relatório final - filtro prensa
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UNIVERSIDADE DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO
INSTITUTO DE QUÍMICA
DEPARTAMENTO DE PROCESSOS E OPERAÇÕES
INDUSTRIAIS
LABORATÓRIO DE ENGENHARIA QUÍMICA I
PROFESSOR: RODRIGO AZEVEDO DOS REIS
PRÁTICA N°6:
FILTRO PRENSA DE PLACAS E QUADROS
ALUNAS:
KAREN SOARES AUGUSTO
SABRINNA GOULART GAUDIE LEY
Índice
1 INTRODUÇÃO................................................................................................. - 2 -
2 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA..............................................................- 3 -
2.1 LEI DA CONSERVAÇÃO DE MASSA.......................................................................................- 6 -2.2 LEI DA CONSERVAÇÃO DE MOVIMENTO..............................................................................- 7 -2.3 OPERAÇÃO COM BOMBAS CENTRÍFUGAS..........................................................................- 10 -
3 MATERIAIS E MÉTODOS...............................................................- 11 -
3.1 MÉTODOS.............................................................................................................................- 11 -
4 RESULTADOS E DISCUSSÃO.........................................................- 12 -
5 CONCLUSÕES.............................................................................- 15 -
6 Referências Bibliográficas............................................................................- 16 -
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1 Introdução
A filtração é uma operação unitária na qual se separa uma mistura
sólido-fluido em suspensão através da passagem do fluido por uma barreira ou
meio poroso, chamado filtro, com pequenos orifícios, onde retém as partículas
sólidas contidas na mistura.
Os filtros-prensa são equipamentos destinados a fazer a
separação sólido/fluido, através da passagem forçada de fluidos com resíduos,
por elementos filtrantes permeáveis.
Os filtros-prensa foram introduzidos por volta do século XIX e foram
utilizados por muitos anos principalmente na separação de lamas. Os filtros
eram considerados máquinas de trabalho intensivo, conseqüentemente não
encontraram muita aceitação nas indústrias de processo sofisticados e
altamente automatizados. Isto ocorreu até meados dos anos 60, quando esta
imagem mudou pela introdução de mecanismos avançados, orientados para
obter bolos de baixa umidade que descarregam automaticamente e permitem
a lavagem do pano ao término do ciclo de filtração.
Este processo é feito pelo bombeamento destas soluções contra lonas
filtrantes que só permitem a passagem da parte líquida da solução, a qual é
drenada (já isenta de sólidos) através de canais presentes nas placas filtrantes.
A parte sólida (torta) vai sendo continuamente depositada nas lonas,
formando sobre as mesmas uma camada cada vez mais espessa. As placas
filtrantes possuem um perfil que permite às mesmas, quando montadas uma
contra a outra, formarem no interior do equipamento câmaras que são
completamente preenchidas pelos sólidos. O bombeamento sob alta pressão
faz com que as partículas se acomodem de forma a gerar no final do processo
tortas compactas e com baixo nível de umidade.
A teoria da filtração permite estabelecer a relação entre a capacidade
do equipamento e as variáveis área, tempo e pressão de filtração. Essa
relação, por sua vez, depende intrinsecamente das propriedades da torta
resultante do processo de filtração.
A caracterização da torta não pode ainda prescindir da condução de
ensaios em escala de bancada e os resultados obtidos são utilizados no scale
up com base na teoria, por meio de um procedimento simples e seguro,
2
através de equipamentos pilotos que funcionam nas mesmas condições
operacionais que o industrial.
Há diversas vantagens quando comparamos este sistema com outros
processos convencionais:
Redução no volume de sólidos retidos, se comparado a sistemas
como leito de secagem e filtros tipo esteira rotativa, devido à compactação
gerada no processo de filtragem;
Possibilita o reaproveitamento do material retido, quando
conveniente;
Permite uma condição favorável de manuseio dos sólidos retidos
(torta), se comparado a polpas e lamas com alto índice de umidade;
Concentra elevada área de filtragem em pequeno espaço físico de
instalação.
A desvantagem deste arranjo é que não pode ser usado com filtrados
que são tóxicos, inflamáveis ou voláteis.
Atualmente, os filtros-prensa são largamente utilizados nas indústrias
de extração de mármore e granito, de forma a eliminar a lama abrasiva, sendo
esta um resíduo lançado na natureza por estas indústrias, causando sérios
danos ao meio ambiente.
Nesse contexto, este experimento tem como objetivo a realização de
uma filtração de uma suspensão em filtro-prensa, de forma a encontrar os
parâmetros que caracterizam a torta formada, tais como a sua resistividade e a
resistividade do meio filtrante.
2 Revisão Bibliográfica
O filtro-prensa é, há muito tempo, o dispositivo de filtragem mais
comum na indústria química. Embora esteja sendo substituído, nas grandes
instalações, por dispositivos de filtragem contínua, tem as vantagens de baixo
custo na inversão inicial, custo de manutenção pequeno e extrema flexibilidade
de operação. Por outro lado, a necessidade de desmontagem manual periódica
constitui um dispêndio de mão-de-obra que é, frequentemente, excessivo.
O filtro-prensa é projetado para realizar diversas funções, cuja
seqüência é controlada manualmente. Durante a filtração o filtro-prensa: 1)
3
permite a injeção da suspensão a filtrar até as superfícies filtrantes, por
intermédio de canais apropriados; 2) permite a passagem forçada da
suspensão através das superfícies filtrantes; 3) permite que o filtrado que
passou pelas superfícies filtrantes seja expelido através de canais apropriados;
e 4) retém os sólidos que estavam inicialmente na suspensão. Durante a
seqüência de lavagem o filtro-prensa: 1) encaminha a água de lavagem para
os sólidos filtrados, através de canais apropriados; 2) força a água de lavagem
através dos sólidos retidos no filtro; e 3) permite a expulsão da água de
lavagem, e das impurezas, através de um canal separado. O modelo do filtro
pode ter quatro dutos separados, conforme se mencionou acima, ou apenas
dois dutos, quando a contaminação do produto líquido não é importante.
Depois da seqüência de lavagem, o filtro-prensa é desmontado e os sólidos ou
são coletados manualmente, ou simplesmente removidos e descartados.
O modelo mais comum de filtro-prensa consiste em placas e quadros
(Figura 1) que se alternam numa armação e que são comprimidos fortemente,
uns contra os outros, por meio de uma prensa hidráulica. Para armar este filtro,
as placas e os quadros são montados alternadamente nos trilhos laterais da
prensa, mediante as lingüetas laterais dos elementos. O meio filtrante é então
suspenso sobre as placas, cobrindo as duas faces. O meio filtrante pode ser
uma lona, ou um tecido sintético, ou papel de filtro ou tela metálica. No tecido,
fazem-se furos para ajustarem-se aos furos dos canais nas placas e nos
quadros. Uma vez fechada a prensa, o meio filtrante atua como uma gaxeta,
selando as juntas entre as placas e os quadros e formando um canal contínuo
com os furos existentes em uns e outros destes elementos. A suspensão de
alimentação é então bombeada sob pressão para a prensa, e escoa entrando
pelo canal do canto do fundo. Este canal tem saídas em cada um dos quadros,
de modo que a suspensão enche os quadros em paralelo. O filtrado escoa
então pelo meio filtrante, enquanto os sólidos constituem uma camada sobre a
face do meio voltado para os quadros. O filtrado passa entre o meio filtrante e
a face da placa para um canal de saída. À medida que a filtração avança,
formam-se tortas sobre o meio filtrante, até que as tortas se acumulam sobre
cada face dos quadros e encontram-se no centro. Quando isto ocorre, a vazão
de filtrado, que diminui continuamente à medida que as tortas aumentam, cai
bruscamente e se reduz a um mero gotejamento. Em geral, suspende-se a
filtração bem antes desta ocorrência. (Foust, 1982)
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Figura 1. Filtro-prensa de placas e quadros
O sistema de filtração pode ser considerado como uma fase contínua
formada por dois componentes: Sólido + Fluido. As Leis de Conservação de
Massa e de Movimento podem ser aplicadas no volume de controle para o
fluido e para o sólido (Massarani, 1997).
Neste relatório, as equações serão aplicadas apenas ao fluido. Na
figura 2, temos o esquema representativo da formação da torta.
Figura 2. Esquema representativo da formação da torta
A torta oferece uma barreira ao escoamento. Isto explica a queda de
pressão ao longo da mesma. Já o meio filtrante serve apenas como suporte
mecânico; quem realiza efetivamente a filtração é a torta que se forma. Desta
figura, podem ser definidos os conceitos: queda de pressão na torta (Equação
1) e o de queda de pressão no meio filtrante (Equação 2), conforme vemos a
seguir:
(1)
5
L
∆Pc
∆Pm
∆xSuspensão
P1
PL
P0Filtrado
Meio Filtrante Torta
(2)
A fim de tornar possível a resolução das equações que serão
apresentadas, adotaremos algumas hipóteses, tais como:
Escoamento Darcyano, unidirecional de fluido newtoniano
incompressível;
A velocidade superficial “q” do fluido independe da posição da
torta;
São desprezíveis os termos de aceleração, campo e forças viscosas
fluido-fluido;
As propriedades da torta dependem apenas da pressão sobre os
sólidos (Equação 3).
(3)
Onde:
P - representa a pressão num ponto qualquer da torta.
É válido ressaltar que Ps significa o quanto de pressão foi perdido
num dado ponto da torta e foi transferida para o sólido.
Abordaremos a seguir as equações da Continuidade e do Movimento
para o fluido, de forma a obter uma equação capaz de encontrar o valor da
resistividade média da torta e da resistência do meio filtrante.
2.1 Lei da Conservação de Massa
A Lei da Conservação de Massa é representada pela Equação da
Continuidade (Equação 4).
(4)
6
O termo representa o acúmulo, representa o que entra
menos o que sai e o termo representa o desaparecimento ou o
aparecimento da espécie no volume de controle.
Esta equação, aplicada ao fluido, é representada da seguinte forma:
(5)
Onde:
é a velocidade superficial e é a massa específica do fluido.
Aplicando as hipóteses citadas anteriormente, teremos: o termo
se anula, devido ao regime permanente. Sendo o escoamento
unidirecional, se resume a onde, em se tratando de fluido
incompressível, a massa específica sai da derivada, e a equação se resume a
, ou seja, a velocidade superficial é constante para qualquer x.
(Massarani, 1997).
2.2 Lei da Conservação de Movimento
A Lei da Conservação de Movimento é representada pela Equação do
Movimento (Equação 6).
(6)
O termo representa o acúmulo de quantidade de movimento
(aceleração local), representa a aceleração convectiva, representa
a interação fluido-fluido devido ao efeito da pressão, representa a
interação fluido-fluido devido ao efeito viscoso e, por fim, representa a
influência da gravidade.
Esta equação aplicada ao fluido resulta em:
(7)
7
Houve o acréscimo do termo à equação, de forma a representar a perda de
momento do fluido para o sólido. Ele está sempre apontado na direção do escoamento e pode ser
representado pela Equação de Forchhaimer, conforme abaixo:
(8)
O termo representa o número de Reynolds do meio poroso,
sendo c um fator adimensional e k a permeabilidade do meio poroso. Como uma das
hipóteses citadas diz que o escoamento é Darcyano, será representado pela
Equação de Darcy, conforme abaixo:
(9)
De forma a tornar possível a resolução da Equação 9, novamente,
aplicaremos as hipóteses simplificadoras anteriormente citadas. Para o
escoamento unidimensional (de um lado a outro), ou seja, torna-se nulo. Já
para o regime permanente, fluido newtoniano e incompressível teremos
, o que significa que o efeito do momento do sólido é muito mais
importante que o efeito viscoso (Massarani, 1997).
Sendo assim, a Equação 5 se resume a:
(10)
O poderá ser substituído na Equação 9, ficando:
(11)
Esta equação, adaptada ao sólido, e substituindo Ps conforme Equação
3, resulta em:
(12)
Como k varia com x, a variável será mudada. Definindo dM como a
massa de sólido presente no elemento de volume (A.dx), ter-se-á a Equação
13:
8
(13)
Substituindo a Equação 13 na 12, tem-se a Equação 14:
(14)
A partir desta, pode-se definir o termo 1/[k.ρs.(1-ε)] como sendo a
resistividade da torta ( ). Definindo-se, também, a resistividade média da
torta (< >) como sendo:
(15)
E integrando a Equação 14, tem-se a seqüência de passos abaixo:
A partir daí, pode-se chegar à Equação 16, que define a queda de pressão ao
longo da torta:
(16)
A fim de se obter, através de experimentos, o valor de , introduz-
se o termo C, como sendo representativo da massa de sólidos sobre a massa
de líquidos (filtrado mais torta), conforme se segue:
Sendo assim, a equação que representa a queda de pressão ao longo
da torta é:
(17)
Até este ponto, a equação do movimento foi aplicada ao fluido na
torta. A partir de agora, a mesma será aplicada ao fluido no meio filtrante,
9
sendo o raciocínio semelhante ao anterior, uma vez que serão usadas as
mesmas simplificações.
Sendo a Equação 12 aplicada ao meio filtrante, e realizando-se a integração,
tem-se:
(18)
Onde:
representa o comprimento do meio filtrante;
representa a chamada resistividade do meio filtrante (Rm).
Desta forma, a queda de pressão no meio filtrante é dada por:
(19)
Uma vez que a queda de pressão total no filtro é representada pela
soma da queda de pressão na torta mais a queda de pressão no leito, tem-se a
união das Equações 17 e 19, resultando na Equação 20:
(20)
Substituindo na Equação 20 por 1/A.dv/dt, e integrando-se, tem-se a
Equação 19:
(21)
A Equação 21 será a equação de trabalho, onde V representa o
volume de filtrado e t, o tempo de filtração. A será encontrada a partir do
coeficiente angular e , pelo linear.
2.3 Operação com Bombas Centrífugas
A operação com bombas centrífugas é um tanto peculiar, pois no
início da operação de uma filtração em filtro-prensa, usando-se a bomba
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centrífuga, a operação é realizada à vazão constante, fato quase não
perceptível em experimentos.
No prosseguimento da operação, a pressão se mantém constante.
Portanto, em gráficos, percebe-se de forma notável que há a separação da
operação em duas fases.
3 Materiais e Métodos
Para a realização do experimento, dispõe-se de um arranjo
experimental o qual será nomeado como “Filtro Prensa de Placas e Quadros”,
conforme ilustra a Figura 3.
Este conjunto experimental consiste basicamente de dois
reservatórios em aço inox, de capacidade nominal de 60 litros cada, sendo que
o da esquerda deve necessariamente conter a suspensão a ser filtrada e o da
direita, o fluido de lavagem da torta; manômetros necessários para o
escoamento controlado da suspensão para o interior do filtro-prensa
propriamente dito, do qual constam 3 quadros, intercalados por placas, num
total de 7 unidades.
Essas unidades são cuidadosa e adequadamente mantidas unidas,
para a operação do equipamento, por meio de uma rosca, manualmente
acionada.
As placas possuem válvulas do tipo abre e fecha para o escoamento
do filtrado. Acompanha o conjunto, três jogos de elementos filtrantes (dois de
tecidos e um sintético) e duas bandejas de plástico.
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Figura 3. Vista geral do Filtro Prensa de Placas e Quadros
3.1 Métodos
Ao conectar a tomada de força, uma luz verde permaneceu acesa no
pequeno painel situado à direita do conjunto (indicativo de corrente no
sistema).
A bomba foi acionada, por meio de uma chave liga-desliga. Na posição
liga, uma luz vermelha foi acionada no painel.
No início da operação do equipamento, com o filtro adequadamente
montado, pesou-se uma determinada massa de sólido. Com a válvula de
fechamento rápido situada embaixo do reservatório, inicialmente totalmente
fechada, colocou-se um volume determinado de água no tanque da esquerda,
cuidando que apenas 2/3 do reservatório fosse utilizado.
Abriu-se a referida válvula e ligou-se a bomba, tendo o cuidado de
manter fechado o registro regulador de vazão, localizado próximo ao filtro, de
maneira que toda água fosse reciclada no sistema.
Com a água em circulação, acrescentou-se, aos poucos o sólido,
previamente pesado e separado. A agitação no reservatório da suspensão,
obtida por intermédio da redução da tubulação de recalque na saída, foi
suficiente para manter a suspensão homogeneizada e sem perigo de
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sedimentação. Nessas condições o equipamento ficou pronto para operação da
filtração desejada.
Iniciou-se o processo mantendo-se totalmente abertas as válvulas do
tipo “abre e fecha” das placas. Foi aberta, também, a válvula que controla a
entrada de suspensão no filtro propriamente dito (Orifício central de 3 - que
contém um manômetro de precisão).
Abriu-se, em seguida, o registro controlador de vazão próximo ao filtro
e fechou-se um pouco a válvula de reciclo, o suficiente para manter a
suspensão homogeneizada, ao mesmo tempo em que se acionou um
cronômetro. Fixou-se, desta forma, a pressão de trabalho, que foi mantida
constante durante toda a operação.
Coletou-se os dados de volume de filtrado e tempo, até que a vazão
começasse a cair, indício de que o quadro estava quase cheio.
4 Resultados e Discussão
Os resultados experimentais estão apresentados na tabela 1, e a
figura 4 representa a relação entre t/V x V. O cálculo da massa da torta foi feito
pesando-se a torta úmida em um recipiente. Logo após, a amostra foi colocada
na estufa até o dia seguinte para pesar novamente. Este procedimento foi feito
para as duas tortas formadas.
Tabela 1. Dados do experimento
∑ Tempo (s)
∑ volume (m3)
t/V (s/m3)
7,89 0,0002 3945011,00 0,0004 2750017,00 0,0006 2833323,00 0,0008 2875031,00 0,001 3100041,00 0,0012 3416752,00 0,0014 3714364,00 0,0016 4000073,00 0,0017 4294180,00 0,0018 4444489,00 0,0019 4684299,00 0,002 49500
122,00 0,0022 55455
13
134,00 0,0023 58261147,00 0,0024 61250160,00 0,0025 64000178,00 0,0026 68462197,00 0,0027 72963217,00 0,0028 77500238,00 0,0029 82069260,00 0,003 86667287,00 0,0031 92581316,00 0,0032 98750352,00 0,0033 106667389,00 0,0034 114412429,00 0,0035 122571481,00 0,0036 133611531,00 0,0037 143514588,00 0,0038 154737653,00 0,0039 167436724,00 0,004 181000909,00 0,0042 216429981,00 0,0043 2281401051,00 0,0044 2388641207,00 0,0045 2682221340,00 0,0046 2913041523,00 0,0047 3240431695,00 0,0048 3531252125,00 0,005 4250002387,00 0,0051 4680392679,00 0,0052 515192
Tabela 2. Dados experimentais utilizados no cálculo dos parâmetros da torta 1
Área (m2) 0,0598
Massa do sólido (Kg) 0,831
Massa úmida (Kg) 0,21616
Massa seca (Kg) 0,21436
Volume de água (L) 40
Pressão (KPa) 294,2
Viscosidade (N.m) 0,01
Volume de Filtrado (L) 5,2
Massa específica
(Kg/m3)1000
C 0,041223077
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Tabela 3. Dados experimentais utilizados no cálculo dos parâmetros da torta 2
Área (m2) 0,0598
Massa do sólido (Kg) 0,831
Massa úmida (Kg) 0,22355
Massa seca (Kg) 0,22174
Volume de água (L) 40
Pressão (KPa) 294,2
Viscosidade (N.m) 0,01
Volume de Filtrado (L) 5,2
Massa específica
(Kg/m3)1000
C 0,042642308
y = 21961699,43x + 9805,91
R2 = 0,93
0
10000
20000
30000
40000
50000
60000
70000
80000
90000
0 0,0005 0,001 0,0015 0,002 0,0025 0,003 0,0035
Volume (m3)
Tem
po
/ V
olu
me
(s/m
3)
Figura 4. Gráfico da relação entre t/V e V
O gráfico obtido experimentalmente foi linearizado e, a partir da
equação da reta foi possível calcular a resistividade do meio filtrante e a
resistividade média da torta formada. Vale ressaltar que, para traçar a
equação, foram desprezados os dois primeiros pontos e os pontos
experimentais em que a filtração já apresentava situação de quadro cheio.
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A equação da reta encontrada foi y = 21961699,43x + 9805,91. A
partir dela, o cálculo da resistividade média da torta e da resistividade do meio
filtrante pôde ser feito utilizando-se a equação 21.
Os valores encontrados para a torta 1 foram:
Resistividade média da torta: 2,80 x 1010 m/kg;
Resistividade do meio filtrante: 8,63 x 109 m-1.
E para a torta 2 foram:
Resistividade média da torta: 2,71 x 1010 m/kg;
Resistividade do meio filtrante: 8,63 x 109 m-1.
5 Conclusões
Pôde-se concluir que a teoria desenvolvida para filtração adequou-se
perfeitamente ao experimento do filtro-prensa. Devido aos parâmetros de
resistividade média da torta e resistividade do meio filtrante serem intrínsecos
de cada sistema e só poderem ser obtidos experimentalmente, não se pode
compará-los com valores da literatura.
6 Referências Bibliográficas
FOUST, Alan S. et al. – “Princípios das Operações Unitárias”, LTC – Livros Técnicos e Científicos Editora LTDA, 2a edição, Rio de Janeiro, 1982.
MASSARANI, G. – “Fluidodinâmica em Sistemas Particulados”, Editora UFRJ, Rio de Janeiro, 1997.
www.dcmm.puc-rio.br/cursos/OUTecAmb/Seminario_Filtracao.pdf. Disponível em 9 de junho de 2009.
http://www.cetem.gov.br/publicacao/CTs/CT2004-189-00.pdf. Disponível em 24 de junho de 2009.
http://www.enq.ufsc.br/muller/operacoes_unitarias_qm/filtracao1.pdf. Disponível em 24 de junho de 2009.
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