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Antonio Fiúza Pequeno, José Afonso Sancho e Francisco de Assis Barreto de Sousa. ANO 1 • n. 01 • Agosto/2010 Federação das Associações do Comércio, Indústria, Serviços e Agropecuária do Ceará 81 anos

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Page 1: Revista FACIC

Antonio Fiúza Pequeno, José Afonso Sancho e Francisco de Assis Barreto de Sousa.

ANO 1 • n. 01 • Agosto/2010Federação das Associações do Comércio, Indústria, Serviços e Agropecuária do Ceará

8181anos

Page 2: Revista FACIC

Há 81 anos estudando, pensando

e consolidando a gramáti ca com a qual se escreve a

economia cearense.

“A revista da FACIC lançada em cada sessão magna, iniciando com a Homenagem ao Exercito Brasileiro na pessoa de seu patrono Duque de Caxias, acontece há cinqüenta e dois anos, ininterruptos.”

Page 3: Revista FACIC

n. 1 - ago2010 3

edItORIal

Os dicionaristas defi nem Economia como o conjunto das ati vi-dades de uma comunidade humana relati vas à produção, distribuição e consumo das riquezas.

Viver Economia é promover e experimentar escolhas so-bre os recursos produti vos disponíveis. É decidir como e porque em-pregar estes recursos, o que e como produzir, o que e como distribuir entre os membros da sociedade. E assumir as consequências destas escolhas.

Em seu percurso, a Economia emerge do solo, sofre transformações, é aprimorada e permutada entre os homens. No senso comum, se ex-pressa como agricultura, indústria, comércio e serviços. Complexa e difusa, exige coerência e fi rmeza em sua condução.

A Federação das Associações do Comércio, Indústria, Serviços e Ag-ropecuária do Ceará (FACIC) há 81 anos trabalha ininterruptamente pela coerência e harmonização da diversidade econômica do nosso Estado.

Comprometi da com a contextualização da Economia cearense no am-biente global, busca promover pontes entre os diferentes espaços de negociação e parti lha de valores.

A Revista FACIC nasce com o propósito de promover e valorar econo-mias e economistas, vivências e viventes, ações e atores desse imenso teatro que acolhe e sustenta a todos os cearenses.

“a facic, há 81 anos trabalha

ininterruptamente pela coerência e

harmonização da diversidade

econômica do nosso estado.”

Page 4: Revista FACIC

4 www.facic-ce.com.br

SUMÁRIO

Palavra do Presidente05 Ensinar a pescarinstitucional07 Históriainstitucional08 Origem e finalidadesinstitucional10 Praça CarolinaPalácio do comércio12 Função social e utilidade públicaPresidência da facic14 Evolução histórica

instituto macro18 Para o desenvolvimento enconômico e social19 Projeto Varejo CompetitivoHomenagem20 Dia do Soldadoidealizador21 José Afonso SanchoHomenagem22 Exército Brasileiro - Braço forte, mão amiga

21 22 29

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palaVRa dO pReSIdente

No ambiente corporati vo há diferentes visões quanto ao papel de uma empresa social-mente responsável. Um dos

conceitos mais difundidos adota o senti -mento pedagógico presente no “melhor que dar o peixe, é ensinar a pescar”.

Diante de questões tão complexas quan-to os problemas sociais presentes no universo contemporâneo, o conceito, na forma como posto, a mim me parece um falso paradoxo. A questão não está em adotar uma decisão simplista por uma ou outra opção. Entre o assistencialismo, a fi lantropia, a caridade, e a responsa-bilidade social, há que se assumir um posicionamento que refl ita comprome-ti mento da organização com as transfor-mações sociais.

Claro que, em contextos de extrema pobreza, assistencialismo e fi lantropia têm espaço e papel, desde que pensados e planejados para um intervalo de tempo que não gere dependência nem a conse-quente baixa na autoesti ma. A simples entrega conti nuada de “bolsas” conten-do “esmolas” não transforma a realidade das pessoas, não gera desenvolvimento, não pavimenta a estrada que conduz ao futuro que queremos.

O que precisamos é construir coleti -vamente políti cas consequentes de transferência de renda, pensadas como estratégias capazes de reduzir o processo de desintegração social em curso, e que apontem para sua eliminação em um horizonte próximo. Mais que forne-cer soluções imediati stas que apenas amenizam hoje, ampliando e adiando o problema, é preciso atacar as causas. E nesse contexto a educação se mostra como o melhor dos pontos de parti da. É preciso sim ensinar a pescar.

E ensinar a pescar é oferecer educação de qualidade, seja ela formal ou infor-mal, acadêmica ou popular, pública ou privada. É gerar perspecti vas de empre-go e renda, é esti mular o cooperati vis-mo, é promover o micro crédito. Enfi m, é libertar da humilhação da dependência de “esmolas” e induzir o desenvolvi-mento econômico como argumento do progresso social.

É preciso estar alerta e trabalhar coti dia-namente para reduzir o hiato entre as classes produtoras e os demais extratos sociais. E isto exige uma ação coordena-da, que inclua a todos, primeiro, segun-do e terceiro setor.

Francisco de Assis Barreto de SousaPresidente da FACIC

enSInaR a peScaR

“É preciso estar alertae trabalhar coti dianamente

para reduzir o hiato entreas classes produtoras e os

demais extratos sociais.”

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6 www.facic-ce.com.br

Francisco de Assis Barreto de SousaPresidente

Federação das Associações do Comércio, Indústria, Serviços e Agropecuária do Ceará – FACIC realização

facicPalácio do Comércio - Largo da Assembleia, s/nCEP: 60.030-170 - Fortaleza, Ceará, Brasil+ 55 85 3231.4269 / 3231.4817 - [email protected]

A Revista FACIC é uma publicação trimestral da FACIC, elaborada e editorada pela E2 Educação e Eventos Ltda. É dirigida a todos os atores sociais que se relacionam direta ou indiretamente com os Setores Produtivos do Ceará. As matérias publicadas não ne-cessariamente refletem a opinião da federação ou da editora. A publicação se reserva o direito de adequar matérias e artigos enviados por colaboradores.

Antônia Dalvani Marques Mota1º secretário

Francisco Austregésilo R. Lima2º secretário

Clóvis Nogueira Bezerra1º tesoureiro

Luis Holanda Pinto Filho2º tesoureiro

João Maia Santos JúniorPresidente do conselho fiscal

Maristela Colares Camargo de Brito

Maria José Gomes Linharesconselheiras do conselho fiscal

Valdemar Bernardino da Silvasuplente do conselho fiscal

José Damascenodiretor Jurídico

DIRETORIA FACICBiênio 2010-2012

eXPediente

Gabriela Sampaio Dourado (2324/CE)Jornalista responsável

Augusto F. Oliveiradiagramação e arte

Gráfica e Editora Tiprogressoimpressão

5000 exemplarestiragem

E2 Educação e Eventos [email protected] editorial e gráfico

Francílio Douradocoordenação editorial e redação

Keyla Sousa Américodireção de arte e marketing

Aníbal Capelo Feijó1ª vice-Presidente

Maria Laide Ribeiro Catunda2° vice-Presidente

Euvaldo Bringel Olinda3° vice-Presidente

José Hermeto de Paula4° vice-Presidente

José Pereira Filho5° vice-Presidente

Marco Aurélio de Castro Saraiva Câmara6° vice-Presidente

João Porto Guimarães7° vice-Presidente

Orlando Pontes de Magalhães8° vice-Presidente

Naje Clécio Mota Cavalcante9° vice-Presidente

Augusto César Albuquerque Roma10° vice-Presidente

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n. 1 - ago2010 7

InStItUcIOnal

“...há 81 anos estudando, pensando e consolidando a gramáti ca com que se escreve a economia cearense.”

Sabóia e Silva, a FACIC começava uma his-tória que se fez confundir com a história econômica do Ceará no século XX.

Desde então, outros quinze cidadãos emprestaram seus conhecimentos e energias, ao processo de desenvolvimen-to do nosso estado. Francisco Alves Tei-xeira, Eurico Almeida Monte, Álvaro Nu-nes Weyne, Diogo Vital de Siqueira, José Ramos Torres de Melo, Moisés Santi ago Pimentel, Franklin Monteiro Gondim, Antônio Gomes Guimarães, José Afonso Sancho, João Luiz Ramalho de Oliveira, João Hudson C. Saraiva, Raimundo José Marques Viana, Elias Leite Fernandes e Antônio Cleber Uchôa Cunha, souberam conduzir com maestria a FACIC ao longo do século passado.

O novo milênio traz consigo o sopro de uma nova ordem social. Tecnologias emergem derrubando muros e amplian-

do horizontes. É preciso unir forças, fortalecer alianças, reordenar relações.

O desafi o de contextualizar a organi-zação nessa nova ordem social, econô-mica e cultural, recai sobre os ombros de Francisco de Assis Barreto de Sousa. E nesta primeira década, Chico Barreto re-escreve o modo como a FACIC se relaciona com os diferentes segmentos sociais.

O respeito às tradições é manti do, o caráter agluti nador também. Porém, o posicionamento estratégico ganha cores contemporâneas. A FACIC de hoje usa a diversidade de senti mentos presentes em sua organização para fortalecer os espaços de atuação, dando mais densi-dade à sua contribuição para o desenvol-vimento econômico do Estado do Ceará.

hIStÓRIa

O ano era 1929. Uma nova ordem econômica começava a se desenhar no cenário mundial. No contexto local, a

busca pela harmonia entre os diferentes segmentos produti vos fazia nascer uma insti tuição que, diversa desde a origem, congregava agricultura, comércio e indústria.

A FACIC, hoje Federação das Associa-ções do Comércio, Indústria, Serviços e Agropecuária do Ceará, há 81 anos vem estudando, pensando e consolidando a gramáti ca com que se escreve a econo-mia cearense.

Sob a liderança de Antônio Fiuza Pequeno, este cearense de Icó, que de caixeiro se fez representante de importan-tes casas européias, chegando inclusive a ocupar o cargo de Secretário da Fazenda durante o governo de João Tomé de

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8 www.facic-ce.com.br

No dia 7 de agosto de 1929, o Sr. Antônio Fiuza Pequeno – um dos baluartes da Associa-ção Comercial do Ceará – viu

realizado o seu antigo sonho de fundar uma organização poderosa, capaz de representar, sob todos os aspectos, o comércio do Estado.

A nova entidade de caráter coletivo apareceu influenciada pelo sentimento associativo das classes conservadoras e guiada pela prática e experiência dos homens de negócio.

O Sr. Fiuza Pequeno, no dia da pri-meira sessão preparatória, realizada em 29 de maio de 1929, expôs à assembleia, que não havia a intenção de agrupar debaixo de um só nome as sociedades do comércio, dissolvendo-as. O objeti-vo primordial era formar um órgão de ação coletiva, de influência mais ampla, com uma força suprema e revigorada, a ser irradiada em todos os recantos do país. Felizmente todos compreenderam e aplaudiram o esquema traçado com vistas tão elevadas e ninguém se opôs a contribuir das receitas, auferidas por

meio de uma pequeníssima, porém ren-dosa taxa sobre a importação e exporta-ção de utilidades mercantis.

Apareceram, entretanto as críticas desfavoráveis, supondo alguns elemen-tos mal informados, que uma “bandeira de combate” ia ser desfraldada, desti-nada a desobedecer sistematicamente, em vez de reclamar quando de direito, a fazer oposição à administração pública ou a pregar a sonegação dos impostos. Nessa altura Fiuza Pequeno lançou um slogan de alta significação, declarando que a Federação das Associações de Comércio e Indústria do Ceará – a FACIC – atuaria no cenário da vida social “com um ramo de oliveira em uma das mãos, e, na outra, o emblema do trabalho”.

Não obstante o ardor das diretorias, a FACIC viveu quase sem expressão até dezembro de 1933, quando foi esco-lhido o Conselho Administrativo para o biênio de 1934-1935 (Presidência de J. F. Alves Teixeira). Em setembro de 1936, conforme publicação no “Diário Oficial” do Estado, uma reforma dos estatutos foi levada ao Registro de Pessoas Jurídicas

“A FACIC atuará no cenário da vida social

com um ramo de oliveira em uma das mãos e, na outra, o

emblema do Trabalho.”

ORIgeM e fInalIdadeS

por Pimenta Lira (1944)

InStItUcIOnal

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e arquivada sob no 160. Em novembro de 1935, a assembleia geral elegeu o Conselho Administrati vo do biênio de 1936-1937 (Presidência J. F. Alves Teixei-ra). Em novembro de 1937, foi feita uma nova eleição para o biênio de 1938-1939 (Presidência Eurico de Almeida Monte). Em novembro de 1939, deu-se a escolha dos dirigentes de 1940-1941 (Presidência Antônio Fiuza Pequeno).

Já haviam sido estudados três pro-jetos para a construção do “Palácio do Comércio”, havendo sido preferido o tra-balho do engenheiro Henry Munier. Dessa maneira foi ati ngido o principal objeti vo de Fiuza Pequeno, que sempre se bateu, abnegadamente, pela “construção de um prédio nobre para a sede da Federação”.

Em dezembro de 1936, a FACIC ha-via dado um passo audacioso: adquirira da Prefeitura Municipal de Fortaleza, em hasta pública, pela importância de Cr$ 400.000,00 o terreno da Praça Ca-pistrano de Abreu, medindo uma área de 841,80m2.

Em 17 de janeiro de 1938, era lança-da a pedra fundamental do “Palácio do

Comércio”, presidida a solenidade pelo Exmo. Sr. Ministro da Viação, General Mendonça Lima.

Deu-se a inauguração em 25 de maio de 1940. Estava ganha a primeira batalha da FACIC.

É do conhecimento do público e das autoridades o desenvolvimento da ação profí cua da Federação das Associações de Comércio e Indústria do Ceará, em prol da coleti vidade.

Sérios problemas têm sido focaliza-dos, visando o bem estar da economia, com uma decidida colaboração aos poderes públicos, mantendo dessa ma-neira a honrosa tradição dos homens do comércio e da indústria em nossa terra.

A FACIC possui ainda gigantescos planos em todos os setores da ati vidade humana.

Com o andar dos tempos, certamen-te, executá-los-á, ou prestará empolgan-te colaboração, pois tem ti do a felicidade de escolher para ti moneiros, inteligên-cias privilegiadas, imbuídas de senso, vigor e patrioti smo.

Com a vitoria das democracias, após o encerramento da luta armada em todo o mundo, vastí ssimos horizontes serão abertos e enormes perspecti vas serão projetadas.

Permitam-me destacar alguns pontos de vital importância na futura “guerra eco-nômica”, que será fatalmente declarada: a secular questão dos transportes; a maior proteção às populações rurais, visando a produção dos campos; o levantamento da prospecção mineralógica; o serviço esta-tí sti co das forças econômicas do Estado – barômetro necessário aos orientadores; o estudo dos mercados; a instalação e manutenção de um escritório comercial no Rio de Janeiro, para a colocação e propa-ganda dos produtos cearenses; a melhoria do padrão de vida das classes trabalhado-ras; o estí mulo às pequenas indústrias; a racionalização do trabalho.

Tudo isso pode ser encarado de frente pela FACIC e arti culado, diligente-mente, pelos dirigentes dessa corpora-ção modelar.

Tais realizações consti tuirão um bloco a mais, no monumento que será legado às gerações futuras.

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10 www.facic-ce.com.br

“...debaixo de uma frondosa mongubeira, o velho Benjamin

estendia a sua botica. Era um estendal coisas velhas

derramadas pelo chão.”

Aos 3 de setembro de 1817, o Governador Sampaio recebia uma Carta Régia comunicando-lhe que, aos

3 de maio do mesmo ano, se celebrara, em Viena, o consórcio do Príncipe D. Pedro com a Arquiduquesa Carolina. Daí o nome da Praça da Carolina, dado ao principal largo da Fortaleza de então.

O engenheiro Silva Paulet, alinharia o lado ocidental da praça que mais tarde seria ocupado por casas de famílias. Em 1814 a Câmara Municipal resolveu construir um mercado nesta praça, con-

fiando os trabalhos aos capitães-mores Lourenço da Costa Dourado e Antônio José da Silva Castro.

Sobre o portão que dava para a Carolina colocaram uma lápide com esta letra:

“Em 12 a praça pelo Cruz fundada; em 15 por Sampaio edificada.”

E sobre o outro portão, que abria para a rua Direita dos Mercadores, lia-se:

“Aqui Dourado e Castro permaneçam; Cidadãos generosos, não esqueçam.”

pRaça caROlIna

por João Nogueira (Instituto do Ceará/1944)

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Construído que foi o Palácio Legislati -vo (1871), passou à denominação de Pra-ça da Assembleia. Em 1888 chamaram-na Praça Conselheiro José de Alencar, denominação que levantou protestos na nossa imprensa, porque não se que-ria comemorar José de Alencar como Conselheiro, mas apenas como grande cearense e extraordinário romancista.

Mais tarde tornaram a mudar-lhe o nome para Capistrano de Abreu. Logo em seguida três grades edifí cios obs-truiriam a praça. Correios e Telégrafos, Banco do Brasil e Palácio do Comércio.

Este últi mo fi ca fronteiro e à peque-na distância da Casa da Assembleia, repousando sobre as areias da Feira Velha, nome vulgar da Praça Carolina até depois de 1880.

O salão nobre do Palácio fi ca a prumo de um terreno outrora empedra-do no qual, debaixo de uma frondosa mongubeira, o velho Benjamin estendia a sua boti ca. Era um estendal coisas ve-lhas derramadas pelo chão. Ali havia de tudo: utensílios de cozinha, ferros velhos de toda espécie e plantas medicinais, tais como “cipó-de-chumbo”, raízes de

angélica, “língua-de-vaca”, fedegoso, raspas de juá etc.

Benjamin foi precursor dos belchiores da rua do Conde d’Eu; e nem por sonhos suspeitou que no futuro se levantasse no local de sua bucólica, e no prumo da mesma, um magnífi co salão onde, dele esquecidos, se reunissem pessoas dis-ti ntas da cidade para tratarem de graves assuntos comerciais, no prumo e bem em cima do rez do chão onde ele, em tempos idos, comerciava também.

* Texto adaptado a parti r de documento original publi-cado em maio de 1944.

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12 www.facic-ce.com.br

Logo nos primeiros passos como órgão representativo das classes produtivas, o pensamento dos dirigentes da FACIC se fixou na ne-

cessidade de uma sede própria, de onde pudesse irradiar, para dentro e fora do Estado, todas as suas atividades sociais.

E a ideia, embora arrojada pela sua magnitude, em pouco tomou forma concreta. A 26 de dezembro de 1936, foi adquirido da Prefeitura Municipal de Fortaleza, por compra, o terreno. A 21 de março de 1937, foi aprovado, em As-sembleia Geral, o projeto de autoria do arquiteto francês Georges Henry Munier para a construção do majestoso edifício. A 17 de janeiro de 1938, era lançada a pedra fundamental em ato presidido

palÁcIO dO cOMéRcIOfUnçãO SOcIal e UtIlIdade públIca*

“O Palácio do Comércio fez surgir, crescer e frutificar, inúmeras outras idéias e iniciativas de finalidades

cívicas, sociais e culturais.”

pelo Exmo. Sr. General João Mendon-ça de Lima, Ministro da Viação. E, por fim, a 25 de maio de 1940, o Palácio do Comércio foi inaugurado, em solenida-de presidida então Interventor Federal no Estado, Sr. Francisco de Menezes Pimentel.

Em pouco tempo o Palácio do Comércio se tornou mais que o centro de irradiação das atividades da FACIC e das sociedades federadas que nele têm sede, mas o ponto de convergência dos anseios coletivos e de quantas iniciativas de natureza científica, cultural, cívica ou associativa que careciam de ambiente para se projetarem.

À sombra de seu teto acolhedor vieram encontrar ambiente satisfatório

InStItUcIOnal

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à amplitude de suas ati vidades serviços ptúblicos de alta signifi cação, como o Insti tuto de Aposentadoria e Pensões da Esti va, o Insti tuto do Algodão e Crédito Agrícola do Ceará, o Tesouro do Estado com um Posto da Recebedoria para a venda de selos e estampilhas, e o Serviço Especial de Mobilização de Trabalhado-res para a Amazônia, posteriormente substi tuído pela Comissão Administrati va do Encaminhamento de Trabalhadores para a Amazônia.

No Palácio do Comércio também encontraram habitat, para surgir, crescer e fruti fi car, inúmeras outras ideias e iniciati vas de fi nalidades cívicas, sociais e culturais.

O Serviço de Defesa Passiva Anti -Aérea, surgiu sob os auspícios da FACIC, com a denominação de “Defesa Civil do Ceará”. A Legião Brasileira de Assistência, cujo raio de ação viria a se projetar por todo o território nacional, teve o seu início no Ceará, por iniciati va da Asso-ciação Comercial do Ceará, passando a uti lizar-se, por dilatado tempo, do Palá-cio do Comércio. A fi lial cearense da Cruz Vermelha Brasileira também funcionou na sede da FACIC.

Sociedades outras, de caráter cívico e cultural, como o Rotary Club de Fortale-za, o Insti tuto Brasil-Estados Unidos e a Liga de Defesa Nacional, encontraram no Palácio do Comércio campo propício à sua expansão.

* Texto adaptado a parti r de documento original publicado quando do 4o aniversário de inauguração do Palácio do Comércio.

E quando tudo isso não fosse sufi -ciente para atestar de maneira irretor-quível, a positi va uti lidade pública do Palácio, que não é só do Comércio, mas da cidade de Fortaleza, o seu Auditorium esteve permanentemente aberto e a ser-viço de quantas organizações, socieda-des e insti tuições do todo o gênero,que dele se uti lizaram para a realização de solenidades, conferências, congressos ou simples reuniões de estudo.

Com o Palácio do Comércio a FACIC e suas federadas, proporcionaram a Forta-leza a posse de um centro de irradiação e de convergência de ideias, de trabalhos e ações benéfi cas à comunidade.

ObJetIVOS da facIc

• Promover a Harmonia e a solidariedade entre as Associações Empresariais;

• Externar o pensamento comum das classes empresariais;

• Cooperar com as enti dades fi liadas, para alcançarem seus objeti vos;

• Sugerir aos poderes as medidas que forem necessárias ao desenvolvimento eco-nômico e social do Estado ou da Região, bem como, de interesse da comunidade em geral;

• Analisar e dar pareceres sobre projetos de lei e regulamentos que interessem às classes empresariais, bem como, representar contra as medidas que lhes sejam prejudiciais;

• Realizar promoções e exposições que refl itam o potencial econômico do Estado;

• Difundir informações sobre assuntos econômicos do Ceará e do Nordeste;

• Promover o treinamento da mão-de-obra especializada;

• Promover a qualifi cação profi ssional do empresariado e assessorar as enti dades associadas;

• Promover a realização de encontros com as enti dades empresariais do interior do Estado e a realização de congressos e eventos para o estudo da problemáti ca econômico-fi nanceira do Estado ou da Região, submetendo as conclusões ao poder público;

• Prati car tudo quanto seja necessário à perfeita e completa realização da fi nalida-de federati va, ampliando-se quanto possível de acordo com as circunstâncias e abrangendo outros objeti vos.

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14 www.facic-ce.com.br

A história é o resultado de nossos atos e dos fatos que a natureza nos apresenta. Cabe a nós o seu registro para a posteridade.

Segunda mais anti ga enti dade exis-tente na capital cearense, a FACIC nasceu do sonho empreendedor de vários balu-artes de nosso setor produti vo. Fundada em 7 de agosto de 1929, tendo Antônio Fiuza Pequeno, como o seu primeiro pre-sidente com mandato que se estendeu até 1933.

A galeria seria enriquecida por um elenco de homens probos e proati vos. Cidadãos no senti do lato, os presidentes que se seguiram a Fiuza Pequeno de-monstraram, sem exceção, uma postura moral lapidada nas lutas pelo progresso, infl uenciando e inspirando comporta-mentos dentro das classes produtoras de nosso estado.

O Coronel Francisco Alves Teixeira, segundo presidente da FACIC, deu nova dinâmica à enti dade entre os anos de 1934 e 1937, culminando com a reforma dos seus estatutos sociais.

Entre 1938 e 1939, a organização privou do empenho e denodo do comer-ciante de sobral, representante da Asso-ciação Comercial daquela cidade, Eurico de Almeida Monte. A Eurico Monte foi reservado o privilégio de lançar a pedra fundamental do Palácio do Comércio.

Mas a concreti zação do sonho da sede própria estava reservada ao pioneiro Fiuza Pequeno. Ele retornaria à presidência da FACIC entre os anos de 1940 e 1944, e inauguraria o Palácio do Comércio em 25 de maio de 1940, na presença de várias autoridades e lideranças políti cas, religiosas e empre-sariais locais.

eVOlUçãOhIStÓRIca

por Francisco de Assis Barreto de Sousa (Presidente da FACIC)

antônio fiuza Pequeno

cel. J. francisco alves teixeira

eurico almeida monte

álvaro nunes Weyne

1929 194519381934

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Em 1945, assume a presidência o representante do Sindicato dos Repre-sentantes Comerciais e dos Comissários e Consginatários de Fortaleza, Sr. Álvaro Nunes Weyne. Homem de grande visão, Weyne soube conduzir a insti tuição den-tro de objeti vos insti tucionais traçados. Posteriormente Prefeito de Fortaleza e Secretário da Fazenda, Weyne teria seu nome imortalizado na memória da cidade com a denominação de um bairro e de uma loja maçônica.

Em 1954, assume Diogo Vital de Siqueira, empresário da indústria que na FACIC representava o Sindicato dos Exportadores de Gêneros de Produção do Ceará e já ti nha ocupado o cargo de Diretor Fiscal da organização e a vice presidência da Associação Comercial.

O comerciante e representante do Sindicato dos Lojistas José Ramos Torres de Melo presidiria a FACIC entre 1957 e

1958. Humanista e fi lantropo, Torres de Melo já pregava a Responsbilidade Social entre os empresários ainda em meados do século passado. Fundou uma Casa de Amparo à Velhice, o hoje “Lar Torres de Melo”. Seus fi lhos conti nuam sua obra. José Ramos Torres de Melo Filho, preside a Federação da Agricultura e Pecuária do Estado do Ceará e o General Francisco Bati sta Torres de Melo, é Provedor da Santa Casa de Misericórdia de Fortaleza, Presidente do Lar Torres de Melo e emi-nente Grão-Mestre Adjunto da Grande Loja Maçônica do Estado Ceará.

Os anos 1960 se iniciam com a che-gada à presidência da FACIC, do industrial Moisés Santi ago Pimentel, então Diretor-Presidente da Siqueira Gurgel S/A, e que também ocuparia o cargo de Grão-Mestre da Loja Maçônica do Estado do Ceará.

Em 1963 o pioneiro da indústria de oiti cica do Ceará, Franklin Monteiro

álvaro nunes Weyne

diogo vital de siqueira

José ramos torres de melo

moisés santiago Pimentel

franklin monteiro gondin

1954 1957 1960 1963

Page 16: Revista FACIC

16 www.facic-ce.com.br

Gondim, cujo nome hoje bati za uma sala da FACIC, assumiria a presidência. Titular da “Fábrica Mírian”, fundada em 1927 na Praça Almirante Saldanha, Gondin Foi o fundador da “Brasil Oiti cica”, tendo assu-mido o cargo de Secretário da Fazenda e Interventor substi tuto do Ceará.

Um membro da representação comercial voltaria a assumir a presidên-cia da FACIC em 1966. Antônio Gomes Guimarães. Com larga atuação no campo social, Antônio Guimarães foi presidente do Náuti co Atléti co Cearense e Gover-nador do Rotary Internacional. Seu fi lho, João Porto Guimarães, seguindo os seus passos, é também líder classista ocupan-do atualmente a presidência da Associa-ção Comercial do Ceará, a enti dade mais anti ga de nosso estado.

Após a profí cua gestão de Antônio Guimarães, retorna à presidência da FACIC, em 1969, Franklin Monteiro Gondim. A exemplo da primeira gestão, Franklin Gondim desenvolve reconheci-do trabalho à frente da sociedade.

Em 1972 o políti co por natureza José Afonso Sancho, assume a presidência da FACIC. Empresário do setor de comunica-ções e banqueiro, Afonso Sancho soube desenvolver a sua gestão num ambiente de concórdia e crescimento, sempre ao lado dos poderes consti tuídos. Tendo ocupado o cargo de Senador da Repú-blica, Afonso Sancho muito contribuiu para a economia de nosso Estado. Em reconhecimento por seu trabalho a FACIC o elegeu Presidente de Honra da Federação.

Em 1976 é a vez do empreendedor João Luiz Ramalho de Oliveira assumir a FACIC. Homem querido por todas as lideranças empresariais do estado do Ceará, João Ramalho foi presidente da Federação do Comércio Atacadista, e hoje é presidente de honra do Siste-ma Fecomércio. Recebeu em 2000, a Medalha Virgílio Távora, maior comenda outorgada pela FACIC.

Em 1982, assume a presidência o empresário da indústria do caju, ex-

antônio gomes guimarães

José afonso sancho

João luiz ramalho de oliveira

João Hudson c. saraiva

1966 198219761972

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presidente da Junta Comercial do Ceará e diretor da Federação das Indústrias do Estado do Ceará, João Hudson Carnei-ro Saraiva. Filho de tradicional família políti ca de Itapajé, João Hudson iniciou o processo de interiorização das ações da FACIC.

Raimundo José Marques Viana, industrial do ramo de medicamentos e representante da Associação Comer-cial de Camocim, assumiria a FACIC em 1988, permanecendo até 1994, com um intervalo em 1990. Grande administra-dor, Raimundo Viana foi o insti tuidor da Medalha Virgílio Távora, comenda que homenageia aqueles que se destacam em sua ati vidade contribuindo para o desenvolvimento de nosso Estado. Raimundo Viana tem sua atuação reco-nhecida além fronteira. Foi Secretário de Desenvolvimento Econômico e do Turismo do Estado do Ceará.

Em 1990, coube a Elias Leite Fernan-des, promotor e produrador geral de justi ça, ex-prefeito de Mauriti , manter a

FACIC no caminho do progresso e do de-senvolvimento, assumindo a presidência.

Em 1995, Antônio Cleber Uchôa Cunha, empresário do ramo da avicultu-ra, assume a FACIC. Dentro dos princí-pios insti tucionais, Cleber Cunha condu-ziu sua gestão na defesa das enti dades fi liadas elevando mais ainda o nome da insti tuição e atualizando-a para o adven-to do novo milênio. Cleber Cunha é hoje Cônsul Honorário do Chile no Ceará.

Mudaram os tempos, mudaram os pa-peis, mudaram os conceitos, mas a história da FACIC conti nua a ser escrita dentro dos mesmos princípios pensados por Fiuza Pe-queno, sedimentados por Afonso Sancho e enriquecidos por todos os demais que a presidiram.

Hoje, eu, Francisco de Assis Barreto de Sousa, busco inspiração nesses homens que gravaram seus nomes na história econômica do Ceará, para exercer a presidência da FACIC dentro de uma lógica comprometi da com a sustentabilidade econômica, ecológica e social.

João Hudson c. saraiva

raimundo José marques viana

lias leite fernandes

antônio cleber uchôa cunha

francisco de assis Barreto de sousa

1988 1990 1995 2000

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InStItUtO

Por entender que o desenvolvimento exige união de forças e partilha de conhecimentos e valores, a FACIC elegeu como estratégia macro de sua atuação a formação de re-des envolvendo instituições parceiras tanto no primeiro,

quanto no segundo e terceiro setor.

Para tanto, criou um instrumento que fosse capaz de aglutinar idéias e práticas tão diversas, o Instituto Macro para o Desenvol-vimento Econômico e Social.

Ao Instituto foi delegada a missão de construir as pontes que levam ao desenvolvimento. Com o Instituto Macro, a FACIC acre-dita ser possível ampliar o emprego e, em consequência, elevar a renda individual das populações, fortalecendo o mercado interno e diminuindo as desigualdades sociais.

Desde sua fundação o Instituto Macro já desenvolveu inúme-ras atividades junto ao comércio e aos prestadores de serviços, tanto na Capital como no interior do Estado. São projetos inova-dores como implantação do Mercadinho Modelo, Pet Shop Mode-lo, Floricultura Modelo, projetos que vêm sendo apresentados em eventos como a Feira do Empreendedor, a Feira Internacional da Alimentação Tecno-Alimentos, a PecNordeste e demais eventos promovidos, em grande parte, pelo SEBRAE.

Para o Instituto Macro não há limites para iniciativas compro-metidas com o desenvolvimento. Daí ter ações de treinamento e consultoria em empreendedorismo, especialmente em cidades do interior cearense, mas com experiências em outros estados brasileiros. O presidente Francisco Barreto, diretamente ou por meio de representante, já proferiu palestras em todos os estados do Nordeste, em parte do Norte e no Sudeste, expecificamente em São Paulo.

Também faz parte do escopo de iniciativas do Instituto Macro a firmação de parcerias para a realização de pesquisas com o fim de diagnosticar as necessidades e demandas prioritárias dos segmentos varejistas em diferentes regiões do Estado. Com base nos diagnósticos, promove treinamentos operacionais com foco específico, possibilitando aos empreendedores de pequeno porte, ter contato com as mais modernas técnicas de gestão.

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pROJetO

As mudanças vêmtransformando o processo decompras, exigindo comodidade, facilitação e moti vação paraa decisão de compra.

O Projeto Varejo Competi ti vo, é mais uma iniciati va da FACIC que conta com uma rede de insti tuições que lhe dão

suporte estratégico. Desenvolvido pelo SEBRAE e apoiado pela FECOMÉRCIO, ACC, ACAD e ACESU, o projeto é referên-cia nacional no que tange ao desenvolvi-mento do pequeno varejo.

O Projeto acompanha uma tendência que parece irreversível, que é a valori-zação da competi ti vidade do pequeno varejo por meio da formação de redes para enfrentar a competi ção globalizada. O maior desafi o dessas redes é fazer com que o desenvolvimento da gestão e das pessoas seja acompanhado pela moder-nização das lojas.

Durante o 2º Encontro Nordesti no de Redes e Centrais de Negócios, como extensão do Projeto Varejo Competi ti vo, o Insti tuto Macro em parceira com o SEBRAE montou um Supermercado Mo-delo, alinhado às principais tendências de mercado, mostrando como em uma pequena área de aproximadamente 54 m2 é possível montar um supermercado que garanta a sati sfação do consumidor e a lucrati vidade dos negócios.

Atendendo ao processo de mudança em curso, que vêm transformando o comportamento do consumidor, que exige comodidade, facilitação e moti va-ção para a decisão de compra, o Modelo simula um Supermercado em tamanho real, com um caixa, cerca de 1.000 itens

pROJetOVaReJO cOMpetItIVO

de oferta, automati zado, com sistema de câmeras de vigilância, gôndolas e equipamentos apropriados.

No projeto, consultores especialis-tas em varejo atendem os empresários orientando-os quanto a investi mentos, layouti zação, automação, comunicação interna e externa da loja etc..

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Há cinquenta e dois anos, José Afonso Sancho propôs à FACIC que realizasse, anualmente, uma homenagem ao Exército

Brasileiro como prova de reconhecimen-to pelos relevantes trabalhos em defesa da nação.

Nascia ali uma relação de apoio e cordialidade que se propagaria por toda a história futura das duas insti-tuições. Desarte as questões de cunho político, econômico e social, formava-se uma amizade pautada no respeito e confiança.

O primeiro evento aconteceu em 1958, ano que ficou marcado na história do Ceará e do Nordeste por uma seca das mais devastadoras. Na época, o tra-balho desenvolvido pelo Exército Brasi-

leiro, priorizou o socorro aos flagelados, distribuindo alimentos, medicamentos, roupas e dando assistência a todos que dela necessitavam.

Franklim Monteiro Gondim que presidia a FACIC, aceitando a proposição de Afonso Sancho, realizou a primeira edição da solenidade, com a presença de empresários, autoridades civis e milita-res. O comandante da 10a Região Militar, General Inimá Siqueira, foi o grande homenageado da noite.

Hoje, mais de meio século depois, o compromisso continua. Inspirada em Afonso Sancho, a FACIC mantêm a tradi-ção de comemorar, no Dia do Soldado, uma data que representa a união, o tra-balho e a defesa da soberania nacional.

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dIa dO SOldadO

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JOSé afOnSO SanchONordeste – SUDENE, e do Banco do Nor-deste, como agentes de transformação da realidade de pobreza de sua região.

Como empreendedor é dono de inve-jável biografi a, entregando-se de corpo e alma a uma gama de ati vidades. Em todas, assumiu a inquesti onável condi-ção de líder. Iniciando-se muito jovem no mundo dos negócios, foi comerciário e comerciante, bancário e banqueiro, agropecuarista, minerador e empresário de comunicação.

No desempenho de suas funções, galgou naturalmente o posto de lideran-ça. Foi assim que exerceu a direção da Federação Brasileira de Bancos e presidiu a Associação e o Sindicato de Bancos do Ceará, chegando à Presidência da FACIC e do Centro de Retalhistas do Estado.

IdealIZadOR

Talvez o atributo que mais caracteri-zou a vida e o trabalho de Afonso Sancho tenha sido o seu oti mismo. Onde muitos viam difi culdades, ele enxergava as opor-tunidades; quando muitos viam proble-mas, ele enxergava soluções. Segundo o Deputado Mauro Benevides, quando do requerimento de uma homenagem ao Senador, Sancho era um “oti mista, mes-mo diante dos percalços enfrentados, nunca deixando transparecer desânimos diante dos enormes desafi os que marca-ram os últi mos anos de sua existência”.

Cidadão engajado, nunca deixou que o comprometi mento políti co-ideológico suplantasse a causa do desenvolvimento do Nordeste com vistas a melhorar as condições de vida dos nordesti nos e em defesa da produção como solução para fazer do Brasil o país sonhado por todos os brasileiros.

José Afonso Sancho foi um dos per-sonagens mais infl uentes da vida políti ca e empresarial do Estado nas últi mas cinco décadas.

Líder entusiasmado com a causa do desenvolvimento, teve atuação vigorosa na Federação das Associações do Co-mércio, Indústria e Agricultura do Ceará. Como dirigente da Tribuna do Ceará, fez daquele diário o porta-voz dos empre-endedores do Nordeste, enfati zando sempre a necessidade de se investi r na produção local.

Senador, tendo assumido vaga na condição de suplente do amigo Virgílio Távora, fez do parlamento um espaço de defesa do desenvolvimento nacional, sustentado nos alicerces da iniciati va privada. Destacou-se por ter sido uma presença constante e fi rme na defesa da Superintendência do Desenvolvimento do

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eXeRcItO bRaSIleIRObRaçO fORte, MãO aMIga

por Francisco de Assis Barreto de Sousa (Presidente da FACIC)

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general inimá siqueiraComandante da 10a Região Militar

1957 - 1959

É dever de todos nós conduzirmos o Brasil no caminho do progresso e do crescimento. É dever de todos nós trabalharmos para que possamos viver numa pátria livre e conscientes de que somos um só povo.

As ideias são a matéria prima das realizações. As realizações fazem a história. Portanto, ideias materializadas em

realizações é que fazem a história. As premissas contêm o jeito de fazer histó-ria na FACIC.

Em 1958, quando o Ceará sofria os revezes de mais uma seca e seus fi lhos iniciavam a sua diáspora rumo ao Sudeste, a FACIC, mostrando crença nas potencialidades locais, aproveitava para reunir a sociedade cearense para, rendendo homenagem ao Exército Brasi-leiro, tomá-lo com exemplo de compro-misso e defesa dos interesses maiores do nosso Estado.

A idéia subjacente era aproximar as diferentes insti tuições para uma troca de práti cas e estratégias que permiti sse, si-multaneamente, fortalecer a autoesti ma dos atores sociais envolvidos, incitando-os a conti nuar acreditando que valia a pena lutar por um Ceará desenvolvido em todas as suas nuances.

Inicialmente a FACIC envolveu as or-ganizações parceiras, FACC, FAEC, FCDL, FECOMÉRCIO e FIEC. Posteriormente viriam ACAD, ACESU, ALFE, ALMEC, CDL, CIC E ASCEFORT.

Passados cinquenta e dois anos, em nenhum momento o evento deixou de acontecer. Nem as mudanças ocorridas no regime de governo nesse espaço de tempo alteraram o percurso desta história.

A homenagem fi xava-se mais na fi gura ilustre Marechal Luís Alves de Lima e Silva, o Duque de Caxias, soldado sím-bolo e patrono do Exército. Hoje, além de Duque de Caxias, a FACIC reverencia o Exército como insti tuição que atua tanto no campo da segurança nacional, como no desenvolvimento do povo brasileiro.

A homenagem reconhece e enaltece os preceitos consti tucionais que defi nem ser missão das forças armadas, a defesa da pátria e a garanti a dos poderes consti -tucionais, mantendo o Brasil como nação livre, pautando-se pelo estado democrá-ti co de direito, tendo como fundamentos a soberania, a cidadania, a dignidade da pessoa humana, os valores sociais do trabalho e da livre iniciati va e o pluralis-mo políti co.

A imagem do Exército simboliza a fi gura do brasileiro que ama a sua pátria, que a defende e que se entende como um só povo. É o amor à pátria que en-caminha a todos para a defesa intransi-gente da soberania nacional. E é este o exemplo que fi ca da presença das Forças Armadas brasileiras.

Uma breve viagem pela história nos faz rememorar a vitória nos Montes Guararapes, quando a força e a coragem de poucos derrotaram a maioria esma-gadora do exército holandês invasor, dando origem ofi cialmente a criação do Exército Brasileiro, a 19 de abril de 1648. A proclamação de nossa independência políti ca, em 7 de setembro de 1822, veio a consolidar o senti mento patrióti co do brasileiro.

Mas a ação de nossos soldados não se restringe à proteção de nossas frontei-ras. É o exército capacitado e operoso na construção de estradas, na construção de hospitais, na construção de pontes, interligando os mais longínquos pontos do país. É o exército socorrendo os fl age-lados nas intempéries da natureza: fome, secas e enchentes, tão previstas e pouco prevenidas. É o exercito capacitado no combate a epidemias, no atendimento médico aos silvícolas e aos povos que ha-

bitam as caati ngas, fl orestas e matas. É o exército ainda capacitado no combate ao analfabeti smo, levando aos habitantes daquelas regiões pobres e distantes a luz do saber. É o exército, portanto, tam-bém responsável pelo desenvolvimento nacional.

Nestes momentos em que as crises assolam os países em crescimento, em que o “mercado” impõe restrições, planejamentos, metas infl acionárias, equilíbrio na balança comercial e outras tantas ti pologias, o orçamento para as forças armadas é reduzido, provocando instabilidade, insati sfação e a dispensa de milhares de soldados, antes do perí-odo de aprendizagem previsto, a FACIC solidariza-se e convoca a sociedade a vir junto em defesa dessa corporação que muito bem vem cumprindo com o seu mister de defensor e alavancador do progresso nacional.

Afi nal, é dever de todos nós manter-mos fortes as nossas insti tuições. É dever de todos nós conduzirmos o Brasil no caminho do progresso e do crescimento. É dever de todos nós trabalharmos para que possamos viver numa pátria livre e conscientes de que somos um só povo.

Que nos unam a todos o nosso braço forte, mão amiga!

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Nos momentos cruciais de nossa Pátria, o Exército Brasileiro sempre se fez presente, despertando em todos nós o nobre sentimento do patriotismo.

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Não podemos viver só do presente, precisamos viver o presente, fi ncados nas realizações e nos exemplos do passado e

preparando o nosso futuro.

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As classes empresarias do Ceará, como impulsionadoras do progresso, têm nas Forças Armadas do Brasil a força mantenedora da ordem e da democracia.

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A história do Exército brasileiro confunde-se com a nossa própria história, com a história de nossa própria soberania e de nossa própria autonomia políti ca.

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Nosso Exército tem história e faz a história do Brasil

com páginas de coragem e dedicação.

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A FACIC testemunha o exemplo de civismo de Duque de Caxias, e louva a formação militar como indispensável organização social na qual predomina o espírito democráti co aliado ao patrioti smo.

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facIc eM fOtOS

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1 Afonso Sancho anfi triona prefeito Evandro Aires de Moura e lideranças empresariais.

2 José Flávio Lima, Edmundo Rodrigues, José Pereira, Jaime Machado e José Leite Marti ns.

3 Adauto Bezerra, Governador Cesar Calls, Antônio Gomes Guimarães e José Leite Marti ns.

4 José Leite Marti ns em reunião da União das Classes Produtoras.5 Rocha Aguiar, João Bezerra, Erle Rodrigues, José Leite Marti ns e Evandro Aires de

Moura.6 José Pereira Filho, José Leite Marti ns, Humberto Fontenele e outras lideranças.7 Governador Virgílio Távora, Afonso Sancho, Senador José Lins Albuquerque,

Oswaldo Dantas, Osmundo Pontes, Marcelo Linhares e José Dias Macêdo.8 Reunião especial da FACIC.9 Vicente Linhares e lideranças empresariais da FACIC.10 Presidente da República Emílio Garrastazu Médici, Antônio Gomes Guimarães e

Afonso Sancho.

MOMentOS QUe fIZeRaM hIStÓRIa

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