resumos de psicologia do desenvolvimento do adulto

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1 Resumos de Psicologia do Desenvolvimento do Adulto 1º semestre – 3º ano A base significa o início. Existe desenvolvimento normativo mas também há variabilidade a nível individual, apesar de partilharmos características comuns. Além da componente normativa, todos os períodos de desenvolvimento têm importância, salientandose as fases mais iniciais, sendo que esta base, que corresponde aos primeiros anos de vida tem impacto no desenvolvimento e no que vem a seguir ao longo da vida. O desenvolvimento vaise dando ao longo da vida e não apenas na fase da adolescência. O desenvolvimento não é fechado nos primeiros anos de vida e na adolescência, no entanto estes anos são fundamentais na estrutura do desenvolvimento, apesar de termos trajetórias mais desviantes que dificultam a mudança. Na idade adulta a variabilidade é menor. Crítica: A perspectiva lifespan é vista como um motley and monolithic movement in which everyone is invited to contribute his/her voice to the songfest without any restrictions on melody, lyrics and arrangements(Kaplan, 1983, p.193, cit.) (Movimento heterogéneo e monolítico em que todos são convidados a contribuir com o seu / sua voz para o festival de música sem quaisquer restrições à melodia, letras e arranjos). Com algumas exceções, até à pouco tempo a psicologia do desenvolvimento era tida como a psicologia do desenvolvimento da criança. Life Span Development Psychology ( “O estudo da constância e da mudança no comportamento ao longo da vida (ontogénese) desde a concepção até à morte. O objectivo é obter conhecimento sobre os princípios gerais do desenvolvimento ao longo da vida, sobre as diferenças e semelhanças interindividuais no desenvolvimento, bem como o grau e as condições de plasticidade do indivíduo ou mudanças de desenvolvimento”) “… the study of constancy and change in behavior throughout the life course (ontogenesis) from conception to death. The goal is to obtain knowledge about general principles of lifelong development, about interindividual differences and similarities in development, as well as about the degree and conditions of individual plasticity or modifiability of development” (Baltes, 1987, p.611)

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Resumos sobre psicologia do desenvolvimento do adulto

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    Resumos de Psicologia do Desenvolvimento do Adulto 1 semestre 3 ano

    A base significa o incio. Existe desenvolvimento normativo mas tambm h variabilidade a nvel individual, apesar de partilharmos caractersticas comuns. Alm da componente normativa, todos os perodos de desenvolvimento tm importncia, salientando-se as fases mais iniciais, sendo que esta base, que corresponde aos primeiros anos de vida

    tem impacto no desenvolvimento e no que vem a seguir ao longo da vida. O desenvolvimento vai-se dando ao longo da vida e no apenas na fase da adolescncia. O desenvolvimento no fechado nos primeiros anos de vida e na adolescncia, no entanto estes anos so fundamentais na estrutura do desenvolvimento, apesar de termos trajetrias mais desviantes que dificultam a mudana. Na idade adulta a variabilidade menor.

    Crtica: A perspectiva life-span vista como um motley and monolithic movement in which everyone is invited to contribute his/her voice to the songfest without any restrictions on melody, lyrics and arrangements (Kaplan, 1983, p.193, cit.) (Movimento heterogneo e monoltico em que todos so convidados a contribuir com o seu / sua voz para o festival de msica sem quaisquer restries melodia, letras e arranjos).

    Com algumas excees, at pouco tempo a psicologia do desenvolvimento era tida como a psicologia do desenvolvimento da criana.

    Life Span Development Psychology

    ( O estudo da constncia e da mudana no comportamento ao longo da vida (ontognese) desde a concepo at morte. O objectivo obter conhecimento sobre os princpios gerais do desenvolvimento ao longo da vida, sobre as diferenas e semelhanas inter-individuais no desenvolvimento, bem como o grau e as condies de plasticidade do indivduo ou mudanas de desenvolvimento)

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    the study of constancy and change in behavior throughout the life course (ontogenesis) from conception to death. The goal is to obtain knowledge about general principles of life-long development, about inter-individual differences and similarities in development, as well as about the degree and conditions of individual plasticity or modifiability of development (Baltes, 1987, p.611)

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    Na perspetiva deste autor, aquilo que estudamos a mudana comportamental e o objetivo compreender os princpios normativos, como tambm a variabilidade individual, importante na idade adulta ( maior na fase adulta), pois nem tudo determinado nos primeiros anos de vida, sendo que h sempre ganhos e perdas ao longo desta.

    A teoria do Life-span uma das principais teorias sobre o desenvolvimento dos indivduos. Esta defende que:

    Nenhum perodo considerado mais importante, pois a abertura mudana varia de pessoa para pessoa;

    Em todas as idades, diversos processos de desenvolvimento esto em ao, a diferentes ritmos;

    Nem todos os processos de desenvolvimento esto presentes nascena. A fase inicial do desenvolvimento at adolescncia caracterizada por

    mudanas rpidas (fsicas e competncias) relacionadas com a idade; Durante a idade adulta, embora certas mudanas passem a ser mais lentas,

    as capacidades e competncias dos indivduos continuam a desenvolver-se medida que estes se adaptam ao meio, assim, na adaptabilidade h um ajustamento positivo quando ns nos adaptamos ao nosso meio.

    Baltes et al., 2006

    A abertura mudana varia de pessoa para pessoa. Nesta perspetiva,

    nenhum perodo mais importante que outro, os processos apenas ocorrem a diferentes ritmos e em diferentes idades, no podendo ser tudo marcado nos primeiros anos de vida.

    Nestes primeiros anos at a adolescncia, ocorrem mudanas mais rpidas e mais visveis, o que no significa que no ocorram mudanas na idade adulta. O ajustamento positivo, adaptabilidade, significa que nos adaptamos ao nosso meio. Na idade adulta h mais trajectrias de desenvolvimento.

    O desenvolvimento multidimensional no sentido que afectado por factores biolgicos, psicolgicos e sociais/culturais.

    O desenvolvimento humano complexo, no podendo ser compreendido apenas luz de uma disciplina cientfica: multidisciplinariedade (ex: psicologia, sociologia, economia...) (Sociologia representao dos papis parentais).

    O desenvolvimento multidirecional, no sentido em que no apenas ganhos (crescimento) mas tambm implica perdas (declnio) ao longo do tempo e, em cada domnio do desenvolvimento (e.g. jovem casal com um recm-nascido (ganho), mas frequentemente reportam perdas ao nvel da relao do casal; as competncias lingusticas, nomeadamente o vocabulrio das pessoas

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    tende a aumentar ao longo da vida, mas os tempos de reaco aos estmulos tendem a diminuir).

    Os indivduos podem melhorar as competncias que possuem e desenvolver novas, nomeadamente no sentido de compensar perdas noutras (Freund & Baltes, 2000).

    Existe tambm plasticidade no desenvolvimento dos indivduos e contextualismo.

    Plasticidade do Desenvolvimento Muitos aspectos do desenvolvimento podem ser modificados, mas existem limites. Gradualmente a plasticidade diminui, dado que tanto as capacidades, como as oportunidades para a mudana tornam-se limitadas (a janela da mudana vai diminuindo com o tempo devido ao processamento da informao, mecanismos de defesa).

    Variabilidade entre os indivduos. Ex: jovens que entram na idade adulta com problemas de abuso de

    substncias podem ultrapass-los e tornar-se adultos mais ajustados.

    Na plasticidade, importante fazer canalizao, ou seja, deve existir maior plasticidade nos primeiros anos de vida (mudana) e depois afunilar essa plasticidade. Quanto mais desviantes so as trajetrias iniciais, menos normativo , mais afunilamos as nossas trajetrias e isso resulta em menor ajustamento.

    O desenvolvimento influenciado por diversas foras que integram entre si

    contextualismo (Baltes, 1987): Influncias normativas da idade; Influncias normativas da histria; Influncias no normativas.

    Influncias normativas da idade

    Experincias relacionadas com a idade e vivenciadas pelos adultos de cada gerao medida que envelhecem (dado que somos todos membros da mesma espcie a passar por um processo natural de envelhecimento).

    Mudanas partilhadas por todos, dado que somos membros da mesma espcie a passar por um processo natural de envelhecimento.

    Ideia do relgio biolgico

    Existem mudanas facilmente visveis (cabelo a tornar-se branco, pele a ficar com rugas...), outras no tanto, como a perda do tecido muscular. O ritmo a que

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    ocorrem varivel, sendo diferente de indivduo para indivduo (por exemplo, um toxicodependente tem um relgio mais acelerado, ou seja influenciado pelo estilo de vida levado). So experincias partilhadas. Relgio social Define a sequncia das experincias normais de vida do adulto, como o timing de terminar a escola, casamento reforma. Existe um alargamento social do timing destas experincias e os adultos esto bem conscientes do mesmo (o eterno estudante; o adulto de meia idade que ainda vive com os pais), pois uns so mais aceites que outros. O relgio social representa o conjunto de experincias normativas a nvel social, associadas a vrias fases. As vidas dessincronizadas com as expectativas/timings pode repercutir-se negativamente nos indivduos, por exemplo a nvel da autoestima. Outra manifestao deste relgio o padro de experincias associadas com a vida familiar. Ex: o nascimento de uma criana marca o incio de um padro fixo de experincias partilhadas com outros pais e que acompanham os perodos de desenvolvimento dos filhos. Processos internos de mudana relacionado com o modo como responder s presses dos relgios sociais (ex.: traos masculinos vs traos femininos). Influncias normativas da histria Dizem respeito s experincias resultantes de acontecimentos histricos que moldam o desenvolvimento do adulto.

    Temos de ter em conta o contexto cultural e histrico, e ver que marcos ocorreram e a sua adequabilidade. Cultura influncias diversas no desenvolvimento (idade expectvel para casar, ter filhos; numero de filhos ou mulheres, papis dos homens e das mulheres). Cohort grupo de pessoas que nasceram numa determinada janela de tempo e que partilham as mesmas experincias histricas na mesma etapa de vida. Numa mesma cultura, cohorts sucessivas podem ter experincias de vida muito diferentes.

    Ex.: crianas filhas de pais que morreram no 11 de Setembro todas tiveram experincias de vida muito diferentes do normal depois deste dia, dentro das que o vivenciaram umas continuaram com a sua vida mais ou menos normal, outras tiveram que assumir o papel de mais velho e de pai, etc. Houve uma maior resilincia, sendo que alguns jovens tiveram de assumir papis fora do timing normal; houve um desenvolvimento do sentimento de insegurana.

    Vtimas do furaco Katerina depois do furaco desenvolveram maiores sintomas de stress, ansiedade e consumo de substncias.

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    Assim, a histria influncia a vida que seguimos, sendo que estes acontecimentos dependem da fase do desenvolvimento e as caractersticas do indivduo.

    H acontecimentos Macro que moldam o desenvolvimento do adulto (dependendo do indivduo). Estes variam com os constrangimentos factores stressores sob o desenvolvimento (ex.: no ter dinheiro para alimentar os filhos).

    Influncias no normativas Resultam de aspectos nicos que no so partilhados com os outros indivduos (pelo menos, no de modo significativo). Ex: diferenas genticas (caractersticas fsicas, desordens genticas), personalidade. A morte de um cnjuge no incio da vida de um casal uma influncia no normativa. Assumir responsabilidades parentais de um neto. Iniciar um negcio aos 65 anos. Existe a importncia do timing em que ocorrem, uma vez que as experincias que ocorrem no timing colocam menos dificuldades ao individuo, comparativamente com as que ocorrem fora de tempo.

    Idade. Estamos sempre a falar do mesmo?

    Diversas idades tm sido identificadas, ilustrando diferentes dimenses do desenvolvimento do adulto (Brjorklun, 2011):

    Idade cronolgica mais saliente nos primeiros anos de vida, medida que

    avanamos no desenvolvimento na idade adulta, existe maior variabilidade entre as pessoas da nossa idade. Est relacionada, mas no causa as mudanas desenvolvimentais.

    Ex.: Idade para comear a conduzir, beber lcool, votar... Idade biolgica medida de condio fsica do adulto (sistemas vitais). ela

    tem uma memria de um adulto de 50 anos. Est dependente da idade cronolgica: esta afirmao pode ter 2 interpretaes diferentes.

    Idade sociocultural papis que um indivduo assume numa determinada fase da sua vida, comparativamente com os outros membros do seu grupo social e cultural. especialmente importante para compreendermos muitos dos papis que adoptamos a nvel da famlia e do trabalho importncia da autoestima e personalidade. Ex: mulher que me aos 40 anos; jovem de 23 anos que trabalha a tempo inteiro, estuda, e envia dinheiro para casa para contribuir com as finanas familiares.

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    Idade psicolgica medida em que o adulto tem capacidade (competncias psicolgicas como memria, sentimentos e motivaes) de se adaptar e lidar de modo eficaz com o meio. Ex: adulto de 30 anos que no capaz de pagar a conta da eletricidade, porque preferiu antes comprar roupa, e frequentemente chega atrasado ao trabalho porque adormece funciona como um adolescente e claramente abaixo da sua idade cronolgica. Considera-se ainda a idade funcional, em que as idades biolgica, psicolgica e social so consideradas num todo e diz-nos at que ponto o individuo funciona bem enquanto adulto, comparativamente com os outros integrao das diferentes idades do indivduo. Research in Developmental Science Estudos de caso permitem perceber de forma mais profunda o individuo, mas no posso estudar 1 grupo. Recolher dados de diferentes fontes, de forma a cruzar informao para obtermos concluses mais fiveis.

    Longitudinal estudar 1 individuo ao longo do tempo; Cross section comparar 2 faixas etrias; Sequenciais estudar longitudinalmente e com faixas etrias.

    Objetivos da Cincia do Desenvolvimento

    O qu? Quando? Servem para descrever Porqu? Como? Servem para compreender Para que fim? Serve para intervir

    Assim possvel descrever, perceber e intervir no desenvolvimento humano. Mtodos da Recolha de Dados Nenhum mtodo, individualmente, consegue responder a todas as questes sobre o desenvolvimento humano, dependendo dos objetivos e daquilo que o investigador quer medir.

    Observaes em meio natural (naturalistas); Observao Laboratorial Questionrios/entrevistas; Estudos de caso

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    Observaes em meio natural Observar e registar o comportamento no decursos de acontecimentos do dia

    a dia. uma forma direta para reunir informaes objetivas, exprimindo a complexidade do comportamento humano.

    Desvantagens: Indivduos sob observao podem comportar-se de forma diferente; Enviesamentos por parte do observador; Risco de perder informao; Elevado tempo investido.

    Observaes laboratoriais Observa o sujeito em laboratrio durante a execuo de determinadas

    tarefas. Este tipo de observao no se aplica tanto no desenvolvimento do adulto, pois os sujeitos sob observao podem comportar-se de forma diferente.

    Entrevistas (aberta ou estruturada) Uma das medidas mais utilizadas a entrevista, pois h maior probabilidade

    de explorar processos individuais. Permite que os entrevistadores esclaream dvidas e explorem respostas. Muito usadas para estudar adultos. Desvantagens: Desejabilidade social; Enviesamentos por parte do entrevistador; Elevado tempo investido; Grande quantidade de informao, que por vezes no fcil de analisar.

    Questionrios Normalmente os questionrios so usados em grupos de grandes

    dimenses, para recolher dados sobre atitudes, interesses, valores e variados tipos de comportamento.

    A validade est relacionada com a forma como a amostra representativa da populao alvo. Pode existir, como enviesamento, a desejabilidade social.

    Estudos de Caso

    Obtemos a imagem completa e profunda de um indivduo ou de um pequeno grupo de indivduos, a partir da combinao de diferentes mtodos, como as entrevistas, observaes ou testes psicolgicos.

    muito til quando queremos estudar um fenmeno em especfico/raro. Grandes estudos permitem a existncia de novas reas de estudo, usando

    outros mtodos.

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    Vantagens: Informaes mais aprofundadas; importante para situaes incomuns.

    Desvantagens: Normalmente no generalizados a outros casos, centram-se num caso em

    especifico; Elevado tempo investido; Perda de informao ou ms interpretaes.

    Estudos de Correlao

    Determina relao ou associao entre duas variveis;

    Avalia a fora e direo da relao; No demonstra relao causa-efeito.

    Estudos experimentais

    Objetivo: descobrir relao causal entre variveis; Investigadores introduzem, de forma deliberada, uma alterao numa

    situao cuidadosamente estruturada, de forma a observar as consequncias dessa mudana;

    Distribuio aleatria de participantes para controlar grupos experimentais e de controlo;

    Manipulao da varivel independente; Criticismo advm do facto de: vrias variveis no podem ser estudadas

    experimentalmente e resultados no generalizados alm do laboratrio. Design Cross Section Estudos Transversais Participantes de diferentes idades so estudados na mesma altura, em que cada individuo avaliado apenas uma vez. Efeito de coorte no possvel dizer as sequncias de mudana com a idade ou sobre a consistncia do comportamento individual ao longo do tempo, mas podem revelar diferenas nas idades. No devem ser usados grupos de idades, mas sim estdios de vida (e.g. comparar casais com e sem filhos, de forma a observar os efeitos da paternidade na relao do casal).

    Correlation Research/Experimental Research:

    Correlational studies ! Determination of an association or relationship between two variables.

    ! Assesses the strength and direction of the relationship.

    ! But cannot demonstrate cause and effect.

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    Figure 1: Exemplo de Design Cross Section

    Design Longitudinal Estudo Longitudinal

    Investigadores estudam os mesmos indivduos de forma repetida em diferentes perodos de tempo, tirando medies sobre os seus comportamentos ou interesses.

    pedido aos participantes para que contem as mudanas relacionadas com a idade.

    Os participantes so do mesmo grupo (cohort aumenta a probabilidade de que a mudana observada no devido a influencias normativas da histria).

    Desvantagens: Muito tempo investido, o qual pode levar desistncia de alguns participantes.

    Figure 2: Exemplo de Design Longitudinal

    Design Sequencial Estudos Sequenciais Combina os aspectos positivos de ambos os designs acima referidos, uma vez que faz um estudo de forma semelhante ao longitudinal mas com diversas faixas etrias.

    Cross-sectional design

    (Retirado de Boyd & Bee, 2009)

    (Retirado de Bjorkund, 2011)

    Study designed to assess development of self-esteem in young adults.

    Este foi um estudo desenvolvido para

    avaliar o desenvolvimento da auto-estima em jovens adultos.

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    Figure 3: Exemplo de Design Sequencial

    Realizao de Pesquisas de forma tica

    Cientistas devem respeitar e comportar-se sempre de acordo com os nveis mais elevados de integridade e conduta tica;

    Investigadores no devem inventar e criar dados. No devem selecionar dados que pensam ser mais apelativos ou de acordo com o que espera, ou assumir dados e resultados como seus, quando no o so;

    Psiclogos devem ler os princpios de conduta tica da APA; Proteo aos danos; Consentimento informado; Confidencialidade; Conhecimento dos resultados; Evitar o engano se os participantes tm de ser enganados, o investigador

    deve explicar a verdadeira natureza do estudo, o mais rpido possvel.

    Teoria Psicodinmica desenvolvimento da identidade Quem sou eu? Erikson (1968; 1980; 1982)

    Erikson formulou a sua teoria a partir das ideias bsicas de Freud, com

    diferenas em alguns aspectos: Enfse nos factores sociais e culturais; Processo de desenvolvimento como um contnuo ao longo da vida, ao invs

    de terminar na adolescncia (idade de maturidade sexual); Um modelo de tempo de vida (life-span) do desenvolvimento humano, que

    inclui 8 estgios psicossociais; Acreditava que o maior desafio de vida era a busca pela identidade: quem

    sou eu?

    No fundo defende que o indivduo no s resultado do processo de maturao

    Sequential design

    ! Combining the positives of both.

    !

    (Retirado de Lightfoot et al, 2009)

  • 11

    Desenvolvimento Psicossocial A grande tarefa a construo de identidade Quem sou eu?, no sendo apenas um processo de maturao. Foi das primeiras teorias de desenvolvimento, do nascimento at idade adulta.

    Os estgios emergem num padro fixo (sendo estes 8); Cada estdio marcado por um aspecto distintivo do

    desenvolvimento: - uma crise que o indivduo deve resolver de forma a

    prosseguir para o prximo estdio; - a resoluo pode ser positiva ou negativa, ou seja,

    mais ou menos ajustada - Ou seja, cada um tem uma crise/catstrofe e uma

    tarefa de desenvolvimento. O termo crise usado com um sentido de desenvolvimento

    no como uma catstrofe mas como um ponto de viragem (oportunidade de mudana);

    Cada uma destas crises tem uma forma potencial com um caminho mais ou menos saudvel, ou seja, mais ou menos ajustado, e serve de base para o desenvolvimento mais tarde;

    De acordo com Erikson (1959), o indivduo no pode ser compreendido alm do seu contexto sociocultural:

    - maturao fsica escreve o calendrio geral; - a cultura fornece o contexto em que se resolve a crise, bem como

    as ferramentas para faz-lo.

    Tem 8 estdios sucessivos, ou seja, um fornece as bases do seguinte, e todos eles marcados por uma crise, a qual pode ser resolvida de forma mais ajustada ou menos ajustada. Independentemente da forma como resolve, o individuo segue sempre o caminho do desenvolvimento.

    1. Confiana vs Desconfiana construo de relaes interpessoais, com

    confiana ou no nas figuras parentais/de vinculao; 2. Autonomia vs vergonha (2 anos de idade) 3. Iniciativa vs Culpa extenso da autonomia. Ter iniciativa para adquirir

    competncias e fazer ajustamento dos meios, havendo mais interao relacional; birras e marcao da sua posio

    4. Industry vs Inferioridade Construo e aquisio de competncias cognitivas e sociais; processos de atomizao (e.g. birras); entrada na idade escolar, ajustamento aos meios;

  • 12

    5. Identidade vs Confuso Adolescncia Estabelecimento de um sentido claro de quem somos e como nos ajustamos

    no mundo nossa volta (quem sou e como me encaixo no grupo) vs falha para formar um identidade estvel e segura; ideologia, o que ns queramos ser;

    Envolve refletir sobre as nossas caractersticas, habilidades, interesses e explorar opes disponveis na nossa cultura (que nos d um contexto no qual resolvemos as crises), tentando diferentes possibilidades e fazendo um compromisso, em diferentes reas, como o amor.

    - Surge uma identidade clara que serve como base para compromissos posteriores, na idade adulta.

    - Importncia da qualidade das relaes, com base em experincias anteriores (identificaes com os pais e/ou outras pessoas significativas) o resultado de muitas interaes com pessoas significativas.

    - Moratrio psicossocial as responsabilidades da idade adulta so adiadas, tentando vrias possibilidades.

    6. Intimidade vs Isolamento Jovem Adulto Jovens adultos esforam-se para criar relaes de amizade fortes e ntimas e

    conseguir amor e companheirismo com outra pessoa; Homens e mulheres devem aprender a ser ntimos (fsica e emocionalmente)

    com outro adulto (casamento); Questes anteriores de desenvolvimento devem ser resolvidos, de forma a

    se tornarem ntimos (para desenvolverem uma identidade forte na adolescncia). Devem ser de confiana, autnomos, com capacidade de iniciativa e, mais importante, compreenderem-se a si prprios. Deve haver uma partilha de experincias entre ambos;

    Falhas na intimidade podem levar a um sentimento de angstia relativamente ao isolamento e solido.

    Construo de reaes ntimas (amizade, namorados). Existe intimidade fsica mas tambm emocional, atravs da partilha de experincias. A solido d origem a sentimentos de angstia. As vezes, sente-se solido mesmo que se tenha algem, se no houver partilha de experincias. Numa relao ajustada no h fuso de 2 pessoas numa s, a identidade de cada um mantem-se. Se as tarefas anteriormente tiverem sido resolvidas de forma positiva, torna-se mais fcil esta fase.

    7. Generatividade vs Estagnao - Adulto O desafio manter-se produtivo e criativo em todos os aspectos da vida;

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    Generatividade (conquista, realizao, ser produtivo) inclui responsabilidades, como cuidar dos filhos e da produtividade no trabalho;

    Os indivduos que negociaram com sucesso as etapas anteriores, so suscetiveis de encontrar sentido e alegria em diferentes aspectos da sua vida; para outros a vida torna-se estagnada; Tarefa de nos mantermos produtivos e criativos (no trabalho, educao...) e

    assumir responsabilidades e investir em geraes futuras foco na parentalidade. A estagnao algo negativo. Estudos mostram que adultos ativos mantm investimento nas geraes futuras.

    8. Integridade vs Desespero Adulto em final de vida As pessoas devem ter conscincia da aproximao da morte medida que

    envelhecem; Tentam dar significado s experincias anteriores e assegurar-se de que a

    sua vida foi significativa (integridade do ego); Indivduos que atingem toda a maturidade possuem integridade para lidar

    com a morte com o mnimo de receio; Os que no atingem a maturidade, desesperam sobre os objetivos no

    alcanados e vidas mal gastas. - sentem que fizerem muitas decises erradas; - oprimidos com amargura, derrota e falta de esperana.

    Forma como adulto olha para o seu percurso e reflete sobre as suas escolhas.

    Dar significado a experincias positivas e negativas, fazendo um balano positivo (lembrar ex novelo de l quando desfazemos um novelo de l, no meio existem alguns ns, mas no deixamos de desfazer o novelo por causa disso).

    Ciclo de vida da famlia (Carter & McGoldrick, 1989)

    As famlias passam por uma srie de estdios, tal como os indivduos, desde a altura em que se formam at se dissolverem. Entramos numa famlia pelo nascimento, adopo e casamento e s samos pela morte.

    Os tempos mudaram, e.g. o aumento da probabilidade de ser av, disrupo matrimonial devido ao divrcio e no por causa da morte, maior probabilidade de voltar a casar; os papis da mulher;

    Como um sistema em movimento ao longo do tempo, a famlia tem propriedades diferentes e especficas, comparativamente com outros sistemas (e.g. incorpora novos elementos apenas pelo nascimento, adoo ou casamento, e esses elementos partem apenas devido morte).

  • 14

    O valor principal da famlia so as relaes, que no so emocionalmente substituveis (pai sai, entra o padrasto), apesar de poderem ser substitudos na parte funcional;

    O estatuto dos membros escolha dos membros; responsabilidade; Durante o perodo de vida dos membros, as mudanas ocorrem em papis

    familiares, nas relaes entre cnjuges e entre pais e filhos, irmos. Famlias nucleares como sistemas emocionais reagindo ao passado,

    presente e futuro - trs geraes; - necessidade de se acomodar s transies do ciclo de vida,

    simultaneamente. Factores protectores vs Factores stressantes (pontos de transio, eventos

    imprevisveis, padres familiares, legados, sociais, econmicos, polticos).

    Ciclo de vida da famlia conjunto de passos ou padres previsveis e experincia de tarefas de desenvolvimento familiar, ao longo do tempo.

    Estdio familiar perodo de tempo na vida de uma famlia que tem uma

    estrutura nica.

    As pessoas entram nos estgios em diferentes alturas, por exemplo, ser me aos 18 diferente de uma mulher que me aos 30 ou aos 41 anos de idade;

    Expanso, contrao e realinhamento do sistema relacional, de forma a suportar a entrada, sada e o desenvolvimento de membros da famlia de uma maneira saudvel.

    Os estdios do Ciclo de Vida da Famlia

    1. Aceitar responsabilidade da minha vida: autonomia e responsabilidade; 2. Juntar 2 famlias pelo casamento. Formao do sistema do casal, outras

    componentes da famlia de origem que tenho de realinhar; 3. Famlia com crianas pequenas. Necessidade de ajustamento do casal na

    entrada de um terceiro elemento. Tarefas prticas e financeiras. Entrada na creche e regresso ao mercado de trabalho. Conflito trabalho-famlia. Sentimentos de culpa por deixar beb e ir trabalhar. Papel dos avs;

    4. Famlias com adolescentes. Flexibilizao das normas da famlia, promover/ajustar-se s necessidades de liberdade do adolescente. Fragilidades dos avs. Fase de explorao, interesse porque pode incorporar novas vivncias e valores.

    5. Sada dos filhos (jovens adultos). Sadas e entradas no sistema familiar que tm de ser bem lidada. Aceitar bem a sada dos filhos, fases de adaptao.

  • 15

    Estudos indicam que relao do casal melhora. Entre de elementos, passar para 3 geraes (marido dos filhos, netos...)

    6. Famlias no fim de vida. Fim do ciclo de vida, idosos necessitam de mais suporte na famlia. Perda de pessoas prximas.

  • 16

    Divrcio Deslocamentos do Ciclo de Vida da Famlia Divrcio:

    Deciso de se divorciar; Planear a separao do sistema; Separao

    - de luto pela perda da famlia intacta; - ajustamento nas mudanas da relao pai-filho e pai-me; - evitar discusses conjugais interferirem na cooperao de pais

    para pais; - estar conectado famlia extensa; - gerir dvidas sobre a separao e comprometer-se no divrcio.

    O divrcio nova realidade: pais solteiros. Voltar a casar (famlias reconstrudas)

    1. Entrar numa nova relao - completar o divrcio emocional da relao anterior; - desenvolver compromisso de um novo casamento.

    2. Conceituar e planear um novo casamento e famlia - planeamento de relaes de cooperao co-parental com ex

    cnjuge; - planeamento de como lidar com conflitos de lealdade das

    crianas envolvendo pais e padrastos; - adaptao ampliao da famlia extensa/alargada.

    3. Voltar a casar e reconstruir famlia - realinhamento das relaes dentro da famlia, deixando espao

    para novos membros (novos papis casal, madrasta, padrasto); - partilha de memrias e histrias, permitindo a integrao de

    todos os novos membros.

    Emergncia da Adultcia

    Teoria da Emergncia da Adultcia (e.g. Arnett, 2000, 2004, 2006, 2011)

    Para certos autores, houve a necessidade de alterar as teorias ciclo de vida, de forma a explicar o comportamento dos jovens de hoje, pois tm surgido grandes mudanas, comparativamente com dcadas atrs e o caminho at a vida adulta mais longo (por volta dos 30 anos). O que se fazia aos 20 anos (casar, ter filhos) agora, cada vez mais, se faz aos 30.

  • 17

    De acordo com Arnett, indivduos entre os 18 e os 25 anos (agora 29), em

    cidades industrializadas, no assumiram papis da idade adulta mas j no so adolescentes, havendo necessidade de procurar caractersticas que os distingam dos adolescentes e dos adultos. No s um perodo de transio, como tambm um novo estdio de vida marcada pela mudana e explorao de possveis percursos de vida.

    Esta a idade de:

    explorao da identidade, tentar vrias possibilidades, especialmente no amor e no trabalho;

    instabilidade; a idade mais auto-focada; feeling in between, nem adolescente, nem adulto; possibilidades (oportunidade de transformarem as suas vidas).

    Parte do futuro j foi decidida.

    No h apenas 1 emergncia da adultcia, existem vrias formas de as experienciar. No uma fase de transio porque tem caractersticas tpicas e que ocorrem especificamente nesta fase, sendo assim uma teoria recente que foi criada para acompanhar as caractersticas sociodemogrficas atuais. H grande variabilidade de sentimentos caractersticos desta fase.

    um perodo em que diferentes direces se mantm como uma opo, pois muito pouco acerca do futuro j foi decidido. um perodo tido como significativo que os adultos recordam. H assim uma semi-autonomia, onde nada parece ser normativo.

    It should not be viewed as one emerging adulthood, but many emerging adulthoods. Emerging adults around the world share demographic similarities, in that they wait until at least their late 20s to enter stable adult roles, and they may share developmental similarities such as focusing on identity exploration. However their experiences are likely to vary by cultural context, educational

    attainment and social class (Arnett et al., 2011)

  • 18

    Explorao da identidade

    O processo de formao de identidade comea na adolescncia, mas intensifica-se na emergncia da adultcia;

    Mais independentes dos pais, mas sem compromissos duradouros tpicos da idade adulta;

    quando os jovens exploram possibilidades para as suas vidas numa variedade de reas, como o amor e o trabalho. Aprendem mais sobre quem so (capacidades e limitaes, crenas e valores) e o que querem da vida, movendo-se em direo a escolhas duradouras. importante a escolha do percurso acadmico;

    a fase com maior abertura e mais possibilidade para escolher novos caminhos.

    A formao da identidade inicia-se na adolescncia e continua, sendo mais intensa na emergncia da adultcia. H tambm quem tenha mais dificuldades em definir a sua identidade e em explorar (dificuldade em perceber como so e como se encaixam no mundo). Esta explorao da identidade antes de tomar decises de adultos influencia a perspectiva acerca do amor, trabalho e viso do mundo. Exemplo: AMOR O nvel de intimidade diferente na adolescncia e nesta fase. Procuram o que querem num futuro parceiro (que tipo de pessoa sou eu, e que tipo de pessoa seria a melhor para ser companheiro de vida?). Aquilo que agora procuram no outro diferente do que procuravam na adolescncia. Trabalho A nvel de trabalho, procuram encontrar algo que os satisfaa pessoal e financeiramente.

    Fase de explorao mas tambm de divertimento. Pessoas nesta fase so livres de uma forma que no sero a partir dos 30 anos de idade.

    Mudanas graduais. Uns constroem processos mais rapidamente.

    No se limitam a uma directa preparao, h uma explorao Em que sou bom? Que trabalho me satisfazia a longo termo?. Viso do mundo Aspectos de desenvolvimento cognitivo uma viso do mundo (conjunto de crenas e valores) aprendida na infncia e na adolescncia, muitas vezes examinada luz de diferentes vises a que o indivduo exposto.

  • 19

    Instabilidade

    Explorao dos adultos emergentes e das suas escolhas movedias. - entrada na faculdade e escolher um mestrado, depois descobrir

    que o mestrado no aquilo que estavam espera; trabalhar aps a faculdade, mas dois anos depois perceberem que precisam de mais educao a nvel acadmico.

    Maiores taxas de mudana residencial, comparativamente com as outras faixas etrias. Uns saem para ir para a faculdade, outros para ganharem mais independncia.

    Explorao e instabilidade. H maior ou menos instabilidade conforme o indivduo. H que tomar decises,

    saber que caminhos escolher. Idade auto-focada

    Poucos laos que impliquem rotinas e compromissos para com os outros; Vida diria muito auto-focada, mesmo para os que permanecem em casa

    dos pais (decidir o que jantar, se vai faculdade, se trabalha a tempo inteiro, se termina ou no o namoro...);

    No significa que seja depreciativo. O objetivo tornarem-se auto-suficientes de forma a atingirem objetivos e desenvolvimento pessoal (no permanente). um passo necessrio antes de se comprometerem com compromissos duradouros, quer a nvel de trabalho e amor;

    Perspetiva diferente: hoje os jovens so vistos como egostas, at mesmo narcisistas (Twenge & Campbell, 2001, 2010; Twenge & Foster, 2010);

    Ideia de desperdcio de anos de vida; Preconceito contra os jovens. Centram-se mais nas suas rotinas uma vez que no tm compromissos to

    efectivos. Feeling in Between

    Jovens no se veem como adolescentes, mas sentem que ainda no atingiram a idade adulta, e do enfse em ser uma pessoa auto-suficiente, apesar de no cumprirem os critrios:

    A Longer Road to Adulthood 15

    criteria most important to them are gradual, so their feeling of becoming anadult is gradual, too. In a variety of regions of the United States, in a varietyof ethnic groups, in studies using both questionnaires and interviews, peopleconsistently state the following as the top three criteria for adulthood:27

    1. Accept responsibility for yourself.2. Make independent decisions.3. Become financially independent.

    All three criteria are gradual, incremental, rather than all at once. Con-sequently, although emerging adults begin to feel adult by the time theyreach age 18 or 19, they do not feel completely adult until years later, sometime in their mid- to late twenties. By then they have become confidentthat they have reached a point where they accept responsibility, make theirown decisions, and are financially independent. While they are in the pro-cess of developing those qualities, they feel in between adolescence and fulladulthood. We will explore this issue more in chapter 10.

    Figure 1.3. Do you feel that you have reached adulthood?

    A Longer Road to Adulthood 15

    criteria most important to them are gradual, so their feeling of becoming anadult is gradual, too. In a variety of regions of the United States, in a varietyof ethnic groups, in studies using both questionnaires and interviews, peopleconsistently state the following as the top three criteria for adulthood:27

    1. Accept responsibility for yourself.2. Make independent decisions.3. Become financially independent.

    All three criteria are gradual, incremental, rather than all at once. Con-sequently, although emerging adults begin to feel adult by the time theyreach age 18 or 19, they do not feel completely adult until years later, sometime in their mid- to late twenties. By then they have become confidentthat they have reached a point where they accept responsibility, make theirown decisions, and are financially independent. While they are in the pro-cess of developing those qualities, they feel in between adolescence and fulladulthood. We will explore this issue more in chapter 10.

    Figure 1.3. Do you feel that you have reached adulthood?

    Arnett

  • 20

    Aceitar responsabilidades por si prprio; Independncia financeira; Tomada de deciso independente.

    Apresenta-se assim como uma fase diferente subjectivamente, onde h um nfase em ser um pessoa auto-suficiente. Nesta fase, alguns jovens experienciam casos de parentalidade mudana de si prprios para a responsabilidade sobre o outro.

    A idade das possibilidades Diferentes futuros permanecem em aberto, mas a direo na vida no foi bem definida. Existem grandes esperanas e expectativas (cerca de 96% dos jovens entre os 18 e os 24 anos confirmam com tenho a certeza que um dia vou obter aquilo que quero na vida acreditam que vo realizar os seus desejos)

    Existe grande abertura mudana. Especialmente importante para jovens que cresceram sob condies difceis, uma vez que levam as suas influncias familiares quando saem de casa e a mudana no ilimitada. So diversos os caminhos que os jovens podem tomar, com diferentes nveis de sucesso.

    8

    C H A P T E R 2 | V I E WS O F A D U LT H O O D : ON THE WAY BUT NOT THERE YET

    THE CLARK UNIVERSITY POLL OF EMERGING ADULTS, 2012

    Marriage has traditionally been regarded as the ultimate marker of adulthood,

    historically and across cultures. So what has happened to it? Probably a

    number of factors contributed to its demise. Marriage used to mark, for most

    people, their first sexual relationship, but now it does not, with the average age

    of first sexual intercourse about 17 and the median marriage age in the United

    States at 27 for women and 29 for men. It used to mark, for most people,

    especially young women, the first time they lived with anyone outside their

    family, but it no longer does: the median age of leaving home is 18-19, nearly a

    decade before the entry to marriage. Marriage is still important, of course, and

    celebrated more expensively than ever, but it is not as dramatic a transition as

    it used to be and no longer signifies the entry to adulthood.

    What matters most is accepting responsibility for oneself and becoming

    financially independent. These criteria have in common that they represent

    individual autonomy and self-sufficiency. In the view of todays young people,

    you have reached adulthood when you have learned to stand alone, without

    relying on others (especially your parents). Only then are you ready to take on

    commitments to others in marriage and parenthood.

    Although they regard their current time of life as fun and exciting, most

    emerging adults believe their adult lives will be even better. Fifty-nine percent

    agreed with the statement I think adulthood will be more enjoyable than my

    life is now. Only 24% agreed that I think adulthood will be boring and only

    35% endorsed the statement If I could have my way, I would never become

    an adult. The majority may see adulthood as providing a relief from the

    instability and stress of their current lives.

    Accepting responsibility for yourself 36% Becoming financially independent 30% Finishing education 16% Making independent decisions 14% Getting married 4%

    W H AT S M O S T I M P O R TA N TF O R B E C O M I N G A N A D U LT ?

    Which of the following do you think is MOST important for becoming an adult?

    By AgeD O YO U F E E LYO U H AV ER E A C H E DA D U LT H O O D ?

    18-21

    22-25

    26-29

    7

    C H A P T E R 2 | V I E WS O F A D U LT H O O D : ON THE WAY BUT NOT THERE YET

    THE CLARK UNIVERSITY POLL OF EMERGING ADULTS, 2012

    Emerging adulthood has been proposed as an in-between life stage, a

    bridge from adolescence to a settled young adulthood. Is that how it feels

    to them? This sentiment appears to apply mainly to the youngest emerging

    adults. In response to the question Do you feel that you have reached

    adulthood? more than 60% of 18- to 21-year-olds feel that they have

    reached adulthood in some ways yes, in some ways no, but in the course

    of the twenties an increasing percentage answer with an unambiguous yes.

    C H A P T E R T WO

    Views of Adulthood: On the Way but Not There Yet

    How do you know when youve reached adulthood? What criteria are most

    important? We gave respondents five options, including two traditional

    markers (finishing education and getting married) and three markers that are

    more gradual, and asked them to choose which one they regarded as most

    important for becoming an adult. Accepting responsibility for yourself and

    becoming financially independent ranked highest. Finishing education and

    making independent decisions ranked in the middle, and getting married

    was lowest of all, chosen by just 4%.

    27%

    52%

    41%

    32%

    62%

    68%

    30%

    6%

    7%

    2%

    YES

    IN SOME WAYS YES , IN SOME WAYS NO

    NO

    The age of possibilities

    ! Different futures remain open, little about a persons direction in life has been decided for certain. High hopes and great expectations ! 96%(18-24 years) agreed with the statement I am very sure that someday I will

    get to where I want to be in life. (USA survey; Hornblower)

    !

    18

    C H A P T E R 7 | T H E F U T U R E : (SURPRIS INGLY) HIGH HOPES

    THE CLARK UNIVERSITY POLL OF EMERGING ADULTS, 2012

    C H A P T E R S E V E N

    The Future:(Surprisingly)High Hopes

    Life is not easy for emerging adults. They have an unemployment rate that

    is consistently double the overall rate. Those who do have a job usually

    make very little money for most of their twenties. Nearly all aspire to a

    college degree, but fewer than one-third have attained one by ages 25 to 29.

    Most move away from the comfort and support of the family home to take

    on the formidable task of finding a place in the world. Its not surprising,

    given these circumstances, that so many of them say they often feel stressed,

    anxious or depressed, as we have seen earlier in the report.

    What may be more surprising is that, despite the many challenges of the

    emerging adulthood life stage, most of them remain hopeful that their lives

    will ultimately work out well. Nearly 9 of 10 agree that I am confident that

    eventually I will get what I want out of life. Almost as many agree that

    At this time of my life, it still seems like anything is possible. And, despite

    frequent claims that they face a diminished future and will be the first

    generation in American history to do worse economically than their parents,

    more than three-fourths agree that I believe that, overall, my life will be

    better than my parents lives have been.

    But is this optimism only for the well-off, the college-educated, the

    emerging adults who have all the advantages and so have every reason to

    believe life will smile on them? On the contrary, emerging adults from

    low-SES backgrounds are, if anything, more optimistic than their high-

    SES counterparts. They are more, not less, likely to believe that overall,

    my life will be better than my parents lives have been. This may be because

    they have seen their low-SES parents struggle through life, and, starting

    from this low baseline, they believe they have nowhere to go but up. In

    any case, clearly they do not believe that their low-SES backgrounds will

    prevent them from having the kind of lives they want.

    I believe that, overall, my life will be better than my parents lives have been. 77% I am confident that eventually I will get what I want out of life. 89% At this time of my life, it still seems like anything is possible. 83%

    % Agree

    H I G H H O P E S

  • 21

    Contexto Cultural da Emergncia da Adultcia (e.g., Arnett, 2011, 2013)

    Fenmeno recente; No existe em todas as culturas, apenas naquelas em que os jovens esto

    autorizados a adiar as responsabilidades/papis de adulto (como o casamento e a parentalidade);

    Foram realizados estudos nos EUA, Canad, maioria da europa, Austrlia, Nova Zelndia, Coreia do Sul, Japo, ndia...

    Existem variaes na forma como esta fase experienciada, entre e dentro de pases, religio...

    mais proeminente em culturas numa economia em crescimento globalizao.

    Tem-se visto o adiar dos principais marcos da vida adulta, sendo que h culturas

    em que isso mesmo impossvel de adiar pois o casamento muito cedo e tem uma vertente cultural fortssima (Ex.: Israel fim do servio militar leva a entrada na vida adulta, ndia h independncia financeira para depois conseguir sustentar os pais, Argentina independncia financeira leva a entrada na vida adulta). Por vezes at mesmo dentro do mesmo pas, a regio onde moram trs alguma variabilidade.

    Assim, h uma grande variabilidade tnica do desenvolvimento. vista muitas vezes como uma explorao de diversos tipos de comportamento

    de risco, sendo que os jovens procuram ter muitas e diferentes experincias intensas.

    na Europa que encontramos a emergncia da adultcia mais longa. Relao com os pais (Arnett, 2004)

    Jovens ainda dependem dos pais, quer a nvel financeiro, quer a nvel de apoio social e emocional (conselhos mesmo depois de sair de casa);

    Pais ajustam-se aos filhos, crescendo e tratando-os de forma diferente, comparativamente adolescncia;

    ! Opening to change. Specially important for young people who have grown up in

    difficult conditions. (Emerging adults carry their family influences with them when they leave home, and the extent to which they can change is not unlimited).

    ! Multitude of pathways young people can take; varying levels of success. Some emerging adults' struggle.

    H O W D O E S I T F E E L ?

    5

    C H A P T E R 1 | H OW D O E S I T F E E L TO B E A N E M E RG I N G A D U LT ?

    THE CLARK UNIVERSITY POLL OF EMERGING ADULTS, 2012

    How do 18- to 29-year-olds feel about themselves and their lives today?

    Is emerging adulthood a time of stress and gloom, or a time of fun

    and freedom? The poll results indicate that emerging adulthood is

    a fascinating blend of mixed emotions. Strong majorities agree that

    their current time of life is fun and exciting as well as a time when

    they have a great deal of freedom. Four in five are satisfied with their

    lives. On the other hand, majorities also agree that this is a stressful

    time of life and say they often feel anxious. Nearly one-third say

    they often feel depressed. Thirty percent agree that I often feel my life

    is not going well.

    C H A P T E R O N E

    How Does It Feel to Be an Emerging Adult?

    Negative appraisals of their lives are more common among emerging

    adults who are younger, among those who are from lower socioeconomic

    backgrounds (represented by mothers educational level), and among

    females. Younger emerging adults are more likely to agree with the

    statements I often feel my life is not going well and I often feel

    depressed. Those from lower socioeconomic backgrounds are also more

    likely to agree with those two statements. Females are more likely than

    males to say they often feel anxious or depressed, a finding consistent with

    many other studies across the life span.

    This time of my life is fun and exciting 83% This time of my life is full of changes 83% Overall, I am satisfied with my life 81% At this time of my life, I feel I have a great deal of freedom 73% This time of my life is stressful 72% This time of my life is full of uncertainty 64% I often feel anxious 56% I often feel depressed 32% I often feel that my life is not going well 30%

    % Agree (Somewhat or Strongly) with Each Statement

  • 22

    Capazes de compreender melhor os pais: Jos quanto mais velhos ficamos, mais espertos os nossos pais se tornam h uma nova percepo acerca dos pais, sendo que eles se tornaram mais flexveis;

    Mudana na forma como se compreendem; Nova relao, mais como amigos, quase iguais; Possibilidade de rever relaes; Ocorre gradualmente at idade adulta, leva o seu tempo.

    Relaes com os pais sair ou ficar em casa (Arnett, 2004) Sair de casa:

    Os jovens quando saem decidem quando que querem a presena fsica das figuras parentais. (ex.: Eu no tenho de falar com eles quando no quero, e, quando quero eu posso - eu que decido quando os quero ver).

    Tendem a dar-se melhor. Estudos tendem a relatar menos sentimentos negativos, e a sentir-se mais prximos dos seus pais (em comparao com os Adultos emergentes que ficam em casa).

    Podem recorrer mais ao suporte emocional dos pais quando saem de casa (ex.: ir para a faculdade e sair de casa)

    Percebem o quanto os pais significam para eles. Ficar em casa:

    Muitos casos de famlias que se adaptam bem (sendo que ficam em casa por opo faculdades perto de casa);

    Mais comum na Europa, comparativamente aos EUA; Jovens aproveitam o suporte financeiro e emocional dos pais, mantendo

    uma vida independente, sendo que isso mais visto como algo positivo do que negativo;

    Nos EUA, mais comum os jovens ficarem em casa dos pais quando se tratam de grupos minoritrios.

    - e.g. na Itlia, um estudo diz que menos de 10% dos jovens veem as suas condies de vida como um problema.

    Amor (Arnett, 2004)

    Aumentar a diversidade nas vias do amor e do trabalho; Expectativa de ter alguns relacionamentos antes de se acomodar no

    casamento, de forma a terem ideia daquilo que querem e que no querem numa relao, j no como antes que saiam de casa para casar;

  • 23

    As normas sobre amor, sexo e casamento mudaram radicalmente nas ultimas dcadas, existe menos constrangimento nos papis sexuais, e variam entre culturas e dentro dos grupos;

    Conhecem potenciais parceiros de amor amigos, famlia, escola, trabalho e, mais recentemente, internet;

    Tornam-se parceiros, no havendo apenas atrao fsica, mas semelhanas entre eles (personalidade, inteligncia, valores e crenas (religio), classe social, origem tnica);

    Liberdade de explorao acompanhada de receios e riscos (STDs, AIDS); Progressivamente, tornam-se mais capazes de estabelecer relaes mais

    duradouras, emocionais, profundas e prximas. Desejo de mais segurana e compromisso.

    Amigos (Arnett, 2004; 2013) Especialmente importantes por diversos motivos (Barry & Madsen, 2010)

    Os jovens j no vivem diariamente no ambiente familiar; No tendo ainda um parceiro duradouro estvel (casamento); Muitas vezes incluem suporte informacional e instrumental, bem como

    companheirismo; A intimidade uma componente chave (importante desde a adolescncia,

    mas crucial nesta fase); Maior tendncia a ter amizades do sexo oposto (relativamente aos

    adolescentes). Esta importncia tende a diminuir com o desenvolvimento de relaes

    amorosas duradouras. A definio de amizade evolui e aprofunda-se cada vez mais com o

    crescimento (inicialmente s para brincadeira, quando crescemos passam a ser o nosso suporte emocional). Podem ser um fator protetor ou de risco depende da qualidade da relao. A amizade fundamental para o desenvolvimento social, sendo onde adquirimos competncias nicas. Educao

    Mais focada em estabelecer as bases para a vida adulta; A formao universitria abre um amplo leque de possibilidades de

    emprego; Restries por falta de recursos.

  • 24

    Diversidade a nvel de instituies, graus, campos. EUA tm um sistema mais aberto que o europeu, normalmente os seus alunos entram na faculdade com uma especializao j definida.

    O ir para a universidade aparece como um passo muito importante e algo

    fundamental para ter um bom futuro, para conseguir ter um bom emprego. visto como uma janela para sair de dificuldades econmicas e acabar com o preconceito e discriminao. Abre horizontes em diferentes reas e novas formas de pensar.

    Minorias tnicas: educao vista como uma janela de oportunidades para sair das dificuldades econmicas.

    Os pais do suporte financeiro durante mais tempo, e os jovens aproveitam. Em Portugal as decises acadmicas so tomada mais cedo do que as dos americanos. Trabalho

    A maioria dos jovens emergentes tentam encontrar um trabalho que se vai transformar numa carreira, uma ocupao a longo prazo. mais do que um cheque de pagamento, o trabalho passa a ser visto como uma satisfao.

    A nvel da identidade, quando se questionam sobre o tipo de trabalho que querem fazer, perguntam-se tambm sobre que tipo de pessoa so.

    Para a maioria, um processo que leva anos, geralmente um caminho longo e tortuoso (Arnett, 2004), com vrios empregos de baixa remunerao e aborrecidos, e o desemprego.

    Explorao sistemtica (organizada e focada) para alguns, e deriva para os outros (Hamilton & Hamilton, 2006);

    Eu meio que ca nela. Tenho este trabalho atravs de um amigo. Como tinha alguma experincia com computadores e fao o trabalho de som, consegui o trabalho. Existem sentimentos baralhados mas melhor do que quando estava a trabalhar num caf sem fazer dinheiro.

    Hoje em dia, leva-se cada vez mais tempo at ser financeiramente independente. Os pais compreendem e pagam mais estudos, suportando financeiramente os filhos durante mais tempo se virem que os filhos trabalham e se esforam por estudar e apostar na sua formao. Os pais apoiam tambm quando vm que o emprego do filho mal pago e precisam de o ajudar.

    Education (video) ! more focused on laying the foundations for adult life.

    ! A college education opens up a wide range of job possibilities. Those who dont have one face more limited, less promising employment options (Arnett, 2004).

    ! Constrains due to lack of resources

    12

    C H A P T E R 4 | E D U CAT I O N A N D WO R K : GOALS AND CHALLENGES

    THE CLARK UNIVERSITY POLL OF EMERGING ADULTS, 2012

    Most emerging adults today continue their education beyond high school,

    with 79% of the Clark Poll participants having at least some college or

    vocational school experience. Twenty-eight percent have completed at

    least a four-year college degree. It is clear that emerging adults value higher

    education, with 78% agreeing that One of the most important keys to

    success in life is a college education. African American (81%) and Latino

    (84%) emerging adults are especially likely to agree with this statement,

    compared to 76% of Whites.

    However, for many emerging adults the opportunity for a college education

    is limited by lack of resources. More than one-third (36%) agree that I have

    not been able to find enough financial support to get the education I need.

    Ethnic and socioeconomic backgrounds play a major role in opportunities

    for higher education. One half (50%) of African American emerging adults

    have not been able to find enough financial support for their educational

    goals, as compared to 37% of Latino emerging adults and 32% of Whites.

    With regard to socioeconomic status (SES), nearly half (45%) of emerging

    adults from a lower SES have not had enough financial support to reach

    their educational goals, while 34% from a middle SES and 28% from a

    higher SES have had the same struggle.

    C H A P T E R FO U R

    Education and Work: Goals and Challenges

    O N E O F T H E M O S T I M P O R TA N T K E Y S T O S U C C E S S I N L I F E I S A C O L L E G E E D U C AT I O N

    81%

    84%

    76%

    82%

    % AgreeAfrican

    American

    White

    Latino

    Other

  • 25

    O primeiro trabalho, geralmente, em part-time, enquanto estudam. Os jovens procuram um emprego que os realize e satisfaa o mais possvel.

    Desemprego

    A taxa de desemprego estabilizou em Portugal nos 15,3% em Janeiro, a mesma taxa de Dezembro. Contudo, a taxa de desemprego jovem subiu para 34,7% (Negcios on-line, 2014);

    Nos EUA, a taxa de desemprego dos adultos emergentes perto de duas vezes maior que a dos adultos (>25), principalmente nas minorias;

    O desemprego associado a um maior risco de depresso, especialmente para adultos emergentes sem forte apoio dos pais.

    Voluntariado trabalho comunitrio

    Dada a diversidade de percursos de vida dos adultos emergentes, fundamental ter uma abordagem holstica e investigar a interdependncia da carreira e relaes amorosas (Schulenberg & Schoon, 2012). Investir num domnio pode deixar menos recursos para lidar com tarefas de outro domnio. Os desafios da mobilidade profissional tambm podem colocar presso sobre a parcerias e levar a rupturas frequentes ou relaes de longa distncia. Esta uma mais-valia para os jovens e muito valorizado; do algo comunidade. Valores e crenas Designao:

    - Quando chegar ao fim da vida, o que gostaria de ser capaz de dizer sobre ela, olhando para trs?

    - Que valores ou crenas acha mais importantes para passar para a prxima gerao?

    (Arnett et al., 2001; see Arnett, 2004)

    Desenvolver uma ideologia, uma viso do mundo Crenas religiosas (e.g. origem da vida, existncia da alma, a vida depois da

    morte); Valores, princpios morais que servem de base para a tomada de decises na

    vida; - Individualismo (e.g. liberdade, independncia, autossuficincia,

    realizao individual anglo-saxnicos) vs coletivismo (e.g. dever, lealdade, generosidade, obedincia, autossacrifcio sul da Europa e Portugal) (Triandis, 1995).

  • 26

    Fazer escolhas sobre o que acreditam e quais os seus valores; Grande diversidade, principalmente nas minorias tnicas. Todos temos um sistema de crenas e valores trazidos das figuras parentais,

    sendo que a explorao os leva a saber definir as suas prprias crenas e ter/definir os seus valores. Desenvolvimento Cognitivo O desenvolvimento cognitivo continua na idade adulta emergente pensamento ps-formal.

    Pragmatismo (e.g., Labouvie-Vief, 2006): Problemas da vida real, muitas vezes contm complexidades e contradies

    que no podem ser resolvidas com a lgica das operaes formais; Conscincia de que factores sociais e especficos a uma situao devem ser

    considerados.

    Pensamento dialtico (e.g.,Basseches, 2010) - Problemas podem no ter uma soluo clara. Duas estratgias opostas ou dois pontos de vista podem ter algum mrito.

    Juzo reflexivo (Perry, 1979/1999) capacidade para avaliar a preciso e a coerncia lgica de provas e argumentos.

    O compromisso

    com certos pontos de vista que acreditamos serem vlidos, abertura para reavaliar os nossos pontos de vista, se novas evidncias forem apresentadas.

    partida, os ganhos esto mais relacionados com a educao do que com a maturao (e.g., Labouvie-Vief, 2006; ver Arnett, 2013).

    Nem todas as pessoas continuam a mover-se para nveis mais elevados de funcionamento cognitivo.

    Brain and behavior are changing in parallel.

  • 27

    Jovem Adulto

    Relaes amorosas de compromisso e Casamento

    As relaes afetivas so fundamentais para o desenvolvimento do prprio adulto.

    De acordo com a teoria dos jovens adultos de Erikson, existe uma procura em formar relaes fortes e ntimas de amor, com outra pessoa.

    Intimidade capacidade de estar envolvido em relaes afetivas, de apoio,

    sem perder a identidade.

    O desenvolvimento da identidade prediz, fortemente, o envolvimento numa relao de compromisso profundo ou a disponibilidade para estabelecer essa relao (Montgomery, 2005).

    O casamento e as relaes amorosas de compromisso so contextos fundamentais para o desenvolvimento humano dos adultos (e.g., Clarke- Stewart & Dunn, 2006; Cummings & Davies, 1994).

    Encontrar um parceiro intimo tem profundas consequncias para o bem estar psicolgico dos indivduos (Meeus et al., 2007);

    Seleo de parceiros baseada em semelhanas, como atitudes, personalidade, educao, inteligncia, beleza fsica (Keith & Schafer, 1991; Simpson & Harris, 1994). Parceiros semelhantes esto mais satisfeitos com a sua relao e mais depressa permanecem juntos (Blackwell & Lichter, 2004; Lucas et al., 2004);

    diferente em homens e mulheres teoria da evoluo. Homens focam-se na reproduo, continuidade da espcie e figura materna. Mulheres focam-se na proteo, fora e estatuto. Isto est relacionado com a teoria da evoluo;

    Diferentes aspectos dos grupos tnicos relacionados com a intimidade so, geralmente, mencionados como o ncleo de uma boa relao ntima. Estes aspectos so superiores a um rendimento adequado ou diviso do trabalho;

    H um interesse crescente na contribuio especfica relativamente ao apego nas relaes amorosas adultas (e.g., Crowell & Waters, 1995; Owens et al., 1995). Fornece uma estrutura organizacional para pedir ajuda quando necessrio, e para pedidos de reconhecimento de ajuda e apoio (Crowell et al., 2002);

    As diferenas individuais na organizao da vinculao podem desempenhar um papel no desenvolvimento do casamento e os desafios enfrentados pelos casais (Paley et al, 2002).

  • 28

    H uma vinculao adulto-adulto, sendo-nos dada uma matriz organizacional da relao com o outro o que d e o que procura. Vinculao O que uma relao de vinculao?

    No crculo de segurana

    as mos so os adultos. As relaes so co-construidas (sendo que a figura vinculativa mais activa, como nas crianas). Ao longo do primeiro ano, a criana estabelece relao com uma ou duas figuras de

    vinculao, com as quais dirigem determinados comportamentos e dos quais recebemos afectos (sendo assim construda com base nas interaces e experincias reais entre a crianas e a(s) figura(s) de vinculao). O objectivo no a dependncia da figura materna mas sim o contrrio, promove a independncia.

    Ideia de Proteco: A criana explora o meio (fsico e social), sinaliza figura que precisa de proteo (comportamentos seguros - attatchment) procura proteo fsica para conforto, havendo troca de sentimentos positivos, reorganizao/regulao emocional e prazer. Depois disso volta a explorar o meio, como se tivesse recarregado as pilhas, e o carregador a figura de vinculao. Sabem que a figura de vinculao vai estar l para a apoiar.

    H assim um perodo crtico que um momento temporal em que X tem de ocorrer para obter x competncia vs perodo sensvel em que h uma maior plasticidade do comportamento humano, o organismo est mais aberto, h uma janela maior.

    Bonding diferente de vinculao. Sistema de vinculao (criana)/ sistema de caregiving (me).

    A vinculao tem assim duas funes: uma funo biolgica de manuteno da proximidade entre a me e a criana de modo a proteg-la de eventuais perigos (proteco); e uma funo psicolgica em que a criana internaliza o modelo de relao com a figura materna, o que lhe proporciona a segurana necessria para explorar o meio (feel secure).

    Attachment

    ! What is an attachment relationship?

    !

  • 29

    Modelos Internos dinmicos (Bowlby, 1969; 1973) (IWM Internal Working Models)

    Constructos cognitivos/afetivos que se desenvolvem no curso das interaes comportamentais entre a criana e os pais ao longo de todo o desenvolvimento;

    As diferenas individuais emergem na expresso do comportamento de vinculao;

    Envolve pressupostos sobre o papel dos pais e da criana nas relaes; A criana resume, a partir dessas expectativas, um conjunto de postulados

    sobre quo prximas as relaes funcionam e como so usadas no dia a dia e em situaes stressantes (so a base para a ao);

    Construes relativamente estveis que operam fora da conscincia; No princpio, esto abertos a reviso em funo de experincias relacionadas

    com a vinculao; Primeiros relacionamentos entre pais e filhos vistos como "prottipos" para

    relaes amorosas posteriores (Waters et al., 1991).

    So resultado da qualidade da relao entre a criana e a figura de vinculao e incluem sentimentos, crenas, expectativas, estratgias de comportamento, regras de conduta, ateno, interpretao da informao e organizao da memria. Incluem 2 dimenses importantes: a percepo de si prprio como possuindo valor e sujeito reconhecedor ou no de amor e de ateno desencadeado na figura de vinculao. A sensibilidade e disponibilidade para responder s suas necessidades (modelo de self) e a percepo dos outros como acessveis e responsivos (ou no) no fornecimento de apoio e percepo.

    Estes modelos operam fora da conscincia do indivduo, guiando o comportamento em relacionamentos com os pais, influenciam as expectativas, estratgias e comportamentos em relacionamentos futuros.

    Vinculao na idade adulta

    Fornece sentimentos de segurana e lugar, combatendo a solido; facilita o funcionamento e competncias fora do relacionamento (Ainsworth, 1985);

    Figuras de vinculao na idade adulta podem ser vistas como promotores da prpria capacidade dos indivduos para superar desafios;

    Existem semelhanas e diferenas no desenvolvimento: - Igualdade e relaes reciprocas procuro um porto seguro no

    parceiro e ele em mim, em diferentes contextos; - Componente sexual que no existe em adulto-criana;

  • 30

    - Crianas no tm histria anterior de relaes de vinculao, enquanto os adultos tm. Conjunto de experincias que levamos para as novas relaes, como as relaes de vinculao anteriores.

    Espera-se que os modelos internos dinmicos influenciem pensamentos, sentimentos e comportamentos em dois domnios do funcionamento do adulto: relaes amorosas e parentalidade;

    A investigao sobre relaes amorosas tem incidido sobre: - Representaes com figuras parentais; - Representaes com parceiro especfico; - Observao do casal em interao.

    Numa relao na idade adulta j no h uma proteo biolgica para garantir a

    sua sobrevivncia, mas sim psicolgica de apoio, suporte, havendo uma relao de intimidade. Sem esta vinculao h solido. Assim, os relacionamentos entre adultos, alm do papel da sexualidade, so recprocos e no assimtricos.

    Esta relao facilita o relacionamento fora da relao. H uma igualdade/parceria entre os dois, sendo que a relao recproca

    (procuro-o como porto de abrigo e base segura, e o contrrio tambm acontece). Tem uma componente sexual e sofre o impacto das histrias de outras vinculaes com outras pessoas, j tem uma bagagem (pais, avs, pessoa significativa, outra relao). Entrevista da vinculao adulta Adult Attatchment Interview (AAI)

    Representa o estado de esprito em relao vinculao e uma entrevista semiestruturada sobre relaes de vinculao na infncia, e sobre o significado que o individuo d, atualmente, a experincias passadas.

    Material propositadamente expresso pelo indivduo, e para, por exemplo, aparente incoerncia e inconsistncia do discurso (dizer que algum era assim, mas se pedirmos exemplos concretos ele j no sabe responder);

    A pontuao baseada em: (a) descrio das experincias da infncia, (b) a linguagem usada na entrevista, e (c) capacidade de contar uma histria credvel e integrada sobre experincias e o seu significado;

    seguro/autnomo; insegura/Evitante; insegura/preocupado; no resolvida.

    Medida standard aplicada aos adultos (equivalente situao estranha em crianas);

  • 31

    Representaes atuais do que penso sobre as vinculaes parentais passadas;

    Entrevista semi estruturada; Apanhar descries com os pais (qualidade) e detetar incoerncias no

    discurso (narrativas) dar 5 adjetivos que caracterizam a relao e dar exemplos que ilustrem o adjetivo;

    Construir um sistema de codificao equivalente situao estranha seguros/autnomas, evitantes/inseguros, preocupados/ inseguros e no resolvidos.

    A tarefa de representao do script base segura (H.Waters & Rodrigues, 2001)

    Scripts estruturas cognitivas duradouras que resumem aspectos comuns numa classe de eventos, gerando expectativas e ajudando a preparar e organizar o comportamento permanente. Estruturas cognitivas que ajudam a organizar comportamentos. D-nos uma assistncia adequada e que percebida como adequada. Sintetizam todo um conjunto de informaes.

    O script de base segura resume experincias relevantes para o fenmeno de base segura numa sequncia temporal-causal fixa. Serve como base de construo dos modelos internos dinmicos. Se existem, quando acontece alguma coisa o apoio deve ser da figura de vinculao. Elementos principais do script de base segura (Waters & Waters, 2006):

    Uma vinculao dade ocupada de forma construtiva (pai/filho, adulto/adulto);

    So interrompidas por um evento ou por outra pessoa, e um dos membros da dade passa a ficar ansioso;

    O membro stressado pede ajuda e o outro elemento da dade deteta o sinal;

    Oferta de assistncia apropriada, e a oferta aceite; A assistncia eficaz para eliminar as perturbaes da atividade

    (assistncia inclui conforto eficaz e regulao afetiva); A dade volta (ou comea de inicio) o compromisso construtivo

    (inicia a explorao novamente).

    A correspondncia entre as representaes generalizadas dos parceiros (AAI) cerca de 55% -60% (Crowell et al., 2002; van IJzendoorn & Bakermans-Kranenburg, 1996).

    Compatibilidade dentro de uma relao; Existem indivduos com parceiros que tm representaes generalizadas de

    vinculao diferentes das suas;

  • 32

    Nos casos de Portugal, Monteiro et al (2008) encontraram uma concordncia moderadamente significativa entre os scripts de base segura do casal.

    Quando acontece alguma coisa o apoio deve ser da figura de vinculao (que

    deve conseguir tranquilizar) e no procurar um outro ou agradecer a outro. No deve ser tudo difcil, no deve ser tudo um trauma, o positivo da relao no deve ser forado. Nova relao (representao especfica). Confirmao ou desafio do mais velho? Avalia casais, antes do casamento at 6 anos depois estudo longitudinal.

    Representao geral da vinculao (AI);

    Representao especfica da vinculao com o parceiro qualidade da vinculao (CRI);

    Comportamento de base segura convida-se os casais a ir ao laboratrio e do-lhe algumas tarefas que fazem com que partilhem e discutam tudo. Testa, utilizando script base segura geral, mas tambm para construir e

    validar um instrumento para o script do casal. Relao do casal, a nvel do conflito. H sempre desacordo/conflito nas relaes prximas e algo importante a capacidade de resoluo de conflitos e o esforo para manter uma boa relao (Cummings). H variabilidade tanto em culturas como nas famlias, o importante haver partilha entre o casal. Assim avalia em termos de sentimentos de conflito e positivos, como se caracterizava a relao (seguro-seguro: mais comportamentos de base segura, pouco conflito, mais sentimentos positivos). Mais tarde a avaliavam a qualidade da relao analisando os acontecimentos de vida (baixa ou elevada nveis de stress). Quando h mais eventos negativos, h mais conflito entre as figuras de vinculao segura-segura mas tambm aumentam os comportamentos de base segura. A qualidade da relao insegura-segura quando tem mais eventos negativos e mais conflito no a mesma.

    (Usa o AAI e o CRI [entrevista que avalia a relao com o parceiro, percebendo qual a qualidade do modelo na relao], sendo que o primeiro teste cria

    New relationship (specific representation) confirmation or challenge of the older ?

    relationship conflict and positive relationship feelings, Raos R(3,288)! 5.94, p! .01. We used the very conservative Scheffe test forpost hoc analyses to reduce the chance of Type I error (Keppel, 1982).The SecAAI/SecCRI group had the highest quality secure base

    behavior before marriage. They reported positive feelings aboutthe relationship and low relationship conflict. In contrast, theInsAAI/InsCRI group had the lowest quality of observed secure basebehavior. They reported the most relationship conflict and lowpositive feelings. The InsAAI/SecCRI group was very similar to theSecAAI/SecCRI group, having high positive feelings about the re-lationship and low conflict. However, they were significantly lesseffective in their secure base behavior than the SecAAI/SecCRIgroup. In contrast, the SecAAI/InsCRI group reported the leastpositive feelings and did not differ from the InsAAI/InsCRI group inreports of relationship conflict or feelings. They were less effectivethan the SecAAI/SecCRI group in secure base behavior and did notdiffer from the other two groups.To illustrate the patterns of relationship variables that charac-

    terized each AAI/CRI group, we graphed z scores for the securebase behavior, positive feelings, and relationship conflict scales(see Figure 1). The graph shows similar patterns of high positivefeelings and low conflict for the SecAAI/SecCRI and InsAAI/SecCRIgroups. In contrast, the InsAAI/InsCRI group is characterized byrelatively high conflict, but their reports of positive feelings arecloser to the mean than are those of the other groups. The SecAAI/InsCRI group has the opposite pattern in that their relationshipconflict scores are near the mean, but they clearly feel very badlyabout their relationships.

    Relationship BreakupPremarital correlates of relationship breakup. Marital status

    was dummy coded (0 ! split-up, 1 ! married), and point biserial

    correlations were used to examine relations between marital statusand reports of behaviors and feelings in the relationship andpremarital attachment variables. There were a few correlationsbetween marital status and predictor variables: CRI coherence,r(294) ! .16, p ! .05; feelings of commitment, r(312) ! .17, p !.05; and verbal aggression, r(132) ! ".16, p ! .05.AAI/CRI status and relationship breakup. Chi-square analysis

    (n ! 290) of AAI/CRI status and marital status at 56 years(individuals who married versus those who divorced, separated, ornever married, i.e., separated within 3 months of their weddings)was significant, "2(3, n! 290)! 8.91, p! .05.3 Individuals in theSecAAI/InsCRI group were more likely to divorce in the early yearsof marriage (34%, or 16 of 47) than were individuals in the otherthree groups. Sixteen percent (12 of 77) of the SecAAI/SecCRIgroup never married, separated, or divorced, 11% (5 of 44) of theInsAAI/SecCRI group never did, and 23% (28 of 122) of theInsAAI/InsCRI group never did.4 Of all couples who separated ordivorced (n ! 30), 43% included at least one partner with theSecAAI/InsCRI configuration.Three chi-squares examining the type of CRI insecurity associ-

    ated with AAI classification were conducted. The chi-square forSecAAI with either a DismissingCRI or a PreoccupiedCRI represen-tation was significant, "2(1, n ! 47) ! 4.64, p ! .05, such thatSecAAI/DismissingCRI individuals were less likely to split up thanwere SecAAI/PreoccupiedCRI individuals (24% vs. 56%). Similaranalyses examining InsAAI participants with DismissingCRI, "2(1,n ! 88) ! 0.89, ns, or PreoccupiedCRI, "2(1, n ! 41) ! 0.04, ns,representations were not significant; thus no pattern of insecureAAI/CRI classifications was associated with a higher risk forbreakup.Premarital AAI/CRI status and the course of relationship func-

    tioning. To assess whether the premarital AAI/CRI pattern wasrelated to the course of relationship functioning in marriage, weconducted a 4 (AAI/CRI group) # 2 (time: premarital and 6 yearslater) ANOVA using secure base behavior for individuals whoremained married to their original partners. Four (AAI/CRIgroup) # 2 (time: premarital and 6 years later) MANOVAs wereused to examine the Feelings and Conflict dimensions (see Table3). These analyses addressed relationship course associated withthe configurations after the removal of a significantly distressedsubsample of participants, that is, those who separated or divorced.Data were available for 165 participants still married to theiroriginal partners.The analyses showed a main effect for group for secure base

    behavior. Post hoc Scheffe analyses revealed that the SecAAI/SecCRI group scored significantly higher than the other threegroups. There was no effect of time and no interaction. The

    3 We elected to include participants who never married in these analysesbecause we assumed that the distress associated with their decision not tomarry was high given how close in time to the wedding dates they were atthe time of assessment. The same pattern was found when the never-married individuals were excluded from the analyses and also for both menand women.4 The chi-square was also significant when those with the Unresolved

    classification were assigned to the Insecure group, "2(3, n ! 290) ! 7.58,p ! .05, with 33% of the SecAAI/InsCRI group no longer being with theiroriginal partners.

    Figure 1. Graph of standardized Secure Base Behavior, RelationshipConflict, and Positive Feelings dimensions for the four AAI/CRI config-urations. Sec ! Secure; Ins ! Insecure; AAI ! Adult Attachment Inter-view; CRI ! Current Relationship Interview.

    303AAI/CRI CONCORDANCE AND MARITAL FUNCTIONING

    ( inTreboux et al, 2004)

  • 33

    a representao geral segura ou insegura com as figuras parentais, e o segundo testa a representao especfica segura ou insegura na relao com o parceiro).

    Qualidade da relao do casal prediz a sade mental de forma semelhante para os dois sexos (Kurdek, 2005; Williams, 2003).

    Na maioria dos casais prximos, os conflitos so inevitveis Desenvolvimento e manuteno da intimidade e satisfao numa

    relao; Quando as crianas so confrontadas com conflitos destrutivos,

    correm riscos de desenvolver problemas de adaptao.

    Em casamentos infelizes, o conflito associado a padres de comportamento, como reciprocidade negativa de afecto.

    Tendem a aumentar o conflito; A negociao de resoluo mais difcil (Bradbury & Fincham, 1990;

    Fincham & Beach, 1999). Regras matrimoniais:

    Casamentos igualitrios parceiros relacionam-se como iguais, com partilha de poder e autoridade;

    Ambos tentam equilibrar o tempo e a energia que colocam nas suas ocupaes, crianas e prprio relacionamento.

    Concordance Between Representations: Insecure/InsecureThe InsAAI/InsCRI group was clearly vulnerable to relationship

    difficulties, especially with respect to behavior. They reported themost conflict in their relationships, their secure base behaviorswere poor, and they reported greater avoidance of closeness thandid the SecAAI/SecCRI group. Interestingly, they were not alwaysthe most distressed group with respect to their feelings about therelationship. In fact, given their high level of conflict, the InsAAI/InsCRI group was not as distressed as might have been expected.This finding, that congruence between the representations feelsright, is consistent with self-theory (Epstein, 1991) Thus, theseindividuals do not appear to register their relationship conflicts as

    highly meaningful emotionally. The incoherent pattern observed intheir interview discourse about attachment, that is, their failure tomake connections between reported experiences and the meaningof experience, was played out in the discrepancy between theirrelationship behaviors (both reported and observed) and theirreported feelings about or appraisals of the relationship.

    Discrepancy Between Representations: Insecure/SecureThe InsAAI/SecCRI group was intriguing because before mar-

    riage (Study 1) and 6 years into marriage when not experiencingstress (Study 2), this group appeared to function well. They re-ported very positive feelings about the relationship and low con-

    Figure 2. Graphs of standardized Secure Base Behavior, Relationship Conflict, and Positive Feelings dimen-sions for each AAI/CRI configuration for low and high numbers of negative life events. AAI ! AdultAttachment Interview; CRI ! Current Relationship Interview.

    309AAI/CRI CONCORDANCE AND MARITAL FUNCTIONING

    ( inTreboux et al, 2004)

    o mais importante pois os resultados entre o low events e o

    high events invertem-se

  • 34

    Homens de casamentos igualitrios participam muito mais no trabalho domstico e cuidados das crianas, comparativamente ao passado.

    Variaes entre e dentro de culturas; Mulheres sentem-se particularmente insatisfeitas quando as exigncias do

    marido, filhos, trabalho domstico e carreira so oprimidos (Forry et al., 2007; Saginak & Saginak, 2005);

    Igual poder e partilha de responsabilidades familiares, geralmente, promovem a satisfao do casal, atravs do reforo da harmonia do casal (Amato & Booth, 1995; Xu & Lai, 2004).

    Uma relao de um casal com conflito tem um impacto negativo para as crianas (que passam a ter mais comportamentos agressivos). Quanto mais prxima a relao mais normal o conflito (liga-se frequncia, intensidade e capacidade de resoluo do conflito promove mais a partilha e intimidade dos parceiros e uma maior satisfao do casal). Parentalidade

    A maioria dos adultos em relaes amorosas tm o objetivo de serem pais. Algumas das razes para ter filhos incluem:

    Relao calorosa e afetuosa e o estmulo e diverso que as crianas fornecem;

    Experincias de crescimento e aprendizagem que as crianas trazem para a vida dos adultos;

    O desejo de ter algum que d continuidade aps a prpria morte (algum que o perpetue o seu nome e herana no futuro);

    Sentimentos de realizao e criatividade que vm do facto de ajudar as crianas a crescer (Cowan & Cowan, 2000; OLaughlin & Anderson, 2001).

    ! Women feel particularly dissatisfied when the demands of husband, children, housework, and career are overwhelming (Forry et al., 2007; Saginak & Saginak, 2005).

    ! Equal power and sharing of family responsibilities generally promotes mens and womens satisfaction by strengthening marital harmony (Amato & Booth, 1995; Xu & Lai, 2004).

    CHAPTER 14 Emotional and Social Development in Early Adulthood 379

    Sweden

    Mea

    n H

    ours

    of H

    ouse

    wor

    k pe

    r W

    eek

    UnitedStates

    Canada Australia Japan

    35

    30

    25

    20

    15

    10

    5

    0

    Men Women

    ! FIGURE 14.3 ! Average hours per week ofhousework reported by men and women in fivenations. In each nation, women devote considerablymore time than men to housework. Mens participation isgreater in Sweden, which places a high value on genderequality. In Japan, where traditional gender roles prevail,men devote the least time to housework. (Data for theUnited States, Sweden, and Japan from Institute for SocialResearch, 2002; for Canada from Statistics Canada, 2006;for Australia from Baxter, Hewett, & Haynes, 2008.)

    that equal power in the relationship and sharing of familyresponsibilities usually enhances both mens and womens sat-isfaction, largely by strengthening marital harmony (Amato &Booth, 1995; Xu & Lai, 2004).

    At their worst, marital relationships can become contextsfor intense opposition, dominancesubmission, and emotionaland physical violence. As the Social Issues box on page 380 ex-plains, although women are more often targets of severe part-ner abuse, both men and women play both roles: perpetratorand victim.

    In view of its long-term implications, it is surprising thatmost couples spend little time before their wedding day reflect-ing on the decision to marry. High school and college coursesin family life education can promote better mate select