dhâranâ online nº 10

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  • 8/19/2019 Dhâranâ Online Nº 10

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    REVISTA ON-LINE  QUADRIMESTRAL DA SOCIEDADE BRASILEIRA DE EUBIOSEAno III - N° 12 - outubro de 2015 a janeiro de 2016

    Henrique José de Souza e Helena Jefferson de Souza - Fundadores da Sociedade Brasileira de Eubiose 

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    A Sociedade Brasileira de Eubiose é uma instituição de caráter iniciático, que visa propiciar aosseus filiados um método próprio de evolução espiritual, baseado nos ensinamentos do seu undador, oProessor Henrique José de Souza.

    Estes ensinamentos são herdeiros da grande tradição ormada há milhares de anos pelossucessivos Colégios Iniciáticos, que interpretam a cada momento histórico os valores eternos dadenominada Sabedoria Iniciática das Idades.

    Na Sociedade Brasileira de Eubiose a Iniciação, ao contrário de alguns Colégios Iniciáticos,

    não é um evento inicial, uma cerimônia própria e particular, inserida num rito propiciatório dedesvendamento inicial de mistérios.

    A Iniciação na Sociedade Brasileira de Eubiose é um processo que podemos comparar a umaespiral, ligando o ser humano e sua história pessoal, individual, ao universal, ao divino e suas váriasexpressões e maniestações. Pelo seu caráter atemporal este processo iniciático não tem começo nemfim, é permanente e relaciona-se a toda a existência humana e divina.

    Calcado na tradição da Sabedoria Iniciática das Idades, os conhecimentos eubióticos não estãoporém ligados a um passadismo eventual e histórico, mas sim em valores eternos que se projetam

    também para o uturo, para a Era de Aquarius em construção.É um processo iniciático que trabalha na busca dos valores eternos do passado e do uturo -

    Era de Aquarius - “presentificados” num “aqui e agora” em que sagrado e proano, divino e humanointeragem na construção de uma nova civilização cujos sinais já estão já em toda parte.

    Este processo iniciático eubiótico trabalha ao mesmo tempo com três grandes eixosestruturantes, que vão paulatinamente provocando transormações no estado de consciência dodiscípulo, transormando, transmutando num processo alquímico interno as tendências negativas, voltadas para o reorço do egoísmo e da vaidade, em tendências positivas, comprometidas com oaltruísmo e o amor universal.

    O primeiro desses três eixos é o cognitivo, que opera as inormações iniciáticas transmitidas,criando pontes entre o mental concreto e o uturo mental abstrato. O segundo é o do aprimoramentoemocional, que através de iogas, exercícios e vivências em grupo, vai lapidando as emoções ineriores.O terceiro eixo é o da espiritualidade, que desenvolve a consciência divina em cada um de nós, que az vibrar intensamente o nosso Deus Interior.

    A conjugação harmônica desses três eixos - cognitivo, emocional e espiritual - az aumentar acada dia as ligações entre o projeto de vida de cada discípulo e o projeto evolucional da Divindade. Aospoucos, o discípulo vai se transormando em agente ativo e consciente do grande plano de evolução

    terrena.

    EDITORIAL

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    Sumário 

    A QUEDA DO CICLO

    Laurentus“Todas as vezes, ó lho de Bhárata! que Dharma (a lei justa) declina e Adharma (ocontrário) se levanta, Eu me manifesto para salvação dos bons e destruição dos maus (um

     Julgamento cíclico,portanto). Para o restabelecimento da Lei, Eu nasço em cada YUGA(idade, ciclo etc.)”.

    SOBRE HERÓIS E SUA MISSÃOPor Sérgio Órion de Souza

    Conta a Mitologia grega que, junto ao portal dos Campos Elísios – que é o terceiro e maiselevado dos mundos ctônios ou subterrâneos do Hades e onde habitam as almas dos heróis

     – existe um manancial, fonte, lago ou rio chamado Lete, conhecido também como o “Rio do Esquecimento”, pois suas águas são dadas a beber a quantos adentrem tal paraíso, com o tode que deixem para trás os remorsos, ressentimentos, afetos, enm, todos os apegos que o egonecessariamente desenvolve em vida e que, aliás, segundo a losoa eubiótica, assim como abudista etc., são a fonte de todo sofrimento.

    O COSMO TEM CONSCIÊNCIAPor Eliseu Mocitaíba da CostaO Universo, como vida manifestada em seus vários planos e reinos, é dotado de umaconsciência particular em seu próprio nível de percepção e evolução.

    EVOLUÇÃO DO UNIVERSO COM ÊNFASE NA EVOLUÇÃOHUMANA

    Por Claudio Alvim Zanini Pinter É natural o questionamento constante a respeito da origem do Universo, bem como a origemdo homem. Para Albert Einstein, “Não são as respostas que movem o mundo, são as

     perguntas”.

    ERROS E EROSPor Luis César de Souza

     Existe uma grande dor no mundo. Ela é nossa, de todos. Dividimo-la, quando possamos.Sofremo-la junto, como pudermos. Compassionar. Parte inerente da atual existência, frutodas incongruências, não importa. Nossos erros não nos convêm mais, já passaram.

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    A QUEDA DO CICLOLAURENTUS

    (Henrique José de Souza)

         h    t    t   p   :     /

         /   p   r   o

         f   e   c

         i   a   s     d   e   m

         i   c     h   e

         l   n   o   s    t   r   a

         d   a   m   u   s .

         b     l   o

       g   s   p   o

        t .   c   o   m

     .     b   r     /

         2     0     0     9     /     0     3     /     1     3

      -     1     0

      -     1     9     7     2

      -     2     2

      -     1     2

      -     1     9     7     2

      -   o  -     i

       n     f   e

       r   n   o  -   e .     h

        t   m     l

    Com a manifestação do avatara, mais conhecido pelo nome de Bhagavâd Yezeus- Krishna (Bha-gavâd  em sânscrito, quer dizer: Bem-aventurado), nome este muito semelhante ao de JESUS CRISTO – embora que tal manifestação vesse lugar 3.500 anos antes da do segundo – já o mesmo dizia ao seudiscípulo Arjuna: “Todas as vezes, ó lho de Bhárata! que Dharma (a lei justa) declina e Adharma (o con-

    trário) se levanta, Eu me manifesto para salvação dos bons e destruição dos maus (um Julgamento cíclico,portanto). Para o restabelecimento da Lei, Eu nasço em cada YUGA (idade, ciclo etc.)”.

    Assim também, Gotama, o Buda, 645 anos antes de Cristo: “E meu Espírito pairará sobre a Terra,esperando pela minha volta”.

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    Quanto a Jesus, são por demais conhecidas estassuas palavras: “Quando ouvirdes rumores de

    guerra, não vos assusteis, porque é preciso quetudo isso aconteça. Levantar-se-á nação contranação e reino contra reino. E haverá ome, pestee terremotos, em vários lugares. Mas todas essascoisas são apenas o começo das dores. E, depoisda aflição daqueles dias, aparecerá no céu o sinaldo Filho do Homem”. Desse modo, qualquer pes-soa – mesmo que de mediana cultura – poderácompreender o verdadeiro sentido que se achapor baixo das palavras dos três reeridos Ilumi-nados. Muito mais ainda se souber que da vidauniversal é repartida em ciclos. E, portanto, osmesmos se sujeitam a elevações e quedas, ou de-clínios. O que seria da Humanidade se nos mo-mentos de “queda ou declínio” ficasse abandona-da a seus próprios erros? Antes de mais nada, suaevolução espiritual na Terra estaria comprometi-da, ou antes, terminada antes de tempo... Bacon já se reeria a tais momentos ou instantes daEvolução humana com o seu CONSTRUERE ETDESTRUERE. Do mesmo modo que VICO, como seu CORSI E RICORSI .

    Pelo que se vê, a maniestação da Essên-cia Divina ou do “Espirito de Verdade”, comoquerem outros, nos interregnos de um ciclopara outro, não é mais do que um novo impulsoque se procura imprimir à Verdade lançada aomundo, no começo da sua evolução, pelo Pla-netário da Ronda, também chamado de LEGIS-LADOR, ou Manu Semente, pois que, no finaldessa mesma Ronda, Ele voltará como ManuColheita, para dar como terminado o esorçointegral de determinado número de avataras (1) ou maniestações divinas que, em verdade, sãoas suas próprias maniestações parciais ou totaisna Terra. Foi Ele, pois, o primeiro Codificadordos chamados “Mandamentos da Lei de Deus”,que vêm servindo para todas as religiões, mesmoque, os supracitados Manus (sua orma parcial

    e total nos demais ciclos) também procurassem

    retificar os reeridos Mandamentos, por se acha-rem adulterados pelos não conhecedores da suaprimitiva origem, e assim agindo de acordo comos interesses dessas mesmas religiões ou igrejas.

    Em Jurisprudência, eles recebem o nomede “O Código de Manu”, quando devia ser DOMANU, pois que este termo não se aplica a nin-guém, mas à unção ou Hierarquia daquele querepresenta o Guia, o Chee de determinado clã,amília etc. O termo Manu, na língua sânscrita,

    quer dizer o Homem, o Ser possuidor de Inteli-

    ... E, depois da aflição daqueles dias, aparecerá no céu o

    sinal do Filho do Homem

    (1) Muitos preferem dizer avatar, mas o fato é que o mais próprio é avatara. É ele Idêntico ao EON  grego, que significa:“manifestação da Divindade na Terra”. O termo EON  lido anagramaticamente dá o NOÉ bíblico, que embora muitos o Ignorem, é umavatara, ou antes, um Manu, como prova “ter ele conduzido seu povo, não em uma barca ou ARCA, como diz a própria Bíblia, e sim, para a ARCA ou Agartha, “região subterrânea que idêntica a Shamballah, nenhum cataclismo a pode destruir”.

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    gência superior a dos demais homens. E a provaé que, do mesmo termo se origina o de MANAS,

    Mental, a Inteligência etc. E oi dele, ainda, don-de surgiram o Man inglês e alemão. E até o nossopróprio termo HOMEM  (Ho-mem, No-man ou“não homem”, em vez de Woman, dizia-se ou-trora no próprio idioma inglês, para distinguir osexo eminino do masculino).

    A expressão “impulsionar a Verdade nasua primitiva origem, ou prístina Integridade”, vem provar que existiu uma VERDADE DIVI-

    NA, da qual os homens não deviam aastar-se.E que é justamente a razão do termo Adharma,contrário a Dharma, a que se reeriu o Bem-a- venturado Krishna. Com outras palavras, aqueleque não or Iniciado em semelhante Doutrina,como Sabedoria dos Deuses, mas também, “Sa-bedoria Iniciática das Idades”, não pode ser umHomem Pereito ou Adepto da Boa Lei, comoé chamado nas teogonias orientais. O termoTEOSOFIA, não quer dizer apenas Sabedoria

    divina ou de Deus, mas dos deuses, ou “Espíri-tos Planetários” (2). Sim, porque oi através dosmesmos, em número de SETE, também chama-dos de ELLOHIM (como plural de Ellohah ouDeus), Dhyan-Chohans, Arcanjos, ou Anjos dePresença diante do Trono, através dos quais oilevada a eeito a obra da criação do mundo e dosseres que nele habitam (3) . E a prova está em quea própria Divindade, depois de semelhante obraconcluída, ter proerido SETE vezes as seguintes

    palavras: “ESTÁ CERTO, ESTÁ REAL, ESTÁVERDADEIRO”. Assim, enquanto os SETE FI-LHOS ou autogerados (como os chama o maisantigo livro do mundo, que é o “Livro de Dzyan”,Dzin, Jim ou Jina) realizam a obra da criaçãodo mundo e dos seres que nele habitam, o Pai,o UNO-TRINO, donde os Sete surgiram... riva-lida com aquelas palavras repetidas sete vezes,semelhante esorço ou Trabalha saído da suaprópria Vontade, pelos mesmos Sete posta em

    ATIVIDADE, através da Sabedoria Divina. Daí,

    Vontade, Sabedoria e Atividade, que representamas três maniestações divinas, mas também, ostrês mundos através dos quais Elas mantêm opereito equilíbrio das coisas. No Cristianismo,a Trindade Divina ou Pai, Filho e Espírito Santo.

    Na Mitologia grega, as três Normas ou Parcas.Finalmente, as três orças: Centríuga, Centrípetae Equilibrante. E assim por diante.

    Voltando ao enômeno dos ciclos (videnossa obra Ocultismo e Teosofia), acontece, ain-da, que cada um dos reeridos ciclos em que érepartida a Vida Universal, é dirigido por deter-minado signo. Exemplo: o de Krishna (para nãoIr muito mais longe...) oi eito sob os auspícios

    de ÁRIES (o cordeiro), o qual no próprio ho-mem se localiza na cabeça; o de Gotama, o Buda,sob o do JAVALI (segundo o Zodíaco Hindu eque no ocidental é equivalente a Capricórnio).Quando se diz que “Buda morreu de indigestãode carne de porco” (e que serve de ridículo aosde outras religiões, como intolerantes e desres-peitosos para com as crenças alheias, justamente,por não serem Iniciados nos Grandes Mistérios),pelo ato do mesmo Ser ter dado Sabedoria de-

    mais ao mundo, o que também está incluído

    (2) De Theos  provém Theoin, com o significado de deuses, astros, Espíritos Planetários, portanto.

    (3) Cosmogênese e Antropogênese. Nesta, com o auxílio de outras hierarquias.

    ... Quanto ao signo na manifestação do mesmo Jesus,foi o de PISCIS , como prova ter Ele traçado no chão,um PEIXE, quando lhe apresentam a mulher adúltera,

    dizendo: “Aquele que estiver isento deste pecado (e nãoapenas ”de pecado”, como muitos o dizem), que lhe atire

    a primeira pedra. No homem, o signo de PISCIS  estásituado nos pés. Pés, Pis, Pies ou PISCIS... A própriaconformação dos dois pés é Idêntica à maneira de se

    grafar o referido signo.

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    nas palavras do Cristo, quando diz: ”Não atireispérolas aos PORCOS ( Margaritas ante porcus)”.

    Quanto ao signo na maniestação do mesmo Je-sus, oi o de PISCIS, como prova ter Ele traçadono chão, um PEIXE, quando lhe apresentam amulher adúltera, dizendo: “Aquele que estiverisento deste pecado (e não apenas ”de pecado”,como muitos o dizem), que lhe atire a primeirapedra. No homem, o signo de PISCIS está situa-do nos pés. Pés, Pis, Pies ou PISCIS... A própriaconormação dos dois pés é Idêntica à maneirade se graar o reerido signo. E quanto ao avatara

    uturo, ou do começo do século XXI (vide a obraantes citada), é o de Aquarius. Donde as teogo-nias orientais O chamarem de APAVANADEVA,com o significado de “Avatara aquático”. Essetermo sânscrito, omos o primeiro a desdobrá-lodo seguinte modo: APAS (Água, Lua), VAM,como Bija do Tattva Apas, equivalente tambémà VAHAM, com o significado de “veículo”. EDEVA ou Deus. Nesse caso, “o veículo de Deusmaniestado nas águas”, desde que se as conceba

    como “águas do Akasha” médio ou Segundo Tro-no, Logos etc., etc.

    Como se sabe, nossa Obra tendo a suaorigem na Ilha de Itaparica, nome tupi, que querdizer: “anteparas de pedras”, também indica quea mesma Ilha outra coisa não representa, senão,um Aquário repleto de PEIXES. O mesmo An-chieta, que esteve naquela Ilha em catequese aostupinambás, quando viveu em Conceição de

    Itanhaém, e ez a mesma cousa com os índiosdaquela localidade, ensinou-lhes a construir ,”um viveiro cercado de pedras para a criação de pei-xes” (4) , como se se dissesse que o mesmo, agindodesse modo, “construía uma Ilha de Itaparicaem miniatura” ...

    E todas essas cousas dissemos, para che-garmos novamente ao ponto onde nos encontrá- vamos, ou seja aquele que diz respeito a um, “ci-

    clo nos seus últimos estertores”, e outro que daráinicio a Uma Nova Era para o mundo. Donde,nosso próprio lema: SPES MESSIS IN SEMINE.

    A esperança da Colheita (a nossa própria) residena SEMENTE (que de há muito vimos semean-

    do, principalmente no Brasil, como ,”Santuárioque é da Iniciação do gênero humano a caminhoda sociedade utura”. E finalmente no mundo in-teiro).

    Assim é que, duas correntes se manies-tam no mundo: a dos que continuam subordina-dos ao velho ciclo. E a que observa os sãos prin-cípios (Mandamentos ou “Código do Manu”)do novo ciclo. O mesmo HINO da Sociedade

    Teosófica Brasileira, por ser a única Detentorano mundo, de semelhante Movimento, Intitu-la-se O ALVORECER DO NOVO CICLO. Sim,o primeiro setor vive na própria decadência dociclo anterior, ou antes, de acordo com Adharma.E o segundo setor, com Dharma, a Lei Justa. E,consequentemente, o primeiro com Avidya, “aignorância das cousas divinas”. E o segundo, comVidya, o conhecimento dessas cousas divinas.Razão pela qual são TEÓSOFOS ou ilumina-

    dos. Ninguém pode avaliar de quantos recursostemos lançado mão desde o começo de nossaInstituição até hoje, ou seja, no longo período de30 anos, num LABOR constante a avor da Feli-cidade humana! Mas, como disse o mesmo Jesus,“Muitos têm sido chamados, mas poucos os es-colhidos” (equivalente a eleitos, elite etc.).

    Sim, porque desde o começo já era dito:“Precisamos de qualidade e não de quantidade”.

    Semelhantes palavras dizem tudo, in-clusive a razão pela qual “alguns” (não poucos)deixaram as nossas fileiras... Dentre tais recursos,figura o nosso próprio SLOGAN, que vai serapresentado à própria ONU, da qual nossa Insti-tuição é uma das suas filiadas: UM SÓ IDIOMA(o Esperanto, por exemplo). UM SÓ PADRÃOMONETÁRIO (o mesmo valor para todas asmoedas). UMA FRENTE ÚNICA ESPIRITUA-LISTA (de que oi motivo nossa Sexta Conven-

    ção este ano em São Lourenço, tendo alcançadogrande sucesso). É complemento a semelhante

    (4) Um “viveiro” ou “aquário”.

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    esorço de nossa parte, aquele despendido pelaLegião Propagadora das Verdades Espirituais,

    uncionando na capital da República. E na qual já se acham filiadas diversas Instituições de cará-ter neoespiritualista (5) .

    Uma Nova Ciência, por sua vez, já ex-pusemos de público, a qual possui o nome deEUBIOSE, que em nada diere do de Teosofia. Eisto, através de O LUZEIRO. Todos os setores da vida humana estão incluídos na reerida Ciência,inclusive, o da POLÍTICA, hoje em ranca e do-

    lorosa anarquia, tanto no Brasil... como no mun-do inteiro. Em nossa mesma obra antes citada,tivemos ocasião de dizer, “Outrora se dizia: Cadapovo tem o governo que merece”. Hoje deve-sedizer: “Todos os Povos têm o governo que mere-cem”.

    E isto, por estarmos num “Fim de cicloapodrecido e gasto”.

    Ninguém mais acredita nas promessas,

    tanto dos messias políticos como dos religiosos.De ato, PROMETER e NÃO CUMPRIR é oque se vê por toda a parte. A isto os dicionárioschamam de charlatanismo, embuste etc. Mas doponto de vista político, também se deve chamarde TRAIÇÃO À PÁTRIA.

    Por mais que se julgue em contrário, amultiplicidade de dogmas, concorrem para aconusão estabelecida em nosso próprio País,

    inclusive, as religiões se metendo na sua política,mesmo sabendo que “O Poder Temporal é um eo Espiritual bem outro”, na razão do “Daí a Césaro que é de César. E a Deus o que é de Deus”, ensi-nadas pelo próprio Cristo.

    Não alemos ainda dos que se oendemmutuamente, mesmo que todos pregando emnome de um Deus único e Verdadeiro. Sem a-lar nos alsos Messias e Proetas, por sua vez,

    apontados pelo mesmo Cristo, como prova “deque os tempos esperados já chegaram”, isto é, de

    um novo Ciclo. Suaspalavras do começo

    deste estudo com-pletam as nossas.E como “ninguémseja proeta na suaTerra”, como ensinoo velho provérbio,um grande númerode brasileiros (tristedizê-lo...) preerem os que vêm de ora, aos seuspróprios Irmãos de Pátria. Haja vista, certo indi-

     víduo procedente do Uruguai, e em companhiade “alsas sacerdotisas, que alimentam o ogo(nada sagrado) do SEXO...” cercado desses mes-mos brasileños, na sua maioria, anciãos atraídospelas reeridas “mulheres”. A tal indivíduo, como“mercador de mulheres”, se poderia dar umnome mais próprio, mas que, inelizmente, nãoia muito bem com semelhante trabalho. Deixe-mo-lo com o seu “serralho”, numa cidade flumi-nense, que lhe oereceram os tais brasileños do

    ciclo decadente... E que, em todos os domingos abacanal (pobre Deus Bacho, dos ogos sagradosda COLHEITA DAS UVAS etc.) se repete... paragáudio daqueles que buscam a VERDADE NUAe CRUA, e nunca, jamais, em tempo algum, aVERDADE DIVINA, como única, que aos ho-mens ilumina.

    E que dizer das tais Misses, dos amo-sos concursos, que, não passam de exploração

    sexual e comercial, como disse muito bem oilustre patrício Menotti del Pichia em valiosoartigo publicado no SHOPPING NEWS? O nu-dismo hoje em voga, até em revistas e jornais depouco critério, em nada desmerece aquele outroda “serpente negra paradisíaca (ou do Mal, poisque a Branca é a do Bem, pouco importa que asreligiões desconheçam a alegoria da Árvore daCiência do Bem e do Mal) muito bem expressono próprio nome pagão de uma ineliz Elvira,

    inimiga e concorrente daquela outra que tem

    (5) Vide em Dhâranâ, pág. 3, número 1, a transcrição feita do artigo do grande jornalista carioca Enoch Lins, da Gazeta de Notícias, fun-cionando na Secretaria do Ministério da Justiça.

     Ninguém mais acredita nas promes- sas, tanto dos messias políticos como

    dos religiosos. De fato, PROMETERe NÃO CUMPRIR é o que se vê portoda a parte. A isto os dicionários

    chamam de charlatanismo, embusteetc. Mas do ponto de vista político,

    também se deve chamar de TRAIÇÃO À PÁTRIA.

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    ogo até no nome, mas o ogo inernal do SEXO,que em vez de iluminar os homens, ao contrário,á-los cair cada vez mais na destruição completados seus princípios superiores, por trazerem eles,também, enroscada no corpo, a Serpente negrado Mal, untando-lhes com o veneno atal da se-gunda morte...

    Para todas essas diabruras desse “Fimde ciclo apodrecido e gasto”, não há como dizer:IPSE VENENA BIBAS. SUNT MAL QUE LIBAS...

    Moças inelizes, sim, as tais Misses, que

    se prestam a semelhantes concursos, sem alarem certas damas da alta sociedade, as primeiras,prejudicando o seu próprio uturo, ao quereremum dia manter o Fogo espiritual de uma Larei-ra. Pai-Mãe, tendo em redor a prole. Noites dealegria. Noites que compensam um dia de an-gústias e dores, ao lado dos filhos! Enquanto assegundas, a lareira deseita com a mentira dostrapos e das joias sem valor, que só servem paraaguçar o apetite dos que nada possuem na vida,

    pois como já dissemos certa vez, num artigointitulado CRIMINALIDADE, “a ostentação doluxo, o desperdício do dinheiro, concorrem paraque os deserdados da sorte, principalmente, as jovens, procurem um método mais ácil de ar-ranjar todas essas cousas: o da prostituição. Deato a sociedade é responsável pelos crimes quese pratica, tanto à luz do dia, como da noite. Luzesta, que representa a das trevas, como símboloda humana cegueira ...”

    Para terminar: se Diógenes novamen-te ao mundo viesse com a sua lanterna, poucoimporta que lhe alcunhassem de “o cínico”, seera ele um Iniciado, um Adepto, um HomemPereito, procurando com a Luz daquela mesmalanterna um homem, sim, mas que quisesse serseu discípulo, e não encontrando ninguém, a nãoser um Imperador que se antepunha ao Sol queiluminava os seus dias, e a quem respondeu de

    acordo com a sua oerta, continuaria procuran-do um Homem ou Mulher, como quem procura“agulha em palheiro”. É bem verdade que encon-traria alguns, bem poucos talvez, mas daquelesque representam o ciclo nascente. E ai da Huma-

    nidade se tais criaturas não existissem! Honra atodos Eles!

    Diógenes não era mais do que, dizemosnovamente, um Adepto ou Homem Pereito. E aprova é que o mesmo está figurado no arcano IXdo Taro, pelo nome de ERMITÃO. Assim, o Bar-ril onde o mesmo morava, era a sua ERMIDA. Alanterna, seu próprio cérebro, querendo iluminaros dos demais, por serem mais jovens ou aindaimpereitos... Desse modo, o homem que ele pro-curava com a sua lanterna, repetimos, outro nãoera, senão, um “discípulo” para com Ele se igua-

    lar em Iluminação ou Conhecimento das cousasdivinas.

    Duvidamos, entretanto, que Diógenes sehoje ao mundo voltasse, dirigisse o jacto de sualanterna sobre nós, pois, como Iluminado queera, compreenderia que o Sol espiritual que oiluminava (e não o ísico, como pensa a maioria),é o mesmo que cinge a ronte de quantos azemparte de nossas fileiras. Sim, porque a Obra em

    que os mesmos estão empenhados, representa oPoder da VONTADE DIVINA no ciclo presente.

    Que a Paz se aça para todos os seres daTerra.

    Dhâranâ nº 3 – julho - agosto de 1954 – AnoXXIX – págs. 52/54

     Diógenes

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    SOBRE HERÓISE SUAS

    MISSÕESSérgio Órion de Souza

    Conta a Mitologia grega que, junto ao portal dos Campos Elísios – que é o terceiro emais elevado dos mundos ctônios ou subterrâneos do Hades e onde habitam as almas

    dos heróis – existe um manancial, fonte, lago ou rio chamado Lete...

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    Conta a Mitologia grega que, junto ao

    portal dos Campos Elísios – que é o terceiro e maiselevado dos mundos ctônios ou subterrâneos doHades e onde habitam as almas dos heróis – existeum manancial, fonte, lago ou rio chamado Lete,conhecido também como o “Rio do Esquecimento”,pois suas águas são dadas a beber a quantosadentrem tal paraíso, com o fito de que deixempara trás os remorsos, ressentimentos, afetos,enfim, todos os apegos que o ego necessariamentedesenvolve em vida e que, aliás, segundo a filosofiaeubiótica, assim como a budista etc., são a fonte detodo sofrimento.

    A permanência nos Campos Elísios,contudo, não é eterna. O herói pode ali permanecerpor miríades, isto é, milhares de anos ou ciclosterrestres, mas, cedo ou tarde, a “Lei que a tudo ea todos rege” avoca sua presença transformadorana Superfície. Então, o “eleito por seus própriosesforços” volta a sorver as águas do Lete, para que

    Da origem dos heróis 

    Sua missão e inspiração na Face da Terra Encarnado no mundo dos homens, o

    herói aparenta, a grossa vista, um outro qualquer. Àobservação mais demorada, contudo, nosso gênioctônio se distingue do vulgo pois, como aquelescavaleiros consagrados da legenda do Medievo, oobjeto único da permanência do herói na Face daTerra é o cumprimento de uma missão, da qualpode jamais vir a ter plena consciência, mas cujaurgência desde cedo o espicaça e tange, como omitológico moscardo à vaca Ió.

    Tal indefinida missão, cuja natureza quasesempre se dá a conhecer ao seu cabo – ou nunca –pode custar-lhe a perda da própria alma, porque agenialidade é tão somente a irmã bem sucedidada loucura e o sinete impresso no mais profundodo caráter do herói será sempre o da desmesura, omesmo exceder e exceder-se que é justamente o quedilata as fronteiras do estabelecido para o adventodo novo, mas também, às vezes, é o que rompe os

    limites da própria sanidade física ou psíquica.Uma vez no Reino Superficial, já não cabem

    ao herói os dons do Espírito, deixados para alémdo Portal mediante o banho letárgico nas águas

    do Lete. Restam-lhe porém no espírito embaçadasimagens do Paraíso, que lhe vêm impregnadas daética suprema emanada daquelas paragens e quese realizam na forma de impulsos ou tendências,e que se lhe não servem de lenitivo – de fato bemao contrário, posto que são como aquela doridanostalgia do “Mundo das ideias” de Platão – servem-lhe ao menos de fanal distante, na forma de vagasintuições a apontar um rumo. Cabem-lhe, porém,como mortal que se fez por amor à  pólis (cidade,coletividade), os recursos da Persona que, como aequipagem do cavaleiro andante, tanto protege epropicia quanto limita e tolhe – às vezes, asfixia emata – com o que a Missão pode ficar prejudicadae o herói é, às vezes, recolhido... porque – e isso éfundamental – a missão do herói não é a própriainiciação, pois já a tem quase cumprida de outrasencarnações, bastando seja reavivada quando naFace – polida, digamos com uma imagem. Daíque os heróis sejam também considerados como

    “irmãos maiores” dos mortais, ainda que estes nãoo reconheçam e não raro o façam um dos muitosmártires que pontilham a humana história.

    se esqueça da origem

    paradisíaca e suporte asrudezas da experiênciamundana. Então, seuEspírito cruza de volta oPortal e no trajeto vai serevestindo, primeiro dePsiquê, a alma humana,depois de Ânima, aalma animal – afora aredundância – e afinalde Soma, esse corpo dematerial telúrico com oqual nos apresentamosna comunidade dosbiologicamente vivos.

    Capos Elísios, por Carlos Schwabe, 1903

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    Contudo, os deuses ctônios não abandonamà própria sorte os seus emissários. Há sempre outrosque os precederam ou acompanham, os quais,porquanto não possam tomar a si missão alheia,podem facilitar-lhes os passos, sendo essa, às vezes, asua própria missão.

    Nos momentos mais críticos para ahumanidade esses precursores de alguma formareconhecem-se e reúnem-se, geralmente em torno deum “herói maior”, plenamente iniciado e consciente,compondo como que uma “embaixada” dos da nobreraça ctônia entre os da Superfície. Alguns dessescentros especializam-se como Escolas Iniciáticas,

     A comunidade dos Heróis 

    por seu aspecto, digamos, didático, e verdadeirosportais do retorno vitorioso aos Campos Elísios aquantos lhes reconheçam os valores.

    O que tais centros iniciáticos propiciamnão é a vitória cabal e certa na consecução damissão pessoal, sejam heróis ou humanos – o quedepende muito do esforço de cada um – mas sima transmutação do caráter, que habita o centroda Persona e é um atributo de Psiquê, sendo esta,por sua vez, o campo de batalha por excelência; e asuperação do ego, a vitória mais decisiva na sendada Iniciação, conforme ensinam o Mahabhârata eoutros preciosos textos da filosofia sagrada.

    Ao contrário do que comumente se pensa,a Iniciação não é um processo esotérico ou mágico,pois se processa todo na psiquê humana. Requerinicialmente o deslocamento da consciência do nívelinstintivo de Ânima para o humano de Psiquê, o quese dá através de constantes exercícios de reflexãosobre os próprios atos e pensamentos; se continuapela superação do caráter egoico – núcleo da Psiquê– sob a ação continuada da Vontade, e consolida-se mediante a eterna “vigilância dos sentidos

     A Iniciação heroica superiores” sobre os impulsos de Ânima e os ardisautodefensivos do ego.

    O processo iniciático, já se vê, não é fácil enem definitivo, mas pode ser facilitado para quem

    consiga a conjunção harmoniosa da razão com aemoção, já que, segundo JHS, “quem souber colocarsua inteligência ao lado do coração alcançará naTerra as maiores alturas”.

    Os que tiverem a sorte de cruzar o portal

    da Iniciação, sejam simples homens ou heróisencarnados, não hão de encontrar, necessariamente,enquanto na Face, o prêmio da beatitude. O samadi,que representa em vida o que é o Nirvana após amorte – estado do espírito onde a humana egoidadedissolve-se no Todo – é condição raríssima e, arigor, incompatível com a condição heroica. O herói,como se viu, mesmo quando em missão de naturezaespiritual ou mística, ainda assim é em essência umcarma-ioguin, isto é, um “homem de ação”, postoque deve permanecer mergulhado no turbilhão dapersonalidade para maior eficácia da sua ação naface da Terra. Essa é, aliás, a fonte principal, se nãoúnica, do frequente martírio, psíquico ou mesmofísico, dos heroicos seres.

    Assim, a grande diferença entre o místicoconsumado e o herói iniciado, ou seja, o que já tem o

    domínio de si e consciência avançada da sua missão –

    eis o ponto! – não é a completa anulação do ego, anelodo místico, mas a constante vigilância dos sentidossuperiores sobre as inclinações do ego, de modo queeste, afinal, pelo hábito enraizado, sem perder aidentidade e o vigor que lhe são próprios, acabe porcurvar-se docilmente à Vontade retemperada do Herói,que dessa forma dirige o seu natural dinamismo

     para a consecução da sua Missão heroica e, porconsequência, a realização da Obra divina na Face daTerra.

    O herói iniciado não trata de anular o

    ego, mas de canalizar seus impulsos em sentidoconstrutivo. Noutros termos, transforma nidanas emsidhis.

    O prêmio dos Heróis 

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    Os seres humanos, indistintamente, como

    representantes dessa natureza, têm essa mesmaconsciência em latência, apresentada pelo universo.Desde as organizações celulares, que se constituemem órgãos, vísceras e sistemas, compondo todos oscorpos, desde os seres humanos até os animais, indounificar-se, de acordo com o nível de consciência, emísica, psíquica ou espiritual.

    Em relação aos reinos da natureza não sepercebe quaisquer sinais de consciência advinda oumaniestada nos minerais, entretanto, sabe-se que

    um elemental ali está adormecido. Entretanto, issonão quer dizer que na pedra não exista vida ou cons-ciência.

    A substância universal mais densa, o reinomineral, mantém aí, também, uma consciência. Por-

    O COSMO TEM CONSCIÊNCIAEliseu Mocitaíba da Costa

    O Universo, como vida manifestada em seus vários planos e reinos, é dotado de

    uma consciência particular em seu próprio nível de percepção e evolução.

    tanto, não existe a matéria “morta” ou “cega” da mes-

    ma orma que não existe a casualidade.A Ciência das Idades (Sabedoria Eterna)

    nunca se prende às aparências, às exterioridades, poisela se apoia na Essência Única e Verdadeira e nassuas projeções em todos os planos do universo.

    O universo originou-se no plano de ideaçãocósmica e oi elaborado e guiado de dentro para ora,desde os níveis superiores ou mais sutis, até os maisdensos.

    O microcosmo apresenta-se no homemcomo sua cópia ou miniatura, além de sua maniesta-ção condensada, também pelo nível de consciência.

    Nele, cada movimento, ação ou gesto vo-

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    luntário ou não, orgânico ou mental, é precedido deuma sensação ou emoção interior, vontade, pensa-mento ou inteligência que produz uma reação.

    Como nenhuma reação, movimento oumudança, pode ser produzida no corpo ísico do ho-mem sem que seja provocada por um impulso inte-rior ou por uma destas unções ora citadas, o mesmoacontece com o universo exterior ou maniestado.

    O Cosmo é completamente dirigido e ani-mado por uma gama quase infinita de hierarquias, deseres ou espíritos de corpos sutilizados, relativa à suaprópria missão.

    Os Dhyan-Choans ou Arcanos são “men-sageiros” Cósmicos no sentido de Agentes da Lei doKarma. Suas consciências têm variações ilimitadasem diversos graus e inteligências.

    São denominados de Espíritos Puros e nãopossuem nenhum ragmento humano. São desig-nados como “homens pereitos”. Em seus próprios“mundos” não dierem, moralmente dos seres huma-nos, senão, pelo ato de não possuírem personalida-des e sentimentos grosseiros da natureza emocional

    humana.

    Os Dhyan-Choans primordiais ou os mais“evoluídos ou antigos”, que não nasceram como ho-mens, estão isentos desses sentimentos, porque:

    a) não possuem corpos carnais;

    b) os seus corpos mais sutis os tornarammenos influenciáveis pela Maya (ilusão).

    A ilusão torna o also em verdadeiro, a me-nos que o homem tenha se tornado um adepto, ouseja, capaz de distinguir as duas Consciências, a espi-ritual e a ísica; embora esses dois estados não sejam

     vivenciados como uma separação distinta como apa-rentemente acontece com os homens em geral.

    A característica das Hierarquias Superioresé a individualidade, mas não no sentido de separa-tividade. Essa Consciência Superior varia quanto ao

    plano a que pertencem, ou seja, quanto mais se apro-ximam da região da Homogeneidade e da EssênciaÚnica, mais essas características diluem-se na Cons-ciência da Hierarquia.

    Ao assumir a natureza no sentido abstratonão lhe devemos excluir a consciência, portanto é aemanação da Consciência Absoluta, e conseqüente-mente um de seus aspectos maniestados.

    O homem ignorante da Ciência das Idades-

    pode dizer que não há consciência nas plantas e atémesmo nos minerais, mas o que ele deve conceber éque, na realidade, essa consciência está além de suaimaginação.

    Revisado em 28-06-11 Jornal A Folha do Papagaio

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    “Não são as respostas que movem o mundo, são as perguntas” Albert Einstein

    EVOLUÇÃO DO UNIVERSO COM ÊNFASE NAEVOLUÇÃO HUMANA

    Claudio Alvim Zanini Pinter  

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    É natural o questionamento constante arespeito da origem do Universo, bem como a origemdo homem. Para Albert Einstein, “Não são asrespostas que movem o mundo, são as perguntas”.

     O verdadeiro iniciado é um pesquisadornato, entusiasta pela busca constante da verdade.

      O presente artigo tem como objetivoprincipal descrever sucintamente a origem eevolução do universo, em relação à natureza humana,antropogênese, tendo como objetivo específicos:descrever sobre a cosmogênese; descrever sobre aantropogênese de acordo com a Teosofia; apresentaros principais símbolos sagrados que norteiam otema; instigar outros pesquisadores a refletir eapresentar as novas considerações sobre o tema.

    A metodologia é baseada na pesquisabibliográfica, com ênase na Bíblia Sagrada,Doutrina Secreta, de Helena P. Blavatsky , dicionários

    maçônicos, graus iniciáticos da Sociedade Brasileirade Eubiose. Inúmeros trabalhos e pesquisas têmsido apresentados em congressos nacionais einternacionais oriundos de cientistas renomados,religiosos, ateus, dentre outros. Mas o que é comumentre estes temas? Uma verdade. Que verdade é esta?Através de linguagem mais simples, pretende-secomentar sobre as duas correntes que tratam sobrea evolução do universo com ênase na evoluçãohumana.

    A compreensão dos símbolos sagradosdos três Logos da Criação poderá despertar o DeusInterno de cada um, cuja busca incessante tem sedistanciando cada vez mais do seu Eu Interno.

    Apresenta-se um breve comentário sobre asteorias criacionista e darwinista de maneira simplese ao mesmo tempo convidando o leitor para umareflexão racional.

    Para Blavatsky (2012), az-se necessário

    compreender a cronologia das idades, passando ahumanidade pela idade do erro, bronze, prata edo ouro para compreender o processo evolutivo dohomem. É, neste período, de orma lenta e constanteque irá desenvolver os cinco sentidos (audição, tato,

     visão, paladar eolato) os quaisse conhecem naatualidade. Paraos adeptos destacorrente, maisdois sentidoscomeçama germinardenominados

    de clarividênciaastral eclarividênciaespiritual paraas uturas raçasem evolução,tendo o Brasilcomo o berçocivilizatório destanova Raça.

    AsCiênciasdas Idadesapresentamos ciclos dozodíaco, os quaisem cada 1.147anos aproximadamente um Avatara maniesta-separa conduzir o processo evolutivo da humanidade.Agora, com a era de Aquarius, nosso Mestre Pro.

    Henrique José de Souza deixa-nos um grandelegado para a construção da obra do Eterno naace da terra. Segundo JHS, no uturo, teremos“uma só religião, uma só língua e um único padrãomonetário”. Todavia, algumas vezes, ficamos mudos,desconortáveis, quando somos questionados,em especial, pelas crianças, nossos amados filhos,sobrinhos, afilhados, não importa o grau deparentesco. O que é isso? Quem é? O quê? Onde?Quando? Quanto? Mas como assim? Por quê?

    Embora existam algumas teorias sobre o tema, nãotemos a pretensão e nem a capacidade de validaçãoem laboratório, apenas contamos com algumasreerências bibliográficas e com nossa experiência de

     vida.

    1. INTRODUÇÃO

     Para Blavatsky (2012), faz-se necessário

    compreender a cronologia das idades,

     passando a humanidade pela idade

    do ferro, bronze, prata e do ouro para

    compreender o processo evolutivo do

    homem.

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    Reerendando a obra Ísis sem Véu (2005),a ciência moderna só se preocupa com a evoluçãoísica parcial, ignorando a mais elevada que é aespiritual. A trajetória da evolução consiste nodesabrochar da vida, bem como o registro e acúmulodas experiências adquiridas.

    Brilhante conceito do proessor HenriqueJosé de Souza, undador da Sociedade Brasileira deEubiose, a respeito da cosmogênese: “existe uma

    relação exata entre Humanidade e a CAUSA que achamou a existir. Portanto, uma verdadeira Religiãoe uma verdadeira Ciência hão de ser as que ensinemos verdadeiros termos daquela relação.” Isto querdizer estar ligado ao Deus interior sem anatismo,comungando ciência e religião na mesma taça.Reerendando a Bíblia Sagrada, em São João temos:“No princípio era o Verbo, e o verbo estava comDeus, e o Verbo era Deus; Ele estava no princípiocom Deus”.

    De acordo com Pitágoras: “A Divindademultiplica-se em ormas, mas divide-se em essência”.

    2. COSMOGÊNESE 

    No capítulo I do Gênese, está escrito: “Noprincípio, DEUS ELOIM, o Ser dos Seres, planejoua existência (geração, criação) dos Céus e da Terra,causando a transmutação na Essência Abstrata deseu próprio Ser”.

    Embora existam inúmeras divergênciasentre as escolas filosóficas e religiosas, surge umponto comum: a existência de um Princípio Únicoda Criação. Esse princípio recebe vários nomes:

    Espírito Universal, Substância Primordial, Causasem Causa, Unidade, Grande Arquiteto do Universo,Parabraman, Brahmã, Deus, Criador, Eterno, dentreoutros.

    Sem pretender descrever em sua totalidade,optou-se pela palavra substância (do latimsubstantia) é a parte real ou essencial de algumacoisa. Substância Primordial ou fluído universaltransormado é o que az surgir o Plano da Matériaou o mundo dos Eeitos, chamado mundo das Leis.

    Os adeptos das Ciências das Idadescostumam expressar a linguagem das ideias através

    dos símbolos, visando eternizar e universalizar osConhecimentos Sagrados. Por isso, é só observar ostemplos maçônicos que são repletos de símbolos,cuja interpretação é exteriorizada pelos irmãos daordem em maior ou menor grau de proundidade, deacordo com o seu grau evolucional.

    TAT, do sânscrito, significa Aquele, ele. Ouniverso, a existência una. Como se lê no BhagavadGitâ (XVII, 23) “OM TAT SAT” – é a tripladesignação da Divindade Bhahmâ, indicando sua

    Divindade com a sílaba OM, sua universalidadecom a sílaba TAT e sua existência real e eterna comSAT. Pode-se entender como sendo: “tudo o que é,oi ou será, tudo o que é capaz de ser concebido pelaimaginação do homem” (Doutrina Secreta, I, 595).

    2.1. OS QUATRO SÍMBOLOS SAGRADOS 

    Assim, a Divina Essência Desconhecida sópode ser apresentada por um quaternário simbólico,

    como veremos a seguir:

    Expressa o Todo, oceano sempraias, o espaço sem limites.

    É sol oculto, o sopro da vida, o círculo puro

    sem centro. O centro está em tudo e a circunerêncianão está em lugar nenhum. O mundo dos princípios.

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    1º Logos

    O germe no ovo.É a manifestação do universo.

    O ovo significa a semente para setransormar numa árvore rutíera. É o início damaniestação. O espírito da vida que vai ecundar amatéria virgem. É o PAI.

    2º Logos:

    Ocorre a usão do espírito na matéria. Nãopodem ser separados. É o mundo das Leis. É a Mãe.Tem-se a dualidade.

    3º Logos:

    A polarização

    Da união Pai/Mãe surge oFilho. No terceiro Logos pro-cessa-se a evolução no mundodas realizações.

    Adaptando-se da obra O Poder do Agora, de

    Eckhart Tolle (2011), para interpretar o significadodo nada, tem-se:

    Qual a essência do Templo? A pira, o altar, ochão, o teto definem o limite do Templo, mas não sãoo Templo.

    Qual é, então, a essência do Templo? Oespaço é claro, o espaço vazio. Não haveria nenhum“Templo” sem o espaço. Como o espaço é “nada”,podemos dizer que aquilo que não está lá é mais

    importante do que aquilo que está. Portanto, tomeconsciência do espaço à sua volta. Não pense arespeito. Sinta-o do jeito que é. Preste atenção ao“nada”. O nada também representa o tudo!

    2.2. AS DUAS TEORIAS DAEVOLUÇÃO: CRIACIONISTA E

    DARWINISTA.Ao descrever sobre as duas teorias,

    depara-se com correntes que deendem a origemcriacionista, undamentadas na Bíblia Sagrada e naprópria Fé.

    “No princípio, Deus criou o céu e a terra (...)”– Bíblia Sagrada.

    Na Bíblia, há um trecho que diz que nossacriação oi eita à “imagem de Deus”, dando aentender que Deus não é alguma coisa ou algumaorça, mas alguém como nós. Para os que acreditamno criacionismo, os seres humanos são dierentes dasdemais criaturas por terem sentimentos, vontade,inteligência, moral etc.

    Outros acreditam na evolução da espéciehumana, tendo como ancestral comum os macacos,gerando os macacos propriamente ditos, e outros, oshumanos. De acordo com Cotrim (2005), Darwin,oi ortemente criticado por religiosos no século XIX.No entanto, não deixou de constatar três premissasbásicas:

    1. O processo de evolução das espécies égradual e contínuo.

    2. Todos os seres vivos descendem,em última estância, de um ancestralcomum.

    3. O mecanismo pelo qual os seres vivosmudam e evoluem é a seleção natural:os indivíduos mais adaptados aomeio ambiente conseguem melhoresresultados na luta pela sobrevivência.

    As mudanças ocorridas e as dierençasentre as espécies deram-se pelo processo de seleçãonatural, no qual os indivíduos que melhor seadaptam ao meio ambiente sobrevivem, deixando

    descendentes, que por sua vez também soremalterações em seu mecanismo biológico e deixamnovos descendentes, ormando um círculo vicioso.Sem querer entrar no centro da questão, acredito em

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    algo que tenha como verdadeiro: existe uma energiacriadora que a tudo e a todos rege. Esta energia, paranós, maçons, denominamos de Grande Arquiteto do

    Universo.Platão parte de alguns questionamentos

    para definir o ser do Universo. Qual a causa que tudoexiste? Por que o mundo oi ormado dessa maneirae não de outra? Esse mundo é o único ou existemoutros? Como os seres vivos e todas as outras coisas

     visíveis oram ormados? Para Platão o ser doUniverso corresponde ao que é “maniesto, comosendo de dois tipos: um que sempre existiu e sempreirá existir (portanto, sem início ou fim), imutável e

    sempre igual a si mesmo; e outro que tem um início

    e, portanto, uma causa (pois nada pode originar-sesem causa), é sujeito ao nascimento e ao devir, e estáem constante mudança... O mundo, por sua beleza e

    tendência à pereição, oi eita à imagem do divino”.De acordo com a obra O Sábio, de Charles

    de Bovelles, tanto o universo quanto o homem sãoconstituídos pelos quatro elementos: terra, água, ar eogo. Ainda se constitui em algumas das provas que ohomem proano deve submeter-se para o ingresso namaçonaria. Enquanto na ciência eubiótica o caminhoda iniciação nos remete à evolução dos quatro reinos:Dritarastra, correspondendo ao reino mineral;Virudaka, ao reino vegetal; Virupaksha, ao reino

    animal e Vaisvarana, ao reino hominal.

    3. ANTROPOGÊNESEPara a compreensão da evolução do homem baseada nos estudos teosóficos, em especial, de Helena P.

    Blavatsky, az-se necessária a compreensão dos ciclos evolutivos universais:

    IDADE CARACTERÍSTICA ANOS

    Kali-Yuga 1 x Kali-Yuga 432.000 anos

    Dwapara-Yuga 2 x Kali-Yuga 864.000 anos

    Treta-Yuga 3 x Kali-Yuga 1.296.000 anos

    Satya-Yuga 4 x Kali-Yuga 1.728.000 anos

    Manhâ-Yuga 10 x Kali-Yuga 4.320.000 anos

    Kalpa – Dia da Brahmâ – Manvantara(soma) 4.320.000 anos

    (1000 ciclos de 4 yugas)

    Kalpa – Noite de Brahmâ – Pralaya –4.320.000 anos

    Dia completo de Brahmâ8.640.000 anos

    Mahâ-Kalpa – Idade de Brahmâ311.040.000.000.000 anos

    Satya-Yuga – corresponde ao ciclodas virtudes, no qual predominam a verdade, a

    elicidade, o equilíbrio, o amor, a justiça, a beleza, ebondade e tudo que or positivo.

    Denominado de Idade de Ouro. Amaniestação do Avatara ocorre com 25% daconsciência do Plano Evolutivo.

    Tretâ-Yuga – inicia um declínio das virtudese o começo dos vícios. Denominado de Idade daPrata. A maniestação do Avatara ocorre com 50% daconsciência do Plano Evolutivo.

    Dwapara-Yuga – após um declínio maiordas virtudes e uma intensificação dos vícios, esteciclo é denominado de Idade de Bronze. O avataramaniesta-se com 75% da consciência do PlanoEvolutivo.

    Kali-Yuga – neste ciclo as virtudes quasenão existem. Ocorre um predomínio dos vícios, doegoísmo, do apego à matéria, aos prazeres e tudoque aasta da espiritualidade. Esta ase denomina-

    se a Idade de Ferro. Para retornar a Idade deOuro, a maniestação do Avatara requer 100% deconsciência. O Avatara surge “para o extermínio dosmaus e a salvação dos bons”.

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    2.3. EVOLUÇÃO DAS RAÇAS

    De acordo com Blavatsky (2012), as raças são em número de sete e estão relacionadas com a doutrinada Cadeia Planetária. Admitindo-se a natureza sétupla do homem, cada um dos princípios está relacionado comum plano, um planeta e uma raça.

    As raças humanas nascem uma das outras, seguem a lei natural da terra, crescem, desenvolvem-se,envelhecem e morrem. Cada uma das sete raças divide-se em quatro idades: de ouro, de prata, de bronze e deerro. As principais características das sete raças são, respectivamente:

    Síntese da evolução das Raças

    RAÇAS NOME SENTIDO FORMA REPRODUÇÃO SENSAÇÃO

    Primeira Adâmica Audição Bhutas CissiparidadeAssexuados

    Som

    Segunda Hiperbórea Tato Filo-arborescentes Nascidos do suor Forma

    Terceira Lemuriana Visão Humana Nascidos do ovoHermafrodita

    Cor

    Quarta Atlante Paladar Sexuada Gosto

    Quinta Ariana Olfato Sexuada Odor

    Sexta ClarividênciaAstral

    Séma Clarividênciamental

    Fonte: Adaptado de BLAVATSKY, Helena P., Síntese da Doutrina Secreta. São Paulo: Pensamento. 2012.

    Para Blavastky (2012), as principaiscaracterísticas da sexta e sétima raça são:

    Sexta Raça: Será caracterizada pelodesenvolvimento espiritual, pela aquisição do sextosentido, a clarividência astral, e por suas tendências

    unitárias. Povoará o continente Zâha, cuja emersãoinicial, ocorrerá no ponto onde atualmente seencontra a América do Norte, que, de antemão, serácortada por terremotos e ogos vulcânicos.

    Sétima Raça: Será caracterizada por seucompleto desenvolvimento espiritual, pela aquisiçãodo sétimo sentido, ou seja, a clarividência mental, epelo pleno reconhecimento da unidade. Floresceráno sétimo continente, chamado Puchkara, cujocentro estará no ponto onde atualmente se encontra

    a América do Sul. Ao terminar a vida geológicadeste continente, sobreviverá o fim de nosso globo,caindo em sono suave, depois de longuíssimo dia detrabalho e vigília.

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    A pesquisa sobre o tema está sendo degrande valia para ampliar o conhecimento sobre aorigem do Universo, bem como da raça humana.

    De acordo com o pesquisador e filósooHuberto Rohden, podem-se distinguir dois conceitosprimordiais a respeito da criação. O primeiro legadodenominado de Criação ao Grande Arquiteto doUniverso e o segundo de criação, esta pertencente aohomem.

    De acordo com o proessor Henrique Joséde Souza, no uturo não se dirá mais “tive uma ideia”porque a ideia estará permanentemente no homem.

    Estamos vivenciando um momento único,o término de uma era denominada a era de Peixes einiciando uma nova era, conorme o ciclo zodíaco de

     Aquarius.

    Parece tudo acelerado, o desenvolvimento eaprimoramento da ciência, a revolução tecnológicaestá mudando o comportamento das crianças, casonão ocorra uma educação mais vigilante dos pais. Asbrincadeiras em grupos para o uso desenreado dosmartphone, tablet , notebook, computadores ou afins.

    A figura do recreador está sendo substituídapor outros hábitos, nem sempre saudáveis: aindividualização.

    O deus Crono está devorando o nossotempo todos os dias de 86.400 segundos, por isso,

    na maçonaria e demais escolas iniciáticas somosorçados à reflexão:

    Quem sou eu?

    De onde vim?

    Para onde vou?

    A resposta está em nossas mãos, no nosso jeito de contemplar a vida e vivê-la da melhormaneira possível, dentro da tríade do bem, do bom e

    do belo.

    Diz a lenda que todos os homens da ter-ra eram deuses. Mas de tanto pecarem eabusar do divino, Brahma, o Deus dosdeuses decidiu tirar deles a orça divinae escondê-la em algum lugar onde jamaispudesse ser encontrada. Resolveu ter al-gumas sugestões consultando alguns deu-ses mais próximos.

    “Vamos enterrá-la bem no undo do

    chão”, sugeriu o primeiro.Brahma respondeu: “não, o homem po-derá cavar undo a terra e descobri-la”.

    Outro deus disse: “Vamos colocá-la nomais undo dos oceanos”.

    Brahma disse: “não, o homem aprende amergulhar e acaba achando algum dia”.

    O terceiro sugeriu: “e se or escondida namais alta montanha?”

    Brahma respondeu: “também não. O ho-mem é capaz de escalar montanha. Tenhoum lugar melhor. Vamos esconder a on-te divina no próprio homem. É um lugaronde ele nunca pensará em procurar!”.(FARAH, 2011).

    3. CONSIDERAÇÕES FINAIS

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    22/24

    ASLAN, Nicola. Grande dicionárioenciclopédico de maçonaria e simbologia.Londrina: A Trolha, 1996. v.1-4. 1980.

    BÍBLIA Sagrada. Tradução de PadreAntônio Pereira de Figueiredo. Rio de Janeiro:

    Delta.

    BLAVATSKY, Helena P. Síntese daDoutrina Secreta. São Paulo: Pensamento. 1992.469p.

    BLAVATSKY, Helena P. GlossárioTeosófico. 6ª ed. São Paulo: Pensamento. 2011. 777p.

    COTRIM, Gilberto. História Global: Brasile geral. São Paulo: Editora Saraiva, 2005.

    FARAH, Alberto. A origem dos povos esuas lendas. São Paulo: Editora do Autor, 2011.

    FIGUEIREDO, J. G. Dicionário demaçonaria: seus mistérios, ritos, filosofia, história.

    São Paulo: Ed. Pensamento, 1991. 550 p.

    LOBAO, Silvio Ramos. Trilha dos Arcanos.Vol. 1 e Vol. 2. 2011.

    LUCÍOLA, Roberto. Caderno Fiat Lux nº 1.

    Sociedade Brasileira de Eubiose. 2012. 41p.

    MELLOR, A. Dicionário da franco-maçonaria e dos franco-maçons. São Paulo: Martins

    Fontes, 1989. 353 p.

    OLIVEIRA JÚNIOR, Eurênio. Eubiose. A vida sem mistérios. Os mistérios da vida. Estudosanotações. São Paulo: Pensamento. 2005. 200p.

    PUCHI, J. ABC do Aprendiz. Tubarão:Editora Dehon, 1993. 174p. 

    ROHDEN, Huberto. Orientandopara a autorrealização. Disponível em<https://5b4e5e62834c37f53c7b6ab71e408127093.googledrive.com/host/0B6aWQMzkKwGHT1hsT1ZkUjZsWlU/BIBLIOTECA%20(ESP%C3%8DRITA)/LIVROS%20-%20Huberto%20Rohden/Huberto%20Rohden%20-%20Orientando.pd>. Acesso em 11.8.2015.

    SCHLESINGER, Hugo. Dicionárioenciclopédico das religiões. Petrópolis, RJ: Vozes,1995.

    SOUZA, H. J. Eubiose. A VerdadeiraIniciação. Rio de Janeiro: Editorial Aquarius,

    1978, 304p.

    SOUZA, H. J. Pequeno oráculo. Rio deJaneiro: Editorial Aquarius, 1978, 304p. 

    TOLLE, Eckhart. O poder de agora. SãoPaulo: Rio de Janeiro, 2002.

    Riquíssima lenda, aoqual todo iniciado na maçonaria

    depara-se na câmara de reflexõesentre inúmeros símbolos a palavraVITRIOL (Visita Interiora terrae,rectificando que invenies occultumlapidem), que significa: Visitao interior da terra e retificando,encontrarás a pedra oculta.

    Por isso, o homem continuabuscando ora de si mesmo, para

    resolver todos os problemas dahumanidade, quando se cada um

    resolvesse internamente o seuproblema, estaríamos vivendonovamente com os próprios deuses.Somos uma centelha divina e nosesquecemos.

     At Niat Niatat  – Um no todo e todono uno.

    4. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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    Existe uma grande dor no mundo. Elaé nossa, de todos. Dividimo-la, quando possa-mos. Sofremo-la junto, como pudermos. Com-passionar. Parte inerente da atual existência,fruto das incongruências, não importa. Nossoserros não nos convêm mais, já passaram. Oserros atuais não nos convêm mais, são passa-do, hão de ficar no túmulo do tempo. São umaporta aberta para dias melhores. Dias melhores

     virão.

    Há um grande amor em tudo. Precisoé reparti-lo, da maneira que for. Somos um só,sentimento profundo. Somos um, navegamos

     juntos, solidários. Salvar a nossa integridade,

    dignidade, nosso bem-querer, é fatal. Às vezesamar é entregar-se ao desassossego, amar atéao que não merece o nosso desvelo. O amor éinexplicável, não vem de um movimento, mo-mento só. Vem de tudo, sem fronteiras, rompebarreiras, atravessa pontes, desanda, destrava asestribeiras, beira ao ridículo, desfaz os nós.

    O amor é a força máxima, nunca se

    arrepende, nem sempre se compreende, jamaisdepende de qualquer coisa, é igual ao infinito,tão bonito quanto. E liberta, e vai além, e é maisdo que qualquer sentimento, pensamento, oamor maior.

    Não duvida, vê. Não esquece, esqueceo que não é. O amor somente é. A semente. Omaior. O melhor. O real. O imortal. A paz amais.

    ERROS E EROSLuis César de Souza

    nº 12 23

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    SOCIEDADE BRASILEIRA DE EUBIOSE

    Dhâranâ On-line - Revista de Ciência, Filosoa, Arte e Religiões Comparadas.

    É uma publicação quadrimestral,

    Órgão ocial da Sociedade Brasileira de Eubiose - SBE.

    Editada pelo Conselho de Estudos e Publicações - Setor Editorial.

    Ano III – edição 12 – outubro de 2015 a janeiro 2016

    www.eubiose.org.br

    Fundador: Henrique José de Souza

    Presidente: Hélio Jeferson de Souza

    1º Vice-Presidente: Jeferson Henrique de Souza

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    DHÂRANÂ ON-LINE 

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     parcial ou total do conteúdo desta publicação, em qualquer meio, sem a prévia autorização da SBE.

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