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Sindicato dos Empregados em Postos de Serviços de Combustíveis e Derivados de Petróleo de São José dos Campos e Vale do Paraíba SÃO JOSÉ DOS CAMPOS

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Sindicato dos Empregados em Postos de Serviços de Combustíveis e Derivados de Petróleo de São José dos Campos e Vale do Paraíba

SÃO JOSÉ DOS CAMPOS

o benzeno foi introduzido na lista de substâncias cancerígenas na NR 15 anexo 13

Está presente em combustíveis derivados do petróleo. A regulamentação brasileira permite de 1 a 1,5% na gasolina de automóveis. Há achados de quantidades bem maiores(até8%) em gasolinas adulteradas.

Provoca depressão generalizada na medula

óssea que se manifesta pela redução de

todos os tipos de células sanguíneas.

Há relação causal comprovada entre

exposição ao benzeno e ocorrência de

todos os tipos de Leucemia. As mais

frequentes são as Mieloides Agudas.

Há também relação comprovada com a

Aplasia de Medula.

Estudos recentes tem comprovado os

mecanismos dos efeitos tóxicos e

cancerígenos do Benzeno

•O Professor Giovanni Berlinguer, há mais de 15 anos, comentando a questão dos limites de tolerância e sua relação com a ética dizia que, com a evolução da ciência, os danos à saúde são identificados de forma cada vez mais precoce colocando por terra conceitos de segurança que prevaleceram às vezes por décadas.

No Brasil, segundo Albertoni Martins, é importante ressaltar a

atividade de frentista, onde os trabalhadores estão expostos aos

riscos provocados pelo contato com hidrocarbonetos aromáticos

através dos combustíveis e óleos lubrificantes comercializados em

postos e serviços. "Nesses ambientes é possível identificar o

contato

do trabalhador com os produtos químicos durante a atividade de

abastecimento de veículos, lubrificação, manuseio de partes

contaminadas do motor para medir níveis de óleo e água, lavagem

de veículos e contato com panos e estopas contaminadas".

Albertoni Martins da Silva Júnior, engenheiro de segurança do trabalho, especialista em higiene ocupacional pela Poli/USP e especialista técnico HAZMAT pela Universidade do Texas - USA e perito de insalubridade e periculosidade da Justiça do Trabalho de MT

• Giovanni Berlinguer: “a participação dos trabalhadores é fundamental para conhecermos o que acontece nos locais de trabalho”.

Giovanni Berlinguer (pronúncia italiana: [berliŋɡwɛr]), Cavaliere di Gran Croce OMRI [1] (nascido em 09 de julho de 1924), é um político italiano e professor de Medicina Social.

Diretor Jalcedo do Sindicato dos Empregados em Postos de São José dos Campos .

Realizando trabalho nos postos de combustíveis

• 127 postos

• 60 postos visitados

Evandro Rosa de Oliveira Jornalista e Pesquisador

Jalcedo Francisco Moreira Diretor Sindicato dos Empregados em Postos

Thais Emanueli Assistente de Base

Desenvolvida dentro dos postos de combustíveis de São José dos Campos.

Frentistas – lavadores - gerentes

Objetivo:

• Avaliar condição de trabalho dos frentistas, lavadores e gerentes

• Nível de conhecimento sobre riscos de contaminação

• Investimento das empresas na prevenção de doenças

• Sintomas que podem identificar uma possível contaminação

• Periodicidade de realização de exames preventivos

• Preocupação do trabalhador quanto a evitar contaminação

Relação de perguntas:

Idade Estado civil Numero de filhos e idades

Informações para Identificar o número de pessoas envolvidas diariamente e indiretamente

1 – A quanto tempo trabalha em postos de combustíveis 2 – Já teve algum problema de saúde? 3 – Já fez ou faz algum tipo de exame? 4 – Sente algum sintoma ou já sentiu,como: dor de cabeça, tontura, alergia, irritação na pele, enjoo, irritação nos olhos, outro tipo? 5 – Sua roupa é lavada onde? Casa, lavanderia, trabalho A - Como é lavada? Máquina ou tanque

B – Separada ou misturada? Roupas da família

C – Alguma vez já foi orientado sobre como lavá-las?

6 – Quando abastece os veículos: A – Você coloca o bico no automático ou usa o manual? B – Você fica próximo ao bico? C – Usa pano, flanela ou estopa? 7 – Ao terminar o expediente: A – Toma banho no posto? B – Se troca ou vai para casa com a roupa do serviço? 8 – A empresa realiza algum tipo de orientação relacionado a prevenção de acidentes e contaminações? 9 – Nos horários das refeições: A – lava as mãos? B – O que usa para lavar as mãos?

Resultado:

Idade 30 a 50 Estado civil maioria casado Tem filhos? Maioria filhos menores que 20 anos A – Quantos média 2 B – idade maioria menores que 20 anos

1 – A quanto tempo trabalha em postos de combustíveis maioria mais que 5 anos – média 10 a 30 anos jovens: entre 1 e 3 anos 2 – Já teve algum problema de saúde? Maioria disse não 3 – Já fez ou faz algum tipo de exame? Maioria disse não 4 – Sente algum sintoma ou já sentiu,como: dor de cabeça, tontura, alergia, irritação na pele, enjoo, irritação nos olhos, outro tipo? Alguns sintomas 5 – Sua roupa é lavada onde? Casa A - Como é lavada? Maioria na Máquina

B – Separada ou misturada? Roupas da família Dividida

C – Alguma vez já foi orientado sobre como lavá-las? Nunca

6 – Quando abastece os veículos: A – Você coloca o bico no automático ou usa o manual? Minoria usa B – Você fica próximo ao bico? 100% sim C – Usa pano, flanela ou estopa? Maioria disse ser necessário para não sujar os carros ou motos. Clientes ficam bravos. 7 – Ao terminar o expediente: A – Toma banho no posto? Maioria não B – Se troca ou vai para casa com a roupa do serviço? Grande parte se troca no posto, outros vão de uniforme para casa 8 – A empresa realiza algum tipo de orientação relacionada a prevenção de acidentes e contaminações? NÃO 9 – Nos horários das refeições: A – lava as mãos? SIM B – O que usa para lavar as mãos? Shampoo de carro ou detergente

Observações:

Durante o trabalho de pesquisa o diretor Jalcedo observou um frentista usando pano e após abastecer uma moto, limpou as mãos com o pano sujo de gasolina. Obs.: O pano é colocado na boca do tanque para não escorrer gasolina no tanque enquanto se abastece.

“O uso das flanelas se faz necessário para evitar que o combustível escorra ou quando voltar do Tanque, não espirre para fora e molhe o carro”.

“Abastecimento de motos e carros mais velhos, não dá para usar o automático, tendo que ficar segurando o gatilho e olhando para não transbordar. O uso do pano é necessário”.

Gerente de posto diz Que está nas normas Da empresa o uso das flanelas

Gerentes fazem a aferição do caminhão de combustíveis sem máscara. Alguns usam óculos de proteção e luvas, mas não usam a máscara.

Alguns frentistas ficam de cabeça baixa olhando para o bico enquanto abastecem o veículo, recebendo todo o vapor no rosto e inalando pela boca e nariz, além de ficarem os olhos expostos.

EXIBIR ENTREVISTA COM FRENTISTA

Os frentistas em sua grande maioria, abastecem de forma errada , aumentando os riscos de contaminação.

A utilização da flanela também é comum Na maioria dos postos de combustíveis

Poucos frentistas se afastam da pistola de abastecimento quando estão abastecendo no modo manual. Frentista disse: “Abasteço mantendo distância , mas não sabia que contaminava, o cheiro me incomoda e imagino que não faça bem para a saúde”.

Este frentista abastece no modo manual . Está muito próximo da boca do tanque. O gatilho acionado , a pressão faz com que o combustível seja introduzido dentro do tanque e o vapor sai em grande quantidade.

O uso da flanela acoplada à pistola também é visível.

Abastecendo: já te pediram pra descer da moto? ernesto neto em Dom Fev 27, 2011 7:35 pm Já por duas vezes me pediram pra descer da moto durante o abastecimento, coincidencia ou não, as duas foram em postos BR: uma foi lá em Itu quando voltamos do almoço no Alemão, e outra foi aquí em Sampa, também num posto BR. Não que eu quisesse "brigar" com os frentistas (por sinal lá em Itu foi um"a" frentista), mas nas duas recusei-me ao atender ao pedido, e tive que ouvir que se houvesse "algo" ( ) a responsabilidade seria minha! O argumento deles é que seria "perigoso" abastecer a moto com o condutor porque pode ocorrer fogo e atingir quem está montado (o que é verdade, e não tenho estatísticas sobre essas ocorrencias, mas desconfio que isso seja bem incomum . Se preocupam com os riscos de acidentes com o condutor da moto, mas não com a saúde dele e do próprio frentista.

Visitas aos postos de combustíveis

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