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VERIFICAÇÃO DO CUSTO-BENEFÍCIO DO SISTEMA DRYWALL
SEGUNDO A ABNT NBR 15575:2013
LUCIANO LAI
Projeto de Graduação apresentado ao Curso de
Engenharia Civil da Escola Politécnica, Universidade
Federal do Rio de Janeiro, como parte dos requisitos
necessários à obtenção do título de Engenheiro.
Orientador:
Eduardo Linhares Qualharini
Rio de Janeiro
Setembro de 2016
VERIFICAÇÃO DO CUSTO-BENEFÍCIO DO SISTEMA DRYWALL
SEGUNDO A ABNT NBR 15575:2013
LUCIANO LAI
PROJETO DE GRADUAÇÃO SUBMETIDO AO CORPO DOCENTE DO
CURSO DE ENGENHARIA CIVIL DA ESCOLA POLITÉCNICA DA
UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE JANEIRO COMO PARTE DOS
REQUISITOS NECESSÁRIOS PARA A OBTENÇÃO DO GRAU DE ENGENHEIRO
CIVIL.
Examinado por:
__________________________________________________
Prof. Eduardo Linhares Qualharini (orientador)
__________________________________________________
Prof. Leandro Torres di Gregório – DS.c
__________________________________________________
Prof. Luiz Antônio Greno Barbosa – MS.c
RIO DE JANEIRO, RJ – BRASIL
Setembro de 2016
i
Lai, Luciano.
Verificação do custo-benefício do sistema Drywall segundo a
norma ABNT NBR 15575:2013 / Luciano Lai – Rio de Janeiro: UFRJ/
Escola Politécnica, 2016.
xiii, 78 p.: il.; 29,7cm.
Orientador: Eduardo Linhares Qualharini
Projeto de Graduação – UFRJ/ Escola Politécnica/ Curso de
Engenharia Civil, 2016
Referência Bibliográfica: p. 73-78.
1. Introdução 2. Contextualização do tema 3. Avaliação do
Sistema de Vedações Verticais Internas em Drywall pela ABNT NBR
15575-4_2013 – Edificações habitacionais – Desempenho – Parte 4:
Sistemas de Vedações Verticais Internas e Externas - SVVIE 4.
Comparação entre o sistema Drywall e alvenaria cerâmica 5.
Considerações Finais
I. Eduardo Linhares Qualharini. II. Universidade Federal do Rio de
Janeiro, Escola Politécnica. Curso de Engenharia Civil. III. Verificação
do Custo-Benefício do Sistema Drywall segundo a Norma ABNT NBR
15575:2013.
ii
Resumo do Projeto de Graduação apresentado à Escola Politécnica/ UFRJ como
parte dos requisitos necessários para a obtenção do grau de Engenheiro Civil.
VERIFICAÇÃO DO CUSTO-BENEFÍCIO DO SISTEMA DRYWALL
SEGUNDO A NORMA ABNT NBR 15575_2013
Luciano Lai
Setembro/2016
Orientador: Eduardo Linhares Qualharini
Curso: Engenharia Civil
Há uma cultura no Brasil de que o sistema de paredes em ‘Drywall’ não atende às
necessidades usuais e, portanto, há uma grande resistência na aceitação do sistema no
mercado residencial. Este trabalho visa indicar que o sistema ‘Drywall’, além de atender
a norma ABNT NBR 15575_2013 – Parte 4: Sistemas de vedações verticais internas e
externas, apresenta-se como uma tecnologia de ótimo custo-benefício quando comparado
à Alvenaria tradicional, o sistema de paredes dominante no mercado brasileiro.
Palavras-chave: Drywall, ABNT NBR 15575, Norma de desempenho, Alvenaria.
iii
Abstract of Undergraduate Project presented to POLI/UFRJ as a partial fulfillment
of the requirements for the degree of Engineer.
DRYWALL WALL SYSTEM COST BENEFIT VERIFICATION THROUGH
ABNT NBR 15575:2013
Luciano Lai
September/2016
Advisor: Eduardo Linhares Qualharini
Course: Civil Engineering
In Brazil, there is a general culture implying that the Drywall wall system does not
attend the usual requirements and, for this reason, there is a great resistance to adopt this
system in the residential market. This work aims to indicate that Drywall wall system,
besides attending the norm ABNT NBR 15575_2013 – Parte 4: Sistemas de vedações
verticais internas e externas, also presents itself as a great cost benefit technology when
compared with the traditional masonry technology, the dominating wall system in
Brazilian market.
Keywords: Drywall, ABNT NBR 15575, Building performance norm, Masonry.
iv
Agradecimentos
Quero agradecer, em primeiro lugar, a Deus, Autor e Consumador da minha fé, pois
todas as coisas vêm dEle, são por Ele e são para Ele.
Gostaria de agradecer à minha família que sempre me apoiou, principalmente a
minha mãe, dedico essa vitória a ela.
Agradeço à minha igreja, Igreja Cristã Vida em Abundância, que colocou a
realização deste trabalho em suas orações, que me incentivou bastante, principalmente o
casal de amigos Alex e Luiza Chang que me ajudaram bastante na realização deste
trabalho.
Sou grato pela oportunidade de ter feito a graduação na UFRJ, excelência em tudo,
também pela oportunidade de conhecer ótimos colegas e professores, sendo muitos destes
as minhas referências de aplicação prática de conhecimento técnico; agradeço
principalmente ao meu orientador Professor Eduardo Qualharini.
v
Sumário
1. INTRODUÇÃO
1.1. Considerações Iniciais ........................................................................................... 1
1.2. Objetivo ................................................................................................................. 1
1.3. Metodologia ........................................................................................................... 2
1.4. Estrutura do Trabalho ............................................................................................ 2
2. CONTEXTUALIZAÇÃO DO TEMA
2.1. Economia ............................................................................................................... 3
2.2. ABNT NBR 15575-4_2013 – Edificações Habitacionais – Desempenho ............ 4
2.2.1. Histórico ............................................................................................................. 4
2.2.2. ABNT NBR 15575-4_2013 – Edificações Habitacionais – Desempenho – Parte
4: Sistemas de vedações verticais internas e externas – SVVIE ...................................... 5
2.3. Alvenaria ............................................................................................................... 7
2.3.1. Contextualização ................................................................................................ 7
2.3.2. Alvenaria no Brasil ............................................................................................ 8
2.3.3. Ficha técnica .................................................................................................... 10
2.3.4. Execução .......................................................................................................... 13
2.3.4.1. Marcação ...................................................................................................... 13
2.3.4.2. Fiada de marcação (1ͣ fiada) ........................................................................ 14
2.3.4.3. Elevação das alvenarias ................................................................................ 15
2.3.4.4. Ligações entre paredes ................................................................................. 16
vi
2.3.4.5. Fixações (‘Encunhamentos’) ........................................................................ 17
2.4. Drywall ................................................................................................................ 18
2.4.1. Ficha Técnica ................................................................................................... 18
2.4.2. Nomenclaturas do Sistema de Vedação Vertical Interna em Drywall ............. 22
2.4.3. Instalação do Sistema Drywall ........................................................................ 22
2.4.4. Sistemas de instalações embutidas................................................................... 27
3. AVALIAÇÃO DO SISTEMA DE VEDAÇÕES VERTICAIS INTERNAS EM
DRYWALL
3.1. Desempenho estrutural ........................................................................................ 29
3.1.1. Requisito – Solicitações de cargas provenientes de peças suspensas atuantes nos
sistemas de vedações internas e externas ....................................................................... 29
3.1.2. Requisito – Impacto de corpo-mole nos sistemas de vedações verticais internas
e externas, com ou sem função estrutural ....................................................................... 39
3.1.3. Requisito – Ações transmitidas por portas ...................................................... 42
3.1.4. Requisito – Impacto de corpo duro incidente nos SVVIE, com ou sem função
estrutural ......................................................................................................................... 44
3.2. Segurança contra incêndio ................................................................................... 46
3.2.1. Generalidades ................................................................................................... 46
3.2.2. Requisito – Dificultar a ocorrência da inflamação generalizada ..................... 47
3.2.3. Requisito – Dificultar a propagação do incêndio e preservar a estabilidade
estrutural da edificação ................................................................................................... 51
3.3. Uso e operação .................................................................................................... 54
vii
3.3.1. Generalidades ................................................................................................... 54
3.3.2. Requisito – Segurança na utilização do imóvel ............................................... 54
3.3.3. Segurança das instalações ................................................................................ 55
3.4. Estanqueidade ...................................................................................................... 55
3.5. Desempenho acústico .......................................................................................... 57
3.5.1. Generalidades ................................................................................................... 57
3.5.2. Métodos disponíveis para a verificação ........................................................... 57
3.5.3. Requisito – Níveis de ruídos admitidos na habitação ...................................... 58
3.6. Durabilidade e manutenibilidade ......................................................................... 60
3.6.1. Requisito – Vida útil de projeto dos sistemas de vedações verticais internas e
externas ......................................................................................................................... 60
3.6.2. Requisito – Manutenibilidade dos sistemas de vedações verticais internas e
externas ......................................................................................................................... 60
3.7. Saúde ................................................................................................................... 61
3.8. Conforto Antropodinâmico ................................................................................. 61
3.9. Adequação ambiental .......................................................................................... 61
4. COMPARAÇÃO ENTRE O SISTEMA DRYWALL E A ALVENARIA
CERÂMICA
4.1. Vantagens ............................................................................................................ 62
4.2. Desvantagens ....................................................................................................... 64
4.3. Vantagens em relação à NBR 15575-4_2013 ..................................................... 64
4.4. Entrevista ............................................................................................................. 66
viii
4.5. Exemplo de caso .................................................................................................. 68
5. CONSIDERAÇÕES FINAIS
5.1. Críticas ................................................................................................................. 70
5.2. Sugestões para trabalhos futuros ......................................................................... 71
REFERÊNCIAS
Referências Bibliográficas .............................................................................................. 72
Referências Normativas .................................................................................................. 73
Indicações Eletrônicas .................................................................................................... 75
ix
Índice de figuras
Figura 1 – Pirâmides de Gizé, Coliseu de Roma e Muralha da China ............................. 8
Figura 2 – Elemento Taipa de Pilão e Sistema Construtivo Pau a Pique. ........................ 9
Figura 3 – Elemento Adobe .............................................................................................. 9
Figura 4 – Tijolo/Bloco Cerâmico .................................................................................. 10
Figura 5 – Representação dos blocos cerâmicos ............................................................ 10
Figura 6 – Marcação das paredes pelos eixos de referência ........................................... 14
Figura 7 – Equipamentos auxiliares na execução das paredes ....................................... 14
Figura 8 – Encabeçamento dos blocos, pressão no assentamento, controle do prumo das
paredes e do nível das fiadas .......................................................................................... 15
Figura 9 – Etapas de concretagem da estrutura, marcação e elevação da alvenaria ....... 16
Figura 10 – Amarração nos encontros entre paredes ...................................................... 17
Figura 11 – Fixação de parede com o emprego de argamassa ....................................... 17
Figura 12 – Sequência de fixações das alvenarias de vedação ....................................... 18
Figura 13 – Sistemas Construtivos em Drywall com Chapas de Gesso ......................... 19
Figura 14 – Componentes dos Sistemas Construtivos em Drywall................................ 19
Figura 15 - Nomenclaturas de SVVI em Drywall .......................................................... 22
Figura 16 - Cortes de SVVI em Drywall ........................................................................ 22
Figura 17 – Marcação e instalação das guias ................................................................. 23
Figura 18 – Fixação dos montantes ................................................................................ 23
Figura 19 – Fixação das chapas de gesso nos perfis de aço ........................................... 24
Figura 20 – Amarração alternada das chapas de gesso .................................................. 24
Figura 21 – Preenchimento de lã de vidro entre os montantes ....................................... 25
x
Figura 22 – Finalização da fixação das chapas de gesso nos perfis de aço .................... 25
Figura 23 – Tratamento de emendas das chapas de gesso .............................................. 26
Figura 24 – Tratamento da parede para receber o acabamento ...................................... 26
Figura 25 – Sistema de parede Drywall em associação a outro sistema de parede ........ 27
Figura 26 – Interação entre os sistemas de instalações embutidos e o sistema Drywall 27
Figura 27 – Fixação de objetos no Sistema Drywall ...................................................... 31
Figura 28 – Tipos de bucha ............................................................................................ 31
Figura 29 – Mão francesa e objetos utilizados ............................................................... 32
Figura 30 – Objetos utilizados ........................................................................................ 32
Figura 31 – Reforços comercias internos ....................................................................... 33
Figura 32 – Configuração dos reforços internos aparafusados entre os montantes ........ 33
Figura 33 – Carregamento pontual ................................................................................. 34
Figura 34 – Carregamento composto.............................................................................. 34
Figura 35 – Reforço entre os montantes para instalação de pia ..................................... 35
Figura 36 – Configuração de SVVI em Drywall ............................................................ 36
Figura 37 – Simulação de mão francesa e objetos específicos ....................................... 38
Figura 38 – Sacos utilizados para a avaliação da parede ................................................ 40
Figura 39 – Movimento pendular do saco em direção à parede ..................................... 40
Figura 40 – Regiões de aplicação de impacto ................................................................ 41
Figura 41 – Configuração da parede em Drywall........................................................... 41
Figura 42 – Dispositivo utilizado para a verificação dos deslocamentos horizontais da
parede ............................................................................................................................. 41
Figura 43 – Dispositivo usado no ensaio de operação de fechamento brusco da porta . 43
Figura 44 – Movimento pendular do ensaio de corpo mole sobre a porta ..................... 43
Figura 45 – Configuração da parede em Drywall........................................................... 43
xi
Figura 46 – Esferas metálicas de 0,5kg (esquerda) e 1,0kg (direita) .............................. 45
Figura 47 – Movimento pendular da esfera em direção à parede ................................... 45
Figura 48 – Configuração da parede em Drywall........................................................... 46
Figura 49 – Esquema ilustrativo do ensaio de reação ao fogo pelo método EN13823:2010
........................................................................................................................................ 49
Figura 50 – Configuração da parede em Drywall, com a presença de ora RCP 18mm, ora
LV 50mm em seu interior como miolo de parede .......................................................... 49
Figura 51 – Corpos de prova utilizados nos ensaios ...................................................... 50
Figura 52 – Ensaio SBI do corpo de prova ..................................................................... 50
Figura 53 – Forno de ensaio do laboratório do IPT composto de cinco queimadores a gás
natural (esquerda: visão interna do forno e direita: visão externa do forno com a parede
em Drywall montada) ..................................................................................................... 52
Figura 54 – Parede em Drywall com a colocação dos termopares na face oposta à de
incêndio .......................................................................................................................... 53
Figura 55 – Detalhe do pórtico do ensaio montado (esquerda) e aplicação de impacto
(20J) durante a execução do ensaio (direita) .................................................................. 53
Figura 56 – Ensaio de permeabilidade à agua realizado em SVVI com chapa de gesso
resistente à umidade (RU) com revestimento em tinta epóxi base solvente .................. 56
Figura 57 – Ensaio de permeabilidade à agua realizado em SVVI com chapa de gesso
resistente à umidade (RU) com revestimento cerâmico e rejunte (esquerda) e tinta epóxi
base água (direita) ........................................................................................................... 56
Figura 58 – Configuração da parede em Drywall........................................................... 56
Figura 59 – Câmara de ensaio sem (esquerda) e com (direita) um dos pórticos de ensaio
posicionado ..................................................................................................................... 59
Figura 60 – Sistema montado no pórtico de ensaio ........................................................ 59
xii
Figura 61 – Vantagens do sistema Drywall quando comparado com a alvenaria cerâmica
........................................................................................................................................ 62
Figura 62 – Delimitação em elipse de uma sala de reuniões da empresa Terco Grant
Thorton ........................................................................................................................... 63
Figura 63 - Criação de nichos ......................................................................................... 63
Índice de tabelas
Tabela 1 – Dimensão de fabricação de blocos cerâmicos .............................................. 11
Tabela 2 – Características exigidas para bloco cerâmico ............................................... 12
Tabela 3 – Amostragens e critérios de aceitação e rejeição ........................................... 13
Tabela 4 - Requisitos normativos para chapas de gesso ................................................. 20
Tabela 5 - Requisitos normativos para perfis de aço ...................................................... 20
Tabela 6 - Requisitos normativos para massa em pó ou pronta ..................................... 21
Tabela 7 - Requisitos normativos para fita de papel ...................................................... 21
Tabela 8 - Requisitos normativos para parafuso ............................................................ 21
Tabela 9 - Valores e critérios de desempenho em função de carga de ensaio para mão
francesa ........................................................................................................................... 30
Tabela 10 - Resultados para as cargas aplicadas em um ponto a 300mm usando-se a mão
francesa ........................................................................................................................... 36
Tabela 11 – Resultados para as cargas aplicadas em um ou mais pontos simulando objetos
específicos ...................................................................................................................... 37
Tabela 12 – Resultados para as cargas aplicadas faceando a parede em um único ponto
........................................................................................................................................ 38
xiii
Tabela 13 – Valores de deslocamento instantâneo (dh) para o sistema Drywall ............ 39
Tabela 14 – Resultados dos ensaios ............................................................................... 42
Tabela 15– Resultados dos ensaios ................................................................................ 44
Tabela 16 – Requisitos de resistência ao impacto de corpo duro .................................. 44
Tabela 17 – Resultados dos ensaios ............................................................................... 46
Tabela 18 – Classificação dos materiais tendo como base o método ABNT NBR 9442 48
Tabela 19 – Classificação dos materiais tendo como base o método EN 13823 ............ 48
Tabela 20 – Resultados dos ensaios ............................................................................... 51
Tabela 21 – Resultados dos ensaios ............................................................................... 54
Tabela 22 – Resultados dos ensaios ............................................................................... 57
Tabela 23 – Parâmetros de verificação ........................................................................... 58
Tabela 24 - Exigências de redução sonora ..................................................................... 58
Tabela 25 - Resultados dos ensaios ................................................................................ 60
Tabela 26 – Comparativo de custos entre opção 1 e opção 2 ......................................... 69
1
1. INTRODUÇÃO
1.1. Considerações Iniciais
Depois de muitos anos de recessão da economia brasileira, houve a retomada da
economia, de forma mais visível, no início deste século e o consequente reaquecimento do setor
da construção civil, considerado um dos termômetros do bom desempenho da economia.
Entretanto, com o avanço da globalização e da tecnologia de informação, a sociedade vem
exigindo cada vez mais das construtoras o uso de processos e ferramentas que ofereçam a
padronização da qualidade nos serviços realizados, pois foram evidenciadas diferenças de
domínio tecnológico, em prazo e qualidade, quanto aos padrões construtivos.
As construtoras, no objetivo de atender aos anseios da sociedade, ajudaram a elaborar
várias normas técnicas referentes aos elementos divisórios e partes unitárias da construção civil,
entretanto, ainda há lacunas a serem preenchidas, esta foi a razão da criação da norma ABNT
15575_2013 – norma de desempenho.
O sistema de vedações verticais é um dos sistemas que mais impacta economicamente
uma obra, em razão de influenciar em questões de: retrabalho, perdas de recursos e riscos
construtivos. Em razão da exigência do atendimento da norma ABNT NBR 15575_2013 pelas
construtoras, há uma ilustração de interesse por um sistema de paredes que atenda a norma e
que apresente o melhor custo-benefício.
Dentre muitos sistemas de parede que existem no mercado, o Drywall é um sistema com
performance estrutural e acústico satisfatórios comprovados no mundo todo, além de apresentar
um ótimo custo benefício, entretanto ainda há o receio de utilização do sistena no mercado
residencial brasileiro por razões culturais, em razão do falso entendimento de que o sistema de
paredes Drywall seja frágil, tendo a alvenaria como parâmetro; cabendo um estudo para
divulgar e esclarecer o uso deste processo construtivo.
1.2. Objetivo
Este trabalho é uma pesquisa sobre o sistema de paredes Drywall, através do atendimento
da norma ABNT NBR 15575_2013, além de apresentar o custo-benefício deste sistema de
paredes versus o sistema de paredes dominante do mercado brasileiro (alvenaria cerâmica).
2
1.3. Metodologia
A metodologia adotada foi fundamentada na pesquisa bibliográfica e coleta de dados e
conceitos associados ao tema do trabalho em desenvolvimento. Realizou-se um levantamento
bibliográfico referente ao tema proposto, o que também incluiu pesquisas em sites da internet.
Após a fundamentação teórica, foi analisado um exemplo de caso, resultado de entrevista com
um analista da assistência técnica da Construtora Tarjab, para a comprovação dos dados e
conceitos associados ao tema.
1.4. Estrutura do Trabalho
A introdução inicia a abordagem do tema elaborado citando o surgimento da norma
ABNT NBR 15575_2013 como resposta ao anseio da sociedade em relação à padronização da
qualidade das edificações e o sistema de parede Drywall como uma alternativa de bom custo-
benefício em relação a sistemas de parede. Além de explicitar os objetivos do trabalho e os
meios utilizados para alcançá-lo, juntamente com a síntese das etapas de seu desenvolvimento.
O capítulo 2 contextualiza os momentos econômicos brasileiros que acarretaram na crise
do setor da construção civil e a consequente contribuição nas diferenças de padronização da
qualidade das construtoras. Além de abordar a norma ABNT NBR 15575_2013 em relação à
sua essência e à sua exigibilidade, e apresentar os sistemas de paredes internas: alvenaria
cerâmica e sistema Drywall.
O capítulo 3 trata do atendimento da norma pelo sistema de parede Drywall através de
ensaios e testes, e suas respectivas análises.
No capítulo 4 é feito o exemplo de caso para fazer a comparação do custo-benefício do
sistema de paredes Drywall tendo o sistema de paredes dominante do mercado brasileiro
(Alvenaria), além de uma entrevista com um representante de uma construtora.
No capítulo 5 são feitas as conclusões finais, que consistem na análise do estudo de custo-
benefício do sistema de paredes Drywall e a viabilidade econômica da adoção do sistema pelo
mercado brasileiro.
Por fim, são apresentadas as referências bibliográficas e eletrônicas utilizadas neste
trabalho.
3
2. CONTEXTUALIZAÇÃO DO TEMA
2.1. Economia
Segundo Lopes (2011), o Brasil sofreu uma grande crise econômica na década de 80 que
se perdurou até a metade da década de 90, razão pela qual a década de 80 ficou conhecida como
a década perdida. Durante esse tempo, a taxa da inflação apresentava níveis bem elevados e
houve o aumento da dívida externa e do déficit público.
Ainda segundo Lopes (2011), tudo isso contribuiu para a estagnação econômica do país e
essa situação gerou: desemprego, arrocho salarial, falta de perspectiva de investimentos e
também o atraso do avanço do desenvolvimento tecnológico no setor industrial.
De acordo com Santos (SITE 1, 2016), o engenheiro mecânico Valter Pieracciani1 diz que
este atraso também afetou o setor da construção civil, pois vários postos de trabalho foram
fechados e não houve perspectiva de reabertura destes postos de trabalho; muitos engenheiros
tiveram que mudar de setor ou de emprego para sobreviverem durante a crise, enquanto que a
nova geração de engenheiros não tinha mercado de trabalho.
“O engenheiro que virou suco. Por quê? Um dos nossos colegas abriu
uma barraca de suco na Avenida Paulista porque não tinha emprego
para engenheiro”. Santos (SITE 1, 2016).
Com a falta de investimentos, muitas obras foram suspensas ou adiadas,
consequentemente a mão de obra também teve que mudar de setor ou de emprego para
sobreviver. Em razão da estrutura organizacional da mão-de-obra da construção civil ser
baseada em função maior da experiência, houve falta da continuidade da formação de
profissionais qualificados para ocupar os postos mais avançados desta estrutura organizacional.
Segundo Gomes e Cruz (2015), a retomada da recuperação da economia brasileira a partir
do final da década de 90, época que foi lançado o Plano Real, e o reaquecimento da economia
no início do século XXI, e por consequência muitos postos de trabalho foram abertos no setor
da construção civil e houve a falta de profissionais disponíveis no mercado para atender a
demanda.
“De 2003 a 2013, o Brasil gerou 127 mil postos de trabalho para
engenheiros – um terço destas vagas absorveu engenheiros civis. No
mesmo período, o país tinha quase 755 mil profissionais ativos no
mercado de trabalho na área de engenharia, dos quais 30% ligados à
1 Engenheiro mecânico, mestre em administração, empresário, consultor, pesquisador e escritor, sócio-diretor da
Pieracciani Desenvolvimento de Empresas.
4
área de construção. A demanda causou falta de profissionais no
mercado e um grande volume de jovens se matriculou nos seis cursos
de engenharia mais concorridos no país: civil, mecânica, produção,
metalúrgica, elétrica e química. De 353 mil matrículas em 2010, o
número saltou para 635 mil em 2013”. Santos (SITE 1, 2016).
De acordo com Mello (SITE 2, 2016), o engenheiro civil Luiz Henrique Ceotto2 menciona
que durante este período houve a percepção de diferenças técnicas e tecnológicas em vários
empreendimentos de obras do mesmo tipo; estas diferenças caracterizadas pelos confrontos
entre: técnicas de construção arcaicas (e até obsoletas) com técnicas difundidas em padrão
mundial; e o processo de execução de manufatura das obras com o de execução com tecnologias
e equipamentos precisos.
Segundo Quiza (SITE 3, 2016), uma matéria do jornal Folha de São Paulo destaca que
uma das disparidades entre as construções sentidas pela sociedade foi a qualidade do produto
final, resultando em diversos conflitos entre consumidor e construtora. A ABNT NBR 15575
surgiu da necessidade de padronização das construções em relação à qualidade e performance
das construções no Brasil. A primeira versão da norma foi publicada em 2008 com o propósito
de estabelecer padrões de qualidade, ou seja, uma finalidade mais qualitativa. A segunda versão
da norma, publicada em 2013, tem o propósito de quantificar os níveis de qualidade em Mínimo
(obrigatório), Intermediário e Superior.
2.2. ABNT NBR 15575-4_2013 – Edificações Habitacionais – Desempenho
2.2.1. Histórico
Segundo Souza (2012), a ABNT NBR 15575_2013 surgiu a partir de uma publicação
técnica elaborada pelo IPT, no ano de 1998, para o Programa Brasileiro da Qualidade e
Produtividade do Habitat (PBQP-H) intitulado de Critérios Mínimos de Desempenho para
Habitações Térreas de Interesse Social.
De acordo com o Sindicato das Empresas de Compra, Venda, Locação e Administração
de Imóveis Comerciais de São Paulo (SECOVI) (2007), a Comissão de Estudo de Projeto de
Norma referente ao Projeto de Norma Brasileira de Desempenho de Edifícios foi formada no
2 Engenheiro civil graduado pela Universidade de Brasília (UnB), Mestre em Engenharia de Estruturas pela Escola
de Engenharia de São Carlos (USP) e Diretor Sênior de Projetos e Construção departamento de Design e
Construção (D&C) da Tishman Speyer no Brasil.
5
ano de 2000 e houve muitas divergências sobre o projeto de norma, mas com resultados
satisfatórios no fim.
Ainda segundo Souza (2012), em 2008 foi publicada a primeira versão da norma com
exigibilidade prorrogada para o ano de 2010. Em 2010, houve uma ementa para que a
exigibilidade fosse prorrogada para o ano de 2012. Em 2011 houve outra ementa para que a
exigibilidade fosse prorrogada para o ano de 2013, sendo este enfim o ano de publicação e
entrada em vigor da norma. Todas as prorrogações da exigibilidade da norma decorreram em
função de revisão de trabalho, nova consulta pública e nova avaliação. Nakamura (SITE 4,
2013) cita que o advogado Carlos Pinto Del Mar3 explica que
“[...] o texto, que estabelece requisitos mínimos de desempenho para
os imóveis habitacionais, é entendido por muitos como um divisor de
águas e como um marco regulatório, técnico e jurídico”. Nakamura
(SITE 4, 2016).
2.2.2. ABNT NBR 15575-4_2013 – Edificações Habitacionais – Desempenho –
Parte 4: Sistemas de vedações verticais internas e externas – SVVIE
A Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) define norma como
“[...] documento estabelecido por consenso e aprovado por um
organismo reconhecido, que fornece regras, diretrizes ou
características mínimas para atividades ou para seus resultados,
visando à obtenção de um grau ótimo de ordenação em um dado
contexto” e parte do “processo de formulação e aplicação de regras
para a solução ou prevenção de problemas, com a cooperação de todos
os interessados, e, em particular, para a promoção da economia
global”. (ABNT, 2016).
A norma ABNT NBR 15575_2013 surgiu em razão do crescente aumento das muitas
desavenças entre os usuários finais dos edifícios e as construtoras, gerando assim muitos
processos de reparação na justiça brasileira. Muito em razões de validade contratual, prazo de
entrega, desempenho das edificações, segurança do usuário, qualidade de vida, entre outros.
O SECOVI (2013) diz que o vice-presidente de Tecnologia e Qualidade Carlos Gomes
afirma que a ABNT NBR 15575_2013 é
3 Consultor da Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC) e conselheiro jurídico do Sindicato da
Habitação do Estado de São Paulo (Secovi-SP), Bacharel em direito pela Pontifícia Universidade Católica de São
Paulo (PUC-SP), especializado em finanças, direito de empresa e arbitragem, Del Mar é também autor do livro
"Falhas, Responsabilidades e Garantias na Construção Civil", lançado em 2008 pela Editora PINI.
6
“[...] um divisor de águas para o mercado imobiliário”, pois “procura
traduzir as necessidades humanas em requisitos técnicos, como
estabilidade estrutural, segurança contra incêndio, desempenho
térmico, acústico, lumínico, conforto tátil e antropodinâmico, dentre
outros. O mais importante dela é a questão da vida útil e da qualidade
no longo prazo. As responsabilidades são mais claras e rastreáveis".
(SECOVI, 2013).
Uma norma por si só não tem força de lei para que tenha a exigibilidade do seu
cumprimento assim como A ABNT cita que as normas
“[...] são de uso voluntário, isto é, não são obrigatórias por lei, e então
é possível fornecer um produto ou serviço que não siga a norma
aplicável no mercado determinado”. (ABNT, 2016).
Entretanto, com a forte atuação do Código do Consumidor, a normas tem sido usada como
referência técnica para o sistema judiciário em suas análises e considerações, elevando assim a
importância das normas, pois
“[...] é importante ressaltar que as normas técnicas, embora não sejam
leis, têm força de lei e, portanto, o seu não cumprimento pode ser
questionado judicialmente. O Código de Defesa do Consumidor é muito
claro neste aspecto e estabelece que todos os produtos comercializados
no país devem atender as normas técnicas vigentes”. (SECOVI, 2013).
Nakamura (SITE 4, 2016) confirma citando que
“[...] as normas técnicas têm natureza diferente das normas jurídicas,
e adquiriram força obrigatória devido a leis que assim as determinam.
É o caso, por exemplo, do Código de Defesa do Consumidor, que
considera abusivo colocar no mercado produtos em desacordo com as
normas técnicas oficiais ou da Associação Brasileira de Normas
Técnicas (ABNT). Vale lembrar que, além de serem obrigatórias por
força das leis que assim determinam, as normas técnicas devem ser
cumpridas pelos profissionais da área técnica (engenheiros, projetistas
etc.) também por dever ético-profissional. Para o direito, o
atendimento às normas técnicas é uma presunção. Se as normas
tiverem sido obedecidas, há presunção de regularidade. Se as normas
não tiverem sido obedecidas, há presunção de irregularidade”.
Nakamura (SITE 4, 2016).
A norma atribui responsabilidades a todos envolvidos na edificação, desde a sua
concepção ao seu uso; ou seja, a todos da parte técnica envolvidos na concepção do projeto e
sua execução, quanto ao usuário final em questões de uso, operação e manutenção; assim como:
“[...] a Norma define os resultados a serem atingidos pelo
empreendimento durante seu uso e cria uma linguagem padrão entre
7
todos os agentes da cadeia imobiliária: projetistas, fabricantes,
arquitetos, engenheiros, construtoras, incorporadoras e consumidores.
Todos os envolvidos na cadeia produtiva têm sua cota de
responsabilidade, desde a fase de concepção do projeto, sua
construção e, finalmente, manutenção”. (SECOVI, 2013).
Tendo em vista que a norma não é para favorecer o interesse de uma pessoa ou um grupo
específico,
“[...] qualquer norma é considerada uma referência idônea do
mercado a que se destina, sendo por isso usada em processos: de
regulamentação, de acreditação, de certificação, de metrologia, de
informação técnica, e nas relações comerciais Cliente – Fornecedor”.
(ABNT, 2016).
A ABNT NBR 15575_2013 é dividida em seis partes:
I. Requisitos gerais
II. Requisitos para os sistemas estruturais
III. Requisitos para os sistemas de pisos
IV. Requisitos para os sistemas de vedações verticais internas e externas
V. Requisitos para os sistemas de coberturas
VI. Requisitos para os sistemas hidrossanitários
Um dos objetos de estudo deste trabalho é a parte da norma que trata dos requisitos para
os sistemas de vedações verticais internas e externas, e tendo como conceito e definição
referente à parte 4 da norma que
“[...] esta parte da norma tem o intuito de explorar conceitos que
muitas das vezes não são considerados em Normas prescritivas
específicas tratando dos sistemas de vedações verticais internas e
externas das edificações habitacionais que se integram de forma muito
estreita aos demais elementos da construção, recebendo e causando
influências no desempenho da edificação habitacional”. NBR 15575-
4_2013 (ABNT, 2013).
2.3. Alvenaria
2.3.1. Contextualização
8
“A alvenaria existe desde o surgimento das primeiras civilizações
quando se buscava uma maneira de organizar as pedras e montar
paredes”. Construção Mercado (SITE 5, 2016)
Há muitas construções emblemáticas pelo mundo todo que se utilizara da tecnologia,
muitos delas com milênios de anos de existência, como: as Pirâmides de Gizé localizadas no
Egito, o Coliseu de Roma localizado na Itália, a Muralha da China localizada na China, entre
muitos outros; ilustrados pela figura 1.
Figura 1 – Pirâmides de Gizé, Coliseu de Roma e Muralha da China
Fontes: SITE 6, 2016; SITE 7, 2016; SITE 8, 2016
2.3.2. Alvenaria no Brasil
A tecnologia da alvenaria foi introduzida no Brasil através dos colonizadores portugueses.
O Brasil acabou adotando a alvenaria como principal tecnologia de construção por razões
culturais, tecnológicas e econômicas: de acordo com GOUVEIA (2007), a alvenaria é a
9
tecnologia de construção dominante em Portugal até os dias atuais e, portanto, também se
tornou a construção dominante no Brasil; a abundância de matéria-prima (argila) contribuiu
para a larga utilização da tecnologia no Brasil todo com o uso de elementos e sistemas
construtivos como a Taipa de Pilão4 (figura 4), o Pau a Pique5 (figura 5), o Tijolo de barro seco
ao sol (Adobe)6 (figura 6) e Tijolo (também conhecido como bloco) cerâmico (figura 7). Nos
dias atuais existem também os blocos de concreto, os blocos sílico-calcários, blocos de solo-
cimento e tijolos de vidro.
Atualmente, a alvenaria cerâmica é o sistema de paredes mais utilizado no Brasil.
Figura 2 – Elemento Taipa de Pilão e Sistema Construtivo Pau a Pique.
Fonte: SITE 9, 2016
Figura 3 – Elemento Adobe
Fonte: SITE 9, 2016
4 Blocos de terra apiloada, socada em formas de madeira, que são retiradas quando a terra está seca. 5 Sistema construtivo que utiliza gradeados de varas de madeiras preenchidos com barro. 6 Pequeno bloco semelhante ao tijolo, preparado com argila crua, secada ao sol, e que também é feito misturado
com palha, para se tornar mais resistente.
10
Figura 4 – Tijolo/Bloco Cerâmico
Fonte: SITE 10, 2016
2.3.3. Ficha técnica
As informações a seguir foram retiradas do Códigos de Práticas nº 01: alvenaria de
vedação em blocos cerâmicos.
A alvenaria cerâmica no Brasil utiliza-se de blocos cerâmicos e deve atender à norma
ABNT NBR 15270_1, esta, além definir termos, fixa os requisitos dimensionais, físicos e
mecânicos exigíveis no recebimento. A figura 8 ilustra os dois tipos de blocos quanto ao
direcionamento de seus furos prismáticos.
Figura 5 – Representação dos blocos cerâmicos
Fonte: Códigos de práticas nº 01: alvenaria de vedação em blocos cerâmicos, 2009
As dimensões de fabricação (largura – L, altura – H, comprimento – C) devem ser
correspondentes a múltiplos e submúltiplos do módulo dimensional M = 10cm menos 1cm,
conforme padronização descrita na tabela 1.
Além dos blocos e meios-blocos, existem outros tipos de componentes cerâmicos
complementares que integram as alvenarias de vedação com funções especificas como: a
canaleta U que permite a construção de cintas de amarração, vergas e contravergas; a canaleta
11
J, os blocos de amarração, os compensadores e outros que podem ser especificados em projetos
desde que atendam aos requisitos de desempenho exigidos.
Tabela 1 – Dimensão de fabricação de blocos cerâmicos
Fonte: Códigos de práticas nº 01: alvenaria de vedação em blocos cerâmicos, 2009
A tabela 2 resume as características que os blocos cerâmicos de vedação devem
apresentar, de acordo com a norma ABNT NBR 15270-1.
12
As características apresentadas na tabela 2 devem ser verificados para os blocos cerâmicos
conforme os procedimentos de ensaios definidos na norma ABNT NBR 15270_3. Com a
finalidade de caracterização e aceitação ou rejeição dos blocos cerâmicos, essa norma descreve
os métodos de ensaios para a avaliação de conformidade dos mesmos, incluindo a determinação
de suas características geométricas, físicas e mecânicas.
Tabela 2 – Características exigidas para bloco cerâmico
Fonte: Códigos de práticas nº 01: alvenaria de vedação em blocos cerâmicos, 2009
Para avaliação da conformidade dos blocos, além de uma inspeção geral (onde se verifica
a correta identificação dos blocos, incluindo a marca do fabricante em cada peça e as
características visuais dos blocos), deve ser realizada a inspeção por ensaios para determinação
de suas características geométricas (valores das dimensões das faces; espessura das nervuras
que formam os septos; e das paredes externas do bloco, esquadro e planeza das faces), de sua
caracterização física (índice de absorção de água) e sua caracterização mecânica (resistência à
compressão). Para tanto, deve-se observar os lotes de fornecimento com no máximo 100.000
blocos ou fração, de acordo com as amostragens e critérios de aceitação e rejeição apresentados
na tabela 3.
13
Tabela 3 – Amostragens e critérios de aceitação e rejeição
Fonte: Códigos de práticas nº 01: alvenaria de vedação em blocos cerâmicos, 2009
2.3.4. Execução
2.3.4.1. Marcação
O assentamento da primeira fiada deve ser executado após rigorosa locação das
alvenarias, feita com base na transferência de cota e dos eixos de referência para o andar onde
estão sendo realizados os serviços; relativamente à cota, deve ser observada aquela prevista
para o piso acabado de cada pavimento, valendo, em geral para os edifícios multipisos, a cota
das soleiras das portas dos elevadores, com tolerância menor ou igual a 5 mm. A posição de
cada parede deve ser delimitada independentemente dos eventuais desvios da estrutura.
No plano vertical, após completo nivelamento do andar (com nível laser, nível de
mangueira ou nível alemão), devem ser consideradas particularmente as cotas das soleiras de
portas de elevador e de peitoris de janelas, sempre alinhadas em todas as fachadas, efetuando-
se as eventuais correções de nivelamento com engrossamento da camada de assentamento da
primeira fiada.
Com base nos eixos de referência e em cotas acumuladas a partir deles (forma de evitar-
se a propagação de erros), as posições das paredes são marcadas inicialmente pelos seus eixos
e depois pelas suas faces. A marcação deve ser iniciada pelas paredes de fachada e pelas paredes
verticais internas principais, podendo ser feitas com linhas distendidas entre blocos extremos,
giz de cera ou fio traçante. A figura 6 ilustra a marcação das paredes pelos eixos de referência.
14
Figura 6 – Marcação das paredes pelos eixos de referência
Fonte: Códigos de práticas nº 01: alvenaria de vedação em blocos cerâmicos, 2009
2.3.4.2. Fiada de marcação (1 ͣ fiada)
O assentamento dos blocos da primeira fiada influencia a qualidade de todas as demais
características da alvenaria, ou seja: modulação horizontal e vertical; nivelamento das fiadas e
espessura da camada de assentamento; folgas para instalação de esquadrias; etc. Após lavagem
da base, devem ser inicialmente assentados os chamados ‘blocos-chaves’ (blocos localizados
nas extremidades dos panos; nos encontros entre paredes, em shafts ou cantos de paredes; nas
laterais de vãos de porta e outros que identifiquem singularidades.
O assentamento da primeira fiada deve ser realizado com todo o cuidado, utilizando-se
equipamentos de precisão como o teodolito ou o nível laser, trena metálica, prumo de face,
régua de alumínio, esquadros de braços longos, réguas com bolha de nível nas duas direções,
etc. Alguns dos equipamentos descritos são ilustrados pela figura 7.
Figura 7 – Equipamentos auxiliares na execução das paredes
Fonte: Códigos de práticas nº 01: alvenaria de vedação em blocos cerâmicos, 2009
15
2.3.4.3. Elevação das alvenarias
Para a elevação das alvenarias, devem estar disponíveis todos os equipamentos e
ferramentas necessárias para o assentamento dos blocos além dos já mencionados anteriormente
e isso inclui: colher de pedreiro, meia-cana, bisnaga, linha, esticadores de linha, escantilhões,
furadeira elétrica, pistola finca-pino, etc. Há também a necessidade de tomar todas as
providências de logística, por exemplo: disponibilidade de carrinhos porta-paletes, esquema de
distribuição de e empilhamento dos blocos, forma de transporte e preparação da argamassa de
assentamento (argamassadeiras, caixotes de massa sobre suporte com altura regulável, etc.)
disponibilidade de gabaritos para os vãos e portas, entre outras. Alguns dos equipamentos
descritos são ilustrados pela figura 10.
Recomenda-se que as paredes do mesmo pavimento sejam executadas simultaneamente,
a fim de não carregar a estrutura de forma desbalanceada; é aconselhável promover o
levantamento de meia-altura da parede num dia e complementá-lo no dia seguinte quando a
primeira metade já ganhou certa resistência.
Os blocos são assentados de maneira escalonada (juntas em amarração), nivelados e
aprumados com os blocos da primeira fiada; para a marcação da cota de cada fiada são utilizadas
linhas bem esticadas, suportadas lateralmente por esticadores ou presas em escantilhões, que
neste caso garante a altura da fiada e o prumo da parede.
A argamassa de assentamento deve ser estendia sobre a superfície horizontal da fiada
anterior e na face lateral do bloco a ser assentado, em cordões ou ocupando toda a superfície.
O bloco é conduzido à sua posição definitiva mediante forte pressão para baixo e para o lado;
os ajustes de nível, prumo e espessura da junta só podem ser feitos antes do início da pega da
argamassa, ou seja, logo após o assentamento do bloco. A figura 8 ilustra este processo.
Figura 8 – Encabeçamento dos blocos, pressão no assentamento, controle do prumo das paredes e do
nível das fiadas
Fonte: Códigos de práticas nº 01: alvenaria de vedação em blocos cerâmicos, 2009
16
No máximo, a cada duas ou três fiadas recomenda-se verificar o nivelamento e o prumo
da parede, utilizando-se prumo de face, régua e nível de bolha. O alinhamento e o prumo devem
também ser verificados com o máximo cuidado nas laterais dos vãos de portas e janelas
(ombreiras).
A elevação das alvenarias só deve ser realizada após conveniente cura do concreto da
estrutura, recomendando-se para tanto o período mínimo de 28 dias (sem escoras). A figura 9
ilustra as etapas de concretagem da estrutura, marcação e elevação das alvenarias, considerando
os ciclos usuais de concretagem de 7 dias.
Figura 9 – Etapas de concretagem da estrutura, marcação e elevação da alvenaria
Fonte: Códigos de práticas nº 01: alvenaria de vedação em blocos cerâmicos, 2009
2.3.4.4. Ligações entre paredes
Nos encontros entre paredes (‘L’, ‘T’ ou cruz) é sempre desejável as juntas em amarração;
recomenda-se o emprego de blocos com comprimentos ou fôrmas adaptados para essas
ligações. A figura 10 ilustra o encontro entre paredes.
17
Figura 10 – Amarração nos encontros entre paredes
Fonte: Códigos de práticas nº 01: alvenaria de vedação em blocos cerâmicos, 2009
2.3.4.5. Fixações (‘Encunhamentos’)
Nas fixações com lajes ou vigas superiores, após a limpeza e a aplicação de chapisco no
componente estrutural, recomenda-se o assentamento inclinado de tijolos de barro cozido,
empregando-se argamassa relativamente fraca (‘massa podre’). Cria-se assim uma espécie de
‘colchão deformável e amortecedor’ das deformações estruturais que seriam transmitidas à
parede. A figura 11 ilustra a fixação da alvenaria.
Figura 11 – Fixação de parede com o emprego de argamassa
Fonte: SITE 11, 2016
A fim de evitar-se a transferência de carga para as paredes de vedação durante a execução
da obra, recomenda-se a defasagem de cerca de dez dias entre o término da elevação da
alvenaria e a execução da fixação; em nenhuma hipótese essa fixação deve ser executada antes
que a parede do andar superior esteja construída.
18
O ideal é que a fixação seja feita de cima para baixo após 14 dias da elevação da parede
do último pavimento. O pavimento térreo e o primeiro pavimento só podem ser fixados
(‘encunhados’) ao final do serviço de fixação. A figura 12 ilustra a sequência de fixações das
alvenarias de vedação.
Figura 12 – Sequência de fixações das alvenarias de vedação
Fonte: Códigos de práticas nº 01: alvenaria de vedação em blocos cerâmicos, 2009
2.4. Drywall
2.4.1. Ficha Técnica
O sistema Drywall constitui-se basicamente de chapas de gesso aparafusadas em perfis
de aço galvanizados e as juntas entre as chapas de gesso são tratadas com fitas de papel e massa.
As figuras 13 e 14 ilustram o sistema e seus componentes.
19
Figura 13 – Sistemas Construtivos em Drywall com Chapas de Gesso
Fonte: Avaliação do desempenho de sistema de vedação vertical interna – SVVI em Drywall com chapas de
gesso em relação à NBR 155575:2013 – Edificações Habitacionais – Desempenho, 2015
Figura 14 – Componentes dos Sistemas Construtivos em Drywall
Fonte: Avaliação do desempenho de sistema de vedação vertical interna – SVVI em Drywall com chapas de
gesso em relação à NBR 155575:2013 – Edificações Habitacionais – Desempenho, 2015
20
As chapas de gesso mais encontradas no mercado são principalmente as chapas do tipo:
Standard (ST), Resistente à Umidade (RU) e Resistente ao Fogo (RF) e são regulamentados
pela norma NBR 14715/2001 e têm as suas especificações ilustradas pela tabela 4.
Tabela 4 - Requisitos normativos para chapas de gesso
Fonte: Avaliação do desempenho de sistema de vedação vertical interna – SVVI em Drywall com chapas de
gesso em relação à NBR 155575:2013 – Edificações Habitacionais – Desempenho, 2015
Os perfis de aço são normatizados pela norma NBR 15217/2009 e têm as suas
especificações ilustradas pela tabela 5.
Tabela 5 - Requisitos normativos para perfis de aço
Fonte: Avaliação do desempenho de sistema de vedação vertical interna – SVVI em Drywall com chapas de
gesso em relação à NBR 155575:2013 – Edificações Habitacionais – Desempenho, 2015
21
As massas em pó ou prontas e a fita de papel para tratamento de juntas e os parafusos
utilizados na fixação das chapas de gesso nos perfis de aço são normatizados pela NBR
15758/2009 e têm as suas especificações ilustradas pelas tabelas 6, 7 e 8, respectivamente.
Tabela 6 - Requisitos normativos para massa em pó ou pronta
Fonte: Avaliação do desempenho de sistema de vedação vertical interna – SVVI em Drywall com chapas de
gesso em relação à NBR 155575:2013 – Edificações Habitacionais – Desempenho, 2015
Tabela 7 - Requisitos normativos para fita de papel
Fonte: Avaliação do desempenho de sistema de vedação vertical interna – SVVI em Drywall com chapas de
gesso em relação à NBR 155575:2013 – Edificações Habitacionais – Desempenho, 2015
Tabela 8 - Requisitos normativos para parafuso
Fonte: Avaliação do desempenho de sistema de vedação vertical interna – SVVI em Drywall com chapas de
gesso em relação à NBR 155575:2013 – Edificações Habitacionais – Desempenho, 2015
22
2.4.2. Nomenclaturas do Sistema de Vedação Vertical Interna em Drywall
As nomenclaturas e os são definidas pela norma “NBR 15578-1/2009 – Sistemas
construtivos em chapas de gesso em Drywall – Projeto e procedimentos executivos para
montagem – Parte 1”, ilustrados pelas figuras 15 e 16.
Figura 15 - Nomenclaturas de SVVI em Drywall
Fonte: Avaliação do desempenho de sistema de vedação vertical interna – SVVI em Drywall com chapas de
gesso em relação à NBR 155575:2013 – Edificações Habitacionais – Desempenho, 2015
Figura 16 - Cortes de SVVI em Drywall
Fonte: Avaliação do desempenho de sistema de vedação vertical interna – SVVI em Drywall com chapas de
gesso em relação à NBR 155575:2013 – Edificações Habitacionais – Desempenho, 2015
2.4.3. Instalação do Sistema Drywall
23
As etapas da instalação do sistema Drywall consistem primeiro em fazer a marcação das
guias inferior e superior e fixá-las com bucha e parafuso. A distância entre os parafusos é de 60
cm, ilustrado pela figura 17.
Figura 17 – Marcação e instalação das guias
Fonte: SITE 12, 2016
O segundo passo é fixar os montantes nas guias, a começar das extremidades para o meio,
usando parafusos do tipo ‘metal-metal’, seguindo uma distância de 40 ou 60 centímetros entre
os montantes conforme o projeto, ilustrado pela figura 18.
Figura 18 – Fixação dos montantes
Fonte: SITE 12, 2016
24
Uma vez instalada a estrutura, é a vez de aparafusar as chapas na posição vertical,
respeitando a distância de 1 centímetro da borda da chapa e a distância entre os parafusos de 25
a 30 centímetros. A cabeça do parafuso deve ficar cerca de 1 milímetro dentro da chapa,
ilustrado pela figura 19.
Figura 19 – Fixação das chapas de gesso nos perfis de aço
Fonte: SITE 12, 2016
A amarração das chapas deve ser feita de forma alternada, caso a chapa seja menor que o
pé direito e precise ser cortada para completar. O corte da chapa deve ser sempre lado do cartão
e com 1 centímetro a menos, ilustrado pela figura ilustrado pela figura 20.
Figura 20 – Amarração alternada das chapas de gesso
Fonte: SITE 12, 2016
25
Após aparafusar as chapas de gesso nos perfis de aço em um lado, corta-se a chapa de lã
de vidro e o preenchimento da mesma entre os montantes. É importante o uso de máscara e
luvas no manuseio da lã de vidro, ilustrado pela figura 21.
Figura 21 – Preenchimento de lã de vidro entre os montantes
Fonte: SITE 12, 2016
Depois de preencher os montantes com a lã de vidro, inicia-se o término da fixação de
chapas de gesso. Caso as emendas das chapas de gesso do outro lado tenha começado de baixo
para cima, deste lado se iniciará de cima para baixo para que as emendas não estejam no mesmo
lugar nos dois lados da parede, ilustrado pela figura 22.
Figura 22 – Finalização da fixação das chapas de gesso nos perfis de aço
Fonte: SITE 12, 2016
26
Após finalizar a fixação das chapas de gesso nos perfis de aço, passa-se a massa de
tratamento de juntas nas emendas das chapas de gesso, aplicando em seguida a fita de papel na
primeira demão de massa. Depois passa-se a segunda demão de massa para esconder a fita de
papel. Após a secagem da segunda demão de massa, passa-se uma última demão de massa para
um acabamento liso e uniforme (ilustrado pela figura 23).
Figura 23 – Tratamento de emendas das chapas de gesso
Fonte: SITE 12, 2016
Após a secagem desta última demão de massa, basta lixar a parede para que esta possa
receber o acabamento necessário, ilustrado pela figura 24.
Figura 24 – Tratamento da parede para receber o acabamento
Fonte: SITE 12, 2016
27
As chapas de gesso também podem ser utilizadas em associação a outros sistemas de
paredes ao fixar os perfis metálicos em paredes existentes ou mesmo colar as chapas em paredes
existentes, como ilustrado na figura 25.
Figura 25 – Sistema de parede Drywall em associação a outro sistema de parede
Fonte: SITE 13, 2016
2.4.4. Sistemas de instalações embutidas
O sistema Drywall interage muito bem com os sistemas de instalações embutidos mais
comuns de uma construção (elétrica, hidráulica, dados, internet) pela questão de haver vazios
entre as chapas de gesso e os perfis metálicos apresentarem furos, conferindo assim a facilitação
da colocação dos componentes dos sistemas conforme ilustrado pela figura 26.
Figura 26 – Interação entre os sistemas de instalações embutidos e o sistema Drywall
Fonte: SITE 14, 2016
28
Entretanto pode haver a necessidade de reforços para o sistema Drywall em razão de
objetos que, por causa de: formato, peso ou carga que devem suportar, requerem condições
especiais de fixação; exemplos: bancada de pia, chuveiro, registros, etc.
Os reforços mais comuns são: espaçadores para tubulações, kits hidráulicos para
chuveiros, mãos francesas, reforços internos entre os perfis metálicos; e são facilmente
encontrados no mercado.
29
3. AVALIAÇÃO DO SISTEMA DE VEDAÇÕES VERTICAIS
INTERNAS EM DRYWALL
Neste capítulo o sistema Drywall será avaliado pela norma NBR 15575-4_2013 em todas
as seções da norma pertinentes ao sistema, ou seja, seções e subseções que não tratem de
vedações verticais de fachada e nem estruturais (em razão do sistema Drywall ser o sistema de
vedações verticais internas); como também em seções que não sejam apenas informativas ou
de definições não relacionadas ao sistema.
Todos os dados e análises foram realizados pela TESIS Tecnologia e Qualidade de
Sistemas em Engenharia e distribuída pela Associação Brasileira Drywall exclusivamente para
a realização deste trabalho.
3.1. Desempenho estrutural
3.1.1. Requisito – Solicitações de cargas provenientes de peças suspensas
atuantes nos sistemas de vedações internas e externas
O sistema Drywall deve resistir às solicitações originadas pela fixação de peças suspensas
(armários, prateleiras, lavatórios, hidrantes, quadros e outros) e não devem apresentar fissuras,
deslocamentos horizontais instantâneos (dh) ou deslocamentos horizontais residuais (dhr),
lascamentos ou rupturas, nem permitir o arranchamento dos dispositivos de fixação nem seu
esmagamento.
A tabela 9 indica os valores e os critérios de desempenho em função da carga de ensaio
para o dispositivo de fixação padrão do tipo mão francesa, mas também poderão ser
considerados: a cantoneira, L, com lados de comprimento igual a 100mm, largura de 25mm,
para um ponto de aplicação de carga, com excentricidade de 75mm em relação à face da parede;
e dispositivo recomendado pelo fabricante ou proponente da tecnologia, para aplicação de
cargas faceando a parede, ou seja, sem excentricidade; caso não haja indicação específica do
fabricante, adotar arruela de aço de 25mm de diâmetro e 3mm de espessura, como corpo de
apoio. O carregamento deve apresentar ao máximo a realidade.
30
Tabela 9 - Valores e critérios de desempenho em função de carga de ensaio para mão francesa
Fonte: Avaliação do desempenho de Sistema de Vedação Vertical Interna – SVVI em Drywall com chapas de
gesso em relação à NBR 15575:2013 – Edificações Habitacionais – Desempenho, 2015
Pode-se considerar que a carga de ensaio mencionada, de longa duração (24h no ensaio),
contempla um coeficiente de segurança da ordem de dois, em relação às situações típicas de
uso; a carga de serviço ou de uso, neste caso é a metade da carga adotada no ensaio. Para cargas
de curta duração, determinadas em ensaios com aplicação contínua da carga até a ruptura do
elemento ou falência do sistema de fixação, considerar um coeficiente de segurança de ordem
de três para as cargas de uso ou de fixação possíveis de serem empregados no tipo de sistema
considerado.
No caso de ‘redes de dormir’, considerar uma carga de uso de 2kN, aplicada em ângulos
de 60° em relação à face da vedação. Nessa situação, pode-se admitir um coeficiente de
segurança de ordem de dois para a carga de ruptura. Não deve haver ocorrência de destacamento
dos dispositivos de fixação ou falhas que prejudiquem o estado limite de utilização, para as
cargas de serviço. Este critério é aplicável somente se prevista tal condição de uso para a
edificação.
Para a avaliação do sistema Drywall foram feitos ensaios simulando a fixação de objeto
diretamente nos elementos básicos do sistema (chapas de gesso e perfis de aço galvanizado),
utilizando fixadores e buchas próprios para esse sistema. A fixação foi realizada no perfil ou no
centro geométrico entre dois perfis de aço galvanizado adjacente, utilizando-se de mais de um
tipo de fixador e sempre com distância mínima entre fixadores de 400mm. A fixação é ilustrada
na figura 27.
Os diferentes tipos de fixador utilizados e adquiridos em revendas brasileiras foram:
bucha tipo parafuso, bucha de expansão, bucha basculante com braço metálico; ilustrados pela
figura 28.
31
Figura 27 – Fixação de objetos no Sistema Drywall
Fonte: Avaliação do desempenho de Sistema de Vedação Vertical Interna _ SVVI em Drywall com chapas de
gesso em relação à NBR 15575:2013 – Edificações Habitacionais – Desempenho, 2015
Figura 28 – Tipos de bucha
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gesso em relação à NBR 15575:2013 – Edificações Habitacionais – Desempenho, 2015
Também foram adquiridos em revendas brasileiras, para a realização dos ensaios, peças
suspensas comerciais como: mão francesa com excentricidade de 30 e 50cm e objetos (pia,
armário, suporte de televisão, extintor de incêndio e rede de dormir). Tais dispositivos de
fixação e objetos são ilustrados nas figuras 29 e 30.
32
Figura 29 – Mão francesa e objetos utilizados
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gesso em relação à NBR 15575:2013 – Edificações Habitacionais – Desempenho, 2015
Figura 30 – Objetos utilizados
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gesso em relação à NBR 15575:2013 – Edificações Habitacionais – Desempenho, 2015
Também foram adotados reforços comerciais internos, localizados no espaço entre os
perfis e aparafusados nos perfis de aço, antes das chapas de gesso; e estes são: reforço de
madeira (RMA), reforço metálico (RME) e reforço compensado plastificado (RCP). A figura
31 ilustra os reforços utilizados.
33
Figura 31 – Reforços comercias internos
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gesso em relação à NBR 15575:2013 – Edificações Habitacionais – Desempenho, 2015
Os reforços internos foram aparafusados entre os montantes na configuração ilustrada na
figura 32.
Figura 32 – Configuração dos reforços internos aparafusados entre os montantes
Fonte: Avaliação do desempenho de Sistema de Vedação Vertical Interna – SVVI em Drywall com chapas de
gesso em relação à NBR 15575:2013 – Edificações Habitacionais – Desempenho, 2015
34
Para a obtenção dos resultados, levou-se em conta as seguintes considerações e
observações:
1) A resistência às cargas suspensas foi verificada sob carregamento faceando a
parede e distante da parede, na condição de carregamento pontual (em um único fixador) e
composto (mínimo de dois fixadores), conforme ilustrado nas figuras 33 e 34, respectivamente.
Figura 33 – Carregamento pontual
Fonte: Avaliação do desempenho de Sistema de Vedação Vertical Interna – SVVI em Drywall com chapas de
gesso em relação à NBR 15575:2013 – Edificações Habitacionais – Desempenho, 2015
Figura 34 – Carregamento composto
Fonte: Avaliação do desempenho de Sistema de Vedação Vertical Interna – SVVI em Drywall com chapas de
gesso em relação à NBR 15575:2013 – Edificações Habitacionais – Desempenho, 2015
35
2) Após a avaliação dos diferentes dispositivos e configurações de paredes,
verificou-se que a adequada resistência mecânica do sistema de vedação vertical interna sob
carregamento de peças suspensas é diretamente dependente da configuração do SVVI e da
tipologia do fixador correspondente ao carregamento que deseja, considerando as seguintes
variáveis intervenientes:
2a) Número de chapas de gesso por face do sistema
2b) A fixação do dispositivo na chapa de gesso sobre o perfil de aço, ou entre os
perfis de aço.
2c) A presença ou não de reforço interno, e as suas características. A figura 35 ilustra
a presença do reforço entre os montantes para a instalação, por exemplo, de uma pia.
Verificou-se também que o tipo de chapa (ST, RU ou RF) e a distância entre os montantes
(400 ou 600mm) não interferiu significativamente nos resultados obtidos.
Figura 35 – Reforço entre os montantes para instalação de pia
Fonte: Avaliação do desempenho de Sistema de Vedação Vertical Interna – SVVI em Drywall com chapas de
gesso em relação à NBR 15575:2013 – Edificações Habitacionais – Desempenho
3) Os resultados são expressos em carga máxima de uso ou de serviço, ou seja, esta
carga equivale à metade da carga de ensaio de longa duração. Neste ensaio, a parede avaliada
tinha 2750mm de altura e atendeu a todos os requisitos da norma, ou seja, não apresentou
ocorrência de falhas que comprometem o estado limite de serviço, com a limitação dos
deslocamentos horizontais instantâneos e residuais em dh<h/500 e dhr<h/2500.
As configurações de SVVI em Drywall avaliadas apresentam montantes de 48, 70 e
90mm; uma ou duas chapas de gesso de espessura nominal de 12,5mm; com ou sem reforço;
36
sendo todas as peças utilizadas adquiridas no mercado brasileiro. A figura 39 ilustra as
configurações, sendo A igual a distância entre os montantes (400 ou 600mm).
Figura 36 – Configuração de SVVI em Drywall
Fonte: Avaliação do desempenho de Sistema de Vedação Vertical Interna – SVVI em Drywall com chapas de
gesso em relação à NBR 15575:2013 – Edificações Habitacionais – Desempenho
A tabela 10 ilustra os resultados obtidos para as cargas máximas de uso aplicadas em um
ponto a 300mm do SVVI adotando-se a mão francesa.
Tabela 10 - Resultados para as cargas aplicadas em um ponto a 300mm usando-se a mão francesa
Fonte: Avaliação do desempenho de Sistema de Vedação Vertical Interna – SVVI em Drywall com chapas de
gesso em relação à NBR 15575:2013 – Edificações Habitacionais – Desempenho, 2015
37
A tabela 11 ilustra os resultados obtidos para as cargas máximas de uso aplicadas em um
ou mais pontos simulando objetos específicos.
Tabela 11 – Resultados para as cargas aplicadas em um ou mais pontos simulando objetos específicos
Fonte: Avaliação do desempenho de Sistema de Vedação Vertical Interna – SVVI em Drywall com chapas de
gesso em relação à NBR 15575:2013 – Edificações Habitacionais – Desempenho
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A figura 37 ilustra os ensaios simulando mão francesa e objetos específicos.
Figura 37 – Simulação de mão francesa e objetos específicos
Fonte: Avaliação do desempenho de Sistema de Vedação Vertical Interna – SVVI em Drywall com chapas de
gesso em relação à NBR 15575:2013 – Edificações Habitacionais – Desempenho, 2015
A tabela 12 ilustra os resultados obtidos para as cargas máximas de uso faceando a parede
em um único ponto.
Tabela 12 – Resultados para as cargas aplicadas faceando a parede em um único ponto
Fonte: Avaliação do desempenho de Sistema de Vedação Vertical Interna – SVVI em Drywall com chapas de
gesso em relação à NBR 15575:2013 – Edificações Habitacionais – Desempenho, 2015
39
3.1.2. Requisito – Impacto de corpo-mole nos sistemas de vedações verticais
internas e externas, com ou sem função estrutural
O sistema Drywall deve resistir aos impactos de corpo mole, apresentando resistência à
energia de impacto dos choques acidentais gerados pela própria utilização da edificação ou
choque provocados por tentativas intencionais ou não. Os impactos com maiores energias
referem-se ao estado limite último. A sua categorização se enquadra em vedações verticais
internas leves (G ≤ 600N/m2) sem função estrutural. Em razão disso, os valores de
deslocamento instantâneo (dh) podem atingir o dobro do que é admitido por tabela. A tabela 13
ilustra os requisitos já adequados ao sistema Drywall, incluindo a altura da parede utilizada nos
ensaios.
Portanto, sob ação de impactos progressivos de corpo mole, não deve:
1) Sofrer ruptura ou instabilidade (impactos de segurança) que caracterize o estado
limite último para a energia de 120J indicada na tabela 13.
2) Apresentar fissuras, escamações, delaminações ou qualquer outro tipo de falha
(impactos de utilização) que possa comprometer o estado de utilização, observando-se ainda os
limites de deslocamentos instantâneos e residuais indicados na tabela 13.
3) Provocar danos a componentes, instalações ou aos acabamentos acoplados ao
SVVI, de acordo com as energias de impacto indicadas na tabela 13.
Tabela 13 – Valores de deslocamento instantâneo (dh) para o sistema Drywall
Fonte: Avaliação do desempenho de Sistema de Vedação Vertical Interna – SVVI em Drywall com chapas
de gesso em relação à NBR 15575:2013 – Edificações Habitacionais – Desempenho, 2015
Tendo como objetivo da avaliação a verificação da resistência mecânica da parede,
incluindo juntas, quando submetida a impactos simulando a queda do usuário sobre a parede e
verificar a ocorrência de fissuras, rupturas e/ou deslocamentos horizontais da parede; foram
usados sacos cilíndricos de couro com diâmetro de 350mm, altura de 900mm, massa total de
40
40kg, contendo areia seca e serragem em seu interior, para a aplicação de impactos em
movimento pendular nas energias de 60 e 120J sobre a parede. A figura 38 e 39 ilustram os
sacos de areia e o movimento pendular do saco em direção à parede, respectivamente.
Figura 38 – Sacos utilizados para a avaliação da parede
Fonte: Avaliação do desempenho de Sistema de Vedação Vertical Interna – SVVI em Drywall com chapas de
gesso em relação à NBR 15575:2013 – Edificações Habitacionais – Desempenho, 2015
Figura 39 – Movimento pendular do saco em direção à parede
Fonte: Avaliação do desempenho de Sistema de Vedação Vertical Interna – SVVI em Drywall com chapas de
gesso em relação à NBR 15575:2013 – Edificações Habitacionais – Desempenho, 2015
Tais impactos foram aplicados em regiões predefinidas da parede em Drywall. A figura
40 ilustra as regiões.
41
Figura 40 – Regiões de aplicação de impacto
Fonte: Avaliação do desempenho de Sistema de Vedação Vertical Interna – SVVI em Drywall com chapas de
gesso em relação à NBR 15575:2013 – Edificações Habitacionais – Desempenho, 2015
A figura 41 ilustra a configuração considerada a de menor resistência entre as paredes em
Drywall (73/48/600/MS/1ST12,5+1ST12,5) utilizada nos ensaios.
Figura 41 – Configuração da parede em Drywall
Fonte: Avaliação do desempenho de Sistema de Vedação Vertical Interna – SVVI em Drywall com chapas de
gesso em relação à NBR 15575:2013 – Edificações Habitacionais – Desempenho, 2015
Figura 42 – Dispositivo utilizado para a verificação dos deslocamentos horizontais da parede
Fonte: Avaliação do desempenho de Sistema de Vedação Vertical Interna – SVVI em Drywall com chapas de
gesso em relação à NBR 15575:2013 – Edificações Habitacionais – Desempenho, 2015
42
A figura 42 ilustra o dispositivo, posicionado na face oposta à da de impacto, utilizado
para a verificação dos deslocamentos horizontais da parede.
A tabela 14 ilustra os resultados obtidos dos ensaios.
Tabela 14 – Resultados dos ensaios
Fonte: Avaliação do desempenho de Sistema de Vedação Vertical Interna – SVVI em Drywall com chapas de
gesso em relação à NBR 15575:2013 – Edificações Habitacionais – Desempenho, 2015
3.1.3. Requisito – Ações transmitidas por portas
Resistir às ações transmitidas por portas, ou seja, o sistema Drywall deve permitir o
acoplamento de portas e apresentar desempenho que satisfaça as seguintes condições:
1) Quando as portas forem submetidas a dez operações de fechamento brusco, as
paredes não devem apresentar falhas, tais como rupturas, fissurações, destacamentos no
encontro com o marco, cisalhamento nas regiões de solidarização do marco, destacamentos em
juntas entre componentes das paredes e outros
2) Sob ação de impacto de corpo mole com energia de 240J, aplicado no centro
geométrico da folha de porta, não deve ocorrer arrancamento do marco, nem ruptura ou perda
de estabilidade da parede. Admite-se, no contorno do marco, a ocorrência de danos localizados,
tais como fissurações e estilhaçamentos.
Tendo como objetivo da avaliação a verificação mecânica da interface ‘parede – porta’,
incluindo juntas, quando a porta é submetida a fechamentos bruscos da porta e quando é
submetida a impactos simulando a queda do usuário; foram realizadas dez operações de
fechamento brusco em um ângulo de 60º sob a ação de massa de 15kg, fazendo com que a folha
de porta colida com o batente; além do impacto em movimento pendular na energia de 240J
43
realizado no centro geométrico da folha de porta da face no sentindo de fechamento. As figuras
43 e 44 ilustram o dispositivo uso no ensaio de operações de fechamento brusco da porta e
movimento pendular do ensaio de corpo mole sobre a porta, respectivamente.
Figura 43 – Dispositivo usado no ensaio de operação de fechamento brusco da porta Fonte: Avaliação do desempenho de Sistema de Vedação Vertical Interna – SVVI em Drywall com chapas de
gesso em relação à NBR 15575:2013 – Edificações Habitacionais – Desempenho, 2015
Figura 44 – Movimento pendular do ensaio de corpo mole sobre a porta Fonte: Avaliação do desempenho de Sistema de Vedação Vertical Interna – SVVI em Drywall com chapas de
gesso em relação à NBR 15575:2013 – Edificações Habitacionais – Desempenho, 2015
A figura 45 ilustra a configuração considerada a de menor resistência entre as paredes em
Drywall (73/48/600/MS/1ST12,5+1ST12,5) utilizada nos ensaios.
Figura 45 – Configuração da parede em Drywall
Fonte: Avaliação do desempenho de Sistema de Vedação Vertical Interna – SVVI em Drywall com chapas de
gesso em relação à NBR 15575:2013 – Edificações Habitacionais – Desempenho, 2015
44
A tabela 15 ilustra os resultados obtidos dos ensaios.
Tabela 15– Resultados dos ensaios
Fonte: Avaliação do desempenho de Sistema de Vedação Vertical Interna – SVVI em Drywall com chapas de
gesso em relação à NBR 15575:2013 – Edificações Habitacionais – Desempenho, 2015
3.1.4. Requisito – Impacto de corpo duro incidente nos SVVIE, com ou sem
função estrutural
Resistir aos impactos de corpo duro, ou seja, o sistema Drywall, sob a ação de impacto de
corpo duro, não deve:
1) Apresentar fissuras, escamações delaminações ou qualquer outro tipo de dano
(impactos de utilização), sendo admitidas mossas localizadas, para o impacto de corpo duro
indicado na tabela 16.
2) Apresentar ruptura ou traspassamento sob ação dos impactos de corpo duro
indicado na tabela 16.
A tabela 16 ilustra os requisitos necessários.
Tabela 16 – Requisitos de resistência ao impacto de corpo duro
Fonte: Avaliação do desempenho de Sistema de Vedação Vertical Interna – SVVI em Drywall com chapas de
gesso em relação à NBR 15575:2013 – Edificações Habitacionais – Desempenho, 2015
Tendo como objetivo da avaliação a verificação da resistência mecânica da parede,
incluindo juntas, quando submetida a impactos simulando a batida de objetos/peças na parede,
utilizando-se do movimento pendular em direção à parede; a parede do sistema Drywall foi
45
submetida em diferentes regiões da face interna a 20 impactos, sendo 10 impactos aplicados
por esfera de aço de 0,5kg (energia de 2,5J) e outros 10 impactos aplicados por esfera de 1,0g
(energia de impacto de 10J). A figura 46 ilustra as esferas de aço utilizadas.
Figura 46 – Esferas metálicas de 0,5kg (esquerda) e 1,0kg (direita)
Fonte: Avaliação do desempenho de Sistema de Vedação Vertical Interna – SVVI em Drywall com chapas de
gesso em relação à NBR 15575:2013 – Edificações Habitacionais – Desempenho, 2015
Os impactos foram aplicados em pontos distintos da parede e cada ponto foi submetido à
aplicação de um único impacto. A figura 47 ilustra o movimento pendular das esferas de aço
em direção à parede.
Figura 47 – Movimento pendular da esfera em direção à parede
Fonte: Avaliação do desempenho de Sistema de Vedação Vertical Interna – SVVI em Drywall com chapas de
gesso em relação à NBR 15575:2013 – Edificações Habitacionais – Desempenho, 2015
A figura 48 ilustra a configuração considerada a de menor resistência entre as paredes em
Drywall (73/48/600/MS/1ST12,5+1ST12,5) utilizada nos ensaios.
46
Figura 48 – Configuração da parede em Drywall
Fonte: Avaliação do desempenho de Sistema de Vedação Vertical Interna – SVVI em Drywall com
chapas de gesso em relação à NBR 15575:2013 – Edificações Habitacionais – Desempenho, 2015
A tabela 17 ilustra os resultados obtidos dos ensaios.
Tabela 17 – Resultados dos ensaios
Fonte: Avaliação do desempenho de Sistema de Vedação Vertical Interna – SVVI em Drywall com chapas de
gesso em relação à NBR 15575:2013 – Edificações Habitacionais – Desempenho, 2015
3.2. Segurança contra incêndio
3.2.1. Generalidades
47
O sistema Drywall deve proteger a vida dos ocupantes das edificações e áreas de risco,
em caso de incêndio; dificultar a propagação do incêndio, reduzindo danos ao meio ambiente e
ao patrimônio; possibilitar a saída dos ocupantes da edificação em condições de segurança.
3.2.2. Requisito – Dificultar a ocorrência da inflamação generalizada
Dificultar a ocorrência da inflamação generalizada no ambiente de origem do incêndio e
não gerar fumaça excessiva capaz e impedir a fuga dos ocupantes em situações de incêndio.
As ambas superfícies das vedações verticais internas devem classificar-se como:
1) I, II A ou III A, quando estiverem associadas a espaços de cozinha;
2) I, II A, III A ou IV A, quando estiverem associadas a outros locais internos da
habitação, exceto cozinhas;
3) I ou II A, quando estiverem associadas a locais de uso comum da edificação;
4) I ou II A, quando estiverem associadas ao interior das escadas, porém com Dm
inferior a 100.
Os materiais empregados no meio das paredes (miolo), sejam externas ou internas, devem
classificar-se como I, II A ou III A. Sendo I a classificação de materiais incombustíveis, os
materiais empregados no meio das paredes do sistema Drywall, não se enquadram nesta
classificação.
Estas classificações constam da tabela 18 ou da tabela 19, de acordo com o método de
avaliação previsto.
Em razão do sistema Drywall ser constituído de materiais combustíveis, a avaliação do
sistema foi feita em relação à metodologia de ensaio prescrita na EN13823:2010 – Reaction to
fire tests for building products – Building products excluding floorings exposed to thermal
attack by a single burning item, onde o corpo de prova é constituído de duas asas (asa maior e
asa menor) montadas adotando-se os componentes e procedimentos de montagem de uma
aplicação real de parede, devendo ser previstas duas juntas – uma vertical a 200mm do canto e
outra horizontal a 500mm do piso. A imagem 49 ilustra o corpo de prova.
O ensaio foi conduzido por 20 minutos, e após o ensaio, foi feita a avaliação da reação ao
fogo do SVVI , face interna e seu miolo (este sendo lã de vidro ou compensado plastificado).
48
Tabela 18 – Classificação dos materiais tendo como base o método ABNT NBR 9442
Fonte: Avaliação do desempenho de Sistema de Vedação Vertical Interna – SVVI em Drywall com chapas de
gesso em relação à NBR 15575:2013 – Edificações Habitacionais – Desempenho, 2015
Tabela 19 – Classificação dos materiais tendo como base o método EN 13823
Fonte: Avaliação do desempenho de Sistema de Vedação Vertical Interna – SVVI em Drywall com chapas de
gesso em relação à NBR 15575:2013 – Edificações Habitacionais – Desempenho, 2015
49
Figura 49 – Esquema ilustrativo do ensaio de reação ao fogo pelo método EN13823:2010 Fonte: Avaliação do desempenho de Sistema de Vedação Vertical Interna – SVVI em Drywall com chapas de
gesso em relação à NBR 15575:2013 – Edificações Habitacionais – Desempenho, 2015
A figura 50 ilustra a configuração considerada a de menor resistência entre as paredes em
Drywall (73/48/600/MS/1ST12,5+1ST12,5) utilizadas nos ensaios, observando-se que houve
também a presença de ora o reforço compensado plastificado (RCP 18mm), ora a lã de vidro
(LV 50mm) como miolo das paredes.
Figura 50 – Configuração da parede em Drywall, com a presença de ora RCP 18mm, ora LV 50mm em seu
interior como miolo de parede
Fonte: Avaliação do desempenho de Sistema de Vedação Vertical Interna – SVVI em Drywall com chapas de
gesso em relação à NBR 15575:2013 – Edificações Habitacionais – Desempenho, 2015
50
A figura 51 ilustra os corpos de prova utilizados nos ensaios.
Figura 51 – Corpos de prova utilizados nos ensaios
Fonte: Avaliação do desempenho de Sistema de Vedação Vertical Interna – SVVI em Drywall com chapas de
gesso em relação à NBR 15575:2013 – Edificações Habitacionais – Desempenho, 2015
A figura 52 ilustra o ensaio de ‘Single Burning Item’ (SBI) do corpo de prova.
Figura 52 – Ensaio SBI do corpo de prova
Fonte: Avaliação do desempenho de Sistema de Vedação Vertical Interna – SVVI em Drywall com chapas de
gesso em relação à NBR 15575:2013 – Edificações Habitacionais – Desempenho, 2015
A tabela 20 ilustra os resultados obtidos dos ensaios.
51
Tabela 20 – Resultados dos ensaios
Fonte: Avaliação do desempenho de Sistema de Vedação Vertical Interna – SVVI em Drywall com chapas de
gesso em relação à NBR 15575:2013 – Edificações Habitacionais – Desempenho, 2015
3.2.3. Requisito – Dificultar a propagação do incêndio e preservar a
estabilidade estrutural da edificação
O sistema Drywall e seus elementos devem atender a ABNT NBR 14432 para controlar
os riscos de propagação do incêndio e preservar a estabilidade estrutural da edificação em
situação de incêndio.
As parede de geminação (paredes entre unidades) de casas térreas geminadas e de
sobrados geminados, bem como as paredes entre unidades habitacionais e que fazem divisa
com as áreas comuns nos edifícios multifamiliares, são elementos de compartimentação
horizontal e devem apresentar resistência ao fogo por um período mínimo de 30 minutos,
considerando os critérios de avaliação relativos à estabilidade, estanqueidade e isolação
térmica, no caso de edificações habitacionais de até cinco pavimentos. O tempo requerido de
resistência ao fogo deve ser considerado, entretanto, conforme a ABNT NBR 14432,
considerando a altura da edificação habitacional, para os demais casos (variando de 30 minutos
a 120 minutos).
52
No caso de unidade habitacional unifamiliar, isolada, até 2 pavimentos, exige-se
resistência ao fogo de 30 minutos para os SVVI somente na cozinha e ambiente fechado que
abrigue equipamento de gás.
Para a avaliação da resistência ao fogo de paredes em Drywall com chapas de gesso, foi
realizado ensaio laboratorial em atendimento à Norma Brasileira ABNT NBR 10636:1989 –
Parede divisórias sem função estrutural – Determinação da resistência ao fogo – Método de
ensaio.
Este ensaio consiste em fixar o elemento/sistema construtivo no forno de ensaio que
contem sistema de queimadores a gás natural, que por sua vez simulam uma condição de
incêndio em uma das faces do sistema construtivo. No lado oposto à simulação do incêndio, as
temperaturas do sistema são medidas por dispositivos (termopares) e se faz a verificação das
ocorrências da parede em relação à sua estabilidade, estanqueidade e isolação térmica. Foi
utilizado um computador acoplado ao forno com software para registro de das temperaturas do
forno e da face da parede oposta ao incêndio, bem como para registro da duração do ensaio.
Após o ensaio, que corresponde ao tempo requerido de resistência ao fogo, são feitas as
seguintes verificações:
1) Se a parede está estável;
2) Se a parede está estanque; para a verificação, foi executado o teste do chumaço
de algodão na região de juntas da parede para a verificação de ocorrência de sua ignição;
3) Se a parede apresentou isolação térmica, ou seja: as temperaturas registradas
pelos termopares não foram superiores aos limites normativos (140°C acrescido da temperatura
ambiente média e 225°C acrescido da temperatura ambiente em qualquer ponto de medida).
Figura 53 – Forno de ensaio do laboratório do IPT composto de cinco queimadores a gás natural (esquerda: visão
interna do forno e direita: visão externa do forno com a parede em Drywall montada)
Fonte: Avaliação do desempenho de Sistema de Vedação Vertical Interna – SVVI em Drywall com chapas de
gesso em relação à NBR 15575:2013 – Edificações Habitacionais – Desempenho, 2015
53
Figura 54 – Parede em Drywall com a colocação dos termopares na face oposta à de incêndio
Fonte: Avaliação do desempenho de Sistema de Vedação Vertical Interna – SVVI em Drywall com chapas de
gesso em relação à NBR 15575:2013 – Edificações Habitacionais – Desempenho, 2015
Figura 55 – Detalhe do pórtico do ensaio montado (esquerda) e aplicação de impacto (20J) durante a execução
do ensaio (direita)
Fonte: Avaliação do desempenho de Sistema de Vedação Vertical Interna – SVVI em Drywall com chapas de
gesso em relação à NBR 15575:2013 – Edificações Habitacionais – Desempenho, 2015
As figuras 53, 54 e 55 ilustram os equipamentos do laboratório de Segurança ao Fogo e
Explosões do IPT – Instituto de Pesquisas Tecnológicas do Estado de São Paulo.
A tabela 21 ilustra os resultados obtidos dos ensaios para as chapas de gesso acartonado
do tipo Standard e Resistente a Fogo.
54
Tabela 21 – Resultados dos ensaios
Fonte: Avaliação do desempenho de Sistema de Vedação Vertical Interna – SVVI em Drywall com chapas de
gesso em relação à NBR 15575:2013 – Edificações Habitacionais – Desempenho, 2015
3.3. Uso e operação
3.3.1. Generalidades
O sistema Drywall deve considerar a segurança no uso e operação do sistema e de seus
componentes ao que se diz em respeito a agentes agressivos (proteção contra queimadura;
pontos e bordas cortantes, entre outros exemplos) desde o seu projeto.
3.3.2. Requisito – Segurança na utilização do imóvel
O sistema Drywall deve assegura que tenham sido tomadas medidas de segurança aos
usuários da edificação habitacional.
Sendo assim, não deve apresentar:
1) Rupturas, instabilizações, tombamentos ou quedas que possam colocar em risco
a integridade física dos ocupantes ou de transeuntes nas imediações do imóvel;
2) Partes expostas cortantes ou perfurantes;
3) Deformações e defeitos acima dos limites especificados nesta parte da norma
55
Devem também ser previsto em projeto e na execução forma de minimizar, durante o uso
da edificação, o risco de:
1) Ferimentos provocados por ruptura de subsistemas ou componentes, resultando
em partes cortantes ou perfurantes;
2) Ferimentos ou contusões em função da operação das partes móveis de
componentes, como janelas, portas, alçapões e outros;
3) Ferimentos ou contusões em função da dessolidarização ou da projeção de
materiais ou componentes a partir dos tanques de lavar, pias e lavatórios, com ou sem pedestal,
e de componentes ou equipamentos normalmente fixáveis em paredes.
3.3.3. Segurança das instalações
O sistema Drywall deve evitar a ocorrência de ferimentos ou danos aos usuários, em
condições normais de uso.
3.4. Estanqueidade
O sistema Drywall não deve permitir infiltração de água, através de suas faces, quando
em contato com áreas molháveis e molhadas.
A quantidade de água que penetra não deve ser superior a 3cm³, por um período de 24
horas, numa área exposta com dimensões de 34cm x 16cm, em áreas molhadas.
Não deve ocorrer presença de umidade perceptível nos ambientes contíguos, desde que
respeitadas as condições de ocupação e manutenção previstas em projeto e descritas no manual
de uso e operação, em áreas molháveis.
Realizou-se o ensaio para a verificação da não permissão de infiltração de água ao
submeter uma região da parede do sistema Drywall à presença de água, com pressão constante,
por meio de uma câmara acoplada à parede. A câmara utilizada no ensaio possui o formato de
caixa e dimensões internas de 16cm x 34cm. A mesma é acoplada à parede através de uma
moldura. Os ensaios foram conduzidos em SVVI com três tipos de revestimento (tintas epóxi
base solvente e base água, e revestimento cerâmico tipo porcelanato assentado com argamassa
colante ACII e rejunte Tipo II). As figuras 56 e 57 ilustram o ensaio realizado.
56
Figura 56 – Ensaio de permeabilidade à agua realizado em SVVI com chapa de gesso resistente à umidade (RU)
com revestimento em tinta epóxi base solvente
Fonte: Avaliação do desempenho de Sistema de Vedação Vertical Interna – SVVI em Drywall com chapas de
gesso em relação à NBR 15575:2013 – Edificações Habitacionais – Desempenho, 2015
Figura 57 – Ensaio de permeabilidade à agua realizado em SVVI com chapa de gesso resistente à umidade (RU)
com revestimento cerâmico e rejunte (esquerda) e tinta epóxi base água (direita)
Fonte: Avaliação do desempenho de Sistema de Vedação Vertical Interna – SVVI em Drywall com chapas de
gesso em relação à NBR 15575:2013 – Edificações Habitacionais – Desempenho, 2015
A figura 58 ilustra a configuração considerada a de menor resistência entre as paredes em
Drywall (73/48/600 ou 400/MS/1RU12,5+1RU12,5 + revestimento) utilizada nos ensaios.
Figura 58 – Configuração da parede em Drywall
Fonte: Avaliação do desempenho de Sistema de Vedação Vertical Interna – SVVI em Drywall com chapas de
gesso em relação à NBR 15575:2013 – Edificações Habitacionais – Desempenho, 2015
57
A tabela 22 ilustra os resultados obtidos dos ensaios.
Tabela 22 – Resultados dos ensaios
Fonte: Avaliação do desempenho de Sistema de Vedação Vertical Interna – SVVI em Drywall com chapas de
gesso em relação à NBR 15575:2013 – Edificações Habitacionais – Desempenho, 2015
3.5. Desempenho acústico
3.5.1. Generalidades
Esta parte 4 da ABNT NBR 15575 apresenta os requisitos e critérios para a verificação
do isolamento acústico entre o meio externo e o interno entre unidades autônomas e entre
dependências de uma unidade e áreas comuns.
3.5.2. Métodos disponíveis para a verificação
Os métodos mais adequados para o sistema Drywall são: método de precisão, realizado
em laboratório; e método de engenharia, realizado em campo, para SVVI.
O método de precisão, realizado em laboratório, determina a isolação sonora de
componentes e elementos construtivos, fornecendo valores de referência de cálculo para
projetos. O método de ensaio é descrito na norma ISO 10140-2.
Para avaliar um projeto com diversos elementos é necessário ensaiar cada um e depois
calcular o isolamento global do conjunto.
O método de engenharia, realizado em campo, para SVVI, determina, de forma rigorosa,
o isolamento sonoro global entre unidades autônomas e entre uma unidade e áreas comuns,
caracterizando de forma direta o comportamento acústico do sistema. O método é descrito na
norma ISO 140-4. Os resultados obtidos restringem-se somente às medições efetuadas.
Os parâmetros de verificação adotados nesta parte da norma constam da tabela 23.
58
Tabela 23 – Parâmetros de verificação
Fonte: Avaliação do desempenho de Sistema de Vedação Vertical Interna – SVVI em Drywall com chapas de
gesso em relação à NBR 15575:2013 – Edificações Habitacionais – Desempenho, 2015
3.5.3. Requisito – Níveis de ruídos admitidos na habitação
O método usado para a verificação do isolamento acústico foi o de precisão, realizado em
laboratório. Este método consiste em determinação dos valores de referência Rw (índice de
redução sonora ponderado) através de ensaios em laboratórios para orientação de fabricantes e
projetistas.
A tabela 24 ilustra as exigências de redução sonora segundo a norma NBR 15575-4.
Tabela 24 - Exigências de redução sonora
Fonte: Avaliação do desempenho de Sistema de Vedação Vertical Interna – SVVI em Drywall com chapas de
gesso em relação à NBR 15575:2013 – Edificações Habitacionais – Desempenho, 2015
O ensaio de isolação sonora consiste em avaliar o sistema de vedação vertical interna com
condições reais de uso e dimensões mínimas de 4.000mm de largura, 3.000mm de altura e
espessura de utilização.
59
As figuras 59 e 60 ilustram a vista da câmara de ensaio do laboratório do IPT – Instituto
de Pesquisas Tecnológicas do Estado de São Paulo – sem (esquerda) e com (direita) um dos
pórticos de ensaio posicionado, e o sistema avaliado montado no pórtico de ensaio;
respectivamente.
Figura 59 – Câmara de ensaio sem (esquerda) e com (direita) um dos pórticos de ensaio posicionado
Fonte: Avaliação do desempenho de Sistema de Vedação Vertical Interna – SVVI em Drywall com chapas de
gesso em relação à NBR 15575:2013 – Edificações Habitacionais – Desempenho, 2015
Figura 60 – Sistema montado no pórtico de ensaio
Fonte: Avaliação do desempenho de Sistema de Vedação Vertical Interna – SVVI em Drywall com chapas de
gesso em relação à NBR 15575:2013 – Edificações Habitacionais – Desempenho, 2015
A tabela 25 mostra os valores mínimos de RW obtidos nos ensaios em função das
configurações de SVVI avaliadas.
60
Tabela 25 - Resultados dos ensaios
Fonte: Avaliação do desempenho de Sistema de Vedação Vertical Interna – SVVI em Drywall com chapas de
gesso em relação à NBR 15575:2013 – Edificações Habitacionais – Desempenho, 2015
3.6. Durabilidade e manutenibilidade
3.6.1. Requisito – Vida útil de projeto dos sistemas de vedações verticais
internas e externas
O sistema Drywall consegue manter a capacidade funcional e as características estéticas,
ambas compatíveis com o envelhecimento natural dos materiais durante a Vida Útil de Projeto
(VUP – mínimo acima de 20 anos e superior acima de 30 anos), além de também apresentar
durabilidade compatível com a VUP.
3.6.2. Requisito – Manutenibilidade dos sistemas de vedações verticais
internas e externas
O sistema Drywall consegue manter a capacidade do edifício e de seus sistemas e permitir
ou favorecer as inspeções prediais, bem como as intervenções de manutenção previstas no
manual de operação, uso e manutenção.
61
3.7. Saúde
O sistema Drywall atende a legislação vigente em relação às exigências relativas à saúde,
além de propiciar condições de salubridade no interior da edificação, considerando as condições
de umidade e temperatura no interior da unidade habitacional, aliadas ao tipo dos sistemas
utilizados na construção; o sistema Dyrwall e os materiais empregados também não liberam
produtos que poluam o ar em ambientes confinados, originando níveis de poluição acima
daqueles verificados no entorno (enquadram-se nesta situação os aerodispersóides, gás
carbônico e outros).
3.8. Conforto Antropodinâmico
O sistema Drywall não prejudica as atividades normais dos usuários, dos edifícios
habitacionais, quanto ao caminhar, apoiar, limpar, brincar e semelhantes. Também não deve
apresentar rugosidades contundências, depressões ou outras irregularidades nos elementos,
componentes, equipamentos e quaisquer acessórios ou partes da edificação.
3.9. Adequação ambiental
O sistema Drywall é executado com componentes fabricados com um altíssimo controle
tecnológico com o objetivo de minimizar os impactos ambientais negativos, sendo que quase
todos os seus componentes podem ser reciclados.
62
4. COMPARAÇÃO ENTRE O SISTEMA DRYWALL E A ALVENARIA
CERÂMICA
4.1. Vantagens
O sistema Drywall apresenta as seguintes vantagens quando comparado com a alvenaria
cerâmica (ilustrado pela figura 61):
Figura 61 – Vantagens do sistema Drywall quando comparado com a alvenaria cerâmica
Fonte: PLACO SAINT-GOBAIN, 2014
1) Redução do volume de material transportado vertical e horizontalmente.
2) Redução de mão-de-obra e elevada produtividade.
O sistema exige uma mão-de-obra especializada e menos etapas de execução, além de ser
mais leve, possibilitando assim uma média de produtividade de 30m² de parede por dia por
dupla de trabalhadores.
3) Flexibilidade de layout.
O sistema permite uma modelagem maior do que alvenaria cerâmica utilizando-se de
menos recursos (tempo, material, mão-de-obra), como ilustrado nas figuras 62 e 63.
63
Figura 62 – Delimitação em elipse de uma sala de reuniões da empresa Terco Grant Thorton
Fonte: SITE 15, 2016
Figura 63 - Criação de nichos
Fonte: SITE 16, 2016
4) Facilidade nas instalações prediais evitando cortes e quebras, devido ao espaço
livre entre chapas disponíveis para tubulações e eletrodutos.
64
5) Menor espessura de paredes com ganho de área.
Muito em razão do controle tecnológico dos elementos em relação à medida de tolerância
das medidas serem em milímetros e os perfis metálicos garantirem a estabilidade estrutural
apesar de suas esbeltezas.
6) Mínimo desperdício e retrabalho.
7) Redução de peso, tornando a construção mais leve com alívio às estruturas.
A parede em Drywall é, em média, entre 5 a 6 vezes mais leve que a parede em alvenaria.
4.2. Desvantagens
O sistema Drywall apresenta as seguintes desvantagens quando comparado com a
alvenaria cerâmica:
1) Há um preconceito ao sistema em razão de associar a leveza do sistema à uma
falta de resistência mecânica.
2) Sistema muito sensível à umidade e presença de água.
3) Dúvidas quando ao desempenho acústico em função da pequena espessura da
parede em Drywall.
4) Exigência de reforços em pontos de fixação de objetos mais pesados, elementos
aos quais o usuário nem sempre tem fácil acesso.
5) Há muitas empresas que executam o sistema Drywall no mercado, porém ainda
há dificuldades em encontrar empresas que executem com a qualidade exigida. Isso é
evidenciado pelos equívocos no domínio das técnicas de execução do sistema.
4.3. Vantagens em relação à NBR 15575-4_2013
A alvenaria atende em muitos dos quesitos da norma, entretanto há ainda limitações no
atendimento aos seguintes aspectos da norma7:
7 Os dados e informações foram obtidas através de pesquisas em sites e entrevistas às construtoras feito pelo autor.
65
1) Segurança contra o incêndio e segurança em relação ao uso e operação
O bloco cerâmico, componente da alvenaria, é inflamável; entretanto, apresenta um
comportamento peculiar em relação a temperaturas muito altas: uma das faces do bloco quando
aquecida sofre expansão, enquanto que na face oposta não apresenta essa mesma expansão,
podendo assim haver a ruptura brusca do bloco (efeito chamado de ‘desplacamento do bloco’
e spaulling em inglês), afetando assim a segurança do usuário. Embora não haja nenhum
exemplo de caso ainda, o assunto já é item de investigação e já aparece recomendações em
relação a este efeito na norma europeia Eurocodes.
2) Desempenho acústico
A alvenaria por si só não atende ao requisito de apresentar um índice de redução sonora
de 50dB (decibéis) em laboratório como requisito de isolação acústica para parede entre
unidades habitacionais autônomas onde um dos ambientes ser dormitório e para parede cega
entre uma unidade habitacional e áreas comuns de permanência de pessoas, atividades de lazer
e atividades esportivas.
Há o uso de várias alternativas por partes das construtoras para que se possa atender a
norma e alguns dos exemplos são:
2a) Construção de duas paredes de alvenaria espaçadas entre elas e com
preenchimento de lã mineral.
Neste caso há a execução de duas paredes, totalizando assim o dobro da quantidade de
serviço de alvenaria e gerando: maior prazo de execução; custo maior da obra, em razão de
maior tempo de utilização de recursos (como água e luz) e equipamentos alugados (como a
cremalheira); maior solicitação da estrutura (tendo em vista que foram executadas duas paredes
com a utilização do bloco cerâmico 9x19x39, quando o mais usual seria a execução de uma
parede com a utilização do bloco cerâmico 14x19x39)
2b) Construção de parede de alvenaria com preenchimento de areia e uso de chapa
de gesso acartonado colado nas faces da parede.
Neste caso há o preenchimento com o uso da areia nos espaços vazados dos blocos
cerâmicos, além do uso das chapas de gesso acartonado colado nas faces da parede. Essa é uma
solução cara, pois há necessidade de uma mão-de-obra especializada para colar as chapas de
66
gesso acartonado na parede de alvenaria, além do preço do próprio material e da areia usada
para preencher os espaços vazados do bloco.
3) Adequação ambiental
O sistema Drywall é um sistema que gera menos entulho que a alvenaria e que já conta
com unidades de recebimento de resíduos de gesso, segundo a Associação Brasileira de
Drywall.
O edifício Eurobusiness, da construtora Engemárica, é o primeiro edifício do sul do Brasil
a receber o selo LEED Platinum e utilizou-se do sistema Drywall para auxiliar a alcançar tal
objetivo em função da fácil gestão de desperdício de material que o sistema oferece, além da
baixa geração de resíduos dos fabricantes dos componentes do sistema.
4.4. Entrevista
Para a obtenção dos dados de um exemplo de caso, foi feita uma entrevista com Alex
Takashi Enoshita, analista de assistência técnica da Construtora Tarjab8. Na entrevista foram
feitas perguntas em relação à observação e análise dos benefícios que a utilização do sistema
Drywall oferece em relação à alvenaria, além de pesquisar sobre as dificuldades encontradas na
utilização do sistema Drywall. Segue em seguida a transcrição da entrevista.
Pergunta: Há quanto tempo que a construtora Tarjab vem utilizando o sistema Drywall
em suas construções?
Alex Takashi (AT): A Tarjab trabalha com o sistema Drywall em larga escala desde o
Edifício Harmonia Jabaquara, no ano de 2013.
Pergunta: Quais foram os principais motivos para trocar o sistema de paredes de maior
expertise (alvenaria cerâmica) para um novo sistema (Drywall) ainda não assimilado na
empresa?
AT: O principal motivo para a mudança era a característica da estrutura (de uma
construção). Por se tratar de uma obra iniciada pela Encol na década de 90, foi feito um estudo
de viabilidade da estrutura. O estudo apontou que a estrutura não sofria risco de colapso, mas
uma sobrecarga muito grande geraria grande deformação da laje. Foi nesta situação que se
8 Construtora Tarjab Ltda. CNPJ: 53.017.612/0001-53.
67
buscou a escolha de um sistema mais leve que não causasse muita deformação da laje e
atendesse nossos requisitos. Neste contexto que começamos o uso da parede em Drywall em
larga escala para edifícios residenciais.
Pergunta: Quais foram as principais barreiras a serem transpostas para que o sistema
Drywall se consolidasse na cultura da empresa?
AT: Antes de entrarmos em contato com a Associação Brasileira de Drywall, tínhamos
uma série de preconceitos sobre o sistema Drywall. Por ser um sistema leve, o principal
paradigma a ser quebrado era sobre a fragilidade mecânica do sistema. Outro item era a dúvida
de se o sistema atendia as questões referentes ao desempenho acústico. Tivemos, e ainda temos,
um trabalho muito forte com a área comercial da empresa para revertermos essa visão que o
cliente tem sobre o sistema Drywall, evidenciando com ensaios e vantagens (como a facilidade
na mudança do layout).
Pergunta: Há ainda baixa demanda por drywall no mercado; na sua opinião, há, no
momento, uma boa oferta de drywall no mercado em relação à mão-de-obra para atender a
demanda atual? Como reconhecer uma empresa que oferece a execução do sistema de forma
satisfatória?
AT: Pelo fato do sistema já ser consolidado em edifícios comerciais na cidade de São
Paulo, a oferta de mão de obra é abundante. No entanto, a principal dificuldade está em achar
empresas qualificadas que executam o serviço com qualidade. A escolha de uma empresa passa
por uma qualificação que envolve aspectos fiscais, históricos, técnicos e financeiros. O controle
de qualidade é feito por uma ficha de verificação de serviço baseada num procedimento que
leva em consideração boas práticas e normas referentes ao sistema.
Pergunta: Como é a relação entre a construtora Tarjab e a empresa que executa o sistema
Drywall? Existe uma clara proatividade da empresa em melhorar e buscar a excelência; ou
ainda tem muita coisa a melhorar em relação no prazo de entrega, estudo da interface dos
sistemas que tenham a interferência do drywall e cuidado pelos interesses da construtora
Tarjab?
AT: A relação com os prestadores de serviço é bastante ativa. Temos reuniões periódicas
na obra que há discussões a respeito de prazo, qualidade e projeto. Esses itens são listados de
forma a garantir um planejamento mais preciso, projetos com melhor construtibilidade e sem
interferências, e um controle de qualidade mais eficaz. Todos esses itens são devidamente
documentados de forma a garantir a qualidade do processo, ou seja, sua melhoria continua.
68
Pergunta: Na visão da construtora, quais são os erros e as falhas do sistema Drywall que
ainda precisam ser melhorados? As ocorrências desse erros e falhas são características do
próprio sistema ou da empresa que executa o sistema?
AT: Podemos citar como pontos positivos do sistema Drywall: a rapidez na execução;
obra mais limpa, com redução na geração de entulhos; sistema menos suscetível a erros
propagados de execução (em razão de ser um sistema com elementos industrializados) e
redução de sobrecarga da estrutura; enquanto que os pontos negativos são: exigência de reforços
em pontos de fixação de objetos mais pesados; exigência do uso de buchas que não são de fácil
localização para o cliente e maior cuidado com impermeabilização do sistema em áreas
molhadas.
Sendo assim, os itens que merecem mais atenção são: cuidados com as juntas de encontro
das chapas, pois muitas empreiteiras estão acostumadas a utilizar fitas de tela de fibra de vidro,
porém exigimos que seja utilizada fita de papel microperfurado; e em relação aos fabricantes,
a fabricação em larga escala de placas de gesso com 4 rebaixos, sem topo, facilitaria a execução
das juntas, visto que é mais complicado executar junta topo-topo e topo-rebaixo.
4.5. Exemplo de caso
A entrevista forneceu dados qualitativos e quantitativos para que pudesse gerado um
exemplo de caso com o objetivo de fazer a comparação do custo do sistema Drywall com a
alvenaria cerâmica. O exemplo de caso visa explorar a comparação entre o sistema Drywall
versus a alvenaria cerâmica em relação ao impacto de custo global de uma obra da Construtora
Tarjab como escolha de sistema de paredes internas.
Para a comparação mencionada, foi feito um estudo de viabilidade visando o impacto que
o sistema Drywall e a alvenaria cerâmica exercem sobre os sistemas que são executados após a
execução destes, a saber o sistema de impermeabilização, revestimento de paredes e pintura das
paredes, além da comparação de custos entre os sistemas dentro de uma obra da construtora.
Para finalizar, há a análise do impacto que os sistemas exercem sobre o custo global de uma
obra. Todos as comparações são feitas entre o sistema Drywall e a alvenaria cerâmica.
Foram utilizadas as duas seguintes configurações de parede utilizadas para a comparação:
a primeira opção (opção 1) tem a alvenaria cerâmica como sistema de paredes externa e o
sistema Drywall como sistema de paredes interna; enquanto que a segunda opção (opção 2) tem
a alvenaria cerâmica como sistema de paredes externa e interna. Para o comparativo de custos,
69
utilizou-se o custo total do sistema, ou seja, material e mão-de-obra. A tabela 26 ilustra o
comparativo.
Tabela 26 – Comparativo de custos entre opção 1 e opção 2
Serviços Razão do custo entre a opção 1 e a opção 2
Vedação 18 % maior
Impermeabilização 32 % maior
Revestimento Interno 57 % menor
Pintura Interna 17 % menor
Custo Global 7 % menor
Fonte: Autor, base Construtora Tarjab, 2016.
70
5. CONSIDERAÇÕES FINAIS
5.1. Críticas
Após muitos anos sem uma devida padronização da qualidade e desempenho das
edificações, as construtoras têm se preocupado com a questão da exigibilidade do atendimento
da norma ABNT NBR 15575 e procurado soluções e tecnologias com a melhor viabilidade
técnica-financeira para as suas obras.
Cada construção tem várias etapas de execução e vários sistemas e tecnologias utilizados
nestas etapas; sendo que um dos sistemas mais impactantes no custo de uma obra é o sistema
de vedações verticais internas.
Embora ainda exista o receio da sociedade e a insegurança do mercado quanto ao
desempenho mecânico e acústico do sistema Drywall, foram demonstrados neste trabalho que
o sistema atende aos requisitos da norma ABNT NBR 15575-4_2013, requisitos estes a
alvenaria cerâmica também atende como sistema de vedações verticais internas; porém sendo
até melhor em alguns dos requisitos que a alvenaria cerâmica, como o desempenho acústico.
Além disso o sistema tem se apresentado como uma opção de sistema de vedações verticais
internas com um bom custo benefício quando comparado com a alvenaria cerâmica, uma vez
que consegue impactar de forma positiva o custo global de uma obra, principalmente em relação
ao atendimento da norma ABNT NBR 15575-4_2013; pois a alvenaria cerâmica, para atender
a norma, apresenta: soluções de custo elevado, aumento de peso na estrutura, aumento de prazo
de obra, e outros riscos inerentes que o prolongamento do prazo de execução total de uma obra
traz em relação à: incidência de acidente, rentabilidade do empreendimento e liquidez da
construtora; conforme analisado neste trabalho.
Em razão de nenhum sistema ser perfeito, existem desvantagens que preocupam tanto o
mercado quanto o usuário, porém há a possibilidade de mitigá-las com um bom planejamento
de obra e uma maior proximidade da construtora com o usuário, gerando uma maior segurança
através de assistência técnica.
Sendo assim, há fortes indícios de que o sistema de paredes internas em Drywall é um
sistema que apresenta um bom custo-benefício e com potencial de ser o mais novo sistema líder
do mercado brasileiro, uma vez que apresenta significativas vantagens em relação ao atual líder
e possibilidade de mitigação das desvantagens do próprio sistema.
71
5.2. Sugestões para trabalhos futuros
O sistema de paredes internas em Drywall tem conseguido obter sua representatividade
no mercado brasileiro, apesar de ser ainda em passos lentos.
São sugeridas a realização de mais pesquisas sobre o assunto, uma vez que ainda há
dificuldades de encontrar empresas qualificadas para a execução do sistema.
Essas pesquisas podem ser sobre o gerenciamento do processo produtivo e da implantação
de gestão da qualidade. Podem ser feitas também pesquisas sobre os modelos de gestão das
empresas brasileiras do setor mais bem sucedidas ou das empresas de outros países que possuem
mais experiência em relação ao assunto.
72
REFERÊNCIAS
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