psi - emoção e artes

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As Emoções e as Artes A natureza deu ao artista a capacidade de exprimir seus impulsos mais secretos, desconhecidos até por ele próprio, por meio do trabalho que cria; e estas obras impressionam enormemente outras pessoas estranhas ao artista e que desconhecem, elas também, a origem da emoção que sentem. (FREUD, 1910).

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Page 1: Psi - Emoção e Artes

As Emoções e as Artes A natureza deu ao artista a capacidade de exprimir seus impulsos mais secretos, desconhecidos até por ele próprio, por meio do trabalho que cria; e estas obras impressionam enormemente outras pessoas estranhas ao artista e que desconhecem, elas também, a origem da emoção que sentem. (FREUD, 1910).

Page 2: Psi - Emoção e Artes

A arte, segundo Freud, assim como a ciência e a religião, faz parte de um processo de substituição de alvos de desejo, na qual impulsos associados à libido e sexualidade são substituídos por impulsos ou instintos legitimados socialmente. A energia vital que nos impele para satisfação de nossa libido é assim transformada em energia que se volta para criação artística, científica e de narrativas e rituais religiosos que oferecem sentidos à nossa existência e a de nossos grupos de pertencimento.

As Emoções e as Artes

Page 3: Psi - Emoção e Artes

Ex: Na Pintura

Lágrimas de Sangue e A Angústia de Guayasamim.

As Emoções e as Artes

Os sentimentos do Palhaço de Luís Paredes

Frevo de Lula Cardoso

Jardim das delícias de Jerome Bosch

Page 4: Psi - Emoção e Artes

As Emoções e as ArtesEx: Na Literatura

VERSOS ÍNTIMOS

Vês! Ninguém assistiu ao formidávelEnterro de tua última quimera.Somente a Ingratidão – esta pantera – Foi tua companheira inseparável!

Acostuma-te à lama que te espera!O Homem, que, nesta terra miserável,Mora entre feras, sente inevitávelNecessidade de também ser fera.

Toma um fósforo. Acende teu cigarro!O beijo, amigo, é a véspera do escarro,A mão que afaga é a mesma que apedreja.

Se a alguém causa inda pena a tua chaga,Apedreja essa mão vil que te afaga,Escarra nessa boca que te beija!

Augusto dos Anjos

SONETO 116

Não tenha eu restrições ao casamento

De almas sinceras, pois não é amor

O amor que muda ao sabor do momento,

Ou se move e remove em desamor.

Oh, não, o amor é marca mais constante

Que enfrenta a tempestade e não balança,

É a estrela-guia dos barcos errantes,

Cujo valor lá no alto não se alcança.

O amor não é o bufão do Tempo, embora

Sua foice vá ceifando a face a fundo.

O amor não muda com o passar das horas,

Mas se sustenta até o final do mundo.

Se é engano meu, e assim provado for,

Nunca escrevi, ninguém jamais amou.

William Shakespeare

Page 5: Psi - Emoção e Artes

As Emoções e as ArtesEx: Na Escultura

Esculturas encontrada nos templo tântrico de Khajuraho

Angel of Grief de William Wetmore Story

Buda em bronze – Periodo Dali – séc XIII - China

Pazuzu – DEUS ME LIVRE SABER DE ONDE VEIO

Page 6: Psi - Emoção e Artes

As Emoções e as ArtesEx: No Cinema