana de Libertação Nacional (FLN). A

história mostra desde o momento em que ele se une à organização, quando

ainda era um pequeno ladrão, até sua captura, juntamente com os líderes

do movimento. Por fim, revela a execução de todos pelo governo francês.

Constituído com um suspense crescente, o filme conta em paralelo a guerra

dos rebeldes, fundada em métodos não convencionais, e as medidas cada

vez mais extremas tomadas pela França.

PLATOON, DIREÇÃO DE OLIVER STONE, 1986. Contextualização

histórica: Guerra Fria. Sinopse: Chris é um jovem recruta recém-chegado a

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um batalhão americano, durante à Guerra do Vietnã. Idealista, foi um

voluntário para lutar, pois acreditava que devia defender seu país, assim

como fez seu avô e seu pai em guerras anteriores. Mas aos poucos, com a

convivência dos demais recrutas e dos oficiais que o cercam, ele vai

perdendo sua inocência e passa a experimentar de perto toda a violência e

loucura de uma carnificina sem sentido.

APOCALYPSE NOW REDUX, DIREÇÃO DE FRANCIS FORD COPPOLA,

2001. Contextualização histórica: Guerra Fria. Sinopse: Com 49 minutos

adicionais, o diretor Coppola apresenta a versão definitiva de seu épico.

Honrado com 9 Oscar em 1979, incluindo o de melhor filme.

Durante a Guerra do Vietnã, por volta de 1969, um auto comandante do

exército americano designa o capitão Willard para matar o coronel Kurtz

que tinha enlouquecido ao ponto de assassinar inocentes no interior da

selva do Camboja. Subindo o rio num barco de patrulha escoltado por 4

soldados, Willard depara-se com situações inacreditáveis geradas pela

guerra enquanto examinava os documentos a respeito do coronel. Ao

chegar ao seu destino, percebe que os nativos adoram Kurtz e terá de

decidir se cumpre ou não a missão.

FOMOS HERÓIS, DIREÇÃO DE RANDALL WALLACE, 2002.

Contextualização histórica: Guerra Fria. Sinopse: Em plena Guerra do

Vietnã, o tenente-coronel Hal Moore e mais 400 integrantes do exército

norte-americano são cercados por 2000 soldados vietnamitas, na batalha

de La Drang, que durou 34 dias (entre os meses de novembro e dezembro

de 1965). A luta que segue, torna-se uma das mais sangrentas da história

militar dos Estados Unidos.

PROMESSAS DE UM MUNDO NOVO, DIREÇÃO DE JUSTINE ARLIN,

CARLOS BOLADO E B. Z. GOLDBERG, 2001. Contextualização histórica:

Guerra no Oriente Médio. Sinopse: Retrata a história de 7 crianças

israelenses e palestinas em Jerusalém. Apesar de morarem no mesmo

lugar, vivem em mundos completamente distintos, separadas por diferenças

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religiosas. Com idades entre 8 e 13 anos, raramente falam por si mesmas e

estão isoladas pelo medo. Neste filme, suas histórias oferecem uma nova e

emocionante perspectiva sobre o conflito no Oriente Médio.

TRÊS REIS, DIREÇÃO DE DAVID O. RUSSEL, 1999. Contextualização

histórica: Guerra do Golfo. Sinopse: Em março de 1991, foi assinado o

cessar-fogo na Guerra do Golfo. Em meio às comemorações no

acampamento norte-americano, um mapa é descoberto com um dos

prisioneiros iraquianos, mostrando a rota de um tesouro enterrado no

deserto do Iraque. Quatro soldados americanos resolvem partir nessa

busca.

TREZE DIAS QUE ABALARAM O MUNDO, DIREÇÃO DE ROGER

DONALDSON, 2000. Contextualização histórica: Guerra Fria. Sinopse:

Durante treze extraordinários dias em outubro de 1962, o mundo esteve à

beira de uma verdadeira catástrofe. Todo o planeta aguardava com

ansiedade, o desfecho do confronto político-militar entre Estados Unidos e

União Soviética, em razão da instalação de mísseis antiaéreos soviéticos

em Cuba. O confronto foi tão sério, que quase provocou uma guerra nuclear

entre as duas potências, o que poderia ter destruído toda a humanidade. O

alarmante desenvolvimento dos eventos ocorridos, envolveu um número

enorme de políticos, militares e gente influente que temiam uma invasão

russa através do estabelecimento da base militar em Cuba. A ação se

passa, quase em sua totalidade, dentro da Casa Branca, onde existem

discussões acaloradas e intermináveis sobre como encaminhar a questão

do armamento de Cuba. As discussões sobre o poderoso governo soviético

consumiam os dias dos políticos e, principalmente, do presidente e seus

dois fiéis confidentes e amigos.

FORREST GUMP, DIREÇÃO DE ROBERT ZEMECKIS, 1994.

Contextualização histórica: Guerra Fria. Sinopse: Quarenta anos da História

dos Estados Unidos, vistos pelos olhos de um rapaz com QI abaixo da

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média que, por obra do acaso, consegue participar de alguns momentos

cruciais dessa história, como a Guerra do Vietnã.

JANGO, DIREÇÃO DE SILVIO TENDLER, 1984. Contextualização

histórica: Redemocratização e Ditadura Militar no Brasil. Sinopse: Rodado

em 1984, Jango retrata a carreira política de João Belchior Marques

Goulart, presidente deposto pelos militares em 1º de abril de 1964. Na obra,

Tendler procurou mostrar a política brasileira da década de 60, desde a

candidatura de Jânio Quadros, passando pelo golpe militar, as

manifestações da UNE e os exílios. O filme, narrado pelo autor José Wilker,

conta com depoimentos de Magalhães Pinto, Aldo Arantes, Raul Ryff,

Afonso Arinos , Leonel Brizola, Celso Furtado, General Carlos Muricy, Frei

Betto, entre outros.

O HOMEM DA CAPA PRETA, DIREÇÃO DE SÉRGIO REZENDE, 1986.

Contextualização histórica: Democracia populista (que vigorou no Brasil

entre 1946 e 1964). Sinopse: O filme baseia-se na vida de Tenório

Cavalcanti, um político reacionário e muito polêmico, na Baixada

Fluminense, dos anos 50. Ele nasceu em Alagoas e teve a violência como

companheira de infância, presenciando o assassinato de seu pai.

Empunhando uma metralhadora, chamada carinhosamente Lurdinha, e

usando uma capa preta e uma cartola, tornou-se uma espécie de justiceiro,

desafiando os corruptos e poderosos que dominavam Duque de Caxias.

Sua trajetória mistura os papéis de político e bandido. Era visto como um

defensor do povo entre as classes mais miseráveis, por suas atitudes

populistas. Conquistou fama e fortuna, ao mesmo tempo em que era tido

como um assassino frio e calculista pela classe média e pelos políticos

dominantes.

O PAÍS DOS TENENTES, DIREÇÃO DE JOÃO BATISTA DE ANDRADE,

1987. Contextualização histórica: Tenentismo e Ditadura Militar no Brasil.

Sinopse: Um general da reserva, no dia em que é homenageado por uma

multinacional, entra em crise pessoal e começa a lembrar sua trajetória, que

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coincide com os 60 anos de vida política brasileira. O filme mistura o

passado e o presente, valendo-se das lembranças do velho militar, que

participou dos grandes acontecimentos da história política brasileira, entre

1922 (Tenentismo) e 1964 (golpe militar). Suas lembranças, culpas e

utopias perdidas funcionam como síntese das contradições dos projetos

políticos, à esquerda e à direita, que se degladiaram ao longo daquele

período.

PRA FRENTE BRASIL, DIREÇÃO DE ROBERTO FARIAS, 1983.

Contextualização histórica: Ditadura Militar no Brasil. Sinopse: Em 1970, o

Brasil inteiro torce e vibra com a seleção de futebol no México, enquanto

prisioneiros políticos são torturados nos porões da ditadura militar e

inocentes são vítimas dessa violência. Todos esses acontecimentos são

vistos pela ótica de uma família comum; quando um dos seus integrantes,

um pacato trabalhador da classe média, é confundido com um ativista

político.

LAMARCA, DIREÇÃO DE SÉRGIO REZENDE, 1994. Contextualização

histórica: Ditadura Militar no Brasil. Sinopse: Crônica dos últimos anos de

vida do capitão do Exército, Carlos Lamarca, que nos anos de ditadura,

desertou das Forças Armadas e passou a fazer oposição ao governo militar,

tornando-se um dos mais destacados líderes da luta armada. Ao lado de

Carlos Marighella, Lamarca foi um dos principais líderes guerrilheiros

durante a duração da luta armada (1967-1973). Nesse período, diversos

grupos de esquerda tentaram combater o regime militar pela via de

guerrilha urbana e rural.

O ANO EM QUE MEUS PAIS SAÍRAM DE FÉRIAS, DIREÇÃO DE CAO

HAMBÚRGUER, 2006. Contextualização histórica: Ditadura Militar no

Brasil. Sinopse: Mauro mora com seus pais em Belo Horizonte. O ano é

1969 e o Brasil está em crise. A ditadura militar está em seu ápice e os pais

de Mauro parecem estar fugindo de alguma coisa. Sem muitas explicações,

eles deixam o menino na casa do avô paterno, no bairro do Bom Retiro, na

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cidade de São Paulo. O garoto tem de crescer de uma hora para outra e,

com ajuda de seus vizinhos, supera esse obstáculo em seu

desenvolvimento, sem nunca perder a inocência do olhar infantil.

O QUE É ISSO, COMPANHEIRO?, DIREÇÃO DE BRUNO BARRETO,

1997. Contextualização histórica: Ditadura Militar no Brasil. Sinopse: Em

1964, um golpe militar derruba o governo democrático brasileiro e, após

alguns anos de manifestações políticas, é promulgado em dezembro de

1968 o Ato Institucional nº 5, que nada mais era que o golpe dentro do

golpe, pois acabava com a liberdade de imprensa e os direitos civis. Nesse

período, vários estudantes abraçavam a luta armada, entrando na

clandestinidade e, em 1969, militantes do MR-8 elaboraram um plano para

sequestrar o embaixador dos Estados Unidos ( Alan Arkin ) para trocá-lo por

prisioneiros políticos, que eram torturados nos porões da ditadura.

PEÕES, DIREÇÃO DE EDUARDO COUTINHO, 2004. Contextualização

histórica: Brasil pós-redemocratização (movimento operário brasileiro).

Sinopse: O filme fala sobre a classe operária do ABC paulista, composta

principalmente por metalúrgicos que iniciaram grandes greves há muito não

vistas, devido à ditadura militar, que era bastante repressiva ao movimento.

Mostra os acontecimentos e esperanças no Brasil, na época da eleição de

Lula à presidência da República e os rumos do país.

ADEUS LENIN, DIREÇÃO DE WOLFGANG BECKER, 2003.

Contextualização histórica: Desestruturação do Socialismo no Leste

Europeu. Sinopse: A mãe de Alexander, fiel devota do socialismo na antiga

Alemanha Oriental, tem um ataque cardíaco ao ver o filho em uma passeata

contra o sistema vigente. Quando ela acorda do coma, após a queda do

muro de Berlim, o médico aconselha Alexander que ela evite emoções

fortes, pois outro ataque tão cedo seria fatal. Com o peso na consciência

pelo estado atual de sua mãe, Alex faz de tudo para que ela continue

vivendo em uma ilusória Alemanha socialista, mudando embalagens de

produtos industrializados e até mesmo inventando documentários

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televisivos para preencher as brechas do dia-a-dia do recente capitalismo

no país.

BABEL, DIREÇÃO DE ALEJANDRO GONZÁLEZ-IÑARRITU, 2006.

Contextualização histórica: Terrorismo. Sinopse: Um ônibus repleto de

turistas atravessa uma região montanhosa do Marrocos. Entre os viajantes,

estão Richard e Susan, um casal de americanos. Ali perto, os meninos

Aymed e Youssef manejam um rifle que seu pai lhes deu para proteger a

pequena criação de cabras da família. Um tiro acidental atinge o ônibus,

ferindo Susan. A partir daí, o filme mostra como este fato afeta a vida de

pessoas em vários pontos diferentes do mundo: nos Estados Unidos, onde

Richard e Susan deixaram seus filhos aos cuidados da babá mexicana; no

Japão, onde um homem tenta superar a morte trágica de sua mulher e

ajudar a filha surda a aceitar a perda; no México, para onde a babá acaba

levando as crianças; e ali mesmo, no Marrocos, onde a polícia passa a

procurar suspeitos de um ato terrorista.

VÔO UNITED 93, DIREÇÃO DE PAUL GREENGRASS, 2006.

Contextualização histórica: Terrorismo. Sinopse: Em 11 de setembro de

2001 o vôo 93 da United Airlines é seqüestrado por terroristas que têm por

objetivo abatê-lo junto a algum símbolo norte-americano. Durante 90

minutos o avião permanece no ar, sendo que neste período os passageiros

decidem reagir para evitar que os planos terroristas sejam concluídos.

CENTRAL DO BRASIL, DIREÇÃO DE WALTER SALLES JR, 1998.

Contextualização histórica: Brasil pós-redemocratização. Sinopse: O filme

retrata a vida de Dora e Josué. Ela, uma professora aposentada que ganha

a vida escrevendo cartas para analfabetos, na maior estação de trens do

Rio de Janeiro, (Central do Brasil). Ele, um garoto pobre que, com 8 anos

de idade, perde sua mãe no Rio de Janeiro e sonha com uma viagem ao

Nordeste para conhecer o pai. Dora conhece Josué que, após a perda da

mãe, fica perdido e entregue às várias formas de violência urbana, típicas

de uma cidade grande num país subdesenvolvido. Após um grave acidente,

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onde Josué quase foi vítima de uma tentativa de tráfico para o exterior,

Dora rendeu-se ao apelo do menino e o acompanhou em busca de seu pai

e irmãos numa longa viagem para o sertão da Bahia e de Pernambuco.

ENCONTRO COM MILTON SANTOS OU O MUNDO GLOBAL VISTO DO

LADO DE CÁ, DIREÇÃO DE SÍLVIO TENDLER, 2007. Contextualização

histórica: Globalização. Sinopse: O filme trata do processo de globalização

com base no pensamento do geógrafo Milton Santos que, por suas ideias e

práticas, inspira o debate sobre a sociedade brasileira e a construção de um

mundo novo.

ENTREATOS, DIREÇÃO DE JOÃO MOREIRA SALLES, 2004.

Contextualização histórica: Brasil pós-redemocratização. Sinopse: O diretor

acompanha as viagens de Luiz Inácio Lula da Silva, então candidato à

presidência da República, e consegue um belo apanhado sobre a história

política do país pós-redemocratização.

LULA, O FILHO DO BRASIL, DIREÇÃO DE FABIO BARRETO, 2010.

Contextualização histórica: Brasil pós-redemocratização. Sinopse: Mostra a

trajetória pessoal e profissional de Lula, que nasceu no sertão

pernambucano em 1945, veio para Santos com a mãe, dona Lindu e os

irmãos num pau-de-arara, numa viagem de treze dias e treze noites.

Conheceu de perto a miséria e a crueldade, perdeu a mulher e o filho no

mesmo dia e, deu a volta por cima, até se tornar, em 1980, o maior líder

sindical do país. Um caminho marcado por dificuldades e uma notável

capacidade de superação.

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MODELOS DE ROTEIROS PARA ANÁLISE DE FILMES

ROTEIRO PARA ANÁLISE DE FILME 01

Título:

Nacionalidade:

Ano de produção:

Diretor:

Estúdio:

Algum fato do filme não foi compreendido? Qual? O que não ficou claro?

Sinopse da história:

Comentário sobre o filme:

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ROTEIRO PARA ANÁLISE DE FILME 02

Título:

Produção:

Direção:

Ano de produção:

Algum fato do filme não foi compreendido? Qual? O que não ficou claro?

Principais atores:

Principais personagens:

Do que você mais gostou nesse filme? Justifique.

Qual seu personagem favorito? Justifique.

Qual é o personagem que você menos gostou? Justifique.

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ROTEIRO PARA ANÁLISE DE FILME 03

Título do filme:

Produtor:

Diretor:

Ano em que foi produzido:

Algum fato do filme não foi compreendido? Qual? O que não ficou claro?

Localize a história filmada no tempo e no espaço:

Descreva brevemente o assunto abordado pelo filme:

Identifique e exemplifique as perspectivas que foram abordadas pelo

filme. Exemplo de perspectivas: econômica, política, religiosa,

diplomática, ideológica, etc.

Houve outras questões históricas abordadas pelo filme? Quais?

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ROTEIRO DE ANÁLISE PARA FILME 04

Qual o tema do filme?

Como ocorreu o processo social de produção do filme?

O que os realizadores do filme pretenderam nos contar?

Eles conseguiram passar sua mensagem? Justifique sua resposta.

Como o filme foi recebido pela crítica?

Como o filme foi recebido pelo público?

Você acredita que todos os eventos retratados no filme são verdadeiros?

Justifique sua resposta. Observação: estruture sua resposta

pesquisando em outras fontes.

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ROTEIRO PARA ANÁLISE DE FILME 05

Identificação do produto audiovisual.

Justificativa da relevância social, cultural, científica, etc; do produto

audiovisual escolhido para análise.

Descrição do sentido do audiovisual, o tipo de história que conta, a maneira

pela qual tematiza, delimita e descreve (ou não) os eventos, o contexto

histórico e suas respectivas relações sociais, com base na literatura

disponível sobre o assunto.

Relação da produção do audiovisual com a conjuntura histórica na qual foi

realizada, preferencialmente numa base comparativa com outro (s) produto

(s) de diferente (s) época (s).

Comentário sobre o enquadramento, cenarização, divisão em planos,

edição de imagens, edição sonora, efeitos especiais, roteiro, interpretação

dos atores, influência do produtor, diretor e roteirista, etc; enfim, os

elementos da linguagem audiovisual que estruturam a narrativa.

Recepção pelo público, crítica e estudiosos do assunto, no Brasil e/ou no

exterior.

Bibliografia: impressa e de fontes de internet, da disciplina e complementar

sobre o tema do filme.

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ROTEIRO PARA ANÁLISE DE FILME 6

Título original:

Lançamento:

Direção:

Duração:

Gênero:

Produção:

Estúdio:

Roteiro:

Edição:

Figurino:

Fotografia:

Trilha sonora:

Direção de arte:

Site oficial:

Periodicidade:

Principais personagens:

Principais atores:

Crítica:

Público:

Anacronismos:

Distorções:

Sinopse:

Mensagem:

Comentário sobre o filme:

Contextualização histórica:

Pretensão dos realizadores:

Processo de produção do filme:

Eventos/personagens históricos representados:

Informações mínimas sobre o contexto/país no qual o filme foi produzido:

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ORGANIZAÇÃO DAS ATIVIDADES QUE FORAM

DESENVOLVIDAS

No decorrer do 2º semestre do ano de 2011, o Projeto de Intervenção

Pedagógica na escola e a Produção Didático-Pedagógica, foram

apresentados à Direção e à Equipe Pedagógica do Colégio Estadual

Ivo Leão – Ensino Fundamental e Médio;

O trabalho foi apresentado aos alunos, a fim de socializar com todos

os educandos uma síntese geral das atividades realizadas sobre a

temática proposta;

Comentário sobre os filmes que foram exibidos;

Fornecimento de roteiros de análise para os alunos;

Exibição dos filmes contextualizados ao conteúdo;

Formação de grupos para discussão com base nos relatórios;

Organização de uma síntese da discussão grupal.

Observação: Foi analisado um filme por bimestre, a exibição ocorreu no

contraturno e a avaliação se fundamentou nos roteiros de análise e na

participação dos grupos na discussão final.

IMPLEMENTAÇÃO

Entre os dias 11 e 16 de agosto de 2011, o Projeto de Intervenção

Pedagógica na Escola e a Produção Didático-Pedagógica foram entregues à

Direção e à Equipe Pedagógica do Colégio Estadual Ivo Leão. (Situado na

rua Nossa Senhora da Cabeça nº 1183. CIC. Curitiba-Pr). O trabalho foi

apresentado aos professores e alunos da instituição, a fim de socializar com

todos uma síntese geral das atividades que seriam realizadas sobre a

temática proposta.

Entre os dias 24 de agosto a 04 de novembro de 2011, foi desenvolvida

a implementação do projeto em 06 turmas (8ªA, 8ªB, 8ªC, 8ªD, 8ªE e 8ªF), as

quais foram divididas em grupos. Os alunos receberam vários modelos de

roteiros de análise e foram convidados a participarem da exibição dos filmes,

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a presença não era obrigatória, os que não podiam comparecer, poderiam

locar ou baixar os filmes pela internet. Cerca de 70% dos alunos

compareceram para assistir os filmes no anfiteatro do colégio em

contraturno. Utilizando um projetor multimídia e um telão foram exibidos 02

filmes, um no terceiro bimestre (Platoon, contextualização histórica: Guerra

Fria), outro no quarto bimestre (Araguaya, contextualização histórica: Guerra

Fria e Ditadura Militar no Brasil).

O trabalho foi positivo, foram realizadas excelentes pesquisas e debates,

onde ficou evidente que a exibição dos filmes contribuiu para a compreensão

do conteúdo. Após a exibição dos filmes, os grupos realizaram a pesquisa

utilizando várias fontes, inclusive sites especializados em cinema,

conjuntamente à entrega do trabalho foram realizados os debates e

discussões, onde os alunos apresentaram seus comentários e dúvidas.

Durante o processo foram identificados obstáculos, tais como: alguns

alunos tiveram problemas para realizarem a pesquisa, necessitando um

acompanhamento individualizado, outros apresentaram grandes dificuldades

em participarem dos debates, fruto da falta de hábito de estudo, leitura,

pesquisa e participação em discussões escolares, práticas que devem ser

incentivadas e desenvolvidas nas escolas públicas. Foi constatado também

que um número menor de alunos por exibição, torna a atividade mais

tranquila e produtiva.

Concluindo: o processo de implementação do projeto foi extremamente

positivo, sendo necessários evidentemente alguns ajustes e troca de

experiências para aprimorar o processo.

GLOSSÁRIO DE ALGUNS TERMOS CINEMATOGRÁFICOS

Ângulo (tipos de): normal (mesma altura dos personagens/objetos) inferior

(abaixo dos personagens/objetos) e superior (acima dos

personagens/objetos ).

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Argumento: primeiro sumário da história, enfatizando as motivações dos

personagens e peripécias principais do enredo. Base de desenvolvimento

do roteiro.

Cena: unidade espaço-temporal (pode ser chamada de sequência ).

Cenário: onde ocorre a história. Pode ser interior ou exterior, natural ou de

estúdio, limpo ou sujo, realista ou figurado.

Conteúdo diegético: a fábula, a história contada pelo filme e,

consequente, realidade fílmica implicada.

Continuidade: procedimento que consiste em controlar o enquadramento

e vários planos que compõem uma sequência, para que os cenários,

figurinos, objetos e atores pareçam estar sendo filmados no tempo real da

ação e em harmonia com as posições anteriores no cenário.

Diretor: profissional responsável pela coordenação de todos os elementos

que compõem o filme.

Distribuidor: pessoa ou empresa responsável pela chegada do filme às

salas de exibição em diferentes partes do mundo.

Edição: montagem, procedimento final que prepara o filme a ser exibido,

organizando o material filmado na ordem narrativa preestabelecida pelo

roteiro.

Enquadramento (tipo de): plano geral (amplo e distante) , plano médio(

conjunto de objetos ou pessoas), plano americano (até a cintura ou até os

joelhos) e primeiro plano (rosto).

Figurino: elemento sutil, muitas vezes secundário, mas que em

determinados gêneros (ficção científica, filmes de época) ganha

importância.

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Foco narrativo: perspectiva pela qual a história é transmitida para o

espectador.

Fotografia: item que inclui as cores e os tons predominantes na imagem,

contraste (luz e sombra) e efeitos de iluminação (foco, penumbra,

superexposição, etc.).

Gêneros: grandes estruturas narrativas ficcionais. Tipo de filme conforme

a fábula e o conteúdo diegético desenvolvido.

Interpretação: forma pela qual os personagens ganham “vida” pela ação

dos atores.

Montagem: procedimento técnico que organiza a narrativa e/ou

dramaticidade do filme, entendida como o “tempo lógico” da obra (que nem

sempre coincide com o tempo cronológico real das ações supostas pelo

espectador). A continuidade estabelecida pela montagem busca a

articulação de três elementos básicos: ritmo, tensão e coerência interna da

história.

Película: suporte material do filme, a fita de celulóide sensível que

contém brometo de prata e, quando exposta à luz, grava as imagens

enquadradas pela câmera.

Personagem: as “pessoas” fictícias que protagonizam a história.

Plano: cada tomada de cena focalizada pela câmera.

Produtor: pessoa ou empresa responsável pela viabilização material e

financeira do filme.

Roteiro: desenvolvimento dramático do argumento, contendo o conjunto

de sequências, a descrição das cenas e os diálogos que as compõem.

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Sequência: unidades dramáticas do enredo que, somadas, compõem o

filme como um todo. Costuma se dividir em vários planos ou num plano só

(o chamado plano-sequência).

Sinopse: pequeno resumo escrito do filme, contendo a trama básica e os

personagens principais.

Teatro filmado: tipo de montagem na qual o corte se efetua a cada cena,

mantendo um ponto de vista fixo entre eles.

Telecinagem: processo de adaptação do filme original (em película

cinematográfica) para VHS.

Trilha sonora: compõe-se da parte musical (geralmente externa à

história, exceto no caso dos musicais, nos quais a música é o órgão

condutor) e da parte de efeitos sonoros intrínsecos à história, como os

diálogos e os ruídos.

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5. REFERÊNCIAS

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Minho, 2000.

BITTENCOURT, M. C. Ensino de história: fundamentos e métodos. São

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