revista giro rural 3ª edição
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Giro
RURA
L CONFIRA NA PÁGINA 34
CONHEÇA A MELHOR SOLUÇÃO PARA A ROTINA DE LIMPEZA NA PRODUÇÃO LEITEIRA
InsemInação artIfIcIalUm caminho viávelpara a rentabilidade
PÁGINA 18
PolÍtIcaMinistro da agricultura Mendes Ribeiro Filho defende mais recursos para o seguro agrícola e a garantia de preço mínimo
PÁGINA 28
noVo ProDUtoHeringer lança o FH Café Foliar, produto para a completanutrição das lavouras
PÁGINA 24
atUalmente, com a ValorIzação Do leIte, o número De ProDUtores Vem crescenDo em rItmo aceleraDo. a reVIsta GIro rUral selecIonoU três raças leIteIras Dentre as maIs fortes no PaÍs, GIr, holanDês e GIrolanDo, e conVersoU com renomaDos ProDUtores Da reGIão. PÁGINA 14
raçasleiteiras
ANO 1 · NO 3 ·SetembrO/OutubrO 2011
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GrNome da seçãononononono nonono nonononononononononononono nonono nononono
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Band Rural
A sua colaboração terá um imenso valor para que consigamos
melhorar sempre, portanto colabore conosco enviando sugestões, críticas
e elogios para o e-mail [email protected].
A terceira edição acaba de sair do forno e mais uma vez nos empenha-
mos com veemência em atingir nossos maiores objetivos, ser uma impor-
tante ferramenta de comunicação e levar a vocês, leitores do Centro-Oeste
Paulista, informações sérias e confiáveis. Desejamos que, dessa forma,
estejam por dentro dos principais acontecimentos nacionais e regionais
do mercado agropecuário.
Para esta edição, conversamos com produtores das principais raças de
leite bovino, que revelaram as especificidades de cada uma delas, assim
como os cuidados necessários com a criação para a retirada de um leite
de alta qualidade.
O engenheiro agrônomo e especialista em genética, Eduardo Sornas
Martinelli, relatou cinco importantes passos que devem ser levados em
consideração na hora de optar pela inseminação artificial, para se alcançar
a rentabilidade desejada.
Aos cafeicultores, trazemos a informação de um novo fertilizante, da
Heringer, que promete solucionar muitos problemas de deficiência de
nutrientes encontrados no solo da região.
Na seção “Gente da Terra”, a emocionante história de Fabrício Braz de
Oliveira, que há 15 anos arrisca a própria vida para salvar peões da fúria
dos touros em rodeios.
Esses e muitos outros assuntos serão abordados com o intuito de levar
a você matérias interessantes, agradáveis e indispensáveis, para mantê-lo
sempre bem informado.
Boa leitura!
SEjA BEM-VINDO NOVAMENTE
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Sumário
[email protected](14) 3221-0342
Editor: Luiz Felippe Nogueira | Diretora Administrativa: Laura Whiteman | Diretora de Jornalismo: Cristiane Mattar – MTB62481/SP
Diretor de Arte: Gustavo Prado Ramos | Arte Finalista: Lisandro de Carvalho | Design grafico: Mauricio W. Santos | Foto capa: Shuttersthock
Revisão: Lívia Figueiredo de Carvalho | Representação Comercial: Amaury Girardi | Impressão: Gráfica Impress | Tiragem: 3 mil Circulação Regional: Centro Oeste Paulista | Distribuição dirigida: postada pelos correios aos produtores rurais do Centro Oeste Paulista
Pontos de distribuição: a disposição nas empresas anunciantes | A venda nas principais bancas de revistas da região centro oeste paulista.
Leia em nosso blog: www.revistagirorural.blogspot.com
Solicite reimpressões editoriais das melhores reportagens da Giro Rural – C.O.P. com a capa da edição. “Os artigos assinados não emitem, necessariamente, a opinião da Giro Rural – C.O.P. Publicação Mensal. Todos anúncios, imagens e artigos publicados e assinados são de responsabilidade de seus respectivos autores.”
CAPA
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AG RON EGÓCIO, I N FOR MAÇÕE S E OPORTU N I DADE S. AN U NCI E E BON S N EGÓCIOS!
A revista Giro Rural
selecionou as três
principais raças leiteiras
do país, gir, holandês
e girolando, e conversou
com renomados
produtores da região.
8 Giro notas
360º de notícias do agronegócio
10 Especial cafeicultura
Heringer lança o FH Café Foliar
16 Holandês
Produtividade pode compensar
os cuidados
18 Gir leiteiro Alta produtividade a baixo custo
20 Girolando
Produtividade aliada a rusticidade
22 Inseminação atrtificial Especialista em genética Eduardo Sornas Martinelli
24 Coopemar Especial Cinquentenário
11º Concurso “Café com Qualidade”
26 Gente da terra
Fabrício Braz de Oliveira,
salva-vidas de rodeios
28 Política
Ministro da agricultura Mendes Ribeiro Filho
29 Meio ambiente
Licenciamento Florestal
30 Evento Abertura Examar 2011
32 Citricultura Embrapa disponibiliza duas novas variedades de frutas
34 Qualimilk Conheça a melhor solução para a rotina de limpeza na produção leiteira
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360º De notÍcias Do aGroneGócio
Giro notas
café
Café: cotação do arábica impulsiona investimentos no Brasil
Citros: mercado in natura de laranja-pera segue lento
Soja: Brasil supera Argentina em
fornecimento de óleo de soja para a China
Apesar de os preços do
café arábica terem se afas-
tado das máximas atingidas
no início de maio deste ano
(acima de R$ 550,00/sc
de 60 kg), agentes ainda
consideram os atuais pa-
tamares elevados. Assim, a
maioria dos produtores tem
investido nas lavouras, con-
forme informações do Ce-
pea. Os investimentos são
importantes para garantir
quantidade e qualidade
dos grãos na próxima safra
(2012/13) — ciclo bianual
de elevada produção — e
para minimizar os efeitos
das geadas ocorridas em
julho e agosto.
No Sul de Minas Ge-
rais, por exemplo, colabo-
radores do Cepea comen-
tam que os investimentos
são focados na renovação
das lavouras e na aquisição
de maquinários e insumos.
Fonte: Cepea
O ritmo de venda de laranja-pe-
ra segue lento no mercado paulista
in natura. Segundo pesquisadores
do Cepea, o grande volume de fruta
em ponto de colheita e o risco de
queda devido à estiagem fizeram
com que alguns produtores optas-
sem por entregar parte da safra da
pera ao processamento industrial,
em vez de aguardar uma melhora
de preços no mercado doméstico.
Mesmo com produtores insatis-
feitos com os atuais patamares de
preços, estes têm fechado contratos
com indústrias, baseando-se no va-
lor mínimo da LEC (Linha Especial
de Crédito) mais uma participação
do preço internacional do suco a
ser definida no final da safra. No
mercado de mesa, a média da
semana passada da laranja-pera
foi de R$ 10,07/cx de 40,8 kg na
árvore, queda de 3,5% em relação
à do período anterior.
Fonte: Cepea
O Brasil superou a Ar-
gentina como maior forne-
cedor de óleo de soja para
a China nos primeiros sete
meses deste ano. Os dados
foram divulgados no fim do
mês de agosto, pela alfân-
dega chinesa.
O comércio de óleo
de soja entre chineses e
argentinos foi prejudicado
por uma disputa comercial.
A Argentina adotou me-
didas contra os produtos
vindos da China, que, em
troca, reduziu as importa-
ções de óleo. Com isso, o
Brasil ganhou mercado.
Foram exportadas mais
de 209 mil toneladas do
produto, um aumento de
14% na comparação com o
mesmo período de 2010. De
janeiro a junho deste ano, o
país asiático importou 58%
a mais do que os primeiros
sete meses do ano passado.
Fonte: Canal Rural
citrossoja
Natural de Porto Feliz (SP), era
o segundo filho entre os sete de
Orlando Quagliato, que fundou essa
empresa em 1951.
Seu Fernando, como era popular-
mente conhecido, também presidiu
uma das maiores feiras agropecu-
árias do país, a Feira Agropecuária
e Industrial de Ourinhos, por quase
45 anos. Também colaborou para a
criação da Expopardo, de Santa Cruz
do Rio Pardo, no início dos anos 1990.
Não só Ourinhos e região per-
dem esse respeitável homem de
bem, mas o mundo da agropecu-
ária. Fernando foi um dos grandes
produtores de açúcar e álcool do
país, além de criador de gado e um
apaixonado por mulas. Os negócios
rurais do empresário também se
estendiam aos estados de Goiás,
São Paulo, Paraná e Pará.
Completaria 84 anos este mês,
no dia 28 de setembro.
Agronegócio perde Fernando Luiz Quagliato
Faleceu, em 9 de agosto, prestes a completar 84 anos,
Fernando Luiz Quagliato.
Fernando Luiz Quagliato foi um dos fundadores da
Copersucar, hoje a maior empresa de comercialização
de açúcar e etanol do país. Atualmente, era diretor-
presidente da Usina São Luiz, de Ourinhos.
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O lançamento do FH Café
Foliar, o mais novo fer-
tilizante da Heringer,
proporcionou aos re-
presentantes da empresa e aos cafei-
cultores de Marília e região um evento
esclarecedor não só sobre o produto
em si, mas sobre a eficiência e aplicabi-
lidade de outros produtos da empresa
indispensáveis ao produtor que espera
colher bons resultados em sua lavoura.
O evento decorreu nos dias 10 e 11
de agosto. No primeiro dia, a empresa
recebeu os convidados no auditório do
hotel Quality Sun Valley, para a exposição
de palestras. A primeira delas foi aplica-
da pelo diretor comercial da Heringer,
Alfredo Fardin, o qual falou sobre o mer-
cado mundial e brasileiro de fertilizantes,
em que explicou como é o dinamismo
desse setor e como a empresa se
encaixa nesse mercado tão complexo.
Logo em seguida, o engenheiro
agrônomo Ulisses Maestri, gerente
técnico da Heringer, levantou pontos
importantes sobre a utilização de pro-
dutos especiais dos quais participou
do desenvolvimento, explicando seus
detalhes e esclarecendo as dúvidas
dos representantes e produtores pre-
sentes. Em sua palestra, deixou trans-
parecer a seriedade e dedicação da
empresa em desenvolver produtos que
efetivamente solucionem problemas.
“Seguimos ao menos três premissas
básicas para o desenvolvimento de
um novo produto: é agronomicamente
eficiente? É possível industrializá-lo?
Possui sustentabilidade?” Só a partir
da obtenção afirmações positivas em
cada uma delas é que iniciam o desen-
volvimento. Isso mostra que a empresa
está preocupada em oferecer bons
produtos ao mercado. “Não somos uma
empresa de adubo. Somos uma em-
presa de nutrição vegetal”. — Conclui.
A terceira palestra foi ministrada
pelo Professor Doutor Laércio Zam-
bolim, titular da Universidade Federal
de Viçosa. Durante sua apresentação,
o professor deu uma verdadeira aula
sobre as principais doenças e pro-
blemas que acontecem nas lavouras
de café e explicou os equívocos mais
frequentes realizados pelos produ-
tores no manejo de alguns insumos.
Retomou aspectos básicos sobre as
diversas maneiras de se aperfeiçoar o
cultivo, tais como o fato de não adiantar
controlar as doenças de uma lavoura
mal nutrida; lembrou que alguns pro-
dutores acreditam que o agroquímico
é feito também para nutrir as plantas
e que esse é um erro enorme, já que
este age apenas sobre a doença, e
não sobre o desequilíbrio nutricional
da planta. Afirmou ainda que, se o
produtor tem o conhecimento das
causas das doenças, muitas vezes ele
não precisa investir tanto em agroquí-
micos. Em muitos casos, basta apenas
manter seu cafezal bem nutrido.
ORGULHO DE SER BRASILEIRA
Parceria de sucesso!
O produto que faltava para a completa nutrição das lavouras da região
HERINGER REúNE PRODUTORES E REPRESENTANTES
PARA O LANÇAMENTO DO FH CAFé FOLIAR
Especial cafeicultura
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No segundo dia, encerradas as palestras,
representantes e produtores foram levados
até a fazenda do produtor Florindo Marconato,
para a demonstração prática da aplicação do
FH Café Foliar. Os resultados animaram quem
esteve presente.
A reunião e demonstração foram esclarece-
doras na opinião tanto dos representantes quan-
to dos produtores. Para o engenheiro agrônomo
da Coopemar, Neto, o produto dissolveu muito
bem no tanque de pulverização e contém todos
os nutrientes que o café necessita. “O evento
foi muito importante para levar conhecimento
e demonstrar o novo produto, que pelo que
estamos vendo é de alta qualidade. Eventos
assim são muito importantes para a agricultura
e, principalmente, para os produtores. Conhecer
bons produtos, de fácil aplicação e manejo, é
muito importante”. — Conclui.
O produtor de café José Gonzáles, da ci-
dade de Marília, ficou muito satisfeito com o
que acompanhou durante a demonstração. “O
produto funciona muito bem. Acredito que será
uma solução para os cafezais da região, que
apresentam deficiência em muitos nutrientes”.
— Comenta.
Milton Fernandes Lopes, representante da
Heringer há 25 anos, comenta que participar
desses eventos é sempre muito bom e agrega
relevantes conhecimentos. “É muito importan-
te que os representantes participem dessas
reuniões, para levar informação correta aos
clientes e conseguir auxiliá-los da melhor forma
possível”— finaliza.
Durante a demonstração prática da aplicação do FH Café Foliar,foi possível observar a cobertura uniforme e a grande aderência do produto nas folhas do café, fatores determinantes para garantir uma adubação eficiente.
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RAÇAS LEITEIRASPrincipais características,vantagens e desvantagens
de raças amplamentedisseminadas para a
produção de leite no país
p r i n c i p a i s A região Centro-Oeste do
estado de São Paulo já foi
uma grande bacia leiteira
nacional. Atualmente, com
a valorização do produto,
o número de produtores
vem crescendo em ritmo
acelerado e o que todos
esperam é que a região
retome sua posição de
grande produtora frente
ao setor.
Em razão do significativo
crescimento da atividade,
a revista Giro Rural sele-
cionou três raças leiteiras
dentre as mais fortes no
país, gir, holandês e giro-
lando, e conversou com
renomados produtores,
conhecidos no estado
e nacionalmente, para
trazer aos leitores infor-
mações relevantes sobre
cada uma, os benefícios e
as dificuldades encontra-
das por quem lida diaria-
mente com esses animais.
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tem importância inestimável. “Nos-
sos animais passam por exames de
tuberculose e brucelose a cada seis
meses. Minha propriedade é isenta
das duas doenças porque as fêmeas
são vacinadas entre três e seis meses.”
A criação da raça não é uma
atividade barata. São necessários
investimentos com veterinários e tra-
tamentos preventivos e homeopáticos
para mastites, carrapatos e demais
doenças, além de uma alimentação
balanceada, fundamental para uma
boa produção. “Preparamos a ração
aqui na propriedade, plantamos sorgo,
colhemos e ensilamos. Ou seja, é um
processo de fabricação de alimento
que exige um custo operacional, pois
precisamos de tratores e funcionários”
— conclui.
Indiscutivelmente, a mais conhe-
cida e popular raça leiteira do
mundo é a holandês, além de
ser a campeã em produtividade.
Por ser de origem de regiões com
clima temperado, necessita de alguns
cuidados especiais quando criada em
países tropicais, tais como aclimatação,
utilização de ventiladores e outros
fatores que minimizem a sensação de
calor. Além disso, é uma raça extre-
mamente delicada, sujeita a doenças
ocasionadas devido à infestação por
carrapatos. Apesar dos demasiados
cuidados, a raça possui outra vanta-
gem além da elevada produtividade: o
tempo médio para se tornar produtiva
é de cerca de trinta meses, enquanto a
gir leiteiro demora aproximadamente
quarenta meses.
Produtor há cerca de trinta anos,
Oswaldo Rodrigues Scacabarozzi co-
menta que, além dos recursos citados,
utiliza sombrites para amenizar o ca-
lor. “A holandesa é uma vaca delicada,
não rústica, por isso alguns cuidados
são fundamentais.”
Para se conseguir uma boa produ-
ção de leite é preciso que medidas de
controle de vacinação regular e cuidados
de prevenção da saúde do animal sejam
adotados. Quando tais fatores são colo-
cados em prática pelos criadores, eles
não se arrependem de optar pela raça
holandesa, que, apesar de exigir dema-
siada atenção, ainda não foi superada no
que diz respeito à produtividade, já que
não existe uma espécie bovina que seja
mais eficiente do que a vaca holandesa
no que se refere à produção leiteira.
Oswaldo é o maior produtor da
região de Marília, retirando cerca de
1275 litros por dia, com sessenta e três
animais em lactação. Toda a produção
de sua propriedade é destinada ao
laticínio Hércules. Para a retirada do
leite, exige que todos os cuidados de
higiene sejam tomados, o que torna
o seu leite seguro e bem cotado. “Os
animais tomam um banho na sala de
espera, posteriormente entram na
sala de ordenha e o úbere é lavado e
enxugado com papel toalha, depois é
aplicado um produto a base de iodo,
seca-se e só posteriormente é colo-
cada a mangueira para a retirada do
leite. Quando o processo é finalizado,
passamos outro produto no úbere, que
higieniza e tampa o esfíncter, para que
nenhuma bactéria penetre quando a
HOLANDêSproDutiviDaDe poDe compensar os cuiDaDos
Gr
vaca se deitar.” Ademais, ele comenta
que é preciso a realização da higieni-
zação das máquinas, pois vários itens
são analisados quase diariamente
pelo laticínio.
O leiteiro retira diariamente do
tanque uma quantidade de leite, que
é enviada à clínica do leite onde são
avaliados alguns aspectos, como
proteína, CCS (contagem de células
somáticas), crioscopia — avaliação da
temperatura em que o gelo congela,
pois se houver adição de água ao leite
seu ponto de congelamento (que será
de no máximo –0,512 ºC) tenderá a se
aproximar ao da água (0 ºC). Portanto,
essa prova é utilizada para se detectar
fraude por adição de água ao leite.
Criador exemplar, para Oswaldo
o cuidado com a saúde de suas vacas
Criador exemplar, para Oswaldo o cuidado com a saúdede suas vacas tem importância inestimável. “Nossos animais passam por exames de tuberculose e brucelose a cada seis
meses. Minha propriedade é isenta das duas doenças porqueas fêmeas são vacinadas entre três e seis meses.”
Oswaldo Scacabarozzi,proprietário da Fazenda Palmeiras
Holandês, mundialmenteconhecida como a maior
produtora de leite, aqui no Brasil necessita de cuidados
especias, principalmente com relação à temperatura.
raças leite iras
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A produção leiteira da raça é con-
trolada oficialmente com genealogias
registradas na ABCZ – Associação
Brasileira dos Criadores Zebu.
A produção do gir leiteiro é aferida
regularmente, permitindo diferenciar
os animais pelo desempenho, não por
indicativos subjetivos do que poderá
vir a produzir. O que determina o valor
de um animal, de maneira a prever sua
capacidade de melhorar o rebanho, é
o conhecimento do nível de produção
de sua linhagem, como bisavós, avós,
pais, irmãos e filhos.
Dalila ressalta a importância da
raça para a produção de leite. “Não
há como se falar em leite sem falar-
mos em gir leiteiro. Além de ser uma
raça comprovadamente leiteira, é a
ferramenta para se criar girolando.”
Ela se orgulha de, enquanto diretora
da APCGIL, promover conhecimento
entre os associados, mediante cursos e
palestras ministrados por diversos pro-
fissionais, e, dessa forma, fomentar a
raça. “A gir leiteiro é uma raça de muito
valor. Trata-se de uma vaca rústica, de
alta lactação e com baixo custo. Seu
manejo é simples e ela não tem pro-
blemas de doença de manejo. É uma
vaca que não traz preocupação; não
apresenta problema de casco nem de
carrapato. É uma bênção! A vaca gir é
realmente uma vaca sagrada”, afirma.
A fim de disseminar as qualidades
da raça pelo país, a APCGIL, em par-
ceria com a USP, realizará a Prova de
Gir Leiteiro a Pasto (PGLP da APCGIL/
FMVZ-USP). Trata-se de um projeto
pioneiro, sem precedentes, que visa
comprovar cientificamente o que os
criadores constatam no dia a dia, a ex-
celente produtividade desses animais
criados a pasto. “Assinaremos o con-
vênio e a prova se iniciará no ano de
2012, estendendo-se por um ano. Os
resultados estarão à disposição da im-
prensa na Feleite 2013 (Feira Interna-
cional da Cadeia Produtiva do Leite).”
A forma carinhosa como Dalila
trata seus animais, seu zelo e preo-
cupação com cada um, é algo que
realmente chama a atenção e deixa
transparecer a paixão que ela nutre
por eles. A recompensa é um plantel
de muita qualidade, balizados pelos
inúmeros troféus ganhos em pistas e
torneiros leiteiros.
Toda paixão fica evidente quando,
ao entrar no pasto, ela os chama pelo
nome e lhes oferece cafuné. Eles a
retribuem com lambidas e olhar dócil.
Mansidão é, inclusive, uma das caracte-
rísticas mais marcantes da raça. Diferen-
temente das demais, quando se adentra
em um pasto repleto de gir elas vêm ao
seu encontro, em vez de procurarem se
afastar o máximo que puderem, como
é comum acontecer em pastos com ou-
tras raças. Provavelmente por isso, essa
é a vaca sagrada da Índia e conhecida
como vaca de quintal das casas desse
país, pois é completamente dócil.
Em termos econômicos, trata-se
de investimento certo e de retorno
garantido, haja vista que é a raça que
mais cresceu nos últimos anos, sendo
número recorde nas exposições na-
cionais e a que mais exportou sêmen.
A raça gir teve origem na
Índia e foi trazida inicial-
mente para o Brasil por
volta de 1910. Sua entrada
em maior escala no país ocorreu na dé-
cada de 1960. Por se tratar de uma raça
rústica, a gir é uma excelente opção de
criação para países tropicais, tanto am-
biental quanto economicamente. Ela
não necessita de cuidados especiais,
adaptando-se bem ao clima e a uma
alimentação com níveis de suplemen-
tação mínima, com possibilidade de
ser mantida apenas com manejo em
pastagens melhoradas. Portanto, não é
preciso que áreas de vegetação nativa
sejam desmatadas para a plantação de
alimentos complementares à sua dieta.
Ou seja, é uma raça ecologicamente
sustentável e encontra-se em franca
expansão. Além dessas vantagens, a
gir apresenta menores incidências
de doenças do que raças de clima
temperado e menores infestações de
ecto e endoparasitas, o que acaba
determinando um menor uso de car-
rapaticidas, vermífugos e antibióticos,
proporcionando um leite livre de resí-
duos — portanto, mais saudável.
Dócil, resistente e com uma boa
média de produtividade, a gir leiteiro
tem sido amplamente utilizada para o
cruzamento com raças europeias, a
fim de transmitir aos seus descenden-
tes traços importantes para se otimizar
a produção leiteira. Além disso, a vida
útil de uma vaca gir é significativa-
mente superior à de vacas europeias,
sendo comum animais com dez crias
em plena atividade produtiva.
A diretora jurídica da Associação
Paulista dos Criadores de Gir Leiteiro
(APCGIL), Dalila Galdeano Lopes,
é também uma criadora de renome
e explica que esses animais foram
aprimorados para uma maior pro-
dução de leite. Em sua propriedade,
Essência Agropecuária, todos os
animais são selecionados e ela busca,
por meio de um processo contínuo de
aperfeiçoamento, linhagens capazes
de produzir o ápice de quantidade
e qualidade de leite, para oferecer
ao mercado as melhores matrizes
leiteiras. Com muitas vacas campeãs,
investe pesado para atingir excelên-
cia em sua criação.
GIR LEITEIROalta proDutiviDaDe a baixo custo
raças leite iras
Capa
Dalila Galdeano, da Essência Agropecuária, é criadora de Gir Leiteiro e diretorajurídica da Associação Paulista dos Criadores de Gir Leiteiro (APCGIL).
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GrNome da seçãononononono nonono nonononononononononononono nonono nononono
COMECE O SEU DIA COM UMA ALIMENTAÇÃO SAUDÁVEL!
GRANJA LEITEIRA BOM GOSTO(14) 3453-2298
C om a intenção de obter
uma raça amplamente
produtiva e resistente
à vida nos trópicos, di-
versos produtores buscaram, intensa-
mente, por volta da década de 1940,
cruzar animais que pudessem ofere-
cer o que procuravam. Dessa forma,
passaram a cruzar o que há de melhor
em produção leiteira, o holandês, ao
gado rústico, resistente, preparado
para enfrentar o calor e as pragas dos
países tropicais, o gir. Como resultado,
constituíram o girolando, com 5/8 de
sangue holandês e 3/8 de sangue gir.
Longevidade, herdada do gir, pre-
cocidade e alta produtividade, carac-
terística do holandês, e fecundidade
são marcas evidentes do girolando. A
produção dos animais se inicia aproxi-
madamente aos trinta meses de idade
e mantém-se de forma satisfatória até
cerca de quinze anos.
Para o proprietário do Leite Tocha,
José Luiz Tavares Sebastião, o cruza-
mento mais viável, aquele que oferece
o melhor custo benefício, é o girolando.
Com a raça ele pretende atingir cerca
de vinte litros de leite por animal. Ele
ainda revela que, há cerca de dois
anos, a família resolveu industrializar o
próprio leite, pois o envio para laticínios
não era rentável. A partir daí, investiram
em animais da raça, em maquinário e
na preparação dos funcionários. “Como
possuíamos um leite de qualidade, o
leite tipo A, resolvemos parar de enviar
para cooperativas e passamos a desen-
volver todo o processo. Produzimos o
leite, embalamos e vendemos. O leite
chega ao consumidor em menos de 24
horas após ser ordenhado.”
Além da qualidade do leite pro-
duzido na propriedade, a família de
José Luiz reviveu uma característica
da cultura nacional que havia ficado
apenas na lembrança: trouxe de volta
o sistema de entrega porta a porta.
Porém, com um inestimável benefício,
o produto entregue é pasteurizado
e com garantia de qualidade, pois
toda a sua produção é fiscalizada e
segue as normas de higienização e
os cuidados exigidos pelo Ministério
da Agricultura. “Gosto de saber que
a pessoa está tomando em sua casa o
leite fresquinho, tirado no mesmo dia
e com a segurança de ser um leite
pasteurizado.”
Com a produção dando certo e
conseguindo o retorno esperado, José
Luiz já almeja o crescimento do negó-
cio. “Estamos começando a produzir
iogurte e pretendemos fazer manteiga,
queijo e doce de leite até o final do
ano. Ou seja, queremos trabalhar com
produtos que tenham um maior valor
agregado”, completa.
GIROLANDOproDutiviDaDe aliaDa a rusticiDaDe
José Luiz Tavares Sebastião é proprietário do Leite Tocha e da Fazenda Bom Gosto
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F o t o
eDuarDo sornas martinellienGenheiro aGrônomo e especialista em Genética
PecuáriaGrse
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GrNome da seçãononononono nonono nonononononononononononono nonono nononono
a n Ú n c i o( 1 ) p Á G i n a
Em plena expansão no Brasil, a
inseminação artificial em gados pro-
mete um crescimento surpreendente
este ano no país. Muitos produtores
estão percebendo que pode ser mais
vantajoso e econômico aderir a esse
processo do que manter um touro
na propriedade. Além de elevados
custos com alimentação e cuidados
veterinários, alguns fatores podem
atrapalhar a monta, como pequenos
problemas de saúde, por exemplo.
O processo de inseminação é uma
boa solução, principalmente para pe-
quenos e médios produtores, pois seu
valor acessível e as elevadas chan-
ces de sucesso tendem a otimizar a
reprodução animal. Além de facilitar
o controle de doenças, possibilita
uniformizar o rebanho e proporciona
a escolha de animais superiores.
Alguns fatores, no entanto, não
podem ser deixados de lado na hora
de se optar pela inseminação. O en-
genheiro agrônomo e especialista em
genética Eduardo Sornas Martinelli
relata os cinco passos para se atingir
a rentabilidade:
A TNB Brasil prioriza o atendimento das necessidades e expectativas dos clientes, procurando um alto nível de confiança e respeito.
Melhorar a cada dia o sistema de gerenciamento de qualidade.
Avançar cada vez mais em novas tecnologias, pesquisas, treinamento e união da equipe.
Promover o aperfeiçoamento e desenvolvimento profissional dos colaboradores integrando-os nos sistemas do controle da empresa e possibilitando a sua evolução sob os aspectos humano e profissional, e assim garantir metas e aspiração da TNB Brasil.
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Qualidade acima de tudo. Essa é nossa filosofia.
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INSEMINAÇÃO ARTIFICIALum caminho viÁvel para a rentabiliDaDeLOnGEvIDADE
Trata-se da capacidade de
permanência produtiva da vaca
em um rebanho, e não implica,
necessariamente, em idade avan-
çada. É um importante fator que
interfere diretamente na economia
do produtor, pois vacas adultas
costumam produzir mais do que as
jovens. Além disso, fêmeas longe-
vas aumentam o rebanho e evitam
gastos com reposição de matrizes.
SAnIDADE E FErTILIDADE
Úberes que apresentam pro-
blemas demandam gastos desne-
cessários aos produtores, sendo
muitas vezes a causa da baixa
produtividade leiteira. A fertilidade
também é um importante fator a
ser levado em consideração, pois
a expectativa de grande parte dos
criadores é de que cada animal
dê uma cria por ano, otimizando,
assim, a produção de leite.
PrODuçãO
É ideal que o criador se certifi-
que de utilizar sêmen de touros que
possuam filhas com boa produção
de leite, gordura e proteínas.
COnFOrMAçãOFunCIOnAL
É importante realizar a ava-
liação do biótipo leiteiro para co-
nhecer a capacidade produtiva do
animal. Devem-se valorizar aqueles
próximos do biótipo ideal para a
produção de leite (fêmeas) ou para
transmitir características leiteiras à
progênie (machos).
COnFIABILIDADE
O produtor precisa certificar-se
da qualidade produtiva das filhas
dos touros cujo sêmen será utiliza-
do na inseminação.
ESM MELHOrAMEnTO GEnÉTICO(14) 3413-1190 – (14) 9703-6033
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a n Ú n c i o( 1 ) p Á G i n a
N o ano em que se comemora
meio século de trabalho e
prestação de serviços aos
seus cooperados, a Cooperativa dos
Cafeicultores da Região de Marília rea-
lizará o “11º Concurso Coopemar, Café
com Qualidade - Especial Cinquente-
nário” no dia 22 de setembro. Uma das
novidades do evento é a realização de
workshops em todos os estandes de
grandes empresas do setor cafeeiro.
As inscrições são gratuitas.
Durante a degustação dos cafés
participantes, os cafeicultores poderão
assistir a uma palestra sobre Nutrição
do Cafeeiro, com Dr. Godofredo César
Vitti, Professor de Fertilidade do Solo,
Adubos e Adubação da Esalq-USP.
Após a palestra, todos os estandes
comerciais realizarão workshops com
profissionais da área e apresentarão
seus melhores produtos e lançamen-
tos. As esposas dos cooperados terão
programação especial.
OS MELHOrES CAFÉSNesta edição os cafeicultores
tiveram a possibilidade de participar
do concurso também com micro lotes
(apresentação de, no mínimo, duas
sacas), o que não era possível anterior-
mente, quando era necessária apre-
sentação de dez sacas. Outra novidade
é a premiação. Os três melhores cafés
serão comercializados no preço da
cotação do mesmo dia 22, acrescido
de 40% do valor.
“Em comemoração ao nosso cin-
quentenário, lançamos uma edição
especial, na qual também aumentamos
as possibilidades de participação dos
cafeicultores com a inclusão de micro
lotes. Assim temos maiores chances
de representar nossa região na etapa
estadual e quem sabe, até entre os me-
lhores cafés do País”, diz François Regis
Guillaumon, presidente da Coopemar.
Os cafés são dos tipos seca natural
e cereja descascado, que após serem
pré-selecionados pela cooperativa,
serão avaliados durante o concurso
por degustadores de importantes
empresas exportadoras de café do
País. Serão avaliadas as seguintes
categorias: bebida, aspecto, corpo,
acidez, amargor e aroma.
Além da premiação, os melhores
cafés serão inscritos no Concurso
Estadual de Qualidade Café de São
Paulo. A classificação final do concurso
será divulgada no dia 9 de novembro,
no Museu do Café, em Santos. Maio-
res informações no Departamento de
Café da Coopemar, pelo telefone (14)
3402-9200.
por reGiane FerreiraFoto paulo cansini
Coopemar – Especial Cinquentenário
Coopemar realiza edição especial do concurso que classifica os melhores cafés da região de Marília
11º concurso coopemar,
CAFé COM QUALIDADE
Serão avaliadas as seguintes categorias: bebida, aspecto,
corpo, acidez, amargor e aroma.
Programação13h Inscrições gratuitas
14h Cerimônia de Abertura
14h30Palestra sobre nutrição do Cafeeiro, com Dr. Godofredo César vitti, Professor de Fertilidade do Solo, Adubos e Adubação da Esalq-uSP.
17hvisita aos estandes comerciais, workshops com profissionais do setor e apresentação de produtos.
19h Premiação dos melhores cafés
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“O trabalho realizado por esses profissionais envolvecoragem e, acima de tudo, paixão”.
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27G i r o Ru r a l
H á diversas profissões e
esportes que envolvem
grande risco de sérios
ferimentos e que co-
locam a vida à prova. Quem não
os pratica muitas vezes não com-
preende o que move as pessoas a
desenvolverem tais atividades e, até
mesmo, atribuem a loucura como a
causa para a prática de determina-
das ações. Pode ser que quem assim
o julgue não esteja de todo errado,
pois para exercer algumas atividades
é preciso que o elemento decisivo
seja exclusivamente a paixão. E,
dentre as definições dessa palavra
no dicionário, uma que cabe per-
feitamente em situações em que a
pessoa se expõe ao risco iminente
é a seguinte: inclinação emocional
violenta, capaz de dominar comple-
tamente a conduta humana e afastá-la
da desejável capacidade de auto-
nomia e escolha racional. Portanto,
se há ausência de racionalidade,
há, consequentemente, presença de
insanidade.
O que pensar de um homem
que, ao se fraturar, caindo de um
touro, passa a salvar a vida de outros
peões expostos ao mesmo risco?
Essa é a história de Fabrício, que
em companhia de um amigo, há
15 anos forma a dupla de salva-
vidas de rodeio Irmãos Metralhas.
O trabalho realizado por esses
profissionais envolve coragem e, aci-
ma de tudo, paixão. Quando um peão
cai do touro, o papel deles é entrar em
cena e chamar a atenção do animal
para si. Muitas vezes, acontece de o
peão ficar preso ao touro e, com isso,
seus salva-vidas necessitam estar
bem próximos da fúria do animal para
desamarrá-lo e livrá-lo do perigo.
A rotina profissional é puxada. Re-
alizam cerca de três rodeios por mês
e por volta de quarenta salvamentos
em cada. Ou seja, mantêm-se longe
dos riscos de ferimentos por apenas
um final de semana. Durante a prática
dessa atividade, Fabrício coleciona
em seu corpo 18 fraturas e diversas
cirurgias, mas considera que se ma-
chucou pouco, tendo em vista os anos
trabalhados. “Tenho cerca de cinco
ou seis cirurgias, só. O resto é gesso.”
Se você está pensando que o tem-
po que esses profissionais ficam para-
dos por estarem feridos é remunerado,
está enganado. Eles assinam um con-
trato e recebem o valor combinado
por evento; os riscos assumidos ficam
por conta do salva-vidas, da mesma
forma que possíveis gastos com médi-
cos, cirurgias e medicamentos.
Com o intuito de incentivar e
valorizar a profissão, salva-vidas
mais experientes reuniram-se e es-
tão organizando, para este ano, uma
competição, que já existe nos Estados
Unidos, chamada Bull Fighter. Serão
cinco etapas, em rodeios diferentes.
A profissão trouxe para Fabrício
um grande presente, que para ele fez
compensar todos os riscos enfrenta-
dos. “Conheci minha esposa em um
rodeio. Digo que ela é uma das me-
lhores coisas que o rodeio me deu.”
Desse amor nasceu sua filha, que é
um dos mais fortes fatores que o faz
pensar em parar.
Após grande insistência de sua es-
posa, a responsabilidade da criação,
o amor por sua filha e uma pisada de
boi, que o fez se retirar do trabalho por
um ano, bem como em decorrência
de uma nova jornada profissional,
Fabrício encerrará sua atividade de
salva-vidas ainda em 2011.
CORAGEM A TODA PROVAFabrÍcio braz De oliveira arrisca a viDa como salva-viDas De roDeios
FabrÍcio braz De oliveira
Gente da terra
Essa é a história de
Fabrício Braz de
Oliveira, que
em companhia
de seu amigo,
Frabricinho,
há 15 anos
forma a dupla
de salva-vidas
de rodeio Irmãos
Metralhas.
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Atualmente, o Direito
Ambiental Brasileiro
carece de aprimoramento
da legislação ligada ao
licenciamento ambiental
além de garantir o preço mínimo.
Também mencionou como prioridade
a produção de genéricos (medica-
mentos, agrotóxicos etc.) com preços
competitivos e qualidade.
O ministro da Agricultura ressaltou
ainda o volume de recursos destinados
ao financiamento da safra 2011/2012
como uma demonstração do gover-
no federal de que a agropecuária é
prioritária e estratégica para o país.
Mendes Ribeiro Filho lembrou que, no
ciclo agrícola atual, estão à disposição
R$ 107,5 bilhões, valor recorde. Outra
questão levantada pelo ministro foi a
urgência de compatibilizar as neces-
sidades do setor agropecuário com o
tempo de ação do governo. “A política
me ensinou que nem sempre o tempo
da sociedade é o mesmo do governo.
Isso precisa ser ajustado e esta será
a minha grande missão no ministério:
ajustar o compasso entre as necessida-
des do setor e a ação governamental”.
POLíTICASO ministro também assumiu o
compromisso de dar continuida-
de às políticas bem sucedidas do
Ministério da Agricultura. “Meu
compromisso é compreender que o
sucesso extraordinário da agricultura
brasileira vem de longe e de muitos
ministros. Sendo assim, assumo
com humildade a continuidade de
políticas que ao longo dos últimos
anos vêm construindo um caso de
sucesso”. E completou afirmando
que a história da agricultura no Brasil
foi construída por “milhões de brasi-
leiros nos últimos anos”.
Em sua primeira entrevista após
posse, o ministro defendeu mais in-
vestimentos para a pesquisa agrícola.
Ele disse que recebeu da presidente
Dilma Rousseff a orientação para que
a Empresa Brasileira de Pesquisa
Agropecuária (Embrapa) seja uma das
prioridades de sua gestão.
Para conduzir a pasta, Mendes
Ribeiro Filho aposta também na valori-
zação do servidor e no conhecimento
técnico. “É preciso caminhar junto
com os que sabem fazer. Acredito
na gestão pública com qualidade e
eficiência”, afirmou.
O ministro da Agricultura,
Pecuária e Abasteci-
mento, Mendes Ribeiro
Filho, defendeu a união
entre política e gestão durante seu tra-
balho à frente da pasta. “As modernas
e bem sucedidas práticas de gestão no
mundo já descobriram a necessária
coligação entre a gestão e a política.
No setor público, elas precisam an-
dar juntas”, afirmou. Mendes Ribeiro
Filho tomou posse no fim de agosto
em cerimônia no Palácio do Planalto
com a presença da presidenta Dilma
Rousseff, de ministros, parlamentares
e representantes de entidades repre-
sentantes do agronegócio.
Em seu discurso, Mendes Ribeiro
Filho enfatizou que o diálogo estará
sempre presente em sua tomada de
decisões. “Para encontrar os caminhos
é preciso ouvir e dialogar para a cons-
trução das decisões corretas. Essa é
a tarefa por excelência do político”,
disse. O ministro elencou como seus
maiores desafios garantir a renda do
produtor e buscar mais recursos para
o seguro rural e a defesa sanitária,
é PRECISO GARANTIR RENDA AO PRODUTOR,Diz ministro Da aGricultura menDes ribeiro Filho
Política
No discurso de posse, Mendes
Ribeiro Filho destacou a importância
do diálogo para tomar decisões e
continuar incentivando o produtor.
Ele defendeu mais recursos para o
seguro agrícola, garantia do preço
mínimo e defesa sanitária
texto ceDiDo por ministério Da aGricultura,pecuÁria e abastecimento
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P revisto na Lei 6938/1981,
que instituiu a Política Na-
cional de Meio Ambiente,
o licenciamento ambiental
é definido como um procedimen-
to pelo qual um órgão ambiental
permite a localização, a instalação,
a ampliação e a operação de em-
preendimentos e atividades utiliza-
doras de recursos ambientais e que
possam ser consideradas efetiva ou
potencialmente poluidoras. O obje-
tivo é prevenir, mensurar e mitigar
os danos que eventualmente serão
causados pela implantação de um
empreendimento. Sua finalidade é
propiciar a efetivação do princípio
do desenvolvimento sustentável, de
forma a equilibrar o crescimento
econômico com o desenvolvimento
social e a proteção ambiental.
O Anexo I da Resolução CONA-
MA nº 237/97 traz o rol de atividades/
empreendimentos sujeitos ao licen-
ciamento ambiental, que abrange
uma grande classificação, na qual
constam a mineração, os empreen-
dimentos dos setores de energia e
transportes, as atividades agrícolas
e de uso de recursos naturais, os
empreendimentos de saneamento,
uma variedade de atividades indus-
triais, as obras civis, os serviços de
utilidade e o turismo.
É fato que, cada vez mais, a
responsabilidade socioambiental é
valorizada pelos proprietários rurais
e pelas empresas brasileiras e es-
trangeiras. Na busca pela eficiência e
pelo aumento da qualidade dos pro-
dutos e serviços, adotam-se sistemas
de gestão ambiental e processos de
produção mais limpos. Porém, para
que obtenham eficácia, dependem
de uma legislação compatível com
as atuais necessidades dos setores.
Atualmente, o Direito Ambiental
Brasileiro carece de aprimoramento
da legislação ligada ao licencia-
mento ambiental, para possibilitar
efetivo ganho em rapidez, transpa-
rência e objetividade, favorecendo
a competitividade e o crescimento
sustentável da economia.
LICENCIAMENTO AMBIENTAL
A rainha da Examar Samara dos Santose a Princesa Gislaine de Oliveira
Alexandre Pires apresentou na Examaro mesmo show do DvD Mais Além
O Primeiro dia da Examarfoi um sucesso em público
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R ealizou-se, no dia 6 de
setembro, no Recinto de
Exposições Santo Barion,
a abertura oficial da Exa-
mar 2011. O evento, que ficou parado
durante uma década, foi retomado em
2010 e este ano traz muitas novidades,
como entrada franca, um lounge para
o público mais jovem, uma praça de
alimentação completamente coberta
e um espaço solidário, onde entidades
terão estandes para apresentação e
comercialização de produtos arte-
sanais, com toda a renda adquirida
designada às próprias instituições.
Os organizadores e empresários
de Marília e região estão confiantes
no sucesso da feira, já que em apenas
um mês foram vendidos praticamen-
te todos os estandes comerciais, e
acreditam que essa é uma excelente
ferramenta, capaz de fazer girar a
economia local, trazendo dividendos
pra a cidade. A expectativa de público
para este ano é de cerca de cem mil
pessoas, o dobro do ano passado.
A abertura teve como principais
atrações o show do cantor Alexandre
Pires e as escolhas de Rainha e Prin-
cesa Examar 2011.
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embrapa DisponibilizaDUAS NOVAS VARIEDADES DE FRUTASMudas da laranja Navelina e da tangerina Ortaniqueestão prontas para a comercialização
O s citricultores brasilei-
ros já podem adquirir
mudas de duas novas
variedades de frutas re-
comendadas pela Empresa Brasileira
de Pesquisa Agropecuária (Embrapa),
vinculada do Ministério da Agricultu-
ra, Pecuária e Abastecimento. Depois
do processo de adaptação para o
cultivo em grande escala, as mudas da
laranja Navelina e da tangerina Orta-
nique estão disponíveis no escritório
de negócios da Embrapa em Capão
do Leão (RS).
As novas variedades apresentam
características atrativas ao consumi-
dor e ao produtor. A laranja Navelina
possui de 10 a 12 gomos e não tem
sementes. O rendimento do suco da
fruta varia entre 35% e 45%. A Ortani-
que, híbrida natural entre laranja doce
e tangerina, tem casca resistente, o
que favorece o transporte em longas
distâncias. O suco da tangerina é
abundante e tem sabor agradável
devido aos elevados índices de ácidos
totais e açúcares.
O Brasil é o maior produtor mun-
dial de citros, com mais de 250
milhões de plantas cultivadas. Além
disso, laranjas e tangerinas estão entre
as frutas mais consumidas no país. A
projeção de produção de laranja e ex-
portação do suco da fruta é crescente.
O estudo do Ministério da Agricultura
aponta que mais de 19 milhões de
toneldas (t) serão produzidas neste
ano. Em 2020, o número sobe para
23,5 milhões de t. A exportação de
suco de laranja, que hoje é de 2,1
milhões de t, tende a crescer 2,5% nos
próximos 10 anos.
Informações sobre a aquisição das
mudas podem ser obtidas no site da
Embrapa Transferência de Tecnologia.
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Entenda
HIGIEnIzAçãO
limpeza + desinfecção
A limpeza e a desinfecção são opera-
ções diferentes e separadas. As duas fazem
parte do processo de higienização e são
igualmente importantes, mas limpar implica
em remover detritos físicos e propiciar con-
dições de uso de equipamentos e máquinas,
enquanto a higienização estabelece redu-
ção/isenção de microrganismos relativos.
recomendações práticas:• Leite colostro: por ser de fácil deterio-
rização, esse tipo de leite não pode ser
misturado ao leite normal.
• Ordenha: o local deve ser arejado, com
piso cimentado que permita uma higie-
ne completa do local, além de possuir
água em abunância para a limpeza.
• Ordenhador: deve possuir boa saúde,
trabalhar com mãos e roupas limpas e
evitar tarefas que o esponha a bactérias.
O ideal é limitar esse profissional somen-
te a ordenha.
• Utensílios: são as principais fontes de
contaminação; devem ser lavados com
solução adequada e colocados em local
limpo e seco.
LEITE DE QUALIDADEPara isso, é preciso que ele tenha as seguintes características:
• Baixacontagembacterianatotal(CBT)
Baixa CBT garante que o leite fique dentro dos padrões de saúde e qua-
lidade, sendo obtida apenas com um rigoroso processo de higiene em
cada uma das etapas da produção.
• Baixacontagemdecédulassomáticas(CCS)
A baixa CCS garante que o leite provém de vacas livres de mastite. As
cédulas somáticas são a defesa da vaca contra os microrganismos cau-
sadores de mastite.
CAMInHO DO LEITE DE BOA QuALIDADE
vaca homem equipamento transporte
ind
úst
ria
con
sum
idor
manejo asseio manutenção limpeza
+ + + +
higiene boas práticas limpeza desinfecção
= higiene = desinfecção
No processo de produção leiteira, a qualidade começa no manejo correto
e na higiene na rotina do animal. A preocupação faz sentido, uma vez que
exposição acentuada aos riscos ambientais torna o animal suscetível de
enfermidades e acidentes, que podem ser fatores agravantes no processo
de qualificação do leite. Por isso, a seleção do pessoal que trabalhará nas
funções que envolvem essa etapa é essencial para evitar ou reduzir tais riscos.
O leite de qualidade é aquele que nãoapresenta riscos para a saúde dos consumidores,
preservando suas qualidades nutricionaisao longo de toda a cadeia produtiva.
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