revista on-line quadrimestral da ... - …eubiose.org.br/site/br/files/files/dhâranâ online...

28
REVISTA ON-LINE QUADRIMESTRAL DA SOCIEDADE BRASILEIRA DE EUBIOSE Ano V - Número 17 junho a setembro de 2017

Upload: ngodan

Post on 08-Oct-2018

216 views

Category:

Documents


0 download

TRANSCRIPT

REVISTA ON-LINE QUADRIMESTRAL DA SOCIEDADE BRASILEIRA DE EUBIOSEAno V - Número 17junho a setembro de 2017

EDITORIAL No início do século vinte e um surgem grandes iniciativas, as quais estão revendo e reelaborando as ciências e filosofias dominantes no mundo há pelo menos cinco séculos, estabelecidas sobre uma matriz profundamente materialista, que é causa e efeito de guerras. Tais iniciativas estão fundamentadas em legados extraordinários de conhecimentos e saberes arcaicos e modernos convergentes, plasmados no curso de longa marcha da história das civilizações, raças e impérios do Oriente para o Ocidente, acerca do Cosmo e seus Universos, sistemas solares e planetas; acerca da Terra, das humanidades, e do homem. Ademais, estão na linha de frente da observação e análise das novas descobertas das ciências e tecnologias atuais; sendo protagonizadas pela evolução do pensamento-inteligência abstrata, que são propriedade do plano mental intuitivo ou búdico, das novas gerações presentes e atuantes no início deste século vinte e um (XXI), e novo milênio (2001- 3000). Surge também como um mega vulcão em erupção, a inequívoca compreensão de que o materialismo bravio e seus “sistemas” econômicos, sociais, políticos e ambientais, não promovem a tão idealizada sustentabilidade, ou desenvolvimento sustentável das nações, e muito menos prosperidade para a humanidade, no único planeta do Sistema Solar que a alenta: a Terra. No limiar da compreensão, os movimentos culturais e científicos alternativos avançam em trajetórias espiritualistas diversas, desbancando velhas teorias dogmatizadas pelas religiões, investigando as multi e transdisciplinaridades* do conhecimento e saberes tradicionais dos povos, e as conexões e convergências das tradições de sabedorias com as ciências, histórias e filosofias dominantes com ênfase no século vinte, e, tentando promover cooperação entre os países e continentes, na base da solidariedade e equanimidade, no compartilhamento de propriedades intelectuais e patentes tecnológicas desenvolvidas, e na construção de políticas nacionais, regionais e global de paz e multidiversidade cultural. A grande dinâmica universal e global destas matrizes de pensamento e ideação gera movimentos consequentes impulsionados pela irradiação da cultura Eubiótica**, de Fraternidade Global, Paz, Amor e Sabedoria para a humanidade.

Por Ronaldo Lyrio Borgo

* “A transdisciplinaridade, como o prefixo “trans” indica, diz respeito àquilo que está ao mesmo tempo entre as disciplinas, através das diferentes disciplinas e além de qualquer disciplina. Seu objetivo é a compreensão do mundo presente, para o qual um dos imperativos é a unidade do conhecimento.”(Educação e transdisciplinaridade; 2000 - UNESDOC - Unesco)

** “Eubiose é a Ciência da Vida, e como tal é aquela que ensina os meios de se viver em harmonia com as Leis da Natureza e, conseqüentemente, com as Leis Universais, das quais as primeiras derivam.” (Prof. Henrique José de Souza)

** “Eubiose é viver em perfeita harmonia com as leis universais. Em outras palavras, é a ciência da vida, a sabedoria iniciática das idades. É vivenciar um conjunto de conhecimentos, cujo objetivo primordial é congregar, construir e religar integralmente as dimensões do sagrado, profano, divino e humano.” (Sociedade Brasileira de Eubiose: http://www.eubiose.org.br)

Sumário 4 A Origem dos Mistérios Henrique José de Souza

7 Egito - 2ª Parte Antônio Castaño Ferreira

12 Antártida Atlante Ronaldo Lyrio Borgo

15 Uma Visão Aquariana de Células Promotoras da Paz Mundial em Aldeias Solares Ronaldo Lyrio Borgo

20 Referências Eubióticas aos Peregrinos da Verdade

21 Coletânea de Pensamentos do Pequeno Oráculo

25 Coletânea de Pérolas do Pensamento Eubiótico

SumárioSumárioSumário

4

Perde-se, na noite dos tempos, a existência da Doutrina Esotérica. Conheciam-na todos os grandes povos da antiguidade, tanto na Ásia como na África, Europa, América e Oceania, segundo demonstra a universalidade de seus símbolos, gravados em caracteres indeléveis, nos respectivos templos. E quem houver penetrado nas profundezas dessa Ciência, lerá sempre as mesmas verdades, tanto nos muros de Palenque, como nos de Luxor; nos pagodes lavrados na entranha das rochas, na Índia, como nos restos ciclópicos de toda a região mediterrânea, e nos colossos da ilha de Páscoa, reveladores da existência de raças e continentes submersos. Os brâmanes da Índia, do mesmo modo que os Ioguis do mesmo País; os hierofantes do Egito, os profetas de Israel, os essênios cabalistas, os gnósticos, os cristãos, como ainda, todos os filósofos e pensadores, possuíram Doutrinas Esotéricas, ou melhor, a mesma Sabedoria Iniciática das Idades. O Livro dos Mortos do antigo Egito contém a Doutrina Esotérica do Egito; a Filosofia Yoga, o Esoterismo da Índia; a Cabala, a dos hebreus. E assim por diante. Pela tradição, tem Ela vindo até os nossos dias, embora com certas lacunas e erros, devido a falsas interpretações, pois, como já dizia o mesmo Jesus, “é por baixo da letra que mata, que deve ser descoberto o Espírito que vivifica”. Os ensinamentos da Doutrina Arcaica, por sua vez, dizia Blavatsky, tem uma origem divina, que se perde na noite dos tempos. E “origem divina” não quer dizer uma revelação feita por um Deus antropomorfo, em cima de uma montanha, cercado de raios e trovões, mas segundo o compreendemos, uma linguagem e sistema de ciência comunicados à Humanidade primitiva, por outra tão adiantada, que parecia divina aos olhos daquela. Diz-se que, no começo, não havia necessidade de Mistérios Iniciáticos. O conhecimento (Vidya) era propriedade de todos, e predominou universalmente durante a Idade de Ouro ou Satya-Yuga. Segundo o comentário, “os homens não haviam ainda praticado o mal, naqueles dias de felicidade e pureza, por serem justamente de natureza mais divina do que terrena. Porém, ao se multiplicarem rapidamente, múltiplas foram também as idiossincrasias do corpo e da mente. E o espírito encarnado manifestou-se em debilidade. Nas mentes menos cultivadas e sãs, enraizaram-se certos exageros contrários à natureza e consequentes superstições. Dos desejos e paixões, até então desconhecidos, nasceu o egoísmo, pelo qual abusaram os homens de seu poder e sabedoria, até que, finalmente, foi preciso limitar o número dos conhecedores”. Assim, teve lugar a Iniciação e seus Mistérios. Cada povo adotou um sistema religioso de acordo com a sua capacidade intelectual e necessidades espirituais. Porém, como os sábios prescindissem do culto e das simples formas, restringiram a bem poucos o verdadeiro conhecimento (“Muitos serão os chamados e poucos os escolhidos”...). A necessidade de encobrir a Verdade (donde o termo “Ísis velada”), para resguardá-la de possíveis profanações, fez-se sentir, cada vez mais em cada geração, e assim se converteu em Mistério. Foi Ele, então, adotado entre todos os povos e países, procurando-se, ao mesmo tempo, evitar discussão a respeito, permitindo, entretanto, que nas massas profanas (os “impúberes-psíquicos”) fossem introduzidas crenças religiosas esotéricas inofensivas, adaptadas, no começo, às inteligências vulgares - como “róseos contos infantis” - sem receio de que a fé

5

popular prejudicasse as filosóficas e transcendentais verdades, ensinadas nos Santuários Iniciáticos, mesmo porque não devem cair no domínio público (“Margaritas ante porcus” ou “Não atireis pérolas aos porcos”) as observações lógicas e científicas dos fenômenos naturais (tidos como milagres pelos ignorantes), conduzem o homem ao conhecimento das Eternas Verdades, destinadas a aproximá-lo dos umbrais da observação, livre de prejuízos, mais capaz, por isso mesmo, de melhor distinguir as coisas, não com os olhos físicos, mas sim, com os espirituais. O grande místico hindu Sri Aurobindo teve ocasião de dizer em seu maravilhoso livro APERÇU ET PENSÉES, o seguinte: “Cada religião ajudou a Humanidade. O paganismo aumentou no homem a luz da beleza, a largura e a altura da vida, a tendência para uma perfeição multiforme. O Cristianismo deu-lhe uma visão de Caridade e Amor Divinos. O Budismo mostrou-lhe um nobre meio de ser mais SÁBIO, mais doce, mais puro. O Judaísmo e o Islamismo, como ser religiosamente fiel em ação, e zeloso na sua devoção por Deus. O Hinduísmo abriu-lhe as mais vastas e as mais profundas possibilidades espirituais. Seria uma grande coisa se todas essas visões de Deus pudessem se abraçar (a Frente Única Espiritualista, pela qual vem batalhando a S.T.B. [atual Sociedade Brasileira de Eubiose] desde o seu início) e se fundir uma na outra; porém, o dogma intelectual e o egoísmo cultural barram o caminho. Sim, todas as religiões salvaram um grande número de almas, mas nenhuma foi ainda capaz de espiritualizar a Humanidade. Para isso não é o culto e a crença o necessário, mas um esforço contínuo, englobando tudo que seja de desenvolvimento espiritual próprio”. Blavatsky, por sua vez, corroborou as nossas palavras: “O Teósofo não crê em milagres divinos nem diabólicos, nem bruxos, nem profetas, nem augúrios, mas, tão somente em Adeptos (Iniciados) capazes de realizar fatos de caráter fenomênico a quem julgar “por palavras ou atos” (isto é, aos que se fizerem dignos de tamanha honra...). E é a razão por que, para os não iniciados nos referidos Mistérios, tais fenômenos não são mais do que “extravagâncias e fantasias”. Mas, em verdade, “fatos estranhos” para os que com eles jamais se preocuparam. Não se deve, pois, negar, seja o que for, sem conhecimento de causa... Ou melhor, sem investigação própria. São, ainda, de Blavatsky, as seguintes palavras: “O estudante de Ocultismo (ou Teosofia) não deve professar religião alguma, embora deva respeitar qualquer opinião ou crença para chegar a ser um Adepto”. Seu único dogma, como “livre pensador” é o da Fraternidade Universal da Humanidade, sem distinção de crença, sexo, casta, cor, etc. Seu único e Supremo Mestre, o Eu-Interno ou Divino, o Espírito, cuja voz é a da Consciência emancipada. Quanto à Ciência oficial, tudo quanto julga como seu - do mesmo modo que as religiões, filosofias, línguas, seja o que for - já pertenceu à Teosofia (ou Ocultismo).

Mas, infelizmente - como foi dito em outros lugares - se acha completamente adulterado. Desse modo, a Teosofia começa onde a Ciência oficial termina. E é assim que a Astronomia de hoje é a Astrologia de outrora; a Química, a Alquimia; a Medicina, a Magia Teúrgica, etc., etc. Em resumo: se no grego tal Sabedoria tem o nome de TEOSOFIA, no sânscrito possui ela outros muitos; chama-se Sanatana-Dhârma, Gupta-Vidya, Brahmâ-Vidya, respectivamente Sabedoria da Lei, Ciência Secreta, Sabedoria Divina, ou ainda, Iluminação, Conhecimento, etc. O mesmo termo Gnose não quer dizer outra coisa senão Iluminação, Conhecimento Perfeito. Donde, Gnósticos, Iluminados, Sábios, etc. Teósofos ou Néo-platônicos, ecléticos ou harmonistas, eram chamados os filósofos alexandrinos que, com Amônio Sacas, quiseram deduzir da Gnose, o estudo comparado das religiões, normas científicas de conduta. O mesmo Amônio Sacas não conseguiu religião alguma concreta, e seus sucessores, embora de campos opostos, como Porfírio (o mosaísmo), Jâmblico (a Teurgia egípcia), Proclo (o ocidentalismo), Plotino (Gnose cristã), etc., foram chamados “filaléteos” ou “amantes da Verdade” sem véu religioso. “Ecléticos ou sincretistas” por seu espírito de crítica; “harmonistas”, por buscarem a Suprema Síntese filosófica; “analogistas”, por aplicarem a chave hermética de que “o que está em baixo é como o que está em cima”; e Teósofos, enfim, por buscarem para o homem vulgar, a Suprema Ciência da SUPERAÇÃO, que há de fazer dele um rebelde, um Titã, um Prometeu, um Herói, um super-homem, enfim, como diria o vulgo, mas em verdade, um Iluminado. Os termos Buda e Cristo não pertencem a nenhum indivíduo, mas representam categorias a que podem chegar os homens, porquanto, Buda provém do Bodi sânscrito que quer dizer Sábio, Iluminado, etc. Do mesmo modo que do Bod tibetano, com o mesmíssimo significado, como prova ao Tibet se lhe chamar Bod-Yul, ou “País do Conhecimento, da Sabedoria Perfeita”, etc. Quanto ao termo Cristo, provém do Krestus grego, que quer dizer: Ungido, Iluminado. Só o desconhecimento dessa mesma Sabedoria Eterna pode levar os prosélitos das várias religiões existentes, a se digladiarem mútua e estupidamente como se todas elas não fossem “pálidos raios seus”. Ou, como disse o grande Teósofo espanhol, Mario Roso de Luna, “embaciados espelhos onde a mesma (Sabedoria Eterna) se reflete”. Amônio Sacas foi um grande e eminente filósofo, que viveu em Alexandria, entre o segundo e terceiro séculos de nossa era. Foi o fundador da “Escola Neo-platônica” dos Filaléteos ou “Amantes da Verdade”, como foi dito anteriormente. Nasceu de pais cristãos e era pobre. Possuía, entretanto, uma bondade tão grande, que o cognominaram, desde logo, “Theodidactus” ou “ensinado (guiado) por Deus”, etc. Venerou a tudo quanto de bom

15

existia no Cristianismo, porém, rompeu com o mesmo e com suas Igrejas, ainda jovem, por não ter encontrado, em seu seio, coisa alguma superior às antigas religiões, mas apenas, cópias e adulterações suas. Seus Mestres foram: Pitágoras e Platão. Ensinou ele que “a religião das multidões correu sempre pari-passu com a filosofia, e que com esta se foi corrompendo gradualmente, por vícios de conceitos, mentiras e superstições, puramente humanos. Era necessário, portanto, restituí-la à sua original pureza, por isso mesmo, expurgando-a da escória e interpretando-a filosoficamente, pois o propósito de Jesus foi restabelecer à sua pristina integridade, a Sabedoria da Antiguidade; reduzir o domínio da superstição que prevalecia no mundo, corrigir os erros introduzidos nas diversas religiões e quanto pudesse servir de obstáculo à rápida evolução do homem, na sua marcha para o divino”. Pelo que se vê, era um verdadeiro Teósofo sem deixar por isso, de ser um cristão, budista, etc. Blavatsky, por sua vez, ensinou “que o Teósofo não deve sujeitar-se às opiniões alheias, formando ele as suas próprias convicções, de acordo com as regras de evidência, que lhe proporciona a ciência a que se dedica, sem atender a encômios de fanáticos sonhadores, nem a dogmatismos teológicos, Jesus pregou uma doutrina secreta e “secreta” (tanto naquele tempo como hoje) quer dizer, “Mistérios da Iniciação”. Voltaire caracterizou, em poucas palavras, os benefícios dos Mistérios, ao dizer que, “entre o caos das superstições populares, existia uma Intuição que evitou sempre a queda do homem na mais degradante animalidade: a dos “MISTÉRIOS”. E justamente por ser “Mistério” é que não pode chegar ao domínio de todos, mas de uma elite (ou de “eleitos”, na razão, repetimos, de “muitos serão os chamados e poucos os escolhidos”) capaz de conduzir a maioria pelo Caminho do Dever, da Honra, do Amor e da Justiça, até que não seja mais necessária a referida seleção, isto é, quando a Humanidade inteira (utopia para os pessimistas de todas as épocas) estiver equilibrada por tão elevados princípios que, a bem dizer, representam os “eubióticos princípios”, com que a mesma Humanidade, queira ou não, terá que se regular, sob pena de continuar por muitos séculos ainda, sacudida pelos terríveis vendavais que há tanto tempo servem de obstáculo à sua marcha evolucional para o Divino. E cujos “vendavais” estão muito bem simbolizados nos Quatro Cavaleiros do Apocalipse: DOMÍNIO, GUERRA, FOME E PESTE.

6

7

PUBLICADO ORIGINALMENTE NA REVISTA DHÂRANÂ Nº 33 – 1970 A 1973 – ANO XLVIII O EGITO:

AS LENDAS DA FUNDAÇÃO DO EGITO – OS MONUMENTOS – OS TEMPLOS – A ESFINGE E AS PIRÂMIDES

Avisados do cataclismo que deveria provocar o afundamento da ATLÂNTIDA, sem esperar seu desenlace, alguns grupos de seus melhores habitantes emigraram. Os habitantes do lado Oeste dirigiram-se para a América Central e do Sul, e os do Este rumaram com suas embarcações para o Oriente, pouco conhecido, a fim de fundarem no litoral Europeu e Africano novas colônias. Dentre estes grupos, um se dirigiu para a região onde hoje se encontra o Egito. Era ele chefiado por Osíris, que aí fundou a Civilização pré-histórica daquele país. Passaram além da Esfinge e das Pirâmides, monumentos aí construídos pelos sacerdotes das primeiras levas atlantes, detendo-se à margem do Rio Nilo antes de transpô-lo, no local onde hoje se acha Ábidos. Eles encontraram o Egito Setentrional ocupado por uma população aborígine, que o acolheu pacificamente, não os importunando em virtude de sua cultura superior, o que, por outro lado, lhes permitiu impor seus costumes. Assim nasceu a primeira civilização egípcia. Como um Manu, Osíris antes de deixar o seu povo, ensinou-lhe os mistérios religiosos, dando-lhes desta forma uma herança de grande duração, através da qual perpetuou seu nome, sua obra e seus ensinamentos. Os emigrantes Atlantes, que se refugiaram no Egito, levaram considerável gosto pela estatuária colossal, sua predileção pelos gigantes de pedra. O mesmo se observa nas ruínas do México, do Peru, e do Yucatã, onde seus descendentes ergueram ciclópicas construções empregando blocos de pedra de dimensões gigantescas, com juntas finamente ajustadas, testemunhando um estilo arquitetônico mui semelhante ao empregado pelos egípcios. Entre os Templos e Monumentos mais importantes do Antigo Egito destacam-se: a Esfinge, as Pirâmides do planalto de Gizeth, os Templos de Osíris em Ábidos, o Templo da Deusa Hathor em Denderah, a Pirâmide em degraus de Sahkarah, os Templos de Luxor, Bubastis, Karnak, os, os obeliscos e as colunates. Segundo a lenda, foi em Ábidos o local onde foi sepultado Osiris, o homem-deus, na necrópole real de Thinis, a cidade desaparecida que aí existia antes de Ábidos. O Rei Nefer-hotep, diz Ter descoberto esta cidade em ruínas, e haver também encontrado na biblioteca Sacerdotal de Heliópolis documentos localizando o Templo de Osíris que existia em Thinis, acrescentando ter assim, podido reconstruí-lo, bem como o ritual que aí se praticava outrora. Coube aos sucessores de Nefer-hotep, reconstruir o restante da cidade.

8

O TEMPLO DE OSÍRIS EM ÁBIDOS

Construído por Seti I, faraó da XIX dinastia, era destinado ao culto de Osíris. É constituído de vastas salas e santuários abobadados, com as paredes revestidas de calcário branco, apresentando pinturas murais em azul, verde e vermelho. As cenas aí dominadas são as do faraó Set I, em várias atitudes de adoração e de oferenda de oblatas ao deus Osíris, recebendo em troca sua bênção. Este Templo, entretanto, não foi dedicado, como era hábito, a um único deus; muitos outros do Panteon egípcio receberam aí homenagens; cada uma das câmaras possuía um altar em que aparecia o retrato da divindade, gravado ou pintado. Homenageavam Isis, Horus, Phtah, Harakht e outras divindades, que, entretanto, estavam hierarquicamente sob a supremacia de Osíris. Na nave principal do Templo, dedicada a Osiris, não eram permitidos os cantores, os flautistas, ou os tocadores de cítara, no início das cerimônias celebradas em homenagem ao deus, conforme era uso corrente nos rituais religiosos. Numa câmara junto a este templo estava a famosa “Placa de Ábidos”, lista hieroglífica de todos os reis do Egito, anteriores a Sati, o que muito auxiliou aos egiptólogos, na reconstrução da histórica antiga deste país. Ábidos, primeiro santuário do culto de Osíris, foi a primeira grande loja para os ritos secretos dos “Mistérios”, predecessores da franco-maçonaria primitiva. Partindo de uma das câmaras junto ao templo, há uma porta que permite a entrada a um corredor inclinado que conduz ao subsolo. As paredes laterais desta passagem estão cobertas de pinturas representando os principais textos do “Livro dos Mortos”. Por este caminho chega-se a algumas câmaras escavadas no subsolo. A sala central apresenta o aspecto dum imenso sarcófago. O teto de finas esculturas, apresentando “Chu”, o deus do ar, elevando da terra um faraó em transe, protegendo-o com seus braços. Um fosso cheio de água circundava a cripta, isolando-a da nave central. Estas câmaras do subsolo eram destinadas aos mistérios de Osíris, sendo em tudo, muito semelhante aos demais templos iniciáticos. A câmara subterrânea deste templo foi, das muitas existentes, a única encontrada nas escavações feitas nos Templos Egípcios, em estado de poderem ser observadas as inscrições relativas aos Mistérios. Assim era Ábidos, considerado o lugar onde foi sepultado o Deus Osíris, na realidade o primeiro santuário de “Iniciação aos Mistérios”, no antigo Egito.

TEMPLO DA DEUSA HATHOR, EM DENDERAH Dos antigos templos do Egito este é o que apresenta melhor conservação, pois esteve durante mais de mil anos inteiramente coberto pelas areias secas e quentes do deserto. O santuário dos mistérios estava situado em um dos cantos do edifício, na cobertura entre o forro do Templo e o terraço. A cobertura é sustentada por majestosas colunas, onde se vê a cabeça da deusa Hathor, a deusa da beleza e do amor, e é um dos mais suntuosos de todo o Egito. Sobre o terraço do templo existe um notável zodíaco astronômico, gravado sob uma cobertura. O grande círculo está todo coberto de efígies de deuses, homens e animais dispostos num globo, cercados dos doze signos clássicos do zodíaco. Para completar este surpreendente simbolismo, doze deuses e deusas, uns em pé, outros ajoelhados, estão dispostos em torno do globo, com os braços levantados e as palmas das mãos estendidas formando a roda. Interpretado corretamente, o zodíaco de Denderah, aparece representando o céu durante uma certa época do passado. O equinócio da primavera não ocupa aí, a posição atual, indicando a entrada sob o sol numa constelação diferente. Isto porque, com o movimento imperceptível do equinócio, o eixo da Terra visa, sucessivamente, diversas estrelas polares. Quando os sábios e os cientistas, que Napoleão levou no seu Estado Maior, em sua conquista do Egito, descobriram este Zodíaco, ficaram entusiasmados com a possibilidade de aí descobrirem a chave que os conduziria à descoberta da idade da civilização egípcia. Não chegaram, no entanto, a nenhuma conclusão, porque tendo aí encontrado alguns caracteres gregos, julgaram ter sido por eles construído, no período em que este povo dominou o Egito. Em realidade, os egípcios copiaram uma parte das representações do zodíaco grego, sobre o original que aí existia, durante uma das muitas remodelações por que passou este Templo.

9

A posição registrada no zodíaco de Denderah para o equinócio da primavera nos faz reportar a uma época da antiguidade avaliada em cerca de 90.000 anos, isto porque, desta posição à atual, indica já terem decorridas mais de três voltas e meia, considerando que cada revolução completa tem cerca de 25.868 anos; 90.000 anos, evidentemente, é um período exageradamente grande para a civilização de um país. Vejamos o que nos diz sobre isto o historiador grego Heródoto. Relata este historiador, que lhe disseram os Sacerdotes astrônomos do Egito, ter em seus arquivos secretos, conservados nos colégios iniciáticos e santuários, documentos de cerca de doze mil anos, na época de sua visita àquele país. Chega-se à conclusão, pelo exposto, que estando a história do Egito primitivo, intimamente ligada à da Atlântida desaparecida, os sacerdotes egípcios trouxeram seu zodíaco daquele continente. Esta é a razão de indicar o zodíaco do Templo de Denderah uma idade anterior ao estabelecimento dos primeiros emigrantes atlantes, em solo africano.

A ESFINGE

Entre os monumentos mais antigos do Egito, encontramos a Esfinge, o colosso de pedra com corpo de Touro, garras de Leão, asas de Águia e cabeça Humana. Nem sempre a Esfinge foi conhecida pelos habitantes do Egito. Assim, durante o período histórico, foram feitas sete tentativas para livrá-la da capa de areia que a encobria, algumas vezes parcial, outras totalmente. A primeira tentativa foi levada a efeito por Kafra, faraó da IV dinastia. A sétima e última tentativa data de poucos anos. Foi realizada pelo Governo Egípcio que trouxe à luz do dia algumas partes até então encobertas da base, assentadas no grande planalto. Os operários descobriram inteiramente a base do grande bloco de pedra, que durante tanto tempo estivera encoberta. O serviço foi complementado por uma poderosa cortina inclinada em torno do recinto para protegê-la de novos ataques de areia.

A IDADE DA ESFINGE A época em que foi construída a Esfinge é praticamente indeterminada. Entre as suposições dignas de nota, encontramos uma, que diz ter sido feita sua construção durante o período compreendido entre o último cataclismo em que submergiu a Atlântida e o advento da I dinastia, isto é, durante o período pré-histórico do Egito. Justifica esta hipótese o fato de estar a Esfinge assentada em uma plataforma rochosa, que possivelmente seria uma ilha antes do cataclismo, de vez que está cercada de areia, que contém peixes fossilizados, indicando serem de algum mar ali existente, cujo fundo imergiu com o afundamento da Atlântida. Confirma esta hipótese a indicação de Platão, iniciado nos mistérios, que estudou durante anos num colégio Sacerdotal de Heliópolis.

Diz Platão que os Sacerdotes, geralmente muito reservados sobre revelações, principalmente tratando-se de estrangeiros, concederam o excepcional prêmio de comunicar-lhe informações extraídas de seus arquivos secretos zelosamente guardados. Entre outras coisas disseram-lhe que existia uma grande pirâmide com o vértice truncado no centro da Ilha Atlântida e que sobre seu topo, em forma de plataforma, edificaram o principal templo do continente, templo este dedicado ao Sol. Os imigrantes atlantes que se refugiaram no Egito levaram consigo sua religião e lá construíram templos e monumentos, semelhantes aos de seu país natal, entre eles a Esfinge. A colossal Esfinge do Planalto de Giseh, acha-se situada em frente à 2ª Pirâmide, numa distância de 500 metros dela. Foi como vimos, construída pelos primeiros grupos de imigrantes atlantes, numa época em que ainda o Delta não existia. Assistiu este monstruoso e simbólico animal, sentado sobre o altiplano de granito, diante da cadeia dos Montes Líbano, à formação da civilização egípcia. A Esfinge, obra do mais antigo sacerdócio humano, é a imagem da natureza, calma e terrível em seu mistério. Os antigos já sabiam e ensinavam que, na grande evolução, a natureza humana emerge da natureza animal. Em sua mescla de Touro Leão, Águia e Homem, se encerram também os quatro animais da visão de Ezequiel, que representam os quatro elementos construtivos do microcosmo e do macrocosmos, a água, a terra, o ar e o fogo, bases da ciência oculta. Por esta razão, quando em séculos posteriores, os iniciados viam o animal sagrado, estendido à porta do templo ou no fundo das criptas, sentiam reviver no seu íntimo aquele Mistério. Em suma, o mistério da Esfinge resume-se numa palavra: o “Homem”, o microcosmo, o agente divino que reúne, em si, todos os elementos e forças da natureza. AS PIRÂMIDES

Entre os monumentos ainda existentes do antigo Egito, as Pirâmides, ao lado da Esfinge, ocupam o lugar de maior destaque. Nos tempos do esplendor Alexandrino, os sábios daquela época classificaram as Pirâmides, como a primeira das sete maravilhas do Mundo. Das sete, somente as três Pirâmides restam em pé nos nossos dias. Estão situadas no Planalto de Gizé, atrás da Esfinge. A construção da 1ª Pirâmide, chamada também de a Grande Pirâmide, é atribuída por alguns a Khu-fu, ou Kheóps, faraó da IV dinastia. A da Segunda Pirâmide é atribuída a Ka-f-Rá, ou Khéphren, e a terceira a Men-Khau-Rá ou Micerinos. As pirâmides se acham relacionadas com a ideia de constelação do Grande Dragão, os “Dragões de Sabedoria”, ou com os Grandes Iniciados da terceira e Quarta raças, e com as inundações do Nilo, consideradas como uma recordação do grande Dilúvio Atlante.

10

Na construção da Grande Pirâmide, baseada no sistema decimal, (o número 10, ou seja a combinação dos princípios masculino e feminino), se observa um sistema de ciência exata, de geometria, aritmética e astronomia, fundadas na razão integral do diâmetro à circunferência do círculo. A construção das pirâmides constitui a perdurável recordação e o indestrutível símbolo do curso dos astros, assim como dos Mistérios e Iniciações. Com efeito, as medidas da Grande Pirâmide, coincidem com as do alegórico Templo de Salomão, emblema do ciclo da iniciação, como coincidem também com as da Arca de Noé e a Arca da Aliança. E. realmente, o dito monumento era um santuário majestoso em cujos sombrios recintos se colecionavam os Mistérios e cujas paredes haviam sido mudas testemunhas de cenas de iniciação de membros da Família Real. O sarcófago de pórfiro, tomado por Piazzi Smyth como simples medida de graus, era a “fonte batismal”, da qual o neófito, ao sair, renascia e se transformava em Adepto. A pirâmide era, igualmente, símbolo do princípio criador da natureza, assim como da excelsa hierarquia dos Espíritos (Devas, Pitris, etc.). Simbolizava, ainda, o universo fenomenal, sumindo-se no triângulo numenal do pensamento, no vértice dos quatro triângulos e, por último, simbolizava o mundo ideal e visível, posto que, em sua figura se vêem combinados o triângulo dos lados, o quadrado da base e o vértice, ou seja a Tríade e o Quaternário, o 3 e o 4. Os engenheiros que acompanharam Napoleão ao Egito, em seu estado-maior, tomando como ponto de partida de seu sistema de coordenadas a Grande Pirâmide, tiveram a surpresa de constatar que a linha do Meridiano, assim escolhida para a origem, dividia o Delta exatamente em duas partes iguais e que a posição da Grande Pirâmide a qualifica como meridiano central, não somente para o Egito mas para todo o globo terrestre, pois divide em partes iguais as superfícies habitadas. Este meridiano é, pois, em longitude, a origem natural para a esfera terrestre. Ralston Skinner, em sua obra “A Origem das Medidas”, diz que o número “PI” era conhecido e usado pelos Egípcios. Descobriu o mesmo autor, que um sistema de ciência exata, geometria, aritmética e astronomia, fundada nas relações, que foi empregado na construção da Grande Pirâmide, era em parte, o conteúdo que se acha oculto no texto hebraico da Bíblia.

O EGITO – AS PIRÂMIDES – A ESFINGE E OS TEMPLOS

Quanto à época em que realmente foram construídas as Pirâmides, nada mais podemos fazer, que meras conjecturas. Para os historiadores, isto se passou durante a IV dinastia, sob o reinado dos Faraós Kheops, Khephren e Micerinos, há cerca de 6.600 anos, segundo uns, ou há 4.800 anos, segundo outros. Interpretando antigos textos sagrados, que atribuem divindades que aparecem em cada grande ciclo, teríamos para as pirâmides uma data de

construção muito mais antiga. Vejamos o que nos diz um destes textos: “Os poderosos, cada vez que penetram em nosso véu maiávico (atmosfera) no início de um ciclo, executam suas grandes obras e deixam de si monumentos imperecíveis para comemorar sua visita”. Isto nos diz que as pirâmides foram executadas sob a inspeção direta de um destes seres. “Quando Alpha Polaris, a estrela polar de então, se achava em sua culminação inferior e as Krittikas ou Plêiades, as contemplava do alto, (isto é, se encontravam no mesmo meridiano, mas em cima); para contemplar a obra dos Gigantes”. Do que vimos, as Pirâmides, foram construídas no princípio de uno sideral (25.868 anos solares), de Alpha Polaris, ou seja, há cerca de 31.150 anos. Segundo as narrativas dos sacerdotes egípcios, quanto à contagem da idade da civilização naquele país, chegamos a uma outra época. As inscrições encontradas em escavações efetuadas em Sakkarah, mencionam naquela época, já terem passados dois ciclos sotíacos. Ora, cada ciclo sotíaco corresponde a 1.461 anos e como as inscrições lá encontradas já datam de cerca de 6.800, teríamos para a civilização egípcia cerca de 9.620 anos. Na época em que Heródoto esteve no Egito, os sacerdotes disseram-lhe que eles contavam o tempo já duma época remota, e que desde então o Sol havia nascido duas vezes no lugar onde então se punha, e que se havia posto duas vezes onde então nascia, ou seja, um período de 51.736 anos. Em verdade, a construção das Pirâmides data da época em que Alpha Polaris era a estrela polar, isto é, há 31.150 anos aproximadamente. Portanto, é de uma época anterior à do último cataclismo atlante, tendo sido sua construção dirigida por sacerdotes daquele país, que emigraram para o Egito, sendo mais tarde reconstruídas pelos faraós da IV dinastia, com o auxílio dos hierofantes egípcios, que conservaram em seus arquivos secretos, a herança da Tradição Iniciática Atlante e sua contagem de tempo relativa a estas construções. Considerando, as dificuldades em torno da construção da Grande Pirâmide, chegamos à conclusão de que a afirmativa de alguns historiadores de que foi construída para servir de túmulos a um faraó, é errônea. Basta considerarmos que o material de sua construção foi recolhido à grande distância; os blocos de granito vieram de “Syena” e os blocos calcários de “Turah”. Além disso, o transporte e a colocação de cerca de três milhões, quinhentos e vinte mil metros cúbicos de pedra, em três milhões e trezentos mil blocos, pesando cada uma cerca de duas toneladas e meia, sob o sol causticante da África, tornam, a hipótese de um simples capricho real bem pouco aceitável. Por outro lado, jamais se ouviu dizer que algum egiptólogo prudente tenha achado na Grande Pirâmide, algum sarcófago, corpo mumificado, aparelhamento funerário ou qualquer inscrição hieroglífica, baixo-relevo esculpido e pinturas representando cenas da vida do extinto, tão comuns nos monumentos funerários egípcios.

11

Também os condutos de aeração com mais de 65 metros de comprimento, ligando a “Câmara do Rei” e a “Câmara da rainha” ao exterior, são fortes argumentos contra aquela hipótese, pois evidentemente, múmias não necessitavam de ar para respirar. Além disso, a “Câmara do Rei”, está situada há cerca de 50 metros acima do nível do solo, quando em todos os outros túmulos, se encontra abaixo deste. O aspecto exterior da Grande Pirâmide, hoje, difere do antigo, pois naquela época possuía um revestimento em suas faces, de fino calcário branco, polido, que refletia o Sol de forma deslumbrante. Por esta razão, os antigos egípcios denominavam a Grande Pirâmide: “Luz”. Hoje, as faces outrora lisas, apresentam degraus pela falta de revestimento, que caiu dois anos depois da passagem de Abdul Latif pelo Egito, devido a um terremoto que abalou todo o país. Os árabes, que então dominavam, utilizaram-se dos blocos para reconstruir a cidade de Cairo. Ainda hoje podem ser aí observados estes blocos de calcário branco, com hieróglifos ornamentando alguns edifícios antigos. A atual entrada da Pirâmide não é a mesma utilizada na época dos Mistérios. Esta foi fechada e selada pelos Grandes Sacerdotes antes de abandoná-la e durante muitos séculos permaneceu em segredo. Somente no ano 820 de nossa era, que o Califa Al Manoun, filho do Califa Haroun AL Rachid, baseado em textos dos sábios gregos que mandara traduzir para o árabe, empreendeu a abertura da grande Pirâmide. Deslocou com este fim, para o planalto de Gizeh, um grande número de trabalhadores, artífices, arquitetos, etc., que utilizando-se somente de ponteiros, brocas, marretas e fogo, os instrumentos conhecidos na época, para estes trabalhos, chegaram ao fim de alguns meses e ajudados por um capricho da sorte, a localizar a antiga entrada. A grande Pirâmide foi reaberta. Entretanto, logo a seguir, estava o caminho barrado por uma porta, formada por enorme bloco de pedra, idêntica à utilizada nos demais santuários secretos do Egito. Adaptava-se à abertura, vedando hermeticamente a passagem, funcionando por forte pressão sobre uma das bordas, que a fazia girar em torno de seu eixo. Além desta primeira porta, seguia-lhe outra, de madeira muito pesada. Esta segunda porta dava acesso a um corredor em declive, que era interceptado por outras nove portas de madeira, mais leves. Bloqueava o fim deste corredor, uma porta semelhante à exterior, formada de um único bloco de pedra, que se movia em torno de um eixo sob pressão. Com o terremoto havido no fim do século XII, de nossa era, todas essas portas, com a exceção da última, desapareceram durante a pilhagem, em busca de materiais para a reconstrução da cidade do Cairo. Na impossibilidade de removerem o enorme bloco de pedra que constituía a última porta, procederam a uma abertura ao lado dela, atingindo um corredor em declive. Termina esta rampa em um ponto de encontro de três corredores. Um, segue horizontalmente para o centro da pirâmide, terminando em um compartimento denominado a “Câmara da Rainha”. Outro desce para aparte inferior da pirâmide em forma de poço. O terceiro é uma galeria e aclive, que termina em um vestíbulo. Este dá acesso a um compartimento também no centro da pirâmide, que é conhecido como a “Câmara do Rei”. Esta câmara não possui mobiliário nem inscrições sobre as paredes ou sobre o teto. Somente um ataúde de granito rosa, aberto, está pousado sobre o solo da câmara. As pirâmides foram utilizadas pelos antigos egípcios, para a realização dos Mistérios. Aí eram iniciados os Faraós e os membros da família real nos ritos de Ísis e Osíris.

O TEMPLO DA ESFINGE EM GIZEH

Este templo está situado a cerca de 40 metros ao sul da Esfinge, sob a areia. Consta essencialmente de uma grande sala, cujo teto repousa sobre 16 pilares quadrados de granito, com 5 metros de altura. Todo o templo é iluminado e arejado por frestas próximas à cobertura. Como a Grande Pirâmide, este Templo não apresenta pinturas, inscrições hieroglíficas e esculturas em baixo relevo, quer nas paredes, quer nos tetos de suas salas. Sua situação, enterrado sob as areias, num plano mais baixo que a Esfinge, nos leva a crer que tenha sido construído na mesma época da Esfinge e, possivelmente da Grande Pirâmide, sob a orientação dos mesmos sacerdotes atlantes que emigraram para o Egito. Segundo Jâmblico, o início das experiências a que era submetido o candidato à iniciação, tinha lugar com a sua entrada pela porta entre as patas da Esfinge. Enquanto os arqueólogos não descobrirem em suas pesquisas, estas ligações, nosso conhecimento sobre o caso não poderá ir muito além.

TEMPLO DE KHONSU EM KARNAK

Construído por Tcheser, Faraó da 3ª Dinastia, é um dos monumentos mais antigos do período histórico. Além destes templos e monumentos, temos no Egito o Templo de Bubastis, o Templo de Deir-el-Bahari, cuja construção é atribuída a Hatchepsu, rainha da 18ª Dinastia; várias pequenas pirâmides no Planalto de Gizeh e em Sakkarah; obeliscos e colunatas em que os faraós perpetuavam seus feitos e seus nomes, nas inscrições hieroglíficas aí esculpidas.

Na próxima edição continua:PARTE III:

O Egito – O Sistema Religioso do Egito – As três Tríades Divinas – O Panteon Egípcio

12

As grandes rotas de navegação em torno do continente gelado da Antártida empreendidas por centenas de expedições militares e científicas das potências industriais do mundo moderno, desde o início do século XX lançaram suas bases militares em posições e rotas estratégicas anteriores à 2ª Guerra mundial, e posteriormente ao Tratado de Antártida (1), para pesquisa científica e domínio estratégico de reservas de minerais fósseis como petróleo e gás combustíveis, urânio e metais raros que alimentam a fornalha do materialismo bravio, foram muito mais revisitadas no atual século XXI, em busca de tentar desvendar o quanto o Polo Sul esconde sob o gelo, conforme figura abaixo (fig.1):

por Ronaldo Lyrio Borgo

A Antártida foi revelada ao mundo como continente submerso no gelo em profundidades abaixo dos 400 metros do nível do mar, por diversas frentes de exploração e perfuração para análise das camadas geológicas, de muitos países. A síntese sumária: é um grande território submerso no gelo, e, no passado distante de milhares de anos até a 12.500 anos dos nossos dias, a região tinha características equatoriais e tropicais, circundada por oceano temperado(2). Há diversos vídeos documentários que relatam estes fatos, os quais mostram fotos documentais e mapas fantásticos acerca das verdades ocultadas, e até negadas e rechaçadas como misticismo de aberrações psíquicas, como obscurantismo infernal, pela então mídia cult global, visto que há indícios de civilizações nas evidências sendo investigadas por todas as “potências” e impérios do poder(3). As imagens são sugestivas para mostrar que desde o início do século vinte as expedições foram lançadas para investigar inicialmente o que havia nequela imensidão gelada, e, posteriormente o que estava ocultado e que poderia ser uma tremenda ameaça para as potências industriais armamentistas(4). A seguir algumas bases de pesquisa identificadas com as bandeiras nacionais (fig.2):

13

O Território da Antártida foi mapeado considerando haver um degelo integral do Polo Sul, e o revelado mostra uma escala de profundidade oceânica de 6000 metros (no tom azul marinho) ao nível zero (no tom azul claro), segue a escala de relevos com planícies e baixas altitudes (verde e amarelo) para montanhas de 2000m e de 4000 m (marrom, violeta) (fig. 03). A imagem seguinte mostra o relevo de gelo em ângulo de visão tridimensional (fig. 04).

Fig.02 – Mapa com bases de pesquisa e fotos de algumas bases.

Fig. 03 - Mapa topográfico da Antártida considerando degelo; Fig. 04 – Alto relevo 3D Antártida

As altitudes de gelo, lagos gelados e tépidos junto a cordilheiras com vulcões ativos, impressionam e montam cenários só recentemente revelados em palestras e documentários em vídeo (fig. 05):

Fig. 05 – Relêvos e altitudes vulcânicas na Antártida

14

Rastros de civilizações soterradas pela glaciação há aprox. 110.000 anos são atualmente descobertas pelas evidências dos cenários, em pirâmides gigantescas e entradas marítimas para portos interiores, e embocaduras esculpidos na rocha sob gelo(5) (fig. 06):

Este continente orbitou longos ciclos astronômicos e astrológicos da história ocultada, e veio a sucumbir sob o oceano atlântico, com o passar de milhões de anos de ciclos de gelo e degelo do planeta. Cito: “A Atlântida sofreu grande transformação geográfica desde a primeira catástrofe, que a despedaçou em sete ilhas de tamanhos e configurações diversas... Estima-se que isso tenha ocorrido em meados do período Mioceno, há quatro milhões de anos... Os continentes chamados Ruta e Daitia, que jazem no fundo do Atlântico, foram separados da América, à qual estayam ligados por grande faixa de terra que desapareceu há uns oitocentos e cinqüenta mil anos, com o cataclismo do fim do Plioceno. Tais continentes se transformaram em duas Ilhas que, por sua vez, foram tragadas pelas águas, há perto de 250 mil anos. Depois disso só restava em pleno oceano a ilha de Possêidon, que alguns historiadores supõem ter sido todo o continente Atlântida. Finalmente, também essa ilha veio a submergir em conseqüência de um maremoto vulcânico, numa data que a cronologia esotérica estima em 9.564 anos antes da era cristã.” (8)

(Prof. Henrique José de Souza)

Referências:(1) - O Tratado da Antártida é o documento assinado em 1 de dezembro de 1959 pelos países que reclamavam a posse de partes continentais da Antártida, em que se comprometem a suspender suas pretensões por período indefinido, permitindo a liberdade de exploração científica do continente, em regime de cooperação internacional. Tratado da Antártida, que entrou em vigor em 23 de junho de 1961. O Brasil aderiu ao Tratado da Antártida em 1975. No início da década de 1980 inaugurou a Estação Antártica Comandante Ferraz (EACF).(2) - What lies under Antarctica will amaze you.https://www.youtube.com/watch?v=LhxCu-G2Sy (3) - Documentary : Secrets Beneath The Ice In Antarctica HD full. https://www.youtube.com/watch?v=UnXJxZva4Es-(4) - Third Reich Operation UFO (Nazi Base In Antarctica) HD UFO Documentary https://www.youtube.com/watch?v=Y2FK9LtyBj4(5) - Secrets of Antarctica: Alien Bases, Pyramids & True Shape of Earth Documentary. https://www.youtube.com/watch?v=REKDPtY2qxk(6) - Secrets of Antarctica: Alien Bases, Pyramids & True Shape of Earth Documentary. https://www.youtube.com/watch?v=REKDPtY2qxk ; Documentary : Secrets Beneath The Ice In Antarctica HD full. https://www.youtube.com/watch?v=UnXJxZva4Es-(7) - Mistérios do Sexo. A raça Atlante. Capítulo 5. Pág. 58. CEP-SBE , 2001.(8) - Mistérios do Sexo. A raça Atlante. Capítulo 5. Pág. 58. CEP-SBE , 2001.

Fig. 06 – Fotos “secretas” de pirâmides e entradas/saídas marítimas e altos relevos.

Na tal rede Internet há grande quantidade de vídeos documentários(6) que mostram fatos e imagens ”secretas” sobre expedições lendárias anteriores, e pós 2ª. Guerra mundial, além de documentários da exploração “científica” que revelam um continente submerso no gelo, cujas referências desde Platão, indicam ser a ilha de Possêidon, o último território Atlante equatorial sucumbido no oceano Atlântico sul (há aprox.. 12.000 a.) sob o gelo do círculo polar Antártico. É do vasto conhecimento Eubiótico a saga das civilizações atlantes, do continente da 4ª Raça raiz que durou aproximadamente oito milhões de anos (~8.000.000 a.) sobre um imenso continente (Atlântida). Cito: “A Atlântida é conhecida com o nome de Kusha nos arquivos ocultos, denominando-se também país de Mu, inclusive entre os maias, que figuram entre seus rebentos. O continente compreendia o norte da Ásia e quase toda a costa oriental das Américas. Ao Sul estendia-se pela Índia, Ceilão, Birmânia e Malásia. A Oeste, a Pérsia, Arábia, Síria, Abissínia e as regiões banhadas pela bacia do Mediterrâneo. Da Escócia e da Irlanda, projetava-se para o leste sobre a região hoje tomada pelo oceano Atlântico e grande parte da costa ocidental das Américas. O Brasil, como outras regiões, escapou ileso aos grandes cataclismos. Habitamos, portanto, um grande país positivamente atlante.” (7)

(Prof. Henrique José de Souza)

15

UMA VISAOAQUARIANADE CELULAS

PROMOTORASDA PAZ MUNDIAL

EM ALDEIASSOLARES

~

i

16

O novo milênio abriga parte da nova era de Aquário, conforme as tradições de sabedoria, e exige novos paradigmas de ciências e tecnologias para superar a era de Peixes em guerras nos dois últimos milênios, e, para fundamentar o milênio de Paz e Sustentabilidade Planetárias. Uma iniciativa exemplar para o mundo foi em Portugal, onde foi fundada a Vila Solar Tamera(1):

Segundo o próprio site (2): “Desde a ideia original e fundação na Alemanha em 1978, o Projecto dos Biotopos Curativos atravessou muitos estágios de desenvolvimento e novos começos, até Tamera ter sido fundada no sul de Portugal em 1995. Hoje 170 pessoas vivem e trabalham aqui e estão ligadas à crescente Rede internacional e estações de base em Israel-Palestina, Colômbia, Brasil, Quênia e outros países.”

A aldeia solar de Tamera em Portugal, como modelo de Aldeia de Paz orientada para o futuro, é exemplo de convergência das ciências e tradições de sabedoria de Aquário, para atender ao chamado do novo tempo durante o século XXI, no que tange à adaptação e sustentabilidade num cenário de médio prazo 2015 a 2025. Cito: “Visão: O Biótopo de Cura I, Tamera, é um projecto de investigação para a paz que tem por meta criar um modelo para uma sociedade futura que se encontre livre de ódio, mentira, violência e medo. Tamera almeja tornar-se num ponto de acupuntura para a paz, uma estufa de confiança, o protótipo para uma existência livre de medo neste planeta, um modelo societal para o pós-capitalismo, e um local onde a esfera-humana e a esfera-meta da vida se reúnam.”(3) “E tendo em vista o estado atual das coisas, qualquer trabalho de restauração ecológica ou tentativa de proteger e beneficiar a Terra em longo prazo significa, necessariamente, trabalhar diretamente no ser humano. Esse trabalho precisa ser visto dentro de um contexto muito mais profundo do que o sugerido pelos chavões de “anticonsumismo” e “consciência ambiental”. [*]

Estas aldeias estão centradas em desenvolver o que na Vila Solar de Tamera se denominou “Biótopos de Cura”. Cito: “A sociedade precisa de um novo sistema operativo para concretizar o código da paz”. A matriz sagrada é um sistema operativo de abertura, transparência e conectividade. Criar os primeiros centros e modelos a funcionar para este novo sistema operativo é a tarefa atual da humanidade. Nós chamamo-lhes de “Aldeias pela Paz” ou “Biótopos de Cura”. “Se a criação de novas comunidades que sejam coerentes com a Matriz Sagrada resultar nalguns locais da Terra, então gerar-se-ia, muito provavelmente, um efeito de campo global capaz de libertar forças de paz e de cura que hoje em dia ainda estão ocultas por medo e preocupação.” [*]

Fotos dos movimentos da juventude

A visão de cooperação e empreendedorismo(4) que está por detrás destas iniciativas tem agregados mais de 30 anos de pesquisas e desenvolvimento científico-tecnológico intensamente centrado na cultura de Paz mundial, regados pelo licor da sabedoria profunda e das irradiações dos movimentos em prol da Nova Era de Aquário no mundo; e estão abertas à participação/cooperação com institutos de futurologia em todos os continentes. Cito:

17

“Ao longo dos últimos anos, o Centro de Pesquisa para a Paz tem vindo a desenvolver uma comunidade de investigação (presentemente com 170 habitantes) para um futuro sem guerra. Surgiram aqui os pensamentos deste manifesto e aqui estão a ser concretizados. Para a disseminação global destes pensamentos foi fundada uma universidade internacional, o Campus Global, com filiais em diversos continentes. Os pensamentos fundamentais do projeto, acima mencionados, estão ligados a desenvolvimentos concretos nos domínios da energia, água e nutrição. Surge um novo modelo para o provimento das necessidades básicas do ser humano sem danos para a natureza e co-criaturas. Energia, água e nutrição estão à disposição de toda a humanidade quando gerimos de um modo sensato os recursos naturais da nossa Terra. Ninguém na Terra terá de sofrer privações, fome ou frio, quando a tirania estiver terminada.” [*]

Fotos das palestras na Aldeia

Alinhamos completamente com o filósofo Diether Dhum, um dos idealizadores e coordenador do programa da Vila Solar de Tamera (www.tamera.org), sobre a perspectiva da Cultura Permanente da Paz para um futuro sem guerras. “O caminho para superar a guerra não termina numa profundeza de espírito esclarecida. O mundo não precisa apenas de boas pessoas, acima de tudo precisa de novas formas reais de vida para um futuro sem guerras. Ele precisa de modelos para uma nova civilização, para que possamos começar a habitar o nosso planeta de uma nova maneira que seja coerente com as leis da vida”. [*]

A cultura permanente de paz exige novos paradigmas de economia, ciências e tecnologias, política e ética. A superação do espírito da guerra não se alcança tão somente através de uma odisseia de contra-cultura ou de erudições modernistas. Esforços para reavivar as matrizes da paz são regra geral não governamentais e não contam com recursos fixados em metas de estado. São necessárias iniciativas corajosas da Vontade de transformar e superar o velho “Status Quo”, e, alinhadas com a consciência do ciclo de Aquário vibrando intensamente a partir de 2005, para construir projetos de infraestrutura que suportem manutenção de novo processo civilizatório, poder-se-ia argumentar como “missão manúsica” frente aos ciclos de Vida que transitam através do século XXI.

Fotos do Centro Cultural e do Convívio noturno à beira do lago

As ideias tidas como “alternativas” aos modelos burgueses de cidades, ou Eco-vilas rurais, Agro-vilas e Aldeias Solares, assentamentos de células de Paz baseadas em comunidades com centenas de habitantes, com infraestruturas adaptadas às variações de tempo e clima extremas, com médio nível de resiliência aos

18

riscos de desastres naturais, tecnológicos e humanos (ou antropogênicos) e alto nível de sustentabilidade baseado nas aplicações das permaculturas, tecnologias solares, bioconstruções, agricultura orgânica e agro-florestas, para geração de abundância de alimentos e medicamentos fito-vegetarianos; são as melhores ideias traduzidas em projetos de Aldeias ou Eco-Vilas de Paz.

Fotos da Aldeia Solar: Fogão central da cozinha da comunidade com concentrador parabólico e o parque de experimentos das tecnologias solares

Fotos de área de permaculturas: o moto contínuo da Aldeia Solar; o concentrador e bomba de irrigação, e o fogão solar descentralizado.

Referências:(1) - www.tamera.org.(2) - https://www.tamera.org/what-is-tamera/about-us/(3) - https://www.tamera.org/pt/o-que-e-tamera/quem-somos/(4) - Empreendedorismo é o processo de iniciativa de implementar novos negócios ou mudanças em empresas já existentes. É um termo muito usado no âmbito empresarial e muitas vezes está relacionado com a criação de empresas ou produtos novos, normalmente envolvendo inovações e riscos. https://pt.wikipedia.org/wiki/Empreendedorismo[*] Duhm, Dieter. RUMO A UMA NOVA CULTURA. Da Recusa à Re-criação, Esboços de uma alternativa Ecológica e Humana. Verlag Meiga, 2011.

por Ronaldo Lyrio Borgo

19

20

I) “Paulo, por sua vez (Aos Efésios, III, 16 e 17), tem estas palavras: Todo ser bom pode falar ao Cristo em seu homem interno”.

II) “Entre os velhos provérbios orientais, ressalta o seguinte: “Busca dentro de ti mesmo o que procuras fora”. Eis a razão de, na própria missa católica, quando o sacerdote se lastima e diz: “Se tu és meu Deus e minha fortaleza, porque razão me repeles, e tristemente caio quando o inimigo me aflige?” - responde o acólito – representando os anjos que aquele assistem - “Emite a tua própria Luz. Busca a tua própria Verdade, segundo nos foi ensinado no Monte Santo, Monte Tabor, Monte Gólgota, Monte ou Pirâmide da Iniciação, e no Teu Tabernáculo”.

III) “Cada estrela do céu, cada cor na Natureza, cada som musical, cada forma natural, é uma manifestação no mundo visível de uma Potência criadora do mundo invisível, do Plano do Verbo. O céu visível manifesta o céu invisível.”

IV) “O homem cada vez mais se afasta da mãe Natureza, mas paga caro o tributo da traição, arruinando a sua própria “natureza”...

V) A “cadeia” da política mundial afrouxou, por completo, os seus elos... e estes foram perdendo a resistência “metálica” que os unia uns aos outros. Sobreveio a desconfiança, o retraimento para as realizações em conjunto, até que, sobrevindo também a anarquia, surgiram as ideologias como recursos salvadores... E o mal aumentou ainda mais, a ponto de as religiões quererem, não propriamente salvar o mundo, mas a si mesmas, numa esperança malograda, principalmente por preferirem agir em separado, como um moribundo que quisesse resolver casos que exigem esforço e inteligência, sem o auxilio do médico, dos parentes e dos amigos.”

VI) “Mas, apesar de todo esse lastro de horrores e desenganos, não se quer dizer que não possam haver modificações gerais na face das coisas... Bastava que os Homens de boa vontade quisessem trabalhar, em conjunto, a favor de uma Paz duradoura para o mundo. Assim como “da União nasce a força”, também do “Poder do Amor e da Vontade” poderia surgir um milagre, algo assim como a Fênix ressuscitada das suas próprias cinzas...” “...Por exemplo: para evitar maiores danos que aqueles já apontados, “a construção de um dique tutelar contra as águas invasoras do materialismo bravio”, frase esta bem nossa, quando pela primeira vez apelamos para uma FRENTE ÚNICA ESPIRITUALISTA; mas agora completada pelos intelectuais e cientistas de toda a parte do mundo, ou melhor, “todos os Homens de boa vontade”, ou sejam aqueles cujo coração e inteligência não foram atingidos pelo veneno sutil das ideologias bastardas.” “O que equivale a dizer que a matéria não pode suplantar o Espírito, como está acontecendo agora no mundo. Ao contrário, os graves problemas que ora se apresentam não podem ser resolvidos com o canhão e a demagogia”...

VII) ...”Mais uma vez repetimos: a política no Ocidente morreu com Franklin Delano Roosevelt, e no Oriente, com o Mahatma Gandhi, o maior mártir do nosso século, a Joia preciosa da velha Aryavartha”...

21

22

23

24

25

I - “Esperar o delito para o punir, quando é fácil corrigi-lo, é uma barbárie inútil, um crime de lesa-humanidade que desonra um código e um governo. Inconscientemente ou não, os favorecidos excitam os apetites das classes inferiores e não será arrojando aqui e ali um porta-moedas, mais ou menos recheado, que se conseguirá acalmar a sede de oiro entre os deserdados. O exemplo tem que vir de cima, se é que se deseja pôr termo aos sentimentos de inveja que explodem em forma de roubo, assassínio ou anarquia. Quando um povo colocar a instrução acima do dinheiro; quando todas as honras forem para o homem instruído, para o sábio, para o benfeitor, aí, então, o pobre, atraído pelas radiantes fulgurações de semelhante ideal, imitará o exemplo que lhe dão, porque o povo é um grande imitador e segue sempre o caminho que lhe traçam os que vão à sua frente. Se naqueles que o conduzem apenas encontrar o vício, ao vício será conduzido; se for a virtude que ali domine, para ela se voltará do mesmo modo”. (Visconde de Bonald) II - “Mais uma vez repetimos: a política no Ocidente morreu com Franklin Delano Roosevelt e no Oriente, com o Mahatma Gandhi, o maior mártir do nosso século, a jóia preciosa da velha Aryavartha.” (Prof. HJS – Ocultismo e Teosofia)

III - “O momento atual assemelha-se, na sua característica destrutiva, a todos Aqueles em que a humanidade se acha prestes a transpor um dos seu ciclos evolutivos. A morte das civilizações, o desaparecimento das raças foi sempre precedido de largas fases de convulsões de toda natureza. As desgraças a que assistimos; a decadência moral de que somos testemunhos; os próprios cataclismos que assolam e devastam nações e atiram na miséria populações inteiras; mas, sobretudo, as guerras tremendas, nas quais o homem faz gala da mais requintada brutalidade - tudo isso não passa de repetição, em maior ou menor grau, das cenas que precederam o fim de todas as civilizações.”...“Os povos ainda não descobriram essa lei cíclica a que tudo está sujeito. Ignoram que o próprio Universo a ela está subordinado. E quando, como agora, a decadência e morte duma civilização se aproxima, o orgulho e o esquecimento das palavras de amor e solidariedade, ensinados pelos inspiradores de suas religiões, não lhes permitem morrer dignamente. Preferem destruir-se por si mesmos, sob a direção de tiranos inspirados pelos Râkchasas Negros e auxiliados pelo Carma que, através das idades, sobre si acumularam.” (Prof. HJS – O verdadeiro Caminho da Iniciação)

26

IV - “Todos quantos têm meditado na arte de governar o gênero humano acabam por se convencer de que a sorte dos impérios depende da educação da mocidade!” (Aristóteles)

V - “Em suma, o ponto a fixar é que a natureza, na multímoda manifestação da Lei, não é boa nem má, mas justa. Procura transformar e aperfeiçoar os seres através de formas perecíveis e de sofrimentos suportáveis. Maiores que os sofrimentos físicos são os de ordem moral, mas também têm limites impostos pela mesma Lei. Porque se são excedidos, vem logo a insanidade, a inconsciência mental, a loucura; o homem se torna um joguete de instintos elementares, mas não sofre nem compreende. É ainda a mão carinhosa da natureza que lhe trouxe o repouso. Desse ponto de vista a natureza é essencialmente piedosa.” (Castaño Antônio Ferreira)

VI - “A humanidade vulgar entregue a si mesma, livre do auxílio que lhe prestam seus Guias - aquela minoria que marcha na vanguarda da evolução e da qual ela permanentemente recebe os necessários impulsos, mesmo quando lhe não vêm por intermédio de um homem ou de uma instituição, de um centro ou escola iniciática -, estaria ainda mergulhada naquele mesmo estado de paradisíaca ignorância de que nos falam as Escrituras Sagradas. Sem os Mistérios Maiores, onde “a essa pequena minoria de eleitos se revela o segredo oculto nos mitos públicos”, a evolução humana não teria ainda ultrapassado a fase primitiva. E é o cético e insuspeito Voltaire quem nos garante que “sem a instituição dos Mistérios não se teria evitado em todos os tempos a queda dos homens na mais absoluta animalidade”. (Prof. Henrique José de Souza)

VII - “Providencial exigência da Lei que a tudo e a todos rege! Se o pouco que dessa Verdade foi dado ao homem descobrir é por ele empregado em detrimento do próximo - haja vista a aviação, que em vez de servir para encurtar distâncias, ou antes, aproximar os homens uns dos outros, a fim de melhor se amarem e compreenderem, é hoje a mais poderosa arma de destruição ... que aconteceria se ele já estivesse de posse do conhecimento integral dessa mesma Sabedoria Oculta ou Teosofia? Por isso ela tem os Mahâtmas por seus fiéis guardiães, e isto basta para que compreendamos a impossibilidade da sua rápida e total divulgação no mundo profano, o que de modo algum significa não ser dada aos eleitos - a elite, a semente, digamos assim -, pois jamais algum manu, Moisés inclusive, negou o maná - ou man-hu?, como o interpelou o povo hebreu - caído do céu, maná que não é outro senão o precioso fruto da Árvore da Sabedoria - a Árvore de Bodi, sob a qual o Budha resolveu todos os problemas da Vida - ou a mesma ... Teosofia. Já dizia Jeoshua: “Dai de graça o que de graça receberdes”, sem no entanto se esquecer de ensinar: “Não atireis pérolas aos porcos”, isto é: não regateeis o fruto de tão preciosa Árvore aos sedentos de Luz, mas ... negai-o àqueles que deles farão mau uso!” (Prof. Henrique José de Souza)

VIII - “É pelo livro e não pela espada que a humanidade vencerá a mentira e a injustiça e conquistará a paz final da fraternidade entre os povos”. (Emile Zola)

IX - “Aliás, os mesmos hindus fracionam a história geral em ciclos maiores ou menores, segundo o tempo de seu predomínio. Dos maiores, são principais a Idade de Ouro (Satya ou Kríta), a de Prata (Tetra), a de Cobre (Dwápara) e a de Ferro, também chamada Negra (Kalí), durando esta última 432 mil anos. Entre as menores, há as de 100 e até 50 anos, das quais pouco se ouve falar, conhecidas que são apenas pelos Iniciados nos Grandes Mistérios. Esta última, por exemplo, é chamada de Florescência dos Lótus, através da tradição de “um novo Ser que surge no mundo com missão especial”. No começo de cada um desses curtos períodos, um movimento surge entre os homens, tendente a deter a vaga impetuosa da materialidade avassaladora. A decadência cíclica dos nossos dias, demonstrada pelos horrores a que assistimos e que os atuais senhores do mundo não souberam prever nem, muito menos, remediar, exigia o aparecimento desse movimento salvador que nós, determinadamente, afirmamos estar representado pela STB* ”. (Prof. Henrique José de Souza – O Verdadeiro Caminho da Iniciação) *STB: Atual SBE

X - “O mau uso que os homens tinham feito dos conhecimentos divinos levou os Senhores de Toda a Sabedoria a dividi-los em Exotéricos e Esotéricos. Por terem os homens anteposto as trevas à luz - Venit lux in mundum; et dilescerunt homines majis tenebres; quam lucem (João; 3; 19) - criaram-se os Mistérios Maiores e os Mistérios Menores, privando a maior parte da humanidade do conhecimento das coisas que são, como chamava Pitágoras à sua Gnose. As mesmas causas levaram o Budhismo a construir no Norte, a grande Barca ou Mahâyâna, e, no Sul, a pequena Barca ou Hínayâna, e obrigaram Cristo a dizer aos seus discípulos: “ A vós, é-vos permitido conhecer os mistérios do reino de Deus, aos outros, essas coisas lhes são dadas em parábolas”!” (Prof. Henrique José de Souza – O verdadeiro Caminho da Iniciação)

XI - “No nosso globo temos dois Polos: Antártico e Ártico. O Polo Sul e o Polo Norte. Há realmente fora da Terra, mas em conexão com ela, dois núcleos de onde emanam forças eletromagnéticas. Do jogo destas duas forças, que emanam de um para o outro centro, decorrem os movimentos da Terra, em torno do seu EIXO ELETROMAGNÉTICO que a mantém em equilíbrio e é, como vimos em outras aulas, o DRAGÃO DA TERRA. Os tibetanos chamam a estas forças de FOHAT. As auroras boreais, são os efeitos eletromagnéticos e elétricos da interação destes dois IMÃS no campo telúrico (da Terra).” (Antonio Castaño Ferreira)

XII - A lei essencial da natureza é a vibração. Um ponto imóvel é inteiramente impossível dentro do nosso sistema. Os movimentos sutis a que chamamos de ondas, os mais vagarosos que denominamos oscilações, as trajetórias dos planetas que chamamos de órbitas, as épocas da História designadas por ciclos, tudo isso são é mais do que um movimento ondulatório no Ar, no Éter, no Aura, na Terra, de nebulosas, pensamentos, emoções e de tudo quanto se possa imaginar. (Prof. Henrique José de Souza)

XIII - “A humanidade, ao longo da sua existência, foi orientada por Seres de Alta Hierarquia Espiritual, que ciclicamente surgiram na face da Terra a fim de trazer novos conceitos e ensinamentos para alavancar o processo evolucional da espécie humana. Esses Seres, “Mestres da Sabedoria”, os chamados Avataras, são a manifestação física da Consciência da Divindade, surgindo em diferentes épocas e locais, trazendo ensinamentos transcendentais baseados na Ciência Iniciática das Idades. A origem desta Ciência Trazida pelos Avataras se perde na noite insondável dos tempos e, em cada ciclo de manifestação avatárica, recebeu um rótulo: os gregos a denominaram de Gnosis; os egípcios de Kaibalion; no Tibet chamou-se Gupta-Vidya; na Índia Dharma-Vydia, Brahma-Vydia,Sanatana-Dharma; Amônio Sacas (séc. III d.C.) a chamou de Teosofia e assim também a chamou Helena Petrovna Blavatsky, enquanto que os alquimistas a denominaram de Sabedoria Iniciática das Idades. Esta mesma Ciência hoje recebe o nome de Eubiose.” (O que é Eubiose? Francisco Feitosa da Fonseca SBE-RJ)

XIV -“Vou dar-te os sinais característicos dos homens que andam pelo caminho que conduz à Vida Divina. Ei-Ios: intrepidez, pureza decoração, perseverança em busca da sabedoria, caridade, abnegação, domínio de si mesmo, devoção, religiosidade, austeridade, retidão, veracidade, mansidão, renúncia, equanimidade, amor e compaixão para com todos os seres, ausência do desejo de matar, ânimo tranquilo, modéstia, discrição, firmeza, paciência, constância, castidade, humildade, indulgência. Agora ouve os característicos dos homens que andam pelo caminho que conduz aos demônios: hipocrisia, egoísmo, orgulho, arrogância, presunção, cólera, rudeza, ignorância .. O bom caráter liberta da morte e conduz à Divindade. O mau caráter dá causa a repetidos nascimentos mortais. O primeiro dá liberdade; o segundo, escravidão. Duas espécies de natureza pode-se observar neste mundo humano: a divina ou boa e a diabólica ou má. As características da natureza boa ou divina já te descrevi suficientemente. Escuta agora, ó filho da Terra! quais são as da natureza má. Os seres que são iguais aos assuras (demônios, espíritos maus) não conhecem nem o seu princípio nem o fim; não sabem o que é praticar uma reta ação e não sabem abster-se de ação má. Neles não há pureza, nem moralidade, nem veracidade. Eles dizem que no mundo não há verdade nem justiça; negam a existência do Espírito Divino; acreditam que o mundo é produto do acaso e que o fim da vida é o gozo dos bens materiais. Vivem conforme suas ideias errôneas; são de intelecto mesquinho, desregrados, inimigos da humanidade e praga do mundo. Entregam-se aos prazeres carnais e pensam que esse é o mais alto bem. Mas nunca os prazeres sensuais os satisfazem, porque mal um apetite obteve satisfação já emerge outro cada vez mais imperioso. É impura sua vida porque, pensando que com a morte do corpo tudo se acaba, julgam que o supremo bem consiste na satisfação de seus desejos. Enleados nas teias do desejo, entregam-se à volúpia, à ira e à avareza; prostituem suas mentes e seu sentimento de justiça, empenham-se em acumular riquezas sem qualquer escrúpulo, desde que possam satisfazer suas ambições materialistas.” (Capítulo XVI do Bhagavad-Gitâ- A a mensagem do Mestre)

XV - “Todas as civilizações se prendem, nas suas origens, a um centro orográfico que persiste na história, para uns, na lenda para outros, como local sagrado onde os deuses se apresentavam para conferir aos caudilhos das raças, grandes verdades que deviam perpetuar-se na sua prístina pureza no âmago das religiões”. “A Sabedoria das Idades precisa em certos momentos de grandes transformações cósmicas e sociais, ocultar-se para não morrer. Graças a essa providência, a ciência oculta pode ser transmitida aos homens à medida que se fazem dignos”. (Prof. Henrique José de Souza – O verdadeiro Caminho da Iniciação ) XVI - “No ano do Cachorro da terra (1.959) a religião e a administração secular do Tibete serão atacados pela Fênix Vermelha. O 14º Dalai-Lama e o Pantchem Lama, os guardiões da Fé, serão vencidos pelos invasores. As terras e as propriedades dos mosteiros lamaistas serão distribuídas.. Os nobres e as altas personalidades do Estado terão suas terras e seus bens confiscados e serão obrigados a servir a força invasora. Contudo, a Grande Luz Espiritual que ha séculos brilha sobre o Tibete não se apagará. Ela aumentará, se difundirá e resplandecerá na América do Sul, onde será iniciado um novo ciclo de progresso: surgirá então a sétima raça dourada”. (Thupten Gyatso, 13º Dalai-Lama, testamento político, 1924)

27

Fundadores: Henrique José de Souza e Helena Jefferson de SouzaPresidente: Hélio Jefferson de Souza

1º Vice-Presidente: Jefferson Henrique de Souza2º Vice-Presidente: Selene Jefferson de Souza

www.eubiose.org.br

ExpedienteDiretor de Divulgação: Luiz Lúcio Daniel

Editor Geral: Leonardo Faria Jefferson de SouzaEditor de Texto: Luiz Lúcio Daniel

Arte: Leonardo Faria Jefferson de SouzaRevisores: Celso Martins, Marilene Melão Martins, Celso Agostinho e Ronaldo Lyrio Borgo

Conselho Editorial: Alberto Vieira da Silva, Angelina Debesys, Celina Tomida, Celso Agostinho, Dirceu Moreira, Eurênio de Oliveira Jr., Francisco

Feitosa da Fonseca, Luiz Lúcio Daniel (Presidente), Leonardo Faria Jefferson de Souza e Ronaldo Lyrio Borgo.

Logo da Dhâranâ On-line: Marcio Pitel

Dhâranâ On-line - Revista de Ciência, Filosofia, Arte e Religiões Comparadas.É uma publicação quadrimestral,

Órgão oficial da Sociedade Brasileira de Eubiose - SBE.Editada pelo Conselho de Estudos e Publicações - Setor Editorial.

Ano V – edição 17 – junho a setembro de 2017

O conteúdo dos artigos assinados é de total responsabilidade de seus autores. Não é permitida a reproduçãoparcial ou total do conteúdo desta publicação, em qualquer meio, sem a prévia autorização da SBE.

Os trabalhos para publicação deverão ser enviados para o e-mail:[email protected]