revista sorocaba sempre 2014
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2 • Sorocaba Sempre • 2014 | Jornal Ipanema
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Sorocaba destaca-se em âmbito nacional pela atividade econômica diversificada e produção industrial desenvol-vida. A cidade é o núcleo da mais nova Região Metropo-litana de São Paulo, composta por 26 municípios, mais
de 1,7 milhão de habitantes, cujo Produto Interno Bruto (PIB) atinge cerca de R$ 50 bilhões.
Produção, ciência, tecnologia e sustentabilidade conso-lidam um perfil privilegiado que credencia o município como carro-chefe desta importante região responsável pela fatia de 4% do PIB paulista. Mais do que isso, a Sorocaba tecnológica assume condição especial por ser, acima de tudo, inovadora.
E D I T O R I A L
a região. A estrutura onde atuam poder público, instituições de ensino superior e o setor empresarial/industrial acelera a transformação do conhecimento em riqueza.
Nesta edição especial, convidamos você, caro leitor, a co-nhecer um pouco dos bons exemplos – e frutos – que a cida-de colhe ao completar 360 anos de sua fundação. Inovação pressupõe tecnologia processada gerando bem ou serviço à sociedade e, nesse sentido, a cidade tem motivos de sobra para comemorar à medida que dispõe de instrumentos favo-ráveis para fazer a ponte entre as novas ideias e as ofertas do mercado, conectando presente e futuro.
Diagramação e Arte:Daniel Guedes
Gerente Geral: Wilson Rossi
Coordenaçãoe textos Cida Haddad
Textos e fotos:Alana Damasceno Erick Rodrigues
Capa produzida porDaniel Guedes
Fotos:Secom/ Prefeitura de Sorocaba
Revisão:Robson Camargo Súnica
Distribuição: Sorocaba e regiãoTiragem: 30 mil exemplaresImpressão: Log&Print Gráficae Logística S.A.
Direção:Francisco Pagliato NetoJuliana Pagliato
Editor:Urbano Martins MTB 36504
PORTAL DO JORNAL IPANEMA:www.jornalipanema.com.br
Ipanema Sistema Gráfico e Editora Ltda.Av. Juscelino Kubitschek de Oliveira, 199 - Lageado - Votorantim/SP
CEP 18.110-008 - Fone/Fax (15) 2102-0300
VOCAÇÃO PARA O PIONEIRISMO
Ciclo após ciclo, nossa Manchester Paulista mantém sua vocação para o pioneiris-mo. Hoje com ares metropo-litanos, respira a tecnologia que impulsiona o progresso e atrai práticas e conceitos que aglutinam exemplos de mo-dernidade nos mais variados setores, da saúde à educação ambiental, passando pela bus-ca e implantação de novos mecanismos de transporte e de mobilidade urbana.
Entre os destaques está o Parque Tecnológico, criado há dois anos para disseminar a cultura da inovação e empre-endedorismo para o desenvol-vimento sustentável de toda
O ParqueTecnológico
foi criado há dois anos para disseminar a
cultura da inovação e empreendedorismo
para o desenvolvimento sustentável de toda
a região
Sistema de Comunicação
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com concentração de mais de 30% da produção industrial paulista. “Essas duas regiões juntas formariam o se-gundo maior estado industrializado do país”, comenta Syllos.
Nos últimos oito anos, lembra o vice-diretor, a cidade recebeu inves-timentos superiores a R$ 5 bilhões, considerando-se apenas empresas de grande e médio porte que assinaram Protocolo de Intenção com a prefei-tura. “Se forem consideradas outras empresas, o volume é bem maior do que isso. Nesse mesmo período, a cida-de gerou uma média de dez mil novos empregos diretos na indústria por ano e teve um crescimento anual superior a 10%. A sustentabilidade é outro diferen-cial de Sorocaba”, diz.
do bom para que a cidade continue a crescer e não sofra impacto em um ou dois setores”, afirma.
Quatro polos fortes Segundo o secretário de Desenvol-
vimento Econômico e Trabalho, a cida-de cresceu muito no setor de energias renováveis assim como tem destaque na indústria de autopeças. Há também, ele afirma, o fortalecimento do polo me-tal-mecânico e um polo muito forte de ele-troeletrônicos. “Nesses quatro polos, So-rocaba é muito forte. E existe, também, a possibilidade de atrair um setor crescen-te, que é o de tecnologia da informação (TI), como fábricas de softwares e ga-mes. Sorocaba está atraindo por causa da mão de obra”, conclui.
M O D E R N I Z A Ç Ã O
A tecnologia faz, cada vez mais, parte do dia a dia de todos, seja em casa ou no trabalho. No ramo industrial, ela não pode
ficar de fora, principalmente diante de um mercado tão competitivo.
O secretário de Desenvolvimento Econômico e Trabalho, Geraldo César Almeida, afirma que, para as indústrias que quiserem crescer, é importante que agreguem tecnologia e inovação, para modernizar os processos de pro-dução para que a indústria seja compe-titiva. “E as indústrias que chegam a So-rocaba já vêm com os processos mais modernos de produção. De uma ponta, você não gera tantos empregos como gerava antes, mas você gera empre-gos de melhor qualidade para pessoas com mais qualificação. Sorocaba, por exemplo, possui mais alunos no Ensino Superior do que no Ensino Médio. Isso mostra a qualidade da mão de obra da nossa cidade”, afirma o secretário.
Na opinião de Almeida, o Parque Tecnológico de Sorocaba é muito im-portante como vetor de desenvolvi-mento para mostrar que a cidade é capaz de agregar e atrair novas tec-nologias assim como novas empre-sas. “Sorocaba consegue, hoje, estar à frente de outras cidades e a nossa grande vantagem é que temos um par-que industrial muito diversificado, com quatro ou cinco setores muito impor-tantes, o que divide alguns riscos, sen-
TECNOLOGIA PARA O CRESCIMENTO INDUSTRIAL
Geraldo César Almeida,
secretário de Desenvolvimento
Econômico e Trabalho
O primeiro vice-dire-tor do Ciesp Sorocaba, Erly Domingues de Syllos, cita o estudo intitulado “Onde a In-dústria se fortalece no Estado de São Paulo”, da Fundação Seade. Nesse estudo, as regiões admi-nistrativas de Sorocaba e Campinas aparecem
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O CRESCIMENTO DA OFERTA DE
CURSO SUPERIOR NO MUNICÍPIO, COM A CHEGADA
DE MAIS FACULDADES E UNIVERSIDADES, FORTALECEU AINDA
MAIS A ATRATIVIDADEDE SOROCABA
Segundo o primeiro vice-diretor do Ciesp Sorocaba, Erly Do-mingues de Syllos, a inovação deve ocorrer cada vez mais de forma colaborativa. Ele afirma
que o mundo acadêmico está cada vez mais se aproximando da indústria, o que possibilita a criação de tecnologias que deverão ser utilizadas no chamado “chão de fábrica”. “Em Sorocaba, isso já é uma realidade no Parque Tecnoló-gico Alexandre Beldi Netto, que conta com oito empresas que possuem tec-nologia de ponta, operando em um mesmo ambiente de estudo e pesqui-sas de sete renomadas universidades do país”, comenta Syllos.
Além do Parque Tecnológico, Syllos cita a Agência de Desenvolvimento e Inovação de Sorocaba – Inova Sorocaba, que, segundo ele, tem um papel funda-mental na gestão do Parque Tecnológico no que tange o fomento de projetos de C&TI (Ciência e Tecnologia da Informa-ção), interagindo com as universidades e as indústrias, gerando novos conheci-mentos e produtos inovadores.
O Ensino Superior tem papel essen-cial, garante o primeiro vice-diretor do Ciesp Sorocaba. “A qualificação da mão de obra é um fator fundamental para o desenvolvimento das indústrias. Cada vez mais, o diferencial da indústria será o trabalhador altamente qualificado. O crescimento da oferta de curso su-perior no município, com a chegada de mais faculdades e universidades, fortaleceu ainda mais a atratividade de Sorocaba”, afirma Syllos.
Segundo ele, na Sorocaba de hoje, o número de estudantes de ensino superior, incluídos os cursos tecnoló-
gicos, supera o total de alunos do En-sino Médio. “Com o desenvolvimento do mundo acadêmico em Sorocaba, a região como um todo se beneficia, uma vez que novos talentos podem ser aproveitados nas indústrias da região. No entanto, é importante ressaltar que
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APROXIMAÇÃO COM OMUNDO ACADÊMICO TRAZ INOVAÇÃO
somente o conhecimento acadêmico não qualifica esses talentos para tra-balharem nas indústrias. É necessário fazer preparatório, como o que é feito pelo Sesi e Senai, que qualifique esses jovens para assumirem um cargo na in-dústria”, comenta.
ERLY DOMINGUES DE SYLLOS,PRIMEIRO VICE-DIRETOR DO CIESP SOROCABA
A qualificaçãoda mão de
obra é um fator fundamental para o
desenvolvimento das indústrias
T E C N O LO G I A D E P O N T A
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capacitar e distribuir conhecimento”, afirma.
As instalações estão em uma área de 1,8 milhão de m2, estrategicamente orga-nizada em espaços para criação de em-presas inovadoras (incubadora), desen-volvimento de atividades de pesquisa, desenvolvimento e inovação, projetos com as instituições de ensino superior e área estratégica para futuros projetos.área estratégica para futuros projetos.
Para auxiliar a empresa que chega ao local, o Parque Tecnológico conta com a Inova Sorocaba, organização social que auxilia o empreendedor na concepção, implantação e gestão de projetos. “A estruturação e a implementação da po-lítica de tecnologia que interessa para a cidade é feita pelo PTS e quem desen-volve as tarefas é a Inova Sorocaba”, explica Anésio.
O prédio do Parque Tecnológico cha-ma a atenção para o formato de um cír-culo “cortado ao meio”. De acordo com Lima, a intenção é que a ampliação do prédio continue com o tempo. “Ela vem fazendo sua primeira área de ocupação. Temos a necessidade da construção do segundo semicírculo, além de outros prédios anexos”, detalha. Devem ser construídas áreas de convivência, res-taurante e cafeteria.
O investimento para a construção do prédio foi de R$ 21 milhões – maior parte paga pelo estado – sendo R$ 4 milhões investidos pelo município. Atualmente recebe uma verba de R$ 500 mil.
P A R Q U E T E C N O L Ó G I C O
TEMOSA MISSÃO DE
CAPACITAR E DISTRIBUIRCONHECIMENTO
Disseminar a cultura da inovação e empreendedorismo para o de-senvolvimento sustentável no município de Sorocaba e região.
Este é o principal objetivo do Parque Tecnológico de Sorocaba (PTS), existen-te há dois anos. Sua articulação funciona entre o poder público, instituições de ensino superior e o setor empresarial/in-dustrial, acelerando a transformação do conhecimento em riqueza. O Parque é um espaço para que empresas, universi-dades e institutos instalem laboratórios de pesquisa para desenvolverem novos produtos ou serviços, gerando melho-rias na qualidade de vida da população.
Segundo o presidente do Parque
Tecnológico, Anésio Lima, o principal Tecnológico, Anésio Lima, o principal desafio é que o local seja irradiador de conhecimento. “Sorocaba pode produ-zir muita coisa boa para o mundo”, defi-ne. “Um dos desafios é trazer a comuni-dade para conhecer o Parque”, ressalta. “Ele tem um modo de gestão diferente, inovador mesmo. Temos a missão de
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12 • Sorocaba Sempre • 2014 | Jornal Ipanema
T E C N O LO G I A A C A D Ê M I C A
Entre as universidades instaladas no Parque Tecnológico estão: PUC São Paulo, Unesp, UFsCar, Uniso, Facens e Fatec. Anésio
Lima, presidente do PTS, explica que, ao receber faculdades, o Parque Tecnológi-co abre espaço para o aperfeiçoamento em todas as áreas de conhecimento. “São equipamentos de alta tecnologia manipulados por especialistas de altíssi-ma capacidade”, ressalta.
As universidades passam a ocupar as salas por meio de edital do próprio
Parque. Segundo ele, até então, todas as universidades que apresentaram pro-postas não tiveram negativas em se ins-talar no prédio para começar a realizar seus programas científico-tecnológicos.
O mesmo trâmite serve para as empresas que buscam espaço no lo-cal. Caso ela precise de auxílio, pode contar com a Inova Sorocaba. “A veia de liderança em Sorocaba nunca dei-xou de existir. Esta nos faz ser res-ponsáveis por situações muito além da questão histórica e cultural e a
ESPAÇO PARA O DESENVOLVIMENTOCIENTÍFICO-TECNOLÓGICO
O Parque Tecnológico conta com ações como desenvolvimento
do planejamento e gestão de clusters
de empresas de base tecnológica
tecnologia é um dos principais veto-res disto pois não se trabalha apenas para o presente e, sim, para o futu-ro”, finaliza o presidente.
FunçõesO Parque Tecnológico de Sorocaba
conta com ações como desenvolvi-mento do planejamento e gestão de clusters de empresas de base tecnoló-gica; desenvolvimento de atividades de incubação de empresas com o intuito de auxiliar os empreendedores a criar e implementar negócios, impactando de forma importante o desenvolvimento local/regional; criação de um ambiente favorável para as empresas residentes, facilitando a aproximação com as insti-tuições de ensino superior e institutos de ciência e tecnologia, aumentando as oportunidades de acesso à inovação, recrutamento de pessoal especializado e aquisição de tecnologia. Além destas funções, ela também realiza estabeleci-mento de um ambiente favorável à cria-ção de novos modelos para atração de investimentos em tecnologia.
Em todo o Brasil, há 42 Parques Tec-nológicos, sendo 20 somente no estado de São Paulo.
Ao receber faculdades, o
Parque abrange estudo de todas
as áreas de conhecimento
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cimento, implantação de laboratórios e implantação de e-business (estes dois últimos considerados negativos).
Cerca de 80% das empresas partici-pantes responderam que os serviços de metrologia devem ser oferecidos em Sorocaba. Os serviços de informação tecnológica também tiveram alto per-centual, sendo que 76% responderam que a demanda é essencial para o mu-nicípio. O estudo constatou que 63% das empresas acreditam que os serviços de propriedade industrial e intelectual de-vem ser oferecidos em Sorocaba.
Os serviços tecnológicos mais oferta-dos são os especializados ou avançados, como os de CAD (Desenho por Auxílio de Computador), simulação em compu-tadores e automação industrial.
Um fato considerado urgente para melhorar o desenvolvimento em tecno-logia destacado pela pesquisa foi o de capacitação em assessorar as empresas a desenvolverem setor ou departamen-to especializado em gestão da inovação, capacidade tecnológica e informação. No quesito gestão de conhecimento, o professor enfatizou a importância de realizar atividades para capacitar as empresas e formação de pessoal a ge-rar, apreender e gerenciar a informa-ção aos processos e ao conhecimento. “Também se observa a necessidade de se estimular a oferta dos serviços tecno-lógicos de modo operacional e estrutu-rado com transparência e grau de infor-mação adequado às empresas”, cita no texto de conclusão o professor Borrás.
Os dados foram levantados junto a 43 empresas sorocabanas e 19 ICTI’s (Ciência, Tecnologia e Inovação) nos meses de fevereiro, março, abril e maio deste ano.
T E C N O LO G I A
Uma pesquisa feita pela UFSCar (Universidade Federal de São Carlos) revelou a demanda e a oferta de Sorocaba em relação
aos setores empresariais de tecnologia. O estudo, divulgado em agosto, de-monstrou parecer satisfatório quanto à demanda da cidade e altamente satis-fatório em relação à oferta. De acordo com o coordenador da pesquisa, Miguel Borrás, líder do GEPITec (Grupo de Es-tudo e Pesquisa em Inovação e Transfe-rência Tecnológica), a análise foi solicita-da pela agência Inova Sorocaba e pelo Parque Tecnológico de Sorocaba (PTS).
O tipo de processo nas unidades das empresas que responderam ao questio-nário da pesquisa foi o de montagem (24%), seguido pelos de produção em batelada (14%), produção contínua (13%), usinagem (13%), conformação ou estam-pagem (11%), injeção (9%) e fundição (3%).
Com relação aos tipos de investimen-tos praticados nos últimos dois anos e os que serão praticados nos próximos dois anos, o estudo revelou que são po-sitivos a aquisição de máquinas e equi-pamentos, implantação/manutenção de sistemas de gestão de qualidade, desen-volvimento de processos e produtos, aquisição de tecnologia, capacitação em gestão tecnológica, colocação de inovadores no mercado, contratação de estudos técnicos, implantação/manu-tenção de sistemas de gestão do conhe-
PESQUISA MOSTRA DEMANDA E OFERTA POSITIVA NA ÁREA TECNOLÓGICA
É NECESSÁRIO ESTIMULAR A
OFERTA DOS SERVIÇOS TECNOLÓGICOS DE MODO OPERACIONAL E ESTRUTURADO COM TRANSPARÊNCIA E GRAU DE INFORMAÇÃO ADEQUADO ÀS EMPRESASMIGUEL BORRÁS,LÍDER DO GEPITEC - GRUPO DE ESTUDO E PESQUISA EM INOVAÇÃO E TRANSFERÊNCIA TECNOLÓGICA
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plantou no Parque Tecnológico o primeiro Tecno Lounge, um ponto de atendimen-to tecnológico que tem como objetivo
E M P R E E N D E D O R I S M O
Promover apoio e orientação ao empreendedor que acabou de iniciar o próprio negócio é uma das metas da Inova Sorocaba,
agência localizada no Parque Tecnológi-co de Sorocaba. A Inova é uma organiza-ção social que tem como missão desen-volver ações, programas e projetos que incentivem, de forma articulada e con-tínua, a pesquisa científica, o desenvol-vimento tecnológico e as culturas local e regional, baseadas no conhecimento, inovação e empreendedorismo. “Da-mos apoio à transformação de conheci-mento em negócios”, afirma o presiden-te da Inova Sorocaba, Agliberto Chagas.
Trata-se de uma agência de inovação que possui um corpo técnico especializa-do quanto à elaboração de projetos, cap-tação de recursos, registro de patentes e, principalmente, inserção competitiva do seu produto no mercado, explica Chagas.
Outro ponto observado por ele é em relação à cultura da inovação que é apresentada por meio de eventos, ofi-cinas e estudos. No primeiro semestre deste ano, participaram desses eventos 1.600 pessoas. “Sorocaba tem que olhar a tecnologia com valor para o futuro”, afirma Chagas.
O diretor de ciências e tecnologia da agência, Rodrigo Mendes, explica que a Inova serve como agente articulador que visa gerar um impacto de desenvol-vimento econômico por meio da inova-ção. “Criamos um ambiente com maior competitividade de empresas da região. Engloba, dentro de sua governança,
instituições que representam vários fa-tores como faculdades, Poder Público e representantes da sociedade”, detalha.
A orientação aos empreendedores é feita em parceria com o Sebrae, que im-
SOROCABATEM QUE
OLHAR A TECNOLOGIA COM VALOR PARA OFUTURO
atender às empresas atender às empresas com foco nas áreas de com foco nas áreas de inovação, tecnologia e inovação, tecnologia e startups.
Rodrigo Mendes, diretor de Ciências
e Tecnologia da agência
AGLIBERTO CHAGAS,PRESIDENTE DA INOVA SOROCABA
TRANSFORMAÇÃO TRANSFORMAÇÃO DO CONHECIMENTO DO CONHECIMENTO EM NEGÓCIOS
18 • Sorocaba Sempre • 2014 | Jornal Ipanema
da eficiência econômica das empresas, melhorar a coordenação de ações entre os segmentos empresariais na região e incentivar a cultura da inovação desen-volvendo o pensamento global. Outros objetivos são facilitar o acesso do setor produtivo às fontes de conhecimento/tecnologia, promovendo serviços estra-tégicos de apoio à produção, contribuir
O diretor de Ciências e Tecnologia da Inova Sorocaba, Rodrigo Men-des, informa que o atendimento ao empreendedor funciona a
partir de diversas orientações como di-retrizes para desenvolvimento de pro-gramas e dicas de gestão. Para ajudar neste sistema, existe o Poupatempo da Inovação, localizado em parques tecno-lógicos do país, que reúne em um mes-mo ambiente os serviços de elaboração de projetos, propriedade intelectual,
A P O I O E M P R E S A R I A L
POUPATEMPO DA INOVAÇÃO PROPORCIONA AGILIZAÇÃO PARA EMPREENDEDORES
edital público. Conforme aprovado, o empreendedor ganha espaço na Incu-badora do Parque Tecnológico, onde poderá utilizar-se do espaço para tra-balhar em sua empresa. A Incubadora é também responsável pela realização de eventos como workshops de mode-lo de negócios e palestras com o intui-to de fomentar o empreendedorismo tecnológico na região.
Para cumprir sua missão, a Inova So-rocaba atua para estimular a melhoria
A AGÊNCIA DE DESENVOLVIMENTO E
INOVAÇÃO DE SOROCABA – INOVA SOROCABA -FOI CRIADA EM 2007
Usuáriosrecebem ajuda com rapidez e
eficiência
desenvolvimento de produtos, apoio jurídico, captação de re-cursos e apoio aos empreen-dedores para desenvolver seus negócios. “Atendemos às em-presas que buscam um parceiro ou desenvolver algo no Parque e apontamos como eles podem realizar isto e o que eles têm de possibilidade”, explica.
A Agência de Desenvolvi-mento e Inovação de Soro-caba – Inova Sorocaba – foi criada em 2007 e é uma asso-ciação civil sem fins lucrativos, com personalidade jurídica de direito privado, com auto-nomia administrativa e finan-ceira. Em 2012 foi qualificada como organização social já que desenvolve atividades não exclusivas do Poder Público no estímulo às atividades de pesquisa científica e de-senvolvimento tecnológico.
Integração pormeio de editaisO processo de seleção de empresas
para a Incubadora é feito por meio de
de base tecnológica em geral e incenti-var o setor privado a incubar empresas de base tecnológica promovendo cur-sos, simpósios, seminários, conferên-cias e estudos que contribuam para o aperfeiçoamento técnico dos profissio-nais de empresas em diversos segmen-tos da sociedade.
para o crescimento de empresas nas-centes e empresas
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cas, conforme explica a professora Van-derlan da Silva Bolzani.
O professor responsável pelo labora-tório, André Rosa, ressalta a importância da pesquisa científica. “Considerando a infraestrutura implantada e os recursos humanos altamente qualificados que têm atuado em nossos laboratórios no Parque Tecnológico, não temos dúvida de que, nos próximos anos, aproxima-remos cada vez mais as possibilidades de parcerias em pesquisa científica, ino-vação tecnológica e prestação de servi-ços”, afirma Rosa.
A V A N Ç O N A S P E S Q U I S A S
AFacens (Faculdade de Engenharia de Sorocaba) é uma das universi-dades que ocupa uma sala no Par-dades que ocupa uma sala no Par-dades que ocupa uma sala no Parque Tecnológico.
Atualmente, são dois os focos de estu-do da equipe que ocupa 134 m² do prédio do Parque Tecnológico. O primeiro abor-do Parque Tecnológico. O primeiro abor-do Parque Tecnológico. O primeiro abordado é o de prototipagem, ou seja, de im-pressão 3D. Segundo Edson Bruno Leite, coordenador de projetos e administrador de empresas, o intuito é atender aos seg-mentos de indústria e comércio.
Para este tipo de serviço, o coordenador informa que já foi solicitada uma impressora 3D de grande porte para atender profissio-nais liberais, engenheiros e arquitetos.
O segundo caso é o de mobilidade urbana. O projeto desenvolve o sistema que tem como objetivo informar o tem-po de percurso de veículos – seja da che-gada do transporte ao ponto de parada ou ao destino do passageiro.
Simulação criativa A Faculdade de Tecnologia de Soroca-
ba (Fatec) também está presente no Par-ba (Fatec) também está presente no Par-ba (Fatec) também está presente no Parque Tecnológico. Professores e alunos da instituição desenvolvem, constantemen-te, uma série de projetos. Entre eles está o chamado simulação criativa.
De acordo com os professores Fran-cisco Carlos Ribeiro e Francisco de Assis Toti, a simulação criativa veio a auxiliar a engenharia experimental.
De acordo com eles, quando se pensa em produto, é preciso definir que mate-rial utilizar, que formato terá, tendo sem-pre em vista o menor custo de produção possível. A engenharia experimental fa-zia isso, construindo protótipos físicos. Isso implicava em gastos de materiais testes, aprovação-reprovação e de novos
FACULDADES E UNIVERSIDADES DESENVOLVEM PROJETOS NO PARQUE TECNOLÓGICOPROJETOS NO PARQUE TECNOLÓGICOPROJETOS
testes. Segundo eles, quando são usados softwares de alta resolução gráfica e de alta capacidade de processamento para simular o protótipo, é possível, inclusive, testar a resistência e durabilidade do pro-tótipo de maneira virtual, usando progra-mas como CAD/CAE/CARP/CAM. Assim, evita-se construir o protótipo físico em favor de construí-lo virtualmente.
Inovação emmeio ambienteO laboratório da Unesp desenvolve
atividades de pesquisa, desenvolvimen-to e inovação em meio ambiente, auto-mação e processamento de imagens. Os equipamentos são de análises de compostos orgânicos e inorgânicos e de processamento de imagens e sistemas microprocessados.
A universidade ocupa uma sala de cer-A universidade ocupa uma sala de cer-A universidade ocupa uma sala de cerca de 200 m² no Parque Tecnológico de Sorocaba. Atualmente, a pesquisa está focada em interação de matérias orgâni-
Trabalhosinéditos são
pesquisados nos laboratórios
DESENVOLVEM
22 • Sorocaba Sempre • 2014 | Jornal Ipanema
mantenedora”, resume a coordenadora do órgão, professora Eliana Aparecida de Rezende Duek. As pesquisas rece-bem recursos da Fapesp, Finep e CNPq.
Um dos estudos em curso está re-lacionado ao desenvolvimento de polí-meros que poderão substituir os metais utilizados em diversos tipos de cirurgia, sobretudo nas realizadas em vítimas de traumas com fraturas ósseas de peque-no e médio porte nas regiões do crânio e bucomaxilofacial.
Os polímeros desenvolvidos no labo-ratório da PUC-SP terão a capacidade de se degradar dentro do corpo humano, além de serem atóxicos. “Dessa forma, eliminam-se a necessidade e os riscos de uma segunda cirurgia para a retirada dos dispositivos – como ocorre no caso dos metálicos”, explica Eliana.
Interação deaplicativos para idososAumentar a acessibilidade de idosos
às tecnologias e aplicativos computa-cionais por meio de interações que per-mitam a estes usuários utilizarem múl-tiplas formas de acesso aos sistemas, seja por meio de voz, gestos, caneta, movimentos e toque. Este é o objetivo de pesquisa desenvolvida no Programa de Pós-Graduação em Ciência da Compu-tação do câmpus Sorocaba da UFSCar. O estudo, intitulado “Design de Interação em pequenos dispositivos para e com a Terceira Idade”, é conduzido no curso de mestrado por Ricardo Leme, sob orienta-ção de Luciana Zaina, professora do De-partamento de Computação.
“O desenvolvimento de software com a interação multimodal direcionado a usuários da terceira idade deve aclarar os anseios, as necessidades e as dificuldades que estes usuários dão para as interfaces com as quais interagem. Os elementos da interface devem ser compreendidos pelos usuários da terceira idade e estar dispos-tos de maneira a possibilitar a realização das atividades da maneira mais transpa-rente possível”, esclarece o mestrando.
O objetivo do LaBNUS (Laborató-rio da Universidade de Sorocaba - Uniso) é desenvolver atividades de pesquisa e inovação tecnoló-
gica vinculadas à área de biomateriais e nanotecnologia. Esses estudos são realizados no Parque Tecnológico de Sorocaba (PTS). Destacam-se a produ-ção e o controle da qualidade biológica e físico-química de produtos farmacêu-ticos inovadores.
As bases de fabricação dos novos produtos são biomateriais, tais como polímeros, lipídeos, proteínas, entre ou-tros. Os produtos a serem desenvolvidos terão como finalidade o transporte de substâncias biologicamente ativas para o tratamento de doenças crônicas, infec-ciosas ou não, e doenças negligenciadas.
“Foi feito um investimento de R$ 1,2 milhão em equipamentos de ponta para
N A N O T E C N O LO G I A E B I O M A T E R I A I S
Temascomo saúde e
facilidades para a “melhor idade” fazem parte dos
estudos
a investigação científica e controle de qualidade de novos materiais e produtos farmacêuticos”, explica o professor Mar-co Vinícius Chaud, integrante da equipe do projeto.
O engenheiro alimentar e doutor em biotecnologia, Victor Figueiredo Balcão, explica que atualmente está sendo reali-zada pesquisa de combate à pneumonia.
Cultura de células O Laboratório de Biomateriais da
Faculdade de Ciências Médicas e da Saúde (FCMS) da PUC-SP desenvolve pesquisas sobre cultura de células, sín-tese, caracterização e degradação de polímeros e estudos in vivo em animais. “Vivenciamos um dos momentos mais intensos deste grupo de pesquisa, gra-ças ao apoio que temos recebido da reitoria e da Fundação São Paulo, nossa
ESTUDOS ESTÃO FOCADOS EM VÁRIAS ÁREAS DA SAÚDE
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escolar; já a comunidade pode participar de cursos oferecidos gratuitamente.
Projetos A Secretaria de Educação, por meio
do Programa Escola Digital e, especifi-camente, do Projeto Bite, a ser lançado ainda neste ano, visará ao letramento digital da comunidade escolar, por meio de ações formativas para profissionais da educação e da implementação de uma plataforma educativa de busca (re-positório de objetos de aprendizagem e recursos digitais) que apoiem profes-sores em suas práticas pedagógicas e também os alunos em seus processos de aprendizagem.
Ainda quanto à tecnologia na área de educação, há o videomonitoramento. Segundo dados da Secretaria de Educa-ção, o sistema de videomonitoramento já alcançou 80% das instituições educa-cionais da rede municipal e até este mês seu funcionamento está previsto em to-das as instituições.
A tecnologia é uma das principais aliadas na área da Educação.
Em Sorocaba, segundo infor-mações da Secretaria de Educa-
ção, há lousas digitais em todas as insti-tuições de educação infantil e unidades escolares da rede municipal de ensino.
Entre os benefícios da utilização da lousa digital estão: apoiar a criação de projetos e sequências didáticas, dinamizar a utilização de recursos educativos digitais e oportunizar aprofundamento de estu-dos nas diversas áreas do conhecimento.
As escolas de ensino fundamental, além de lousas digitais, também con-tam com os laboratórios de informáti-
D I G I T A L I Z A Ç Ã O E S C O L A R
ca, nos quais estão instaladas as cen-trais educacionais.
De acordo com a secretaria, há 13 uni-dades do Ensino Fundamental que pos-suem o laboratório do Proinfo, parceria realizada com o Ministério da Educação (MEC), que tem como objetivo a inclusão digital dos alunos por meio do acesso à internet e a softwares educacionais.
Além disso, informa a secretaria, há 30 prédios construídos nas escolas mu-nicipais, equipados com computadores com acesso à internet e que buscam pro-mover a inclusão digital de alunos e mu-nícipes de Sorocaba. Os alunos podem utilizar esse espaço durante seu turno
TECNOLOGIA ALIADA AO ENSINO
HÁ 13 UNIDADES DO ENSINO FUNDAMENTAL QUE POSSUEM O LABORATÓRIO DO PROINFO, PARCERIA REALIZADA COM O MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO (MEC), QUE TEM COMO OBJETIVO A INCLUSÃO DIGITAL DOS ALUNOS POR MEIO DO ACESSO À INTERNET E A SOFTWARES EDUCACIONAIS
O secretário municipal de
Educação José Simões
Entre osobjetivos da lousa
digital está o de apoiar a criação
de projetos e sequências
didáticas
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ALÉM DE SER UMA TENDÊNCIA,
ESTÁ CADA VEZ MAIS CLARO QUE É UMA NECESSIDADE AVALIAR E ADOTAR NOVAS POSTURAS EM RELAÇÃO AO CONSUMO
cios da CPS abrangem diversos aspectos: promoção da proteção socioambiental, economia de dinheiro ao observar todos os custos associados ao ciclo de vida do produto/serviço a adquirir, oportunidade de promover a inovação para a economia verde e inclusiva, movimentação do mer-cado e estímulo à economia e aumento da competitividade de empresas em mercados futuros, criando novos negó-cios e aumentando o número de postos de trabalho.
O termo Compras Públicas Susten-táveis, novo no que corresponde a cuidar do meio ambiente, já pode ser considerado tendência para instituições públicas que têm
como objetivo buscar alternativas para a preservação socioambiental.
“Além de ser uma tendência, está cada vez mais claro que é uma neces-sidade avaliar e adotar novas posturas em relação ao consumo. Quando es-tabelecemos apenas o menor preço como critério para nossas compras, estamos deixando de lado a qualidade. Teremos cada vez mais produtos e ser-viços de qualidade questionável com os menores preços”, ressalta Jussara de Lima Carvalho, ex-secretária de Meio Ambiente da Prefeitura de Sorocaba e atualmente secretária executiva da Iclei, ONG internacional de desenvolvimento sustentável.
As compras públicas sustentáveis, ou CPS, funcionam como uma solução para integrar as considerações am-bientais e sociais em todas as fases do processo de compra e contratação dos governos, com o objetivo de reduzir os impactos à saúde humana, ao meio
M E I O A M B I E N T E
ambiente e aos direitos humanos e, ao mesmo tempo, resultando em econo-mia para a administração pública.
Na região de Sorocaba, a secretária executiva informa que está planejando conversas iniciais com vários municípios e ressalta a própria cidade. “As diretri-zes ambientais, sociais e de inovação do prefeito Antonio Carlos Pannunzio têm grande aderência aos propósitos deste projeto”, fomenta.
De acordo com Jussara, os benefí-
COMPRAS SUSTENTÁVEISSÃO UMA FORTE TENDÊNCIA
JUSSARA DE LIMA CARVALHO,SECRETÁRIA EXECUTIVA DA ONG ICLEI
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A ONG ICLEI TRABALHA COM O TEMA HÁ MAIS DE 15 ANOS,DESENVOLVENDO METODOLOGIAS E FERRAMENTAS,ENCORAJANDO A ELABORAÇÃO DE ELABORAÇÃO DE POLÍTICAS PÚBLICAS SOBRE A PRESERVAÇÃO SOCIOAMBIENTALSOBRE A PRESERVAÇÃO SOCIOAMBIENTALSOBRE A PRESERVAÇÃO
P R O J E T O S I N O V A D O R E S
mente pelo poder de compra e análise dos possíveis impactos relacionados, o Poder Público pode impulsionar o de-senvolvimento sustentável por meio da indução e ampliação de oferta de produtos mais sustentáveis pelo merca-do”, finaliza Jussara.
As principais instituições que já procuraram pelos serviços de compras sustentáveis foram as go-vernamentais, entretanto, organi-
zações privadas também podem adquirir o serviço. “Qualquer órgão público e instituição (pública ou privada) pode im-plementar compras mais sustentáveis. No Brasil, já temos casos práticos que foram implementados ou estão em im-plementação”, explica Jussara de Lima Carvalho, secretária executiva do Iclei.
Alguns exemplos que ela destaca são o Jardim Botânico, no Rio de Janei-ro, que atualmente utiliza de pregão eletrônico para compra sustentável, compartilhada entre diferentes órgãos da administração federal e a Secretaria do Verde e Meio Ambiente da cidade de São Paulo, que incentivou a troca dos copos de plástico descartáveis por co-pos de papel.
O programa busca integrar critérios ambientais, sociais e econômicos em todos os estágios do processo de aquisi-ção de um produto ou serviço e também apoiar a inovação no desenvolvimento de novos produtos. “Ele visa otimizar os processos internos e promover um desenvolvimento mais sustentável por meio do poder de compra, de proces-sos licitatórios sustentáveis, que além do potencial de fomentar um mercado inovador e de menor impacto, também
aborda questões emergentes e urgen-tes da sociedade”, conta.
Jussara explica que o Iclei trabalha com o tema há mais de 15 anos, desen-volvendo metodologias e ferramentas, encorajando a elaboração de políticas públicas sobre a preservação socioam-biental. Para a realização do trabalho às instituições, a ONG utiliza uma série de recursos como traçar um mapeamento e perfil de consumo da empresa, checa a lista de produtos a serem comprados, faz o levantamento de alternativas sus-tentáveis e realiza inventários para de-talhar quantidades a serem compradas entre outros fatores.
Após esta fase de trâmite, os produ-tos passam por processo licitatório e finalmente são comprados. “O grande potencial do poder público como agen-te de transformação rumo ao consumo mais sustentável torna-se cada vez mais evidente. Os governos detêm um gran-de poder de compra. Ao adotar novos conceitos e critérios nas compras pú-blicas e exercer sua responsabilidade como grande consumidor, principal-
PROGRAMA BUSCA INTEGRAR CRITÉRIOS AMBIENTAIS, SOCIAIS E ECONÔMICOS
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NO MANUAL de Segurança do Secovi, desenvolvido em conjun-to com a Polícia Militar do Estado de São Paulo, os sistemas eletrô-nicos de segurança são citados. De acordo com informações do manual, “o sistema de segurança ideal é aquele que promove a in-teração do homem com os equi-pamentos eletrônicos, a fim de que a coligação entre ambos possa promover um nível de proteção sa-tisfatória. Atualmente, no mercado, existem os mais variados números e tipos de equipamentos eletrôni-cos de segurança à disposição dos usuários, portanto, devem-se ad-quirir aqueles que mais se adaptem às necessidades do condomínio”.
Entre os sistemas e equipa-mentos mais utilizados estão:
Circuito Fechado de Televisão■Através de câmera, com ou sem fio, instaladas em pontos estraté-gicos da residência ou do condo-mínio, cujas imagens devem ser gravadas, é possível se ter uma visualização de todo o ambiente.■ A proteção ficará maior se as imagens também forem acessadas pelos condôminos.
Sistemas de SegurançaMonitorados■ Sistemas monitorados oferecem serviço 24 horas, servem para reduzir riscos de invasão, in-cêndios e, combinando-se vários circuitos, podem ser empregados como controle de acesso, CFTV (circuito fechado de TV) e até como segurança de informação.
Quando o assunto é habitação, a tecnologia é aliada, principal-mente, nas partes administrati-va e de segurança.
O vice-presidente do Interior do Sindi-cato da Habitação no Estado de São Pau-lo (Secovi-SP), Flávio Amary, afirma que a utilização do computador, da Internet, fa-cilita a comunicação, pois hoje é comum os condôminos receberem comunicados como os de assembleia por e-mail. Bole-tos, por exemplo, podem ser impressos nos sites do condomínio ou das adminis-tradoras e não mais, necessariamente, entregues pelos Correios. “O Whatsapp e o Facebook são atualmente muito utiliza-dos também para troca de informações entre os moradores quanto a transporte escolar e eventos”, comenta Amary.
Em questões referentes à segurança, Amary diz que a tecnologia ajuda no dia a dia quando facilita a entrada em condomí-dia quando facilita a entrada em condomí-dia quando facilita a entrada em condomínios fechados, pois dados já estão cadas-trados nos computadores, assim como há estabelecimentos em que são utilizados sistemas como o da biometria e códigos
T E C N O LO G I A H A B I T A C I O N A L
SEGURANÇA EMCONDOMÍNIOS ADOTA EQUIPAMENTOS SOFISTICADOS
para abertura de portões e elevadores. Amary explica que as câmeras são
essenciais também para a segurança. “A variedade em tecnologia e as neces-sidades dos condôminos fazem com que profissionais da área de habitação pre-cisem estar sempre atualizados e entre os papéis do Secovi está esse preparo por meio de cursos, sendo que algumas palestras, por exemplo, podem até ser acompanhadas pelo computador”, afir-acompanhadas pelo computador”, afir-acompanhadas pelo computador”, afirma Amary.
MANUAL ORIENTA CONDÔMINOS
Fonte: Manual: Segurança em Condomínios
A VARIEDADE EM TECNOLOGIA
E AS NECESSIDADES DOS CONDÔMINOS FAZEM COM QUE PROFISSIONAIS DA ÁREA DE HABITAÇÃO PRECISEM ESTAR SEMPRE ATUALIZADOSFLÁVIO AMARY, VICE-PRESIDENTE DO INTERIOR DO SINDICATO DA HABITAÇÃO NO ESTADO DE SÃO PAULO (SECOVI-SP) A proteção ficará maior se as
imagens também forem acessa-
Sistemas monitorados ofere-
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bilidade e foi definido um processo de monitoramento de alarme e, depois, de espelhamento em uma central.
Tanto Lara como Costa Filho citam o sistema de proteção aos próprios. Se-gundo os secretários, os próprios públi-cos serão interligados pela Infovia por meio de uma central.
Integrado à Infovia, já funciona na pre-feitura o Sistema de Informações Geren-ciais (SIG), um banco de dados que permi-te aos envolvidos na administração pública acompanhar o andamento dos projetos que estão sendo desenvolvidos em todas as secretarias, o que traz mais objetivida-de às discussões. “Todas as informações ficam armazenadas e podem ser acom-panhadas pelos secretários, que foram equipados com tablets para facilitar esse acesso. Até em uma viagem, por exemplo, o prefeito pode verificar o andamento dos projetos pelo sistema”, conta Lara.
SISTEMA BUSCA AMELHORA DE QUALIDADEDA GESTÃO PÚBLICA
Lara exemplifica o funcionamento da Infovia nos serviços públicos da cidade. “Na área de saúde, por exemplo, a rede permitirá transmitir imagens para diag-nóstico e conexão a fim de que a admi-nistração acompanhe o atendimento na unidade, além de cadastrar pacientes e prontuários médicos, regular vagas de internação e controlar estoques de me-dicamentos”, afirma.
O investimento feito na Infovia é de R$ 13 milhões e a interligação das unida-des da prefeitura deve estar concluída no fim deste mês.
Área de segurança Outra utilização é na segurança de
próprios, comentam não só Lara mas também o secretário de Governo, João Leandro da Costa Filho. Segundo eles, há um projeto no qual todas as unidades foram analisadas em termos de vulnera-
Com o intuito de aplicar o con-ceito de “cidade inteligente”, a Prefeitura de Sorocaba implanta dois projetos que buscam me-
lhorar a qualidade da gestão pública e, consecutivamente, facilitar o acesso da população aos diversos serviços públi-cos disponíveis.
O primeiro projeto, explica o secre-tário de Planejamento e Gestão, Rubens Hungria de Lara, é chamado de “Infovia” e deve conectar todas as unidades muni-cipais, como escolas, Unidades Pré-Hos-pitalares, Casas do Cidadão e Paço Mu-nicipal. Para isso, estão sendo instalados 240 quilômetros de fibra óptica pela cida-de com o intuito de melhorar a conexão de internet, ampliar os serviços públicos oferecidos e facilitar a comunicação en-tre os mesmos. “Hoje, nós temos uma rede baseada em ondas de rádio, mas elas são muito suscetíveis a problemas
I N F O V I A
A facilidade para a transmissão de
informações entre as unidades municipais
promete potencializar o atendimento à
população, segundo João Leandro da Costa Filho,
secretário deGoverno
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como, por exemplo, uma tempestade ou ventania, que afetam a disponibilidade do serviço”, justifica o se-cretário.
RubensHungria de Lara,
secretário de Planejamento e
Gestão
Coligação PMDBPSD - PP - PROS
CN
PJ:
20.
568.
833/
0001
-60
Valo
r da
publ
icaç
ão: R
$1.5
00,0
0
Parabéns Sorocaba!360 anos de uma grande história.
Coligação PMDB - PSD - PP
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lar. Isso proporciona a rápida recuperação – entre 24 e 48 horas – redução dos erros de refração (como mio-pia, astigmatismo e presbiopia – também chamada vista cansa-da) e o menor risco de problemas oculares”, afirma Gisele.
A V A N Ç O S M É D I C O S
Estar em sintonia com os avanços tecnológicos na medicina é fun-damental, assim, em Sorocaba, a tecnologia é destaque em locais
como o Banco de Olhos (BOS). “Os in-vestimentos progressivos em estruturas de apoio e em equipamentos de última geração tornaram o Hospital Oftalmoló-gico e Otorrinolaringológico de Sorocaba um dos mais renomados em tecnologia hospitalar”, comenta Gisele Mazetto, responsável pelo Departamento de En-genharia Clínica do BOS.
Dentre as tecnologias utilizadas, Gise-le destaca os lasers de Femtosegundo, que permitem ao médico realizar pro-cedimentos cirúrgicos automatizados, como túneis para anel intracorneano, flaps (lâminas) para transplante de cór-nea, cirurgias refrativas e cirurgias de catarata, que antes eram realizadas ma-nualmente com os bisturis.
Pioneirismo “Como referência nacional em trans-
plante de córnea e instituição de ensino, o Grupo BOS foi o pioneiro na aquisição desta tecnologia em toda América Lati-na, com o intralaser IFS. O intralaser é a mais avançada tecnologia no segmento de córnea no mundo. Esse equipamento, além da precisão do corte e tempo do procedimento menor, permite aos trans-plantados uma recuperação muito mais rápida, pois há uma redução média de 24
HOSPITAIS SE UTILIZAMDE TECNOLOGIA AVANÇADA
para oito pontos cirúrgicos. Com isso, o tempo de recuperação é estimado em até quatro meses, enquanto a cirurgia tradicional leva em torno de 12 meses”, explica Gisele.
Ela cita, ainda, outro laser de Femto-segundo, o LenSx Laser System, conside-rado um dos maiores avanços na cirurgia de catarata. “Em 1950, as incisões para a retirada da catarata chegavam a 14 mm e a recuperação levava muito tempo. Há aproximadamente 20 anos, com a tec-nologia da facoemulsificação, as incisões giram em torno de 1,8 mm a 2,2 mm. E os resultados ficaram ainda melhores, com a utilização do LenSx, pois o cirurgião con-segue automatizar todo o procedimento, inclusive as etapas mais complexas, como incisões, pulverização e retirada do crista-lino, que é substituído por lente intraocu-
UTI INFANTIL TORNA-SE REFERÊNCIA REGIONAL O HOSPITAL Dr. Miguel Soeiro inau-gurou a ampliação da UTI Infantil. A capacidade aumentou de seis para 20 leitos – nove para a UTI neonatal, nove para a UTI pediátrica e dois para unidade de cuidados intermediários, a qual cuida de bebês que receberam alta da UTI mas ainda necessitam de cuidados especiais. A estrutura está preparada para receber crianças de zero até 13 anos de idade e tornou-se a maior, em número de leitos, de toda a região de Sorocaba.
Foi feita uma série de investimen-tos em tecnologia. Entre eles está o ultrassom Bard Site Rite 5. Inédito em Sorocaba, o equipamento auxilia os anestesistas em procedimentos que exigem a punção venosa central.
Para o presidente da Unimed Soro-caba, José Francisco Moron Morad, o investimento feito na ampliação justi-fica-se, principalmente, pela importân-cia de manter mãe e filho juntos numa etapa tão delicada da vida de ambos. “A separação entre mãe e bebê já é dolorosa. Separá-los também do local de domicílio e precisar enviar a outras cidades por falta de estrutura é ainda mais triste”, afirma.
PauloHungaro Neto,
Marina Wey, José Francisco Moron Morad e Alberto
Henrique de Oliveira
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veículo próprio migrem para o transpor-te coletivo.
A Urbes informa que, no dia 9 de junho, o prefeito Antonio Carlos Pan-nunzio (PSDB) assinou o contrato de financiamento de R$ 133,9 milhões para a implantação do Sistema BRT (Bus Ra-pid Transit) em Sorocaba. O valor total da obra está orçado em R$ 190 milhões, que contará também com Parceria Pú-blico-Privada (PPP).
Seis empresas brasileiras e estrangei-ras se habilitaram e foram autorizadas a realizar os estudos e anteprojetos para implantação e operação do sistema BRT de transporte através de Parceria-Públi-co Privada (PPP).
Três estudos foram apresentados à Prefeitura de Sorocaba e, após analisar o resultado dos estudos elaborados por cada grupo empresarial, serão elabora-das as minutas dos editais contendo os projetos finais para o BRT, editais que
I N F R A E S T R U T U R A V I Á R I A
O Sistema BRT (Bus Rapid Transit) é um sistema de transporte pú-blico baseado no uso de ônibus. De acordo com a Urbes – Trânsi-to e Transporte, às vezes descri-
to como um “metrô de superfície”, o BRT visa combinar a capacidade e velocidade do veículo com flexibilidade, baixo custo e simplicidade de um sistema de linhas de ônibus. Deve operar por uma faixa de rodagem exclusiva para evitar o conges-tionamento do tráfego. A programação é que o sistema esteja em operação em julho de 2016.
Segundo a Urbes, são contemplados elementos como alinhamento no centro da via (para evitar atrasos típicos do lado do meio-fio), estações com cobrança de tarifa fora do veículo (para reduzir o atraso do embarque e desembarque re-lacionado com o pagamento da tarifa),
estações com o nível do piso do ônibus (para reduzir o atraso do embarque e de-sembarque causado por escadas) e prio-ridade de ônibus nos cruzamentos (para evitar atraso em intersecções rodoviá-rias). O projeto de Sorocaba compreen-de 35,1 km de corredores e faixas exclu-sivas para ônibus interligando as regiões norte/sul e leste/oeste do município.
De acordo com a Urbes, o objetivo principal deste empreendimento é tor-nar o transporte coletivo atrativo a fim de que as pessoas que hoje circulam com
PROJETO DO BRT VAIINTERLIGAR AS REGIÕES DA CIDADE
A PROGRAMAÇÃO É QUE O SISTEMA
ESTEJA EM OPERAÇÃO EM JULHO DE 2O16
O objetivoprincipal é tornar o transporte coletivo
atrativo a fim de que as pessoas que hoje circulam com veículo
próprio migrem para o transporte coletivo
deverão ser apresen-tados e discutidos em audiências públicas antes do lançamento dos processos licitató-rios que definirão os empreendedores para os dois projetos.
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frota do sistema de transporte coletivo com elevadores para cadeirantes e usuá-rios com dificuldades de locomoção, o que a diferencia no quesito da acessibilidade.
Há, também, o Info Bus Sorocaba.Disponível para download desde março de 2013, o aplicativo é oferecido gra-tuitamente pela Urbes em seu site (www.urbes.com.br). A ferramenta dis-ponibiliza, aos usuários do transporte coletivo da cidade, informações sobre a programação de horários e itinerários dos ônibus através de celulares tipo smartphone, seja ele no sistema Android ou no sistema IOs.
Com o APP Info Bus Sorocaba, é possí-vel saber as tabelas de horários em cada dia da semana, mesmo sem estar conectado à Internet ou utilizando o GPRS. O aplicativo também garante que os usuários recebam todas as atualizações de horários e itinerá-rios através de notificações no seu celular.
Quanto aos ônibus, outra tecnologia citada pela Urbes são os painéis encontra-dos em pontos de ônibus, além de Soro-caba fazer parte das rotas de transporte público no site Google Maps – o “Como Chegar”. Com esse serviço, o munícipe pode acessar as informações na página da Urbes acessando o endereço eletrônico www.urbes.com.br ou por meio do Goo-gle Maps, seja de casa, do trabalho ou até mesmo da rua com um aparelho celular e poderá checar o trajeto no mapa, as linhas de ônibus e o tempo médio que cada uma vai levar até o local desejado.
A tecnologia tem facilitado (e mui-to) a área de transportes. Isso pode ser visto no dia a dia em ações como, por exemplo, pro-
curar por um táxi. A Urbes – Trânsito e Transportes ofe-
rece em seu site, desde fevereiro deste ano, o APP Info TAXI um aplicativo gratui-to desenvolvido para as tecnologias IOs e Android, que mostra todos os pontos de táxi da cidade bem como a lista com os alvarás dos taxistas que fazem parada naquele local.
De acordo com informações forneci-das pela Urbes, para baixar o aplicativo o usuário precisará conectar-se à rede de computadores via Wi-fi ou 3G. Depois, o aplicativo funcionará de forma autôno-ma. A tecnologia já está disponível no site da Urbes (www.urbes.com.br) e ao clicar na imagem ‘Info TAXI’, no sistema opera-cional de seu aparelho (Android ou IOs), o usuário será redirecionado à página do sistema, devendo seguir as instruções da tecnologia.
Segundo a Urbes, a principal vanta-gem é facilitar a procura por um táxi. A
A TECNOLOGIA A SERVIÇODO TRANSPORTE PÚBLICO
M O B I L I D A D E
ferramenta mostra também o tipo de veículo utilizado pelo taxista e os valores das bandeiradas.
De acordo com a Urbes, o Info TAXI vem auxiliar as pessoas que gostam de se divertir a voltar para casa com segu-rança. O lema é: “Se for beber, deixe o carro em casa e volte com segurança para o convívio da família”.
Para os ônibus Em Sorocaba, os ônibus possuem GPS,
câmeras de monitoramento e 90% de sua
DE ACORDO COM A URBES, O INFO TAXI VEM AUXILIAR AS PESSOAS QUE GOSTAM DE SE DIVERTIR E VOLTAR PARA CASA COM SEGURANÇA. O LEMA É: “SE FOR BEBER, DEIXE O CARRO EM CASA E VOLTE COM SEGURANÇA PARA O CONVÍVIO DA FAMÍLIA”
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entusiasmo com as perspectivas para o setor. “Em breve, Sorocaba terá o único aeroporto do mundo com todas as prinaeroporto do mundo com todas as prin-cipais empresas de manutenção. É uma indústria de alto valor agregado, que mo-vimenta muitos setores e virou polo na cidade”, destacou.
O crescimento do setor na cida-de permite a projeção de expandir os serviços e passar a atender o mercado internacional. “A frota de jatos no Brasil é muito grande e ainda existe a possibili-dade de atender a América Latina. Mui-tas pessoas que fazem a manutenção de suas aeronaves nos Estados Unidos, por exemplo, poderiam fazer isso aqui em Sorocaba”, ressaltou o secretário de De-senvolvimento Econômico, que lembra que a prefeitura busca atender às exi-gências de diversos órgãos dentro de um trabalho para a internacionalização do Aeroporto Bertram Luiz Leupolz.
P O LO D E M A N U T E N Ç Ã O A É R E A
Dentre os diversos setores com potencial de crescimento em So-rocaba, está o da aviação. A che-gada de empresas de manuten-
ção de aeronaves no Aeroporto Bertram Luiz Leupolz consolidou o município como referência no gênero e já permite o planejamento em investimentos futu-ros, mirando o mercado internacional de aviação executiva.
“O local era, antigamente, um campo de aviação e, hoje, já é o aeroporto com maior movimento de passageiros não co-merciais. Isso nos permitiu a possibilida-de de receber novos investimentos, que podem se estender para outros seto-res”, explicou o secretário de Desenvol-vimento Econômico e Trabalho, Geraldo César Almeida.
De acordo com Almeida, as condi-ções estruturais do aeroporto para a aviação executiva permitiram a instala-ção das 22 empresas de manutenção no local e reservam, ainda, mais desenvol-vimento no futuro.
A Embraer é uma das empresas que possui um hangar de manutenção na ci-dade, cujo investimento foi de US$ 25 mi-lhões e com capacidade para atender até 40 aeronaves. Entre os fatores que de-terminaram a escolha de Sorocaba para
OFICINAS INSTALADASEM SOROCABA MIRAM OEM SOROCABA MIRAM OMERCADO INTERNACIONAL
ções do tráfego aéreo, proximidade com a capital paulista, perspectiva de melho-rias na infraestrutura aeroportuária, mão de obra qualificada na região e cresci-mento da movimentação no aeroporto. A empresa, que já emprega cerca de 50 pessoas, tem a expectativa de contratar mais 200 funcionários em cinco anos.
Outros serviçosA consolidação como polo de manu-
tenção de aeronaves fortalece, também, a instalação de outros serviços no aero-porto. O piloto Walter da Cruz Santos é diretor da Jet Care Aviation, empresa de pouso de aeronaves, e demonstrou
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A Embraeré uma das empresas
que possui um hangar de manutenção na cidade, cujo
investimento foi de US$ 25 milhões
a instalação dos serviços, a em-presa destacou presa destacou as boas condi-
As condiçõesestruturais do
aeroporto para a aviação executiva
permitiram a instalação de 22 empresas de
manutençãono local
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mais segura.Amaral afirma que o projeto foi ini-
ciado por meio de incentivo de sua fa-mília, que possui aviões experimentais. “Foi por conversa de porta de hangar”, sintetiza. Ele narra que, em determina-do momento, durante uma conversa com um grupo de pessoas, ouviu um avião passar ao fundo. “Imaginamos que a aeronave estava buscando pousar e como seria fácil se ele já tivesse a infor-mação antes de se aproximar da pista”.
Para trabalhar no projeto, os sócios procuraram a Inova Sorocaba e instala-ram um centro de pesquisa em uma sala no Parque Tecnológico de Sorocaba (PTS), que já funciona há seis meses no local. Além deste, há outros dois escri-tórios em São Paulo. Amaral, que é de Avaré, mora atualmente em Sorocaba especificamente para ficar próximo ao PTS. “Todos os dias fico aqui. Mudei para Sorocaba e pretendo contratar pessoas da cidade para trabalhar. A ci-dade nos deu apoio e esta é uma forma de agradecermos”, finaliza Amaral.
T E C N O LO G I A A É R E A
Oaparelho W-Link 100, espécie de biruta “eletrônica”, é uma invenção criada por José Trabul-se Ferreira e Ricardo Amaral, da
BioSpace (Pesquisa de Inovação em Sis-temas de Informações para Aeronave), e visa ajudar o piloto a informá-lo sobre as condições climáticas antes de iniciar o pouso da aeronave. A novidade é mais uma das ideias concebidas e atualmente em desenvolvimento na Inova Soroca-ba, no Parque Tecnológico de Sorocaba.
Conforme explica Amaral, o equipa-mento é composto por dois aparelhos, sendo WLT-GWS, que tem a função de transmitir uma estação meteorológica e o W-Link Receptor. O primeiro é uma es-tação meteorológica em solo que regis-tra e envia, via ondas de radiofrequência em formato digital, a pressão atmosféri-ca local, velocidade do vento, direção do vento e temperatura. O W-Link Receptor capta estas informações e as disponibi-liza em um visor LCD no painel da aero-
nave. “Quando você vai para um avião que não tem torre, você passa em cima da pista para ver a biruta. Olhando para o equipamento, você estima a direção e a velocidade do vento para que o piloto possa pousar com segurança”, detalha. “Esta biruta abriu um guarda-chuva muito grande de oportunidades para a gente”, completa.
Segundo Amaral, empresários de países do exterior, com os Estados Unidos, já pro-curaram a BioSpace interessados em adqui-rir o aparelho. “Esse produto tem tendên-cia para ser mundial. Isto é algo que não existe em lugar nenhum e é um nicho que o futuro vai correr para ele, pois é para a aviação em geral”, informa o empresá-
BIRUTASELETRÔNICASSÃO FEITAS EM SOROCABA
rio. Ele salienta que as informações do equipamento são extremamente úteis ao piloto, pois, com elas, ele pode ajustar o seu altímetro, que é um instrumento primário de voo, de forma que consiga ter a exata altitude da pista ou ponto de pouso. Com isso, o piloto consegue fazer o seu pouso inegavelmente de forma
nave. “Quando você vai para um avião que não tem torre, você passa em cima da pista para ver a biruta. Olhando para o equipamento, você estima a direção e a velocidade do vento para que o piloto possa pousar com segurança”, detalha. “Esta biruta abriu um guarda-chuva mui-to grande de oportunidades para a gen-te”, completa.
EM
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RicardoAmaral, um dos inventores do
W-Link 100
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