relatório de pesquisa entrevistas com lideranças locais ......com a pesquisa realizada no início...

Responsável técnico pela pesquisa: Adm. Marcelo Blume, MSc

CRA-RS 14.448

Estudo das percepções, expectativas e demandas das comunidades de Bela União,

Cascata e Paraíso

Demandante:

Relatório de pesquisa Focus Group: Entrevistas com Lideranças locais

“Estudo das percepções, expectativas e

demandas das comunidades de Bela União, Cascata e Paraíso”


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Cascata e Paraíso

Demandante:

Objetivos da Pesquisa

• Avaliar o nível de satisfação das populações alvo, com as condições de sua comunidade, comparando com a pesquisa realizada no início das atividades do Programa Semeando o Futuro, em 2014.

• Analisar de forma estratificada e segmentada a satisfação, as perspectivas e as demandas de cada comunidade atendida, em comparação com a pesquisa anterior.

• Subsidiar os indicadores de efetividade do trabalho da equipe Global Communities, bem como dos líderes comunitários e demais parceiros.

• Oferecer suporte qualificado e fundamentado para a tomada de decisões e prioridades de atendimento em cada comunidade, para a etapa final do trabalho da Global Communities em Horizontina.


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Cascata e Paraíso

Demandante:

Questionário base para as entrevistas

1) Na visão deste grupo que está aqui reunido, o que mudou na vida da comunidade no período que está em andamento o Programa Semeando o Futuro?

2) Conforme a pesquisa de campo, comparando a situação em 2014 com 2016, as pessoas não sentem melhoria em relação a vida na Comunidade. Na opinião do grupo, o que tem influenciado para despertar este tipo de sentimento?

3) Igualmente na comparação entre as pesquisas de agora e de 2014, um número grande de pessoas se dizia feliz, o que agora não ocorre mais (Slide 40). Na opinião do grupo, quais motivos tem levado as pessoas a este sentimento de menos felicidade do que há cerca de 1 ano e meio atrás?

4) Depois que o programa Semeando o Futuro começou na sua comunidade o que melhorou? O que se comenta? Alguma coisa ficou “pior do que antes” (Slide 59)?

5) A ajuda a outros membros da comunidade (Slide 89) foi questionada nas duas pesquisas, em 2014 e 2016 e muitas pessoas declararam ajudar as pessoas da comunidade, assim como muitas declaram que não recebem ajuda de membros da comunidade. A relação é um tanto contraditória se vermos que muito mais pessoas responderam que ajudam os outros do que o número de pessoas que respondeu que recebe ajuda. Como os presentes veem esta questão de dar e receber ajuda e a gratidão entre os moradores da comunidade?

6) Além do processo de mudança de comportamento na comunidade, na organização, nas coisas, é possível perceber alguma mudança no indivíduo como pessoa? Algum exemplo de membro que tenha mudado a tal ponto de se perceber isto na comunidade?


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Cascata e Paraíso

Demandante:

Percepção do grupo sobre as mudanças ocorridas no período em

que está em andamento o Programa Semeando o Futuro


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Cascata e Paraíso

Demandante:

Percepção do grupo sobre as mudanças ocorridas no período em que está em andamento o Programa Semeando o Futuro

• “Despertou muitas atitudes novas na comunidade, a gente não sabia de tudo o que era capaz, onde poderíamos chegar com nossas ações e união. Começamos a perceber que temos direitos que precisam ser atendidos, mas também temos deveres que precisam ser cumpridos.”

• “As lideranças têm muitas dificuldades de mobilizar a comunidade, até para uma simples reunião, o que já é diferente com a equipe da ONG, eles chamam para um encontro e enche a casa, nós conseguimos reunir dois ou três a muito caro custo.”

• “As pessoas da comunidade se sentem mais corajosas quando alguém da ONG está conosco, parece que temos mais segurança, eles passam uma tranquilidade que nós sozinhos não temos.”

• “As comunidades passaram a opinar em alguns acontecimentos, não sabemos se foi só para cumprir um roteiro, ou se nossas posições foram aproveitadas, mas fomos ouvidos, pudemos nos manifestar.”

• “Algumas lideranças foram mais consultadas, para ajudar a pensar a solução de problemas, para formar comissões para ir buscar direitos, isso mudou, pois não se fazia antes, pois não sabíamos que devíamos ocupar este espaço.”


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Cascata e Paraíso

Demandante:

Percepção sobre os motivos que tem influenciado o sentimento de pouca ou nenhuma melhoria na comunidade no

período de 2014 e 2016


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Cascata e Paraíso

Demandante:

Percepção sobre os motivos que tem influenciado o sentimento de pouca ou nenhuma melhoria na comunidade no período de 2014 e 2016

• “Como não sentem? Quem foi que respondeu isso? Pelo jeito não moram na comunidade para dizer uma coisa destas. Basta olhar o nosso grupo de capoeira, a utilização dos espaços de uso comum, a escola, as igrejas, o salão, a quadra de esportes, a escola sempre aberta para a comunidade.”

• “Os projetos de melhoria, os técnicos que estiveram conversando com a gente, as avaliações da viabilidade ou não da agroindústria da mandioca, a coleta seletiva do lixo, o aprendizado para a separação do lixo, que está vindo das crianças, depois que elas aprendem, não volta atrás, elas puxam a orelha dos adultos.”

• “O que precisa mudar ainda e melhorar muito é o cuidado com a área verde, da qual enfrentamos dois grandes problemas: 1 - Muita gente da Argentina que construiu nesse espaço e não sai mais, o poder público não faz nada e eles vão se estabelecendo, recebendo as mesmas vantagens que alguém da cidade, isso não pode acontecer. 2 - Tem muita gente que invadiu aquele espaço, demarcou um terreno, construiu uma casa, colocou água e luz e alugou, tem gente que já tem até três casas e mora na vila. Ninguém quer assumir, mas tem!”

• “A ONG passou a orientar a comunidade a buscar seus direitos e lutar para ser respeitada, ocupar o seu espaço, isso a gente não tinha antes, mas o poder público não entende isso, continua tratando as pessoas de forma diferente. Como exemplo, aqui nós temos vários oradores que são servidores públicos, alguns têm vantagens, outros não, alguns têm auxílio da prefeitura para melhorarem a sua casa, vem gente ajudar, tem terra, tem máquina, para outros, nem pensar. Isso aconteceu muito, ainda mais neste ano que foi de eleição.”


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Cascata e Paraíso

Demandante:

Percepção sobre os motivos que tem influenciado o sentimento de pouca ou nenhuma melhoria na comunidade no período de 2014 e 2016

• “Quanto mais cursos são promovidos, mais as pessoas querem, porque descobrem que têm a capacidade de aprender e evoluir, melhorar seu tipo ou padrão de vida, mas quando termina o curso e não conseguem uma boa colocação no mercado de trabalho, se frustram, pois a motivação para estar ali era evoluir.”

• “Com tudo o que foi feito, cursos, reuniões, festas, palestras, ações comuns a todos, as pessoas descobrem que fora da comunidade tem uma outra vida, que é diferente, que pode ser melhor, que o curso que ela fez poderia levá-la para lá. Isso não está acontecendo, tem uma tendência a não gostar na comunidade, porque não consegue evoluir, e transfere a responsabilidade para o que fica mais cômodo, o local de moradia.”

• “A grande dificuldade da comunidade de Cascata, está no abandono que ela está sofrendo. É longe, está sem telefone, sem internet, o asfalto não chegou até aqui. Muita gente já veio aqui dizendo que o problema seria solucionado, mas já perdemos a esperança. Tinha surgido a ideia de uma agroindústria de mandioca, várias reuniões e projetos, mas nada de concreto aconteceu logo, não temos esperança em melhorar.”

• “As comunidades vão precisar pensar em fazer uma festa única no ano para arrecadar dinheiro por dois motivos: 1) As pessoas que se envolvem para trabalhar são sempre as mesmas. 2) As pessoas que participam, que gastam nas festas também são as mesmas. Então é preciso juntar Igreja Católica,

Luterana, Assembleia de Deus, Batista, Pentecostal e dirigir as ações em uma única direção.”


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Cascata e Paraíso

Demandante:

Percepção sobre os motivos que têm influenciado o

sentimento de menos felicidade, conforme as pesquisas de 2014 e 2016


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Cascata e Paraíso

Demandante:

Percepção sobre os motivos que tem influenciado o sentimento de menos felicidade, conforme as pesquisas de 2014 e 2016

• “As mudanças que aconteceram no Brasil e no Estado não nos deixam mais perceber que as coisas estão boas. Pelo contrário, a gente só escuta que está ruim e vai piorar. Mesmo com tudo o que mudou a gente se sente mais triste, pois todo mundo diz que está ruim, só tem notícia de desgraça, desemprego, falta de trabalho e de dinheiro. O número de pessoas desempregadas, sem esperança de voltar ao mercado de trabalho só aumentou.”

• “O trabalho da Global mostrou outros caminhos, despertou outros sonhos, desafiou o crescimento pessoal e comunitário e, como são desafios de longo prazo, num primeiro momento gera um sentimento de frustração por não termos chegado lá ainda.”

• “Se as pessoas estão se declarando infelizes agora, imagina se o trabalho da ONG parar, vão se suicidar? Nós ainda não estamos preparados para tocar a nossa comunidade sozinhos, precisamos de alguém nos provocando, nos desafiando.”

• “Existe hoje um sentimento crescente de que as coisas vão melhorar com o novo prefeito, que as promessas de campanha venham a ajudar o melhor andamento do nosso trabalho e dos objetivos da Global.”

• “Estar se sentindo mais infeliz que há dois anos atrás, aqui na comunidade até é normal, pois a questão dos lotes não teve solução, continuamos sem escritura e sem saber se algum dia vai vir. O atendimento nos postos de saúde perdeu qualidade, diminuiu o número de profissionais, bem agora que o povo entendeu que tem direito a saúde de qualidade e aprendeu a brigar por ela.”


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Cascata e Paraíso

Demandante:

Percepção sobre os motivos que tem influenciado o sentimento de menos felicidade, conforme as pesquisas de 2014 e 2016

• “Nosso povo entendeu que tem direito a habitação, que deve brigar por ela, mas não consegue entender que é um desafio de longo prazo, que tem que ter persistência, não consegue a sua casa no primeiro mês, já fica desanimado, fica triste, culpa alguém pelo fato, neste espaço sobra para a ONG também, pois estas discussões começaram com a presença deles.”

• “A grande preocupação que se comenta a cada dia aqui pela comunidade, é o que vai acontecer depois que a Global for embora, pois a falta de lideranças nos nossos bairros é muito grande, não temos pessoas preparadas para tocar o trabalho sem orientação, provocação e mesmo exigindo que a gente se mexa.”

(Este trecho foi registrado de igual forma nos três grupos, com a mesma expressão.)


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Cascata e Paraíso

Demandante:

Percepção sobre as mudanças depois do início do

Programa Semeando o Futuro


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Cascata e Paraíso

Demandante:

Percepção sobre as mudanças depois do início do Programa Semeando o Futuro

• “Melhorou muito, porque a gente sabe que tem direitos, mas o que piorou, é que a gente não consegue exercê-los. Quando não sabíamos do que era nosso, não sofríamos porque não brigávamos, logo não nos sentíamos infelizes. A tomada de consciência despertou nossa vontade de crescer, não conseguir vencer, nos frustra. Queremos resultados a curto prazo.”

• “Entendemos que podemos nos profissionalizar, para isso precisamos agir, mas temos que sair da comunidade para frequentar outros locais, como o Colégio Frederico Jorge Logemann, as instalações do SENAI. Nem sempre isso é possível. Um projeto que queremos realizar é construir junto aos espaços da comunidade um local para os cursos profissionalizantes.”

• “Este ano, as coisas andaram muito devagar: o poder público muito amarrado, tudo em função das eleições, uns querendo fazer para conseguir voto, mas não da forma certa, outros com medo de fazer para não serem acusados de estarem casando votos. Esse período fez com que perdêssemos o embalo de algumas atividades, por exemplo, a associação dos produtores de mandioca, a cobertura da escola da praça, mais médicos no posto de saúde.”

• “Pode melhorar ainda mais, precisamos registrar os documentos da Associação do Bairro, torná-la uma entidade com personalidade jurídica para poder se apresentar como representante legal nas demandas do bairro, para que nenhum morador precise por a sua cara para bater e, sim, a representante legal, que pode responder por isso.”


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Cascata e Paraíso

Demandante:

Percepção sobre as mudanças depois do início do Programa Semeando o Futuro

• “O projeto Mãos Dadas, com as mulheres as terças-feiras à tarde, é um exemplo. Num primeiro momento, todas estavam alegres, felizes por ajudarem uma a outra, a aprenderem o que cada uma sabia, mas agora isso já se esgotou, não tem mais novidade, está ficando um encontrar-se por obrigação, precisa-se de novos materiais, novas ideias e principalmente instrutores.”

• “Os diversos cursos, especialmente de informática, fez a pessoas perderem o medo do computador, mas ao mesmo tempo quando não se tem acesso a internet a gente fica triste.”


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Cascata e Paraíso

Demandante:

Percepção sobre a questão de dar e receber ajuda e a gratidão entre os

moradores da comunidade


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Cascata e Paraíso

Demandante:

Percepção sobre a questão de dar e receber ajuda e a gratidão entre os moradores da comunidade

• “A participação da comunidade nas ações coletivas é pequena, são sempre as mesmas pessoas envolvidas, em todas elas, são os mesmos 12 ou 15 que carregam o piano, tocam o baile, dançam e ainda tem que ser garçom e limpar o salão no final da festa. Ou seja, é uma verdade que pouca gente está ajudando, mas tem muita gente sendo ajudada pela comunidade, pela ONG, pela associação de moradores, pela prefeitura, pelas entidades de classe, pelos clubes de serviço, pelas escolas.”

• “A afirmação deveria ser exatamente o contrário: muita gente sendo ajudada e pouca gente ajudando.”

• “As pessoas se ajudam muito, são muito prestativas, mas se não conseguem ajudar mais, é porque muita gente precisa de ajuda material, e isto a comunidade não dispõem, a não ser quando são pequenas campanhas.”

• “Aqui na comunidade já tem muita gente que já foi ajudada, e muito ajudada, às vezes nem percebem, passam a achar que os outros tem que ajudar por obrigação, alguns nem sabe dizer obrigado, nisto precisamos evoluir muito.”

• “As Igrejas, das mais diversas crenças, ajudam muito, não só material, mas principalmente moral e espiritualmente, a libertação do álcool, das drogas, do cigarro. Fazem o seu trabalho todos os dias, vira tão rotineiro que alguns nem percebem mais que estão sendo ajudados.”

• “O perceber que está sendo ajudado passa por uma outra ação de descoberta, que é das pessoas terem a iniciativa de resolverem seus problemas, sem precisarem que alguém tome a iniciativa de fazer o que ela mesma teria que fazer, ou pelo menos, se ajudar, não colocando dificuldades em tudo.”


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Cascata e Paraíso

Demandante:

Percepções sobre o processo de mudança de comportamento na comunidade,

na organização e nos indivíduos como pessoa


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Cascata e Paraíso

Demandante:

Percepções sobre o processo de mudança de comportamento na comunidade, na organização e nos indivíduos como pessoa

• “Várias pessoas que andavam soltas pelas ruas, hoje, estão envolvidas na comunidade, conseguiram emprego, foram encaminhadas para empregos ou serviços, estágios.”

• “Poderia ter mudado ainda mais, mas falta muita oferta de trabalho para as pessoas menores de idade, por mais que se tem avançado, mas tem muita gente menor de idade sem local para se colocar como menor aprendiz, por isso ainda andam pela rua.”


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Cascata e Paraíso

Demandante:

Comentários e fatos que chamaram a atenção durante o

Focus Group


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Cascata e Paraíso

Demandante:

Comentários e fatos que chamaram a atenção durante o Focus Group

• Importante ressaltar que as lideranças e pessoas que foram convidadas para participarem do Focus Group estão muito bem integradas nas atividades da Global Communities, com clareza de qual o papel da mesma, mesmo que não aconteça da mesma forma na grande massa participante.

• Se faz necessário trabalhar com as lideranças de que o seu papel é de guias, estimuladores do processo, não sendo

chefes e nem encarregados. Ou de uma outra forma, que o papel de Liderar é desafiador, o de mando é fácil. Mas a máxima de “manda quem pode e obedece quem tem juízo”, não tem mais espaço. O Líder precisa mostrar que ele é o primeiro a por o peito n‘água e nadar, para que os outros membros da comunidade sintam-se encorajados a segui-lo.

• Pode-se afirmar que de pronto, pode-se perceber três grupos distintos, um em cada comunidade, que refletem necessariamente o sentimento que a comunidade tem sobre a sua realidade. Ou seja, a pesquisa com a amostra, refletiu o sentimento da comunidade como um todo, ressaltando que as lideranças e representantes demonstram mais disposição para avançar, mas com uma referência em comum: todos precisam ser estimulados e provocados para tomarem alguma atitude.

• A comunidade de Bela União tem a “Síndrome da Coitadinha”: “todo mundo precisa ajuda-los, a comunidade faz o que é possível, mas tudo está difícil”. É o grupo que tem o maior nível de consciência sobre a utilização dos espaços públicos, como a escola, ginásio de esportes, salão da comunidade e igrejas. A importância desta consciência, está diretamente relacionada a preservação e cuidado destes locais, como se seu fosse, como de fato é.


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Cascata e Paraíso

Demandante:


• A comunidade de Vila Cascata tem um conceito de abandono, tudo está fora do seu alcance, é um distrito da cidade, mas muito longe da mesma, onde tudo é difícil, desde uma ligação telefônica até conseguir transporte para ir para Horizontina, conforme os próprios moradores dizem “tratam a cidade como se fosse algo distante deles”. Estão angustiados com a tendência a perder mais uma referência, a Escola Carlos Gomes, que está com poucos alunos, passando a funcionar somente pela manhã.

• A comunidade e as lideranças depositaram (e cobram da ONG), a solução de suas dificuldades, principalmente o caso da telefonia e do sinal de internet. Não existe atitude proativa, pelo contrário, uma forte condição de passividade, "ninguém faz nada por nós, a prefeitura não fez, os vereadores não resolveram e a ONG até agora não conseguiu resolver nada". Este conceito nos leva a entender que a comunidade não entendeu qual o papel da Global Communities na comunidade.

• O Grupo da Paraíso demonstrou a maior disposição para o trabalho e vontade de participar de tudo e mais um pouco. A diversidade de pensamentos, refletido pela idade e ocupação das lideranças, demonstra a angústia para que as coisas aconteçam. Alguns com os conceitos bem claros do que seja a atividade comunitária de envolvimento e participação, outros acreditando que tudo o que for feito pela ou para a associação tem que ter resultado financeiro.

• A politização deste grupo é bastante grande, com uma avaliação grande, mas não muito clara, das responsabilidades do poder público, que por outro lado, se apresentou um pouco temerário, quando do volume de confiança depositada na nova administração, expectativas que vão se refletir nos registros abaixo, sobre a recuperação e preservação dos espaços públicos.


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Cascata e Paraíso

Demandante:


• Por derradeiro, porém não menos importante, é a comunidade com maior vontade de se emancipar, crescer, ocupar o seu espaço, ser respeitada, valorizada e reconhecida como parte do Município e não apenas uma área de ocupação, que por seus moradores não terem as escrituras e nem os títulos de posse (ainda que estes tenham sido prometidos por diversas vezes) não conseguem melhorar suas residências, não têm como buscar recursos em instituições financeiro.

• Entendem que não será possível à Global Communities encerrar suas atividades junto a comunidade Paraíso, sem que as escrituras estejam registradas em cartório, sejam colocadas nas mão de cada um, estabelecendo o direito de propriedade e posse da terra para as famílias que ali residem.

• Para que as comunidades não fiquem sem sonhos, é preciso começar a desenvolver um pensamento emancipacionista, desafiador, para depois das escrituras, depois da agroindústria, ou depois da sede da Associação ou do pavilhão de cursos, para que as atividades das lideranças, especialmente as mais jovens, não se esvaziem após estas conquistas.


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Cascata e Paraíso

Demandante:

Responsabilidade técnica pela pesquisa


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Cascata e Paraíso

Demandante:

Esta pesquisa foi coordenada pelo consultor Marcelo Blume, Bacharel em Administração (SETREM, 1994), Especialista em Marketing (FEMA/UFRGS, 1995) Mestre em Engenharia da Produção (UFSM, 2005), com linha de pesquisa em Marketing e dissertação em Marketing de Relacionamento. É sócio e diretor da Referenda Consultoria, com experiência de 21 anos em consultoria empresarial, atendendo clientes nas áreas de planejamento estratégico e marketing. Inteligência de mercado é umas das especialidades da empresa e do consultor, desde o início das atividades.

Os consultores envolvidos

É docente há 26 anos, sendo os últimos 20 anos no ensino superior. Exerceu funções de assessoria, coordenação, direção em Faculdades e Universidades do interior do RS. Atualmente é dirigente na FAHOR – Faculdade Horizontina e professor convidado em cursos de especialização na UNIJUÍ, FEMA, IDEAU, EST, UNOESC, ISM, UNIFRA, SETREM, URI, FAL, FAI, UNISC e UNAM. Como escritor e pesquisador, possui vários artigos acadêmico-científicos publicados em eventos nacionais, 4 livros publicados como autor e co-autor, sendo colunista semanal de 9 jornais do interior do RS e SC, articulador do blog Gestão Negócios & Cia. www.gestaonegociosecia.blogspot.com , e colunista colaborador das “Revistas Venda Mais”, “Atualidades”, “Contato Vip”, “Destaque” e “Administradores”. Acesso ao currículo lattes http://lattes.cnpq.br/5073154293976311. Contatos: [email protected] e [email protected] e (55)9961-3243 e (55)9128-1055, ou ainda, (55)3535-3814 e (51)3331-9178

www.referenda.com.br

http://www.gestaonegociosecia.blogspot.com/







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Adm. Michele Diane Much Ghellar – Bacharel em Administração, habilitada em Projetos e Empreendimentos Turísticos, pós-graduanda em Marketing pela FGV, Consultora de marketing e pesquisadora com vários artigos publicados em eventos nacionais. Contatos: [email protected] e (55) 9922-0365.

Prof. Nerino Sávio da Rosa, Formado em Filosofia, com Licenciatura em História, Filosofia e Psicologia. Especialista em Gestão de Pessoas. Professor convidado nos cursos de Pós-Graduação do IESA, nas disciplinas de Gestão de Pessoas e Gestão de Equipes de Vendas. Consultor nas áreas de gestão de pessoas e vendas. Contatos: [email protected] e 55 9962-2207.

Consultores envolvidos

relatório de pesquisa entrevistas com lideranças locais ......com a pesquisa realizada no início...

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