revestimento cerÂmico em fachadas estudo das … · as trincas são rupturas no corpo da placa...
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Programa de Melhoria da Comunidade da Construção
Revestimento Cerâmico em Fachadas
REVESTIMENTO CERÂMICO EM FACHADAS ESTUDO DAS CAUSAS DAS PATOLOGIAS
RELATÓRIO DA PESQUISA
C. Rolim Engenharia Ltda
Caltech Engenharia
Construtora Colmeia
Construtora LCR
Construitora Marquise S.A.
Construtora Nossa Senhora de Fátima
Diagonal Engenharia
Fujita Engenharia Ltda
Konnen Ltda
Placic Ltda
Porto Freire
Reata Arq. Engenharia Ltda
Rolim Machado Ltda
Fortaleza 2004
REVESTIMENTO CERÂMICO EM FACHADAS - ESTUDO DAS CAUSAS DAS PATOLOGIAS
Comunidade da Construção - Fortaleza 2
Ma Aridenise Macena Fontenelle Prof. da UNIFOR e Pesq. do NPT
Yolanda Montenegro de Moura Estudante de Engenharia Civil - UNIFOR
Empresas participantes do Programa de Melhoria da Comunidade da Construção de
Fortaleza
• C. Rolim Engenharia Ltda
• Caltech Engenharia
• Construtora Colméia
• Construtora Marquise S.A
• Construtora Nossa Senhora de Fátima
• Diagonal Engenharia Ltda
• Fujita Engenharia Ltda
• Konnen Ltda
• Placic Ltda
• Construtora LCR
• Reata Arq. Engenharia Ltda
• Rolim Machado Ltda
REVESTIMENTO CERÂMICO EM FACHADAS - ESTUDO DAS CAUSAS DAS PATOLOGIAS
Comunidade da Construção - Fortaleza 3
RESUMO
Esta pesquisa foi realizada no período de setembro a novembro de 2003, com dez construtoras
participantes do Programa de Melhoria da Comunidade da Construção Civil de Fortaleza, das quais
duas enviaram mais dois questionários, resultando em 14 obras analisadas. O questionário
respondido por e -mail considerou os aspectos citados a seguir: estrutura de concreto (número de
pavimentos, tipo de fundação, tipo de laje, prazos do empreendimento); projetos (elaboração de um
projeto específico e itens que constam no projeto); planejamento (argamassa, teste em painéis,
substrato, condições de preparo da argamassa, verificação e avaliação de aplicação da argamassa,
planejamento físico e específico para execução de revestimento); suprimentos (tipo de mão -de -obra
para aplicação do revestimento e recebimento dos materiais) e produção (treinamento para
aplicadores e etapas da execução). Os resultados do estudo mostraram que apenas duas empresas
não apresentam problemas de patologia nos revestimentos cerâmicos das fachadas. Sendo que uma
delas utiliza o método de assentamento de cerâmica úmido sobre úmido, e a outra argamassa
industrializada. Todas as demais utilizam este segundo método, entretanto a empresa que não
registrou patologias elabora o projeto de produção do revestimento externo e tem controle do
processo.
REVESTIMENTO CERÂMICO EM FACHADAS - ESTUDO DAS CAUSAS DAS PATOLOGIAS
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SUMÁRIO
RESUMO.................................................................................................................................3
SUMÁRIO................................................................................................................................4
1. INTRODUÇÃO ..................................................................................................................5
2. PATOLOGIAS NO REVESTIMENTO CERÂMICO...........................................................6
2.1. DESTACAMENTOS ..........................................................................................................6
2.2. TRINCAS, GRETAMENTO E FISSURAS................................................................................7
2.3. EFLORESCÊNCIA............................................................................................................8
2.4. DETERIORAÇÃO DAS JUNTAS...........................................................................................9
3. PRÁTICA USUAL NA EXECUÇÃO DO REVESTIMENTO DE FACHADA....................11
3.1. METODOLOGIA .......................................................................................................11
3.2. RESULTADOS..........................................................................................................12
3.2.1. Quantitativos.......................................................................................................12
3.2.2. Qualitativos .........................................................................................................21
4. ESTUDO DE CASO ........................................................................................................27
4.1. RESULTADOS GERAIS...................................................................................................28
4.1.1. Tipologia das obras.............................................................................................28
4.1.2. Tipo de estudo realizado.....................................................................................29
4.1.3. Informações coletadas nas entrevistas realizadas com engenheiros
das obras ............................................................................................................29
4.1.4. Ensaios laboratoriais...........................................................................................31
4.1.5. Diagnóstico dos problemas.................................................................................36
5. CONSIDERAÇÕES FINAIS ............................................................................................39
6. BIBLIOGRAFIA...............................................................................................................41
REVESTIMENTO CERÂMICO EM FACHADAS - ESTUDO DAS CAUSAS DAS PATOLOGIAS
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1. INTRODUÇÃO
Este estudo foi dividido em duas etapas, sendo que a primeira estapa envolveu um
levantamento da prática usual na execução do revestimento cerâmico em fachadas das
empresas envolvidas no programa de melhoria. A segunda etapa foi a análise de casos
patológicos em 4 obras de forma que no final das duas etapas pode -se identificar os itens
para ações que poderiam minimizar as patologias.
Objetivo: Identificar as causas das patologias em revestimento cerâmico em fachadas de
forma a propor as ações para minimizar estas patologias.
Inicialmente é apresentada as patologias em revestimento cerâmico mais comuns neste tipo
de revestimento: destacamento, trincas, gretamento e fissuras, eflorescência e deterioração
das juntas.
REVESTIMENTO CERÂMICO EM FACHADAS - ESTUDO DAS CAUSAS DAS PATOLOGIAS
Comunidade da Construção - Fortaleza 6
2. PATOLOGIAS NO REVESTIMENTO CERÂMICO
De acordo com CAMPANTE e BAIA (2003), a patologia dá -se quando uma parte do edifício,
em algum momento de sua vida útil, deixa de apresentar desempenho previsto. As
patologias nos revestimentos cerâmicos podem ter origem na fase de projeto - quando são
escolhidos materiais incompatíveis com as condições de uso, ou quando os projetistas
desconsideram as interações do revestimento com outras partes do edifício (esquadrias, por
exemplo), ou na fase de execução - quando os assentadores não dominam a tecnologia de
execução, ou quando os responsáveis pela obra não controlam corretamente o processo de
produção.
As patologias são evidenciadas por alguns sinais que, embora muitas vezes apareçam em
alguns componentes, podem ter origem em outros componentes de revestimento. Quando
há destacamento da placa cerâmica, isto não significa necessariamente que o problema foi
causado pela própria placa, o problema pode ter sido causado, por exemplo, por falta de
treinamento de mão -de -obra, que não respeitou o tempo em aberto da massa colante .
Dentre as patologias dos revestimentos cerâmicos estão: os destacamentos de placas; as
trincas, gretamento e fissuras; as eflorescências e deterioração das juntas.
2.1. Destacamentos
Os destacamentos são caracterizados pela perda de aderência das placas cerâmicas do
substrato, ou da argamassa colante, quando as tensões surgidas no revestimento cerâmico
ultrapassam a capacidade de aderência das ligações entre a placa cerâmica e argamassa
colante e/ou emboço. Devido à probabilidade de acidentes envolvendo os usuários e os
custos para seu reparo, esta patologia é considerada mais séria.
O primeiro sinal desta patologia é a ocorrência de um som cavo (oco) nas placas cerâmicas
(quando percutidas), ou ainda nas áreas em que se observa o estufamento da camada de
acabamento (placas cerâmicas e rejuntes), seguido do destacamento destas áreas, que
pode ser imediato ou não. Geralmente estas patologias ocorrem nos primeiros e últimos
andares do edifício, devido ao maior nível de tensões observados nestes locais.
As causas destes problemas são :
REVESTIMENTO CERÂMICO EM FACHADAS - ESTUDO DAS CAUSAS DAS PATOLOGIAS
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• Instabilidade do suporte, devido a acomodação do edifício como um todo.
• Deformação lenta (fluência) da estrutura de concreto armado, variações higrotérmicas e
de temperatura, características um pouco resilientes dos rejuntes.
• Ausência de detalhes construtivos (contravergas, juntas de dessolidarização).
• Utilização da argamassa colante com um tempo em aberto vencido; assentamento sobre
superfície contaminada.
• Imperícia ou negligência da mão -de -obra na execução e/ou controle dos serviços
(assentadores, mestres e engenheiros).
Uma outra forma de se evitar a ocorrência deste tipo de patologia, além de corrigir todos os
passos citados anteriormente, seria evitar a execução dos revestimentos cerâmicos em uma
fase da construção em que o suporte ainda esteja recém -executado, evitando -se assim as
retrações que podem ocasionar tensões não consideradas no projeto do revestimento
cerâmico.
A recuperação desta patologia é extremamente trabalhosa e, na maior parte das vezes, cara
também, já que o reparo localizado nem sempre é suficiente para acabar com o problema,
que volta a ocorrer em outras áreas do revestimento cerâmico. Muitas vezes a solução é a
retirada total do revestimento, podendo -se chegar até ao emboço e se refazer todas as
camadas.
2.2. Trincas, gretamento e fissuras
Estas patologias aparecem por causa da perda de integridade da superfície da placa
cerâmica, que pode ficar limitada a um defeito estético (no caso de gretamento), ou pode
evoluir para um destacamento (no caso de trincas).
As trincas são rupturas no corpo da placa cerâmica provocadas por esforços mecânicos, que
causam a separação das placas em partes, com aberturas superiores a 1 mm. As fissuras
são rompimentos nas placas cerâmicas, com aberturas inferiores a 1 mm e que não causam
a ruptura total das placas. O gretamento é uma série de aberturas inferiores a 1 mm e que
ocorrem na superfície esmaltada das placas, dando a ela uma aparência de teia de aranha.
No quadro 1, CAMPANTE e BAIA (2003) explicam as causas das trincas, gretamento e fissuras.
REVESTIMENTO CERÂMICO EM FACHADAS - ESTUDO DAS CAUSAS DAS PATOLOGIAS
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Quadro 1 - Causas das trincas, gretamento e fissuras
Causa das trincas, gretamento e
fissuras
Descrição
Dilatação e retração das placas cerâmicas
Este problema ocorre quando há variação térmica e/ou de umidade (a expansão por umidade é uma característica limitada em 0,6 mm/m pela NBR 13818). Estas variações geram um estado de tensões internas que, quando ultrapassam o limite de resistência da placa cerâmica, causam trincas e fissuras, e, quando ultrapassam o limite de resistência da camada de esmalte, causam gretamento.
Deformação estrutural excessiva
Esta deformação do edifício pode criar tensões na alvenaria que, quando não são completamente absorvidas, podem ser transferidas aos revestimentos. Estes, por sua vez, podem não resistir ao nível de tensões, rompendo -se e, muitas vezes, destacando -se do substrato.
Ausência de detalhes construtivos
A falta de alguns detalhes construtivos, tais como vergas, contravergas nas aberturas de janelas e portas, pingadeiras nas janelas, platibandas e juntas de movimentação, podem ajudar a dissipar as tensões que chegam até os revestimentos.
Retração da argamassa de fixação
Este problema ocorre quando se usa argamassa de fixação dosada em obra em vez de argamassa colante industrializada. A retração da argamassa causada pela hidratação do cimento podem causar um aperto ou “beliscão” na placa cerâmica que, por estar firmemente aderida a argamassa, pode tornar a superfície convexa e tracionada, causando gretamento, fissuras ou mesmo trincas nas placas cerâmicas.
Fonte: Adaptado de CAMPANTE e BAIA (2003).
Estas patologias ocorrem normalmente nos primeiros e últimos andares do edifício, geralmente pela
falta de especificação de juntas de movimentação e detalhes construtivos adequados. A inclusão
destes elementos no projeto de revestimento e o uso da argamassas bem dosadas ou colantes
podem evitar o aparecimento destes problemas.
2.3. Eflorescência
Este problema é evidenciado pelo surgimento na superfície no revestimento, de depósitos
cristalinos de cor esbranquiçada, comprometendo a aparência do revestimento. Estes
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Comunidade da Construção - Fortaleza 9
depósitos surgem quando os sais solúveis nas placas de cerâmicas, nos componentes na
alvenaria, nas argamassas de emboço, de fixação ou de rejuntamento, são transportados
pela água utilizada na construção, ou vinda de infiltrações, através dos poros dos
componentes de revestimento (placas cerâmicas não esmaltadas, rejuntes). Estes sais em
contato com o ar solidificam, causando depósitos. Em algumas situações (ambientes
constantemente molhados) e com alguns tipos de sais (de difícil secagem), estes depósitos
apresentam -se como uma exsudação na superfície.
Não haverá ocorrência deste problema, quando eliminado qualquer um desses fatores: sais
solúveis, presença de água ou porosidade do componente de revestimento.
Algumas precauções podem ser tomadas para evitar a eflorescência:
• Reduzir o consumo de cimento Portland na argamassa de emboço ou usar cimento com
baixo teor de álcalis.
• Utilizar placas cerâmicas de boa qualidade, ou seja, queimadas em altas temperaturas (o
que elimina os sais solúveis de sua composição e a umidade residual).
• Garantir o tempo necessário para secagem de todas as camadas anteriores à execução
de revestimento cerâmico.
Para a remoção dos depósitos nas áreas já comprometidas com a ocorrência deste
problema, pode -se recorrer a uma simples lavagem da superfície do revestimento, o que
geralmente já é suficiente para a eliminação dos depósitos, mas eles podem voltar a ocorrer,
principalmente se as condições continuarem a serem propícias. Com o passar do tempo,
porém, o problema tende a diminuir, à medida em que os sais forem sendo eliminados.
Quanto à limpeza do revestimento cerâmico, deve -se evitar o uso de ácido muriático. Caso seja
necessário seu uso, fazê -lo em concentrações baixas e em pequena quantidade, enxaguando muito
bem a superfície após seu uso.
2.4. Deterioração das juntas
Este problema, apesar de afetar diretamente as argamassas de preenchimento das juntas
de assentamento (rejuntes) e de movimentação, compromete o desempenho dos
revestimentos cerâmicos como um todo, já que estes componentes são responsáveis pela
estanqueidade do revestimento cerâmico e pela capacidade de absorver deformações. Os
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Comunidade da Construção - Fortaleza 10
sinais de que está ocorrendo uma deterioração das juntas são: perda de estanqueidade da
junta e envelhecimento do material de preenchimento.
A perda da estanqueidade pode iniciar -se logo após a sua execução, através de
procedimentos de limpeza inadequados. Estes procedimentos de limpeza podem causar
deterioração de parte do material aplicado (uso de ácidos e bases concentrados), que,
somados ataques de agentes atmosféricos agressivos e/ou solicitações mecânicas por
movimentações estruturais, podem causar fissuração (ou mesmo trincas) bem como
infiltração de água.
O envelhecimento das juntas entre componentes, por serem preenchidas com materiais à
base de cimento, normalmente não representa grandes problemas, já que o cimento é um
material de excelente durabilidade, desde que bem executado. Sua deterioração é
observada quando na presença de agentes agressivos, como a chuva ácida ou
aparecimento de fissuras. Quando estes rejuntes possuem uma quantidade grande de
resinas, deve -se considerar que estas são de origem orgânica e podem envelhecer, além
de perder a cor (caso sejam responsáveis pela coloração das juntas de assentamento).
As juntas de movimentação são preenchidas com selantes à base de poliuretano,
polissulfetos, silicone, dentre outros. Estes materiais de origem orgânica apresentam
durabilidade variadas, geralmente em torno de 5 anos, embora existam materiais no
mercado que possuem garantia de 20 anos. Sua deterioração é causada também por
microorganismos, razão pela qual, após o período de garantia, devem ser inspecionados e
trocados.
As maneiras de se evitar a ocorrências desta patologia estão diretamente ligadas ao controle
da execução do rejuntamento / preenchimento das juntas de movimentação, bem como à
escolha de materiais de preenchimento que atendam aos requisitos de projeto.
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3. PRÁTICA USUAL NA EXECUÇÃO DO REVESTIMENTO DE FACHADA
Realizada no período de setembro a novembro de 2003, com dez construtoras participantes
do Programa de Melhoria da Comunidade da Construção Civil de Fortaleza, das quais duas
enviaram mais dois questionários, resultando em 14 obras analisadas. O questionário
respondido por e -mail considerou os aspectos citados a seguir: estrutura de concreto
(número de pavimentos, tipo de fundação, tipo de laje, prazos do empreendimento); projetos
(elaboração de um projeto específico e itens que constam no projeto); planejamento
(argamassa, teste em painéis, substrato, condições de preparo da argamassa, verificação e
avaliação de aplicação da argamassa, planejamento físico e específico para execução de
revestimento); suprimentos (tipo de mão -de -obra para aplicação do revestimento e
recebimento dos materiais) e produção (treinamento para aplicadores e etapas da
execução).
3.1. METODOLOGIA
Esta pesquisa foi realizada no período de setembro a novembro de 2003, com dez
construtoras, das quais duas enviaram mais dois questionários, resultando em 14 obras. O
questionário respondido por e -mail abordava os aspectos sintetizados no quadro 2.
Quadro 2 - Detalhamento dos aspectos pesquisados.
Aspectos pesquisados Detalhamento
Estrutura de concreto Número de pavimentos, tipo de fundação, tipo de laje, prazos do empreendimento.
Projetos Elaboração de um projeto específico e itens que constam no Projeto.
Planejamento Argamassa, teste em painéis, substrato, condições de preparo da argamassa, verificação e avaliação de aplicação da argamassa e planejamento físico e específico para execução de revestimento.
Suprimentos Tipo de mão -de -obra para aplicação do revestimento e recebimento dos materiais.
Produção Treinamento para aplicadores e etapas da execução. Controle tecnológico - Outros -
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3.2. RESULTADOS
A pesquisa gerou resultados quantitativos e qualitativos conforme descritos a seguir.
3.2.1. Quantitativos
Das 14 obras pesquisadas 72%, são edifícios com mais de 20 pavimentos, conforme mostra
o gráfico 1.
7% 7%
72%
14%
até 03
De 04 até 19
Mais de 20
Nãoresponderam
Gráfico 1 - Número de pavimentos
A estaca é o tipo de fundação mais utilizado na maioria dos edifícios pesquisados, sobretudo
se considerarmos as pré -moldadas e moldadas in loco que juntos representam 57% (ver o
gráfico 2).
29%
7%21%
36%
7%
Bloco
Sapata
Estaca pré-moldadaEstaca moldain locoOutros
Gráfico 2 - Tipo de fundação
A laje nervurada foi a solução adotada por 60% das obras estudadas conforme o gráfico 3.
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20%
60%
13% 7% Maciça
Nervurada
Protendida
Outros
Gráfico 3 - Tipo de laje
Através do gráfico 4, observamos que 21% dos empreendimentos são executados em até 48
meses .
7% 14%
21%7%
51%
Até 12 meses
Até 24 meses
Até 48 meses
Acima de 48mesesNão responderam
Gráfico 4 - Prazos do empreendimento
A maioria das empresas não possui um projeto específico para revestimento de argamassa,
observar no gráfico 5.
43%
50%
7%Sim
Não
NãoResponderam
Gráfico 5 - Elaboração do projeto específico para revestimento de argamassa
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Os itens que as construtoras pesquisadas priorizam mais em relação ao projeto são:
memorial de especificações dos materiais (50%) e a definição geométrica (50%) (ver na
tabela 1).
Tabela 1 - Itens que constam no projeto
Itens que constam no projeto % de empresas
Memorial de especificação dos materiais 50%
Definição Geométrica, posicionamento e detalhes 50%
Memorial Executivo 29%
Definições de controle de execução 7%
Definições de controle tecnológico 7%
Definição de rotina de manutenção e inspeção 7%
Das amostras estudadas na pesquisa, verificou -se que 79% dos substratos são executados
com argamassa dosada em obra (gráfico 6).
79%
7%14%
Dosada em obra
Argamassaindustrializada
Não responderam
Gráfico 6 - Tipo de argamassa usada no substrato
Pelas respostas obtidas nos questionários, a maioria não se manifestou sobre a utilização de
painéis em seus canteiros. Dos que responderam, apenas 7% localiza no subsolo, bandeja e
outros, de acordo com gráfico 7.
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7% 7%7%
79%
No subsolo
Bandeja
Outros
Não responderam
Gráfico 7 - Local de painéis
A escovação é o tipo de procedimento mais utilizado pelas empresas estudadas para
melhorar aderência do concreto, sobretudo se considerarmos a escovação manual e
mecânica que juntas representam 44%, conforme mostra o gráfico 8 .
36%
29%7%
7%
21%
EscovaçãomanualLavagem
Escovaçãomecânica Outros
Não reponderam
Gráfico 8 - Substrato: Concreto (1)
A maioria das empresas, (44%), utilizam o chapisco convencional com aditivo, ver no gráfico
9.
14%14%
44%
14%14%
Convencional 1:3
Preparado emobra Convencional 1:3com aditivoManual
Não responderam
Gráfico 9 - Aplicação chapisco (1)
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Das empresas que responderam, 14% usam como substrato alvenaria de tijolo cerâmico e
14% bloco de concreto, conforme o gráfico 10.
14%14%
72%
Alvenaria de tijiolocerâmico
Bloco de concreto
Não responderam
Gráfico 10 - Substrato (2)
Das amostras estudadas, 21% executam algum tipo de limpeza do substrato, de acordo com
gráfico 11.
14%7%
79%
Escovação manual
Lavagem
Não responderam
Gráfico 11 - Preparo da base
Com relação à aplicação do chapisco, observamos que a maioria das obras utilizam
chapisco convencional, aplicado manualmente, observar no gráfico 12.
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30%
14%14%
21%
21%
Convencional 1:3
Preparo em obra
Convencional 1:3com aditivoManual
Não responderam
Gráfico 12 - Aplicação do chapisco (2)
No que se refere às condições de preparo da argamassa, 22% faz o uso da mistura
mecânica, 14% utiliza as recomendações de embalagem ou quantidade de água definida
pelo responsável pelo teste ou controlada pelos operadores (ver na tabela 2).
Tabela 2 - Condições de preparo da argamassa
Itens avaliados no processo de preparo da argamassa % de empresas
Testa mais de um tipo de argamassa 7%
Utiliza as recomendações de embalagem 14%
Quantidade de água é definida pelo responsável pelo teste 14%
Quantidade de água da mistura é controlada pelo operador 14%
Faz o uso de mistura mecânica 22%
Com relação à espessura do revestimento, 14% é definido pelo responsável ou utiliza
padrão de 3 cm ou usa outro método, de acordo com gráfico 13.
14%14%
14%58%
Definido peloresponsável
Padrão de 3 cm ouputro valor
Outros
Não responderam
Gráfico 13 - Espessura de revestimento
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Através da tabela 3, observa -se que poucas empresas utilizam algum tipo de controle na
aplicação das argamassas.
Tabela 3 - Verificação e avaliação de aplicação das argamassas.
Itens avaliados na aplicação das argamassas % de empresas
Testa duas cheias/ duas chapadas no úmido sobre úmido 0%
Testa duas cheias úmido sobre seco 0%
Tempo de puxamento 7%
Faz amostragem da argamassa fresca para ensaios laboratoriais 7%
Rendimento da argamassa 7%
Resistência Superficial 7%
Fissuras por retração plástica 14%
Textura 14%
Trabalhabilidade 14%
Ensaio de aderência 22%
Verificamos que 65% da mão -de -obra usada para aplicação de revestimento é própria, de
acordo com o gráfico 14.
65%21%
14%Própria
Terceirizada
Não responderam
Gráfico 14 - Mão -de -obra para aplicação de revestimento
O tipo de controle de materiais executado pelas empresas pesquisadas é mostrado na
tabela 4.
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Tabela 4 - Recebimento de materiais
O tipo de controle de materiais executado pelas empresas % de empresas
Exige Laudo de caracterização dos materiais - (Água e Areia) 14%
Consulta normas referentes a materiais. Quais? 14%
Faz algum controle expedito no recebimento da areia e outros materiais. Quais? (Cimento = Laudo específico de água) 43%
Percebe quando recebe lotes diferentes 50%
Com relação ao treinamento para os aplicadores, as empresas apresentam uma boa
conscientização (observar tabela 5).
Tabela 5 - Treinamento para aplicadores
Tipo de treinamento realizado para aplicadores % de empresas
Manuseio de argamassa 57%
Detalhes construtivos: juntas, frisos, colocação de tela 57%
Aplicação da argamassa 64%
Segurança NR -18 64%
De acordo com a tabela 6, a maioria das empresas se preocupam com a realização das
etapas de execução para garantir a melhoria da qualidade.
Tabela 6 - Etapas da execução
Controle de qualidade realizado durante a execução % de empresas
Existe procedimento de retroalimentação 22%
Faz controle durante a execução 29%
Existe procedimento de aceitação do revestimento 29%
Existe procedimento de verificação antes do início do revestimento 50%
Efetua mapeamento 50%
Exige procedimento de controle durante a execução 50%
Efetua taliscamento 72%
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Apesar dos controles executados, ainda existe deficiência na execução dos sistemas,
conforme mostra a Tabela 7.
Tabela 7 - Patologias
Grau de importância Tipo de patologia
Baixo Médio Alto Fissuras no revestimento nas primeiras idades 29% 14% 0%
Desplacamento de revestimento por esmagamento do componente de alvenaria
29% 0% 0%
Desplacamento do revestimento por falta de aderência entre a argamassa e o substrato sem chapisco
7% 0% 0%
Falta de aderência entre a argamassa de emboço e a argamassa colante do revestimento cerâmico
0% 29% 43%
Formação de bolhas no pintura, com posterior descamação da superfície da argamassa
14% 7% 0%
Desplacamento do revestimento interno com idade inferior a 5 anos
22% 0% 0%
Desplacamento do revestimento durante a execução 7% 0% 0%
Identificação de falta de aderência por desmoldante das formas de concreto
22% 0% 0%
Pulverulência na superficie da argamassa 0% 0% 7%
Falta de aderência do chapisco com argamassa 7% 0% 0%
Presença de manchas/ eflorescência 14% 29% 7%
A partir dos dados coletados, foi constatado que 14% das patologias acontecem na fachada
leste (gráfico 15).
7% 7%14%
7%65%
Norte
Sul
Leste
Oeste
Não responderam
Gráfico 15 - Fachadas com Patologia
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De acordo com o gráfico 16, verificamos que a maioria das empresas utilizam juntas de
movimentação a cada três pavimentos.
14%
43%7%7%
29%
A cada pavimento
A cada trêspavimentos
Sem junta
Gráfico 16 - Juntas de movimentação
3.2.2. Qualitativos
Os resultados dos dados coletados sobre o processo praticado no assentamento de
cerâmica em fachadas, o tipo de argamassa e cerâmica são aprensentados a seguir.
Apenas uma das obras estudadas aplica o revestimento externo através do sistema úmido
sobre úmido, não tendo evidenciado problemas patológicos. O referido sistema é detalhado
no quadro 3.
Quadro 3 - Seqüência executiva do sistema de assentamento de cerâmica úmido sobre úmido.
• Fechamento de falhas na alvenaria (tijolos quebrados, juntas sem argamassa, etc.), com
argamassa no mesmo traço do revestimento.(balança sobe)
• Execução de chapisco aplicado com colher, em todas as áreas a revestir, no traço 1 : 4
(cimento e areia grossa).(balança desce)
• Colocação de telas galvanizadas (largura de 0,50m) nas junções das alvenarias com a
estrutura simultaneamente ao chapisco.
• Execução de emboço/reboco, massa única, no traço 1 : 1 : 7 (l saco de cimento, 1 saco
de cal, e 7 padiolas de areia, 35 x 45 x 28cm, 5 de areia grossa e 2 de areia
vermelha).(balança desce)
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• O emboço executado pela manhã deverá receber cerâmica à tarde, sendo evitado a
execução de emboço para a aplicação de cerâmica somente no dia seguinte.
• As cerâmicas permanecem imersas em água, antes da aplicação, por um período não
inferior a 12 horas.
• As cerâmicas são coladas sobre o emboço, com uma pasta de cimento e areia vermelha
peneirada, no traço 2 : 1 (2 de cimento e 1 de areia em volume).
• São executadas juntas horizontais na face inferior das vigas externas a cada dois
pavimentos.
• Em cerâmicas com garras (ex. Gail), é preenchido com a pasta também o tardoz da
cerâmica, dupla colagem.
• As cerâmicas com grande presença de engobe são lavadas e escovadas antes da
aplicação.
• O rejunte das cerâmicas executado após decorrido um prazo mínimo de 30 dias da
aplicação das mesmas. (balança sobe emassando e desce lavando).
A não incidência de patologia foi também evidenciada por uma construtora que utiliza a
argamassa industrializada no assentamento do revestimento cerâmico da fachada. O
procedimento adotado pela referida empresa é detalhado no quadro 4.
Quadro 4 - Seqüência executiva do sistema de assentamento de cerâmica com argamassa industrializada sem incidência de
patologia
CICLO SOBE DESCE 1º Lixando e lavando Chapiscando
2º Gabaritando Rebocando
3º Protegendo as juntas Revestindo
4º Rejuntando Lavando
O quadro 5 apresenta os procedimentos adotados pelas empresas que utilizam argamassa
industrializada no revestimento externo cerâmico e apresentam patologias.
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Quadro 5 - Seqüência executiva do sistema de assentamento de cerâmica com argamassa industrializada com incidência de
patologia.
Obra Processo utilizado no assentamento de cerâmica com argamassa industrializada com incidência de patologia.
1 1.º - Sobe verificando e limpando - Desce Chapiscando 2º - Sobe emestrando - Desce emboçando 3º - Sobe Ponteando - Desce Colocando Cerâmica 4º - Sobe Rejuntando - Desce Limpando
5 1ª Subida - Limpeza e recorte das rebarbas 1ª Descida - Chapisco 2ª Subida - Prumos e emestramento 2ª Descida - Emboço e ponteamento da cerâmica 3ª Subida - Reboco paulista (fachadas norte e leste) 3ª Descida - Aplicação do revestimento 4ª Subida - Rejuntamento 4ª Descida - Limpeza
6 e 7 1ª Subida - Limpeza e recorte das rebarbas 1ª Descida - Chapisco 2ª Subida - Prumos e emestramento 2ª Descida - Emboço e ponteamento da cerâmica 3ª Subida - Transporte da balança p/ descer aplicando o revestimento 3ª Descida - Aplicação do revestimento 4ª Subida - Rejuntamento 4ª Descida - Limpeza
13 1ª subida: Tamponamentos em geral e corte de rebarbas das estruturas 1ª descida: Lavando o substrato do concreto, chapiscando com chapisco aditivado o concreto e colocando tela 2ª subida chapiscando a alvenaria 2ª descida: Emestrando, emboçando e definindo locais das juntas de dilatação ( paginação vertical) 3ª subida : sem realizar nenhuma atividade 3ª descida: Assentamento cerâmico 4ª subida: Rejuntando e preenchendo as juntas de dilatação 4ªdescida: Lavando a fachada
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14 1º ciclo: sobe - tamponamento dos furos e chapisco da estrutura desce - chapisco da alvenaria e arame dos prumos 2º ciclo: sobe - emestrando desce - reboco e emboço de fachada 3º ciclo: sobe - subida da balança desce - assentamento do revestimento externo e abertura das juntas 4º ciclo: sobe - rejuntando e tratando as juntas desce - limpeza
A obra com ausência de patologia utiliza argamassa industrializada dosada em obra 1:1:6
(Cim:Cal:Areia). A tabela 8 mostra uma variedade de traços utilizada pelas obras que
apresentam incidência de patologia.
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Tabela 8 - Argamassa industrializada
Obra Argamassa dosada em obra Argamassa
industrializada ensacada
1 1:2:8 - Cim:Cal:Areia
2 1:1 + 2% OBE
3 REJUNTAMIX
4 1:6 (cimento/areia grossa peneirada com aditivo acrílico da matisica)
5 Assentamento - 1:2 (cimento + areia vermelha)
Chapisco - 1:3 (cimento + areia grossa)
Emboço - 1:6(cimento + areia vermelha)+ SIKANOL + SIKATARD
Reboco paulista -1:3 (CIM + AG) c/ pavicril na água de amassamento - 4:1 ( água + pavicril)
6 Chapisco - 1:3 (cimento + areia grossa)
Emboço - 1:5:1 (cimento + areia grossa+ areia vermelha)
7 Assentamento - 1:2 (cimento + areia vermelha)
Chapisco - 1:3 (cimento + areia grossa)
Emboço - 1:5:1 (cimento + areia grossa+ areia vermelha)
11 1:6 (cimento + areia grossa) 200 ml de Alvenarit
12 1 (cimento + areia grossa) + aditivo alvenarit
13 Chapisco - 1:3:X (cimento + areia grossa) + aditivo, no caso dos concretos
Emboço - 1:4:x (cimento + areia grossa) + aditivo
Reboco - 1:5:X (cimento + areia grossa) + aditivo
Revestimento cerâmico - 1:2:X (cimento + areia grossa) + aditivo
14 1:5 + 200 ml alvenarit Para assentamento do revestimento :
Porcelanato 30 x 30 cm - AC -III e concremassa
Cerâmica 20 x 20 e pastilha 5 x 5 - AC - II - Concremassa
O tipo de cerâmica utilizado pelas obras estudadas é explicitado no quadro 6.
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Quadro 6 - Tipo de Cerâmica utilizado nas obras pesquisadas
Obra Fabricante Cor Tamanho (cm) Esmaltada
1 Cecrisa Branco e Cinza 10 x 10 Sim
2 Cecrisa Bege 20 X 20 Sim
3 Gail Natural 11 x 24 Não
3 Cecrisa Branca 10 x 10 Sim
4 Cecrisa Branca, Azul e Caramelo 10 x 20 Sim
5 Cecrisa Azul Blue, Branca, Verde e Bordeaux 10 x 10 Sim
6 Portobello;Gail Branca, vermelha; Damasco 10 x 10 e 24 x 11.6 Sim
7 Cecrisa Azul royal, Branco e Violeta 10 x 10 Sim
11 Portobelo Branca 10 x 10 Sim
12 Gail Vermelha, Branca, Café 21x 11.6 e 30 x 30 Sim
14 Tec -Cer Cinza 20 X 20 Sim
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4. ESTUDO DE CASO
Esta pesquisa foi realizada no período de outubro a março de 2003, com quatro obras das
construtoras participantes do Programa de Melhoria da Comunidade da Construção Civil de
Fortaleza.
O estudo das causas das patologias nestas obras foi realizado através de entrevistas com
os engenheiros das construtoras, observações visuais, registros fotográficos, análise
documental e ensaios laboratoriais. As observações visuais, entrevistas com engenheiros,
registros fotográficos foram realizados nas obras A, B C e D. O ensaio de EPU foi realizado
pelo laboratório do SENAI de São Bernardo do Campo somente na obra D. Nas obras A e C
foram considerados dados históricos da cerâmica gail e na obra B foi utilizado já dados de
ensaios realizados por consultoria contratada pela construtora. O quadro 1 sintetiza o tipo
de estudo realizado em cada obra.
O quadro 1 - Tipo de estudo realizado em cada obra.
Obra A Registros fotográficos Entrevista com engenheiro Ensaios de aderência
Obra B Observações visuais Registros fotográficos Entrevista com engenheiro Ensaios laboratoriais - (relatório consultoria)
Obra C Observações visuais Registros fotográficos Entrevista com engenheiro Ensaios de aderência
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Obra D Observações visuais Registros fotográficos Entrevista com engenheiro Ensaios de aderência e EPU
4.1. Resultados gerais
Para apresentação dos resultados gerais as obras serão denominadas obras A, B, C e D por
data de conclusão que são respectivamente 1996, 1998, 1999 e 2000.
4.1.1. Tipologia das obras
A tipologia das obras estudadas está sintetizada no quadro 2. Todas as edificações
pesquisadas são construídas em concreto armado e utilizam esquadrias de alumínio. O
quadro 2 mostra uma variação significativa de altura dos edifícios. O Referido quadro mostra
o uso de cerâmicas gail, cecrisa e porto belo com predominância da cor branca e dimensões
10 x 10cm.
Quadro 2 - Tipologia das obras pesquisadas
Obra A Concreto armado convencional, com 01 (um) subsolo, pavimento térreo. Cerâmica Gail de 24 x 11,6 cm, nas cores Branco brilhante e Vermelho Flash e esquadrias em alumínio e mezanino e 22 pavimentos.
Obra B Concreto armado convencional, com estacionamento em pilotis e 02 pavimentos tipo. Cerâmica Cecrisa de 10 x 10 cm, nas cores branca e cinza e esquadrias em alumínio e vidros.
Obra C Concreto armado convencional, com garagens no subsolo pavimento térreo, mezanino, 23 pavimentos tipo e cobertura. Cerâmica Gail na cores telha nas dimensões de 12 x 24 cm e Porto Belo na cor branca de 10 x 10 cm e esquadrias em alumínio e vidros.
Obra D Concreto armado convencional, com garagens em subsolo e no pilotis e 14 (quatorze) pavimentos tipo.
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Cerâmico das marcas CECRISA na cores verde e dimensões de 10 x 10 cm, Porto Belo na cor branca rajada e dimensões de 10 x 10 cm, e Porto Belo na cor branca lisa e dimensões de 10 x 10 cm, pintura em textura acrílica e esquadrias em alumínio e vidros.
4.1.2. Tipo de estudo realizado
O quadro 3 mostra que a fachada oeste e a leste foram as regiões onde ocorreram os
problemas de descolamento de cerâmica com maior e menor freqüência respectivamente.
Nas fachadas Norte e Sul a ocorrência de patologias é da ordem de 50% nas edificações
pesquisadas.
Quadro 3 - Fachadas estudadas
Obra A Fachadas Norte, Leste e Oeste
Obra B Fachadas Sul e Oeste
Obra C Fachadas Norte, Sul e Oeste,
Obra D Fachadas Sul e Oeste
4.1.3. Informações coletadas nas entrevistas realizadas com engenheiros das obras
A falta de treinamento, capacitação e conhecimento, sobre o uso de argamassa
industrializada, ou seja, fator água argamassa e tempo em aberto por parte dos
assentadores que os levaram a produzir grande quantidade de argamassa e a puxar panos
inadequados e ausência de juntas de movimentação e dessolidarização foram apontados
por todos os engenheiros entrevistados como fatores que contribuíram para a incidência de
patologias. O quadro 4 sintetiza as informações fornecidas na entrevista pelo engenheiro de
cada obra.
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Quadro 4 - Informações fornecidas na entrevista pelo engenheiro de cada obra
Obra A O processo de descolamento teve início no ano de 2001; Cerâmicas utilizadas: Cerâmica Gail de 24x11,6 cm, nas cores Branco brilhante e Vermelho Flash; Argamassa de Assentamento. Executada na Obra: Cimento + Areia grossa + Concentrado OBE Traço: em peso, 5kg : 12,5kg : 0,15kg Não houve treinamento específico para capacitação da mão de obra; Quando da execução das fachadas não foram previstas juntas de movimentação (horizontais e verticais) e dessolidarização; Foram executadas posteriormente juntas de movimentação horizontal quando do surgimento dos descolamentos com a utilização de Mástique à base de Poliuretano. Já foram detectados e corrigidos em torno de 5% de descolamento nas 04 fachadas, com maior incidência nas cerâmicas Gail de 24x11,6 cm em Vermelho Flash; Argamassa de rejunte tipo rígida; Executada na obra. Cimento + Areia grossa (1:3) Falta de treinamento, capacitação e conhecimento, sobre, fator água cimento e tempo em aberto por parte dos assentadores que os levaram a produzir grande quantidade de argamassa e a puxar grandes panos; Chapisco convencional; Executado na obra: Cimento + Areia grossa (1:3) Emboço; Executado na obra: Cimento + Areia grossa (1:5) + 200ml de Alvenarit.
Obra B A processo de descolamento teve início antes da entrega da obra; Cerâmica utilizada: Cecrisa de 10 x 10 cm nas cores: branca e cinza; Argamassa utilizada: Argamassa Industrial Carbomil Tipo ACII; Não houve treinamento específico para capacitação da mão de obra; Deficiência no processo construtivo por falta de conhecimento por parte dos operários sobre a utilização de argamassa industrializada; Ausência de juntas de movimentação e dessolidarização; Os problemas ocorridos na obra já foram objeto de estudo pela Consultare em março de 2000.
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Obra C Foi realizada intervenção nas fachadas com três anos de conclusão do empreendimento; Fachada Norte apresentou maior incidência de descolamento de cerâmica sendo necessária a sua total substituição; As Fachadas Oeste e Leste foram substituídas todas as áreas que apresentaram alguma concentração de cerâmicas com som cavo, característico de perda de aderência, obedecendo ao relatório apresentado pelo condomínio; Estimou -se que cerca de 35% do revestimento gail em todas as Fachadas apresentou problema e teve que ser substituído; Argamassa utilizada na execução das fachadas ACII, fabricante Rejuntamix; Falta de treinamento, capacitação e conhecimento, sobre o uso de argamassa industrializada, fator água argamassa e tempo em aberto por parte dos assentadores que os levaram a produzir grande quantidade de argamassa e a puxar grandes panos; Não execução de juntas de movimentação e dessolidarização quando da execução das fachadas; Não selagem nos contornos das janelas permitindo a infiltração de água de chuva; Foram executadas na recuperação juntas em todas as fachadas a cada três pavimentos na parte superior das vigas.
Obra D A argamassa utilizada na execução das fachadas foi argamassa cola; Foram realizadas 03 (três) intervenções na parte curva das fachadas Oeste/ Sul, na área onde foi assentada cerâmica de marca CECRISA de 10 x 10 cm, cor verde. A 1ª intervenção em fevereiro de 2001, a 2ª em agosto de 2003 e a 3ª em outubro de 2003; Quando da 2ª Intervenção de recuperação foram substituídas cerca de 400 peças da cerâmica CECRISA; Na 2ª intervenção foi aplicada argamassa colante AC III; A fachada oeste apresenta, nas áreas onde foram assentadas as cerâmicas de marca Porto Belo de 10 x 10 cm, cor branca, descolamento sendo necessária substituição de algumas peças; Falta de treinamento, capacitação e conhecimento, sobre o uso de argamassa industrializada, ou seja, fator água argamassa e tempo em aberto por parte dos assentadores que os levaram a produzir grande quantidade de argamassa e a puxar panos inadequados; Não foram executadas juntas de movimentação e dessolidarização quando da execução das Fachadas; Foram executadas juntas de movimentação, quando da recuperação, na parte curva Fachada Oeste/ Sul e em parte da Fachada Leste, região extrema com a Fachada Norte.
4.1.4. Ensaios laboratoriais
Os quadros 5, 6, 7 e 8 mostram os resultados dos ensaios laboratoriais utilizados no estudo.
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Quadro 5 - Resultados dos ensaios laboratoriais utilizados no estudo da - Obra A.
ENSAIO DE ARRANCAMENTO - DETERMINAÇÃO DA ADERÊNCIA
Amostra nº Local do ensaio
Resistência a aderência
MPa Local de ruptura
01 Fachada Norte 0,26 50% B
02 Fachada Norte 0,03 25% B
03 Fachada Sul - 35% A
04 Fachada Sul 0,15 10% B e 70% D
05 Fachada Sul 0,41 30%A, 20% C e 50%D
06 Fachada Sul 0,03 30% A
07 Fachada Sul 0,35 100% D
08 Fachada Sul - 50% A
09 Fachada Leste 0,23 100% D
10 Fachada Leste 0,04 100% D
Obs.: A - Ruptura na interface placa cerâmica / argamassa de assentamento B - Ruptura no interior da argamassa de assentamento C - Ruptura na interface argamassa de assentamento /substrato(emboço) D - Ruptura no interior da argamassa do substrato (emboço) Obs.: 02 Corpos de prova não registraram carregamento.
Obs.: Historicamente a cerâmica Gaill apresenta valores de Absorção em torno de 2,5%
e a Expansão Higroscópica 0,015 mm/m.
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Quadro 6 - Resultados dos ensaios laboratoriais utilizados no estudo da Obra B.
ENSAIO DE ARRANCAMENTO - DETERMINAÇÃO DA ADERÊNCIA
Amostra nº Local do ensaio Resistência a
aderência MPa
Local de ruptura
01 Torre Esquerda * 96% (d)/ 4% (c)
02 Fachada Principal 0,28 11% (b)/87 (d)/ 2% ( a)
03 Torre Direita 0,03 31% (a)/ 6% (b)/ 63 (c)
04 Fachada Principal 0,10 100% (a) **
05 Fachada Principal *** 100% (a)**
06 Fachada Principal 0,21 23% (a)/ 77% (c)
Obs.: * Ruptura após o corte, ** Ausência de esmagamento completo dos cordões, ***Ruptura da placa no início da aplicação da carga.
ºCERÂMICA AMOSTRA N VALOR (%)
Absorção
CERÂMICA AMOSTRA Nº EPU
OCORRIDA (mm/m)
EPU (mm/m)
Cinza 01 0,50 0,25
Cinza 02 1,02 0,48
Cinza 03 0,90 0,30
Cinza 04 0,87 0,22
Cinza 05 0,50 0,10
Branca 07 1,14 0,47
Branca 089 1,12 0,47
Branca 07 1,17 0,69
Branca 08 0,99 0,53
Expansão Higroscópica
Branca 10 1,10 0,50
Obs.: Os ensaios de Aderência e EPU foram fornecidos pela Construtora - relatório da Consultare.
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Quadro 7 - Resultados dos ensaios laboratoriais utilizados no estudo da Obra C.
ENSAIO DE ARRANCAMENTO - DETERMINAÇÃO DA ADERÊNCIA
Amostra nº Local do ensaio Resistência a
aderência MPa
Local de ruptura
01 Fachada Sul 0,71 100 % A
02 Fachada Sul 0,44 020% A / 030 % C
03 Fachada Sul 0,63 100% A
04 Fachada Sul 0,68 100 % A
05 Fachada Oeste 0,33 100 % A
06 Fachada Oeste 0,49 100 % A
07 Fachada Oeste 0,41 050 % C
08 Fachada Oeste 0,08 020% A/ 040% B
Obs.: A - Ruptura no interior da argamassa de emboço B - Ruptura na interface da placa cerâmica / argamassa de emboço C - Ruptura no interior da argamassa colante Obs.: 02 Corpos de prova foram arrancados pelos operários da Colméia.
Obs.1: Historicamente a cerâmica Gail apresenta valores de Absorção em torno de 2,5% e a Expansão Higroscópica. em torno de 0,015 mm/m
Para se ter uma noção da situação da atual das fachadas realizou -se nas fachadas oeste e
sul ensaios de aderência do revestimento Gail cor telha, dispensando -se os ensaios
laboratoriais de Absorção e Expansão por Umidade devido o conhecimento prévio,
comprovado em laboratório, dos resultados dos ensaios com relação a cerâmica Gaill que
giram em torno de 2,5% de absorção e baixa expansão por umidade, estando de acordo
com às diretrizes da Norma NBR -13818/97.
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Quadro 8 - Resultados dos ensaios laboratoriais utilizados no estudo da obra C.
ENSAIO DE ARRANCAMENTO - DETERMINAÇÃO DA ADERÊNCIA
Amostra nº Local do ensaio Resistência a
aderência MPa
Local de ruptura
01 Fachada Oeste 0,23 100 A
02 Fachada Oeste 0,36 100 A
03 Fachada Oeste 0,77 100 A
04 Fachada Oeste 0,22 100 A
05 Fachada Oeste 0,15 100 A
06 Fachada Norte 0,21 100 B
07 Fachada Oeste 0,49 080 B/ 020 C
08 Fachada Oeste 0,93 060 A/ 020 C
09 Fachada Norte 0,64 050 A/ 010 B/ 015 C
10 Fachada Norte 1,18 080 A/ 010 C
Obs.: A - Ruptura no interior da argamassa de emboço B - Ruptura na interface da placa cerâmica / argamassa de emboço C - Ruptura no interior da argamassa colante Relatório de Ensaio - DITEC Nº 1899, ANEXO.
ºCERÂMICA Amostra Nº VALOR MÉDIO(%) Porto Belo 9,5x9,5 cm 10 0,7
Cecrisa 9,5x9,5 cm 08 3,2 Absorção
CERÂMICA Amostra Nº EPU
Ocorrida (mm/m)
EPU (mm/m)
CEMINA / Ouro Velho 9,5 X 9,5 CM
05 Unidades 0,08 0,10
Expansão Higroscópica
Porto Belo, Pantanal 9,5 X 9,5 CM
05 Unidades 0,00 0,00
Conforme os resultados dos ensaios de Expansão por Umidade, realizados pelo laboratório do SENAI / São Bernardo do Campo, em anexo, os valores máximos de 0,1 mm/m para a cerâmica CEMINA/ OURO VELHO 9,5 X 9,5 CM, 0,00 mm/m para cerâmica PORTO BELO, PANTANAL 9,5 X 9,5 CM, estão em conformidade com a NBR -13818 que admitem valores inferiores a 0,6 mm/m, não sendo pois a causa determinante para o descolamento das cerâmicas da fachada.
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4.1.5. Diagnóstico dos problemas
Os principais fatores dos destacamentos ocorridos nas edificações pesquisadas,
considerando as informações obtidas através das entrevistas realizadas com os
engenheiros, as observações visuais e os ensaios executados são sintetizados no quadro 9
Quadro 9 - Diagnóstico dos problemas de revestimento nas Fachadas estudadas
Obra A A baixa aderência do revestimento cerâmico a argamassa de assentamento. O baixo desempenho da argamassa de assentamento foi ocasionado por vários motivos, dentre os quais se destaca a falta de capacitação da mão de obra que levaram a: abertura de grandes panos; não observância do tempo em aberto e adição em excesso de água de amassamento por parte dos assentadores de cerâmica. Podendo constar nos resultados de aderência, onde 85 % dos valores encontram -se abaixo de 0,30 MPa; Baixa resistência da argamassa de emboço; Ausência de juntas de movimentação e dessolidarização, onde a NBR -13755/96 recomenda a sua execução, longitudinal e/ou transversal obedecendo a critérios pré -determinados; Não preenchimento adequado do tardoz da cerâmica Gail (colocação de argamassa no tardoz para garantir a aderência mecânica as garras), conforme recomendação da NBR 13755/97. Soma -se a esse fato a falta de aderência física pela aplicação de argamassa de assentamento inadequada, sobre uma cerâmica de baixa absorção, constatado durante a realização dos ensaios de aderência.
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Obra B Especificação inadequada do revestimento cerâmico. Tal fato foi comprovado pelos resultados dos ensaios de EPU fornecidos que apontam para valores acima do permitido pela NBR 13818/97, que são da ordem de 0,6 mm/m. A excessiva expansão provoca o aumento das tensões no revestimento e podem ocasionar o colapso do revestimento. A baixa aderência do revestimento cerâmico a argamassa de assentamento Os resultados dos ensaios mostram que dos 06 (seis) executados no revestimento cerâmico todos foram inferiores a 0,30 MPa, ou seja 100%, abaixo do valor estabelecido pela NBR 13755/96. O baixo desempenho da argamassa de assentamento foi ocasionado por vários motivos, dentre os quais se destacam a falta de capacitação da mão de obra que possivelmente levaram a: abertura de grandes panos (segundo informações obtidas durante a vistoria); não observância do tempo em aberto e adição em excesso de água de amassamento por parte dos assentadores de cerâmica; Ausência de juntas de movimentação e dessolidarização, onde a NBR -13755/96 recomenda a sua execução, longitudinal e/ou transversal obedecendo aos critérios pré -determinados. Deficiência no assentamento, pois as cerâmicas não apresentaram o preenchimento adequado do tardoz quando do assentamento, conforme recomendação da NBR 13755/97.
Obra C A baixa aderência do revestimento cerâmico a argamassa de assentamento. O baixo desempenho da argamassa de assentamento foi ocasionado por vários motivos, dentre os quais se destaca a falta de capacitação da mão de obra que levaram a: abertura de grandes panos; não observância do tempo em aberto e adição em excesso de água de amassamento por parte dos assentadores de cerâmica; Ausência de juntas de movimentação e dessolidarização, onde a NBR -13755/96 recomenda a sua execução, longitudinal e/ou transversal obedecendo a critérios pré -determinados; Não preenchimento adequado do tardoz da cerâmica Gail (colocação de argamassa no tardoz para garantir a aderência mecânica as garras), conforme recomendação da NBR 13755/97. Soma -se a esse fato a falta de aderência física pela aplicação inadequada da argamassa de assentamento sobre uma cerâmica de baixa absorção; Não selagem nos contornos das janelas permitindo a infiltração de água de chuva e aceleração do processo de degradação do revestimento. Resultados dos ensaios nos locais recuperados. Os resultados dos ensaios mostram que dos 08 (oito) executados no revestimento cerâmico 01 (um) apresentou resultado inferior a 0,30 MPa, ou seja 8%, abaixo do valor estabelecido pela NBR 13755/96.
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Obra D A baixa aderência do revestimento cerâmico a argamassa de assentamento. Os resultados dos ensaios mostram que dos 10 (dez) executados no revestimento cerâmico, 04 (quatro) apresentaram valores inferiores a 0,30 MPa, ou seja 40%, abaixo do valor estabelecido pela NBR 13755/96. O baixo desempenho da argamassa de assentamento foi ocasionado por vários motivos, dentre os quais se destacam a falta de capacitação da mão de obra que levaram a abertura de grandes panos; não observância do tempo em aberto e adição em excesso de água de amassamento por parte dos assentadores de cerâmica. Também contribui para o baixo desempenho da argamassa a sua especificação inadequada, para cerâmicas de baixa absorção; Ausência de juntas de movimentação e dessolidarização, onde a NBR -13755/96 recomenda a sua execução, longitudinal e/ou transversal obedecendo a critérios pré -determinados. Deficiência no assentamento, pois as cerâmicas não apresentaram o preenchimento adequado do tardoz quando do assentamento, conforme recomendação da NBR 13755/97.
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5. CONSIDERAÇÕES FINAIS
Os resultados do estudo mostraram que apenas duas empresas não apresentam problemas
de patologia nos revestimentos cerâmicos das fachadas. Sendo que uma delas utiliza o
método de assentamento de cerâmica úmido sobre úmido, e a outra argamassa
industrializada. Todas as demais utilizam este segundo método, entretanto a empresa que
não registrou patologias elabora o projeto de produção do revestimento externo e tem
controle do processo.
A partir dos dados analisados sobre as fundações e estruturas das edificações estudadas,
não foi possível constatar interferência dos aspectos estruturais nas patologias dos
revestimentos de fachadas. A pesquisa direciona para a necessidade de estudos nessa
linha.
No que diz respeito aos projetos, ficou evidente a necessidade de elaboração de projetos de
revestimento detalhados. Certamente as diretrizes de projetos desenvolvidos no programa
de melhoria serão úteis neste processo de aprimoramento.
Na fase de planejamento, ficou evidente a necessidade de uma série de procedimentos que
certamente influenciarão na redução das patologias dos revestimentos de fachadas. A
experiência da execução monitorada do revestimento de fachadas na obra do minicase será
útil para as empresas que quiserem melhorar neste aspecto.
A fase de suprimento e de produção indica a necessidade de maior controle e o treinamento
como uma alternativa viável por se tratar de mão -de -obra própria na sua maioria.
O estudo não permitiu concluir sobre a influência da cor, das dimensões e da existência de
esmalte de cerâmica utilizada nas causas das patologias. A pesquisa evidenciou a
necessidade de aprofundamentos sobre este aspecto .
Em síntese a pesquisa indicou a necessidade de:
• Execução e melhoria de qualidade dos projetos de revestimento;
• Melhoria do controle das fases de planejamento, suprimentos, produção e;
• Treinamento do pessoal envolvido com revestimento de fachadas.
REVESTIMENTO CERÂMICO EM FACHADAS - ESTUDO DAS CAUSAS DAS PATOLOGIAS
Comunidade da Construção - Fortaleza 40
A ausência de juntas de movimentação e dessolidarização longitudinal e/ou transversal e
deficiência no assentamento das cerâmicas foram considerados fatores críticos no
descolamento das cerâmicas. Isto significa que a elaboração do projeto de fachada e a
capacitação dos assentadores são ações necessárias para evitar que este tipo de problema
volte a acontecer. A introdução de juntas planejadas ajuda a minimizar as patologias
existentes.
REVESTIMENTO CERÂMICO EM FACHADAS - ESTUDO DAS CAUSAS DAS PATOLOGIAS
Comunidade da Construção - Fortaleza 41
6. BIBLIOGRAFIA
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS (ABNT). NBR 13817: Placas cerâmicas
para revestimento - Classificação. Rio de Janeiro, 1997.
___. NBR 13818: Placas cerâmicas para revestimento - Especificação e métodos de ensaios.
Rio de Janeiro, 1997.
___. NBR 1408: Argamassa colante industrializada para assentamento de placas de cerâmica -
Especificação. Rio de Janeiro, 1998.
___. NBR 13753: Revestimento de piso interno ou externo com placas cerâmicas e com
utilização de argamassa colante - Procedimento. Rio de Janeiro, 1996.
___. NBR 13754: Revestimento de paredes internas com placas cerâmicas e com utilização de
argamassa colante - Procedimento. Rio de Janeiro, 1996.
BAÍA, L.L.M.; SABATTINI, F.H. Projeto e execução de revestimento de argamassa. Coleção
Primeiros Passos da Qualidade no Canteiros de Obras. São Paulo: O Nome da Rosa Editora, 2000.
BARROS, M.M.S.B. ET AL. Recomendações para produção de revestimentos cerâmicos para
paredes de vedação em alvenaria. São Paulo: Projeto EPUSP/ SENAI, 1998.
CAMPANTE, E. F. Metodologia para diagnóstico, prevenção e recuperação de manifestações
patológicas em revestimento cerâmico de fachadas. São Paulo, 2001. Tese de Doutorado,
Escola Politécnica da Universidade de São Paulo.
MEDEIROS, J.S. Tecnologia e projetos de revestimentos cerâmicos de fachadas de edifícios.
São Paulo, 1999.Tese de Doutorado, Escola Politécnica da Universidade de São Paulo.
SABBATINI, F.H. Tecnologia de produção de revestimentos cerâmicos: PCC 831. São Paulo,
1995. (Notas de aula do curso de Pós -Graduação).
SABBATINI, F.H. Tecnologia de produção de revestimentos cerâmicos: PCC 5831. São Paulo,
1999. (Notas de aula do curso de Pós -Graduação).
SABBATINI, F.H.; BARROS, M.M.S.B. Recomendações para produção de revestimentos
cerâmicos para paredes de vedação em alvenaria. São Paulo: EPUSP/CPqDCC/ENCOL,1990.
(Relatório Técnico R6 -06/90).
REVESTIMENTO CERÂMICO EM FACHADAS - ESTUDO DAS CAUSAS DAS PATOLOGIAS
Comunidade da Construção - Fortaleza 42
Anexo 1 - Estudo de Caso da Patologia - Construtora Marquise
PROGRAMA COMUNIDADE DA CONSTRUÇÃO
PROJETO: Programa de Melhoria de Rev. Cerâmico em Fachada – Comunidade da Construção – Fortaleza
EMPRESA: Construtora Marquise
OBRA VISTORIADA: Mercado Central de Fortaleza DATA DE CONCLUSÃO
ENDEREÇO: Alberto Nepomuceno S/N 1998
ENGº RESPONSÁVEL: Renan Rolim
1.0 – OBJETIVO: Avaliação e diagnóstico do desempenho do revestimento cerâmico das fachadas do Edifício Mercado Central de Fortaleza
2.0 – CARACTERÍSTICAS DO EDIFÍCIO: O Mercado Central de Fortaleza localizado na Avenida Alberto Nepomuceno S/N –Centro – Fortaleza – Ceará, foi construído em concreto armado convencional, com estacionamento em pilotis e 02 pavimentos tipo. A construção foi concluída e posta em uso no ano 2000. As fachadas do edifício foram revestidas com Cerâmica Cecrisa de 10 x 10 cm, nas cores branca e cinza e esquadrias em alumínio e vidros.
3.0 – CONSIDERAÇÕES PRELIMINARES: O trabalho de vistoria técnica e elaboração de relatório final foram realizados pelos Engenheiros Civis José Ramalho Torres, Roney Sérgio Marinho de Moura e Maria Aridenise Macena Fontenele. Os trabalhos de vistoria foram concentrados nas Fachadas Sul e Oeste, nas regiões onde ocorreram os problemas de descolamento de cerâmica, e envolveram tão somente observações visuais e coleta de informações e ensaios realizados.
REVESTIMENTO CERÂMICO EM FACHADAS - ESTUDO DAS CAUSAS DAS PATOLOGIAS
Comunidade da Construção - Fortaleza 43
4.0 – INFORMAÇÕES COLETADAS: Conforme informações obtidas junto ao Engº Renan Rolim, da Construtora Marquise:
• A processo de descolamento teve início antes da entrega da obra;
• Cerâmica utilizada: Cecrisa de 10 x 10 cm nas cores: branca e cinza;
• Argamassa utilizada: Argamassa Industrial Carbomil Tipo ACII;
• Não houve treinamento específico para capacitação da mão de obra;
• Deficiência no processo construtivo por falta de conhecimento por parte dos operários sobre a utilização de argamassa industrializada;
• Ausência de juntas de movimentação e dessolidarização;
• Os problemas ocorridos na obra do Mercado Central já foram objeto de estudo pela Consultare em março de 2000.
Obs.: Os ensaios de Aderência e EPU foram fornecidos pela Construtora Marquise.
4.0 – ENSAIOS: 4.1 – ENSAIO DE ARRANCAMENTO - DETERMINAÇÃO DA ADERÊNCIA
AMOSTRA Nº LOCAL DO ENSAIO
RESISTÊNCIA A ADERÊNCIA MPa LOCAL DE RUPTURA
01 Torre Esquerda * 96% (d)/ 4% (c)
02 Fachada Principal 0,28 11% (b)/87 (d)/ 2% ( a)
03 Torre Direita 0,03 31% (a)/ 6% (b)/ 63 (c)
04 Fachada Principal 0,10 100% (a) **
05 Fachada Principal *** 100% (a)**
06 Fachada Principal 0,21 23% (a)/ 77% (c)
Obs.: * Ruptura após o corte, ** Ausência de esmagamento completo dos cordões, ***Ruptura da placa no início da aplicação da carga.
ºCERÂMICA AMOSTRA N VALOR (%) 4.2 – Absorção
CERÂMICA AMOSTRA Nº EPU Ocorrida (mm/m) EPU (mm/m)
Cinza 01 0,50 0,25 Cinza 02 1,02 0,48 Cinza 03 0,90 0,30 Cinza 04 0,87 0,22 Cinza 05 0,50 0,10 Branca 07 1,14 0,47 Branca 089 1,12 0,47 Branca 07 1,17 0,69 Branca 08 0,99 0,53
4.3 – Expansão
Higroscópica
Branca 10 1,10 0,50
REVESTIMENTO CERÂMICO EM FACHADAS - ESTUDO DAS CAUSAS DAS PATOLOGIAS
Comunidade da Construção - Fortaleza 44
5 0 – DIAGNÓSTICO DOS PROBLEMAS: Com base nas informações obtidas através do Engº Renan, nas observações visuais, e ensaios realizados podem-se afirmar que os principais fatores dos destacamentos ocorridos no Mercado Central foram:
• Especificação inadequada do revestimento cerâmico. Tal fato foi comprovado pelos resultados dos ensaios de EPU fornecidos que apontam para valores acima do permitido pela NBR 13818/97, que são da ordem de 0,6 mm/m. A excessiva expansão provoca o aumento das tenções no revestimento e podem ocasionar ocolapso do revestimento.
• A baixa aderência do revestimento cerâmico a argamassa de assentamento Os resultados dos ensaios mostram que dos 06 (seios) executados no revestimento cerâmico todos foram inferiores a 0,30 MPa, ou seja 100%, abaixo do valor estabelecido pela NBR 13755/96. O baixo desempenho da argamassa de assentamento foi ocasionado por vários motivos, dentre os quais se destacam a falta de capacitação da mão de obra que possivelmente levaram a: abertura de grandes panos (segundo informações obtidas durante a vistoria); não observância do tempo em aberto e adição em excesso de água de amassamento por parte dos assentadores de cerâmica;
• Ausência de juntas de movimentação e dessolidarização, onde a NBR-13755/96 recomenda a sua execução, longitudinal e/ou transversal obedecendo aos critérios pré-determinados.
• Deficiência no assentamento, pois as cerâmicas não apresentaram o preenchimento adequado do tardoz quando do assentamento, conforme recomendação da NBR 13755/97.
Engª Na 2ª intervenção foi aplicada argamassa colante C.R.E.A. 10428 - D
Engº José Ramalho Torres C.R.E.A. 5817 - D
Engº Roney Sérgio Marinho de Moura C.R.E.A. 4599 - D
REVESTIMENTO CERÂMICO EM FACHADAS - ESTUDO DAS CAUSAS DAS PATOLOGIAS
Comunidade da Construção - Fortaleza 45
DOCUMENTAÇÃO FOTOGRÁFICA
REVESTIMENTO CERÂMICO EM FACHADAS - ESTUDO DAS CAUSAS DAS PATOLOGIAS
Comunidade da Construção - Fortaleza 46
FOTO 01 – DESCOLAMENTO DA CERÂMICA POR DEFICIÊNCIA DA ARGAMASSA DE
ASSENTAMENTO E/OU EXPANSÃO DA CERÂMICA, FACHADA OESTE, CAIXA
D’ÁGUA
REVESTIMENTO CERÂMICO EM FACHADAS - ESTUDO DAS CAUSAS DAS PATOLOGIAS
Comunidade da Construção - Fortaleza 47
FOTO 02 – DESCOLAMENTO DA CERÂMICA POR DEFICIÊNCIA DA ARGAMASSA DE
ASSENTAMENTO E/ OU EXPANSÃO DA CERÂMICA, FACHADA LESTE
FOTO 03 – DESCOLAMENTO DA
CERÂMICA POR DEFICIÊNCIA DA ARGAMASSA DE ASSENTAMENTO,
FACHADA OESTE
FOTO 05 – AUSÊNCIA DE JUNTAS DE
MOVIMENTAÇÃO E DESCOLAMENTO DA CERÂMICA POR DEFICIÊNCIA DA
ARGAMASSA DE ASSENTAMENTO E/OU
REVESTIMENTO CERÂMICO EM FACHADAS - ESTUDO DAS CAUSAS DAS PATOLOGIAS
Comunidade da Construção - Fortaleza 48
FOTO 04 – DESCOLAMENTO POR
EXPANSÃO DA CERÂMICA NA FACHADA OESTE
EXPANSÃO DO REVESTIMENTO, FACHADA OESTE
REVESTIMENTO CERÂMICO EM FACHADAS - ESTUDO DAS CAUSAS DAS PATOLOGIAS
Comunidade da Construção - Fortaleza 49
Anexo 2 - Estudo de Caso da Patologia - Construtora Colméia
PROGRAMA COMUNIDADE DA CONSTRUÇÃO PROJETO: Programa de Melhoria de Rev. Cerâmico em Fachada – Comunidade da Construção – Fortaleza EMPRESA: Construtora Colmeia OBRA VISTORIADA: Edifício Forest Park DATA DE CONCLUSÃO ENDEREÇO: Rua Ana Bilhar nº 522 – Meireles julho de 1999 ENGº RESPONSÁVEL: Engº Walmir Esmeraldo Virgíneo 1.0 – OBJETIVO: Avaliação e diagnóstico do desempenho do revestimento cerâmico das fachadas do Edifício Forest Park. 2.0 – CARACTERÍSTICAS DO EDIFÍCIO: O Edifício Forest Park localizado à Rua Ana Bilhar nº 522 – Meireles - Fortaleza -Ceará, foi construído em concreto armado convencional, com garagens no subsolo pavimento térreo, mezanino, 23 pavimentos tipo e cobertura. A construção foi concluída e posta em uso em julho de 1999. As fachadas do edifício foram revestidas com cerâmica: Gaill na cores telha nas dimensões de 12 x 24 cm e Porto Belo na cor branca de 10 x 10 cm e esquadrias em alumínio e vidros. 3.0 – CONSIDERAÇÕES PRELIMINARES: O trabalho de vistoria técnica e elaboração de relatório final foram realizados pelos
Engenheiros Civis José Ramalho Torres, Roney Sérgio Marinho de Moura e Maria
Aridenise Macena Fontenele. Os trabalhos de vistoria foram concentrados nas
Fachadas Norte, Sul e Oeste, nas regiões onde ocorreram os problemas de
descolamento de cerâmica, e envolveu tão somente observações visuais, coleta de
informações e realização de ensaios de aderência.
REVESTIMENTO CERÂMICO EM FACHADAS - ESTUDO DAS CAUSAS DAS PATOLOGIAS
Comunidade da Construção - Fortaleza 50
4.0 – INFORMAÇÕES COLETADAS: Conforme informações obtidas junto ao Engº Walmir Esmeraldo Virgíneo, Construtora Colméia;
• Foi realizada intervenção nas fachadas com três anos de conclusão do empreendimento;
• Fachada Norte apresentou maior incidência de descolamento de cerâmica sendo necessária a sua total substituição;
• As Fachadas Oeste e Leste foram substituídas todas as áreas que apresentaram alguma concentração de cerâmicas com som cavo, característico de perda de aderência, obedecendo ao relatório apresentado pelo condomínio;
• Estimou-se que cerca de 35% do revestimento gail em todas as Fachadas apresentou problema e teve que ser substituído;
• Argamassa utilizada na execução das fachadas ACII, fabricante Rejuntamix;
• Falta de treinamento, capacitação e conhecimento, sobre o uso de argamassa industrializada, fator água argamassa e tempo em aberto por parte dos assentadores que os levaram a produzir grande quantidade de argamassa e a puxar grandes panos;
• Não execução de juntas de movimentação e dessolidarização quando da execução das fachadas;
• Não selagem nos contornos das janelas permitindo a infiltração de água de chuva;
• Foram executadas na recuperação juntas em todas as fachadas a cada três pavimentos na parte superior das vigas.
Para se ter uma noção da situação da atual das fachadas realizou-se nas fachadas oeste e sul ensaios de aderência do revestimento Gail cor telha, dispensando-se os ensaios laboratoriais de Absorção e Expansão por Umidade devido o conhecimento prévio, comprovado em laboratório, dos resultados dos ensaios com relação a cerâmica Gaill que giram em torno de 2,5% de absorção e baixa expansão por umidade, estando de acordo com às diretrizes da Norma NBR-13818/97.
REVESTIMENTO CERÂMICO EM FACHADAS - ESTUDO DAS CAUSAS DAS PATOLOGIAS
Comunidade da Construção - Fortaleza 51
4.0 – ENSAIOS: 4.1 – ENSAIO DE ARRANCAMENTO - DETERMINAÇÃO DA ADERÊNCIA AMOSTRA Nº 7. LOCAL DO
ENSAIO RESISTÊNCIA A ADERÊNCIA
MPa
LOCAL DE RUPTURA
01 Fachada Sul 0,71 100 A 02 Fachada Sul 0,44 020 A / 030 C 03 Fachada Sul 0,63 100 A 04 Fachada Sul 0,68 100 A 05 Fachada Oeste 0,33 100 A 06 Fachada Oeste 0,49 100 A 07 Fachada Oeste 0,41 050 C 08 Fachada Oeste 0,08 020 A/ 040 B 09 10
Obs.: A – Ruptura no interior da argamassa de emboço B – Ruptura na interface da placa cerâmica/argamassa de emboço C – Ruptura no interior da argamassa colante Obs.: 02 Corpos de prova foram arrancados pelos operários da Colmeia.
ºCERÂMICA AMOSTRA N VALOR (%)
4.2 – Absorção
CERÂMICA AMOSTRA Nº EPU OCORRIDA
(mm/m)
EPU (mm/m)
4.3 – Expansão
Higroscópica
Obs.1: Historicamente a cerâmica Gail apresenta valores de Absorção em torno de 2,5% e a Expansão Higroscópica. em torno de 0,015 mm/m
REVESTIMENTO CERÂMICO EM FACHADAS - ESTUDO DAS CAUSAS DAS PATOLOGIAS
Comunidade da Construção - Fortaleza 52
5 0 – DIAGNÓSTICO DOS PROBLEMAS: Com base nas informações obtidas através do Engº Walmir Esmeraldo Virgíneo e nas observações visuais e nos ensaios executados, podem-se afirmar que os principais fatores dos destacamentos ocorridos no Edifício Forest Park foram: • A baixa aderência do revestimento cerâmico a argamassa de assentamento. O
baixo desempenho da argamassa de assentamento foi ocasionado por vários motivos, dentre os quais se destaca a falta de capacitação da mão de obra que levaram a: abertura de grandes panos; não observância do tempo em aberto e adição em excesso de água de amassamento por parte dos assentadores de cerâmica;
• Ausência de juntas de movimentação e dessolidarização, onde a NBR-13755/96 recomenda a sua execução, longitudinal e/ou transversal obedecendo a critérios pré-determinados;
• Não preenchimento adequado do tardoz da cerâmica Gail (colocação de argamassa no tardoz para garantir a aderência mecânica as garras), conforme recomendação da NBR 13755/97. Soma-se a esse fato a falta de aderência física pela aplicação inadequada da argamassa de assentamento sobre uma cerâmica de baixa absorção;
• Não selagem nos contornos das janelas permitindo a infiltração de água de chuva e aceleração do processo de degradação do revestimento.
Resultados dos ensaios nos locais recuperados. • Os resultados dos ensaios mostram que dos 08 (oito) executados no revestimento
cerâmico 01 (um) apresentou resultado inferior a 0,30 MPa, ou seja 8%, abaixo do valor estabelecido pela NBR 13755/96.
Engª Maria Aridenise Macena Fontenele
C.R.E.A. 10428 - D
Engº José Ramalho Torres
C.R.E.A. 5817 - D
Engº Roney Sérgio Marinho de Moura
C.R.E.A. 4599 - D
REVESTIMENTO CERÂMICO EM FACHADAS - ESTUDO DAS CAUSAS DAS PATOLOGIAS
Comunidade da Construção - Fortaleza 53
DOCUMENTAÇÃO FOTOGRÁFICA
REVESTIMENTO CERÂMICO EM FACHADAS - ESTUDO DAS CAUSAS DAS PATOLOGIAS
Comunidade da Construção - Fortaleza 54
FOTO 01 – DETALHE DE JUNTA EXECUTADA DURANTE A RECUPERAÇÃO
FOTO 02 – NÃO SELAGEM DOS CONTORNOS DAS JANELAS PERMITINDO A
INFILTRAÇÃO DE ÁGUA DE CHUVA E MARCAÇÃO EM CERÂMICAS COM SOM CAVO,
NÃO SUBSTITUÍDAS, FACHADA SUL
REVESTIMENTO CERÂMICO EM FACHADAS - ESTUDO DAS CAUSAS DAS PATOLOGIAS
Comunidade da Construção - Fortaleza 55
FOTO 03 – SINAIS VISÍVEIS DE
RECUPERAÇÃO RECENTE, FACHADA SUL
FOTO 04 – PREPARAÇÃO DE CORPO DE PROVA PARA ENSAIO DE ADERÊNCIA,
FACHADA SUL
FOTO 05 – PREPARAÇÃO DE CORPO DE PROVA PARA ENSAIO DE ADERÊNCIA,
FACHADA OESTE
REVESTIMENTO CERÂMICO EM FACHADAS - ESTUDO DAS CAUSAS DAS PATOLOGIAS
Comunidade da Construção - Fortaleza 56
Anexo 3 - Estudo de Caso da Patologia - Construtora Konnen
PROGRAMA COMUNIDADE DA CONSTRUÇÃO
PROJETO: : Programa de Melhoria de Rev. Cerâmico em Fachada – Comunidade da Construção – Fortaleza
EMPRESA: Construtora Konnen Ltda.
OBRA VISTORIADA: Edifício Arezzo DATA DE CONCLUSÃO
ENDEREÇO: Rua Ana Bilhar nº 979 – Meireles julho de 2000.
ENGº RESPONSÁVEL: Engº Mauro Costa
1.0 – OBJETIVO: Avaliação e diagnóstico do desempenho do revestimento cerâmico das fachadas do Edifício Arezzo.
2.0 – CARACTERÍSTICAS DO EDIFÍCIO: O Edifício Arezzo localizado à Rua Ana Bilhar nº 979 – Meireles - Fortaleza - Ceará, foi construído em concreto armado convencional, com garagens em subsolo e no pilotis e 14 (quatorze) pavimentos tipo. A construção foi concluída e posta em uso em julho de 2000. As fachadas do edifício foram executadas com revestimento cerâmico das marcas CECRISA na cores verde e dimensões de 10 x 10 cm , Porto Belo na cor branca rajada e dimensões de 10 x 10 cm, e Porto Belo na cor branca lisa e dimensões de 10 x 10 cm, pintura em textura acrílica e esquadrias em alumínio e vidros.
3.0 – CONSIDERAÇÕES PRELIMINARES: O trabalho de vistoria técnica e elaboração de relatório final foram realizados pelos Engenheiros Civis José Ramalho Torres, Roney Sérgio Marinho de Moura e Maria Aridenise Macena Fontenele. Os trabalhos de vistoria foram concentrados nas Fachadas Sul e Oeste, nas regiões onde ocorreram os problemas de descolamento de cerâmica, e envolveram tão somente observações visuais, coleta de informações e realização de ensaios de aderência e EPU.
REVESTIMENTO CERÂMICO EM FACHADAS - ESTUDO DAS CAUSAS DAS PATOLOGIAS
Comunidade da Construção - Fortaleza 57
4.0 – INFORMAÇÕES COLETADAS: Conforme informações obtidas junto ao Engº Mauro Costa, da Construtora Konnen; A argamassa utilizada na execução das fachadas foi argamassa cola; Foram realizadas 03 (três) intervenções na parte curva das fachadas Oeste/ Sul, na área onde foi assentada cerâmica de marca CECRISA de 10 x 10 cm, cor verde. A 1ª intervenção em fevereiro de 2001, a 2ª em agosto de 2003 e a 3ª em outubro de 2003; Quando da 2ª Intervenção de recuperação foram substituídas cerca de 400 peças da cerâmica CECRISA; Na 2ª intervenção foi aplicada argamassa colante AC III; A fachada oeste apresenta, nas áreas onde foram assentadas as cerâmicas de marca Porto Belo de 10 x 10 cm, cor branca, descolamento sendo necessária substituição de algumas peças; Falta de treinamento, capacitação e conhecimento, sobre o uso de argamassa industrializada, ou seja, fator água argamassa e tempo em aberto por parte dos assentadores que os levaram a produzir grande quantidade de argamassa e a puxar panos inadequados; Não foram executadas juntas de movimentação e dessolidarização quando da execução das Fachadas; Foram executadas juntas de movimentação, quando da recuperação, na parte curva Fachada Oeste/ Sul e em parte da Fachada Leste, região extrema com a Fachada Norte.
REVESTIMENTO CERÂMICO EM FACHADAS - ESTUDO DAS CAUSAS DAS PATOLOGIAS
Comunidade da Construção - Fortaleza 58
4.0 – ENSAIOS: 4.1 – ENSAIO DE ARRANCAMENTO - DETERMINAÇÃO DA ADERÊNCIA
AMOSTRA Nº LOCAL DO ENSAIO RESISTÊNCIA A ADERÊNCIA
MPa LOCAL DE RUPTURA
01 Fachada Oeste 0,23 100 A 02 Fachada Oeste 0,36 100 A 03 Fachada Oeste 0,77 100 A 04 Fachada Oeste 0,22 100 A 05 Fachada Oeste 0,15 100 A 06 Fachada Norte 0,21 100 B 07 Fachada Oeste 0,49 080 B/ 020 C 08 Fachada Oeste 0,93 060 A/ 020 C 09 Fachada Norte 0,64 050 A/ 010 B/ 015 C 10 Fachada Norte 1,18 080 A/ 010 C
Obs.: A – Ruptura no interior da argamassa de emboço B – Ruptura na interface da placa cerâmica/argamassa de emboço C – Ruptura no interior da argamassa colante Relatório de Ensaio - DITEC Nº 1899, ANEXO.
ºCERÂMICA AMOSTRA Nº VALOR MÉDIO(%) Porto Belo 9,5x9,5 cm
10 0,7
Cecrisa 9,5x9,5 cm 08 3,2
4.2 – Absorção
CERÂMICA AMOSTRA Nº EPU Ocorrida (mm/m)
EPU (mm/m)
CEMINA/ OURO VELHO 9,5 X 9,5 CM 05 Unidades 0,08 0,10
PORTO BELO, PANTANAL 9,5 X 9,5
CM 05 Unidades 0,00 0,00
4.3 – Expansão
Higroscópica
Conforme os resultados dos ensaios de Expansão por Umidade, realizados pelo laboratório do SENAI / São Bernardo do Campo, em anexo, os valores máximos de 0,1 mm/m para a cerâmica CEMINA/ OURO VELHO 9,5 X 9,5 CM , 0,00 mm/m para cerâmica PORTO BELO, PANTANAL 9,5 X 9,5 CM, estão em conformidade com a NBR-13818 que admitem valores inferiores a 0,6 mm/m , não sendo pois a causa determinante para o descolamento das cerâmicas da fachada.
REVESTIMENTO CERÂMICO EM FACHADAS - ESTUDO DAS CAUSAS DAS PATOLOGIAS
Comunidade da Construção - Fortaleza 59
5 0 – DIAGNÓSTICO DOS PROBLEMAS: Com base nas informações obtidas através do Engº Mauro Costa e nas observações visuais, pode-se afirmar que os principais fatores dos destacamentos ocorridos no Edifício Arezzo foram:
• A baixa aderência do revestimento cerâmico a argamassa de assentamento Os
resultados dos ensaios mostram que dos 10 (dez) executados no revestimento
cerâmico, 04 (quatro) apresentaram valore inferiores a 0,30 MPa, ou seja 40%,
abaixo do valor estabelecido pela NBR 13755/96. O baixo desempenho da
argamassa de assentamento foi ocasionado por vários motivos, dentre os quais se
destacam a falta de capacitação da mão de obra que levaram a abertura de
grandes panos; não observância do tempo em aberto e adição em excesso de água
de amassamento por parte dos assentadores de cerâmica. Também contribui para
o baixo desempenho da argamassa a sua especificação inadequada, para
cerâmicas de baixa absorção;
• Ausência de juntas de movimentação e dessolidarização, onde a NBR-13755/96
recomenda a sua execução, longitudinal e/ou transversal obedecendo a critérios
pré-determinados.
• Deficiência no assentamento, pois as cerâmicas não apresentaram o
preenchimento adequado do tardoz quando do assentamento, conforme
recomendação da NBR 13755/97.
Engª Maria Aridenise Macena FonteneleC.R.E.A. 10428 - D
Engº José Ramalho Torres C.R.E.A. 5817 - D
Engº Roney Sérgio Marinho de Moura C.R.E.A. 4599 - D
REVESTIMENTO CERÂMICO EM FACHADAS - ESTUDO DAS CAUSAS DAS PATOLOGIAS
Comunidade da Construção - Fortaleza 60
DOCUMENTAÇÃO FOTOGRÁFICA
REVESTIMENTO CERÂMICO EM FACHADAS - ESTUDO DAS CAUSAS DAS PATOLOGIAS
Comunidade da Construção - Fortaleza 61
FOTO 01 – DESCOLAMENTO, POR FALTA DE ADERÊNCIA A ARGAMASSA DE
ASSENTAMENTO, DA CERÂMICA PORTO BELO BRANCO RAJADO
REVESTIMENTO CERÂMICO EM FACHADAS - ESTUDO DAS CAUSAS DAS PATOLOGIAS
Comunidade da Construção - Fortaleza 62
FOTO 02 – DETALHE DO TARDOZ, CERÂMICA ARRANCADA COM AS MÃOS
FOTO 03 – COLAGEM DE PASTILHAS, PREPARAÇÃO DE CORPOS DE PROVA PARA
ENSAIO DE ARRANCAMENTO
REVESTIMENTO CERÂMICO EM FACHADAS - ESTUDO DAS CAUSAS DAS PATOLOGIAS
Comunidade da Construção - Fortaleza 63
FOTO 04 – DETALHE DA JUNTA EXECUTADA APÓS A FACHADA, ABERTURA
INSUFICIENTE, CORDÃO DE POLIURETANO FROUXO
REVESTIMENTO CERÂMICO EM FACHADAS - ESTUDO DAS CAUSAS DAS PATOLOGIAS
Comunidade da Construção - Fortaleza 64
Anexo 3 - Estudo de Caso da Patologia - Construtora Reata
PROGRAMA COMUNIDADE DA CONSTRUÇÃO
PROJETO: Programa de Melhoria de Rev. Cerâmico em Fachada – Comunidade da Construção - Fortaleza
EMPRESA: Reata Arq. e Eng. Ltda:
OBRA VISTORIADA: Edifício Vila Verde DATA DE CONCLUSÃO
ENDEREÇO: Rua Silva Jatahy, 1140 Maio/ 1996
ENGº RESPONSÁVEL: Juliano Monteiro Mariano
1.0 – OBJETIVO: Avaliação e diagnóstico do desempenho do revestimento cerâmico das fachadas do Condomínio Edifício Vila Verde.
2.0 – CARACTERÍSTICAS DO EDIFÍCIO: O Condomínio Edifício Vila Verde localizado na Rua Silva Jatahy, 1140 – Meireles –Fortaleza – Ceará, foi construído em concreto armado convencional, com 01 (um) subsolo, pavimento térreo, mezanino e 22 pavimentos tipo. A construção foi concluída e posta em uso em maio de 1996. As fachadas do edifício foram revestidas com Cerâmica Gail de 24x11,6 cm, nas cores Branco brilhante e Vermelho Flash e esquadrias em alumínio e vidros.
3.0 – CONSIDERAÇÕES PRELIMINARES: O trabalho de vistoria técnica e elaboração de relatório final foram realizados pelos Engenheiros Civis Roney Sérgio Marinho de Moura e Maria Aridenise Macena Fontenele. Os trabalhos de vistoria foram concentrados nas Fachadas Norte, Leste e Oeste, nas regiões onde ocorreram os problemas de descolamento de cerâmica, e envolveram tão somente observações visuais e coleta de informações e realização de ensaios de aderência.
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4.0 – INFORMAÇÕES COLETADAS:
Conforme informações obtidas junto ao Engº Juliano Monteiro da Reata;
• O processo de descolamento teve início no ano de 2001;
• Cerâmicas utilizadas: Cerâmica Gail de 24x11,6 cm, nas cores Branco brilhante e
Vermelho Flash;
• Argamassa de Assentamento.
Executada na Obra: Cimento + Areia grossa + Concentrado OBE
Traço: em peso, 5kg : 12,5kg : 0,15kg
• Não houve treinamento específico para capacitação da mão de obra;
• Quando da execução das fachadas não foram previstas juntas de movimentação
(horizontais e verticais) e dessolidarização;
• Foram executadas posteriormente juntas de movimentação horizontal quando do
surgimento dos descolamentos com a utilização de Mástique à base de Poliuretano.
• Já foram detectados e corrigidos em torno de 5% de descolamento nas 04
fachadas, com maior incidência nas cerâmicas Gail de 24x11,6 cm em Vermelho
Flash;
• Argamassa de rejunte tipo rígida;
• Executada na obra. Cimento + Areia grossa (1:3)
• Falta de treinamento, capacitação e conhecimento, sobre, fator água cimento e
tempo em aberto por parte dos assentadores que os levaram a produzir grande
quantidade de argamassa e a puxar grandes panos;
• Chapisco convencional;
Executado na obra: Cimento + Areia grossa (1:3)
• Emboço;
Executado na obra: Cimento + Areia grossa (1:5) + 200ml de Alvenarit.
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4.0 – ENSAIOS: 4.1 – ENSAIO DE ARRANCAMENTO - DETERMINAÇÃO DA ADERÊNCIA
AMOSTRA Nº LOCAL DO ENSAIO RESISTÊNCIA A ADERÊNCIA
MPa LOCAL DE RUPTURA
01 Fachada Norte 0,26 50% B 02 Fachada Norte 0,03 25% B 03 Fachada Sul - 35% A 04 Fachada Sul 0,15 10% B e 70% D 05 Fachada Sul 0,41 30%A, 20% C e 50%D 06 Fachada Sul 0,03 30% A 07 Fachada Sul 0,35 100% D 08 Fachada Sul - 50% A 09 Fachada Leste 0,23 100% D 10 Fachada Leste 0,04 100% D
Obs.: A – Ruptura na interface placa cerâmica/argamassa de assentamento B – Ruptura no interior da argamassa de assentamento C – Ruptura na interface argamassa de assentamento / substrato (emboço) D – Ruptura no interior da argamassa do substrato (emboço) Obs.: 02 Corpos de prova não registraram carregamento.
ºCERÂMICA AMOSTRA Nº VALOR (%)
4.2 –
Absorção
CERÂMICA AMOSTRA NºEPU MÉDIA OCORRIDA
(mm/m)
EPU MÁXIMA (mm/m)
4.3 – Expansão
Higroscópica
Obs.1: Historicamente a cerâmica Gaill apresenta valores de Absorção em torno de 2,5% e a Expansão Higroscópica 0,015 mm/m.
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5 0 – DIAGNÓSTICO DOS PROBLEMAS: Com base nas informações obtidas através do Engº Juliano e nas observações visuais e nos ensaios executados, podem-se afirmar que os principais fatores dos destacamentos ocorridos no Edifício Vila Verde:
• A baixa aderência do revestimento cerâmico a argamassa de assentamento. O
baixo desempenho da argamassa de assentamento foi ocasionado por vários
motivos, dentre os quais se destaca a falta de capacitação da mão de obra que
levaram a: abertura de grandes panos; não observância do tempo em aberto e
adição em excesso de água de amassamento por parte dos assentadores de
cerâmica. Podendo constar nos resultados de aderência, onde 85 % dos valores
encontram-se abaixo de 0,30 MPa;
• Baixa resistência da argamassa de emboço;
• Ausência de juntas de movimentação e dessolidarização, onde a NBR-13755/96
recomenda a sua execução, longitudinal e/ou transversal obedecendo a critérios
pré-determinados;
• Não preenchimento adequado do tardoz da cerâmica Gail (colocação de argamassa
no tardoz para garantir a aderência mecânica as garras), conforme recomendação
da NBR 13755/97. Soma-se a esse fato a falta de aderência física pela aplicação de
argamassa de assentamento inadequada, sobre uma cerâmica de baixa absorção,
constatado durante a realização dos ensaios de aderência.
Engª Maria Aridenise Macena FonteneleC.R.E.A. 10428 - D
Engº José Ramalho Torres C.R.E.A. 5817 - D
Engº Roney Sérgio Marinho de Moura C.R.E.A. 4599 - D
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DOCUMENTAÇÃO FOTOGRÁFICA
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FOTO 01 – DESCOLAMENTO DA CERÂMICA POR DEFICIÊNCIA DA ARGAMASSA DE
ASSENTAMENTO, FACHADA NORTE
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FOTO 02 – DESCOLAMENTO DA CERÂMICA POR DEFICIÊNCIA DA ARGAMASSA DE
ASSENTAMENTO, FACHADA LESTE
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FOTO 03 – FALTA DE ADERÊNCIA DA ARGAMASSA DE ASSENTAMENTO A
CERÂMICA E DEFICIÊNCIA DO EMBOÇO
FOTO 04 – FALTA DE ADERÊNCIA DA ARGAMASSA DE ASSENTAMENTO A
CERÂMICA, TARDOZ PRATICAMENTE LIMPO