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A incidência de parasitos nas colônias de animais de laboratório é muito freqüente,
podendo acarretar sérios problemas não só na criação, interferindo no desenvolvimento dos
animais, como na experimentação, alterando o resultado de testes biológicos e de pesquisas
biomédicas.
Os parasitas fazem parte de um grupo de organismos que se caracteriza pela
associação com outros organismos classificados como hospedeiros dos quais retiram os
meios para a sua sobrevivência. “Os hospedeiros são habitados por parasitas num
processo chamado parasitismo. Esse grupo de invertebrados evoluiu e se desenvolveu
junto aos seus hospedeiros podendo ou não provocar doença clínica, variação de fatores
ambientais, populacionais, ecológicos, imunológicos, fisiológicos e de manejo, que
influenciam a relação hospedeiro-parasita. Esta relação permanece em constante
mudança, e à medida que mudam os sistemas de manejo na reprodução, manipulação,
controle ambiental e no uso de drogas nos animais, podem ser observadas diferentes
manifestações de doença” (Foreyt, 2005).
Um técnico experiente poderá identificar alterações comportamentais ou fisiológicas,
possibilitando que sejam tomadas as providências cabíveis junto ao laboratório de
controle sanitário onde serão examinadas as amostras para o controle parasitológico.
Caso seja encontrada alguma estrutura suspeita, a mesma será submetida a estudos
taxionômicos para que seja identificada.
O NÍVEL SANITÁRIO E A COLETA DE AMOSTRAS
Para que o controle parasitológico seja bem feito, é importante que os animais
sejam enviados ao laboratório em gaiolas compatíveis com seu nível sanitário e
respeitando as normas de transporte de animais para experimentação. Caso isso não
ocorra, a quebra de barreira sanitária ou o estresse do transporte pode proporcionar
alterações que vão prejudicar ou impossibilitar a realização do exame.
PERIODICIDADE DAS COLETAS
A periodicidade das coletas é determinada de acordo com a qualidade sanitária
do animal.
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QUALIDADE SANITÁRIA PERIODICIDADE IDADE
AXÊNICO 3 Meses 1 a 2 meses
SPF 3 Meses 1 a 2 meses
CONVENCIONAL 6 Meses 1 a 2 meses
O procedimento de coleta deve ser aleatório, evitando que o grupo formado seja
de uma mesma gaiola. Sugere-se que quando possível se utilize casais das posições
indicadas no esquema abaixo.
Também podem ser utilizados sentinelas, animais de nível sanitário conhecido que são
expostos às condições da colônia, para que após alguns dias possam delatar eventuais
contaminações durante a realização de exames. Observamos que existe prevalência
diferente de parasitas quando levado em conta o sexo dos animais ou estação do ano.
Por isso, recomendamos que a periodicidade e idade sejam respeitadas e que os animais
levados a exame sejam de ambos os sexos.
1♂ e 1♀ 2
1♂ e 1♀ 1
1♂ e 1♀ 3
1♂ e 1♀ 5
1♂ e 1♀ 4
Posições indicadas para retirada das amostras na estante onde se encontram as gaiolas
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TÉCNICAS UTILIZADAS PARA IDENTIFICAÇÃO DE PARASITAS
ENDOPARASITAS
▪ MÉTODO DIRETO COM RASPADO DA LUZ INTESTINAL
Utilizado para pesquisa de protozoários, ovos, cistos, larvas, e adultos de
helmintos.
▪ WILLIS
É um método de flutuação, utilizado para a identificação de cistos de protozoários e
alguns ovos leves de helmintos, os quais devido a sua densidade flutuam em solução
saturada de cloreto de sódio.
▪ SWAB ANAL (FITA GOMADA)
Utilizado para pesquisa de ovos de oxiurídeos através de fita gomada que é colocada na
região perianal dos animais e em seguida pressionada em uma lâmina.
ECTOPARASITOS
▪ SWAB DO PELO (FITA GOMADA)
Utilizada na pesquisa de ácaros, piolhos, pulgas e carrapatos.
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LISTA DE ORGANISMOS PESQUISADOS: AGENTE ESPÉCIES TESTADAS ECTOPARASITAS: Myobia musculis Camundongo, rato, hamster Miocoptes musculinus Camundongo, rato, hamster Radfordia affinis Camundongo, rato, hamster Radfordia ensifera Camundongo, rato, hamster Poliplax serrata Camundongo, rato, hamster Poliplax spinulosa Camundongo, rato, hamster Chirodiscoides cavie Cobaia. Gyropus ovalis Cobaia. Gliricola porcelli Cobaia. Sarcoptes scabiei Var. cuniculli Coelho Psoroptes cuniculli Coelho Cheyletiella parasitivorax Coelho Haemodipsus ventricosus Coelho ENDOPARASITAS: Giardia sp Camundongo, rato, hamster e cobaia Tritrichomonas muris Camundongo, rato, hamster Eimeria sp Camundongo, rato, hamster, cobaia e
coelho Hymenolepis nana Camundongo, rato, hamster e cobaia. Hymenolepis diminuta Camundongo, rato, hamster e cobaia. Syphacia muris Camundongo, rato, hamster e cobaia. Syphacia obvelata Camundongo, rato, hamster e cobaia. Aspiculuris tetraptera Camundongo, rato, hamster e cobaia. Entamoeba muris Camundongo, rato, hamster Entamoeba caviae Cobaia Balantidium cavie Cobaia Cyathodinium piriforme Cobaia Paraspidodera uncinata Cobaia Passalurus ambiguus Coelho
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COMPARATIVO DE PRODUÇÃO
NÚMERO DE EXAMES / ANO INSTITUIÇÃO
2005 2006 2007 2008 2009
ICB 273 31 192 134 137
USP 111 113 72 160 96
EXTERNOS 7 6 161 72 70
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OBS: Durante os meses de Agosto a Novembro de 2009 o Laboratório de Controle Sanitário Animal – Setor de Parasitologia passou por uma reforma que impossibilitou a realização de exames.
ESTÁGIOS SUPERVISIONADOS - 2008
NOME
INSTITUIÇÃO/ UNIDADE
PERÍODO
Adriano Abbud BIOTÉRIO INSTITUTO ADOLFO LUTZ Nov./ 2007 a Jul./
2008
Alexandre Querolo BIOTÉRIO INSTITUTO ADOLFO LUTZ Nov./ 2007 a fev./
2008
Ana Lucia F.
Baldassarre
PARTICULAR Jan./ 2006 a Nov./
2008
Claudio Lucio De
Castro
BIOTÉRIO ICB-USP Desde Jan./2007
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Marco Andre Alves BIOTÉRIO ICB-USP Desde Fev./ 2008
Roseni Oliveira
Santana
BIOTÉRIO ICFQ- USP Fev. a Maio / 2008
Katt Coelho Mattos BIOTÉRIO EEFE - USP Abr. e Maio/ 2008
Ricardo Bandeira BIOTÉRIO DEP. ANATOMIA ICB-USP Ago. a Dez./ 2008
ESTÁGIOS SUPERVISIONADOS - 2009
NOME
INSTITUIÇÃO/ UNIDADE
PERÍODO
Claudio Lucio de
Castro
Biotério do Dep. de Fisiologia e Biofísica
- ICB-USP
Desde Janeiro./2007
Marco Andre Alves Biotério do Departamento de
Farmacologia - ICB-USP
Desde Fevereiro/ 2008
Tatiana Pinotti Guirao UNIFESP - CEDEME Desde abril/ 2009
Rosires Silva de
Souza
Biotério do Departamento de Patologia
da FMVZ - USP
De maio a agosto
/2009
Katt Coelho Mattos Biotério da Faculdade de Educação
Física - USP
De março/2008 a
junho/2009
Todos os serviços prestados desde 2005 foram realizados em colaboração com o Biólogo Robison José da Cruz, do Centro de Bioterismo FMUSP.