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Reprodução assistida

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Joana Rodrigues, Maria Vieira e Tatiana Mogas

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Page 1: Reprodução assistida

Reprodução assistida

Page 2: Reprodução assistida

O que é?A reprodução medicamente assistida é o processo segundo o qual são utilizadas diferentes técnicas médicas para auxiliar à reprodução humana. Estas técnicas são normalmente utilizadas em casais inférteis.

O que é a infertilidade?Infertilidade é a diminuição da capacidade de ter filhos devido a alterações nos sistemas reprodutores masculino e/ou feminino.

Fig.1 - Incidência percentual das causas de infertilidade

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E esterilidade, tem o mesmo significado que infertilidade?

Não. Normalmente, há uma confusão entre os dois termos, mas eles são completamente diferentes:

• Dizemos que um casal é estéril (esterilidade) quando a capacidade natural de gerar filhos é nula (Exemplo: a mulher tem obstrução das duas trompas; o marido não possui espermatozoides na ejaculação - azoospermia).

• Dizemos que um casal é infértil (infertilidade) quando tem apenas uma diminuição da chance da gravidez (mulheres com endometriose; homens com diminuição do número e motilidade dos espermatozoides).

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Técnicas de reprodução assistida/Princípios

subjacentes

Fertilização in vitro (FIV)

Inseminação artificial

Injeção intracitoplasmática de um espermatozoide

Transferência intrafalopiana de gâmetas

Transferência intrafalopiana do zigoto

Implantação de embriões após diagnóstico genético Pré-implantação

(DGPI)

Biópsia ao 1º glóbulo polar

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Causas da infertilidade

Feminina Masculina

• Anomalias congénitas (ausência ou atrofia dos ovários, trompas, útero…);

• Anomalias na secreção hormonal, desencadeando problemas na ovulação;

• Obstrução ou alteração das trompas;

• Problemas ao nível do endométrio;

• Infeções das vias genitais;• Muco cervical desfavorável

aos espermatozoides;• Exposição a tóxicos, como o

tabaco álcool e drogas.

• Anomalias congénitas dos testículos;

• Produção de espermatozoides em número insuficiente;

• Deficiência na mobilidade dos gâmetas;

• Percentagem elevada dos espermatozoides anormais;

• Anomalias na libertação de espermatozoides;

• Exposição a tóxicos, como o tabaco álcool e drogas.

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Inseminação artificialA inseminação artificial consiste em transferir para a cavidade uterina os espermatozoides previamente recolhidos e tratados após a seleção dos espermatozoides morfologicamente mais normais e móveis.Este processo divide-se em três fases:

• Esta estimulação vais desencadear o desenvolvimento de vários folículos e a consequente indução da ovulação. Assim pode-se dispor mais de um oócito para que este possa ser fecundado de forma natural.

Estimulação do ovário com hormonas

• Analisam-se amostras através de técnicas de capacitação ou de preparação seminal, eliminando-se os restos celulares, espermatozoides mortos, imóveis ou lentos.

A preparação do esperma e a seleção dos espermatozoides com maior mobilidade

• Uma vez preparada a amostra, a mesma é depositada com uma cânula especial no interior do útero. Depois do esperma depositado, a mulher deve permanecer alguns minutos em repouso. Ao nível da medicação pós-inseminação , será receitado um antibiótico profilático, ácido fólico (para proteção contra defeitos do sistema nervoso do feto).

Conclusão do processo

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Fig.2 – Inseminação artificial

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Situações em que é utilizada:• Utilizado em casais cujo homem apresenta oligospermia (quantidade reduzida de espermatozoides). Neste caso, pode ser inseminado artificialmente esperma de várias ejaculações, concentrado em laboratório.

• É utilizado o esperma de um dador quando o elemento masculino do casal é infértil ou quando pode transmitir doença genética.

• Utilizado por mulheres sem companheiro que desejam ser mães.

• Utilizado em mulheres que produzem secreções vaginais agressivas.

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Fertilização in vitroConsiste na extração cirúrgica de oócitos II, que são colocados em placas de Petri com um meio adequado, e aos quais se juntam espermatozoides. A fecundação ocorre in vitro (“no vidro”) e os embriões formados, com cerca de oito células, são transferidos para o útero, onde se desenvolvem normalmente.

Fig. 3 – Como se processa a FIV ?

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Tratamento hormonal

• Inicialmente, a partir do 3º ou 5º dia do ciclo sexual, são praticados estímulos hormonais com FSH de síntese, que vai ativar a maturação de vários folículos. Quando o desenvolvimento folicular é suficiente, inicia-se uma nova fase, através de uma injeção de LH de síntese, que provoca a ovulação.

Aspiração dos oócitos e colheita dos espermatozoides

• Um pouco antes de ocorrer a ovulação procede-se à aspiração dos oócitos II através de uma agulha unida à sonda da ecografia vaginal. Quanto aos espermatozoides, selecionam-se os mais aptos.

Fecundação in vitro

• Coloca-se em contacto os oócitos e os espermatozoides num meio de cultura mantido a 37ºC, com uma atmosfera humidificada, reconstituindo as condições do oviduto e do útero.

Desenvolvimento e transferência dos embriões

• Após a fecundação e formação de embriões, alguns destes são selecionados, sendo transferidos de 1 a 3 para a cavidade uterina.

A fertilização in vitro divide-se nas seguintes fases:

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Situações em que é utilizada

• Utilizado em casais cuja mulher tem um bloqueio das trompas de Falópio, mas ovários e útero funcionais.

• Utilizado quando um dos membros do casal tem uma doença de transmissão sexual incurável e as relações sexuais sem preservativo podem contaminar o parceiro.

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Injeção intracitoplasmáticaIntroduzida em 1992, a injeção intracitoplasmática de espermatozoides, também conhecida por ICSI (sigla inglesa para intracytoplasmic sperm injection), é uma técnica que consiste na injeção de um único espermatozoide no citoplasma do oócito II, evitando assim as dificuldades do processo natural em que o espermatozoide tem de passar a "barreira" do oócito para nele penetrar.

Fig.4 – Injeção intracitoplasmática de um espermatozoide num oócito II

Micropipeta de

contenção

Micropipeta com o

espermatozoide

Oócito II

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Recolha do espermatozoide

• É escolhido um espermatozoide normal, com boa mobilidade, que é aspirado com uma micropipeta .

Injeção do espermatozoide no oócito II

• A micropipeta contendo o espermatozoide aproxima-se do oócito II (segurado pela micropipeta de contenção) e penetra no citoplasma do oócito, empurrando o espermatozoide para o seu interior, ocorrendo a fecundação.

Verificação da fecundação

• É feita após cerca de 18 horas, através do microscópio. Entretanto o ovo ou zigoto inicia as divisões mitóticas dando origem a um embrião, que fica guardado numa incubadora a 37ºC.

Implantação dos embriões no útero

• Os embriões resultantes são implantados no útero através das mesmas técnicas da fertilização in vitro atrás descritas.

Este processo divide-se nas seguintes fases:

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Situações em que é utilizada:

• Aumenta a taxa de sucesso da fecundação in vitro em casais cujo homem tem oligospermia ou uma percentagem elevada de espermatozoides anormais;

• Vasos deferentes danificados ou vasectomia irreversível;

• Dificuldades masculinas na ereção ou ejaculação (por problemas de espinal medula, por exemplo).

•Permite utilizar espermatozoides imaturos;

•Permite escolher o sexo da criança por seleção dos espermatozoides.

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Curiosidades• A primeira inseminação artificial, oficialmente registada, ocorreu no ano de 1779, efetuada por um italiano chamado Lazzaro Spalanzani. Esse homem, padre, fisiologista e estudante das ciências naturais, principalmente Biologia, colheu o esperma de um cachorro e aplicou-o numa cadela com o cio. Dessa experiência, surgiram três cachorrinhos. Todavia, foi no final do século XVII, que um médico inglês chamado John Hunter obteve os primeiros resultados cientificamente comprovados, já que nos anos 70 essa técnica não foi devidamente utilizada. A primeira gravidez por inseminação artificial data de 1791 e foi realizada pelo médico John Hunter. 

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• Em cada 100 ciclos de inseminação artificial, 13 resultam em gestação.

• Em cada 100 casais que completam 4 ciclos de inseminação, 60 conseguem atingir gestação.

• Segundo os resultados obtidos através de inseminação artificial, cerca de 15 a 20% das gravidezes concretizadas são gemelares e que 15% terminam com uma situação de aborto.

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• Bebé proveta é um bebé proveniente de uma inseminação artificial ou fertilização in vitro, ou seja, não resulta de uma fecundação em condições naturais proveniente de uma relação sexual entre um homem e uma mulher, mas antes da fecundação gerada em laboratório.Designa-se proveta exatamente para aludir à sua "criação" laboratorial. • O primeiro bebé-proveta do mundo

chama-se Louise Brown e nasceu a 25 de Julho de 1978, em Bristol, Inglaterra. Os médicos britânicos envolvidos neste processo foram Robert Edward e Patrick Steptoe, na Bourn Hall Clinic, em Cambridge.

• O primeiro bebé proveta a nascer em Portugal, é hoje jogador profissional de futebol, ex-jogador do Sporting Clube de Portugal, o avançado chamado Carlos Saleiro.

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Fig.5 - Louise Brown

Fig.6 - Carlos Saleiro

Fig.7 - Robert Edward e Patrick Steptoe

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• Em Portugal, Alberto Barros é um dos especialistas portugueses em reprodução medicamente assistida mais prestigiado, tendo sido, juntamente com a sua equipa, no Porto, responsável pela introdução da metodologia da microinjeção intracitoplasmática no país.

Fig.8 – Alberto Barros

Fig. 9 – Logotipo da clínica de Alberto Barros.

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Cerca de 40% seriam por causas masculinas: alterações de âmbito testicular, obstrução de canais, patologias da próstata, alterações na ejaculação ou na ereção e alterações do esperma. Outros 40% seriam por causas femininas, como a menopausa precoce, a endometriose, as obstruções ou lesões das trompas de Falópio, as anomalias uterinas e cervicais ou os problemas ovulatórios. Os restantes 20% correspondem a causas mistas ou combinadas, nas quais ambos são responsáveis. No entanto, nunca é correto afirmar que o responsável pela infertilidade é o homem ou a mulher. A infertilidade deve ser entendida como um problema do casal, sendo a colaboração de ambos essencial no seu tratamento

• Quem são os responsáveis pela infertilidade, os homens ou as mulheres?

• Afeta muitos casais? Aproximadamente nove em cada dez casais em idade fértil que mantêm relações sexuais regulares conseguem uma gravidez durante o primeiro ano. Os dados manuseados pelos especialistas situam entre cerca de 15% e de 17% a impossibilidade de ter um filho.