relatÓrio do laboratÓrio de controle sanitÁrio … folder/setor... · 9 obs: durante os meses de...

10
RELATÓRIO DO LABORATÓRIO DE CONTROLE SANITÁRIO ANIMAL (LCSA) Setor de Parasitologia 2005 a 2009

Upload: vanmien

Post on 08-Dec-2018

216 views

Category:

Documents


0 download

TRANSCRIPT

RELATÓRIO

DO

LABORATÓRIO DE CONTROLE

SANITÁRIO ANIMAL (LCSA)

Setor de Parasitologia

2005 a 2009

2

A incidência de parasitos nas colônias de animais de laboratório é muito freqüente,

podendo acarretar sérios problemas não só na criação, interferindo no desenvolvimento dos

animais, como na experimentação, alterando o resultado de testes biológicos e de pesquisas

biomédicas.

Os parasitas fazem parte de um grupo de organismos que se caracteriza pela

associação com outros organismos classificados como hospedeiros dos quais retiram os

meios para a sua sobrevivência. “Os hospedeiros são habitados por parasitas num

processo chamado parasitismo. Esse grupo de invertebrados evoluiu e se desenvolveu

junto aos seus hospedeiros podendo ou não provocar doença clínica, variação de fatores

ambientais, populacionais, ecológicos, imunológicos, fisiológicos e de manejo, que

influenciam a relação hospedeiro-parasita. Esta relação permanece em constante

mudança, e à medida que mudam os sistemas de manejo na reprodução, manipulação,

controle ambiental e no uso de drogas nos animais, podem ser observadas diferentes

manifestações de doença” (Foreyt, 2005).

Um técnico experiente poderá identificar alterações comportamentais ou fisiológicas,

possibilitando que sejam tomadas as providências cabíveis junto ao laboratório de

controle sanitário onde serão examinadas as amostras para o controle parasitológico.

Caso seja encontrada alguma estrutura suspeita, a mesma será submetida a estudos

taxionômicos para que seja identificada.

O NÍVEL SANITÁRIO E A COLETA DE AMOSTRAS

Para que o controle parasitológico seja bem feito, é importante que os animais

sejam enviados ao laboratório em gaiolas compatíveis com seu nível sanitário e

respeitando as normas de transporte de animais para experimentação. Caso isso não

ocorra, a quebra de barreira sanitária ou o estresse do transporte pode proporcionar

alterações que vão prejudicar ou impossibilitar a realização do exame.

PERIODICIDADE DAS COLETAS

A periodicidade das coletas é determinada de acordo com a qualidade sanitária

do animal.

3

QUALIDADE SANITÁRIA PERIODICIDADE IDADE

AXÊNICO 3 Meses 1 a 2 meses

SPF 3 Meses 1 a 2 meses

CONVENCIONAL 6 Meses 1 a 2 meses

O procedimento de coleta deve ser aleatório, evitando que o grupo formado seja

de uma mesma gaiola. Sugere-se que quando possível se utilize casais das posições

indicadas no esquema abaixo.

Também podem ser utilizados sentinelas, animais de nível sanitário conhecido que são

expostos às condições da colônia, para que após alguns dias possam delatar eventuais

contaminações durante a realização de exames. Observamos que existe prevalência

diferente de parasitas quando levado em conta o sexo dos animais ou estação do ano.

Por isso, recomendamos que a periodicidade e idade sejam respeitadas e que os animais

levados a exame sejam de ambos os sexos.

1♂ e 1♀ 2

1♂ e 1♀ 1

1♂ e 1♀ 3

1♂ e 1♀ 5

1♂ e 1♀ 4

Posições indicadas para retirada das amostras na estante onde se encontram as gaiolas

4

TÉCNICAS UTILIZADAS PARA IDENTIFICAÇÃO DE PARASITAS

ENDOPARASITAS

▪ MÉTODO DIRETO COM RASPADO DA LUZ INTESTINAL

Utilizado para pesquisa de protozoários, ovos, cistos, larvas, e adultos de

helmintos.

▪ WILLIS

É um método de flutuação, utilizado para a identificação de cistos de protozoários e

alguns ovos leves de helmintos, os quais devido a sua densidade flutuam em solução

saturada de cloreto de sódio.

▪ SWAB ANAL (FITA GOMADA)

Utilizado para pesquisa de ovos de oxiurídeos através de fita gomada que é colocada na

região perianal dos animais e em seguida pressionada em uma lâmina.

ECTOPARASITOS

▪ SWAB DO PELO (FITA GOMADA)

Utilizada na pesquisa de ácaros, piolhos, pulgas e carrapatos.

5

LISTA DE ORGANISMOS PESQUISADOS: AGENTE ESPÉCIES TESTADAS ECTOPARASITAS: Myobia musculis Camundongo, rato, hamster Miocoptes musculinus Camundongo, rato, hamster Radfordia affinis Camundongo, rato, hamster Radfordia ensifera Camundongo, rato, hamster Poliplax serrata Camundongo, rato, hamster Poliplax spinulosa Camundongo, rato, hamster Chirodiscoides cavie Cobaia. Gyropus ovalis Cobaia. Gliricola porcelli Cobaia. Sarcoptes scabiei Var. cuniculli Coelho Psoroptes cuniculli Coelho Cheyletiella parasitivorax Coelho Haemodipsus ventricosus Coelho ENDOPARASITAS: Giardia sp Camundongo, rato, hamster e cobaia Tritrichomonas muris Camundongo, rato, hamster Eimeria sp Camundongo, rato, hamster, cobaia e

coelho Hymenolepis nana Camundongo, rato, hamster e cobaia. Hymenolepis diminuta Camundongo, rato, hamster e cobaia. Syphacia muris Camundongo, rato, hamster e cobaia. Syphacia obvelata Camundongo, rato, hamster e cobaia. Aspiculuris tetraptera Camundongo, rato, hamster e cobaia. Entamoeba muris Camundongo, rato, hamster Entamoeba caviae Cobaia Balantidium cavie Cobaia Cyathodinium piriforme Cobaia Paraspidodera uncinata Cobaia Passalurus ambiguus Coelho

6

COMPARATIVO DE PRODUÇÃO

NÚMERO DE EXAMES / ANO INSTITUIÇÃO

2005 2006 2007 2008 2009

ICB 273 31 192 134 137

USP 111 113 72 160 96

EXTERNOS 7 6 161 72 70

7

8

9

OBS: Durante os meses de Agosto a Novembro de 2009 o Laboratório de Controle Sanitário Animal – Setor de Parasitologia passou por uma reforma que impossibilitou a realização de exames.

ESTÁGIOS SUPERVISIONADOS - 2008

NOME

INSTITUIÇÃO/ UNIDADE

PERÍODO

Adriano Abbud BIOTÉRIO INSTITUTO ADOLFO LUTZ Nov./ 2007 a Jul./

2008

Alexandre Querolo BIOTÉRIO INSTITUTO ADOLFO LUTZ Nov./ 2007 a fev./

2008

Ana Lucia F.

Baldassarre

PARTICULAR Jan./ 2006 a Nov./

2008

Claudio Lucio De

Castro

BIOTÉRIO ICB-USP Desde Jan./2007

10

Marco Andre Alves BIOTÉRIO ICB-USP Desde Fev./ 2008

Roseni Oliveira

Santana

BIOTÉRIO ICFQ- USP Fev. a Maio / 2008

Katt Coelho Mattos BIOTÉRIO EEFE - USP Abr. e Maio/ 2008

Ricardo Bandeira BIOTÉRIO DEP. ANATOMIA ICB-USP Ago. a Dez./ 2008

ESTÁGIOS SUPERVISIONADOS - 2009

NOME

INSTITUIÇÃO/ UNIDADE

PERÍODO

Claudio Lucio de

Castro

Biotério do Dep. de Fisiologia e Biofísica

- ICB-USP

Desde Janeiro./2007

Marco Andre Alves Biotério do Departamento de

Farmacologia - ICB-USP

Desde Fevereiro/ 2008

Tatiana Pinotti Guirao UNIFESP - CEDEME Desde abril/ 2009

Rosires Silva de

Souza

Biotério do Departamento de Patologia

da FMVZ - USP

De maio a agosto

/2009

Katt Coelho Mattos Biotério da Faculdade de Educação

Física - USP

De março/2008 a

junho/2009

Todos os serviços prestados desde 2005 foram realizados em colaboração com o Biólogo Robison José da Cruz, do Centro de Bioterismo FMUSP.