revista viajei! #0

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DEIXA A ESTRADA TE LEVAR Mergulhe nas belezas naturais do Brasil e aproveite não só o destino, mas o percurso R$ 12 | Edição 0 | Julho 2014 Conhecendo o passado das cidades com o turismo de cemitério As diversas culturas, cores e crenças que o Machu Picchu oferece Stand Up Paddle em Itapuã mescla turismo e aventura VIAJEI!

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A revista Viajei! tem como objetivo servir de fonte de informação confiável e inspiração para o público jovem que se interessa por turismo. A publicação busca diferenciar-se de outras do ramo ao trabalhar com a proposta do turismo de experiência. O conceito baseia-se em roteiros que vão além dos pontos turísticos clássicos e da mera observação e partem para a vivência do lugar visitado em atividades diferenciadas. A intenção da publicação é, por fim, unir as ideias alternativas e de opinião encontradas em blogs de turismo – muito procurados por jovens em busca de informação turística – com a credibilidade e viés jornalístico de uma revista impressa. A linha do projeto gráfico da revista segue a de seu público, com um design moderno, leve e que valoriza as imagens.

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DEIXA A ESTRADA TE LEVAR

Mergulhe nas belezas naturais do Brasil e aproveite não só o destino, mas o percurso

R$ 12 | Edição 0 | Julho 2014Conhecendo o passado

das cidades com o turismo de cemitério

As diversas culturas, cores e crenças que o Machu Picchu oferece

Stand Up Paddle em Itapuã mescla turismo e

aventura

VIAJEI!

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CARTA AO LEITOR

PÉ NA ESTRADA E MENTE ABERTAAmigos costumam me pergun-

tar as cidades mais belas aos meus olhos, os lugares mais

diferentes que visitei e também di-cas e conselhos quando vão se di-vertir por aí... Costumo dizer, para desolação de muitos, que todo lugar é igual, salvo Paris e Veneza. Real-mente, para mim, o homem não fez nada similar. Napoleão III mandou e o barão de Hausmmann cumpriu à risca o dever de casa. Fez Paris para humilhar o mundo.

Por certo, o universo se encarre-gou de fazer o Rio para zombar dos homens e mostrar quem fez o mun-do, cidade maravilhosa, bela, cheia de encantos mil, despojada de ca-prichos e que transborda natureza no seu limite maior, mas encontra muita similitude na Cidade do Cabo, África do Sul. Se Ele, ou a entidade que escolher acreditar, é brasileiro, fez, duas obras primas e bem pareci-das, uma aqui e outra no pobre con-tinente africano.

Mas também há momentos em que sinto todos os lugares diferen-tes uns dos outros e por isso, acredi-to que essa centena de viagens rea-lizadas tende a aumentar! É a busca eterna pelo novo ou a fuga constan-te. Quem sabe Paris ou Veneza pos-suam algumas irmãs bastardas! Não creio. Busco, busco e não encontro, vejo apenas imitações bonitas, mas longe de bater as mais belas.

O fato é que é magnífico fugir para qualquer lado, dentro ou fora do Brasil, pois o bom mesmo é sair da rotina de tempos em tempos, como Montaigne pregava.

Por certo, o universo se encarre-gou de fazer o Rio para zombar dos homens e mostrar quem fez o mun-do, cidade maravilhosa, bela, cheia de encantos mil, despojada de ca-prichos e que transborda natureza no seu limite maior, mas encontra muita similitude na Cidade do Cabo, África do Sul. Se Ele, ou a entidade que escolher acreditar, é brasileiro, fez, duas obras primas e bem pareci-das, uma aqui e outra no pobre con-tinente africano.

Mas também há momentos em que sinto todos os lugares diferen-tes uns dos outros e por isso, acredi-to que essa centena de viagens rea-lizadas tende a aumentar! É a busca eterna pelo novo ou a fuga constan-te. Quem sabe Paris ou Veneza pos-suam algumas irmãs bastardas! Não creio. Busco, busco e não encontro, vejo apenas imitações bonitas, mas longe de bater as mais belas.

O fato é que é magnífico fugir para qualquer lado, dentro ou fora do Brasil. Peguem suas mochilas, deixem seus preconceitos.

Boa leitura!

DANIELA FLOR, [email protected]

VIAJEI!DIREÇÃO/EDIÇÃOCristina Fragata, Daniela Flor e Luísa Dal Mas

REPORTAGEM Anahís Vargas, Maria Polo e Muriel PorfiroFOTOGRAFIA Andressa Moreira e Carolina GoyerPRODUÇÃO GRÁFICA Cristina Fragata, Daniela Flor e Luísa Dal Mas

EDIÇÃO DE ARTE Marina MarzottoDIREÇÃO EXECUTIVA Cristina FragataGERÊNCIA DE MARKETING Viviane Furtado

IMPRESSÃO Gráfica Viajei!

CENTRAL DE ATENDIMENTO(51) 32686781

Av. Coronel Marcos, 550 - Porto Alegre Rio Grande do Sul - Brasil

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INDICE`

40. CAPAEstradas brasileiras transformam o trajeto em uma aventura

viajei! julho 2014

08. DOMÉSTICODeserto Brasileiro

16. INTERNACIONALA vida na velha montanha

28. REPORTAGEMEquilíbrio sobre o lago

32. DEGUSTAÇÃOSabores viajantes

48. REPORTAGEMMuseu dos mortos

58. REPORTAGEMMarcha boêmia

66. PELA LENTEVive la France

neste mes

RESIDENTES

03. CARTA AO LEITOR

24. PARA LER, VER E OUVIR

27. NA INTERNET

36. CIDADE EM NÚMEROS

46. TOP 5

54. NA BAGAGEM

74. LUÍSA DAL MASFelicidade Pública

75. GUSTAVO GITTISabemos aproveitar as ferias?

76. DIÁRIO DE BORDO

77. CLASSIFICADOS

78. CARTÃO POSTAL

62. VISTOCom André Fran

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domestico´

DESERTOBRASILEIRO

O parque estadual do Jalapão, no Tocantins, é um refúgio de natureza quase intocada pelo homem

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O parque estadual do Jalapão, no Tocantins, é um refúgio de natureza quase intocada pelo homem

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► Reportagem | Cristina Fragata Fotos | Luísa Dal Mas

No quesito férias na natureza, o Jalapão é a última bolacha do pacote. Até a virada do milênio, os únicos forasteiros que se aventu-ravam por ali eram jipeiros. O turismo mais comercial começou apenas em 2001, quando a Korubo montou seu acampamento e adap-tou um caminhão para transportar grupos.

O número de visitantes, porém, ainda é muito pequeno e não altera em nada a den-sidade demográfica da região. Não há hotéis — só umas poucas pousadas num ou noutro vilarejo. Apesar de muito falado, o Jalapão é pouco explicado.

Muita gente imagina o Jalapão como uma filial dos Lençóis Maranhenses onde as lago-as e dunas são emolduradas por paredões tipo Chapada Diamantina; um vasto território virgem, sem estradas definidas, desbravado por veículos off-road.

Aquele cenário de duna, lagoa e paredão de chapada existe, sim, mas num lugar espe-cífico: a Serra do Espírito Santo. Não é uma topografia que se repita em outros pontos.

Tampouco o Jalapão é um “deserto”: a região combina paisagens de cerrado com campos gerais. Escondidos no território estão rios, veredas, cachoeiras e fervedouros.

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De difícil acesso, as estradas que levam ao parque só

podem ser percorridas com caminhonetes ou veículos

adaptados

O Jalapão ocupa uma área de 34 mil km² (para comparar: Sergipe tem 22 mil km²) no centro-leste

do Tocantins, fazendo fronteira com Bahia, Piauí e Maranhão. A principal porta de entrada da região é a cidadezinha de Ponte Alta do Tocantins, que está a 190 km da capital, Palmas, por estrada asfaltada. Dali em diante, só estradas de terra. Itinerários circulares usam a cidade de Novo Acordo, a 110 km de Palmas (também por asfalto) para entrar ou sair. A maior quantidade de atrativos está em torno do povoado de Mateiros, a 160 km de Ponte Alta (ou 240 km de Novo Acordo). Os povoados de Ponte Alta e São Félix do Tocantins (a 90 km de Mateiros e 150 km de Novo Acordo) também servem como base para visitar outros atrativos.

Não é indicado circular pelo Jalapão sem guia: as estradas têm poucas placas e a maioria das atrações é de difícil acesso. Além disso, a densidade demográfica ali não chega a um habitante por quilômetro quadrado (você dirige por horas sem ver ninguém pelo caminho). O solo arenoso — fofo na seca, lamacento na estação chuvosa

— torna a viagem recomendável apenas para veículos com tração 4×4.

O caminhão da Korubo no qual viajei rodava a 30 km/h. É provável que jipes andem mais rápido, mas acredito que não muito. Indo com seu jipão por conta própria, você pode pernoitar em Ponte Alta, Mateiros e São Félix do Tocantins. O solo arenoso torna a viagem recomendável apenas para veículos com tração 4×4. Alguns viajantes de aventuram em carros altos, como o Uno ou o Celta.

Os tours organizados oferecem três jeitos distintos de explorar a região. A pioneira Korubo hospeda seus passageiros por quatro noites num (superconfortável) acampamento permanente (ou safari camp) à beira do rio Novo, 60 km antes de Mateiros (ou 100 km depois de Ponte Alta).

Os deslocamentos são feitos num caminhão transformado em ônibus, inspirado em overlands africanos, com um deck de observação em cima da cabine. O itinerário entra e sai por Ponte Alta. A vereda Suçuapara é visitada na volta do segundo dia. Os tours organizados oferecem três jeitos distintos de explorar a região. A pioneira Korubo hospeda seus passageiros por quatro noites num acampamento superconfortável.

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As dunas de areia dourada são a atração ícone do

Jalapão e chegam a atingir30 metros de altura

A região do parque tem 1,3 habitantes por

km² e só recebe turistas desde

2001

Ao contrário da idéia comu-mente disseminada, é possível chegar à região de carro, sem passar pelo aeroporto de Palmas e sem contratar pacotes das em-presas de turismo que operam na região. Recolhendo o máximo de informações, de mapas e redo-brando os cuidados tradicionais com o veículo, e após percorrer 870 km de estradas a partir de Brasília se chega à Mateiros, o co-ração do Jalapão.

A primeira dúvida: só de veí-culo 4×4? Pensamos que é mui-tíssimo recomendável um veículo com tração nas 4 rodas, embora não sejam inviáveis alternativas. Carros leves e mais altos, do tipo Gol e Uno podem chegar, mas é muito provável que isso acarrete aventuras adicionais durante o passeio, e muito trabalho. Nesse caso, seria aconselhável levar na bagagem algumas tábuas e uma pá; lembrando que usar esses apetrechos pode roubar um bom tempo da viagem. Mas para os

aventureiros irredutíveis, e que disponham de tempo, isso pode simplesmente tornar a experiên-cia mais radical.

A segunda pergunta: qual o melhor caminho? São muitos e alguns bem parecidos. Via Belém--Brasília. Via BR 020 ou via Cha-pada dos Veadeiros que, embora não seja o roteiro com as melho-res estradas, possibilita uma esca-la para “aquecimento” no paraíso místico e natural da Chapada. Foi esta a escolha minha e da Leti: o trecho de estrada entre a BR 020 e São João da Aliança. Apesar de não ser o caminho mais comum, nos pareceu o mais bonito.

Apesar de não ser o caminho mais comum, nos pareceu o mais bonito. A segunda pergunta: qual o melhor caminho? São muitos e alguns bem parecidos.

LONGE DA CIVILIZAÇÃO

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A natureza intocada revela detalhes

surpreendentes empleno deserto

Ao contrário do que eu imagi-nava, o Jalapão é visitável o ano in-teiro. Entre maio e setembro quase não chove e o céu estará azulzís-simo (pelo menos até as queima-das do Cerrado começarem, em meados de setembro). Para ver o capim-dourado em seu estado dou-rado, visite em setembro. Durante a época seca os dias são quentes (quanto mais perto de setembro, mais quente) e as noites, frescas. Para ver o capim-dourado em seu

estado dourado, visite em setem-bro.

Na época chuvosa faz menos calor de dia, mas em compensação de noite não esfria. Leve em conta que os grupos são pequenos e, em feriados e nas férias, lotam com antecedência.

No post anterior, Para entender o Jalapão, eu explico o que esperar da região e as diferenças entre os roteiros das principais operadoras. (Lá tem também o link para um

roteiro para jipeiros que queiram ir por conta própria.) Neste novo post, conto a minha experiência de 5 dias e 4 noites no Jalapão, como convidado da Korubo, em setem-bro de 2012. (O pacote completo, a partir de R$ 1.980 em ocupação dupla, inclui ainda duas noites em Palmas, uma na chegada e outra na véspera de retornar. Passagens aé-reas não estão incluídas.)

Neste novo post, conto a minha experiência de 5 dias e 4 noites.

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AS ÁGUAS DO DESERTO

As cachoeiras da Velha e da Formiga estão

escondidas em meio avastidão da areia

Mesmo longe de ser um destino ecoturístico ba-dalado como a Chapa-da Diamantina (BA) ou

Bonito (MS), o Parque Estadual do Jalapão certamente é um dos mais fascinantes roteiros para se fazer no Brasil. Embora seja conhecido como um deserto, não seria exagero chamar o parque – que envolve oito municípios e está encravado entre os Estados de Tocantins, Piauí, Ma-ranhão e Bahia – de óasis.

Isso por causa da abundância de água, nas mais atraentes variantes: cachoeiras, nascentes poderosas (os fervedouros), rios incrivelmente limpos e de água potável. As quedas surgem como oásis depois de horas sacolejando dentro dos jipes. Algu-mas, como a da Velha, foram feitas

para serem observadas - são 20 me-tros de cascatas e cem metros de largura. Já a do Formiga, do Lagea-do e do Soninho são perfeitas para recuperar as energias. É aqui que o cerrado revela seu lado surpreen-dente eo fascínio do lugar não deixa dúvidas: o ecossistema Jalapão é um extraordinário patrimônio natural.Em meio a dunas de 40 metros de altura, um complexo aquático de rios, cachoeiras, córregos e lagos de águas límpidas e borbulhantes que desafiam a gravidade.

No Fervodouro em Mateiros, vá-rias nascentes convidam o visitante para um banho único, onde se tem a sensação de estar flutuando, quan-do se é empurrado para cima pelas águas mornas da Cachoeira do Soni-nho ou da Velha.

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A VIDA NA VELHA MONTANHA

As possibilidades de imersão cultural que a cidade Inca de Machu Picchu oferece

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INTERNACIONAL

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► Reportagem | Carol Goyer Fotos | Isadora Antoniazzi

Machu Picchu (em quíchua Machu Pik-chu, “velha montanha”),1 também chamada “cidade perdida dos Incas”,2 é uma cidade pré-colombiana bem conservada, localizada no topo de uma montanha, a 2400 metros de altitude, no vale do rio Urubamba, atual Peru. Foi construída no século XV, sob as ordens de Pachacuti. O local é, provavelmente, o símbo-lo mais típico do Império Inca, quer devido à sua original localização e características geo-lógicas, quer devido à sua descoberta tardia em 1911. Apenas cerca de 30% da cidade é de construção original, o restante foi recons-truído. As áreas reconstruídas são facilmente reconhecidas, pelo encaixe entre as pedras. A construção original é formada por pedras maiores, e com encaixes com pouco espaço entre as rochas.

Consta de duas grandes áreas: a agrícola formada principalmente por terraços e recin-tos de armazenagem de alimentos; e a outra urbana, na qual se destaca a zona sagrada com templos, praças e mausoléus reais.

A disposição dos prédios, a excelência do trabalho e o grande número de terraços para agricultura são impressionantes, destacando a grande capacidade daquela sociedade. No meio das montanhas, os templos, casas e ce-mitérios estão distribuídos de maneira orga-nizada, abrindo ruas e aproveitando o espaço com escadarias. Segundo a história inca, tudo planejado para a passagem do deus sol.

O lugar foi elevado à categoria de Patri-mónio mundial da UNESCO, tendo sido alvo de preocupações devido à interação com o turismo por ser um dos pontos históricos mais visitados do Peru. Ed eum dolupic iliquo inihic tem inctiume nis ut de que andia nit molest, auditat iumquam et ut la culparcit

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O Templo do Sol (Torreon) - o mais importante templo de cerimoniais ao Deus Sol, realizado no solstício de verão e servindo de mausoléu para a múmia de Pachacutec.

A pedra central da grande pirâmide é o Calendário Solar (Intihuatam), o ponto Sagrado de maior reverencia e está em alinhamento com os astros e com as montanhas ao redor, juntamente com Templo das três Ventanas e templo Principal fazem parte da zona sagrada e residências dos Imperadores Incas, portanto eram feitos de pedras polidas e talhadas, com curral para as lhamas, com caminhos e escadarias de fácil acesso ao Templo do Sol.

A região agrícola fica nas encostas da montanha em forma de terraças, para produção de alimentos consumidos pela população local e a criação de lhamas e ovelhas.

A casa do Guardião é o ponto mais alto da cidade. Machu Picchu encontra-se a 2.400 m.a.n.m. e recebe por volta de 200.000 visitantes por ano, tentando desvendar os mistérios guardados durante mais de quatro séculos de uma civilização com uma hierarquia forte e um povo organizado que usavam dados astronômicos em tudo que construíam ou plantavam.

Wayna Picchu - montanha jovem – um monastério onde os sacerdotes viviam para servir o Deus Sol, tudo era planejado para reverenciar a passagem do Sol.

Os mais corajosos se empolgam com a subida da montanha, compensada pela emocionante imagem que é ver Machu Picchu lá de cima, um grande condor de asas abertas, isso é motivo de agradecimento aos Deuses por nos proporcionar tanta beleza. Os mais corajosos se empolgam mais.

A beleza natural das montanhas faz do Machu

Picchu um lugar ideal para aconexão com a natureza

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VIVENDO COM OS INCAS

O Templo do Sol (Torreon) - o mais importante templo de cerimoniais ao Deus Sol, realizado no solstício de verão e servindo de mausoléu para a múmia de Pachacutec.

A pedra central da grande pirâmide é o Calendário Solar (Intihuatam), o ponto Sagrado de maior reverencia e está em alinhamento com os astros e com as montanhas ao redor, juntamente com Templo das três Ventanas e templo Principal zona sagrada

O Templo do Sol (Torreon) - o mais importante templo de cerimoniais ao Deus Sol, realizado no solstício de verão e servindo de mausoléu para a múmia de Pachacutec.

A pedra central da grande pirâmide é o Calendário Solar (Intihuatam), o ponto Sagrado de maior reverencia e está em alinhamento com os astros e com as montanhas ao redor, A pedra central da grande pirâmide é o Calendário Solar (Intihuatam), o ponto Sagrado de maior reverencia

O Templo do Sol (Torreon) - o mais importante templo de cerimoniais ao Deus Sol, realizado no solstício de verão e servindo de mausoléu para a múmia de Pachacutec.

A pedra central da grande pirâmide é o Calendário Solar (Intihuatam), o ponto Sagrado de maior reverencia e está em alinhamento com os astros e com as montanhas ao redor,A pedra central da grande pirâmide é o Calendário Solar (Intihuatam), o ponto Sagrado de maior reverencia e está em alinhamento.

Em Machu Picchu, os jovens têm a oportunidade de conviver com os costumesperuanos

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A cultura peruana é uma das mais ricas da América

Latina O Templo do Sol (Torreon) - o mais importante templo de cerimoniais ao Deus Sol, realizado no solstício de verão e servindo de mausoléu para a múmia de Pachacutec.

A pedra central da grande pirâmide é o Calendário Solar (Intihuatam), o ponto Sagrado de maior reverencia e está em alinhamento com os astros.

O Templo do Sol (Torreon) - o mais importante templo de cerimoniais ao Deus Sol, realizado no solstício de verão e servindo de mausoléu para a múmia de Pachacutec.

A pedra central da grande pirâmide é o Calendário Solar (Intihuatam), o ponto Sagrado de maior reverencia e está em alinhamento com os astros e com

As cores dos trajes típicos são uma das principais

características dos povosperuanos

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PERU ALÉM DAS MONTANHASBasta perguntar para qualquer

turista que visite Cusco e a maioria responderá que o principal objetivo da viagem até essa cidade do sudeste do Peru é o sítio arqueológico de Machu Picchu. Talvez seja em razão desse concorrente tão famoso que a antiga capital do império inca seja um dos destinos peruanos com melhor infraestrutura turística do país. Mas basta se deter um pouquinho mais por ali, andar pelas ruelas e misteriosos becos de pedra, para entender por que a cidade foi declarada Patrimônio Histórico da Humanidade pela Unesco. Localizada 3.399 metros acima do nível do mar,

Cusco guarda construções coloniais de estilo barroco andino erguidas sobre restos de edificações incas, como é o caso de quase todas as igrejas, observadas por milhares de visitantes de todos os cantos do planeta. Do passado inca o mais imponente legado são as ruínas da fortaleza de Sacsayhuamán e o Inti Raymi, o Festival do Sol, uma celebração no solstício de inverno, comemorado em 24 de junho.

Basta perguntar para qualquer turista que visite Cusco e a maioria responderá que o principal objetivo da viagem até essa cidade do sudeste do Peru é o sítio arqueológico de Machu Picchu. Talvez seja em razão desse concorrente tão famoso que a antiga capital do império inca seja um dos destinos peruanos com melhor infraestrutura turística do país. Mas basta se deter um pouquinho mais por ali, andar pelas ruelas e misteriosos becos de pedra, para entender por que a cidade foi declarada Patrimônio Histórico da Humanidade pela Unesco. Localizada 3.399 metros acima do nível do mar,

Cusco guarda construções coloniais de estilo barroco andino erguidas sobre restos de edificações incas, como é o caso de quase todas as igrejas, observadas por milhares de visitantes de todos os cantos do planeta. Do passado inca o mais imponente legado são as ruínas da fortaleza de Sacsayhuamán e o Inti Raymi, o Festival do Sol, uma celebração no solstício de inverno, comemorado em 24 de junho.

A Catedral de Cusco levou 100 anos para ser construída e é um dos principais pontos

históricos da cidade

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Arte na bagagemPARA LER E OUVIR

Julgar os trabalhos mais recentes de Tom Petty sem um traço de condescendência é aquilo que a gente pode chamar, sem medo, de “impossível histórico”. Desde 1976, esta figura admirável (e aqui já entrego os pontos quanto à isenção da opinião).

Construiu uma carreira absolutamente irrepreensível, trazendo na bagagem obras-primas do quilate de “Damn The Torpedoes” (1979), “Hard Promises” (1981), “Sou-thern Accents” (1985), “Let Me Up (I´ve Had Enough)” (1987), “Full Moon Fever” (1989), entre outros. Sempre se reinventando no pop-rock´n´roll. esta figura admi-rável (e aqui já entrego os pontos quanto).

Trata-se da história verídica do jovem Christopher J. McCandless, que após se formar na universidade, re-solve tornar-se um andarilho rumo ao Alasca. Cansado dos costumes capitalistas da sociedade e saturado com a hipocrisia e as mentiras de sua família (principalmente de seu pai), resolve doar todas as suas economias a uma instituição de caridade e partir para a sobrevivência na natureza selvagem, até alcançar sua meta – o Alasca.

As mentiras de sua família (principalmente de seu pai), resolve doar todas as suas economias a uma institui-ção de caridade e partir para a sobrevivência na natureza selvagem, até alcançar sua meta – o Alasca.

Into the wild

In the great wide open

Alguns livros e discos que não podem ficar de fora da sua mochila na próxima viagem

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Minha querida sputnik

Diz-se sobre Murakami que ele é o mais ocidental dos escritores orientais. Depois de ter lido Minha Querida Sput-nik, penso que qualificá-lo desta maneira é limitá-lo. A partir deste livro, afirmo que ele conta histórias globais, que acima de tudo falam à alma humana.

“Uma história não é algo deste mundo. Uma verdadeira história requer uma espécie de batismo mágico para ligar o mundo deste lado ao mundo do outro lado”.

O livro conta a história de Sumire, ou melhor, de seu amigo-narrador.

Diz-se sobre Murakami que ele é o mais ocidental dos escritores orientais. Depois de ter lido Minha Querida Sput-nik, penso que qualificá-lo desta maneira é limitá-lo. A partir deste livro, afirmo que ele conta histórias globais,

PARA LER E OUVIR

Neve, que o autor Ohran Pamuk define como “seu pri-meiro e último romance po-lítico”, conta a história de Ka, poeta exilado na Alemanha, que viwaja a uma pequena ci-dade turca com o pretexto de investigar a onda de suicídios entre jovens muçulmanas que assola o vilarejo. Durante essa visita, uma nevasca bloqueia todas as estradas, insulando a cidade do resto do mundo. É nesse clima de isolamento que um veterano ator e sua mulher aproveitam para lide-rar um golpe militar.

Neve, que o autor Ohran Pamuk define como “seu pri-meiro e último romance po-lítico”, conta a história de Ka, poeta exilado na Alemanha, que viaja a uma pequena ci-dade turca com o pretexto de investigar a onda de suicídios entre jovens muçulmanas que assola o vilarejo.

Neve

Neve, que o autor Ohran Pamuk define como “seu primeiro e último romance político”, conta a história de Ka, poeta exilado na Ale-manha, que viwaja a uma pequena cidade turca com o pretexto de investigar a onda de suicídios entre jo-vens muçulmanas que as-sola o vilarejo. Durante essa visita, uma nevasca bloqueia todas as estradas, insulando a cidade do resto do mundo. É nesse clima de isolamento que um veterano ator e sua mulher aproveitam para li-derar um golpe militar.

Neve, que o autor Ohran Pamuk define como “seu primeiro e último romance político”, conta a história de Ka, poeta exilado na Alema-nha, que viaja a uma peque-na cidade turca com o pre-texto de investigar a onda de suicídios entre jovens.

O conto da ilha desconhecida

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na internet

Os melhores apps para planejar uma viagem

Confira mais dicas de aplicativos no site da Viajei!

www.revistaviajei.com.br

Não só de mapas e GPS vivem os viajantes independentes: a tecnologia pode servir de auxílio desde a preparação do roteiro até a o check-list no momento de fechar as malas

Trata-se de uma grande rede social viajante. Além de oferecer opções de destinos de acordo com os gostos do usu-ário, possui um sistema para guardar diversos pontos turís-ticos, cidades e países como favoritos.

E para quem vai fazer uma viagem, o app se integra à lis-ta de contatos do Facebook do usuário para que ele possa convidar e planejar os deta-lhes com seus amigos.

Gratuito | iOS

MinubeDá trabalho montar um ro-

teiro de passeios, criar mapas com as direções desde o hotel ou descobrir a distância do ae-roporto. A proposta do app é automatizar tudo isso.

Basta encaminhar os e-mails com as reservas para o TripIt que ele se encarrega de montar. Dependendo de como os dados estão descritos, nem sempre ele funciona, mas é possível também acrescentar informações manualmente.

Gratuito | iOS e Android

TripIt StowÉ a lista moderna para a ar-

rumar as malas. No app, você cria check-lists com o que não pode esquecer de levar e ain-da pode acrescentar bagagens extras.

Para os esquecidos, o Stow também sugere os itens mais procurados para determina-dos climas e propõe a quanti-dade de peças de acordo com o tempo de permanência. Na volta, é só pedir para “esvaziar a mala” e checar tudo de novo.

Gratuito | iOS e Android

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Equilíbrio sobre o lagoAs águas calmas do guaíba oferecem ao esporte cenário ideal para a conexão da cidade com a natureza de Itapuã

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► Reportagem | Daniela Flor Fotos | Luísa Dal Mas

O Stand Up Paddle, ou simplesmente SUP, é o esporte que mais cresce no mundo. Surgido no Havaí, consiste na prática de surfe com a ajuda de um remo. O praticante fica em pé, equlibrando-se sobre as ondas. Em águas calmas como as do Guaíba, a adrenalina dá lugar à contemplação e serenidade e o esporte se transforma em um excelente modo de relaxar e curtir a natureza. A prática de SUP é simples: basta um pouco de equilíbrio e disposição. Pessoas de todas as idades podem praticar, desde que saibam nadar. No Butiá, oferecemos instrução com o experiente professor Leandro Raí, que já acumulou centenas de horas sobre uma prancha.

A aula dura uma hora e nela aprendem-se noções básicas de segurança e a postura correta para remar, evitando-se assim a formação de vícios que posteriormente podem incorrer em lesões musculares. E o melhor é que já se aprende fazendo: as aulas são 100% práticas. Traga roupa de banho, protetor solar e um chapéu. Pra quem acha que Guaíba é Poluição, uma boa notícia: a água em Itapuã é despoluída, 100% balneável e regularmente monitorada pela FEPAM. tapuã é uma região extremamente linda e pouco conhecida.

O Parque Estadual de Itapuã abriga os últimos resquícios de mata atlântica da região metropolitana e fica a menos de quatro quilômetros do Butiá. A grande maioria de suas praias não é acessível ao público, mas sempre é possível contempla-las da água. Pranchas de SUP não poluem e não fazem barulho, o que possibilita uma observação calma e silenciosa da natureza exuberante de Itapuã, que permanece intocada.

A proximidade do Parque Estadual de Itapuã faz do para remar, evitando-se assim Butiá um excelente ponto de partida pra a exploração da região. A proximidade do Parque Estadual de Itapuã .

A aula dura uma hora e nela aprendem-se noções básicas de segurança e a postura correta para remar, evitando-se assim a formação de vícios que posteriormente podem incorrer em lesões musculares. E o melhor é que já se aprende fazendo: as aulas são 100% práticas. Traga roupa de banho, protetor solar e um chapéu. Pra quem acha que Guaíba é Poluição, uma boa notícia: a água em Itapuã é despoluída, 100% balneável e regularmente monitorada pela FEPAM. tapuã é uma região extremamente linda e pouco conhecida.

A proximidade do Parque Estadual de Itapuã faz do para remar, evitando-se assim Butiá um excelente ponto de partida pra a exploração da região

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A água em Itapuã é 100% despoluída, balneável e

regularmente monitorada pela FEPAM

O pôr do sol no Guaíba é mais um incentivo à pratica do Stand Up Paddle

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Tudo começou nos anos 40, no Havaí. Instrutores remavam em pé sobre enormes pranchas de madeira com o intuito de acompanhar seus alunos durante as aulas de surfe.

Não existia uma definição específica para esse tipo de prática, mas aos poucos cada vez mais surfistas começaram a praticar o SUP e a produzir os equipamentos necessários. O Brasil conheceu o esporte através de Rico de Souza, considerado uma das "lendas vivas" do surfe nacional.

- A primeira vez que eu vi o stand up paddle foi no Havaí. Eu vi a galera remando lá e por acaso eu era amigo do pessoal. Quando eu voltei ao Brasil, junto com o Eraldo Gueiros, resolvemos fazer uma prancha de stand up. Além de não ter o material necessário por aqui, só para shapear demorou três dias porque não conhecíamos o modelo direito - contou Rico.

Essa realidade, no entanto, mudou com o tempo. Além de ser tricampeão brasileiro de longboard e duas vezes vice-campeão mundial de longboard, Rico se tornou um empresário bem sucedido através de escolinhas e da produção de pranchas em todo o país. Mas não foi só para ele que tudo mudou. O Brasil se encantou aos poucos com o SUP, um esporte que atualmente conta com a Associação Brasileira de Stand Up Paddle (ABSUP), vários campeonatos espalhados pelo país e é a modalidade esportiva que está na moda. Você já tentou alguma vez? Deu vontade de praticar? Então confira mais dicas abaixo e busque uma vida mais saudável.

Antes de comprar uma prancha e um remo, faça

uma aula com um instrutor e descubra qual é o melhor equipamento para a modalidade que deseja praticar. Pode parecer que não, mas o tamanho errado do remo, por exemplo, diminui a agilidade na hora de fazer o SUP e prejudica o desempenho. Para não errar, veja abaixo algumas dicas sobre os equipamentos necessários para praticar a modalidade.

Com criatividade e experiência, é possível inventar diferentes formas de remar de pé em cima de uma prancha. O SUP Yoga é um exemplo disso, uma prática que está crescendo no Brasil e não é considerada uma modalidade do esporte. É uma boa opção para quem deseja fazer apenas por lazer.

Não existia uma definição específica para esse tipo de prática, mas pranchas e aos poucos cada vez mais surfistas começaram a praticar o SUP e a produzir os equipamentos necessários. O Brasil conheceu o esporte através de Rico de Souza, considerado uma das "lendas vivas" do surfe nacional.

Tudo começou nos anos 40, no Havaí. Instrutores remavam em pé sobre enormes pranchas de madeira com o intuito de acompanhar seus alunos durante as aulas de pranchas e surfe.

Não existia uma definição específica para esse tipo de prática, mas aos pranchas e pranchas e pranchas e pranchas e poucos cada vez mais surfistas começaram a praticar o SUP e a produzir os equi produção de pranchas e produção de pranchas epamentos necessários. O Brasil conheceu pranchas e o esporte através de Rico de Souza, considerado uma das "lendas vivas" do surfe nacional.

Com duzentos hectares de matas e praias, o Butiá foi concebido para quem quer sair do lugar comum

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Sabores viajantesLanai, o primeiro restaurante havaiano do Brasil, desembarca em Porto Alegre trazendo a exótica

culinária tropical das ilhas do pacífico

GASTRONOMIA

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C omer no Hawai é algo especial, a sua localização geográfica levou ao desenvolvimento de uma cozinha muito característica, muito típica deste país, onde existe muitos frutos e muito peixe fresco, bem como as comidas mais exóticas que se pode

imaginar.A gastronomia e a cozinha havaiana é baseada em peixe fresco

do hemisfério sul, de moluscos, das frutas tropicais como a papaia, abacaxi e a manga.

Os restaurantes em Hawai são no geral locais especializados em cozinha local hawaiana, se bem que também pode encontrar na Ilha de Oahu, que é a mais turística, restaurantes asiáticos, indonésios, europeus como alguns italianos especializados em cozinha baseada em pasta e pizzas.

Os pratos mais típicos da boa mesa hawaiana é o Opihi, que é um pequeno molusco e o atum preparado de diferentes formas.

Culinária HavaianaAntes da chegada do homem branco às Ilhas do Hawai, a comida

era semelhante à das outras ilhas da Polinésia e incluía frutos e plantas da região e peixe.

Com a chegada de outras culturas, a comida havaiana mudou drasticamente, fundindo-se com estilos gastronómicos provenientes de todas as partes do globo. A cozinha moderna das ilhas incorpora influências da Polinésia, Ásia Europa, entre outras.

O Luau é uma festa tradicional havaiana, que começa, geralmente, ao pôr-do-sol, e celebra a vida.Pode fazer parte dum evento deste tipo pois há desde os locais mais virados para o turista, que oferecem um show polinésio com tambores, dança do fogo e bailarinas de hula, até às representações mais ou menos autênticas, na sua maioria nas ilhas menos turísticas.

Comer no Hawai é algo especial, a sua localização geográfica levou ao desenvolvimento de uma cozinha muito característica, muito típica deste país, onde existe muitos frutos e muito peixe fresco, bem como as comidas mais exóticas que se pode imaginar.

A gastronomia e a cozinha havaiana é baseada em peixe fresco do hemisfério sul, de moluscos, das frutas tropicais como a papaia, abacaxi e a manga.

Os restaurantes em Hawai são no geral locais especializados em cozinha local hawaiana, se bem que também pode encontrar na Ilha de Oahu, que é a mais turística, restaurantes asiáticos, indonésios, europeus como alguns italianos especializados em cozinha baseada em pasta e pizzas.

Os pratos mais típicos da boa mesa hawaiana é o Opihi, que é um pequeno molusco e o atum preparado de diferentes formas. Os pratos mais típicos da boa mesa hawaiana é o Opihi, que é um pequeno molusco e o atum preparado de diferentes formas. Os pratos mais típicos da boa mesa hawaiana é o Opihi, preparado formas.

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A localização geográfica do Hawaii levou ao desenvolvimento de uma cozinha característica, típica do país, com temperos e especiarias bem condimentados, o que torna a comida bem exótica. A gastronomia havaiana é baseada, essencialmente, em peixes frescos, moluscos e frutas tropicais, como mamão papaia, abacaxi e manga.

Com a chegada de outras culturas às ilhas havaianas, a culinária fundiu-se com estilos gastronômicos de todas as partes do mundo. A cozinha moderna das ilhas incorpora influências da Ásia e da Europa, principalmente.

A ideia de abrir um restaurante especializado em comida havaiana em Porto Alegre surgiu depois que Sarah Wojahn morou na Califórnia, gerenciando o setor de alimentos e bebidas de um hotel. Depois dessa experiência, Sarah e sua família passaram a conhecer os mais renomados restaurantes de comida típica havaiana. O sonho, então, virou um projeto familiar concretizado: o Lanai Hawaiian Food, o único restaurante de comida havaiana do Brasil.

A casa oferece um ambiente que remete à descontração das ilhas havaianas. Os móveis, por exemplo, são feitos de rattan, um

tipo de madeira tropical, e o bar, de bambu mossô.

A localização geográfica do Hawaii levou ao desenvolvimento de uma cozinha característica, típica do país, com temperos e especiarias bem condimentados, o que torna a comida bem exótica. A gastronomia havaiana é baseada, essencialmente, em peixes frescos, moluscos e frutas tropicais, como mamão papaia, abacaxi e manga. A gastronomia havaiana é baseada, essencialmente, em peixes frescos, moluscos e frutas tropicais, como mamão papaia, abacaxi e manga.

awaii levou ao desenvolvimento de uma cozinha característica, típica do país, com temperos e especiarias bem condimentados, o que torna a comida bem exótica. A gastronomia havaiana é baseada, essencialmente, em peixes frescos, moluscos e frutas tropicais, como mamão papaia.

Depois dessa experiência, Sarah e sua família passaram a conhecer os mais renomados restaurantes de comida típica havaiana. A casa oferece um ambiente que remete à descontração das ilhas havaianas.

O Lanai Hawaiian Food, o único restaurante de

comida havaiana do Brasil

Os salões do restaurante remetem o cliente ao ambiente das ilhas havainas

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Veneza além dos canais

CIDADE EM NUMEROS

Embora não haja nenhum registo histórico que lide directamente com as origens de Veneza,

os elementos disponíveis fizeram com que vários historiadores con-cordassem com a teoria de que a população original de Veneza era formada por refugiados de cidades romanas como Pádua, Aquileia, Al-tino e Concórdia (moderna Porto-gruaro), que fugiam das sucessivas invasões germânicas e hunas à Pe-nínsula Itálica no século V.1 Mais tarde, algumas fontes históricas romanas revelaram a existência de pescadores nas ilhas da lagoa de Veneza. Eles são referidos como in-cola lacunae (habitantes da lagoa).

Começando em 166-168, os Quados e os Marcomanos destruí-ram a atual Oderzo. As defesas ro-manas foram derrubadas no início do século V pelos Visigodos e, cer-ca de 50 anos depois, pelos hunos liderados por Átila. A mais dura-doura invasão foi a dos lombardos em 568. A leste, o Império Bizanti-no estava estabelecendo domínios

na região do atual Vêneto e as prin-cipais entidades administrativas e religiosas do império na Península Itálica foram transferidas para este domínio. Foram construídos novos portos nos domínios, incluindo Ma-lamocco e Torcello na lagoa de Ve-neza.

O domínio bizantino na Itália Central e Setentrional posterior-mente foi eliminado em grande medida pela conquista do Exarcado de Ravena em 715 por Astolfo. Du-rante este período, a sede local do governo bizantino (a residência do “duque/doux”, depois chamado de doge), foi situada em Malamocco.

Em 775-776, a sede do bispa-do de Olivolo (Helipolis) foi criada. Durante o reinado do doge Agnello Participazio (811-827), a sede du-cal foi movida de Malomocco para a ilha protegida de Rialto (de “rivo-alto”, isto é, costa alta).

Começando em 166-168, os Quados e os Marcomanos destruí-ram a atual Oderzo. As defesas ro-manas foram derrubadas no início do século V pelos Visigodos.

► Texto | Cristina Fragata Infografia| Milene Junges

A melhor forma de conhecer as

ruelas e os canais da bela cidade italiana é a pé.

Um complexo urbano que consegue manter a unidade espalhado por 118 ilhotas

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CIDADE EM NUMEROS

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ON THE ROADNas estradas brasileiras, o caminho pode

ser tão fascinante quanto o destino

Apenas 10% dos pouco mais de 1,7 milhões de quilômetros de estra-das brasileiras são pavimentadas, segundo dados do Departamento Nacional de Infra-Estrutura de Transportes (DNIT). Isso já reduz bas-tante as possibilidades de viagens em estradas com estrutura de boa

qualidade.Para aqueles que adoram viagens de carro, selecionamos as que atraves-

sam os mais belos cenários do País. De sáfari pantaneiro, na Transpantaneira, passando por verdadeiras viagens ao passado, na Estrada Real e na Graciosa, até a rodovia situada a 1.467 metros de altitude que corta a Mata Atlântica, escolha sua paisagem preferida e pé na estrada. Apenas 10% dos pouco mais de 1,7 milhões de quilômetros de estradas brasileiras são pavimentadas, se-gundo dados do Departamento Nacional de Infra-Estrutura de Transportes (DNIT). Isso já reduz bastante as possibilidades de viagens em estradas com estrutura de boa qualidade.

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► Reportagem | Cristina Fragata Fotos | Lucas França

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Como chegar: acesso por Porto Alegre (RS).

Locadora de veículos: AutosulVeículo mais apropriado: qualquer

carro de passeio, sem nenhuma reco-mendação específica de modelo.

Via-Serrana é a denominação re-gional para a BR-116, no Rio Grande do Sul e Santa Catarina. Ela é a prin-cipal e maior rodovia do Brasil total-mente pavimentada, começando em Fortaleza (CE) e se estendendo até Jaguarão (RS), já na fronteira com o Uruguai, em um total de 4.385 qui-lômetros.

No Rio Grande do Sul, a Via-Ser-rana liga importantes cidades do Estado, como a capital Porto Alegre, Nova Petrópolis, Pelotas e Caxias do Sul. O caminho entre a capital gaúcha e Nova Petrópolis é conhecido como Rota Romântica, por ter paisagens

bucólicas, com vales e cidades peque-nas e lindas, como Morro Reuter e Picada Café.

Veículo mais apropriado: qualquer carro de passeio, sem nenhuma reco-mendação específica de modelo.

Via-Serrana é a denominação re-gional para a BR-116, no Rio Grande do Sul e Santa Catarina. Ela é a prin-cipal e maior rodovia do Brasil total-mente pavimentada, começando em Fortaleza (CE) e se estendendo até Jaguarão (RS), já na fronteira com o Uruguai, em um total de 4.385 qui-lômetros.

No Rio Grande do Sul, a Via-Serra-na liga importantes cidades do Esta-do, como a capital Porto Alegre, Nova Petrópolis, Pelotas e Caxias do Sul. O caminho entre a capital gaúcha e Nova Petrópolis é conhecido c Petró-polis é conhecido como Rota.

ROTA ROMÂNTICA

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RIO - SANTOSCom 457 quilômetros de extensão, a Rio-Santos tem seu marco zero

em Santos. Mas, apesar do nome, a rodovia não leva à região urbana da cidade portuária, já que a extremidade fica na parte continental de San-tos. Já na cidade de Bertioga, a pouco mais de 100 quilômetros de São Paulo, fica o início da Costa Caiçara. O primeiro trecho, conhecido como complexo SP-55/BR-101 (trechos estadual e federal), tem retas mais longas e passa por praias famosas, como Boraceia, Jureia e Juquehy. Destinos turísticos famosos como Guarujá, Ilhabela, Ubatuba, Paraty e Angra dos Reis são acessados pela Rio-Santos. de Bertioga, a pouco mais de 100 quilômetros de São Paulo, fica o início da Costa Caiçara. O pri-meiro trecho, conhecido como complexo SP-55/BR-101 (trechos esta-dual e federal), tem retas mais longas e passa por praias famosas, como Boraceia, Jureia e Juquehy. Destinos turísticos famosos como Guarujá.

O caminho entre a capital e Nova Petrópólis é conhecido como Rota Romântica

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RIO DO RASTROOnde: Santa Catarina. Como

chegar: acesso por Bom Jardim da Serra (SC). Locadora de veículos: Inova. Veículo mais apropriado: o carro precisa ser bem estável, mas não há nenhuma recomendação específica.

Entre Bom Jardim da Serra e Lauro Muller, cidades da serra ca-tarinense, a estrada desce a Serra do Rio do Rastro, em um percurso de 35 quilômetros muito bonito, mas bem perigoso. Muitas curvas fechadas fazem parte do cenário na SC-438 e, durante o inverno, uma fina camada de gelo pode co-brir a pista estreita.

No trajeto feito na SC-438, a uma altitude de 1.467 metros, há alguns quiosques para quem qui-ser descer e admirar a bela paisa-gem coberta pela mata Atlântica.

Onde: Santa Catarina. Como

chegar: acesso por Bom Jardim da Serra (SC). Locadora de veículos: Inova. Veículo mais apropriado: o carro precisa ser bem estável, mas não há nenhuma recomendação específica.

Entre Bom Jardim da Serra e Lauro Muller, cidades da serra ca-tarinense, a estrada desce a Serra do Rio do Rastro, em um percurso de 35 quilômetros muito bonito, mas bem perigoso. Muitas curvas fechadas fazem parte do cenário na SC-438 e, durante o inverno, uma fina camada de gelo pode co-brir a pista estreita.

No trajeto feito na SC-438, a uma altitude de 1.467 metros, há alguns quiosques para quem qui-ser descer e admirar a bela paisa-gem coberta pela mata Atlântica. No trajeto feito na SC-438, a uma altitude de 1.467 metros,

A estrada desce serpenteando a Serra do Rio do Rastro, um belo percurso, mas

também perigoso

Na estrada do Rio do Rastro, a sequência de curvas é impressionante

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TRANSPANTANEIRAComo chegar: por Poconé, a

102 quilômetros de Cuiabá, por via asfaltada.Locadora de veícu-los: SAL Locadora de Veículos

Veículo mais apropriado: como se trata de um safári pantaneiro, o ideal é um veículo 4×4.

É uma viagem de 145 quilôme-tros, ligando Poconé a Porto Jofre, recomendada apenas para aven-tureiros de plantão e que deve ser feita de dia. O que antes era ape-nas uma estrada de terra atraves-sando uma planície alagável virou uma boa opção de viagem por ter-ra para os turistas que visitam o Mato Grosso, especialmente entre junho e outubro, época da seca, quando os bichos ficam nas áreas alagadas ao lado da pista. Mas, na verdade, a Transpantaneira nunca foi concluída. O que era para ter

sido um símbolo do progresso, unindo o Pantanal ao Sudeste do Brasil, serve atualmente a uma es-pécie de safári pantaneiro.

Uma característica da Trans-pantaneira faz dela um passeio ainda mais curioso: ela tem 125 pontes de madeira sobre rios e áreas alagáveis, o que a torna a estrada com o maior número de pontes do mundo. Trilhas de aven-turas interligWando fazendas são feitas por lá. Os mais apressadi-nhos não vão gostar da viagem, afinal o limite de velocidade rigo-roso é de apenas 60 quilômetros por hora. É uma viagem de 145 quilômetros, ligando Poconé a Porto Jofre, recomendada apenas para aventureiros de plantão e que deve ser feita de dia e que ter-ligWando fazendas são feitas por.

O que era para ser um símbolo do progresso, serve

atualmente a uma espécie de safári

pantaneiro.

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Uma boa opção de viagem por terra para os turistas que visitam o Mato Grosso

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Destinos curiososTOP 5

Do lugar mais quente da Terra a uma ilha repleta de coelhos: o planeta é cheio de surpresas

Se você reclama do calor brasi-leiro, nunca deve ir ao deserto de Lut, no Irã. Segundo estudo divul-gado pela Universidade de Monta-na, nos Estados Unidos, a região registrou, em 2005, a maior tem-peratura da superfície terrestre: 70,7° C. Sem uma proteção térmi-ca, nenhuma pessoa sobreviveria no local.Se você reclama do calor brasileiro, nunca deve ir ao deser-

to de Lut, no Irã. Segundo estudo divulgado pela Universidade de Montana, nos Estados Unidos, a região registrou, em 2005, a maior temperatura da. em uma proteção térmica, nenhuma pessoa sobrevi-veria no local.Se você reclama do calor brasileiro, nunca deve ir ao deserto de Lut, no Irã. o, nunca deve ir ao deserto de Lut, no Irã.o, nunca deve ir ao deserto.

DESERTO DE LUT A região registrou, em 2005, a maior temperatura da

superfície terrestre: 70,7° C.

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TOP 5

TRISTÃO DA CUNHA & DARVZA

OYMYAKONO & OKUNOSHIMAA única maneira de chegar lá

é pelo pequeno porto.em pista de pouso, a única maneira de chegar lá é pelo pequeno porto.A região de Darvaza, no Turcomenistão, fi-cou conhecida por um fato curio-so. Segundo relatos, cientistas so-viéticos foram ao local procurar

por gás natural. A terra acabou cedendo e uma das plataformas de extração caiu em uma cratera de 20 metros de profundidade e 60 metros de diâmetro. Com a for-mação do buraco, começou a va-zar gás venenoso. Para evitar que a substância tóxica.

Já pensou em morar em uma ilha a 2.800 km do continente mais próximo? Pois é, essa é a rea-lidade de, aproximadamente, 250 moradores de Tristão da Cunha. O arquipélago, localizado no sul do Oceano Atlântico, é o lugar povoado mais distante da civiliza-

ção. As ilhas fazem parte do local. Okunoshima localizado no sul do Oceano Atlântico, é o lugar povoa-do mais distante da cidade.oshima localizado no sul do Oceano Atlân-tico, é o lugar povoado mais dis-tante da cidade.oshima localizado no sul do Oceano Atlântico.

O arquipélago, localizado no sul do Oceano Atlântico, é o lugar povoado

mais distante da civilização

O local registrou a a marca mais fria

observada em uma região povoada.

O frio é tão intenso que o leite e os peixes são vendidos congelados

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Museu dos mortos

Cemitérios podem ser verdadeiras galerias de arte a céu aberto e cada vez mais são

uma opção de turismo diferente

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CIMETIÈRE DU PÈRE-LACHAISE | PARIS

O cemitério do Père-Lachaise (em francês Cimetière du Père-Lachaise) é o maior cemitério de Paris e um

dos mais famosos do mundo. Está situado no 20º arrondissement de Paris.

No início do século XIX, vários novos cemitérios substituíram as antigas necrópoles parisienses. Fora dos limites da cidade foram criados o cemitério de Montmartre a norte, o cemitério do Père-Lachaise a leste, ocemitério de Montparnasse a sul e, no coração da capital, o cemitério de Passy.

A concepção do Père-Lachaise foi confiada ao arquiteto neoclássico Alexandre Théodore Brongniart em 1803, desde a sua abertura, o cemitério conheceu cinco ampliações: em 1824, 1829, 1832, 1842 e 1850, passando de 17 hectares a 43 hectares.

O cemitério recebeu a sua denominação em homenagem a François d'Aix de La Chaise (1624-1709), dito le Père La Chaise ("o padre La Chaise"), confessor do rei Luís XIV, sobre quem exerceu influência moderadora na luta para

parisienses não aceitavam de bom grado a necrópole, localizada distante do centro, numa zona de difícil acesso. Esta situação só mudaria quando para lá foram transferidas ossadas de importantes personalidades, apaziguando as críticas da elite parisiense.

Ao sul do cemitério encontra-se o Muro dos Federados, contra o qual 147 dirigentes da Comuna de Paris foram fuzilados 1871.No início do século XIX, vários novos cemitérios substituíram as antigas necrópoles parisienses. Fora dos limites da cidade foram criados o cemitério de Montmartre a norte, o cemitério do Père-Lachaise a leste, ocemitério de Montparnasse a sul e, no coração da capital, o cemitério de Passy.

A concepção do Père-Lachaise foi confiada ao arquiteto neoclássico Alexandre Théodore Brongniart em 1803, desde a sua abertura, o cemitério conheceu cinco ampliações: em 1824, 1829, 1832, 1842 e 1850.

O cemitério recebeu a sua denominação em homenagem a François d'Aix de La Chaise (1624-1709), dito le Père La Chaise ("o padre La Chaise"), confessor do rei Luís XIV.

Père-Lachaise é conhecido por abrigar túmulos de diversas

personalidades e figuras históricas. Acima, o túmulo da

cantora francesa Édith Piaf

► Reportagem | Daniela Flor Fotos | Luísa Dal Mas

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CEMENTERIO DE LA RECOLETA | BUENOS AIRES

Cemitério da Recoleta é considerado um museu por dois motivos. Um deles é o grande número de obras de arte encontradas lá. A outra razão é porque, no cemitério estão os restos mortais de personalidades famosas da política, cultura, arte e ciência.

O cemitério foi inaugurado em 1822. As abóbadas são na maior parte das famílias aristocráticas do país.O pórtico neo-clássico, com colunas clássicas e símbolos sobre o tema da morte.

As sepulturas sãode propriedade de cada família e cada proprietário deve pagar uma taxa mensal de administração. O metro quadrado mais caro da cidade, está localizado dentro do Cemitério da Recoleta.

Em seus quase seis hectares estão sepultados heróis da Independência, presidentes da República, militares, cientistas e artistas. Entre eles, Eva Perón, Adolfo Bioy Casares e Facundo Quiroga.

Os artistas e escultores que têm obras no Cemitério da Recoleta: Luis Perlotti, Carlos Romairone, Rene Sargent, Alfredo Bigatti, José Fioravanti, Jean Alexandre Falguière, Miguel Sansebastiano, Antonin Mercie, Luis Carriere, Pedro Zonza Briano, Alfredo Guttero - Tasso.

Cemitério da Recoleta é considerado um museu por dois motivos. Um deles é o grande número de obras de arte encontradas lá. A outra razão é porque, no cemitério estão os restos mortais de personalidades famosas da política, cultura, arte e ciência

.O cemitério foi inaugurado em 1822. As abóbadas são na maior parte das famílias aristocráticas do

colunas clássicas e símbolos sobre o tema da morte.

As sepulturas sãode propriedade de cada família e cada proprietário deve pagar uma taxa mensal de administração. O metro quadrado mais caro da cidade, está localizado dentro do Cemitério da Recoleta.

Em seus quase seis hectares estão sepultados heróis da Independência, presidentes da República, militares, cientistas e artistas. Entre eles, Eva Perón, Adolfo Bioy Casares e Facundo Quiroga.

Os artistas e escultores que têm obras no Cemitério da Recoleta: Luis Perlotti - Carlos Romairone.

Cemitério da Recoleta é considerado um museu por dois motivos. Um deles é o grande número de obras de arte encontradas lá. A outra razão é porque, no cemitério estão os restos mortais de personalidades famosas da política, cultura, arte e ciência.

O cemitério foi inaugurado em 1822. As abóbadas são na maior parte das famílias aristocráticas do país.O pórtico neo-clássico, com colunas clássicas e símbolos sobre o tema da morte. As sepulturas sãode propriedade de cada família.

As esculturas de artistas como Luis Perlotti e

Alfredo Bigatti fazem do cemitério da Recoleta um

verdadeiro museu

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ARLINGTON NATIONAL CEMETERY | EUA

O Cemitério Nacional de Arlington, em Arlington, Virgínia, é o mais conhecido e tradicional cemitério militar dos Estados Unidos, fundado no antigo terreno de Arlington House, o palácio da família da esposa do comandante das forças confederadas da Guerra Civil Americana, General Robert Lee, Mary Anna Lee, descendente da mulher de George Washington, primeiro Presidente dos Estados Unidos.

O cemitério se localiza na área em frente a Washington D.C., do outro lado do rio Potomac, que corta a capital americana, perto dos prédios do Pentágono. Em seus 624 acres, estão enterradas mais de 300 mil pessoas, veteranos de cada uma das guerras travadas pelo país, desde a revolução americana até a atual Guerra do Iraque. Os corpos dos mortos antes da Guerra da Secessão foram para lá levados após 1900.

Alguns dos personagens históricos mais famosos enterrados em Arlington são o explorador John Wesley Powell, os astronautas da nave Challenger, os generais Omar Bradley e Jonathan Wainwright.

O “Túmulo ao Soldado Desconhecido” (foto

acima) abriga os corpos de soldados americanos

não-identificados, mortos em diversas

guerras

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CEMITÉRIO DA CONSOLAÇÃO | SÃO PAULOO Cemitério da Consolação

é a mais antiga necrópole em funcionamento na cidade de São Paulo e uma das principais referências brasileiras no campo da arte tumular 1 . Localiza-se no distrito da Consolação, na região central da capital paulista. Primeiro cemitério público da cidade, foi inaugurado em 15 de agosto de 1858 com o nome de Cemitério Municipal, com o objetivo de garantir a salubridade e evitar epidemias, substituindo o hábito então recorrente de sepultar os mortos nos interiores das igrejas 2 . Atualmente, é um dos 22 cemitérios públicos administrados pelo Serviço Funerário do Município de São Paulo.

Com a prosperidade advinda da aristocracia da cafeicultura e o surgimento de uma expressiva burguesia em São Paulo, o Cemitério da Consolação passou a abrigar obras de arte produzidas por escultores de renome, para ornamentar os jazigos de personalidades importantes na história do Brasil, como Campos Sales, Washington Luís, marquesa de Santos, Carlos Augusto Bresser, Monteiro Lobato e Plínio Correia de Oliveira. Entre os artistas que produziram obras para o cemitério encontram-se Rodolfo Bernardelli, Victor Brecheret, Bruno Giorgi e Celso Antônio de Menezes. Mantém visitas guiadas, por meio do projeto

“Arte Tumular”. Antes da sua construção os sepultamentos eram realizados nas igrejas e em seus arredores, o que trazia problemas de saúde pública. Com a aparição de idéias de sanitarismo e higiene, os governos das cidades criaram os primeiros cemitérios públicos.

Em São Paulo, por força do Ato Institucional do Imperador, foi-se consolidando a idéia da construção de um cemitério público.

Algumas das principais obras

do cemitério são do artista Victor Brecheret, como

o “Sepultamento” (acima) e "Grande

Anjo" (ao lado) g

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Na bagagem

MEMÓRIA INSTANTÂNEA

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Memórias on film

Uma câmera para cada viagem, uma para cada memória

As câmeras instantâneas, embora tenham saído um pouco de cena após a chegada das digitais, nunca deixaram de encantar até mesmo aqueles que não “eram da sua épo-ca”. Atualmente, elas voltaram a conquistar o mercado e o coração do público que não consegue resistir à mágica e ao charme.

Polaroid Pic 300R$ 289

Fujifilm Intax Mini 7sR$ 300

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MEMÓRIAS SUBMARINAS

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Quem costuma levar a câmera digital para diversos passeios, vai gostar de saber que é possível fotografar embaixo d’água com má-quinas específicas. Se durante suas férias ou mesmo em um fim de semana, principalmente nos dias mais quentes, você gosta de frequen-tar praias, cachoeiras e piscinas, aproveite a tecnologia de uma câmera à prova d’água para registrar todos esses momentos.

MEMÓRIAS AVENTUREIRASPara viagens de aventura, com

escaladas, trilhas, ciliscmo, pode ser difícil registras os momentos e paisa-gens incríveis que são encontrados. Um acessório que pode facilitar isso é o suporte de câmera para capacete, que pode ser usado com uma câmer GoPro, perfeita para esse tipo de via-gem. É só prender o suporte em qual-quer modelo de capacete e gravar o que quiser. Assim nenhuma aventura fica esquecida e pode ser compartilh-da com todos.

Nikon COOLPIX AW100R$ 839

Suporote para capaceteR$ 49

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Marcha boêmiaPopular em todo o mundo, o Pub Crawl é uma das formas mais

democráticas de conhecer a vida noturna das cidades

► Reportagem | Daniela Flor Fotos | Luísa Dal Mas

O Pub Crawl é um evento que reúne pessoas de diversas partes do Brasil e do mundo com o intuito de levá-las a percorrer a cidade a pé, parando em diversos bares no meio do caminho. O encontro acontece em uma casa pré-determinada, onde, por uma hora, o crawler, nome dado ao adepto da experiência, tem direito a cerveja e petiscos à vontade. Após essa primeira hora, o itinerário torna-se uma surpresa. São dois bares no decorrer do caminho e, em cada bar, uma dose de bebida é oferecida como forma

de boas vindas. E para fechar a noite, entramos em uma casa noturna. Os encontros acontecem às sextas e aos sábados. Para participar, o interessado deve fazer reserva no site www.pubcrawlsp.com. O valor de ingresso varia de acordo com o trajeto, mas é sempre estabelecido um preço único que dá direito a uma hora de cerveja e comida à vontade, entrada nos bares do roteiro e ônibus entre as casas. As saídas são acompanhas por uma equipe composta por staffs, seguranças e fotógrafos. O Pub Crawl é um evento que reúne pessoas de diversas partes do Brasil e do mundo com o intuito de levá-las a percorrer a cidade a pé, parando

em diversos bares no meio do caminho. O encontro acontece em uma casa pré-determinada, onde, por uma hora, o crawler, nome dado ao adepto da experiência, tem direito a cerveja e petiscos à vontade. Após essa primeira hora, o itinerário torna-se uma surpresa. São dois bares no decorrer do caminho e, em cada bar, uma dose de bebida é oferecida como forma de boas vindas. E para fechar a noite, entramos em uma casa noturna. Os encontros acontecem às sextas e aos sábados. Para participar, o interessado deve fazer reserva no site www.pubcrawlsp.com. O valor de ingresso varia de acordo com o trajeto,

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O Pub Crawl é um evento que reúne pessoas de diversas partes do Brasil e do mundo com o intuito de levá-las a percorrer a cidade a pé, parando em diversos bares no meio do caminho. O encontro acontece em uma casa pré-determinada, onde, por uma hora, o crawler, nome dado ao adepto da experiência, tem direito a cerveja e petiscos à vontade. Após essa primeira hora, o itinerário torna-se uma surpresa. São dois bares no decorrer do caminho e, em cada bar, uma dose de bebida é oferecida como forma de boas vindas. E para fechar a noite, entramos em uma casa noturna. Os encontros acontecem às sextas e aos sábados. Para participar, o interessado deve fazer reserva no site www.pubcrawlsp.com. O valor de ingresso varia de acordo com o trajeto, mas é sempre estabelecido um preço único que dá direito a uma hora de cerveja e comida à vontade, entrada nos bares do roteiro e ônibus entre as casas. As saídas são acompanhas por uma equipe composta por staffs, seguranças e fotógrafos. O Pub Crawl é um evento que reúne pessoas de diversas partes do Brasil e do mundo com o intuito de levá-las a percorrer a cidade a pé, parando em diversos bares no meio do caminho. O encontro acontece em uma casa pré-determinada, onde, por uma hora, o crawler, nome dado ao adepto da experiência, tem direito a cerveja da experiência

Em cada bar, uma dose de bebida

é oferecida como forma de boas

vindas

O Pub Crawl é um evento que reúne pessoas de diversas partes do Brasil e do mundo com o intuito de levá-las a percorrer a cidade a pé, parando em diversos bares no meio do caminho. O encontro acontece em uma casa pré-determinada, onde, por uma hora, o crawler, nome dado ao adepto da experiência, tem direito a cerveja e petiscos à vontade. Após essa primeira hora, o itinerário torna-se uma surpresa. São dois bares no decorrer do caminho e, em cada bar, uma dose de bebida.

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O Pub Crawl foi trazido para São Paulo em

2011 por sócios que se inspiraram nos eventos

da Europa

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MARCHANDO PELO MUNDO

► Amsterdam

O Ultimate Party Pub Crawl, em Amsterdam, é um dos mais famosos do mundo. A cidade já é conhecida pela seu perfil liberal e os pub crawls acabam sendo a opção principal para os jovens que querem conhecer a cidade à noite. A Praça Leidseplein é um dos pontos principais para a peregrinação de

► São PauloCriado em 2011 por sócios

que entendem bem de diversão, o Pub Crawl SP chegou a São Paulo trazendo um novo conceito em entretenimento. O grupo oferece roteiros específicos para cada bairro boêmio da cidade, como Vila Madalena, Augusta Free Pass e um circuito híbrido Vila Madalena/Itaim.

► Buenos Aires

O Buenos Aires Pub Crawl foi o primeiro a surgir na capital da Argentina e está funcionando há mais de cinco anos. Os organizadores dos eventos prometem levar a loucura da vida noturna de Buenos Aires para um outro nível. Um dos bairros que recebem a festa é o Palermo Soho, conhecido como reduto de artistas e boêmios.

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VISTO

André Fran além do turismo

André Fran, criador do programa Não Conta Lá em Casa do canal Multishow, apresenta geopolítica para jovens ao visitar os pontos mais perigosos do planeta

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► Entrevista | Luísa Dal Mas Fotos | Arquivo Pessoal

Ninguém acorda e pensa “Que dia lindo, vou ali pas-sear na Somália!”. De onde surgiu essa vontade (e coragem) de viajar para países tão perigosos para o turismo? Houve alguma inspiração pessoal?Fran – O projeto foi idealizado por nós 4 como um projeto de vida, mesmo. Não fomos contratados para apresentá-lo e, na verdade, aparecer diante das câme-ras era algo que nos incomodava muito. Mas a causa falava mais alto, junto com a vontade de encarara essas grandes questões da humanidade e o fato de não haver ninguém mais disposto a fazê-lo.

André, quando vocês apresentaram o piloto do “Não Conta lá em Casa” para o Multishow você imaginava que daria tão certo e repercutiria tanto a ponto de chegar a 6ª temporada?Fran – Era nossa primeira experiência para TV, não tínhamos a mínima idéia. Mas sinceramente não leva-va muita fé que quatro feiosos falando de geopolítica em um canal de público jovem fosse dar tão certo. Me enganei redondamente! E hoje, vendo tendências mun-diais de TV, internet e da sociedade mundial na era digital, percebo que o jovem quer sim informação, en-gajamento, qualidade... Só não quer dentro dos moldes caretas de sempre. É aí que o NCLC entra!

Decidir para qual país em conflito viajar não deve ser tarefa fácil, como é planejado e decidido pela equipe do programa para qual país ir e para qual não ir?Fran – A equipe é composta por nós quatro (e, para a próxima temporada, teremos a saída de Leo e Pes-ca e a entrada de nosso amigo e cineasta Michel de Souza), então, as decisões de roteiro são feitas entre essa equipe. O projeto reflete nosso interesse pessoal, assim como os destinos. Se nem sempre concordamos em opinião, geralmente estamos em sintonia quanto a importância dos destinos abordados. E, como as ques-tões abarcadas nos destinos são coisas que natural-mente já conhecemos ou estudamos, a pesquisa acaba sendo apenas um aprofundamento ou atualização. Em termos de segurança, tentamos recorrer a nossa rede

de contatos e conseguir um panorama local e atual dos locais visitados.

Suponho que você deva “Contar na sua Casa” para onde está indo. Como seus familiares reagem ao sa-berem que você está indo para destinos tão polêmi-cos como Afeganistão, Mianmar ou Zona de Exclusão de Chernobyl?Fran – Na realidade, eu conto mais ou menos. Reve-lo o destino, mas dou uma “suavizada” sobre a real si-tuação destes. No início as mães e as namoradas não tinham ideia do perigo que a gente podia enfrentar. Nem a gente sabia, na verdade. Depois que lançamos o programa não deu mais para esconder, mas ainda preferimos contar de últim hora, que aí é menos tempo de preocupação e menos perguntas.

Suponho que você deva “Contar na sua Casa” para onde está indo. Como seus familiares reagem ao sa-berem que você está indo para destinos tão polêmi-cos como Afeganistão, Mianmar ou Zona de Exclusão de Chernobyl?Fran – Na realidade, eu conto mais ou menos. Reve-lo o destino, mas dou uma “suavizada” sobre a real si-tuação destes. No início as mães e as namoradas não tinham ideia do perigo que a gente podia enfrentar. Nem a gente sabia, na verdade. Depois que lançamos o programa não deu mais para esconder, mas ainda pre-ferimos contar de última hora, que aí é menos tempo de preocupação e menos perguntas.

Depois de viajar quase meio mundo e conhecer di-versos lugares da Europa, Ásia, África e Américas ainda há algum lugar que você sente a necessidade de ir? Porque?Fran – Vários! Existem lições a serem aprendidas, cau-sas a ajudar, histórias a questionar, situações a denun-ciar... no mundo todo e nos mais insuspeitos lugares! Viajar é uma aula e quero seguir aprendendo. Viajar é uma aula e quero seguir aprendendo.

Após contribuir para a produção do documentário Indo.doc que seus amigos Leondre, Bruno Pesca e Felipe UFO faziam sobre o Tsunami na Indonésia em 2004, André e seus amigos deram inicio ao projeto “Não Conta lá em Casa” que tem como objetivo principal viajar e conhecer países que vivem em conflito político,

social e até ambiental ao redor do mundo e mostrar a sua real situação. O projeto deu certo e hoje é exibido em forma de programa de Tv pelo canal Multishow e vai para a sua 6ª temporada.

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André Fran acompanhou escolta da ONU no maior campo dedesabrigados de Porto Príncipe

Tirando a vez em que você ficou com uma infecção alimentar a caminho da Somália e teve que retornar ao Brasil, houve algum momento em que você realmen-te sentiu medo em algum desses destinos e pensou em desistir no meio do caminho?Fran – Bagdá! No momento que descemos do avião vimos que tí-nhamos exagerado na dose. Confia-mos em uma propaganda falsa do governo norte-americano de que o Iraque, após anos da invasão, volta-va a ser um país estável e possível de se visitar. Nos deparamos com um cenário de guerra, com atenta-dos, violência, tensão e mortes por todo o lado. E parece que até hoje a situação não melhorou.

Já foi cogitado uma participação feminina nessas aventuras? Mas não falo de qualquer mulher e sim de uma viajante ao estilo “Lara Croft” (só que sem as armas) mas que procure os mesmos objetivos da equipe do “NCLC”!Fran – A equipe foi formada de ma-neira muito orgânica. E acho este um grande diferencial do NCLC: nossa química e interesse pelo que

estamos produzindo é real. Sem filtros ou afetações. Em alguns ca-sos e lugares, uma mulher poderia dar um panorama que quatro caras não teriam condição de vivenciar. A visão de mundo é diferente, prin-cipalmente em outras culturas. É algo que estudamos para o futuro.

Em tempos modernos e apesar do “NCLC” já ter 1 DVD porque você decidiu escrever um livro e não lançar outras edições em mídias áudio visuais?Fran – Escrever sempre foi a minha verdadeira paixão e ofício. Sempre quis escrever um mas nunca consi-derei ter assunto relevante. Depois de 5 temporadas com o NCLC, ten-do contribuído com matérias em vários veículos e acumular quase uma centena de anotações no iPho-ne, guardanapos velhos e bloqui-nhos de hotel surrados, achei que era hora de parar e registrar essas lições que aprendi com o NCLC em um livro. É um projeto pessoal e que reflete as minhas opiniões, devaneios e conclusões próprias. Devaneios e conclusões próprias. É um projeto pessoal e que reflete as minhas opiniões, devaneios.

“No momento que descemos do avião vimos que

tínhamos exagerado na

dose”

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Fran em Bali (ao lado), ainda em suas primeiras

viagens e com o grupo do NCLC em cemitério

de soldados argentinos (abaixo), nas Ilhas

Malvinas

O livro é sensacional, eu o li inteiro e no fim comecei a ler bem devagarzinho para demorar a terminar, mas o inevitável aconteceu. Está nos seus planos o lançamento de uma sequência?Fran – Sim, quero escrever mais um livro. Mas não neces-sariamente será uma sequência deste. Penso em tirar um pouco o foco do programa em si e usar os países e histó-rias como base para reflexões mais amplas (profundas ou não). Sem perder a leveza, claro. Acho legal essa história de apresentar temas profundos de maneira fácil. Acho muito legal quando as pessoas que leram o livro dizem que “sem perceber” aprenderam várias coisas importantes sobre o mundo e sobre si mesmas.

Depois de viajar quase meio mundo e conhecer diversos lugares da Europa, Ásia, África e Américas ainda há al-gum lugar que você sente a necessidade de ir? Porque?Fran – Vários! Existem lições a serem aprendidas, causas a ajudar, histórias a questionar, situações a denunciar... no mundo todo e nos mais insuspeitos lugares! Viajar é uma aula e quero seguir aprendendo.

Há cinco anos que você e seus amigos estão desbravan-do o mundo pelo programa “Não Conta Lá em Casa”. Quais são as principais lições que você aprendeu e pode destacar?Fran – Acho que a principal seria a confirmação da teoria socrática que uso como mote desde que comecei o pro-grama: “Só sei que nada sei.”. Derrubei por terra vários conceitos, modifiquei outros e estou sempre aberto a que-brar meus próprios paradigmas quando início mais uma viagem com o NCLC.

Quais mensagens você espera passar para as pessoas por meio do seu livro?Fran – Qualquer um pode fazer a diferença no mundo em que vivemos. Outro mundo é possível, basta que a gente aja! E, hoje mais do que nunca, existem diversas maneiras para isso. É só uma questão de achar o seu método, as suas curiosidades e a sua vontade de deixar uma marca. Acho que a principal seria a confirmação da teoria socrá-tica que uso como mote desde que comecei o programa: “Só sei que nada sei.”. Derrubei por terra vários conceitos, modifiquei outros e estou sempre aberto a quebrar meus próprios paradigmas quando início mais uma viagem com o NCLC. A quebrar meus próprios paradigmas quando,

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Vive la France

A fotógrafa Maia Flore registrou 25 pontos turísticos e históricos da França com um olhar lúdito e inusitado

► Reportagem | Cristina Fragata

PELA LENTE

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Direita: Palácio de Versalhes |Esquerda: Atelier Van Lieshout,

L'Absence, Saint-Nazaire

Existem inúmeras formas de registrar com fotos o local que você está visitando, mas atualmente as fotos

parecem ser todas iguais, todas nas mesmas posições e com as mesmas expressões. A convite do Instituti Français, a fotógrafa Maia Flore, junto com Jeremy Joseph, visitou 25 locais na França, mas os registrou de forma surreal (e, em certos momentos, até cômica!).

Os dois passaram por castelos, museus, igrejas e parques, reinterpretando os lugares de forma original, embutindo nas imagens uma dose de surrealismo, o que deixa tudo mais interessante e esteticamente irresistível. Os dois passaram por castelos e museus, os

lugares de forma original, embutindo nas imagens uma dose de surrealismo, o que deixa tudo mais interessante e esteticamente irresistível. Existem inúmeras formas de registrar com fotos o local que você está visitando, mas atualmente as fotos parecem ser todas iguais, todas nas mesmas posições e com as mesmas expressões. A convite do Instituti Français, a fotógrafa Maia Flore, junto com Jeremy Joseph, visitou 25 locais na França, mas os registrou de forma surreal (e, em certos momentos, até cômica!).

Os dois passaram por castelos, museus, igrejas e parques, reinterpretando os lugares de forma original.

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Ópera real, Palácio de Versalhes

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Ponte do Gard

Observatório do Pico de Midi de Bigorre

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Acima: Espelho D'Água, Bordeaux Abaixo: Museu das Civilizações daEuropa e do Mediterrâneo, Marseille

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Igreja Notre-Dame la Grande,Poitiers

Castelo de Haut-Kœnigsbourg,Orschwiller

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Em minha última viagem à Nova Iorque, eu estava no metrô e um

senhor, na casa dos 70 anos, sentou do meu lado. Ele tirou do bolso um iPod, colocou os fones de ouvido e começou a cantar. O vagão nem es-tava vazio, já começava a encher, mas ele não parecia se importar. Não reconheci a música, mas era algum tipo de blues, o qual ele sabia toda a letra. O fato de algumas pessoas mandarem olhares estranhos não o abalava e ele continuou cantando até eu descer na minha estação.

Alguns dias antes, andando pela Times Square, vi uma banda tocan-do na rua. Os caras eram muito bons, tocavam Nirvana e Guns ‘N’ Roses. Quem passava acabou for-mando uma rodinha ao redor deles e eu parei para assistir também, mas mais interessante do que a banda era um homem que dançava e pu-lava com a música como se estives-se em um show de rock no meio da calçada. Todo mundo ria e filmava,

achando aquilo a coisa mais estra-nha do mundo, mas o dançarino es-tava nem aí, se divertindo com a sua roda punk de um homem só.

Fico pensando o porquê de essas duas cenas nos parecerem tão estra-nhas e me chamarem tanta atenção. O que aconteceu com nós humanos que fez uma demonstração pública de felicidade ser considerada uma coisa bizarra? Queria eu viver em um mundo onde todo mundo can-tasse no metrô. Ficamos tão preocu-pados com o que os outros podem pensar que acabamos aprisionando a nossa alegria.

Por que não mostrar pro mundo que estamos felizes? Por que não cantar alto com a sua música pre-ferida, rir alto de um livro, dançar na parada de ônibus? Sou a favor de um mundo onde é normal ser fe-liz e um pouco louco às vezes. Sou a favor da diversão espontânea, da alegria compartilhada, da felicidade pública. Quem me acompanha?

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Luisa dal mas | um pouco de po magico

► Luísa Dal Mascanta Legião Urbana no metrô

(seja em Sampa ou em NY).umpoucodepomagico.com

FELICIDADE PÚBLICAÀs vezes é preciso viajar para perder o medo de se divertir em público

Ilustração | Sophie Blackall

‘ ‘ ‘

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GUSTAVO GITTI | QUARTA PESSOA

► Gustavo Gittinunca mais tirou férias, mas

vive de malas prontas. nao2nao1.com.br

Trabalhamos, trabalhamos e ago-ra ganhamos uma longa folga.

Mas será que sabemos aproveitá-la? Robert Sapolsky, professor de bio-logia e neurologia da Universidade Stanford, ao comparar o funciona-mento do corpo de macacos e hu-manos, descobriu que a dopamina não é exatamente relacionada ao prazer, mas à expectativa de sentir prazer, à incerteza da recompensa, o “talvez”. Desejamos mais a busca pelo prazer do que o ele próprio. A teoria de Sapolsky explicaria nossa constante insatisfação (dukkha, em páli), inquietude, experiência cíclica.

Queremos o diploma, mas assim que o obtemos, já estamos de olho num emprego; quando conseguimos o emprego, queremos ganhar mais. Mais do que na felicidade, somos viciados no esforço, na esperança de ser feliz no próximo minuto. Daí nossa fascinação por relacionamen-tos complicados, drogas, esportes, trabalhos exaustivos com férias anuais.

Na cadeira do escritório, que processos mentais estamos exerci-

tando, que movimentos do corpo es-tão sendo treinados? É essa mente, esse corpo que vamos usar durante as experiências das férias. Se nossos pés passam 10 horas diárias inquie-tos, frenéticos, tremendo debaixo da mesa, é burrice esperar que es-ses mesmos pés consigam relaxar na praia. Se nossa mente passa 48 horas semanais distraída e ansiosa, como esperar que ela se alegre su-bitamente após algumas horas de viagem?

Muitos de nós trabalham de um modo que produz operações men-tais e corporais inadequadas às experiências que sonhamos viver numa viagem de férias. Quem vive apenas de fim de semana não con-segue sequer viver bem nos fins de semana...

Não estamos acostumados a não precisar de mais nada. De fato, nos-sa insatisfação não é causada pela falta de algo, mas pela sensação de falta. Talvez o melhor modo de apro-veitar as férias seja viver de modo a dispensá-las.

Ilustração | Sophie Blackall

SABEMOS APROVEITAR AS FÉRIAS?É difícil relaxar quando vivemoso ano apenas a espera de pausas

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DIaRIO DE BORDO`

Descobrindo a Europa

Sempre fico ansiosa antes de qualquer viagem, até mesmo bate-e-volta de final de semana. Arrumar as

malas, comprar passagens e não deixar nada pendente em casa são coisas que aumentam a “cuíra” e às vezes me tiram o sono na noite anterior. Mas, faltando menos de 2 meses pra minha próxima viagem, a expectativa nunca foi tão grande. A única vez em que saí do Brasil foi há 13 anos, quando fui com minha família para a Ilha de Margarita, na Venezuela.

Agora o destino é a Europa. O roteiro de 1 mês tem uma margem de mudança, mas a princípio, vamos visitar as seguintes cidades: Viena, Paris e Londres. O mês de junho foi escolhido por dois motivos: ainda não é o auge da alta temporada, portanto os preços são mais amigáveis; e é a transição da primavera para o verão, o que significa que vai estar quentinho, mas nem tanto (pelo menos espero). Além dos preços e do clima, no verão o dia dura mais tempo e várias atrações ficam abertas até mais tarde.

Em Viena vamos ficar com a família do Andreas e passar um pouco mais de tempo, já que ele é

familiarizado com a cidade e tem casa por lá. Nas outras cidades vamos ficar em hotel. É verdade que muitos países são próximos e as passagens entre eles são relativamente baratas, por isso no início me deu a louca de querer conhecer uns 15 lugares em 30 dias! Mas aí eu respirei fundo, botei o bom senso pra funcionar e, a muito custo, me convenci a reduzir o número de destinos para aproveitar melhor cada um. Se der, a gente pode acrescentar uns extras pelo caminho, mas esses três serão o foco da viagem. Afinal, a Europa vai continuar no mesmo lugar, sempre esperando uma segunda visita com um novo roteiro.

Como sou obcecada por planejamento, comecei a fazer isso há quase um ano (é quase uma doença). O bom é que hoje em dia a pessoa não precisa nem sair de casa porque os blogs e sites de viagem estão aí pra isso. O bom é que hoje em dia a pessoa não precisa nem sair de casa porque os blogs e sites de viagem estão aí pra isso. Sites de viagem estão aí pra isso. O bom é que hoje em dia a pessoa.

► Por Viviane Furtado

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A Eurotrip de Viviane teve paradas na Itália,

Inglaterra, França eHolanda

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ClassificadosEm busca uer companhia para um mochilão nas férias? Um lugar para ficar na próxima viagem? Ou um contato para servir de guia em um novo destino? Divida sua necessidade com a gente no [email protected]

Julho 2014 | Viajei! |77

Estou planejando um mochi-lão pelo Leste Europeu par-tindo de São Paulo em janeiro ou fevereiro de 2015; entre 20 e 30 dias. Procuro companhia de 20 a 30 anos e dicas. Rotei-ro inicial é Praga, Budapeste e Viena. Sujeito a mudanç[email protected](11) 96425310

Procuro hospedagem em apartamento ou quarto para duas pessoas no Rio de Janei-ro entre 10 e 20 de fevereiro. Pagamos até 500 reais o perío-do. Buscamos quarto próprio. O banheiro pode ser [email protected](51) 99637714

Procuro hospedagem em apartamento ou quarto para duas pessoas no Rio de Janei-ro entre 10 e 20 de fevereiro. Pagamos até 500 reais o perío-do. Buscamos quarto próprio. O banheiro pode ser [email protected](51) 99637714

Ofereço quarto para até qua-tro viajantes ou intercambis-tas em Amsterdã entre de-zembro de 2014 e agosto de 2015; banheiro privativo. 15 minutos a pé até a Dam Squa-re e 40 minutos até a estação central. Aceito [email protected](51) 93562990

Estou planejando um mochi-lão pelo Leste Europeu par-tindo de São Paulo em janeiro ou fevereiro de 2015; entre 20 e 30 dias. Procuro companhia de 20 a 30 anos e dicas. Rotei-ro inicial é Praga, Budapeste e Viena. Sujeito a mudanç[email protected](11) 96425310

Ofereço quarto para até qua-tro viajantes ou intercambis-tas em Amsterdã entre de-zembro de 2014 e agosto de 2015; banheiro privativo. 15 minutos a pé até a Dam Squa-re e 40 minutos até a estação central. Aceito [email protected](51) 93562990

Em busca da companhia de uma menina entre 20 e 30 anos para uma viagem por seis países da América Central por 40 dias em agosto e setembro de 2014. O roteiro preliminar é Panamá, San Blas (Isla Aguja e Diablo), Almirante, Bocas del Touro, San José, La Fortuna, Ilha Ometepe, Manágua, San Pedro Sula, El Progresso, Bay Island, Guate-mala, Antigua, Flores, Palenque, Mérida, Chichen Itzá, Playa del Carmen, Cancun. [email protected](51) 93562990

Em busca da companhia de uma menina entre 20 e 30 anos para uma viagem por seis países da América Central por 40 dias em agosto e setembro de 2014. O roteiro preliminar é Panamá, San Blas (Isla Aguja e Diablo), Almirante, Bocas del Touro, San José, La Fortuna, Ilha Ometepe, Manágua, San Pedro Sula, El Progresso, Bay Island, Guate-mala, Antigua, Flores, Palenque, Mérida, Chichen Itzá, Playa del Carmen, Cancun. [email protected](51) 93562990

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CARTAO POSTAL˜

► Por Carolina Goyer

Envie sua foto para o Cartão Postal: [email protected]

Brooklyn, Nova York Janeiro/2013

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