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UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARA
CURSO DE ESPECIALIZAÇAO EM SAUDE DA FAMILIA
ADNARA BARRERA BURROWES
PROJETO DE INTERVENÇAO PARA A DIMINUIÇÃO DE INCIDÊNCIA
DE PARASITISMO INTESTINAL NA COMUNIDADE ACARPARÁ,
MUNICÍPIO DE BRAGANÇA, PARÁ
BRAGANÇA / PARA 2018
ADNARA BARRERA BURROWES
PROJETO DE INTERVENÇÃO PARA A DIMINUIÇÃO DE INCIDÊNCIA
DE PARASITISMO INTESTINAL NA COMUNIDADE ACARPARÁ,
MUNICÍPIO DE BRAGANÇA, PARÁ
Trabalho de Conclusão de Curso apresentado ao Curso de Especialização em Saúde da Família, Universidade Federal do Pará, para obtenção do Certificado de Especialista.
Orientadora: Profa. Msc. Suelen Trindade Corrêa
BRAGANÇA / PARA 2018
ADNARA BARRERA BURROWES
PROJETO DE INTERVENÇÃO PARA A DIMINUIÇÃO DE INCIDÊNCIA
DE PARASITISMO INTESTINAL NA COMUNIDADE ACARPARÁ,
MUNICÍPIO DE BRAGANÇA, PARÁ
Banca examinadora Professora Suelen Trindade Corrêa - Orientadora
Professora Bruna Melo Amador
Aprovado em Belém, Pará, em____ de ______________ de 2018.
AGRADECIMENTOS
Primeiramente a meus pais, pelo apoio incondicional,
vocês sempre serão minha maior fonte de inspiração, pois
são meu exemplo de força, coragem e perseverança.
Agradeço a minha orientadora Suelen Trindade Corrêa
pela dedicação e empenho prestado.
Agradeço a meu presidente Fidel Castro pelo exemplo de
internacionalismo e amor a minha profissão, afinal, não
estaria onde estou – Programa Mais Médicos – se não
fosse pelo senhor. É um sonho que se realiza. Descanse
em paz e “hasta” a vitória sempre.
A meus amigos Dennis Brasil e Abel Pojo pela amizade
desinteressada por acreditar em meu potencial e pelo
apoio nos momentos mais difíceis. Obrigada por estarem
sempre presentes.
À Secretaria de Saúde do município de Bragança pelo
apoio e colaboração.
A meus companheiros de trabalho na UBS Acarpara
muito obrigada pelo carinho, apoio, disponibilidade e
interesse na contribuição para a realização desse
trabalho.
A todos aqueles que de alguma maneira contribuíram
para que este trabalho fosse realizado: gratidão.
“O medico bom, tanto como o bom professor , deve ser
empático e bom comunicador.”
(Mario Bunge)
RESUMO
O parasitismo intestinal continua sendo um importante problema de saúde pública
em muitas áreas ao redor do mundo, especialmente em zonas rurais com menores
condições de educação sanitária, sendo esse problema associado à falta de
informação. Nesse sentido, esta intervenção vai ter como objetivo diminuir a
incidência de parasitismo intestinal na população da vila Acarpara, município de
Bragança, Estado do Pará. O trabalho se justifica pela alta incidência de parasitismo
na área, onde foi possível observar a presença de parasitoses intestinais que estão
relacionadas à deficiência de hábitos de higienização. Acredita-se que a redução
dos índices de parasitoses intestinais somente será alcançada com a melhoria das
condições de saneamento básico e da melhoria nos hábitos, especialmente os
higiênicos-sanitários.
Palavras-chave: Doença parasitária. Incidência. Educação em saúde. Bragança,
Pará.
ABSTRACT
Intestinal parasitism continues to be an important public health problem in many
areas around the world, especially in rural areas with lower health education, and this
problem is associated with a lack of information. The intervention was carried out with
the objective of reducing the incidence of intestinal parasitism in the population of
Acarpara, Bragança Municipality, and Para State. The work is justified by the high
incidence of parasitism. In the studied population it was possible to observe the
presence of intestinal parasitizes that is related to hygiene and orientation deficiency.
It is concluded that the reduction of the intestinal parasitizes index will only be
achieved with the improvement of basic sanitation conditions and the quality of life of
the population.
Key words: Parasitic diseases.Incidence. Health education. Bragança, Para
LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS
ABS - Atenção Básica à Saúde
APS - Atenção Primária à Saúde
ESF - Estratégia Saúde da Família
PI – Parasitismo Intestinal
MS - Ministerio da Saúde
PSF - Programa Saúde da Família
UBS - Unidade Básica de Saúde
SUMÁRIO 1. INTRODUÇÃO …………………………………………………………………………… 9
1.1 Aspectos Gerais do Município ................................................................................................. 9
1.2 Aspectos da Comunidade ........................................................................................................ 9
1.3- Sistema Municipal de Saúde. ............................................................................................... 10
1.4- Unidade Básica de Saúde Acarpara ................................................................................... 11
1.5- Equipe de Saúde da Família Acarpara da Unidade Básica de Saúde Acarpara ......... 11
1.7- Dia a dia da Equipe de Saúde da Família Acarpara ......................................................... 12
1.8- Estimativa rápida: problema do território ............................................................................ 13
1.9- Priorizações de Problema ..................................................................................................... 13
2. JUSTIFICATIVA ...................................................................................................... 14
3. OBJETIVOS............................................................................................................. 16
3.1- Objetivo Geral ......................................................................................................................... 16
3.2 Objetivos Específicos .............................................................................................................. 16
4. METODOLOGIA ...................................................................................................... 17
5. REVISAO DA LITERATURA ................................................................................... 18
6. PLANO DE INTERVENÇÃO .................................................................................... 20
6.1 Descrições do problema ......................................................................................................... 20
6.2 Explicações do problema........................................................................................................ 20
6.3-Selecionaram-se os ‘’nós críticos’’: ....................................................................................... 20
6.4 Desenhos das Operações ...................................................................................................... 21
7. CONSIDERAÇOES FINAIS ..................................................................................... 26
REFERÊNCIA
9
1. INTRODUÇÃO
1.1 Aspectos Gerais do Município
Bragança é um município do estado do Pará, inicialmente habitada pelos
índios Apotiangas da nação dos tupinambás, está localizada a margem esquerda do
rio Caeté, pelo qual é chamada Perola do Caeté. E uma das cidades, mas antigas
do Estado do Pará. A cidade foi fundada em 1613. Ao governador e capitão geral do
Grão-Pará Francisco Javier de Mendoça deve o município sua criação. O município
foi elevado à categoria de vila em 1753 com a denominação de Bragança, na
atualidade com 405 anos de fundada (IBGE 2018).
Pertencente à microrregião do nordeste paraense e mesorregião bragantina
estando a 210 km de Belém, Capital de Estado. Tem uma densidade demográfica de
54.13 hab./Km·. Tendo como município limítrofe Augusto Correia e Tracuateua,
com rodovia asfáltica e transporte terrestre (IBGE, 2018).
Sua população estimada em 2017 era de 124.184 habitantes. O prefeito
municipal é Raimundo Nonato de Oliveira e o secretario municipal de saúde é o Dr.
Mario Ribeiro da Silva Junior (IBGE, 2018).
A cidade teve um crescimento populacional importante nas duas últimas
décadas em função do êxodo rural ocorrido na região e da instalação de algumas
indústrias, é o maior polo pesqueiro do Estado do Pará, existente também uma
grande atividade na agricultura e pecuária. Na economia o município conta com um
PIB per capita de R$ 8066.83 (IBGE, 2018).
O clima e quente-úmido, a vegetação e variada, com mangue, campos
bragantino, dominado por rios e igarapés e com proximidade no mar, na Praia de
Ajuruteua, a 36 quilômetros da cidade (IBGE, 2018).
A cidade guarda na sua cultura características religiosas entre os eventos e
festas mais importantes estão Círio de Nazaré, Festividade de São Benedito,
Quadra Junina, entre outros, sendo a cultura bragantina um dos municípios mais
procurados pelos turistas (IBGE 2018).
1.2 Aspectos da Comunidade
Acarpara é uma comunidade localizada na zona rural de Braganca, a 12 km
da estrada principal da praia de Ajuruteua, com cerca de 4.740 habitantes. Tem uma
população empregada que vive basicamente do trabalho pesqueiro e trabalhos
10
agrícolas, porém, existe um grande número de desempregados, segundo
informações colhidas nas consultas, entrevistas, observação direta nas visitas
domiciliares e com a ajuda dos agentes comunitários de saúde.
A estrutura de saneamento básico na comunidade não é adequada. O
abastecimento de água nas residências se dá por meio de poço ou nascente na
propriedade, pois não existe um sistema de abastecimento geral. Em relação às
instalações sanitárias, não temos rede geral de esgoto na comunidade, onde
existem fossas séptica ou rudimentar, e esgoto a céu aberto, as chamadas “valas”,
que podem contaminar poços e áreas de agricultura.
Não existe uma coleta regular de lixo, sendo o lixo jogado em terreno baldio e
queimado, muita vezes, próximo às propriedades. Isso atrai roedores e vetores
transmissores de doenças. As casas são construídas de tijolo, madeira e barro.
A comunidade possui uma escola, um posto de saúde, duas igreja e
comércios pequenos. Além de uma fábrica de tijolo, onde trabalham moradores da
comunidade.
1.3 Sistema Municipal de Saúde
A Atenção Básica a Saúde (ABS) é a porta de entrada dos serviços de saúde
no município, onde desenvolve atividades na Estratégia Saúde da Família (ESF),
programa de agentes comunitários de saúde (ACS), núcleo de apoio à saúde da
família, saúde na escola, saúde bucal, saúde da mulher, saúde do idoso, saúde do
trabalhador, entre outros grupos que estão dentro da rede de atenção a saúde.
A cobertura da ESF atinge 68,35% e cobrem 100% da população
(BRAGANÇA, 2018). No município contamos com 41 equipes de Saúde da Família
(eSF), 25 Unidade Básica de Saúde (UBS), sendo 15 na zona rural e 10 na zona
urbana. A Saúde Bucal no município conta com 17 equipes implantadas. Contamos
com dois Núcleos de Apoio a Saúde da Família tipo 1, com equipe multiprofissional
composta por medico Ginecologista, Fonoaudiólogo, Psicólogo, Nutricionista e
Fisioterapeuta.
Conta com uma coordenação de vigilância sanitária, Vigilância
Epidemiológica e Endemias, Zoonoses, Fármaco Vigilância e Imunização.
A Central de Regulação do município tem acesso a ações e serviços de
saúde, regula consultas e exames, autoriza o Tratamento Fora do Domicilio e
cadastra do Cartão SUS.
11
A atenção Especializada está distribuída com um Centro de Reabilitação,
Centro de Testagem e Aconselhamento, Centro de Atenção Psicossocial e
Laboratório de Análises Clinicas, onde se realiza analise de bioquímica,
hematologia, imunohematologia, parasitologia e uro-analise.
Para as situações de urgência e emergência, o município conta com serviço
de atendimento móvel de urgência com duas bases descentralizadas, além de três
hospitais, onde um é filantrópico e dois são particulares, mas todos conveniados
com o SUS.
Existe uma Central de Abastecimento Farmacêutico e Sistema HORUS que
esta sendo implantado no município. A distribuição de medicamentos e insumos se
realiza mediante a elaboração de requisição de cada uma das ESF e as
necessidades da população mediante ao almoxarifado de medicamentos.
Bragança possui um núcleo regulador com uma equipe estruturada por
assistente social e administrativo que realizam o monitoramento e aprazamento
dentro e fora do município. Os municípios de referencia na media e alta
complexidade de acordo com a programação são Bragança, Capanema, Castanhal,
Marituba, Ananindeua e Belém.
1.4- Unidade Básica de Saúde Acarpara
A Unidade Básica de Saúde Acarpara, foi inaugurada no dia 1 de julho de
2013 e está situada na rua principal da comunidade do Acarpara.
Conta com uma sala de espera ou recepção, um salão de reunião, uma sala
de vacina, sala de coleta de PCCU, curativo, farmácia, consultório para medico e
enfermeiro e um consultório de odontologia, além de cozinha e banheiros para
pacientes e profissionais. Sua área é considerada adequada considerando a
demanda e a população atendida (4.740 pessoas), com bom aproveitamento do
espaço físico.
A unidade, atualmente, está bem equipada e conta com os recursos
adequados para o trabalho da equipe. Contamos com mesa ginecológica,
glicômetro, nebulizador, instrumental para curativos, efigmo-manometro, termômetro,
sonar para consulta de gravidas.
1.5- Equipe de Saúde da Família Acarpara da Unidade Básica de Saúde Acarpara
A Equipe é formada por 1 eSF e 1 equipe de Saúde Bucal, 6 ACS, 1 médica,
1 enfermeiro, 1 odontólogo, 1 técnica de enfermagem e 1 técnica de odontologia, 1
12
recepcionista e 2 vigias. Na unidade de Saúde se trabalha em equipe pensando
sempre na saúde e bem-estar da comunidade.
1.6 Funcionamentos da Unidade de Saúde da Equipe de Saúde da Família Acarpara
A Unidade de Saúde funciona de segunda a sexta-feira, de manhã e a tarde,
fornecendo atendimento necessário a pacientes com doenças crônicas, puericultura,
consultas a grávidas e puérperas, se realiza rastreamento do câncer de mama,
útero, próstata, vacinas e visitas domiciliares.
1.7 Dia a dia da Equipe de Saúde da Família Acarpara
O tempo da eSF está ocupado com as atividades de atendimento da
demanda espontânea e doenças crônicas, além do atendimento de alguns
programas, como: saúde bucal, pré-natal, puericultura, controle de câncer de mama
e de útero, atendimento a hipertensos e diabéticos.
A equipe esta tentando desenvolver outras ações de saúde, como por
exemplo, grupos de hipertensos e diabéticos, grupos de adolescentes e grávidas.
Ainda não se consegue muita participação, pois há uma distância existente entre a
UBS e as casas, o que impossibilita a mobilização dos pacientes, que às vezes,
chegam caminhando ou em bicicletas. A equipe está trabalhando para aumentar à
participação oferecendo café da manha para os pacientes que chegam cedo,
mobilizando as comunidades mais distantes e realizando palestras com temas de
interesse para a comunidade.
A relação entre os profissionais da equipe é boa, existindo comunicação entre
todos os profissionais, onde compartilhamos informações sobre os pacientes, cada
um sabe e respeita suas funções, se realiza uma reunião mensal onde cada um dos
profissionais expressa sua opinião, respeitando o trabalho realizado e tentamos
melhorar em todos os aspectos o trabalho.
Realizam-se visitas domiciliares em conjunto com médico, enfermeiro e
dentista para pacientes que apresentam dificuldade para locomoção ou àqueles
onde são indicados pelos ACS, já que são os profissionais que estão mais tempo
estão na comunidade e conhecem as necessidades e condições dos usuários.
13
1.8- Estimativa rápida: problema do território
Entre os principais problemas do território está o alto índice de parasitismo
que se deve, maiormente, pelo consumo de carne ou peixe mal passado, o hábito de
andar descalços, o que pode facilitar o contato com fezes contaminadas por cistos
de parasitas, é presente a má condição de higiene na preparação dos alimentos,
com consumo de verduras cruas e frutas mal lavadas, falta de higiene na lavagem
das mãos, além da ingestão de água não tratada. Pontuamos também a deficiente
coleta de lixo, o qual é jogado em terrenos baldios atraindo roedores e vetores,
aumentando a possibilidade de contrair doenças transmissíveis.
1.9- Priorizações de Problema
Diante de um cenário de muitas necessidades, percebemos que o problema
de maior relevância em nossa UBS, envolve uma alta incidência de parasitismo
intestinal, como se observa no quadro 01, abaixo.
Quadro 01 Classificação de prioridade para os problemas identificados no diagnóstico da comunidade, Unidade Básica de Saúde Acarpara, município de
Bragança, estado do Pará. Principais Problemas Importância Urgência Capacidade de
enfrentamento Seleção
alta incidência de parasitismo intestinal
Alta 7 Parcial 1
Consumo de água não tratada Alta 7 Parcial 2
Inadequados hábitos na preparação e manipulação dos alimentos
Alta 5 Parcial 3
Acumulo de lixo em terreno baldio
Alta 5 Parcial 4
Falta de esgoto Alta 7 Fora do alcance 5
Fonte: Elaborado pela autora.
14
8. JUSTIFICATIVA
Este estudo justifica-se pela alta incidência de parasitose intestinal que
envolve a população da área da UBS Acarpara. O mesmo foi motivado, dada à
situação socioeconômica de várias famílias e os seus inadequados hábitos
higiênico-sanitários, que contribuem para o aumento da doença analisada.
A prevenção de parasitismo, através de ações educativas para melhorar o
conhecimento da população torna-se um importante instrumento de promoção de
saúde (CAMPOS, 2002). No Brasil, os parasitos intestinais podem ser considerados
como um problema de saúde pública, a presença do endoparasito está
significativamente associada às precárias condições socioeconômicas e ambientais,
e a região Amazônica possui o ambiente em que os índices de parasitismo podem
alcançar até 95%, refletindo as condições de vida da população (HURTADO-
GUERRERO, 2005).
Vários inquéritos epidemiológicos têm sido realizados para estimar a
incidência e a prevalência do parasitismo no Brasil. A região Norte desponta com os
maiores índices, sendo que Belém, Pará, apresenta a maior incidência para E.
Histolytica com 29,5% da população residente na região metropolitana infectada
(SILVA et. al., 2005).
No município de Bragança os dados coletados no sistema de agravos, a
incidência de mortalidade por doenças infeciosas e parasitarias por ocorrência é de
550, sendo mais frequente na idade de 1 a 4 anos de idade (BRAGANÇA, 2018).
Na comunidade de Acarpara se realizou um levantamento nos prontuários de
54 usuários que realizaram exame parasitológico, onde 96,6 % foi positivo para
infestação por parasitas. Esses resultados revelaram que a maior incidência de
parasitose intestinal foi observada em crianças e jovens (72,3%). Observou-se que
houve frequência elevada para os protozoários Entamoeba Histolytica com 53,5% e
Giardíases intestinais com 43,1%. E para os helmintos Ascaris Lumbricoides foram
51.4% e Trichuris Trichiuria 45.2%.
É comum a falta de saneamento básico, refletindo na ausência de água
tratada e esgoto adequado, além da precariedade das habitações para boa parte da
população. Especificamente sobre as parasitoses, estas têm importância pela
frequência com que produzem deficiências orgânicas, comprometendo o
desenvolvimento de crianças e a capacidade de trabalho dos adultos (NEVES,
2003).
15
A população da área não dispõe de uma dieta saudável, não tem habito de
higienização das frutas e legumes adequadamente para sua ingestão, não tem os
princípios de higiene pessoal e de cuidados na preparação dos alimentos o que
traem consigo a infestação de diversos parasitismos intestinais.
Além disso, o consumo da agua pela população da vila em estudo não e
adequado, pois se observou que cerca de 80% disseram consumir agua não tratada,
e presentou-se muitos casos de Amebíase e Giardíase.
Diante de um cenário de muitas necessidades, percebemos que o problema
de maior relevância em nosso meio envolve uma alta incidência de parasitismo
intestinal. Essa situação é evitável, e se dá por medidas higiênicas- sanitária essa e
nossa motivação para a elaboração de um plano de ação para diminuir essa
situação.
16
3. OBJETIVOS
3.1-Objetivo Geral
Elaborar um projeto de intervenção que possa diminuir a incidência de
parasitoses em indivíduos assistidos pela equipe de Saúde Acarpara no Município
de Bragança, Pará.
3.2- Objetivos Específicos
• Problematizar com profissionais de saúde, e com a população assistida, a
importância da prevenção das parasitoses e seus principais meios de
transmissão;
• Realizar ações de promoção de saúde com palestras e encontros sobre a
importância da melhoria nos hábitos de higiene das famílias.
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4. METODOLOGIA
A intervenção envolveu os indivíduos assistidos pela equipe da Estratégia de
Saúde da Família Acarpara, localizada no município de Bragança, no Pará.
Para a coleta de dados foram utilizadas informações disponíveis na Secretaria
Municipal de Saúde (relatórios de gestão), informações obtidas com os integrantes
da Equipe de Saúde da Família, dados recolhidos em consulta com pacientes,
prontuários médicos e disponibilização de textos disponíveis na Biblioteca Virtual do
Programa Ágora (Núcleo de Educação em Saúde Coletiva, NESCON).
Foram, ainda, consultados os bancos de dados da Vigilância Epidemiológica,
com levantamento bibliográfico feito com base nos descritores em Atenção Básica
em Saúde, Estratégia de Saúde da Família e Saúde da Família e foi preciso elaborar
um plano de intervenção, utilizando o método preconizado pelo Planejamento
Estratégico Situacional, conforme Campos et. al. (2010).
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5. REVISAO DA LITERATURA
Segundo Neves (2011), o parasitismo consiste em uma associação entre os
seres vivos, onde há unilateralidade de benefícios. O parasita como agente
agressor, se beneficia utilizando o hospedeiro como abrigo e fonte alimentar,
podendo causar prejuízos.
Historicamente, esse tipo de associação ocorre a milhares de anos. Estudos
realizados com fezes ressecadas e outros materiais orgânicos, nas Américas,
identificam a presença de Ancilostomideos, Ascaris Lumbricoides, Trichuris
Trichiuria, Enterobius Vermiculares, Entamoeba spp., Giárdia Lambia (DAMAZIO,
2004).
Nessa região do país pode ocorrer com grande intensidade e diversidade,
pois o clima quente e húmido favorece o ciclo de vida parasitária e, além disso, a
disseminação dos parasitas é facilitada devido a ausência ou a precariedade de
saneamento básico, baixo nível socioeconômico e consumo de agua não tratada
(BIASI et al., 2010).
No Brasil, as enteroparasitoses estão distribuídas de forma amplia em
diversas regiões do país. Elas podem ser encontradas tanto nas zonas rurais como
em zona urbanas, atingindo indivíduos de todas as idades, mas com o predomínio
em crianças em idade escolar (SILVA et al., 2011).
Em países em desenvolvimento, a infecção por Giárdia Lambia é a causa
mais comum de diarreia em crianças, sendo mais frequentemente encontrada em
regiões de clima temperado com prevalência de 4% a 30%. No estudo de Lodo, o
protozoário Giárdia lambia foi responsável por 14,90% do índice de infecção. No
atual estudo a prevalência de Giárdia Lambia foi de 22,73%, apresentando uma
maior prevalência em relação aos outros estudos, o que indica necessidade de
medidas de cuidado com água que é ingerida e utilizada com os alimentos, uma vez
que é a principal via de transmissão. A Entamoeba Coli e a Entamoeba Histolytica,
podem servir como bons indicadores das condições sócias sanitárias e da
contaminação fecal a que os indivíduos estão expostos. Sendo que no presente
estudo o resultado de Entamoeba histolytica (15,91%) foi menor quando comparado
com outros estudos (21,5%) (PEREIRA, SANTOS et. al., 2004).
A água é o principal veículo de disseminação da parasitose, seja ela
teoricamente potável ou de recreação, podendo, também, ocorrer a transmissão por
alimentos contaminados (CARVALHO, 2009).
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A forma de contaminação humana mais comum é via oral-fecal, sendo
transmitida através de água e alimentos contaminados com ovos de parasitas. Em
alguns casos, como a infecção por ancilostomideos, a via de entrada do parasita é a
própria pele, através de penetração direta (LUDWIG et. al., 2009).
Isso reforça a importância da conscientização da população sobre higiene,
prevenção das parasitoses e educação sanitária. Essas atividades auxiliam a
população a evitar doenças de impacto social, como as parasitoses intestinais
(BARBOSA et al., 2009).
As infecções parasitárias intestinais representam um problema de saúde
pública mundial de difícil solução e contribuem para problemas econômicos, sociais
e médicos. No Brasil, elas também ainda constituem um sério problema,
apresentando maior prevalência em populações de nível socioeconômico mais baixo
e condições precárias de saneamento básico, resultando em altos índices de
morbidade e mortalidade, frequentemente produzem déficit orgânico, sendo um dos
principais fatores debilitantes da população, e associando-se frequentemente a
quadros de diarreia crônica e desnutrição, comprometendo, como consequência, o
desenvolvimento físico e intelectual, particularmente das faixas etárias mais jovens
da população (LUDWIG et. al., 2009).
20
6. PLANO DE INTERVENÇÃO
Esta proposta se refere ao problema priorizado de parasitismo intestinal para
o qual se registra uma explicação do problema selecionado e a seleção de seus “nós
críticos” de acordo com a metodologia do Planejamento Estratégico Simplificado
(CAMPOS; FARIA; SANTOS, 2017). A finalidade da equipe de saúde é diminuir a
incidência de parasitoses intestinais na população da área de abrangência da UBS
Acarpara.
A equipe identificou os “nós críticos” depois de selecionar o problema
priorizado para posteriormente fazer um plano de ação para alcançar mudanças e
melhorar o estado de saúde da população.
6.1 Descrições do problema
No estudo realizado na comunidade de Acarpara, podemos disser que o total
da população é de 4740 pessoas. Temos um índice elevado de parasitose
relacionado com consumo de agua não tratada, inadequados hábitos alimentícios, e
inadequada recolhida de lixo.
Determinando-se a existência de alta incidência de parasitismo na área, a
equipe se se reuniu para estabelecer as medidas necessárias para sua diminuição.
6.2 Explicações do problema
E importante neste problema, entender qual e sua origem, quais são as
causas que o originam, para enfrenta-lo, já que pode haver muitos fatores que
influenciam.
Entre as principais causas estão:
• Baixo nível cultural- educacional;
• População residente em zona rural, com as fossas sépticas próximas a rios e
abastecimento de agua;
• Contaminação por alimentos sujos ou mal preparados;
• Contaminação pessoa a pessoa.
6.3 Seleção dos ‘’nós críticos’’
A equipe selecionou como “nos críticos” as causas sobre o qual a equipe
pode agir mais direita e que pode ter impacto, para melhoria do problema prioridade.
Estes são nos critérios selecionados:
21
• Deficientes hábitos de higiene pessoal.
• Inadequada preparação dos alimentos.
• Consumo de água não tratada.
• Déficit na recolhida de lixo.
6.4 Desenhos das Operações
Como nosso principal problema é o alto índice de incidência de parasitismo,
se identificaram as causas mais importantes e com mais relevância, pelo qual
necessitamos de soluções e estratégias para o enfrentamento do problema,
iniciando a elaboração do plano de ação.
As ações relativas a cada um dos “nos críticos” estão organizadas nos
quadros 02, 03, 04 e 05, abaixo:
Quadro 02. Operações sobre o “nó crítico 1” relacionado ao problema “alta incidência de parasitismo intestinal”, na população sob responsabilidade da Equipe de Saúde da Família Arcapará, do município de Bragança, Pará. 2018.
Nó crítico 1 Deficientes hábitos de higiene pessoal.
Operação Educar a população sobre a importância de hábitos simples como tomar banho, não evitar andar descalço, lavar as mãos, na prevenção de doenças parasitaria. Estimular a escovação dos dentes
Projeto Ter uma higiene pessoal correta faz diferença na saúde.
Resultado Melhorar um 40 % a higiene pessoal Melhorar qualidade de vida. Melhores hábitos e estilos de vida
Produtos Palestras nos postos de saúde e micro áreas. Palestras sobre importância do lavado das mãos. - Palestras sobre higiene bucal.
Recursos Necessários Cognitivo: Informações sobre o tema, divulgação. Financeiro: necessidade de recursos audiovisuais, folhetos educativos. Politico: articulação Inter- setorial
Recursos críticos Cognitivo: Informações sobre o tema, divulgação. Financeiro: necessidade de recursos audiovisuais, folhetos educativos. Politico: articulação Inter setorial
Controle dos recursos Equipe de saúde Setor de comunicação social Secretaria de saúde
Ações Apresentar o projeto
22
Prazo Janeiro\junho 2018
Responsável Equipe de saúde, Núcleo de atenção na saúde da família.
Processo de monitoramento e avaliação das ações.
Reuniões mensais com a equipe para avaliar o andamento da ação.
Fonte: Própria autora.
23
Quadro 03. Operações sobre o “nó crítico 2” relacionado ao problema “alta incidência de parasitismo intestinal”, na população sob responsabilidade da Equipe de Saúde da Família Arcapará, do município de Bragança, Pará. 2018.
Nó crítico 2 Inadequada preparação dos alimentos
Operação Aumentar o nível de informação da população sobre importância da higienização dos alimentos.
Projeto Aumentando conhecimento.
Resultado Lograr que um 80% que se evite a contaminação dos alimentos. Lavado das frutas e verduras antes de ser consumidas.
Produtos Palestras a grupos de riscos no posto de saúde e atividades de conhecimento. Campanhas educativas sobre o tema. Panfletos sobre alimentação saudável.
Recursos Necessários Cognitivo: Informações sobre o tema, divulgação. Financeiro: necessidade de recursos audiovisuais, folhetos educativos. Politico: articulação Inter setorial. Organizativa: Organizar agendas de médicos, enfermagem e ACS.
Recursos Críticos Cognitivo: Informações sobre o tema, divulgação. Financeiro: necessidade de recursos audiovisuais, folhetos educativos. Politico: articulação Inter setorial. Organizativa: Organizar agendas de médicos, enfermagem e ACS.
Controle dos recursos Equipe de saúde Setor de comunicação social Secretaria de saúde Nutricionista
Ações Apresentar o projeto
Prazo Janeiro\junho 2018
Responsável Medica Adnara Equipe de saúde
Processo de monitoramento e avaliação das ações
Reuniões mensais com a equipe para avaliar o andamento da ação
Fonte: própria autora.
24
Quadro 04. Operações sobre o “nó crítico 3” relacionado ao problema “alta incidência de parasitismo intestinal”, na população sob responsabilidade da Equipe de Saúde da Família Arcapará, do município de Bragança, Pará. 2018.
Nó crítico 3 Déficit na recolhida de lixo.
Operação Melhorar as condições ambientais Promover a importância do saneamento na comunidade. Limpeza das ruas Aumentar o controle de pragas e agentes patógenos na comunidade.
Projeto Higiene e saúde
Resultado Melhorar um 60 % a salubridade ambiental Diminuir os terrenos baldios com lixo.
Produtos Palestras nos postos de saúde e micro áreas. Palestras sobre saneamento básico..- Programar recolhida de lixo.
Recursos Necessários Cognitivo: Informações sobre o tema, divulgação. Financeiro: necessidade de recursos audiovisuais, folhetos educativos. Politico: articulação Inter setorial. Organizativa: Organizar agendas de médicos, enfermagem e ACS.
Recursos críticos Cognitivo: Informações sobre o tema, divulgação. Financeiro: necessidade de recursos audiovisuais, folhetos educativos. Politico: articulação Inter- setorial. Organizativa: Organizar agendas de médicos, enfermagem e ACS.
Controle dos recursos Equipe de saúde Setor de comunicação social Secretaria de saúde Vigilância Epidemiológica
Ações Apresentar o projeto
Prazo Janeiro\ junho 2018
Responsável Medica Adnara Equipe de saúde
Processo de monitoramento e avaliação das ações
Reuniões mensais com a equipe para avaliar o andamento da ação
Fonte: própria autora.
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Quadro 05. Operações sobre o “nó crítico 4” relacionado ao problema “alta incidência de parasitismo intestinal”, na população sob responsabilidade da Equipe de Saúde da Família Arcapará, do município de Bragança, Pará. 2018.
Nó crítico 4 Consumo de agua não tratada.
Operação Aumentar abastecimento de agua potável Promover a importância de ferver a agua de consumo. Promover o uso de hipoclorito de sódio 2% na agua antes de beber.
Projeto Consumo consciente de agua.
Resultado Lograr identificar 80% de pacientes com maior risco de consumo de agua contaminada. Diminuir a incidência de parasitismo por consumo de agua não tratada. Realizar exame de fezes a pacientes de risco. Lograr que os pacientes fervam a agua de consumo
Produtos Garantir uma melhor identificação por ACS e equipe em geral dos pacientes com fatores de riscos de Parasitismo Intestinal. Visitar em um 95% Aumentar as frequências das atividades com os grupos. Elevar a preparação profissional da equipe.
Recursos Necessários Cognitivo: Informações sobre o tema, divulgação. Financeiro: necessidade de recursos audiovisuais, folhetos educativos. Organizativa: Organizar agendas de ACS, médicos e enfermagem
Recursos críticos Cognitivo: Informações sobre o tema, divulgação. Financeiro: necessidade de recursos audiovisuais, folhetos educativos. Organizativa: Organizar agendas de ACS, médicos e enfermagem
Controle dos recursos Equipe de saúde Setor de comunicação social Secretaria de saúde
Ações Apresentar projeto
Prazo Janeiro/junho 2018
Responsável Medica Adnara Equipe de saúde Núcleo de atenção da família
Processo de monitoramento e avaliação das ações.
Reuniões mensais com a equipe para avaliar o andamento da ação
Fonte: própria autora.
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7 CONSIDERAÇOES FINAIS
Com a realização deste estudo podemos chegar à conclusão que as famílias
da área de realização deste trabalho têm o costume de consumir água sem ferver ou
filtrar, frutas sem lavar, baixo nível de higiene pessoal e sanitária e pouco
conhecimento sobre a transmissão das doenças parasitarias.
Portanto, fazem-se necessárias a promoção de atividades de saúde para
incentivar a boas práticas sanitárias. A saúde é fortemente influenciada pelo
contexto social e pelas condições em que as pessoas vivem. Muitos problemas de
saúde podem ser resolvidos ou minimizados com ações coletivas e individuais, que
levem a alterações ambiental e social das condições que predispõem a manter a
doença.
O grande desafio é reconhecer as situações nas quais uma intervenção se faz
necessária e justificada por informações confiáveis, coletadas na própria
comunidade e que se tornam indispensáveis para um planejamento seguro a médio
e longo prazo.
O investimento na área de promoção de hábitos saudáveis, estilo de vida
comprometido com o autocuidado, mais acesso a educação e maios cuidado com o
meio ambiente tornam-se imprescindíveis, pois a cada dia aumentam-se os gastos
no setor saúde. As parasitoses intestinais são um destes problemas básicos que
precisam ser priorizados e que exigem mudanças positivas de saúde
prioritariamente com a promoção de saúde.
Neste sentido considero que as ações educativas podem ser uma das formas
de se trabalhar a promoção de hábitos de vida saudáveis e a prevenção de
parasitoses intestinais. Por sua vez, as ações educativas devem ser bem planejadas
e realizadas juntamente com outros segmentos da sociedade e com o envolvimento
de vários profissionais visando promoção da saúde dos indivíduos.
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REFERÊNCIAS
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