revista caixa empresas | jan 2015

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Empresas Caixa JANEIRO 2015 CASOS DE SUCESSO: Grupo Luís Vicente e Marec PORTAL: Caixa lança plataforma de apoio ao negócio internacional OFERTA IBÉRICA: As soluções financeiras para fazer negócios em Espanha ENTREVISTA NUNO FERNANDES THOMAZ Empresas e empreendedores são os campeões da recuperação económica Esta revista faz parte integrante do Diário Económico n.º 6096 de 23 de janeiro de 2015. Foto: João Cupertino

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Page 1: Revista Caixa Empresas |  jan 2015

EmpresasCaixa JANEIRO 2015

CASOS DE SUCESSO:Grupo Luís Vicente e Marec

PORTAL:Caixa lança plataforma de apoio ao negócio internacional

OFERTA IBÉRICA:As soluções financeiras para fazer negócios em Espanha

ENTREVISTA NUNO FERNANDES THOMAZEmpresas e empreendedores são os campeões da recuperação económicaE

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Pág. 4 e 5ABERTURAENTREVISTA: NUNO FERNANDES THOMAZ, VICE-PRESIDENTE DO GRUPO CAIXA

Pág. 6 e 7EnCaixaOFERTA IBÉRICA: FECHAR NEGÓCIOS COM ESPANHA É MAIS FÁCIL

Pág. 8 e 9MERCADOSPLATAFORMA ONLINEAPOIA O NEGÓCIO INTERNACIONAL

Pág. 10 e 11À LUPAMAREC ESPAÇO CASA: A MARGEM QUE ESTÁ A INUNDAR O MUNDO

Pág. 12 e 13À LUPA GRUPO LUÍS VICENTE: NO REINO DOS SABORES NATURAIS

Pág. 14 E 15SALDO POSITIVOSEPA: NOVO FORMATO DE COMUNICAÇÕES NOS PAGAMENTOS

índice6 10 12

As emissões de gases com efeito de estufa associadas à produção desta publicação foram compensadas no âmbito da estratégia da CGD para as alterações climáticas.

Jan.27 . Lisboa Caixa Empreender AwardCaixa Capital & Tech Transfer Accelerators Culturgest – Grande AuditórioContactos: www.cgd.pt/empresasInscrições em www.eventbrite.pt

28 . Lisboa Workshop: Introdução à Ferramenta Business Model Youwomenwinwin.comCulturgestwww.womenwinwin.comContactos: 213 225 790;[email protected]

Mar.4 a 6 . LisboaGreen Business Week: Semana Nacional para o Crescimento VerdeFundação AIPCentro de Congressos de Lisboawww.greenbusinessweek.fil.ptContactos: 218 921 500; [email protected]

4 a 7 . MatosinhosEXPORT HOME 2015 – Best Portuguese Furniture ShowcaseExponorwww.exporthome.exponor.pt Contactos: 229 981 473; 229 981 473;[email protected]

5 a 8 . BatalhaFRUTITEC/HORTITECExposalão www.exposalao.ptContactos: 244 769 480; [email protected]

12 . MatosinhosQSP SUMMIT 2015 – The Future Trends Exponor QSP/AIPwww.qspmarketing.ptContactos: 226 108 552; [email protected]

ALDEIAGLOBAL

Fev.5/12/19/26 . LisboaConferências: O Poder dos AfetosCulturgest – Pequeno Auditóriowww.culturgest.ptContactos: 217 905 155;[email protected]

Mar.26 . PortoMúsica – Nate Wooley Culturgest Porto – Pequeno Auditóriowww.culturgest.ptContactos: 222 098 116; [email protected]

14 . Lisboa Nos bastidores da CulturgestCulturgestwww.culturgest.ptContactos: 217 905 155; [email protected]

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ABERTURA EnCAIXA

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Caaixa

JANJANEIREIRO 2O 2001515

Palavrachave

CAPITALDE RISCO A Caixa Capital disponibiliza quatro tipos de fundos, que respondemàs necessidades de financiamento das empresas em função do estágio de desenvolvimento em quese encontram.

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“Empreendedores, empresários e empresas sãoos campeões”

MERCADOS SALDO POSITIVOÀ LUPA

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EmpresasCaixa

Vice-presidente do Grupo Caixa, Nuno Fernandes Thomaz confi a na recuperação económica. Reafi rma o envolvimento da CGD neste esforço coletivo mas ressalva os verdadei-ros campeões: os empreendedores, os empresários e as empresas. O capital de risco é um pilar estratégico.

Como releva os principais fatores distinti-vos da CGD junto das empresas?

Destacaria três fatores essenciais de um conjunto di-versifi cado. Desde logo, a qualidade do serviço, muito reconhecida, aliás, pelos nossos clientes e inclusive pela concorrência. Depois, a capilaridade da nossa rede comercial. Estamos de facto muito próximos das empresas e garantimos uma enorme abrangência geográfi ca. Temos mais de seis gestores Caixa Empresas em cada um dos cerca de trinta Gabinetes Caixa Empresas e mais de 260 unidades de atendimento Caixa Empresas na rede de par-ticulares – para empresas de menor dimensão. Por último, e muito importante, a nossa plataforma internacional, com características únicas em Portugal. Presente em 23 países, com fi liais, sucursais e escritórios de representação, é uma estrutura altamente valorizada pelas empresas que exportam ou que se pretendam internacionalizar.

Considera que essa proximidade é reco-nhecida?

É visível na tendência consistente de crescimento da nossa quota neste segmento. A Caixa é o maior Banco de particulares e caminhamos para nos tornarmos no maior Banco das empresas. São resultados que nos orgulham e nos motivam. Torna-se usual ouvirmos manifestações de grande agrado dos clientes-empresas. Aquelas que trabalham connosco pela primeira vez reconhecem a excelência e sofi sticação do serviço, a

qualidade dos nossos produtos, serviços e colaboradores. É muito bom que consigamos chegar ainda mais longe nas empresas e na conquista da sua confi ança – supe-rando expectativas.

Como é que isso foi conseguido?Através do nosso serviço. Revela-se todos os dias com alta modernidade e inovação. Isto envolveu um investimento em plataformas de e-Banking e em toda uma estrutura técnica. Mas – reforço com veemência –, através da qualidade dos nossos colaboradores. As pessoas fazem toda a diferença pela postura e capacidade de reagir às necessidades das empresas nossas clientes.

Como avalia o atual momento económico? O País está de facto a conseguir dar a volta e a ultra-passar o cenário complicado que nos afl igia. Creio que os verdadeiros campeões desta recuperação económica são, o que eu chamo, os três “E” da nossa economia. Os Empreendedores, os Empresários e as Empresas. Mas a Caixa tem estado com eles. O tecido empresarial português deu a volta ao contexto de difi culdade através das exportações. Daí que as reais necessidades das nossas empresas passem por esta exigência de expandir o negó-cio além-fronteiras. Estamos particularmente habilitados a ajudar e temo-lo feito através desta resposta às suas necessidades de apoio na internacionalização.

De que maneira?Sobretudo por via da nossa experiência na área de comércio externo. Esta é uma área crítica no segmento das empresas, onde temos soluções muito focadas e onde dispomos da plataforma internacional. Reforço que mar-camos presença nos principais países de trade – Espanha, Angola, França, Moçambique, Brasil, China, entre muitos

NTVICE-PRESIDENTE DO GRUPO CAIXA

NUNO FERNANDES THOMAZ

ENTREVISTA

outros. A CGD tem capacidade para se articular como hub fi nanceiro entre a Europa, África e América Latina, nomeadamente Brasil. Temo-nos sabido movimentar nestes fl ows comerciais.

Como está a posição em Espanha?Espanha é o principal trade partner de Portugal e merece--nos toda a atenção. O Banco Caixa Geral, nossa estrutura local, atravessou algumas difi culdades mas apresenta bons resultados, após a reestruturação. Estamos muito atentos às oportunidades deste mercado. Posiciona-se, por exemplo, como parceiro de Moçambique, assim como nos negócios cross border para Angola.

Além do foco na internacionalização a ofer-ta CGD contempla valências sectoriais...

Sem dúvida, a Caixa defi niu como sectores prioritários o dos bens transacionáveis, o exportador e a nossa estrutura produtiva. Destacamos, contudo, os sectores Primário e Secundário. Isto não nos impede de acompanhar outras frentes, como por exemplo o sector do Comércio e Serviços. Esta tendência é um pouco o que deve ser a Banca: voltar ao back to basics. Ou seja, fazer com que as pessoas que trabalham na Banca saibam tanto, ou mais, dos sectores que apoiam, como os seus operadores. Por exemplo, no sector Primário, a Caixa constituiu uma equipa com competências específi cas, de onde as áreas comerciais têm recebido know-how.

O capital de risco afirma-se como uma al-ternativa sólida de financiamento?

O capital de risco é fundamental porque a estrutura de capitais na maioria das empresas portuguesas é desade-quada. As empresas estão descapitalizadas. Quanto mais contrariarmos esta tendência, melhor. Aqui a CGD tem feito um percurso muito interessante. Defi nimos como estratégico o pilar da capitalização. A Caixa Capital tem uma estratégia muito clara. É o principal player do capital de risco em Portugal e tem sido bastante inovadora na forma como reorganizou os seus fundos.

Que oferta apresentam? A Caixa Capital abrange todos os ciclos de vida das empresas. Temos quatro tipos de fundos: o Fundo Empreender +, mais ligado ao early stage e para empresas que se estão iniciar; o Fundo Caixa Crescimento, para expansão das empresas; temos outro Fundo do Grupo CGD para empresas que estão em estágios mais avançados; e temos ainda o Fundo dos Fundos, onde procuramos apoiar sociedades de capital de risco para que saibam e possam acompanhar com detalhe as empresas onde investem.

E as empresas estão a reagir bem?Ainda há um longo caminho a percorrer. Esta área da capitalização não é um problema exclusivo dos bancos. Os próprios empresários têm de perceber as suas vantagens e permitir que se abra o capital das suas empresas. A Caixa tem sido muito ativa neste esforço de sensibilização, com inúmeras iniciativas que promovemos e apoiamos em defesa do empreendedorismo, da capitalização das empresas e da sua iniciativa.

João

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JANEIRO 2015

rescer para o mercado espanhol pode ser bem mais simples do que imagina, com uma parceria fi nanceira capaz de ofe-recer uma estrutura integrada nos seus mercados de origem e de destino. Com cerca de 1000 agências em ambos os países, e uma equipa de Gestores Em-presa habilitada para o ajudar nas suas decisões de gestão, a CGD consegue ain-da garantir uma oferta capaz de respon-der às especifi cidades de cada operação comercial.

Desde logo, com a possibilidade de abertura de conta, a partir de qualquer agência em Portugal, através da qual passará a gerir o seu relacionamento com fornecedores e clientes em Espa-nha, passando pela facilidade das trans-ferências, recurso a pagarés, possibilida-de de levantamentos e ainda a oferta do Passaporte Ibérico. Um serviço “chave na mão” para empresas nacionais e es-panholas que mantenham um interface comercial transfronteiriço.

O foco desta oferta complementa a proposta global da CGD para apoio à ati-vidade das empresas nacionais, onde se inclui uma atenção especial à tesouraria com a Gestão Automática de Tesouraria

Fechar negócioscom ESPANHAé mais fácil

ABERTURA EnCAIXA

Espanha está na primeira linha do esforço de internacionalização das PME nacionais. A CGD dedica especial atenção ao mercado vizinho com uma estrutura robusta de agências em Espanha e Portugal e com um pacote específico de produtos e serviços, como o Passaporte Ibérico.

(GAT), o serviço Caixa MaisTesouraria – para gestão de pagamentos a fornece-dores e recebimentos de clientes – e uma conta corrente para fi nanciamentos de curto prazo.

Esta oferta global inclui ainda solu-ções de investimento e capitalização para os momentos decisivos de crescimento, como sejam o crédito a médio e longo prazo, a Linha PME Crescimento 2014 (ainda em comercialização) ou a Linha Investe QREN, que permite cobertura por garantia mútua até 50% do capital em dívida, prazo alargado até oito anos e a ausência de comissões bancárias.

As vantagens do Passaporte IbéricoCom forte personalização e com um pre-çário vantajoso em diversas operações, o Passaporte Ibérico permite imediata articulação entre o gestor de clientes da CGD e do Banco Caixa Geral, admite ainda um limite de crédito ibérico, muito simples de contratar e fácil de movimen-tar. O objetivo é dar escala à gestão da sua tesouraria e o resultado é a total agi-lização dos movimentos bancários entre a Caixa, o Banco Caixa Geral, a casa--mãe e a sua fi lial ou parceiro comercial.

Como experimentar a conveniência dos pagarés?Bastante vulgarizado no mercado espa-nhol, este meio de pagamento permite--lhe ir ao encontro das especifi cidades lo-cais. Trata-se de uma promessa unilateral

de pagamento, onde o emitente assume as mesmas obrigações que o aceitante de uma letra de câmbio. A Caixa assegura a cobrança de pagarés do outro lado da fronteira, agiliza as operações comerciais e antecipa o seu pagamento com recurso a conta corrente.

As transferências são na horaEste serviço viabiliza fl uxos de dinheiro entre contas da Caixa e do Banco Caixa Geral com crédito imediato e sem custos – quando se trata da mesma empresa ou grupo empresarial. Além disso, permite ainda transferências para outros bancos em Espanha com crédito na conta do be-nefi ciário até 24 horas – com possibili-dade de não se exceder uma margem de 12 horas, se a ordem de transferência for feita até ao meio-dia.

Facilidade nos levamentos Integrar uma rede de negócios implica integrar operações bancárias, nomeada-mente os levantamentos de numerário. Com esta solução, os levantamentos po-dem ocorrer a partir de qualquer agên-cia da Caixa em Portugal ou do Banco Caixa Geral em Espanha. Sempre com informação atualizada para consulta de contas domiciliadas em Espanha ou em Portugal.

Informe-se em qualquer Agência ou Gabinete Empresas da Caixa ou atra-vés do e-mail [email protected]

MERCADOS SALDO POSITIVOÀ LUPA

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EmpresasCaixa

Palavrachave

REDE Vasta rede de agências da Caixa em Portugal e Espanha e uma equipa de gestores dedicada a apoiar as empresas de ambos os países.

e-Banking: Cartões OnBizz e Caixa Break

O Caixa e-Banking, plataforma

de banca eletrónica para

empresas da CGD, oferece

agora funcionalidades adicionais para

os clientes dos cartões Caixa OnBizz e

Caixa Break.

Estes dois cartões empresariais

pré-pagos – para gestão de tesouraria

e do subsídio de refeições para

empregados, respetivamente – oferecem

agora possibilidade de consulta

específica e ativação no Caixa e-Banking,

o que torna o controlo dos seus

movimentos mais simples e imediato.

Para carregar ambos os cartões basta

aceder a Caixa e-Banking em cgd.pt,

mediante o cuidado prévio de solicitar

estes acessos na assinatura de contrato

de adesão ao Caixa e-Banking. No caso

do Caixa Break, aquela funcionalidade

acumula ainda com o passo inicial de

poder solicitar os seus cartões.

Estes movimentos eram apenas viáveis

num portal específico, de gestão

eletrónica de pré-pagos, que passou

agora a ser complementado pela

acessibilidade e conveniência de acessos

do Caixa e-Banking.

O cartão Caixa Break destina-se ao

pagamento do subsídio de alimentação

dos empregados, permitindo que

empresas e empregados beneficiem de

facilidades fiscais em sede de TSU e IRS.

O Caixa OnBizz visa o pagamento de

prémios e incentivos ou adiantamento

e reembolso de despesas,

desburocratizando os processos de

pagamento e facilitando a gestão aos

colaboradores.

Saiba mais em cgd.pt/empresas

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SALDO POSITIVO

PLATAFORMA ONLINEAPOIA O NEGÓCIO INTERNACIONAL

Da Ásia ao continente americano, passando pela Europa e por África, a plataforma Caixa Empresas dá-lhe informação essencial sobre os mercados chave para internacionalizar a sua empresa. Inclui um diretório com a presença mundial da CGD. Tudo para apoio ao negócio.

Internacionalizar a sua empresa ou passar a colocar grande parte da sua produção no mer-cado externo implica, numa primeira etapa, esclarecer-se sobre a realidade que encontrará lá fora. O contexto de negócio nos mercados de destino é um fator crítico de sucesso.

Ponderar cada detalhe, desde o cenário macroeconómico e contexto social, passando pelo enquadramento legal e fi scal, entre muitos

outros indicadores, como potenciais redes de parceria constituem tópicos a relevar no plano de negócios para identifi car oportunidades e ameaças, pontos fortes e pontos fracos de cada destino.

Foi justamente para responder a este tipo de necessidade que a CGD lançou a plataforma de negócio internacional Caixa Empresas.

Visite-a em plataformainternacional.cgd.pt

ABERTURA EnCAIXA MERCADOS À LUPA

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EmpresasCaixa

INFOGRAFIA: Susana Lopes | [email protected]

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ABERTURA EnCAIXA MERCADOS SALDO POSITIVOÀ LUPA

Q ualidade e baixo custo. Dois conceitos que parecem inseparáveis de artigos para o lar mas que Manuel Martino percebeu não estarem sufi cientemente ex-plorados em Portugal. Depois de várias viagens in-ternacionais (em especial a França) para estudar o conceito e o modelo de negócio, o empresário aliou--lhes diversidade e atratividade na apresentação em loja, explorando o design, e lançou o negócio no setor para o qual sempre esteve atento. Estávamos em 2004 e nascia assim, nos arredores de Almada (Sobreda), a primeira Espaço Casa.O sucesso foi imediato. “Era impressionante como os artigos novos que chegavam à loja eram logo levados pelos clientes quando estavam ainda a ser repostos, não chegando nalguns casos sequer ao ex-positor de destino”, lembra José Eduardo Coelho, diretor fi nanceiro da Marec Espaço Casa S.A. Demorou quatro anos a abertura de uma segunda unidade e o salto para a criação, justamente, da Ma-rec Espaço Casa. “Com a abertura em 2008 da se-

gunda loja, em Palmela, numa zona industrial, rapi-damente obtivemos uma resposta positiva por parte dos clientes e sentimos que a aposta estava ganha”, refere José Eduardo Coelho. O conceito de negócio estava validado pelo público e, por isso, bem defi ni-do: “Uma grande variedade de produtos para o lar, de cores e formas modernas, tendo em comum um uso muito prático no quotidiano e preços acessíveis e de boa relação com a qualidade.”No ano seguinte, inicia-se a expansão geográfi ca da Marec Espaço Casa com a criação de uma rede nacional de lojas. Atualmente, existem 48 unidades Espaço Casa, em pontos tão diversos como Guarda, Chaves, Évora e Funchal. Não se confi nando ao território português, a empre-sa de utilitários para o lar começou o seu processo de internacionalização em 2012, abrindo uma loja em Badajoz, no centro comercial El Faro. De 2012 para cá, a expansão intensifi cou-se, no sentido de um maior número de lojas e localizações mais distan-

4 pontosa destacar

O departamento de compras da Marec Espaço Casa contacta diretamente as fábricas, sem intermediários, com vantagens para o consumidor no preço final.

A empresa tem cerca de 600 funcionários em território nacional.

Em 2014, o volume de negócios global rondou os 55 milhões de euros.

Objetivos para os próximos três anos na rede de lojas: presença em todas as capitais nacionais de distrito, 40 em Espanha e 10 em Angola.

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MAREC

A margem que está a inundar o mundoArtigos para casa com boa relação qualidade-preço e design inovador. A fórmula nasceu na Margem Sul do Tejo, espalhou-se pelo País e já entrou em Espanha e Angola.

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EmpresasCaixa

Consolidar a indústria é prioridade

Na primeira linha do apoio ao

tecido produtivo e à indústria,

a CGD tem uma oferta ampla

em três frentes essenciais. Desde

o investimento (linhas protocoladas

pela Caixa – PME Crescimento 2014,

Investe QREN, Linha Garantia Mútua

FEI 2013-2015, entre outras –; Linha

Caixa Capitalização; Solução Caixa

Empresas Energias Renováveis), ao

apoio à atividade (antecipação de

recebimentos através de limites de

crédito para desconto comercial; Caixa

MaisTesouraria; um limite de crédito para

gerir os pagamentos a fornecedores e

os recebimentos de clientes) e ainda

no apoio à gestão corrente (através de

limites para financiamentos de curto

prazo, emissão de garantias bancárias

e produtos de comércio externo para

apoiar as suas exportações).

Programa Portugal 2020

A Caixa assegura o

financiamento de projetos

aprovados no Sistema de

Incentivos do QREN ou no programa

Portugal 2020, com financiamento a

médio e longo prazo (complementar às

principais linhas protocoladas, como a

PME Crescimento e a Investe QREN),

com financiamento a curto prazo para

antecipar o recebimento de subsídios.

Tem ainda garantias bancárias para

apoio aos projetos de investimento e

declarações de intenção ou aprovação do

financiamento. Neste apoio ao Portugal

2020, destaque ainda para a cobertura

financeira integral do investimento,

o acompanhamento financeiro ao

longo do processo de candidatura e o

aconselhamento experiente pela rede de

gestores Caixa Empresas.

Saiba mais em cgd.pt/empresas

tes: três em Madrid (estando prevista a abertura de outras três já este trimestre) e seis em Angola (cinco em Luanda e uma em Benguela). Na entrada em Espanha, a Caixa foi preponderante, uma vez que todo o apoio fi nanceiro a esta operação foi dado via Banco Caixa Geral (Grupo Caixa).

Inovação nos produtos… e nos processosO crescimento da Marec Espaço Casa está direta-mente associado à inovação e ao empreendedorismo – sempre perseguidos. A empresa não pretende ser um mero elo fi nal (ven-dedor) na cadeia de valor que leva os produtos, des-de a sua conceção, ao cliente. Por isso, visita diaria-mente as fábricas fornecedoras, às quais apresenta propostas criativas para os artigos, concebendo-os assim em conjunto. Na mesma lógica, tem desde 2010 a sua marca própria para todos os setores em que opera. Conforme refere José Eduardo Coelho,

“está devidamente personalizada através de um de-partamento de design que cria a linha dos produtos e respetivas embalagens, enquadrando-as na essência da imagem e da insígnia”. No campo da inovação comercial, a disposição das lojas Espaço Casa privilegia a atratividade, de modo a ser o primeiro fator que pode levar o cliente a com-prar. O produto é exposto por cor, sem barreiras para o público, convidando-o assim a ver toda a loja.Em todo este percurso de afi rmação até chegar ao sucesso, a Caixa revelou-se fundamental. “Tem um papel muito importante, já que foi o nosso primeiro banco. Apoiou-nos sempre que era necessário e está connosco desde o início do projeto”, sublinha o dire-tor fi nanceiro. Além da entrada em Espanha, a Caixafoi decisiva no começo da importação direta de mercadoria do Oriente, em 2011, disponibilizando instrumentos fi nanceiros como as linhas Especiais PME, linhas de Comércio Externo, leasing, TPA nas lojas, confi rming e Passaporte Ibérico.

Veja on-line o vídeo da Marec Espaço Casa

José Eduardo Coelho, diretor financeiro da Marec Espaço Casa

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12 EmpresasCaixa

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ABERTURA EnCAIXA MERCADOS SALDO POSITIVOÀ LUPA

Da divina pera-rocha à fruta tropical. Da fruta fresca cortada à fruta crocante desidratada. O Grupo Luís Vicente produz milhões de quilos para outros tantos milhões de consumidores, em quatro continentes.

NO REINO DOS SABORES NATURAIS

Empresa de génese familiar, que opera num setor de ati-vidade tradicional, com 50 anos de existência, situada fora das grandes áreas urbanas. Não, não é o retrato de mais um caso de crise na economia. É antes o perfi l da empresa líder nacional no setor hortofrutícola, já com grande expressão internacional, não só pelo que expor-ta como pela presença corpórea nos próprios mercados. O Grupo Luís Vicente S.A. é o exemplo vivo de que o sucesso não está interdito a nenhuma área de atividade, mas à mercê da competência e do sentido estratégico aliados à vontade de crescer.

A empresa da Freixofeira (concelho de Torres Vedras) comercializa anualmente mais de 50 mil toneladas de frutas e legumes, e fá-lo em 38 países e quatro continen-tes. O administrador executivo do Grupo Luís Vicente, Manuel Évora, explicou ao Caixa Empresas que há “três

áreas bem vincadas” de oferta: a produção em Portugal; a produção internacional localizada e a produção interna-cional segundo uma estratégia de procurement.

A produção nacional é assegurada pela Globalfrut – a organização de cerca de 100 produtores constituída pelo Grupo Luís Vicente –, atingindo 15 a 20 mil toneladas, nas quais a pera-rocha assume preponderância (dois ter-ços do total).

O Brasil e a Costa Rica são as duas plataformas para a produção internacional do Grupo Luís Vicente, benefi -ciando da parceria com produtores locais. As frutas tropi-cais (manga, papaia, mamão, abacaxi) são o “prato forte” da plantação nestes dois países, num total que ronda as 17 mil toneladas ao ano. Estas frutas são comercializadas sob a chancela de uma marca própria criada para o efeito, a Plump.

Relativamente ao terceiro eixo de atuação, onde os produtos são adquiridos em função das especifi cações dos clientes, o Grupo Luís Vicente posiciona-se, durante

todo o ano, em operações de compra nas zonas do mundo onde são produzidos os melhores produtos aos melhores preços.

No percurso de empresa, que evoluiu de negócio à es-cala regional – criada por Luís Vicente há meio século – a player internacional bem assumido no mercado das fru-tas, sobressai o sentido estratégico. Manuel Évora aborda, justamente, o modo como foi encarada a comercialização no estrangeiro e o que a tornou um ponto-chave na estra-tégia global do Grupo: “Existem duas formas distintas de se abordar a internacionalização das empresas. Uma delas, a mais corrente, consiste apenas na exportação de produtos. Outra das formas é estar presente no mundo global, criando estruturas internacionais próprias de pro-dução e distribuição, o que já fazemos desde 2007.”

Sintomático do seu perfi l inovador, o Grupo Luís Vicente criou a empresa Nuvi Fruits, entrando na área fabril das frutas e legumes (com um investimento de dois milhões de euros na unidade de fruta fresca cortada).

GRUPO LUÍS VICENTE

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EmpresasCaixa

A estrutura posiciona-se, por um lado, no mercado da fruta fresca cortada pronta a consumir e das sobremesas de fruta (com marca própria); por outro, num investi-mento em desenvolvimento de frutas desidratadas 100 por cento crocantes (também com designação autóno-ma, a Frubis).

A Caixa, conforme refere o administrador executivo do Grupo, tem sido um parceiro da maior importância para a Luís Vicente: “A parceria com a CGD é de longa data e é um dos pilares fi nanceiros que tem suportado o crescimento da empresa.” Manuel Évora sublinha que “a CGD faz parte dos que confi am e acreditam na Luís Vicente como a melhor empresa de frutas a operar em Portugal” e, “sem dúvida, muito contribuiu para este sucesso”. O “apoio a determinados investimentos gera-dores de maior rentabilidade e o suporte à internacio-nalização (estabilidade no fi nanciamento de produções longínquas e suporte nas relações internacionais)” mate-rializam este apoio da Caixa.

Soluções integradas para o seu comércio

Desde a gestão da tesouraria

à gestão de pagamentos e do

investimento para ampliar o seu

negócio, a oferta Comércio e Serviços

da CGD tem resposta integrada às

necessidades de cada negócio ou loja.

A solução Netcaixa agiliza os

recebimentos com um TPA, físico ou

virtual, com possibilidade de tecnologia

contactless e um conjunto único de

funcionalidades e vantagens, como a

devolução de parte da tarifa de serviço

em pagamentos com cartões da Caixa.

O cartão OnBizz facilita pagamentos

correntes com maior controlo sobre

as despesas através desta modalidade

de pré-pago.

Para necessidades de investimento,

a CGD tem soluções no âmbito

das linhas de crédito protocoladas

(PME Crescimento, Investe QREN ou

Comércio Investe para candidaturas

aprovadas ao abrigo da Medida

Comércio Investe) e de financiamento

a médio/longo prazo ou de leasing

(imóveis ou equipamentos).

Saiba mais em cgd.pt/empresas

Manuel Évora, administrador executivo do Grupo Luís Vicente

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3 pontos a destacar

A Luís Vicente tem mais de 500 clientes em todo o mundo.

Próximos passos: abertura de uma estrutura na Colômbia (a somar ao Brasil, Costa Rica, Holanda e Espanha); aumento da área de produção de abacaxi e início da produção de mandioca (Costa Rica); projeto fabril em Portugal de fruta 100% crocante.

Números em Portugal: 270 trabalhadores; 53 milhões de euros de volume de negócios (25% para exportação) e quatro unidades de distribuição (Freixofeira, Sobral da Lourinhã, MARL e Açores.

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Veja on-line o vídeo do Grupo Luís Vicente

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JANEIRO 2015

Até à data da migração, em agosto de 2014, as empresas tiveram que responder às exigências SEPA. Nalguns casos no entanto, é importante ainda fechar este novo ciclo com a aplicação do formato ISO20022 XML para comunicações com prestadores de serviços de pagamento. A Área Única de Pagamentos em Euros (SEPA – Single Euro Payments Area, no original em inglês) é um projeto europeu que tem como objetivo criar uma infra-estrutura comum de pagamentos em 34 países, eliminando as distinções entre pa-gamentos nacionais e internacionais, que passam a ser regidos pelas mesmas regras.

O que é a SEPA?A Área Única de Pagamentos em Eu-

Uniformizar as condições, os direitos e as obrigações de particulares e empresas no que diz respeito a pagamentos e transferências em euros, independentemente da localização. Eis o objetivo do projeto europeu SEPA.

SEPA: Novo formato de comunicações nos PAGAMENTOS

ros é um espaço geográfi co onde par-ticulares, empresas e outros agentes económicos podem efetuar e receber pagamentos em euros. Isto em idênti-cas condições, direitos e obrigações, qualquer que seja a sua localização, e sendo eliminadas as diferenças entre os pagamentos nacionais (dentro das fronteiras de cada país) e transfrontei-riços (entre países).

Quais os instrumentosde pagamento disponíveis no SEPA?No âmbito da SEPA, estão disponíveis instrumentos de pagamento, as Transfe-rências a Crédito SEPA e os Débitos Di-retos SEPA, através dos quais qualquer

cidadão, empresa ou instituição pode fa-zer ou receber pagamentos em euros, no espaço SEPA.

Quais as vantagenspara as empresas? Maior rigor e efi ciência na gestão fi -nanceira, podendo realizar transferên-cias a crédito e débitos diretos em todo o espaço SEPA através de uma única conta bancária;

Maior efi cácia na execução de transfe-rências com a utilização do identifi ca-dor de conta IBAN;

Redução de custos e de tempo devido à centralização de pagamentos e de li-quidez;

Simplifi cação da gestão e controlo de

ABERTURA EnCAIXA MERCADOS SALDO POSITIVOÀ LUPA

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3 pontosa destacar

Obriga à conversão do formato usado nas comunicações dos serviços de pagamento. Até 1 de Fevereiro de 2016, opte pelo ISO20022 XML.

Elimina as diferenças existentes entre pagamentos nacionais e transfronteiriços entre os 34 países SEPA.

Estão disponíveis transferências a crédito e débitos diretos paneuropeus.

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pagamentos, com a uniformização de procedimentos;

Maior escolha dos Prestadores de Ser-viços de Pagamento (PSP);

Serviços de valor acrescentado que melhoram o processo de pagamentos: faturação eletrónica; reconciliação ele-trónica (das faturas com os pagamentos e a atualização automática das contas do pagador); e soluções de pagamento para banca via Internet.

O que é exigidoàs empresas? A grande prioridade é aproveitar a data de 1 de Fevereiro de 2016, até à qual Portugal obteve a derrogação necessá-ria para as conversões exigidas em ma-

téria de interface com os prestadores de serviços de pagamento, bancos ou outros;

Utilizar, portanto, o formato ISO20022 XML na comunicação com os seus prestadores de serviços de pagamento;

Usar o IBAN para identifi car as contas de pagamento;

Pedir esta informação a clientes, forne-cedores e colaboradores, e comunicar os dados das contas da empresa aos parceiros de negócio;

Comunicar aos clientes ou devedores o novo número de entidade credora.

Consulte toda a informação sobre a SEPA em www.cgd.pt/empresas

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