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qu-e lhe valeram a repe· os apphusos. - Artlwr l1y. THEATRO MUNICIPAL Segunda-feira, 25 de Maio de 1931, ás 21 horas ' 2.° CONCERTO · PHILARMONICO Regente: · BURLi iE - .ARX Solistas .{ ANTONIETTA DE SOUZA J. SOUZA LIMA SCHUBERT . M. DE FALLA - FROGRtl.MMA ' . I. 8ymphonia em si menor (Inacabada) "E/ Amor Brujo" Introduccion y Escena - En la Cueva (la noche) - Canción dei amor dolido - El Aparecido - Danza dei Terror - El Cir- culo Mágico - A media Noche - Danza ritual dei Fuego (para ahuyentar los ma- los espiritus) - Canción dei fuego fatuo Pantomim a- Danza dei Juego de Amor - Las Campanas dei Amanecer (Final) Solista: ANTONIETTA DE SOUZA li. SAINT-SAENS- Concerto para piano e orchestra RAVEL WAGNER ,Allegro moderato ·Allegro vivace Andante Allegró Solista : SOUZA UMA UI. Boléro Mestres Cantores (Ouver!ure) Piano "BECHSTEIN" da Casa STEPHEN

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Page 1: ás horas ' 2.° CONCERTO · PHILARMONICO Regente: ·BURLiiE · ",JOq{la{.tjpjll A\ Ul

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novos applausos. Formara-se no I I salão do Municipal um ambiente

Fof na estação musical do an- artistic:o de criterio acrisolado e j no passado que se realizou nesta I o piamsta continuou a ser . feste­capital, no Theatro Municipal, a jado com a m.esma sympath1a e o e stréa do pianista brasileiro sr I mesmo enthus1asmo, emquanto fez Rouza Lima depois dos seus' tri: ouvir um "Nocturno", um "Estu­un1phos na 'Europa onde conquis- do"', uma "Valsa" e a "4a. Balla­tou invejavel noll!_e:.da, <;>nde rece- J da:• de Chopin; u~a "Piéce en beu a consagraçao defmltiva de fó1.me de Habanera de Ravel-

'lS! l(B dll!Jl?f 000 oS S!q 000 OZ l;) SSl?p 'U;JU!l.j;JUUl? l(JOp Ul?U! UU 'e}( OS '~s~~( U;)UllU!~Soq Jq:>!u SUtJeZ~nwwew sop .TOl(V sup q:>nE q:>rs uu;~.M. ·uoq:>ns.to~un nz pun3: u;~p wn ';~[[OlS

pun PO ue ~orto~ed~Jd Ul;) moA\ l(:l!PP!lqu;~2 ·UV 'P.l!M' l.ll(BM;JqJne U!I1;)~11Jilf UO![:lS!.!OlS!l( 1 U1! )Z~of l;!p 'JeA\ UOP,lOM U;JpU11J;!_3 ;~_3u~1 l;)l~J\l Z/1 I UOA U!fBZ~I1UlU!'CW U!O SJ(l?JU;Jq;~ ~SUJS<lJl(l?f lOA lOp U11 ';! IJ;!~S l;)U!;J Ue Ut{l?ZlnmutBW u;~_3 ·U'C[ .l;)~;IJ>\( U;JU!;J J;Jq!) U::>U!O U<lpuBJ ;J!S ·spop •[OSS!)Q ;Jl(~N .I;)p UI JO![pOI.lJpJEM J;)U!!;Jl(SOJ •1;)9 m;~p J11'C UOl!OlJlV !;~q .l;!JI;)lj/ll?pl3: UO~tpeut PU!ll.!J U;)lP!Pl(:>!q:>S;J2.JOA U;!IJOA)JOh\ UOU!3:

1 grande virtuose do piano. Ertcourt; a "Ronde", de Debussy; . a "Dansa de Negros", de Fructuo-

",JOq{la{.tjpjll A\ Ul<lUJ<l Jnll J)Uli.J .1'1UJ1JlU:'IlUJS:ljjJQ"

Essa festa musical, em que se so Vianna· o "Commentaire et expandiu o nosso Justo orgulho / Valse" de / Nin "Liebestre ud" de pela nomeada que o pianista{ eme- Kreisler - Ra~hmaninoff, além r ito conqurstara na Europa antes de muitos outros numeros extra da sua consa!?r!'-ção definitiva p~- / para satisfazer e agradecer .{ los 2eus patr!Cios, teve uma am- grande ovação do auditorio. maçao e um brilho pouco com- · n. B

.~

Os concertos Antoníetta de Souza será a interprete de "Amôr Brujo'

d Ph.l · e Souza Lima, que o nosso a I armoniCa ! publico conhece de ouvido, muns, pela espontaneidade dos ap- ' plausos, pela concurrencia nume-rosissima de uma sociedade dis-tincta, e principalmente pela su-perioridade da arte pianistica do concertista festej ado, que soubera desse modo honrar o nome bra-sileiro.

Ha quasl um anno decorrido e o eminente pianista volta a deliciar 1 nos com o brilho da sua arte vi- I gorosa e elevada, de uma rique- . za abundante de nuanças, de de­licadezas sem par. Dir-se-ia que o interprete augmentara os seus recursos d!' expressão, o esplen­dor do seu colorido e as vibra­çó~s da sua sensibilidade - tal o encanto da sua interpretação pri­morosa em aue abundaram con­tornos de phrases em linhas de­senhadas com requintes de sono­ridades imprevist.as que enchiam de encanto o pensamento, ou an ... tes, o sentimento do d iscurso mu­sical.

Um anrio 'não decorrera ainda e o concertista primoroso visitou novamente .·a sua pattia, permit­tindo-nos o goso artistico de ou­vil-o e de admirar-lhe as precio­sas qualidades de pianista. supe­rior pela sua brilhante virtuosida­de alicerçada numa technica pri­moro~a .

O primeiro numero do seu pro-gramina, a unica 1'Sonata" para piano, dedicada a Schumann, que Liszt escreveu, foi o mais brilhan-

' te estalão, que o artista poderia l encontrar na vastissima literatu­ra do piano, para dar a medida eloquente do seu valor pianisti­co. Na interpretação elevada des-sa pagina gigantesca, o sr. Souza Lima chega a convencer os seu ~ ouvintes de uma verdade, em ge -ral de~conhecida, até mesmo dos profissionaes da arte dos sons, isto é, que Liszt não era exclusi-vamente o pianista genial de que todos têm conhecimento; elle era tambem um compositor de immen-so valor, genial mesmo. Caivoco-vessi, proclama, como muitos ou-tros, a s ua genialidade de criador, de innovador privilegiado.

De todos os compositores do XIX•. seculo não ha um só, cuja

i musica tenha suscitado tão vio­' lentas ~riticas, tão persistente op-

posição, permanecendo incompre-1 endida tanto tempo. E' verdade

que, com suas composições, Liszt produzia uma revolução profunda, unicamente musical, e mais diffi-cil de se compreender, talvez, que a reforma dramatica de Wagner . A grande Sonata de piano que o

i mestre escreveu em 1853 (e que 'I ouvimos a nte-hon tem magistral­

mente interpretada pelo sr. Sou­Zé'. Lima) , foi o primeiro exemplo

: de uma unidade organica irrepre-1 ensivel nesse genero. Rietsch, no

seu admiravel "Essai sur la mu­sique dans la deuxiéme moitié du XIX siécle", constata que, gra-ças ao poema symphonico, a for-ma da Sonata se emancipou pel~ fu são dos seus differentes tempo~ em um conjunto unico. Na Sona­ta de que nos occupamos, cbml) num poema symphonico, os de-senvolvimentos succedem-se livre-mente, reunidos pelos themas ele-mentares aue circulam através de toda a canlposição, o estado por-menorizado dessa praducção tã.o original, em q,ue 'o conjunto e ca ... da incidente tão igualmente ad-miraveis, ser ian1 neste 1nomento inopportunos pelo espaço que exi­giriam. Basta dizer que essa pa­gina grandiosa teve uma inter­pretação tão e levada na arte pia-

I nistica de Souza Lima, que diffi-1 ci lmente poderia ser igualada -

e a brilhante concurrencia que ou-via. attenta e extasiada essa pagi- ~ na glorir/;a, prorompeu em ap-plausos prolongados durante mui-to tempo, fazendo voltar o pianis-ta por vezes á scena para receber ,

1 • • I isto é. por ouvir falar, tocará do RIO de Janeiro I por musica o diffi.c'il "Con- !

j certo" de Saint Saens, que o A Orchestra Philarmonica nosso querido director asso­

do Rio de Janeiro, que es- I bia todas as manhãs, como treou ha dias no Municipal, gymnastica respiratoria, con-

tf.l ~ prepara actívamente o seu siderando-a como a sua mu-\ ~ segundo concerto para a se- sica de cabeceira·

.Z:t-s--3\ gunda-feira Pl'OXima. o m aestro Burle Marx, qne ·-·· . Do magistral programma j á está consagrado como ba· Souza LJm.a executou 0 . Oon· fazem parte duas primeiras tuta dirigirá a orchestra de

ce1·to para p1ano e o1·chest1 a, o-e . - .. ., R • ' S:lint-Saens. e foi 0 rei da noite. aud1çoes : - Bolero , d.e a- clarando que, caso c~mpa~e-0 testemunho ela impressão dei- · ver, um dos mais ruidosos çam fae·C'istas ou legwnanos xada pPio desempenho da peça successos da "tournée" de de outubro ao concerto, ao <l-3via ter elle verificado nas pai· Toscanini com a philarmoni- contrario de Toscanini. está mas unanim~s .e fragorosas que ' ca de Nova York e "Amôr disposto a reger a execução como uma force e prolongada . , F ll ~ · . descarga elcctrica estaiaram na BrUJ? , de a a , ql!e a nossa de qu:;tlquer hymno pela or-sala. · platea conhece so de fala chcs tra, inclusivil· os psalmo!:>

Seguidas Yezes foi elle chama· mesmo. da Manoelina de Coqueiros. do ao proscenio, sendo obrigado a tocar, só. SiJ111 orchestra, dous extras, qu-e lhe valeram a repe· tição elos apphusos. - Artlwr Imbassal1y.

THEATRO MUNICIPAL Segunda-feira, 25 de Maio de 1931, ás 21 horas '

2.° CONCERTO · PHILARMONICO

Regente: ·BURLiiE -.ARX Solistas .{ ANTONIETTA DE SOUZA

J. SOUZA LIMA

SCHUBERT .

M. DE FALLA -

FROGRtl.MMA

' . I.

8ymphonia em si menor (Inacabada)

"E/ Amor Brujo" Introduccion y Escena - En la Cueva (la noche) - Canción dei amor dolido - El Aparecido - Danza dei Terror - El Cir­culo Mágico - A media Noche - Danza ritual dei Fuego (para ahuyentar los ma­los espiritus) - Canción dei fuego fatuo Pantomima - Danza dei Juego de Amor -Las Campanas dei Amanecer (Final)

Solista: ANTONIETTA DE SOUZA

li.

SAINT-SAENS- Concerto para piano e orchestra

RAVEL

WAGNER

,Allegro moderato ·Allegro vivace Andante Allegró

Solista : SOUZA UMA UI.

Boléro

Mestres Cantores (Ouver!ure)

Piano "BECHSTEIN" da Casa STEPHEN