produÇÃo de mudas de cebola (allium cepa l.) sob uma ...§ão.pdf · como nas tristes, pois...
TRANSCRIPT
MINISTEacuteRIO DA EDUCACcedilAtildeO UNIVERSIDADE FEDERAL DE PELOTAS FACULDADE DE AGRONOMIA ELISEU MACIEL
PRODUCcedilAtildeO DE MUDAS DE CEBOLA (Allium cepa L) SOB UMA PERSPECTIVA AGROECOLOacuteGICA
AgraveGUIDA GORETI PAGLIA
Dissertaccedilatildeo apresentada agrave Universidade Federai de Pelotas sob a orientaccedilatildeo da P ro f Dra Tacircnia Beatriz Gamboa Arauacutejo Morselli como parte das exigecircncias do Programa de Poacutes-Graduaccedilatildeo em Agronomia Aacuterea de Concentraccedilatildeo Produccedilatildeo Vegetal para obtenccedilatildeo do tiacutetulo de Mestre em Ciecircncias
PELOTAS Rio Grande do Sul - Brasil
Fevereiro de 2003
Dados de catalogaccedilatildeo na fonte (Marlene Cravo Castillo - CRB-10744)
P138P Paglia Aacuteguida GoretiProduccedilatildeo de mudas de cebola (Allium cepa L) sob uma persshy
pectiva agroecoloacutegica Aacuteguida Goreti Paglia orientador Tacircnia Beatriz Gamboa Arauacutejo Morselli - Pelotas 2003 - 64 f il Dissertaccedilatildeo (Mestrado) Produccedilatildeo Vegetal Faculdade de Agroshynomia Eliseu Maciel Universidade Federal de Pelotas Pelotas 2003
1 Allium cepa L 2 Mudas 3 Agroecologia I Morselli Tacircnia Beatriz Gamboa Arauacutejo (orientador) II Tiacutetulo
CDD 63525
PRODUCcedilAtildeO DE MUDAS DE CEBOLA (Allium cepa L) SOB UMA PERSPECTIVA AGROECOLOacuteGICA
Enga Agra AgraveGUIDA GORETI PAGLIA
DissertaccedilatildeoSubmetida como parte dos requisitos para obtenccedilatildeo do Grau de
Mestre em Ciecircncia Programa de Poacutes-Graduaccedilatildeo em Agronomia
Faculdade de Agronomia Eliseu Maciel Pelotas (RS) Brasil
Prof Dra Tacircnia Beatriz Gamboa Arauacutejo Morselli
Prof Dr Seacutergio Roberto Martins
P rof Dra Roberta Marins Nogueira Peil
Prof Dra Tacircnia Beatriz Gamboa Arauacutejo Morselli(Orientadora)
Prof Dr Joseacute Geraldo Wizniewsky(DCSAFAEMUFPel)
Prof Dr Carlos Rogeacuterio Mauch(DFTFAEMUFPel)
Engdeg Agro Dr Joseacute Ernani Schwengber(EMATERRS)
Comitecirc de Orientaccedilatildeo
Prof Dr Joatildeo Baptista da Silva
Aprovada em 21 de fevereiro de 2003 Homologado 720 03
Prof Dr Carlos Rogeacuterio MauchCoordenador do Programa de Poacutes-Graduaccedilatildeo em Agronomia
Prof Dr Ceacutesar Valmor RombaldiDiretor da Faculdade de Agronomia
II
Natildeo eacute o desafio com que nos deparamos
que determina quem somos e o que estamos nos tornando
Mas a maneira com que respondemos a este desafio
Somos combatentes idealistas mas plenamente conscientes
Porque o ter consciecircncia natildeo nos obriga
a ter teoria sobre as coisas
soacute nos obriga a sermos conscientes
Dificuldades para vencer
A liberdade para provar
E enquanto acreditamos no nosso sonho
Nada eacute por acaso
(Henfil)
Acredito que Deus estaacute em tudo
Por isso agrave Natureza dedico
iii
AGRADECIMENTOS
Cumprindo esta etapa fundamental para minha formaccedilatildeo profissional comeccedilo
agradecendo a FAEMUFPel pela oportunidade
A FEPAGROSUL que abriu espaccedilo para a produccedilatildeo e troca de conhecimento
Aos funcionaacuterios que foram fundamentais na execuccedilatildeo deste trabalho
Ao Programa RS-Rural por fornecer todas as condiccedilotildees financeiras agrave realizaccedilatildeo
deste trabalho acreditando na necessidade de geraccedilatildeo de tecnologias que possam
responder a imensa diversidade dos agroecossistemas regionais
Sou especialmente grata agrave Tacircnia que esteve comigo no dia-dia Considero-a muito
mais que orientadora considero-a como uma parceira na vida tanto nas horas alegres
como nas tristes pois partilhamos do alfabeto emocional
Aos co-orientadores Seacutergio pelo ser amoroso que eacute Roberta pela incansaacutevel
ajuda e Joatildeo Baptista por sua dedicaccedilatildeo
A todos os professores e funcionaacuterios que contribuiacuteram com sorrisos e disposiccedilatildeo
sempre
Meus colegas e amigos verdadeiros Natildeo citarei nomes pois todos satildeo especiais
satildeo ldquoseres humanosrdquo que tanto amo e admiro
Paulo Timm obrigada pela confianccedila e dedicaccedilatildeo
A minha famiacutelia Junto a eles restauro as forccedilas da minha alma e encontro apoio e
estimulo para prosseguir e meu caminho tendo a certeza que nunca estarei soacute
Edi quanta saudade senti Fez-me crer que eacute possiacutevel fazer do sonho a vida
Nosso amor me fortaleceu nos dias difiacuteceis
Ao Conselho Nacional de Desenvolvimento Tecnoloacutegico pelo apoio financeiro
E por uacuteltimo mas natildeo menos importante a todos que acreditam e compartilham
na busca do ideal ldquofelicidaderdquo este que soacute pode ser operacionalizado dentro do real e
que certamente este real pode ser mudado
IV
IacuteNDICE
FICHA DE HOMOLOGACcedilAtildeO ii
DEDICATOacuteRIA iii
AGRADECIMENTOS iv
IacuteNDICE v
SUMAacuteRIO vii
SUMMARY ix
INTRODUCcedilAtildeO 1
2 REVISAtildeO DE LITERATURA 3
21 Desenvolvimento e sustentabilidade 3
211 Agroecologia Paradigma em construccedilatildeo 5
212 Agroecologia e agricultura familiar 7
213 O Mercado de produtos orgacircnicos 8
22 A cultura da cebola e sua importacircncia 9
2 2 1 Caracteriacutesticas agronocircmicas da cebola 1 0
222 A produccedilatildeo de mudas de hortaliccedilas 11
23 Adubaccedilatildeo orgacircnica 12
231 Efeitos da adubaccedilatildeo orgacircnica no solo 13
232 Efeitos da adubaccedilatildeo orgacircnica nas culturas 14
233 Plantas de cobertura do solo 15
234 Adubaccedilatildeo foliar 15
24 Vermicompostagem 16
V
241 Resiacuteduos utilizados na vermicompostagem17
2411 Resiacuteduos de origem animal17
2412 Resiacuteduos de origem vegetal17
25 Biofertilizantes 18
251 Urina de vaca 20
252 Alhol 21
253 Calda Bordalesa22
254 Biofertilizante Super Magro 22
256 Biofertilizante MB4 23
3 M ATERIAL E M EacuteTODOS 24
31 Local de execuccedilatildeo do experimento 24
32 Anaacutelise estatiacutestica 24
33 Tratamentos 25
34 Conduccedilatildeo do experimento27
35 Observaccedilotildees agronocircmicas 28
351 Fitomassa fresca da parte aeacuterea28
352 Fitomassa seca da parte aeacuterea 28
353 Altura da muda 28
354 Diacircmetro de colo 28
355 Sistema radicular 29
3551 Comprimento de raiz 29
3552 Densidade de raiz 29
3553 Razatildeo parte aeacutereasistema radicular 30
36 Determinaccedilatildeo de macronutrientes no tecido vegetal 30
4 RESULTADOS E DISCUSSAtildeO 31
41 Anaacutelise das variaacuteveis 31
411 Anaacutelise da parte aeacuterea 31
412 Anaacutelise do sistema radicular 33
413 Anaacutelise de macronutrientes no tecido vegetal 35
5 CONCLUSOtildeES 39
6 REFEREcircNCIAS BIBLIOGRAacuteFICAS 40
7 APEcircNDICE 48
VI
SUMAacuteRIO
PAGLIA AgraveGUIDA GORETI (MS) Universidade Federal de Pelotas fevereiro de 2003 Produccedilatildeo de Mudas de Cebola (Allium cepa L) sob uma perspectiva Agroecoloacutegica Professora Orientadora Tacircnia Beatriz Gamboa Arauacutejo Morselli Co- orientadores Seacutergio Roberto Martins Roberta Marins Nogueira Peil e Joatildeo Baptista da Silva
Com o objetivo de estudar a produccedilatildeo de mudas de cebola sob uma perspectiva
agroecoloacutegica foi conduzido um experimento a campo na Fundaccedilatildeo Estadual de
Pesquisa Agropecuaacuteria - FEPAGROSUL no municiacutepio de Rio GrandeRS no periacuteodo
de 15 de maio a 26 de agosto de 2002 Utilizou-se a cultivar Petrolini (ciclo meacutedio)
submetida as seguintes adubaccedilotildees adubaccedilatildeo de base (1 VB - 30 t ha 1 de
vermicomposto bovino 15 VB - 45 t harsquo 1 de vermicomposto bovino e EC - 60 t ha de
esterco de curral) e biofertilizantes liacutequidos (SM+U+CB - Super Magro mais urina de
vaca mais calda bordalesa MB4 +U+CB - MB4 mais urina de vaca mais calda bordalesa
e Testemunha - ausecircncia) O experimento foi esquematizado em delineamento em
blocos ao acaso em fatorial 3 X 3 As variaacuteveis analisadas foram fitomassa fresca e
seca (g) da parte aeacuterea e do sistema radicular altura de planta (cm) diacircmetro do colo
(mm) comprimento de raiz (cm) razatildeo parte aeacutereasistema radicular densidade de raiz
(m cm3) e conteuacutedos de nitrogecircnio foacutesforo potaacutessio caacutelcio e magneacutesio na parte aeacuterea
da planta Concluiu-se que as respostas agronocircmicas das mudas de cebola para os
paracircmetros avaliados satildeo mais satisfatoacuterias com a aplicaccedilatildeo de esterco de curral como
adubaccedilatildeo de base os biofertilizantes mais urina de vaca e calda bordalesa proporcionam
VII
respostas satisfatoacuterias quando aplicados junto agraves adubaccedilotildees de base o biofertilizante
MB4 mais urina de vaca e calda bordalesa eacute mais eficiente que o super magro mais urina
e calda bordalesa quando aplicado junto agrave adubaccedilatildeo de base esterco de curral os
conteuacutedos de fitomassa seca das mudas de cebola satildeo significativos quando adicionado
os biofertilizantes ao vermicomposto bovino (45 t harsquo1) os maiores conteuacutedos
nutricionais para as mudas de cebola satildeo proporcionados pela adubaccedilatildeo de base esterco
de curral a maior absorccedilatildeo de caacutelcio pelas mudas de cebola ocorre quando da adiccedilatildeo de
biofertilizante MB4 mais urina e calda bordalesa agrave adubaccedilatildeo de base esterco de curral
VIII
SUMMARY
PAGLIA AgraveGUIDA GORETI (MS) Universidade Federal de Pelotas February 2003 Onion (Allium cepa L) Transplant Production under an Agroecological Perspective Tacircnia Beatriz Gamboa Arauacutejo Morselli Comitte Seacutergio Roberto Martins Roberta Marins Nogueira Peil and Joatildeo Baptista da Silva
With the objective of studying the onion transplant production under an agroecological
perspective a field experiment was carried out in the Fundaccedilatildeo Estadual de Pesquisa
Agropecuaacuteria-FEPAGROSUL in the city o f Rio GiWideRS in the period between 15
May and 26 August 2002 The cultivar Petrolini (medium cycle) was submitted to the
following fertilizers soil fertilizer (1 VB - 30 t h a o f bovine vermicompost 15 VB -
45 t ha 1 of bovine vermicompost and EC - 60 t ha 1 of manure and liquid biofertilizer
(SM+U+CB - ldquoSuper Magrordquo with cow urine with bordeaux mixture MB4 +U+CB -
MB4 with cow urine with bordeaux mixture and control - absence) The experiment was
laid in a randomized block design in factorial scheme 3X3 The analyzed parameters
were fresh and dry matter of the aerial part and root system plant height colon
diameter root length ration aerial partroot system root density and the contents
nitrogen phosphorus potassium calcium and magnesium in the aerial part o f the plant
It was concluded that the agronomic responses o f the onion seedlings for the evaluated
parameters are more satisfactory with the application o f manure as soil fertilizer the
biofertilizers with cow urine and bordeaux mixture provide satisfactory responses when
applied along with the soil fertilizer the biofertilizer MB4 with cow urine and bordeaux
IX
mixture is more effieient than the ldquoSuper Magrordquo with urine and bordeaux mixture
when applied along with manure as soil fertilizer the dry matter contents of the onion
seedlings are significant when the biofertilizer is added to bovine vermicompost (45 t
h a 1) the largest nutritional contents for the onion seedlings are obtained with manure as
soil fertilizer the largest absorption of calcium by the onion seedlings happens when the
biofertilizer MB4 with urine and bordeaux mixture is added to the manure as soil
fertilizer
X
mixture is more efficient than the Super Magro with urine and bordeaux mixture
when applied along with manure as soil fertilizer the dry matter contents of the onion
seedlings are significant when the biofertilizer is added to bovine vennicompost (45 t
hamiddot ) the largest nutritional contents for the onion seedlings are obtained with manure as
soil fertilizer the largest absorption of calcium by the onion seedlings happens when the
biofertilizer MB4 with urine and bordeaux mixture is added to the manure as soil
fertilizer
x
1
1 INTRODUCcedilAtildeO
ldquoEu sustento que a ciecircncia soacute tem
finalidade se serrsquoir para aliviar a miseacuteria
da existecircncia humana
(Bertold Brecht)
No Rio Grande do Sul cultivar cebola eacute atividade de pequenos e meacutedios
produtores revestindo-se de suma importacircncia para a economia onde contribui para a
geraccedilatildeo de empregos e a fixaccedilatildeo do homem ao meio rural visto que haacute necessidade de
outros tipos de investimentos sociais e econocircmicos
Segundo o ICEPA-SC (2003) o Rio Grande do Sul responde por cerca de 14 da
produccedilatildeo nacional o que faz da cebola a segunda hortaliccedila em importacircncia econocircmica
no Estado sendo apenas superada pela cultura da batata poreacutem a aacuterea plantada no RS
tem apresentado recuo nos uacuteltimos anos caindo de 16648 hectares na safra 9899 para
14085 na safra atual (0203) acontecendo o mesmo com a produccedilatildeo que diminuiu de
181338 toneladas na safra 9596 para aproximadamente 159000 na safra atual
A baixa produtividade obtida pode ser atribuiacuteda a vaacuterios fatores baixa
disponibilidade de mateacuteria orgacircnica no solo poucc^ uso de materiais orgacircnicos eou
aplicaccedilatildeo inadequada destes considerando ainda que a maioria dos produtores
conservam caracteriacutesticas agriacutecolas do seacuteculo passado apresentando resistecircncia ao
associativismo e possuem carecircncia de infraestrutura (estradas eletricidade telefonia
drenagem e condiccedilotildees de armazenamento) Esses fatores aliados a baixa rentabilidade
2
da cultura tem sido apontados como responsaacuteveis pelo abandono da cebolicultura por
alguns produtores
A fase de produccedilatildeo das mudas eacute de extrema importacircncia para o cultivo da cebola e
requer manejo adequado dos recursos naturais para que a cultivar utilizada possa
expressar seu potencial geneacutetico sem comprometer o equiliacutebrio ambiental O principal
cuidado para o desenvolvimento de mudas de qualidade refere-se agrave utilizaccedilatildeo adequada
do solo
Desta forma o manejo do solo e das plantas orientado pela agroecologia pode se
constituir numa excelente alternativa para obtenccedilatildeo de mudas de qualidade sem
comprometer a sauacutede dos agricultores e contribuindo para a preservaccedilatildeo ambiental
Diversas praacuteticas vecircm sendo utilizadas com esta finalidade entre elas citam-se a
adubaccedilatildeo orgacircnica e os biofertilizantes enriquecidos No entanto estes fatores de
produccedilatildeo precisam ser melhor estudados no que tange a sua utilizaccedilatildeo adequada pelos
produtores de cebola objetivando um sistema de produccedilatildeo sustentaacutevel
A agroecologia como ciecircncia apresenta vaacuterias dimensotildees ecoloacutegica econocircmica
social cultural poliacutetica e eacutetica Neste sentido e considerando-se a procura crescente por
produtos orgacircnicos e a necessidade de sistemas de fertilizaccedilatildeo adequados ao cultivo da
cebola o presente trabalho teve como objetivo a produccedilatildeo de mudas sob uma
perspectiva agroecoloacutegica contribuindo para o processo de transiccedilatildeo do sistema de
produccedilatildeo
3
2 REVISAtildeO DE LITERATURA
ldquoAs novas eras natildeo comeccedilam de uma vez
Meu avocirc jaacute vivia no novo tempo
Meu neto viveraacute talvez ainda no velho
A nova carne eacute comida com os velhos garfos
(Bertold Brecht)
21 Desenvolvimento e sustentabilidade
Nenhuma espeacutecie viva com exceccedilatildeo do homem empreende esforccedilos de
desenvolvimento no sentido de crescimento material que sob as formas em que vem
sendo compreendido conduz sempre a algum tipo de agressatildeo contra o ambiente Os
esforccedilos presentes visando o progresso material assim como a maneira de satisfaccedilatildeo
das necessidades baacutesicas do homem no mundo de hoje revelam-se inconsistentes O
uso para esse fim de mateacuteria e energia em doses excessivas e crescentes tem exaurido
recursos ambientais acima de sua capacidade de regeneraccedilatildeo obviamente tendendo a
toma-los menos disponiacuteveis para as futuras geraccedilotildees
De acordo com Martins (2002) o Desenvolvimento Sustentaacutevel natildeo eacute um conceito
acabado trata-se de uma ideacuteia forccedila proacute-ativa e positiva mas que necessita ser
esclarecida quanto ao significado destes dois vocaacutebulos que lhe compotildee e o contexto em
que as pessoas com eles se relacionam Aleacutem disso isso afeta tanto como profissionais
cujas atividades vinculam-se diretamente ao trato com a natureza e portanto por ela satildeo
4
responsaacuteveis mas especialmente como cidadatildeos que constroem no seu cotidiano as
distintas dimensotildees do desenvolvimento sociais econocircmicas ambientais culturais
cientificas e tecnoloacutegicas juriacutedicas poliacuteticas e espirituais
Segundo Altieri amp Nicholls (2000) para o desenvolvimento de uma agricultura
sustentaacutevel as necessidades natildeo satildeo apenas bioloacutegicas ou teacutecnicas mas tambeacutem sociais
econocircmicas e poliacuteticas E inconcebiacutevel promover mudanccedilas ecoloacutegicas no setor agriacutecola
sem a defesa de mudanccedilas nas outras aacutereas da sociedade de modo a conscientizar o
homem sobre as condiccedilotildees necessaacuterias para a exploraccedilatildeo da natureza
A ideacuteia da sustentabilidade referente ao vocaacutebulo sustentaacutevel coloca-se como
contraponto ao caraacuteter perdulaacuterio do modelo prevalecente na medida em que o modelo
econocircmico praticado por um lado estaacute baseado no consumo da mateacuteria prima fornecida
pela natureza para a produccedilatildeo de bens e serviccedilos em descompasso com seu ritmo e
capacidade de fornecimento por outro tem tratado a natureza como mero depositaacuterio de
resiacuteduos sem considerar sua capacidade de absorccedilatildeo e reciclagem A sustentabilidade
contrapotildee-se agrave caracteriacutestica antropocecircntrica do modelo o homem como centro da
questatildeo numa postura dominante sobre o entorno natural cujas ferramentas cientiacuteficas e
tecnoloacutegicas embasam um modelo econocircmico que subjuga a natureza e coloca-se acima
desta O vocaacutebulo sustentaacutevel portanto se refere agrave capacidade de suporte da biosfera
sendo um fim a ser perseguido com o objetivo de garantir sua preservaccedilatildeo numa visatildeo
prospectiva ou seja que assegure o futuro planetaacuterio assumindo portanto o
compromisso com as geraccedilotildees vindouras (Martins 2002)
Quando se trata de apontar os possiacuteveis caminhos que levaratildeo a um novo padratildeo
produtivo e garanta a seguranccedila alimentar sem agredir o ambiente o caminho torna-se
mais difiacutecil Percebe-se que a noccedilatildeo de agricultura sustentaacutevel permanece cercada por
duacutevidas e contradiccedilotildees mesmo assim seu emprego toma-se cada vez mais frequumlente
(Ehlers 1999)
Haacute que se incorporar a concepccedilatildeo de entropia agrave noccedilatildeo de desenvolvimento visto
que a extraccedilatildeo e o transporte tambeacutem satildeo atividades econocircmicas que requerem cuidados
de manejo visando menores efeitos entroacutepicos ao meio ambiente Satisfazer as
necessidades presentes sem comprometer as possibilidades das futuras geraccedilotildees
satisfazerem as suas proacuteprias eacute o que necessita ser construiacutedo no cotidiano Esta natildeo eacute
uma tarefa faacutecil nos tempos atuais pois o mundo nunca passou por tanta incerteza e
nunca teve um presente tatildeo insustentaacutevel (Martins 1997)
211 Agroecologia Paradigma em construccedilatildeo
5
O seacuteculo passado assistiu a uma ineacutedita expansatildeo da capacidade humana de
agenciamento das forccedilas naturais promovida pelo saber teacutecnico-cientiacutefico cuja
centra lidade eacute hoje irreversiacutevel no que se refere as relaccedilotildees com a natureza Em relaccedilatildeo
ao conhecimento poucas aacutereas de interesse do homem moderno se ligam tanto agrave
pesquisa cientiacutefica como a questatildeo ambiental sendo um fenocircmeno de tendecircncia
internacional evidenciado a partir da deacutecada de 70 (Hess 1999)
A noccedilatildeo de paradigma eacute normalmente utilizada para estabelecer uma
diferenciaccedilatildeo entre dois momentos ou dois niacuteveis do processo de conhecimento
cientiacutefico (Capra 1997 Kuhn 1989) Para um entendimento miacutenimo do que significa
essa noccedilatildeo Costa Neto (1999) diz que se pode conceituar o paradigma enquanto um
modelo de ciecircncia que serve como referecircncia para todo um fazer cientiacutefico durante uma
determinada eacutepoca ou um periacuteodo de tempo demarcado e a partir de um certo momento
da histoacuteria da ciecircncia o referido modelo predominante tende a se esgotar em funccedilatildeo de
uma crise de confiabilidade nas bases estruturantes de seu conhecimento Desta forma o
paradigma passa a ser substituiacutedo por outro modelo cientiacutefico predominante Tambeacutem
pode ocorrer o fato de dois paradigmas disputarem o espaccedilo de hegemonia na
construccedilatildeo do conhecimento (Costa Neto 1999)
Os problemas com os quais nos deparamos hoje satildeo faces de uma crise uacutenica
diferentes do fazer cientiacutefico e proveniente de uma crise de percepccedilatildeo segundo Capra
(2 0 0 1 ) isto faz com que nossas instituiccedilotildees e noacutes em particular natildeo consiga perceber
claramente realidades complexas em um mundo globalmente interligado Ainda que as
soluccedilotildees para alguns de nossos principais problemas possam ser relativamente simples
ldquosoacute seratildeo possiacuteveis mediante uma mudanccedila radical em nossas percepccedilotildeesrdquo este eacute
tambeacutem o ldquoestopim para colocar em marcha medidas efetivasrdquo porque os governos e as
instituiccedilotildees jamais empreenderatildeo accedilotildees de fato enquanto as pessoas natildeo
compreenderem que satildeo parte do problema e da soluccedilatildeo e que eacute preciso assumir a
necessidade de mudar o rumo das coisas (Gomes amp Borba 2000)
Para Leff (2001) a agroecologia representa o ldquonascimento de um paradigmardquo que
eacute a alma da produccedilatildeo sustentaacutevel um processo que permite o resgate dos
conhecimentos proacuteprios e o renascimento do ser trazendo de volta as relaccedilotildees com os
seres humanos na medida em que o produtor cria atraveacutes de seu conhecimento o seu
proacuteprio saber-fazer numa relaccedilatildeo com a vida e com a terra
6
Segundo Costa Neto (1999) o paradigma agroecoloacutegico representa portanto a
linha de um posicionamento soacutecio-ambiental que tem uma vertente tecnoloacutegica apta a
ser uma alternativa agrave produccedilatildeo agriacutecola em grande escala e ao modelo tradicional
disciplinar
Hoje a agroecologia continua a fazer conexatildeo entre fronteiras estabelecidas Por
um lado estuda os processos econocircmicos e os agroecossistemas por outro eacute um agente
para as mudanccedilas sociais e ecoloacutegicas complexas que tenham necessidade de ocorrer no
futuro a fim de levar a agricultura para uma base verdadeiramente sustentaacutevel O
processo de mudanccedila estaria dirigido agrave busca de novos pontos de equiliacutebrio entre as
dimensotildees de produtividade estabilidade e equumlidade na atividade agraacuteria articuladas
entre si poreacutem em constante processo de adaptaccedilatildeo e retroalimentaccedilatildeo utilizando
estilos mais respeitosos com o ambiente com o propoacutesito de superar a crise enfrentada
pelos agricultores (Costabeber amp Moyano 2000)
De acordo com Altieri (2002) soacute uma compreensatildeo mais profunda da ecologia
humana e dos sistemas agriacutecolas pode levar a medidas coerentes com uma agricultura
sustentaacutevel Assim a ldquoemergecircncia da agroecologiardquo representa um enorme salto nesta
direccedilatildeo pois fornece os princiacutepios ecoloacutegicos baacutesicos para o estudo e tratamento dos
ecossistemas tanto produtivos quanto preservadores dos recursos naturais e que sejam
culturalmente sensiacuteveis socialmente justos e economicamente viaacuteveis
A transformaccedilatildeo ou substituiccedilatildeo de um modelo de desenvolvimento para outro
supotildee um processo de transiccedilatildeo que em alguns momentos caminha a passos lentos e
em outros pode trazer mudanccedilas bruscas e qualitativamente diferenciadas Esse
processo de transiccedilatildeo significa a conversatildeo de uma agricultura tradicional para uma
agricultura ecoloacutegica e socialmente equilibrada com base na sustentabilidade (Gomeacutez
1997)
Embora a falta de informaccedilatildeo da pesquisa possa ter contribuiacutedo para dificuldades
e experiecircncias negativas de muitos produtores estes tecircm fama de serem inovadores e
experimentadores desejosos de adotar novas praacuteticas no sentido de serem beneficiados
Nos uacuteltimos cinquumlenta anos a inovaccedilatildeo na agricultura tem sido impulsionada
principalmente pela ecircnfase em altos rendimentos e no lucro da unidade produtiva
Apesar da continuidade dessa forte pressatildeo econocircmica sobre a agricultura muitos
produtores convencionais estatildeo preferindo fazer a transiccedilatildeo para praacuteticas que satildeo mais
consistentes ambientalmente e tem o potencial de contribuir com a sustentabilidade da
agricultura em longo prazo (Gliessman 2000)
7
212 Agroecologia e agricultura familiar
O nuacutecleo por excelecircncia da produccedilatildeo sustentaacutevel eacute a agricultura familiar No
Brasil mais especificamente esta tecnologia estaacute sendo introduzida natildeo somente em
aacutereas de cultivo de agricultura familiar em geral mas especificamente em
assentamentos rurais Percebe-se dessa forma tratar-se de um tipo de produccedilatildeo que
tende a incorporar a dimensatildeo histoacuterico-social e a considerar os valores culturais e de
senso comum inerentes aos agricultores familiares (Costa Neto 1999)
Na agricultura familiar a sustentabilidade toma forma a partir do momento em
que comeccedilaram a ser incorporados aos debates os novos anseios da sociedade rural e
urbana relacionados a um novo projeto de desenvolvimento e na medida em que foram
buscadas orientaccedilotildees teoacutericas baseadas no paradigma agroecoloacutegico
De acordo com Maturana amp Rezepka (2000) a formaccedilatildeo do conhecimento natildeo eacute
entendida como simples treinamentos e teacutecnicas e seraacute um aspecto essencial desta
abordagem A valorizaccedilatildeo dos saberes dos agricultores sobre o ambiente as plantas o
solo e os processos ecoloacutegicos onde resgatam e aprimoram teacutecnicas proacuteprias e de
outros de origem cientiacutefica ou empiacuterica fundamentais dentro deste novo paradigma
(Altieri amp Nicholls 2000)
Neste sentido cientistas e extensionistas tecircm se surpreendido com a profundidade
destes conhecimentos e com a capacidade de vaacuterios destes agricultores de expocirc-los
mesmo nos ambientes acadecircmicos onde muitas vezes estatildeo mais avanccedilados que seus
interlocutores (Weid amp Tardin 2002) Isto revela a necessidade de sintonia entre a
Universidade e a Comunidade
Entatildeo a sutentabilidade ambiental em niacutevel local eacute positiva quando o manejo
realizado no agroecossistema aproveita a produtividade dos recursos naturais renovaacuteveis
(aqueles que funcionam mediante o fluxo solar) Ao contraacuterio pode natildeo ser positiva
quando as praacuteticas produtivas consistem na busca pela produtividade mediante a troca
econocircmica (importaccedilatildeo e exportaccedilatildeo de insumos e produtos) onde a terra eacute vista
unicamente como o suporte material (fiacutesico) das espeacutecies Neste caso o controle de
pragas a fertilizaccedilatildeo e outras praacuteticas necessaacuterias satildeo realizados mediante capital
produzido pelo homem degradando a base local de recursos naturais (Xavier Simoacuten amp
Domingues 2001)
8
213 O Mercado de produtos agroecoloacutegicos
O mercado de alimentos produzidos sob a orientaccedilatildeo agroecoloacutegica produzidos
sem utilizaccedilatildeo de agrotoacutexicos ou adubos minerais tem aumentado vertiginosamente em
todo o mundo Alguns dados indicam que esse segmento cresce anualmente cerca de
20 nos Estados Unidos 40 na Europa e 50 no Brasil e para comprovar tais
iacutendices basta verificar a proliferaccedilatildeo das feiras de produtores ecoloacutegicos nas cidades o
aumento dos espaccedilos para esses produtos nas gocircndolas das grandes redes de
supermercados e os movimentos ambientalistas e de consumidores que buscam uma
alimentaccedilatildeo mais saudaacutevel (Schiedeck 2002)
Sem duacutevida antes de tudo cabe salientar que a crise atual evidencia o equiacutevoco da
adoccedilatildeo de um modelo de produccedilatildeotransformaccedilatildeo que natildeo tem outra ambiccedilatildeo que natildeo a
de se adaptar agrave globalizaccedilatildeo Cabe a consideraccedilatildeo feita por Dufour (1999) de que o
mercado natildeo eacute uacutenico e monoliacutetico e portanto a produccedilatildeo social da qualidade natildeo
significa mais do mesmo (a adaptaccedilatildeo do que jaacute natildeo serve)
Na realidade pode-se identificar claramente dois mercados de natureza
fundamentalmente oposta que segundo Gomes amp Borba (2000) satildeo o de produtos
baacutesicos (leite cereais carnes brancas e vermelhas) e o de produtos elaborados
socialmente e de grande valor agregado por serem justos socialmente O mercado
mundial dos produtos baacutesicos eacute alimentado pelos excedentes agriacutecolas de grandes
produtores (Uniatildeo Europeacuteia Estados Unidos e Canadaacute) tambeacutem a soja e carne de
frango brasileira e o trigo argentino e os preccedilos nesses mercados satildeo extremamente
baixos e permaneceratildeo assim por muito tempo segundo relatos recentes do Banco
Mundial
Para produzir a preccedilos tatildeo baixos eacute necessaacuterio lanccedilar matildeo de todo tipo de
artifiacutecio como os hormocircnios os organismos geneticamente modificados as farinhas
animais esquecendo o meio ambiente e convivendo com exploraccedilotildees gigantescas
concentraccedilatildeo na posse da terra e com uma minoria de beneficiaacuterios dos programas de
ajuda puacuteblica os agromanagers (Gomes amp Borba 2000)
O mercado de produtos elaborados e de valor agregado obedece a outras regras
Mesmo que os agricultores busquem a maximizaccedilatildeo da produtividade natildeo se enfrentam
diretamente A produccedilatildeo ocorre em zonas geograacuteficas bem definidas e permite valorizar
o ldquosavoir-fairerdquo ou ldquoknow-howrdquo (em outras palavras natildeo necessariamente mas o
conhecimento ldquotradicionalrdquo) contribuindo para uma verdadeira economia local Esta eacute a
9
agricultura que ao mesmo tempo produz gera e preserva empregos Para caminhar ateacute
ela eacute necessaacuteria uma ampla alianccedila entre agricultores consumidores e movimentos
sociais para frear esta forma de ditadura dos mercados fonte do poder das
transnacionais agro-alimentares e quiacutemicas (Dufour 1999)
Por outra parte o mercado natildeo eacute linear e abstrato como querem fazer crer A
produccedilatildeo e o consumo sempre estaratildeo localizados e seratildeo realizados por produtores e
consumidores concretos isto permite falar em convenccedilatildeo ou negociaccedilotildees onde a
qualidade seja considerada na originalidade no bem comum ou na confianccedila entre pares
e colada aos produtos ainda mais quando se trata de alimentos Isto soacute seraacute possiacutevel
no local (sem ignorar o global) e levando em conta indicaccedilotildees como denominaccedilatildeo
ou indicaccedilatildeo de origem de processo ou de qualidade etc relacionados agraves
especificidades dos produtos o que tambeacutem deve ser objeto de negociaccedilatildeo para cada
lugar (eacute preciso lembrar que a participaccedilatildeo e as relaccedilotildees interpessoais satildeo determinantes
ao longo do processo) A produccedilatildeo social da qualidade eacute vista como estrateacutegia que
adquire sentido se considerada para o espaccedilo da Agricultura Familiar onde ainda eacute
possiacutevel estabelecer laccedilos de solidariedade entre produtores e consumidores (Gomes amp
Borba 2000)
De acordo com DrsquoAgostini amp Fantini (2002) tanto ou mais do que compreender a
dinacircmica de processos dos quais resultam produtos interessantes eacute compreender e
humanizar a dinacircmica de interesses sobre esses processos e produtos Os mesmos
autores dizem ainda que natildeo seria a solidariedade humana (a virtude pressuposta) que
emerge em especial na produccedilatildeo agroecoloacutegica mas sim a emergecircncia da rica
propriedade humana a generosidade que permite praticaacute-la em qualquer relaccedilatildeo entre
os homens
22 A cultura da cebola (Alliunt cepa L) e sua importacircncia
A cultura da cebola foi introduzida pelos accedilorianos no Brasil no seacuteculo XVIII nos
municiacutepio de Mostardas Rio Grande e Satildeo Joseacute do Norte no Estado do Rio Grande do
Sul (Garcia 1990) sendo a terceira hortaliccedila de maior importacircncia econocircmica para o
paiacutes (ICEPA 2003) Nas regiotildees Sul e Sudeste a cebolicultura constitui-se em atividade
socioeconocircmica de significativa relevacircncia para os Estados de Satildeo Paulo Santa
10
Catarina e Rio Grande do Sul nos quais se concentram mais de 76 da produccedilatildeo
nacional (Debarba et a i 1998)
A mais importante regiatildeo produtora do Rio Grande do Sul estaacute situada no litoral
Sul englobando os municiacutepios de Rio Grande Tavares Satildeo Joseacute do Norte e Mostardas
(Garcia 1997) e segundo ICEPASC (2003) esses quatro municiacutepios respondem por
cerca de 70 da produccedilatildeo de cebola do RS
Timm (2000) cita que cerca de 16000 famiacutelias rurais no Rio Grande do Sul tem
na cultura da cebola o seu principal meio de subsistecircncia No Municiacutepio de Satildeo Joseacute do
Norte a produccedilatildeo de cebola constitui uma atividade econocircmica quase exclusiva onde a
descapitalizaccedilatildeo dos agricultores ocasionou o abandono do meio rural por muitos deles
que acabaram por estabelecerem-se na periferia da zona urbana (Garcia 1997)
Aleacutem da descapitalizaccedilatildeo do produtor ocorrem problemas como a erosatildeo do solo
que segundo Zabaleta (1998) ocorre principalmente devido agrave accedilatildeo dos ventos fortes e
constantes caracteriacutesticos na regiatildeo sul-litoracircnea bem como a topografia plana e os
solos muito arenosos com lenccediloacuteis freaacuteticos superficiais contribuem para o
empobrecimento dos solos da regiatildeo principalmente ao se comparar com outras aacutereas
onde a cebola participa de sistemas produtivos juntamente com a produccedilatildeo leiteira o
arroz e hortaliccedilas diversas (Timm 2000)
221 Caracteriacutesticas agronocircmicas da cebola
A cebola eacute uma aliaacuteceae a planta eacute tenra atinge 60 cm de altura e apresenta folhas
tubulares e cerosas O caule verdadeiro eacute um disco comprimido na base da planta de
onde partem as folhas e raiacutezes que satildeo fasciculadas pouco ramificadas explorando um
volume de solo equivalente a um cilindro com 60 cm de altura e 25 cm de diacircmetro
(Filgueira 2000)
Cada planta apresenta 20 a 200 raiacutezes normalmente espessas (05 a 1 mm de
diacircmetro) e com pouca ramificaccedilatildeo e poucos pecirclos absorventes O crescimento eacute
vertical estendendo-se de 40 a 80 cm de profundidade Poucas raiacutezes ocupam mais de
15 cm do raio em tomo do bulbo Estas caracteriacutesticas tecircm implicaccedilotildees peculiares
quanto acirc localizaccedilatildeo e ao suprimento de nutrientes (Quanto menor o diacircmetro e maior a
ocorrecircncia de pecirclos absorventes maior seraacute a superfiacutecie de raiacutezes e consequumlentemente a
absorccedilatildeo de nutrientes (Magalhatildees 1993)
11
A fase vegetativa do ciclo da planta termina com o amadurecimento do bulbo
todavia trata-se de uma planta bienal considerando acirceu ciclo vital completo isto eacute da
semeadura ateacute a produccedilatildeo de novas sementes Apoacutes um periacuteodo invemal sob baixas
temperaturas haacute emissatildeo de um pendatildeo floral que pode alcanccedilar 150 cm de altura
terminando por uma inflorescecircncia tipo umbela simples inicialmente recoberta por
uma peliacutecula formada por centenas de pequenas flores (Filgueira 2000)
Segundo Clivela (1995) os fatores climaacuteticos de modo geral natildeo satildeo limitantes
para a produccedilatildeo de bulbos de cebola no Rio Grande do Sul Filgueira (2000) enfatiza
que no Brasil eacute uma das raras culturas oleraacuteceas nas quais o fotoperiacuteodo pode tornar-se
o fator limitante ocorrendo frustraccedilotildees da colheita caso as exigecircncias da planta natildeo
sejam satisfeitas
222 A produccedilatildeo de mudas de hortaliccedilas
As mais importantes modificaccedilotildees no sistema de produccedilatildeo nos uacuteltimos anos tecircm
sido feitas na produccedilatildeo de mudas Hoje eacute uma realidade os produtores se
especializarem em produzir mudas principalmente no Estado de Satildeo Paulo Para tanto
se busca atraveacutes da pesquisa as melhores fontes e combinaccedilotildees de substratos associados
ao sistema de produccedilatildeo conveniente para cada espeacutecie a fim de se obter melhorias na
propriedade no solo e na Olericultura (Giorgetti 1991)
O sistema agroecoloacutegico torna-se importante uma vez que a base da Horticultura
moderna eacute a produccedilatildeo de mudas de alta qualidade (Minami1995) a produccedilatildeo de mudas
de hortaliccedilas tem sido citada como a etapa mais importante do sistema produtivo (Silva
Junior et al 1995) Segundo Filgueira (2000) nesta fase natildeo se pode cometer erros
pois posteriormente seraacute mais difiacutecil de corrigi-los visto que para o cultivo da cebola a
muda refletiraacute na qualidade do bulbo
As mudas de hortaliccedilas podem ser consideradas tolerantes e natildeo tolerantes ao
transplante e dependem principalmente das condiccedilotildees ambientais necessitando de
cuidados No caso da cebola como satildeo produzidas com raiz nua os cuidados devem ser
maiores pois dependendo do estado em que se encontram mais ou menos susceptiacuteveis
aos estresses quando em contato com o campo podem resultar em desastre (Minami
1999)
A quantidade de nutrientes extraiacuteda pelas hortaliccedilas durante a fase de muda varia
em funccedilatildeo da espeacutecie da variedade ou da cultivar e do prazo necessaacuterio para a formaccedilatildeo
13
O composto humificado ou curado eacute rico em nutrientes que passaram parcialmente
da forma orgacircnica para a forma mineral assimilaacutevel pelas raiacutezes e com maior teor
coloidal que atua como fertilizante e eacute responsaacutevel pela capacidade melhoradora do
solo (Barreto 1985)
Uma das principais alternativas em termos de adubaccedilatildeo orgacircnica eacute o
vermicomposto Ele eacute um adubo orgacircnico estaacutevel rico em nutrientes inodoro de
coloraccedilatildeo escura obtido a partir da atividade das minhocas que potencializam a mateacuteria
prima utilizada no processo (principalmente esterco de bovino) proporcionando
diversos benefiacutecios para as plantas (Timm 2000)
231 Efeitos da adubaccedilatildeo orgacircnica no solo
O solo funciona como um organismo vivo em 1 grama de solo saudaacutevel vive uma
comunidade bioloacutegica de aproximadamente 1 0 0 0 0 espeacutecies diferentes como minhocas
larvas besouros colecircmbolos aacutecaros algas bacteacuterias e fungos Estes organismos
necessitam de alimentos para viver principalmente carbono e nitrogecircnio que estatildeo
presentes na palhada das culturas e no esterco de animais Em funccedilatildeo disso eacute
importante que o solo tenha um determinado teor de mateacuteria orgacircnica para fornecer os
alimentos e energia que os microacutebios precisam para viver (Paulus et al 2001)
O homem atraveacutes dos diferentes sistemas de preparo do solo e cultivos contiacutenuos
ou natildeo altera o comportamento do mesmo em relaccedilatildeo agraves reaccedilotildees quiacutemicas
propriedades fiacutesicas como capacidade de retenccedilatildeo de aacutegua lixiviaccedilatildeo de nutrientes
erosatildeo e como consequumlecircncia afeta a qualidade de organismos presentes no solo (Brady
1999) reduzindo paulatinamente o teor de mateacuteria orgacircnica (Primavesi1982)
Nos uacuteltimos anos tem-se observado em diferentes paiacuteses a ampliaccedilatildeo do uso de
adubos orgacircnicos Alguns apresentam oacutetimos resultados enquanto outros se mostram
tecnicamente inadequados Os principais adubos orgacircnicos encontrados no mercado satildeo
fertilizantes orgacircnicos de origem animal compostos de lixo urbanos compostos de
produtos industriais e huacutemus de minhoca Nestes fertilizantes estatildeo presentes a maioria
dos macronutrientes (nitrogecircnio foacutesforo potaacutessio caacutelcio magneacutesio enxofre) e
micronutrientes (zinco cobre boro ferro cobalto)essenciais para as plantas e nem
sempre encontrados em muitos fertilizantes minerais bem como uma gama de
microorganismos que vatildeo beneficiar a fauna e a flora do solo (Brady 1979 Kiehl
1985 Costa 1985 Garcia 1997)
14
Os adubos orgacircnicos satildeo amplamente empregados nos sistemas de produccedilatildeo de
alface como condicionadores do ambiente quiacutemico e fiacutesico da rizosfera e
consequumlentemente na resposta bioloacutegica das plantas (Rodrigues amp Casali 1998)
Considerando as necessidades hortiacutecolas de maior competitividade e o fato de natildeo
ser subsidiada o crescimento populacional e a industrializaccedilatildeo representam fatores
determinantes na geraccedilatildeo diaacuteria de enormes volumes de resiacuteduos podendo ser utilizados
pelos produtores com um maior retomo econocircmico possiacutevel Ao mesmo tempo a
questatildeo ambiental assume cada vez mais destaque na sociedade moderna repercutindo
em poliacuteticas governamentais bem como no setor produtivo do paiacutes e do mundo
fazendo com que a relaccedilatildeo do homem com a natureza seja repensada (Morselli 2001)
232 Efeitos da adubaccedilatildeo orgacircnica nas culturas
Segundo Paulus et al (2001) a mateacuteria orgacircnica tambeacutem eacute fonte de nutrientes
especialmente nitrogecircnio foacutesforo enxofre e micronutrientes aleacutem disso tem
capacidade de ldquoprenderrdquo micronutrientes e alguns elementos toacutexicos para as plantas
como o alumiacutenio Por exemplo os micronutrientes depois de presos satildeo liberados
lentamente no solo onde satildeo gradativamente aproveitados pelas plantas
O uso dos fertilizantes minerais elevam o custo de produccedilatildeo pois satildeo necessaacuterias
altas doses para o fornecimento dos teores de nutrientes demandados Por isso eacute
importante a geraccedilatildeo de tecnologias que poupem o consumo de fertilizantes minerais
desejaacutevel com vista agrave diminuiccedilatildeo do custo de produccedilatildeo (Rodrigues 1984) A produccedilatildeo
de hortaliccedilas sob a orientaccedilatildeo agroecoloacutegica leva em consideraccedilatildeo natildeo apenas os custos
de produccedilatildeo como tambeacutem a dependecircncia dos insumos principalmente quando se
considera a ldquoteoria da trofobioserdquo pelos efeitos maleacuteficos que os nutrientes prontamente
assimilaacuteveis podem causar as plantas (Chaboussou 1987)
Para Compagnoni amp Putzolu (1985) o vermicomposto eacute um autecircntico fertilizante
bioloacutegico que atua como corretivo do solo determinando caracteriacutesticas importantes
para a microflora pelos aacutecidos huacutemicos e as substacircncias fitoestimulantes Os autores
consideram ainda que as dejeccedilotildees das oligoquetas proporcionam a formaccedilatildeo de huacutemus
permitindo melhorar o solo razatildeo pela qual satildeo destinados agrave horticultura com oacutetimas
vantagens fiacutesicas e microbioloacutegicas enriquecendo a camada araacutevel
Em experimentos desenvolvidos durante cinco anos para avaliar o efeito da
aplicaccedilatildeo de compostos eou adubos nas culturas de alface manjericatildeo espinafre e
15
pepino Valenzuela amp Crosby (1998) compararam as produccedilotildees obtidas com composto
e a fertilizaccedilatildeo padratildeo e concluiacuteram que a utilizaccedilatildeo do composto em 20 Mg ha 1 mais
N-quiacutemico foi o melhor tratamento em todas as culturas estudadas
233 Plantas de cobertura do solo
As plantas mais usadas para adubaccedilatildeo de cobertura do solo satildeo as leguminosas
pois estas tecircm a capacidade de fixar o nitrogecircnio atmosfeacuterico e disponibiliza-lo agrave
cultura Primavesi (1992) cita que utilizando-se mucuna ervilhaca feijatildeo-de-porco
feijatildeo-miuacutedo crotalaacuteria e outras natildeo haacute necessidade de utilizar tanto nitrogecircnio em
cobertura embora natildeo se dispense uma calagem mais frequumlente pois ocorre um pouco
de acidificaccedilatildeo no solo como com qualquer adubaccedilatildeo nitrogenada Segundo a mesma
autora algumas leguminosas tecircm a capacidade de mobilizar o foacutesforo como o caupi
(feijatildeo-miuacutedo) outras mobilizam o caacutelcio como tremoccedilo
Para Brady (1999) a adubaccedilatildeo verde traz grandes benefiacutecios como suprimento de
mateacuteria orgacircnica sendo consideraacutevel a quantidade de resiacuteduos orgacircnicos devolvidos ao
solo adiccedilatildeo de nitrogecircnio nutrientes e conservaccedilatildeo do solo
Calegari (1998) comenta que quanto aos aspectos fiacutesicos os resiacuteduos tendem a
contribuir para uma melhoria da estrutura do solo percebida pelo aumento da
estabilidade dos agregados em aacutegua aumento da capacidade de retenccedilatildeo hiacutedrica
elevaccedilatildeo dos iacutendices de infiltraccedilatildeo de aacutegua no solo aumento da porosidade melhor
aeraccedilatildeo e diminuiccedilatildeo da densidade do solo
De acordo com Timm (2000) o papuatilde eacute uma excelente alternativa como cobertura
de solo para o cultivo miacutenimo da cebola pois na eacutepoca do transplante das mudas seu
ciclo vegetativo estaacute completo natildeo necessitando o dessecamento outra vantagem eacute que
o papuatilde apresenta bom controle com relaccedilatildeo agraves plantas invasoras da cebola reduzindo
ao longo dos anos o nuacutemero de capinas e a aplicaccedilatildeo de herbicidas
234 Adubaccedilatildeo foliar
Segundo Malavolta (1981) a utilizaccedilatildeo da adubaccedilatildeo foliar eacute complemento da
adubaccedilatildeo de solo natildeo substituto da mesma no que diz respeito ao fornecimento de
nitrogecircnio foacutesforo e potaacutessio para as culturas Da mesma maneira que as raiacutezes podem
perder para o solo parte dos elementos absorvidos as folhas tambeacutem o fazem pela accedilatildeo
16
de fatores internos (desordem fisioloacutegica estado nutricional etc) e externos (chuvas
orvalho nutriccedilatildeo do sistema radicular luz temperatura etc)
Para Chaboussou (1987) as plantas adquirem o maacuteximo de resistecircncia bioloacutegica
atraveacutes da nutriccedilatildeo (trofos) equilibrada Obviamente para que isto ocorra eacute necessaacuterio
que o solo esteja em equiliacutebrio dinacircmico o ambiente seja o mais estaacutevel e as plantas
selecionadas ou melhor adaptadas para poderem suportar as alteraccedilotildees extemporacircneas
ocasionadas pelos fenocircmenos meteoroloacutegicos e nas fases fonoloacutegicas criacuteticas do
crescimento e desenvolvimento (Pinheiro amp Barreto 2000)
O lixiviado das folhas enriquece as camadas superiores do solo e tende a
contrabalanccedilar as perdas de zonas mais profundas e mais distantes acumulando-os nas
suas proximidades tambeacutem influencia o nuacutemero e o comportamento dos
microrganismos que por sua vez alteram o processo de gecircnese do solo sua textura e
fertilidade A lixiviaccedilatildeo assim se toma importante no desenvolvimento da sucessatildeo
ecoloacutegica devido agrave ciclagem de elementos (Malavolta 1980)
Conforme Camargo (1975) a utilizaccedilatildeo de adubos foliares substitui parcialmente
a adubaccedilatildeo radicular em 20 a 25 podendo ser utilizada em varias pulverizaccedilotildees
24 Vermicompostagem
E o processo que consiste em se submeter diferentes resiacuteduos orgacircnicos de
origem animal eou vegetal aos processos fermentativos e humificaccedilatildeo adicionando
minhocas do gecircnero Eiseina espeacutecie foetida ao material procurando obter um produto
curado em aproximadamente 45 - 60 dias (Compagnoni amp Putzolu 1985)
A vermicompostagem firmou-se no Brasil como atividade rentaacutevel produzindo
adubo de alta qualidade na deacutecada de 90 Na agricultura brasileira contudo haacute
preferecircncia pelos adubos quiacutemicos em funccedilatildeo de sua aquisiccedilatildeo financiada menor custo
e retomo imediato embora o impacto de seu uso contiacutenuo sobre o solo e os
microorganismos que nele vivem seja negativo (Tagliari amp Grassmann 1995)
Segundo Morselli (2002) a vermicompostagem difere da compostagem
convencional dentre outros pocircr formar substacircncias huacutemicas mais rapidamente ao sofrer
passagem pelo trato digestivo das minhocas A alirdentaccedilatildeo destas satildeo basicamente os
estercos e a disponibilidade desta mateacuteria prima bem como de ambiente protegido para
proceder a compostagem correta deste material satildeo indispensaacuteveis
17
Segundo Kiehl (1985) e Martinez (1990) o vermicomposto apresenta as seguintes
vantagens em relaccedilatildeo a compostagem permite a formaccedilatildeo de um produto curado em
menor espaccedilo de tempo promove a formaccedilatildeo de um material com maior
disponibilidade de nutrientes facilita o peneiramento natildeo havendo a necessidade de
revolvimento do material oferece vaacuterias fontes de renda pois aleacutem do huacutemus fornece
minhocas e raccedilatildeo e quando aplicado ao solo tende a melhorar as propriedades fiacutesicas
quiacutemicas e bioloacutegicas
241 Resiacuteduos utilizados na vermicompostagem
2411 Resiacuteduos de origem animal
Segundo Bureacutes (1997) o esterco eacute uma mistura de fezes urina e camas que
podem estar constituiacutedas de palhas folhas secas serragem turfa casca de arroz e ateacute
terra Esse apresenta pH neutro e densidade que varia de 030 a 090 Kg dm3 segundo
seu estado de decomposiccedilatildeo Eacute influenciado por vaacuterios fatores como espeacutecie animal
raccedila idade alimentaccedilatildeo material utilizado como cama e tratamento da mateacuteria-prima
esterco (Kiehl 1985) Dentre os fatores apontados um dos mais importantes eacute a
alimentaccedilatildeo do animal quanto mais rica a alimentaccedilatildeo mais rica seraacute as dejeccedilotildees
(Gnoatto 1999) O volume de bacteacuterias vivas ou mortas encontradas no esterco
representam 20 a 30 do total delas se originam grande parte do nitrogecircnio sob a
forma de proteiacutena (Morselli 2002)
A origem do material utilizado para a produccedilatildeo de vermicomposto eacute fundamental
pois soacute uma mateacuteria-prima de qualidade resultaraacute em um produto final de boa qualidade
Dentre os estercos o de aves eacute empregado empiricamente na adubaccedilatildeo de culturas
permanente ou natildeo com excelentes resultados apesar de sua simples composiccedilatildeo
meacutedia 2 de nitrogecircnio 2 de foacutesforo como P2 0 5 e 1 de K2 0 Poreacutem haacute uma
grande variaccedilatildeo na sua constituiccedilatildeo a qual dependeraacute do manejo animal atraveacutes das
camas finalidade da criaccedilatildeo e natureza das camas (Morselli 2002)
2412 Resiacuteduos de origem vegetal
A mateacuteria orgacircnica pode ser preservada no solo por vaacuterios processos seja pela
simples incorporaccedilatildeo de resiacuteduos de culturas rotaccedilatildeo de culturas adubaccedilatildeo verde ou
18
pela adiccedilatildeo de materiais orgacircnicos capazes de elevar e manter a produtividade do solo
Da decomposiccedilatildeo dos resiacuteduos orgacircnicos adicionados ao solo resulta a liberaccedilatildeo de
grande quantidade de nutrientes principalmente o nitrogecircnio o potaacutessio e o enxofre
Aleacutem disso diversos atributos quiacutemicos e fiacutesicos do solo satildeo alterados pela
decomposiccedilatildeo desses resiacuteduos destacando-se o aumento da capacidade de troca de
caacutetions o aumento da retenccedilatildeo de aacutegua a melhoria da estabilidade dos agregados e da
aeraccedilatildeo (Fraser1963 Malavolta 1981 Mello et al 1983 Bonilla 1992)
Segundo Purcino (1981) quando a relaccedilatildeo CN eacute menor que 30 como no caso do
esterco de curral ou da palha de leguminosas a disponibilidade de nitrogecircnio eacute
imediata mas acima deste valor ocorre imobilizaccedilatildeo crescente deste nutriente Por esse
motivo estes materiais devem ser submetidos a uma degradaccedilatildeo bioloacutegica antes de
serem adicionados ao solo
25 Biofertilizantes
No Brasil ocorrem problemas crescentes com materiais derivados de sistemas
intensivos de criaccedilatildeo animal que acumulam resiacuteduo^ orgacircnicos com graves problemas
de contaminaccedilatildeo de cursos de aacutegua que na maioria das vezes se acumulam em um
uacutenico lugar e natildeo satildeo reciclados (Viglizzo 1995)
Visando amenizar tais situaccedilotildees os meacutetodos alternativos de adubaccedilatildeo controle de
doenccedilas pragas e plantas indesejaacuteveis tecircm sido muito estudado Dentro dessa linha de
pesquisa destaca-se o uso de mateacuteria orgacircnica atraveacutes tanto de sua incorporaccedilatildeo ao
solo como de sua transformaccedilatildeo para uso posterior na forma de biofertilizantes
(Khatounian 1997 Bettiol et al 1997)
Na complexa e elevada comunidade microbiana dos biofertilizantes encontram-se
bacteacuterias fungos leveduriformes filamentosos e actinomicetos (Bettiol apud Penteado
1999)
O agregado de macro e micronutrientes periodicamente ativa e enriquece a
fermentaccedilatildeo O uso de farinha de rocha tem sido vantajoso por ter baixo custo
comparado com os sais concentrados e purificados aleacutem de trazer alguns elementos
traccedilos de vital importacircncia para os microrganismos do solo como por exemplo o Gaacutelio
o Iodo e o Vanaacutedio (M1BASA 199-) O agregado de farinha de rocha ou sais
purificados ao fermentado faz com que estes nutrientes passem a fazer parte dos
microrganismos ou dos produtos orgacircnicos liberados durante a fermentaccedilatildeo sendo que
19
o ataque dos microrganismos atraveacutes de suas enzimas consegue liberar os elementos natildeo
atacados pelos aacutecidos industriais (Pinheiro amp Barreto 2000)
Os biofertilizantes tecircm sido empregados na agricultura ecoloacutegica como adubo
foliar para aumentar a resistecircncia contra pragas e doenccedilas Aleacutem disso o processo de
produccedilatildeo eacute bastante simples e por isso eacute viaacutevel sua produccedilatildeo na propriedade desde que
tenha esterco disponiacutevel (Penteado 1999)
Bettiol et al (1997) verificaram a presenccedila de diferentes espeacutecies de fungos
fiacutelamentosos e leveduriformes e bacteacuterias entre elas Bacillus spp na comunidade
microbiana do biofertilizante produzido segundo meacutetodo adotado pelo Centro de
Agricultura Ecoloacutegica Ipecirc Os autores verificaram ainda uma reduccedilatildeo da comunidade
microbiana ao longo da digestatildeo reduccedilatildeo essa mais acentuada logo apoacutes o acreacutescimo
dos sais contendo micronutrientes A accedilatildeo dos sais pode ser tanto por aumento na
pressatildeo osmoacutetica quanto pelo efeito direto sobre os microrganismos Para o controle de
doenccedilas de plantas satildeo importantes a presenccedila dos metaboacutelitos produzidos pelos
organismos presentes no biofertilizante e os proacuteprios microrganismos vivos
Os microrganismos transformam o material orgacircnico (esterco soro de leite caldo
de frutas palhas restos industriais etc) e cinzas produzindo vitaminas aacutecidos e sais
complexos importantes para regular e tonificar o metabolismo das plantas impedindo o
desenvolvimento de pragas e doenccedilas (Pinheiro amp Barreto 2000)
Em estudos feitos com o biofertilizante liacutequido de bovinos foi observado a
presenccedila de inuacutemeros microorganismos como bacteacuterias leveduras e bacilos
principalmente do Bacillus subtilis Estes microorganismos sintetizam substacircncias
antibioacuteticas as quais demonstram ter grande accedilatildeo e eficiecircncia como substacircncias
fungiostaacuteticas e bacteriostaacuteticas de fitopatoacutegenos causadores de danos em lavouras
comerciais (Penteado 1999)
Aldrighi et al (2002) realizaram trabalho na UFPel relacionado agrave nutriccedilatildeo de
mudas de tomate (Floradade) produzidas no sistema ldquofloatingrdquo Utilizaram-se doses de
0 2 5 e 10 para o biofertilizante Super Magro e 0 e 1 para a urina de vaca
Concluiacuteram que estes natildeo interferem na produccedilatildeo das mudas e que provavelmente foi
influenciado pelo substrato utilizado (vermicomposto 75 e casca de arroz carbonizada
25) bem como o sistema de produccedilatildeo (floating)
Paglia et al (2002) citam que eacute possiacutevel produzir mudas de tomate (cultivar
Floradede) utilizando urina de vaca e biofertilizante Super Magro na aacutegua em sistema
ldquofloatingrdquo em trabalho realizado na UFPel O uso da urina de vaca a 1 e 5 e
20
biofertilizante Super Magro a 6 proporcionam uma elevaccedilatildeo do foacutesforo bem como o
Super Magro a 6 eleva os teores de Mg e Ca na aacutegua
251 Urina de vaca
As urinas de vaca contecircm nutrientes favoraacuteveis ao bom desenvolvimento das
plantas como potaacutessio soacutedio nitrogecircnio enxofre magneacutesio caacutelcio foacutesforo e traccedilos de
outros elementos Nas plantas funciona como um fertilizante natural tomando-as mais
resistentes ao ataque das pragas e doenccedilas Satildeo encontradas tambeacutem na urina outras
substacircncias como fenoacuteis e principalmente o catecol que esta associado agrave recuperaccedilatildeo
de plantas atacadas por fitopatoacutegenos por ser um produto anti-seacuteptico (Penteado 1999)
Para seu emprego a urina receacutem coletada deve ser armazenada sob condiccedilotildees
ambientais por trecircs dias para que se forme amocircnio importante produto a ser absorvido
pelas plantas Recomenda-se ainda que o armazenamento deva ser feito em recipiente
fechado para que natildeo ocorram perdas de nitrogecircnio Desta forma poderaacute permanecer
por ateacute um ano sem comprometer sua eficiecircncia
Em hortaliccedilas o uso da urina de vaca eacute recomendado em pulverizaccedilotildees foliares
semanais na concentraccedilatildeo de 05 para tomateiro pimentatildeo pepino feijatildeo vagem e
couve ou quinzenais a 1 para as culturas do quiabeiro jiloeiro e berinjela Para
fruteiras em geral a primeira aplicaccedilatildeo deve ser na concentraccedilatildeo aproximada de 5
realizada diretamente no solo e mensalmente devem ser realizadas pulverizaccedilotildees
foliares a 1 para plantas jovens e a 5 para plantas adultas (Penteado 1999)
Na aplicaccedilatildeo foliar deve-se ter cuidado com folhas e brotos novos e considerar que
o uso contiacutenuo pode ser toacutexico podendo afetar o solo causando a sua acidificaccedilatildeo
(Penteado 1999)
Na Estaccedilatildeo Experimental da PESAGRO no municiacutepio de Macaeacute Rio de Janeiro
estaacute se utilizando a urina de vaca leiteira Os pesquisadores descobriram que a urina de
vaca em lactaccedilatildeo produzia o efeito de recuperar plantas de abacaxi atacadas por uma
doenccedila conhecida como ldquofusairioserdquo Essa doenccedila quando ataca o abacaxi causa
perdas de ateacute 70 da safra Todos os agrotoacutexicos testados natildeo conseguiram controlar a
doenccedila Isto eacute um exemplo para que a universidade tenha uma nova percepccedilatildeo (Capra
1996) adotando medidas efetivas que contribuam na transiccedilatildeo agroecoloacutegica Com o
uso da urina de vaca leiteira numa lavoura de abacaxi atacada pela fusariose observou-
se agrave recuperaccedilatildeo do stand e os frutos produzidos apresentaram excelente padratildeo
21
comercial Descobriu-se que aleacutem funcionar como adubo e defensivo natural a urina de
vaca leiteira tambeacutem favorece a floraccedilatildeo de muitas plantas e pode ser usada no
tratamento de frutos e tubeacuterculos depois da colheita
A urina de vaca em lactaccedilatildeo tambeacutem estaacute sendo usada nas lavouras de cafeacute em
plantaccedilotildees de maracujaacute coco alface e outras hortaliccedilas Na regiatildeo centro-sul do Paranaacute
os agricultores estatildeo aplicando a urina de vaca leiteira nas lavouras de feijatildeo soja
batata cebola e milho (Penteado 1999)
252 Alhol
A maioria dos defensivos alternativos tais como calda bordalesa sulfocaacutelcica
aacutegua de cinza e cal biofertilizante enriquecido extrato de fumo entre outros precisa
ser misturada com um espalhante adesivo para quebrar a tensatildeo superficial da gota e
propiciar um melhor molhamento das folhas e demais partes pulverizadas assegurando
uma absorccedilatildeo mais efetiva e uma melhor accedilatildeo sobre as pragas e doenccedilas Quando as
gotas permanecem inteiras sobre a superfiacutecie folhar devido agrave falta de espalhante
adesivo pode-se danificar os tecidos vegetais pelc efeito-lente quando o sol incide
sobre elas Aleacutem disso a gota por natildeo se espalhar sobre toda superfiacutecie folhar
concentra nela e consequumlentemente sobre o tecido que estaacute em contato com ela uma
quantidade maior do produto aplicado Essa maior concentraccedilatildeo pode prejudicar a
absorccedilatildeo e lesionar os tecidos principalmente apoacutes a evaporaccedilatildeo da aacutegua contida na
gota por resultar em uma maior concentraccedilatildeo de sais no local especialmente quando se
aplicam por exemplo calda sulfocaacutelcica bordalesa biofertilizante enriquecido com
macro e micronutrientes (Claro 2001)
O alhol eacute um espalhante adesivo ecoloacutegico que tambeacutem auxilia no controle de
pragas E elaborado com aacutegua alho oacuteleo vegetal e sabatildeo neutro a partir da sabedoria
popular que menciona o alho como repelente de insetos Juacutenior Abreu amp Maiorano
(199-) indicam formulaccedilotildees contendo alho para o controle de pragas como nematoacuteides
(Meloidogyne incoacutegnita e M javanica) mosca do chifre lagarta na maccedilatilde pulgotildees
besouro da batata trips e para controle de doenccedilas fuacutengicas e bacterianas como miacuteldio
ferrugem fusariose helminthosporiose murchadeira (Pseudonamos solacearum)
bruzone do arroz (Pyricularia orysae) podridatildeo negra do repolho e couve-flor
(Xanthomonas campestris) Aleacutem disso o alho pelo seu bom teor em oacuteleo pode agir
tambeacutem como espalhante adesivo O sabatildeo tambeacutem eacute indicado como espalhante adesivo
22
e possui accedilatildeo contra certas pragas (pulgotildees) sendo que o oacuteleo vegetal eacute indicado no
controle de cochonilhas e usado como espalhante adesivo (Claro 2001)
253 Calda Bordalesa
A calda bordalesa eacute um tradicional defensivo agriacutecola que pode ser preparado na
propriedade com a mistura de sulfato de cobre cal virgem e aacutegua As concentraccedilotildees de
sulfato de cobre e cal satildeo distintas dependendo do objetivo do seu emprego
Geralmente diferem de acordo com o tipo de planta ou espeacutecie vegetal as condiccedilotildees
climaacuteticas o grau de infestaccedilatildeo da doenccedila e a fase de crescimento da planta Eacute indicada
para o controle de miacuteldio alternaacuteria botrytis e antracnose (Penteado 1999)
A calda bordalesa caracteriza-se pela sua importante accedilatildeo no controle de diversas
doenccedilas fungicas nas mais diversas espeacutecies de culturas Possui tambeacutem uma relativa
accedilatildeo bactericida e em alguns casos age como repelente de insetos Da mistura do
sulfato de cobre com a cal resulta uma soluccedilatildeo rica em macronutrientes e
micronutrientes Provavelmente os expressivos resultados obtidos com a aplicaccedilatildeo da
calda bordalesa devam-se natildeo somente a sua accedilatildeo fuacutengica e bactericida mas sobretudo
agrave influecircncia positiva que exerce no metabolismo das plantas ativando o processo
enzimaacutetico e estimulando a proteossiacutentese aumentando a resistecircncia das plantas (Claro
2 0 0 1 ) caracteriacutestica fundamental na agricultura sustentaacutevel
254 Biofertilizante Super Magro
A calda Super Magro eacute produto da fermentaccedilatildeo de estercos animais enriquecidos
por micronutrientes e outros produtos de origem animal obtendo-se uma calda
biofertilizante para aplicaccedilatildeo foliar nas plantas (Penteado 1999) jaacute foram observados
bons resultados principalmente nas culturas de uva maccedila pecircssego tomate batata e
hortaliccedilas em geral
E indicado como fonte suplementar de micronutrientes para as plantas inibidor
de fungos e bacteacuterias causadores de doenccedilas e para aumentar a resistecircncia contra insetos
e aacutecaros (Penteado 1999) i
Muller (1999) avaliou a influecircncia do biofertilizante Super Magro sobre as
culturas de tomate (Lycopersicon esculentum Mill) ervilha (Pisum sativum L) e
beterraba (Beta vulgaris L) O autor obteve cultivos com baixa severidade de doenccedilas e
23
insetos fitoacutefagos possivelmente por causa do manejo orgacircnico de produccedilatildeo Os
resultados das pulverizaccedilotildees das soluccedilotildees foliares variaram conforme a cultura e o
clima
255 Biofertilizante MB4
A utilizaccedilatildeo das farinhas de rochas eacute uma das teacutecnicas mais modernas usadas nos
uacuteltimos anos na agricultura O elevado nuacutemero de nutrientes contidos no MB4 como
cobre zinco manganecircs cobalto soacutedio alumiacutenio silicatos de magneacutesio ferro e caacutelcio
acompanhado de foacutesforo potaacutessio e enxofre reagem com a soluccedilatildeo do solo liberando
elementos essenciais ao desenvolvimento da vida microbiana os quais exercem um
papel fundamental atraveacutes de transformaccedilotildees quiacutemicas e do equiliacutebrio bioloacutegico
favorecendo o desenvolvimento sadio das plantas (Pinheiro amp Barreto 2000)
24
3 MATERIAL E MEacuteTODOS
31 Local de execuccedilatildeo do experimento
O presente trabalho foi conduzido no Centro de Pesquisa da Regiatildeo Sul
(FEPAGROSUL) no municiacutepio de Rio Grande nlt periacuteodo de 15 de maio a 26 de
agosto de 2 0 0 2
O solo eacute classificado como ldquoTuiardquo satildeo muito arenosos As massas aquaacuteticas do
Oceano Atlacircntico e Lagoa dos Patos influenciam ventos temperatura pressatildeo umidade
relativa e demais fatores climaacuteticos A topografia da regiatildeo litoracircnea eacute plana com
lenccediloacuteis freaacuteticos superficiais
32 Anaacutelise estatiacutestica
O experimento foi constituiacutedo em fatorial 3X3 (Quadro 1) com quatro repeticcedilotildees
no delineamento blocos ao acaso As variaacuteveis respostas foram submetidas agrave anaacutelise de
variaccedilatildeo e ao teste de Duncan a 5 de probabilidade para comparaccedilatildeo das meacutedias
utilizando-se o sistema SANEST (Zonta amp Machado 1984)
As anaacutelises estatiacutesticas das variaacuteveis estudadas encontram-se nos Apecircndices C D
Os resultados das respostas agronocircmicas e das determinaccedilotildees dos conteuacutedos dos
macronutrientes bem como os de raiz estatildeo nas tabelas de 1 a 3
25
As diferentes adubaccedilotildees seratildeo representadas durante a discussatildeo da seguinte
forma 1 VB (30 t ha 1 de vermicomposto) 15 VB (45 t ha 1 de vermicomposto) e EC
(60 t ha 1 de esterco de curral) 1 VB+SM+U+CB (30 t ha 1 de vermicomposto mais
super magro mais urina de vaca mais calda bordalesa) 15 VB+SM+U+CB (45 t ha 1 de
vermicomposto mais super magro mais urina de vaca mais calda bordalesa)
EC+SM+U+CB (60 t ha 1 de esterco de curral mais super magro mais urina de vaca
mais calda bordalesa) 1 VB+MB4 +U+CB (30 t ha 1 de vermicomposto mais MB4 mais
urina de vaca mais calda bordalesa) 15 VB+MB4 +U+CB (45 t ha 1 de vermicomposto
mais MB4 mais urina de vaca mais calda bordalesa) EC+MB4 +U+CB (60 t ha 1 esterco
de curral mais MB4 mais urina de vaca mais calda bordalesa)
QUADRO 1 Descriccedilatildeo dos fatores experimentais e respectivos niacuteveis
Niacuteveis Fator 1 ADUBACcedilAtildeO DE BASE
0 1 Vermicomposto (30 t ha1)
0 2 Vermicomposto (45 t ha1)
03 Esterco de curral (60 t ha1)
Niacuteveis Fator 2 BIOFERTILIZANTES LIacuteQUIDOS
0 1 Super magro (5) + Urina de Vaca + Calda Bordalesa
0 2 MB4 (10) + Urina de vaca + Calda Bordalesa
03 Ausecircncia (testemunha)
33 Tratamentos
Da combinaccedilatildeo entre niacuteveis e fatores foram obtidos 9 tratamentos que estatildeo
descritos no Quadro 2 bem como as doses de adubaccedilatildeo utilizadas no experimento
26
QUADRO 2 Tratamentos e doses de adubaccedilatildeo utilizadas no experimento
TRATAMENTOS
Ndeg FATOR I FATOR II
0 1 30 t ha de vermicomposto Super magro 5 Urina de vaca Calda Bordalesa
0 2 30 t harsquo de vermicomposto MB4 10 Urina de vaca Calda Bordalesa
03 30 t ha de vermicomposto - - -
04 45 t ha de vermicomposto Super magro 5 Urina de vaca Calda Bordalesa
05 45 t ha de vermicomposto MB4 10 Urina de vaca Calda Bordalesa
06 45 t ha de vermicomposto - - -
07 60 t hade esterco Super Magro 5 Urina de vaca Calda Bordalesa
08 60 t hade esterco MB4 10 Urina de vaca Calda Bordalesa
09 60 t hade esterco - - -
Cada parcela foi constituiacuteda por dois canteiros medindo 1 m de largura x 2 m de
comprimento perfazendo 075 m de aacuterea de aacuterea uacutetil (025 m de bordadura) Foi
utilizando semeadura a lanccedilo com densidade de 24 g canteiro1
O vermicomposto a urina de vaca o esterco de curral o alhol os biofertilizantes e
a calda bordalesa foram de procedecircncia do Centro de Pesquisa da Regiatildeo Sul O
vermicomposto de esterco bovino misturado agraves cascas de frutas foi processado pela
minhoca vermelha califomiana Eisenia foetida)
O biofertilizante Super Magro foi elaborado segundo a metodologia descrita pela
FEPAGROSUL utilizando-se os seguintes componentes 190 litros de aacutegua 22 litros
de leite 55 Kg de accediluacutecar mascavo 30 Kg de esterco fresco de bovinos 2 Kg de
Sulfato de zinco 2 Kg de sulfato de magneacutesio 2 Kg de cloreto de caacutelcio 1 Kg de aacutecido
boacuterico 300 g de sulfato de cobre 300 g de sulfato de ferro 300 g de sulfato de
manganecircs 100 g de molibdato de soacutedio 50 g de sulfato de cobalto 3 Kg de fosfato
natural 3 Kg de cinza e 200 g de farinha de osso
A urina de vaca em lactaccedilatildeo foi coletada pela manhatilde e armazenada em recipiente
fechado por trecircs dias em condiccedilotildees ambientais para que se formasse a amocircnia e natildeo
ocorresse perda de nitrogecircnio
28
Realizaram-se duas capinas manuais durante o experimento e em seguida como
cobertura se colocou casca de arroz Tambeacutem foi aplicado esterco de aves 30 dias antes
da colheita na quantidade de 05 Kg canteiro 1 como adubaccedilatildeo de cobertura
As pulverizaccedilotildees com os produtos iniciaram apoacutes 15 dias da germinaccedilatildeo
Realizou-se sete aplicaccedilotildees sendo que as duas primeiras foram feitas apenas com
Super Magro e MB4 Na terceira e na quarta aplicaccedilatildeo utilizou-se urina de vaca e calda
bordalesa em concentraccedilotildees menores (05 e 025 respectivamente) e na quinta
aplicaccedilatildeo as dosagens de urina de vaca e calda bordalesa foram elevadas para 1 0 e
05 respectivamente ateacute o final do experimento O alhol foi utilizado a partir da
terceira pulverizaccedilatildeo na quantidade de 2 e seguiu ateacute o final no dia 26 de agosto
quando as mudas foram colhidas e posteriormente analisadas as variaacuteveis
35 Observaccedilotildees agronocircmicas
Foram utilizadas 20 mudas de cebola para obtenccedilatildeo das meacutedias das variaacuteveis as
quais foram as seguintes
351 Fitomassa fresca da parte aeacuterea e raiacutezes
Foi realizada atraveacutes de uma balanccedila digital procedendo-se a pesagem de 20
mudas de cebola previamente lavadas e posteriormente secadas durante uma hora sobre
um tecido de algodatildeo agrave temperatura ambiente Processo idecircntico foi adotado com as
raiacutezes
352 Fitomassa seca da parte aeacuterea e raiacutezes
Esta variaacutevel foi obtida a partir da secagem preliminar em estufa de ar forccedilado
durante 48 horas a 65 C ateacute peso constante com posterior pesagem em balanccedila
analiacutetica
353 Altura da muda
A altura de muda foi medida a partir do colo das plantas ateacute sua uacuteltima folha
(ponto de crescimento) com uma reacutegua graduada de 40 cm
29
354 Diacircmetro do colo das plantas
Esta medida foi realizada no ponto de transplante a 2 mm das raiacutezes e utilizando-
se um paquiacutemetro SOMET
355 Sistema radicular
Ao teacutermino do experimento foram retiradas as raiacutezes das mesmas plantas que foram
utilizadas para as determinaccedilotildees realizadas na parte aeacuterea procedendo-se uma amostra
de solo com raiacutezes de 2 0 cm de largura x 2 0 cm de comprimento e 2 0 cm de altura
totalizando 8000 cm3
As raiacutezes apoacutes serem lavadas em aacutegua corrente foram pesadas acondicionadas em
sacos plaacutesticos e congeladas para posteriores anaacutelises pelo meacutetodo de Tennant (1975)
para a determinaccedilatildeo do comprimento e densidade
3551 Comprimento de raiz
Utilizou-se para a determinaccedilatildeo do comprimento de raiz as seguintes foacutermulas
1 = ndeg x 1114 x 1 onde
1 - comprimento de raiz de uma amostra uacutemida de 0 0 2 g
ndeg - nuacutemero de intercessotildees das raiacutezes com os lados da quadriacutecula da malha do
aparelho
1114 - constante
1 - medida lateral da quadriacutecula em cm
Tomando-se a fiacutetomassa seca e o comprimento da raiz da cada amostra
relacionou-se com a fiacutetomassa seca e o comprimento total da raiz da planta aplicando-
se a seguinte equaccedilatildeo
L = (FSR x 1) FSPA onde
L - comprimento total da raiz da planta (m)
FSR - fiacutetomassa seca de raiz
FSPA - fiacutetomassa seca da parte aeacuterea
L - comprimento de raiz de uma amostra uacutemida de 002g
3552 Densidade de raiz
A densidade foi determinada pela foacutermula
D = L 8000 onde
D - densidade de raiacutezes (m cm3)
30
L - comprimento total de raiacutezes (m)
8 0 0 0 - volume da amostra (cm3)
3553 Razatildeo parte aeacutereasistema radicular
Este paracircmetro foi obtido pela equaccedilatildeo
RPASR = FSPA FSR onde
RPASR - razatildeo parte aeacuterea sistema radicular
FSPA - fitomassa seca da parte aeacuterea
FSR - fitomassa seca do sistema radicular
36 Determinaccedilatildeo de macronutrientes no tecido vegetal
Os macronutrientes nitrogecircnio foacutesforo potaacutessio caacutelcio e magneacutesio foram
determinados no laboratoacuterio de Fertilidade e Anaacutelise de Plantas do Departamento de
Solos da UFPel atraveacutes dos meacutetodos descritos por Tedesco amp Gianello (1996)
31
4 RESULTADOS E DISCUSSAtildeO
41 Anaacutelise das variaacuteveis
A anaacutelise da variaccedilatildeo mostrou que houve diferenccedila significativa na interaccedilatildeo entre
os fatores de adubaccedilatildeo de base e biofertilizantes liacutequidos com exceccedilatildeo da variaacutevel altura
de planta para a qual somente a adubaccedilatildeo de base mostrou-se significativa (Apecircndices
C D e E Tabelas 1C 1D e 1E)
411 Anaacutelise da parte aeacuterea
Na Tabela 1 destacaram-se as adubaccedilotildees EC+SM+U+CB EC+MB4 +U+CB e EC
que diferiram significativamente das demais adubaccedilotildees para as variaacuteveis fiacutetomassa
fresca da parte aeacuterea (FFPA) fiacutetomassa seca da parte aeacuterea (FSPA) altura de planta
(AP) e diacircmetro do colo (DC)
32
TABELA 1 Produccedilatildeo de fitomassa fresca e seca (g) da parte aeacuterea altura de planta
(cm) e diacircmetro de colo (mm) de mudas de cebola Petrolini cultivadas
sob uma perspectiva agroecoloacutegica Pelotas-RS 2003
BIOFERTILIZANTES LIacuteQUIDOSADUBACcedilAtildeO S Magro + MB4 +DE BASE Urina + Calda Urina + Calda Testemunha
Bordalesa Bordalesa
30 t ha de vermicomposto 7015 c A45 t halsquo de vermicomposto 7824 b B60 t ha de esterco de curral 12248 a C
30 t ha de vermicomposto 667 c A45 t ha de vermicomposto 752 b A60 t ha de esterco de curral 1150a C
30 t ha de vermicomposto 2975 b A45 t harsquo de vermicomposto 2775 b A60 t ha de esterco de curral 3600 a B
30 t ha de vermicomposto 631 b A45 t ha de vermicomposto 6 2 2 b B60 t ha de esterco de curral 741 a C
-Fitomassa fresca (g)----------------6270 c B 6885 b A8832 b A 6308 c C
15082 a A 13934 a BmdashFitomassa seca (g)----------------
625 c A 655 b A830 b A 607 b B
1345 a A 1262 a B-Altura de planta (cm)----------------
2950 b A 3050 b A2937 b A 2950 b A 3975 a A 3622 a B
-Diacircmetro de colo (mm)---------------592 c B 599 b B 657 b A 609 b B 819a A________ 793a B
Meacutedias seguidas pela mesma letra minuacutescula para as colunas (adubaccedilatildeo de base) e maiuacutesculas para as linhas (biofertilizantes) natildeo diferem entre si pelo teste de Duncan a 5
O efeito positivo do esterco bovino pode ser atribuiacutedo agraves melhorias nas condiccedilotildees
fiacutesicas do solo por ele proporcionado Segundo Primavesi (1982) e Compagnoni amp
Putzolu (1985) o esterco bovino apresenta propriedades condicionadoras do solo dando
agraves plantas melhores condiccedilotildees de desenvolvimento elevando sobremaneira os
conteuacutedos de fitomassa fresca das plantas que refletiratildeo nas demais respostas
agronocircmicas
Analisando as adubaccedilotildees de base em relaccedilatildeo aos biofertilizantes observa-se que
para os tratamentos 1 VB (30 t ha 1 de vermicomposto) - natildeo houve influecircncia dos
biofertilizantes para as variaacuteveis FSPA e AP enquanto destacou-se o SM+U+CB para o
DC e SM+U+CB e ausecircncia da adubaccedilatildeo liacutequida para a FFPA mostrando que o uso
dos biofertilizantes natildeo influenciou esta variaacutevel 15 VB (45 t ha 1 de vermicomposto) -
verificou-se a eficiecircncia do uso do MB4 +U+CB para as variaacuteveis FFPA e DC Para a
variaacutevel FSPA destacaram-se os dois biofertilizantes utilizados jaacute para AP natildeo houve
33
influecircncia destes EC (60 t ha 1 de esterco de curral) - em todas as variaacuteveis observadas
na tabela 5 as respostas foram significativas utilizando MB4 +U+CB
As respostas encontradas no presente trabalho para as variaacuteveis AP e FSPA foram
superiores as obtidas por Dalponte (1990) quando utilizado 0 esterco de curral para
produccedilatildeo de mudas de cebola
Segundo Filgueira (2000) os solos da regiatildeo produtora de cebola do RS satildeo
pobres em foacutesforo disponiacutevel (15 mg Kg1) necessitando portanto de adubaccedilotildees
fosfatadas elevadas As respostas aqui obtidas podem ser justificadas pelos teores de
foacutesforo contido no MB4
Follet et al (1981) citam a importacircncia do uso de compostos orgacircnicos no solo
enfatizando os estercos no sentido da decomposiccedilatildeo continuada no fornecimento de
nutrientes e na liberaccedilatildeo lenta e gradual de aacutecidos orgacircnicos influenciando a liberaccedilatildeo
do foacutesforo O que provavelmente pode ser atribuiacutedo agraves respostas encontradas no
presente trabalho para 0 tratamento Esterco de curral mais MB4 e Urina mais Calda
Bordalesa
E importante destacar que 0 sistema de produccedilatildeo de mudas de cebola sob uma
perspectiva agroecoloacutegica mostra-se eficiente quando visualmente natildeo percebe-se
diferenccedila significativa entre os tratamentos (Apecircndice F Figura 2)
Conveacutem ressaltar que quando trabalhamos com agroecologia natildeo existem
receitas nem pacotes tecnoloacutegicos prontos Cada situaccedilatildeo deveraacute ser estudada em
particular para que se faccedila recomendaccedilotildees adequadas ao ambiente local uma vez que
as plantas se adaptam ao meio estando a nutriccedilatildeo encarregada de proteger e manter o
equiliacutebrio do organismo vegetal em funccedilatildeo das alteraccedilotildees externas
E fundamental que se compreenda os princiacutepios norteadores de todo o processo
que satildeo as bases da luta por uma sociedade mais justa dentro de um mundo econocircmico e
ambientalmente mais sustentaacutevel
412 Anaacutelise do sistema radicular
Os resultados obtidos nas anaacutelises do sistema radicular (Tabela 2) mostram
diferenccedilas significativas entre as adubaccedilotildees para as variaacuteveis fitomassa fresca de raiz
(FFR) fitomassa seca de raiz (FSR) comprimento de raiz (CR) razatildeo parte
aeacutereasistema radicular (RPASR) e densidade de raiz (DR)
34
TABELA 2 Produccedilatildeo de fitomassa fresca e seca (g) comprimento (cm) e densidade de
raiacutezes (m cm3) de mudas de cebola Petrolini cultivadas sob uma
perspectiva agroecoloacutegica e razatildeo parte aeacutereasistema radicular Pelotas-
RS 2003
BIOFERTILIZANTES LIacuteQUIDOSADUBACcedilAO DE BASE
S Magro + MB4 +Urina + Calda Urina + Calda Testemunha
Bordalesa Bordalesa
de vermicomposto de vermicomposto de esterco de curral
de vermicomposto de vermicomposto de esterco de curral
de vermicomposto de vermicomposto de esterco de curral
de vermicomposto de vermicomposto de esterco de curral
1540 c A 1576 b B 2427 a A
Fitomassa fresca (g)----------------1502 c B 1517 b AB 1658 b A 1446 c C 2336 a B 2360 a B
--------------------Fitomassa seca (g)-------------------196 b A 207 ab A 170 b A170 b A 199 b A 192 b A 344 a A 249 a B 327 a A
Comprimento de raiz(cm)---------------1237 b A 1158 b A 1158 a A1237 b A 1060 c B 1040 b B1433 a A 1296 a B 1040 b C
30 t ha 45 t ha 60 t ha
30 t ha 45 t ha 60 t ha
30 t halsquo 45 t ha 60 t ha
30 t ha 45 t ha 60 t ha
30 t ha de vermicomposto 45 t ha de vermicomposto60 t ha~ de esterco de curral__________________________ _________________________Meacutedias seguidas pela mesma letra minuacutescula para as colunas (adubaccedilatildeo de base) e maiuacutesculas para as linhas (biofertilizantes) natildeo diferem entre si pelo teste de Duncan a 5
-----Razatildeo Parte AeacutereaSistema Radicular------340 b AB 301c B 384 a A446 a A 415 b A 326 a B339 b B 546 a A 388 a B
-------------- Densidade de raiz (m cm3)------------367 a AB 414 a A 325 b B282 b B 301b B 405 a A347 ab A 231c B 324 b A
Em relaccedilatildeo agraves adubaccedilotildees de base destacou-se o EC (60 t ha 1 de esterco de curral)
para as variaacuteveis FFR e FSR Quando adicionado o SM+U+CB os resultados para FFR
foram ainda melhores bem como o CR As respostas obtidas para a RPASR foram
variadas em relaccedilatildeo agraves adubaccedilotildees apresentando melhores resultados para 15 VB (45 t
ha 1 de vermicomposto)+SM+U+CB e ainda melhor para EC (60 t ha 1 de esterco de
curral)+MB4 +U+CB As adubaccedilotildees de base 1 VB 15 VB e EC natildeo diferiram entre si
As adubaccedilotildees mais eficientes para a variaacutevel DR foram 1 VB+SM+U+CV que natildeo
diferiu da EC+SM+U+CB I VB+ MB4 +U+CB e agrave 15 VB foram melhores entre as
demais
35
Analisando os biofertilizantes em relaccedilatildeo a cada adubaccedilatildeo de base verifica-se que
para a 1 VB (30 t ha 1 de vermicomposto)+SM+U+CB destaca-se a variaacutevel FFR
poreacutem sem diferenccedila significativa de 1 VB os melhpres resultados para a variaacutevel DR
foram encontrados pelo tratamento 1 VB+MB4 +U+CB e 15 VB (45 t ha 1 de
vermicomposto) tambeacutem se considera eficiente o 1 VB+SM+U+CB que natildeo diferiu do
EC (esterco de curral) Quando se utilizou 15 VB+ MB4 +U+CB houve resposta
significativa para a variaacutevel FFR para FSR as respostas natildeo foram diferentes com a
aplicaccedilatildeo dos biofertilizantes para as variaacuteveis FSR e DR as adubaccedilotildees EC e
EC+SM+U+CB natildeo diferiram entre si
Embora as respostas estatiacutesticas tenham sido diferentes para as adubaccedilotildees
combinadas ou natildeo pode-se salientar a importacircncia do aacutecido indol-aceacutetico como jaacute
citado anteriormente para as variaacuteveis avaliadas na parte aeacuterea das mudas de cebola
Respostas semelhantes nesse sentido foram encontradas para a cultura da alface por
Quijano (1999) e Morselli (2001)
Pereira et al (2002) concluiacuteram em trabalho realizado com a cultivar de cebola
CNPF1 6400 em Minas Gerais que a utilizaccedilatildeo de 20 t ha de esterco de curral
proporcionou os melhores resultados para a produccedilatildeo de cebola
Silva Juacutenior amp Giorgi (1992) e Menezes Juacutenior (1998) citam que doses elevadas
de mateacuteria orgacircnica podem prejudicar a primeira fase da germinaccedilatildeo (embebiccedilatildeo) e
absorccedilatildeo de aacutegua pelas raiacutezes das placircntulas No entanto no presente trabalho este fato
natildeo ocorreu embora a dose de esterco utilizada tenha sido de 60 t ha 1 (dose maacutexima
recomendada segundo Nolla 1982)
413 Anaacutelise de macronutrientes no tecido vegetal
Os resultados dos conteuacutedos de nitrogecircnio foacutesforo potaacutessio caacutelcio e magneacutesio no
tecido vegetal sob diferentes adubaccedilotildees encontrados na Tabela 3 indicam mais uma
vez a superioridade da adubaccedilatildeo esterco com 0 uso ou natildeo de biofertilizantes
36
TABELA 3 Conteuacutedos (mg planta1) de nitrogecircnio foacutesforo potaacutessio caacutelcio e
magneacutesio no tecido vegetal de mudas de cebola Petrolini cultivadas sob
uma perspectiva agroecoloacutegica Pelotas-RS 2003
BIOFERTILIZANTES LIacuteQUIDOS i J B
ADUBACcedilAtildeO S Magro + MB4 +DE BASE Urina + Calda Urina + Calda Testemunha
Bordalesa Bordalesamg plantas1
---- Nitrogecircnio-----30 t ha de vermicomposto 16593 c AB 15451 c B 19050 b A45 t ha de vermicomposto 21444 b A 22888 b A 17852 b B60 t ha de esterco de curral 32606 a C 37593 a B 40816 a A
--------------- ------ Foacutesforo------- -------------30 t ha de vermicomposto 3098 c B 2802 c B 3999 b A45 t ha de vermicomposto 4109 b A 4135 b A 2788 c B60 t ha de esterco de curral 5300 a B 7577 a A 7565 a A
------- Potaacutessio------30 t ha de vermicomposto 24327 c A 19900 c B 24965 b A45 t ha de vermicomposto 29113b A 29812 b A 22031 b B60 t ha de esterco de curral 44070 a B 51976 a A 54101 a A
-------- Caacutelcio-------30 t ha de vermicomposto 5027 c A 4356 c A 4834 b A45 t ha de vermicomposto 6114b A 6963 b A 4379 b B60 t ha de esterco de curral 9030 a C 11451 a A 10331 a B
------Magneacutesio-----30 t ha de vermicomposto 1188 b A 914 c A 1202 b A45 t ha de vermicomposto 1231 b B 1582 b A 1176 b B60 t ha de esterco de curral 2136a B 2443 a A 2663 a AMeacutedias seguidas pela mesma letra minuacutescula para as colunas (adubaccedilatildeo de base) e maiuacutesculas para as linhas (biofertilizantes) natildeo diferem entre si pelo teste de Duncan a
Em relaccedilatildeo agraves adubaccedilotildees de base observa-se que o melhor tratamento foi o
esterco de curral para todas as variaacuteveis Para 1 VB (30 t ha^ 1 de vermicomposto) natildeo
houve resposta diferenciada com o uso de bofertilizantes para todas as variaacuteveis A
adubaccedilatildeo 15 VB (45 t ha 1 de vemicomposto) foi influenciada pelos biofertilizantes
para as variaacuteveis N P K e Ca enquanto que para Mg somente o MB4+U+CB o
influenciou O EC (esterco de curral) mostrou diferenccedila significativa apenas para as
variaacuteveis Ca e Mg quando adicionado MB4+U+CB
Segundo Peixoto (2000) eacute fundamental a adiccedilatildeo de adubos orgacircnico no cultivo de
hortaliccedilas seja na forma de esterco decomposto composto ou huacutemus de minhoca de
37
modo a fornecer melhorias nas propriedades do solo vindo a disponibilizar os nutrientes
as diferentes culturas
O esterco fresco conteacutem muita cama celuloacutesica e um elevado teor de aacutegua No
esterco curtido a celulose jaacute estaacute decomposta o teor de aacutegua estaacute reduzido agrave metade e os
nutrientes em uma forma mais assimilaacutevel e mais concentrada O esterco fresco pode
causar uma deficiecircncia temporaacuteria de nitrogecircnio no solo ao se decompor o que natildeo
acontece com o biestabilizado (Kiehl 1985)Ocorre uma diminuiccedilatildeo inicial no volume
de aacutegua retido no esterco de curral diminui inicialmente em tomo de 3581 liberando
posteriormente somente 496 evidenciando a sua capacidade de retenccedilatildeo de aacutegua
(Menezes Juacutenior 1998)
A utilizaccedilatildeo continuada de adubos nitrogenados minerais no solo altera o balanccedilo
do nitrogecircnio entre o solo e planta No meacutetodo biodinacircmico eacute sublinhada a importacircncia
dos adubos animais para o estabelecimento da fertilidade permanente dos solos (Koeff
et al 1983)
Para Guimaratildees (1997) os benefiacutecios que a mateacuteria orgacircnica imprime ao solo
principalmente melhorando a produtividade fertilidade e a influencia que as substancias
huacutemicas exercem sobre o ambiente dependem da qualidade e do teor de mateacuteria
orgacircnica do solo Estas substacircncias por conterem nutrientes em sua constituiccedilatildeo em uma
forma mais disponiacutevel para as plantas promovem um equiliacutebrio no ambiente no solo
(Kononova 1966)
Aproximadamente de 60 a 70 do total de carbono do solo ocorre na forma de
materiais huacutemicos (Griffith amp Schnitzer 1975) sendo a eles atribuiacutedo a manutenccedilatildeo da
bioestrutura do solo aumentando a capacidade de retenccedilatildeo de aacutegua (Brady 1999)
Conforme Compagnoni amp Putzolu (1985) os estercos bem como os demais
resiacuteduos orgacircnicos apresentam conteuacutedos diferentes de aacutecidos huacutemicos e fuumllvicos sendo
atribuiacutedo ao acido huacutemico uma accedilatildeo fitoestimulante semelhante aos fitohormocircnios por
favorecer o desenvolvimento do sistema radicular e crescimento do caule
Em trabalho realizado por Guimaratildees (1997) foi encontrado para aacutecidos huacutemicos
de esterco bovino uma relaccedilatildeo CN 1035 e para vermicomposto bovino 17
evidenciando que o esterco quando aplicado ao solo por apresentar uma relaccedilatildeo CN
proacutexima deste reage mais facilmente liberando nutrientes para as plantas sem alterar a
cadeia troacutefiacuteca Dados encontrados no presente trabalho demonstram a eficiecircncia do
esterco nesse sentido
38
De acordo com Morselli (2001) vaacuterios trabalhos citam comentam e discutem a
capacidade dos vermicompostos em proporcionar oacutetimas colheitas e favorecer a
precocidade das plantas cultivadas Poreacutem muitas vezes se observa que mesmo
suprindo essas plantas com nutrientes necessaacuterios atraveacutes de huacutemus de diferentes fontes
as respostas natildeo satildeo as mesmas para uma mesma cultivar
Por outro lado os resultados com o uso de substacircncias huacutemicas satildeo variaacuteveis e
dependem aleacutem da espeacutecie testada das substacircncias huacutemicas utilizadas sua
concentraccedilatildeo o grau de purificaccedilatildeo e das condiccedilotildees experimentais A resposta das
plantas aos aacutecidos huacutemicos e fuacutelvicos eacute dependente da mateacuteria prima original e da
espeacutecie vegetal pois materiais orgacircnicos diferentes apresentam aacutecidos huacutemicos e
fuacutelvicos diferentes (Businelli 1990)
Justificam-se os maiores conteuacutedos de nitrogecircnio foacutesforo potaacutessio e caacutelcio nas
adubaccedilotildees 15 VB (45 t ha 1 de vermicomposto) e biofertilizantes devido
provavelmente ao vermicomposto utilizado apresentar na sua constituiccedilatildeo teores
consideraacuteveis destes elementos aleacutem do que os biofertilizantes possam ter influenciado
na absorccedilatildeo atraveacutes de sua constituiccedilatildeo Tibau (1984) considera que a urina de vaca eacute
rica em aacutecido indol-aceacutetico e este influencia na absorccedilatildeo radicular O efeito positivo
deste tratamento provavelmente seja devido agrave quantidade aplicada
O biofertilizante que se destacou foi o MB4+U+CB em relaccedilatildeo ao EC (esterco de
curral) e eacute somente para a variaacutevel caacutelcio Isto provavelmente seja devido ao alto teor
deste elemento encontrado na sua constituiccedilatildeo (6872 g Kg1) e pela influecircncia positiva
que a calda bordalesa exerce no metabolismo das plantas atraveacutes dos nutrientes
contidos em sua formulaccedilatildeo O Ca controla a absorccedilatildeo radicular e retorna ao solo pelo
esterco e palhas por apresentar-se em maior quantidade em folhas e caules Depois de
localizado nas folhas fica imoacutevel favorecendo a resistecircncia da planta ao ataque de
fungos
Este trabalho avanccedila no estudo da agroecologia estando claro que todos os
criteacuterios tem caraacuteter dinacircmico de adequaccedilatildeo as mudanccedilas de um sistema de produccedilatildeo
em evoluccedilatildeo contribuindo na transiccedilatildeo para um padratildeo sustentaacutevel Cabe a pesquisa a
reorientaccedilatildeo para um enfoque ldquosistecircmicordquo isto eacute que permita integrar os diversos
componentes de um agroecossistema e a adoccedilatildeo de poliacuteticas puacuteblicas que promovam 0
fortalecimento e a expansatildeo da agricultura familiar
39
5 CONCLUSOtildeES
Considerando os resultados obtidos e as condiccedilotildees em que o estudo foi realizado
conclui-se que
bull As respostas agronocircmicas das mudas de cebola para os paracircmetros avaliados
satildeo mais satisfatoacuterias com a aplicaccedilatildeo de esterco de curral como adubaccedilatildeo de
base
bull Os biofertilizantes mais urina de vaca e calda bordalesa proporcionam
respostas satisfatoacuterias quando aplicados associados agraves adubaccedilotildees de base
bull O biofertilizante MB4 mais urina de vaca e calda bordalesa eacute mais eficiente
que o super magro mais urina e calda bordalesa quando aplicado associado agrave
adubaccedilatildeo de base esterco de curral para os conteuacutedos de fitomassa secae
fresca da parte aeacuterea das plantas altura e diacircmetro de colo das mudas de
cebola
bull Os biofertilizantes adicionados agrave adubaccedilatildeo de base 45 t harsquo 1 de vermicomposto
bovino mostram respostas significativas para os conteuacutedos de fitomassa seca
bull Os maiores conteuacutedos nutricionais para as mudas de cebola satildeo
proporcionados pela adubaccedilatildeo de base esterco de curral
bull A maior absorccedilatildeo de caacutelcio pelas mudas de cebola ocorre quando da adiccedilatildeo do
biofertilizante MB4 mais urina e calda bordalesa agrave adubaccedilatildeo de base esterco de
curral
40
6 REFEREcircNCIAS BIBLIOGRAacuteFICAS
ALDRIGHI CB ABREU CM PAGLIA AG MORSELLI TBGA FERNANDES HS Efeito da aplicaccedilatildeo de biofertilizante e urina de vaca em mudas de tomateiro Horticultura Brasileira v20 n2 julho 2002 Suplemento 2
ALTIERI M NICHOLLS C I Agroecologia Teoria praacutectica para umaAgricultura Sustentable Ia ed PNUMA 2000 Cap 2 4 Seacuterie textos baacutesicos para la formacioacuten ambiental
ALTIERI M Agroecologia bases cientiacuteficas para uma agricultura sustentaacutevelGuaiacuteba Agropecuaacuteria 2002 592 p
ANTONIOLLI Z I GIRACCA E M N CARDOSO S J T WIETHAN M M S FERRI M Iniciaccedilatildeo agrave Minhocultura Criaccedilatildeo em Cativeiro e Vermicompostagem Santa Maria UFSM 1996 p59-89
BAYER C MIELNICZUC J Dinacircmica e funccedilatildeo da mateacuteria orgacircnica In SANTOS G de A S e CAMARGO F A de O (ed) Fundamentos da mateacuteria orgacircnica do solo ecossistemas tropicais e subtropicais Porto Alegre Genesis 1999 p 3-23
BARRETTO D X Composto Orgacircnico In Praacutetica em Agricultura Orgacircnica Satildeo Paulo iacutecone Ed Ltda 1985 p 51-63
BETTIOL W Alguns produtos alternativos para o controle de doenccedilas de plantasem agricultura orgacircnica II Ciclo de palestras sobre agricultura orgacircnica Instituto Bioloacutegico Satildeo Paulo p52-63 1997
41
BETTIOL W TRACH R GALVAtildeO JAH Controle de doenccedilas de plantas com biofertilizantes Jaguariuacutena EMBRAPA-CNPMA 1997 22p (EMBRAPA- CNPMA Circular Teacutecnica 02)
BRADY N C Natureza e propriedades dos sotos Rio de Janeiro Freitas BastosS A 1979 647p
BRADY N C Organisms and ecology of the soil In The nature of properties of soils Simon amp Schuster A Viacon Company New Jersey1999 402-489p
BON1LLA J A Fundamentos da Agricultura Ecoloacutegica Sobrevivecircncia eQualidade de Vida Satildeo Paulo Nobel 1992
BUREacuteS S Substratos Ediciones Agroteacutecnicas S L Madrid Octubre 1997
BUS1NELLI M Chemical Composition and Enzymic Activity of some Worm Cast Plant Soil v 80 p 1-2 1990
CALEGARI A Espeacutecies para cobertura de solo In IAPAR (Instituto Agronocircmico de Paranaacute) Plantio Direto pequena propriedade sustentaacutevel organizador Moacir Darolt Londrina - PR 1998 65-93
CAMARGO P N D Manual de Adubaccedilatildeo Foliar Satildeo Paulo Herba 1975
CAPRA F A Teia da Vida Satildeo Paulo Cultrix 1997 256p
CAPRA F O Ponto de Mutaccedilatildeo 22 ed Satildeo Paulo Cultrix 2001 447p
CHABOUSSOU F Plantas doentes pelo uso de agrotoacutexicos (A Teoria da Trofobiose) Porto Alegre LPM 1987 253 p
CLARO S A Referencias tecnoloacutegicos para a agricultura familiar ecoloacutegica aexperiecircncia da Regiatildeo Centro-Serra do Rio Grande do Sul Porto Alegre EMATERRS-ASCAR 2001 250p
CLIVELA G Diagnoacutestico Agronocircmico da cebola no Rio Grande do Sul Porto Alegre EMATERRS 1995 8 6 p
COMISSAtildeO DE FERTILIDADE DO SOLO - RSSC Recomendaccedilotildees de adubaccedilatildeo e calagem para os estados do Rio Grande do Sul e Santa Catarina 3 ed Passo Fundo SBCS - Nuacutecleo Regional Sul 1995 223p
COMPAGNONI L PUTZOLU G Cria moderna de Ias lombrices y utilizacioacutenrentable dei humus Barcelona Editorial de Vecchi- SA 1985127p
COSTABEBER J A MOYANO E Transiccedilatildeo agroecoloacutegica e accedilatildeo social coletiva Agroecologia e Desenvolvimento Rural Sustentaacutevel Porto Alegre v l n4 p 50- 60 outdez 2 0 0 0
42
COSTA M B B da Adubaccedilatildeo orgacircnica Nova siacutentese e novo caminho para aagricultura Satildeo Paulo Ed iacutecone Ltda 1985 102p
COSTA NETO C Agricultura Sustentaacutevel Tecnologias e Sociedade In CARVALHO COSTA LF et al (org) Mundo Rural e Tempo Presente Rio de Janeiro Mauad 1999
DrsquoAG0ST1NI R L FANTINI A C Produccedilatildeo orgacircnica tambeacutem socialmente excludente Agroecologia e Desenvolvimento Rural Sustentaacutevel Porto Alegre v3 n l p57-61 2002
DALPONTE J C V Utilizaccedilatildeo de materiais orgacircnicos e fertilizante mineral na produccedilatildeo e qualidade de mudas e bulbos de cebola (Alliurn Cepa L) Pelotas-RS 1990 (Mestrado em Agronomia) - Faculdade de Agronomia Eliseu Maciel UFPel 1990
DEBARBA J F THOMAZELLI L F GANDIN C L SILVA E Cadeias produtivas do Estado de Santa Catarina Cebola Florianoacutepolis Epagri 1998 115 p (EPAGRI Boletim Teacutecnico 96)
DUFOUR F Os saacutebios loucos do agro-alimentar Le Monde Diplomatique ano 1 n4 p6-7 1999 (ed portuguesa)
EHLERS E Agricultura Sustetaacutevel Origem e perspectivas de um novo paradigma 2 ed Guaiacuteba Agropecuaacuteria 1999 157 p
FILGUEIRA F A R Novo Manual de olericultura agrotecnologia moderna na produccedilatildeo e comercializaccedilatildeo de hortaliccedilas Viccedilosa UFV 2000 402 p
FRASER G K Mateacuteria Orgacircnica Del Suelo In BEAR F E (ed) Quiacutemica dei Suelo Madrid Ed Agrociencia 1963
FOLLET R H MURPHY L S DONAHUE R L Fertilizers and soil amendments New Jersey Printice-Hall Inc 1981 557p
GARCIA A Revista dei Espacio Rural Georgica Zaragoza Escuela Politeacutecnica de Huesca n5 1997
GARCIA A Versatildeo preliminar de um Programa Estadual de Produccedilatildeo e Comercializaccedilatildeo de Bulbos e Sementes de CebolaEMBRAPAIPAGROMARAEMATER 6 8 pbdquo 1990 (Publicaccedilatildeo avulsa)
GIORGETT1 J R Produccedilatildeo e Comercializaccedilatildeo de Mudas de Tomate In Encontro Nacional de Produccedilatildeo e Abastecimento de Tomate 2 1991 Jaboticabal Satildeo Paulo Anais Jaboticabal UNESP 1991 p 242-244
GLIESSMAN S R Agroecologia Processos ecoloacutegicos em agricultura sustentaacutevelPorto Alegre Universidade Federal do Rio Grande do Sul - UFRGS 2000 653p
43
GLIESSMAN S R TURRIALBA C R Agroecologia Procesos Ecoloacutegicos en Agricultura Sostenible CATIE 2002 p 3-14
GNOATTO S C Caracterizaccedilatildeo quiacutemica de vermicompostos de diferentes substratos orgacircnicos Pelotas-RS 1999 38 f (Mestrado em Agronomia - Solos) - Faculdade de Agronomia Eliseu Maciel UFPel 1999
GOMES J C C BORBA M F S A moderna crise dos alimentos oportunidade para a agricultura familiar Emater Porto Alegre julset 2000 Disponiacutevel em lthttpwwwematertchebrdocsagroecorevistan313-artigo3htmgtAcesso em 24 fev 2002
GOMEZ H W Desenvolvimento sustentaacutevel agriacutecola e capitalismo In Desenvolvimento sustentaacutevel Necessidade eou disponibilidade Santa Cruz do Sul Nobel - UNISC 1997 p 65-77
GONZAacuteLEZ DE MOLINA M SEVILLA GUZMAacuteN E Ecologia campesinado e historia Para una reinterpretacioacuten dei desarrollo dei capitalismo en la agricultura In SEVILLA GUZMAacuteN E GONZAacuteLEZ DE MOLINA M (ed) Ecologia campesinado e historia Madrid La Piqueta 1993 p 23-129
GRIFFITH S A SCHNITZER M Analytical characteristic of humic and fulvic acids extracted from tropical volcanic soils Soil Sei Soc Am Proc v 39 p361-367 1975
GUIMARAtildeES E Caracterizaccedilatildeo quiacutemica estreptoscoacutepica e por anaacutelise teacutermica de aacutecidos huacutemicos e vermicompostos obtidos de estercos de diferentes animaisCuritiba 1997 Dissertaccedilatildeo (Mestrado em Quiacutemica) Universidade Federal do Paranaacute 1997
HESS A F Sociedade e meio ambiente uma relaccedilatildeo ambiacutegua Revista Cientiacutefica Rural Bageacute v 4 n2 p 167-1741999
ICEPA-SC Informes conjunturais sobre a cultura da cebola Disponiacutevel em lthttpwwwicepa combrgt Acesso em 23 jan 2003
JONES H A MANN L K Onions and their allies New York Interscience Publishers 1962 286 p
JUacuteNIOR H A de MAIORANO J A Receitas obtidas de extratos de plantasCampinas CATITerra Viva [199-] 10 f
KHATOUNIAN C A Ciclo de Palestras sobre Agricultura Orgacircnica 2a Ed SatildeoPaulo Fund Cargill 1997 149 p
KIEHL E J Fertilizantes Orgacircnicos Satildeo Paulo Ed Agronocircmica Ceres Ltda 1985 492p
44
KOEFF H H PETTERSSON B D SHAUMANN W Vida Vegetal solos e adubaccedilatildeo In Agricultura Biodinacircmica Satildeo Paulo Nobel 1983 p92-149
KONONOVA M M Soil organic matter The importance o f organic matter in soil formation and soil fertility New York Pergamqn Press 1961 p 165-200
KUHN T A Estrutura das Revoluccedilotildees Cientiacuteficas Satildeo Paulo Perspectiva 1989 257p
LANNA FCA ABREU C L ABREU J G SILVA V Resposta de cultivares de melancia cultivadas sob adubaccedilatildeo quiacutemica e orgacircnica Horticultura v 12 n l p85 1994
LEFF H Saber Ambiental Petroacutepolis Vozes 2001 343 p
MAGALHAtildeES J R Nutriccedilatildeo e adubaccedilatildeo da cebola In FERREIRA M E CASSTELLANE P D CRUZ M C P Nutriccedilatildeo e adubaccedilatildeo de hortaliccedilasPiracicaba POTAFOS 1993 p 381-393
MALAVOLTA E Elementos de nutriccedilatildeo mineral de plantas Satildeo Paulo Ed Agronocircmica Ceres Ltda 1980 251 p
MALAVOLTA E Manual de Quiacutemica Agriacutecola - Adubos e Adubaccedilatildeo 3a ed SatildeoPaulo Ed Agronocircmica Ceres Ltda 1981 606 p
MARTINEZ A A A grande e Poderosa Minhoca Jaboticabal Funep - Unesp1990 101 p
MARTINS S R Desenvolvimento e Sustentabilidade Horticultura Brasileira Brasiacutelia-DF v20 n2 julho 2002 Palestra apresentada no 42deg Congresso Brasileiro de Olericultura
MARTINS S R Limites Del Desarrollo Sostenible em Ameacuterica Latina En el marco de Ias poliacuteticas de (re)ajuste econocircmico Pelotas Editora UFPel 1997 135 P-
MARTINS S R Sustentabilidade na agricultura dimensotildees econocircmicas sociais e ambientais Revista Cientiacutefica Rural Bageacute v4 n 2 p 175-1871999
MATURANA H REZEPKA S N D E Formaccedilatildeo Humana e Capacitaccedilatildeo Rio de Janneiro Vozes 2000 8 6 p
MELLO A F SOBRINHO M O ARZOLLA S SILVEIRA R NETTO A C KIEHL J C Fertilidade do Solo Satildeo Paulo Nobel 1983
MENEZES JUacuteNIOR F O G D Caracterizaccedilatildeo de Diferentes substratos hortiacutecolas e seu efeito na produccedilatildeo de mudas de alface e couve-flor em ambiente protegido Pelotas 1998 141 p Dissertaccedilatildeo (Mestrado em Agronomia - Produccedilatildeo Vegetal) - Faculdade de Agronomia Eliseu Maciel UFPel 1998
45
MIBASA Mineraccedilatildeo Barreto SA Melhorador de Solos MB4 A Natureza Agradece Arapiraca-AL [199-] Folder
MINAMI K Os resumos da olericultura 2000 In AZEVEDO FILHO MARTINEZ FILHO (ed) Preccedilos agriacutecolas Piracicaba ESALQ 1999 p 4
MINAMI K Produccedilatildeo de Mudas de Alta Qualidade em Horticultura Satildeo Paulo TA Queiroz 1995
MORSELLI T B G A Cultivo sucessivo de alface sob adubaccedilatildeo orgacircnica em ambiente protegidoPelotas 2001 178 p Tese (Doutorado em Agronomia - Produccedilatildeo Vegetal) Faculdade de Agronomia Eliseu Maciel UFPel 2001
MORSELLI T B G A Resiacuteduos orgacircnicos em sistemas agriacutecolas Poliacutegrafo da Disciplina de Resiacuteduos orgacircnicos em sistemas agriacutecolas Curso de Poacutes-Graduaccedilatildeo em Agronomia-Produccedilatildeo Vegetal UFPel 2002
MULLER AM Efeitos da Aplicaccedilatildeo Foliar de um Biofertilizante Enriquecido no Estado fitossanitaacuterio de Tomate Ervilha e Beterraba Sob Manejo OrgacircnicoDissertaccedilatildeo (Mestrado no Programa de Poacutes-Graduaccedilatildeo em Agroecossistemas)1999 (Resumo)
NOLLA D Erosatildeo do Solo - O grande desafio Estado do Rio Grande do Sul SEAGRI desenvolvimento de recursos naturais renovaacuteveis 1982 412 p
PAGLIA AG MORSELLI TBGA PEIL RMN Teores de nutrientes pH e condutividade eleacutetrica da aacutegua em sistema ldquofloat^ngrdquo sob adiccedilatildeo de biofertilizantes Horticultura Brasileira v 20 n2 julho 2002 Suplemento 2
PAULUS G MULLER A BARCELLOS LAR Agroecologia aplicada praticas e meacutetodos para uma agricultura de base ecoloacutegica 2ed ver ampl Porto Alegre EMATERRS 2001 8 6 p
PEIXOTO R T dos G Composto orgacircnico aplicaccedilotildees benefiacutecios e restriccedilotildees de uso Horticultura Brasileira Brasiacutelia-DF v 18 p 56-64 julho 2000
PENTEADO SR Defensivos Alternativos e Naturais Satildeo Paulo 1999 95 p
PEREIRA AJ SOUZA RJ PEREIRA WR Efeito de diferentes doses de esterco de galinha e de curral sobre a produccedilatildeo de cebola Horticultura Brasileira v20 n2 julho 2002 Suplemento 2
PINHEIRO S BARRETO SB MB-4 agricultura sustentaacutevel trofobiose e biofertilizantes Fundaccedilatildeo Juquira CandiruMibasa 2000 273 p
PRIMAVESI A Agricultura Sustentaacutevel Satildeo Paulo Nobel 1992 142 p
PRIMAVESI A O manejo ecoloacutegico do solo Agricultura em regiotildees tropicais SatildeoPaulo Nobel 1982 541 p
46
PURCINO A A C ldquoNitrogecircniordquo Informe Agropecuaacuterio Belo Horizonte v7 n81 p 16-27 1981
QUIJANO F G Efeito da adubaccedilatildeo orgacircnica no desenvolvimento de duas cultivares de alface em ambiente protegido Pelotas 1999 116f Dissertaccedilatildeo (Mestrado em Agronomia - Produccedilatildeo Vegetal) Faculdade de Agronomia Eliseu Maciel UFPel 1999
RODRIGUES A N N Efeitos e residuais de superfosfato triplo sobre o rendimento de mateacuteria seca e absorccedilatildeo de foacutesforo pela aveia (Avena strigosa Schob) em solo Podzoacutelico Vermelho Escuro Porto Alegre 1984 59f Dissertaccedilatildeo (Mestrado em Agronomia) - Faculdade de Agronomia UFRGS 1984
RODRIGUES E T CASALI V W D Respostas da alface agrave adubaccedilatildeo orgacircnica II Teores conteuacutedos e utilizaccedilatildeo de macronutrientes em cultivares Rev Ceres Viccedilosa v 45 n 261 p 437-449 1998
SAMINEcircS T C O Produccedilatildeo orgacircnica de alimentos Horticultura Brasileira Brasiacutelia-DF v 17 n3 novembro 1999
SCHIEDECK G Ambiecircncia e resposta agronocircmica de meloeiro (Cucumis melo L) cultivado sob adubaccedilatildeo orgacircnica em ambiente protegido Pelotas lOOp Tese (Doutorado em Agronomia - Produccedilatildeo Vegetal) - Faculdade de Agronomia Eliseu Maciel UFPel 2002
SILVA JUacuteNIOR A A GIORGI E Substratos alternativos para a produccedilatildeo de mudas de tomate Agropecuaacuteria Catarinense Florianoacutepolis EPAGRI 1992 23 p
SILVA JUacuteNIOR A A MACEDO S G STUKER H Utilizaccedilatildeo de esterco de peru na produccedilatildeo de mudas de tomateiro Florianoacutepolis EPAGRI 1995 28 p (Boletim Teacutecnico 73)
TAGLIARI PS GRASSMANN H Minhoca a grande aliada da agricultura Agropecuaacuteria Catarinense v8 n l p 11-14 mar 1995
TEDESCO M J GIANELLO C Anaacutelises de solo plantas e outros materiais Porto Alegre Faculdade de Agronomia Departamento de Solos Universidade Federal do Rio Grande do Sul RS 1996
TENNANT D A Test of modified line intersect method of estimating root lenght Journal Ecology Oxford v 63 p 995-1001 1975
TIBAU A O Mateacuteria Orgacircnica do Solo Mateacuteria Orgacircnica e Fertilidade do SoloSatildeo Paulo Nobel 1984 p49-182
TIMM P J Anaacutelise comparativa dos sistemas de plantio convencional e cultivo miacutenimo de cebola sob adubaccedilatildeo orgacircnica e mineral Pelotas 2000 79 p Dissertaccedilatildeo (Mestrado em Agronomia - Produccedilatildeo Vegetal) - Faculdade de Agronomia Eliseu Maciel UFPel 2000
47
VALENZUELA HR CROSBY C Effect of compost applications on the yield of several vegetables in long-term organic farming experiments conduced in the tropics American Society Horticultural Science v33 n3 june 1998
VIGLIZZO E (ed) Subprograma Recursos Naturais y Sostenibilidad Agriacutecola documento marco Montevideo IICAPROCISUR 1995 p 75 - 78
WE1D J M TARDIN J M Proposta para a Ampliaccedilatildeo do Trabalho da ASPTA no Centro Sul do Paranaacute ASPTA Disponiacutevel em http wwwpronafgovbrEncontrotestosAS20PTA20Sul20ParanE1205 202002doc Acesso em 05 mai 2002
XAVIER SIMOacuteN F DOMINGUES D G Desenvolvimento Rural Sustentaacutevel uma perspectiva agroecoloacutegica Agroecologia e Desenvolvimento Rural Sustentaacutevel Porto Alegre EM ATERRS v2 n2 p 17-26 2001
ZABALETA J P Diagnoacutestico da Agricultura Familiar em Satildeo Joseacute do Norte - RSPelotas EMBRAPA-CPACT 1998 75 p (EMBRAPA-CPACT Documentos 44)
ZONTA E P MACHADO A A SILVEIRA P Sanest Sistema de anaacutelise estatiacutestica para microcomputadores Registrado na Secretaria Especial de Informaacutetica sob nuacutemero 066060 - categoria A Pelotas-RS Universidade Federal de Pelotas 1984
48
7 APEcircNDICE
APEcircNDICE A - Anaacutelise da adubaccedilatildeo de base e biofertilizantes utilizados na produccedilatildeo de mudas de cebola
TABELA 1 A Anaacutelise baacutesica do solo antes da incorporaccedilatildeo do feijatildeo miuacutedo + papua
Arg
pH IND
SMP
MO
P - n r - Na Al Ca__10Omlmdash
Mg
ppm -
6 53 67 089 8 6 27 1 04 05 0 2
Fonte LASFAEMUFPel (2002)
TABELA 2A Anaacutelise complementar do solo antes da incorporaccedilatildeo do feijatildeo-miuacutedo + papua
Cobre Zinco Manganecircs Ferro
(m v1)
04 05 26 007
Fonte LASFAEMUFPel (2002)
49
TABELA 3A Anaacutelise dos fertilizantes soacutelidos
Amostra pH limidade CN
C N P K Ca Mg
- g-ivg --
Cama de 849 2491 12 31042 2479 3888 3405 29875 463
aves
Esterco 74 3594 11 677 590 157 134 335 214
de curral
Huacutemus 684 5738 14 15965 1098 453 745 743 361
Fonte LASFAEMUFPel (2002)
TABELA 4A Anaacutelise quiacutemica dos biofertilizantes liacutequidos
Amostra N P K_ccedil H
Ca Mg Cu Zn Fe Mn
mdashgL bull
S Magro
m b 4
Urina
053
1652
8 2 2
008
395
0 0 0
149
1674
471
1902
6872
0 0 0
1150
4507
1172
7273
42
033
101389
920
0 0 0
6250
19458
781
35273
1123
0 2 1
Fonte LASFAEMUFPel (2002)
50
APEcircNDICE B - Condiccedilotildees climaacuteticas do local
TABELA 1B Condiccedilotildees de temperatura do local
___________ __________TEMPERATURA (degCgt
meses Meacutedia
Maacutexima
Meacutedia
MiacutenimaMeacutedia
Maacutexima
Absoluta
Miacutenima
Absoluta
Junho 225 87 156 320 25
Julho 225 85 155 285 30
Agosto 251 71 161 360 1 0
Fonte FEPAGROSCT 2002
TABELA 2B Condiccedilotildees de chuva do local
mdash CHUVA (mm)mdash
meses Ocorrida Normal Desvio Da Normal
Junho 1080 1 1 0 -2 0
Julho 1062 98 8 2
Agosto 1283 1 2 0 83
Fonte FEPAGROSCT 2002
51
TABELA 1C Produccedilatildeo de fitomassa fresca e seca (g) da parte aeacuterea altura de planta
(cm) e diacircmetro de colo (mm) de mudas de cebola Petrolini cultivadas
sob uma perspectiva agroecoloacutegica Pelotas-RS 2003
APEcircNDICE C - Anaacutelise estatiacutestica da parte aeacuterea
Causas G1 FFPA FSPA AP DC
da variaccedilatildeo --------- Quadrados meacutedios-
Blocos 3
Ad Base 2 175359071 1287102 2547419 1 11775
Biofertilizantes 2 126876 29011 87669ns 02185ns
Ad x Biofert 4 572378 31123 69106ns 04159
Resiacuteduo 24 34456 03048 27169 00290
Total 35
Meacutedia geral 93745 8772 320388 6741
CV 1980 6294 5145 2530
Significativo a 5ns Natildeo significativo
52
TABELA 1D Produccedilatildeo de fitomassa fresca e seca (g) comprimento (cm) e densidade
de raiacutezes (m cm3) de mudas de cebola Petrolini cultivadas sob uma
perspectiva agroecoloacutegica e razatildeo parte aeacutereasistema radicular Pelotas-
RS 2003
APEcircNDICE D - Anaacutelise estatiacutestica da raiz
Causas G1 FFR FSR CR RPASR DR
da variaccedilatildeo Quadrados meacutedios---------------
Blocos 3
Ad Base 2 27874 551 623 2 1 0 140
Biofertilizantes 2 178 0 1 0 ni 1504 l03ns 038ns
Ad x Biofert 4 190 058 318 294 183
Resiacuteduo 24 005 009 028 023 0 2 1
Total 35
Meacutedia geral 1818 228 184 387 333
C V 134 1356 448 1253 1396
Significativo a 5 ns Natildeo significativo
53
APEcircNDICE E - Anaacutelise estatiacutestica dos macronutrientes da parte aeacuterea da cebola
TABELA 1E Conteuacutedos (mg planta1) de nitrogecircnio foacutesforo potaacutessio caacutelcio e
magneacutesio no tecido vegetal de mud^s de cebola Petrolini cultivadas
sob uma perspectiva agroecoloacutegica Pelotas-RS 2003
Causas G1 bull N P K Ca Mg
da variaccedilatildeo
Blocos 3
Ad Base 2 13550306 446627 25509686 1031806 59007
Biofertilizantes 2 180610ns 16564 68153ns 39006 876ns
Ad x Biofert 4 454187 45743 1047539 46950 2464
Resiacuteduo 24 29769 1453 64313 3741 439
Total 35
Meacutedia geral 24921 4597 33366 6943 1615
C V 692 829 760 880 1297
Significativo a 5 ns Natildeo significativo
APEcircNDICE F - Fotos do experimento
FIGURA 2 Mudas de cebola (Allium cepa L) produzidas sob uma perspectiva agroecoloacutegica
APEcircNDICE F a Fotos do experimento
FIGURA 1 Adubaccedilatildeo verde com feijatildeo-miuacutedo e papuatilde utilizadas no manejo do solo
FIGURA 2 Mudas de cebola (Allium cepa L) produzidas sob urna perspectiva agroecoloacutegica
Dados de catalogaccedilatildeo na fonte (Marlene Cravo Castillo - CRB-10744)
P138P Paglia Aacuteguida GoretiProduccedilatildeo de mudas de cebola (Allium cepa L) sob uma persshy
pectiva agroecoloacutegica Aacuteguida Goreti Paglia orientador Tacircnia Beatriz Gamboa Arauacutejo Morselli - Pelotas 2003 - 64 f il Dissertaccedilatildeo (Mestrado) Produccedilatildeo Vegetal Faculdade de Agroshynomia Eliseu Maciel Universidade Federal de Pelotas Pelotas 2003
1 Allium cepa L 2 Mudas 3 Agroecologia I Morselli Tacircnia Beatriz Gamboa Arauacutejo (orientador) II Tiacutetulo
CDD 63525
PRODUCcedilAtildeO DE MUDAS DE CEBOLA (Allium cepa L) SOB UMA PERSPECTIVA AGROECOLOacuteGICA
Enga Agra AgraveGUIDA GORETI PAGLIA
DissertaccedilatildeoSubmetida como parte dos requisitos para obtenccedilatildeo do Grau de
Mestre em Ciecircncia Programa de Poacutes-Graduaccedilatildeo em Agronomia
Faculdade de Agronomia Eliseu Maciel Pelotas (RS) Brasil
Prof Dra Tacircnia Beatriz Gamboa Arauacutejo Morselli
Prof Dr Seacutergio Roberto Martins
P rof Dra Roberta Marins Nogueira Peil
Prof Dra Tacircnia Beatriz Gamboa Arauacutejo Morselli(Orientadora)
Prof Dr Joseacute Geraldo Wizniewsky(DCSAFAEMUFPel)
Prof Dr Carlos Rogeacuterio Mauch(DFTFAEMUFPel)
Engdeg Agro Dr Joseacute Ernani Schwengber(EMATERRS)
Comitecirc de Orientaccedilatildeo
Prof Dr Joatildeo Baptista da Silva
Aprovada em 21 de fevereiro de 2003 Homologado 720 03
Prof Dr Carlos Rogeacuterio MauchCoordenador do Programa de Poacutes-Graduaccedilatildeo em Agronomia
Prof Dr Ceacutesar Valmor RombaldiDiretor da Faculdade de Agronomia
II
Natildeo eacute o desafio com que nos deparamos
que determina quem somos e o que estamos nos tornando
Mas a maneira com que respondemos a este desafio
Somos combatentes idealistas mas plenamente conscientes
Porque o ter consciecircncia natildeo nos obriga
a ter teoria sobre as coisas
soacute nos obriga a sermos conscientes
Dificuldades para vencer
A liberdade para provar
E enquanto acreditamos no nosso sonho
Nada eacute por acaso
(Henfil)
Acredito que Deus estaacute em tudo
Por isso agrave Natureza dedico
iii
AGRADECIMENTOS
Cumprindo esta etapa fundamental para minha formaccedilatildeo profissional comeccedilo
agradecendo a FAEMUFPel pela oportunidade
A FEPAGROSUL que abriu espaccedilo para a produccedilatildeo e troca de conhecimento
Aos funcionaacuterios que foram fundamentais na execuccedilatildeo deste trabalho
Ao Programa RS-Rural por fornecer todas as condiccedilotildees financeiras agrave realizaccedilatildeo
deste trabalho acreditando na necessidade de geraccedilatildeo de tecnologias que possam
responder a imensa diversidade dos agroecossistemas regionais
Sou especialmente grata agrave Tacircnia que esteve comigo no dia-dia Considero-a muito
mais que orientadora considero-a como uma parceira na vida tanto nas horas alegres
como nas tristes pois partilhamos do alfabeto emocional
Aos co-orientadores Seacutergio pelo ser amoroso que eacute Roberta pela incansaacutevel
ajuda e Joatildeo Baptista por sua dedicaccedilatildeo
A todos os professores e funcionaacuterios que contribuiacuteram com sorrisos e disposiccedilatildeo
sempre
Meus colegas e amigos verdadeiros Natildeo citarei nomes pois todos satildeo especiais
satildeo ldquoseres humanosrdquo que tanto amo e admiro
Paulo Timm obrigada pela confianccedila e dedicaccedilatildeo
A minha famiacutelia Junto a eles restauro as forccedilas da minha alma e encontro apoio e
estimulo para prosseguir e meu caminho tendo a certeza que nunca estarei soacute
Edi quanta saudade senti Fez-me crer que eacute possiacutevel fazer do sonho a vida
Nosso amor me fortaleceu nos dias difiacuteceis
Ao Conselho Nacional de Desenvolvimento Tecnoloacutegico pelo apoio financeiro
E por uacuteltimo mas natildeo menos importante a todos que acreditam e compartilham
na busca do ideal ldquofelicidaderdquo este que soacute pode ser operacionalizado dentro do real e
que certamente este real pode ser mudado
IV
IacuteNDICE
FICHA DE HOMOLOGACcedilAtildeO ii
DEDICATOacuteRIA iii
AGRADECIMENTOS iv
IacuteNDICE v
SUMAacuteRIO vii
SUMMARY ix
INTRODUCcedilAtildeO 1
2 REVISAtildeO DE LITERATURA 3
21 Desenvolvimento e sustentabilidade 3
211 Agroecologia Paradigma em construccedilatildeo 5
212 Agroecologia e agricultura familiar 7
213 O Mercado de produtos orgacircnicos 8
22 A cultura da cebola e sua importacircncia 9
2 2 1 Caracteriacutesticas agronocircmicas da cebola 1 0
222 A produccedilatildeo de mudas de hortaliccedilas 11
23 Adubaccedilatildeo orgacircnica 12
231 Efeitos da adubaccedilatildeo orgacircnica no solo 13
232 Efeitos da adubaccedilatildeo orgacircnica nas culturas 14
233 Plantas de cobertura do solo 15
234 Adubaccedilatildeo foliar 15
24 Vermicompostagem 16
V
241 Resiacuteduos utilizados na vermicompostagem17
2411 Resiacuteduos de origem animal17
2412 Resiacuteduos de origem vegetal17
25 Biofertilizantes 18
251 Urina de vaca 20
252 Alhol 21
253 Calda Bordalesa22
254 Biofertilizante Super Magro 22
256 Biofertilizante MB4 23
3 M ATERIAL E M EacuteTODOS 24
31 Local de execuccedilatildeo do experimento 24
32 Anaacutelise estatiacutestica 24
33 Tratamentos 25
34 Conduccedilatildeo do experimento27
35 Observaccedilotildees agronocircmicas 28
351 Fitomassa fresca da parte aeacuterea28
352 Fitomassa seca da parte aeacuterea 28
353 Altura da muda 28
354 Diacircmetro de colo 28
355 Sistema radicular 29
3551 Comprimento de raiz 29
3552 Densidade de raiz 29
3553 Razatildeo parte aeacutereasistema radicular 30
36 Determinaccedilatildeo de macronutrientes no tecido vegetal 30
4 RESULTADOS E DISCUSSAtildeO 31
41 Anaacutelise das variaacuteveis 31
411 Anaacutelise da parte aeacuterea 31
412 Anaacutelise do sistema radicular 33
413 Anaacutelise de macronutrientes no tecido vegetal 35
5 CONCLUSOtildeES 39
6 REFEREcircNCIAS BIBLIOGRAacuteFICAS 40
7 APEcircNDICE 48
VI
SUMAacuteRIO
PAGLIA AgraveGUIDA GORETI (MS) Universidade Federal de Pelotas fevereiro de 2003 Produccedilatildeo de Mudas de Cebola (Allium cepa L) sob uma perspectiva Agroecoloacutegica Professora Orientadora Tacircnia Beatriz Gamboa Arauacutejo Morselli Co- orientadores Seacutergio Roberto Martins Roberta Marins Nogueira Peil e Joatildeo Baptista da Silva
Com o objetivo de estudar a produccedilatildeo de mudas de cebola sob uma perspectiva
agroecoloacutegica foi conduzido um experimento a campo na Fundaccedilatildeo Estadual de
Pesquisa Agropecuaacuteria - FEPAGROSUL no municiacutepio de Rio GrandeRS no periacuteodo
de 15 de maio a 26 de agosto de 2002 Utilizou-se a cultivar Petrolini (ciclo meacutedio)
submetida as seguintes adubaccedilotildees adubaccedilatildeo de base (1 VB - 30 t ha 1 de
vermicomposto bovino 15 VB - 45 t harsquo 1 de vermicomposto bovino e EC - 60 t ha de
esterco de curral) e biofertilizantes liacutequidos (SM+U+CB - Super Magro mais urina de
vaca mais calda bordalesa MB4 +U+CB - MB4 mais urina de vaca mais calda bordalesa
e Testemunha - ausecircncia) O experimento foi esquematizado em delineamento em
blocos ao acaso em fatorial 3 X 3 As variaacuteveis analisadas foram fitomassa fresca e
seca (g) da parte aeacuterea e do sistema radicular altura de planta (cm) diacircmetro do colo
(mm) comprimento de raiz (cm) razatildeo parte aeacutereasistema radicular densidade de raiz
(m cm3) e conteuacutedos de nitrogecircnio foacutesforo potaacutessio caacutelcio e magneacutesio na parte aeacuterea
da planta Concluiu-se que as respostas agronocircmicas das mudas de cebola para os
paracircmetros avaliados satildeo mais satisfatoacuterias com a aplicaccedilatildeo de esterco de curral como
adubaccedilatildeo de base os biofertilizantes mais urina de vaca e calda bordalesa proporcionam
VII
respostas satisfatoacuterias quando aplicados junto agraves adubaccedilotildees de base o biofertilizante
MB4 mais urina de vaca e calda bordalesa eacute mais eficiente que o super magro mais urina
e calda bordalesa quando aplicado junto agrave adubaccedilatildeo de base esterco de curral os
conteuacutedos de fitomassa seca das mudas de cebola satildeo significativos quando adicionado
os biofertilizantes ao vermicomposto bovino (45 t harsquo1) os maiores conteuacutedos
nutricionais para as mudas de cebola satildeo proporcionados pela adubaccedilatildeo de base esterco
de curral a maior absorccedilatildeo de caacutelcio pelas mudas de cebola ocorre quando da adiccedilatildeo de
biofertilizante MB4 mais urina e calda bordalesa agrave adubaccedilatildeo de base esterco de curral
VIII
SUMMARY
PAGLIA AgraveGUIDA GORETI (MS) Universidade Federal de Pelotas February 2003 Onion (Allium cepa L) Transplant Production under an Agroecological Perspective Tacircnia Beatriz Gamboa Arauacutejo Morselli Comitte Seacutergio Roberto Martins Roberta Marins Nogueira Peil and Joatildeo Baptista da Silva
With the objective of studying the onion transplant production under an agroecological
perspective a field experiment was carried out in the Fundaccedilatildeo Estadual de Pesquisa
Agropecuaacuteria-FEPAGROSUL in the city o f Rio GiWideRS in the period between 15
May and 26 August 2002 The cultivar Petrolini (medium cycle) was submitted to the
following fertilizers soil fertilizer (1 VB - 30 t h a o f bovine vermicompost 15 VB -
45 t ha 1 of bovine vermicompost and EC - 60 t ha 1 of manure and liquid biofertilizer
(SM+U+CB - ldquoSuper Magrordquo with cow urine with bordeaux mixture MB4 +U+CB -
MB4 with cow urine with bordeaux mixture and control - absence) The experiment was
laid in a randomized block design in factorial scheme 3X3 The analyzed parameters
were fresh and dry matter of the aerial part and root system plant height colon
diameter root length ration aerial partroot system root density and the contents
nitrogen phosphorus potassium calcium and magnesium in the aerial part o f the plant
It was concluded that the agronomic responses o f the onion seedlings for the evaluated
parameters are more satisfactory with the application o f manure as soil fertilizer the
biofertilizers with cow urine and bordeaux mixture provide satisfactory responses when
applied along with the soil fertilizer the biofertilizer MB4 with cow urine and bordeaux
IX
mixture is more effieient than the ldquoSuper Magrordquo with urine and bordeaux mixture
when applied along with manure as soil fertilizer the dry matter contents of the onion
seedlings are significant when the biofertilizer is added to bovine vermicompost (45 t
h a 1) the largest nutritional contents for the onion seedlings are obtained with manure as
soil fertilizer the largest absorption of calcium by the onion seedlings happens when the
biofertilizer MB4 with urine and bordeaux mixture is added to the manure as soil
fertilizer
X
mixture is more efficient than the Super Magro with urine and bordeaux mixture
when applied along with manure as soil fertilizer the dry matter contents of the onion
seedlings are significant when the biofertilizer is added to bovine vennicompost (45 t
hamiddot ) the largest nutritional contents for the onion seedlings are obtained with manure as
soil fertilizer the largest absorption of calcium by the onion seedlings happens when the
biofertilizer MB4 with urine and bordeaux mixture is added to the manure as soil
fertilizer
x
1
1 INTRODUCcedilAtildeO
ldquoEu sustento que a ciecircncia soacute tem
finalidade se serrsquoir para aliviar a miseacuteria
da existecircncia humana
(Bertold Brecht)
No Rio Grande do Sul cultivar cebola eacute atividade de pequenos e meacutedios
produtores revestindo-se de suma importacircncia para a economia onde contribui para a
geraccedilatildeo de empregos e a fixaccedilatildeo do homem ao meio rural visto que haacute necessidade de
outros tipos de investimentos sociais e econocircmicos
Segundo o ICEPA-SC (2003) o Rio Grande do Sul responde por cerca de 14 da
produccedilatildeo nacional o que faz da cebola a segunda hortaliccedila em importacircncia econocircmica
no Estado sendo apenas superada pela cultura da batata poreacutem a aacuterea plantada no RS
tem apresentado recuo nos uacuteltimos anos caindo de 16648 hectares na safra 9899 para
14085 na safra atual (0203) acontecendo o mesmo com a produccedilatildeo que diminuiu de
181338 toneladas na safra 9596 para aproximadamente 159000 na safra atual
A baixa produtividade obtida pode ser atribuiacuteda a vaacuterios fatores baixa
disponibilidade de mateacuteria orgacircnica no solo poucc^ uso de materiais orgacircnicos eou
aplicaccedilatildeo inadequada destes considerando ainda que a maioria dos produtores
conservam caracteriacutesticas agriacutecolas do seacuteculo passado apresentando resistecircncia ao
associativismo e possuem carecircncia de infraestrutura (estradas eletricidade telefonia
drenagem e condiccedilotildees de armazenamento) Esses fatores aliados a baixa rentabilidade
2
da cultura tem sido apontados como responsaacuteveis pelo abandono da cebolicultura por
alguns produtores
A fase de produccedilatildeo das mudas eacute de extrema importacircncia para o cultivo da cebola e
requer manejo adequado dos recursos naturais para que a cultivar utilizada possa
expressar seu potencial geneacutetico sem comprometer o equiliacutebrio ambiental O principal
cuidado para o desenvolvimento de mudas de qualidade refere-se agrave utilizaccedilatildeo adequada
do solo
Desta forma o manejo do solo e das plantas orientado pela agroecologia pode se
constituir numa excelente alternativa para obtenccedilatildeo de mudas de qualidade sem
comprometer a sauacutede dos agricultores e contribuindo para a preservaccedilatildeo ambiental
Diversas praacuteticas vecircm sendo utilizadas com esta finalidade entre elas citam-se a
adubaccedilatildeo orgacircnica e os biofertilizantes enriquecidos No entanto estes fatores de
produccedilatildeo precisam ser melhor estudados no que tange a sua utilizaccedilatildeo adequada pelos
produtores de cebola objetivando um sistema de produccedilatildeo sustentaacutevel
A agroecologia como ciecircncia apresenta vaacuterias dimensotildees ecoloacutegica econocircmica
social cultural poliacutetica e eacutetica Neste sentido e considerando-se a procura crescente por
produtos orgacircnicos e a necessidade de sistemas de fertilizaccedilatildeo adequados ao cultivo da
cebola o presente trabalho teve como objetivo a produccedilatildeo de mudas sob uma
perspectiva agroecoloacutegica contribuindo para o processo de transiccedilatildeo do sistema de
produccedilatildeo
3
2 REVISAtildeO DE LITERATURA
ldquoAs novas eras natildeo comeccedilam de uma vez
Meu avocirc jaacute vivia no novo tempo
Meu neto viveraacute talvez ainda no velho
A nova carne eacute comida com os velhos garfos
(Bertold Brecht)
21 Desenvolvimento e sustentabilidade
Nenhuma espeacutecie viva com exceccedilatildeo do homem empreende esforccedilos de
desenvolvimento no sentido de crescimento material que sob as formas em que vem
sendo compreendido conduz sempre a algum tipo de agressatildeo contra o ambiente Os
esforccedilos presentes visando o progresso material assim como a maneira de satisfaccedilatildeo
das necessidades baacutesicas do homem no mundo de hoje revelam-se inconsistentes O
uso para esse fim de mateacuteria e energia em doses excessivas e crescentes tem exaurido
recursos ambientais acima de sua capacidade de regeneraccedilatildeo obviamente tendendo a
toma-los menos disponiacuteveis para as futuras geraccedilotildees
De acordo com Martins (2002) o Desenvolvimento Sustentaacutevel natildeo eacute um conceito
acabado trata-se de uma ideacuteia forccedila proacute-ativa e positiva mas que necessita ser
esclarecida quanto ao significado destes dois vocaacutebulos que lhe compotildee e o contexto em
que as pessoas com eles se relacionam Aleacutem disso isso afeta tanto como profissionais
cujas atividades vinculam-se diretamente ao trato com a natureza e portanto por ela satildeo
4
responsaacuteveis mas especialmente como cidadatildeos que constroem no seu cotidiano as
distintas dimensotildees do desenvolvimento sociais econocircmicas ambientais culturais
cientificas e tecnoloacutegicas juriacutedicas poliacuteticas e espirituais
Segundo Altieri amp Nicholls (2000) para o desenvolvimento de uma agricultura
sustentaacutevel as necessidades natildeo satildeo apenas bioloacutegicas ou teacutecnicas mas tambeacutem sociais
econocircmicas e poliacuteticas E inconcebiacutevel promover mudanccedilas ecoloacutegicas no setor agriacutecola
sem a defesa de mudanccedilas nas outras aacutereas da sociedade de modo a conscientizar o
homem sobre as condiccedilotildees necessaacuterias para a exploraccedilatildeo da natureza
A ideacuteia da sustentabilidade referente ao vocaacutebulo sustentaacutevel coloca-se como
contraponto ao caraacuteter perdulaacuterio do modelo prevalecente na medida em que o modelo
econocircmico praticado por um lado estaacute baseado no consumo da mateacuteria prima fornecida
pela natureza para a produccedilatildeo de bens e serviccedilos em descompasso com seu ritmo e
capacidade de fornecimento por outro tem tratado a natureza como mero depositaacuterio de
resiacuteduos sem considerar sua capacidade de absorccedilatildeo e reciclagem A sustentabilidade
contrapotildee-se agrave caracteriacutestica antropocecircntrica do modelo o homem como centro da
questatildeo numa postura dominante sobre o entorno natural cujas ferramentas cientiacuteficas e
tecnoloacutegicas embasam um modelo econocircmico que subjuga a natureza e coloca-se acima
desta O vocaacutebulo sustentaacutevel portanto se refere agrave capacidade de suporte da biosfera
sendo um fim a ser perseguido com o objetivo de garantir sua preservaccedilatildeo numa visatildeo
prospectiva ou seja que assegure o futuro planetaacuterio assumindo portanto o
compromisso com as geraccedilotildees vindouras (Martins 2002)
Quando se trata de apontar os possiacuteveis caminhos que levaratildeo a um novo padratildeo
produtivo e garanta a seguranccedila alimentar sem agredir o ambiente o caminho torna-se
mais difiacutecil Percebe-se que a noccedilatildeo de agricultura sustentaacutevel permanece cercada por
duacutevidas e contradiccedilotildees mesmo assim seu emprego toma-se cada vez mais frequumlente
(Ehlers 1999)
Haacute que se incorporar a concepccedilatildeo de entropia agrave noccedilatildeo de desenvolvimento visto
que a extraccedilatildeo e o transporte tambeacutem satildeo atividades econocircmicas que requerem cuidados
de manejo visando menores efeitos entroacutepicos ao meio ambiente Satisfazer as
necessidades presentes sem comprometer as possibilidades das futuras geraccedilotildees
satisfazerem as suas proacuteprias eacute o que necessita ser construiacutedo no cotidiano Esta natildeo eacute
uma tarefa faacutecil nos tempos atuais pois o mundo nunca passou por tanta incerteza e
nunca teve um presente tatildeo insustentaacutevel (Martins 1997)
211 Agroecologia Paradigma em construccedilatildeo
5
O seacuteculo passado assistiu a uma ineacutedita expansatildeo da capacidade humana de
agenciamento das forccedilas naturais promovida pelo saber teacutecnico-cientiacutefico cuja
centra lidade eacute hoje irreversiacutevel no que se refere as relaccedilotildees com a natureza Em relaccedilatildeo
ao conhecimento poucas aacutereas de interesse do homem moderno se ligam tanto agrave
pesquisa cientiacutefica como a questatildeo ambiental sendo um fenocircmeno de tendecircncia
internacional evidenciado a partir da deacutecada de 70 (Hess 1999)
A noccedilatildeo de paradigma eacute normalmente utilizada para estabelecer uma
diferenciaccedilatildeo entre dois momentos ou dois niacuteveis do processo de conhecimento
cientiacutefico (Capra 1997 Kuhn 1989) Para um entendimento miacutenimo do que significa
essa noccedilatildeo Costa Neto (1999) diz que se pode conceituar o paradigma enquanto um
modelo de ciecircncia que serve como referecircncia para todo um fazer cientiacutefico durante uma
determinada eacutepoca ou um periacuteodo de tempo demarcado e a partir de um certo momento
da histoacuteria da ciecircncia o referido modelo predominante tende a se esgotar em funccedilatildeo de
uma crise de confiabilidade nas bases estruturantes de seu conhecimento Desta forma o
paradigma passa a ser substituiacutedo por outro modelo cientiacutefico predominante Tambeacutem
pode ocorrer o fato de dois paradigmas disputarem o espaccedilo de hegemonia na
construccedilatildeo do conhecimento (Costa Neto 1999)
Os problemas com os quais nos deparamos hoje satildeo faces de uma crise uacutenica
diferentes do fazer cientiacutefico e proveniente de uma crise de percepccedilatildeo segundo Capra
(2 0 0 1 ) isto faz com que nossas instituiccedilotildees e noacutes em particular natildeo consiga perceber
claramente realidades complexas em um mundo globalmente interligado Ainda que as
soluccedilotildees para alguns de nossos principais problemas possam ser relativamente simples
ldquosoacute seratildeo possiacuteveis mediante uma mudanccedila radical em nossas percepccedilotildeesrdquo este eacute
tambeacutem o ldquoestopim para colocar em marcha medidas efetivasrdquo porque os governos e as
instituiccedilotildees jamais empreenderatildeo accedilotildees de fato enquanto as pessoas natildeo
compreenderem que satildeo parte do problema e da soluccedilatildeo e que eacute preciso assumir a
necessidade de mudar o rumo das coisas (Gomes amp Borba 2000)
Para Leff (2001) a agroecologia representa o ldquonascimento de um paradigmardquo que
eacute a alma da produccedilatildeo sustentaacutevel um processo que permite o resgate dos
conhecimentos proacuteprios e o renascimento do ser trazendo de volta as relaccedilotildees com os
seres humanos na medida em que o produtor cria atraveacutes de seu conhecimento o seu
proacuteprio saber-fazer numa relaccedilatildeo com a vida e com a terra
6
Segundo Costa Neto (1999) o paradigma agroecoloacutegico representa portanto a
linha de um posicionamento soacutecio-ambiental que tem uma vertente tecnoloacutegica apta a
ser uma alternativa agrave produccedilatildeo agriacutecola em grande escala e ao modelo tradicional
disciplinar
Hoje a agroecologia continua a fazer conexatildeo entre fronteiras estabelecidas Por
um lado estuda os processos econocircmicos e os agroecossistemas por outro eacute um agente
para as mudanccedilas sociais e ecoloacutegicas complexas que tenham necessidade de ocorrer no
futuro a fim de levar a agricultura para uma base verdadeiramente sustentaacutevel O
processo de mudanccedila estaria dirigido agrave busca de novos pontos de equiliacutebrio entre as
dimensotildees de produtividade estabilidade e equumlidade na atividade agraacuteria articuladas
entre si poreacutem em constante processo de adaptaccedilatildeo e retroalimentaccedilatildeo utilizando
estilos mais respeitosos com o ambiente com o propoacutesito de superar a crise enfrentada
pelos agricultores (Costabeber amp Moyano 2000)
De acordo com Altieri (2002) soacute uma compreensatildeo mais profunda da ecologia
humana e dos sistemas agriacutecolas pode levar a medidas coerentes com uma agricultura
sustentaacutevel Assim a ldquoemergecircncia da agroecologiardquo representa um enorme salto nesta
direccedilatildeo pois fornece os princiacutepios ecoloacutegicos baacutesicos para o estudo e tratamento dos
ecossistemas tanto produtivos quanto preservadores dos recursos naturais e que sejam
culturalmente sensiacuteveis socialmente justos e economicamente viaacuteveis
A transformaccedilatildeo ou substituiccedilatildeo de um modelo de desenvolvimento para outro
supotildee um processo de transiccedilatildeo que em alguns momentos caminha a passos lentos e
em outros pode trazer mudanccedilas bruscas e qualitativamente diferenciadas Esse
processo de transiccedilatildeo significa a conversatildeo de uma agricultura tradicional para uma
agricultura ecoloacutegica e socialmente equilibrada com base na sustentabilidade (Gomeacutez
1997)
Embora a falta de informaccedilatildeo da pesquisa possa ter contribuiacutedo para dificuldades
e experiecircncias negativas de muitos produtores estes tecircm fama de serem inovadores e
experimentadores desejosos de adotar novas praacuteticas no sentido de serem beneficiados
Nos uacuteltimos cinquumlenta anos a inovaccedilatildeo na agricultura tem sido impulsionada
principalmente pela ecircnfase em altos rendimentos e no lucro da unidade produtiva
Apesar da continuidade dessa forte pressatildeo econocircmica sobre a agricultura muitos
produtores convencionais estatildeo preferindo fazer a transiccedilatildeo para praacuteticas que satildeo mais
consistentes ambientalmente e tem o potencial de contribuir com a sustentabilidade da
agricultura em longo prazo (Gliessman 2000)
7
212 Agroecologia e agricultura familiar
O nuacutecleo por excelecircncia da produccedilatildeo sustentaacutevel eacute a agricultura familiar No
Brasil mais especificamente esta tecnologia estaacute sendo introduzida natildeo somente em
aacutereas de cultivo de agricultura familiar em geral mas especificamente em
assentamentos rurais Percebe-se dessa forma tratar-se de um tipo de produccedilatildeo que
tende a incorporar a dimensatildeo histoacuterico-social e a considerar os valores culturais e de
senso comum inerentes aos agricultores familiares (Costa Neto 1999)
Na agricultura familiar a sustentabilidade toma forma a partir do momento em
que comeccedilaram a ser incorporados aos debates os novos anseios da sociedade rural e
urbana relacionados a um novo projeto de desenvolvimento e na medida em que foram
buscadas orientaccedilotildees teoacutericas baseadas no paradigma agroecoloacutegico
De acordo com Maturana amp Rezepka (2000) a formaccedilatildeo do conhecimento natildeo eacute
entendida como simples treinamentos e teacutecnicas e seraacute um aspecto essencial desta
abordagem A valorizaccedilatildeo dos saberes dos agricultores sobre o ambiente as plantas o
solo e os processos ecoloacutegicos onde resgatam e aprimoram teacutecnicas proacuteprias e de
outros de origem cientiacutefica ou empiacuterica fundamentais dentro deste novo paradigma
(Altieri amp Nicholls 2000)
Neste sentido cientistas e extensionistas tecircm se surpreendido com a profundidade
destes conhecimentos e com a capacidade de vaacuterios destes agricultores de expocirc-los
mesmo nos ambientes acadecircmicos onde muitas vezes estatildeo mais avanccedilados que seus
interlocutores (Weid amp Tardin 2002) Isto revela a necessidade de sintonia entre a
Universidade e a Comunidade
Entatildeo a sutentabilidade ambiental em niacutevel local eacute positiva quando o manejo
realizado no agroecossistema aproveita a produtividade dos recursos naturais renovaacuteveis
(aqueles que funcionam mediante o fluxo solar) Ao contraacuterio pode natildeo ser positiva
quando as praacuteticas produtivas consistem na busca pela produtividade mediante a troca
econocircmica (importaccedilatildeo e exportaccedilatildeo de insumos e produtos) onde a terra eacute vista
unicamente como o suporte material (fiacutesico) das espeacutecies Neste caso o controle de
pragas a fertilizaccedilatildeo e outras praacuteticas necessaacuterias satildeo realizados mediante capital
produzido pelo homem degradando a base local de recursos naturais (Xavier Simoacuten amp
Domingues 2001)
8
213 O Mercado de produtos agroecoloacutegicos
O mercado de alimentos produzidos sob a orientaccedilatildeo agroecoloacutegica produzidos
sem utilizaccedilatildeo de agrotoacutexicos ou adubos minerais tem aumentado vertiginosamente em
todo o mundo Alguns dados indicam que esse segmento cresce anualmente cerca de
20 nos Estados Unidos 40 na Europa e 50 no Brasil e para comprovar tais
iacutendices basta verificar a proliferaccedilatildeo das feiras de produtores ecoloacutegicos nas cidades o
aumento dos espaccedilos para esses produtos nas gocircndolas das grandes redes de
supermercados e os movimentos ambientalistas e de consumidores que buscam uma
alimentaccedilatildeo mais saudaacutevel (Schiedeck 2002)
Sem duacutevida antes de tudo cabe salientar que a crise atual evidencia o equiacutevoco da
adoccedilatildeo de um modelo de produccedilatildeotransformaccedilatildeo que natildeo tem outra ambiccedilatildeo que natildeo a
de se adaptar agrave globalizaccedilatildeo Cabe a consideraccedilatildeo feita por Dufour (1999) de que o
mercado natildeo eacute uacutenico e monoliacutetico e portanto a produccedilatildeo social da qualidade natildeo
significa mais do mesmo (a adaptaccedilatildeo do que jaacute natildeo serve)
Na realidade pode-se identificar claramente dois mercados de natureza
fundamentalmente oposta que segundo Gomes amp Borba (2000) satildeo o de produtos
baacutesicos (leite cereais carnes brancas e vermelhas) e o de produtos elaborados
socialmente e de grande valor agregado por serem justos socialmente O mercado
mundial dos produtos baacutesicos eacute alimentado pelos excedentes agriacutecolas de grandes
produtores (Uniatildeo Europeacuteia Estados Unidos e Canadaacute) tambeacutem a soja e carne de
frango brasileira e o trigo argentino e os preccedilos nesses mercados satildeo extremamente
baixos e permaneceratildeo assim por muito tempo segundo relatos recentes do Banco
Mundial
Para produzir a preccedilos tatildeo baixos eacute necessaacuterio lanccedilar matildeo de todo tipo de
artifiacutecio como os hormocircnios os organismos geneticamente modificados as farinhas
animais esquecendo o meio ambiente e convivendo com exploraccedilotildees gigantescas
concentraccedilatildeo na posse da terra e com uma minoria de beneficiaacuterios dos programas de
ajuda puacuteblica os agromanagers (Gomes amp Borba 2000)
O mercado de produtos elaborados e de valor agregado obedece a outras regras
Mesmo que os agricultores busquem a maximizaccedilatildeo da produtividade natildeo se enfrentam
diretamente A produccedilatildeo ocorre em zonas geograacuteficas bem definidas e permite valorizar
o ldquosavoir-fairerdquo ou ldquoknow-howrdquo (em outras palavras natildeo necessariamente mas o
conhecimento ldquotradicionalrdquo) contribuindo para uma verdadeira economia local Esta eacute a
9
agricultura que ao mesmo tempo produz gera e preserva empregos Para caminhar ateacute
ela eacute necessaacuteria uma ampla alianccedila entre agricultores consumidores e movimentos
sociais para frear esta forma de ditadura dos mercados fonte do poder das
transnacionais agro-alimentares e quiacutemicas (Dufour 1999)
Por outra parte o mercado natildeo eacute linear e abstrato como querem fazer crer A
produccedilatildeo e o consumo sempre estaratildeo localizados e seratildeo realizados por produtores e
consumidores concretos isto permite falar em convenccedilatildeo ou negociaccedilotildees onde a
qualidade seja considerada na originalidade no bem comum ou na confianccedila entre pares
e colada aos produtos ainda mais quando se trata de alimentos Isto soacute seraacute possiacutevel
no local (sem ignorar o global) e levando em conta indicaccedilotildees como denominaccedilatildeo
ou indicaccedilatildeo de origem de processo ou de qualidade etc relacionados agraves
especificidades dos produtos o que tambeacutem deve ser objeto de negociaccedilatildeo para cada
lugar (eacute preciso lembrar que a participaccedilatildeo e as relaccedilotildees interpessoais satildeo determinantes
ao longo do processo) A produccedilatildeo social da qualidade eacute vista como estrateacutegia que
adquire sentido se considerada para o espaccedilo da Agricultura Familiar onde ainda eacute
possiacutevel estabelecer laccedilos de solidariedade entre produtores e consumidores (Gomes amp
Borba 2000)
De acordo com DrsquoAgostini amp Fantini (2002) tanto ou mais do que compreender a
dinacircmica de processos dos quais resultam produtos interessantes eacute compreender e
humanizar a dinacircmica de interesses sobre esses processos e produtos Os mesmos
autores dizem ainda que natildeo seria a solidariedade humana (a virtude pressuposta) que
emerge em especial na produccedilatildeo agroecoloacutegica mas sim a emergecircncia da rica
propriedade humana a generosidade que permite praticaacute-la em qualquer relaccedilatildeo entre
os homens
22 A cultura da cebola (Alliunt cepa L) e sua importacircncia
A cultura da cebola foi introduzida pelos accedilorianos no Brasil no seacuteculo XVIII nos
municiacutepio de Mostardas Rio Grande e Satildeo Joseacute do Norte no Estado do Rio Grande do
Sul (Garcia 1990) sendo a terceira hortaliccedila de maior importacircncia econocircmica para o
paiacutes (ICEPA 2003) Nas regiotildees Sul e Sudeste a cebolicultura constitui-se em atividade
socioeconocircmica de significativa relevacircncia para os Estados de Satildeo Paulo Santa
10
Catarina e Rio Grande do Sul nos quais se concentram mais de 76 da produccedilatildeo
nacional (Debarba et a i 1998)
A mais importante regiatildeo produtora do Rio Grande do Sul estaacute situada no litoral
Sul englobando os municiacutepios de Rio Grande Tavares Satildeo Joseacute do Norte e Mostardas
(Garcia 1997) e segundo ICEPASC (2003) esses quatro municiacutepios respondem por
cerca de 70 da produccedilatildeo de cebola do RS
Timm (2000) cita que cerca de 16000 famiacutelias rurais no Rio Grande do Sul tem
na cultura da cebola o seu principal meio de subsistecircncia No Municiacutepio de Satildeo Joseacute do
Norte a produccedilatildeo de cebola constitui uma atividade econocircmica quase exclusiva onde a
descapitalizaccedilatildeo dos agricultores ocasionou o abandono do meio rural por muitos deles
que acabaram por estabelecerem-se na periferia da zona urbana (Garcia 1997)
Aleacutem da descapitalizaccedilatildeo do produtor ocorrem problemas como a erosatildeo do solo
que segundo Zabaleta (1998) ocorre principalmente devido agrave accedilatildeo dos ventos fortes e
constantes caracteriacutesticos na regiatildeo sul-litoracircnea bem como a topografia plana e os
solos muito arenosos com lenccediloacuteis freaacuteticos superficiais contribuem para o
empobrecimento dos solos da regiatildeo principalmente ao se comparar com outras aacutereas
onde a cebola participa de sistemas produtivos juntamente com a produccedilatildeo leiteira o
arroz e hortaliccedilas diversas (Timm 2000)
221 Caracteriacutesticas agronocircmicas da cebola
A cebola eacute uma aliaacuteceae a planta eacute tenra atinge 60 cm de altura e apresenta folhas
tubulares e cerosas O caule verdadeiro eacute um disco comprimido na base da planta de
onde partem as folhas e raiacutezes que satildeo fasciculadas pouco ramificadas explorando um
volume de solo equivalente a um cilindro com 60 cm de altura e 25 cm de diacircmetro
(Filgueira 2000)
Cada planta apresenta 20 a 200 raiacutezes normalmente espessas (05 a 1 mm de
diacircmetro) e com pouca ramificaccedilatildeo e poucos pecirclos absorventes O crescimento eacute
vertical estendendo-se de 40 a 80 cm de profundidade Poucas raiacutezes ocupam mais de
15 cm do raio em tomo do bulbo Estas caracteriacutesticas tecircm implicaccedilotildees peculiares
quanto acirc localizaccedilatildeo e ao suprimento de nutrientes (Quanto menor o diacircmetro e maior a
ocorrecircncia de pecirclos absorventes maior seraacute a superfiacutecie de raiacutezes e consequumlentemente a
absorccedilatildeo de nutrientes (Magalhatildees 1993)
11
A fase vegetativa do ciclo da planta termina com o amadurecimento do bulbo
todavia trata-se de uma planta bienal considerando acirceu ciclo vital completo isto eacute da
semeadura ateacute a produccedilatildeo de novas sementes Apoacutes um periacuteodo invemal sob baixas
temperaturas haacute emissatildeo de um pendatildeo floral que pode alcanccedilar 150 cm de altura
terminando por uma inflorescecircncia tipo umbela simples inicialmente recoberta por
uma peliacutecula formada por centenas de pequenas flores (Filgueira 2000)
Segundo Clivela (1995) os fatores climaacuteticos de modo geral natildeo satildeo limitantes
para a produccedilatildeo de bulbos de cebola no Rio Grande do Sul Filgueira (2000) enfatiza
que no Brasil eacute uma das raras culturas oleraacuteceas nas quais o fotoperiacuteodo pode tornar-se
o fator limitante ocorrendo frustraccedilotildees da colheita caso as exigecircncias da planta natildeo
sejam satisfeitas
222 A produccedilatildeo de mudas de hortaliccedilas
As mais importantes modificaccedilotildees no sistema de produccedilatildeo nos uacuteltimos anos tecircm
sido feitas na produccedilatildeo de mudas Hoje eacute uma realidade os produtores se
especializarem em produzir mudas principalmente no Estado de Satildeo Paulo Para tanto
se busca atraveacutes da pesquisa as melhores fontes e combinaccedilotildees de substratos associados
ao sistema de produccedilatildeo conveniente para cada espeacutecie a fim de se obter melhorias na
propriedade no solo e na Olericultura (Giorgetti 1991)
O sistema agroecoloacutegico torna-se importante uma vez que a base da Horticultura
moderna eacute a produccedilatildeo de mudas de alta qualidade (Minami1995) a produccedilatildeo de mudas
de hortaliccedilas tem sido citada como a etapa mais importante do sistema produtivo (Silva
Junior et al 1995) Segundo Filgueira (2000) nesta fase natildeo se pode cometer erros
pois posteriormente seraacute mais difiacutecil de corrigi-los visto que para o cultivo da cebola a
muda refletiraacute na qualidade do bulbo
As mudas de hortaliccedilas podem ser consideradas tolerantes e natildeo tolerantes ao
transplante e dependem principalmente das condiccedilotildees ambientais necessitando de
cuidados No caso da cebola como satildeo produzidas com raiz nua os cuidados devem ser
maiores pois dependendo do estado em que se encontram mais ou menos susceptiacuteveis
aos estresses quando em contato com o campo podem resultar em desastre (Minami
1999)
A quantidade de nutrientes extraiacuteda pelas hortaliccedilas durante a fase de muda varia
em funccedilatildeo da espeacutecie da variedade ou da cultivar e do prazo necessaacuterio para a formaccedilatildeo
13
O composto humificado ou curado eacute rico em nutrientes que passaram parcialmente
da forma orgacircnica para a forma mineral assimilaacutevel pelas raiacutezes e com maior teor
coloidal que atua como fertilizante e eacute responsaacutevel pela capacidade melhoradora do
solo (Barreto 1985)
Uma das principais alternativas em termos de adubaccedilatildeo orgacircnica eacute o
vermicomposto Ele eacute um adubo orgacircnico estaacutevel rico em nutrientes inodoro de
coloraccedilatildeo escura obtido a partir da atividade das minhocas que potencializam a mateacuteria
prima utilizada no processo (principalmente esterco de bovino) proporcionando
diversos benefiacutecios para as plantas (Timm 2000)
231 Efeitos da adubaccedilatildeo orgacircnica no solo
O solo funciona como um organismo vivo em 1 grama de solo saudaacutevel vive uma
comunidade bioloacutegica de aproximadamente 1 0 0 0 0 espeacutecies diferentes como minhocas
larvas besouros colecircmbolos aacutecaros algas bacteacuterias e fungos Estes organismos
necessitam de alimentos para viver principalmente carbono e nitrogecircnio que estatildeo
presentes na palhada das culturas e no esterco de animais Em funccedilatildeo disso eacute
importante que o solo tenha um determinado teor de mateacuteria orgacircnica para fornecer os
alimentos e energia que os microacutebios precisam para viver (Paulus et al 2001)
O homem atraveacutes dos diferentes sistemas de preparo do solo e cultivos contiacutenuos
ou natildeo altera o comportamento do mesmo em relaccedilatildeo agraves reaccedilotildees quiacutemicas
propriedades fiacutesicas como capacidade de retenccedilatildeo de aacutegua lixiviaccedilatildeo de nutrientes
erosatildeo e como consequumlecircncia afeta a qualidade de organismos presentes no solo (Brady
1999) reduzindo paulatinamente o teor de mateacuteria orgacircnica (Primavesi1982)
Nos uacuteltimos anos tem-se observado em diferentes paiacuteses a ampliaccedilatildeo do uso de
adubos orgacircnicos Alguns apresentam oacutetimos resultados enquanto outros se mostram
tecnicamente inadequados Os principais adubos orgacircnicos encontrados no mercado satildeo
fertilizantes orgacircnicos de origem animal compostos de lixo urbanos compostos de
produtos industriais e huacutemus de minhoca Nestes fertilizantes estatildeo presentes a maioria
dos macronutrientes (nitrogecircnio foacutesforo potaacutessio caacutelcio magneacutesio enxofre) e
micronutrientes (zinco cobre boro ferro cobalto)essenciais para as plantas e nem
sempre encontrados em muitos fertilizantes minerais bem como uma gama de
microorganismos que vatildeo beneficiar a fauna e a flora do solo (Brady 1979 Kiehl
1985 Costa 1985 Garcia 1997)
14
Os adubos orgacircnicos satildeo amplamente empregados nos sistemas de produccedilatildeo de
alface como condicionadores do ambiente quiacutemico e fiacutesico da rizosfera e
consequumlentemente na resposta bioloacutegica das plantas (Rodrigues amp Casali 1998)
Considerando as necessidades hortiacutecolas de maior competitividade e o fato de natildeo
ser subsidiada o crescimento populacional e a industrializaccedilatildeo representam fatores
determinantes na geraccedilatildeo diaacuteria de enormes volumes de resiacuteduos podendo ser utilizados
pelos produtores com um maior retomo econocircmico possiacutevel Ao mesmo tempo a
questatildeo ambiental assume cada vez mais destaque na sociedade moderna repercutindo
em poliacuteticas governamentais bem como no setor produtivo do paiacutes e do mundo
fazendo com que a relaccedilatildeo do homem com a natureza seja repensada (Morselli 2001)
232 Efeitos da adubaccedilatildeo orgacircnica nas culturas
Segundo Paulus et al (2001) a mateacuteria orgacircnica tambeacutem eacute fonte de nutrientes
especialmente nitrogecircnio foacutesforo enxofre e micronutrientes aleacutem disso tem
capacidade de ldquoprenderrdquo micronutrientes e alguns elementos toacutexicos para as plantas
como o alumiacutenio Por exemplo os micronutrientes depois de presos satildeo liberados
lentamente no solo onde satildeo gradativamente aproveitados pelas plantas
O uso dos fertilizantes minerais elevam o custo de produccedilatildeo pois satildeo necessaacuterias
altas doses para o fornecimento dos teores de nutrientes demandados Por isso eacute
importante a geraccedilatildeo de tecnologias que poupem o consumo de fertilizantes minerais
desejaacutevel com vista agrave diminuiccedilatildeo do custo de produccedilatildeo (Rodrigues 1984) A produccedilatildeo
de hortaliccedilas sob a orientaccedilatildeo agroecoloacutegica leva em consideraccedilatildeo natildeo apenas os custos
de produccedilatildeo como tambeacutem a dependecircncia dos insumos principalmente quando se
considera a ldquoteoria da trofobioserdquo pelos efeitos maleacuteficos que os nutrientes prontamente
assimilaacuteveis podem causar as plantas (Chaboussou 1987)
Para Compagnoni amp Putzolu (1985) o vermicomposto eacute um autecircntico fertilizante
bioloacutegico que atua como corretivo do solo determinando caracteriacutesticas importantes
para a microflora pelos aacutecidos huacutemicos e as substacircncias fitoestimulantes Os autores
consideram ainda que as dejeccedilotildees das oligoquetas proporcionam a formaccedilatildeo de huacutemus
permitindo melhorar o solo razatildeo pela qual satildeo destinados agrave horticultura com oacutetimas
vantagens fiacutesicas e microbioloacutegicas enriquecendo a camada araacutevel
Em experimentos desenvolvidos durante cinco anos para avaliar o efeito da
aplicaccedilatildeo de compostos eou adubos nas culturas de alface manjericatildeo espinafre e
15
pepino Valenzuela amp Crosby (1998) compararam as produccedilotildees obtidas com composto
e a fertilizaccedilatildeo padratildeo e concluiacuteram que a utilizaccedilatildeo do composto em 20 Mg ha 1 mais
N-quiacutemico foi o melhor tratamento em todas as culturas estudadas
233 Plantas de cobertura do solo
As plantas mais usadas para adubaccedilatildeo de cobertura do solo satildeo as leguminosas
pois estas tecircm a capacidade de fixar o nitrogecircnio atmosfeacuterico e disponibiliza-lo agrave
cultura Primavesi (1992) cita que utilizando-se mucuna ervilhaca feijatildeo-de-porco
feijatildeo-miuacutedo crotalaacuteria e outras natildeo haacute necessidade de utilizar tanto nitrogecircnio em
cobertura embora natildeo se dispense uma calagem mais frequumlente pois ocorre um pouco
de acidificaccedilatildeo no solo como com qualquer adubaccedilatildeo nitrogenada Segundo a mesma
autora algumas leguminosas tecircm a capacidade de mobilizar o foacutesforo como o caupi
(feijatildeo-miuacutedo) outras mobilizam o caacutelcio como tremoccedilo
Para Brady (1999) a adubaccedilatildeo verde traz grandes benefiacutecios como suprimento de
mateacuteria orgacircnica sendo consideraacutevel a quantidade de resiacuteduos orgacircnicos devolvidos ao
solo adiccedilatildeo de nitrogecircnio nutrientes e conservaccedilatildeo do solo
Calegari (1998) comenta que quanto aos aspectos fiacutesicos os resiacuteduos tendem a
contribuir para uma melhoria da estrutura do solo percebida pelo aumento da
estabilidade dos agregados em aacutegua aumento da capacidade de retenccedilatildeo hiacutedrica
elevaccedilatildeo dos iacutendices de infiltraccedilatildeo de aacutegua no solo aumento da porosidade melhor
aeraccedilatildeo e diminuiccedilatildeo da densidade do solo
De acordo com Timm (2000) o papuatilde eacute uma excelente alternativa como cobertura
de solo para o cultivo miacutenimo da cebola pois na eacutepoca do transplante das mudas seu
ciclo vegetativo estaacute completo natildeo necessitando o dessecamento outra vantagem eacute que
o papuatilde apresenta bom controle com relaccedilatildeo agraves plantas invasoras da cebola reduzindo
ao longo dos anos o nuacutemero de capinas e a aplicaccedilatildeo de herbicidas
234 Adubaccedilatildeo foliar
Segundo Malavolta (1981) a utilizaccedilatildeo da adubaccedilatildeo foliar eacute complemento da
adubaccedilatildeo de solo natildeo substituto da mesma no que diz respeito ao fornecimento de
nitrogecircnio foacutesforo e potaacutessio para as culturas Da mesma maneira que as raiacutezes podem
perder para o solo parte dos elementos absorvidos as folhas tambeacutem o fazem pela accedilatildeo
16
de fatores internos (desordem fisioloacutegica estado nutricional etc) e externos (chuvas
orvalho nutriccedilatildeo do sistema radicular luz temperatura etc)
Para Chaboussou (1987) as plantas adquirem o maacuteximo de resistecircncia bioloacutegica
atraveacutes da nutriccedilatildeo (trofos) equilibrada Obviamente para que isto ocorra eacute necessaacuterio
que o solo esteja em equiliacutebrio dinacircmico o ambiente seja o mais estaacutevel e as plantas
selecionadas ou melhor adaptadas para poderem suportar as alteraccedilotildees extemporacircneas
ocasionadas pelos fenocircmenos meteoroloacutegicos e nas fases fonoloacutegicas criacuteticas do
crescimento e desenvolvimento (Pinheiro amp Barreto 2000)
O lixiviado das folhas enriquece as camadas superiores do solo e tende a
contrabalanccedilar as perdas de zonas mais profundas e mais distantes acumulando-os nas
suas proximidades tambeacutem influencia o nuacutemero e o comportamento dos
microrganismos que por sua vez alteram o processo de gecircnese do solo sua textura e
fertilidade A lixiviaccedilatildeo assim se toma importante no desenvolvimento da sucessatildeo
ecoloacutegica devido agrave ciclagem de elementos (Malavolta 1980)
Conforme Camargo (1975) a utilizaccedilatildeo de adubos foliares substitui parcialmente
a adubaccedilatildeo radicular em 20 a 25 podendo ser utilizada em varias pulverizaccedilotildees
24 Vermicompostagem
E o processo que consiste em se submeter diferentes resiacuteduos orgacircnicos de
origem animal eou vegetal aos processos fermentativos e humificaccedilatildeo adicionando
minhocas do gecircnero Eiseina espeacutecie foetida ao material procurando obter um produto
curado em aproximadamente 45 - 60 dias (Compagnoni amp Putzolu 1985)
A vermicompostagem firmou-se no Brasil como atividade rentaacutevel produzindo
adubo de alta qualidade na deacutecada de 90 Na agricultura brasileira contudo haacute
preferecircncia pelos adubos quiacutemicos em funccedilatildeo de sua aquisiccedilatildeo financiada menor custo
e retomo imediato embora o impacto de seu uso contiacutenuo sobre o solo e os
microorganismos que nele vivem seja negativo (Tagliari amp Grassmann 1995)
Segundo Morselli (2002) a vermicompostagem difere da compostagem
convencional dentre outros pocircr formar substacircncias huacutemicas mais rapidamente ao sofrer
passagem pelo trato digestivo das minhocas A alirdentaccedilatildeo destas satildeo basicamente os
estercos e a disponibilidade desta mateacuteria prima bem como de ambiente protegido para
proceder a compostagem correta deste material satildeo indispensaacuteveis
17
Segundo Kiehl (1985) e Martinez (1990) o vermicomposto apresenta as seguintes
vantagens em relaccedilatildeo a compostagem permite a formaccedilatildeo de um produto curado em
menor espaccedilo de tempo promove a formaccedilatildeo de um material com maior
disponibilidade de nutrientes facilita o peneiramento natildeo havendo a necessidade de
revolvimento do material oferece vaacuterias fontes de renda pois aleacutem do huacutemus fornece
minhocas e raccedilatildeo e quando aplicado ao solo tende a melhorar as propriedades fiacutesicas
quiacutemicas e bioloacutegicas
241 Resiacuteduos utilizados na vermicompostagem
2411 Resiacuteduos de origem animal
Segundo Bureacutes (1997) o esterco eacute uma mistura de fezes urina e camas que
podem estar constituiacutedas de palhas folhas secas serragem turfa casca de arroz e ateacute
terra Esse apresenta pH neutro e densidade que varia de 030 a 090 Kg dm3 segundo
seu estado de decomposiccedilatildeo Eacute influenciado por vaacuterios fatores como espeacutecie animal
raccedila idade alimentaccedilatildeo material utilizado como cama e tratamento da mateacuteria-prima
esterco (Kiehl 1985) Dentre os fatores apontados um dos mais importantes eacute a
alimentaccedilatildeo do animal quanto mais rica a alimentaccedilatildeo mais rica seraacute as dejeccedilotildees
(Gnoatto 1999) O volume de bacteacuterias vivas ou mortas encontradas no esterco
representam 20 a 30 do total delas se originam grande parte do nitrogecircnio sob a
forma de proteiacutena (Morselli 2002)
A origem do material utilizado para a produccedilatildeo de vermicomposto eacute fundamental
pois soacute uma mateacuteria-prima de qualidade resultaraacute em um produto final de boa qualidade
Dentre os estercos o de aves eacute empregado empiricamente na adubaccedilatildeo de culturas
permanente ou natildeo com excelentes resultados apesar de sua simples composiccedilatildeo
meacutedia 2 de nitrogecircnio 2 de foacutesforo como P2 0 5 e 1 de K2 0 Poreacutem haacute uma
grande variaccedilatildeo na sua constituiccedilatildeo a qual dependeraacute do manejo animal atraveacutes das
camas finalidade da criaccedilatildeo e natureza das camas (Morselli 2002)
2412 Resiacuteduos de origem vegetal
A mateacuteria orgacircnica pode ser preservada no solo por vaacuterios processos seja pela
simples incorporaccedilatildeo de resiacuteduos de culturas rotaccedilatildeo de culturas adubaccedilatildeo verde ou
18
pela adiccedilatildeo de materiais orgacircnicos capazes de elevar e manter a produtividade do solo
Da decomposiccedilatildeo dos resiacuteduos orgacircnicos adicionados ao solo resulta a liberaccedilatildeo de
grande quantidade de nutrientes principalmente o nitrogecircnio o potaacutessio e o enxofre
Aleacutem disso diversos atributos quiacutemicos e fiacutesicos do solo satildeo alterados pela
decomposiccedilatildeo desses resiacuteduos destacando-se o aumento da capacidade de troca de
caacutetions o aumento da retenccedilatildeo de aacutegua a melhoria da estabilidade dos agregados e da
aeraccedilatildeo (Fraser1963 Malavolta 1981 Mello et al 1983 Bonilla 1992)
Segundo Purcino (1981) quando a relaccedilatildeo CN eacute menor que 30 como no caso do
esterco de curral ou da palha de leguminosas a disponibilidade de nitrogecircnio eacute
imediata mas acima deste valor ocorre imobilizaccedilatildeo crescente deste nutriente Por esse
motivo estes materiais devem ser submetidos a uma degradaccedilatildeo bioloacutegica antes de
serem adicionados ao solo
25 Biofertilizantes
No Brasil ocorrem problemas crescentes com materiais derivados de sistemas
intensivos de criaccedilatildeo animal que acumulam resiacuteduo^ orgacircnicos com graves problemas
de contaminaccedilatildeo de cursos de aacutegua que na maioria das vezes se acumulam em um
uacutenico lugar e natildeo satildeo reciclados (Viglizzo 1995)
Visando amenizar tais situaccedilotildees os meacutetodos alternativos de adubaccedilatildeo controle de
doenccedilas pragas e plantas indesejaacuteveis tecircm sido muito estudado Dentro dessa linha de
pesquisa destaca-se o uso de mateacuteria orgacircnica atraveacutes tanto de sua incorporaccedilatildeo ao
solo como de sua transformaccedilatildeo para uso posterior na forma de biofertilizantes
(Khatounian 1997 Bettiol et al 1997)
Na complexa e elevada comunidade microbiana dos biofertilizantes encontram-se
bacteacuterias fungos leveduriformes filamentosos e actinomicetos (Bettiol apud Penteado
1999)
O agregado de macro e micronutrientes periodicamente ativa e enriquece a
fermentaccedilatildeo O uso de farinha de rocha tem sido vantajoso por ter baixo custo
comparado com os sais concentrados e purificados aleacutem de trazer alguns elementos
traccedilos de vital importacircncia para os microrganismos do solo como por exemplo o Gaacutelio
o Iodo e o Vanaacutedio (M1BASA 199-) O agregado de farinha de rocha ou sais
purificados ao fermentado faz com que estes nutrientes passem a fazer parte dos
microrganismos ou dos produtos orgacircnicos liberados durante a fermentaccedilatildeo sendo que
19
o ataque dos microrganismos atraveacutes de suas enzimas consegue liberar os elementos natildeo
atacados pelos aacutecidos industriais (Pinheiro amp Barreto 2000)
Os biofertilizantes tecircm sido empregados na agricultura ecoloacutegica como adubo
foliar para aumentar a resistecircncia contra pragas e doenccedilas Aleacutem disso o processo de
produccedilatildeo eacute bastante simples e por isso eacute viaacutevel sua produccedilatildeo na propriedade desde que
tenha esterco disponiacutevel (Penteado 1999)
Bettiol et al (1997) verificaram a presenccedila de diferentes espeacutecies de fungos
fiacutelamentosos e leveduriformes e bacteacuterias entre elas Bacillus spp na comunidade
microbiana do biofertilizante produzido segundo meacutetodo adotado pelo Centro de
Agricultura Ecoloacutegica Ipecirc Os autores verificaram ainda uma reduccedilatildeo da comunidade
microbiana ao longo da digestatildeo reduccedilatildeo essa mais acentuada logo apoacutes o acreacutescimo
dos sais contendo micronutrientes A accedilatildeo dos sais pode ser tanto por aumento na
pressatildeo osmoacutetica quanto pelo efeito direto sobre os microrganismos Para o controle de
doenccedilas de plantas satildeo importantes a presenccedila dos metaboacutelitos produzidos pelos
organismos presentes no biofertilizante e os proacuteprios microrganismos vivos
Os microrganismos transformam o material orgacircnico (esterco soro de leite caldo
de frutas palhas restos industriais etc) e cinzas produzindo vitaminas aacutecidos e sais
complexos importantes para regular e tonificar o metabolismo das plantas impedindo o
desenvolvimento de pragas e doenccedilas (Pinheiro amp Barreto 2000)
Em estudos feitos com o biofertilizante liacutequido de bovinos foi observado a
presenccedila de inuacutemeros microorganismos como bacteacuterias leveduras e bacilos
principalmente do Bacillus subtilis Estes microorganismos sintetizam substacircncias
antibioacuteticas as quais demonstram ter grande accedilatildeo e eficiecircncia como substacircncias
fungiostaacuteticas e bacteriostaacuteticas de fitopatoacutegenos causadores de danos em lavouras
comerciais (Penteado 1999)
Aldrighi et al (2002) realizaram trabalho na UFPel relacionado agrave nutriccedilatildeo de
mudas de tomate (Floradade) produzidas no sistema ldquofloatingrdquo Utilizaram-se doses de
0 2 5 e 10 para o biofertilizante Super Magro e 0 e 1 para a urina de vaca
Concluiacuteram que estes natildeo interferem na produccedilatildeo das mudas e que provavelmente foi
influenciado pelo substrato utilizado (vermicomposto 75 e casca de arroz carbonizada
25) bem como o sistema de produccedilatildeo (floating)
Paglia et al (2002) citam que eacute possiacutevel produzir mudas de tomate (cultivar
Floradede) utilizando urina de vaca e biofertilizante Super Magro na aacutegua em sistema
ldquofloatingrdquo em trabalho realizado na UFPel O uso da urina de vaca a 1 e 5 e
20
biofertilizante Super Magro a 6 proporcionam uma elevaccedilatildeo do foacutesforo bem como o
Super Magro a 6 eleva os teores de Mg e Ca na aacutegua
251 Urina de vaca
As urinas de vaca contecircm nutrientes favoraacuteveis ao bom desenvolvimento das
plantas como potaacutessio soacutedio nitrogecircnio enxofre magneacutesio caacutelcio foacutesforo e traccedilos de
outros elementos Nas plantas funciona como um fertilizante natural tomando-as mais
resistentes ao ataque das pragas e doenccedilas Satildeo encontradas tambeacutem na urina outras
substacircncias como fenoacuteis e principalmente o catecol que esta associado agrave recuperaccedilatildeo
de plantas atacadas por fitopatoacutegenos por ser um produto anti-seacuteptico (Penteado 1999)
Para seu emprego a urina receacutem coletada deve ser armazenada sob condiccedilotildees
ambientais por trecircs dias para que se forme amocircnio importante produto a ser absorvido
pelas plantas Recomenda-se ainda que o armazenamento deva ser feito em recipiente
fechado para que natildeo ocorram perdas de nitrogecircnio Desta forma poderaacute permanecer
por ateacute um ano sem comprometer sua eficiecircncia
Em hortaliccedilas o uso da urina de vaca eacute recomendado em pulverizaccedilotildees foliares
semanais na concentraccedilatildeo de 05 para tomateiro pimentatildeo pepino feijatildeo vagem e
couve ou quinzenais a 1 para as culturas do quiabeiro jiloeiro e berinjela Para
fruteiras em geral a primeira aplicaccedilatildeo deve ser na concentraccedilatildeo aproximada de 5
realizada diretamente no solo e mensalmente devem ser realizadas pulverizaccedilotildees
foliares a 1 para plantas jovens e a 5 para plantas adultas (Penteado 1999)
Na aplicaccedilatildeo foliar deve-se ter cuidado com folhas e brotos novos e considerar que
o uso contiacutenuo pode ser toacutexico podendo afetar o solo causando a sua acidificaccedilatildeo
(Penteado 1999)
Na Estaccedilatildeo Experimental da PESAGRO no municiacutepio de Macaeacute Rio de Janeiro
estaacute se utilizando a urina de vaca leiteira Os pesquisadores descobriram que a urina de
vaca em lactaccedilatildeo produzia o efeito de recuperar plantas de abacaxi atacadas por uma
doenccedila conhecida como ldquofusairioserdquo Essa doenccedila quando ataca o abacaxi causa
perdas de ateacute 70 da safra Todos os agrotoacutexicos testados natildeo conseguiram controlar a
doenccedila Isto eacute um exemplo para que a universidade tenha uma nova percepccedilatildeo (Capra
1996) adotando medidas efetivas que contribuam na transiccedilatildeo agroecoloacutegica Com o
uso da urina de vaca leiteira numa lavoura de abacaxi atacada pela fusariose observou-
se agrave recuperaccedilatildeo do stand e os frutos produzidos apresentaram excelente padratildeo
21
comercial Descobriu-se que aleacutem funcionar como adubo e defensivo natural a urina de
vaca leiteira tambeacutem favorece a floraccedilatildeo de muitas plantas e pode ser usada no
tratamento de frutos e tubeacuterculos depois da colheita
A urina de vaca em lactaccedilatildeo tambeacutem estaacute sendo usada nas lavouras de cafeacute em
plantaccedilotildees de maracujaacute coco alface e outras hortaliccedilas Na regiatildeo centro-sul do Paranaacute
os agricultores estatildeo aplicando a urina de vaca leiteira nas lavouras de feijatildeo soja
batata cebola e milho (Penteado 1999)
252 Alhol
A maioria dos defensivos alternativos tais como calda bordalesa sulfocaacutelcica
aacutegua de cinza e cal biofertilizante enriquecido extrato de fumo entre outros precisa
ser misturada com um espalhante adesivo para quebrar a tensatildeo superficial da gota e
propiciar um melhor molhamento das folhas e demais partes pulverizadas assegurando
uma absorccedilatildeo mais efetiva e uma melhor accedilatildeo sobre as pragas e doenccedilas Quando as
gotas permanecem inteiras sobre a superfiacutecie folhar devido agrave falta de espalhante
adesivo pode-se danificar os tecidos vegetais pelc efeito-lente quando o sol incide
sobre elas Aleacutem disso a gota por natildeo se espalhar sobre toda superfiacutecie folhar
concentra nela e consequumlentemente sobre o tecido que estaacute em contato com ela uma
quantidade maior do produto aplicado Essa maior concentraccedilatildeo pode prejudicar a
absorccedilatildeo e lesionar os tecidos principalmente apoacutes a evaporaccedilatildeo da aacutegua contida na
gota por resultar em uma maior concentraccedilatildeo de sais no local especialmente quando se
aplicam por exemplo calda sulfocaacutelcica bordalesa biofertilizante enriquecido com
macro e micronutrientes (Claro 2001)
O alhol eacute um espalhante adesivo ecoloacutegico que tambeacutem auxilia no controle de
pragas E elaborado com aacutegua alho oacuteleo vegetal e sabatildeo neutro a partir da sabedoria
popular que menciona o alho como repelente de insetos Juacutenior Abreu amp Maiorano
(199-) indicam formulaccedilotildees contendo alho para o controle de pragas como nematoacuteides
(Meloidogyne incoacutegnita e M javanica) mosca do chifre lagarta na maccedilatilde pulgotildees
besouro da batata trips e para controle de doenccedilas fuacutengicas e bacterianas como miacuteldio
ferrugem fusariose helminthosporiose murchadeira (Pseudonamos solacearum)
bruzone do arroz (Pyricularia orysae) podridatildeo negra do repolho e couve-flor
(Xanthomonas campestris) Aleacutem disso o alho pelo seu bom teor em oacuteleo pode agir
tambeacutem como espalhante adesivo O sabatildeo tambeacutem eacute indicado como espalhante adesivo
22
e possui accedilatildeo contra certas pragas (pulgotildees) sendo que o oacuteleo vegetal eacute indicado no
controle de cochonilhas e usado como espalhante adesivo (Claro 2001)
253 Calda Bordalesa
A calda bordalesa eacute um tradicional defensivo agriacutecola que pode ser preparado na
propriedade com a mistura de sulfato de cobre cal virgem e aacutegua As concentraccedilotildees de
sulfato de cobre e cal satildeo distintas dependendo do objetivo do seu emprego
Geralmente diferem de acordo com o tipo de planta ou espeacutecie vegetal as condiccedilotildees
climaacuteticas o grau de infestaccedilatildeo da doenccedila e a fase de crescimento da planta Eacute indicada
para o controle de miacuteldio alternaacuteria botrytis e antracnose (Penteado 1999)
A calda bordalesa caracteriza-se pela sua importante accedilatildeo no controle de diversas
doenccedilas fungicas nas mais diversas espeacutecies de culturas Possui tambeacutem uma relativa
accedilatildeo bactericida e em alguns casos age como repelente de insetos Da mistura do
sulfato de cobre com a cal resulta uma soluccedilatildeo rica em macronutrientes e
micronutrientes Provavelmente os expressivos resultados obtidos com a aplicaccedilatildeo da
calda bordalesa devam-se natildeo somente a sua accedilatildeo fuacutengica e bactericida mas sobretudo
agrave influecircncia positiva que exerce no metabolismo das plantas ativando o processo
enzimaacutetico e estimulando a proteossiacutentese aumentando a resistecircncia das plantas (Claro
2 0 0 1 ) caracteriacutestica fundamental na agricultura sustentaacutevel
254 Biofertilizante Super Magro
A calda Super Magro eacute produto da fermentaccedilatildeo de estercos animais enriquecidos
por micronutrientes e outros produtos de origem animal obtendo-se uma calda
biofertilizante para aplicaccedilatildeo foliar nas plantas (Penteado 1999) jaacute foram observados
bons resultados principalmente nas culturas de uva maccedila pecircssego tomate batata e
hortaliccedilas em geral
E indicado como fonte suplementar de micronutrientes para as plantas inibidor
de fungos e bacteacuterias causadores de doenccedilas e para aumentar a resistecircncia contra insetos
e aacutecaros (Penteado 1999) i
Muller (1999) avaliou a influecircncia do biofertilizante Super Magro sobre as
culturas de tomate (Lycopersicon esculentum Mill) ervilha (Pisum sativum L) e
beterraba (Beta vulgaris L) O autor obteve cultivos com baixa severidade de doenccedilas e
23
insetos fitoacutefagos possivelmente por causa do manejo orgacircnico de produccedilatildeo Os
resultados das pulverizaccedilotildees das soluccedilotildees foliares variaram conforme a cultura e o
clima
255 Biofertilizante MB4
A utilizaccedilatildeo das farinhas de rochas eacute uma das teacutecnicas mais modernas usadas nos
uacuteltimos anos na agricultura O elevado nuacutemero de nutrientes contidos no MB4 como
cobre zinco manganecircs cobalto soacutedio alumiacutenio silicatos de magneacutesio ferro e caacutelcio
acompanhado de foacutesforo potaacutessio e enxofre reagem com a soluccedilatildeo do solo liberando
elementos essenciais ao desenvolvimento da vida microbiana os quais exercem um
papel fundamental atraveacutes de transformaccedilotildees quiacutemicas e do equiliacutebrio bioloacutegico
favorecendo o desenvolvimento sadio das plantas (Pinheiro amp Barreto 2000)
24
3 MATERIAL E MEacuteTODOS
31 Local de execuccedilatildeo do experimento
O presente trabalho foi conduzido no Centro de Pesquisa da Regiatildeo Sul
(FEPAGROSUL) no municiacutepio de Rio Grande nlt periacuteodo de 15 de maio a 26 de
agosto de 2 0 0 2
O solo eacute classificado como ldquoTuiardquo satildeo muito arenosos As massas aquaacuteticas do
Oceano Atlacircntico e Lagoa dos Patos influenciam ventos temperatura pressatildeo umidade
relativa e demais fatores climaacuteticos A topografia da regiatildeo litoracircnea eacute plana com
lenccediloacuteis freaacuteticos superficiais
32 Anaacutelise estatiacutestica
O experimento foi constituiacutedo em fatorial 3X3 (Quadro 1) com quatro repeticcedilotildees
no delineamento blocos ao acaso As variaacuteveis respostas foram submetidas agrave anaacutelise de
variaccedilatildeo e ao teste de Duncan a 5 de probabilidade para comparaccedilatildeo das meacutedias
utilizando-se o sistema SANEST (Zonta amp Machado 1984)
As anaacutelises estatiacutesticas das variaacuteveis estudadas encontram-se nos Apecircndices C D
Os resultados das respostas agronocircmicas e das determinaccedilotildees dos conteuacutedos dos
macronutrientes bem como os de raiz estatildeo nas tabelas de 1 a 3
25
As diferentes adubaccedilotildees seratildeo representadas durante a discussatildeo da seguinte
forma 1 VB (30 t ha 1 de vermicomposto) 15 VB (45 t ha 1 de vermicomposto) e EC
(60 t ha 1 de esterco de curral) 1 VB+SM+U+CB (30 t ha 1 de vermicomposto mais
super magro mais urina de vaca mais calda bordalesa) 15 VB+SM+U+CB (45 t ha 1 de
vermicomposto mais super magro mais urina de vaca mais calda bordalesa)
EC+SM+U+CB (60 t ha 1 de esterco de curral mais super magro mais urina de vaca
mais calda bordalesa) 1 VB+MB4 +U+CB (30 t ha 1 de vermicomposto mais MB4 mais
urina de vaca mais calda bordalesa) 15 VB+MB4 +U+CB (45 t ha 1 de vermicomposto
mais MB4 mais urina de vaca mais calda bordalesa) EC+MB4 +U+CB (60 t ha 1 esterco
de curral mais MB4 mais urina de vaca mais calda bordalesa)
QUADRO 1 Descriccedilatildeo dos fatores experimentais e respectivos niacuteveis
Niacuteveis Fator 1 ADUBACcedilAtildeO DE BASE
0 1 Vermicomposto (30 t ha1)
0 2 Vermicomposto (45 t ha1)
03 Esterco de curral (60 t ha1)
Niacuteveis Fator 2 BIOFERTILIZANTES LIacuteQUIDOS
0 1 Super magro (5) + Urina de Vaca + Calda Bordalesa
0 2 MB4 (10) + Urina de vaca + Calda Bordalesa
03 Ausecircncia (testemunha)
33 Tratamentos
Da combinaccedilatildeo entre niacuteveis e fatores foram obtidos 9 tratamentos que estatildeo
descritos no Quadro 2 bem como as doses de adubaccedilatildeo utilizadas no experimento
26
QUADRO 2 Tratamentos e doses de adubaccedilatildeo utilizadas no experimento
TRATAMENTOS
Ndeg FATOR I FATOR II
0 1 30 t ha de vermicomposto Super magro 5 Urina de vaca Calda Bordalesa
0 2 30 t harsquo de vermicomposto MB4 10 Urina de vaca Calda Bordalesa
03 30 t ha de vermicomposto - - -
04 45 t ha de vermicomposto Super magro 5 Urina de vaca Calda Bordalesa
05 45 t ha de vermicomposto MB4 10 Urina de vaca Calda Bordalesa
06 45 t ha de vermicomposto - - -
07 60 t hade esterco Super Magro 5 Urina de vaca Calda Bordalesa
08 60 t hade esterco MB4 10 Urina de vaca Calda Bordalesa
09 60 t hade esterco - - -
Cada parcela foi constituiacuteda por dois canteiros medindo 1 m de largura x 2 m de
comprimento perfazendo 075 m de aacuterea de aacuterea uacutetil (025 m de bordadura) Foi
utilizando semeadura a lanccedilo com densidade de 24 g canteiro1
O vermicomposto a urina de vaca o esterco de curral o alhol os biofertilizantes e
a calda bordalesa foram de procedecircncia do Centro de Pesquisa da Regiatildeo Sul O
vermicomposto de esterco bovino misturado agraves cascas de frutas foi processado pela
minhoca vermelha califomiana Eisenia foetida)
O biofertilizante Super Magro foi elaborado segundo a metodologia descrita pela
FEPAGROSUL utilizando-se os seguintes componentes 190 litros de aacutegua 22 litros
de leite 55 Kg de accediluacutecar mascavo 30 Kg de esterco fresco de bovinos 2 Kg de
Sulfato de zinco 2 Kg de sulfato de magneacutesio 2 Kg de cloreto de caacutelcio 1 Kg de aacutecido
boacuterico 300 g de sulfato de cobre 300 g de sulfato de ferro 300 g de sulfato de
manganecircs 100 g de molibdato de soacutedio 50 g de sulfato de cobalto 3 Kg de fosfato
natural 3 Kg de cinza e 200 g de farinha de osso
A urina de vaca em lactaccedilatildeo foi coletada pela manhatilde e armazenada em recipiente
fechado por trecircs dias em condiccedilotildees ambientais para que se formasse a amocircnia e natildeo
ocorresse perda de nitrogecircnio
28
Realizaram-se duas capinas manuais durante o experimento e em seguida como
cobertura se colocou casca de arroz Tambeacutem foi aplicado esterco de aves 30 dias antes
da colheita na quantidade de 05 Kg canteiro 1 como adubaccedilatildeo de cobertura
As pulverizaccedilotildees com os produtos iniciaram apoacutes 15 dias da germinaccedilatildeo
Realizou-se sete aplicaccedilotildees sendo que as duas primeiras foram feitas apenas com
Super Magro e MB4 Na terceira e na quarta aplicaccedilatildeo utilizou-se urina de vaca e calda
bordalesa em concentraccedilotildees menores (05 e 025 respectivamente) e na quinta
aplicaccedilatildeo as dosagens de urina de vaca e calda bordalesa foram elevadas para 1 0 e
05 respectivamente ateacute o final do experimento O alhol foi utilizado a partir da
terceira pulverizaccedilatildeo na quantidade de 2 e seguiu ateacute o final no dia 26 de agosto
quando as mudas foram colhidas e posteriormente analisadas as variaacuteveis
35 Observaccedilotildees agronocircmicas
Foram utilizadas 20 mudas de cebola para obtenccedilatildeo das meacutedias das variaacuteveis as
quais foram as seguintes
351 Fitomassa fresca da parte aeacuterea e raiacutezes
Foi realizada atraveacutes de uma balanccedila digital procedendo-se a pesagem de 20
mudas de cebola previamente lavadas e posteriormente secadas durante uma hora sobre
um tecido de algodatildeo agrave temperatura ambiente Processo idecircntico foi adotado com as
raiacutezes
352 Fitomassa seca da parte aeacuterea e raiacutezes
Esta variaacutevel foi obtida a partir da secagem preliminar em estufa de ar forccedilado
durante 48 horas a 65 C ateacute peso constante com posterior pesagem em balanccedila
analiacutetica
353 Altura da muda
A altura de muda foi medida a partir do colo das plantas ateacute sua uacuteltima folha
(ponto de crescimento) com uma reacutegua graduada de 40 cm
29
354 Diacircmetro do colo das plantas
Esta medida foi realizada no ponto de transplante a 2 mm das raiacutezes e utilizando-
se um paquiacutemetro SOMET
355 Sistema radicular
Ao teacutermino do experimento foram retiradas as raiacutezes das mesmas plantas que foram
utilizadas para as determinaccedilotildees realizadas na parte aeacuterea procedendo-se uma amostra
de solo com raiacutezes de 2 0 cm de largura x 2 0 cm de comprimento e 2 0 cm de altura
totalizando 8000 cm3
As raiacutezes apoacutes serem lavadas em aacutegua corrente foram pesadas acondicionadas em
sacos plaacutesticos e congeladas para posteriores anaacutelises pelo meacutetodo de Tennant (1975)
para a determinaccedilatildeo do comprimento e densidade
3551 Comprimento de raiz
Utilizou-se para a determinaccedilatildeo do comprimento de raiz as seguintes foacutermulas
1 = ndeg x 1114 x 1 onde
1 - comprimento de raiz de uma amostra uacutemida de 0 0 2 g
ndeg - nuacutemero de intercessotildees das raiacutezes com os lados da quadriacutecula da malha do
aparelho
1114 - constante
1 - medida lateral da quadriacutecula em cm
Tomando-se a fiacutetomassa seca e o comprimento da raiz da cada amostra
relacionou-se com a fiacutetomassa seca e o comprimento total da raiz da planta aplicando-
se a seguinte equaccedilatildeo
L = (FSR x 1) FSPA onde
L - comprimento total da raiz da planta (m)
FSR - fiacutetomassa seca de raiz
FSPA - fiacutetomassa seca da parte aeacuterea
L - comprimento de raiz de uma amostra uacutemida de 002g
3552 Densidade de raiz
A densidade foi determinada pela foacutermula
D = L 8000 onde
D - densidade de raiacutezes (m cm3)
30
L - comprimento total de raiacutezes (m)
8 0 0 0 - volume da amostra (cm3)
3553 Razatildeo parte aeacutereasistema radicular
Este paracircmetro foi obtido pela equaccedilatildeo
RPASR = FSPA FSR onde
RPASR - razatildeo parte aeacuterea sistema radicular
FSPA - fitomassa seca da parte aeacuterea
FSR - fitomassa seca do sistema radicular
36 Determinaccedilatildeo de macronutrientes no tecido vegetal
Os macronutrientes nitrogecircnio foacutesforo potaacutessio caacutelcio e magneacutesio foram
determinados no laboratoacuterio de Fertilidade e Anaacutelise de Plantas do Departamento de
Solos da UFPel atraveacutes dos meacutetodos descritos por Tedesco amp Gianello (1996)
31
4 RESULTADOS E DISCUSSAtildeO
41 Anaacutelise das variaacuteveis
A anaacutelise da variaccedilatildeo mostrou que houve diferenccedila significativa na interaccedilatildeo entre
os fatores de adubaccedilatildeo de base e biofertilizantes liacutequidos com exceccedilatildeo da variaacutevel altura
de planta para a qual somente a adubaccedilatildeo de base mostrou-se significativa (Apecircndices
C D e E Tabelas 1C 1D e 1E)
411 Anaacutelise da parte aeacuterea
Na Tabela 1 destacaram-se as adubaccedilotildees EC+SM+U+CB EC+MB4 +U+CB e EC
que diferiram significativamente das demais adubaccedilotildees para as variaacuteveis fiacutetomassa
fresca da parte aeacuterea (FFPA) fiacutetomassa seca da parte aeacuterea (FSPA) altura de planta
(AP) e diacircmetro do colo (DC)
32
TABELA 1 Produccedilatildeo de fitomassa fresca e seca (g) da parte aeacuterea altura de planta
(cm) e diacircmetro de colo (mm) de mudas de cebola Petrolini cultivadas
sob uma perspectiva agroecoloacutegica Pelotas-RS 2003
BIOFERTILIZANTES LIacuteQUIDOSADUBACcedilAtildeO S Magro + MB4 +DE BASE Urina + Calda Urina + Calda Testemunha
Bordalesa Bordalesa
30 t ha de vermicomposto 7015 c A45 t halsquo de vermicomposto 7824 b B60 t ha de esterco de curral 12248 a C
30 t ha de vermicomposto 667 c A45 t ha de vermicomposto 752 b A60 t ha de esterco de curral 1150a C
30 t ha de vermicomposto 2975 b A45 t harsquo de vermicomposto 2775 b A60 t ha de esterco de curral 3600 a B
30 t ha de vermicomposto 631 b A45 t ha de vermicomposto 6 2 2 b B60 t ha de esterco de curral 741 a C
-Fitomassa fresca (g)----------------6270 c B 6885 b A8832 b A 6308 c C
15082 a A 13934 a BmdashFitomassa seca (g)----------------
625 c A 655 b A830 b A 607 b B
1345 a A 1262 a B-Altura de planta (cm)----------------
2950 b A 3050 b A2937 b A 2950 b A 3975 a A 3622 a B
-Diacircmetro de colo (mm)---------------592 c B 599 b B 657 b A 609 b B 819a A________ 793a B
Meacutedias seguidas pela mesma letra minuacutescula para as colunas (adubaccedilatildeo de base) e maiuacutesculas para as linhas (biofertilizantes) natildeo diferem entre si pelo teste de Duncan a 5
O efeito positivo do esterco bovino pode ser atribuiacutedo agraves melhorias nas condiccedilotildees
fiacutesicas do solo por ele proporcionado Segundo Primavesi (1982) e Compagnoni amp
Putzolu (1985) o esterco bovino apresenta propriedades condicionadoras do solo dando
agraves plantas melhores condiccedilotildees de desenvolvimento elevando sobremaneira os
conteuacutedos de fitomassa fresca das plantas que refletiratildeo nas demais respostas
agronocircmicas
Analisando as adubaccedilotildees de base em relaccedilatildeo aos biofertilizantes observa-se que
para os tratamentos 1 VB (30 t ha 1 de vermicomposto) - natildeo houve influecircncia dos
biofertilizantes para as variaacuteveis FSPA e AP enquanto destacou-se o SM+U+CB para o
DC e SM+U+CB e ausecircncia da adubaccedilatildeo liacutequida para a FFPA mostrando que o uso
dos biofertilizantes natildeo influenciou esta variaacutevel 15 VB (45 t ha 1 de vermicomposto) -
verificou-se a eficiecircncia do uso do MB4 +U+CB para as variaacuteveis FFPA e DC Para a
variaacutevel FSPA destacaram-se os dois biofertilizantes utilizados jaacute para AP natildeo houve
33
influecircncia destes EC (60 t ha 1 de esterco de curral) - em todas as variaacuteveis observadas
na tabela 5 as respostas foram significativas utilizando MB4 +U+CB
As respostas encontradas no presente trabalho para as variaacuteveis AP e FSPA foram
superiores as obtidas por Dalponte (1990) quando utilizado 0 esterco de curral para
produccedilatildeo de mudas de cebola
Segundo Filgueira (2000) os solos da regiatildeo produtora de cebola do RS satildeo
pobres em foacutesforo disponiacutevel (15 mg Kg1) necessitando portanto de adubaccedilotildees
fosfatadas elevadas As respostas aqui obtidas podem ser justificadas pelos teores de
foacutesforo contido no MB4
Follet et al (1981) citam a importacircncia do uso de compostos orgacircnicos no solo
enfatizando os estercos no sentido da decomposiccedilatildeo continuada no fornecimento de
nutrientes e na liberaccedilatildeo lenta e gradual de aacutecidos orgacircnicos influenciando a liberaccedilatildeo
do foacutesforo O que provavelmente pode ser atribuiacutedo agraves respostas encontradas no
presente trabalho para 0 tratamento Esterco de curral mais MB4 e Urina mais Calda
Bordalesa
E importante destacar que 0 sistema de produccedilatildeo de mudas de cebola sob uma
perspectiva agroecoloacutegica mostra-se eficiente quando visualmente natildeo percebe-se
diferenccedila significativa entre os tratamentos (Apecircndice F Figura 2)
Conveacutem ressaltar que quando trabalhamos com agroecologia natildeo existem
receitas nem pacotes tecnoloacutegicos prontos Cada situaccedilatildeo deveraacute ser estudada em
particular para que se faccedila recomendaccedilotildees adequadas ao ambiente local uma vez que
as plantas se adaptam ao meio estando a nutriccedilatildeo encarregada de proteger e manter o
equiliacutebrio do organismo vegetal em funccedilatildeo das alteraccedilotildees externas
E fundamental que se compreenda os princiacutepios norteadores de todo o processo
que satildeo as bases da luta por uma sociedade mais justa dentro de um mundo econocircmico e
ambientalmente mais sustentaacutevel
412 Anaacutelise do sistema radicular
Os resultados obtidos nas anaacutelises do sistema radicular (Tabela 2) mostram
diferenccedilas significativas entre as adubaccedilotildees para as variaacuteveis fitomassa fresca de raiz
(FFR) fitomassa seca de raiz (FSR) comprimento de raiz (CR) razatildeo parte
aeacutereasistema radicular (RPASR) e densidade de raiz (DR)
34
TABELA 2 Produccedilatildeo de fitomassa fresca e seca (g) comprimento (cm) e densidade de
raiacutezes (m cm3) de mudas de cebola Petrolini cultivadas sob uma
perspectiva agroecoloacutegica e razatildeo parte aeacutereasistema radicular Pelotas-
RS 2003
BIOFERTILIZANTES LIacuteQUIDOSADUBACcedilAO DE BASE
S Magro + MB4 +Urina + Calda Urina + Calda Testemunha
Bordalesa Bordalesa
de vermicomposto de vermicomposto de esterco de curral
de vermicomposto de vermicomposto de esterco de curral
de vermicomposto de vermicomposto de esterco de curral
de vermicomposto de vermicomposto de esterco de curral
1540 c A 1576 b B 2427 a A
Fitomassa fresca (g)----------------1502 c B 1517 b AB 1658 b A 1446 c C 2336 a B 2360 a B
--------------------Fitomassa seca (g)-------------------196 b A 207 ab A 170 b A170 b A 199 b A 192 b A 344 a A 249 a B 327 a A
Comprimento de raiz(cm)---------------1237 b A 1158 b A 1158 a A1237 b A 1060 c B 1040 b B1433 a A 1296 a B 1040 b C
30 t ha 45 t ha 60 t ha
30 t ha 45 t ha 60 t ha
30 t halsquo 45 t ha 60 t ha
30 t ha 45 t ha 60 t ha
30 t ha de vermicomposto 45 t ha de vermicomposto60 t ha~ de esterco de curral__________________________ _________________________Meacutedias seguidas pela mesma letra minuacutescula para as colunas (adubaccedilatildeo de base) e maiuacutesculas para as linhas (biofertilizantes) natildeo diferem entre si pelo teste de Duncan a 5
-----Razatildeo Parte AeacutereaSistema Radicular------340 b AB 301c B 384 a A446 a A 415 b A 326 a B339 b B 546 a A 388 a B
-------------- Densidade de raiz (m cm3)------------367 a AB 414 a A 325 b B282 b B 301b B 405 a A347 ab A 231c B 324 b A
Em relaccedilatildeo agraves adubaccedilotildees de base destacou-se o EC (60 t ha 1 de esterco de curral)
para as variaacuteveis FFR e FSR Quando adicionado o SM+U+CB os resultados para FFR
foram ainda melhores bem como o CR As respostas obtidas para a RPASR foram
variadas em relaccedilatildeo agraves adubaccedilotildees apresentando melhores resultados para 15 VB (45 t
ha 1 de vermicomposto)+SM+U+CB e ainda melhor para EC (60 t ha 1 de esterco de
curral)+MB4 +U+CB As adubaccedilotildees de base 1 VB 15 VB e EC natildeo diferiram entre si
As adubaccedilotildees mais eficientes para a variaacutevel DR foram 1 VB+SM+U+CV que natildeo
diferiu da EC+SM+U+CB I VB+ MB4 +U+CB e agrave 15 VB foram melhores entre as
demais
35
Analisando os biofertilizantes em relaccedilatildeo a cada adubaccedilatildeo de base verifica-se que
para a 1 VB (30 t ha 1 de vermicomposto)+SM+U+CB destaca-se a variaacutevel FFR
poreacutem sem diferenccedila significativa de 1 VB os melhpres resultados para a variaacutevel DR
foram encontrados pelo tratamento 1 VB+MB4 +U+CB e 15 VB (45 t ha 1 de
vermicomposto) tambeacutem se considera eficiente o 1 VB+SM+U+CB que natildeo diferiu do
EC (esterco de curral) Quando se utilizou 15 VB+ MB4 +U+CB houve resposta
significativa para a variaacutevel FFR para FSR as respostas natildeo foram diferentes com a
aplicaccedilatildeo dos biofertilizantes para as variaacuteveis FSR e DR as adubaccedilotildees EC e
EC+SM+U+CB natildeo diferiram entre si
Embora as respostas estatiacutesticas tenham sido diferentes para as adubaccedilotildees
combinadas ou natildeo pode-se salientar a importacircncia do aacutecido indol-aceacutetico como jaacute
citado anteriormente para as variaacuteveis avaliadas na parte aeacuterea das mudas de cebola
Respostas semelhantes nesse sentido foram encontradas para a cultura da alface por
Quijano (1999) e Morselli (2001)
Pereira et al (2002) concluiacuteram em trabalho realizado com a cultivar de cebola
CNPF1 6400 em Minas Gerais que a utilizaccedilatildeo de 20 t ha de esterco de curral
proporcionou os melhores resultados para a produccedilatildeo de cebola
Silva Juacutenior amp Giorgi (1992) e Menezes Juacutenior (1998) citam que doses elevadas
de mateacuteria orgacircnica podem prejudicar a primeira fase da germinaccedilatildeo (embebiccedilatildeo) e
absorccedilatildeo de aacutegua pelas raiacutezes das placircntulas No entanto no presente trabalho este fato
natildeo ocorreu embora a dose de esterco utilizada tenha sido de 60 t ha 1 (dose maacutexima
recomendada segundo Nolla 1982)
413 Anaacutelise de macronutrientes no tecido vegetal
Os resultados dos conteuacutedos de nitrogecircnio foacutesforo potaacutessio caacutelcio e magneacutesio no
tecido vegetal sob diferentes adubaccedilotildees encontrados na Tabela 3 indicam mais uma
vez a superioridade da adubaccedilatildeo esterco com 0 uso ou natildeo de biofertilizantes
36
TABELA 3 Conteuacutedos (mg planta1) de nitrogecircnio foacutesforo potaacutessio caacutelcio e
magneacutesio no tecido vegetal de mudas de cebola Petrolini cultivadas sob
uma perspectiva agroecoloacutegica Pelotas-RS 2003
BIOFERTILIZANTES LIacuteQUIDOS i J B
ADUBACcedilAtildeO S Magro + MB4 +DE BASE Urina + Calda Urina + Calda Testemunha
Bordalesa Bordalesamg plantas1
---- Nitrogecircnio-----30 t ha de vermicomposto 16593 c AB 15451 c B 19050 b A45 t ha de vermicomposto 21444 b A 22888 b A 17852 b B60 t ha de esterco de curral 32606 a C 37593 a B 40816 a A
--------------- ------ Foacutesforo------- -------------30 t ha de vermicomposto 3098 c B 2802 c B 3999 b A45 t ha de vermicomposto 4109 b A 4135 b A 2788 c B60 t ha de esterco de curral 5300 a B 7577 a A 7565 a A
------- Potaacutessio------30 t ha de vermicomposto 24327 c A 19900 c B 24965 b A45 t ha de vermicomposto 29113b A 29812 b A 22031 b B60 t ha de esterco de curral 44070 a B 51976 a A 54101 a A
-------- Caacutelcio-------30 t ha de vermicomposto 5027 c A 4356 c A 4834 b A45 t ha de vermicomposto 6114b A 6963 b A 4379 b B60 t ha de esterco de curral 9030 a C 11451 a A 10331 a B
------Magneacutesio-----30 t ha de vermicomposto 1188 b A 914 c A 1202 b A45 t ha de vermicomposto 1231 b B 1582 b A 1176 b B60 t ha de esterco de curral 2136a B 2443 a A 2663 a AMeacutedias seguidas pela mesma letra minuacutescula para as colunas (adubaccedilatildeo de base) e maiuacutesculas para as linhas (biofertilizantes) natildeo diferem entre si pelo teste de Duncan a
Em relaccedilatildeo agraves adubaccedilotildees de base observa-se que o melhor tratamento foi o
esterco de curral para todas as variaacuteveis Para 1 VB (30 t ha^ 1 de vermicomposto) natildeo
houve resposta diferenciada com o uso de bofertilizantes para todas as variaacuteveis A
adubaccedilatildeo 15 VB (45 t ha 1 de vemicomposto) foi influenciada pelos biofertilizantes
para as variaacuteveis N P K e Ca enquanto que para Mg somente o MB4+U+CB o
influenciou O EC (esterco de curral) mostrou diferenccedila significativa apenas para as
variaacuteveis Ca e Mg quando adicionado MB4+U+CB
Segundo Peixoto (2000) eacute fundamental a adiccedilatildeo de adubos orgacircnico no cultivo de
hortaliccedilas seja na forma de esterco decomposto composto ou huacutemus de minhoca de
37
modo a fornecer melhorias nas propriedades do solo vindo a disponibilizar os nutrientes
as diferentes culturas
O esterco fresco conteacutem muita cama celuloacutesica e um elevado teor de aacutegua No
esterco curtido a celulose jaacute estaacute decomposta o teor de aacutegua estaacute reduzido agrave metade e os
nutrientes em uma forma mais assimilaacutevel e mais concentrada O esterco fresco pode
causar uma deficiecircncia temporaacuteria de nitrogecircnio no solo ao se decompor o que natildeo
acontece com o biestabilizado (Kiehl 1985)Ocorre uma diminuiccedilatildeo inicial no volume
de aacutegua retido no esterco de curral diminui inicialmente em tomo de 3581 liberando
posteriormente somente 496 evidenciando a sua capacidade de retenccedilatildeo de aacutegua
(Menezes Juacutenior 1998)
A utilizaccedilatildeo continuada de adubos nitrogenados minerais no solo altera o balanccedilo
do nitrogecircnio entre o solo e planta No meacutetodo biodinacircmico eacute sublinhada a importacircncia
dos adubos animais para o estabelecimento da fertilidade permanente dos solos (Koeff
et al 1983)
Para Guimaratildees (1997) os benefiacutecios que a mateacuteria orgacircnica imprime ao solo
principalmente melhorando a produtividade fertilidade e a influencia que as substancias
huacutemicas exercem sobre o ambiente dependem da qualidade e do teor de mateacuteria
orgacircnica do solo Estas substacircncias por conterem nutrientes em sua constituiccedilatildeo em uma
forma mais disponiacutevel para as plantas promovem um equiliacutebrio no ambiente no solo
(Kononova 1966)
Aproximadamente de 60 a 70 do total de carbono do solo ocorre na forma de
materiais huacutemicos (Griffith amp Schnitzer 1975) sendo a eles atribuiacutedo a manutenccedilatildeo da
bioestrutura do solo aumentando a capacidade de retenccedilatildeo de aacutegua (Brady 1999)
Conforme Compagnoni amp Putzolu (1985) os estercos bem como os demais
resiacuteduos orgacircnicos apresentam conteuacutedos diferentes de aacutecidos huacutemicos e fuumllvicos sendo
atribuiacutedo ao acido huacutemico uma accedilatildeo fitoestimulante semelhante aos fitohormocircnios por
favorecer o desenvolvimento do sistema radicular e crescimento do caule
Em trabalho realizado por Guimaratildees (1997) foi encontrado para aacutecidos huacutemicos
de esterco bovino uma relaccedilatildeo CN 1035 e para vermicomposto bovino 17
evidenciando que o esterco quando aplicado ao solo por apresentar uma relaccedilatildeo CN
proacutexima deste reage mais facilmente liberando nutrientes para as plantas sem alterar a
cadeia troacutefiacuteca Dados encontrados no presente trabalho demonstram a eficiecircncia do
esterco nesse sentido
38
De acordo com Morselli (2001) vaacuterios trabalhos citam comentam e discutem a
capacidade dos vermicompostos em proporcionar oacutetimas colheitas e favorecer a
precocidade das plantas cultivadas Poreacutem muitas vezes se observa que mesmo
suprindo essas plantas com nutrientes necessaacuterios atraveacutes de huacutemus de diferentes fontes
as respostas natildeo satildeo as mesmas para uma mesma cultivar
Por outro lado os resultados com o uso de substacircncias huacutemicas satildeo variaacuteveis e
dependem aleacutem da espeacutecie testada das substacircncias huacutemicas utilizadas sua
concentraccedilatildeo o grau de purificaccedilatildeo e das condiccedilotildees experimentais A resposta das
plantas aos aacutecidos huacutemicos e fuacutelvicos eacute dependente da mateacuteria prima original e da
espeacutecie vegetal pois materiais orgacircnicos diferentes apresentam aacutecidos huacutemicos e
fuacutelvicos diferentes (Businelli 1990)
Justificam-se os maiores conteuacutedos de nitrogecircnio foacutesforo potaacutessio e caacutelcio nas
adubaccedilotildees 15 VB (45 t ha 1 de vermicomposto) e biofertilizantes devido
provavelmente ao vermicomposto utilizado apresentar na sua constituiccedilatildeo teores
consideraacuteveis destes elementos aleacutem do que os biofertilizantes possam ter influenciado
na absorccedilatildeo atraveacutes de sua constituiccedilatildeo Tibau (1984) considera que a urina de vaca eacute
rica em aacutecido indol-aceacutetico e este influencia na absorccedilatildeo radicular O efeito positivo
deste tratamento provavelmente seja devido agrave quantidade aplicada
O biofertilizante que se destacou foi o MB4+U+CB em relaccedilatildeo ao EC (esterco de
curral) e eacute somente para a variaacutevel caacutelcio Isto provavelmente seja devido ao alto teor
deste elemento encontrado na sua constituiccedilatildeo (6872 g Kg1) e pela influecircncia positiva
que a calda bordalesa exerce no metabolismo das plantas atraveacutes dos nutrientes
contidos em sua formulaccedilatildeo O Ca controla a absorccedilatildeo radicular e retorna ao solo pelo
esterco e palhas por apresentar-se em maior quantidade em folhas e caules Depois de
localizado nas folhas fica imoacutevel favorecendo a resistecircncia da planta ao ataque de
fungos
Este trabalho avanccedila no estudo da agroecologia estando claro que todos os
criteacuterios tem caraacuteter dinacircmico de adequaccedilatildeo as mudanccedilas de um sistema de produccedilatildeo
em evoluccedilatildeo contribuindo na transiccedilatildeo para um padratildeo sustentaacutevel Cabe a pesquisa a
reorientaccedilatildeo para um enfoque ldquosistecircmicordquo isto eacute que permita integrar os diversos
componentes de um agroecossistema e a adoccedilatildeo de poliacuteticas puacuteblicas que promovam 0
fortalecimento e a expansatildeo da agricultura familiar
39
5 CONCLUSOtildeES
Considerando os resultados obtidos e as condiccedilotildees em que o estudo foi realizado
conclui-se que
bull As respostas agronocircmicas das mudas de cebola para os paracircmetros avaliados
satildeo mais satisfatoacuterias com a aplicaccedilatildeo de esterco de curral como adubaccedilatildeo de
base
bull Os biofertilizantes mais urina de vaca e calda bordalesa proporcionam
respostas satisfatoacuterias quando aplicados associados agraves adubaccedilotildees de base
bull O biofertilizante MB4 mais urina de vaca e calda bordalesa eacute mais eficiente
que o super magro mais urina e calda bordalesa quando aplicado associado agrave
adubaccedilatildeo de base esterco de curral para os conteuacutedos de fitomassa secae
fresca da parte aeacuterea das plantas altura e diacircmetro de colo das mudas de
cebola
bull Os biofertilizantes adicionados agrave adubaccedilatildeo de base 45 t harsquo 1 de vermicomposto
bovino mostram respostas significativas para os conteuacutedos de fitomassa seca
bull Os maiores conteuacutedos nutricionais para as mudas de cebola satildeo
proporcionados pela adubaccedilatildeo de base esterco de curral
bull A maior absorccedilatildeo de caacutelcio pelas mudas de cebola ocorre quando da adiccedilatildeo do
biofertilizante MB4 mais urina e calda bordalesa agrave adubaccedilatildeo de base esterco de
curral
40
6 REFEREcircNCIAS BIBLIOGRAacuteFICAS
ALDRIGHI CB ABREU CM PAGLIA AG MORSELLI TBGA FERNANDES HS Efeito da aplicaccedilatildeo de biofertilizante e urina de vaca em mudas de tomateiro Horticultura Brasileira v20 n2 julho 2002 Suplemento 2
ALTIERI M NICHOLLS C I Agroecologia Teoria praacutectica para umaAgricultura Sustentable Ia ed PNUMA 2000 Cap 2 4 Seacuterie textos baacutesicos para la formacioacuten ambiental
ALTIERI M Agroecologia bases cientiacuteficas para uma agricultura sustentaacutevelGuaiacuteba Agropecuaacuteria 2002 592 p
ANTONIOLLI Z I GIRACCA E M N CARDOSO S J T WIETHAN M M S FERRI M Iniciaccedilatildeo agrave Minhocultura Criaccedilatildeo em Cativeiro e Vermicompostagem Santa Maria UFSM 1996 p59-89
BAYER C MIELNICZUC J Dinacircmica e funccedilatildeo da mateacuteria orgacircnica In SANTOS G de A S e CAMARGO F A de O (ed) Fundamentos da mateacuteria orgacircnica do solo ecossistemas tropicais e subtropicais Porto Alegre Genesis 1999 p 3-23
BARRETTO D X Composto Orgacircnico In Praacutetica em Agricultura Orgacircnica Satildeo Paulo iacutecone Ed Ltda 1985 p 51-63
BETTIOL W Alguns produtos alternativos para o controle de doenccedilas de plantasem agricultura orgacircnica II Ciclo de palestras sobre agricultura orgacircnica Instituto Bioloacutegico Satildeo Paulo p52-63 1997
41
BETTIOL W TRACH R GALVAtildeO JAH Controle de doenccedilas de plantas com biofertilizantes Jaguariuacutena EMBRAPA-CNPMA 1997 22p (EMBRAPA- CNPMA Circular Teacutecnica 02)
BRADY N C Natureza e propriedades dos sotos Rio de Janeiro Freitas BastosS A 1979 647p
BRADY N C Organisms and ecology of the soil In The nature of properties of soils Simon amp Schuster A Viacon Company New Jersey1999 402-489p
BON1LLA J A Fundamentos da Agricultura Ecoloacutegica Sobrevivecircncia eQualidade de Vida Satildeo Paulo Nobel 1992
BUREacuteS S Substratos Ediciones Agroteacutecnicas S L Madrid Octubre 1997
BUS1NELLI M Chemical Composition and Enzymic Activity of some Worm Cast Plant Soil v 80 p 1-2 1990
CALEGARI A Espeacutecies para cobertura de solo In IAPAR (Instituto Agronocircmico de Paranaacute) Plantio Direto pequena propriedade sustentaacutevel organizador Moacir Darolt Londrina - PR 1998 65-93
CAMARGO P N D Manual de Adubaccedilatildeo Foliar Satildeo Paulo Herba 1975
CAPRA F A Teia da Vida Satildeo Paulo Cultrix 1997 256p
CAPRA F O Ponto de Mutaccedilatildeo 22 ed Satildeo Paulo Cultrix 2001 447p
CHABOUSSOU F Plantas doentes pelo uso de agrotoacutexicos (A Teoria da Trofobiose) Porto Alegre LPM 1987 253 p
CLARO S A Referencias tecnoloacutegicos para a agricultura familiar ecoloacutegica aexperiecircncia da Regiatildeo Centro-Serra do Rio Grande do Sul Porto Alegre EMATERRS-ASCAR 2001 250p
CLIVELA G Diagnoacutestico Agronocircmico da cebola no Rio Grande do Sul Porto Alegre EMATERRS 1995 8 6 p
COMISSAtildeO DE FERTILIDADE DO SOLO - RSSC Recomendaccedilotildees de adubaccedilatildeo e calagem para os estados do Rio Grande do Sul e Santa Catarina 3 ed Passo Fundo SBCS - Nuacutecleo Regional Sul 1995 223p
COMPAGNONI L PUTZOLU G Cria moderna de Ias lombrices y utilizacioacutenrentable dei humus Barcelona Editorial de Vecchi- SA 1985127p
COSTABEBER J A MOYANO E Transiccedilatildeo agroecoloacutegica e accedilatildeo social coletiva Agroecologia e Desenvolvimento Rural Sustentaacutevel Porto Alegre v l n4 p 50- 60 outdez 2 0 0 0
42
COSTA M B B da Adubaccedilatildeo orgacircnica Nova siacutentese e novo caminho para aagricultura Satildeo Paulo Ed iacutecone Ltda 1985 102p
COSTA NETO C Agricultura Sustentaacutevel Tecnologias e Sociedade In CARVALHO COSTA LF et al (org) Mundo Rural e Tempo Presente Rio de Janeiro Mauad 1999
DrsquoAG0ST1NI R L FANTINI A C Produccedilatildeo orgacircnica tambeacutem socialmente excludente Agroecologia e Desenvolvimento Rural Sustentaacutevel Porto Alegre v3 n l p57-61 2002
DALPONTE J C V Utilizaccedilatildeo de materiais orgacircnicos e fertilizante mineral na produccedilatildeo e qualidade de mudas e bulbos de cebola (Alliurn Cepa L) Pelotas-RS 1990 (Mestrado em Agronomia) - Faculdade de Agronomia Eliseu Maciel UFPel 1990
DEBARBA J F THOMAZELLI L F GANDIN C L SILVA E Cadeias produtivas do Estado de Santa Catarina Cebola Florianoacutepolis Epagri 1998 115 p (EPAGRI Boletim Teacutecnico 96)
DUFOUR F Os saacutebios loucos do agro-alimentar Le Monde Diplomatique ano 1 n4 p6-7 1999 (ed portuguesa)
EHLERS E Agricultura Sustetaacutevel Origem e perspectivas de um novo paradigma 2 ed Guaiacuteba Agropecuaacuteria 1999 157 p
FILGUEIRA F A R Novo Manual de olericultura agrotecnologia moderna na produccedilatildeo e comercializaccedilatildeo de hortaliccedilas Viccedilosa UFV 2000 402 p
FRASER G K Mateacuteria Orgacircnica Del Suelo In BEAR F E (ed) Quiacutemica dei Suelo Madrid Ed Agrociencia 1963
FOLLET R H MURPHY L S DONAHUE R L Fertilizers and soil amendments New Jersey Printice-Hall Inc 1981 557p
GARCIA A Revista dei Espacio Rural Georgica Zaragoza Escuela Politeacutecnica de Huesca n5 1997
GARCIA A Versatildeo preliminar de um Programa Estadual de Produccedilatildeo e Comercializaccedilatildeo de Bulbos e Sementes de CebolaEMBRAPAIPAGROMARAEMATER 6 8 pbdquo 1990 (Publicaccedilatildeo avulsa)
GIORGETT1 J R Produccedilatildeo e Comercializaccedilatildeo de Mudas de Tomate In Encontro Nacional de Produccedilatildeo e Abastecimento de Tomate 2 1991 Jaboticabal Satildeo Paulo Anais Jaboticabal UNESP 1991 p 242-244
GLIESSMAN S R Agroecologia Processos ecoloacutegicos em agricultura sustentaacutevelPorto Alegre Universidade Federal do Rio Grande do Sul - UFRGS 2000 653p
43
GLIESSMAN S R TURRIALBA C R Agroecologia Procesos Ecoloacutegicos en Agricultura Sostenible CATIE 2002 p 3-14
GNOATTO S C Caracterizaccedilatildeo quiacutemica de vermicompostos de diferentes substratos orgacircnicos Pelotas-RS 1999 38 f (Mestrado em Agronomia - Solos) - Faculdade de Agronomia Eliseu Maciel UFPel 1999
GOMES J C C BORBA M F S A moderna crise dos alimentos oportunidade para a agricultura familiar Emater Porto Alegre julset 2000 Disponiacutevel em lthttpwwwematertchebrdocsagroecorevistan313-artigo3htmgtAcesso em 24 fev 2002
GOMEZ H W Desenvolvimento sustentaacutevel agriacutecola e capitalismo In Desenvolvimento sustentaacutevel Necessidade eou disponibilidade Santa Cruz do Sul Nobel - UNISC 1997 p 65-77
GONZAacuteLEZ DE MOLINA M SEVILLA GUZMAacuteN E Ecologia campesinado e historia Para una reinterpretacioacuten dei desarrollo dei capitalismo en la agricultura In SEVILLA GUZMAacuteN E GONZAacuteLEZ DE MOLINA M (ed) Ecologia campesinado e historia Madrid La Piqueta 1993 p 23-129
GRIFFITH S A SCHNITZER M Analytical characteristic of humic and fulvic acids extracted from tropical volcanic soils Soil Sei Soc Am Proc v 39 p361-367 1975
GUIMARAtildeES E Caracterizaccedilatildeo quiacutemica estreptoscoacutepica e por anaacutelise teacutermica de aacutecidos huacutemicos e vermicompostos obtidos de estercos de diferentes animaisCuritiba 1997 Dissertaccedilatildeo (Mestrado em Quiacutemica) Universidade Federal do Paranaacute 1997
HESS A F Sociedade e meio ambiente uma relaccedilatildeo ambiacutegua Revista Cientiacutefica Rural Bageacute v 4 n2 p 167-1741999
ICEPA-SC Informes conjunturais sobre a cultura da cebola Disponiacutevel em lthttpwwwicepa combrgt Acesso em 23 jan 2003
JONES H A MANN L K Onions and their allies New York Interscience Publishers 1962 286 p
JUacuteNIOR H A de MAIORANO J A Receitas obtidas de extratos de plantasCampinas CATITerra Viva [199-] 10 f
KHATOUNIAN C A Ciclo de Palestras sobre Agricultura Orgacircnica 2a Ed SatildeoPaulo Fund Cargill 1997 149 p
KIEHL E J Fertilizantes Orgacircnicos Satildeo Paulo Ed Agronocircmica Ceres Ltda 1985 492p
44
KOEFF H H PETTERSSON B D SHAUMANN W Vida Vegetal solos e adubaccedilatildeo In Agricultura Biodinacircmica Satildeo Paulo Nobel 1983 p92-149
KONONOVA M M Soil organic matter The importance o f organic matter in soil formation and soil fertility New York Pergamqn Press 1961 p 165-200
KUHN T A Estrutura das Revoluccedilotildees Cientiacuteficas Satildeo Paulo Perspectiva 1989 257p
LANNA FCA ABREU C L ABREU J G SILVA V Resposta de cultivares de melancia cultivadas sob adubaccedilatildeo quiacutemica e orgacircnica Horticultura v 12 n l p85 1994
LEFF H Saber Ambiental Petroacutepolis Vozes 2001 343 p
MAGALHAtildeES J R Nutriccedilatildeo e adubaccedilatildeo da cebola In FERREIRA M E CASSTELLANE P D CRUZ M C P Nutriccedilatildeo e adubaccedilatildeo de hortaliccedilasPiracicaba POTAFOS 1993 p 381-393
MALAVOLTA E Elementos de nutriccedilatildeo mineral de plantas Satildeo Paulo Ed Agronocircmica Ceres Ltda 1980 251 p
MALAVOLTA E Manual de Quiacutemica Agriacutecola - Adubos e Adubaccedilatildeo 3a ed SatildeoPaulo Ed Agronocircmica Ceres Ltda 1981 606 p
MARTINEZ A A A grande e Poderosa Minhoca Jaboticabal Funep - Unesp1990 101 p
MARTINS S R Desenvolvimento e Sustentabilidade Horticultura Brasileira Brasiacutelia-DF v20 n2 julho 2002 Palestra apresentada no 42deg Congresso Brasileiro de Olericultura
MARTINS S R Limites Del Desarrollo Sostenible em Ameacuterica Latina En el marco de Ias poliacuteticas de (re)ajuste econocircmico Pelotas Editora UFPel 1997 135 P-
MARTINS S R Sustentabilidade na agricultura dimensotildees econocircmicas sociais e ambientais Revista Cientiacutefica Rural Bageacute v4 n 2 p 175-1871999
MATURANA H REZEPKA S N D E Formaccedilatildeo Humana e Capacitaccedilatildeo Rio de Janneiro Vozes 2000 8 6 p
MELLO A F SOBRINHO M O ARZOLLA S SILVEIRA R NETTO A C KIEHL J C Fertilidade do Solo Satildeo Paulo Nobel 1983
MENEZES JUacuteNIOR F O G D Caracterizaccedilatildeo de Diferentes substratos hortiacutecolas e seu efeito na produccedilatildeo de mudas de alface e couve-flor em ambiente protegido Pelotas 1998 141 p Dissertaccedilatildeo (Mestrado em Agronomia - Produccedilatildeo Vegetal) - Faculdade de Agronomia Eliseu Maciel UFPel 1998
45
MIBASA Mineraccedilatildeo Barreto SA Melhorador de Solos MB4 A Natureza Agradece Arapiraca-AL [199-] Folder
MINAMI K Os resumos da olericultura 2000 In AZEVEDO FILHO MARTINEZ FILHO (ed) Preccedilos agriacutecolas Piracicaba ESALQ 1999 p 4
MINAMI K Produccedilatildeo de Mudas de Alta Qualidade em Horticultura Satildeo Paulo TA Queiroz 1995
MORSELLI T B G A Cultivo sucessivo de alface sob adubaccedilatildeo orgacircnica em ambiente protegidoPelotas 2001 178 p Tese (Doutorado em Agronomia - Produccedilatildeo Vegetal) Faculdade de Agronomia Eliseu Maciel UFPel 2001
MORSELLI T B G A Resiacuteduos orgacircnicos em sistemas agriacutecolas Poliacutegrafo da Disciplina de Resiacuteduos orgacircnicos em sistemas agriacutecolas Curso de Poacutes-Graduaccedilatildeo em Agronomia-Produccedilatildeo Vegetal UFPel 2002
MULLER AM Efeitos da Aplicaccedilatildeo Foliar de um Biofertilizante Enriquecido no Estado fitossanitaacuterio de Tomate Ervilha e Beterraba Sob Manejo OrgacircnicoDissertaccedilatildeo (Mestrado no Programa de Poacutes-Graduaccedilatildeo em Agroecossistemas)1999 (Resumo)
NOLLA D Erosatildeo do Solo - O grande desafio Estado do Rio Grande do Sul SEAGRI desenvolvimento de recursos naturais renovaacuteveis 1982 412 p
PAGLIA AG MORSELLI TBGA PEIL RMN Teores de nutrientes pH e condutividade eleacutetrica da aacutegua em sistema ldquofloat^ngrdquo sob adiccedilatildeo de biofertilizantes Horticultura Brasileira v 20 n2 julho 2002 Suplemento 2
PAULUS G MULLER A BARCELLOS LAR Agroecologia aplicada praticas e meacutetodos para uma agricultura de base ecoloacutegica 2ed ver ampl Porto Alegre EMATERRS 2001 8 6 p
PEIXOTO R T dos G Composto orgacircnico aplicaccedilotildees benefiacutecios e restriccedilotildees de uso Horticultura Brasileira Brasiacutelia-DF v 18 p 56-64 julho 2000
PENTEADO SR Defensivos Alternativos e Naturais Satildeo Paulo 1999 95 p
PEREIRA AJ SOUZA RJ PEREIRA WR Efeito de diferentes doses de esterco de galinha e de curral sobre a produccedilatildeo de cebola Horticultura Brasileira v20 n2 julho 2002 Suplemento 2
PINHEIRO S BARRETO SB MB-4 agricultura sustentaacutevel trofobiose e biofertilizantes Fundaccedilatildeo Juquira CandiruMibasa 2000 273 p
PRIMAVESI A Agricultura Sustentaacutevel Satildeo Paulo Nobel 1992 142 p
PRIMAVESI A O manejo ecoloacutegico do solo Agricultura em regiotildees tropicais SatildeoPaulo Nobel 1982 541 p
46
PURCINO A A C ldquoNitrogecircniordquo Informe Agropecuaacuterio Belo Horizonte v7 n81 p 16-27 1981
QUIJANO F G Efeito da adubaccedilatildeo orgacircnica no desenvolvimento de duas cultivares de alface em ambiente protegido Pelotas 1999 116f Dissertaccedilatildeo (Mestrado em Agronomia - Produccedilatildeo Vegetal) Faculdade de Agronomia Eliseu Maciel UFPel 1999
RODRIGUES A N N Efeitos e residuais de superfosfato triplo sobre o rendimento de mateacuteria seca e absorccedilatildeo de foacutesforo pela aveia (Avena strigosa Schob) em solo Podzoacutelico Vermelho Escuro Porto Alegre 1984 59f Dissertaccedilatildeo (Mestrado em Agronomia) - Faculdade de Agronomia UFRGS 1984
RODRIGUES E T CASALI V W D Respostas da alface agrave adubaccedilatildeo orgacircnica II Teores conteuacutedos e utilizaccedilatildeo de macronutrientes em cultivares Rev Ceres Viccedilosa v 45 n 261 p 437-449 1998
SAMINEcircS T C O Produccedilatildeo orgacircnica de alimentos Horticultura Brasileira Brasiacutelia-DF v 17 n3 novembro 1999
SCHIEDECK G Ambiecircncia e resposta agronocircmica de meloeiro (Cucumis melo L) cultivado sob adubaccedilatildeo orgacircnica em ambiente protegido Pelotas lOOp Tese (Doutorado em Agronomia - Produccedilatildeo Vegetal) - Faculdade de Agronomia Eliseu Maciel UFPel 2002
SILVA JUacuteNIOR A A GIORGI E Substratos alternativos para a produccedilatildeo de mudas de tomate Agropecuaacuteria Catarinense Florianoacutepolis EPAGRI 1992 23 p
SILVA JUacuteNIOR A A MACEDO S G STUKER H Utilizaccedilatildeo de esterco de peru na produccedilatildeo de mudas de tomateiro Florianoacutepolis EPAGRI 1995 28 p (Boletim Teacutecnico 73)
TAGLIARI PS GRASSMANN H Minhoca a grande aliada da agricultura Agropecuaacuteria Catarinense v8 n l p 11-14 mar 1995
TEDESCO M J GIANELLO C Anaacutelises de solo plantas e outros materiais Porto Alegre Faculdade de Agronomia Departamento de Solos Universidade Federal do Rio Grande do Sul RS 1996
TENNANT D A Test of modified line intersect method of estimating root lenght Journal Ecology Oxford v 63 p 995-1001 1975
TIBAU A O Mateacuteria Orgacircnica do Solo Mateacuteria Orgacircnica e Fertilidade do SoloSatildeo Paulo Nobel 1984 p49-182
TIMM P J Anaacutelise comparativa dos sistemas de plantio convencional e cultivo miacutenimo de cebola sob adubaccedilatildeo orgacircnica e mineral Pelotas 2000 79 p Dissertaccedilatildeo (Mestrado em Agronomia - Produccedilatildeo Vegetal) - Faculdade de Agronomia Eliseu Maciel UFPel 2000
47
VALENZUELA HR CROSBY C Effect of compost applications on the yield of several vegetables in long-term organic farming experiments conduced in the tropics American Society Horticultural Science v33 n3 june 1998
VIGLIZZO E (ed) Subprograma Recursos Naturais y Sostenibilidad Agriacutecola documento marco Montevideo IICAPROCISUR 1995 p 75 - 78
WE1D J M TARDIN J M Proposta para a Ampliaccedilatildeo do Trabalho da ASPTA no Centro Sul do Paranaacute ASPTA Disponiacutevel em http wwwpronafgovbrEncontrotestosAS20PTA20Sul20ParanE1205 202002doc Acesso em 05 mai 2002
XAVIER SIMOacuteN F DOMINGUES D G Desenvolvimento Rural Sustentaacutevel uma perspectiva agroecoloacutegica Agroecologia e Desenvolvimento Rural Sustentaacutevel Porto Alegre EM ATERRS v2 n2 p 17-26 2001
ZABALETA J P Diagnoacutestico da Agricultura Familiar em Satildeo Joseacute do Norte - RSPelotas EMBRAPA-CPACT 1998 75 p (EMBRAPA-CPACT Documentos 44)
ZONTA E P MACHADO A A SILVEIRA P Sanest Sistema de anaacutelise estatiacutestica para microcomputadores Registrado na Secretaria Especial de Informaacutetica sob nuacutemero 066060 - categoria A Pelotas-RS Universidade Federal de Pelotas 1984
48
7 APEcircNDICE
APEcircNDICE A - Anaacutelise da adubaccedilatildeo de base e biofertilizantes utilizados na produccedilatildeo de mudas de cebola
TABELA 1 A Anaacutelise baacutesica do solo antes da incorporaccedilatildeo do feijatildeo miuacutedo + papua
Arg
pH IND
SMP
MO
P - n r - Na Al Ca__10Omlmdash
Mg
ppm -
6 53 67 089 8 6 27 1 04 05 0 2
Fonte LASFAEMUFPel (2002)
TABELA 2A Anaacutelise complementar do solo antes da incorporaccedilatildeo do feijatildeo-miuacutedo + papua
Cobre Zinco Manganecircs Ferro
(m v1)
04 05 26 007
Fonte LASFAEMUFPel (2002)
49
TABELA 3A Anaacutelise dos fertilizantes soacutelidos
Amostra pH limidade CN
C N P K Ca Mg
- g-ivg --
Cama de 849 2491 12 31042 2479 3888 3405 29875 463
aves
Esterco 74 3594 11 677 590 157 134 335 214
de curral
Huacutemus 684 5738 14 15965 1098 453 745 743 361
Fonte LASFAEMUFPel (2002)
TABELA 4A Anaacutelise quiacutemica dos biofertilizantes liacutequidos
Amostra N P K_ccedil H
Ca Mg Cu Zn Fe Mn
mdashgL bull
S Magro
m b 4
Urina
053
1652
8 2 2
008
395
0 0 0
149
1674
471
1902
6872
0 0 0
1150
4507
1172
7273
42
033
101389
920
0 0 0
6250
19458
781
35273
1123
0 2 1
Fonte LASFAEMUFPel (2002)
50
APEcircNDICE B - Condiccedilotildees climaacuteticas do local
TABELA 1B Condiccedilotildees de temperatura do local
___________ __________TEMPERATURA (degCgt
meses Meacutedia
Maacutexima
Meacutedia
MiacutenimaMeacutedia
Maacutexima
Absoluta
Miacutenima
Absoluta
Junho 225 87 156 320 25
Julho 225 85 155 285 30
Agosto 251 71 161 360 1 0
Fonte FEPAGROSCT 2002
TABELA 2B Condiccedilotildees de chuva do local
mdash CHUVA (mm)mdash
meses Ocorrida Normal Desvio Da Normal
Junho 1080 1 1 0 -2 0
Julho 1062 98 8 2
Agosto 1283 1 2 0 83
Fonte FEPAGROSCT 2002
51
TABELA 1C Produccedilatildeo de fitomassa fresca e seca (g) da parte aeacuterea altura de planta
(cm) e diacircmetro de colo (mm) de mudas de cebola Petrolini cultivadas
sob uma perspectiva agroecoloacutegica Pelotas-RS 2003
APEcircNDICE C - Anaacutelise estatiacutestica da parte aeacuterea
Causas G1 FFPA FSPA AP DC
da variaccedilatildeo --------- Quadrados meacutedios-
Blocos 3
Ad Base 2 175359071 1287102 2547419 1 11775
Biofertilizantes 2 126876 29011 87669ns 02185ns
Ad x Biofert 4 572378 31123 69106ns 04159
Resiacuteduo 24 34456 03048 27169 00290
Total 35
Meacutedia geral 93745 8772 320388 6741
CV 1980 6294 5145 2530
Significativo a 5ns Natildeo significativo
52
TABELA 1D Produccedilatildeo de fitomassa fresca e seca (g) comprimento (cm) e densidade
de raiacutezes (m cm3) de mudas de cebola Petrolini cultivadas sob uma
perspectiva agroecoloacutegica e razatildeo parte aeacutereasistema radicular Pelotas-
RS 2003
APEcircNDICE D - Anaacutelise estatiacutestica da raiz
Causas G1 FFR FSR CR RPASR DR
da variaccedilatildeo Quadrados meacutedios---------------
Blocos 3
Ad Base 2 27874 551 623 2 1 0 140
Biofertilizantes 2 178 0 1 0 ni 1504 l03ns 038ns
Ad x Biofert 4 190 058 318 294 183
Resiacuteduo 24 005 009 028 023 0 2 1
Total 35
Meacutedia geral 1818 228 184 387 333
C V 134 1356 448 1253 1396
Significativo a 5 ns Natildeo significativo
53
APEcircNDICE E - Anaacutelise estatiacutestica dos macronutrientes da parte aeacuterea da cebola
TABELA 1E Conteuacutedos (mg planta1) de nitrogecircnio foacutesforo potaacutessio caacutelcio e
magneacutesio no tecido vegetal de mud^s de cebola Petrolini cultivadas
sob uma perspectiva agroecoloacutegica Pelotas-RS 2003
Causas G1 bull N P K Ca Mg
da variaccedilatildeo
Blocos 3
Ad Base 2 13550306 446627 25509686 1031806 59007
Biofertilizantes 2 180610ns 16564 68153ns 39006 876ns
Ad x Biofert 4 454187 45743 1047539 46950 2464
Resiacuteduo 24 29769 1453 64313 3741 439
Total 35
Meacutedia geral 24921 4597 33366 6943 1615
C V 692 829 760 880 1297
Significativo a 5 ns Natildeo significativo
APEcircNDICE F - Fotos do experimento
FIGURA 2 Mudas de cebola (Allium cepa L) produzidas sob uma perspectiva agroecoloacutegica
APEcircNDICE F a Fotos do experimento
FIGURA 1 Adubaccedilatildeo verde com feijatildeo-miuacutedo e papuatilde utilizadas no manejo do solo
FIGURA 2 Mudas de cebola (Allium cepa L) produzidas sob urna perspectiva agroecoloacutegica
PRODUCcedilAtildeO DE MUDAS DE CEBOLA (Allium cepa L) SOB UMA PERSPECTIVA AGROECOLOacuteGICA
Enga Agra AgraveGUIDA GORETI PAGLIA
DissertaccedilatildeoSubmetida como parte dos requisitos para obtenccedilatildeo do Grau de
Mestre em Ciecircncia Programa de Poacutes-Graduaccedilatildeo em Agronomia
Faculdade de Agronomia Eliseu Maciel Pelotas (RS) Brasil
Prof Dra Tacircnia Beatriz Gamboa Arauacutejo Morselli
Prof Dr Seacutergio Roberto Martins
P rof Dra Roberta Marins Nogueira Peil
Prof Dra Tacircnia Beatriz Gamboa Arauacutejo Morselli(Orientadora)
Prof Dr Joseacute Geraldo Wizniewsky(DCSAFAEMUFPel)
Prof Dr Carlos Rogeacuterio Mauch(DFTFAEMUFPel)
Engdeg Agro Dr Joseacute Ernani Schwengber(EMATERRS)
Comitecirc de Orientaccedilatildeo
Prof Dr Joatildeo Baptista da Silva
Aprovada em 21 de fevereiro de 2003 Homologado 720 03
Prof Dr Carlos Rogeacuterio MauchCoordenador do Programa de Poacutes-Graduaccedilatildeo em Agronomia
Prof Dr Ceacutesar Valmor RombaldiDiretor da Faculdade de Agronomia
II
Natildeo eacute o desafio com que nos deparamos
que determina quem somos e o que estamos nos tornando
Mas a maneira com que respondemos a este desafio
Somos combatentes idealistas mas plenamente conscientes
Porque o ter consciecircncia natildeo nos obriga
a ter teoria sobre as coisas
soacute nos obriga a sermos conscientes
Dificuldades para vencer
A liberdade para provar
E enquanto acreditamos no nosso sonho
Nada eacute por acaso
(Henfil)
Acredito que Deus estaacute em tudo
Por isso agrave Natureza dedico
iii
AGRADECIMENTOS
Cumprindo esta etapa fundamental para minha formaccedilatildeo profissional comeccedilo
agradecendo a FAEMUFPel pela oportunidade
A FEPAGROSUL que abriu espaccedilo para a produccedilatildeo e troca de conhecimento
Aos funcionaacuterios que foram fundamentais na execuccedilatildeo deste trabalho
Ao Programa RS-Rural por fornecer todas as condiccedilotildees financeiras agrave realizaccedilatildeo
deste trabalho acreditando na necessidade de geraccedilatildeo de tecnologias que possam
responder a imensa diversidade dos agroecossistemas regionais
Sou especialmente grata agrave Tacircnia que esteve comigo no dia-dia Considero-a muito
mais que orientadora considero-a como uma parceira na vida tanto nas horas alegres
como nas tristes pois partilhamos do alfabeto emocional
Aos co-orientadores Seacutergio pelo ser amoroso que eacute Roberta pela incansaacutevel
ajuda e Joatildeo Baptista por sua dedicaccedilatildeo
A todos os professores e funcionaacuterios que contribuiacuteram com sorrisos e disposiccedilatildeo
sempre
Meus colegas e amigos verdadeiros Natildeo citarei nomes pois todos satildeo especiais
satildeo ldquoseres humanosrdquo que tanto amo e admiro
Paulo Timm obrigada pela confianccedila e dedicaccedilatildeo
A minha famiacutelia Junto a eles restauro as forccedilas da minha alma e encontro apoio e
estimulo para prosseguir e meu caminho tendo a certeza que nunca estarei soacute
Edi quanta saudade senti Fez-me crer que eacute possiacutevel fazer do sonho a vida
Nosso amor me fortaleceu nos dias difiacuteceis
Ao Conselho Nacional de Desenvolvimento Tecnoloacutegico pelo apoio financeiro
E por uacuteltimo mas natildeo menos importante a todos que acreditam e compartilham
na busca do ideal ldquofelicidaderdquo este que soacute pode ser operacionalizado dentro do real e
que certamente este real pode ser mudado
IV
IacuteNDICE
FICHA DE HOMOLOGACcedilAtildeO ii
DEDICATOacuteRIA iii
AGRADECIMENTOS iv
IacuteNDICE v
SUMAacuteRIO vii
SUMMARY ix
INTRODUCcedilAtildeO 1
2 REVISAtildeO DE LITERATURA 3
21 Desenvolvimento e sustentabilidade 3
211 Agroecologia Paradigma em construccedilatildeo 5
212 Agroecologia e agricultura familiar 7
213 O Mercado de produtos orgacircnicos 8
22 A cultura da cebola e sua importacircncia 9
2 2 1 Caracteriacutesticas agronocircmicas da cebola 1 0
222 A produccedilatildeo de mudas de hortaliccedilas 11
23 Adubaccedilatildeo orgacircnica 12
231 Efeitos da adubaccedilatildeo orgacircnica no solo 13
232 Efeitos da adubaccedilatildeo orgacircnica nas culturas 14
233 Plantas de cobertura do solo 15
234 Adubaccedilatildeo foliar 15
24 Vermicompostagem 16
V
241 Resiacuteduos utilizados na vermicompostagem17
2411 Resiacuteduos de origem animal17
2412 Resiacuteduos de origem vegetal17
25 Biofertilizantes 18
251 Urina de vaca 20
252 Alhol 21
253 Calda Bordalesa22
254 Biofertilizante Super Magro 22
256 Biofertilizante MB4 23
3 M ATERIAL E M EacuteTODOS 24
31 Local de execuccedilatildeo do experimento 24
32 Anaacutelise estatiacutestica 24
33 Tratamentos 25
34 Conduccedilatildeo do experimento27
35 Observaccedilotildees agronocircmicas 28
351 Fitomassa fresca da parte aeacuterea28
352 Fitomassa seca da parte aeacuterea 28
353 Altura da muda 28
354 Diacircmetro de colo 28
355 Sistema radicular 29
3551 Comprimento de raiz 29
3552 Densidade de raiz 29
3553 Razatildeo parte aeacutereasistema radicular 30
36 Determinaccedilatildeo de macronutrientes no tecido vegetal 30
4 RESULTADOS E DISCUSSAtildeO 31
41 Anaacutelise das variaacuteveis 31
411 Anaacutelise da parte aeacuterea 31
412 Anaacutelise do sistema radicular 33
413 Anaacutelise de macronutrientes no tecido vegetal 35
5 CONCLUSOtildeES 39
6 REFEREcircNCIAS BIBLIOGRAacuteFICAS 40
7 APEcircNDICE 48
VI
SUMAacuteRIO
PAGLIA AgraveGUIDA GORETI (MS) Universidade Federal de Pelotas fevereiro de 2003 Produccedilatildeo de Mudas de Cebola (Allium cepa L) sob uma perspectiva Agroecoloacutegica Professora Orientadora Tacircnia Beatriz Gamboa Arauacutejo Morselli Co- orientadores Seacutergio Roberto Martins Roberta Marins Nogueira Peil e Joatildeo Baptista da Silva
Com o objetivo de estudar a produccedilatildeo de mudas de cebola sob uma perspectiva
agroecoloacutegica foi conduzido um experimento a campo na Fundaccedilatildeo Estadual de
Pesquisa Agropecuaacuteria - FEPAGROSUL no municiacutepio de Rio GrandeRS no periacuteodo
de 15 de maio a 26 de agosto de 2002 Utilizou-se a cultivar Petrolini (ciclo meacutedio)
submetida as seguintes adubaccedilotildees adubaccedilatildeo de base (1 VB - 30 t ha 1 de
vermicomposto bovino 15 VB - 45 t harsquo 1 de vermicomposto bovino e EC - 60 t ha de
esterco de curral) e biofertilizantes liacutequidos (SM+U+CB - Super Magro mais urina de
vaca mais calda bordalesa MB4 +U+CB - MB4 mais urina de vaca mais calda bordalesa
e Testemunha - ausecircncia) O experimento foi esquematizado em delineamento em
blocos ao acaso em fatorial 3 X 3 As variaacuteveis analisadas foram fitomassa fresca e
seca (g) da parte aeacuterea e do sistema radicular altura de planta (cm) diacircmetro do colo
(mm) comprimento de raiz (cm) razatildeo parte aeacutereasistema radicular densidade de raiz
(m cm3) e conteuacutedos de nitrogecircnio foacutesforo potaacutessio caacutelcio e magneacutesio na parte aeacuterea
da planta Concluiu-se que as respostas agronocircmicas das mudas de cebola para os
paracircmetros avaliados satildeo mais satisfatoacuterias com a aplicaccedilatildeo de esterco de curral como
adubaccedilatildeo de base os biofertilizantes mais urina de vaca e calda bordalesa proporcionam
VII
respostas satisfatoacuterias quando aplicados junto agraves adubaccedilotildees de base o biofertilizante
MB4 mais urina de vaca e calda bordalesa eacute mais eficiente que o super magro mais urina
e calda bordalesa quando aplicado junto agrave adubaccedilatildeo de base esterco de curral os
conteuacutedos de fitomassa seca das mudas de cebola satildeo significativos quando adicionado
os biofertilizantes ao vermicomposto bovino (45 t harsquo1) os maiores conteuacutedos
nutricionais para as mudas de cebola satildeo proporcionados pela adubaccedilatildeo de base esterco
de curral a maior absorccedilatildeo de caacutelcio pelas mudas de cebola ocorre quando da adiccedilatildeo de
biofertilizante MB4 mais urina e calda bordalesa agrave adubaccedilatildeo de base esterco de curral
VIII
SUMMARY
PAGLIA AgraveGUIDA GORETI (MS) Universidade Federal de Pelotas February 2003 Onion (Allium cepa L) Transplant Production under an Agroecological Perspective Tacircnia Beatriz Gamboa Arauacutejo Morselli Comitte Seacutergio Roberto Martins Roberta Marins Nogueira Peil and Joatildeo Baptista da Silva
With the objective of studying the onion transplant production under an agroecological
perspective a field experiment was carried out in the Fundaccedilatildeo Estadual de Pesquisa
Agropecuaacuteria-FEPAGROSUL in the city o f Rio GiWideRS in the period between 15
May and 26 August 2002 The cultivar Petrolini (medium cycle) was submitted to the
following fertilizers soil fertilizer (1 VB - 30 t h a o f bovine vermicompost 15 VB -
45 t ha 1 of bovine vermicompost and EC - 60 t ha 1 of manure and liquid biofertilizer
(SM+U+CB - ldquoSuper Magrordquo with cow urine with bordeaux mixture MB4 +U+CB -
MB4 with cow urine with bordeaux mixture and control - absence) The experiment was
laid in a randomized block design in factorial scheme 3X3 The analyzed parameters
were fresh and dry matter of the aerial part and root system plant height colon
diameter root length ration aerial partroot system root density and the contents
nitrogen phosphorus potassium calcium and magnesium in the aerial part o f the plant
It was concluded that the agronomic responses o f the onion seedlings for the evaluated
parameters are more satisfactory with the application o f manure as soil fertilizer the
biofertilizers with cow urine and bordeaux mixture provide satisfactory responses when
applied along with the soil fertilizer the biofertilizer MB4 with cow urine and bordeaux
IX
mixture is more effieient than the ldquoSuper Magrordquo with urine and bordeaux mixture
when applied along with manure as soil fertilizer the dry matter contents of the onion
seedlings are significant when the biofertilizer is added to bovine vermicompost (45 t
h a 1) the largest nutritional contents for the onion seedlings are obtained with manure as
soil fertilizer the largest absorption of calcium by the onion seedlings happens when the
biofertilizer MB4 with urine and bordeaux mixture is added to the manure as soil
fertilizer
X
mixture is more efficient than the Super Magro with urine and bordeaux mixture
when applied along with manure as soil fertilizer the dry matter contents of the onion
seedlings are significant when the biofertilizer is added to bovine vennicompost (45 t
hamiddot ) the largest nutritional contents for the onion seedlings are obtained with manure as
soil fertilizer the largest absorption of calcium by the onion seedlings happens when the
biofertilizer MB4 with urine and bordeaux mixture is added to the manure as soil
fertilizer
x
1
1 INTRODUCcedilAtildeO
ldquoEu sustento que a ciecircncia soacute tem
finalidade se serrsquoir para aliviar a miseacuteria
da existecircncia humana
(Bertold Brecht)
No Rio Grande do Sul cultivar cebola eacute atividade de pequenos e meacutedios
produtores revestindo-se de suma importacircncia para a economia onde contribui para a
geraccedilatildeo de empregos e a fixaccedilatildeo do homem ao meio rural visto que haacute necessidade de
outros tipos de investimentos sociais e econocircmicos
Segundo o ICEPA-SC (2003) o Rio Grande do Sul responde por cerca de 14 da
produccedilatildeo nacional o que faz da cebola a segunda hortaliccedila em importacircncia econocircmica
no Estado sendo apenas superada pela cultura da batata poreacutem a aacuterea plantada no RS
tem apresentado recuo nos uacuteltimos anos caindo de 16648 hectares na safra 9899 para
14085 na safra atual (0203) acontecendo o mesmo com a produccedilatildeo que diminuiu de
181338 toneladas na safra 9596 para aproximadamente 159000 na safra atual
A baixa produtividade obtida pode ser atribuiacuteda a vaacuterios fatores baixa
disponibilidade de mateacuteria orgacircnica no solo poucc^ uso de materiais orgacircnicos eou
aplicaccedilatildeo inadequada destes considerando ainda que a maioria dos produtores
conservam caracteriacutesticas agriacutecolas do seacuteculo passado apresentando resistecircncia ao
associativismo e possuem carecircncia de infraestrutura (estradas eletricidade telefonia
drenagem e condiccedilotildees de armazenamento) Esses fatores aliados a baixa rentabilidade
2
da cultura tem sido apontados como responsaacuteveis pelo abandono da cebolicultura por
alguns produtores
A fase de produccedilatildeo das mudas eacute de extrema importacircncia para o cultivo da cebola e
requer manejo adequado dos recursos naturais para que a cultivar utilizada possa
expressar seu potencial geneacutetico sem comprometer o equiliacutebrio ambiental O principal
cuidado para o desenvolvimento de mudas de qualidade refere-se agrave utilizaccedilatildeo adequada
do solo
Desta forma o manejo do solo e das plantas orientado pela agroecologia pode se
constituir numa excelente alternativa para obtenccedilatildeo de mudas de qualidade sem
comprometer a sauacutede dos agricultores e contribuindo para a preservaccedilatildeo ambiental
Diversas praacuteticas vecircm sendo utilizadas com esta finalidade entre elas citam-se a
adubaccedilatildeo orgacircnica e os biofertilizantes enriquecidos No entanto estes fatores de
produccedilatildeo precisam ser melhor estudados no que tange a sua utilizaccedilatildeo adequada pelos
produtores de cebola objetivando um sistema de produccedilatildeo sustentaacutevel
A agroecologia como ciecircncia apresenta vaacuterias dimensotildees ecoloacutegica econocircmica
social cultural poliacutetica e eacutetica Neste sentido e considerando-se a procura crescente por
produtos orgacircnicos e a necessidade de sistemas de fertilizaccedilatildeo adequados ao cultivo da
cebola o presente trabalho teve como objetivo a produccedilatildeo de mudas sob uma
perspectiva agroecoloacutegica contribuindo para o processo de transiccedilatildeo do sistema de
produccedilatildeo
3
2 REVISAtildeO DE LITERATURA
ldquoAs novas eras natildeo comeccedilam de uma vez
Meu avocirc jaacute vivia no novo tempo
Meu neto viveraacute talvez ainda no velho
A nova carne eacute comida com os velhos garfos
(Bertold Brecht)
21 Desenvolvimento e sustentabilidade
Nenhuma espeacutecie viva com exceccedilatildeo do homem empreende esforccedilos de
desenvolvimento no sentido de crescimento material que sob as formas em que vem
sendo compreendido conduz sempre a algum tipo de agressatildeo contra o ambiente Os
esforccedilos presentes visando o progresso material assim como a maneira de satisfaccedilatildeo
das necessidades baacutesicas do homem no mundo de hoje revelam-se inconsistentes O
uso para esse fim de mateacuteria e energia em doses excessivas e crescentes tem exaurido
recursos ambientais acima de sua capacidade de regeneraccedilatildeo obviamente tendendo a
toma-los menos disponiacuteveis para as futuras geraccedilotildees
De acordo com Martins (2002) o Desenvolvimento Sustentaacutevel natildeo eacute um conceito
acabado trata-se de uma ideacuteia forccedila proacute-ativa e positiva mas que necessita ser
esclarecida quanto ao significado destes dois vocaacutebulos que lhe compotildee e o contexto em
que as pessoas com eles se relacionam Aleacutem disso isso afeta tanto como profissionais
cujas atividades vinculam-se diretamente ao trato com a natureza e portanto por ela satildeo
4
responsaacuteveis mas especialmente como cidadatildeos que constroem no seu cotidiano as
distintas dimensotildees do desenvolvimento sociais econocircmicas ambientais culturais
cientificas e tecnoloacutegicas juriacutedicas poliacuteticas e espirituais
Segundo Altieri amp Nicholls (2000) para o desenvolvimento de uma agricultura
sustentaacutevel as necessidades natildeo satildeo apenas bioloacutegicas ou teacutecnicas mas tambeacutem sociais
econocircmicas e poliacuteticas E inconcebiacutevel promover mudanccedilas ecoloacutegicas no setor agriacutecola
sem a defesa de mudanccedilas nas outras aacutereas da sociedade de modo a conscientizar o
homem sobre as condiccedilotildees necessaacuterias para a exploraccedilatildeo da natureza
A ideacuteia da sustentabilidade referente ao vocaacutebulo sustentaacutevel coloca-se como
contraponto ao caraacuteter perdulaacuterio do modelo prevalecente na medida em que o modelo
econocircmico praticado por um lado estaacute baseado no consumo da mateacuteria prima fornecida
pela natureza para a produccedilatildeo de bens e serviccedilos em descompasso com seu ritmo e
capacidade de fornecimento por outro tem tratado a natureza como mero depositaacuterio de
resiacuteduos sem considerar sua capacidade de absorccedilatildeo e reciclagem A sustentabilidade
contrapotildee-se agrave caracteriacutestica antropocecircntrica do modelo o homem como centro da
questatildeo numa postura dominante sobre o entorno natural cujas ferramentas cientiacuteficas e
tecnoloacutegicas embasam um modelo econocircmico que subjuga a natureza e coloca-se acima
desta O vocaacutebulo sustentaacutevel portanto se refere agrave capacidade de suporte da biosfera
sendo um fim a ser perseguido com o objetivo de garantir sua preservaccedilatildeo numa visatildeo
prospectiva ou seja que assegure o futuro planetaacuterio assumindo portanto o
compromisso com as geraccedilotildees vindouras (Martins 2002)
Quando se trata de apontar os possiacuteveis caminhos que levaratildeo a um novo padratildeo
produtivo e garanta a seguranccedila alimentar sem agredir o ambiente o caminho torna-se
mais difiacutecil Percebe-se que a noccedilatildeo de agricultura sustentaacutevel permanece cercada por
duacutevidas e contradiccedilotildees mesmo assim seu emprego toma-se cada vez mais frequumlente
(Ehlers 1999)
Haacute que se incorporar a concepccedilatildeo de entropia agrave noccedilatildeo de desenvolvimento visto
que a extraccedilatildeo e o transporte tambeacutem satildeo atividades econocircmicas que requerem cuidados
de manejo visando menores efeitos entroacutepicos ao meio ambiente Satisfazer as
necessidades presentes sem comprometer as possibilidades das futuras geraccedilotildees
satisfazerem as suas proacuteprias eacute o que necessita ser construiacutedo no cotidiano Esta natildeo eacute
uma tarefa faacutecil nos tempos atuais pois o mundo nunca passou por tanta incerteza e
nunca teve um presente tatildeo insustentaacutevel (Martins 1997)
211 Agroecologia Paradigma em construccedilatildeo
5
O seacuteculo passado assistiu a uma ineacutedita expansatildeo da capacidade humana de
agenciamento das forccedilas naturais promovida pelo saber teacutecnico-cientiacutefico cuja
centra lidade eacute hoje irreversiacutevel no que se refere as relaccedilotildees com a natureza Em relaccedilatildeo
ao conhecimento poucas aacutereas de interesse do homem moderno se ligam tanto agrave
pesquisa cientiacutefica como a questatildeo ambiental sendo um fenocircmeno de tendecircncia
internacional evidenciado a partir da deacutecada de 70 (Hess 1999)
A noccedilatildeo de paradigma eacute normalmente utilizada para estabelecer uma
diferenciaccedilatildeo entre dois momentos ou dois niacuteveis do processo de conhecimento
cientiacutefico (Capra 1997 Kuhn 1989) Para um entendimento miacutenimo do que significa
essa noccedilatildeo Costa Neto (1999) diz que se pode conceituar o paradigma enquanto um
modelo de ciecircncia que serve como referecircncia para todo um fazer cientiacutefico durante uma
determinada eacutepoca ou um periacuteodo de tempo demarcado e a partir de um certo momento
da histoacuteria da ciecircncia o referido modelo predominante tende a se esgotar em funccedilatildeo de
uma crise de confiabilidade nas bases estruturantes de seu conhecimento Desta forma o
paradigma passa a ser substituiacutedo por outro modelo cientiacutefico predominante Tambeacutem
pode ocorrer o fato de dois paradigmas disputarem o espaccedilo de hegemonia na
construccedilatildeo do conhecimento (Costa Neto 1999)
Os problemas com os quais nos deparamos hoje satildeo faces de uma crise uacutenica
diferentes do fazer cientiacutefico e proveniente de uma crise de percepccedilatildeo segundo Capra
(2 0 0 1 ) isto faz com que nossas instituiccedilotildees e noacutes em particular natildeo consiga perceber
claramente realidades complexas em um mundo globalmente interligado Ainda que as
soluccedilotildees para alguns de nossos principais problemas possam ser relativamente simples
ldquosoacute seratildeo possiacuteveis mediante uma mudanccedila radical em nossas percepccedilotildeesrdquo este eacute
tambeacutem o ldquoestopim para colocar em marcha medidas efetivasrdquo porque os governos e as
instituiccedilotildees jamais empreenderatildeo accedilotildees de fato enquanto as pessoas natildeo
compreenderem que satildeo parte do problema e da soluccedilatildeo e que eacute preciso assumir a
necessidade de mudar o rumo das coisas (Gomes amp Borba 2000)
Para Leff (2001) a agroecologia representa o ldquonascimento de um paradigmardquo que
eacute a alma da produccedilatildeo sustentaacutevel um processo que permite o resgate dos
conhecimentos proacuteprios e o renascimento do ser trazendo de volta as relaccedilotildees com os
seres humanos na medida em que o produtor cria atraveacutes de seu conhecimento o seu
proacuteprio saber-fazer numa relaccedilatildeo com a vida e com a terra
6
Segundo Costa Neto (1999) o paradigma agroecoloacutegico representa portanto a
linha de um posicionamento soacutecio-ambiental que tem uma vertente tecnoloacutegica apta a
ser uma alternativa agrave produccedilatildeo agriacutecola em grande escala e ao modelo tradicional
disciplinar
Hoje a agroecologia continua a fazer conexatildeo entre fronteiras estabelecidas Por
um lado estuda os processos econocircmicos e os agroecossistemas por outro eacute um agente
para as mudanccedilas sociais e ecoloacutegicas complexas que tenham necessidade de ocorrer no
futuro a fim de levar a agricultura para uma base verdadeiramente sustentaacutevel O
processo de mudanccedila estaria dirigido agrave busca de novos pontos de equiliacutebrio entre as
dimensotildees de produtividade estabilidade e equumlidade na atividade agraacuteria articuladas
entre si poreacutem em constante processo de adaptaccedilatildeo e retroalimentaccedilatildeo utilizando
estilos mais respeitosos com o ambiente com o propoacutesito de superar a crise enfrentada
pelos agricultores (Costabeber amp Moyano 2000)
De acordo com Altieri (2002) soacute uma compreensatildeo mais profunda da ecologia
humana e dos sistemas agriacutecolas pode levar a medidas coerentes com uma agricultura
sustentaacutevel Assim a ldquoemergecircncia da agroecologiardquo representa um enorme salto nesta
direccedilatildeo pois fornece os princiacutepios ecoloacutegicos baacutesicos para o estudo e tratamento dos
ecossistemas tanto produtivos quanto preservadores dos recursos naturais e que sejam
culturalmente sensiacuteveis socialmente justos e economicamente viaacuteveis
A transformaccedilatildeo ou substituiccedilatildeo de um modelo de desenvolvimento para outro
supotildee um processo de transiccedilatildeo que em alguns momentos caminha a passos lentos e
em outros pode trazer mudanccedilas bruscas e qualitativamente diferenciadas Esse
processo de transiccedilatildeo significa a conversatildeo de uma agricultura tradicional para uma
agricultura ecoloacutegica e socialmente equilibrada com base na sustentabilidade (Gomeacutez
1997)
Embora a falta de informaccedilatildeo da pesquisa possa ter contribuiacutedo para dificuldades
e experiecircncias negativas de muitos produtores estes tecircm fama de serem inovadores e
experimentadores desejosos de adotar novas praacuteticas no sentido de serem beneficiados
Nos uacuteltimos cinquumlenta anos a inovaccedilatildeo na agricultura tem sido impulsionada
principalmente pela ecircnfase em altos rendimentos e no lucro da unidade produtiva
Apesar da continuidade dessa forte pressatildeo econocircmica sobre a agricultura muitos
produtores convencionais estatildeo preferindo fazer a transiccedilatildeo para praacuteticas que satildeo mais
consistentes ambientalmente e tem o potencial de contribuir com a sustentabilidade da
agricultura em longo prazo (Gliessman 2000)
7
212 Agroecologia e agricultura familiar
O nuacutecleo por excelecircncia da produccedilatildeo sustentaacutevel eacute a agricultura familiar No
Brasil mais especificamente esta tecnologia estaacute sendo introduzida natildeo somente em
aacutereas de cultivo de agricultura familiar em geral mas especificamente em
assentamentos rurais Percebe-se dessa forma tratar-se de um tipo de produccedilatildeo que
tende a incorporar a dimensatildeo histoacuterico-social e a considerar os valores culturais e de
senso comum inerentes aos agricultores familiares (Costa Neto 1999)
Na agricultura familiar a sustentabilidade toma forma a partir do momento em
que comeccedilaram a ser incorporados aos debates os novos anseios da sociedade rural e
urbana relacionados a um novo projeto de desenvolvimento e na medida em que foram
buscadas orientaccedilotildees teoacutericas baseadas no paradigma agroecoloacutegico
De acordo com Maturana amp Rezepka (2000) a formaccedilatildeo do conhecimento natildeo eacute
entendida como simples treinamentos e teacutecnicas e seraacute um aspecto essencial desta
abordagem A valorizaccedilatildeo dos saberes dos agricultores sobre o ambiente as plantas o
solo e os processos ecoloacutegicos onde resgatam e aprimoram teacutecnicas proacuteprias e de
outros de origem cientiacutefica ou empiacuterica fundamentais dentro deste novo paradigma
(Altieri amp Nicholls 2000)
Neste sentido cientistas e extensionistas tecircm se surpreendido com a profundidade
destes conhecimentos e com a capacidade de vaacuterios destes agricultores de expocirc-los
mesmo nos ambientes acadecircmicos onde muitas vezes estatildeo mais avanccedilados que seus
interlocutores (Weid amp Tardin 2002) Isto revela a necessidade de sintonia entre a
Universidade e a Comunidade
Entatildeo a sutentabilidade ambiental em niacutevel local eacute positiva quando o manejo
realizado no agroecossistema aproveita a produtividade dos recursos naturais renovaacuteveis
(aqueles que funcionam mediante o fluxo solar) Ao contraacuterio pode natildeo ser positiva
quando as praacuteticas produtivas consistem na busca pela produtividade mediante a troca
econocircmica (importaccedilatildeo e exportaccedilatildeo de insumos e produtos) onde a terra eacute vista
unicamente como o suporte material (fiacutesico) das espeacutecies Neste caso o controle de
pragas a fertilizaccedilatildeo e outras praacuteticas necessaacuterias satildeo realizados mediante capital
produzido pelo homem degradando a base local de recursos naturais (Xavier Simoacuten amp
Domingues 2001)
8
213 O Mercado de produtos agroecoloacutegicos
O mercado de alimentos produzidos sob a orientaccedilatildeo agroecoloacutegica produzidos
sem utilizaccedilatildeo de agrotoacutexicos ou adubos minerais tem aumentado vertiginosamente em
todo o mundo Alguns dados indicam que esse segmento cresce anualmente cerca de
20 nos Estados Unidos 40 na Europa e 50 no Brasil e para comprovar tais
iacutendices basta verificar a proliferaccedilatildeo das feiras de produtores ecoloacutegicos nas cidades o
aumento dos espaccedilos para esses produtos nas gocircndolas das grandes redes de
supermercados e os movimentos ambientalistas e de consumidores que buscam uma
alimentaccedilatildeo mais saudaacutevel (Schiedeck 2002)
Sem duacutevida antes de tudo cabe salientar que a crise atual evidencia o equiacutevoco da
adoccedilatildeo de um modelo de produccedilatildeotransformaccedilatildeo que natildeo tem outra ambiccedilatildeo que natildeo a
de se adaptar agrave globalizaccedilatildeo Cabe a consideraccedilatildeo feita por Dufour (1999) de que o
mercado natildeo eacute uacutenico e monoliacutetico e portanto a produccedilatildeo social da qualidade natildeo
significa mais do mesmo (a adaptaccedilatildeo do que jaacute natildeo serve)
Na realidade pode-se identificar claramente dois mercados de natureza
fundamentalmente oposta que segundo Gomes amp Borba (2000) satildeo o de produtos
baacutesicos (leite cereais carnes brancas e vermelhas) e o de produtos elaborados
socialmente e de grande valor agregado por serem justos socialmente O mercado
mundial dos produtos baacutesicos eacute alimentado pelos excedentes agriacutecolas de grandes
produtores (Uniatildeo Europeacuteia Estados Unidos e Canadaacute) tambeacutem a soja e carne de
frango brasileira e o trigo argentino e os preccedilos nesses mercados satildeo extremamente
baixos e permaneceratildeo assim por muito tempo segundo relatos recentes do Banco
Mundial
Para produzir a preccedilos tatildeo baixos eacute necessaacuterio lanccedilar matildeo de todo tipo de
artifiacutecio como os hormocircnios os organismos geneticamente modificados as farinhas
animais esquecendo o meio ambiente e convivendo com exploraccedilotildees gigantescas
concentraccedilatildeo na posse da terra e com uma minoria de beneficiaacuterios dos programas de
ajuda puacuteblica os agromanagers (Gomes amp Borba 2000)
O mercado de produtos elaborados e de valor agregado obedece a outras regras
Mesmo que os agricultores busquem a maximizaccedilatildeo da produtividade natildeo se enfrentam
diretamente A produccedilatildeo ocorre em zonas geograacuteficas bem definidas e permite valorizar
o ldquosavoir-fairerdquo ou ldquoknow-howrdquo (em outras palavras natildeo necessariamente mas o
conhecimento ldquotradicionalrdquo) contribuindo para uma verdadeira economia local Esta eacute a
9
agricultura que ao mesmo tempo produz gera e preserva empregos Para caminhar ateacute
ela eacute necessaacuteria uma ampla alianccedila entre agricultores consumidores e movimentos
sociais para frear esta forma de ditadura dos mercados fonte do poder das
transnacionais agro-alimentares e quiacutemicas (Dufour 1999)
Por outra parte o mercado natildeo eacute linear e abstrato como querem fazer crer A
produccedilatildeo e o consumo sempre estaratildeo localizados e seratildeo realizados por produtores e
consumidores concretos isto permite falar em convenccedilatildeo ou negociaccedilotildees onde a
qualidade seja considerada na originalidade no bem comum ou na confianccedila entre pares
e colada aos produtos ainda mais quando se trata de alimentos Isto soacute seraacute possiacutevel
no local (sem ignorar o global) e levando em conta indicaccedilotildees como denominaccedilatildeo
ou indicaccedilatildeo de origem de processo ou de qualidade etc relacionados agraves
especificidades dos produtos o que tambeacutem deve ser objeto de negociaccedilatildeo para cada
lugar (eacute preciso lembrar que a participaccedilatildeo e as relaccedilotildees interpessoais satildeo determinantes
ao longo do processo) A produccedilatildeo social da qualidade eacute vista como estrateacutegia que
adquire sentido se considerada para o espaccedilo da Agricultura Familiar onde ainda eacute
possiacutevel estabelecer laccedilos de solidariedade entre produtores e consumidores (Gomes amp
Borba 2000)
De acordo com DrsquoAgostini amp Fantini (2002) tanto ou mais do que compreender a
dinacircmica de processos dos quais resultam produtos interessantes eacute compreender e
humanizar a dinacircmica de interesses sobre esses processos e produtos Os mesmos
autores dizem ainda que natildeo seria a solidariedade humana (a virtude pressuposta) que
emerge em especial na produccedilatildeo agroecoloacutegica mas sim a emergecircncia da rica
propriedade humana a generosidade que permite praticaacute-la em qualquer relaccedilatildeo entre
os homens
22 A cultura da cebola (Alliunt cepa L) e sua importacircncia
A cultura da cebola foi introduzida pelos accedilorianos no Brasil no seacuteculo XVIII nos
municiacutepio de Mostardas Rio Grande e Satildeo Joseacute do Norte no Estado do Rio Grande do
Sul (Garcia 1990) sendo a terceira hortaliccedila de maior importacircncia econocircmica para o
paiacutes (ICEPA 2003) Nas regiotildees Sul e Sudeste a cebolicultura constitui-se em atividade
socioeconocircmica de significativa relevacircncia para os Estados de Satildeo Paulo Santa
10
Catarina e Rio Grande do Sul nos quais se concentram mais de 76 da produccedilatildeo
nacional (Debarba et a i 1998)
A mais importante regiatildeo produtora do Rio Grande do Sul estaacute situada no litoral
Sul englobando os municiacutepios de Rio Grande Tavares Satildeo Joseacute do Norte e Mostardas
(Garcia 1997) e segundo ICEPASC (2003) esses quatro municiacutepios respondem por
cerca de 70 da produccedilatildeo de cebola do RS
Timm (2000) cita que cerca de 16000 famiacutelias rurais no Rio Grande do Sul tem
na cultura da cebola o seu principal meio de subsistecircncia No Municiacutepio de Satildeo Joseacute do
Norte a produccedilatildeo de cebola constitui uma atividade econocircmica quase exclusiva onde a
descapitalizaccedilatildeo dos agricultores ocasionou o abandono do meio rural por muitos deles
que acabaram por estabelecerem-se na periferia da zona urbana (Garcia 1997)
Aleacutem da descapitalizaccedilatildeo do produtor ocorrem problemas como a erosatildeo do solo
que segundo Zabaleta (1998) ocorre principalmente devido agrave accedilatildeo dos ventos fortes e
constantes caracteriacutesticos na regiatildeo sul-litoracircnea bem como a topografia plana e os
solos muito arenosos com lenccediloacuteis freaacuteticos superficiais contribuem para o
empobrecimento dos solos da regiatildeo principalmente ao se comparar com outras aacutereas
onde a cebola participa de sistemas produtivos juntamente com a produccedilatildeo leiteira o
arroz e hortaliccedilas diversas (Timm 2000)
221 Caracteriacutesticas agronocircmicas da cebola
A cebola eacute uma aliaacuteceae a planta eacute tenra atinge 60 cm de altura e apresenta folhas
tubulares e cerosas O caule verdadeiro eacute um disco comprimido na base da planta de
onde partem as folhas e raiacutezes que satildeo fasciculadas pouco ramificadas explorando um
volume de solo equivalente a um cilindro com 60 cm de altura e 25 cm de diacircmetro
(Filgueira 2000)
Cada planta apresenta 20 a 200 raiacutezes normalmente espessas (05 a 1 mm de
diacircmetro) e com pouca ramificaccedilatildeo e poucos pecirclos absorventes O crescimento eacute
vertical estendendo-se de 40 a 80 cm de profundidade Poucas raiacutezes ocupam mais de
15 cm do raio em tomo do bulbo Estas caracteriacutesticas tecircm implicaccedilotildees peculiares
quanto acirc localizaccedilatildeo e ao suprimento de nutrientes (Quanto menor o diacircmetro e maior a
ocorrecircncia de pecirclos absorventes maior seraacute a superfiacutecie de raiacutezes e consequumlentemente a
absorccedilatildeo de nutrientes (Magalhatildees 1993)
11
A fase vegetativa do ciclo da planta termina com o amadurecimento do bulbo
todavia trata-se de uma planta bienal considerando acirceu ciclo vital completo isto eacute da
semeadura ateacute a produccedilatildeo de novas sementes Apoacutes um periacuteodo invemal sob baixas
temperaturas haacute emissatildeo de um pendatildeo floral que pode alcanccedilar 150 cm de altura
terminando por uma inflorescecircncia tipo umbela simples inicialmente recoberta por
uma peliacutecula formada por centenas de pequenas flores (Filgueira 2000)
Segundo Clivela (1995) os fatores climaacuteticos de modo geral natildeo satildeo limitantes
para a produccedilatildeo de bulbos de cebola no Rio Grande do Sul Filgueira (2000) enfatiza
que no Brasil eacute uma das raras culturas oleraacuteceas nas quais o fotoperiacuteodo pode tornar-se
o fator limitante ocorrendo frustraccedilotildees da colheita caso as exigecircncias da planta natildeo
sejam satisfeitas
222 A produccedilatildeo de mudas de hortaliccedilas
As mais importantes modificaccedilotildees no sistema de produccedilatildeo nos uacuteltimos anos tecircm
sido feitas na produccedilatildeo de mudas Hoje eacute uma realidade os produtores se
especializarem em produzir mudas principalmente no Estado de Satildeo Paulo Para tanto
se busca atraveacutes da pesquisa as melhores fontes e combinaccedilotildees de substratos associados
ao sistema de produccedilatildeo conveniente para cada espeacutecie a fim de se obter melhorias na
propriedade no solo e na Olericultura (Giorgetti 1991)
O sistema agroecoloacutegico torna-se importante uma vez que a base da Horticultura
moderna eacute a produccedilatildeo de mudas de alta qualidade (Minami1995) a produccedilatildeo de mudas
de hortaliccedilas tem sido citada como a etapa mais importante do sistema produtivo (Silva
Junior et al 1995) Segundo Filgueira (2000) nesta fase natildeo se pode cometer erros
pois posteriormente seraacute mais difiacutecil de corrigi-los visto que para o cultivo da cebola a
muda refletiraacute na qualidade do bulbo
As mudas de hortaliccedilas podem ser consideradas tolerantes e natildeo tolerantes ao
transplante e dependem principalmente das condiccedilotildees ambientais necessitando de
cuidados No caso da cebola como satildeo produzidas com raiz nua os cuidados devem ser
maiores pois dependendo do estado em que se encontram mais ou menos susceptiacuteveis
aos estresses quando em contato com o campo podem resultar em desastre (Minami
1999)
A quantidade de nutrientes extraiacuteda pelas hortaliccedilas durante a fase de muda varia
em funccedilatildeo da espeacutecie da variedade ou da cultivar e do prazo necessaacuterio para a formaccedilatildeo
13
O composto humificado ou curado eacute rico em nutrientes que passaram parcialmente
da forma orgacircnica para a forma mineral assimilaacutevel pelas raiacutezes e com maior teor
coloidal que atua como fertilizante e eacute responsaacutevel pela capacidade melhoradora do
solo (Barreto 1985)
Uma das principais alternativas em termos de adubaccedilatildeo orgacircnica eacute o
vermicomposto Ele eacute um adubo orgacircnico estaacutevel rico em nutrientes inodoro de
coloraccedilatildeo escura obtido a partir da atividade das minhocas que potencializam a mateacuteria
prima utilizada no processo (principalmente esterco de bovino) proporcionando
diversos benefiacutecios para as plantas (Timm 2000)
231 Efeitos da adubaccedilatildeo orgacircnica no solo
O solo funciona como um organismo vivo em 1 grama de solo saudaacutevel vive uma
comunidade bioloacutegica de aproximadamente 1 0 0 0 0 espeacutecies diferentes como minhocas
larvas besouros colecircmbolos aacutecaros algas bacteacuterias e fungos Estes organismos
necessitam de alimentos para viver principalmente carbono e nitrogecircnio que estatildeo
presentes na palhada das culturas e no esterco de animais Em funccedilatildeo disso eacute
importante que o solo tenha um determinado teor de mateacuteria orgacircnica para fornecer os
alimentos e energia que os microacutebios precisam para viver (Paulus et al 2001)
O homem atraveacutes dos diferentes sistemas de preparo do solo e cultivos contiacutenuos
ou natildeo altera o comportamento do mesmo em relaccedilatildeo agraves reaccedilotildees quiacutemicas
propriedades fiacutesicas como capacidade de retenccedilatildeo de aacutegua lixiviaccedilatildeo de nutrientes
erosatildeo e como consequumlecircncia afeta a qualidade de organismos presentes no solo (Brady
1999) reduzindo paulatinamente o teor de mateacuteria orgacircnica (Primavesi1982)
Nos uacuteltimos anos tem-se observado em diferentes paiacuteses a ampliaccedilatildeo do uso de
adubos orgacircnicos Alguns apresentam oacutetimos resultados enquanto outros se mostram
tecnicamente inadequados Os principais adubos orgacircnicos encontrados no mercado satildeo
fertilizantes orgacircnicos de origem animal compostos de lixo urbanos compostos de
produtos industriais e huacutemus de minhoca Nestes fertilizantes estatildeo presentes a maioria
dos macronutrientes (nitrogecircnio foacutesforo potaacutessio caacutelcio magneacutesio enxofre) e
micronutrientes (zinco cobre boro ferro cobalto)essenciais para as plantas e nem
sempre encontrados em muitos fertilizantes minerais bem como uma gama de
microorganismos que vatildeo beneficiar a fauna e a flora do solo (Brady 1979 Kiehl
1985 Costa 1985 Garcia 1997)
14
Os adubos orgacircnicos satildeo amplamente empregados nos sistemas de produccedilatildeo de
alface como condicionadores do ambiente quiacutemico e fiacutesico da rizosfera e
consequumlentemente na resposta bioloacutegica das plantas (Rodrigues amp Casali 1998)
Considerando as necessidades hortiacutecolas de maior competitividade e o fato de natildeo
ser subsidiada o crescimento populacional e a industrializaccedilatildeo representam fatores
determinantes na geraccedilatildeo diaacuteria de enormes volumes de resiacuteduos podendo ser utilizados
pelos produtores com um maior retomo econocircmico possiacutevel Ao mesmo tempo a
questatildeo ambiental assume cada vez mais destaque na sociedade moderna repercutindo
em poliacuteticas governamentais bem como no setor produtivo do paiacutes e do mundo
fazendo com que a relaccedilatildeo do homem com a natureza seja repensada (Morselli 2001)
232 Efeitos da adubaccedilatildeo orgacircnica nas culturas
Segundo Paulus et al (2001) a mateacuteria orgacircnica tambeacutem eacute fonte de nutrientes
especialmente nitrogecircnio foacutesforo enxofre e micronutrientes aleacutem disso tem
capacidade de ldquoprenderrdquo micronutrientes e alguns elementos toacutexicos para as plantas
como o alumiacutenio Por exemplo os micronutrientes depois de presos satildeo liberados
lentamente no solo onde satildeo gradativamente aproveitados pelas plantas
O uso dos fertilizantes minerais elevam o custo de produccedilatildeo pois satildeo necessaacuterias
altas doses para o fornecimento dos teores de nutrientes demandados Por isso eacute
importante a geraccedilatildeo de tecnologias que poupem o consumo de fertilizantes minerais
desejaacutevel com vista agrave diminuiccedilatildeo do custo de produccedilatildeo (Rodrigues 1984) A produccedilatildeo
de hortaliccedilas sob a orientaccedilatildeo agroecoloacutegica leva em consideraccedilatildeo natildeo apenas os custos
de produccedilatildeo como tambeacutem a dependecircncia dos insumos principalmente quando se
considera a ldquoteoria da trofobioserdquo pelos efeitos maleacuteficos que os nutrientes prontamente
assimilaacuteveis podem causar as plantas (Chaboussou 1987)
Para Compagnoni amp Putzolu (1985) o vermicomposto eacute um autecircntico fertilizante
bioloacutegico que atua como corretivo do solo determinando caracteriacutesticas importantes
para a microflora pelos aacutecidos huacutemicos e as substacircncias fitoestimulantes Os autores
consideram ainda que as dejeccedilotildees das oligoquetas proporcionam a formaccedilatildeo de huacutemus
permitindo melhorar o solo razatildeo pela qual satildeo destinados agrave horticultura com oacutetimas
vantagens fiacutesicas e microbioloacutegicas enriquecendo a camada araacutevel
Em experimentos desenvolvidos durante cinco anos para avaliar o efeito da
aplicaccedilatildeo de compostos eou adubos nas culturas de alface manjericatildeo espinafre e
15
pepino Valenzuela amp Crosby (1998) compararam as produccedilotildees obtidas com composto
e a fertilizaccedilatildeo padratildeo e concluiacuteram que a utilizaccedilatildeo do composto em 20 Mg ha 1 mais
N-quiacutemico foi o melhor tratamento em todas as culturas estudadas
233 Plantas de cobertura do solo
As plantas mais usadas para adubaccedilatildeo de cobertura do solo satildeo as leguminosas
pois estas tecircm a capacidade de fixar o nitrogecircnio atmosfeacuterico e disponibiliza-lo agrave
cultura Primavesi (1992) cita que utilizando-se mucuna ervilhaca feijatildeo-de-porco
feijatildeo-miuacutedo crotalaacuteria e outras natildeo haacute necessidade de utilizar tanto nitrogecircnio em
cobertura embora natildeo se dispense uma calagem mais frequumlente pois ocorre um pouco
de acidificaccedilatildeo no solo como com qualquer adubaccedilatildeo nitrogenada Segundo a mesma
autora algumas leguminosas tecircm a capacidade de mobilizar o foacutesforo como o caupi
(feijatildeo-miuacutedo) outras mobilizam o caacutelcio como tremoccedilo
Para Brady (1999) a adubaccedilatildeo verde traz grandes benefiacutecios como suprimento de
mateacuteria orgacircnica sendo consideraacutevel a quantidade de resiacuteduos orgacircnicos devolvidos ao
solo adiccedilatildeo de nitrogecircnio nutrientes e conservaccedilatildeo do solo
Calegari (1998) comenta que quanto aos aspectos fiacutesicos os resiacuteduos tendem a
contribuir para uma melhoria da estrutura do solo percebida pelo aumento da
estabilidade dos agregados em aacutegua aumento da capacidade de retenccedilatildeo hiacutedrica
elevaccedilatildeo dos iacutendices de infiltraccedilatildeo de aacutegua no solo aumento da porosidade melhor
aeraccedilatildeo e diminuiccedilatildeo da densidade do solo
De acordo com Timm (2000) o papuatilde eacute uma excelente alternativa como cobertura
de solo para o cultivo miacutenimo da cebola pois na eacutepoca do transplante das mudas seu
ciclo vegetativo estaacute completo natildeo necessitando o dessecamento outra vantagem eacute que
o papuatilde apresenta bom controle com relaccedilatildeo agraves plantas invasoras da cebola reduzindo
ao longo dos anos o nuacutemero de capinas e a aplicaccedilatildeo de herbicidas
234 Adubaccedilatildeo foliar
Segundo Malavolta (1981) a utilizaccedilatildeo da adubaccedilatildeo foliar eacute complemento da
adubaccedilatildeo de solo natildeo substituto da mesma no que diz respeito ao fornecimento de
nitrogecircnio foacutesforo e potaacutessio para as culturas Da mesma maneira que as raiacutezes podem
perder para o solo parte dos elementos absorvidos as folhas tambeacutem o fazem pela accedilatildeo
16
de fatores internos (desordem fisioloacutegica estado nutricional etc) e externos (chuvas
orvalho nutriccedilatildeo do sistema radicular luz temperatura etc)
Para Chaboussou (1987) as plantas adquirem o maacuteximo de resistecircncia bioloacutegica
atraveacutes da nutriccedilatildeo (trofos) equilibrada Obviamente para que isto ocorra eacute necessaacuterio
que o solo esteja em equiliacutebrio dinacircmico o ambiente seja o mais estaacutevel e as plantas
selecionadas ou melhor adaptadas para poderem suportar as alteraccedilotildees extemporacircneas
ocasionadas pelos fenocircmenos meteoroloacutegicos e nas fases fonoloacutegicas criacuteticas do
crescimento e desenvolvimento (Pinheiro amp Barreto 2000)
O lixiviado das folhas enriquece as camadas superiores do solo e tende a
contrabalanccedilar as perdas de zonas mais profundas e mais distantes acumulando-os nas
suas proximidades tambeacutem influencia o nuacutemero e o comportamento dos
microrganismos que por sua vez alteram o processo de gecircnese do solo sua textura e
fertilidade A lixiviaccedilatildeo assim se toma importante no desenvolvimento da sucessatildeo
ecoloacutegica devido agrave ciclagem de elementos (Malavolta 1980)
Conforme Camargo (1975) a utilizaccedilatildeo de adubos foliares substitui parcialmente
a adubaccedilatildeo radicular em 20 a 25 podendo ser utilizada em varias pulverizaccedilotildees
24 Vermicompostagem
E o processo que consiste em se submeter diferentes resiacuteduos orgacircnicos de
origem animal eou vegetal aos processos fermentativos e humificaccedilatildeo adicionando
minhocas do gecircnero Eiseina espeacutecie foetida ao material procurando obter um produto
curado em aproximadamente 45 - 60 dias (Compagnoni amp Putzolu 1985)
A vermicompostagem firmou-se no Brasil como atividade rentaacutevel produzindo
adubo de alta qualidade na deacutecada de 90 Na agricultura brasileira contudo haacute
preferecircncia pelos adubos quiacutemicos em funccedilatildeo de sua aquisiccedilatildeo financiada menor custo
e retomo imediato embora o impacto de seu uso contiacutenuo sobre o solo e os
microorganismos que nele vivem seja negativo (Tagliari amp Grassmann 1995)
Segundo Morselli (2002) a vermicompostagem difere da compostagem
convencional dentre outros pocircr formar substacircncias huacutemicas mais rapidamente ao sofrer
passagem pelo trato digestivo das minhocas A alirdentaccedilatildeo destas satildeo basicamente os
estercos e a disponibilidade desta mateacuteria prima bem como de ambiente protegido para
proceder a compostagem correta deste material satildeo indispensaacuteveis
17
Segundo Kiehl (1985) e Martinez (1990) o vermicomposto apresenta as seguintes
vantagens em relaccedilatildeo a compostagem permite a formaccedilatildeo de um produto curado em
menor espaccedilo de tempo promove a formaccedilatildeo de um material com maior
disponibilidade de nutrientes facilita o peneiramento natildeo havendo a necessidade de
revolvimento do material oferece vaacuterias fontes de renda pois aleacutem do huacutemus fornece
minhocas e raccedilatildeo e quando aplicado ao solo tende a melhorar as propriedades fiacutesicas
quiacutemicas e bioloacutegicas
241 Resiacuteduos utilizados na vermicompostagem
2411 Resiacuteduos de origem animal
Segundo Bureacutes (1997) o esterco eacute uma mistura de fezes urina e camas que
podem estar constituiacutedas de palhas folhas secas serragem turfa casca de arroz e ateacute
terra Esse apresenta pH neutro e densidade que varia de 030 a 090 Kg dm3 segundo
seu estado de decomposiccedilatildeo Eacute influenciado por vaacuterios fatores como espeacutecie animal
raccedila idade alimentaccedilatildeo material utilizado como cama e tratamento da mateacuteria-prima
esterco (Kiehl 1985) Dentre os fatores apontados um dos mais importantes eacute a
alimentaccedilatildeo do animal quanto mais rica a alimentaccedilatildeo mais rica seraacute as dejeccedilotildees
(Gnoatto 1999) O volume de bacteacuterias vivas ou mortas encontradas no esterco
representam 20 a 30 do total delas se originam grande parte do nitrogecircnio sob a
forma de proteiacutena (Morselli 2002)
A origem do material utilizado para a produccedilatildeo de vermicomposto eacute fundamental
pois soacute uma mateacuteria-prima de qualidade resultaraacute em um produto final de boa qualidade
Dentre os estercos o de aves eacute empregado empiricamente na adubaccedilatildeo de culturas
permanente ou natildeo com excelentes resultados apesar de sua simples composiccedilatildeo
meacutedia 2 de nitrogecircnio 2 de foacutesforo como P2 0 5 e 1 de K2 0 Poreacutem haacute uma
grande variaccedilatildeo na sua constituiccedilatildeo a qual dependeraacute do manejo animal atraveacutes das
camas finalidade da criaccedilatildeo e natureza das camas (Morselli 2002)
2412 Resiacuteduos de origem vegetal
A mateacuteria orgacircnica pode ser preservada no solo por vaacuterios processos seja pela
simples incorporaccedilatildeo de resiacuteduos de culturas rotaccedilatildeo de culturas adubaccedilatildeo verde ou
18
pela adiccedilatildeo de materiais orgacircnicos capazes de elevar e manter a produtividade do solo
Da decomposiccedilatildeo dos resiacuteduos orgacircnicos adicionados ao solo resulta a liberaccedilatildeo de
grande quantidade de nutrientes principalmente o nitrogecircnio o potaacutessio e o enxofre
Aleacutem disso diversos atributos quiacutemicos e fiacutesicos do solo satildeo alterados pela
decomposiccedilatildeo desses resiacuteduos destacando-se o aumento da capacidade de troca de
caacutetions o aumento da retenccedilatildeo de aacutegua a melhoria da estabilidade dos agregados e da
aeraccedilatildeo (Fraser1963 Malavolta 1981 Mello et al 1983 Bonilla 1992)
Segundo Purcino (1981) quando a relaccedilatildeo CN eacute menor que 30 como no caso do
esterco de curral ou da palha de leguminosas a disponibilidade de nitrogecircnio eacute
imediata mas acima deste valor ocorre imobilizaccedilatildeo crescente deste nutriente Por esse
motivo estes materiais devem ser submetidos a uma degradaccedilatildeo bioloacutegica antes de
serem adicionados ao solo
25 Biofertilizantes
No Brasil ocorrem problemas crescentes com materiais derivados de sistemas
intensivos de criaccedilatildeo animal que acumulam resiacuteduo^ orgacircnicos com graves problemas
de contaminaccedilatildeo de cursos de aacutegua que na maioria das vezes se acumulam em um
uacutenico lugar e natildeo satildeo reciclados (Viglizzo 1995)
Visando amenizar tais situaccedilotildees os meacutetodos alternativos de adubaccedilatildeo controle de
doenccedilas pragas e plantas indesejaacuteveis tecircm sido muito estudado Dentro dessa linha de
pesquisa destaca-se o uso de mateacuteria orgacircnica atraveacutes tanto de sua incorporaccedilatildeo ao
solo como de sua transformaccedilatildeo para uso posterior na forma de biofertilizantes
(Khatounian 1997 Bettiol et al 1997)
Na complexa e elevada comunidade microbiana dos biofertilizantes encontram-se
bacteacuterias fungos leveduriformes filamentosos e actinomicetos (Bettiol apud Penteado
1999)
O agregado de macro e micronutrientes periodicamente ativa e enriquece a
fermentaccedilatildeo O uso de farinha de rocha tem sido vantajoso por ter baixo custo
comparado com os sais concentrados e purificados aleacutem de trazer alguns elementos
traccedilos de vital importacircncia para os microrganismos do solo como por exemplo o Gaacutelio
o Iodo e o Vanaacutedio (M1BASA 199-) O agregado de farinha de rocha ou sais
purificados ao fermentado faz com que estes nutrientes passem a fazer parte dos
microrganismos ou dos produtos orgacircnicos liberados durante a fermentaccedilatildeo sendo que
19
o ataque dos microrganismos atraveacutes de suas enzimas consegue liberar os elementos natildeo
atacados pelos aacutecidos industriais (Pinheiro amp Barreto 2000)
Os biofertilizantes tecircm sido empregados na agricultura ecoloacutegica como adubo
foliar para aumentar a resistecircncia contra pragas e doenccedilas Aleacutem disso o processo de
produccedilatildeo eacute bastante simples e por isso eacute viaacutevel sua produccedilatildeo na propriedade desde que
tenha esterco disponiacutevel (Penteado 1999)
Bettiol et al (1997) verificaram a presenccedila de diferentes espeacutecies de fungos
fiacutelamentosos e leveduriformes e bacteacuterias entre elas Bacillus spp na comunidade
microbiana do biofertilizante produzido segundo meacutetodo adotado pelo Centro de
Agricultura Ecoloacutegica Ipecirc Os autores verificaram ainda uma reduccedilatildeo da comunidade
microbiana ao longo da digestatildeo reduccedilatildeo essa mais acentuada logo apoacutes o acreacutescimo
dos sais contendo micronutrientes A accedilatildeo dos sais pode ser tanto por aumento na
pressatildeo osmoacutetica quanto pelo efeito direto sobre os microrganismos Para o controle de
doenccedilas de plantas satildeo importantes a presenccedila dos metaboacutelitos produzidos pelos
organismos presentes no biofertilizante e os proacuteprios microrganismos vivos
Os microrganismos transformam o material orgacircnico (esterco soro de leite caldo
de frutas palhas restos industriais etc) e cinzas produzindo vitaminas aacutecidos e sais
complexos importantes para regular e tonificar o metabolismo das plantas impedindo o
desenvolvimento de pragas e doenccedilas (Pinheiro amp Barreto 2000)
Em estudos feitos com o biofertilizante liacutequido de bovinos foi observado a
presenccedila de inuacutemeros microorganismos como bacteacuterias leveduras e bacilos
principalmente do Bacillus subtilis Estes microorganismos sintetizam substacircncias
antibioacuteticas as quais demonstram ter grande accedilatildeo e eficiecircncia como substacircncias
fungiostaacuteticas e bacteriostaacuteticas de fitopatoacutegenos causadores de danos em lavouras
comerciais (Penteado 1999)
Aldrighi et al (2002) realizaram trabalho na UFPel relacionado agrave nutriccedilatildeo de
mudas de tomate (Floradade) produzidas no sistema ldquofloatingrdquo Utilizaram-se doses de
0 2 5 e 10 para o biofertilizante Super Magro e 0 e 1 para a urina de vaca
Concluiacuteram que estes natildeo interferem na produccedilatildeo das mudas e que provavelmente foi
influenciado pelo substrato utilizado (vermicomposto 75 e casca de arroz carbonizada
25) bem como o sistema de produccedilatildeo (floating)
Paglia et al (2002) citam que eacute possiacutevel produzir mudas de tomate (cultivar
Floradede) utilizando urina de vaca e biofertilizante Super Magro na aacutegua em sistema
ldquofloatingrdquo em trabalho realizado na UFPel O uso da urina de vaca a 1 e 5 e
20
biofertilizante Super Magro a 6 proporcionam uma elevaccedilatildeo do foacutesforo bem como o
Super Magro a 6 eleva os teores de Mg e Ca na aacutegua
251 Urina de vaca
As urinas de vaca contecircm nutrientes favoraacuteveis ao bom desenvolvimento das
plantas como potaacutessio soacutedio nitrogecircnio enxofre magneacutesio caacutelcio foacutesforo e traccedilos de
outros elementos Nas plantas funciona como um fertilizante natural tomando-as mais
resistentes ao ataque das pragas e doenccedilas Satildeo encontradas tambeacutem na urina outras
substacircncias como fenoacuteis e principalmente o catecol que esta associado agrave recuperaccedilatildeo
de plantas atacadas por fitopatoacutegenos por ser um produto anti-seacuteptico (Penteado 1999)
Para seu emprego a urina receacutem coletada deve ser armazenada sob condiccedilotildees
ambientais por trecircs dias para que se forme amocircnio importante produto a ser absorvido
pelas plantas Recomenda-se ainda que o armazenamento deva ser feito em recipiente
fechado para que natildeo ocorram perdas de nitrogecircnio Desta forma poderaacute permanecer
por ateacute um ano sem comprometer sua eficiecircncia
Em hortaliccedilas o uso da urina de vaca eacute recomendado em pulverizaccedilotildees foliares
semanais na concentraccedilatildeo de 05 para tomateiro pimentatildeo pepino feijatildeo vagem e
couve ou quinzenais a 1 para as culturas do quiabeiro jiloeiro e berinjela Para
fruteiras em geral a primeira aplicaccedilatildeo deve ser na concentraccedilatildeo aproximada de 5
realizada diretamente no solo e mensalmente devem ser realizadas pulverizaccedilotildees
foliares a 1 para plantas jovens e a 5 para plantas adultas (Penteado 1999)
Na aplicaccedilatildeo foliar deve-se ter cuidado com folhas e brotos novos e considerar que
o uso contiacutenuo pode ser toacutexico podendo afetar o solo causando a sua acidificaccedilatildeo
(Penteado 1999)
Na Estaccedilatildeo Experimental da PESAGRO no municiacutepio de Macaeacute Rio de Janeiro
estaacute se utilizando a urina de vaca leiteira Os pesquisadores descobriram que a urina de
vaca em lactaccedilatildeo produzia o efeito de recuperar plantas de abacaxi atacadas por uma
doenccedila conhecida como ldquofusairioserdquo Essa doenccedila quando ataca o abacaxi causa
perdas de ateacute 70 da safra Todos os agrotoacutexicos testados natildeo conseguiram controlar a
doenccedila Isto eacute um exemplo para que a universidade tenha uma nova percepccedilatildeo (Capra
1996) adotando medidas efetivas que contribuam na transiccedilatildeo agroecoloacutegica Com o
uso da urina de vaca leiteira numa lavoura de abacaxi atacada pela fusariose observou-
se agrave recuperaccedilatildeo do stand e os frutos produzidos apresentaram excelente padratildeo
21
comercial Descobriu-se que aleacutem funcionar como adubo e defensivo natural a urina de
vaca leiteira tambeacutem favorece a floraccedilatildeo de muitas plantas e pode ser usada no
tratamento de frutos e tubeacuterculos depois da colheita
A urina de vaca em lactaccedilatildeo tambeacutem estaacute sendo usada nas lavouras de cafeacute em
plantaccedilotildees de maracujaacute coco alface e outras hortaliccedilas Na regiatildeo centro-sul do Paranaacute
os agricultores estatildeo aplicando a urina de vaca leiteira nas lavouras de feijatildeo soja
batata cebola e milho (Penteado 1999)
252 Alhol
A maioria dos defensivos alternativos tais como calda bordalesa sulfocaacutelcica
aacutegua de cinza e cal biofertilizante enriquecido extrato de fumo entre outros precisa
ser misturada com um espalhante adesivo para quebrar a tensatildeo superficial da gota e
propiciar um melhor molhamento das folhas e demais partes pulverizadas assegurando
uma absorccedilatildeo mais efetiva e uma melhor accedilatildeo sobre as pragas e doenccedilas Quando as
gotas permanecem inteiras sobre a superfiacutecie folhar devido agrave falta de espalhante
adesivo pode-se danificar os tecidos vegetais pelc efeito-lente quando o sol incide
sobre elas Aleacutem disso a gota por natildeo se espalhar sobre toda superfiacutecie folhar
concentra nela e consequumlentemente sobre o tecido que estaacute em contato com ela uma
quantidade maior do produto aplicado Essa maior concentraccedilatildeo pode prejudicar a
absorccedilatildeo e lesionar os tecidos principalmente apoacutes a evaporaccedilatildeo da aacutegua contida na
gota por resultar em uma maior concentraccedilatildeo de sais no local especialmente quando se
aplicam por exemplo calda sulfocaacutelcica bordalesa biofertilizante enriquecido com
macro e micronutrientes (Claro 2001)
O alhol eacute um espalhante adesivo ecoloacutegico que tambeacutem auxilia no controle de
pragas E elaborado com aacutegua alho oacuteleo vegetal e sabatildeo neutro a partir da sabedoria
popular que menciona o alho como repelente de insetos Juacutenior Abreu amp Maiorano
(199-) indicam formulaccedilotildees contendo alho para o controle de pragas como nematoacuteides
(Meloidogyne incoacutegnita e M javanica) mosca do chifre lagarta na maccedilatilde pulgotildees
besouro da batata trips e para controle de doenccedilas fuacutengicas e bacterianas como miacuteldio
ferrugem fusariose helminthosporiose murchadeira (Pseudonamos solacearum)
bruzone do arroz (Pyricularia orysae) podridatildeo negra do repolho e couve-flor
(Xanthomonas campestris) Aleacutem disso o alho pelo seu bom teor em oacuteleo pode agir
tambeacutem como espalhante adesivo O sabatildeo tambeacutem eacute indicado como espalhante adesivo
22
e possui accedilatildeo contra certas pragas (pulgotildees) sendo que o oacuteleo vegetal eacute indicado no
controle de cochonilhas e usado como espalhante adesivo (Claro 2001)
253 Calda Bordalesa
A calda bordalesa eacute um tradicional defensivo agriacutecola que pode ser preparado na
propriedade com a mistura de sulfato de cobre cal virgem e aacutegua As concentraccedilotildees de
sulfato de cobre e cal satildeo distintas dependendo do objetivo do seu emprego
Geralmente diferem de acordo com o tipo de planta ou espeacutecie vegetal as condiccedilotildees
climaacuteticas o grau de infestaccedilatildeo da doenccedila e a fase de crescimento da planta Eacute indicada
para o controle de miacuteldio alternaacuteria botrytis e antracnose (Penteado 1999)
A calda bordalesa caracteriza-se pela sua importante accedilatildeo no controle de diversas
doenccedilas fungicas nas mais diversas espeacutecies de culturas Possui tambeacutem uma relativa
accedilatildeo bactericida e em alguns casos age como repelente de insetos Da mistura do
sulfato de cobre com a cal resulta uma soluccedilatildeo rica em macronutrientes e
micronutrientes Provavelmente os expressivos resultados obtidos com a aplicaccedilatildeo da
calda bordalesa devam-se natildeo somente a sua accedilatildeo fuacutengica e bactericida mas sobretudo
agrave influecircncia positiva que exerce no metabolismo das plantas ativando o processo
enzimaacutetico e estimulando a proteossiacutentese aumentando a resistecircncia das plantas (Claro
2 0 0 1 ) caracteriacutestica fundamental na agricultura sustentaacutevel
254 Biofertilizante Super Magro
A calda Super Magro eacute produto da fermentaccedilatildeo de estercos animais enriquecidos
por micronutrientes e outros produtos de origem animal obtendo-se uma calda
biofertilizante para aplicaccedilatildeo foliar nas plantas (Penteado 1999) jaacute foram observados
bons resultados principalmente nas culturas de uva maccedila pecircssego tomate batata e
hortaliccedilas em geral
E indicado como fonte suplementar de micronutrientes para as plantas inibidor
de fungos e bacteacuterias causadores de doenccedilas e para aumentar a resistecircncia contra insetos
e aacutecaros (Penteado 1999) i
Muller (1999) avaliou a influecircncia do biofertilizante Super Magro sobre as
culturas de tomate (Lycopersicon esculentum Mill) ervilha (Pisum sativum L) e
beterraba (Beta vulgaris L) O autor obteve cultivos com baixa severidade de doenccedilas e
23
insetos fitoacutefagos possivelmente por causa do manejo orgacircnico de produccedilatildeo Os
resultados das pulverizaccedilotildees das soluccedilotildees foliares variaram conforme a cultura e o
clima
255 Biofertilizante MB4
A utilizaccedilatildeo das farinhas de rochas eacute uma das teacutecnicas mais modernas usadas nos
uacuteltimos anos na agricultura O elevado nuacutemero de nutrientes contidos no MB4 como
cobre zinco manganecircs cobalto soacutedio alumiacutenio silicatos de magneacutesio ferro e caacutelcio
acompanhado de foacutesforo potaacutessio e enxofre reagem com a soluccedilatildeo do solo liberando
elementos essenciais ao desenvolvimento da vida microbiana os quais exercem um
papel fundamental atraveacutes de transformaccedilotildees quiacutemicas e do equiliacutebrio bioloacutegico
favorecendo o desenvolvimento sadio das plantas (Pinheiro amp Barreto 2000)
24
3 MATERIAL E MEacuteTODOS
31 Local de execuccedilatildeo do experimento
O presente trabalho foi conduzido no Centro de Pesquisa da Regiatildeo Sul
(FEPAGROSUL) no municiacutepio de Rio Grande nlt periacuteodo de 15 de maio a 26 de
agosto de 2 0 0 2
O solo eacute classificado como ldquoTuiardquo satildeo muito arenosos As massas aquaacuteticas do
Oceano Atlacircntico e Lagoa dos Patos influenciam ventos temperatura pressatildeo umidade
relativa e demais fatores climaacuteticos A topografia da regiatildeo litoracircnea eacute plana com
lenccediloacuteis freaacuteticos superficiais
32 Anaacutelise estatiacutestica
O experimento foi constituiacutedo em fatorial 3X3 (Quadro 1) com quatro repeticcedilotildees
no delineamento blocos ao acaso As variaacuteveis respostas foram submetidas agrave anaacutelise de
variaccedilatildeo e ao teste de Duncan a 5 de probabilidade para comparaccedilatildeo das meacutedias
utilizando-se o sistema SANEST (Zonta amp Machado 1984)
As anaacutelises estatiacutesticas das variaacuteveis estudadas encontram-se nos Apecircndices C D
Os resultados das respostas agronocircmicas e das determinaccedilotildees dos conteuacutedos dos
macronutrientes bem como os de raiz estatildeo nas tabelas de 1 a 3
25
As diferentes adubaccedilotildees seratildeo representadas durante a discussatildeo da seguinte
forma 1 VB (30 t ha 1 de vermicomposto) 15 VB (45 t ha 1 de vermicomposto) e EC
(60 t ha 1 de esterco de curral) 1 VB+SM+U+CB (30 t ha 1 de vermicomposto mais
super magro mais urina de vaca mais calda bordalesa) 15 VB+SM+U+CB (45 t ha 1 de
vermicomposto mais super magro mais urina de vaca mais calda bordalesa)
EC+SM+U+CB (60 t ha 1 de esterco de curral mais super magro mais urina de vaca
mais calda bordalesa) 1 VB+MB4 +U+CB (30 t ha 1 de vermicomposto mais MB4 mais
urina de vaca mais calda bordalesa) 15 VB+MB4 +U+CB (45 t ha 1 de vermicomposto
mais MB4 mais urina de vaca mais calda bordalesa) EC+MB4 +U+CB (60 t ha 1 esterco
de curral mais MB4 mais urina de vaca mais calda bordalesa)
QUADRO 1 Descriccedilatildeo dos fatores experimentais e respectivos niacuteveis
Niacuteveis Fator 1 ADUBACcedilAtildeO DE BASE
0 1 Vermicomposto (30 t ha1)
0 2 Vermicomposto (45 t ha1)
03 Esterco de curral (60 t ha1)
Niacuteveis Fator 2 BIOFERTILIZANTES LIacuteQUIDOS
0 1 Super magro (5) + Urina de Vaca + Calda Bordalesa
0 2 MB4 (10) + Urina de vaca + Calda Bordalesa
03 Ausecircncia (testemunha)
33 Tratamentos
Da combinaccedilatildeo entre niacuteveis e fatores foram obtidos 9 tratamentos que estatildeo
descritos no Quadro 2 bem como as doses de adubaccedilatildeo utilizadas no experimento
26
QUADRO 2 Tratamentos e doses de adubaccedilatildeo utilizadas no experimento
TRATAMENTOS
Ndeg FATOR I FATOR II
0 1 30 t ha de vermicomposto Super magro 5 Urina de vaca Calda Bordalesa
0 2 30 t harsquo de vermicomposto MB4 10 Urina de vaca Calda Bordalesa
03 30 t ha de vermicomposto - - -
04 45 t ha de vermicomposto Super magro 5 Urina de vaca Calda Bordalesa
05 45 t ha de vermicomposto MB4 10 Urina de vaca Calda Bordalesa
06 45 t ha de vermicomposto - - -
07 60 t hade esterco Super Magro 5 Urina de vaca Calda Bordalesa
08 60 t hade esterco MB4 10 Urina de vaca Calda Bordalesa
09 60 t hade esterco - - -
Cada parcela foi constituiacuteda por dois canteiros medindo 1 m de largura x 2 m de
comprimento perfazendo 075 m de aacuterea de aacuterea uacutetil (025 m de bordadura) Foi
utilizando semeadura a lanccedilo com densidade de 24 g canteiro1
O vermicomposto a urina de vaca o esterco de curral o alhol os biofertilizantes e
a calda bordalesa foram de procedecircncia do Centro de Pesquisa da Regiatildeo Sul O
vermicomposto de esterco bovino misturado agraves cascas de frutas foi processado pela
minhoca vermelha califomiana Eisenia foetida)
O biofertilizante Super Magro foi elaborado segundo a metodologia descrita pela
FEPAGROSUL utilizando-se os seguintes componentes 190 litros de aacutegua 22 litros
de leite 55 Kg de accediluacutecar mascavo 30 Kg de esterco fresco de bovinos 2 Kg de
Sulfato de zinco 2 Kg de sulfato de magneacutesio 2 Kg de cloreto de caacutelcio 1 Kg de aacutecido
boacuterico 300 g de sulfato de cobre 300 g de sulfato de ferro 300 g de sulfato de
manganecircs 100 g de molibdato de soacutedio 50 g de sulfato de cobalto 3 Kg de fosfato
natural 3 Kg de cinza e 200 g de farinha de osso
A urina de vaca em lactaccedilatildeo foi coletada pela manhatilde e armazenada em recipiente
fechado por trecircs dias em condiccedilotildees ambientais para que se formasse a amocircnia e natildeo
ocorresse perda de nitrogecircnio
28
Realizaram-se duas capinas manuais durante o experimento e em seguida como
cobertura se colocou casca de arroz Tambeacutem foi aplicado esterco de aves 30 dias antes
da colheita na quantidade de 05 Kg canteiro 1 como adubaccedilatildeo de cobertura
As pulverizaccedilotildees com os produtos iniciaram apoacutes 15 dias da germinaccedilatildeo
Realizou-se sete aplicaccedilotildees sendo que as duas primeiras foram feitas apenas com
Super Magro e MB4 Na terceira e na quarta aplicaccedilatildeo utilizou-se urina de vaca e calda
bordalesa em concentraccedilotildees menores (05 e 025 respectivamente) e na quinta
aplicaccedilatildeo as dosagens de urina de vaca e calda bordalesa foram elevadas para 1 0 e
05 respectivamente ateacute o final do experimento O alhol foi utilizado a partir da
terceira pulverizaccedilatildeo na quantidade de 2 e seguiu ateacute o final no dia 26 de agosto
quando as mudas foram colhidas e posteriormente analisadas as variaacuteveis
35 Observaccedilotildees agronocircmicas
Foram utilizadas 20 mudas de cebola para obtenccedilatildeo das meacutedias das variaacuteveis as
quais foram as seguintes
351 Fitomassa fresca da parte aeacuterea e raiacutezes
Foi realizada atraveacutes de uma balanccedila digital procedendo-se a pesagem de 20
mudas de cebola previamente lavadas e posteriormente secadas durante uma hora sobre
um tecido de algodatildeo agrave temperatura ambiente Processo idecircntico foi adotado com as
raiacutezes
352 Fitomassa seca da parte aeacuterea e raiacutezes
Esta variaacutevel foi obtida a partir da secagem preliminar em estufa de ar forccedilado
durante 48 horas a 65 C ateacute peso constante com posterior pesagem em balanccedila
analiacutetica
353 Altura da muda
A altura de muda foi medida a partir do colo das plantas ateacute sua uacuteltima folha
(ponto de crescimento) com uma reacutegua graduada de 40 cm
29
354 Diacircmetro do colo das plantas
Esta medida foi realizada no ponto de transplante a 2 mm das raiacutezes e utilizando-
se um paquiacutemetro SOMET
355 Sistema radicular
Ao teacutermino do experimento foram retiradas as raiacutezes das mesmas plantas que foram
utilizadas para as determinaccedilotildees realizadas na parte aeacuterea procedendo-se uma amostra
de solo com raiacutezes de 2 0 cm de largura x 2 0 cm de comprimento e 2 0 cm de altura
totalizando 8000 cm3
As raiacutezes apoacutes serem lavadas em aacutegua corrente foram pesadas acondicionadas em
sacos plaacutesticos e congeladas para posteriores anaacutelises pelo meacutetodo de Tennant (1975)
para a determinaccedilatildeo do comprimento e densidade
3551 Comprimento de raiz
Utilizou-se para a determinaccedilatildeo do comprimento de raiz as seguintes foacutermulas
1 = ndeg x 1114 x 1 onde
1 - comprimento de raiz de uma amostra uacutemida de 0 0 2 g
ndeg - nuacutemero de intercessotildees das raiacutezes com os lados da quadriacutecula da malha do
aparelho
1114 - constante
1 - medida lateral da quadriacutecula em cm
Tomando-se a fiacutetomassa seca e o comprimento da raiz da cada amostra
relacionou-se com a fiacutetomassa seca e o comprimento total da raiz da planta aplicando-
se a seguinte equaccedilatildeo
L = (FSR x 1) FSPA onde
L - comprimento total da raiz da planta (m)
FSR - fiacutetomassa seca de raiz
FSPA - fiacutetomassa seca da parte aeacuterea
L - comprimento de raiz de uma amostra uacutemida de 002g
3552 Densidade de raiz
A densidade foi determinada pela foacutermula
D = L 8000 onde
D - densidade de raiacutezes (m cm3)
30
L - comprimento total de raiacutezes (m)
8 0 0 0 - volume da amostra (cm3)
3553 Razatildeo parte aeacutereasistema radicular
Este paracircmetro foi obtido pela equaccedilatildeo
RPASR = FSPA FSR onde
RPASR - razatildeo parte aeacuterea sistema radicular
FSPA - fitomassa seca da parte aeacuterea
FSR - fitomassa seca do sistema radicular
36 Determinaccedilatildeo de macronutrientes no tecido vegetal
Os macronutrientes nitrogecircnio foacutesforo potaacutessio caacutelcio e magneacutesio foram
determinados no laboratoacuterio de Fertilidade e Anaacutelise de Plantas do Departamento de
Solos da UFPel atraveacutes dos meacutetodos descritos por Tedesco amp Gianello (1996)
31
4 RESULTADOS E DISCUSSAtildeO
41 Anaacutelise das variaacuteveis
A anaacutelise da variaccedilatildeo mostrou que houve diferenccedila significativa na interaccedilatildeo entre
os fatores de adubaccedilatildeo de base e biofertilizantes liacutequidos com exceccedilatildeo da variaacutevel altura
de planta para a qual somente a adubaccedilatildeo de base mostrou-se significativa (Apecircndices
C D e E Tabelas 1C 1D e 1E)
411 Anaacutelise da parte aeacuterea
Na Tabela 1 destacaram-se as adubaccedilotildees EC+SM+U+CB EC+MB4 +U+CB e EC
que diferiram significativamente das demais adubaccedilotildees para as variaacuteveis fiacutetomassa
fresca da parte aeacuterea (FFPA) fiacutetomassa seca da parte aeacuterea (FSPA) altura de planta
(AP) e diacircmetro do colo (DC)
32
TABELA 1 Produccedilatildeo de fitomassa fresca e seca (g) da parte aeacuterea altura de planta
(cm) e diacircmetro de colo (mm) de mudas de cebola Petrolini cultivadas
sob uma perspectiva agroecoloacutegica Pelotas-RS 2003
BIOFERTILIZANTES LIacuteQUIDOSADUBACcedilAtildeO S Magro + MB4 +DE BASE Urina + Calda Urina + Calda Testemunha
Bordalesa Bordalesa
30 t ha de vermicomposto 7015 c A45 t halsquo de vermicomposto 7824 b B60 t ha de esterco de curral 12248 a C
30 t ha de vermicomposto 667 c A45 t ha de vermicomposto 752 b A60 t ha de esterco de curral 1150a C
30 t ha de vermicomposto 2975 b A45 t harsquo de vermicomposto 2775 b A60 t ha de esterco de curral 3600 a B
30 t ha de vermicomposto 631 b A45 t ha de vermicomposto 6 2 2 b B60 t ha de esterco de curral 741 a C
-Fitomassa fresca (g)----------------6270 c B 6885 b A8832 b A 6308 c C
15082 a A 13934 a BmdashFitomassa seca (g)----------------
625 c A 655 b A830 b A 607 b B
1345 a A 1262 a B-Altura de planta (cm)----------------
2950 b A 3050 b A2937 b A 2950 b A 3975 a A 3622 a B
-Diacircmetro de colo (mm)---------------592 c B 599 b B 657 b A 609 b B 819a A________ 793a B
Meacutedias seguidas pela mesma letra minuacutescula para as colunas (adubaccedilatildeo de base) e maiuacutesculas para as linhas (biofertilizantes) natildeo diferem entre si pelo teste de Duncan a 5
O efeito positivo do esterco bovino pode ser atribuiacutedo agraves melhorias nas condiccedilotildees
fiacutesicas do solo por ele proporcionado Segundo Primavesi (1982) e Compagnoni amp
Putzolu (1985) o esterco bovino apresenta propriedades condicionadoras do solo dando
agraves plantas melhores condiccedilotildees de desenvolvimento elevando sobremaneira os
conteuacutedos de fitomassa fresca das plantas que refletiratildeo nas demais respostas
agronocircmicas
Analisando as adubaccedilotildees de base em relaccedilatildeo aos biofertilizantes observa-se que
para os tratamentos 1 VB (30 t ha 1 de vermicomposto) - natildeo houve influecircncia dos
biofertilizantes para as variaacuteveis FSPA e AP enquanto destacou-se o SM+U+CB para o
DC e SM+U+CB e ausecircncia da adubaccedilatildeo liacutequida para a FFPA mostrando que o uso
dos biofertilizantes natildeo influenciou esta variaacutevel 15 VB (45 t ha 1 de vermicomposto) -
verificou-se a eficiecircncia do uso do MB4 +U+CB para as variaacuteveis FFPA e DC Para a
variaacutevel FSPA destacaram-se os dois biofertilizantes utilizados jaacute para AP natildeo houve
33
influecircncia destes EC (60 t ha 1 de esterco de curral) - em todas as variaacuteveis observadas
na tabela 5 as respostas foram significativas utilizando MB4 +U+CB
As respostas encontradas no presente trabalho para as variaacuteveis AP e FSPA foram
superiores as obtidas por Dalponte (1990) quando utilizado 0 esterco de curral para
produccedilatildeo de mudas de cebola
Segundo Filgueira (2000) os solos da regiatildeo produtora de cebola do RS satildeo
pobres em foacutesforo disponiacutevel (15 mg Kg1) necessitando portanto de adubaccedilotildees
fosfatadas elevadas As respostas aqui obtidas podem ser justificadas pelos teores de
foacutesforo contido no MB4
Follet et al (1981) citam a importacircncia do uso de compostos orgacircnicos no solo
enfatizando os estercos no sentido da decomposiccedilatildeo continuada no fornecimento de
nutrientes e na liberaccedilatildeo lenta e gradual de aacutecidos orgacircnicos influenciando a liberaccedilatildeo
do foacutesforo O que provavelmente pode ser atribuiacutedo agraves respostas encontradas no
presente trabalho para 0 tratamento Esterco de curral mais MB4 e Urina mais Calda
Bordalesa
E importante destacar que 0 sistema de produccedilatildeo de mudas de cebola sob uma
perspectiva agroecoloacutegica mostra-se eficiente quando visualmente natildeo percebe-se
diferenccedila significativa entre os tratamentos (Apecircndice F Figura 2)
Conveacutem ressaltar que quando trabalhamos com agroecologia natildeo existem
receitas nem pacotes tecnoloacutegicos prontos Cada situaccedilatildeo deveraacute ser estudada em
particular para que se faccedila recomendaccedilotildees adequadas ao ambiente local uma vez que
as plantas se adaptam ao meio estando a nutriccedilatildeo encarregada de proteger e manter o
equiliacutebrio do organismo vegetal em funccedilatildeo das alteraccedilotildees externas
E fundamental que se compreenda os princiacutepios norteadores de todo o processo
que satildeo as bases da luta por uma sociedade mais justa dentro de um mundo econocircmico e
ambientalmente mais sustentaacutevel
412 Anaacutelise do sistema radicular
Os resultados obtidos nas anaacutelises do sistema radicular (Tabela 2) mostram
diferenccedilas significativas entre as adubaccedilotildees para as variaacuteveis fitomassa fresca de raiz
(FFR) fitomassa seca de raiz (FSR) comprimento de raiz (CR) razatildeo parte
aeacutereasistema radicular (RPASR) e densidade de raiz (DR)
34
TABELA 2 Produccedilatildeo de fitomassa fresca e seca (g) comprimento (cm) e densidade de
raiacutezes (m cm3) de mudas de cebola Petrolini cultivadas sob uma
perspectiva agroecoloacutegica e razatildeo parte aeacutereasistema radicular Pelotas-
RS 2003
BIOFERTILIZANTES LIacuteQUIDOSADUBACcedilAO DE BASE
S Magro + MB4 +Urina + Calda Urina + Calda Testemunha
Bordalesa Bordalesa
de vermicomposto de vermicomposto de esterco de curral
de vermicomposto de vermicomposto de esterco de curral
de vermicomposto de vermicomposto de esterco de curral
de vermicomposto de vermicomposto de esterco de curral
1540 c A 1576 b B 2427 a A
Fitomassa fresca (g)----------------1502 c B 1517 b AB 1658 b A 1446 c C 2336 a B 2360 a B
--------------------Fitomassa seca (g)-------------------196 b A 207 ab A 170 b A170 b A 199 b A 192 b A 344 a A 249 a B 327 a A
Comprimento de raiz(cm)---------------1237 b A 1158 b A 1158 a A1237 b A 1060 c B 1040 b B1433 a A 1296 a B 1040 b C
30 t ha 45 t ha 60 t ha
30 t ha 45 t ha 60 t ha
30 t halsquo 45 t ha 60 t ha
30 t ha 45 t ha 60 t ha
30 t ha de vermicomposto 45 t ha de vermicomposto60 t ha~ de esterco de curral__________________________ _________________________Meacutedias seguidas pela mesma letra minuacutescula para as colunas (adubaccedilatildeo de base) e maiuacutesculas para as linhas (biofertilizantes) natildeo diferem entre si pelo teste de Duncan a 5
-----Razatildeo Parte AeacutereaSistema Radicular------340 b AB 301c B 384 a A446 a A 415 b A 326 a B339 b B 546 a A 388 a B
-------------- Densidade de raiz (m cm3)------------367 a AB 414 a A 325 b B282 b B 301b B 405 a A347 ab A 231c B 324 b A
Em relaccedilatildeo agraves adubaccedilotildees de base destacou-se o EC (60 t ha 1 de esterco de curral)
para as variaacuteveis FFR e FSR Quando adicionado o SM+U+CB os resultados para FFR
foram ainda melhores bem como o CR As respostas obtidas para a RPASR foram
variadas em relaccedilatildeo agraves adubaccedilotildees apresentando melhores resultados para 15 VB (45 t
ha 1 de vermicomposto)+SM+U+CB e ainda melhor para EC (60 t ha 1 de esterco de
curral)+MB4 +U+CB As adubaccedilotildees de base 1 VB 15 VB e EC natildeo diferiram entre si
As adubaccedilotildees mais eficientes para a variaacutevel DR foram 1 VB+SM+U+CV que natildeo
diferiu da EC+SM+U+CB I VB+ MB4 +U+CB e agrave 15 VB foram melhores entre as
demais
35
Analisando os biofertilizantes em relaccedilatildeo a cada adubaccedilatildeo de base verifica-se que
para a 1 VB (30 t ha 1 de vermicomposto)+SM+U+CB destaca-se a variaacutevel FFR
poreacutem sem diferenccedila significativa de 1 VB os melhpres resultados para a variaacutevel DR
foram encontrados pelo tratamento 1 VB+MB4 +U+CB e 15 VB (45 t ha 1 de
vermicomposto) tambeacutem se considera eficiente o 1 VB+SM+U+CB que natildeo diferiu do
EC (esterco de curral) Quando se utilizou 15 VB+ MB4 +U+CB houve resposta
significativa para a variaacutevel FFR para FSR as respostas natildeo foram diferentes com a
aplicaccedilatildeo dos biofertilizantes para as variaacuteveis FSR e DR as adubaccedilotildees EC e
EC+SM+U+CB natildeo diferiram entre si
Embora as respostas estatiacutesticas tenham sido diferentes para as adubaccedilotildees
combinadas ou natildeo pode-se salientar a importacircncia do aacutecido indol-aceacutetico como jaacute
citado anteriormente para as variaacuteveis avaliadas na parte aeacuterea das mudas de cebola
Respostas semelhantes nesse sentido foram encontradas para a cultura da alface por
Quijano (1999) e Morselli (2001)
Pereira et al (2002) concluiacuteram em trabalho realizado com a cultivar de cebola
CNPF1 6400 em Minas Gerais que a utilizaccedilatildeo de 20 t ha de esterco de curral
proporcionou os melhores resultados para a produccedilatildeo de cebola
Silva Juacutenior amp Giorgi (1992) e Menezes Juacutenior (1998) citam que doses elevadas
de mateacuteria orgacircnica podem prejudicar a primeira fase da germinaccedilatildeo (embebiccedilatildeo) e
absorccedilatildeo de aacutegua pelas raiacutezes das placircntulas No entanto no presente trabalho este fato
natildeo ocorreu embora a dose de esterco utilizada tenha sido de 60 t ha 1 (dose maacutexima
recomendada segundo Nolla 1982)
413 Anaacutelise de macronutrientes no tecido vegetal
Os resultados dos conteuacutedos de nitrogecircnio foacutesforo potaacutessio caacutelcio e magneacutesio no
tecido vegetal sob diferentes adubaccedilotildees encontrados na Tabela 3 indicam mais uma
vez a superioridade da adubaccedilatildeo esterco com 0 uso ou natildeo de biofertilizantes
36
TABELA 3 Conteuacutedos (mg planta1) de nitrogecircnio foacutesforo potaacutessio caacutelcio e
magneacutesio no tecido vegetal de mudas de cebola Petrolini cultivadas sob
uma perspectiva agroecoloacutegica Pelotas-RS 2003
BIOFERTILIZANTES LIacuteQUIDOS i J B
ADUBACcedilAtildeO S Magro + MB4 +DE BASE Urina + Calda Urina + Calda Testemunha
Bordalesa Bordalesamg plantas1
---- Nitrogecircnio-----30 t ha de vermicomposto 16593 c AB 15451 c B 19050 b A45 t ha de vermicomposto 21444 b A 22888 b A 17852 b B60 t ha de esterco de curral 32606 a C 37593 a B 40816 a A
--------------- ------ Foacutesforo------- -------------30 t ha de vermicomposto 3098 c B 2802 c B 3999 b A45 t ha de vermicomposto 4109 b A 4135 b A 2788 c B60 t ha de esterco de curral 5300 a B 7577 a A 7565 a A
------- Potaacutessio------30 t ha de vermicomposto 24327 c A 19900 c B 24965 b A45 t ha de vermicomposto 29113b A 29812 b A 22031 b B60 t ha de esterco de curral 44070 a B 51976 a A 54101 a A
-------- Caacutelcio-------30 t ha de vermicomposto 5027 c A 4356 c A 4834 b A45 t ha de vermicomposto 6114b A 6963 b A 4379 b B60 t ha de esterco de curral 9030 a C 11451 a A 10331 a B
------Magneacutesio-----30 t ha de vermicomposto 1188 b A 914 c A 1202 b A45 t ha de vermicomposto 1231 b B 1582 b A 1176 b B60 t ha de esterco de curral 2136a B 2443 a A 2663 a AMeacutedias seguidas pela mesma letra minuacutescula para as colunas (adubaccedilatildeo de base) e maiuacutesculas para as linhas (biofertilizantes) natildeo diferem entre si pelo teste de Duncan a
Em relaccedilatildeo agraves adubaccedilotildees de base observa-se que o melhor tratamento foi o
esterco de curral para todas as variaacuteveis Para 1 VB (30 t ha^ 1 de vermicomposto) natildeo
houve resposta diferenciada com o uso de bofertilizantes para todas as variaacuteveis A
adubaccedilatildeo 15 VB (45 t ha 1 de vemicomposto) foi influenciada pelos biofertilizantes
para as variaacuteveis N P K e Ca enquanto que para Mg somente o MB4+U+CB o
influenciou O EC (esterco de curral) mostrou diferenccedila significativa apenas para as
variaacuteveis Ca e Mg quando adicionado MB4+U+CB
Segundo Peixoto (2000) eacute fundamental a adiccedilatildeo de adubos orgacircnico no cultivo de
hortaliccedilas seja na forma de esterco decomposto composto ou huacutemus de minhoca de
37
modo a fornecer melhorias nas propriedades do solo vindo a disponibilizar os nutrientes
as diferentes culturas
O esterco fresco conteacutem muita cama celuloacutesica e um elevado teor de aacutegua No
esterco curtido a celulose jaacute estaacute decomposta o teor de aacutegua estaacute reduzido agrave metade e os
nutrientes em uma forma mais assimilaacutevel e mais concentrada O esterco fresco pode
causar uma deficiecircncia temporaacuteria de nitrogecircnio no solo ao se decompor o que natildeo
acontece com o biestabilizado (Kiehl 1985)Ocorre uma diminuiccedilatildeo inicial no volume
de aacutegua retido no esterco de curral diminui inicialmente em tomo de 3581 liberando
posteriormente somente 496 evidenciando a sua capacidade de retenccedilatildeo de aacutegua
(Menezes Juacutenior 1998)
A utilizaccedilatildeo continuada de adubos nitrogenados minerais no solo altera o balanccedilo
do nitrogecircnio entre o solo e planta No meacutetodo biodinacircmico eacute sublinhada a importacircncia
dos adubos animais para o estabelecimento da fertilidade permanente dos solos (Koeff
et al 1983)
Para Guimaratildees (1997) os benefiacutecios que a mateacuteria orgacircnica imprime ao solo
principalmente melhorando a produtividade fertilidade e a influencia que as substancias
huacutemicas exercem sobre o ambiente dependem da qualidade e do teor de mateacuteria
orgacircnica do solo Estas substacircncias por conterem nutrientes em sua constituiccedilatildeo em uma
forma mais disponiacutevel para as plantas promovem um equiliacutebrio no ambiente no solo
(Kononova 1966)
Aproximadamente de 60 a 70 do total de carbono do solo ocorre na forma de
materiais huacutemicos (Griffith amp Schnitzer 1975) sendo a eles atribuiacutedo a manutenccedilatildeo da
bioestrutura do solo aumentando a capacidade de retenccedilatildeo de aacutegua (Brady 1999)
Conforme Compagnoni amp Putzolu (1985) os estercos bem como os demais
resiacuteduos orgacircnicos apresentam conteuacutedos diferentes de aacutecidos huacutemicos e fuumllvicos sendo
atribuiacutedo ao acido huacutemico uma accedilatildeo fitoestimulante semelhante aos fitohormocircnios por
favorecer o desenvolvimento do sistema radicular e crescimento do caule
Em trabalho realizado por Guimaratildees (1997) foi encontrado para aacutecidos huacutemicos
de esterco bovino uma relaccedilatildeo CN 1035 e para vermicomposto bovino 17
evidenciando que o esterco quando aplicado ao solo por apresentar uma relaccedilatildeo CN
proacutexima deste reage mais facilmente liberando nutrientes para as plantas sem alterar a
cadeia troacutefiacuteca Dados encontrados no presente trabalho demonstram a eficiecircncia do
esterco nesse sentido
38
De acordo com Morselli (2001) vaacuterios trabalhos citam comentam e discutem a
capacidade dos vermicompostos em proporcionar oacutetimas colheitas e favorecer a
precocidade das plantas cultivadas Poreacutem muitas vezes se observa que mesmo
suprindo essas plantas com nutrientes necessaacuterios atraveacutes de huacutemus de diferentes fontes
as respostas natildeo satildeo as mesmas para uma mesma cultivar
Por outro lado os resultados com o uso de substacircncias huacutemicas satildeo variaacuteveis e
dependem aleacutem da espeacutecie testada das substacircncias huacutemicas utilizadas sua
concentraccedilatildeo o grau de purificaccedilatildeo e das condiccedilotildees experimentais A resposta das
plantas aos aacutecidos huacutemicos e fuacutelvicos eacute dependente da mateacuteria prima original e da
espeacutecie vegetal pois materiais orgacircnicos diferentes apresentam aacutecidos huacutemicos e
fuacutelvicos diferentes (Businelli 1990)
Justificam-se os maiores conteuacutedos de nitrogecircnio foacutesforo potaacutessio e caacutelcio nas
adubaccedilotildees 15 VB (45 t ha 1 de vermicomposto) e biofertilizantes devido
provavelmente ao vermicomposto utilizado apresentar na sua constituiccedilatildeo teores
consideraacuteveis destes elementos aleacutem do que os biofertilizantes possam ter influenciado
na absorccedilatildeo atraveacutes de sua constituiccedilatildeo Tibau (1984) considera que a urina de vaca eacute
rica em aacutecido indol-aceacutetico e este influencia na absorccedilatildeo radicular O efeito positivo
deste tratamento provavelmente seja devido agrave quantidade aplicada
O biofertilizante que se destacou foi o MB4+U+CB em relaccedilatildeo ao EC (esterco de
curral) e eacute somente para a variaacutevel caacutelcio Isto provavelmente seja devido ao alto teor
deste elemento encontrado na sua constituiccedilatildeo (6872 g Kg1) e pela influecircncia positiva
que a calda bordalesa exerce no metabolismo das plantas atraveacutes dos nutrientes
contidos em sua formulaccedilatildeo O Ca controla a absorccedilatildeo radicular e retorna ao solo pelo
esterco e palhas por apresentar-se em maior quantidade em folhas e caules Depois de
localizado nas folhas fica imoacutevel favorecendo a resistecircncia da planta ao ataque de
fungos
Este trabalho avanccedila no estudo da agroecologia estando claro que todos os
criteacuterios tem caraacuteter dinacircmico de adequaccedilatildeo as mudanccedilas de um sistema de produccedilatildeo
em evoluccedilatildeo contribuindo na transiccedilatildeo para um padratildeo sustentaacutevel Cabe a pesquisa a
reorientaccedilatildeo para um enfoque ldquosistecircmicordquo isto eacute que permita integrar os diversos
componentes de um agroecossistema e a adoccedilatildeo de poliacuteticas puacuteblicas que promovam 0
fortalecimento e a expansatildeo da agricultura familiar
39
5 CONCLUSOtildeES
Considerando os resultados obtidos e as condiccedilotildees em que o estudo foi realizado
conclui-se que
bull As respostas agronocircmicas das mudas de cebola para os paracircmetros avaliados
satildeo mais satisfatoacuterias com a aplicaccedilatildeo de esterco de curral como adubaccedilatildeo de
base
bull Os biofertilizantes mais urina de vaca e calda bordalesa proporcionam
respostas satisfatoacuterias quando aplicados associados agraves adubaccedilotildees de base
bull O biofertilizante MB4 mais urina de vaca e calda bordalesa eacute mais eficiente
que o super magro mais urina e calda bordalesa quando aplicado associado agrave
adubaccedilatildeo de base esterco de curral para os conteuacutedos de fitomassa secae
fresca da parte aeacuterea das plantas altura e diacircmetro de colo das mudas de
cebola
bull Os biofertilizantes adicionados agrave adubaccedilatildeo de base 45 t harsquo 1 de vermicomposto
bovino mostram respostas significativas para os conteuacutedos de fitomassa seca
bull Os maiores conteuacutedos nutricionais para as mudas de cebola satildeo
proporcionados pela adubaccedilatildeo de base esterco de curral
bull A maior absorccedilatildeo de caacutelcio pelas mudas de cebola ocorre quando da adiccedilatildeo do
biofertilizante MB4 mais urina e calda bordalesa agrave adubaccedilatildeo de base esterco de
curral
40
6 REFEREcircNCIAS BIBLIOGRAacuteFICAS
ALDRIGHI CB ABREU CM PAGLIA AG MORSELLI TBGA FERNANDES HS Efeito da aplicaccedilatildeo de biofertilizante e urina de vaca em mudas de tomateiro Horticultura Brasileira v20 n2 julho 2002 Suplemento 2
ALTIERI M NICHOLLS C I Agroecologia Teoria praacutectica para umaAgricultura Sustentable Ia ed PNUMA 2000 Cap 2 4 Seacuterie textos baacutesicos para la formacioacuten ambiental
ALTIERI M Agroecologia bases cientiacuteficas para uma agricultura sustentaacutevelGuaiacuteba Agropecuaacuteria 2002 592 p
ANTONIOLLI Z I GIRACCA E M N CARDOSO S J T WIETHAN M M S FERRI M Iniciaccedilatildeo agrave Minhocultura Criaccedilatildeo em Cativeiro e Vermicompostagem Santa Maria UFSM 1996 p59-89
BAYER C MIELNICZUC J Dinacircmica e funccedilatildeo da mateacuteria orgacircnica In SANTOS G de A S e CAMARGO F A de O (ed) Fundamentos da mateacuteria orgacircnica do solo ecossistemas tropicais e subtropicais Porto Alegre Genesis 1999 p 3-23
BARRETTO D X Composto Orgacircnico In Praacutetica em Agricultura Orgacircnica Satildeo Paulo iacutecone Ed Ltda 1985 p 51-63
BETTIOL W Alguns produtos alternativos para o controle de doenccedilas de plantasem agricultura orgacircnica II Ciclo de palestras sobre agricultura orgacircnica Instituto Bioloacutegico Satildeo Paulo p52-63 1997
41
BETTIOL W TRACH R GALVAtildeO JAH Controle de doenccedilas de plantas com biofertilizantes Jaguariuacutena EMBRAPA-CNPMA 1997 22p (EMBRAPA- CNPMA Circular Teacutecnica 02)
BRADY N C Natureza e propriedades dos sotos Rio de Janeiro Freitas BastosS A 1979 647p
BRADY N C Organisms and ecology of the soil In The nature of properties of soils Simon amp Schuster A Viacon Company New Jersey1999 402-489p
BON1LLA J A Fundamentos da Agricultura Ecoloacutegica Sobrevivecircncia eQualidade de Vida Satildeo Paulo Nobel 1992
BUREacuteS S Substratos Ediciones Agroteacutecnicas S L Madrid Octubre 1997
BUS1NELLI M Chemical Composition and Enzymic Activity of some Worm Cast Plant Soil v 80 p 1-2 1990
CALEGARI A Espeacutecies para cobertura de solo In IAPAR (Instituto Agronocircmico de Paranaacute) Plantio Direto pequena propriedade sustentaacutevel organizador Moacir Darolt Londrina - PR 1998 65-93
CAMARGO P N D Manual de Adubaccedilatildeo Foliar Satildeo Paulo Herba 1975
CAPRA F A Teia da Vida Satildeo Paulo Cultrix 1997 256p
CAPRA F O Ponto de Mutaccedilatildeo 22 ed Satildeo Paulo Cultrix 2001 447p
CHABOUSSOU F Plantas doentes pelo uso de agrotoacutexicos (A Teoria da Trofobiose) Porto Alegre LPM 1987 253 p
CLARO S A Referencias tecnoloacutegicos para a agricultura familiar ecoloacutegica aexperiecircncia da Regiatildeo Centro-Serra do Rio Grande do Sul Porto Alegre EMATERRS-ASCAR 2001 250p
CLIVELA G Diagnoacutestico Agronocircmico da cebola no Rio Grande do Sul Porto Alegre EMATERRS 1995 8 6 p
COMISSAtildeO DE FERTILIDADE DO SOLO - RSSC Recomendaccedilotildees de adubaccedilatildeo e calagem para os estados do Rio Grande do Sul e Santa Catarina 3 ed Passo Fundo SBCS - Nuacutecleo Regional Sul 1995 223p
COMPAGNONI L PUTZOLU G Cria moderna de Ias lombrices y utilizacioacutenrentable dei humus Barcelona Editorial de Vecchi- SA 1985127p
COSTABEBER J A MOYANO E Transiccedilatildeo agroecoloacutegica e accedilatildeo social coletiva Agroecologia e Desenvolvimento Rural Sustentaacutevel Porto Alegre v l n4 p 50- 60 outdez 2 0 0 0
42
COSTA M B B da Adubaccedilatildeo orgacircnica Nova siacutentese e novo caminho para aagricultura Satildeo Paulo Ed iacutecone Ltda 1985 102p
COSTA NETO C Agricultura Sustentaacutevel Tecnologias e Sociedade In CARVALHO COSTA LF et al (org) Mundo Rural e Tempo Presente Rio de Janeiro Mauad 1999
DrsquoAG0ST1NI R L FANTINI A C Produccedilatildeo orgacircnica tambeacutem socialmente excludente Agroecologia e Desenvolvimento Rural Sustentaacutevel Porto Alegre v3 n l p57-61 2002
DALPONTE J C V Utilizaccedilatildeo de materiais orgacircnicos e fertilizante mineral na produccedilatildeo e qualidade de mudas e bulbos de cebola (Alliurn Cepa L) Pelotas-RS 1990 (Mestrado em Agronomia) - Faculdade de Agronomia Eliseu Maciel UFPel 1990
DEBARBA J F THOMAZELLI L F GANDIN C L SILVA E Cadeias produtivas do Estado de Santa Catarina Cebola Florianoacutepolis Epagri 1998 115 p (EPAGRI Boletim Teacutecnico 96)
DUFOUR F Os saacutebios loucos do agro-alimentar Le Monde Diplomatique ano 1 n4 p6-7 1999 (ed portuguesa)
EHLERS E Agricultura Sustetaacutevel Origem e perspectivas de um novo paradigma 2 ed Guaiacuteba Agropecuaacuteria 1999 157 p
FILGUEIRA F A R Novo Manual de olericultura agrotecnologia moderna na produccedilatildeo e comercializaccedilatildeo de hortaliccedilas Viccedilosa UFV 2000 402 p
FRASER G K Mateacuteria Orgacircnica Del Suelo In BEAR F E (ed) Quiacutemica dei Suelo Madrid Ed Agrociencia 1963
FOLLET R H MURPHY L S DONAHUE R L Fertilizers and soil amendments New Jersey Printice-Hall Inc 1981 557p
GARCIA A Revista dei Espacio Rural Georgica Zaragoza Escuela Politeacutecnica de Huesca n5 1997
GARCIA A Versatildeo preliminar de um Programa Estadual de Produccedilatildeo e Comercializaccedilatildeo de Bulbos e Sementes de CebolaEMBRAPAIPAGROMARAEMATER 6 8 pbdquo 1990 (Publicaccedilatildeo avulsa)
GIORGETT1 J R Produccedilatildeo e Comercializaccedilatildeo de Mudas de Tomate In Encontro Nacional de Produccedilatildeo e Abastecimento de Tomate 2 1991 Jaboticabal Satildeo Paulo Anais Jaboticabal UNESP 1991 p 242-244
GLIESSMAN S R Agroecologia Processos ecoloacutegicos em agricultura sustentaacutevelPorto Alegre Universidade Federal do Rio Grande do Sul - UFRGS 2000 653p
43
GLIESSMAN S R TURRIALBA C R Agroecologia Procesos Ecoloacutegicos en Agricultura Sostenible CATIE 2002 p 3-14
GNOATTO S C Caracterizaccedilatildeo quiacutemica de vermicompostos de diferentes substratos orgacircnicos Pelotas-RS 1999 38 f (Mestrado em Agronomia - Solos) - Faculdade de Agronomia Eliseu Maciel UFPel 1999
GOMES J C C BORBA M F S A moderna crise dos alimentos oportunidade para a agricultura familiar Emater Porto Alegre julset 2000 Disponiacutevel em lthttpwwwematertchebrdocsagroecorevistan313-artigo3htmgtAcesso em 24 fev 2002
GOMEZ H W Desenvolvimento sustentaacutevel agriacutecola e capitalismo In Desenvolvimento sustentaacutevel Necessidade eou disponibilidade Santa Cruz do Sul Nobel - UNISC 1997 p 65-77
GONZAacuteLEZ DE MOLINA M SEVILLA GUZMAacuteN E Ecologia campesinado e historia Para una reinterpretacioacuten dei desarrollo dei capitalismo en la agricultura In SEVILLA GUZMAacuteN E GONZAacuteLEZ DE MOLINA M (ed) Ecologia campesinado e historia Madrid La Piqueta 1993 p 23-129
GRIFFITH S A SCHNITZER M Analytical characteristic of humic and fulvic acids extracted from tropical volcanic soils Soil Sei Soc Am Proc v 39 p361-367 1975
GUIMARAtildeES E Caracterizaccedilatildeo quiacutemica estreptoscoacutepica e por anaacutelise teacutermica de aacutecidos huacutemicos e vermicompostos obtidos de estercos de diferentes animaisCuritiba 1997 Dissertaccedilatildeo (Mestrado em Quiacutemica) Universidade Federal do Paranaacute 1997
HESS A F Sociedade e meio ambiente uma relaccedilatildeo ambiacutegua Revista Cientiacutefica Rural Bageacute v 4 n2 p 167-1741999
ICEPA-SC Informes conjunturais sobre a cultura da cebola Disponiacutevel em lthttpwwwicepa combrgt Acesso em 23 jan 2003
JONES H A MANN L K Onions and their allies New York Interscience Publishers 1962 286 p
JUacuteNIOR H A de MAIORANO J A Receitas obtidas de extratos de plantasCampinas CATITerra Viva [199-] 10 f
KHATOUNIAN C A Ciclo de Palestras sobre Agricultura Orgacircnica 2a Ed SatildeoPaulo Fund Cargill 1997 149 p
KIEHL E J Fertilizantes Orgacircnicos Satildeo Paulo Ed Agronocircmica Ceres Ltda 1985 492p
44
KOEFF H H PETTERSSON B D SHAUMANN W Vida Vegetal solos e adubaccedilatildeo In Agricultura Biodinacircmica Satildeo Paulo Nobel 1983 p92-149
KONONOVA M M Soil organic matter The importance o f organic matter in soil formation and soil fertility New York Pergamqn Press 1961 p 165-200
KUHN T A Estrutura das Revoluccedilotildees Cientiacuteficas Satildeo Paulo Perspectiva 1989 257p
LANNA FCA ABREU C L ABREU J G SILVA V Resposta de cultivares de melancia cultivadas sob adubaccedilatildeo quiacutemica e orgacircnica Horticultura v 12 n l p85 1994
LEFF H Saber Ambiental Petroacutepolis Vozes 2001 343 p
MAGALHAtildeES J R Nutriccedilatildeo e adubaccedilatildeo da cebola In FERREIRA M E CASSTELLANE P D CRUZ M C P Nutriccedilatildeo e adubaccedilatildeo de hortaliccedilasPiracicaba POTAFOS 1993 p 381-393
MALAVOLTA E Elementos de nutriccedilatildeo mineral de plantas Satildeo Paulo Ed Agronocircmica Ceres Ltda 1980 251 p
MALAVOLTA E Manual de Quiacutemica Agriacutecola - Adubos e Adubaccedilatildeo 3a ed SatildeoPaulo Ed Agronocircmica Ceres Ltda 1981 606 p
MARTINEZ A A A grande e Poderosa Minhoca Jaboticabal Funep - Unesp1990 101 p
MARTINS S R Desenvolvimento e Sustentabilidade Horticultura Brasileira Brasiacutelia-DF v20 n2 julho 2002 Palestra apresentada no 42deg Congresso Brasileiro de Olericultura
MARTINS S R Limites Del Desarrollo Sostenible em Ameacuterica Latina En el marco de Ias poliacuteticas de (re)ajuste econocircmico Pelotas Editora UFPel 1997 135 P-
MARTINS S R Sustentabilidade na agricultura dimensotildees econocircmicas sociais e ambientais Revista Cientiacutefica Rural Bageacute v4 n 2 p 175-1871999
MATURANA H REZEPKA S N D E Formaccedilatildeo Humana e Capacitaccedilatildeo Rio de Janneiro Vozes 2000 8 6 p
MELLO A F SOBRINHO M O ARZOLLA S SILVEIRA R NETTO A C KIEHL J C Fertilidade do Solo Satildeo Paulo Nobel 1983
MENEZES JUacuteNIOR F O G D Caracterizaccedilatildeo de Diferentes substratos hortiacutecolas e seu efeito na produccedilatildeo de mudas de alface e couve-flor em ambiente protegido Pelotas 1998 141 p Dissertaccedilatildeo (Mestrado em Agronomia - Produccedilatildeo Vegetal) - Faculdade de Agronomia Eliseu Maciel UFPel 1998
45
MIBASA Mineraccedilatildeo Barreto SA Melhorador de Solos MB4 A Natureza Agradece Arapiraca-AL [199-] Folder
MINAMI K Os resumos da olericultura 2000 In AZEVEDO FILHO MARTINEZ FILHO (ed) Preccedilos agriacutecolas Piracicaba ESALQ 1999 p 4
MINAMI K Produccedilatildeo de Mudas de Alta Qualidade em Horticultura Satildeo Paulo TA Queiroz 1995
MORSELLI T B G A Cultivo sucessivo de alface sob adubaccedilatildeo orgacircnica em ambiente protegidoPelotas 2001 178 p Tese (Doutorado em Agronomia - Produccedilatildeo Vegetal) Faculdade de Agronomia Eliseu Maciel UFPel 2001
MORSELLI T B G A Resiacuteduos orgacircnicos em sistemas agriacutecolas Poliacutegrafo da Disciplina de Resiacuteduos orgacircnicos em sistemas agriacutecolas Curso de Poacutes-Graduaccedilatildeo em Agronomia-Produccedilatildeo Vegetal UFPel 2002
MULLER AM Efeitos da Aplicaccedilatildeo Foliar de um Biofertilizante Enriquecido no Estado fitossanitaacuterio de Tomate Ervilha e Beterraba Sob Manejo OrgacircnicoDissertaccedilatildeo (Mestrado no Programa de Poacutes-Graduaccedilatildeo em Agroecossistemas)1999 (Resumo)
NOLLA D Erosatildeo do Solo - O grande desafio Estado do Rio Grande do Sul SEAGRI desenvolvimento de recursos naturais renovaacuteveis 1982 412 p
PAGLIA AG MORSELLI TBGA PEIL RMN Teores de nutrientes pH e condutividade eleacutetrica da aacutegua em sistema ldquofloat^ngrdquo sob adiccedilatildeo de biofertilizantes Horticultura Brasileira v 20 n2 julho 2002 Suplemento 2
PAULUS G MULLER A BARCELLOS LAR Agroecologia aplicada praticas e meacutetodos para uma agricultura de base ecoloacutegica 2ed ver ampl Porto Alegre EMATERRS 2001 8 6 p
PEIXOTO R T dos G Composto orgacircnico aplicaccedilotildees benefiacutecios e restriccedilotildees de uso Horticultura Brasileira Brasiacutelia-DF v 18 p 56-64 julho 2000
PENTEADO SR Defensivos Alternativos e Naturais Satildeo Paulo 1999 95 p
PEREIRA AJ SOUZA RJ PEREIRA WR Efeito de diferentes doses de esterco de galinha e de curral sobre a produccedilatildeo de cebola Horticultura Brasileira v20 n2 julho 2002 Suplemento 2
PINHEIRO S BARRETO SB MB-4 agricultura sustentaacutevel trofobiose e biofertilizantes Fundaccedilatildeo Juquira CandiruMibasa 2000 273 p
PRIMAVESI A Agricultura Sustentaacutevel Satildeo Paulo Nobel 1992 142 p
PRIMAVESI A O manejo ecoloacutegico do solo Agricultura em regiotildees tropicais SatildeoPaulo Nobel 1982 541 p
46
PURCINO A A C ldquoNitrogecircniordquo Informe Agropecuaacuterio Belo Horizonte v7 n81 p 16-27 1981
QUIJANO F G Efeito da adubaccedilatildeo orgacircnica no desenvolvimento de duas cultivares de alface em ambiente protegido Pelotas 1999 116f Dissertaccedilatildeo (Mestrado em Agronomia - Produccedilatildeo Vegetal) Faculdade de Agronomia Eliseu Maciel UFPel 1999
RODRIGUES A N N Efeitos e residuais de superfosfato triplo sobre o rendimento de mateacuteria seca e absorccedilatildeo de foacutesforo pela aveia (Avena strigosa Schob) em solo Podzoacutelico Vermelho Escuro Porto Alegre 1984 59f Dissertaccedilatildeo (Mestrado em Agronomia) - Faculdade de Agronomia UFRGS 1984
RODRIGUES E T CASALI V W D Respostas da alface agrave adubaccedilatildeo orgacircnica II Teores conteuacutedos e utilizaccedilatildeo de macronutrientes em cultivares Rev Ceres Viccedilosa v 45 n 261 p 437-449 1998
SAMINEcircS T C O Produccedilatildeo orgacircnica de alimentos Horticultura Brasileira Brasiacutelia-DF v 17 n3 novembro 1999
SCHIEDECK G Ambiecircncia e resposta agronocircmica de meloeiro (Cucumis melo L) cultivado sob adubaccedilatildeo orgacircnica em ambiente protegido Pelotas lOOp Tese (Doutorado em Agronomia - Produccedilatildeo Vegetal) - Faculdade de Agronomia Eliseu Maciel UFPel 2002
SILVA JUacuteNIOR A A GIORGI E Substratos alternativos para a produccedilatildeo de mudas de tomate Agropecuaacuteria Catarinense Florianoacutepolis EPAGRI 1992 23 p
SILVA JUacuteNIOR A A MACEDO S G STUKER H Utilizaccedilatildeo de esterco de peru na produccedilatildeo de mudas de tomateiro Florianoacutepolis EPAGRI 1995 28 p (Boletim Teacutecnico 73)
TAGLIARI PS GRASSMANN H Minhoca a grande aliada da agricultura Agropecuaacuteria Catarinense v8 n l p 11-14 mar 1995
TEDESCO M J GIANELLO C Anaacutelises de solo plantas e outros materiais Porto Alegre Faculdade de Agronomia Departamento de Solos Universidade Federal do Rio Grande do Sul RS 1996
TENNANT D A Test of modified line intersect method of estimating root lenght Journal Ecology Oxford v 63 p 995-1001 1975
TIBAU A O Mateacuteria Orgacircnica do Solo Mateacuteria Orgacircnica e Fertilidade do SoloSatildeo Paulo Nobel 1984 p49-182
TIMM P J Anaacutelise comparativa dos sistemas de plantio convencional e cultivo miacutenimo de cebola sob adubaccedilatildeo orgacircnica e mineral Pelotas 2000 79 p Dissertaccedilatildeo (Mestrado em Agronomia - Produccedilatildeo Vegetal) - Faculdade de Agronomia Eliseu Maciel UFPel 2000
47
VALENZUELA HR CROSBY C Effect of compost applications on the yield of several vegetables in long-term organic farming experiments conduced in the tropics American Society Horticultural Science v33 n3 june 1998
VIGLIZZO E (ed) Subprograma Recursos Naturais y Sostenibilidad Agriacutecola documento marco Montevideo IICAPROCISUR 1995 p 75 - 78
WE1D J M TARDIN J M Proposta para a Ampliaccedilatildeo do Trabalho da ASPTA no Centro Sul do Paranaacute ASPTA Disponiacutevel em http wwwpronafgovbrEncontrotestosAS20PTA20Sul20ParanE1205 202002doc Acesso em 05 mai 2002
XAVIER SIMOacuteN F DOMINGUES D G Desenvolvimento Rural Sustentaacutevel uma perspectiva agroecoloacutegica Agroecologia e Desenvolvimento Rural Sustentaacutevel Porto Alegre EM ATERRS v2 n2 p 17-26 2001
ZABALETA J P Diagnoacutestico da Agricultura Familiar em Satildeo Joseacute do Norte - RSPelotas EMBRAPA-CPACT 1998 75 p (EMBRAPA-CPACT Documentos 44)
ZONTA E P MACHADO A A SILVEIRA P Sanest Sistema de anaacutelise estatiacutestica para microcomputadores Registrado na Secretaria Especial de Informaacutetica sob nuacutemero 066060 - categoria A Pelotas-RS Universidade Federal de Pelotas 1984
48
7 APEcircNDICE
APEcircNDICE A - Anaacutelise da adubaccedilatildeo de base e biofertilizantes utilizados na produccedilatildeo de mudas de cebola
TABELA 1 A Anaacutelise baacutesica do solo antes da incorporaccedilatildeo do feijatildeo miuacutedo + papua
Arg
pH IND
SMP
MO
P - n r - Na Al Ca__10Omlmdash
Mg
ppm -
6 53 67 089 8 6 27 1 04 05 0 2
Fonte LASFAEMUFPel (2002)
TABELA 2A Anaacutelise complementar do solo antes da incorporaccedilatildeo do feijatildeo-miuacutedo + papua
Cobre Zinco Manganecircs Ferro
(m v1)
04 05 26 007
Fonte LASFAEMUFPel (2002)
49
TABELA 3A Anaacutelise dos fertilizantes soacutelidos
Amostra pH limidade CN
C N P K Ca Mg
- g-ivg --
Cama de 849 2491 12 31042 2479 3888 3405 29875 463
aves
Esterco 74 3594 11 677 590 157 134 335 214
de curral
Huacutemus 684 5738 14 15965 1098 453 745 743 361
Fonte LASFAEMUFPel (2002)
TABELA 4A Anaacutelise quiacutemica dos biofertilizantes liacutequidos
Amostra N P K_ccedil H
Ca Mg Cu Zn Fe Mn
mdashgL bull
S Magro
m b 4
Urina
053
1652
8 2 2
008
395
0 0 0
149
1674
471
1902
6872
0 0 0
1150
4507
1172
7273
42
033
101389
920
0 0 0
6250
19458
781
35273
1123
0 2 1
Fonte LASFAEMUFPel (2002)
50
APEcircNDICE B - Condiccedilotildees climaacuteticas do local
TABELA 1B Condiccedilotildees de temperatura do local
___________ __________TEMPERATURA (degCgt
meses Meacutedia
Maacutexima
Meacutedia
MiacutenimaMeacutedia
Maacutexima
Absoluta
Miacutenima
Absoluta
Junho 225 87 156 320 25
Julho 225 85 155 285 30
Agosto 251 71 161 360 1 0
Fonte FEPAGROSCT 2002
TABELA 2B Condiccedilotildees de chuva do local
mdash CHUVA (mm)mdash
meses Ocorrida Normal Desvio Da Normal
Junho 1080 1 1 0 -2 0
Julho 1062 98 8 2
Agosto 1283 1 2 0 83
Fonte FEPAGROSCT 2002
51
TABELA 1C Produccedilatildeo de fitomassa fresca e seca (g) da parte aeacuterea altura de planta
(cm) e diacircmetro de colo (mm) de mudas de cebola Petrolini cultivadas
sob uma perspectiva agroecoloacutegica Pelotas-RS 2003
APEcircNDICE C - Anaacutelise estatiacutestica da parte aeacuterea
Causas G1 FFPA FSPA AP DC
da variaccedilatildeo --------- Quadrados meacutedios-
Blocos 3
Ad Base 2 175359071 1287102 2547419 1 11775
Biofertilizantes 2 126876 29011 87669ns 02185ns
Ad x Biofert 4 572378 31123 69106ns 04159
Resiacuteduo 24 34456 03048 27169 00290
Total 35
Meacutedia geral 93745 8772 320388 6741
CV 1980 6294 5145 2530
Significativo a 5ns Natildeo significativo
52
TABELA 1D Produccedilatildeo de fitomassa fresca e seca (g) comprimento (cm) e densidade
de raiacutezes (m cm3) de mudas de cebola Petrolini cultivadas sob uma
perspectiva agroecoloacutegica e razatildeo parte aeacutereasistema radicular Pelotas-
RS 2003
APEcircNDICE D - Anaacutelise estatiacutestica da raiz
Causas G1 FFR FSR CR RPASR DR
da variaccedilatildeo Quadrados meacutedios---------------
Blocos 3
Ad Base 2 27874 551 623 2 1 0 140
Biofertilizantes 2 178 0 1 0 ni 1504 l03ns 038ns
Ad x Biofert 4 190 058 318 294 183
Resiacuteduo 24 005 009 028 023 0 2 1
Total 35
Meacutedia geral 1818 228 184 387 333
C V 134 1356 448 1253 1396
Significativo a 5 ns Natildeo significativo
53
APEcircNDICE E - Anaacutelise estatiacutestica dos macronutrientes da parte aeacuterea da cebola
TABELA 1E Conteuacutedos (mg planta1) de nitrogecircnio foacutesforo potaacutessio caacutelcio e
magneacutesio no tecido vegetal de mud^s de cebola Petrolini cultivadas
sob uma perspectiva agroecoloacutegica Pelotas-RS 2003
Causas G1 bull N P K Ca Mg
da variaccedilatildeo
Blocos 3
Ad Base 2 13550306 446627 25509686 1031806 59007
Biofertilizantes 2 180610ns 16564 68153ns 39006 876ns
Ad x Biofert 4 454187 45743 1047539 46950 2464
Resiacuteduo 24 29769 1453 64313 3741 439
Total 35
Meacutedia geral 24921 4597 33366 6943 1615
C V 692 829 760 880 1297
Significativo a 5 ns Natildeo significativo
APEcircNDICE F - Fotos do experimento
FIGURA 2 Mudas de cebola (Allium cepa L) produzidas sob uma perspectiva agroecoloacutegica
APEcircNDICE F a Fotos do experimento
FIGURA 1 Adubaccedilatildeo verde com feijatildeo-miuacutedo e papuatilde utilizadas no manejo do solo
FIGURA 2 Mudas de cebola (Allium cepa L) produzidas sob urna perspectiva agroecoloacutegica
Natildeo eacute o desafio com que nos deparamos
que determina quem somos e o que estamos nos tornando
Mas a maneira com que respondemos a este desafio
Somos combatentes idealistas mas plenamente conscientes
Porque o ter consciecircncia natildeo nos obriga
a ter teoria sobre as coisas
soacute nos obriga a sermos conscientes
Dificuldades para vencer
A liberdade para provar
E enquanto acreditamos no nosso sonho
Nada eacute por acaso
(Henfil)
Acredito que Deus estaacute em tudo
Por isso agrave Natureza dedico
iii
AGRADECIMENTOS
Cumprindo esta etapa fundamental para minha formaccedilatildeo profissional comeccedilo
agradecendo a FAEMUFPel pela oportunidade
A FEPAGROSUL que abriu espaccedilo para a produccedilatildeo e troca de conhecimento
Aos funcionaacuterios que foram fundamentais na execuccedilatildeo deste trabalho
Ao Programa RS-Rural por fornecer todas as condiccedilotildees financeiras agrave realizaccedilatildeo
deste trabalho acreditando na necessidade de geraccedilatildeo de tecnologias que possam
responder a imensa diversidade dos agroecossistemas regionais
Sou especialmente grata agrave Tacircnia que esteve comigo no dia-dia Considero-a muito
mais que orientadora considero-a como uma parceira na vida tanto nas horas alegres
como nas tristes pois partilhamos do alfabeto emocional
Aos co-orientadores Seacutergio pelo ser amoroso que eacute Roberta pela incansaacutevel
ajuda e Joatildeo Baptista por sua dedicaccedilatildeo
A todos os professores e funcionaacuterios que contribuiacuteram com sorrisos e disposiccedilatildeo
sempre
Meus colegas e amigos verdadeiros Natildeo citarei nomes pois todos satildeo especiais
satildeo ldquoseres humanosrdquo que tanto amo e admiro
Paulo Timm obrigada pela confianccedila e dedicaccedilatildeo
A minha famiacutelia Junto a eles restauro as forccedilas da minha alma e encontro apoio e
estimulo para prosseguir e meu caminho tendo a certeza que nunca estarei soacute
Edi quanta saudade senti Fez-me crer que eacute possiacutevel fazer do sonho a vida
Nosso amor me fortaleceu nos dias difiacuteceis
Ao Conselho Nacional de Desenvolvimento Tecnoloacutegico pelo apoio financeiro
E por uacuteltimo mas natildeo menos importante a todos que acreditam e compartilham
na busca do ideal ldquofelicidaderdquo este que soacute pode ser operacionalizado dentro do real e
que certamente este real pode ser mudado
IV
IacuteNDICE
FICHA DE HOMOLOGACcedilAtildeO ii
DEDICATOacuteRIA iii
AGRADECIMENTOS iv
IacuteNDICE v
SUMAacuteRIO vii
SUMMARY ix
INTRODUCcedilAtildeO 1
2 REVISAtildeO DE LITERATURA 3
21 Desenvolvimento e sustentabilidade 3
211 Agroecologia Paradigma em construccedilatildeo 5
212 Agroecologia e agricultura familiar 7
213 O Mercado de produtos orgacircnicos 8
22 A cultura da cebola e sua importacircncia 9
2 2 1 Caracteriacutesticas agronocircmicas da cebola 1 0
222 A produccedilatildeo de mudas de hortaliccedilas 11
23 Adubaccedilatildeo orgacircnica 12
231 Efeitos da adubaccedilatildeo orgacircnica no solo 13
232 Efeitos da adubaccedilatildeo orgacircnica nas culturas 14
233 Plantas de cobertura do solo 15
234 Adubaccedilatildeo foliar 15
24 Vermicompostagem 16
V
241 Resiacuteduos utilizados na vermicompostagem17
2411 Resiacuteduos de origem animal17
2412 Resiacuteduos de origem vegetal17
25 Biofertilizantes 18
251 Urina de vaca 20
252 Alhol 21
253 Calda Bordalesa22
254 Biofertilizante Super Magro 22
256 Biofertilizante MB4 23
3 M ATERIAL E M EacuteTODOS 24
31 Local de execuccedilatildeo do experimento 24
32 Anaacutelise estatiacutestica 24
33 Tratamentos 25
34 Conduccedilatildeo do experimento27
35 Observaccedilotildees agronocircmicas 28
351 Fitomassa fresca da parte aeacuterea28
352 Fitomassa seca da parte aeacuterea 28
353 Altura da muda 28
354 Diacircmetro de colo 28
355 Sistema radicular 29
3551 Comprimento de raiz 29
3552 Densidade de raiz 29
3553 Razatildeo parte aeacutereasistema radicular 30
36 Determinaccedilatildeo de macronutrientes no tecido vegetal 30
4 RESULTADOS E DISCUSSAtildeO 31
41 Anaacutelise das variaacuteveis 31
411 Anaacutelise da parte aeacuterea 31
412 Anaacutelise do sistema radicular 33
413 Anaacutelise de macronutrientes no tecido vegetal 35
5 CONCLUSOtildeES 39
6 REFEREcircNCIAS BIBLIOGRAacuteFICAS 40
7 APEcircNDICE 48
VI
SUMAacuteRIO
PAGLIA AgraveGUIDA GORETI (MS) Universidade Federal de Pelotas fevereiro de 2003 Produccedilatildeo de Mudas de Cebola (Allium cepa L) sob uma perspectiva Agroecoloacutegica Professora Orientadora Tacircnia Beatriz Gamboa Arauacutejo Morselli Co- orientadores Seacutergio Roberto Martins Roberta Marins Nogueira Peil e Joatildeo Baptista da Silva
Com o objetivo de estudar a produccedilatildeo de mudas de cebola sob uma perspectiva
agroecoloacutegica foi conduzido um experimento a campo na Fundaccedilatildeo Estadual de
Pesquisa Agropecuaacuteria - FEPAGROSUL no municiacutepio de Rio GrandeRS no periacuteodo
de 15 de maio a 26 de agosto de 2002 Utilizou-se a cultivar Petrolini (ciclo meacutedio)
submetida as seguintes adubaccedilotildees adubaccedilatildeo de base (1 VB - 30 t ha 1 de
vermicomposto bovino 15 VB - 45 t harsquo 1 de vermicomposto bovino e EC - 60 t ha de
esterco de curral) e biofertilizantes liacutequidos (SM+U+CB - Super Magro mais urina de
vaca mais calda bordalesa MB4 +U+CB - MB4 mais urina de vaca mais calda bordalesa
e Testemunha - ausecircncia) O experimento foi esquematizado em delineamento em
blocos ao acaso em fatorial 3 X 3 As variaacuteveis analisadas foram fitomassa fresca e
seca (g) da parte aeacuterea e do sistema radicular altura de planta (cm) diacircmetro do colo
(mm) comprimento de raiz (cm) razatildeo parte aeacutereasistema radicular densidade de raiz
(m cm3) e conteuacutedos de nitrogecircnio foacutesforo potaacutessio caacutelcio e magneacutesio na parte aeacuterea
da planta Concluiu-se que as respostas agronocircmicas das mudas de cebola para os
paracircmetros avaliados satildeo mais satisfatoacuterias com a aplicaccedilatildeo de esterco de curral como
adubaccedilatildeo de base os biofertilizantes mais urina de vaca e calda bordalesa proporcionam
VII
respostas satisfatoacuterias quando aplicados junto agraves adubaccedilotildees de base o biofertilizante
MB4 mais urina de vaca e calda bordalesa eacute mais eficiente que o super magro mais urina
e calda bordalesa quando aplicado junto agrave adubaccedilatildeo de base esterco de curral os
conteuacutedos de fitomassa seca das mudas de cebola satildeo significativos quando adicionado
os biofertilizantes ao vermicomposto bovino (45 t harsquo1) os maiores conteuacutedos
nutricionais para as mudas de cebola satildeo proporcionados pela adubaccedilatildeo de base esterco
de curral a maior absorccedilatildeo de caacutelcio pelas mudas de cebola ocorre quando da adiccedilatildeo de
biofertilizante MB4 mais urina e calda bordalesa agrave adubaccedilatildeo de base esterco de curral
VIII
SUMMARY
PAGLIA AgraveGUIDA GORETI (MS) Universidade Federal de Pelotas February 2003 Onion (Allium cepa L) Transplant Production under an Agroecological Perspective Tacircnia Beatriz Gamboa Arauacutejo Morselli Comitte Seacutergio Roberto Martins Roberta Marins Nogueira Peil and Joatildeo Baptista da Silva
With the objective of studying the onion transplant production under an agroecological
perspective a field experiment was carried out in the Fundaccedilatildeo Estadual de Pesquisa
Agropecuaacuteria-FEPAGROSUL in the city o f Rio GiWideRS in the period between 15
May and 26 August 2002 The cultivar Petrolini (medium cycle) was submitted to the
following fertilizers soil fertilizer (1 VB - 30 t h a o f bovine vermicompost 15 VB -
45 t ha 1 of bovine vermicompost and EC - 60 t ha 1 of manure and liquid biofertilizer
(SM+U+CB - ldquoSuper Magrordquo with cow urine with bordeaux mixture MB4 +U+CB -
MB4 with cow urine with bordeaux mixture and control - absence) The experiment was
laid in a randomized block design in factorial scheme 3X3 The analyzed parameters
were fresh and dry matter of the aerial part and root system plant height colon
diameter root length ration aerial partroot system root density and the contents
nitrogen phosphorus potassium calcium and magnesium in the aerial part o f the plant
It was concluded that the agronomic responses o f the onion seedlings for the evaluated
parameters are more satisfactory with the application o f manure as soil fertilizer the
biofertilizers with cow urine and bordeaux mixture provide satisfactory responses when
applied along with the soil fertilizer the biofertilizer MB4 with cow urine and bordeaux
IX
mixture is more effieient than the ldquoSuper Magrordquo with urine and bordeaux mixture
when applied along with manure as soil fertilizer the dry matter contents of the onion
seedlings are significant when the biofertilizer is added to bovine vermicompost (45 t
h a 1) the largest nutritional contents for the onion seedlings are obtained with manure as
soil fertilizer the largest absorption of calcium by the onion seedlings happens when the
biofertilizer MB4 with urine and bordeaux mixture is added to the manure as soil
fertilizer
X
mixture is more efficient than the Super Magro with urine and bordeaux mixture
when applied along with manure as soil fertilizer the dry matter contents of the onion
seedlings are significant when the biofertilizer is added to bovine vennicompost (45 t
hamiddot ) the largest nutritional contents for the onion seedlings are obtained with manure as
soil fertilizer the largest absorption of calcium by the onion seedlings happens when the
biofertilizer MB4 with urine and bordeaux mixture is added to the manure as soil
fertilizer
x
1
1 INTRODUCcedilAtildeO
ldquoEu sustento que a ciecircncia soacute tem
finalidade se serrsquoir para aliviar a miseacuteria
da existecircncia humana
(Bertold Brecht)
No Rio Grande do Sul cultivar cebola eacute atividade de pequenos e meacutedios
produtores revestindo-se de suma importacircncia para a economia onde contribui para a
geraccedilatildeo de empregos e a fixaccedilatildeo do homem ao meio rural visto que haacute necessidade de
outros tipos de investimentos sociais e econocircmicos
Segundo o ICEPA-SC (2003) o Rio Grande do Sul responde por cerca de 14 da
produccedilatildeo nacional o que faz da cebola a segunda hortaliccedila em importacircncia econocircmica
no Estado sendo apenas superada pela cultura da batata poreacutem a aacuterea plantada no RS
tem apresentado recuo nos uacuteltimos anos caindo de 16648 hectares na safra 9899 para
14085 na safra atual (0203) acontecendo o mesmo com a produccedilatildeo que diminuiu de
181338 toneladas na safra 9596 para aproximadamente 159000 na safra atual
A baixa produtividade obtida pode ser atribuiacuteda a vaacuterios fatores baixa
disponibilidade de mateacuteria orgacircnica no solo poucc^ uso de materiais orgacircnicos eou
aplicaccedilatildeo inadequada destes considerando ainda que a maioria dos produtores
conservam caracteriacutesticas agriacutecolas do seacuteculo passado apresentando resistecircncia ao
associativismo e possuem carecircncia de infraestrutura (estradas eletricidade telefonia
drenagem e condiccedilotildees de armazenamento) Esses fatores aliados a baixa rentabilidade
2
da cultura tem sido apontados como responsaacuteveis pelo abandono da cebolicultura por
alguns produtores
A fase de produccedilatildeo das mudas eacute de extrema importacircncia para o cultivo da cebola e
requer manejo adequado dos recursos naturais para que a cultivar utilizada possa
expressar seu potencial geneacutetico sem comprometer o equiliacutebrio ambiental O principal
cuidado para o desenvolvimento de mudas de qualidade refere-se agrave utilizaccedilatildeo adequada
do solo
Desta forma o manejo do solo e das plantas orientado pela agroecologia pode se
constituir numa excelente alternativa para obtenccedilatildeo de mudas de qualidade sem
comprometer a sauacutede dos agricultores e contribuindo para a preservaccedilatildeo ambiental
Diversas praacuteticas vecircm sendo utilizadas com esta finalidade entre elas citam-se a
adubaccedilatildeo orgacircnica e os biofertilizantes enriquecidos No entanto estes fatores de
produccedilatildeo precisam ser melhor estudados no que tange a sua utilizaccedilatildeo adequada pelos
produtores de cebola objetivando um sistema de produccedilatildeo sustentaacutevel
A agroecologia como ciecircncia apresenta vaacuterias dimensotildees ecoloacutegica econocircmica
social cultural poliacutetica e eacutetica Neste sentido e considerando-se a procura crescente por
produtos orgacircnicos e a necessidade de sistemas de fertilizaccedilatildeo adequados ao cultivo da
cebola o presente trabalho teve como objetivo a produccedilatildeo de mudas sob uma
perspectiva agroecoloacutegica contribuindo para o processo de transiccedilatildeo do sistema de
produccedilatildeo
3
2 REVISAtildeO DE LITERATURA
ldquoAs novas eras natildeo comeccedilam de uma vez
Meu avocirc jaacute vivia no novo tempo
Meu neto viveraacute talvez ainda no velho
A nova carne eacute comida com os velhos garfos
(Bertold Brecht)
21 Desenvolvimento e sustentabilidade
Nenhuma espeacutecie viva com exceccedilatildeo do homem empreende esforccedilos de
desenvolvimento no sentido de crescimento material que sob as formas em que vem
sendo compreendido conduz sempre a algum tipo de agressatildeo contra o ambiente Os
esforccedilos presentes visando o progresso material assim como a maneira de satisfaccedilatildeo
das necessidades baacutesicas do homem no mundo de hoje revelam-se inconsistentes O
uso para esse fim de mateacuteria e energia em doses excessivas e crescentes tem exaurido
recursos ambientais acima de sua capacidade de regeneraccedilatildeo obviamente tendendo a
toma-los menos disponiacuteveis para as futuras geraccedilotildees
De acordo com Martins (2002) o Desenvolvimento Sustentaacutevel natildeo eacute um conceito
acabado trata-se de uma ideacuteia forccedila proacute-ativa e positiva mas que necessita ser
esclarecida quanto ao significado destes dois vocaacutebulos que lhe compotildee e o contexto em
que as pessoas com eles se relacionam Aleacutem disso isso afeta tanto como profissionais
cujas atividades vinculam-se diretamente ao trato com a natureza e portanto por ela satildeo
4
responsaacuteveis mas especialmente como cidadatildeos que constroem no seu cotidiano as
distintas dimensotildees do desenvolvimento sociais econocircmicas ambientais culturais
cientificas e tecnoloacutegicas juriacutedicas poliacuteticas e espirituais
Segundo Altieri amp Nicholls (2000) para o desenvolvimento de uma agricultura
sustentaacutevel as necessidades natildeo satildeo apenas bioloacutegicas ou teacutecnicas mas tambeacutem sociais
econocircmicas e poliacuteticas E inconcebiacutevel promover mudanccedilas ecoloacutegicas no setor agriacutecola
sem a defesa de mudanccedilas nas outras aacutereas da sociedade de modo a conscientizar o
homem sobre as condiccedilotildees necessaacuterias para a exploraccedilatildeo da natureza
A ideacuteia da sustentabilidade referente ao vocaacutebulo sustentaacutevel coloca-se como
contraponto ao caraacuteter perdulaacuterio do modelo prevalecente na medida em que o modelo
econocircmico praticado por um lado estaacute baseado no consumo da mateacuteria prima fornecida
pela natureza para a produccedilatildeo de bens e serviccedilos em descompasso com seu ritmo e
capacidade de fornecimento por outro tem tratado a natureza como mero depositaacuterio de
resiacuteduos sem considerar sua capacidade de absorccedilatildeo e reciclagem A sustentabilidade
contrapotildee-se agrave caracteriacutestica antropocecircntrica do modelo o homem como centro da
questatildeo numa postura dominante sobre o entorno natural cujas ferramentas cientiacuteficas e
tecnoloacutegicas embasam um modelo econocircmico que subjuga a natureza e coloca-se acima
desta O vocaacutebulo sustentaacutevel portanto se refere agrave capacidade de suporte da biosfera
sendo um fim a ser perseguido com o objetivo de garantir sua preservaccedilatildeo numa visatildeo
prospectiva ou seja que assegure o futuro planetaacuterio assumindo portanto o
compromisso com as geraccedilotildees vindouras (Martins 2002)
Quando se trata de apontar os possiacuteveis caminhos que levaratildeo a um novo padratildeo
produtivo e garanta a seguranccedila alimentar sem agredir o ambiente o caminho torna-se
mais difiacutecil Percebe-se que a noccedilatildeo de agricultura sustentaacutevel permanece cercada por
duacutevidas e contradiccedilotildees mesmo assim seu emprego toma-se cada vez mais frequumlente
(Ehlers 1999)
Haacute que se incorporar a concepccedilatildeo de entropia agrave noccedilatildeo de desenvolvimento visto
que a extraccedilatildeo e o transporte tambeacutem satildeo atividades econocircmicas que requerem cuidados
de manejo visando menores efeitos entroacutepicos ao meio ambiente Satisfazer as
necessidades presentes sem comprometer as possibilidades das futuras geraccedilotildees
satisfazerem as suas proacuteprias eacute o que necessita ser construiacutedo no cotidiano Esta natildeo eacute
uma tarefa faacutecil nos tempos atuais pois o mundo nunca passou por tanta incerteza e
nunca teve um presente tatildeo insustentaacutevel (Martins 1997)
211 Agroecologia Paradigma em construccedilatildeo
5
O seacuteculo passado assistiu a uma ineacutedita expansatildeo da capacidade humana de
agenciamento das forccedilas naturais promovida pelo saber teacutecnico-cientiacutefico cuja
centra lidade eacute hoje irreversiacutevel no que se refere as relaccedilotildees com a natureza Em relaccedilatildeo
ao conhecimento poucas aacutereas de interesse do homem moderno se ligam tanto agrave
pesquisa cientiacutefica como a questatildeo ambiental sendo um fenocircmeno de tendecircncia
internacional evidenciado a partir da deacutecada de 70 (Hess 1999)
A noccedilatildeo de paradigma eacute normalmente utilizada para estabelecer uma
diferenciaccedilatildeo entre dois momentos ou dois niacuteveis do processo de conhecimento
cientiacutefico (Capra 1997 Kuhn 1989) Para um entendimento miacutenimo do que significa
essa noccedilatildeo Costa Neto (1999) diz que se pode conceituar o paradigma enquanto um
modelo de ciecircncia que serve como referecircncia para todo um fazer cientiacutefico durante uma
determinada eacutepoca ou um periacuteodo de tempo demarcado e a partir de um certo momento
da histoacuteria da ciecircncia o referido modelo predominante tende a se esgotar em funccedilatildeo de
uma crise de confiabilidade nas bases estruturantes de seu conhecimento Desta forma o
paradigma passa a ser substituiacutedo por outro modelo cientiacutefico predominante Tambeacutem
pode ocorrer o fato de dois paradigmas disputarem o espaccedilo de hegemonia na
construccedilatildeo do conhecimento (Costa Neto 1999)
Os problemas com os quais nos deparamos hoje satildeo faces de uma crise uacutenica
diferentes do fazer cientiacutefico e proveniente de uma crise de percepccedilatildeo segundo Capra
(2 0 0 1 ) isto faz com que nossas instituiccedilotildees e noacutes em particular natildeo consiga perceber
claramente realidades complexas em um mundo globalmente interligado Ainda que as
soluccedilotildees para alguns de nossos principais problemas possam ser relativamente simples
ldquosoacute seratildeo possiacuteveis mediante uma mudanccedila radical em nossas percepccedilotildeesrdquo este eacute
tambeacutem o ldquoestopim para colocar em marcha medidas efetivasrdquo porque os governos e as
instituiccedilotildees jamais empreenderatildeo accedilotildees de fato enquanto as pessoas natildeo
compreenderem que satildeo parte do problema e da soluccedilatildeo e que eacute preciso assumir a
necessidade de mudar o rumo das coisas (Gomes amp Borba 2000)
Para Leff (2001) a agroecologia representa o ldquonascimento de um paradigmardquo que
eacute a alma da produccedilatildeo sustentaacutevel um processo que permite o resgate dos
conhecimentos proacuteprios e o renascimento do ser trazendo de volta as relaccedilotildees com os
seres humanos na medida em que o produtor cria atraveacutes de seu conhecimento o seu
proacuteprio saber-fazer numa relaccedilatildeo com a vida e com a terra
6
Segundo Costa Neto (1999) o paradigma agroecoloacutegico representa portanto a
linha de um posicionamento soacutecio-ambiental que tem uma vertente tecnoloacutegica apta a
ser uma alternativa agrave produccedilatildeo agriacutecola em grande escala e ao modelo tradicional
disciplinar
Hoje a agroecologia continua a fazer conexatildeo entre fronteiras estabelecidas Por
um lado estuda os processos econocircmicos e os agroecossistemas por outro eacute um agente
para as mudanccedilas sociais e ecoloacutegicas complexas que tenham necessidade de ocorrer no
futuro a fim de levar a agricultura para uma base verdadeiramente sustentaacutevel O
processo de mudanccedila estaria dirigido agrave busca de novos pontos de equiliacutebrio entre as
dimensotildees de produtividade estabilidade e equumlidade na atividade agraacuteria articuladas
entre si poreacutem em constante processo de adaptaccedilatildeo e retroalimentaccedilatildeo utilizando
estilos mais respeitosos com o ambiente com o propoacutesito de superar a crise enfrentada
pelos agricultores (Costabeber amp Moyano 2000)
De acordo com Altieri (2002) soacute uma compreensatildeo mais profunda da ecologia
humana e dos sistemas agriacutecolas pode levar a medidas coerentes com uma agricultura
sustentaacutevel Assim a ldquoemergecircncia da agroecologiardquo representa um enorme salto nesta
direccedilatildeo pois fornece os princiacutepios ecoloacutegicos baacutesicos para o estudo e tratamento dos
ecossistemas tanto produtivos quanto preservadores dos recursos naturais e que sejam
culturalmente sensiacuteveis socialmente justos e economicamente viaacuteveis
A transformaccedilatildeo ou substituiccedilatildeo de um modelo de desenvolvimento para outro
supotildee um processo de transiccedilatildeo que em alguns momentos caminha a passos lentos e
em outros pode trazer mudanccedilas bruscas e qualitativamente diferenciadas Esse
processo de transiccedilatildeo significa a conversatildeo de uma agricultura tradicional para uma
agricultura ecoloacutegica e socialmente equilibrada com base na sustentabilidade (Gomeacutez
1997)
Embora a falta de informaccedilatildeo da pesquisa possa ter contribuiacutedo para dificuldades
e experiecircncias negativas de muitos produtores estes tecircm fama de serem inovadores e
experimentadores desejosos de adotar novas praacuteticas no sentido de serem beneficiados
Nos uacuteltimos cinquumlenta anos a inovaccedilatildeo na agricultura tem sido impulsionada
principalmente pela ecircnfase em altos rendimentos e no lucro da unidade produtiva
Apesar da continuidade dessa forte pressatildeo econocircmica sobre a agricultura muitos
produtores convencionais estatildeo preferindo fazer a transiccedilatildeo para praacuteticas que satildeo mais
consistentes ambientalmente e tem o potencial de contribuir com a sustentabilidade da
agricultura em longo prazo (Gliessman 2000)
7
212 Agroecologia e agricultura familiar
O nuacutecleo por excelecircncia da produccedilatildeo sustentaacutevel eacute a agricultura familiar No
Brasil mais especificamente esta tecnologia estaacute sendo introduzida natildeo somente em
aacutereas de cultivo de agricultura familiar em geral mas especificamente em
assentamentos rurais Percebe-se dessa forma tratar-se de um tipo de produccedilatildeo que
tende a incorporar a dimensatildeo histoacuterico-social e a considerar os valores culturais e de
senso comum inerentes aos agricultores familiares (Costa Neto 1999)
Na agricultura familiar a sustentabilidade toma forma a partir do momento em
que comeccedilaram a ser incorporados aos debates os novos anseios da sociedade rural e
urbana relacionados a um novo projeto de desenvolvimento e na medida em que foram
buscadas orientaccedilotildees teoacutericas baseadas no paradigma agroecoloacutegico
De acordo com Maturana amp Rezepka (2000) a formaccedilatildeo do conhecimento natildeo eacute
entendida como simples treinamentos e teacutecnicas e seraacute um aspecto essencial desta
abordagem A valorizaccedilatildeo dos saberes dos agricultores sobre o ambiente as plantas o
solo e os processos ecoloacutegicos onde resgatam e aprimoram teacutecnicas proacuteprias e de
outros de origem cientiacutefica ou empiacuterica fundamentais dentro deste novo paradigma
(Altieri amp Nicholls 2000)
Neste sentido cientistas e extensionistas tecircm se surpreendido com a profundidade
destes conhecimentos e com a capacidade de vaacuterios destes agricultores de expocirc-los
mesmo nos ambientes acadecircmicos onde muitas vezes estatildeo mais avanccedilados que seus
interlocutores (Weid amp Tardin 2002) Isto revela a necessidade de sintonia entre a
Universidade e a Comunidade
Entatildeo a sutentabilidade ambiental em niacutevel local eacute positiva quando o manejo
realizado no agroecossistema aproveita a produtividade dos recursos naturais renovaacuteveis
(aqueles que funcionam mediante o fluxo solar) Ao contraacuterio pode natildeo ser positiva
quando as praacuteticas produtivas consistem na busca pela produtividade mediante a troca
econocircmica (importaccedilatildeo e exportaccedilatildeo de insumos e produtos) onde a terra eacute vista
unicamente como o suporte material (fiacutesico) das espeacutecies Neste caso o controle de
pragas a fertilizaccedilatildeo e outras praacuteticas necessaacuterias satildeo realizados mediante capital
produzido pelo homem degradando a base local de recursos naturais (Xavier Simoacuten amp
Domingues 2001)
8
213 O Mercado de produtos agroecoloacutegicos
O mercado de alimentos produzidos sob a orientaccedilatildeo agroecoloacutegica produzidos
sem utilizaccedilatildeo de agrotoacutexicos ou adubos minerais tem aumentado vertiginosamente em
todo o mundo Alguns dados indicam que esse segmento cresce anualmente cerca de
20 nos Estados Unidos 40 na Europa e 50 no Brasil e para comprovar tais
iacutendices basta verificar a proliferaccedilatildeo das feiras de produtores ecoloacutegicos nas cidades o
aumento dos espaccedilos para esses produtos nas gocircndolas das grandes redes de
supermercados e os movimentos ambientalistas e de consumidores que buscam uma
alimentaccedilatildeo mais saudaacutevel (Schiedeck 2002)
Sem duacutevida antes de tudo cabe salientar que a crise atual evidencia o equiacutevoco da
adoccedilatildeo de um modelo de produccedilatildeotransformaccedilatildeo que natildeo tem outra ambiccedilatildeo que natildeo a
de se adaptar agrave globalizaccedilatildeo Cabe a consideraccedilatildeo feita por Dufour (1999) de que o
mercado natildeo eacute uacutenico e monoliacutetico e portanto a produccedilatildeo social da qualidade natildeo
significa mais do mesmo (a adaptaccedilatildeo do que jaacute natildeo serve)
Na realidade pode-se identificar claramente dois mercados de natureza
fundamentalmente oposta que segundo Gomes amp Borba (2000) satildeo o de produtos
baacutesicos (leite cereais carnes brancas e vermelhas) e o de produtos elaborados
socialmente e de grande valor agregado por serem justos socialmente O mercado
mundial dos produtos baacutesicos eacute alimentado pelos excedentes agriacutecolas de grandes
produtores (Uniatildeo Europeacuteia Estados Unidos e Canadaacute) tambeacutem a soja e carne de
frango brasileira e o trigo argentino e os preccedilos nesses mercados satildeo extremamente
baixos e permaneceratildeo assim por muito tempo segundo relatos recentes do Banco
Mundial
Para produzir a preccedilos tatildeo baixos eacute necessaacuterio lanccedilar matildeo de todo tipo de
artifiacutecio como os hormocircnios os organismos geneticamente modificados as farinhas
animais esquecendo o meio ambiente e convivendo com exploraccedilotildees gigantescas
concentraccedilatildeo na posse da terra e com uma minoria de beneficiaacuterios dos programas de
ajuda puacuteblica os agromanagers (Gomes amp Borba 2000)
O mercado de produtos elaborados e de valor agregado obedece a outras regras
Mesmo que os agricultores busquem a maximizaccedilatildeo da produtividade natildeo se enfrentam
diretamente A produccedilatildeo ocorre em zonas geograacuteficas bem definidas e permite valorizar
o ldquosavoir-fairerdquo ou ldquoknow-howrdquo (em outras palavras natildeo necessariamente mas o
conhecimento ldquotradicionalrdquo) contribuindo para uma verdadeira economia local Esta eacute a
9
agricultura que ao mesmo tempo produz gera e preserva empregos Para caminhar ateacute
ela eacute necessaacuteria uma ampla alianccedila entre agricultores consumidores e movimentos
sociais para frear esta forma de ditadura dos mercados fonte do poder das
transnacionais agro-alimentares e quiacutemicas (Dufour 1999)
Por outra parte o mercado natildeo eacute linear e abstrato como querem fazer crer A
produccedilatildeo e o consumo sempre estaratildeo localizados e seratildeo realizados por produtores e
consumidores concretos isto permite falar em convenccedilatildeo ou negociaccedilotildees onde a
qualidade seja considerada na originalidade no bem comum ou na confianccedila entre pares
e colada aos produtos ainda mais quando se trata de alimentos Isto soacute seraacute possiacutevel
no local (sem ignorar o global) e levando em conta indicaccedilotildees como denominaccedilatildeo
ou indicaccedilatildeo de origem de processo ou de qualidade etc relacionados agraves
especificidades dos produtos o que tambeacutem deve ser objeto de negociaccedilatildeo para cada
lugar (eacute preciso lembrar que a participaccedilatildeo e as relaccedilotildees interpessoais satildeo determinantes
ao longo do processo) A produccedilatildeo social da qualidade eacute vista como estrateacutegia que
adquire sentido se considerada para o espaccedilo da Agricultura Familiar onde ainda eacute
possiacutevel estabelecer laccedilos de solidariedade entre produtores e consumidores (Gomes amp
Borba 2000)
De acordo com DrsquoAgostini amp Fantini (2002) tanto ou mais do que compreender a
dinacircmica de processos dos quais resultam produtos interessantes eacute compreender e
humanizar a dinacircmica de interesses sobre esses processos e produtos Os mesmos
autores dizem ainda que natildeo seria a solidariedade humana (a virtude pressuposta) que
emerge em especial na produccedilatildeo agroecoloacutegica mas sim a emergecircncia da rica
propriedade humana a generosidade que permite praticaacute-la em qualquer relaccedilatildeo entre
os homens
22 A cultura da cebola (Alliunt cepa L) e sua importacircncia
A cultura da cebola foi introduzida pelos accedilorianos no Brasil no seacuteculo XVIII nos
municiacutepio de Mostardas Rio Grande e Satildeo Joseacute do Norte no Estado do Rio Grande do
Sul (Garcia 1990) sendo a terceira hortaliccedila de maior importacircncia econocircmica para o
paiacutes (ICEPA 2003) Nas regiotildees Sul e Sudeste a cebolicultura constitui-se em atividade
socioeconocircmica de significativa relevacircncia para os Estados de Satildeo Paulo Santa
10
Catarina e Rio Grande do Sul nos quais se concentram mais de 76 da produccedilatildeo
nacional (Debarba et a i 1998)
A mais importante regiatildeo produtora do Rio Grande do Sul estaacute situada no litoral
Sul englobando os municiacutepios de Rio Grande Tavares Satildeo Joseacute do Norte e Mostardas
(Garcia 1997) e segundo ICEPASC (2003) esses quatro municiacutepios respondem por
cerca de 70 da produccedilatildeo de cebola do RS
Timm (2000) cita que cerca de 16000 famiacutelias rurais no Rio Grande do Sul tem
na cultura da cebola o seu principal meio de subsistecircncia No Municiacutepio de Satildeo Joseacute do
Norte a produccedilatildeo de cebola constitui uma atividade econocircmica quase exclusiva onde a
descapitalizaccedilatildeo dos agricultores ocasionou o abandono do meio rural por muitos deles
que acabaram por estabelecerem-se na periferia da zona urbana (Garcia 1997)
Aleacutem da descapitalizaccedilatildeo do produtor ocorrem problemas como a erosatildeo do solo
que segundo Zabaleta (1998) ocorre principalmente devido agrave accedilatildeo dos ventos fortes e
constantes caracteriacutesticos na regiatildeo sul-litoracircnea bem como a topografia plana e os
solos muito arenosos com lenccediloacuteis freaacuteticos superficiais contribuem para o
empobrecimento dos solos da regiatildeo principalmente ao se comparar com outras aacutereas
onde a cebola participa de sistemas produtivos juntamente com a produccedilatildeo leiteira o
arroz e hortaliccedilas diversas (Timm 2000)
221 Caracteriacutesticas agronocircmicas da cebola
A cebola eacute uma aliaacuteceae a planta eacute tenra atinge 60 cm de altura e apresenta folhas
tubulares e cerosas O caule verdadeiro eacute um disco comprimido na base da planta de
onde partem as folhas e raiacutezes que satildeo fasciculadas pouco ramificadas explorando um
volume de solo equivalente a um cilindro com 60 cm de altura e 25 cm de diacircmetro
(Filgueira 2000)
Cada planta apresenta 20 a 200 raiacutezes normalmente espessas (05 a 1 mm de
diacircmetro) e com pouca ramificaccedilatildeo e poucos pecirclos absorventes O crescimento eacute
vertical estendendo-se de 40 a 80 cm de profundidade Poucas raiacutezes ocupam mais de
15 cm do raio em tomo do bulbo Estas caracteriacutesticas tecircm implicaccedilotildees peculiares
quanto acirc localizaccedilatildeo e ao suprimento de nutrientes (Quanto menor o diacircmetro e maior a
ocorrecircncia de pecirclos absorventes maior seraacute a superfiacutecie de raiacutezes e consequumlentemente a
absorccedilatildeo de nutrientes (Magalhatildees 1993)
11
A fase vegetativa do ciclo da planta termina com o amadurecimento do bulbo
todavia trata-se de uma planta bienal considerando acirceu ciclo vital completo isto eacute da
semeadura ateacute a produccedilatildeo de novas sementes Apoacutes um periacuteodo invemal sob baixas
temperaturas haacute emissatildeo de um pendatildeo floral que pode alcanccedilar 150 cm de altura
terminando por uma inflorescecircncia tipo umbela simples inicialmente recoberta por
uma peliacutecula formada por centenas de pequenas flores (Filgueira 2000)
Segundo Clivela (1995) os fatores climaacuteticos de modo geral natildeo satildeo limitantes
para a produccedilatildeo de bulbos de cebola no Rio Grande do Sul Filgueira (2000) enfatiza
que no Brasil eacute uma das raras culturas oleraacuteceas nas quais o fotoperiacuteodo pode tornar-se
o fator limitante ocorrendo frustraccedilotildees da colheita caso as exigecircncias da planta natildeo
sejam satisfeitas
222 A produccedilatildeo de mudas de hortaliccedilas
As mais importantes modificaccedilotildees no sistema de produccedilatildeo nos uacuteltimos anos tecircm
sido feitas na produccedilatildeo de mudas Hoje eacute uma realidade os produtores se
especializarem em produzir mudas principalmente no Estado de Satildeo Paulo Para tanto
se busca atraveacutes da pesquisa as melhores fontes e combinaccedilotildees de substratos associados
ao sistema de produccedilatildeo conveniente para cada espeacutecie a fim de se obter melhorias na
propriedade no solo e na Olericultura (Giorgetti 1991)
O sistema agroecoloacutegico torna-se importante uma vez que a base da Horticultura
moderna eacute a produccedilatildeo de mudas de alta qualidade (Minami1995) a produccedilatildeo de mudas
de hortaliccedilas tem sido citada como a etapa mais importante do sistema produtivo (Silva
Junior et al 1995) Segundo Filgueira (2000) nesta fase natildeo se pode cometer erros
pois posteriormente seraacute mais difiacutecil de corrigi-los visto que para o cultivo da cebola a
muda refletiraacute na qualidade do bulbo
As mudas de hortaliccedilas podem ser consideradas tolerantes e natildeo tolerantes ao
transplante e dependem principalmente das condiccedilotildees ambientais necessitando de
cuidados No caso da cebola como satildeo produzidas com raiz nua os cuidados devem ser
maiores pois dependendo do estado em que se encontram mais ou menos susceptiacuteveis
aos estresses quando em contato com o campo podem resultar em desastre (Minami
1999)
A quantidade de nutrientes extraiacuteda pelas hortaliccedilas durante a fase de muda varia
em funccedilatildeo da espeacutecie da variedade ou da cultivar e do prazo necessaacuterio para a formaccedilatildeo
13
O composto humificado ou curado eacute rico em nutrientes que passaram parcialmente
da forma orgacircnica para a forma mineral assimilaacutevel pelas raiacutezes e com maior teor
coloidal que atua como fertilizante e eacute responsaacutevel pela capacidade melhoradora do
solo (Barreto 1985)
Uma das principais alternativas em termos de adubaccedilatildeo orgacircnica eacute o
vermicomposto Ele eacute um adubo orgacircnico estaacutevel rico em nutrientes inodoro de
coloraccedilatildeo escura obtido a partir da atividade das minhocas que potencializam a mateacuteria
prima utilizada no processo (principalmente esterco de bovino) proporcionando
diversos benefiacutecios para as plantas (Timm 2000)
231 Efeitos da adubaccedilatildeo orgacircnica no solo
O solo funciona como um organismo vivo em 1 grama de solo saudaacutevel vive uma
comunidade bioloacutegica de aproximadamente 1 0 0 0 0 espeacutecies diferentes como minhocas
larvas besouros colecircmbolos aacutecaros algas bacteacuterias e fungos Estes organismos
necessitam de alimentos para viver principalmente carbono e nitrogecircnio que estatildeo
presentes na palhada das culturas e no esterco de animais Em funccedilatildeo disso eacute
importante que o solo tenha um determinado teor de mateacuteria orgacircnica para fornecer os
alimentos e energia que os microacutebios precisam para viver (Paulus et al 2001)
O homem atraveacutes dos diferentes sistemas de preparo do solo e cultivos contiacutenuos
ou natildeo altera o comportamento do mesmo em relaccedilatildeo agraves reaccedilotildees quiacutemicas
propriedades fiacutesicas como capacidade de retenccedilatildeo de aacutegua lixiviaccedilatildeo de nutrientes
erosatildeo e como consequumlecircncia afeta a qualidade de organismos presentes no solo (Brady
1999) reduzindo paulatinamente o teor de mateacuteria orgacircnica (Primavesi1982)
Nos uacuteltimos anos tem-se observado em diferentes paiacuteses a ampliaccedilatildeo do uso de
adubos orgacircnicos Alguns apresentam oacutetimos resultados enquanto outros se mostram
tecnicamente inadequados Os principais adubos orgacircnicos encontrados no mercado satildeo
fertilizantes orgacircnicos de origem animal compostos de lixo urbanos compostos de
produtos industriais e huacutemus de minhoca Nestes fertilizantes estatildeo presentes a maioria
dos macronutrientes (nitrogecircnio foacutesforo potaacutessio caacutelcio magneacutesio enxofre) e
micronutrientes (zinco cobre boro ferro cobalto)essenciais para as plantas e nem
sempre encontrados em muitos fertilizantes minerais bem como uma gama de
microorganismos que vatildeo beneficiar a fauna e a flora do solo (Brady 1979 Kiehl
1985 Costa 1985 Garcia 1997)
14
Os adubos orgacircnicos satildeo amplamente empregados nos sistemas de produccedilatildeo de
alface como condicionadores do ambiente quiacutemico e fiacutesico da rizosfera e
consequumlentemente na resposta bioloacutegica das plantas (Rodrigues amp Casali 1998)
Considerando as necessidades hortiacutecolas de maior competitividade e o fato de natildeo
ser subsidiada o crescimento populacional e a industrializaccedilatildeo representam fatores
determinantes na geraccedilatildeo diaacuteria de enormes volumes de resiacuteduos podendo ser utilizados
pelos produtores com um maior retomo econocircmico possiacutevel Ao mesmo tempo a
questatildeo ambiental assume cada vez mais destaque na sociedade moderna repercutindo
em poliacuteticas governamentais bem como no setor produtivo do paiacutes e do mundo
fazendo com que a relaccedilatildeo do homem com a natureza seja repensada (Morselli 2001)
232 Efeitos da adubaccedilatildeo orgacircnica nas culturas
Segundo Paulus et al (2001) a mateacuteria orgacircnica tambeacutem eacute fonte de nutrientes
especialmente nitrogecircnio foacutesforo enxofre e micronutrientes aleacutem disso tem
capacidade de ldquoprenderrdquo micronutrientes e alguns elementos toacutexicos para as plantas
como o alumiacutenio Por exemplo os micronutrientes depois de presos satildeo liberados
lentamente no solo onde satildeo gradativamente aproveitados pelas plantas
O uso dos fertilizantes minerais elevam o custo de produccedilatildeo pois satildeo necessaacuterias
altas doses para o fornecimento dos teores de nutrientes demandados Por isso eacute
importante a geraccedilatildeo de tecnologias que poupem o consumo de fertilizantes minerais
desejaacutevel com vista agrave diminuiccedilatildeo do custo de produccedilatildeo (Rodrigues 1984) A produccedilatildeo
de hortaliccedilas sob a orientaccedilatildeo agroecoloacutegica leva em consideraccedilatildeo natildeo apenas os custos
de produccedilatildeo como tambeacutem a dependecircncia dos insumos principalmente quando se
considera a ldquoteoria da trofobioserdquo pelos efeitos maleacuteficos que os nutrientes prontamente
assimilaacuteveis podem causar as plantas (Chaboussou 1987)
Para Compagnoni amp Putzolu (1985) o vermicomposto eacute um autecircntico fertilizante
bioloacutegico que atua como corretivo do solo determinando caracteriacutesticas importantes
para a microflora pelos aacutecidos huacutemicos e as substacircncias fitoestimulantes Os autores
consideram ainda que as dejeccedilotildees das oligoquetas proporcionam a formaccedilatildeo de huacutemus
permitindo melhorar o solo razatildeo pela qual satildeo destinados agrave horticultura com oacutetimas
vantagens fiacutesicas e microbioloacutegicas enriquecendo a camada araacutevel
Em experimentos desenvolvidos durante cinco anos para avaliar o efeito da
aplicaccedilatildeo de compostos eou adubos nas culturas de alface manjericatildeo espinafre e
15
pepino Valenzuela amp Crosby (1998) compararam as produccedilotildees obtidas com composto
e a fertilizaccedilatildeo padratildeo e concluiacuteram que a utilizaccedilatildeo do composto em 20 Mg ha 1 mais
N-quiacutemico foi o melhor tratamento em todas as culturas estudadas
233 Plantas de cobertura do solo
As plantas mais usadas para adubaccedilatildeo de cobertura do solo satildeo as leguminosas
pois estas tecircm a capacidade de fixar o nitrogecircnio atmosfeacuterico e disponibiliza-lo agrave
cultura Primavesi (1992) cita que utilizando-se mucuna ervilhaca feijatildeo-de-porco
feijatildeo-miuacutedo crotalaacuteria e outras natildeo haacute necessidade de utilizar tanto nitrogecircnio em
cobertura embora natildeo se dispense uma calagem mais frequumlente pois ocorre um pouco
de acidificaccedilatildeo no solo como com qualquer adubaccedilatildeo nitrogenada Segundo a mesma
autora algumas leguminosas tecircm a capacidade de mobilizar o foacutesforo como o caupi
(feijatildeo-miuacutedo) outras mobilizam o caacutelcio como tremoccedilo
Para Brady (1999) a adubaccedilatildeo verde traz grandes benefiacutecios como suprimento de
mateacuteria orgacircnica sendo consideraacutevel a quantidade de resiacuteduos orgacircnicos devolvidos ao
solo adiccedilatildeo de nitrogecircnio nutrientes e conservaccedilatildeo do solo
Calegari (1998) comenta que quanto aos aspectos fiacutesicos os resiacuteduos tendem a
contribuir para uma melhoria da estrutura do solo percebida pelo aumento da
estabilidade dos agregados em aacutegua aumento da capacidade de retenccedilatildeo hiacutedrica
elevaccedilatildeo dos iacutendices de infiltraccedilatildeo de aacutegua no solo aumento da porosidade melhor
aeraccedilatildeo e diminuiccedilatildeo da densidade do solo
De acordo com Timm (2000) o papuatilde eacute uma excelente alternativa como cobertura
de solo para o cultivo miacutenimo da cebola pois na eacutepoca do transplante das mudas seu
ciclo vegetativo estaacute completo natildeo necessitando o dessecamento outra vantagem eacute que
o papuatilde apresenta bom controle com relaccedilatildeo agraves plantas invasoras da cebola reduzindo
ao longo dos anos o nuacutemero de capinas e a aplicaccedilatildeo de herbicidas
234 Adubaccedilatildeo foliar
Segundo Malavolta (1981) a utilizaccedilatildeo da adubaccedilatildeo foliar eacute complemento da
adubaccedilatildeo de solo natildeo substituto da mesma no que diz respeito ao fornecimento de
nitrogecircnio foacutesforo e potaacutessio para as culturas Da mesma maneira que as raiacutezes podem
perder para o solo parte dos elementos absorvidos as folhas tambeacutem o fazem pela accedilatildeo
16
de fatores internos (desordem fisioloacutegica estado nutricional etc) e externos (chuvas
orvalho nutriccedilatildeo do sistema radicular luz temperatura etc)
Para Chaboussou (1987) as plantas adquirem o maacuteximo de resistecircncia bioloacutegica
atraveacutes da nutriccedilatildeo (trofos) equilibrada Obviamente para que isto ocorra eacute necessaacuterio
que o solo esteja em equiliacutebrio dinacircmico o ambiente seja o mais estaacutevel e as plantas
selecionadas ou melhor adaptadas para poderem suportar as alteraccedilotildees extemporacircneas
ocasionadas pelos fenocircmenos meteoroloacutegicos e nas fases fonoloacutegicas criacuteticas do
crescimento e desenvolvimento (Pinheiro amp Barreto 2000)
O lixiviado das folhas enriquece as camadas superiores do solo e tende a
contrabalanccedilar as perdas de zonas mais profundas e mais distantes acumulando-os nas
suas proximidades tambeacutem influencia o nuacutemero e o comportamento dos
microrganismos que por sua vez alteram o processo de gecircnese do solo sua textura e
fertilidade A lixiviaccedilatildeo assim se toma importante no desenvolvimento da sucessatildeo
ecoloacutegica devido agrave ciclagem de elementos (Malavolta 1980)
Conforme Camargo (1975) a utilizaccedilatildeo de adubos foliares substitui parcialmente
a adubaccedilatildeo radicular em 20 a 25 podendo ser utilizada em varias pulverizaccedilotildees
24 Vermicompostagem
E o processo que consiste em se submeter diferentes resiacuteduos orgacircnicos de
origem animal eou vegetal aos processos fermentativos e humificaccedilatildeo adicionando
minhocas do gecircnero Eiseina espeacutecie foetida ao material procurando obter um produto
curado em aproximadamente 45 - 60 dias (Compagnoni amp Putzolu 1985)
A vermicompostagem firmou-se no Brasil como atividade rentaacutevel produzindo
adubo de alta qualidade na deacutecada de 90 Na agricultura brasileira contudo haacute
preferecircncia pelos adubos quiacutemicos em funccedilatildeo de sua aquisiccedilatildeo financiada menor custo
e retomo imediato embora o impacto de seu uso contiacutenuo sobre o solo e os
microorganismos que nele vivem seja negativo (Tagliari amp Grassmann 1995)
Segundo Morselli (2002) a vermicompostagem difere da compostagem
convencional dentre outros pocircr formar substacircncias huacutemicas mais rapidamente ao sofrer
passagem pelo trato digestivo das minhocas A alirdentaccedilatildeo destas satildeo basicamente os
estercos e a disponibilidade desta mateacuteria prima bem como de ambiente protegido para
proceder a compostagem correta deste material satildeo indispensaacuteveis
17
Segundo Kiehl (1985) e Martinez (1990) o vermicomposto apresenta as seguintes
vantagens em relaccedilatildeo a compostagem permite a formaccedilatildeo de um produto curado em
menor espaccedilo de tempo promove a formaccedilatildeo de um material com maior
disponibilidade de nutrientes facilita o peneiramento natildeo havendo a necessidade de
revolvimento do material oferece vaacuterias fontes de renda pois aleacutem do huacutemus fornece
minhocas e raccedilatildeo e quando aplicado ao solo tende a melhorar as propriedades fiacutesicas
quiacutemicas e bioloacutegicas
241 Resiacuteduos utilizados na vermicompostagem
2411 Resiacuteduos de origem animal
Segundo Bureacutes (1997) o esterco eacute uma mistura de fezes urina e camas que
podem estar constituiacutedas de palhas folhas secas serragem turfa casca de arroz e ateacute
terra Esse apresenta pH neutro e densidade que varia de 030 a 090 Kg dm3 segundo
seu estado de decomposiccedilatildeo Eacute influenciado por vaacuterios fatores como espeacutecie animal
raccedila idade alimentaccedilatildeo material utilizado como cama e tratamento da mateacuteria-prima
esterco (Kiehl 1985) Dentre os fatores apontados um dos mais importantes eacute a
alimentaccedilatildeo do animal quanto mais rica a alimentaccedilatildeo mais rica seraacute as dejeccedilotildees
(Gnoatto 1999) O volume de bacteacuterias vivas ou mortas encontradas no esterco
representam 20 a 30 do total delas se originam grande parte do nitrogecircnio sob a
forma de proteiacutena (Morselli 2002)
A origem do material utilizado para a produccedilatildeo de vermicomposto eacute fundamental
pois soacute uma mateacuteria-prima de qualidade resultaraacute em um produto final de boa qualidade
Dentre os estercos o de aves eacute empregado empiricamente na adubaccedilatildeo de culturas
permanente ou natildeo com excelentes resultados apesar de sua simples composiccedilatildeo
meacutedia 2 de nitrogecircnio 2 de foacutesforo como P2 0 5 e 1 de K2 0 Poreacutem haacute uma
grande variaccedilatildeo na sua constituiccedilatildeo a qual dependeraacute do manejo animal atraveacutes das
camas finalidade da criaccedilatildeo e natureza das camas (Morselli 2002)
2412 Resiacuteduos de origem vegetal
A mateacuteria orgacircnica pode ser preservada no solo por vaacuterios processos seja pela
simples incorporaccedilatildeo de resiacuteduos de culturas rotaccedilatildeo de culturas adubaccedilatildeo verde ou
18
pela adiccedilatildeo de materiais orgacircnicos capazes de elevar e manter a produtividade do solo
Da decomposiccedilatildeo dos resiacuteduos orgacircnicos adicionados ao solo resulta a liberaccedilatildeo de
grande quantidade de nutrientes principalmente o nitrogecircnio o potaacutessio e o enxofre
Aleacutem disso diversos atributos quiacutemicos e fiacutesicos do solo satildeo alterados pela
decomposiccedilatildeo desses resiacuteduos destacando-se o aumento da capacidade de troca de
caacutetions o aumento da retenccedilatildeo de aacutegua a melhoria da estabilidade dos agregados e da
aeraccedilatildeo (Fraser1963 Malavolta 1981 Mello et al 1983 Bonilla 1992)
Segundo Purcino (1981) quando a relaccedilatildeo CN eacute menor que 30 como no caso do
esterco de curral ou da palha de leguminosas a disponibilidade de nitrogecircnio eacute
imediata mas acima deste valor ocorre imobilizaccedilatildeo crescente deste nutriente Por esse
motivo estes materiais devem ser submetidos a uma degradaccedilatildeo bioloacutegica antes de
serem adicionados ao solo
25 Biofertilizantes
No Brasil ocorrem problemas crescentes com materiais derivados de sistemas
intensivos de criaccedilatildeo animal que acumulam resiacuteduo^ orgacircnicos com graves problemas
de contaminaccedilatildeo de cursos de aacutegua que na maioria das vezes se acumulam em um
uacutenico lugar e natildeo satildeo reciclados (Viglizzo 1995)
Visando amenizar tais situaccedilotildees os meacutetodos alternativos de adubaccedilatildeo controle de
doenccedilas pragas e plantas indesejaacuteveis tecircm sido muito estudado Dentro dessa linha de
pesquisa destaca-se o uso de mateacuteria orgacircnica atraveacutes tanto de sua incorporaccedilatildeo ao
solo como de sua transformaccedilatildeo para uso posterior na forma de biofertilizantes
(Khatounian 1997 Bettiol et al 1997)
Na complexa e elevada comunidade microbiana dos biofertilizantes encontram-se
bacteacuterias fungos leveduriformes filamentosos e actinomicetos (Bettiol apud Penteado
1999)
O agregado de macro e micronutrientes periodicamente ativa e enriquece a
fermentaccedilatildeo O uso de farinha de rocha tem sido vantajoso por ter baixo custo
comparado com os sais concentrados e purificados aleacutem de trazer alguns elementos
traccedilos de vital importacircncia para os microrganismos do solo como por exemplo o Gaacutelio
o Iodo e o Vanaacutedio (M1BASA 199-) O agregado de farinha de rocha ou sais
purificados ao fermentado faz com que estes nutrientes passem a fazer parte dos
microrganismos ou dos produtos orgacircnicos liberados durante a fermentaccedilatildeo sendo que
19
o ataque dos microrganismos atraveacutes de suas enzimas consegue liberar os elementos natildeo
atacados pelos aacutecidos industriais (Pinheiro amp Barreto 2000)
Os biofertilizantes tecircm sido empregados na agricultura ecoloacutegica como adubo
foliar para aumentar a resistecircncia contra pragas e doenccedilas Aleacutem disso o processo de
produccedilatildeo eacute bastante simples e por isso eacute viaacutevel sua produccedilatildeo na propriedade desde que
tenha esterco disponiacutevel (Penteado 1999)
Bettiol et al (1997) verificaram a presenccedila de diferentes espeacutecies de fungos
fiacutelamentosos e leveduriformes e bacteacuterias entre elas Bacillus spp na comunidade
microbiana do biofertilizante produzido segundo meacutetodo adotado pelo Centro de
Agricultura Ecoloacutegica Ipecirc Os autores verificaram ainda uma reduccedilatildeo da comunidade
microbiana ao longo da digestatildeo reduccedilatildeo essa mais acentuada logo apoacutes o acreacutescimo
dos sais contendo micronutrientes A accedilatildeo dos sais pode ser tanto por aumento na
pressatildeo osmoacutetica quanto pelo efeito direto sobre os microrganismos Para o controle de
doenccedilas de plantas satildeo importantes a presenccedila dos metaboacutelitos produzidos pelos
organismos presentes no biofertilizante e os proacuteprios microrganismos vivos
Os microrganismos transformam o material orgacircnico (esterco soro de leite caldo
de frutas palhas restos industriais etc) e cinzas produzindo vitaminas aacutecidos e sais
complexos importantes para regular e tonificar o metabolismo das plantas impedindo o
desenvolvimento de pragas e doenccedilas (Pinheiro amp Barreto 2000)
Em estudos feitos com o biofertilizante liacutequido de bovinos foi observado a
presenccedila de inuacutemeros microorganismos como bacteacuterias leveduras e bacilos
principalmente do Bacillus subtilis Estes microorganismos sintetizam substacircncias
antibioacuteticas as quais demonstram ter grande accedilatildeo e eficiecircncia como substacircncias
fungiostaacuteticas e bacteriostaacuteticas de fitopatoacutegenos causadores de danos em lavouras
comerciais (Penteado 1999)
Aldrighi et al (2002) realizaram trabalho na UFPel relacionado agrave nutriccedilatildeo de
mudas de tomate (Floradade) produzidas no sistema ldquofloatingrdquo Utilizaram-se doses de
0 2 5 e 10 para o biofertilizante Super Magro e 0 e 1 para a urina de vaca
Concluiacuteram que estes natildeo interferem na produccedilatildeo das mudas e que provavelmente foi
influenciado pelo substrato utilizado (vermicomposto 75 e casca de arroz carbonizada
25) bem como o sistema de produccedilatildeo (floating)
Paglia et al (2002) citam que eacute possiacutevel produzir mudas de tomate (cultivar
Floradede) utilizando urina de vaca e biofertilizante Super Magro na aacutegua em sistema
ldquofloatingrdquo em trabalho realizado na UFPel O uso da urina de vaca a 1 e 5 e
20
biofertilizante Super Magro a 6 proporcionam uma elevaccedilatildeo do foacutesforo bem como o
Super Magro a 6 eleva os teores de Mg e Ca na aacutegua
251 Urina de vaca
As urinas de vaca contecircm nutrientes favoraacuteveis ao bom desenvolvimento das
plantas como potaacutessio soacutedio nitrogecircnio enxofre magneacutesio caacutelcio foacutesforo e traccedilos de
outros elementos Nas plantas funciona como um fertilizante natural tomando-as mais
resistentes ao ataque das pragas e doenccedilas Satildeo encontradas tambeacutem na urina outras
substacircncias como fenoacuteis e principalmente o catecol que esta associado agrave recuperaccedilatildeo
de plantas atacadas por fitopatoacutegenos por ser um produto anti-seacuteptico (Penteado 1999)
Para seu emprego a urina receacutem coletada deve ser armazenada sob condiccedilotildees
ambientais por trecircs dias para que se forme amocircnio importante produto a ser absorvido
pelas plantas Recomenda-se ainda que o armazenamento deva ser feito em recipiente
fechado para que natildeo ocorram perdas de nitrogecircnio Desta forma poderaacute permanecer
por ateacute um ano sem comprometer sua eficiecircncia
Em hortaliccedilas o uso da urina de vaca eacute recomendado em pulverizaccedilotildees foliares
semanais na concentraccedilatildeo de 05 para tomateiro pimentatildeo pepino feijatildeo vagem e
couve ou quinzenais a 1 para as culturas do quiabeiro jiloeiro e berinjela Para
fruteiras em geral a primeira aplicaccedilatildeo deve ser na concentraccedilatildeo aproximada de 5
realizada diretamente no solo e mensalmente devem ser realizadas pulverizaccedilotildees
foliares a 1 para plantas jovens e a 5 para plantas adultas (Penteado 1999)
Na aplicaccedilatildeo foliar deve-se ter cuidado com folhas e brotos novos e considerar que
o uso contiacutenuo pode ser toacutexico podendo afetar o solo causando a sua acidificaccedilatildeo
(Penteado 1999)
Na Estaccedilatildeo Experimental da PESAGRO no municiacutepio de Macaeacute Rio de Janeiro
estaacute se utilizando a urina de vaca leiteira Os pesquisadores descobriram que a urina de
vaca em lactaccedilatildeo produzia o efeito de recuperar plantas de abacaxi atacadas por uma
doenccedila conhecida como ldquofusairioserdquo Essa doenccedila quando ataca o abacaxi causa
perdas de ateacute 70 da safra Todos os agrotoacutexicos testados natildeo conseguiram controlar a
doenccedila Isto eacute um exemplo para que a universidade tenha uma nova percepccedilatildeo (Capra
1996) adotando medidas efetivas que contribuam na transiccedilatildeo agroecoloacutegica Com o
uso da urina de vaca leiteira numa lavoura de abacaxi atacada pela fusariose observou-
se agrave recuperaccedilatildeo do stand e os frutos produzidos apresentaram excelente padratildeo
21
comercial Descobriu-se que aleacutem funcionar como adubo e defensivo natural a urina de
vaca leiteira tambeacutem favorece a floraccedilatildeo de muitas plantas e pode ser usada no
tratamento de frutos e tubeacuterculos depois da colheita
A urina de vaca em lactaccedilatildeo tambeacutem estaacute sendo usada nas lavouras de cafeacute em
plantaccedilotildees de maracujaacute coco alface e outras hortaliccedilas Na regiatildeo centro-sul do Paranaacute
os agricultores estatildeo aplicando a urina de vaca leiteira nas lavouras de feijatildeo soja
batata cebola e milho (Penteado 1999)
252 Alhol
A maioria dos defensivos alternativos tais como calda bordalesa sulfocaacutelcica
aacutegua de cinza e cal biofertilizante enriquecido extrato de fumo entre outros precisa
ser misturada com um espalhante adesivo para quebrar a tensatildeo superficial da gota e
propiciar um melhor molhamento das folhas e demais partes pulverizadas assegurando
uma absorccedilatildeo mais efetiva e uma melhor accedilatildeo sobre as pragas e doenccedilas Quando as
gotas permanecem inteiras sobre a superfiacutecie folhar devido agrave falta de espalhante
adesivo pode-se danificar os tecidos vegetais pelc efeito-lente quando o sol incide
sobre elas Aleacutem disso a gota por natildeo se espalhar sobre toda superfiacutecie folhar
concentra nela e consequumlentemente sobre o tecido que estaacute em contato com ela uma
quantidade maior do produto aplicado Essa maior concentraccedilatildeo pode prejudicar a
absorccedilatildeo e lesionar os tecidos principalmente apoacutes a evaporaccedilatildeo da aacutegua contida na
gota por resultar em uma maior concentraccedilatildeo de sais no local especialmente quando se
aplicam por exemplo calda sulfocaacutelcica bordalesa biofertilizante enriquecido com
macro e micronutrientes (Claro 2001)
O alhol eacute um espalhante adesivo ecoloacutegico que tambeacutem auxilia no controle de
pragas E elaborado com aacutegua alho oacuteleo vegetal e sabatildeo neutro a partir da sabedoria
popular que menciona o alho como repelente de insetos Juacutenior Abreu amp Maiorano
(199-) indicam formulaccedilotildees contendo alho para o controle de pragas como nematoacuteides
(Meloidogyne incoacutegnita e M javanica) mosca do chifre lagarta na maccedilatilde pulgotildees
besouro da batata trips e para controle de doenccedilas fuacutengicas e bacterianas como miacuteldio
ferrugem fusariose helminthosporiose murchadeira (Pseudonamos solacearum)
bruzone do arroz (Pyricularia orysae) podridatildeo negra do repolho e couve-flor
(Xanthomonas campestris) Aleacutem disso o alho pelo seu bom teor em oacuteleo pode agir
tambeacutem como espalhante adesivo O sabatildeo tambeacutem eacute indicado como espalhante adesivo
22
e possui accedilatildeo contra certas pragas (pulgotildees) sendo que o oacuteleo vegetal eacute indicado no
controle de cochonilhas e usado como espalhante adesivo (Claro 2001)
253 Calda Bordalesa
A calda bordalesa eacute um tradicional defensivo agriacutecola que pode ser preparado na
propriedade com a mistura de sulfato de cobre cal virgem e aacutegua As concentraccedilotildees de
sulfato de cobre e cal satildeo distintas dependendo do objetivo do seu emprego
Geralmente diferem de acordo com o tipo de planta ou espeacutecie vegetal as condiccedilotildees
climaacuteticas o grau de infestaccedilatildeo da doenccedila e a fase de crescimento da planta Eacute indicada
para o controle de miacuteldio alternaacuteria botrytis e antracnose (Penteado 1999)
A calda bordalesa caracteriza-se pela sua importante accedilatildeo no controle de diversas
doenccedilas fungicas nas mais diversas espeacutecies de culturas Possui tambeacutem uma relativa
accedilatildeo bactericida e em alguns casos age como repelente de insetos Da mistura do
sulfato de cobre com a cal resulta uma soluccedilatildeo rica em macronutrientes e
micronutrientes Provavelmente os expressivos resultados obtidos com a aplicaccedilatildeo da
calda bordalesa devam-se natildeo somente a sua accedilatildeo fuacutengica e bactericida mas sobretudo
agrave influecircncia positiva que exerce no metabolismo das plantas ativando o processo
enzimaacutetico e estimulando a proteossiacutentese aumentando a resistecircncia das plantas (Claro
2 0 0 1 ) caracteriacutestica fundamental na agricultura sustentaacutevel
254 Biofertilizante Super Magro
A calda Super Magro eacute produto da fermentaccedilatildeo de estercos animais enriquecidos
por micronutrientes e outros produtos de origem animal obtendo-se uma calda
biofertilizante para aplicaccedilatildeo foliar nas plantas (Penteado 1999) jaacute foram observados
bons resultados principalmente nas culturas de uva maccedila pecircssego tomate batata e
hortaliccedilas em geral
E indicado como fonte suplementar de micronutrientes para as plantas inibidor
de fungos e bacteacuterias causadores de doenccedilas e para aumentar a resistecircncia contra insetos
e aacutecaros (Penteado 1999) i
Muller (1999) avaliou a influecircncia do biofertilizante Super Magro sobre as
culturas de tomate (Lycopersicon esculentum Mill) ervilha (Pisum sativum L) e
beterraba (Beta vulgaris L) O autor obteve cultivos com baixa severidade de doenccedilas e
23
insetos fitoacutefagos possivelmente por causa do manejo orgacircnico de produccedilatildeo Os
resultados das pulverizaccedilotildees das soluccedilotildees foliares variaram conforme a cultura e o
clima
255 Biofertilizante MB4
A utilizaccedilatildeo das farinhas de rochas eacute uma das teacutecnicas mais modernas usadas nos
uacuteltimos anos na agricultura O elevado nuacutemero de nutrientes contidos no MB4 como
cobre zinco manganecircs cobalto soacutedio alumiacutenio silicatos de magneacutesio ferro e caacutelcio
acompanhado de foacutesforo potaacutessio e enxofre reagem com a soluccedilatildeo do solo liberando
elementos essenciais ao desenvolvimento da vida microbiana os quais exercem um
papel fundamental atraveacutes de transformaccedilotildees quiacutemicas e do equiliacutebrio bioloacutegico
favorecendo o desenvolvimento sadio das plantas (Pinheiro amp Barreto 2000)
24
3 MATERIAL E MEacuteTODOS
31 Local de execuccedilatildeo do experimento
O presente trabalho foi conduzido no Centro de Pesquisa da Regiatildeo Sul
(FEPAGROSUL) no municiacutepio de Rio Grande nlt periacuteodo de 15 de maio a 26 de
agosto de 2 0 0 2
O solo eacute classificado como ldquoTuiardquo satildeo muito arenosos As massas aquaacuteticas do
Oceano Atlacircntico e Lagoa dos Patos influenciam ventos temperatura pressatildeo umidade
relativa e demais fatores climaacuteticos A topografia da regiatildeo litoracircnea eacute plana com
lenccediloacuteis freaacuteticos superficiais
32 Anaacutelise estatiacutestica
O experimento foi constituiacutedo em fatorial 3X3 (Quadro 1) com quatro repeticcedilotildees
no delineamento blocos ao acaso As variaacuteveis respostas foram submetidas agrave anaacutelise de
variaccedilatildeo e ao teste de Duncan a 5 de probabilidade para comparaccedilatildeo das meacutedias
utilizando-se o sistema SANEST (Zonta amp Machado 1984)
As anaacutelises estatiacutesticas das variaacuteveis estudadas encontram-se nos Apecircndices C D
Os resultados das respostas agronocircmicas e das determinaccedilotildees dos conteuacutedos dos
macronutrientes bem como os de raiz estatildeo nas tabelas de 1 a 3
25
As diferentes adubaccedilotildees seratildeo representadas durante a discussatildeo da seguinte
forma 1 VB (30 t ha 1 de vermicomposto) 15 VB (45 t ha 1 de vermicomposto) e EC
(60 t ha 1 de esterco de curral) 1 VB+SM+U+CB (30 t ha 1 de vermicomposto mais
super magro mais urina de vaca mais calda bordalesa) 15 VB+SM+U+CB (45 t ha 1 de
vermicomposto mais super magro mais urina de vaca mais calda bordalesa)
EC+SM+U+CB (60 t ha 1 de esterco de curral mais super magro mais urina de vaca
mais calda bordalesa) 1 VB+MB4 +U+CB (30 t ha 1 de vermicomposto mais MB4 mais
urina de vaca mais calda bordalesa) 15 VB+MB4 +U+CB (45 t ha 1 de vermicomposto
mais MB4 mais urina de vaca mais calda bordalesa) EC+MB4 +U+CB (60 t ha 1 esterco
de curral mais MB4 mais urina de vaca mais calda bordalesa)
QUADRO 1 Descriccedilatildeo dos fatores experimentais e respectivos niacuteveis
Niacuteveis Fator 1 ADUBACcedilAtildeO DE BASE
0 1 Vermicomposto (30 t ha1)
0 2 Vermicomposto (45 t ha1)
03 Esterco de curral (60 t ha1)
Niacuteveis Fator 2 BIOFERTILIZANTES LIacuteQUIDOS
0 1 Super magro (5) + Urina de Vaca + Calda Bordalesa
0 2 MB4 (10) + Urina de vaca + Calda Bordalesa
03 Ausecircncia (testemunha)
33 Tratamentos
Da combinaccedilatildeo entre niacuteveis e fatores foram obtidos 9 tratamentos que estatildeo
descritos no Quadro 2 bem como as doses de adubaccedilatildeo utilizadas no experimento
26
QUADRO 2 Tratamentos e doses de adubaccedilatildeo utilizadas no experimento
TRATAMENTOS
Ndeg FATOR I FATOR II
0 1 30 t ha de vermicomposto Super magro 5 Urina de vaca Calda Bordalesa
0 2 30 t harsquo de vermicomposto MB4 10 Urina de vaca Calda Bordalesa
03 30 t ha de vermicomposto - - -
04 45 t ha de vermicomposto Super magro 5 Urina de vaca Calda Bordalesa
05 45 t ha de vermicomposto MB4 10 Urina de vaca Calda Bordalesa
06 45 t ha de vermicomposto - - -
07 60 t hade esterco Super Magro 5 Urina de vaca Calda Bordalesa
08 60 t hade esterco MB4 10 Urina de vaca Calda Bordalesa
09 60 t hade esterco - - -
Cada parcela foi constituiacuteda por dois canteiros medindo 1 m de largura x 2 m de
comprimento perfazendo 075 m de aacuterea de aacuterea uacutetil (025 m de bordadura) Foi
utilizando semeadura a lanccedilo com densidade de 24 g canteiro1
O vermicomposto a urina de vaca o esterco de curral o alhol os biofertilizantes e
a calda bordalesa foram de procedecircncia do Centro de Pesquisa da Regiatildeo Sul O
vermicomposto de esterco bovino misturado agraves cascas de frutas foi processado pela
minhoca vermelha califomiana Eisenia foetida)
O biofertilizante Super Magro foi elaborado segundo a metodologia descrita pela
FEPAGROSUL utilizando-se os seguintes componentes 190 litros de aacutegua 22 litros
de leite 55 Kg de accediluacutecar mascavo 30 Kg de esterco fresco de bovinos 2 Kg de
Sulfato de zinco 2 Kg de sulfato de magneacutesio 2 Kg de cloreto de caacutelcio 1 Kg de aacutecido
boacuterico 300 g de sulfato de cobre 300 g de sulfato de ferro 300 g de sulfato de
manganecircs 100 g de molibdato de soacutedio 50 g de sulfato de cobalto 3 Kg de fosfato
natural 3 Kg de cinza e 200 g de farinha de osso
A urina de vaca em lactaccedilatildeo foi coletada pela manhatilde e armazenada em recipiente
fechado por trecircs dias em condiccedilotildees ambientais para que se formasse a amocircnia e natildeo
ocorresse perda de nitrogecircnio
28
Realizaram-se duas capinas manuais durante o experimento e em seguida como
cobertura se colocou casca de arroz Tambeacutem foi aplicado esterco de aves 30 dias antes
da colheita na quantidade de 05 Kg canteiro 1 como adubaccedilatildeo de cobertura
As pulverizaccedilotildees com os produtos iniciaram apoacutes 15 dias da germinaccedilatildeo
Realizou-se sete aplicaccedilotildees sendo que as duas primeiras foram feitas apenas com
Super Magro e MB4 Na terceira e na quarta aplicaccedilatildeo utilizou-se urina de vaca e calda
bordalesa em concentraccedilotildees menores (05 e 025 respectivamente) e na quinta
aplicaccedilatildeo as dosagens de urina de vaca e calda bordalesa foram elevadas para 1 0 e
05 respectivamente ateacute o final do experimento O alhol foi utilizado a partir da
terceira pulverizaccedilatildeo na quantidade de 2 e seguiu ateacute o final no dia 26 de agosto
quando as mudas foram colhidas e posteriormente analisadas as variaacuteveis
35 Observaccedilotildees agronocircmicas
Foram utilizadas 20 mudas de cebola para obtenccedilatildeo das meacutedias das variaacuteveis as
quais foram as seguintes
351 Fitomassa fresca da parte aeacuterea e raiacutezes
Foi realizada atraveacutes de uma balanccedila digital procedendo-se a pesagem de 20
mudas de cebola previamente lavadas e posteriormente secadas durante uma hora sobre
um tecido de algodatildeo agrave temperatura ambiente Processo idecircntico foi adotado com as
raiacutezes
352 Fitomassa seca da parte aeacuterea e raiacutezes
Esta variaacutevel foi obtida a partir da secagem preliminar em estufa de ar forccedilado
durante 48 horas a 65 C ateacute peso constante com posterior pesagem em balanccedila
analiacutetica
353 Altura da muda
A altura de muda foi medida a partir do colo das plantas ateacute sua uacuteltima folha
(ponto de crescimento) com uma reacutegua graduada de 40 cm
29
354 Diacircmetro do colo das plantas
Esta medida foi realizada no ponto de transplante a 2 mm das raiacutezes e utilizando-
se um paquiacutemetro SOMET
355 Sistema radicular
Ao teacutermino do experimento foram retiradas as raiacutezes das mesmas plantas que foram
utilizadas para as determinaccedilotildees realizadas na parte aeacuterea procedendo-se uma amostra
de solo com raiacutezes de 2 0 cm de largura x 2 0 cm de comprimento e 2 0 cm de altura
totalizando 8000 cm3
As raiacutezes apoacutes serem lavadas em aacutegua corrente foram pesadas acondicionadas em
sacos plaacutesticos e congeladas para posteriores anaacutelises pelo meacutetodo de Tennant (1975)
para a determinaccedilatildeo do comprimento e densidade
3551 Comprimento de raiz
Utilizou-se para a determinaccedilatildeo do comprimento de raiz as seguintes foacutermulas
1 = ndeg x 1114 x 1 onde
1 - comprimento de raiz de uma amostra uacutemida de 0 0 2 g
ndeg - nuacutemero de intercessotildees das raiacutezes com os lados da quadriacutecula da malha do
aparelho
1114 - constante
1 - medida lateral da quadriacutecula em cm
Tomando-se a fiacutetomassa seca e o comprimento da raiz da cada amostra
relacionou-se com a fiacutetomassa seca e o comprimento total da raiz da planta aplicando-
se a seguinte equaccedilatildeo
L = (FSR x 1) FSPA onde
L - comprimento total da raiz da planta (m)
FSR - fiacutetomassa seca de raiz
FSPA - fiacutetomassa seca da parte aeacuterea
L - comprimento de raiz de uma amostra uacutemida de 002g
3552 Densidade de raiz
A densidade foi determinada pela foacutermula
D = L 8000 onde
D - densidade de raiacutezes (m cm3)
30
L - comprimento total de raiacutezes (m)
8 0 0 0 - volume da amostra (cm3)
3553 Razatildeo parte aeacutereasistema radicular
Este paracircmetro foi obtido pela equaccedilatildeo
RPASR = FSPA FSR onde
RPASR - razatildeo parte aeacuterea sistema radicular
FSPA - fitomassa seca da parte aeacuterea
FSR - fitomassa seca do sistema radicular
36 Determinaccedilatildeo de macronutrientes no tecido vegetal
Os macronutrientes nitrogecircnio foacutesforo potaacutessio caacutelcio e magneacutesio foram
determinados no laboratoacuterio de Fertilidade e Anaacutelise de Plantas do Departamento de
Solos da UFPel atraveacutes dos meacutetodos descritos por Tedesco amp Gianello (1996)
31
4 RESULTADOS E DISCUSSAtildeO
41 Anaacutelise das variaacuteveis
A anaacutelise da variaccedilatildeo mostrou que houve diferenccedila significativa na interaccedilatildeo entre
os fatores de adubaccedilatildeo de base e biofertilizantes liacutequidos com exceccedilatildeo da variaacutevel altura
de planta para a qual somente a adubaccedilatildeo de base mostrou-se significativa (Apecircndices
C D e E Tabelas 1C 1D e 1E)
411 Anaacutelise da parte aeacuterea
Na Tabela 1 destacaram-se as adubaccedilotildees EC+SM+U+CB EC+MB4 +U+CB e EC
que diferiram significativamente das demais adubaccedilotildees para as variaacuteveis fiacutetomassa
fresca da parte aeacuterea (FFPA) fiacutetomassa seca da parte aeacuterea (FSPA) altura de planta
(AP) e diacircmetro do colo (DC)
32
TABELA 1 Produccedilatildeo de fitomassa fresca e seca (g) da parte aeacuterea altura de planta
(cm) e diacircmetro de colo (mm) de mudas de cebola Petrolini cultivadas
sob uma perspectiva agroecoloacutegica Pelotas-RS 2003
BIOFERTILIZANTES LIacuteQUIDOSADUBACcedilAtildeO S Magro + MB4 +DE BASE Urina + Calda Urina + Calda Testemunha
Bordalesa Bordalesa
30 t ha de vermicomposto 7015 c A45 t halsquo de vermicomposto 7824 b B60 t ha de esterco de curral 12248 a C
30 t ha de vermicomposto 667 c A45 t ha de vermicomposto 752 b A60 t ha de esterco de curral 1150a C
30 t ha de vermicomposto 2975 b A45 t harsquo de vermicomposto 2775 b A60 t ha de esterco de curral 3600 a B
30 t ha de vermicomposto 631 b A45 t ha de vermicomposto 6 2 2 b B60 t ha de esterco de curral 741 a C
-Fitomassa fresca (g)----------------6270 c B 6885 b A8832 b A 6308 c C
15082 a A 13934 a BmdashFitomassa seca (g)----------------
625 c A 655 b A830 b A 607 b B
1345 a A 1262 a B-Altura de planta (cm)----------------
2950 b A 3050 b A2937 b A 2950 b A 3975 a A 3622 a B
-Diacircmetro de colo (mm)---------------592 c B 599 b B 657 b A 609 b B 819a A________ 793a B
Meacutedias seguidas pela mesma letra minuacutescula para as colunas (adubaccedilatildeo de base) e maiuacutesculas para as linhas (biofertilizantes) natildeo diferem entre si pelo teste de Duncan a 5
O efeito positivo do esterco bovino pode ser atribuiacutedo agraves melhorias nas condiccedilotildees
fiacutesicas do solo por ele proporcionado Segundo Primavesi (1982) e Compagnoni amp
Putzolu (1985) o esterco bovino apresenta propriedades condicionadoras do solo dando
agraves plantas melhores condiccedilotildees de desenvolvimento elevando sobremaneira os
conteuacutedos de fitomassa fresca das plantas que refletiratildeo nas demais respostas
agronocircmicas
Analisando as adubaccedilotildees de base em relaccedilatildeo aos biofertilizantes observa-se que
para os tratamentos 1 VB (30 t ha 1 de vermicomposto) - natildeo houve influecircncia dos
biofertilizantes para as variaacuteveis FSPA e AP enquanto destacou-se o SM+U+CB para o
DC e SM+U+CB e ausecircncia da adubaccedilatildeo liacutequida para a FFPA mostrando que o uso
dos biofertilizantes natildeo influenciou esta variaacutevel 15 VB (45 t ha 1 de vermicomposto) -
verificou-se a eficiecircncia do uso do MB4 +U+CB para as variaacuteveis FFPA e DC Para a
variaacutevel FSPA destacaram-se os dois biofertilizantes utilizados jaacute para AP natildeo houve
33
influecircncia destes EC (60 t ha 1 de esterco de curral) - em todas as variaacuteveis observadas
na tabela 5 as respostas foram significativas utilizando MB4 +U+CB
As respostas encontradas no presente trabalho para as variaacuteveis AP e FSPA foram
superiores as obtidas por Dalponte (1990) quando utilizado 0 esterco de curral para
produccedilatildeo de mudas de cebola
Segundo Filgueira (2000) os solos da regiatildeo produtora de cebola do RS satildeo
pobres em foacutesforo disponiacutevel (15 mg Kg1) necessitando portanto de adubaccedilotildees
fosfatadas elevadas As respostas aqui obtidas podem ser justificadas pelos teores de
foacutesforo contido no MB4
Follet et al (1981) citam a importacircncia do uso de compostos orgacircnicos no solo
enfatizando os estercos no sentido da decomposiccedilatildeo continuada no fornecimento de
nutrientes e na liberaccedilatildeo lenta e gradual de aacutecidos orgacircnicos influenciando a liberaccedilatildeo
do foacutesforo O que provavelmente pode ser atribuiacutedo agraves respostas encontradas no
presente trabalho para 0 tratamento Esterco de curral mais MB4 e Urina mais Calda
Bordalesa
E importante destacar que 0 sistema de produccedilatildeo de mudas de cebola sob uma
perspectiva agroecoloacutegica mostra-se eficiente quando visualmente natildeo percebe-se
diferenccedila significativa entre os tratamentos (Apecircndice F Figura 2)
Conveacutem ressaltar que quando trabalhamos com agroecologia natildeo existem
receitas nem pacotes tecnoloacutegicos prontos Cada situaccedilatildeo deveraacute ser estudada em
particular para que se faccedila recomendaccedilotildees adequadas ao ambiente local uma vez que
as plantas se adaptam ao meio estando a nutriccedilatildeo encarregada de proteger e manter o
equiliacutebrio do organismo vegetal em funccedilatildeo das alteraccedilotildees externas
E fundamental que se compreenda os princiacutepios norteadores de todo o processo
que satildeo as bases da luta por uma sociedade mais justa dentro de um mundo econocircmico e
ambientalmente mais sustentaacutevel
412 Anaacutelise do sistema radicular
Os resultados obtidos nas anaacutelises do sistema radicular (Tabela 2) mostram
diferenccedilas significativas entre as adubaccedilotildees para as variaacuteveis fitomassa fresca de raiz
(FFR) fitomassa seca de raiz (FSR) comprimento de raiz (CR) razatildeo parte
aeacutereasistema radicular (RPASR) e densidade de raiz (DR)
34
TABELA 2 Produccedilatildeo de fitomassa fresca e seca (g) comprimento (cm) e densidade de
raiacutezes (m cm3) de mudas de cebola Petrolini cultivadas sob uma
perspectiva agroecoloacutegica e razatildeo parte aeacutereasistema radicular Pelotas-
RS 2003
BIOFERTILIZANTES LIacuteQUIDOSADUBACcedilAO DE BASE
S Magro + MB4 +Urina + Calda Urina + Calda Testemunha
Bordalesa Bordalesa
de vermicomposto de vermicomposto de esterco de curral
de vermicomposto de vermicomposto de esterco de curral
de vermicomposto de vermicomposto de esterco de curral
de vermicomposto de vermicomposto de esterco de curral
1540 c A 1576 b B 2427 a A
Fitomassa fresca (g)----------------1502 c B 1517 b AB 1658 b A 1446 c C 2336 a B 2360 a B
--------------------Fitomassa seca (g)-------------------196 b A 207 ab A 170 b A170 b A 199 b A 192 b A 344 a A 249 a B 327 a A
Comprimento de raiz(cm)---------------1237 b A 1158 b A 1158 a A1237 b A 1060 c B 1040 b B1433 a A 1296 a B 1040 b C
30 t ha 45 t ha 60 t ha
30 t ha 45 t ha 60 t ha
30 t halsquo 45 t ha 60 t ha
30 t ha 45 t ha 60 t ha
30 t ha de vermicomposto 45 t ha de vermicomposto60 t ha~ de esterco de curral__________________________ _________________________Meacutedias seguidas pela mesma letra minuacutescula para as colunas (adubaccedilatildeo de base) e maiuacutesculas para as linhas (biofertilizantes) natildeo diferem entre si pelo teste de Duncan a 5
-----Razatildeo Parte AeacutereaSistema Radicular------340 b AB 301c B 384 a A446 a A 415 b A 326 a B339 b B 546 a A 388 a B
-------------- Densidade de raiz (m cm3)------------367 a AB 414 a A 325 b B282 b B 301b B 405 a A347 ab A 231c B 324 b A
Em relaccedilatildeo agraves adubaccedilotildees de base destacou-se o EC (60 t ha 1 de esterco de curral)
para as variaacuteveis FFR e FSR Quando adicionado o SM+U+CB os resultados para FFR
foram ainda melhores bem como o CR As respostas obtidas para a RPASR foram
variadas em relaccedilatildeo agraves adubaccedilotildees apresentando melhores resultados para 15 VB (45 t
ha 1 de vermicomposto)+SM+U+CB e ainda melhor para EC (60 t ha 1 de esterco de
curral)+MB4 +U+CB As adubaccedilotildees de base 1 VB 15 VB e EC natildeo diferiram entre si
As adubaccedilotildees mais eficientes para a variaacutevel DR foram 1 VB+SM+U+CV que natildeo
diferiu da EC+SM+U+CB I VB+ MB4 +U+CB e agrave 15 VB foram melhores entre as
demais
35
Analisando os biofertilizantes em relaccedilatildeo a cada adubaccedilatildeo de base verifica-se que
para a 1 VB (30 t ha 1 de vermicomposto)+SM+U+CB destaca-se a variaacutevel FFR
poreacutem sem diferenccedila significativa de 1 VB os melhpres resultados para a variaacutevel DR
foram encontrados pelo tratamento 1 VB+MB4 +U+CB e 15 VB (45 t ha 1 de
vermicomposto) tambeacutem se considera eficiente o 1 VB+SM+U+CB que natildeo diferiu do
EC (esterco de curral) Quando se utilizou 15 VB+ MB4 +U+CB houve resposta
significativa para a variaacutevel FFR para FSR as respostas natildeo foram diferentes com a
aplicaccedilatildeo dos biofertilizantes para as variaacuteveis FSR e DR as adubaccedilotildees EC e
EC+SM+U+CB natildeo diferiram entre si
Embora as respostas estatiacutesticas tenham sido diferentes para as adubaccedilotildees
combinadas ou natildeo pode-se salientar a importacircncia do aacutecido indol-aceacutetico como jaacute
citado anteriormente para as variaacuteveis avaliadas na parte aeacuterea das mudas de cebola
Respostas semelhantes nesse sentido foram encontradas para a cultura da alface por
Quijano (1999) e Morselli (2001)
Pereira et al (2002) concluiacuteram em trabalho realizado com a cultivar de cebola
CNPF1 6400 em Minas Gerais que a utilizaccedilatildeo de 20 t ha de esterco de curral
proporcionou os melhores resultados para a produccedilatildeo de cebola
Silva Juacutenior amp Giorgi (1992) e Menezes Juacutenior (1998) citam que doses elevadas
de mateacuteria orgacircnica podem prejudicar a primeira fase da germinaccedilatildeo (embebiccedilatildeo) e
absorccedilatildeo de aacutegua pelas raiacutezes das placircntulas No entanto no presente trabalho este fato
natildeo ocorreu embora a dose de esterco utilizada tenha sido de 60 t ha 1 (dose maacutexima
recomendada segundo Nolla 1982)
413 Anaacutelise de macronutrientes no tecido vegetal
Os resultados dos conteuacutedos de nitrogecircnio foacutesforo potaacutessio caacutelcio e magneacutesio no
tecido vegetal sob diferentes adubaccedilotildees encontrados na Tabela 3 indicam mais uma
vez a superioridade da adubaccedilatildeo esterco com 0 uso ou natildeo de biofertilizantes
36
TABELA 3 Conteuacutedos (mg planta1) de nitrogecircnio foacutesforo potaacutessio caacutelcio e
magneacutesio no tecido vegetal de mudas de cebola Petrolini cultivadas sob
uma perspectiva agroecoloacutegica Pelotas-RS 2003
BIOFERTILIZANTES LIacuteQUIDOS i J B
ADUBACcedilAtildeO S Magro + MB4 +DE BASE Urina + Calda Urina + Calda Testemunha
Bordalesa Bordalesamg plantas1
---- Nitrogecircnio-----30 t ha de vermicomposto 16593 c AB 15451 c B 19050 b A45 t ha de vermicomposto 21444 b A 22888 b A 17852 b B60 t ha de esterco de curral 32606 a C 37593 a B 40816 a A
--------------- ------ Foacutesforo------- -------------30 t ha de vermicomposto 3098 c B 2802 c B 3999 b A45 t ha de vermicomposto 4109 b A 4135 b A 2788 c B60 t ha de esterco de curral 5300 a B 7577 a A 7565 a A
------- Potaacutessio------30 t ha de vermicomposto 24327 c A 19900 c B 24965 b A45 t ha de vermicomposto 29113b A 29812 b A 22031 b B60 t ha de esterco de curral 44070 a B 51976 a A 54101 a A
-------- Caacutelcio-------30 t ha de vermicomposto 5027 c A 4356 c A 4834 b A45 t ha de vermicomposto 6114b A 6963 b A 4379 b B60 t ha de esterco de curral 9030 a C 11451 a A 10331 a B
------Magneacutesio-----30 t ha de vermicomposto 1188 b A 914 c A 1202 b A45 t ha de vermicomposto 1231 b B 1582 b A 1176 b B60 t ha de esterco de curral 2136a B 2443 a A 2663 a AMeacutedias seguidas pela mesma letra minuacutescula para as colunas (adubaccedilatildeo de base) e maiuacutesculas para as linhas (biofertilizantes) natildeo diferem entre si pelo teste de Duncan a
Em relaccedilatildeo agraves adubaccedilotildees de base observa-se que o melhor tratamento foi o
esterco de curral para todas as variaacuteveis Para 1 VB (30 t ha^ 1 de vermicomposto) natildeo
houve resposta diferenciada com o uso de bofertilizantes para todas as variaacuteveis A
adubaccedilatildeo 15 VB (45 t ha 1 de vemicomposto) foi influenciada pelos biofertilizantes
para as variaacuteveis N P K e Ca enquanto que para Mg somente o MB4+U+CB o
influenciou O EC (esterco de curral) mostrou diferenccedila significativa apenas para as
variaacuteveis Ca e Mg quando adicionado MB4+U+CB
Segundo Peixoto (2000) eacute fundamental a adiccedilatildeo de adubos orgacircnico no cultivo de
hortaliccedilas seja na forma de esterco decomposto composto ou huacutemus de minhoca de
37
modo a fornecer melhorias nas propriedades do solo vindo a disponibilizar os nutrientes
as diferentes culturas
O esterco fresco conteacutem muita cama celuloacutesica e um elevado teor de aacutegua No
esterco curtido a celulose jaacute estaacute decomposta o teor de aacutegua estaacute reduzido agrave metade e os
nutrientes em uma forma mais assimilaacutevel e mais concentrada O esterco fresco pode
causar uma deficiecircncia temporaacuteria de nitrogecircnio no solo ao se decompor o que natildeo
acontece com o biestabilizado (Kiehl 1985)Ocorre uma diminuiccedilatildeo inicial no volume
de aacutegua retido no esterco de curral diminui inicialmente em tomo de 3581 liberando
posteriormente somente 496 evidenciando a sua capacidade de retenccedilatildeo de aacutegua
(Menezes Juacutenior 1998)
A utilizaccedilatildeo continuada de adubos nitrogenados minerais no solo altera o balanccedilo
do nitrogecircnio entre o solo e planta No meacutetodo biodinacircmico eacute sublinhada a importacircncia
dos adubos animais para o estabelecimento da fertilidade permanente dos solos (Koeff
et al 1983)
Para Guimaratildees (1997) os benefiacutecios que a mateacuteria orgacircnica imprime ao solo
principalmente melhorando a produtividade fertilidade e a influencia que as substancias
huacutemicas exercem sobre o ambiente dependem da qualidade e do teor de mateacuteria
orgacircnica do solo Estas substacircncias por conterem nutrientes em sua constituiccedilatildeo em uma
forma mais disponiacutevel para as plantas promovem um equiliacutebrio no ambiente no solo
(Kononova 1966)
Aproximadamente de 60 a 70 do total de carbono do solo ocorre na forma de
materiais huacutemicos (Griffith amp Schnitzer 1975) sendo a eles atribuiacutedo a manutenccedilatildeo da
bioestrutura do solo aumentando a capacidade de retenccedilatildeo de aacutegua (Brady 1999)
Conforme Compagnoni amp Putzolu (1985) os estercos bem como os demais
resiacuteduos orgacircnicos apresentam conteuacutedos diferentes de aacutecidos huacutemicos e fuumllvicos sendo
atribuiacutedo ao acido huacutemico uma accedilatildeo fitoestimulante semelhante aos fitohormocircnios por
favorecer o desenvolvimento do sistema radicular e crescimento do caule
Em trabalho realizado por Guimaratildees (1997) foi encontrado para aacutecidos huacutemicos
de esterco bovino uma relaccedilatildeo CN 1035 e para vermicomposto bovino 17
evidenciando que o esterco quando aplicado ao solo por apresentar uma relaccedilatildeo CN
proacutexima deste reage mais facilmente liberando nutrientes para as plantas sem alterar a
cadeia troacutefiacuteca Dados encontrados no presente trabalho demonstram a eficiecircncia do
esterco nesse sentido
38
De acordo com Morselli (2001) vaacuterios trabalhos citam comentam e discutem a
capacidade dos vermicompostos em proporcionar oacutetimas colheitas e favorecer a
precocidade das plantas cultivadas Poreacutem muitas vezes se observa que mesmo
suprindo essas plantas com nutrientes necessaacuterios atraveacutes de huacutemus de diferentes fontes
as respostas natildeo satildeo as mesmas para uma mesma cultivar
Por outro lado os resultados com o uso de substacircncias huacutemicas satildeo variaacuteveis e
dependem aleacutem da espeacutecie testada das substacircncias huacutemicas utilizadas sua
concentraccedilatildeo o grau de purificaccedilatildeo e das condiccedilotildees experimentais A resposta das
plantas aos aacutecidos huacutemicos e fuacutelvicos eacute dependente da mateacuteria prima original e da
espeacutecie vegetal pois materiais orgacircnicos diferentes apresentam aacutecidos huacutemicos e
fuacutelvicos diferentes (Businelli 1990)
Justificam-se os maiores conteuacutedos de nitrogecircnio foacutesforo potaacutessio e caacutelcio nas
adubaccedilotildees 15 VB (45 t ha 1 de vermicomposto) e biofertilizantes devido
provavelmente ao vermicomposto utilizado apresentar na sua constituiccedilatildeo teores
consideraacuteveis destes elementos aleacutem do que os biofertilizantes possam ter influenciado
na absorccedilatildeo atraveacutes de sua constituiccedilatildeo Tibau (1984) considera que a urina de vaca eacute
rica em aacutecido indol-aceacutetico e este influencia na absorccedilatildeo radicular O efeito positivo
deste tratamento provavelmente seja devido agrave quantidade aplicada
O biofertilizante que se destacou foi o MB4+U+CB em relaccedilatildeo ao EC (esterco de
curral) e eacute somente para a variaacutevel caacutelcio Isto provavelmente seja devido ao alto teor
deste elemento encontrado na sua constituiccedilatildeo (6872 g Kg1) e pela influecircncia positiva
que a calda bordalesa exerce no metabolismo das plantas atraveacutes dos nutrientes
contidos em sua formulaccedilatildeo O Ca controla a absorccedilatildeo radicular e retorna ao solo pelo
esterco e palhas por apresentar-se em maior quantidade em folhas e caules Depois de
localizado nas folhas fica imoacutevel favorecendo a resistecircncia da planta ao ataque de
fungos
Este trabalho avanccedila no estudo da agroecologia estando claro que todos os
criteacuterios tem caraacuteter dinacircmico de adequaccedilatildeo as mudanccedilas de um sistema de produccedilatildeo
em evoluccedilatildeo contribuindo na transiccedilatildeo para um padratildeo sustentaacutevel Cabe a pesquisa a
reorientaccedilatildeo para um enfoque ldquosistecircmicordquo isto eacute que permita integrar os diversos
componentes de um agroecossistema e a adoccedilatildeo de poliacuteticas puacuteblicas que promovam 0
fortalecimento e a expansatildeo da agricultura familiar
39
5 CONCLUSOtildeES
Considerando os resultados obtidos e as condiccedilotildees em que o estudo foi realizado
conclui-se que
bull As respostas agronocircmicas das mudas de cebola para os paracircmetros avaliados
satildeo mais satisfatoacuterias com a aplicaccedilatildeo de esterco de curral como adubaccedilatildeo de
base
bull Os biofertilizantes mais urina de vaca e calda bordalesa proporcionam
respostas satisfatoacuterias quando aplicados associados agraves adubaccedilotildees de base
bull O biofertilizante MB4 mais urina de vaca e calda bordalesa eacute mais eficiente
que o super magro mais urina e calda bordalesa quando aplicado associado agrave
adubaccedilatildeo de base esterco de curral para os conteuacutedos de fitomassa secae
fresca da parte aeacuterea das plantas altura e diacircmetro de colo das mudas de
cebola
bull Os biofertilizantes adicionados agrave adubaccedilatildeo de base 45 t harsquo 1 de vermicomposto
bovino mostram respostas significativas para os conteuacutedos de fitomassa seca
bull Os maiores conteuacutedos nutricionais para as mudas de cebola satildeo
proporcionados pela adubaccedilatildeo de base esterco de curral
bull A maior absorccedilatildeo de caacutelcio pelas mudas de cebola ocorre quando da adiccedilatildeo do
biofertilizante MB4 mais urina e calda bordalesa agrave adubaccedilatildeo de base esterco de
curral
40
6 REFEREcircNCIAS BIBLIOGRAacuteFICAS
ALDRIGHI CB ABREU CM PAGLIA AG MORSELLI TBGA FERNANDES HS Efeito da aplicaccedilatildeo de biofertilizante e urina de vaca em mudas de tomateiro Horticultura Brasileira v20 n2 julho 2002 Suplemento 2
ALTIERI M NICHOLLS C I Agroecologia Teoria praacutectica para umaAgricultura Sustentable Ia ed PNUMA 2000 Cap 2 4 Seacuterie textos baacutesicos para la formacioacuten ambiental
ALTIERI M Agroecologia bases cientiacuteficas para uma agricultura sustentaacutevelGuaiacuteba Agropecuaacuteria 2002 592 p
ANTONIOLLI Z I GIRACCA E M N CARDOSO S J T WIETHAN M M S FERRI M Iniciaccedilatildeo agrave Minhocultura Criaccedilatildeo em Cativeiro e Vermicompostagem Santa Maria UFSM 1996 p59-89
BAYER C MIELNICZUC J Dinacircmica e funccedilatildeo da mateacuteria orgacircnica In SANTOS G de A S e CAMARGO F A de O (ed) Fundamentos da mateacuteria orgacircnica do solo ecossistemas tropicais e subtropicais Porto Alegre Genesis 1999 p 3-23
BARRETTO D X Composto Orgacircnico In Praacutetica em Agricultura Orgacircnica Satildeo Paulo iacutecone Ed Ltda 1985 p 51-63
BETTIOL W Alguns produtos alternativos para o controle de doenccedilas de plantasem agricultura orgacircnica II Ciclo de palestras sobre agricultura orgacircnica Instituto Bioloacutegico Satildeo Paulo p52-63 1997
41
BETTIOL W TRACH R GALVAtildeO JAH Controle de doenccedilas de plantas com biofertilizantes Jaguariuacutena EMBRAPA-CNPMA 1997 22p (EMBRAPA- CNPMA Circular Teacutecnica 02)
BRADY N C Natureza e propriedades dos sotos Rio de Janeiro Freitas BastosS A 1979 647p
BRADY N C Organisms and ecology of the soil In The nature of properties of soils Simon amp Schuster A Viacon Company New Jersey1999 402-489p
BON1LLA J A Fundamentos da Agricultura Ecoloacutegica Sobrevivecircncia eQualidade de Vida Satildeo Paulo Nobel 1992
BUREacuteS S Substratos Ediciones Agroteacutecnicas S L Madrid Octubre 1997
BUS1NELLI M Chemical Composition and Enzymic Activity of some Worm Cast Plant Soil v 80 p 1-2 1990
CALEGARI A Espeacutecies para cobertura de solo In IAPAR (Instituto Agronocircmico de Paranaacute) Plantio Direto pequena propriedade sustentaacutevel organizador Moacir Darolt Londrina - PR 1998 65-93
CAMARGO P N D Manual de Adubaccedilatildeo Foliar Satildeo Paulo Herba 1975
CAPRA F A Teia da Vida Satildeo Paulo Cultrix 1997 256p
CAPRA F O Ponto de Mutaccedilatildeo 22 ed Satildeo Paulo Cultrix 2001 447p
CHABOUSSOU F Plantas doentes pelo uso de agrotoacutexicos (A Teoria da Trofobiose) Porto Alegre LPM 1987 253 p
CLARO S A Referencias tecnoloacutegicos para a agricultura familiar ecoloacutegica aexperiecircncia da Regiatildeo Centro-Serra do Rio Grande do Sul Porto Alegre EMATERRS-ASCAR 2001 250p
CLIVELA G Diagnoacutestico Agronocircmico da cebola no Rio Grande do Sul Porto Alegre EMATERRS 1995 8 6 p
COMISSAtildeO DE FERTILIDADE DO SOLO - RSSC Recomendaccedilotildees de adubaccedilatildeo e calagem para os estados do Rio Grande do Sul e Santa Catarina 3 ed Passo Fundo SBCS - Nuacutecleo Regional Sul 1995 223p
COMPAGNONI L PUTZOLU G Cria moderna de Ias lombrices y utilizacioacutenrentable dei humus Barcelona Editorial de Vecchi- SA 1985127p
COSTABEBER J A MOYANO E Transiccedilatildeo agroecoloacutegica e accedilatildeo social coletiva Agroecologia e Desenvolvimento Rural Sustentaacutevel Porto Alegre v l n4 p 50- 60 outdez 2 0 0 0
42
COSTA M B B da Adubaccedilatildeo orgacircnica Nova siacutentese e novo caminho para aagricultura Satildeo Paulo Ed iacutecone Ltda 1985 102p
COSTA NETO C Agricultura Sustentaacutevel Tecnologias e Sociedade In CARVALHO COSTA LF et al (org) Mundo Rural e Tempo Presente Rio de Janeiro Mauad 1999
DrsquoAG0ST1NI R L FANTINI A C Produccedilatildeo orgacircnica tambeacutem socialmente excludente Agroecologia e Desenvolvimento Rural Sustentaacutevel Porto Alegre v3 n l p57-61 2002
DALPONTE J C V Utilizaccedilatildeo de materiais orgacircnicos e fertilizante mineral na produccedilatildeo e qualidade de mudas e bulbos de cebola (Alliurn Cepa L) Pelotas-RS 1990 (Mestrado em Agronomia) - Faculdade de Agronomia Eliseu Maciel UFPel 1990
DEBARBA J F THOMAZELLI L F GANDIN C L SILVA E Cadeias produtivas do Estado de Santa Catarina Cebola Florianoacutepolis Epagri 1998 115 p (EPAGRI Boletim Teacutecnico 96)
DUFOUR F Os saacutebios loucos do agro-alimentar Le Monde Diplomatique ano 1 n4 p6-7 1999 (ed portuguesa)
EHLERS E Agricultura Sustetaacutevel Origem e perspectivas de um novo paradigma 2 ed Guaiacuteba Agropecuaacuteria 1999 157 p
FILGUEIRA F A R Novo Manual de olericultura agrotecnologia moderna na produccedilatildeo e comercializaccedilatildeo de hortaliccedilas Viccedilosa UFV 2000 402 p
FRASER G K Mateacuteria Orgacircnica Del Suelo In BEAR F E (ed) Quiacutemica dei Suelo Madrid Ed Agrociencia 1963
FOLLET R H MURPHY L S DONAHUE R L Fertilizers and soil amendments New Jersey Printice-Hall Inc 1981 557p
GARCIA A Revista dei Espacio Rural Georgica Zaragoza Escuela Politeacutecnica de Huesca n5 1997
GARCIA A Versatildeo preliminar de um Programa Estadual de Produccedilatildeo e Comercializaccedilatildeo de Bulbos e Sementes de CebolaEMBRAPAIPAGROMARAEMATER 6 8 pbdquo 1990 (Publicaccedilatildeo avulsa)
GIORGETT1 J R Produccedilatildeo e Comercializaccedilatildeo de Mudas de Tomate In Encontro Nacional de Produccedilatildeo e Abastecimento de Tomate 2 1991 Jaboticabal Satildeo Paulo Anais Jaboticabal UNESP 1991 p 242-244
GLIESSMAN S R Agroecologia Processos ecoloacutegicos em agricultura sustentaacutevelPorto Alegre Universidade Federal do Rio Grande do Sul - UFRGS 2000 653p
43
GLIESSMAN S R TURRIALBA C R Agroecologia Procesos Ecoloacutegicos en Agricultura Sostenible CATIE 2002 p 3-14
GNOATTO S C Caracterizaccedilatildeo quiacutemica de vermicompostos de diferentes substratos orgacircnicos Pelotas-RS 1999 38 f (Mestrado em Agronomia - Solos) - Faculdade de Agronomia Eliseu Maciel UFPel 1999
GOMES J C C BORBA M F S A moderna crise dos alimentos oportunidade para a agricultura familiar Emater Porto Alegre julset 2000 Disponiacutevel em lthttpwwwematertchebrdocsagroecorevistan313-artigo3htmgtAcesso em 24 fev 2002
GOMEZ H W Desenvolvimento sustentaacutevel agriacutecola e capitalismo In Desenvolvimento sustentaacutevel Necessidade eou disponibilidade Santa Cruz do Sul Nobel - UNISC 1997 p 65-77
GONZAacuteLEZ DE MOLINA M SEVILLA GUZMAacuteN E Ecologia campesinado e historia Para una reinterpretacioacuten dei desarrollo dei capitalismo en la agricultura In SEVILLA GUZMAacuteN E GONZAacuteLEZ DE MOLINA M (ed) Ecologia campesinado e historia Madrid La Piqueta 1993 p 23-129
GRIFFITH S A SCHNITZER M Analytical characteristic of humic and fulvic acids extracted from tropical volcanic soils Soil Sei Soc Am Proc v 39 p361-367 1975
GUIMARAtildeES E Caracterizaccedilatildeo quiacutemica estreptoscoacutepica e por anaacutelise teacutermica de aacutecidos huacutemicos e vermicompostos obtidos de estercos de diferentes animaisCuritiba 1997 Dissertaccedilatildeo (Mestrado em Quiacutemica) Universidade Federal do Paranaacute 1997
HESS A F Sociedade e meio ambiente uma relaccedilatildeo ambiacutegua Revista Cientiacutefica Rural Bageacute v 4 n2 p 167-1741999
ICEPA-SC Informes conjunturais sobre a cultura da cebola Disponiacutevel em lthttpwwwicepa combrgt Acesso em 23 jan 2003
JONES H A MANN L K Onions and their allies New York Interscience Publishers 1962 286 p
JUacuteNIOR H A de MAIORANO J A Receitas obtidas de extratos de plantasCampinas CATITerra Viva [199-] 10 f
KHATOUNIAN C A Ciclo de Palestras sobre Agricultura Orgacircnica 2a Ed SatildeoPaulo Fund Cargill 1997 149 p
KIEHL E J Fertilizantes Orgacircnicos Satildeo Paulo Ed Agronocircmica Ceres Ltda 1985 492p
44
KOEFF H H PETTERSSON B D SHAUMANN W Vida Vegetal solos e adubaccedilatildeo In Agricultura Biodinacircmica Satildeo Paulo Nobel 1983 p92-149
KONONOVA M M Soil organic matter The importance o f organic matter in soil formation and soil fertility New York Pergamqn Press 1961 p 165-200
KUHN T A Estrutura das Revoluccedilotildees Cientiacuteficas Satildeo Paulo Perspectiva 1989 257p
LANNA FCA ABREU C L ABREU J G SILVA V Resposta de cultivares de melancia cultivadas sob adubaccedilatildeo quiacutemica e orgacircnica Horticultura v 12 n l p85 1994
LEFF H Saber Ambiental Petroacutepolis Vozes 2001 343 p
MAGALHAtildeES J R Nutriccedilatildeo e adubaccedilatildeo da cebola In FERREIRA M E CASSTELLANE P D CRUZ M C P Nutriccedilatildeo e adubaccedilatildeo de hortaliccedilasPiracicaba POTAFOS 1993 p 381-393
MALAVOLTA E Elementos de nutriccedilatildeo mineral de plantas Satildeo Paulo Ed Agronocircmica Ceres Ltda 1980 251 p
MALAVOLTA E Manual de Quiacutemica Agriacutecola - Adubos e Adubaccedilatildeo 3a ed SatildeoPaulo Ed Agronocircmica Ceres Ltda 1981 606 p
MARTINEZ A A A grande e Poderosa Minhoca Jaboticabal Funep - Unesp1990 101 p
MARTINS S R Desenvolvimento e Sustentabilidade Horticultura Brasileira Brasiacutelia-DF v20 n2 julho 2002 Palestra apresentada no 42deg Congresso Brasileiro de Olericultura
MARTINS S R Limites Del Desarrollo Sostenible em Ameacuterica Latina En el marco de Ias poliacuteticas de (re)ajuste econocircmico Pelotas Editora UFPel 1997 135 P-
MARTINS S R Sustentabilidade na agricultura dimensotildees econocircmicas sociais e ambientais Revista Cientiacutefica Rural Bageacute v4 n 2 p 175-1871999
MATURANA H REZEPKA S N D E Formaccedilatildeo Humana e Capacitaccedilatildeo Rio de Janneiro Vozes 2000 8 6 p
MELLO A F SOBRINHO M O ARZOLLA S SILVEIRA R NETTO A C KIEHL J C Fertilidade do Solo Satildeo Paulo Nobel 1983
MENEZES JUacuteNIOR F O G D Caracterizaccedilatildeo de Diferentes substratos hortiacutecolas e seu efeito na produccedilatildeo de mudas de alface e couve-flor em ambiente protegido Pelotas 1998 141 p Dissertaccedilatildeo (Mestrado em Agronomia - Produccedilatildeo Vegetal) - Faculdade de Agronomia Eliseu Maciel UFPel 1998
45
MIBASA Mineraccedilatildeo Barreto SA Melhorador de Solos MB4 A Natureza Agradece Arapiraca-AL [199-] Folder
MINAMI K Os resumos da olericultura 2000 In AZEVEDO FILHO MARTINEZ FILHO (ed) Preccedilos agriacutecolas Piracicaba ESALQ 1999 p 4
MINAMI K Produccedilatildeo de Mudas de Alta Qualidade em Horticultura Satildeo Paulo TA Queiroz 1995
MORSELLI T B G A Cultivo sucessivo de alface sob adubaccedilatildeo orgacircnica em ambiente protegidoPelotas 2001 178 p Tese (Doutorado em Agronomia - Produccedilatildeo Vegetal) Faculdade de Agronomia Eliseu Maciel UFPel 2001
MORSELLI T B G A Resiacuteduos orgacircnicos em sistemas agriacutecolas Poliacutegrafo da Disciplina de Resiacuteduos orgacircnicos em sistemas agriacutecolas Curso de Poacutes-Graduaccedilatildeo em Agronomia-Produccedilatildeo Vegetal UFPel 2002
MULLER AM Efeitos da Aplicaccedilatildeo Foliar de um Biofertilizante Enriquecido no Estado fitossanitaacuterio de Tomate Ervilha e Beterraba Sob Manejo OrgacircnicoDissertaccedilatildeo (Mestrado no Programa de Poacutes-Graduaccedilatildeo em Agroecossistemas)1999 (Resumo)
NOLLA D Erosatildeo do Solo - O grande desafio Estado do Rio Grande do Sul SEAGRI desenvolvimento de recursos naturais renovaacuteveis 1982 412 p
PAGLIA AG MORSELLI TBGA PEIL RMN Teores de nutrientes pH e condutividade eleacutetrica da aacutegua em sistema ldquofloat^ngrdquo sob adiccedilatildeo de biofertilizantes Horticultura Brasileira v 20 n2 julho 2002 Suplemento 2
PAULUS G MULLER A BARCELLOS LAR Agroecologia aplicada praticas e meacutetodos para uma agricultura de base ecoloacutegica 2ed ver ampl Porto Alegre EMATERRS 2001 8 6 p
PEIXOTO R T dos G Composto orgacircnico aplicaccedilotildees benefiacutecios e restriccedilotildees de uso Horticultura Brasileira Brasiacutelia-DF v 18 p 56-64 julho 2000
PENTEADO SR Defensivos Alternativos e Naturais Satildeo Paulo 1999 95 p
PEREIRA AJ SOUZA RJ PEREIRA WR Efeito de diferentes doses de esterco de galinha e de curral sobre a produccedilatildeo de cebola Horticultura Brasileira v20 n2 julho 2002 Suplemento 2
PINHEIRO S BARRETO SB MB-4 agricultura sustentaacutevel trofobiose e biofertilizantes Fundaccedilatildeo Juquira CandiruMibasa 2000 273 p
PRIMAVESI A Agricultura Sustentaacutevel Satildeo Paulo Nobel 1992 142 p
PRIMAVESI A O manejo ecoloacutegico do solo Agricultura em regiotildees tropicais SatildeoPaulo Nobel 1982 541 p
46
PURCINO A A C ldquoNitrogecircniordquo Informe Agropecuaacuterio Belo Horizonte v7 n81 p 16-27 1981
QUIJANO F G Efeito da adubaccedilatildeo orgacircnica no desenvolvimento de duas cultivares de alface em ambiente protegido Pelotas 1999 116f Dissertaccedilatildeo (Mestrado em Agronomia - Produccedilatildeo Vegetal) Faculdade de Agronomia Eliseu Maciel UFPel 1999
RODRIGUES A N N Efeitos e residuais de superfosfato triplo sobre o rendimento de mateacuteria seca e absorccedilatildeo de foacutesforo pela aveia (Avena strigosa Schob) em solo Podzoacutelico Vermelho Escuro Porto Alegre 1984 59f Dissertaccedilatildeo (Mestrado em Agronomia) - Faculdade de Agronomia UFRGS 1984
RODRIGUES E T CASALI V W D Respostas da alface agrave adubaccedilatildeo orgacircnica II Teores conteuacutedos e utilizaccedilatildeo de macronutrientes em cultivares Rev Ceres Viccedilosa v 45 n 261 p 437-449 1998
SAMINEcircS T C O Produccedilatildeo orgacircnica de alimentos Horticultura Brasileira Brasiacutelia-DF v 17 n3 novembro 1999
SCHIEDECK G Ambiecircncia e resposta agronocircmica de meloeiro (Cucumis melo L) cultivado sob adubaccedilatildeo orgacircnica em ambiente protegido Pelotas lOOp Tese (Doutorado em Agronomia - Produccedilatildeo Vegetal) - Faculdade de Agronomia Eliseu Maciel UFPel 2002
SILVA JUacuteNIOR A A GIORGI E Substratos alternativos para a produccedilatildeo de mudas de tomate Agropecuaacuteria Catarinense Florianoacutepolis EPAGRI 1992 23 p
SILVA JUacuteNIOR A A MACEDO S G STUKER H Utilizaccedilatildeo de esterco de peru na produccedilatildeo de mudas de tomateiro Florianoacutepolis EPAGRI 1995 28 p (Boletim Teacutecnico 73)
TAGLIARI PS GRASSMANN H Minhoca a grande aliada da agricultura Agropecuaacuteria Catarinense v8 n l p 11-14 mar 1995
TEDESCO M J GIANELLO C Anaacutelises de solo plantas e outros materiais Porto Alegre Faculdade de Agronomia Departamento de Solos Universidade Federal do Rio Grande do Sul RS 1996
TENNANT D A Test of modified line intersect method of estimating root lenght Journal Ecology Oxford v 63 p 995-1001 1975
TIBAU A O Mateacuteria Orgacircnica do Solo Mateacuteria Orgacircnica e Fertilidade do SoloSatildeo Paulo Nobel 1984 p49-182
TIMM P J Anaacutelise comparativa dos sistemas de plantio convencional e cultivo miacutenimo de cebola sob adubaccedilatildeo orgacircnica e mineral Pelotas 2000 79 p Dissertaccedilatildeo (Mestrado em Agronomia - Produccedilatildeo Vegetal) - Faculdade de Agronomia Eliseu Maciel UFPel 2000
47
VALENZUELA HR CROSBY C Effect of compost applications on the yield of several vegetables in long-term organic farming experiments conduced in the tropics American Society Horticultural Science v33 n3 june 1998
VIGLIZZO E (ed) Subprograma Recursos Naturais y Sostenibilidad Agriacutecola documento marco Montevideo IICAPROCISUR 1995 p 75 - 78
WE1D J M TARDIN J M Proposta para a Ampliaccedilatildeo do Trabalho da ASPTA no Centro Sul do Paranaacute ASPTA Disponiacutevel em http wwwpronafgovbrEncontrotestosAS20PTA20Sul20ParanE1205 202002doc Acesso em 05 mai 2002
XAVIER SIMOacuteN F DOMINGUES D G Desenvolvimento Rural Sustentaacutevel uma perspectiva agroecoloacutegica Agroecologia e Desenvolvimento Rural Sustentaacutevel Porto Alegre EM ATERRS v2 n2 p 17-26 2001
ZABALETA J P Diagnoacutestico da Agricultura Familiar em Satildeo Joseacute do Norte - RSPelotas EMBRAPA-CPACT 1998 75 p (EMBRAPA-CPACT Documentos 44)
ZONTA E P MACHADO A A SILVEIRA P Sanest Sistema de anaacutelise estatiacutestica para microcomputadores Registrado na Secretaria Especial de Informaacutetica sob nuacutemero 066060 - categoria A Pelotas-RS Universidade Federal de Pelotas 1984
48
7 APEcircNDICE
APEcircNDICE A - Anaacutelise da adubaccedilatildeo de base e biofertilizantes utilizados na produccedilatildeo de mudas de cebola
TABELA 1 A Anaacutelise baacutesica do solo antes da incorporaccedilatildeo do feijatildeo miuacutedo + papua
Arg
pH IND
SMP
MO
P - n r - Na Al Ca__10Omlmdash
Mg
ppm -
6 53 67 089 8 6 27 1 04 05 0 2
Fonte LASFAEMUFPel (2002)
TABELA 2A Anaacutelise complementar do solo antes da incorporaccedilatildeo do feijatildeo-miuacutedo + papua
Cobre Zinco Manganecircs Ferro
(m v1)
04 05 26 007
Fonte LASFAEMUFPel (2002)
49
TABELA 3A Anaacutelise dos fertilizantes soacutelidos
Amostra pH limidade CN
C N P K Ca Mg
- g-ivg --
Cama de 849 2491 12 31042 2479 3888 3405 29875 463
aves
Esterco 74 3594 11 677 590 157 134 335 214
de curral
Huacutemus 684 5738 14 15965 1098 453 745 743 361
Fonte LASFAEMUFPel (2002)
TABELA 4A Anaacutelise quiacutemica dos biofertilizantes liacutequidos
Amostra N P K_ccedil H
Ca Mg Cu Zn Fe Mn
mdashgL bull
S Magro
m b 4
Urina
053
1652
8 2 2
008
395
0 0 0
149
1674
471
1902
6872
0 0 0
1150
4507
1172
7273
42
033
101389
920
0 0 0
6250
19458
781
35273
1123
0 2 1
Fonte LASFAEMUFPel (2002)
50
APEcircNDICE B - Condiccedilotildees climaacuteticas do local
TABELA 1B Condiccedilotildees de temperatura do local
___________ __________TEMPERATURA (degCgt
meses Meacutedia
Maacutexima
Meacutedia
MiacutenimaMeacutedia
Maacutexima
Absoluta
Miacutenima
Absoluta
Junho 225 87 156 320 25
Julho 225 85 155 285 30
Agosto 251 71 161 360 1 0
Fonte FEPAGROSCT 2002
TABELA 2B Condiccedilotildees de chuva do local
mdash CHUVA (mm)mdash
meses Ocorrida Normal Desvio Da Normal
Junho 1080 1 1 0 -2 0
Julho 1062 98 8 2
Agosto 1283 1 2 0 83
Fonte FEPAGROSCT 2002
51
TABELA 1C Produccedilatildeo de fitomassa fresca e seca (g) da parte aeacuterea altura de planta
(cm) e diacircmetro de colo (mm) de mudas de cebola Petrolini cultivadas
sob uma perspectiva agroecoloacutegica Pelotas-RS 2003
APEcircNDICE C - Anaacutelise estatiacutestica da parte aeacuterea
Causas G1 FFPA FSPA AP DC
da variaccedilatildeo --------- Quadrados meacutedios-
Blocos 3
Ad Base 2 175359071 1287102 2547419 1 11775
Biofertilizantes 2 126876 29011 87669ns 02185ns
Ad x Biofert 4 572378 31123 69106ns 04159
Resiacuteduo 24 34456 03048 27169 00290
Total 35
Meacutedia geral 93745 8772 320388 6741
CV 1980 6294 5145 2530
Significativo a 5ns Natildeo significativo
52
TABELA 1D Produccedilatildeo de fitomassa fresca e seca (g) comprimento (cm) e densidade
de raiacutezes (m cm3) de mudas de cebola Petrolini cultivadas sob uma
perspectiva agroecoloacutegica e razatildeo parte aeacutereasistema radicular Pelotas-
RS 2003
APEcircNDICE D - Anaacutelise estatiacutestica da raiz
Causas G1 FFR FSR CR RPASR DR
da variaccedilatildeo Quadrados meacutedios---------------
Blocos 3
Ad Base 2 27874 551 623 2 1 0 140
Biofertilizantes 2 178 0 1 0 ni 1504 l03ns 038ns
Ad x Biofert 4 190 058 318 294 183
Resiacuteduo 24 005 009 028 023 0 2 1
Total 35
Meacutedia geral 1818 228 184 387 333
C V 134 1356 448 1253 1396
Significativo a 5 ns Natildeo significativo
53
APEcircNDICE E - Anaacutelise estatiacutestica dos macronutrientes da parte aeacuterea da cebola
TABELA 1E Conteuacutedos (mg planta1) de nitrogecircnio foacutesforo potaacutessio caacutelcio e
magneacutesio no tecido vegetal de mud^s de cebola Petrolini cultivadas
sob uma perspectiva agroecoloacutegica Pelotas-RS 2003
Causas G1 bull N P K Ca Mg
da variaccedilatildeo
Blocos 3
Ad Base 2 13550306 446627 25509686 1031806 59007
Biofertilizantes 2 180610ns 16564 68153ns 39006 876ns
Ad x Biofert 4 454187 45743 1047539 46950 2464
Resiacuteduo 24 29769 1453 64313 3741 439
Total 35
Meacutedia geral 24921 4597 33366 6943 1615
C V 692 829 760 880 1297
Significativo a 5 ns Natildeo significativo
APEcircNDICE F - Fotos do experimento
FIGURA 2 Mudas de cebola (Allium cepa L) produzidas sob uma perspectiva agroecoloacutegica
APEcircNDICE F a Fotos do experimento
FIGURA 1 Adubaccedilatildeo verde com feijatildeo-miuacutedo e papuatilde utilizadas no manejo do solo
FIGURA 2 Mudas de cebola (Allium cepa L) produzidas sob urna perspectiva agroecoloacutegica
AGRADECIMENTOS
Cumprindo esta etapa fundamental para minha formaccedilatildeo profissional comeccedilo
agradecendo a FAEMUFPel pela oportunidade
A FEPAGROSUL que abriu espaccedilo para a produccedilatildeo e troca de conhecimento
Aos funcionaacuterios que foram fundamentais na execuccedilatildeo deste trabalho
Ao Programa RS-Rural por fornecer todas as condiccedilotildees financeiras agrave realizaccedilatildeo
deste trabalho acreditando na necessidade de geraccedilatildeo de tecnologias que possam
responder a imensa diversidade dos agroecossistemas regionais
Sou especialmente grata agrave Tacircnia que esteve comigo no dia-dia Considero-a muito
mais que orientadora considero-a como uma parceira na vida tanto nas horas alegres
como nas tristes pois partilhamos do alfabeto emocional
Aos co-orientadores Seacutergio pelo ser amoroso que eacute Roberta pela incansaacutevel
ajuda e Joatildeo Baptista por sua dedicaccedilatildeo
A todos os professores e funcionaacuterios que contribuiacuteram com sorrisos e disposiccedilatildeo
sempre
Meus colegas e amigos verdadeiros Natildeo citarei nomes pois todos satildeo especiais
satildeo ldquoseres humanosrdquo que tanto amo e admiro
Paulo Timm obrigada pela confianccedila e dedicaccedilatildeo
A minha famiacutelia Junto a eles restauro as forccedilas da minha alma e encontro apoio e
estimulo para prosseguir e meu caminho tendo a certeza que nunca estarei soacute
Edi quanta saudade senti Fez-me crer que eacute possiacutevel fazer do sonho a vida
Nosso amor me fortaleceu nos dias difiacuteceis
Ao Conselho Nacional de Desenvolvimento Tecnoloacutegico pelo apoio financeiro
E por uacuteltimo mas natildeo menos importante a todos que acreditam e compartilham
na busca do ideal ldquofelicidaderdquo este que soacute pode ser operacionalizado dentro do real e
que certamente este real pode ser mudado
IV
IacuteNDICE
FICHA DE HOMOLOGACcedilAtildeO ii
DEDICATOacuteRIA iii
AGRADECIMENTOS iv
IacuteNDICE v
SUMAacuteRIO vii
SUMMARY ix
INTRODUCcedilAtildeO 1
2 REVISAtildeO DE LITERATURA 3
21 Desenvolvimento e sustentabilidade 3
211 Agroecologia Paradigma em construccedilatildeo 5
212 Agroecologia e agricultura familiar 7
213 O Mercado de produtos orgacircnicos 8
22 A cultura da cebola e sua importacircncia 9
2 2 1 Caracteriacutesticas agronocircmicas da cebola 1 0
222 A produccedilatildeo de mudas de hortaliccedilas 11
23 Adubaccedilatildeo orgacircnica 12
231 Efeitos da adubaccedilatildeo orgacircnica no solo 13
232 Efeitos da adubaccedilatildeo orgacircnica nas culturas 14
233 Plantas de cobertura do solo 15
234 Adubaccedilatildeo foliar 15
24 Vermicompostagem 16
V
241 Resiacuteduos utilizados na vermicompostagem17
2411 Resiacuteduos de origem animal17
2412 Resiacuteduos de origem vegetal17
25 Biofertilizantes 18
251 Urina de vaca 20
252 Alhol 21
253 Calda Bordalesa22
254 Biofertilizante Super Magro 22
256 Biofertilizante MB4 23
3 M ATERIAL E M EacuteTODOS 24
31 Local de execuccedilatildeo do experimento 24
32 Anaacutelise estatiacutestica 24
33 Tratamentos 25
34 Conduccedilatildeo do experimento27
35 Observaccedilotildees agronocircmicas 28
351 Fitomassa fresca da parte aeacuterea28
352 Fitomassa seca da parte aeacuterea 28
353 Altura da muda 28
354 Diacircmetro de colo 28
355 Sistema radicular 29
3551 Comprimento de raiz 29
3552 Densidade de raiz 29
3553 Razatildeo parte aeacutereasistema radicular 30
36 Determinaccedilatildeo de macronutrientes no tecido vegetal 30
4 RESULTADOS E DISCUSSAtildeO 31
41 Anaacutelise das variaacuteveis 31
411 Anaacutelise da parte aeacuterea 31
412 Anaacutelise do sistema radicular 33
413 Anaacutelise de macronutrientes no tecido vegetal 35
5 CONCLUSOtildeES 39
6 REFEREcircNCIAS BIBLIOGRAacuteFICAS 40
7 APEcircNDICE 48
VI
SUMAacuteRIO
PAGLIA AgraveGUIDA GORETI (MS) Universidade Federal de Pelotas fevereiro de 2003 Produccedilatildeo de Mudas de Cebola (Allium cepa L) sob uma perspectiva Agroecoloacutegica Professora Orientadora Tacircnia Beatriz Gamboa Arauacutejo Morselli Co- orientadores Seacutergio Roberto Martins Roberta Marins Nogueira Peil e Joatildeo Baptista da Silva
Com o objetivo de estudar a produccedilatildeo de mudas de cebola sob uma perspectiva
agroecoloacutegica foi conduzido um experimento a campo na Fundaccedilatildeo Estadual de
Pesquisa Agropecuaacuteria - FEPAGROSUL no municiacutepio de Rio GrandeRS no periacuteodo
de 15 de maio a 26 de agosto de 2002 Utilizou-se a cultivar Petrolini (ciclo meacutedio)
submetida as seguintes adubaccedilotildees adubaccedilatildeo de base (1 VB - 30 t ha 1 de
vermicomposto bovino 15 VB - 45 t harsquo 1 de vermicomposto bovino e EC - 60 t ha de
esterco de curral) e biofertilizantes liacutequidos (SM+U+CB - Super Magro mais urina de
vaca mais calda bordalesa MB4 +U+CB - MB4 mais urina de vaca mais calda bordalesa
e Testemunha - ausecircncia) O experimento foi esquematizado em delineamento em
blocos ao acaso em fatorial 3 X 3 As variaacuteveis analisadas foram fitomassa fresca e
seca (g) da parte aeacuterea e do sistema radicular altura de planta (cm) diacircmetro do colo
(mm) comprimento de raiz (cm) razatildeo parte aeacutereasistema radicular densidade de raiz
(m cm3) e conteuacutedos de nitrogecircnio foacutesforo potaacutessio caacutelcio e magneacutesio na parte aeacuterea
da planta Concluiu-se que as respostas agronocircmicas das mudas de cebola para os
paracircmetros avaliados satildeo mais satisfatoacuterias com a aplicaccedilatildeo de esterco de curral como
adubaccedilatildeo de base os biofertilizantes mais urina de vaca e calda bordalesa proporcionam
VII
respostas satisfatoacuterias quando aplicados junto agraves adubaccedilotildees de base o biofertilizante
MB4 mais urina de vaca e calda bordalesa eacute mais eficiente que o super magro mais urina
e calda bordalesa quando aplicado junto agrave adubaccedilatildeo de base esterco de curral os
conteuacutedos de fitomassa seca das mudas de cebola satildeo significativos quando adicionado
os biofertilizantes ao vermicomposto bovino (45 t harsquo1) os maiores conteuacutedos
nutricionais para as mudas de cebola satildeo proporcionados pela adubaccedilatildeo de base esterco
de curral a maior absorccedilatildeo de caacutelcio pelas mudas de cebola ocorre quando da adiccedilatildeo de
biofertilizante MB4 mais urina e calda bordalesa agrave adubaccedilatildeo de base esterco de curral
VIII
SUMMARY
PAGLIA AgraveGUIDA GORETI (MS) Universidade Federal de Pelotas February 2003 Onion (Allium cepa L) Transplant Production under an Agroecological Perspective Tacircnia Beatriz Gamboa Arauacutejo Morselli Comitte Seacutergio Roberto Martins Roberta Marins Nogueira Peil and Joatildeo Baptista da Silva
With the objective of studying the onion transplant production under an agroecological
perspective a field experiment was carried out in the Fundaccedilatildeo Estadual de Pesquisa
Agropecuaacuteria-FEPAGROSUL in the city o f Rio GiWideRS in the period between 15
May and 26 August 2002 The cultivar Petrolini (medium cycle) was submitted to the
following fertilizers soil fertilizer (1 VB - 30 t h a o f bovine vermicompost 15 VB -
45 t ha 1 of bovine vermicompost and EC - 60 t ha 1 of manure and liquid biofertilizer
(SM+U+CB - ldquoSuper Magrordquo with cow urine with bordeaux mixture MB4 +U+CB -
MB4 with cow urine with bordeaux mixture and control - absence) The experiment was
laid in a randomized block design in factorial scheme 3X3 The analyzed parameters
were fresh and dry matter of the aerial part and root system plant height colon
diameter root length ration aerial partroot system root density and the contents
nitrogen phosphorus potassium calcium and magnesium in the aerial part o f the plant
It was concluded that the agronomic responses o f the onion seedlings for the evaluated
parameters are more satisfactory with the application o f manure as soil fertilizer the
biofertilizers with cow urine and bordeaux mixture provide satisfactory responses when
applied along with the soil fertilizer the biofertilizer MB4 with cow urine and bordeaux
IX
mixture is more effieient than the ldquoSuper Magrordquo with urine and bordeaux mixture
when applied along with manure as soil fertilizer the dry matter contents of the onion
seedlings are significant when the biofertilizer is added to bovine vermicompost (45 t
h a 1) the largest nutritional contents for the onion seedlings are obtained with manure as
soil fertilizer the largest absorption of calcium by the onion seedlings happens when the
biofertilizer MB4 with urine and bordeaux mixture is added to the manure as soil
fertilizer
X
mixture is more efficient than the Super Magro with urine and bordeaux mixture
when applied along with manure as soil fertilizer the dry matter contents of the onion
seedlings are significant when the biofertilizer is added to bovine vennicompost (45 t
hamiddot ) the largest nutritional contents for the onion seedlings are obtained with manure as
soil fertilizer the largest absorption of calcium by the onion seedlings happens when the
biofertilizer MB4 with urine and bordeaux mixture is added to the manure as soil
fertilizer
x
1
1 INTRODUCcedilAtildeO
ldquoEu sustento que a ciecircncia soacute tem
finalidade se serrsquoir para aliviar a miseacuteria
da existecircncia humana
(Bertold Brecht)
No Rio Grande do Sul cultivar cebola eacute atividade de pequenos e meacutedios
produtores revestindo-se de suma importacircncia para a economia onde contribui para a
geraccedilatildeo de empregos e a fixaccedilatildeo do homem ao meio rural visto que haacute necessidade de
outros tipos de investimentos sociais e econocircmicos
Segundo o ICEPA-SC (2003) o Rio Grande do Sul responde por cerca de 14 da
produccedilatildeo nacional o que faz da cebola a segunda hortaliccedila em importacircncia econocircmica
no Estado sendo apenas superada pela cultura da batata poreacutem a aacuterea plantada no RS
tem apresentado recuo nos uacuteltimos anos caindo de 16648 hectares na safra 9899 para
14085 na safra atual (0203) acontecendo o mesmo com a produccedilatildeo que diminuiu de
181338 toneladas na safra 9596 para aproximadamente 159000 na safra atual
A baixa produtividade obtida pode ser atribuiacuteda a vaacuterios fatores baixa
disponibilidade de mateacuteria orgacircnica no solo poucc^ uso de materiais orgacircnicos eou
aplicaccedilatildeo inadequada destes considerando ainda que a maioria dos produtores
conservam caracteriacutesticas agriacutecolas do seacuteculo passado apresentando resistecircncia ao
associativismo e possuem carecircncia de infraestrutura (estradas eletricidade telefonia
drenagem e condiccedilotildees de armazenamento) Esses fatores aliados a baixa rentabilidade
2
da cultura tem sido apontados como responsaacuteveis pelo abandono da cebolicultura por
alguns produtores
A fase de produccedilatildeo das mudas eacute de extrema importacircncia para o cultivo da cebola e
requer manejo adequado dos recursos naturais para que a cultivar utilizada possa
expressar seu potencial geneacutetico sem comprometer o equiliacutebrio ambiental O principal
cuidado para o desenvolvimento de mudas de qualidade refere-se agrave utilizaccedilatildeo adequada
do solo
Desta forma o manejo do solo e das plantas orientado pela agroecologia pode se
constituir numa excelente alternativa para obtenccedilatildeo de mudas de qualidade sem
comprometer a sauacutede dos agricultores e contribuindo para a preservaccedilatildeo ambiental
Diversas praacuteticas vecircm sendo utilizadas com esta finalidade entre elas citam-se a
adubaccedilatildeo orgacircnica e os biofertilizantes enriquecidos No entanto estes fatores de
produccedilatildeo precisam ser melhor estudados no que tange a sua utilizaccedilatildeo adequada pelos
produtores de cebola objetivando um sistema de produccedilatildeo sustentaacutevel
A agroecologia como ciecircncia apresenta vaacuterias dimensotildees ecoloacutegica econocircmica
social cultural poliacutetica e eacutetica Neste sentido e considerando-se a procura crescente por
produtos orgacircnicos e a necessidade de sistemas de fertilizaccedilatildeo adequados ao cultivo da
cebola o presente trabalho teve como objetivo a produccedilatildeo de mudas sob uma
perspectiva agroecoloacutegica contribuindo para o processo de transiccedilatildeo do sistema de
produccedilatildeo
3
2 REVISAtildeO DE LITERATURA
ldquoAs novas eras natildeo comeccedilam de uma vez
Meu avocirc jaacute vivia no novo tempo
Meu neto viveraacute talvez ainda no velho
A nova carne eacute comida com os velhos garfos
(Bertold Brecht)
21 Desenvolvimento e sustentabilidade
Nenhuma espeacutecie viva com exceccedilatildeo do homem empreende esforccedilos de
desenvolvimento no sentido de crescimento material que sob as formas em que vem
sendo compreendido conduz sempre a algum tipo de agressatildeo contra o ambiente Os
esforccedilos presentes visando o progresso material assim como a maneira de satisfaccedilatildeo
das necessidades baacutesicas do homem no mundo de hoje revelam-se inconsistentes O
uso para esse fim de mateacuteria e energia em doses excessivas e crescentes tem exaurido
recursos ambientais acima de sua capacidade de regeneraccedilatildeo obviamente tendendo a
toma-los menos disponiacuteveis para as futuras geraccedilotildees
De acordo com Martins (2002) o Desenvolvimento Sustentaacutevel natildeo eacute um conceito
acabado trata-se de uma ideacuteia forccedila proacute-ativa e positiva mas que necessita ser
esclarecida quanto ao significado destes dois vocaacutebulos que lhe compotildee e o contexto em
que as pessoas com eles se relacionam Aleacutem disso isso afeta tanto como profissionais
cujas atividades vinculam-se diretamente ao trato com a natureza e portanto por ela satildeo
4
responsaacuteveis mas especialmente como cidadatildeos que constroem no seu cotidiano as
distintas dimensotildees do desenvolvimento sociais econocircmicas ambientais culturais
cientificas e tecnoloacutegicas juriacutedicas poliacuteticas e espirituais
Segundo Altieri amp Nicholls (2000) para o desenvolvimento de uma agricultura
sustentaacutevel as necessidades natildeo satildeo apenas bioloacutegicas ou teacutecnicas mas tambeacutem sociais
econocircmicas e poliacuteticas E inconcebiacutevel promover mudanccedilas ecoloacutegicas no setor agriacutecola
sem a defesa de mudanccedilas nas outras aacutereas da sociedade de modo a conscientizar o
homem sobre as condiccedilotildees necessaacuterias para a exploraccedilatildeo da natureza
A ideacuteia da sustentabilidade referente ao vocaacutebulo sustentaacutevel coloca-se como
contraponto ao caraacuteter perdulaacuterio do modelo prevalecente na medida em que o modelo
econocircmico praticado por um lado estaacute baseado no consumo da mateacuteria prima fornecida
pela natureza para a produccedilatildeo de bens e serviccedilos em descompasso com seu ritmo e
capacidade de fornecimento por outro tem tratado a natureza como mero depositaacuterio de
resiacuteduos sem considerar sua capacidade de absorccedilatildeo e reciclagem A sustentabilidade
contrapotildee-se agrave caracteriacutestica antropocecircntrica do modelo o homem como centro da
questatildeo numa postura dominante sobre o entorno natural cujas ferramentas cientiacuteficas e
tecnoloacutegicas embasam um modelo econocircmico que subjuga a natureza e coloca-se acima
desta O vocaacutebulo sustentaacutevel portanto se refere agrave capacidade de suporte da biosfera
sendo um fim a ser perseguido com o objetivo de garantir sua preservaccedilatildeo numa visatildeo
prospectiva ou seja que assegure o futuro planetaacuterio assumindo portanto o
compromisso com as geraccedilotildees vindouras (Martins 2002)
Quando se trata de apontar os possiacuteveis caminhos que levaratildeo a um novo padratildeo
produtivo e garanta a seguranccedila alimentar sem agredir o ambiente o caminho torna-se
mais difiacutecil Percebe-se que a noccedilatildeo de agricultura sustentaacutevel permanece cercada por
duacutevidas e contradiccedilotildees mesmo assim seu emprego toma-se cada vez mais frequumlente
(Ehlers 1999)
Haacute que se incorporar a concepccedilatildeo de entropia agrave noccedilatildeo de desenvolvimento visto
que a extraccedilatildeo e o transporte tambeacutem satildeo atividades econocircmicas que requerem cuidados
de manejo visando menores efeitos entroacutepicos ao meio ambiente Satisfazer as
necessidades presentes sem comprometer as possibilidades das futuras geraccedilotildees
satisfazerem as suas proacuteprias eacute o que necessita ser construiacutedo no cotidiano Esta natildeo eacute
uma tarefa faacutecil nos tempos atuais pois o mundo nunca passou por tanta incerteza e
nunca teve um presente tatildeo insustentaacutevel (Martins 1997)
211 Agroecologia Paradigma em construccedilatildeo
5
O seacuteculo passado assistiu a uma ineacutedita expansatildeo da capacidade humana de
agenciamento das forccedilas naturais promovida pelo saber teacutecnico-cientiacutefico cuja
centra lidade eacute hoje irreversiacutevel no que se refere as relaccedilotildees com a natureza Em relaccedilatildeo
ao conhecimento poucas aacutereas de interesse do homem moderno se ligam tanto agrave
pesquisa cientiacutefica como a questatildeo ambiental sendo um fenocircmeno de tendecircncia
internacional evidenciado a partir da deacutecada de 70 (Hess 1999)
A noccedilatildeo de paradigma eacute normalmente utilizada para estabelecer uma
diferenciaccedilatildeo entre dois momentos ou dois niacuteveis do processo de conhecimento
cientiacutefico (Capra 1997 Kuhn 1989) Para um entendimento miacutenimo do que significa
essa noccedilatildeo Costa Neto (1999) diz que se pode conceituar o paradigma enquanto um
modelo de ciecircncia que serve como referecircncia para todo um fazer cientiacutefico durante uma
determinada eacutepoca ou um periacuteodo de tempo demarcado e a partir de um certo momento
da histoacuteria da ciecircncia o referido modelo predominante tende a se esgotar em funccedilatildeo de
uma crise de confiabilidade nas bases estruturantes de seu conhecimento Desta forma o
paradigma passa a ser substituiacutedo por outro modelo cientiacutefico predominante Tambeacutem
pode ocorrer o fato de dois paradigmas disputarem o espaccedilo de hegemonia na
construccedilatildeo do conhecimento (Costa Neto 1999)
Os problemas com os quais nos deparamos hoje satildeo faces de uma crise uacutenica
diferentes do fazer cientiacutefico e proveniente de uma crise de percepccedilatildeo segundo Capra
(2 0 0 1 ) isto faz com que nossas instituiccedilotildees e noacutes em particular natildeo consiga perceber
claramente realidades complexas em um mundo globalmente interligado Ainda que as
soluccedilotildees para alguns de nossos principais problemas possam ser relativamente simples
ldquosoacute seratildeo possiacuteveis mediante uma mudanccedila radical em nossas percepccedilotildeesrdquo este eacute
tambeacutem o ldquoestopim para colocar em marcha medidas efetivasrdquo porque os governos e as
instituiccedilotildees jamais empreenderatildeo accedilotildees de fato enquanto as pessoas natildeo
compreenderem que satildeo parte do problema e da soluccedilatildeo e que eacute preciso assumir a
necessidade de mudar o rumo das coisas (Gomes amp Borba 2000)
Para Leff (2001) a agroecologia representa o ldquonascimento de um paradigmardquo que
eacute a alma da produccedilatildeo sustentaacutevel um processo que permite o resgate dos
conhecimentos proacuteprios e o renascimento do ser trazendo de volta as relaccedilotildees com os
seres humanos na medida em que o produtor cria atraveacutes de seu conhecimento o seu
proacuteprio saber-fazer numa relaccedilatildeo com a vida e com a terra
6
Segundo Costa Neto (1999) o paradigma agroecoloacutegico representa portanto a
linha de um posicionamento soacutecio-ambiental que tem uma vertente tecnoloacutegica apta a
ser uma alternativa agrave produccedilatildeo agriacutecola em grande escala e ao modelo tradicional
disciplinar
Hoje a agroecologia continua a fazer conexatildeo entre fronteiras estabelecidas Por
um lado estuda os processos econocircmicos e os agroecossistemas por outro eacute um agente
para as mudanccedilas sociais e ecoloacutegicas complexas que tenham necessidade de ocorrer no
futuro a fim de levar a agricultura para uma base verdadeiramente sustentaacutevel O
processo de mudanccedila estaria dirigido agrave busca de novos pontos de equiliacutebrio entre as
dimensotildees de produtividade estabilidade e equumlidade na atividade agraacuteria articuladas
entre si poreacutem em constante processo de adaptaccedilatildeo e retroalimentaccedilatildeo utilizando
estilos mais respeitosos com o ambiente com o propoacutesito de superar a crise enfrentada
pelos agricultores (Costabeber amp Moyano 2000)
De acordo com Altieri (2002) soacute uma compreensatildeo mais profunda da ecologia
humana e dos sistemas agriacutecolas pode levar a medidas coerentes com uma agricultura
sustentaacutevel Assim a ldquoemergecircncia da agroecologiardquo representa um enorme salto nesta
direccedilatildeo pois fornece os princiacutepios ecoloacutegicos baacutesicos para o estudo e tratamento dos
ecossistemas tanto produtivos quanto preservadores dos recursos naturais e que sejam
culturalmente sensiacuteveis socialmente justos e economicamente viaacuteveis
A transformaccedilatildeo ou substituiccedilatildeo de um modelo de desenvolvimento para outro
supotildee um processo de transiccedilatildeo que em alguns momentos caminha a passos lentos e
em outros pode trazer mudanccedilas bruscas e qualitativamente diferenciadas Esse
processo de transiccedilatildeo significa a conversatildeo de uma agricultura tradicional para uma
agricultura ecoloacutegica e socialmente equilibrada com base na sustentabilidade (Gomeacutez
1997)
Embora a falta de informaccedilatildeo da pesquisa possa ter contribuiacutedo para dificuldades
e experiecircncias negativas de muitos produtores estes tecircm fama de serem inovadores e
experimentadores desejosos de adotar novas praacuteticas no sentido de serem beneficiados
Nos uacuteltimos cinquumlenta anos a inovaccedilatildeo na agricultura tem sido impulsionada
principalmente pela ecircnfase em altos rendimentos e no lucro da unidade produtiva
Apesar da continuidade dessa forte pressatildeo econocircmica sobre a agricultura muitos
produtores convencionais estatildeo preferindo fazer a transiccedilatildeo para praacuteticas que satildeo mais
consistentes ambientalmente e tem o potencial de contribuir com a sustentabilidade da
agricultura em longo prazo (Gliessman 2000)
7
212 Agroecologia e agricultura familiar
O nuacutecleo por excelecircncia da produccedilatildeo sustentaacutevel eacute a agricultura familiar No
Brasil mais especificamente esta tecnologia estaacute sendo introduzida natildeo somente em
aacutereas de cultivo de agricultura familiar em geral mas especificamente em
assentamentos rurais Percebe-se dessa forma tratar-se de um tipo de produccedilatildeo que
tende a incorporar a dimensatildeo histoacuterico-social e a considerar os valores culturais e de
senso comum inerentes aos agricultores familiares (Costa Neto 1999)
Na agricultura familiar a sustentabilidade toma forma a partir do momento em
que comeccedilaram a ser incorporados aos debates os novos anseios da sociedade rural e
urbana relacionados a um novo projeto de desenvolvimento e na medida em que foram
buscadas orientaccedilotildees teoacutericas baseadas no paradigma agroecoloacutegico
De acordo com Maturana amp Rezepka (2000) a formaccedilatildeo do conhecimento natildeo eacute
entendida como simples treinamentos e teacutecnicas e seraacute um aspecto essencial desta
abordagem A valorizaccedilatildeo dos saberes dos agricultores sobre o ambiente as plantas o
solo e os processos ecoloacutegicos onde resgatam e aprimoram teacutecnicas proacuteprias e de
outros de origem cientiacutefica ou empiacuterica fundamentais dentro deste novo paradigma
(Altieri amp Nicholls 2000)
Neste sentido cientistas e extensionistas tecircm se surpreendido com a profundidade
destes conhecimentos e com a capacidade de vaacuterios destes agricultores de expocirc-los
mesmo nos ambientes acadecircmicos onde muitas vezes estatildeo mais avanccedilados que seus
interlocutores (Weid amp Tardin 2002) Isto revela a necessidade de sintonia entre a
Universidade e a Comunidade
Entatildeo a sutentabilidade ambiental em niacutevel local eacute positiva quando o manejo
realizado no agroecossistema aproveita a produtividade dos recursos naturais renovaacuteveis
(aqueles que funcionam mediante o fluxo solar) Ao contraacuterio pode natildeo ser positiva
quando as praacuteticas produtivas consistem na busca pela produtividade mediante a troca
econocircmica (importaccedilatildeo e exportaccedilatildeo de insumos e produtos) onde a terra eacute vista
unicamente como o suporte material (fiacutesico) das espeacutecies Neste caso o controle de
pragas a fertilizaccedilatildeo e outras praacuteticas necessaacuterias satildeo realizados mediante capital
produzido pelo homem degradando a base local de recursos naturais (Xavier Simoacuten amp
Domingues 2001)
8
213 O Mercado de produtos agroecoloacutegicos
O mercado de alimentos produzidos sob a orientaccedilatildeo agroecoloacutegica produzidos
sem utilizaccedilatildeo de agrotoacutexicos ou adubos minerais tem aumentado vertiginosamente em
todo o mundo Alguns dados indicam que esse segmento cresce anualmente cerca de
20 nos Estados Unidos 40 na Europa e 50 no Brasil e para comprovar tais
iacutendices basta verificar a proliferaccedilatildeo das feiras de produtores ecoloacutegicos nas cidades o
aumento dos espaccedilos para esses produtos nas gocircndolas das grandes redes de
supermercados e os movimentos ambientalistas e de consumidores que buscam uma
alimentaccedilatildeo mais saudaacutevel (Schiedeck 2002)
Sem duacutevida antes de tudo cabe salientar que a crise atual evidencia o equiacutevoco da
adoccedilatildeo de um modelo de produccedilatildeotransformaccedilatildeo que natildeo tem outra ambiccedilatildeo que natildeo a
de se adaptar agrave globalizaccedilatildeo Cabe a consideraccedilatildeo feita por Dufour (1999) de que o
mercado natildeo eacute uacutenico e monoliacutetico e portanto a produccedilatildeo social da qualidade natildeo
significa mais do mesmo (a adaptaccedilatildeo do que jaacute natildeo serve)
Na realidade pode-se identificar claramente dois mercados de natureza
fundamentalmente oposta que segundo Gomes amp Borba (2000) satildeo o de produtos
baacutesicos (leite cereais carnes brancas e vermelhas) e o de produtos elaborados
socialmente e de grande valor agregado por serem justos socialmente O mercado
mundial dos produtos baacutesicos eacute alimentado pelos excedentes agriacutecolas de grandes
produtores (Uniatildeo Europeacuteia Estados Unidos e Canadaacute) tambeacutem a soja e carne de
frango brasileira e o trigo argentino e os preccedilos nesses mercados satildeo extremamente
baixos e permaneceratildeo assim por muito tempo segundo relatos recentes do Banco
Mundial
Para produzir a preccedilos tatildeo baixos eacute necessaacuterio lanccedilar matildeo de todo tipo de
artifiacutecio como os hormocircnios os organismos geneticamente modificados as farinhas
animais esquecendo o meio ambiente e convivendo com exploraccedilotildees gigantescas
concentraccedilatildeo na posse da terra e com uma minoria de beneficiaacuterios dos programas de
ajuda puacuteblica os agromanagers (Gomes amp Borba 2000)
O mercado de produtos elaborados e de valor agregado obedece a outras regras
Mesmo que os agricultores busquem a maximizaccedilatildeo da produtividade natildeo se enfrentam
diretamente A produccedilatildeo ocorre em zonas geograacuteficas bem definidas e permite valorizar
o ldquosavoir-fairerdquo ou ldquoknow-howrdquo (em outras palavras natildeo necessariamente mas o
conhecimento ldquotradicionalrdquo) contribuindo para uma verdadeira economia local Esta eacute a
9
agricultura que ao mesmo tempo produz gera e preserva empregos Para caminhar ateacute
ela eacute necessaacuteria uma ampla alianccedila entre agricultores consumidores e movimentos
sociais para frear esta forma de ditadura dos mercados fonte do poder das
transnacionais agro-alimentares e quiacutemicas (Dufour 1999)
Por outra parte o mercado natildeo eacute linear e abstrato como querem fazer crer A
produccedilatildeo e o consumo sempre estaratildeo localizados e seratildeo realizados por produtores e
consumidores concretos isto permite falar em convenccedilatildeo ou negociaccedilotildees onde a
qualidade seja considerada na originalidade no bem comum ou na confianccedila entre pares
e colada aos produtos ainda mais quando se trata de alimentos Isto soacute seraacute possiacutevel
no local (sem ignorar o global) e levando em conta indicaccedilotildees como denominaccedilatildeo
ou indicaccedilatildeo de origem de processo ou de qualidade etc relacionados agraves
especificidades dos produtos o que tambeacutem deve ser objeto de negociaccedilatildeo para cada
lugar (eacute preciso lembrar que a participaccedilatildeo e as relaccedilotildees interpessoais satildeo determinantes
ao longo do processo) A produccedilatildeo social da qualidade eacute vista como estrateacutegia que
adquire sentido se considerada para o espaccedilo da Agricultura Familiar onde ainda eacute
possiacutevel estabelecer laccedilos de solidariedade entre produtores e consumidores (Gomes amp
Borba 2000)
De acordo com DrsquoAgostini amp Fantini (2002) tanto ou mais do que compreender a
dinacircmica de processos dos quais resultam produtos interessantes eacute compreender e
humanizar a dinacircmica de interesses sobre esses processos e produtos Os mesmos
autores dizem ainda que natildeo seria a solidariedade humana (a virtude pressuposta) que
emerge em especial na produccedilatildeo agroecoloacutegica mas sim a emergecircncia da rica
propriedade humana a generosidade que permite praticaacute-la em qualquer relaccedilatildeo entre
os homens
22 A cultura da cebola (Alliunt cepa L) e sua importacircncia
A cultura da cebola foi introduzida pelos accedilorianos no Brasil no seacuteculo XVIII nos
municiacutepio de Mostardas Rio Grande e Satildeo Joseacute do Norte no Estado do Rio Grande do
Sul (Garcia 1990) sendo a terceira hortaliccedila de maior importacircncia econocircmica para o
paiacutes (ICEPA 2003) Nas regiotildees Sul e Sudeste a cebolicultura constitui-se em atividade
socioeconocircmica de significativa relevacircncia para os Estados de Satildeo Paulo Santa
10
Catarina e Rio Grande do Sul nos quais se concentram mais de 76 da produccedilatildeo
nacional (Debarba et a i 1998)
A mais importante regiatildeo produtora do Rio Grande do Sul estaacute situada no litoral
Sul englobando os municiacutepios de Rio Grande Tavares Satildeo Joseacute do Norte e Mostardas
(Garcia 1997) e segundo ICEPASC (2003) esses quatro municiacutepios respondem por
cerca de 70 da produccedilatildeo de cebola do RS
Timm (2000) cita que cerca de 16000 famiacutelias rurais no Rio Grande do Sul tem
na cultura da cebola o seu principal meio de subsistecircncia No Municiacutepio de Satildeo Joseacute do
Norte a produccedilatildeo de cebola constitui uma atividade econocircmica quase exclusiva onde a
descapitalizaccedilatildeo dos agricultores ocasionou o abandono do meio rural por muitos deles
que acabaram por estabelecerem-se na periferia da zona urbana (Garcia 1997)
Aleacutem da descapitalizaccedilatildeo do produtor ocorrem problemas como a erosatildeo do solo
que segundo Zabaleta (1998) ocorre principalmente devido agrave accedilatildeo dos ventos fortes e
constantes caracteriacutesticos na regiatildeo sul-litoracircnea bem como a topografia plana e os
solos muito arenosos com lenccediloacuteis freaacuteticos superficiais contribuem para o
empobrecimento dos solos da regiatildeo principalmente ao se comparar com outras aacutereas
onde a cebola participa de sistemas produtivos juntamente com a produccedilatildeo leiteira o
arroz e hortaliccedilas diversas (Timm 2000)
221 Caracteriacutesticas agronocircmicas da cebola
A cebola eacute uma aliaacuteceae a planta eacute tenra atinge 60 cm de altura e apresenta folhas
tubulares e cerosas O caule verdadeiro eacute um disco comprimido na base da planta de
onde partem as folhas e raiacutezes que satildeo fasciculadas pouco ramificadas explorando um
volume de solo equivalente a um cilindro com 60 cm de altura e 25 cm de diacircmetro
(Filgueira 2000)
Cada planta apresenta 20 a 200 raiacutezes normalmente espessas (05 a 1 mm de
diacircmetro) e com pouca ramificaccedilatildeo e poucos pecirclos absorventes O crescimento eacute
vertical estendendo-se de 40 a 80 cm de profundidade Poucas raiacutezes ocupam mais de
15 cm do raio em tomo do bulbo Estas caracteriacutesticas tecircm implicaccedilotildees peculiares
quanto acirc localizaccedilatildeo e ao suprimento de nutrientes (Quanto menor o diacircmetro e maior a
ocorrecircncia de pecirclos absorventes maior seraacute a superfiacutecie de raiacutezes e consequumlentemente a
absorccedilatildeo de nutrientes (Magalhatildees 1993)
11
A fase vegetativa do ciclo da planta termina com o amadurecimento do bulbo
todavia trata-se de uma planta bienal considerando acirceu ciclo vital completo isto eacute da
semeadura ateacute a produccedilatildeo de novas sementes Apoacutes um periacuteodo invemal sob baixas
temperaturas haacute emissatildeo de um pendatildeo floral que pode alcanccedilar 150 cm de altura
terminando por uma inflorescecircncia tipo umbela simples inicialmente recoberta por
uma peliacutecula formada por centenas de pequenas flores (Filgueira 2000)
Segundo Clivela (1995) os fatores climaacuteticos de modo geral natildeo satildeo limitantes
para a produccedilatildeo de bulbos de cebola no Rio Grande do Sul Filgueira (2000) enfatiza
que no Brasil eacute uma das raras culturas oleraacuteceas nas quais o fotoperiacuteodo pode tornar-se
o fator limitante ocorrendo frustraccedilotildees da colheita caso as exigecircncias da planta natildeo
sejam satisfeitas
222 A produccedilatildeo de mudas de hortaliccedilas
As mais importantes modificaccedilotildees no sistema de produccedilatildeo nos uacuteltimos anos tecircm
sido feitas na produccedilatildeo de mudas Hoje eacute uma realidade os produtores se
especializarem em produzir mudas principalmente no Estado de Satildeo Paulo Para tanto
se busca atraveacutes da pesquisa as melhores fontes e combinaccedilotildees de substratos associados
ao sistema de produccedilatildeo conveniente para cada espeacutecie a fim de se obter melhorias na
propriedade no solo e na Olericultura (Giorgetti 1991)
O sistema agroecoloacutegico torna-se importante uma vez que a base da Horticultura
moderna eacute a produccedilatildeo de mudas de alta qualidade (Minami1995) a produccedilatildeo de mudas
de hortaliccedilas tem sido citada como a etapa mais importante do sistema produtivo (Silva
Junior et al 1995) Segundo Filgueira (2000) nesta fase natildeo se pode cometer erros
pois posteriormente seraacute mais difiacutecil de corrigi-los visto que para o cultivo da cebola a
muda refletiraacute na qualidade do bulbo
As mudas de hortaliccedilas podem ser consideradas tolerantes e natildeo tolerantes ao
transplante e dependem principalmente das condiccedilotildees ambientais necessitando de
cuidados No caso da cebola como satildeo produzidas com raiz nua os cuidados devem ser
maiores pois dependendo do estado em que se encontram mais ou menos susceptiacuteveis
aos estresses quando em contato com o campo podem resultar em desastre (Minami
1999)
A quantidade de nutrientes extraiacuteda pelas hortaliccedilas durante a fase de muda varia
em funccedilatildeo da espeacutecie da variedade ou da cultivar e do prazo necessaacuterio para a formaccedilatildeo
13
O composto humificado ou curado eacute rico em nutrientes que passaram parcialmente
da forma orgacircnica para a forma mineral assimilaacutevel pelas raiacutezes e com maior teor
coloidal que atua como fertilizante e eacute responsaacutevel pela capacidade melhoradora do
solo (Barreto 1985)
Uma das principais alternativas em termos de adubaccedilatildeo orgacircnica eacute o
vermicomposto Ele eacute um adubo orgacircnico estaacutevel rico em nutrientes inodoro de
coloraccedilatildeo escura obtido a partir da atividade das minhocas que potencializam a mateacuteria
prima utilizada no processo (principalmente esterco de bovino) proporcionando
diversos benefiacutecios para as plantas (Timm 2000)
231 Efeitos da adubaccedilatildeo orgacircnica no solo
O solo funciona como um organismo vivo em 1 grama de solo saudaacutevel vive uma
comunidade bioloacutegica de aproximadamente 1 0 0 0 0 espeacutecies diferentes como minhocas
larvas besouros colecircmbolos aacutecaros algas bacteacuterias e fungos Estes organismos
necessitam de alimentos para viver principalmente carbono e nitrogecircnio que estatildeo
presentes na palhada das culturas e no esterco de animais Em funccedilatildeo disso eacute
importante que o solo tenha um determinado teor de mateacuteria orgacircnica para fornecer os
alimentos e energia que os microacutebios precisam para viver (Paulus et al 2001)
O homem atraveacutes dos diferentes sistemas de preparo do solo e cultivos contiacutenuos
ou natildeo altera o comportamento do mesmo em relaccedilatildeo agraves reaccedilotildees quiacutemicas
propriedades fiacutesicas como capacidade de retenccedilatildeo de aacutegua lixiviaccedilatildeo de nutrientes
erosatildeo e como consequumlecircncia afeta a qualidade de organismos presentes no solo (Brady
1999) reduzindo paulatinamente o teor de mateacuteria orgacircnica (Primavesi1982)
Nos uacuteltimos anos tem-se observado em diferentes paiacuteses a ampliaccedilatildeo do uso de
adubos orgacircnicos Alguns apresentam oacutetimos resultados enquanto outros se mostram
tecnicamente inadequados Os principais adubos orgacircnicos encontrados no mercado satildeo
fertilizantes orgacircnicos de origem animal compostos de lixo urbanos compostos de
produtos industriais e huacutemus de minhoca Nestes fertilizantes estatildeo presentes a maioria
dos macronutrientes (nitrogecircnio foacutesforo potaacutessio caacutelcio magneacutesio enxofre) e
micronutrientes (zinco cobre boro ferro cobalto)essenciais para as plantas e nem
sempre encontrados em muitos fertilizantes minerais bem como uma gama de
microorganismos que vatildeo beneficiar a fauna e a flora do solo (Brady 1979 Kiehl
1985 Costa 1985 Garcia 1997)
14
Os adubos orgacircnicos satildeo amplamente empregados nos sistemas de produccedilatildeo de
alface como condicionadores do ambiente quiacutemico e fiacutesico da rizosfera e
consequumlentemente na resposta bioloacutegica das plantas (Rodrigues amp Casali 1998)
Considerando as necessidades hortiacutecolas de maior competitividade e o fato de natildeo
ser subsidiada o crescimento populacional e a industrializaccedilatildeo representam fatores
determinantes na geraccedilatildeo diaacuteria de enormes volumes de resiacuteduos podendo ser utilizados
pelos produtores com um maior retomo econocircmico possiacutevel Ao mesmo tempo a
questatildeo ambiental assume cada vez mais destaque na sociedade moderna repercutindo
em poliacuteticas governamentais bem como no setor produtivo do paiacutes e do mundo
fazendo com que a relaccedilatildeo do homem com a natureza seja repensada (Morselli 2001)
232 Efeitos da adubaccedilatildeo orgacircnica nas culturas
Segundo Paulus et al (2001) a mateacuteria orgacircnica tambeacutem eacute fonte de nutrientes
especialmente nitrogecircnio foacutesforo enxofre e micronutrientes aleacutem disso tem
capacidade de ldquoprenderrdquo micronutrientes e alguns elementos toacutexicos para as plantas
como o alumiacutenio Por exemplo os micronutrientes depois de presos satildeo liberados
lentamente no solo onde satildeo gradativamente aproveitados pelas plantas
O uso dos fertilizantes minerais elevam o custo de produccedilatildeo pois satildeo necessaacuterias
altas doses para o fornecimento dos teores de nutrientes demandados Por isso eacute
importante a geraccedilatildeo de tecnologias que poupem o consumo de fertilizantes minerais
desejaacutevel com vista agrave diminuiccedilatildeo do custo de produccedilatildeo (Rodrigues 1984) A produccedilatildeo
de hortaliccedilas sob a orientaccedilatildeo agroecoloacutegica leva em consideraccedilatildeo natildeo apenas os custos
de produccedilatildeo como tambeacutem a dependecircncia dos insumos principalmente quando se
considera a ldquoteoria da trofobioserdquo pelos efeitos maleacuteficos que os nutrientes prontamente
assimilaacuteveis podem causar as plantas (Chaboussou 1987)
Para Compagnoni amp Putzolu (1985) o vermicomposto eacute um autecircntico fertilizante
bioloacutegico que atua como corretivo do solo determinando caracteriacutesticas importantes
para a microflora pelos aacutecidos huacutemicos e as substacircncias fitoestimulantes Os autores
consideram ainda que as dejeccedilotildees das oligoquetas proporcionam a formaccedilatildeo de huacutemus
permitindo melhorar o solo razatildeo pela qual satildeo destinados agrave horticultura com oacutetimas
vantagens fiacutesicas e microbioloacutegicas enriquecendo a camada araacutevel
Em experimentos desenvolvidos durante cinco anos para avaliar o efeito da
aplicaccedilatildeo de compostos eou adubos nas culturas de alface manjericatildeo espinafre e
15
pepino Valenzuela amp Crosby (1998) compararam as produccedilotildees obtidas com composto
e a fertilizaccedilatildeo padratildeo e concluiacuteram que a utilizaccedilatildeo do composto em 20 Mg ha 1 mais
N-quiacutemico foi o melhor tratamento em todas as culturas estudadas
233 Plantas de cobertura do solo
As plantas mais usadas para adubaccedilatildeo de cobertura do solo satildeo as leguminosas
pois estas tecircm a capacidade de fixar o nitrogecircnio atmosfeacuterico e disponibiliza-lo agrave
cultura Primavesi (1992) cita que utilizando-se mucuna ervilhaca feijatildeo-de-porco
feijatildeo-miuacutedo crotalaacuteria e outras natildeo haacute necessidade de utilizar tanto nitrogecircnio em
cobertura embora natildeo se dispense uma calagem mais frequumlente pois ocorre um pouco
de acidificaccedilatildeo no solo como com qualquer adubaccedilatildeo nitrogenada Segundo a mesma
autora algumas leguminosas tecircm a capacidade de mobilizar o foacutesforo como o caupi
(feijatildeo-miuacutedo) outras mobilizam o caacutelcio como tremoccedilo
Para Brady (1999) a adubaccedilatildeo verde traz grandes benefiacutecios como suprimento de
mateacuteria orgacircnica sendo consideraacutevel a quantidade de resiacuteduos orgacircnicos devolvidos ao
solo adiccedilatildeo de nitrogecircnio nutrientes e conservaccedilatildeo do solo
Calegari (1998) comenta que quanto aos aspectos fiacutesicos os resiacuteduos tendem a
contribuir para uma melhoria da estrutura do solo percebida pelo aumento da
estabilidade dos agregados em aacutegua aumento da capacidade de retenccedilatildeo hiacutedrica
elevaccedilatildeo dos iacutendices de infiltraccedilatildeo de aacutegua no solo aumento da porosidade melhor
aeraccedilatildeo e diminuiccedilatildeo da densidade do solo
De acordo com Timm (2000) o papuatilde eacute uma excelente alternativa como cobertura
de solo para o cultivo miacutenimo da cebola pois na eacutepoca do transplante das mudas seu
ciclo vegetativo estaacute completo natildeo necessitando o dessecamento outra vantagem eacute que
o papuatilde apresenta bom controle com relaccedilatildeo agraves plantas invasoras da cebola reduzindo
ao longo dos anos o nuacutemero de capinas e a aplicaccedilatildeo de herbicidas
234 Adubaccedilatildeo foliar
Segundo Malavolta (1981) a utilizaccedilatildeo da adubaccedilatildeo foliar eacute complemento da
adubaccedilatildeo de solo natildeo substituto da mesma no que diz respeito ao fornecimento de
nitrogecircnio foacutesforo e potaacutessio para as culturas Da mesma maneira que as raiacutezes podem
perder para o solo parte dos elementos absorvidos as folhas tambeacutem o fazem pela accedilatildeo
16
de fatores internos (desordem fisioloacutegica estado nutricional etc) e externos (chuvas
orvalho nutriccedilatildeo do sistema radicular luz temperatura etc)
Para Chaboussou (1987) as plantas adquirem o maacuteximo de resistecircncia bioloacutegica
atraveacutes da nutriccedilatildeo (trofos) equilibrada Obviamente para que isto ocorra eacute necessaacuterio
que o solo esteja em equiliacutebrio dinacircmico o ambiente seja o mais estaacutevel e as plantas
selecionadas ou melhor adaptadas para poderem suportar as alteraccedilotildees extemporacircneas
ocasionadas pelos fenocircmenos meteoroloacutegicos e nas fases fonoloacutegicas criacuteticas do
crescimento e desenvolvimento (Pinheiro amp Barreto 2000)
O lixiviado das folhas enriquece as camadas superiores do solo e tende a
contrabalanccedilar as perdas de zonas mais profundas e mais distantes acumulando-os nas
suas proximidades tambeacutem influencia o nuacutemero e o comportamento dos
microrganismos que por sua vez alteram o processo de gecircnese do solo sua textura e
fertilidade A lixiviaccedilatildeo assim se toma importante no desenvolvimento da sucessatildeo
ecoloacutegica devido agrave ciclagem de elementos (Malavolta 1980)
Conforme Camargo (1975) a utilizaccedilatildeo de adubos foliares substitui parcialmente
a adubaccedilatildeo radicular em 20 a 25 podendo ser utilizada em varias pulverizaccedilotildees
24 Vermicompostagem
E o processo que consiste em se submeter diferentes resiacuteduos orgacircnicos de
origem animal eou vegetal aos processos fermentativos e humificaccedilatildeo adicionando
minhocas do gecircnero Eiseina espeacutecie foetida ao material procurando obter um produto
curado em aproximadamente 45 - 60 dias (Compagnoni amp Putzolu 1985)
A vermicompostagem firmou-se no Brasil como atividade rentaacutevel produzindo
adubo de alta qualidade na deacutecada de 90 Na agricultura brasileira contudo haacute
preferecircncia pelos adubos quiacutemicos em funccedilatildeo de sua aquisiccedilatildeo financiada menor custo
e retomo imediato embora o impacto de seu uso contiacutenuo sobre o solo e os
microorganismos que nele vivem seja negativo (Tagliari amp Grassmann 1995)
Segundo Morselli (2002) a vermicompostagem difere da compostagem
convencional dentre outros pocircr formar substacircncias huacutemicas mais rapidamente ao sofrer
passagem pelo trato digestivo das minhocas A alirdentaccedilatildeo destas satildeo basicamente os
estercos e a disponibilidade desta mateacuteria prima bem como de ambiente protegido para
proceder a compostagem correta deste material satildeo indispensaacuteveis
17
Segundo Kiehl (1985) e Martinez (1990) o vermicomposto apresenta as seguintes
vantagens em relaccedilatildeo a compostagem permite a formaccedilatildeo de um produto curado em
menor espaccedilo de tempo promove a formaccedilatildeo de um material com maior
disponibilidade de nutrientes facilita o peneiramento natildeo havendo a necessidade de
revolvimento do material oferece vaacuterias fontes de renda pois aleacutem do huacutemus fornece
minhocas e raccedilatildeo e quando aplicado ao solo tende a melhorar as propriedades fiacutesicas
quiacutemicas e bioloacutegicas
241 Resiacuteduos utilizados na vermicompostagem
2411 Resiacuteduos de origem animal
Segundo Bureacutes (1997) o esterco eacute uma mistura de fezes urina e camas que
podem estar constituiacutedas de palhas folhas secas serragem turfa casca de arroz e ateacute
terra Esse apresenta pH neutro e densidade que varia de 030 a 090 Kg dm3 segundo
seu estado de decomposiccedilatildeo Eacute influenciado por vaacuterios fatores como espeacutecie animal
raccedila idade alimentaccedilatildeo material utilizado como cama e tratamento da mateacuteria-prima
esterco (Kiehl 1985) Dentre os fatores apontados um dos mais importantes eacute a
alimentaccedilatildeo do animal quanto mais rica a alimentaccedilatildeo mais rica seraacute as dejeccedilotildees
(Gnoatto 1999) O volume de bacteacuterias vivas ou mortas encontradas no esterco
representam 20 a 30 do total delas se originam grande parte do nitrogecircnio sob a
forma de proteiacutena (Morselli 2002)
A origem do material utilizado para a produccedilatildeo de vermicomposto eacute fundamental
pois soacute uma mateacuteria-prima de qualidade resultaraacute em um produto final de boa qualidade
Dentre os estercos o de aves eacute empregado empiricamente na adubaccedilatildeo de culturas
permanente ou natildeo com excelentes resultados apesar de sua simples composiccedilatildeo
meacutedia 2 de nitrogecircnio 2 de foacutesforo como P2 0 5 e 1 de K2 0 Poreacutem haacute uma
grande variaccedilatildeo na sua constituiccedilatildeo a qual dependeraacute do manejo animal atraveacutes das
camas finalidade da criaccedilatildeo e natureza das camas (Morselli 2002)
2412 Resiacuteduos de origem vegetal
A mateacuteria orgacircnica pode ser preservada no solo por vaacuterios processos seja pela
simples incorporaccedilatildeo de resiacuteduos de culturas rotaccedilatildeo de culturas adubaccedilatildeo verde ou
18
pela adiccedilatildeo de materiais orgacircnicos capazes de elevar e manter a produtividade do solo
Da decomposiccedilatildeo dos resiacuteduos orgacircnicos adicionados ao solo resulta a liberaccedilatildeo de
grande quantidade de nutrientes principalmente o nitrogecircnio o potaacutessio e o enxofre
Aleacutem disso diversos atributos quiacutemicos e fiacutesicos do solo satildeo alterados pela
decomposiccedilatildeo desses resiacuteduos destacando-se o aumento da capacidade de troca de
caacutetions o aumento da retenccedilatildeo de aacutegua a melhoria da estabilidade dos agregados e da
aeraccedilatildeo (Fraser1963 Malavolta 1981 Mello et al 1983 Bonilla 1992)
Segundo Purcino (1981) quando a relaccedilatildeo CN eacute menor que 30 como no caso do
esterco de curral ou da palha de leguminosas a disponibilidade de nitrogecircnio eacute
imediata mas acima deste valor ocorre imobilizaccedilatildeo crescente deste nutriente Por esse
motivo estes materiais devem ser submetidos a uma degradaccedilatildeo bioloacutegica antes de
serem adicionados ao solo
25 Biofertilizantes
No Brasil ocorrem problemas crescentes com materiais derivados de sistemas
intensivos de criaccedilatildeo animal que acumulam resiacuteduo^ orgacircnicos com graves problemas
de contaminaccedilatildeo de cursos de aacutegua que na maioria das vezes se acumulam em um
uacutenico lugar e natildeo satildeo reciclados (Viglizzo 1995)
Visando amenizar tais situaccedilotildees os meacutetodos alternativos de adubaccedilatildeo controle de
doenccedilas pragas e plantas indesejaacuteveis tecircm sido muito estudado Dentro dessa linha de
pesquisa destaca-se o uso de mateacuteria orgacircnica atraveacutes tanto de sua incorporaccedilatildeo ao
solo como de sua transformaccedilatildeo para uso posterior na forma de biofertilizantes
(Khatounian 1997 Bettiol et al 1997)
Na complexa e elevada comunidade microbiana dos biofertilizantes encontram-se
bacteacuterias fungos leveduriformes filamentosos e actinomicetos (Bettiol apud Penteado
1999)
O agregado de macro e micronutrientes periodicamente ativa e enriquece a
fermentaccedilatildeo O uso de farinha de rocha tem sido vantajoso por ter baixo custo
comparado com os sais concentrados e purificados aleacutem de trazer alguns elementos
traccedilos de vital importacircncia para os microrganismos do solo como por exemplo o Gaacutelio
o Iodo e o Vanaacutedio (M1BASA 199-) O agregado de farinha de rocha ou sais
purificados ao fermentado faz com que estes nutrientes passem a fazer parte dos
microrganismos ou dos produtos orgacircnicos liberados durante a fermentaccedilatildeo sendo que
19
o ataque dos microrganismos atraveacutes de suas enzimas consegue liberar os elementos natildeo
atacados pelos aacutecidos industriais (Pinheiro amp Barreto 2000)
Os biofertilizantes tecircm sido empregados na agricultura ecoloacutegica como adubo
foliar para aumentar a resistecircncia contra pragas e doenccedilas Aleacutem disso o processo de
produccedilatildeo eacute bastante simples e por isso eacute viaacutevel sua produccedilatildeo na propriedade desde que
tenha esterco disponiacutevel (Penteado 1999)
Bettiol et al (1997) verificaram a presenccedila de diferentes espeacutecies de fungos
fiacutelamentosos e leveduriformes e bacteacuterias entre elas Bacillus spp na comunidade
microbiana do biofertilizante produzido segundo meacutetodo adotado pelo Centro de
Agricultura Ecoloacutegica Ipecirc Os autores verificaram ainda uma reduccedilatildeo da comunidade
microbiana ao longo da digestatildeo reduccedilatildeo essa mais acentuada logo apoacutes o acreacutescimo
dos sais contendo micronutrientes A accedilatildeo dos sais pode ser tanto por aumento na
pressatildeo osmoacutetica quanto pelo efeito direto sobre os microrganismos Para o controle de
doenccedilas de plantas satildeo importantes a presenccedila dos metaboacutelitos produzidos pelos
organismos presentes no biofertilizante e os proacuteprios microrganismos vivos
Os microrganismos transformam o material orgacircnico (esterco soro de leite caldo
de frutas palhas restos industriais etc) e cinzas produzindo vitaminas aacutecidos e sais
complexos importantes para regular e tonificar o metabolismo das plantas impedindo o
desenvolvimento de pragas e doenccedilas (Pinheiro amp Barreto 2000)
Em estudos feitos com o biofertilizante liacutequido de bovinos foi observado a
presenccedila de inuacutemeros microorganismos como bacteacuterias leveduras e bacilos
principalmente do Bacillus subtilis Estes microorganismos sintetizam substacircncias
antibioacuteticas as quais demonstram ter grande accedilatildeo e eficiecircncia como substacircncias
fungiostaacuteticas e bacteriostaacuteticas de fitopatoacutegenos causadores de danos em lavouras
comerciais (Penteado 1999)
Aldrighi et al (2002) realizaram trabalho na UFPel relacionado agrave nutriccedilatildeo de
mudas de tomate (Floradade) produzidas no sistema ldquofloatingrdquo Utilizaram-se doses de
0 2 5 e 10 para o biofertilizante Super Magro e 0 e 1 para a urina de vaca
Concluiacuteram que estes natildeo interferem na produccedilatildeo das mudas e que provavelmente foi
influenciado pelo substrato utilizado (vermicomposto 75 e casca de arroz carbonizada
25) bem como o sistema de produccedilatildeo (floating)
Paglia et al (2002) citam que eacute possiacutevel produzir mudas de tomate (cultivar
Floradede) utilizando urina de vaca e biofertilizante Super Magro na aacutegua em sistema
ldquofloatingrdquo em trabalho realizado na UFPel O uso da urina de vaca a 1 e 5 e
20
biofertilizante Super Magro a 6 proporcionam uma elevaccedilatildeo do foacutesforo bem como o
Super Magro a 6 eleva os teores de Mg e Ca na aacutegua
251 Urina de vaca
As urinas de vaca contecircm nutrientes favoraacuteveis ao bom desenvolvimento das
plantas como potaacutessio soacutedio nitrogecircnio enxofre magneacutesio caacutelcio foacutesforo e traccedilos de
outros elementos Nas plantas funciona como um fertilizante natural tomando-as mais
resistentes ao ataque das pragas e doenccedilas Satildeo encontradas tambeacutem na urina outras
substacircncias como fenoacuteis e principalmente o catecol que esta associado agrave recuperaccedilatildeo
de plantas atacadas por fitopatoacutegenos por ser um produto anti-seacuteptico (Penteado 1999)
Para seu emprego a urina receacutem coletada deve ser armazenada sob condiccedilotildees
ambientais por trecircs dias para que se forme amocircnio importante produto a ser absorvido
pelas plantas Recomenda-se ainda que o armazenamento deva ser feito em recipiente
fechado para que natildeo ocorram perdas de nitrogecircnio Desta forma poderaacute permanecer
por ateacute um ano sem comprometer sua eficiecircncia
Em hortaliccedilas o uso da urina de vaca eacute recomendado em pulverizaccedilotildees foliares
semanais na concentraccedilatildeo de 05 para tomateiro pimentatildeo pepino feijatildeo vagem e
couve ou quinzenais a 1 para as culturas do quiabeiro jiloeiro e berinjela Para
fruteiras em geral a primeira aplicaccedilatildeo deve ser na concentraccedilatildeo aproximada de 5
realizada diretamente no solo e mensalmente devem ser realizadas pulverizaccedilotildees
foliares a 1 para plantas jovens e a 5 para plantas adultas (Penteado 1999)
Na aplicaccedilatildeo foliar deve-se ter cuidado com folhas e brotos novos e considerar que
o uso contiacutenuo pode ser toacutexico podendo afetar o solo causando a sua acidificaccedilatildeo
(Penteado 1999)
Na Estaccedilatildeo Experimental da PESAGRO no municiacutepio de Macaeacute Rio de Janeiro
estaacute se utilizando a urina de vaca leiteira Os pesquisadores descobriram que a urina de
vaca em lactaccedilatildeo produzia o efeito de recuperar plantas de abacaxi atacadas por uma
doenccedila conhecida como ldquofusairioserdquo Essa doenccedila quando ataca o abacaxi causa
perdas de ateacute 70 da safra Todos os agrotoacutexicos testados natildeo conseguiram controlar a
doenccedila Isto eacute um exemplo para que a universidade tenha uma nova percepccedilatildeo (Capra
1996) adotando medidas efetivas que contribuam na transiccedilatildeo agroecoloacutegica Com o
uso da urina de vaca leiteira numa lavoura de abacaxi atacada pela fusariose observou-
se agrave recuperaccedilatildeo do stand e os frutos produzidos apresentaram excelente padratildeo
21
comercial Descobriu-se que aleacutem funcionar como adubo e defensivo natural a urina de
vaca leiteira tambeacutem favorece a floraccedilatildeo de muitas plantas e pode ser usada no
tratamento de frutos e tubeacuterculos depois da colheita
A urina de vaca em lactaccedilatildeo tambeacutem estaacute sendo usada nas lavouras de cafeacute em
plantaccedilotildees de maracujaacute coco alface e outras hortaliccedilas Na regiatildeo centro-sul do Paranaacute
os agricultores estatildeo aplicando a urina de vaca leiteira nas lavouras de feijatildeo soja
batata cebola e milho (Penteado 1999)
252 Alhol
A maioria dos defensivos alternativos tais como calda bordalesa sulfocaacutelcica
aacutegua de cinza e cal biofertilizante enriquecido extrato de fumo entre outros precisa
ser misturada com um espalhante adesivo para quebrar a tensatildeo superficial da gota e
propiciar um melhor molhamento das folhas e demais partes pulverizadas assegurando
uma absorccedilatildeo mais efetiva e uma melhor accedilatildeo sobre as pragas e doenccedilas Quando as
gotas permanecem inteiras sobre a superfiacutecie folhar devido agrave falta de espalhante
adesivo pode-se danificar os tecidos vegetais pelc efeito-lente quando o sol incide
sobre elas Aleacutem disso a gota por natildeo se espalhar sobre toda superfiacutecie folhar
concentra nela e consequumlentemente sobre o tecido que estaacute em contato com ela uma
quantidade maior do produto aplicado Essa maior concentraccedilatildeo pode prejudicar a
absorccedilatildeo e lesionar os tecidos principalmente apoacutes a evaporaccedilatildeo da aacutegua contida na
gota por resultar em uma maior concentraccedilatildeo de sais no local especialmente quando se
aplicam por exemplo calda sulfocaacutelcica bordalesa biofertilizante enriquecido com
macro e micronutrientes (Claro 2001)
O alhol eacute um espalhante adesivo ecoloacutegico que tambeacutem auxilia no controle de
pragas E elaborado com aacutegua alho oacuteleo vegetal e sabatildeo neutro a partir da sabedoria
popular que menciona o alho como repelente de insetos Juacutenior Abreu amp Maiorano
(199-) indicam formulaccedilotildees contendo alho para o controle de pragas como nematoacuteides
(Meloidogyne incoacutegnita e M javanica) mosca do chifre lagarta na maccedilatilde pulgotildees
besouro da batata trips e para controle de doenccedilas fuacutengicas e bacterianas como miacuteldio
ferrugem fusariose helminthosporiose murchadeira (Pseudonamos solacearum)
bruzone do arroz (Pyricularia orysae) podridatildeo negra do repolho e couve-flor
(Xanthomonas campestris) Aleacutem disso o alho pelo seu bom teor em oacuteleo pode agir
tambeacutem como espalhante adesivo O sabatildeo tambeacutem eacute indicado como espalhante adesivo
22
e possui accedilatildeo contra certas pragas (pulgotildees) sendo que o oacuteleo vegetal eacute indicado no
controle de cochonilhas e usado como espalhante adesivo (Claro 2001)
253 Calda Bordalesa
A calda bordalesa eacute um tradicional defensivo agriacutecola que pode ser preparado na
propriedade com a mistura de sulfato de cobre cal virgem e aacutegua As concentraccedilotildees de
sulfato de cobre e cal satildeo distintas dependendo do objetivo do seu emprego
Geralmente diferem de acordo com o tipo de planta ou espeacutecie vegetal as condiccedilotildees
climaacuteticas o grau de infestaccedilatildeo da doenccedila e a fase de crescimento da planta Eacute indicada
para o controle de miacuteldio alternaacuteria botrytis e antracnose (Penteado 1999)
A calda bordalesa caracteriza-se pela sua importante accedilatildeo no controle de diversas
doenccedilas fungicas nas mais diversas espeacutecies de culturas Possui tambeacutem uma relativa
accedilatildeo bactericida e em alguns casos age como repelente de insetos Da mistura do
sulfato de cobre com a cal resulta uma soluccedilatildeo rica em macronutrientes e
micronutrientes Provavelmente os expressivos resultados obtidos com a aplicaccedilatildeo da
calda bordalesa devam-se natildeo somente a sua accedilatildeo fuacutengica e bactericida mas sobretudo
agrave influecircncia positiva que exerce no metabolismo das plantas ativando o processo
enzimaacutetico e estimulando a proteossiacutentese aumentando a resistecircncia das plantas (Claro
2 0 0 1 ) caracteriacutestica fundamental na agricultura sustentaacutevel
254 Biofertilizante Super Magro
A calda Super Magro eacute produto da fermentaccedilatildeo de estercos animais enriquecidos
por micronutrientes e outros produtos de origem animal obtendo-se uma calda
biofertilizante para aplicaccedilatildeo foliar nas plantas (Penteado 1999) jaacute foram observados
bons resultados principalmente nas culturas de uva maccedila pecircssego tomate batata e
hortaliccedilas em geral
E indicado como fonte suplementar de micronutrientes para as plantas inibidor
de fungos e bacteacuterias causadores de doenccedilas e para aumentar a resistecircncia contra insetos
e aacutecaros (Penteado 1999) i
Muller (1999) avaliou a influecircncia do biofertilizante Super Magro sobre as
culturas de tomate (Lycopersicon esculentum Mill) ervilha (Pisum sativum L) e
beterraba (Beta vulgaris L) O autor obteve cultivos com baixa severidade de doenccedilas e
23
insetos fitoacutefagos possivelmente por causa do manejo orgacircnico de produccedilatildeo Os
resultados das pulverizaccedilotildees das soluccedilotildees foliares variaram conforme a cultura e o
clima
255 Biofertilizante MB4
A utilizaccedilatildeo das farinhas de rochas eacute uma das teacutecnicas mais modernas usadas nos
uacuteltimos anos na agricultura O elevado nuacutemero de nutrientes contidos no MB4 como
cobre zinco manganecircs cobalto soacutedio alumiacutenio silicatos de magneacutesio ferro e caacutelcio
acompanhado de foacutesforo potaacutessio e enxofre reagem com a soluccedilatildeo do solo liberando
elementos essenciais ao desenvolvimento da vida microbiana os quais exercem um
papel fundamental atraveacutes de transformaccedilotildees quiacutemicas e do equiliacutebrio bioloacutegico
favorecendo o desenvolvimento sadio das plantas (Pinheiro amp Barreto 2000)
24
3 MATERIAL E MEacuteTODOS
31 Local de execuccedilatildeo do experimento
O presente trabalho foi conduzido no Centro de Pesquisa da Regiatildeo Sul
(FEPAGROSUL) no municiacutepio de Rio Grande nlt periacuteodo de 15 de maio a 26 de
agosto de 2 0 0 2
O solo eacute classificado como ldquoTuiardquo satildeo muito arenosos As massas aquaacuteticas do
Oceano Atlacircntico e Lagoa dos Patos influenciam ventos temperatura pressatildeo umidade
relativa e demais fatores climaacuteticos A topografia da regiatildeo litoracircnea eacute plana com
lenccediloacuteis freaacuteticos superficiais
32 Anaacutelise estatiacutestica
O experimento foi constituiacutedo em fatorial 3X3 (Quadro 1) com quatro repeticcedilotildees
no delineamento blocos ao acaso As variaacuteveis respostas foram submetidas agrave anaacutelise de
variaccedilatildeo e ao teste de Duncan a 5 de probabilidade para comparaccedilatildeo das meacutedias
utilizando-se o sistema SANEST (Zonta amp Machado 1984)
As anaacutelises estatiacutesticas das variaacuteveis estudadas encontram-se nos Apecircndices C D
Os resultados das respostas agronocircmicas e das determinaccedilotildees dos conteuacutedos dos
macronutrientes bem como os de raiz estatildeo nas tabelas de 1 a 3
25
As diferentes adubaccedilotildees seratildeo representadas durante a discussatildeo da seguinte
forma 1 VB (30 t ha 1 de vermicomposto) 15 VB (45 t ha 1 de vermicomposto) e EC
(60 t ha 1 de esterco de curral) 1 VB+SM+U+CB (30 t ha 1 de vermicomposto mais
super magro mais urina de vaca mais calda bordalesa) 15 VB+SM+U+CB (45 t ha 1 de
vermicomposto mais super magro mais urina de vaca mais calda bordalesa)
EC+SM+U+CB (60 t ha 1 de esterco de curral mais super magro mais urina de vaca
mais calda bordalesa) 1 VB+MB4 +U+CB (30 t ha 1 de vermicomposto mais MB4 mais
urina de vaca mais calda bordalesa) 15 VB+MB4 +U+CB (45 t ha 1 de vermicomposto
mais MB4 mais urina de vaca mais calda bordalesa) EC+MB4 +U+CB (60 t ha 1 esterco
de curral mais MB4 mais urina de vaca mais calda bordalesa)
QUADRO 1 Descriccedilatildeo dos fatores experimentais e respectivos niacuteveis
Niacuteveis Fator 1 ADUBACcedilAtildeO DE BASE
0 1 Vermicomposto (30 t ha1)
0 2 Vermicomposto (45 t ha1)
03 Esterco de curral (60 t ha1)
Niacuteveis Fator 2 BIOFERTILIZANTES LIacuteQUIDOS
0 1 Super magro (5) + Urina de Vaca + Calda Bordalesa
0 2 MB4 (10) + Urina de vaca + Calda Bordalesa
03 Ausecircncia (testemunha)
33 Tratamentos
Da combinaccedilatildeo entre niacuteveis e fatores foram obtidos 9 tratamentos que estatildeo
descritos no Quadro 2 bem como as doses de adubaccedilatildeo utilizadas no experimento
26
QUADRO 2 Tratamentos e doses de adubaccedilatildeo utilizadas no experimento
TRATAMENTOS
Ndeg FATOR I FATOR II
0 1 30 t ha de vermicomposto Super magro 5 Urina de vaca Calda Bordalesa
0 2 30 t harsquo de vermicomposto MB4 10 Urina de vaca Calda Bordalesa
03 30 t ha de vermicomposto - - -
04 45 t ha de vermicomposto Super magro 5 Urina de vaca Calda Bordalesa
05 45 t ha de vermicomposto MB4 10 Urina de vaca Calda Bordalesa
06 45 t ha de vermicomposto - - -
07 60 t hade esterco Super Magro 5 Urina de vaca Calda Bordalesa
08 60 t hade esterco MB4 10 Urina de vaca Calda Bordalesa
09 60 t hade esterco - - -
Cada parcela foi constituiacuteda por dois canteiros medindo 1 m de largura x 2 m de
comprimento perfazendo 075 m de aacuterea de aacuterea uacutetil (025 m de bordadura) Foi
utilizando semeadura a lanccedilo com densidade de 24 g canteiro1
O vermicomposto a urina de vaca o esterco de curral o alhol os biofertilizantes e
a calda bordalesa foram de procedecircncia do Centro de Pesquisa da Regiatildeo Sul O
vermicomposto de esterco bovino misturado agraves cascas de frutas foi processado pela
minhoca vermelha califomiana Eisenia foetida)
O biofertilizante Super Magro foi elaborado segundo a metodologia descrita pela
FEPAGROSUL utilizando-se os seguintes componentes 190 litros de aacutegua 22 litros
de leite 55 Kg de accediluacutecar mascavo 30 Kg de esterco fresco de bovinos 2 Kg de
Sulfato de zinco 2 Kg de sulfato de magneacutesio 2 Kg de cloreto de caacutelcio 1 Kg de aacutecido
boacuterico 300 g de sulfato de cobre 300 g de sulfato de ferro 300 g de sulfato de
manganecircs 100 g de molibdato de soacutedio 50 g de sulfato de cobalto 3 Kg de fosfato
natural 3 Kg de cinza e 200 g de farinha de osso
A urina de vaca em lactaccedilatildeo foi coletada pela manhatilde e armazenada em recipiente
fechado por trecircs dias em condiccedilotildees ambientais para que se formasse a amocircnia e natildeo
ocorresse perda de nitrogecircnio
28
Realizaram-se duas capinas manuais durante o experimento e em seguida como
cobertura se colocou casca de arroz Tambeacutem foi aplicado esterco de aves 30 dias antes
da colheita na quantidade de 05 Kg canteiro 1 como adubaccedilatildeo de cobertura
As pulverizaccedilotildees com os produtos iniciaram apoacutes 15 dias da germinaccedilatildeo
Realizou-se sete aplicaccedilotildees sendo que as duas primeiras foram feitas apenas com
Super Magro e MB4 Na terceira e na quarta aplicaccedilatildeo utilizou-se urina de vaca e calda
bordalesa em concentraccedilotildees menores (05 e 025 respectivamente) e na quinta
aplicaccedilatildeo as dosagens de urina de vaca e calda bordalesa foram elevadas para 1 0 e
05 respectivamente ateacute o final do experimento O alhol foi utilizado a partir da
terceira pulverizaccedilatildeo na quantidade de 2 e seguiu ateacute o final no dia 26 de agosto
quando as mudas foram colhidas e posteriormente analisadas as variaacuteveis
35 Observaccedilotildees agronocircmicas
Foram utilizadas 20 mudas de cebola para obtenccedilatildeo das meacutedias das variaacuteveis as
quais foram as seguintes
351 Fitomassa fresca da parte aeacuterea e raiacutezes
Foi realizada atraveacutes de uma balanccedila digital procedendo-se a pesagem de 20
mudas de cebola previamente lavadas e posteriormente secadas durante uma hora sobre
um tecido de algodatildeo agrave temperatura ambiente Processo idecircntico foi adotado com as
raiacutezes
352 Fitomassa seca da parte aeacuterea e raiacutezes
Esta variaacutevel foi obtida a partir da secagem preliminar em estufa de ar forccedilado
durante 48 horas a 65 C ateacute peso constante com posterior pesagem em balanccedila
analiacutetica
353 Altura da muda
A altura de muda foi medida a partir do colo das plantas ateacute sua uacuteltima folha
(ponto de crescimento) com uma reacutegua graduada de 40 cm
29
354 Diacircmetro do colo das plantas
Esta medida foi realizada no ponto de transplante a 2 mm das raiacutezes e utilizando-
se um paquiacutemetro SOMET
355 Sistema radicular
Ao teacutermino do experimento foram retiradas as raiacutezes das mesmas plantas que foram
utilizadas para as determinaccedilotildees realizadas na parte aeacuterea procedendo-se uma amostra
de solo com raiacutezes de 2 0 cm de largura x 2 0 cm de comprimento e 2 0 cm de altura
totalizando 8000 cm3
As raiacutezes apoacutes serem lavadas em aacutegua corrente foram pesadas acondicionadas em
sacos plaacutesticos e congeladas para posteriores anaacutelises pelo meacutetodo de Tennant (1975)
para a determinaccedilatildeo do comprimento e densidade
3551 Comprimento de raiz
Utilizou-se para a determinaccedilatildeo do comprimento de raiz as seguintes foacutermulas
1 = ndeg x 1114 x 1 onde
1 - comprimento de raiz de uma amostra uacutemida de 0 0 2 g
ndeg - nuacutemero de intercessotildees das raiacutezes com os lados da quadriacutecula da malha do
aparelho
1114 - constante
1 - medida lateral da quadriacutecula em cm
Tomando-se a fiacutetomassa seca e o comprimento da raiz da cada amostra
relacionou-se com a fiacutetomassa seca e o comprimento total da raiz da planta aplicando-
se a seguinte equaccedilatildeo
L = (FSR x 1) FSPA onde
L - comprimento total da raiz da planta (m)
FSR - fiacutetomassa seca de raiz
FSPA - fiacutetomassa seca da parte aeacuterea
L - comprimento de raiz de uma amostra uacutemida de 002g
3552 Densidade de raiz
A densidade foi determinada pela foacutermula
D = L 8000 onde
D - densidade de raiacutezes (m cm3)
30
L - comprimento total de raiacutezes (m)
8 0 0 0 - volume da amostra (cm3)
3553 Razatildeo parte aeacutereasistema radicular
Este paracircmetro foi obtido pela equaccedilatildeo
RPASR = FSPA FSR onde
RPASR - razatildeo parte aeacuterea sistema radicular
FSPA - fitomassa seca da parte aeacuterea
FSR - fitomassa seca do sistema radicular
36 Determinaccedilatildeo de macronutrientes no tecido vegetal
Os macronutrientes nitrogecircnio foacutesforo potaacutessio caacutelcio e magneacutesio foram
determinados no laboratoacuterio de Fertilidade e Anaacutelise de Plantas do Departamento de
Solos da UFPel atraveacutes dos meacutetodos descritos por Tedesco amp Gianello (1996)
31
4 RESULTADOS E DISCUSSAtildeO
41 Anaacutelise das variaacuteveis
A anaacutelise da variaccedilatildeo mostrou que houve diferenccedila significativa na interaccedilatildeo entre
os fatores de adubaccedilatildeo de base e biofertilizantes liacutequidos com exceccedilatildeo da variaacutevel altura
de planta para a qual somente a adubaccedilatildeo de base mostrou-se significativa (Apecircndices
C D e E Tabelas 1C 1D e 1E)
411 Anaacutelise da parte aeacuterea
Na Tabela 1 destacaram-se as adubaccedilotildees EC+SM+U+CB EC+MB4 +U+CB e EC
que diferiram significativamente das demais adubaccedilotildees para as variaacuteveis fiacutetomassa
fresca da parte aeacuterea (FFPA) fiacutetomassa seca da parte aeacuterea (FSPA) altura de planta
(AP) e diacircmetro do colo (DC)
32
TABELA 1 Produccedilatildeo de fitomassa fresca e seca (g) da parte aeacuterea altura de planta
(cm) e diacircmetro de colo (mm) de mudas de cebola Petrolini cultivadas
sob uma perspectiva agroecoloacutegica Pelotas-RS 2003
BIOFERTILIZANTES LIacuteQUIDOSADUBACcedilAtildeO S Magro + MB4 +DE BASE Urina + Calda Urina + Calda Testemunha
Bordalesa Bordalesa
30 t ha de vermicomposto 7015 c A45 t halsquo de vermicomposto 7824 b B60 t ha de esterco de curral 12248 a C
30 t ha de vermicomposto 667 c A45 t ha de vermicomposto 752 b A60 t ha de esterco de curral 1150a C
30 t ha de vermicomposto 2975 b A45 t harsquo de vermicomposto 2775 b A60 t ha de esterco de curral 3600 a B
30 t ha de vermicomposto 631 b A45 t ha de vermicomposto 6 2 2 b B60 t ha de esterco de curral 741 a C
-Fitomassa fresca (g)----------------6270 c B 6885 b A8832 b A 6308 c C
15082 a A 13934 a BmdashFitomassa seca (g)----------------
625 c A 655 b A830 b A 607 b B
1345 a A 1262 a B-Altura de planta (cm)----------------
2950 b A 3050 b A2937 b A 2950 b A 3975 a A 3622 a B
-Diacircmetro de colo (mm)---------------592 c B 599 b B 657 b A 609 b B 819a A________ 793a B
Meacutedias seguidas pela mesma letra minuacutescula para as colunas (adubaccedilatildeo de base) e maiuacutesculas para as linhas (biofertilizantes) natildeo diferem entre si pelo teste de Duncan a 5
O efeito positivo do esterco bovino pode ser atribuiacutedo agraves melhorias nas condiccedilotildees
fiacutesicas do solo por ele proporcionado Segundo Primavesi (1982) e Compagnoni amp
Putzolu (1985) o esterco bovino apresenta propriedades condicionadoras do solo dando
agraves plantas melhores condiccedilotildees de desenvolvimento elevando sobremaneira os
conteuacutedos de fitomassa fresca das plantas que refletiratildeo nas demais respostas
agronocircmicas
Analisando as adubaccedilotildees de base em relaccedilatildeo aos biofertilizantes observa-se que
para os tratamentos 1 VB (30 t ha 1 de vermicomposto) - natildeo houve influecircncia dos
biofertilizantes para as variaacuteveis FSPA e AP enquanto destacou-se o SM+U+CB para o
DC e SM+U+CB e ausecircncia da adubaccedilatildeo liacutequida para a FFPA mostrando que o uso
dos biofertilizantes natildeo influenciou esta variaacutevel 15 VB (45 t ha 1 de vermicomposto) -
verificou-se a eficiecircncia do uso do MB4 +U+CB para as variaacuteveis FFPA e DC Para a
variaacutevel FSPA destacaram-se os dois biofertilizantes utilizados jaacute para AP natildeo houve
33
influecircncia destes EC (60 t ha 1 de esterco de curral) - em todas as variaacuteveis observadas
na tabela 5 as respostas foram significativas utilizando MB4 +U+CB
As respostas encontradas no presente trabalho para as variaacuteveis AP e FSPA foram
superiores as obtidas por Dalponte (1990) quando utilizado 0 esterco de curral para
produccedilatildeo de mudas de cebola
Segundo Filgueira (2000) os solos da regiatildeo produtora de cebola do RS satildeo
pobres em foacutesforo disponiacutevel (15 mg Kg1) necessitando portanto de adubaccedilotildees
fosfatadas elevadas As respostas aqui obtidas podem ser justificadas pelos teores de
foacutesforo contido no MB4
Follet et al (1981) citam a importacircncia do uso de compostos orgacircnicos no solo
enfatizando os estercos no sentido da decomposiccedilatildeo continuada no fornecimento de
nutrientes e na liberaccedilatildeo lenta e gradual de aacutecidos orgacircnicos influenciando a liberaccedilatildeo
do foacutesforo O que provavelmente pode ser atribuiacutedo agraves respostas encontradas no
presente trabalho para 0 tratamento Esterco de curral mais MB4 e Urina mais Calda
Bordalesa
E importante destacar que 0 sistema de produccedilatildeo de mudas de cebola sob uma
perspectiva agroecoloacutegica mostra-se eficiente quando visualmente natildeo percebe-se
diferenccedila significativa entre os tratamentos (Apecircndice F Figura 2)
Conveacutem ressaltar que quando trabalhamos com agroecologia natildeo existem
receitas nem pacotes tecnoloacutegicos prontos Cada situaccedilatildeo deveraacute ser estudada em
particular para que se faccedila recomendaccedilotildees adequadas ao ambiente local uma vez que
as plantas se adaptam ao meio estando a nutriccedilatildeo encarregada de proteger e manter o
equiliacutebrio do organismo vegetal em funccedilatildeo das alteraccedilotildees externas
E fundamental que se compreenda os princiacutepios norteadores de todo o processo
que satildeo as bases da luta por uma sociedade mais justa dentro de um mundo econocircmico e
ambientalmente mais sustentaacutevel
412 Anaacutelise do sistema radicular
Os resultados obtidos nas anaacutelises do sistema radicular (Tabela 2) mostram
diferenccedilas significativas entre as adubaccedilotildees para as variaacuteveis fitomassa fresca de raiz
(FFR) fitomassa seca de raiz (FSR) comprimento de raiz (CR) razatildeo parte
aeacutereasistema radicular (RPASR) e densidade de raiz (DR)
34
TABELA 2 Produccedilatildeo de fitomassa fresca e seca (g) comprimento (cm) e densidade de
raiacutezes (m cm3) de mudas de cebola Petrolini cultivadas sob uma
perspectiva agroecoloacutegica e razatildeo parte aeacutereasistema radicular Pelotas-
RS 2003
BIOFERTILIZANTES LIacuteQUIDOSADUBACcedilAO DE BASE
S Magro + MB4 +Urina + Calda Urina + Calda Testemunha
Bordalesa Bordalesa
de vermicomposto de vermicomposto de esterco de curral
de vermicomposto de vermicomposto de esterco de curral
de vermicomposto de vermicomposto de esterco de curral
de vermicomposto de vermicomposto de esterco de curral
1540 c A 1576 b B 2427 a A
Fitomassa fresca (g)----------------1502 c B 1517 b AB 1658 b A 1446 c C 2336 a B 2360 a B
--------------------Fitomassa seca (g)-------------------196 b A 207 ab A 170 b A170 b A 199 b A 192 b A 344 a A 249 a B 327 a A
Comprimento de raiz(cm)---------------1237 b A 1158 b A 1158 a A1237 b A 1060 c B 1040 b B1433 a A 1296 a B 1040 b C
30 t ha 45 t ha 60 t ha
30 t ha 45 t ha 60 t ha
30 t halsquo 45 t ha 60 t ha
30 t ha 45 t ha 60 t ha
30 t ha de vermicomposto 45 t ha de vermicomposto60 t ha~ de esterco de curral__________________________ _________________________Meacutedias seguidas pela mesma letra minuacutescula para as colunas (adubaccedilatildeo de base) e maiuacutesculas para as linhas (biofertilizantes) natildeo diferem entre si pelo teste de Duncan a 5
-----Razatildeo Parte AeacutereaSistema Radicular------340 b AB 301c B 384 a A446 a A 415 b A 326 a B339 b B 546 a A 388 a B
-------------- Densidade de raiz (m cm3)------------367 a AB 414 a A 325 b B282 b B 301b B 405 a A347 ab A 231c B 324 b A
Em relaccedilatildeo agraves adubaccedilotildees de base destacou-se o EC (60 t ha 1 de esterco de curral)
para as variaacuteveis FFR e FSR Quando adicionado o SM+U+CB os resultados para FFR
foram ainda melhores bem como o CR As respostas obtidas para a RPASR foram
variadas em relaccedilatildeo agraves adubaccedilotildees apresentando melhores resultados para 15 VB (45 t
ha 1 de vermicomposto)+SM+U+CB e ainda melhor para EC (60 t ha 1 de esterco de
curral)+MB4 +U+CB As adubaccedilotildees de base 1 VB 15 VB e EC natildeo diferiram entre si
As adubaccedilotildees mais eficientes para a variaacutevel DR foram 1 VB+SM+U+CV que natildeo
diferiu da EC+SM+U+CB I VB+ MB4 +U+CB e agrave 15 VB foram melhores entre as
demais
35
Analisando os biofertilizantes em relaccedilatildeo a cada adubaccedilatildeo de base verifica-se que
para a 1 VB (30 t ha 1 de vermicomposto)+SM+U+CB destaca-se a variaacutevel FFR
poreacutem sem diferenccedila significativa de 1 VB os melhpres resultados para a variaacutevel DR
foram encontrados pelo tratamento 1 VB+MB4 +U+CB e 15 VB (45 t ha 1 de
vermicomposto) tambeacutem se considera eficiente o 1 VB+SM+U+CB que natildeo diferiu do
EC (esterco de curral) Quando se utilizou 15 VB+ MB4 +U+CB houve resposta
significativa para a variaacutevel FFR para FSR as respostas natildeo foram diferentes com a
aplicaccedilatildeo dos biofertilizantes para as variaacuteveis FSR e DR as adubaccedilotildees EC e
EC+SM+U+CB natildeo diferiram entre si
Embora as respostas estatiacutesticas tenham sido diferentes para as adubaccedilotildees
combinadas ou natildeo pode-se salientar a importacircncia do aacutecido indol-aceacutetico como jaacute
citado anteriormente para as variaacuteveis avaliadas na parte aeacuterea das mudas de cebola
Respostas semelhantes nesse sentido foram encontradas para a cultura da alface por
Quijano (1999) e Morselli (2001)
Pereira et al (2002) concluiacuteram em trabalho realizado com a cultivar de cebola
CNPF1 6400 em Minas Gerais que a utilizaccedilatildeo de 20 t ha de esterco de curral
proporcionou os melhores resultados para a produccedilatildeo de cebola
Silva Juacutenior amp Giorgi (1992) e Menezes Juacutenior (1998) citam que doses elevadas
de mateacuteria orgacircnica podem prejudicar a primeira fase da germinaccedilatildeo (embebiccedilatildeo) e
absorccedilatildeo de aacutegua pelas raiacutezes das placircntulas No entanto no presente trabalho este fato
natildeo ocorreu embora a dose de esterco utilizada tenha sido de 60 t ha 1 (dose maacutexima
recomendada segundo Nolla 1982)
413 Anaacutelise de macronutrientes no tecido vegetal
Os resultados dos conteuacutedos de nitrogecircnio foacutesforo potaacutessio caacutelcio e magneacutesio no
tecido vegetal sob diferentes adubaccedilotildees encontrados na Tabela 3 indicam mais uma
vez a superioridade da adubaccedilatildeo esterco com 0 uso ou natildeo de biofertilizantes
36
TABELA 3 Conteuacutedos (mg planta1) de nitrogecircnio foacutesforo potaacutessio caacutelcio e
magneacutesio no tecido vegetal de mudas de cebola Petrolini cultivadas sob
uma perspectiva agroecoloacutegica Pelotas-RS 2003
BIOFERTILIZANTES LIacuteQUIDOS i J B
ADUBACcedilAtildeO S Magro + MB4 +DE BASE Urina + Calda Urina + Calda Testemunha
Bordalesa Bordalesamg plantas1
---- Nitrogecircnio-----30 t ha de vermicomposto 16593 c AB 15451 c B 19050 b A45 t ha de vermicomposto 21444 b A 22888 b A 17852 b B60 t ha de esterco de curral 32606 a C 37593 a B 40816 a A
--------------- ------ Foacutesforo------- -------------30 t ha de vermicomposto 3098 c B 2802 c B 3999 b A45 t ha de vermicomposto 4109 b A 4135 b A 2788 c B60 t ha de esterco de curral 5300 a B 7577 a A 7565 a A
------- Potaacutessio------30 t ha de vermicomposto 24327 c A 19900 c B 24965 b A45 t ha de vermicomposto 29113b A 29812 b A 22031 b B60 t ha de esterco de curral 44070 a B 51976 a A 54101 a A
-------- Caacutelcio-------30 t ha de vermicomposto 5027 c A 4356 c A 4834 b A45 t ha de vermicomposto 6114b A 6963 b A 4379 b B60 t ha de esterco de curral 9030 a C 11451 a A 10331 a B
------Magneacutesio-----30 t ha de vermicomposto 1188 b A 914 c A 1202 b A45 t ha de vermicomposto 1231 b B 1582 b A 1176 b B60 t ha de esterco de curral 2136a B 2443 a A 2663 a AMeacutedias seguidas pela mesma letra minuacutescula para as colunas (adubaccedilatildeo de base) e maiuacutesculas para as linhas (biofertilizantes) natildeo diferem entre si pelo teste de Duncan a
Em relaccedilatildeo agraves adubaccedilotildees de base observa-se que o melhor tratamento foi o
esterco de curral para todas as variaacuteveis Para 1 VB (30 t ha^ 1 de vermicomposto) natildeo
houve resposta diferenciada com o uso de bofertilizantes para todas as variaacuteveis A
adubaccedilatildeo 15 VB (45 t ha 1 de vemicomposto) foi influenciada pelos biofertilizantes
para as variaacuteveis N P K e Ca enquanto que para Mg somente o MB4+U+CB o
influenciou O EC (esterco de curral) mostrou diferenccedila significativa apenas para as
variaacuteveis Ca e Mg quando adicionado MB4+U+CB
Segundo Peixoto (2000) eacute fundamental a adiccedilatildeo de adubos orgacircnico no cultivo de
hortaliccedilas seja na forma de esterco decomposto composto ou huacutemus de minhoca de
37
modo a fornecer melhorias nas propriedades do solo vindo a disponibilizar os nutrientes
as diferentes culturas
O esterco fresco conteacutem muita cama celuloacutesica e um elevado teor de aacutegua No
esterco curtido a celulose jaacute estaacute decomposta o teor de aacutegua estaacute reduzido agrave metade e os
nutrientes em uma forma mais assimilaacutevel e mais concentrada O esterco fresco pode
causar uma deficiecircncia temporaacuteria de nitrogecircnio no solo ao se decompor o que natildeo
acontece com o biestabilizado (Kiehl 1985)Ocorre uma diminuiccedilatildeo inicial no volume
de aacutegua retido no esterco de curral diminui inicialmente em tomo de 3581 liberando
posteriormente somente 496 evidenciando a sua capacidade de retenccedilatildeo de aacutegua
(Menezes Juacutenior 1998)
A utilizaccedilatildeo continuada de adubos nitrogenados minerais no solo altera o balanccedilo
do nitrogecircnio entre o solo e planta No meacutetodo biodinacircmico eacute sublinhada a importacircncia
dos adubos animais para o estabelecimento da fertilidade permanente dos solos (Koeff
et al 1983)
Para Guimaratildees (1997) os benefiacutecios que a mateacuteria orgacircnica imprime ao solo
principalmente melhorando a produtividade fertilidade e a influencia que as substancias
huacutemicas exercem sobre o ambiente dependem da qualidade e do teor de mateacuteria
orgacircnica do solo Estas substacircncias por conterem nutrientes em sua constituiccedilatildeo em uma
forma mais disponiacutevel para as plantas promovem um equiliacutebrio no ambiente no solo
(Kononova 1966)
Aproximadamente de 60 a 70 do total de carbono do solo ocorre na forma de
materiais huacutemicos (Griffith amp Schnitzer 1975) sendo a eles atribuiacutedo a manutenccedilatildeo da
bioestrutura do solo aumentando a capacidade de retenccedilatildeo de aacutegua (Brady 1999)
Conforme Compagnoni amp Putzolu (1985) os estercos bem como os demais
resiacuteduos orgacircnicos apresentam conteuacutedos diferentes de aacutecidos huacutemicos e fuumllvicos sendo
atribuiacutedo ao acido huacutemico uma accedilatildeo fitoestimulante semelhante aos fitohormocircnios por
favorecer o desenvolvimento do sistema radicular e crescimento do caule
Em trabalho realizado por Guimaratildees (1997) foi encontrado para aacutecidos huacutemicos
de esterco bovino uma relaccedilatildeo CN 1035 e para vermicomposto bovino 17
evidenciando que o esterco quando aplicado ao solo por apresentar uma relaccedilatildeo CN
proacutexima deste reage mais facilmente liberando nutrientes para as plantas sem alterar a
cadeia troacutefiacuteca Dados encontrados no presente trabalho demonstram a eficiecircncia do
esterco nesse sentido
38
De acordo com Morselli (2001) vaacuterios trabalhos citam comentam e discutem a
capacidade dos vermicompostos em proporcionar oacutetimas colheitas e favorecer a
precocidade das plantas cultivadas Poreacutem muitas vezes se observa que mesmo
suprindo essas plantas com nutrientes necessaacuterios atraveacutes de huacutemus de diferentes fontes
as respostas natildeo satildeo as mesmas para uma mesma cultivar
Por outro lado os resultados com o uso de substacircncias huacutemicas satildeo variaacuteveis e
dependem aleacutem da espeacutecie testada das substacircncias huacutemicas utilizadas sua
concentraccedilatildeo o grau de purificaccedilatildeo e das condiccedilotildees experimentais A resposta das
plantas aos aacutecidos huacutemicos e fuacutelvicos eacute dependente da mateacuteria prima original e da
espeacutecie vegetal pois materiais orgacircnicos diferentes apresentam aacutecidos huacutemicos e
fuacutelvicos diferentes (Businelli 1990)
Justificam-se os maiores conteuacutedos de nitrogecircnio foacutesforo potaacutessio e caacutelcio nas
adubaccedilotildees 15 VB (45 t ha 1 de vermicomposto) e biofertilizantes devido
provavelmente ao vermicomposto utilizado apresentar na sua constituiccedilatildeo teores
consideraacuteveis destes elementos aleacutem do que os biofertilizantes possam ter influenciado
na absorccedilatildeo atraveacutes de sua constituiccedilatildeo Tibau (1984) considera que a urina de vaca eacute
rica em aacutecido indol-aceacutetico e este influencia na absorccedilatildeo radicular O efeito positivo
deste tratamento provavelmente seja devido agrave quantidade aplicada
O biofertilizante que se destacou foi o MB4+U+CB em relaccedilatildeo ao EC (esterco de
curral) e eacute somente para a variaacutevel caacutelcio Isto provavelmente seja devido ao alto teor
deste elemento encontrado na sua constituiccedilatildeo (6872 g Kg1) e pela influecircncia positiva
que a calda bordalesa exerce no metabolismo das plantas atraveacutes dos nutrientes
contidos em sua formulaccedilatildeo O Ca controla a absorccedilatildeo radicular e retorna ao solo pelo
esterco e palhas por apresentar-se em maior quantidade em folhas e caules Depois de
localizado nas folhas fica imoacutevel favorecendo a resistecircncia da planta ao ataque de
fungos
Este trabalho avanccedila no estudo da agroecologia estando claro que todos os
criteacuterios tem caraacuteter dinacircmico de adequaccedilatildeo as mudanccedilas de um sistema de produccedilatildeo
em evoluccedilatildeo contribuindo na transiccedilatildeo para um padratildeo sustentaacutevel Cabe a pesquisa a
reorientaccedilatildeo para um enfoque ldquosistecircmicordquo isto eacute que permita integrar os diversos
componentes de um agroecossistema e a adoccedilatildeo de poliacuteticas puacuteblicas que promovam 0
fortalecimento e a expansatildeo da agricultura familiar
39
5 CONCLUSOtildeES
Considerando os resultados obtidos e as condiccedilotildees em que o estudo foi realizado
conclui-se que
bull As respostas agronocircmicas das mudas de cebola para os paracircmetros avaliados
satildeo mais satisfatoacuterias com a aplicaccedilatildeo de esterco de curral como adubaccedilatildeo de
base
bull Os biofertilizantes mais urina de vaca e calda bordalesa proporcionam
respostas satisfatoacuterias quando aplicados associados agraves adubaccedilotildees de base
bull O biofertilizante MB4 mais urina de vaca e calda bordalesa eacute mais eficiente
que o super magro mais urina e calda bordalesa quando aplicado associado agrave
adubaccedilatildeo de base esterco de curral para os conteuacutedos de fitomassa secae
fresca da parte aeacuterea das plantas altura e diacircmetro de colo das mudas de
cebola
bull Os biofertilizantes adicionados agrave adubaccedilatildeo de base 45 t harsquo 1 de vermicomposto
bovino mostram respostas significativas para os conteuacutedos de fitomassa seca
bull Os maiores conteuacutedos nutricionais para as mudas de cebola satildeo
proporcionados pela adubaccedilatildeo de base esterco de curral
bull A maior absorccedilatildeo de caacutelcio pelas mudas de cebola ocorre quando da adiccedilatildeo do
biofertilizante MB4 mais urina e calda bordalesa agrave adubaccedilatildeo de base esterco de
curral
40
6 REFEREcircNCIAS BIBLIOGRAacuteFICAS
ALDRIGHI CB ABREU CM PAGLIA AG MORSELLI TBGA FERNANDES HS Efeito da aplicaccedilatildeo de biofertilizante e urina de vaca em mudas de tomateiro Horticultura Brasileira v20 n2 julho 2002 Suplemento 2
ALTIERI M NICHOLLS C I Agroecologia Teoria praacutectica para umaAgricultura Sustentable Ia ed PNUMA 2000 Cap 2 4 Seacuterie textos baacutesicos para la formacioacuten ambiental
ALTIERI M Agroecologia bases cientiacuteficas para uma agricultura sustentaacutevelGuaiacuteba Agropecuaacuteria 2002 592 p
ANTONIOLLI Z I GIRACCA E M N CARDOSO S J T WIETHAN M M S FERRI M Iniciaccedilatildeo agrave Minhocultura Criaccedilatildeo em Cativeiro e Vermicompostagem Santa Maria UFSM 1996 p59-89
BAYER C MIELNICZUC J Dinacircmica e funccedilatildeo da mateacuteria orgacircnica In SANTOS G de A S e CAMARGO F A de O (ed) Fundamentos da mateacuteria orgacircnica do solo ecossistemas tropicais e subtropicais Porto Alegre Genesis 1999 p 3-23
BARRETTO D X Composto Orgacircnico In Praacutetica em Agricultura Orgacircnica Satildeo Paulo iacutecone Ed Ltda 1985 p 51-63
BETTIOL W Alguns produtos alternativos para o controle de doenccedilas de plantasem agricultura orgacircnica II Ciclo de palestras sobre agricultura orgacircnica Instituto Bioloacutegico Satildeo Paulo p52-63 1997
41
BETTIOL W TRACH R GALVAtildeO JAH Controle de doenccedilas de plantas com biofertilizantes Jaguariuacutena EMBRAPA-CNPMA 1997 22p (EMBRAPA- CNPMA Circular Teacutecnica 02)
BRADY N C Natureza e propriedades dos sotos Rio de Janeiro Freitas BastosS A 1979 647p
BRADY N C Organisms and ecology of the soil In The nature of properties of soils Simon amp Schuster A Viacon Company New Jersey1999 402-489p
BON1LLA J A Fundamentos da Agricultura Ecoloacutegica Sobrevivecircncia eQualidade de Vida Satildeo Paulo Nobel 1992
BUREacuteS S Substratos Ediciones Agroteacutecnicas S L Madrid Octubre 1997
BUS1NELLI M Chemical Composition and Enzymic Activity of some Worm Cast Plant Soil v 80 p 1-2 1990
CALEGARI A Espeacutecies para cobertura de solo In IAPAR (Instituto Agronocircmico de Paranaacute) Plantio Direto pequena propriedade sustentaacutevel organizador Moacir Darolt Londrina - PR 1998 65-93
CAMARGO P N D Manual de Adubaccedilatildeo Foliar Satildeo Paulo Herba 1975
CAPRA F A Teia da Vida Satildeo Paulo Cultrix 1997 256p
CAPRA F O Ponto de Mutaccedilatildeo 22 ed Satildeo Paulo Cultrix 2001 447p
CHABOUSSOU F Plantas doentes pelo uso de agrotoacutexicos (A Teoria da Trofobiose) Porto Alegre LPM 1987 253 p
CLARO S A Referencias tecnoloacutegicos para a agricultura familiar ecoloacutegica aexperiecircncia da Regiatildeo Centro-Serra do Rio Grande do Sul Porto Alegre EMATERRS-ASCAR 2001 250p
CLIVELA G Diagnoacutestico Agronocircmico da cebola no Rio Grande do Sul Porto Alegre EMATERRS 1995 8 6 p
COMISSAtildeO DE FERTILIDADE DO SOLO - RSSC Recomendaccedilotildees de adubaccedilatildeo e calagem para os estados do Rio Grande do Sul e Santa Catarina 3 ed Passo Fundo SBCS - Nuacutecleo Regional Sul 1995 223p
COMPAGNONI L PUTZOLU G Cria moderna de Ias lombrices y utilizacioacutenrentable dei humus Barcelona Editorial de Vecchi- SA 1985127p
COSTABEBER J A MOYANO E Transiccedilatildeo agroecoloacutegica e accedilatildeo social coletiva Agroecologia e Desenvolvimento Rural Sustentaacutevel Porto Alegre v l n4 p 50- 60 outdez 2 0 0 0
42
COSTA M B B da Adubaccedilatildeo orgacircnica Nova siacutentese e novo caminho para aagricultura Satildeo Paulo Ed iacutecone Ltda 1985 102p
COSTA NETO C Agricultura Sustentaacutevel Tecnologias e Sociedade In CARVALHO COSTA LF et al (org) Mundo Rural e Tempo Presente Rio de Janeiro Mauad 1999
DrsquoAG0ST1NI R L FANTINI A C Produccedilatildeo orgacircnica tambeacutem socialmente excludente Agroecologia e Desenvolvimento Rural Sustentaacutevel Porto Alegre v3 n l p57-61 2002
DALPONTE J C V Utilizaccedilatildeo de materiais orgacircnicos e fertilizante mineral na produccedilatildeo e qualidade de mudas e bulbos de cebola (Alliurn Cepa L) Pelotas-RS 1990 (Mestrado em Agronomia) - Faculdade de Agronomia Eliseu Maciel UFPel 1990
DEBARBA J F THOMAZELLI L F GANDIN C L SILVA E Cadeias produtivas do Estado de Santa Catarina Cebola Florianoacutepolis Epagri 1998 115 p (EPAGRI Boletim Teacutecnico 96)
DUFOUR F Os saacutebios loucos do agro-alimentar Le Monde Diplomatique ano 1 n4 p6-7 1999 (ed portuguesa)
EHLERS E Agricultura Sustetaacutevel Origem e perspectivas de um novo paradigma 2 ed Guaiacuteba Agropecuaacuteria 1999 157 p
FILGUEIRA F A R Novo Manual de olericultura agrotecnologia moderna na produccedilatildeo e comercializaccedilatildeo de hortaliccedilas Viccedilosa UFV 2000 402 p
FRASER G K Mateacuteria Orgacircnica Del Suelo In BEAR F E (ed) Quiacutemica dei Suelo Madrid Ed Agrociencia 1963
FOLLET R H MURPHY L S DONAHUE R L Fertilizers and soil amendments New Jersey Printice-Hall Inc 1981 557p
GARCIA A Revista dei Espacio Rural Georgica Zaragoza Escuela Politeacutecnica de Huesca n5 1997
GARCIA A Versatildeo preliminar de um Programa Estadual de Produccedilatildeo e Comercializaccedilatildeo de Bulbos e Sementes de CebolaEMBRAPAIPAGROMARAEMATER 6 8 pbdquo 1990 (Publicaccedilatildeo avulsa)
GIORGETT1 J R Produccedilatildeo e Comercializaccedilatildeo de Mudas de Tomate In Encontro Nacional de Produccedilatildeo e Abastecimento de Tomate 2 1991 Jaboticabal Satildeo Paulo Anais Jaboticabal UNESP 1991 p 242-244
GLIESSMAN S R Agroecologia Processos ecoloacutegicos em agricultura sustentaacutevelPorto Alegre Universidade Federal do Rio Grande do Sul - UFRGS 2000 653p
43
GLIESSMAN S R TURRIALBA C R Agroecologia Procesos Ecoloacutegicos en Agricultura Sostenible CATIE 2002 p 3-14
GNOATTO S C Caracterizaccedilatildeo quiacutemica de vermicompostos de diferentes substratos orgacircnicos Pelotas-RS 1999 38 f (Mestrado em Agronomia - Solos) - Faculdade de Agronomia Eliseu Maciel UFPel 1999
GOMES J C C BORBA M F S A moderna crise dos alimentos oportunidade para a agricultura familiar Emater Porto Alegre julset 2000 Disponiacutevel em lthttpwwwematertchebrdocsagroecorevistan313-artigo3htmgtAcesso em 24 fev 2002
GOMEZ H W Desenvolvimento sustentaacutevel agriacutecola e capitalismo In Desenvolvimento sustentaacutevel Necessidade eou disponibilidade Santa Cruz do Sul Nobel - UNISC 1997 p 65-77
GONZAacuteLEZ DE MOLINA M SEVILLA GUZMAacuteN E Ecologia campesinado e historia Para una reinterpretacioacuten dei desarrollo dei capitalismo en la agricultura In SEVILLA GUZMAacuteN E GONZAacuteLEZ DE MOLINA M (ed) Ecologia campesinado e historia Madrid La Piqueta 1993 p 23-129
GRIFFITH S A SCHNITZER M Analytical characteristic of humic and fulvic acids extracted from tropical volcanic soils Soil Sei Soc Am Proc v 39 p361-367 1975
GUIMARAtildeES E Caracterizaccedilatildeo quiacutemica estreptoscoacutepica e por anaacutelise teacutermica de aacutecidos huacutemicos e vermicompostos obtidos de estercos de diferentes animaisCuritiba 1997 Dissertaccedilatildeo (Mestrado em Quiacutemica) Universidade Federal do Paranaacute 1997
HESS A F Sociedade e meio ambiente uma relaccedilatildeo ambiacutegua Revista Cientiacutefica Rural Bageacute v 4 n2 p 167-1741999
ICEPA-SC Informes conjunturais sobre a cultura da cebola Disponiacutevel em lthttpwwwicepa combrgt Acesso em 23 jan 2003
JONES H A MANN L K Onions and their allies New York Interscience Publishers 1962 286 p
JUacuteNIOR H A de MAIORANO J A Receitas obtidas de extratos de plantasCampinas CATITerra Viva [199-] 10 f
KHATOUNIAN C A Ciclo de Palestras sobre Agricultura Orgacircnica 2a Ed SatildeoPaulo Fund Cargill 1997 149 p
KIEHL E J Fertilizantes Orgacircnicos Satildeo Paulo Ed Agronocircmica Ceres Ltda 1985 492p
44
KOEFF H H PETTERSSON B D SHAUMANN W Vida Vegetal solos e adubaccedilatildeo In Agricultura Biodinacircmica Satildeo Paulo Nobel 1983 p92-149
KONONOVA M M Soil organic matter The importance o f organic matter in soil formation and soil fertility New York Pergamqn Press 1961 p 165-200
KUHN T A Estrutura das Revoluccedilotildees Cientiacuteficas Satildeo Paulo Perspectiva 1989 257p
LANNA FCA ABREU C L ABREU J G SILVA V Resposta de cultivares de melancia cultivadas sob adubaccedilatildeo quiacutemica e orgacircnica Horticultura v 12 n l p85 1994
LEFF H Saber Ambiental Petroacutepolis Vozes 2001 343 p
MAGALHAtildeES J R Nutriccedilatildeo e adubaccedilatildeo da cebola In FERREIRA M E CASSTELLANE P D CRUZ M C P Nutriccedilatildeo e adubaccedilatildeo de hortaliccedilasPiracicaba POTAFOS 1993 p 381-393
MALAVOLTA E Elementos de nutriccedilatildeo mineral de plantas Satildeo Paulo Ed Agronocircmica Ceres Ltda 1980 251 p
MALAVOLTA E Manual de Quiacutemica Agriacutecola - Adubos e Adubaccedilatildeo 3a ed SatildeoPaulo Ed Agronocircmica Ceres Ltda 1981 606 p
MARTINEZ A A A grande e Poderosa Minhoca Jaboticabal Funep - Unesp1990 101 p
MARTINS S R Desenvolvimento e Sustentabilidade Horticultura Brasileira Brasiacutelia-DF v20 n2 julho 2002 Palestra apresentada no 42deg Congresso Brasileiro de Olericultura
MARTINS S R Limites Del Desarrollo Sostenible em Ameacuterica Latina En el marco de Ias poliacuteticas de (re)ajuste econocircmico Pelotas Editora UFPel 1997 135 P-
MARTINS S R Sustentabilidade na agricultura dimensotildees econocircmicas sociais e ambientais Revista Cientiacutefica Rural Bageacute v4 n 2 p 175-1871999
MATURANA H REZEPKA S N D E Formaccedilatildeo Humana e Capacitaccedilatildeo Rio de Janneiro Vozes 2000 8 6 p
MELLO A F SOBRINHO M O ARZOLLA S SILVEIRA R NETTO A C KIEHL J C Fertilidade do Solo Satildeo Paulo Nobel 1983
MENEZES JUacuteNIOR F O G D Caracterizaccedilatildeo de Diferentes substratos hortiacutecolas e seu efeito na produccedilatildeo de mudas de alface e couve-flor em ambiente protegido Pelotas 1998 141 p Dissertaccedilatildeo (Mestrado em Agronomia - Produccedilatildeo Vegetal) - Faculdade de Agronomia Eliseu Maciel UFPel 1998
45
MIBASA Mineraccedilatildeo Barreto SA Melhorador de Solos MB4 A Natureza Agradece Arapiraca-AL [199-] Folder
MINAMI K Os resumos da olericultura 2000 In AZEVEDO FILHO MARTINEZ FILHO (ed) Preccedilos agriacutecolas Piracicaba ESALQ 1999 p 4
MINAMI K Produccedilatildeo de Mudas de Alta Qualidade em Horticultura Satildeo Paulo TA Queiroz 1995
MORSELLI T B G A Cultivo sucessivo de alface sob adubaccedilatildeo orgacircnica em ambiente protegidoPelotas 2001 178 p Tese (Doutorado em Agronomia - Produccedilatildeo Vegetal) Faculdade de Agronomia Eliseu Maciel UFPel 2001
MORSELLI T B G A Resiacuteduos orgacircnicos em sistemas agriacutecolas Poliacutegrafo da Disciplina de Resiacuteduos orgacircnicos em sistemas agriacutecolas Curso de Poacutes-Graduaccedilatildeo em Agronomia-Produccedilatildeo Vegetal UFPel 2002
MULLER AM Efeitos da Aplicaccedilatildeo Foliar de um Biofertilizante Enriquecido no Estado fitossanitaacuterio de Tomate Ervilha e Beterraba Sob Manejo OrgacircnicoDissertaccedilatildeo (Mestrado no Programa de Poacutes-Graduaccedilatildeo em Agroecossistemas)1999 (Resumo)
NOLLA D Erosatildeo do Solo - O grande desafio Estado do Rio Grande do Sul SEAGRI desenvolvimento de recursos naturais renovaacuteveis 1982 412 p
PAGLIA AG MORSELLI TBGA PEIL RMN Teores de nutrientes pH e condutividade eleacutetrica da aacutegua em sistema ldquofloat^ngrdquo sob adiccedilatildeo de biofertilizantes Horticultura Brasileira v 20 n2 julho 2002 Suplemento 2
PAULUS G MULLER A BARCELLOS LAR Agroecologia aplicada praticas e meacutetodos para uma agricultura de base ecoloacutegica 2ed ver ampl Porto Alegre EMATERRS 2001 8 6 p
PEIXOTO R T dos G Composto orgacircnico aplicaccedilotildees benefiacutecios e restriccedilotildees de uso Horticultura Brasileira Brasiacutelia-DF v 18 p 56-64 julho 2000
PENTEADO SR Defensivos Alternativos e Naturais Satildeo Paulo 1999 95 p
PEREIRA AJ SOUZA RJ PEREIRA WR Efeito de diferentes doses de esterco de galinha e de curral sobre a produccedilatildeo de cebola Horticultura Brasileira v20 n2 julho 2002 Suplemento 2
PINHEIRO S BARRETO SB MB-4 agricultura sustentaacutevel trofobiose e biofertilizantes Fundaccedilatildeo Juquira CandiruMibasa 2000 273 p
PRIMAVESI A Agricultura Sustentaacutevel Satildeo Paulo Nobel 1992 142 p
PRIMAVESI A O manejo ecoloacutegico do solo Agricultura em regiotildees tropicais SatildeoPaulo Nobel 1982 541 p
46
PURCINO A A C ldquoNitrogecircniordquo Informe Agropecuaacuterio Belo Horizonte v7 n81 p 16-27 1981
QUIJANO F G Efeito da adubaccedilatildeo orgacircnica no desenvolvimento de duas cultivares de alface em ambiente protegido Pelotas 1999 116f Dissertaccedilatildeo (Mestrado em Agronomia - Produccedilatildeo Vegetal) Faculdade de Agronomia Eliseu Maciel UFPel 1999
RODRIGUES A N N Efeitos e residuais de superfosfato triplo sobre o rendimento de mateacuteria seca e absorccedilatildeo de foacutesforo pela aveia (Avena strigosa Schob) em solo Podzoacutelico Vermelho Escuro Porto Alegre 1984 59f Dissertaccedilatildeo (Mestrado em Agronomia) - Faculdade de Agronomia UFRGS 1984
RODRIGUES E T CASALI V W D Respostas da alface agrave adubaccedilatildeo orgacircnica II Teores conteuacutedos e utilizaccedilatildeo de macronutrientes em cultivares Rev Ceres Viccedilosa v 45 n 261 p 437-449 1998
SAMINEcircS T C O Produccedilatildeo orgacircnica de alimentos Horticultura Brasileira Brasiacutelia-DF v 17 n3 novembro 1999
SCHIEDECK G Ambiecircncia e resposta agronocircmica de meloeiro (Cucumis melo L) cultivado sob adubaccedilatildeo orgacircnica em ambiente protegido Pelotas lOOp Tese (Doutorado em Agronomia - Produccedilatildeo Vegetal) - Faculdade de Agronomia Eliseu Maciel UFPel 2002
SILVA JUacuteNIOR A A GIORGI E Substratos alternativos para a produccedilatildeo de mudas de tomate Agropecuaacuteria Catarinense Florianoacutepolis EPAGRI 1992 23 p
SILVA JUacuteNIOR A A MACEDO S G STUKER H Utilizaccedilatildeo de esterco de peru na produccedilatildeo de mudas de tomateiro Florianoacutepolis EPAGRI 1995 28 p (Boletim Teacutecnico 73)
TAGLIARI PS GRASSMANN H Minhoca a grande aliada da agricultura Agropecuaacuteria Catarinense v8 n l p 11-14 mar 1995
TEDESCO M J GIANELLO C Anaacutelises de solo plantas e outros materiais Porto Alegre Faculdade de Agronomia Departamento de Solos Universidade Federal do Rio Grande do Sul RS 1996
TENNANT D A Test of modified line intersect method of estimating root lenght Journal Ecology Oxford v 63 p 995-1001 1975
TIBAU A O Mateacuteria Orgacircnica do Solo Mateacuteria Orgacircnica e Fertilidade do SoloSatildeo Paulo Nobel 1984 p49-182
TIMM P J Anaacutelise comparativa dos sistemas de plantio convencional e cultivo miacutenimo de cebola sob adubaccedilatildeo orgacircnica e mineral Pelotas 2000 79 p Dissertaccedilatildeo (Mestrado em Agronomia - Produccedilatildeo Vegetal) - Faculdade de Agronomia Eliseu Maciel UFPel 2000
47
VALENZUELA HR CROSBY C Effect of compost applications on the yield of several vegetables in long-term organic farming experiments conduced in the tropics American Society Horticultural Science v33 n3 june 1998
VIGLIZZO E (ed) Subprograma Recursos Naturais y Sostenibilidad Agriacutecola documento marco Montevideo IICAPROCISUR 1995 p 75 - 78
WE1D J M TARDIN J M Proposta para a Ampliaccedilatildeo do Trabalho da ASPTA no Centro Sul do Paranaacute ASPTA Disponiacutevel em http wwwpronafgovbrEncontrotestosAS20PTA20Sul20ParanE1205 202002doc Acesso em 05 mai 2002
XAVIER SIMOacuteN F DOMINGUES D G Desenvolvimento Rural Sustentaacutevel uma perspectiva agroecoloacutegica Agroecologia e Desenvolvimento Rural Sustentaacutevel Porto Alegre EM ATERRS v2 n2 p 17-26 2001
ZABALETA J P Diagnoacutestico da Agricultura Familiar em Satildeo Joseacute do Norte - RSPelotas EMBRAPA-CPACT 1998 75 p (EMBRAPA-CPACT Documentos 44)
ZONTA E P MACHADO A A SILVEIRA P Sanest Sistema de anaacutelise estatiacutestica para microcomputadores Registrado na Secretaria Especial de Informaacutetica sob nuacutemero 066060 - categoria A Pelotas-RS Universidade Federal de Pelotas 1984
48
7 APEcircNDICE
APEcircNDICE A - Anaacutelise da adubaccedilatildeo de base e biofertilizantes utilizados na produccedilatildeo de mudas de cebola
TABELA 1 A Anaacutelise baacutesica do solo antes da incorporaccedilatildeo do feijatildeo miuacutedo + papua
Arg
pH IND
SMP
MO
P - n r - Na Al Ca__10Omlmdash
Mg
ppm -
6 53 67 089 8 6 27 1 04 05 0 2
Fonte LASFAEMUFPel (2002)
TABELA 2A Anaacutelise complementar do solo antes da incorporaccedilatildeo do feijatildeo-miuacutedo + papua
Cobre Zinco Manganecircs Ferro
(m v1)
04 05 26 007
Fonte LASFAEMUFPel (2002)
49
TABELA 3A Anaacutelise dos fertilizantes soacutelidos
Amostra pH limidade CN
C N P K Ca Mg
- g-ivg --
Cama de 849 2491 12 31042 2479 3888 3405 29875 463
aves
Esterco 74 3594 11 677 590 157 134 335 214
de curral
Huacutemus 684 5738 14 15965 1098 453 745 743 361
Fonte LASFAEMUFPel (2002)
TABELA 4A Anaacutelise quiacutemica dos biofertilizantes liacutequidos
Amostra N P K_ccedil H
Ca Mg Cu Zn Fe Mn
mdashgL bull
S Magro
m b 4
Urina
053
1652
8 2 2
008
395
0 0 0
149
1674
471
1902
6872
0 0 0
1150
4507
1172
7273
42
033
101389
920
0 0 0
6250
19458
781
35273
1123
0 2 1
Fonte LASFAEMUFPel (2002)
50
APEcircNDICE B - Condiccedilotildees climaacuteticas do local
TABELA 1B Condiccedilotildees de temperatura do local
___________ __________TEMPERATURA (degCgt
meses Meacutedia
Maacutexima
Meacutedia
MiacutenimaMeacutedia
Maacutexima
Absoluta
Miacutenima
Absoluta
Junho 225 87 156 320 25
Julho 225 85 155 285 30
Agosto 251 71 161 360 1 0
Fonte FEPAGROSCT 2002
TABELA 2B Condiccedilotildees de chuva do local
mdash CHUVA (mm)mdash
meses Ocorrida Normal Desvio Da Normal
Junho 1080 1 1 0 -2 0
Julho 1062 98 8 2
Agosto 1283 1 2 0 83
Fonte FEPAGROSCT 2002
51
TABELA 1C Produccedilatildeo de fitomassa fresca e seca (g) da parte aeacuterea altura de planta
(cm) e diacircmetro de colo (mm) de mudas de cebola Petrolini cultivadas
sob uma perspectiva agroecoloacutegica Pelotas-RS 2003
APEcircNDICE C - Anaacutelise estatiacutestica da parte aeacuterea
Causas G1 FFPA FSPA AP DC
da variaccedilatildeo --------- Quadrados meacutedios-
Blocos 3
Ad Base 2 175359071 1287102 2547419 1 11775
Biofertilizantes 2 126876 29011 87669ns 02185ns
Ad x Biofert 4 572378 31123 69106ns 04159
Resiacuteduo 24 34456 03048 27169 00290
Total 35
Meacutedia geral 93745 8772 320388 6741
CV 1980 6294 5145 2530
Significativo a 5ns Natildeo significativo
52
TABELA 1D Produccedilatildeo de fitomassa fresca e seca (g) comprimento (cm) e densidade
de raiacutezes (m cm3) de mudas de cebola Petrolini cultivadas sob uma
perspectiva agroecoloacutegica e razatildeo parte aeacutereasistema radicular Pelotas-
RS 2003
APEcircNDICE D - Anaacutelise estatiacutestica da raiz
Causas G1 FFR FSR CR RPASR DR
da variaccedilatildeo Quadrados meacutedios---------------
Blocos 3
Ad Base 2 27874 551 623 2 1 0 140
Biofertilizantes 2 178 0 1 0 ni 1504 l03ns 038ns
Ad x Biofert 4 190 058 318 294 183
Resiacuteduo 24 005 009 028 023 0 2 1
Total 35
Meacutedia geral 1818 228 184 387 333
C V 134 1356 448 1253 1396
Significativo a 5 ns Natildeo significativo
53
APEcircNDICE E - Anaacutelise estatiacutestica dos macronutrientes da parte aeacuterea da cebola
TABELA 1E Conteuacutedos (mg planta1) de nitrogecircnio foacutesforo potaacutessio caacutelcio e
magneacutesio no tecido vegetal de mud^s de cebola Petrolini cultivadas
sob uma perspectiva agroecoloacutegica Pelotas-RS 2003
Causas G1 bull N P K Ca Mg
da variaccedilatildeo
Blocos 3
Ad Base 2 13550306 446627 25509686 1031806 59007
Biofertilizantes 2 180610ns 16564 68153ns 39006 876ns
Ad x Biofert 4 454187 45743 1047539 46950 2464
Resiacuteduo 24 29769 1453 64313 3741 439
Total 35
Meacutedia geral 24921 4597 33366 6943 1615
C V 692 829 760 880 1297
Significativo a 5 ns Natildeo significativo
APEcircNDICE F - Fotos do experimento
FIGURA 2 Mudas de cebola (Allium cepa L) produzidas sob uma perspectiva agroecoloacutegica
APEcircNDICE F a Fotos do experimento
FIGURA 1 Adubaccedilatildeo verde com feijatildeo-miuacutedo e papuatilde utilizadas no manejo do solo
FIGURA 2 Mudas de cebola (Allium cepa L) produzidas sob urna perspectiva agroecoloacutegica
IacuteNDICE
FICHA DE HOMOLOGACcedilAtildeO ii
DEDICATOacuteRIA iii
AGRADECIMENTOS iv
IacuteNDICE v
SUMAacuteRIO vii
SUMMARY ix
INTRODUCcedilAtildeO 1
2 REVISAtildeO DE LITERATURA 3
21 Desenvolvimento e sustentabilidade 3
211 Agroecologia Paradigma em construccedilatildeo 5
212 Agroecologia e agricultura familiar 7
213 O Mercado de produtos orgacircnicos 8
22 A cultura da cebola e sua importacircncia 9
2 2 1 Caracteriacutesticas agronocircmicas da cebola 1 0
222 A produccedilatildeo de mudas de hortaliccedilas 11
23 Adubaccedilatildeo orgacircnica 12
231 Efeitos da adubaccedilatildeo orgacircnica no solo 13
232 Efeitos da adubaccedilatildeo orgacircnica nas culturas 14
233 Plantas de cobertura do solo 15
234 Adubaccedilatildeo foliar 15
24 Vermicompostagem 16
V
241 Resiacuteduos utilizados na vermicompostagem17
2411 Resiacuteduos de origem animal17
2412 Resiacuteduos de origem vegetal17
25 Biofertilizantes 18
251 Urina de vaca 20
252 Alhol 21
253 Calda Bordalesa22
254 Biofertilizante Super Magro 22
256 Biofertilizante MB4 23
3 M ATERIAL E M EacuteTODOS 24
31 Local de execuccedilatildeo do experimento 24
32 Anaacutelise estatiacutestica 24
33 Tratamentos 25
34 Conduccedilatildeo do experimento27
35 Observaccedilotildees agronocircmicas 28
351 Fitomassa fresca da parte aeacuterea28
352 Fitomassa seca da parte aeacuterea 28
353 Altura da muda 28
354 Diacircmetro de colo 28
355 Sistema radicular 29
3551 Comprimento de raiz 29
3552 Densidade de raiz 29
3553 Razatildeo parte aeacutereasistema radicular 30
36 Determinaccedilatildeo de macronutrientes no tecido vegetal 30
4 RESULTADOS E DISCUSSAtildeO 31
41 Anaacutelise das variaacuteveis 31
411 Anaacutelise da parte aeacuterea 31
412 Anaacutelise do sistema radicular 33
413 Anaacutelise de macronutrientes no tecido vegetal 35
5 CONCLUSOtildeES 39
6 REFEREcircNCIAS BIBLIOGRAacuteFICAS 40
7 APEcircNDICE 48
VI
SUMAacuteRIO
PAGLIA AgraveGUIDA GORETI (MS) Universidade Federal de Pelotas fevereiro de 2003 Produccedilatildeo de Mudas de Cebola (Allium cepa L) sob uma perspectiva Agroecoloacutegica Professora Orientadora Tacircnia Beatriz Gamboa Arauacutejo Morselli Co- orientadores Seacutergio Roberto Martins Roberta Marins Nogueira Peil e Joatildeo Baptista da Silva
Com o objetivo de estudar a produccedilatildeo de mudas de cebola sob uma perspectiva
agroecoloacutegica foi conduzido um experimento a campo na Fundaccedilatildeo Estadual de
Pesquisa Agropecuaacuteria - FEPAGROSUL no municiacutepio de Rio GrandeRS no periacuteodo
de 15 de maio a 26 de agosto de 2002 Utilizou-se a cultivar Petrolini (ciclo meacutedio)
submetida as seguintes adubaccedilotildees adubaccedilatildeo de base (1 VB - 30 t ha 1 de
vermicomposto bovino 15 VB - 45 t harsquo 1 de vermicomposto bovino e EC - 60 t ha de
esterco de curral) e biofertilizantes liacutequidos (SM+U+CB - Super Magro mais urina de
vaca mais calda bordalesa MB4 +U+CB - MB4 mais urina de vaca mais calda bordalesa
e Testemunha - ausecircncia) O experimento foi esquematizado em delineamento em
blocos ao acaso em fatorial 3 X 3 As variaacuteveis analisadas foram fitomassa fresca e
seca (g) da parte aeacuterea e do sistema radicular altura de planta (cm) diacircmetro do colo
(mm) comprimento de raiz (cm) razatildeo parte aeacutereasistema radicular densidade de raiz
(m cm3) e conteuacutedos de nitrogecircnio foacutesforo potaacutessio caacutelcio e magneacutesio na parte aeacuterea
da planta Concluiu-se que as respostas agronocircmicas das mudas de cebola para os
paracircmetros avaliados satildeo mais satisfatoacuterias com a aplicaccedilatildeo de esterco de curral como
adubaccedilatildeo de base os biofertilizantes mais urina de vaca e calda bordalesa proporcionam
VII
respostas satisfatoacuterias quando aplicados junto agraves adubaccedilotildees de base o biofertilizante
MB4 mais urina de vaca e calda bordalesa eacute mais eficiente que o super magro mais urina
e calda bordalesa quando aplicado junto agrave adubaccedilatildeo de base esterco de curral os
conteuacutedos de fitomassa seca das mudas de cebola satildeo significativos quando adicionado
os biofertilizantes ao vermicomposto bovino (45 t harsquo1) os maiores conteuacutedos
nutricionais para as mudas de cebola satildeo proporcionados pela adubaccedilatildeo de base esterco
de curral a maior absorccedilatildeo de caacutelcio pelas mudas de cebola ocorre quando da adiccedilatildeo de
biofertilizante MB4 mais urina e calda bordalesa agrave adubaccedilatildeo de base esterco de curral
VIII
SUMMARY
PAGLIA AgraveGUIDA GORETI (MS) Universidade Federal de Pelotas February 2003 Onion (Allium cepa L) Transplant Production under an Agroecological Perspective Tacircnia Beatriz Gamboa Arauacutejo Morselli Comitte Seacutergio Roberto Martins Roberta Marins Nogueira Peil and Joatildeo Baptista da Silva
With the objective of studying the onion transplant production under an agroecological
perspective a field experiment was carried out in the Fundaccedilatildeo Estadual de Pesquisa
Agropecuaacuteria-FEPAGROSUL in the city o f Rio GiWideRS in the period between 15
May and 26 August 2002 The cultivar Petrolini (medium cycle) was submitted to the
following fertilizers soil fertilizer (1 VB - 30 t h a o f bovine vermicompost 15 VB -
45 t ha 1 of bovine vermicompost and EC - 60 t ha 1 of manure and liquid biofertilizer
(SM+U+CB - ldquoSuper Magrordquo with cow urine with bordeaux mixture MB4 +U+CB -
MB4 with cow urine with bordeaux mixture and control - absence) The experiment was
laid in a randomized block design in factorial scheme 3X3 The analyzed parameters
were fresh and dry matter of the aerial part and root system plant height colon
diameter root length ration aerial partroot system root density and the contents
nitrogen phosphorus potassium calcium and magnesium in the aerial part o f the plant
It was concluded that the agronomic responses o f the onion seedlings for the evaluated
parameters are more satisfactory with the application o f manure as soil fertilizer the
biofertilizers with cow urine and bordeaux mixture provide satisfactory responses when
applied along with the soil fertilizer the biofertilizer MB4 with cow urine and bordeaux
IX
mixture is more effieient than the ldquoSuper Magrordquo with urine and bordeaux mixture
when applied along with manure as soil fertilizer the dry matter contents of the onion
seedlings are significant when the biofertilizer is added to bovine vermicompost (45 t
h a 1) the largest nutritional contents for the onion seedlings are obtained with manure as
soil fertilizer the largest absorption of calcium by the onion seedlings happens when the
biofertilizer MB4 with urine and bordeaux mixture is added to the manure as soil
fertilizer
X
mixture is more efficient than the Super Magro with urine and bordeaux mixture
when applied along with manure as soil fertilizer the dry matter contents of the onion
seedlings are significant when the biofertilizer is added to bovine vennicompost (45 t
hamiddot ) the largest nutritional contents for the onion seedlings are obtained with manure as
soil fertilizer the largest absorption of calcium by the onion seedlings happens when the
biofertilizer MB4 with urine and bordeaux mixture is added to the manure as soil
fertilizer
x
1
1 INTRODUCcedilAtildeO
ldquoEu sustento que a ciecircncia soacute tem
finalidade se serrsquoir para aliviar a miseacuteria
da existecircncia humana
(Bertold Brecht)
No Rio Grande do Sul cultivar cebola eacute atividade de pequenos e meacutedios
produtores revestindo-se de suma importacircncia para a economia onde contribui para a
geraccedilatildeo de empregos e a fixaccedilatildeo do homem ao meio rural visto que haacute necessidade de
outros tipos de investimentos sociais e econocircmicos
Segundo o ICEPA-SC (2003) o Rio Grande do Sul responde por cerca de 14 da
produccedilatildeo nacional o que faz da cebola a segunda hortaliccedila em importacircncia econocircmica
no Estado sendo apenas superada pela cultura da batata poreacutem a aacuterea plantada no RS
tem apresentado recuo nos uacuteltimos anos caindo de 16648 hectares na safra 9899 para
14085 na safra atual (0203) acontecendo o mesmo com a produccedilatildeo que diminuiu de
181338 toneladas na safra 9596 para aproximadamente 159000 na safra atual
A baixa produtividade obtida pode ser atribuiacuteda a vaacuterios fatores baixa
disponibilidade de mateacuteria orgacircnica no solo poucc^ uso de materiais orgacircnicos eou
aplicaccedilatildeo inadequada destes considerando ainda que a maioria dos produtores
conservam caracteriacutesticas agriacutecolas do seacuteculo passado apresentando resistecircncia ao
associativismo e possuem carecircncia de infraestrutura (estradas eletricidade telefonia
drenagem e condiccedilotildees de armazenamento) Esses fatores aliados a baixa rentabilidade
2
da cultura tem sido apontados como responsaacuteveis pelo abandono da cebolicultura por
alguns produtores
A fase de produccedilatildeo das mudas eacute de extrema importacircncia para o cultivo da cebola e
requer manejo adequado dos recursos naturais para que a cultivar utilizada possa
expressar seu potencial geneacutetico sem comprometer o equiliacutebrio ambiental O principal
cuidado para o desenvolvimento de mudas de qualidade refere-se agrave utilizaccedilatildeo adequada
do solo
Desta forma o manejo do solo e das plantas orientado pela agroecologia pode se
constituir numa excelente alternativa para obtenccedilatildeo de mudas de qualidade sem
comprometer a sauacutede dos agricultores e contribuindo para a preservaccedilatildeo ambiental
Diversas praacuteticas vecircm sendo utilizadas com esta finalidade entre elas citam-se a
adubaccedilatildeo orgacircnica e os biofertilizantes enriquecidos No entanto estes fatores de
produccedilatildeo precisam ser melhor estudados no que tange a sua utilizaccedilatildeo adequada pelos
produtores de cebola objetivando um sistema de produccedilatildeo sustentaacutevel
A agroecologia como ciecircncia apresenta vaacuterias dimensotildees ecoloacutegica econocircmica
social cultural poliacutetica e eacutetica Neste sentido e considerando-se a procura crescente por
produtos orgacircnicos e a necessidade de sistemas de fertilizaccedilatildeo adequados ao cultivo da
cebola o presente trabalho teve como objetivo a produccedilatildeo de mudas sob uma
perspectiva agroecoloacutegica contribuindo para o processo de transiccedilatildeo do sistema de
produccedilatildeo
3
2 REVISAtildeO DE LITERATURA
ldquoAs novas eras natildeo comeccedilam de uma vez
Meu avocirc jaacute vivia no novo tempo
Meu neto viveraacute talvez ainda no velho
A nova carne eacute comida com os velhos garfos
(Bertold Brecht)
21 Desenvolvimento e sustentabilidade
Nenhuma espeacutecie viva com exceccedilatildeo do homem empreende esforccedilos de
desenvolvimento no sentido de crescimento material que sob as formas em que vem
sendo compreendido conduz sempre a algum tipo de agressatildeo contra o ambiente Os
esforccedilos presentes visando o progresso material assim como a maneira de satisfaccedilatildeo
das necessidades baacutesicas do homem no mundo de hoje revelam-se inconsistentes O
uso para esse fim de mateacuteria e energia em doses excessivas e crescentes tem exaurido
recursos ambientais acima de sua capacidade de regeneraccedilatildeo obviamente tendendo a
toma-los menos disponiacuteveis para as futuras geraccedilotildees
De acordo com Martins (2002) o Desenvolvimento Sustentaacutevel natildeo eacute um conceito
acabado trata-se de uma ideacuteia forccedila proacute-ativa e positiva mas que necessita ser
esclarecida quanto ao significado destes dois vocaacutebulos que lhe compotildee e o contexto em
que as pessoas com eles se relacionam Aleacutem disso isso afeta tanto como profissionais
cujas atividades vinculam-se diretamente ao trato com a natureza e portanto por ela satildeo
4
responsaacuteveis mas especialmente como cidadatildeos que constroem no seu cotidiano as
distintas dimensotildees do desenvolvimento sociais econocircmicas ambientais culturais
cientificas e tecnoloacutegicas juriacutedicas poliacuteticas e espirituais
Segundo Altieri amp Nicholls (2000) para o desenvolvimento de uma agricultura
sustentaacutevel as necessidades natildeo satildeo apenas bioloacutegicas ou teacutecnicas mas tambeacutem sociais
econocircmicas e poliacuteticas E inconcebiacutevel promover mudanccedilas ecoloacutegicas no setor agriacutecola
sem a defesa de mudanccedilas nas outras aacutereas da sociedade de modo a conscientizar o
homem sobre as condiccedilotildees necessaacuterias para a exploraccedilatildeo da natureza
A ideacuteia da sustentabilidade referente ao vocaacutebulo sustentaacutevel coloca-se como
contraponto ao caraacuteter perdulaacuterio do modelo prevalecente na medida em que o modelo
econocircmico praticado por um lado estaacute baseado no consumo da mateacuteria prima fornecida
pela natureza para a produccedilatildeo de bens e serviccedilos em descompasso com seu ritmo e
capacidade de fornecimento por outro tem tratado a natureza como mero depositaacuterio de
resiacuteduos sem considerar sua capacidade de absorccedilatildeo e reciclagem A sustentabilidade
contrapotildee-se agrave caracteriacutestica antropocecircntrica do modelo o homem como centro da
questatildeo numa postura dominante sobre o entorno natural cujas ferramentas cientiacuteficas e
tecnoloacutegicas embasam um modelo econocircmico que subjuga a natureza e coloca-se acima
desta O vocaacutebulo sustentaacutevel portanto se refere agrave capacidade de suporte da biosfera
sendo um fim a ser perseguido com o objetivo de garantir sua preservaccedilatildeo numa visatildeo
prospectiva ou seja que assegure o futuro planetaacuterio assumindo portanto o
compromisso com as geraccedilotildees vindouras (Martins 2002)
Quando se trata de apontar os possiacuteveis caminhos que levaratildeo a um novo padratildeo
produtivo e garanta a seguranccedila alimentar sem agredir o ambiente o caminho torna-se
mais difiacutecil Percebe-se que a noccedilatildeo de agricultura sustentaacutevel permanece cercada por
duacutevidas e contradiccedilotildees mesmo assim seu emprego toma-se cada vez mais frequumlente
(Ehlers 1999)
Haacute que se incorporar a concepccedilatildeo de entropia agrave noccedilatildeo de desenvolvimento visto
que a extraccedilatildeo e o transporte tambeacutem satildeo atividades econocircmicas que requerem cuidados
de manejo visando menores efeitos entroacutepicos ao meio ambiente Satisfazer as
necessidades presentes sem comprometer as possibilidades das futuras geraccedilotildees
satisfazerem as suas proacuteprias eacute o que necessita ser construiacutedo no cotidiano Esta natildeo eacute
uma tarefa faacutecil nos tempos atuais pois o mundo nunca passou por tanta incerteza e
nunca teve um presente tatildeo insustentaacutevel (Martins 1997)
211 Agroecologia Paradigma em construccedilatildeo
5
O seacuteculo passado assistiu a uma ineacutedita expansatildeo da capacidade humana de
agenciamento das forccedilas naturais promovida pelo saber teacutecnico-cientiacutefico cuja
centra lidade eacute hoje irreversiacutevel no que se refere as relaccedilotildees com a natureza Em relaccedilatildeo
ao conhecimento poucas aacutereas de interesse do homem moderno se ligam tanto agrave
pesquisa cientiacutefica como a questatildeo ambiental sendo um fenocircmeno de tendecircncia
internacional evidenciado a partir da deacutecada de 70 (Hess 1999)
A noccedilatildeo de paradigma eacute normalmente utilizada para estabelecer uma
diferenciaccedilatildeo entre dois momentos ou dois niacuteveis do processo de conhecimento
cientiacutefico (Capra 1997 Kuhn 1989) Para um entendimento miacutenimo do que significa
essa noccedilatildeo Costa Neto (1999) diz que se pode conceituar o paradigma enquanto um
modelo de ciecircncia que serve como referecircncia para todo um fazer cientiacutefico durante uma
determinada eacutepoca ou um periacuteodo de tempo demarcado e a partir de um certo momento
da histoacuteria da ciecircncia o referido modelo predominante tende a se esgotar em funccedilatildeo de
uma crise de confiabilidade nas bases estruturantes de seu conhecimento Desta forma o
paradigma passa a ser substituiacutedo por outro modelo cientiacutefico predominante Tambeacutem
pode ocorrer o fato de dois paradigmas disputarem o espaccedilo de hegemonia na
construccedilatildeo do conhecimento (Costa Neto 1999)
Os problemas com os quais nos deparamos hoje satildeo faces de uma crise uacutenica
diferentes do fazer cientiacutefico e proveniente de uma crise de percepccedilatildeo segundo Capra
(2 0 0 1 ) isto faz com que nossas instituiccedilotildees e noacutes em particular natildeo consiga perceber
claramente realidades complexas em um mundo globalmente interligado Ainda que as
soluccedilotildees para alguns de nossos principais problemas possam ser relativamente simples
ldquosoacute seratildeo possiacuteveis mediante uma mudanccedila radical em nossas percepccedilotildeesrdquo este eacute
tambeacutem o ldquoestopim para colocar em marcha medidas efetivasrdquo porque os governos e as
instituiccedilotildees jamais empreenderatildeo accedilotildees de fato enquanto as pessoas natildeo
compreenderem que satildeo parte do problema e da soluccedilatildeo e que eacute preciso assumir a
necessidade de mudar o rumo das coisas (Gomes amp Borba 2000)
Para Leff (2001) a agroecologia representa o ldquonascimento de um paradigmardquo que
eacute a alma da produccedilatildeo sustentaacutevel um processo que permite o resgate dos
conhecimentos proacuteprios e o renascimento do ser trazendo de volta as relaccedilotildees com os
seres humanos na medida em que o produtor cria atraveacutes de seu conhecimento o seu
proacuteprio saber-fazer numa relaccedilatildeo com a vida e com a terra
6
Segundo Costa Neto (1999) o paradigma agroecoloacutegico representa portanto a
linha de um posicionamento soacutecio-ambiental que tem uma vertente tecnoloacutegica apta a
ser uma alternativa agrave produccedilatildeo agriacutecola em grande escala e ao modelo tradicional
disciplinar
Hoje a agroecologia continua a fazer conexatildeo entre fronteiras estabelecidas Por
um lado estuda os processos econocircmicos e os agroecossistemas por outro eacute um agente
para as mudanccedilas sociais e ecoloacutegicas complexas que tenham necessidade de ocorrer no
futuro a fim de levar a agricultura para uma base verdadeiramente sustentaacutevel O
processo de mudanccedila estaria dirigido agrave busca de novos pontos de equiliacutebrio entre as
dimensotildees de produtividade estabilidade e equumlidade na atividade agraacuteria articuladas
entre si poreacutem em constante processo de adaptaccedilatildeo e retroalimentaccedilatildeo utilizando
estilos mais respeitosos com o ambiente com o propoacutesito de superar a crise enfrentada
pelos agricultores (Costabeber amp Moyano 2000)
De acordo com Altieri (2002) soacute uma compreensatildeo mais profunda da ecologia
humana e dos sistemas agriacutecolas pode levar a medidas coerentes com uma agricultura
sustentaacutevel Assim a ldquoemergecircncia da agroecologiardquo representa um enorme salto nesta
direccedilatildeo pois fornece os princiacutepios ecoloacutegicos baacutesicos para o estudo e tratamento dos
ecossistemas tanto produtivos quanto preservadores dos recursos naturais e que sejam
culturalmente sensiacuteveis socialmente justos e economicamente viaacuteveis
A transformaccedilatildeo ou substituiccedilatildeo de um modelo de desenvolvimento para outro
supotildee um processo de transiccedilatildeo que em alguns momentos caminha a passos lentos e
em outros pode trazer mudanccedilas bruscas e qualitativamente diferenciadas Esse
processo de transiccedilatildeo significa a conversatildeo de uma agricultura tradicional para uma
agricultura ecoloacutegica e socialmente equilibrada com base na sustentabilidade (Gomeacutez
1997)
Embora a falta de informaccedilatildeo da pesquisa possa ter contribuiacutedo para dificuldades
e experiecircncias negativas de muitos produtores estes tecircm fama de serem inovadores e
experimentadores desejosos de adotar novas praacuteticas no sentido de serem beneficiados
Nos uacuteltimos cinquumlenta anos a inovaccedilatildeo na agricultura tem sido impulsionada
principalmente pela ecircnfase em altos rendimentos e no lucro da unidade produtiva
Apesar da continuidade dessa forte pressatildeo econocircmica sobre a agricultura muitos
produtores convencionais estatildeo preferindo fazer a transiccedilatildeo para praacuteticas que satildeo mais
consistentes ambientalmente e tem o potencial de contribuir com a sustentabilidade da
agricultura em longo prazo (Gliessman 2000)
7
212 Agroecologia e agricultura familiar
O nuacutecleo por excelecircncia da produccedilatildeo sustentaacutevel eacute a agricultura familiar No
Brasil mais especificamente esta tecnologia estaacute sendo introduzida natildeo somente em
aacutereas de cultivo de agricultura familiar em geral mas especificamente em
assentamentos rurais Percebe-se dessa forma tratar-se de um tipo de produccedilatildeo que
tende a incorporar a dimensatildeo histoacuterico-social e a considerar os valores culturais e de
senso comum inerentes aos agricultores familiares (Costa Neto 1999)
Na agricultura familiar a sustentabilidade toma forma a partir do momento em
que comeccedilaram a ser incorporados aos debates os novos anseios da sociedade rural e
urbana relacionados a um novo projeto de desenvolvimento e na medida em que foram
buscadas orientaccedilotildees teoacutericas baseadas no paradigma agroecoloacutegico
De acordo com Maturana amp Rezepka (2000) a formaccedilatildeo do conhecimento natildeo eacute
entendida como simples treinamentos e teacutecnicas e seraacute um aspecto essencial desta
abordagem A valorizaccedilatildeo dos saberes dos agricultores sobre o ambiente as plantas o
solo e os processos ecoloacutegicos onde resgatam e aprimoram teacutecnicas proacuteprias e de
outros de origem cientiacutefica ou empiacuterica fundamentais dentro deste novo paradigma
(Altieri amp Nicholls 2000)
Neste sentido cientistas e extensionistas tecircm se surpreendido com a profundidade
destes conhecimentos e com a capacidade de vaacuterios destes agricultores de expocirc-los
mesmo nos ambientes acadecircmicos onde muitas vezes estatildeo mais avanccedilados que seus
interlocutores (Weid amp Tardin 2002) Isto revela a necessidade de sintonia entre a
Universidade e a Comunidade
Entatildeo a sutentabilidade ambiental em niacutevel local eacute positiva quando o manejo
realizado no agroecossistema aproveita a produtividade dos recursos naturais renovaacuteveis
(aqueles que funcionam mediante o fluxo solar) Ao contraacuterio pode natildeo ser positiva
quando as praacuteticas produtivas consistem na busca pela produtividade mediante a troca
econocircmica (importaccedilatildeo e exportaccedilatildeo de insumos e produtos) onde a terra eacute vista
unicamente como o suporte material (fiacutesico) das espeacutecies Neste caso o controle de
pragas a fertilizaccedilatildeo e outras praacuteticas necessaacuterias satildeo realizados mediante capital
produzido pelo homem degradando a base local de recursos naturais (Xavier Simoacuten amp
Domingues 2001)
8
213 O Mercado de produtos agroecoloacutegicos
O mercado de alimentos produzidos sob a orientaccedilatildeo agroecoloacutegica produzidos
sem utilizaccedilatildeo de agrotoacutexicos ou adubos minerais tem aumentado vertiginosamente em
todo o mundo Alguns dados indicam que esse segmento cresce anualmente cerca de
20 nos Estados Unidos 40 na Europa e 50 no Brasil e para comprovar tais
iacutendices basta verificar a proliferaccedilatildeo das feiras de produtores ecoloacutegicos nas cidades o
aumento dos espaccedilos para esses produtos nas gocircndolas das grandes redes de
supermercados e os movimentos ambientalistas e de consumidores que buscam uma
alimentaccedilatildeo mais saudaacutevel (Schiedeck 2002)
Sem duacutevida antes de tudo cabe salientar que a crise atual evidencia o equiacutevoco da
adoccedilatildeo de um modelo de produccedilatildeotransformaccedilatildeo que natildeo tem outra ambiccedilatildeo que natildeo a
de se adaptar agrave globalizaccedilatildeo Cabe a consideraccedilatildeo feita por Dufour (1999) de que o
mercado natildeo eacute uacutenico e monoliacutetico e portanto a produccedilatildeo social da qualidade natildeo
significa mais do mesmo (a adaptaccedilatildeo do que jaacute natildeo serve)
Na realidade pode-se identificar claramente dois mercados de natureza
fundamentalmente oposta que segundo Gomes amp Borba (2000) satildeo o de produtos
baacutesicos (leite cereais carnes brancas e vermelhas) e o de produtos elaborados
socialmente e de grande valor agregado por serem justos socialmente O mercado
mundial dos produtos baacutesicos eacute alimentado pelos excedentes agriacutecolas de grandes
produtores (Uniatildeo Europeacuteia Estados Unidos e Canadaacute) tambeacutem a soja e carne de
frango brasileira e o trigo argentino e os preccedilos nesses mercados satildeo extremamente
baixos e permaneceratildeo assim por muito tempo segundo relatos recentes do Banco
Mundial
Para produzir a preccedilos tatildeo baixos eacute necessaacuterio lanccedilar matildeo de todo tipo de
artifiacutecio como os hormocircnios os organismos geneticamente modificados as farinhas
animais esquecendo o meio ambiente e convivendo com exploraccedilotildees gigantescas
concentraccedilatildeo na posse da terra e com uma minoria de beneficiaacuterios dos programas de
ajuda puacuteblica os agromanagers (Gomes amp Borba 2000)
O mercado de produtos elaborados e de valor agregado obedece a outras regras
Mesmo que os agricultores busquem a maximizaccedilatildeo da produtividade natildeo se enfrentam
diretamente A produccedilatildeo ocorre em zonas geograacuteficas bem definidas e permite valorizar
o ldquosavoir-fairerdquo ou ldquoknow-howrdquo (em outras palavras natildeo necessariamente mas o
conhecimento ldquotradicionalrdquo) contribuindo para uma verdadeira economia local Esta eacute a
9
agricultura que ao mesmo tempo produz gera e preserva empregos Para caminhar ateacute
ela eacute necessaacuteria uma ampla alianccedila entre agricultores consumidores e movimentos
sociais para frear esta forma de ditadura dos mercados fonte do poder das
transnacionais agro-alimentares e quiacutemicas (Dufour 1999)
Por outra parte o mercado natildeo eacute linear e abstrato como querem fazer crer A
produccedilatildeo e o consumo sempre estaratildeo localizados e seratildeo realizados por produtores e
consumidores concretos isto permite falar em convenccedilatildeo ou negociaccedilotildees onde a
qualidade seja considerada na originalidade no bem comum ou na confianccedila entre pares
e colada aos produtos ainda mais quando se trata de alimentos Isto soacute seraacute possiacutevel
no local (sem ignorar o global) e levando em conta indicaccedilotildees como denominaccedilatildeo
ou indicaccedilatildeo de origem de processo ou de qualidade etc relacionados agraves
especificidades dos produtos o que tambeacutem deve ser objeto de negociaccedilatildeo para cada
lugar (eacute preciso lembrar que a participaccedilatildeo e as relaccedilotildees interpessoais satildeo determinantes
ao longo do processo) A produccedilatildeo social da qualidade eacute vista como estrateacutegia que
adquire sentido se considerada para o espaccedilo da Agricultura Familiar onde ainda eacute
possiacutevel estabelecer laccedilos de solidariedade entre produtores e consumidores (Gomes amp
Borba 2000)
De acordo com DrsquoAgostini amp Fantini (2002) tanto ou mais do que compreender a
dinacircmica de processos dos quais resultam produtos interessantes eacute compreender e
humanizar a dinacircmica de interesses sobre esses processos e produtos Os mesmos
autores dizem ainda que natildeo seria a solidariedade humana (a virtude pressuposta) que
emerge em especial na produccedilatildeo agroecoloacutegica mas sim a emergecircncia da rica
propriedade humana a generosidade que permite praticaacute-la em qualquer relaccedilatildeo entre
os homens
22 A cultura da cebola (Alliunt cepa L) e sua importacircncia
A cultura da cebola foi introduzida pelos accedilorianos no Brasil no seacuteculo XVIII nos
municiacutepio de Mostardas Rio Grande e Satildeo Joseacute do Norte no Estado do Rio Grande do
Sul (Garcia 1990) sendo a terceira hortaliccedila de maior importacircncia econocircmica para o
paiacutes (ICEPA 2003) Nas regiotildees Sul e Sudeste a cebolicultura constitui-se em atividade
socioeconocircmica de significativa relevacircncia para os Estados de Satildeo Paulo Santa
10
Catarina e Rio Grande do Sul nos quais se concentram mais de 76 da produccedilatildeo
nacional (Debarba et a i 1998)
A mais importante regiatildeo produtora do Rio Grande do Sul estaacute situada no litoral
Sul englobando os municiacutepios de Rio Grande Tavares Satildeo Joseacute do Norte e Mostardas
(Garcia 1997) e segundo ICEPASC (2003) esses quatro municiacutepios respondem por
cerca de 70 da produccedilatildeo de cebola do RS
Timm (2000) cita que cerca de 16000 famiacutelias rurais no Rio Grande do Sul tem
na cultura da cebola o seu principal meio de subsistecircncia No Municiacutepio de Satildeo Joseacute do
Norte a produccedilatildeo de cebola constitui uma atividade econocircmica quase exclusiva onde a
descapitalizaccedilatildeo dos agricultores ocasionou o abandono do meio rural por muitos deles
que acabaram por estabelecerem-se na periferia da zona urbana (Garcia 1997)
Aleacutem da descapitalizaccedilatildeo do produtor ocorrem problemas como a erosatildeo do solo
que segundo Zabaleta (1998) ocorre principalmente devido agrave accedilatildeo dos ventos fortes e
constantes caracteriacutesticos na regiatildeo sul-litoracircnea bem como a topografia plana e os
solos muito arenosos com lenccediloacuteis freaacuteticos superficiais contribuem para o
empobrecimento dos solos da regiatildeo principalmente ao se comparar com outras aacutereas
onde a cebola participa de sistemas produtivos juntamente com a produccedilatildeo leiteira o
arroz e hortaliccedilas diversas (Timm 2000)
221 Caracteriacutesticas agronocircmicas da cebola
A cebola eacute uma aliaacuteceae a planta eacute tenra atinge 60 cm de altura e apresenta folhas
tubulares e cerosas O caule verdadeiro eacute um disco comprimido na base da planta de
onde partem as folhas e raiacutezes que satildeo fasciculadas pouco ramificadas explorando um
volume de solo equivalente a um cilindro com 60 cm de altura e 25 cm de diacircmetro
(Filgueira 2000)
Cada planta apresenta 20 a 200 raiacutezes normalmente espessas (05 a 1 mm de
diacircmetro) e com pouca ramificaccedilatildeo e poucos pecirclos absorventes O crescimento eacute
vertical estendendo-se de 40 a 80 cm de profundidade Poucas raiacutezes ocupam mais de
15 cm do raio em tomo do bulbo Estas caracteriacutesticas tecircm implicaccedilotildees peculiares
quanto acirc localizaccedilatildeo e ao suprimento de nutrientes (Quanto menor o diacircmetro e maior a
ocorrecircncia de pecirclos absorventes maior seraacute a superfiacutecie de raiacutezes e consequumlentemente a
absorccedilatildeo de nutrientes (Magalhatildees 1993)
11
A fase vegetativa do ciclo da planta termina com o amadurecimento do bulbo
todavia trata-se de uma planta bienal considerando acirceu ciclo vital completo isto eacute da
semeadura ateacute a produccedilatildeo de novas sementes Apoacutes um periacuteodo invemal sob baixas
temperaturas haacute emissatildeo de um pendatildeo floral que pode alcanccedilar 150 cm de altura
terminando por uma inflorescecircncia tipo umbela simples inicialmente recoberta por
uma peliacutecula formada por centenas de pequenas flores (Filgueira 2000)
Segundo Clivela (1995) os fatores climaacuteticos de modo geral natildeo satildeo limitantes
para a produccedilatildeo de bulbos de cebola no Rio Grande do Sul Filgueira (2000) enfatiza
que no Brasil eacute uma das raras culturas oleraacuteceas nas quais o fotoperiacuteodo pode tornar-se
o fator limitante ocorrendo frustraccedilotildees da colheita caso as exigecircncias da planta natildeo
sejam satisfeitas
222 A produccedilatildeo de mudas de hortaliccedilas
As mais importantes modificaccedilotildees no sistema de produccedilatildeo nos uacuteltimos anos tecircm
sido feitas na produccedilatildeo de mudas Hoje eacute uma realidade os produtores se
especializarem em produzir mudas principalmente no Estado de Satildeo Paulo Para tanto
se busca atraveacutes da pesquisa as melhores fontes e combinaccedilotildees de substratos associados
ao sistema de produccedilatildeo conveniente para cada espeacutecie a fim de se obter melhorias na
propriedade no solo e na Olericultura (Giorgetti 1991)
O sistema agroecoloacutegico torna-se importante uma vez que a base da Horticultura
moderna eacute a produccedilatildeo de mudas de alta qualidade (Minami1995) a produccedilatildeo de mudas
de hortaliccedilas tem sido citada como a etapa mais importante do sistema produtivo (Silva
Junior et al 1995) Segundo Filgueira (2000) nesta fase natildeo se pode cometer erros
pois posteriormente seraacute mais difiacutecil de corrigi-los visto que para o cultivo da cebola a
muda refletiraacute na qualidade do bulbo
As mudas de hortaliccedilas podem ser consideradas tolerantes e natildeo tolerantes ao
transplante e dependem principalmente das condiccedilotildees ambientais necessitando de
cuidados No caso da cebola como satildeo produzidas com raiz nua os cuidados devem ser
maiores pois dependendo do estado em que se encontram mais ou menos susceptiacuteveis
aos estresses quando em contato com o campo podem resultar em desastre (Minami
1999)
A quantidade de nutrientes extraiacuteda pelas hortaliccedilas durante a fase de muda varia
em funccedilatildeo da espeacutecie da variedade ou da cultivar e do prazo necessaacuterio para a formaccedilatildeo
13
O composto humificado ou curado eacute rico em nutrientes que passaram parcialmente
da forma orgacircnica para a forma mineral assimilaacutevel pelas raiacutezes e com maior teor
coloidal que atua como fertilizante e eacute responsaacutevel pela capacidade melhoradora do
solo (Barreto 1985)
Uma das principais alternativas em termos de adubaccedilatildeo orgacircnica eacute o
vermicomposto Ele eacute um adubo orgacircnico estaacutevel rico em nutrientes inodoro de
coloraccedilatildeo escura obtido a partir da atividade das minhocas que potencializam a mateacuteria
prima utilizada no processo (principalmente esterco de bovino) proporcionando
diversos benefiacutecios para as plantas (Timm 2000)
231 Efeitos da adubaccedilatildeo orgacircnica no solo
O solo funciona como um organismo vivo em 1 grama de solo saudaacutevel vive uma
comunidade bioloacutegica de aproximadamente 1 0 0 0 0 espeacutecies diferentes como minhocas
larvas besouros colecircmbolos aacutecaros algas bacteacuterias e fungos Estes organismos
necessitam de alimentos para viver principalmente carbono e nitrogecircnio que estatildeo
presentes na palhada das culturas e no esterco de animais Em funccedilatildeo disso eacute
importante que o solo tenha um determinado teor de mateacuteria orgacircnica para fornecer os
alimentos e energia que os microacutebios precisam para viver (Paulus et al 2001)
O homem atraveacutes dos diferentes sistemas de preparo do solo e cultivos contiacutenuos
ou natildeo altera o comportamento do mesmo em relaccedilatildeo agraves reaccedilotildees quiacutemicas
propriedades fiacutesicas como capacidade de retenccedilatildeo de aacutegua lixiviaccedilatildeo de nutrientes
erosatildeo e como consequumlecircncia afeta a qualidade de organismos presentes no solo (Brady
1999) reduzindo paulatinamente o teor de mateacuteria orgacircnica (Primavesi1982)
Nos uacuteltimos anos tem-se observado em diferentes paiacuteses a ampliaccedilatildeo do uso de
adubos orgacircnicos Alguns apresentam oacutetimos resultados enquanto outros se mostram
tecnicamente inadequados Os principais adubos orgacircnicos encontrados no mercado satildeo
fertilizantes orgacircnicos de origem animal compostos de lixo urbanos compostos de
produtos industriais e huacutemus de minhoca Nestes fertilizantes estatildeo presentes a maioria
dos macronutrientes (nitrogecircnio foacutesforo potaacutessio caacutelcio magneacutesio enxofre) e
micronutrientes (zinco cobre boro ferro cobalto)essenciais para as plantas e nem
sempre encontrados em muitos fertilizantes minerais bem como uma gama de
microorganismos que vatildeo beneficiar a fauna e a flora do solo (Brady 1979 Kiehl
1985 Costa 1985 Garcia 1997)
14
Os adubos orgacircnicos satildeo amplamente empregados nos sistemas de produccedilatildeo de
alface como condicionadores do ambiente quiacutemico e fiacutesico da rizosfera e
consequumlentemente na resposta bioloacutegica das plantas (Rodrigues amp Casali 1998)
Considerando as necessidades hortiacutecolas de maior competitividade e o fato de natildeo
ser subsidiada o crescimento populacional e a industrializaccedilatildeo representam fatores
determinantes na geraccedilatildeo diaacuteria de enormes volumes de resiacuteduos podendo ser utilizados
pelos produtores com um maior retomo econocircmico possiacutevel Ao mesmo tempo a
questatildeo ambiental assume cada vez mais destaque na sociedade moderna repercutindo
em poliacuteticas governamentais bem como no setor produtivo do paiacutes e do mundo
fazendo com que a relaccedilatildeo do homem com a natureza seja repensada (Morselli 2001)
232 Efeitos da adubaccedilatildeo orgacircnica nas culturas
Segundo Paulus et al (2001) a mateacuteria orgacircnica tambeacutem eacute fonte de nutrientes
especialmente nitrogecircnio foacutesforo enxofre e micronutrientes aleacutem disso tem
capacidade de ldquoprenderrdquo micronutrientes e alguns elementos toacutexicos para as plantas
como o alumiacutenio Por exemplo os micronutrientes depois de presos satildeo liberados
lentamente no solo onde satildeo gradativamente aproveitados pelas plantas
O uso dos fertilizantes minerais elevam o custo de produccedilatildeo pois satildeo necessaacuterias
altas doses para o fornecimento dos teores de nutrientes demandados Por isso eacute
importante a geraccedilatildeo de tecnologias que poupem o consumo de fertilizantes minerais
desejaacutevel com vista agrave diminuiccedilatildeo do custo de produccedilatildeo (Rodrigues 1984) A produccedilatildeo
de hortaliccedilas sob a orientaccedilatildeo agroecoloacutegica leva em consideraccedilatildeo natildeo apenas os custos
de produccedilatildeo como tambeacutem a dependecircncia dos insumos principalmente quando se
considera a ldquoteoria da trofobioserdquo pelos efeitos maleacuteficos que os nutrientes prontamente
assimilaacuteveis podem causar as plantas (Chaboussou 1987)
Para Compagnoni amp Putzolu (1985) o vermicomposto eacute um autecircntico fertilizante
bioloacutegico que atua como corretivo do solo determinando caracteriacutesticas importantes
para a microflora pelos aacutecidos huacutemicos e as substacircncias fitoestimulantes Os autores
consideram ainda que as dejeccedilotildees das oligoquetas proporcionam a formaccedilatildeo de huacutemus
permitindo melhorar o solo razatildeo pela qual satildeo destinados agrave horticultura com oacutetimas
vantagens fiacutesicas e microbioloacutegicas enriquecendo a camada araacutevel
Em experimentos desenvolvidos durante cinco anos para avaliar o efeito da
aplicaccedilatildeo de compostos eou adubos nas culturas de alface manjericatildeo espinafre e
15
pepino Valenzuela amp Crosby (1998) compararam as produccedilotildees obtidas com composto
e a fertilizaccedilatildeo padratildeo e concluiacuteram que a utilizaccedilatildeo do composto em 20 Mg ha 1 mais
N-quiacutemico foi o melhor tratamento em todas as culturas estudadas
233 Plantas de cobertura do solo
As plantas mais usadas para adubaccedilatildeo de cobertura do solo satildeo as leguminosas
pois estas tecircm a capacidade de fixar o nitrogecircnio atmosfeacuterico e disponibiliza-lo agrave
cultura Primavesi (1992) cita que utilizando-se mucuna ervilhaca feijatildeo-de-porco
feijatildeo-miuacutedo crotalaacuteria e outras natildeo haacute necessidade de utilizar tanto nitrogecircnio em
cobertura embora natildeo se dispense uma calagem mais frequumlente pois ocorre um pouco
de acidificaccedilatildeo no solo como com qualquer adubaccedilatildeo nitrogenada Segundo a mesma
autora algumas leguminosas tecircm a capacidade de mobilizar o foacutesforo como o caupi
(feijatildeo-miuacutedo) outras mobilizam o caacutelcio como tremoccedilo
Para Brady (1999) a adubaccedilatildeo verde traz grandes benefiacutecios como suprimento de
mateacuteria orgacircnica sendo consideraacutevel a quantidade de resiacuteduos orgacircnicos devolvidos ao
solo adiccedilatildeo de nitrogecircnio nutrientes e conservaccedilatildeo do solo
Calegari (1998) comenta que quanto aos aspectos fiacutesicos os resiacuteduos tendem a
contribuir para uma melhoria da estrutura do solo percebida pelo aumento da
estabilidade dos agregados em aacutegua aumento da capacidade de retenccedilatildeo hiacutedrica
elevaccedilatildeo dos iacutendices de infiltraccedilatildeo de aacutegua no solo aumento da porosidade melhor
aeraccedilatildeo e diminuiccedilatildeo da densidade do solo
De acordo com Timm (2000) o papuatilde eacute uma excelente alternativa como cobertura
de solo para o cultivo miacutenimo da cebola pois na eacutepoca do transplante das mudas seu
ciclo vegetativo estaacute completo natildeo necessitando o dessecamento outra vantagem eacute que
o papuatilde apresenta bom controle com relaccedilatildeo agraves plantas invasoras da cebola reduzindo
ao longo dos anos o nuacutemero de capinas e a aplicaccedilatildeo de herbicidas
234 Adubaccedilatildeo foliar
Segundo Malavolta (1981) a utilizaccedilatildeo da adubaccedilatildeo foliar eacute complemento da
adubaccedilatildeo de solo natildeo substituto da mesma no que diz respeito ao fornecimento de
nitrogecircnio foacutesforo e potaacutessio para as culturas Da mesma maneira que as raiacutezes podem
perder para o solo parte dos elementos absorvidos as folhas tambeacutem o fazem pela accedilatildeo
16
de fatores internos (desordem fisioloacutegica estado nutricional etc) e externos (chuvas
orvalho nutriccedilatildeo do sistema radicular luz temperatura etc)
Para Chaboussou (1987) as plantas adquirem o maacuteximo de resistecircncia bioloacutegica
atraveacutes da nutriccedilatildeo (trofos) equilibrada Obviamente para que isto ocorra eacute necessaacuterio
que o solo esteja em equiliacutebrio dinacircmico o ambiente seja o mais estaacutevel e as plantas
selecionadas ou melhor adaptadas para poderem suportar as alteraccedilotildees extemporacircneas
ocasionadas pelos fenocircmenos meteoroloacutegicos e nas fases fonoloacutegicas criacuteticas do
crescimento e desenvolvimento (Pinheiro amp Barreto 2000)
O lixiviado das folhas enriquece as camadas superiores do solo e tende a
contrabalanccedilar as perdas de zonas mais profundas e mais distantes acumulando-os nas
suas proximidades tambeacutem influencia o nuacutemero e o comportamento dos
microrganismos que por sua vez alteram o processo de gecircnese do solo sua textura e
fertilidade A lixiviaccedilatildeo assim se toma importante no desenvolvimento da sucessatildeo
ecoloacutegica devido agrave ciclagem de elementos (Malavolta 1980)
Conforme Camargo (1975) a utilizaccedilatildeo de adubos foliares substitui parcialmente
a adubaccedilatildeo radicular em 20 a 25 podendo ser utilizada em varias pulverizaccedilotildees
24 Vermicompostagem
E o processo que consiste em se submeter diferentes resiacuteduos orgacircnicos de
origem animal eou vegetal aos processos fermentativos e humificaccedilatildeo adicionando
minhocas do gecircnero Eiseina espeacutecie foetida ao material procurando obter um produto
curado em aproximadamente 45 - 60 dias (Compagnoni amp Putzolu 1985)
A vermicompostagem firmou-se no Brasil como atividade rentaacutevel produzindo
adubo de alta qualidade na deacutecada de 90 Na agricultura brasileira contudo haacute
preferecircncia pelos adubos quiacutemicos em funccedilatildeo de sua aquisiccedilatildeo financiada menor custo
e retomo imediato embora o impacto de seu uso contiacutenuo sobre o solo e os
microorganismos que nele vivem seja negativo (Tagliari amp Grassmann 1995)
Segundo Morselli (2002) a vermicompostagem difere da compostagem
convencional dentre outros pocircr formar substacircncias huacutemicas mais rapidamente ao sofrer
passagem pelo trato digestivo das minhocas A alirdentaccedilatildeo destas satildeo basicamente os
estercos e a disponibilidade desta mateacuteria prima bem como de ambiente protegido para
proceder a compostagem correta deste material satildeo indispensaacuteveis
17
Segundo Kiehl (1985) e Martinez (1990) o vermicomposto apresenta as seguintes
vantagens em relaccedilatildeo a compostagem permite a formaccedilatildeo de um produto curado em
menor espaccedilo de tempo promove a formaccedilatildeo de um material com maior
disponibilidade de nutrientes facilita o peneiramento natildeo havendo a necessidade de
revolvimento do material oferece vaacuterias fontes de renda pois aleacutem do huacutemus fornece
minhocas e raccedilatildeo e quando aplicado ao solo tende a melhorar as propriedades fiacutesicas
quiacutemicas e bioloacutegicas
241 Resiacuteduos utilizados na vermicompostagem
2411 Resiacuteduos de origem animal
Segundo Bureacutes (1997) o esterco eacute uma mistura de fezes urina e camas que
podem estar constituiacutedas de palhas folhas secas serragem turfa casca de arroz e ateacute
terra Esse apresenta pH neutro e densidade que varia de 030 a 090 Kg dm3 segundo
seu estado de decomposiccedilatildeo Eacute influenciado por vaacuterios fatores como espeacutecie animal
raccedila idade alimentaccedilatildeo material utilizado como cama e tratamento da mateacuteria-prima
esterco (Kiehl 1985) Dentre os fatores apontados um dos mais importantes eacute a
alimentaccedilatildeo do animal quanto mais rica a alimentaccedilatildeo mais rica seraacute as dejeccedilotildees
(Gnoatto 1999) O volume de bacteacuterias vivas ou mortas encontradas no esterco
representam 20 a 30 do total delas se originam grande parte do nitrogecircnio sob a
forma de proteiacutena (Morselli 2002)
A origem do material utilizado para a produccedilatildeo de vermicomposto eacute fundamental
pois soacute uma mateacuteria-prima de qualidade resultaraacute em um produto final de boa qualidade
Dentre os estercos o de aves eacute empregado empiricamente na adubaccedilatildeo de culturas
permanente ou natildeo com excelentes resultados apesar de sua simples composiccedilatildeo
meacutedia 2 de nitrogecircnio 2 de foacutesforo como P2 0 5 e 1 de K2 0 Poreacutem haacute uma
grande variaccedilatildeo na sua constituiccedilatildeo a qual dependeraacute do manejo animal atraveacutes das
camas finalidade da criaccedilatildeo e natureza das camas (Morselli 2002)
2412 Resiacuteduos de origem vegetal
A mateacuteria orgacircnica pode ser preservada no solo por vaacuterios processos seja pela
simples incorporaccedilatildeo de resiacuteduos de culturas rotaccedilatildeo de culturas adubaccedilatildeo verde ou
18
pela adiccedilatildeo de materiais orgacircnicos capazes de elevar e manter a produtividade do solo
Da decomposiccedilatildeo dos resiacuteduos orgacircnicos adicionados ao solo resulta a liberaccedilatildeo de
grande quantidade de nutrientes principalmente o nitrogecircnio o potaacutessio e o enxofre
Aleacutem disso diversos atributos quiacutemicos e fiacutesicos do solo satildeo alterados pela
decomposiccedilatildeo desses resiacuteduos destacando-se o aumento da capacidade de troca de
caacutetions o aumento da retenccedilatildeo de aacutegua a melhoria da estabilidade dos agregados e da
aeraccedilatildeo (Fraser1963 Malavolta 1981 Mello et al 1983 Bonilla 1992)
Segundo Purcino (1981) quando a relaccedilatildeo CN eacute menor que 30 como no caso do
esterco de curral ou da palha de leguminosas a disponibilidade de nitrogecircnio eacute
imediata mas acima deste valor ocorre imobilizaccedilatildeo crescente deste nutriente Por esse
motivo estes materiais devem ser submetidos a uma degradaccedilatildeo bioloacutegica antes de
serem adicionados ao solo
25 Biofertilizantes
No Brasil ocorrem problemas crescentes com materiais derivados de sistemas
intensivos de criaccedilatildeo animal que acumulam resiacuteduo^ orgacircnicos com graves problemas
de contaminaccedilatildeo de cursos de aacutegua que na maioria das vezes se acumulam em um
uacutenico lugar e natildeo satildeo reciclados (Viglizzo 1995)
Visando amenizar tais situaccedilotildees os meacutetodos alternativos de adubaccedilatildeo controle de
doenccedilas pragas e plantas indesejaacuteveis tecircm sido muito estudado Dentro dessa linha de
pesquisa destaca-se o uso de mateacuteria orgacircnica atraveacutes tanto de sua incorporaccedilatildeo ao
solo como de sua transformaccedilatildeo para uso posterior na forma de biofertilizantes
(Khatounian 1997 Bettiol et al 1997)
Na complexa e elevada comunidade microbiana dos biofertilizantes encontram-se
bacteacuterias fungos leveduriformes filamentosos e actinomicetos (Bettiol apud Penteado
1999)
O agregado de macro e micronutrientes periodicamente ativa e enriquece a
fermentaccedilatildeo O uso de farinha de rocha tem sido vantajoso por ter baixo custo
comparado com os sais concentrados e purificados aleacutem de trazer alguns elementos
traccedilos de vital importacircncia para os microrganismos do solo como por exemplo o Gaacutelio
o Iodo e o Vanaacutedio (M1BASA 199-) O agregado de farinha de rocha ou sais
purificados ao fermentado faz com que estes nutrientes passem a fazer parte dos
microrganismos ou dos produtos orgacircnicos liberados durante a fermentaccedilatildeo sendo que
19
o ataque dos microrganismos atraveacutes de suas enzimas consegue liberar os elementos natildeo
atacados pelos aacutecidos industriais (Pinheiro amp Barreto 2000)
Os biofertilizantes tecircm sido empregados na agricultura ecoloacutegica como adubo
foliar para aumentar a resistecircncia contra pragas e doenccedilas Aleacutem disso o processo de
produccedilatildeo eacute bastante simples e por isso eacute viaacutevel sua produccedilatildeo na propriedade desde que
tenha esterco disponiacutevel (Penteado 1999)
Bettiol et al (1997) verificaram a presenccedila de diferentes espeacutecies de fungos
fiacutelamentosos e leveduriformes e bacteacuterias entre elas Bacillus spp na comunidade
microbiana do biofertilizante produzido segundo meacutetodo adotado pelo Centro de
Agricultura Ecoloacutegica Ipecirc Os autores verificaram ainda uma reduccedilatildeo da comunidade
microbiana ao longo da digestatildeo reduccedilatildeo essa mais acentuada logo apoacutes o acreacutescimo
dos sais contendo micronutrientes A accedilatildeo dos sais pode ser tanto por aumento na
pressatildeo osmoacutetica quanto pelo efeito direto sobre os microrganismos Para o controle de
doenccedilas de plantas satildeo importantes a presenccedila dos metaboacutelitos produzidos pelos
organismos presentes no biofertilizante e os proacuteprios microrganismos vivos
Os microrganismos transformam o material orgacircnico (esterco soro de leite caldo
de frutas palhas restos industriais etc) e cinzas produzindo vitaminas aacutecidos e sais
complexos importantes para regular e tonificar o metabolismo das plantas impedindo o
desenvolvimento de pragas e doenccedilas (Pinheiro amp Barreto 2000)
Em estudos feitos com o biofertilizante liacutequido de bovinos foi observado a
presenccedila de inuacutemeros microorganismos como bacteacuterias leveduras e bacilos
principalmente do Bacillus subtilis Estes microorganismos sintetizam substacircncias
antibioacuteticas as quais demonstram ter grande accedilatildeo e eficiecircncia como substacircncias
fungiostaacuteticas e bacteriostaacuteticas de fitopatoacutegenos causadores de danos em lavouras
comerciais (Penteado 1999)
Aldrighi et al (2002) realizaram trabalho na UFPel relacionado agrave nutriccedilatildeo de
mudas de tomate (Floradade) produzidas no sistema ldquofloatingrdquo Utilizaram-se doses de
0 2 5 e 10 para o biofertilizante Super Magro e 0 e 1 para a urina de vaca
Concluiacuteram que estes natildeo interferem na produccedilatildeo das mudas e que provavelmente foi
influenciado pelo substrato utilizado (vermicomposto 75 e casca de arroz carbonizada
25) bem como o sistema de produccedilatildeo (floating)
Paglia et al (2002) citam que eacute possiacutevel produzir mudas de tomate (cultivar
Floradede) utilizando urina de vaca e biofertilizante Super Magro na aacutegua em sistema
ldquofloatingrdquo em trabalho realizado na UFPel O uso da urina de vaca a 1 e 5 e
20
biofertilizante Super Magro a 6 proporcionam uma elevaccedilatildeo do foacutesforo bem como o
Super Magro a 6 eleva os teores de Mg e Ca na aacutegua
251 Urina de vaca
As urinas de vaca contecircm nutrientes favoraacuteveis ao bom desenvolvimento das
plantas como potaacutessio soacutedio nitrogecircnio enxofre magneacutesio caacutelcio foacutesforo e traccedilos de
outros elementos Nas plantas funciona como um fertilizante natural tomando-as mais
resistentes ao ataque das pragas e doenccedilas Satildeo encontradas tambeacutem na urina outras
substacircncias como fenoacuteis e principalmente o catecol que esta associado agrave recuperaccedilatildeo
de plantas atacadas por fitopatoacutegenos por ser um produto anti-seacuteptico (Penteado 1999)
Para seu emprego a urina receacutem coletada deve ser armazenada sob condiccedilotildees
ambientais por trecircs dias para que se forme amocircnio importante produto a ser absorvido
pelas plantas Recomenda-se ainda que o armazenamento deva ser feito em recipiente
fechado para que natildeo ocorram perdas de nitrogecircnio Desta forma poderaacute permanecer
por ateacute um ano sem comprometer sua eficiecircncia
Em hortaliccedilas o uso da urina de vaca eacute recomendado em pulverizaccedilotildees foliares
semanais na concentraccedilatildeo de 05 para tomateiro pimentatildeo pepino feijatildeo vagem e
couve ou quinzenais a 1 para as culturas do quiabeiro jiloeiro e berinjela Para
fruteiras em geral a primeira aplicaccedilatildeo deve ser na concentraccedilatildeo aproximada de 5
realizada diretamente no solo e mensalmente devem ser realizadas pulverizaccedilotildees
foliares a 1 para plantas jovens e a 5 para plantas adultas (Penteado 1999)
Na aplicaccedilatildeo foliar deve-se ter cuidado com folhas e brotos novos e considerar que
o uso contiacutenuo pode ser toacutexico podendo afetar o solo causando a sua acidificaccedilatildeo
(Penteado 1999)
Na Estaccedilatildeo Experimental da PESAGRO no municiacutepio de Macaeacute Rio de Janeiro
estaacute se utilizando a urina de vaca leiteira Os pesquisadores descobriram que a urina de
vaca em lactaccedilatildeo produzia o efeito de recuperar plantas de abacaxi atacadas por uma
doenccedila conhecida como ldquofusairioserdquo Essa doenccedila quando ataca o abacaxi causa
perdas de ateacute 70 da safra Todos os agrotoacutexicos testados natildeo conseguiram controlar a
doenccedila Isto eacute um exemplo para que a universidade tenha uma nova percepccedilatildeo (Capra
1996) adotando medidas efetivas que contribuam na transiccedilatildeo agroecoloacutegica Com o
uso da urina de vaca leiteira numa lavoura de abacaxi atacada pela fusariose observou-
se agrave recuperaccedilatildeo do stand e os frutos produzidos apresentaram excelente padratildeo
21
comercial Descobriu-se que aleacutem funcionar como adubo e defensivo natural a urina de
vaca leiteira tambeacutem favorece a floraccedilatildeo de muitas plantas e pode ser usada no
tratamento de frutos e tubeacuterculos depois da colheita
A urina de vaca em lactaccedilatildeo tambeacutem estaacute sendo usada nas lavouras de cafeacute em
plantaccedilotildees de maracujaacute coco alface e outras hortaliccedilas Na regiatildeo centro-sul do Paranaacute
os agricultores estatildeo aplicando a urina de vaca leiteira nas lavouras de feijatildeo soja
batata cebola e milho (Penteado 1999)
252 Alhol
A maioria dos defensivos alternativos tais como calda bordalesa sulfocaacutelcica
aacutegua de cinza e cal biofertilizante enriquecido extrato de fumo entre outros precisa
ser misturada com um espalhante adesivo para quebrar a tensatildeo superficial da gota e
propiciar um melhor molhamento das folhas e demais partes pulverizadas assegurando
uma absorccedilatildeo mais efetiva e uma melhor accedilatildeo sobre as pragas e doenccedilas Quando as
gotas permanecem inteiras sobre a superfiacutecie folhar devido agrave falta de espalhante
adesivo pode-se danificar os tecidos vegetais pelc efeito-lente quando o sol incide
sobre elas Aleacutem disso a gota por natildeo se espalhar sobre toda superfiacutecie folhar
concentra nela e consequumlentemente sobre o tecido que estaacute em contato com ela uma
quantidade maior do produto aplicado Essa maior concentraccedilatildeo pode prejudicar a
absorccedilatildeo e lesionar os tecidos principalmente apoacutes a evaporaccedilatildeo da aacutegua contida na
gota por resultar em uma maior concentraccedilatildeo de sais no local especialmente quando se
aplicam por exemplo calda sulfocaacutelcica bordalesa biofertilizante enriquecido com
macro e micronutrientes (Claro 2001)
O alhol eacute um espalhante adesivo ecoloacutegico que tambeacutem auxilia no controle de
pragas E elaborado com aacutegua alho oacuteleo vegetal e sabatildeo neutro a partir da sabedoria
popular que menciona o alho como repelente de insetos Juacutenior Abreu amp Maiorano
(199-) indicam formulaccedilotildees contendo alho para o controle de pragas como nematoacuteides
(Meloidogyne incoacutegnita e M javanica) mosca do chifre lagarta na maccedilatilde pulgotildees
besouro da batata trips e para controle de doenccedilas fuacutengicas e bacterianas como miacuteldio
ferrugem fusariose helminthosporiose murchadeira (Pseudonamos solacearum)
bruzone do arroz (Pyricularia orysae) podridatildeo negra do repolho e couve-flor
(Xanthomonas campestris) Aleacutem disso o alho pelo seu bom teor em oacuteleo pode agir
tambeacutem como espalhante adesivo O sabatildeo tambeacutem eacute indicado como espalhante adesivo
22
e possui accedilatildeo contra certas pragas (pulgotildees) sendo que o oacuteleo vegetal eacute indicado no
controle de cochonilhas e usado como espalhante adesivo (Claro 2001)
253 Calda Bordalesa
A calda bordalesa eacute um tradicional defensivo agriacutecola que pode ser preparado na
propriedade com a mistura de sulfato de cobre cal virgem e aacutegua As concentraccedilotildees de
sulfato de cobre e cal satildeo distintas dependendo do objetivo do seu emprego
Geralmente diferem de acordo com o tipo de planta ou espeacutecie vegetal as condiccedilotildees
climaacuteticas o grau de infestaccedilatildeo da doenccedila e a fase de crescimento da planta Eacute indicada
para o controle de miacuteldio alternaacuteria botrytis e antracnose (Penteado 1999)
A calda bordalesa caracteriza-se pela sua importante accedilatildeo no controle de diversas
doenccedilas fungicas nas mais diversas espeacutecies de culturas Possui tambeacutem uma relativa
accedilatildeo bactericida e em alguns casos age como repelente de insetos Da mistura do
sulfato de cobre com a cal resulta uma soluccedilatildeo rica em macronutrientes e
micronutrientes Provavelmente os expressivos resultados obtidos com a aplicaccedilatildeo da
calda bordalesa devam-se natildeo somente a sua accedilatildeo fuacutengica e bactericida mas sobretudo
agrave influecircncia positiva que exerce no metabolismo das plantas ativando o processo
enzimaacutetico e estimulando a proteossiacutentese aumentando a resistecircncia das plantas (Claro
2 0 0 1 ) caracteriacutestica fundamental na agricultura sustentaacutevel
254 Biofertilizante Super Magro
A calda Super Magro eacute produto da fermentaccedilatildeo de estercos animais enriquecidos
por micronutrientes e outros produtos de origem animal obtendo-se uma calda
biofertilizante para aplicaccedilatildeo foliar nas plantas (Penteado 1999) jaacute foram observados
bons resultados principalmente nas culturas de uva maccedila pecircssego tomate batata e
hortaliccedilas em geral
E indicado como fonte suplementar de micronutrientes para as plantas inibidor
de fungos e bacteacuterias causadores de doenccedilas e para aumentar a resistecircncia contra insetos
e aacutecaros (Penteado 1999) i
Muller (1999) avaliou a influecircncia do biofertilizante Super Magro sobre as
culturas de tomate (Lycopersicon esculentum Mill) ervilha (Pisum sativum L) e
beterraba (Beta vulgaris L) O autor obteve cultivos com baixa severidade de doenccedilas e
23
insetos fitoacutefagos possivelmente por causa do manejo orgacircnico de produccedilatildeo Os
resultados das pulverizaccedilotildees das soluccedilotildees foliares variaram conforme a cultura e o
clima
255 Biofertilizante MB4
A utilizaccedilatildeo das farinhas de rochas eacute uma das teacutecnicas mais modernas usadas nos
uacuteltimos anos na agricultura O elevado nuacutemero de nutrientes contidos no MB4 como
cobre zinco manganecircs cobalto soacutedio alumiacutenio silicatos de magneacutesio ferro e caacutelcio
acompanhado de foacutesforo potaacutessio e enxofre reagem com a soluccedilatildeo do solo liberando
elementos essenciais ao desenvolvimento da vida microbiana os quais exercem um
papel fundamental atraveacutes de transformaccedilotildees quiacutemicas e do equiliacutebrio bioloacutegico
favorecendo o desenvolvimento sadio das plantas (Pinheiro amp Barreto 2000)
24
3 MATERIAL E MEacuteTODOS
31 Local de execuccedilatildeo do experimento
O presente trabalho foi conduzido no Centro de Pesquisa da Regiatildeo Sul
(FEPAGROSUL) no municiacutepio de Rio Grande nlt periacuteodo de 15 de maio a 26 de
agosto de 2 0 0 2
O solo eacute classificado como ldquoTuiardquo satildeo muito arenosos As massas aquaacuteticas do
Oceano Atlacircntico e Lagoa dos Patos influenciam ventos temperatura pressatildeo umidade
relativa e demais fatores climaacuteticos A topografia da regiatildeo litoracircnea eacute plana com
lenccediloacuteis freaacuteticos superficiais
32 Anaacutelise estatiacutestica
O experimento foi constituiacutedo em fatorial 3X3 (Quadro 1) com quatro repeticcedilotildees
no delineamento blocos ao acaso As variaacuteveis respostas foram submetidas agrave anaacutelise de
variaccedilatildeo e ao teste de Duncan a 5 de probabilidade para comparaccedilatildeo das meacutedias
utilizando-se o sistema SANEST (Zonta amp Machado 1984)
As anaacutelises estatiacutesticas das variaacuteveis estudadas encontram-se nos Apecircndices C D
Os resultados das respostas agronocircmicas e das determinaccedilotildees dos conteuacutedos dos
macronutrientes bem como os de raiz estatildeo nas tabelas de 1 a 3
25
As diferentes adubaccedilotildees seratildeo representadas durante a discussatildeo da seguinte
forma 1 VB (30 t ha 1 de vermicomposto) 15 VB (45 t ha 1 de vermicomposto) e EC
(60 t ha 1 de esterco de curral) 1 VB+SM+U+CB (30 t ha 1 de vermicomposto mais
super magro mais urina de vaca mais calda bordalesa) 15 VB+SM+U+CB (45 t ha 1 de
vermicomposto mais super magro mais urina de vaca mais calda bordalesa)
EC+SM+U+CB (60 t ha 1 de esterco de curral mais super magro mais urina de vaca
mais calda bordalesa) 1 VB+MB4 +U+CB (30 t ha 1 de vermicomposto mais MB4 mais
urina de vaca mais calda bordalesa) 15 VB+MB4 +U+CB (45 t ha 1 de vermicomposto
mais MB4 mais urina de vaca mais calda bordalesa) EC+MB4 +U+CB (60 t ha 1 esterco
de curral mais MB4 mais urina de vaca mais calda bordalesa)
QUADRO 1 Descriccedilatildeo dos fatores experimentais e respectivos niacuteveis
Niacuteveis Fator 1 ADUBACcedilAtildeO DE BASE
0 1 Vermicomposto (30 t ha1)
0 2 Vermicomposto (45 t ha1)
03 Esterco de curral (60 t ha1)
Niacuteveis Fator 2 BIOFERTILIZANTES LIacuteQUIDOS
0 1 Super magro (5) + Urina de Vaca + Calda Bordalesa
0 2 MB4 (10) + Urina de vaca + Calda Bordalesa
03 Ausecircncia (testemunha)
33 Tratamentos
Da combinaccedilatildeo entre niacuteveis e fatores foram obtidos 9 tratamentos que estatildeo
descritos no Quadro 2 bem como as doses de adubaccedilatildeo utilizadas no experimento
26
QUADRO 2 Tratamentos e doses de adubaccedilatildeo utilizadas no experimento
TRATAMENTOS
Ndeg FATOR I FATOR II
0 1 30 t ha de vermicomposto Super magro 5 Urina de vaca Calda Bordalesa
0 2 30 t harsquo de vermicomposto MB4 10 Urina de vaca Calda Bordalesa
03 30 t ha de vermicomposto - - -
04 45 t ha de vermicomposto Super magro 5 Urina de vaca Calda Bordalesa
05 45 t ha de vermicomposto MB4 10 Urina de vaca Calda Bordalesa
06 45 t ha de vermicomposto - - -
07 60 t hade esterco Super Magro 5 Urina de vaca Calda Bordalesa
08 60 t hade esterco MB4 10 Urina de vaca Calda Bordalesa
09 60 t hade esterco - - -
Cada parcela foi constituiacuteda por dois canteiros medindo 1 m de largura x 2 m de
comprimento perfazendo 075 m de aacuterea de aacuterea uacutetil (025 m de bordadura) Foi
utilizando semeadura a lanccedilo com densidade de 24 g canteiro1
O vermicomposto a urina de vaca o esterco de curral o alhol os biofertilizantes e
a calda bordalesa foram de procedecircncia do Centro de Pesquisa da Regiatildeo Sul O
vermicomposto de esterco bovino misturado agraves cascas de frutas foi processado pela
minhoca vermelha califomiana Eisenia foetida)
O biofertilizante Super Magro foi elaborado segundo a metodologia descrita pela
FEPAGROSUL utilizando-se os seguintes componentes 190 litros de aacutegua 22 litros
de leite 55 Kg de accediluacutecar mascavo 30 Kg de esterco fresco de bovinos 2 Kg de
Sulfato de zinco 2 Kg de sulfato de magneacutesio 2 Kg de cloreto de caacutelcio 1 Kg de aacutecido
boacuterico 300 g de sulfato de cobre 300 g de sulfato de ferro 300 g de sulfato de
manganecircs 100 g de molibdato de soacutedio 50 g de sulfato de cobalto 3 Kg de fosfato
natural 3 Kg de cinza e 200 g de farinha de osso
A urina de vaca em lactaccedilatildeo foi coletada pela manhatilde e armazenada em recipiente
fechado por trecircs dias em condiccedilotildees ambientais para que se formasse a amocircnia e natildeo
ocorresse perda de nitrogecircnio
28
Realizaram-se duas capinas manuais durante o experimento e em seguida como
cobertura se colocou casca de arroz Tambeacutem foi aplicado esterco de aves 30 dias antes
da colheita na quantidade de 05 Kg canteiro 1 como adubaccedilatildeo de cobertura
As pulverizaccedilotildees com os produtos iniciaram apoacutes 15 dias da germinaccedilatildeo
Realizou-se sete aplicaccedilotildees sendo que as duas primeiras foram feitas apenas com
Super Magro e MB4 Na terceira e na quarta aplicaccedilatildeo utilizou-se urina de vaca e calda
bordalesa em concentraccedilotildees menores (05 e 025 respectivamente) e na quinta
aplicaccedilatildeo as dosagens de urina de vaca e calda bordalesa foram elevadas para 1 0 e
05 respectivamente ateacute o final do experimento O alhol foi utilizado a partir da
terceira pulverizaccedilatildeo na quantidade de 2 e seguiu ateacute o final no dia 26 de agosto
quando as mudas foram colhidas e posteriormente analisadas as variaacuteveis
35 Observaccedilotildees agronocircmicas
Foram utilizadas 20 mudas de cebola para obtenccedilatildeo das meacutedias das variaacuteveis as
quais foram as seguintes
351 Fitomassa fresca da parte aeacuterea e raiacutezes
Foi realizada atraveacutes de uma balanccedila digital procedendo-se a pesagem de 20
mudas de cebola previamente lavadas e posteriormente secadas durante uma hora sobre
um tecido de algodatildeo agrave temperatura ambiente Processo idecircntico foi adotado com as
raiacutezes
352 Fitomassa seca da parte aeacuterea e raiacutezes
Esta variaacutevel foi obtida a partir da secagem preliminar em estufa de ar forccedilado
durante 48 horas a 65 C ateacute peso constante com posterior pesagem em balanccedila
analiacutetica
353 Altura da muda
A altura de muda foi medida a partir do colo das plantas ateacute sua uacuteltima folha
(ponto de crescimento) com uma reacutegua graduada de 40 cm
29
354 Diacircmetro do colo das plantas
Esta medida foi realizada no ponto de transplante a 2 mm das raiacutezes e utilizando-
se um paquiacutemetro SOMET
355 Sistema radicular
Ao teacutermino do experimento foram retiradas as raiacutezes das mesmas plantas que foram
utilizadas para as determinaccedilotildees realizadas na parte aeacuterea procedendo-se uma amostra
de solo com raiacutezes de 2 0 cm de largura x 2 0 cm de comprimento e 2 0 cm de altura
totalizando 8000 cm3
As raiacutezes apoacutes serem lavadas em aacutegua corrente foram pesadas acondicionadas em
sacos plaacutesticos e congeladas para posteriores anaacutelises pelo meacutetodo de Tennant (1975)
para a determinaccedilatildeo do comprimento e densidade
3551 Comprimento de raiz
Utilizou-se para a determinaccedilatildeo do comprimento de raiz as seguintes foacutermulas
1 = ndeg x 1114 x 1 onde
1 - comprimento de raiz de uma amostra uacutemida de 0 0 2 g
ndeg - nuacutemero de intercessotildees das raiacutezes com os lados da quadriacutecula da malha do
aparelho
1114 - constante
1 - medida lateral da quadriacutecula em cm
Tomando-se a fiacutetomassa seca e o comprimento da raiz da cada amostra
relacionou-se com a fiacutetomassa seca e o comprimento total da raiz da planta aplicando-
se a seguinte equaccedilatildeo
L = (FSR x 1) FSPA onde
L - comprimento total da raiz da planta (m)
FSR - fiacutetomassa seca de raiz
FSPA - fiacutetomassa seca da parte aeacuterea
L - comprimento de raiz de uma amostra uacutemida de 002g
3552 Densidade de raiz
A densidade foi determinada pela foacutermula
D = L 8000 onde
D - densidade de raiacutezes (m cm3)
30
L - comprimento total de raiacutezes (m)
8 0 0 0 - volume da amostra (cm3)
3553 Razatildeo parte aeacutereasistema radicular
Este paracircmetro foi obtido pela equaccedilatildeo
RPASR = FSPA FSR onde
RPASR - razatildeo parte aeacuterea sistema radicular
FSPA - fitomassa seca da parte aeacuterea
FSR - fitomassa seca do sistema radicular
36 Determinaccedilatildeo de macronutrientes no tecido vegetal
Os macronutrientes nitrogecircnio foacutesforo potaacutessio caacutelcio e magneacutesio foram
determinados no laboratoacuterio de Fertilidade e Anaacutelise de Plantas do Departamento de
Solos da UFPel atraveacutes dos meacutetodos descritos por Tedesco amp Gianello (1996)
31
4 RESULTADOS E DISCUSSAtildeO
41 Anaacutelise das variaacuteveis
A anaacutelise da variaccedilatildeo mostrou que houve diferenccedila significativa na interaccedilatildeo entre
os fatores de adubaccedilatildeo de base e biofertilizantes liacutequidos com exceccedilatildeo da variaacutevel altura
de planta para a qual somente a adubaccedilatildeo de base mostrou-se significativa (Apecircndices
C D e E Tabelas 1C 1D e 1E)
411 Anaacutelise da parte aeacuterea
Na Tabela 1 destacaram-se as adubaccedilotildees EC+SM+U+CB EC+MB4 +U+CB e EC
que diferiram significativamente das demais adubaccedilotildees para as variaacuteveis fiacutetomassa
fresca da parte aeacuterea (FFPA) fiacutetomassa seca da parte aeacuterea (FSPA) altura de planta
(AP) e diacircmetro do colo (DC)
32
TABELA 1 Produccedilatildeo de fitomassa fresca e seca (g) da parte aeacuterea altura de planta
(cm) e diacircmetro de colo (mm) de mudas de cebola Petrolini cultivadas
sob uma perspectiva agroecoloacutegica Pelotas-RS 2003
BIOFERTILIZANTES LIacuteQUIDOSADUBACcedilAtildeO S Magro + MB4 +DE BASE Urina + Calda Urina + Calda Testemunha
Bordalesa Bordalesa
30 t ha de vermicomposto 7015 c A45 t halsquo de vermicomposto 7824 b B60 t ha de esterco de curral 12248 a C
30 t ha de vermicomposto 667 c A45 t ha de vermicomposto 752 b A60 t ha de esterco de curral 1150a C
30 t ha de vermicomposto 2975 b A45 t harsquo de vermicomposto 2775 b A60 t ha de esterco de curral 3600 a B
30 t ha de vermicomposto 631 b A45 t ha de vermicomposto 6 2 2 b B60 t ha de esterco de curral 741 a C
-Fitomassa fresca (g)----------------6270 c B 6885 b A8832 b A 6308 c C
15082 a A 13934 a BmdashFitomassa seca (g)----------------
625 c A 655 b A830 b A 607 b B
1345 a A 1262 a B-Altura de planta (cm)----------------
2950 b A 3050 b A2937 b A 2950 b A 3975 a A 3622 a B
-Diacircmetro de colo (mm)---------------592 c B 599 b B 657 b A 609 b B 819a A________ 793a B
Meacutedias seguidas pela mesma letra minuacutescula para as colunas (adubaccedilatildeo de base) e maiuacutesculas para as linhas (biofertilizantes) natildeo diferem entre si pelo teste de Duncan a 5
O efeito positivo do esterco bovino pode ser atribuiacutedo agraves melhorias nas condiccedilotildees
fiacutesicas do solo por ele proporcionado Segundo Primavesi (1982) e Compagnoni amp
Putzolu (1985) o esterco bovino apresenta propriedades condicionadoras do solo dando
agraves plantas melhores condiccedilotildees de desenvolvimento elevando sobremaneira os
conteuacutedos de fitomassa fresca das plantas que refletiratildeo nas demais respostas
agronocircmicas
Analisando as adubaccedilotildees de base em relaccedilatildeo aos biofertilizantes observa-se que
para os tratamentos 1 VB (30 t ha 1 de vermicomposto) - natildeo houve influecircncia dos
biofertilizantes para as variaacuteveis FSPA e AP enquanto destacou-se o SM+U+CB para o
DC e SM+U+CB e ausecircncia da adubaccedilatildeo liacutequida para a FFPA mostrando que o uso
dos biofertilizantes natildeo influenciou esta variaacutevel 15 VB (45 t ha 1 de vermicomposto) -
verificou-se a eficiecircncia do uso do MB4 +U+CB para as variaacuteveis FFPA e DC Para a
variaacutevel FSPA destacaram-se os dois biofertilizantes utilizados jaacute para AP natildeo houve
33
influecircncia destes EC (60 t ha 1 de esterco de curral) - em todas as variaacuteveis observadas
na tabela 5 as respostas foram significativas utilizando MB4 +U+CB
As respostas encontradas no presente trabalho para as variaacuteveis AP e FSPA foram
superiores as obtidas por Dalponte (1990) quando utilizado 0 esterco de curral para
produccedilatildeo de mudas de cebola
Segundo Filgueira (2000) os solos da regiatildeo produtora de cebola do RS satildeo
pobres em foacutesforo disponiacutevel (15 mg Kg1) necessitando portanto de adubaccedilotildees
fosfatadas elevadas As respostas aqui obtidas podem ser justificadas pelos teores de
foacutesforo contido no MB4
Follet et al (1981) citam a importacircncia do uso de compostos orgacircnicos no solo
enfatizando os estercos no sentido da decomposiccedilatildeo continuada no fornecimento de
nutrientes e na liberaccedilatildeo lenta e gradual de aacutecidos orgacircnicos influenciando a liberaccedilatildeo
do foacutesforo O que provavelmente pode ser atribuiacutedo agraves respostas encontradas no
presente trabalho para 0 tratamento Esterco de curral mais MB4 e Urina mais Calda
Bordalesa
E importante destacar que 0 sistema de produccedilatildeo de mudas de cebola sob uma
perspectiva agroecoloacutegica mostra-se eficiente quando visualmente natildeo percebe-se
diferenccedila significativa entre os tratamentos (Apecircndice F Figura 2)
Conveacutem ressaltar que quando trabalhamos com agroecologia natildeo existem
receitas nem pacotes tecnoloacutegicos prontos Cada situaccedilatildeo deveraacute ser estudada em
particular para que se faccedila recomendaccedilotildees adequadas ao ambiente local uma vez que
as plantas se adaptam ao meio estando a nutriccedilatildeo encarregada de proteger e manter o
equiliacutebrio do organismo vegetal em funccedilatildeo das alteraccedilotildees externas
E fundamental que se compreenda os princiacutepios norteadores de todo o processo
que satildeo as bases da luta por uma sociedade mais justa dentro de um mundo econocircmico e
ambientalmente mais sustentaacutevel
412 Anaacutelise do sistema radicular
Os resultados obtidos nas anaacutelises do sistema radicular (Tabela 2) mostram
diferenccedilas significativas entre as adubaccedilotildees para as variaacuteveis fitomassa fresca de raiz
(FFR) fitomassa seca de raiz (FSR) comprimento de raiz (CR) razatildeo parte
aeacutereasistema radicular (RPASR) e densidade de raiz (DR)
34
TABELA 2 Produccedilatildeo de fitomassa fresca e seca (g) comprimento (cm) e densidade de
raiacutezes (m cm3) de mudas de cebola Petrolini cultivadas sob uma
perspectiva agroecoloacutegica e razatildeo parte aeacutereasistema radicular Pelotas-
RS 2003
BIOFERTILIZANTES LIacuteQUIDOSADUBACcedilAO DE BASE
S Magro + MB4 +Urina + Calda Urina + Calda Testemunha
Bordalesa Bordalesa
de vermicomposto de vermicomposto de esterco de curral
de vermicomposto de vermicomposto de esterco de curral
de vermicomposto de vermicomposto de esterco de curral
de vermicomposto de vermicomposto de esterco de curral
1540 c A 1576 b B 2427 a A
Fitomassa fresca (g)----------------1502 c B 1517 b AB 1658 b A 1446 c C 2336 a B 2360 a B
--------------------Fitomassa seca (g)-------------------196 b A 207 ab A 170 b A170 b A 199 b A 192 b A 344 a A 249 a B 327 a A
Comprimento de raiz(cm)---------------1237 b A 1158 b A 1158 a A1237 b A 1060 c B 1040 b B1433 a A 1296 a B 1040 b C
30 t ha 45 t ha 60 t ha
30 t ha 45 t ha 60 t ha
30 t halsquo 45 t ha 60 t ha
30 t ha 45 t ha 60 t ha
30 t ha de vermicomposto 45 t ha de vermicomposto60 t ha~ de esterco de curral__________________________ _________________________Meacutedias seguidas pela mesma letra minuacutescula para as colunas (adubaccedilatildeo de base) e maiuacutesculas para as linhas (biofertilizantes) natildeo diferem entre si pelo teste de Duncan a 5
-----Razatildeo Parte AeacutereaSistema Radicular------340 b AB 301c B 384 a A446 a A 415 b A 326 a B339 b B 546 a A 388 a B
-------------- Densidade de raiz (m cm3)------------367 a AB 414 a A 325 b B282 b B 301b B 405 a A347 ab A 231c B 324 b A
Em relaccedilatildeo agraves adubaccedilotildees de base destacou-se o EC (60 t ha 1 de esterco de curral)
para as variaacuteveis FFR e FSR Quando adicionado o SM+U+CB os resultados para FFR
foram ainda melhores bem como o CR As respostas obtidas para a RPASR foram
variadas em relaccedilatildeo agraves adubaccedilotildees apresentando melhores resultados para 15 VB (45 t
ha 1 de vermicomposto)+SM+U+CB e ainda melhor para EC (60 t ha 1 de esterco de
curral)+MB4 +U+CB As adubaccedilotildees de base 1 VB 15 VB e EC natildeo diferiram entre si
As adubaccedilotildees mais eficientes para a variaacutevel DR foram 1 VB+SM+U+CV que natildeo
diferiu da EC+SM+U+CB I VB+ MB4 +U+CB e agrave 15 VB foram melhores entre as
demais
35
Analisando os biofertilizantes em relaccedilatildeo a cada adubaccedilatildeo de base verifica-se que
para a 1 VB (30 t ha 1 de vermicomposto)+SM+U+CB destaca-se a variaacutevel FFR
poreacutem sem diferenccedila significativa de 1 VB os melhpres resultados para a variaacutevel DR
foram encontrados pelo tratamento 1 VB+MB4 +U+CB e 15 VB (45 t ha 1 de
vermicomposto) tambeacutem se considera eficiente o 1 VB+SM+U+CB que natildeo diferiu do
EC (esterco de curral) Quando se utilizou 15 VB+ MB4 +U+CB houve resposta
significativa para a variaacutevel FFR para FSR as respostas natildeo foram diferentes com a
aplicaccedilatildeo dos biofertilizantes para as variaacuteveis FSR e DR as adubaccedilotildees EC e
EC+SM+U+CB natildeo diferiram entre si
Embora as respostas estatiacutesticas tenham sido diferentes para as adubaccedilotildees
combinadas ou natildeo pode-se salientar a importacircncia do aacutecido indol-aceacutetico como jaacute
citado anteriormente para as variaacuteveis avaliadas na parte aeacuterea das mudas de cebola
Respostas semelhantes nesse sentido foram encontradas para a cultura da alface por
Quijano (1999) e Morselli (2001)
Pereira et al (2002) concluiacuteram em trabalho realizado com a cultivar de cebola
CNPF1 6400 em Minas Gerais que a utilizaccedilatildeo de 20 t ha de esterco de curral
proporcionou os melhores resultados para a produccedilatildeo de cebola
Silva Juacutenior amp Giorgi (1992) e Menezes Juacutenior (1998) citam que doses elevadas
de mateacuteria orgacircnica podem prejudicar a primeira fase da germinaccedilatildeo (embebiccedilatildeo) e
absorccedilatildeo de aacutegua pelas raiacutezes das placircntulas No entanto no presente trabalho este fato
natildeo ocorreu embora a dose de esterco utilizada tenha sido de 60 t ha 1 (dose maacutexima
recomendada segundo Nolla 1982)
413 Anaacutelise de macronutrientes no tecido vegetal
Os resultados dos conteuacutedos de nitrogecircnio foacutesforo potaacutessio caacutelcio e magneacutesio no
tecido vegetal sob diferentes adubaccedilotildees encontrados na Tabela 3 indicam mais uma
vez a superioridade da adubaccedilatildeo esterco com 0 uso ou natildeo de biofertilizantes
36
TABELA 3 Conteuacutedos (mg planta1) de nitrogecircnio foacutesforo potaacutessio caacutelcio e
magneacutesio no tecido vegetal de mudas de cebola Petrolini cultivadas sob
uma perspectiva agroecoloacutegica Pelotas-RS 2003
BIOFERTILIZANTES LIacuteQUIDOS i J B
ADUBACcedilAtildeO S Magro + MB4 +DE BASE Urina + Calda Urina + Calda Testemunha
Bordalesa Bordalesamg plantas1
---- Nitrogecircnio-----30 t ha de vermicomposto 16593 c AB 15451 c B 19050 b A45 t ha de vermicomposto 21444 b A 22888 b A 17852 b B60 t ha de esterco de curral 32606 a C 37593 a B 40816 a A
--------------- ------ Foacutesforo------- -------------30 t ha de vermicomposto 3098 c B 2802 c B 3999 b A45 t ha de vermicomposto 4109 b A 4135 b A 2788 c B60 t ha de esterco de curral 5300 a B 7577 a A 7565 a A
------- Potaacutessio------30 t ha de vermicomposto 24327 c A 19900 c B 24965 b A45 t ha de vermicomposto 29113b A 29812 b A 22031 b B60 t ha de esterco de curral 44070 a B 51976 a A 54101 a A
-------- Caacutelcio-------30 t ha de vermicomposto 5027 c A 4356 c A 4834 b A45 t ha de vermicomposto 6114b A 6963 b A 4379 b B60 t ha de esterco de curral 9030 a C 11451 a A 10331 a B
------Magneacutesio-----30 t ha de vermicomposto 1188 b A 914 c A 1202 b A45 t ha de vermicomposto 1231 b B 1582 b A 1176 b B60 t ha de esterco de curral 2136a B 2443 a A 2663 a AMeacutedias seguidas pela mesma letra minuacutescula para as colunas (adubaccedilatildeo de base) e maiuacutesculas para as linhas (biofertilizantes) natildeo diferem entre si pelo teste de Duncan a
Em relaccedilatildeo agraves adubaccedilotildees de base observa-se que o melhor tratamento foi o
esterco de curral para todas as variaacuteveis Para 1 VB (30 t ha^ 1 de vermicomposto) natildeo
houve resposta diferenciada com o uso de bofertilizantes para todas as variaacuteveis A
adubaccedilatildeo 15 VB (45 t ha 1 de vemicomposto) foi influenciada pelos biofertilizantes
para as variaacuteveis N P K e Ca enquanto que para Mg somente o MB4+U+CB o
influenciou O EC (esterco de curral) mostrou diferenccedila significativa apenas para as
variaacuteveis Ca e Mg quando adicionado MB4+U+CB
Segundo Peixoto (2000) eacute fundamental a adiccedilatildeo de adubos orgacircnico no cultivo de
hortaliccedilas seja na forma de esterco decomposto composto ou huacutemus de minhoca de
37
modo a fornecer melhorias nas propriedades do solo vindo a disponibilizar os nutrientes
as diferentes culturas
O esterco fresco conteacutem muita cama celuloacutesica e um elevado teor de aacutegua No
esterco curtido a celulose jaacute estaacute decomposta o teor de aacutegua estaacute reduzido agrave metade e os
nutrientes em uma forma mais assimilaacutevel e mais concentrada O esterco fresco pode
causar uma deficiecircncia temporaacuteria de nitrogecircnio no solo ao se decompor o que natildeo
acontece com o biestabilizado (Kiehl 1985)Ocorre uma diminuiccedilatildeo inicial no volume
de aacutegua retido no esterco de curral diminui inicialmente em tomo de 3581 liberando
posteriormente somente 496 evidenciando a sua capacidade de retenccedilatildeo de aacutegua
(Menezes Juacutenior 1998)
A utilizaccedilatildeo continuada de adubos nitrogenados minerais no solo altera o balanccedilo
do nitrogecircnio entre o solo e planta No meacutetodo biodinacircmico eacute sublinhada a importacircncia
dos adubos animais para o estabelecimento da fertilidade permanente dos solos (Koeff
et al 1983)
Para Guimaratildees (1997) os benefiacutecios que a mateacuteria orgacircnica imprime ao solo
principalmente melhorando a produtividade fertilidade e a influencia que as substancias
huacutemicas exercem sobre o ambiente dependem da qualidade e do teor de mateacuteria
orgacircnica do solo Estas substacircncias por conterem nutrientes em sua constituiccedilatildeo em uma
forma mais disponiacutevel para as plantas promovem um equiliacutebrio no ambiente no solo
(Kononova 1966)
Aproximadamente de 60 a 70 do total de carbono do solo ocorre na forma de
materiais huacutemicos (Griffith amp Schnitzer 1975) sendo a eles atribuiacutedo a manutenccedilatildeo da
bioestrutura do solo aumentando a capacidade de retenccedilatildeo de aacutegua (Brady 1999)
Conforme Compagnoni amp Putzolu (1985) os estercos bem como os demais
resiacuteduos orgacircnicos apresentam conteuacutedos diferentes de aacutecidos huacutemicos e fuumllvicos sendo
atribuiacutedo ao acido huacutemico uma accedilatildeo fitoestimulante semelhante aos fitohormocircnios por
favorecer o desenvolvimento do sistema radicular e crescimento do caule
Em trabalho realizado por Guimaratildees (1997) foi encontrado para aacutecidos huacutemicos
de esterco bovino uma relaccedilatildeo CN 1035 e para vermicomposto bovino 17
evidenciando que o esterco quando aplicado ao solo por apresentar uma relaccedilatildeo CN
proacutexima deste reage mais facilmente liberando nutrientes para as plantas sem alterar a
cadeia troacutefiacuteca Dados encontrados no presente trabalho demonstram a eficiecircncia do
esterco nesse sentido
38
De acordo com Morselli (2001) vaacuterios trabalhos citam comentam e discutem a
capacidade dos vermicompostos em proporcionar oacutetimas colheitas e favorecer a
precocidade das plantas cultivadas Poreacutem muitas vezes se observa que mesmo
suprindo essas plantas com nutrientes necessaacuterios atraveacutes de huacutemus de diferentes fontes
as respostas natildeo satildeo as mesmas para uma mesma cultivar
Por outro lado os resultados com o uso de substacircncias huacutemicas satildeo variaacuteveis e
dependem aleacutem da espeacutecie testada das substacircncias huacutemicas utilizadas sua
concentraccedilatildeo o grau de purificaccedilatildeo e das condiccedilotildees experimentais A resposta das
plantas aos aacutecidos huacutemicos e fuacutelvicos eacute dependente da mateacuteria prima original e da
espeacutecie vegetal pois materiais orgacircnicos diferentes apresentam aacutecidos huacutemicos e
fuacutelvicos diferentes (Businelli 1990)
Justificam-se os maiores conteuacutedos de nitrogecircnio foacutesforo potaacutessio e caacutelcio nas
adubaccedilotildees 15 VB (45 t ha 1 de vermicomposto) e biofertilizantes devido
provavelmente ao vermicomposto utilizado apresentar na sua constituiccedilatildeo teores
consideraacuteveis destes elementos aleacutem do que os biofertilizantes possam ter influenciado
na absorccedilatildeo atraveacutes de sua constituiccedilatildeo Tibau (1984) considera que a urina de vaca eacute
rica em aacutecido indol-aceacutetico e este influencia na absorccedilatildeo radicular O efeito positivo
deste tratamento provavelmente seja devido agrave quantidade aplicada
O biofertilizante que se destacou foi o MB4+U+CB em relaccedilatildeo ao EC (esterco de
curral) e eacute somente para a variaacutevel caacutelcio Isto provavelmente seja devido ao alto teor
deste elemento encontrado na sua constituiccedilatildeo (6872 g Kg1) e pela influecircncia positiva
que a calda bordalesa exerce no metabolismo das plantas atraveacutes dos nutrientes
contidos em sua formulaccedilatildeo O Ca controla a absorccedilatildeo radicular e retorna ao solo pelo
esterco e palhas por apresentar-se em maior quantidade em folhas e caules Depois de
localizado nas folhas fica imoacutevel favorecendo a resistecircncia da planta ao ataque de
fungos
Este trabalho avanccedila no estudo da agroecologia estando claro que todos os
criteacuterios tem caraacuteter dinacircmico de adequaccedilatildeo as mudanccedilas de um sistema de produccedilatildeo
em evoluccedilatildeo contribuindo na transiccedilatildeo para um padratildeo sustentaacutevel Cabe a pesquisa a
reorientaccedilatildeo para um enfoque ldquosistecircmicordquo isto eacute que permita integrar os diversos
componentes de um agroecossistema e a adoccedilatildeo de poliacuteticas puacuteblicas que promovam 0
fortalecimento e a expansatildeo da agricultura familiar
39
5 CONCLUSOtildeES
Considerando os resultados obtidos e as condiccedilotildees em que o estudo foi realizado
conclui-se que
bull As respostas agronocircmicas das mudas de cebola para os paracircmetros avaliados
satildeo mais satisfatoacuterias com a aplicaccedilatildeo de esterco de curral como adubaccedilatildeo de
base
bull Os biofertilizantes mais urina de vaca e calda bordalesa proporcionam
respostas satisfatoacuterias quando aplicados associados agraves adubaccedilotildees de base
bull O biofertilizante MB4 mais urina de vaca e calda bordalesa eacute mais eficiente
que o super magro mais urina e calda bordalesa quando aplicado associado agrave
adubaccedilatildeo de base esterco de curral para os conteuacutedos de fitomassa secae
fresca da parte aeacuterea das plantas altura e diacircmetro de colo das mudas de
cebola
bull Os biofertilizantes adicionados agrave adubaccedilatildeo de base 45 t harsquo 1 de vermicomposto
bovino mostram respostas significativas para os conteuacutedos de fitomassa seca
bull Os maiores conteuacutedos nutricionais para as mudas de cebola satildeo
proporcionados pela adubaccedilatildeo de base esterco de curral
bull A maior absorccedilatildeo de caacutelcio pelas mudas de cebola ocorre quando da adiccedilatildeo do
biofertilizante MB4 mais urina e calda bordalesa agrave adubaccedilatildeo de base esterco de
curral
40
6 REFEREcircNCIAS BIBLIOGRAacuteFICAS
ALDRIGHI CB ABREU CM PAGLIA AG MORSELLI TBGA FERNANDES HS Efeito da aplicaccedilatildeo de biofertilizante e urina de vaca em mudas de tomateiro Horticultura Brasileira v20 n2 julho 2002 Suplemento 2
ALTIERI M NICHOLLS C I Agroecologia Teoria praacutectica para umaAgricultura Sustentable Ia ed PNUMA 2000 Cap 2 4 Seacuterie textos baacutesicos para la formacioacuten ambiental
ALTIERI M Agroecologia bases cientiacuteficas para uma agricultura sustentaacutevelGuaiacuteba Agropecuaacuteria 2002 592 p
ANTONIOLLI Z I GIRACCA E M N CARDOSO S J T WIETHAN M M S FERRI M Iniciaccedilatildeo agrave Minhocultura Criaccedilatildeo em Cativeiro e Vermicompostagem Santa Maria UFSM 1996 p59-89
BAYER C MIELNICZUC J Dinacircmica e funccedilatildeo da mateacuteria orgacircnica In SANTOS G de A S e CAMARGO F A de O (ed) Fundamentos da mateacuteria orgacircnica do solo ecossistemas tropicais e subtropicais Porto Alegre Genesis 1999 p 3-23
BARRETTO D X Composto Orgacircnico In Praacutetica em Agricultura Orgacircnica Satildeo Paulo iacutecone Ed Ltda 1985 p 51-63
BETTIOL W Alguns produtos alternativos para o controle de doenccedilas de plantasem agricultura orgacircnica II Ciclo de palestras sobre agricultura orgacircnica Instituto Bioloacutegico Satildeo Paulo p52-63 1997
41
BETTIOL W TRACH R GALVAtildeO JAH Controle de doenccedilas de plantas com biofertilizantes Jaguariuacutena EMBRAPA-CNPMA 1997 22p (EMBRAPA- CNPMA Circular Teacutecnica 02)
BRADY N C Natureza e propriedades dos sotos Rio de Janeiro Freitas BastosS A 1979 647p
BRADY N C Organisms and ecology of the soil In The nature of properties of soils Simon amp Schuster A Viacon Company New Jersey1999 402-489p
BON1LLA J A Fundamentos da Agricultura Ecoloacutegica Sobrevivecircncia eQualidade de Vida Satildeo Paulo Nobel 1992
BUREacuteS S Substratos Ediciones Agroteacutecnicas S L Madrid Octubre 1997
BUS1NELLI M Chemical Composition and Enzymic Activity of some Worm Cast Plant Soil v 80 p 1-2 1990
CALEGARI A Espeacutecies para cobertura de solo In IAPAR (Instituto Agronocircmico de Paranaacute) Plantio Direto pequena propriedade sustentaacutevel organizador Moacir Darolt Londrina - PR 1998 65-93
CAMARGO P N D Manual de Adubaccedilatildeo Foliar Satildeo Paulo Herba 1975
CAPRA F A Teia da Vida Satildeo Paulo Cultrix 1997 256p
CAPRA F O Ponto de Mutaccedilatildeo 22 ed Satildeo Paulo Cultrix 2001 447p
CHABOUSSOU F Plantas doentes pelo uso de agrotoacutexicos (A Teoria da Trofobiose) Porto Alegre LPM 1987 253 p
CLARO S A Referencias tecnoloacutegicos para a agricultura familiar ecoloacutegica aexperiecircncia da Regiatildeo Centro-Serra do Rio Grande do Sul Porto Alegre EMATERRS-ASCAR 2001 250p
CLIVELA G Diagnoacutestico Agronocircmico da cebola no Rio Grande do Sul Porto Alegre EMATERRS 1995 8 6 p
COMISSAtildeO DE FERTILIDADE DO SOLO - RSSC Recomendaccedilotildees de adubaccedilatildeo e calagem para os estados do Rio Grande do Sul e Santa Catarina 3 ed Passo Fundo SBCS - Nuacutecleo Regional Sul 1995 223p
COMPAGNONI L PUTZOLU G Cria moderna de Ias lombrices y utilizacioacutenrentable dei humus Barcelona Editorial de Vecchi- SA 1985127p
COSTABEBER J A MOYANO E Transiccedilatildeo agroecoloacutegica e accedilatildeo social coletiva Agroecologia e Desenvolvimento Rural Sustentaacutevel Porto Alegre v l n4 p 50- 60 outdez 2 0 0 0
42
COSTA M B B da Adubaccedilatildeo orgacircnica Nova siacutentese e novo caminho para aagricultura Satildeo Paulo Ed iacutecone Ltda 1985 102p
COSTA NETO C Agricultura Sustentaacutevel Tecnologias e Sociedade In CARVALHO COSTA LF et al (org) Mundo Rural e Tempo Presente Rio de Janeiro Mauad 1999
DrsquoAG0ST1NI R L FANTINI A C Produccedilatildeo orgacircnica tambeacutem socialmente excludente Agroecologia e Desenvolvimento Rural Sustentaacutevel Porto Alegre v3 n l p57-61 2002
DALPONTE J C V Utilizaccedilatildeo de materiais orgacircnicos e fertilizante mineral na produccedilatildeo e qualidade de mudas e bulbos de cebola (Alliurn Cepa L) Pelotas-RS 1990 (Mestrado em Agronomia) - Faculdade de Agronomia Eliseu Maciel UFPel 1990
DEBARBA J F THOMAZELLI L F GANDIN C L SILVA E Cadeias produtivas do Estado de Santa Catarina Cebola Florianoacutepolis Epagri 1998 115 p (EPAGRI Boletim Teacutecnico 96)
DUFOUR F Os saacutebios loucos do agro-alimentar Le Monde Diplomatique ano 1 n4 p6-7 1999 (ed portuguesa)
EHLERS E Agricultura Sustetaacutevel Origem e perspectivas de um novo paradigma 2 ed Guaiacuteba Agropecuaacuteria 1999 157 p
FILGUEIRA F A R Novo Manual de olericultura agrotecnologia moderna na produccedilatildeo e comercializaccedilatildeo de hortaliccedilas Viccedilosa UFV 2000 402 p
FRASER G K Mateacuteria Orgacircnica Del Suelo In BEAR F E (ed) Quiacutemica dei Suelo Madrid Ed Agrociencia 1963
FOLLET R H MURPHY L S DONAHUE R L Fertilizers and soil amendments New Jersey Printice-Hall Inc 1981 557p
GARCIA A Revista dei Espacio Rural Georgica Zaragoza Escuela Politeacutecnica de Huesca n5 1997
GARCIA A Versatildeo preliminar de um Programa Estadual de Produccedilatildeo e Comercializaccedilatildeo de Bulbos e Sementes de CebolaEMBRAPAIPAGROMARAEMATER 6 8 pbdquo 1990 (Publicaccedilatildeo avulsa)
GIORGETT1 J R Produccedilatildeo e Comercializaccedilatildeo de Mudas de Tomate In Encontro Nacional de Produccedilatildeo e Abastecimento de Tomate 2 1991 Jaboticabal Satildeo Paulo Anais Jaboticabal UNESP 1991 p 242-244
GLIESSMAN S R Agroecologia Processos ecoloacutegicos em agricultura sustentaacutevelPorto Alegre Universidade Federal do Rio Grande do Sul - UFRGS 2000 653p
43
GLIESSMAN S R TURRIALBA C R Agroecologia Procesos Ecoloacutegicos en Agricultura Sostenible CATIE 2002 p 3-14
GNOATTO S C Caracterizaccedilatildeo quiacutemica de vermicompostos de diferentes substratos orgacircnicos Pelotas-RS 1999 38 f (Mestrado em Agronomia - Solos) - Faculdade de Agronomia Eliseu Maciel UFPel 1999
GOMES J C C BORBA M F S A moderna crise dos alimentos oportunidade para a agricultura familiar Emater Porto Alegre julset 2000 Disponiacutevel em lthttpwwwematertchebrdocsagroecorevistan313-artigo3htmgtAcesso em 24 fev 2002
GOMEZ H W Desenvolvimento sustentaacutevel agriacutecola e capitalismo In Desenvolvimento sustentaacutevel Necessidade eou disponibilidade Santa Cruz do Sul Nobel - UNISC 1997 p 65-77
GONZAacuteLEZ DE MOLINA M SEVILLA GUZMAacuteN E Ecologia campesinado e historia Para una reinterpretacioacuten dei desarrollo dei capitalismo en la agricultura In SEVILLA GUZMAacuteN E GONZAacuteLEZ DE MOLINA M (ed) Ecologia campesinado e historia Madrid La Piqueta 1993 p 23-129
GRIFFITH S A SCHNITZER M Analytical characteristic of humic and fulvic acids extracted from tropical volcanic soils Soil Sei Soc Am Proc v 39 p361-367 1975
GUIMARAtildeES E Caracterizaccedilatildeo quiacutemica estreptoscoacutepica e por anaacutelise teacutermica de aacutecidos huacutemicos e vermicompostos obtidos de estercos de diferentes animaisCuritiba 1997 Dissertaccedilatildeo (Mestrado em Quiacutemica) Universidade Federal do Paranaacute 1997
HESS A F Sociedade e meio ambiente uma relaccedilatildeo ambiacutegua Revista Cientiacutefica Rural Bageacute v 4 n2 p 167-1741999
ICEPA-SC Informes conjunturais sobre a cultura da cebola Disponiacutevel em lthttpwwwicepa combrgt Acesso em 23 jan 2003
JONES H A MANN L K Onions and their allies New York Interscience Publishers 1962 286 p
JUacuteNIOR H A de MAIORANO J A Receitas obtidas de extratos de plantasCampinas CATITerra Viva [199-] 10 f
KHATOUNIAN C A Ciclo de Palestras sobre Agricultura Orgacircnica 2a Ed SatildeoPaulo Fund Cargill 1997 149 p
KIEHL E J Fertilizantes Orgacircnicos Satildeo Paulo Ed Agronocircmica Ceres Ltda 1985 492p
44
KOEFF H H PETTERSSON B D SHAUMANN W Vida Vegetal solos e adubaccedilatildeo In Agricultura Biodinacircmica Satildeo Paulo Nobel 1983 p92-149
KONONOVA M M Soil organic matter The importance o f organic matter in soil formation and soil fertility New York Pergamqn Press 1961 p 165-200
KUHN T A Estrutura das Revoluccedilotildees Cientiacuteficas Satildeo Paulo Perspectiva 1989 257p
LANNA FCA ABREU C L ABREU J G SILVA V Resposta de cultivares de melancia cultivadas sob adubaccedilatildeo quiacutemica e orgacircnica Horticultura v 12 n l p85 1994
LEFF H Saber Ambiental Petroacutepolis Vozes 2001 343 p
MAGALHAtildeES J R Nutriccedilatildeo e adubaccedilatildeo da cebola In FERREIRA M E CASSTELLANE P D CRUZ M C P Nutriccedilatildeo e adubaccedilatildeo de hortaliccedilasPiracicaba POTAFOS 1993 p 381-393
MALAVOLTA E Elementos de nutriccedilatildeo mineral de plantas Satildeo Paulo Ed Agronocircmica Ceres Ltda 1980 251 p
MALAVOLTA E Manual de Quiacutemica Agriacutecola - Adubos e Adubaccedilatildeo 3a ed SatildeoPaulo Ed Agronocircmica Ceres Ltda 1981 606 p
MARTINEZ A A A grande e Poderosa Minhoca Jaboticabal Funep - Unesp1990 101 p
MARTINS S R Desenvolvimento e Sustentabilidade Horticultura Brasileira Brasiacutelia-DF v20 n2 julho 2002 Palestra apresentada no 42deg Congresso Brasileiro de Olericultura
MARTINS S R Limites Del Desarrollo Sostenible em Ameacuterica Latina En el marco de Ias poliacuteticas de (re)ajuste econocircmico Pelotas Editora UFPel 1997 135 P-
MARTINS S R Sustentabilidade na agricultura dimensotildees econocircmicas sociais e ambientais Revista Cientiacutefica Rural Bageacute v4 n 2 p 175-1871999
MATURANA H REZEPKA S N D E Formaccedilatildeo Humana e Capacitaccedilatildeo Rio de Janneiro Vozes 2000 8 6 p
MELLO A F SOBRINHO M O ARZOLLA S SILVEIRA R NETTO A C KIEHL J C Fertilidade do Solo Satildeo Paulo Nobel 1983
MENEZES JUacuteNIOR F O G D Caracterizaccedilatildeo de Diferentes substratos hortiacutecolas e seu efeito na produccedilatildeo de mudas de alface e couve-flor em ambiente protegido Pelotas 1998 141 p Dissertaccedilatildeo (Mestrado em Agronomia - Produccedilatildeo Vegetal) - Faculdade de Agronomia Eliseu Maciel UFPel 1998
45
MIBASA Mineraccedilatildeo Barreto SA Melhorador de Solos MB4 A Natureza Agradece Arapiraca-AL [199-] Folder
MINAMI K Os resumos da olericultura 2000 In AZEVEDO FILHO MARTINEZ FILHO (ed) Preccedilos agriacutecolas Piracicaba ESALQ 1999 p 4
MINAMI K Produccedilatildeo de Mudas de Alta Qualidade em Horticultura Satildeo Paulo TA Queiroz 1995
MORSELLI T B G A Cultivo sucessivo de alface sob adubaccedilatildeo orgacircnica em ambiente protegidoPelotas 2001 178 p Tese (Doutorado em Agronomia - Produccedilatildeo Vegetal) Faculdade de Agronomia Eliseu Maciel UFPel 2001
MORSELLI T B G A Resiacuteduos orgacircnicos em sistemas agriacutecolas Poliacutegrafo da Disciplina de Resiacuteduos orgacircnicos em sistemas agriacutecolas Curso de Poacutes-Graduaccedilatildeo em Agronomia-Produccedilatildeo Vegetal UFPel 2002
MULLER AM Efeitos da Aplicaccedilatildeo Foliar de um Biofertilizante Enriquecido no Estado fitossanitaacuterio de Tomate Ervilha e Beterraba Sob Manejo OrgacircnicoDissertaccedilatildeo (Mestrado no Programa de Poacutes-Graduaccedilatildeo em Agroecossistemas)1999 (Resumo)
NOLLA D Erosatildeo do Solo - O grande desafio Estado do Rio Grande do Sul SEAGRI desenvolvimento de recursos naturais renovaacuteveis 1982 412 p
PAGLIA AG MORSELLI TBGA PEIL RMN Teores de nutrientes pH e condutividade eleacutetrica da aacutegua em sistema ldquofloat^ngrdquo sob adiccedilatildeo de biofertilizantes Horticultura Brasileira v 20 n2 julho 2002 Suplemento 2
PAULUS G MULLER A BARCELLOS LAR Agroecologia aplicada praticas e meacutetodos para uma agricultura de base ecoloacutegica 2ed ver ampl Porto Alegre EMATERRS 2001 8 6 p
PEIXOTO R T dos G Composto orgacircnico aplicaccedilotildees benefiacutecios e restriccedilotildees de uso Horticultura Brasileira Brasiacutelia-DF v 18 p 56-64 julho 2000
PENTEADO SR Defensivos Alternativos e Naturais Satildeo Paulo 1999 95 p
PEREIRA AJ SOUZA RJ PEREIRA WR Efeito de diferentes doses de esterco de galinha e de curral sobre a produccedilatildeo de cebola Horticultura Brasileira v20 n2 julho 2002 Suplemento 2
PINHEIRO S BARRETO SB MB-4 agricultura sustentaacutevel trofobiose e biofertilizantes Fundaccedilatildeo Juquira CandiruMibasa 2000 273 p
PRIMAVESI A Agricultura Sustentaacutevel Satildeo Paulo Nobel 1992 142 p
PRIMAVESI A O manejo ecoloacutegico do solo Agricultura em regiotildees tropicais SatildeoPaulo Nobel 1982 541 p
46
PURCINO A A C ldquoNitrogecircniordquo Informe Agropecuaacuterio Belo Horizonte v7 n81 p 16-27 1981
QUIJANO F G Efeito da adubaccedilatildeo orgacircnica no desenvolvimento de duas cultivares de alface em ambiente protegido Pelotas 1999 116f Dissertaccedilatildeo (Mestrado em Agronomia - Produccedilatildeo Vegetal) Faculdade de Agronomia Eliseu Maciel UFPel 1999
RODRIGUES A N N Efeitos e residuais de superfosfato triplo sobre o rendimento de mateacuteria seca e absorccedilatildeo de foacutesforo pela aveia (Avena strigosa Schob) em solo Podzoacutelico Vermelho Escuro Porto Alegre 1984 59f Dissertaccedilatildeo (Mestrado em Agronomia) - Faculdade de Agronomia UFRGS 1984
RODRIGUES E T CASALI V W D Respostas da alface agrave adubaccedilatildeo orgacircnica II Teores conteuacutedos e utilizaccedilatildeo de macronutrientes em cultivares Rev Ceres Viccedilosa v 45 n 261 p 437-449 1998
SAMINEcircS T C O Produccedilatildeo orgacircnica de alimentos Horticultura Brasileira Brasiacutelia-DF v 17 n3 novembro 1999
SCHIEDECK G Ambiecircncia e resposta agronocircmica de meloeiro (Cucumis melo L) cultivado sob adubaccedilatildeo orgacircnica em ambiente protegido Pelotas lOOp Tese (Doutorado em Agronomia - Produccedilatildeo Vegetal) - Faculdade de Agronomia Eliseu Maciel UFPel 2002
SILVA JUacuteNIOR A A GIORGI E Substratos alternativos para a produccedilatildeo de mudas de tomate Agropecuaacuteria Catarinense Florianoacutepolis EPAGRI 1992 23 p
SILVA JUacuteNIOR A A MACEDO S G STUKER H Utilizaccedilatildeo de esterco de peru na produccedilatildeo de mudas de tomateiro Florianoacutepolis EPAGRI 1995 28 p (Boletim Teacutecnico 73)
TAGLIARI PS GRASSMANN H Minhoca a grande aliada da agricultura Agropecuaacuteria Catarinense v8 n l p 11-14 mar 1995
TEDESCO M J GIANELLO C Anaacutelises de solo plantas e outros materiais Porto Alegre Faculdade de Agronomia Departamento de Solos Universidade Federal do Rio Grande do Sul RS 1996
TENNANT D A Test of modified line intersect method of estimating root lenght Journal Ecology Oxford v 63 p 995-1001 1975
TIBAU A O Mateacuteria Orgacircnica do Solo Mateacuteria Orgacircnica e Fertilidade do SoloSatildeo Paulo Nobel 1984 p49-182
TIMM P J Anaacutelise comparativa dos sistemas de plantio convencional e cultivo miacutenimo de cebola sob adubaccedilatildeo orgacircnica e mineral Pelotas 2000 79 p Dissertaccedilatildeo (Mestrado em Agronomia - Produccedilatildeo Vegetal) - Faculdade de Agronomia Eliseu Maciel UFPel 2000
47
VALENZUELA HR CROSBY C Effect of compost applications on the yield of several vegetables in long-term organic farming experiments conduced in the tropics American Society Horticultural Science v33 n3 june 1998
VIGLIZZO E (ed) Subprograma Recursos Naturais y Sostenibilidad Agriacutecola documento marco Montevideo IICAPROCISUR 1995 p 75 - 78
WE1D J M TARDIN J M Proposta para a Ampliaccedilatildeo do Trabalho da ASPTA no Centro Sul do Paranaacute ASPTA Disponiacutevel em http wwwpronafgovbrEncontrotestosAS20PTA20Sul20ParanE1205 202002doc Acesso em 05 mai 2002
XAVIER SIMOacuteN F DOMINGUES D G Desenvolvimento Rural Sustentaacutevel uma perspectiva agroecoloacutegica Agroecologia e Desenvolvimento Rural Sustentaacutevel Porto Alegre EM ATERRS v2 n2 p 17-26 2001
ZABALETA J P Diagnoacutestico da Agricultura Familiar em Satildeo Joseacute do Norte - RSPelotas EMBRAPA-CPACT 1998 75 p (EMBRAPA-CPACT Documentos 44)
ZONTA E P MACHADO A A SILVEIRA P Sanest Sistema de anaacutelise estatiacutestica para microcomputadores Registrado na Secretaria Especial de Informaacutetica sob nuacutemero 066060 - categoria A Pelotas-RS Universidade Federal de Pelotas 1984
48
7 APEcircNDICE
APEcircNDICE A - Anaacutelise da adubaccedilatildeo de base e biofertilizantes utilizados na produccedilatildeo de mudas de cebola
TABELA 1 A Anaacutelise baacutesica do solo antes da incorporaccedilatildeo do feijatildeo miuacutedo + papua
Arg
pH IND
SMP
MO
P - n r - Na Al Ca__10Omlmdash
Mg
ppm -
6 53 67 089 8 6 27 1 04 05 0 2
Fonte LASFAEMUFPel (2002)
TABELA 2A Anaacutelise complementar do solo antes da incorporaccedilatildeo do feijatildeo-miuacutedo + papua
Cobre Zinco Manganecircs Ferro
(m v1)
04 05 26 007
Fonte LASFAEMUFPel (2002)
49
TABELA 3A Anaacutelise dos fertilizantes soacutelidos
Amostra pH limidade CN
C N P K Ca Mg
- g-ivg --
Cama de 849 2491 12 31042 2479 3888 3405 29875 463
aves
Esterco 74 3594 11 677 590 157 134 335 214
de curral
Huacutemus 684 5738 14 15965 1098 453 745 743 361
Fonte LASFAEMUFPel (2002)
TABELA 4A Anaacutelise quiacutemica dos biofertilizantes liacutequidos
Amostra N P K_ccedil H
Ca Mg Cu Zn Fe Mn
mdashgL bull
S Magro
m b 4
Urina
053
1652
8 2 2
008
395
0 0 0
149
1674
471
1902
6872
0 0 0
1150
4507
1172
7273
42
033
101389
920
0 0 0
6250
19458
781
35273
1123
0 2 1
Fonte LASFAEMUFPel (2002)
50
APEcircNDICE B - Condiccedilotildees climaacuteticas do local
TABELA 1B Condiccedilotildees de temperatura do local
___________ __________TEMPERATURA (degCgt
meses Meacutedia
Maacutexima
Meacutedia
MiacutenimaMeacutedia
Maacutexima
Absoluta
Miacutenima
Absoluta
Junho 225 87 156 320 25
Julho 225 85 155 285 30
Agosto 251 71 161 360 1 0
Fonte FEPAGROSCT 2002
TABELA 2B Condiccedilotildees de chuva do local
mdash CHUVA (mm)mdash
meses Ocorrida Normal Desvio Da Normal
Junho 1080 1 1 0 -2 0
Julho 1062 98 8 2
Agosto 1283 1 2 0 83
Fonte FEPAGROSCT 2002
51
TABELA 1C Produccedilatildeo de fitomassa fresca e seca (g) da parte aeacuterea altura de planta
(cm) e diacircmetro de colo (mm) de mudas de cebola Petrolini cultivadas
sob uma perspectiva agroecoloacutegica Pelotas-RS 2003
APEcircNDICE C - Anaacutelise estatiacutestica da parte aeacuterea
Causas G1 FFPA FSPA AP DC
da variaccedilatildeo --------- Quadrados meacutedios-
Blocos 3
Ad Base 2 175359071 1287102 2547419 1 11775
Biofertilizantes 2 126876 29011 87669ns 02185ns
Ad x Biofert 4 572378 31123 69106ns 04159
Resiacuteduo 24 34456 03048 27169 00290
Total 35
Meacutedia geral 93745 8772 320388 6741
CV 1980 6294 5145 2530
Significativo a 5ns Natildeo significativo
52
TABELA 1D Produccedilatildeo de fitomassa fresca e seca (g) comprimento (cm) e densidade
de raiacutezes (m cm3) de mudas de cebola Petrolini cultivadas sob uma
perspectiva agroecoloacutegica e razatildeo parte aeacutereasistema radicular Pelotas-
RS 2003
APEcircNDICE D - Anaacutelise estatiacutestica da raiz
Causas G1 FFR FSR CR RPASR DR
da variaccedilatildeo Quadrados meacutedios---------------
Blocos 3
Ad Base 2 27874 551 623 2 1 0 140
Biofertilizantes 2 178 0 1 0 ni 1504 l03ns 038ns
Ad x Biofert 4 190 058 318 294 183
Resiacuteduo 24 005 009 028 023 0 2 1
Total 35
Meacutedia geral 1818 228 184 387 333
C V 134 1356 448 1253 1396
Significativo a 5 ns Natildeo significativo
53
APEcircNDICE E - Anaacutelise estatiacutestica dos macronutrientes da parte aeacuterea da cebola
TABELA 1E Conteuacutedos (mg planta1) de nitrogecircnio foacutesforo potaacutessio caacutelcio e
magneacutesio no tecido vegetal de mud^s de cebola Petrolini cultivadas
sob uma perspectiva agroecoloacutegica Pelotas-RS 2003
Causas G1 bull N P K Ca Mg
da variaccedilatildeo
Blocos 3
Ad Base 2 13550306 446627 25509686 1031806 59007
Biofertilizantes 2 180610ns 16564 68153ns 39006 876ns
Ad x Biofert 4 454187 45743 1047539 46950 2464
Resiacuteduo 24 29769 1453 64313 3741 439
Total 35
Meacutedia geral 24921 4597 33366 6943 1615
C V 692 829 760 880 1297
Significativo a 5 ns Natildeo significativo
APEcircNDICE F - Fotos do experimento
FIGURA 2 Mudas de cebola (Allium cepa L) produzidas sob uma perspectiva agroecoloacutegica
APEcircNDICE F a Fotos do experimento
FIGURA 1 Adubaccedilatildeo verde com feijatildeo-miuacutedo e papuatilde utilizadas no manejo do solo
FIGURA 2 Mudas de cebola (Allium cepa L) produzidas sob urna perspectiva agroecoloacutegica
241 Resiacuteduos utilizados na vermicompostagem17
2411 Resiacuteduos de origem animal17
2412 Resiacuteduos de origem vegetal17
25 Biofertilizantes 18
251 Urina de vaca 20
252 Alhol 21
253 Calda Bordalesa22
254 Biofertilizante Super Magro 22
256 Biofertilizante MB4 23
3 M ATERIAL E M EacuteTODOS 24
31 Local de execuccedilatildeo do experimento 24
32 Anaacutelise estatiacutestica 24
33 Tratamentos 25
34 Conduccedilatildeo do experimento27
35 Observaccedilotildees agronocircmicas 28
351 Fitomassa fresca da parte aeacuterea28
352 Fitomassa seca da parte aeacuterea 28
353 Altura da muda 28
354 Diacircmetro de colo 28
355 Sistema radicular 29
3551 Comprimento de raiz 29
3552 Densidade de raiz 29
3553 Razatildeo parte aeacutereasistema radicular 30
36 Determinaccedilatildeo de macronutrientes no tecido vegetal 30
4 RESULTADOS E DISCUSSAtildeO 31
41 Anaacutelise das variaacuteveis 31
411 Anaacutelise da parte aeacuterea 31
412 Anaacutelise do sistema radicular 33
413 Anaacutelise de macronutrientes no tecido vegetal 35
5 CONCLUSOtildeES 39
6 REFEREcircNCIAS BIBLIOGRAacuteFICAS 40
7 APEcircNDICE 48
VI
SUMAacuteRIO
PAGLIA AgraveGUIDA GORETI (MS) Universidade Federal de Pelotas fevereiro de 2003 Produccedilatildeo de Mudas de Cebola (Allium cepa L) sob uma perspectiva Agroecoloacutegica Professora Orientadora Tacircnia Beatriz Gamboa Arauacutejo Morselli Co- orientadores Seacutergio Roberto Martins Roberta Marins Nogueira Peil e Joatildeo Baptista da Silva
Com o objetivo de estudar a produccedilatildeo de mudas de cebola sob uma perspectiva
agroecoloacutegica foi conduzido um experimento a campo na Fundaccedilatildeo Estadual de
Pesquisa Agropecuaacuteria - FEPAGROSUL no municiacutepio de Rio GrandeRS no periacuteodo
de 15 de maio a 26 de agosto de 2002 Utilizou-se a cultivar Petrolini (ciclo meacutedio)
submetida as seguintes adubaccedilotildees adubaccedilatildeo de base (1 VB - 30 t ha 1 de
vermicomposto bovino 15 VB - 45 t harsquo 1 de vermicomposto bovino e EC - 60 t ha de
esterco de curral) e biofertilizantes liacutequidos (SM+U+CB - Super Magro mais urina de
vaca mais calda bordalesa MB4 +U+CB - MB4 mais urina de vaca mais calda bordalesa
e Testemunha - ausecircncia) O experimento foi esquematizado em delineamento em
blocos ao acaso em fatorial 3 X 3 As variaacuteveis analisadas foram fitomassa fresca e
seca (g) da parte aeacuterea e do sistema radicular altura de planta (cm) diacircmetro do colo
(mm) comprimento de raiz (cm) razatildeo parte aeacutereasistema radicular densidade de raiz
(m cm3) e conteuacutedos de nitrogecircnio foacutesforo potaacutessio caacutelcio e magneacutesio na parte aeacuterea
da planta Concluiu-se que as respostas agronocircmicas das mudas de cebola para os
paracircmetros avaliados satildeo mais satisfatoacuterias com a aplicaccedilatildeo de esterco de curral como
adubaccedilatildeo de base os biofertilizantes mais urina de vaca e calda bordalesa proporcionam
VII
respostas satisfatoacuterias quando aplicados junto agraves adubaccedilotildees de base o biofertilizante
MB4 mais urina de vaca e calda bordalesa eacute mais eficiente que o super magro mais urina
e calda bordalesa quando aplicado junto agrave adubaccedilatildeo de base esterco de curral os
conteuacutedos de fitomassa seca das mudas de cebola satildeo significativos quando adicionado
os biofertilizantes ao vermicomposto bovino (45 t harsquo1) os maiores conteuacutedos
nutricionais para as mudas de cebola satildeo proporcionados pela adubaccedilatildeo de base esterco
de curral a maior absorccedilatildeo de caacutelcio pelas mudas de cebola ocorre quando da adiccedilatildeo de
biofertilizante MB4 mais urina e calda bordalesa agrave adubaccedilatildeo de base esterco de curral
VIII
SUMMARY
PAGLIA AgraveGUIDA GORETI (MS) Universidade Federal de Pelotas February 2003 Onion (Allium cepa L) Transplant Production under an Agroecological Perspective Tacircnia Beatriz Gamboa Arauacutejo Morselli Comitte Seacutergio Roberto Martins Roberta Marins Nogueira Peil and Joatildeo Baptista da Silva
With the objective of studying the onion transplant production under an agroecological
perspective a field experiment was carried out in the Fundaccedilatildeo Estadual de Pesquisa
Agropecuaacuteria-FEPAGROSUL in the city o f Rio GiWideRS in the period between 15
May and 26 August 2002 The cultivar Petrolini (medium cycle) was submitted to the
following fertilizers soil fertilizer (1 VB - 30 t h a o f bovine vermicompost 15 VB -
45 t ha 1 of bovine vermicompost and EC - 60 t ha 1 of manure and liquid biofertilizer
(SM+U+CB - ldquoSuper Magrordquo with cow urine with bordeaux mixture MB4 +U+CB -
MB4 with cow urine with bordeaux mixture and control - absence) The experiment was
laid in a randomized block design in factorial scheme 3X3 The analyzed parameters
were fresh and dry matter of the aerial part and root system plant height colon
diameter root length ration aerial partroot system root density and the contents
nitrogen phosphorus potassium calcium and magnesium in the aerial part o f the plant
It was concluded that the agronomic responses o f the onion seedlings for the evaluated
parameters are more satisfactory with the application o f manure as soil fertilizer the
biofertilizers with cow urine and bordeaux mixture provide satisfactory responses when
applied along with the soil fertilizer the biofertilizer MB4 with cow urine and bordeaux
IX
mixture is more effieient than the ldquoSuper Magrordquo with urine and bordeaux mixture
when applied along with manure as soil fertilizer the dry matter contents of the onion
seedlings are significant when the biofertilizer is added to bovine vermicompost (45 t
h a 1) the largest nutritional contents for the onion seedlings are obtained with manure as
soil fertilizer the largest absorption of calcium by the onion seedlings happens when the
biofertilizer MB4 with urine and bordeaux mixture is added to the manure as soil
fertilizer
X
mixture is more efficient than the Super Magro with urine and bordeaux mixture
when applied along with manure as soil fertilizer the dry matter contents of the onion
seedlings are significant when the biofertilizer is added to bovine vennicompost (45 t
hamiddot ) the largest nutritional contents for the onion seedlings are obtained with manure as
soil fertilizer the largest absorption of calcium by the onion seedlings happens when the
biofertilizer MB4 with urine and bordeaux mixture is added to the manure as soil
fertilizer
x
1
1 INTRODUCcedilAtildeO
ldquoEu sustento que a ciecircncia soacute tem
finalidade se serrsquoir para aliviar a miseacuteria
da existecircncia humana
(Bertold Brecht)
No Rio Grande do Sul cultivar cebola eacute atividade de pequenos e meacutedios
produtores revestindo-se de suma importacircncia para a economia onde contribui para a
geraccedilatildeo de empregos e a fixaccedilatildeo do homem ao meio rural visto que haacute necessidade de
outros tipos de investimentos sociais e econocircmicos
Segundo o ICEPA-SC (2003) o Rio Grande do Sul responde por cerca de 14 da
produccedilatildeo nacional o que faz da cebola a segunda hortaliccedila em importacircncia econocircmica
no Estado sendo apenas superada pela cultura da batata poreacutem a aacuterea plantada no RS
tem apresentado recuo nos uacuteltimos anos caindo de 16648 hectares na safra 9899 para
14085 na safra atual (0203) acontecendo o mesmo com a produccedilatildeo que diminuiu de
181338 toneladas na safra 9596 para aproximadamente 159000 na safra atual
A baixa produtividade obtida pode ser atribuiacuteda a vaacuterios fatores baixa
disponibilidade de mateacuteria orgacircnica no solo poucc^ uso de materiais orgacircnicos eou
aplicaccedilatildeo inadequada destes considerando ainda que a maioria dos produtores
conservam caracteriacutesticas agriacutecolas do seacuteculo passado apresentando resistecircncia ao
associativismo e possuem carecircncia de infraestrutura (estradas eletricidade telefonia
drenagem e condiccedilotildees de armazenamento) Esses fatores aliados a baixa rentabilidade
2
da cultura tem sido apontados como responsaacuteveis pelo abandono da cebolicultura por
alguns produtores
A fase de produccedilatildeo das mudas eacute de extrema importacircncia para o cultivo da cebola e
requer manejo adequado dos recursos naturais para que a cultivar utilizada possa
expressar seu potencial geneacutetico sem comprometer o equiliacutebrio ambiental O principal
cuidado para o desenvolvimento de mudas de qualidade refere-se agrave utilizaccedilatildeo adequada
do solo
Desta forma o manejo do solo e das plantas orientado pela agroecologia pode se
constituir numa excelente alternativa para obtenccedilatildeo de mudas de qualidade sem
comprometer a sauacutede dos agricultores e contribuindo para a preservaccedilatildeo ambiental
Diversas praacuteticas vecircm sendo utilizadas com esta finalidade entre elas citam-se a
adubaccedilatildeo orgacircnica e os biofertilizantes enriquecidos No entanto estes fatores de
produccedilatildeo precisam ser melhor estudados no que tange a sua utilizaccedilatildeo adequada pelos
produtores de cebola objetivando um sistema de produccedilatildeo sustentaacutevel
A agroecologia como ciecircncia apresenta vaacuterias dimensotildees ecoloacutegica econocircmica
social cultural poliacutetica e eacutetica Neste sentido e considerando-se a procura crescente por
produtos orgacircnicos e a necessidade de sistemas de fertilizaccedilatildeo adequados ao cultivo da
cebola o presente trabalho teve como objetivo a produccedilatildeo de mudas sob uma
perspectiva agroecoloacutegica contribuindo para o processo de transiccedilatildeo do sistema de
produccedilatildeo
3
2 REVISAtildeO DE LITERATURA
ldquoAs novas eras natildeo comeccedilam de uma vez
Meu avocirc jaacute vivia no novo tempo
Meu neto viveraacute talvez ainda no velho
A nova carne eacute comida com os velhos garfos
(Bertold Brecht)
21 Desenvolvimento e sustentabilidade
Nenhuma espeacutecie viva com exceccedilatildeo do homem empreende esforccedilos de
desenvolvimento no sentido de crescimento material que sob as formas em que vem
sendo compreendido conduz sempre a algum tipo de agressatildeo contra o ambiente Os
esforccedilos presentes visando o progresso material assim como a maneira de satisfaccedilatildeo
das necessidades baacutesicas do homem no mundo de hoje revelam-se inconsistentes O
uso para esse fim de mateacuteria e energia em doses excessivas e crescentes tem exaurido
recursos ambientais acima de sua capacidade de regeneraccedilatildeo obviamente tendendo a
toma-los menos disponiacuteveis para as futuras geraccedilotildees
De acordo com Martins (2002) o Desenvolvimento Sustentaacutevel natildeo eacute um conceito
acabado trata-se de uma ideacuteia forccedila proacute-ativa e positiva mas que necessita ser
esclarecida quanto ao significado destes dois vocaacutebulos que lhe compotildee e o contexto em
que as pessoas com eles se relacionam Aleacutem disso isso afeta tanto como profissionais
cujas atividades vinculam-se diretamente ao trato com a natureza e portanto por ela satildeo
4
responsaacuteveis mas especialmente como cidadatildeos que constroem no seu cotidiano as
distintas dimensotildees do desenvolvimento sociais econocircmicas ambientais culturais
cientificas e tecnoloacutegicas juriacutedicas poliacuteticas e espirituais
Segundo Altieri amp Nicholls (2000) para o desenvolvimento de uma agricultura
sustentaacutevel as necessidades natildeo satildeo apenas bioloacutegicas ou teacutecnicas mas tambeacutem sociais
econocircmicas e poliacuteticas E inconcebiacutevel promover mudanccedilas ecoloacutegicas no setor agriacutecola
sem a defesa de mudanccedilas nas outras aacutereas da sociedade de modo a conscientizar o
homem sobre as condiccedilotildees necessaacuterias para a exploraccedilatildeo da natureza
A ideacuteia da sustentabilidade referente ao vocaacutebulo sustentaacutevel coloca-se como
contraponto ao caraacuteter perdulaacuterio do modelo prevalecente na medida em que o modelo
econocircmico praticado por um lado estaacute baseado no consumo da mateacuteria prima fornecida
pela natureza para a produccedilatildeo de bens e serviccedilos em descompasso com seu ritmo e
capacidade de fornecimento por outro tem tratado a natureza como mero depositaacuterio de
resiacuteduos sem considerar sua capacidade de absorccedilatildeo e reciclagem A sustentabilidade
contrapotildee-se agrave caracteriacutestica antropocecircntrica do modelo o homem como centro da
questatildeo numa postura dominante sobre o entorno natural cujas ferramentas cientiacuteficas e
tecnoloacutegicas embasam um modelo econocircmico que subjuga a natureza e coloca-se acima
desta O vocaacutebulo sustentaacutevel portanto se refere agrave capacidade de suporte da biosfera
sendo um fim a ser perseguido com o objetivo de garantir sua preservaccedilatildeo numa visatildeo
prospectiva ou seja que assegure o futuro planetaacuterio assumindo portanto o
compromisso com as geraccedilotildees vindouras (Martins 2002)
Quando se trata de apontar os possiacuteveis caminhos que levaratildeo a um novo padratildeo
produtivo e garanta a seguranccedila alimentar sem agredir o ambiente o caminho torna-se
mais difiacutecil Percebe-se que a noccedilatildeo de agricultura sustentaacutevel permanece cercada por
duacutevidas e contradiccedilotildees mesmo assim seu emprego toma-se cada vez mais frequumlente
(Ehlers 1999)
Haacute que se incorporar a concepccedilatildeo de entropia agrave noccedilatildeo de desenvolvimento visto
que a extraccedilatildeo e o transporte tambeacutem satildeo atividades econocircmicas que requerem cuidados
de manejo visando menores efeitos entroacutepicos ao meio ambiente Satisfazer as
necessidades presentes sem comprometer as possibilidades das futuras geraccedilotildees
satisfazerem as suas proacuteprias eacute o que necessita ser construiacutedo no cotidiano Esta natildeo eacute
uma tarefa faacutecil nos tempos atuais pois o mundo nunca passou por tanta incerteza e
nunca teve um presente tatildeo insustentaacutevel (Martins 1997)
211 Agroecologia Paradigma em construccedilatildeo
5
O seacuteculo passado assistiu a uma ineacutedita expansatildeo da capacidade humana de
agenciamento das forccedilas naturais promovida pelo saber teacutecnico-cientiacutefico cuja
centra lidade eacute hoje irreversiacutevel no que se refere as relaccedilotildees com a natureza Em relaccedilatildeo
ao conhecimento poucas aacutereas de interesse do homem moderno se ligam tanto agrave
pesquisa cientiacutefica como a questatildeo ambiental sendo um fenocircmeno de tendecircncia
internacional evidenciado a partir da deacutecada de 70 (Hess 1999)
A noccedilatildeo de paradigma eacute normalmente utilizada para estabelecer uma
diferenciaccedilatildeo entre dois momentos ou dois niacuteveis do processo de conhecimento
cientiacutefico (Capra 1997 Kuhn 1989) Para um entendimento miacutenimo do que significa
essa noccedilatildeo Costa Neto (1999) diz que se pode conceituar o paradigma enquanto um
modelo de ciecircncia que serve como referecircncia para todo um fazer cientiacutefico durante uma
determinada eacutepoca ou um periacuteodo de tempo demarcado e a partir de um certo momento
da histoacuteria da ciecircncia o referido modelo predominante tende a se esgotar em funccedilatildeo de
uma crise de confiabilidade nas bases estruturantes de seu conhecimento Desta forma o
paradigma passa a ser substituiacutedo por outro modelo cientiacutefico predominante Tambeacutem
pode ocorrer o fato de dois paradigmas disputarem o espaccedilo de hegemonia na
construccedilatildeo do conhecimento (Costa Neto 1999)
Os problemas com os quais nos deparamos hoje satildeo faces de uma crise uacutenica
diferentes do fazer cientiacutefico e proveniente de uma crise de percepccedilatildeo segundo Capra
(2 0 0 1 ) isto faz com que nossas instituiccedilotildees e noacutes em particular natildeo consiga perceber
claramente realidades complexas em um mundo globalmente interligado Ainda que as
soluccedilotildees para alguns de nossos principais problemas possam ser relativamente simples
ldquosoacute seratildeo possiacuteveis mediante uma mudanccedila radical em nossas percepccedilotildeesrdquo este eacute
tambeacutem o ldquoestopim para colocar em marcha medidas efetivasrdquo porque os governos e as
instituiccedilotildees jamais empreenderatildeo accedilotildees de fato enquanto as pessoas natildeo
compreenderem que satildeo parte do problema e da soluccedilatildeo e que eacute preciso assumir a
necessidade de mudar o rumo das coisas (Gomes amp Borba 2000)
Para Leff (2001) a agroecologia representa o ldquonascimento de um paradigmardquo que
eacute a alma da produccedilatildeo sustentaacutevel um processo que permite o resgate dos
conhecimentos proacuteprios e o renascimento do ser trazendo de volta as relaccedilotildees com os
seres humanos na medida em que o produtor cria atraveacutes de seu conhecimento o seu
proacuteprio saber-fazer numa relaccedilatildeo com a vida e com a terra
6
Segundo Costa Neto (1999) o paradigma agroecoloacutegico representa portanto a
linha de um posicionamento soacutecio-ambiental que tem uma vertente tecnoloacutegica apta a
ser uma alternativa agrave produccedilatildeo agriacutecola em grande escala e ao modelo tradicional
disciplinar
Hoje a agroecologia continua a fazer conexatildeo entre fronteiras estabelecidas Por
um lado estuda os processos econocircmicos e os agroecossistemas por outro eacute um agente
para as mudanccedilas sociais e ecoloacutegicas complexas que tenham necessidade de ocorrer no
futuro a fim de levar a agricultura para uma base verdadeiramente sustentaacutevel O
processo de mudanccedila estaria dirigido agrave busca de novos pontos de equiliacutebrio entre as
dimensotildees de produtividade estabilidade e equumlidade na atividade agraacuteria articuladas
entre si poreacutem em constante processo de adaptaccedilatildeo e retroalimentaccedilatildeo utilizando
estilos mais respeitosos com o ambiente com o propoacutesito de superar a crise enfrentada
pelos agricultores (Costabeber amp Moyano 2000)
De acordo com Altieri (2002) soacute uma compreensatildeo mais profunda da ecologia
humana e dos sistemas agriacutecolas pode levar a medidas coerentes com uma agricultura
sustentaacutevel Assim a ldquoemergecircncia da agroecologiardquo representa um enorme salto nesta
direccedilatildeo pois fornece os princiacutepios ecoloacutegicos baacutesicos para o estudo e tratamento dos
ecossistemas tanto produtivos quanto preservadores dos recursos naturais e que sejam
culturalmente sensiacuteveis socialmente justos e economicamente viaacuteveis
A transformaccedilatildeo ou substituiccedilatildeo de um modelo de desenvolvimento para outro
supotildee um processo de transiccedilatildeo que em alguns momentos caminha a passos lentos e
em outros pode trazer mudanccedilas bruscas e qualitativamente diferenciadas Esse
processo de transiccedilatildeo significa a conversatildeo de uma agricultura tradicional para uma
agricultura ecoloacutegica e socialmente equilibrada com base na sustentabilidade (Gomeacutez
1997)
Embora a falta de informaccedilatildeo da pesquisa possa ter contribuiacutedo para dificuldades
e experiecircncias negativas de muitos produtores estes tecircm fama de serem inovadores e
experimentadores desejosos de adotar novas praacuteticas no sentido de serem beneficiados
Nos uacuteltimos cinquumlenta anos a inovaccedilatildeo na agricultura tem sido impulsionada
principalmente pela ecircnfase em altos rendimentos e no lucro da unidade produtiva
Apesar da continuidade dessa forte pressatildeo econocircmica sobre a agricultura muitos
produtores convencionais estatildeo preferindo fazer a transiccedilatildeo para praacuteticas que satildeo mais
consistentes ambientalmente e tem o potencial de contribuir com a sustentabilidade da
agricultura em longo prazo (Gliessman 2000)
7
212 Agroecologia e agricultura familiar
O nuacutecleo por excelecircncia da produccedilatildeo sustentaacutevel eacute a agricultura familiar No
Brasil mais especificamente esta tecnologia estaacute sendo introduzida natildeo somente em
aacutereas de cultivo de agricultura familiar em geral mas especificamente em
assentamentos rurais Percebe-se dessa forma tratar-se de um tipo de produccedilatildeo que
tende a incorporar a dimensatildeo histoacuterico-social e a considerar os valores culturais e de
senso comum inerentes aos agricultores familiares (Costa Neto 1999)
Na agricultura familiar a sustentabilidade toma forma a partir do momento em
que comeccedilaram a ser incorporados aos debates os novos anseios da sociedade rural e
urbana relacionados a um novo projeto de desenvolvimento e na medida em que foram
buscadas orientaccedilotildees teoacutericas baseadas no paradigma agroecoloacutegico
De acordo com Maturana amp Rezepka (2000) a formaccedilatildeo do conhecimento natildeo eacute
entendida como simples treinamentos e teacutecnicas e seraacute um aspecto essencial desta
abordagem A valorizaccedilatildeo dos saberes dos agricultores sobre o ambiente as plantas o
solo e os processos ecoloacutegicos onde resgatam e aprimoram teacutecnicas proacuteprias e de
outros de origem cientiacutefica ou empiacuterica fundamentais dentro deste novo paradigma
(Altieri amp Nicholls 2000)
Neste sentido cientistas e extensionistas tecircm se surpreendido com a profundidade
destes conhecimentos e com a capacidade de vaacuterios destes agricultores de expocirc-los
mesmo nos ambientes acadecircmicos onde muitas vezes estatildeo mais avanccedilados que seus
interlocutores (Weid amp Tardin 2002) Isto revela a necessidade de sintonia entre a
Universidade e a Comunidade
Entatildeo a sutentabilidade ambiental em niacutevel local eacute positiva quando o manejo
realizado no agroecossistema aproveita a produtividade dos recursos naturais renovaacuteveis
(aqueles que funcionam mediante o fluxo solar) Ao contraacuterio pode natildeo ser positiva
quando as praacuteticas produtivas consistem na busca pela produtividade mediante a troca
econocircmica (importaccedilatildeo e exportaccedilatildeo de insumos e produtos) onde a terra eacute vista
unicamente como o suporte material (fiacutesico) das espeacutecies Neste caso o controle de
pragas a fertilizaccedilatildeo e outras praacuteticas necessaacuterias satildeo realizados mediante capital
produzido pelo homem degradando a base local de recursos naturais (Xavier Simoacuten amp
Domingues 2001)
8
213 O Mercado de produtos agroecoloacutegicos
O mercado de alimentos produzidos sob a orientaccedilatildeo agroecoloacutegica produzidos
sem utilizaccedilatildeo de agrotoacutexicos ou adubos minerais tem aumentado vertiginosamente em
todo o mundo Alguns dados indicam que esse segmento cresce anualmente cerca de
20 nos Estados Unidos 40 na Europa e 50 no Brasil e para comprovar tais
iacutendices basta verificar a proliferaccedilatildeo das feiras de produtores ecoloacutegicos nas cidades o
aumento dos espaccedilos para esses produtos nas gocircndolas das grandes redes de
supermercados e os movimentos ambientalistas e de consumidores que buscam uma
alimentaccedilatildeo mais saudaacutevel (Schiedeck 2002)
Sem duacutevida antes de tudo cabe salientar que a crise atual evidencia o equiacutevoco da
adoccedilatildeo de um modelo de produccedilatildeotransformaccedilatildeo que natildeo tem outra ambiccedilatildeo que natildeo a
de se adaptar agrave globalizaccedilatildeo Cabe a consideraccedilatildeo feita por Dufour (1999) de que o
mercado natildeo eacute uacutenico e monoliacutetico e portanto a produccedilatildeo social da qualidade natildeo
significa mais do mesmo (a adaptaccedilatildeo do que jaacute natildeo serve)
Na realidade pode-se identificar claramente dois mercados de natureza
fundamentalmente oposta que segundo Gomes amp Borba (2000) satildeo o de produtos
baacutesicos (leite cereais carnes brancas e vermelhas) e o de produtos elaborados
socialmente e de grande valor agregado por serem justos socialmente O mercado
mundial dos produtos baacutesicos eacute alimentado pelos excedentes agriacutecolas de grandes
produtores (Uniatildeo Europeacuteia Estados Unidos e Canadaacute) tambeacutem a soja e carne de
frango brasileira e o trigo argentino e os preccedilos nesses mercados satildeo extremamente
baixos e permaneceratildeo assim por muito tempo segundo relatos recentes do Banco
Mundial
Para produzir a preccedilos tatildeo baixos eacute necessaacuterio lanccedilar matildeo de todo tipo de
artifiacutecio como os hormocircnios os organismos geneticamente modificados as farinhas
animais esquecendo o meio ambiente e convivendo com exploraccedilotildees gigantescas
concentraccedilatildeo na posse da terra e com uma minoria de beneficiaacuterios dos programas de
ajuda puacuteblica os agromanagers (Gomes amp Borba 2000)
O mercado de produtos elaborados e de valor agregado obedece a outras regras
Mesmo que os agricultores busquem a maximizaccedilatildeo da produtividade natildeo se enfrentam
diretamente A produccedilatildeo ocorre em zonas geograacuteficas bem definidas e permite valorizar
o ldquosavoir-fairerdquo ou ldquoknow-howrdquo (em outras palavras natildeo necessariamente mas o
conhecimento ldquotradicionalrdquo) contribuindo para uma verdadeira economia local Esta eacute a
9
agricultura que ao mesmo tempo produz gera e preserva empregos Para caminhar ateacute
ela eacute necessaacuteria uma ampla alianccedila entre agricultores consumidores e movimentos
sociais para frear esta forma de ditadura dos mercados fonte do poder das
transnacionais agro-alimentares e quiacutemicas (Dufour 1999)
Por outra parte o mercado natildeo eacute linear e abstrato como querem fazer crer A
produccedilatildeo e o consumo sempre estaratildeo localizados e seratildeo realizados por produtores e
consumidores concretos isto permite falar em convenccedilatildeo ou negociaccedilotildees onde a
qualidade seja considerada na originalidade no bem comum ou na confianccedila entre pares
e colada aos produtos ainda mais quando se trata de alimentos Isto soacute seraacute possiacutevel
no local (sem ignorar o global) e levando em conta indicaccedilotildees como denominaccedilatildeo
ou indicaccedilatildeo de origem de processo ou de qualidade etc relacionados agraves
especificidades dos produtos o que tambeacutem deve ser objeto de negociaccedilatildeo para cada
lugar (eacute preciso lembrar que a participaccedilatildeo e as relaccedilotildees interpessoais satildeo determinantes
ao longo do processo) A produccedilatildeo social da qualidade eacute vista como estrateacutegia que
adquire sentido se considerada para o espaccedilo da Agricultura Familiar onde ainda eacute
possiacutevel estabelecer laccedilos de solidariedade entre produtores e consumidores (Gomes amp
Borba 2000)
De acordo com DrsquoAgostini amp Fantini (2002) tanto ou mais do que compreender a
dinacircmica de processos dos quais resultam produtos interessantes eacute compreender e
humanizar a dinacircmica de interesses sobre esses processos e produtos Os mesmos
autores dizem ainda que natildeo seria a solidariedade humana (a virtude pressuposta) que
emerge em especial na produccedilatildeo agroecoloacutegica mas sim a emergecircncia da rica
propriedade humana a generosidade que permite praticaacute-la em qualquer relaccedilatildeo entre
os homens
22 A cultura da cebola (Alliunt cepa L) e sua importacircncia
A cultura da cebola foi introduzida pelos accedilorianos no Brasil no seacuteculo XVIII nos
municiacutepio de Mostardas Rio Grande e Satildeo Joseacute do Norte no Estado do Rio Grande do
Sul (Garcia 1990) sendo a terceira hortaliccedila de maior importacircncia econocircmica para o
paiacutes (ICEPA 2003) Nas regiotildees Sul e Sudeste a cebolicultura constitui-se em atividade
socioeconocircmica de significativa relevacircncia para os Estados de Satildeo Paulo Santa
10
Catarina e Rio Grande do Sul nos quais se concentram mais de 76 da produccedilatildeo
nacional (Debarba et a i 1998)
A mais importante regiatildeo produtora do Rio Grande do Sul estaacute situada no litoral
Sul englobando os municiacutepios de Rio Grande Tavares Satildeo Joseacute do Norte e Mostardas
(Garcia 1997) e segundo ICEPASC (2003) esses quatro municiacutepios respondem por
cerca de 70 da produccedilatildeo de cebola do RS
Timm (2000) cita que cerca de 16000 famiacutelias rurais no Rio Grande do Sul tem
na cultura da cebola o seu principal meio de subsistecircncia No Municiacutepio de Satildeo Joseacute do
Norte a produccedilatildeo de cebola constitui uma atividade econocircmica quase exclusiva onde a
descapitalizaccedilatildeo dos agricultores ocasionou o abandono do meio rural por muitos deles
que acabaram por estabelecerem-se na periferia da zona urbana (Garcia 1997)
Aleacutem da descapitalizaccedilatildeo do produtor ocorrem problemas como a erosatildeo do solo
que segundo Zabaleta (1998) ocorre principalmente devido agrave accedilatildeo dos ventos fortes e
constantes caracteriacutesticos na regiatildeo sul-litoracircnea bem como a topografia plana e os
solos muito arenosos com lenccediloacuteis freaacuteticos superficiais contribuem para o
empobrecimento dos solos da regiatildeo principalmente ao se comparar com outras aacutereas
onde a cebola participa de sistemas produtivos juntamente com a produccedilatildeo leiteira o
arroz e hortaliccedilas diversas (Timm 2000)
221 Caracteriacutesticas agronocircmicas da cebola
A cebola eacute uma aliaacuteceae a planta eacute tenra atinge 60 cm de altura e apresenta folhas
tubulares e cerosas O caule verdadeiro eacute um disco comprimido na base da planta de
onde partem as folhas e raiacutezes que satildeo fasciculadas pouco ramificadas explorando um
volume de solo equivalente a um cilindro com 60 cm de altura e 25 cm de diacircmetro
(Filgueira 2000)
Cada planta apresenta 20 a 200 raiacutezes normalmente espessas (05 a 1 mm de
diacircmetro) e com pouca ramificaccedilatildeo e poucos pecirclos absorventes O crescimento eacute
vertical estendendo-se de 40 a 80 cm de profundidade Poucas raiacutezes ocupam mais de
15 cm do raio em tomo do bulbo Estas caracteriacutesticas tecircm implicaccedilotildees peculiares
quanto acirc localizaccedilatildeo e ao suprimento de nutrientes (Quanto menor o diacircmetro e maior a
ocorrecircncia de pecirclos absorventes maior seraacute a superfiacutecie de raiacutezes e consequumlentemente a
absorccedilatildeo de nutrientes (Magalhatildees 1993)
11
A fase vegetativa do ciclo da planta termina com o amadurecimento do bulbo
todavia trata-se de uma planta bienal considerando acirceu ciclo vital completo isto eacute da
semeadura ateacute a produccedilatildeo de novas sementes Apoacutes um periacuteodo invemal sob baixas
temperaturas haacute emissatildeo de um pendatildeo floral que pode alcanccedilar 150 cm de altura
terminando por uma inflorescecircncia tipo umbela simples inicialmente recoberta por
uma peliacutecula formada por centenas de pequenas flores (Filgueira 2000)
Segundo Clivela (1995) os fatores climaacuteticos de modo geral natildeo satildeo limitantes
para a produccedilatildeo de bulbos de cebola no Rio Grande do Sul Filgueira (2000) enfatiza
que no Brasil eacute uma das raras culturas oleraacuteceas nas quais o fotoperiacuteodo pode tornar-se
o fator limitante ocorrendo frustraccedilotildees da colheita caso as exigecircncias da planta natildeo
sejam satisfeitas
222 A produccedilatildeo de mudas de hortaliccedilas
As mais importantes modificaccedilotildees no sistema de produccedilatildeo nos uacuteltimos anos tecircm
sido feitas na produccedilatildeo de mudas Hoje eacute uma realidade os produtores se
especializarem em produzir mudas principalmente no Estado de Satildeo Paulo Para tanto
se busca atraveacutes da pesquisa as melhores fontes e combinaccedilotildees de substratos associados
ao sistema de produccedilatildeo conveniente para cada espeacutecie a fim de se obter melhorias na
propriedade no solo e na Olericultura (Giorgetti 1991)
O sistema agroecoloacutegico torna-se importante uma vez que a base da Horticultura
moderna eacute a produccedilatildeo de mudas de alta qualidade (Minami1995) a produccedilatildeo de mudas
de hortaliccedilas tem sido citada como a etapa mais importante do sistema produtivo (Silva
Junior et al 1995) Segundo Filgueira (2000) nesta fase natildeo se pode cometer erros
pois posteriormente seraacute mais difiacutecil de corrigi-los visto que para o cultivo da cebola a
muda refletiraacute na qualidade do bulbo
As mudas de hortaliccedilas podem ser consideradas tolerantes e natildeo tolerantes ao
transplante e dependem principalmente das condiccedilotildees ambientais necessitando de
cuidados No caso da cebola como satildeo produzidas com raiz nua os cuidados devem ser
maiores pois dependendo do estado em que se encontram mais ou menos susceptiacuteveis
aos estresses quando em contato com o campo podem resultar em desastre (Minami
1999)
A quantidade de nutrientes extraiacuteda pelas hortaliccedilas durante a fase de muda varia
em funccedilatildeo da espeacutecie da variedade ou da cultivar e do prazo necessaacuterio para a formaccedilatildeo
13
O composto humificado ou curado eacute rico em nutrientes que passaram parcialmente
da forma orgacircnica para a forma mineral assimilaacutevel pelas raiacutezes e com maior teor
coloidal que atua como fertilizante e eacute responsaacutevel pela capacidade melhoradora do
solo (Barreto 1985)
Uma das principais alternativas em termos de adubaccedilatildeo orgacircnica eacute o
vermicomposto Ele eacute um adubo orgacircnico estaacutevel rico em nutrientes inodoro de
coloraccedilatildeo escura obtido a partir da atividade das minhocas que potencializam a mateacuteria
prima utilizada no processo (principalmente esterco de bovino) proporcionando
diversos benefiacutecios para as plantas (Timm 2000)
231 Efeitos da adubaccedilatildeo orgacircnica no solo
O solo funciona como um organismo vivo em 1 grama de solo saudaacutevel vive uma
comunidade bioloacutegica de aproximadamente 1 0 0 0 0 espeacutecies diferentes como minhocas
larvas besouros colecircmbolos aacutecaros algas bacteacuterias e fungos Estes organismos
necessitam de alimentos para viver principalmente carbono e nitrogecircnio que estatildeo
presentes na palhada das culturas e no esterco de animais Em funccedilatildeo disso eacute
importante que o solo tenha um determinado teor de mateacuteria orgacircnica para fornecer os
alimentos e energia que os microacutebios precisam para viver (Paulus et al 2001)
O homem atraveacutes dos diferentes sistemas de preparo do solo e cultivos contiacutenuos
ou natildeo altera o comportamento do mesmo em relaccedilatildeo agraves reaccedilotildees quiacutemicas
propriedades fiacutesicas como capacidade de retenccedilatildeo de aacutegua lixiviaccedilatildeo de nutrientes
erosatildeo e como consequumlecircncia afeta a qualidade de organismos presentes no solo (Brady
1999) reduzindo paulatinamente o teor de mateacuteria orgacircnica (Primavesi1982)
Nos uacuteltimos anos tem-se observado em diferentes paiacuteses a ampliaccedilatildeo do uso de
adubos orgacircnicos Alguns apresentam oacutetimos resultados enquanto outros se mostram
tecnicamente inadequados Os principais adubos orgacircnicos encontrados no mercado satildeo
fertilizantes orgacircnicos de origem animal compostos de lixo urbanos compostos de
produtos industriais e huacutemus de minhoca Nestes fertilizantes estatildeo presentes a maioria
dos macronutrientes (nitrogecircnio foacutesforo potaacutessio caacutelcio magneacutesio enxofre) e
micronutrientes (zinco cobre boro ferro cobalto)essenciais para as plantas e nem
sempre encontrados em muitos fertilizantes minerais bem como uma gama de
microorganismos que vatildeo beneficiar a fauna e a flora do solo (Brady 1979 Kiehl
1985 Costa 1985 Garcia 1997)
14
Os adubos orgacircnicos satildeo amplamente empregados nos sistemas de produccedilatildeo de
alface como condicionadores do ambiente quiacutemico e fiacutesico da rizosfera e
consequumlentemente na resposta bioloacutegica das plantas (Rodrigues amp Casali 1998)
Considerando as necessidades hortiacutecolas de maior competitividade e o fato de natildeo
ser subsidiada o crescimento populacional e a industrializaccedilatildeo representam fatores
determinantes na geraccedilatildeo diaacuteria de enormes volumes de resiacuteduos podendo ser utilizados
pelos produtores com um maior retomo econocircmico possiacutevel Ao mesmo tempo a
questatildeo ambiental assume cada vez mais destaque na sociedade moderna repercutindo
em poliacuteticas governamentais bem como no setor produtivo do paiacutes e do mundo
fazendo com que a relaccedilatildeo do homem com a natureza seja repensada (Morselli 2001)
232 Efeitos da adubaccedilatildeo orgacircnica nas culturas
Segundo Paulus et al (2001) a mateacuteria orgacircnica tambeacutem eacute fonte de nutrientes
especialmente nitrogecircnio foacutesforo enxofre e micronutrientes aleacutem disso tem
capacidade de ldquoprenderrdquo micronutrientes e alguns elementos toacutexicos para as plantas
como o alumiacutenio Por exemplo os micronutrientes depois de presos satildeo liberados
lentamente no solo onde satildeo gradativamente aproveitados pelas plantas
O uso dos fertilizantes minerais elevam o custo de produccedilatildeo pois satildeo necessaacuterias
altas doses para o fornecimento dos teores de nutrientes demandados Por isso eacute
importante a geraccedilatildeo de tecnologias que poupem o consumo de fertilizantes minerais
desejaacutevel com vista agrave diminuiccedilatildeo do custo de produccedilatildeo (Rodrigues 1984) A produccedilatildeo
de hortaliccedilas sob a orientaccedilatildeo agroecoloacutegica leva em consideraccedilatildeo natildeo apenas os custos
de produccedilatildeo como tambeacutem a dependecircncia dos insumos principalmente quando se
considera a ldquoteoria da trofobioserdquo pelos efeitos maleacuteficos que os nutrientes prontamente
assimilaacuteveis podem causar as plantas (Chaboussou 1987)
Para Compagnoni amp Putzolu (1985) o vermicomposto eacute um autecircntico fertilizante
bioloacutegico que atua como corretivo do solo determinando caracteriacutesticas importantes
para a microflora pelos aacutecidos huacutemicos e as substacircncias fitoestimulantes Os autores
consideram ainda que as dejeccedilotildees das oligoquetas proporcionam a formaccedilatildeo de huacutemus
permitindo melhorar o solo razatildeo pela qual satildeo destinados agrave horticultura com oacutetimas
vantagens fiacutesicas e microbioloacutegicas enriquecendo a camada araacutevel
Em experimentos desenvolvidos durante cinco anos para avaliar o efeito da
aplicaccedilatildeo de compostos eou adubos nas culturas de alface manjericatildeo espinafre e
15
pepino Valenzuela amp Crosby (1998) compararam as produccedilotildees obtidas com composto
e a fertilizaccedilatildeo padratildeo e concluiacuteram que a utilizaccedilatildeo do composto em 20 Mg ha 1 mais
N-quiacutemico foi o melhor tratamento em todas as culturas estudadas
233 Plantas de cobertura do solo
As plantas mais usadas para adubaccedilatildeo de cobertura do solo satildeo as leguminosas
pois estas tecircm a capacidade de fixar o nitrogecircnio atmosfeacuterico e disponibiliza-lo agrave
cultura Primavesi (1992) cita que utilizando-se mucuna ervilhaca feijatildeo-de-porco
feijatildeo-miuacutedo crotalaacuteria e outras natildeo haacute necessidade de utilizar tanto nitrogecircnio em
cobertura embora natildeo se dispense uma calagem mais frequumlente pois ocorre um pouco
de acidificaccedilatildeo no solo como com qualquer adubaccedilatildeo nitrogenada Segundo a mesma
autora algumas leguminosas tecircm a capacidade de mobilizar o foacutesforo como o caupi
(feijatildeo-miuacutedo) outras mobilizam o caacutelcio como tremoccedilo
Para Brady (1999) a adubaccedilatildeo verde traz grandes benefiacutecios como suprimento de
mateacuteria orgacircnica sendo consideraacutevel a quantidade de resiacuteduos orgacircnicos devolvidos ao
solo adiccedilatildeo de nitrogecircnio nutrientes e conservaccedilatildeo do solo
Calegari (1998) comenta que quanto aos aspectos fiacutesicos os resiacuteduos tendem a
contribuir para uma melhoria da estrutura do solo percebida pelo aumento da
estabilidade dos agregados em aacutegua aumento da capacidade de retenccedilatildeo hiacutedrica
elevaccedilatildeo dos iacutendices de infiltraccedilatildeo de aacutegua no solo aumento da porosidade melhor
aeraccedilatildeo e diminuiccedilatildeo da densidade do solo
De acordo com Timm (2000) o papuatilde eacute uma excelente alternativa como cobertura
de solo para o cultivo miacutenimo da cebola pois na eacutepoca do transplante das mudas seu
ciclo vegetativo estaacute completo natildeo necessitando o dessecamento outra vantagem eacute que
o papuatilde apresenta bom controle com relaccedilatildeo agraves plantas invasoras da cebola reduzindo
ao longo dos anos o nuacutemero de capinas e a aplicaccedilatildeo de herbicidas
234 Adubaccedilatildeo foliar
Segundo Malavolta (1981) a utilizaccedilatildeo da adubaccedilatildeo foliar eacute complemento da
adubaccedilatildeo de solo natildeo substituto da mesma no que diz respeito ao fornecimento de
nitrogecircnio foacutesforo e potaacutessio para as culturas Da mesma maneira que as raiacutezes podem
perder para o solo parte dos elementos absorvidos as folhas tambeacutem o fazem pela accedilatildeo
16
de fatores internos (desordem fisioloacutegica estado nutricional etc) e externos (chuvas
orvalho nutriccedilatildeo do sistema radicular luz temperatura etc)
Para Chaboussou (1987) as plantas adquirem o maacuteximo de resistecircncia bioloacutegica
atraveacutes da nutriccedilatildeo (trofos) equilibrada Obviamente para que isto ocorra eacute necessaacuterio
que o solo esteja em equiliacutebrio dinacircmico o ambiente seja o mais estaacutevel e as plantas
selecionadas ou melhor adaptadas para poderem suportar as alteraccedilotildees extemporacircneas
ocasionadas pelos fenocircmenos meteoroloacutegicos e nas fases fonoloacutegicas criacuteticas do
crescimento e desenvolvimento (Pinheiro amp Barreto 2000)
O lixiviado das folhas enriquece as camadas superiores do solo e tende a
contrabalanccedilar as perdas de zonas mais profundas e mais distantes acumulando-os nas
suas proximidades tambeacutem influencia o nuacutemero e o comportamento dos
microrganismos que por sua vez alteram o processo de gecircnese do solo sua textura e
fertilidade A lixiviaccedilatildeo assim se toma importante no desenvolvimento da sucessatildeo
ecoloacutegica devido agrave ciclagem de elementos (Malavolta 1980)
Conforme Camargo (1975) a utilizaccedilatildeo de adubos foliares substitui parcialmente
a adubaccedilatildeo radicular em 20 a 25 podendo ser utilizada em varias pulverizaccedilotildees
24 Vermicompostagem
E o processo que consiste em se submeter diferentes resiacuteduos orgacircnicos de
origem animal eou vegetal aos processos fermentativos e humificaccedilatildeo adicionando
minhocas do gecircnero Eiseina espeacutecie foetida ao material procurando obter um produto
curado em aproximadamente 45 - 60 dias (Compagnoni amp Putzolu 1985)
A vermicompostagem firmou-se no Brasil como atividade rentaacutevel produzindo
adubo de alta qualidade na deacutecada de 90 Na agricultura brasileira contudo haacute
preferecircncia pelos adubos quiacutemicos em funccedilatildeo de sua aquisiccedilatildeo financiada menor custo
e retomo imediato embora o impacto de seu uso contiacutenuo sobre o solo e os
microorganismos que nele vivem seja negativo (Tagliari amp Grassmann 1995)
Segundo Morselli (2002) a vermicompostagem difere da compostagem
convencional dentre outros pocircr formar substacircncias huacutemicas mais rapidamente ao sofrer
passagem pelo trato digestivo das minhocas A alirdentaccedilatildeo destas satildeo basicamente os
estercos e a disponibilidade desta mateacuteria prima bem como de ambiente protegido para
proceder a compostagem correta deste material satildeo indispensaacuteveis
17
Segundo Kiehl (1985) e Martinez (1990) o vermicomposto apresenta as seguintes
vantagens em relaccedilatildeo a compostagem permite a formaccedilatildeo de um produto curado em
menor espaccedilo de tempo promove a formaccedilatildeo de um material com maior
disponibilidade de nutrientes facilita o peneiramento natildeo havendo a necessidade de
revolvimento do material oferece vaacuterias fontes de renda pois aleacutem do huacutemus fornece
minhocas e raccedilatildeo e quando aplicado ao solo tende a melhorar as propriedades fiacutesicas
quiacutemicas e bioloacutegicas
241 Resiacuteduos utilizados na vermicompostagem
2411 Resiacuteduos de origem animal
Segundo Bureacutes (1997) o esterco eacute uma mistura de fezes urina e camas que
podem estar constituiacutedas de palhas folhas secas serragem turfa casca de arroz e ateacute
terra Esse apresenta pH neutro e densidade que varia de 030 a 090 Kg dm3 segundo
seu estado de decomposiccedilatildeo Eacute influenciado por vaacuterios fatores como espeacutecie animal
raccedila idade alimentaccedilatildeo material utilizado como cama e tratamento da mateacuteria-prima
esterco (Kiehl 1985) Dentre os fatores apontados um dos mais importantes eacute a
alimentaccedilatildeo do animal quanto mais rica a alimentaccedilatildeo mais rica seraacute as dejeccedilotildees
(Gnoatto 1999) O volume de bacteacuterias vivas ou mortas encontradas no esterco
representam 20 a 30 do total delas se originam grande parte do nitrogecircnio sob a
forma de proteiacutena (Morselli 2002)
A origem do material utilizado para a produccedilatildeo de vermicomposto eacute fundamental
pois soacute uma mateacuteria-prima de qualidade resultaraacute em um produto final de boa qualidade
Dentre os estercos o de aves eacute empregado empiricamente na adubaccedilatildeo de culturas
permanente ou natildeo com excelentes resultados apesar de sua simples composiccedilatildeo
meacutedia 2 de nitrogecircnio 2 de foacutesforo como P2 0 5 e 1 de K2 0 Poreacutem haacute uma
grande variaccedilatildeo na sua constituiccedilatildeo a qual dependeraacute do manejo animal atraveacutes das
camas finalidade da criaccedilatildeo e natureza das camas (Morselli 2002)
2412 Resiacuteduos de origem vegetal
A mateacuteria orgacircnica pode ser preservada no solo por vaacuterios processos seja pela
simples incorporaccedilatildeo de resiacuteduos de culturas rotaccedilatildeo de culturas adubaccedilatildeo verde ou
18
pela adiccedilatildeo de materiais orgacircnicos capazes de elevar e manter a produtividade do solo
Da decomposiccedilatildeo dos resiacuteduos orgacircnicos adicionados ao solo resulta a liberaccedilatildeo de
grande quantidade de nutrientes principalmente o nitrogecircnio o potaacutessio e o enxofre
Aleacutem disso diversos atributos quiacutemicos e fiacutesicos do solo satildeo alterados pela
decomposiccedilatildeo desses resiacuteduos destacando-se o aumento da capacidade de troca de
caacutetions o aumento da retenccedilatildeo de aacutegua a melhoria da estabilidade dos agregados e da
aeraccedilatildeo (Fraser1963 Malavolta 1981 Mello et al 1983 Bonilla 1992)
Segundo Purcino (1981) quando a relaccedilatildeo CN eacute menor que 30 como no caso do
esterco de curral ou da palha de leguminosas a disponibilidade de nitrogecircnio eacute
imediata mas acima deste valor ocorre imobilizaccedilatildeo crescente deste nutriente Por esse
motivo estes materiais devem ser submetidos a uma degradaccedilatildeo bioloacutegica antes de
serem adicionados ao solo
25 Biofertilizantes
No Brasil ocorrem problemas crescentes com materiais derivados de sistemas
intensivos de criaccedilatildeo animal que acumulam resiacuteduo^ orgacircnicos com graves problemas
de contaminaccedilatildeo de cursos de aacutegua que na maioria das vezes se acumulam em um
uacutenico lugar e natildeo satildeo reciclados (Viglizzo 1995)
Visando amenizar tais situaccedilotildees os meacutetodos alternativos de adubaccedilatildeo controle de
doenccedilas pragas e plantas indesejaacuteveis tecircm sido muito estudado Dentro dessa linha de
pesquisa destaca-se o uso de mateacuteria orgacircnica atraveacutes tanto de sua incorporaccedilatildeo ao
solo como de sua transformaccedilatildeo para uso posterior na forma de biofertilizantes
(Khatounian 1997 Bettiol et al 1997)
Na complexa e elevada comunidade microbiana dos biofertilizantes encontram-se
bacteacuterias fungos leveduriformes filamentosos e actinomicetos (Bettiol apud Penteado
1999)
O agregado de macro e micronutrientes periodicamente ativa e enriquece a
fermentaccedilatildeo O uso de farinha de rocha tem sido vantajoso por ter baixo custo
comparado com os sais concentrados e purificados aleacutem de trazer alguns elementos
traccedilos de vital importacircncia para os microrganismos do solo como por exemplo o Gaacutelio
o Iodo e o Vanaacutedio (M1BASA 199-) O agregado de farinha de rocha ou sais
purificados ao fermentado faz com que estes nutrientes passem a fazer parte dos
microrganismos ou dos produtos orgacircnicos liberados durante a fermentaccedilatildeo sendo que
19
o ataque dos microrganismos atraveacutes de suas enzimas consegue liberar os elementos natildeo
atacados pelos aacutecidos industriais (Pinheiro amp Barreto 2000)
Os biofertilizantes tecircm sido empregados na agricultura ecoloacutegica como adubo
foliar para aumentar a resistecircncia contra pragas e doenccedilas Aleacutem disso o processo de
produccedilatildeo eacute bastante simples e por isso eacute viaacutevel sua produccedilatildeo na propriedade desde que
tenha esterco disponiacutevel (Penteado 1999)
Bettiol et al (1997) verificaram a presenccedila de diferentes espeacutecies de fungos
fiacutelamentosos e leveduriformes e bacteacuterias entre elas Bacillus spp na comunidade
microbiana do biofertilizante produzido segundo meacutetodo adotado pelo Centro de
Agricultura Ecoloacutegica Ipecirc Os autores verificaram ainda uma reduccedilatildeo da comunidade
microbiana ao longo da digestatildeo reduccedilatildeo essa mais acentuada logo apoacutes o acreacutescimo
dos sais contendo micronutrientes A accedilatildeo dos sais pode ser tanto por aumento na
pressatildeo osmoacutetica quanto pelo efeito direto sobre os microrganismos Para o controle de
doenccedilas de plantas satildeo importantes a presenccedila dos metaboacutelitos produzidos pelos
organismos presentes no biofertilizante e os proacuteprios microrganismos vivos
Os microrganismos transformam o material orgacircnico (esterco soro de leite caldo
de frutas palhas restos industriais etc) e cinzas produzindo vitaminas aacutecidos e sais
complexos importantes para regular e tonificar o metabolismo das plantas impedindo o
desenvolvimento de pragas e doenccedilas (Pinheiro amp Barreto 2000)
Em estudos feitos com o biofertilizante liacutequido de bovinos foi observado a
presenccedila de inuacutemeros microorganismos como bacteacuterias leveduras e bacilos
principalmente do Bacillus subtilis Estes microorganismos sintetizam substacircncias
antibioacuteticas as quais demonstram ter grande accedilatildeo e eficiecircncia como substacircncias
fungiostaacuteticas e bacteriostaacuteticas de fitopatoacutegenos causadores de danos em lavouras
comerciais (Penteado 1999)
Aldrighi et al (2002) realizaram trabalho na UFPel relacionado agrave nutriccedilatildeo de
mudas de tomate (Floradade) produzidas no sistema ldquofloatingrdquo Utilizaram-se doses de
0 2 5 e 10 para o biofertilizante Super Magro e 0 e 1 para a urina de vaca
Concluiacuteram que estes natildeo interferem na produccedilatildeo das mudas e que provavelmente foi
influenciado pelo substrato utilizado (vermicomposto 75 e casca de arroz carbonizada
25) bem como o sistema de produccedilatildeo (floating)
Paglia et al (2002) citam que eacute possiacutevel produzir mudas de tomate (cultivar
Floradede) utilizando urina de vaca e biofertilizante Super Magro na aacutegua em sistema
ldquofloatingrdquo em trabalho realizado na UFPel O uso da urina de vaca a 1 e 5 e
20
biofertilizante Super Magro a 6 proporcionam uma elevaccedilatildeo do foacutesforo bem como o
Super Magro a 6 eleva os teores de Mg e Ca na aacutegua
251 Urina de vaca
As urinas de vaca contecircm nutrientes favoraacuteveis ao bom desenvolvimento das
plantas como potaacutessio soacutedio nitrogecircnio enxofre magneacutesio caacutelcio foacutesforo e traccedilos de
outros elementos Nas plantas funciona como um fertilizante natural tomando-as mais
resistentes ao ataque das pragas e doenccedilas Satildeo encontradas tambeacutem na urina outras
substacircncias como fenoacuteis e principalmente o catecol que esta associado agrave recuperaccedilatildeo
de plantas atacadas por fitopatoacutegenos por ser um produto anti-seacuteptico (Penteado 1999)
Para seu emprego a urina receacutem coletada deve ser armazenada sob condiccedilotildees
ambientais por trecircs dias para que se forme amocircnio importante produto a ser absorvido
pelas plantas Recomenda-se ainda que o armazenamento deva ser feito em recipiente
fechado para que natildeo ocorram perdas de nitrogecircnio Desta forma poderaacute permanecer
por ateacute um ano sem comprometer sua eficiecircncia
Em hortaliccedilas o uso da urina de vaca eacute recomendado em pulverizaccedilotildees foliares
semanais na concentraccedilatildeo de 05 para tomateiro pimentatildeo pepino feijatildeo vagem e
couve ou quinzenais a 1 para as culturas do quiabeiro jiloeiro e berinjela Para
fruteiras em geral a primeira aplicaccedilatildeo deve ser na concentraccedilatildeo aproximada de 5
realizada diretamente no solo e mensalmente devem ser realizadas pulverizaccedilotildees
foliares a 1 para plantas jovens e a 5 para plantas adultas (Penteado 1999)
Na aplicaccedilatildeo foliar deve-se ter cuidado com folhas e brotos novos e considerar que
o uso contiacutenuo pode ser toacutexico podendo afetar o solo causando a sua acidificaccedilatildeo
(Penteado 1999)
Na Estaccedilatildeo Experimental da PESAGRO no municiacutepio de Macaeacute Rio de Janeiro
estaacute se utilizando a urina de vaca leiteira Os pesquisadores descobriram que a urina de
vaca em lactaccedilatildeo produzia o efeito de recuperar plantas de abacaxi atacadas por uma
doenccedila conhecida como ldquofusairioserdquo Essa doenccedila quando ataca o abacaxi causa
perdas de ateacute 70 da safra Todos os agrotoacutexicos testados natildeo conseguiram controlar a
doenccedila Isto eacute um exemplo para que a universidade tenha uma nova percepccedilatildeo (Capra
1996) adotando medidas efetivas que contribuam na transiccedilatildeo agroecoloacutegica Com o
uso da urina de vaca leiteira numa lavoura de abacaxi atacada pela fusariose observou-
se agrave recuperaccedilatildeo do stand e os frutos produzidos apresentaram excelente padratildeo
21
comercial Descobriu-se que aleacutem funcionar como adubo e defensivo natural a urina de
vaca leiteira tambeacutem favorece a floraccedilatildeo de muitas plantas e pode ser usada no
tratamento de frutos e tubeacuterculos depois da colheita
A urina de vaca em lactaccedilatildeo tambeacutem estaacute sendo usada nas lavouras de cafeacute em
plantaccedilotildees de maracujaacute coco alface e outras hortaliccedilas Na regiatildeo centro-sul do Paranaacute
os agricultores estatildeo aplicando a urina de vaca leiteira nas lavouras de feijatildeo soja
batata cebola e milho (Penteado 1999)
252 Alhol
A maioria dos defensivos alternativos tais como calda bordalesa sulfocaacutelcica
aacutegua de cinza e cal biofertilizante enriquecido extrato de fumo entre outros precisa
ser misturada com um espalhante adesivo para quebrar a tensatildeo superficial da gota e
propiciar um melhor molhamento das folhas e demais partes pulverizadas assegurando
uma absorccedilatildeo mais efetiva e uma melhor accedilatildeo sobre as pragas e doenccedilas Quando as
gotas permanecem inteiras sobre a superfiacutecie folhar devido agrave falta de espalhante
adesivo pode-se danificar os tecidos vegetais pelc efeito-lente quando o sol incide
sobre elas Aleacutem disso a gota por natildeo se espalhar sobre toda superfiacutecie folhar
concentra nela e consequumlentemente sobre o tecido que estaacute em contato com ela uma
quantidade maior do produto aplicado Essa maior concentraccedilatildeo pode prejudicar a
absorccedilatildeo e lesionar os tecidos principalmente apoacutes a evaporaccedilatildeo da aacutegua contida na
gota por resultar em uma maior concentraccedilatildeo de sais no local especialmente quando se
aplicam por exemplo calda sulfocaacutelcica bordalesa biofertilizante enriquecido com
macro e micronutrientes (Claro 2001)
O alhol eacute um espalhante adesivo ecoloacutegico que tambeacutem auxilia no controle de
pragas E elaborado com aacutegua alho oacuteleo vegetal e sabatildeo neutro a partir da sabedoria
popular que menciona o alho como repelente de insetos Juacutenior Abreu amp Maiorano
(199-) indicam formulaccedilotildees contendo alho para o controle de pragas como nematoacuteides
(Meloidogyne incoacutegnita e M javanica) mosca do chifre lagarta na maccedilatilde pulgotildees
besouro da batata trips e para controle de doenccedilas fuacutengicas e bacterianas como miacuteldio
ferrugem fusariose helminthosporiose murchadeira (Pseudonamos solacearum)
bruzone do arroz (Pyricularia orysae) podridatildeo negra do repolho e couve-flor
(Xanthomonas campestris) Aleacutem disso o alho pelo seu bom teor em oacuteleo pode agir
tambeacutem como espalhante adesivo O sabatildeo tambeacutem eacute indicado como espalhante adesivo
22
e possui accedilatildeo contra certas pragas (pulgotildees) sendo que o oacuteleo vegetal eacute indicado no
controle de cochonilhas e usado como espalhante adesivo (Claro 2001)
253 Calda Bordalesa
A calda bordalesa eacute um tradicional defensivo agriacutecola que pode ser preparado na
propriedade com a mistura de sulfato de cobre cal virgem e aacutegua As concentraccedilotildees de
sulfato de cobre e cal satildeo distintas dependendo do objetivo do seu emprego
Geralmente diferem de acordo com o tipo de planta ou espeacutecie vegetal as condiccedilotildees
climaacuteticas o grau de infestaccedilatildeo da doenccedila e a fase de crescimento da planta Eacute indicada
para o controle de miacuteldio alternaacuteria botrytis e antracnose (Penteado 1999)
A calda bordalesa caracteriza-se pela sua importante accedilatildeo no controle de diversas
doenccedilas fungicas nas mais diversas espeacutecies de culturas Possui tambeacutem uma relativa
accedilatildeo bactericida e em alguns casos age como repelente de insetos Da mistura do
sulfato de cobre com a cal resulta uma soluccedilatildeo rica em macronutrientes e
micronutrientes Provavelmente os expressivos resultados obtidos com a aplicaccedilatildeo da
calda bordalesa devam-se natildeo somente a sua accedilatildeo fuacutengica e bactericida mas sobretudo
agrave influecircncia positiva que exerce no metabolismo das plantas ativando o processo
enzimaacutetico e estimulando a proteossiacutentese aumentando a resistecircncia das plantas (Claro
2 0 0 1 ) caracteriacutestica fundamental na agricultura sustentaacutevel
254 Biofertilizante Super Magro
A calda Super Magro eacute produto da fermentaccedilatildeo de estercos animais enriquecidos
por micronutrientes e outros produtos de origem animal obtendo-se uma calda
biofertilizante para aplicaccedilatildeo foliar nas plantas (Penteado 1999) jaacute foram observados
bons resultados principalmente nas culturas de uva maccedila pecircssego tomate batata e
hortaliccedilas em geral
E indicado como fonte suplementar de micronutrientes para as plantas inibidor
de fungos e bacteacuterias causadores de doenccedilas e para aumentar a resistecircncia contra insetos
e aacutecaros (Penteado 1999) i
Muller (1999) avaliou a influecircncia do biofertilizante Super Magro sobre as
culturas de tomate (Lycopersicon esculentum Mill) ervilha (Pisum sativum L) e
beterraba (Beta vulgaris L) O autor obteve cultivos com baixa severidade de doenccedilas e
23
insetos fitoacutefagos possivelmente por causa do manejo orgacircnico de produccedilatildeo Os
resultados das pulverizaccedilotildees das soluccedilotildees foliares variaram conforme a cultura e o
clima
255 Biofertilizante MB4
A utilizaccedilatildeo das farinhas de rochas eacute uma das teacutecnicas mais modernas usadas nos
uacuteltimos anos na agricultura O elevado nuacutemero de nutrientes contidos no MB4 como
cobre zinco manganecircs cobalto soacutedio alumiacutenio silicatos de magneacutesio ferro e caacutelcio
acompanhado de foacutesforo potaacutessio e enxofre reagem com a soluccedilatildeo do solo liberando
elementos essenciais ao desenvolvimento da vida microbiana os quais exercem um
papel fundamental atraveacutes de transformaccedilotildees quiacutemicas e do equiliacutebrio bioloacutegico
favorecendo o desenvolvimento sadio das plantas (Pinheiro amp Barreto 2000)
24
3 MATERIAL E MEacuteTODOS
31 Local de execuccedilatildeo do experimento
O presente trabalho foi conduzido no Centro de Pesquisa da Regiatildeo Sul
(FEPAGROSUL) no municiacutepio de Rio Grande nlt periacuteodo de 15 de maio a 26 de
agosto de 2 0 0 2
O solo eacute classificado como ldquoTuiardquo satildeo muito arenosos As massas aquaacuteticas do
Oceano Atlacircntico e Lagoa dos Patos influenciam ventos temperatura pressatildeo umidade
relativa e demais fatores climaacuteticos A topografia da regiatildeo litoracircnea eacute plana com
lenccediloacuteis freaacuteticos superficiais
32 Anaacutelise estatiacutestica
O experimento foi constituiacutedo em fatorial 3X3 (Quadro 1) com quatro repeticcedilotildees
no delineamento blocos ao acaso As variaacuteveis respostas foram submetidas agrave anaacutelise de
variaccedilatildeo e ao teste de Duncan a 5 de probabilidade para comparaccedilatildeo das meacutedias
utilizando-se o sistema SANEST (Zonta amp Machado 1984)
As anaacutelises estatiacutesticas das variaacuteveis estudadas encontram-se nos Apecircndices C D
Os resultados das respostas agronocircmicas e das determinaccedilotildees dos conteuacutedos dos
macronutrientes bem como os de raiz estatildeo nas tabelas de 1 a 3
25
As diferentes adubaccedilotildees seratildeo representadas durante a discussatildeo da seguinte
forma 1 VB (30 t ha 1 de vermicomposto) 15 VB (45 t ha 1 de vermicomposto) e EC
(60 t ha 1 de esterco de curral) 1 VB+SM+U+CB (30 t ha 1 de vermicomposto mais
super magro mais urina de vaca mais calda bordalesa) 15 VB+SM+U+CB (45 t ha 1 de
vermicomposto mais super magro mais urina de vaca mais calda bordalesa)
EC+SM+U+CB (60 t ha 1 de esterco de curral mais super magro mais urina de vaca
mais calda bordalesa) 1 VB+MB4 +U+CB (30 t ha 1 de vermicomposto mais MB4 mais
urina de vaca mais calda bordalesa) 15 VB+MB4 +U+CB (45 t ha 1 de vermicomposto
mais MB4 mais urina de vaca mais calda bordalesa) EC+MB4 +U+CB (60 t ha 1 esterco
de curral mais MB4 mais urina de vaca mais calda bordalesa)
QUADRO 1 Descriccedilatildeo dos fatores experimentais e respectivos niacuteveis
Niacuteveis Fator 1 ADUBACcedilAtildeO DE BASE
0 1 Vermicomposto (30 t ha1)
0 2 Vermicomposto (45 t ha1)
03 Esterco de curral (60 t ha1)
Niacuteveis Fator 2 BIOFERTILIZANTES LIacuteQUIDOS
0 1 Super magro (5) + Urina de Vaca + Calda Bordalesa
0 2 MB4 (10) + Urina de vaca + Calda Bordalesa
03 Ausecircncia (testemunha)
33 Tratamentos
Da combinaccedilatildeo entre niacuteveis e fatores foram obtidos 9 tratamentos que estatildeo
descritos no Quadro 2 bem como as doses de adubaccedilatildeo utilizadas no experimento
26
QUADRO 2 Tratamentos e doses de adubaccedilatildeo utilizadas no experimento
TRATAMENTOS
Ndeg FATOR I FATOR II
0 1 30 t ha de vermicomposto Super magro 5 Urina de vaca Calda Bordalesa
0 2 30 t harsquo de vermicomposto MB4 10 Urina de vaca Calda Bordalesa
03 30 t ha de vermicomposto - - -
04 45 t ha de vermicomposto Super magro 5 Urina de vaca Calda Bordalesa
05 45 t ha de vermicomposto MB4 10 Urina de vaca Calda Bordalesa
06 45 t ha de vermicomposto - - -
07 60 t hade esterco Super Magro 5 Urina de vaca Calda Bordalesa
08 60 t hade esterco MB4 10 Urina de vaca Calda Bordalesa
09 60 t hade esterco - - -
Cada parcela foi constituiacuteda por dois canteiros medindo 1 m de largura x 2 m de
comprimento perfazendo 075 m de aacuterea de aacuterea uacutetil (025 m de bordadura) Foi
utilizando semeadura a lanccedilo com densidade de 24 g canteiro1
O vermicomposto a urina de vaca o esterco de curral o alhol os biofertilizantes e
a calda bordalesa foram de procedecircncia do Centro de Pesquisa da Regiatildeo Sul O
vermicomposto de esterco bovino misturado agraves cascas de frutas foi processado pela
minhoca vermelha califomiana Eisenia foetida)
O biofertilizante Super Magro foi elaborado segundo a metodologia descrita pela
FEPAGROSUL utilizando-se os seguintes componentes 190 litros de aacutegua 22 litros
de leite 55 Kg de accediluacutecar mascavo 30 Kg de esterco fresco de bovinos 2 Kg de
Sulfato de zinco 2 Kg de sulfato de magneacutesio 2 Kg de cloreto de caacutelcio 1 Kg de aacutecido
boacuterico 300 g de sulfato de cobre 300 g de sulfato de ferro 300 g de sulfato de
manganecircs 100 g de molibdato de soacutedio 50 g de sulfato de cobalto 3 Kg de fosfato
natural 3 Kg de cinza e 200 g de farinha de osso
A urina de vaca em lactaccedilatildeo foi coletada pela manhatilde e armazenada em recipiente
fechado por trecircs dias em condiccedilotildees ambientais para que se formasse a amocircnia e natildeo
ocorresse perda de nitrogecircnio
28
Realizaram-se duas capinas manuais durante o experimento e em seguida como
cobertura se colocou casca de arroz Tambeacutem foi aplicado esterco de aves 30 dias antes
da colheita na quantidade de 05 Kg canteiro 1 como adubaccedilatildeo de cobertura
As pulverizaccedilotildees com os produtos iniciaram apoacutes 15 dias da germinaccedilatildeo
Realizou-se sete aplicaccedilotildees sendo que as duas primeiras foram feitas apenas com
Super Magro e MB4 Na terceira e na quarta aplicaccedilatildeo utilizou-se urina de vaca e calda
bordalesa em concentraccedilotildees menores (05 e 025 respectivamente) e na quinta
aplicaccedilatildeo as dosagens de urina de vaca e calda bordalesa foram elevadas para 1 0 e
05 respectivamente ateacute o final do experimento O alhol foi utilizado a partir da
terceira pulverizaccedilatildeo na quantidade de 2 e seguiu ateacute o final no dia 26 de agosto
quando as mudas foram colhidas e posteriormente analisadas as variaacuteveis
35 Observaccedilotildees agronocircmicas
Foram utilizadas 20 mudas de cebola para obtenccedilatildeo das meacutedias das variaacuteveis as
quais foram as seguintes
351 Fitomassa fresca da parte aeacuterea e raiacutezes
Foi realizada atraveacutes de uma balanccedila digital procedendo-se a pesagem de 20
mudas de cebola previamente lavadas e posteriormente secadas durante uma hora sobre
um tecido de algodatildeo agrave temperatura ambiente Processo idecircntico foi adotado com as
raiacutezes
352 Fitomassa seca da parte aeacuterea e raiacutezes
Esta variaacutevel foi obtida a partir da secagem preliminar em estufa de ar forccedilado
durante 48 horas a 65 C ateacute peso constante com posterior pesagem em balanccedila
analiacutetica
353 Altura da muda
A altura de muda foi medida a partir do colo das plantas ateacute sua uacuteltima folha
(ponto de crescimento) com uma reacutegua graduada de 40 cm
29
354 Diacircmetro do colo das plantas
Esta medida foi realizada no ponto de transplante a 2 mm das raiacutezes e utilizando-
se um paquiacutemetro SOMET
355 Sistema radicular
Ao teacutermino do experimento foram retiradas as raiacutezes das mesmas plantas que foram
utilizadas para as determinaccedilotildees realizadas na parte aeacuterea procedendo-se uma amostra
de solo com raiacutezes de 2 0 cm de largura x 2 0 cm de comprimento e 2 0 cm de altura
totalizando 8000 cm3
As raiacutezes apoacutes serem lavadas em aacutegua corrente foram pesadas acondicionadas em
sacos plaacutesticos e congeladas para posteriores anaacutelises pelo meacutetodo de Tennant (1975)
para a determinaccedilatildeo do comprimento e densidade
3551 Comprimento de raiz
Utilizou-se para a determinaccedilatildeo do comprimento de raiz as seguintes foacutermulas
1 = ndeg x 1114 x 1 onde
1 - comprimento de raiz de uma amostra uacutemida de 0 0 2 g
ndeg - nuacutemero de intercessotildees das raiacutezes com os lados da quadriacutecula da malha do
aparelho
1114 - constante
1 - medida lateral da quadriacutecula em cm
Tomando-se a fiacutetomassa seca e o comprimento da raiz da cada amostra
relacionou-se com a fiacutetomassa seca e o comprimento total da raiz da planta aplicando-
se a seguinte equaccedilatildeo
L = (FSR x 1) FSPA onde
L - comprimento total da raiz da planta (m)
FSR - fiacutetomassa seca de raiz
FSPA - fiacutetomassa seca da parte aeacuterea
L - comprimento de raiz de uma amostra uacutemida de 002g
3552 Densidade de raiz
A densidade foi determinada pela foacutermula
D = L 8000 onde
D - densidade de raiacutezes (m cm3)
30
L - comprimento total de raiacutezes (m)
8 0 0 0 - volume da amostra (cm3)
3553 Razatildeo parte aeacutereasistema radicular
Este paracircmetro foi obtido pela equaccedilatildeo
RPASR = FSPA FSR onde
RPASR - razatildeo parte aeacuterea sistema radicular
FSPA - fitomassa seca da parte aeacuterea
FSR - fitomassa seca do sistema radicular
36 Determinaccedilatildeo de macronutrientes no tecido vegetal
Os macronutrientes nitrogecircnio foacutesforo potaacutessio caacutelcio e magneacutesio foram
determinados no laboratoacuterio de Fertilidade e Anaacutelise de Plantas do Departamento de
Solos da UFPel atraveacutes dos meacutetodos descritos por Tedesco amp Gianello (1996)
31
4 RESULTADOS E DISCUSSAtildeO
41 Anaacutelise das variaacuteveis
A anaacutelise da variaccedilatildeo mostrou que houve diferenccedila significativa na interaccedilatildeo entre
os fatores de adubaccedilatildeo de base e biofertilizantes liacutequidos com exceccedilatildeo da variaacutevel altura
de planta para a qual somente a adubaccedilatildeo de base mostrou-se significativa (Apecircndices
C D e E Tabelas 1C 1D e 1E)
411 Anaacutelise da parte aeacuterea
Na Tabela 1 destacaram-se as adubaccedilotildees EC+SM+U+CB EC+MB4 +U+CB e EC
que diferiram significativamente das demais adubaccedilotildees para as variaacuteveis fiacutetomassa
fresca da parte aeacuterea (FFPA) fiacutetomassa seca da parte aeacuterea (FSPA) altura de planta
(AP) e diacircmetro do colo (DC)
32
TABELA 1 Produccedilatildeo de fitomassa fresca e seca (g) da parte aeacuterea altura de planta
(cm) e diacircmetro de colo (mm) de mudas de cebola Petrolini cultivadas
sob uma perspectiva agroecoloacutegica Pelotas-RS 2003
BIOFERTILIZANTES LIacuteQUIDOSADUBACcedilAtildeO S Magro + MB4 +DE BASE Urina + Calda Urina + Calda Testemunha
Bordalesa Bordalesa
30 t ha de vermicomposto 7015 c A45 t halsquo de vermicomposto 7824 b B60 t ha de esterco de curral 12248 a C
30 t ha de vermicomposto 667 c A45 t ha de vermicomposto 752 b A60 t ha de esterco de curral 1150a C
30 t ha de vermicomposto 2975 b A45 t harsquo de vermicomposto 2775 b A60 t ha de esterco de curral 3600 a B
30 t ha de vermicomposto 631 b A45 t ha de vermicomposto 6 2 2 b B60 t ha de esterco de curral 741 a C
-Fitomassa fresca (g)----------------6270 c B 6885 b A8832 b A 6308 c C
15082 a A 13934 a BmdashFitomassa seca (g)----------------
625 c A 655 b A830 b A 607 b B
1345 a A 1262 a B-Altura de planta (cm)----------------
2950 b A 3050 b A2937 b A 2950 b A 3975 a A 3622 a B
-Diacircmetro de colo (mm)---------------592 c B 599 b B 657 b A 609 b B 819a A________ 793a B
Meacutedias seguidas pela mesma letra minuacutescula para as colunas (adubaccedilatildeo de base) e maiuacutesculas para as linhas (biofertilizantes) natildeo diferem entre si pelo teste de Duncan a 5
O efeito positivo do esterco bovino pode ser atribuiacutedo agraves melhorias nas condiccedilotildees
fiacutesicas do solo por ele proporcionado Segundo Primavesi (1982) e Compagnoni amp
Putzolu (1985) o esterco bovino apresenta propriedades condicionadoras do solo dando
agraves plantas melhores condiccedilotildees de desenvolvimento elevando sobremaneira os
conteuacutedos de fitomassa fresca das plantas que refletiratildeo nas demais respostas
agronocircmicas
Analisando as adubaccedilotildees de base em relaccedilatildeo aos biofertilizantes observa-se que
para os tratamentos 1 VB (30 t ha 1 de vermicomposto) - natildeo houve influecircncia dos
biofertilizantes para as variaacuteveis FSPA e AP enquanto destacou-se o SM+U+CB para o
DC e SM+U+CB e ausecircncia da adubaccedilatildeo liacutequida para a FFPA mostrando que o uso
dos biofertilizantes natildeo influenciou esta variaacutevel 15 VB (45 t ha 1 de vermicomposto) -
verificou-se a eficiecircncia do uso do MB4 +U+CB para as variaacuteveis FFPA e DC Para a
variaacutevel FSPA destacaram-se os dois biofertilizantes utilizados jaacute para AP natildeo houve
33
influecircncia destes EC (60 t ha 1 de esterco de curral) - em todas as variaacuteveis observadas
na tabela 5 as respostas foram significativas utilizando MB4 +U+CB
As respostas encontradas no presente trabalho para as variaacuteveis AP e FSPA foram
superiores as obtidas por Dalponte (1990) quando utilizado 0 esterco de curral para
produccedilatildeo de mudas de cebola
Segundo Filgueira (2000) os solos da regiatildeo produtora de cebola do RS satildeo
pobres em foacutesforo disponiacutevel (15 mg Kg1) necessitando portanto de adubaccedilotildees
fosfatadas elevadas As respostas aqui obtidas podem ser justificadas pelos teores de
foacutesforo contido no MB4
Follet et al (1981) citam a importacircncia do uso de compostos orgacircnicos no solo
enfatizando os estercos no sentido da decomposiccedilatildeo continuada no fornecimento de
nutrientes e na liberaccedilatildeo lenta e gradual de aacutecidos orgacircnicos influenciando a liberaccedilatildeo
do foacutesforo O que provavelmente pode ser atribuiacutedo agraves respostas encontradas no
presente trabalho para 0 tratamento Esterco de curral mais MB4 e Urina mais Calda
Bordalesa
E importante destacar que 0 sistema de produccedilatildeo de mudas de cebola sob uma
perspectiva agroecoloacutegica mostra-se eficiente quando visualmente natildeo percebe-se
diferenccedila significativa entre os tratamentos (Apecircndice F Figura 2)
Conveacutem ressaltar que quando trabalhamos com agroecologia natildeo existem
receitas nem pacotes tecnoloacutegicos prontos Cada situaccedilatildeo deveraacute ser estudada em
particular para que se faccedila recomendaccedilotildees adequadas ao ambiente local uma vez que
as plantas se adaptam ao meio estando a nutriccedilatildeo encarregada de proteger e manter o
equiliacutebrio do organismo vegetal em funccedilatildeo das alteraccedilotildees externas
E fundamental que se compreenda os princiacutepios norteadores de todo o processo
que satildeo as bases da luta por uma sociedade mais justa dentro de um mundo econocircmico e
ambientalmente mais sustentaacutevel
412 Anaacutelise do sistema radicular
Os resultados obtidos nas anaacutelises do sistema radicular (Tabela 2) mostram
diferenccedilas significativas entre as adubaccedilotildees para as variaacuteveis fitomassa fresca de raiz
(FFR) fitomassa seca de raiz (FSR) comprimento de raiz (CR) razatildeo parte
aeacutereasistema radicular (RPASR) e densidade de raiz (DR)
34
TABELA 2 Produccedilatildeo de fitomassa fresca e seca (g) comprimento (cm) e densidade de
raiacutezes (m cm3) de mudas de cebola Petrolini cultivadas sob uma
perspectiva agroecoloacutegica e razatildeo parte aeacutereasistema radicular Pelotas-
RS 2003
BIOFERTILIZANTES LIacuteQUIDOSADUBACcedilAO DE BASE
S Magro + MB4 +Urina + Calda Urina + Calda Testemunha
Bordalesa Bordalesa
de vermicomposto de vermicomposto de esterco de curral
de vermicomposto de vermicomposto de esterco de curral
de vermicomposto de vermicomposto de esterco de curral
de vermicomposto de vermicomposto de esterco de curral
1540 c A 1576 b B 2427 a A
Fitomassa fresca (g)----------------1502 c B 1517 b AB 1658 b A 1446 c C 2336 a B 2360 a B
--------------------Fitomassa seca (g)-------------------196 b A 207 ab A 170 b A170 b A 199 b A 192 b A 344 a A 249 a B 327 a A
Comprimento de raiz(cm)---------------1237 b A 1158 b A 1158 a A1237 b A 1060 c B 1040 b B1433 a A 1296 a B 1040 b C
30 t ha 45 t ha 60 t ha
30 t ha 45 t ha 60 t ha
30 t halsquo 45 t ha 60 t ha
30 t ha 45 t ha 60 t ha
30 t ha de vermicomposto 45 t ha de vermicomposto60 t ha~ de esterco de curral__________________________ _________________________Meacutedias seguidas pela mesma letra minuacutescula para as colunas (adubaccedilatildeo de base) e maiuacutesculas para as linhas (biofertilizantes) natildeo diferem entre si pelo teste de Duncan a 5
-----Razatildeo Parte AeacutereaSistema Radicular------340 b AB 301c B 384 a A446 a A 415 b A 326 a B339 b B 546 a A 388 a B
-------------- Densidade de raiz (m cm3)------------367 a AB 414 a A 325 b B282 b B 301b B 405 a A347 ab A 231c B 324 b A
Em relaccedilatildeo agraves adubaccedilotildees de base destacou-se o EC (60 t ha 1 de esterco de curral)
para as variaacuteveis FFR e FSR Quando adicionado o SM+U+CB os resultados para FFR
foram ainda melhores bem como o CR As respostas obtidas para a RPASR foram
variadas em relaccedilatildeo agraves adubaccedilotildees apresentando melhores resultados para 15 VB (45 t
ha 1 de vermicomposto)+SM+U+CB e ainda melhor para EC (60 t ha 1 de esterco de
curral)+MB4 +U+CB As adubaccedilotildees de base 1 VB 15 VB e EC natildeo diferiram entre si
As adubaccedilotildees mais eficientes para a variaacutevel DR foram 1 VB+SM+U+CV que natildeo
diferiu da EC+SM+U+CB I VB+ MB4 +U+CB e agrave 15 VB foram melhores entre as
demais
35
Analisando os biofertilizantes em relaccedilatildeo a cada adubaccedilatildeo de base verifica-se que
para a 1 VB (30 t ha 1 de vermicomposto)+SM+U+CB destaca-se a variaacutevel FFR
poreacutem sem diferenccedila significativa de 1 VB os melhpres resultados para a variaacutevel DR
foram encontrados pelo tratamento 1 VB+MB4 +U+CB e 15 VB (45 t ha 1 de
vermicomposto) tambeacutem se considera eficiente o 1 VB+SM+U+CB que natildeo diferiu do
EC (esterco de curral) Quando se utilizou 15 VB+ MB4 +U+CB houve resposta
significativa para a variaacutevel FFR para FSR as respostas natildeo foram diferentes com a
aplicaccedilatildeo dos biofertilizantes para as variaacuteveis FSR e DR as adubaccedilotildees EC e
EC+SM+U+CB natildeo diferiram entre si
Embora as respostas estatiacutesticas tenham sido diferentes para as adubaccedilotildees
combinadas ou natildeo pode-se salientar a importacircncia do aacutecido indol-aceacutetico como jaacute
citado anteriormente para as variaacuteveis avaliadas na parte aeacuterea das mudas de cebola
Respostas semelhantes nesse sentido foram encontradas para a cultura da alface por
Quijano (1999) e Morselli (2001)
Pereira et al (2002) concluiacuteram em trabalho realizado com a cultivar de cebola
CNPF1 6400 em Minas Gerais que a utilizaccedilatildeo de 20 t ha de esterco de curral
proporcionou os melhores resultados para a produccedilatildeo de cebola
Silva Juacutenior amp Giorgi (1992) e Menezes Juacutenior (1998) citam que doses elevadas
de mateacuteria orgacircnica podem prejudicar a primeira fase da germinaccedilatildeo (embebiccedilatildeo) e
absorccedilatildeo de aacutegua pelas raiacutezes das placircntulas No entanto no presente trabalho este fato
natildeo ocorreu embora a dose de esterco utilizada tenha sido de 60 t ha 1 (dose maacutexima
recomendada segundo Nolla 1982)
413 Anaacutelise de macronutrientes no tecido vegetal
Os resultados dos conteuacutedos de nitrogecircnio foacutesforo potaacutessio caacutelcio e magneacutesio no
tecido vegetal sob diferentes adubaccedilotildees encontrados na Tabela 3 indicam mais uma
vez a superioridade da adubaccedilatildeo esterco com 0 uso ou natildeo de biofertilizantes
36
TABELA 3 Conteuacutedos (mg planta1) de nitrogecircnio foacutesforo potaacutessio caacutelcio e
magneacutesio no tecido vegetal de mudas de cebola Petrolini cultivadas sob
uma perspectiva agroecoloacutegica Pelotas-RS 2003
BIOFERTILIZANTES LIacuteQUIDOS i J B
ADUBACcedilAtildeO S Magro + MB4 +DE BASE Urina + Calda Urina + Calda Testemunha
Bordalesa Bordalesamg plantas1
---- Nitrogecircnio-----30 t ha de vermicomposto 16593 c AB 15451 c B 19050 b A45 t ha de vermicomposto 21444 b A 22888 b A 17852 b B60 t ha de esterco de curral 32606 a C 37593 a B 40816 a A
--------------- ------ Foacutesforo------- -------------30 t ha de vermicomposto 3098 c B 2802 c B 3999 b A45 t ha de vermicomposto 4109 b A 4135 b A 2788 c B60 t ha de esterco de curral 5300 a B 7577 a A 7565 a A
------- Potaacutessio------30 t ha de vermicomposto 24327 c A 19900 c B 24965 b A45 t ha de vermicomposto 29113b A 29812 b A 22031 b B60 t ha de esterco de curral 44070 a B 51976 a A 54101 a A
-------- Caacutelcio-------30 t ha de vermicomposto 5027 c A 4356 c A 4834 b A45 t ha de vermicomposto 6114b A 6963 b A 4379 b B60 t ha de esterco de curral 9030 a C 11451 a A 10331 a B
------Magneacutesio-----30 t ha de vermicomposto 1188 b A 914 c A 1202 b A45 t ha de vermicomposto 1231 b B 1582 b A 1176 b B60 t ha de esterco de curral 2136a B 2443 a A 2663 a AMeacutedias seguidas pela mesma letra minuacutescula para as colunas (adubaccedilatildeo de base) e maiuacutesculas para as linhas (biofertilizantes) natildeo diferem entre si pelo teste de Duncan a
Em relaccedilatildeo agraves adubaccedilotildees de base observa-se que o melhor tratamento foi o
esterco de curral para todas as variaacuteveis Para 1 VB (30 t ha^ 1 de vermicomposto) natildeo
houve resposta diferenciada com o uso de bofertilizantes para todas as variaacuteveis A
adubaccedilatildeo 15 VB (45 t ha 1 de vemicomposto) foi influenciada pelos biofertilizantes
para as variaacuteveis N P K e Ca enquanto que para Mg somente o MB4+U+CB o
influenciou O EC (esterco de curral) mostrou diferenccedila significativa apenas para as
variaacuteveis Ca e Mg quando adicionado MB4+U+CB
Segundo Peixoto (2000) eacute fundamental a adiccedilatildeo de adubos orgacircnico no cultivo de
hortaliccedilas seja na forma de esterco decomposto composto ou huacutemus de minhoca de
37
modo a fornecer melhorias nas propriedades do solo vindo a disponibilizar os nutrientes
as diferentes culturas
O esterco fresco conteacutem muita cama celuloacutesica e um elevado teor de aacutegua No
esterco curtido a celulose jaacute estaacute decomposta o teor de aacutegua estaacute reduzido agrave metade e os
nutrientes em uma forma mais assimilaacutevel e mais concentrada O esterco fresco pode
causar uma deficiecircncia temporaacuteria de nitrogecircnio no solo ao se decompor o que natildeo
acontece com o biestabilizado (Kiehl 1985)Ocorre uma diminuiccedilatildeo inicial no volume
de aacutegua retido no esterco de curral diminui inicialmente em tomo de 3581 liberando
posteriormente somente 496 evidenciando a sua capacidade de retenccedilatildeo de aacutegua
(Menezes Juacutenior 1998)
A utilizaccedilatildeo continuada de adubos nitrogenados minerais no solo altera o balanccedilo
do nitrogecircnio entre o solo e planta No meacutetodo biodinacircmico eacute sublinhada a importacircncia
dos adubos animais para o estabelecimento da fertilidade permanente dos solos (Koeff
et al 1983)
Para Guimaratildees (1997) os benefiacutecios que a mateacuteria orgacircnica imprime ao solo
principalmente melhorando a produtividade fertilidade e a influencia que as substancias
huacutemicas exercem sobre o ambiente dependem da qualidade e do teor de mateacuteria
orgacircnica do solo Estas substacircncias por conterem nutrientes em sua constituiccedilatildeo em uma
forma mais disponiacutevel para as plantas promovem um equiliacutebrio no ambiente no solo
(Kononova 1966)
Aproximadamente de 60 a 70 do total de carbono do solo ocorre na forma de
materiais huacutemicos (Griffith amp Schnitzer 1975) sendo a eles atribuiacutedo a manutenccedilatildeo da
bioestrutura do solo aumentando a capacidade de retenccedilatildeo de aacutegua (Brady 1999)
Conforme Compagnoni amp Putzolu (1985) os estercos bem como os demais
resiacuteduos orgacircnicos apresentam conteuacutedos diferentes de aacutecidos huacutemicos e fuumllvicos sendo
atribuiacutedo ao acido huacutemico uma accedilatildeo fitoestimulante semelhante aos fitohormocircnios por
favorecer o desenvolvimento do sistema radicular e crescimento do caule
Em trabalho realizado por Guimaratildees (1997) foi encontrado para aacutecidos huacutemicos
de esterco bovino uma relaccedilatildeo CN 1035 e para vermicomposto bovino 17
evidenciando que o esterco quando aplicado ao solo por apresentar uma relaccedilatildeo CN
proacutexima deste reage mais facilmente liberando nutrientes para as plantas sem alterar a
cadeia troacutefiacuteca Dados encontrados no presente trabalho demonstram a eficiecircncia do
esterco nesse sentido
38
De acordo com Morselli (2001) vaacuterios trabalhos citam comentam e discutem a
capacidade dos vermicompostos em proporcionar oacutetimas colheitas e favorecer a
precocidade das plantas cultivadas Poreacutem muitas vezes se observa que mesmo
suprindo essas plantas com nutrientes necessaacuterios atraveacutes de huacutemus de diferentes fontes
as respostas natildeo satildeo as mesmas para uma mesma cultivar
Por outro lado os resultados com o uso de substacircncias huacutemicas satildeo variaacuteveis e
dependem aleacutem da espeacutecie testada das substacircncias huacutemicas utilizadas sua
concentraccedilatildeo o grau de purificaccedilatildeo e das condiccedilotildees experimentais A resposta das
plantas aos aacutecidos huacutemicos e fuacutelvicos eacute dependente da mateacuteria prima original e da
espeacutecie vegetal pois materiais orgacircnicos diferentes apresentam aacutecidos huacutemicos e
fuacutelvicos diferentes (Businelli 1990)
Justificam-se os maiores conteuacutedos de nitrogecircnio foacutesforo potaacutessio e caacutelcio nas
adubaccedilotildees 15 VB (45 t ha 1 de vermicomposto) e biofertilizantes devido
provavelmente ao vermicomposto utilizado apresentar na sua constituiccedilatildeo teores
consideraacuteveis destes elementos aleacutem do que os biofertilizantes possam ter influenciado
na absorccedilatildeo atraveacutes de sua constituiccedilatildeo Tibau (1984) considera que a urina de vaca eacute
rica em aacutecido indol-aceacutetico e este influencia na absorccedilatildeo radicular O efeito positivo
deste tratamento provavelmente seja devido agrave quantidade aplicada
O biofertilizante que se destacou foi o MB4+U+CB em relaccedilatildeo ao EC (esterco de
curral) e eacute somente para a variaacutevel caacutelcio Isto provavelmente seja devido ao alto teor
deste elemento encontrado na sua constituiccedilatildeo (6872 g Kg1) e pela influecircncia positiva
que a calda bordalesa exerce no metabolismo das plantas atraveacutes dos nutrientes
contidos em sua formulaccedilatildeo O Ca controla a absorccedilatildeo radicular e retorna ao solo pelo
esterco e palhas por apresentar-se em maior quantidade em folhas e caules Depois de
localizado nas folhas fica imoacutevel favorecendo a resistecircncia da planta ao ataque de
fungos
Este trabalho avanccedila no estudo da agroecologia estando claro que todos os
criteacuterios tem caraacuteter dinacircmico de adequaccedilatildeo as mudanccedilas de um sistema de produccedilatildeo
em evoluccedilatildeo contribuindo na transiccedilatildeo para um padratildeo sustentaacutevel Cabe a pesquisa a
reorientaccedilatildeo para um enfoque ldquosistecircmicordquo isto eacute que permita integrar os diversos
componentes de um agroecossistema e a adoccedilatildeo de poliacuteticas puacuteblicas que promovam 0
fortalecimento e a expansatildeo da agricultura familiar
39
5 CONCLUSOtildeES
Considerando os resultados obtidos e as condiccedilotildees em que o estudo foi realizado
conclui-se que
bull As respostas agronocircmicas das mudas de cebola para os paracircmetros avaliados
satildeo mais satisfatoacuterias com a aplicaccedilatildeo de esterco de curral como adubaccedilatildeo de
base
bull Os biofertilizantes mais urina de vaca e calda bordalesa proporcionam
respostas satisfatoacuterias quando aplicados associados agraves adubaccedilotildees de base
bull O biofertilizante MB4 mais urina de vaca e calda bordalesa eacute mais eficiente
que o super magro mais urina e calda bordalesa quando aplicado associado agrave
adubaccedilatildeo de base esterco de curral para os conteuacutedos de fitomassa secae
fresca da parte aeacuterea das plantas altura e diacircmetro de colo das mudas de
cebola
bull Os biofertilizantes adicionados agrave adubaccedilatildeo de base 45 t harsquo 1 de vermicomposto
bovino mostram respostas significativas para os conteuacutedos de fitomassa seca
bull Os maiores conteuacutedos nutricionais para as mudas de cebola satildeo
proporcionados pela adubaccedilatildeo de base esterco de curral
bull A maior absorccedilatildeo de caacutelcio pelas mudas de cebola ocorre quando da adiccedilatildeo do
biofertilizante MB4 mais urina e calda bordalesa agrave adubaccedilatildeo de base esterco de
curral
40
6 REFEREcircNCIAS BIBLIOGRAacuteFICAS
ALDRIGHI CB ABREU CM PAGLIA AG MORSELLI TBGA FERNANDES HS Efeito da aplicaccedilatildeo de biofertilizante e urina de vaca em mudas de tomateiro Horticultura Brasileira v20 n2 julho 2002 Suplemento 2
ALTIERI M NICHOLLS C I Agroecologia Teoria praacutectica para umaAgricultura Sustentable Ia ed PNUMA 2000 Cap 2 4 Seacuterie textos baacutesicos para la formacioacuten ambiental
ALTIERI M Agroecologia bases cientiacuteficas para uma agricultura sustentaacutevelGuaiacuteba Agropecuaacuteria 2002 592 p
ANTONIOLLI Z I GIRACCA E M N CARDOSO S J T WIETHAN M M S FERRI M Iniciaccedilatildeo agrave Minhocultura Criaccedilatildeo em Cativeiro e Vermicompostagem Santa Maria UFSM 1996 p59-89
BAYER C MIELNICZUC J Dinacircmica e funccedilatildeo da mateacuteria orgacircnica In SANTOS G de A S e CAMARGO F A de O (ed) Fundamentos da mateacuteria orgacircnica do solo ecossistemas tropicais e subtropicais Porto Alegre Genesis 1999 p 3-23
BARRETTO D X Composto Orgacircnico In Praacutetica em Agricultura Orgacircnica Satildeo Paulo iacutecone Ed Ltda 1985 p 51-63
BETTIOL W Alguns produtos alternativos para o controle de doenccedilas de plantasem agricultura orgacircnica II Ciclo de palestras sobre agricultura orgacircnica Instituto Bioloacutegico Satildeo Paulo p52-63 1997
41
BETTIOL W TRACH R GALVAtildeO JAH Controle de doenccedilas de plantas com biofertilizantes Jaguariuacutena EMBRAPA-CNPMA 1997 22p (EMBRAPA- CNPMA Circular Teacutecnica 02)
BRADY N C Natureza e propriedades dos sotos Rio de Janeiro Freitas BastosS A 1979 647p
BRADY N C Organisms and ecology of the soil In The nature of properties of soils Simon amp Schuster A Viacon Company New Jersey1999 402-489p
BON1LLA J A Fundamentos da Agricultura Ecoloacutegica Sobrevivecircncia eQualidade de Vida Satildeo Paulo Nobel 1992
BUREacuteS S Substratos Ediciones Agroteacutecnicas S L Madrid Octubre 1997
BUS1NELLI M Chemical Composition and Enzymic Activity of some Worm Cast Plant Soil v 80 p 1-2 1990
CALEGARI A Espeacutecies para cobertura de solo In IAPAR (Instituto Agronocircmico de Paranaacute) Plantio Direto pequena propriedade sustentaacutevel organizador Moacir Darolt Londrina - PR 1998 65-93
CAMARGO P N D Manual de Adubaccedilatildeo Foliar Satildeo Paulo Herba 1975
CAPRA F A Teia da Vida Satildeo Paulo Cultrix 1997 256p
CAPRA F O Ponto de Mutaccedilatildeo 22 ed Satildeo Paulo Cultrix 2001 447p
CHABOUSSOU F Plantas doentes pelo uso de agrotoacutexicos (A Teoria da Trofobiose) Porto Alegre LPM 1987 253 p
CLARO S A Referencias tecnoloacutegicos para a agricultura familiar ecoloacutegica aexperiecircncia da Regiatildeo Centro-Serra do Rio Grande do Sul Porto Alegre EMATERRS-ASCAR 2001 250p
CLIVELA G Diagnoacutestico Agronocircmico da cebola no Rio Grande do Sul Porto Alegre EMATERRS 1995 8 6 p
COMISSAtildeO DE FERTILIDADE DO SOLO - RSSC Recomendaccedilotildees de adubaccedilatildeo e calagem para os estados do Rio Grande do Sul e Santa Catarina 3 ed Passo Fundo SBCS - Nuacutecleo Regional Sul 1995 223p
COMPAGNONI L PUTZOLU G Cria moderna de Ias lombrices y utilizacioacutenrentable dei humus Barcelona Editorial de Vecchi- SA 1985127p
COSTABEBER J A MOYANO E Transiccedilatildeo agroecoloacutegica e accedilatildeo social coletiva Agroecologia e Desenvolvimento Rural Sustentaacutevel Porto Alegre v l n4 p 50- 60 outdez 2 0 0 0
42
COSTA M B B da Adubaccedilatildeo orgacircnica Nova siacutentese e novo caminho para aagricultura Satildeo Paulo Ed iacutecone Ltda 1985 102p
COSTA NETO C Agricultura Sustentaacutevel Tecnologias e Sociedade In CARVALHO COSTA LF et al (org) Mundo Rural e Tempo Presente Rio de Janeiro Mauad 1999
DrsquoAG0ST1NI R L FANTINI A C Produccedilatildeo orgacircnica tambeacutem socialmente excludente Agroecologia e Desenvolvimento Rural Sustentaacutevel Porto Alegre v3 n l p57-61 2002
DALPONTE J C V Utilizaccedilatildeo de materiais orgacircnicos e fertilizante mineral na produccedilatildeo e qualidade de mudas e bulbos de cebola (Alliurn Cepa L) Pelotas-RS 1990 (Mestrado em Agronomia) - Faculdade de Agronomia Eliseu Maciel UFPel 1990
DEBARBA J F THOMAZELLI L F GANDIN C L SILVA E Cadeias produtivas do Estado de Santa Catarina Cebola Florianoacutepolis Epagri 1998 115 p (EPAGRI Boletim Teacutecnico 96)
DUFOUR F Os saacutebios loucos do agro-alimentar Le Monde Diplomatique ano 1 n4 p6-7 1999 (ed portuguesa)
EHLERS E Agricultura Sustetaacutevel Origem e perspectivas de um novo paradigma 2 ed Guaiacuteba Agropecuaacuteria 1999 157 p
FILGUEIRA F A R Novo Manual de olericultura agrotecnologia moderna na produccedilatildeo e comercializaccedilatildeo de hortaliccedilas Viccedilosa UFV 2000 402 p
FRASER G K Mateacuteria Orgacircnica Del Suelo In BEAR F E (ed) Quiacutemica dei Suelo Madrid Ed Agrociencia 1963
FOLLET R H MURPHY L S DONAHUE R L Fertilizers and soil amendments New Jersey Printice-Hall Inc 1981 557p
GARCIA A Revista dei Espacio Rural Georgica Zaragoza Escuela Politeacutecnica de Huesca n5 1997
GARCIA A Versatildeo preliminar de um Programa Estadual de Produccedilatildeo e Comercializaccedilatildeo de Bulbos e Sementes de CebolaEMBRAPAIPAGROMARAEMATER 6 8 pbdquo 1990 (Publicaccedilatildeo avulsa)
GIORGETT1 J R Produccedilatildeo e Comercializaccedilatildeo de Mudas de Tomate In Encontro Nacional de Produccedilatildeo e Abastecimento de Tomate 2 1991 Jaboticabal Satildeo Paulo Anais Jaboticabal UNESP 1991 p 242-244
GLIESSMAN S R Agroecologia Processos ecoloacutegicos em agricultura sustentaacutevelPorto Alegre Universidade Federal do Rio Grande do Sul - UFRGS 2000 653p
43
GLIESSMAN S R TURRIALBA C R Agroecologia Procesos Ecoloacutegicos en Agricultura Sostenible CATIE 2002 p 3-14
GNOATTO S C Caracterizaccedilatildeo quiacutemica de vermicompostos de diferentes substratos orgacircnicos Pelotas-RS 1999 38 f (Mestrado em Agronomia - Solos) - Faculdade de Agronomia Eliseu Maciel UFPel 1999
GOMES J C C BORBA M F S A moderna crise dos alimentos oportunidade para a agricultura familiar Emater Porto Alegre julset 2000 Disponiacutevel em lthttpwwwematertchebrdocsagroecorevistan313-artigo3htmgtAcesso em 24 fev 2002
GOMEZ H W Desenvolvimento sustentaacutevel agriacutecola e capitalismo In Desenvolvimento sustentaacutevel Necessidade eou disponibilidade Santa Cruz do Sul Nobel - UNISC 1997 p 65-77
GONZAacuteLEZ DE MOLINA M SEVILLA GUZMAacuteN E Ecologia campesinado e historia Para una reinterpretacioacuten dei desarrollo dei capitalismo en la agricultura In SEVILLA GUZMAacuteN E GONZAacuteLEZ DE MOLINA M (ed) Ecologia campesinado e historia Madrid La Piqueta 1993 p 23-129
GRIFFITH S A SCHNITZER M Analytical characteristic of humic and fulvic acids extracted from tropical volcanic soils Soil Sei Soc Am Proc v 39 p361-367 1975
GUIMARAtildeES E Caracterizaccedilatildeo quiacutemica estreptoscoacutepica e por anaacutelise teacutermica de aacutecidos huacutemicos e vermicompostos obtidos de estercos de diferentes animaisCuritiba 1997 Dissertaccedilatildeo (Mestrado em Quiacutemica) Universidade Federal do Paranaacute 1997
HESS A F Sociedade e meio ambiente uma relaccedilatildeo ambiacutegua Revista Cientiacutefica Rural Bageacute v 4 n2 p 167-1741999
ICEPA-SC Informes conjunturais sobre a cultura da cebola Disponiacutevel em lthttpwwwicepa combrgt Acesso em 23 jan 2003
JONES H A MANN L K Onions and their allies New York Interscience Publishers 1962 286 p
JUacuteNIOR H A de MAIORANO J A Receitas obtidas de extratos de plantasCampinas CATITerra Viva [199-] 10 f
KHATOUNIAN C A Ciclo de Palestras sobre Agricultura Orgacircnica 2a Ed SatildeoPaulo Fund Cargill 1997 149 p
KIEHL E J Fertilizantes Orgacircnicos Satildeo Paulo Ed Agronocircmica Ceres Ltda 1985 492p
44
KOEFF H H PETTERSSON B D SHAUMANN W Vida Vegetal solos e adubaccedilatildeo In Agricultura Biodinacircmica Satildeo Paulo Nobel 1983 p92-149
KONONOVA M M Soil organic matter The importance o f organic matter in soil formation and soil fertility New York Pergamqn Press 1961 p 165-200
KUHN T A Estrutura das Revoluccedilotildees Cientiacuteficas Satildeo Paulo Perspectiva 1989 257p
LANNA FCA ABREU C L ABREU J G SILVA V Resposta de cultivares de melancia cultivadas sob adubaccedilatildeo quiacutemica e orgacircnica Horticultura v 12 n l p85 1994
LEFF H Saber Ambiental Petroacutepolis Vozes 2001 343 p
MAGALHAtildeES J R Nutriccedilatildeo e adubaccedilatildeo da cebola In FERREIRA M E CASSTELLANE P D CRUZ M C P Nutriccedilatildeo e adubaccedilatildeo de hortaliccedilasPiracicaba POTAFOS 1993 p 381-393
MALAVOLTA E Elementos de nutriccedilatildeo mineral de plantas Satildeo Paulo Ed Agronocircmica Ceres Ltda 1980 251 p
MALAVOLTA E Manual de Quiacutemica Agriacutecola - Adubos e Adubaccedilatildeo 3a ed SatildeoPaulo Ed Agronocircmica Ceres Ltda 1981 606 p
MARTINEZ A A A grande e Poderosa Minhoca Jaboticabal Funep - Unesp1990 101 p
MARTINS S R Desenvolvimento e Sustentabilidade Horticultura Brasileira Brasiacutelia-DF v20 n2 julho 2002 Palestra apresentada no 42deg Congresso Brasileiro de Olericultura
MARTINS S R Limites Del Desarrollo Sostenible em Ameacuterica Latina En el marco de Ias poliacuteticas de (re)ajuste econocircmico Pelotas Editora UFPel 1997 135 P-
MARTINS S R Sustentabilidade na agricultura dimensotildees econocircmicas sociais e ambientais Revista Cientiacutefica Rural Bageacute v4 n 2 p 175-1871999
MATURANA H REZEPKA S N D E Formaccedilatildeo Humana e Capacitaccedilatildeo Rio de Janneiro Vozes 2000 8 6 p
MELLO A F SOBRINHO M O ARZOLLA S SILVEIRA R NETTO A C KIEHL J C Fertilidade do Solo Satildeo Paulo Nobel 1983
MENEZES JUacuteNIOR F O G D Caracterizaccedilatildeo de Diferentes substratos hortiacutecolas e seu efeito na produccedilatildeo de mudas de alface e couve-flor em ambiente protegido Pelotas 1998 141 p Dissertaccedilatildeo (Mestrado em Agronomia - Produccedilatildeo Vegetal) - Faculdade de Agronomia Eliseu Maciel UFPel 1998
45
MIBASA Mineraccedilatildeo Barreto SA Melhorador de Solos MB4 A Natureza Agradece Arapiraca-AL [199-] Folder
MINAMI K Os resumos da olericultura 2000 In AZEVEDO FILHO MARTINEZ FILHO (ed) Preccedilos agriacutecolas Piracicaba ESALQ 1999 p 4
MINAMI K Produccedilatildeo de Mudas de Alta Qualidade em Horticultura Satildeo Paulo TA Queiroz 1995
MORSELLI T B G A Cultivo sucessivo de alface sob adubaccedilatildeo orgacircnica em ambiente protegidoPelotas 2001 178 p Tese (Doutorado em Agronomia - Produccedilatildeo Vegetal) Faculdade de Agronomia Eliseu Maciel UFPel 2001
MORSELLI T B G A Resiacuteduos orgacircnicos em sistemas agriacutecolas Poliacutegrafo da Disciplina de Resiacuteduos orgacircnicos em sistemas agriacutecolas Curso de Poacutes-Graduaccedilatildeo em Agronomia-Produccedilatildeo Vegetal UFPel 2002
MULLER AM Efeitos da Aplicaccedilatildeo Foliar de um Biofertilizante Enriquecido no Estado fitossanitaacuterio de Tomate Ervilha e Beterraba Sob Manejo OrgacircnicoDissertaccedilatildeo (Mestrado no Programa de Poacutes-Graduaccedilatildeo em Agroecossistemas)1999 (Resumo)
NOLLA D Erosatildeo do Solo - O grande desafio Estado do Rio Grande do Sul SEAGRI desenvolvimento de recursos naturais renovaacuteveis 1982 412 p
PAGLIA AG MORSELLI TBGA PEIL RMN Teores de nutrientes pH e condutividade eleacutetrica da aacutegua em sistema ldquofloat^ngrdquo sob adiccedilatildeo de biofertilizantes Horticultura Brasileira v 20 n2 julho 2002 Suplemento 2
PAULUS G MULLER A BARCELLOS LAR Agroecologia aplicada praticas e meacutetodos para uma agricultura de base ecoloacutegica 2ed ver ampl Porto Alegre EMATERRS 2001 8 6 p
PEIXOTO R T dos G Composto orgacircnico aplicaccedilotildees benefiacutecios e restriccedilotildees de uso Horticultura Brasileira Brasiacutelia-DF v 18 p 56-64 julho 2000
PENTEADO SR Defensivos Alternativos e Naturais Satildeo Paulo 1999 95 p
PEREIRA AJ SOUZA RJ PEREIRA WR Efeito de diferentes doses de esterco de galinha e de curral sobre a produccedilatildeo de cebola Horticultura Brasileira v20 n2 julho 2002 Suplemento 2
PINHEIRO S BARRETO SB MB-4 agricultura sustentaacutevel trofobiose e biofertilizantes Fundaccedilatildeo Juquira CandiruMibasa 2000 273 p
PRIMAVESI A Agricultura Sustentaacutevel Satildeo Paulo Nobel 1992 142 p
PRIMAVESI A O manejo ecoloacutegico do solo Agricultura em regiotildees tropicais SatildeoPaulo Nobel 1982 541 p
46
PURCINO A A C ldquoNitrogecircniordquo Informe Agropecuaacuterio Belo Horizonte v7 n81 p 16-27 1981
QUIJANO F G Efeito da adubaccedilatildeo orgacircnica no desenvolvimento de duas cultivares de alface em ambiente protegido Pelotas 1999 116f Dissertaccedilatildeo (Mestrado em Agronomia - Produccedilatildeo Vegetal) Faculdade de Agronomia Eliseu Maciel UFPel 1999
RODRIGUES A N N Efeitos e residuais de superfosfato triplo sobre o rendimento de mateacuteria seca e absorccedilatildeo de foacutesforo pela aveia (Avena strigosa Schob) em solo Podzoacutelico Vermelho Escuro Porto Alegre 1984 59f Dissertaccedilatildeo (Mestrado em Agronomia) - Faculdade de Agronomia UFRGS 1984
RODRIGUES E T CASALI V W D Respostas da alface agrave adubaccedilatildeo orgacircnica II Teores conteuacutedos e utilizaccedilatildeo de macronutrientes em cultivares Rev Ceres Viccedilosa v 45 n 261 p 437-449 1998
SAMINEcircS T C O Produccedilatildeo orgacircnica de alimentos Horticultura Brasileira Brasiacutelia-DF v 17 n3 novembro 1999
SCHIEDECK G Ambiecircncia e resposta agronocircmica de meloeiro (Cucumis melo L) cultivado sob adubaccedilatildeo orgacircnica em ambiente protegido Pelotas lOOp Tese (Doutorado em Agronomia - Produccedilatildeo Vegetal) - Faculdade de Agronomia Eliseu Maciel UFPel 2002
SILVA JUacuteNIOR A A GIORGI E Substratos alternativos para a produccedilatildeo de mudas de tomate Agropecuaacuteria Catarinense Florianoacutepolis EPAGRI 1992 23 p
SILVA JUacuteNIOR A A MACEDO S G STUKER H Utilizaccedilatildeo de esterco de peru na produccedilatildeo de mudas de tomateiro Florianoacutepolis EPAGRI 1995 28 p (Boletim Teacutecnico 73)
TAGLIARI PS GRASSMANN H Minhoca a grande aliada da agricultura Agropecuaacuteria Catarinense v8 n l p 11-14 mar 1995
TEDESCO M J GIANELLO C Anaacutelises de solo plantas e outros materiais Porto Alegre Faculdade de Agronomia Departamento de Solos Universidade Federal do Rio Grande do Sul RS 1996
TENNANT D A Test of modified line intersect method of estimating root lenght Journal Ecology Oxford v 63 p 995-1001 1975
TIBAU A O Mateacuteria Orgacircnica do Solo Mateacuteria Orgacircnica e Fertilidade do SoloSatildeo Paulo Nobel 1984 p49-182
TIMM P J Anaacutelise comparativa dos sistemas de plantio convencional e cultivo miacutenimo de cebola sob adubaccedilatildeo orgacircnica e mineral Pelotas 2000 79 p Dissertaccedilatildeo (Mestrado em Agronomia - Produccedilatildeo Vegetal) - Faculdade de Agronomia Eliseu Maciel UFPel 2000
47
VALENZUELA HR CROSBY C Effect of compost applications on the yield of several vegetables in long-term organic farming experiments conduced in the tropics American Society Horticultural Science v33 n3 june 1998
VIGLIZZO E (ed) Subprograma Recursos Naturais y Sostenibilidad Agriacutecola documento marco Montevideo IICAPROCISUR 1995 p 75 - 78
WE1D J M TARDIN J M Proposta para a Ampliaccedilatildeo do Trabalho da ASPTA no Centro Sul do Paranaacute ASPTA Disponiacutevel em http wwwpronafgovbrEncontrotestosAS20PTA20Sul20ParanE1205 202002doc Acesso em 05 mai 2002
XAVIER SIMOacuteN F DOMINGUES D G Desenvolvimento Rural Sustentaacutevel uma perspectiva agroecoloacutegica Agroecologia e Desenvolvimento Rural Sustentaacutevel Porto Alegre EM ATERRS v2 n2 p 17-26 2001
ZABALETA J P Diagnoacutestico da Agricultura Familiar em Satildeo Joseacute do Norte - RSPelotas EMBRAPA-CPACT 1998 75 p (EMBRAPA-CPACT Documentos 44)
ZONTA E P MACHADO A A SILVEIRA P Sanest Sistema de anaacutelise estatiacutestica para microcomputadores Registrado na Secretaria Especial de Informaacutetica sob nuacutemero 066060 - categoria A Pelotas-RS Universidade Federal de Pelotas 1984
48
7 APEcircNDICE
APEcircNDICE A - Anaacutelise da adubaccedilatildeo de base e biofertilizantes utilizados na produccedilatildeo de mudas de cebola
TABELA 1 A Anaacutelise baacutesica do solo antes da incorporaccedilatildeo do feijatildeo miuacutedo + papua
Arg
pH IND
SMP
MO
P - n r - Na Al Ca__10Omlmdash
Mg
ppm -
6 53 67 089 8 6 27 1 04 05 0 2
Fonte LASFAEMUFPel (2002)
TABELA 2A Anaacutelise complementar do solo antes da incorporaccedilatildeo do feijatildeo-miuacutedo + papua
Cobre Zinco Manganecircs Ferro
(m v1)
04 05 26 007
Fonte LASFAEMUFPel (2002)
49
TABELA 3A Anaacutelise dos fertilizantes soacutelidos
Amostra pH limidade CN
C N P K Ca Mg
- g-ivg --
Cama de 849 2491 12 31042 2479 3888 3405 29875 463
aves
Esterco 74 3594 11 677 590 157 134 335 214
de curral
Huacutemus 684 5738 14 15965 1098 453 745 743 361
Fonte LASFAEMUFPel (2002)
TABELA 4A Anaacutelise quiacutemica dos biofertilizantes liacutequidos
Amostra N P K_ccedil H
Ca Mg Cu Zn Fe Mn
mdashgL bull
S Magro
m b 4
Urina
053
1652
8 2 2
008
395
0 0 0
149
1674
471
1902
6872
0 0 0
1150
4507
1172
7273
42
033
101389
920
0 0 0
6250
19458
781
35273
1123
0 2 1
Fonte LASFAEMUFPel (2002)
50
APEcircNDICE B - Condiccedilotildees climaacuteticas do local
TABELA 1B Condiccedilotildees de temperatura do local
___________ __________TEMPERATURA (degCgt
meses Meacutedia
Maacutexima
Meacutedia
MiacutenimaMeacutedia
Maacutexima
Absoluta
Miacutenima
Absoluta
Junho 225 87 156 320 25
Julho 225 85 155 285 30
Agosto 251 71 161 360 1 0
Fonte FEPAGROSCT 2002
TABELA 2B Condiccedilotildees de chuva do local
mdash CHUVA (mm)mdash
meses Ocorrida Normal Desvio Da Normal
Junho 1080 1 1 0 -2 0
Julho 1062 98 8 2
Agosto 1283 1 2 0 83
Fonte FEPAGROSCT 2002
51
TABELA 1C Produccedilatildeo de fitomassa fresca e seca (g) da parte aeacuterea altura de planta
(cm) e diacircmetro de colo (mm) de mudas de cebola Petrolini cultivadas
sob uma perspectiva agroecoloacutegica Pelotas-RS 2003
APEcircNDICE C - Anaacutelise estatiacutestica da parte aeacuterea
Causas G1 FFPA FSPA AP DC
da variaccedilatildeo --------- Quadrados meacutedios-
Blocos 3
Ad Base 2 175359071 1287102 2547419 1 11775
Biofertilizantes 2 126876 29011 87669ns 02185ns
Ad x Biofert 4 572378 31123 69106ns 04159
Resiacuteduo 24 34456 03048 27169 00290
Total 35
Meacutedia geral 93745 8772 320388 6741
CV 1980 6294 5145 2530
Significativo a 5ns Natildeo significativo
52
TABELA 1D Produccedilatildeo de fitomassa fresca e seca (g) comprimento (cm) e densidade
de raiacutezes (m cm3) de mudas de cebola Petrolini cultivadas sob uma
perspectiva agroecoloacutegica e razatildeo parte aeacutereasistema radicular Pelotas-
RS 2003
APEcircNDICE D - Anaacutelise estatiacutestica da raiz
Causas G1 FFR FSR CR RPASR DR
da variaccedilatildeo Quadrados meacutedios---------------
Blocos 3
Ad Base 2 27874 551 623 2 1 0 140
Biofertilizantes 2 178 0 1 0 ni 1504 l03ns 038ns
Ad x Biofert 4 190 058 318 294 183
Resiacuteduo 24 005 009 028 023 0 2 1
Total 35
Meacutedia geral 1818 228 184 387 333
C V 134 1356 448 1253 1396
Significativo a 5 ns Natildeo significativo
53
APEcircNDICE E - Anaacutelise estatiacutestica dos macronutrientes da parte aeacuterea da cebola
TABELA 1E Conteuacutedos (mg planta1) de nitrogecircnio foacutesforo potaacutessio caacutelcio e
magneacutesio no tecido vegetal de mud^s de cebola Petrolini cultivadas
sob uma perspectiva agroecoloacutegica Pelotas-RS 2003
Causas G1 bull N P K Ca Mg
da variaccedilatildeo
Blocos 3
Ad Base 2 13550306 446627 25509686 1031806 59007
Biofertilizantes 2 180610ns 16564 68153ns 39006 876ns
Ad x Biofert 4 454187 45743 1047539 46950 2464
Resiacuteduo 24 29769 1453 64313 3741 439
Total 35
Meacutedia geral 24921 4597 33366 6943 1615
C V 692 829 760 880 1297
Significativo a 5 ns Natildeo significativo
APEcircNDICE F - Fotos do experimento
FIGURA 2 Mudas de cebola (Allium cepa L) produzidas sob uma perspectiva agroecoloacutegica
APEcircNDICE F a Fotos do experimento
FIGURA 1 Adubaccedilatildeo verde com feijatildeo-miuacutedo e papuatilde utilizadas no manejo do solo
FIGURA 2 Mudas de cebola (Allium cepa L) produzidas sob urna perspectiva agroecoloacutegica
SUMAacuteRIO
PAGLIA AgraveGUIDA GORETI (MS) Universidade Federal de Pelotas fevereiro de 2003 Produccedilatildeo de Mudas de Cebola (Allium cepa L) sob uma perspectiva Agroecoloacutegica Professora Orientadora Tacircnia Beatriz Gamboa Arauacutejo Morselli Co- orientadores Seacutergio Roberto Martins Roberta Marins Nogueira Peil e Joatildeo Baptista da Silva
Com o objetivo de estudar a produccedilatildeo de mudas de cebola sob uma perspectiva
agroecoloacutegica foi conduzido um experimento a campo na Fundaccedilatildeo Estadual de
Pesquisa Agropecuaacuteria - FEPAGROSUL no municiacutepio de Rio GrandeRS no periacuteodo
de 15 de maio a 26 de agosto de 2002 Utilizou-se a cultivar Petrolini (ciclo meacutedio)
submetida as seguintes adubaccedilotildees adubaccedilatildeo de base (1 VB - 30 t ha 1 de
vermicomposto bovino 15 VB - 45 t harsquo 1 de vermicomposto bovino e EC - 60 t ha de
esterco de curral) e biofertilizantes liacutequidos (SM+U+CB - Super Magro mais urina de
vaca mais calda bordalesa MB4 +U+CB - MB4 mais urina de vaca mais calda bordalesa
e Testemunha - ausecircncia) O experimento foi esquematizado em delineamento em
blocos ao acaso em fatorial 3 X 3 As variaacuteveis analisadas foram fitomassa fresca e
seca (g) da parte aeacuterea e do sistema radicular altura de planta (cm) diacircmetro do colo
(mm) comprimento de raiz (cm) razatildeo parte aeacutereasistema radicular densidade de raiz
(m cm3) e conteuacutedos de nitrogecircnio foacutesforo potaacutessio caacutelcio e magneacutesio na parte aeacuterea
da planta Concluiu-se que as respostas agronocircmicas das mudas de cebola para os
paracircmetros avaliados satildeo mais satisfatoacuterias com a aplicaccedilatildeo de esterco de curral como
adubaccedilatildeo de base os biofertilizantes mais urina de vaca e calda bordalesa proporcionam
VII
respostas satisfatoacuterias quando aplicados junto agraves adubaccedilotildees de base o biofertilizante
MB4 mais urina de vaca e calda bordalesa eacute mais eficiente que o super magro mais urina
e calda bordalesa quando aplicado junto agrave adubaccedilatildeo de base esterco de curral os
conteuacutedos de fitomassa seca das mudas de cebola satildeo significativos quando adicionado
os biofertilizantes ao vermicomposto bovino (45 t harsquo1) os maiores conteuacutedos
nutricionais para as mudas de cebola satildeo proporcionados pela adubaccedilatildeo de base esterco
de curral a maior absorccedilatildeo de caacutelcio pelas mudas de cebola ocorre quando da adiccedilatildeo de
biofertilizante MB4 mais urina e calda bordalesa agrave adubaccedilatildeo de base esterco de curral
VIII
SUMMARY
PAGLIA AgraveGUIDA GORETI (MS) Universidade Federal de Pelotas February 2003 Onion (Allium cepa L) Transplant Production under an Agroecological Perspective Tacircnia Beatriz Gamboa Arauacutejo Morselli Comitte Seacutergio Roberto Martins Roberta Marins Nogueira Peil and Joatildeo Baptista da Silva
With the objective of studying the onion transplant production under an agroecological
perspective a field experiment was carried out in the Fundaccedilatildeo Estadual de Pesquisa
Agropecuaacuteria-FEPAGROSUL in the city o f Rio GiWideRS in the period between 15
May and 26 August 2002 The cultivar Petrolini (medium cycle) was submitted to the
following fertilizers soil fertilizer (1 VB - 30 t h a o f bovine vermicompost 15 VB -
45 t ha 1 of bovine vermicompost and EC - 60 t ha 1 of manure and liquid biofertilizer
(SM+U+CB - ldquoSuper Magrordquo with cow urine with bordeaux mixture MB4 +U+CB -
MB4 with cow urine with bordeaux mixture and control - absence) The experiment was
laid in a randomized block design in factorial scheme 3X3 The analyzed parameters
were fresh and dry matter of the aerial part and root system plant height colon
diameter root length ration aerial partroot system root density and the contents
nitrogen phosphorus potassium calcium and magnesium in the aerial part o f the plant
It was concluded that the agronomic responses o f the onion seedlings for the evaluated
parameters are more satisfactory with the application o f manure as soil fertilizer the
biofertilizers with cow urine and bordeaux mixture provide satisfactory responses when
applied along with the soil fertilizer the biofertilizer MB4 with cow urine and bordeaux
IX
mixture is more effieient than the ldquoSuper Magrordquo with urine and bordeaux mixture
when applied along with manure as soil fertilizer the dry matter contents of the onion
seedlings are significant when the biofertilizer is added to bovine vermicompost (45 t
h a 1) the largest nutritional contents for the onion seedlings are obtained with manure as
soil fertilizer the largest absorption of calcium by the onion seedlings happens when the
biofertilizer MB4 with urine and bordeaux mixture is added to the manure as soil
fertilizer
X
mixture is more efficient than the Super Magro with urine and bordeaux mixture
when applied along with manure as soil fertilizer the dry matter contents of the onion
seedlings are significant when the biofertilizer is added to bovine vennicompost (45 t
hamiddot ) the largest nutritional contents for the onion seedlings are obtained with manure as
soil fertilizer the largest absorption of calcium by the onion seedlings happens when the
biofertilizer MB4 with urine and bordeaux mixture is added to the manure as soil
fertilizer
x
1
1 INTRODUCcedilAtildeO
ldquoEu sustento que a ciecircncia soacute tem
finalidade se serrsquoir para aliviar a miseacuteria
da existecircncia humana
(Bertold Brecht)
No Rio Grande do Sul cultivar cebola eacute atividade de pequenos e meacutedios
produtores revestindo-se de suma importacircncia para a economia onde contribui para a
geraccedilatildeo de empregos e a fixaccedilatildeo do homem ao meio rural visto que haacute necessidade de
outros tipos de investimentos sociais e econocircmicos
Segundo o ICEPA-SC (2003) o Rio Grande do Sul responde por cerca de 14 da
produccedilatildeo nacional o que faz da cebola a segunda hortaliccedila em importacircncia econocircmica
no Estado sendo apenas superada pela cultura da batata poreacutem a aacuterea plantada no RS
tem apresentado recuo nos uacuteltimos anos caindo de 16648 hectares na safra 9899 para
14085 na safra atual (0203) acontecendo o mesmo com a produccedilatildeo que diminuiu de
181338 toneladas na safra 9596 para aproximadamente 159000 na safra atual
A baixa produtividade obtida pode ser atribuiacuteda a vaacuterios fatores baixa
disponibilidade de mateacuteria orgacircnica no solo poucc^ uso de materiais orgacircnicos eou
aplicaccedilatildeo inadequada destes considerando ainda que a maioria dos produtores
conservam caracteriacutesticas agriacutecolas do seacuteculo passado apresentando resistecircncia ao
associativismo e possuem carecircncia de infraestrutura (estradas eletricidade telefonia
drenagem e condiccedilotildees de armazenamento) Esses fatores aliados a baixa rentabilidade
2
da cultura tem sido apontados como responsaacuteveis pelo abandono da cebolicultura por
alguns produtores
A fase de produccedilatildeo das mudas eacute de extrema importacircncia para o cultivo da cebola e
requer manejo adequado dos recursos naturais para que a cultivar utilizada possa
expressar seu potencial geneacutetico sem comprometer o equiliacutebrio ambiental O principal
cuidado para o desenvolvimento de mudas de qualidade refere-se agrave utilizaccedilatildeo adequada
do solo
Desta forma o manejo do solo e das plantas orientado pela agroecologia pode se
constituir numa excelente alternativa para obtenccedilatildeo de mudas de qualidade sem
comprometer a sauacutede dos agricultores e contribuindo para a preservaccedilatildeo ambiental
Diversas praacuteticas vecircm sendo utilizadas com esta finalidade entre elas citam-se a
adubaccedilatildeo orgacircnica e os biofertilizantes enriquecidos No entanto estes fatores de
produccedilatildeo precisam ser melhor estudados no que tange a sua utilizaccedilatildeo adequada pelos
produtores de cebola objetivando um sistema de produccedilatildeo sustentaacutevel
A agroecologia como ciecircncia apresenta vaacuterias dimensotildees ecoloacutegica econocircmica
social cultural poliacutetica e eacutetica Neste sentido e considerando-se a procura crescente por
produtos orgacircnicos e a necessidade de sistemas de fertilizaccedilatildeo adequados ao cultivo da
cebola o presente trabalho teve como objetivo a produccedilatildeo de mudas sob uma
perspectiva agroecoloacutegica contribuindo para o processo de transiccedilatildeo do sistema de
produccedilatildeo
3
2 REVISAtildeO DE LITERATURA
ldquoAs novas eras natildeo comeccedilam de uma vez
Meu avocirc jaacute vivia no novo tempo
Meu neto viveraacute talvez ainda no velho
A nova carne eacute comida com os velhos garfos
(Bertold Brecht)
21 Desenvolvimento e sustentabilidade
Nenhuma espeacutecie viva com exceccedilatildeo do homem empreende esforccedilos de
desenvolvimento no sentido de crescimento material que sob as formas em que vem
sendo compreendido conduz sempre a algum tipo de agressatildeo contra o ambiente Os
esforccedilos presentes visando o progresso material assim como a maneira de satisfaccedilatildeo
das necessidades baacutesicas do homem no mundo de hoje revelam-se inconsistentes O
uso para esse fim de mateacuteria e energia em doses excessivas e crescentes tem exaurido
recursos ambientais acima de sua capacidade de regeneraccedilatildeo obviamente tendendo a
toma-los menos disponiacuteveis para as futuras geraccedilotildees
De acordo com Martins (2002) o Desenvolvimento Sustentaacutevel natildeo eacute um conceito
acabado trata-se de uma ideacuteia forccedila proacute-ativa e positiva mas que necessita ser
esclarecida quanto ao significado destes dois vocaacutebulos que lhe compotildee e o contexto em
que as pessoas com eles se relacionam Aleacutem disso isso afeta tanto como profissionais
cujas atividades vinculam-se diretamente ao trato com a natureza e portanto por ela satildeo
4
responsaacuteveis mas especialmente como cidadatildeos que constroem no seu cotidiano as
distintas dimensotildees do desenvolvimento sociais econocircmicas ambientais culturais
cientificas e tecnoloacutegicas juriacutedicas poliacuteticas e espirituais
Segundo Altieri amp Nicholls (2000) para o desenvolvimento de uma agricultura
sustentaacutevel as necessidades natildeo satildeo apenas bioloacutegicas ou teacutecnicas mas tambeacutem sociais
econocircmicas e poliacuteticas E inconcebiacutevel promover mudanccedilas ecoloacutegicas no setor agriacutecola
sem a defesa de mudanccedilas nas outras aacutereas da sociedade de modo a conscientizar o
homem sobre as condiccedilotildees necessaacuterias para a exploraccedilatildeo da natureza
A ideacuteia da sustentabilidade referente ao vocaacutebulo sustentaacutevel coloca-se como
contraponto ao caraacuteter perdulaacuterio do modelo prevalecente na medida em que o modelo
econocircmico praticado por um lado estaacute baseado no consumo da mateacuteria prima fornecida
pela natureza para a produccedilatildeo de bens e serviccedilos em descompasso com seu ritmo e
capacidade de fornecimento por outro tem tratado a natureza como mero depositaacuterio de
resiacuteduos sem considerar sua capacidade de absorccedilatildeo e reciclagem A sustentabilidade
contrapotildee-se agrave caracteriacutestica antropocecircntrica do modelo o homem como centro da
questatildeo numa postura dominante sobre o entorno natural cujas ferramentas cientiacuteficas e
tecnoloacutegicas embasam um modelo econocircmico que subjuga a natureza e coloca-se acima
desta O vocaacutebulo sustentaacutevel portanto se refere agrave capacidade de suporte da biosfera
sendo um fim a ser perseguido com o objetivo de garantir sua preservaccedilatildeo numa visatildeo
prospectiva ou seja que assegure o futuro planetaacuterio assumindo portanto o
compromisso com as geraccedilotildees vindouras (Martins 2002)
Quando se trata de apontar os possiacuteveis caminhos que levaratildeo a um novo padratildeo
produtivo e garanta a seguranccedila alimentar sem agredir o ambiente o caminho torna-se
mais difiacutecil Percebe-se que a noccedilatildeo de agricultura sustentaacutevel permanece cercada por
duacutevidas e contradiccedilotildees mesmo assim seu emprego toma-se cada vez mais frequumlente
(Ehlers 1999)
Haacute que se incorporar a concepccedilatildeo de entropia agrave noccedilatildeo de desenvolvimento visto
que a extraccedilatildeo e o transporte tambeacutem satildeo atividades econocircmicas que requerem cuidados
de manejo visando menores efeitos entroacutepicos ao meio ambiente Satisfazer as
necessidades presentes sem comprometer as possibilidades das futuras geraccedilotildees
satisfazerem as suas proacuteprias eacute o que necessita ser construiacutedo no cotidiano Esta natildeo eacute
uma tarefa faacutecil nos tempos atuais pois o mundo nunca passou por tanta incerteza e
nunca teve um presente tatildeo insustentaacutevel (Martins 1997)
211 Agroecologia Paradigma em construccedilatildeo
5
O seacuteculo passado assistiu a uma ineacutedita expansatildeo da capacidade humana de
agenciamento das forccedilas naturais promovida pelo saber teacutecnico-cientiacutefico cuja
centra lidade eacute hoje irreversiacutevel no que se refere as relaccedilotildees com a natureza Em relaccedilatildeo
ao conhecimento poucas aacutereas de interesse do homem moderno se ligam tanto agrave
pesquisa cientiacutefica como a questatildeo ambiental sendo um fenocircmeno de tendecircncia
internacional evidenciado a partir da deacutecada de 70 (Hess 1999)
A noccedilatildeo de paradigma eacute normalmente utilizada para estabelecer uma
diferenciaccedilatildeo entre dois momentos ou dois niacuteveis do processo de conhecimento
cientiacutefico (Capra 1997 Kuhn 1989) Para um entendimento miacutenimo do que significa
essa noccedilatildeo Costa Neto (1999) diz que se pode conceituar o paradigma enquanto um
modelo de ciecircncia que serve como referecircncia para todo um fazer cientiacutefico durante uma
determinada eacutepoca ou um periacuteodo de tempo demarcado e a partir de um certo momento
da histoacuteria da ciecircncia o referido modelo predominante tende a se esgotar em funccedilatildeo de
uma crise de confiabilidade nas bases estruturantes de seu conhecimento Desta forma o
paradigma passa a ser substituiacutedo por outro modelo cientiacutefico predominante Tambeacutem
pode ocorrer o fato de dois paradigmas disputarem o espaccedilo de hegemonia na
construccedilatildeo do conhecimento (Costa Neto 1999)
Os problemas com os quais nos deparamos hoje satildeo faces de uma crise uacutenica
diferentes do fazer cientiacutefico e proveniente de uma crise de percepccedilatildeo segundo Capra
(2 0 0 1 ) isto faz com que nossas instituiccedilotildees e noacutes em particular natildeo consiga perceber
claramente realidades complexas em um mundo globalmente interligado Ainda que as
soluccedilotildees para alguns de nossos principais problemas possam ser relativamente simples
ldquosoacute seratildeo possiacuteveis mediante uma mudanccedila radical em nossas percepccedilotildeesrdquo este eacute
tambeacutem o ldquoestopim para colocar em marcha medidas efetivasrdquo porque os governos e as
instituiccedilotildees jamais empreenderatildeo accedilotildees de fato enquanto as pessoas natildeo
compreenderem que satildeo parte do problema e da soluccedilatildeo e que eacute preciso assumir a
necessidade de mudar o rumo das coisas (Gomes amp Borba 2000)
Para Leff (2001) a agroecologia representa o ldquonascimento de um paradigmardquo que
eacute a alma da produccedilatildeo sustentaacutevel um processo que permite o resgate dos
conhecimentos proacuteprios e o renascimento do ser trazendo de volta as relaccedilotildees com os
seres humanos na medida em que o produtor cria atraveacutes de seu conhecimento o seu
proacuteprio saber-fazer numa relaccedilatildeo com a vida e com a terra
6
Segundo Costa Neto (1999) o paradigma agroecoloacutegico representa portanto a
linha de um posicionamento soacutecio-ambiental que tem uma vertente tecnoloacutegica apta a
ser uma alternativa agrave produccedilatildeo agriacutecola em grande escala e ao modelo tradicional
disciplinar
Hoje a agroecologia continua a fazer conexatildeo entre fronteiras estabelecidas Por
um lado estuda os processos econocircmicos e os agroecossistemas por outro eacute um agente
para as mudanccedilas sociais e ecoloacutegicas complexas que tenham necessidade de ocorrer no
futuro a fim de levar a agricultura para uma base verdadeiramente sustentaacutevel O
processo de mudanccedila estaria dirigido agrave busca de novos pontos de equiliacutebrio entre as
dimensotildees de produtividade estabilidade e equumlidade na atividade agraacuteria articuladas
entre si poreacutem em constante processo de adaptaccedilatildeo e retroalimentaccedilatildeo utilizando
estilos mais respeitosos com o ambiente com o propoacutesito de superar a crise enfrentada
pelos agricultores (Costabeber amp Moyano 2000)
De acordo com Altieri (2002) soacute uma compreensatildeo mais profunda da ecologia
humana e dos sistemas agriacutecolas pode levar a medidas coerentes com uma agricultura
sustentaacutevel Assim a ldquoemergecircncia da agroecologiardquo representa um enorme salto nesta
direccedilatildeo pois fornece os princiacutepios ecoloacutegicos baacutesicos para o estudo e tratamento dos
ecossistemas tanto produtivos quanto preservadores dos recursos naturais e que sejam
culturalmente sensiacuteveis socialmente justos e economicamente viaacuteveis
A transformaccedilatildeo ou substituiccedilatildeo de um modelo de desenvolvimento para outro
supotildee um processo de transiccedilatildeo que em alguns momentos caminha a passos lentos e
em outros pode trazer mudanccedilas bruscas e qualitativamente diferenciadas Esse
processo de transiccedilatildeo significa a conversatildeo de uma agricultura tradicional para uma
agricultura ecoloacutegica e socialmente equilibrada com base na sustentabilidade (Gomeacutez
1997)
Embora a falta de informaccedilatildeo da pesquisa possa ter contribuiacutedo para dificuldades
e experiecircncias negativas de muitos produtores estes tecircm fama de serem inovadores e
experimentadores desejosos de adotar novas praacuteticas no sentido de serem beneficiados
Nos uacuteltimos cinquumlenta anos a inovaccedilatildeo na agricultura tem sido impulsionada
principalmente pela ecircnfase em altos rendimentos e no lucro da unidade produtiva
Apesar da continuidade dessa forte pressatildeo econocircmica sobre a agricultura muitos
produtores convencionais estatildeo preferindo fazer a transiccedilatildeo para praacuteticas que satildeo mais
consistentes ambientalmente e tem o potencial de contribuir com a sustentabilidade da
agricultura em longo prazo (Gliessman 2000)
7
212 Agroecologia e agricultura familiar
O nuacutecleo por excelecircncia da produccedilatildeo sustentaacutevel eacute a agricultura familiar No
Brasil mais especificamente esta tecnologia estaacute sendo introduzida natildeo somente em
aacutereas de cultivo de agricultura familiar em geral mas especificamente em
assentamentos rurais Percebe-se dessa forma tratar-se de um tipo de produccedilatildeo que
tende a incorporar a dimensatildeo histoacuterico-social e a considerar os valores culturais e de
senso comum inerentes aos agricultores familiares (Costa Neto 1999)
Na agricultura familiar a sustentabilidade toma forma a partir do momento em
que comeccedilaram a ser incorporados aos debates os novos anseios da sociedade rural e
urbana relacionados a um novo projeto de desenvolvimento e na medida em que foram
buscadas orientaccedilotildees teoacutericas baseadas no paradigma agroecoloacutegico
De acordo com Maturana amp Rezepka (2000) a formaccedilatildeo do conhecimento natildeo eacute
entendida como simples treinamentos e teacutecnicas e seraacute um aspecto essencial desta
abordagem A valorizaccedilatildeo dos saberes dos agricultores sobre o ambiente as plantas o
solo e os processos ecoloacutegicos onde resgatam e aprimoram teacutecnicas proacuteprias e de
outros de origem cientiacutefica ou empiacuterica fundamentais dentro deste novo paradigma
(Altieri amp Nicholls 2000)
Neste sentido cientistas e extensionistas tecircm se surpreendido com a profundidade
destes conhecimentos e com a capacidade de vaacuterios destes agricultores de expocirc-los
mesmo nos ambientes acadecircmicos onde muitas vezes estatildeo mais avanccedilados que seus
interlocutores (Weid amp Tardin 2002) Isto revela a necessidade de sintonia entre a
Universidade e a Comunidade
Entatildeo a sutentabilidade ambiental em niacutevel local eacute positiva quando o manejo
realizado no agroecossistema aproveita a produtividade dos recursos naturais renovaacuteveis
(aqueles que funcionam mediante o fluxo solar) Ao contraacuterio pode natildeo ser positiva
quando as praacuteticas produtivas consistem na busca pela produtividade mediante a troca
econocircmica (importaccedilatildeo e exportaccedilatildeo de insumos e produtos) onde a terra eacute vista
unicamente como o suporte material (fiacutesico) das espeacutecies Neste caso o controle de
pragas a fertilizaccedilatildeo e outras praacuteticas necessaacuterias satildeo realizados mediante capital
produzido pelo homem degradando a base local de recursos naturais (Xavier Simoacuten amp
Domingues 2001)
8
213 O Mercado de produtos agroecoloacutegicos
O mercado de alimentos produzidos sob a orientaccedilatildeo agroecoloacutegica produzidos
sem utilizaccedilatildeo de agrotoacutexicos ou adubos minerais tem aumentado vertiginosamente em
todo o mundo Alguns dados indicam que esse segmento cresce anualmente cerca de
20 nos Estados Unidos 40 na Europa e 50 no Brasil e para comprovar tais
iacutendices basta verificar a proliferaccedilatildeo das feiras de produtores ecoloacutegicos nas cidades o
aumento dos espaccedilos para esses produtos nas gocircndolas das grandes redes de
supermercados e os movimentos ambientalistas e de consumidores que buscam uma
alimentaccedilatildeo mais saudaacutevel (Schiedeck 2002)
Sem duacutevida antes de tudo cabe salientar que a crise atual evidencia o equiacutevoco da
adoccedilatildeo de um modelo de produccedilatildeotransformaccedilatildeo que natildeo tem outra ambiccedilatildeo que natildeo a
de se adaptar agrave globalizaccedilatildeo Cabe a consideraccedilatildeo feita por Dufour (1999) de que o
mercado natildeo eacute uacutenico e monoliacutetico e portanto a produccedilatildeo social da qualidade natildeo
significa mais do mesmo (a adaptaccedilatildeo do que jaacute natildeo serve)
Na realidade pode-se identificar claramente dois mercados de natureza
fundamentalmente oposta que segundo Gomes amp Borba (2000) satildeo o de produtos
baacutesicos (leite cereais carnes brancas e vermelhas) e o de produtos elaborados
socialmente e de grande valor agregado por serem justos socialmente O mercado
mundial dos produtos baacutesicos eacute alimentado pelos excedentes agriacutecolas de grandes
produtores (Uniatildeo Europeacuteia Estados Unidos e Canadaacute) tambeacutem a soja e carne de
frango brasileira e o trigo argentino e os preccedilos nesses mercados satildeo extremamente
baixos e permaneceratildeo assim por muito tempo segundo relatos recentes do Banco
Mundial
Para produzir a preccedilos tatildeo baixos eacute necessaacuterio lanccedilar matildeo de todo tipo de
artifiacutecio como os hormocircnios os organismos geneticamente modificados as farinhas
animais esquecendo o meio ambiente e convivendo com exploraccedilotildees gigantescas
concentraccedilatildeo na posse da terra e com uma minoria de beneficiaacuterios dos programas de
ajuda puacuteblica os agromanagers (Gomes amp Borba 2000)
O mercado de produtos elaborados e de valor agregado obedece a outras regras
Mesmo que os agricultores busquem a maximizaccedilatildeo da produtividade natildeo se enfrentam
diretamente A produccedilatildeo ocorre em zonas geograacuteficas bem definidas e permite valorizar
o ldquosavoir-fairerdquo ou ldquoknow-howrdquo (em outras palavras natildeo necessariamente mas o
conhecimento ldquotradicionalrdquo) contribuindo para uma verdadeira economia local Esta eacute a
9
agricultura que ao mesmo tempo produz gera e preserva empregos Para caminhar ateacute
ela eacute necessaacuteria uma ampla alianccedila entre agricultores consumidores e movimentos
sociais para frear esta forma de ditadura dos mercados fonte do poder das
transnacionais agro-alimentares e quiacutemicas (Dufour 1999)
Por outra parte o mercado natildeo eacute linear e abstrato como querem fazer crer A
produccedilatildeo e o consumo sempre estaratildeo localizados e seratildeo realizados por produtores e
consumidores concretos isto permite falar em convenccedilatildeo ou negociaccedilotildees onde a
qualidade seja considerada na originalidade no bem comum ou na confianccedila entre pares
e colada aos produtos ainda mais quando se trata de alimentos Isto soacute seraacute possiacutevel
no local (sem ignorar o global) e levando em conta indicaccedilotildees como denominaccedilatildeo
ou indicaccedilatildeo de origem de processo ou de qualidade etc relacionados agraves
especificidades dos produtos o que tambeacutem deve ser objeto de negociaccedilatildeo para cada
lugar (eacute preciso lembrar que a participaccedilatildeo e as relaccedilotildees interpessoais satildeo determinantes
ao longo do processo) A produccedilatildeo social da qualidade eacute vista como estrateacutegia que
adquire sentido se considerada para o espaccedilo da Agricultura Familiar onde ainda eacute
possiacutevel estabelecer laccedilos de solidariedade entre produtores e consumidores (Gomes amp
Borba 2000)
De acordo com DrsquoAgostini amp Fantini (2002) tanto ou mais do que compreender a
dinacircmica de processos dos quais resultam produtos interessantes eacute compreender e
humanizar a dinacircmica de interesses sobre esses processos e produtos Os mesmos
autores dizem ainda que natildeo seria a solidariedade humana (a virtude pressuposta) que
emerge em especial na produccedilatildeo agroecoloacutegica mas sim a emergecircncia da rica
propriedade humana a generosidade que permite praticaacute-la em qualquer relaccedilatildeo entre
os homens
22 A cultura da cebola (Alliunt cepa L) e sua importacircncia
A cultura da cebola foi introduzida pelos accedilorianos no Brasil no seacuteculo XVIII nos
municiacutepio de Mostardas Rio Grande e Satildeo Joseacute do Norte no Estado do Rio Grande do
Sul (Garcia 1990) sendo a terceira hortaliccedila de maior importacircncia econocircmica para o
paiacutes (ICEPA 2003) Nas regiotildees Sul e Sudeste a cebolicultura constitui-se em atividade
socioeconocircmica de significativa relevacircncia para os Estados de Satildeo Paulo Santa
10
Catarina e Rio Grande do Sul nos quais se concentram mais de 76 da produccedilatildeo
nacional (Debarba et a i 1998)
A mais importante regiatildeo produtora do Rio Grande do Sul estaacute situada no litoral
Sul englobando os municiacutepios de Rio Grande Tavares Satildeo Joseacute do Norte e Mostardas
(Garcia 1997) e segundo ICEPASC (2003) esses quatro municiacutepios respondem por
cerca de 70 da produccedilatildeo de cebola do RS
Timm (2000) cita que cerca de 16000 famiacutelias rurais no Rio Grande do Sul tem
na cultura da cebola o seu principal meio de subsistecircncia No Municiacutepio de Satildeo Joseacute do
Norte a produccedilatildeo de cebola constitui uma atividade econocircmica quase exclusiva onde a
descapitalizaccedilatildeo dos agricultores ocasionou o abandono do meio rural por muitos deles
que acabaram por estabelecerem-se na periferia da zona urbana (Garcia 1997)
Aleacutem da descapitalizaccedilatildeo do produtor ocorrem problemas como a erosatildeo do solo
que segundo Zabaleta (1998) ocorre principalmente devido agrave accedilatildeo dos ventos fortes e
constantes caracteriacutesticos na regiatildeo sul-litoracircnea bem como a topografia plana e os
solos muito arenosos com lenccediloacuteis freaacuteticos superficiais contribuem para o
empobrecimento dos solos da regiatildeo principalmente ao se comparar com outras aacutereas
onde a cebola participa de sistemas produtivos juntamente com a produccedilatildeo leiteira o
arroz e hortaliccedilas diversas (Timm 2000)
221 Caracteriacutesticas agronocircmicas da cebola
A cebola eacute uma aliaacuteceae a planta eacute tenra atinge 60 cm de altura e apresenta folhas
tubulares e cerosas O caule verdadeiro eacute um disco comprimido na base da planta de
onde partem as folhas e raiacutezes que satildeo fasciculadas pouco ramificadas explorando um
volume de solo equivalente a um cilindro com 60 cm de altura e 25 cm de diacircmetro
(Filgueira 2000)
Cada planta apresenta 20 a 200 raiacutezes normalmente espessas (05 a 1 mm de
diacircmetro) e com pouca ramificaccedilatildeo e poucos pecirclos absorventes O crescimento eacute
vertical estendendo-se de 40 a 80 cm de profundidade Poucas raiacutezes ocupam mais de
15 cm do raio em tomo do bulbo Estas caracteriacutesticas tecircm implicaccedilotildees peculiares
quanto acirc localizaccedilatildeo e ao suprimento de nutrientes (Quanto menor o diacircmetro e maior a
ocorrecircncia de pecirclos absorventes maior seraacute a superfiacutecie de raiacutezes e consequumlentemente a
absorccedilatildeo de nutrientes (Magalhatildees 1993)
11
A fase vegetativa do ciclo da planta termina com o amadurecimento do bulbo
todavia trata-se de uma planta bienal considerando acirceu ciclo vital completo isto eacute da
semeadura ateacute a produccedilatildeo de novas sementes Apoacutes um periacuteodo invemal sob baixas
temperaturas haacute emissatildeo de um pendatildeo floral que pode alcanccedilar 150 cm de altura
terminando por uma inflorescecircncia tipo umbela simples inicialmente recoberta por
uma peliacutecula formada por centenas de pequenas flores (Filgueira 2000)
Segundo Clivela (1995) os fatores climaacuteticos de modo geral natildeo satildeo limitantes
para a produccedilatildeo de bulbos de cebola no Rio Grande do Sul Filgueira (2000) enfatiza
que no Brasil eacute uma das raras culturas oleraacuteceas nas quais o fotoperiacuteodo pode tornar-se
o fator limitante ocorrendo frustraccedilotildees da colheita caso as exigecircncias da planta natildeo
sejam satisfeitas
222 A produccedilatildeo de mudas de hortaliccedilas
As mais importantes modificaccedilotildees no sistema de produccedilatildeo nos uacuteltimos anos tecircm
sido feitas na produccedilatildeo de mudas Hoje eacute uma realidade os produtores se
especializarem em produzir mudas principalmente no Estado de Satildeo Paulo Para tanto
se busca atraveacutes da pesquisa as melhores fontes e combinaccedilotildees de substratos associados
ao sistema de produccedilatildeo conveniente para cada espeacutecie a fim de se obter melhorias na
propriedade no solo e na Olericultura (Giorgetti 1991)
O sistema agroecoloacutegico torna-se importante uma vez que a base da Horticultura
moderna eacute a produccedilatildeo de mudas de alta qualidade (Minami1995) a produccedilatildeo de mudas
de hortaliccedilas tem sido citada como a etapa mais importante do sistema produtivo (Silva
Junior et al 1995) Segundo Filgueira (2000) nesta fase natildeo se pode cometer erros
pois posteriormente seraacute mais difiacutecil de corrigi-los visto que para o cultivo da cebola a
muda refletiraacute na qualidade do bulbo
As mudas de hortaliccedilas podem ser consideradas tolerantes e natildeo tolerantes ao
transplante e dependem principalmente das condiccedilotildees ambientais necessitando de
cuidados No caso da cebola como satildeo produzidas com raiz nua os cuidados devem ser
maiores pois dependendo do estado em que se encontram mais ou menos susceptiacuteveis
aos estresses quando em contato com o campo podem resultar em desastre (Minami
1999)
A quantidade de nutrientes extraiacuteda pelas hortaliccedilas durante a fase de muda varia
em funccedilatildeo da espeacutecie da variedade ou da cultivar e do prazo necessaacuterio para a formaccedilatildeo
13
O composto humificado ou curado eacute rico em nutrientes que passaram parcialmente
da forma orgacircnica para a forma mineral assimilaacutevel pelas raiacutezes e com maior teor
coloidal que atua como fertilizante e eacute responsaacutevel pela capacidade melhoradora do
solo (Barreto 1985)
Uma das principais alternativas em termos de adubaccedilatildeo orgacircnica eacute o
vermicomposto Ele eacute um adubo orgacircnico estaacutevel rico em nutrientes inodoro de
coloraccedilatildeo escura obtido a partir da atividade das minhocas que potencializam a mateacuteria
prima utilizada no processo (principalmente esterco de bovino) proporcionando
diversos benefiacutecios para as plantas (Timm 2000)
231 Efeitos da adubaccedilatildeo orgacircnica no solo
O solo funciona como um organismo vivo em 1 grama de solo saudaacutevel vive uma
comunidade bioloacutegica de aproximadamente 1 0 0 0 0 espeacutecies diferentes como minhocas
larvas besouros colecircmbolos aacutecaros algas bacteacuterias e fungos Estes organismos
necessitam de alimentos para viver principalmente carbono e nitrogecircnio que estatildeo
presentes na palhada das culturas e no esterco de animais Em funccedilatildeo disso eacute
importante que o solo tenha um determinado teor de mateacuteria orgacircnica para fornecer os
alimentos e energia que os microacutebios precisam para viver (Paulus et al 2001)
O homem atraveacutes dos diferentes sistemas de preparo do solo e cultivos contiacutenuos
ou natildeo altera o comportamento do mesmo em relaccedilatildeo agraves reaccedilotildees quiacutemicas
propriedades fiacutesicas como capacidade de retenccedilatildeo de aacutegua lixiviaccedilatildeo de nutrientes
erosatildeo e como consequumlecircncia afeta a qualidade de organismos presentes no solo (Brady
1999) reduzindo paulatinamente o teor de mateacuteria orgacircnica (Primavesi1982)
Nos uacuteltimos anos tem-se observado em diferentes paiacuteses a ampliaccedilatildeo do uso de
adubos orgacircnicos Alguns apresentam oacutetimos resultados enquanto outros se mostram
tecnicamente inadequados Os principais adubos orgacircnicos encontrados no mercado satildeo
fertilizantes orgacircnicos de origem animal compostos de lixo urbanos compostos de
produtos industriais e huacutemus de minhoca Nestes fertilizantes estatildeo presentes a maioria
dos macronutrientes (nitrogecircnio foacutesforo potaacutessio caacutelcio magneacutesio enxofre) e
micronutrientes (zinco cobre boro ferro cobalto)essenciais para as plantas e nem
sempre encontrados em muitos fertilizantes minerais bem como uma gama de
microorganismos que vatildeo beneficiar a fauna e a flora do solo (Brady 1979 Kiehl
1985 Costa 1985 Garcia 1997)
14
Os adubos orgacircnicos satildeo amplamente empregados nos sistemas de produccedilatildeo de
alface como condicionadores do ambiente quiacutemico e fiacutesico da rizosfera e
consequumlentemente na resposta bioloacutegica das plantas (Rodrigues amp Casali 1998)
Considerando as necessidades hortiacutecolas de maior competitividade e o fato de natildeo
ser subsidiada o crescimento populacional e a industrializaccedilatildeo representam fatores
determinantes na geraccedilatildeo diaacuteria de enormes volumes de resiacuteduos podendo ser utilizados
pelos produtores com um maior retomo econocircmico possiacutevel Ao mesmo tempo a
questatildeo ambiental assume cada vez mais destaque na sociedade moderna repercutindo
em poliacuteticas governamentais bem como no setor produtivo do paiacutes e do mundo
fazendo com que a relaccedilatildeo do homem com a natureza seja repensada (Morselli 2001)
232 Efeitos da adubaccedilatildeo orgacircnica nas culturas
Segundo Paulus et al (2001) a mateacuteria orgacircnica tambeacutem eacute fonte de nutrientes
especialmente nitrogecircnio foacutesforo enxofre e micronutrientes aleacutem disso tem
capacidade de ldquoprenderrdquo micronutrientes e alguns elementos toacutexicos para as plantas
como o alumiacutenio Por exemplo os micronutrientes depois de presos satildeo liberados
lentamente no solo onde satildeo gradativamente aproveitados pelas plantas
O uso dos fertilizantes minerais elevam o custo de produccedilatildeo pois satildeo necessaacuterias
altas doses para o fornecimento dos teores de nutrientes demandados Por isso eacute
importante a geraccedilatildeo de tecnologias que poupem o consumo de fertilizantes minerais
desejaacutevel com vista agrave diminuiccedilatildeo do custo de produccedilatildeo (Rodrigues 1984) A produccedilatildeo
de hortaliccedilas sob a orientaccedilatildeo agroecoloacutegica leva em consideraccedilatildeo natildeo apenas os custos
de produccedilatildeo como tambeacutem a dependecircncia dos insumos principalmente quando se
considera a ldquoteoria da trofobioserdquo pelos efeitos maleacuteficos que os nutrientes prontamente
assimilaacuteveis podem causar as plantas (Chaboussou 1987)
Para Compagnoni amp Putzolu (1985) o vermicomposto eacute um autecircntico fertilizante
bioloacutegico que atua como corretivo do solo determinando caracteriacutesticas importantes
para a microflora pelos aacutecidos huacutemicos e as substacircncias fitoestimulantes Os autores
consideram ainda que as dejeccedilotildees das oligoquetas proporcionam a formaccedilatildeo de huacutemus
permitindo melhorar o solo razatildeo pela qual satildeo destinados agrave horticultura com oacutetimas
vantagens fiacutesicas e microbioloacutegicas enriquecendo a camada araacutevel
Em experimentos desenvolvidos durante cinco anos para avaliar o efeito da
aplicaccedilatildeo de compostos eou adubos nas culturas de alface manjericatildeo espinafre e
15
pepino Valenzuela amp Crosby (1998) compararam as produccedilotildees obtidas com composto
e a fertilizaccedilatildeo padratildeo e concluiacuteram que a utilizaccedilatildeo do composto em 20 Mg ha 1 mais
N-quiacutemico foi o melhor tratamento em todas as culturas estudadas
233 Plantas de cobertura do solo
As plantas mais usadas para adubaccedilatildeo de cobertura do solo satildeo as leguminosas
pois estas tecircm a capacidade de fixar o nitrogecircnio atmosfeacuterico e disponibiliza-lo agrave
cultura Primavesi (1992) cita que utilizando-se mucuna ervilhaca feijatildeo-de-porco
feijatildeo-miuacutedo crotalaacuteria e outras natildeo haacute necessidade de utilizar tanto nitrogecircnio em
cobertura embora natildeo se dispense uma calagem mais frequumlente pois ocorre um pouco
de acidificaccedilatildeo no solo como com qualquer adubaccedilatildeo nitrogenada Segundo a mesma
autora algumas leguminosas tecircm a capacidade de mobilizar o foacutesforo como o caupi
(feijatildeo-miuacutedo) outras mobilizam o caacutelcio como tremoccedilo
Para Brady (1999) a adubaccedilatildeo verde traz grandes benefiacutecios como suprimento de
mateacuteria orgacircnica sendo consideraacutevel a quantidade de resiacuteduos orgacircnicos devolvidos ao
solo adiccedilatildeo de nitrogecircnio nutrientes e conservaccedilatildeo do solo
Calegari (1998) comenta que quanto aos aspectos fiacutesicos os resiacuteduos tendem a
contribuir para uma melhoria da estrutura do solo percebida pelo aumento da
estabilidade dos agregados em aacutegua aumento da capacidade de retenccedilatildeo hiacutedrica
elevaccedilatildeo dos iacutendices de infiltraccedilatildeo de aacutegua no solo aumento da porosidade melhor
aeraccedilatildeo e diminuiccedilatildeo da densidade do solo
De acordo com Timm (2000) o papuatilde eacute uma excelente alternativa como cobertura
de solo para o cultivo miacutenimo da cebola pois na eacutepoca do transplante das mudas seu
ciclo vegetativo estaacute completo natildeo necessitando o dessecamento outra vantagem eacute que
o papuatilde apresenta bom controle com relaccedilatildeo agraves plantas invasoras da cebola reduzindo
ao longo dos anos o nuacutemero de capinas e a aplicaccedilatildeo de herbicidas
234 Adubaccedilatildeo foliar
Segundo Malavolta (1981) a utilizaccedilatildeo da adubaccedilatildeo foliar eacute complemento da
adubaccedilatildeo de solo natildeo substituto da mesma no que diz respeito ao fornecimento de
nitrogecircnio foacutesforo e potaacutessio para as culturas Da mesma maneira que as raiacutezes podem
perder para o solo parte dos elementos absorvidos as folhas tambeacutem o fazem pela accedilatildeo
16
de fatores internos (desordem fisioloacutegica estado nutricional etc) e externos (chuvas
orvalho nutriccedilatildeo do sistema radicular luz temperatura etc)
Para Chaboussou (1987) as plantas adquirem o maacuteximo de resistecircncia bioloacutegica
atraveacutes da nutriccedilatildeo (trofos) equilibrada Obviamente para que isto ocorra eacute necessaacuterio
que o solo esteja em equiliacutebrio dinacircmico o ambiente seja o mais estaacutevel e as plantas
selecionadas ou melhor adaptadas para poderem suportar as alteraccedilotildees extemporacircneas
ocasionadas pelos fenocircmenos meteoroloacutegicos e nas fases fonoloacutegicas criacuteticas do
crescimento e desenvolvimento (Pinheiro amp Barreto 2000)
O lixiviado das folhas enriquece as camadas superiores do solo e tende a
contrabalanccedilar as perdas de zonas mais profundas e mais distantes acumulando-os nas
suas proximidades tambeacutem influencia o nuacutemero e o comportamento dos
microrganismos que por sua vez alteram o processo de gecircnese do solo sua textura e
fertilidade A lixiviaccedilatildeo assim se toma importante no desenvolvimento da sucessatildeo
ecoloacutegica devido agrave ciclagem de elementos (Malavolta 1980)
Conforme Camargo (1975) a utilizaccedilatildeo de adubos foliares substitui parcialmente
a adubaccedilatildeo radicular em 20 a 25 podendo ser utilizada em varias pulverizaccedilotildees
24 Vermicompostagem
E o processo que consiste em se submeter diferentes resiacuteduos orgacircnicos de
origem animal eou vegetal aos processos fermentativos e humificaccedilatildeo adicionando
minhocas do gecircnero Eiseina espeacutecie foetida ao material procurando obter um produto
curado em aproximadamente 45 - 60 dias (Compagnoni amp Putzolu 1985)
A vermicompostagem firmou-se no Brasil como atividade rentaacutevel produzindo
adubo de alta qualidade na deacutecada de 90 Na agricultura brasileira contudo haacute
preferecircncia pelos adubos quiacutemicos em funccedilatildeo de sua aquisiccedilatildeo financiada menor custo
e retomo imediato embora o impacto de seu uso contiacutenuo sobre o solo e os
microorganismos que nele vivem seja negativo (Tagliari amp Grassmann 1995)
Segundo Morselli (2002) a vermicompostagem difere da compostagem
convencional dentre outros pocircr formar substacircncias huacutemicas mais rapidamente ao sofrer
passagem pelo trato digestivo das minhocas A alirdentaccedilatildeo destas satildeo basicamente os
estercos e a disponibilidade desta mateacuteria prima bem como de ambiente protegido para
proceder a compostagem correta deste material satildeo indispensaacuteveis
17
Segundo Kiehl (1985) e Martinez (1990) o vermicomposto apresenta as seguintes
vantagens em relaccedilatildeo a compostagem permite a formaccedilatildeo de um produto curado em
menor espaccedilo de tempo promove a formaccedilatildeo de um material com maior
disponibilidade de nutrientes facilita o peneiramento natildeo havendo a necessidade de
revolvimento do material oferece vaacuterias fontes de renda pois aleacutem do huacutemus fornece
minhocas e raccedilatildeo e quando aplicado ao solo tende a melhorar as propriedades fiacutesicas
quiacutemicas e bioloacutegicas
241 Resiacuteduos utilizados na vermicompostagem
2411 Resiacuteduos de origem animal
Segundo Bureacutes (1997) o esterco eacute uma mistura de fezes urina e camas que
podem estar constituiacutedas de palhas folhas secas serragem turfa casca de arroz e ateacute
terra Esse apresenta pH neutro e densidade que varia de 030 a 090 Kg dm3 segundo
seu estado de decomposiccedilatildeo Eacute influenciado por vaacuterios fatores como espeacutecie animal
raccedila idade alimentaccedilatildeo material utilizado como cama e tratamento da mateacuteria-prima
esterco (Kiehl 1985) Dentre os fatores apontados um dos mais importantes eacute a
alimentaccedilatildeo do animal quanto mais rica a alimentaccedilatildeo mais rica seraacute as dejeccedilotildees
(Gnoatto 1999) O volume de bacteacuterias vivas ou mortas encontradas no esterco
representam 20 a 30 do total delas se originam grande parte do nitrogecircnio sob a
forma de proteiacutena (Morselli 2002)
A origem do material utilizado para a produccedilatildeo de vermicomposto eacute fundamental
pois soacute uma mateacuteria-prima de qualidade resultaraacute em um produto final de boa qualidade
Dentre os estercos o de aves eacute empregado empiricamente na adubaccedilatildeo de culturas
permanente ou natildeo com excelentes resultados apesar de sua simples composiccedilatildeo
meacutedia 2 de nitrogecircnio 2 de foacutesforo como P2 0 5 e 1 de K2 0 Poreacutem haacute uma
grande variaccedilatildeo na sua constituiccedilatildeo a qual dependeraacute do manejo animal atraveacutes das
camas finalidade da criaccedilatildeo e natureza das camas (Morselli 2002)
2412 Resiacuteduos de origem vegetal
A mateacuteria orgacircnica pode ser preservada no solo por vaacuterios processos seja pela
simples incorporaccedilatildeo de resiacuteduos de culturas rotaccedilatildeo de culturas adubaccedilatildeo verde ou
18
pela adiccedilatildeo de materiais orgacircnicos capazes de elevar e manter a produtividade do solo
Da decomposiccedilatildeo dos resiacuteduos orgacircnicos adicionados ao solo resulta a liberaccedilatildeo de
grande quantidade de nutrientes principalmente o nitrogecircnio o potaacutessio e o enxofre
Aleacutem disso diversos atributos quiacutemicos e fiacutesicos do solo satildeo alterados pela
decomposiccedilatildeo desses resiacuteduos destacando-se o aumento da capacidade de troca de
caacutetions o aumento da retenccedilatildeo de aacutegua a melhoria da estabilidade dos agregados e da
aeraccedilatildeo (Fraser1963 Malavolta 1981 Mello et al 1983 Bonilla 1992)
Segundo Purcino (1981) quando a relaccedilatildeo CN eacute menor que 30 como no caso do
esterco de curral ou da palha de leguminosas a disponibilidade de nitrogecircnio eacute
imediata mas acima deste valor ocorre imobilizaccedilatildeo crescente deste nutriente Por esse
motivo estes materiais devem ser submetidos a uma degradaccedilatildeo bioloacutegica antes de
serem adicionados ao solo
25 Biofertilizantes
No Brasil ocorrem problemas crescentes com materiais derivados de sistemas
intensivos de criaccedilatildeo animal que acumulam resiacuteduo^ orgacircnicos com graves problemas
de contaminaccedilatildeo de cursos de aacutegua que na maioria das vezes se acumulam em um
uacutenico lugar e natildeo satildeo reciclados (Viglizzo 1995)
Visando amenizar tais situaccedilotildees os meacutetodos alternativos de adubaccedilatildeo controle de
doenccedilas pragas e plantas indesejaacuteveis tecircm sido muito estudado Dentro dessa linha de
pesquisa destaca-se o uso de mateacuteria orgacircnica atraveacutes tanto de sua incorporaccedilatildeo ao
solo como de sua transformaccedilatildeo para uso posterior na forma de biofertilizantes
(Khatounian 1997 Bettiol et al 1997)
Na complexa e elevada comunidade microbiana dos biofertilizantes encontram-se
bacteacuterias fungos leveduriformes filamentosos e actinomicetos (Bettiol apud Penteado
1999)
O agregado de macro e micronutrientes periodicamente ativa e enriquece a
fermentaccedilatildeo O uso de farinha de rocha tem sido vantajoso por ter baixo custo
comparado com os sais concentrados e purificados aleacutem de trazer alguns elementos
traccedilos de vital importacircncia para os microrganismos do solo como por exemplo o Gaacutelio
o Iodo e o Vanaacutedio (M1BASA 199-) O agregado de farinha de rocha ou sais
purificados ao fermentado faz com que estes nutrientes passem a fazer parte dos
microrganismos ou dos produtos orgacircnicos liberados durante a fermentaccedilatildeo sendo que
19
o ataque dos microrganismos atraveacutes de suas enzimas consegue liberar os elementos natildeo
atacados pelos aacutecidos industriais (Pinheiro amp Barreto 2000)
Os biofertilizantes tecircm sido empregados na agricultura ecoloacutegica como adubo
foliar para aumentar a resistecircncia contra pragas e doenccedilas Aleacutem disso o processo de
produccedilatildeo eacute bastante simples e por isso eacute viaacutevel sua produccedilatildeo na propriedade desde que
tenha esterco disponiacutevel (Penteado 1999)
Bettiol et al (1997) verificaram a presenccedila de diferentes espeacutecies de fungos
fiacutelamentosos e leveduriformes e bacteacuterias entre elas Bacillus spp na comunidade
microbiana do biofertilizante produzido segundo meacutetodo adotado pelo Centro de
Agricultura Ecoloacutegica Ipecirc Os autores verificaram ainda uma reduccedilatildeo da comunidade
microbiana ao longo da digestatildeo reduccedilatildeo essa mais acentuada logo apoacutes o acreacutescimo
dos sais contendo micronutrientes A accedilatildeo dos sais pode ser tanto por aumento na
pressatildeo osmoacutetica quanto pelo efeito direto sobre os microrganismos Para o controle de
doenccedilas de plantas satildeo importantes a presenccedila dos metaboacutelitos produzidos pelos
organismos presentes no biofertilizante e os proacuteprios microrganismos vivos
Os microrganismos transformam o material orgacircnico (esterco soro de leite caldo
de frutas palhas restos industriais etc) e cinzas produzindo vitaminas aacutecidos e sais
complexos importantes para regular e tonificar o metabolismo das plantas impedindo o
desenvolvimento de pragas e doenccedilas (Pinheiro amp Barreto 2000)
Em estudos feitos com o biofertilizante liacutequido de bovinos foi observado a
presenccedila de inuacutemeros microorganismos como bacteacuterias leveduras e bacilos
principalmente do Bacillus subtilis Estes microorganismos sintetizam substacircncias
antibioacuteticas as quais demonstram ter grande accedilatildeo e eficiecircncia como substacircncias
fungiostaacuteticas e bacteriostaacuteticas de fitopatoacutegenos causadores de danos em lavouras
comerciais (Penteado 1999)
Aldrighi et al (2002) realizaram trabalho na UFPel relacionado agrave nutriccedilatildeo de
mudas de tomate (Floradade) produzidas no sistema ldquofloatingrdquo Utilizaram-se doses de
0 2 5 e 10 para o biofertilizante Super Magro e 0 e 1 para a urina de vaca
Concluiacuteram que estes natildeo interferem na produccedilatildeo das mudas e que provavelmente foi
influenciado pelo substrato utilizado (vermicomposto 75 e casca de arroz carbonizada
25) bem como o sistema de produccedilatildeo (floating)
Paglia et al (2002) citam que eacute possiacutevel produzir mudas de tomate (cultivar
Floradede) utilizando urina de vaca e biofertilizante Super Magro na aacutegua em sistema
ldquofloatingrdquo em trabalho realizado na UFPel O uso da urina de vaca a 1 e 5 e
20
biofertilizante Super Magro a 6 proporcionam uma elevaccedilatildeo do foacutesforo bem como o
Super Magro a 6 eleva os teores de Mg e Ca na aacutegua
251 Urina de vaca
As urinas de vaca contecircm nutrientes favoraacuteveis ao bom desenvolvimento das
plantas como potaacutessio soacutedio nitrogecircnio enxofre magneacutesio caacutelcio foacutesforo e traccedilos de
outros elementos Nas plantas funciona como um fertilizante natural tomando-as mais
resistentes ao ataque das pragas e doenccedilas Satildeo encontradas tambeacutem na urina outras
substacircncias como fenoacuteis e principalmente o catecol que esta associado agrave recuperaccedilatildeo
de plantas atacadas por fitopatoacutegenos por ser um produto anti-seacuteptico (Penteado 1999)
Para seu emprego a urina receacutem coletada deve ser armazenada sob condiccedilotildees
ambientais por trecircs dias para que se forme amocircnio importante produto a ser absorvido
pelas plantas Recomenda-se ainda que o armazenamento deva ser feito em recipiente
fechado para que natildeo ocorram perdas de nitrogecircnio Desta forma poderaacute permanecer
por ateacute um ano sem comprometer sua eficiecircncia
Em hortaliccedilas o uso da urina de vaca eacute recomendado em pulverizaccedilotildees foliares
semanais na concentraccedilatildeo de 05 para tomateiro pimentatildeo pepino feijatildeo vagem e
couve ou quinzenais a 1 para as culturas do quiabeiro jiloeiro e berinjela Para
fruteiras em geral a primeira aplicaccedilatildeo deve ser na concentraccedilatildeo aproximada de 5
realizada diretamente no solo e mensalmente devem ser realizadas pulverizaccedilotildees
foliares a 1 para plantas jovens e a 5 para plantas adultas (Penteado 1999)
Na aplicaccedilatildeo foliar deve-se ter cuidado com folhas e brotos novos e considerar que
o uso contiacutenuo pode ser toacutexico podendo afetar o solo causando a sua acidificaccedilatildeo
(Penteado 1999)
Na Estaccedilatildeo Experimental da PESAGRO no municiacutepio de Macaeacute Rio de Janeiro
estaacute se utilizando a urina de vaca leiteira Os pesquisadores descobriram que a urina de
vaca em lactaccedilatildeo produzia o efeito de recuperar plantas de abacaxi atacadas por uma
doenccedila conhecida como ldquofusairioserdquo Essa doenccedila quando ataca o abacaxi causa
perdas de ateacute 70 da safra Todos os agrotoacutexicos testados natildeo conseguiram controlar a
doenccedila Isto eacute um exemplo para que a universidade tenha uma nova percepccedilatildeo (Capra
1996) adotando medidas efetivas que contribuam na transiccedilatildeo agroecoloacutegica Com o
uso da urina de vaca leiteira numa lavoura de abacaxi atacada pela fusariose observou-
se agrave recuperaccedilatildeo do stand e os frutos produzidos apresentaram excelente padratildeo
21
comercial Descobriu-se que aleacutem funcionar como adubo e defensivo natural a urina de
vaca leiteira tambeacutem favorece a floraccedilatildeo de muitas plantas e pode ser usada no
tratamento de frutos e tubeacuterculos depois da colheita
A urina de vaca em lactaccedilatildeo tambeacutem estaacute sendo usada nas lavouras de cafeacute em
plantaccedilotildees de maracujaacute coco alface e outras hortaliccedilas Na regiatildeo centro-sul do Paranaacute
os agricultores estatildeo aplicando a urina de vaca leiteira nas lavouras de feijatildeo soja
batata cebola e milho (Penteado 1999)
252 Alhol
A maioria dos defensivos alternativos tais como calda bordalesa sulfocaacutelcica
aacutegua de cinza e cal biofertilizante enriquecido extrato de fumo entre outros precisa
ser misturada com um espalhante adesivo para quebrar a tensatildeo superficial da gota e
propiciar um melhor molhamento das folhas e demais partes pulverizadas assegurando
uma absorccedilatildeo mais efetiva e uma melhor accedilatildeo sobre as pragas e doenccedilas Quando as
gotas permanecem inteiras sobre a superfiacutecie folhar devido agrave falta de espalhante
adesivo pode-se danificar os tecidos vegetais pelc efeito-lente quando o sol incide
sobre elas Aleacutem disso a gota por natildeo se espalhar sobre toda superfiacutecie folhar
concentra nela e consequumlentemente sobre o tecido que estaacute em contato com ela uma
quantidade maior do produto aplicado Essa maior concentraccedilatildeo pode prejudicar a
absorccedilatildeo e lesionar os tecidos principalmente apoacutes a evaporaccedilatildeo da aacutegua contida na
gota por resultar em uma maior concentraccedilatildeo de sais no local especialmente quando se
aplicam por exemplo calda sulfocaacutelcica bordalesa biofertilizante enriquecido com
macro e micronutrientes (Claro 2001)
O alhol eacute um espalhante adesivo ecoloacutegico que tambeacutem auxilia no controle de
pragas E elaborado com aacutegua alho oacuteleo vegetal e sabatildeo neutro a partir da sabedoria
popular que menciona o alho como repelente de insetos Juacutenior Abreu amp Maiorano
(199-) indicam formulaccedilotildees contendo alho para o controle de pragas como nematoacuteides
(Meloidogyne incoacutegnita e M javanica) mosca do chifre lagarta na maccedilatilde pulgotildees
besouro da batata trips e para controle de doenccedilas fuacutengicas e bacterianas como miacuteldio
ferrugem fusariose helminthosporiose murchadeira (Pseudonamos solacearum)
bruzone do arroz (Pyricularia orysae) podridatildeo negra do repolho e couve-flor
(Xanthomonas campestris) Aleacutem disso o alho pelo seu bom teor em oacuteleo pode agir
tambeacutem como espalhante adesivo O sabatildeo tambeacutem eacute indicado como espalhante adesivo
22
e possui accedilatildeo contra certas pragas (pulgotildees) sendo que o oacuteleo vegetal eacute indicado no
controle de cochonilhas e usado como espalhante adesivo (Claro 2001)
253 Calda Bordalesa
A calda bordalesa eacute um tradicional defensivo agriacutecola que pode ser preparado na
propriedade com a mistura de sulfato de cobre cal virgem e aacutegua As concentraccedilotildees de
sulfato de cobre e cal satildeo distintas dependendo do objetivo do seu emprego
Geralmente diferem de acordo com o tipo de planta ou espeacutecie vegetal as condiccedilotildees
climaacuteticas o grau de infestaccedilatildeo da doenccedila e a fase de crescimento da planta Eacute indicada
para o controle de miacuteldio alternaacuteria botrytis e antracnose (Penteado 1999)
A calda bordalesa caracteriza-se pela sua importante accedilatildeo no controle de diversas
doenccedilas fungicas nas mais diversas espeacutecies de culturas Possui tambeacutem uma relativa
accedilatildeo bactericida e em alguns casos age como repelente de insetos Da mistura do
sulfato de cobre com a cal resulta uma soluccedilatildeo rica em macronutrientes e
micronutrientes Provavelmente os expressivos resultados obtidos com a aplicaccedilatildeo da
calda bordalesa devam-se natildeo somente a sua accedilatildeo fuacutengica e bactericida mas sobretudo
agrave influecircncia positiva que exerce no metabolismo das plantas ativando o processo
enzimaacutetico e estimulando a proteossiacutentese aumentando a resistecircncia das plantas (Claro
2 0 0 1 ) caracteriacutestica fundamental na agricultura sustentaacutevel
254 Biofertilizante Super Magro
A calda Super Magro eacute produto da fermentaccedilatildeo de estercos animais enriquecidos
por micronutrientes e outros produtos de origem animal obtendo-se uma calda
biofertilizante para aplicaccedilatildeo foliar nas plantas (Penteado 1999) jaacute foram observados
bons resultados principalmente nas culturas de uva maccedila pecircssego tomate batata e
hortaliccedilas em geral
E indicado como fonte suplementar de micronutrientes para as plantas inibidor
de fungos e bacteacuterias causadores de doenccedilas e para aumentar a resistecircncia contra insetos
e aacutecaros (Penteado 1999) i
Muller (1999) avaliou a influecircncia do biofertilizante Super Magro sobre as
culturas de tomate (Lycopersicon esculentum Mill) ervilha (Pisum sativum L) e
beterraba (Beta vulgaris L) O autor obteve cultivos com baixa severidade de doenccedilas e
23
insetos fitoacutefagos possivelmente por causa do manejo orgacircnico de produccedilatildeo Os
resultados das pulverizaccedilotildees das soluccedilotildees foliares variaram conforme a cultura e o
clima
255 Biofertilizante MB4
A utilizaccedilatildeo das farinhas de rochas eacute uma das teacutecnicas mais modernas usadas nos
uacuteltimos anos na agricultura O elevado nuacutemero de nutrientes contidos no MB4 como
cobre zinco manganecircs cobalto soacutedio alumiacutenio silicatos de magneacutesio ferro e caacutelcio
acompanhado de foacutesforo potaacutessio e enxofre reagem com a soluccedilatildeo do solo liberando
elementos essenciais ao desenvolvimento da vida microbiana os quais exercem um
papel fundamental atraveacutes de transformaccedilotildees quiacutemicas e do equiliacutebrio bioloacutegico
favorecendo o desenvolvimento sadio das plantas (Pinheiro amp Barreto 2000)
24
3 MATERIAL E MEacuteTODOS
31 Local de execuccedilatildeo do experimento
O presente trabalho foi conduzido no Centro de Pesquisa da Regiatildeo Sul
(FEPAGROSUL) no municiacutepio de Rio Grande nlt periacuteodo de 15 de maio a 26 de
agosto de 2 0 0 2
O solo eacute classificado como ldquoTuiardquo satildeo muito arenosos As massas aquaacuteticas do
Oceano Atlacircntico e Lagoa dos Patos influenciam ventos temperatura pressatildeo umidade
relativa e demais fatores climaacuteticos A topografia da regiatildeo litoracircnea eacute plana com
lenccediloacuteis freaacuteticos superficiais
32 Anaacutelise estatiacutestica
O experimento foi constituiacutedo em fatorial 3X3 (Quadro 1) com quatro repeticcedilotildees
no delineamento blocos ao acaso As variaacuteveis respostas foram submetidas agrave anaacutelise de
variaccedilatildeo e ao teste de Duncan a 5 de probabilidade para comparaccedilatildeo das meacutedias
utilizando-se o sistema SANEST (Zonta amp Machado 1984)
As anaacutelises estatiacutesticas das variaacuteveis estudadas encontram-se nos Apecircndices C D
Os resultados das respostas agronocircmicas e das determinaccedilotildees dos conteuacutedos dos
macronutrientes bem como os de raiz estatildeo nas tabelas de 1 a 3
25
As diferentes adubaccedilotildees seratildeo representadas durante a discussatildeo da seguinte
forma 1 VB (30 t ha 1 de vermicomposto) 15 VB (45 t ha 1 de vermicomposto) e EC
(60 t ha 1 de esterco de curral) 1 VB+SM+U+CB (30 t ha 1 de vermicomposto mais
super magro mais urina de vaca mais calda bordalesa) 15 VB+SM+U+CB (45 t ha 1 de
vermicomposto mais super magro mais urina de vaca mais calda bordalesa)
EC+SM+U+CB (60 t ha 1 de esterco de curral mais super magro mais urina de vaca
mais calda bordalesa) 1 VB+MB4 +U+CB (30 t ha 1 de vermicomposto mais MB4 mais
urina de vaca mais calda bordalesa) 15 VB+MB4 +U+CB (45 t ha 1 de vermicomposto
mais MB4 mais urina de vaca mais calda bordalesa) EC+MB4 +U+CB (60 t ha 1 esterco
de curral mais MB4 mais urina de vaca mais calda bordalesa)
QUADRO 1 Descriccedilatildeo dos fatores experimentais e respectivos niacuteveis
Niacuteveis Fator 1 ADUBACcedilAtildeO DE BASE
0 1 Vermicomposto (30 t ha1)
0 2 Vermicomposto (45 t ha1)
03 Esterco de curral (60 t ha1)
Niacuteveis Fator 2 BIOFERTILIZANTES LIacuteQUIDOS
0 1 Super magro (5) + Urina de Vaca + Calda Bordalesa
0 2 MB4 (10) + Urina de vaca + Calda Bordalesa
03 Ausecircncia (testemunha)
33 Tratamentos
Da combinaccedilatildeo entre niacuteveis e fatores foram obtidos 9 tratamentos que estatildeo
descritos no Quadro 2 bem como as doses de adubaccedilatildeo utilizadas no experimento
26
QUADRO 2 Tratamentos e doses de adubaccedilatildeo utilizadas no experimento
TRATAMENTOS
Ndeg FATOR I FATOR II
0 1 30 t ha de vermicomposto Super magro 5 Urina de vaca Calda Bordalesa
0 2 30 t harsquo de vermicomposto MB4 10 Urina de vaca Calda Bordalesa
03 30 t ha de vermicomposto - - -
04 45 t ha de vermicomposto Super magro 5 Urina de vaca Calda Bordalesa
05 45 t ha de vermicomposto MB4 10 Urina de vaca Calda Bordalesa
06 45 t ha de vermicomposto - - -
07 60 t hade esterco Super Magro 5 Urina de vaca Calda Bordalesa
08 60 t hade esterco MB4 10 Urina de vaca Calda Bordalesa
09 60 t hade esterco - - -
Cada parcela foi constituiacuteda por dois canteiros medindo 1 m de largura x 2 m de
comprimento perfazendo 075 m de aacuterea de aacuterea uacutetil (025 m de bordadura) Foi
utilizando semeadura a lanccedilo com densidade de 24 g canteiro1
O vermicomposto a urina de vaca o esterco de curral o alhol os biofertilizantes e
a calda bordalesa foram de procedecircncia do Centro de Pesquisa da Regiatildeo Sul O
vermicomposto de esterco bovino misturado agraves cascas de frutas foi processado pela
minhoca vermelha califomiana Eisenia foetida)
O biofertilizante Super Magro foi elaborado segundo a metodologia descrita pela
FEPAGROSUL utilizando-se os seguintes componentes 190 litros de aacutegua 22 litros
de leite 55 Kg de accediluacutecar mascavo 30 Kg de esterco fresco de bovinos 2 Kg de
Sulfato de zinco 2 Kg de sulfato de magneacutesio 2 Kg de cloreto de caacutelcio 1 Kg de aacutecido
boacuterico 300 g de sulfato de cobre 300 g de sulfato de ferro 300 g de sulfato de
manganecircs 100 g de molibdato de soacutedio 50 g de sulfato de cobalto 3 Kg de fosfato
natural 3 Kg de cinza e 200 g de farinha de osso
A urina de vaca em lactaccedilatildeo foi coletada pela manhatilde e armazenada em recipiente
fechado por trecircs dias em condiccedilotildees ambientais para que se formasse a amocircnia e natildeo
ocorresse perda de nitrogecircnio
28
Realizaram-se duas capinas manuais durante o experimento e em seguida como
cobertura se colocou casca de arroz Tambeacutem foi aplicado esterco de aves 30 dias antes
da colheita na quantidade de 05 Kg canteiro 1 como adubaccedilatildeo de cobertura
As pulverizaccedilotildees com os produtos iniciaram apoacutes 15 dias da germinaccedilatildeo
Realizou-se sete aplicaccedilotildees sendo que as duas primeiras foram feitas apenas com
Super Magro e MB4 Na terceira e na quarta aplicaccedilatildeo utilizou-se urina de vaca e calda
bordalesa em concentraccedilotildees menores (05 e 025 respectivamente) e na quinta
aplicaccedilatildeo as dosagens de urina de vaca e calda bordalesa foram elevadas para 1 0 e
05 respectivamente ateacute o final do experimento O alhol foi utilizado a partir da
terceira pulverizaccedilatildeo na quantidade de 2 e seguiu ateacute o final no dia 26 de agosto
quando as mudas foram colhidas e posteriormente analisadas as variaacuteveis
35 Observaccedilotildees agronocircmicas
Foram utilizadas 20 mudas de cebola para obtenccedilatildeo das meacutedias das variaacuteveis as
quais foram as seguintes
351 Fitomassa fresca da parte aeacuterea e raiacutezes
Foi realizada atraveacutes de uma balanccedila digital procedendo-se a pesagem de 20
mudas de cebola previamente lavadas e posteriormente secadas durante uma hora sobre
um tecido de algodatildeo agrave temperatura ambiente Processo idecircntico foi adotado com as
raiacutezes
352 Fitomassa seca da parte aeacuterea e raiacutezes
Esta variaacutevel foi obtida a partir da secagem preliminar em estufa de ar forccedilado
durante 48 horas a 65 C ateacute peso constante com posterior pesagem em balanccedila
analiacutetica
353 Altura da muda
A altura de muda foi medida a partir do colo das plantas ateacute sua uacuteltima folha
(ponto de crescimento) com uma reacutegua graduada de 40 cm
29
354 Diacircmetro do colo das plantas
Esta medida foi realizada no ponto de transplante a 2 mm das raiacutezes e utilizando-
se um paquiacutemetro SOMET
355 Sistema radicular
Ao teacutermino do experimento foram retiradas as raiacutezes das mesmas plantas que foram
utilizadas para as determinaccedilotildees realizadas na parte aeacuterea procedendo-se uma amostra
de solo com raiacutezes de 2 0 cm de largura x 2 0 cm de comprimento e 2 0 cm de altura
totalizando 8000 cm3
As raiacutezes apoacutes serem lavadas em aacutegua corrente foram pesadas acondicionadas em
sacos plaacutesticos e congeladas para posteriores anaacutelises pelo meacutetodo de Tennant (1975)
para a determinaccedilatildeo do comprimento e densidade
3551 Comprimento de raiz
Utilizou-se para a determinaccedilatildeo do comprimento de raiz as seguintes foacutermulas
1 = ndeg x 1114 x 1 onde
1 - comprimento de raiz de uma amostra uacutemida de 0 0 2 g
ndeg - nuacutemero de intercessotildees das raiacutezes com os lados da quadriacutecula da malha do
aparelho
1114 - constante
1 - medida lateral da quadriacutecula em cm
Tomando-se a fiacutetomassa seca e o comprimento da raiz da cada amostra
relacionou-se com a fiacutetomassa seca e o comprimento total da raiz da planta aplicando-
se a seguinte equaccedilatildeo
L = (FSR x 1) FSPA onde
L - comprimento total da raiz da planta (m)
FSR - fiacutetomassa seca de raiz
FSPA - fiacutetomassa seca da parte aeacuterea
L - comprimento de raiz de uma amostra uacutemida de 002g
3552 Densidade de raiz
A densidade foi determinada pela foacutermula
D = L 8000 onde
D - densidade de raiacutezes (m cm3)
30
L - comprimento total de raiacutezes (m)
8 0 0 0 - volume da amostra (cm3)
3553 Razatildeo parte aeacutereasistema radicular
Este paracircmetro foi obtido pela equaccedilatildeo
RPASR = FSPA FSR onde
RPASR - razatildeo parte aeacuterea sistema radicular
FSPA - fitomassa seca da parte aeacuterea
FSR - fitomassa seca do sistema radicular
36 Determinaccedilatildeo de macronutrientes no tecido vegetal
Os macronutrientes nitrogecircnio foacutesforo potaacutessio caacutelcio e magneacutesio foram
determinados no laboratoacuterio de Fertilidade e Anaacutelise de Plantas do Departamento de
Solos da UFPel atraveacutes dos meacutetodos descritos por Tedesco amp Gianello (1996)
31
4 RESULTADOS E DISCUSSAtildeO
41 Anaacutelise das variaacuteveis
A anaacutelise da variaccedilatildeo mostrou que houve diferenccedila significativa na interaccedilatildeo entre
os fatores de adubaccedilatildeo de base e biofertilizantes liacutequidos com exceccedilatildeo da variaacutevel altura
de planta para a qual somente a adubaccedilatildeo de base mostrou-se significativa (Apecircndices
C D e E Tabelas 1C 1D e 1E)
411 Anaacutelise da parte aeacuterea
Na Tabela 1 destacaram-se as adubaccedilotildees EC+SM+U+CB EC+MB4 +U+CB e EC
que diferiram significativamente das demais adubaccedilotildees para as variaacuteveis fiacutetomassa
fresca da parte aeacuterea (FFPA) fiacutetomassa seca da parte aeacuterea (FSPA) altura de planta
(AP) e diacircmetro do colo (DC)
32
TABELA 1 Produccedilatildeo de fitomassa fresca e seca (g) da parte aeacuterea altura de planta
(cm) e diacircmetro de colo (mm) de mudas de cebola Petrolini cultivadas
sob uma perspectiva agroecoloacutegica Pelotas-RS 2003
BIOFERTILIZANTES LIacuteQUIDOSADUBACcedilAtildeO S Magro + MB4 +DE BASE Urina + Calda Urina + Calda Testemunha
Bordalesa Bordalesa
30 t ha de vermicomposto 7015 c A45 t halsquo de vermicomposto 7824 b B60 t ha de esterco de curral 12248 a C
30 t ha de vermicomposto 667 c A45 t ha de vermicomposto 752 b A60 t ha de esterco de curral 1150a C
30 t ha de vermicomposto 2975 b A45 t harsquo de vermicomposto 2775 b A60 t ha de esterco de curral 3600 a B
30 t ha de vermicomposto 631 b A45 t ha de vermicomposto 6 2 2 b B60 t ha de esterco de curral 741 a C
-Fitomassa fresca (g)----------------6270 c B 6885 b A8832 b A 6308 c C
15082 a A 13934 a BmdashFitomassa seca (g)----------------
625 c A 655 b A830 b A 607 b B
1345 a A 1262 a B-Altura de planta (cm)----------------
2950 b A 3050 b A2937 b A 2950 b A 3975 a A 3622 a B
-Diacircmetro de colo (mm)---------------592 c B 599 b B 657 b A 609 b B 819a A________ 793a B
Meacutedias seguidas pela mesma letra minuacutescula para as colunas (adubaccedilatildeo de base) e maiuacutesculas para as linhas (biofertilizantes) natildeo diferem entre si pelo teste de Duncan a 5
O efeito positivo do esterco bovino pode ser atribuiacutedo agraves melhorias nas condiccedilotildees
fiacutesicas do solo por ele proporcionado Segundo Primavesi (1982) e Compagnoni amp
Putzolu (1985) o esterco bovino apresenta propriedades condicionadoras do solo dando
agraves plantas melhores condiccedilotildees de desenvolvimento elevando sobremaneira os
conteuacutedos de fitomassa fresca das plantas que refletiratildeo nas demais respostas
agronocircmicas
Analisando as adubaccedilotildees de base em relaccedilatildeo aos biofertilizantes observa-se que
para os tratamentos 1 VB (30 t ha 1 de vermicomposto) - natildeo houve influecircncia dos
biofertilizantes para as variaacuteveis FSPA e AP enquanto destacou-se o SM+U+CB para o
DC e SM+U+CB e ausecircncia da adubaccedilatildeo liacutequida para a FFPA mostrando que o uso
dos biofertilizantes natildeo influenciou esta variaacutevel 15 VB (45 t ha 1 de vermicomposto) -
verificou-se a eficiecircncia do uso do MB4 +U+CB para as variaacuteveis FFPA e DC Para a
variaacutevel FSPA destacaram-se os dois biofertilizantes utilizados jaacute para AP natildeo houve
33
influecircncia destes EC (60 t ha 1 de esterco de curral) - em todas as variaacuteveis observadas
na tabela 5 as respostas foram significativas utilizando MB4 +U+CB
As respostas encontradas no presente trabalho para as variaacuteveis AP e FSPA foram
superiores as obtidas por Dalponte (1990) quando utilizado 0 esterco de curral para
produccedilatildeo de mudas de cebola
Segundo Filgueira (2000) os solos da regiatildeo produtora de cebola do RS satildeo
pobres em foacutesforo disponiacutevel (15 mg Kg1) necessitando portanto de adubaccedilotildees
fosfatadas elevadas As respostas aqui obtidas podem ser justificadas pelos teores de
foacutesforo contido no MB4
Follet et al (1981) citam a importacircncia do uso de compostos orgacircnicos no solo
enfatizando os estercos no sentido da decomposiccedilatildeo continuada no fornecimento de
nutrientes e na liberaccedilatildeo lenta e gradual de aacutecidos orgacircnicos influenciando a liberaccedilatildeo
do foacutesforo O que provavelmente pode ser atribuiacutedo agraves respostas encontradas no
presente trabalho para 0 tratamento Esterco de curral mais MB4 e Urina mais Calda
Bordalesa
E importante destacar que 0 sistema de produccedilatildeo de mudas de cebola sob uma
perspectiva agroecoloacutegica mostra-se eficiente quando visualmente natildeo percebe-se
diferenccedila significativa entre os tratamentos (Apecircndice F Figura 2)
Conveacutem ressaltar que quando trabalhamos com agroecologia natildeo existem
receitas nem pacotes tecnoloacutegicos prontos Cada situaccedilatildeo deveraacute ser estudada em
particular para que se faccedila recomendaccedilotildees adequadas ao ambiente local uma vez que
as plantas se adaptam ao meio estando a nutriccedilatildeo encarregada de proteger e manter o
equiliacutebrio do organismo vegetal em funccedilatildeo das alteraccedilotildees externas
E fundamental que se compreenda os princiacutepios norteadores de todo o processo
que satildeo as bases da luta por uma sociedade mais justa dentro de um mundo econocircmico e
ambientalmente mais sustentaacutevel
412 Anaacutelise do sistema radicular
Os resultados obtidos nas anaacutelises do sistema radicular (Tabela 2) mostram
diferenccedilas significativas entre as adubaccedilotildees para as variaacuteveis fitomassa fresca de raiz
(FFR) fitomassa seca de raiz (FSR) comprimento de raiz (CR) razatildeo parte
aeacutereasistema radicular (RPASR) e densidade de raiz (DR)
34
TABELA 2 Produccedilatildeo de fitomassa fresca e seca (g) comprimento (cm) e densidade de
raiacutezes (m cm3) de mudas de cebola Petrolini cultivadas sob uma
perspectiva agroecoloacutegica e razatildeo parte aeacutereasistema radicular Pelotas-
RS 2003
BIOFERTILIZANTES LIacuteQUIDOSADUBACcedilAO DE BASE
S Magro + MB4 +Urina + Calda Urina + Calda Testemunha
Bordalesa Bordalesa
de vermicomposto de vermicomposto de esterco de curral
de vermicomposto de vermicomposto de esterco de curral
de vermicomposto de vermicomposto de esterco de curral
de vermicomposto de vermicomposto de esterco de curral
1540 c A 1576 b B 2427 a A
Fitomassa fresca (g)----------------1502 c B 1517 b AB 1658 b A 1446 c C 2336 a B 2360 a B
--------------------Fitomassa seca (g)-------------------196 b A 207 ab A 170 b A170 b A 199 b A 192 b A 344 a A 249 a B 327 a A
Comprimento de raiz(cm)---------------1237 b A 1158 b A 1158 a A1237 b A 1060 c B 1040 b B1433 a A 1296 a B 1040 b C
30 t ha 45 t ha 60 t ha
30 t ha 45 t ha 60 t ha
30 t halsquo 45 t ha 60 t ha
30 t ha 45 t ha 60 t ha
30 t ha de vermicomposto 45 t ha de vermicomposto60 t ha~ de esterco de curral__________________________ _________________________Meacutedias seguidas pela mesma letra minuacutescula para as colunas (adubaccedilatildeo de base) e maiuacutesculas para as linhas (biofertilizantes) natildeo diferem entre si pelo teste de Duncan a 5
-----Razatildeo Parte AeacutereaSistema Radicular------340 b AB 301c B 384 a A446 a A 415 b A 326 a B339 b B 546 a A 388 a B
-------------- Densidade de raiz (m cm3)------------367 a AB 414 a A 325 b B282 b B 301b B 405 a A347 ab A 231c B 324 b A
Em relaccedilatildeo agraves adubaccedilotildees de base destacou-se o EC (60 t ha 1 de esterco de curral)
para as variaacuteveis FFR e FSR Quando adicionado o SM+U+CB os resultados para FFR
foram ainda melhores bem como o CR As respostas obtidas para a RPASR foram
variadas em relaccedilatildeo agraves adubaccedilotildees apresentando melhores resultados para 15 VB (45 t
ha 1 de vermicomposto)+SM+U+CB e ainda melhor para EC (60 t ha 1 de esterco de
curral)+MB4 +U+CB As adubaccedilotildees de base 1 VB 15 VB e EC natildeo diferiram entre si
As adubaccedilotildees mais eficientes para a variaacutevel DR foram 1 VB+SM+U+CV que natildeo
diferiu da EC+SM+U+CB I VB+ MB4 +U+CB e agrave 15 VB foram melhores entre as
demais
35
Analisando os biofertilizantes em relaccedilatildeo a cada adubaccedilatildeo de base verifica-se que
para a 1 VB (30 t ha 1 de vermicomposto)+SM+U+CB destaca-se a variaacutevel FFR
poreacutem sem diferenccedila significativa de 1 VB os melhpres resultados para a variaacutevel DR
foram encontrados pelo tratamento 1 VB+MB4 +U+CB e 15 VB (45 t ha 1 de
vermicomposto) tambeacutem se considera eficiente o 1 VB+SM+U+CB que natildeo diferiu do
EC (esterco de curral) Quando se utilizou 15 VB+ MB4 +U+CB houve resposta
significativa para a variaacutevel FFR para FSR as respostas natildeo foram diferentes com a
aplicaccedilatildeo dos biofertilizantes para as variaacuteveis FSR e DR as adubaccedilotildees EC e
EC+SM+U+CB natildeo diferiram entre si
Embora as respostas estatiacutesticas tenham sido diferentes para as adubaccedilotildees
combinadas ou natildeo pode-se salientar a importacircncia do aacutecido indol-aceacutetico como jaacute
citado anteriormente para as variaacuteveis avaliadas na parte aeacuterea das mudas de cebola
Respostas semelhantes nesse sentido foram encontradas para a cultura da alface por
Quijano (1999) e Morselli (2001)
Pereira et al (2002) concluiacuteram em trabalho realizado com a cultivar de cebola
CNPF1 6400 em Minas Gerais que a utilizaccedilatildeo de 20 t ha de esterco de curral
proporcionou os melhores resultados para a produccedilatildeo de cebola
Silva Juacutenior amp Giorgi (1992) e Menezes Juacutenior (1998) citam que doses elevadas
de mateacuteria orgacircnica podem prejudicar a primeira fase da germinaccedilatildeo (embebiccedilatildeo) e
absorccedilatildeo de aacutegua pelas raiacutezes das placircntulas No entanto no presente trabalho este fato
natildeo ocorreu embora a dose de esterco utilizada tenha sido de 60 t ha 1 (dose maacutexima
recomendada segundo Nolla 1982)
413 Anaacutelise de macronutrientes no tecido vegetal
Os resultados dos conteuacutedos de nitrogecircnio foacutesforo potaacutessio caacutelcio e magneacutesio no
tecido vegetal sob diferentes adubaccedilotildees encontrados na Tabela 3 indicam mais uma
vez a superioridade da adubaccedilatildeo esterco com 0 uso ou natildeo de biofertilizantes
36
TABELA 3 Conteuacutedos (mg planta1) de nitrogecircnio foacutesforo potaacutessio caacutelcio e
magneacutesio no tecido vegetal de mudas de cebola Petrolini cultivadas sob
uma perspectiva agroecoloacutegica Pelotas-RS 2003
BIOFERTILIZANTES LIacuteQUIDOS i J B
ADUBACcedilAtildeO S Magro + MB4 +DE BASE Urina + Calda Urina + Calda Testemunha
Bordalesa Bordalesamg plantas1
---- Nitrogecircnio-----30 t ha de vermicomposto 16593 c AB 15451 c B 19050 b A45 t ha de vermicomposto 21444 b A 22888 b A 17852 b B60 t ha de esterco de curral 32606 a C 37593 a B 40816 a A
--------------- ------ Foacutesforo------- -------------30 t ha de vermicomposto 3098 c B 2802 c B 3999 b A45 t ha de vermicomposto 4109 b A 4135 b A 2788 c B60 t ha de esterco de curral 5300 a B 7577 a A 7565 a A
------- Potaacutessio------30 t ha de vermicomposto 24327 c A 19900 c B 24965 b A45 t ha de vermicomposto 29113b A 29812 b A 22031 b B60 t ha de esterco de curral 44070 a B 51976 a A 54101 a A
-------- Caacutelcio-------30 t ha de vermicomposto 5027 c A 4356 c A 4834 b A45 t ha de vermicomposto 6114b A 6963 b A 4379 b B60 t ha de esterco de curral 9030 a C 11451 a A 10331 a B
------Magneacutesio-----30 t ha de vermicomposto 1188 b A 914 c A 1202 b A45 t ha de vermicomposto 1231 b B 1582 b A 1176 b B60 t ha de esterco de curral 2136a B 2443 a A 2663 a AMeacutedias seguidas pela mesma letra minuacutescula para as colunas (adubaccedilatildeo de base) e maiuacutesculas para as linhas (biofertilizantes) natildeo diferem entre si pelo teste de Duncan a
Em relaccedilatildeo agraves adubaccedilotildees de base observa-se que o melhor tratamento foi o
esterco de curral para todas as variaacuteveis Para 1 VB (30 t ha^ 1 de vermicomposto) natildeo
houve resposta diferenciada com o uso de bofertilizantes para todas as variaacuteveis A
adubaccedilatildeo 15 VB (45 t ha 1 de vemicomposto) foi influenciada pelos biofertilizantes
para as variaacuteveis N P K e Ca enquanto que para Mg somente o MB4+U+CB o
influenciou O EC (esterco de curral) mostrou diferenccedila significativa apenas para as
variaacuteveis Ca e Mg quando adicionado MB4+U+CB
Segundo Peixoto (2000) eacute fundamental a adiccedilatildeo de adubos orgacircnico no cultivo de
hortaliccedilas seja na forma de esterco decomposto composto ou huacutemus de minhoca de
37
modo a fornecer melhorias nas propriedades do solo vindo a disponibilizar os nutrientes
as diferentes culturas
O esterco fresco conteacutem muita cama celuloacutesica e um elevado teor de aacutegua No
esterco curtido a celulose jaacute estaacute decomposta o teor de aacutegua estaacute reduzido agrave metade e os
nutrientes em uma forma mais assimilaacutevel e mais concentrada O esterco fresco pode
causar uma deficiecircncia temporaacuteria de nitrogecircnio no solo ao se decompor o que natildeo
acontece com o biestabilizado (Kiehl 1985)Ocorre uma diminuiccedilatildeo inicial no volume
de aacutegua retido no esterco de curral diminui inicialmente em tomo de 3581 liberando
posteriormente somente 496 evidenciando a sua capacidade de retenccedilatildeo de aacutegua
(Menezes Juacutenior 1998)
A utilizaccedilatildeo continuada de adubos nitrogenados minerais no solo altera o balanccedilo
do nitrogecircnio entre o solo e planta No meacutetodo biodinacircmico eacute sublinhada a importacircncia
dos adubos animais para o estabelecimento da fertilidade permanente dos solos (Koeff
et al 1983)
Para Guimaratildees (1997) os benefiacutecios que a mateacuteria orgacircnica imprime ao solo
principalmente melhorando a produtividade fertilidade e a influencia que as substancias
huacutemicas exercem sobre o ambiente dependem da qualidade e do teor de mateacuteria
orgacircnica do solo Estas substacircncias por conterem nutrientes em sua constituiccedilatildeo em uma
forma mais disponiacutevel para as plantas promovem um equiliacutebrio no ambiente no solo
(Kononova 1966)
Aproximadamente de 60 a 70 do total de carbono do solo ocorre na forma de
materiais huacutemicos (Griffith amp Schnitzer 1975) sendo a eles atribuiacutedo a manutenccedilatildeo da
bioestrutura do solo aumentando a capacidade de retenccedilatildeo de aacutegua (Brady 1999)
Conforme Compagnoni amp Putzolu (1985) os estercos bem como os demais
resiacuteduos orgacircnicos apresentam conteuacutedos diferentes de aacutecidos huacutemicos e fuumllvicos sendo
atribuiacutedo ao acido huacutemico uma accedilatildeo fitoestimulante semelhante aos fitohormocircnios por
favorecer o desenvolvimento do sistema radicular e crescimento do caule
Em trabalho realizado por Guimaratildees (1997) foi encontrado para aacutecidos huacutemicos
de esterco bovino uma relaccedilatildeo CN 1035 e para vermicomposto bovino 17
evidenciando que o esterco quando aplicado ao solo por apresentar uma relaccedilatildeo CN
proacutexima deste reage mais facilmente liberando nutrientes para as plantas sem alterar a
cadeia troacutefiacuteca Dados encontrados no presente trabalho demonstram a eficiecircncia do
esterco nesse sentido
38
De acordo com Morselli (2001) vaacuterios trabalhos citam comentam e discutem a
capacidade dos vermicompostos em proporcionar oacutetimas colheitas e favorecer a
precocidade das plantas cultivadas Poreacutem muitas vezes se observa que mesmo
suprindo essas plantas com nutrientes necessaacuterios atraveacutes de huacutemus de diferentes fontes
as respostas natildeo satildeo as mesmas para uma mesma cultivar
Por outro lado os resultados com o uso de substacircncias huacutemicas satildeo variaacuteveis e
dependem aleacutem da espeacutecie testada das substacircncias huacutemicas utilizadas sua
concentraccedilatildeo o grau de purificaccedilatildeo e das condiccedilotildees experimentais A resposta das
plantas aos aacutecidos huacutemicos e fuacutelvicos eacute dependente da mateacuteria prima original e da
espeacutecie vegetal pois materiais orgacircnicos diferentes apresentam aacutecidos huacutemicos e
fuacutelvicos diferentes (Businelli 1990)
Justificam-se os maiores conteuacutedos de nitrogecircnio foacutesforo potaacutessio e caacutelcio nas
adubaccedilotildees 15 VB (45 t ha 1 de vermicomposto) e biofertilizantes devido
provavelmente ao vermicomposto utilizado apresentar na sua constituiccedilatildeo teores
consideraacuteveis destes elementos aleacutem do que os biofertilizantes possam ter influenciado
na absorccedilatildeo atraveacutes de sua constituiccedilatildeo Tibau (1984) considera que a urina de vaca eacute
rica em aacutecido indol-aceacutetico e este influencia na absorccedilatildeo radicular O efeito positivo
deste tratamento provavelmente seja devido agrave quantidade aplicada
O biofertilizante que se destacou foi o MB4+U+CB em relaccedilatildeo ao EC (esterco de
curral) e eacute somente para a variaacutevel caacutelcio Isto provavelmente seja devido ao alto teor
deste elemento encontrado na sua constituiccedilatildeo (6872 g Kg1) e pela influecircncia positiva
que a calda bordalesa exerce no metabolismo das plantas atraveacutes dos nutrientes
contidos em sua formulaccedilatildeo O Ca controla a absorccedilatildeo radicular e retorna ao solo pelo
esterco e palhas por apresentar-se em maior quantidade em folhas e caules Depois de
localizado nas folhas fica imoacutevel favorecendo a resistecircncia da planta ao ataque de
fungos
Este trabalho avanccedila no estudo da agroecologia estando claro que todos os
criteacuterios tem caraacuteter dinacircmico de adequaccedilatildeo as mudanccedilas de um sistema de produccedilatildeo
em evoluccedilatildeo contribuindo na transiccedilatildeo para um padratildeo sustentaacutevel Cabe a pesquisa a
reorientaccedilatildeo para um enfoque ldquosistecircmicordquo isto eacute que permita integrar os diversos
componentes de um agroecossistema e a adoccedilatildeo de poliacuteticas puacuteblicas que promovam 0
fortalecimento e a expansatildeo da agricultura familiar
39
5 CONCLUSOtildeES
Considerando os resultados obtidos e as condiccedilotildees em que o estudo foi realizado
conclui-se que
bull As respostas agronocircmicas das mudas de cebola para os paracircmetros avaliados
satildeo mais satisfatoacuterias com a aplicaccedilatildeo de esterco de curral como adubaccedilatildeo de
base
bull Os biofertilizantes mais urina de vaca e calda bordalesa proporcionam
respostas satisfatoacuterias quando aplicados associados agraves adubaccedilotildees de base
bull O biofertilizante MB4 mais urina de vaca e calda bordalesa eacute mais eficiente
que o super magro mais urina e calda bordalesa quando aplicado associado agrave
adubaccedilatildeo de base esterco de curral para os conteuacutedos de fitomassa secae
fresca da parte aeacuterea das plantas altura e diacircmetro de colo das mudas de
cebola
bull Os biofertilizantes adicionados agrave adubaccedilatildeo de base 45 t harsquo 1 de vermicomposto
bovino mostram respostas significativas para os conteuacutedos de fitomassa seca
bull Os maiores conteuacutedos nutricionais para as mudas de cebola satildeo
proporcionados pela adubaccedilatildeo de base esterco de curral
bull A maior absorccedilatildeo de caacutelcio pelas mudas de cebola ocorre quando da adiccedilatildeo do
biofertilizante MB4 mais urina e calda bordalesa agrave adubaccedilatildeo de base esterco de
curral
40
6 REFEREcircNCIAS BIBLIOGRAacuteFICAS
ALDRIGHI CB ABREU CM PAGLIA AG MORSELLI TBGA FERNANDES HS Efeito da aplicaccedilatildeo de biofertilizante e urina de vaca em mudas de tomateiro Horticultura Brasileira v20 n2 julho 2002 Suplemento 2
ALTIERI M NICHOLLS C I Agroecologia Teoria praacutectica para umaAgricultura Sustentable Ia ed PNUMA 2000 Cap 2 4 Seacuterie textos baacutesicos para la formacioacuten ambiental
ALTIERI M Agroecologia bases cientiacuteficas para uma agricultura sustentaacutevelGuaiacuteba Agropecuaacuteria 2002 592 p
ANTONIOLLI Z I GIRACCA E M N CARDOSO S J T WIETHAN M M S FERRI M Iniciaccedilatildeo agrave Minhocultura Criaccedilatildeo em Cativeiro e Vermicompostagem Santa Maria UFSM 1996 p59-89
BAYER C MIELNICZUC J Dinacircmica e funccedilatildeo da mateacuteria orgacircnica In SANTOS G de A S e CAMARGO F A de O (ed) Fundamentos da mateacuteria orgacircnica do solo ecossistemas tropicais e subtropicais Porto Alegre Genesis 1999 p 3-23
BARRETTO D X Composto Orgacircnico In Praacutetica em Agricultura Orgacircnica Satildeo Paulo iacutecone Ed Ltda 1985 p 51-63
BETTIOL W Alguns produtos alternativos para o controle de doenccedilas de plantasem agricultura orgacircnica II Ciclo de palestras sobre agricultura orgacircnica Instituto Bioloacutegico Satildeo Paulo p52-63 1997
41
BETTIOL W TRACH R GALVAtildeO JAH Controle de doenccedilas de plantas com biofertilizantes Jaguariuacutena EMBRAPA-CNPMA 1997 22p (EMBRAPA- CNPMA Circular Teacutecnica 02)
BRADY N C Natureza e propriedades dos sotos Rio de Janeiro Freitas BastosS A 1979 647p
BRADY N C Organisms and ecology of the soil In The nature of properties of soils Simon amp Schuster A Viacon Company New Jersey1999 402-489p
BON1LLA J A Fundamentos da Agricultura Ecoloacutegica Sobrevivecircncia eQualidade de Vida Satildeo Paulo Nobel 1992
BUREacuteS S Substratos Ediciones Agroteacutecnicas S L Madrid Octubre 1997
BUS1NELLI M Chemical Composition and Enzymic Activity of some Worm Cast Plant Soil v 80 p 1-2 1990
CALEGARI A Espeacutecies para cobertura de solo In IAPAR (Instituto Agronocircmico de Paranaacute) Plantio Direto pequena propriedade sustentaacutevel organizador Moacir Darolt Londrina - PR 1998 65-93
CAMARGO P N D Manual de Adubaccedilatildeo Foliar Satildeo Paulo Herba 1975
CAPRA F A Teia da Vida Satildeo Paulo Cultrix 1997 256p
CAPRA F O Ponto de Mutaccedilatildeo 22 ed Satildeo Paulo Cultrix 2001 447p
CHABOUSSOU F Plantas doentes pelo uso de agrotoacutexicos (A Teoria da Trofobiose) Porto Alegre LPM 1987 253 p
CLARO S A Referencias tecnoloacutegicos para a agricultura familiar ecoloacutegica aexperiecircncia da Regiatildeo Centro-Serra do Rio Grande do Sul Porto Alegre EMATERRS-ASCAR 2001 250p
CLIVELA G Diagnoacutestico Agronocircmico da cebola no Rio Grande do Sul Porto Alegre EMATERRS 1995 8 6 p
COMISSAtildeO DE FERTILIDADE DO SOLO - RSSC Recomendaccedilotildees de adubaccedilatildeo e calagem para os estados do Rio Grande do Sul e Santa Catarina 3 ed Passo Fundo SBCS - Nuacutecleo Regional Sul 1995 223p
COMPAGNONI L PUTZOLU G Cria moderna de Ias lombrices y utilizacioacutenrentable dei humus Barcelona Editorial de Vecchi- SA 1985127p
COSTABEBER J A MOYANO E Transiccedilatildeo agroecoloacutegica e accedilatildeo social coletiva Agroecologia e Desenvolvimento Rural Sustentaacutevel Porto Alegre v l n4 p 50- 60 outdez 2 0 0 0
42
COSTA M B B da Adubaccedilatildeo orgacircnica Nova siacutentese e novo caminho para aagricultura Satildeo Paulo Ed iacutecone Ltda 1985 102p
COSTA NETO C Agricultura Sustentaacutevel Tecnologias e Sociedade In CARVALHO COSTA LF et al (org) Mundo Rural e Tempo Presente Rio de Janeiro Mauad 1999
DrsquoAG0ST1NI R L FANTINI A C Produccedilatildeo orgacircnica tambeacutem socialmente excludente Agroecologia e Desenvolvimento Rural Sustentaacutevel Porto Alegre v3 n l p57-61 2002
DALPONTE J C V Utilizaccedilatildeo de materiais orgacircnicos e fertilizante mineral na produccedilatildeo e qualidade de mudas e bulbos de cebola (Alliurn Cepa L) Pelotas-RS 1990 (Mestrado em Agronomia) - Faculdade de Agronomia Eliseu Maciel UFPel 1990
DEBARBA J F THOMAZELLI L F GANDIN C L SILVA E Cadeias produtivas do Estado de Santa Catarina Cebola Florianoacutepolis Epagri 1998 115 p (EPAGRI Boletim Teacutecnico 96)
DUFOUR F Os saacutebios loucos do agro-alimentar Le Monde Diplomatique ano 1 n4 p6-7 1999 (ed portuguesa)
EHLERS E Agricultura Sustetaacutevel Origem e perspectivas de um novo paradigma 2 ed Guaiacuteba Agropecuaacuteria 1999 157 p
FILGUEIRA F A R Novo Manual de olericultura agrotecnologia moderna na produccedilatildeo e comercializaccedilatildeo de hortaliccedilas Viccedilosa UFV 2000 402 p
FRASER G K Mateacuteria Orgacircnica Del Suelo In BEAR F E (ed) Quiacutemica dei Suelo Madrid Ed Agrociencia 1963
FOLLET R H MURPHY L S DONAHUE R L Fertilizers and soil amendments New Jersey Printice-Hall Inc 1981 557p
GARCIA A Revista dei Espacio Rural Georgica Zaragoza Escuela Politeacutecnica de Huesca n5 1997
GARCIA A Versatildeo preliminar de um Programa Estadual de Produccedilatildeo e Comercializaccedilatildeo de Bulbos e Sementes de CebolaEMBRAPAIPAGROMARAEMATER 6 8 pbdquo 1990 (Publicaccedilatildeo avulsa)
GIORGETT1 J R Produccedilatildeo e Comercializaccedilatildeo de Mudas de Tomate In Encontro Nacional de Produccedilatildeo e Abastecimento de Tomate 2 1991 Jaboticabal Satildeo Paulo Anais Jaboticabal UNESP 1991 p 242-244
GLIESSMAN S R Agroecologia Processos ecoloacutegicos em agricultura sustentaacutevelPorto Alegre Universidade Federal do Rio Grande do Sul - UFRGS 2000 653p
43
GLIESSMAN S R TURRIALBA C R Agroecologia Procesos Ecoloacutegicos en Agricultura Sostenible CATIE 2002 p 3-14
GNOATTO S C Caracterizaccedilatildeo quiacutemica de vermicompostos de diferentes substratos orgacircnicos Pelotas-RS 1999 38 f (Mestrado em Agronomia - Solos) - Faculdade de Agronomia Eliseu Maciel UFPel 1999
GOMES J C C BORBA M F S A moderna crise dos alimentos oportunidade para a agricultura familiar Emater Porto Alegre julset 2000 Disponiacutevel em lthttpwwwematertchebrdocsagroecorevistan313-artigo3htmgtAcesso em 24 fev 2002
GOMEZ H W Desenvolvimento sustentaacutevel agriacutecola e capitalismo In Desenvolvimento sustentaacutevel Necessidade eou disponibilidade Santa Cruz do Sul Nobel - UNISC 1997 p 65-77
GONZAacuteLEZ DE MOLINA M SEVILLA GUZMAacuteN E Ecologia campesinado e historia Para una reinterpretacioacuten dei desarrollo dei capitalismo en la agricultura In SEVILLA GUZMAacuteN E GONZAacuteLEZ DE MOLINA M (ed) Ecologia campesinado e historia Madrid La Piqueta 1993 p 23-129
GRIFFITH S A SCHNITZER M Analytical characteristic of humic and fulvic acids extracted from tropical volcanic soils Soil Sei Soc Am Proc v 39 p361-367 1975
GUIMARAtildeES E Caracterizaccedilatildeo quiacutemica estreptoscoacutepica e por anaacutelise teacutermica de aacutecidos huacutemicos e vermicompostos obtidos de estercos de diferentes animaisCuritiba 1997 Dissertaccedilatildeo (Mestrado em Quiacutemica) Universidade Federal do Paranaacute 1997
HESS A F Sociedade e meio ambiente uma relaccedilatildeo ambiacutegua Revista Cientiacutefica Rural Bageacute v 4 n2 p 167-1741999
ICEPA-SC Informes conjunturais sobre a cultura da cebola Disponiacutevel em lthttpwwwicepa combrgt Acesso em 23 jan 2003
JONES H A MANN L K Onions and their allies New York Interscience Publishers 1962 286 p
JUacuteNIOR H A de MAIORANO J A Receitas obtidas de extratos de plantasCampinas CATITerra Viva [199-] 10 f
KHATOUNIAN C A Ciclo de Palestras sobre Agricultura Orgacircnica 2a Ed SatildeoPaulo Fund Cargill 1997 149 p
KIEHL E J Fertilizantes Orgacircnicos Satildeo Paulo Ed Agronocircmica Ceres Ltda 1985 492p
44
KOEFF H H PETTERSSON B D SHAUMANN W Vida Vegetal solos e adubaccedilatildeo In Agricultura Biodinacircmica Satildeo Paulo Nobel 1983 p92-149
KONONOVA M M Soil organic matter The importance o f organic matter in soil formation and soil fertility New York Pergamqn Press 1961 p 165-200
KUHN T A Estrutura das Revoluccedilotildees Cientiacuteficas Satildeo Paulo Perspectiva 1989 257p
LANNA FCA ABREU C L ABREU J G SILVA V Resposta de cultivares de melancia cultivadas sob adubaccedilatildeo quiacutemica e orgacircnica Horticultura v 12 n l p85 1994
LEFF H Saber Ambiental Petroacutepolis Vozes 2001 343 p
MAGALHAtildeES J R Nutriccedilatildeo e adubaccedilatildeo da cebola In FERREIRA M E CASSTELLANE P D CRUZ M C P Nutriccedilatildeo e adubaccedilatildeo de hortaliccedilasPiracicaba POTAFOS 1993 p 381-393
MALAVOLTA E Elementos de nutriccedilatildeo mineral de plantas Satildeo Paulo Ed Agronocircmica Ceres Ltda 1980 251 p
MALAVOLTA E Manual de Quiacutemica Agriacutecola - Adubos e Adubaccedilatildeo 3a ed SatildeoPaulo Ed Agronocircmica Ceres Ltda 1981 606 p
MARTINEZ A A A grande e Poderosa Minhoca Jaboticabal Funep - Unesp1990 101 p
MARTINS S R Desenvolvimento e Sustentabilidade Horticultura Brasileira Brasiacutelia-DF v20 n2 julho 2002 Palestra apresentada no 42deg Congresso Brasileiro de Olericultura
MARTINS S R Limites Del Desarrollo Sostenible em Ameacuterica Latina En el marco de Ias poliacuteticas de (re)ajuste econocircmico Pelotas Editora UFPel 1997 135 P-
MARTINS S R Sustentabilidade na agricultura dimensotildees econocircmicas sociais e ambientais Revista Cientiacutefica Rural Bageacute v4 n 2 p 175-1871999
MATURANA H REZEPKA S N D E Formaccedilatildeo Humana e Capacitaccedilatildeo Rio de Janneiro Vozes 2000 8 6 p
MELLO A F SOBRINHO M O ARZOLLA S SILVEIRA R NETTO A C KIEHL J C Fertilidade do Solo Satildeo Paulo Nobel 1983
MENEZES JUacuteNIOR F O G D Caracterizaccedilatildeo de Diferentes substratos hortiacutecolas e seu efeito na produccedilatildeo de mudas de alface e couve-flor em ambiente protegido Pelotas 1998 141 p Dissertaccedilatildeo (Mestrado em Agronomia - Produccedilatildeo Vegetal) - Faculdade de Agronomia Eliseu Maciel UFPel 1998
45
MIBASA Mineraccedilatildeo Barreto SA Melhorador de Solos MB4 A Natureza Agradece Arapiraca-AL [199-] Folder
MINAMI K Os resumos da olericultura 2000 In AZEVEDO FILHO MARTINEZ FILHO (ed) Preccedilos agriacutecolas Piracicaba ESALQ 1999 p 4
MINAMI K Produccedilatildeo de Mudas de Alta Qualidade em Horticultura Satildeo Paulo TA Queiroz 1995
MORSELLI T B G A Cultivo sucessivo de alface sob adubaccedilatildeo orgacircnica em ambiente protegidoPelotas 2001 178 p Tese (Doutorado em Agronomia - Produccedilatildeo Vegetal) Faculdade de Agronomia Eliseu Maciel UFPel 2001
MORSELLI T B G A Resiacuteduos orgacircnicos em sistemas agriacutecolas Poliacutegrafo da Disciplina de Resiacuteduos orgacircnicos em sistemas agriacutecolas Curso de Poacutes-Graduaccedilatildeo em Agronomia-Produccedilatildeo Vegetal UFPel 2002
MULLER AM Efeitos da Aplicaccedilatildeo Foliar de um Biofertilizante Enriquecido no Estado fitossanitaacuterio de Tomate Ervilha e Beterraba Sob Manejo OrgacircnicoDissertaccedilatildeo (Mestrado no Programa de Poacutes-Graduaccedilatildeo em Agroecossistemas)1999 (Resumo)
NOLLA D Erosatildeo do Solo - O grande desafio Estado do Rio Grande do Sul SEAGRI desenvolvimento de recursos naturais renovaacuteveis 1982 412 p
PAGLIA AG MORSELLI TBGA PEIL RMN Teores de nutrientes pH e condutividade eleacutetrica da aacutegua em sistema ldquofloat^ngrdquo sob adiccedilatildeo de biofertilizantes Horticultura Brasileira v 20 n2 julho 2002 Suplemento 2
PAULUS G MULLER A BARCELLOS LAR Agroecologia aplicada praticas e meacutetodos para uma agricultura de base ecoloacutegica 2ed ver ampl Porto Alegre EMATERRS 2001 8 6 p
PEIXOTO R T dos G Composto orgacircnico aplicaccedilotildees benefiacutecios e restriccedilotildees de uso Horticultura Brasileira Brasiacutelia-DF v 18 p 56-64 julho 2000
PENTEADO SR Defensivos Alternativos e Naturais Satildeo Paulo 1999 95 p
PEREIRA AJ SOUZA RJ PEREIRA WR Efeito de diferentes doses de esterco de galinha e de curral sobre a produccedilatildeo de cebola Horticultura Brasileira v20 n2 julho 2002 Suplemento 2
PINHEIRO S BARRETO SB MB-4 agricultura sustentaacutevel trofobiose e biofertilizantes Fundaccedilatildeo Juquira CandiruMibasa 2000 273 p
PRIMAVESI A Agricultura Sustentaacutevel Satildeo Paulo Nobel 1992 142 p
PRIMAVESI A O manejo ecoloacutegico do solo Agricultura em regiotildees tropicais SatildeoPaulo Nobel 1982 541 p
46
PURCINO A A C ldquoNitrogecircniordquo Informe Agropecuaacuterio Belo Horizonte v7 n81 p 16-27 1981
QUIJANO F G Efeito da adubaccedilatildeo orgacircnica no desenvolvimento de duas cultivares de alface em ambiente protegido Pelotas 1999 116f Dissertaccedilatildeo (Mestrado em Agronomia - Produccedilatildeo Vegetal) Faculdade de Agronomia Eliseu Maciel UFPel 1999
RODRIGUES A N N Efeitos e residuais de superfosfato triplo sobre o rendimento de mateacuteria seca e absorccedilatildeo de foacutesforo pela aveia (Avena strigosa Schob) em solo Podzoacutelico Vermelho Escuro Porto Alegre 1984 59f Dissertaccedilatildeo (Mestrado em Agronomia) - Faculdade de Agronomia UFRGS 1984
RODRIGUES E T CASALI V W D Respostas da alface agrave adubaccedilatildeo orgacircnica II Teores conteuacutedos e utilizaccedilatildeo de macronutrientes em cultivares Rev Ceres Viccedilosa v 45 n 261 p 437-449 1998
SAMINEcircS T C O Produccedilatildeo orgacircnica de alimentos Horticultura Brasileira Brasiacutelia-DF v 17 n3 novembro 1999
SCHIEDECK G Ambiecircncia e resposta agronocircmica de meloeiro (Cucumis melo L) cultivado sob adubaccedilatildeo orgacircnica em ambiente protegido Pelotas lOOp Tese (Doutorado em Agronomia - Produccedilatildeo Vegetal) - Faculdade de Agronomia Eliseu Maciel UFPel 2002
SILVA JUacuteNIOR A A GIORGI E Substratos alternativos para a produccedilatildeo de mudas de tomate Agropecuaacuteria Catarinense Florianoacutepolis EPAGRI 1992 23 p
SILVA JUacuteNIOR A A MACEDO S G STUKER H Utilizaccedilatildeo de esterco de peru na produccedilatildeo de mudas de tomateiro Florianoacutepolis EPAGRI 1995 28 p (Boletim Teacutecnico 73)
TAGLIARI PS GRASSMANN H Minhoca a grande aliada da agricultura Agropecuaacuteria Catarinense v8 n l p 11-14 mar 1995
TEDESCO M J GIANELLO C Anaacutelises de solo plantas e outros materiais Porto Alegre Faculdade de Agronomia Departamento de Solos Universidade Federal do Rio Grande do Sul RS 1996
TENNANT D A Test of modified line intersect method of estimating root lenght Journal Ecology Oxford v 63 p 995-1001 1975
TIBAU A O Mateacuteria Orgacircnica do Solo Mateacuteria Orgacircnica e Fertilidade do SoloSatildeo Paulo Nobel 1984 p49-182
TIMM P J Anaacutelise comparativa dos sistemas de plantio convencional e cultivo miacutenimo de cebola sob adubaccedilatildeo orgacircnica e mineral Pelotas 2000 79 p Dissertaccedilatildeo (Mestrado em Agronomia - Produccedilatildeo Vegetal) - Faculdade de Agronomia Eliseu Maciel UFPel 2000
47
VALENZUELA HR CROSBY C Effect of compost applications on the yield of several vegetables in long-term organic farming experiments conduced in the tropics American Society Horticultural Science v33 n3 june 1998
VIGLIZZO E (ed) Subprograma Recursos Naturais y Sostenibilidad Agriacutecola documento marco Montevideo IICAPROCISUR 1995 p 75 - 78
WE1D J M TARDIN J M Proposta para a Ampliaccedilatildeo do Trabalho da ASPTA no Centro Sul do Paranaacute ASPTA Disponiacutevel em http wwwpronafgovbrEncontrotestosAS20PTA20Sul20ParanE1205 202002doc Acesso em 05 mai 2002
XAVIER SIMOacuteN F DOMINGUES D G Desenvolvimento Rural Sustentaacutevel uma perspectiva agroecoloacutegica Agroecologia e Desenvolvimento Rural Sustentaacutevel Porto Alegre EM ATERRS v2 n2 p 17-26 2001
ZABALETA J P Diagnoacutestico da Agricultura Familiar em Satildeo Joseacute do Norte - RSPelotas EMBRAPA-CPACT 1998 75 p (EMBRAPA-CPACT Documentos 44)
ZONTA E P MACHADO A A SILVEIRA P Sanest Sistema de anaacutelise estatiacutestica para microcomputadores Registrado na Secretaria Especial de Informaacutetica sob nuacutemero 066060 - categoria A Pelotas-RS Universidade Federal de Pelotas 1984
48
7 APEcircNDICE
APEcircNDICE A - Anaacutelise da adubaccedilatildeo de base e biofertilizantes utilizados na produccedilatildeo de mudas de cebola
TABELA 1 A Anaacutelise baacutesica do solo antes da incorporaccedilatildeo do feijatildeo miuacutedo + papua
Arg
pH IND
SMP
MO
P - n r - Na Al Ca__10Omlmdash
Mg
ppm -
6 53 67 089 8 6 27 1 04 05 0 2
Fonte LASFAEMUFPel (2002)
TABELA 2A Anaacutelise complementar do solo antes da incorporaccedilatildeo do feijatildeo-miuacutedo + papua
Cobre Zinco Manganecircs Ferro
(m v1)
04 05 26 007
Fonte LASFAEMUFPel (2002)
49
TABELA 3A Anaacutelise dos fertilizantes soacutelidos
Amostra pH limidade CN
C N P K Ca Mg
- g-ivg --
Cama de 849 2491 12 31042 2479 3888 3405 29875 463
aves
Esterco 74 3594 11 677 590 157 134 335 214
de curral
Huacutemus 684 5738 14 15965 1098 453 745 743 361
Fonte LASFAEMUFPel (2002)
TABELA 4A Anaacutelise quiacutemica dos biofertilizantes liacutequidos
Amostra N P K_ccedil H
Ca Mg Cu Zn Fe Mn
mdashgL bull
S Magro
m b 4
Urina
053
1652
8 2 2
008
395
0 0 0
149
1674
471
1902
6872
0 0 0
1150
4507
1172
7273
42
033
101389
920
0 0 0
6250
19458
781
35273
1123
0 2 1
Fonte LASFAEMUFPel (2002)
50
APEcircNDICE B - Condiccedilotildees climaacuteticas do local
TABELA 1B Condiccedilotildees de temperatura do local
___________ __________TEMPERATURA (degCgt
meses Meacutedia
Maacutexima
Meacutedia
MiacutenimaMeacutedia
Maacutexima
Absoluta
Miacutenima
Absoluta
Junho 225 87 156 320 25
Julho 225 85 155 285 30
Agosto 251 71 161 360 1 0
Fonte FEPAGROSCT 2002
TABELA 2B Condiccedilotildees de chuva do local
mdash CHUVA (mm)mdash
meses Ocorrida Normal Desvio Da Normal
Junho 1080 1 1 0 -2 0
Julho 1062 98 8 2
Agosto 1283 1 2 0 83
Fonte FEPAGROSCT 2002
51
TABELA 1C Produccedilatildeo de fitomassa fresca e seca (g) da parte aeacuterea altura de planta
(cm) e diacircmetro de colo (mm) de mudas de cebola Petrolini cultivadas
sob uma perspectiva agroecoloacutegica Pelotas-RS 2003
APEcircNDICE C - Anaacutelise estatiacutestica da parte aeacuterea
Causas G1 FFPA FSPA AP DC
da variaccedilatildeo --------- Quadrados meacutedios-
Blocos 3
Ad Base 2 175359071 1287102 2547419 1 11775
Biofertilizantes 2 126876 29011 87669ns 02185ns
Ad x Biofert 4 572378 31123 69106ns 04159
Resiacuteduo 24 34456 03048 27169 00290
Total 35
Meacutedia geral 93745 8772 320388 6741
CV 1980 6294 5145 2530
Significativo a 5ns Natildeo significativo
52
TABELA 1D Produccedilatildeo de fitomassa fresca e seca (g) comprimento (cm) e densidade
de raiacutezes (m cm3) de mudas de cebola Petrolini cultivadas sob uma
perspectiva agroecoloacutegica e razatildeo parte aeacutereasistema radicular Pelotas-
RS 2003
APEcircNDICE D - Anaacutelise estatiacutestica da raiz
Causas G1 FFR FSR CR RPASR DR
da variaccedilatildeo Quadrados meacutedios---------------
Blocos 3
Ad Base 2 27874 551 623 2 1 0 140
Biofertilizantes 2 178 0 1 0 ni 1504 l03ns 038ns
Ad x Biofert 4 190 058 318 294 183
Resiacuteduo 24 005 009 028 023 0 2 1
Total 35
Meacutedia geral 1818 228 184 387 333
C V 134 1356 448 1253 1396
Significativo a 5 ns Natildeo significativo
53
APEcircNDICE E - Anaacutelise estatiacutestica dos macronutrientes da parte aeacuterea da cebola
TABELA 1E Conteuacutedos (mg planta1) de nitrogecircnio foacutesforo potaacutessio caacutelcio e
magneacutesio no tecido vegetal de mud^s de cebola Petrolini cultivadas
sob uma perspectiva agroecoloacutegica Pelotas-RS 2003
Causas G1 bull N P K Ca Mg
da variaccedilatildeo
Blocos 3
Ad Base 2 13550306 446627 25509686 1031806 59007
Biofertilizantes 2 180610ns 16564 68153ns 39006 876ns
Ad x Biofert 4 454187 45743 1047539 46950 2464
Resiacuteduo 24 29769 1453 64313 3741 439
Total 35
Meacutedia geral 24921 4597 33366 6943 1615
C V 692 829 760 880 1297
Significativo a 5 ns Natildeo significativo
APEcircNDICE F - Fotos do experimento
FIGURA 2 Mudas de cebola (Allium cepa L) produzidas sob uma perspectiva agroecoloacutegica
APEcircNDICE F a Fotos do experimento
FIGURA 1 Adubaccedilatildeo verde com feijatildeo-miuacutedo e papuatilde utilizadas no manejo do solo
FIGURA 2 Mudas de cebola (Allium cepa L) produzidas sob urna perspectiva agroecoloacutegica
respostas satisfatoacuterias quando aplicados junto agraves adubaccedilotildees de base o biofertilizante
MB4 mais urina de vaca e calda bordalesa eacute mais eficiente que o super magro mais urina
e calda bordalesa quando aplicado junto agrave adubaccedilatildeo de base esterco de curral os
conteuacutedos de fitomassa seca das mudas de cebola satildeo significativos quando adicionado
os biofertilizantes ao vermicomposto bovino (45 t harsquo1) os maiores conteuacutedos
nutricionais para as mudas de cebola satildeo proporcionados pela adubaccedilatildeo de base esterco
de curral a maior absorccedilatildeo de caacutelcio pelas mudas de cebola ocorre quando da adiccedilatildeo de
biofertilizante MB4 mais urina e calda bordalesa agrave adubaccedilatildeo de base esterco de curral
VIII
SUMMARY
PAGLIA AgraveGUIDA GORETI (MS) Universidade Federal de Pelotas February 2003 Onion (Allium cepa L) Transplant Production under an Agroecological Perspective Tacircnia Beatriz Gamboa Arauacutejo Morselli Comitte Seacutergio Roberto Martins Roberta Marins Nogueira Peil and Joatildeo Baptista da Silva
With the objective of studying the onion transplant production under an agroecological
perspective a field experiment was carried out in the Fundaccedilatildeo Estadual de Pesquisa
Agropecuaacuteria-FEPAGROSUL in the city o f Rio GiWideRS in the period between 15
May and 26 August 2002 The cultivar Petrolini (medium cycle) was submitted to the
following fertilizers soil fertilizer (1 VB - 30 t h a o f bovine vermicompost 15 VB -
45 t ha 1 of bovine vermicompost and EC - 60 t ha 1 of manure and liquid biofertilizer
(SM+U+CB - ldquoSuper Magrordquo with cow urine with bordeaux mixture MB4 +U+CB -
MB4 with cow urine with bordeaux mixture and control - absence) The experiment was
laid in a randomized block design in factorial scheme 3X3 The analyzed parameters
were fresh and dry matter of the aerial part and root system plant height colon
diameter root length ration aerial partroot system root density and the contents
nitrogen phosphorus potassium calcium and magnesium in the aerial part o f the plant
It was concluded that the agronomic responses o f the onion seedlings for the evaluated
parameters are more satisfactory with the application o f manure as soil fertilizer the
biofertilizers with cow urine and bordeaux mixture provide satisfactory responses when
applied along with the soil fertilizer the biofertilizer MB4 with cow urine and bordeaux
IX
mixture is more effieient than the ldquoSuper Magrordquo with urine and bordeaux mixture
when applied along with manure as soil fertilizer the dry matter contents of the onion
seedlings are significant when the biofertilizer is added to bovine vermicompost (45 t
h a 1) the largest nutritional contents for the onion seedlings are obtained with manure as
soil fertilizer the largest absorption of calcium by the onion seedlings happens when the
biofertilizer MB4 with urine and bordeaux mixture is added to the manure as soil
fertilizer
X
mixture is more efficient than the Super Magro with urine and bordeaux mixture
when applied along with manure as soil fertilizer the dry matter contents of the onion
seedlings are significant when the biofertilizer is added to bovine vennicompost (45 t
hamiddot ) the largest nutritional contents for the onion seedlings are obtained with manure as
soil fertilizer the largest absorption of calcium by the onion seedlings happens when the
biofertilizer MB4 with urine and bordeaux mixture is added to the manure as soil
fertilizer
x
1
1 INTRODUCcedilAtildeO
ldquoEu sustento que a ciecircncia soacute tem
finalidade se serrsquoir para aliviar a miseacuteria
da existecircncia humana
(Bertold Brecht)
No Rio Grande do Sul cultivar cebola eacute atividade de pequenos e meacutedios
produtores revestindo-se de suma importacircncia para a economia onde contribui para a
geraccedilatildeo de empregos e a fixaccedilatildeo do homem ao meio rural visto que haacute necessidade de
outros tipos de investimentos sociais e econocircmicos
Segundo o ICEPA-SC (2003) o Rio Grande do Sul responde por cerca de 14 da
produccedilatildeo nacional o que faz da cebola a segunda hortaliccedila em importacircncia econocircmica
no Estado sendo apenas superada pela cultura da batata poreacutem a aacuterea plantada no RS
tem apresentado recuo nos uacuteltimos anos caindo de 16648 hectares na safra 9899 para
14085 na safra atual (0203) acontecendo o mesmo com a produccedilatildeo que diminuiu de
181338 toneladas na safra 9596 para aproximadamente 159000 na safra atual
A baixa produtividade obtida pode ser atribuiacuteda a vaacuterios fatores baixa
disponibilidade de mateacuteria orgacircnica no solo poucc^ uso de materiais orgacircnicos eou
aplicaccedilatildeo inadequada destes considerando ainda que a maioria dos produtores
conservam caracteriacutesticas agriacutecolas do seacuteculo passado apresentando resistecircncia ao
associativismo e possuem carecircncia de infraestrutura (estradas eletricidade telefonia
drenagem e condiccedilotildees de armazenamento) Esses fatores aliados a baixa rentabilidade
2
da cultura tem sido apontados como responsaacuteveis pelo abandono da cebolicultura por
alguns produtores
A fase de produccedilatildeo das mudas eacute de extrema importacircncia para o cultivo da cebola e
requer manejo adequado dos recursos naturais para que a cultivar utilizada possa
expressar seu potencial geneacutetico sem comprometer o equiliacutebrio ambiental O principal
cuidado para o desenvolvimento de mudas de qualidade refere-se agrave utilizaccedilatildeo adequada
do solo
Desta forma o manejo do solo e das plantas orientado pela agroecologia pode se
constituir numa excelente alternativa para obtenccedilatildeo de mudas de qualidade sem
comprometer a sauacutede dos agricultores e contribuindo para a preservaccedilatildeo ambiental
Diversas praacuteticas vecircm sendo utilizadas com esta finalidade entre elas citam-se a
adubaccedilatildeo orgacircnica e os biofertilizantes enriquecidos No entanto estes fatores de
produccedilatildeo precisam ser melhor estudados no que tange a sua utilizaccedilatildeo adequada pelos
produtores de cebola objetivando um sistema de produccedilatildeo sustentaacutevel
A agroecologia como ciecircncia apresenta vaacuterias dimensotildees ecoloacutegica econocircmica
social cultural poliacutetica e eacutetica Neste sentido e considerando-se a procura crescente por
produtos orgacircnicos e a necessidade de sistemas de fertilizaccedilatildeo adequados ao cultivo da
cebola o presente trabalho teve como objetivo a produccedilatildeo de mudas sob uma
perspectiva agroecoloacutegica contribuindo para o processo de transiccedilatildeo do sistema de
produccedilatildeo
3
2 REVISAtildeO DE LITERATURA
ldquoAs novas eras natildeo comeccedilam de uma vez
Meu avocirc jaacute vivia no novo tempo
Meu neto viveraacute talvez ainda no velho
A nova carne eacute comida com os velhos garfos
(Bertold Brecht)
21 Desenvolvimento e sustentabilidade
Nenhuma espeacutecie viva com exceccedilatildeo do homem empreende esforccedilos de
desenvolvimento no sentido de crescimento material que sob as formas em que vem
sendo compreendido conduz sempre a algum tipo de agressatildeo contra o ambiente Os
esforccedilos presentes visando o progresso material assim como a maneira de satisfaccedilatildeo
das necessidades baacutesicas do homem no mundo de hoje revelam-se inconsistentes O
uso para esse fim de mateacuteria e energia em doses excessivas e crescentes tem exaurido
recursos ambientais acima de sua capacidade de regeneraccedilatildeo obviamente tendendo a
toma-los menos disponiacuteveis para as futuras geraccedilotildees
De acordo com Martins (2002) o Desenvolvimento Sustentaacutevel natildeo eacute um conceito
acabado trata-se de uma ideacuteia forccedila proacute-ativa e positiva mas que necessita ser
esclarecida quanto ao significado destes dois vocaacutebulos que lhe compotildee e o contexto em
que as pessoas com eles se relacionam Aleacutem disso isso afeta tanto como profissionais
cujas atividades vinculam-se diretamente ao trato com a natureza e portanto por ela satildeo
4
responsaacuteveis mas especialmente como cidadatildeos que constroem no seu cotidiano as
distintas dimensotildees do desenvolvimento sociais econocircmicas ambientais culturais
cientificas e tecnoloacutegicas juriacutedicas poliacuteticas e espirituais
Segundo Altieri amp Nicholls (2000) para o desenvolvimento de uma agricultura
sustentaacutevel as necessidades natildeo satildeo apenas bioloacutegicas ou teacutecnicas mas tambeacutem sociais
econocircmicas e poliacuteticas E inconcebiacutevel promover mudanccedilas ecoloacutegicas no setor agriacutecola
sem a defesa de mudanccedilas nas outras aacutereas da sociedade de modo a conscientizar o
homem sobre as condiccedilotildees necessaacuterias para a exploraccedilatildeo da natureza
A ideacuteia da sustentabilidade referente ao vocaacutebulo sustentaacutevel coloca-se como
contraponto ao caraacuteter perdulaacuterio do modelo prevalecente na medida em que o modelo
econocircmico praticado por um lado estaacute baseado no consumo da mateacuteria prima fornecida
pela natureza para a produccedilatildeo de bens e serviccedilos em descompasso com seu ritmo e
capacidade de fornecimento por outro tem tratado a natureza como mero depositaacuterio de
resiacuteduos sem considerar sua capacidade de absorccedilatildeo e reciclagem A sustentabilidade
contrapotildee-se agrave caracteriacutestica antropocecircntrica do modelo o homem como centro da
questatildeo numa postura dominante sobre o entorno natural cujas ferramentas cientiacuteficas e
tecnoloacutegicas embasam um modelo econocircmico que subjuga a natureza e coloca-se acima
desta O vocaacutebulo sustentaacutevel portanto se refere agrave capacidade de suporte da biosfera
sendo um fim a ser perseguido com o objetivo de garantir sua preservaccedilatildeo numa visatildeo
prospectiva ou seja que assegure o futuro planetaacuterio assumindo portanto o
compromisso com as geraccedilotildees vindouras (Martins 2002)
Quando se trata de apontar os possiacuteveis caminhos que levaratildeo a um novo padratildeo
produtivo e garanta a seguranccedila alimentar sem agredir o ambiente o caminho torna-se
mais difiacutecil Percebe-se que a noccedilatildeo de agricultura sustentaacutevel permanece cercada por
duacutevidas e contradiccedilotildees mesmo assim seu emprego toma-se cada vez mais frequumlente
(Ehlers 1999)
Haacute que se incorporar a concepccedilatildeo de entropia agrave noccedilatildeo de desenvolvimento visto
que a extraccedilatildeo e o transporte tambeacutem satildeo atividades econocircmicas que requerem cuidados
de manejo visando menores efeitos entroacutepicos ao meio ambiente Satisfazer as
necessidades presentes sem comprometer as possibilidades das futuras geraccedilotildees
satisfazerem as suas proacuteprias eacute o que necessita ser construiacutedo no cotidiano Esta natildeo eacute
uma tarefa faacutecil nos tempos atuais pois o mundo nunca passou por tanta incerteza e
nunca teve um presente tatildeo insustentaacutevel (Martins 1997)
211 Agroecologia Paradigma em construccedilatildeo
5
O seacuteculo passado assistiu a uma ineacutedita expansatildeo da capacidade humana de
agenciamento das forccedilas naturais promovida pelo saber teacutecnico-cientiacutefico cuja
centra lidade eacute hoje irreversiacutevel no que se refere as relaccedilotildees com a natureza Em relaccedilatildeo
ao conhecimento poucas aacutereas de interesse do homem moderno se ligam tanto agrave
pesquisa cientiacutefica como a questatildeo ambiental sendo um fenocircmeno de tendecircncia
internacional evidenciado a partir da deacutecada de 70 (Hess 1999)
A noccedilatildeo de paradigma eacute normalmente utilizada para estabelecer uma
diferenciaccedilatildeo entre dois momentos ou dois niacuteveis do processo de conhecimento
cientiacutefico (Capra 1997 Kuhn 1989) Para um entendimento miacutenimo do que significa
essa noccedilatildeo Costa Neto (1999) diz que se pode conceituar o paradigma enquanto um
modelo de ciecircncia que serve como referecircncia para todo um fazer cientiacutefico durante uma
determinada eacutepoca ou um periacuteodo de tempo demarcado e a partir de um certo momento
da histoacuteria da ciecircncia o referido modelo predominante tende a se esgotar em funccedilatildeo de
uma crise de confiabilidade nas bases estruturantes de seu conhecimento Desta forma o
paradigma passa a ser substituiacutedo por outro modelo cientiacutefico predominante Tambeacutem
pode ocorrer o fato de dois paradigmas disputarem o espaccedilo de hegemonia na
construccedilatildeo do conhecimento (Costa Neto 1999)
Os problemas com os quais nos deparamos hoje satildeo faces de uma crise uacutenica
diferentes do fazer cientiacutefico e proveniente de uma crise de percepccedilatildeo segundo Capra
(2 0 0 1 ) isto faz com que nossas instituiccedilotildees e noacutes em particular natildeo consiga perceber
claramente realidades complexas em um mundo globalmente interligado Ainda que as
soluccedilotildees para alguns de nossos principais problemas possam ser relativamente simples
ldquosoacute seratildeo possiacuteveis mediante uma mudanccedila radical em nossas percepccedilotildeesrdquo este eacute
tambeacutem o ldquoestopim para colocar em marcha medidas efetivasrdquo porque os governos e as
instituiccedilotildees jamais empreenderatildeo accedilotildees de fato enquanto as pessoas natildeo
compreenderem que satildeo parte do problema e da soluccedilatildeo e que eacute preciso assumir a
necessidade de mudar o rumo das coisas (Gomes amp Borba 2000)
Para Leff (2001) a agroecologia representa o ldquonascimento de um paradigmardquo que
eacute a alma da produccedilatildeo sustentaacutevel um processo que permite o resgate dos
conhecimentos proacuteprios e o renascimento do ser trazendo de volta as relaccedilotildees com os
seres humanos na medida em que o produtor cria atraveacutes de seu conhecimento o seu
proacuteprio saber-fazer numa relaccedilatildeo com a vida e com a terra
6
Segundo Costa Neto (1999) o paradigma agroecoloacutegico representa portanto a
linha de um posicionamento soacutecio-ambiental que tem uma vertente tecnoloacutegica apta a
ser uma alternativa agrave produccedilatildeo agriacutecola em grande escala e ao modelo tradicional
disciplinar
Hoje a agroecologia continua a fazer conexatildeo entre fronteiras estabelecidas Por
um lado estuda os processos econocircmicos e os agroecossistemas por outro eacute um agente
para as mudanccedilas sociais e ecoloacutegicas complexas que tenham necessidade de ocorrer no
futuro a fim de levar a agricultura para uma base verdadeiramente sustentaacutevel O
processo de mudanccedila estaria dirigido agrave busca de novos pontos de equiliacutebrio entre as
dimensotildees de produtividade estabilidade e equumlidade na atividade agraacuteria articuladas
entre si poreacutem em constante processo de adaptaccedilatildeo e retroalimentaccedilatildeo utilizando
estilos mais respeitosos com o ambiente com o propoacutesito de superar a crise enfrentada
pelos agricultores (Costabeber amp Moyano 2000)
De acordo com Altieri (2002) soacute uma compreensatildeo mais profunda da ecologia
humana e dos sistemas agriacutecolas pode levar a medidas coerentes com uma agricultura
sustentaacutevel Assim a ldquoemergecircncia da agroecologiardquo representa um enorme salto nesta
direccedilatildeo pois fornece os princiacutepios ecoloacutegicos baacutesicos para o estudo e tratamento dos
ecossistemas tanto produtivos quanto preservadores dos recursos naturais e que sejam
culturalmente sensiacuteveis socialmente justos e economicamente viaacuteveis
A transformaccedilatildeo ou substituiccedilatildeo de um modelo de desenvolvimento para outro
supotildee um processo de transiccedilatildeo que em alguns momentos caminha a passos lentos e
em outros pode trazer mudanccedilas bruscas e qualitativamente diferenciadas Esse
processo de transiccedilatildeo significa a conversatildeo de uma agricultura tradicional para uma
agricultura ecoloacutegica e socialmente equilibrada com base na sustentabilidade (Gomeacutez
1997)
Embora a falta de informaccedilatildeo da pesquisa possa ter contribuiacutedo para dificuldades
e experiecircncias negativas de muitos produtores estes tecircm fama de serem inovadores e
experimentadores desejosos de adotar novas praacuteticas no sentido de serem beneficiados
Nos uacuteltimos cinquumlenta anos a inovaccedilatildeo na agricultura tem sido impulsionada
principalmente pela ecircnfase em altos rendimentos e no lucro da unidade produtiva
Apesar da continuidade dessa forte pressatildeo econocircmica sobre a agricultura muitos
produtores convencionais estatildeo preferindo fazer a transiccedilatildeo para praacuteticas que satildeo mais
consistentes ambientalmente e tem o potencial de contribuir com a sustentabilidade da
agricultura em longo prazo (Gliessman 2000)
7
212 Agroecologia e agricultura familiar
O nuacutecleo por excelecircncia da produccedilatildeo sustentaacutevel eacute a agricultura familiar No
Brasil mais especificamente esta tecnologia estaacute sendo introduzida natildeo somente em
aacutereas de cultivo de agricultura familiar em geral mas especificamente em
assentamentos rurais Percebe-se dessa forma tratar-se de um tipo de produccedilatildeo que
tende a incorporar a dimensatildeo histoacuterico-social e a considerar os valores culturais e de
senso comum inerentes aos agricultores familiares (Costa Neto 1999)
Na agricultura familiar a sustentabilidade toma forma a partir do momento em
que comeccedilaram a ser incorporados aos debates os novos anseios da sociedade rural e
urbana relacionados a um novo projeto de desenvolvimento e na medida em que foram
buscadas orientaccedilotildees teoacutericas baseadas no paradigma agroecoloacutegico
De acordo com Maturana amp Rezepka (2000) a formaccedilatildeo do conhecimento natildeo eacute
entendida como simples treinamentos e teacutecnicas e seraacute um aspecto essencial desta
abordagem A valorizaccedilatildeo dos saberes dos agricultores sobre o ambiente as plantas o
solo e os processos ecoloacutegicos onde resgatam e aprimoram teacutecnicas proacuteprias e de
outros de origem cientiacutefica ou empiacuterica fundamentais dentro deste novo paradigma
(Altieri amp Nicholls 2000)
Neste sentido cientistas e extensionistas tecircm se surpreendido com a profundidade
destes conhecimentos e com a capacidade de vaacuterios destes agricultores de expocirc-los
mesmo nos ambientes acadecircmicos onde muitas vezes estatildeo mais avanccedilados que seus
interlocutores (Weid amp Tardin 2002) Isto revela a necessidade de sintonia entre a
Universidade e a Comunidade
Entatildeo a sutentabilidade ambiental em niacutevel local eacute positiva quando o manejo
realizado no agroecossistema aproveita a produtividade dos recursos naturais renovaacuteveis
(aqueles que funcionam mediante o fluxo solar) Ao contraacuterio pode natildeo ser positiva
quando as praacuteticas produtivas consistem na busca pela produtividade mediante a troca
econocircmica (importaccedilatildeo e exportaccedilatildeo de insumos e produtos) onde a terra eacute vista
unicamente como o suporte material (fiacutesico) das espeacutecies Neste caso o controle de
pragas a fertilizaccedilatildeo e outras praacuteticas necessaacuterias satildeo realizados mediante capital
produzido pelo homem degradando a base local de recursos naturais (Xavier Simoacuten amp
Domingues 2001)
8
213 O Mercado de produtos agroecoloacutegicos
O mercado de alimentos produzidos sob a orientaccedilatildeo agroecoloacutegica produzidos
sem utilizaccedilatildeo de agrotoacutexicos ou adubos minerais tem aumentado vertiginosamente em
todo o mundo Alguns dados indicam que esse segmento cresce anualmente cerca de
20 nos Estados Unidos 40 na Europa e 50 no Brasil e para comprovar tais
iacutendices basta verificar a proliferaccedilatildeo das feiras de produtores ecoloacutegicos nas cidades o
aumento dos espaccedilos para esses produtos nas gocircndolas das grandes redes de
supermercados e os movimentos ambientalistas e de consumidores que buscam uma
alimentaccedilatildeo mais saudaacutevel (Schiedeck 2002)
Sem duacutevida antes de tudo cabe salientar que a crise atual evidencia o equiacutevoco da
adoccedilatildeo de um modelo de produccedilatildeotransformaccedilatildeo que natildeo tem outra ambiccedilatildeo que natildeo a
de se adaptar agrave globalizaccedilatildeo Cabe a consideraccedilatildeo feita por Dufour (1999) de que o
mercado natildeo eacute uacutenico e monoliacutetico e portanto a produccedilatildeo social da qualidade natildeo
significa mais do mesmo (a adaptaccedilatildeo do que jaacute natildeo serve)
Na realidade pode-se identificar claramente dois mercados de natureza
fundamentalmente oposta que segundo Gomes amp Borba (2000) satildeo o de produtos
baacutesicos (leite cereais carnes brancas e vermelhas) e o de produtos elaborados
socialmente e de grande valor agregado por serem justos socialmente O mercado
mundial dos produtos baacutesicos eacute alimentado pelos excedentes agriacutecolas de grandes
produtores (Uniatildeo Europeacuteia Estados Unidos e Canadaacute) tambeacutem a soja e carne de
frango brasileira e o trigo argentino e os preccedilos nesses mercados satildeo extremamente
baixos e permaneceratildeo assim por muito tempo segundo relatos recentes do Banco
Mundial
Para produzir a preccedilos tatildeo baixos eacute necessaacuterio lanccedilar matildeo de todo tipo de
artifiacutecio como os hormocircnios os organismos geneticamente modificados as farinhas
animais esquecendo o meio ambiente e convivendo com exploraccedilotildees gigantescas
concentraccedilatildeo na posse da terra e com uma minoria de beneficiaacuterios dos programas de
ajuda puacuteblica os agromanagers (Gomes amp Borba 2000)
O mercado de produtos elaborados e de valor agregado obedece a outras regras
Mesmo que os agricultores busquem a maximizaccedilatildeo da produtividade natildeo se enfrentam
diretamente A produccedilatildeo ocorre em zonas geograacuteficas bem definidas e permite valorizar
o ldquosavoir-fairerdquo ou ldquoknow-howrdquo (em outras palavras natildeo necessariamente mas o
conhecimento ldquotradicionalrdquo) contribuindo para uma verdadeira economia local Esta eacute a
9
agricultura que ao mesmo tempo produz gera e preserva empregos Para caminhar ateacute
ela eacute necessaacuteria uma ampla alianccedila entre agricultores consumidores e movimentos
sociais para frear esta forma de ditadura dos mercados fonte do poder das
transnacionais agro-alimentares e quiacutemicas (Dufour 1999)
Por outra parte o mercado natildeo eacute linear e abstrato como querem fazer crer A
produccedilatildeo e o consumo sempre estaratildeo localizados e seratildeo realizados por produtores e
consumidores concretos isto permite falar em convenccedilatildeo ou negociaccedilotildees onde a
qualidade seja considerada na originalidade no bem comum ou na confianccedila entre pares
e colada aos produtos ainda mais quando se trata de alimentos Isto soacute seraacute possiacutevel
no local (sem ignorar o global) e levando em conta indicaccedilotildees como denominaccedilatildeo
ou indicaccedilatildeo de origem de processo ou de qualidade etc relacionados agraves
especificidades dos produtos o que tambeacutem deve ser objeto de negociaccedilatildeo para cada
lugar (eacute preciso lembrar que a participaccedilatildeo e as relaccedilotildees interpessoais satildeo determinantes
ao longo do processo) A produccedilatildeo social da qualidade eacute vista como estrateacutegia que
adquire sentido se considerada para o espaccedilo da Agricultura Familiar onde ainda eacute
possiacutevel estabelecer laccedilos de solidariedade entre produtores e consumidores (Gomes amp
Borba 2000)
De acordo com DrsquoAgostini amp Fantini (2002) tanto ou mais do que compreender a
dinacircmica de processos dos quais resultam produtos interessantes eacute compreender e
humanizar a dinacircmica de interesses sobre esses processos e produtos Os mesmos
autores dizem ainda que natildeo seria a solidariedade humana (a virtude pressuposta) que
emerge em especial na produccedilatildeo agroecoloacutegica mas sim a emergecircncia da rica
propriedade humana a generosidade que permite praticaacute-la em qualquer relaccedilatildeo entre
os homens
22 A cultura da cebola (Alliunt cepa L) e sua importacircncia
A cultura da cebola foi introduzida pelos accedilorianos no Brasil no seacuteculo XVIII nos
municiacutepio de Mostardas Rio Grande e Satildeo Joseacute do Norte no Estado do Rio Grande do
Sul (Garcia 1990) sendo a terceira hortaliccedila de maior importacircncia econocircmica para o
paiacutes (ICEPA 2003) Nas regiotildees Sul e Sudeste a cebolicultura constitui-se em atividade
socioeconocircmica de significativa relevacircncia para os Estados de Satildeo Paulo Santa
10
Catarina e Rio Grande do Sul nos quais se concentram mais de 76 da produccedilatildeo
nacional (Debarba et a i 1998)
A mais importante regiatildeo produtora do Rio Grande do Sul estaacute situada no litoral
Sul englobando os municiacutepios de Rio Grande Tavares Satildeo Joseacute do Norte e Mostardas
(Garcia 1997) e segundo ICEPASC (2003) esses quatro municiacutepios respondem por
cerca de 70 da produccedilatildeo de cebola do RS
Timm (2000) cita que cerca de 16000 famiacutelias rurais no Rio Grande do Sul tem
na cultura da cebola o seu principal meio de subsistecircncia No Municiacutepio de Satildeo Joseacute do
Norte a produccedilatildeo de cebola constitui uma atividade econocircmica quase exclusiva onde a
descapitalizaccedilatildeo dos agricultores ocasionou o abandono do meio rural por muitos deles
que acabaram por estabelecerem-se na periferia da zona urbana (Garcia 1997)
Aleacutem da descapitalizaccedilatildeo do produtor ocorrem problemas como a erosatildeo do solo
que segundo Zabaleta (1998) ocorre principalmente devido agrave accedilatildeo dos ventos fortes e
constantes caracteriacutesticos na regiatildeo sul-litoracircnea bem como a topografia plana e os
solos muito arenosos com lenccediloacuteis freaacuteticos superficiais contribuem para o
empobrecimento dos solos da regiatildeo principalmente ao se comparar com outras aacutereas
onde a cebola participa de sistemas produtivos juntamente com a produccedilatildeo leiteira o
arroz e hortaliccedilas diversas (Timm 2000)
221 Caracteriacutesticas agronocircmicas da cebola
A cebola eacute uma aliaacuteceae a planta eacute tenra atinge 60 cm de altura e apresenta folhas
tubulares e cerosas O caule verdadeiro eacute um disco comprimido na base da planta de
onde partem as folhas e raiacutezes que satildeo fasciculadas pouco ramificadas explorando um
volume de solo equivalente a um cilindro com 60 cm de altura e 25 cm de diacircmetro
(Filgueira 2000)
Cada planta apresenta 20 a 200 raiacutezes normalmente espessas (05 a 1 mm de
diacircmetro) e com pouca ramificaccedilatildeo e poucos pecirclos absorventes O crescimento eacute
vertical estendendo-se de 40 a 80 cm de profundidade Poucas raiacutezes ocupam mais de
15 cm do raio em tomo do bulbo Estas caracteriacutesticas tecircm implicaccedilotildees peculiares
quanto acirc localizaccedilatildeo e ao suprimento de nutrientes (Quanto menor o diacircmetro e maior a
ocorrecircncia de pecirclos absorventes maior seraacute a superfiacutecie de raiacutezes e consequumlentemente a
absorccedilatildeo de nutrientes (Magalhatildees 1993)
11
A fase vegetativa do ciclo da planta termina com o amadurecimento do bulbo
todavia trata-se de uma planta bienal considerando acirceu ciclo vital completo isto eacute da
semeadura ateacute a produccedilatildeo de novas sementes Apoacutes um periacuteodo invemal sob baixas
temperaturas haacute emissatildeo de um pendatildeo floral que pode alcanccedilar 150 cm de altura
terminando por uma inflorescecircncia tipo umbela simples inicialmente recoberta por
uma peliacutecula formada por centenas de pequenas flores (Filgueira 2000)
Segundo Clivela (1995) os fatores climaacuteticos de modo geral natildeo satildeo limitantes
para a produccedilatildeo de bulbos de cebola no Rio Grande do Sul Filgueira (2000) enfatiza
que no Brasil eacute uma das raras culturas oleraacuteceas nas quais o fotoperiacuteodo pode tornar-se
o fator limitante ocorrendo frustraccedilotildees da colheita caso as exigecircncias da planta natildeo
sejam satisfeitas
222 A produccedilatildeo de mudas de hortaliccedilas
As mais importantes modificaccedilotildees no sistema de produccedilatildeo nos uacuteltimos anos tecircm
sido feitas na produccedilatildeo de mudas Hoje eacute uma realidade os produtores se
especializarem em produzir mudas principalmente no Estado de Satildeo Paulo Para tanto
se busca atraveacutes da pesquisa as melhores fontes e combinaccedilotildees de substratos associados
ao sistema de produccedilatildeo conveniente para cada espeacutecie a fim de se obter melhorias na
propriedade no solo e na Olericultura (Giorgetti 1991)
O sistema agroecoloacutegico torna-se importante uma vez que a base da Horticultura
moderna eacute a produccedilatildeo de mudas de alta qualidade (Minami1995) a produccedilatildeo de mudas
de hortaliccedilas tem sido citada como a etapa mais importante do sistema produtivo (Silva
Junior et al 1995) Segundo Filgueira (2000) nesta fase natildeo se pode cometer erros
pois posteriormente seraacute mais difiacutecil de corrigi-los visto que para o cultivo da cebola a
muda refletiraacute na qualidade do bulbo
As mudas de hortaliccedilas podem ser consideradas tolerantes e natildeo tolerantes ao
transplante e dependem principalmente das condiccedilotildees ambientais necessitando de
cuidados No caso da cebola como satildeo produzidas com raiz nua os cuidados devem ser
maiores pois dependendo do estado em que se encontram mais ou menos susceptiacuteveis
aos estresses quando em contato com o campo podem resultar em desastre (Minami
1999)
A quantidade de nutrientes extraiacuteda pelas hortaliccedilas durante a fase de muda varia
em funccedilatildeo da espeacutecie da variedade ou da cultivar e do prazo necessaacuterio para a formaccedilatildeo
13
O composto humificado ou curado eacute rico em nutrientes que passaram parcialmente
da forma orgacircnica para a forma mineral assimilaacutevel pelas raiacutezes e com maior teor
coloidal que atua como fertilizante e eacute responsaacutevel pela capacidade melhoradora do
solo (Barreto 1985)
Uma das principais alternativas em termos de adubaccedilatildeo orgacircnica eacute o
vermicomposto Ele eacute um adubo orgacircnico estaacutevel rico em nutrientes inodoro de
coloraccedilatildeo escura obtido a partir da atividade das minhocas que potencializam a mateacuteria
prima utilizada no processo (principalmente esterco de bovino) proporcionando
diversos benefiacutecios para as plantas (Timm 2000)
231 Efeitos da adubaccedilatildeo orgacircnica no solo
O solo funciona como um organismo vivo em 1 grama de solo saudaacutevel vive uma
comunidade bioloacutegica de aproximadamente 1 0 0 0 0 espeacutecies diferentes como minhocas
larvas besouros colecircmbolos aacutecaros algas bacteacuterias e fungos Estes organismos
necessitam de alimentos para viver principalmente carbono e nitrogecircnio que estatildeo
presentes na palhada das culturas e no esterco de animais Em funccedilatildeo disso eacute
importante que o solo tenha um determinado teor de mateacuteria orgacircnica para fornecer os
alimentos e energia que os microacutebios precisam para viver (Paulus et al 2001)
O homem atraveacutes dos diferentes sistemas de preparo do solo e cultivos contiacutenuos
ou natildeo altera o comportamento do mesmo em relaccedilatildeo agraves reaccedilotildees quiacutemicas
propriedades fiacutesicas como capacidade de retenccedilatildeo de aacutegua lixiviaccedilatildeo de nutrientes
erosatildeo e como consequumlecircncia afeta a qualidade de organismos presentes no solo (Brady
1999) reduzindo paulatinamente o teor de mateacuteria orgacircnica (Primavesi1982)
Nos uacuteltimos anos tem-se observado em diferentes paiacuteses a ampliaccedilatildeo do uso de
adubos orgacircnicos Alguns apresentam oacutetimos resultados enquanto outros se mostram
tecnicamente inadequados Os principais adubos orgacircnicos encontrados no mercado satildeo
fertilizantes orgacircnicos de origem animal compostos de lixo urbanos compostos de
produtos industriais e huacutemus de minhoca Nestes fertilizantes estatildeo presentes a maioria
dos macronutrientes (nitrogecircnio foacutesforo potaacutessio caacutelcio magneacutesio enxofre) e
micronutrientes (zinco cobre boro ferro cobalto)essenciais para as plantas e nem
sempre encontrados em muitos fertilizantes minerais bem como uma gama de
microorganismos que vatildeo beneficiar a fauna e a flora do solo (Brady 1979 Kiehl
1985 Costa 1985 Garcia 1997)
14
Os adubos orgacircnicos satildeo amplamente empregados nos sistemas de produccedilatildeo de
alface como condicionadores do ambiente quiacutemico e fiacutesico da rizosfera e
consequumlentemente na resposta bioloacutegica das plantas (Rodrigues amp Casali 1998)
Considerando as necessidades hortiacutecolas de maior competitividade e o fato de natildeo
ser subsidiada o crescimento populacional e a industrializaccedilatildeo representam fatores
determinantes na geraccedilatildeo diaacuteria de enormes volumes de resiacuteduos podendo ser utilizados
pelos produtores com um maior retomo econocircmico possiacutevel Ao mesmo tempo a
questatildeo ambiental assume cada vez mais destaque na sociedade moderna repercutindo
em poliacuteticas governamentais bem como no setor produtivo do paiacutes e do mundo
fazendo com que a relaccedilatildeo do homem com a natureza seja repensada (Morselli 2001)
232 Efeitos da adubaccedilatildeo orgacircnica nas culturas
Segundo Paulus et al (2001) a mateacuteria orgacircnica tambeacutem eacute fonte de nutrientes
especialmente nitrogecircnio foacutesforo enxofre e micronutrientes aleacutem disso tem
capacidade de ldquoprenderrdquo micronutrientes e alguns elementos toacutexicos para as plantas
como o alumiacutenio Por exemplo os micronutrientes depois de presos satildeo liberados
lentamente no solo onde satildeo gradativamente aproveitados pelas plantas
O uso dos fertilizantes minerais elevam o custo de produccedilatildeo pois satildeo necessaacuterias
altas doses para o fornecimento dos teores de nutrientes demandados Por isso eacute
importante a geraccedilatildeo de tecnologias que poupem o consumo de fertilizantes minerais
desejaacutevel com vista agrave diminuiccedilatildeo do custo de produccedilatildeo (Rodrigues 1984) A produccedilatildeo
de hortaliccedilas sob a orientaccedilatildeo agroecoloacutegica leva em consideraccedilatildeo natildeo apenas os custos
de produccedilatildeo como tambeacutem a dependecircncia dos insumos principalmente quando se
considera a ldquoteoria da trofobioserdquo pelos efeitos maleacuteficos que os nutrientes prontamente
assimilaacuteveis podem causar as plantas (Chaboussou 1987)
Para Compagnoni amp Putzolu (1985) o vermicomposto eacute um autecircntico fertilizante
bioloacutegico que atua como corretivo do solo determinando caracteriacutesticas importantes
para a microflora pelos aacutecidos huacutemicos e as substacircncias fitoestimulantes Os autores
consideram ainda que as dejeccedilotildees das oligoquetas proporcionam a formaccedilatildeo de huacutemus
permitindo melhorar o solo razatildeo pela qual satildeo destinados agrave horticultura com oacutetimas
vantagens fiacutesicas e microbioloacutegicas enriquecendo a camada araacutevel
Em experimentos desenvolvidos durante cinco anos para avaliar o efeito da
aplicaccedilatildeo de compostos eou adubos nas culturas de alface manjericatildeo espinafre e
15
pepino Valenzuela amp Crosby (1998) compararam as produccedilotildees obtidas com composto
e a fertilizaccedilatildeo padratildeo e concluiacuteram que a utilizaccedilatildeo do composto em 20 Mg ha 1 mais
N-quiacutemico foi o melhor tratamento em todas as culturas estudadas
233 Plantas de cobertura do solo
As plantas mais usadas para adubaccedilatildeo de cobertura do solo satildeo as leguminosas
pois estas tecircm a capacidade de fixar o nitrogecircnio atmosfeacuterico e disponibiliza-lo agrave
cultura Primavesi (1992) cita que utilizando-se mucuna ervilhaca feijatildeo-de-porco
feijatildeo-miuacutedo crotalaacuteria e outras natildeo haacute necessidade de utilizar tanto nitrogecircnio em
cobertura embora natildeo se dispense uma calagem mais frequumlente pois ocorre um pouco
de acidificaccedilatildeo no solo como com qualquer adubaccedilatildeo nitrogenada Segundo a mesma
autora algumas leguminosas tecircm a capacidade de mobilizar o foacutesforo como o caupi
(feijatildeo-miuacutedo) outras mobilizam o caacutelcio como tremoccedilo
Para Brady (1999) a adubaccedilatildeo verde traz grandes benefiacutecios como suprimento de
mateacuteria orgacircnica sendo consideraacutevel a quantidade de resiacuteduos orgacircnicos devolvidos ao
solo adiccedilatildeo de nitrogecircnio nutrientes e conservaccedilatildeo do solo
Calegari (1998) comenta que quanto aos aspectos fiacutesicos os resiacuteduos tendem a
contribuir para uma melhoria da estrutura do solo percebida pelo aumento da
estabilidade dos agregados em aacutegua aumento da capacidade de retenccedilatildeo hiacutedrica
elevaccedilatildeo dos iacutendices de infiltraccedilatildeo de aacutegua no solo aumento da porosidade melhor
aeraccedilatildeo e diminuiccedilatildeo da densidade do solo
De acordo com Timm (2000) o papuatilde eacute uma excelente alternativa como cobertura
de solo para o cultivo miacutenimo da cebola pois na eacutepoca do transplante das mudas seu
ciclo vegetativo estaacute completo natildeo necessitando o dessecamento outra vantagem eacute que
o papuatilde apresenta bom controle com relaccedilatildeo agraves plantas invasoras da cebola reduzindo
ao longo dos anos o nuacutemero de capinas e a aplicaccedilatildeo de herbicidas
234 Adubaccedilatildeo foliar
Segundo Malavolta (1981) a utilizaccedilatildeo da adubaccedilatildeo foliar eacute complemento da
adubaccedilatildeo de solo natildeo substituto da mesma no que diz respeito ao fornecimento de
nitrogecircnio foacutesforo e potaacutessio para as culturas Da mesma maneira que as raiacutezes podem
perder para o solo parte dos elementos absorvidos as folhas tambeacutem o fazem pela accedilatildeo
16
de fatores internos (desordem fisioloacutegica estado nutricional etc) e externos (chuvas
orvalho nutriccedilatildeo do sistema radicular luz temperatura etc)
Para Chaboussou (1987) as plantas adquirem o maacuteximo de resistecircncia bioloacutegica
atraveacutes da nutriccedilatildeo (trofos) equilibrada Obviamente para que isto ocorra eacute necessaacuterio
que o solo esteja em equiliacutebrio dinacircmico o ambiente seja o mais estaacutevel e as plantas
selecionadas ou melhor adaptadas para poderem suportar as alteraccedilotildees extemporacircneas
ocasionadas pelos fenocircmenos meteoroloacutegicos e nas fases fonoloacutegicas criacuteticas do
crescimento e desenvolvimento (Pinheiro amp Barreto 2000)
O lixiviado das folhas enriquece as camadas superiores do solo e tende a
contrabalanccedilar as perdas de zonas mais profundas e mais distantes acumulando-os nas
suas proximidades tambeacutem influencia o nuacutemero e o comportamento dos
microrganismos que por sua vez alteram o processo de gecircnese do solo sua textura e
fertilidade A lixiviaccedilatildeo assim se toma importante no desenvolvimento da sucessatildeo
ecoloacutegica devido agrave ciclagem de elementos (Malavolta 1980)
Conforme Camargo (1975) a utilizaccedilatildeo de adubos foliares substitui parcialmente
a adubaccedilatildeo radicular em 20 a 25 podendo ser utilizada em varias pulverizaccedilotildees
24 Vermicompostagem
E o processo que consiste em se submeter diferentes resiacuteduos orgacircnicos de
origem animal eou vegetal aos processos fermentativos e humificaccedilatildeo adicionando
minhocas do gecircnero Eiseina espeacutecie foetida ao material procurando obter um produto
curado em aproximadamente 45 - 60 dias (Compagnoni amp Putzolu 1985)
A vermicompostagem firmou-se no Brasil como atividade rentaacutevel produzindo
adubo de alta qualidade na deacutecada de 90 Na agricultura brasileira contudo haacute
preferecircncia pelos adubos quiacutemicos em funccedilatildeo de sua aquisiccedilatildeo financiada menor custo
e retomo imediato embora o impacto de seu uso contiacutenuo sobre o solo e os
microorganismos que nele vivem seja negativo (Tagliari amp Grassmann 1995)
Segundo Morselli (2002) a vermicompostagem difere da compostagem
convencional dentre outros pocircr formar substacircncias huacutemicas mais rapidamente ao sofrer
passagem pelo trato digestivo das minhocas A alirdentaccedilatildeo destas satildeo basicamente os
estercos e a disponibilidade desta mateacuteria prima bem como de ambiente protegido para
proceder a compostagem correta deste material satildeo indispensaacuteveis
17
Segundo Kiehl (1985) e Martinez (1990) o vermicomposto apresenta as seguintes
vantagens em relaccedilatildeo a compostagem permite a formaccedilatildeo de um produto curado em
menor espaccedilo de tempo promove a formaccedilatildeo de um material com maior
disponibilidade de nutrientes facilita o peneiramento natildeo havendo a necessidade de
revolvimento do material oferece vaacuterias fontes de renda pois aleacutem do huacutemus fornece
minhocas e raccedilatildeo e quando aplicado ao solo tende a melhorar as propriedades fiacutesicas
quiacutemicas e bioloacutegicas
241 Resiacuteduos utilizados na vermicompostagem
2411 Resiacuteduos de origem animal
Segundo Bureacutes (1997) o esterco eacute uma mistura de fezes urina e camas que
podem estar constituiacutedas de palhas folhas secas serragem turfa casca de arroz e ateacute
terra Esse apresenta pH neutro e densidade que varia de 030 a 090 Kg dm3 segundo
seu estado de decomposiccedilatildeo Eacute influenciado por vaacuterios fatores como espeacutecie animal
raccedila idade alimentaccedilatildeo material utilizado como cama e tratamento da mateacuteria-prima
esterco (Kiehl 1985) Dentre os fatores apontados um dos mais importantes eacute a
alimentaccedilatildeo do animal quanto mais rica a alimentaccedilatildeo mais rica seraacute as dejeccedilotildees
(Gnoatto 1999) O volume de bacteacuterias vivas ou mortas encontradas no esterco
representam 20 a 30 do total delas se originam grande parte do nitrogecircnio sob a
forma de proteiacutena (Morselli 2002)
A origem do material utilizado para a produccedilatildeo de vermicomposto eacute fundamental
pois soacute uma mateacuteria-prima de qualidade resultaraacute em um produto final de boa qualidade
Dentre os estercos o de aves eacute empregado empiricamente na adubaccedilatildeo de culturas
permanente ou natildeo com excelentes resultados apesar de sua simples composiccedilatildeo
meacutedia 2 de nitrogecircnio 2 de foacutesforo como P2 0 5 e 1 de K2 0 Poreacutem haacute uma
grande variaccedilatildeo na sua constituiccedilatildeo a qual dependeraacute do manejo animal atraveacutes das
camas finalidade da criaccedilatildeo e natureza das camas (Morselli 2002)
2412 Resiacuteduos de origem vegetal
A mateacuteria orgacircnica pode ser preservada no solo por vaacuterios processos seja pela
simples incorporaccedilatildeo de resiacuteduos de culturas rotaccedilatildeo de culturas adubaccedilatildeo verde ou
18
pela adiccedilatildeo de materiais orgacircnicos capazes de elevar e manter a produtividade do solo
Da decomposiccedilatildeo dos resiacuteduos orgacircnicos adicionados ao solo resulta a liberaccedilatildeo de
grande quantidade de nutrientes principalmente o nitrogecircnio o potaacutessio e o enxofre
Aleacutem disso diversos atributos quiacutemicos e fiacutesicos do solo satildeo alterados pela
decomposiccedilatildeo desses resiacuteduos destacando-se o aumento da capacidade de troca de
caacutetions o aumento da retenccedilatildeo de aacutegua a melhoria da estabilidade dos agregados e da
aeraccedilatildeo (Fraser1963 Malavolta 1981 Mello et al 1983 Bonilla 1992)
Segundo Purcino (1981) quando a relaccedilatildeo CN eacute menor que 30 como no caso do
esterco de curral ou da palha de leguminosas a disponibilidade de nitrogecircnio eacute
imediata mas acima deste valor ocorre imobilizaccedilatildeo crescente deste nutriente Por esse
motivo estes materiais devem ser submetidos a uma degradaccedilatildeo bioloacutegica antes de
serem adicionados ao solo
25 Biofertilizantes
No Brasil ocorrem problemas crescentes com materiais derivados de sistemas
intensivos de criaccedilatildeo animal que acumulam resiacuteduo^ orgacircnicos com graves problemas
de contaminaccedilatildeo de cursos de aacutegua que na maioria das vezes se acumulam em um
uacutenico lugar e natildeo satildeo reciclados (Viglizzo 1995)
Visando amenizar tais situaccedilotildees os meacutetodos alternativos de adubaccedilatildeo controle de
doenccedilas pragas e plantas indesejaacuteveis tecircm sido muito estudado Dentro dessa linha de
pesquisa destaca-se o uso de mateacuteria orgacircnica atraveacutes tanto de sua incorporaccedilatildeo ao
solo como de sua transformaccedilatildeo para uso posterior na forma de biofertilizantes
(Khatounian 1997 Bettiol et al 1997)
Na complexa e elevada comunidade microbiana dos biofertilizantes encontram-se
bacteacuterias fungos leveduriformes filamentosos e actinomicetos (Bettiol apud Penteado
1999)
O agregado de macro e micronutrientes periodicamente ativa e enriquece a
fermentaccedilatildeo O uso de farinha de rocha tem sido vantajoso por ter baixo custo
comparado com os sais concentrados e purificados aleacutem de trazer alguns elementos
traccedilos de vital importacircncia para os microrganismos do solo como por exemplo o Gaacutelio
o Iodo e o Vanaacutedio (M1BASA 199-) O agregado de farinha de rocha ou sais
purificados ao fermentado faz com que estes nutrientes passem a fazer parte dos
microrganismos ou dos produtos orgacircnicos liberados durante a fermentaccedilatildeo sendo que
19
o ataque dos microrganismos atraveacutes de suas enzimas consegue liberar os elementos natildeo
atacados pelos aacutecidos industriais (Pinheiro amp Barreto 2000)
Os biofertilizantes tecircm sido empregados na agricultura ecoloacutegica como adubo
foliar para aumentar a resistecircncia contra pragas e doenccedilas Aleacutem disso o processo de
produccedilatildeo eacute bastante simples e por isso eacute viaacutevel sua produccedilatildeo na propriedade desde que
tenha esterco disponiacutevel (Penteado 1999)
Bettiol et al (1997) verificaram a presenccedila de diferentes espeacutecies de fungos
fiacutelamentosos e leveduriformes e bacteacuterias entre elas Bacillus spp na comunidade
microbiana do biofertilizante produzido segundo meacutetodo adotado pelo Centro de
Agricultura Ecoloacutegica Ipecirc Os autores verificaram ainda uma reduccedilatildeo da comunidade
microbiana ao longo da digestatildeo reduccedilatildeo essa mais acentuada logo apoacutes o acreacutescimo
dos sais contendo micronutrientes A accedilatildeo dos sais pode ser tanto por aumento na
pressatildeo osmoacutetica quanto pelo efeito direto sobre os microrganismos Para o controle de
doenccedilas de plantas satildeo importantes a presenccedila dos metaboacutelitos produzidos pelos
organismos presentes no biofertilizante e os proacuteprios microrganismos vivos
Os microrganismos transformam o material orgacircnico (esterco soro de leite caldo
de frutas palhas restos industriais etc) e cinzas produzindo vitaminas aacutecidos e sais
complexos importantes para regular e tonificar o metabolismo das plantas impedindo o
desenvolvimento de pragas e doenccedilas (Pinheiro amp Barreto 2000)
Em estudos feitos com o biofertilizante liacutequido de bovinos foi observado a
presenccedila de inuacutemeros microorganismos como bacteacuterias leveduras e bacilos
principalmente do Bacillus subtilis Estes microorganismos sintetizam substacircncias
antibioacuteticas as quais demonstram ter grande accedilatildeo e eficiecircncia como substacircncias
fungiostaacuteticas e bacteriostaacuteticas de fitopatoacutegenos causadores de danos em lavouras
comerciais (Penteado 1999)
Aldrighi et al (2002) realizaram trabalho na UFPel relacionado agrave nutriccedilatildeo de
mudas de tomate (Floradade) produzidas no sistema ldquofloatingrdquo Utilizaram-se doses de
0 2 5 e 10 para o biofertilizante Super Magro e 0 e 1 para a urina de vaca
Concluiacuteram que estes natildeo interferem na produccedilatildeo das mudas e que provavelmente foi
influenciado pelo substrato utilizado (vermicomposto 75 e casca de arroz carbonizada
25) bem como o sistema de produccedilatildeo (floating)
Paglia et al (2002) citam que eacute possiacutevel produzir mudas de tomate (cultivar
Floradede) utilizando urina de vaca e biofertilizante Super Magro na aacutegua em sistema
ldquofloatingrdquo em trabalho realizado na UFPel O uso da urina de vaca a 1 e 5 e
20
biofertilizante Super Magro a 6 proporcionam uma elevaccedilatildeo do foacutesforo bem como o
Super Magro a 6 eleva os teores de Mg e Ca na aacutegua
251 Urina de vaca
As urinas de vaca contecircm nutrientes favoraacuteveis ao bom desenvolvimento das
plantas como potaacutessio soacutedio nitrogecircnio enxofre magneacutesio caacutelcio foacutesforo e traccedilos de
outros elementos Nas plantas funciona como um fertilizante natural tomando-as mais
resistentes ao ataque das pragas e doenccedilas Satildeo encontradas tambeacutem na urina outras
substacircncias como fenoacuteis e principalmente o catecol que esta associado agrave recuperaccedilatildeo
de plantas atacadas por fitopatoacutegenos por ser um produto anti-seacuteptico (Penteado 1999)
Para seu emprego a urina receacutem coletada deve ser armazenada sob condiccedilotildees
ambientais por trecircs dias para que se forme amocircnio importante produto a ser absorvido
pelas plantas Recomenda-se ainda que o armazenamento deva ser feito em recipiente
fechado para que natildeo ocorram perdas de nitrogecircnio Desta forma poderaacute permanecer
por ateacute um ano sem comprometer sua eficiecircncia
Em hortaliccedilas o uso da urina de vaca eacute recomendado em pulverizaccedilotildees foliares
semanais na concentraccedilatildeo de 05 para tomateiro pimentatildeo pepino feijatildeo vagem e
couve ou quinzenais a 1 para as culturas do quiabeiro jiloeiro e berinjela Para
fruteiras em geral a primeira aplicaccedilatildeo deve ser na concentraccedilatildeo aproximada de 5
realizada diretamente no solo e mensalmente devem ser realizadas pulverizaccedilotildees
foliares a 1 para plantas jovens e a 5 para plantas adultas (Penteado 1999)
Na aplicaccedilatildeo foliar deve-se ter cuidado com folhas e brotos novos e considerar que
o uso contiacutenuo pode ser toacutexico podendo afetar o solo causando a sua acidificaccedilatildeo
(Penteado 1999)
Na Estaccedilatildeo Experimental da PESAGRO no municiacutepio de Macaeacute Rio de Janeiro
estaacute se utilizando a urina de vaca leiteira Os pesquisadores descobriram que a urina de
vaca em lactaccedilatildeo produzia o efeito de recuperar plantas de abacaxi atacadas por uma
doenccedila conhecida como ldquofusairioserdquo Essa doenccedila quando ataca o abacaxi causa
perdas de ateacute 70 da safra Todos os agrotoacutexicos testados natildeo conseguiram controlar a
doenccedila Isto eacute um exemplo para que a universidade tenha uma nova percepccedilatildeo (Capra
1996) adotando medidas efetivas que contribuam na transiccedilatildeo agroecoloacutegica Com o
uso da urina de vaca leiteira numa lavoura de abacaxi atacada pela fusariose observou-
se agrave recuperaccedilatildeo do stand e os frutos produzidos apresentaram excelente padratildeo
21
comercial Descobriu-se que aleacutem funcionar como adubo e defensivo natural a urina de
vaca leiteira tambeacutem favorece a floraccedilatildeo de muitas plantas e pode ser usada no
tratamento de frutos e tubeacuterculos depois da colheita
A urina de vaca em lactaccedilatildeo tambeacutem estaacute sendo usada nas lavouras de cafeacute em
plantaccedilotildees de maracujaacute coco alface e outras hortaliccedilas Na regiatildeo centro-sul do Paranaacute
os agricultores estatildeo aplicando a urina de vaca leiteira nas lavouras de feijatildeo soja
batata cebola e milho (Penteado 1999)
252 Alhol
A maioria dos defensivos alternativos tais como calda bordalesa sulfocaacutelcica
aacutegua de cinza e cal biofertilizante enriquecido extrato de fumo entre outros precisa
ser misturada com um espalhante adesivo para quebrar a tensatildeo superficial da gota e
propiciar um melhor molhamento das folhas e demais partes pulverizadas assegurando
uma absorccedilatildeo mais efetiva e uma melhor accedilatildeo sobre as pragas e doenccedilas Quando as
gotas permanecem inteiras sobre a superfiacutecie folhar devido agrave falta de espalhante
adesivo pode-se danificar os tecidos vegetais pelc efeito-lente quando o sol incide
sobre elas Aleacutem disso a gota por natildeo se espalhar sobre toda superfiacutecie folhar
concentra nela e consequumlentemente sobre o tecido que estaacute em contato com ela uma
quantidade maior do produto aplicado Essa maior concentraccedilatildeo pode prejudicar a
absorccedilatildeo e lesionar os tecidos principalmente apoacutes a evaporaccedilatildeo da aacutegua contida na
gota por resultar em uma maior concentraccedilatildeo de sais no local especialmente quando se
aplicam por exemplo calda sulfocaacutelcica bordalesa biofertilizante enriquecido com
macro e micronutrientes (Claro 2001)
O alhol eacute um espalhante adesivo ecoloacutegico que tambeacutem auxilia no controle de
pragas E elaborado com aacutegua alho oacuteleo vegetal e sabatildeo neutro a partir da sabedoria
popular que menciona o alho como repelente de insetos Juacutenior Abreu amp Maiorano
(199-) indicam formulaccedilotildees contendo alho para o controle de pragas como nematoacuteides
(Meloidogyne incoacutegnita e M javanica) mosca do chifre lagarta na maccedilatilde pulgotildees
besouro da batata trips e para controle de doenccedilas fuacutengicas e bacterianas como miacuteldio
ferrugem fusariose helminthosporiose murchadeira (Pseudonamos solacearum)
bruzone do arroz (Pyricularia orysae) podridatildeo negra do repolho e couve-flor
(Xanthomonas campestris) Aleacutem disso o alho pelo seu bom teor em oacuteleo pode agir
tambeacutem como espalhante adesivo O sabatildeo tambeacutem eacute indicado como espalhante adesivo
22
e possui accedilatildeo contra certas pragas (pulgotildees) sendo que o oacuteleo vegetal eacute indicado no
controle de cochonilhas e usado como espalhante adesivo (Claro 2001)
253 Calda Bordalesa
A calda bordalesa eacute um tradicional defensivo agriacutecola que pode ser preparado na
propriedade com a mistura de sulfato de cobre cal virgem e aacutegua As concentraccedilotildees de
sulfato de cobre e cal satildeo distintas dependendo do objetivo do seu emprego
Geralmente diferem de acordo com o tipo de planta ou espeacutecie vegetal as condiccedilotildees
climaacuteticas o grau de infestaccedilatildeo da doenccedila e a fase de crescimento da planta Eacute indicada
para o controle de miacuteldio alternaacuteria botrytis e antracnose (Penteado 1999)
A calda bordalesa caracteriza-se pela sua importante accedilatildeo no controle de diversas
doenccedilas fungicas nas mais diversas espeacutecies de culturas Possui tambeacutem uma relativa
accedilatildeo bactericida e em alguns casos age como repelente de insetos Da mistura do
sulfato de cobre com a cal resulta uma soluccedilatildeo rica em macronutrientes e
micronutrientes Provavelmente os expressivos resultados obtidos com a aplicaccedilatildeo da
calda bordalesa devam-se natildeo somente a sua accedilatildeo fuacutengica e bactericida mas sobretudo
agrave influecircncia positiva que exerce no metabolismo das plantas ativando o processo
enzimaacutetico e estimulando a proteossiacutentese aumentando a resistecircncia das plantas (Claro
2 0 0 1 ) caracteriacutestica fundamental na agricultura sustentaacutevel
254 Biofertilizante Super Magro
A calda Super Magro eacute produto da fermentaccedilatildeo de estercos animais enriquecidos
por micronutrientes e outros produtos de origem animal obtendo-se uma calda
biofertilizante para aplicaccedilatildeo foliar nas plantas (Penteado 1999) jaacute foram observados
bons resultados principalmente nas culturas de uva maccedila pecircssego tomate batata e
hortaliccedilas em geral
E indicado como fonte suplementar de micronutrientes para as plantas inibidor
de fungos e bacteacuterias causadores de doenccedilas e para aumentar a resistecircncia contra insetos
e aacutecaros (Penteado 1999) i
Muller (1999) avaliou a influecircncia do biofertilizante Super Magro sobre as
culturas de tomate (Lycopersicon esculentum Mill) ervilha (Pisum sativum L) e
beterraba (Beta vulgaris L) O autor obteve cultivos com baixa severidade de doenccedilas e
23
insetos fitoacutefagos possivelmente por causa do manejo orgacircnico de produccedilatildeo Os
resultados das pulverizaccedilotildees das soluccedilotildees foliares variaram conforme a cultura e o
clima
255 Biofertilizante MB4
A utilizaccedilatildeo das farinhas de rochas eacute uma das teacutecnicas mais modernas usadas nos
uacuteltimos anos na agricultura O elevado nuacutemero de nutrientes contidos no MB4 como
cobre zinco manganecircs cobalto soacutedio alumiacutenio silicatos de magneacutesio ferro e caacutelcio
acompanhado de foacutesforo potaacutessio e enxofre reagem com a soluccedilatildeo do solo liberando
elementos essenciais ao desenvolvimento da vida microbiana os quais exercem um
papel fundamental atraveacutes de transformaccedilotildees quiacutemicas e do equiliacutebrio bioloacutegico
favorecendo o desenvolvimento sadio das plantas (Pinheiro amp Barreto 2000)
24
3 MATERIAL E MEacuteTODOS
31 Local de execuccedilatildeo do experimento
O presente trabalho foi conduzido no Centro de Pesquisa da Regiatildeo Sul
(FEPAGROSUL) no municiacutepio de Rio Grande nlt periacuteodo de 15 de maio a 26 de
agosto de 2 0 0 2
O solo eacute classificado como ldquoTuiardquo satildeo muito arenosos As massas aquaacuteticas do
Oceano Atlacircntico e Lagoa dos Patos influenciam ventos temperatura pressatildeo umidade
relativa e demais fatores climaacuteticos A topografia da regiatildeo litoracircnea eacute plana com
lenccediloacuteis freaacuteticos superficiais
32 Anaacutelise estatiacutestica
O experimento foi constituiacutedo em fatorial 3X3 (Quadro 1) com quatro repeticcedilotildees
no delineamento blocos ao acaso As variaacuteveis respostas foram submetidas agrave anaacutelise de
variaccedilatildeo e ao teste de Duncan a 5 de probabilidade para comparaccedilatildeo das meacutedias
utilizando-se o sistema SANEST (Zonta amp Machado 1984)
As anaacutelises estatiacutesticas das variaacuteveis estudadas encontram-se nos Apecircndices C D
Os resultados das respostas agronocircmicas e das determinaccedilotildees dos conteuacutedos dos
macronutrientes bem como os de raiz estatildeo nas tabelas de 1 a 3
25
As diferentes adubaccedilotildees seratildeo representadas durante a discussatildeo da seguinte
forma 1 VB (30 t ha 1 de vermicomposto) 15 VB (45 t ha 1 de vermicomposto) e EC
(60 t ha 1 de esterco de curral) 1 VB+SM+U+CB (30 t ha 1 de vermicomposto mais
super magro mais urina de vaca mais calda bordalesa) 15 VB+SM+U+CB (45 t ha 1 de
vermicomposto mais super magro mais urina de vaca mais calda bordalesa)
EC+SM+U+CB (60 t ha 1 de esterco de curral mais super magro mais urina de vaca
mais calda bordalesa) 1 VB+MB4 +U+CB (30 t ha 1 de vermicomposto mais MB4 mais
urina de vaca mais calda bordalesa) 15 VB+MB4 +U+CB (45 t ha 1 de vermicomposto
mais MB4 mais urina de vaca mais calda bordalesa) EC+MB4 +U+CB (60 t ha 1 esterco
de curral mais MB4 mais urina de vaca mais calda bordalesa)
QUADRO 1 Descriccedilatildeo dos fatores experimentais e respectivos niacuteveis
Niacuteveis Fator 1 ADUBACcedilAtildeO DE BASE
0 1 Vermicomposto (30 t ha1)
0 2 Vermicomposto (45 t ha1)
03 Esterco de curral (60 t ha1)
Niacuteveis Fator 2 BIOFERTILIZANTES LIacuteQUIDOS
0 1 Super magro (5) + Urina de Vaca + Calda Bordalesa
0 2 MB4 (10) + Urina de vaca + Calda Bordalesa
03 Ausecircncia (testemunha)
33 Tratamentos
Da combinaccedilatildeo entre niacuteveis e fatores foram obtidos 9 tratamentos que estatildeo
descritos no Quadro 2 bem como as doses de adubaccedilatildeo utilizadas no experimento
26
QUADRO 2 Tratamentos e doses de adubaccedilatildeo utilizadas no experimento
TRATAMENTOS
Ndeg FATOR I FATOR II
0 1 30 t ha de vermicomposto Super magro 5 Urina de vaca Calda Bordalesa
0 2 30 t harsquo de vermicomposto MB4 10 Urina de vaca Calda Bordalesa
03 30 t ha de vermicomposto - - -
04 45 t ha de vermicomposto Super magro 5 Urina de vaca Calda Bordalesa
05 45 t ha de vermicomposto MB4 10 Urina de vaca Calda Bordalesa
06 45 t ha de vermicomposto - - -
07 60 t hade esterco Super Magro 5 Urina de vaca Calda Bordalesa
08 60 t hade esterco MB4 10 Urina de vaca Calda Bordalesa
09 60 t hade esterco - - -
Cada parcela foi constituiacuteda por dois canteiros medindo 1 m de largura x 2 m de
comprimento perfazendo 075 m de aacuterea de aacuterea uacutetil (025 m de bordadura) Foi
utilizando semeadura a lanccedilo com densidade de 24 g canteiro1
O vermicomposto a urina de vaca o esterco de curral o alhol os biofertilizantes e
a calda bordalesa foram de procedecircncia do Centro de Pesquisa da Regiatildeo Sul O
vermicomposto de esterco bovino misturado agraves cascas de frutas foi processado pela
minhoca vermelha califomiana Eisenia foetida)
O biofertilizante Super Magro foi elaborado segundo a metodologia descrita pela
FEPAGROSUL utilizando-se os seguintes componentes 190 litros de aacutegua 22 litros
de leite 55 Kg de accediluacutecar mascavo 30 Kg de esterco fresco de bovinos 2 Kg de
Sulfato de zinco 2 Kg de sulfato de magneacutesio 2 Kg de cloreto de caacutelcio 1 Kg de aacutecido
boacuterico 300 g de sulfato de cobre 300 g de sulfato de ferro 300 g de sulfato de
manganecircs 100 g de molibdato de soacutedio 50 g de sulfato de cobalto 3 Kg de fosfato
natural 3 Kg de cinza e 200 g de farinha de osso
A urina de vaca em lactaccedilatildeo foi coletada pela manhatilde e armazenada em recipiente
fechado por trecircs dias em condiccedilotildees ambientais para que se formasse a amocircnia e natildeo
ocorresse perda de nitrogecircnio
28
Realizaram-se duas capinas manuais durante o experimento e em seguida como
cobertura se colocou casca de arroz Tambeacutem foi aplicado esterco de aves 30 dias antes
da colheita na quantidade de 05 Kg canteiro 1 como adubaccedilatildeo de cobertura
As pulverizaccedilotildees com os produtos iniciaram apoacutes 15 dias da germinaccedilatildeo
Realizou-se sete aplicaccedilotildees sendo que as duas primeiras foram feitas apenas com
Super Magro e MB4 Na terceira e na quarta aplicaccedilatildeo utilizou-se urina de vaca e calda
bordalesa em concentraccedilotildees menores (05 e 025 respectivamente) e na quinta
aplicaccedilatildeo as dosagens de urina de vaca e calda bordalesa foram elevadas para 1 0 e
05 respectivamente ateacute o final do experimento O alhol foi utilizado a partir da
terceira pulverizaccedilatildeo na quantidade de 2 e seguiu ateacute o final no dia 26 de agosto
quando as mudas foram colhidas e posteriormente analisadas as variaacuteveis
35 Observaccedilotildees agronocircmicas
Foram utilizadas 20 mudas de cebola para obtenccedilatildeo das meacutedias das variaacuteveis as
quais foram as seguintes
351 Fitomassa fresca da parte aeacuterea e raiacutezes
Foi realizada atraveacutes de uma balanccedila digital procedendo-se a pesagem de 20
mudas de cebola previamente lavadas e posteriormente secadas durante uma hora sobre
um tecido de algodatildeo agrave temperatura ambiente Processo idecircntico foi adotado com as
raiacutezes
352 Fitomassa seca da parte aeacuterea e raiacutezes
Esta variaacutevel foi obtida a partir da secagem preliminar em estufa de ar forccedilado
durante 48 horas a 65 C ateacute peso constante com posterior pesagem em balanccedila
analiacutetica
353 Altura da muda
A altura de muda foi medida a partir do colo das plantas ateacute sua uacuteltima folha
(ponto de crescimento) com uma reacutegua graduada de 40 cm
29
354 Diacircmetro do colo das plantas
Esta medida foi realizada no ponto de transplante a 2 mm das raiacutezes e utilizando-
se um paquiacutemetro SOMET
355 Sistema radicular
Ao teacutermino do experimento foram retiradas as raiacutezes das mesmas plantas que foram
utilizadas para as determinaccedilotildees realizadas na parte aeacuterea procedendo-se uma amostra
de solo com raiacutezes de 2 0 cm de largura x 2 0 cm de comprimento e 2 0 cm de altura
totalizando 8000 cm3
As raiacutezes apoacutes serem lavadas em aacutegua corrente foram pesadas acondicionadas em
sacos plaacutesticos e congeladas para posteriores anaacutelises pelo meacutetodo de Tennant (1975)
para a determinaccedilatildeo do comprimento e densidade
3551 Comprimento de raiz
Utilizou-se para a determinaccedilatildeo do comprimento de raiz as seguintes foacutermulas
1 = ndeg x 1114 x 1 onde
1 - comprimento de raiz de uma amostra uacutemida de 0 0 2 g
ndeg - nuacutemero de intercessotildees das raiacutezes com os lados da quadriacutecula da malha do
aparelho
1114 - constante
1 - medida lateral da quadriacutecula em cm
Tomando-se a fiacutetomassa seca e o comprimento da raiz da cada amostra
relacionou-se com a fiacutetomassa seca e o comprimento total da raiz da planta aplicando-
se a seguinte equaccedilatildeo
L = (FSR x 1) FSPA onde
L - comprimento total da raiz da planta (m)
FSR - fiacutetomassa seca de raiz
FSPA - fiacutetomassa seca da parte aeacuterea
L - comprimento de raiz de uma amostra uacutemida de 002g
3552 Densidade de raiz
A densidade foi determinada pela foacutermula
D = L 8000 onde
D - densidade de raiacutezes (m cm3)
30
L - comprimento total de raiacutezes (m)
8 0 0 0 - volume da amostra (cm3)
3553 Razatildeo parte aeacutereasistema radicular
Este paracircmetro foi obtido pela equaccedilatildeo
RPASR = FSPA FSR onde
RPASR - razatildeo parte aeacuterea sistema radicular
FSPA - fitomassa seca da parte aeacuterea
FSR - fitomassa seca do sistema radicular
36 Determinaccedilatildeo de macronutrientes no tecido vegetal
Os macronutrientes nitrogecircnio foacutesforo potaacutessio caacutelcio e magneacutesio foram
determinados no laboratoacuterio de Fertilidade e Anaacutelise de Plantas do Departamento de
Solos da UFPel atraveacutes dos meacutetodos descritos por Tedesco amp Gianello (1996)
31
4 RESULTADOS E DISCUSSAtildeO
41 Anaacutelise das variaacuteveis
A anaacutelise da variaccedilatildeo mostrou que houve diferenccedila significativa na interaccedilatildeo entre
os fatores de adubaccedilatildeo de base e biofertilizantes liacutequidos com exceccedilatildeo da variaacutevel altura
de planta para a qual somente a adubaccedilatildeo de base mostrou-se significativa (Apecircndices
C D e E Tabelas 1C 1D e 1E)
411 Anaacutelise da parte aeacuterea
Na Tabela 1 destacaram-se as adubaccedilotildees EC+SM+U+CB EC+MB4 +U+CB e EC
que diferiram significativamente das demais adubaccedilotildees para as variaacuteveis fiacutetomassa
fresca da parte aeacuterea (FFPA) fiacutetomassa seca da parte aeacuterea (FSPA) altura de planta
(AP) e diacircmetro do colo (DC)
32
TABELA 1 Produccedilatildeo de fitomassa fresca e seca (g) da parte aeacuterea altura de planta
(cm) e diacircmetro de colo (mm) de mudas de cebola Petrolini cultivadas
sob uma perspectiva agroecoloacutegica Pelotas-RS 2003
BIOFERTILIZANTES LIacuteQUIDOSADUBACcedilAtildeO S Magro + MB4 +DE BASE Urina + Calda Urina + Calda Testemunha
Bordalesa Bordalesa
30 t ha de vermicomposto 7015 c A45 t halsquo de vermicomposto 7824 b B60 t ha de esterco de curral 12248 a C
30 t ha de vermicomposto 667 c A45 t ha de vermicomposto 752 b A60 t ha de esterco de curral 1150a C
30 t ha de vermicomposto 2975 b A45 t harsquo de vermicomposto 2775 b A60 t ha de esterco de curral 3600 a B
30 t ha de vermicomposto 631 b A45 t ha de vermicomposto 6 2 2 b B60 t ha de esterco de curral 741 a C
-Fitomassa fresca (g)----------------6270 c B 6885 b A8832 b A 6308 c C
15082 a A 13934 a BmdashFitomassa seca (g)----------------
625 c A 655 b A830 b A 607 b B
1345 a A 1262 a B-Altura de planta (cm)----------------
2950 b A 3050 b A2937 b A 2950 b A 3975 a A 3622 a B
-Diacircmetro de colo (mm)---------------592 c B 599 b B 657 b A 609 b B 819a A________ 793a B
Meacutedias seguidas pela mesma letra minuacutescula para as colunas (adubaccedilatildeo de base) e maiuacutesculas para as linhas (biofertilizantes) natildeo diferem entre si pelo teste de Duncan a 5
O efeito positivo do esterco bovino pode ser atribuiacutedo agraves melhorias nas condiccedilotildees
fiacutesicas do solo por ele proporcionado Segundo Primavesi (1982) e Compagnoni amp
Putzolu (1985) o esterco bovino apresenta propriedades condicionadoras do solo dando
agraves plantas melhores condiccedilotildees de desenvolvimento elevando sobremaneira os
conteuacutedos de fitomassa fresca das plantas que refletiratildeo nas demais respostas
agronocircmicas
Analisando as adubaccedilotildees de base em relaccedilatildeo aos biofertilizantes observa-se que
para os tratamentos 1 VB (30 t ha 1 de vermicomposto) - natildeo houve influecircncia dos
biofertilizantes para as variaacuteveis FSPA e AP enquanto destacou-se o SM+U+CB para o
DC e SM+U+CB e ausecircncia da adubaccedilatildeo liacutequida para a FFPA mostrando que o uso
dos biofertilizantes natildeo influenciou esta variaacutevel 15 VB (45 t ha 1 de vermicomposto) -
verificou-se a eficiecircncia do uso do MB4 +U+CB para as variaacuteveis FFPA e DC Para a
variaacutevel FSPA destacaram-se os dois biofertilizantes utilizados jaacute para AP natildeo houve
33
influecircncia destes EC (60 t ha 1 de esterco de curral) - em todas as variaacuteveis observadas
na tabela 5 as respostas foram significativas utilizando MB4 +U+CB
As respostas encontradas no presente trabalho para as variaacuteveis AP e FSPA foram
superiores as obtidas por Dalponte (1990) quando utilizado 0 esterco de curral para
produccedilatildeo de mudas de cebola
Segundo Filgueira (2000) os solos da regiatildeo produtora de cebola do RS satildeo
pobres em foacutesforo disponiacutevel (15 mg Kg1) necessitando portanto de adubaccedilotildees
fosfatadas elevadas As respostas aqui obtidas podem ser justificadas pelos teores de
foacutesforo contido no MB4
Follet et al (1981) citam a importacircncia do uso de compostos orgacircnicos no solo
enfatizando os estercos no sentido da decomposiccedilatildeo continuada no fornecimento de
nutrientes e na liberaccedilatildeo lenta e gradual de aacutecidos orgacircnicos influenciando a liberaccedilatildeo
do foacutesforo O que provavelmente pode ser atribuiacutedo agraves respostas encontradas no
presente trabalho para 0 tratamento Esterco de curral mais MB4 e Urina mais Calda
Bordalesa
E importante destacar que 0 sistema de produccedilatildeo de mudas de cebola sob uma
perspectiva agroecoloacutegica mostra-se eficiente quando visualmente natildeo percebe-se
diferenccedila significativa entre os tratamentos (Apecircndice F Figura 2)
Conveacutem ressaltar que quando trabalhamos com agroecologia natildeo existem
receitas nem pacotes tecnoloacutegicos prontos Cada situaccedilatildeo deveraacute ser estudada em
particular para que se faccedila recomendaccedilotildees adequadas ao ambiente local uma vez que
as plantas se adaptam ao meio estando a nutriccedilatildeo encarregada de proteger e manter o
equiliacutebrio do organismo vegetal em funccedilatildeo das alteraccedilotildees externas
E fundamental que se compreenda os princiacutepios norteadores de todo o processo
que satildeo as bases da luta por uma sociedade mais justa dentro de um mundo econocircmico e
ambientalmente mais sustentaacutevel
412 Anaacutelise do sistema radicular
Os resultados obtidos nas anaacutelises do sistema radicular (Tabela 2) mostram
diferenccedilas significativas entre as adubaccedilotildees para as variaacuteveis fitomassa fresca de raiz
(FFR) fitomassa seca de raiz (FSR) comprimento de raiz (CR) razatildeo parte
aeacutereasistema radicular (RPASR) e densidade de raiz (DR)
34
TABELA 2 Produccedilatildeo de fitomassa fresca e seca (g) comprimento (cm) e densidade de
raiacutezes (m cm3) de mudas de cebola Petrolini cultivadas sob uma
perspectiva agroecoloacutegica e razatildeo parte aeacutereasistema radicular Pelotas-
RS 2003
BIOFERTILIZANTES LIacuteQUIDOSADUBACcedilAO DE BASE
S Magro + MB4 +Urina + Calda Urina + Calda Testemunha
Bordalesa Bordalesa
de vermicomposto de vermicomposto de esterco de curral
de vermicomposto de vermicomposto de esterco de curral
de vermicomposto de vermicomposto de esterco de curral
de vermicomposto de vermicomposto de esterco de curral
1540 c A 1576 b B 2427 a A
Fitomassa fresca (g)----------------1502 c B 1517 b AB 1658 b A 1446 c C 2336 a B 2360 a B
--------------------Fitomassa seca (g)-------------------196 b A 207 ab A 170 b A170 b A 199 b A 192 b A 344 a A 249 a B 327 a A
Comprimento de raiz(cm)---------------1237 b A 1158 b A 1158 a A1237 b A 1060 c B 1040 b B1433 a A 1296 a B 1040 b C
30 t ha 45 t ha 60 t ha
30 t ha 45 t ha 60 t ha
30 t halsquo 45 t ha 60 t ha
30 t ha 45 t ha 60 t ha
30 t ha de vermicomposto 45 t ha de vermicomposto60 t ha~ de esterco de curral__________________________ _________________________Meacutedias seguidas pela mesma letra minuacutescula para as colunas (adubaccedilatildeo de base) e maiuacutesculas para as linhas (biofertilizantes) natildeo diferem entre si pelo teste de Duncan a 5
-----Razatildeo Parte AeacutereaSistema Radicular------340 b AB 301c B 384 a A446 a A 415 b A 326 a B339 b B 546 a A 388 a B
-------------- Densidade de raiz (m cm3)------------367 a AB 414 a A 325 b B282 b B 301b B 405 a A347 ab A 231c B 324 b A
Em relaccedilatildeo agraves adubaccedilotildees de base destacou-se o EC (60 t ha 1 de esterco de curral)
para as variaacuteveis FFR e FSR Quando adicionado o SM+U+CB os resultados para FFR
foram ainda melhores bem como o CR As respostas obtidas para a RPASR foram
variadas em relaccedilatildeo agraves adubaccedilotildees apresentando melhores resultados para 15 VB (45 t
ha 1 de vermicomposto)+SM+U+CB e ainda melhor para EC (60 t ha 1 de esterco de
curral)+MB4 +U+CB As adubaccedilotildees de base 1 VB 15 VB e EC natildeo diferiram entre si
As adubaccedilotildees mais eficientes para a variaacutevel DR foram 1 VB+SM+U+CV que natildeo
diferiu da EC+SM+U+CB I VB+ MB4 +U+CB e agrave 15 VB foram melhores entre as
demais
35
Analisando os biofertilizantes em relaccedilatildeo a cada adubaccedilatildeo de base verifica-se que
para a 1 VB (30 t ha 1 de vermicomposto)+SM+U+CB destaca-se a variaacutevel FFR
poreacutem sem diferenccedila significativa de 1 VB os melhpres resultados para a variaacutevel DR
foram encontrados pelo tratamento 1 VB+MB4 +U+CB e 15 VB (45 t ha 1 de
vermicomposto) tambeacutem se considera eficiente o 1 VB+SM+U+CB que natildeo diferiu do
EC (esterco de curral) Quando se utilizou 15 VB+ MB4 +U+CB houve resposta
significativa para a variaacutevel FFR para FSR as respostas natildeo foram diferentes com a
aplicaccedilatildeo dos biofertilizantes para as variaacuteveis FSR e DR as adubaccedilotildees EC e
EC+SM+U+CB natildeo diferiram entre si
Embora as respostas estatiacutesticas tenham sido diferentes para as adubaccedilotildees
combinadas ou natildeo pode-se salientar a importacircncia do aacutecido indol-aceacutetico como jaacute
citado anteriormente para as variaacuteveis avaliadas na parte aeacuterea das mudas de cebola
Respostas semelhantes nesse sentido foram encontradas para a cultura da alface por
Quijano (1999) e Morselli (2001)
Pereira et al (2002) concluiacuteram em trabalho realizado com a cultivar de cebola
CNPF1 6400 em Minas Gerais que a utilizaccedilatildeo de 20 t ha de esterco de curral
proporcionou os melhores resultados para a produccedilatildeo de cebola
Silva Juacutenior amp Giorgi (1992) e Menezes Juacutenior (1998) citam que doses elevadas
de mateacuteria orgacircnica podem prejudicar a primeira fase da germinaccedilatildeo (embebiccedilatildeo) e
absorccedilatildeo de aacutegua pelas raiacutezes das placircntulas No entanto no presente trabalho este fato
natildeo ocorreu embora a dose de esterco utilizada tenha sido de 60 t ha 1 (dose maacutexima
recomendada segundo Nolla 1982)
413 Anaacutelise de macronutrientes no tecido vegetal
Os resultados dos conteuacutedos de nitrogecircnio foacutesforo potaacutessio caacutelcio e magneacutesio no
tecido vegetal sob diferentes adubaccedilotildees encontrados na Tabela 3 indicam mais uma
vez a superioridade da adubaccedilatildeo esterco com 0 uso ou natildeo de biofertilizantes
36
TABELA 3 Conteuacutedos (mg planta1) de nitrogecircnio foacutesforo potaacutessio caacutelcio e
magneacutesio no tecido vegetal de mudas de cebola Petrolini cultivadas sob
uma perspectiva agroecoloacutegica Pelotas-RS 2003
BIOFERTILIZANTES LIacuteQUIDOS i J B
ADUBACcedilAtildeO S Magro + MB4 +DE BASE Urina + Calda Urina + Calda Testemunha
Bordalesa Bordalesamg plantas1
---- Nitrogecircnio-----30 t ha de vermicomposto 16593 c AB 15451 c B 19050 b A45 t ha de vermicomposto 21444 b A 22888 b A 17852 b B60 t ha de esterco de curral 32606 a C 37593 a B 40816 a A
--------------- ------ Foacutesforo------- -------------30 t ha de vermicomposto 3098 c B 2802 c B 3999 b A45 t ha de vermicomposto 4109 b A 4135 b A 2788 c B60 t ha de esterco de curral 5300 a B 7577 a A 7565 a A
------- Potaacutessio------30 t ha de vermicomposto 24327 c A 19900 c B 24965 b A45 t ha de vermicomposto 29113b A 29812 b A 22031 b B60 t ha de esterco de curral 44070 a B 51976 a A 54101 a A
-------- Caacutelcio-------30 t ha de vermicomposto 5027 c A 4356 c A 4834 b A45 t ha de vermicomposto 6114b A 6963 b A 4379 b B60 t ha de esterco de curral 9030 a C 11451 a A 10331 a B
------Magneacutesio-----30 t ha de vermicomposto 1188 b A 914 c A 1202 b A45 t ha de vermicomposto 1231 b B 1582 b A 1176 b B60 t ha de esterco de curral 2136a B 2443 a A 2663 a AMeacutedias seguidas pela mesma letra minuacutescula para as colunas (adubaccedilatildeo de base) e maiuacutesculas para as linhas (biofertilizantes) natildeo diferem entre si pelo teste de Duncan a
Em relaccedilatildeo agraves adubaccedilotildees de base observa-se que o melhor tratamento foi o
esterco de curral para todas as variaacuteveis Para 1 VB (30 t ha^ 1 de vermicomposto) natildeo
houve resposta diferenciada com o uso de bofertilizantes para todas as variaacuteveis A
adubaccedilatildeo 15 VB (45 t ha 1 de vemicomposto) foi influenciada pelos biofertilizantes
para as variaacuteveis N P K e Ca enquanto que para Mg somente o MB4+U+CB o
influenciou O EC (esterco de curral) mostrou diferenccedila significativa apenas para as
variaacuteveis Ca e Mg quando adicionado MB4+U+CB
Segundo Peixoto (2000) eacute fundamental a adiccedilatildeo de adubos orgacircnico no cultivo de
hortaliccedilas seja na forma de esterco decomposto composto ou huacutemus de minhoca de
37
modo a fornecer melhorias nas propriedades do solo vindo a disponibilizar os nutrientes
as diferentes culturas
O esterco fresco conteacutem muita cama celuloacutesica e um elevado teor de aacutegua No
esterco curtido a celulose jaacute estaacute decomposta o teor de aacutegua estaacute reduzido agrave metade e os
nutrientes em uma forma mais assimilaacutevel e mais concentrada O esterco fresco pode
causar uma deficiecircncia temporaacuteria de nitrogecircnio no solo ao se decompor o que natildeo
acontece com o biestabilizado (Kiehl 1985)Ocorre uma diminuiccedilatildeo inicial no volume
de aacutegua retido no esterco de curral diminui inicialmente em tomo de 3581 liberando
posteriormente somente 496 evidenciando a sua capacidade de retenccedilatildeo de aacutegua
(Menezes Juacutenior 1998)
A utilizaccedilatildeo continuada de adubos nitrogenados minerais no solo altera o balanccedilo
do nitrogecircnio entre o solo e planta No meacutetodo biodinacircmico eacute sublinhada a importacircncia
dos adubos animais para o estabelecimento da fertilidade permanente dos solos (Koeff
et al 1983)
Para Guimaratildees (1997) os benefiacutecios que a mateacuteria orgacircnica imprime ao solo
principalmente melhorando a produtividade fertilidade e a influencia que as substancias
huacutemicas exercem sobre o ambiente dependem da qualidade e do teor de mateacuteria
orgacircnica do solo Estas substacircncias por conterem nutrientes em sua constituiccedilatildeo em uma
forma mais disponiacutevel para as plantas promovem um equiliacutebrio no ambiente no solo
(Kononova 1966)
Aproximadamente de 60 a 70 do total de carbono do solo ocorre na forma de
materiais huacutemicos (Griffith amp Schnitzer 1975) sendo a eles atribuiacutedo a manutenccedilatildeo da
bioestrutura do solo aumentando a capacidade de retenccedilatildeo de aacutegua (Brady 1999)
Conforme Compagnoni amp Putzolu (1985) os estercos bem como os demais
resiacuteduos orgacircnicos apresentam conteuacutedos diferentes de aacutecidos huacutemicos e fuumllvicos sendo
atribuiacutedo ao acido huacutemico uma accedilatildeo fitoestimulante semelhante aos fitohormocircnios por
favorecer o desenvolvimento do sistema radicular e crescimento do caule
Em trabalho realizado por Guimaratildees (1997) foi encontrado para aacutecidos huacutemicos
de esterco bovino uma relaccedilatildeo CN 1035 e para vermicomposto bovino 17
evidenciando que o esterco quando aplicado ao solo por apresentar uma relaccedilatildeo CN
proacutexima deste reage mais facilmente liberando nutrientes para as plantas sem alterar a
cadeia troacutefiacuteca Dados encontrados no presente trabalho demonstram a eficiecircncia do
esterco nesse sentido
38
De acordo com Morselli (2001) vaacuterios trabalhos citam comentam e discutem a
capacidade dos vermicompostos em proporcionar oacutetimas colheitas e favorecer a
precocidade das plantas cultivadas Poreacutem muitas vezes se observa que mesmo
suprindo essas plantas com nutrientes necessaacuterios atraveacutes de huacutemus de diferentes fontes
as respostas natildeo satildeo as mesmas para uma mesma cultivar
Por outro lado os resultados com o uso de substacircncias huacutemicas satildeo variaacuteveis e
dependem aleacutem da espeacutecie testada das substacircncias huacutemicas utilizadas sua
concentraccedilatildeo o grau de purificaccedilatildeo e das condiccedilotildees experimentais A resposta das
plantas aos aacutecidos huacutemicos e fuacutelvicos eacute dependente da mateacuteria prima original e da
espeacutecie vegetal pois materiais orgacircnicos diferentes apresentam aacutecidos huacutemicos e
fuacutelvicos diferentes (Businelli 1990)
Justificam-se os maiores conteuacutedos de nitrogecircnio foacutesforo potaacutessio e caacutelcio nas
adubaccedilotildees 15 VB (45 t ha 1 de vermicomposto) e biofertilizantes devido
provavelmente ao vermicomposto utilizado apresentar na sua constituiccedilatildeo teores
consideraacuteveis destes elementos aleacutem do que os biofertilizantes possam ter influenciado
na absorccedilatildeo atraveacutes de sua constituiccedilatildeo Tibau (1984) considera que a urina de vaca eacute
rica em aacutecido indol-aceacutetico e este influencia na absorccedilatildeo radicular O efeito positivo
deste tratamento provavelmente seja devido agrave quantidade aplicada
O biofertilizante que se destacou foi o MB4+U+CB em relaccedilatildeo ao EC (esterco de
curral) e eacute somente para a variaacutevel caacutelcio Isto provavelmente seja devido ao alto teor
deste elemento encontrado na sua constituiccedilatildeo (6872 g Kg1) e pela influecircncia positiva
que a calda bordalesa exerce no metabolismo das plantas atraveacutes dos nutrientes
contidos em sua formulaccedilatildeo O Ca controla a absorccedilatildeo radicular e retorna ao solo pelo
esterco e palhas por apresentar-se em maior quantidade em folhas e caules Depois de
localizado nas folhas fica imoacutevel favorecendo a resistecircncia da planta ao ataque de
fungos
Este trabalho avanccedila no estudo da agroecologia estando claro que todos os
criteacuterios tem caraacuteter dinacircmico de adequaccedilatildeo as mudanccedilas de um sistema de produccedilatildeo
em evoluccedilatildeo contribuindo na transiccedilatildeo para um padratildeo sustentaacutevel Cabe a pesquisa a
reorientaccedilatildeo para um enfoque ldquosistecircmicordquo isto eacute que permita integrar os diversos
componentes de um agroecossistema e a adoccedilatildeo de poliacuteticas puacuteblicas que promovam 0
fortalecimento e a expansatildeo da agricultura familiar
39
5 CONCLUSOtildeES
Considerando os resultados obtidos e as condiccedilotildees em que o estudo foi realizado
conclui-se que
bull As respostas agronocircmicas das mudas de cebola para os paracircmetros avaliados
satildeo mais satisfatoacuterias com a aplicaccedilatildeo de esterco de curral como adubaccedilatildeo de
base
bull Os biofertilizantes mais urina de vaca e calda bordalesa proporcionam
respostas satisfatoacuterias quando aplicados associados agraves adubaccedilotildees de base
bull O biofertilizante MB4 mais urina de vaca e calda bordalesa eacute mais eficiente
que o super magro mais urina e calda bordalesa quando aplicado associado agrave
adubaccedilatildeo de base esterco de curral para os conteuacutedos de fitomassa secae
fresca da parte aeacuterea das plantas altura e diacircmetro de colo das mudas de
cebola
bull Os biofertilizantes adicionados agrave adubaccedilatildeo de base 45 t harsquo 1 de vermicomposto
bovino mostram respostas significativas para os conteuacutedos de fitomassa seca
bull Os maiores conteuacutedos nutricionais para as mudas de cebola satildeo
proporcionados pela adubaccedilatildeo de base esterco de curral
bull A maior absorccedilatildeo de caacutelcio pelas mudas de cebola ocorre quando da adiccedilatildeo do
biofertilizante MB4 mais urina e calda bordalesa agrave adubaccedilatildeo de base esterco de
curral
40
6 REFEREcircNCIAS BIBLIOGRAacuteFICAS
ALDRIGHI CB ABREU CM PAGLIA AG MORSELLI TBGA FERNANDES HS Efeito da aplicaccedilatildeo de biofertilizante e urina de vaca em mudas de tomateiro Horticultura Brasileira v20 n2 julho 2002 Suplemento 2
ALTIERI M NICHOLLS C I Agroecologia Teoria praacutectica para umaAgricultura Sustentable Ia ed PNUMA 2000 Cap 2 4 Seacuterie textos baacutesicos para la formacioacuten ambiental
ALTIERI M Agroecologia bases cientiacuteficas para uma agricultura sustentaacutevelGuaiacuteba Agropecuaacuteria 2002 592 p
ANTONIOLLI Z I GIRACCA E M N CARDOSO S J T WIETHAN M M S FERRI M Iniciaccedilatildeo agrave Minhocultura Criaccedilatildeo em Cativeiro e Vermicompostagem Santa Maria UFSM 1996 p59-89
BAYER C MIELNICZUC J Dinacircmica e funccedilatildeo da mateacuteria orgacircnica In SANTOS G de A S e CAMARGO F A de O (ed) Fundamentos da mateacuteria orgacircnica do solo ecossistemas tropicais e subtropicais Porto Alegre Genesis 1999 p 3-23
BARRETTO D X Composto Orgacircnico In Praacutetica em Agricultura Orgacircnica Satildeo Paulo iacutecone Ed Ltda 1985 p 51-63
BETTIOL W Alguns produtos alternativos para o controle de doenccedilas de plantasem agricultura orgacircnica II Ciclo de palestras sobre agricultura orgacircnica Instituto Bioloacutegico Satildeo Paulo p52-63 1997
41
BETTIOL W TRACH R GALVAtildeO JAH Controle de doenccedilas de plantas com biofertilizantes Jaguariuacutena EMBRAPA-CNPMA 1997 22p (EMBRAPA- CNPMA Circular Teacutecnica 02)
BRADY N C Natureza e propriedades dos sotos Rio de Janeiro Freitas BastosS A 1979 647p
BRADY N C Organisms and ecology of the soil In The nature of properties of soils Simon amp Schuster A Viacon Company New Jersey1999 402-489p
BON1LLA J A Fundamentos da Agricultura Ecoloacutegica Sobrevivecircncia eQualidade de Vida Satildeo Paulo Nobel 1992
BUREacuteS S Substratos Ediciones Agroteacutecnicas S L Madrid Octubre 1997
BUS1NELLI M Chemical Composition and Enzymic Activity of some Worm Cast Plant Soil v 80 p 1-2 1990
CALEGARI A Espeacutecies para cobertura de solo In IAPAR (Instituto Agronocircmico de Paranaacute) Plantio Direto pequena propriedade sustentaacutevel organizador Moacir Darolt Londrina - PR 1998 65-93
CAMARGO P N D Manual de Adubaccedilatildeo Foliar Satildeo Paulo Herba 1975
CAPRA F A Teia da Vida Satildeo Paulo Cultrix 1997 256p
CAPRA F O Ponto de Mutaccedilatildeo 22 ed Satildeo Paulo Cultrix 2001 447p
CHABOUSSOU F Plantas doentes pelo uso de agrotoacutexicos (A Teoria da Trofobiose) Porto Alegre LPM 1987 253 p
CLARO S A Referencias tecnoloacutegicos para a agricultura familiar ecoloacutegica aexperiecircncia da Regiatildeo Centro-Serra do Rio Grande do Sul Porto Alegre EMATERRS-ASCAR 2001 250p
CLIVELA G Diagnoacutestico Agronocircmico da cebola no Rio Grande do Sul Porto Alegre EMATERRS 1995 8 6 p
COMISSAtildeO DE FERTILIDADE DO SOLO - RSSC Recomendaccedilotildees de adubaccedilatildeo e calagem para os estados do Rio Grande do Sul e Santa Catarina 3 ed Passo Fundo SBCS - Nuacutecleo Regional Sul 1995 223p
COMPAGNONI L PUTZOLU G Cria moderna de Ias lombrices y utilizacioacutenrentable dei humus Barcelona Editorial de Vecchi- SA 1985127p
COSTABEBER J A MOYANO E Transiccedilatildeo agroecoloacutegica e accedilatildeo social coletiva Agroecologia e Desenvolvimento Rural Sustentaacutevel Porto Alegre v l n4 p 50- 60 outdez 2 0 0 0
42
COSTA M B B da Adubaccedilatildeo orgacircnica Nova siacutentese e novo caminho para aagricultura Satildeo Paulo Ed iacutecone Ltda 1985 102p
COSTA NETO C Agricultura Sustentaacutevel Tecnologias e Sociedade In CARVALHO COSTA LF et al (org) Mundo Rural e Tempo Presente Rio de Janeiro Mauad 1999
DrsquoAG0ST1NI R L FANTINI A C Produccedilatildeo orgacircnica tambeacutem socialmente excludente Agroecologia e Desenvolvimento Rural Sustentaacutevel Porto Alegre v3 n l p57-61 2002
DALPONTE J C V Utilizaccedilatildeo de materiais orgacircnicos e fertilizante mineral na produccedilatildeo e qualidade de mudas e bulbos de cebola (Alliurn Cepa L) Pelotas-RS 1990 (Mestrado em Agronomia) - Faculdade de Agronomia Eliseu Maciel UFPel 1990
DEBARBA J F THOMAZELLI L F GANDIN C L SILVA E Cadeias produtivas do Estado de Santa Catarina Cebola Florianoacutepolis Epagri 1998 115 p (EPAGRI Boletim Teacutecnico 96)
DUFOUR F Os saacutebios loucos do agro-alimentar Le Monde Diplomatique ano 1 n4 p6-7 1999 (ed portuguesa)
EHLERS E Agricultura Sustetaacutevel Origem e perspectivas de um novo paradigma 2 ed Guaiacuteba Agropecuaacuteria 1999 157 p
FILGUEIRA F A R Novo Manual de olericultura agrotecnologia moderna na produccedilatildeo e comercializaccedilatildeo de hortaliccedilas Viccedilosa UFV 2000 402 p
FRASER G K Mateacuteria Orgacircnica Del Suelo In BEAR F E (ed) Quiacutemica dei Suelo Madrid Ed Agrociencia 1963
FOLLET R H MURPHY L S DONAHUE R L Fertilizers and soil amendments New Jersey Printice-Hall Inc 1981 557p
GARCIA A Revista dei Espacio Rural Georgica Zaragoza Escuela Politeacutecnica de Huesca n5 1997
GARCIA A Versatildeo preliminar de um Programa Estadual de Produccedilatildeo e Comercializaccedilatildeo de Bulbos e Sementes de CebolaEMBRAPAIPAGROMARAEMATER 6 8 pbdquo 1990 (Publicaccedilatildeo avulsa)
GIORGETT1 J R Produccedilatildeo e Comercializaccedilatildeo de Mudas de Tomate In Encontro Nacional de Produccedilatildeo e Abastecimento de Tomate 2 1991 Jaboticabal Satildeo Paulo Anais Jaboticabal UNESP 1991 p 242-244
GLIESSMAN S R Agroecologia Processos ecoloacutegicos em agricultura sustentaacutevelPorto Alegre Universidade Federal do Rio Grande do Sul - UFRGS 2000 653p
43
GLIESSMAN S R TURRIALBA C R Agroecologia Procesos Ecoloacutegicos en Agricultura Sostenible CATIE 2002 p 3-14
GNOATTO S C Caracterizaccedilatildeo quiacutemica de vermicompostos de diferentes substratos orgacircnicos Pelotas-RS 1999 38 f (Mestrado em Agronomia - Solos) - Faculdade de Agronomia Eliseu Maciel UFPel 1999
GOMES J C C BORBA M F S A moderna crise dos alimentos oportunidade para a agricultura familiar Emater Porto Alegre julset 2000 Disponiacutevel em lthttpwwwematertchebrdocsagroecorevistan313-artigo3htmgtAcesso em 24 fev 2002
GOMEZ H W Desenvolvimento sustentaacutevel agriacutecola e capitalismo In Desenvolvimento sustentaacutevel Necessidade eou disponibilidade Santa Cruz do Sul Nobel - UNISC 1997 p 65-77
GONZAacuteLEZ DE MOLINA M SEVILLA GUZMAacuteN E Ecologia campesinado e historia Para una reinterpretacioacuten dei desarrollo dei capitalismo en la agricultura In SEVILLA GUZMAacuteN E GONZAacuteLEZ DE MOLINA M (ed) Ecologia campesinado e historia Madrid La Piqueta 1993 p 23-129
GRIFFITH S A SCHNITZER M Analytical characteristic of humic and fulvic acids extracted from tropical volcanic soils Soil Sei Soc Am Proc v 39 p361-367 1975
GUIMARAtildeES E Caracterizaccedilatildeo quiacutemica estreptoscoacutepica e por anaacutelise teacutermica de aacutecidos huacutemicos e vermicompostos obtidos de estercos de diferentes animaisCuritiba 1997 Dissertaccedilatildeo (Mestrado em Quiacutemica) Universidade Federal do Paranaacute 1997
HESS A F Sociedade e meio ambiente uma relaccedilatildeo ambiacutegua Revista Cientiacutefica Rural Bageacute v 4 n2 p 167-1741999
ICEPA-SC Informes conjunturais sobre a cultura da cebola Disponiacutevel em lthttpwwwicepa combrgt Acesso em 23 jan 2003
JONES H A MANN L K Onions and their allies New York Interscience Publishers 1962 286 p
JUacuteNIOR H A de MAIORANO J A Receitas obtidas de extratos de plantasCampinas CATITerra Viva [199-] 10 f
KHATOUNIAN C A Ciclo de Palestras sobre Agricultura Orgacircnica 2a Ed SatildeoPaulo Fund Cargill 1997 149 p
KIEHL E J Fertilizantes Orgacircnicos Satildeo Paulo Ed Agronocircmica Ceres Ltda 1985 492p
44
KOEFF H H PETTERSSON B D SHAUMANN W Vida Vegetal solos e adubaccedilatildeo In Agricultura Biodinacircmica Satildeo Paulo Nobel 1983 p92-149
KONONOVA M M Soil organic matter The importance o f organic matter in soil formation and soil fertility New York Pergamqn Press 1961 p 165-200
KUHN T A Estrutura das Revoluccedilotildees Cientiacuteficas Satildeo Paulo Perspectiva 1989 257p
LANNA FCA ABREU C L ABREU J G SILVA V Resposta de cultivares de melancia cultivadas sob adubaccedilatildeo quiacutemica e orgacircnica Horticultura v 12 n l p85 1994
LEFF H Saber Ambiental Petroacutepolis Vozes 2001 343 p
MAGALHAtildeES J R Nutriccedilatildeo e adubaccedilatildeo da cebola In FERREIRA M E CASSTELLANE P D CRUZ M C P Nutriccedilatildeo e adubaccedilatildeo de hortaliccedilasPiracicaba POTAFOS 1993 p 381-393
MALAVOLTA E Elementos de nutriccedilatildeo mineral de plantas Satildeo Paulo Ed Agronocircmica Ceres Ltda 1980 251 p
MALAVOLTA E Manual de Quiacutemica Agriacutecola - Adubos e Adubaccedilatildeo 3a ed SatildeoPaulo Ed Agronocircmica Ceres Ltda 1981 606 p
MARTINEZ A A A grande e Poderosa Minhoca Jaboticabal Funep - Unesp1990 101 p
MARTINS S R Desenvolvimento e Sustentabilidade Horticultura Brasileira Brasiacutelia-DF v20 n2 julho 2002 Palestra apresentada no 42deg Congresso Brasileiro de Olericultura
MARTINS S R Limites Del Desarrollo Sostenible em Ameacuterica Latina En el marco de Ias poliacuteticas de (re)ajuste econocircmico Pelotas Editora UFPel 1997 135 P-
MARTINS S R Sustentabilidade na agricultura dimensotildees econocircmicas sociais e ambientais Revista Cientiacutefica Rural Bageacute v4 n 2 p 175-1871999
MATURANA H REZEPKA S N D E Formaccedilatildeo Humana e Capacitaccedilatildeo Rio de Janneiro Vozes 2000 8 6 p
MELLO A F SOBRINHO M O ARZOLLA S SILVEIRA R NETTO A C KIEHL J C Fertilidade do Solo Satildeo Paulo Nobel 1983
MENEZES JUacuteNIOR F O G D Caracterizaccedilatildeo de Diferentes substratos hortiacutecolas e seu efeito na produccedilatildeo de mudas de alface e couve-flor em ambiente protegido Pelotas 1998 141 p Dissertaccedilatildeo (Mestrado em Agronomia - Produccedilatildeo Vegetal) - Faculdade de Agronomia Eliseu Maciel UFPel 1998
45
MIBASA Mineraccedilatildeo Barreto SA Melhorador de Solos MB4 A Natureza Agradece Arapiraca-AL [199-] Folder
MINAMI K Os resumos da olericultura 2000 In AZEVEDO FILHO MARTINEZ FILHO (ed) Preccedilos agriacutecolas Piracicaba ESALQ 1999 p 4
MINAMI K Produccedilatildeo de Mudas de Alta Qualidade em Horticultura Satildeo Paulo TA Queiroz 1995
MORSELLI T B G A Cultivo sucessivo de alface sob adubaccedilatildeo orgacircnica em ambiente protegidoPelotas 2001 178 p Tese (Doutorado em Agronomia - Produccedilatildeo Vegetal) Faculdade de Agronomia Eliseu Maciel UFPel 2001
MORSELLI T B G A Resiacuteduos orgacircnicos em sistemas agriacutecolas Poliacutegrafo da Disciplina de Resiacuteduos orgacircnicos em sistemas agriacutecolas Curso de Poacutes-Graduaccedilatildeo em Agronomia-Produccedilatildeo Vegetal UFPel 2002
MULLER AM Efeitos da Aplicaccedilatildeo Foliar de um Biofertilizante Enriquecido no Estado fitossanitaacuterio de Tomate Ervilha e Beterraba Sob Manejo OrgacircnicoDissertaccedilatildeo (Mestrado no Programa de Poacutes-Graduaccedilatildeo em Agroecossistemas)1999 (Resumo)
NOLLA D Erosatildeo do Solo - O grande desafio Estado do Rio Grande do Sul SEAGRI desenvolvimento de recursos naturais renovaacuteveis 1982 412 p
PAGLIA AG MORSELLI TBGA PEIL RMN Teores de nutrientes pH e condutividade eleacutetrica da aacutegua em sistema ldquofloat^ngrdquo sob adiccedilatildeo de biofertilizantes Horticultura Brasileira v 20 n2 julho 2002 Suplemento 2
PAULUS G MULLER A BARCELLOS LAR Agroecologia aplicada praticas e meacutetodos para uma agricultura de base ecoloacutegica 2ed ver ampl Porto Alegre EMATERRS 2001 8 6 p
PEIXOTO R T dos G Composto orgacircnico aplicaccedilotildees benefiacutecios e restriccedilotildees de uso Horticultura Brasileira Brasiacutelia-DF v 18 p 56-64 julho 2000
PENTEADO SR Defensivos Alternativos e Naturais Satildeo Paulo 1999 95 p
PEREIRA AJ SOUZA RJ PEREIRA WR Efeito de diferentes doses de esterco de galinha e de curral sobre a produccedilatildeo de cebola Horticultura Brasileira v20 n2 julho 2002 Suplemento 2
PINHEIRO S BARRETO SB MB-4 agricultura sustentaacutevel trofobiose e biofertilizantes Fundaccedilatildeo Juquira CandiruMibasa 2000 273 p
PRIMAVESI A Agricultura Sustentaacutevel Satildeo Paulo Nobel 1992 142 p
PRIMAVESI A O manejo ecoloacutegico do solo Agricultura em regiotildees tropicais SatildeoPaulo Nobel 1982 541 p
46
PURCINO A A C ldquoNitrogecircniordquo Informe Agropecuaacuterio Belo Horizonte v7 n81 p 16-27 1981
QUIJANO F G Efeito da adubaccedilatildeo orgacircnica no desenvolvimento de duas cultivares de alface em ambiente protegido Pelotas 1999 116f Dissertaccedilatildeo (Mestrado em Agronomia - Produccedilatildeo Vegetal) Faculdade de Agronomia Eliseu Maciel UFPel 1999
RODRIGUES A N N Efeitos e residuais de superfosfato triplo sobre o rendimento de mateacuteria seca e absorccedilatildeo de foacutesforo pela aveia (Avena strigosa Schob) em solo Podzoacutelico Vermelho Escuro Porto Alegre 1984 59f Dissertaccedilatildeo (Mestrado em Agronomia) - Faculdade de Agronomia UFRGS 1984
RODRIGUES E T CASALI V W D Respostas da alface agrave adubaccedilatildeo orgacircnica II Teores conteuacutedos e utilizaccedilatildeo de macronutrientes em cultivares Rev Ceres Viccedilosa v 45 n 261 p 437-449 1998
SAMINEcircS T C O Produccedilatildeo orgacircnica de alimentos Horticultura Brasileira Brasiacutelia-DF v 17 n3 novembro 1999
SCHIEDECK G Ambiecircncia e resposta agronocircmica de meloeiro (Cucumis melo L) cultivado sob adubaccedilatildeo orgacircnica em ambiente protegido Pelotas lOOp Tese (Doutorado em Agronomia - Produccedilatildeo Vegetal) - Faculdade de Agronomia Eliseu Maciel UFPel 2002
SILVA JUacuteNIOR A A GIORGI E Substratos alternativos para a produccedilatildeo de mudas de tomate Agropecuaacuteria Catarinense Florianoacutepolis EPAGRI 1992 23 p
SILVA JUacuteNIOR A A MACEDO S G STUKER H Utilizaccedilatildeo de esterco de peru na produccedilatildeo de mudas de tomateiro Florianoacutepolis EPAGRI 1995 28 p (Boletim Teacutecnico 73)
TAGLIARI PS GRASSMANN H Minhoca a grande aliada da agricultura Agropecuaacuteria Catarinense v8 n l p 11-14 mar 1995
TEDESCO M J GIANELLO C Anaacutelises de solo plantas e outros materiais Porto Alegre Faculdade de Agronomia Departamento de Solos Universidade Federal do Rio Grande do Sul RS 1996
TENNANT D A Test of modified line intersect method of estimating root lenght Journal Ecology Oxford v 63 p 995-1001 1975
TIBAU A O Mateacuteria Orgacircnica do Solo Mateacuteria Orgacircnica e Fertilidade do SoloSatildeo Paulo Nobel 1984 p49-182
TIMM P J Anaacutelise comparativa dos sistemas de plantio convencional e cultivo miacutenimo de cebola sob adubaccedilatildeo orgacircnica e mineral Pelotas 2000 79 p Dissertaccedilatildeo (Mestrado em Agronomia - Produccedilatildeo Vegetal) - Faculdade de Agronomia Eliseu Maciel UFPel 2000
47
VALENZUELA HR CROSBY C Effect of compost applications on the yield of several vegetables in long-term organic farming experiments conduced in the tropics American Society Horticultural Science v33 n3 june 1998
VIGLIZZO E (ed) Subprograma Recursos Naturais y Sostenibilidad Agriacutecola documento marco Montevideo IICAPROCISUR 1995 p 75 - 78
WE1D J M TARDIN J M Proposta para a Ampliaccedilatildeo do Trabalho da ASPTA no Centro Sul do Paranaacute ASPTA Disponiacutevel em http wwwpronafgovbrEncontrotestosAS20PTA20Sul20ParanE1205 202002doc Acesso em 05 mai 2002
XAVIER SIMOacuteN F DOMINGUES D G Desenvolvimento Rural Sustentaacutevel uma perspectiva agroecoloacutegica Agroecologia e Desenvolvimento Rural Sustentaacutevel Porto Alegre EM ATERRS v2 n2 p 17-26 2001
ZABALETA J P Diagnoacutestico da Agricultura Familiar em Satildeo Joseacute do Norte - RSPelotas EMBRAPA-CPACT 1998 75 p (EMBRAPA-CPACT Documentos 44)
ZONTA E P MACHADO A A SILVEIRA P Sanest Sistema de anaacutelise estatiacutestica para microcomputadores Registrado na Secretaria Especial de Informaacutetica sob nuacutemero 066060 - categoria A Pelotas-RS Universidade Federal de Pelotas 1984
48
7 APEcircNDICE
APEcircNDICE A - Anaacutelise da adubaccedilatildeo de base e biofertilizantes utilizados na produccedilatildeo de mudas de cebola
TABELA 1 A Anaacutelise baacutesica do solo antes da incorporaccedilatildeo do feijatildeo miuacutedo + papua
Arg
pH IND
SMP
MO
P - n r - Na Al Ca__10Omlmdash
Mg
ppm -
6 53 67 089 8 6 27 1 04 05 0 2
Fonte LASFAEMUFPel (2002)
TABELA 2A Anaacutelise complementar do solo antes da incorporaccedilatildeo do feijatildeo-miuacutedo + papua
Cobre Zinco Manganecircs Ferro
(m v1)
04 05 26 007
Fonte LASFAEMUFPel (2002)
49
TABELA 3A Anaacutelise dos fertilizantes soacutelidos
Amostra pH limidade CN
C N P K Ca Mg
- g-ivg --
Cama de 849 2491 12 31042 2479 3888 3405 29875 463
aves
Esterco 74 3594 11 677 590 157 134 335 214
de curral
Huacutemus 684 5738 14 15965 1098 453 745 743 361
Fonte LASFAEMUFPel (2002)
TABELA 4A Anaacutelise quiacutemica dos biofertilizantes liacutequidos
Amostra N P K_ccedil H
Ca Mg Cu Zn Fe Mn
mdashgL bull
S Magro
m b 4
Urina
053
1652
8 2 2
008
395
0 0 0
149
1674
471
1902
6872
0 0 0
1150
4507
1172
7273
42
033
101389
920
0 0 0
6250
19458
781
35273
1123
0 2 1
Fonte LASFAEMUFPel (2002)
50
APEcircNDICE B - Condiccedilotildees climaacuteticas do local
TABELA 1B Condiccedilotildees de temperatura do local
___________ __________TEMPERATURA (degCgt
meses Meacutedia
Maacutexima
Meacutedia
MiacutenimaMeacutedia
Maacutexima
Absoluta
Miacutenima
Absoluta
Junho 225 87 156 320 25
Julho 225 85 155 285 30
Agosto 251 71 161 360 1 0
Fonte FEPAGROSCT 2002
TABELA 2B Condiccedilotildees de chuva do local
mdash CHUVA (mm)mdash
meses Ocorrida Normal Desvio Da Normal
Junho 1080 1 1 0 -2 0
Julho 1062 98 8 2
Agosto 1283 1 2 0 83
Fonte FEPAGROSCT 2002
51
TABELA 1C Produccedilatildeo de fitomassa fresca e seca (g) da parte aeacuterea altura de planta
(cm) e diacircmetro de colo (mm) de mudas de cebola Petrolini cultivadas
sob uma perspectiva agroecoloacutegica Pelotas-RS 2003
APEcircNDICE C - Anaacutelise estatiacutestica da parte aeacuterea
Causas G1 FFPA FSPA AP DC
da variaccedilatildeo --------- Quadrados meacutedios-
Blocos 3
Ad Base 2 175359071 1287102 2547419 1 11775
Biofertilizantes 2 126876 29011 87669ns 02185ns
Ad x Biofert 4 572378 31123 69106ns 04159
Resiacuteduo 24 34456 03048 27169 00290
Total 35
Meacutedia geral 93745 8772 320388 6741
CV 1980 6294 5145 2530
Significativo a 5ns Natildeo significativo
52
TABELA 1D Produccedilatildeo de fitomassa fresca e seca (g) comprimento (cm) e densidade
de raiacutezes (m cm3) de mudas de cebola Petrolini cultivadas sob uma
perspectiva agroecoloacutegica e razatildeo parte aeacutereasistema radicular Pelotas-
RS 2003
APEcircNDICE D - Anaacutelise estatiacutestica da raiz
Causas G1 FFR FSR CR RPASR DR
da variaccedilatildeo Quadrados meacutedios---------------
Blocos 3
Ad Base 2 27874 551 623 2 1 0 140
Biofertilizantes 2 178 0 1 0 ni 1504 l03ns 038ns
Ad x Biofert 4 190 058 318 294 183
Resiacuteduo 24 005 009 028 023 0 2 1
Total 35
Meacutedia geral 1818 228 184 387 333
C V 134 1356 448 1253 1396
Significativo a 5 ns Natildeo significativo
53
APEcircNDICE E - Anaacutelise estatiacutestica dos macronutrientes da parte aeacuterea da cebola
TABELA 1E Conteuacutedos (mg planta1) de nitrogecircnio foacutesforo potaacutessio caacutelcio e
magneacutesio no tecido vegetal de mud^s de cebola Petrolini cultivadas
sob uma perspectiva agroecoloacutegica Pelotas-RS 2003
Causas G1 bull N P K Ca Mg
da variaccedilatildeo
Blocos 3
Ad Base 2 13550306 446627 25509686 1031806 59007
Biofertilizantes 2 180610ns 16564 68153ns 39006 876ns
Ad x Biofert 4 454187 45743 1047539 46950 2464
Resiacuteduo 24 29769 1453 64313 3741 439
Total 35
Meacutedia geral 24921 4597 33366 6943 1615
C V 692 829 760 880 1297
Significativo a 5 ns Natildeo significativo
APEcircNDICE F - Fotos do experimento
FIGURA 2 Mudas de cebola (Allium cepa L) produzidas sob uma perspectiva agroecoloacutegica
APEcircNDICE F a Fotos do experimento
FIGURA 1 Adubaccedilatildeo verde com feijatildeo-miuacutedo e papuatilde utilizadas no manejo do solo
FIGURA 2 Mudas de cebola (Allium cepa L) produzidas sob urna perspectiva agroecoloacutegica
SUMMARY
PAGLIA AgraveGUIDA GORETI (MS) Universidade Federal de Pelotas February 2003 Onion (Allium cepa L) Transplant Production under an Agroecological Perspective Tacircnia Beatriz Gamboa Arauacutejo Morselli Comitte Seacutergio Roberto Martins Roberta Marins Nogueira Peil and Joatildeo Baptista da Silva
With the objective of studying the onion transplant production under an agroecological
perspective a field experiment was carried out in the Fundaccedilatildeo Estadual de Pesquisa
Agropecuaacuteria-FEPAGROSUL in the city o f Rio GiWideRS in the period between 15
May and 26 August 2002 The cultivar Petrolini (medium cycle) was submitted to the
following fertilizers soil fertilizer (1 VB - 30 t h a o f bovine vermicompost 15 VB -
45 t ha 1 of bovine vermicompost and EC - 60 t ha 1 of manure and liquid biofertilizer
(SM+U+CB - ldquoSuper Magrordquo with cow urine with bordeaux mixture MB4 +U+CB -
MB4 with cow urine with bordeaux mixture and control - absence) The experiment was
laid in a randomized block design in factorial scheme 3X3 The analyzed parameters
were fresh and dry matter of the aerial part and root system plant height colon
diameter root length ration aerial partroot system root density and the contents
nitrogen phosphorus potassium calcium and magnesium in the aerial part o f the plant
It was concluded that the agronomic responses o f the onion seedlings for the evaluated
parameters are more satisfactory with the application o f manure as soil fertilizer the
biofertilizers with cow urine and bordeaux mixture provide satisfactory responses when
applied along with the soil fertilizer the biofertilizer MB4 with cow urine and bordeaux
IX
mixture is more effieient than the ldquoSuper Magrordquo with urine and bordeaux mixture
when applied along with manure as soil fertilizer the dry matter contents of the onion
seedlings are significant when the biofertilizer is added to bovine vermicompost (45 t
h a 1) the largest nutritional contents for the onion seedlings are obtained with manure as
soil fertilizer the largest absorption of calcium by the onion seedlings happens when the
biofertilizer MB4 with urine and bordeaux mixture is added to the manure as soil
fertilizer
X
mixture is more efficient than the Super Magro with urine and bordeaux mixture
when applied along with manure as soil fertilizer the dry matter contents of the onion
seedlings are significant when the biofertilizer is added to bovine vennicompost (45 t
hamiddot ) the largest nutritional contents for the onion seedlings are obtained with manure as
soil fertilizer the largest absorption of calcium by the onion seedlings happens when the
biofertilizer MB4 with urine and bordeaux mixture is added to the manure as soil
fertilizer
x
1
1 INTRODUCcedilAtildeO
ldquoEu sustento que a ciecircncia soacute tem
finalidade se serrsquoir para aliviar a miseacuteria
da existecircncia humana
(Bertold Brecht)
No Rio Grande do Sul cultivar cebola eacute atividade de pequenos e meacutedios
produtores revestindo-se de suma importacircncia para a economia onde contribui para a
geraccedilatildeo de empregos e a fixaccedilatildeo do homem ao meio rural visto que haacute necessidade de
outros tipos de investimentos sociais e econocircmicos
Segundo o ICEPA-SC (2003) o Rio Grande do Sul responde por cerca de 14 da
produccedilatildeo nacional o que faz da cebola a segunda hortaliccedila em importacircncia econocircmica
no Estado sendo apenas superada pela cultura da batata poreacutem a aacuterea plantada no RS
tem apresentado recuo nos uacuteltimos anos caindo de 16648 hectares na safra 9899 para
14085 na safra atual (0203) acontecendo o mesmo com a produccedilatildeo que diminuiu de
181338 toneladas na safra 9596 para aproximadamente 159000 na safra atual
A baixa produtividade obtida pode ser atribuiacuteda a vaacuterios fatores baixa
disponibilidade de mateacuteria orgacircnica no solo poucc^ uso de materiais orgacircnicos eou
aplicaccedilatildeo inadequada destes considerando ainda que a maioria dos produtores
conservam caracteriacutesticas agriacutecolas do seacuteculo passado apresentando resistecircncia ao
associativismo e possuem carecircncia de infraestrutura (estradas eletricidade telefonia
drenagem e condiccedilotildees de armazenamento) Esses fatores aliados a baixa rentabilidade
2
da cultura tem sido apontados como responsaacuteveis pelo abandono da cebolicultura por
alguns produtores
A fase de produccedilatildeo das mudas eacute de extrema importacircncia para o cultivo da cebola e
requer manejo adequado dos recursos naturais para que a cultivar utilizada possa
expressar seu potencial geneacutetico sem comprometer o equiliacutebrio ambiental O principal
cuidado para o desenvolvimento de mudas de qualidade refere-se agrave utilizaccedilatildeo adequada
do solo
Desta forma o manejo do solo e das plantas orientado pela agroecologia pode se
constituir numa excelente alternativa para obtenccedilatildeo de mudas de qualidade sem
comprometer a sauacutede dos agricultores e contribuindo para a preservaccedilatildeo ambiental
Diversas praacuteticas vecircm sendo utilizadas com esta finalidade entre elas citam-se a
adubaccedilatildeo orgacircnica e os biofertilizantes enriquecidos No entanto estes fatores de
produccedilatildeo precisam ser melhor estudados no que tange a sua utilizaccedilatildeo adequada pelos
produtores de cebola objetivando um sistema de produccedilatildeo sustentaacutevel
A agroecologia como ciecircncia apresenta vaacuterias dimensotildees ecoloacutegica econocircmica
social cultural poliacutetica e eacutetica Neste sentido e considerando-se a procura crescente por
produtos orgacircnicos e a necessidade de sistemas de fertilizaccedilatildeo adequados ao cultivo da
cebola o presente trabalho teve como objetivo a produccedilatildeo de mudas sob uma
perspectiva agroecoloacutegica contribuindo para o processo de transiccedilatildeo do sistema de
produccedilatildeo
3
2 REVISAtildeO DE LITERATURA
ldquoAs novas eras natildeo comeccedilam de uma vez
Meu avocirc jaacute vivia no novo tempo
Meu neto viveraacute talvez ainda no velho
A nova carne eacute comida com os velhos garfos
(Bertold Brecht)
21 Desenvolvimento e sustentabilidade
Nenhuma espeacutecie viva com exceccedilatildeo do homem empreende esforccedilos de
desenvolvimento no sentido de crescimento material que sob as formas em que vem
sendo compreendido conduz sempre a algum tipo de agressatildeo contra o ambiente Os
esforccedilos presentes visando o progresso material assim como a maneira de satisfaccedilatildeo
das necessidades baacutesicas do homem no mundo de hoje revelam-se inconsistentes O
uso para esse fim de mateacuteria e energia em doses excessivas e crescentes tem exaurido
recursos ambientais acima de sua capacidade de regeneraccedilatildeo obviamente tendendo a
toma-los menos disponiacuteveis para as futuras geraccedilotildees
De acordo com Martins (2002) o Desenvolvimento Sustentaacutevel natildeo eacute um conceito
acabado trata-se de uma ideacuteia forccedila proacute-ativa e positiva mas que necessita ser
esclarecida quanto ao significado destes dois vocaacutebulos que lhe compotildee e o contexto em
que as pessoas com eles se relacionam Aleacutem disso isso afeta tanto como profissionais
cujas atividades vinculam-se diretamente ao trato com a natureza e portanto por ela satildeo
4
responsaacuteveis mas especialmente como cidadatildeos que constroem no seu cotidiano as
distintas dimensotildees do desenvolvimento sociais econocircmicas ambientais culturais
cientificas e tecnoloacutegicas juriacutedicas poliacuteticas e espirituais
Segundo Altieri amp Nicholls (2000) para o desenvolvimento de uma agricultura
sustentaacutevel as necessidades natildeo satildeo apenas bioloacutegicas ou teacutecnicas mas tambeacutem sociais
econocircmicas e poliacuteticas E inconcebiacutevel promover mudanccedilas ecoloacutegicas no setor agriacutecola
sem a defesa de mudanccedilas nas outras aacutereas da sociedade de modo a conscientizar o
homem sobre as condiccedilotildees necessaacuterias para a exploraccedilatildeo da natureza
A ideacuteia da sustentabilidade referente ao vocaacutebulo sustentaacutevel coloca-se como
contraponto ao caraacuteter perdulaacuterio do modelo prevalecente na medida em que o modelo
econocircmico praticado por um lado estaacute baseado no consumo da mateacuteria prima fornecida
pela natureza para a produccedilatildeo de bens e serviccedilos em descompasso com seu ritmo e
capacidade de fornecimento por outro tem tratado a natureza como mero depositaacuterio de
resiacuteduos sem considerar sua capacidade de absorccedilatildeo e reciclagem A sustentabilidade
contrapotildee-se agrave caracteriacutestica antropocecircntrica do modelo o homem como centro da
questatildeo numa postura dominante sobre o entorno natural cujas ferramentas cientiacuteficas e
tecnoloacutegicas embasam um modelo econocircmico que subjuga a natureza e coloca-se acima
desta O vocaacutebulo sustentaacutevel portanto se refere agrave capacidade de suporte da biosfera
sendo um fim a ser perseguido com o objetivo de garantir sua preservaccedilatildeo numa visatildeo
prospectiva ou seja que assegure o futuro planetaacuterio assumindo portanto o
compromisso com as geraccedilotildees vindouras (Martins 2002)
Quando se trata de apontar os possiacuteveis caminhos que levaratildeo a um novo padratildeo
produtivo e garanta a seguranccedila alimentar sem agredir o ambiente o caminho torna-se
mais difiacutecil Percebe-se que a noccedilatildeo de agricultura sustentaacutevel permanece cercada por
duacutevidas e contradiccedilotildees mesmo assim seu emprego toma-se cada vez mais frequumlente
(Ehlers 1999)
Haacute que se incorporar a concepccedilatildeo de entropia agrave noccedilatildeo de desenvolvimento visto
que a extraccedilatildeo e o transporte tambeacutem satildeo atividades econocircmicas que requerem cuidados
de manejo visando menores efeitos entroacutepicos ao meio ambiente Satisfazer as
necessidades presentes sem comprometer as possibilidades das futuras geraccedilotildees
satisfazerem as suas proacuteprias eacute o que necessita ser construiacutedo no cotidiano Esta natildeo eacute
uma tarefa faacutecil nos tempos atuais pois o mundo nunca passou por tanta incerteza e
nunca teve um presente tatildeo insustentaacutevel (Martins 1997)
211 Agroecologia Paradigma em construccedilatildeo
5
O seacuteculo passado assistiu a uma ineacutedita expansatildeo da capacidade humana de
agenciamento das forccedilas naturais promovida pelo saber teacutecnico-cientiacutefico cuja
centra lidade eacute hoje irreversiacutevel no que se refere as relaccedilotildees com a natureza Em relaccedilatildeo
ao conhecimento poucas aacutereas de interesse do homem moderno se ligam tanto agrave
pesquisa cientiacutefica como a questatildeo ambiental sendo um fenocircmeno de tendecircncia
internacional evidenciado a partir da deacutecada de 70 (Hess 1999)
A noccedilatildeo de paradigma eacute normalmente utilizada para estabelecer uma
diferenciaccedilatildeo entre dois momentos ou dois niacuteveis do processo de conhecimento
cientiacutefico (Capra 1997 Kuhn 1989) Para um entendimento miacutenimo do que significa
essa noccedilatildeo Costa Neto (1999) diz que se pode conceituar o paradigma enquanto um
modelo de ciecircncia que serve como referecircncia para todo um fazer cientiacutefico durante uma
determinada eacutepoca ou um periacuteodo de tempo demarcado e a partir de um certo momento
da histoacuteria da ciecircncia o referido modelo predominante tende a se esgotar em funccedilatildeo de
uma crise de confiabilidade nas bases estruturantes de seu conhecimento Desta forma o
paradigma passa a ser substituiacutedo por outro modelo cientiacutefico predominante Tambeacutem
pode ocorrer o fato de dois paradigmas disputarem o espaccedilo de hegemonia na
construccedilatildeo do conhecimento (Costa Neto 1999)
Os problemas com os quais nos deparamos hoje satildeo faces de uma crise uacutenica
diferentes do fazer cientiacutefico e proveniente de uma crise de percepccedilatildeo segundo Capra
(2 0 0 1 ) isto faz com que nossas instituiccedilotildees e noacutes em particular natildeo consiga perceber
claramente realidades complexas em um mundo globalmente interligado Ainda que as
soluccedilotildees para alguns de nossos principais problemas possam ser relativamente simples
ldquosoacute seratildeo possiacuteveis mediante uma mudanccedila radical em nossas percepccedilotildeesrdquo este eacute
tambeacutem o ldquoestopim para colocar em marcha medidas efetivasrdquo porque os governos e as
instituiccedilotildees jamais empreenderatildeo accedilotildees de fato enquanto as pessoas natildeo
compreenderem que satildeo parte do problema e da soluccedilatildeo e que eacute preciso assumir a
necessidade de mudar o rumo das coisas (Gomes amp Borba 2000)
Para Leff (2001) a agroecologia representa o ldquonascimento de um paradigmardquo que
eacute a alma da produccedilatildeo sustentaacutevel um processo que permite o resgate dos
conhecimentos proacuteprios e o renascimento do ser trazendo de volta as relaccedilotildees com os
seres humanos na medida em que o produtor cria atraveacutes de seu conhecimento o seu
proacuteprio saber-fazer numa relaccedilatildeo com a vida e com a terra
6
Segundo Costa Neto (1999) o paradigma agroecoloacutegico representa portanto a
linha de um posicionamento soacutecio-ambiental que tem uma vertente tecnoloacutegica apta a
ser uma alternativa agrave produccedilatildeo agriacutecola em grande escala e ao modelo tradicional
disciplinar
Hoje a agroecologia continua a fazer conexatildeo entre fronteiras estabelecidas Por
um lado estuda os processos econocircmicos e os agroecossistemas por outro eacute um agente
para as mudanccedilas sociais e ecoloacutegicas complexas que tenham necessidade de ocorrer no
futuro a fim de levar a agricultura para uma base verdadeiramente sustentaacutevel O
processo de mudanccedila estaria dirigido agrave busca de novos pontos de equiliacutebrio entre as
dimensotildees de produtividade estabilidade e equumlidade na atividade agraacuteria articuladas
entre si poreacutem em constante processo de adaptaccedilatildeo e retroalimentaccedilatildeo utilizando
estilos mais respeitosos com o ambiente com o propoacutesito de superar a crise enfrentada
pelos agricultores (Costabeber amp Moyano 2000)
De acordo com Altieri (2002) soacute uma compreensatildeo mais profunda da ecologia
humana e dos sistemas agriacutecolas pode levar a medidas coerentes com uma agricultura
sustentaacutevel Assim a ldquoemergecircncia da agroecologiardquo representa um enorme salto nesta
direccedilatildeo pois fornece os princiacutepios ecoloacutegicos baacutesicos para o estudo e tratamento dos
ecossistemas tanto produtivos quanto preservadores dos recursos naturais e que sejam
culturalmente sensiacuteveis socialmente justos e economicamente viaacuteveis
A transformaccedilatildeo ou substituiccedilatildeo de um modelo de desenvolvimento para outro
supotildee um processo de transiccedilatildeo que em alguns momentos caminha a passos lentos e
em outros pode trazer mudanccedilas bruscas e qualitativamente diferenciadas Esse
processo de transiccedilatildeo significa a conversatildeo de uma agricultura tradicional para uma
agricultura ecoloacutegica e socialmente equilibrada com base na sustentabilidade (Gomeacutez
1997)
Embora a falta de informaccedilatildeo da pesquisa possa ter contribuiacutedo para dificuldades
e experiecircncias negativas de muitos produtores estes tecircm fama de serem inovadores e
experimentadores desejosos de adotar novas praacuteticas no sentido de serem beneficiados
Nos uacuteltimos cinquumlenta anos a inovaccedilatildeo na agricultura tem sido impulsionada
principalmente pela ecircnfase em altos rendimentos e no lucro da unidade produtiva
Apesar da continuidade dessa forte pressatildeo econocircmica sobre a agricultura muitos
produtores convencionais estatildeo preferindo fazer a transiccedilatildeo para praacuteticas que satildeo mais
consistentes ambientalmente e tem o potencial de contribuir com a sustentabilidade da
agricultura em longo prazo (Gliessman 2000)
7
212 Agroecologia e agricultura familiar
O nuacutecleo por excelecircncia da produccedilatildeo sustentaacutevel eacute a agricultura familiar No
Brasil mais especificamente esta tecnologia estaacute sendo introduzida natildeo somente em
aacutereas de cultivo de agricultura familiar em geral mas especificamente em
assentamentos rurais Percebe-se dessa forma tratar-se de um tipo de produccedilatildeo que
tende a incorporar a dimensatildeo histoacuterico-social e a considerar os valores culturais e de
senso comum inerentes aos agricultores familiares (Costa Neto 1999)
Na agricultura familiar a sustentabilidade toma forma a partir do momento em
que comeccedilaram a ser incorporados aos debates os novos anseios da sociedade rural e
urbana relacionados a um novo projeto de desenvolvimento e na medida em que foram
buscadas orientaccedilotildees teoacutericas baseadas no paradigma agroecoloacutegico
De acordo com Maturana amp Rezepka (2000) a formaccedilatildeo do conhecimento natildeo eacute
entendida como simples treinamentos e teacutecnicas e seraacute um aspecto essencial desta
abordagem A valorizaccedilatildeo dos saberes dos agricultores sobre o ambiente as plantas o
solo e os processos ecoloacutegicos onde resgatam e aprimoram teacutecnicas proacuteprias e de
outros de origem cientiacutefica ou empiacuterica fundamentais dentro deste novo paradigma
(Altieri amp Nicholls 2000)
Neste sentido cientistas e extensionistas tecircm se surpreendido com a profundidade
destes conhecimentos e com a capacidade de vaacuterios destes agricultores de expocirc-los
mesmo nos ambientes acadecircmicos onde muitas vezes estatildeo mais avanccedilados que seus
interlocutores (Weid amp Tardin 2002) Isto revela a necessidade de sintonia entre a
Universidade e a Comunidade
Entatildeo a sutentabilidade ambiental em niacutevel local eacute positiva quando o manejo
realizado no agroecossistema aproveita a produtividade dos recursos naturais renovaacuteveis
(aqueles que funcionam mediante o fluxo solar) Ao contraacuterio pode natildeo ser positiva
quando as praacuteticas produtivas consistem na busca pela produtividade mediante a troca
econocircmica (importaccedilatildeo e exportaccedilatildeo de insumos e produtos) onde a terra eacute vista
unicamente como o suporte material (fiacutesico) das espeacutecies Neste caso o controle de
pragas a fertilizaccedilatildeo e outras praacuteticas necessaacuterias satildeo realizados mediante capital
produzido pelo homem degradando a base local de recursos naturais (Xavier Simoacuten amp
Domingues 2001)
8
213 O Mercado de produtos agroecoloacutegicos
O mercado de alimentos produzidos sob a orientaccedilatildeo agroecoloacutegica produzidos
sem utilizaccedilatildeo de agrotoacutexicos ou adubos minerais tem aumentado vertiginosamente em
todo o mundo Alguns dados indicam que esse segmento cresce anualmente cerca de
20 nos Estados Unidos 40 na Europa e 50 no Brasil e para comprovar tais
iacutendices basta verificar a proliferaccedilatildeo das feiras de produtores ecoloacutegicos nas cidades o
aumento dos espaccedilos para esses produtos nas gocircndolas das grandes redes de
supermercados e os movimentos ambientalistas e de consumidores que buscam uma
alimentaccedilatildeo mais saudaacutevel (Schiedeck 2002)
Sem duacutevida antes de tudo cabe salientar que a crise atual evidencia o equiacutevoco da
adoccedilatildeo de um modelo de produccedilatildeotransformaccedilatildeo que natildeo tem outra ambiccedilatildeo que natildeo a
de se adaptar agrave globalizaccedilatildeo Cabe a consideraccedilatildeo feita por Dufour (1999) de que o
mercado natildeo eacute uacutenico e monoliacutetico e portanto a produccedilatildeo social da qualidade natildeo
significa mais do mesmo (a adaptaccedilatildeo do que jaacute natildeo serve)
Na realidade pode-se identificar claramente dois mercados de natureza
fundamentalmente oposta que segundo Gomes amp Borba (2000) satildeo o de produtos
baacutesicos (leite cereais carnes brancas e vermelhas) e o de produtos elaborados
socialmente e de grande valor agregado por serem justos socialmente O mercado
mundial dos produtos baacutesicos eacute alimentado pelos excedentes agriacutecolas de grandes
produtores (Uniatildeo Europeacuteia Estados Unidos e Canadaacute) tambeacutem a soja e carne de
frango brasileira e o trigo argentino e os preccedilos nesses mercados satildeo extremamente
baixos e permaneceratildeo assim por muito tempo segundo relatos recentes do Banco
Mundial
Para produzir a preccedilos tatildeo baixos eacute necessaacuterio lanccedilar matildeo de todo tipo de
artifiacutecio como os hormocircnios os organismos geneticamente modificados as farinhas
animais esquecendo o meio ambiente e convivendo com exploraccedilotildees gigantescas
concentraccedilatildeo na posse da terra e com uma minoria de beneficiaacuterios dos programas de
ajuda puacuteblica os agromanagers (Gomes amp Borba 2000)
O mercado de produtos elaborados e de valor agregado obedece a outras regras
Mesmo que os agricultores busquem a maximizaccedilatildeo da produtividade natildeo se enfrentam
diretamente A produccedilatildeo ocorre em zonas geograacuteficas bem definidas e permite valorizar
o ldquosavoir-fairerdquo ou ldquoknow-howrdquo (em outras palavras natildeo necessariamente mas o
conhecimento ldquotradicionalrdquo) contribuindo para uma verdadeira economia local Esta eacute a
9
agricultura que ao mesmo tempo produz gera e preserva empregos Para caminhar ateacute
ela eacute necessaacuteria uma ampla alianccedila entre agricultores consumidores e movimentos
sociais para frear esta forma de ditadura dos mercados fonte do poder das
transnacionais agro-alimentares e quiacutemicas (Dufour 1999)
Por outra parte o mercado natildeo eacute linear e abstrato como querem fazer crer A
produccedilatildeo e o consumo sempre estaratildeo localizados e seratildeo realizados por produtores e
consumidores concretos isto permite falar em convenccedilatildeo ou negociaccedilotildees onde a
qualidade seja considerada na originalidade no bem comum ou na confianccedila entre pares
e colada aos produtos ainda mais quando se trata de alimentos Isto soacute seraacute possiacutevel
no local (sem ignorar o global) e levando em conta indicaccedilotildees como denominaccedilatildeo
ou indicaccedilatildeo de origem de processo ou de qualidade etc relacionados agraves
especificidades dos produtos o que tambeacutem deve ser objeto de negociaccedilatildeo para cada
lugar (eacute preciso lembrar que a participaccedilatildeo e as relaccedilotildees interpessoais satildeo determinantes
ao longo do processo) A produccedilatildeo social da qualidade eacute vista como estrateacutegia que
adquire sentido se considerada para o espaccedilo da Agricultura Familiar onde ainda eacute
possiacutevel estabelecer laccedilos de solidariedade entre produtores e consumidores (Gomes amp
Borba 2000)
De acordo com DrsquoAgostini amp Fantini (2002) tanto ou mais do que compreender a
dinacircmica de processos dos quais resultam produtos interessantes eacute compreender e
humanizar a dinacircmica de interesses sobre esses processos e produtos Os mesmos
autores dizem ainda que natildeo seria a solidariedade humana (a virtude pressuposta) que
emerge em especial na produccedilatildeo agroecoloacutegica mas sim a emergecircncia da rica
propriedade humana a generosidade que permite praticaacute-la em qualquer relaccedilatildeo entre
os homens
22 A cultura da cebola (Alliunt cepa L) e sua importacircncia
A cultura da cebola foi introduzida pelos accedilorianos no Brasil no seacuteculo XVIII nos
municiacutepio de Mostardas Rio Grande e Satildeo Joseacute do Norte no Estado do Rio Grande do
Sul (Garcia 1990) sendo a terceira hortaliccedila de maior importacircncia econocircmica para o
paiacutes (ICEPA 2003) Nas regiotildees Sul e Sudeste a cebolicultura constitui-se em atividade
socioeconocircmica de significativa relevacircncia para os Estados de Satildeo Paulo Santa
10
Catarina e Rio Grande do Sul nos quais se concentram mais de 76 da produccedilatildeo
nacional (Debarba et a i 1998)
A mais importante regiatildeo produtora do Rio Grande do Sul estaacute situada no litoral
Sul englobando os municiacutepios de Rio Grande Tavares Satildeo Joseacute do Norte e Mostardas
(Garcia 1997) e segundo ICEPASC (2003) esses quatro municiacutepios respondem por
cerca de 70 da produccedilatildeo de cebola do RS
Timm (2000) cita que cerca de 16000 famiacutelias rurais no Rio Grande do Sul tem
na cultura da cebola o seu principal meio de subsistecircncia No Municiacutepio de Satildeo Joseacute do
Norte a produccedilatildeo de cebola constitui uma atividade econocircmica quase exclusiva onde a
descapitalizaccedilatildeo dos agricultores ocasionou o abandono do meio rural por muitos deles
que acabaram por estabelecerem-se na periferia da zona urbana (Garcia 1997)
Aleacutem da descapitalizaccedilatildeo do produtor ocorrem problemas como a erosatildeo do solo
que segundo Zabaleta (1998) ocorre principalmente devido agrave accedilatildeo dos ventos fortes e
constantes caracteriacutesticos na regiatildeo sul-litoracircnea bem como a topografia plana e os
solos muito arenosos com lenccediloacuteis freaacuteticos superficiais contribuem para o
empobrecimento dos solos da regiatildeo principalmente ao se comparar com outras aacutereas
onde a cebola participa de sistemas produtivos juntamente com a produccedilatildeo leiteira o
arroz e hortaliccedilas diversas (Timm 2000)
221 Caracteriacutesticas agronocircmicas da cebola
A cebola eacute uma aliaacuteceae a planta eacute tenra atinge 60 cm de altura e apresenta folhas
tubulares e cerosas O caule verdadeiro eacute um disco comprimido na base da planta de
onde partem as folhas e raiacutezes que satildeo fasciculadas pouco ramificadas explorando um
volume de solo equivalente a um cilindro com 60 cm de altura e 25 cm de diacircmetro
(Filgueira 2000)
Cada planta apresenta 20 a 200 raiacutezes normalmente espessas (05 a 1 mm de
diacircmetro) e com pouca ramificaccedilatildeo e poucos pecirclos absorventes O crescimento eacute
vertical estendendo-se de 40 a 80 cm de profundidade Poucas raiacutezes ocupam mais de
15 cm do raio em tomo do bulbo Estas caracteriacutesticas tecircm implicaccedilotildees peculiares
quanto acirc localizaccedilatildeo e ao suprimento de nutrientes (Quanto menor o diacircmetro e maior a
ocorrecircncia de pecirclos absorventes maior seraacute a superfiacutecie de raiacutezes e consequumlentemente a
absorccedilatildeo de nutrientes (Magalhatildees 1993)
11
A fase vegetativa do ciclo da planta termina com o amadurecimento do bulbo
todavia trata-se de uma planta bienal considerando acirceu ciclo vital completo isto eacute da
semeadura ateacute a produccedilatildeo de novas sementes Apoacutes um periacuteodo invemal sob baixas
temperaturas haacute emissatildeo de um pendatildeo floral que pode alcanccedilar 150 cm de altura
terminando por uma inflorescecircncia tipo umbela simples inicialmente recoberta por
uma peliacutecula formada por centenas de pequenas flores (Filgueira 2000)
Segundo Clivela (1995) os fatores climaacuteticos de modo geral natildeo satildeo limitantes
para a produccedilatildeo de bulbos de cebola no Rio Grande do Sul Filgueira (2000) enfatiza
que no Brasil eacute uma das raras culturas oleraacuteceas nas quais o fotoperiacuteodo pode tornar-se
o fator limitante ocorrendo frustraccedilotildees da colheita caso as exigecircncias da planta natildeo
sejam satisfeitas
222 A produccedilatildeo de mudas de hortaliccedilas
As mais importantes modificaccedilotildees no sistema de produccedilatildeo nos uacuteltimos anos tecircm
sido feitas na produccedilatildeo de mudas Hoje eacute uma realidade os produtores se
especializarem em produzir mudas principalmente no Estado de Satildeo Paulo Para tanto
se busca atraveacutes da pesquisa as melhores fontes e combinaccedilotildees de substratos associados
ao sistema de produccedilatildeo conveniente para cada espeacutecie a fim de se obter melhorias na
propriedade no solo e na Olericultura (Giorgetti 1991)
O sistema agroecoloacutegico torna-se importante uma vez que a base da Horticultura
moderna eacute a produccedilatildeo de mudas de alta qualidade (Minami1995) a produccedilatildeo de mudas
de hortaliccedilas tem sido citada como a etapa mais importante do sistema produtivo (Silva
Junior et al 1995) Segundo Filgueira (2000) nesta fase natildeo se pode cometer erros
pois posteriormente seraacute mais difiacutecil de corrigi-los visto que para o cultivo da cebola a
muda refletiraacute na qualidade do bulbo
As mudas de hortaliccedilas podem ser consideradas tolerantes e natildeo tolerantes ao
transplante e dependem principalmente das condiccedilotildees ambientais necessitando de
cuidados No caso da cebola como satildeo produzidas com raiz nua os cuidados devem ser
maiores pois dependendo do estado em que se encontram mais ou menos susceptiacuteveis
aos estresses quando em contato com o campo podem resultar em desastre (Minami
1999)
A quantidade de nutrientes extraiacuteda pelas hortaliccedilas durante a fase de muda varia
em funccedilatildeo da espeacutecie da variedade ou da cultivar e do prazo necessaacuterio para a formaccedilatildeo
13
O composto humificado ou curado eacute rico em nutrientes que passaram parcialmente
da forma orgacircnica para a forma mineral assimilaacutevel pelas raiacutezes e com maior teor
coloidal que atua como fertilizante e eacute responsaacutevel pela capacidade melhoradora do
solo (Barreto 1985)
Uma das principais alternativas em termos de adubaccedilatildeo orgacircnica eacute o
vermicomposto Ele eacute um adubo orgacircnico estaacutevel rico em nutrientes inodoro de
coloraccedilatildeo escura obtido a partir da atividade das minhocas que potencializam a mateacuteria
prima utilizada no processo (principalmente esterco de bovino) proporcionando
diversos benefiacutecios para as plantas (Timm 2000)
231 Efeitos da adubaccedilatildeo orgacircnica no solo
O solo funciona como um organismo vivo em 1 grama de solo saudaacutevel vive uma
comunidade bioloacutegica de aproximadamente 1 0 0 0 0 espeacutecies diferentes como minhocas
larvas besouros colecircmbolos aacutecaros algas bacteacuterias e fungos Estes organismos
necessitam de alimentos para viver principalmente carbono e nitrogecircnio que estatildeo
presentes na palhada das culturas e no esterco de animais Em funccedilatildeo disso eacute
importante que o solo tenha um determinado teor de mateacuteria orgacircnica para fornecer os
alimentos e energia que os microacutebios precisam para viver (Paulus et al 2001)
O homem atraveacutes dos diferentes sistemas de preparo do solo e cultivos contiacutenuos
ou natildeo altera o comportamento do mesmo em relaccedilatildeo agraves reaccedilotildees quiacutemicas
propriedades fiacutesicas como capacidade de retenccedilatildeo de aacutegua lixiviaccedilatildeo de nutrientes
erosatildeo e como consequumlecircncia afeta a qualidade de organismos presentes no solo (Brady
1999) reduzindo paulatinamente o teor de mateacuteria orgacircnica (Primavesi1982)
Nos uacuteltimos anos tem-se observado em diferentes paiacuteses a ampliaccedilatildeo do uso de
adubos orgacircnicos Alguns apresentam oacutetimos resultados enquanto outros se mostram
tecnicamente inadequados Os principais adubos orgacircnicos encontrados no mercado satildeo
fertilizantes orgacircnicos de origem animal compostos de lixo urbanos compostos de
produtos industriais e huacutemus de minhoca Nestes fertilizantes estatildeo presentes a maioria
dos macronutrientes (nitrogecircnio foacutesforo potaacutessio caacutelcio magneacutesio enxofre) e
micronutrientes (zinco cobre boro ferro cobalto)essenciais para as plantas e nem
sempre encontrados em muitos fertilizantes minerais bem como uma gama de
microorganismos que vatildeo beneficiar a fauna e a flora do solo (Brady 1979 Kiehl
1985 Costa 1985 Garcia 1997)
14
Os adubos orgacircnicos satildeo amplamente empregados nos sistemas de produccedilatildeo de
alface como condicionadores do ambiente quiacutemico e fiacutesico da rizosfera e
consequumlentemente na resposta bioloacutegica das plantas (Rodrigues amp Casali 1998)
Considerando as necessidades hortiacutecolas de maior competitividade e o fato de natildeo
ser subsidiada o crescimento populacional e a industrializaccedilatildeo representam fatores
determinantes na geraccedilatildeo diaacuteria de enormes volumes de resiacuteduos podendo ser utilizados
pelos produtores com um maior retomo econocircmico possiacutevel Ao mesmo tempo a
questatildeo ambiental assume cada vez mais destaque na sociedade moderna repercutindo
em poliacuteticas governamentais bem como no setor produtivo do paiacutes e do mundo
fazendo com que a relaccedilatildeo do homem com a natureza seja repensada (Morselli 2001)
232 Efeitos da adubaccedilatildeo orgacircnica nas culturas
Segundo Paulus et al (2001) a mateacuteria orgacircnica tambeacutem eacute fonte de nutrientes
especialmente nitrogecircnio foacutesforo enxofre e micronutrientes aleacutem disso tem
capacidade de ldquoprenderrdquo micronutrientes e alguns elementos toacutexicos para as plantas
como o alumiacutenio Por exemplo os micronutrientes depois de presos satildeo liberados
lentamente no solo onde satildeo gradativamente aproveitados pelas plantas
O uso dos fertilizantes minerais elevam o custo de produccedilatildeo pois satildeo necessaacuterias
altas doses para o fornecimento dos teores de nutrientes demandados Por isso eacute
importante a geraccedilatildeo de tecnologias que poupem o consumo de fertilizantes minerais
desejaacutevel com vista agrave diminuiccedilatildeo do custo de produccedilatildeo (Rodrigues 1984) A produccedilatildeo
de hortaliccedilas sob a orientaccedilatildeo agroecoloacutegica leva em consideraccedilatildeo natildeo apenas os custos
de produccedilatildeo como tambeacutem a dependecircncia dos insumos principalmente quando se
considera a ldquoteoria da trofobioserdquo pelos efeitos maleacuteficos que os nutrientes prontamente
assimilaacuteveis podem causar as plantas (Chaboussou 1987)
Para Compagnoni amp Putzolu (1985) o vermicomposto eacute um autecircntico fertilizante
bioloacutegico que atua como corretivo do solo determinando caracteriacutesticas importantes
para a microflora pelos aacutecidos huacutemicos e as substacircncias fitoestimulantes Os autores
consideram ainda que as dejeccedilotildees das oligoquetas proporcionam a formaccedilatildeo de huacutemus
permitindo melhorar o solo razatildeo pela qual satildeo destinados agrave horticultura com oacutetimas
vantagens fiacutesicas e microbioloacutegicas enriquecendo a camada araacutevel
Em experimentos desenvolvidos durante cinco anos para avaliar o efeito da
aplicaccedilatildeo de compostos eou adubos nas culturas de alface manjericatildeo espinafre e
15
pepino Valenzuela amp Crosby (1998) compararam as produccedilotildees obtidas com composto
e a fertilizaccedilatildeo padratildeo e concluiacuteram que a utilizaccedilatildeo do composto em 20 Mg ha 1 mais
N-quiacutemico foi o melhor tratamento em todas as culturas estudadas
233 Plantas de cobertura do solo
As plantas mais usadas para adubaccedilatildeo de cobertura do solo satildeo as leguminosas
pois estas tecircm a capacidade de fixar o nitrogecircnio atmosfeacuterico e disponibiliza-lo agrave
cultura Primavesi (1992) cita que utilizando-se mucuna ervilhaca feijatildeo-de-porco
feijatildeo-miuacutedo crotalaacuteria e outras natildeo haacute necessidade de utilizar tanto nitrogecircnio em
cobertura embora natildeo se dispense uma calagem mais frequumlente pois ocorre um pouco
de acidificaccedilatildeo no solo como com qualquer adubaccedilatildeo nitrogenada Segundo a mesma
autora algumas leguminosas tecircm a capacidade de mobilizar o foacutesforo como o caupi
(feijatildeo-miuacutedo) outras mobilizam o caacutelcio como tremoccedilo
Para Brady (1999) a adubaccedilatildeo verde traz grandes benefiacutecios como suprimento de
mateacuteria orgacircnica sendo consideraacutevel a quantidade de resiacuteduos orgacircnicos devolvidos ao
solo adiccedilatildeo de nitrogecircnio nutrientes e conservaccedilatildeo do solo
Calegari (1998) comenta que quanto aos aspectos fiacutesicos os resiacuteduos tendem a
contribuir para uma melhoria da estrutura do solo percebida pelo aumento da
estabilidade dos agregados em aacutegua aumento da capacidade de retenccedilatildeo hiacutedrica
elevaccedilatildeo dos iacutendices de infiltraccedilatildeo de aacutegua no solo aumento da porosidade melhor
aeraccedilatildeo e diminuiccedilatildeo da densidade do solo
De acordo com Timm (2000) o papuatilde eacute uma excelente alternativa como cobertura
de solo para o cultivo miacutenimo da cebola pois na eacutepoca do transplante das mudas seu
ciclo vegetativo estaacute completo natildeo necessitando o dessecamento outra vantagem eacute que
o papuatilde apresenta bom controle com relaccedilatildeo agraves plantas invasoras da cebola reduzindo
ao longo dos anos o nuacutemero de capinas e a aplicaccedilatildeo de herbicidas
234 Adubaccedilatildeo foliar
Segundo Malavolta (1981) a utilizaccedilatildeo da adubaccedilatildeo foliar eacute complemento da
adubaccedilatildeo de solo natildeo substituto da mesma no que diz respeito ao fornecimento de
nitrogecircnio foacutesforo e potaacutessio para as culturas Da mesma maneira que as raiacutezes podem
perder para o solo parte dos elementos absorvidos as folhas tambeacutem o fazem pela accedilatildeo
16
de fatores internos (desordem fisioloacutegica estado nutricional etc) e externos (chuvas
orvalho nutriccedilatildeo do sistema radicular luz temperatura etc)
Para Chaboussou (1987) as plantas adquirem o maacuteximo de resistecircncia bioloacutegica
atraveacutes da nutriccedilatildeo (trofos) equilibrada Obviamente para que isto ocorra eacute necessaacuterio
que o solo esteja em equiliacutebrio dinacircmico o ambiente seja o mais estaacutevel e as plantas
selecionadas ou melhor adaptadas para poderem suportar as alteraccedilotildees extemporacircneas
ocasionadas pelos fenocircmenos meteoroloacutegicos e nas fases fonoloacutegicas criacuteticas do
crescimento e desenvolvimento (Pinheiro amp Barreto 2000)
O lixiviado das folhas enriquece as camadas superiores do solo e tende a
contrabalanccedilar as perdas de zonas mais profundas e mais distantes acumulando-os nas
suas proximidades tambeacutem influencia o nuacutemero e o comportamento dos
microrganismos que por sua vez alteram o processo de gecircnese do solo sua textura e
fertilidade A lixiviaccedilatildeo assim se toma importante no desenvolvimento da sucessatildeo
ecoloacutegica devido agrave ciclagem de elementos (Malavolta 1980)
Conforme Camargo (1975) a utilizaccedilatildeo de adubos foliares substitui parcialmente
a adubaccedilatildeo radicular em 20 a 25 podendo ser utilizada em varias pulverizaccedilotildees
24 Vermicompostagem
E o processo que consiste em se submeter diferentes resiacuteduos orgacircnicos de
origem animal eou vegetal aos processos fermentativos e humificaccedilatildeo adicionando
minhocas do gecircnero Eiseina espeacutecie foetida ao material procurando obter um produto
curado em aproximadamente 45 - 60 dias (Compagnoni amp Putzolu 1985)
A vermicompostagem firmou-se no Brasil como atividade rentaacutevel produzindo
adubo de alta qualidade na deacutecada de 90 Na agricultura brasileira contudo haacute
preferecircncia pelos adubos quiacutemicos em funccedilatildeo de sua aquisiccedilatildeo financiada menor custo
e retomo imediato embora o impacto de seu uso contiacutenuo sobre o solo e os
microorganismos que nele vivem seja negativo (Tagliari amp Grassmann 1995)
Segundo Morselli (2002) a vermicompostagem difere da compostagem
convencional dentre outros pocircr formar substacircncias huacutemicas mais rapidamente ao sofrer
passagem pelo trato digestivo das minhocas A alirdentaccedilatildeo destas satildeo basicamente os
estercos e a disponibilidade desta mateacuteria prima bem como de ambiente protegido para
proceder a compostagem correta deste material satildeo indispensaacuteveis
17
Segundo Kiehl (1985) e Martinez (1990) o vermicomposto apresenta as seguintes
vantagens em relaccedilatildeo a compostagem permite a formaccedilatildeo de um produto curado em
menor espaccedilo de tempo promove a formaccedilatildeo de um material com maior
disponibilidade de nutrientes facilita o peneiramento natildeo havendo a necessidade de
revolvimento do material oferece vaacuterias fontes de renda pois aleacutem do huacutemus fornece
minhocas e raccedilatildeo e quando aplicado ao solo tende a melhorar as propriedades fiacutesicas
quiacutemicas e bioloacutegicas
241 Resiacuteduos utilizados na vermicompostagem
2411 Resiacuteduos de origem animal
Segundo Bureacutes (1997) o esterco eacute uma mistura de fezes urina e camas que
podem estar constituiacutedas de palhas folhas secas serragem turfa casca de arroz e ateacute
terra Esse apresenta pH neutro e densidade que varia de 030 a 090 Kg dm3 segundo
seu estado de decomposiccedilatildeo Eacute influenciado por vaacuterios fatores como espeacutecie animal
raccedila idade alimentaccedilatildeo material utilizado como cama e tratamento da mateacuteria-prima
esterco (Kiehl 1985) Dentre os fatores apontados um dos mais importantes eacute a
alimentaccedilatildeo do animal quanto mais rica a alimentaccedilatildeo mais rica seraacute as dejeccedilotildees
(Gnoatto 1999) O volume de bacteacuterias vivas ou mortas encontradas no esterco
representam 20 a 30 do total delas se originam grande parte do nitrogecircnio sob a
forma de proteiacutena (Morselli 2002)
A origem do material utilizado para a produccedilatildeo de vermicomposto eacute fundamental
pois soacute uma mateacuteria-prima de qualidade resultaraacute em um produto final de boa qualidade
Dentre os estercos o de aves eacute empregado empiricamente na adubaccedilatildeo de culturas
permanente ou natildeo com excelentes resultados apesar de sua simples composiccedilatildeo
meacutedia 2 de nitrogecircnio 2 de foacutesforo como P2 0 5 e 1 de K2 0 Poreacutem haacute uma
grande variaccedilatildeo na sua constituiccedilatildeo a qual dependeraacute do manejo animal atraveacutes das
camas finalidade da criaccedilatildeo e natureza das camas (Morselli 2002)
2412 Resiacuteduos de origem vegetal
A mateacuteria orgacircnica pode ser preservada no solo por vaacuterios processos seja pela
simples incorporaccedilatildeo de resiacuteduos de culturas rotaccedilatildeo de culturas adubaccedilatildeo verde ou
18
pela adiccedilatildeo de materiais orgacircnicos capazes de elevar e manter a produtividade do solo
Da decomposiccedilatildeo dos resiacuteduos orgacircnicos adicionados ao solo resulta a liberaccedilatildeo de
grande quantidade de nutrientes principalmente o nitrogecircnio o potaacutessio e o enxofre
Aleacutem disso diversos atributos quiacutemicos e fiacutesicos do solo satildeo alterados pela
decomposiccedilatildeo desses resiacuteduos destacando-se o aumento da capacidade de troca de
caacutetions o aumento da retenccedilatildeo de aacutegua a melhoria da estabilidade dos agregados e da
aeraccedilatildeo (Fraser1963 Malavolta 1981 Mello et al 1983 Bonilla 1992)
Segundo Purcino (1981) quando a relaccedilatildeo CN eacute menor que 30 como no caso do
esterco de curral ou da palha de leguminosas a disponibilidade de nitrogecircnio eacute
imediata mas acima deste valor ocorre imobilizaccedilatildeo crescente deste nutriente Por esse
motivo estes materiais devem ser submetidos a uma degradaccedilatildeo bioloacutegica antes de
serem adicionados ao solo
25 Biofertilizantes
No Brasil ocorrem problemas crescentes com materiais derivados de sistemas
intensivos de criaccedilatildeo animal que acumulam resiacuteduo^ orgacircnicos com graves problemas
de contaminaccedilatildeo de cursos de aacutegua que na maioria das vezes se acumulam em um
uacutenico lugar e natildeo satildeo reciclados (Viglizzo 1995)
Visando amenizar tais situaccedilotildees os meacutetodos alternativos de adubaccedilatildeo controle de
doenccedilas pragas e plantas indesejaacuteveis tecircm sido muito estudado Dentro dessa linha de
pesquisa destaca-se o uso de mateacuteria orgacircnica atraveacutes tanto de sua incorporaccedilatildeo ao
solo como de sua transformaccedilatildeo para uso posterior na forma de biofertilizantes
(Khatounian 1997 Bettiol et al 1997)
Na complexa e elevada comunidade microbiana dos biofertilizantes encontram-se
bacteacuterias fungos leveduriformes filamentosos e actinomicetos (Bettiol apud Penteado
1999)
O agregado de macro e micronutrientes periodicamente ativa e enriquece a
fermentaccedilatildeo O uso de farinha de rocha tem sido vantajoso por ter baixo custo
comparado com os sais concentrados e purificados aleacutem de trazer alguns elementos
traccedilos de vital importacircncia para os microrganismos do solo como por exemplo o Gaacutelio
o Iodo e o Vanaacutedio (M1BASA 199-) O agregado de farinha de rocha ou sais
purificados ao fermentado faz com que estes nutrientes passem a fazer parte dos
microrganismos ou dos produtos orgacircnicos liberados durante a fermentaccedilatildeo sendo que
19
o ataque dos microrganismos atraveacutes de suas enzimas consegue liberar os elementos natildeo
atacados pelos aacutecidos industriais (Pinheiro amp Barreto 2000)
Os biofertilizantes tecircm sido empregados na agricultura ecoloacutegica como adubo
foliar para aumentar a resistecircncia contra pragas e doenccedilas Aleacutem disso o processo de
produccedilatildeo eacute bastante simples e por isso eacute viaacutevel sua produccedilatildeo na propriedade desde que
tenha esterco disponiacutevel (Penteado 1999)
Bettiol et al (1997) verificaram a presenccedila de diferentes espeacutecies de fungos
fiacutelamentosos e leveduriformes e bacteacuterias entre elas Bacillus spp na comunidade
microbiana do biofertilizante produzido segundo meacutetodo adotado pelo Centro de
Agricultura Ecoloacutegica Ipecirc Os autores verificaram ainda uma reduccedilatildeo da comunidade
microbiana ao longo da digestatildeo reduccedilatildeo essa mais acentuada logo apoacutes o acreacutescimo
dos sais contendo micronutrientes A accedilatildeo dos sais pode ser tanto por aumento na
pressatildeo osmoacutetica quanto pelo efeito direto sobre os microrganismos Para o controle de
doenccedilas de plantas satildeo importantes a presenccedila dos metaboacutelitos produzidos pelos
organismos presentes no biofertilizante e os proacuteprios microrganismos vivos
Os microrganismos transformam o material orgacircnico (esterco soro de leite caldo
de frutas palhas restos industriais etc) e cinzas produzindo vitaminas aacutecidos e sais
complexos importantes para regular e tonificar o metabolismo das plantas impedindo o
desenvolvimento de pragas e doenccedilas (Pinheiro amp Barreto 2000)
Em estudos feitos com o biofertilizante liacutequido de bovinos foi observado a
presenccedila de inuacutemeros microorganismos como bacteacuterias leveduras e bacilos
principalmente do Bacillus subtilis Estes microorganismos sintetizam substacircncias
antibioacuteticas as quais demonstram ter grande accedilatildeo e eficiecircncia como substacircncias
fungiostaacuteticas e bacteriostaacuteticas de fitopatoacutegenos causadores de danos em lavouras
comerciais (Penteado 1999)
Aldrighi et al (2002) realizaram trabalho na UFPel relacionado agrave nutriccedilatildeo de
mudas de tomate (Floradade) produzidas no sistema ldquofloatingrdquo Utilizaram-se doses de
0 2 5 e 10 para o biofertilizante Super Magro e 0 e 1 para a urina de vaca
Concluiacuteram que estes natildeo interferem na produccedilatildeo das mudas e que provavelmente foi
influenciado pelo substrato utilizado (vermicomposto 75 e casca de arroz carbonizada
25) bem como o sistema de produccedilatildeo (floating)
Paglia et al (2002) citam que eacute possiacutevel produzir mudas de tomate (cultivar
Floradede) utilizando urina de vaca e biofertilizante Super Magro na aacutegua em sistema
ldquofloatingrdquo em trabalho realizado na UFPel O uso da urina de vaca a 1 e 5 e
20
biofertilizante Super Magro a 6 proporcionam uma elevaccedilatildeo do foacutesforo bem como o
Super Magro a 6 eleva os teores de Mg e Ca na aacutegua
251 Urina de vaca
As urinas de vaca contecircm nutrientes favoraacuteveis ao bom desenvolvimento das
plantas como potaacutessio soacutedio nitrogecircnio enxofre magneacutesio caacutelcio foacutesforo e traccedilos de
outros elementos Nas plantas funciona como um fertilizante natural tomando-as mais
resistentes ao ataque das pragas e doenccedilas Satildeo encontradas tambeacutem na urina outras
substacircncias como fenoacuteis e principalmente o catecol que esta associado agrave recuperaccedilatildeo
de plantas atacadas por fitopatoacutegenos por ser um produto anti-seacuteptico (Penteado 1999)
Para seu emprego a urina receacutem coletada deve ser armazenada sob condiccedilotildees
ambientais por trecircs dias para que se forme amocircnio importante produto a ser absorvido
pelas plantas Recomenda-se ainda que o armazenamento deva ser feito em recipiente
fechado para que natildeo ocorram perdas de nitrogecircnio Desta forma poderaacute permanecer
por ateacute um ano sem comprometer sua eficiecircncia
Em hortaliccedilas o uso da urina de vaca eacute recomendado em pulverizaccedilotildees foliares
semanais na concentraccedilatildeo de 05 para tomateiro pimentatildeo pepino feijatildeo vagem e
couve ou quinzenais a 1 para as culturas do quiabeiro jiloeiro e berinjela Para
fruteiras em geral a primeira aplicaccedilatildeo deve ser na concentraccedilatildeo aproximada de 5
realizada diretamente no solo e mensalmente devem ser realizadas pulverizaccedilotildees
foliares a 1 para plantas jovens e a 5 para plantas adultas (Penteado 1999)
Na aplicaccedilatildeo foliar deve-se ter cuidado com folhas e brotos novos e considerar que
o uso contiacutenuo pode ser toacutexico podendo afetar o solo causando a sua acidificaccedilatildeo
(Penteado 1999)
Na Estaccedilatildeo Experimental da PESAGRO no municiacutepio de Macaeacute Rio de Janeiro
estaacute se utilizando a urina de vaca leiteira Os pesquisadores descobriram que a urina de
vaca em lactaccedilatildeo produzia o efeito de recuperar plantas de abacaxi atacadas por uma
doenccedila conhecida como ldquofusairioserdquo Essa doenccedila quando ataca o abacaxi causa
perdas de ateacute 70 da safra Todos os agrotoacutexicos testados natildeo conseguiram controlar a
doenccedila Isto eacute um exemplo para que a universidade tenha uma nova percepccedilatildeo (Capra
1996) adotando medidas efetivas que contribuam na transiccedilatildeo agroecoloacutegica Com o
uso da urina de vaca leiteira numa lavoura de abacaxi atacada pela fusariose observou-
se agrave recuperaccedilatildeo do stand e os frutos produzidos apresentaram excelente padratildeo
21
comercial Descobriu-se que aleacutem funcionar como adubo e defensivo natural a urina de
vaca leiteira tambeacutem favorece a floraccedilatildeo de muitas plantas e pode ser usada no
tratamento de frutos e tubeacuterculos depois da colheita
A urina de vaca em lactaccedilatildeo tambeacutem estaacute sendo usada nas lavouras de cafeacute em
plantaccedilotildees de maracujaacute coco alface e outras hortaliccedilas Na regiatildeo centro-sul do Paranaacute
os agricultores estatildeo aplicando a urina de vaca leiteira nas lavouras de feijatildeo soja
batata cebola e milho (Penteado 1999)
252 Alhol
A maioria dos defensivos alternativos tais como calda bordalesa sulfocaacutelcica
aacutegua de cinza e cal biofertilizante enriquecido extrato de fumo entre outros precisa
ser misturada com um espalhante adesivo para quebrar a tensatildeo superficial da gota e
propiciar um melhor molhamento das folhas e demais partes pulverizadas assegurando
uma absorccedilatildeo mais efetiva e uma melhor accedilatildeo sobre as pragas e doenccedilas Quando as
gotas permanecem inteiras sobre a superfiacutecie folhar devido agrave falta de espalhante
adesivo pode-se danificar os tecidos vegetais pelc efeito-lente quando o sol incide
sobre elas Aleacutem disso a gota por natildeo se espalhar sobre toda superfiacutecie folhar
concentra nela e consequumlentemente sobre o tecido que estaacute em contato com ela uma
quantidade maior do produto aplicado Essa maior concentraccedilatildeo pode prejudicar a
absorccedilatildeo e lesionar os tecidos principalmente apoacutes a evaporaccedilatildeo da aacutegua contida na
gota por resultar em uma maior concentraccedilatildeo de sais no local especialmente quando se
aplicam por exemplo calda sulfocaacutelcica bordalesa biofertilizante enriquecido com
macro e micronutrientes (Claro 2001)
O alhol eacute um espalhante adesivo ecoloacutegico que tambeacutem auxilia no controle de
pragas E elaborado com aacutegua alho oacuteleo vegetal e sabatildeo neutro a partir da sabedoria
popular que menciona o alho como repelente de insetos Juacutenior Abreu amp Maiorano
(199-) indicam formulaccedilotildees contendo alho para o controle de pragas como nematoacuteides
(Meloidogyne incoacutegnita e M javanica) mosca do chifre lagarta na maccedilatilde pulgotildees
besouro da batata trips e para controle de doenccedilas fuacutengicas e bacterianas como miacuteldio
ferrugem fusariose helminthosporiose murchadeira (Pseudonamos solacearum)
bruzone do arroz (Pyricularia orysae) podridatildeo negra do repolho e couve-flor
(Xanthomonas campestris) Aleacutem disso o alho pelo seu bom teor em oacuteleo pode agir
tambeacutem como espalhante adesivo O sabatildeo tambeacutem eacute indicado como espalhante adesivo
22
e possui accedilatildeo contra certas pragas (pulgotildees) sendo que o oacuteleo vegetal eacute indicado no
controle de cochonilhas e usado como espalhante adesivo (Claro 2001)
253 Calda Bordalesa
A calda bordalesa eacute um tradicional defensivo agriacutecola que pode ser preparado na
propriedade com a mistura de sulfato de cobre cal virgem e aacutegua As concentraccedilotildees de
sulfato de cobre e cal satildeo distintas dependendo do objetivo do seu emprego
Geralmente diferem de acordo com o tipo de planta ou espeacutecie vegetal as condiccedilotildees
climaacuteticas o grau de infestaccedilatildeo da doenccedila e a fase de crescimento da planta Eacute indicada
para o controle de miacuteldio alternaacuteria botrytis e antracnose (Penteado 1999)
A calda bordalesa caracteriza-se pela sua importante accedilatildeo no controle de diversas
doenccedilas fungicas nas mais diversas espeacutecies de culturas Possui tambeacutem uma relativa
accedilatildeo bactericida e em alguns casos age como repelente de insetos Da mistura do
sulfato de cobre com a cal resulta uma soluccedilatildeo rica em macronutrientes e
micronutrientes Provavelmente os expressivos resultados obtidos com a aplicaccedilatildeo da
calda bordalesa devam-se natildeo somente a sua accedilatildeo fuacutengica e bactericida mas sobretudo
agrave influecircncia positiva que exerce no metabolismo das plantas ativando o processo
enzimaacutetico e estimulando a proteossiacutentese aumentando a resistecircncia das plantas (Claro
2 0 0 1 ) caracteriacutestica fundamental na agricultura sustentaacutevel
254 Biofertilizante Super Magro
A calda Super Magro eacute produto da fermentaccedilatildeo de estercos animais enriquecidos
por micronutrientes e outros produtos de origem animal obtendo-se uma calda
biofertilizante para aplicaccedilatildeo foliar nas plantas (Penteado 1999) jaacute foram observados
bons resultados principalmente nas culturas de uva maccedila pecircssego tomate batata e
hortaliccedilas em geral
E indicado como fonte suplementar de micronutrientes para as plantas inibidor
de fungos e bacteacuterias causadores de doenccedilas e para aumentar a resistecircncia contra insetos
e aacutecaros (Penteado 1999) i
Muller (1999) avaliou a influecircncia do biofertilizante Super Magro sobre as
culturas de tomate (Lycopersicon esculentum Mill) ervilha (Pisum sativum L) e
beterraba (Beta vulgaris L) O autor obteve cultivos com baixa severidade de doenccedilas e
23
insetos fitoacutefagos possivelmente por causa do manejo orgacircnico de produccedilatildeo Os
resultados das pulverizaccedilotildees das soluccedilotildees foliares variaram conforme a cultura e o
clima
255 Biofertilizante MB4
A utilizaccedilatildeo das farinhas de rochas eacute uma das teacutecnicas mais modernas usadas nos
uacuteltimos anos na agricultura O elevado nuacutemero de nutrientes contidos no MB4 como
cobre zinco manganecircs cobalto soacutedio alumiacutenio silicatos de magneacutesio ferro e caacutelcio
acompanhado de foacutesforo potaacutessio e enxofre reagem com a soluccedilatildeo do solo liberando
elementos essenciais ao desenvolvimento da vida microbiana os quais exercem um
papel fundamental atraveacutes de transformaccedilotildees quiacutemicas e do equiliacutebrio bioloacutegico
favorecendo o desenvolvimento sadio das plantas (Pinheiro amp Barreto 2000)
24
3 MATERIAL E MEacuteTODOS
31 Local de execuccedilatildeo do experimento
O presente trabalho foi conduzido no Centro de Pesquisa da Regiatildeo Sul
(FEPAGROSUL) no municiacutepio de Rio Grande nlt periacuteodo de 15 de maio a 26 de
agosto de 2 0 0 2
O solo eacute classificado como ldquoTuiardquo satildeo muito arenosos As massas aquaacuteticas do
Oceano Atlacircntico e Lagoa dos Patos influenciam ventos temperatura pressatildeo umidade
relativa e demais fatores climaacuteticos A topografia da regiatildeo litoracircnea eacute plana com
lenccediloacuteis freaacuteticos superficiais
32 Anaacutelise estatiacutestica
O experimento foi constituiacutedo em fatorial 3X3 (Quadro 1) com quatro repeticcedilotildees
no delineamento blocos ao acaso As variaacuteveis respostas foram submetidas agrave anaacutelise de
variaccedilatildeo e ao teste de Duncan a 5 de probabilidade para comparaccedilatildeo das meacutedias
utilizando-se o sistema SANEST (Zonta amp Machado 1984)
As anaacutelises estatiacutesticas das variaacuteveis estudadas encontram-se nos Apecircndices C D
Os resultados das respostas agronocircmicas e das determinaccedilotildees dos conteuacutedos dos
macronutrientes bem como os de raiz estatildeo nas tabelas de 1 a 3
25
As diferentes adubaccedilotildees seratildeo representadas durante a discussatildeo da seguinte
forma 1 VB (30 t ha 1 de vermicomposto) 15 VB (45 t ha 1 de vermicomposto) e EC
(60 t ha 1 de esterco de curral) 1 VB+SM+U+CB (30 t ha 1 de vermicomposto mais
super magro mais urina de vaca mais calda bordalesa) 15 VB+SM+U+CB (45 t ha 1 de
vermicomposto mais super magro mais urina de vaca mais calda bordalesa)
EC+SM+U+CB (60 t ha 1 de esterco de curral mais super magro mais urina de vaca
mais calda bordalesa) 1 VB+MB4 +U+CB (30 t ha 1 de vermicomposto mais MB4 mais
urina de vaca mais calda bordalesa) 15 VB+MB4 +U+CB (45 t ha 1 de vermicomposto
mais MB4 mais urina de vaca mais calda bordalesa) EC+MB4 +U+CB (60 t ha 1 esterco
de curral mais MB4 mais urina de vaca mais calda bordalesa)
QUADRO 1 Descriccedilatildeo dos fatores experimentais e respectivos niacuteveis
Niacuteveis Fator 1 ADUBACcedilAtildeO DE BASE
0 1 Vermicomposto (30 t ha1)
0 2 Vermicomposto (45 t ha1)
03 Esterco de curral (60 t ha1)
Niacuteveis Fator 2 BIOFERTILIZANTES LIacuteQUIDOS
0 1 Super magro (5) + Urina de Vaca + Calda Bordalesa
0 2 MB4 (10) + Urina de vaca + Calda Bordalesa
03 Ausecircncia (testemunha)
33 Tratamentos
Da combinaccedilatildeo entre niacuteveis e fatores foram obtidos 9 tratamentos que estatildeo
descritos no Quadro 2 bem como as doses de adubaccedilatildeo utilizadas no experimento
26
QUADRO 2 Tratamentos e doses de adubaccedilatildeo utilizadas no experimento
TRATAMENTOS
Ndeg FATOR I FATOR II
0 1 30 t ha de vermicomposto Super magro 5 Urina de vaca Calda Bordalesa
0 2 30 t harsquo de vermicomposto MB4 10 Urina de vaca Calda Bordalesa
03 30 t ha de vermicomposto - - -
04 45 t ha de vermicomposto Super magro 5 Urina de vaca Calda Bordalesa
05 45 t ha de vermicomposto MB4 10 Urina de vaca Calda Bordalesa
06 45 t ha de vermicomposto - - -
07 60 t hade esterco Super Magro 5 Urina de vaca Calda Bordalesa
08 60 t hade esterco MB4 10 Urina de vaca Calda Bordalesa
09 60 t hade esterco - - -
Cada parcela foi constituiacuteda por dois canteiros medindo 1 m de largura x 2 m de
comprimento perfazendo 075 m de aacuterea de aacuterea uacutetil (025 m de bordadura) Foi
utilizando semeadura a lanccedilo com densidade de 24 g canteiro1
O vermicomposto a urina de vaca o esterco de curral o alhol os biofertilizantes e
a calda bordalesa foram de procedecircncia do Centro de Pesquisa da Regiatildeo Sul O
vermicomposto de esterco bovino misturado agraves cascas de frutas foi processado pela
minhoca vermelha califomiana Eisenia foetida)
O biofertilizante Super Magro foi elaborado segundo a metodologia descrita pela
FEPAGROSUL utilizando-se os seguintes componentes 190 litros de aacutegua 22 litros
de leite 55 Kg de accediluacutecar mascavo 30 Kg de esterco fresco de bovinos 2 Kg de
Sulfato de zinco 2 Kg de sulfato de magneacutesio 2 Kg de cloreto de caacutelcio 1 Kg de aacutecido
boacuterico 300 g de sulfato de cobre 300 g de sulfato de ferro 300 g de sulfato de
manganecircs 100 g de molibdato de soacutedio 50 g de sulfato de cobalto 3 Kg de fosfato
natural 3 Kg de cinza e 200 g de farinha de osso
A urina de vaca em lactaccedilatildeo foi coletada pela manhatilde e armazenada em recipiente
fechado por trecircs dias em condiccedilotildees ambientais para que se formasse a amocircnia e natildeo
ocorresse perda de nitrogecircnio
28
Realizaram-se duas capinas manuais durante o experimento e em seguida como
cobertura se colocou casca de arroz Tambeacutem foi aplicado esterco de aves 30 dias antes
da colheita na quantidade de 05 Kg canteiro 1 como adubaccedilatildeo de cobertura
As pulverizaccedilotildees com os produtos iniciaram apoacutes 15 dias da germinaccedilatildeo
Realizou-se sete aplicaccedilotildees sendo que as duas primeiras foram feitas apenas com
Super Magro e MB4 Na terceira e na quarta aplicaccedilatildeo utilizou-se urina de vaca e calda
bordalesa em concentraccedilotildees menores (05 e 025 respectivamente) e na quinta
aplicaccedilatildeo as dosagens de urina de vaca e calda bordalesa foram elevadas para 1 0 e
05 respectivamente ateacute o final do experimento O alhol foi utilizado a partir da
terceira pulverizaccedilatildeo na quantidade de 2 e seguiu ateacute o final no dia 26 de agosto
quando as mudas foram colhidas e posteriormente analisadas as variaacuteveis
35 Observaccedilotildees agronocircmicas
Foram utilizadas 20 mudas de cebola para obtenccedilatildeo das meacutedias das variaacuteveis as
quais foram as seguintes
351 Fitomassa fresca da parte aeacuterea e raiacutezes
Foi realizada atraveacutes de uma balanccedila digital procedendo-se a pesagem de 20
mudas de cebola previamente lavadas e posteriormente secadas durante uma hora sobre
um tecido de algodatildeo agrave temperatura ambiente Processo idecircntico foi adotado com as
raiacutezes
352 Fitomassa seca da parte aeacuterea e raiacutezes
Esta variaacutevel foi obtida a partir da secagem preliminar em estufa de ar forccedilado
durante 48 horas a 65 C ateacute peso constante com posterior pesagem em balanccedila
analiacutetica
353 Altura da muda
A altura de muda foi medida a partir do colo das plantas ateacute sua uacuteltima folha
(ponto de crescimento) com uma reacutegua graduada de 40 cm
29
354 Diacircmetro do colo das plantas
Esta medida foi realizada no ponto de transplante a 2 mm das raiacutezes e utilizando-
se um paquiacutemetro SOMET
355 Sistema radicular
Ao teacutermino do experimento foram retiradas as raiacutezes das mesmas plantas que foram
utilizadas para as determinaccedilotildees realizadas na parte aeacuterea procedendo-se uma amostra
de solo com raiacutezes de 2 0 cm de largura x 2 0 cm de comprimento e 2 0 cm de altura
totalizando 8000 cm3
As raiacutezes apoacutes serem lavadas em aacutegua corrente foram pesadas acondicionadas em
sacos plaacutesticos e congeladas para posteriores anaacutelises pelo meacutetodo de Tennant (1975)
para a determinaccedilatildeo do comprimento e densidade
3551 Comprimento de raiz
Utilizou-se para a determinaccedilatildeo do comprimento de raiz as seguintes foacutermulas
1 = ndeg x 1114 x 1 onde
1 - comprimento de raiz de uma amostra uacutemida de 0 0 2 g
ndeg - nuacutemero de intercessotildees das raiacutezes com os lados da quadriacutecula da malha do
aparelho
1114 - constante
1 - medida lateral da quadriacutecula em cm
Tomando-se a fiacutetomassa seca e o comprimento da raiz da cada amostra
relacionou-se com a fiacutetomassa seca e o comprimento total da raiz da planta aplicando-
se a seguinte equaccedilatildeo
L = (FSR x 1) FSPA onde
L - comprimento total da raiz da planta (m)
FSR - fiacutetomassa seca de raiz
FSPA - fiacutetomassa seca da parte aeacuterea
L - comprimento de raiz de uma amostra uacutemida de 002g
3552 Densidade de raiz
A densidade foi determinada pela foacutermula
D = L 8000 onde
D - densidade de raiacutezes (m cm3)
30
L - comprimento total de raiacutezes (m)
8 0 0 0 - volume da amostra (cm3)
3553 Razatildeo parte aeacutereasistema radicular
Este paracircmetro foi obtido pela equaccedilatildeo
RPASR = FSPA FSR onde
RPASR - razatildeo parte aeacuterea sistema radicular
FSPA - fitomassa seca da parte aeacuterea
FSR - fitomassa seca do sistema radicular
36 Determinaccedilatildeo de macronutrientes no tecido vegetal
Os macronutrientes nitrogecircnio foacutesforo potaacutessio caacutelcio e magneacutesio foram
determinados no laboratoacuterio de Fertilidade e Anaacutelise de Plantas do Departamento de
Solos da UFPel atraveacutes dos meacutetodos descritos por Tedesco amp Gianello (1996)
31
4 RESULTADOS E DISCUSSAtildeO
41 Anaacutelise das variaacuteveis
A anaacutelise da variaccedilatildeo mostrou que houve diferenccedila significativa na interaccedilatildeo entre
os fatores de adubaccedilatildeo de base e biofertilizantes liacutequidos com exceccedilatildeo da variaacutevel altura
de planta para a qual somente a adubaccedilatildeo de base mostrou-se significativa (Apecircndices
C D e E Tabelas 1C 1D e 1E)
411 Anaacutelise da parte aeacuterea
Na Tabela 1 destacaram-se as adubaccedilotildees EC+SM+U+CB EC+MB4 +U+CB e EC
que diferiram significativamente das demais adubaccedilotildees para as variaacuteveis fiacutetomassa
fresca da parte aeacuterea (FFPA) fiacutetomassa seca da parte aeacuterea (FSPA) altura de planta
(AP) e diacircmetro do colo (DC)
32
TABELA 1 Produccedilatildeo de fitomassa fresca e seca (g) da parte aeacuterea altura de planta
(cm) e diacircmetro de colo (mm) de mudas de cebola Petrolini cultivadas
sob uma perspectiva agroecoloacutegica Pelotas-RS 2003
BIOFERTILIZANTES LIacuteQUIDOSADUBACcedilAtildeO S Magro + MB4 +DE BASE Urina + Calda Urina + Calda Testemunha
Bordalesa Bordalesa
30 t ha de vermicomposto 7015 c A45 t halsquo de vermicomposto 7824 b B60 t ha de esterco de curral 12248 a C
30 t ha de vermicomposto 667 c A45 t ha de vermicomposto 752 b A60 t ha de esterco de curral 1150a C
30 t ha de vermicomposto 2975 b A45 t harsquo de vermicomposto 2775 b A60 t ha de esterco de curral 3600 a B
30 t ha de vermicomposto 631 b A45 t ha de vermicomposto 6 2 2 b B60 t ha de esterco de curral 741 a C
-Fitomassa fresca (g)----------------6270 c B 6885 b A8832 b A 6308 c C
15082 a A 13934 a BmdashFitomassa seca (g)----------------
625 c A 655 b A830 b A 607 b B
1345 a A 1262 a B-Altura de planta (cm)----------------
2950 b A 3050 b A2937 b A 2950 b A 3975 a A 3622 a B
-Diacircmetro de colo (mm)---------------592 c B 599 b B 657 b A 609 b B 819a A________ 793a B
Meacutedias seguidas pela mesma letra minuacutescula para as colunas (adubaccedilatildeo de base) e maiuacutesculas para as linhas (biofertilizantes) natildeo diferem entre si pelo teste de Duncan a 5
O efeito positivo do esterco bovino pode ser atribuiacutedo agraves melhorias nas condiccedilotildees
fiacutesicas do solo por ele proporcionado Segundo Primavesi (1982) e Compagnoni amp
Putzolu (1985) o esterco bovino apresenta propriedades condicionadoras do solo dando
agraves plantas melhores condiccedilotildees de desenvolvimento elevando sobremaneira os
conteuacutedos de fitomassa fresca das plantas que refletiratildeo nas demais respostas
agronocircmicas
Analisando as adubaccedilotildees de base em relaccedilatildeo aos biofertilizantes observa-se que
para os tratamentos 1 VB (30 t ha 1 de vermicomposto) - natildeo houve influecircncia dos
biofertilizantes para as variaacuteveis FSPA e AP enquanto destacou-se o SM+U+CB para o
DC e SM+U+CB e ausecircncia da adubaccedilatildeo liacutequida para a FFPA mostrando que o uso
dos biofertilizantes natildeo influenciou esta variaacutevel 15 VB (45 t ha 1 de vermicomposto) -
verificou-se a eficiecircncia do uso do MB4 +U+CB para as variaacuteveis FFPA e DC Para a
variaacutevel FSPA destacaram-se os dois biofertilizantes utilizados jaacute para AP natildeo houve
33
influecircncia destes EC (60 t ha 1 de esterco de curral) - em todas as variaacuteveis observadas
na tabela 5 as respostas foram significativas utilizando MB4 +U+CB
As respostas encontradas no presente trabalho para as variaacuteveis AP e FSPA foram
superiores as obtidas por Dalponte (1990) quando utilizado 0 esterco de curral para
produccedilatildeo de mudas de cebola
Segundo Filgueira (2000) os solos da regiatildeo produtora de cebola do RS satildeo
pobres em foacutesforo disponiacutevel (15 mg Kg1) necessitando portanto de adubaccedilotildees
fosfatadas elevadas As respostas aqui obtidas podem ser justificadas pelos teores de
foacutesforo contido no MB4
Follet et al (1981) citam a importacircncia do uso de compostos orgacircnicos no solo
enfatizando os estercos no sentido da decomposiccedilatildeo continuada no fornecimento de
nutrientes e na liberaccedilatildeo lenta e gradual de aacutecidos orgacircnicos influenciando a liberaccedilatildeo
do foacutesforo O que provavelmente pode ser atribuiacutedo agraves respostas encontradas no
presente trabalho para 0 tratamento Esterco de curral mais MB4 e Urina mais Calda
Bordalesa
E importante destacar que 0 sistema de produccedilatildeo de mudas de cebola sob uma
perspectiva agroecoloacutegica mostra-se eficiente quando visualmente natildeo percebe-se
diferenccedila significativa entre os tratamentos (Apecircndice F Figura 2)
Conveacutem ressaltar que quando trabalhamos com agroecologia natildeo existem
receitas nem pacotes tecnoloacutegicos prontos Cada situaccedilatildeo deveraacute ser estudada em
particular para que se faccedila recomendaccedilotildees adequadas ao ambiente local uma vez que
as plantas se adaptam ao meio estando a nutriccedilatildeo encarregada de proteger e manter o
equiliacutebrio do organismo vegetal em funccedilatildeo das alteraccedilotildees externas
E fundamental que se compreenda os princiacutepios norteadores de todo o processo
que satildeo as bases da luta por uma sociedade mais justa dentro de um mundo econocircmico e
ambientalmente mais sustentaacutevel
412 Anaacutelise do sistema radicular
Os resultados obtidos nas anaacutelises do sistema radicular (Tabela 2) mostram
diferenccedilas significativas entre as adubaccedilotildees para as variaacuteveis fitomassa fresca de raiz
(FFR) fitomassa seca de raiz (FSR) comprimento de raiz (CR) razatildeo parte
aeacutereasistema radicular (RPASR) e densidade de raiz (DR)
34
TABELA 2 Produccedilatildeo de fitomassa fresca e seca (g) comprimento (cm) e densidade de
raiacutezes (m cm3) de mudas de cebola Petrolini cultivadas sob uma
perspectiva agroecoloacutegica e razatildeo parte aeacutereasistema radicular Pelotas-
RS 2003
BIOFERTILIZANTES LIacuteQUIDOSADUBACcedilAO DE BASE
S Magro + MB4 +Urina + Calda Urina + Calda Testemunha
Bordalesa Bordalesa
de vermicomposto de vermicomposto de esterco de curral
de vermicomposto de vermicomposto de esterco de curral
de vermicomposto de vermicomposto de esterco de curral
de vermicomposto de vermicomposto de esterco de curral
1540 c A 1576 b B 2427 a A
Fitomassa fresca (g)----------------1502 c B 1517 b AB 1658 b A 1446 c C 2336 a B 2360 a B
--------------------Fitomassa seca (g)-------------------196 b A 207 ab A 170 b A170 b A 199 b A 192 b A 344 a A 249 a B 327 a A
Comprimento de raiz(cm)---------------1237 b A 1158 b A 1158 a A1237 b A 1060 c B 1040 b B1433 a A 1296 a B 1040 b C
30 t ha 45 t ha 60 t ha
30 t ha 45 t ha 60 t ha
30 t halsquo 45 t ha 60 t ha
30 t ha 45 t ha 60 t ha
30 t ha de vermicomposto 45 t ha de vermicomposto60 t ha~ de esterco de curral__________________________ _________________________Meacutedias seguidas pela mesma letra minuacutescula para as colunas (adubaccedilatildeo de base) e maiuacutesculas para as linhas (biofertilizantes) natildeo diferem entre si pelo teste de Duncan a 5
-----Razatildeo Parte AeacutereaSistema Radicular------340 b AB 301c B 384 a A446 a A 415 b A 326 a B339 b B 546 a A 388 a B
-------------- Densidade de raiz (m cm3)------------367 a AB 414 a A 325 b B282 b B 301b B 405 a A347 ab A 231c B 324 b A
Em relaccedilatildeo agraves adubaccedilotildees de base destacou-se o EC (60 t ha 1 de esterco de curral)
para as variaacuteveis FFR e FSR Quando adicionado o SM+U+CB os resultados para FFR
foram ainda melhores bem como o CR As respostas obtidas para a RPASR foram
variadas em relaccedilatildeo agraves adubaccedilotildees apresentando melhores resultados para 15 VB (45 t
ha 1 de vermicomposto)+SM+U+CB e ainda melhor para EC (60 t ha 1 de esterco de
curral)+MB4 +U+CB As adubaccedilotildees de base 1 VB 15 VB e EC natildeo diferiram entre si
As adubaccedilotildees mais eficientes para a variaacutevel DR foram 1 VB+SM+U+CV que natildeo
diferiu da EC+SM+U+CB I VB+ MB4 +U+CB e agrave 15 VB foram melhores entre as
demais
35
Analisando os biofertilizantes em relaccedilatildeo a cada adubaccedilatildeo de base verifica-se que
para a 1 VB (30 t ha 1 de vermicomposto)+SM+U+CB destaca-se a variaacutevel FFR
poreacutem sem diferenccedila significativa de 1 VB os melhpres resultados para a variaacutevel DR
foram encontrados pelo tratamento 1 VB+MB4 +U+CB e 15 VB (45 t ha 1 de
vermicomposto) tambeacutem se considera eficiente o 1 VB+SM+U+CB que natildeo diferiu do
EC (esterco de curral) Quando se utilizou 15 VB+ MB4 +U+CB houve resposta
significativa para a variaacutevel FFR para FSR as respostas natildeo foram diferentes com a
aplicaccedilatildeo dos biofertilizantes para as variaacuteveis FSR e DR as adubaccedilotildees EC e
EC+SM+U+CB natildeo diferiram entre si
Embora as respostas estatiacutesticas tenham sido diferentes para as adubaccedilotildees
combinadas ou natildeo pode-se salientar a importacircncia do aacutecido indol-aceacutetico como jaacute
citado anteriormente para as variaacuteveis avaliadas na parte aeacuterea das mudas de cebola
Respostas semelhantes nesse sentido foram encontradas para a cultura da alface por
Quijano (1999) e Morselli (2001)
Pereira et al (2002) concluiacuteram em trabalho realizado com a cultivar de cebola
CNPF1 6400 em Minas Gerais que a utilizaccedilatildeo de 20 t ha de esterco de curral
proporcionou os melhores resultados para a produccedilatildeo de cebola
Silva Juacutenior amp Giorgi (1992) e Menezes Juacutenior (1998) citam que doses elevadas
de mateacuteria orgacircnica podem prejudicar a primeira fase da germinaccedilatildeo (embebiccedilatildeo) e
absorccedilatildeo de aacutegua pelas raiacutezes das placircntulas No entanto no presente trabalho este fato
natildeo ocorreu embora a dose de esterco utilizada tenha sido de 60 t ha 1 (dose maacutexima
recomendada segundo Nolla 1982)
413 Anaacutelise de macronutrientes no tecido vegetal
Os resultados dos conteuacutedos de nitrogecircnio foacutesforo potaacutessio caacutelcio e magneacutesio no
tecido vegetal sob diferentes adubaccedilotildees encontrados na Tabela 3 indicam mais uma
vez a superioridade da adubaccedilatildeo esterco com 0 uso ou natildeo de biofertilizantes
36
TABELA 3 Conteuacutedos (mg planta1) de nitrogecircnio foacutesforo potaacutessio caacutelcio e
magneacutesio no tecido vegetal de mudas de cebola Petrolini cultivadas sob
uma perspectiva agroecoloacutegica Pelotas-RS 2003
BIOFERTILIZANTES LIacuteQUIDOS i J B
ADUBACcedilAtildeO S Magro + MB4 +DE BASE Urina + Calda Urina + Calda Testemunha
Bordalesa Bordalesamg plantas1
---- Nitrogecircnio-----30 t ha de vermicomposto 16593 c AB 15451 c B 19050 b A45 t ha de vermicomposto 21444 b A 22888 b A 17852 b B60 t ha de esterco de curral 32606 a C 37593 a B 40816 a A
--------------- ------ Foacutesforo------- -------------30 t ha de vermicomposto 3098 c B 2802 c B 3999 b A45 t ha de vermicomposto 4109 b A 4135 b A 2788 c B60 t ha de esterco de curral 5300 a B 7577 a A 7565 a A
------- Potaacutessio------30 t ha de vermicomposto 24327 c A 19900 c B 24965 b A45 t ha de vermicomposto 29113b A 29812 b A 22031 b B60 t ha de esterco de curral 44070 a B 51976 a A 54101 a A
-------- Caacutelcio-------30 t ha de vermicomposto 5027 c A 4356 c A 4834 b A45 t ha de vermicomposto 6114b A 6963 b A 4379 b B60 t ha de esterco de curral 9030 a C 11451 a A 10331 a B
------Magneacutesio-----30 t ha de vermicomposto 1188 b A 914 c A 1202 b A45 t ha de vermicomposto 1231 b B 1582 b A 1176 b B60 t ha de esterco de curral 2136a B 2443 a A 2663 a AMeacutedias seguidas pela mesma letra minuacutescula para as colunas (adubaccedilatildeo de base) e maiuacutesculas para as linhas (biofertilizantes) natildeo diferem entre si pelo teste de Duncan a
Em relaccedilatildeo agraves adubaccedilotildees de base observa-se que o melhor tratamento foi o
esterco de curral para todas as variaacuteveis Para 1 VB (30 t ha^ 1 de vermicomposto) natildeo
houve resposta diferenciada com o uso de bofertilizantes para todas as variaacuteveis A
adubaccedilatildeo 15 VB (45 t ha 1 de vemicomposto) foi influenciada pelos biofertilizantes
para as variaacuteveis N P K e Ca enquanto que para Mg somente o MB4+U+CB o
influenciou O EC (esterco de curral) mostrou diferenccedila significativa apenas para as
variaacuteveis Ca e Mg quando adicionado MB4+U+CB
Segundo Peixoto (2000) eacute fundamental a adiccedilatildeo de adubos orgacircnico no cultivo de
hortaliccedilas seja na forma de esterco decomposto composto ou huacutemus de minhoca de
37
modo a fornecer melhorias nas propriedades do solo vindo a disponibilizar os nutrientes
as diferentes culturas
O esterco fresco conteacutem muita cama celuloacutesica e um elevado teor de aacutegua No
esterco curtido a celulose jaacute estaacute decomposta o teor de aacutegua estaacute reduzido agrave metade e os
nutrientes em uma forma mais assimilaacutevel e mais concentrada O esterco fresco pode
causar uma deficiecircncia temporaacuteria de nitrogecircnio no solo ao se decompor o que natildeo
acontece com o biestabilizado (Kiehl 1985)Ocorre uma diminuiccedilatildeo inicial no volume
de aacutegua retido no esterco de curral diminui inicialmente em tomo de 3581 liberando
posteriormente somente 496 evidenciando a sua capacidade de retenccedilatildeo de aacutegua
(Menezes Juacutenior 1998)
A utilizaccedilatildeo continuada de adubos nitrogenados minerais no solo altera o balanccedilo
do nitrogecircnio entre o solo e planta No meacutetodo biodinacircmico eacute sublinhada a importacircncia
dos adubos animais para o estabelecimento da fertilidade permanente dos solos (Koeff
et al 1983)
Para Guimaratildees (1997) os benefiacutecios que a mateacuteria orgacircnica imprime ao solo
principalmente melhorando a produtividade fertilidade e a influencia que as substancias
huacutemicas exercem sobre o ambiente dependem da qualidade e do teor de mateacuteria
orgacircnica do solo Estas substacircncias por conterem nutrientes em sua constituiccedilatildeo em uma
forma mais disponiacutevel para as plantas promovem um equiliacutebrio no ambiente no solo
(Kononova 1966)
Aproximadamente de 60 a 70 do total de carbono do solo ocorre na forma de
materiais huacutemicos (Griffith amp Schnitzer 1975) sendo a eles atribuiacutedo a manutenccedilatildeo da
bioestrutura do solo aumentando a capacidade de retenccedilatildeo de aacutegua (Brady 1999)
Conforme Compagnoni amp Putzolu (1985) os estercos bem como os demais
resiacuteduos orgacircnicos apresentam conteuacutedos diferentes de aacutecidos huacutemicos e fuumllvicos sendo
atribuiacutedo ao acido huacutemico uma accedilatildeo fitoestimulante semelhante aos fitohormocircnios por
favorecer o desenvolvimento do sistema radicular e crescimento do caule
Em trabalho realizado por Guimaratildees (1997) foi encontrado para aacutecidos huacutemicos
de esterco bovino uma relaccedilatildeo CN 1035 e para vermicomposto bovino 17
evidenciando que o esterco quando aplicado ao solo por apresentar uma relaccedilatildeo CN
proacutexima deste reage mais facilmente liberando nutrientes para as plantas sem alterar a
cadeia troacutefiacuteca Dados encontrados no presente trabalho demonstram a eficiecircncia do
esterco nesse sentido
38
De acordo com Morselli (2001) vaacuterios trabalhos citam comentam e discutem a
capacidade dos vermicompostos em proporcionar oacutetimas colheitas e favorecer a
precocidade das plantas cultivadas Poreacutem muitas vezes se observa que mesmo
suprindo essas plantas com nutrientes necessaacuterios atraveacutes de huacutemus de diferentes fontes
as respostas natildeo satildeo as mesmas para uma mesma cultivar
Por outro lado os resultados com o uso de substacircncias huacutemicas satildeo variaacuteveis e
dependem aleacutem da espeacutecie testada das substacircncias huacutemicas utilizadas sua
concentraccedilatildeo o grau de purificaccedilatildeo e das condiccedilotildees experimentais A resposta das
plantas aos aacutecidos huacutemicos e fuacutelvicos eacute dependente da mateacuteria prima original e da
espeacutecie vegetal pois materiais orgacircnicos diferentes apresentam aacutecidos huacutemicos e
fuacutelvicos diferentes (Businelli 1990)
Justificam-se os maiores conteuacutedos de nitrogecircnio foacutesforo potaacutessio e caacutelcio nas
adubaccedilotildees 15 VB (45 t ha 1 de vermicomposto) e biofertilizantes devido
provavelmente ao vermicomposto utilizado apresentar na sua constituiccedilatildeo teores
consideraacuteveis destes elementos aleacutem do que os biofertilizantes possam ter influenciado
na absorccedilatildeo atraveacutes de sua constituiccedilatildeo Tibau (1984) considera que a urina de vaca eacute
rica em aacutecido indol-aceacutetico e este influencia na absorccedilatildeo radicular O efeito positivo
deste tratamento provavelmente seja devido agrave quantidade aplicada
O biofertilizante que se destacou foi o MB4+U+CB em relaccedilatildeo ao EC (esterco de
curral) e eacute somente para a variaacutevel caacutelcio Isto provavelmente seja devido ao alto teor
deste elemento encontrado na sua constituiccedilatildeo (6872 g Kg1) e pela influecircncia positiva
que a calda bordalesa exerce no metabolismo das plantas atraveacutes dos nutrientes
contidos em sua formulaccedilatildeo O Ca controla a absorccedilatildeo radicular e retorna ao solo pelo
esterco e palhas por apresentar-se em maior quantidade em folhas e caules Depois de
localizado nas folhas fica imoacutevel favorecendo a resistecircncia da planta ao ataque de
fungos
Este trabalho avanccedila no estudo da agroecologia estando claro que todos os
criteacuterios tem caraacuteter dinacircmico de adequaccedilatildeo as mudanccedilas de um sistema de produccedilatildeo
em evoluccedilatildeo contribuindo na transiccedilatildeo para um padratildeo sustentaacutevel Cabe a pesquisa a
reorientaccedilatildeo para um enfoque ldquosistecircmicordquo isto eacute que permita integrar os diversos
componentes de um agroecossistema e a adoccedilatildeo de poliacuteticas puacuteblicas que promovam 0
fortalecimento e a expansatildeo da agricultura familiar
39
5 CONCLUSOtildeES
Considerando os resultados obtidos e as condiccedilotildees em que o estudo foi realizado
conclui-se que
bull As respostas agronocircmicas das mudas de cebola para os paracircmetros avaliados
satildeo mais satisfatoacuterias com a aplicaccedilatildeo de esterco de curral como adubaccedilatildeo de
base
bull Os biofertilizantes mais urina de vaca e calda bordalesa proporcionam
respostas satisfatoacuterias quando aplicados associados agraves adubaccedilotildees de base
bull O biofertilizante MB4 mais urina de vaca e calda bordalesa eacute mais eficiente
que o super magro mais urina e calda bordalesa quando aplicado associado agrave
adubaccedilatildeo de base esterco de curral para os conteuacutedos de fitomassa secae
fresca da parte aeacuterea das plantas altura e diacircmetro de colo das mudas de
cebola
bull Os biofertilizantes adicionados agrave adubaccedilatildeo de base 45 t harsquo 1 de vermicomposto
bovino mostram respostas significativas para os conteuacutedos de fitomassa seca
bull Os maiores conteuacutedos nutricionais para as mudas de cebola satildeo
proporcionados pela adubaccedilatildeo de base esterco de curral
bull A maior absorccedilatildeo de caacutelcio pelas mudas de cebola ocorre quando da adiccedilatildeo do
biofertilizante MB4 mais urina e calda bordalesa agrave adubaccedilatildeo de base esterco de
curral
40
6 REFEREcircNCIAS BIBLIOGRAacuteFICAS
ALDRIGHI CB ABREU CM PAGLIA AG MORSELLI TBGA FERNANDES HS Efeito da aplicaccedilatildeo de biofertilizante e urina de vaca em mudas de tomateiro Horticultura Brasileira v20 n2 julho 2002 Suplemento 2
ALTIERI M NICHOLLS C I Agroecologia Teoria praacutectica para umaAgricultura Sustentable Ia ed PNUMA 2000 Cap 2 4 Seacuterie textos baacutesicos para la formacioacuten ambiental
ALTIERI M Agroecologia bases cientiacuteficas para uma agricultura sustentaacutevelGuaiacuteba Agropecuaacuteria 2002 592 p
ANTONIOLLI Z I GIRACCA E M N CARDOSO S J T WIETHAN M M S FERRI M Iniciaccedilatildeo agrave Minhocultura Criaccedilatildeo em Cativeiro e Vermicompostagem Santa Maria UFSM 1996 p59-89
BAYER C MIELNICZUC J Dinacircmica e funccedilatildeo da mateacuteria orgacircnica In SANTOS G de A S e CAMARGO F A de O (ed) Fundamentos da mateacuteria orgacircnica do solo ecossistemas tropicais e subtropicais Porto Alegre Genesis 1999 p 3-23
BARRETTO D X Composto Orgacircnico In Praacutetica em Agricultura Orgacircnica Satildeo Paulo iacutecone Ed Ltda 1985 p 51-63
BETTIOL W Alguns produtos alternativos para o controle de doenccedilas de plantasem agricultura orgacircnica II Ciclo de palestras sobre agricultura orgacircnica Instituto Bioloacutegico Satildeo Paulo p52-63 1997
41
BETTIOL W TRACH R GALVAtildeO JAH Controle de doenccedilas de plantas com biofertilizantes Jaguariuacutena EMBRAPA-CNPMA 1997 22p (EMBRAPA- CNPMA Circular Teacutecnica 02)
BRADY N C Natureza e propriedades dos sotos Rio de Janeiro Freitas BastosS A 1979 647p
BRADY N C Organisms and ecology of the soil In The nature of properties of soils Simon amp Schuster A Viacon Company New Jersey1999 402-489p
BON1LLA J A Fundamentos da Agricultura Ecoloacutegica Sobrevivecircncia eQualidade de Vida Satildeo Paulo Nobel 1992
BUREacuteS S Substratos Ediciones Agroteacutecnicas S L Madrid Octubre 1997
BUS1NELLI M Chemical Composition and Enzymic Activity of some Worm Cast Plant Soil v 80 p 1-2 1990
CALEGARI A Espeacutecies para cobertura de solo In IAPAR (Instituto Agronocircmico de Paranaacute) Plantio Direto pequena propriedade sustentaacutevel organizador Moacir Darolt Londrina - PR 1998 65-93
CAMARGO P N D Manual de Adubaccedilatildeo Foliar Satildeo Paulo Herba 1975
CAPRA F A Teia da Vida Satildeo Paulo Cultrix 1997 256p
CAPRA F O Ponto de Mutaccedilatildeo 22 ed Satildeo Paulo Cultrix 2001 447p
CHABOUSSOU F Plantas doentes pelo uso de agrotoacutexicos (A Teoria da Trofobiose) Porto Alegre LPM 1987 253 p
CLARO S A Referencias tecnoloacutegicos para a agricultura familiar ecoloacutegica aexperiecircncia da Regiatildeo Centro-Serra do Rio Grande do Sul Porto Alegre EMATERRS-ASCAR 2001 250p
CLIVELA G Diagnoacutestico Agronocircmico da cebola no Rio Grande do Sul Porto Alegre EMATERRS 1995 8 6 p
COMISSAtildeO DE FERTILIDADE DO SOLO - RSSC Recomendaccedilotildees de adubaccedilatildeo e calagem para os estados do Rio Grande do Sul e Santa Catarina 3 ed Passo Fundo SBCS - Nuacutecleo Regional Sul 1995 223p
COMPAGNONI L PUTZOLU G Cria moderna de Ias lombrices y utilizacioacutenrentable dei humus Barcelona Editorial de Vecchi- SA 1985127p
COSTABEBER J A MOYANO E Transiccedilatildeo agroecoloacutegica e accedilatildeo social coletiva Agroecologia e Desenvolvimento Rural Sustentaacutevel Porto Alegre v l n4 p 50- 60 outdez 2 0 0 0
42
COSTA M B B da Adubaccedilatildeo orgacircnica Nova siacutentese e novo caminho para aagricultura Satildeo Paulo Ed iacutecone Ltda 1985 102p
COSTA NETO C Agricultura Sustentaacutevel Tecnologias e Sociedade In CARVALHO COSTA LF et al (org) Mundo Rural e Tempo Presente Rio de Janeiro Mauad 1999
DrsquoAG0ST1NI R L FANTINI A C Produccedilatildeo orgacircnica tambeacutem socialmente excludente Agroecologia e Desenvolvimento Rural Sustentaacutevel Porto Alegre v3 n l p57-61 2002
DALPONTE J C V Utilizaccedilatildeo de materiais orgacircnicos e fertilizante mineral na produccedilatildeo e qualidade de mudas e bulbos de cebola (Alliurn Cepa L) Pelotas-RS 1990 (Mestrado em Agronomia) - Faculdade de Agronomia Eliseu Maciel UFPel 1990
DEBARBA J F THOMAZELLI L F GANDIN C L SILVA E Cadeias produtivas do Estado de Santa Catarina Cebola Florianoacutepolis Epagri 1998 115 p (EPAGRI Boletim Teacutecnico 96)
DUFOUR F Os saacutebios loucos do agro-alimentar Le Monde Diplomatique ano 1 n4 p6-7 1999 (ed portuguesa)
EHLERS E Agricultura Sustetaacutevel Origem e perspectivas de um novo paradigma 2 ed Guaiacuteba Agropecuaacuteria 1999 157 p
FILGUEIRA F A R Novo Manual de olericultura agrotecnologia moderna na produccedilatildeo e comercializaccedilatildeo de hortaliccedilas Viccedilosa UFV 2000 402 p
FRASER G K Mateacuteria Orgacircnica Del Suelo In BEAR F E (ed) Quiacutemica dei Suelo Madrid Ed Agrociencia 1963
FOLLET R H MURPHY L S DONAHUE R L Fertilizers and soil amendments New Jersey Printice-Hall Inc 1981 557p
GARCIA A Revista dei Espacio Rural Georgica Zaragoza Escuela Politeacutecnica de Huesca n5 1997
GARCIA A Versatildeo preliminar de um Programa Estadual de Produccedilatildeo e Comercializaccedilatildeo de Bulbos e Sementes de CebolaEMBRAPAIPAGROMARAEMATER 6 8 pbdquo 1990 (Publicaccedilatildeo avulsa)
GIORGETT1 J R Produccedilatildeo e Comercializaccedilatildeo de Mudas de Tomate In Encontro Nacional de Produccedilatildeo e Abastecimento de Tomate 2 1991 Jaboticabal Satildeo Paulo Anais Jaboticabal UNESP 1991 p 242-244
GLIESSMAN S R Agroecologia Processos ecoloacutegicos em agricultura sustentaacutevelPorto Alegre Universidade Federal do Rio Grande do Sul - UFRGS 2000 653p
43
GLIESSMAN S R TURRIALBA C R Agroecologia Procesos Ecoloacutegicos en Agricultura Sostenible CATIE 2002 p 3-14
GNOATTO S C Caracterizaccedilatildeo quiacutemica de vermicompostos de diferentes substratos orgacircnicos Pelotas-RS 1999 38 f (Mestrado em Agronomia - Solos) - Faculdade de Agronomia Eliseu Maciel UFPel 1999
GOMES J C C BORBA M F S A moderna crise dos alimentos oportunidade para a agricultura familiar Emater Porto Alegre julset 2000 Disponiacutevel em lthttpwwwematertchebrdocsagroecorevistan313-artigo3htmgtAcesso em 24 fev 2002
GOMEZ H W Desenvolvimento sustentaacutevel agriacutecola e capitalismo In Desenvolvimento sustentaacutevel Necessidade eou disponibilidade Santa Cruz do Sul Nobel - UNISC 1997 p 65-77
GONZAacuteLEZ DE MOLINA M SEVILLA GUZMAacuteN E Ecologia campesinado e historia Para una reinterpretacioacuten dei desarrollo dei capitalismo en la agricultura In SEVILLA GUZMAacuteN E GONZAacuteLEZ DE MOLINA M (ed) Ecologia campesinado e historia Madrid La Piqueta 1993 p 23-129
GRIFFITH S A SCHNITZER M Analytical characteristic of humic and fulvic acids extracted from tropical volcanic soils Soil Sei Soc Am Proc v 39 p361-367 1975
GUIMARAtildeES E Caracterizaccedilatildeo quiacutemica estreptoscoacutepica e por anaacutelise teacutermica de aacutecidos huacutemicos e vermicompostos obtidos de estercos de diferentes animaisCuritiba 1997 Dissertaccedilatildeo (Mestrado em Quiacutemica) Universidade Federal do Paranaacute 1997
HESS A F Sociedade e meio ambiente uma relaccedilatildeo ambiacutegua Revista Cientiacutefica Rural Bageacute v 4 n2 p 167-1741999
ICEPA-SC Informes conjunturais sobre a cultura da cebola Disponiacutevel em lthttpwwwicepa combrgt Acesso em 23 jan 2003
JONES H A MANN L K Onions and their allies New York Interscience Publishers 1962 286 p
JUacuteNIOR H A de MAIORANO J A Receitas obtidas de extratos de plantasCampinas CATITerra Viva [199-] 10 f
KHATOUNIAN C A Ciclo de Palestras sobre Agricultura Orgacircnica 2a Ed SatildeoPaulo Fund Cargill 1997 149 p
KIEHL E J Fertilizantes Orgacircnicos Satildeo Paulo Ed Agronocircmica Ceres Ltda 1985 492p
44
KOEFF H H PETTERSSON B D SHAUMANN W Vida Vegetal solos e adubaccedilatildeo In Agricultura Biodinacircmica Satildeo Paulo Nobel 1983 p92-149
KONONOVA M M Soil organic matter The importance o f organic matter in soil formation and soil fertility New York Pergamqn Press 1961 p 165-200
KUHN T A Estrutura das Revoluccedilotildees Cientiacuteficas Satildeo Paulo Perspectiva 1989 257p
LANNA FCA ABREU C L ABREU J G SILVA V Resposta de cultivares de melancia cultivadas sob adubaccedilatildeo quiacutemica e orgacircnica Horticultura v 12 n l p85 1994
LEFF H Saber Ambiental Petroacutepolis Vozes 2001 343 p
MAGALHAtildeES J R Nutriccedilatildeo e adubaccedilatildeo da cebola In FERREIRA M E CASSTELLANE P D CRUZ M C P Nutriccedilatildeo e adubaccedilatildeo de hortaliccedilasPiracicaba POTAFOS 1993 p 381-393
MALAVOLTA E Elementos de nutriccedilatildeo mineral de plantas Satildeo Paulo Ed Agronocircmica Ceres Ltda 1980 251 p
MALAVOLTA E Manual de Quiacutemica Agriacutecola - Adubos e Adubaccedilatildeo 3a ed SatildeoPaulo Ed Agronocircmica Ceres Ltda 1981 606 p
MARTINEZ A A A grande e Poderosa Minhoca Jaboticabal Funep - Unesp1990 101 p
MARTINS S R Desenvolvimento e Sustentabilidade Horticultura Brasileira Brasiacutelia-DF v20 n2 julho 2002 Palestra apresentada no 42deg Congresso Brasileiro de Olericultura
MARTINS S R Limites Del Desarrollo Sostenible em Ameacuterica Latina En el marco de Ias poliacuteticas de (re)ajuste econocircmico Pelotas Editora UFPel 1997 135 P-
MARTINS S R Sustentabilidade na agricultura dimensotildees econocircmicas sociais e ambientais Revista Cientiacutefica Rural Bageacute v4 n 2 p 175-1871999
MATURANA H REZEPKA S N D E Formaccedilatildeo Humana e Capacitaccedilatildeo Rio de Janneiro Vozes 2000 8 6 p
MELLO A F SOBRINHO M O ARZOLLA S SILVEIRA R NETTO A C KIEHL J C Fertilidade do Solo Satildeo Paulo Nobel 1983
MENEZES JUacuteNIOR F O G D Caracterizaccedilatildeo de Diferentes substratos hortiacutecolas e seu efeito na produccedilatildeo de mudas de alface e couve-flor em ambiente protegido Pelotas 1998 141 p Dissertaccedilatildeo (Mestrado em Agronomia - Produccedilatildeo Vegetal) - Faculdade de Agronomia Eliseu Maciel UFPel 1998
45
MIBASA Mineraccedilatildeo Barreto SA Melhorador de Solos MB4 A Natureza Agradece Arapiraca-AL [199-] Folder
MINAMI K Os resumos da olericultura 2000 In AZEVEDO FILHO MARTINEZ FILHO (ed) Preccedilos agriacutecolas Piracicaba ESALQ 1999 p 4
MINAMI K Produccedilatildeo de Mudas de Alta Qualidade em Horticultura Satildeo Paulo TA Queiroz 1995
MORSELLI T B G A Cultivo sucessivo de alface sob adubaccedilatildeo orgacircnica em ambiente protegidoPelotas 2001 178 p Tese (Doutorado em Agronomia - Produccedilatildeo Vegetal) Faculdade de Agronomia Eliseu Maciel UFPel 2001
MORSELLI T B G A Resiacuteduos orgacircnicos em sistemas agriacutecolas Poliacutegrafo da Disciplina de Resiacuteduos orgacircnicos em sistemas agriacutecolas Curso de Poacutes-Graduaccedilatildeo em Agronomia-Produccedilatildeo Vegetal UFPel 2002
MULLER AM Efeitos da Aplicaccedilatildeo Foliar de um Biofertilizante Enriquecido no Estado fitossanitaacuterio de Tomate Ervilha e Beterraba Sob Manejo OrgacircnicoDissertaccedilatildeo (Mestrado no Programa de Poacutes-Graduaccedilatildeo em Agroecossistemas)1999 (Resumo)
NOLLA D Erosatildeo do Solo - O grande desafio Estado do Rio Grande do Sul SEAGRI desenvolvimento de recursos naturais renovaacuteveis 1982 412 p
PAGLIA AG MORSELLI TBGA PEIL RMN Teores de nutrientes pH e condutividade eleacutetrica da aacutegua em sistema ldquofloat^ngrdquo sob adiccedilatildeo de biofertilizantes Horticultura Brasileira v 20 n2 julho 2002 Suplemento 2
PAULUS G MULLER A BARCELLOS LAR Agroecologia aplicada praticas e meacutetodos para uma agricultura de base ecoloacutegica 2ed ver ampl Porto Alegre EMATERRS 2001 8 6 p
PEIXOTO R T dos G Composto orgacircnico aplicaccedilotildees benefiacutecios e restriccedilotildees de uso Horticultura Brasileira Brasiacutelia-DF v 18 p 56-64 julho 2000
PENTEADO SR Defensivos Alternativos e Naturais Satildeo Paulo 1999 95 p
PEREIRA AJ SOUZA RJ PEREIRA WR Efeito de diferentes doses de esterco de galinha e de curral sobre a produccedilatildeo de cebola Horticultura Brasileira v20 n2 julho 2002 Suplemento 2
PINHEIRO S BARRETO SB MB-4 agricultura sustentaacutevel trofobiose e biofertilizantes Fundaccedilatildeo Juquira CandiruMibasa 2000 273 p
PRIMAVESI A Agricultura Sustentaacutevel Satildeo Paulo Nobel 1992 142 p
PRIMAVESI A O manejo ecoloacutegico do solo Agricultura em regiotildees tropicais SatildeoPaulo Nobel 1982 541 p
46
PURCINO A A C ldquoNitrogecircniordquo Informe Agropecuaacuterio Belo Horizonte v7 n81 p 16-27 1981
QUIJANO F G Efeito da adubaccedilatildeo orgacircnica no desenvolvimento de duas cultivares de alface em ambiente protegido Pelotas 1999 116f Dissertaccedilatildeo (Mestrado em Agronomia - Produccedilatildeo Vegetal) Faculdade de Agronomia Eliseu Maciel UFPel 1999
RODRIGUES A N N Efeitos e residuais de superfosfato triplo sobre o rendimento de mateacuteria seca e absorccedilatildeo de foacutesforo pela aveia (Avena strigosa Schob) em solo Podzoacutelico Vermelho Escuro Porto Alegre 1984 59f Dissertaccedilatildeo (Mestrado em Agronomia) - Faculdade de Agronomia UFRGS 1984
RODRIGUES E T CASALI V W D Respostas da alface agrave adubaccedilatildeo orgacircnica II Teores conteuacutedos e utilizaccedilatildeo de macronutrientes em cultivares Rev Ceres Viccedilosa v 45 n 261 p 437-449 1998
SAMINEcircS T C O Produccedilatildeo orgacircnica de alimentos Horticultura Brasileira Brasiacutelia-DF v 17 n3 novembro 1999
SCHIEDECK G Ambiecircncia e resposta agronocircmica de meloeiro (Cucumis melo L) cultivado sob adubaccedilatildeo orgacircnica em ambiente protegido Pelotas lOOp Tese (Doutorado em Agronomia - Produccedilatildeo Vegetal) - Faculdade de Agronomia Eliseu Maciel UFPel 2002
SILVA JUacuteNIOR A A GIORGI E Substratos alternativos para a produccedilatildeo de mudas de tomate Agropecuaacuteria Catarinense Florianoacutepolis EPAGRI 1992 23 p
SILVA JUacuteNIOR A A MACEDO S G STUKER H Utilizaccedilatildeo de esterco de peru na produccedilatildeo de mudas de tomateiro Florianoacutepolis EPAGRI 1995 28 p (Boletim Teacutecnico 73)
TAGLIARI PS GRASSMANN H Minhoca a grande aliada da agricultura Agropecuaacuteria Catarinense v8 n l p 11-14 mar 1995
TEDESCO M J GIANELLO C Anaacutelises de solo plantas e outros materiais Porto Alegre Faculdade de Agronomia Departamento de Solos Universidade Federal do Rio Grande do Sul RS 1996
TENNANT D A Test of modified line intersect method of estimating root lenght Journal Ecology Oxford v 63 p 995-1001 1975
TIBAU A O Mateacuteria Orgacircnica do Solo Mateacuteria Orgacircnica e Fertilidade do SoloSatildeo Paulo Nobel 1984 p49-182
TIMM P J Anaacutelise comparativa dos sistemas de plantio convencional e cultivo miacutenimo de cebola sob adubaccedilatildeo orgacircnica e mineral Pelotas 2000 79 p Dissertaccedilatildeo (Mestrado em Agronomia - Produccedilatildeo Vegetal) - Faculdade de Agronomia Eliseu Maciel UFPel 2000
47
VALENZUELA HR CROSBY C Effect of compost applications on the yield of several vegetables in long-term organic farming experiments conduced in the tropics American Society Horticultural Science v33 n3 june 1998
VIGLIZZO E (ed) Subprograma Recursos Naturais y Sostenibilidad Agriacutecola documento marco Montevideo IICAPROCISUR 1995 p 75 - 78
WE1D J M TARDIN J M Proposta para a Ampliaccedilatildeo do Trabalho da ASPTA no Centro Sul do Paranaacute ASPTA Disponiacutevel em http wwwpronafgovbrEncontrotestosAS20PTA20Sul20ParanE1205 202002doc Acesso em 05 mai 2002
XAVIER SIMOacuteN F DOMINGUES D G Desenvolvimento Rural Sustentaacutevel uma perspectiva agroecoloacutegica Agroecologia e Desenvolvimento Rural Sustentaacutevel Porto Alegre EM ATERRS v2 n2 p 17-26 2001
ZABALETA J P Diagnoacutestico da Agricultura Familiar em Satildeo Joseacute do Norte - RSPelotas EMBRAPA-CPACT 1998 75 p (EMBRAPA-CPACT Documentos 44)
ZONTA E P MACHADO A A SILVEIRA P Sanest Sistema de anaacutelise estatiacutestica para microcomputadores Registrado na Secretaria Especial de Informaacutetica sob nuacutemero 066060 - categoria A Pelotas-RS Universidade Federal de Pelotas 1984
48
7 APEcircNDICE
APEcircNDICE A - Anaacutelise da adubaccedilatildeo de base e biofertilizantes utilizados na produccedilatildeo de mudas de cebola
TABELA 1 A Anaacutelise baacutesica do solo antes da incorporaccedilatildeo do feijatildeo miuacutedo + papua
Arg
pH IND
SMP
MO
P - n r - Na Al Ca__10Omlmdash
Mg
ppm -
6 53 67 089 8 6 27 1 04 05 0 2
Fonte LASFAEMUFPel (2002)
TABELA 2A Anaacutelise complementar do solo antes da incorporaccedilatildeo do feijatildeo-miuacutedo + papua
Cobre Zinco Manganecircs Ferro
(m v1)
04 05 26 007
Fonte LASFAEMUFPel (2002)
49
TABELA 3A Anaacutelise dos fertilizantes soacutelidos
Amostra pH limidade CN
C N P K Ca Mg
- g-ivg --
Cama de 849 2491 12 31042 2479 3888 3405 29875 463
aves
Esterco 74 3594 11 677 590 157 134 335 214
de curral
Huacutemus 684 5738 14 15965 1098 453 745 743 361
Fonte LASFAEMUFPel (2002)
TABELA 4A Anaacutelise quiacutemica dos biofertilizantes liacutequidos
Amostra N P K_ccedil H
Ca Mg Cu Zn Fe Mn
mdashgL bull
S Magro
m b 4
Urina
053
1652
8 2 2
008
395
0 0 0
149
1674
471
1902
6872
0 0 0
1150
4507
1172
7273
42
033
101389
920
0 0 0
6250
19458
781
35273
1123
0 2 1
Fonte LASFAEMUFPel (2002)
50
APEcircNDICE B - Condiccedilotildees climaacuteticas do local
TABELA 1B Condiccedilotildees de temperatura do local
___________ __________TEMPERATURA (degCgt
meses Meacutedia
Maacutexima
Meacutedia
MiacutenimaMeacutedia
Maacutexima
Absoluta
Miacutenima
Absoluta
Junho 225 87 156 320 25
Julho 225 85 155 285 30
Agosto 251 71 161 360 1 0
Fonte FEPAGROSCT 2002
TABELA 2B Condiccedilotildees de chuva do local
mdash CHUVA (mm)mdash
meses Ocorrida Normal Desvio Da Normal
Junho 1080 1 1 0 -2 0
Julho 1062 98 8 2
Agosto 1283 1 2 0 83
Fonte FEPAGROSCT 2002
51
TABELA 1C Produccedilatildeo de fitomassa fresca e seca (g) da parte aeacuterea altura de planta
(cm) e diacircmetro de colo (mm) de mudas de cebola Petrolini cultivadas
sob uma perspectiva agroecoloacutegica Pelotas-RS 2003
APEcircNDICE C - Anaacutelise estatiacutestica da parte aeacuterea
Causas G1 FFPA FSPA AP DC
da variaccedilatildeo --------- Quadrados meacutedios-
Blocos 3
Ad Base 2 175359071 1287102 2547419 1 11775
Biofertilizantes 2 126876 29011 87669ns 02185ns
Ad x Biofert 4 572378 31123 69106ns 04159
Resiacuteduo 24 34456 03048 27169 00290
Total 35
Meacutedia geral 93745 8772 320388 6741
CV 1980 6294 5145 2530
Significativo a 5ns Natildeo significativo
52
TABELA 1D Produccedilatildeo de fitomassa fresca e seca (g) comprimento (cm) e densidade
de raiacutezes (m cm3) de mudas de cebola Petrolini cultivadas sob uma
perspectiva agroecoloacutegica e razatildeo parte aeacutereasistema radicular Pelotas-
RS 2003
APEcircNDICE D - Anaacutelise estatiacutestica da raiz
Causas G1 FFR FSR CR RPASR DR
da variaccedilatildeo Quadrados meacutedios---------------
Blocos 3
Ad Base 2 27874 551 623 2 1 0 140
Biofertilizantes 2 178 0 1 0 ni 1504 l03ns 038ns
Ad x Biofert 4 190 058 318 294 183
Resiacuteduo 24 005 009 028 023 0 2 1
Total 35
Meacutedia geral 1818 228 184 387 333
C V 134 1356 448 1253 1396
Significativo a 5 ns Natildeo significativo
53
APEcircNDICE E - Anaacutelise estatiacutestica dos macronutrientes da parte aeacuterea da cebola
TABELA 1E Conteuacutedos (mg planta1) de nitrogecircnio foacutesforo potaacutessio caacutelcio e
magneacutesio no tecido vegetal de mud^s de cebola Petrolini cultivadas
sob uma perspectiva agroecoloacutegica Pelotas-RS 2003
Causas G1 bull N P K Ca Mg
da variaccedilatildeo
Blocos 3
Ad Base 2 13550306 446627 25509686 1031806 59007
Biofertilizantes 2 180610ns 16564 68153ns 39006 876ns
Ad x Biofert 4 454187 45743 1047539 46950 2464
Resiacuteduo 24 29769 1453 64313 3741 439
Total 35
Meacutedia geral 24921 4597 33366 6943 1615
C V 692 829 760 880 1297
Significativo a 5 ns Natildeo significativo
APEcircNDICE F - Fotos do experimento
FIGURA 2 Mudas de cebola (Allium cepa L) produzidas sob uma perspectiva agroecoloacutegica
APEcircNDICE F a Fotos do experimento
FIGURA 1 Adubaccedilatildeo verde com feijatildeo-miuacutedo e papuatilde utilizadas no manejo do solo
FIGURA 2 Mudas de cebola (Allium cepa L) produzidas sob urna perspectiva agroecoloacutegica
mixture is more effieient than the ldquoSuper Magrordquo with urine and bordeaux mixture
when applied along with manure as soil fertilizer the dry matter contents of the onion
seedlings are significant when the biofertilizer is added to bovine vermicompost (45 t
h a 1) the largest nutritional contents for the onion seedlings are obtained with manure as
soil fertilizer the largest absorption of calcium by the onion seedlings happens when the
biofertilizer MB4 with urine and bordeaux mixture is added to the manure as soil
fertilizer
X
mixture is more efficient than the Super Magro with urine and bordeaux mixture
when applied along with manure as soil fertilizer the dry matter contents of the onion
seedlings are significant when the biofertilizer is added to bovine vennicompost (45 t
hamiddot ) the largest nutritional contents for the onion seedlings are obtained with manure as
soil fertilizer the largest absorption of calcium by the onion seedlings happens when the
biofertilizer MB4 with urine and bordeaux mixture is added to the manure as soil
fertilizer
x
1
1 INTRODUCcedilAtildeO
ldquoEu sustento que a ciecircncia soacute tem
finalidade se serrsquoir para aliviar a miseacuteria
da existecircncia humana
(Bertold Brecht)
No Rio Grande do Sul cultivar cebola eacute atividade de pequenos e meacutedios
produtores revestindo-se de suma importacircncia para a economia onde contribui para a
geraccedilatildeo de empregos e a fixaccedilatildeo do homem ao meio rural visto que haacute necessidade de
outros tipos de investimentos sociais e econocircmicos
Segundo o ICEPA-SC (2003) o Rio Grande do Sul responde por cerca de 14 da
produccedilatildeo nacional o que faz da cebola a segunda hortaliccedila em importacircncia econocircmica
no Estado sendo apenas superada pela cultura da batata poreacutem a aacuterea plantada no RS
tem apresentado recuo nos uacuteltimos anos caindo de 16648 hectares na safra 9899 para
14085 na safra atual (0203) acontecendo o mesmo com a produccedilatildeo que diminuiu de
181338 toneladas na safra 9596 para aproximadamente 159000 na safra atual
A baixa produtividade obtida pode ser atribuiacuteda a vaacuterios fatores baixa
disponibilidade de mateacuteria orgacircnica no solo poucc^ uso de materiais orgacircnicos eou
aplicaccedilatildeo inadequada destes considerando ainda que a maioria dos produtores
conservam caracteriacutesticas agriacutecolas do seacuteculo passado apresentando resistecircncia ao
associativismo e possuem carecircncia de infraestrutura (estradas eletricidade telefonia
drenagem e condiccedilotildees de armazenamento) Esses fatores aliados a baixa rentabilidade
2
da cultura tem sido apontados como responsaacuteveis pelo abandono da cebolicultura por
alguns produtores
A fase de produccedilatildeo das mudas eacute de extrema importacircncia para o cultivo da cebola e
requer manejo adequado dos recursos naturais para que a cultivar utilizada possa
expressar seu potencial geneacutetico sem comprometer o equiliacutebrio ambiental O principal
cuidado para o desenvolvimento de mudas de qualidade refere-se agrave utilizaccedilatildeo adequada
do solo
Desta forma o manejo do solo e das plantas orientado pela agroecologia pode se
constituir numa excelente alternativa para obtenccedilatildeo de mudas de qualidade sem
comprometer a sauacutede dos agricultores e contribuindo para a preservaccedilatildeo ambiental
Diversas praacuteticas vecircm sendo utilizadas com esta finalidade entre elas citam-se a
adubaccedilatildeo orgacircnica e os biofertilizantes enriquecidos No entanto estes fatores de
produccedilatildeo precisam ser melhor estudados no que tange a sua utilizaccedilatildeo adequada pelos
produtores de cebola objetivando um sistema de produccedilatildeo sustentaacutevel
A agroecologia como ciecircncia apresenta vaacuterias dimensotildees ecoloacutegica econocircmica
social cultural poliacutetica e eacutetica Neste sentido e considerando-se a procura crescente por
produtos orgacircnicos e a necessidade de sistemas de fertilizaccedilatildeo adequados ao cultivo da
cebola o presente trabalho teve como objetivo a produccedilatildeo de mudas sob uma
perspectiva agroecoloacutegica contribuindo para o processo de transiccedilatildeo do sistema de
produccedilatildeo
3
2 REVISAtildeO DE LITERATURA
ldquoAs novas eras natildeo comeccedilam de uma vez
Meu avocirc jaacute vivia no novo tempo
Meu neto viveraacute talvez ainda no velho
A nova carne eacute comida com os velhos garfos
(Bertold Brecht)
21 Desenvolvimento e sustentabilidade
Nenhuma espeacutecie viva com exceccedilatildeo do homem empreende esforccedilos de
desenvolvimento no sentido de crescimento material que sob as formas em que vem
sendo compreendido conduz sempre a algum tipo de agressatildeo contra o ambiente Os
esforccedilos presentes visando o progresso material assim como a maneira de satisfaccedilatildeo
das necessidades baacutesicas do homem no mundo de hoje revelam-se inconsistentes O
uso para esse fim de mateacuteria e energia em doses excessivas e crescentes tem exaurido
recursos ambientais acima de sua capacidade de regeneraccedilatildeo obviamente tendendo a
toma-los menos disponiacuteveis para as futuras geraccedilotildees
De acordo com Martins (2002) o Desenvolvimento Sustentaacutevel natildeo eacute um conceito
acabado trata-se de uma ideacuteia forccedila proacute-ativa e positiva mas que necessita ser
esclarecida quanto ao significado destes dois vocaacutebulos que lhe compotildee e o contexto em
que as pessoas com eles se relacionam Aleacutem disso isso afeta tanto como profissionais
cujas atividades vinculam-se diretamente ao trato com a natureza e portanto por ela satildeo
4
responsaacuteveis mas especialmente como cidadatildeos que constroem no seu cotidiano as
distintas dimensotildees do desenvolvimento sociais econocircmicas ambientais culturais
cientificas e tecnoloacutegicas juriacutedicas poliacuteticas e espirituais
Segundo Altieri amp Nicholls (2000) para o desenvolvimento de uma agricultura
sustentaacutevel as necessidades natildeo satildeo apenas bioloacutegicas ou teacutecnicas mas tambeacutem sociais
econocircmicas e poliacuteticas E inconcebiacutevel promover mudanccedilas ecoloacutegicas no setor agriacutecola
sem a defesa de mudanccedilas nas outras aacutereas da sociedade de modo a conscientizar o
homem sobre as condiccedilotildees necessaacuterias para a exploraccedilatildeo da natureza
A ideacuteia da sustentabilidade referente ao vocaacutebulo sustentaacutevel coloca-se como
contraponto ao caraacuteter perdulaacuterio do modelo prevalecente na medida em que o modelo
econocircmico praticado por um lado estaacute baseado no consumo da mateacuteria prima fornecida
pela natureza para a produccedilatildeo de bens e serviccedilos em descompasso com seu ritmo e
capacidade de fornecimento por outro tem tratado a natureza como mero depositaacuterio de
resiacuteduos sem considerar sua capacidade de absorccedilatildeo e reciclagem A sustentabilidade
contrapotildee-se agrave caracteriacutestica antropocecircntrica do modelo o homem como centro da
questatildeo numa postura dominante sobre o entorno natural cujas ferramentas cientiacuteficas e
tecnoloacutegicas embasam um modelo econocircmico que subjuga a natureza e coloca-se acima
desta O vocaacutebulo sustentaacutevel portanto se refere agrave capacidade de suporte da biosfera
sendo um fim a ser perseguido com o objetivo de garantir sua preservaccedilatildeo numa visatildeo
prospectiva ou seja que assegure o futuro planetaacuterio assumindo portanto o
compromisso com as geraccedilotildees vindouras (Martins 2002)
Quando se trata de apontar os possiacuteveis caminhos que levaratildeo a um novo padratildeo
produtivo e garanta a seguranccedila alimentar sem agredir o ambiente o caminho torna-se
mais difiacutecil Percebe-se que a noccedilatildeo de agricultura sustentaacutevel permanece cercada por
duacutevidas e contradiccedilotildees mesmo assim seu emprego toma-se cada vez mais frequumlente
(Ehlers 1999)
Haacute que se incorporar a concepccedilatildeo de entropia agrave noccedilatildeo de desenvolvimento visto
que a extraccedilatildeo e o transporte tambeacutem satildeo atividades econocircmicas que requerem cuidados
de manejo visando menores efeitos entroacutepicos ao meio ambiente Satisfazer as
necessidades presentes sem comprometer as possibilidades das futuras geraccedilotildees
satisfazerem as suas proacuteprias eacute o que necessita ser construiacutedo no cotidiano Esta natildeo eacute
uma tarefa faacutecil nos tempos atuais pois o mundo nunca passou por tanta incerteza e
nunca teve um presente tatildeo insustentaacutevel (Martins 1997)
211 Agroecologia Paradigma em construccedilatildeo
5
O seacuteculo passado assistiu a uma ineacutedita expansatildeo da capacidade humana de
agenciamento das forccedilas naturais promovida pelo saber teacutecnico-cientiacutefico cuja
centra lidade eacute hoje irreversiacutevel no que se refere as relaccedilotildees com a natureza Em relaccedilatildeo
ao conhecimento poucas aacutereas de interesse do homem moderno se ligam tanto agrave
pesquisa cientiacutefica como a questatildeo ambiental sendo um fenocircmeno de tendecircncia
internacional evidenciado a partir da deacutecada de 70 (Hess 1999)
A noccedilatildeo de paradigma eacute normalmente utilizada para estabelecer uma
diferenciaccedilatildeo entre dois momentos ou dois niacuteveis do processo de conhecimento
cientiacutefico (Capra 1997 Kuhn 1989) Para um entendimento miacutenimo do que significa
essa noccedilatildeo Costa Neto (1999) diz que se pode conceituar o paradigma enquanto um
modelo de ciecircncia que serve como referecircncia para todo um fazer cientiacutefico durante uma
determinada eacutepoca ou um periacuteodo de tempo demarcado e a partir de um certo momento
da histoacuteria da ciecircncia o referido modelo predominante tende a se esgotar em funccedilatildeo de
uma crise de confiabilidade nas bases estruturantes de seu conhecimento Desta forma o
paradigma passa a ser substituiacutedo por outro modelo cientiacutefico predominante Tambeacutem
pode ocorrer o fato de dois paradigmas disputarem o espaccedilo de hegemonia na
construccedilatildeo do conhecimento (Costa Neto 1999)
Os problemas com os quais nos deparamos hoje satildeo faces de uma crise uacutenica
diferentes do fazer cientiacutefico e proveniente de uma crise de percepccedilatildeo segundo Capra
(2 0 0 1 ) isto faz com que nossas instituiccedilotildees e noacutes em particular natildeo consiga perceber
claramente realidades complexas em um mundo globalmente interligado Ainda que as
soluccedilotildees para alguns de nossos principais problemas possam ser relativamente simples
ldquosoacute seratildeo possiacuteveis mediante uma mudanccedila radical em nossas percepccedilotildeesrdquo este eacute
tambeacutem o ldquoestopim para colocar em marcha medidas efetivasrdquo porque os governos e as
instituiccedilotildees jamais empreenderatildeo accedilotildees de fato enquanto as pessoas natildeo
compreenderem que satildeo parte do problema e da soluccedilatildeo e que eacute preciso assumir a
necessidade de mudar o rumo das coisas (Gomes amp Borba 2000)
Para Leff (2001) a agroecologia representa o ldquonascimento de um paradigmardquo que
eacute a alma da produccedilatildeo sustentaacutevel um processo que permite o resgate dos
conhecimentos proacuteprios e o renascimento do ser trazendo de volta as relaccedilotildees com os
seres humanos na medida em que o produtor cria atraveacutes de seu conhecimento o seu
proacuteprio saber-fazer numa relaccedilatildeo com a vida e com a terra
6
Segundo Costa Neto (1999) o paradigma agroecoloacutegico representa portanto a
linha de um posicionamento soacutecio-ambiental que tem uma vertente tecnoloacutegica apta a
ser uma alternativa agrave produccedilatildeo agriacutecola em grande escala e ao modelo tradicional
disciplinar
Hoje a agroecologia continua a fazer conexatildeo entre fronteiras estabelecidas Por
um lado estuda os processos econocircmicos e os agroecossistemas por outro eacute um agente
para as mudanccedilas sociais e ecoloacutegicas complexas que tenham necessidade de ocorrer no
futuro a fim de levar a agricultura para uma base verdadeiramente sustentaacutevel O
processo de mudanccedila estaria dirigido agrave busca de novos pontos de equiliacutebrio entre as
dimensotildees de produtividade estabilidade e equumlidade na atividade agraacuteria articuladas
entre si poreacutem em constante processo de adaptaccedilatildeo e retroalimentaccedilatildeo utilizando
estilos mais respeitosos com o ambiente com o propoacutesito de superar a crise enfrentada
pelos agricultores (Costabeber amp Moyano 2000)
De acordo com Altieri (2002) soacute uma compreensatildeo mais profunda da ecologia
humana e dos sistemas agriacutecolas pode levar a medidas coerentes com uma agricultura
sustentaacutevel Assim a ldquoemergecircncia da agroecologiardquo representa um enorme salto nesta
direccedilatildeo pois fornece os princiacutepios ecoloacutegicos baacutesicos para o estudo e tratamento dos
ecossistemas tanto produtivos quanto preservadores dos recursos naturais e que sejam
culturalmente sensiacuteveis socialmente justos e economicamente viaacuteveis
A transformaccedilatildeo ou substituiccedilatildeo de um modelo de desenvolvimento para outro
supotildee um processo de transiccedilatildeo que em alguns momentos caminha a passos lentos e
em outros pode trazer mudanccedilas bruscas e qualitativamente diferenciadas Esse
processo de transiccedilatildeo significa a conversatildeo de uma agricultura tradicional para uma
agricultura ecoloacutegica e socialmente equilibrada com base na sustentabilidade (Gomeacutez
1997)
Embora a falta de informaccedilatildeo da pesquisa possa ter contribuiacutedo para dificuldades
e experiecircncias negativas de muitos produtores estes tecircm fama de serem inovadores e
experimentadores desejosos de adotar novas praacuteticas no sentido de serem beneficiados
Nos uacuteltimos cinquumlenta anos a inovaccedilatildeo na agricultura tem sido impulsionada
principalmente pela ecircnfase em altos rendimentos e no lucro da unidade produtiva
Apesar da continuidade dessa forte pressatildeo econocircmica sobre a agricultura muitos
produtores convencionais estatildeo preferindo fazer a transiccedilatildeo para praacuteticas que satildeo mais
consistentes ambientalmente e tem o potencial de contribuir com a sustentabilidade da
agricultura em longo prazo (Gliessman 2000)
7
212 Agroecologia e agricultura familiar
O nuacutecleo por excelecircncia da produccedilatildeo sustentaacutevel eacute a agricultura familiar No
Brasil mais especificamente esta tecnologia estaacute sendo introduzida natildeo somente em
aacutereas de cultivo de agricultura familiar em geral mas especificamente em
assentamentos rurais Percebe-se dessa forma tratar-se de um tipo de produccedilatildeo que
tende a incorporar a dimensatildeo histoacuterico-social e a considerar os valores culturais e de
senso comum inerentes aos agricultores familiares (Costa Neto 1999)
Na agricultura familiar a sustentabilidade toma forma a partir do momento em
que comeccedilaram a ser incorporados aos debates os novos anseios da sociedade rural e
urbana relacionados a um novo projeto de desenvolvimento e na medida em que foram
buscadas orientaccedilotildees teoacutericas baseadas no paradigma agroecoloacutegico
De acordo com Maturana amp Rezepka (2000) a formaccedilatildeo do conhecimento natildeo eacute
entendida como simples treinamentos e teacutecnicas e seraacute um aspecto essencial desta
abordagem A valorizaccedilatildeo dos saberes dos agricultores sobre o ambiente as plantas o
solo e os processos ecoloacutegicos onde resgatam e aprimoram teacutecnicas proacuteprias e de
outros de origem cientiacutefica ou empiacuterica fundamentais dentro deste novo paradigma
(Altieri amp Nicholls 2000)
Neste sentido cientistas e extensionistas tecircm se surpreendido com a profundidade
destes conhecimentos e com a capacidade de vaacuterios destes agricultores de expocirc-los
mesmo nos ambientes acadecircmicos onde muitas vezes estatildeo mais avanccedilados que seus
interlocutores (Weid amp Tardin 2002) Isto revela a necessidade de sintonia entre a
Universidade e a Comunidade
Entatildeo a sutentabilidade ambiental em niacutevel local eacute positiva quando o manejo
realizado no agroecossistema aproveita a produtividade dos recursos naturais renovaacuteveis
(aqueles que funcionam mediante o fluxo solar) Ao contraacuterio pode natildeo ser positiva
quando as praacuteticas produtivas consistem na busca pela produtividade mediante a troca
econocircmica (importaccedilatildeo e exportaccedilatildeo de insumos e produtos) onde a terra eacute vista
unicamente como o suporte material (fiacutesico) das espeacutecies Neste caso o controle de
pragas a fertilizaccedilatildeo e outras praacuteticas necessaacuterias satildeo realizados mediante capital
produzido pelo homem degradando a base local de recursos naturais (Xavier Simoacuten amp
Domingues 2001)
8
213 O Mercado de produtos agroecoloacutegicos
O mercado de alimentos produzidos sob a orientaccedilatildeo agroecoloacutegica produzidos
sem utilizaccedilatildeo de agrotoacutexicos ou adubos minerais tem aumentado vertiginosamente em
todo o mundo Alguns dados indicam que esse segmento cresce anualmente cerca de
20 nos Estados Unidos 40 na Europa e 50 no Brasil e para comprovar tais
iacutendices basta verificar a proliferaccedilatildeo das feiras de produtores ecoloacutegicos nas cidades o
aumento dos espaccedilos para esses produtos nas gocircndolas das grandes redes de
supermercados e os movimentos ambientalistas e de consumidores que buscam uma
alimentaccedilatildeo mais saudaacutevel (Schiedeck 2002)
Sem duacutevida antes de tudo cabe salientar que a crise atual evidencia o equiacutevoco da
adoccedilatildeo de um modelo de produccedilatildeotransformaccedilatildeo que natildeo tem outra ambiccedilatildeo que natildeo a
de se adaptar agrave globalizaccedilatildeo Cabe a consideraccedilatildeo feita por Dufour (1999) de que o
mercado natildeo eacute uacutenico e monoliacutetico e portanto a produccedilatildeo social da qualidade natildeo
significa mais do mesmo (a adaptaccedilatildeo do que jaacute natildeo serve)
Na realidade pode-se identificar claramente dois mercados de natureza
fundamentalmente oposta que segundo Gomes amp Borba (2000) satildeo o de produtos
baacutesicos (leite cereais carnes brancas e vermelhas) e o de produtos elaborados
socialmente e de grande valor agregado por serem justos socialmente O mercado
mundial dos produtos baacutesicos eacute alimentado pelos excedentes agriacutecolas de grandes
produtores (Uniatildeo Europeacuteia Estados Unidos e Canadaacute) tambeacutem a soja e carne de
frango brasileira e o trigo argentino e os preccedilos nesses mercados satildeo extremamente
baixos e permaneceratildeo assim por muito tempo segundo relatos recentes do Banco
Mundial
Para produzir a preccedilos tatildeo baixos eacute necessaacuterio lanccedilar matildeo de todo tipo de
artifiacutecio como os hormocircnios os organismos geneticamente modificados as farinhas
animais esquecendo o meio ambiente e convivendo com exploraccedilotildees gigantescas
concentraccedilatildeo na posse da terra e com uma minoria de beneficiaacuterios dos programas de
ajuda puacuteblica os agromanagers (Gomes amp Borba 2000)
O mercado de produtos elaborados e de valor agregado obedece a outras regras
Mesmo que os agricultores busquem a maximizaccedilatildeo da produtividade natildeo se enfrentam
diretamente A produccedilatildeo ocorre em zonas geograacuteficas bem definidas e permite valorizar
o ldquosavoir-fairerdquo ou ldquoknow-howrdquo (em outras palavras natildeo necessariamente mas o
conhecimento ldquotradicionalrdquo) contribuindo para uma verdadeira economia local Esta eacute a
9
agricultura que ao mesmo tempo produz gera e preserva empregos Para caminhar ateacute
ela eacute necessaacuteria uma ampla alianccedila entre agricultores consumidores e movimentos
sociais para frear esta forma de ditadura dos mercados fonte do poder das
transnacionais agro-alimentares e quiacutemicas (Dufour 1999)
Por outra parte o mercado natildeo eacute linear e abstrato como querem fazer crer A
produccedilatildeo e o consumo sempre estaratildeo localizados e seratildeo realizados por produtores e
consumidores concretos isto permite falar em convenccedilatildeo ou negociaccedilotildees onde a
qualidade seja considerada na originalidade no bem comum ou na confianccedila entre pares
e colada aos produtos ainda mais quando se trata de alimentos Isto soacute seraacute possiacutevel
no local (sem ignorar o global) e levando em conta indicaccedilotildees como denominaccedilatildeo
ou indicaccedilatildeo de origem de processo ou de qualidade etc relacionados agraves
especificidades dos produtos o que tambeacutem deve ser objeto de negociaccedilatildeo para cada
lugar (eacute preciso lembrar que a participaccedilatildeo e as relaccedilotildees interpessoais satildeo determinantes
ao longo do processo) A produccedilatildeo social da qualidade eacute vista como estrateacutegia que
adquire sentido se considerada para o espaccedilo da Agricultura Familiar onde ainda eacute
possiacutevel estabelecer laccedilos de solidariedade entre produtores e consumidores (Gomes amp
Borba 2000)
De acordo com DrsquoAgostini amp Fantini (2002) tanto ou mais do que compreender a
dinacircmica de processos dos quais resultam produtos interessantes eacute compreender e
humanizar a dinacircmica de interesses sobre esses processos e produtos Os mesmos
autores dizem ainda que natildeo seria a solidariedade humana (a virtude pressuposta) que
emerge em especial na produccedilatildeo agroecoloacutegica mas sim a emergecircncia da rica
propriedade humana a generosidade que permite praticaacute-la em qualquer relaccedilatildeo entre
os homens
22 A cultura da cebola (Alliunt cepa L) e sua importacircncia
A cultura da cebola foi introduzida pelos accedilorianos no Brasil no seacuteculo XVIII nos
municiacutepio de Mostardas Rio Grande e Satildeo Joseacute do Norte no Estado do Rio Grande do
Sul (Garcia 1990) sendo a terceira hortaliccedila de maior importacircncia econocircmica para o
paiacutes (ICEPA 2003) Nas regiotildees Sul e Sudeste a cebolicultura constitui-se em atividade
socioeconocircmica de significativa relevacircncia para os Estados de Satildeo Paulo Santa
10
Catarina e Rio Grande do Sul nos quais se concentram mais de 76 da produccedilatildeo
nacional (Debarba et a i 1998)
A mais importante regiatildeo produtora do Rio Grande do Sul estaacute situada no litoral
Sul englobando os municiacutepios de Rio Grande Tavares Satildeo Joseacute do Norte e Mostardas
(Garcia 1997) e segundo ICEPASC (2003) esses quatro municiacutepios respondem por
cerca de 70 da produccedilatildeo de cebola do RS
Timm (2000) cita que cerca de 16000 famiacutelias rurais no Rio Grande do Sul tem
na cultura da cebola o seu principal meio de subsistecircncia No Municiacutepio de Satildeo Joseacute do
Norte a produccedilatildeo de cebola constitui uma atividade econocircmica quase exclusiva onde a
descapitalizaccedilatildeo dos agricultores ocasionou o abandono do meio rural por muitos deles
que acabaram por estabelecerem-se na periferia da zona urbana (Garcia 1997)
Aleacutem da descapitalizaccedilatildeo do produtor ocorrem problemas como a erosatildeo do solo
que segundo Zabaleta (1998) ocorre principalmente devido agrave accedilatildeo dos ventos fortes e
constantes caracteriacutesticos na regiatildeo sul-litoracircnea bem como a topografia plana e os
solos muito arenosos com lenccediloacuteis freaacuteticos superficiais contribuem para o
empobrecimento dos solos da regiatildeo principalmente ao se comparar com outras aacutereas
onde a cebola participa de sistemas produtivos juntamente com a produccedilatildeo leiteira o
arroz e hortaliccedilas diversas (Timm 2000)
221 Caracteriacutesticas agronocircmicas da cebola
A cebola eacute uma aliaacuteceae a planta eacute tenra atinge 60 cm de altura e apresenta folhas
tubulares e cerosas O caule verdadeiro eacute um disco comprimido na base da planta de
onde partem as folhas e raiacutezes que satildeo fasciculadas pouco ramificadas explorando um
volume de solo equivalente a um cilindro com 60 cm de altura e 25 cm de diacircmetro
(Filgueira 2000)
Cada planta apresenta 20 a 200 raiacutezes normalmente espessas (05 a 1 mm de
diacircmetro) e com pouca ramificaccedilatildeo e poucos pecirclos absorventes O crescimento eacute
vertical estendendo-se de 40 a 80 cm de profundidade Poucas raiacutezes ocupam mais de
15 cm do raio em tomo do bulbo Estas caracteriacutesticas tecircm implicaccedilotildees peculiares
quanto acirc localizaccedilatildeo e ao suprimento de nutrientes (Quanto menor o diacircmetro e maior a
ocorrecircncia de pecirclos absorventes maior seraacute a superfiacutecie de raiacutezes e consequumlentemente a
absorccedilatildeo de nutrientes (Magalhatildees 1993)
11
A fase vegetativa do ciclo da planta termina com o amadurecimento do bulbo
todavia trata-se de uma planta bienal considerando acirceu ciclo vital completo isto eacute da
semeadura ateacute a produccedilatildeo de novas sementes Apoacutes um periacuteodo invemal sob baixas
temperaturas haacute emissatildeo de um pendatildeo floral que pode alcanccedilar 150 cm de altura
terminando por uma inflorescecircncia tipo umbela simples inicialmente recoberta por
uma peliacutecula formada por centenas de pequenas flores (Filgueira 2000)
Segundo Clivela (1995) os fatores climaacuteticos de modo geral natildeo satildeo limitantes
para a produccedilatildeo de bulbos de cebola no Rio Grande do Sul Filgueira (2000) enfatiza
que no Brasil eacute uma das raras culturas oleraacuteceas nas quais o fotoperiacuteodo pode tornar-se
o fator limitante ocorrendo frustraccedilotildees da colheita caso as exigecircncias da planta natildeo
sejam satisfeitas
222 A produccedilatildeo de mudas de hortaliccedilas
As mais importantes modificaccedilotildees no sistema de produccedilatildeo nos uacuteltimos anos tecircm
sido feitas na produccedilatildeo de mudas Hoje eacute uma realidade os produtores se
especializarem em produzir mudas principalmente no Estado de Satildeo Paulo Para tanto
se busca atraveacutes da pesquisa as melhores fontes e combinaccedilotildees de substratos associados
ao sistema de produccedilatildeo conveniente para cada espeacutecie a fim de se obter melhorias na
propriedade no solo e na Olericultura (Giorgetti 1991)
O sistema agroecoloacutegico torna-se importante uma vez que a base da Horticultura
moderna eacute a produccedilatildeo de mudas de alta qualidade (Minami1995) a produccedilatildeo de mudas
de hortaliccedilas tem sido citada como a etapa mais importante do sistema produtivo (Silva
Junior et al 1995) Segundo Filgueira (2000) nesta fase natildeo se pode cometer erros
pois posteriormente seraacute mais difiacutecil de corrigi-los visto que para o cultivo da cebola a
muda refletiraacute na qualidade do bulbo
As mudas de hortaliccedilas podem ser consideradas tolerantes e natildeo tolerantes ao
transplante e dependem principalmente das condiccedilotildees ambientais necessitando de
cuidados No caso da cebola como satildeo produzidas com raiz nua os cuidados devem ser
maiores pois dependendo do estado em que se encontram mais ou menos susceptiacuteveis
aos estresses quando em contato com o campo podem resultar em desastre (Minami
1999)
A quantidade de nutrientes extraiacuteda pelas hortaliccedilas durante a fase de muda varia
em funccedilatildeo da espeacutecie da variedade ou da cultivar e do prazo necessaacuterio para a formaccedilatildeo
13
O composto humificado ou curado eacute rico em nutrientes que passaram parcialmente
da forma orgacircnica para a forma mineral assimilaacutevel pelas raiacutezes e com maior teor
coloidal que atua como fertilizante e eacute responsaacutevel pela capacidade melhoradora do
solo (Barreto 1985)
Uma das principais alternativas em termos de adubaccedilatildeo orgacircnica eacute o
vermicomposto Ele eacute um adubo orgacircnico estaacutevel rico em nutrientes inodoro de
coloraccedilatildeo escura obtido a partir da atividade das minhocas que potencializam a mateacuteria
prima utilizada no processo (principalmente esterco de bovino) proporcionando
diversos benefiacutecios para as plantas (Timm 2000)
231 Efeitos da adubaccedilatildeo orgacircnica no solo
O solo funciona como um organismo vivo em 1 grama de solo saudaacutevel vive uma
comunidade bioloacutegica de aproximadamente 1 0 0 0 0 espeacutecies diferentes como minhocas
larvas besouros colecircmbolos aacutecaros algas bacteacuterias e fungos Estes organismos
necessitam de alimentos para viver principalmente carbono e nitrogecircnio que estatildeo
presentes na palhada das culturas e no esterco de animais Em funccedilatildeo disso eacute
importante que o solo tenha um determinado teor de mateacuteria orgacircnica para fornecer os
alimentos e energia que os microacutebios precisam para viver (Paulus et al 2001)
O homem atraveacutes dos diferentes sistemas de preparo do solo e cultivos contiacutenuos
ou natildeo altera o comportamento do mesmo em relaccedilatildeo agraves reaccedilotildees quiacutemicas
propriedades fiacutesicas como capacidade de retenccedilatildeo de aacutegua lixiviaccedilatildeo de nutrientes
erosatildeo e como consequumlecircncia afeta a qualidade de organismos presentes no solo (Brady
1999) reduzindo paulatinamente o teor de mateacuteria orgacircnica (Primavesi1982)
Nos uacuteltimos anos tem-se observado em diferentes paiacuteses a ampliaccedilatildeo do uso de
adubos orgacircnicos Alguns apresentam oacutetimos resultados enquanto outros se mostram
tecnicamente inadequados Os principais adubos orgacircnicos encontrados no mercado satildeo
fertilizantes orgacircnicos de origem animal compostos de lixo urbanos compostos de
produtos industriais e huacutemus de minhoca Nestes fertilizantes estatildeo presentes a maioria
dos macronutrientes (nitrogecircnio foacutesforo potaacutessio caacutelcio magneacutesio enxofre) e
micronutrientes (zinco cobre boro ferro cobalto)essenciais para as plantas e nem
sempre encontrados em muitos fertilizantes minerais bem como uma gama de
microorganismos que vatildeo beneficiar a fauna e a flora do solo (Brady 1979 Kiehl
1985 Costa 1985 Garcia 1997)
14
Os adubos orgacircnicos satildeo amplamente empregados nos sistemas de produccedilatildeo de
alface como condicionadores do ambiente quiacutemico e fiacutesico da rizosfera e
consequumlentemente na resposta bioloacutegica das plantas (Rodrigues amp Casali 1998)
Considerando as necessidades hortiacutecolas de maior competitividade e o fato de natildeo
ser subsidiada o crescimento populacional e a industrializaccedilatildeo representam fatores
determinantes na geraccedilatildeo diaacuteria de enormes volumes de resiacuteduos podendo ser utilizados
pelos produtores com um maior retomo econocircmico possiacutevel Ao mesmo tempo a
questatildeo ambiental assume cada vez mais destaque na sociedade moderna repercutindo
em poliacuteticas governamentais bem como no setor produtivo do paiacutes e do mundo
fazendo com que a relaccedilatildeo do homem com a natureza seja repensada (Morselli 2001)
232 Efeitos da adubaccedilatildeo orgacircnica nas culturas
Segundo Paulus et al (2001) a mateacuteria orgacircnica tambeacutem eacute fonte de nutrientes
especialmente nitrogecircnio foacutesforo enxofre e micronutrientes aleacutem disso tem
capacidade de ldquoprenderrdquo micronutrientes e alguns elementos toacutexicos para as plantas
como o alumiacutenio Por exemplo os micronutrientes depois de presos satildeo liberados
lentamente no solo onde satildeo gradativamente aproveitados pelas plantas
O uso dos fertilizantes minerais elevam o custo de produccedilatildeo pois satildeo necessaacuterias
altas doses para o fornecimento dos teores de nutrientes demandados Por isso eacute
importante a geraccedilatildeo de tecnologias que poupem o consumo de fertilizantes minerais
desejaacutevel com vista agrave diminuiccedilatildeo do custo de produccedilatildeo (Rodrigues 1984) A produccedilatildeo
de hortaliccedilas sob a orientaccedilatildeo agroecoloacutegica leva em consideraccedilatildeo natildeo apenas os custos
de produccedilatildeo como tambeacutem a dependecircncia dos insumos principalmente quando se
considera a ldquoteoria da trofobioserdquo pelos efeitos maleacuteficos que os nutrientes prontamente
assimilaacuteveis podem causar as plantas (Chaboussou 1987)
Para Compagnoni amp Putzolu (1985) o vermicomposto eacute um autecircntico fertilizante
bioloacutegico que atua como corretivo do solo determinando caracteriacutesticas importantes
para a microflora pelos aacutecidos huacutemicos e as substacircncias fitoestimulantes Os autores
consideram ainda que as dejeccedilotildees das oligoquetas proporcionam a formaccedilatildeo de huacutemus
permitindo melhorar o solo razatildeo pela qual satildeo destinados agrave horticultura com oacutetimas
vantagens fiacutesicas e microbioloacutegicas enriquecendo a camada araacutevel
Em experimentos desenvolvidos durante cinco anos para avaliar o efeito da
aplicaccedilatildeo de compostos eou adubos nas culturas de alface manjericatildeo espinafre e
15
pepino Valenzuela amp Crosby (1998) compararam as produccedilotildees obtidas com composto
e a fertilizaccedilatildeo padratildeo e concluiacuteram que a utilizaccedilatildeo do composto em 20 Mg ha 1 mais
N-quiacutemico foi o melhor tratamento em todas as culturas estudadas
233 Plantas de cobertura do solo
As plantas mais usadas para adubaccedilatildeo de cobertura do solo satildeo as leguminosas
pois estas tecircm a capacidade de fixar o nitrogecircnio atmosfeacuterico e disponibiliza-lo agrave
cultura Primavesi (1992) cita que utilizando-se mucuna ervilhaca feijatildeo-de-porco
feijatildeo-miuacutedo crotalaacuteria e outras natildeo haacute necessidade de utilizar tanto nitrogecircnio em
cobertura embora natildeo se dispense uma calagem mais frequumlente pois ocorre um pouco
de acidificaccedilatildeo no solo como com qualquer adubaccedilatildeo nitrogenada Segundo a mesma
autora algumas leguminosas tecircm a capacidade de mobilizar o foacutesforo como o caupi
(feijatildeo-miuacutedo) outras mobilizam o caacutelcio como tremoccedilo
Para Brady (1999) a adubaccedilatildeo verde traz grandes benefiacutecios como suprimento de
mateacuteria orgacircnica sendo consideraacutevel a quantidade de resiacuteduos orgacircnicos devolvidos ao
solo adiccedilatildeo de nitrogecircnio nutrientes e conservaccedilatildeo do solo
Calegari (1998) comenta que quanto aos aspectos fiacutesicos os resiacuteduos tendem a
contribuir para uma melhoria da estrutura do solo percebida pelo aumento da
estabilidade dos agregados em aacutegua aumento da capacidade de retenccedilatildeo hiacutedrica
elevaccedilatildeo dos iacutendices de infiltraccedilatildeo de aacutegua no solo aumento da porosidade melhor
aeraccedilatildeo e diminuiccedilatildeo da densidade do solo
De acordo com Timm (2000) o papuatilde eacute uma excelente alternativa como cobertura
de solo para o cultivo miacutenimo da cebola pois na eacutepoca do transplante das mudas seu
ciclo vegetativo estaacute completo natildeo necessitando o dessecamento outra vantagem eacute que
o papuatilde apresenta bom controle com relaccedilatildeo agraves plantas invasoras da cebola reduzindo
ao longo dos anos o nuacutemero de capinas e a aplicaccedilatildeo de herbicidas
234 Adubaccedilatildeo foliar
Segundo Malavolta (1981) a utilizaccedilatildeo da adubaccedilatildeo foliar eacute complemento da
adubaccedilatildeo de solo natildeo substituto da mesma no que diz respeito ao fornecimento de
nitrogecircnio foacutesforo e potaacutessio para as culturas Da mesma maneira que as raiacutezes podem
perder para o solo parte dos elementos absorvidos as folhas tambeacutem o fazem pela accedilatildeo
16
de fatores internos (desordem fisioloacutegica estado nutricional etc) e externos (chuvas
orvalho nutriccedilatildeo do sistema radicular luz temperatura etc)
Para Chaboussou (1987) as plantas adquirem o maacuteximo de resistecircncia bioloacutegica
atraveacutes da nutriccedilatildeo (trofos) equilibrada Obviamente para que isto ocorra eacute necessaacuterio
que o solo esteja em equiliacutebrio dinacircmico o ambiente seja o mais estaacutevel e as plantas
selecionadas ou melhor adaptadas para poderem suportar as alteraccedilotildees extemporacircneas
ocasionadas pelos fenocircmenos meteoroloacutegicos e nas fases fonoloacutegicas criacuteticas do
crescimento e desenvolvimento (Pinheiro amp Barreto 2000)
O lixiviado das folhas enriquece as camadas superiores do solo e tende a
contrabalanccedilar as perdas de zonas mais profundas e mais distantes acumulando-os nas
suas proximidades tambeacutem influencia o nuacutemero e o comportamento dos
microrganismos que por sua vez alteram o processo de gecircnese do solo sua textura e
fertilidade A lixiviaccedilatildeo assim se toma importante no desenvolvimento da sucessatildeo
ecoloacutegica devido agrave ciclagem de elementos (Malavolta 1980)
Conforme Camargo (1975) a utilizaccedilatildeo de adubos foliares substitui parcialmente
a adubaccedilatildeo radicular em 20 a 25 podendo ser utilizada em varias pulverizaccedilotildees
24 Vermicompostagem
E o processo que consiste em se submeter diferentes resiacuteduos orgacircnicos de
origem animal eou vegetal aos processos fermentativos e humificaccedilatildeo adicionando
minhocas do gecircnero Eiseina espeacutecie foetida ao material procurando obter um produto
curado em aproximadamente 45 - 60 dias (Compagnoni amp Putzolu 1985)
A vermicompostagem firmou-se no Brasil como atividade rentaacutevel produzindo
adubo de alta qualidade na deacutecada de 90 Na agricultura brasileira contudo haacute
preferecircncia pelos adubos quiacutemicos em funccedilatildeo de sua aquisiccedilatildeo financiada menor custo
e retomo imediato embora o impacto de seu uso contiacutenuo sobre o solo e os
microorganismos que nele vivem seja negativo (Tagliari amp Grassmann 1995)
Segundo Morselli (2002) a vermicompostagem difere da compostagem
convencional dentre outros pocircr formar substacircncias huacutemicas mais rapidamente ao sofrer
passagem pelo trato digestivo das minhocas A alirdentaccedilatildeo destas satildeo basicamente os
estercos e a disponibilidade desta mateacuteria prima bem como de ambiente protegido para
proceder a compostagem correta deste material satildeo indispensaacuteveis
17
Segundo Kiehl (1985) e Martinez (1990) o vermicomposto apresenta as seguintes
vantagens em relaccedilatildeo a compostagem permite a formaccedilatildeo de um produto curado em
menor espaccedilo de tempo promove a formaccedilatildeo de um material com maior
disponibilidade de nutrientes facilita o peneiramento natildeo havendo a necessidade de
revolvimento do material oferece vaacuterias fontes de renda pois aleacutem do huacutemus fornece
minhocas e raccedilatildeo e quando aplicado ao solo tende a melhorar as propriedades fiacutesicas
quiacutemicas e bioloacutegicas
241 Resiacuteduos utilizados na vermicompostagem
2411 Resiacuteduos de origem animal
Segundo Bureacutes (1997) o esterco eacute uma mistura de fezes urina e camas que
podem estar constituiacutedas de palhas folhas secas serragem turfa casca de arroz e ateacute
terra Esse apresenta pH neutro e densidade que varia de 030 a 090 Kg dm3 segundo
seu estado de decomposiccedilatildeo Eacute influenciado por vaacuterios fatores como espeacutecie animal
raccedila idade alimentaccedilatildeo material utilizado como cama e tratamento da mateacuteria-prima
esterco (Kiehl 1985) Dentre os fatores apontados um dos mais importantes eacute a
alimentaccedilatildeo do animal quanto mais rica a alimentaccedilatildeo mais rica seraacute as dejeccedilotildees
(Gnoatto 1999) O volume de bacteacuterias vivas ou mortas encontradas no esterco
representam 20 a 30 do total delas se originam grande parte do nitrogecircnio sob a
forma de proteiacutena (Morselli 2002)
A origem do material utilizado para a produccedilatildeo de vermicomposto eacute fundamental
pois soacute uma mateacuteria-prima de qualidade resultaraacute em um produto final de boa qualidade
Dentre os estercos o de aves eacute empregado empiricamente na adubaccedilatildeo de culturas
permanente ou natildeo com excelentes resultados apesar de sua simples composiccedilatildeo
meacutedia 2 de nitrogecircnio 2 de foacutesforo como P2 0 5 e 1 de K2 0 Poreacutem haacute uma
grande variaccedilatildeo na sua constituiccedilatildeo a qual dependeraacute do manejo animal atraveacutes das
camas finalidade da criaccedilatildeo e natureza das camas (Morselli 2002)
2412 Resiacuteduos de origem vegetal
A mateacuteria orgacircnica pode ser preservada no solo por vaacuterios processos seja pela
simples incorporaccedilatildeo de resiacuteduos de culturas rotaccedilatildeo de culturas adubaccedilatildeo verde ou
18
pela adiccedilatildeo de materiais orgacircnicos capazes de elevar e manter a produtividade do solo
Da decomposiccedilatildeo dos resiacuteduos orgacircnicos adicionados ao solo resulta a liberaccedilatildeo de
grande quantidade de nutrientes principalmente o nitrogecircnio o potaacutessio e o enxofre
Aleacutem disso diversos atributos quiacutemicos e fiacutesicos do solo satildeo alterados pela
decomposiccedilatildeo desses resiacuteduos destacando-se o aumento da capacidade de troca de
caacutetions o aumento da retenccedilatildeo de aacutegua a melhoria da estabilidade dos agregados e da
aeraccedilatildeo (Fraser1963 Malavolta 1981 Mello et al 1983 Bonilla 1992)
Segundo Purcino (1981) quando a relaccedilatildeo CN eacute menor que 30 como no caso do
esterco de curral ou da palha de leguminosas a disponibilidade de nitrogecircnio eacute
imediata mas acima deste valor ocorre imobilizaccedilatildeo crescente deste nutriente Por esse
motivo estes materiais devem ser submetidos a uma degradaccedilatildeo bioloacutegica antes de
serem adicionados ao solo
25 Biofertilizantes
No Brasil ocorrem problemas crescentes com materiais derivados de sistemas
intensivos de criaccedilatildeo animal que acumulam resiacuteduo^ orgacircnicos com graves problemas
de contaminaccedilatildeo de cursos de aacutegua que na maioria das vezes se acumulam em um
uacutenico lugar e natildeo satildeo reciclados (Viglizzo 1995)
Visando amenizar tais situaccedilotildees os meacutetodos alternativos de adubaccedilatildeo controle de
doenccedilas pragas e plantas indesejaacuteveis tecircm sido muito estudado Dentro dessa linha de
pesquisa destaca-se o uso de mateacuteria orgacircnica atraveacutes tanto de sua incorporaccedilatildeo ao
solo como de sua transformaccedilatildeo para uso posterior na forma de biofertilizantes
(Khatounian 1997 Bettiol et al 1997)
Na complexa e elevada comunidade microbiana dos biofertilizantes encontram-se
bacteacuterias fungos leveduriformes filamentosos e actinomicetos (Bettiol apud Penteado
1999)
O agregado de macro e micronutrientes periodicamente ativa e enriquece a
fermentaccedilatildeo O uso de farinha de rocha tem sido vantajoso por ter baixo custo
comparado com os sais concentrados e purificados aleacutem de trazer alguns elementos
traccedilos de vital importacircncia para os microrganismos do solo como por exemplo o Gaacutelio
o Iodo e o Vanaacutedio (M1BASA 199-) O agregado de farinha de rocha ou sais
purificados ao fermentado faz com que estes nutrientes passem a fazer parte dos
microrganismos ou dos produtos orgacircnicos liberados durante a fermentaccedilatildeo sendo que
19
o ataque dos microrganismos atraveacutes de suas enzimas consegue liberar os elementos natildeo
atacados pelos aacutecidos industriais (Pinheiro amp Barreto 2000)
Os biofertilizantes tecircm sido empregados na agricultura ecoloacutegica como adubo
foliar para aumentar a resistecircncia contra pragas e doenccedilas Aleacutem disso o processo de
produccedilatildeo eacute bastante simples e por isso eacute viaacutevel sua produccedilatildeo na propriedade desde que
tenha esterco disponiacutevel (Penteado 1999)
Bettiol et al (1997) verificaram a presenccedila de diferentes espeacutecies de fungos
fiacutelamentosos e leveduriformes e bacteacuterias entre elas Bacillus spp na comunidade
microbiana do biofertilizante produzido segundo meacutetodo adotado pelo Centro de
Agricultura Ecoloacutegica Ipecirc Os autores verificaram ainda uma reduccedilatildeo da comunidade
microbiana ao longo da digestatildeo reduccedilatildeo essa mais acentuada logo apoacutes o acreacutescimo
dos sais contendo micronutrientes A accedilatildeo dos sais pode ser tanto por aumento na
pressatildeo osmoacutetica quanto pelo efeito direto sobre os microrganismos Para o controle de
doenccedilas de plantas satildeo importantes a presenccedila dos metaboacutelitos produzidos pelos
organismos presentes no biofertilizante e os proacuteprios microrganismos vivos
Os microrganismos transformam o material orgacircnico (esterco soro de leite caldo
de frutas palhas restos industriais etc) e cinzas produzindo vitaminas aacutecidos e sais
complexos importantes para regular e tonificar o metabolismo das plantas impedindo o
desenvolvimento de pragas e doenccedilas (Pinheiro amp Barreto 2000)
Em estudos feitos com o biofertilizante liacutequido de bovinos foi observado a
presenccedila de inuacutemeros microorganismos como bacteacuterias leveduras e bacilos
principalmente do Bacillus subtilis Estes microorganismos sintetizam substacircncias
antibioacuteticas as quais demonstram ter grande accedilatildeo e eficiecircncia como substacircncias
fungiostaacuteticas e bacteriostaacuteticas de fitopatoacutegenos causadores de danos em lavouras
comerciais (Penteado 1999)
Aldrighi et al (2002) realizaram trabalho na UFPel relacionado agrave nutriccedilatildeo de
mudas de tomate (Floradade) produzidas no sistema ldquofloatingrdquo Utilizaram-se doses de
0 2 5 e 10 para o biofertilizante Super Magro e 0 e 1 para a urina de vaca
Concluiacuteram que estes natildeo interferem na produccedilatildeo das mudas e que provavelmente foi
influenciado pelo substrato utilizado (vermicomposto 75 e casca de arroz carbonizada
25) bem como o sistema de produccedilatildeo (floating)
Paglia et al (2002) citam que eacute possiacutevel produzir mudas de tomate (cultivar
Floradede) utilizando urina de vaca e biofertilizante Super Magro na aacutegua em sistema
ldquofloatingrdquo em trabalho realizado na UFPel O uso da urina de vaca a 1 e 5 e
20
biofertilizante Super Magro a 6 proporcionam uma elevaccedilatildeo do foacutesforo bem como o
Super Magro a 6 eleva os teores de Mg e Ca na aacutegua
251 Urina de vaca
As urinas de vaca contecircm nutrientes favoraacuteveis ao bom desenvolvimento das
plantas como potaacutessio soacutedio nitrogecircnio enxofre magneacutesio caacutelcio foacutesforo e traccedilos de
outros elementos Nas plantas funciona como um fertilizante natural tomando-as mais
resistentes ao ataque das pragas e doenccedilas Satildeo encontradas tambeacutem na urina outras
substacircncias como fenoacuteis e principalmente o catecol que esta associado agrave recuperaccedilatildeo
de plantas atacadas por fitopatoacutegenos por ser um produto anti-seacuteptico (Penteado 1999)
Para seu emprego a urina receacutem coletada deve ser armazenada sob condiccedilotildees
ambientais por trecircs dias para que se forme amocircnio importante produto a ser absorvido
pelas plantas Recomenda-se ainda que o armazenamento deva ser feito em recipiente
fechado para que natildeo ocorram perdas de nitrogecircnio Desta forma poderaacute permanecer
por ateacute um ano sem comprometer sua eficiecircncia
Em hortaliccedilas o uso da urina de vaca eacute recomendado em pulverizaccedilotildees foliares
semanais na concentraccedilatildeo de 05 para tomateiro pimentatildeo pepino feijatildeo vagem e
couve ou quinzenais a 1 para as culturas do quiabeiro jiloeiro e berinjela Para
fruteiras em geral a primeira aplicaccedilatildeo deve ser na concentraccedilatildeo aproximada de 5
realizada diretamente no solo e mensalmente devem ser realizadas pulverizaccedilotildees
foliares a 1 para plantas jovens e a 5 para plantas adultas (Penteado 1999)
Na aplicaccedilatildeo foliar deve-se ter cuidado com folhas e brotos novos e considerar que
o uso contiacutenuo pode ser toacutexico podendo afetar o solo causando a sua acidificaccedilatildeo
(Penteado 1999)
Na Estaccedilatildeo Experimental da PESAGRO no municiacutepio de Macaeacute Rio de Janeiro
estaacute se utilizando a urina de vaca leiteira Os pesquisadores descobriram que a urina de
vaca em lactaccedilatildeo produzia o efeito de recuperar plantas de abacaxi atacadas por uma
doenccedila conhecida como ldquofusairioserdquo Essa doenccedila quando ataca o abacaxi causa
perdas de ateacute 70 da safra Todos os agrotoacutexicos testados natildeo conseguiram controlar a
doenccedila Isto eacute um exemplo para que a universidade tenha uma nova percepccedilatildeo (Capra
1996) adotando medidas efetivas que contribuam na transiccedilatildeo agroecoloacutegica Com o
uso da urina de vaca leiteira numa lavoura de abacaxi atacada pela fusariose observou-
se agrave recuperaccedilatildeo do stand e os frutos produzidos apresentaram excelente padratildeo
21
comercial Descobriu-se que aleacutem funcionar como adubo e defensivo natural a urina de
vaca leiteira tambeacutem favorece a floraccedilatildeo de muitas plantas e pode ser usada no
tratamento de frutos e tubeacuterculos depois da colheita
A urina de vaca em lactaccedilatildeo tambeacutem estaacute sendo usada nas lavouras de cafeacute em
plantaccedilotildees de maracujaacute coco alface e outras hortaliccedilas Na regiatildeo centro-sul do Paranaacute
os agricultores estatildeo aplicando a urina de vaca leiteira nas lavouras de feijatildeo soja
batata cebola e milho (Penteado 1999)
252 Alhol
A maioria dos defensivos alternativos tais como calda bordalesa sulfocaacutelcica
aacutegua de cinza e cal biofertilizante enriquecido extrato de fumo entre outros precisa
ser misturada com um espalhante adesivo para quebrar a tensatildeo superficial da gota e
propiciar um melhor molhamento das folhas e demais partes pulverizadas assegurando
uma absorccedilatildeo mais efetiva e uma melhor accedilatildeo sobre as pragas e doenccedilas Quando as
gotas permanecem inteiras sobre a superfiacutecie folhar devido agrave falta de espalhante
adesivo pode-se danificar os tecidos vegetais pelc efeito-lente quando o sol incide
sobre elas Aleacutem disso a gota por natildeo se espalhar sobre toda superfiacutecie folhar
concentra nela e consequumlentemente sobre o tecido que estaacute em contato com ela uma
quantidade maior do produto aplicado Essa maior concentraccedilatildeo pode prejudicar a
absorccedilatildeo e lesionar os tecidos principalmente apoacutes a evaporaccedilatildeo da aacutegua contida na
gota por resultar em uma maior concentraccedilatildeo de sais no local especialmente quando se
aplicam por exemplo calda sulfocaacutelcica bordalesa biofertilizante enriquecido com
macro e micronutrientes (Claro 2001)
O alhol eacute um espalhante adesivo ecoloacutegico que tambeacutem auxilia no controle de
pragas E elaborado com aacutegua alho oacuteleo vegetal e sabatildeo neutro a partir da sabedoria
popular que menciona o alho como repelente de insetos Juacutenior Abreu amp Maiorano
(199-) indicam formulaccedilotildees contendo alho para o controle de pragas como nematoacuteides
(Meloidogyne incoacutegnita e M javanica) mosca do chifre lagarta na maccedilatilde pulgotildees
besouro da batata trips e para controle de doenccedilas fuacutengicas e bacterianas como miacuteldio
ferrugem fusariose helminthosporiose murchadeira (Pseudonamos solacearum)
bruzone do arroz (Pyricularia orysae) podridatildeo negra do repolho e couve-flor
(Xanthomonas campestris) Aleacutem disso o alho pelo seu bom teor em oacuteleo pode agir
tambeacutem como espalhante adesivo O sabatildeo tambeacutem eacute indicado como espalhante adesivo
22
e possui accedilatildeo contra certas pragas (pulgotildees) sendo que o oacuteleo vegetal eacute indicado no
controle de cochonilhas e usado como espalhante adesivo (Claro 2001)
253 Calda Bordalesa
A calda bordalesa eacute um tradicional defensivo agriacutecola que pode ser preparado na
propriedade com a mistura de sulfato de cobre cal virgem e aacutegua As concentraccedilotildees de
sulfato de cobre e cal satildeo distintas dependendo do objetivo do seu emprego
Geralmente diferem de acordo com o tipo de planta ou espeacutecie vegetal as condiccedilotildees
climaacuteticas o grau de infestaccedilatildeo da doenccedila e a fase de crescimento da planta Eacute indicada
para o controle de miacuteldio alternaacuteria botrytis e antracnose (Penteado 1999)
A calda bordalesa caracteriza-se pela sua importante accedilatildeo no controle de diversas
doenccedilas fungicas nas mais diversas espeacutecies de culturas Possui tambeacutem uma relativa
accedilatildeo bactericida e em alguns casos age como repelente de insetos Da mistura do
sulfato de cobre com a cal resulta uma soluccedilatildeo rica em macronutrientes e
micronutrientes Provavelmente os expressivos resultados obtidos com a aplicaccedilatildeo da
calda bordalesa devam-se natildeo somente a sua accedilatildeo fuacutengica e bactericida mas sobretudo
agrave influecircncia positiva que exerce no metabolismo das plantas ativando o processo
enzimaacutetico e estimulando a proteossiacutentese aumentando a resistecircncia das plantas (Claro
2 0 0 1 ) caracteriacutestica fundamental na agricultura sustentaacutevel
254 Biofertilizante Super Magro
A calda Super Magro eacute produto da fermentaccedilatildeo de estercos animais enriquecidos
por micronutrientes e outros produtos de origem animal obtendo-se uma calda
biofertilizante para aplicaccedilatildeo foliar nas plantas (Penteado 1999) jaacute foram observados
bons resultados principalmente nas culturas de uva maccedila pecircssego tomate batata e
hortaliccedilas em geral
E indicado como fonte suplementar de micronutrientes para as plantas inibidor
de fungos e bacteacuterias causadores de doenccedilas e para aumentar a resistecircncia contra insetos
e aacutecaros (Penteado 1999) i
Muller (1999) avaliou a influecircncia do biofertilizante Super Magro sobre as
culturas de tomate (Lycopersicon esculentum Mill) ervilha (Pisum sativum L) e
beterraba (Beta vulgaris L) O autor obteve cultivos com baixa severidade de doenccedilas e
23
insetos fitoacutefagos possivelmente por causa do manejo orgacircnico de produccedilatildeo Os
resultados das pulverizaccedilotildees das soluccedilotildees foliares variaram conforme a cultura e o
clima
255 Biofertilizante MB4
A utilizaccedilatildeo das farinhas de rochas eacute uma das teacutecnicas mais modernas usadas nos
uacuteltimos anos na agricultura O elevado nuacutemero de nutrientes contidos no MB4 como
cobre zinco manganecircs cobalto soacutedio alumiacutenio silicatos de magneacutesio ferro e caacutelcio
acompanhado de foacutesforo potaacutessio e enxofre reagem com a soluccedilatildeo do solo liberando
elementos essenciais ao desenvolvimento da vida microbiana os quais exercem um
papel fundamental atraveacutes de transformaccedilotildees quiacutemicas e do equiliacutebrio bioloacutegico
favorecendo o desenvolvimento sadio das plantas (Pinheiro amp Barreto 2000)
24
3 MATERIAL E MEacuteTODOS
31 Local de execuccedilatildeo do experimento
O presente trabalho foi conduzido no Centro de Pesquisa da Regiatildeo Sul
(FEPAGROSUL) no municiacutepio de Rio Grande nlt periacuteodo de 15 de maio a 26 de
agosto de 2 0 0 2
O solo eacute classificado como ldquoTuiardquo satildeo muito arenosos As massas aquaacuteticas do
Oceano Atlacircntico e Lagoa dos Patos influenciam ventos temperatura pressatildeo umidade
relativa e demais fatores climaacuteticos A topografia da regiatildeo litoracircnea eacute plana com
lenccediloacuteis freaacuteticos superficiais
32 Anaacutelise estatiacutestica
O experimento foi constituiacutedo em fatorial 3X3 (Quadro 1) com quatro repeticcedilotildees
no delineamento blocos ao acaso As variaacuteveis respostas foram submetidas agrave anaacutelise de
variaccedilatildeo e ao teste de Duncan a 5 de probabilidade para comparaccedilatildeo das meacutedias
utilizando-se o sistema SANEST (Zonta amp Machado 1984)
As anaacutelises estatiacutesticas das variaacuteveis estudadas encontram-se nos Apecircndices C D
Os resultados das respostas agronocircmicas e das determinaccedilotildees dos conteuacutedos dos
macronutrientes bem como os de raiz estatildeo nas tabelas de 1 a 3
25
As diferentes adubaccedilotildees seratildeo representadas durante a discussatildeo da seguinte
forma 1 VB (30 t ha 1 de vermicomposto) 15 VB (45 t ha 1 de vermicomposto) e EC
(60 t ha 1 de esterco de curral) 1 VB+SM+U+CB (30 t ha 1 de vermicomposto mais
super magro mais urina de vaca mais calda bordalesa) 15 VB+SM+U+CB (45 t ha 1 de
vermicomposto mais super magro mais urina de vaca mais calda bordalesa)
EC+SM+U+CB (60 t ha 1 de esterco de curral mais super magro mais urina de vaca
mais calda bordalesa) 1 VB+MB4 +U+CB (30 t ha 1 de vermicomposto mais MB4 mais
urina de vaca mais calda bordalesa) 15 VB+MB4 +U+CB (45 t ha 1 de vermicomposto
mais MB4 mais urina de vaca mais calda bordalesa) EC+MB4 +U+CB (60 t ha 1 esterco
de curral mais MB4 mais urina de vaca mais calda bordalesa)
QUADRO 1 Descriccedilatildeo dos fatores experimentais e respectivos niacuteveis
Niacuteveis Fator 1 ADUBACcedilAtildeO DE BASE
0 1 Vermicomposto (30 t ha1)
0 2 Vermicomposto (45 t ha1)
03 Esterco de curral (60 t ha1)
Niacuteveis Fator 2 BIOFERTILIZANTES LIacuteQUIDOS
0 1 Super magro (5) + Urina de Vaca + Calda Bordalesa
0 2 MB4 (10) + Urina de vaca + Calda Bordalesa
03 Ausecircncia (testemunha)
33 Tratamentos
Da combinaccedilatildeo entre niacuteveis e fatores foram obtidos 9 tratamentos que estatildeo
descritos no Quadro 2 bem como as doses de adubaccedilatildeo utilizadas no experimento
26
QUADRO 2 Tratamentos e doses de adubaccedilatildeo utilizadas no experimento
TRATAMENTOS
Ndeg FATOR I FATOR II
0 1 30 t ha de vermicomposto Super magro 5 Urina de vaca Calda Bordalesa
0 2 30 t harsquo de vermicomposto MB4 10 Urina de vaca Calda Bordalesa
03 30 t ha de vermicomposto - - -
04 45 t ha de vermicomposto Super magro 5 Urina de vaca Calda Bordalesa
05 45 t ha de vermicomposto MB4 10 Urina de vaca Calda Bordalesa
06 45 t ha de vermicomposto - - -
07 60 t hade esterco Super Magro 5 Urina de vaca Calda Bordalesa
08 60 t hade esterco MB4 10 Urina de vaca Calda Bordalesa
09 60 t hade esterco - - -
Cada parcela foi constituiacuteda por dois canteiros medindo 1 m de largura x 2 m de
comprimento perfazendo 075 m de aacuterea de aacuterea uacutetil (025 m de bordadura) Foi
utilizando semeadura a lanccedilo com densidade de 24 g canteiro1
O vermicomposto a urina de vaca o esterco de curral o alhol os biofertilizantes e
a calda bordalesa foram de procedecircncia do Centro de Pesquisa da Regiatildeo Sul O
vermicomposto de esterco bovino misturado agraves cascas de frutas foi processado pela
minhoca vermelha califomiana Eisenia foetida)
O biofertilizante Super Magro foi elaborado segundo a metodologia descrita pela
FEPAGROSUL utilizando-se os seguintes componentes 190 litros de aacutegua 22 litros
de leite 55 Kg de accediluacutecar mascavo 30 Kg de esterco fresco de bovinos 2 Kg de
Sulfato de zinco 2 Kg de sulfato de magneacutesio 2 Kg de cloreto de caacutelcio 1 Kg de aacutecido
boacuterico 300 g de sulfato de cobre 300 g de sulfato de ferro 300 g de sulfato de
manganecircs 100 g de molibdato de soacutedio 50 g de sulfato de cobalto 3 Kg de fosfato
natural 3 Kg de cinza e 200 g de farinha de osso
A urina de vaca em lactaccedilatildeo foi coletada pela manhatilde e armazenada em recipiente
fechado por trecircs dias em condiccedilotildees ambientais para que se formasse a amocircnia e natildeo
ocorresse perda de nitrogecircnio
28
Realizaram-se duas capinas manuais durante o experimento e em seguida como
cobertura se colocou casca de arroz Tambeacutem foi aplicado esterco de aves 30 dias antes
da colheita na quantidade de 05 Kg canteiro 1 como adubaccedilatildeo de cobertura
As pulverizaccedilotildees com os produtos iniciaram apoacutes 15 dias da germinaccedilatildeo
Realizou-se sete aplicaccedilotildees sendo que as duas primeiras foram feitas apenas com
Super Magro e MB4 Na terceira e na quarta aplicaccedilatildeo utilizou-se urina de vaca e calda
bordalesa em concentraccedilotildees menores (05 e 025 respectivamente) e na quinta
aplicaccedilatildeo as dosagens de urina de vaca e calda bordalesa foram elevadas para 1 0 e
05 respectivamente ateacute o final do experimento O alhol foi utilizado a partir da
terceira pulverizaccedilatildeo na quantidade de 2 e seguiu ateacute o final no dia 26 de agosto
quando as mudas foram colhidas e posteriormente analisadas as variaacuteveis
35 Observaccedilotildees agronocircmicas
Foram utilizadas 20 mudas de cebola para obtenccedilatildeo das meacutedias das variaacuteveis as
quais foram as seguintes
351 Fitomassa fresca da parte aeacuterea e raiacutezes
Foi realizada atraveacutes de uma balanccedila digital procedendo-se a pesagem de 20
mudas de cebola previamente lavadas e posteriormente secadas durante uma hora sobre
um tecido de algodatildeo agrave temperatura ambiente Processo idecircntico foi adotado com as
raiacutezes
352 Fitomassa seca da parte aeacuterea e raiacutezes
Esta variaacutevel foi obtida a partir da secagem preliminar em estufa de ar forccedilado
durante 48 horas a 65 C ateacute peso constante com posterior pesagem em balanccedila
analiacutetica
353 Altura da muda
A altura de muda foi medida a partir do colo das plantas ateacute sua uacuteltima folha
(ponto de crescimento) com uma reacutegua graduada de 40 cm
29
354 Diacircmetro do colo das plantas
Esta medida foi realizada no ponto de transplante a 2 mm das raiacutezes e utilizando-
se um paquiacutemetro SOMET
355 Sistema radicular
Ao teacutermino do experimento foram retiradas as raiacutezes das mesmas plantas que foram
utilizadas para as determinaccedilotildees realizadas na parte aeacuterea procedendo-se uma amostra
de solo com raiacutezes de 2 0 cm de largura x 2 0 cm de comprimento e 2 0 cm de altura
totalizando 8000 cm3
As raiacutezes apoacutes serem lavadas em aacutegua corrente foram pesadas acondicionadas em
sacos plaacutesticos e congeladas para posteriores anaacutelises pelo meacutetodo de Tennant (1975)
para a determinaccedilatildeo do comprimento e densidade
3551 Comprimento de raiz
Utilizou-se para a determinaccedilatildeo do comprimento de raiz as seguintes foacutermulas
1 = ndeg x 1114 x 1 onde
1 - comprimento de raiz de uma amostra uacutemida de 0 0 2 g
ndeg - nuacutemero de intercessotildees das raiacutezes com os lados da quadriacutecula da malha do
aparelho
1114 - constante
1 - medida lateral da quadriacutecula em cm
Tomando-se a fiacutetomassa seca e o comprimento da raiz da cada amostra
relacionou-se com a fiacutetomassa seca e o comprimento total da raiz da planta aplicando-
se a seguinte equaccedilatildeo
L = (FSR x 1) FSPA onde
L - comprimento total da raiz da planta (m)
FSR - fiacutetomassa seca de raiz
FSPA - fiacutetomassa seca da parte aeacuterea
L - comprimento de raiz de uma amostra uacutemida de 002g
3552 Densidade de raiz
A densidade foi determinada pela foacutermula
D = L 8000 onde
D - densidade de raiacutezes (m cm3)
30
L - comprimento total de raiacutezes (m)
8 0 0 0 - volume da amostra (cm3)
3553 Razatildeo parte aeacutereasistema radicular
Este paracircmetro foi obtido pela equaccedilatildeo
RPASR = FSPA FSR onde
RPASR - razatildeo parte aeacuterea sistema radicular
FSPA - fitomassa seca da parte aeacuterea
FSR - fitomassa seca do sistema radicular
36 Determinaccedilatildeo de macronutrientes no tecido vegetal
Os macronutrientes nitrogecircnio foacutesforo potaacutessio caacutelcio e magneacutesio foram
determinados no laboratoacuterio de Fertilidade e Anaacutelise de Plantas do Departamento de
Solos da UFPel atraveacutes dos meacutetodos descritos por Tedesco amp Gianello (1996)
31
4 RESULTADOS E DISCUSSAtildeO
41 Anaacutelise das variaacuteveis
A anaacutelise da variaccedilatildeo mostrou que houve diferenccedila significativa na interaccedilatildeo entre
os fatores de adubaccedilatildeo de base e biofertilizantes liacutequidos com exceccedilatildeo da variaacutevel altura
de planta para a qual somente a adubaccedilatildeo de base mostrou-se significativa (Apecircndices
C D e E Tabelas 1C 1D e 1E)
411 Anaacutelise da parte aeacuterea
Na Tabela 1 destacaram-se as adubaccedilotildees EC+SM+U+CB EC+MB4 +U+CB e EC
que diferiram significativamente das demais adubaccedilotildees para as variaacuteveis fiacutetomassa
fresca da parte aeacuterea (FFPA) fiacutetomassa seca da parte aeacuterea (FSPA) altura de planta
(AP) e diacircmetro do colo (DC)
32
TABELA 1 Produccedilatildeo de fitomassa fresca e seca (g) da parte aeacuterea altura de planta
(cm) e diacircmetro de colo (mm) de mudas de cebola Petrolini cultivadas
sob uma perspectiva agroecoloacutegica Pelotas-RS 2003
BIOFERTILIZANTES LIacuteQUIDOSADUBACcedilAtildeO S Magro + MB4 +DE BASE Urina + Calda Urina + Calda Testemunha
Bordalesa Bordalesa
30 t ha de vermicomposto 7015 c A45 t halsquo de vermicomposto 7824 b B60 t ha de esterco de curral 12248 a C
30 t ha de vermicomposto 667 c A45 t ha de vermicomposto 752 b A60 t ha de esterco de curral 1150a C
30 t ha de vermicomposto 2975 b A45 t harsquo de vermicomposto 2775 b A60 t ha de esterco de curral 3600 a B
30 t ha de vermicomposto 631 b A45 t ha de vermicomposto 6 2 2 b B60 t ha de esterco de curral 741 a C
-Fitomassa fresca (g)----------------6270 c B 6885 b A8832 b A 6308 c C
15082 a A 13934 a BmdashFitomassa seca (g)----------------
625 c A 655 b A830 b A 607 b B
1345 a A 1262 a B-Altura de planta (cm)----------------
2950 b A 3050 b A2937 b A 2950 b A 3975 a A 3622 a B
-Diacircmetro de colo (mm)---------------592 c B 599 b B 657 b A 609 b B 819a A________ 793a B
Meacutedias seguidas pela mesma letra minuacutescula para as colunas (adubaccedilatildeo de base) e maiuacutesculas para as linhas (biofertilizantes) natildeo diferem entre si pelo teste de Duncan a 5
O efeito positivo do esterco bovino pode ser atribuiacutedo agraves melhorias nas condiccedilotildees
fiacutesicas do solo por ele proporcionado Segundo Primavesi (1982) e Compagnoni amp
Putzolu (1985) o esterco bovino apresenta propriedades condicionadoras do solo dando
agraves plantas melhores condiccedilotildees de desenvolvimento elevando sobremaneira os
conteuacutedos de fitomassa fresca das plantas que refletiratildeo nas demais respostas
agronocircmicas
Analisando as adubaccedilotildees de base em relaccedilatildeo aos biofertilizantes observa-se que
para os tratamentos 1 VB (30 t ha 1 de vermicomposto) - natildeo houve influecircncia dos
biofertilizantes para as variaacuteveis FSPA e AP enquanto destacou-se o SM+U+CB para o
DC e SM+U+CB e ausecircncia da adubaccedilatildeo liacutequida para a FFPA mostrando que o uso
dos biofertilizantes natildeo influenciou esta variaacutevel 15 VB (45 t ha 1 de vermicomposto) -
verificou-se a eficiecircncia do uso do MB4 +U+CB para as variaacuteveis FFPA e DC Para a
variaacutevel FSPA destacaram-se os dois biofertilizantes utilizados jaacute para AP natildeo houve
33
influecircncia destes EC (60 t ha 1 de esterco de curral) - em todas as variaacuteveis observadas
na tabela 5 as respostas foram significativas utilizando MB4 +U+CB
As respostas encontradas no presente trabalho para as variaacuteveis AP e FSPA foram
superiores as obtidas por Dalponte (1990) quando utilizado 0 esterco de curral para
produccedilatildeo de mudas de cebola
Segundo Filgueira (2000) os solos da regiatildeo produtora de cebola do RS satildeo
pobres em foacutesforo disponiacutevel (15 mg Kg1) necessitando portanto de adubaccedilotildees
fosfatadas elevadas As respostas aqui obtidas podem ser justificadas pelos teores de
foacutesforo contido no MB4
Follet et al (1981) citam a importacircncia do uso de compostos orgacircnicos no solo
enfatizando os estercos no sentido da decomposiccedilatildeo continuada no fornecimento de
nutrientes e na liberaccedilatildeo lenta e gradual de aacutecidos orgacircnicos influenciando a liberaccedilatildeo
do foacutesforo O que provavelmente pode ser atribuiacutedo agraves respostas encontradas no
presente trabalho para 0 tratamento Esterco de curral mais MB4 e Urina mais Calda
Bordalesa
E importante destacar que 0 sistema de produccedilatildeo de mudas de cebola sob uma
perspectiva agroecoloacutegica mostra-se eficiente quando visualmente natildeo percebe-se
diferenccedila significativa entre os tratamentos (Apecircndice F Figura 2)
Conveacutem ressaltar que quando trabalhamos com agroecologia natildeo existem
receitas nem pacotes tecnoloacutegicos prontos Cada situaccedilatildeo deveraacute ser estudada em
particular para que se faccedila recomendaccedilotildees adequadas ao ambiente local uma vez que
as plantas se adaptam ao meio estando a nutriccedilatildeo encarregada de proteger e manter o
equiliacutebrio do organismo vegetal em funccedilatildeo das alteraccedilotildees externas
E fundamental que se compreenda os princiacutepios norteadores de todo o processo
que satildeo as bases da luta por uma sociedade mais justa dentro de um mundo econocircmico e
ambientalmente mais sustentaacutevel
412 Anaacutelise do sistema radicular
Os resultados obtidos nas anaacutelises do sistema radicular (Tabela 2) mostram
diferenccedilas significativas entre as adubaccedilotildees para as variaacuteveis fitomassa fresca de raiz
(FFR) fitomassa seca de raiz (FSR) comprimento de raiz (CR) razatildeo parte
aeacutereasistema radicular (RPASR) e densidade de raiz (DR)
34
TABELA 2 Produccedilatildeo de fitomassa fresca e seca (g) comprimento (cm) e densidade de
raiacutezes (m cm3) de mudas de cebola Petrolini cultivadas sob uma
perspectiva agroecoloacutegica e razatildeo parte aeacutereasistema radicular Pelotas-
RS 2003
BIOFERTILIZANTES LIacuteQUIDOSADUBACcedilAO DE BASE
S Magro + MB4 +Urina + Calda Urina + Calda Testemunha
Bordalesa Bordalesa
de vermicomposto de vermicomposto de esterco de curral
de vermicomposto de vermicomposto de esterco de curral
de vermicomposto de vermicomposto de esterco de curral
de vermicomposto de vermicomposto de esterco de curral
1540 c A 1576 b B 2427 a A
Fitomassa fresca (g)----------------1502 c B 1517 b AB 1658 b A 1446 c C 2336 a B 2360 a B
--------------------Fitomassa seca (g)-------------------196 b A 207 ab A 170 b A170 b A 199 b A 192 b A 344 a A 249 a B 327 a A
Comprimento de raiz(cm)---------------1237 b A 1158 b A 1158 a A1237 b A 1060 c B 1040 b B1433 a A 1296 a B 1040 b C
30 t ha 45 t ha 60 t ha
30 t ha 45 t ha 60 t ha
30 t halsquo 45 t ha 60 t ha
30 t ha 45 t ha 60 t ha
30 t ha de vermicomposto 45 t ha de vermicomposto60 t ha~ de esterco de curral__________________________ _________________________Meacutedias seguidas pela mesma letra minuacutescula para as colunas (adubaccedilatildeo de base) e maiuacutesculas para as linhas (biofertilizantes) natildeo diferem entre si pelo teste de Duncan a 5
-----Razatildeo Parte AeacutereaSistema Radicular------340 b AB 301c B 384 a A446 a A 415 b A 326 a B339 b B 546 a A 388 a B
-------------- Densidade de raiz (m cm3)------------367 a AB 414 a A 325 b B282 b B 301b B 405 a A347 ab A 231c B 324 b A
Em relaccedilatildeo agraves adubaccedilotildees de base destacou-se o EC (60 t ha 1 de esterco de curral)
para as variaacuteveis FFR e FSR Quando adicionado o SM+U+CB os resultados para FFR
foram ainda melhores bem como o CR As respostas obtidas para a RPASR foram
variadas em relaccedilatildeo agraves adubaccedilotildees apresentando melhores resultados para 15 VB (45 t
ha 1 de vermicomposto)+SM+U+CB e ainda melhor para EC (60 t ha 1 de esterco de
curral)+MB4 +U+CB As adubaccedilotildees de base 1 VB 15 VB e EC natildeo diferiram entre si
As adubaccedilotildees mais eficientes para a variaacutevel DR foram 1 VB+SM+U+CV que natildeo
diferiu da EC+SM+U+CB I VB+ MB4 +U+CB e agrave 15 VB foram melhores entre as
demais
35
Analisando os biofertilizantes em relaccedilatildeo a cada adubaccedilatildeo de base verifica-se que
para a 1 VB (30 t ha 1 de vermicomposto)+SM+U+CB destaca-se a variaacutevel FFR
poreacutem sem diferenccedila significativa de 1 VB os melhpres resultados para a variaacutevel DR
foram encontrados pelo tratamento 1 VB+MB4 +U+CB e 15 VB (45 t ha 1 de
vermicomposto) tambeacutem se considera eficiente o 1 VB+SM+U+CB que natildeo diferiu do
EC (esterco de curral) Quando se utilizou 15 VB+ MB4 +U+CB houve resposta
significativa para a variaacutevel FFR para FSR as respostas natildeo foram diferentes com a
aplicaccedilatildeo dos biofertilizantes para as variaacuteveis FSR e DR as adubaccedilotildees EC e
EC+SM+U+CB natildeo diferiram entre si
Embora as respostas estatiacutesticas tenham sido diferentes para as adubaccedilotildees
combinadas ou natildeo pode-se salientar a importacircncia do aacutecido indol-aceacutetico como jaacute
citado anteriormente para as variaacuteveis avaliadas na parte aeacuterea das mudas de cebola
Respostas semelhantes nesse sentido foram encontradas para a cultura da alface por
Quijano (1999) e Morselli (2001)
Pereira et al (2002) concluiacuteram em trabalho realizado com a cultivar de cebola
CNPF1 6400 em Minas Gerais que a utilizaccedilatildeo de 20 t ha de esterco de curral
proporcionou os melhores resultados para a produccedilatildeo de cebola
Silva Juacutenior amp Giorgi (1992) e Menezes Juacutenior (1998) citam que doses elevadas
de mateacuteria orgacircnica podem prejudicar a primeira fase da germinaccedilatildeo (embebiccedilatildeo) e
absorccedilatildeo de aacutegua pelas raiacutezes das placircntulas No entanto no presente trabalho este fato
natildeo ocorreu embora a dose de esterco utilizada tenha sido de 60 t ha 1 (dose maacutexima
recomendada segundo Nolla 1982)
413 Anaacutelise de macronutrientes no tecido vegetal
Os resultados dos conteuacutedos de nitrogecircnio foacutesforo potaacutessio caacutelcio e magneacutesio no
tecido vegetal sob diferentes adubaccedilotildees encontrados na Tabela 3 indicam mais uma
vez a superioridade da adubaccedilatildeo esterco com 0 uso ou natildeo de biofertilizantes
36
TABELA 3 Conteuacutedos (mg planta1) de nitrogecircnio foacutesforo potaacutessio caacutelcio e
magneacutesio no tecido vegetal de mudas de cebola Petrolini cultivadas sob
uma perspectiva agroecoloacutegica Pelotas-RS 2003
BIOFERTILIZANTES LIacuteQUIDOS i J B
ADUBACcedilAtildeO S Magro + MB4 +DE BASE Urina + Calda Urina + Calda Testemunha
Bordalesa Bordalesamg plantas1
---- Nitrogecircnio-----30 t ha de vermicomposto 16593 c AB 15451 c B 19050 b A45 t ha de vermicomposto 21444 b A 22888 b A 17852 b B60 t ha de esterco de curral 32606 a C 37593 a B 40816 a A
--------------- ------ Foacutesforo------- -------------30 t ha de vermicomposto 3098 c B 2802 c B 3999 b A45 t ha de vermicomposto 4109 b A 4135 b A 2788 c B60 t ha de esterco de curral 5300 a B 7577 a A 7565 a A
------- Potaacutessio------30 t ha de vermicomposto 24327 c A 19900 c B 24965 b A45 t ha de vermicomposto 29113b A 29812 b A 22031 b B60 t ha de esterco de curral 44070 a B 51976 a A 54101 a A
-------- Caacutelcio-------30 t ha de vermicomposto 5027 c A 4356 c A 4834 b A45 t ha de vermicomposto 6114b A 6963 b A 4379 b B60 t ha de esterco de curral 9030 a C 11451 a A 10331 a B
------Magneacutesio-----30 t ha de vermicomposto 1188 b A 914 c A 1202 b A45 t ha de vermicomposto 1231 b B 1582 b A 1176 b B60 t ha de esterco de curral 2136a B 2443 a A 2663 a AMeacutedias seguidas pela mesma letra minuacutescula para as colunas (adubaccedilatildeo de base) e maiuacutesculas para as linhas (biofertilizantes) natildeo diferem entre si pelo teste de Duncan a
Em relaccedilatildeo agraves adubaccedilotildees de base observa-se que o melhor tratamento foi o
esterco de curral para todas as variaacuteveis Para 1 VB (30 t ha^ 1 de vermicomposto) natildeo
houve resposta diferenciada com o uso de bofertilizantes para todas as variaacuteveis A
adubaccedilatildeo 15 VB (45 t ha 1 de vemicomposto) foi influenciada pelos biofertilizantes
para as variaacuteveis N P K e Ca enquanto que para Mg somente o MB4+U+CB o
influenciou O EC (esterco de curral) mostrou diferenccedila significativa apenas para as
variaacuteveis Ca e Mg quando adicionado MB4+U+CB
Segundo Peixoto (2000) eacute fundamental a adiccedilatildeo de adubos orgacircnico no cultivo de
hortaliccedilas seja na forma de esterco decomposto composto ou huacutemus de minhoca de
37
modo a fornecer melhorias nas propriedades do solo vindo a disponibilizar os nutrientes
as diferentes culturas
O esterco fresco conteacutem muita cama celuloacutesica e um elevado teor de aacutegua No
esterco curtido a celulose jaacute estaacute decomposta o teor de aacutegua estaacute reduzido agrave metade e os
nutrientes em uma forma mais assimilaacutevel e mais concentrada O esterco fresco pode
causar uma deficiecircncia temporaacuteria de nitrogecircnio no solo ao se decompor o que natildeo
acontece com o biestabilizado (Kiehl 1985)Ocorre uma diminuiccedilatildeo inicial no volume
de aacutegua retido no esterco de curral diminui inicialmente em tomo de 3581 liberando
posteriormente somente 496 evidenciando a sua capacidade de retenccedilatildeo de aacutegua
(Menezes Juacutenior 1998)
A utilizaccedilatildeo continuada de adubos nitrogenados minerais no solo altera o balanccedilo
do nitrogecircnio entre o solo e planta No meacutetodo biodinacircmico eacute sublinhada a importacircncia
dos adubos animais para o estabelecimento da fertilidade permanente dos solos (Koeff
et al 1983)
Para Guimaratildees (1997) os benefiacutecios que a mateacuteria orgacircnica imprime ao solo
principalmente melhorando a produtividade fertilidade e a influencia que as substancias
huacutemicas exercem sobre o ambiente dependem da qualidade e do teor de mateacuteria
orgacircnica do solo Estas substacircncias por conterem nutrientes em sua constituiccedilatildeo em uma
forma mais disponiacutevel para as plantas promovem um equiliacutebrio no ambiente no solo
(Kononova 1966)
Aproximadamente de 60 a 70 do total de carbono do solo ocorre na forma de
materiais huacutemicos (Griffith amp Schnitzer 1975) sendo a eles atribuiacutedo a manutenccedilatildeo da
bioestrutura do solo aumentando a capacidade de retenccedilatildeo de aacutegua (Brady 1999)
Conforme Compagnoni amp Putzolu (1985) os estercos bem como os demais
resiacuteduos orgacircnicos apresentam conteuacutedos diferentes de aacutecidos huacutemicos e fuumllvicos sendo
atribuiacutedo ao acido huacutemico uma accedilatildeo fitoestimulante semelhante aos fitohormocircnios por
favorecer o desenvolvimento do sistema radicular e crescimento do caule
Em trabalho realizado por Guimaratildees (1997) foi encontrado para aacutecidos huacutemicos
de esterco bovino uma relaccedilatildeo CN 1035 e para vermicomposto bovino 17
evidenciando que o esterco quando aplicado ao solo por apresentar uma relaccedilatildeo CN
proacutexima deste reage mais facilmente liberando nutrientes para as plantas sem alterar a
cadeia troacutefiacuteca Dados encontrados no presente trabalho demonstram a eficiecircncia do
esterco nesse sentido
38
De acordo com Morselli (2001) vaacuterios trabalhos citam comentam e discutem a
capacidade dos vermicompostos em proporcionar oacutetimas colheitas e favorecer a
precocidade das plantas cultivadas Poreacutem muitas vezes se observa que mesmo
suprindo essas plantas com nutrientes necessaacuterios atraveacutes de huacutemus de diferentes fontes
as respostas natildeo satildeo as mesmas para uma mesma cultivar
Por outro lado os resultados com o uso de substacircncias huacutemicas satildeo variaacuteveis e
dependem aleacutem da espeacutecie testada das substacircncias huacutemicas utilizadas sua
concentraccedilatildeo o grau de purificaccedilatildeo e das condiccedilotildees experimentais A resposta das
plantas aos aacutecidos huacutemicos e fuacutelvicos eacute dependente da mateacuteria prima original e da
espeacutecie vegetal pois materiais orgacircnicos diferentes apresentam aacutecidos huacutemicos e
fuacutelvicos diferentes (Businelli 1990)
Justificam-se os maiores conteuacutedos de nitrogecircnio foacutesforo potaacutessio e caacutelcio nas
adubaccedilotildees 15 VB (45 t ha 1 de vermicomposto) e biofertilizantes devido
provavelmente ao vermicomposto utilizado apresentar na sua constituiccedilatildeo teores
consideraacuteveis destes elementos aleacutem do que os biofertilizantes possam ter influenciado
na absorccedilatildeo atraveacutes de sua constituiccedilatildeo Tibau (1984) considera que a urina de vaca eacute
rica em aacutecido indol-aceacutetico e este influencia na absorccedilatildeo radicular O efeito positivo
deste tratamento provavelmente seja devido agrave quantidade aplicada
O biofertilizante que se destacou foi o MB4+U+CB em relaccedilatildeo ao EC (esterco de
curral) e eacute somente para a variaacutevel caacutelcio Isto provavelmente seja devido ao alto teor
deste elemento encontrado na sua constituiccedilatildeo (6872 g Kg1) e pela influecircncia positiva
que a calda bordalesa exerce no metabolismo das plantas atraveacutes dos nutrientes
contidos em sua formulaccedilatildeo O Ca controla a absorccedilatildeo radicular e retorna ao solo pelo
esterco e palhas por apresentar-se em maior quantidade em folhas e caules Depois de
localizado nas folhas fica imoacutevel favorecendo a resistecircncia da planta ao ataque de
fungos
Este trabalho avanccedila no estudo da agroecologia estando claro que todos os
criteacuterios tem caraacuteter dinacircmico de adequaccedilatildeo as mudanccedilas de um sistema de produccedilatildeo
em evoluccedilatildeo contribuindo na transiccedilatildeo para um padratildeo sustentaacutevel Cabe a pesquisa a
reorientaccedilatildeo para um enfoque ldquosistecircmicordquo isto eacute que permita integrar os diversos
componentes de um agroecossistema e a adoccedilatildeo de poliacuteticas puacuteblicas que promovam 0
fortalecimento e a expansatildeo da agricultura familiar
39
5 CONCLUSOtildeES
Considerando os resultados obtidos e as condiccedilotildees em que o estudo foi realizado
conclui-se que
bull As respostas agronocircmicas das mudas de cebola para os paracircmetros avaliados
satildeo mais satisfatoacuterias com a aplicaccedilatildeo de esterco de curral como adubaccedilatildeo de
base
bull Os biofertilizantes mais urina de vaca e calda bordalesa proporcionam
respostas satisfatoacuterias quando aplicados associados agraves adubaccedilotildees de base
bull O biofertilizante MB4 mais urina de vaca e calda bordalesa eacute mais eficiente
que o super magro mais urina e calda bordalesa quando aplicado associado agrave
adubaccedilatildeo de base esterco de curral para os conteuacutedos de fitomassa secae
fresca da parte aeacuterea das plantas altura e diacircmetro de colo das mudas de
cebola
bull Os biofertilizantes adicionados agrave adubaccedilatildeo de base 45 t harsquo 1 de vermicomposto
bovino mostram respostas significativas para os conteuacutedos de fitomassa seca
bull Os maiores conteuacutedos nutricionais para as mudas de cebola satildeo
proporcionados pela adubaccedilatildeo de base esterco de curral
bull A maior absorccedilatildeo de caacutelcio pelas mudas de cebola ocorre quando da adiccedilatildeo do
biofertilizante MB4 mais urina e calda bordalesa agrave adubaccedilatildeo de base esterco de
curral
40
6 REFEREcircNCIAS BIBLIOGRAacuteFICAS
ALDRIGHI CB ABREU CM PAGLIA AG MORSELLI TBGA FERNANDES HS Efeito da aplicaccedilatildeo de biofertilizante e urina de vaca em mudas de tomateiro Horticultura Brasileira v20 n2 julho 2002 Suplemento 2
ALTIERI M NICHOLLS C I Agroecologia Teoria praacutectica para umaAgricultura Sustentable Ia ed PNUMA 2000 Cap 2 4 Seacuterie textos baacutesicos para la formacioacuten ambiental
ALTIERI M Agroecologia bases cientiacuteficas para uma agricultura sustentaacutevelGuaiacuteba Agropecuaacuteria 2002 592 p
ANTONIOLLI Z I GIRACCA E M N CARDOSO S J T WIETHAN M M S FERRI M Iniciaccedilatildeo agrave Minhocultura Criaccedilatildeo em Cativeiro e Vermicompostagem Santa Maria UFSM 1996 p59-89
BAYER C MIELNICZUC J Dinacircmica e funccedilatildeo da mateacuteria orgacircnica In SANTOS G de A S e CAMARGO F A de O (ed) Fundamentos da mateacuteria orgacircnica do solo ecossistemas tropicais e subtropicais Porto Alegre Genesis 1999 p 3-23
BARRETTO D X Composto Orgacircnico In Praacutetica em Agricultura Orgacircnica Satildeo Paulo iacutecone Ed Ltda 1985 p 51-63
BETTIOL W Alguns produtos alternativos para o controle de doenccedilas de plantasem agricultura orgacircnica II Ciclo de palestras sobre agricultura orgacircnica Instituto Bioloacutegico Satildeo Paulo p52-63 1997
41
BETTIOL W TRACH R GALVAtildeO JAH Controle de doenccedilas de plantas com biofertilizantes Jaguariuacutena EMBRAPA-CNPMA 1997 22p (EMBRAPA- CNPMA Circular Teacutecnica 02)
BRADY N C Natureza e propriedades dos sotos Rio de Janeiro Freitas BastosS A 1979 647p
BRADY N C Organisms and ecology of the soil In The nature of properties of soils Simon amp Schuster A Viacon Company New Jersey1999 402-489p
BON1LLA J A Fundamentos da Agricultura Ecoloacutegica Sobrevivecircncia eQualidade de Vida Satildeo Paulo Nobel 1992
BUREacuteS S Substratos Ediciones Agroteacutecnicas S L Madrid Octubre 1997
BUS1NELLI M Chemical Composition and Enzymic Activity of some Worm Cast Plant Soil v 80 p 1-2 1990
CALEGARI A Espeacutecies para cobertura de solo In IAPAR (Instituto Agronocircmico de Paranaacute) Plantio Direto pequena propriedade sustentaacutevel organizador Moacir Darolt Londrina - PR 1998 65-93
CAMARGO P N D Manual de Adubaccedilatildeo Foliar Satildeo Paulo Herba 1975
CAPRA F A Teia da Vida Satildeo Paulo Cultrix 1997 256p
CAPRA F O Ponto de Mutaccedilatildeo 22 ed Satildeo Paulo Cultrix 2001 447p
CHABOUSSOU F Plantas doentes pelo uso de agrotoacutexicos (A Teoria da Trofobiose) Porto Alegre LPM 1987 253 p
CLARO S A Referencias tecnoloacutegicos para a agricultura familiar ecoloacutegica aexperiecircncia da Regiatildeo Centro-Serra do Rio Grande do Sul Porto Alegre EMATERRS-ASCAR 2001 250p
CLIVELA G Diagnoacutestico Agronocircmico da cebola no Rio Grande do Sul Porto Alegre EMATERRS 1995 8 6 p
COMISSAtildeO DE FERTILIDADE DO SOLO - RSSC Recomendaccedilotildees de adubaccedilatildeo e calagem para os estados do Rio Grande do Sul e Santa Catarina 3 ed Passo Fundo SBCS - Nuacutecleo Regional Sul 1995 223p
COMPAGNONI L PUTZOLU G Cria moderna de Ias lombrices y utilizacioacutenrentable dei humus Barcelona Editorial de Vecchi- SA 1985127p
COSTABEBER J A MOYANO E Transiccedilatildeo agroecoloacutegica e accedilatildeo social coletiva Agroecologia e Desenvolvimento Rural Sustentaacutevel Porto Alegre v l n4 p 50- 60 outdez 2 0 0 0
42
COSTA M B B da Adubaccedilatildeo orgacircnica Nova siacutentese e novo caminho para aagricultura Satildeo Paulo Ed iacutecone Ltda 1985 102p
COSTA NETO C Agricultura Sustentaacutevel Tecnologias e Sociedade In CARVALHO COSTA LF et al (org) Mundo Rural e Tempo Presente Rio de Janeiro Mauad 1999
DrsquoAG0ST1NI R L FANTINI A C Produccedilatildeo orgacircnica tambeacutem socialmente excludente Agroecologia e Desenvolvimento Rural Sustentaacutevel Porto Alegre v3 n l p57-61 2002
DALPONTE J C V Utilizaccedilatildeo de materiais orgacircnicos e fertilizante mineral na produccedilatildeo e qualidade de mudas e bulbos de cebola (Alliurn Cepa L) Pelotas-RS 1990 (Mestrado em Agronomia) - Faculdade de Agronomia Eliseu Maciel UFPel 1990
DEBARBA J F THOMAZELLI L F GANDIN C L SILVA E Cadeias produtivas do Estado de Santa Catarina Cebola Florianoacutepolis Epagri 1998 115 p (EPAGRI Boletim Teacutecnico 96)
DUFOUR F Os saacutebios loucos do agro-alimentar Le Monde Diplomatique ano 1 n4 p6-7 1999 (ed portuguesa)
EHLERS E Agricultura Sustetaacutevel Origem e perspectivas de um novo paradigma 2 ed Guaiacuteba Agropecuaacuteria 1999 157 p
FILGUEIRA F A R Novo Manual de olericultura agrotecnologia moderna na produccedilatildeo e comercializaccedilatildeo de hortaliccedilas Viccedilosa UFV 2000 402 p
FRASER G K Mateacuteria Orgacircnica Del Suelo In BEAR F E (ed) Quiacutemica dei Suelo Madrid Ed Agrociencia 1963
FOLLET R H MURPHY L S DONAHUE R L Fertilizers and soil amendments New Jersey Printice-Hall Inc 1981 557p
GARCIA A Revista dei Espacio Rural Georgica Zaragoza Escuela Politeacutecnica de Huesca n5 1997
GARCIA A Versatildeo preliminar de um Programa Estadual de Produccedilatildeo e Comercializaccedilatildeo de Bulbos e Sementes de CebolaEMBRAPAIPAGROMARAEMATER 6 8 pbdquo 1990 (Publicaccedilatildeo avulsa)
GIORGETT1 J R Produccedilatildeo e Comercializaccedilatildeo de Mudas de Tomate In Encontro Nacional de Produccedilatildeo e Abastecimento de Tomate 2 1991 Jaboticabal Satildeo Paulo Anais Jaboticabal UNESP 1991 p 242-244
GLIESSMAN S R Agroecologia Processos ecoloacutegicos em agricultura sustentaacutevelPorto Alegre Universidade Federal do Rio Grande do Sul - UFRGS 2000 653p
43
GLIESSMAN S R TURRIALBA C R Agroecologia Procesos Ecoloacutegicos en Agricultura Sostenible CATIE 2002 p 3-14
GNOATTO S C Caracterizaccedilatildeo quiacutemica de vermicompostos de diferentes substratos orgacircnicos Pelotas-RS 1999 38 f (Mestrado em Agronomia - Solos) - Faculdade de Agronomia Eliseu Maciel UFPel 1999
GOMES J C C BORBA M F S A moderna crise dos alimentos oportunidade para a agricultura familiar Emater Porto Alegre julset 2000 Disponiacutevel em lthttpwwwematertchebrdocsagroecorevistan313-artigo3htmgtAcesso em 24 fev 2002
GOMEZ H W Desenvolvimento sustentaacutevel agriacutecola e capitalismo In Desenvolvimento sustentaacutevel Necessidade eou disponibilidade Santa Cruz do Sul Nobel - UNISC 1997 p 65-77
GONZAacuteLEZ DE MOLINA M SEVILLA GUZMAacuteN E Ecologia campesinado e historia Para una reinterpretacioacuten dei desarrollo dei capitalismo en la agricultura In SEVILLA GUZMAacuteN E GONZAacuteLEZ DE MOLINA M (ed) Ecologia campesinado e historia Madrid La Piqueta 1993 p 23-129
GRIFFITH S A SCHNITZER M Analytical characteristic of humic and fulvic acids extracted from tropical volcanic soils Soil Sei Soc Am Proc v 39 p361-367 1975
GUIMARAtildeES E Caracterizaccedilatildeo quiacutemica estreptoscoacutepica e por anaacutelise teacutermica de aacutecidos huacutemicos e vermicompostos obtidos de estercos de diferentes animaisCuritiba 1997 Dissertaccedilatildeo (Mestrado em Quiacutemica) Universidade Federal do Paranaacute 1997
HESS A F Sociedade e meio ambiente uma relaccedilatildeo ambiacutegua Revista Cientiacutefica Rural Bageacute v 4 n2 p 167-1741999
ICEPA-SC Informes conjunturais sobre a cultura da cebola Disponiacutevel em lthttpwwwicepa combrgt Acesso em 23 jan 2003
JONES H A MANN L K Onions and their allies New York Interscience Publishers 1962 286 p
JUacuteNIOR H A de MAIORANO J A Receitas obtidas de extratos de plantasCampinas CATITerra Viva [199-] 10 f
KHATOUNIAN C A Ciclo de Palestras sobre Agricultura Orgacircnica 2a Ed SatildeoPaulo Fund Cargill 1997 149 p
KIEHL E J Fertilizantes Orgacircnicos Satildeo Paulo Ed Agronocircmica Ceres Ltda 1985 492p
44
KOEFF H H PETTERSSON B D SHAUMANN W Vida Vegetal solos e adubaccedilatildeo In Agricultura Biodinacircmica Satildeo Paulo Nobel 1983 p92-149
KONONOVA M M Soil organic matter The importance o f organic matter in soil formation and soil fertility New York Pergamqn Press 1961 p 165-200
KUHN T A Estrutura das Revoluccedilotildees Cientiacuteficas Satildeo Paulo Perspectiva 1989 257p
LANNA FCA ABREU C L ABREU J G SILVA V Resposta de cultivares de melancia cultivadas sob adubaccedilatildeo quiacutemica e orgacircnica Horticultura v 12 n l p85 1994
LEFF H Saber Ambiental Petroacutepolis Vozes 2001 343 p
MAGALHAtildeES J R Nutriccedilatildeo e adubaccedilatildeo da cebola In FERREIRA M E CASSTELLANE P D CRUZ M C P Nutriccedilatildeo e adubaccedilatildeo de hortaliccedilasPiracicaba POTAFOS 1993 p 381-393
MALAVOLTA E Elementos de nutriccedilatildeo mineral de plantas Satildeo Paulo Ed Agronocircmica Ceres Ltda 1980 251 p
MALAVOLTA E Manual de Quiacutemica Agriacutecola - Adubos e Adubaccedilatildeo 3a ed SatildeoPaulo Ed Agronocircmica Ceres Ltda 1981 606 p
MARTINEZ A A A grande e Poderosa Minhoca Jaboticabal Funep - Unesp1990 101 p
MARTINS S R Desenvolvimento e Sustentabilidade Horticultura Brasileira Brasiacutelia-DF v20 n2 julho 2002 Palestra apresentada no 42deg Congresso Brasileiro de Olericultura
MARTINS S R Limites Del Desarrollo Sostenible em Ameacuterica Latina En el marco de Ias poliacuteticas de (re)ajuste econocircmico Pelotas Editora UFPel 1997 135 P-
MARTINS S R Sustentabilidade na agricultura dimensotildees econocircmicas sociais e ambientais Revista Cientiacutefica Rural Bageacute v4 n 2 p 175-1871999
MATURANA H REZEPKA S N D E Formaccedilatildeo Humana e Capacitaccedilatildeo Rio de Janneiro Vozes 2000 8 6 p
MELLO A F SOBRINHO M O ARZOLLA S SILVEIRA R NETTO A C KIEHL J C Fertilidade do Solo Satildeo Paulo Nobel 1983
MENEZES JUacuteNIOR F O G D Caracterizaccedilatildeo de Diferentes substratos hortiacutecolas e seu efeito na produccedilatildeo de mudas de alface e couve-flor em ambiente protegido Pelotas 1998 141 p Dissertaccedilatildeo (Mestrado em Agronomia - Produccedilatildeo Vegetal) - Faculdade de Agronomia Eliseu Maciel UFPel 1998
45
MIBASA Mineraccedilatildeo Barreto SA Melhorador de Solos MB4 A Natureza Agradece Arapiraca-AL [199-] Folder
MINAMI K Os resumos da olericultura 2000 In AZEVEDO FILHO MARTINEZ FILHO (ed) Preccedilos agriacutecolas Piracicaba ESALQ 1999 p 4
MINAMI K Produccedilatildeo de Mudas de Alta Qualidade em Horticultura Satildeo Paulo TA Queiroz 1995
MORSELLI T B G A Cultivo sucessivo de alface sob adubaccedilatildeo orgacircnica em ambiente protegidoPelotas 2001 178 p Tese (Doutorado em Agronomia - Produccedilatildeo Vegetal) Faculdade de Agronomia Eliseu Maciel UFPel 2001
MORSELLI T B G A Resiacuteduos orgacircnicos em sistemas agriacutecolas Poliacutegrafo da Disciplina de Resiacuteduos orgacircnicos em sistemas agriacutecolas Curso de Poacutes-Graduaccedilatildeo em Agronomia-Produccedilatildeo Vegetal UFPel 2002
MULLER AM Efeitos da Aplicaccedilatildeo Foliar de um Biofertilizante Enriquecido no Estado fitossanitaacuterio de Tomate Ervilha e Beterraba Sob Manejo OrgacircnicoDissertaccedilatildeo (Mestrado no Programa de Poacutes-Graduaccedilatildeo em Agroecossistemas)1999 (Resumo)
NOLLA D Erosatildeo do Solo - O grande desafio Estado do Rio Grande do Sul SEAGRI desenvolvimento de recursos naturais renovaacuteveis 1982 412 p
PAGLIA AG MORSELLI TBGA PEIL RMN Teores de nutrientes pH e condutividade eleacutetrica da aacutegua em sistema ldquofloat^ngrdquo sob adiccedilatildeo de biofertilizantes Horticultura Brasileira v 20 n2 julho 2002 Suplemento 2
PAULUS G MULLER A BARCELLOS LAR Agroecologia aplicada praticas e meacutetodos para uma agricultura de base ecoloacutegica 2ed ver ampl Porto Alegre EMATERRS 2001 8 6 p
PEIXOTO R T dos G Composto orgacircnico aplicaccedilotildees benefiacutecios e restriccedilotildees de uso Horticultura Brasileira Brasiacutelia-DF v 18 p 56-64 julho 2000
PENTEADO SR Defensivos Alternativos e Naturais Satildeo Paulo 1999 95 p
PEREIRA AJ SOUZA RJ PEREIRA WR Efeito de diferentes doses de esterco de galinha e de curral sobre a produccedilatildeo de cebola Horticultura Brasileira v20 n2 julho 2002 Suplemento 2
PINHEIRO S BARRETO SB MB-4 agricultura sustentaacutevel trofobiose e biofertilizantes Fundaccedilatildeo Juquira CandiruMibasa 2000 273 p
PRIMAVESI A Agricultura Sustentaacutevel Satildeo Paulo Nobel 1992 142 p
PRIMAVESI A O manejo ecoloacutegico do solo Agricultura em regiotildees tropicais SatildeoPaulo Nobel 1982 541 p
46
PURCINO A A C ldquoNitrogecircniordquo Informe Agropecuaacuterio Belo Horizonte v7 n81 p 16-27 1981
QUIJANO F G Efeito da adubaccedilatildeo orgacircnica no desenvolvimento de duas cultivares de alface em ambiente protegido Pelotas 1999 116f Dissertaccedilatildeo (Mestrado em Agronomia - Produccedilatildeo Vegetal) Faculdade de Agronomia Eliseu Maciel UFPel 1999
RODRIGUES A N N Efeitos e residuais de superfosfato triplo sobre o rendimento de mateacuteria seca e absorccedilatildeo de foacutesforo pela aveia (Avena strigosa Schob) em solo Podzoacutelico Vermelho Escuro Porto Alegre 1984 59f Dissertaccedilatildeo (Mestrado em Agronomia) - Faculdade de Agronomia UFRGS 1984
RODRIGUES E T CASALI V W D Respostas da alface agrave adubaccedilatildeo orgacircnica II Teores conteuacutedos e utilizaccedilatildeo de macronutrientes em cultivares Rev Ceres Viccedilosa v 45 n 261 p 437-449 1998
SAMINEcircS T C O Produccedilatildeo orgacircnica de alimentos Horticultura Brasileira Brasiacutelia-DF v 17 n3 novembro 1999
SCHIEDECK G Ambiecircncia e resposta agronocircmica de meloeiro (Cucumis melo L) cultivado sob adubaccedilatildeo orgacircnica em ambiente protegido Pelotas lOOp Tese (Doutorado em Agronomia - Produccedilatildeo Vegetal) - Faculdade de Agronomia Eliseu Maciel UFPel 2002
SILVA JUacuteNIOR A A GIORGI E Substratos alternativos para a produccedilatildeo de mudas de tomate Agropecuaacuteria Catarinense Florianoacutepolis EPAGRI 1992 23 p
SILVA JUacuteNIOR A A MACEDO S G STUKER H Utilizaccedilatildeo de esterco de peru na produccedilatildeo de mudas de tomateiro Florianoacutepolis EPAGRI 1995 28 p (Boletim Teacutecnico 73)
TAGLIARI PS GRASSMANN H Minhoca a grande aliada da agricultura Agropecuaacuteria Catarinense v8 n l p 11-14 mar 1995
TEDESCO M J GIANELLO C Anaacutelises de solo plantas e outros materiais Porto Alegre Faculdade de Agronomia Departamento de Solos Universidade Federal do Rio Grande do Sul RS 1996
TENNANT D A Test of modified line intersect method of estimating root lenght Journal Ecology Oxford v 63 p 995-1001 1975
TIBAU A O Mateacuteria Orgacircnica do Solo Mateacuteria Orgacircnica e Fertilidade do SoloSatildeo Paulo Nobel 1984 p49-182
TIMM P J Anaacutelise comparativa dos sistemas de plantio convencional e cultivo miacutenimo de cebola sob adubaccedilatildeo orgacircnica e mineral Pelotas 2000 79 p Dissertaccedilatildeo (Mestrado em Agronomia - Produccedilatildeo Vegetal) - Faculdade de Agronomia Eliseu Maciel UFPel 2000
47
VALENZUELA HR CROSBY C Effect of compost applications on the yield of several vegetables in long-term organic farming experiments conduced in the tropics American Society Horticultural Science v33 n3 june 1998
VIGLIZZO E (ed) Subprograma Recursos Naturais y Sostenibilidad Agriacutecola documento marco Montevideo IICAPROCISUR 1995 p 75 - 78
WE1D J M TARDIN J M Proposta para a Ampliaccedilatildeo do Trabalho da ASPTA no Centro Sul do Paranaacute ASPTA Disponiacutevel em http wwwpronafgovbrEncontrotestosAS20PTA20Sul20ParanE1205 202002doc Acesso em 05 mai 2002
XAVIER SIMOacuteN F DOMINGUES D G Desenvolvimento Rural Sustentaacutevel uma perspectiva agroecoloacutegica Agroecologia e Desenvolvimento Rural Sustentaacutevel Porto Alegre EM ATERRS v2 n2 p 17-26 2001
ZABALETA J P Diagnoacutestico da Agricultura Familiar em Satildeo Joseacute do Norte - RSPelotas EMBRAPA-CPACT 1998 75 p (EMBRAPA-CPACT Documentos 44)
ZONTA E P MACHADO A A SILVEIRA P Sanest Sistema de anaacutelise estatiacutestica para microcomputadores Registrado na Secretaria Especial de Informaacutetica sob nuacutemero 066060 - categoria A Pelotas-RS Universidade Federal de Pelotas 1984
48
7 APEcircNDICE
APEcircNDICE A - Anaacutelise da adubaccedilatildeo de base e biofertilizantes utilizados na produccedilatildeo de mudas de cebola
TABELA 1 A Anaacutelise baacutesica do solo antes da incorporaccedilatildeo do feijatildeo miuacutedo + papua
Arg
pH IND
SMP
MO
P - n r - Na Al Ca__10Omlmdash
Mg
ppm -
6 53 67 089 8 6 27 1 04 05 0 2
Fonte LASFAEMUFPel (2002)
TABELA 2A Anaacutelise complementar do solo antes da incorporaccedilatildeo do feijatildeo-miuacutedo + papua
Cobre Zinco Manganecircs Ferro
(m v1)
04 05 26 007
Fonte LASFAEMUFPel (2002)
49
TABELA 3A Anaacutelise dos fertilizantes soacutelidos
Amostra pH limidade CN
C N P K Ca Mg
- g-ivg --
Cama de 849 2491 12 31042 2479 3888 3405 29875 463
aves
Esterco 74 3594 11 677 590 157 134 335 214
de curral
Huacutemus 684 5738 14 15965 1098 453 745 743 361
Fonte LASFAEMUFPel (2002)
TABELA 4A Anaacutelise quiacutemica dos biofertilizantes liacutequidos
Amostra N P K_ccedil H
Ca Mg Cu Zn Fe Mn
mdashgL bull
S Magro
m b 4
Urina
053
1652
8 2 2
008
395
0 0 0
149
1674
471
1902
6872
0 0 0
1150
4507
1172
7273
42
033
101389
920
0 0 0
6250
19458
781
35273
1123
0 2 1
Fonte LASFAEMUFPel (2002)
50
APEcircNDICE B - Condiccedilotildees climaacuteticas do local
TABELA 1B Condiccedilotildees de temperatura do local
___________ __________TEMPERATURA (degCgt
meses Meacutedia
Maacutexima
Meacutedia
MiacutenimaMeacutedia
Maacutexima
Absoluta
Miacutenima
Absoluta
Junho 225 87 156 320 25
Julho 225 85 155 285 30
Agosto 251 71 161 360 1 0
Fonte FEPAGROSCT 2002
TABELA 2B Condiccedilotildees de chuva do local
mdash CHUVA (mm)mdash
meses Ocorrida Normal Desvio Da Normal
Junho 1080 1 1 0 -2 0
Julho 1062 98 8 2
Agosto 1283 1 2 0 83
Fonte FEPAGROSCT 2002
51
TABELA 1C Produccedilatildeo de fitomassa fresca e seca (g) da parte aeacuterea altura de planta
(cm) e diacircmetro de colo (mm) de mudas de cebola Petrolini cultivadas
sob uma perspectiva agroecoloacutegica Pelotas-RS 2003
APEcircNDICE C - Anaacutelise estatiacutestica da parte aeacuterea
Causas G1 FFPA FSPA AP DC
da variaccedilatildeo --------- Quadrados meacutedios-
Blocos 3
Ad Base 2 175359071 1287102 2547419 1 11775
Biofertilizantes 2 126876 29011 87669ns 02185ns
Ad x Biofert 4 572378 31123 69106ns 04159
Resiacuteduo 24 34456 03048 27169 00290
Total 35
Meacutedia geral 93745 8772 320388 6741
CV 1980 6294 5145 2530
Significativo a 5ns Natildeo significativo
52
TABELA 1D Produccedilatildeo de fitomassa fresca e seca (g) comprimento (cm) e densidade
de raiacutezes (m cm3) de mudas de cebola Petrolini cultivadas sob uma
perspectiva agroecoloacutegica e razatildeo parte aeacutereasistema radicular Pelotas-
RS 2003
APEcircNDICE D - Anaacutelise estatiacutestica da raiz
Causas G1 FFR FSR CR RPASR DR
da variaccedilatildeo Quadrados meacutedios---------------
Blocos 3
Ad Base 2 27874 551 623 2 1 0 140
Biofertilizantes 2 178 0 1 0 ni 1504 l03ns 038ns
Ad x Biofert 4 190 058 318 294 183
Resiacuteduo 24 005 009 028 023 0 2 1
Total 35
Meacutedia geral 1818 228 184 387 333
C V 134 1356 448 1253 1396
Significativo a 5 ns Natildeo significativo
53
APEcircNDICE E - Anaacutelise estatiacutestica dos macronutrientes da parte aeacuterea da cebola
TABELA 1E Conteuacutedos (mg planta1) de nitrogecircnio foacutesforo potaacutessio caacutelcio e
magneacutesio no tecido vegetal de mud^s de cebola Petrolini cultivadas
sob uma perspectiva agroecoloacutegica Pelotas-RS 2003
Causas G1 bull N P K Ca Mg
da variaccedilatildeo
Blocos 3
Ad Base 2 13550306 446627 25509686 1031806 59007
Biofertilizantes 2 180610ns 16564 68153ns 39006 876ns
Ad x Biofert 4 454187 45743 1047539 46950 2464
Resiacuteduo 24 29769 1453 64313 3741 439
Total 35
Meacutedia geral 24921 4597 33366 6943 1615
C V 692 829 760 880 1297
Significativo a 5 ns Natildeo significativo
APEcircNDICE F - Fotos do experimento
FIGURA 2 Mudas de cebola (Allium cepa L) produzidas sob uma perspectiva agroecoloacutegica
APEcircNDICE F a Fotos do experimento
FIGURA 1 Adubaccedilatildeo verde com feijatildeo-miuacutedo e papuatilde utilizadas no manejo do solo
FIGURA 2 Mudas de cebola (Allium cepa L) produzidas sob urna perspectiva agroecoloacutegica
1
1 INTRODUCcedilAtildeO
ldquoEu sustento que a ciecircncia soacute tem
finalidade se serrsquoir para aliviar a miseacuteria
da existecircncia humana
(Bertold Brecht)
No Rio Grande do Sul cultivar cebola eacute atividade de pequenos e meacutedios
produtores revestindo-se de suma importacircncia para a economia onde contribui para a
geraccedilatildeo de empregos e a fixaccedilatildeo do homem ao meio rural visto que haacute necessidade de
outros tipos de investimentos sociais e econocircmicos
Segundo o ICEPA-SC (2003) o Rio Grande do Sul responde por cerca de 14 da
produccedilatildeo nacional o que faz da cebola a segunda hortaliccedila em importacircncia econocircmica
no Estado sendo apenas superada pela cultura da batata poreacutem a aacuterea plantada no RS
tem apresentado recuo nos uacuteltimos anos caindo de 16648 hectares na safra 9899 para
14085 na safra atual (0203) acontecendo o mesmo com a produccedilatildeo que diminuiu de
181338 toneladas na safra 9596 para aproximadamente 159000 na safra atual
A baixa produtividade obtida pode ser atribuiacuteda a vaacuterios fatores baixa
disponibilidade de mateacuteria orgacircnica no solo poucc^ uso de materiais orgacircnicos eou
aplicaccedilatildeo inadequada destes considerando ainda que a maioria dos produtores
conservam caracteriacutesticas agriacutecolas do seacuteculo passado apresentando resistecircncia ao
associativismo e possuem carecircncia de infraestrutura (estradas eletricidade telefonia
drenagem e condiccedilotildees de armazenamento) Esses fatores aliados a baixa rentabilidade
2
da cultura tem sido apontados como responsaacuteveis pelo abandono da cebolicultura por
alguns produtores
A fase de produccedilatildeo das mudas eacute de extrema importacircncia para o cultivo da cebola e
requer manejo adequado dos recursos naturais para que a cultivar utilizada possa
expressar seu potencial geneacutetico sem comprometer o equiliacutebrio ambiental O principal
cuidado para o desenvolvimento de mudas de qualidade refere-se agrave utilizaccedilatildeo adequada
do solo
Desta forma o manejo do solo e das plantas orientado pela agroecologia pode se
constituir numa excelente alternativa para obtenccedilatildeo de mudas de qualidade sem
comprometer a sauacutede dos agricultores e contribuindo para a preservaccedilatildeo ambiental
Diversas praacuteticas vecircm sendo utilizadas com esta finalidade entre elas citam-se a
adubaccedilatildeo orgacircnica e os biofertilizantes enriquecidos No entanto estes fatores de
produccedilatildeo precisam ser melhor estudados no que tange a sua utilizaccedilatildeo adequada pelos
produtores de cebola objetivando um sistema de produccedilatildeo sustentaacutevel
A agroecologia como ciecircncia apresenta vaacuterias dimensotildees ecoloacutegica econocircmica
social cultural poliacutetica e eacutetica Neste sentido e considerando-se a procura crescente por
produtos orgacircnicos e a necessidade de sistemas de fertilizaccedilatildeo adequados ao cultivo da
cebola o presente trabalho teve como objetivo a produccedilatildeo de mudas sob uma
perspectiva agroecoloacutegica contribuindo para o processo de transiccedilatildeo do sistema de
produccedilatildeo
3
2 REVISAtildeO DE LITERATURA
ldquoAs novas eras natildeo comeccedilam de uma vez
Meu avocirc jaacute vivia no novo tempo
Meu neto viveraacute talvez ainda no velho
A nova carne eacute comida com os velhos garfos
(Bertold Brecht)
21 Desenvolvimento e sustentabilidade
Nenhuma espeacutecie viva com exceccedilatildeo do homem empreende esforccedilos de
desenvolvimento no sentido de crescimento material que sob as formas em que vem
sendo compreendido conduz sempre a algum tipo de agressatildeo contra o ambiente Os
esforccedilos presentes visando o progresso material assim como a maneira de satisfaccedilatildeo
das necessidades baacutesicas do homem no mundo de hoje revelam-se inconsistentes O
uso para esse fim de mateacuteria e energia em doses excessivas e crescentes tem exaurido
recursos ambientais acima de sua capacidade de regeneraccedilatildeo obviamente tendendo a
toma-los menos disponiacuteveis para as futuras geraccedilotildees
De acordo com Martins (2002) o Desenvolvimento Sustentaacutevel natildeo eacute um conceito
acabado trata-se de uma ideacuteia forccedila proacute-ativa e positiva mas que necessita ser
esclarecida quanto ao significado destes dois vocaacutebulos que lhe compotildee e o contexto em
que as pessoas com eles se relacionam Aleacutem disso isso afeta tanto como profissionais
cujas atividades vinculam-se diretamente ao trato com a natureza e portanto por ela satildeo
4
responsaacuteveis mas especialmente como cidadatildeos que constroem no seu cotidiano as
distintas dimensotildees do desenvolvimento sociais econocircmicas ambientais culturais
cientificas e tecnoloacutegicas juriacutedicas poliacuteticas e espirituais
Segundo Altieri amp Nicholls (2000) para o desenvolvimento de uma agricultura
sustentaacutevel as necessidades natildeo satildeo apenas bioloacutegicas ou teacutecnicas mas tambeacutem sociais
econocircmicas e poliacuteticas E inconcebiacutevel promover mudanccedilas ecoloacutegicas no setor agriacutecola
sem a defesa de mudanccedilas nas outras aacutereas da sociedade de modo a conscientizar o
homem sobre as condiccedilotildees necessaacuterias para a exploraccedilatildeo da natureza
A ideacuteia da sustentabilidade referente ao vocaacutebulo sustentaacutevel coloca-se como
contraponto ao caraacuteter perdulaacuterio do modelo prevalecente na medida em que o modelo
econocircmico praticado por um lado estaacute baseado no consumo da mateacuteria prima fornecida
pela natureza para a produccedilatildeo de bens e serviccedilos em descompasso com seu ritmo e
capacidade de fornecimento por outro tem tratado a natureza como mero depositaacuterio de
resiacuteduos sem considerar sua capacidade de absorccedilatildeo e reciclagem A sustentabilidade
contrapotildee-se agrave caracteriacutestica antropocecircntrica do modelo o homem como centro da
questatildeo numa postura dominante sobre o entorno natural cujas ferramentas cientiacuteficas e
tecnoloacutegicas embasam um modelo econocircmico que subjuga a natureza e coloca-se acima
desta O vocaacutebulo sustentaacutevel portanto se refere agrave capacidade de suporte da biosfera
sendo um fim a ser perseguido com o objetivo de garantir sua preservaccedilatildeo numa visatildeo
prospectiva ou seja que assegure o futuro planetaacuterio assumindo portanto o
compromisso com as geraccedilotildees vindouras (Martins 2002)
Quando se trata de apontar os possiacuteveis caminhos que levaratildeo a um novo padratildeo
produtivo e garanta a seguranccedila alimentar sem agredir o ambiente o caminho torna-se
mais difiacutecil Percebe-se que a noccedilatildeo de agricultura sustentaacutevel permanece cercada por
duacutevidas e contradiccedilotildees mesmo assim seu emprego toma-se cada vez mais frequumlente
(Ehlers 1999)
Haacute que se incorporar a concepccedilatildeo de entropia agrave noccedilatildeo de desenvolvimento visto
que a extraccedilatildeo e o transporte tambeacutem satildeo atividades econocircmicas que requerem cuidados
de manejo visando menores efeitos entroacutepicos ao meio ambiente Satisfazer as
necessidades presentes sem comprometer as possibilidades das futuras geraccedilotildees
satisfazerem as suas proacuteprias eacute o que necessita ser construiacutedo no cotidiano Esta natildeo eacute
uma tarefa faacutecil nos tempos atuais pois o mundo nunca passou por tanta incerteza e
nunca teve um presente tatildeo insustentaacutevel (Martins 1997)
211 Agroecologia Paradigma em construccedilatildeo
5
O seacuteculo passado assistiu a uma ineacutedita expansatildeo da capacidade humana de
agenciamento das forccedilas naturais promovida pelo saber teacutecnico-cientiacutefico cuja
centra lidade eacute hoje irreversiacutevel no que se refere as relaccedilotildees com a natureza Em relaccedilatildeo
ao conhecimento poucas aacutereas de interesse do homem moderno se ligam tanto agrave
pesquisa cientiacutefica como a questatildeo ambiental sendo um fenocircmeno de tendecircncia
internacional evidenciado a partir da deacutecada de 70 (Hess 1999)
A noccedilatildeo de paradigma eacute normalmente utilizada para estabelecer uma
diferenciaccedilatildeo entre dois momentos ou dois niacuteveis do processo de conhecimento
cientiacutefico (Capra 1997 Kuhn 1989) Para um entendimento miacutenimo do que significa
essa noccedilatildeo Costa Neto (1999) diz que se pode conceituar o paradigma enquanto um
modelo de ciecircncia que serve como referecircncia para todo um fazer cientiacutefico durante uma
determinada eacutepoca ou um periacuteodo de tempo demarcado e a partir de um certo momento
da histoacuteria da ciecircncia o referido modelo predominante tende a se esgotar em funccedilatildeo de
uma crise de confiabilidade nas bases estruturantes de seu conhecimento Desta forma o
paradigma passa a ser substituiacutedo por outro modelo cientiacutefico predominante Tambeacutem
pode ocorrer o fato de dois paradigmas disputarem o espaccedilo de hegemonia na
construccedilatildeo do conhecimento (Costa Neto 1999)
Os problemas com os quais nos deparamos hoje satildeo faces de uma crise uacutenica
diferentes do fazer cientiacutefico e proveniente de uma crise de percepccedilatildeo segundo Capra
(2 0 0 1 ) isto faz com que nossas instituiccedilotildees e noacutes em particular natildeo consiga perceber
claramente realidades complexas em um mundo globalmente interligado Ainda que as
soluccedilotildees para alguns de nossos principais problemas possam ser relativamente simples
ldquosoacute seratildeo possiacuteveis mediante uma mudanccedila radical em nossas percepccedilotildeesrdquo este eacute
tambeacutem o ldquoestopim para colocar em marcha medidas efetivasrdquo porque os governos e as
instituiccedilotildees jamais empreenderatildeo accedilotildees de fato enquanto as pessoas natildeo
compreenderem que satildeo parte do problema e da soluccedilatildeo e que eacute preciso assumir a
necessidade de mudar o rumo das coisas (Gomes amp Borba 2000)
Para Leff (2001) a agroecologia representa o ldquonascimento de um paradigmardquo que
eacute a alma da produccedilatildeo sustentaacutevel um processo que permite o resgate dos
conhecimentos proacuteprios e o renascimento do ser trazendo de volta as relaccedilotildees com os
seres humanos na medida em que o produtor cria atraveacutes de seu conhecimento o seu
proacuteprio saber-fazer numa relaccedilatildeo com a vida e com a terra
6
Segundo Costa Neto (1999) o paradigma agroecoloacutegico representa portanto a
linha de um posicionamento soacutecio-ambiental que tem uma vertente tecnoloacutegica apta a
ser uma alternativa agrave produccedilatildeo agriacutecola em grande escala e ao modelo tradicional
disciplinar
Hoje a agroecologia continua a fazer conexatildeo entre fronteiras estabelecidas Por
um lado estuda os processos econocircmicos e os agroecossistemas por outro eacute um agente
para as mudanccedilas sociais e ecoloacutegicas complexas que tenham necessidade de ocorrer no
futuro a fim de levar a agricultura para uma base verdadeiramente sustentaacutevel O
processo de mudanccedila estaria dirigido agrave busca de novos pontos de equiliacutebrio entre as
dimensotildees de produtividade estabilidade e equumlidade na atividade agraacuteria articuladas
entre si poreacutem em constante processo de adaptaccedilatildeo e retroalimentaccedilatildeo utilizando
estilos mais respeitosos com o ambiente com o propoacutesito de superar a crise enfrentada
pelos agricultores (Costabeber amp Moyano 2000)
De acordo com Altieri (2002) soacute uma compreensatildeo mais profunda da ecologia
humana e dos sistemas agriacutecolas pode levar a medidas coerentes com uma agricultura
sustentaacutevel Assim a ldquoemergecircncia da agroecologiardquo representa um enorme salto nesta
direccedilatildeo pois fornece os princiacutepios ecoloacutegicos baacutesicos para o estudo e tratamento dos
ecossistemas tanto produtivos quanto preservadores dos recursos naturais e que sejam
culturalmente sensiacuteveis socialmente justos e economicamente viaacuteveis
A transformaccedilatildeo ou substituiccedilatildeo de um modelo de desenvolvimento para outro
supotildee um processo de transiccedilatildeo que em alguns momentos caminha a passos lentos e
em outros pode trazer mudanccedilas bruscas e qualitativamente diferenciadas Esse
processo de transiccedilatildeo significa a conversatildeo de uma agricultura tradicional para uma
agricultura ecoloacutegica e socialmente equilibrada com base na sustentabilidade (Gomeacutez
1997)
Embora a falta de informaccedilatildeo da pesquisa possa ter contribuiacutedo para dificuldades
e experiecircncias negativas de muitos produtores estes tecircm fama de serem inovadores e
experimentadores desejosos de adotar novas praacuteticas no sentido de serem beneficiados
Nos uacuteltimos cinquumlenta anos a inovaccedilatildeo na agricultura tem sido impulsionada
principalmente pela ecircnfase em altos rendimentos e no lucro da unidade produtiva
Apesar da continuidade dessa forte pressatildeo econocircmica sobre a agricultura muitos
produtores convencionais estatildeo preferindo fazer a transiccedilatildeo para praacuteticas que satildeo mais
consistentes ambientalmente e tem o potencial de contribuir com a sustentabilidade da
agricultura em longo prazo (Gliessman 2000)
7
212 Agroecologia e agricultura familiar
O nuacutecleo por excelecircncia da produccedilatildeo sustentaacutevel eacute a agricultura familiar No
Brasil mais especificamente esta tecnologia estaacute sendo introduzida natildeo somente em
aacutereas de cultivo de agricultura familiar em geral mas especificamente em
assentamentos rurais Percebe-se dessa forma tratar-se de um tipo de produccedilatildeo que
tende a incorporar a dimensatildeo histoacuterico-social e a considerar os valores culturais e de
senso comum inerentes aos agricultores familiares (Costa Neto 1999)
Na agricultura familiar a sustentabilidade toma forma a partir do momento em
que comeccedilaram a ser incorporados aos debates os novos anseios da sociedade rural e
urbana relacionados a um novo projeto de desenvolvimento e na medida em que foram
buscadas orientaccedilotildees teoacutericas baseadas no paradigma agroecoloacutegico
De acordo com Maturana amp Rezepka (2000) a formaccedilatildeo do conhecimento natildeo eacute
entendida como simples treinamentos e teacutecnicas e seraacute um aspecto essencial desta
abordagem A valorizaccedilatildeo dos saberes dos agricultores sobre o ambiente as plantas o
solo e os processos ecoloacutegicos onde resgatam e aprimoram teacutecnicas proacuteprias e de
outros de origem cientiacutefica ou empiacuterica fundamentais dentro deste novo paradigma
(Altieri amp Nicholls 2000)
Neste sentido cientistas e extensionistas tecircm se surpreendido com a profundidade
destes conhecimentos e com a capacidade de vaacuterios destes agricultores de expocirc-los
mesmo nos ambientes acadecircmicos onde muitas vezes estatildeo mais avanccedilados que seus
interlocutores (Weid amp Tardin 2002) Isto revela a necessidade de sintonia entre a
Universidade e a Comunidade
Entatildeo a sutentabilidade ambiental em niacutevel local eacute positiva quando o manejo
realizado no agroecossistema aproveita a produtividade dos recursos naturais renovaacuteveis
(aqueles que funcionam mediante o fluxo solar) Ao contraacuterio pode natildeo ser positiva
quando as praacuteticas produtivas consistem na busca pela produtividade mediante a troca
econocircmica (importaccedilatildeo e exportaccedilatildeo de insumos e produtos) onde a terra eacute vista
unicamente como o suporte material (fiacutesico) das espeacutecies Neste caso o controle de
pragas a fertilizaccedilatildeo e outras praacuteticas necessaacuterias satildeo realizados mediante capital
produzido pelo homem degradando a base local de recursos naturais (Xavier Simoacuten amp
Domingues 2001)
8
213 O Mercado de produtos agroecoloacutegicos
O mercado de alimentos produzidos sob a orientaccedilatildeo agroecoloacutegica produzidos
sem utilizaccedilatildeo de agrotoacutexicos ou adubos minerais tem aumentado vertiginosamente em
todo o mundo Alguns dados indicam que esse segmento cresce anualmente cerca de
20 nos Estados Unidos 40 na Europa e 50 no Brasil e para comprovar tais
iacutendices basta verificar a proliferaccedilatildeo das feiras de produtores ecoloacutegicos nas cidades o
aumento dos espaccedilos para esses produtos nas gocircndolas das grandes redes de
supermercados e os movimentos ambientalistas e de consumidores que buscam uma
alimentaccedilatildeo mais saudaacutevel (Schiedeck 2002)
Sem duacutevida antes de tudo cabe salientar que a crise atual evidencia o equiacutevoco da
adoccedilatildeo de um modelo de produccedilatildeotransformaccedilatildeo que natildeo tem outra ambiccedilatildeo que natildeo a
de se adaptar agrave globalizaccedilatildeo Cabe a consideraccedilatildeo feita por Dufour (1999) de que o
mercado natildeo eacute uacutenico e monoliacutetico e portanto a produccedilatildeo social da qualidade natildeo
significa mais do mesmo (a adaptaccedilatildeo do que jaacute natildeo serve)
Na realidade pode-se identificar claramente dois mercados de natureza
fundamentalmente oposta que segundo Gomes amp Borba (2000) satildeo o de produtos
baacutesicos (leite cereais carnes brancas e vermelhas) e o de produtos elaborados
socialmente e de grande valor agregado por serem justos socialmente O mercado
mundial dos produtos baacutesicos eacute alimentado pelos excedentes agriacutecolas de grandes
produtores (Uniatildeo Europeacuteia Estados Unidos e Canadaacute) tambeacutem a soja e carne de
frango brasileira e o trigo argentino e os preccedilos nesses mercados satildeo extremamente
baixos e permaneceratildeo assim por muito tempo segundo relatos recentes do Banco
Mundial
Para produzir a preccedilos tatildeo baixos eacute necessaacuterio lanccedilar matildeo de todo tipo de
artifiacutecio como os hormocircnios os organismos geneticamente modificados as farinhas
animais esquecendo o meio ambiente e convivendo com exploraccedilotildees gigantescas
concentraccedilatildeo na posse da terra e com uma minoria de beneficiaacuterios dos programas de
ajuda puacuteblica os agromanagers (Gomes amp Borba 2000)
O mercado de produtos elaborados e de valor agregado obedece a outras regras
Mesmo que os agricultores busquem a maximizaccedilatildeo da produtividade natildeo se enfrentam
diretamente A produccedilatildeo ocorre em zonas geograacuteficas bem definidas e permite valorizar
o ldquosavoir-fairerdquo ou ldquoknow-howrdquo (em outras palavras natildeo necessariamente mas o
conhecimento ldquotradicionalrdquo) contribuindo para uma verdadeira economia local Esta eacute a
9
agricultura que ao mesmo tempo produz gera e preserva empregos Para caminhar ateacute
ela eacute necessaacuteria uma ampla alianccedila entre agricultores consumidores e movimentos
sociais para frear esta forma de ditadura dos mercados fonte do poder das
transnacionais agro-alimentares e quiacutemicas (Dufour 1999)
Por outra parte o mercado natildeo eacute linear e abstrato como querem fazer crer A
produccedilatildeo e o consumo sempre estaratildeo localizados e seratildeo realizados por produtores e
consumidores concretos isto permite falar em convenccedilatildeo ou negociaccedilotildees onde a
qualidade seja considerada na originalidade no bem comum ou na confianccedila entre pares
e colada aos produtos ainda mais quando se trata de alimentos Isto soacute seraacute possiacutevel
no local (sem ignorar o global) e levando em conta indicaccedilotildees como denominaccedilatildeo
ou indicaccedilatildeo de origem de processo ou de qualidade etc relacionados agraves
especificidades dos produtos o que tambeacutem deve ser objeto de negociaccedilatildeo para cada
lugar (eacute preciso lembrar que a participaccedilatildeo e as relaccedilotildees interpessoais satildeo determinantes
ao longo do processo) A produccedilatildeo social da qualidade eacute vista como estrateacutegia que
adquire sentido se considerada para o espaccedilo da Agricultura Familiar onde ainda eacute
possiacutevel estabelecer laccedilos de solidariedade entre produtores e consumidores (Gomes amp
Borba 2000)
De acordo com DrsquoAgostini amp Fantini (2002) tanto ou mais do que compreender a
dinacircmica de processos dos quais resultam produtos interessantes eacute compreender e
humanizar a dinacircmica de interesses sobre esses processos e produtos Os mesmos
autores dizem ainda que natildeo seria a solidariedade humana (a virtude pressuposta) que
emerge em especial na produccedilatildeo agroecoloacutegica mas sim a emergecircncia da rica
propriedade humana a generosidade que permite praticaacute-la em qualquer relaccedilatildeo entre
os homens
22 A cultura da cebola (Alliunt cepa L) e sua importacircncia
A cultura da cebola foi introduzida pelos accedilorianos no Brasil no seacuteculo XVIII nos
municiacutepio de Mostardas Rio Grande e Satildeo Joseacute do Norte no Estado do Rio Grande do
Sul (Garcia 1990) sendo a terceira hortaliccedila de maior importacircncia econocircmica para o
paiacutes (ICEPA 2003) Nas regiotildees Sul e Sudeste a cebolicultura constitui-se em atividade
socioeconocircmica de significativa relevacircncia para os Estados de Satildeo Paulo Santa
10
Catarina e Rio Grande do Sul nos quais se concentram mais de 76 da produccedilatildeo
nacional (Debarba et a i 1998)
A mais importante regiatildeo produtora do Rio Grande do Sul estaacute situada no litoral
Sul englobando os municiacutepios de Rio Grande Tavares Satildeo Joseacute do Norte e Mostardas
(Garcia 1997) e segundo ICEPASC (2003) esses quatro municiacutepios respondem por
cerca de 70 da produccedilatildeo de cebola do RS
Timm (2000) cita que cerca de 16000 famiacutelias rurais no Rio Grande do Sul tem
na cultura da cebola o seu principal meio de subsistecircncia No Municiacutepio de Satildeo Joseacute do
Norte a produccedilatildeo de cebola constitui uma atividade econocircmica quase exclusiva onde a
descapitalizaccedilatildeo dos agricultores ocasionou o abandono do meio rural por muitos deles
que acabaram por estabelecerem-se na periferia da zona urbana (Garcia 1997)
Aleacutem da descapitalizaccedilatildeo do produtor ocorrem problemas como a erosatildeo do solo
que segundo Zabaleta (1998) ocorre principalmente devido agrave accedilatildeo dos ventos fortes e
constantes caracteriacutesticos na regiatildeo sul-litoracircnea bem como a topografia plana e os
solos muito arenosos com lenccediloacuteis freaacuteticos superficiais contribuem para o
empobrecimento dos solos da regiatildeo principalmente ao se comparar com outras aacutereas
onde a cebola participa de sistemas produtivos juntamente com a produccedilatildeo leiteira o
arroz e hortaliccedilas diversas (Timm 2000)
221 Caracteriacutesticas agronocircmicas da cebola
A cebola eacute uma aliaacuteceae a planta eacute tenra atinge 60 cm de altura e apresenta folhas
tubulares e cerosas O caule verdadeiro eacute um disco comprimido na base da planta de
onde partem as folhas e raiacutezes que satildeo fasciculadas pouco ramificadas explorando um
volume de solo equivalente a um cilindro com 60 cm de altura e 25 cm de diacircmetro
(Filgueira 2000)
Cada planta apresenta 20 a 200 raiacutezes normalmente espessas (05 a 1 mm de
diacircmetro) e com pouca ramificaccedilatildeo e poucos pecirclos absorventes O crescimento eacute
vertical estendendo-se de 40 a 80 cm de profundidade Poucas raiacutezes ocupam mais de
15 cm do raio em tomo do bulbo Estas caracteriacutesticas tecircm implicaccedilotildees peculiares
quanto acirc localizaccedilatildeo e ao suprimento de nutrientes (Quanto menor o diacircmetro e maior a
ocorrecircncia de pecirclos absorventes maior seraacute a superfiacutecie de raiacutezes e consequumlentemente a
absorccedilatildeo de nutrientes (Magalhatildees 1993)
11
A fase vegetativa do ciclo da planta termina com o amadurecimento do bulbo
todavia trata-se de uma planta bienal considerando acirceu ciclo vital completo isto eacute da
semeadura ateacute a produccedilatildeo de novas sementes Apoacutes um periacuteodo invemal sob baixas
temperaturas haacute emissatildeo de um pendatildeo floral que pode alcanccedilar 150 cm de altura
terminando por uma inflorescecircncia tipo umbela simples inicialmente recoberta por
uma peliacutecula formada por centenas de pequenas flores (Filgueira 2000)
Segundo Clivela (1995) os fatores climaacuteticos de modo geral natildeo satildeo limitantes
para a produccedilatildeo de bulbos de cebola no Rio Grande do Sul Filgueira (2000) enfatiza
que no Brasil eacute uma das raras culturas oleraacuteceas nas quais o fotoperiacuteodo pode tornar-se
o fator limitante ocorrendo frustraccedilotildees da colheita caso as exigecircncias da planta natildeo
sejam satisfeitas
222 A produccedilatildeo de mudas de hortaliccedilas
As mais importantes modificaccedilotildees no sistema de produccedilatildeo nos uacuteltimos anos tecircm
sido feitas na produccedilatildeo de mudas Hoje eacute uma realidade os produtores se
especializarem em produzir mudas principalmente no Estado de Satildeo Paulo Para tanto
se busca atraveacutes da pesquisa as melhores fontes e combinaccedilotildees de substratos associados
ao sistema de produccedilatildeo conveniente para cada espeacutecie a fim de se obter melhorias na
propriedade no solo e na Olericultura (Giorgetti 1991)
O sistema agroecoloacutegico torna-se importante uma vez que a base da Horticultura
moderna eacute a produccedilatildeo de mudas de alta qualidade (Minami1995) a produccedilatildeo de mudas
de hortaliccedilas tem sido citada como a etapa mais importante do sistema produtivo (Silva
Junior et al 1995) Segundo Filgueira (2000) nesta fase natildeo se pode cometer erros
pois posteriormente seraacute mais difiacutecil de corrigi-los visto que para o cultivo da cebola a
muda refletiraacute na qualidade do bulbo
As mudas de hortaliccedilas podem ser consideradas tolerantes e natildeo tolerantes ao
transplante e dependem principalmente das condiccedilotildees ambientais necessitando de
cuidados No caso da cebola como satildeo produzidas com raiz nua os cuidados devem ser
maiores pois dependendo do estado em que se encontram mais ou menos susceptiacuteveis
aos estresses quando em contato com o campo podem resultar em desastre (Minami
1999)
A quantidade de nutrientes extraiacuteda pelas hortaliccedilas durante a fase de muda varia
em funccedilatildeo da espeacutecie da variedade ou da cultivar e do prazo necessaacuterio para a formaccedilatildeo
13
O composto humificado ou curado eacute rico em nutrientes que passaram parcialmente
da forma orgacircnica para a forma mineral assimilaacutevel pelas raiacutezes e com maior teor
coloidal que atua como fertilizante e eacute responsaacutevel pela capacidade melhoradora do
solo (Barreto 1985)
Uma das principais alternativas em termos de adubaccedilatildeo orgacircnica eacute o
vermicomposto Ele eacute um adubo orgacircnico estaacutevel rico em nutrientes inodoro de
coloraccedilatildeo escura obtido a partir da atividade das minhocas que potencializam a mateacuteria
prima utilizada no processo (principalmente esterco de bovino) proporcionando
diversos benefiacutecios para as plantas (Timm 2000)
231 Efeitos da adubaccedilatildeo orgacircnica no solo
O solo funciona como um organismo vivo em 1 grama de solo saudaacutevel vive uma
comunidade bioloacutegica de aproximadamente 1 0 0 0 0 espeacutecies diferentes como minhocas
larvas besouros colecircmbolos aacutecaros algas bacteacuterias e fungos Estes organismos
necessitam de alimentos para viver principalmente carbono e nitrogecircnio que estatildeo
presentes na palhada das culturas e no esterco de animais Em funccedilatildeo disso eacute
importante que o solo tenha um determinado teor de mateacuteria orgacircnica para fornecer os
alimentos e energia que os microacutebios precisam para viver (Paulus et al 2001)
O homem atraveacutes dos diferentes sistemas de preparo do solo e cultivos contiacutenuos
ou natildeo altera o comportamento do mesmo em relaccedilatildeo agraves reaccedilotildees quiacutemicas
propriedades fiacutesicas como capacidade de retenccedilatildeo de aacutegua lixiviaccedilatildeo de nutrientes
erosatildeo e como consequumlecircncia afeta a qualidade de organismos presentes no solo (Brady
1999) reduzindo paulatinamente o teor de mateacuteria orgacircnica (Primavesi1982)
Nos uacuteltimos anos tem-se observado em diferentes paiacuteses a ampliaccedilatildeo do uso de
adubos orgacircnicos Alguns apresentam oacutetimos resultados enquanto outros se mostram
tecnicamente inadequados Os principais adubos orgacircnicos encontrados no mercado satildeo
fertilizantes orgacircnicos de origem animal compostos de lixo urbanos compostos de
produtos industriais e huacutemus de minhoca Nestes fertilizantes estatildeo presentes a maioria
dos macronutrientes (nitrogecircnio foacutesforo potaacutessio caacutelcio magneacutesio enxofre) e
micronutrientes (zinco cobre boro ferro cobalto)essenciais para as plantas e nem
sempre encontrados em muitos fertilizantes minerais bem como uma gama de
microorganismos que vatildeo beneficiar a fauna e a flora do solo (Brady 1979 Kiehl
1985 Costa 1985 Garcia 1997)
14
Os adubos orgacircnicos satildeo amplamente empregados nos sistemas de produccedilatildeo de
alface como condicionadores do ambiente quiacutemico e fiacutesico da rizosfera e
consequumlentemente na resposta bioloacutegica das plantas (Rodrigues amp Casali 1998)
Considerando as necessidades hortiacutecolas de maior competitividade e o fato de natildeo
ser subsidiada o crescimento populacional e a industrializaccedilatildeo representam fatores
determinantes na geraccedilatildeo diaacuteria de enormes volumes de resiacuteduos podendo ser utilizados
pelos produtores com um maior retomo econocircmico possiacutevel Ao mesmo tempo a
questatildeo ambiental assume cada vez mais destaque na sociedade moderna repercutindo
em poliacuteticas governamentais bem como no setor produtivo do paiacutes e do mundo
fazendo com que a relaccedilatildeo do homem com a natureza seja repensada (Morselli 2001)
232 Efeitos da adubaccedilatildeo orgacircnica nas culturas
Segundo Paulus et al (2001) a mateacuteria orgacircnica tambeacutem eacute fonte de nutrientes
especialmente nitrogecircnio foacutesforo enxofre e micronutrientes aleacutem disso tem
capacidade de ldquoprenderrdquo micronutrientes e alguns elementos toacutexicos para as plantas
como o alumiacutenio Por exemplo os micronutrientes depois de presos satildeo liberados
lentamente no solo onde satildeo gradativamente aproveitados pelas plantas
O uso dos fertilizantes minerais elevam o custo de produccedilatildeo pois satildeo necessaacuterias
altas doses para o fornecimento dos teores de nutrientes demandados Por isso eacute
importante a geraccedilatildeo de tecnologias que poupem o consumo de fertilizantes minerais
desejaacutevel com vista agrave diminuiccedilatildeo do custo de produccedilatildeo (Rodrigues 1984) A produccedilatildeo
de hortaliccedilas sob a orientaccedilatildeo agroecoloacutegica leva em consideraccedilatildeo natildeo apenas os custos
de produccedilatildeo como tambeacutem a dependecircncia dos insumos principalmente quando se
considera a ldquoteoria da trofobioserdquo pelos efeitos maleacuteficos que os nutrientes prontamente
assimilaacuteveis podem causar as plantas (Chaboussou 1987)
Para Compagnoni amp Putzolu (1985) o vermicomposto eacute um autecircntico fertilizante
bioloacutegico que atua como corretivo do solo determinando caracteriacutesticas importantes
para a microflora pelos aacutecidos huacutemicos e as substacircncias fitoestimulantes Os autores
consideram ainda que as dejeccedilotildees das oligoquetas proporcionam a formaccedilatildeo de huacutemus
permitindo melhorar o solo razatildeo pela qual satildeo destinados agrave horticultura com oacutetimas
vantagens fiacutesicas e microbioloacutegicas enriquecendo a camada araacutevel
Em experimentos desenvolvidos durante cinco anos para avaliar o efeito da
aplicaccedilatildeo de compostos eou adubos nas culturas de alface manjericatildeo espinafre e
15
pepino Valenzuela amp Crosby (1998) compararam as produccedilotildees obtidas com composto
e a fertilizaccedilatildeo padratildeo e concluiacuteram que a utilizaccedilatildeo do composto em 20 Mg ha 1 mais
N-quiacutemico foi o melhor tratamento em todas as culturas estudadas
233 Plantas de cobertura do solo
As plantas mais usadas para adubaccedilatildeo de cobertura do solo satildeo as leguminosas
pois estas tecircm a capacidade de fixar o nitrogecircnio atmosfeacuterico e disponibiliza-lo agrave
cultura Primavesi (1992) cita que utilizando-se mucuna ervilhaca feijatildeo-de-porco
feijatildeo-miuacutedo crotalaacuteria e outras natildeo haacute necessidade de utilizar tanto nitrogecircnio em
cobertura embora natildeo se dispense uma calagem mais frequumlente pois ocorre um pouco
de acidificaccedilatildeo no solo como com qualquer adubaccedilatildeo nitrogenada Segundo a mesma
autora algumas leguminosas tecircm a capacidade de mobilizar o foacutesforo como o caupi
(feijatildeo-miuacutedo) outras mobilizam o caacutelcio como tremoccedilo
Para Brady (1999) a adubaccedilatildeo verde traz grandes benefiacutecios como suprimento de
mateacuteria orgacircnica sendo consideraacutevel a quantidade de resiacuteduos orgacircnicos devolvidos ao
solo adiccedilatildeo de nitrogecircnio nutrientes e conservaccedilatildeo do solo
Calegari (1998) comenta que quanto aos aspectos fiacutesicos os resiacuteduos tendem a
contribuir para uma melhoria da estrutura do solo percebida pelo aumento da
estabilidade dos agregados em aacutegua aumento da capacidade de retenccedilatildeo hiacutedrica
elevaccedilatildeo dos iacutendices de infiltraccedilatildeo de aacutegua no solo aumento da porosidade melhor
aeraccedilatildeo e diminuiccedilatildeo da densidade do solo
De acordo com Timm (2000) o papuatilde eacute uma excelente alternativa como cobertura
de solo para o cultivo miacutenimo da cebola pois na eacutepoca do transplante das mudas seu
ciclo vegetativo estaacute completo natildeo necessitando o dessecamento outra vantagem eacute que
o papuatilde apresenta bom controle com relaccedilatildeo agraves plantas invasoras da cebola reduzindo
ao longo dos anos o nuacutemero de capinas e a aplicaccedilatildeo de herbicidas
234 Adubaccedilatildeo foliar
Segundo Malavolta (1981) a utilizaccedilatildeo da adubaccedilatildeo foliar eacute complemento da
adubaccedilatildeo de solo natildeo substituto da mesma no que diz respeito ao fornecimento de
nitrogecircnio foacutesforo e potaacutessio para as culturas Da mesma maneira que as raiacutezes podem
perder para o solo parte dos elementos absorvidos as folhas tambeacutem o fazem pela accedilatildeo
16
de fatores internos (desordem fisioloacutegica estado nutricional etc) e externos (chuvas
orvalho nutriccedilatildeo do sistema radicular luz temperatura etc)
Para Chaboussou (1987) as plantas adquirem o maacuteximo de resistecircncia bioloacutegica
atraveacutes da nutriccedilatildeo (trofos) equilibrada Obviamente para que isto ocorra eacute necessaacuterio
que o solo esteja em equiliacutebrio dinacircmico o ambiente seja o mais estaacutevel e as plantas
selecionadas ou melhor adaptadas para poderem suportar as alteraccedilotildees extemporacircneas
ocasionadas pelos fenocircmenos meteoroloacutegicos e nas fases fonoloacutegicas criacuteticas do
crescimento e desenvolvimento (Pinheiro amp Barreto 2000)
O lixiviado das folhas enriquece as camadas superiores do solo e tende a
contrabalanccedilar as perdas de zonas mais profundas e mais distantes acumulando-os nas
suas proximidades tambeacutem influencia o nuacutemero e o comportamento dos
microrganismos que por sua vez alteram o processo de gecircnese do solo sua textura e
fertilidade A lixiviaccedilatildeo assim se toma importante no desenvolvimento da sucessatildeo
ecoloacutegica devido agrave ciclagem de elementos (Malavolta 1980)
Conforme Camargo (1975) a utilizaccedilatildeo de adubos foliares substitui parcialmente
a adubaccedilatildeo radicular em 20 a 25 podendo ser utilizada em varias pulverizaccedilotildees
24 Vermicompostagem
E o processo que consiste em se submeter diferentes resiacuteduos orgacircnicos de
origem animal eou vegetal aos processos fermentativos e humificaccedilatildeo adicionando
minhocas do gecircnero Eiseina espeacutecie foetida ao material procurando obter um produto
curado em aproximadamente 45 - 60 dias (Compagnoni amp Putzolu 1985)
A vermicompostagem firmou-se no Brasil como atividade rentaacutevel produzindo
adubo de alta qualidade na deacutecada de 90 Na agricultura brasileira contudo haacute
preferecircncia pelos adubos quiacutemicos em funccedilatildeo de sua aquisiccedilatildeo financiada menor custo
e retomo imediato embora o impacto de seu uso contiacutenuo sobre o solo e os
microorganismos que nele vivem seja negativo (Tagliari amp Grassmann 1995)
Segundo Morselli (2002) a vermicompostagem difere da compostagem
convencional dentre outros pocircr formar substacircncias huacutemicas mais rapidamente ao sofrer
passagem pelo trato digestivo das minhocas A alirdentaccedilatildeo destas satildeo basicamente os
estercos e a disponibilidade desta mateacuteria prima bem como de ambiente protegido para
proceder a compostagem correta deste material satildeo indispensaacuteveis
17
Segundo Kiehl (1985) e Martinez (1990) o vermicomposto apresenta as seguintes
vantagens em relaccedilatildeo a compostagem permite a formaccedilatildeo de um produto curado em
menor espaccedilo de tempo promove a formaccedilatildeo de um material com maior
disponibilidade de nutrientes facilita o peneiramento natildeo havendo a necessidade de
revolvimento do material oferece vaacuterias fontes de renda pois aleacutem do huacutemus fornece
minhocas e raccedilatildeo e quando aplicado ao solo tende a melhorar as propriedades fiacutesicas
quiacutemicas e bioloacutegicas
241 Resiacuteduos utilizados na vermicompostagem
2411 Resiacuteduos de origem animal
Segundo Bureacutes (1997) o esterco eacute uma mistura de fezes urina e camas que
podem estar constituiacutedas de palhas folhas secas serragem turfa casca de arroz e ateacute
terra Esse apresenta pH neutro e densidade que varia de 030 a 090 Kg dm3 segundo
seu estado de decomposiccedilatildeo Eacute influenciado por vaacuterios fatores como espeacutecie animal
raccedila idade alimentaccedilatildeo material utilizado como cama e tratamento da mateacuteria-prima
esterco (Kiehl 1985) Dentre os fatores apontados um dos mais importantes eacute a
alimentaccedilatildeo do animal quanto mais rica a alimentaccedilatildeo mais rica seraacute as dejeccedilotildees
(Gnoatto 1999) O volume de bacteacuterias vivas ou mortas encontradas no esterco
representam 20 a 30 do total delas se originam grande parte do nitrogecircnio sob a
forma de proteiacutena (Morselli 2002)
A origem do material utilizado para a produccedilatildeo de vermicomposto eacute fundamental
pois soacute uma mateacuteria-prima de qualidade resultaraacute em um produto final de boa qualidade
Dentre os estercos o de aves eacute empregado empiricamente na adubaccedilatildeo de culturas
permanente ou natildeo com excelentes resultados apesar de sua simples composiccedilatildeo
meacutedia 2 de nitrogecircnio 2 de foacutesforo como P2 0 5 e 1 de K2 0 Poreacutem haacute uma
grande variaccedilatildeo na sua constituiccedilatildeo a qual dependeraacute do manejo animal atraveacutes das
camas finalidade da criaccedilatildeo e natureza das camas (Morselli 2002)
2412 Resiacuteduos de origem vegetal
A mateacuteria orgacircnica pode ser preservada no solo por vaacuterios processos seja pela
simples incorporaccedilatildeo de resiacuteduos de culturas rotaccedilatildeo de culturas adubaccedilatildeo verde ou
18
pela adiccedilatildeo de materiais orgacircnicos capazes de elevar e manter a produtividade do solo
Da decomposiccedilatildeo dos resiacuteduos orgacircnicos adicionados ao solo resulta a liberaccedilatildeo de
grande quantidade de nutrientes principalmente o nitrogecircnio o potaacutessio e o enxofre
Aleacutem disso diversos atributos quiacutemicos e fiacutesicos do solo satildeo alterados pela
decomposiccedilatildeo desses resiacuteduos destacando-se o aumento da capacidade de troca de
caacutetions o aumento da retenccedilatildeo de aacutegua a melhoria da estabilidade dos agregados e da
aeraccedilatildeo (Fraser1963 Malavolta 1981 Mello et al 1983 Bonilla 1992)
Segundo Purcino (1981) quando a relaccedilatildeo CN eacute menor que 30 como no caso do
esterco de curral ou da palha de leguminosas a disponibilidade de nitrogecircnio eacute
imediata mas acima deste valor ocorre imobilizaccedilatildeo crescente deste nutriente Por esse
motivo estes materiais devem ser submetidos a uma degradaccedilatildeo bioloacutegica antes de
serem adicionados ao solo
25 Biofertilizantes
No Brasil ocorrem problemas crescentes com materiais derivados de sistemas
intensivos de criaccedilatildeo animal que acumulam resiacuteduo^ orgacircnicos com graves problemas
de contaminaccedilatildeo de cursos de aacutegua que na maioria das vezes se acumulam em um
uacutenico lugar e natildeo satildeo reciclados (Viglizzo 1995)
Visando amenizar tais situaccedilotildees os meacutetodos alternativos de adubaccedilatildeo controle de
doenccedilas pragas e plantas indesejaacuteveis tecircm sido muito estudado Dentro dessa linha de
pesquisa destaca-se o uso de mateacuteria orgacircnica atraveacutes tanto de sua incorporaccedilatildeo ao
solo como de sua transformaccedilatildeo para uso posterior na forma de biofertilizantes
(Khatounian 1997 Bettiol et al 1997)
Na complexa e elevada comunidade microbiana dos biofertilizantes encontram-se
bacteacuterias fungos leveduriformes filamentosos e actinomicetos (Bettiol apud Penteado
1999)
O agregado de macro e micronutrientes periodicamente ativa e enriquece a
fermentaccedilatildeo O uso de farinha de rocha tem sido vantajoso por ter baixo custo
comparado com os sais concentrados e purificados aleacutem de trazer alguns elementos
traccedilos de vital importacircncia para os microrganismos do solo como por exemplo o Gaacutelio
o Iodo e o Vanaacutedio (M1BASA 199-) O agregado de farinha de rocha ou sais
purificados ao fermentado faz com que estes nutrientes passem a fazer parte dos
microrganismos ou dos produtos orgacircnicos liberados durante a fermentaccedilatildeo sendo que
19
o ataque dos microrganismos atraveacutes de suas enzimas consegue liberar os elementos natildeo
atacados pelos aacutecidos industriais (Pinheiro amp Barreto 2000)
Os biofertilizantes tecircm sido empregados na agricultura ecoloacutegica como adubo
foliar para aumentar a resistecircncia contra pragas e doenccedilas Aleacutem disso o processo de
produccedilatildeo eacute bastante simples e por isso eacute viaacutevel sua produccedilatildeo na propriedade desde que
tenha esterco disponiacutevel (Penteado 1999)
Bettiol et al (1997) verificaram a presenccedila de diferentes espeacutecies de fungos
fiacutelamentosos e leveduriformes e bacteacuterias entre elas Bacillus spp na comunidade
microbiana do biofertilizante produzido segundo meacutetodo adotado pelo Centro de
Agricultura Ecoloacutegica Ipecirc Os autores verificaram ainda uma reduccedilatildeo da comunidade
microbiana ao longo da digestatildeo reduccedilatildeo essa mais acentuada logo apoacutes o acreacutescimo
dos sais contendo micronutrientes A accedilatildeo dos sais pode ser tanto por aumento na
pressatildeo osmoacutetica quanto pelo efeito direto sobre os microrganismos Para o controle de
doenccedilas de plantas satildeo importantes a presenccedila dos metaboacutelitos produzidos pelos
organismos presentes no biofertilizante e os proacuteprios microrganismos vivos
Os microrganismos transformam o material orgacircnico (esterco soro de leite caldo
de frutas palhas restos industriais etc) e cinzas produzindo vitaminas aacutecidos e sais
complexos importantes para regular e tonificar o metabolismo das plantas impedindo o
desenvolvimento de pragas e doenccedilas (Pinheiro amp Barreto 2000)
Em estudos feitos com o biofertilizante liacutequido de bovinos foi observado a
presenccedila de inuacutemeros microorganismos como bacteacuterias leveduras e bacilos
principalmente do Bacillus subtilis Estes microorganismos sintetizam substacircncias
antibioacuteticas as quais demonstram ter grande accedilatildeo e eficiecircncia como substacircncias
fungiostaacuteticas e bacteriostaacuteticas de fitopatoacutegenos causadores de danos em lavouras
comerciais (Penteado 1999)
Aldrighi et al (2002) realizaram trabalho na UFPel relacionado agrave nutriccedilatildeo de
mudas de tomate (Floradade) produzidas no sistema ldquofloatingrdquo Utilizaram-se doses de
0 2 5 e 10 para o biofertilizante Super Magro e 0 e 1 para a urina de vaca
Concluiacuteram que estes natildeo interferem na produccedilatildeo das mudas e que provavelmente foi
influenciado pelo substrato utilizado (vermicomposto 75 e casca de arroz carbonizada
25) bem como o sistema de produccedilatildeo (floating)
Paglia et al (2002) citam que eacute possiacutevel produzir mudas de tomate (cultivar
Floradede) utilizando urina de vaca e biofertilizante Super Magro na aacutegua em sistema
ldquofloatingrdquo em trabalho realizado na UFPel O uso da urina de vaca a 1 e 5 e
20
biofertilizante Super Magro a 6 proporcionam uma elevaccedilatildeo do foacutesforo bem como o
Super Magro a 6 eleva os teores de Mg e Ca na aacutegua
251 Urina de vaca
As urinas de vaca contecircm nutrientes favoraacuteveis ao bom desenvolvimento das
plantas como potaacutessio soacutedio nitrogecircnio enxofre magneacutesio caacutelcio foacutesforo e traccedilos de
outros elementos Nas plantas funciona como um fertilizante natural tomando-as mais
resistentes ao ataque das pragas e doenccedilas Satildeo encontradas tambeacutem na urina outras
substacircncias como fenoacuteis e principalmente o catecol que esta associado agrave recuperaccedilatildeo
de plantas atacadas por fitopatoacutegenos por ser um produto anti-seacuteptico (Penteado 1999)
Para seu emprego a urina receacutem coletada deve ser armazenada sob condiccedilotildees
ambientais por trecircs dias para que se forme amocircnio importante produto a ser absorvido
pelas plantas Recomenda-se ainda que o armazenamento deva ser feito em recipiente
fechado para que natildeo ocorram perdas de nitrogecircnio Desta forma poderaacute permanecer
por ateacute um ano sem comprometer sua eficiecircncia
Em hortaliccedilas o uso da urina de vaca eacute recomendado em pulverizaccedilotildees foliares
semanais na concentraccedilatildeo de 05 para tomateiro pimentatildeo pepino feijatildeo vagem e
couve ou quinzenais a 1 para as culturas do quiabeiro jiloeiro e berinjela Para
fruteiras em geral a primeira aplicaccedilatildeo deve ser na concentraccedilatildeo aproximada de 5
realizada diretamente no solo e mensalmente devem ser realizadas pulverizaccedilotildees
foliares a 1 para plantas jovens e a 5 para plantas adultas (Penteado 1999)
Na aplicaccedilatildeo foliar deve-se ter cuidado com folhas e brotos novos e considerar que
o uso contiacutenuo pode ser toacutexico podendo afetar o solo causando a sua acidificaccedilatildeo
(Penteado 1999)
Na Estaccedilatildeo Experimental da PESAGRO no municiacutepio de Macaeacute Rio de Janeiro
estaacute se utilizando a urina de vaca leiteira Os pesquisadores descobriram que a urina de
vaca em lactaccedilatildeo produzia o efeito de recuperar plantas de abacaxi atacadas por uma
doenccedila conhecida como ldquofusairioserdquo Essa doenccedila quando ataca o abacaxi causa
perdas de ateacute 70 da safra Todos os agrotoacutexicos testados natildeo conseguiram controlar a
doenccedila Isto eacute um exemplo para que a universidade tenha uma nova percepccedilatildeo (Capra
1996) adotando medidas efetivas que contribuam na transiccedilatildeo agroecoloacutegica Com o
uso da urina de vaca leiteira numa lavoura de abacaxi atacada pela fusariose observou-
se agrave recuperaccedilatildeo do stand e os frutos produzidos apresentaram excelente padratildeo
21
comercial Descobriu-se que aleacutem funcionar como adubo e defensivo natural a urina de
vaca leiteira tambeacutem favorece a floraccedilatildeo de muitas plantas e pode ser usada no
tratamento de frutos e tubeacuterculos depois da colheita
A urina de vaca em lactaccedilatildeo tambeacutem estaacute sendo usada nas lavouras de cafeacute em
plantaccedilotildees de maracujaacute coco alface e outras hortaliccedilas Na regiatildeo centro-sul do Paranaacute
os agricultores estatildeo aplicando a urina de vaca leiteira nas lavouras de feijatildeo soja
batata cebola e milho (Penteado 1999)
252 Alhol
A maioria dos defensivos alternativos tais como calda bordalesa sulfocaacutelcica
aacutegua de cinza e cal biofertilizante enriquecido extrato de fumo entre outros precisa
ser misturada com um espalhante adesivo para quebrar a tensatildeo superficial da gota e
propiciar um melhor molhamento das folhas e demais partes pulverizadas assegurando
uma absorccedilatildeo mais efetiva e uma melhor accedilatildeo sobre as pragas e doenccedilas Quando as
gotas permanecem inteiras sobre a superfiacutecie folhar devido agrave falta de espalhante
adesivo pode-se danificar os tecidos vegetais pelc efeito-lente quando o sol incide
sobre elas Aleacutem disso a gota por natildeo se espalhar sobre toda superfiacutecie folhar
concentra nela e consequumlentemente sobre o tecido que estaacute em contato com ela uma
quantidade maior do produto aplicado Essa maior concentraccedilatildeo pode prejudicar a
absorccedilatildeo e lesionar os tecidos principalmente apoacutes a evaporaccedilatildeo da aacutegua contida na
gota por resultar em uma maior concentraccedilatildeo de sais no local especialmente quando se
aplicam por exemplo calda sulfocaacutelcica bordalesa biofertilizante enriquecido com
macro e micronutrientes (Claro 2001)
O alhol eacute um espalhante adesivo ecoloacutegico que tambeacutem auxilia no controle de
pragas E elaborado com aacutegua alho oacuteleo vegetal e sabatildeo neutro a partir da sabedoria
popular que menciona o alho como repelente de insetos Juacutenior Abreu amp Maiorano
(199-) indicam formulaccedilotildees contendo alho para o controle de pragas como nematoacuteides
(Meloidogyne incoacutegnita e M javanica) mosca do chifre lagarta na maccedilatilde pulgotildees
besouro da batata trips e para controle de doenccedilas fuacutengicas e bacterianas como miacuteldio
ferrugem fusariose helminthosporiose murchadeira (Pseudonamos solacearum)
bruzone do arroz (Pyricularia orysae) podridatildeo negra do repolho e couve-flor
(Xanthomonas campestris) Aleacutem disso o alho pelo seu bom teor em oacuteleo pode agir
tambeacutem como espalhante adesivo O sabatildeo tambeacutem eacute indicado como espalhante adesivo
22
e possui accedilatildeo contra certas pragas (pulgotildees) sendo que o oacuteleo vegetal eacute indicado no
controle de cochonilhas e usado como espalhante adesivo (Claro 2001)
253 Calda Bordalesa
A calda bordalesa eacute um tradicional defensivo agriacutecola que pode ser preparado na
propriedade com a mistura de sulfato de cobre cal virgem e aacutegua As concentraccedilotildees de
sulfato de cobre e cal satildeo distintas dependendo do objetivo do seu emprego
Geralmente diferem de acordo com o tipo de planta ou espeacutecie vegetal as condiccedilotildees
climaacuteticas o grau de infestaccedilatildeo da doenccedila e a fase de crescimento da planta Eacute indicada
para o controle de miacuteldio alternaacuteria botrytis e antracnose (Penteado 1999)
A calda bordalesa caracteriza-se pela sua importante accedilatildeo no controle de diversas
doenccedilas fungicas nas mais diversas espeacutecies de culturas Possui tambeacutem uma relativa
accedilatildeo bactericida e em alguns casos age como repelente de insetos Da mistura do
sulfato de cobre com a cal resulta uma soluccedilatildeo rica em macronutrientes e
micronutrientes Provavelmente os expressivos resultados obtidos com a aplicaccedilatildeo da
calda bordalesa devam-se natildeo somente a sua accedilatildeo fuacutengica e bactericida mas sobretudo
agrave influecircncia positiva que exerce no metabolismo das plantas ativando o processo
enzimaacutetico e estimulando a proteossiacutentese aumentando a resistecircncia das plantas (Claro
2 0 0 1 ) caracteriacutestica fundamental na agricultura sustentaacutevel
254 Biofertilizante Super Magro
A calda Super Magro eacute produto da fermentaccedilatildeo de estercos animais enriquecidos
por micronutrientes e outros produtos de origem animal obtendo-se uma calda
biofertilizante para aplicaccedilatildeo foliar nas plantas (Penteado 1999) jaacute foram observados
bons resultados principalmente nas culturas de uva maccedila pecircssego tomate batata e
hortaliccedilas em geral
E indicado como fonte suplementar de micronutrientes para as plantas inibidor
de fungos e bacteacuterias causadores de doenccedilas e para aumentar a resistecircncia contra insetos
e aacutecaros (Penteado 1999) i
Muller (1999) avaliou a influecircncia do biofertilizante Super Magro sobre as
culturas de tomate (Lycopersicon esculentum Mill) ervilha (Pisum sativum L) e
beterraba (Beta vulgaris L) O autor obteve cultivos com baixa severidade de doenccedilas e
23
insetos fitoacutefagos possivelmente por causa do manejo orgacircnico de produccedilatildeo Os
resultados das pulverizaccedilotildees das soluccedilotildees foliares variaram conforme a cultura e o
clima
255 Biofertilizante MB4
A utilizaccedilatildeo das farinhas de rochas eacute uma das teacutecnicas mais modernas usadas nos
uacuteltimos anos na agricultura O elevado nuacutemero de nutrientes contidos no MB4 como
cobre zinco manganecircs cobalto soacutedio alumiacutenio silicatos de magneacutesio ferro e caacutelcio
acompanhado de foacutesforo potaacutessio e enxofre reagem com a soluccedilatildeo do solo liberando
elementos essenciais ao desenvolvimento da vida microbiana os quais exercem um
papel fundamental atraveacutes de transformaccedilotildees quiacutemicas e do equiliacutebrio bioloacutegico
favorecendo o desenvolvimento sadio das plantas (Pinheiro amp Barreto 2000)
24
3 MATERIAL E MEacuteTODOS
31 Local de execuccedilatildeo do experimento
O presente trabalho foi conduzido no Centro de Pesquisa da Regiatildeo Sul
(FEPAGROSUL) no municiacutepio de Rio Grande nlt periacuteodo de 15 de maio a 26 de
agosto de 2 0 0 2
O solo eacute classificado como ldquoTuiardquo satildeo muito arenosos As massas aquaacuteticas do
Oceano Atlacircntico e Lagoa dos Patos influenciam ventos temperatura pressatildeo umidade
relativa e demais fatores climaacuteticos A topografia da regiatildeo litoracircnea eacute plana com
lenccediloacuteis freaacuteticos superficiais
32 Anaacutelise estatiacutestica
O experimento foi constituiacutedo em fatorial 3X3 (Quadro 1) com quatro repeticcedilotildees
no delineamento blocos ao acaso As variaacuteveis respostas foram submetidas agrave anaacutelise de
variaccedilatildeo e ao teste de Duncan a 5 de probabilidade para comparaccedilatildeo das meacutedias
utilizando-se o sistema SANEST (Zonta amp Machado 1984)
As anaacutelises estatiacutesticas das variaacuteveis estudadas encontram-se nos Apecircndices C D
Os resultados das respostas agronocircmicas e das determinaccedilotildees dos conteuacutedos dos
macronutrientes bem como os de raiz estatildeo nas tabelas de 1 a 3
25
As diferentes adubaccedilotildees seratildeo representadas durante a discussatildeo da seguinte
forma 1 VB (30 t ha 1 de vermicomposto) 15 VB (45 t ha 1 de vermicomposto) e EC
(60 t ha 1 de esterco de curral) 1 VB+SM+U+CB (30 t ha 1 de vermicomposto mais
super magro mais urina de vaca mais calda bordalesa) 15 VB+SM+U+CB (45 t ha 1 de
vermicomposto mais super magro mais urina de vaca mais calda bordalesa)
EC+SM+U+CB (60 t ha 1 de esterco de curral mais super magro mais urina de vaca
mais calda bordalesa) 1 VB+MB4 +U+CB (30 t ha 1 de vermicomposto mais MB4 mais
urina de vaca mais calda bordalesa) 15 VB+MB4 +U+CB (45 t ha 1 de vermicomposto
mais MB4 mais urina de vaca mais calda bordalesa) EC+MB4 +U+CB (60 t ha 1 esterco
de curral mais MB4 mais urina de vaca mais calda bordalesa)
QUADRO 1 Descriccedilatildeo dos fatores experimentais e respectivos niacuteveis
Niacuteveis Fator 1 ADUBACcedilAtildeO DE BASE
0 1 Vermicomposto (30 t ha1)
0 2 Vermicomposto (45 t ha1)
03 Esterco de curral (60 t ha1)
Niacuteveis Fator 2 BIOFERTILIZANTES LIacuteQUIDOS
0 1 Super magro (5) + Urina de Vaca + Calda Bordalesa
0 2 MB4 (10) + Urina de vaca + Calda Bordalesa
03 Ausecircncia (testemunha)
33 Tratamentos
Da combinaccedilatildeo entre niacuteveis e fatores foram obtidos 9 tratamentos que estatildeo
descritos no Quadro 2 bem como as doses de adubaccedilatildeo utilizadas no experimento
26
QUADRO 2 Tratamentos e doses de adubaccedilatildeo utilizadas no experimento
TRATAMENTOS
Ndeg FATOR I FATOR II
0 1 30 t ha de vermicomposto Super magro 5 Urina de vaca Calda Bordalesa
0 2 30 t harsquo de vermicomposto MB4 10 Urina de vaca Calda Bordalesa
03 30 t ha de vermicomposto - - -
04 45 t ha de vermicomposto Super magro 5 Urina de vaca Calda Bordalesa
05 45 t ha de vermicomposto MB4 10 Urina de vaca Calda Bordalesa
06 45 t ha de vermicomposto - - -
07 60 t hade esterco Super Magro 5 Urina de vaca Calda Bordalesa
08 60 t hade esterco MB4 10 Urina de vaca Calda Bordalesa
09 60 t hade esterco - - -
Cada parcela foi constituiacuteda por dois canteiros medindo 1 m de largura x 2 m de
comprimento perfazendo 075 m de aacuterea de aacuterea uacutetil (025 m de bordadura) Foi
utilizando semeadura a lanccedilo com densidade de 24 g canteiro1
O vermicomposto a urina de vaca o esterco de curral o alhol os biofertilizantes e
a calda bordalesa foram de procedecircncia do Centro de Pesquisa da Regiatildeo Sul O
vermicomposto de esterco bovino misturado agraves cascas de frutas foi processado pela
minhoca vermelha califomiana Eisenia foetida)
O biofertilizante Super Magro foi elaborado segundo a metodologia descrita pela
FEPAGROSUL utilizando-se os seguintes componentes 190 litros de aacutegua 22 litros
de leite 55 Kg de accediluacutecar mascavo 30 Kg de esterco fresco de bovinos 2 Kg de
Sulfato de zinco 2 Kg de sulfato de magneacutesio 2 Kg de cloreto de caacutelcio 1 Kg de aacutecido
boacuterico 300 g de sulfato de cobre 300 g de sulfato de ferro 300 g de sulfato de
manganecircs 100 g de molibdato de soacutedio 50 g de sulfato de cobalto 3 Kg de fosfato
natural 3 Kg de cinza e 200 g de farinha de osso
A urina de vaca em lactaccedilatildeo foi coletada pela manhatilde e armazenada em recipiente
fechado por trecircs dias em condiccedilotildees ambientais para que se formasse a amocircnia e natildeo
ocorresse perda de nitrogecircnio
28
Realizaram-se duas capinas manuais durante o experimento e em seguida como
cobertura se colocou casca de arroz Tambeacutem foi aplicado esterco de aves 30 dias antes
da colheita na quantidade de 05 Kg canteiro 1 como adubaccedilatildeo de cobertura
As pulverizaccedilotildees com os produtos iniciaram apoacutes 15 dias da germinaccedilatildeo
Realizou-se sete aplicaccedilotildees sendo que as duas primeiras foram feitas apenas com
Super Magro e MB4 Na terceira e na quarta aplicaccedilatildeo utilizou-se urina de vaca e calda
bordalesa em concentraccedilotildees menores (05 e 025 respectivamente) e na quinta
aplicaccedilatildeo as dosagens de urina de vaca e calda bordalesa foram elevadas para 1 0 e
05 respectivamente ateacute o final do experimento O alhol foi utilizado a partir da
terceira pulverizaccedilatildeo na quantidade de 2 e seguiu ateacute o final no dia 26 de agosto
quando as mudas foram colhidas e posteriormente analisadas as variaacuteveis
35 Observaccedilotildees agronocircmicas
Foram utilizadas 20 mudas de cebola para obtenccedilatildeo das meacutedias das variaacuteveis as
quais foram as seguintes
351 Fitomassa fresca da parte aeacuterea e raiacutezes
Foi realizada atraveacutes de uma balanccedila digital procedendo-se a pesagem de 20
mudas de cebola previamente lavadas e posteriormente secadas durante uma hora sobre
um tecido de algodatildeo agrave temperatura ambiente Processo idecircntico foi adotado com as
raiacutezes
352 Fitomassa seca da parte aeacuterea e raiacutezes
Esta variaacutevel foi obtida a partir da secagem preliminar em estufa de ar forccedilado
durante 48 horas a 65 C ateacute peso constante com posterior pesagem em balanccedila
analiacutetica
353 Altura da muda
A altura de muda foi medida a partir do colo das plantas ateacute sua uacuteltima folha
(ponto de crescimento) com uma reacutegua graduada de 40 cm
29
354 Diacircmetro do colo das plantas
Esta medida foi realizada no ponto de transplante a 2 mm das raiacutezes e utilizando-
se um paquiacutemetro SOMET
355 Sistema radicular
Ao teacutermino do experimento foram retiradas as raiacutezes das mesmas plantas que foram
utilizadas para as determinaccedilotildees realizadas na parte aeacuterea procedendo-se uma amostra
de solo com raiacutezes de 2 0 cm de largura x 2 0 cm de comprimento e 2 0 cm de altura
totalizando 8000 cm3
As raiacutezes apoacutes serem lavadas em aacutegua corrente foram pesadas acondicionadas em
sacos plaacutesticos e congeladas para posteriores anaacutelises pelo meacutetodo de Tennant (1975)
para a determinaccedilatildeo do comprimento e densidade
3551 Comprimento de raiz
Utilizou-se para a determinaccedilatildeo do comprimento de raiz as seguintes foacutermulas
1 = ndeg x 1114 x 1 onde
1 - comprimento de raiz de uma amostra uacutemida de 0 0 2 g
ndeg - nuacutemero de intercessotildees das raiacutezes com os lados da quadriacutecula da malha do
aparelho
1114 - constante
1 - medida lateral da quadriacutecula em cm
Tomando-se a fiacutetomassa seca e o comprimento da raiz da cada amostra
relacionou-se com a fiacutetomassa seca e o comprimento total da raiz da planta aplicando-
se a seguinte equaccedilatildeo
L = (FSR x 1) FSPA onde
L - comprimento total da raiz da planta (m)
FSR - fiacutetomassa seca de raiz
FSPA - fiacutetomassa seca da parte aeacuterea
L - comprimento de raiz de uma amostra uacutemida de 002g
3552 Densidade de raiz
A densidade foi determinada pela foacutermula
D = L 8000 onde
D - densidade de raiacutezes (m cm3)
30
L - comprimento total de raiacutezes (m)
8 0 0 0 - volume da amostra (cm3)
3553 Razatildeo parte aeacutereasistema radicular
Este paracircmetro foi obtido pela equaccedilatildeo
RPASR = FSPA FSR onde
RPASR - razatildeo parte aeacuterea sistema radicular
FSPA - fitomassa seca da parte aeacuterea
FSR - fitomassa seca do sistema radicular
36 Determinaccedilatildeo de macronutrientes no tecido vegetal
Os macronutrientes nitrogecircnio foacutesforo potaacutessio caacutelcio e magneacutesio foram
determinados no laboratoacuterio de Fertilidade e Anaacutelise de Plantas do Departamento de
Solos da UFPel atraveacutes dos meacutetodos descritos por Tedesco amp Gianello (1996)
31
4 RESULTADOS E DISCUSSAtildeO
41 Anaacutelise das variaacuteveis
A anaacutelise da variaccedilatildeo mostrou que houve diferenccedila significativa na interaccedilatildeo entre
os fatores de adubaccedilatildeo de base e biofertilizantes liacutequidos com exceccedilatildeo da variaacutevel altura
de planta para a qual somente a adubaccedilatildeo de base mostrou-se significativa (Apecircndices
C D e E Tabelas 1C 1D e 1E)
411 Anaacutelise da parte aeacuterea
Na Tabela 1 destacaram-se as adubaccedilotildees EC+SM+U+CB EC+MB4 +U+CB e EC
que diferiram significativamente das demais adubaccedilotildees para as variaacuteveis fiacutetomassa
fresca da parte aeacuterea (FFPA) fiacutetomassa seca da parte aeacuterea (FSPA) altura de planta
(AP) e diacircmetro do colo (DC)
32
TABELA 1 Produccedilatildeo de fitomassa fresca e seca (g) da parte aeacuterea altura de planta
(cm) e diacircmetro de colo (mm) de mudas de cebola Petrolini cultivadas
sob uma perspectiva agroecoloacutegica Pelotas-RS 2003
BIOFERTILIZANTES LIacuteQUIDOSADUBACcedilAtildeO S Magro + MB4 +DE BASE Urina + Calda Urina + Calda Testemunha
Bordalesa Bordalesa
30 t ha de vermicomposto 7015 c A45 t halsquo de vermicomposto 7824 b B60 t ha de esterco de curral 12248 a C
30 t ha de vermicomposto 667 c A45 t ha de vermicomposto 752 b A60 t ha de esterco de curral 1150a C
30 t ha de vermicomposto 2975 b A45 t harsquo de vermicomposto 2775 b A60 t ha de esterco de curral 3600 a B
30 t ha de vermicomposto 631 b A45 t ha de vermicomposto 6 2 2 b B60 t ha de esterco de curral 741 a C
-Fitomassa fresca (g)----------------6270 c B 6885 b A8832 b A 6308 c C
15082 a A 13934 a BmdashFitomassa seca (g)----------------
625 c A 655 b A830 b A 607 b B
1345 a A 1262 a B-Altura de planta (cm)----------------
2950 b A 3050 b A2937 b A 2950 b A 3975 a A 3622 a B
-Diacircmetro de colo (mm)---------------592 c B 599 b B 657 b A 609 b B 819a A________ 793a B
Meacutedias seguidas pela mesma letra minuacutescula para as colunas (adubaccedilatildeo de base) e maiuacutesculas para as linhas (biofertilizantes) natildeo diferem entre si pelo teste de Duncan a 5
O efeito positivo do esterco bovino pode ser atribuiacutedo agraves melhorias nas condiccedilotildees
fiacutesicas do solo por ele proporcionado Segundo Primavesi (1982) e Compagnoni amp
Putzolu (1985) o esterco bovino apresenta propriedades condicionadoras do solo dando
agraves plantas melhores condiccedilotildees de desenvolvimento elevando sobremaneira os
conteuacutedos de fitomassa fresca das plantas que refletiratildeo nas demais respostas
agronocircmicas
Analisando as adubaccedilotildees de base em relaccedilatildeo aos biofertilizantes observa-se que
para os tratamentos 1 VB (30 t ha 1 de vermicomposto) - natildeo houve influecircncia dos
biofertilizantes para as variaacuteveis FSPA e AP enquanto destacou-se o SM+U+CB para o
DC e SM+U+CB e ausecircncia da adubaccedilatildeo liacutequida para a FFPA mostrando que o uso
dos biofertilizantes natildeo influenciou esta variaacutevel 15 VB (45 t ha 1 de vermicomposto) -
verificou-se a eficiecircncia do uso do MB4 +U+CB para as variaacuteveis FFPA e DC Para a
variaacutevel FSPA destacaram-se os dois biofertilizantes utilizados jaacute para AP natildeo houve
33
influecircncia destes EC (60 t ha 1 de esterco de curral) - em todas as variaacuteveis observadas
na tabela 5 as respostas foram significativas utilizando MB4 +U+CB
As respostas encontradas no presente trabalho para as variaacuteveis AP e FSPA foram
superiores as obtidas por Dalponte (1990) quando utilizado 0 esterco de curral para
produccedilatildeo de mudas de cebola
Segundo Filgueira (2000) os solos da regiatildeo produtora de cebola do RS satildeo
pobres em foacutesforo disponiacutevel (15 mg Kg1) necessitando portanto de adubaccedilotildees
fosfatadas elevadas As respostas aqui obtidas podem ser justificadas pelos teores de
foacutesforo contido no MB4
Follet et al (1981) citam a importacircncia do uso de compostos orgacircnicos no solo
enfatizando os estercos no sentido da decomposiccedilatildeo continuada no fornecimento de
nutrientes e na liberaccedilatildeo lenta e gradual de aacutecidos orgacircnicos influenciando a liberaccedilatildeo
do foacutesforo O que provavelmente pode ser atribuiacutedo agraves respostas encontradas no
presente trabalho para 0 tratamento Esterco de curral mais MB4 e Urina mais Calda
Bordalesa
E importante destacar que 0 sistema de produccedilatildeo de mudas de cebola sob uma
perspectiva agroecoloacutegica mostra-se eficiente quando visualmente natildeo percebe-se
diferenccedila significativa entre os tratamentos (Apecircndice F Figura 2)
Conveacutem ressaltar que quando trabalhamos com agroecologia natildeo existem
receitas nem pacotes tecnoloacutegicos prontos Cada situaccedilatildeo deveraacute ser estudada em
particular para que se faccedila recomendaccedilotildees adequadas ao ambiente local uma vez que
as plantas se adaptam ao meio estando a nutriccedilatildeo encarregada de proteger e manter o
equiliacutebrio do organismo vegetal em funccedilatildeo das alteraccedilotildees externas
E fundamental que se compreenda os princiacutepios norteadores de todo o processo
que satildeo as bases da luta por uma sociedade mais justa dentro de um mundo econocircmico e
ambientalmente mais sustentaacutevel
412 Anaacutelise do sistema radicular
Os resultados obtidos nas anaacutelises do sistema radicular (Tabela 2) mostram
diferenccedilas significativas entre as adubaccedilotildees para as variaacuteveis fitomassa fresca de raiz
(FFR) fitomassa seca de raiz (FSR) comprimento de raiz (CR) razatildeo parte
aeacutereasistema radicular (RPASR) e densidade de raiz (DR)
34
TABELA 2 Produccedilatildeo de fitomassa fresca e seca (g) comprimento (cm) e densidade de
raiacutezes (m cm3) de mudas de cebola Petrolini cultivadas sob uma
perspectiva agroecoloacutegica e razatildeo parte aeacutereasistema radicular Pelotas-
RS 2003
BIOFERTILIZANTES LIacuteQUIDOSADUBACcedilAO DE BASE
S Magro + MB4 +Urina + Calda Urina + Calda Testemunha
Bordalesa Bordalesa
de vermicomposto de vermicomposto de esterco de curral
de vermicomposto de vermicomposto de esterco de curral
de vermicomposto de vermicomposto de esterco de curral
de vermicomposto de vermicomposto de esterco de curral
1540 c A 1576 b B 2427 a A
Fitomassa fresca (g)----------------1502 c B 1517 b AB 1658 b A 1446 c C 2336 a B 2360 a B
--------------------Fitomassa seca (g)-------------------196 b A 207 ab A 170 b A170 b A 199 b A 192 b A 344 a A 249 a B 327 a A
Comprimento de raiz(cm)---------------1237 b A 1158 b A 1158 a A1237 b A 1060 c B 1040 b B1433 a A 1296 a B 1040 b C
30 t ha 45 t ha 60 t ha
30 t ha 45 t ha 60 t ha
30 t halsquo 45 t ha 60 t ha
30 t ha 45 t ha 60 t ha
30 t ha de vermicomposto 45 t ha de vermicomposto60 t ha~ de esterco de curral__________________________ _________________________Meacutedias seguidas pela mesma letra minuacutescula para as colunas (adubaccedilatildeo de base) e maiuacutesculas para as linhas (biofertilizantes) natildeo diferem entre si pelo teste de Duncan a 5
-----Razatildeo Parte AeacutereaSistema Radicular------340 b AB 301c B 384 a A446 a A 415 b A 326 a B339 b B 546 a A 388 a B
-------------- Densidade de raiz (m cm3)------------367 a AB 414 a A 325 b B282 b B 301b B 405 a A347 ab A 231c B 324 b A
Em relaccedilatildeo agraves adubaccedilotildees de base destacou-se o EC (60 t ha 1 de esterco de curral)
para as variaacuteveis FFR e FSR Quando adicionado o SM+U+CB os resultados para FFR
foram ainda melhores bem como o CR As respostas obtidas para a RPASR foram
variadas em relaccedilatildeo agraves adubaccedilotildees apresentando melhores resultados para 15 VB (45 t
ha 1 de vermicomposto)+SM+U+CB e ainda melhor para EC (60 t ha 1 de esterco de
curral)+MB4 +U+CB As adubaccedilotildees de base 1 VB 15 VB e EC natildeo diferiram entre si
As adubaccedilotildees mais eficientes para a variaacutevel DR foram 1 VB+SM+U+CV que natildeo
diferiu da EC+SM+U+CB I VB+ MB4 +U+CB e agrave 15 VB foram melhores entre as
demais
35
Analisando os biofertilizantes em relaccedilatildeo a cada adubaccedilatildeo de base verifica-se que
para a 1 VB (30 t ha 1 de vermicomposto)+SM+U+CB destaca-se a variaacutevel FFR
poreacutem sem diferenccedila significativa de 1 VB os melhpres resultados para a variaacutevel DR
foram encontrados pelo tratamento 1 VB+MB4 +U+CB e 15 VB (45 t ha 1 de
vermicomposto) tambeacutem se considera eficiente o 1 VB+SM+U+CB que natildeo diferiu do
EC (esterco de curral) Quando se utilizou 15 VB+ MB4 +U+CB houve resposta
significativa para a variaacutevel FFR para FSR as respostas natildeo foram diferentes com a
aplicaccedilatildeo dos biofertilizantes para as variaacuteveis FSR e DR as adubaccedilotildees EC e
EC+SM+U+CB natildeo diferiram entre si
Embora as respostas estatiacutesticas tenham sido diferentes para as adubaccedilotildees
combinadas ou natildeo pode-se salientar a importacircncia do aacutecido indol-aceacutetico como jaacute
citado anteriormente para as variaacuteveis avaliadas na parte aeacuterea das mudas de cebola
Respostas semelhantes nesse sentido foram encontradas para a cultura da alface por
Quijano (1999) e Morselli (2001)
Pereira et al (2002) concluiacuteram em trabalho realizado com a cultivar de cebola
CNPF1 6400 em Minas Gerais que a utilizaccedilatildeo de 20 t ha de esterco de curral
proporcionou os melhores resultados para a produccedilatildeo de cebola
Silva Juacutenior amp Giorgi (1992) e Menezes Juacutenior (1998) citam que doses elevadas
de mateacuteria orgacircnica podem prejudicar a primeira fase da germinaccedilatildeo (embebiccedilatildeo) e
absorccedilatildeo de aacutegua pelas raiacutezes das placircntulas No entanto no presente trabalho este fato
natildeo ocorreu embora a dose de esterco utilizada tenha sido de 60 t ha 1 (dose maacutexima
recomendada segundo Nolla 1982)
413 Anaacutelise de macronutrientes no tecido vegetal
Os resultados dos conteuacutedos de nitrogecircnio foacutesforo potaacutessio caacutelcio e magneacutesio no
tecido vegetal sob diferentes adubaccedilotildees encontrados na Tabela 3 indicam mais uma
vez a superioridade da adubaccedilatildeo esterco com 0 uso ou natildeo de biofertilizantes
36
TABELA 3 Conteuacutedos (mg planta1) de nitrogecircnio foacutesforo potaacutessio caacutelcio e
magneacutesio no tecido vegetal de mudas de cebola Petrolini cultivadas sob
uma perspectiva agroecoloacutegica Pelotas-RS 2003
BIOFERTILIZANTES LIacuteQUIDOS i J B
ADUBACcedilAtildeO S Magro + MB4 +DE BASE Urina + Calda Urina + Calda Testemunha
Bordalesa Bordalesamg plantas1
---- Nitrogecircnio-----30 t ha de vermicomposto 16593 c AB 15451 c B 19050 b A45 t ha de vermicomposto 21444 b A 22888 b A 17852 b B60 t ha de esterco de curral 32606 a C 37593 a B 40816 a A
--------------- ------ Foacutesforo------- -------------30 t ha de vermicomposto 3098 c B 2802 c B 3999 b A45 t ha de vermicomposto 4109 b A 4135 b A 2788 c B60 t ha de esterco de curral 5300 a B 7577 a A 7565 a A
------- Potaacutessio------30 t ha de vermicomposto 24327 c A 19900 c B 24965 b A45 t ha de vermicomposto 29113b A 29812 b A 22031 b B60 t ha de esterco de curral 44070 a B 51976 a A 54101 a A
-------- Caacutelcio-------30 t ha de vermicomposto 5027 c A 4356 c A 4834 b A45 t ha de vermicomposto 6114b A 6963 b A 4379 b B60 t ha de esterco de curral 9030 a C 11451 a A 10331 a B
------Magneacutesio-----30 t ha de vermicomposto 1188 b A 914 c A 1202 b A45 t ha de vermicomposto 1231 b B 1582 b A 1176 b B60 t ha de esterco de curral 2136a B 2443 a A 2663 a AMeacutedias seguidas pela mesma letra minuacutescula para as colunas (adubaccedilatildeo de base) e maiuacutesculas para as linhas (biofertilizantes) natildeo diferem entre si pelo teste de Duncan a
Em relaccedilatildeo agraves adubaccedilotildees de base observa-se que o melhor tratamento foi o
esterco de curral para todas as variaacuteveis Para 1 VB (30 t ha^ 1 de vermicomposto) natildeo
houve resposta diferenciada com o uso de bofertilizantes para todas as variaacuteveis A
adubaccedilatildeo 15 VB (45 t ha 1 de vemicomposto) foi influenciada pelos biofertilizantes
para as variaacuteveis N P K e Ca enquanto que para Mg somente o MB4+U+CB o
influenciou O EC (esterco de curral) mostrou diferenccedila significativa apenas para as
variaacuteveis Ca e Mg quando adicionado MB4+U+CB
Segundo Peixoto (2000) eacute fundamental a adiccedilatildeo de adubos orgacircnico no cultivo de
hortaliccedilas seja na forma de esterco decomposto composto ou huacutemus de minhoca de
37
modo a fornecer melhorias nas propriedades do solo vindo a disponibilizar os nutrientes
as diferentes culturas
O esterco fresco conteacutem muita cama celuloacutesica e um elevado teor de aacutegua No
esterco curtido a celulose jaacute estaacute decomposta o teor de aacutegua estaacute reduzido agrave metade e os
nutrientes em uma forma mais assimilaacutevel e mais concentrada O esterco fresco pode
causar uma deficiecircncia temporaacuteria de nitrogecircnio no solo ao se decompor o que natildeo
acontece com o biestabilizado (Kiehl 1985)Ocorre uma diminuiccedilatildeo inicial no volume
de aacutegua retido no esterco de curral diminui inicialmente em tomo de 3581 liberando
posteriormente somente 496 evidenciando a sua capacidade de retenccedilatildeo de aacutegua
(Menezes Juacutenior 1998)
A utilizaccedilatildeo continuada de adubos nitrogenados minerais no solo altera o balanccedilo
do nitrogecircnio entre o solo e planta No meacutetodo biodinacircmico eacute sublinhada a importacircncia
dos adubos animais para o estabelecimento da fertilidade permanente dos solos (Koeff
et al 1983)
Para Guimaratildees (1997) os benefiacutecios que a mateacuteria orgacircnica imprime ao solo
principalmente melhorando a produtividade fertilidade e a influencia que as substancias
huacutemicas exercem sobre o ambiente dependem da qualidade e do teor de mateacuteria
orgacircnica do solo Estas substacircncias por conterem nutrientes em sua constituiccedilatildeo em uma
forma mais disponiacutevel para as plantas promovem um equiliacutebrio no ambiente no solo
(Kononova 1966)
Aproximadamente de 60 a 70 do total de carbono do solo ocorre na forma de
materiais huacutemicos (Griffith amp Schnitzer 1975) sendo a eles atribuiacutedo a manutenccedilatildeo da
bioestrutura do solo aumentando a capacidade de retenccedilatildeo de aacutegua (Brady 1999)
Conforme Compagnoni amp Putzolu (1985) os estercos bem como os demais
resiacuteduos orgacircnicos apresentam conteuacutedos diferentes de aacutecidos huacutemicos e fuumllvicos sendo
atribuiacutedo ao acido huacutemico uma accedilatildeo fitoestimulante semelhante aos fitohormocircnios por
favorecer o desenvolvimento do sistema radicular e crescimento do caule
Em trabalho realizado por Guimaratildees (1997) foi encontrado para aacutecidos huacutemicos
de esterco bovino uma relaccedilatildeo CN 1035 e para vermicomposto bovino 17
evidenciando que o esterco quando aplicado ao solo por apresentar uma relaccedilatildeo CN
proacutexima deste reage mais facilmente liberando nutrientes para as plantas sem alterar a
cadeia troacutefiacuteca Dados encontrados no presente trabalho demonstram a eficiecircncia do
esterco nesse sentido
38
De acordo com Morselli (2001) vaacuterios trabalhos citam comentam e discutem a
capacidade dos vermicompostos em proporcionar oacutetimas colheitas e favorecer a
precocidade das plantas cultivadas Poreacutem muitas vezes se observa que mesmo
suprindo essas plantas com nutrientes necessaacuterios atraveacutes de huacutemus de diferentes fontes
as respostas natildeo satildeo as mesmas para uma mesma cultivar
Por outro lado os resultados com o uso de substacircncias huacutemicas satildeo variaacuteveis e
dependem aleacutem da espeacutecie testada das substacircncias huacutemicas utilizadas sua
concentraccedilatildeo o grau de purificaccedilatildeo e das condiccedilotildees experimentais A resposta das
plantas aos aacutecidos huacutemicos e fuacutelvicos eacute dependente da mateacuteria prima original e da
espeacutecie vegetal pois materiais orgacircnicos diferentes apresentam aacutecidos huacutemicos e
fuacutelvicos diferentes (Businelli 1990)
Justificam-se os maiores conteuacutedos de nitrogecircnio foacutesforo potaacutessio e caacutelcio nas
adubaccedilotildees 15 VB (45 t ha 1 de vermicomposto) e biofertilizantes devido
provavelmente ao vermicomposto utilizado apresentar na sua constituiccedilatildeo teores
consideraacuteveis destes elementos aleacutem do que os biofertilizantes possam ter influenciado
na absorccedilatildeo atraveacutes de sua constituiccedilatildeo Tibau (1984) considera que a urina de vaca eacute
rica em aacutecido indol-aceacutetico e este influencia na absorccedilatildeo radicular O efeito positivo
deste tratamento provavelmente seja devido agrave quantidade aplicada
O biofertilizante que se destacou foi o MB4+U+CB em relaccedilatildeo ao EC (esterco de
curral) e eacute somente para a variaacutevel caacutelcio Isto provavelmente seja devido ao alto teor
deste elemento encontrado na sua constituiccedilatildeo (6872 g Kg1) e pela influecircncia positiva
que a calda bordalesa exerce no metabolismo das plantas atraveacutes dos nutrientes
contidos em sua formulaccedilatildeo O Ca controla a absorccedilatildeo radicular e retorna ao solo pelo
esterco e palhas por apresentar-se em maior quantidade em folhas e caules Depois de
localizado nas folhas fica imoacutevel favorecendo a resistecircncia da planta ao ataque de
fungos
Este trabalho avanccedila no estudo da agroecologia estando claro que todos os
criteacuterios tem caraacuteter dinacircmico de adequaccedilatildeo as mudanccedilas de um sistema de produccedilatildeo
em evoluccedilatildeo contribuindo na transiccedilatildeo para um padratildeo sustentaacutevel Cabe a pesquisa a
reorientaccedilatildeo para um enfoque ldquosistecircmicordquo isto eacute que permita integrar os diversos
componentes de um agroecossistema e a adoccedilatildeo de poliacuteticas puacuteblicas que promovam 0
fortalecimento e a expansatildeo da agricultura familiar
39
5 CONCLUSOtildeES
Considerando os resultados obtidos e as condiccedilotildees em que o estudo foi realizado
conclui-se que
bull As respostas agronocircmicas das mudas de cebola para os paracircmetros avaliados
satildeo mais satisfatoacuterias com a aplicaccedilatildeo de esterco de curral como adubaccedilatildeo de
base
bull Os biofertilizantes mais urina de vaca e calda bordalesa proporcionam
respostas satisfatoacuterias quando aplicados associados agraves adubaccedilotildees de base
bull O biofertilizante MB4 mais urina de vaca e calda bordalesa eacute mais eficiente
que o super magro mais urina e calda bordalesa quando aplicado associado agrave
adubaccedilatildeo de base esterco de curral para os conteuacutedos de fitomassa secae
fresca da parte aeacuterea das plantas altura e diacircmetro de colo das mudas de
cebola
bull Os biofertilizantes adicionados agrave adubaccedilatildeo de base 45 t harsquo 1 de vermicomposto
bovino mostram respostas significativas para os conteuacutedos de fitomassa seca
bull Os maiores conteuacutedos nutricionais para as mudas de cebola satildeo
proporcionados pela adubaccedilatildeo de base esterco de curral
bull A maior absorccedilatildeo de caacutelcio pelas mudas de cebola ocorre quando da adiccedilatildeo do
biofertilizante MB4 mais urina e calda bordalesa agrave adubaccedilatildeo de base esterco de
curral
40
6 REFEREcircNCIAS BIBLIOGRAacuteFICAS
ALDRIGHI CB ABREU CM PAGLIA AG MORSELLI TBGA FERNANDES HS Efeito da aplicaccedilatildeo de biofertilizante e urina de vaca em mudas de tomateiro Horticultura Brasileira v20 n2 julho 2002 Suplemento 2
ALTIERI M NICHOLLS C I Agroecologia Teoria praacutectica para umaAgricultura Sustentable Ia ed PNUMA 2000 Cap 2 4 Seacuterie textos baacutesicos para la formacioacuten ambiental
ALTIERI M Agroecologia bases cientiacuteficas para uma agricultura sustentaacutevelGuaiacuteba Agropecuaacuteria 2002 592 p
ANTONIOLLI Z I GIRACCA E M N CARDOSO S J T WIETHAN M M S FERRI M Iniciaccedilatildeo agrave Minhocultura Criaccedilatildeo em Cativeiro e Vermicompostagem Santa Maria UFSM 1996 p59-89
BAYER C MIELNICZUC J Dinacircmica e funccedilatildeo da mateacuteria orgacircnica In SANTOS G de A S e CAMARGO F A de O (ed) Fundamentos da mateacuteria orgacircnica do solo ecossistemas tropicais e subtropicais Porto Alegre Genesis 1999 p 3-23
BARRETTO D X Composto Orgacircnico In Praacutetica em Agricultura Orgacircnica Satildeo Paulo iacutecone Ed Ltda 1985 p 51-63
BETTIOL W Alguns produtos alternativos para o controle de doenccedilas de plantasem agricultura orgacircnica II Ciclo de palestras sobre agricultura orgacircnica Instituto Bioloacutegico Satildeo Paulo p52-63 1997
41
BETTIOL W TRACH R GALVAtildeO JAH Controle de doenccedilas de plantas com biofertilizantes Jaguariuacutena EMBRAPA-CNPMA 1997 22p (EMBRAPA- CNPMA Circular Teacutecnica 02)
BRADY N C Natureza e propriedades dos sotos Rio de Janeiro Freitas BastosS A 1979 647p
BRADY N C Organisms and ecology of the soil In The nature of properties of soils Simon amp Schuster A Viacon Company New Jersey1999 402-489p
BON1LLA J A Fundamentos da Agricultura Ecoloacutegica Sobrevivecircncia eQualidade de Vida Satildeo Paulo Nobel 1992
BUREacuteS S Substratos Ediciones Agroteacutecnicas S L Madrid Octubre 1997
BUS1NELLI M Chemical Composition and Enzymic Activity of some Worm Cast Plant Soil v 80 p 1-2 1990
CALEGARI A Espeacutecies para cobertura de solo In IAPAR (Instituto Agronocircmico de Paranaacute) Plantio Direto pequena propriedade sustentaacutevel organizador Moacir Darolt Londrina - PR 1998 65-93
CAMARGO P N D Manual de Adubaccedilatildeo Foliar Satildeo Paulo Herba 1975
CAPRA F A Teia da Vida Satildeo Paulo Cultrix 1997 256p
CAPRA F O Ponto de Mutaccedilatildeo 22 ed Satildeo Paulo Cultrix 2001 447p
CHABOUSSOU F Plantas doentes pelo uso de agrotoacutexicos (A Teoria da Trofobiose) Porto Alegre LPM 1987 253 p
CLARO S A Referencias tecnoloacutegicos para a agricultura familiar ecoloacutegica aexperiecircncia da Regiatildeo Centro-Serra do Rio Grande do Sul Porto Alegre EMATERRS-ASCAR 2001 250p
CLIVELA G Diagnoacutestico Agronocircmico da cebola no Rio Grande do Sul Porto Alegre EMATERRS 1995 8 6 p
COMISSAtildeO DE FERTILIDADE DO SOLO - RSSC Recomendaccedilotildees de adubaccedilatildeo e calagem para os estados do Rio Grande do Sul e Santa Catarina 3 ed Passo Fundo SBCS - Nuacutecleo Regional Sul 1995 223p
COMPAGNONI L PUTZOLU G Cria moderna de Ias lombrices y utilizacioacutenrentable dei humus Barcelona Editorial de Vecchi- SA 1985127p
COSTABEBER J A MOYANO E Transiccedilatildeo agroecoloacutegica e accedilatildeo social coletiva Agroecologia e Desenvolvimento Rural Sustentaacutevel Porto Alegre v l n4 p 50- 60 outdez 2 0 0 0
42
COSTA M B B da Adubaccedilatildeo orgacircnica Nova siacutentese e novo caminho para aagricultura Satildeo Paulo Ed iacutecone Ltda 1985 102p
COSTA NETO C Agricultura Sustentaacutevel Tecnologias e Sociedade In CARVALHO COSTA LF et al (org) Mundo Rural e Tempo Presente Rio de Janeiro Mauad 1999
DrsquoAG0ST1NI R L FANTINI A C Produccedilatildeo orgacircnica tambeacutem socialmente excludente Agroecologia e Desenvolvimento Rural Sustentaacutevel Porto Alegre v3 n l p57-61 2002
DALPONTE J C V Utilizaccedilatildeo de materiais orgacircnicos e fertilizante mineral na produccedilatildeo e qualidade de mudas e bulbos de cebola (Alliurn Cepa L) Pelotas-RS 1990 (Mestrado em Agronomia) - Faculdade de Agronomia Eliseu Maciel UFPel 1990
DEBARBA J F THOMAZELLI L F GANDIN C L SILVA E Cadeias produtivas do Estado de Santa Catarina Cebola Florianoacutepolis Epagri 1998 115 p (EPAGRI Boletim Teacutecnico 96)
DUFOUR F Os saacutebios loucos do agro-alimentar Le Monde Diplomatique ano 1 n4 p6-7 1999 (ed portuguesa)
EHLERS E Agricultura Sustetaacutevel Origem e perspectivas de um novo paradigma 2 ed Guaiacuteba Agropecuaacuteria 1999 157 p
FILGUEIRA F A R Novo Manual de olericultura agrotecnologia moderna na produccedilatildeo e comercializaccedilatildeo de hortaliccedilas Viccedilosa UFV 2000 402 p
FRASER G K Mateacuteria Orgacircnica Del Suelo In BEAR F E (ed) Quiacutemica dei Suelo Madrid Ed Agrociencia 1963
FOLLET R H MURPHY L S DONAHUE R L Fertilizers and soil amendments New Jersey Printice-Hall Inc 1981 557p
GARCIA A Revista dei Espacio Rural Georgica Zaragoza Escuela Politeacutecnica de Huesca n5 1997
GARCIA A Versatildeo preliminar de um Programa Estadual de Produccedilatildeo e Comercializaccedilatildeo de Bulbos e Sementes de CebolaEMBRAPAIPAGROMARAEMATER 6 8 pbdquo 1990 (Publicaccedilatildeo avulsa)
GIORGETT1 J R Produccedilatildeo e Comercializaccedilatildeo de Mudas de Tomate In Encontro Nacional de Produccedilatildeo e Abastecimento de Tomate 2 1991 Jaboticabal Satildeo Paulo Anais Jaboticabal UNESP 1991 p 242-244
GLIESSMAN S R Agroecologia Processos ecoloacutegicos em agricultura sustentaacutevelPorto Alegre Universidade Federal do Rio Grande do Sul - UFRGS 2000 653p
43
GLIESSMAN S R TURRIALBA C R Agroecologia Procesos Ecoloacutegicos en Agricultura Sostenible CATIE 2002 p 3-14
GNOATTO S C Caracterizaccedilatildeo quiacutemica de vermicompostos de diferentes substratos orgacircnicos Pelotas-RS 1999 38 f (Mestrado em Agronomia - Solos) - Faculdade de Agronomia Eliseu Maciel UFPel 1999
GOMES J C C BORBA M F S A moderna crise dos alimentos oportunidade para a agricultura familiar Emater Porto Alegre julset 2000 Disponiacutevel em lthttpwwwematertchebrdocsagroecorevistan313-artigo3htmgtAcesso em 24 fev 2002
GOMEZ H W Desenvolvimento sustentaacutevel agriacutecola e capitalismo In Desenvolvimento sustentaacutevel Necessidade eou disponibilidade Santa Cruz do Sul Nobel - UNISC 1997 p 65-77
GONZAacuteLEZ DE MOLINA M SEVILLA GUZMAacuteN E Ecologia campesinado e historia Para una reinterpretacioacuten dei desarrollo dei capitalismo en la agricultura In SEVILLA GUZMAacuteN E GONZAacuteLEZ DE MOLINA M (ed) Ecologia campesinado e historia Madrid La Piqueta 1993 p 23-129
GRIFFITH S A SCHNITZER M Analytical characteristic of humic and fulvic acids extracted from tropical volcanic soils Soil Sei Soc Am Proc v 39 p361-367 1975
GUIMARAtildeES E Caracterizaccedilatildeo quiacutemica estreptoscoacutepica e por anaacutelise teacutermica de aacutecidos huacutemicos e vermicompostos obtidos de estercos de diferentes animaisCuritiba 1997 Dissertaccedilatildeo (Mestrado em Quiacutemica) Universidade Federal do Paranaacute 1997
HESS A F Sociedade e meio ambiente uma relaccedilatildeo ambiacutegua Revista Cientiacutefica Rural Bageacute v 4 n2 p 167-1741999
ICEPA-SC Informes conjunturais sobre a cultura da cebola Disponiacutevel em lthttpwwwicepa combrgt Acesso em 23 jan 2003
JONES H A MANN L K Onions and their allies New York Interscience Publishers 1962 286 p
JUacuteNIOR H A de MAIORANO J A Receitas obtidas de extratos de plantasCampinas CATITerra Viva [199-] 10 f
KHATOUNIAN C A Ciclo de Palestras sobre Agricultura Orgacircnica 2a Ed SatildeoPaulo Fund Cargill 1997 149 p
KIEHL E J Fertilizantes Orgacircnicos Satildeo Paulo Ed Agronocircmica Ceres Ltda 1985 492p
44
KOEFF H H PETTERSSON B D SHAUMANN W Vida Vegetal solos e adubaccedilatildeo In Agricultura Biodinacircmica Satildeo Paulo Nobel 1983 p92-149
KONONOVA M M Soil organic matter The importance o f organic matter in soil formation and soil fertility New York Pergamqn Press 1961 p 165-200
KUHN T A Estrutura das Revoluccedilotildees Cientiacuteficas Satildeo Paulo Perspectiva 1989 257p
LANNA FCA ABREU C L ABREU J G SILVA V Resposta de cultivares de melancia cultivadas sob adubaccedilatildeo quiacutemica e orgacircnica Horticultura v 12 n l p85 1994
LEFF H Saber Ambiental Petroacutepolis Vozes 2001 343 p
MAGALHAtildeES J R Nutriccedilatildeo e adubaccedilatildeo da cebola In FERREIRA M E CASSTELLANE P D CRUZ M C P Nutriccedilatildeo e adubaccedilatildeo de hortaliccedilasPiracicaba POTAFOS 1993 p 381-393
MALAVOLTA E Elementos de nutriccedilatildeo mineral de plantas Satildeo Paulo Ed Agronocircmica Ceres Ltda 1980 251 p
MALAVOLTA E Manual de Quiacutemica Agriacutecola - Adubos e Adubaccedilatildeo 3a ed SatildeoPaulo Ed Agronocircmica Ceres Ltda 1981 606 p
MARTINEZ A A A grande e Poderosa Minhoca Jaboticabal Funep - Unesp1990 101 p
MARTINS S R Desenvolvimento e Sustentabilidade Horticultura Brasileira Brasiacutelia-DF v20 n2 julho 2002 Palestra apresentada no 42deg Congresso Brasileiro de Olericultura
MARTINS S R Limites Del Desarrollo Sostenible em Ameacuterica Latina En el marco de Ias poliacuteticas de (re)ajuste econocircmico Pelotas Editora UFPel 1997 135 P-
MARTINS S R Sustentabilidade na agricultura dimensotildees econocircmicas sociais e ambientais Revista Cientiacutefica Rural Bageacute v4 n 2 p 175-1871999
MATURANA H REZEPKA S N D E Formaccedilatildeo Humana e Capacitaccedilatildeo Rio de Janneiro Vozes 2000 8 6 p
MELLO A F SOBRINHO M O ARZOLLA S SILVEIRA R NETTO A C KIEHL J C Fertilidade do Solo Satildeo Paulo Nobel 1983
MENEZES JUacuteNIOR F O G D Caracterizaccedilatildeo de Diferentes substratos hortiacutecolas e seu efeito na produccedilatildeo de mudas de alface e couve-flor em ambiente protegido Pelotas 1998 141 p Dissertaccedilatildeo (Mestrado em Agronomia - Produccedilatildeo Vegetal) - Faculdade de Agronomia Eliseu Maciel UFPel 1998
45
MIBASA Mineraccedilatildeo Barreto SA Melhorador de Solos MB4 A Natureza Agradece Arapiraca-AL [199-] Folder
MINAMI K Os resumos da olericultura 2000 In AZEVEDO FILHO MARTINEZ FILHO (ed) Preccedilos agriacutecolas Piracicaba ESALQ 1999 p 4
MINAMI K Produccedilatildeo de Mudas de Alta Qualidade em Horticultura Satildeo Paulo TA Queiroz 1995
MORSELLI T B G A Cultivo sucessivo de alface sob adubaccedilatildeo orgacircnica em ambiente protegidoPelotas 2001 178 p Tese (Doutorado em Agronomia - Produccedilatildeo Vegetal) Faculdade de Agronomia Eliseu Maciel UFPel 2001
MORSELLI T B G A Resiacuteduos orgacircnicos em sistemas agriacutecolas Poliacutegrafo da Disciplina de Resiacuteduos orgacircnicos em sistemas agriacutecolas Curso de Poacutes-Graduaccedilatildeo em Agronomia-Produccedilatildeo Vegetal UFPel 2002
MULLER AM Efeitos da Aplicaccedilatildeo Foliar de um Biofertilizante Enriquecido no Estado fitossanitaacuterio de Tomate Ervilha e Beterraba Sob Manejo OrgacircnicoDissertaccedilatildeo (Mestrado no Programa de Poacutes-Graduaccedilatildeo em Agroecossistemas)1999 (Resumo)
NOLLA D Erosatildeo do Solo - O grande desafio Estado do Rio Grande do Sul SEAGRI desenvolvimento de recursos naturais renovaacuteveis 1982 412 p
PAGLIA AG MORSELLI TBGA PEIL RMN Teores de nutrientes pH e condutividade eleacutetrica da aacutegua em sistema ldquofloat^ngrdquo sob adiccedilatildeo de biofertilizantes Horticultura Brasileira v 20 n2 julho 2002 Suplemento 2
PAULUS G MULLER A BARCELLOS LAR Agroecologia aplicada praticas e meacutetodos para uma agricultura de base ecoloacutegica 2ed ver ampl Porto Alegre EMATERRS 2001 8 6 p
PEIXOTO R T dos G Composto orgacircnico aplicaccedilotildees benefiacutecios e restriccedilotildees de uso Horticultura Brasileira Brasiacutelia-DF v 18 p 56-64 julho 2000
PENTEADO SR Defensivos Alternativos e Naturais Satildeo Paulo 1999 95 p
PEREIRA AJ SOUZA RJ PEREIRA WR Efeito de diferentes doses de esterco de galinha e de curral sobre a produccedilatildeo de cebola Horticultura Brasileira v20 n2 julho 2002 Suplemento 2
PINHEIRO S BARRETO SB MB-4 agricultura sustentaacutevel trofobiose e biofertilizantes Fundaccedilatildeo Juquira CandiruMibasa 2000 273 p
PRIMAVESI A Agricultura Sustentaacutevel Satildeo Paulo Nobel 1992 142 p
PRIMAVESI A O manejo ecoloacutegico do solo Agricultura em regiotildees tropicais SatildeoPaulo Nobel 1982 541 p
46
PURCINO A A C ldquoNitrogecircniordquo Informe Agropecuaacuterio Belo Horizonte v7 n81 p 16-27 1981
QUIJANO F G Efeito da adubaccedilatildeo orgacircnica no desenvolvimento de duas cultivares de alface em ambiente protegido Pelotas 1999 116f Dissertaccedilatildeo (Mestrado em Agronomia - Produccedilatildeo Vegetal) Faculdade de Agronomia Eliseu Maciel UFPel 1999
RODRIGUES A N N Efeitos e residuais de superfosfato triplo sobre o rendimento de mateacuteria seca e absorccedilatildeo de foacutesforo pela aveia (Avena strigosa Schob) em solo Podzoacutelico Vermelho Escuro Porto Alegre 1984 59f Dissertaccedilatildeo (Mestrado em Agronomia) - Faculdade de Agronomia UFRGS 1984
RODRIGUES E T CASALI V W D Respostas da alface agrave adubaccedilatildeo orgacircnica II Teores conteuacutedos e utilizaccedilatildeo de macronutrientes em cultivares Rev Ceres Viccedilosa v 45 n 261 p 437-449 1998
SAMINEcircS T C O Produccedilatildeo orgacircnica de alimentos Horticultura Brasileira Brasiacutelia-DF v 17 n3 novembro 1999
SCHIEDECK G Ambiecircncia e resposta agronocircmica de meloeiro (Cucumis melo L) cultivado sob adubaccedilatildeo orgacircnica em ambiente protegido Pelotas lOOp Tese (Doutorado em Agronomia - Produccedilatildeo Vegetal) - Faculdade de Agronomia Eliseu Maciel UFPel 2002
SILVA JUacuteNIOR A A GIORGI E Substratos alternativos para a produccedilatildeo de mudas de tomate Agropecuaacuteria Catarinense Florianoacutepolis EPAGRI 1992 23 p
SILVA JUacuteNIOR A A MACEDO S G STUKER H Utilizaccedilatildeo de esterco de peru na produccedilatildeo de mudas de tomateiro Florianoacutepolis EPAGRI 1995 28 p (Boletim Teacutecnico 73)
TAGLIARI PS GRASSMANN H Minhoca a grande aliada da agricultura Agropecuaacuteria Catarinense v8 n l p 11-14 mar 1995
TEDESCO M J GIANELLO C Anaacutelises de solo plantas e outros materiais Porto Alegre Faculdade de Agronomia Departamento de Solos Universidade Federal do Rio Grande do Sul RS 1996
TENNANT D A Test of modified line intersect method of estimating root lenght Journal Ecology Oxford v 63 p 995-1001 1975
TIBAU A O Mateacuteria Orgacircnica do Solo Mateacuteria Orgacircnica e Fertilidade do SoloSatildeo Paulo Nobel 1984 p49-182
TIMM P J Anaacutelise comparativa dos sistemas de plantio convencional e cultivo miacutenimo de cebola sob adubaccedilatildeo orgacircnica e mineral Pelotas 2000 79 p Dissertaccedilatildeo (Mestrado em Agronomia - Produccedilatildeo Vegetal) - Faculdade de Agronomia Eliseu Maciel UFPel 2000
47
VALENZUELA HR CROSBY C Effect of compost applications on the yield of several vegetables in long-term organic farming experiments conduced in the tropics American Society Horticultural Science v33 n3 june 1998
VIGLIZZO E (ed) Subprograma Recursos Naturais y Sostenibilidad Agriacutecola documento marco Montevideo IICAPROCISUR 1995 p 75 - 78
WE1D J M TARDIN J M Proposta para a Ampliaccedilatildeo do Trabalho da ASPTA no Centro Sul do Paranaacute ASPTA Disponiacutevel em http wwwpronafgovbrEncontrotestosAS20PTA20Sul20ParanE1205 202002doc Acesso em 05 mai 2002
XAVIER SIMOacuteN F DOMINGUES D G Desenvolvimento Rural Sustentaacutevel uma perspectiva agroecoloacutegica Agroecologia e Desenvolvimento Rural Sustentaacutevel Porto Alegre EM ATERRS v2 n2 p 17-26 2001
ZABALETA J P Diagnoacutestico da Agricultura Familiar em Satildeo Joseacute do Norte - RSPelotas EMBRAPA-CPACT 1998 75 p (EMBRAPA-CPACT Documentos 44)
ZONTA E P MACHADO A A SILVEIRA P Sanest Sistema de anaacutelise estatiacutestica para microcomputadores Registrado na Secretaria Especial de Informaacutetica sob nuacutemero 066060 - categoria A Pelotas-RS Universidade Federal de Pelotas 1984
48
7 APEcircNDICE
APEcircNDICE A - Anaacutelise da adubaccedilatildeo de base e biofertilizantes utilizados na produccedilatildeo de mudas de cebola
TABELA 1 A Anaacutelise baacutesica do solo antes da incorporaccedilatildeo do feijatildeo miuacutedo + papua
Arg
pH IND
SMP
MO
P - n r - Na Al Ca__10Omlmdash
Mg
ppm -
6 53 67 089 8 6 27 1 04 05 0 2
Fonte LASFAEMUFPel (2002)
TABELA 2A Anaacutelise complementar do solo antes da incorporaccedilatildeo do feijatildeo-miuacutedo + papua
Cobre Zinco Manganecircs Ferro
(m v1)
04 05 26 007
Fonte LASFAEMUFPel (2002)
49
TABELA 3A Anaacutelise dos fertilizantes soacutelidos
Amostra pH limidade CN
C N P K Ca Mg
- g-ivg --
Cama de 849 2491 12 31042 2479 3888 3405 29875 463
aves
Esterco 74 3594 11 677 590 157 134 335 214
de curral
Huacutemus 684 5738 14 15965 1098 453 745 743 361
Fonte LASFAEMUFPel (2002)
TABELA 4A Anaacutelise quiacutemica dos biofertilizantes liacutequidos
Amostra N P K_ccedil H
Ca Mg Cu Zn Fe Mn
mdashgL bull
S Magro
m b 4
Urina
053
1652
8 2 2
008
395
0 0 0
149
1674
471
1902
6872
0 0 0
1150
4507
1172
7273
42
033
101389
920
0 0 0
6250
19458
781
35273
1123
0 2 1
Fonte LASFAEMUFPel (2002)
50
APEcircNDICE B - Condiccedilotildees climaacuteticas do local
TABELA 1B Condiccedilotildees de temperatura do local
___________ __________TEMPERATURA (degCgt
meses Meacutedia
Maacutexima
Meacutedia
MiacutenimaMeacutedia
Maacutexima
Absoluta
Miacutenima
Absoluta
Junho 225 87 156 320 25
Julho 225 85 155 285 30
Agosto 251 71 161 360 1 0
Fonte FEPAGROSCT 2002
TABELA 2B Condiccedilotildees de chuva do local
mdash CHUVA (mm)mdash
meses Ocorrida Normal Desvio Da Normal
Junho 1080 1 1 0 -2 0
Julho 1062 98 8 2
Agosto 1283 1 2 0 83
Fonte FEPAGROSCT 2002
51
TABELA 1C Produccedilatildeo de fitomassa fresca e seca (g) da parte aeacuterea altura de planta
(cm) e diacircmetro de colo (mm) de mudas de cebola Petrolini cultivadas
sob uma perspectiva agroecoloacutegica Pelotas-RS 2003
APEcircNDICE C - Anaacutelise estatiacutestica da parte aeacuterea
Causas G1 FFPA FSPA AP DC
da variaccedilatildeo --------- Quadrados meacutedios-
Blocos 3
Ad Base 2 175359071 1287102 2547419 1 11775
Biofertilizantes 2 126876 29011 87669ns 02185ns
Ad x Biofert 4 572378 31123 69106ns 04159
Resiacuteduo 24 34456 03048 27169 00290
Total 35
Meacutedia geral 93745 8772 320388 6741
CV 1980 6294 5145 2530
Significativo a 5ns Natildeo significativo
52
TABELA 1D Produccedilatildeo de fitomassa fresca e seca (g) comprimento (cm) e densidade
de raiacutezes (m cm3) de mudas de cebola Petrolini cultivadas sob uma
perspectiva agroecoloacutegica e razatildeo parte aeacutereasistema radicular Pelotas-
RS 2003
APEcircNDICE D - Anaacutelise estatiacutestica da raiz
Causas G1 FFR FSR CR RPASR DR
da variaccedilatildeo Quadrados meacutedios---------------
Blocos 3
Ad Base 2 27874 551 623 2 1 0 140
Biofertilizantes 2 178 0 1 0 ni 1504 l03ns 038ns
Ad x Biofert 4 190 058 318 294 183
Resiacuteduo 24 005 009 028 023 0 2 1
Total 35
Meacutedia geral 1818 228 184 387 333
C V 134 1356 448 1253 1396
Significativo a 5 ns Natildeo significativo
53
APEcircNDICE E - Anaacutelise estatiacutestica dos macronutrientes da parte aeacuterea da cebola
TABELA 1E Conteuacutedos (mg planta1) de nitrogecircnio foacutesforo potaacutessio caacutelcio e
magneacutesio no tecido vegetal de mud^s de cebola Petrolini cultivadas
sob uma perspectiva agroecoloacutegica Pelotas-RS 2003
Causas G1 bull N P K Ca Mg
da variaccedilatildeo
Blocos 3
Ad Base 2 13550306 446627 25509686 1031806 59007
Biofertilizantes 2 180610ns 16564 68153ns 39006 876ns
Ad x Biofert 4 454187 45743 1047539 46950 2464
Resiacuteduo 24 29769 1453 64313 3741 439
Total 35
Meacutedia geral 24921 4597 33366 6943 1615
C V 692 829 760 880 1297
Significativo a 5 ns Natildeo significativo
APEcircNDICE F - Fotos do experimento
FIGURA 2 Mudas de cebola (Allium cepa L) produzidas sob uma perspectiva agroecoloacutegica
APEcircNDICE F a Fotos do experimento
FIGURA 1 Adubaccedilatildeo verde com feijatildeo-miuacutedo e papuatilde utilizadas no manejo do solo
FIGURA 2 Mudas de cebola (Allium cepa L) produzidas sob urna perspectiva agroecoloacutegica
2
da cultura tem sido apontados como responsaacuteveis pelo abandono da cebolicultura por
alguns produtores
A fase de produccedilatildeo das mudas eacute de extrema importacircncia para o cultivo da cebola e
requer manejo adequado dos recursos naturais para que a cultivar utilizada possa
expressar seu potencial geneacutetico sem comprometer o equiliacutebrio ambiental O principal
cuidado para o desenvolvimento de mudas de qualidade refere-se agrave utilizaccedilatildeo adequada
do solo
Desta forma o manejo do solo e das plantas orientado pela agroecologia pode se
constituir numa excelente alternativa para obtenccedilatildeo de mudas de qualidade sem
comprometer a sauacutede dos agricultores e contribuindo para a preservaccedilatildeo ambiental
Diversas praacuteticas vecircm sendo utilizadas com esta finalidade entre elas citam-se a
adubaccedilatildeo orgacircnica e os biofertilizantes enriquecidos No entanto estes fatores de
produccedilatildeo precisam ser melhor estudados no que tange a sua utilizaccedilatildeo adequada pelos
produtores de cebola objetivando um sistema de produccedilatildeo sustentaacutevel
A agroecologia como ciecircncia apresenta vaacuterias dimensotildees ecoloacutegica econocircmica
social cultural poliacutetica e eacutetica Neste sentido e considerando-se a procura crescente por
produtos orgacircnicos e a necessidade de sistemas de fertilizaccedilatildeo adequados ao cultivo da
cebola o presente trabalho teve como objetivo a produccedilatildeo de mudas sob uma
perspectiva agroecoloacutegica contribuindo para o processo de transiccedilatildeo do sistema de
produccedilatildeo
3
2 REVISAtildeO DE LITERATURA
ldquoAs novas eras natildeo comeccedilam de uma vez
Meu avocirc jaacute vivia no novo tempo
Meu neto viveraacute talvez ainda no velho
A nova carne eacute comida com os velhos garfos
(Bertold Brecht)
21 Desenvolvimento e sustentabilidade
Nenhuma espeacutecie viva com exceccedilatildeo do homem empreende esforccedilos de
desenvolvimento no sentido de crescimento material que sob as formas em que vem
sendo compreendido conduz sempre a algum tipo de agressatildeo contra o ambiente Os
esforccedilos presentes visando o progresso material assim como a maneira de satisfaccedilatildeo
das necessidades baacutesicas do homem no mundo de hoje revelam-se inconsistentes O
uso para esse fim de mateacuteria e energia em doses excessivas e crescentes tem exaurido
recursos ambientais acima de sua capacidade de regeneraccedilatildeo obviamente tendendo a
toma-los menos disponiacuteveis para as futuras geraccedilotildees
De acordo com Martins (2002) o Desenvolvimento Sustentaacutevel natildeo eacute um conceito
acabado trata-se de uma ideacuteia forccedila proacute-ativa e positiva mas que necessita ser
esclarecida quanto ao significado destes dois vocaacutebulos que lhe compotildee e o contexto em
que as pessoas com eles se relacionam Aleacutem disso isso afeta tanto como profissionais
cujas atividades vinculam-se diretamente ao trato com a natureza e portanto por ela satildeo
4
responsaacuteveis mas especialmente como cidadatildeos que constroem no seu cotidiano as
distintas dimensotildees do desenvolvimento sociais econocircmicas ambientais culturais
cientificas e tecnoloacutegicas juriacutedicas poliacuteticas e espirituais
Segundo Altieri amp Nicholls (2000) para o desenvolvimento de uma agricultura
sustentaacutevel as necessidades natildeo satildeo apenas bioloacutegicas ou teacutecnicas mas tambeacutem sociais
econocircmicas e poliacuteticas E inconcebiacutevel promover mudanccedilas ecoloacutegicas no setor agriacutecola
sem a defesa de mudanccedilas nas outras aacutereas da sociedade de modo a conscientizar o
homem sobre as condiccedilotildees necessaacuterias para a exploraccedilatildeo da natureza
A ideacuteia da sustentabilidade referente ao vocaacutebulo sustentaacutevel coloca-se como
contraponto ao caraacuteter perdulaacuterio do modelo prevalecente na medida em que o modelo
econocircmico praticado por um lado estaacute baseado no consumo da mateacuteria prima fornecida
pela natureza para a produccedilatildeo de bens e serviccedilos em descompasso com seu ritmo e
capacidade de fornecimento por outro tem tratado a natureza como mero depositaacuterio de
resiacuteduos sem considerar sua capacidade de absorccedilatildeo e reciclagem A sustentabilidade
contrapotildee-se agrave caracteriacutestica antropocecircntrica do modelo o homem como centro da
questatildeo numa postura dominante sobre o entorno natural cujas ferramentas cientiacuteficas e
tecnoloacutegicas embasam um modelo econocircmico que subjuga a natureza e coloca-se acima
desta O vocaacutebulo sustentaacutevel portanto se refere agrave capacidade de suporte da biosfera
sendo um fim a ser perseguido com o objetivo de garantir sua preservaccedilatildeo numa visatildeo
prospectiva ou seja que assegure o futuro planetaacuterio assumindo portanto o
compromisso com as geraccedilotildees vindouras (Martins 2002)
Quando se trata de apontar os possiacuteveis caminhos que levaratildeo a um novo padratildeo
produtivo e garanta a seguranccedila alimentar sem agredir o ambiente o caminho torna-se
mais difiacutecil Percebe-se que a noccedilatildeo de agricultura sustentaacutevel permanece cercada por
duacutevidas e contradiccedilotildees mesmo assim seu emprego toma-se cada vez mais frequumlente
(Ehlers 1999)
Haacute que se incorporar a concepccedilatildeo de entropia agrave noccedilatildeo de desenvolvimento visto
que a extraccedilatildeo e o transporte tambeacutem satildeo atividades econocircmicas que requerem cuidados
de manejo visando menores efeitos entroacutepicos ao meio ambiente Satisfazer as
necessidades presentes sem comprometer as possibilidades das futuras geraccedilotildees
satisfazerem as suas proacuteprias eacute o que necessita ser construiacutedo no cotidiano Esta natildeo eacute
uma tarefa faacutecil nos tempos atuais pois o mundo nunca passou por tanta incerteza e
nunca teve um presente tatildeo insustentaacutevel (Martins 1997)
211 Agroecologia Paradigma em construccedilatildeo
5
O seacuteculo passado assistiu a uma ineacutedita expansatildeo da capacidade humana de
agenciamento das forccedilas naturais promovida pelo saber teacutecnico-cientiacutefico cuja
centra lidade eacute hoje irreversiacutevel no que se refere as relaccedilotildees com a natureza Em relaccedilatildeo
ao conhecimento poucas aacutereas de interesse do homem moderno se ligam tanto agrave
pesquisa cientiacutefica como a questatildeo ambiental sendo um fenocircmeno de tendecircncia
internacional evidenciado a partir da deacutecada de 70 (Hess 1999)
A noccedilatildeo de paradigma eacute normalmente utilizada para estabelecer uma
diferenciaccedilatildeo entre dois momentos ou dois niacuteveis do processo de conhecimento
cientiacutefico (Capra 1997 Kuhn 1989) Para um entendimento miacutenimo do que significa
essa noccedilatildeo Costa Neto (1999) diz que se pode conceituar o paradigma enquanto um
modelo de ciecircncia que serve como referecircncia para todo um fazer cientiacutefico durante uma
determinada eacutepoca ou um periacuteodo de tempo demarcado e a partir de um certo momento
da histoacuteria da ciecircncia o referido modelo predominante tende a se esgotar em funccedilatildeo de
uma crise de confiabilidade nas bases estruturantes de seu conhecimento Desta forma o
paradigma passa a ser substituiacutedo por outro modelo cientiacutefico predominante Tambeacutem
pode ocorrer o fato de dois paradigmas disputarem o espaccedilo de hegemonia na
construccedilatildeo do conhecimento (Costa Neto 1999)
Os problemas com os quais nos deparamos hoje satildeo faces de uma crise uacutenica
diferentes do fazer cientiacutefico e proveniente de uma crise de percepccedilatildeo segundo Capra
(2 0 0 1 ) isto faz com que nossas instituiccedilotildees e noacutes em particular natildeo consiga perceber
claramente realidades complexas em um mundo globalmente interligado Ainda que as
soluccedilotildees para alguns de nossos principais problemas possam ser relativamente simples
ldquosoacute seratildeo possiacuteveis mediante uma mudanccedila radical em nossas percepccedilotildeesrdquo este eacute
tambeacutem o ldquoestopim para colocar em marcha medidas efetivasrdquo porque os governos e as
instituiccedilotildees jamais empreenderatildeo accedilotildees de fato enquanto as pessoas natildeo
compreenderem que satildeo parte do problema e da soluccedilatildeo e que eacute preciso assumir a
necessidade de mudar o rumo das coisas (Gomes amp Borba 2000)
Para Leff (2001) a agroecologia representa o ldquonascimento de um paradigmardquo que
eacute a alma da produccedilatildeo sustentaacutevel um processo que permite o resgate dos
conhecimentos proacuteprios e o renascimento do ser trazendo de volta as relaccedilotildees com os
seres humanos na medida em que o produtor cria atraveacutes de seu conhecimento o seu
proacuteprio saber-fazer numa relaccedilatildeo com a vida e com a terra
6
Segundo Costa Neto (1999) o paradigma agroecoloacutegico representa portanto a
linha de um posicionamento soacutecio-ambiental que tem uma vertente tecnoloacutegica apta a
ser uma alternativa agrave produccedilatildeo agriacutecola em grande escala e ao modelo tradicional
disciplinar
Hoje a agroecologia continua a fazer conexatildeo entre fronteiras estabelecidas Por
um lado estuda os processos econocircmicos e os agroecossistemas por outro eacute um agente
para as mudanccedilas sociais e ecoloacutegicas complexas que tenham necessidade de ocorrer no
futuro a fim de levar a agricultura para uma base verdadeiramente sustentaacutevel O
processo de mudanccedila estaria dirigido agrave busca de novos pontos de equiliacutebrio entre as
dimensotildees de produtividade estabilidade e equumlidade na atividade agraacuteria articuladas
entre si poreacutem em constante processo de adaptaccedilatildeo e retroalimentaccedilatildeo utilizando
estilos mais respeitosos com o ambiente com o propoacutesito de superar a crise enfrentada
pelos agricultores (Costabeber amp Moyano 2000)
De acordo com Altieri (2002) soacute uma compreensatildeo mais profunda da ecologia
humana e dos sistemas agriacutecolas pode levar a medidas coerentes com uma agricultura
sustentaacutevel Assim a ldquoemergecircncia da agroecologiardquo representa um enorme salto nesta
direccedilatildeo pois fornece os princiacutepios ecoloacutegicos baacutesicos para o estudo e tratamento dos
ecossistemas tanto produtivos quanto preservadores dos recursos naturais e que sejam
culturalmente sensiacuteveis socialmente justos e economicamente viaacuteveis
A transformaccedilatildeo ou substituiccedilatildeo de um modelo de desenvolvimento para outro
supotildee um processo de transiccedilatildeo que em alguns momentos caminha a passos lentos e
em outros pode trazer mudanccedilas bruscas e qualitativamente diferenciadas Esse
processo de transiccedilatildeo significa a conversatildeo de uma agricultura tradicional para uma
agricultura ecoloacutegica e socialmente equilibrada com base na sustentabilidade (Gomeacutez
1997)
Embora a falta de informaccedilatildeo da pesquisa possa ter contribuiacutedo para dificuldades
e experiecircncias negativas de muitos produtores estes tecircm fama de serem inovadores e
experimentadores desejosos de adotar novas praacuteticas no sentido de serem beneficiados
Nos uacuteltimos cinquumlenta anos a inovaccedilatildeo na agricultura tem sido impulsionada
principalmente pela ecircnfase em altos rendimentos e no lucro da unidade produtiva
Apesar da continuidade dessa forte pressatildeo econocircmica sobre a agricultura muitos
produtores convencionais estatildeo preferindo fazer a transiccedilatildeo para praacuteticas que satildeo mais
consistentes ambientalmente e tem o potencial de contribuir com a sustentabilidade da
agricultura em longo prazo (Gliessman 2000)
7
212 Agroecologia e agricultura familiar
O nuacutecleo por excelecircncia da produccedilatildeo sustentaacutevel eacute a agricultura familiar No
Brasil mais especificamente esta tecnologia estaacute sendo introduzida natildeo somente em
aacutereas de cultivo de agricultura familiar em geral mas especificamente em
assentamentos rurais Percebe-se dessa forma tratar-se de um tipo de produccedilatildeo que
tende a incorporar a dimensatildeo histoacuterico-social e a considerar os valores culturais e de
senso comum inerentes aos agricultores familiares (Costa Neto 1999)
Na agricultura familiar a sustentabilidade toma forma a partir do momento em
que comeccedilaram a ser incorporados aos debates os novos anseios da sociedade rural e
urbana relacionados a um novo projeto de desenvolvimento e na medida em que foram
buscadas orientaccedilotildees teoacutericas baseadas no paradigma agroecoloacutegico
De acordo com Maturana amp Rezepka (2000) a formaccedilatildeo do conhecimento natildeo eacute
entendida como simples treinamentos e teacutecnicas e seraacute um aspecto essencial desta
abordagem A valorizaccedilatildeo dos saberes dos agricultores sobre o ambiente as plantas o
solo e os processos ecoloacutegicos onde resgatam e aprimoram teacutecnicas proacuteprias e de
outros de origem cientiacutefica ou empiacuterica fundamentais dentro deste novo paradigma
(Altieri amp Nicholls 2000)
Neste sentido cientistas e extensionistas tecircm se surpreendido com a profundidade
destes conhecimentos e com a capacidade de vaacuterios destes agricultores de expocirc-los
mesmo nos ambientes acadecircmicos onde muitas vezes estatildeo mais avanccedilados que seus
interlocutores (Weid amp Tardin 2002) Isto revela a necessidade de sintonia entre a
Universidade e a Comunidade
Entatildeo a sutentabilidade ambiental em niacutevel local eacute positiva quando o manejo
realizado no agroecossistema aproveita a produtividade dos recursos naturais renovaacuteveis
(aqueles que funcionam mediante o fluxo solar) Ao contraacuterio pode natildeo ser positiva
quando as praacuteticas produtivas consistem na busca pela produtividade mediante a troca
econocircmica (importaccedilatildeo e exportaccedilatildeo de insumos e produtos) onde a terra eacute vista
unicamente como o suporte material (fiacutesico) das espeacutecies Neste caso o controle de
pragas a fertilizaccedilatildeo e outras praacuteticas necessaacuterias satildeo realizados mediante capital
produzido pelo homem degradando a base local de recursos naturais (Xavier Simoacuten amp
Domingues 2001)
8
213 O Mercado de produtos agroecoloacutegicos
O mercado de alimentos produzidos sob a orientaccedilatildeo agroecoloacutegica produzidos
sem utilizaccedilatildeo de agrotoacutexicos ou adubos minerais tem aumentado vertiginosamente em
todo o mundo Alguns dados indicam que esse segmento cresce anualmente cerca de
20 nos Estados Unidos 40 na Europa e 50 no Brasil e para comprovar tais
iacutendices basta verificar a proliferaccedilatildeo das feiras de produtores ecoloacutegicos nas cidades o
aumento dos espaccedilos para esses produtos nas gocircndolas das grandes redes de
supermercados e os movimentos ambientalistas e de consumidores que buscam uma
alimentaccedilatildeo mais saudaacutevel (Schiedeck 2002)
Sem duacutevida antes de tudo cabe salientar que a crise atual evidencia o equiacutevoco da
adoccedilatildeo de um modelo de produccedilatildeotransformaccedilatildeo que natildeo tem outra ambiccedilatildeo que natildeo a
de se adaptar agrave globalizaccedilatildeo Cabe a consideraccedilatildeo feita por Dufour (1999) de que o
mercado natildeo eacute uacutenico e monoliacutetico e portanto a produccedilatildeo social da qualidade natildeo
significa mais do mesmo (a adaptaccedilatildeo do que jaacute natildeo serve)
Na realidade pode-se identificar claramente dois mercados de natureza
fundamentalmente oposta que segundo Gomes amp Borba (2000) satildeo o de produtos
baacutesicos (leite cereais carnes brancas e vermelhas) e o de produtos elaborados
socialmente e de grande valor agregado por serem justos socialmente O mercado
mundial dos produtos baacutesicos eacute alimentado pelos excedentes agriacutecolas de grandes
produtores (Uniatildeo Europeacuteia Estados Unidos e Canadaacute) tambeacutem a soja e carne de
frango brasileira e o trigo argentino e os preccedilos nesses mercados satildeo extremamente
baixos e permaneceratildeo assim por muito tempo segundo relatos recentes do Banco
Mundial
Para produzir a preccedilos tatildeo baixos eacute necessaacuterio lanccedilar matildeo de todo tipo de
artifiacutecio como os hormocircnios os organismos geneticamente modificados as farinhas
animais esquecendo o meio ambiente e convivendo com exploraccedilotildees gigantescas
concentraccedilatildeo na posse da terra e com uma minoria de beneficiaacuterios dos programas de
ajuda puacuteblica os agromanagers (Gomes amp Borba 2000)
O mercado de produtos elaborados e de valor agregado obedece a outras regras
Mesmo que os agricultores busquem a maximizaccedilatildeo da produtividade natildeo se enfrentam
diretamente A produccedilatildeo ocorre em zonas geograacuteficas bem definidas e permite valorizar
o ldquosavoir-fairerdquo ou ldquoknow-howrdquo (em outras palavras natildeo necessariamente mas o
conhecimento ldquotradicionalrdquo) contribuindo para uma verdadeira economia local Esta eacute a
9
agricultura que ao mesmo tempo produz gera e preserva empregos Para caminhar ateacute
ela eacute necessaacuteria uma ampla alianccedila entre agricultores consumidores e movimentos
sociais para frear esta forma de ditadura dos mercados fonte do poder das
transnacionais agro-alimentares e quiacutemicas (Dufour 1999)
Por outra parte o mercado natildeo eacute linear e abstrato como querem fazer crer A
produccedilatildeo e o consumo sempre estaratildeo localizados e seratildeo realizados por produtores e
consumidores concretos isto permite falar em convenccedilatildeo ou negociaccedilotildees onde a
qualidade seja considerada na originalidade no bem comum ou na confianccedila entre pares
e colada aos produtos ainda mais quando se trata de alimentos Isto soacute seraacute possiacutevel
no local (sem ignorar o global) e levando em conta indicaccedilotildees como denominaccedilatildeo
ou indicaccedilatildeo de origem de processo ou de qualidade etc relacionados agraves
especificidades dos produtos o que tambeacutem deve ser objeto de negociaccedilatildeo para cada
lugar (eacute preciso lembrar que a participaccedilatildeo e as relaccedilotildees interpessoais satildeo determinantes
ao longo do processo) A produccedilatildeo social da qualidade eacute vista como estrateacutegia que
adquire sentido se considerada para o espaccedilo da Agricultura Familiar onde ainda eacute
possiacutevel estabelecer laccedilos de solidariedade entre produtores e consumidores (Gomes amp
Borba 2000)
De acordo com DrsquoAgostini amp Fantini (2002) tanto ou mais do que compreender a
dinacircmica de processos dos quais resultam produtos interessantes eacute compreender e
humanizar a dinacircmica de interesses sobre esses processos e produtos Os mesmos
autores dizem ainda que natildeo seria a solidariedade humana (a virtude pressuposta) que
emerge em especial na produccedilatildeo agroecoloacutegica mas sim a emergecircncia da rica
propriedade humana a generosidade que permite praticaacute-la em qualquer relaccedilatildeo entre
os homens
22 A cultura da cebola (Alliunt cepa L) e sua importacircncia
A cultura da cebola foi introduzida pelos accedilorianos no Brasil no seacuteculo XVIII nos
municiacutepio de Mostardas Rio Grande e Satildeo Joseacute do Norte no Estado do Rio Grande do
Sul (Garcia 1990) sendo a terceira hortaliccedila de maior importacircncia econocircmica para o
paiacutes (ICEPA 2003) Nas regiotildees Sul e Sudeste a cebolicultura constitui-se em atividade
socioeconocircmica de significativa relevacircncia para os Estados de Satildeo Paulo Santa
10
Catarina e Rio Grande do Sul nos quais se concentram mais de 76 da produccedilatildeo
nacional (Debarba et a i 1998)
A mais importante regiatildeo produtora do Rio Grande do Sul estaacute situada no litoral
Sul englobando os municiacutepios de Rio Grande Tavares Satildeo Joseacute do Norte e Mostardas
(Garcia 1997) e segundo ICEPASC (2003) esses quatro municiacutepios respondem por
cerca de 70 da produccedilatildeo de cebola do RS
Timm (2000) cita que cerca de 16000 famiacutelias rurais no Rio Grande do Sul tem
na cultura da cebola o seu principal meio de subsistecircncia No Municiacutepio de Satildeo Joseacute do
Norte a produccedilatildeo de cebola constitui uma atividade econocircmica quase exclusiva onde a
descapitalizaccedilatildeo dos agricultores ocasionou o abandono do meio rural por muitos deles
que acabaram por estabelecerem-se na periferia da zona urbana (Garcia 1997)
Aleacutem da descapitalizaccedilatildeo do produtor ocorrem problemas como a erosatildeo do solo
que segundo Zabaleta (1998) ocorre principalmente devido agrave accedilatildeo dos ventos fortes e
constantes caracteriacutesticos na regiatildeo sul-litoracircnea bem como a topografia plana e os
solos muito arenosos com lenccediloacuteis freaacuteticos superficiais contribuem para o
empobrecimento dos solos da regiatildeo principalmente ao se comparar com outras aacutereas
onde a cebola participa de sistemas produtivos juntamente com a produccedilatildeo leiteira o
arroz e hortaliccedilas diversas (Timm 2000)
221 Caracteriacutesticas agronocircmicas da cebola
A cebola eacute uma aliaacuteceae a planta eacute tenra atinge 60 cm de altura e apresenta folhas
tubulares e cerosas O caule verdadeiro eacute um disco comprimido na base da planta de
onde partem as folhas e raiacutezes que satildeo fasciculadas pouco ramificadas explorando um
volume de solo equivalente a um cilindro com 60 cm de altura e 25 cm de diacircmetro
(Filgueira 2000)
Cada planta apresenta 20 a 200 raiacutezes normalmente espessas (05 a 1 mm de
diacircmetro) e com pouca ramificaccedilatildeo e poucos pecirclos absorventes O crescimento eacute
vertical estendendo-se de 40 a 80 cm de profundidade Poucas raiacutezes ocupam mais de
15 cm do raio em tomo do bulbo Estas caracteriacutesticas tecircm implicaccedilotildees peculiares
quanto acirc localizaccedilatildeo e ao suprimento de nutrientes (Quanto menor o diacircmetro e maior a
ocorrecircncia de pecirclos absorventes maior seraacute a superfiacutecie de raiacutezes e consequumlentemente a
absorccedilatildeo de nutrientes (Magalhatildees 1993)
11
A fase vegetativa do ciclo da planta termina com o amadurecimento do bulbo
todavia trata-se de uma planta bienal considerando acirceu ciclo vital completo isto eacute da
semeadura ateacute a produccedilatildeo de novas sementes Apoacutes um periacuteodo invemal sob baixas
temperaturas haacute emissatildeo de um pendatildeo floral que pode alcanccedilar 150 cm de altura
terminando por uma inflorescecircncia tipo umbela simples inicialmente recoberta por
uma peliacutecula formada por centenas de pequenas flores (Filgueira 2000)
Segundo Clivela (1995) os fatores climaacuteticos de modo geral natildeo satildeo limitantes
para a produccedilatildeo de bulbos de cebola no Rio Grande do Sul Filgueira (2000) enfatiza
que no Brasil eacute uma das raras culturas oleraacuteceas nas quais o fotoperiacuteodo pode tornar-se
o fator limitante ocorrendo frustraccedilotildees da colheita caso as exigecircncias da planta natildeo
sejam satisfeitas
222 A produccedilatildeo de mudas de hortaliccedilas
As mais importantes modificaccedilotildees no sistema de produccedilatildeo nos uacuteltimos anos tecircm
sido feitas na produccedilatildeo de mudas Hoje eacute uma realidade os produtores se
especializarem em produzir mudas principalmente no Estado de Satildeo Paulo Para tanto
se busca atraveacutes da pesquisa as melhores fontes e combinaccedilotildees de substratos associados
ao sistema de produccedilatildeo conveniente para cada espeacutecie a fim de se obter melhorias na
propriedade no solo e na Olericultura (Giorgetti 1991)
O sistema agroecoloacutegico torna-se importante uma vez que a base da Horticultura
moderna eacute a produccedilatildeo de mudas de alta qualidade (Minami1995) a produccedilatildeo de mudas
de hortaliccedilas tem sido citada como a etapa mais importante do sistema produtivo (Silva
Junior et al 1995) Segundo Filgueira (2000) nesta fase natildeo se pode cometer erros
pois posteriormente seraacute mais difiacutecil de corrigi-los visto que para o cultivo da cebola a
muda refletiraacute na qualidade do bulbo
As mudas de hortaliccedilas podem ser consideradas tolerantes e natildeo tolerantes ao
transplante e dependem principalmente das condiccedilotildees ambientais necessitando de
cuidados No caso da cebola como satildeo produzidas com raiz nua os cuidados devem ser
maiores pois dependendo do estado em que se encontram mais ou menos susceptiacuteveis
aos estresses quando em contato com o campo podem resultar em desastre (Minami
1999)
A quantidade de nutrientes extraiacuteda pelas hortaliccedilas durante a fase de muda varia
em funccedilatildeo da espeacutecie da variedade ou da cultivar e do prazo necessaacuterio para a formaccedilatildeo
13
O composto humificado ou curado eacute rico em nutrientes que passaram parcialmente
da forma orgacircnica para a forma mineral assimilaacutevel pelas raiacutezes e com maior teor
coloidal que atua como fertilizante e eacute responsaacutevel pela capacidade melhoradora do
solo (Barreto 1985)
Uma das principais alternativas em termos de adubaccedilatildeo orgacircnica eacute o
vermicomposto Ele eacute um adubo orgacircnico estaacutevel rico em nutrientes inodoro de
coloraccedilatildeo escura obtido a partir da atividade das minhocas que potencializam a mateacuteria
prima utilizada no processo (principalmente esterco de bovino) proporcionando
diversos benefiacutecios para as plantas (Timm 2000)
231 Efeitos da adubaccedilatildeo orgacircnica no solo
O solo funciona como um organismo vivo em 1 grama de solo saudaacutevel vive uma
comunidade bioloacutegica de aproximadamente 1 0 0 0 0 espeacutecies diferentes como minhocas
larvas besouros colecircmbolos aacutecaros algas bacteacuterias e fungos Estes organismos
necessitam de alimentos para viver principalmente carbono e nitrogecircnio que estatildeo
presentes na palhada das culturas e no esterco de animais Em funccedilatildeo disso eacute
importante que o solo tenha um determinado teor de mateacuteria orgacircnica para fornecer os
alimentos e energia que os microacutebios precisam para viver (Paulus et al 2001)
O homem atraveacutes dos diferentes sistemas de preparo do solo e cultivos contiacutenuos
ou natildeo altera o comportamento do mesmo em relaccedilatildeo agraves reaccedilotildees quiacutemicas
propriedades fiacutesicas como capacidade de retenccedilatildeo de aacutegua lixiviaccedilatildeo de nutrientes
erosatildeo e como consequumlecircncia afeta a qualidade de organismos presentes no solo (Brady
1999) reduzindo paulatinamente o teor de mateacuteria orgacircnica (Primavesi1982)
Nos uacuteltimos anos tem-se observado em diferentes paiacuteses a ampliaccedilatildeo do uso de
adubos orgacircnicos Alguns apresentam oacutetimos resultados enquanto outros se mostram
tecnicamente inadequados Os principais adubos orgacircnicos encontrados no mercado satildeo
fertilizantes orgacircnicos de origem animal compostos de lixo urbanos compostos de
produtos industriais e huacutemus de minhoca Nestes fertilizantes estatildeo presentes a maioria
dos macronutrientes (nitrogecircnio foacutesforo potaacutessio caacutelcio magneacutesio enxofre) e
micronutrientes (zinco cobre boro ferro cobalto)essenciais para as plantas e nem
sempre encontrados em muitos fertilizantes minerais bem como uma gama de
microorganismos que vatildeo beneficiar a fauna e a flora do solo (Brady 1979 Kiehl
1985 Costa 1985 Garcia 1997)
14
Os adubos orgacircnicos satildeo amplamente empregados nos sistemas de produccedilatildeo de
alface como condicionadores do ambiente quiacutemico e fiacutesico da rizosfera e
consequumlentemente na resposta bioloacutegica das plantas (Rodrigues amp Casali 1998)
Considerando as necessidades hortiacutecolas de maior competitividade e o fato de natildeo
ser subsidiada o crescimento populacional e a industrializaccedilatildeo representam fatores
determinantes na geraccedilatildeo diaacuteria de enormes volumes de resiacuteduos podendo ser utilizados
pelos produtores com um maior retomo econocircmico possiacutevel Ao mesmo tempo a
questatildeo ambiental assume cada vez mais destaque na sociedade moderna repercutindo
em poliacuteticas governamentais bem como no setor produtivo do paiacutes e do mundo
fazendo com que a relaccedilatildeo do homem com a natureza seja repensada (Morselli 2001)
232 Efeitos da adubaccedilatildeo orgacircnica nas culturas
Segundo Paulus et al (2001) a mateacuteria orgacircnica tambeacutem eacute fonte de nutrientes
especialmente nitrogecircnio foacutesforo enxofre e micronutrientes aleacutem disso tem
capacidade de ldquoprenderrdquo micronutrientes e alguns elementos toacutexicos para as plantas
como o alumiacutenio Por exemplo os micronutrientes depois de presos satildeo liberados
lentamente no solo onde satildeo gradativamente aproveitados pelas plantas
O uso dos fertilizantes minerais elevam o custo de produccedilatildeo pois satildeo necessaacuterias
altas doses para o fornecimento dos teores de nutrientes demandados Por isso eacute
importante a geraccedilatildeo de tecnologias que poupem o consumo de fertilizantes minerais
desejaacutevel com vista agrave diminuiccedilatildeo do custo de produccedilatildeo (Rodrigues 1984) A produccedilatildeo
de hortaliccedilas sob a orientaccedilatildeo agroecoloacutegica leva em consideraccedilatildeo natildeo apenas os custos
de produccedilatildeo como tambeacutem a dependecircncia dos insumos principalmente quando se
considera a ldquoteoria da trofobioserdquo pelos efeitos maleacuteficos que os nutrientes prontamente
assimilaacuteveis podem causar as plantas (Chaboussou 1987)
Para Compagnoni amp Putzolu (1985) o vermicomposto eacute um autecircntico fertilizante
bioloacutegico que atua como corretivo do solo determinando caracteriacutesticas importantes
para a microflora pelos aacutecidos huacutemicos e as substacircncias fitoestimulantes Os autores
consideram ainda que as dejeccedilotildees das oligoquetas proporcionam a formaccedilatildeo de huacutemus
permitindo melhorar o solo razatildeo pela qual satildeo destinados agrave horticultura com oacutetimas
vantagens fiacutesicas e microbioloacutegicas enriquecendo a camada araacutevel
Em experimentos desenvolvidos durante cinco anos para avaliar o efeito da
aplicaccedilatildeo de compostos eou adubos nas culturas de alface manjericatildeo espinafre e
15
pepino Valenzuela amp Crosby (1998) compararam as produccedilotildees obtidas com composto
e a fertilizaccedilatildeo padratildeo e concluiacuteram que a utilizaccedilatildeo do composto em 20 Mg ha 1 mais
N-quiacutemico foi o melhor tratamento em todas as culturas estudadas
233 Plantas de cobertura do solo
As plantas mais usadas para adubaccedilatildeo de cobertura do solo satildeo as leguminosas
pois estas tecircm a capacidade de fixar o nitrogecircnio atmosfeacuterico e disponibiliza-lo agrave
cultura Primavesi (1992) cita que utilizando-se mucuna ervilhaca feijatildeo-de-porco
feijatildeo-miuacutedo crotalaacuteria e outras natildeo haacute necessidade de utilizar tanto nitrogecircnio em
cobertura embora natildeo se dispense uma calagem mais frequumlente pois ocorre um pouco
de acidificaccedilatildeo no solo como com qualquer adubaccedilatildeo nitrogenada Segundo a mesma
autora algumas leguminosas tecircm a capacidade de mobilizar o foacutesforo como o caupi
(feijatildeo-miuacutedo) outras mobilizam o caacutelcio como tremoccedilo
Para Brady (1999) a adubaccedilatildeo verde traz grandes benefiacutecios como suprimento de
mateacuteria orgacircnica sendo consideraacutevel a quantidade de resiacuteduos orgacircnicos devolvidos ao
solo adiccedilatildeo de nitrogecircnio nutrientes e conservaccedilatildeo do solo
Calegari (1998) comenta que quanto aos aspectos fiacutesicos os resiacuteduos tendem a
contribuir para uma melhoria da estrutura do solo percebida pelo aumento da
estabilidade dos agregados em aacutegua aumento da capacidade de retenccedilatildeo hiacutedrica
elevaccedilatildeo dos iacutendices de infiltraccedilatildeo de aacutegua no solo aumento da porosidade melhor
aeraccedilatildeo e diminuiccedilatildeo da densidade do solo
De acordo com Timm (2000) o papuatilde eacute uma excelente alternativa como cobertura
de solo para o cultivo miacutenimo da cebola pois na eacutepoca do transplante das mudas seu
ciclo vegetativo estaacute completo natildeo necessitando o dessecamento outra vantagem eacute que
o papuatilde apresenta bom controle com relaccedilatildeo agraves plantas invasoras da cebola reduzindo
ao longo dos anos o nuacutemero de capinas e a aplicaccedilatildeo de herbicidas
234 Adubaccedilatildeo foliar
Segundo Malavolta (1981) a utilizaccedilatildeo da adubaccedilatildeo foliar eacute complemento da
adubaccedilatildeo de solo natildeo substituto da mesma no que diz respeito ao fornecimento de
nitrogecircnio foacutesforo e potaacutessio para as culturas Da mesma maneira que as raiacutezes podem
perder para o solo parte dos elementos absorvidos as folhas tambeacutem o fazem pela accedilatildeo
16
de fatores internos (desordem fisioloacutegica estado nutricional etc) e externos (chuvas
orvalho nutriccedilatildeo do sistema radicular luz temperatura etc)
Para Chaboussou (1987) as plantas adquirem o maacuteximo de resistecircncia bioloacutegica
atraveacutes da nutriccedilatildeo (trofos) equilibrada Obviamente para que isto ocorra eacute necessaacuterio
que o solo esteja em equiliacutebrio dinacircmico o ambiente seja o mais estaacutevel e as plantas
selecionadas ou melhor adaptadas para poderem suportar as alteraccedilotildees extemporacircneas
ocasionadas pelos fenocircmenos meteoroloacutegicos e nas fases fonoloacutegicas criacuteticas do
crescimento e desenvolvimento (Pinheiro amp Barreto 2000)
O lixiviado das folhas enriquece as camadas superiores do solo e tende a
contrabalanccedilar as perdas de zonas mais profundas e mais distantes acumulando-os nas
suas proximidades tambeacutem influencia o nuacutemero e o comportamento dos
microrganismos que por sua vez alteram o processo de gecircnese do solo sua textura e
fertilidade A lixiviaccedilatildeo assim se toma importante no desenvolvimento da sucessatildeo
ecoloacutegica devido agrave ciclagem de elementos (Malavolta 1980)
Conforme Camargo (1975) a utilizaccedilatildeo de adubos foliares substitui parcialmente
a adubaccedilatildeo radicular em 20 a 25 podendo ser utilizada em varias pulverizaccedilotildees
24 Vermicompostagem
E o processo que consiste em se submeter diferentes resiacuteduos orgacircnicos de
origem animal eou vegetal aos processos fermentativos e humificaccedilatildeo adicionando
minhocas do gecircnero Eiseina espeacutecie foetida ao material procurando obter um produto
curado em aproximadamente 45 - 60 dias (Compagnoni amp Putzolu 1985)
A vermicompostagem firmou-se no Brasil como atividade rentaacutevel produzindo
adubo de alta qualidade na deacutecada de 90 Na agricultura brasileira contudo haacute
preferecircncia pelos adubos quiacutemicos em funccedilatildeo de sua aquisiccedilatildeo financiada menor custo
e retomo imediato embora o impacto de seu uso contiacutenuo sobre o solo e os
microorganismos que nele vivem seja negativo (Tagliari amp Grassmann 1995)
Segundo Morselli (2002) a vermicompostagem difere da compostagem
convencional dentre outros pocircr formar substacircncias huacutemicas mais rapidamente ao sofrer
passagem pelo trato digestivo das minhocas A alirdentaccedilatildeo destas satildeo basicamente os
estercos e a disponibilidade desta mateacuteria prima bem como de ambiente protegido para
proceder a compostagem correta deste material satildeo indispensaacuteveis
17
Segundo Kiehl (1985) e Martinez (1990) o vermicomposto apresenta as seguintes
vantagens em relaccedilatildeo a compostagem permite a formaccedilatildeo de um produto curado em
menor espaccedilo de tempo promove a formaccedilatildeo de um material com maior
disponibilidade de nutrientes facilita o peneiramento natildeo havendo a necessidade de
revolvimento do material oferece vaacuterias fontes de renda pois aleacutem do huacutemus fornece
minhocas e raccedilatildeo e quando aplicado ao solo tende a melhorar as propriedades fiacutesicas
quiacutemicas e bioloacutegicas
241 Resiacuteduos utilizados na vermicompostagem
2411 Resiacuteduos de origem animal
Segundo Bureacutes (1997) o esterco eacute uma mistura de fezes urina e camas que
podem estar constituiacutedas de palhas folhas secas serragem turfa casca de arroz e ateacute
terra Esse apresenta pH neutro e densidade que varia de 030 a 090 Kg dm3 segundo
seu estado de decomposiccedilatildeo Eacute influenciado por vaacuterios fatores como espeacutecie animal
raccedila idade alimentaccedilatildeo material utilizado como cama e tratamento da mateacuteria-prima
esterco (Kiehl 1985) Dentre os fatores apontados um dos mais importantes eacute a
alimentaccedilatildeo do animal quanto mais rica a alimentaccedilatildeo mais rica seraacute as dejeccedilotildees
(Gnoatto 1999) O volume de bacteacuterias vivas ou mortas encontradas no esterco
representam 20 a 30 do total delas se originam grande parte do nitrogecircnio sob a
forma de proteiacutena (Morselli 2002)
A origem do material utilizado para a produccedilatildeo de vermicomposto eacute fundamental
pois soacute uma mateacuteria-prima de qualidade resultaraacute em um produto final de boa qualidade
Dentre os estercos o de aves eacute empregado empiricamente na adubaccedilatildeo de culturas
permanente ou natildeo com excelentes resultados apesar de sua simples composiccedilatildeo
meacutedia 2 de nitrogecircnio 2 de foacutesforo como P2 0 5 e 1 de K2 0 Poreacutem haacute uma
grande variaccedilatildeo na sua constituiccedilatildeo a qual dependeraacute do manejo animal atraveacutes das
camas finalidade da criaccedilatildeo e natureza das camas (Morselli 2002)
2412 Resiacuteduos de origem vegetal
A mateacuteria orgacircnica pode ser preservada no solo por vaacuterios processos seja pela
simples incorporaccedilatildeo de resiacuteduos de culturas rotaccedilatildeo de culturas adubaccedilatildeo verde ou
18
pela adiccedilatildeo de materiais orgacircnicos capazes de elevar e manter a produtividade do solo
Da decomposiccedilatildeo dos resiacuteduos orgacircnicos adicionados ao solo resulta a liberaccedilatildeo de
grande quantidade de nutrientes principalmente o nitrogecircnio o potaacutessio e o enxofre
Aleacutem disso diversos atributos quiacutemicos e fiacutesicos do solo satildeo alterados pela
decomposiccedilatildeo desses resiacuteduos destacando-se o aumento da capacidade de troca de
caacutetions o aumento da retenccedilatildeo de aacutegua a melhoria da estabilidade dos agregados e da
aeraccedilatildeo (Fraser1963 Malavolta 1981 Mello et al 1983 Bonilla 1992)
Segundo Purcino (1981) quando a relaccedilatildeo CN eacute menor que 30 como no caso do
esterco de curral ou da palha de leguminosas a disponibilidade de nitrogecircnio eacute
imediata mas acima deste valor ocorre imobilizaccedilatildeo crescente deste nutriente Por esse
motivo estes materiais devem ser submetidos a uma degradaccedilatildeo bioloacutegica antes de
serem adicionados ao solo
25 Biofertilizantes
No Brasil ocorrem problemas crescentes com materiais derivados de sistemas
intensivos de criaccedilatildeo animal que acumulam resiacuteduo^ orgacircnicos com graves problemas
de contaminaccedilatildeo de cursos de aacutegua que na maioria das vezes se acumulam em um
uacutenico lugar e natildeo satildeo reciclados (Viglizzo 1995)
Visando amenizar tais situaccedilotildees os meacutetodos alternativos de adubaccedilatildeo controle de
doenccedilas pragas e plantas indesejaacuteveis tecircm sido muito estudado Dentro dessa linha de
pesquisa destaca-se o uso de mateacuteria orgacircnica atraveacutes tanto de sua incorporaccedilatildeo ao
solo como de sua transformaccedilatildeo para uso posterior na forma de biofertilizantes
(Khatounian 1997 Bettiol et al 1997)
Na complexa e elevada comunidade microbiana dos biofertilizantes encontram-se
bacteacuterias fungos leveduriformes filamentosos e actinomicetos (Bettiol apud Penteado
1999)
O agregado de macro e micronutrientes periodicamente ativa e enriquece a
fermentaccedilatildeo O uso de farinha de rocha tem sido vantajoso por ter baixo custo
comparado com os sais concentrados e purificados aleacutem de trazer alguns elementos
traccedilos de vital importacircncia para os microrganismos do solo como por exemplo o Gaacutelio
o Iodo e o Vanaacutedio (M1BASA 199-) O agregado de farinha de rocha ou sais
purificados ao fermentado faz com que estes nutrientes passem a fazer parte dos
microrganismos ou dos produtos orgacircnicos liberados durante a fermentaccedilatildeo sendo que
19
o ataque dos microrganismos atraveacutes de suas enzimas consegue liberar os elementos natildeo
atacados pelos aacutecidos industriais (Pinheiro amp Barreto 2000)
Os biofertilizantes tecircm sido empregados na agricultura ecoloacutegica como adubo
foliar para aumentar a resistecircncia contra pragas e doenccedilas Aleacutem disso o processo de
produccedilatildeo eacute bastante simples e por isso eacute viaacutevel sua produccedilatildeo na propriedade desde que
tenha esterco disponiacutevel (Penteado 1999)
Bettiol et al (1997) verificaram a presenccedila de diferentes espeacutecies de fungos
fiacutelamentosos e leveduriformes e bacteacuterias entre elas Bacillus spp na comunidade
microbiana do biofertilizante produzido segundo meacutetodo adotado pelo Centro de
Agricultura Ecoloacutegica Ipecirc Os autores verificaram ainda uma reduccedilatildeo da comunidade
microbiana ao longo da digestatildeo reduccedilatildeo essa mais acentuada logo apoacutes o acreacutescimo
dos sais contendo micronutrientes A accedilatildeo dos sais pode ser tanto por aumento na
pressatildeo osmoacutetica quanto pelo efeito direto sobre os microrganismos Para o controle de
doenccedilas de plantas satildeo importantes a presenccedila dos metaboacutelitos produzidos pelos
organismos presentes no biofertilizante e os proacuteprios microrganismos vivos
Os microrganismos transformam o material orgacircnico (esterco soro de leite caldo
de frutas palhas restos industriais etc) e cinzas produzindo vitaminas aacutecidos e sais
complexos importantes para regular e tonificar o metabolismo das plantas impedindo o
desenvolvimento de pragas e doenccedilas (Pinheiro amp Barreto 2000)
Em estudos feitos com o biofertilizante liacutequido de bovinos foi observado a
presenccedila de inuacutemeros microorganismos como bacteacuterias leveduras e bacilos
principalmente do Bacillus subtilis Estes microorganismos sintetizam substacircncias
antibioacuteticas as quais demonstram ter grande accedilatildeo e eficiecircncia como substacircncias
fungiostaacuteticas e bacteriostaacuteticas de fitopatoacutegenos causadores de danos em lavouras
comerciais (Penteado 1999)
Aldrighi et al (2002) realizaram trabalho na UFPel relacionado agrave nutriccedilatildeo de
mudas de tomate (Floradade) produzidas no sistema ldquofloatingrdquo Utilizaram-se doses de
0 2 5 e 10 para o biofertilizante Super Magro e 0 e 1 para a urina de vaca
Concluiacuteram que estes natildeo interferem na produccedilatildeo das mudas e que provavelmente foi
influenciado pelo substrato utilizado (vermicomposto 75 e casca de arroz carbonizada
25) bem como o sistema de produccedilatildeo (floating)
Paglia et al (2002) citam que eacute possiacutevel produzir mudas de tomate (cultivar
Floradede) utilizando urina de vaca e biofertilizante Super Magro na aacutegua em sistema
ldquofloatingrdquo em trabalho realizado na UFPel O uso da urina de vaca a 1 e 5 e
20
biofertilizante Super Magro a 6 proporcionam uma elevaccedilatildeo do foacutesforo bem como o
Super Magro a 6 eleva os teores de Mg e Ca na aacutegua
251 Urina de vaca
As urinas de vaca contecircm nutrientes favoraacuteveis ao bom desenvolvimento das
plantas como potaacutessio soacutedio nitrogecircnio enxofre magneacutesio caacutelcio foacutesforo e traccedilos de
outros elementos Nas plantas funciona como um fertilizante natural tomando-as mais
resistentes ao ataque das pragas e doenccedilas Satildeo encontradas tambeacutem na urina outras
substacircncias como fenoacuteis e principalmente o catecol que esta associado agrave recuperaccedilatildeo
de plantas atacadas por fitopatoacutegenos por ser um produto anti-seacuteptico (Penteado 1999)
Para seu emprego a urina receacutem coletada deve ser armazenada sob condiccedilotildees
ambientais por trecircs dias para que se forme amocircnio importante produto a ser absorvido
pelas plantas Recomenda-se ainda que o armazenamento deva ser feito em recipiente
fechado para que natildeo ocorram perdas de nitrogecircnio Desta forma poderaacute permanecer
por ateacute um ano sem comprometer sua eficiecircncia
Em hortaliccedilas o uso da urina de vaca eacute recomendado em pulverizaccedilotildees foliares
semanais na concentraccedilatildeo de 05 para tomateiro pimentatildeo pepino feijatildeo vagem e
couve ou quinzenais a 1 para as culturas do quiabeiro jiloeiro e berinjela Para
fruteiras em geral a primeira aplicaccedilatildeo deve ser na concentraccedilatildeo aproximada de 5
realizada diretamente no solo e mensalmente devem ser realizadas pulverizaccedilotildees
foliares a 1 para plantas jovens e a 5 para plantas adultas (Penteado 1999)
Na aplicaccedilatildeo foliar deve-se ter cuidado com folhas e brotos novos e considerar que
o uso contiacutenuo pode ser toacutexico podendo afetar o solo causando a sua acidificaccedilatildeo
(Penteado 1999)
Na Estaccedilatildeo Experimental da PESAGRO no municiacutepio de Macaeacute Rio de Janeiro
estaacute se utilizando a urina de vaca leiteira Os pesquisadores descobriram que a urina de
vaca em lactaccedilatildeo produzia o efeito de recuperar plantas de abacaxi atacadas por uma
doenccedila conhecida como ldquofusairioserdquo Essa doenccedila quando ataca o abacaxi causa
perdas de ateacute 70 da safra Todos os agrotoacutexicos testados natildeo conseguiram controlar a
doenccedila Isto eacute um exemplo para que a universidade tenha uma nova percepccedilatildeo (Capra
1996) adotando medidas efetivas que contribuam na transiccedilatildeo agroecoloacutegica Com o
uso da urina de vaca leiteira numa lavoura de abacaxi atacada pela fusariose observou-
se agrave recuperaccedilatildeo do stand e os frutos produzidos apresentaram excelente padratildeo
21
comercial Descobriu-se que aleacutem funcionar como adubo e defensivo natural a urina de
vaca leiteira tambeacutem favorece a floraccedilatildeo de muitas plantas e pode ser usada no
tratamento de frutos e tubeacuterculos depois da colheita
A urina de vaca em lactaccedilatildeo tambeacutem estaacute sendo usada nas lavouras de cafeacute em
plantaccedilotildees de maracujaacute coco alface e outras hortaliccedilas Na regiatildeo centro-sul do Paranaacute
os agricultores estatildeo aplicando a urina de vaca leiteira nas lavouras de feijatildeo soja
batata cebola e milho (Penteado 1999)
252 Alhol
A maioria dos defensivos alternativos tais como calda bordalesa sulfocaacutelcica
aacutegua de cinza e cal biofertilizante enriquecido extrato de fumo entre outros precisa
ser misturada com um espalhante adesivo para quebrar a tensatildeo superficial da gota e
propiciar um melhor molhamento das folhas e demais partes pulverizadas assegurando
uma absorccedilatildeo mais efetiva e uma melhor accedilatildeo sobre as pragas e doenccedilas Quando as
gotas permanecem inteiras sobre a superfiacutecie folhar devido agrave falta de espalhante
adesivo pode-se danificar os tecidos vegetais pelc efeito-lente quando o sol incide
sobre elas Aleacutem disso a gota por natildeo se espalhar sobre toda superfiacutecie folhar
concentra nela e consequumlentemente sobre o tecido que estaacute em contato com ela uma
quantidade maior do produto aplicado Essa maior concentraccedilatildeo pode prejudicar a
absorccedilatildeo e lesionar os tecidos principalmente apoacutes a evaporaccedilatildeo da aacutegua contida na
gota por resultar em uma maior concentraccedilatildeo de sais no local especialmente quando se
aplicam por exemplo calda sulfocaacutelcica bordalesa biofertilizante enriquecido com
macro e micronutrientes (Claro 2001)
O alhol eacute um espalhante adesivo ecoloacutegico que tambeacutem auxilia no controle de
pragas E elaborado com aacutegua alho oacuteleo vegetal e sabatildeo neutro a partir da sabedoria
popular que menciona o alho como repelente de insetos Juacutenior Abreu amp Maiorano
(199-) indicam formulaccedilotildees contendo alho para o controle de pragas como nematoacuteides
(Meloidogyne incoacutegnita e M javanica) mosca do chifre lagarta na maccedilatilde pulgotildees
besouro da batata trips e para controle de doenccedilas fuacutengicas e bacterianas como miacuteldio
ferrugem fusariose helminthosporiose murchadeira (Pseudonamos solacearum)
bruzone do arroz (Pyricularia orysae) podridatildeo negra do repolho e couve-flor
(Xanthomonas campestris) Aleacutem disso o alho pelo seu bom teor em oacuteleo pode agir
tambeacutem como espalhante adesivo O sabatildeo tambeacutem eacute indicado como espalhante adesivo
22
e possui accedilatildeo contra certas pragas (pulgotildees) sendo que o oacuteleo vegetal eacute indicado no
controle de cochonilhas e usado como espalhante adesivo (Claro 2001)
253 Calda Bordalesa
A calda bordalesa eacute um tradicional defensivo agriacutecola que pode ser preparado na
propriedade com a mistura de sulfato de cobre cal virgem e aacutegua As concentraccedilotildees de
sulfato de cobre e cal satildeo distintas dependendo do objetivo do seu emprego
Geralmente diferem de acordo com o tipo de planta ou espeacutecie vegetal as condiccedilotildees
climaacuteticas o grau de infestaccedilatildeo da doenccedila e a fase de crescimento da planta Eacute indicada
para o controle de miacuteldio alternaacuteria botrytis e antracnose (Penteado 1999)
A calda bordalesa caracteriza-se pela sua importante accedilatildeo no controle de diversas
doenccedilas fungicas nas mais diversas espeacutecies de culturas Possui tambeacutem uma relativa
accedilatildeo bactericida e em alguns casos age como repelente de insetos Da mistura do
sulfato de cobre com a cal resulta uma soluccedilatildeo rica em macronutrientes e
micronutrientes Provavelmente os expressivos resultados obtidos com a aplicaccedilatildeo da
calda bordalesa devam-se natildeo somente a sua accedilatildeo fuacutengica e bactericida mas sobretudo
agrave influecircncia positiva que exerce no metabolismo das plantas ativando o processo
enzimaacutetico e estimulando a proteossiacutentese aumentando a resistecircncia das plantas (Claro
2 0 0 1 ) caracteriacutestica fundamental na agricultura sustentaacutevel
254 Biofertilizante Super Magro
A calda Super Magro eacute produto da fermentaccedilatildeo de estercos animais enriquecidos
por micronutrientes e outros produtos de origem animal obtendo-se uma calda
biofertilizante para aplicaccedilatildeo foliar nas plantas (Penteado 1999) jaacute foram observados
bons resultados principalmente nas culturas de uva maccedila pecircssego tomate batata e
hortaliccedilas em geral
E indicado como fonte suplementar de micronutrientes para as plantas inibidor
de fungos e bacteacuterias causadores de doenccedilas e para aumentar a resistecircncia contra insetos
e aacutecaros (Penteado 1999) i
Muller (1999) avaliou a influecircncia do biofertilizante Super Magro sobre as
culturas de tomate (Lycopersicon esculentum Mill) ervilha (Pisum sativum L) e
beterraba (Beta vulgaris L) O autor obteve cultivos com baixa severidade de doenccedilas e
23
insetos fitoacutefagos possivelmente por causa do manejo orgacircnico de produccedilatildeo Os
resultados das pulverizaccedilotildees das soluccedilotildees foliares variaram conforme a cultura e o
clima
255 Biofertilizante MB4
A utilizaccedilatildeo das farinhas de rochas eacute uma das teacutecnicas mais modernas usadas nos
uacuteltimos anos na agricultura O elevado nuacutemero de nutrientes contidos no MB4 como
cobre zinco manganecircs cobalto soacutedio alumiacutenio silicatos de magneacutesio ferro e caacutelcio
acompanhado de foacutesforo potaacutessio e enxofre reagem com a soluccedilatildeo do solo liberando
elementos essenciais ao desenvolvimento da vida microbiana os quais exercem um
papel fundamental atraveacutes de transformaccedilotildees quiacutemicas e do equiliacutebrio bioloacutegico
favorecendo o desenvolvimento sadio das plantas (Pinheiro amp Barreto 2000)
24
3 MATERIAL E MEacuteTODOS
31 Local de execuccedilatildeo do experimento
O presente trabalho foi conduzido no Centro de Pesquisa da Regiatildeo Sul
(FEPAGROSUL) no municiacutepio de Rio Grande nlt periacuteodo de 15 de maio a 26 de
agosto de 2 0 0 2
O solo eacute classificado como ldquoTuiardquo satildeo muito arenosos As massas aquaacuteticas do
Oceano Atlacircntico e Lagoa dos Patos influenciam ventos temperatura pressatildeo umidade
relativa e demais fatores climaacuteticos A topografia da regiatildeo litoracircnea eacute plana com
lenccediloacuteis freaacuteticos superficiais
32 Anaacutelise estatiacutestica
O experimento foi constituiacutedo em fatorial 3X3 (Quadro 1) com quatro repeticcedilotildees
no delineamento blocos ao acaso As variaacuteveis respostas foram submetidas agrave anaacutelise de
variaccedilatildeo e ao teste de Duncan a 5 de probabilidade para comparaccedilatildeo das meacutedias
utilizando-se o sistema SANEST (Zonta amp Machado 1984)
As anaacutelises estatiacutesticas das variaacuteveis estudadas encontram-se nos Apecircndices C D
Os resultados das respostas agronocircmicas e das determinaccedilotildees dos conteuacutedos dos
macronutrientes bem como os de raiz estatildeo nas tabelas de 1 a 3
25
As diferentes adubaccedilotildees seratildeo representadas durante a discussatildeo da seguinte
forma 1 VB (30 t ha 1 de vermicomposto) 15 VB (45 t ha 1 de vermicomposto) e EC
(60 t ha 1 de esterco de curral) 1 VB+SM+U+CB (30 t ha 1 de vermicomposto mais
super magro mais urina de vaca mais calda bordalesa) 15 VB+SM+U+CB (45 t ha 1 de
vermicomposto mais super magro mais urina de vaca mais calda bordalesa)
EC+SM+U+CB (60 t ha 1 de esterco de curral mais super magro mais urina de vaca
mais calda bordalesa) 1 VB+MB4 +U+CB (30 t ha 1 de vermicomposto mais MB4 mais
urina de vaca mais calda bordalesa) 15 VB+MB4 +U+CB (45 t ha 1 de vermicomposto
mais MB4 mais urina de vaca mais calda bordalesa) EC+MB4 +U+CB (60 t ha 1 esterco
de curral mais MB4 mais urina de vaca mais calda bordalesa)
QUADRO 1 Descriccedilatildeo dos fatores experimentais e respectivos niacuteveis
Niacuteveis Fator 1 ADUBACcedilAtildeO DE BASE
0 1 Vermicomposto (30 t ha1)
0 2 Vermicomposto (45 t ha1)
03 Esterco de curral (60 t ha1)
Niacuteveis Fator 2 BIOFERTILIZANTES LIacuteQUIDOS
0 1 Super magro (5) + Urina de Vaca + Calda Bordalesa
0 2 MB4 (10) + Urina de vaca + Calda Bordalesa
03 Ausecircncia (testemunha)
33 Tratamentos
Da combinaccedilatildeo entre niacuteveis e fatores foram obtidos 9 tratamentos que estatildeo
descritos no Quadro 2 bem como as doses de adubaccedilatildeo utilizadas no experimento
26
QUADRO 2 Tratamentos e doses de adubaccedilatildeo utilizadas no experimento
TRATAMENTOS
Ndeg FATOR I FATOR II
0 1 30 t ha de vermicomposto Super magro 5 Urina de vaca Calda Bordalesa
0 2 30 t harsquo de vermicomposto MB4 10 Urina de vaca Calda Bordalesa
03 30 t ha de vermicomposto - - -
04 45 t ha de vermicomposto Super magro 5 Urina de vaca Calda Bordalesa
05 45 t ha de vermicomposto MB4 10 Urina de vaca Calda Bordalesa
06 45 t ha de vermicomposto - - -
07 60 t hade esterco Super Magro 5 Urina de vaca Calda Bordalesa
08 60 t hade esterco MB4 10 Urina de vaca Calda Bordalesa
09 60 t hade esterco - - -
Cada parcela foi constituiacuteda por dois canteiros medindo 1 m de largura x 2 m de
comprimento perfazendo 075 m de aacuterea de aacuterea uacutetil (025 m de bordadura) Foi
utilizando semeadura a lanccedilo com densidade de 24 g canteiro1
O vermicomposto a urina de vaca o esterco de curral o alhol os biofertilizantes e
a calda bordalesa foram de procedecircncia do Centro de Pesquisa da Regiatildeo Sul O
vermicomposto de esterco bovino misturado agraves cascas de frutas foi processado pela
minhoca vermelha califomiana Eisenia foetida)
O biofertilizante Super Magro foi elaborado segundo a metodologia descrita pela
FEPAGROSUL utilizando-se os seguintes componentes 190 litros de aacutegua 22 litros
de leite 55 Kg de accediluacutecar mascavo 30 Kg de esterco fresco de bovinos 2 Kg de
Sulfato de zinco 2 Kg de sulfato de magneacutesio 2 Kg de cloreto de caacutelcio 1 Kg de aacutecido
boacuterico 300 g de sulfato de cobre 300 g de sulfato de ferro 300 g de sulfato de
manganecircs 100 g de molibdato de soacutedio 50 g de sulfato de cobalto 3 Kg de fosfato
natural 3 Kg de cinza e 200 g de farinha de osso
A urina de vaca em lactaccedilatildeo foi coletada pela manhatilde e armazenada em recipiente
fechado por trecircs dias em condiccedilotildees ambientais para que se formasse a amocircnia e natildeo
ocorresse perda de nitrogecircnio
28
Realizaram-se duas capinas manuais durante o experimento e em seguida como
cobertura se colocou casca de arroz Tambeacutem foi aplicado esterco de aves 30 dias antes
da colheita na quantidade de 05 Kg canteiro 1 como adubaccedilatildeo de cobertura
As pulverizaccedilotildees com os produtos iniciaram apoacutes 15 dias da germinaccedilatildeo
Realizou-se sete aplicaccedilotildees sendo que as duas primeiras foram feitas apenas com
Super Magro e MB4 Na terceira e na quarta aplicaccedilatildeo utilizou-se urina de vaca e calda
bordalesa em concentraccedilotildees menores (05 e 025 respectivamente) e na quinta
aplicaccedilatildeo as dosagens de urina de vaca e calda bordalesa foram elevadas para 1 0 e
05 respectivamente ateacute o final do experimento O alhol foi utilizado a partir da
terceira pulverizaccedilatildeo na quantidade de 2 e seguiu ateacute o final no dia 26 de agosto
quando as mudas foram colhidas e posteriormente analisadas as variaacuteveis
35 Observaccedilotildees agronocircmicas
Foram utilizadas 20 mudas de cebola para obtenccedilatildeo das meacutedias das variaacuteveis as
quais foram as seguintes
351 Fitomassa fresca da parte aeacuterea e raiacutezes
Foi realizada atraveacutes de uma balanccedila digital procedendo-se a pesagem de 20
mudas de cebola previamente lavadas e posteriormente secadas durante uma hora sobre
um tecido de algodatildeo agrave temperatura ambiente Processo idecircntico foi adotado com as
raiacutezes
352 Fitomassa seca da parte aeacuterea e raiacutezes
Esta variaacutevel foi obtida a partir da secagem preliminar em estufa de ar forccedilado
durante 48 horas a 65 C ateacute peso constante com posterior pesagem em balanccedila
analiacutetica
353 Altura da muda
A altura de muda foi medida a partir do colo das plantas ateacute sua uacuteltima folha
(ponto de crescimento) com uma reacutegua graduada de 40 cm
29
354 Diacircmetro do colo das plantas
Esta medida foi realizada no ponto de transplante a 2 mm das raiacutezes e utilizando-
se um paquiacutemetro SOMET
355 Sistema radicular
Ao teacutermino do experimento foram retiradas as raiacutezes das mesmas plantas que foram
utilizadas para as determinaccedilotildees realizadas na parte aeacuterea procedendo-se uma amostra
de solo com raiacutezes de 2 0 cm de largura x 2 0 cm de comprimento e 2 0 cm de altura
totalizando 8000 cm3
As raiacutezes apoacutes serem lavadas em aacutegua corrente foram pesadas acondicionadas em
sacos plaacutesticos e congeladas para posteriores anaacutelises pelo meacutetodo de Tennant (1975)
para a determinaccedilatildeo do comprimento e densidade
3551 Comprimento de raiz
Utilizou-se para a determinaccedilatildeo do comprimento de raiz as seguintes foacutermulas
1 = ndeg x 1114 x 1 onde
1 - comprimento de raiz de uma amostra uacutemida de 0 0 2 g
ndeg - nuacutemero de intercessotildees das raiacutezes com os lados da quadriacutecula da malha do
aparelho
1114 - constante
1 - medida lateral da quadriacutecula em cm
Tomando-se a fiacutetomassa seca e o comprimento da raiz da cada amostra
relacionou-se com a fiacutetomassa seca e o comprimento total da raiz da planta aplicando-
se a seguinte equaccedilatildeo
L = (FSR x 1) FSPA onde
L - comprimento total da raiz da planta (m)
FSR - fiacutetomassa seca de raiz
FSPA - fiacutetomassa seca da parte aeacuterea
L - comprimento de raiz de uma amostra uacutemida de 002g
3552 Densidade de raiz
A densidade foi determinada pela foacutermula
D = L 8000 onde
D - densidade de raiacutezes (m cm3)
30
L - comprimento total de raiacutezes (m)
8 0 0 0 - volume da amostra (cm3)
3553 Razatildeo parte aeacutereasistema radicular
Este paracircmetro foi obtido pela equaccedilatildeo
RPASR = FSPA FSR onde
RPASR - razatildeo parte aeacuterea sistema radicular
FSPA - fitomassa seca da parte aeacuterea
FSR - fitomassa seca do sistema radicular
36 Determinaccedilatildeo de macronutrientes no tecido vegetal
Os macronutrientes nitrogecircnio foacutesforo potaacutessio caacutelcio e magneacutesio foram
determinados no laboratoacuterio de Fertilidade e Anaacutelise de Plantas do Departamento de
Solos da UFPel atraveacutes dos meacutetodos descritos por Tedesco amp Gianello (1996)
31
4 RESULTADOS E DISCUSSAtildeO
41 Anaacutelise das variaacuteveis
A anaacutelise da variaccedilatildeo mostrou que houve diferenccedila significativa na interaccedilatildeo entre
os fatores de adubaccedilatildeo de base e biofertilizantes liacutequidos com exceccedilatildeo da variaacutevel altura
de planta para a qual somente a adubaccedilatildeo de base mostrou-se significativa (Apecircndices
C D e E Tabelas 1C 1D e 1E)
411 Anaacutelise da parte aeacuterea
Na Tabela 1 destacaram-se as adubaccedilotildees EC+SM+U+CB EC+MB4 +U+CB e EC
que diferiram significativamente das demais adubaccedilotildees para as variaacuteveis fiacutetomassa
fresca da parte aeacuterea (FFPA) fiacutetomassa seca da parte aeacuterea (FSPA) altura de planta
(AP) e diacircmetro do colo (DC)
32
TABELA 1 Produccedilatildeo de fitomassa fresca e seca (g) da parte aeacuterea altura de planta
(cm) e diacircmetro de colo (mm) de mudas de cebola Petrolini cultivadas
sob uma perspectiva agroecoloacutegica Pelotas-RS 2003
BIOFERTILIZANTES LIacuteQUIDOSADUBACcedilAtildeO S Magro + MB4 +DE BASE Urina + Calda Urina + Calda Testemunha
Bordalesa Bordalesa
30 t ha de vermicomposto 7015 c A45 t halsquo de vermicomposto 7824 b B60 t ha de esterco de curral 12248 a C
30 t ha de vermicomposto 667 c A45 t ha de vermicomposto 752 b A60 t ha de esterco de curral 1150a C
30 t ha de vermicomposto 2975 b A45 t harsquo de vermicomposto 2775 b A60 t ha de esterco de curral 3600 a B
30 t ha de vermicomposto 631 b A45 t ha de vermicomposto 6 2 2 b B60 t ha de esterco de curral 741 a C
-Fitomassa fresca (g)----------------6270 c B 6885 b A8832 b A 6308 c C
15082 a A 13934 a BmdashFitomassa seca (g)----------------
625 c A 655 b A830 b A 607 b B
1345 a A 1262 a B-Altura de planta (cm)----------------
2950 b A 3050 b A2937 b A 2950 b A 3975 a A 3622 a B
-Diacircmetro de colo (mm)---------------592 c B 599 b B 657 b A 609 b B 819a A________ 793a B
Meacutedias seguidas pela mesma letra minuacutescula para as colunas (adubaccedilatildeo de base) e maiuacutesculas para as linhas (biofertilizantes) natildeo diferem entre si pelo teste de Duncan a 5
O efeito positivo do esterco bovino pode ser atribuiacutedo agraves melhorias nas condiccedilotildees
fiacutesicas do solo por ele proporcionado Segundo Primavesi (1982) e Compagnoni amp
Putzolu (1985) o esterco bovino apresenta propriedades condicionadoras do solo dando
agraves plantas melhores condiccedilotildees de desenvolvimento elevando sobremaneira os
conteuacutedos de fitomassa fresca das plantas que refletiratildeo nas demais respostas
agronocircmicas
Analisando as adubaccedilotildees de base em relaccedilatildeo aos biofertilizantes observa-se que
para os tratamentos 1 VB (30 t ha 1 de vermicomposto) - natildeo houve influecircncia dos
biofertilizantes para as variaacuteveis FSPA e AP enquanto destacou-se o SM+U+CB para o
DC e SM+U+CB e ausecircncia da adubaccedilatildeo liacutequida para a FFPA mostrando que o uso
dos biofertilizantes natildeo influenciou esta variaacutevel 15 VB (45 t ha 1 de vermicomposto) -
verificou-se a eficiecircncia do uso do MB4 +U+CB para as variaacuteveis FFPA e DC Para a
variaacutevel FSPA destacaram-se os dois biofertilizantes utilizados jaacute para AP natildeo houve
33
influecircncia destes EC (60 t ha 1 de esterco de curral) - em todas as variaacuteveis observadas
na tabela 5 as respostas foram significativas utilizando MB4 +U+CB
As respostas encontradas no presente trabalho para as variaacuteveis AP e FSPA foram
superiores as obtidas por Dalponte (1990) quando utilizado 0 esterco de curral para
produccedilatildeo de mudas de cebola
Segundo Filgueira (2000) os solos da regiatildeo produtora de cebola do RS satildeo
pobres em foacutesforo disponiacutevel (15 mg Kg1) necessitando portanto de adubaccedilotildees
fosfatadas elevadas As respostas aqui obtidas podem ser justificadas pelos teores de
foacutesforo contido no MB4
Follet et al (1981) citam a importacircncia do uso de compostos orgacircnicos no solo
enfatizando os estercos no sentido da decomposiccedilatildeo continuada no fornecimento de
nutrientes e na liberaccedilatildeo lenta e gradual de aacutecidos orgacircnicos influenciando a liberaccedilatildeo
do foacutesforo O que provavelmente pode ser atribuiacutedo agraves respostas encontradas no
presente trabalho para 0 tratamento Esterco de curral mais MB4 e Urina mais Calda
Bordalesa
E importante destacar que 0 sistema de produccedilatildeo de mudas de cebola sob uma
perspectiva agroecoloacutegica mostra-se eficiente quando visualmente natildeo percebe-se
diferenccedila significativa entre os tratamentos (Apecircndice F Figura 2)
Conveacutem ressaltar que quando trabalhamos com agroecologia natildeo existem
receitas nem pacotes tecnoloacutegicos prontos Cada situaccedilatildeo deveraacute ser estudada em
particular para que se faccedila recomendaccedilotildees adequadas ao ambiente local uma vez que
as plantas se adaptam ao meio estando a nutriccedilatildeo encarregada de proteger e manter o
equiliacutebrio do organismo vegetal em funccedilatildeo das alteraccedilotildees externas
E fundamental que se compreenda os princiacutepios norteadores de todo o processo
que satildeo as bases da luta por uma sociedade mais justa dentro de um mundo econocircmico e
ambientalmente mais sustentaacutevel
412 Anaacutelise do sistema radicular
Os resultados obtidos nas anaacutelises do sistema radicular (Tabela 2) mostram
diferenccedilas significativas entre as adubaccedilotildees para as variaacuteveis fitomassa fresca de raiz
(FFR) fitomassa seca de raiz (FSR) comprimento de raiz (CR) razatildeo parte
aeacutereasistema radicular (RPASR) e densidade de raiz (DR)
34
TABELA 2 Produccedilatildeo de fitomassa fresca e seca (g) comprimento (cm) e densidade de
raiacutezes (m cm3) de mudas de cebola Petrolini cultivadas sob uma
perspectiva agroecoloacutegica e razatildeo parte aeacutereasistema radicular Pelotas-
RS 2003
BIOFERTILIZANTES LIacuteQUIDOSADUBACcedilAO DE BASE
S Magro + MB4 +Urina + Calda Urina + Calda Testemunha
Bordalesa Bordalesa
de vermicomposto de vermicomposto de esterco de curral
de vermicomposto de vermicomposto de esterco de curral
de vermicomposto de vermicomposto de esterco de curral
de vermicomposto de vermicomposto de esterco de curral
1540 c A 1576 b B 2427 a A
Fitomassa fresca (g)----------------1502 c B 1517 b AB 1658 b A 1446 c C 2336 a B 2360 a B
--------------------Fitomassa seca (g)-------------------196 b A 207 ab A 170 b A170 b A 199 b A 192 b A 344 a A 249 a B 327 a A
Comprimento de raiz(cm)---------------1237 b A 1158 b A 1158 a A1237 b A 1060 c B 1040 b B1433 a A 1296 a B 1040 b C
30 t ha 45 t ha 60 t ha
30 t ha 45 t ha 60 t ha
30 t halsquo 45 t ha 60 t ha
30 t ha 45 t ha 60 t ha
30 t ha de vermicomposto 45 t ha de vermicomposto60 t ha~ de esterco de curral__________________________ _________________________Meacutedias seguidas pela mesma letra minuacutescula para as colunas (adubaccedilatildeo de base) e maiuacutesculas para as linhas (biofertilizantes) natildeo diferem entre si pelo teste de Duncan a 5
-----Razatildeo Parte AeacutereaSistema Radicular------340 b AB 301c B 384 a A446 a A 415 b A 326 a B339 b B 546 a A 388 a B
-------------- Densidade de raiz (m cm3)------------367 a AB 414 a A 325 b B282 b B 301b B 405 a A347 ab A 231c B 324 b A
Em relaccedilatildeo agraves adubaccedilotildees de base destacou-se o EC (60 t ha 1 de esterco de curral)
para as variaacuteveis FFR e FSR Quando adicionado o SM+U+CB os resultados para FFR
foram ainda melhores bem como o CR As respostas obtidas para a RPASR foram
variadas em relaccedilatildeo agraves adubaccedilotildees apresentando melhores resultados para 15 VB (45 t
ha 1 de vermicomposto)+SM+U+CB e ainda melhor para EC (60 t ha 1 de esterco de
curral)+MB4 +U+CB As adubaccedilotildees de base 1 VB 15 VB e EC natildeo diferiram entre si
As adubaccedilotildees mais eficientes para a variaacutevel DR foram 1 VB+SM+U+CV que natildeo
diferiu da EC+SM+U+CB I VB+ MB4 +U+CB e agrave 15 VB foram melhores entre as
demais
35
Analisando os biofertilizantes em relaccedilatildeo a cada adubaccedilatildeo de base verifica-se que
para a 1 VB (30 t ha 1 de vermicomposto)+SM+U+CB destaca-se a variaacutevel FFR
poreacutem sem diferenccedila significativa de 1 VB os melhpres resultados para a variaacutevel DR
foram encontrados pelo tratamento 1 VB+MB4 +U+CB e 15 VB (45 t ha 1 de
vermicomposto) tambeacutem se considera eficiente o 1 VB+SM+U+CB que natildeo diferiu do
EC (esterco de curral) Quando se utilizou 15 VB+ MB4 +U+CB houve resposta
significativa para a variaacutevel FFR para FSR as respostas natildeo foram diferentes com a
aplicaccedilatildeo dos biofertilizantes para as variaacuteveis FSR e DR as adubaccedilotildees EC e
EC+SM+U+CB natildeo diferiram entre si
Embora as respostas estatiacutesticas tenham sido diferentes para as adubaccedilotildees
combinadas ou natildeo pode-se salientar a importacircncia do aacutecido indol-aceacutetico como jaacute
citado anteriormente para as variaacuteveis avaliadas na parte aeacuterea das mudas de cebola
Respostas semelhantes nesse sentido foram encontradas para a cultura da alface por
Quijano (1999) e Morselli (2001)
Pereira et al (2002) concluiacuteram em trabalho realizado com a cultivar de cebola
CNPF1 6400 em Minas Gerais que a utilizaccedilatildeo de 20 t ha de esterco de curral
proporcionou os melhores resultados para a produccedilatildeo de cebola
Silva Juacutenior amp Giorgi (1992) e Menezes Juacutenior (1998) citam que doses elevadas
de mateacuteria orgacircnica podem prejudicar a primeira fase da germinaccedilatildeo (embebiccedilatildeo) e
absorccedilatildeo de aacutegua pelas raiacutezes das placircntulas No entanto no presente trabalho este fato
natildeo ocorreu embora a dose de esterco utilizada tenha sido de 60 t ha 1 (dose maacutexima
recomendada segundo Nolla 1982)
413 Anaacutelise de macronutrientes no tecido vegetal
Os resultados dos conteuacutedos de nitrogecircnio foacutesforo potaacutessio caacutelcio e magneacutesio no
tecido vegetal sob diferentes adubaccedilotildees encontrados na Tabela 3 indicam mais uma
vez a superioridade da adubaccedilatildeo esterco com 0 uso ou natildeo de biofertilizantes
36
TABELA 3 Conteuacutedos (mg planta1) de nitrogecircnio foacutesforo potaacutessio caacutelcio e
magneacutesio no tecido vegetal de mudas de cebola Petrolini cultivadas sob
uma perspectiva agroecoloacutegica Pelotas-RS 2003
BIOFERTILIZANTES LIacuteQUIDOS i J B
ADUBACcedilAtildeO S Magro + MB4 +DE BASE Urina + Calda Urina + Calda Testemunha
Bordalesa Bordalesamg plantas1
---- Nitrogecircnio-----30 t ha de vermicomposto 16593 c AB 15451 c B 19050 b A45 t ha de vermicomposto 21444 b A 22888 b A 17852 b B60 t ha de esterco de curral 32606 a C 37593 a B 40816 a A
--------------- ------ Foacutesforo------- -------------30 t ha de vermicomposto 3098 c B 2802 c B 3999 b A45 t ha de vermicomposto 4109 b A 4135 b A 2788 c B60 t ha de esterco de curral 5300 a B 7577 a A 7565 a A
------- Potaacutessio------30 t ha de vermicomposto 24327 c A 19900 c B 24965 b A45 t ha de vermicomposto 29113b A 29812 b A 22031 b B60 t ha de esterco de curral 44070 a B 51976 a A 54101 a A
-------- Caacutelcio-------30 t ha de vermicomposto 5027 c A 4356 c A 4834 b A45 t ha de vermicomposto 6114b A 6963 b A 4379 b B60 t ha de esterco de curral 9030 a C 11451 a A 10331 a B
------Magneacutesio-----30 t ha de vermicomposto 1188 b A 914 c A 1202 b A45 t ha de vermicomposto 1231 b B 1582 b A 1176 b B60 t ha de esterco de curral 2136a B 2443 a A 2663 a AMeacutedias seguidas pela mesma letra minuacutescula para as colunas (adubaccedilatildeo de base) e maiuacutesculas para as linhas (biofertilizantes) natildeo diferem entre si pelo teste de Duncan a
Em relaccedilatildeo agraves adubaccedilotildees de base observa-se que o melhor tratamento foi o
esterco de curral para todas as variaacuteveis Para 1 VB (30 t ha^ 1 de vermicomposto) natildeo
houve resposta diferenciada com o uso de bofertilizantes para todas as variaacuteveis A
adubaccedilatildeo 15 VB (45 t ha 1 de vemicomposto) foi influenciada pelos biofertilizantes
para as variaacuteveis N P K e Ca enquanto que para Mg somente o MB4+U+CB o
influenciou O EC (esterco de curral) mostrou diferenccedila significativa apenas para as
variaacuteveis Ca e Mg quando adicionado MB4+U+CB
Segundo Peixoto (2000) eacute fundamental a adiccedilatildeo de adubos orgacircnico no cultivo de
hortaliccedilas seja na forma de esterco decomposto composto ou huacutemus de minhoca de
37
modo a fornecer melhorias nas propriedades do solo vindo a disponibilizar os nutrientes
as diferentes culturas
O esterco fresco conteacutem muita cama celuloacutesica e um elevado teor de aacutegua No
esterco curtido a celulose jaacute estaacute decomposta o teor de aacutegua estaacute reduzido agrave metade e os
nutrientes em uma forma mais assimilaacutevel e mais concentrada O esterco fresco pode
causar uma deficiecircncia temporaacuteria de nitrogecircnio no solo ao se decompor o que natildeo
acontece com o biestabilizado (Kiehl 1985)Ocorre uma diminuiccedilatildeo inicial no volume
de aacutegua retido no esterco de curral diminui inicialmente em tomo de 3581 liberando
posteriormente somente 496 evidenciando a sua capacidade de retenccedilatildeo de aacutegua
(Menezes Juacutenior 1998)
A utilizaccedilatildeo continuada de adubos nitrogenados minerais no solo altera o balanccedilo
do nitrogecircnio entre o solo e planta No meacutetodo biodinacircmico eacute sublinhada a importacircncia
dos adubos animais para o estabelecimento da fertilidade permanente dos solos (Koeff
et al 1983)
Para Guimaratildees (1997) os benefiacutecios que a mateacuteria orgacircnica imprime ao solo
principalmente melhorando a produtividade fertilidade e a influencia que as substancias
huacutemicas exercem sobre o ambiente dependem da qualidade e do teor de mateacuteria
orgacircnica do solo Estas substacircncias por conterem nutrientes em sua constituiccedilatildeo em uma
forma mais disponiacutevel para as plantas promovem um equiliacutebrio no ambiente no solo
(Kononova 1966)
Aproximadamente de 60 a 70 do total de carbono do solo ocorre na forma de
materiais huacutemicos (Griffith amp Schnitzer 1975) sendo a eles atribuiacutedo a manutenccedilatildeo da
bioestrutura do solo aumentando a capacidade de retenccedilatildeo de aacutegua (Brady 1999)
Conforme Compagnoni amp Putzolu (1985) os estercos bem como os demais
resiacuteduos orgacircnicos apresentam conteuacutedos diferentes de aacutecidos huacutemicos e fuumllvicos sendo
atribuiacutedo ao acido huacutemico uma accedilatildeo fitoestimulante semelhante aos fitohormocircnios por
favorecer o desenvolvimento do sistema radicular e crescimento do caule
Em trabalho realizado por Guimaratildees (1997) foi encontrado para aacutecidos huacutemicos
de esterco bovino uma relaccedilatildeo CN 1035 e para vermicomposto bovino 17
evidenciando que o esterco quando aplicado ao solo por apresentar uma relaccedilatildeo CN
proacutexima deste reage mais facilmente liberando nutrientes para as plantas sem alterar a
cadeia troacutefiacuteca Dados encontrados no presente trabalho demonstram a eficiecircncia do
esterco nesse sentido
38
De acordo com Morselli (2001) vaacuterios trabalhos citam comentam e discutem a
capacidade dos vermicompostos em proporcionar oacutetimas colheitas e favorecer a
precocidade das plantas cultivadas Poreacutem muitas vezes se observa que mesmo
suprindo essas plantas com nutrientes necessaacuterios atraveacutes de huacutemus de diferentes fontes
as respostas natildeo satildeo as mesmas para uma mesma cultivar
Por outro lado os resultados com o uso de substacircncias huacutemicas satildeo variaacuteveis e
dependem aleacutem da espeacutecie testada das substacircncias huacutemicas utilizadas sua
concentraccedilatildeo o grau de purificaccedilatildeo e das condiccedilotildees experimentais A resposta das
plantas aos aacutecidos huacutemicos e fuacutelvicos eacute dependente da mateacuteria prima original e da
espeacutecie vegetal pois materiais orgacircnicos diferentes apresentam aacutecidos huacutemicos e
fuacutelvicos diferentes (Businelli 1990)
Justificam-se os maiores conteuacutedos de nitrogecircnio foacutesforo potaacutessio e caacutelcio nas
adubaccedilotildees 15 VB (45 t ha 1 de vermicomposto) e biofertilizantes devido
provavelmente ao vermicomposto utilizado apresentar na sua constituiccedilatildeo teores
consideraacuteveis destes elementos aleacutem do que os biofertilizantes possam ter influenciado
na absorccedilatildeo atraveacutes de sua constituiccedilatildeo Tibau (1984) considera que a urina de vaca eacute
rica em aacutecido indol-aceacutetico e este influencia na absorccedilatildeo radicular O efeito positivo
deste tratamento provavelmente seja devido agrave quantidade aplicada
O biofertilizante que se destacou foi o MB4+U+CB em relaccedilatildeo ao EC (esterco de
curral) e eacute somente para a variaacutevel caacutelcio Isto provavelmente seja devido ao alto teor
deste elemento encontrado na sua constituiccedilatildeo (6872 g Kg1) e pela influecircncia positiva
que a calda bordalesa exerce no metabolismo das plantas atraveacutes dos nutrientes
contidos em sua formulaccedilatildeo O Ca controla a absorccedilatildeo radicular e retorna ao solo pelo
esterco e palhas por apresentar-se em maior quantidade em folhas e caules Depois de
localizado nas folhas fica imoacutevel favorecendo a resistecircncia da planta ao ataque de
fungos
Este trabalho avanccedila no estudo da agroecologia estando claro que todos os
criteacuterios tem caraacuteter dinacircmico de adequaccedilatildeo as mudanccedilas de um sistema de produccedilatildeo
em evoluccedilatildeo contribuindo na transiccedilatildeo para um padratildeo sustentaacutevel Cabe a pesquisa a
reorientaccedilatildeo para um enfoque ldquosistecircmicordquo isto eacute que permita integrar os diversos
componentes de um agroecossistema e a adoccedilatildeo de poliacuteticas puacuteblicas que promovam 0
fortalecimento e a expansatildeo da agricultura familiar
39
5 CONCLUSOtildeES
Considerando os resultados obtidos e as condiccedilotildees em que o estudo foi realizado
conclui-se que
bull As respostas agronocircmicas das mudas de cebola para os paracircmetros avaliados
satildeo mais satisfatoacuterias com a aplicaccedilatildeo de esterco de curral como adubaccedilatildeo de
base
bull Os biofertilizantes mais urina de vaca e calda bordalesa proporcionam
respostas satisfatoacuterias quando aplicados associados agraves adubaccedilotildees de base
bull O biofertilizante MB4 mais urina de vaca e calda bordalesa eacute mais eficiente
que o super magro mais urina e calda bordalesa quando aplicado associado agrave
adubaccedilatildeo de base esterco de curral para os conteuacutedos de fitomassa secae
fresca da parte aeacuterea das plantas altura e diacircmetro de colo das mudas de
cebola
bull Os biofertilizantes adicionados agrave adubaccedilatildeo de base 45 t harsquo 1 de vermicomposto
bovino mostram respostas significativas para os conteuacutedos de fitomassa seca
bull Os maiores conteuacutedos nutricionais para as mudas de cebola satildeo
proporcionados pela adubaccedilatildeo de base esterco de curral
bull A maior absorccedilatildeo de caacutelcio pelas mudas de cebola ocorre quando da adiccedilatildeo do
biofertilizante MB4 mais urina e calda bordalesa agrave adubaccedilatildeo de base esterco de
curral
40
6 REFEREcircNCIAS BIBLIOGRAacuteFICAS
ALDRIGHI CB ABREU CM PAGLIA AG MORSELLI TBGA FERNANDES HS Efeito da aplicaccedilatildeo de biofertilizante e urina de vaca em mudas de tomateiro Horticultura Brasileira v20 n2 julho 2002 Suplemento 2
ALTIERI M NICHOLLS C I Agroecologia Teoria praacutectica para umaAgricultura Sustentable Ia ed PNUMA 2000 Cap 2 4 Seacuterie textos baacutesicos para la formacioacuten ambiental
ALTIERI M Agroecologia bases cientiacuteficas para uma agricultura sustentaacutevelGuaiacuteba Agropecuaacuteria 2002 592 p
ANTONIOLLI Z I GIRACCA E M N CARDOSO S J T WIETHAN M M S FERRI M Iniciaccedilatildeo agrave Minhocultura Criaccedilatildeo em Cativeiro e Vermicompostagem Santa Maria UFSM 1996 p59-89
BAYER C MIELNICZUC J Dinacircmica e funccedilatildeo da mateacuteria orgacircnica In SANTOS G de A S e CAMARGO F A de O (ed) Fundamentos da mateacuteria orgacircnica do solo ecossistemas tropicais e subtropicais Porto Alegre Genesis 1999 p 3-23
BARRETTO D X Composto Orgacircnico In Praacutetica em Agricultura Orgacircnica Satildeo Paulo iacutecone Ed Ltda 1985 p 51-63
BETTIOL W Alguns produtos alternativos para o controle de doenccedilas de plantasem agricultura orgacircnica II Ciclo de palestras sobre agricultura orgacircnica Instituto Bioloacutegico Satildeo Paulo p52-63 1997
41
BETTIOL W TRACH R GALVAtildeO JAH Controle de doenccedilas de plantas com biofertilizantes Jaguariuacutena EMBRAPA-CNPMA 1997 22p (EMBRAPA- CNPMA Circular Teacutecnica 02)
BRADY N C Natureza e propriedades dos sotos Rio de Janeiro Freitas BastosS A 1979 647p
BRADY N C Organisms and ecology of the soil In The nature of properties of soils Simon amp Schuster A Viacon Company New Jersey1999 402-489p
BON1LLA J A Fundamentos da Agricultura Ecoloacutegica Sobrevivecircncia eQualidade de Vida Satildeo Paulo Nobel 1992
BUREacuteS S Substratos Ediciones Agroteacutecnicas S L Madrid Octubre 1997
BUS1NELLI M Chemical Composition and Enzymic Activity of some Worm Cast Plant Soil v 80 p 1-2 1990
CALEGARI A Espeacutecies para cobertura de solo In IAPAR (Instituto Agronocircmico de Paranaacute) Plantio Direto pequena propriedade sustentaacutevel organizador Moacir Darolt Londrina - PR 1998 65-93
CAMARGO P N D Manual de Adubaccedilatildeo Foliar Satildeo Paulo Herba 1975
CAPRA F A Teia da Vida Satildeo Paulo Cultrix 1997 256p
CAPRA F O Ponto de Mutaccedilatildeo 22 ed Satildeo Paulo Cultrix 2001 447p
CHABOUSSOU F Plantas doentes pelo uso de agrotoacutexicos (A Teoria da Trofobiose) Porto Alegre LPM 1987 253 p
CLARO S A Referencias tecnoloacutegicos para a agricultura familiar ecoloacutegica aexperiecircncia da Regiatildeo Centro-Serra do Rio Grande do Sul Porto Alegre EMATERRS-ASCAR 2001 250p
CLIVELA G Diagnoacutestico Agronocircmico da cebola no Rio Grande do Sul Porto Alegre EMATERRS 1995 8 6 p
COMISSAtildeO DE FERTILIDADE DO SOLO - RSSC Recomendaccedilotildees de adubaccedilatildeo e calagem para os estados do Rio Grande do Sul e Santa Catarina 3 ed Passo Fundo SBCS - Nuacutecleo Regional Sul 1995 223p
COMPAGNONI L PUTZOLU G Cria moderna de Ias lombrices y utilizacioacutenrentable dei humus Barcelona Editorial de Vecchi- SA 1985127p
COSTABEBER J A MOYANO E Transiccedilatildeo agroecoloacutegica e accedilatildeo social coletiva Agroecologia e Desenvolvimento Rural Sustentaacutevel Porto Alegre v l n4 p 50- 60 outdez 2 0 0 0
42
COSTA M B B da Adubaccedilatildeo orgacircnica Nova siacutentese e novo caminho para aagricultura Satildeo Paulo Ed iacutecone Ltda 1985 102p
COSTA NETO C Agricultura Sustentaacutevel Tecnologias e Sociedade In CARVALHO COSTA LF et al (org) Mundo Rural e Tempo Presente Rio de Janeiro Mauad 1999
DrsquoAG0ST1NI R L FANTINI A C Produccedilatildeo orgacircnica tambeacutem socialmente excludente Agroecologia e Desenvolvimento Rural Sustentaacutevel Porto Alegre v3 n l p57-61 2002
DALPONTE J C V Utilizaccedilatildeo de materiais orgacircnicos e fertilizante mineral na produccedilatildeo e qualidade de mudas e bulbos de cebola (Alliurn Cepa L) Pelotas-RS 1990 (Mestrado em Agronomia) - Faculdade de Agronomia Eliseu Maciel UFPel 1990
DEBARBA J F THOMAZELLI L F GANDIN C L SILVA E Cadeias produtivas do Estado de Santa Catarina Cebola Florianoacutepolis Epagri 1998 115 p (EPAGRI Boletim Teacutecnico 96)
DUFOUR F Os saacutebios loucos do agro-alimentar Le Monde Diplomatique ano 1 n4 p6-7 1999 (ed portuguesa)
EHLERS E Agricultura Sustetaacutevel Origem e perspectivas de um novo paradigma 2 ed Guaiacuteba Agropecuaacuteria 1999 157 p
FILGUEIRA F A R Novo Manual de olericultura agrotecnologia moderna na produccedilatildeo e comercializaccedilatildeo de hortaliccedilas Viccedilosa UFV 2000 402 p
FRASER G K Mateacuteria Orgacircnica Del Suelo In BEAR F E (ed) Quiacutemica dei Suelo Madrid Ed Agrociencia 1963
FOLLET R H MURPHY L S DONAHUE R L Fertilizers and soil amendments New Jersey Printice-Hall Inc 1981 557p
GARCIA A Revista dei Espacio Rural Georgica Zaragoza Escuela Politeacutecnica de Huesca n5 1997
GARCIA A Versatildeo preliminar de um Programa Estadual de Produccedilatildeo e Comercializaccedilatildeo de Bulbos e Sementes de CebolaEMBRAPAIPAGROMARAEMATER 6 8 pbdquo 1990 (Publicaccedilatildeo avulsa)
GIORGETT1 J R Produccedilatildeo e Comercializaccedilatildeo de Mudas de Tomate In Encontro Nacional de Produccedilatildeo e Abastecimento de Tomate 2 1991 Jaboticabal Satildeo Paulo Anais Jaboticabal UNESP 1991 p 242-244
GLIESSMAN S R Agroecologia Processos ecoloacutegicos em agricultura sustentaacutevelPorto Alegre Universidade Federal do Rio Grande do Sul - UFRGS 2000 653p
43
GLIESSMAN S R TURRIALBA C R Agroecologia Procesos Ecoloacutegicos en Agricultura Sostenible CATIE 2002 p 3-14
GNOATTO S C Caracterizaccedilatildeo quiacutemica de vermicompostos de diferentes substratos orgacircnicos Pelotas-RS 1999 38 f (Mestrado em Agronomia - Solos) - Faculdade de Agronomia Eliseu Maciel UFPel 1999
GOMES J C C BORBA M F S A moderna crise dos alimentos oportunidade para a agricultura familiar Emater Porto Alegre julset 2000 Disponiacutevel em lthttpwwwematertchebrdocsagroecorevistan313-artigo3htmgtAcesso em 24 fev 2002
GOMEZ H W Desenvolvimento sustentaacutevel agriacutecola e capitalismo In Desenvolvimento sustentaacutevel Necessidade eou disponibilidade Santa Cruz do Sul Nobel - UNISC 1997 p 65-77
GONZAacuteLEZ DE MOLINA M SEVILLA GUZMAacuteN E Ecologia campesinado e historia Para una reinterpretacioacuten dei desarrollo dei capitalismo en la agricultura In SEVILLA GUZMAacuteN E GONZAacuteLEZ DE MOLINA M (ed) Ecologia campesinado e historia Madrid La Piqueta 1993 p 23-129
GRIFFITH S A SCHNITZER M Analytical characteristic of humic and fulvic acids extracted from tropical volcanic soils Soil Sei Soc Am Proc v 39 p361-367 1975
GUIMARAtildeES E Caracterizaccedilatildeo quiacutemica estreptoscoacutepica e por anaacutelise teacutermica de aacutecidos huacutemicos e vermicompostos obtidos de estercos de diferentes animaisCuritiba 1997 Dissertaccedilatildeo (Mestrado em Quiacutemica) Universidade Federal do Paranaacute 1997
HESS A F Sociedade e meio ambiente uma relaccedilatildeo ambiacutegua Revista Cientiacutefica Rural Bageacute v 4 n2 p 167-1741999
ICEPA-SC Informes conjunturais sobre a cultura da cebola Disponiacutevel em lthttpwwwicepa combrgt Acesso em 23 jan 2003
JONES H A MANN L K Onions and their allies New York Interscience Publishers 1962 286 p
JUacuteNIOR H A de MAIORANO J A Receitas obtidas de extratos de plantasCampinas CATITerra Viva [199-] 10 f
KHATOUNIAN C A Ciclo de Palestras sobre Agricultura Orgacircnica 2a Ed SatildeoPaulo Fund Cargill 1997 149 p
KIEHL E J Fertilizantes Orgacircnicos Satildeo Paulo Ed Agronocircmica Ceres Ltda 1985 492p
44
KOEFF H H PETTERSSON B D SHAUMANN W Vida Vegetal solos e adubaccedilatildeo In Agricultura Biodinacircmica Satildeo Paulo Nobel 1983 p92-149
KONONOVA M M Soil organic matter The importance o f organic matter in soil formation and soil fertility New York Pergamqn Press 1961 p 165-200
KUHN T A Estrutura das Revoluccedilotildees Cientiacuteficas Satildeo Paulo Perspectiva 1989 257p
LANNA FCA ABREU C L ABREU J G SILVA V Resposta de cultivares de melancia cultivadas sob adubaccedilatildeo quiacutemica e orgacircnica Horticultura v 12 n l p85 1994
LEFF H Saber Ambiental Petroacutepolis Vozes 2001 343 p
MAGALHAtildeES J R Nutriccedilatildeo e adubaccedilatildeo da cebola In FERREIRA M E CASSTELLANE P D CRUZ M C P Nutriccedilatildeo e adubaccedilatildeo de hortaliccedilasPiracicaba POTAFOS 1993 p 381-393
MALAVOLTA E Elementos de nutriccedilatildeo mineral de plantas Satildeo Paulo Ed Agronocircmica Ceres Ltda 1980 251 p
MALAVOLTA E Manual de Quiacutemica Agriacutecola - Adubos e Adubaccedilatildeo 3a ed SatildeoPaulo Ed Agronocircmica Ceres Ltda 1981 606 p
MARTINEZ A A A grande e Poderosa Minhoca Jaboticabal Funep - Unesp1990 101 p
MARTINS S R Desenvolvimento e Sustentabilidade Horticultura Brasileira Brasiacutelia-DF v20 n2 julho 2002 Palestra apresentada no 42deg Congresso Brasileiro de Olericultura
MARTINS S R Limites Del Desarrollo Sostenible em Ameacuterica Latina En el marco de Ias poliacuteticas de (re)ajuste econocircmico Pelotas Editora UFPel 1997 135 P-
MARTINS S R Sustentabilidade na agricultura dimensotildees econocircmicas sociais e ambientais Revista Cientiacutefica Rural Bageacute v4 n 2 p 175-1871999
MATURANA H REZEPKA S N D E Formaccedilatildeo Humana e Capacitaccedilatildeo Rio de Janneiro Vozes 2000 8 6 p
MELLO A F SOBRINHO M O ARZOLLA S SILVEIRA R NETTO A C KIEHL J C Fertilidade do Solo Satildeo Paulo Nobel 1983
MENEZES JUacuteNIOR F O G D Caracterizaccedilatildeo de Diferentes substratos hortiacutecolas e seu efeito na produccedilatildeo de mudas de alface e couve-flor em ambiente protegido Pelotas 1998 141 p Dissertaccedilatildeo (Mestrado em Agronomia - Produccedilatildeo Vegetal) - Faculdade de Agronomia Eliseu Maciel UFPel 1998
45
MIBASA Mineraccedilatildeo Barreto SA Melhorador de Solos MB4 A Natureza Agradece Arapiraca-AL [199-] Folder
MINAMI K Os resumos da olericultura 2000 In AZEVEDO FILHO MARTINEZ FILHO (ed) Preccedilos agriacutecolas Piracicaba ESALQ 1999 p 4
MINAMI K Produccedilatildeo de Mudas de Alta Qualidade em Horticultura Satildeo Paulo TA Queiroz 1995
MORSELLI T B G A Cultivo sucessivo de alface sob adubaccedilatildeo orgacircnica em ambiente protegidoPelotas 2001 178 p Tese (Doutorado em Agronomia - Produccedilatildeo Vegetal) Faculdade de Agronomia Eliseu Maciel UFPel 2001
MORSELLI T B G A Resiacuteduos orgacircnicos em sistemas agriacutecolas Poliacutegrafo da Disciplina de Resiacuteduos orgacircnicos em sistemas agriacutecolas Curso de Poacutes-Graduaccedilatildeo em Agronomia-Produccedilatildeo Vegetal UFPel 2002
MULLER AM Efeitos da Aplicaccedilatildeo Foliar de um Biofertilizante Enriquecido no Estado fitossanitaacuterio de Tomate Ervilha e Beterraba Sob Manejo OrgacircnicoDissertaccedilatildeo (Mestrado no Programa de Poacutes-Graduaccedilatildeo em Agroecossistemas)1999 (Resumo)
NOLLA D Erosatildeo do Solo - O grande desafio Estado do Rio Grande do Sul SEAGRI desenvolvimento de recursos naturais renovaacuteveis 1982 412 p
PAGLIA AG MORSELLI TBGA PEIL RMN Teores de nutrientes pH e condutividade eleacutetrica da aacutegua em sistema ldquofloat^ngrdquo sob adiccedilatildeo de biofertilizantes Horticultura Brasileira v 20 n2 julho 2002 Suplemento 2
PAULUS G MULLER A BARCELLOS LAR Agroecologia aplicada praticas e meacutetodos para uma agricultura de base ecoloacutegica 2ed ver ampl Porto Alegre EMATERRS 2001 8 6 p
PEIXOTO R T dos G Composto orgacircnico aplicaccedilotildees benefiacutecios e restriccedilotildees de uso Horticultura Brasileira Brasiacutelia-DF v 18 p 56-64 julho 2000
PENTEADO SR Defensivos Alternativos e Naturais Satildeo Paulo 1999 95 p
PEREIRA AJ SOUZA RJ PEREIRA WR Efeito de diferentes doses de esterco de galinha e de curral sobre a produccedilatildeo de cebola Horticultura Brasileira v20 n2 julho 2002 Suplemento 2
PINHEIRO S BARRETO SB MB-4 agricultura sustentaacutevel trofobiose e biofertilizantes Fundaccedilatildeo Juquira CandiruMibasa 2000 273 p
PRIMAVESI A Agricultura Sustentaacutevel Satildeo Paulo Nobel 1992 142 p
PRIMAVESI A O manejo ecoloacutegico do solo Agricultura em regiotildees tropicais SatildeoPaulo Nobel 1982 541 p
46
PURCINO A A C ldquoNitrogecircniordquo Informe Agropecuaacuterio Belo Horizonte v7 n81 p 16-27 1981
QUIJANO F G Efeito da adubaccedilatildeo orgacircnica no desenvolvimento de duas cultivares de alface em ambiente protegido Pelotas 1999 116f Dissertaccedilatildeo (Mestrado em Agronomia - Produccedilatildeo Vegetal) Faculdade de Agronomia Eliseu Maciel UFPel 1999
RODRIGUES A N N Efeitos e residuais de superfosfato triplo sobre o rendimento de mateacuteria seca e absorccedilatildeo de foacutesforo pela aveia (Avena strigosa Schob) em solo Podzoacutelico Vermelho Escuro Porto Alegre 1984 59f Dissertaccedilatildeo (Mestrado em Agronomia) - Faculdade de Agronomia UFRGS 1984
RODRIGUES E T CASALI V W D Respostas da alface agrave adubaccedilatildeo orgacircnica II Teores conteuacutedos e utilizaccedilatildeo de macronutrientes em cultivares Rev Ceres Viccedilosa v 45 n 261 p 437-449 1998
SAMINEcircS T C O Produccedilatildeo orgacircnica de alimentos Horticultura Brasileira Brasiacutelia-DF v 17 n3 novembro 1999
SCHIEDECK G Ambiecircncia e resposta agronocircmica de meloeiro (Cucumis melo L) cultivado sob adubaccedilatildeo orgacircnica em ambiente protegido Pelotas lOOp Tese (Doutorado em Agronomia - Produccedilatildeo Vegetal) - Faculdade de Agronomia Eliseu Maciel UFPel 2002
SILVA JUacuteNIOR A A GIORGI E Substratos alternativos para a produccedilatildeo de mudas de tomate Agropecuaacuteria Catarinense Florianoacutepolis EPAGRI 1992 23 p
SILVA JUacuteNIOR A A MACEDO S G STUKER H Utilizaccedilatildeo de esterco de peru na produccedilatildeo de mudas de tomateiro Florianoacutepolis EPAGRI 1995 28 p (Boletim Teacutecnico 73)
TAGLIARI PS GRASSMANN H Minhoca a grande aliada da agricultura Agropecuaacuteria Catarinense v8 n l p 11-14 mar 1995
TEDESCO M J GIANELLO C Anaacutelises de solo plantas e outros materiais Porto Alegre Faculdade de Agronomia Departamento de Solos Universidade Federal do Rio Grande do Sul RS 1996
TENNANT D A Test of modified line intersect method of estimating root lenght Journal Ecology Oxford v 63 p 995-1001 1975
TIBAU A O Mateacuteria Orgacircnica do Solo Mateacuteria Orgacircnica e Fertilidade do SoloSatildeo Paulo Nobel 1984 p49-182
TIMM P J Anaacutelise comparativa dos sistemas de plantio convencional e cultivo miacutenimo de cebola sob adubaccedilatildeo orgacircnica e mineral Pelotas 2000 79 p Dissertaccedilatildeo (Mestrado em Agronomia - Produccedilatildeo Vegetal) - Faculdade de Agronomia Eliseu Maciel UFPel 2000
47
VALENZUELA HR CROSBY C Effect of compost applications on the yield of several vegetables in long-term organic farming experiments conduced in the tropics American Society Horticultural Science v33 n3 june 1998
VIGLIZZO E (ed) Subprograma Recursos Naturais y Sostenibilidad Agriacutecola documento marco Montevideo IICAPROCISUR 1995 p 75 - 78
WE1D J M TARDIN J M Proposta para a Ampliaccedilatildeo do Trabalho da ASPTA no Centro Sul do Paranaacute ASPTA Disponiacutevel em http wwwpronafgovbrEncontrotestosAS20PTA20Sul20ParanE1205 202002doc Acesso em 05 mai 2002
XAVIER SIMOacuteN F DOMINGUES D G Desenvolvimento Rural Sustentaacutevel uma perspectiva agroecoloacutegica Agroecologia e Desenvolvimento Rural Sustentaacutevel Porto Alegre EM ATERRS v2 n2 p 17-26 2001
ZABALETA J P Diagnoacutestico da Agricultura Familiar em Satildeo Joseacute do Norte - RSPelotas EMBRAPA-CPACT 1998 75 p (EMBRAPA-CPACT Documentos 44)
ZONTA E P MACHADO A A SILVEIRA P Sanest Sistema de anaacutelise estatiacutestica para microcomputadores Registrado na Secretaria Especial de Informaacutetica sob nuacutemero 066060 - categoria A Pelotas-RS Universidade Federal de Pelotas 1984
48
7 APEcircNDICE
APEcircNDICE A - Anaacutelise da adubaccedilatildeo de base e biofertilizantes utilizados na produccedilatildeo de mudas de cebola
TABELA 1 A Anaacutelise baacutesica do solo antes da incorporaccedilatildeo do feijatildeo miuacutedo + papua
Arg
pH IND
SMP
MO
P - n r - Na Al Ca__10Omlmdash
Mg
ppm -
6 53 67 089 8 6 27 1 04 05 0 2
Fonte LASFAEMUFPel (2002)
TABELA 2A Anaacutelise complementar do solo antes da incorporaccedilatildeo do feijatildeo-miuacutedo + papua
Cobre Zinco Manganecircs Ferro
(m v1)
04 05 26 007
Fonte LASFAEMUFPel (2002)
49
TABELA 3A Anaacutelise dos fertilizantes soacutelidos
Amostra pH limidade CN
C N P K Ca Mg
- g-ivg --
Cama de 849 2491 12 31042 2479 3888 3405 29875 463
aves
Esterco 74 3594 11 677 590 157 134 335 214
de curral
Huacutemus 684 5738 14 15965 1098 453 745 743 361
Fonte LASFAEMUFPel (2002)
TABELA 4A Anaacutelise quiacutemica dos biofertilizantes liacutequidos
Amostra N P K_ccedil H
Ca Mg Cu Zn Fe Mn
mdashgL bull
S Magro
m b 4
Urina
053
1652
8 2 2
008
395
0 0 0
149
1674
471
1902
6872
0 0 0
1150
4507
1172
7273
42
033
101389
920
0 0 0
6250
19458
781
35273
1123
0 2 1
Fonte LASFAEMUFPel (2002)
50
APEcircNDICE B - Condiccedilotildees climaacuteticas do local
TABELA 1B Condiccedilotildees de temperatura do local
___________ __________TEMPERATURA (degCgt
meses Meacutedia
Maacutexima
Meacutedia
MiacutenimaMeacutedia
Maacutexima
Absoluta
Miacutenima
Absoluta
Junho 225 87 156 320 25
Julho 225 85 155 285 30
Agosto 251 71 161 360 1 0
Fonte FEPAGROSCT 2002
TABELA 2B Condiccedilotildees de chuva do local
mdash CHUVA (mm)mdash
meses Ocorrida Normal Desvio Da Normal
Junho 1080 1 1 0 -2 0
Julho 1062 98 8 2
Agosto 1283 1 2 0 83
Fonte FEPAGROSCT 2002
51
TABELA 1C Produccedilatildeo de fitomassa fresca e seca (g) da parte aeacuterea altura de planta
(cm) e diacircmetro de colo (mm) de mudas de cebola Petrolini cultivadas
sob uma perspectiva agroecoloacutegica Pelotas-RS 2003
APEcircNDICE C - Anaacutelise estatiacutestica da parte aeacuterea
Causas G1 FFPA FSPA AP DC
da variaccedilatildeo --------- Quadrados meacutedios-
Blocos 3
Ad Base 2 175359071 1287102 2547419 1 11775
Biofertilizantes 2 126876 29011 87669ns 02185ns
Ad x Biofert 4 572378 31123 69106ns 04159
Resiacuteduo 24 34456 03048 27169 00290
Total 35
Meacutedia geral 93745 8772 320388 6741
CV 1980 6294 5145 2530
Significativo a 5ns Natildeo significativo
52
TABELA 1D Produccedilatildeo de fitomassa fresca e seca (g) comprimento (cm) e densidade
de raiacutezes (m cm3) de mudas de cebola Petrolini cultivadas sob uma
perspectiva agroecoloacutegica e razatildeo parte aeacutereasistema radicular Pelotas-
RS 2003
APEcircNDICE D - Anaacutelise estatiacutestica da raiz
Causas G1 FFR FSR CR RPASR DR
da variaccedilatildeo Quadrados meacutedios---------------
Blocos 3
Ad Base 2 27874 551 623 2 1 0 140
Biofertilizantes 2 178 0 1 0 ni 1504 l03ns 038ns
Ad x Biofert 4 190 058 318 294 183
Resiacuteduo 24 005 009 028 023 0 2 1
Total 35
Meacutedia geral 1818 228 184 387 333
C V 134 1356 448 1253 1396
Significativo a 5 ns Natildeo significativo
53
APEcircNDICE E - Anaacutelise estatiacutestica dos macronutrientes da parte aeacuterea da cebola
TABELA 1E Conteuacutedos (mg planta1) de nitrogecircnio foacutesforo potaacutessio caacutelcio e
magneacutesio no tecido vegetal de mud^s de cebola Petrolini cultivadas
sob uma perspectiva agroecoloacutegica Pelotas-RS 2003
Causas G1 bull N P K Ca Mg
da variaccedilatildeo
Blocos 3
Ad Base 2 13550306 446627 25509686 1031806 59007
Biofertilizantes 2 180610ns 16564 68153ns 39006 876ns
Ad x Biofert 4 454187 45743 1047539 46950 2464
Resiacuteduo 24 29769 1453 64313 3741 439
Total 35
Meacutedia geral 24921 4597 33366 6943 1615
C V 692 829 760 880 1297
Significativo a 5 ns Natildeo significativo
APEcircNDICE F - Fotos do experimento
FIGURA 2 Mudas de cebola (Allium cepa L) produzidas sob uma perspectiva agroecoloacutegica
APEcircNDICE F a Fotos do experimento
FIGURA 1 Adubaccedilatildeo verde com feijatildeo-miuacutedo e papuatilde utilizadas no manejo do solo
FIGURA 2 Mudas de cebola (Allium cepa L) produzidas sob urna perspectiva agroecoloacutegica
3
2 REVISAtildeO DE LITERATURA
ldquoAs novas eras natildeo comeccedilam de uma vez
Meu avocirc jaacute vivia no novo tempo
Meu neto viveraacute talvez ainda no velho
A nova carne eacute comida com os velhos garfos
(Bertold Brecht)
21 Desenvolvimento e sustentabilidade
Nenhuma espeacutecie viva com exceccedilatildeo do homem empreende esforccedilos de
desenvolvimento no sentido de crescimento material que sob as formas em que vem
sendo compreendido conduz sempre a algum tipo de agressatildeo contra o ambiente Os
esforccedilos presentes visando o progresso material assim como a maneira de satisfaccedilatildeo
das necessidades baacutesicas do homem no mundo de hoje revelam-se inconsistentes O
uso para esse fim de mateacuteria e energia em doses excessivas e crescentes tem exaurido
recursos ambientais acima de sua capacidade de regeneraccedilatildeo obviamente tendendo a
toma-los menos disponiacuteveis para as futuras geraccedilotildees
De acordo com Martins (2002) o Desenvolvimento Sustentaacutevel natildeo eacute um conceito
acabado trata-se de uma ideacuteia forccedila proacute-ativa e positiva mas que necessita ser
esclarecida quanto ao significado destes dois vocaacutebulos que lhe compotildee e o contexto em
que as pessoas com eles se relacionam Aleacutem disso isso afeta tanto como profissionais
cujas atividades vinculam-se diretamente ao trato com a natureza e portanto por ela satildeo
4
responsaacuteveis mas especialmente como cidadatildeos que constroem no seu cotidiano as
distintas dimensotildees do desenvolvimento sociais econocircmicas ambientais culturais
cientificas e tecnoloacutegicas juriacutedicas poliacuteticas e espirituais
Segundo Altieri amp Nicholls (2000) para o desenvolvimento de uma agricultura
sustentaacutevel as necessidades natildeo satildeo apenas bioloacutegicas ou teacutecnicas mas tambeacutem sociais
econocircmicas e poliacuteticas E inconcebiacutevel promover mudanccedilas ecoloacutegicas no setor agriacutecola
sem a defesa de mudanccedilas nas outras aacutereas da sociedade de modo a conscientizar o
homem sobre as condiccedilotildees necessaacuterias para a exploraccedilatildeo da natureza
A ideacuteia da sustentabilidade referente ao vocaacutebulo sustentaacutevel coloca-se como
contraponto ao caraacuteter perdulaacuterio do modelo prevalecente na medida em que o modelo
econocircmico praticado por um lado estaacute baseado no consumo da mateacuteria prima fornecida
pela natureza para a produccedilatildeo de bens e serviccedilos em descompasso com seu ritmo e
capacidade de fornecimento por outro tem tratado a natureza como mero depositaacuterio de
resiacuteduos sem considerar sua capacidade de absorccedilatildeo e reciclagem A sustentabilidade
contrapotildee-se agrave caracteriacutestica antropocecircntrica do modelo o homem como centro da
questatildeo numa postura dominante sobre o entorno natural cujas ferramentas cientiacuteficas e
tecnoloacutegicas embasam um modelo econocircmico que subjuga a natureza e coloca-se acima
desta O vocaacutebulo sustentaacutevel portanto se refere agrave capacidade de suporte da biosfera
sendo um fim a ser perseguido com o objetivo de garantir sua preservaccedilatildeo numa visatildeo
prospectiva ou seja que assegure o futuro planetaacuterio assumindo portanto o
compromisso com as geraccedilotildees vindouras (Martins 2002)
Quando se trata de apontar os possiacuteveis caminhos que levaratildeo a um novo padratildeo
produtivo e garanta a seguranccedila alimentar sem agredir o ambiente o caminho torna-se
mais difiacutecil Percebe-se que a noccedilatildeo de agricultura sustentaacutevel permanece cercada por
duacutevidas e contradiccedilotildees mesmo assim seu emprego toma-se cada vez mais frequumlente
(Ehlers 1999)
Haacute que se incorporar a concepccedilatildeo de entropia agrave noccedilatildeo de desenvolvimento visto
que a extraccedilatildeo e o transporte tambeacutem satildeo atividades econocircmicas que requerem cuidados
de manejo visando menores efeitos entroacutepicos ao meio ambiente Satisfazer as
necessidades presentes sem comprometer as possibilidades das futuras geraccedilotildees
satisfazerem as suas proacuteprias eacute o que necessita ser construiacutedo no cotidiano Esta natildeo eacute
uma tarefa faacutecil nos tempos atuais pois o mundo nunca passou por tanta incerteza e
nunca teve um presente tatildeo insustentaacutevel (Martins 1997)
211 Agroecologia Paradigma em construccedilatildeo
5
O seacuteculo passado assistiu a uma ineacutedita expansatildeo da capacidade humana de
agenciamento das forccedilas naturais promovida pelo saber teacutecnico-cientiacutefico cuja
centra lidade eacute hoje irreversiacutevel no que se refere as relaccedilotildees com a natureza Em relaccedilatildeo
ao conhecimento poucas aacutereas de interesse do homem moderno se ligam tanto agrave
pesquisa cientiacutefica como a questatildeo ambiental sendo um fenocircmeno de tendecircncia
internacional evidenciado a partir da deacutecada de 70 (Hess 1999)
A noccedilatildeo de paradigma eacute normalmente utilizada para estabelecer uma
diferenciaccedilatildeo entre dois momentos ou dois niacuteveis do processo de conhecimento
cientiacutefico (Capra 1997 Kuhn 1989) Para um entendimento miacutenimo do que significa
essa noccedilatildeo Costa Neto (1999) diz que se pode conceituar o paradigma enquanto um
modelo de ciecircncia que serve como referecircncia para todo um fazer cientiacutefico durante uma
determinada eacutepoca ou um periacuteodo de tempo demarcado e a partir de um certo momento
da histoacuteria da ciecircncia o referido modelo predominante tende a se esgotar em funccedilatildeo de
uma crise de confiabilidade nas bases estruturantes de seu conhecimento Desta forma o
paradigma passa a ser substituiacutedo por outro modelo cientiacutefico predominante Tambeacutem
pode ocorrer o fato de dois paradigmas disputarem o espaccedilo de hegemonia na
construccedilatildeo do conhecimento (Costa Neto 1999)
Os problemas com os quais nos deparamos hoje satildeo faces de uma crise uacutenica
diferentes do fazer cientiacutefico e proveniente de uma crise de percepccedilatildeo segundo Capra
(2 0 0 1 ) isto faz com que nossas instituiccedilotildees e noacutes em particular natildeo consiga perceber
claramente realidades complexas em um mundo globalmente interligado Ainda que as
soluccedilotildees para alguns de nossos principais problemas possam ser relativamente simples
ldquosoacute seratildeo possiacuteveis mediante uma mudanccedila radical em nossas percepccedilotildeesrdquo este eacute
tambeacutem o ldquoestopim para colocar em marcha medidas efetivasrdquo porque os governos e as
instituiccedilotildees jamais empreenderatildeo accedilotildees de fato enquanto as pessoas natildeo
compreenderem que satildeo parte do problema e da soluccedilatildeo e que eacute preciso assumir a
necessidade de mudar o rumo das coisas (Gomes amp Borba 2000)
Para Leff (2001) a agroecologia representa o ldquonascimento de um paradigmardquo que
eacute a alma da produccedilatildeo sustentaacutevel um processo que permite o resgate dos
conhecimentos proacuteprios e o renascimento do ser trazendo de volta as relaccedilotildees com os
seres humanos na medida em que o produtor cria atraveacutes de seu conhecimento o seu
proacuteprio saber-fazer numa relaccedilatildeo com a vida e com a terra
6
Segundo Costa Neto (1999) o paradigma agroecoloacutegico representa portanto a
linha de um posicionamento soacutecio-ambiental que tem uma vertente tecnoloacutegica apta a
ser uma alternativa agrave produccedilatildeo agriacutecola em grande escala e ao modelo tradicional
disciplinar
Hoje a agroecologia continua a fazer conexatildeo entre fronteiras estabelecidas Por
um lado estuda os processos econocircmicos e os agroecossistemas por outro eacute um agente
para as mudanccedilas sociais e ecoloacutegicas complexas que tenham necessidade de ocorrer no
futuro a fim de levar a agricultura para uma base verdadeiramente sustentaacutevel O
processo de mudanccedila estaria dirigido agrave busca de novos pontos de equiliacutebrio entre as
dimensotildees de produtividade estabilidade e equumlidade na atividade agraacuteria articuladas
entre si poreacutem em constante processo de adaptaccedilatildeo e retroalimentaccedilatildeo utilizando
estilos mais respeitosos com o ambiente com o propoacutesito de superar a crise enfrentada
pelos agricultores (Costabeber amp Moyano 2000)
De acordo com Altieri (2002) soacute uma compreensatildeo mais profunda da ecologia
humana e dos sistemas agriacutecolas pode levar a medidas coerentes com uma agricultura
sustentaacutevel Assim a ldquoemergecircncia da agroecologiardquo representa um enorme salto nesta
direccedilatildeo pois fornece os princiacutepios ecoloacutegicos baacutesicos para o estudo e tratamento dos
ecossistemas tanto produtivos quanto preservadores dos recursos naturais e que sejam
culturalmente sensiacuteveis socialmente justos e economicamente viaacuteveis
A transformaccedilatildeo ou substituiccedilatildeo de um modelo de desenvolvimento para outro
supotildee um processo de transiccedilatildeo que em alguns momentos caminha a passos lentos e
em outros pode trazer mudanccedilas bruscas e qualitativamente diferenciadas Esse
processo de transiccedilatildeo significa a conversatildeo de uma agricultura tradicional para uma
agricultura ecoloacutegica e socialmente equilibrada com base na sustentabilidade (Gomeacutez
1997)
Embora a falta de informaccedilatildeo da pesquisa possa ter contribuiacutedo para dificuldades
e experiecircncias negativas de muitos produtores estes tecircm fama de serem inovadores e
experimentadores desejosos de adotar novas praacuteticas no sentido de serem beneficiados
Nos uacuteltimos cinquumlenta anos a inovaccedilatildeo na agricultura tem sido impulsionada
principalmente pela ecircnfase em altos rendimentos e no lucro da unidade produtiva
Apesar da continuidade dessa forte pressatildeo econocircmica sobre a agricultura muitos
produtores convencionais estatildeo preferindo fazer a transiccedilatildeo para praacuteticas que satildeo mais
consistentes ambientalmente e tem o potencial de contribuir com a sustentabilidade da
agricultura em longo prazo (Gliessman 2000)
7
212 Agroecologia e agricultura familiar
O nuacutecleo por excelecircncia da produccedilatildeo sustentaacutevel eacute a agricultura familiar No
Brasil mais especificamente esta tecnologia estaacute sendo introduzida natildeo somente em
aacutereas de cultivo de agricultura familiar em geral mas especificamente em
assentamentos rurais Percebe-se dessa forma tratar-se de um tipo de produccedilatildeo que
tende a incorporar a dimensatildeo histoacuterico-social e a considerar os valores culturais e de
senso comum inerentes aos agricultores familiares (Costa Neto 1999)
Na agricultura familiar a sustentabilidade toma forma a partir do momento em
que comeccedilaram a ser incorporados aos debates os novos anseios da sociedade rural e
urbana relacionados a um novo projeto de desenvolvimento e na medida em que foram
buscadas orientaccedilotildees teoacutericas baseadas no paradigma agroecoloacutegico
De acordo com Maturana amp Rezepka (2000) a formaccedilatildeo do conhecimento natildeo eacute
entendida como simples treinamentos e teacutecnicas e seraacute um aspecto essencial desta
abordagem A valorizaccedilatildeo dos saberes dos agricultores sobre o ambiente as plantas o
solo e os processos ecoloacutegicos onde resgatam e aprimoram teacutecnicas proacuteprias e de
outros de origem cientiacutefica ou empiacuterica fundamentais dentro deste novo paradigma
(Altieri amp Nicholls 2000)
Neste sentido cientistas e extensionistas tecircm se surpreendido com a profundidade
destes conhecimentos e com a capacidade de vaacuterios destes agricultores de expocirc-los
mesmo nos ambientes acadecircmicos onde muitas vezes estatildeo mais avanccedilados que seus
interlocutores (Weid amp Tardin 2002) Isto revela a necessidade de sintonia entre a
Universidade e a Comunidade
Entatildeo a sutentabilidade ambiental em niacutevel local eacute positiva quando o manejo
realizado no agroecossistema aproveita a produtividade dos recursos naturais renovaacuteveis
(aqueles que funcionam mediante o fluxo solar) Ao contraacuterio pode natildeo ser positiva
quando as praacuteticas produtivas consistem na busca pela produtividade mediante a troca
econocircmica (importaccedilatildeo e exportaccedilatildeo de insumos e produtos) onde a terra eacute vista
unicamente como o suporte material (fiacutesico) das espeacutecies Neste caso o controle de
pragas a fertilizaccedilatildeo e outras praacuteticas necessaacuterias satildeo realizados mediante capital
produzido pelo homem degradando a base local de recursos naturais (Xavier Simoacuten amp
Domingues 2001)
8
213 O Mercado de produtos agroecoloacutegicos
O mercado de alimentos produzidos sob a orientaccedilatildeo agroecoloacutegica produzidos
sem utilizaccedilatildeo de agrotoacutexicos ou adubos minerais tem aumentado vertiginosamente em
todo o mundo Alguns dados indicam que esse segmento cresce anualmente cerca de
20 nos Estados Unidos 40 na Europa e 50 no Brasil e para comprovar tais
iacutendices basta verificar a proliferaccedilatildeo das feiras de produtores ecoloacutegicos nas cidades o
aumento dos espaccedilos para esses produtos nas gocircndolas das grandes redes de
supermercados e os movimentos ambientalistas e de consumidores que buscam uma
alimentaccedilatildeo mais saudaacutevel (Schiedeck 2002)
Sem duacutevida antes de tudo cabe salientar que a crise atual evidencia o equiacutevoco da
adoccedilatildeo de um modelo de produccedilatildeotransformaccedilatildeo que natildeo tem outra ambiccedilatildeo que natildeo a
de se adaptar agrave globalizaccedilatildeo Cabe a consideraccedilatildeo feita por Dufour (1999) de que o
mercado natildeo eacute uacutenico e monoliacutetico e portanto a produccedilatildeo social da qualidade natildeo
significa mais do mesmo (a adaptaccedilatildeo do que jaacute natildeo serve)
Na realidade pode-se identificar claramente dois mercados de natureza
fundamentalmente oposta que segundo Gomes amp Borba (2000) satildeo o de produtos
baacutesicos (leite cereais carnes brancas e vermelhas) e o de produtos elaborados
socialmente e de grande valor agregado por serem justos socialmente O mercado
mundial dos produtos baacutesicos eacute alimentado pelos excedentes agriacutecolas de grandes
produtores (Uniatildeo Europeacuteia Estados Unidos e Canadaacute) tambeacutem a soja e carne de
frango brasileira e o trigo argentino e os preccedilos nesses mercados satildeo extremamente
baixos e permaneceratildeo assim por muito tempo segundo relatos recentes do Banco
Mundial
Para produzir a preccedilos tatildeo baixos eacute necessaacuterio lanccedilar matildeo de todo tipo de
artifiacutecio como os hormocircnios os organismos geneticamente modificados as farinhas
animais esquecendo o meio ambiente e convivendo com exploraccedilotildees gigantescas
concentraccedilatildeo na posse da terra e com uma minoria de beneficiaacuterios dos programas de
ajuda puacuteblica os agromanagers (Gomes amp Borba 2000)
O mercado de produtos elaborados e de valor agregado obedece a outras regras
Mesmo que os agricultores busquem a maximizaccedilatildeo da produtividade natildeo se enfrentam
diretamente A produccedilatildeo ocorre em zonas geograacuteficas bem definidas e permite valorizar
o ldquosavoir-fairerdquo ou ldquoknow-howrdquo (em outras palavras natildeo necessariamente mas o
conhecimento ldquotradicionalrdquo) contribuindo para uma verdadeira economia local Esta eacute a
9
agricultura que ao mesmo tempo produz gera e preserva empregos Para caminhar ateacute
ela eacute necessaacuteria uma ampla alianccedila entre agricultores consumidores e movimentos
sociais para frear esta forma de ditadura dos mercados fonte do poder das
transnacionais agro-alimentares e quiacutemicas (Dufour 1999)
Por outra parte o mercado natildeo eacute linear e abstrato como querem fazer crer A
produccedilatildeo e o consumo sempre estaratildeo localizados e seratildeo realizados por produtores e
consumidores concretos isto permite falar em convenccedilatildeo ou negociaccedilotildees onde a
qualidade seja considerada na originalidade no bem comum ou na confianccedila entre pares
e colada aos produtos ainda mais quando se trata de alimentos Isto soacute seraacute possiacutevel
no local (sem ignorar o global) e levando em conta indicaccedilotildees como denominaccedilatildeo
ou indicaccedilatildeo de origem de processo ou de qualidade etc relacionados agraves
especificidades dos produtos o que tambeacutem deve ser objeto de negociaccedilatildeo para cada
lugar (eacute preciso lembrar que a participaccedilatildeo e as relaccedilotildees interpessoais satildeo determinantes
ao longo do processo) A produccedilatildeo social da qualidade eacute vista como estrateacutegia que
adquire sentido se considerada para o espaccedilo da Agricultura Familiar onde ainda eacute
possiacutevel estabelecer laccedilos de solidariedade entre produtores e consumidores (Gomes amp
Borba 2000)
De acordo com DrsquoAgostini amp Fantini (2002) tanto ou mais do que compreender a
dinacircmica de processos dos quais resultam produtos interessantes eacute compreender e
humanizar a dinacircmica de interesses sobre esses processos e produtos Os mesmos
autores dizem ainda que natildeo seria a solidariedade humana (a virtude pressuposta) que
emerge em especial na produccedilatildeo agroecoloacutegica mas sim a emergecircncia da rica
propriedade humana a generosidade que permite praticaacute-la em qualquer relaccedilatildeo entre
os homens
22 A cultura da cebola (Alliunt cepa L) e sua importacircncia
A cultura da cebola foi introduzida pelos accedilorianos no Brasil no seacuteculo XVIII nos
municiacutepio de Mostardas Rio Grande e Satildeo Joseacute do Norte no Estado do Rio Grande do
Sul (Garcia 1990) sendo a terceira hortaliccedila de maior importacircncia econocircmica para o
paiacutes (ICEPA 2003) Nas regiotildees Sul e Sudeste a cebolicultura constitui-se em atividade
socioeconocircmica de significativa relevacircncia para os Estados de Satildeo Paulo Santa
10
Catarina e Rio Grande do Sul nos quais se concentram mais de 76 da produccedilatildeo
nacional (Debarba et a i 1998)
A mais importante regiatildeo produtora do Rio Grande do Sul estaacute situada no litoral
Sul englobando os municiacutepios de Rio Grande Tavares Satildeo Joseacute do Norte e Mostardas
(Garcia 1997) e segundo ICEPASC (2003) esses quatro municiacutepios respondem por
cerca de 70 da produccedilatildeo de cebola do RS
Timm (2000) cita que cerca de 16000 famiacutelias rurais no Rio Grande do Sul tem
na cultura da cebola o seu principal meio de subsistecircncia No Municiacutepio de Satildeo Joseacute do
Norte a produccedilatildeo de cebola constitui uma atividade econocircmica quase exclusiva onde a
descapitalizaccedilatildeo dos agricultores ocasionou o abandono do meio rural por muitos deles
que acabaram por estabelecerem-se na periferia da zona urbana (Garcia 1997)
Aleacutem da descapitalizaccedilatildeo do produtor ocorrem problemas como a erosatildeo do solo
que segundo Zabaleta (1998) ocorre principalmente devido agrave accedilatildeo dos ventos fortes e
constantes caracteriacutesticos na regiatildeo sul-litoracircnea bem como a topografia plana e os
solos muito arenosos com lenccediloacuteis freaacuteticos superficiais contribuem para o
empobrecimento dos solos da regiatildeo principalmente ao se comparar com outras aacutereas
onde a cebola participa de sistemas produtivos juntamente com a produccedilatildeo leiteira o
arroz e hortaliccedilas diversas (Timm 2000)
221 Caracteriacutesticas agronocircmicas da cebola
A cebola eacute uma aliaacuteceae a planta eacute tenra atinge 60 cm de altura e apresenta folhas
tubulares e cerosas O caule verdadeiro eacute um disco comprimido na base da planta de
onde partem as folhas e raiacutezes que satildeo fasciculadas pouco ramificadas explorando um
volume de solo equivalente a um cilindro com 60 cm de altura e 25 cm de diacircmetro
(Filgueira 2000)
Cada planta apresenta 20 a 200 raiacutezes normalmente espessas (05 a 1 mm de
diacircmetro) e com pouca ramificaccedilatildeo e poucos pecirclos absorventes O crescimento eacute
vertical estendendo-se de 40 a 80 cm de profundidade Poucas raiacutezes ocupam mais de
15 cm do raio em tomo do bulbo Estas caracteriacutesticas tecircm implicaccedilotildees peculiares
quanto acirc localizaccedilatildeo e ao suprimento de nutrientes (Quanto menor o diacircmetro e maior a
ocorrecircncia de pecirclos absorventes maior seraacute a superfiacutecie de raiacutezes e consequumlentemente a
absorccedilatildeo de nutrientes (Magalhatildees 1993)
11
A fase vegetativa do ciclo da planta termina com o amadurecimento do bulbo
todavia trata-se de uma planta bienal considerando acirceu ciclo vital completo isto eacute da
semeadura ateacute a produccedilatildeo de novas sementes Apoacutes um periacuteodo invemal sob baixas
temperaturas haacute emissatildeo de um pendatildeo floral que pode alcanccedilar 150 cm de altura
terminando por uma inflorescecircncia tipo umbela simples inicialmente recoberta por
uma peliacutecula formada por centenas de pequenas flores (Filgueira 2000)
Segundo Clivela (1995) os fatores climaacuteticos de modo geral natildeo satildeo limitantes
para a produccedilatildeo de bulbos de cebola no Rio Grande do Sul Filgueira (2000) enfatiza
que no Brasil eacute uma das raras culturas oleraacuteceas nas quais o fotoperiacuteodo pode tornar-se
o fator limitante ocorrendo frustraccedilotildees da colheita caso as exigecircncias da planta natildeo
sejam satisfeitas
222 A produccedilatildeo de mudas de hortaliccedilas
As mais importantes modificaccedilotildees no sistema de produccedilatildeo nos uacuteltimos anos tecircm
sido feitas na produccedilatildeo de mudas Hoje eacute uma realidade os produtores se
especializarem em produzir mudas principalmente no Estado de Satildeo Paulo Para tanto
se busca atraveacutes da pesquisa as melhores fontes e combinaccedilotildees de substratos associados
ao sistema de produccedilatildeo conveniente para cada espeacutecie a fim de se obter melhorias na
propriedade no solo e na Olericultura (Giorgetti 1991)
O sistema agroecoloacutegico torna-se importante uma vez que a base da Horticultura
moderna eacute a produccedilatildeo de mudas de alta qualidade (Minami1995) a produccedilatildeo de mudas
de hortaliccedilas tem sido citada como a etapa mais importante do sistema produtivo (Silva
Junior et al 1995) Segundo Filgueira (2000) nesta fase natildeo se pode cometer erros
pois posteriormente seraacute mais difiacutecil de corrigi-los visto que para o cultivo da cebola a
muda refletiraacute na qualidade do bulbo
As mudas de hortaliccedilas podem ser consideradas tolerantes e natildeo tolerantes ao
transplante e dependem principalmente das condiccedilotildees ambientais necessitando de
cuidados No caso da cebola como satildeo produzidas com raiz nua os cuidados devem ser
maiores pois dependendo do estado em que se encontram mais ou menos susceptiacuteveis
aos estresses quando em contato com o campo podem resultar em desastre (Minami
1999)
A quantidade de nutrientes extraiacuteda pelas hortaliccedilas durante a fase de muda varia
em funccedilatildeo da espeacutecie da variedade ou da cultivar e do prazo necessaacuterio para a formaccedilatildeo
13
O composto humificado ou curado eacute rico em nutrientes que passaram parcialmente
da forma orgacircnica para a forma mineral assimilaacutevel pelas raiacutezes e com maior teor
coloidal que atua como fertilizante e eacute responsaacutevel pela capacidade melhoradora do
solo (Barreto 1985)
Uma das principais alternativas em termos de adubaccedilatildeo orgacircnica eacute o
vermicomposto Ele eacute um adubo orgacircnico estaacutevel rico em nutrientes inodoro de
coloraccedilatildeo escura obtido a partir da atividade das minhocas que potencializam a mateacuteria
prima utilizada no processo (principalmente esterco de bovino) proporcionando
diversos benefiacutecios para as plantas (Timm 2000)
231 Efeitos da adubaccedilatildeo orgacircnica no solo
O solo funciona como um organismo vivo em 1 grama de solo saudaacutevel vive uma
comunidade bioloacutegica de aproximadamente 1 0 0 0 0 espeacutecies diferentes como minhocas
larvas besouros colecircmbolos aacutecaros algas bacteacuterias e fungos Estes organismos
necessitam de alimentos para viver principalmente carbono e nitrogecircnio que estatildeo
presentes na palhada das culturas e no esterco de animais Em funccedilatildeo disso eacute
importante que o solo tenha um determinado teor de mateacuteria orgacircnica para fornecer os
alimentos e energia que os microacutebios precisam para viver (Paulus et al 2001)
O homem atraveacutes dos diferentes sistemas de preparo do solo e cultivos contiacutenuos
ou natildeo altera o comportamento do mesmo em relaccedilatildeo agraves reaccedilotildees quiacutemicas
propriedades fiacutesicas como capacidade de retenccedilatildeo de aacutegua lixiviaccedilatildeo de nutrientes
erosatildeo e como consequumlecircncia afeta a qualidade de organismos presentes no solo (Brady
1999) reduzindo paulatinamente o teor de mateacuteria orgacircnica (Primavesi1982)
Nos uacuteltimos anos tem-se observado em diferentes paiacuteses a ampliaccedilatildeo do uso de
adubos orgacircnicos Alguns apresentam oacutetimos resultados enquanto outros se mostram
tecnicamente inadequados Os principais adubos orgacircnicos encontrados no mercado satildeo
fertilizantes orgacircnicos de origem animal compostos de lixo urbanos compostos de
produtos industriais e huacutemus de minhoca Nestes fertilizantes estatildeo presentes a maioria
dos macronutrientes (nitrogecircnio foacutesforo potaacutessio caacutelcio magneacutesio enxofre) e
micronutrientes (zinco cobre boro ferro cobalto)essenciais para as plantas e nem
sempre encontrados em muitos fertilizantes minerais bem como uma gama de
microorganismos que vatildeo beneficiar a fauna e a flora do solo (Brady 1979 Kiehl
1985 Costa 1985 Garcia 1997)
14
Os adubos orgacircnicos satildeo amplamente empregados nos sistemas de produccedilatildeo de
alface como condicionadores do ambiente quiacutemico e fiacutesico da rizosfera e
consequumlentemente na resposta bioloacutegica das plantas (Rodrigues amp Casali 1998)
Considerando as necessidades hortiacutecolas de maior competitividade e o fato de natildeo
ser subsidiada o crescimento populacional e a industrializaccedilatildeo representam fatores
determinantes na geraccedilatildeo diaacuteria de enormes volumes de resiacuteduos podendo ser utilizados
pelos produtores com um maior retomo econocircmico possiacutevel Ao mesmo tempo a
questatildeo ambiental assume cada vez mais destaque na sociedade moderna repercutindo
em poliacuteticas governamentais bem como no setor produtivo do paiacutes e do mundo
fazendo com que a relaccedilatildeo do homem com a natureza seja repensada (Morselli 2001)
232 Efeitos da adubaccedilatildeo orgacircnica nas culturas
Segundo Paulus et al (2001) a mateacuteria orgacircnica tambeacutem eacute fonte de nutrientes
especialmente nitrogecircnio foacutesforo enxofre e micronutrientes aleacutem disso tem
capacidade de ldquoprenderrdquo micronutrientes e alguns elementos toacutexicos para as plantas
como o alumiacutenio Por exemplo os micronutrientes depois de presos satildeo liberados
lentamente no solo onde satildeo gradativamente aproveitados pelas plantas
O uso dos fertilizantes minerais elevam o custo de produccedilatildeo pois satildeo necessaacuterias
altas doses para o fornecimento dos teores de nutrientes demandados Por isso eacute
importante a geraccedilatildeo de tecnologias que poupem o consumo de fertilizantes minerais
desejaacutevel com vista agrave diminuiccedilatildeo do custo de produccedilatildeo (Rodrigues 1984) A produccedilatildeo
de hortaliccedilas sob a orientaccedilatildeo agroecoloacutegica leva em consideraccedilatildeo natildeo apenas os custos
de produccedilatildeo como tambeacutem a dependecircncia dos insumos principalmente quando se
considera a ldquoteoria da trofobioserdquo pelos efeitos maleacuteficos que os nutrientes prontamente
assimilaacuteveis podem causar as plantas (Chaboussou 1987)
Para Compagnoni amp Putzolu (1985) o vermicomposto eacute um autecircntico fertilizante
bioloacutegico que atua como corretivo do solo determinando caracteriacutesticas importantes
para a microflora pelos aacutecidos huacutemicos e as substacircncias fitoestimulantes Os autores
consideram ainda que as dejeccedilotildees das oligoquetas proporcionam a formaccedilatildeo de huacutemus
permitindo melhorar o solo razatildeo pela qual satildeo destinados agrave horticultura com oacutetimas
vantagens fiacutesicas e microbioloacutegicas enriquecendo a camada araacutevel
Em experimentos desenvolvidos durante cinco anos para avaliar o efeito da
aplicaccedilatildeo de compostos eou adubos nas culturas de alface manjericatildeo espinafre e
15
pepino Valenzuela amp Crosby (1998) compararam as produccedilotildees obtidas com composto
e a fertilizaccedilatildeo padratildeo e concluiacuteram que a utilizaccedilatildeo do composto em 20 Mg ha 1 mais
N-quiacutemico foi o melhor tratamento em todas as culturas estudadas
233 Plantas de cobertura do solo
As plantas mais usadas para adubaccedilatildeo de cobertura do solo satildeo as leguminosas
pois estas tecircm a capacidade de fixar o nitrogecircnio atmosfeacuterico e disponibiliza-lo agrave
cultura Primavesi (1992) cita que utilizando-se mucuna ervilhaca feijatildeo-de-porco
feijatildeo-miuacutedo crotalaacuteria e outras natildeo haacute necessidade de utilizar tanto nitrogecircnio em
cobertura embora natildeo se dispense uma calagem mais frequumlente pois ocorre um pouco
de acidificaccedilatildeo no solo como com qualquer adubaccedilatildeo nitrogenada Segundo a mesma
autora algumas leguminosas tecircm a capacidade de mobilizar o foacutesforo como o caupi
(feijatildeo-miuacutedo) outras mobilizam o caacutelcio como tremoccedilo
Para Brady (1999) a adubaccedilatildeo verde traz grandes benefiacutecios como suprimento de
mateacuteria orgacircnica sendo consideraacutevel a quantidade de resiacuteduos orgacircnicos devolvidos ao
solo adiccedilatildeo de nitrogecircnio nutrientes e conservaccedilatildeo do solo
Calegari (1998) comenta que quanto aos aspectos fiacutesicos os resiacuteduos tendem a
contribuir para uma melhoria da estrutura do solo percebida pelo aumento da
estabilidade dos agregados em aacutegua aumento da capacidade de retenccedilatildeo hiacutedrica
elevaccedilatildeo dos iacutendices de infiltraccedilatildeo de aacutegua no solo aumento da porosidade melhor
aeraccedilatildeo e diminuiccedilatildeo da densidade do solo
De acordo com Timm (2000) o papuatilde eacute uma excelente alternativa como cobertura
de solo para o cultivo miacutenimo da cebola pois na eacutepoca do transplante das mudas seu
ciclo vegetativo estaacute completo natildeo necessitando o dessecamento outra vantagem eacute que
o papuatilde apresenta bom controle com relaccedilatildeo agraves plantas invasoras da cebola reduzindo
ao longo dos anos o nuacutemero de capinas e a aplicaccedilatildeo de herbicidas
234 Adubaccedilatildeo foliar
Segundo Malavolta (1981) a utilizaccedilatildeo da adubaccedilatildeo foliar eacute complemento da
adubaccedilatildeo de solo natildeo substituto da mesma no que diz respeito ao fornecimento de
nitrogecircnio foacutesforo e potaacutessio para as culturas Da mesma maneira que as raiacutezes podem
perder para o solo parte dos elementos absorvidos as folhas tambeacutem o fazem pela accedilatildeo
16
de fatores internos (desordem fisioloacutegica estado nutricional etc) e externos (chuvas
orvalho nutriccedilatildeo do sistema radicular luz temperatura etc)
Para Chaboussou (1987) as plantas adquirem o maacuteximo de resistecircncia bioloacutegica
atraveacutes da nutriccedilatildeo (trofos) equilibrada Obviamente para que isto ocorra eacute necessaacuterio
que o solo esteja em equiliacutebrio dinacircmico o ambiente seja o mais estaacutevel e as plantas
selecionadas ou melhor adaptadas para poderem suportar as alteraccedilotildees extemporacircneas
ocasionadas pelos fenocircmenos meteoroloacutegicos e nas fases fonoloacutegicas criacuteticas do
crescimento e desenvolvimento (Pinheiro amp Barreto 2000)
O lixiviado das folhas enriquece as camadas superiores do solo e tende a
contrabalanccedilar as perdas de zonas mais profundas e mais distantes acumulando-os nas
suas proximidades tambeacutem influencia o nuacutemero e o comportamento dos
microrganismos que por sua vez alteram o processo de gecircnese do solo sua textura e
fertilidade A lixiviaccedilatildeo assim se toma importante no desenvolvimento da sucessatildeo
ecoloacutegica devido agrave ciclagem de elementos (Malavolta 1980)
Conforme Camargo (1975) a utilizaccedilatildeo de adubos foliares substitui parcialmente
a adubaccedilatildeo radicular em 20 a 25 podendo ser utilizada em varias pulverizaccedilotildees
24 Vermicompostagem
E o processo que consiste em se submeter diferentes resiacuteduos orgacircnicos de
origem animal eou vegetal aos processos fermentativos e humificaccedilatildeo adicionando
minhocas do gecircnero Eiseina espeacutecie foetida ao material procurando obter um produto
curado em aproximadamente 45 - 60 dias (Compagnoni amp Putzolu 1985)
A vermicompostagem firmou-se no Brasil como atividade rentaacutevel produzindo
adubo de alta qualidade na deacutecada de 90 Na agricultura brasileira contudo haacute
preferecircncia pelos adubos quiacutemicos em funccedilatildeo de sua aquisiccedilatildeo financiada menor custo
e retomo imediato embora o impacto de seu uso contiacutenuo sobre o solo e os
microorganismos que nele vivem seja negativo (Tagliari amp Grassmann 1995)
Segundo Morselli (2002) a vermicompostagem difere da compostagem
convencional dentre outros pocircr formar substacircncias huacutemicas mais rapidamente ao sofrer
passagem pelo trato digestivo das minhocas A alirdentaccedilatildeo destas satildeo basicamente os
estercos e a disponibilidade desta mateacuteria prima bem como de ambiente protegido para
proceder a compostagem correta deste material satildeo indispensaacuteveis
17
Segundo Kiehl (1985) e Martinez (1990) o vermicomposto apresenta as seguintes
vantagens em relaccedilatildeo a compostagem permite a formaccedilatildeo de um produto curado em
menor espaccedilo de tempo promove a formaccedilatildeo de um material com maior
disponibilidade de nutrientes facilita o peneiramento natildeo havendo a necessidade de
revolvimento do material oferece vaacuterias fontes de renda pois aleacutem do huacutemus fornece
minhocas e raccedilatildeo e quando aplicado ao solo tende a melhorar as propriedades fiacutesicas
quiacutemicas e bioloacutegicas
241 Resiacuteduos utilizados na vermicompostagem
2411 Resiacuteduos de origem animal
Segundo Bureacutes (1997) o esterco eacute uma mistura de fezes urina e camas que
podem estar constituiacutedas de palhas folhas secas serragem turfa casca de arroz e ateacute
terra Esse apresenta pH neutro e densidade que varia de 030 a 090 Kg dm3 segundo
seu estado de decomposiccedilatildeo Eacute influenciado por vaacuterios fatores como espeacutecie animal
raccedila idade alimentaccedilatildeo material utilizado como cama e tratamento da mateacuteria-prima
esterco (Kiehl 1985) Dentre os fatores apontados um dos mais importantes eacute a
alimentaccedilatildeo do animal quanto mais rica a alimentaccedilatildeo mais rica seraacute as dejeccedilotildees
(Gnoatto 1999) O volume de bacteacuterias vivas ou mortas encontradas no esterco
representam 20 a 30 do total delas se originam grande parte do nitrogecircnio sob a
forma de proteiacutena (Morselli 2002)
A origem do material utilizado para a produccedilatildeo de vermicomposto eacute fundamental
pois soacute uma mateacuteria-prima de qualidade resultaraacute em um produto final de boa qualidade
Dentre os estercos o de aves eacute empregado empiricamente na adubaccedilatildeo de culturas
permanente ou natildeo com excelentes resultados apesar de sua simples composiccedilatildeo
meacutedia 2 de nitrogecircnio 2 de foacutesforo como P2 0 5 e 1 de K2 0 Poreacutem haacute uma
grande variaccedilatildeo na sua constituiccedilatildeo a qual dependeraacute do manejo animal atraveacutes das
camas finalidade da criaccedilatildeo e natureza das camas (Morselli 2002)
2412 Resiacuteduos de origem vegetal
A mateacuteria orgacircnica pode ser preservada no solo por vaacuterios processos seja pela
simples incorporaccedilatildeo de resiacuteduos de culturas rotaccedilatildeo de culturas adubaccedilatildeo verde ou
18
pela adiccedilatildeo de materiais orgacircnicos capazes de elevar e manter a produtividade do solo
Da decomposiccedilatildeo dos resiacuteduos orgacircnicos adicionados ao solo resulta a liberaccedilatildeo de
grande quantidade de nutrientes principalmente o nitrogecircnio o potaacutessio e o enxofre
Aleacutem disso diversos atributos quiacutemicos e fiacutesicos do solo satildeo alterados pela
decomposiccedilatildeo desses resiacuteduos destacando-se o aumento da capacidade de troca de
caacutetions o aumento da retenccedilatildeo de aacutegua a melhoria da estabilidade dos agregados e da
aeraccedilatildeo (Fraser1963 Malavolta 1981 Mello et al 1983 Bonilla 1992)
Segundo Purcino (1981) quando a relaccedilatildeo CN eacute menor que 30 como no caso do
esterco de curral ou da palha de leguminosas a disponibilidade de nitrogecircnio eacute
imediata mas acima deste valor ocorre imobilizaccedilatildeo crescente deste nutriente Por esse
motivo estes materiais devem ser submetidos a uma degradaccedilatildeo bioloacutegica antes de
serem adicionados ao solo
25 Biofertilizantes
No Brasil ocorrem problemas crescentes com materiais derivados de sistemas
intensivos de criaccedilatildeo animal que acumulam resiacuteduo^ orgacircnicos com graves problemas
de contaminaccedilatildeo de cursos de aacutegua que na maioria das vezes se acumulam em um
uacutenico lugar e natildeo satildeo reciclados (Viglizzo 1995)
Visando amenizar tais situaccedilotildees os meacutetodos alternativos de adubaccedilatildeo controle de
doenccedilas pragas e plantas indesejaacuteveis tecircm sido muito estudado Dentro dessa linha de
pesquisa destaca-se o uso de mateacuteria orgacircnica atraveacutes tanto de sua incorporaccedilatildeo ao
solo como de sua transformaccedilatildeo para uso posterior na forma de biofertilizantes
(Khatounian 1997 Bettiol et al 1997)
Na complexa e elevada comunidade microbiana dos biofertilizantes encontram-se
bacteacuterias fungos leveduriformes filamentosos e actinomicetos (Bettiol apud Penteado
1999)
O agregado de macro e micronutrientes periodicamente ativa e enriquece a
fermentaccedilatildeo O uso de farinha de rocha tem sido vantajoso por ter baixo custo
comparado com os sais concentrados e purificados aleacutem de trazer alguns elementos
traccedilos de vital importacircncia para os microrganismos do solo como por exemplo o Gaacutelio
o Iodo e o Vanaacutedio (M1BASA 199-) O agregado de farinha de rocha ou sais
purificados ao fermentado faz com que estes nutrientes passem a fazer parte dos
microrganismos ou dos produtos orgacircnicos liberados durante a fermentaccedilatildeo sendo que
19
o ataque dos microrganismos atraveacutes de suas enzimas consegue liberar os elementos natildeo
atacados pelos aacutecidos industriais (Pinheiro amp Barreto 2000)
Os biofertilizantes tecircm sido empregados na agricultura ecoloacutegica como adubo
foliar para aumentar a resistecircncia contra pragas e doenccedilas Aleacutem disso o processo de
produccedilatildeo eacute bastante simples e por isso eacute viaacutevel sua produccedilatildeo na propriedade desde que
tenha esterco disponiacutevel (Penteado 1999)
Bettiol et al (1997) verificaram a presenccedila de diferentes espeacutecies de fungos
fiacutelamentosos e leveduriformes e bacteacuterias entre elas Bacillus spp na comunidade
microbiana do biofertilizante produzido segundo meacutetodo adotado pelo Centro de
Agricultura Ecoloacutegica Ipecirc Os autores verificaram ainda uma reduccedilatildeo da comunidade
microbiana ao longo da digestatildeo reduccedilatildeo essa mais acentuada logo apoacutes o acreacutescimo
dos sais contendo micronutrientes A accedilatildeo dos sais pode ser tanto por aumento na
pressatildeo osmoacutetica quanto pelo efeito direto sobre os microrganismos Para o controle de
doenccedilas de plantas satildeo importantes a presenccedila dos metaboacutelitos produzidos pelos
organismos presentes no biofertilizante e os proacuteprios microrganismos vivos
Os microrganismos transformam o material orgacircnico (esterco soro de leite caldo
de frutas palhas restos industriais etc) e cinzas produzindo vitaminas aacutecidos e sais
complexos importantes para regular e tonificar o metabolismo das plantas impedindo o
desenvolvimento de pragas e doenccedilas (Pinheiro amp Barreto 2000)
Em estudos feitos com o biofertilizante liacutequido de bovinos foi observado a
presenccedila de inuacutemeros microorganismos como bacteacuterias leveduras e bacilos
principalmente do Bacillus subtilis Estes microorganismos sintetizam substacircncias
antibioacuteticas as quais demonstram ter grande accedilatildeo e eficiecircncia como substacircncias
fungiostaacuteticas e bacteriostaacuteticas de fitopatoacutegenos causadores de danos em lavouras
comerciais (Penteado 1999)
Aldrighi et al (2002) realizaram trabalho na UFPel relacionado agrave nutriccedilatildeo de
mudas de tomate (Floradade) produzidas no sistema ldquofloatingrdquo Utilizaram-se doses de
0 2 5 e 10 para o biofertilizante Super Magro e 0 e 1 para a urina de vaca
Concluiacuteram que estes natildeo interferem na produccedilatildeo das mudas e que provavelmente foi
influenciado pelo substrato utilizado (vermicomposto 75 e casca de arroz carbonizada
25) bem como o sistema de produccedilatildeo (floating)
Paglia et al (2002) citam que eacute possiacutevel produzir mudas de tomate (cultivar
Floradede) utilizando urina de vaca e biofertilizante Super Magro na aacutegua em sistema
ldquofloatingrdquo em trabalho realizado na UFPel O uso da urina de vaca a 1 e 5 e
20
biofertilizante Super Magro a 6 proporcionam uma elevaccedilatildeo do foacutesforo bem como o
Super Magro a 6 eleva os teores de Mg e Ca na aacutegua
251 Urina de vaca
As urinas de vaca contecircm nutrientes favoraacuteveis ao bom desenvolvimento das
plantas como potaacutessio soacutedio nitrogecircnio enxofre magneacutesio caacutelcio foacutesforo e traccedilos de
outros elementos Nas plantas funciona como um fertilizante natural tomando-as mais
resistentes ao ataque das pragas e doenccedilas Satildeo encontradas tambeacutem na urina outras
substacircncias como fenoacuteis e principalmente o catecol que esta associado agrave recuperaccedilatildeo
de plantas atacadas por fitopatoacutegenos por ser um produto anti-seacuteptico (Penteado 1999)
Para seu emprego a urina receacutem coletada deve ser armazenada sob condiccedilotildees
ambientais por trecircs dias para que se forme amocircnio importante produto a ser absorvido
pelas plantas Recomenda-se ainda que o armazenamento deva ser feito em recipiente
fechado para que natildeo ocorram perdas de nitrogecircnio Desta forma poderaacute permanecer
por ateacute um ano sem comprometer sua eficiecircncia
Em hortaliccedilas o uso da urina de vaca eacute recomendado em pulverizaccedilotildees foliares
semanais na concentraccedilatildeo de 05 para tomateiro pimentatildeo pepino feijatildeo vagem e
couve ou quinzenais a 1 para as culturas do quiabeiro jiloeiro e berinjela Para
fruteiras em geral a primeira aplicaccedilatildeo deve ser na concentraccedilatildeo aproximada de 5
realizada diretamente no solo e mensalmente devem ser realizadas pulverizaccedilotildees
foliares a 1 para plantas jovens e a 5 para plantas adultas (Penteado 1999)
Na aplicaccedilatildeo foliar deve-se ter cuidado com folhas e brotos novos e considerar que
o uso contiacutenuo pode ser toacutexico podendo afetar o solo causando a sua acidificaccedilatildeo
(Penteado 1999)
Na Estaccedilatildeo Experimental da PESAGRO no municiacutepio de Macaeacute Rio de Janeiro
estaacute se utilizando a urina de vaca leiteira Os pesquisadores descobriram que a urina de
vaca em lactaccedilatildeo produzia o efeito de recuperar plantas de abacaxi atacadas por uma
doenccedila conhecida como ldquofusairioserdquo Essa doenccedila quando ataca o abacaxi causa
perdas de ateacute 70 da safra Todos os agrotoacutexicos testados natildeo conseguiram controlar a
doenccedila Isto eacute um exemplo para que a universidade tenha uma nova percepccedilatildeo (Capra
1996) adotando medidas efetivas que contribuam na transiccedilatildeo agroecoloacutegica Com o
uso da urina de vaca leiteira numa lavoura de abacaxi atacada pela fusariose observou-
se agrave recuperaccedilatildeo do stand e os frutos produzidos apresentaram excelente padratildeo
21
comercial Descobriu-se que aleacutem funcionar como adubo e defensivo natural a urina de
vaca leiteira tambeacutem favorece a floraccedilatildeo de muitas plantas e pode ser usada no
tratamento de frutos e tubeacuterculos depois da colheita
A urina de vaca em lactaccedilatildeo tambeacutem estaacute sendo usada nas lavouras de cafeacute em
plantaccedilotildees de maracujaacute coco alface e outras hortaliccedilas Na regiatildeo centro-sul do Paranaacute
os agricultores estatildeo aplicando a urina de vaca leiteira nas lavouras de feijatildeo soja
batata cebola e milho (Penteado 1999)
252 Alhol
A maioria dos defensivos alternativos tais como calda bordalesa sulfocaacutelcica
aacutegua de cinza e cal biofertilizante enriquecido extrato de fumo entre outros precisa
ser misturada com um espalhante adesivo para quebrar a tensatildeo superficial da gota e
propiciar um melhor molhamento das folhas e demais partes pulverizadas assegurando
uma absorccedilatildeo mais efetiva e uma melhor accedilatildeo sobre as pragas e doenccedilas Quando as
gotas permanecem inteiras sobre a superfiacutecie folhar devido agrave falta de espalhante
adesivo pode-se danificar os tecidos vegetais pelc efeito-lente quando o sol incide
sobre elas Aleacutem disso a gota por natildeo se espalhar sobre toda superfiacutecie folhar
concentra nela e consequumlentemente sobre o tecido que estaacute em contato com ela uma
quantidade maior do produto aplicado Essa maior concentraccedilatildeo pode prejudicar a
absorccedilatildeo e lesionar os tecidos principalmente apoacutes a evaporaccedilatildeo da aacutegua contida na
gota por resultar em uma maior concentraccedilatildeo de sais no local especialmente quando se
aplicam por exemplo calda sulfocaacutelcica bordalesa biofertilizante enriquecido com
macro e micronutrientes (Claro 2001)
O alhol eacute um espalhante adesivo ecoloacutegico que tambeacutem auxilia no controle de
pragas E elaborado com aacutegua alho oacuteleo vegetal e sabatildeo neutro a partir da sabedoria
popular que menciona o alho como repelente de insetos Juacutenior Abreu amp Maiorano
(199-) indicam formulaccedilotildees contendo alho para o controle de pragas como nematoacuteides
(Meloidogyne incoacutegnita e M javanica) mosca do chifre lagarta na maccedilatilde pulgotildees
besouro da batata trips e para controle de doenccedilas fuacutengicas e bacterianas como miacuteldio
ferrugem fusariose helminthosporiose murchadeira (Pseudonamos solacearum)
bruzone do arroz (Pyricularia orysae) podridatildeo negra do repolho e couve-flor
(Xanthomonas campestris) Aleacutem disso o alho pelo seu bom teor em oacuteleo pode agir
tambeacutem como espalhante adesivo O sabatildeo tambeacutem eacute indicado como espalhante adesivo
22
e possui accedilatildeo contra certas pragas (pulgotildees) sendo que o oacuteleo vegetal eacute indicado no
controle de cochonilhas e usado como espalhante adesivo (Claro 2001)
253 Calda Bordalesa
A calda bordalesa eacute um tradicional defensivo agriacutecola que pode ser preparado na
propriedade com a mistura de sulfato de cobre cal virgem e aacutegua As concentraccedilotildees de
sulfato de cobre e cal satildeo distintas dependendo do objetivo do seu emprego
Geralmente diferem de acordo com o tipo de planta ou espeacutecie vegetal as condiccedilotildees
climaacuteticas o grau de infestaccedilatildeo da doenccedila e a fase de crescimento da planta Eacute indicada
para o controle de miacuteldio alternaacuteria botrytis e antracnose (Penteado 1999)
A calda bordalesa caracteriza-se pela sua importante accedilatildeo no controle de diversas
doenccedilas fungicas nas mais diversas espeacutecies de culturas Possui tambeacutem uma relativa
accedilatildeo bactericida e em alguns casos age como repelente de insetos Da mistura do
sulfato de cobre com a cal resulta uma soluccedilatildeo rica em macronutrientes e
micronutrientes Provavelmente os expressivos resultados obtidos com a aplicaccedilatildeo da
calda bordalesa devam-se natildeo somente a sua accedilatildeo fuacutengica e bactericida mas sobretudo
agrave influecircncia positiva que exerce no metabolismo das plantas ativando o processo
enzimaacutetico e estimulando a proteossiacutentese aumentando a resistecircncia das plantas (Claro
2 0 0 1 ) caracteriacutestica fundamental na agricultura sustentaacutevel
254 Biofertilizante Super Magro
A calda Super Magro eacute produto da fermentaccedilatildeo de estercos animais enriquecidos
por micronutrientes e outros produtos de origem animal obtendo-se uma calda
biofertilizante para aplicaccedilatildeo foliar nas plantas (Penteado 1999) jaacute foram observados
bons resultados principalmente nas culturas de uva maccedila pecircssego tomate batata e
hortaliccedilas em geral
E indicado como fonte suplementar de micronutrientes para as plantas inibidor
de fungos e bacteacuterias causadores de doenccedilas e para aumentar a resistecircncia contra insetos
e aacutecaros (Penteado 1999) i
Muller (1999) avaliou a influecircncia do biofertilizante Super Magro sobre as
culturas de tomate (Lycopersicon esculentum Mill) ervilha (Pisum sativum L) e
beterraba (Beta vulgaris L) O autor obteve cultivos com baixa severidade de doenccedilas e
23
insetos fitoacutefagos possivelmente por causa do manejo orgacircnico de produccedilatildeo Os
resultados das pulverizaccedilotildees das soluccedilotildees foliares variaram conforme a cultura e o
clima
255 Biofertilizante MB4
A utilizaccedilatildeo das farinhas de rochas eacute uma das teacutecnicas mais modernas usadas nos
uacuteltimos anos na agricultura O elevado nuacutemero de nutrientes contidos no MB4 como
cobre zinco manganecircs cobalto soacutedio alumiacutenio silicatos de magneacutesio ferro e caacutelcio
acompanhado de foacutesforo potaacutessio e enxofre reagem com a soluccedilatildeo do solo liberando
elementos essenciais ao desenvolvimento da vida microbiana os quais exercem um
papel fundamental atraveacutes de transformaccedilotildees quiacutemicas e do equiliacutebrio bioloacutegico
favorecendo o desenvolvimento sadio das plantas (Pinheiro amp Barreto 2000)
24
3 MATERIAL E MEacuteTODOS
31 Local de execuccedilatildeo do experimento
O presente trabalho foi conduzido no Centro de Pesquisa da Regiatildeo Sul
(FEPAGROSUL) no municiacutepio de Rio Grande nlt periacuteodo de 15 de maio a 26 de
agosto de 2 0 0 2
O solo eacute classificado como ldquoTuiardquo satildeo muito arenosos As massas aquaacuteticas do
Oceano Atlacircntico e Lagoa dos Patos influenciam ventos temperatura pressatildeo umidade
relativa e demais fatores climaacuteticos A topografia da regiatildeo litoracircnea eacute plana com
lenccediloacuteis freaacuteticos superficiais
32 Anaacutelise estatiacutestica
O experimento foi constituiacutedo em fatorial 3X3 (Quadro 1) com quatro repeticcedilotildees
no delineamento blocos ao acaso As variaacuteveis respostas foram submetidas agrave anaacutelise de
variaccedilatildeo e ao teste de Duncan a 5 de probabilidade para comparaccedilatildeo das meacutedias
utilizando-se o sistema SANEST (Zonta amp Machado 1984)
As anaacutelises estatiacutesticas das variaacuteveis estudadas encontram-se nos Apecircndices C D
Os resultados das respostas agronocircmicas e das determinaccedilotildees dos conteuacutedos dos
macronutrientes bem como os de raiz estatildeo nas tabelas de 1 a 3
25
As diferentes adubaccedilotildees seratildeo representadas durante a discussatildeo da seguinte
forma 1 VB (30 t ha 1 de vermicomposto) 15 VB (45 t ha 1 de vermicomposto) e EC
(60 t ha 1 de esterco de curral) 1 VB+SM+U+CB (30 t ha 1 de vermicomposto mais
super magro mais urina de vaca mais calda bordalesa) 15 VB+SM+U+CB (45 t ha 1 de
vermicomposto mais super magro mais urina de vaca mais calda bordalesa)
EC+SM+U+CB (60 t ha 1 de esterco de curral mais super magro mais urina de vaca
mais calda bordalesa) 1 VB+MB4 +U+CB (30 t ha 1 de vermicomposto mais MB4 mais
urina de vaca mais calda bordalesa) 15 VB+MB4 +U+CB (45 t ha 1 de vermicomposto
mais MB4 mais urina de vaca mais calda bordalesa) EC+MB4 +U+CB (60 t ha 1 esterco
de curral mais MB4 mais urina de vaca mais calda bordalesa)
QUADRO 1 Descriccedilatildeo dos fatores experimentais e respectivos niacuteveis
Niacuteveis Fator 1 ADUBACcedilAtildeO DE BASE
0 1 Vermicomposto (30 t ha1)
0 2 Vermicomposto (45 t ha1)
03 Esterco de curral (60 t ha1)
Niacuteveis Fator 2 BIOFERTILIZANTES LIacuteQUIDOS
0 1 Super magro (5) + Urina de Vaca + Calda Bordalesa
0 2 MB4 (10) + Urina de vaca + Calda Bordalesa
03 Ausecircncia (testemunha)
33 Tratamentos
Da combinaccedilatildeo entre niacuteveis e fatores foram obtidos 9 tratamentos que estatildeo
descritos no Quadro 2 bem como as doses de adubaccedilatildeo utilizadas no experimento
26
QUADRO 2 Tratamentos e doses de adubaccedilatildeo utilizadas no experimento
TRATAMENTOS
Ndeg FATOR I FATOR II
0 1 30 t ha de vermicomposto Super magro 5 Urina de vaca Calda Bordalesa
0 2 30 t harsquo de vermicomposto MB4 10 Urina de vaca Calda Bordalesa
03 30 t ha de vermicomposto - - -
04 45 t ha de vermicomposto Super magro 5 Urina de vaca Calda Bordalesa
05 45 t ha de vermicomposto MB4 10 Urina de vaca Calda Bordalesa
06 45 t ha de vermicomposto - - -
07 60 t hade esterco Super Magro 5 Urina de vaca Calda Bordalesa
08 60 t hade esterco MB4 10 Urina de vaca Calda Bordalesa
09 60 t hade esterco - - -
Cada parcela foi constituiacuteda por dois canteiros medindo 1 m de largura x 2 m de
comprimento perfazendo 075 m de aacuterea de aacuterea uacutetil (025 m de bordadura) Foi
utilizando semeadura a lanccedilo com densidade de 24 g canteiro1
O vermicomposto a urina de vaca o esterco de curral o alhol os biofertilizantes e
a calda bordalesa foram de procedecircncia do Centro de Pesquisa da Regiatildeo Sul O
vermicomposto de esterco bovino misturado agraves cascas de frutas foi processado pela
minhoca vermelha califomiana Eisenia foetida)
O biofertilizante Super Magro foi elaborado segundo a metodologia descrita pela
FEPAGROSUL utilizando-se os seguintes componentes 190 litros de aacutegua 22 litros
de leite 55 Kg de accediluacutecar mascavo 30 Kg de esterco fresco de bovinos 2 Kg de
Sulfato de zinco 2 Kg de sulfato de magneacutesio 2 Kg de cloreto de caacutelcio 1 Kg de aacutecido
boacuterico 300 g de sulfato de cobre 300 g de sulfato de ferro 300 g de sulfato de
manganecircs 100 g de molibdato de soacutedio 50 g de sulfato de cobalto 3 Kg de fosfato
natural 3 Kg de cinza e 200 g de farinha de osso
A urina de vaca em lactaccedilatildeo foi coletada pela manhatilde e armazenada em recipiente
fechado por trecircs dias em condiccedilotildees ambientais para que se formasse a amocircnia e natildeo
ocorresse perda de nitrogecircnio
28
Realizaram-se duas capinas manuais durante o experimento e em seguida como
cobertura se colocou casca de arroz Tambeacutem foi aplicado esterco de aves 30 dias antes
da colheita na quantidade de 05 Kg canteiro 1 como adubaccedilatildeo de cobertura
As pulverizaccedilotildees com os produtos iniciaram apoacutes 15 dias da germinaccedilatildeo
Realizou-se sete aplicaccedilotildees sendo que as duas primeiras foram feitas apenas com
Super Magro e MB4 Na terceira e na quarta aplicaccedilatildeo utilizou-se urina de vaca e calda
bordalesa em concentraccedilotildees menores (05 e 025 respectivamente) e na quinta
aplicaccedilatildeo as dosagens de urina de vaca e calda bordalesa foram elevadas para 1 0 e
05 respectivamente ateacute o final do experimento O alhol foi utilizado a partir da
terceira pulverizaccedilatildeo na quantidade de 2 e seguiu ateacute o final no dia 26 de agosto
quando as mudas foram colhidas e posteriormente analisadas as variaacuteveis
35 Observaccedilotildees agronocircmicas
Foram utilizadas 20 mudas de cebola para obtenccedilatildeo das meacutedias das variaacuteveis as
quais foram as seguintes
351 Fitomassa fresca da parte aeacuterea e raiacutezes
Foi realizada atraveacutes de uma balanccedila digital procedendo-se a pesagem de 20
mudas de cebola previamente lavadas e posteriormente secadas durante uma hora sobre
um tecido de algodatildeo agrave temperatura ambiente Processo idecircntico foi adotado com as
raiacutezes
352 Fitomassa seca da parte aeacuterea e raiacutezes
Esta variaacutevel foi obtida a partir da secagem preliminar em estufa de ar forccedilado
durante 48 horas a 65 C ateacute peso constante com posterior pesagem em balanccedila
analiacutetica
353 Altura da muda
A altura de muda foi medida a partir do colo das plantas ateacute sua uacuteltima folha
(ponto de crescimento) com uma reacutegua graduada de 40 cm
29
354 Diacircmetro do colo das plantas
Esta medida foi realizada no ponto de transplante a 2 mm das raiacutezes e utilizando-
se um paquiacutemetro SOMET
355 Sistema radicular
Ao teacutermino do experimento foram retiradas as raiacutezes das mesmas plantas que foram
utilizadas para as determinaccedilotildees realizadas na parte aeacuterea procedendo-se uma amostra
de solo com raiacutezes de 2 0 cm de largura x 2 0 cm de comprimento e 2 0 cm de altura
totalizando 8000 cm3
As raiacutezes apoacutes serem lavadas em aacutegua corrente foram pesadas acondicionadas em
sacos plaacutesticos e congeladas para posteriores anaacutelises pelo meacutetodo de Tennant (1975)
para a determinaccedilatildeo do comprimento e densidade
3551 Comprimento de raiz
Utilizou-se para a determinaccedilatildeo do comprimento de raiz as seguintes foacutermulas
1 = ndeg x 1114 x 1 onde
1 - comprimento de raiz de uma amostra uacutemida de 0 0 2 g
ndeg - nuacutemero de intercessotildees das raiacutezes com os lados da quadriacutecula da malha do
aparelho
1114 - constante
1 - medida lateral da quadriacutecula em cm
Tomando-se a fiacutetomassa seca e o comprimento da raiz da cada amostra
relacionou-se com a fiacutetomassa seca e o comprimento total da raiz da planta aplicando-
se a seguinte equaccedilatildeo
L = (FSR x 1) FSPA onde
L - comprimento total da raiz da planta (m)
FSR - fiacutetomassa seca de raiz
FSPA - fiacutetomassa seca da parte aeacuterea
L - comprimento de raiz de uma amostra uacutemida de 002g
3552 Densidade de raiz
A densidade foi determinada pela foacutermula
D = L 8000 onde
D - densidade de raiacutezes (m cm3)
30
L - comprimento total de raiacutezes (m)
8 0 0 0 - volume da amostra (cm3)
3553 Razatildeo parte aeacutereasistema radicular
Este paracircmetro foi obtido pela equaccedilatildeo
RPASR = FSPA FSR onde
RPASR - razatildeo parte aeacuterea sistema radicular
FSPA - fitomassa seca da parte aeacuterea
FSR - fitomassa seca do sistema radicular
36 Determinaccedilatildeo de macronutrientes no tecido vegetal
Os macronutrientes nitrogecircnio foacutesforo potaacutessio caacutelcio e magneacutesio foram
determinados no laboratoacuterio de Fertilidade e Anaacutelise de Plantas do Departamento de
Solos da UFPel atraveacutes dos meacutetodos descritos por Tedesco amp Gianello (1996)
31
4 RESULTADOS E DISCUSSAtildeO
41 Anaacutelise das variaacuteveis
A anaacutelise da variaccedilatildeo mostrou que houve diferenccedila significativa na interaccedilatildeo entre
os fatores de adubaccedilatildeo de base e biofertilizantes liacutequidos com exceccedilatildeo da variaacutevel altura
de planta para a qual somente a adubaccedilatildeo de base mostrou-se significativa (Apecircndices
C D e E Tabelas 1C 1D e 1E)
411 Anaacutelise da parte aeacuterea
Na Tabela 1 destacaram-se as adubaccedilotildees EC+SM+U+CB EC+MB4 +U+CB e EC
que diferiram significativamente das demais adubaccedilotildees para as variaacuteveis fiacutetomassa
fresca da parte aeacuterea (FFPA) fiacutetomassa seca da parte aeacuterea (FSPA) altura de planta
(AP) e diacircmetro do colo (DC)
32
TABELA 1 Produccedilatildeo de fitomassa fresca e seca (g) da parte aeacuterea altura de planta
(cm) e diacircmetro de colo (mm) de mudas de cebola Petrolini cultivadas
sob uma perspectiva agroecoloacutegica Pelotas-RS 2003
BIOFERTILIZANTES LIacuteQUIDOSADUBACcedilAtildeO S Magro + MB4 +DE BASE Urina + Calda Urina + Calda Testemunha
Bordalesa Bordalesa
30 t ha de vermicomposto 7015 c A45 t halsquo de vermicomposto 7824 b B60 t ha de esterco de curral 12248 a C
30 t ha de vermicomposto 667 c A45 t ha de vermicomposto 752 b A60 t ha de esterco de curral 1150a C
30 t ha de vermicomposto 2975 b A45 t harsquo de vermicomposto 2775 b A60 t ha de esterco de curral 3600 a B
30 t ha de vermicomposto 631 b A45 t ha de vermicomposto 6 2 2 b B60 t ha de esterco de curral 741 a C
-Fitomassa fresca (g)----------------6270 c B 6885 b A8832 b A 6308 c C
15082 a A 13934 a BmdashFitomassa seca (g)----------------
625 c A 655 b A830 b A 607 b B
1345 a A 1262 a B-Altura de planta (cm)----------------
2950 b A 3050 b A2937 b A 2950 b A 3975 a A 3622 a B
-Diacircmetro de colo (mm)---------------592 c B 599 b B 657 b A 609 b B 819a A________ 793a B
Meacutedias seguidas pela mesma letra minuacutescula para as colunas (adubaccedilatildeo de base) e maiuacutesculas para as linhas (biofertilizantes) natildeo diferem entre si pelo teste de Duncan a 5
O efeito positivo do esterco bovino pode ser atribuiacutedo agraves melhorias nas condiccedilotildees
fiacutesicas do solo por ele proporcionado Segundo Primavesi (1982) e Compagnoni amp
Putzolu (1985) o esterco bovino apresenta propriedades condicionadoras do solo dando
agraves plantas melhores condiccedilotildees de desenvolvimento elevando sobremaneira os
conteuacutedos de fitomassa fresca das plantas que refletiratildeo nas demais respostas
agronocircmicas
Analisando as adubaccedilotildees de base em relaccedilatildeo aos biofertilizantes observa-se que
para os tratamentos 1 VB (30 t ha 1 de vermicomposto) - natildeo houve influecircncia dos
biofertilizantes para as variaacuteveis FSPA e AP enquanto destacou-se o SM+U+CB para o
DC e SM+U+CB e ausecircncia da adubaccedilatildeo liacutequida para a FFPA mostrando que o uso
dos biofertilizantes natildeo influenciou esta variaacutevel 15 VB (45 t ha 1 de vermicomposto) -
verificou-se a eficiecircncia do uso do MB4 +U+CB para as variaacuteveis FFPA e DC Para a
variaacutevel FSPA destacaram-se os dois biofertilizantes utilizados jaacute para AP natildeo houve
33
influecircncia destes EC (60 t ha 1 de esterco de curral) - em todas as variaacuteveis observadas
na tabela 5 as respostas foram significativas utilizando MB4 +U+CB
As respostas encontradas no presente trabalho para as variaacuteveis AP e FSPA foram
superiores as obtidas por Dalponte (1990) quando utilizado 0 esterco de curral para
produccedilatildeo de mudas de cebola
Segundo Filgueira (2000) os solos da regiatildeo produtora de cebola do RS satildeo
pobres em foacutesforo disponiacutevel (15 mg Kg1) necessitando portanto de adubaccedilotildees
fosfatadas elevadas As respostas aqui obtidas podem ser justificadas pelos teores de
foacutesforo contido no MB4
Follet et al (1981) citam a importacircncia do uso de compostos orgacircnicos no solo
enfatizando os estercos no sentido da decomposiccedilatildeo continuada no fornecimento de
nutrientes e na liberaccedilatildeo lenta e gradual de aacutecidos orgacircnicos influenciando a liberaccedilatildeo
do foacutesforo O que provavelmente pode ser atribuiacutedo agraves respostas encontradas no
presente trabalho para 0 tratamento Esterco de curral mais MB4 e Urina mais Calda
Bordalesa
E importante destacar que 0 sistema de produccedilatildeo de mudas de cebola sob uma
perspectiva agroecoloacutegica mostra-se eficiente quando visualmente natildeo percebe-se
diferenccedila significativa entre os tratamentos (Apecircndice F Figura 2)
Conveacutem ressaltar que quando trabalhamos com agroecologia natildeo existem
receitas nem pacotes tecnoloacutegicos prontos Cada situaccedilatildeo deveraacute ser estudada em
particular para que se faccedila recomendaccedilotildees adequadas ao ambiente local uma vez que
as plantas se adaptam ao meio estando a nutriccedilatildeo encarregada de proteger e manter o
equiliacutebrio do organismo vegetal em funccedilatildeo das alteraccedilotildees externas
E fundamental que se compreenda os princiacutepios norteadores de todo o processo
que satildeo as bases da luta por uma sociedade mais justa dentro de um mundo econocircmico e
ambientalmente mais sustentaacutevel
412 Anaacutelise do sistema radicular
Os resultados obtidos nas anaacutelises do sistema radicular (Tabela 2) mostram
diferenccedilas significativas entre as adubaccedilotildees para as variaacuteveis fitomassa fresca de raiz
(FFR) fitomassa seca de raiz (FSR) comprimento de raiz (CR) razatildeo parte
aeacutereasistema radicular (RPASR) e densidade de raiz (DR)
34
TABELA 2 Produccedilatildeo de fitomassa fresca e seca (g) comprimento (cm) e densidade de
raiacutezes (m cm3) de mudas de cebola Petrolini cultivadas sob uma
perspectiva agroecoloacutegica e razatildeo parte aeacutereasistema radicular Pelotas-
RS 2003
BIOFERTILIZANTES LIacuteQUIDOSADUBACcedilAO DE BASE
S Magro + MB4 +Urina + Calda Urina + Calda Testemunha
Bordalesa Bordalesa
de vermicomposto de vermicomposto de esterco de curral
de vermicomposto de vermicomposto de esterco de curral
de vermicomposto de vermicomposto de esterco de curral
de vermicomposto de vermicomposto de esterco de curral
1540 c A 1576 b B 2427 a A
Fitomassa fresca (g)----------------1502 c B 1517 b AB 1658 b A 1446 c C 2336 a B 2360 a B
--------------------Fitomassa seca (g)-------------------196 b A 207 ab A 170 b A170 b A 199 b A 192 b A 344 a A 249 a B 327 a A
Comprimento de raiz(cm)---------------1237 b A 1158 b A 1158 a A1237 b A 1060 c B 1040 b B1433 a A 1296 a B 1040 b C
30 t ha 45 t ha 60 t ha
30 t ha 45 t ha 60 t ha
30 t halsquo 45 t ha 60 t ha
30 t ha 45 t ha 60 t ha
30 t ha de vermicomposto 45 t ha de vermicomposto60 t ha~ de esterco de curral__________________________ _________________________Meacutedias seguidas pela mesma letra minuacutescula para as colunas (adubaccedilatildeo de base) e maiuacutesculas para as linhas (biofertilizantes) natildeo diferem entre si pelo teste de Duncan a 5
-----Razatildeo Parte AeacutereaSistema Radicular------340 b AB 301c B 384 a A446 a A 415 b A 326 a B339 b B 546 a A 388 a B
-------------- Densidade de raiz (m cm3)------------367 a AB 414 a A 325 b B282 b B 301b B 405 a A347 ab A 231c B 324 b A
Em relaccedilatildeo agraves adubaccedilotildees de base destacou-se o EC (60 t ha 1 de esterco de curral)
para as variaacuteveis FFR e FSR Quando adicionado o SM+U+CB os resultados para FFR
foram ainda melhores bem como o CR As respostas obtidas para a RPASR foram
variadas em relaccedilatildeo agraves adubaccedilotildees apresentando melhores resultados para 15 VB (45 t
ha 1 de vermicomposto)+SM+U+CB e ainda melhor para EC (60 t ha 1 de esterco de
curral)+MB4 +U+CB As adubaccedilotildees de base 1 VB 15 VB e EC natildeo diferiram entre si
As adubaccedilotildees mais eficientes para a variaacutevel DR foram 1 VB+SM+U+CV que natildeo
diferiu da EC+SM+U+CB I VB+ MB4 +U+CB e agrave 15 VB foram melhores entre as
demais
35
Analisando os biofertilizantes em relaccedilatildeo a cada adubaccedilatildeo de base verifica-se que
para a 1 VB (30 t ha 1 de vermicomposto)+SM+U+CB destaca-se a variaacutevel FFR
poreacutem sem diferenccedila significativa de 1 VB os melhpres resultados para a variaacutevel DR
foram encontrados pelo tratamento 1 VB+MB4 +U+CB e 15 VB (45 t ha 1 de
vermicomposto) tambeacutem se considera eficiente o 1 VB+SM+U+CB que natildeo diferiu do
EC (esterco de curral) Quando se utilizou 15 VB+ MB4 +U+CB houve resposta
significativa para a variaacutevel FFR para FSR as respostas natildeo foram diferentes com a
aplicaccedilatildeo dos biofertilizantes para as variaacuteveis FSR e DR as adubaccedilotildees EC e
EC+SM+U+CB natildeo diferiram entre si
Embora as respostas estatiacutesticas tenham sido diferentes para as adubaccedilotildees
combinadas ou natildeo pode-se salientar a importacircncia do aacutecido indol-aceacutetico como jaacute
citado anteriormente para as variaacuteveis avaliadas na parte aeacuterea das mudas de cebola
Respostas semelhantes nesse sentido foram encontradas para a cultura da alface por
Quijano (1999) e Morselli (2001)
Pereira et al (2002) concluiacuteram em trabalho realizado com a cultivar de cebola
CNPF1 6400 em Minas Gerais que a utilizaccedilatildeo de 20 t ha de esterco de curral
proporcionou os melhores resultados para a produccedilatildeo de cebola
Silva Juacutenior amp Giorgi (1992) e Menezes Juacutenior (1998) citam que doses elevadas
de mateacuteria orgacircnica podem prejudicar a primeira fase da germinaccedilatildeo (embebiccedilatildeo) e
absorccedilatildeo de aacutegua pelas raiacutezes das placircntulas No entanto no presente trabalho este fato
natildeo ocorreu embora a dose de esterco utilizada tenha sido de 60 t ha 1 (dose maacutexima
recomendada segundo Nolla 1982)
413 Anaacutelise de macronutrientes no tecido vegetal
Os resultados dos conteuacutedos de nitrogecircnio foacutesforo potaacutessio caacutelcio e magneacutesio no
tecido vegetal sob diferentes adubaccedilotildees encontrados na Tabela 3 indicam mais uma
vez a superioridade da adubaccedilatildeo esterco com 0 uso ou natildeo de biofertilizantes
36
TABELA 3 Conteuacutedos (mg planta1) de nitrogecircnio foacutesforo potaacutessio caacutelcio e
magneacutesio no tecido vegetal de mudas de cebola Petrolini cultivadas sob
uma perspectiva agroecoloacutegica Pelotas-RS 2003
BIOFERTILIZANTES LIacuteQUIDOS i J B
ADUBACcedilAtildeO S Magro + MB4 +DE BASE Urina + Calda Urina + Calda Testemunha
Bordalesa Bordalesamg plantas1
---- Nitrogecircnio-----30 t ha de vermicomposto 16593 c AB 15451 c B 19050 b A45 t ha de vermicomposto 21444 b A 22888 b A 17852 b B60 t ha de esterco de curral 32606 a C 37593 a B 40816 a A
--------------- ------ Foacutesforo------- -------------30 t ha de vermicomposto 3098 c B 2802 c B 3999 b A45 t ha de vermicomposto 4109 b A 4135 b A 2788 c B60 t ha de esterco de curral 5300 a B 7577 a A 7565 a A
------- Potaacutessio------30 t ha de vermicomposto 24327 c A 19900 c B 24965 b A45 t ha de vermicomposto 29113b A 29812 b A 22031 b B60 t ha de esterco de curral 44070 a B 51976 a A 54101 a A
-------- Caacutelcio-------30 t ha de vermicomposto 5027 c A 4356 c A 4834 b A45 t ha de vermicomposto 6114b A 6963 b A 4379 b B60 t ha de esterco de curral 9030 a C 11451 a A 10331 a B
------Magneacutesio-----30 t ha de vermicomposto 1188 b A 914 c A 1202 b A45 t ha de vermicomposto 1231 b B 1582 b A 1176 b B60 t ha de esterco de curral 2136a B 2443 a A 2663 a AMeacutedias seguidas pela mesma letra minuacutescula para as colunas (adubaccedilatildeo de base) e maiuacutesculas para as linhas (biofertilizantes) natildeo diferem entre si pelo teste de Duncan a
Em relaccedilatildeo agraves adubaccedilotildees de base observa-se que o melhor tratamento foi o
esterco de curral para todas as variaacuteveis Para 1 VB (30 t ha^ 1 de vermicomposto) natildeo
houve resposta diferenciada com o uso de bofertilizantes para todas as variaacuteveis A
adubaccedilatildeo 15 VB (45 t ha 1 de vemicomposto) foi influenciada pelos biofertilizantes
para as variaacuteveis N P K e Ca enquanto que para Mg somente o MB4+U+CB o
influenciou O EC (esterco de curral) mostrou diferenccedila significativa apenas para as
variaacuteveis Ca e Mg quando adicionado MB4+U+CB
Segundo Peixoto (2000) eacute fundamental a adiccedilatildeo de adubos orgacircnico no cultivo de
hortaliccedilas seja na forma de esterco decomposto composto ou huacutemus de minhoca de
37
modo a fornecer melhorias nas propriedades do solo vindo a disponibilizar os nutrientes
as diferentes culturas
O esterco fresco conteacutem muita cama celuloacutesica e um elevado teor de aacutegua No
esterco curtido a celulose jaacute estaacute decomposta o teor de aacutegua estaacute reduzido agrave metade e os
nutrientes em uma forma mais assimilaacutevel e mais concentrada O esterco fresco pode
causar uma deficiecircncia temporaacuteria de nitrogecircnio no solo ao se decompor o que natildeo
acontece com o biestabilizado (Kiehl 1985)Ocorre uma diminuiccedilatildeo inicial no volume
de aacutegua retido no esterco de curral diminui inicialmente em tomo de 3581 liberando
posteriormente somente 496 evidenciando a sua capacidade de retenccedilatildeo de aacutegua
(Menezes Juacutenior 1998)
A utilizaccedilatildeo continuada de adubos nitrogenados minerais no solo altera o balanccedilo
do nitrogecircnio entre o solo e planta No meacutetodo biodinacircmico eacute sublinhada a importacircncia
dos adubos animais para o estabelecimento da fertilidade permanente dos solos (Koeff
et al 1983)
Para Guimaratildees (1997) os benefiacutecios que a mateacuteria orgacircnica imprime ao solo
principalmente melhorando a produtividade fertilidade e a influencia que as substancias
huacutemicas exercem sobre o ambiente dependem da qualidade e do teor de mateacuteria
orgacircnica do solo Estas substacircncias por conterem nutrientes em sua constituiccedilatildeo em uma
forma mais disponiacutevel para as plantas promovem um equiliacutebrio no ambiente no solo
(Kononova 1966)
Aproximadamente de 60 a 70 do total de carbono do solo ocorre na forma de
materiais huacutemicos (Griffith amp Schnitzer 1975) sendo a eles atribuiacutedo a manutenccedilatildeo da
bioestrutura do solo aumentando a capacidade de retenccedilatildeo de aacutegua (Brady 1999)
Conforme Compagnoni amp Putzolu (1985) os estercos bem como os demais
resiacuteduos orgacircnicos apresentam conteuacutedos diferentes de aacutecidos huacutemicos e fuumllvicos sendo
atribuiacutedo ao acido huacutemico uma accedilatildeo fitoestimulante semelhante aos fitohormocircnios por
favorecer o desenvolvimento do sistema radicular e crescimento do caule
Em trabalho realizado por Guimaratildees (1997) foi encontrado para aacutecidos huacutemicos
de esterco bovino uma relaccedilatildeo CN 1035 e para vermicomposto bovino 17
evidenciando que o esterco quando aplicado ao solo por apresentar uma relaccedilatildeo CN
proacutexima deste reage mais facilmente liberando nutrientes para as plantas sem alterar a
cadeia troacutefiacuteca Dados encontrados no presente trabalho demonstram a eficiecircncia do
esterco nesse sentido
38
De acordo com Morselli (2001) vaacuterios trabalhos citam comentam e discutem a
capacidade dos vermicompostos em proporcionar oacutetimas colheitas e favorecer a
precocidade das plantas cultivadas Poreacutem muitas vezes se observa que mesmo
suprindo essas plantas com nutrientes necessaacuterios atraveacutes de huacutemus de diferentes fontes
as respostas natildeo satildeo as mesmas para uma mesma cultivar
Por outro lado os resultados com o uso de substacircncias huacutemicas satildeo variaacuteveis e
dependem aleacutem da espeacutecie testada das substacircncias huacutemicas utilizadas sua
concentraccedilatildeo o grau de purificaccedilatildeo e das condiccedilotildees experimentais A resposta das
plantas aos aacutecidos huacutemicos e fuacutelvicos eacute dependente da mateacuteria prima original e da
espeacutecie vegetal pois materiais orgacircnicos diferentes apresentam aacutecidos huacutemicos e
fuacutelvicos diferentes (Businelli 1990)
Justificam-se os maiores conteuacutedos de nitrogecircnio foacutesforo potaacutessio e caacutelcio nas
adubaccedilotildees 15 VB (45 t ha 1 de vermicomposto) e biofertilizantes devido
provavelmente ao vermicomposto utilizado apresentar na sua constituiccedilatildeo teores
consideraacuteveis destes elementos aleacutem do que os biofertilizantes possam ter influenciado
na absorccedilatildeo atraveacutes de sua constituiccedilatildeo Tibau (1984) considera que a urina de vaca eacute
rica em aacutecido indol-aceacutetico e este influencia na absorccedilatildeo radicular O efeito positivo
deste tratamento provavelmente seja devido agrave quantidade aplicada
O biofertilizante que se destacou foi o MB4+U+CB em relaccedilatildeo ao EC (esterco de
curral) e eacute somente para a variaacutevel caacutelcio Isto provavelmente seja devido ao alto teor
deste elemento encontrado na sua constituiccedilatildeo (6872 g Kg1) e pela influecircncia positiva
que a calda bordalesa exerce no metabolismo das plantas atraveacutes dos nutrientes
contidos em sua formulaccedilatildeo O Ca controla a absorccedilatildeo radicular e retorna ao solo pelo
esterco e palhas por apresentar-se em maior quantidade em folhas e caules Depois de
localizado nas folhas fica imoacutevel favorecendo a resistecircncia da planta ao ataque de
fungos
Este trabalho avanccedila no estudo da agroecologia estando claro que todos os
criteacuterios tem caraacuteter dinacircmico de adequaccedilatildeo as mudanccedilas de um sistema de produccedilatildeo
em evoluccedilatildeo contribuindo na transiccedilatildeo para um padratildeo sustentaacutevel Cabe a pesquisa a
reorientaccedilatildeo para um enfoque ldquosistecircmicordquo isto eacute que permita integrar os diversos
componentes de um agroecossistema e a adoccedilatildeo de poliacuteticas puacuteblicas que promovam 0
fortalecimento e a expansatildeo da agricultura familiar
39
5 CONCLUSOtildeES
Considerando os resultados obtidos e as condiccedilotildees em que o estudo foi realizado
conclui-se que
bull As respostas agronocircmicas das mudas de cebola para os paracircmetros avaliados
satildeo mais satisfatoacuterias com a aplicaccedilatildeo de esterco de curral como adubaccedilatildeo de
base
bull Os biofertilizantes mais urina de vaca e calda bordalesa proporcionam
respostas satisfatoacuterias quando aplicados associados agraves adubaccedilotildees de base
bull O biofertilizante MB4 mais urina de vaca e calda bordalesa eacute mais eficiente
que o super magro mais urina e calda bordalesa quando aplicado associado agrave
adubaccedilatildeo de base esterco de curral para os conteuacutedos de fitomassa secae
fresca da parte aeacuterea das plantas altura e diacircmetro de colo das mudas de
cebola
bull Os biofertilizantes adicionados agrave adubaccedilatildeo de base 45 t harsquo 1 de vermicomposto
bovino mostram respostas significativas para os conteuacutedos de fitomassa seca
bull Os maiores conteuacutedos nutricionais para as mudas de cebola satildeo
proporcionados pela adubaccedilatildeo de base esterco de curral
bull A maior absorccedilatildeo de caacutelcio pelas mudas de cebola ocorre quando da adiccedilatildeo do
biofertilizante MB4 mais urina e calda bordalesa agrave adubaccedilatildeo de base esterco de
curral
40
6 REFEREcircNCIAS BIBLIOGRAacuteFICAS
ALDRIGHI CB ABREU CM PAGLIA AG MORSELLI TBGA FERNANDES HS Efeito da aplicaccedilatildeo de biofertilizante e urina de vaca em mudas de tomateiro Horticultura Brasileira v20 n2 julho 2002 Suplemento 2
ALTIERI M NICHOLLS C I Agroecologia Teoria praacutectica para umaAgricultura Sustentable Ia ed PNUMA 2000 Cap 2 4 Seacuterie textos baacutesicos para la formacioacuten ambiental
ALTIERI M Agroecologia bases cientiacuteficas para uma agricultura sustentaacutevelGuaiacuteba Agropecuaacuteria 2002 592 p
ANTONIOLLI Z I GIRACCA E M N CARDOSO S J T WIETHAN M M S FERRI M Iniciaccedilatildeo agrave Minhocultura Criaccedilatildeo em Cativeiro e Vermicompostagem Santa Maria UFSM 1996 p59-89
BAYER C MIELNICZUC J Dinacircmica e funccedilatildeo da mateacuteria orgacircnica In SANTOS G de A S e CAMARGO F A de O (ed) Fundamentos da mateacuteria orgacircnica do solo ecossistemas tropicais e subtropicais Porto Alegre Genesis 1999 p 3-23
BARRETTO D X Composto Orgacircnico In Praacutetica em Agricultura Orgacircnica Satildeo Paulo iacutecone Ed Ltda 1985 p 51-63
BETTIOL W Alguns produtos alternativos para o controle de doenccedilas de plantasem agricultura orgacircnica II Ciclo de palestras sobre agricultura orgacircnica Instituto Bioloacutegico Satildeo Paulo p52-63 1997
41
BETTIOL W TRACH R GALVAtildeO JAH Controle de doenccedilas de plantas com biofertilizantes Jaguariuacutena EMBRAPA-CNPMA 1997 22p (EMBRAPA- CNPMA Circular Teacutecnica 02)
BRADY N C Natureza e propriedades dos sotos Rio de Janeiro Freitas BastosS A 1979 647p
BRADY N C Organisms and ecology of the soil In The nature of properties of soils Simon amp Schuster A Viacon Company New Jersey1999 402-489p
BON1LLA J A Fundamentos da Agricultura Ecoloacutegica Sobrevivecircncia eQualidade de Vida Satildeo Paulo Nobel 1992
BUREacuteS S Substratos Ediciones Agroteacutecnicas S L Madrid Octubre 1997
BUS1NELLI M Chemical Composition and Enzymic Activity of some Worm Cast Plant Soil v 80 p 1-2 1990
CALEGARI A Espeacutecies para cobertura de solo In IAPAR (Instituto Agronocircmico de Paranaacute) Plantio Direto pequena propriedade sustentaacutevel organizador Moacir Darolt Londrina - PR 1998 65-93
CAMARGO P N D Manual de Adubaccedilatildeo Foliar Satildeo Paulo Herba 1975
CAPRA F A Teia da Vida Satildeo Paulo Cultrix 1997 256p
CAPRA F O Ponto de Mutaccedilatildeo 22 ed Satildeo Paulo Cultrix 2001 447p
CHABOUSSOU F Plantas doentes pelo uso de agrotoacutexicos (A Teoria da Trofobiose) Porto Alegre LPM 1987 253 p
CLARO S A Referencias tecnoloacutegicos para a agricultura familiar ecoloacutegica aexperiecircncia da Regiatildeo Centro-Serra do Rio Grande do Sul Porto Alegre EMATERRS-ASCAR 2001 250p
CLIVELA G Diagnoacutestico Agronocircmico da cebola no Rio Grande do Sul Porto Alegre EMATERRS 1995 8 6 p
COMISSAtildeO DE FERTILIDADE DO SOLO - RSSC Recomendaccedilotildees de adubaccedilatildeo e calagem para os estados do Rio Grande do Sul e Santa Catarina 3 ed Passo Fundo SBCS - Nuacutecleo Regional Sul 1995 223p
COMPAGNONI L PUTZOLU G Cria moderna de Ias lombrices y utilizacioacutenrentable dei humus Barcelona Editorial de Vecchi- SA 1985127p
COSTABEBER J A MOYANO E Transiccedilatildeo agroecoloacutegica e accedilatildeo social coletiva Agroecologia e Desenvolvimento Rural Sustentaacutevel Porto Alegre v l n4 p 50- 60 outdez 2 0 0 0
42
COSTA M B B da Adubaccedilatildeo orgacircnica Nova siacutentese e novo caminho para aagricultura Satildeo Paulo Ed iacutecone Ltda 1985 102p
COSTA NETO C Agricultura Sustentaacutevel Tecnologias e Sociedade In CARVALHO COSTA LF et al (org) Mundo Rural e Tempo Presente Rio de Janeiro Mauad 1999
DrsquoAG0ST1NI R L FANTINI A C Produccedilatildeo orgacircnica tambeacutem socialmente excludente Agroecologia e Desenvolvimento Rural Sustentaacutevel Porto Alegre v3 n l p57-61 2002
DALPONTE J C V Utilizaccedilatildeo de materiais orgacircnicos e fertilizante mineral na produccedilatildeo e qualidade de mudas e bulbos de cebola (Alliurn Cepa L) Pelotas-RS 1990 (Mestrado em Agronomia) - Faculdade de Agronomia Eliseu Maciel UFPel 1990
DEBARBA J F THOMAZELLI L F GANDIN C L SILVA E Cadeias produtivas do Estado de Santa Catarina Cebola Florianoacutepolis Epagri 1998 115 p (EPAGRI Boletim Teacutecnico 96)
DUFOUR F Os saacutebios loucos do agro-alimentar Le Monde Diplomatique ano 1 n4 p6-7 1999 (ed portuguesa)
EHLERS E Agricultura Sustetaacutevel Origem e perspectivas de um novo paradigma 2 ed Guaiacuteba Agropecuaacuteria 1999 157 p
FILGUEIRA F A R Novo Manual de olericultura agrotecnologia moderna na produccedilatildeo e comercializaccedilatildeo de hortaliccedilas Viccedilosa UFV 2000 402 p
FRASER G K Mateacuteria Orgacircnica Del Suelo In BEAR F E (ed) Quiacutemica dei Suelo Madrid Ed Agrociencia 1963
FOLLET R H MURPHY L S DONAHUE R L Fertilizers and soil amendments New Jersey Printice-Hall Inc 1981 557p
GARCIA A Revista dei Espacio Rural Georgica Zaragoza Escuela Politeacutecnica de Huesca n5 1997
GARCIA A Versatildeo preliminar de um Programa Estadual de Produccedilatildeo e Comercializaccedilatildeo de Bulbos e Sementes de CebolaEMBRAPAIPAGROMARAEMATER 6 8 pbdquo 1990 (Publicaccedilatildeo avulsa)
GIORGETT1 J R Produccedilatildeo e Comercializaccedilatildeo de Mudas de Tomate In Encontro Nacional de Produccedilatildeo e Abastecimento de Tomate 2 1991 Jaboticabal Satildeo Paulo Anais Jaboticabal UNESP 1991 p 242-244
GLIESSMAN S R Agroecologia Processos ecoloacutegicos em agricultura sustentaacutevelPorto Alegre Universidade Federal do Rio Grande do Sul - UFRGS 2000 653p
43
GLIESSMAN S R TURRIALBA C R Agroecologia Procesos Ecoloacutegicos en Agricultura Sostenible CATIE 2002 p 3-14
GNOATTO S C Caracterizaccedilatildeo quiacutemica de vermicompostos de diferentes substratos orgacircnicos Pelotas-RS 1999 38 f (Mestrado em Agronomia - Solos) - Faculdade de Agronomia Eliseu Maciel UFPel 1999
GOMES J C C BORBA M F S A moderna crise dos alimentos oportunidade para a agricultura familiar Emater Porto Alegre julset 2000 Disponiacutevel em lthttpwwwematertchebrdocsagroecorevistan313-artigo3htmgtAcesso em 24 fev 2002
GOMEZ H W Desenvolvimento sustentaacutevel agriacutecola e capitalismo In Desenvolvimento sustentaacutevel Necessidade eou disponibilidade Santa Cruz do Sul Nobel - UNISC 1997 p 65-77
GONZAacuteLEZ DE MOLINA M SEVILLA GUZMAacuteN E Ecologia campesinado e historia Para una reinterpretacioacuten dei desarrollo dei capitalismo en la agricultura In SEVILLA GUZMAacuteN E GONZAacuteLEZ DE MOLINA M (ed) Ecologia campesinado e historia Madrid La Piqueta 1993 p 23-129
GRIFFITH S A SCHNITZER M Analytical characteristic of humic and fulvic acids extracted from tropical volcanic soils Soil Sei Soc Am Proc v 39 p361-367 1975
GUIMARAtildeES E Caracterizaccedilatildeo quiacutemica estreptoscoacutepica e por anaacutelise teacutermica de aacutecidos huacutemicos e vermicompostos obtidos de estercos de diferentes animaisCuritiba 1997 Dissertaccedilatildeo (Mestrado em Quiacutemica) Universidade Federal do Paranaacute 1997
HESS A F Sociedade e meio ambiente uma relaccedilatildeo ambiacutegua Revista Cientiacutefica Rural Bageacute v 4 n2 p 167-1741999
ICEPA-SC Informes conjunturais sobre a cultura da cebola Disponiacutevel em lthttpwwwicepa combrgt Acesso em 23 jan 2003
JONES H A MANN L K Onions and their allies New York Interscience Publishers 1962 286 p
JUacuteNIOR H A de MAIORANO J A Receitas obtidas de extratos de plantasCampinas CATITerra Viva [199-] 10 f
KHATOUNIAN C A Ciclo de Palestras sobre Agricultura Orgacircnica 2a Ed SatildeoPaulo Fund Cargill 1997 149 p
KIEHL E J Fertilizantes Orgacircnicos Satildeo Paulo Ed Agronocircmica Ceres Ltda 1985 492p
44
KOEFF H H PETTERSSON B D SHAUMANN W Vida Vegetal solos e adubaccedilatildeo In Agricultura Biodinacircmica Satildeo Paulo Nobel 1983 p92-149
KONONOVA M M Soil organic matter The importance o f organic matter in soil formation and soil fertility New York Pergamqn Press 1961 p 165-200
KUHN T A Estrutura das Revoluccedilotildees Cientiacuteficas Satildeo Paulo Perspectiva 1989 257p
LANNA FCA ABREU C L ABREU J G SILVA V Resposta de cultivares de melancia cultivadas sob adubaccedilatildeo quiacutemica e orgacircnica Horticultura v 12 n l p85 1994
LEFF H Saber Ambiental Petroacutepolis Vozes 2001 343 p
MAGALHAtildeES J R Nutriccedilatildeo e adubaccedilatildeo da cebola In FERREIRA M E CASSTELLANE P D CRUZ M C P Nutriccedilatildeo e adubaccedilatildeo de hortaliccedilasPiracicaba POTAFOS 1993 p 381-393
MALAVOLTA E Elementos de nutriccedilatildeo mineral de plantas Satildeo Paulo Ed Agronocircmica Ceres Ltda 1980 251 p
MALAVOLTA E Manual de Quiacutemica Agriacutecola - Adubos e Adubaccedilatildeo 3a ed SatildeoPaulo Ed Agronocircmica Ceres Ltda 1981 606 p
MARTINEZ A A A grande e Poderosa Minhoca Jaboticabal Funep - Unesp1990 101 p
MARTINS S R Desenvolvimento e Sustentabilidade Horticultura Brasileira Brasiacutelia-DF v20 n2 julho 2002 Palestra apresentada no 42deg Congresso Brasileiro de Olericultura
MARTINS S R Limites Del Desarrollo Sostenible em Ameacuterica Latina En el marco de Ias poliacuteticas de (re)ajuste econocircmico Pelotas Editora UFPel 1997 135 P-
MARTINS S R Sustentabilidade na agricultura dimensotildees econocircmicas sociais e ambientais Revista Cientiacutefica Rural Bageacute v4 n 2 p 175-1871999
MATURANA H REZEPKA S N D E Formaccedilatildeo Humana e Capacitaccedilatildeo Rio de Janneiro Vozes 2000 8 6 p
MELLO A F SOBRINHO M O ARZOLLA S SILVEIRA R NETTO A C KIEHL J C Fertilidade do Solo Satildeo Paulo Nobel 1983
MENEZES JUacuteNIOR F O G D Caracterizaccedilatildeo de Diferentes substratos hortiacutecolas e seu efeito na produccedilatildeo de mudas de alface e couve-flor em ambiente protegido Pelotas 1998 141 p Dissertaccedilatildeo (Mestrado em Agronomia - Produccedilatildeo Vegetal) - Faculdade de Agronomia Eliseu Maciel UFPel 1998
45
MIBASA Mineraccedilatildeo Barreto SA Melhorador de Solos MB4 A Natureza Agradece Arapiraca-AL [199-] Folder
MINAMI K Os resumos da olericultura 2000 In AZEVEDO FILHO MARTINEZ FILHO (ed) Preccedilos agriacutecolas Piracicaba ESALQ 1999 p 4
MINAMI K Produccedilatildeo de Mudas de Alta Qualidade em Horticultura Satildeo Paulo TA Queiroz 1995
MORSELLI T B G A Cultivo sucessivo de alface sob adubaccedilatildeo orgacircnica em ambiente protegidoPelotas 2001 178 p Tese (Doutorado em Agronomia - Produccedilatildeo Vegetal) Faculdade de Agronomia Eliseu Maciel UFPel 2001
MORSELLI T B G A Resiacuteduos orgacircnicos em sistemas agriacutecolas Poliacutegrafo da Disciplina de Resiacuteduos orgacircnicos em sistemas agriacutecolas Curso de Poacutes-Graduaccedilatildeo em Agronomia-Produccedilatildeo Vegetal UFPel 2002
MULLER AM Efeitos da Aplicaccedilatildeo Foliar de um Biofertilizante Enriquecido no Estado fitossanitaacuterio de Tomate Ervilha e Beterraba Sob Manejo OrgacircnicoDissertaccedilatildeo (Mestrado no Programa de Poacutes-Graduaccedilatildeo em Agroecossistemas)1999 (Resumo)
NOLLA D Erosatildeo do Solo - O grande desafio Estado do Rio Grande do Sul SEAGRI desenvolvimento de recursos naturais renovaacuteveis 1982 412 p
PAGLIA AG MORSELLI TBGA PEIL RMN Teores de nutrientes pH e condutividade eleacutetrica da aacutegua em sistema ldquofloat^ngrdquo sob adiccedilatildeo de biofertilizantes Horticultura Brasileira v 20 n2 julho 2002 Suplemento 2
PAULUS G MULLER A BARCELLOS LAR Agroecologia aplicada praticas e meacutetodos para uma agricultura de base ecoloacutegica 2ed ver ampl Porto Alegre EMATERRS 2001 8 6 p
PEIXOTO R T dos G Composto orgacircnico aplicaccedilotildees benefiacutecios e restriccedilotildees de uso Horticultura Brasileira Brasiacutelia-DF v 18 p 56-64 julho 2000
PENTEADO SR Defensivos Alternativos e Naturais Satildeo Paulo 1999 95 p
PEREIRA AJ SOUZA RJ PEREIRA WR Efeito de diferentes doses de esterco de galinha e de curral sobre a produccedilatildeo de cebola Horticultura Brasileira v20 n2 julho 2002 Suplemento 2
PINHEIRO S BARRETO SB MB-4 agricultura sustentaacutevel trofobiose e biofertilizantes Fundaccedilatildeo Juquira CandiruMibasa 2000 273 p
PRIMAVESI A Agricultura Sustentaacutevel Satildeo Paulo Nobel 1992 142 p
PRIMAVESI A O manejo ecoloacutegico do solo Agricultura em regiotildees tropicais SatildeoPaulo Nobel 1982 541 p
46
PURCINO A A C ldquoNitrogecircniordquo Informe Agropecuaacuterio Belo Horizonte v7 n81 p 16-27 1981
QUIJANO F G Efeito da adubaccedilatildeo orgacircnica no desenvolvimento de duas cultivares de alface em ambiente protegido Pelotas 1999 116f Dissertaccedilatildeo (Mestrado em Agronomia - Produccedilatildeo Vegetal) Faculdade de Agronomia Eliseu Maciel UFPel 1999
RODRIGUES A N N Efeitos e residuais de superfosfato triplo sobre o rendimento de mateacuteria seca e absorccedilatildeo de foacutesforo pela aveia (Avena strigosa Schob) em solo Podzoacutelico Vermelho Escuro Porto Alegre 1984 59f Dissertaccedilatildeo (Mestrado em Agronomia) - Faculdade de Agronomia UFRGS 1984
RODRIGUES E T CASALI V W D Respostas da alface agrave adubaccedilatildeo orgacircnica II Teores conteuacutedos e utilizaccedilatildeo de macronutrientes em cultivares Rev Ceres Viccedilosa v 45 n 261 p 437-449 1998
SAMINEcircS T C O Produccedilatildeo orgacircnica de alimentos Horticultura Brasileira Brasiacutelia-DF v 17 n3 novembro 1999
SCHIEDECK G Ambiecircncia e resposta agronocircmica de meloeiro (Cucumis melo L) cultivado sob adubaccedilatildeo orgacircnica em ambiente protegido Pelotas lOOp Tese (Doutorado em Agronomia - Produccedilatildeo Vegetal) - Faculdade de Agronomia Eliseu Maciel UFPel 2002
SILVA JUacuteNIOR A A GIORGI E Substratos alternativos para a produccedilatildeo de mudas de tomate Agropecuaacuteria Catarinense Florianoacutepolis EPAGRI 1992 23 p
SILVA JUacuteNIOR A A MACEDO S G STUKER H Utilizaccedilatildeo de esterco de peru na produccedilatildeo de mudas de tomateiro Florianoacutepolis EPAGRI 1995 28 p (Boletim Teacutecnico 73)
TAGLIARI PS GRASSMANN H Minhoca a grande aliada da agricultura Agropecuaacuteria Catarinense v8 n l p 11-14 mar 1995
TEDESCO M J GIANELLO C Anaacutelises de solo plantas e outros materiais Porto Alegre Faculdade de Agronomia Departamento de Solos Universidade Federal do Rio Grande do Sul RS 1996
TENNANT D A Test of modified line intersect method of estimating root lenght Journal Ecology Oxford v 63 p 995-1001 1975
TIBAU A O Mateacuteria Orgacircnica do Solo Mateacuteria Orgacircnica e Fertilidade do SoloSatildeo Paulo Nobel 1984 p49-182
TIMM P J Anaacutelise comparativa dos sistemas de plantio convencional e cultivo miacutenimo de cebola sob adubaccedilatildeo orgacircnica e mineral Pelotas 2000 79 p Dissertaccedilatildeo (Mestrado em Agronomia - Produccedilatildeo Vegetal) - Faculdade de Agronomia Eliseu Maciel UFPel 2000
47
VALENZUELA HR CROSBY C Effect of compost applications on the yield of several vegetables in long-term organic farming experiments conduced in the tropics American Society Horticultural Science v33 n3 june 1998
VIGLIZZO E (ed) Subprograma Recursos Naturais y Sostenibilidad Agriacutecola documento marco Montevideo IICAPROCISUR 1995 p 75 - 78
WE1D J M TARDIN J M Proposta para a Ampliaccedilatildeo do Trabalho da ASPTA no Centro Sul do Paranaacute ASPTA Disponiacutevel em http wwwpronafgovbrEncontrotestosAS20PTA20Sul20ParanE1205 202002doc Acesso em 05 mai 2002
XAVIER SIMOacuteN F DOMINGUES D G Desenvolvimento Rural Sustentaacutevel uma perspectiva agroecoloacutegica Agroecologia e Desenvolvimento Rural Sustentaacutevel Porto Alegre EM ATERRS v2 n2 p 17-26 2001
ZABALETA J P Diagnoacutestico da Agricultura Familiar em Satildeo Joseacute do Norte - RSPelotas EMBRAPA-CPACT 1998 75 p (EMBRAPA-CPACT Documentos 44)
ZONTA E P MACHADO A A SILVEIRA P Sanest Sistema de anaacutelise estatiacutestica para microcomputadores Registrado na Secretaria Especial de Informaacutetica sob nuacutemero 066060 - categoria A Pelotas-RS Universidade Federal de Pelotas 1984
48
7 APEcircNDICE
APEcircNDICE A - Anaacutelise da adubaccedilatildeo de base e biofertilizantes utilizados na produccedilatildeo de mudas de cebola
TABELA 1 A Anaacutelise baacutesica do solo antes da incorporaccedilatildeo do feijatildeo miuacutedo + papua
Arg
pH IND
SMP
MO
P - n r - Na Al Ca__10Omlmdash
Mg
ppm -
6 53 67 089 8 6 27 1 04 05 0 2
Fonte LASFAEMUFPel (2002)
TABELA 2A Anaacutelise complementar do solo antes da incorporaccedilatildeo do feijatildeo-miuacutedo + papua
Cobre Zinco Manganecircs Ferro
(m v1)
04 05 26 007
Fonte LASFAEMUFPel (2002)
49
TABELA 3A Anaacutelise dos fertilizantes soacutelidos
Amostra pH limidade CN
C N P K Ca Mg
- g-ivg --
Cama de 849 2491 12 31042 2479 3888 3405 29875 463
aves
Esterco 74 3594 11 677 590 157 134 335 214
de curral
Huacutemus 684 5738 14 15965 1098 453 745 743 361
Fonte LASFAEMUFPel (2002)
TABELA 4A Anaacutelise quiacutemica dos biofertilizantes liacutequidos
Amostra N P K_ccedil H
Ca Mg Cu Zn Fe Mn
mdashgL bull
S Magro
m b 4
Urina
053
1652
8 2 2
008
395
0 0 0
149
1674
471
1902
6872
0 0 0
1150
4507
1172
7273
42
033
101389
920
0 0 0
6250
19458
781
35273
1123
0 2 1
Fonte LASFAEMUFPel (2002)
50
APEcircNDICE B - Condiccedilotildees climaacuteticas do local
TABELA 1B Condiccedilotildees de temperatura do local
___________ __________TEMPERATURA (degCgt
meses Meacutedia
Maacutexima
Meacutedia
MiacutenimaMeacutedia
Maacutexima
Absoluta
Miacutenima
Absoluta
Junho 225 87 156 320 25
Julho 225 85 155 285 30
Agosto 251 71 161 360 1 0
Fonte FEPAGROSCT 2002
TABELA 2B Condiccedilotildees de chuva do local
mdash CHUVA (mm)mdash
meses Ocorrida Normal Desvio Da Normal
Junho 1080 1 1 0 -2 0
Julho 1062 98 8 2
Agosto 1283 1 2 0 83
Fonte FEPAGROSCT 2002
51
TABELA 1C Produccedilatildeo de fitomassa fresca e seca (g) da parte aeacuterea altura de planta
(cm) e diacircmetro de colo (mm) de mudas de cebola Petrolini cultivadas
sob uma perspectiva agroecoloacutegica Pelotas-RS 2003
APEcircNDICE C - Anaacutelise estatiacutestica da parte aeacuterea
Causas G1 FFPA FSPA AP DC
da variaccedilatildeo --------- Quadrados meacutedios-
Blocos 3
Ad Base 2 175359071 1287102 2547419 1 11775
Biofertilizantes 2 126876 29011 87669ns 02185ns
Ad x Biofert 4 572378 31123 69106ns 04159
Resiacuteduo 24 34456 03048 27169 00290
Total 35
Meacutedia geral 93745 8772 320388 6741
CV 1980 6294 5145 2530
Significativo a 5ns Natildeo significativo
52
TABELA 1D Produccedilatildeo de fitomassa fresca e seca (g) comprimento (cm) e densidade
de raiacutezes (m cm3) de mudas de cebola Petrolini cultivadas sob uma
perspectiva agroecoloacutegica e razatildeo parte aeacutereasistema radicular Pelotas-
RS 2003
APEcircNDICE D - Anaacutelise estatiacutestica da raiz
Causas G1 FFR FSR CR RPASR DR
da variaccedilatildeo Quadrados meacutedios---------------
Blocos 3
Ad Base 2 27874 551 623 2 1 0 140
Biofertilizantes 2 178 0 1 0 ni 1504 l03ns 038ns
Ad x Biofert 4 190 058 318 294 183
Resiacuteduo 24 005 009 028 023 0 2 1
Total 35
Meacutedia geral 1818 228 184 387 333
C V 134 1356 448 1253 1396
Significativo a 5 ns Natildeo significativo
53
APEcircNDICE E - Anaacutelise estatiacutestica dos macronutrientes da parte aeacuterea da cebola
TABELA 1E Conteuacutedos (mg planta1) de nitrogecircnio foacutesforo potaacutessio caacutelcio e
magneacutesio no tecido vegetal de mud^s de cebola Petrolini cultivadas
sob uma perspectiva agroecoloacutegica Pelotas-RS 2003
Causas G1 bull N P K Ca Mg
da variaccedilatildeo
Blocos 3
Ad Base 2 13550306 446627 25509686 1031806 59007
Biofertilizantes 2 180610ns 16564 68153ns 39006 876ns
Ad x Biofert 4 454187 45743 1047539 46950 2464
Resiacuteduo 24 29769 1453 64313 3741 439
Total 35
Meacutedia geral 24921 4597 33366 6943 1615
C V 692 829 760 880 1297
Significativo a 5 ns Natildeo significativo
APEcircNDICE F - Fotos do experimento
FIGURA 2 Mudas de cebola (Allium cepa L) produzidas sob uma perspectiva agroecoloacutegica
APEcircNDICE F a Fotos do experimento
FIGURA 1 Adubaccedilatildeo verde com feijatildeo-miuacutedo e papuatilde utilizadas no manejo do solo
FIGURA 2 Mudas de cebola (Allium cepa L) produzidas sob urna perspectiva agroecoloacutegica
4
responsaacuteveis mas especialmente como cidadatildeos que constroem no seu cotidiano as
distintas dimensotildees do desenvolvimento sociais econocircmicas ambientais culturais
cientificas e tecnoloacutegicas juriacutedicas poliacuteticas e espirituais
Segundo Altieri amp Nicholls (2000) para o desenvolvimento de uma agricultura
sustentaacutevel as necessidades natildeo satildeo apenas bioloacutegicas ou teacutecnicas mas tambeacutem sociais
econocircmicas e poliacuteticas E inconcebiacutevel promover mudanccedilas ecoloacutegicas no setor agriacutecola
sem a defesa de mudanccedilas nas outras aacutereas da sociedade de modo a conscientizar o
homem sobre as condiccedilotildees necessaacuterias para a exploraccedilatildeo da natureza
A ideacuteia da sustentabilidade referente ao vocaacutebulo sustentaacutevel coloca-se como
contraponto ao caraacuteter perdulaacuterio do modelo prevalecente na medida em que o modelo
econocircmico praticado por um lado estaacute baseado no consumo da mateacuteria prima fornecida
pela natureza para a produccedilatildeo de bens e serviccedilos em descompasso com seu ritmo e
capacidade de fornecimento por outro tem tratado a natureza como mero depositaacuterio de
resiacuteduos sem considerar sua capacidade de absorccedilatildeo e reciclagem A sustentabilidade
contrapotildee-se agrave caracteriacutestica antropocecircntrica do modelo o homem como centro da
questatildeo numa postura dominante sobre o entorno natural cujas ferramentas cientiacuteficas e
tecnoloacutegicas embasam um modelo econocircmico que subjuga a natureza e coloca-se acima
desta O vocaacutebulo sustentaacutevel portanto se refere agrave capacidade de suporte da biosfera
sendo um fim a ser perseguido com o objetivo de garantir sua preservaccedilatildeo numa visatildeo
prospectiva ou seja que assegure o futuro planetaacuterio assumindo portanto o
compromisso com as geraccedilotildees vindouras (Martins 2002)
Quando se trata de apontar os possiacuteveis caminhos que levaratildeo a um novo padratildeo
produtivo e garanta a seguranccedila alimentar sem agredir o ambiente o caminho torna-se
mais difiacutecil Percebe-se que a noccedilatildeo de agricultura sustentaacutevel permanece cercada por
duacutevidas e contradiccedilotildees mesmo assim seu emprego toma-se cada vez mais frequumlente
(Ehlers 1999)
Haacute que se incorporar a concepccedilatildeo de entropia agrave noccedilatildeo de desenvolvimento visto
que a extraccedilatildeo e o transporte tambeacutem satildeo atividades econocircmicas que requerem cuidados
de manejo visando menores efeitos entroacutepicos ao meio ambiente Satisfazer as
necessidades presentes sem comprometer as possibilidades das futuras geraccedilotildees
satisfazerem as suas proacuteprias eacute o que necessita ser construiacutedo no cotidiano Esta natildeo eacute
uma tarefa faacutecil nos tempos atuais pois o mundo nunca passou por tanta incerteza e
nunca teve um presente tatildeo insustentaacutevel (Martins 1997)
211 Agroecologia Paradigma em construccedilatildeo
5
O seacuteculo passado assistiu a uma ineacutedita expansatildeo da capacidade humana de
agenciamento das forccedilas naturais promovida pelo saber teacutecnico-cientiacutefico cuja
centra lidade eacute hoje irreversiacutevel no que se refere as relaccedilotildees com a natureza Em relaccedilatildeo
ao conhecimento poucas aacutereas de interesse do homem moderno se ligam tanto agrave
pesquisa cientiacutefica como a questatildeo ambiental sendo um fenocircmeno de tendecircncia
internacional evidenciado a partir da deacutecada de 70 (Hess 1999)
A noccedilatildeo de paradigma eacute normalmente utilizada para estabelecer uma
diferenciaccedilatildeo entre dois momentos ou dois niacuteveis do processo de conhecimento
cientiacutefico (Capra 1997 Kuhn 1989) Para um entendimento miacutenimo do que significa
essa noccedilatildeo Costa Neto (1999) diz que se pode conceituar o paradigma enquanto um
modelo de ciecircncia que serve como referecircncia para todo um fazer cientiacutefico durante uma
determinada eacutepoca ou um periacuteodo de tempo demarcado e a partir de um certo momento
da histoacuteria da ciecircncia o referido modelo predominante tende a se esgotar em funccedilatildeo de
uma crise de confiabilidade nas bases estruturantes de seu conhecimento Desta forma o
paradigma passa a ser substituiacutedo por outro modelo cientiacutefico predominante Tambeacutem
pode ocorrer o fato de dois paradigmas disputarem o espaccedilo de hegemonia na
construccedilatildeo do conhecimento (Costa Neto 1999)
Os problemas com os quais nos deparamos hoje satildeo faces de uma crise uacutenica
diferentes do fazer cientiacutefico e proveniente de uma crise de percepccedilatildeo segundo Capra
(2 0 0 1 ) isto faz com que nossas instituiccedilotildees e noacutes em particular natildeo consiga perceber
claramente realidades complexas em um mundo globalmente interligado Ainda que as
soluccedilotildees para alguns de nossos principais problemas possam ser relativamente simples
ldquosoacute seratildeo possiacuteveis mediante uma mudanccedila radical em nossas percepccedilotildeesrdquo este eacute
tambeacutem o ldquoestopim para colocar em marcha medidas efetivasrdquo porque os governos e as
instituiccedilotildees jamais empreenderatildeo accedilotildees de fato enquanto as pessoas natildeo
compreenderem que satildeo parte do problema e da soluccedilatildeo e que eacute preciso assumir a
necessidade de mudar o rumo das coisas (Gomes amp Borba 2000)
Para Leff (2001) a agroecologia representa o ldquonascimento de um paradigmardquo que
eacute a alma da produccedilatildeo sustentaacutevel um processo que permite o resgate dos
conhecimentos proacuteprios e o renascimento do ser trazendo de volta as relaccedilotildees com os
seres humanos na medida em que o produtor cria atraveacutes de seu conhecimento o seu
proacuteprio saber-fazer numa relaccedilatildeo com a vida e com a terra
6
Segundo Costa Neto (1999) o paradigma agroecoloacutegico representa portanto a
linha de um posicionamento soacutecio-ambiental que tem uma vertente tecnoloacutegica apta a
ser uma alternativa agrave produccedilatildeo agriacutecola em grande escala e ao modelo tradicional
disciplinar
Hoje a agroecologia continua a fazer conexatildeo entre fronteiras estabelecidas Por
um lado estuda os processos econocircmicos e os agroecossistemas por outro eacute um agente
para as mudanccedilas sociais e ecoloacutegicas complexas que tenham necessidade de ocorrer no
futuro a fim de levar a agricultura para uma base verdadeiramente sustentaacutevel O
processo de mudanccedila estaria dirigido agrave busca de novos pontos de equiliacutebrio entre as
dimensotildees de produtividade estabilidade e equumlidade na atividade agraacuteria articuladas
entre si poreacutem em constante processo de adaptaccedilatildeo e retroalimentaccedilatildeo utilizando
estilos mais respeitosos com o ambiente com o propoacutesito de superar a crise enfrentada
pelos agricultores (Costabeber amp Moyano 2000)
De acordo com Altieri (2002) soacute uma compreensatildeo mais profunda da ecologia
humana e dos sistemas agriacutecolas pode levar a medidas coerentes com uma agricultura
sustentaacutevel Assim a ldquoemergecircncia da agroecologiardquo representa um enorme salto nesta
direccedilatildeo pois fornece os princiacutepios ecoloacutegicos baacutesicos para o estudo e tratamento dos
ecossistemas tanto produtivos quanto preservadores dos recursos naturais e que sejam
culturalmente sensiacuteveis socialmente justos e economicamente viaacuteveis
A transformaccedilatildeo ou substituiccedilatildeo de um modelo de desenvolvimento para outro
supotildee um processo de transiccedilatildeo que em alguns momentos caminha a passos lentos e
em outros pode trazer mudanccedilas bruscas e qualitativamente diferenciadas Esse
processo de transiccedilatildeo significa a conversatildeo de uma agricultura tradicional para uma
agricultura ecoloacutegica e socialmente equilibrada com base na sustentabilidade (Gomeacutez
1997)
Embora a falta de informaccedilatildeo da pesquisa possa ter contribuiacutedo para dificuldades
e experiecircncias negativas de muitos produtores estes tecircm fama de serem inovadores e
experimentadores desejosos de adotar novas praacuteticas no sentido de serem beneficiados
Nos uacuteltimos cinquumlenta anos a inovaccedilatildeo na agricultura tem sido impulsionada
principalmente pela ecircnfase em altos rendimentos e no lucro da unidade produtiva
Apesar da continuidade dessa forte pressatildeo econocircmica sobre a agricultura muitos
produtores convencionais estatildeo preferindo fazer a transiccedilatildeo para praacuteticas que satildeo mais
consistentes ambientalmente e tem o potencial de contribuir com a sustentabilidade da
agricultura em longo prazo (Gliessman 2000)
7
212 Agroecologia e agricultura familiar
O nuacutecleo por excelecircncia da produccedilatildeo sustentaacutevel eacute a agricultura familiar No
Brasil mais especificamente esta tecnologia estaacute sendo introduzida natildeo somente em
aacutereas de cultivo de agricultura familiar em geral mas especificamente em
assentamentos rurais Percebe-se dessa forma tratar-se de um tipo de produccedilatildeo que
tende a incorporar a dimensatildeo histoacuterico-social e a considerar os valores culturais e de
senso comum inerentes aos agricultores familiares (Costa Neto 1999)
Na agricultura familiar a sustentabilidade toma forma a partir do momento em
que comeccedilaram a ser incorporados aos debates os novos anseios da sociedade rural e
urbana relacionados a um novo projeto de desenvolvimento e na medida em que foram
buscadas orientaccedilotildees teoacutericas baseadas no paradigma agroecoloacutegico
De acordo com Maturana amp Rezepka (2000) a formaccedilatildeo do conhecimento natildeo eacute
entendida como simples treinamentos e teacutecnicas e seraacute um aspecto essencial desta
abordagem A valorizaccedilatildeo dos saberes dos agricultores sobre o ambiente as plantas o
solo e os processos ecoloacutegicos onde resgatam e aprimoram teacutecnicas proacuteprias e de
outros de origem cientiacutefica ou empiacuterica fundamentais dentro deste novo paradigma
(Altieri amp Nicholls 2000)
Neste sentido cientistas e extensionistas tecircm se surpreendido com a profundidade
destes conhecimentos e com a capacidade de vaacuterios destes agricultores de expocirc-los
mesmo nos ambientes acadecircmicos onde muitas vezes estatildeo mais avanccedilados que seus
interlocutores (Weid amp Tardin 2002) Isto revela a necessidade de sintonia entre a
Universidade e a Comunidade
Entatildeo a sutentabilidade ambiental em niacutevel local eacute positiva quando o manejo
realizado no agroecossistema aproveita a produtividade dos recursos naturais renovaacuteveis
(aqueles que funcionam mediante o fluxo solar) Ao contraacuterio pode natildeo ser positiva
quando as praacuteticas produtivas consistem na busca pela produtividade mediante a troca
econocircmica (importaccedilatildeo e exportaccedilatildeo de insumos e produtos) onde a terra eacute vista
unicamente como o suporte material (fiacutesico) das espeacutecies Neste caso o controle de
pragas a fertilizaccedilatildeo e outras praacuteticas necessaacuterias satildeo realizados mediante capital
produzido pelo homem degradando a base local de recursos naturais (Xavier Simoacuten amp
Domingues 2001)
8
213 O Mercado de produtos agroecoloacutegicos
O mercado de alimentos produzidos sob a orientaccedilatildeo agroecoloacutegica produzidos
sem utilizaccedilatildeo de agrotoacutexicos ou adubos minerais tem aumentado vertiginosamente em
todo o mundo Alguns dados indicam que esse segmento cresce anualmente cerca de
20 nos Estados Unidos 40 na Europa e 50 no Brasil e para comprovar tais
iacutendices basta verificar a proliferaccedilatildeo das feiras de produtores ecoloacutegicos nas cidades o
aumento dos espaccedilos para esses produtos nas gocircndolas das grandes redes de
supermercados e os movimentos ambientalistas e de consumidores que buscam uma
alimentaccedilatildeo mais saudaacutevel (Schiedeck 2002)
Sem duacutevida antes de tudo cabe salientar que a crise atual evidencia o equiacutevoco da
adoccedilatildeo de um modelo de produccedilatildeotransformaccedilatildeo que natildeo tem outra ambiccedilatildeo que natildeo a
de se adaptar agrave globalizaccedilatildeo Cabe a consideraccedilatildeo feita por Dufour (1999) de que o
mercado natildeo eacute uacutenico e monoliacutetico e portanto a produccedilatildeo social da qualidade natildeo
significa mais do mesmo (a adaptaccedilatildeo do que jaacute natildeo serve)
Na realidade pode-se identificar claramente dois mercados de natureza
fundamentalmente oposta que segundo Gomes amp Borba (2000) satildeo o de produtos
baacutesicos (leite cereais carnes brancas e vermelhas) e o de produtos elaborados
socialmente e de grande valor agregado por serem justos socialmente O mercado
mundial dos produtos baacutesicos eacute alimentado pelos excedentes agriacutecolas de grandes
produtores (Uniatildeo Europeacuteia Estados Unidos e Canadaacute) tambeacutem a soja e carne de
frango brasileira e o trigo argentino e os preccedilos nesses mercados satildeo extremamente
baixos e permaneceratildeo assim por muito tempo segundo relatos recentes do Banco
Mundial
Para produzir a preccedilos tatildeo baixos eacute necessaacuterio lanccedilar matildeo de todo tipo de
artifiacutecio como os hormocircnios os organismos geneticamente modificados as farinhas
animais esquecendo o meio ambiente e convivendo com exploraccedilotildees gigantescas
concentraccedilatildeo na posse da terra e com uma minoria de beneficiaacuterios dos programas de
ajuda puacuteblica os agromanagers (Gomes amp Borba 2000)
O mercado de produtos elaborados e de valor agregado obedece a outras regras
Mesmo que os agricultores busquem a maximizaccedilatildeo da produtividade natildeo se enfrentam
diretamente A produccedilatildeo ocorre em zonas geograacuteficas bem definidas e permite valorizar
o ldquosavoir-fairerdquo ou ldquoknow-howrdquo (em outras palavras natildeo necessariamente mas o
conhecimento ldquotradicionalrdquo) contribuindo para uma verdadeira economia local Esta eacute a
9
agricultura que ao mesmo tempo produz gera e preserva empregos Para caminhar ateacute
ela eacute necessaacuteria uma ampla alianccedila entre agricultores consumidores e movimentos
sociais para frear esta forma de ditadura dos mercados fonte do poder das
transnacionais agro-alimentares e quiacutemicas (Dufour 1999)
Por outra parte o mercado natildeo eacute linear e abstrato como querem fazer crer A
produccedilatildeo e o consumo sempre estaratildeo localizados e seratildeo realizados por produtores e
consumidores concretos isto permite falar em convenccedilatildeo ou negociaccedilotildees onde a
qualidade seja considerada na originalidade no bem comum ou na confianccedila entre pares
e colada aos produtos ainda mais quando se trata de alimentos Isto soacute seraacute possiacutevel
no local (sem ignorar o global) e levando em conta indicaccedilotildees como denominaccedilatildeo
ou indicaccedilatildeo de origem de processo ou de qualidade etc relacionados agraves
especificidades dos produtos o que tambeacutem deve ser objeto de negociaccedilatildeo para cada
lugar (eacute preciso lembrar que a participaccedilatildeo e as relaccedilotildees interpessoais satildeo determinantes
ao longo do processo) A produccedilatildeo social da qualidade eacute vista como estrateacutegia que
adquire sentido se considerada para o espaccedilo da Agricultura Familiar onde ainda eacute
possiacutevel estabelecer laccedilos de solidariedade entre produtores e consumidores (Gomes amp
Borba 2000)
De acordo com DrsquoAgostini amp Fantini (2002) tanto ou mais do que compreender a
dinacircmica de processos dos quais resultam produtos interessantes eacute compreender e
humanizar a dinacircmica de interesses sobre esses processos e produtos Os mesmos
autores dizem ainda que natildeo seria a solidariedade humana (a virtude pressuposta) que
emerge em especial na produccedilatildeo agroecoloacutegica mas sim a emergecircncia da rica
propriedade humana a generosidade que permite praticaacute-la em qualquer relaccedilatildeo entre
os homens
22 A cultura da cebola (Alliunt cepa L) e sua importacircncia
A cultura da cebola foi introduzida pelos accedilorianos no Brasil no seacuteculo XVIII nos
municiacutepio de Mostardas Rio Grande e Satildeo Joseacute do Norte no Estado do Rio Grande do
Sul (Garcia 1990) sendo a terceira hortaliccedila de maior importacircncia econocircmica para o
paiacutes (ICEPA 2003) Nas regiotildees Sul e Sudeste a cebolicultura constitui-se em atividade
socioeconocircmica de significativa relevacircncia para os Estados de Satildeo Paulo Santa
10
Catarina e Rio Grande do Sul nos quais se concentram mais de 76 da produccedilatildeo
nacional (Debarba et a i 1998)
A mais importante regiatildeo produtora do Rio Grande do Sul estaacute situada no litoral
Sul englobando os municiacutepios de Rio Grande Tavares Satildeo Joseacute do Norte e Mostardas
(Garcia 1997) e segundo ICEPASC (2003) esses quatro municiacutepios respondem por
cerca de 70 da produccedilatildeo de cebola do RS
Timm (2000) cita que cerca de 16000 famiacutelias rurais no Rio Grande do Sul tem
na cultura da cebola o seu principal meio de subsistecircncia No Municiacutepio de Satildeo Joseacute do
Norte a produccedilatildeo de cebola constitui uma atividade econocircmica quase exclusiva onde a
descapitalizaccedilatildeo dos agricultores ocasionou o abandono do meio rural por muitos deles
que acabaram por estabelecerem-se na periferia da zona urbana (Garcia 1997)
Aleacutem da descapitalizaccedilatildeo do produtor ocorrem problemas como a erosatildeo do solo
que segundo Zabaleta (1998) ocorre principalmente devido agrave accedilatildeo dos ventos fortes e
constantes caracteriacutesticos na regiatildeo sul-litoracircnea bem como a topografia plana e os
solos muito arenosos com lenccediloacuteis freaacuteticos superficiais contribuem para o
empobrecimento dos solos da regiatildeo principalmente ao se comparar com outras aacutereas
onde a cebola participa de sistemas produtivos juntamente com a produccedilatildeo leiteira o
arroz e hortaliccedilas diversas (Timm 2000)
221 Caracteriacutesticas agronocircmicas da cebola
A cebola eacute uma aliaacuteceae a planta eacute tenra atinge 60 cm de altura e apresenta folhas
tubulares e cerosas O caule verdadeiro eacute um disco comprimido na base da planta de
onde partem as folhas e raiacutezes que satildeo fasciculadas pouco ramificadas explorando um
volume de solo equivalente a um cilindro com 60 cm de altura e 25 cm de diacircmetro
(Filgueira 2000)
Cada planta apresenta 20 a 200 raiacutezes normalmente espessas (05 a 1 mm de
diacircmetro) e com pouca ramificaccedilatildeo e poucos pecirclos absorventes O crescimento eacute
vertical estendendo-se de 40 a 80 cm de profundidade Poucas raiacutezes ocupam mais de
15 cm do raio em tomo do bulbo Estas caracteriacutesticas tecircm implicaccedilotildees peculiares
quanto acirc localizaccedilatildeo e ao suprimento de nutrientes (Quanto menor o diacircmetro e maior a
ocorrecircncia de pecirclos absorventes maior seraacute a superfiacutecie de raiacutezes e consequumlentemente a
absorccedilatildeo de nutrientes (Magalhatildees 1993)
11
A fase vegetativa do ciclo da planta termina com o amadurecimento do bulbo
todavia trata-se de uma planta bienal considerando acirceu ciclo vital completo isto eacute da
semeadura ateacute a produccedilatildeo de novas sementes Apoacutes um periacuteodo invemal sob baixas
temperaturas haacute emissatildeo de um pendatildeo floral que pode alcanccedilar 150 cm de altura
terminando por uma inflorescecircncia tipo umbela simples inicialmente recoberta por
uma peliacutecula formada por centenas de pequenas flores (Filgueira 2000)
Segundo Clivela (1995) os fatores climaacuteticos de modo geral natildeo satildeo limitantes
para a produccedilatildeo de bulbos de cebola no Rio Grande do Sul Filgueira (2000) enfatiza
que no Brasil eacute uma das raras culturas oleraacuteceas nas quais o fotoperiacuteodo pode tornar-se
o fator limitante ocorrendo frustraccedilotildees da colheita caso as exigecircncias da planta natildeo
sejam satisfeitas
222 A produccedilatildeo de mudas de hortaliccedilas
As mais importantes modificaccedilotildees no sistema de produccedilatildeo nos uacuteltimos anos tecircm
sido feitas na produccedilatildeo de mudas Hoje eacute uma realidade os produtores se
especializarem em produzir mudas principalmente no Estado de Satildeo Paulo Para tanto
se busca atraveacutes da pesquisa as melhores fontes e combinaccedilotildees de substratos associados
ao sistema de produccedilatildeo conveniente para cada espeacutecie a fim de se obter melhorias na
propriedade no solo e na Olericultura (Giorgetti 1991)
O sistema agroecoloacutegico torna-se importante uma vez que a base da Horticultura
moderna eacute a produccedilatildeo de mudas de alta qualidade (Minami1995) a produccedilatildeo de mudas
de hortaliccedilas tem sido citada como a etapa mais importante do sistema produtivo (Silva
Junior et al 1995) Segundo Filgueira (2000) nesta fase natildeo se pode cometer erros
pois posteriormente seraacute mais difiacutecil de corrigi-los visto que para o cultivo da cebola a
muda refletiraacute na qualidade do bulbo
As mudas de hortaliccedilas podem ser consideradas tolerantes e natildeo tolerantes ao
transplante e dependem principalmente das condiccedilotildees ambientais necessitando de
cuidados No caso da cebola como satildeo produzidas com raiz nua os cuidados devem ser
maiores pois dependendo do estado em que se encontram mais ou menos susceptiacuteveis
aos estresses quando em contato com o campo podem resultar em desastre (Minami
1999)
A quantidade de nutrientes extraiacuteda pelas hortaliccedilas durante a fase de muda varia
em funccedilatildeo da espeacutecie da variedade ou da cultivar e do prazo necessaacuterio para a formaccedilatildeo
13
O composto humificado ou curado eacute rico em nutrientes que passaram parcialmente
da forma orgacircnica para a forma mineral assimilaacutevel pelas raiacutezes e com maior teor
coloidal que atua como fertilizante e eacute responsaacutevel pela capacidade melhoradora do
solo (Barreto 1985)
Uma das principais alternativas em termos de adubaccedilatildeo orgacircnica eacute o
vermicomposto Ele eacute um adubo orgacircnico estaacutevel rico em nutrientes inodoro de
coloraccedilatildeo escura obtido a partir da atividade das minhocas que potencializam a mateacuteria
prima utilizada no processo (principalmente esterco de bovino) proporcionando
diversos benefiacutecios para as plantas (Timm 2000)
231 Efeitos da adubaccedilatildeo orgacircnica no solo
O solo funciona como um organismo vivo em 1 grama de solo saudaacutevel vive uma
comunidade bioloacutegica de aproximadamente 1 0 0 0 0 espeacutecies diferentes como minhocas
larvas besouros colecircmbolos aacutecaros algas bacteacuterias e fungos Estes organismos
necessitam de alimentos para viver principalmente carbono e nitrogecircnio que estatildeo
presentes na palhada das culturas e no esterco de animais Em funccedilatildeo disso eacute
importante que o solo tenha um determinado teor de mateacuteria orgacircnica para fornecer os
alimentos e energia que os microacutebios precisam para viver (Paulus et al 2001)
O homem atraveacutes dos diferentes sistemas de preparo do solo e cultivos contiacutenuos
ou natildeo altera o comportamento do mesmo em relaccedilatildeo agraves reaccedilotildees quiacutemicas
propriedades fiacutesicas como capacidade de retenccedilatildeo de aacutegua lixiviaccedilatildeo de nutrientes
erosatildeo e como consequumlecircncia afeta a qualidade de organismos presentes no solo (Brady
1999) reduzindo paulatinamente o teor de mateacuteria orgacircnica (Primavesi1982)
Nos uacuteltimos anos tem-se observado em diferentes paiacuteses a ampliaccedilatildeo do uso de
adubos orgacircnicos Alguns apresentam oacutetimos resultados enquanto outros se mostram
tecnicamente inadequados Os principais adubos orgacircnicos encontrados no mercado satildeo
fertilizantes orgacircnicos de origem animal compostos de lixo urbanos compostos de
produtos industriais e huacutemus de minhoca Nestes fertilizantes estatildeo presentes a maioria
dos macronutrientes (nitrogecircnio foacutesforo potaacutessio caacutelcio magneacutesio enxofre) e
micronutrientes (zinco cobre boro ferro cobalto)essenciais para as plantas e nem
sempre encontrados em muitos fertilizantes minerais bem como uma gama de
microorganismos que vatildeo beneficiar a fauna e a flora do solo (Brady 1979 Kiehl
1985 Costa 1985 Garcia 1997)
14
Os adubos orgacircnicos satildeo amplamente empregados nos sistemas de produccedilatildeo de
alface como condicionadores do ambiente quiacutemico e fiacutesico da rizosfera e
consequumlentemente na resposta bioloacutegica das plantas (Rodrigues amp Casali 1998)
Considerando as necessidades hortiacutecolas de maior competitividade e o fato de natildeo
ser subsidiada o crescimento populacional e a industrializaccedilatildeo representam fatores
determinantes na geraccedilatildeo diaacuteria de enormes volumes de resiacuteduos podendo ser utilizados
pelos produtores com um maior retomo econocircmico possiacutevel Ao mesmo tempo a
questatildeo ambiental assume cada vez mais destaque na sociedade moderna repercutindo
em poliacuteticas governamentais bem como no setor produtivo do paiacutes e do mundo
fazendo com que a relaccedilatildeo do homem com a natureza seja repensada (Morselli 2001)
232 Efeitos da adubaccedilatildeo orgacircnica nas culturas
Segundo Paulus et al (2001) a mateacuteria orgacircnica tambeacutem eacute fonte de nutrientes
especialmente nitrogecircnio foacutesforo enxofre e micronutrientes aleacutem disso tem
capacidade de ldquoprenderrdquo micronutrientes e alguns elementos toacutexicos para as plantas
como o alumiacutenio Por exemplo os micronutrientes depois de presos satildeo liberados
lentamente no solo onde satildeo gradativamente aproveitados pelas plantas
O uso dos fertilizantes minerais elevam o custo de produccedilatildeo pois satildeo necessaacuterias
altas doses para o fornecimento dos teores de nutrientes demandados Por isso eacute
importante a geraccedilatildeo de tecnologias que poupem o consumo de fertilizantes minerais
desejaacutevel com vista agrave diminuiccedilatildeo do custo de produccedilatildeo (Rodrigues 1984) A produccedilatildeo
de hortaliccedilas sob a orientaccedilatildeo agroecoloacutegica leva em consideraccedilatildeo natildeo apenas os custos
de produccedilatildeo como tambeacutem a dependecircncia dos insumos principalmente quando se
considera a ldquoteoria da trofobioserdquo pelos efeitos maleacuteficos que os nutrientes prontamente
assimilaacuteveis podem causar as plantas (Chaboussou 1987)
Para Compagnoni amp Putzolu (1985) o vermicomposto eacute um autecircntico fertilizante
bioloacutegico que atua como corretivo do solo determinando caracteriacutesticas importantes
para a microflora pelos aacutecidos huacutemicos e as substacircncias fitoestimulantes Os autores
consideram ainda que as dejeccedilotildees das oligoquetas proporcionam a formaccedilatildeo de huacutemus
permitindo melhorar o solo razatildeo pela qual satildeo destinados agrave horticultura com oacutetimas
vantagens fiacutesicas e microbioloacutegicas enriquecendo a camada araacutevel
Em experimentos desenvolvidos durante cinco anos para avaliar o efeito da
aplicaccedilatildeo de compostos eou adubos nas culturas de alface manjericatildeo espinafre e
15
pepino Valenzuela amp Crosby (1998) compararam as produccedilotildees obtidas com composto
e a fertilizaccedilatildeo padratildeo e concluiacuteram que a utilizaccedilatildeo do composto em 20 Mg ha 1 mais
N-quiacutemico foi o melhor tratamento em todas as culturas estudadas
233 Plantas de cobertura do solo
As plantas mais usadas para adubaccedilatildeo de cobertura do solo satildeo as leguminosas
pois estas tecircm a capacidade de fixar o nitrogecircnio atmosfeacuterico e disponibiliza-lo agrave
cultura Primavesi (1992) cita que utilizando-se mucuna ervilhaca feijatildeo-de-porco
feijatildeo-miuacutedo crotalaacuteria e outras natildeo haacute necessidade de utilizar tanto nitrogecircnio em
cobertura embora natildeo se dispense uma calagem mais frequumlente pois ocorre um pouco
de acidificaccedilatildeo no solo como com qualquer adubaccedilatildeo nitrogenada Segundo a mesma
autora algumas leguminosas tecircm a capacidade de mobilizar o foacutesforo como o caupi
(feijatildeo-miuacutedo) outras mobilizam o caacutelcio como tremoccedilo
Para Brady (1999) a adubaccedilatildeo verde traz grandes benefiacutecios como suprimento de
mateacuteria orgacircnica sendo consideraacutevel a quantidade de resiacuteduos orgacircnicos devolvidos ao
solo adiccedilatildeo de nitrogecircnio nutrientes e conservaccedilatildeo do solo
Calegari (1998) comenta que quanto aos aspectos fiacutesicos os resiacuteduos tendem a
contribuir para uma melhoria da estrutura do solo percebida pelo aumento da
estabilidade dos agregados em aacutegua aumento da capacidade de retenccedilatildeo hiacutedrica
elevaccedilatildeo dos iacutendices de infiltraccedilatildeo de aacutegua no solo aumento da porosidade melhor
aeraccedilatildeo e diminuiccedilatildeo da densidade do solo
De acordo com Timm (2000) o papuatilde eacute uma excelente alternativa como cobertura
de solo para o cultivo miacutenimo da cebola pois na eacutepoca do transplante das mudas seu
ciclo vegetativo estaacute completo natildeo necessitando o dessecamento outra vantagem eacute que
o papuatilde apresenta bom controle com relaccedilatildeo agraves plantas invasoras da cebola reduzindo
ao longo dos anos o nuacutemero de capinas e a aplicaccedilatildeo de herbicidas
234 Adubaccedilatildeo foliar
Segundo Malavolta (1981) a utilizaccedilatildeo da adubaccedilatildeo foliar eacute complemento da
adubaccedilatildeo de solo natildeo substituto da mesma no que diz respeito ao fornecimento de
nitrogecircnio foacutesforo e potaacutessio para as culturas Da mesma maneira que as raiacutezes podem
perder para o solo parte dos elementos absorvidos as folhas tambeacutem o fazem pela accedilatildeo
16
de fatores internos (desordem fisioloacutegica estado nutricional etc) e externos (chuvas
orvalho nutriccedilatildeo do sistema radicular luz temperatura etc)
Para Chaboussou (1987) as plantas adquirem o maacuteximo de resistecircncia bioloacutegica
atraveacutes da nutriccedilatildeo (trofos) equilibrada Obviamente para que isto ocorra eacute necessaacuterio
que o solo esteja em equiliacutebrio dinacircmico o ambiente seja o mais estaacutevel e as plantas
selecionadas ou melhor adaptadas para poderem suportar as alteraccedilotildees extemporacircneas
ocasionadas pelos fenocircmenos meteoroloacutegicos e nas fases fonoloacutegicas criacuteticas do
crescimento e desenvolvimento (Pinheiro amp Barreto 2000)
O lixiviado das folhas enriquece as camadas superiores do solo e tende a
contrabalanccedilar as perdas de zonas mais profundas e mais distantes acumulando-os nas
suas proximidades tambeacutem influencia o nuacutemero e o comportamento dos
microrganismos que por sua vez alteram o processo de gecircnese do solo sua textura e
fertilidade A lixiviaccedilatildeo assim se toma importante no desenvolvimento da sucessatildeo
ecoloacutegica devido agrave ciclagem de elementos (Malavolta 1980)
Conforme Camargo (1975) a utilizaccedilatildeo de adubos foliares substitui parcialmente
a adubaccedilatildeo radicular em 20 a 25 podendo ser utilizada em varias pulverizaccedilotildees
24 Vermicompostagem
E o processo que consiste em se submeter diferentes resiacuteduos orgacircnicos de
origem animal eou vegetal aos processos fermentativos e humificaccedilatildeo adicionando
minhocas do gecircnero Eiseina espeacutecie foetida ao material procurando obter um produto
curado em aproximadamente 45 - 60 dias (Compagnoni amp Putzolu 1985)
A vermicompostagem firmou-se no Brasil como atividade rentaacutevel produzindo
adubo de alta qualidade na deacutecada de 90 Na agricultura brasileira contudo haacute
preferecircncia pelos adubos quiacutemicos em funccedilatildeo de sua aquisiccedilatildeo financiada menor custo
e retomo imediato embora o impacto de seu uso contiacutenuo sobre o solo e os
microorganismos que nele vivem seja negativo (Tagliari amp Grassmann 1995)
Segundo Morselli (2002) a vermicompostagem difere da compostagem
convencional dentre outros pocircr formar substacircncias huacutemicas mais rapidamente ao sofrer
passagem pelo trato digestivo das minhocas A alirdentaccedilatildeo destas satildeo basicamente os
estercos e a disponibilidade desta mateacuteria prima bem como de ambiente protegido para
proceder a compostagem correta deste material satildeo indispensaacuteveis
17
Segundo Kiehl (1985) e Martinez (1990) o vermicomposto apresenta as seguintes
vantagens em relaccedilatildeo a compostagem permite a formaccedilatildeo de um produto curado em
menor espaccedilo de tempo promove a formaccedilatildeo de um material com maior
disponibilidade de nutrientes facilita o peneiramento natildeo havendo a necessidade de
revolvimento do material oferece vaacuterias fontes de renda pois aleacutem do huacutemus fornece
minhocas e raccedilatildeo e quando aplicado ao solo tende a melhorar as propriedades fiacutesicas
quiacutemicas e bioloacutegicas
241 Resiacuteduos utilizados na vermicompostagem
2411 Resiacuteduos de origem animal
Segundo Bureacutes (1997) o esterco eacute uma mistura de fezes urina e camas que
podem estar constituiacutedas de palhas folhas secas serragem turfa casca de arroz e ateacute
terra Esse apresenta pH neutro e densidade que varia de 030 a 090 Kg dm3 segundo
seu estado de decomposiccedilatildeo Eacute influenciado por vaacuterios fatores como espeacutecie animal
raccedila idade alimentaccedilatildeo material utilizado como cama e tratamento da mateacuteria-prima
esterco (Kiehl 1985) Dentre os fatores apontados um dos mais importantes eacute a
alimentaccedilatildeo do animal quanto mais rica a alimentaccedilatildeo mais rica seraacute as dejeccedilotildees
(Gnoatto 1999) O volume de bacteacuterias vivas ou mortas encontradas no esterco
representam 20 a 30 do total delas se originam grande parte do nitrogecircnio sob a
forma de proteiacutena (Morselli 2002)
A origem do material utilizado para a produccedilatildeo de vermicomposto eacute fundamental
pois soacute uma mateacuteria-prima de qualidade resultaraacute em um produto final de boa qualidade
Dentre os estercos o de aves eacute empregado empiricamente na adubaccedilatildeo de culturas
permanente ou natildeo com excelentes resultados apesar de sua simples composiccedilatildeo
meacutedia 2 de nitrogecircnio 2 de foacutesforo como P2 0 5 e 1 de K2 0 Poreacutem haacute uma
grande variaccedilatildeo na sua constituiccedilatildeo a qual dependeraacute do manejo animal atraveacutes das
camas finalidade da criaccedilatildeo e natureza das camas (Morselli 2002)
2412 Resiacuteduos de origem vegetal
A mateacuteria orgacircnica pode ser preservada no solo por vaacuterios processos seja pela
simples incorporaccedilatildeo de resiacuteduos de culturas rotaccedilatildeo de culturas adubaccedilatildeo verde ou
18
pela adiccedilatildeo de materiais orgacircnicos capazes de elevar e manter a produtividade do solo
Da decomposiccedilatildeo dos resiacuteduos orgacircnicos adicionados ao solo resulta a liberaccedilatildeo de
grande quantidade de nutrientes principalmente o nitrogecircnio o potaacutessio e o enxofre
Aleacutem disso diversos atributos quiacutemicos e fiacutesicos do solo satildeo alterados pela
decomposiccedilatildeo desses resiacuteduos destacando-se o aumento da capacidade de troca de
caacutetions o aumento da retenccedilatildeo de aacutegua a melhoria da estabilidade dos agregados e da
aeraccedilatildeo (Fraser1963 Malavolta 1981 Mello et al 1983 Bonilla 1992)
Segundo Purcino (1981) quando a relaccedilatildeo CN eacute menor que 30 como no caso do
esterco de curral ou da palha de leguminosas a disponibilidade de nitrogecircnio eacute
imediata mas acima deste valor ocorre imobilizaccedilatildeo crescente deste nutriente Por esse
motivo estes materiais devem ser submetidos a uma degradaccedilatildeo bioloacutegica antes de
serem adicionados ao solo
25 Biofertilizantes
No Brasil ocorrem problemas crescentes com materiais derivados de sistemas
intensivos de criaccedilatildeo animal que acumulam resiacuteduo^ orgacircnicos com graves problemas
de contaminaccedilatildeo de cursos de aacutegua que na maioria das vezes se acumulam em um
uacutenico lugar e natildeo satildeo reciclados (Viglizzo 1995)
Visando amenizar tais situaccedilotildees os meacutetodos alternativos de adubaccedilatildeo controle de
doenccedilas pragas e plantas indesejaacuteveis tecircm sido muito estudado Dentro dessa linha de
pesquisa destaca-se o uso de mateacuteria orgacircnica atraveacutes tanto de sua incorporaccedilatildeo ao
solo como de sua transformaccedilatildeo para uso posterior na forma de biofertilizantes
(Khatounian 1997 Bettiol et al 1997)
Na complexa e elevada comunidade microbiana dos biofertilizantes encontram-se
bacteacuterias fungos leveduriformes filamentosos e actinomicetos (Bettiol apud Penteado
1999)
O agregado de macro e micronutrientes periodicamente ativa e enriquece a
fermentaccedilatildeo O uso de farinha de rocha tem sido vantajoso por ter baixo custo
comparado com os sais concentrados e purificados aleacutem de trazer alguns elementos
traccedilos de vital importacircncia para os microrganismos do solo como por exemplo o Gaacutelio
o Iodo e o Vanaacutedio (M1BASA 199-) O agregado de farinha de rocha ou sais
purificados ao fermentado faz com que estes nutrientes passem a fazer parte dos
microrganismos ou dos produtos orgacircnicos liberados durante a fermentaccedilatildeo sendo que
19
o ataque dos microrganismos atraveacutes de suas enzimas consegue liberar os elementos natildeo
atacados pelos aacutecidos industriais (Pinheiro amp Barreto 2000)
Os biofertilizantes tecircm sido empregados na agricultura ecoloacutegica como adubo
foliar para aumentar a resistecircncia contra pragas e doenccedilas Aleacutem disso o processo de
produccedilatildeo eacute bastante simples e por isso eacute viaacutevel sua produccedilatildeo na propriedade desde que
tenha esterco disponiacutevel (Penteado 1999)
Bettiol et al (1997) verificaram a presenccedila de diferentes espeacutecies de fungos
fiacutelamentosos e leveduriformes e bacteacuterias entre elas Bacillus spp na comunidade
microbiana do biofertilizante produzido segundo meacutetodo adotado pelo Centro de
Agricultura Ecoloacutegica Ipecirc Os autores verificaram ainda uma reduccedilatildeo da comunidade
microbiana ao longo da digestatildeo reduccedilatildeo essa mais acentuada logo apoacutes o acreacutescimo
dos sais contendo micronutrientes A accedilatildeo dos sais pode ser tanto por aumento na
pressatildeo osmoacutetica quanto pelo efeito direto sobre os microrganismos Para o controle de
doenccedilas de plantas satildeo importantes a presenccedila dos metaboacutelitos produzidos pelos
organismos presentes no biofertilizante e os proacuteprios microrganismos vivos
Os microrganismos transformam o material orgacircnico (esterco soro de leite caldo
de frutas palhas restos industriais etc) e cinzas produzindo vitaminas aacutecidos e sais
complexos importantes para regular e tonificar o metabolismo das plantas impedindo o
desenvolvimento de pragas e doenccedilas (Pinheiro amp Barreto 2000)
Em estudos feitos com o biofertilizante liacutequido de bovinos foi observado a
presenccedila de inuacutemeros microorganismos como bacteacuterias leveduras e bacilos
principalmente do Bacillus subtilis Estes microorganismos sintetizam substacircncias
antibioacuteticas as quais demonstram ter grande accedilatildeo e eficiecircncia como substacircncias
fungiostaacuteticas e bacteriostaacuteticas de fitopatoacutegenos causadores de danos em lavouras
comerciais (Penteado 1999)
Aldrighi et al (2002) realizaram trabalho na UFPel relacionado agrave nutriccedilatildeo de
mudas de tomate (Floradade) produzidas no sistema ldquofloatingrdquo Utilizaram-se doses de
0 2 5 e 10 para o biofertilizante Super Magro e 0 e 1 para a urina de vaca
Concluiacuteram que estes natildeo interferem na produccedilatildeo das mudas e que provavelmente foi
influenciado pelo substrato utilizado (vermicomposto 75 e casca de arroz carbonizada
25) bem como o sistema de produccedilatildeo (floating)
Paglia et al (2002) citam que eacute possiacutevel produzir mudas de tomate (cultivar
Floradede) utilizando urina de vaca e biofertilizante Super Magro na aacutegua em sistema
ldquofloatingrdquo em trabalho realizado na UFPel O uso da urina de vaca a 1 e 5 e
20
biofertilizante Super Magro a 6 proporcionam uma elevaccedilatildeo do foacutesforo bem como o
Super Magro a 6 eleva os teores de Mg e Ca na aacutegua
251 Urina de vaca
As urinas de vaca contecircm nutrientes favoraacuteveis ao bom desenvolvimento das
plantas como potaacutessio soacutedio nitrogecircnio enxofre magneacutesio caacutelcio foacutesforo e traccedilos de
outros elementos Nas plantas funciona como um fertilizante natural tomando-as mais
resistentes ao ataque das pragas e doenccedilas Satildeo encontradas tambeacutem na urina outras
substacircncias como fenoacuteis e principalmente o catecol que esta associado agrave recuperaccedilatildeo
de plantas atacadas por fitopatoacutegenos por ser um produto anti-seacuteptico (Penteado 1999)
Para seu emprego a urina receacutem coletada deve ser armazenada sob condiccedilotildees
ambientais por trecircs dias para que se forme amocircnio importante produto a ser absorvido
pelas plantas Recomenda-se ainda que o armazenamento deva ser feito em recipiente
fechado para que natildeo ocorram perdas de nitrogecircnio Desta forma poderaacute permanecer
por ateacute um ano sem comprometer sua eficiecircncia
Em hortaliccedilas o uso da urina de vaca eacute recomendado em pulverizaccedilotildees foliares
semanais na concentraccedilatildeo de 05 para tomateiro pimentatildeo pepino feijatildeo vagem e
couve ou quinzenais a 1 para as culturas do quiabeiro jiloeiro e berinjela Para
fruteiras em geral a primeira aplicaccedilatildeo deve ser na concentraccedilatildeo aproximada de 5
realizada diretamente no solo e mensalmente devem ser realizadas pulverizaccedilotildees
foliares a 1 para plantas jovens e a 5 para plantas adultas (Penteado 1999)
Na aplicaccedilatildeo foliar deve-se ter cuidado com folhas e brotos novos e considerar que
o uso contiacutenuo pode ser toacutexico podendo afetar o solo causando a sua acidificaccedilatildeo
(Penteado 1999)
Na Estaccedilatildeo Experimental da PESAGRO no municiacutepio de Macaeacute Rio de Janeiro
estaacute se utilizando a urina de vaca leiteira Os pesquisadores descobriram que a urina de
vaca em lactaccedilatildeo produzia o efeito de recuperar plantas de abacaxi atacadas por uma
doenccedila conhecida como ldquofusairioserdquo Essa doenccedila quando ataca o abacaxi causa
perdas de ateacute 70 da safra Todos os agrotoacutexicos testados natildeo conseguiram controlar a
doenccedila Isto eacute um exemplo para que a universidade tenha uma nova percepccedilatildeo (Capra
1996) adotando medidas efetivas que contribuam na transiccedilatildeo agroecoloacutegica Com o
uso da urina de vaca leiteira numa lavoura de abacaxi atacada pela fusariose observou-
se agrave recuperaccedilatildeo do stand e os frutos produzidos apresentaram excelente padratildeo
21
comercial Descobriu-se que aleacutem funcionar como adubo e defensivo natural a urina de
vaca leiteira tambeacutem favorece a floraccedilatildeo de muitas plantas e pode ser usada no
tratamento de frutos e tubeacuterculos depois da colheita
A urina de vaca em lactaccedilatildeo tambeacutem estaacute sendo usada nas lavouras de cafeacute em
plantaccedilotildees de maracujaacute coco alface e outras hortaliccedilas Na regiatildeo centro-sul do Paranaacute
os agricultores estatildeo aplicando a urina de vaca leiteira nas lavouras de feijatildeo soja
batata cebola e milho (Penteado 1999)
252 Alhol
A maioria dos defensivos alternativos tais como calda bordalesa sulfocaacutelcica
aacutegua de cinza e cal biofertilizante enriquecido extrato de fumo entre outros precisa
ser misturada com um espalhante adesivo para quebrar a tensatildeo superficial da gota e
propiciar um melhor molhamento das folhas e demais partes pulverizadas assegurando
uma absorccedilatildeo mais efetiva e uma melhor accedilatildeo sobre as pragas e doenccedilas Quando as
gotas permanecem inteiras sobre a superfiacutecie folhar devido agrave falta de espalhante
adesivo pode-se danificar os tecidos vegetais pelc efeito-lente quando o sol incide
sobre elas Aleacutem disso a gota por natildeo se espalhar sobre toda superfiacutecie folhar
concentra nela e consequumlentemente sobre o tecido que estaacute em contato com ela uma
quantidade maior do produto aplicado Essa maior concentraccedilatildeo pode prejudicar a
absorccedilatildeo e lesionar os tecidos principalmente apoacutes a evaporaccedilatildeo da aacutegua contida na
gota por resultar em uma maior concentraccedilatildeo de sais no local especialmente quando se
aplicam por exemplo calda sulfocaacutelcica bordalesa biofertilizante enriquecido com
macro e micronutrientes (Claro 2001)
O alhol eacute um espalhante adesivo ecoloacutegico que tambeacutem auxilia no controle de
pragas E elaborado com aacutegua alho oacuteleo vegetal e sabatildeo neutro a partir da sabedoria
popular que menciona o alho como repelente de insetos Juacutenior Abreu amp Maiorano
(199-) indicam formulaccedilotildees contendo alho para o controle de pragas como nematoacuteides
(Meloidogyne incoacutegnita e M javanica) mosca do chifre lagarta na maccedilatilde pulgotildees
besouro da batata trips e para controle de doenccedilas fuacutengicas e bacterianas como miacuteldio
ferrugem fusariose helminthosporiose murchadeira (Pseudonamos solacearum)
bruzone do arroz (Pyricularia orysae) podridatildeo negra do repolho e couve-flor
(Xanthomonas campestris) Aleacutem disso o alho pelo seu bom teor em oacuteleo pode agir
tambeacutem como espalhante adesivo O sabatildeo tambeacutem eacute indicado como espalhante adesivo
22
e possui accedilatildeo contra certas pragas (pulgotildees) sendo que o oacuteleo vegetal eacute indicado no
controle de cochonilhas e usado como espalhante adesivo (Claro 2001)
253 Calda Bordalesa
A calda bordalesa eacute um tradicional defensivo agriacutecola que pode ser preparado na
propriedade com a mistura de sulfato de cobre cal virgem e aacutegua As concentraccedilotildees de
sulfato de cobre e cal satildeo distintas dependendo do objetivo do seu emprego
Geralmente diferem de acordo com o tipo de planta ou espeacutecie vegetal as condiccedilotildees
climaacuteticas o grau de infestaccedilatildeo da doenccedila e a fase de crescimento da planta Eacute indicada
para o controle de miacuteldio alternaacuteria botrytis e antracnose (Penteado 1999)
A calda bordalesa caracteriza-se pela sua importante accedilatildeo no controle de diversas
doenccedilas fungicas nas mais diversas espeacutecies de culturas Possui tambeacutem uma relativa
accedilatildeo bactericida e em alguns casos age como repelente de insetos Da mistura do
sulfato de cobre com a cal resulta uma soluccedilatildeo rica em macronutrientes e
micronutrientes Provavelmente os expressivos resultados obtidos com a aplicaccedilatildeo da
calda bordalesa devam-se natildeo somente a sua accedilatildeo fuacutengica e bactericida mas sobretudo
agrave influecircncia positiva que exerce no metabolismo das plantas ativando o processo
enzimaacutetico e estimulando a proteossiacutentese aumentando a resistecircncia das plantas (Claro
2 0 0 1 ) caracteriacutestica fundamental na agricultura sustentaacutevel
254 Biofertilizante Super Magro
A calda Super Magro eacute produto da fermentaccedilatildeo de estercos animais enriquecidos
por micronutrientes e outros produtos de origem animal obtendo-se uma calda
biofertilizante para aplicaccedilatildeo foliar nas plantas (Penteado 1999) jaacute foram observados
bons resultados principalmente nas culturas de uva maccedila pecircssego tomate batata e
hortaliccedilas em geral
E indicado como fonte suplementar de micronutrientes para as plantas inibidor
de fungos e bacteacuterias causadores de doenccedilas e para aumentar a resistecircncia contra insetos
e aacutecaros (Penteado 1999) i
Muller (1999) avaliou a influecircncia do biofertilizante Super Magro sobre as
culturas de tomate (Lycopersicon esculentum Mill) ervilha (Pisum sativum L) e
beterraba (Beta vulgaris L) O autor obteve cultivos com baixa severidade de doenccedilas e
23
insetos fitoacutefagos possivelmente por causa do manejo orgacircnico de produccedilatildeo Os
resultados das pulverizaccedilotildees das soluccedilotildees foliares variaram conforme a cultura e o
clima
255 Biofertilizante MB4
A utilizaccedilatildeo das farinhas de rochas eacute uma das teacutecnicas mais modernas usadas nos
uacuteltimos anos na agricultura O elevado nuacutemero de nutrientes contidos no MB4 como
cobre zinco manganecircs cobalto soacutedio alumiacutenio silicatos de magneacutesio ferro e caacutelcio
acompanhado de foacutesforo potaacutessio e enxofre reagem com a soluccedilatildeo do solo liberando
elementos essenciais ao desenvolvimento da vida microbiana os quais exercem um
papel fundamental atraveacutes de transformaccedilotildees quiacutemicas e do equiliacutebrio bioloacutegico
favorecendo o desenvolvimento sadio das plantas (Pinheiro amp Barreto 2000)
24
3 MATERIAL E MEacuteTODOS
31 Local de execuccedilatildeo do experimento
O presente trabalho foi conduzido no Centro de Pesquisa da Regiatildeo Sul
(FEPAGROSUL) no municiacutepio de Rio Grande nlt periacuteodo de 15 de maio a 26 de
agosto de 2 0 0 2
O solo eacute classificado como ldquoTuiardquo satildeo muito arenosos As massas aquaacuteticas do
Oceano Atlacircntico e Lagoa dos Patos influenciam ventos temperatura pressatildeo umidade
relativa e demais fatores climaacuteticos A topografia da regiatildeo litoracircnea eacute plana com
lenccediloacuteis freaacuteticos superficiais
32 Anaacutelise estatiacutestica
O experimento foi constituiacutedo em fatorial 3X3 (Quadro 1) com quatro repeticcedilotildees
no delineamento blocos ao acaso As variaacuteveis respostas foram submetidas agrave anaacutelise de
variaccedilatildeo e ao teste de Duncan a 5 de probabilidade para comparaccedilatildeo das meacutedias
utilizando-se o sistema SANEST (Zonta amp Machado 1984)
As anaacutelises estatiacutesticas das variaacuteveis estudadas encontram-se nos Apecircndices C D
Os resultados das respostas agronocircmicas e das determinaccedilotildees dos conteuacutedos dos
macronutrientes bem como os de raiz estatildeo nas tabelas de 1 a 3
25
As diferentes adubaccedilotildees seratildeo representadas durante a discussatildeo da seguinte
forma 1 VB (30 t ha 1 de vermicomposto) 15 VB (45 t ha 1 de vermicomposto) e EC
(60 t ha 1 de esterco de curral) 1 VB+SM+U+CB (30 t ha 1 de vermicomposto mais
super magro mais urina de vaca mais calda bordalesa) 15 VB+SM+U+CB (45 t ha 1 de
vermicomposto mais super magro mais urina de vaca mais calda bordalesa)
EC+SM+U+CB (60 t ha 1 de esterco de curral mais super magro mais urina de vaca
mais calda bordalesa) 1 VB+MB4 +U+CB (30 t ha 1 de vermicomposto mais MB4 mais
urina de vaca mais calda bordalesa) 15 VB+MB4 +U+CB (45 t ha 1 de vermicomposto
mais MB4 mais urina de vaca mais calda bordalesa) EC+MB4 +U+CB (60 t ha 1 esterco
de curral mais MB4 mais urina de vaca mais calda bordalesa)
QUADRO 1 Descriccedilatildeo dos fatores experimentais e respectivos niacuteveis
Niacuteveis Fator 1 ADUBACcedilAtildeO DE BASE
0 1 Vermicomposto (30 t ha1)
0 2 Vermicomposto (45 t ha1)
03 Esterco de curral (60 t ha1)
Niacuteveis Fator 2 BIOFERTILIZANTES LIacuteQUIDOS
0 1 Super magro (5) + Urina de Vaca + Calda Bordalesa
0 2 MB4 (10) + Urina de vaca + Calda Bordalesa
03 Ausecircncia (testemunha)
33 Tratamentos
Da combinaccedilatildeo entre niacuteveis e fatores foram obtidos 9 tratamentos que estatildeo
descritos no Quadro 2 bem como as doses de adubaccedilatildeo utilizadas no experimento
26
QUADRO 2 Tratamentos e doses de adubaccedilatildeo utilizadas no experimento
TRATAMENTOS
Ndeg FATOR I FATOR II
0 1 30 t ha de vermicomposto Super magro 5 Urina de vaca Calda Bordalesa
0 2 30 t harsquo de vermicomposto MB4 10 Urina de vaca Calda Bordalesa
03 30 t ha de vermicomposto - - -
04 45 t ha de vermicomposto Super magro 5 Urina de vaca Calda Bordalesa
05 45 t ha de vermicomposto MB4 10 Urina de vaca Calda Bordalesa
06 45 t ha de vermicomposto - - -
07 60 t hade esterco Super Magro 5 Urina de vaca Calda Bordalesa
08 60 t hade esterco MB4 10 Urina de vaca Calda Bordalesa
09 60 t hade esterco - - -
Cada parcela foi constituiacuteda por dois canteiros medindo 1 m de largura x 2 m de
comprimento perfazendo 075 m de aacuterea de aacuterea uacutetil (025 m de bordadura) Foi
utilizando semeadura a lanccedilo com densidade de 24 g canteiro1
O vermicomposto a urina de vaca o esterco de curral o alhol os biofertilizantes e
a calda bordalesa foram de procedecircncia do Centro de Pesquisa da Regiatildeo Sul O
vermicomposto de esterco bovino misturado agraves cascas de frutas foi processado pela
minhoca vermelha califomiana Eisenia foetida)
O biofertilizante Super Magro foi elaborado segundo a metodologia descrita pela
FEPAGROSUL utilizando-se os seguintes componentes 190 litros de aacutegua 22 litros
de leite 55 Kg de accediluacutecar mascavo 30 Kg de esterco fresco de bovinos 2 Kg de
Sulfato de zinco 2 Kg de sulfato de magneacutesio 2 Kg de cloreto de caacutelcio 1 Kg de aacutecido
boacuterico 300 g de sulfato de cobre 300 g de sulfato de ferro 300 g de sulfato de
manganecircs 100 g de molibdato de soacutedio 50 g de sulfato de cobalto 3 Kg de fosfato
natural 3 Kg de cinza e 200 g de farinha de osso
A urina de vaca em lactaccedilatildeo foi coletada pela manhatilde e armazenada em recipiente
fechado por trecircs dias em condiccedilotildees ambientais para que se formasse a amocircnia e natildeo
ocorresse perda de nitrogecircnio
28
Realizaram-se duas capinas manuais durante o experimento e em seguida como
cobertura se colocou casca de arroz Tambeacutem foi aplicado esterco de aves 30 dias antes
da colheita na quantidade de 05 Kg canteiro 1 como adubaccedilatildeo de cobertura
As pulverizaccedilotildees com os produtos iniciaram apoacutes 15 dias da germinaccedilatildeo
Realizou-se sete aplicaccedilotildees sendo que as duas primeiras foram feitas apenas com
Super Magro e MB4 Na terceira e na quarta aplicaccedilatildeo utilizou-se urina de vaca e calda
bordalesa em concentraccedilotildees menores (05 e 025 respectivamente) e na quinta
aplicaccedilatildeo as dosagens de urina de vaca e calda bordalesa foram elevadas para 1 0 e
05 respectivamente ateacute o final do experimento O alhol foi utilizado a partir da
terceira pulverizaccedilatildeo na quantidade de 2 e seguiu ateacute o final no dia 26 de agosto
quando as mudas foram colhidas e posteriormente analisadas as variaacuteveis
35 Observaccedilotildees agronocircmicas
Foram utilizadas 20 mudas de cebola para obtenccedilatildeo das meacutedias das variaacuteveis as
quais foram as seguintes
351 Fitomassa fresca da parte aeacuterea e raiacutezes
Foi realizada atraveacutes de uma balanccedila digital procedendo-se a pesagem de 20
mudas de cebola previamente lavadas e posteriormente secadas durante uma hora sobre
um tecido de algodatildeo agrave temperatura ambiente Processo idecircntico foi adotado com as
raiacutezes
352 Fitomassa seca da parte aeacuterea e raiacutezes
Esta variaacutevel foi obtida a partir da secagem preliminar em estufa de ar forccedilado
durante 48 horas a 65 C ateacute peso constante com posterior pesagem em balanccedila
analiacutetica
353 Altura da muda
A altura de muda foi medida a partir do colo das plantas ateacute sua uacuteltima folha
(ponto de crescimento) com uma reacutegua graduada de 40 cm
29
354 Diacircmetro do colo das plantas
Esta medida foi realizada no ponto de transplante a 2 mm das raiacutezes e utilizando-
se um paquiacutemetro SOMET
355 Sistema radicular
Ao teacutermino do experimento foram retiradas as raiacutezes das mesmas plantas que foram
utilizadas para as determinaccedilotildees realizadas na parte aeacuterea procedendo-se uma amostra
de solo com raiacutezes de 2 0 cm de largura x 2 0 cm de comprimento e 2 0 cm de altura
totalizando 8000 cm3
As raiacutezes apoacutes serem lavadas em aacutegua corrente foram pesadas acondicionadas em
sacos plaacutesticos e congeladas para posteriores anaacutelises pelo meacutetodo de Tennant (1975)
para a determinaccedilatildeo do comprimento e densidade
3551 Comprimento de raiz
Utilizou-se para a determinaccedilatildeo do comprimento de raiz as seguintes foacutermulas
1 = ndeg x 1114 x 1 onde
1 - comprimento de raiz de uma amostra uacutemida de 0 0 2 g
ndeg - nuacutemero de intercessotildees das raiacutezes com os lados da quadriacutecula da malha do
aparelho
1114 - constante
1 - medida lateral da quadriacutecula em cm
Tomando-se a fiacutetomassa seca e o comprimento da raiz da cada amostra
relacionou-se com a fiacutetomassa seca e o comprimento total da raiz da planta aplicando-
se a seguinte equaccedilatildeo
L = (FSR x 1) FSPA onde
L - comprimento total da raiz da planta (m)
FSR - fiacutetomassa seca de raiz
FSPA - fiacutetomassa seca da parte aeacuterea
L - comprimento de raiz de uma amostra uacutemida de 002g
3552 Densidade de raiz
A densidade foi determinada pela foacutermula
D = L 8000 onde
D - densidade de raiacutezes (m cm3)
30
L - comprimento total de raiacutezes (m)
8 0 0 0 - volume da amostra (cm3)
3553 Razatildeo parte aeacutereasistema radicular
Este paracircmetro foi obtido pela equaccedilatildeo
RPASR = FSPA FSR onde
RPASR - razatildeo parte aeacuterea sistema radicular
FSPA - fitomassa seca da parte aeacuterea
FSR - fitomassa seca do sistema radicular
36 Determinaccedilatildeo de macronutrientes no tecido vegetal
Os macronutrientes nitrogecircnio foacutesforo potaacutessio caacutelcio e magneacutesio foram
determinados no laboratoacuterio de Fertilidade e Anaacutelise de Plantas do Departamento de
Solos da UFPel atraveacutes dos meacutetodos descritos por Tedesco amp Gianello (1996)
31
4 RESULTADOS E DISCUSSAtildeO
41 Anaacutelise das variaacuteveis
A anaacutelise da variaccedilatildeo mostrou que houve diferenccedila significativa na interaccedilatildeo entre
os fatores de adubaccedilatildeo de base e biofertilizantes liacutequidos com exceccedilatildeo da variaacutevel altura
de planta para a qual somente a adubaccedilatildeo de base mostrou-se significativa (Apecircndices
C D e E Tabelas 1C 1D e 1E)
411 Anaacutelise da parte aeacuterea
Na Tabela 1 destacaram-se as adubaccedilotildees EC+SM+U+CB EC+MB4 +U+CB e EC
que diferiram significativamente das demais adubaccedilotildees para as variaacuteveis fiacutetomassa
fresca da parte aeacuterea (FFPA) fiacutetomassa seca da parte aeacuterea (FSPA) altura de planta
(AP) e diacircmetro do colo (DC)
32
TABELA 1 Produccedilatildeo de fitomassa fresca e seca (g) da parte aeacuterea altura de planta
(cm) e diacircmetro de colo (mm) de mudas de cebola Petrolini cultivadas
sob uma perspectiva agroecoloacutegica Pelotas-RS 2003
BIOFERTILIZANTES LIacuteQUIDOSADUBACcedilAtildeO S Magro + MB4 +DE BASE Urina + Calda Urina + Calda Testemunha
Bordalesa Bordalesa
30 t ha de vermicomposto 7015 c A45 t halsquo de vermicomposto 7824 b B60 t ha de esterco de curral 12248 a C
30 t ha de vermicomposto 667 c A45 t ha de vermicomposto 752 b A60 t ha de esterco de curral 1150a C
30 t ha de vermicomposto 2975 b A45 t harsquo de vermicomposto 2775 b A60 t ha de esterco de curral 3600 a B
30 t ha de vermicomposto 631 b A45 t ha de vermicomposto 6 2 2 b B60 t ha de esterco de curral 741 a C
-Fitomassa fresca (g)----------------6270 c B 6885 b A8832 b A 6308 c C
15082 a A 13934 a BmdashFitomassa seca (g)----------------
625 c A 655 b A830 b A 607 b B
1345 a A 1262 a B-Altura de planta (cm)----------------
2950 b A 3050 b A2937 b A 2950 b A 3975 a A 3622 a B
-Diacircmetro de colo (mm)---------------592 c B 599 b B 657 b A 609 b B 819a A________ 793a B
Meacutedias seguidas pela mesma letra minuacutescula para as colunas (adubaccedilatildeo de base) e maiuacutesculas para as linhas (biofertilizantes) natildeo diferem entre si pelo teste de Duncan a 5
O efeito positivo do esterco bovino pode ser atribuiacutedo agraves melhorias nas condiccedilotildees
fiacutesicas do solo por ele proporcionado Segundo Primavesi (1982) e Compagnoni amp
Putzolu (1985) o esterco bovino apresenta propriedades condicionadoras do solo dando
agraves plantas melhores condiccedilotildees de desenvolvimento elevando sobremaneira os
conteuacutedos de fitomassa fresca das plantas que refletiratildeo nas demais respostas
agronocircmicas
Analisando as adubaccedilotildees de base em relaccedilatildeo aos biofertilizantes observa-se que
para os tratamentos 1 VB (30 t ha 1 de vermicomposto) - natildeo houve influecircncia dos
biofertilizantes para as variaacuteveis FSPA e AP enquanto destacou-se o SM+U+CB para o
DC e SM+U+CB e ausecircncia da adubaccedilatildeo liacutequida para a FFPA mostrando que o uso
dos biofertilizantes natildeo influenciou esta variaacutevel 15 VB (45 t ha 1 de vermicomposto) -
verificou-se a eficiecircncia do uso do MB4 +U+CB para as variaacuteveis FFPA e DC Para a
variaacutevel FSPA destacaram-se os dois biofertilizantes utilizados jaacute para AP natildeo houve
33
influecircncia destes EC (60 t ha 1 de esterco de curral) - em todas as variaacuteveis observadas
na tabela 5 as respostas foram significativas utilizando MB4 +U+CB
As respostas encontradas no presente trabalho para as variaacuteveis AP e FSPA foram
superiores as obtidas por Dalponte (1990) quando utilizado 0 esterco de curral para
produccedilatildeo de mudas de cebola
Segundo Filgueira (2000) os solos da regiatildeo produtora de cebola do RS satildeo
pobres em foacutesforo disponiacutevel (15 mg Kg1) necessitando portanto de adubaccedilotildees
fosfatadas elevadas As respostas aqui obtidas podem ser justificadas pelos teores de
foacutesforo contido no MB4
Follet et al (1981) citam a importacircncia do uso de compostos orgacircnicos no solo
enfatizando os estercos no sentido da decomposiccedilatildeo continuada no fornecimento de
nutrientes e na liberaccedilatildeo lenta e gradual de aacutecidos orgacircnicos influenciando a liberaccedilatildeo
do foacutesforo O que provavelmente pode ser atribuiacutedo agraves respostas encontradas no
presente trabalho para 0 tratamento Esterco de curral mais MB4 e Urina mais Calda
Bordalesa
E importante destacar que 0 sistema de produccedilatildeo de mudas de cebola sob uma
perspectiva agroecoloacutegica mostra-se eficiente quando visualmente natildeo percebe-se
diferenccedila significativa entre os tratamentos (Apecircndice F Figura 2)
Conveacutem ressaltar que quando trabalhamos com agroecologia natildeo existem
receitas nem pacotes tecnoloacutegicos prontos Cada situaccedilatildeo deveraacute ser estudada em
particular para que se faccedila recomendaccedilotildees adequadas ao ambiente local uma vez que
as plantas se adaptam ao meio estando a nutriccedilatildeo encarregada de proteger e manter o
equiliacutebrio do organismo vegetal em funccedilatildeo das alteraccedilotildees externas
E fundamental que se compreenda os princiacutepios norteadores de todo o processo
que satildeo as bases da luta por uma sociedade mais justa dentro de um mundo econocircmico e
ambientalmente mais sustentaacutevel
412 Anaacutelise do sistema radicular
Os resultados obtidos nas anaacutelises do sistema radicular (Tabela 2) mostram
diferenccedilas significativas entre as adubaccedilotildees para as variaacuteveis fitomassa fresca de raiz
(FFR) fitomassa seca de raiz (FSR) comprimento de raiz (CR) razatildeo parte
aeacutereasistema radicular (RPASR) e densidade de raiz (DR)
34
TABELA 2 Produccedilatildeo de fitomassa fresca e seca (g) comprimento (cm) e densidade de
raiacutezes (m cm3) de mudas de cebola Petrolini cultivadas sob uma
perspectiva agroecoloacutegica e razatildeo parte aeacutereasistema radicular Pelotas-
RS 2003
BIOFERTILIZANTES LIacuteQUIDOSADUBACcedilAO DE BASE
S Magro + MB4 +Urina + Calda Urina + Calda Testemunha
Bordalesa Bordalesa
de vermicomposto de vermicomposto de esterco de curral
de vermicomposto de vermicomposto de esterco de curral
de vermicomposto de vermicomposto de esterco de curral
de vermicomposto de vermicomposto de esterco de curral
1540 c A 1576 b B 2427 a A
Fitomassa fresca (g)----------------1502 c B 1517 b AB 1658 b A 1446 c C 2336 a B 2360 a B
--------------------Fitomassa seca (g)-------------------196 b A 207 ab A 170 b A170 b A 199 b A 192 b A 344 a A 249 a B 327 a A
Comprimento de raiz(cm)---------------1237 b A 1158 b A 1158 a A1237 b A 1060 c B 1040 b B1433 a A 1296 a B 1040 b C
30 t ha 45 t ha 60 t ha
30 t ha 45 t ha 60 t ha
30 t halsquo 45 t ha 60 t ha
30 t ha 45 t ha 60 t ha
30 t ha de vermicomposto 45 t ha de vermicomposto60 t ha~ de esterco de curral__________________________ _________________________Meacutedias seguidas pela mesma letra minuacutescula para as colunas (adubaccedilatildeo de base) e maiuacutesculas para as linhas (biofertilizantes) natildeo diferem entre si pelo teste de Duncan a 5
-----Razatildeo Parte AeacutereaSistema Radicular------340 b AB 301c B 384 a A446 a A 415 b A 326 a B339 b B 546 a A 388 a B
-------------- Densidade de raiz (m cm3)------------367 a AB 414 a A 325 b B282 b B 301b B 405 a A347 ab A 231c B 324 b A
Em relaccedilatildeo agraves adubaccedilotildees de base destacou-se o EC (60 t ha 1 de esterco de curral)
para as variaacuteveis FFR e FSR Quando adicionado o SM+U+CB os resultados para FFR
foram ainda melhores bem como o CR As respostas obtidas para a RPASR foram
variadas em relaccedilatildeo agraves adubaccedilotildees apresentando melhores resultados para 15 VB (45 t
ha 1 de vermicomposto)+SM+U+CB e ainda melhor para EC (60 t ha 1 de esterco de
curral)+MB4 +U+CB As adubaccedilotildees de base 1 VB 15 VB e EC natildeo diferiram entre si
As adubaccedilotildees mais eficientes para a variaacutevel DR foram 1 VB+SM+U+CV que natildeo
diferiu da EC+SM+U+CB I VB+ MB4 +U+CB e agrave 15 VB foram melhores entre as
demais
35
Analisando os biofertilizantes em relaccedilatildeo a cada adubaccedilatildeo de base verifica-se que
para a 1 VB (30 t ha 1 de vermicomposto)+SM+U+CB destaca-se a variaacutevel FFR
poreacutem sem diferenccedila significativa de 1 VB os melhpres resultados para a variaacutevel DR
foram encontrados pelo tratamento 1 VB+MB4 +U+CB e 15 VB (45 t ha 1 de
vermicomposto) tambeacutem se considera eficiente o 1 VB+SM+U+CB que natildeo diferiu do
EC (esterco de curral) Quando se utilizou 15 VB+ MB4 +U+CB houve resposta
significativa para a variaacutevel FFR para FSR as respostas natildeo foram diferentes com a
aplicaccedilatildeo dos biofertilizantes para as variaacuteveis FSR e DR as adubaccedilotildees EC e
EC+SM+U+CB natildeo diferiram entre si
Embora as respostas estatiacutesticas tenham sido diferentes para as adubaccedilotildees
combinadas ou natildeo pode-se salientar a importacircncia do aacutecido indol-aceacutetico como jaacute
citado anteriormente para as variaacuteveis avaliadas na parte aeacuterea das mudas de cebola
Respostas semelhantes nesse sentido foram encontradas para a cultura da alface por
Quijano (1999) e Morselli (2001)
Pereira et al (2002) concluiacuteram em trabalho realizado com a cultivar de cebola
CNPF1 6400 em Minas Gerais que a utilizaccedilatildeo de 20 t ha de esterco de curral
proporcionou os melhores resultados para a produccedilatildeo de cebola
Silva Juacutenior amp Giorgi (1992) e Menezes Juacutenior (1998) citam que doses elevadas
de mateacuteria orgacircnica podem prejudicar a primeira fase da germinaccedilatildeo (embebiccedilatildeo) e
absorccedilatildeo de aacutegua pelas raiacutezes das placircntulas No entanto no presente trabalho este fato
natildeo ocorreu embora a dose de esterco utilizada tenha sido de 60 t ha 1 (dose maacutexima
recomendada segundo Nolla 1982)
413 Anaacutelise de macronutrientes no tecido vegetal
Os resultados dos conteuacutedos de nitrogecircnio foacutesforo potaacutessio caacutelcio e magneacutesio no
tecido vegetal sob diferentes adubaccedilotildees encontrados na Tabela 3 indicam mais uma
vez a superioridade da adubaccedilatildeo esterco com 0 uso ou natildeo de biofertilizantes
36
TABELA 3 Conteuacutedos (mg planta1) de nitrogecircnio foacutesforo potaacutessio caacutelcio e
magneacutesio no tecido vegetal de mudas de cebola Petrolini cultivadas sob
uma perspectiva agroecoloacutegica Pelotas-RS 2003
BIOFERTILIZANTES LIacuteQUIDOS i J B
ADUBACcedilAtildeO S Magro + MB4 +DE BASE Urina + Calda Urina + Calda Testemunha
Bordalesa Bordalesamg plantas1
---- Nitrogecircnio-----30 t ha de vermicomposto 16593 c AB 15451 c B 19050 b A45 t ha de vermicomposto 21444 b A 22888 b A 17852 b B60 t ha de esterco de curral 32606 a C 37593 a B 40816 a A
--------------- ------ Foacutesforo------- -------------30 t ha de vermicomposto 3098 c B 2802 c B 3999 b A45 t ha de vermicomposto 4109 b A 4135 b A 2788 c B60 t ha de esterco de curral 5300 a B 7577 a A 7565 a A
------- Potaacutessio------30 t ha de vermicomposto 24327 c A 19900 c B 24965 b A45 t ha de vermicomposto 29113b A 29812 b A 22031 b B60 t ha de esterco de curral 44070 a B 51976 a A 54101 a A
-------- Caacutelcio-------30 t ha de vermicomposto 5027 c A 4356 c A 4834 b A45 t ha de vermicomposto 6114b A 6963 b A 4379 b B60 t ha de esterco de curral 9030 a C 11451 a A 10331 a B
------Magneacutesio-----30 t ha de vermicomposto 1188 b A 914 c A 1202 b A45 t ha de vermicomposto 1231 b B 1582 b A 1176 b B60 t ha de esterco de curral 2136a B 2443 a A 2663 a AMeacutedias seguidas pela mesma letra minuacutescula para as colunas (adubaccedilatildeo de base) e maiuacutesculas para as linhas (biofertilizantes) natildeo diferem entre si pelo teste de Duncan a
Em relaccedilatildeo agraves adubaccedilotildees de base observa-se que o melhor tratamento foi o
esterco de curral para todas as variaacuteveis Para 1 VB (30 t ha^ 1 de vermicomposto) natildeo
houve resposta diferenciada com o uso de bofertilizantes para todas as variaacuteveis A
adubaccedilatildeo 15 VB (45 t ha 1 de vemicomposto) foi influenciada pelos biofertilizantes
para as variaacuteveis N P K e Ca enquanto que para Mg somente o MB4+U+CB o
influenciou O EC (esterco de curral) mostrou diferenccedila significativa apenas para as
variaacuteveis Ca e Mg quando adicionado MB4+U+CB
Segundo Peixoto (2000) eacute fundamental a adiccedilatildeo de adubos orgacircnico no cultivo de
hortaliccedilas seja na forma de esterco decomposto composto ou huacutemus de minhoca de
37
modo a fornecer melhorias nas propriedades do solo vindo a disponibilizar os nutrientes
as diferentes culturas
O esterco fresco conteacutem muita cama celuloacutesica e um elevado teor de aacutegua No
esterco curtido a celulose jaacute estaacute decomposta o teor de aacutegua estaacute reduzido agrave metade e os
nutrientes em uma forma mais assimilaacutevel e mais concentrada O esterco fresco pode
causar uma deficiecircncia temporaacuteria de nitrogecircnio no solo ao se decompor o que natildeo
acontece com o biestabilizado (Kiehl 1985)Ocorre uma diminuiccedilatildeo inicial no volume
de aacutegua retido no esterco de curral diminui inicialmente em tomo de 3581 liberando
posteriormente somente 496 evidenciando a sua capacidade de retenccedilatildeo de aacutegua
(Menezes Juacutenior 1998)
A utilizaccedilatildeo continuada de adubos nitrogenados minerais no solo altera o balanccedilo
do nitrogecircnio entre o solo e planta No meacutetodo biodinacircmico eacute sublinhada a importacircncia
dos adubos animais para o estabelecimento da fertilidade permanente dos solos (Koeff
et al 1983)
Para Guimaratildees (1997) os benefiacutecios que a mateacuteria orgacircnica imprime ao solo
principalmente melhorando a produtividade fertilidade e a influencia que as substancias
huacutemicas exercem sobre o ambiente dependem da qualidade e do teor de mateacuteria
orgacircnica do solo Estas substacircncias por conterem nutrientes em sua constituiccedilatildeo em uma
forma mais disponiacutevel para as plantas promovem um equiliacutebrio no ambiente no solo
(Kononova 1966)
Aproximadamente de 60 a 70 do total de carbono do solo ocorre na forma de
materiais huacutemicos (Griffith amp Schnitzer 1975) sendo a eles atribuiacutedo a manutenccedilatildeo da
bioestrutura do solo aumentando a capacidade de retenccedilatildeo de aacutegua (Brady 1999)
Conforme Compagnoni amp Putzolu (1985) os estercos bem como os demais
resiacuteduos orgacircnicos apresentam conteuacutedos diferentes de aacutecidos huacutemicos e fuumllvicos sendo
atribuiacutedo ao acido huacutemico uma accedilatildeo fitoestimulante semelhante aos fitohormocircnios por
favorecer o desenvolvimento do sistema radicular e crescimento do caule
Em trabalho realizado por Guimaratildees (1997) foi encontrado para aacutecidos huacutemicos
de esterco bovino uma relaccedilatildeo CN 1035 e para vermicomposto bovino 17
evidenciando que o esterco quando aplicado ao solo por apresentar uma relaccedilatildeo CN
proacutexima deste reage mais facilmente liberando nutrientes para as plantas sem alterar a
cadeia troacutefiacuteca Dados encontrados no presente trabalho demonstram a eficiecircncia do
esterco nesse sentido
38
De acordo com Morselli (2001) vaacuterios trabalhos citam comentam e discutem a
capacidade dos vermicompostos em proporcionar oacutetimas colheitas e favorecer a
precocidade das plantas cultivadas Poreacutem muitas vezes se observa que mesmo
suprindo essas plantas com nutrientes necessaacuterios atraveacutes de huacutemus de diferentes fontes
as respostas natildeo satildeo as mesmas para uma mesma cultivar
Por outro lado os resultados com o uso de substacircncias huacutemicas satildeo variaacuteveis e
dependem aleacutem da espeacutecie testada das substacircncias huacutemicas utilizadas sua
concentraccedilatildeo o grau de purificaccedilatildeo e das condiccedilotildees experimentais A resposta das
plantas aos aacutecidos huacutemicos e fuacutelvicos eacute dependente da mateacuteria prima original e da
espeacutecie vegetal pois materiais orgacircnicos diferentes apresentam aacutecidos huacutemicos e
fuacutelvicos diferentes (Businelli 1990)
Justificam-se os maiores conteuacutedos de nitrogecircnio foacutesforo potaacutessio e caacutelcio nas
adubaccedilotildees 15 VB (45 t ha 1 de vermicomposto) e biofertilizantes devido
provavelmente ao vermicomposto utilizado apresentar na sua constituiccedilatildeo teores
consideraacuteveis destes elementos aleacutem do que os biofertilizantes possam ter influenciado
na absorccedilatildeo atraveacutes de sua constituiccedilatildeo Tibau (1984) considera que a urina de vaca eacute
rica em aacutecido indol-aceacutetico e este influencia na absorccedilatildeo radicular O efeito positivo
deste tratamento provavelmente seja devido agrave quantidade aplicada
O biofertilizante que se destacou foi o MB4+U+CB em relaccedilatildeo ao EC (esterco de
curral) e eacute somente para a variaacutevel caacutelcio Isto provavelmente seja devido ao alto teor
deste elemento encontrado na sua constituiccedilatildeo (6872 g Kg1) e pela influecircncia positiva
que a calda bordalesa exerce no metabolismo das plantas atraveacutes dos nutrientes
contidos em sua formulaccedilatildeo O Ca controla a absorccedilatildeo radicular e retorna ao solo pelo
esterco e palhas por apresentar-se em maior quantidade em folhas e caules Depois de
localizado nas folhas fica imoacutevel favorecendo a resistecircncia da planta ao ataque de
fungos
Este trabalho avanccedila no estudo da agroecologia estando claro que todos os
criteacuterios tem caraacuteter dinacircmico de adequaccedilatildeo as mudanccedilas de um sistema de produccedilatildeo
em evoluccedilatildeo contribuindo na transiccedilatildeo para um padratildeo sustentaacutevel Cabe a pesquisa a
reorientaccedilatildeo para um enfoque ldquosistecircmicordquo isto eacute que permita integrar os diversos
componentes de um agroecossistema e a adoccedilatildeo de poliacuteticas puacuteblicas que promovam 0
fortalecimento e a expansatildeo da agricultura familiar
39
5 CONCLUSOtildeES
Considerando os resultados obtidos e as condiccedilotildees em que o estudo foi realizado
conclui-se que
bull As respostas agronocircmicas das mudas de cebola para os paracircmetros avaliados
satildeo mais satisfatoacuterias com a aplicaccedilatildeo de esterco de curral como adubaccedilatildeo de
base
bull Os biofertilizantes mais urina de vaca e calda bordalesa proporcionam
respostas satisfatoacuterias quando aplicados associados agraves adubaccedilotildees de base
bull O biofertilizante MB4 mais urina de vaca e calda bordalesa eacute mais eficiente
que o super magro mais urina e calda bordalesa quando aplicado associado agrave
adubaccedilatildeo de base esterco de curral para os conteuacutedos de fitomassa secae
fresca da parte aeacuterea das plantas altura e diacircmetro de colo das mudas de
cebola
bull Os biofertilizantes adicionados agrave adubaccedilatildeo de base 45 t harsquo 1 de vermicomposto
bovino mostram respostas significativas para os conteuacutedos de fitomassa seca
bull Os maiores conteuacutedos nutricionais para as mudas de cebola satildeo
proporcionados pela adubaccedilatildeo de base esterco de curral
bull A maior absorccedilatildeo de caacutelcio pelas mudas de cebola ocorre quando da adiccedilatildeo do
biofertilizante MB4 mais urina e calda bordalesa agrave adubaccedilatildeo de base esterco de
curral
40
6 REFEREcircNCIAS BIBLIOGRAacuteFICAS
ALDRIGHI CB ABREU CM PAGLIA AG MORSELLI TBGA FERNANDES HS Efeito da aplicaccedilatildeo de biofertilizante e urina de vaca em mudas de tomateiro Horticultura Brasileira v20 n2 julho 2002 Suplemento 2
ALTIERI M NICHOLLS C I Agroecologia Teoria praacutectica para umaAgricultura Sustentable Ia ed PNUMA 2000 Cap 2 4 Seacuterie textos baacutesicos para la formacioacuten ambiental
ALTIERI M Agroecologia bases cientiacuteficas para uma agricultura sustentaacutevelGuaiacuteba Agropecuaacuteria 2002 592 p
ANTONIOLLI Z I GIRACCA E M N CARDOSO S J T WIETHAN M M S FERRI M Iniciaccedilatildeo agrave Minhocultura Criaccedilatildeo em Cativeiro e Vermicompostagem Santa Maria UFSM 1996 p59-89
BAYER C MIELNICZUC J Dinacircmica e funccedilatildeo da mateacuteria orgacircnica In SANTOS G de A S e CAMARGO F A de O (ed) Fundamentos da mateacuteria orgacircnica do solo ecossistemas tropicais e subtropicais Porto Alegre Genesis 1999 p 3-23
BARRETTO D X Composto Orgacircnico In Praacutetica em Agricultura Orgacircnica Satildeo Paulo iacutecone Ed Ltda 1985 p 51-63
BETTIOL W Alguns produtos alternativos para o controle de doenccedilas de plantasem agricultura orgacircnica II Ciclo de palestras sobre agricultura orgacircnica Instituto Bioloacutegico Satildeo Paulo p52-63 1997
41
BETTIOL W TRACH R GALVAtildeO JAH Controle de doenccedilas de plantas com biofertilizantes Jaguariuacutena EMBRAPA-CNPMA 1997 22p (EMBRAPA- CNPMA Circular Teacutecnica 02)
BRADY N C Natureza e propriedades dos sotos Rio de Janeiro Freitas BastosS A 1979 647p
BRADY N C Organisms and ecology of the soil In The nature of properties of soils Simon amp Schuster A Viacon Company New Jersey1999 402-489p
BON1LLA J A Fundamentos da Agricultura Ecoloacutegica Sobrevivecircncia eQualidade de Vida Satildeo Paulo Nobel 1992
BUREacuteS S Substratos Ediciones Agroteacutecnicas S L Madrid Octubre 1997
BUS1NELLI M Chemical Composition and Enzymic Activity of some Worm Cast Plant Soil v 80 p 1-2 1990
CALEGARI A Espeacutecies para cobertura de solo In IAPAR (Instituto Agronocircmico de Paranaacute) Plantio Direto pequena propriedade sustentaacutevel organizador Moacir Darolt Londrina - PR 1998 65-93
CAMARGO P N D Manual de Adubaccedilatildeo Foliar Satildeo Paulo Herba 1975
CAPRA F A Teia da Vida Satildeo Paulo Cultrix 1997 256p
CAPRA F O Ponto de Mutaccedilatildeo 22 ed Satildeo Paulo Cultrix 2001 447p
CHABOUSSOU F Plantas doentes pelo uso de agrotoacutexicos (A Teoria da Trofobiose) Porto Alegre LPM 1987 253 p
CLARO S A Referencias tecnoloacutegicos para a agricultura familiar ecoloacutegica aexperiecircncia da Regiatildeo Centro-Serra do Rio Grande do Sul Porto Alegre EMATERRS-ASCAR 2001 250p
CLIVELA G Diagnoacutestico Agronocircmico da cebola no Rio Grande do Sul Porto Alegre EMATERRS 1995 8 6 p
COMISSAtildeO DE FERTILIDADE DO SOLO - RSSC Recomendaccedilotildees de adubaccedilatildeo e calagem para os estados do Rio Grande do Sul e Santa Catarina 3 ed Passo Fundo SBCS - Nuacutecleo Regional Sul 1995 223p
COMPAGNONI L PUTZOLU G Cria moderna de Ias lombrices y utilizacioacutenrentable dei humus Barcelona Editorial de Vecchi- SA 1985127p
COSTABEBER J A MOYANO E Transiccedilatildeo agroecoloacutegica e accedilatildeo social coletiva Agroecologia e Desenvolvimento Rural Sustentaacutevel Porto Alegre v l n4 p 50- 60 outdez 2 0 0 0
42
COSTA M B B da Adubaccedilatildeo orgacircnica Nova siacutentese e novo caminho para aagricultura Satildeo Paulo Ed iacutecone Ltda 1985 102p
COSTA NETO C Agricultura Sustentaacutevel Tecnologias e Sociedade In CARVALHO COSTA LF et al (org) Mundo Rural e Tempo Presente Rio de Janeiro Mauad 1999
DrsquoAG0ST1NI R L FANTINI A C Produccedilatildeo orgacircnica tambeacutem socialmente excludente Agroecologia e Desenvolvimento Rural Sustentaacutevel Porto Alegre v3 n l p57-61 2002
DALPONTE J C V Utilizaccedilatildeo de materiais orgacircnicos e fertilizante mineral na produccedilatildeo e qualidade de mudas e bulbos de cebola (Alliurn Cepa L) Pelotas-RS 1990 (Mestrado em Agronomia) - Faculdade de Agronomia Eliseu Maciel UFPel 1990
DEBARBA J F THOMAZELLI L F GANDIN C L SILVA E Cadeias produtivas do Estado de Santa Catarina Cebola Florianoacutepolis Epagri 1998 115 p (EPAGRI Boletim Teacutecnico 96)
DUFOUR F Os saacutebios loucos do agro-alimentar Le Monde Diplomatique ano 1 n4 p6-7 1999 (ed portuguesa)
EHLERS E Agricultura Sustetaacutevel Origem e perspectivas de um novo paradigma 2 ed Guaiacuteba Agropecuaacuteria 1999 157 p
FILGUEIRA F A R Novo Manual de olericultura agrotecnologia moderna na produccedilatildeo e comercializaccedilatildeo de hortaliccedilas Viccedilosa UFV 2000 402 p
FRASER G K Mateacuteria Orgacircnica Del Suelo In BEAR F E (ed) Quiacutemica dei Suelo Madrid Ed Agrociencia 1963
FOLLET R H MURPHY L S DONAHUE R L Fertilizers and soil amendments New Jersey Printice-Hall Inc 1981 557p
GARCIA A Revista dei Espacio Rural Georgica Zaragoza Escuela Politeacutecnica de Huesca n5 1997
GARCIA A Versatildeo preliminar de um Programa Estadual de Produccedilatildeo e Comercializaccedilatildeo de Bulbos e Sementes de CebolaEMBRAPAIPAGROMARAEMATER 6 8 pbdquo 1990 (Publicaccedilatildeo avulsa)
GIORGETT1 J R Produccedilatildeo e Comercializaccedilatildeo de Mudas de Tomate In Encontro Nacional de Produccedilatildeo e Abastecimento de Tomate 2 1991 Jaboticabal Satildeo Paulo Anais Jaboticabal UNESP 1991 p 242-244
GLIESSMAN S R Agroecologia Processos ecoloacutegicos em agricultura sustentaacutevelPorto Alegre Universidade Federal do Rio Grande do Sul - UFRGS 2000 653p
43
GLIESSMAN S R TURRIALBA C R Agroecologia Procesos Ecoloacutegicos en Agricultura Sostenible CATIE 2002 p 3-14
GNOATTO S C Caracterizaccedilatildeo quiacutemica de vermicompostos de diferentes substratos orgacircnicos Pelotas-RS 1999 38 f (Mestrado em Agronomia - Solos) - Faculdade de Agronomia Eliseu Maciel UFPel 1999
GOMES J C C BORBA M F S A moderna crise dos alimentos oportunidade para a agricultura familiar Emater Porto Alegre julset 2000 Disponiacutevel em lthttpwwwematertchebrdocsagroecorevistan313-artigo3htmgtAcesso em 24 fev 2002
GOMEZ H W Desenvolvimento sustentaacutevel agriacutecola e capitalismo In Desenvolvimento sustentaacutevel Necessidade eou disponibilidade Santa Cruz do Sul Nobel - UNISC 1997 p 65-77
GONZAacuteLEZ DE MOLINA M SEVILLA GUZMAacuteN E Ecologia campesinado e historia Para una reinterpretacioacuten dei desarrollo dei capitalismo en la agricultura In SEVILLA GUZMAacuteN E GONZAacuteLEZ DE MOLINA M (ed) Ecologia campesinado e historia Madrid La Piqueta 1993 p 23-129
GRIFFITH S A SCHNITZER M Analytical characteristic of humic and fulvic acids extracted from tropical volcanic soils Soil Sei Soc Am Proc v 39 p361-367 1975
GUIMARAtildeES E Caracterizaccedilatildeo quiacutemica estreptoscoacutepica e por anaacutelise teacutermica de aacutecidos huacutemicos e vermicompostos obtidos de estercos de diferentes animaisCuritiba 1997 Dissertaccedilatildeo (Mestrado em Quiacutemica) Universidade Federal do Paranaacute 1997
HESS A F Sociedade e meio ambiente uma relaccedilatildeo ambiacutegua Revista Cientiacutefica Rural Bageacute v 4 n2 p 167-1741999
ICEPA-SC Informes conjunturais sobre a cultura da cebola Disponiacutevel em lthttpwwwicepa combrgt Acesso em 23 jan 2003
JONES H A MANN L K Onions and their allies New York Interscience Publishers 1962 286 p
JUacuteNIOR H A de MAIORANO J A Receitas obtidas de extratos de plantasCampinas CATITerra Viva [199-] 10 f
KHATOUNIAN C A Ciclo de Palestras sobre Agricultura Orgacircnica 2a Ed SatildeoPaulo Fund Cargill 1997 149 p
KIEHL E J Fertilizantes Orgacircnicos Satildeo Paulo Ed Agronocircmica Ceres Ltda 1985 492p
44
KOEFF H H PETTERSSON B D SHAUMANN W Vida Vegetal solos e adubaccedilatildeo In Agricultura Biodinacircmica Satildeo Paulo Nobel 1983 p92-149
KONONOVA M M Soil organic matter The importance o f organic matter in soil formation and soil fertility New York Pergamqn Press 1961 p 165-200
KUHN T A Estrutura das Revoluccedilotildees Cientiacuteficas Satildeo Paulo Perspectiva 1989 257p
LANNA FCA ABREU C L ABREU J G SILVA V Resposta de cultivares de melancia cultivadas sob adubaccedilatildeo quiacutemica e orgacircnica Horticultura v 12 n l p85 1994
LEFF H Saber Ambiental Petroacutepolis Vozes 2001 343 p
MAGALHAtildeES J R Nutriccedilatildeo e adubaccedilatildeo da cebola In FERREIRA M E CASSTELLANE P D CRUZ M C P Nutriccedilatildeo e adubaccedilatildeo de hortaliccedilasPiracicaba POTAFOS 1993 p 381-393
MALAVOLTA E Elementos de nutriccedilatildeo mineral de plantas Satildeo Paulo Ed Agronocircmica Ceres Ltda 1980 251 p
MALAVOLTA E Manual de Quiacutemica Agriacutecola - Adubos e Adubaccedilatildeo 3a ed SatildeoPaulo Ed Agronocircmica Ceres Ltda 1981 606 p
MARTINEZ A A A grande e Poderosa Minhoca Jaboticabal Funep - Unesp1990 101 p
MARTINS S R Desenvolvimento e Sustentabilidade Horticultura Brasileira Brasiacutelia-DF v20 n2 julho 2002 Palestra apresentada no 42deg Congresso Brasileiro de Olericultura
MARTINS S R Limites Del Desarrollo Sostenible em Ameacuterica Latina En el marco de Ias poliacuteticas de (re)ajuste econocircmico Pelotas Editora UFPel 1997 135 P-
MARTINS S R Sustentabilidade na agricultura dimensotildees econocircmicas sociais e ambientais Revista Cientiacutefica Rural Bageacute v4 n 2 p 175-1871999
MATURANA H REZEPKA S N D E Formaccedilatildeo Humana e Capacitaccedilatildeo Rio de Janneiro Vozes 2000 8 6 p
MELLO A F SOBRINHO M O ARZOLLA S SILVEIRA R NETTO A C KIEHL J C Fertilidade do Solo Satildeo Paulo Nobel 1983
MENEZES JUacuteNIOR F O G D Caracterizaccedilatildeo de Diferentes substratos hortiacutecolas e seu efeito na produccedilatildeo de mudas de alface e couve-flor em ambiente protegido Pelotas 1998 141 p Dissertaccedilatildeo (Mestrado em Agronomia - Produccedilatildeo Vegetal) - Faculdade de Agronomia Eliseu Maciel UFPel 1998
45
MIBASA Mineraccedilatildeo Barreto SA Melhorador de Solos MB4 A Natureza Agradece Arapiraca-AL [199-] Folder
MINAMI K Os resumos da olericultura 2000 In AZEVEDO FILHO MARTINEZ FILHO (ed) Preccedilos agriacutecolas Piracicaba ESALQ 1999 p 4
MINAMI K Produccedilatildeo de Mudas de Alta Qualidade em Horticultura Satildeo Paulo TA Queiroz 1995
MORSELLI T B G A Cultivo sucessivo de alface sob adubaccedilatildeo orgacircnica em ambiente protegidoPelotas 2001 178 p Tese (Doutorado em Agronomia - Produccedilatildeo Vegetal) Faculdade de Agronomia Eliseu Maciel UFPel 2001
MORSELLI T B G A Resiacuteduos orgacircnicos em sistemas agriacutecolas Poliacutegrafo da Disciplina de Resiacuteduos orgacircnicos em sistemas agriacutecolas Curso de Poacutes-Graduaccedilatildeo em Agronomia-Produccedilatildeo Vegetal UFPel 2002
MULLER AM Efeitos da Aplicaccedilatildeo Foliar de um Biofertilizante Enriquecido no Estado fitossanitaacuterio de Tomate Ervilha e Beterraba Sob Manejo OrgacircnicoDissertaccedilatildeo (Mestrado no Programa de Poacutes-Graduaccedilatildeo em Agroecossistemas)1999 (Resumo)
NOLLA D Erosatildeo do Solo - O grande desafio Estado do Rio Grande do Sul SEAGRI desenvolvimento de recursos naturais renovaacuteveis 1982 412 p
PAGLIA AG MORSELLI TBGA PEIL RMN Teores de nutrientes pH e condutividade eleacutetrica da aacutegua em sistema ldquofloat^ngrdquo sob adiccedilatildeo de biofertilizantes Horticultura Brasileira v 20 n2 julho 2002 Suplemento 2
PAULUS G MULLER A BARCELLOS LAR Agroecologia aplicada praticas e meacutetodos para uma agricultura de base ecoloacutegica 2ed ver ampl Porto Alegre EMATERRS 2001 8 6 p
PEIXOTO R T dos G Composto orgacircnico aplicaccedilotildees benefiacutecios e restriccedilotildees de uso Horticultura Brasileira Brasiacutelia-DF v 18 p 56-64 julho 2000
PENTEADO SR Defensivos Alternativos e Naturais Satildeo Paulo 1999 95 p
PEREIRA AJ SOUZA RJ PEREIRA WR Efeito de diferentes doses de esterco de galinha e de curral sobre a produccedilatildeo de cebola Horticultura Brasileira v20 n2 julho 2002 Suplemento 2
PINHEIRO S BARRETO SB MB-4 agricultura sustentaacutevel trofobiose e biofertilizantes Fundaccedilatildeo Juquira CandiruMibasa 2000 273 p
PRIMAVESI A Agricultura Sustentaacutevel Satildeo Paulo Nobel 1992 142 p
PRIMAVESI A O manejo ecoloacutegico do solo Agricultura em regiotildees tropicais SatildeoPaulo Nobel 1982 541 p
46
PURCINO A A C ldquoNitrogecircniordquo Informe Agropecuaacuterio Belo Horizonte v7 n81 p 16-27 1981
QUIJANO F G Efeito da adubaccedilatildeo orgacircnica no desenvolvimento de duas cultivares de alface em ambiente protegido Pelotas 1999 116f Dissertaccedilatildeo (Mestrado em Agronomia - Produccedilatildeo Vegetal) Faculdade de Agronomia Eliseu Maciel UFPel 1999
RODRIGUES A N N Efeitos e residuais de superfosfato triplo sobre o rendimento de mateacuteria seca e absorccedilatildeo de foacutesforo pela aveia (Avena strigosa Schob) em solo Podzoacutelico Vermelho Escuro Porto Alegre 1984 59f Dissertaccedilatildeo (Mestrado em Agronomia) - Faculdade de Agronomia UFRGS 1984
RODRIGUES E T CASALI V W D Respostas da alface agrave adubaccedilatildeo orgacircnica II Teores conteuacutedos e utilizaccedilatildeo de macronutrientes em cultivares Rev Ceres Viccedilosa v 45 n 261 p 437-449 1998
SAMINEcircS T C O Produccedilatildeo orgacircnica de alimentos Horticultura Brasileira Brasiacutelia-DF v 17 n3 novembro 1999
SCHIEDECK G Ambiecircncia e resposta agronocircmica de meloeiro (Cucumis melo L) cultivado sob adubaccedilatildeo orgacircnica em ambiente protegido Pelotas lOOp Tese (Doutorado em Agronomia - Produccedilatildeo Vegetal) - Faculdade de Agronomia Eliseu Maciel UFPel 2002
SILVA JUacuteNIOR A A GIORGI E Substratos alternativos para a produccedilatildeo de mudas de tomate Agropecuaacuteria Catarinense Florianoacutepolis EPAGRI 1992 23 p
SILVA JUacuteNIOR A A MACEDO S G STUKER H Utilizaccedilatildeo de esterco de peru na produccedilatildeo de mudas de tomateiro Florianoacutepolis EPAGRI 1995 28 p (Boletim Teacutecnico 73)
TAGLIARI PS GRASSMANN H Minhoca a grande aliada da agricultura Agropecuaacuteria Catarinense v8 n l p 11-14 mar 1995
TEDESCO M J GIANELLO C Anaacutelises de solo plantas e outros materiais Porto Alegre Faculdade de Agronomia Departamento de Solos Universidade Federal do Rio Grande do Sul RS 1996
TENNANT D A Test of modified line intersect method of estimating root lenght Journal Ecology Oxford v 63 p 995-1001 1975
TIBAU A O Mateacuteria Orgacircnica do Solo Mateacuteria Orgacircnica e Fertilidade do SoloSatildeo Paulo Nobel 1984 p49-182
TIMM P J Anaacutelise comparativa dos sistemas de plantio convencional e cultivo miacutenimo de cebola sob adubaccedilatildeo orgacircnica e mineral Pelotas 2000 79 p Dissertaccedilatildeo (Mestrado em Agronomia - Produccedilatildeo Vegetal) - Faculdade de Agronomia Eliseu Maciel UFPel 2000
47
VALENZUELA HR CROSBY C Effect of compost applications on the yield of several vegetables in long-term organic farming experiments conduced in the tropics American Society Horticultural Science v33 n3 june 1998
VIGLIZZO E (ed) Subprograma Recursos Naturais y Sostenibilidad Agriacutecola documento marco Montevideo IICAPROCISUR 1995 p 75 - 78
WE1D J M TARDIN J M Proposta para a Ampliaccedilatildeo do Trabalho da ASPTA no Centro Sul do Paranaacute ASPTA Disponiacutevel em http wwwpronafgovbrEncontrotestosAS20PTA20Sul20ParanE1205 202002doc Acesso em 05 mai 2002
XAVIER SIMOacuteN F DOMINGUES D G Desenvolvimento Rural Sustentaacutevel uma perspectiva agroecoloacutegica Agroecologia e Desenvolvimento Rural Sustentaacutevel Porto Alegre EM ATERRS v2 n2 p 17-26 2001
ZABALETA J P Diagnoacutestico da Agricultura Familiar em Satildeo Joseacute do Norte - RSPelotas EMBRAPA-CPACT 1998 75 p (EMBRAPA-CPACT Documentos 44)
ZONTA E P MACHADO A A SILVEIRA P Sanest Sistema de anaacutelise estatiacutestica para microcomputadores Registrado na Secretaria Especial de Informaacutetica sob nuacutemero 066060 - categoria A Pelotas-RS Universidade Federal de Pelotas 1984
48
7 APEcircNDICE
APEcircNDICE A - Anaacutelise da adubaccedilatildeo de base e biofertilizantes utilizados na produccedilatildeo de mudas de cebola
TABELA 1 A Anaacutelise baacutesica do solo antes da incorporaccedilatildeo do feijatildeo miuacutedo + papua
Arg
pH IND
SMP
MO
P - n r - Na Al Ca__10Omlmdash
Mg
ppm -
6 53 67 089 8 6 27 1 04 05 0 2
Fonte LASFAEMUFPel (2002)
TABELA 2A Anaacutelise complementar do solo antes da incorporaccedilatildeo do feijatildeo-miuacutedo + papua
Cobre Zinco Manganecircs Ferro
(m v1)
04 05 26 007
Fonte LASFAEMUFPel (2002)
49
TABELA 3A Anaacutelise dos fertilizantes soacutelidos
Amostra pH limidade CN
C N P K Ca Mg
- g-ivg --
Cama de 849 2491 12 31042 2479 3888 3405 29875 463
aves
Esterco 74 3594 11 677 590 157 134 335 214
de curral
Huacutemus 684 5738 14 15965 1098 453 745 743 361
Fonte LASFAEMUFPel (2002)
TABELA 4A Anaacutelise quiacutemica dos biofertilizantes liacutequidos
Amostra N P K_ccedil H
Ca Mg Cu Zn Fe Mn
mdashgL bull
S Magro
m b 4
Urina
053
1652
8 2 2
008
395
0 0 0
149
1674
471
1902
6872
0 0 0
1150
4507
1172
7273
42
033
101389
920
0 0 0
6250
19458
781
35273
1123
0 2 1
Fonte LASFAEMUFPel (2002)
50
APEcircNDICE B - Condiccedilotildees climaacuteticas do local
TABELA 1B Condiccedilotildees de temperatura do local
___________ __________TEMPERATURA (degCgt
meses Meacutedia
Maacutexima
Meacutedia
MiacutenimaMeacutedia
Maacutexima
Absoluta
Miacutenima
Absoluta
Junho 225 87 156 320 25
Julho 225 85 155 285 30
Agosto 251 71 161 360 1 0
Fonte FEPAGROSCT 2002
TABELA 2B Condiccedilotildees de chuva do local
mdash CHUVA (mm)mdash
meses Ocorrida Normal Desvio Da Normal
Junho 1080 1 1 0 -2 0
Julho 1062 98 8 2
Agosto 1283 1 2 0 83
Fonte FEPAGROSCT 2002
51
TABELA 1C Produccedilatildeo de fitomassa fresca e seca (g) da parte aeacuterea altura de planta
(cm) e diacircmetro de colo (mm) de mudas de cebola Petrolini cultivadas
sob uma perspectiva agroecoloacutegica Pelotas-RS 2003
APEcircNDICE C - Anaacutelise estatiacutestica da parte aeacuterea
Causas G1 FFPA FSPA AP DC
da variaccedilatildeo --------- Quadrados meacutedios-
Blocos 3
Ad Base 2 175359071 1287102 2547419 1 11775
Biofertilizantes 2 126876 29011 87669ns 02185ns
Ad x Biofert 4 572378 31123 69106ns 04159
Resiacuteduo 24 34456 03048 27169 00290
Total 35
Meacutedia geral 93745 8772 320388 6741
CV 1980 6294 5145 2530
Significativo a 5ns Natildeo significativo
52
TABELA 1D Produccedilatildeo de fitomassa fresca e seca (g) comprimento (cm) e densidade
de raiacutezes (m cm3) de mudas de cebola Petrolini cultivadas sob uma
perspectiva agroecoloacutegica e razatildeo parte aeacutereasistema radicular Pelotas-
RS 2003
APEcircNDICE D - Anaacutelise estatiacutestica da raiz
Causas G1 FFR FSR CR RPASR DR
da variaccedilatildeo Quadrados meacutedios---------------
Blocos 3
Ad Base 2 27874 551 623 2 1 0 140
Biofertilizantes 2 178 0 1 0 ni 1504 l03ns 038ns
Ad x Biofert 4 190 058 318 294 183
Resiacuteduo 24 005 009 028 023 0 2 1
Total 35
Meacutedia geral 1818 228 184 387 333
C V 134 1356 448 1253 1396
Significativo a 5 ns Natildeo significativo
53
APEcircNDICE E - Anaacutelise estatiacutestica dos macronutrientes da parte aeacuterea da cebola
TABELA 1E Conteuacutedos (mg planta1) de nitrogecircnio foacutesforo potaacutessio caacutelcio e
magneacutesio no tecido vegetal de mud^s de cebola Petrolini cultivadas
sob uma perspectiva agroecoloacutegica Pelotas-RS 2003
Causas G1 bull N P K Ca Mg
da variaccedilatildeo
Blocos 3
Ad Base 2 13550306 446627 25509686 1031806 59007
Biofertilizantes 2 180610ns 16564 68153ns 39006 876ns
Ad x Biofert 4 454187 45743 1047539 46950 2464
Resiacuteduo 24 29769 1453 64313 3741 439
Total 35
Meacutedia geral 24921 4597 33366 6943 1615
C V 692 829 760 880 1297
Significativo a 5 ns Natildeo significativo
APEcircNDICE F - Fotos do experimento
FIGURA 2 Mudas de cebola (Allium cepa L) produzidas sob uma perspectiva agroecoloacutegica
APEcircNDICE F a Fotos do experimento
FIGURA 1 Adubaccedilatildeo verde com feijatildeo-miuacutedo e papuatilde utilizadas no manejo do solo
FIGURA 2 Mudas de cebola (Allium cepa L) produzidas sob urna perspectiva agroecoloacutegica
5
O seacuteculo passado assistiu a uma ineacutedita expansatildeo da capacidade humana de
agenciamento das forccedilas naturais promovida pelo saber teacutecnico-cientiacutefico cuja
centra lidade eacute hoje irreversiacutevel no que se refere as relaccedilotildees com a natureza Em relaccedilatildeo
ao conhecimento poucas aacutereas de interesse do homem moderno se ligam tanto agrave
pesquisa cientiacutefica como a questatildeo ambiental sendo um fenocircmeno de tendecircncia
internacional evidenciado a partir da deacutecada de 70 (Hess 1999)
A noccedilatildeo de paradigma eacute normalmente utilizada para estabelecer uma
diferenciaccedilatildeo entre dois momentos ou dois niacuteveis do processo de conhecimento
cientiacutefico (Capra 1997 Kuhn 1989) Para um entendimento miacutenimo do que significa
essa noccedilatildeo Costa Neto (1999) diz que se pode conceituar o paradigma enquanto um
modelo de ciecircncia que serve como referecircncia para todo um fazer cientiacutefico durante uma
determinada eacutepoca ou um periacuteodo de tempo demarcado e a partir de um certo momento
da histoacuteria da ciecircncia o referido modelo predominante tende a se esgotar em funccedilatildeo de
uma crise de confiabilidade nas bases estruturantes de seu conhecimento Desta forma o
paradigma passa a ser substituiacutedo por outro modelo cientiacutefico predominante Tambeacutem
pode ocorrer o fato de dois paradigmas disputarem o espaccedilo de hegemonia na
construccedilatildeo do conhecimento (Costa Neto 1999)
Os problemas com os quais nos deparamos hoje satildeo faces de uma crise uacutenica
diferentes do fazer cientiacutefico e proveniente de uma crise de percepccedilatildeo segundo Capra
(2 0 0 1 ) isto faz com que nossas instituiccedilotildees e noacutes em particular natildeo consiga perceber
claramente realidades complexas em um mundo globalmente interligado Ainda que as
soluccedilotildees para alguns de nossos principais problemas possam ser relativamente simples
ldquosoacute seratildeo possiacuteveis mediante uma mudanccedila radical em nossas percepccedilotildeesrdquo este eacute
tambeacutem o ldquoestopim para colocar em marcha medidas efetivasrdquo porque os governos e as
instituiccedilotildees jamais empreenderatildeo accedilotildees de fato enquanto as pessoas natildeo
compreenderem que satildeo parte do problema e da soluccedilatildeo e que eacute preciso assumir a
necessidade de mudar o rumo das coisas (Gomes amp Borba 2000)
Para Leff (2001) a agroecologia representa o ldquonascimento de um paradigmardquo que
eacute a alma da produccedilatildeo sustentaacutevel um processo que permite o resgate dos
conhecimentos proacuteprios e o renascimento do ser trazendo de volta as relaccedilotildees com os
seres humanos na medida em que o produtor cria atraveacutes de seu conhecimento o seu
proacuteprio saber-fazer numa relaccedilatildeo com a vida e com a terra
6
Segundo Costa Neto (1999) o paradigma agroecoloacutegico representa portanto a
linha de um posicionamento soacutecio-ambiental que tem uma vertente tecnoloacutegica apta a
ser uma alternativa agrave produccedilatildeo agriacutecola em grande escala e ao modelo tradicional
disciplinar
Hoje a agroecologia continua a fazer conexatildeo entre fronteiras estabelecidas Por
um lado estuda os processos econocircmicos e os agroecossistemas por outro eacute um agente
para as mudanccedilas sociais e ecoloacutegicas complexas que tenham necessidade de ocorrer no
futuro a fim de levar a agricultura para uma base verdadeiramente sustentaacutevel O
processo de mudanccedila estaria dirigido agrave busca de novos pontos de equiliacutebrio entre as
dimensotildees de produtividade estabilidade e equumlidade na atividade agraacuteria articuladas
entre si poreacutem em constante processo de adaptaccedilatildeo e retroalimentaccedilatildeo utilizando
estilos mais respeitosos com o ambiente com o propoacutesito de superar a crise enfrentada
pelos agricultores (Costabeber amp Moyano 2000)
De acordo com Altieri (2002) soacute uma compreensatildeo mais profunda da ecologia
humana e dos sistemas agriacutecolas pode levar a medidas coerentes com uma agricultura
sustentaacutevel Assim a ldquoemergecircncia da agroecologiardquo representa um enorme salto nesta
direccedilatildeo pois fornece os princiacutepios ecoloacutegicos baacutesicos para o estudo e tratamento dos
ecossistemas tanto produtivos quanto preservadores dos recursos naturais e que sejam
culturalmente sensiacuteveis socialmente justos e economicamente viaacuteveis
A transformaccedilatildeo ou substituiccedilatildeo de um modelo de desenvolvimento para outro
supotildee um processo de transiccedilatildeo que em alguns momentos caminha a passos lentos e
em outros pode trazer mudanccedilas bruscas e qualitativamente diferenciadas Esse
processo de transiccedilatildeo significa a conversatildeo de uma agricultura tradicional para uma
agricultura ecoloacutegica e socialmente equilibrada com base na sustentabilidade (Gomeacutez
1997)
Embora a falta de informaccedilatildeo da pesquisa possa ter contribuiacutedo para dificuldades
e experiecircncias negativas de muitos produtores estes tecircm fama de serem inovadores e
experimentadores desejosos de adotar novas praacuteticas no sentido de serem beneficiados
Nos uacuteltimos cinquumlenta anos a inovaccedilatildeo na agricultura tem sido impulsionada
principalmente pela ecircnfase em altos rendimentos e no lucro da unidade produtiva
Apesar da continuidade dessa forte pressatildeo econocircmica sobre a agricultura muitos
produtores convencionais estatildeo preferindo fazer a transiccedilatildeo para praacuteticas que satildeo mais
consistentes ambientalmente e tem o potencial de contribuir com a sustentabilidade da
agricultura em longo prazo (Gliessman 2000)
7
212 Agroecologia e agricultura familiar
O nuacutecleo por excelecircncia da produccedilatildeo sustentaacutevel eacute a agricultura familiar No
Brasil mais especificamente esta tecnologia estaacute sendo introduzida natildeo somente em
aacutereas de cultivo de agricultura familiar em geral mas especificamente em
assentamentos rurais Percebe-se dessa forma tratar-se de um tipo de produccedilatildeo que
tende a incorporar a dimensatildeo histoacuterico-social e a considerar os valores culturais e de
senso comum inerentes aos agricultores familiares (Costa Neto 1999)
Na agricultura familiar a sustentabilidade toma forma a partir do momento em
que comeccedilaram a ser incorporados aos debates os novos anseios da sociedade rural e
urbana relacionados a um novo projeto de desenvolvimento e na medida em que foram
buscadas orientaccedilotildees teoacutericas baseadas no paradigma agroecoloacutegico
De acordo com Maturana amp Rezepka (2000) a formaccedilatildeo do conhecimento natildeo eacute
entendida como simples treinamentos e teacutecnicas e seraacute um aspecto essencial desta
abordagem A valorizaccedilatildeo dos saberes dos agricultores sobre o ambiente as plantas o
solo e os processos ecoloacutegicos onde resgatam e aprimoram teacutecnicas proacuteprias e de
outros de origem cientiacutefica ou empiacuterica fundamentais dentro deste novo paradigma
(Altieri amp Nicholls 2000)
Neste sentido cientistas e extensionistas tecircm se surpreendido com a profundidade
destes conhecimentos e com a capacidade de vaacuterios destes agricultores de expocirc-los
mesmo nos ambientes acadecircmicos onde muitas vezes estatildeo mais avanccedilados que seus
interlocutores (Weid amp Tardin 2002) Isto revela a necessidade de sintonia entre a
Universidade e a Comunidade
Entatildeo a sutentabilidade ambiental em niacutevel local eacute positiva quando o manejo
realizado no agroecossistema aproveita a produtividade dos recursos naturais renovaacuteveis
(aqueles que funcionam mediante o fluxo solar) Ao contraacuterio pode natildeo ser positiva
quando as praacuteticas produtivas consistem na busca pela produtividade mediante a troca
econocircmica (importaccedilatildeo e exportaccedilatildeo de insumos e produtos) onde a terra eacute vista
unicamente como o suporte material (fiacutesico) das espeacutecies Neste caso o controle de
pragas a fertilizaccedilatildeo e outras praacuteticas necessaacuterias satildeo realizados mediante capital
produzido pelo homem degradando a base local de recursos naturais (Xavier Simoacuten amp
Domingues 2001)
8
213 O Mercado de produtos agroecoloacutegicos
O mercado de alimentos produzidos sob a orientaccedilatildeo agroecoloacutegica produzidos
sem utilizaccedilatildeo de agrotoacutexicos ou adubos minerais tem aumentado vertiginosamente em
todo o mundo Alguns dados indicam que esse segmento cresce anualmente cerca de
20 nos Estados Unidos 40 na Europa e 50 no Brasil e para comprovar tais
iacutendices basta verificar a proliferaccedilatildeo das feiras de produtores ecoloacutegicos nas cidades o
aumento dos espaccedilos para esses produtos nas gocircndolas das grandes redes de
supermercados e os movimentos ambientalistas e de consumidores que buscam uma
alimentaccedilatildeo mais saudaacutevel (Schiedeck 2002)
Sem duacutevida antes de tudo cabe salientar que a crise atual evidencia o equiacutevoco da
adoccedilatildeo de um modelo de produccedilatildeotransformaccedilatildeo que natildeo tem outra ambiccedilatildeo que natildeo a
de se adaptar agrave globalizaccedilatildeo Cabe a consideraccedilatildeo feita por Dufour (1999) de que o
mercado natildeo eacute uacutenico e monoliacutetico e portanto a produccedilatildeo social da qualidade natildeo
significa mais do mesmo (a adaptaccedilatildeo do que jaacute natildeo serve)
Na realidade pode-se identificar claramente dois mercados de natureza
fundamentalmente oposta que segundo Gomes amp Borba (2000) satildeo o de produtos
baacutesicos (leite cereais carnes brancas e vermelhas) e o de produtos elaborados
socialmente e de grande valor agregado por serem justos socialmente O mercado
mundial dos produtos baacutesicos eacute alimentado pelos excedentes agriacutecolas de grandes
produtores (Uniatildeo Europeacuteia Estados Unidos e Canadaacute) tambeacutem a soja e carne de
frango brasileira e o trigo argentino e os preccedilos nesses mercados satildeo extremamente
baixos e permaneceratildeo assim por muito tempo segundo relatos recentes do Banco
Mundial
Para produzir a preccedilos tatildeo baixos eacute necessaacuterio lanccedilar matildeo de todo tipo de
artifiacutecio como os hormocircnios os organismos geneticamente modificados as farinhas
animais esquecendo o meio ambiente e convivendo com exploraccedilotildees gigantescas
concentraccedilatildeo na posse da terra e com uma minoria de beneficiaacuterios dos programas de
ajuda puacuteblica os agromanagers (Gomes amp Borba 2000)
O mercado de produtos elaborados e de valor agregado obedece a outras regras
Mesmo que os agricultores busquem a maximizaccedilatildeo da produtividade natildeo se enfrentam
diretamente A produccedilatildeo ocorre em zonas geograacuteficas bem definidas e permite valorizar
o ldquosavoir-fairerdquo ou ldquoknow-howrdquo (em outras palavras natildeo necessariamente mas o
conhecimento ldquotradicionalrdquo) contribuindo para uma verdadeira economia local Esta eacute a
9
agricultura que ao mesmo tempo produz gera e preserva empregos Para caminhar ateacute
ela eacute necessaacuteria uma ampla alianccedila entre agricultores consumidores e movimentos
sociais para frear esta forma de ditadura dos mercados fonte do poder das
transnacionais agro-alimentares e quiacutemicas (Dufour 1999)
Por outra parte o mercado natildeo eacute linear e abstrato como querem fazer crer A
produccedilatildeo e o consumo sempre estaratildeo localizados e seratildeo realizados por produtores e
consumidores concretos isto permite falar em convenccedilatildeo ou negociaccedilotildees onde a
qualidade seja considerada na originalidade no bem comum ou na confianccedila entre pares
e colada aos produtos ainda mais quando se trata de alimentos Isto soacute seraacute possiacutevel
no local (sem ignorar o global) e levando em conta indicaccedilotildees como denominaccedilatildeo
ou indicaccedilatildeo de origem de processo ou de qualidade etc relacionados agraves
especificidades dos produtos o que tambeacutem deve ser objeto de negociaccedilatildeo para cada
lugar (eacute preciso lembrar que a participaccedilatildeo e as relaccedilotildees interpessoais satildeo determinantes
ao longo do processo) A produccedilatildeo social da qualidade eacute vista como estrateacutegia que
adquire sentido se considerada para o espaccedilo da Agricultura Familiar onde ainda eacute
possiacutevel estabelecer laccedilos de solidariedade entre produtores e consumidores (Gomes amp
Borba 2000)
De acordo com DrsquoAgostini amp Fantini (2002) tanto ou mais do que compreender a
dinacircmica de processos dos quais resultam produtos interessantes eacute compreender e
humanizar a dinacircmica de interesses sobre esses processos e produtos Os mesmos
autores dizem ainda que natildeo seria a solidariedade humana (a virtude pressuposta) que
emerge em especial na produccedilatildeo agroecoloacutegica mas sim a emergecircncia da rica
propriedade humana a generosidade que permite praticaacute-la em qualquer relaccedilatildeo entre
os homens
22 A cultura da cebola (Alliunt cepa L) e sua importacircncia
A cultura da cebola foi introduzida pelos accedilorianos no Brasil no seacuteculo XVIII nos
municiacutepio de Mostardas Rio Grande e Satildeo Joseacute do Norte no Estado do Rio Grande do
Sul (Garcia 1990) sendo a terceira hortaliccedila de maior importacircncia econocircmica para o
paiacutes (ICEPA 2003) Nas regiotildees Sul e Sudeste a cebolicultura constitui-se em atividade
socioeconocircmica de significativa relevacircncia para os Estados de Satildeo Paulo Santa
10
Catarina e Rio Grande do Sul nos quais se concentram mais de 76 da produccedilatildeo
nacional (Debarba et a i 1998)
A mais importante regiatildeo produtora do Rio Grande do Sul estaacute situada no litoral
Sul englobando os municiacutepios de Rio Grande Tavares Satildeo Joseacute do Norte e Mostardas
(Garcia 1997) e segundo ICEPASC (2003) esses quatro municiacutepios respondem por
cerca de 70 da produccedilatildeo de cebola do RS
Timm (2000) cita que cerca de 16000 famiacutelias rurais no Rio Grande do Sul tem
na cultura da cebola o seu principal meio de subsistecircncia No Municiacutepio de Satildeo Joseacute do
Norte a produccedilatildeo de cebola constitui uma atividade econocircmica quase exclusiva onde a
descapitalizaccedilatildeo dos agricultores ocasionou o abandono do meio rural por muitos deles
que acabaram por estabelecerem-se na periferia da zona urbana (Garcia 1997)
Aleacutem da descapitalizaccedilatildeo do produtor ocorrem problemas como a erosatildeo do solo
que segundo Zabaleta (1998) ocorre principalmente devido agrave accedilatildeo dos ventos fortes e
constantes caracteriacutesticos na regiatildeo sul-litoracircnea bem como a topografia plana e os
solos muito arenosos com lenccediloacuteis freaacuteticos superficiais contribuem para o
empobrecimento dos solos da regiatildeo principalmente ao se comparar com outras aacutereas
onde a cebola participa de sistemas produtivos juntamente com a produccedilatildeo leiteira o
arroz e hortaliccedilas diversas (Timm 2000)
221 Caracteriacutesticas agronocircmicas da cebola
A cebola eacute uma aliaacuteceae a planta eacute tenra atinge 60 cm de altura e apresenta folhas
tubulares e cerosas O caule verdadeiro eacute um disco comprimido na base da planta de
onde partem as folhas e raiacutezes que satildeo fasciculadas pouco ramificadas explorando um
volume de solo equivalente a um cilindro com 60 cm de altura e 25 cm de diacircmetro
(Filgueira 2000)
Cada planta apresenta 20 a 200 raiacutezes normalmente espessas (05 a 1 mm de
diacircmetro) e com pouca ramificaccedilatildeo e poucos pecirclos absorventes O crescimento eacute
vertical estendendo-se de 40 a 80 cm de profundidade Poucas raiacutezes ocupam mais de
15 cm do raio em tomo do bulbo Estas caracteriacutesticas tecircm implicaccedilotildees peculiares
quanto acirc localizaccedilatildeo e ao suprimento de nutrientes (Quanto menor o diacircmetro e maior a
ocorrecircncia de pecirclos absorventes maior seraacute a superfiacutecie de raiacutezes e consequumlentemente a
absorccedilatildeo de nutrientes (Magalhatildees 1993)
11
A fase vegetativa do ciclo da planta termina com o amadurecimento do bulbo
todavia trata-se de uma planta bienal considerando acirceu ciclo vital completo isto eacute da
semeadura ateacute a produccedilatildeo de novas sementes Apoacutes um periacuteodo invemal sob baixas
temperaturas haacute emissatildeo de um pendatildeo floral que pode alcanccedilar 150 cm de altura
terminando por uma inflorescecircncia tipo umbela simples inicialmente recoberta por
uma peliacutecula formada por centenas de pequenas flores (Filgueira 2000)
Segundo Clivela (1995) os fatores climaacuteticos de modo geral natildeo satildeo limitantes
para a produccedilatildeo de bulbos de cebola no Rio Grande do Sul Filgueira (2000) enfatiza
que no Brasil eacute uma das raras culturas oleraacuteceas nas quais o fotoperiacuteodo pode tornar-se
o fator limitante ocorrendo frustraccedilotildees da colheita caso as exigecircncias da planta natildeo
sejam satisfeitas
222 A produccedilatildeo de mudas de hortaliccedilas
As mais importantes modificaccedilotildees no sistema de produccedilatildeo nos uacuteltimos anos tecircm
sido feitas na produccedilatildeo de mudas Hoje eacute uma realidade os produtores se
especializarem em produzir mudas principalmente no Estado de Satildeo Paulo Para tanto
se busca atraveacutes da pesquisa as melhores fontes e combinaccedilotildees de substratos associados
ao sistema de produccedilatildeo conveniente para cada espeacutecie a fim de se obter melhorias na
propriedade no solo e na Olericultura (Giorgetti 1991)
O sistema agroecoloacutegico torna-se importante uma vez que a base da Horticultura
moderna eacute a produccedilatildeo de mudas de alta qualidade (Minami1995) a produccedilatildeo de mudas
de hortaliccedilas tem sido citada como a etapa mais importante do sistema produtivo (Silva
Junior et al 1995) Segundo Filgueira (2000) nesta fase natildeo se pode cometer erros
pois posteriormente seraacute mais difiacutecil de corrigi-los visto que para o cultivo da cebola a
muda refletiraacute na qualidade do bulbo
As mudas de hortaliccedilas podem ser consideradas tolerantes e natildeo tolerantes ao
transplante e dependem principalmente das condiccedilotildees ambientais necessitando de
cuidados No caso da cebola como satildeo produzidas com raiz nua os cuidados devem ser
maiores pois dependendo do estado em que se encontram mais ou menos susceptiacuteveis
aos estresses quando em contato com o campo podem resultar em desastre (Minami
1999)
A quantidade de nutrientes extraiacuteda pelas hortaliccedilas durante a fase de muda varia
em funccedilatildeo da espeacutecie da variedade ou da cultivar e do prazo necessaacuterio para a formaccedilatildeo
13
O composto humificado ou curado eacute rico em nutrientes que passaram parcialmente
da forma orgacircnica para a forma mineral assimilaacutevel pelas raiacutezes e com maior teor
coloidal que atua como fertilizante e eacute responsaacutevel pela capacidade melhoradora do
solo (Barreto 1985)
Uma das principais alternativas em termos de adubaccedilatildeo orgacircnica eacute o
vermicomposto Ele eacute um adubo orgacircnico estaacutevel rico em nutrientes inodoro de
coloraccedilatildeo escura obtido a partir da atividade das minhocas que potencializam a mateacuteria
prima utilizada no processo (principalmente esterco de bovino) proporcionando
diversos benefiacutecios para as plantas (Timm 2000)
231 Efeitos da adubaccedilatildeo orgacircnica no solo
O solo funciona como um organismo vivo em 1 grama de solo saudaacutevel vive uma
comunidade bioloacutegica de aproximadamente 1 0 0 0 0 espeacutecies diferentes como minhocas
larvas besouros colecircmbolos aacutecaros algas bacteacuterias e fungos Estes organismos
necessitam de alimentos para viver principalmente carbono e nitrogecircnio que estatildeo
presentes na palhada das culturas e no esterco de animais Em funccedilatildeo disso eacute
importante que o solo tenha um determinado teor de mateacuteria orgacircnica para fornecer os
alimentos e energia que os microacutebios precisam para viver (Paulus et al 2001)
O homem atraveacutes dos diferentes sistemas de preparo do solo e cultivos contiacutenuos
ou natildeo altera o comportamento do mesmo em relaccedilatildeo agraves reaccedilotildees quiacutemicas
propriedades fiacutesicas como capacidade de retenccedilatildeo de aacutegua lixiviaccedilatildeo de nutrientes
erosatildeo e como consequumlecircncia afeta a qualidade de organismos presentes no solo (Brady
1999) reduzindo paulatinamente o teor de mateacuteria orgacircnica (Primavesi1982)
Nos uacuteltimos anos tem-se observado em diferentes paiacuteses a ampliaccedilatildeo do uso de
adubos orgacircnicos Alguns apresentam oacutetimos resultados enquanto outros se mostram
tecnicamente inadequados Os principais adubos orgacircnicos encontrados no mercado satildeo
fertilizantes orgacircnicos de origem animal compostos de lixo urbanos compostos de
produtos industriais e huacutemus de minhoca Nestes fertilizantes estatildeo presentes a maioria
dos macronutrientes (nitrogecircnio foacutesforo potaacutessio caacutelcio magneacutesio enxofre) e
micronutrientes (zinco cobre boro ferro cobalto)essenciais para as plantas e nem
sempre encontrados em muitos fertilizantes minerais bem como uma gama de
microorganismos que vatildeo beneficiar a fauna e a flora do solo (Brady 1979 Kiehl
1985 Costa 1985 Garcia 1997)
14
Os adubos orgacircnicos satildeo amplamente empregados nos sistemas de produccedilatildeo de
alface como condicionadores do ambiente quiacutemico e fiacutesico da rizosfera e
consequumlentemente na resposta bioloacutegica das plantas (Rodrigues amp Casali 1998)
Considerando as necessidades hortiacutecolas de maior competitividade e o fato de natildeo
ser subsidiada o crescimento populacional e a industrializaccedilatildeo representam fatores
determinantes na geraccedilatildeo diaacuteria de enormes volumes de resiacuteduos podendo ser utilizados
pelos produtores com um maior retomo econocircmico possiacutevel Ao mesmo tempo a
questatildeo ambiental assume cada vez mais destaque na sociedade moderna repercutindo
em poliacuteticas governamentais bem como no setor produtivo do paiacutes e do mundo
fazendo com que a relaccedilatildeo do homem com a natureza seja repensada (Morselli 2001)
232 Efeitos da adubaccedilatildeo orgacircnica nas culturas
Segundo Paulus et al (2001) a mateacuteria orgacircnica tambeacutem eacute fonte de nutrientes
especialmente nitrogecircnio foacutesforo enxofre e micronutrientes aleacutem disso tem
capacidade de ldquoprenderrdquo micronutrientes e alguns elementos toacutexicos para as plantas
como o alumiacutenio Por exemplo os micronutrientes depois de presos satildeo liberados
lentamente no solo onde satildeo gradativamente aproveitados pelas plantas
O uso dos fertilizantes minerais elevam o custo de produccedilatildeo pois satildeo necessaacuterias
altas doses para o fornecimento dos teores de nutrientes demandados Por isso eacute
importante a geraccedilatildeo de tecnologias que poupem o consumo de fertilizantes minerais
desejaacutevel com vista agrave diminuiccedilatildeo do custo de produccedilatildeo (Rodrigues 1984) A produccedilatildeo
de hortaliccedilas sob a orientaccedilatildeo agroecoloacutegica leva em consideraccedilatildeo natildeo apenas os custos
de produccedilatildeo como tambeacutem a dependecircncia dos insumos principalmente quando se
considera a ldquoteoria da trofobioserdquo pelos efeitos maleacuteficos que os nutrientes prontamente
assimilaacuteveis podem causar as plantas (Chaboussou 1987)
Para Compagnoni amp Putzolu (1985) o vermicomposto eacute um autecircntico fertilizante
bioloacutegico que atua como corretivo do solo determinando caracteriacutesticas importantes
para a microflora pelos aacutecidos huacutemicos e as substacircncias fitoestimulantes Os autores
consideram ainda que as dejeccedilotildees das oligoquetas proporcionam a formaccedilatildeo de huacutemus
permitindo melhorar o solo razatildeo pela qual satildeo destinados agrave horticultura com oacutetimas
vantagens fiacutesicas e microbioloacutegicas enriquecendo a camada araacutevel
Em experimentos desenvolvidos durante cinco anos para avaliar o efeito da
aplicaccedilatildeo de compostos eou adubos nas culturas de alface manjericatildeo espinafre e
15
pepino Valenzuela amp Crosby (1998) compararam as produccedilotildees obtidas com composto
e a fertilizaccedilatildeo padratildeo e concluiacuteram que a utilizaccedilatildeo do composto em 20 Mg ha 1 mais
N-quiacutemico foi o melhor tratamento em todas as culturas estudadas
233 Plantas de cobertura do solo
As plantas mais usadas para adubaccedilatildeo de cobertura do solo satildeo as leguminosas
pois estas tecircm a capacidade de fixar o nitrogecircnio atmosfeacuterico e disponibiliza-lo agrave
cultura Primavesi (1992) cita que utilizando-se mucuna ervilhaca feijatildeo-de-porco
feijatildeo-miuacutedo crotalaacuteria e outras natildeo haacute necessidade de utilizar tanto nitrogecircnio em
cobertura embora natildeo se dispense uma calagem mais frequumlente pois ocorre um pouco
de acidificaccedilatildeo no solo como com qualquer adubaccedilatildeo nitrogenada Segundo a mesma
autora algumas leguminosas tecircm a capacidade de mobilizar o foacutesforo como o caupi
(feijatildeo-miuacutedo) outras mobilizam o caacutelcio como tremoccedilo
Para Brady (1999) a adubaccedilatildeo verde traz grandes benefiacutecios como suprimento de
mateacuteria orgacircnica sendo consideraacutevel a quantidade de resiacuteduos orgacircnicos devolvidos ao
solo adiccedilatildeo de nitrogecircnio nutrientes e conservaccedilatildeo do solo
Calegari (1998) comenta que quanto aos aspectos fiacutesicos os resiacuteduos tendem a
contribuir para uma melhoria da estrutura do solo percebida pelo aumento da
estabilidade dos agregados em aacutegua aumento da capacidade de retenccedilatildeo hiacutedrica
elevaccedilatildeo dos iacutendices de infiltraccedilatildeo de aacutegua no solo aumento da porosidade melhor
aeraccedilatildeo e diminuiccedilatildeo da densidade do solo
De acordo com Timm (2000) o papuatilde eacute uma excelente alternativa como cobertura
de solo para o cultivo miacutenimo da cebola pois na eacutepoca do transplante das mudas seu
ciclo vegetativo estaacute completo natildeo necessitando o dessecamento outra vantagem eacute que
o papuatilde apresenta bom controle com relaccedilatildeo agraves plantas invasoras da cebola reduzindo
ao longo dos anos o nuacutemero de capinas e a aplicaccedilatildeo de herbicidas
234 Adubaccedilatildeo foliar
Segundo Malavolta (1981) a utilizaccedilatildeo da adubaccedilatildeo foliar eacute complemento da
adubaccedilatildeo de solo natildeo substituto da mesma no que diz respeito ao fornecimento de
nitrogecircnio foacutesforo e potaacutessio para as culturas Da mesma maneira que as raiacutezes podem
perder para o solo parte dos elementos absorvidos as folhas tambeacutem o fazem pela accedilatildeo
16
de fatores internos (desordem fisioloacutegica estado nutricional etc) e externos (chuvas
orvalho nutriccedilatildeo do sistema radicular luz temperatura etc)
Para Chaboussou (1987) as plantas adquirem o maacuteximo de resistecircncia bioloacutegica
atraveacutes da nutriccedilatildeo (trofos) equilibrada Obviamente para que isto ocorra eacute necessaacuterio
que o solo esteja em equiliacutebrio dinacircmico o ambiente seja o mais estaacutevel e as plantas
selecionadas ou melhor adaptadas para poderem suportar as alteraccedilotildees extemporacircneas
ocasionadas pelos fenocircmenos meteoroloacutegicos e nas fases fonoloacutegicas criacuteticas do
crescimento e desenvolvimento (Pinheiro amp Barreto 2000)
O lixiviado das folhas enriquece as camadas superiores do solo e tende a
contrabalanccedilar as perdas de zonas mais profundas e mais distantes acumulando-os nas
suas proximidades tambeacutem influencia o nuacutemero e o comportamento dos
microrganismos que por sua vez alteram o processo de gecircnese do solo sua textura e
fertilidade A lixiviaccedilatildeo assim se toma importante no desenvolvimento da sucessatildeo
ecoloacutegica devido agrave ciclagem de elementos (Malavolta 1980)
Conforme Camargo (1975) a utilizaccedilatildeo de adubos foliares substitui parcialmente
a adubaccedilatildeo radicular em 20 a 25 podendo ser utilizada em varias pulverizaccedilotildees
24 Vermicompostagem
E o processo que consiste em se submeter diferentes resiacuteduos orgacircnicos de
origem animal eou vegetal aos processos fermentativos e humificaccedilatildeo adicionando
minhocas do gecircnero Eiseina espeacutecie foetida ao material procurando obter um produto
curado em aproximadamente 45 - 60 dias (Compagnoni amp Putzolu 1985)
A vermicompostagem firmou-se no Brasil como atividade rentaacutevel produzindo
adubo de alta qualidade na deacutecada de 90 Na agricultura brasileira contudo haacute
preferecircncia pelos adubos quiacutemicos em funccedilatildeo de sua aquisiccedilatildeo financiada menor custo
e retomo imediato embora o impacto de seu uso contiacutenuo sobre o solo e os
microorganismos que nele vivem seja negativo (Tagliari amp Grassmann 1995)
Segundo Morselli (2002) a vermicompostagem difere da compostagem
convencional dentre outros pocircr formar substacircncias huacutemicas mais rapidamente ao sofrer
passagem pelo trato digestivo das minhocas A alirdentaccedilatildeo destas satildeo basicamente os
estercos e a disponibilidade desta mateacuteria prima bem como de ambiente protegido para
proceder a compostagem correta deste material satildeo indispensaacuteveis
17
Segundo Kiehl (1985) e Martinez (1990) o vermicomposto apresenta as seguintes
vantagens em relaccedilatildeo a compostagem permite a formaccedilatildeo de um produto curado em
menor espaccedilo de tempo promove a formaccedilatildeo de um material com maior
disponibilidade de nutrientes facilita o peneiramento natildeo havendo a necessidade de
revolvimento do material oferece vaacuterias fontes de renda pois aleacutem do huacutemus fornece
minhocas e raccedilatildeo e quando aplicado ao solo tende a melhorar as propriedades fiacutesicas
quiacutemicas e bioloacutegicas
241 Resiacuteduos utilizados na vermicompostagem
2411 Resiacuteduos de origem animal
Segundo Bureacutes (1997) o esterco eacute uma mistura de fezes urina e camas que
podem estar constituiacutedas de palhas folhas secas serragem turfa casca de arroz e ateacute
terra Esse apresenta pH neutro e densidade que varia de 030 a 090 Kg dm3 segundo
seu estado de decomposiccedilatildeo Eacute influenciado por vaacuterios fatores como espeacutecie animal
raccedila idade alimentaccedilatildeo material utilizado como cama e tratamento da mateacuteria-prima
esterco (Kiehl 1985) Dentre os fatores apontados um dos mais importantes eacute a
alimentaccedilatildeo do animal quanto mais rica a alimentaccedilatildeo mais rica seraacute as dejeccedilotildees
(Gnoatto 1999) O volume de bacteacuterias vivas ou mortas encontradas no esterco
representam 20 a 30 do total delas se originam grande parte do nitrogecircnio sob a
forma de proteiacutena (Morselli 2002)
A origem do material utilizado para a produccedilatildeo de vermicomposto eacute fundamental
pois soacute uma mateacuteria-prima de qualidade resultaraacute em um produto final de boa qualidade
Dentre os estercos o de aves eacute empregado empiricamente na adubaccedilatildeo de culturas
permanente ou natildeo com excelentes resultados apesar de sua simples composiccedilatildeo
meacutedia 2 de nitrogecircnio 2 de foacutesforo como P2 0 5 e 1 de K2 0 Poreacutem haacute uma
grande variaccedilatildeo na sua constituiccedilatildeo a qual dependeraacute do manejo animal atraveacutes das
camas finalidade da criaccedilatildeo e natureza das camas (Morselli 2002)
2412 Resiacuteduos de origem vegetal
A mateacuteria orgacircnica pode ser preservada no solo por vaacuterios processos seja pela
simples incorporaccedilatildeo de resiacuteduos de culturas rotaccedilatildeo de culturas adubaccedilatildeo verde ou
18
pela adiccedilatildeo de materiais orgacircnicos capazes de elevar e manter a produtividade do solo
Da decomposiccedilatildeo dos resiacuteduos orgacircnicos adicionados ao solo resulta a liberaccedilatildeo de
grande quantidade de nutrientes principalmente o nitrogecircnio o potaacutessio e o enxofre
Aleacutem disso diversos atributos quiacutemicos e fiacutesicos do solo satildeo alterados pela
decomposiccedilatildeo desses resiacuteduos destacando-se o aumento da capacidade de troca de
caacutetions o aumento da retenccedilatildeo de aacutegua a melhoria da estabilidade dos agregados e da
aeraccedilatildeo (Fraser1963 Malavolta 1981 Mello et al 1983 Bonilla 1992)
Segundo Purcino (1981) quando a relaccedilatildeo CN eacute menor que 30 como no caso do
esterco de curral ou da palha de leguminosas a disponibilidade de nitrogecircnio eacute
imediata mas acima deste valor ocorre imobilizaccedilatildeo crescente deste nutriente Por esse
motivo estes materiais devem ser submetidos a uma degradaccedilatildeo bioloacutegica antes de
serem adicionados ao solo
25 Biofertilizantes
No Brasil ocorrem problemas crescentes com materiais derivados de sistemas
intensivos de criaccedilatildeo animal que acumulam resiacuteduo^ orgacircnicos com graves problemas
de contaminaccedilatildeo de cursos de aacutegua que na maioria das vezes se acumulam em um
uacutenico lugar e natildeo satildeo reciclados (Viglizzo 1995)
Visando amenizar tais situaccedilotildees os meacutetodos alternativos de adubaccedilatildeo controle de
doenccedilas pragas e plantas indesejaacuteveis tecircm sido muito estudado Dentro dessa linha de
pesquisa destaca-se o uso de mateacuteria orgacircnica atraveacutes tanto de sua incorporaccedilatildeo ao
solo como de sua transformaccedilatildeo para uso posterior na forma de biofertilizantes
(Khatounian 1997 Bettiol et al 1997)
Na complexa e elevada comunidade microbiana dos biofertilizantes encontram-se
bacteacuterias fungos leveduriformes filamentosos e actinomicetos (Bettiol apud Penteado
1999)
O agregado de macro e micronutrientes periodicamente ativa e enriquece a
fermentaccedilatildeo O uso de farinha de rocha tem sido vantajoso por ter baixo custo
comparado com os sais concentrados e purificados aleacutem de trazer alguns elementos
traccedilos de vital importacircncia para os microrganismos do solo como por exemplo o Gaacutelio
o Iodo e o Vanaacutedio (M1BASA 199-) O agregado de farinha de rocha ou sais
purificados ao fermentado faz com que estes nutrientes passem a fazer parte dos
microrganismos ou dos produtos orgacircnicos liberados durante a fermentaccedilatildeo sendo que
19
o ataque dos microrganismos atraveacutes de suas enzimas consegue liberar os elementos natildeo
atacados pelos aacutecidos industriais (Pinheiro amp Barreto 2000)
Os biofertilizantes tecircm sido empregados na agricultura ecoloacutegica como adubo
foliar para aumentar a resistecircncia contra pragas e doenccedilas Aleacutem disso o processo de
produccedilatildeo eacute bastante simples e por isso eacute viaacutevel sua produccedilatildeo na propriedade desde que
tenha esterco disponiacutevel (Penteado 1999)
Bettiol et al (1997) verificaram a presenccedila de diferentes espeacutecies de fungos
fiacutelamentosos e leveduriformes e bacteacuterias entre elas Bacillus spp na comunidade
microbiana do biofertilizante produzido segundo meacutetodo adotado pelo Centro de
Agricultura Ecoloacutegica Ipecirc Os autores verificaram ainda uma reduccedilatildeo da comunidade
microbiana ao longo da digestatildeo reduccedilatildeo essa mais acentuada logo apoacutes o acreacutescimo
dos sais contendo micronutrientes A accedilatildeo dos sais pode ser tanto por aumento na
pressatildeo osmoacutetica quanto pelo efeito direto sobre os microrganismos Para o controle de
doenccedilas de plantas satildeo importantes a presenccedila dos metaboacutelitos produzidos pelos
organismos presentes no biofertilizante e os proacuteprios microrganismos vivos
Os microrganismos transformam o material orgacircnico (esterco soro de leite caldo
de frutas palhas restos industriais etc) e cinzas produzindo vitaminas aacutecidos e sais
complexos importantes para regular e tonificar o metabolismo das plantas impedindo o
desenvolvimento de pragas e doenccedilas (Pinheiro amp Barreto 2000)
Em estudos feitos com o biofertilizante liacutequido de bovinos foi observado a
presenccedila de inuacutemeros microorganismos como bacteacuterias leveduras e bacilos
principalmente do Bacillus subtilis Estes microorganismos sintetizam substacircncias
antibioacuteticas as quais demonstram ter grande accedilatildeo e eficiecircncia como substacircncias
fungiostaacuteticas e bacteriostaacuteticas de fitopatoacutegenos causadores de danos em lavouras
comerciais (Penteado 1999)
Aldrighi et al (2002) realizaram trabalho na UFPel relacionado agrave nutriccedilatildeo de
mudas de tomate (Floradade) produzidas no sistema ldquofloatingrdquo Utilizaram-se doses de
0 2 5 e 10 para o biofertilizante Super Magro e 0 e 1 para a urina de vaca
Concluiacuteram que estes natildeo interferem na produccedilatildeo das mudas e que provavelmente foi
influenciado pelo substrato utilizado (vermicomposto 75 e casca de arroz carbonizada
25) bem como o sistema de produccedilatildeo (floating)
Paglia et al (2002) citam que eacute possiacutevel produzir mudas de tomate (cultivar
Floradede) utilizando urina de vaca e biofertilizante Super Magro na aacutegua em sistema
ldquofloatingrdquo em trabalho realizado na UFPel O uso da urina de vaca a 1 e 5 e
20
biofertilizante Super Magro a 6 proporcionam uma elevaccedilatildeo do foacutesforo bem como o
Super Magro a 6 eleva os teores de Mg e Ca na aacutegua
251 Urina de vaca
As urinas de vaca contecircm nutrientes favoraacuteveis ao bom desenvolvimento das
plantas como potaacutessio soacutedio nitrogecircnio enxofre magneacutesio caacutelcio foacutesforo e traccedilos de
outros elementos Nas plantas funciona como um fertilizante natural tomando-as mais
resistentes ao ataque das pragas e doenccedilas Satildeo encontradas tambeacutem na urina outras
substacircncias como fenoacuteis e principalmente o catecol que esta associado agrave recuperaccedilatildeo
de plantas atacadas por fitopatoacutegenos por ser um produto anti-seacuteptico (Penteado 1999)
Para seu emprego a urina receacutem coletada deve ser armazenada sob condiccedilotildees
ambientais por trecircs dias para que se forme amocircnio importante produto a ser absorvido
pelas plantas Recomenda-se ainda que o armazenamento deva ser feito em recipiente
fechado para que natildeo ocorram perdas de nitrogecircnio Desta forma poderaacute permanecer
por ateacute um ano sem comprometer sua eficiecircncia
Em hortaliccedilas o uso da urina de vaca eacute recomendado em pulverizaccedilotildees foliares
semanais na concentraccedilatildeo de 05 para tomateiro pimentatildeo pepino feijatildeo vagem e
couve ou quinzenais a 1 para as culturas do quiabeiro jiloeiro e berinjela Para
fruteiras em geral a primeira aplicaccedilatildeo deve ser na concentraccedilatildeo aproximada de 5
realizada diretamente no solo e mensalmente devem ser realizadas pulverizaccedilotildees
foliares a 1 para plantas jovens e a 5 para plantas adultas (Penteado 1999)
Na aplicaccedilatildeo foliar deve-se ter cuidado com folhas e brotos novos e considerar que
o uso contiacutenuo pode ser toacutexico podendo afetar o solo causando a sua acidificaccedilatildeo
(Penteado 1999)
Na Estaccedilatildeo Experimental da PESAGRO no municiacutepio de Macaeacute Rio de Janeiro
estaacute se utilizando a urina de vaca leiteira Os pesquisadores descobriram que a urina de
vaca em lactaccedilatildeo produzia o efeito de recuperar plantas de abacaxi atacadas por uma
doenccedila conhecida como ldquofusairioserdquo Essa doenccedila quando ataca o abacaxi causa
perdas de ateacute 70 da safra Todos os agrotoacutexicos testados natildeo conseguiram controlar a
doenccedila Isto eacute um exemplo para que a universidade tenha uma nova percepccedilatildeo (Capra
1996) adotando medidas efetivas que contribuam na transiccedilatildeo agroecoloacutegica Com o
uso da urina de vaca leiteira numa lavoura de abacaxi atacada pela fusariose observou-
se agrave recuperaccedilatildeo do stand e os frutos produzidos apresentaram excelente padratildeo
21
comercial Descobriu-se que aleacutem funcionar como adubo e defensivo natural a urina de
vaca leiteira tambeacutem favorece a floraccedilatildeo de muitas plantas e pode ser usada no
tratamento de frutos e tubeacuterculos depois da colheita
A urina de vaca em lactaccedilatildeo tambeacutem estaacute sendo usada nas lavouras de cafeacute em
plantaccedilotildees de maracujaacute coco alface e outras hortaliccedilas Na regiatildeo centro-sul do Paranaacute
os agricultores estatildeo aplicando a urina de vaca leiteira nas lavouras de feijatildeo soja
batata cebola e milho (Penteado 1999)
252 Alhol
A maioria dos defensivos alternativos tais como calda bordalesa sulfocaacutelcica
aacutegua de cinza e cal biofertilizante enriquecido extrato de fumo entre outros precisa
ser misturada com um espalhante adesivo para quebrar a tensatildeo superficial da gota e
propiciar um melhor molhamento das folhas e demais partes pulverizadas assegurando
uma absorccedilatildeo mais efetiva e uma melhor accedilatildeo sobre as pragas e doenccedilas Quando as
gotas permanecem inteiras sobre a superfiacutecie folhar devido agrave falta de espalhante
adesivo pode-se danificar os tecidos vegetais pelc efeito-lente quando o sol incide
sobre elas Aleacutem disso a gota por natildeo se espalhar sobre toda superfiacutecie folhar
concentra nela e consequumlentemente sobre o tecido que estaacute em contato com ela uma
quantidade maior do produto aplicado Essa maior concentraccedilatildeo pode prejudicar a
absorccedilatildeo e lesionar os tecidos principalmente apoacutes a evaporaccedilatildeo da aacutegua contida na
gota por resultar em uma maior concentraccedilatildeo de sais no local especialmente quando se
aplicam por exemplo calda sulfocaacutelcica bordalesa biofertilizante enriquecido com
macro e micronutrientes (Claro 2001)
O alhol eacute um espalhante adesivo ecoloacutegico que tambeacutem auxilia no controle de
pragas E elaborado com aacutegua alho oacuteleo vegetal e sabatildeo neutro a partir da sabedoria
popular que menciona o alho como repelente de insetos Juacutenior Abreu amp Maiorano
(199-) indicam formulaccedilotildees contendo alho para o controle de pragas como nematoacuteides
(Meloidogyne incoacutegnita e M javanica) mosca do chifre lagarta na maccedilatilde pulgotildees
besouro da batata trips e para controle de doenccedilas fuacutengicas e bacterianas como miacuteldio
ferrugem fusariose helminthosporiose murchadeira (Pseudonamos solacearum)
bruzone do arroz (Pyricularia orysae) podridatildeo negra do repolho e couve-flor
(Xanthomonas campestris) Aleacutem disso o alho pelo seu bom teor em oacuteleo pode agir
tambeacutem como espalhante adesivo O sabatildeo tambeacutem eacute indicado como espalhante adesivo
22
e possui accedilatildeo contra certas pragas (pulgotildees) sendo que o oacuteleo vegetal eacute indicado no
controle de cochonilhas e usado como espalhante adesivo (Claro 2001)
253 Calda Bordalesa
A calda bordalesa eacute um tradicional defensivo agriacutecola que pode ser preparado na
propriedade com a mistura de sulfato de cobre cal virgem e aacutegua As concentraccedilotildees de
sulfato de cobre e cal satildeo distintas dependendo do objetivo do seu emprego
Geralmente diferem de acordo com o tipo de planta ou espeacutecie vegetal as condiccedilotildees
climaacuteticas o grau de infestaccedilatildeo da doenccedila e a fase de crescimento da planta Eacute indicada
para o controle de miacuteldio alternaacuteria botrytis e antracnose (Penteado 1999)
A calda bordalesa caracteriza-se pela sua importante accedilatildeo no controle de diversas
doenccedilas fungicas nas mais diversas espeacutecies de culturas Possui tambeacutem uma relativa
accedilatildeo bactericida e em alguns casos age como repelente de insetos Da mistura do
sulfato de cobre com a cal resulta uma soluccedilatildeo rica em macronutrientes e
micronutrientes Provavelmente os expressivos resultados obtidos com a aplicaccedilatildeo da
calda bordalesa devam-se natildeo somente a sua accedilatildeo fuacutengica e bactericida mas sobretudo
agrave influecircncia positiva que exerce no metabolismo das plantas ativando o processo
enzimaacutetico e estimulando a proteossiacutentese aumentando a resistecircncia das plantas (Claro
2 0 0 1 ) caracteriacutestica fundamental na agricultura sustentaacutevel
254 Biofertilizante Super Magro
A calda Super Magro eacute produto da fermentaccedilatildeo de estercos animais enriquecidos
por micronutrientes e outros produtos de origem animal obtendo-se uma calda
biofertilizante para aplicaccedilatildeo foliar nas plantas (Penteado 1999) jaacute foram observados
bons resultados principalmente nas culturas de uva maccedila pecircssego tomate batata e
hortaliccedilas em geral
E indicado como fonte suplementar de micronutrientes para as plantas inibidor
de fungos e bacteacuterias causadores de doenccedilas e para aumentar a resistecircncia contra insetos
e aacutecaros (Penteado 1999) i
Muller (1999) avaliou a influecircncia do biofertilizante Super Magro sobre as
culturas de tomate (Lycopersicon esculentum Mill) ervilha (Pisum sativum L) e
beterraba (Beta vulgaris L) O autor obteve cultivos com baixa severidade de doenccedilas e
23
insetos fitoacutefagos possivelmente por causa do manejo orgacircnico de produccedilatildeo Os
resultados das pulverizaccedilotildees das soluccedilotildees foliares variaram conforme a cultura e o
clima
255 Biofertilizante MB4
A utilizaccedilatildeo das farinhas de rochas eacute uma das teacutecnicas mais modernas usadas nos
uacuteltimos anos na agricultura O elevado nuacutemero de nutrientes contidos no MB4 como
cobre zinco manganecircs cobalto soacutedio alumiacutenio silicatos de magneacutesio ferro e caacutelcio
acompanhado de foacutesforo potaacutessio e enxofre reagem com a soluccedilatildeo do solo liberando
elementos essenciais ao desenvolvimento da vida microbiana os quais exercem um
papel fundamental atraveacutes de transformaccedilotildees quiacutemicas e do equiliacutebrio bioloacutegico
favorecendo o desenvolvimento sadio das plantas (Pinheiro amp Barreto 2000)
24
3 MATERIAL E MEacuteTODOS
31 Local de execuccedilatildeo do experimento
O presente trabalho foi conduzido no Centro de Pesquisa da Regiatildeo Sul
(FEPAGROSUL) no municiacutepio de Rio Grande nlt periacuteodo de 15 de maio a 26 de
agosto de 2 0 0 2
O solo eacute classificado como ldquoTuiardquo satildeo muito arenosos As massas aquaacuteticas do
Oceano Atlacircntico e Lagoa dos Patos influenciam ventos temperatura pressatildeo umidade
relativa e demais fatores climaacuteticos A topografia da regiatildeo litoracircnea eacute plana com
lenccediloacuteis freaacuteticos superficiais
32 Anaacutelise estatiacutestica
O experimento foi constituiacutedo em fatorial 3X3 (Quadro 1) com quatro repeticcedilotildees
no delineamento blocos ao acaso As variaacuteveis respostas foram submetidas agrave anaacutelise de
variaccedilatildeo e ao teste de Duncan a 5 de probabilidade para comparaccedilatildeo das meacutedias
utilizando-se o sistema SANEST (Zonta amp Machado 1984)
As anaacutelises estatiacutesticas das variaacuteveis estudadas encontram-se nos Apecircndices C D
Os resultados das respostas agronocircmicas e das determinaccedilotildees dos conteuacutedos dos
macronutrientes bem como os de raiz estatildeo nas tabelas de 1 a 3
25
As diferentes adubaccedilotildees seratildeo representadas durante a discussatildeo da seguinte
forma 1 VB (30 t ha 1 de vermicomposto) 15 VB (45 t ha 1 de vermicomposto) e EC
(60 t ha 1 de esterco de curral) 1 VB+SM+U+CB (30 t ha 1 de vermicomposto mais
super magro mais urina de vaca mais calda bordalesa) 15 VB+SM+U+CB (45 t ha 1 de
vermicomposto mais super magro mais urina de vaca mais calda bordalesa)
EC+SM+U+CB (60 t ha 1 de esterco de curral mais super magro mais urina de vaca
mais calda bordalesa) 1 VB+MB4 +U+CB (30 t ha 1 de vermicomposto mais MB4 mais
urina de vaca mais calda bordalesa) 15 VB+MB4 +U+CB (45 t ha 1 de vermicomposto
mais MB4 mais urina de vaca mais calda bordalesa) EC+MB4 +U+CB (60 t ha 1 esterco
de curral mais MB4 mais urina de vaca mais calda bordalesa)
QUADRO 1 Descriccedilatildeo dos fatores experimentais e respectivos niacuteveis
Niacuteveis Fator 1 ADUBACcedilAtildeO DE BASE
0 1 Vermicomposto (30 t ha1)
0 2 Vermicomposto (45 t ha1)
03 Esterco de curral (60 t ha1)
Niacuteveis Fator 2 BIOFERTILIZANTES LIacuteQUIDOS
0 1 Super magro (5) + Urina de Vaca + Calda Bordalesa
0 2 MB4 (10) + Urina de vaca + Calda Bordalesa
03 Ausecircncia (testemunha)
33 Tratamentos
Da combinaccedilatildeo entre niacuteveis e fatores foram obtidos 9 tratamentos que estatildeo
descritos no Quadro 2 bem como as doses de adubaccedilatildeo utilizadas no experimento
26
QUADRO 2 Tratamentos e doses de adubaccedilatildeo utilizadas no experimento
TRATAMENTOS
Ndeg FATOR I FATOR II
0 1 30 t ha de vermicomposto Super magro 5 Urina de vaca Calda Bordalesa
0 2 30 t harsquo de vermicomposto MB4 10 Urina de vaca Calda Bordalesa
03 30 t ha de vermicomposto - - -
04 45 t ha de vermicomposto Super magro 5 Urina de vaca Calda Bordalesa
05 45 t ha de vermicomposto MB4 10 Urina de vaca Calda Bordalesa
06 45 t ha de vermicomposto - - -
07 60 t hade esterco Super Magro 5 Urina de vaca Calda Bordalesa
08 60 t hade esterco MB4 10 Urina de vaca Calda Bordalesa
09 60 t hade esterco - - -
Cada parcela foi constituiacuteda por dois canteiros medindo 1 m de largura x 2 m de
comprimento perfazendo 075 m de aacuterea de aacuterea uacutetil (025 m de bordadura) Foi
utilizando semeadura a lanccedilo com densidade de 24 g canteiro1
O vermicomposto a urina de vaca o esterco de curral o alhol os biofertilizantes e
a calda bordalesa foram de procedecircncia do Centro de Pesquisa da Regiatildeo Sul O
vermicomposto de esterco bovino misturado agraves cascas de frutas foi processado pela
minhoca vermelha califomiana Eisenia foetida)
O biofertilizante Super Magro foi elaborado segundo a metodologia descrita pela
FEPAGROSUL utilizando-se os seguintes componentes 190 litros de aacutegua 22 litros
de leite 55 Kg de accediluacutecar mascavo 30 Kg de esterco fresco de bovinos 2 Kg de
Sulfato de zinco 2 Kg de sulfato de magneacutesio 2 Kg de cloreto de caacutelcio 1 Kg de aacutecido
boacuterico 300 g de sulfato de cobre 300 g de sulfato de ferro 300 g de sulfato de
manganecircs 100 g de molibdato de soacutedio 50 g de sulfato de cobalto 3 Kg de fosfato
natural 3 Kg de cinza e 200 g de farinha de osso
A urina de vaca em lactaccedilatildeo foi coletada pela manhatilde e armazenada em recipiente
fechado por trecircs dias em condiccedilotildees ambientais para que se formasse a amocircnia e natildeo
ocorresse perda de nitrogecircnio
28
Realizaram-se duas capinas manuais durante o experimento e em seguida como
cobertura se colocou casca de arroz Tambeacutem foi aplicado esterco de aves 30 dias antes
da colheita na quantidade de 05 Kg canteiro 1 como adubaccedilatildeo de cobertura
As pulverizaccedilotildees com os produtos iniciaram apoacutes 15 dias da germinaccedilatildeo
Realizou-se sete aplicaccedilotildees sendo que as duas primeiras foram feitas apenas com
Super Magro e MB4 Na terceira e na quarta aplicaccedilatildeo utilizou-se urina de vaca e calda
bordalesa em concentraccedilotildees menores (05 e 025 respectivamente) e na quinta
aplicaccedilatildeo as dosagens de urina de vaca e calda bordalesa foram elevadas para 1 0 e
05 respectivamente ateacute o final do experimento O alhol foi utilizado a partir da
terceira pulverizaccedilatildeo na quantidade de 2 e seguiu ateacute o final no dia 26 de agosto
quando as mudas foram colhidas e posteriormente analisadas as variaacuteveis
35 Observaccedilotildees agronocircmicas
Foram utilizadas 20 mudas de cebola para obtenccedilatildeo das meacutedias das variaacuteveis as
quais foram as seguintes
351 Fitomassa fresca da parte aeacuterea e raiacutezes
Foi realizada atraveacutes de uma balanccedila digital procedendo-se a pesagem de 20
mudas de cebola previamente lavadas e posteriormente secadas durante uma hora sobre
um tecido de algodatildeo agrave temperatura ambiente Processo idecircntico foi adotado com as
raiacutezes
352 Fitomassa seca da parte aeacuterea e raiacutezes
Esta variaacutevel foi obtida a partir da secagem preliminar em estufa de ar forccedilado
durante 48 horas a 65 C ateacute peso constante com posterior pesagem em balanccedila
analiacutetica
353 Altura da muda
A altura de muda foi medida a partir do colo das plantas ateacute sua uacuteltima folha
(ponto de crescimento) com uma reacutegua graduada de 40 cm
29
354 Diacircmetro do colo das plantas
Esta medida foi realizada no ponto de transplante a 2 mm das raiacutezes e utilizando-
se um paquiacutemetro SOMET
355 Sistema radicular
Ao teacutermino do experimento foram retiradas as raiacutezes das mesmas plantas que foram
utilizadas para as determinaccedilotildees realizadas na parte aeacuterea procedendo-se uma amostra
de solo com raiacutezes de 2 0 cm de largura x 2 0 cm de comprimento e 2 0 cm de altura
totalizando 8000 cm3
As raiacutezes apoacutes serem lavadas em aacutegua corrente foram pesadas acondicionadas em
sacos plaacutesticos e congeladas para posteriores anaacutelises pelo meacutetodo de Tennant (1975)
para a determinaccedilatildeo do comprimento e densidade
3551 Comprimento de raiz
Utilizou-se para a determinaccedilatildeo do comprimento de raiz as seguintes foacutermulas
1 = ndeg x 1114 x 1 onde
1 - comprimento de raiz de uma amostra uacutemida de 0 0 2 g
ndeg - nuacutemero de intercessotildees das raiacutezes com os lados da quadriacutecula da malha do
aparelho
1114 - constante
1 - medida lateral da quadriacutecula em cm
Tomando-se a fiacutetomassa seca e o comprimento da raiz da cada amostra
relacionou-se com a fiacutetomassa seca e o comprimento total da raiz da planta aplicando-
se a seguinte equaccedilatildeo
L = (FSR x 1) FSPA onde
L - comprimento total da raiz da planta (m)
FSR - fiacutetomassa seca de raiz
FSPA - fiacutetomassa seca da parte aeacuterea
L - comprimento de raiz de uma amostra uacutemida de 002g
3552 Densidade de raiz
A densidade foi determinada pela foacutermula
D = L 8000 onde
D - densidade de raiacutezes (m cm3)
30
L - comprimento total de raiacutezes (m)
8 0 0 0 - volume da amostra (cm3)
3553 Razatildeo parte aeacutereasistema radicular
Este paracircmetro foi obtido pela equaccedilatildeo
RPASR = FSPA FSR onde
RPASR - razatildeo parte aeacuterea sistema radicular
FSPA - fitomassa seca da parte aeacuterea
FSR - fitomassa seca do sistema radicular
36 Determinaccedilatildeo de macronutrientes no tecido vegetal
Os macronutrientes nitrogecircnio foacutesforo potaacutessio caacutelcio e magneacutesio foram
determinados no laboratoacuterio de Fertilidade e Anaacutelise de Plantas do Departamento de
Solos da UFPel atraveacutes dos meacutetodos descritos por Tedesco amp Gianello (1996)
31
4 RESULTADOS E DISCUSSAtildeO
41 Anaacutelise das variaacuteveis
A anaacutelise da variaccedilatildeo mostrou que houve diferenccedila significativa na interaccedilatildeo entre
os fatores de adubaccedilatildeo de base e biofertilizantes liacutequidos com exceccedilatildeo da variaacutevel altura
de planta para a qual somente a adubaccedilatildeo de base mostrou-se significativa (Apecircndices
C D e E Tabelas 1C 1D e 1E)
411 Anaacutelise da parte aeacuterea
Na Tabela 1 destacaram-se as adubaccedilotildees EC+SM+U+CB EC+MB4 +U+CB e EC
que diferiram significativamente das demais adubaccedilotildees para as variaacuteveis fiacutetomassa
fresca da parte aeacuterea (FFPA) fiacutetomassa seca da parte aeacuterea (FSPA) altura de planta
(AP) e diacircmetro do colo (DC)
32
TABELA 1 Produccedilatildeo de fitomassa fresca e seca (g) da parte aeacuterea altura de planta
(cm) e diacircmetro de colo (mm) de mudas de cebola Petrolini cultivadas
sob uma perspectiva agroecoloacutegica Pelotas-RS 2003
BIOFERTILIZANTES LIacuteQUIDOSADUBACcedilAtildeO S Magro + MB4 +DE BASE Urina + Calda Urina + Calda Testemunha
Bordalesa Bordalesa
30 t ha de vermicomposto 7015 c A45 t halsquo de vermicomposto 7824 b B60 t ha de esterco de curral 12248 a C
30 t ha de vermicomposto 667 c A45 t ha de vermicomposto 752 b A60 t ha de esterco de curral 1150a C
30 t ha de vermicomposto 2975 b A45 t harsquo de vermicomposto 2775 b A60 t ha de esterco de curral 3600 a B
30 t ha de vermicomposto 631 b A45 t ha de vermicomposto 6 2 2 b B60 t ha de esterco de curral 741 a C
-Fitomassa fresca (g)----------------6270 c B 6885 b A8832 b A 6308 c C
15082 a A 13934 a BmdashFitomassa seca (g)----------------
625 c A 655 b A830 b A 607 b B
1345 a A 1262 a B-Altura de planta (cm)----------------
2950 b A 3050 b A2937 b A 2950 b A 3975 a A 3622 a B
-Diacircmetro de colo (mm)---------------592 c B 599 b B 657 b A 609 b B 819a A________ 793a B
Meacutedias seguidas pela mesma letra minuacutescula para as colunas (adubaccedilatildeo de base) e maiuacutesculas para as linhas (biofertilizantes) natildeo diferem entre si pelo teste de Duncan a 5
O efeito positivo do esterco bovino pode ser atribuiacutedo agraves melhorias nas condiccedilotildees
fiacutesicas do solo por ele proporcionado Segundo Primavesi (1982) e Compagnoni amp
Putzolu (1985) o esterco bovino apresenta propriedades condicionadoras do solo dando
agraves plantas melhores condiccedilotildees de desenvolvimento elevando sobremaneira os
conteuacutedos de fitomassa fresca das plantas que refletiratildeo nas demais respostas
agronocircmicas
Analisando as adubaccedilotildees de base em relaccedilatildeo aos biofertilizantes observa-se que
para os tratamentos 1 VB (30 t ha 1 de vermicomposto) - natildeo houve influecircncia dos
biofertilizantes para as variaacuteveis FSPA e AP enquanto destacou-se o SM+U+CB para o
DC e SM+U+CB e ausecircncia da adubaccedilatildeo liacutequida para a FFPA mostrando que o uso
dos biofertilizantes natildeo influenciou esta variaacutevel 15 VB (45 t ha 1 de vermicomposto) -
verificou-se a eficiecircncia do uso do MB4 +U+CB para as variaacuteveis FFPA e DC Para a
variaacutevel FSPA destacaram-se os dois biofertilizantes utilizados jaacute para AP natildeo houve
33
influecircncia destes EC (60 t ha 1 de esterco de curral) - em todas as variaacuteveis observadas
na tabela 5 as respostas foram significativas utilizando MB4 +U+CB
As respostas encontradas no presente trabalho para as variaacuteveis AP e FSPA foram
superiores as obtidas por Dalponte (1990) quando utilizado 0 esterco de curral para
produccedilatildeo de mudas de cebola
Segundo Filgueira (2000) os solos da regiatildeo produtora de cebola do RS satildeo
pobres em foacutesforo disponiacutevel (15 mg Kg1) necessitando portanto de adubaccedilotildees
fosfatadas elevadas As respostas aqui obtidas podem ser justificadas pelos teores de
foacutesforo contido no MB4
Follet et al (1981) citam a importacircncia do uso de compostos orgacircnicos no solo
enfatizando os estercos no sentido da decomposiccedilatildeo continuada no fornecimento de
nutrientes e na liberaccedilatildeo lenta e gradual de aacutecidos orgacircnicos influenciando a liberaccedilatildeo
do foacutesforo O que provavelmente pode ser atribuiacutedo agraves respostas encontradas no
presente trabalho para 0 tratamento Esterco de curral mais MB4 e Urina mais Calda
Bordalesa
E importante destacar que 0 sistema de produccedilatildeo de mudas de cebola sob uma
perspectiva agroecoloacutegica mostra-se eficiente quando visualmente natildeo percebe-se
diferenccedila significativa entre os tratamentos (Apecircndice F Figura 2)
Conveacutem ressaltar que quando trabalhamos com agroecologia natildeo existem
receitas nem pacotes tecnoloacutegicos prontos Cada situaccedilatildeo deveraacute ser estudada em
particular para que se faccedila recomendaccedilotildees adequadas ao ambiente local uma vez que
as plantas se adaptam ao meio estando a nutriccedilatildeo encarregada de proteger e manter o
equiliacutebrio do organismo vegetal em funccedilatildeo das alteraccedilotildees externas
E fundamental que se compreenda os princiacutepios norteadores de todo o processo
que satildeo as bases da luta por uma sociedade mais justa dentro de um mundo econocircmico e
ambientalmente mais sustentaacutevel
412 Anaacutelise do sistema radicular
Os resultados obtidos nas anaacutelises do sistema radicular (Tabela 2) mostram
diferenccedilas significativas entre as adubaccedilotildees para as variaacuteveis fitomassa fresca de raiz
(FFR) fitomassa seca de raiz (FSR) comprimento de raiz (CR) razatildeo parte
aeacutereasistema radicular (RPASR) e densidade de raiz (DR)
34
TABELA 2 Produccedilatildeo de fitomassa fresca e seca (g) comprimento (cm) e densidade de
raiacutezes (m cm3) de mudas de cebola Petrolini cultivadas sob uma
perspectiva agroecoloacutegica e razatildeo parte aeacutereasistema radicular Pelotas-
RS 2003
BIOFERTILIZANTES LIacuteQUIDOSADUBACcedilAO DE BASE
S Magro + MB4 +Urina + Calda Urina + Calda Testemunha
Bordalesa Bordalesa
de vermicomposto de vermicomposto de esterco de curral
de vermicomposto de vermicomposto de esterco de curral
de vermicomposto de vermicomposto de esterco de curral
de vermicomposto de vermicomposto de esterco de curral
1540 c A 1576 b B 2427 a A
Fitomassa fresca (g)----------------1502 c B 1517 b AB 1658 b A 1446 c C 2336 a B 2360 a B
--------------------Fitomassa seca (g)-------------------196 b A 207 ab A 170 b A170 b A 199 b A 192 b A 344 a A 249 a B 327 a A
Comprimento de raiz(cm)---------------1237 b A 1158 b A 1158 a A1237 b A 1060 c B 1040 b B1433 a A 1296 a B 1040 b C
30 t ha 45 t ha 60 t ha
30 t ha 45 t ha 60 t ha
30 t halsquo 45 t ha 60 t ha
30 t ha 45 t ha 60 t ha
30 t ha de vermicomposto 45 t ha de vermicomposto60 t ha~ de esterco de curral__________________________ _________________________Meacutedias seguidas pela mesma letra minuacutescula para as colunas (adubaccedilatildeo de base) e maiuacutesculas para as linhas (biofertilizantes) natildeo diferem entre si pelo teste de Duncan a 5
-----Razatildeo Parte AeacutereaSistema Radicular------340 b AB 301c B 384 a A446 a A 415 b A 326 a B339 b B 546 a A 388 a B
-------------- Densidade de raiz (m cm3)------------367 a AB 414 a A 325 b B282 b B 301b B 405 a A347 ab A 231c B 324 b A
Em relaccedilatildeo agraves adubaccedilotildees de base destacou-se o EC (60 t ha 1 de esterco de curral)
para as variaacuteveis FFR e FSR Quando adicionado o SM+U+CB os resultados para FFR
foram ainda melhores bem como o CR As respostas obtidas para a RPASR foram
variadas em relaccedilatildeo agraves adubaccedilotildees apresentando melhores resultados para 15 VB (45 t
ha 1 de vermicomposto)+SM+U+CB e ainda melhor para EC (60 t ha 1 de esterco de
curral)+MB4 +U+CB As adubaccedilotildees de base 1 VB 15 VB e EC natildeo diferiram entre si
As adubaccedilotildees mais eficientes para a variaacutevel DR foram 1 VB+SM+U+CV que natildeo
diferiu da EC+SM+U+CB I VB+ MB4 +U+CB e agrave 15 VB foram melhores entre as
demais
35
Analisando os biofertilizantes em relaccedilatildeo a cada adubaccedilatildeo de base verifica-se que
para a 1 VB (30 t ha 1 de vermicomposto)+SM+U+CB destaca-se a variaacutevel FFR
poreacutem sem diferenccedila significativa de 1 VB os melhpres resultados para a variaacutevel DR
foram encontrados pelo tratamento 1 VB+MB4 +U+CB e 15 VB (45 t ha 1 de
vermicomposto) tambeacutem se considera eficiente o 1 VB+SM+U+CB que natildeo diferiu do
EC (esterco de curral) Quando se utilizou 15 VB+ MB4 +U+CB houve resposta
significativa para a variaacutevel FFR para FSR as respostas natildeo foram diferentes com a
aplicaccedilatildeo dos biofertilizantes para as variaacuteveis FSR e DR as adubaccedilotildees EC e
EC+SM+U+CB natildeo diferiram entre si
Embora as respostas estatiacutesticas tenham sido diferentes para as adubaccedilotildees
combinadas ou natildeo pode-se salientar a importacircncia do aacutecido indol-aceacutetico como jaacute
citado anteriormente para as variaacuteveis avaliadas na parte aeacuterea das mudas de cebola
Respostas semelhantes nesse sentido foram encontradas para a cultura da alface por
Quijano (1999) e Morselli (2001)
Pereira et al (2002) concluiacuteram em trabalho realizado com a cultivar de cebola
CNPF1 6400 em Minas Gerais que a utilizaccedilatildeo de 20 t ha de esterco de curral
proporcionou os melhores resultados para a produccedilatildeo de cebola
Silva Juacutenior amp Giorgi (1992) e Menezes Juacutenior (1998) citam que doses elevadas
de mateacuteria orgacircnica podem prejudicar a primeira fase da germinaccedilatildeo (embebiccedilatildeo) e
absorccedilatildeo de aacutegua pelas raiacutezes das placircntulas No entanto no presente trabalho este fato
natildeo ocorreu embora a dose de esterco utilizada tenha sido de 60 t ha 1 (dose maacutexima
recomendada segundo Nolla 1982)
413 Anaacutelise de macronutrientes no tecido vegetal
Os resultados dos conteuacutedos de nitrogecircnio foacutesforo potaacutessio caacutelcio e magneacutesio no
tecido vegetal sob diferentes adubaccedilotildees encontrados na Tabela 3 indicam mais uma
vez a superioridade da adubaccedilatildeo esterco com 0 uso ou natildeo de biofertilizantes
36
TABELA 3 Conteuacutedos (mg planta1) de nitrogecircnio foacutesforo potaacutessio caacutelcio e
magneacutesio no tecido vegetal de mudas de cebola Petrolini cultivadas sob
uma perspectiva agroecoloacutegica Pelotas-RS 2003
BIOFERTILIZANTES LIacuteQUIDOS i J B
ADUBACcedilAtildeO S Magro + MB4 +DE BASE Urina + Calda Urina + Calda Testemunha
Bordalesa Bordalesamg plantas1
---- Nitrogecircnio-----30 t ha de vermicomposto 16593 c AB 15451 c B 19050 b A45 t ha de vermicomposto 21444 b A 22888 b A 17852 b B60 t ha de esterco de curral 32606 a C 37593 a B 40816 a A
--------------- ------ Foacutesforo------- -------------30 t ha de vermicomposto 3098 c B 2802 c B 3999 b A45 t ha de vermicomposto 4109 b A 4135 b A 2788 c B60 t ha de esterco de curral 5300 a B 7577 a A 7565 a A
------- Potaacutessio------30 t ha de vermicomposto 24327 c A 19900 c B 24965 b A45 t ha de vermicomposto 29113b A 29812 b A 22031 b B60 t ha de esterco de curral 44070 a B 51976 a A 54101 a A
-------- Caacutelcio-------30 t ha de vermicomposto 5027 c A 4356 c A 4834 b A45 t ha de vermicomposto 6114b A 6963 b A 4379 b B60 t ha de esterco de curral 9030 a C 11451 a A 10331 a B
------Magneacutesio-----30 t ha de vermicomposto 1188 b A 914 c A 1202 b A45 t ha de vermicomposto 1231 b B 1582 b A 1176 b B60 t ha de esterco de curral 2136a B 2443 a A 2663 a AMeacutedias seguidas pela mesma letra minuacutescula para as colunas (adubaccedilatildeo de base) e maiuacutesculas para as linhas (biofertilizantes) natildeo diferem entre si pelo teste de Duncan a
Em relaccedilatildeo agraves adubaccedilotildees de base observa-se que o melhor tratamento foi o
esterco de curral para todas as variaacuteveis Para 1 VB (30 t ha^ 1 de vermicomposto) natildeo
houve resposta diferenciada com o uso de bofertilizantes para todas as variaacuteveis A
adubaccedilatildeo 15 VB (45 t ha 1 de vemicomposto) foi influenciada pelos biofertilizantes
para as variaacuteveis N P K e Ca enquanto que para Mg somente o MB4+U+CB o
influenciou O EC (esterco de curral) mostrou diferenccedila significativa apenas para as
variaacuteveis Ca e Mg quando adicionado MB4+U+CB
Segundo Peixoto (2000) eacute fundamental a adiccedilatildeo de adubos orgacircnico no cultivo de
hortaliccedilas seja na forma de esterco decomposto composto ou huacutemus de minhoca de
37
modo a fornecer melhorias nas propriedades do solo vindo a disponibilizar os nutrientes
as diferentes culturas
O esterco fresco conteacutem muita cama celuloacutesica e um elevado teor de aacutegua No
esterco curtido a celulose jaacute estaacute decomposta o teor de aacutegua estaacute reduzido agrave metade e os
nutrientes em uma forma mais assimilaacutevel e mais concentrada O esterco fresco pode
causar uma deficiecircncia temporaacuteria de nitrogecircnio no solo ao se decompor o que natildeo
acontece com o biestabilizado (Kiehl 1985)Ocorre uma diminuiccedilatildeo inicial no volume
de aacutegua retido no esterco de curral diminui inicialmente em tomo de 3581 liberando
posteriormente somente 496 evidenciando a sua capacidade de retenccedilatildeo de aacutegua
(Menezes Juacutenior 1998)
A utilizaccedilatildeo continuada de adubos nitrogenados minerais no solo altera o balanccedilo
do nitrogecircnio entre o solo e planta No meacutetodo biodinacircmico eacute sublinhada a importacircncia
dos adubos animais para o estabelecimento da fertilidade permanente dos solos (Koeff
et al 1983)
Para Guimaratildees (1997) os benefiacutecios que a mateacuteria orgacircnica imprime ao solo
principalmente melhorando a produtividade fertilidade e a influencia que as substancias
huacutemicas exercem sobre o ambiente dependem da qualidade e do teor de mateacuteria
orgacircnica do solo Estas substacircncias por conterem nutrientes em sua constituiccedilatildeo em uma
forma mais disponiacutevel para as plantas promovem um equiliacutebrio no ambiente no solo
(Kononova 1966)
Aproximadamente de 60 a 70 do total de carbono do solo ocorre na forma de
materiais huacutemicos (Griffith amp Schnitzer 1975) sendo a eles atribuiacutedo a manutenccedilatildeo da
bioestrutura do solo aumentando a capacidade de retenccedilatildeo de aacutegua (Brady 1999)
Conforme Compagnoni amp Putzolu (1985) os estercos bem como os demais
resiacuteduos orgacircnicos apresentam conteuacutedos diferentes de aacutecidos huacutemicos e fuumllvicos sendo
atribuiacutedo ao acido huacutemico uma accedilatildeo fitoestimulante semelhante aos fitohormocircnios por
favorecer o desenvolvimento do sistema radicular e crescimento do caule
Em trabalho realizado por Guimaratildees (1997) foi encontrado para aacutecidos huacutemicos
de esterco bovino uma relaccedilatildeo CN 1035 e para vermicomposto bovino 17
evidenciando que o esterco quando aplicado ao solo por apresentar uma relaccedilatildeo CN
proacutexima deste reage mais facilmente liberando nutrientes para as plantas sem alterar a
cadeia troacutefiacuteca Dados encontrados no presente trabalho demonstram a eficiecircncia do
esterco nesse sentido
38
De acordo com Morselli (2001) vaacuterios trabalhos citam comentam e discutem a
capacidade dos vermicompostos em proporcionar oacutetimas colheitas e favorecer a
precocidade das plantas cultivadas Poreacutem muitas vezes se observa que mesmo
suprindo essas plantas com nutrientes necessaacuterios atraveacutes de huacutemus de diferentes fontes
as respostas natildeo satildeo as mesmas para uma mesma cultivar
Por outro lado os resultados com o uso de substacircncias huacutemicas satildeo variaacuteveis e
dependem aleacutem da espeacutecie testada das substacircncias huacutemicas utilizadas sua
concentraccedilatildeo o grau de purificaccedilatildeo e das condiccedilotildees experimentais A resposta das
plantas aos aacutecidos huacutemicos e fuacutelvicos eacute dependente da mateacuteria prima original e da
espeacutecie vegetal pois materiais orgacircnicos diferentes apresentam aacutecidos huacutemicos e
fuacutelvicos diferentes (Businelli 1990)
Justificam-se os maiores conteuacutedos de nitrogecircnio foacutesforo potaacutessio e caacutelcio nas
adubaccedilotildees 15 VB (45 t ha 1 de vermicomposto) e biofertilizantes devido
provavelmente ao vermicomposto utilizado apresentar na sua constituiccedilatildeo teores
consideraacuteveis destes elementos aleacutem do que os biofertilizantes possam ter influenciado
na absorccedilatildeo atraveacutes de sua constituiccedilatildeo Tibau (1984) considera que a urina de vaca eacute
rica em aacutecido indol-aceacutetico e este influencia na absorccedilatildeo radicular O efeito positivo
deste tratamento provavelmente seja devido agrave quantidade aplicada
O biofertilizante que se destacou foi o MB4+U+CB em relaccedilatildeo ao EC (esterco de
curral) e eacute somente para a variaacutevel caacutelcio Isto provavelmente seja devido ao alto teor
deste elemento encontrado na sua constituiccedilatildeo (6872 g Kg1) e pela influecircncia positiva
que a calda bordalesa exerce no metabolismo das plantas atraveacutes dos nutrientes
contidos em sua formulaccedilatildeo O Ca controla a absorccedilatildeo radicular e retorna ao solo pelo
esterco e palhas por apresentar-se em maior quantidade em folhas e caules Depois de
localizado nas folhas fica imoacutevel favorecendo a resistecircncia da planta ao ataque de
fungos
Este trabalho avanccedila no estudo da agroecologia estando claro que todos os
criteacuterios tem caraacuteter dinacircmico de adequaccedilatildeo as mudanccedilas de um sistema de produccedilatildeo
em evoluccedilatildeo contribuindo na transiccedilatildeo para um padratildeo sustentaacutevel Cabe a pesquisa a
reorientaccedilatildeo para um enfoque ldquosistecircmicordquo isto eacute que permita integrar os diversos
componentes de um agroecossistema e a adoccedilatildeo de poliacuteticas puacuteblicas que promovam 0
fortalecimento e a expansatildeo da agricultura familiar
39
5 CONCLUSOtildeES
Considerando os resultados obtidos e as condiccedilotildees em que o estudo foi realizado
conclui-se que
bull As respostas agronocircmicas das mudas de cebola para os paracircmetros avaliados
satildeo mais satisfatoacuterias com a aplicaccedilatildeo de esterco de curral como adubaccedilatildeo de
base
bull Os biofertilizantes mais urina de vaca e calda bordalesa proporcionam
respostas satisfatoacuterias quando aplicados associados agraves adubaccedilotildees de base
bull O biofertilizante MB4 mais urina de vaca e calda bordalesa eacute mais eficiente
que o super magro mais urina e calda bordalesa quando aplicado associado agrave
adubaccedilatildeo de base esterco de curral para os conteuacutedos de fitomassa secae
fresca da parte aeacuterea das plantas altura e diacircmetro de colo das mudas de
cebola
bull Os biofertilizantes adicionados agrave adubaccedilatildeo de base 45 t harsquo 1 de vermicomposto
bovino mostram respostas significativas para os conteuacutedos de fitomassa seca
bull Os maiores conteuacutedos nutricionais para as mudas de cebola satildeo
proporcionados pela adubaccedilatildeo de base esterco de curral
bull A maior absorccedilatildeo de caacutelcio pelas mudas de cebola ocorre quando da adiccedilatildeo do
biofertilizante MB4 mais urina e calda bordalesa agrave adubaccedilatildeo de base esterco de
curral
40
6 REFEREcircNCIAS BIBLIOGRAacuteFICAS
ALDRIGHI CB ABREU CM PAGLIA AG MORSELLI TBGA FERNANDES HS Efeito da aplicaccedilatildeo de biofertilizante e urina de vaca em mudas de tomateiro Horticultura Brasileira v20 n2 julho 2002 Suplemento 2
ALTIERI M NICHOLLS C I Agroecologia Teoria praacutectica para umaAgricultura Sustentable Ia ed PNUMA 2000 Cap 2 4 Seacuterie textos baacutesicos para la formacioacuten ambiental
ALTIERI M Agroecologia bases cientiacuteficas para uma agricultura sustentaacutevelGuaiacuteba Agropecuaacuteria 2002 592 p
ANTONIOLLI Z I GIRACCA E M N CARDOSO S J T WIETHAN M M S FERRI M Iniciaccedilatildeo agrave Minhocultura Criaccedilatildeo em Cativeiro e Vermicompostagem Santa Maria UFSM 1996 p59-89
BAYER C MIELNICZUC J Dinacircmica e funccedilatildeo da mateacuteria orgacircnica In SANTOS G de A S e CAMARGO F A de O (ed) Fundamentos da mateacuteria orgacircnica do solo ecossistemas tropicais e subtropicais Porto Alegre Genesis 1999 p 3-23
BARRETTO D X Composto Orgacircnico In Praacutetica em Agricultura Orgacircnica Satildeo Paulo iacutecone Ed Ltda 1985 p 51-63
BETTIOL W Alguns produtos alternativos para o controle de doenccedilas de plantasem agricultura orgacircnica II Ciclo de palestras sobre agricultura orgacircnica Instituto Bioloacutegico Satildeo Paulo p52-63 1997
41
BETTIOL W TRACH R GALVAtildeO JAH Controle de doenccedilas de plantas com biofertilizantes Jaguariuacutena EMBRAPA-CNPMA 1997 22p (EMBRAPA- CNPMA Circular Teacutecnica 02)
BRADY N C Natureza e propriedades dos sotos Rio de Janeiro Freitas BastosS A 1979 647p
BRADY N C Organisms and ecology of the soil In The nature of properties of soils Simon amp Schuster A Viacon Company New Jersey1999 402-489p
BON1LLA J A Fundamentos da Agricultura Ecoloacutegica Sobrevivecircncia eQualidade de Vida Satildeo Paulo Nobel 1992
BUREacuteS S Substratos Ediciones Agroteacutecnicas S L Madrid Octubre 1997
BUS1NELLI M Chemical Composition and Enzymic Activity of some Worm Cast Plant Soil v 80 p 1-2 1990
CALEGARI A Espeacutecies para cobertura de solo In IAPAR (Instituto Agronocircmico de Paranaacute) Plantio Direto pequena propriedade sustentaacutevel organizador Moacir Darolt Londrina - PR 1998 65-93
CAMARGO P N D Manual de Adubaccedilatildeo Foliar Satildeo Paulo Herba 1975
CAPRA F A Teia da Vida Satildeo Paulo Cultrix 1997 256p
CAPRA F O Ponto de Mutaccedilatildeo 22 ed Satildeo Paulo Cultrix 2001 447p
CHABOUSSOU F Plantas doentes pelo uso de agrotoacutexicos (A Teoria da Trofobiose) Porto Alegre LPM 1987 253 p
CLARO S A Referencias tecnoloacutegicos para a agricultura familiar ecoloacutegica aexperiecircncia da Regiatildeo Centro-Serra do Rio Grande do Sul Porto Alegre EMATERRS-ASCAR 2001 250p
CLIVELA G Diagnoacutestico Agronocircmico da cebola no Rio Grande do Sul Porto Alegre EMATERRS 1995 8 6 p
COMISSAtildeO DE FERTILIDADE DO SOLO - RSSC Recomendaccedilotildees de adubaccedilatildeo e calagem para os estados do Rio Grande do Sul e Santa Catarina 3 ed Passo Fundo SBCS - Nuacutecleo Regional Sul 1995 223p
COMPAGNONI L PUTZOLU G Cria moderna de Ias lombrices y utilizacioacutenrentable dei humus Barcelona Editorial de Vecchi- SA 1985127p
COSTABEBER J A MOYANO E Transiccedilatildeo agroecoloacutegica e accedilatildeo social coletiva Agroecologia e Desenvolvimento Rural Sustentaacutevel Porto Alegre v l n4 p 50- 60 outdez 2 0 0 0
42
COSTA M B B da Adubaccedilatildeo orgacircnica Nova siacutentese e novo caminho para aagricultura Satildeo Paulo Ed iacutecone Ltda 1985 102p
COSTA NETO C Agricultura Sustentaacutevel Tecnologias e Sociedade In CARVALHO COSTA LF et al (org) Mundo Rural e Tempo Presente Rio de Janeiro Mauad 1999
DrsquoAG0ST1NI R L FANTINI A C Produccedilatildeo orgacircnica tambeacutem socialmente excludente Agroecologia e Desenvolvimento Rural Sustentaacutevel Porto Alegre v3 n l p57-61 2002
DALPONTE J C V Utilizaccedilatildeo de materiais orgacircnicos e fertilizante mineral na produccedilatildeo e qualidade de mudas e bulbos de cebola (Alliurn Cepa L) Pelotas-RS 1990 (Mestrado em Agronomia) - Faculdade de Agronomia Eliseu Maciel UFPel 1990
DEBARBA J F THOMAZELLI L F GANDIN C L SILVA E Cadeias produtivas do Estado de Santa Catarina Cebola Florianoacutepolis Epagri 1998 115 p (EPAGRI Boletim Teacutecnico 96)
DUFOUR F Os saacutebios loucos do agro-alimentar Le Monde Diplomatique ano 1 n4 p6-7 1999 (ed portuguesa)
EHLERS E Agricultura Sustetaacutevel Origem e perspectivas de um novo paradigma 2 ed Guaiacuteba Agropecuaacuteria 1999 157 p
FILGUEIRA F A R Novo Manual de olericultura agrotecnologia moderna na produccedilatildeo e comercializaccedilatildeo de hortaliccedilas Viccedilosa UFV 2000 402 p
FRASER G K Mateacuteria Orgacircnica Del Suelo In BEAR F E (ed) Quiacutemica dei Suelo Madrid Ed Agrociencia 1963
FOLLET R H MURPHY L S DONAHUE R L Fertilizers and soil amendments New Jersey Printice-Hall Inc 1981 557p
GARCIA A Revista dei Espacio Rural Georgica Zaragoza Escuela Politeacutecnica de Huesca n5 1997
GARCIA A Versatildeo preliminar de um Programa Estadual de Produccedilatildeo e Comercializaccedilatildeo de Bulbos e Sementes de CebolaEMBRAPAIPAGROMARAEMATER 6 8 pbdquo 1990 (Publicaccedilatildeo avulsa)
GIORGETT1 J R Produccedilatildeo e Comercializaccedilatildeo de Mudas de Tomate In Encontro Nacional de Produccedilatildeo e Abastecimento de Tomate 2 1991 Jaboticabal Satildeo Paulo Anais Jaboticabal UNESP 1991 p 242-244
GLIESSMAN S R Agroecologia Processos ecoloacutegicos em agricultura sustentaacutevelPorto Alegre Universidade Federal do Rio Grande do Sul - UFRGS 2000 653p
43
GLIESSMAN S R TURRIALBA C R Agroecologia Procesos Ecoloacutegicos en Agricultura Sostenible CATIE 2002 p 3-14
GNOATTO S C Caracterizaccedilatildeo quiacutemica de vermicompostos de diferentes substratos orgacircnicos Pelotas-RS 1999 38 f (Mestrado em Agronomia - Solos) - Faculdade de Agronomia Eliseu Maciel UFPel 1999
GOMES J C C BORBA M F S A moderna crise dos alimentos oportunidade para a agricultura familiar Emater Porto Alegre julset 2000 Disponiacutevel em lthttpwwwematertchebrdocsagroecorevistan313-artigo3htmgtAcesso em 24 fev 2002
GOMEZ H W Desenvolvimento sustentaacutevel agriacutecola e capitalismo In Desenvolvimento sustentaacutevel Necessidade eou disponibilidade Santa Cruz do Sul Nobel - UNISC 1997 p 65-77
GONZAacuteLEZ DE MOLINA M SEVILLA GUZMAacuteN E Ecologia campesinado e historia Para una reinterpretacioacuten dei desarrollo dei capitalismo en la agricultura In SEVILLA GUZMAacuteN E GONZAacuteLEZ DE MOLINA M (ed) Ecologia campesinado e historia Madrid La Piqueta 1993 p 23-129
GRIFFITH S A SCHNITZER M Analytical characteristic of humic and fulvic acids extracted from tropical volcanic soils Soil Sei Soc Am Proc v 39 p361-367 1975
GUIMARAtildeES E Caracterizaccedilatildeo quiacutemica estreptoscoacutepica e por anaacutelise teacutermica de aacutecidos huacutemicos e vermicompostos obtidos de estercos de diferentes animaisCuritiba 1997 Dissertaccedilatildeo (Mestrado em Quiacutemica) Universidade Federal do Paranaacute 1997
HESS A F Sociedade e meio ambiente uma relaccedilatildeo ambiacutegua Revista Cientiacutefica Rural Bageacute v 4 n2 p 167-1741999
ICEPA-SC Informes conjunturais sobre a cultura da cebola Disponiacutevel em lthttpwwwicepa combrgt Acesso em 23 jan 2003
JONES H A MANN L K Onions and their allies New York Interscience Publishers 1962 286 p
JUacuteNIOR H A de MAIORANO J A Receitas obtidas de extratos de plantasCampinas CATITerra Viva [199-] 10 f
KHATOUNIAN C A Ciclo de Palestras sobre Agricultura Orgacircnica 2a Ed SatildeoPaulo Fund Cargill 1997 149 p
KIEHL E J Fertilizantes Orgacircnicos Satildeo Paulo Ed Agronocircmica Ceres Ltda 1985 492p
44
KOEFF H H PETTERSSON B D SHAUMANN W Vida Vegetal solos e adubaccedilatildeo In Agricultura Biodinacircmica Satildeo Paulo Nobel 1983 p92-149
KONONOVA M M Soil organic matter The importance o f organic matter in soil formation and soil fertility New York Pergamqn Press 1961 p 165-200
KUHN T A Estrutura das Revoluccedilotildees Cientiacuteficas Satildeo Paulo Perspectiva 1989 257p
LANNA FCA ABREU C L ABREU J G SILVA V Resposta de cultivares de melancia cultivadas sob adubaccedilatildeo quiacutemica e orgacircnica Horticultura v 12 n l p85 1994
LEFF H Saber Ambiental Petroacutepolis Vozes 2001 343 p
MAGALHAtildeES J R Nutriccedilatildeo e adubaccedilatildeo da cebola In FERREIRA M E CASSTELLANE P D CRUZ M C P Nutriccedilatildeo e adubaccedilatildeo de hortaliccedilasPiracicaba POTAFOS 1993 p 381-393
MALAVOLTA E Elementos de nutriccedilatildeo mineral de plantas Satildeo Paulo Ed Agronocircmica Ceres Ltda 1980 251 p
MALAVOLTA E Manual de Quiacutemica Agriacutecola - Adubos e Adubaccedilatildeo 3a ed SatildeoPaulo Ed Agronocircmica Ceres Ltda 1981 606 p
MARTINEZ A A A grande e Poderosa Minhoca Jaboticabal Funep - Unesp1990 101 p
MARTINS S R Desenvolvimento e Sustentabilidade Horticultura Brasileira Brasiacutelia-DF v20 n2 julho 2002 Palestra apresentada no 42deg Congresso Brasileiro de Olericultura
MARTINS S R Limites Del Desarrollo Sostenible em Ameacuterica Latina En el marco de Ias poliacuteticas de (re)ajuste econocircmico Pelotas Editora UFPel 1997 135 P-
MARTINS S R Sustentabilidade na agricultura dimensotildees econocircmicas sociais e ambientais Revista Cientiacutefica Rural Bageacute v4 n 2 p 175-1871999
MATURANA H REZEPKA S N D E Formaccedilatildeo Humana e Capacitaccedilatildeo Rio de Janneiro Vozes 2000 8 6 p
MELLO A F SOBRINHO M O ARZOLLA S SILVEIRA R NETTO A C KIEHL J C Fertilidade do Solo Satildeo Paulo Nobel 1983
MENEZES JUacuteNIOR F O G D Caracterizaccedilatildeo de Diferentes substratos hortiacutecolas e seu efeito na produccedilatildeo de mudas de alface e couve-flor em ambiente protegido Pelotas 1998 141 p Dissertaccedilatildeo (Mestrado em Agronomia - Produccedilatildeo Vegetal) - Faculdade de Agronomia Eliseu Maciel UFPel 1998
45
MIBASA Mineraccedilatildeo Barreto SA Melhorador de Solos MB4 A Natureza Agradece Arapiraca-AL [199-] Folder
MINAMI K Os resumos da olericultura 2000 In AZEVEDO FILHO MARTINEZ FILHO (ed) Preccedilos agriacutecolas Piracicaba ESALQ 1999 p 4
MINAMI K Produccedilatildeo de Mudas de Alta Qualidade em Horticultura Satildeo Paulo TA Queiroz 1995
MORSELLI T B G A Cultivo sucessivo de alface sob adubaccedilatildeo orgacircnica em ambiente protegidoPelotas 2001 178 p Tese (Doutorado em Agronomia - Produccedilatildeo Vegetal) Faculdade de Agronomia Eliseu Maciel UFPel 2001
MORSELLI T B G A Resiacuteduos orgacircnicos em sistemas agriacutecolas Poliacutegrafo da Disciplina de Resiacuteduos orgacircnicos em sistemas agriacutecolas Curso de Poacutes-Graduaccedilatildeo em Agronomia-Produccedilatildeo Vegetal UFPel 2002
MULLER AM Efeitos da Aplicaccedilatildeo Foliar de um Biofertilizante Enriquecido no Estado fitossanitaacuterio de Tomate Ervilha e Beterraba Sob Manejo OrgacircnicoDissertaccedilatildeo (Mestrado no Programa de Poacutes-Graduaccedilatildeo em Agroecossistemas)1999 (Resumo)
NOLLA D Erosatildeo do Solo - O grande desafio Estado do Rio Grande do Sul SEAGRI desenvolvimento de recursos naturais renovaacuteveis 1982 412 p
PAGLIA AG MORSELLI TBGA PEIL RMN Teores de nutrientes pH e condutividade eleacutetrica da aacutegua em sistema ldquofloat^ngrdquo sob adiccedilatildeo de biofertilizantes Horticultura Brasileira v 20 n2 julho 2002 Suplemento 2
PAULUS G MULLER A BARCELLOS LAR Agroecologia aplicada praticas e meacutetodos para uma agricultura de base ecoloacutegica 2ed ver ampl Porto Alegre EMATERRS 2001 8 6 p
PEIXOTO R T dos G Composto orgacircnico aplicaccedilotildees benefiacutecios e restriccedilotildees de uso Horticultura Brasileira Brasiacutelia-DF v 18 p 56-64 julho 2000
PENTEADO SR Defensivos Alternativos e Naturais Satildeo Paulo 1999 95 p
PEREIRA AJ SOUZA RJ PEREIRA WR Efeito de diferentes doses de esterco de galinha e de curral sobre a produccedilatildeo de cebola Horticultura Brasileira v20 n2 julho 2002 Suplemento 2
PINHEIRO S BARRETO SB MB-4 agricultura sustentaacutevel trofobiose e biofertilizantes Fundaccedilatildeo Juquira CandiruMibasa 2000 273 p
PRIMAVESI A Agricultura Sustentaacutevel Satildeo Paulo Nobel 1992 142 p
PRIMAVESI A O manejo ecoloacutegico do solo Agricultura em regiotildees tropicais SatildeoPaulo Nobel 1982 541 p
46
PURCINO A A C ldquoNitrogecircniordquo Informe Agropecuaacuterio Belo Horizonte v7 n81 p 16-27 1981
QUIJANO F G Efeito da adubaccedilatildeo orgacircnica no desenvolvimento de duas cultivares de alface em ambiente protegido Pelotas 1999 116f Dissertaccedilatildeo (Mestrado em Agronomia - Produccedilatildeo Vegetal) Faculdade de Agronomia Eliseu Maciel UFPel 1999
RODRIGUES A N N Efeitos e residuais de superfosfato triplo sobre o rendimento de mateacuteria seca e absorccedilatildeo de foacutesforo pela aveia (Avena strigosa Schob) em solo Podzoacutelico Vermelho Escuro Porto Alegre 1984 59f Dissertaccedilatildeo (Mestrado em Agronomia) - Faculdade de Agronomia UFRGS 1984
RODRIGUES E T CASALI V W D Respostas da alface agrave adubaccedilatildeo orgacircnica II Teores conteuacutedos e utilizaccedilatildeo de macronutrientes em cultivares Rev Ceres Viccedilosa v 45 n 261 p 437-449 1998
SAMINEcircS T C O Produccedilatildeo orgacircnica de alimentos Horticultura Brasileira Brasiacutelia-DF v 17 n3 novembro 1999
SCHIEDECK G Ambiecircncia e resposta agronocircmica de meloeiro (Cucumis melo L) cultivado sob adubaccedilatildeo orgacircnica em ambiente protegido Pelotas lOOp Tese (Doutorado em Agronomia - Produccedilatildeo Vegetal) - Faculdade de Agronomia Eliseu Maciel UFPel 2002
SILVA JUacuteNIOR A A GIORGI E Substratos alternativos para a produccedilatildeo de mudas de tomate Agropecuaacuteria Catarinense Florianoacutepolis EPAGRI 1992 23 p
SILVA JUacuteNIOR A A MACEDO S G STUKER H Utilizaccedilatildeo de esterco de peru na produccedilatildeo de mudas de tomateiro Florianoacutepolis EPAGRI 1995 28 p (Boletim Teacutecnico 73)
TAGLIARI PS GRASSMANN H Minhoca a grande aliada da agricultura Agropecuaacuteria Catarinense v8 n l p 11-14 mar 1995
TEDESCO M J GIANELLO C Anaacutelises de solo plantas e outros materiais Porto Alegre Faculdade de Agronomia Departamento de Solos Universidade Federal do Rio Grande do Sul RS 1996
TENNANT D A Test of modified line intersect method of estimating root lenght Journal Ecology Oxford v 63 p 995-1001 1975
TIBAU A O Mateacuteria Orgacircnica do Solo Mateacuteria Orgacircnica e Fertilidade do SoloSatildeo Paulo Nobel 1984 p49-182
TIMM P J Anaacutelise comparativa dos sistemas de plantio convencional e cultivo miacutenimo de cebola sob adubaccedilatildeo orgacircnica e mineral Pelotas 2000 79 p Dissertaccedilatildeo (Mestrado em Agronomia - Produccedilatildeo Vegetal) - Faculdade de Agronomia Eliseu Maciel UFPel 2000
47
VALENZUELA HR CROSBY C Effect of compost applications on the yield of several vegetables in long-term organic farming experiments conduced in the tropics American Society Horticultural Science v33 n3 june 1998
VIGLIZZO E (ed) Subprograma Recursos Naturais y Sostenibilidad Agriacutecola documento marco Montevideo IICAPROCISUR 1995 p 75 - 78
WE1D J M TARDIN J M Proposta para a Ampliaccedilatildeo do Trabalho da ASPTA no Centro Sul do Paranaacute ASPTA Disponiacutevel em http wwwpronafgovbrEncontrotestosAS20PTA20Sul20ParanE1205 202002doc Acesso em 05 mai 2002
XAVIER SIMOacuteN F DOMINGUES D G Desenvolvimento Rural Sustentaacutevel uma perspectiva agroecoloacutegica Agroecologia e Desenvolvimento Rural Sustentaacutevel Porto Alegre EM ATERRS v2 n2 p 17-26 2001
ZABALETA J P Diagnoacutestico da Agricultura Familiar em Satildeo Joseacute do Norte - RSPelotas EMBRAPA-CPACT 1998 75 p (EMBRAPA-CPACT Documentos 44)
ZONTA E P MACHADO A A SILVEIRA P Sanest Sistema de anaacutelise estatiacutestica para microcomputadores Registrado na Secretaria Especial de Informaacutetica sob nuacutemero 066060 - categoria A Pelotas-RS Universidade Federal de Pelotas 1984
48
7 APEcircNDICE
APEcircNDICE A - Anaacutelise da adubaccedilatildeo de base e biofertilizantes utilizados na produccedilatildeo de mudas de cebola
TABELA 1 A Anaacutelise baacutesica do solo antes da incorporaccedilatildeo do feijatildeo miuacutedo + papua
Arg
pH IND
SMP
MO
P - n r - Na Al Ca__10Omlmdash
Mg
ppm -
6 53 67 089 8 6 27 1 04 05 0 2
Fonte LASFAEMUFPel (2002)
TABELA 2A Anaacutelise complementar do solo antes da incorporaccedilatildeo do feijatildeo-miuacutedo + papua
Cobre Zinco Manganecircs Ferro
(m v1)
04 05 26 007
Fonte LASFAEMUFPel (2002)
49
TABELA 3A Anaacutelise dos fertilizantes soacutelidos
Amostra pH limidade CN
C N P K Ca Mg
- g-ivg --
Cama de 849 2491 12 31042 2479 3888 3405 29875 463
aves
Esterco 74 3594 11 677 590 157 134 335 214
de curral
Huacutemus 684 5738 14 15965 1098 453 745 743 361
Fonte LASFAEMUFPel (2002)
TABELA 4A Anaacutelise quiacutemica dos biofertilizantes liacutequidos
Amostra N P K_ccedil H
Ca Mg Cu Zn Fe Mn
mdashgL bull
S Magro
m b 4
Urina
053
1652
8 2 2
008
395
0 0 0
149
1674
471
1902
6872
0 0 0
1150
4507
1172
7273
42
033
101389
920
0 0 0
6250
19458
781
35273
1123
0 2 1
Fonte LASFAEMUFPel (2002)
50
APEcircNDICE B - Condiccedilotildees climaacuteticas do local
TABELA 1B Condiccedilotildees de temperatura do local
___________ __________TEMPERATURA (degCgt
meses Meacutedia
Maacutexima
Meacutedia
MiacutenimaMeacutedia
Maacutexima
Absoluta
Miacutenima
Absoluta
Junho 225 87 156 320 25
Julho 225 85 155 285 30
Agosto 251 71 161 360 1 0
Fonte FEPAGROSCT 2002
TABELA 2B Condiccedilotildees de chuva do local
mdash CHUVA (mm)mdash
meses Ocorrida Normal Desvio Da Normal
Junho 1080 1 1 0 -2 0
Julho 1062 98 8 2
Agosto 1283 1 2 0 83
Fonte FEPAGROSCT 2002
51
TABELA 1C Produccedilatildeo de fitomassa fresca e seca (g) da parte aeacuterea altura de planta
(cm) e diacircmetro de colo (mm) de mudas de cebola Petrolini cultivadas
sob uma perspectiva agroecoloacutegica Pelotas-RS 2003
APEcircNDICE C - Anaacutelise estatiacutestica da parte aeacuterea
Causas G1 FFPA FSPA AP DC
da variaccedilatildeo --------- Quadrados meacutedios-
Blocos 3
Ad Base 2 175359071 1287102 2547419 1 11775
Biofertilizantes 2 126876 29011 87669ns 02185ns
Ad x Biofert 4 572378 31123 69106ns 04159
Resiacuteduo 24 34456 03048 27169 00290
Total 35
Meacutedia geral 93745 8772 320388 6741
CV 1980 6294 5145 2530
Significativo a 5ns Natildeo significativo
52
TABELA 1D Produccedilatildeo de fitomassa fresca e seca (g) comprimento (cm) e densidade
de raiacutezes (m cm3) de mudas de cebola Petrolini cultivadas sob uma
perspectiva agroecoloacutegica e razatildeo parte aeacutereasistema radicular Pelotas-
RS 2003
APEcircNDICE D - Anaacutelise estatiacutestica da raiz
Causas G1 FFR FSR CR RPASR DR
da variaccedilatildeo Quadrados meacutedios---------------
Blocos 3
Ad Base 2 27874 551 623 2 1 0 140
Biofertilizantes 2 178 0 1 0 ni 1504 l03ns 038ns
Ad x Biofert 4 190 058 318 294 183
Resiacuteduo 24 005 009 028 023 0 2 1
Total 35
Meacutedia geral 1818 228 184 387 333
C V 134 1356 448 1253 1396
Significativo a 5 ns Natildeo significativo
53
APEcircNDICE E - Anaacutelise estatiacutestica dos macronutrientes da parte aeacuterea da cebola
TABELA 1E Conteuacutedos (mg planta1) de nitrogecircnio foacutesforo potaacutessio caacutelcio e
magneacutesio no tecido vegetal de mud^s de cebola Petrolini cultivadas
sob uma perspectiva agroecoloacutegica Pelotas-RS 2003
Causas G1 bull N P K Ca Mg
da variaccedilatildeo
Blocos 3
Ad Base 2 13550306 446627 25509686 1031806 59007
Biofertilizantes 2 180610ns 16564 68153ns 39006 876ns
Ad x Biofert 4 454187 45743 1047539 46950 2464
Resiacuteduo 24 29769 1453 64313 3741 439
Total 35
Meacutedia geral 24921 4597 33366 6943 1615
C V 692 829 760 880 1297
Significativo a 5 ns Natildeo significativo
APEcircNDICE F - Fotos do experimento
FIGURA 2 Mudas de cebola (Allium cepa L) produzidas sob uma perspectiva agroecoloacutegica
APEcircNDICE F a Fotos do experimento
FIGURA 1 Adubaccedilatildeo verde com feijatildeo-miuacutedo e papuatilde utilizadas no manejo do solo
FIGURA 2 Mudas de cebola (Allium cepa L) produzidas sob urna perspectiva agroecoloacutegica
6
Segundo Costa Neto (1999) o paradigma agroecoloacutegico representa portanto a
linha de um posicionamento soacutecio-ambiental que tem uma vertente tecnoloacutegica apta a
ser uma alternativa agrave produccedilatildeo agriacutecola em grande escala e ao modelo tradicional
disciplinar
Hoje a agroecologia continua a fazer conexatildeo entre fronteiras estabelecidas Por
um lado estuda os processos econocircmicos e os agroecossistemas por outro eacute um agente
para as mudanccedilas sociais e ecoloacutegicas complexas que tenham necessidade de ocorrer no
futuro a fim de levar a agricultura para uma base verdadeiramente sustentaacutevel O
processo de mudanccedila estaria dirigido agrave busca de novos pontos de equiliacutebrio entre as
dimensotildees de produtividade estabilidade e equumlidade na atividade agraacuteria articuladas
entre si poreacutem em constante processo de adaptaccedilatildeo e retroalimentaccedilatildeo utilizando
estilos mais respeitosos com o ambiente com o propoacutesito de superar a crise enfrentada
pelos agricultores (Costabeber amp Moyano 2000)
De acordo com Altieri (2002) soacute uma compreensatildeo mais profunda da ecologia
humana e dos sistemas agriacutecolas pode levar a medidas coerentes com uma agricultura
sustentaacutevel Assim a ldquoemergecircncia da agroecologiardquo representa um enorme salto nesta
direccedilatildeo pois fornece os princiacutepios ecoloacutegicos baacutesicos para o estudo e tratamento dos
ecossistemas tanto produtivos quanto preservadores dos recursos naturais e que sejam
culturalmente sensiacuteveis socialmente justos e economicamente viaacuteveis
A transformaccedilatildeo ou substituiccedilatildeo de um modelo de desenvolvimento para outro
supotildee um processo de transiccedilatildeo que em alguns momentos caminha a passos lentos e
em outros pode trazer mudanccedilas bruscas e qualitativamente diferenciadas Esse
processo de transiccedilatildeo significa a conversatildeo de uma agricultura tradicional para uma
agricultura ecoloacutegica e socialmente equilibrada com base na sustentabilidade (Gomeacutez
1997)
Embora a falta de informaccedilatildeo da pesquisa possa ter contribuiacutedo para dificuldades
e experiecircncias negativas de muitos produtores estes tecircm fama de serem inovadores e
experimentadores desejosos de adotar novas praacuteticas no sentido de serem beneficiados
Nos uacuteltimos cinquumlenta anos a inovaccedilatildeo na agricultura tem sido impulsionada
principalmente pela ecircnfase em altos rendimentos e no lucro da unidade produtiva
Apesar da continuidade dessa forte pressatildeo econocircmica sobre a agricultura muitos
produtores convencionais estatildeo preferindo fazer a transiccedilatildeo para praacuteticas que satildeo mais
consistentes ambientalmente e tem o potencial de contribuir com a sustentabilidade da
agricultura em longo prazo (Gliessman 2000)
7
212 Agroecologia e agricultura familiar
O nuacutecleo por excelecircncia da produccedilatildeo sustentaacutevel eacute a agricultura familiar No
Brasil mais especificamente esta tecnologia estaacute sendo introduzida natildeo somente em
aacutereas de cultivo de agricultura familiar em geral mas especificamente em
assentamentos rurais Percebe-se dessa forma tratar-se de um tipo de produccedilatildeo que
tende a incorporar a dimensatildeo histoacuterico-social e a considerar os valores culturais e de
senso comum inerentes aos agricultores familiares (Costa Neto 1999)
Na agricultura familiar a sustentabilidade toma forma a partir do momento em
que comeccedilaram a ser incorporados aos debates os novos anseios da sociedade rural e
urbana relacionados a um novo projeto de desenvolvimento e na medida em que foram
buscadas orientaccedilotildees teoacutericas baseadas no paradigma agroecoloacutegico
De acordo com Maturana amp Rezepka (2000) a formaccedilatildeo do conhecimento natildeo eacute
entendida como simples treinamentos e teacutecnicas e seraacute um aspecto essencial desta
abordagem A valorizaccedilatildeo dos saberes dos agricultores sobre o ambiente as plantas o
solo e os processos ecoloacutegicos onde resgatam e aprimoram teacutecnicas proacuteprias e de
outros de origem cientiacutefica ou empiacuterica fundamentais dentro deste novo paradigma
(Altieri amp Nicholls 2000)
Neste sentido cientistas e extensionistas tecircm se surpreendido com a profundidade
destes conhecimentos e com a capacidade de vaacuterios destes agricultores de expocirc-los
mesmo nos ambientes acadecircmicos onde muitas vezes estatildeo mais avanccedilados que seus
interlocutores (Weid amp Tardin 2002) Isto revela a necessidade de sintonia entre a
Universidade e a Comunidade
Entatildeo a sutentabilidade ambiental em niacutevel local eacute positiva quando o manejo
realizado no agroecossistema aproveita a produtividade dos recursos naturais renovaacuteveis
(aqueles que funcionam mediante o fluxo solar) Ao contraacuterio pode natildeo ser positiva
quando as praacuteticas produtivas consistem na busca pela produtividade mediante a troca
econocircmica (importaccedilatildeo e exportaccedilatildeo de insumos e produtos) onde a terra eacute vista
unicamente como o suporte material (fiacutesico) das espeacutecies Neste caso o controle de
pragas a fertilizaccedilatildeo e outras praacuteticas necessaacuterias satildeo realizados mediante capital
produzido pelo homem degradando a base local de recursos naturais (Xavier Simoacuten amp
Domingues 2001)
8
213 O Mercado de produtos agroecoloacutegicos
O mercado de alimentos produzidos sob a orientaccedilatildeo agroecoloacutegica produzidos
sem utilizaccedilatildeo de agrotoacutexicos ou adubos minerais tem aumentado vertiginosamente em
todo o mundo Alguns dados indicam que esse segmento cresce anualmente cerca de
20 nos Estados Unidos 40 na Europa e 50 no Brasil e para comprovar tais
iacutendices basta verificar a proliferaccedilatildeo das feiras de produtores ecoloacutegicos nas cidades o
aumento dos espaccedilos para esses produtos nas gocircndolas das grandes redes de
supermercados e os movimentos ambientalistas e de consumidores que buscam uma
alimentaccedilatildeo mais saudaacutevel (Schiedeck 2002)
Sem duacutevida antes de tudo cabe salientar que a crise atual evidencia o equiacutevoco da
adoccedilatildeo de um modelo de produccedilatildeotransformaccedilatildeo que natildeo tem outra ambiccedilatildeo que natildeo a
de se adaptar agrave globalizaccedilatildeo Cabe a consideraccedilatildeo feita por Dufour (1999) de que o
mercado natildeo eacute uacutenico e monoliacutetico e portanto a produccedilatildeo social da qualidade natildeo
significa mais do mesmo (a adaptaccedilatildeo do que jaacute natildeo serve)
Na realidade pode-se identificar claramente dois mercados de natureza
fundamentalmente oposta que segundo Gomes amp Borba (2000) satildeo o de produtos
baacutesicos (leite cereais carnes brancas e vermelhas) e o de produtos elaborados
socialmente e de grande valor agregado por serem justos socialmente O mercado
mundial dos produtos baacutesicos eacute alimentado pelos excedentes agriacutecolas de grandes
produtores (Uniatildeo Europeacuteia Estados Unidos e Canadaacute) tambeacutem a soja e carne de
frango brasileira e o trigo argentino e os preccedilos nesses mercados satildeo extremamente
baixos e permaneceratildeo assim por muito tempo segundo relatos recentes do Banco
Mundial
Para produzir a preccedilos tatildeo baixos eacute necessaacuterio lanccedilar matildeo de todo tipo de
artifiacutecio como os hormocircnios os organismos geneticamente modificados as farinhas
animais esquecendo o meio ambiente e convivendo com exploraccedilotildees gigantescas
concentraccedilatildeo na posse da terra e com uma minoria de beneficiaacuterios dos programas de
ajuda puacuteblica os agromanagers (Gomes amp Borba 2000)
O mercado de produtos elaborados e de valor agregado obedece a outras regras
Mesmo que os agricultores busquem a maximizaccedilatildeo da produtividade natildeo se enfrentam
diretamente A produccedilatildeo ocorre em zonas geograacuteficas bem definidas e permite valorizar
o ldquosavoir-fairerdquo ou ldquoknow-howrdquo (em outras palavras natildeo necessariamente mas o
conhecimento ldquotradicionalrdquo) contribuindo para uma verdadeira economia local Esta eacute a
9
agricultura que ao mesmo tempo produz gera e preserva empregos Para caminhar ateacute
ela eacute necessaacuteria uma ampla alianccedila entre agricultores consumidores e movimentos
sociais para frear esta forma de ditadura dos mercados fonte do poder das
transnacionais agro-alimentares e quiacutemicas (Dufour 1999)
Por outra parte o mercado natildeo eacute linear e abstrato como querem fazer crer A
produccedilatildeo e o consumo sempre estaratildeo localizados e seratildeo realizados por produtores e
consumidores concretos isto permite falar em convenccedilatildeo ou negociaccedilotildees onde a
qualidade seja considerada na originalidade no bem comum ou na confianccedila entre pares
e colada aos produtos ainda mais quando se trata de alimentos Isto soacute seraacute possiacutevel
no local (sem ignorar o global) e levando em conta indicaccedilotildees como denominaccedilatildeo
ou indicaccedilatildeo de origem de processo ou de qualidade etc relacionados agraves
especificidades dos produtos o que tambeacutem deve ser objeto de negociaccedilatildeo para cada
lugar (eacute preciso lembrar que a participaccedilatildeo e as relaccedilotildees interpessoais satildeo determinantes
ao longo do processo) A produccedilatildeo social da qualidade eacute vista como estrateacutegia que
adquire sentido se considerada para o espaccedilo da Agricultura Familiar onde ainda eacute
possiacutevel estabelecer laccedilos de solidariedade entre produtores e consumidores (Gomes amp
Borba 2000)
De acordo com DrsquoAgostini amp Fantini (2002) tanto ou mais do que compreender a
dinacircmica de processos dos quais resultam produtos interessantes eacute compreender e
humanizar a dinacircmica de interesses sobre esses processos e produtos Os mesmos
autores dizem ainda que natildeo seria a solidariedade humana (a virtude pressuposta) que
emerge em especial na produccedilatildeo agroecoloacutegica mas sim a emergecircncia da rica
propriedade humana a generosidade que permite praticaacute-la em qualquer relaccedilatildeo entre
os homens
22 A cultura da cebola (Alliunt cepa L) e sua importacircncia
A cultura da cebola foi introduzida pelos accedilorianos no Brasil no seacuteculo XVIII nos
municiacutepio de Mostardas Rio Grande e Satildeo Joseacute do Norte no Estado do Rio Grande do
Sul (Garcia 1990) sendo a terceira hortaliccedila de maior importacircncia econocircmica para o
paiacutes (ICEPA 2003) Nas regiotildees Sul e Sudeste a cebolicultura constitui-se em atividade
socioeconocircmica de significativa relevacircncia para os Estados de Satildeo Paulo Santa
10
Catarina e Rio Grande do Sul nos quais se concentram mais de 76 da produccedilatildeo
nacional (Debarba et a i 1998)
A mais importante regiatildeo produtora do Rio Grande do Sul estaacute situada no litoral
Sul englobando os municiacutepios de Rio Grande Tavares Satildeo Joseacute do Norte e Mostardas
(Garcia 1997) e segundo ICEPASC (2003) esses quatro municiacutepios respondem por
cerca de 70 da produccedilatildeo de cebola do RS
Timm (2000) cita que cerca de 16000 famiacutelias rurais no Rio Grande do Sul tem
na cultura da cebola o seu principal meio de subsistecircncia No Municiacutepio de Satildeo Joseacute do
Norte a produccedilatildeo de cebola constitui uma atividade econocircmica quase exclusiva onde a
descapitalizaccedilatildeo dos agricultores ocasionou o abandono do meio rural por muitos deles
que acabaram por estabelecerem-se na periferia da zona urbana (Garcia 1997)
Aleacutem da descapitalizaccedilatildeo do produtor ocorrem problemas como a erosatildeo do solo
que segundo Zabaleta (1998) ocorre principalmente devido agrave accedilatildeo dos ventos fortes e
constantes caracteriacutesticos na regiatildeo sul-litoracircnea bem como a topografia plana e os
solos muito arenosos com lenccediloacuteis freaacuteticos superficiais contribuem para o
empobrecimento dos solos da regiatildeo principalmente ao se comparar com outras aacutereas
onde a cebola participa de sistemas produtivos juntamente com a produccedilatildeo leiteira o
arroz e hortaliccedilas diversas (Timm 2000)
221 Caracteriacutesticas agronocircmicas da cebola
A cebola eacute uma aliaacuteceae a planta eacute tenra atinge 60 cm de altura e apresenta folhas
tubulares e cerosas O caule verdadeiro eacute um disco comprimido na base da planta de
onde partem as folhas e raiacutezes que satildeo fasciculadas pouco ramificadas explorando um
volume de solo equivalente a um cilindro com 60 cm de altura e 25 cm de diacircmetro
(Filgueira 2000)
Cada planta apresenta 20 a 200 raiacutezes normalmente espessas (05 a 1 mm de
diacircmetro) e com pouca ramificaccedilatildeo e poucos pecirclos absorventes O crescimento eacute
vertical estendendo-se de 40 a 80 cm de profundidade Poucas raiacutezes ocupam mais de
15 cm do raio em tomo do bulbo Estas caracteriacutesticas tecircm implicaccedilotildees peculiares
quanto acirc localizaccedilatildeo e ao suprimento de nutrientes (Quanto menor o diacircmetro e maior a
ocorrecircncia de pecirclos absorventes maior seraacute a superfiacutecie de raiacutezes e consequumlentemente a
absorccedilatildeo de nutrientes (Magalhatildees 1993)
11
A fase vegetativa do ciclo da planta termina com o amadurecimento do bulbo
todavia trata-se de uma planta bienal considerando acirceu ciclo vital completo isto eacute da
semeadura ateacute a produccedilatildeo de novas sementes Apoacutes um periacuteodo invemal sob baixas
temperaturas haacute emissatildeo de um pendatildeo floral que pode alcanccedilar 150 cm de altura
terminando por uma inflorescecircncia tipo umbela simples inicialmente recoberta por
uma peliacutecula formada por centenas de pequenas flores (Filgueira 2000)
Segundo Clivela (1995) os fatores climaacuteticos de modo geral natildeo satildeo limitantes
para a produccedilatildeo de bulbos de cebola no Rio Grande do Sul Filgueira (2000) enfatiza
que no Brasil eacute uma das raras culturas oleraacuteceas nas quais o fotoperiacuteodo pode tornar-se
o fator limitante ocorrendo frustraccedilotildees da colheita caso as exigecircncias da planta natildeo
sejam satisfeitas
222 A produccedilatildeo de mudas de hortaliccedilas
As mais importantes modificaccedilotildees no sistema de produccedilatildeo nos uacuteltimos anos tecircm
sido feitas na produccedilatildeo de mudas Hoje eacute uma realidade os produtores se
especializarem em produzir mudas principalmente no Estado de Satildeo Paulo Para tanto
se busca atraveacutes da pesquisa as melhores fontes e combinaccedilotildees de substratos associados
ao sistema de produccedilatildeo conveniente para cada espeacutecie a fim de se obter melhorias na
propriedade no solo e na Olericultura (Giorgetti 1991)
O sistema agroecoloacutegico torna-se importante uma vez que a base da Horticultura
moderna eacute a produccedilatildeo de mudas de alta qualidade (Minami1995) a produccedilatildeo de mudas
de hortaliccedilas tem sido citada como a etapa mais importante do sistema produtivo (Silva
Junior et al 1995) Segundo Filgueira (2000) nesta fase natildeo se pode cometer erros
pois posteriormente seraacute mais difiacutecil de corrigi-los visto que para o cultivo da cebola a
muda refletiraacute na qualidade do bulbo
As mudas de hortaliccedilas podem ser consideradas tolerantes e natildeo tolerantes ao
transplante e dependem principalmente das condiccedilotildees ambientais necessitando de
cuidados No caso da cebola como satildeo produzidas com raiz nua os cuidados devem ser
maiores pois dependendo do estado em que se encontram mais ou menos susceptiacuteveis
aos estresses quando em contato com o campo podem resultar em desastre (Minami
1999)
A quantidade de nutrientes extraiacuteda pelas hortaliccedilas durante a fase de muda varia
em funccedilatildeo da espeacutecie da variedade ou da cultivar e do prazo necessaacuterio para a formaccedilatildeo
13
O composto humificado ou curado eacute rico em nutrientes que passaram parcialmente
da forma orgacircnica para a forma mineral assimilaacutevel pelas raiacutezes e com maior teor
coloidal que atua como fertilizante e eacute responsaacutevel pela capacidade melhoradora do
solo (Barreto 1985)
Uma das principais alternativas em termos de adubaccedilatildeo orgacircnica eacute o
vermicomposto Ele eacute um adubo orgacircnico estaacutevel rico em nutrientes inodoro de
coloraccedilatildeo escura obtido a partir da atividade das minhocas que potencializam a mateacuteria
prima utilizada no processo (principalmente esterco de bovino) proporcionando
diversos benefiacutecios para as plantas (Timm 2000)
231 Efeitos da adubaccedilatildeo orgacircnica no solo
O solo funciona como um organismo vivo em 1 grama de solo saudaacutevel vive uma
comunidade bioloacutegica de aproximadamente 1 0 0 0 0 espeacutecies diferentes como minhocas
larvas besouros colecircmbolos aacutecaros algas bacteacuterias e fungos Estes organismos
necessitam de alimentos para viver principalmente carbono e nitrogecircnio que estatildeo
presentes na palhada das culturas e no esterco de animais Em funccedilatildeo disso eacute
importante que o solo tenha um determinado teor de mateacuteria orgacircnica para fornecer os
alimentos e energia que os microacutebios precisam para viver (Paulus et al 2001)
O homem atraveacutes dos diferentes sistemas de preparo do solo e cultivos contiacutenuos
ou natildeo altera o comportamento do mesmo em relaccedilatildeo agraves reaccedilotildees quiacutemicas
propriedades fiacutesicas como capacidade de retenccedilatildeo de aacutegua lixiviaccedilatildeo de nutrientes
erosatildeo e como consequumlecircncia afeta a qualidade de organismos presentes no solo (Brady
1999) reduzindo paulatinamente o teor de mateacuteria orgacircnica (Primavesi1982)
Nos uacuteltimos anos tem-se observado em diferentes paiacuteses a ampliaccedilatildeo do uso de
adubos orgacircnicos Alguns apresentam oacutetimos resultados enquanto outros se mostram
tecnicamente inadequados Os principais adubos orgacircnicos encontrados no mercado satildeo
fertilizantes orgacircnicos de origem animal compostos de lixo urbanos compostos de
produtos industriais e huacutemus de minhoca Nestes fertilizantes estatildeo presentes a maioria
dos macronutrientes (nitrogecircnio foacutesforo potaacutessio caacutelcio magneacutesio enxofre) e
micronutrientes (zinco cobre boro ferro cobalto)essenciais para as plantas e nem
sempre encontrados em muitos fertilizantes minerais bem como uma gama de
microorganismos que vatildeo beneficiar a fauna e a flora do solo (Brady 1979 Kiehl
1985 Costa 1985 Garcia 1997)
14
Os adubos orgacircnicos satildeo amplamente empregados nos sistemas de produccedilatildeo de
alface como condicionadores do ambiente quiacutemico e fiacutesico da rizosfera e
consequumlentemente na resposta bioloacutegica das plantas (Rodrigues amp Casali 1998)
Considerando as necessidades hortiacutecolas de maior competitividade e o fato de natildeo
ser subsidiada o crescimento populacional e a industrializaccedilatildeo representam fatores
determinantes na geraccedilatildeo diaacuteria de enormes volumes de resiacuteduos podendo ser utilizados
pelos produtores com um maior retomo econocircmico possiacutevel Ao mesmo tempo a
questatildeo ambiental assume cada vez mais destaque na sociedade moderna repercutindo
em poliacuteticas governamentais bem como no setor produtivo do paiacutes e do mundo
fazendo com que a relaccedilatildeo do homem com a natureza seja repensada (Morselli 2001)
232 Efeitos da adubaccedilatildeo orgacircnica nas culturas
Segundo Paulus et al (2001) a mateacuteria orgacircnica tambeacutem eacute fonte de nutrientes
especialmente nitrogecircnio foacutesforo enxofre e micronutrientes aleacutem disso tem
capacidade de ldquoprenderrdquo micronutrientes e alguns elementos toacutexicos para as plantas
como o alumiacutenio Por exemplo os micronutrientes depois de presos satildeo liberados
lentamente no solo onde satildeo gradativamente aproveitados pelas plantas
O uso dos fertilizantes minerais elevam o custo de produccedilatildeo pois satildeo necessaacuterias
altas doses para o fornecimento dos teores de nutrientes demandados Por isso eacute
importante a geraccedilatildeo de tecnologias que poupem o consumo de fertilizantes minerais
desejaacutevel com vista agrave diminuiccedilatildeo do custo de produccedilatildeo (Rodrigues 1984) A produccedilatildeo
de hortaliccedilas sob a orientaccedilatildeo agroecoloacutegica leva em consideraccedilatildeo natildeo apenas os custos
de produccedilatildeo como tambeacutem a dependecircncia dos insumos principalmente quando se
considera a ldquoteoria da trofobioserdquo pelos efeitos maleacuteficos que os nutrientes prontamente
assimilaacuteveis podem causar as plantas (Chaboussou 1987)
Para Compagnoni amp Putzolu (1985) o vermicomposto eacute um autecircntico fertilizante
bioloacutegico que atua como corretivo do solo determinando caracteriacutesticas importantes
para a microflora pelos aacutecidos huacutemicos e as substacircncias fitoestimulantes Os autores
consideram ainda que as dejeccedilotildees das oligoquetas proporcionam a formaccedilatildeo de huacutemus
permitindo melhorar o solo razatildeo pela qual satildeo destinados agrave horticultura com oacutetimas
vantagens fiacutesicas e microbioloacutegicas enriquecendo a camada araacutevel
Em experimentos desenvolvidos durante cinco anos para avaliar o efeito da
aplicaccedilatildeo de compostos eou adubos nas culturas de alface manjericatildeo espinafre e
15
pepino Valenzuela amp Crosby (1998) compararam as produccedilotildees obtidas com composto
e a fertilizaccedilatildeo padratildeo e concluiacuteram que a utilizaccedilatildeo do composto em 20 Mg ha 1 mais
N-quiacutemico foi o melhor tratamento em todas as culturas estudadas
233 Plantas de cobertura do solo
As plantas mais usadas para adubaccedilatildeo de cobertura do solo satildeo as leguminosas
pois estas tecircm a capacidade de fixar o nitrogecircnio atmosfeacuterico e disponibiliza-lo agrave
cultura Primavesi (1992) cita que utilizando-se mucuna ervilhaca feijatildeo-de-porco
feijatildeo-miuacutedo crotalaacuteria e outras natildeo haacute necessidade de utilizar tanto nitrogecircnio em
cobertura embora natildeo se dispense uma calagem mais frequumlente pois ocorre um pouco
de acidificaccedilatildeo no solo como com qualquer adubaccedilatildeo nitrogenada Segundo a mesma
autora algumas leguminosas tecircm a capacidade de mobilizar o foacutesforo como o caupi
(feijatildeo-miuacutedo) outras mobilizam o caacutelcio como tremoccedilo
Para Brady (1999) a adubaccedilatildeo verde traz grandes benefiacutecios como suprimento de
mateacuteria orgacircnica sendo consideraacutevel a quantidade de resiacuteduos orgacircnicos devolvidos ao
solo adiccedilatildeo de nitrogecircnio nutrientes e conservaccedilatildeo do solo
Calegari (1998) comenta que quanto aos aspectos fiacutesicos os resiacuteduos tendem a
contribuir para uma melhoria da estrutura do solo percebida pelo aumento da
estabilidade dos agregados em aacutegua aumento da capacidade de retenccedilatildeo hiacutedrica
elevaccedilatildeo dos iacutendices de infiltraccedilatildeo de aacutegua no solo aumento da porosidade melhor
aeraccedilatildeo e diminuiccedilatildeo da densidade do solo
De acordo com Timm (2000) o papuatilde eacute uma excelente alternativa como cobertura
de solo para o cultivo miacutenimo da cebola pois na eacutepoca do transplante das mudas seu
ciclo vegetativo estaacute completo natildeo necessitando o dessecamento outra vantagem eacute que
o papuatilde apresenta bom controle com relaccedilatildeo agraves plantas invasoras da cebola reduzindo
ao longo dos anos o nuacutemero de capinas e a aplicaccedilatildeo de herbicidas
234 Adubaccedilatildeo foliar
Segundo Malavolta (1981) a utilizaccedilatildeo da adubaccedilatildeo foliar eacute complemento da
adubaccedilatildeo de solo natildeo substituto da mesma no que diz respeito ao fornecimento de
nitrogecircnio foacutesforo e potaacutessio para as culturas Da mesma maneira que as raiacutezes podem
perder para o solo parte dos elementos absorvidos as folhas tambeacutem o fazem pela accedilatildeo
16
de fatores internos (desordem fisioloacutegica estado nutricional etc) e externos (chuvas
orvalho nutriccedilatildeo do sistema radicular luz temperatura etc)
Para Chaboussou (1987) as plantas adquirem o maacuteximo de resistecircncia bioloacutegica
atraveacutes da nutriccedilatildeo (trofos) equilibrada Obviamente para que isto ocorra eacute necessaacuterio
que o solo esteja em equiliacutebrio dinacircmico o ambiente seja o mais estaacutevel e as plantas
selecionadas ou melhor adaptadas para poderem suportar as alteraccedilotildees extemporacircneas
ocasionadas pelos fenocircmenos meteoroloacutegicos e nas fases fonoloacutegicas criacuteticas do
crescimento e desenvolvimento (Pinheiro amp Barreto 2000)
O lixiviado das folhas enriquece as camadas superiores do solo e tende a
contrabalanccedilar as perdas de zonas mais profundas e mais distantes acumulando-os nas
suas proximidades tambeacutem influencia o nuacutemero e o comportamento dos
microrganismos que por sua vez alteram o processo de gecircnese do solo sua textura e
fertilidade A lixiviaccedilatildeo assim se toma importante no desenvolvimento da sucessatildeo
ecoloacutegica devido agrave ciclagem de elementos (Malavolta 1980)
Conforme Camargo (1975) a utilizaccedilatildeo de adubos foliares substitui parcialmente
a adubaccedilatildeo radicular em 20 a 25 podendo ser utilizada em varias pulverizaccedilotildees
24 Vermicompostagem
E o processo que consiste em se submeter diferentes resiacuteduos orgacircnicos de
origem animal eou vegetal aos processos fermentativos e humificaccedilatildeo adicionando
minhocas do gecircnero Eiseina espeacutecie foetida ao material procurando obter um produto
curado em aproximadamente 45 - 60 dias (Compagnoni amp Putzolu 1985)
A vermicompostagem firmou-se no Brasil como atividade rentaacutevel produzindo
adubo de alta qualidade na deacutecada de 90 Na agricultura brasileira contudo haacute
preferecircncia pelos adubos quiacutemicos em funccedilatildeo de sua aquisiccedilatildeo financiada menor custo
e retomo imediato embora o impacto de seu uso contiacutenuo sobre o solo e os
microorganismos que nele vivem seja negativo (Tagliari amp Grassmann 1995)
Segundo Morselli (2002) a vermicompostagem difere da compostagem
convencional dentre outros pocircr formar substacircncias huacutemicas mais rapidamente ao sofrer
passagem pelo trato digestivo das minhocas A alirdentaccedilatildeo destas satildeo basicamente os
estercos e a disponibilidade desta mateacuteria prima bem como de ambiente protegido para
proceder a compostagem correta deste material satildeo indispensaacuteveis
17
Segundo Kiehl (1985) e Martinez (1990) o vermicomposto apresenta as seguintes
vantagens em relaccedilatildeo a compostagem permite a formaccedilatildeo de um produto curado em
menor espaccedilo de tempo promove a formaccedilatildeo de um material com maior
disponibilidade de nutrientes facilita o peneiramento natildeo havendo a necessidade de
revolvimento do material oferece vaacuterias fontes de renda pois aleacutem do huacutemus fornece
minhocas e raccedilatildeo e quando aplicado ao solo tende a melhorar as propriedades fiacutesicas
quiacutemicas e bioloacutegicas
241 Resiacuteduos utilizados na vermicompostagem
2411 Resiacuteduos de origem animal
Segundo Bureacutes (1997) o esterco eacute uma mistura de fezes urina e camas que
podem estar constituiacutedas de palhas folhas secas serragem turfa casca de arroz e ateacute
terra Esse apresenta pH neutro e densidade que varia de 030 a 090 Kg dm3 segundo
seu estado de decomposiccedilatildeo Eacute influenciado por vaacuterios fatores como espeacutecie animal
raccedila idade alimentaccedilatildeo material utilizado como cama e tratamento da mateacuteria-prima
esterco (Kiehl 1985) Dentre os fatores apontados um dos mais importantes eacute a
alimentaccedilatildeo do animal quanto mais rica a alimentaccedilatildeo mais rica seraacute as dejeccedilotildees
(Gnoatto 1999) O volume de bacteacuterias vivas ou mortas encontradas no esterco
representam 20 a 30 do total delas se originam grande parte do nitrogecircnio sob a
forma de proteiacutena (Morselli 2002)
A origem do material utilizado para a produccedilatildeo de vermicomposto eacute fundamental
pois soacute uma mateacuteria-prima de qualidade resultaraacute em um produto final de boa qualidade
Dentre os estercos o de aves eacute empregado empiricamente na adubaccedilatildeo de culturas
permanente ou natildeo com excelentes resultados apesar de sua simples composiccedilatildeo
meacutedia 2 de nitrogecircnio 2 de foacutesforo como P2 0 5 e 1 de K2 0 Poreacutem haacute uma
grande variaccedilatildeo na sua constituiccedilatildeo a qual dependeraacute do manejo animal atraveacutes das
camas finalidade da criaccedilatildeo e natureza das camas (Morselli 2002)
2412 Resiacuteduos de origem vegetal
A mateacuteria orgacircnica pode ser preservada no solo por vaacuterios processos seja pela
simples incorporaccedilatildeo de resiacuteduos de culturas rotaccedilatildeo de culturas adubaccedilatildeo verde ou
18
pela adiccedilatildeo de materiais orgacircnicos capazes de elevar e manter a produtividade do solo
Da decomposiccedilatildeo dos resiacuteduos orgacircnicos adicionados ao solo resulta a liberaccedilatildeo de
grande quantidade de nutrientes principalmente o nitrogecircnio o potaacutessio e o enxofre
Aleacutem disso diversos atributos quiacutemicos e fiacutesicos do solo satildeo alterados pela
decomposiccedilatildeo desses resiacuteduos destacando-se o aumento da capacidade de troca de
caacutetions o aumento da retenccedilatildeo de aacutegua a melhoria da estabilidade dos agregados e da
aeraccedilatildeo (Fraser1963 Malavolta 1981 Mello et al 1983 Bonilla 1992)
Segundo Purcino (1981) quando a relaccedilatildeo CN eacute menor que 30 como no caso do
esterco de curral ou da palha de leguminosas a disponibilidade de nitrogecircnio eacute
imediata mas acima deste valor ocorre imobilizaccedilatildeo crescente deste nutriente Por esse
motivo estes materiais devem ser submetidos a uma degradaccedilatildeo bioloacutegica antes de
serem adicionados ao solo
25 Biofertilizantes
No Brasil ocorrem problemas crescentes com materiais derivados de sistemas
intensivos de criaccedilatildeo animal que acumulam resiacuteduo^ orgacircnicos com graves problemas
de contaminaccedilatildeo de cursos de aacutegua que na maioria das vezes se acumulam em um
uacutenico lugar e natildeo satildeo reciclados (Viglizzo 1995)
Visando amenizar tais situaccedilotildees os meacutetodos alternativos de adubaccedilatildeo controle de
doenccedilas pragas e plantas indesejaacuteveis tecircm sido muito estudado Dentro dessa linha de
pesquisa destaca-se o uso de mateacuteria orgacircnica atraveacutes tanto de sua incorporaccedilatildeo ao
solo como de sua transformaccedilatildeo para uso posterior na forma de biofertilizantes
(Khatounian 1997 Bettiol et al 1997)
Na complexa e elevada comunidade microbiana dos biofertilizantes encontram-se
bacteacuterias fungos leveduriformes filamentosos e actinomicetos (Bettiol apud Penteado
1999)
O agregado de macro e micronutrientes periodicamente ativa e enriquece a
fermentaccedilatildeo O uso de farinha de rocha tem sido vantajoso por ter baixo custo
comparado com os sais concentrados e purificados aleacutem de trazer alguns elementos
traccedilos de vital importacircncia para os microrganismos do solo como por exemplo o Gaacutelio
o Iodo e o Vanaacutedio (M1BASA 199-) O agregado de farinha de rocha ou sais
purificados ao fermentado faz com que estes nutrientes passem a fazer parte dos
microrganismos ou dos produtos orgacircnicos liberados durante a fermentaccedilatildeo sendo que
19
o ataque dos microrganismos atraveacutes de suas enzimas consegue liberar os elementos natildeo
atacados pelos aacutecidos industriais (Pinheiro amp Barreto 2000)
Os biofertilizantes tecircm sido empregados na agricultura ecoloacutegica como adubo
foliar para aumentar a resistecircncia contra pragas e doenccedilas Aleacutem disso o processo de
produccedilatildeo eacute bastante simples e por isso eacute viaacutevel sua produccedilatildeo na propriedade desde que
tenha esterco disponiacutevel (Penteado 1999)
Bettiol et al (1997) verificaram a presenccedila de diferentes espeacutecies de fungos
fiacutelamentosos e leveduriformes e bacteacuterias entre elas Bacillus spp na comunidade
microbiana do biofertilizante produzido segundo meacutetodo adotado pelo Centro de
Agricultura Ecoloacutegica Ipecirc Os autores verificaram ainda uma reduccedilatildeo da comunidade
microbiana ao longo da digestatildeo reduccedilatildeo essa mais acentuada logo apoacutes o acreacutescimo
dos sais contendo micronutrientes A accedilatildeo dos sais pode ser tanto por aumento na
pressatildeo osmoacutetica quanto pelo efeito direto sobre os microrganismos Para o controle de
doenccedilas de plantas satildeo importantes a presenccedila dos metaboacutelitos produzidos pelos
organismos presentes no biofertilizante e os proacuteprios microrganismos vivos
Os microrganismos transformam o material orgacircnico (esterco soro de leite caldo
de frutas palhas restos industriais etc) e cinzas produzindo vitaminas aacutecidos e sais
complexos importantes para regular e tonificar o metabolismo das plantas impedindo o
desenvolvimento de pragas e doenccedilas (Pinheiro amp Barreto 2000)
Em estudos feitos com o biofertilizante liacutequido de bovinos foi observado a
presenccedila de inuacutemeros microorganismos como bacteacuterias leveduras e bacilos
principalmente do Bacillus subtilis Estes microorganismos sintetizam substacircncias
antibioacuteticas as quais demonstram ter grande accedilatildeo e eficiecircncia como substacircncias
fungiostaacuteticas e bacteriostaacuteticas de fitopatoacutegenos causadores de danos em lavouras
comerciais (Penteado 1999)
Aldrighi et al (2002) realizaram trabalho na UFPel relacionado agrave nutriccedilatildeo de
mudas de tomate (Floradade) produzidas no sistema ldquofloatingrdquo Utilizaram-se doses de
0 2 5 e 10 para o biofertilizante Super Magro e 0 e 1 para a urina de vaca
Concluiacuteram que estes natildeo interferem na produccedilatildeo das mudas e que provavelmente foi
influenciado pelo substrato utilizado (vermicomposto 75 e casca de arroz carbonizada
25) bem como o sistema de produccedilatildeo (floating)
Paglia et al (2002) citam que eacute possiacutevel produzir mudas de tomate (cultivar
Floradede) utilizando urina de vaca e biofertilizante Super Magro na aacutegua em sistema
ldquofloatingrdquo em trabalho realizado na UFPel O uso da urina de vaca a 1 e 5 e
20
biofertilizante Super Magro a 6 proporcionam uma elevaccedilatildeo do foacutesforo bem como o
Super Magro a 6 eleva os teores de Mg e Ca na aacutegua
251 Urina de vaca
As urinas de vaca contecircm nutrientes favoraacuteveis ao bom desenvolvimento das
plantas como potaacutessio soacutedio nitrogecircnio enxofre magneacutesio caacutelcio foacutesforo e traccedilos de
outros elementos Nas plantas funciona como um fertilizante natural tomando-as mais
resistentes ao ataque das pragas e doenccedilas Satildeo encontradas tambeacutem na urina outras
substacircncias como fenoacuteis e principalmente o catecol que esta associado agrave recuperaccedilatildeo
de plantas atacadas por fitopatoacutegenos por ser um produto anti-seacuteptico (Penteado 1999)
Para seu emprego a urina receacutem coletada deve ser armazenada sob condiccedilotildees
ambientais por trecircs dias para que se forme amocircnio importante produto a ser absorvido
pelas plantas Recomenda-se ainda que o armazenamento deva ser feito em recipiente
fechado para que natildeo ocorram perdas de nitrogecircnio Desta forma poderaacute permanecer
por ateacute um ano sem comprometer sua eficiecircncia
Em hortaliccedilas o uso da urina de vaca eacute recomendado em pulverizaccedilotildees foliares
semanais na concentraccedilatildeo de 05 para tomateiro pimentatildeo pepino feijatildeo vagem e
couve ou quinzenais a 1 para as culturas do quiabeiro jiloeiro e berinjela Para
fruteiras em geral a primeira aplicaccedilatildeo deve ser na concentraccedilatildeo aproximada de 5
realizada diretamente no solo e mensalmente devem ser realizadas pulverizaccedilotildees
foliares a 1 para plantas jovens e a 5 para plantas adultas (Penteado 1999)
Na aplicaccedilatildeo foliar deve-se ter cuidado com folhas e brotos novos e considerar que
o uso contiacutenuo pode ser toacutexico podendo afetar o solo causando a sua acidificaccedilatildeo
(Penteado 1999)
Na Estaccedilatildeo Experimental da PESAGRO no municiacutepio de Macaeacute Rio de Janeiro
estaacute se utilizando a urina de vaca leiteira Os pesquisadores descobriram que a urina de
vaca em lactaccedilatildeo produzia o efeito de recuperar plantas de abacaxi atacadas por uma
doenccedila conhecida como ldquofusairioserdquo Essa doenccedila quando ataca o abacaxi causa
perdas de ateacute 70 da safra Todos os agrotoacutexicos testados natildeo conseguiram controlar a
doenccedila Isto eacute um exemplo para que a universidade tenha uma nova percepccedilatildeo (Capra
1996) adotando medidas efetivas que contribuam na transiccedilatildeo agroecoloacutegica Com o
uso da urina de vaca leiteira numa lavoura de abacaxi atacada pela fusariose observou-
se agrave recuperaccedilatildeo do stand e os frutos produzidos apresentaram excelente padratildeo
21
comercial Descobriu-se que aleacutem funcionar como adubo e defensivo natural a urina de
vaca leiteira tambeacutem favorece a floraccedilatildeo de muitas plantas e pode ser usada no
tratamento de frutos e tubeacuterculos depois da colheita
A urina de vaca em lactaccedilatildeo tambeacutem estaacute sendo usada nas lavouras de cafeacute em
plantaccedilotildees de maracujaacute coco alface e outras hortaliccedilas Na regiatildeo centro-sul do Paranaacute
os agricultores estatildeo aplicando a urina de vaca leiteira nas lavouras de feijatildeo soja
batata cebola e milho (Penteado 1999)
252 Alhol
A maioria dos defensivos alternativos tais como calda bordalesa sulfocaacutelcica
aacutegua de cinza e cal biofertilizante enriquecido extrato de fumo entre outros precisa
ser misturada com um espalhante adesivo para quebrar a tensatildeo superficial da gota e
propiciar um melhor molhamento das folhas e demais partes pulverizadas assegurando
uma absorccedilatildeo mais efetiva e uma melhor accedilatildeo sobre as pragas e doenccedilas Quando as
gotas permanecem inteiras sobre a superfiacutecie folhar devido agrave falta de espalhante
adesivo pode-se danificar os tecidos vegetais pelc efeito-lente quando o sol incide
sobre elas Aleacutem disso a gota por natildeo se espalhar sobre toda superfiacutecie folhar
concentra nela e consequumlentemente sobre o tecido que estaacute em contato com ela uma
quantidade maior do produto aplicado Essa maior concentraccedilatildeo pode prejudicar a
absorccedilatildeo e lesionar os tecidos principalmente apoacutes a evaporaccedilatildeo da aacutegua contida na
gota por resultar em uma maior concentraccedilatildeo de sais no local especialmente quando se
aplicam por exemplo calda sulfocaacutelcica bordalesa biofertilizante enriquecido com
macro e micronutrientes (Claro 2001)
O alhol eacute um espalhante adesivo ecoloacutegico que tambeacutem auxilia no controle de
pragas E elaborado com aacutegua alho oacuteleo vegetal e sabatildeo neutro a partir da sabedoria
popular que menciona o alho como repelente de insetos Juacutenior Abreu amp Maiorano
(199-) indicam formulaccedilotildees contendo alho para o controle de pragas como nematoacuteides
(Meloidogyne incoacutegnita e M javanica) mosca do chifre lagarta na maccedilatilde pulgotildees
besouro da batata trips e para controle de doenccedilas fuacutengicas e bacterianas como miacuteldio
ferrugem fusariose helminthosporiose murchadeira (Pseudonamos solacearum)
bruzone do arroz (Pyricularia orysae) podridatildeo negra do repolho e couve-flor
(Xanthomonas campestris) Aleacutem disso o alho pelo seu bom teor em oacuteleo pode agir
tambeacutem como espalhante adesivo O sabatildeo tambeacutem eacute indicado como espalhante adesivo
22
e possui accedilatildeo contra certas pragas (pulgotildees) sendo que o oacuteleo vegetal eacute indicado no
controle de cochonilhas e usado como espalhante adesivo (Claro 2001)
253 Calda Bordalesa
A calda bordalesa eacute um tradicional defensivo agriacutecola que pode ser preparado na
propriedade com a mistura de sulfato de cobre cal virgem e aacutegua As concentraccedilotildees de
sulfato de cobre e cal satildeo distintas dependendo do objetivo do seu emprego
Geralmente diferem de acordo com o tipo de planta ou espeacutecie vegetal as condiccedilotildees
climaacuteticas o grau de infestaccedilatildeo da doenccedila e a fase de crescimento da planta Eacute indicada
para o controle de miacuteldio alternaacuteria botrytis e antracnose (Penteado 1999)
A calda bordalesa caracteriza-se pela sua importante accedilatildeo no controle de diversas
doenccedilas fungicas nas mais diversas espeacutecies de culturas Possui tambeacutem uma relativa
accedilatildeo bactericida e em alguns casos age como repelente de insetos Da mistura do
sulfato de cobre com a cal resulta uma soluccedilatildeo rica em macronutrientes e
micronutrientes Provavelmente os expressivos resultados obtidos com a aplicaccedilatildeo da
calda bordalesa devam-se natildeo somente a sua accedilatildeo fuacutengica e bactericida mas sobretudo
agrave influecircncia positiva que exerce no metabolismo das plantas ativando o processo
enzimaacutetico e estimulando a proteossiacutentese aumentando a resistecircncia das plantas (Claro
2 0 0 1 ) caracteriacutestica fundamental na agricultura sustentaacutevel
254 Biofertilizante Super Magro
A calda Super Magro eacute produto da fermentaccedilatildeo de estercos animais enriquecidos
por micronutrientes e outros produtos de origem animal obtendo-se uma calda
biofertilizante para aplicaccedilatildeo foliar nas plantas (Penteado 1999) jaacute foram observados
bons resultados principalmente nas culturas de uva maccedila pecircssego tomate batata e
hortaliccedilas em geral
E indicado como fonte suplementar de micronutrientes para as plantas inibidor
de fungos e bacteacuterias causadores de doenccedilas e para aumentar a resistecircncia contra insetos
e aacutecaros (Penteado 1999) i
Muller (1999) avaliou a influecircncia do biofertilizante Super Magro sobre as
culturas de tomate (Lycopersicon esculentum Mill) ervilha (Pisum sativum L) e
beterraba (Beta vulgaris L) O autor obteve cultivos com baixa severidade de doenccedilas e
23
insetos fitoacutefagos possivelmente por causa do manejo orgacircnico de produccedilatildeo Os
resultados das pulverizaccedilotildees das soluccedilotildees foliares variaram conforme a cultura e o
clima
255 Biofertilizante MB4
A utilizaccedilatildeo das farinhas de rochas eacute uma das teacutecnicas mais modernas usadas nos
uacuteltimos anos na agricultura O elevado nuacutemero de nutrientes contidos no MB4 como
cobre zinco manganecircs cobalto soacutedio alumiacutenio silicatos de magneacutesio ferro e caacutelcio
acompanhado de foacutesforo potaacutessio e enxofre reagem com a soluccedilatildeo do solo liberando
elementos essenciais ao desenvolvimento da vida microbiana os quais exercem um
papel fundamental atraveacutes de transformaccedilotildees quiacutemicas e do equiliacutebrio bioloacutegico
favorecendo o desenvolvimento sadio das plantas (Pinheiro amp Barreto 2000)
24
3 MATERIAL E MEacuteTODOS
31 Local de execuccedilatildeo do experimento
O presente trabalho foi conduzido no Centro de Pesquisa da Regiatildeo Sul
(FEPAGROSUL) no municiacutepio de Rio Grande nlt periacuteodo de 15 de maio a 26 de
agosto de 2 0 0 2
O solo eacute classificado como ldquoTuiardquo satildeo muito arenosos As massas aquaacuteticas do
Oceano Atlacircntico e Lagoa dos Patos influenciam ventos temperatura pressatildeo umidade
relativa e demais fatores climaacuteticos A topografia da regiatildeo litoracircnea eacute plana com
lenccediloacuteis freaacuteticos superficiais
32 Anaacutelise estatiacutestica
O experimento foi constituiacutedo em fatorial 3X3 (Quadro 1) com quatro repeticcedilotildees
no delineamento blocos ao acaso As variaacuteveis respostas foram submetidas agrave anaacutelise de
variaccedilatildeo e ao teste de Duncan a 5 de probabilidade para comparaccedilatildeo das meacutedias
utilizando-se o sistema SANEST (Zonta amp Machado 1984)
As anaacutelises estatiacutesticas das variaacuteveis estudadas encontram-se nos Apecircndices C D
Os resultados das respostas agronocircmicas e das determinaccedilotildees dos conteuacutedos dos
macronutrientes bem como os de raiz estatildeo nas tabelas de 1 a 3
25
As diferentes adubaccedilotildees seratildeo representadas durante a discussatildeo da seguinte
forma 1 VB (30 t ha 1 de vermicomposto) 15 VB (45 t ha 1 de vermicomposto) e EC
(60 t ha 1 de esterco de curral) 1 VB+SM+U+CB (30 t ha 1 de vermicomposto mais
super magro mais urina de vaca mais calda bordalesa) 15 VB+SM+U+CB (45 t ha 1 de
vermicomposto mais super magro mais urina de vaca mais calda bordalesa)
EC+SM+U+CB (60 t ha 1 de esterco de curral mais super magro mais urina de vaca
mais calda bordalesa) 1 VB+MB4 +U+CB (30 t ha 1 de vermicomposto mais MB4 mais
urina de vaca mais calda bordalesa) 15 VB+MB4 +U+CB (45 t ha 1 de vermicomposto
mais MB4 mais urina de vaca mais calda bordalesa) EC+MB4 +U+CB (60 t ha 1 esterco
de curral mais MB4 mais urina de vaca mais calda bordalesa)
QUADRO 1 Descriccedilatildeo dos fatores experimentais e respectivos niacuteveis
Niacuteveis Fator 1 ADUBACcedilAtildeO DE BASE
0 1 Vermicomposto (30 t ha1)
0 2 Vermicomposto (45 t ha1)
03 Esterco de curral (60 t ha1)
Niacuteveis Fator 2 BIOFERTILIZANTES LIacuteQUIDOS
0 1 Super magro (5) + Urina de Vaca + Calda Bordalesa
0 2 MB4 (10) + Urina de vaca + Calda Bordalesa
03 Ausecircncia (testemunha)
33 Tratamentos
Da combinaccedilatildeo entre niacuteveis e fatores foram obtidos 9 tratamentos que estatildeo
descritos no Quadro 2 bem como as doses de adubaccedilatildeo utilizadas no experimento
26
QUADRO 2 Tratamentos e doses de adubaccedilatildeo utilizadas no experimento
TRATAMENTOS
Ndeg FATOR I FATOR II
0 1 30 t ha de vermicomposto Super magro 5 Urina de vaca Calda Bordalesa
0 2 30 t harsquo de vermicomposto MB4 10 Urina de vaca Calda Bordalesa
03 30 t ha de vermicomposto - - -
04 45 t ha de vermicomposto Super magro 5 Urina de vaca Calda Bordalesa
05 45 t ha de vermicomposto MB4 10 Urina de vaca Calda Bordalesa
06 45 t ha de vermicomposto - - -
07 60 t hade esterco Super Magro 5 Urina de vaca Calda Bordalesa
08 60 t hade esterco MB4 10 Urina de vaca Calda Bordalesa
09 60 t hade esterco - - -
Cada parcela foi constituiacuteda por dois canteiros medindo 1 m de largura x 2 m de
comprimento perfazendo 075 m de aacuterea de aacuterea uacutetil (025 m de bordadura) Foi
utilizando semeadura a lanccedilo com densidade de 24 g canteiro1
O vermicomposto a urina de vaca o esterco de curral o alhol os biofertilizantes e
a calda bordalesa foram de procedecircncia do Centro de Pesquisa da Regiatildeo Sul O
vermicomposto de esterco bovino misturado agraves cascas de frutas foi processado pela
minhoca vermelha califomiana Eisenia foetida)
O biofertilizante Super Magro foi elaborado segundo a metodologia descrita pela
FEPAGROSUL utilizando-se os seguintes componentes 190 litros de aacutegua 22 litros
de leite 55 Kg de accediluacutecar mascavo 30 Kg de esterco fresco de bovinos 2 Kg de
Sulfato de zinco 2 Kg de sulfato de magneacutesio 2 Kg de cloreto de caacutelcio 1 Kg de aacutecido
boacuterico 300 g de sulfato de cobre 300 g de sulfato de ferro 300 g de sulfato de
manganecircs 100 g de molibdato de soacutedio 50 g de sulfato de cobalto 3 Kg de fosfato
natural 3 Kg de cinza e 200 g de farinha de osso
A urina de vaca em lactaccedilatildeo foi coletada pela manhatilde e armazenada em recipiente
fechado por trecircs dias em condiccedilotildees ambientais para que se formasse a amocircnia e natildeo
ocorresse perda de nitrogecircnio
28
Realizaram-se duas capinas manuais durante o experimento e em seguida como
cobertura se colocou casca de arroz Tambeacutem foi aplicado esterco de aves 30 dias antes
da colheita na quantidade de 05 Kg canteiro 1 como adubaccedilatildeo de cobertura
As pulverizaccedilotildees com os produtos iniciaram apoacutes 15 dias da germinaccedilatildeo
Realizou-se sete aplicaccedilotildees sendo que as duas primeiras foram feitas apenas com
Super Magro e MB4 Na terceira e na quarta aplicaccedilatildeo utilizou-se urina de vaca e calda
bordalesa em concentraccedilotildees menores (05 e 025 respectivamente) e na quinta
aplicaccedilatildeo as dosagens de urina de vaca e calda bordalesa foram elevadas para 1 0 e
05 respectivamente ateacute o final do experimento O alhol foi utilizado a partir da
terceira pulverizaccedilatildeo na quantidade de 2 e seguiu ateacute o final no dia 26 de agosto
quando as mudas foram colhidas e posteriormente analisadas as variaacuteveis
35 Observaccedilotildees agronocircmicas
Foram utilizadas 20 mudas de cebola para obtenccedilatildeo das meacutedias das variaacuteveis as
quais foram as seguintes
351 Fitomassa fresca da parte aeacuterea e raiacutezes
Foi realizada atraveacutes de uma balanccedila digital procedendo-se a pesagem de 20
mudas de cebola previamente lavadas e posteriormente secadas durante uma hora sobre
um tecido de algodatildeo agrave temperatura ambiente Processo idecircntico foi adotado com as
raiacutezes
352 Fitomassa seca da parte aeacuterea e raiacutezes
Esta variaacutevel foi obtida a partir da secagem preliminar em estufa de ar forccedilado
durante 48 horas a 65 C ateacute peso constante com posterior pesagem em balanccedila
analiacutetica
353 Altura da muda
A altura de muda foi medida a partir do colo das plantas ateacute sua uacuteltima folha
(ponto de crescimento) com uma reacutegua graduada de 40 cm
29
354 Diacircmetro do colo das plantas
Esta medida foi realizada no ponto de transplante a 2 mm das raiacutezes e utilizando-
se um paquiacutemetro SOMET
355 Sistema radicular
Ao teacutermino do experimento foram retiradas as raiacutezes das mesmas plantas que foram
utilizadas para as determinaccedilotildees realizadas na parte aeacuterea procedendo-se uma amostra
de solo com raiacutezes de 2 0 cm de largura x 2 0 cm de comprimento e 2 0 cm de altura
totalizando 8000 cm3
As raiacutezes apoacutes serem lavadas em aacutegua corrente foram pesadas acondicionadas em
sacos plaacutesticos e congeladas para posteriores anaacutelises pelo meacutetodo de Tennant (1975)
para a determinaccedilatildeo do comprimento e densidade
3551 Comprimento de raiz
Utilizou-se para a determinaccedilatildeo do comprimento de raiz as seguintes foacutermulas
1 = ndeg x 1114 x 1 onde
1 - comprimento de raiz de uma amostra uacutemida de 0 0 2 g
ndeg - nuacutemero de intercessotildees das raiacutezes com os lados da quadriacutecula da malha do
aparelho
1114 - constante
1 - medida lateral da quadriacutecula em cm
Tomando-se a fiacutetomassa seca e o comprimento da raiz da cada amostra
relacionou-se com a fiacutetomassa seca e o comprimento total da raiz da planta aplicando-
se a seguinte equaccedilatildeo
L = (FSR x 1) FSPA onde
L - comprimento total da raiz da planta (m)
FSR - fiacutetomassa seca de raiz
FSPA - fiacutetomassa seca da parte aeacuterea
L - comprimento de raiz de uma amostra uacutemida de 002g
3552 Densidade de raiz
A densidade foi determinada pela foacutermula
D = L 8000 onde
D - densidade de raiacutezes (m cm3)
30
L - comprimento total de raiacutezes (m)
8 0 0 0 - volume da amostra (cm3)
3553 Razatildeo parte aeacutereasistema radicular
Este paracircmetro foi obtido pela equaccedilatildeo
RPASR = FSPA FSR onde
RPASR - razatildeo parte aeacuterea sistema radicular
FSPA - fitomassa seca da parte aeacuterea
FSR - fitomassa seca do sistema radicular
36 Determinaccedilatildeo de macronutrientes no tecido vegetal
Os macronutrientes nitrogecircnio foacutesforo potaacutessio caacutelcio e magneacutesio foram
determinados no laboratoacuterio de Fertilidade e Anaacutelise de Plantas do Departamento de
Solos da UFPel atraveacutes dos meacutetodos descritos por Tedesco amp Gianello (1996)
31
4 RESULTADOS E DISCUSSAtildeO
41 Anaacutelise das variaacuteveis
A anaacutelise da variaccedilatildeo mostrou que houve diferenccedila significativa na interaccedilatildeo entre
os fatores de adubaccedilatildeo de base e biofertilizantes liacutequidos com exceccedilatildeo da variaacutevel altura
de planta para a qual somente a adubaccedilatildeo de base mostrou-se significativa (Apecircndices
C D e E Tabelas 1C 1D e 1E)
411 Anaacutelise da parte aeacuterea
Na Tabela 1 destacaram-se as adubaccedilotildees EC+SM+U+CB EC+MB4 +U+CB e EC
que diferiram significativamente das demais adubaccedilotildees para as variaacuteveis fiacutetomassa
fresca da parte aeacuterea (FFPA) fiacutetomassa seca da parte aeacuterea (FSPA) altura de planta
(AP) e diacircmetro do colo (DC)
32
TABELA 1 Produccedilatildeo de fitomassa fresca e seca (g) da parte aeacuterea altura de planta
(cm) e diacircmetro de colo (mm) de mudas de cebola Petrolini cultivadas
sob uma perspectiva agroecoloacutegica Pelotas-RS 2003
BIOFERTILIZANTES LIacuteQUIDOSADUBACcedilAtildeO S Magro + MB4 +DE BASE Urina + Calda Urina + Calda Testemunha
Bordalesa Bordalesa
30 t ha de vermicomposto 7015 c A45 t halsquo de vermicomposto 7824 b B60 t ha de esterco de curral 12248 a C
30 t ha de vermicomposto 667 c A45 t ha de vermicomposto 752 b A60 t ha de esterco de curral 1150a C
30 t ha de vermicomposto 2975 b A45 t harsquo de vermicomposto 2775 b A60 t ha de esterco de curral 3600 a B
30 t ha de vermicomposto 631 b A45 t ha de vermicomposto 6 2 2 b B60 t ha de esterco de curral 741 a C
-Fitomassa fresca (g)----------------6270 c B 6885 b A8832 b A 6308 c C
15082 a A 13934 a BmdashFitomassa seca (g)----------------
625 c A 655 b A830 b A 607 b B
1345 a A 1262 a B-Altura de planta (cm)----------------
2950 b A 3050 b A2937 b A 2950 b A 3975 a A 3622 a B
-Diacircmetro de colo (mm)---------------592 c B 599 b B 657 b A 609 b B 819a A________ 793a B
Meacutedias seguidas pela mesma letra minuacutescula para as colunas (adubaccedilatildeo de base) e maiuacutesculas para as linhas (biofertilizantes) natildeo diferem entre si pelo teste de Duncan a 5
O efeito positivo do esterco bovino pode ser atribuiacutedo agraves melhorias nas condiccedilotildees
fiacutesicas do solo por ele proporcionado Segundo Primavesi (1982) e Compagnoni amp
Putzolu (1985) o esterco bovino apresenta propriedades condicionadoras do solo dando
agraves plantas melhores condiccedilotildees de desenvolvimento elevando sobremaneira os
conteuacutedos de fitomassa fresca das plantas que refletiratildeo nas demais respostas
agronocircmicas
Analisando as adubaccedilotildees de base em relaccedilatildeo aos biofertilizantes observa-se que
para os tratamentos 1 VB (30 t ha 1 de vermicomposto) - natildeo houve influecircncia dos
biofertilizantes para as variaacuteveis FSPA e AP enquanto destacou-se o SM+U+CB para o
DC e SM+U+CB e ausecircncia da adubaccedilatildeo liacutequida para a FFPA mostrando que o uso
dos biofertilizantes natildeo influenciou esta variaacutevel 15 VB (45 t ha 1 de vermicomposto) -
verificou-se a eficiecircncia do uso do MB4 +U+CB para as variaacuteveis FFPA e DC Para a
variaacutevel FSPA destacaram-se os dois biofertilizantes utilizados jaacute para AP natildeo houve
33
influecircncia destes EC (60 t ha 1 de esterco de curral) - em todas as variaacuteveis observadas
na tabela 5 as respostas foram significativas utilizando MB4 +U+CB
As respostas encontradas no presente trabalho para as variaacuteveis AP e FSPA foram
superiores as obtidas por Dalponte (1990) quando utilizado 0 esterco de curral para
produccedilatildeo de mudas de cebola
Segundo Filgueira (2000) os solos da regiatildeo produtora de cebola do RS satildeo
pobres em foacutesforo disponiacutevel (15 mg Kg1) necessitando portanto de adubaccedilotildees
fosfatadas elevadas As respostas aqui obtidas podem ser justificadas pelos teores de
foacutesforo contido no MB4
Follet et al (1981) citam a importacircncia do uso de compostos orgacircnicos no solo
enfatizando os estercos no sentido da decomposiccedilatildeo continuada no fornecimento de
nutrientes e na liberaccedilatildeo lenta e gradual de aacutecidos orgacircnicos influenciando a liberaccedilatildeo
do foacutesforo O que provavelmente pode ser atribuiacutedo agraves respostas encontradas no
presente trabalho para 0 tratamento Esterco de curral mais MB4 e Urina mais Calda
Bordalesa
E importante destacar que 0 sistema de produccedilatildeo de mudas de cebola sob uma
perspectiva agroecoloacutegica mostra-se eficiente quando visualmente natildeo percebe-se
diferenccedila significativa entre os tratamentos (Apecircndice F Figura 2)
Conveacutem ressaltar que quando trabalhamos com agroecologia natildeo existem
receitas nem pacotes tecnoloacutegicos prontos Cada situaccedilatildeo deveraacute ser estudada em
particular para que se faccedila recomendaccedilotildees adequadas ao ambiente local uma vez que
as plantas se adaptam ao meio estando a nutriccedilatildeo encarregada de proteger e manter o
equiliacutebrio do organismo vegetal em funccedilatildeo das alteraccedilotildees externas
E fundamental que se compreenda os princiacutepios norteadores de todo o processo
que satildeo as bases da luta por uma sociedade mais justa dentro de um mundo econocircmico e
ambientalmente mais sustentaacutevel
412 Anaacutelise do sistema radicular
Os resultados obtidos nas anaacutelises do sistema radicular (Tabela 2) mostram
diferenccedilas significativas entre as adubaccedilotildees para as variaacuteveis fitomassa fresca de raiz
(FFR) fitomassa seca de raiz (FSR) comprimento de raiz (CR) razatildeo parte
aeacutereasistema radicular (RPASR) e densidade de raiz (DR)
34
TABELA 2 Produccedilatildeo de fitomassa fresca e seca (g) comprimento (cm) e densidade de
raiacutezes (m cm3) de mudas de cebola Petrolini cultivadas sob uma
perspectiva agroecoloacutegica e razatildeo parte aeacutereasistema radicular Pelotas-
RS 2003
BIOFERTILIZANTES LIacuteQUIDOSADUBACcedilAO DE BASE
S Magro + MB4 +Urina + Calda Urina + Calda Testemunha
Bordalesa Bordalesa
de vermicomposto de vermicomposto de esterco de curral
de vermicomposto de vermicomposto de esterco de curral
de vermicomposto de vermicomposto de esterco de curral
de vermicomposto de vermicomposto de esterco de curral
1540 c A 1576 b B 2427 a A
Fitomassa fresca (g)----------------1502 c B 1517 b AB 1658 b A 1446 c C 2336 a B 2360 a B
--------------------Fitomassa seca (g)-------------------196 b A 207 ab A 170 b A170 b A 199 b A 192 b A 344 a A 249 a B 327 a A
Comprimento de raiz(cm)---------------1237 b A 1158 b A 1158 a A1237 b A 1060 c B 1040 b B1433 a A 1296 a B 1040 b C
30 t ha 45 t ha 60 t ha
30 t ha 45 t ha 60 t ha
30 t halsquo 45 t ha 60 t ha
30 t ha 45 t ha 60 t ha
30 t ha de vermicomposto 45 t ha de vermicomposto60 t ha~ de esterco de curral__________________________ _________________________Meacutedias seguidas pela mesma letra minuacutescula para as colunas (adubaccedilatildeo de base) e maiuacutesculas para as linhas (biofertilizantes) natildeo diferem entre si pelo teste de Duncan a 5
-----Razatildeo Parte AeacutereaSistema Radicular------340 b AB 301c B 384 a A446 a A 415 b A 326 a B339 b B 546 a A 388 a B
-------------- Densidade de raiz (m cm3)------------367 a AB 414 a A 325 b B282 b B 301b B 405 a A347 ab A 231c B 324 b A
Em relaccedilatildeo agraves adubaccedilotildees de base destacou-se o EC (60 t ha 1 de esterco de curral)
para as variaacuteveis FFR e FSR Quando adicionado o SM+U+CB os resultados para FFR
foram ainda melhores bem como o CR As respostas obtidas para a RPASR foram
variadas em relaccedilatildeo agraves adubaccedilotildees apresentando melhores resultados para 15 VB (45 t
ha 1 de vermicomposto)+SM+U+CB e ainda melhor para EC (60 t ha 1 de esterco de
curral)+MB4 +U+CB As adubaccedilotildees de base 1 VB 15 VB e EC natildeo diferiram entre si
As adubaccedilotildees mais eficientes para a variaacutevel DR foram 1 VB+SM+U+CV que natildeo
diferiu da EC+SM+U+CB I VB+ MB4 +U+CB e agrave 15 VB foram melhores entre as
demais
35
Analisando os biofertilizantes em relaccedilatildeo a cada adubaccedilatildeo de base verifica-se que
para a 1 VB (30 t ha 1 de vermicomposto)+SM+U+CB destaca-se a variaacutevel FFR
poreacutem sem diferenccedila significativa de 1 VB os melhpres resultados para a variaacutevel DR
foram encontrados pelo tratamento 1 VB+MB4 +U+CB e 15 VB (45 t ha 1 de
vermicomposto) tambeacutem se considera eficiente o 1 VB+SM+U+CB que natildeo diferiu do
EC (esterco de curral) Quando se utilizou 15 VB+ MB4 +U+CB houve resposta
significativa para a variaacutevel FFR para FSR as respostas natildeo foram diferentes com a
aplicaccedilatildeo dos biofertilizantes para as variaacuteveis FSR e DR as adubaccedilotildees EC e
EC+SM+U+CB natildeo diferiram entre si
Embora as respostas estatiacutesticas tenham sido diferentes para as adubaccedilotildees
combinadas ou natildeo pode-se salientar a importacircncia do aacutecido indol-aceacutetico como jaacute
citado anteriormente para as variaacuteveis avaliadas na parte aeacuterea das mudas de cebola
Respostas semelhantes nesse sentido foram encontradas para a cultura da alface por
Quijano (1999) e Morselli (2001)
Pereira et al (2002) concluiacuteram em trabalho realizado com a cultivar de cebola
CNPF1 6400 em Minas Gerais que a utilizaccedilatildeo de 20 t ha de esterco de curral
proporcionou os melhores resultados para a produccedilatildeo de cebola
Silva Juacutenior amp Giorgi (1992) e Menezes Juacutenior (1998) citam que doses elevadas
de mateacuteria orgacircnica podem prejudicar a primeira fase da germinaccedilatildeo (embebiccedilatildeo) e
absorccedilatildeo de aacutegua pelas raiacutezes das placircntulas No entanto no presente trabalho este fato
natildeo ocorreu embora a dose de esterco utilizada tenha sido de 60 t ha 1 (dose maacutexima
recomendada segundo Nolla 1982)
413 Anaacutelise de macronutrientes no tecido vegetal
Os resultados dos conteuacutedos de nitrogecircnio foacutesforo potaacutessio caacutelcio e magneacutesio no
tecido vegetal sob diferentes adubaccedilotildees encontrados na Tabela 3 indicam mais uma
vez a superioridade da adubaccedilatildeo esterco com 0 uso ou natildeo de biofertilizantes
36
TABELA 3 Conteuacutedos (mg planta1) de nitrogecircnio foacutesforo potaacutessio caacutelcio e
magneacutesio no tecido vegetal de mudas de cebola Petrolini cultivadas sob
uma perspectiva agroecoloacutegica Pelotas-RS 2003
BIOFERTILIZANTES LIacuteQUIDOS i J B
ADUBACcedilAtildeO S Magro + MB4 +DE BASE Urina + Calda Urina + Calda Testemunha
Bordalesa Bordalesamg plantas1
---- Nitrogecircnio-----30 t ha de vermicomposto 16593 c AB 15451 c B 19050 b A45 t ha de vermicomposto 21444 b A 22888 b A 17852 b B60 t ha de esterco de curral 32606 a C 37593 a B 40816 a A
--------------- ------ Foacutesforo------- -------------30 t ha de vermicomposto 3098 c B 2802 c B 3999 b A45 t ha de vermicomposto 4109 b A 4135 b A 2788 c B60 t ha de esterco de curral 5300 a B 7577 a A 7565 a A
------- Potaacutessio------30 t ha de vermicomposto 24327 c A 19900 c B 24965 b A45 t ha de vermicomposto 29113b A 29812 b A 22031 b B60 t ha de esterco de curral 44070 a B 51976 a A 54101 a A
-------- Caacutelcio-------30 t ha de vermicomposto 5027 c A 4356 c A 4834 b A45 t ha de vermicomposto 6114b A 6963 b A 4379 b B60 t ha de esterco de curral 9030 a C 11451 a A 10331 a B
------Magneacutesio-----30 t ha de vermicomposto 1188 b A 914 c A 1202 b A45 t ha de vermicomposto 1231 b B 1582 b A 1176 b B60 t ha de esterco de curral 2136a B 2443 a A 2663 a AMeacutedias seguidas pela mesma letra minuacutescula para as colunas (adubaccedilatildeo de base) e maiuacutesculas para as linhas (biofertilizantes) natildeo diferem entre si pelo teste de Duncan a
Em relaccedilatildeo agraves adubaccedilotildees de base observa-se que o melhor tratamento foi o
esterco de curral para todas as variaacuteveis Para 1 VB (30 t ha^ 1 de vermicomposto) natildeo
houve resposta diferenciada com o uso de bofertilizantes para todas as variaacuteveis A
adubaccedilatildeo 15 VB (45 t ha 1 de vemicomposto) foi influenciada pelos biofertilizantes
para as variaacuteveis N P K e Ca enquanto que para Mg somente o MB4+U+CB o
influenciou O EC (esterco de curral) mostrou diferenccedila significativa apenas para as
variaacuteveis Ca e Mg quando adicionado MB4+U+CB
Segundo Peixoto (2000) eacute fundamental a adiccedilatildeo de adubos orgacircnico no cultivo de
hortaliccedilas seja na forma de esterco decomposto composto ou huacutemus de minhoca de
37
modo a fornecer melhorias nas propriedades do solo vindo a disponibilizar os nutrientes
as diferentes culturas
O esterco fresco conteacutem muita cama celuloacutesica e um elevado teor de aacutegua No
esterco curtido a celulose jaacute estaacute decomposta o teor de aacutegua estaacute reduzido agrave metade e os
nutrientes em uma forma mais assimilaacutevel e mais concentrada O esterco fresco pode
causar uma deficiecircncia temporaacuteria de nitrogecircnio no solo ao se decompor o que natildeo
acontece com o biestabilizado (Kiehl 1985)Ocorre uma diminuiccedilatildeo inicial no volume
de aacutegua retido no esterco de curral diminui inicialmente em tomo de 3581 liberando
posteriormente somente 496 evidenciando a sua capacidade de retenccedilatildeo de aacutegua
(Menezes Juacutenior 1998)
A utilizaccedilatildeo continuada de adubos nitrogenados minerais no solo altera o balanccedilo
do nitrogecircnio entre o solo e planta No meacutetodo biodinacircmico eacute sublinhada a importacircncia
dos adubos animais para o estabelecimento da fertilidade permanente dos solos (Koeff
et al 1983)
Para Guimaratildees (1997) os benefiacutecios que a mateacuteria orgacircnica imprime ao solo
principalmente melhorando a produtividade fertilidade e a influencia que as substancias
huacutemicas exercem sobre o ambiente dependem da qualidade e do teor de mateacuteria
orgacircnica do solo Estas substacircncias por conterem nutrientes em sua constituiccedilatildeo em uma
forma mais disponiacutevel para as plantas promovem um equiliacutebrio no ambiente no solo
(Kononova 1966)
Aproximadamente de 60 a 70 do total de carbono do solo ocorre na forma de
materiais huacutemicos (Griffith amp Schnitzer 1975) sendo a eles atribuiacutedo a manutenccedilatildeo da
bioestrutura do solo aumentando a capacidade de retenccedilatildeo de aacutegua (Brady 1999)
Conforme Compagnoni amp Putzolu (1985) os estercos bem como os demais
resiacuteduos orgacircnicos apresentam conteuacutedos diferentes de aacutecidos huacutemicos e fuumllvicos sendo
atribuiacutedo ao acido huacutemico uma accedilatildeo fitoestimulante semelhante aos fitohormocircnios por
favorecer o desenvolvimento do sistema radicular e crescimento do caule
Em trabalho realizado por Guimaratildees (1997) foi encontrado para aacutecidos huacutemicos
de esterco bovino uma relaccedilatildeo CN 1035 e para vermicomposto bovino 17
evidenciando que o esterco quando aplicado ao solo por apresentar uma relaccedilatildeo CN
proacutexima deste reage mais facilmente liberando nutrientes para as plantas sem alterar a
cadeia troacutefiacuteca Dados encontrados no presente trabalho demonstram a eficiecircncia do
esterco nesse sentido
38
De acordo com Morselli (2001) vaacuterios trabalhos citam comentam e discutem a
capacidade dos vermicompostos em proporcionar oacutetimas colheitas e favorecer a
precocidade das plantas cultivadas Poreacutem muitas vezes se observa que mesmo
suprindo essas plantas com nutrientes necessaacuterios atraveacutes de huacutemus de diferentes fontes
as respostas natildeo satildeo as mesmas para uma mesma cultivar
Por outro lado os resultados com o uso de substacircncias huacutemicas satildeo variaacuteveis e
dependem aleacutem da espeacutecie testada das substacircncias huacutemicas utilizadas sua
concentraccedilatildeo o grau de purificaccedilatildeo e das condiccedilotildees experimentais A resposta das
plantas aos aacutecidos huacutemicos e fuacutelvicos eacute dependente da mateacuteria prima original e da
espeacutecie vegetal pois materiais orgacircnicos diferentes apresentam aacutecidos huacutemicos e
fuacutelvicos diferentes (Businelli 1990)
Justificam-se os maiores conteuacutedos de nitrogecircnio foacutesforo potaacutessio e caacutelcio nas
adubaccedilotildees 15 VB (45 t ha 1 de vermicomposto) e biofertilizantes devido
provavelmente ao vermicomposto utilizado apresentar na sua constituiccedilatildeo teores
consideraacuteveis destes elementos aleacutem do que os biofertilizantes possam ter influenciado
na absorccedilatildeo atraveacutes de sua constituiccedilatildeo Tibau (1984) considera que a urina de vaca eacute
rica em aacutecido indol-aceacutetico e este influencia na absorccedilatildeo radicular O efeito positivo
deste tratamento provavelmente seja devido agrave quantidade aplicada
O biofertilizante que se destacou foi o MB4+U+CB em relaccedilatildeo ao EC (esterco de
curral) e eacute somente para a variaacutevel caacutelcio Isto provavelmente seja devido ao alto teor
deste elemento encontrado na sua constituiccedilatildeo (6872 g Kg1) e pela influecircncia positiva
que a calda bordalesa exerce no metabolismo das plantas atraveacutes dos nutrientes
contidos em sua formulaccedilatildeo O Ca controla a absorccedilatildeo radicular e retorna ao solo pelo
esterco e palhas por apresentar-se em maior quantidade em folhas e caules Depois de
localizado nas folhas fica imoacutevel favorecendo a resistecircncia da planta ao ataque de
fungos
Este trabalho avanccedila no estudo da agroecologia estando claro que todos os
criteacuterios tem caraacuteter dinacircmico de adequaccedilatildeo as mudanccedilas de um sistema de produccedilatildeo
em evoluccedilatildeo contribuindo na transiccedilatildeo para um padratildeo sustentaacutevel Cabe a pesquisa a
reorientaccedilatildeo para um enfoque ldquosistecircmicordquo isto eacute que permita integrar os diversos
componentes de um agroecossistema e a adoccedilatildeo de poliacuteticas puacuteblicas que promovam 0
fortalecimento e a expansatildeo da agricultura familiar
39
5 CONCLUSOtildeES
Considerando os resultados obtidos e as condiccedilotildees em que o estudo foi realizado
conclui-se que
bull As respostas agronocircmicas das mudas de cebola para os paracircmetros avaliados
satildeo mais satisfatoacuterias com a aplicaccedilatildeo de esterco de curral como adubaccedilatildeo de
base
bull Os biofertilizantes mais urina de vaca e calda bordalesa proporcionam
respostas satisfatoacuterias quando aplicados associados agraves adubaccedilotildees de base
bull O biofertilizante MB4 mais urina de vaca e calda bordalesa eacute mais eficiente
que o super magro mais urina e calda bordalesa quando aplicado associado agrave
adubaccedilatildeo de base esterco de curral para os conteuacutedos de fitomassa secae
fresca da parte aeacuterea das plantas altura e diacircmetro de colo das mudas de
cebola
bull Os biofertilizantes adicionados agrave adubaccedilatildeo de base 45 t harsquo 1 de vermicomposto
bovino mostram respostas significativas para os conteuacutedos de fitomassa seca
bull Os maiores conteuacutedos nutricionais para as mudas de cebola satildeo
proporcionados pela adubaccedilatildeo de base esterco de curral
bull A maior absorccedilatildeo de caacutelcio pelas mudas de cebola ocorre quando da adiccedilatildeo do
biofertilizante MB4 mais urina e calda bordalesa agrave adubaccedilatildeo de base esterco de
curral
40
6 REFEREcircNCIAS BIBLIOGRAacuteFICAS
ALDRIGHI CB ABREU CM PAGLIA AG MORSELLI TBGA FERNANDES HS Efeito da aplicaccedilatildeo de biofertilizante e urina de vaca em mudas de tomateiro Horticultura Brasileira v20 n2 julho 2002 Suplemento 2
ALTIERI M NICHOLLS C I Agroecologia Teoria praacutectica para umaAgricultura Sustentable Ia ed PNUMA 2000 Cap 2 4 Seacuterie textos baacutesicos para la formacioacuten ambiental
ALTIERI M Agroecologia bases cientiacuteficas para uma agricultura sustentaacutevelGuaiacuteba Agropecuaacuteria 2002 592 p
ANTONIOLLI Z I GIRACCA E M N CARDOSO S J T WIETHAN M M S FERRI M Iniciaccedilatildeo agrave Minhocultura Criaccedilatildeo em Cativeiro e Vermicompostagem Santa Maria UFSM 1996 p59-89
BAYER C MIELNICZUC J Dinacircmica e funccedilatildeo da mateacuteria orgacircnica In SANTOS G de A S e CAMARGO F A de O (ed) Fundamentos da mateacuteria orgacircnica do solo ecossistemas tropicais e subtropicais Porto Alegre Genesis 1999 p 3-23
BARRETTO D X Composto Orgacircnico In Praacutetica em Agricultura Orgacircnica Satildeo Paulo iacutecone Ed Ltda 1985 p 51-63
BETTIOL W Alguns produtos alternativos para o controle de doenccedilas de plantasem agricultura orgacircnica II Ciclo de palestras sobre agricultura orgacircnica Instituto Bioloacutegico Satildeo Paulo p52-63 1997
41
BETTIOL W TRACH R GALVAtildeO JAH Controle de doenccedilas de plantas com biofertilizantes Jaguariuacutena EMBRAPA-CNPMA 1997 22p (EMBRAPA- CNPMA Circular Teacutecnica 02)
BRADY N C Natureza e propriedades dos sotos Rio de Janeiro Freitas BastosS A 1979 647p
BRADY N C Organisms and ecology of the soil In The nature of properties of soils Simon amp Schuster A Viacon Company New Jersey1999 402-489p
BON1LLA J A Fundamentos da Agricultura Ecoloacutegica Sobrevivecircncia eQualidade de Vida Satildeo Paulo Nobel 1992
BUREacuteS S Substratos Ediciones Agroteacutecnicas S L Madrid Octubre 1997
BUS1NELLI M Chemical Composition and Enzymic Activity of some Worm Cast Plant Soil v 80 p 1-2 1990
CALEGARI A Espeacutecies para cobertura de solo In IAPAR (Instituto Agronocircmico de Paranaacute) Plantio Direto pequena propriedade sustentaacutevel organizador Moacir Darolt Londrina - PR 1998 65-93
CAMARGO P N D Manual de Adubaccedilatildeo Foliar Satildeo Paulo Herba 1975
CAPRA F A Teia da Vida Satildeo Paulo Cultrix 1997 256p
CAPRA F O Ponto de Mutaccedilatildeo 22 ed Satildeo Paulo Cultrix 2001 447p
CHABOUSSOU F Plantas doentes pelo uso de agrotoacutexicos (A Teoria da Trofobiose) Porto Alegre LPM 1987 253 p
CLARO S A Referencias tecnoloacutegicos para a agricultura familiar ecoloacutegica aexperiecircncia da Regiatildeo Centro-Serra do Rio Grande do Sul Porto Alegre EMATERRS-ASCAR 2001 250p
CLIVELA G Diagnoacutestico Agronocircmico da cebola no Rio Grande do Sul Porto Alegre EMATERRS 1995 8 6 p
COMISSAtildeO DE FERTILIDADE DO SOLO - RSSC Recomendaccedilotildees de adubaccedilatildeo e calagem para os estados do Rio Grande do Sul e Santa Catarina 3 ed Passo Fundo SBCS - Nuacutecleo Regional Sul 1995 223p
COMPAGNONI L PUTZOLU G Cria moderna de Ias lombrices y utilizacioacutenrentable dei humus Barcelona Editorial de Vecchi- SA 1985127p
COSTABEBER J A MOYANO E Transiccedilatildeo agroecoloacutegica e accedilatildeo social coletiva Agroecologia e Desenvolvimento Rural Sustentaacutevel Porto Alegre v l n4 p 50- 60 outdez 2 0 0 0
42
COSTA M B B da Adubaccedilatildeo orgacircnica Nova siacutentese e novo caminho para aagricultura Satildeo Paulo Ed iacutecone Ltda 1985 102p
COSTA NETO C Agricultura Sustentaacutevel Tecnologias e Sociedade In CARVALHO COSTA LF et al (org) Mundo Rural e Tempo Presente Rio de Janeiro Mauad 1999
DrsquoAG0ST1NI R L FANTINI A C Produccedilatildeo orgacircnica tambeacutem socialmente excludente Agroecologia e Desenvolvimento Rural Sustentaacutevel Porto Alegre v3 n l p57-61 2002
DALPONTE J C V Utilizaccedilatildeo de materiais orgacircnicos e fertilizante mineral na produccedilatildeo e qualidade de mudas e bulbos de cebola (Alliurn Cepa L) Pelotas-RS 1990 (Mestrado em Agronomia) - Faculdade de Agronomia Eliseu Maciel UFPel 1990
DEBARBA J F THOMAZELLI L F GANDIN C L SILVA E Cadeias produtivas do Estado de Santa Catarina Cebola Florianoacutepolis Epagri 1998 115 p (EPAGRI Boletim Teacutecnico 96)
DUFOUR F Os saacutebios loucos do agro-alimentar Le Monde Diplomatique ano 1 n4 p6-7 1999 (ed portuguesa)
EHLERS E Agricultura Sustetaacutevel Origem e perspectivas de um novo paradigma 2 ed Guaiacuteba Agropecuaacuteria 1999 157 p
FILGUEIRA F A R Novo Manual de olericultura agrotecnologia moderna na produccedilatildeo e comercializaccedilatildeo de hortaliccedilas Viccedilosa UFV 2000 402 p
FRASER G K Mateacuteria Orgacircnica Del Suelo In BEAR F E (ed) Quiacutemica dei Suelo Madrid Ed Agrociencia 1963
FOLLET R H MURPHY L S DONAHUE R L Fertilizers and soil amendments New Jersey Printice-Hall Inc 1981 557p
GARCIA A Revista dei Espacio Rural Georgica Zaragoza Escuela Politeacutecnica de Huesca n5 1997
GARCIA A Versatildeo preliminar de um Programa Estadual de Produccedilatildeo e Comercializaccedilatildeo de Bulbos e Sementes de CebolaEMBRAPAIPAGROMARAEMATER 6 8 pbdquo 1990 (Publicaccedilatildeo avulsa)
GIORGETT1 J R Produccedilatildeo e Comercializaccedilatildeo de Mudas de Tomate In Encontro Nacional de Produccedilatildeo e Abastecimento de Tomate 2 1991 Jaboticabal Satildeo Paulo Anais Jaboticabal UNESP 1991 p 242-244
GLIESSMAN S R Agroecologia Processos ecoloacutegicos em agricultura sustentaacutevelPorto Alegre Universidade Federal do Rio Grande do Sul - UFRGS 2000 653p
43
GLIESSMAN S R TURRIALBA C R Agroecologia Procesos Ecoloacutegicos en Agricultura Sostenible CATIE 2002 p 3-14
GNOATTO S C Caracterizaccedilatildeo quiacutemica de vermicompostos de diferentes substratos orgacircnicos Pelotas-RS 1999 38 f (Mestrado em Agronomia - Solos) - Faculdade de Agronomia Eliseu Maciel UFPel 1999
GOMES J C C BORBA M F S A moderna crise dos alimentos oportunidade para a agricultura familiar Emater Porto Alegre julset 2000 Disponiacutevel em lthttpwwwematertchebrdocsagroecorevistan313-artigo3htmgtAcesso em 24 fev 2002
GOMEZ H W Desenvolvimento sustentaacutevel agriacutecola e capitalismo In Desenvolvimento sustentaacutevel Necessidade eou disponibilidade Santa Cruz do Sul Nobel - UNISC 1997 p 65-77
GONZAacuteLEZ DE MOLINA M SEVILLA GUZMAacuteN E Ecologia campesinado e historia Para una reinterpretacioacuten dei desarrollo dei capitalismo en la agricultura In SEVILLA GUZMAacuteN E GONZAacuteLEZ DE MOLINA M (ed) Ecologia campesinado e historia Madrid La Piqueta 1993 p 23-129
GRIFFITH S A SCHNITZER M Analytical characteristic of humic and fulvic acids extracted from tropical volcanic soils Soil Sei Soc Am Proc v 39 p361-367 1975
GUIMARAtildeES E Caracterizaccedilatildeo quiacutemica estreptoscoacutepica e por anaacutelise teacutermica de aacutecidos huacutemicos e vermicompostos obtidos de estercos de diferentes animaisCuritiba 1997 Dissertaccedilatildeo (Mestrado em Quiacutemica) Universidade Federal do Paranaacute 1997
HESS A F Sociedade e meio ambiente uma relaccedilatildeo ambiacutegua Revista Cientiacutefica Rural Bageacute v 4 n2 p 167-1741999
ICEPA-SC Informes conjunturais sobre a cultura da cebola Disponiacutevel em lthttpwwwicepa combrgt Acesso em 23 jan 2003
JONES H A MANN L K Onions and their allies New York Interscience Publishers 1962 286 p
JUacuteNIOR H A de MAIORANO J A Receitas obtidas de extratos de plantasCampinas CATITerra Viva [199-] 10 f
KHATOUNIAN C A Ciclo de Palestras sobre Agricultura Orgacircnica 2a Ed SatildeoPaulo Fund Cargill 1997 149 p
KIEHL E J Fertilizantes Orgacircnicos Satildeo Paulo Ed Agronocircmica Ceres Ltda 1985 492p
44
KOEFF H H PETTERSSON B D SHAUMANN W Vida Vegetal solos e adubaccedilatildeo In Agricultura Biodinacircmica Satildeo Paulo Nobel 1983 p92-149
KONONOVA M M Soil organic matter The importance o f organic matter in soil formation and soil fertility New York Pergamqn Press 1961 p 165-200
KUHN T A Estrutura das Revoluccedilotildees Cientiacuteficas Satildeo Paulo Perspectiva 1989 257p
LANNA FCA ABREU C L ABREU J G SILVA V Resposta de cultivares de melancia cultivadas sob adubaccedilatildeo quiacutemica e orgacircnica Horticultura v 12 n l p85 1994
LEFF H Saber Ambiental Petroacutepolis Vozes 2001 343 p
MAGALHAtildeES J R Nutriccedilatildeo e adubaccedilatildeo da cebola In FERREIRA M E CASSTELLANE P D CRUZ M C P Nutriccedilatildeo e adubaccedilatildeo de hortaliccedilasPiracicaba POTAFOS 1993 p 381-393
MALAVOLTA E Elementos de nutriccedilatildeo mineral de plantas Satildeo Paulo Ed Agronocircmica Ceres Ltda 1980 251 p
MALAVOLTA E Manual de Quiacutemica Agriacutecola - Adubos e Adubaccedilatildeo 3a ed SatildeoPaulo Ed Agronocircmica Ceres Ltda 1981 606 p
MARTINEZ A A A grande e Poderosa Minhoca Jaboticabal Funep - Unesp1990 101 p
MARTINS S R Desenvolvimento e Sustentabilidade Horticultura Brasileira Brasiacutelia-DF v20 n2 julho 2002 Palestra apresentada no 42deg Congresso Brasileiro de Olericultura
MARTINS S R Limites Del Desarrollo Sostenible em Ameacuterica Latina En el marco de Ias poliacuteticas de (re)ajuste econocircmico Pelotas Editora UFPel 1997 135 P-
MARTINS S R Sustentabilidade na agricultura dimensotildees econocircmicas sociais e ambientais Revista Cientiacutefica Rural Bageacute v4 n 2 p 175-1871999
MATURANA H REZEPKA S N D E Formaccedilatildeo Humana e Capacitaccedilatildeo Rio de Janneiro Vozes 2000 8 6 p
MELLO A F SOBRINHO M O ARZOLLA S SILVEIRA R NETTO A C KIEHL J C Fertilidade do Solo Satildeo Paulo Nobel 1983
MENEZES JUacuteNIOR F O G D Caracterizaccedilatildeo de Diferentes substratos hortiacutecolas e seu efeito na produccedilatildeo de mudas de alface e couve-flor em ambiente protegido Pelotas 1998 141 p Dissertaccedilatildeo (Mestrado em Agronomia - Produccedilatildeo Vegetal) - Faculdade de Agronomia Eliseu Maciel UFPel 1998
45
MIBASA Mineraccedilatildeo Barreto SA Melhorador de Solos MB4 A Natureza Agradece Arapiraca-AL [199-] Folder
MINAMI K Os resumos da olericultura 2000 In AZEVEDO FILHO MARTINEZ FILHO (ed) Preccedilos agriacutecolas Piracicaba ESALQ 1999 p 4
MINAMI K Produccedilatildeo de Mudas de Alta Qualidade em Horticultura Satildeo Paulo TA Queiroz 1995
MORSELLI T B G A Cultivo sucessivo de alface sob adubaccedilatildeo orgacircnica em ambiente protegidoPelotas 2001 178 p Tese (Doutorado em Agronomia - Produccedilatildeo Vegetal) Faculdade de Agronomia Eliseu Maciel UFPel 2001
MORSELLI T B G A Resiacuteduos orgacircnicos em sistemas agriacutecolas Poliacutegrafo da Disciplina de Resiacuteduos orgacircnicos em sistemas agriacutecolas Curso de Poacutes-Graduaccedilatildeo em Agronomia-Produccedilatildeo Vegetal UFPel 2002
MULLER AM Efeitos da Aplicaccedilatildeo Foliar de um Biofertilizante Enriquecido no Estado fitossanitaacuterio de Tomate Ervilha e Beterraba Sob Manejo OrgacircnicoDissertaccedilatildeo (Mestrado no Programa de Poacutes-Graduaccedilatildeo em Agroecossistemas)1999 (Resumo)
NOLLA D Erosatildeo do Solo - O grande desafio Estado do Rio Grande do Sul SEAGRI desenvolvimento de recursos naturais renovaacuteveis 1982 412 p
PAGLIA AG MORSELLI TBGA PEIL RMN Teores de nutrientes pH e condutividade eleacutetrica da aacutegua em sistema ldquofloat^ngrdquo sob adiccedilatildeo de biofertilizantes Horticultura Brasileira v 20 n2 julho 2002 Suplemento 2
PAULUS G MULLER A BARCELLOS LAR Agroecologia aplicada praticas e meacutetodos para uma agricultura de base ecoloacutegica 2ed ver ampl Porto Alegre EMATERRS 2001 8 6 p
PEIXOTO R T dos G Composto orgacircnico aplicaccedilotildees benefiacutecios e restriccedilotildees de uso Horticultura Brasileira Brasiacutelia-DF v 18 p 56-64 julho 2000
PENTEADO SR Defensivos Alternativos e Naturais Satildeo Paulo 1999 95 p
PEREIRA AJ SOUZA RJ PEREIRA WR Efeito de diferentes doses de esterco de galinha e de curral sobre a produccedilatildeo de cebola Horticultura Brasileira v20 n2 julho 2002 Suplemento 2
PINHEIRO S BARRETO SB MB-4 agricultura sustentaacutevel trofobiose e biofertilizantes Fundaccedilatildeo Juquira CandiruMibasa 2000 273 p
PRIMAVESI A Agricultura Sustentaacutevel Satildeo Paulo Nobel 1992 142 p
PRIMAVESI A O manejo ecoloacutegico do solo Agricultura em regiotildees tropicais SatildeoPaulo Nobel 1982 541 p
46
PURCINO A A C ldquoNitrogecircniordquo Informe Agropecuaacuterio Belo Horizonte v7 n81 p 16-27 1981
QUIJANO F G Efeito da adubaccedilatildeo orgacircnica no desenvolvimento de duas cultivares de alface em ambiente protegido Pelotas 1999 116f Dissertaccedilatildeo (Mestrado em Agronomia - Produccedilatildeo Vegetal) Faculdade de Agronomia Eliseu Maciel UFPel 1999
RODRIGUES A N N Efeitos e residuais de superfosfato triplo sobre o rendimento de mateacuteria seca e absorccedilatildeo de foacutesforo pela aveia (Avena strigosa Schob) em solo Podzoacutelico Vermelho Escuro Porto Alegre 1984 59f Dissertaccedilatildeo (Mestrado em Agronomia) - Faculdade de Agronomia UFRGS 1984
RODRIGUES E T CASALI V W D Respostas da alface agrave adubaccedilatildeo orgacircnica II Teores conteuacutedos e utilizaccedilatildeo de macronutrientes em cultivares Rev Ceres Viccedilosa v 45 n 261 p 437-449 1998
SAMINEcircS T C O Produccedilatildeo orgacircnica de alimentos Horticultura Brasileira Brasiacutelia-DF v 17 n3 novembro 1999
SCHIEDECK G Ambiecircncia e resposta agronocircmica de meloeiro (Cucumis melo L) cultivado sob adubaccedilatildeo orgacircnica em ambiente protegido Pelotas lOOp Tese (Doutorado em Agronomia - Produccedilatildeo Vegetal) - Faculdade de Agronomia Eliseu Maciel UFPel 2002
SILVA JUacuteNIOR A A GIORGI E Substratos alternativos para a produccedilatildeo de mudas de tomate Agropecuaacuteria Catarinense Florianoacutepolis EPAGRI 1992 23 p
SILVA JUacuteNIOR A A MACEDO S G STUKER H Utilizaccedilatildeo de esterco de peru na produccedilatildeo de mudas de tomateiro Florianoacutepolis EPAGRI 1995 28 p (Boletim Teacutecnico 73)
TAGLIARI PS GRASSMANN H Minhoca a grande aliada da agricultura Agropecuaacuteria Catarinense v8 n l p 11-14 mar 1995
TEDESCO M J GIANELLO C Anaacutelises de solo plantas e outros materiais Porto Alegre Faculdade de Agronomia Departamento de Solos Universidade Federal do Rio Grande do Sul RS 1996
TENNANT D A Test of modified line intersect method of estimating root lenght Journal Ecology Oxford v 63 p 995-1001 1975
TIBAU A O Mateacuteria Orgacircnica do Solo Mateacuteria Orgacircnica e Fertilidade do SoloSatildeo Paulo Nobel 1984 p49-182
TIMM P J Anaacutelise comparativa dos sistemas de plantio convencional e cultivo miacutenimo de cebola sob adubaccedilatildeo orgacircnica e mineral Pelotas 2000 79 p Dissertaccedilatildeo (Mestrado em Agronomia - Produccedilatildeo Vegetal) - Faculdade de Agronomia Eliseu Maciel UFPel 2000
47
VALENZUELA HR CROSBY C Effect of compost applications on the yield of several vegetables in long-term organic farming experiments conduced in the tropics American Society Horticultural Science v33 n3 june 1998
VIGLIZZO E (ed) Subprograma Recursos Naturais y Sostenibilidad Agriacutecola documento marco Montevideo IICAPROCISUR 1995 p 75 - 78
WE1D J M TARDIN J M Proposta para a Ampliaccedilatildeo do Trabalho da ASPTA no Centro Sul do Paranaacute ASPTA Disponiacutevel em http wwwpronafgovbrEncontrotestosAS20PTA20Sul20ParanE1205 202002doc Acesso em 05 mai 2002
XAVIER SIMOacuteN F DOMINGUES D G Desenvolvimento Rural Sustentaacutevel uma perspectiva agroecoloacutegica Agroecologia e Desenvolvimento Rural Sustentaacutevel Porto Alegre EM ATERRS v2 n2 p 17-26 2001
ZABALETA J P Diagnoacutestico da Agricultura Familiar em Satildeo Joseacute do Norte - RSPelotas EMBRAPA-CPACT 1998 75 p (EMBRAPA-CPACT Documentos 44)
ZONTA E P MACHADO A A SILVEIRA P Sanest Sistema de anaacutelise estatiacutestica para microcomputadores Registrado na Secretaria Especial de Informaacutetica sob nuacutemero 066060 - categoria A Pelotas-RS Universidade Federal de Pelotas 1984
48
7 APEcircNDICE
APEcircNDICE A - Anaacutelise da adubaccedilatildeo de base e biofertilizantes utilizados na produccedilatildeo de mudas de cebola
TABELA 1 A Anaacutelise baacutesica do solo antes da incorporaccedilatildeo do feijatildeo miuacutedo + papua
Arg
pH IND
SMP
MO
P - n r - Na Al Ca__10Omlmdash
Mg
ppm -
6 53 67 089 8 6 27 1 04 05 0 2
Fonte LASFAEMUFPel (2002)
TABELA 2A Anaacutelise complementar do solo antes da incorporaccedilatildeo do feijatildeo-miuacutedo + papua
Cobre Zinco Manganecircs Ferro
(m v1)
04 05 26 007
Fonte LASFAEMUFPel (2002)
49
TABELA 3A Anaacutelise dos fertilizantes soacutelidos
Amostra pH limidade CN
C N P K Ca Mg
- g-ivg --
Cama de 849 2491 12 31042 2479 3888 3405 29875 463
aves
Esterco 74 3594 11 677 590 157 134 335 214
de curral
Huacutemus 684 5738 14 15965 1098 453 745 743 361
Fonte LASFAEMUFPel (2002)
TABELA 4A Anaacutelise quiacutemica dos biofertilizantes liacutequidos
Amostra N P K_ccedil H
Ca Mg Cu Zn Fe Mn
mdashgL bull
S Magro
m b 4
Urina
053
1652
8 2 2
008
395
0 0 0
149
1674
471
1902
6872
0 0 0
1150
4507
1172
7273
42
033
101389
920
0 0 0
6250
19458
781
35273
1123
0 2 1
Fonte LASFAEMUFPel (2002)
50
APEcircNDICE B - Condiccedilotildees climaacuteticas do local
TABELA 1B Condiccedilotildees de temperatura do local
___________ __________TEMPERATURA (degCgt
meses Meacutedia
Maacutexima
Meacutedia
MiacutenimaMeacutedia
Maacutexima
Absoluta
Miacutenima
Absoluta
Junho 225 87 156 320 25
Julho 225 85 155 285 30
Agosto 251 71 161 360 1 0
Fonte FEPAGROSCT 2002
TABELA 2B Condiccedilotildees de chuva do local
mdash CHUVA (mm)mdash
meses Ocorrida Normal Desvio Da Normal
Junho 1080 1 1 0 -2 0
Julho 1062 98 8 2
Agosto 1283 1 2 0 83
Fonte FEPAGROSCT 2002
51
TABELA 1C Produccedilatildeo de fitomassa fresca e seca (g) da parte aeacuterea altura de planta
(cm) e diacircmetro de colo (mm) de mudas de cebola Petrolini cultivadas
sob uma perspectiva agroecoloacutegica Pelotas-RS 2003
APEcircNDICE C - Anaacutelise estatiacutestica da parte aeacuterea
Causas G1 FFPA FSPA AP DC
da variaccedilatildeo --------- Quadrados meacutedios-
Blocos 3
Ad Base 2 175359071 1287102 2547419 1 11775
Biofertilizantes 2 126876 29011 87669ns 02185ns
Ad x Biofert 4 572378 31123 69106ns 04159
Resiacuteduo 24 34456 03048 27169 00290
Total 35
Meacutedia geral 93745 8772 320388 6741
CV 1980 6294 5145 2530
Significativo a 5ns Natildeo significativo
52
TABELA 1D Produccedilatildeo de fitomassa fresca e seca (g) comprimento (cm) e densidade
de raiacutezes (m cm3) de mudas de cebola Petrolini cultivadas sob uma
perspectiva agroecoloacutegica e razatildeo parte aeacutereasistema radicular Pelotas-
RS 2003
APEcircNDICE D - Anaacutelise estatiacutestica da raiz
Causas G1 FFR FSR CR RPASR DR
da variaccedilatildeo Quadrados meacutedios---------------
Blocos 3
Ad Base 2 27874 551 623 2 1 0 140
Biofertilizantes 2 178 0 1 0 ni 1504 l03ns 038ns
Ad x Biofert 4 190 058 318 294 183
Resiacuteduo 24 005 009 028 023 0 2 1
Total 35
Meacutedia geral 1818 228 184 387 333
C V 134 1356 448 1253 1396
Significativo a 5 ns Natildeo significativo
53
APEcircNDICE E - Anaacutelise estatiacutestica dos macronutrientes da parte aeacuterea da cebola
TABELA 1E Conteuacutedos (mg planta1) de nitrogecircnio foacutesforo potaacutessio caacutelcio e
magneacutesio no tecido vegetal de mud^s de cebola Petrolini cultivadas
sob uma perspectiva agroecoloacutegica Pelotas-RS 2003
Causas G1 bull N P K Ca Mg
da variaccedilatildeo
Blocos 3
Ad Base 2 13550306 446627 25509686 1031806 59007
Biofertilizantes 2 180610ns 16564 68153ns 39006 876ns
Ad x Biofert 4 454187 45743 1047539 46950 2464
Resiacuteduo 24 29769 1453 64313 3741 439
Total 35
Meacutedia geral 24921 4597 33366 6943 1615
C V 692 829 760 880 1297
Significativo a 5 ns Natildeo significativo
APEcircNDICE F - Fotos do experimento
FIGURA 2 Mudas de cebola (Allium cepa L) produzidas sob uma perspectiva agroecoloacutegica
APEcircNDICE F a Fotos do experimento
FIGURA 1 Adubaccedilatildeo verde com feijatildeo-miuacutedo e papuatilde utilizadas no manejo do solo
FIGURA 2 Mudas de cebola (Allium cepa L) produzidas sob urna perspectiva agroecoloacutegica
7
212 Agroecologia e agricultura familiar
O nuacutecleo por excelecircncia da produccedilatildeo sustentaacutevel eacute a agricultura familiar No
Brasil mais especificamente esta tecnologia estaacute sendo introduzida natildeo somente em
aacutereas de cultivo de agricultura familiar em geral mas especificamente em
assentamentos rurais Percebe-se dessa forma tratar-se de um tipo de produccedilatildeo que
tende a incorporar a dimensatildeo histoacuterico-social e a considerar os valores culturais e de
senso comum inerentes aos agricultores familiares (Costa Neto 1999)
Na agricultura familiar a sustentabilidade toma forma a partir do momento em
que comeccedilaram a ser incorporados aos debates os novos anseios da sociedade rural e
urbana relacionados a um novo projeto de desenvolvimento e na medida em que foram
buscadas orientaccedilotildees teoacutericas baseadas no paradigma agroecoloacutegico
De acordo com Maturana amp Rezepka (2000) a formaccedilatildeo do conhecimento natildeo eacute
entendida como simples treinamentos e teacutecnicas e seraacute um aspecto essencial desta
abordagem A valorizaccedilatildeo dos saberes dos agricultores sobre o ambiente as plantas o
solo e os processos ecoloacutegicos onde resgatam e aprimoram teacutecnicas proacuteprias e de
outros de origem cientiacutefica ou empiacuterica fundamentais dentro deste novo paradigma
(Altieri amp Nicholls 2000)
Neste sentido cientistas e extensionistas tecircm se surpreendido com a profundidade
destes conhecimentos e com a capacidade de vaacuterios destes agricultores de expocirc-los
mesmo nos ambientes acadecircmicos onde muitas vezes estatildeo mais avanccedilados que seus
interlocutores (Weid amp Tardin 2002) Isto revela a necessidade de sintonia entre a
Universidade e a Comunidade
Entatildeo a sutentabilidade ambiental em niacutevel local eacute positiva quando o manejo
realizado no agroecossistema aproveita a produtividade dos recursos naturais renovaacuteveis
(aqueles que funcionam mediante o fluxo solar) Ao contraacuterio pode natildeo ser positiva
quando as praacuteticas produtivas consistem na busca pela produtividade mediante a troca
econocircmica (importaccedilatildeo e exportaccedilatildeo de insumos e produtos) onde a terra eacute vista
unicamente como o suporte material (fiacutesico) das espeacutecies Neste caso o controle de
pragas a fertilizaccedilatildeo e outras praacuteticas necessaacuterias satildeo realizados mediante capital
produzido pelo homem degradando a base local de recursos naturais (Xavier Simoacuten amp
Domingues 2001)
8
213 O Mercado de produtos agroecoloacutegicos
O mercado de alimentos produzidos sob a orientaccedilatildeo agroecoloacutegica produzidos
sem utilizaccedilatildeo de agrotoacutexicos ou adubos minerais tem aumentado vertiginosamente em
todo o mundo Alguns dados indicam que esse segmento cresce anualmente cerca de
20 nos Estados Unidos 40 na Europa e 50 no Brasil e para comprovar tais
iacutendices basta verificar a proliferaccedilatildeo das feiras de produtores ecoloacutegicos nas cidades o
aumento dos espaccedilos para esses produtos nas gocircndolas das grandes redes de
supermercados e os movimentos ambientalistas e de consumidores que buscam uma
alimentaccedilatildeo mais saudaacutevel (Schiedeck 2002)
Sem duacutevida antes de tudo cabe salientar que a crise atual evidencia o equiacutevoco da
adoccedilatildeo de um modelo de produccedilatildeotransformaccedilatildeo que natildeo tem outra ambiccedilatildeo que natildeo a
de se adaptar agrave globalizaccedilatildeo Cabe a consideraccedilatildeo feita por Dufour (1999) de que o
mercado natildeo eacute uacutenico e monoliacutetico e portanto a produccedilatildeo social da qualidade natildeo
significa mais do mesmo (a adaptaccedilatildeo do que jaacute natildeo serve)
Na realidade pode-se identificar claramente dois mercados de natureza
fundamentalmente oposta que segundo Gomes amp Borba (2000) satildeo o de produtos
baacutesicos (leite cereais carnes brancas e vermelhas) e o de produtos elaborados
socialmente e de grande valor agregado por serem justos socialmente O mercado
mundial dos produtos baacutesicos eacute alimentado pelos excedentes agriacutecolas de grandes
produtores (Uniatildeo Europeacuteia Estados Unidos e Canadaacute) tambeacutem a soja e carne de
frango brasileira e o trigo argentino e os preccedilos nesses mercados satildeo extremamente
baixos e permaneceratildeo assim por muito tempo segundo relatos recentes do Banco
Mundial
Para produzir a preccedilos tatildeo baixos eacute necessaacuterio lanccedilar matildeo de todo tipo de
artifiacutecio como os hormocircnios os organismos geneticamente modificados as farinhas
animais esquecendo o meio ambiente e convivendo com exploraccedilotildees gigantescas
concentraccedilatildeo na posse da terra e com uma minoria de beneficiaacuterios dos programas de
ajuda puacuteblica os agromanagers (Gomes amp Borba 2000)
O mercado de produtos elaborados e de valor agregado obedece a outras regras
Mesmo que os agricultores busquem a maximizaccedilatildeo da produtividade natildeo se enfrentam
diretamente A produccedilatildeo ocorre em zonas geograacuteficas bem definidas e permite valorizar
o ldquosavoir-fairerdquo ou ldquoknow-howrdquo (em outras palavras natildeo necessariamente mas o
conhecimento ldquotradicionalrdquo) contribuindo para uma verdadeira economia local Esta eacute a
9
agricultura que ao mesmo tempo produz gera e preserva empregos Para caminhar ateacute
ela eacute necessaacuteria uma ampla alianccedila entre agricultores consumidores e movimentos
sociais para frear esta forma de ditadura dos mercados fonte do poder das
transnacionais agro-alimentares e quiacutemicas (Dufour 1999)
Por outra parte o mercado natildeo eacute linear e abstrato como querem fazer crer A
produccedilatildeo e o consumo sempre estaratildeo localizados e seratildeo realizados por produtores e
consumidores concretos isto permite falar em convenccedilatildeo ou negociaccedilotildees onde a
qualidade seja considerada na originalidade no bem comum ou na confianccedila entre pares
e colada aos produtos ainda mais quando se trata de alimentos Isto soacute seraacute possiacutevel
no local (sem ignorar o global) e levando em conta indicaccedilotildees como denominaccedilatildeo
ou indicaccedilatildeo de origem de processo ou de qualidade etc relacionados agraves
especificidades dos produtos o que tambeacutem deve ser objeto de negociaccedilatildeo para cada
lugar (eacute preciso lembrar que a participaccedilatildeo e as relaccedilotildees interpessoais satildeo determinantes
ao longo do processo) A produccedilatildeo social da qualidade eacute vista como estrateacutegia que
adquire sentido se considerada para o espaccedilo da Agricultura Familiar onde ainda eacute
possiacutevel estabelecer laccedilos de solidariedade entre produtores e consumidores (Gomes amp
Borba 2000)
De acordo com DrsquoAgostini amp Fantini (2002) tanto ou mais do que compreender a
dinacircmica de processos dos quais resultam produtos interessantes eacute compreender e
humanizar a dinacircmica de interesses sobre esses processos e produtos Os mesmos
autores dizem ainda que natildeo seria a solidariedade humana (a virtude pressuposta) que
emerge em especial na produccedilatildeo agroecoloacutegica mas sim a emergecircncia da rica
propriedade humana a generosidade que permite praticaacute-la em qualquer relaccedilatildeo entre
os homens
22 A cultura da cebola (Alliunt cepa L) e sua importacircncia
A cultura da cebola foi introduzida pelos accedilorianos no Brasil no seacuteculo XVIII nos
municiacutepio de Mostardas Rio Grande e Satildeo Joseacute do Norte no Estado do Rio Grande do
Sul (Garcia 1990) sendo a terceira hortaliccedila de maior importacircncia econocircmica para o
paiacutes (ICEPA 2003) Nas regiotildees Sul e Sudeste a cebolicultura constitui-se em atividade
socioeconocircmica de significativa relevacircncia para os Estados de Satildeo Paulo Santa
10
Catarina e Rio Grande do Sul nos quais se concentram mais de 76 da produccedilatildeo
nacional (Debarba et a i 1998)
A mais importante regiatildeo produtora do Rio Grande do Sul estaacute situada no litoral
Sul englobando os municiacutepios de Rio Grande Tavares Satildeo Joseacute do Norte e Mostardas
(Garcia 1997) e segundo ICEPASC (2003) esses quatro municiacutepios respondem por
cerca de 70 da produccedilatildeo de cebola do RS
Timm (2000) cita que cerca de 16000 famiacutelias rurais no Rio Grande do Sul tem
na cultura da cebola o seu principal meio de subsistecircncia No Municiacutepio de Satildeo Joseacute do
Norte a produccedilatildeo de cebola constitui uma atividade econocircmica quase exclusiva onde a
descapitalizaccedilatildeo dos agricultores ocasionou o abandono do meio rural por muitos deles
que acabaram por estabelecerem-se na periferia da zona urbana (Garcia 1997)
Aleacutem da descapitalizaccedilatildeo do produtor ocorrem problemas como a erosatildeo do solo
que segundo Zabaleta (1998) ocorre principalmente devido agrave accedilatildeo dos ventos fortes e
constantes caracteriacutesticos na regiatildeo sul-litoracircnea bem como a topografia plana e os
solos muito arenosos com lenccediloacuteis freaacuteticos superficiais contribuem para o
empobrecimento dos solos da regiatildeo principalmente ao se comparar com outras aacutereas
onde a cebola participa de sistemas produtivos juntamente com a produccedilatildeo leiteira o
arroz e hortaliccedilas diversas (Timm 2000)
221 Caracteriacutesticas agronocircmicas da cebola
A cebola eacute uma aliaacuteceae a planta eacute tenra atinge 60 cm de altura e apresenta folhas
tubulares e cerosas O caule verdadeiro eacute um disco comprimido na base da planta de
onde partem as folhas e raiacutezes que satildeo fasciculadas pouco ramificadas explorando um
volume de solo equivalente a um cilindro com 60 cm de altura e 25 cm de diacircmetro
(Filgueira 2000)
Cada planta apresenta 20 a 200 raiacutezes normalmente espessas (05 a 1 mm de
diacircmetro) e com pouca ramificaccedilatildeo e poucos pecirclos absorventes O crescimento eacute
vertical estendendo-se de 40 a 80 cm de profundidade Poucas raiacutezes ocupam mais de
15 cm do raio em tomo do bulbo Estas caracteriacutesticas tecircm implicaccedilotildees peculiares
quanto acirc localizaccedilatildeo e ao suprimento de nutrientes (Quanto menor o diacircmetro e maior a
ocorrecircncia de pecirclos absorventes maior seraacute a superfiacutecie de raiacutezes e consequumlentemente a
absorccedilatildeo de nutrientes (Magalhatildees 1993)
11
A fase vegetativa do ciclo da planta termina com o amadurecimento do bulbo
todavia trata-se de uma planta bienal considerando acirceu ciclo vital completo isto eacute da
semeadura ateacute a produccedilatildeo de novas sementes Apoacutes um periacuteodo invemal sob baixas
temperaturas haacute emissatildeo de um pendatildeo floral que pode alcanccedilar 150 cm de altura
terminando por uma inflorescecircncia tipo umbela simples inicialmente recoberta por
uma peliacutecula formada por centenas de pequenas flores (Filgueira 2000)
Segundo Clivela (1995) os fatores climaacuteticos de modo geral natildeo satildeo limitantes
para a produccedilatildeo de bulbos de cebola no Rio Grande do Sul Filgueira (2000) enfatiza
que no Brasil eacute uma das raras culturas oleraacuteceas nas quais o fotoperiacuteodo pode tornar-se
o fator limitante ocorrendo frustraccedilotildees da colheita caso as exigecircncias da planta natildeo
sejam satisfeitas
222 A produccedilatildeo de mudas de hortaliccedilas
As mais importantes modificaccedilotildees no sistema de produccedilatildeo nos uacuteltimos anos tecircm
sido feitas na produccedilatildeo de mudas Hoje eacute uma realidade os produtores se
especializarem em produzir mudas principalmente no Estado de Satildeo Paulo Para tanto
se busca atraveacutes da pesquisa as melhores fontes e combinaccedilotildees de substratos associados
ao sistema de produccedilatildeo conveniente para cada espeacutecie a fim de se obter melhorias na
propriedade no solo e na Olericultura (Giorgetti 1991)
O sistema agroecoloacutegico torna-se importante uma vez que a base da Horticultura
moderna eacute a produccedilatildeo de mudas de alta qualidade (Minami1995) a produccedilatildeo de mudas
de hortaliccedilas tem sido citada como a etapa mais importante do sistema produtivo (Silva
Junior et al 1995) Segundo Filgueira (2000) nesta fase natildeo se pode cometer erros
pois posteriormente seraacute mais difiacutecil de corrigi-los visto que para o cultivo da cebola a
muda refletiraacute na qualidade do bulbo
As mudas de hortaliccedilas podem ser consideradas tolerantes e natildeo tolerantes ao
transplante e dependem principalmente das condiccedilotildees ambientais necessitando de
cuidados No caso da cebola como satildeo produzidas com raiz nua os cuidados devem ser
maiores pois dependendo do estado em que se encontram mais ou menos susceptiacuteveis
aos estresses quando em contato com o campo podem resultar em desastre (Minami
1999)
A quantidade de nutrientes extraiacuteda pelas hortaliccedilas durante a fase de muda varia
em funccedilatildeo da espeacutecie da variedade ou da cultivar e do prazo necessaacuterio para a formaccedilatildeo
13
O composto humificado ou curado eacute rico em nutrientes que passaram parcialmente
da forma orgacircnica para a forma mineral assimilaacutevel pelas raiacutezes e com maior teor
coloidal que atua como fertilizante e eacute responsaacutevel pela capacidade melhoradora do
solo (Barreto 1985)
Uma das principais alternativas em termos de adubaccedilatildeo orgacircnica eacute o
vermicomposto Ele eacute um adubo orgacircnico estaacutevel rico em nutrientes inodoro de
coloraccedilatildeo escura obtido a partir da atividade das minhocas que potencializam a mateacuteria
prima utilizada no processo (principalmente esterco de bovino) proporcionando
diversos benefiacutecios para as plantas (Timm 2000)
231 Efeitos da adubaccedilatildeo orgacircnica no solo
O solo funciona como um organismo vivo em 1 grama de solo saudaacutevel vive uma
comunidade bioloacutegica de aproximadamente 1 0 0 0 0 espeacutecies diferentes como minhocas
larvas besouros colecircmbolos aacutecaros algas bacteacuterias e fungos Estes organismos
necessitam de alimentos para viver principalmente carbono e nitrogecircnio que estatildeo
presentes na palhada das culturas e no esterco de animais Em funccedilatildeo disso eacute
importante que o solo tenha um determinado teor de mateacuteria orgacircnica para fornecer os
alimentos e energia que os microacutebios precisam para viver (Paulus et al 2001)
O homem atraveacutes dos diferentes sistemas de preparo do solo e cultivos contiacutenuos
ou natildeo altera o comportamento do mesmo em relaccedilatildeo agraves reaccedilotildees quiacutemicas
propriedades fiacutesicas como capacidade de retenccedilatildeo de aacutegua lixiviaccedilatildeo de nutrientes
erosatildeo e como consequumlecircncia afeta a qualidade de organismos presentes no solo (Brady
1999) reduzindo paulatinamente o teor de mateacuteria orgacircnica (Primavesi1982)
Nos uacuteltimos anos tem-se observado em diferentes paiacuteses a ampliaccedilatildeo do uso de
adubos orgacircnicos Alguns apresentam oacutetimos resultados enquanto outros se mostram
tecnicamente inadequados Os principais adubos orgacircnicos encontrados no mercado satildeo
fertilizantes orgacircnicos de origem animal compostos de lixo urbanos compostos de
produtos industriais e huacutemus de minhoca Nestes fertilizantes estatildeo presentes a maioria
dos macronutrientes (nitrogecircnio foacutesforo potaacutessio caacutelcio magneacutesio enxofre) e
micronutrientes (zinco cobre boro ferro cobalto)essenciais para as plantas e nem
sempre encontrados em muitos fertilizantes minerais bem como uma gama de
microorganismos que vatildeo beneficiar a fauna e a flora do solo (Brady 1979 Kiehl
1985 Costa 1985 Garcia 1997)
14
Os adubos orgacircnicos satildeo amplamente empregados nos sistemas de produccedilatildeo de
alface como condicionadores do ambiente quiacutemico e fiacutesico da rizosfera e
consequumlentemente na resposta bioloacutegica das plantas (Rodrigues amp Casali 1998)
Considerando as necessidades hortiacutecolas de maior competitividade e o fato de natildeo
ser subsidiada o crescimento populacional e a industrializaccedilatildeo representam fatores
determinantes na geraccedilatildeo diaacuteria de enormes volumes de resiacuteduos podendo ser utilizados
pelos produtores com um maior retomo econocircmico possiacutevel Ao mesmo tempo a
questatildeo ambiental assume cada vez mais destaque na sociedade moderna repercutindo
em poliacuteticas governamentais bem como no setor produtivo do paiacutes e do mundo
fazendo com que a relaccedilatildeo do homem com a natureza seja repensada (Morselli 2001)
232 Efeitos da adubaccedilatildeo orgacircnica nas culturas
Segundo Paulus et al (2001) a mateacuteria orgacircnica tambeacutem eacute fonte de nutrientes
especialmente nitrogecircnio foacutesforo enxofre e micronutrientes aleacutem disso tem
capacidade de ldquoprenderrdquo micronutrientes e alguns elementos toacutexicos para as plantas
como o alumiacutenio Por exemplo os micronutrientes depois de presos satildeo liberados
lentamente no solo onde satildeo gradativamente aproveitados pelas plantas
O uso dos fertilizantes minerais elevam o custo de produccedilatildeo pois satildeo necessaacuterias
altas doses para o fornecimento dos teores de nutrientes demandados Por isso eacute
importante a geraccedilatildeo de tecnologias que poupem o consumo de fertilizantes minerais
desejaacutevel com vista agrave diminuiccedilatildeo do custo de produccedilatildeo (Rodrigues 1984) A produccedilatildeo
de hortaliccedilas sob a orientaccedilatildeo agroecoloacutegica leva em consideraccedilatildeo natildeo apenas os custos
de produccedilatildeo como tambeacutem a dependecircncia dos insumos principalmente quando se
considera a ldquoteoria da trofobioserdquo pelos efeitos maleacuteficos que os nutrientes prontamente
assimilaacuteveis podem causar as plantas (Chaboussou 1987)
Para Compagnoni amp Putzolu (1985) o vermicomposto eacute um autecircntico fertilizante
bioloacutegico que atua como corretivo do solo determinando caracteriacutesticas importantes
para a microflora pelos aacutecidos huacutemicos e as substacircncias fitoestimulantes Os autores
consideram ainda que as dejeccedilotildees das oligoquetas proporcionam a formaccedilatildeo de huacutemus
permitindo melhorar o solo razatildeo pela qual satildeo destinados agrave horticultura com oacutetimas
vantagens fiacutesicas e microbioloacutegicas enriquecendo a camada araacutevel
Em experimentos desenvolvidos durante cinco anos para avaliar o efeito da
aplicaccedilatildeo de compostos eou adubos nas culturas de alface manjericatildeo espinafre e
15
pepino Valenzuela amp Crosby (1998) compararam as produccedilotildees obtidas com composto
e a fertilizaccedilatildeo padratildeo e concluiacuteram que a utilizaccedilatildeo do composto em 20 Mg ha 1 mais
N-quiacutemico foi o melhor tratamento em todas as culturas estudadas
233 Plantas de cobertura do solo
As plantas mais usadas para adubaccedilatildeo de cobertura do solo satildeo as leguminosas
pois estas tecircm a capacidade de fixar o nitrogecircnio atmosfeacuterico e disponibiliza-lo agrave
cultura Primavesi (1992) cita que utilizando-se mucuna ervilhaca feijatildeo-de-porco
feijatildeo-miuacutedo crotalaacuteria e outras natildeo haacute necessidade de utilizar tanto nitrogecircnio em
cobertura embora natildeo se dispense uma calagem mais frequumlente pois ocorre um pouco
de acidificaccedilatildeo no solo como com qualquer adubaccedilatildeo nitrogenada Segundo a mesma
autora algumas leguminosas tecircm a capacidade de mobilizar o foacutesforo como o caupi
(feijatildeo-miuacutedo) outras mobilizam o caacutelcio como tremoccedilo
Para Brady (1999) a adubaccedilatildeo verde traz grandes benefiacutecios como suprimento de
mateacuteria orgacircnica sendo consideraacutevel a quantidade de resiacuteduos orgacircnicos devolvidos ao
solo adiccedilatildeo de nitrogecircnio nutrientes e conservaccedilatildeo do solo
Calegari (1998) comenta que quanto aos aspectos fiacutesicos os resiacuteduos tendem a
contribuir para uma melhoria da estrutura do solo percebida pelo aumento da
estabilidade dos agregados em aacutegua aumento da capacidade de retenccedilatildeo hiacutedrica
elevaccedilatildeo dos iacutendices de infiltraccedilatildeo de aacutegua no solo aumento da porosidade melhor
aeraccedilatildeo e diminuiccedilatildeo da densidade do solo
De acordo com Timm (2000) o papuatilde eacute uma excelente alternativa como cobertura
de solo para o cultivo miacutenimo da cebola pois na eacutepoca do transplante das mudas seu
ciclo vegetativo estaacute completo natildeo necessitando o dessecamento outra vantagem eacute que
o papuatilde apresenta bom controle com relaccedilatildeo agraves plantas invasoras da cebola reduzindo
ao longo dos anos o nuacutemero de capinas e a aplicaccedilatildeo de herbicidas
234 Adubaccedilatildeo foliar
Segundo Malavolta (1981) a utilizaccedilatildeo da adubaccedilatildeo foliar eacute complemento da
adubaccedilatildeo de solo natildeo substituto da mesma no que diz respeito ao fornecimento de
nitrogecircnio foacutesforo e potaacutessio para as culturas Da mesma maneira que as raiacutezes podem
perder para o solo parte dos elementos absorvidos as folhas tambeacutem o fazem pela accedilatildeo
16
de fatores internos (desordem fisioloacutegica estado nutricional etc) e externos (chuvas
orvalho nutriccedilatildeo do sistema radicular luz temperatura etc)
Para Chaboussou (1987) as plantas adquirem o maacuteximo de resistecircncia bioloacutegica
atraveacutes da nutriccedilatildeo (trofos) equilibrada Obviamente para que isto ocorra eacute necessaacuterio
que o solo esteja em equiliacutebrio dinacircmico o ambiente seja o mais estaacutevel e as plantas
selecionadas ou melhor adaptadas para poderem suportar as alteraccedilotildees extemporacircneas
ocasionadas pelos fenocircmenos meteoroloacutegicos e nas fases fonoloacutegicas criacuteticas do
crescimento e desenvolvimento (Pinheiro amp Barreto 2000)
O lixiviado das folhas enriquece as camadas superiores do solo e tende a
contrabalanccedilar as perdas de zonas mais profundas e mais distantes acumulando-os nas
suas proximidades tambeacutem influencia o nuacutemero e o comportamento dos
microrganismos que por sua vez alteram o processo de gecircnese do solo sua textura e
fertilidade A lixiviaccedilatildeo assim se toma importante no desenvolvimento da sucessatildeo
ecoloacutegica devido agrave ciclagem de elementos (Malavolta 1980)
Conforme Camargo (1975) a utilizaccedilatildeo de adubos foliares substitui parcialmente
a adubaccedilatildeo radicular em 20 a 25 podendo ser utilizada em varias pulverizaccedilotildees
24 Vermicompostagem
E o processo que consiste em se submeter diferentes resiacuteduos orgacircnicos de
origem animal eou vegetal aos processos fermentativos e humificaccedilatildeo adicionando
minhocas do gecircnero Eiseina espeacutecie foetida ao material procurando obter um produto
curado em aproximadamente 45 - 60 dias (Compagnoni amp Putzolu 1985)
A vermicompostagem firmou-se no Brasil como atividade rentaacutevel produzindo
adubo de alta qualidade na deacutecada de 90 Na agricultura brasileira contudo haacute
preferecircncia pelos adubos quiacutemicos em funccedilatildeo de sua aquisiccedilatildeo financiada menor custo
e retomo imediato embora o impacto de seu uso contiacutenuo sobre o solo e os
microorganismos que nele vivem seja negativo (Tagliari amp Grassmann 1995)
Segundo Morselli (2002) a vermicompostagem difere da compostagem
convencional dentre outros pocircr formar substacircncias huacutemicas mais rapidamente ao sofrer
passagem pelo trato digestivo das minhocas A alirdentaccedilatildeo destas satildeo basicamente os
estercos e a disponibilidade desta mateacuteria prima bem como de ambiente protegido para
proceder a compostagem correta deste material satildeo indispensaacuteveis
17
Segundo Kiehl (1985) e Martinez (1990) o vermicomposto apresenta as seguintes
vantagens em relaccedilatildeo a compostagem permite a formaccedilatildeo de um produto curado em
menor espaccedilo de tempo promove a formaccedilatildeo de um material com maior
disponibilidade de nutrientes facilita o peneiramento natildeo havendo a necessidade de
revolvimento do material oferece vaacuterias fontes de renda pois aleacutem do huacutemus fornece
minhocas e raccedilatildeo e quando aplicado ao solo tende a melhorar as propriedades fiacutesicas
quiacutemicas e bioloacutegicas
241 Resiacuteduos utilizados na vermicompostagem
2411 Resiacuteduos de origem animal
Segundo Bureacutes (1997) o esterco eacute uma mistura de fezes urina e camas que
podem estar constituiacutedas de palhas folhas secas serragem turfa casca de arroz e ateacute
terra Esse apresenta pH neutro e densidade que varia de 030 a 090 Kg dm3 segundo
seu estado de decomposiccedilatildeo Eacute influenciado por vaacuterios fatores como espeacutecie animal
raccedila idade alimentaccedilatildeo material utilizado como cama e tratamento da mateacuteria-prima
esterco (Kiehl 1985) Dentre os fatores apontados um dos mais importantes eacute a
alimentaccedilatildeo do animal quanto mais rica a alimentaccedilatildeo mais rica seraacute as dejeccedilotildees
(Gnoatto 1999) O volume de bacteacuterias vivas ou mortas encontradas no esterco
representam 20 a 30 do total delas se originam grande parte do nitrogecircnio sob a
forma de proteiacutena (Morselli 2002)
A origem do material utilizado para a produccedilatildeo de vermicomposto eacute fundamental
pois soacute uma mateacuteria-prima de qualidade resultaraacute em um produto final de boa qualidade
Dentre os estercos o de aves eacute empregado empiricamente na adubaccedilatildeo de culturas
permanente ou natildeo com excelentes resultados apesar de sua simples composiccedilatildeo
meacutedia 2 de nitrogecircnio 2 de foacutesforo como P2 0 5 e 1 de K2 0 Poreacutem haacute uma
grande variaccedilatildeo na sua constituiccedilatildeo a qual dependeraacute do manejo animal atraveacutes das
camas finalidade da criaccedilatildeo e natureza das camas (Morselli 2002)
2412 Resiacuteduos de origem vegetal
A mateacuteria orgacircnica pode ser preservada no solo por vaacuterios processos seja pela
simples incorporaccedilatildeo de resiacuteduos de culturas rotaccedilatildeo de culturas adubaccedilatildeo verde ou
18
pela adiccedilatildeo de materiais orgacircnicos capazes de elevar e manter a produtividade do solo
Da decomposiccedilatildeo dos resiacuteduos orgacircnicos adicionados ao solo resulta a liberaccedilatildeo de
grande quantidade de nutrientes principalmente o nitrogecircnio o potaacutessio e o enxofre
Aleacutem disso diversos atributos quiacutemicos e fiacutesicos do solo satildeo alterados pela
decomposiccedilatildeo desses resiacuteduos destacando-se o aumento da capacidade de troca de
caacutetions o aumento da retenccedilatildeo de aacutegua a melhoria da estabilidade dos agregados e da
aeraccedilatildeo (Fraser1963 Malavolta 1981 Mello et al 1983 Bonilla 1992)
Segundo Purcino (1981) quando a relaccedilatildeo CN eacute menor que 30 como no caso do
esterco de curral ou da palha de leguminosas a disponibilidade de nitrogecircnio eacute
imediata mas acima deste valor ocorre imobilizaccedilatildeo crescente deste nutriente Por esse
motivo estes materiais devem ser submetidos a uma degradaccedilatildeo bioloacutegica antes de
serem adicionados ao solo
25 Biofertilizantes
No Brasil ocorrem problemas crescentes com materiais derivados de sistemas
intensivos de criaccedilatildeo animal que acumulam resiacuteduo^ orgacircnicos com graves problemas
de contaminaccedilatildeo de cursos de aacutegua que na maioria das vezes se acumulam em um
uacutenico lugar e natildeo satildeo reciclados (Viglizzo 1995)
Visando amenizar tais situaccedilotildees os meacutetodos alternativos de adubaccedilatildeo controle de
doenccedilas pragas e plantas indesejaacuteveis tecircm sido muito estudado Dentro dessa linha de
pesquisa destaca-se o uso de mateacuteria orgacircnica atraveacutes tanto de sua incorporaccedilatildeo ao
solo como de sua transformaccedilatildeo para uso posterior na forma de biofertilizantes
(Khatounian 1997 Bettiol et al 1997)
Na complexa e elevada comunidade microbiana dos biofertilizantes encontram-se
bacteacuterias fungos leveduriformes filamentosos e actinomicetos (Bettiol apud Penteado
1999)
O agregado de macro e micronutrientes periodicamente ativa e enriquece a
fermentaccedilatildeo O uso de farinha de rocha tem sido vantajoso por ter baixo custo
comparado com os sais concentrados e purificados aleacutem de trazer alguns elementos
traccedilos de vital importacircncia para os microrganismos do solo como por exemplo o Gaacutelio
o Iodo e o Vanaacutedio (M1BASA 199-) O agregado de farinha de rocha ou sais
purificados ao fermentado faz com que estes nutrientes passem a fazer parte dos
microrganismos ou dos produtos orgacircnicos liberados durante a fermentaccedilatildeo sendo que
19
o ataque dos microrganismos atraveacutes de suas enzimas consegue liberar os elementos natildeo
atacados pelos aacutecidos industriais (Pinheiro amp Barreto 2000)
Os biofertilizantes tecircm sido empregados na agricultura ecoloacutegica como adubo
foliar para aumentar a resistecircncia contra pragas e doenccedilas Aleacutem disso o processo de
produccedilatildeo eacute bastante simples e por isso eacute viaacutevel sua produccedilatildeo na propriedade desde que
tenha esterco disponiacutevel (Penteado 1999)
Bettiol et al (1997) verificaram a presenccedila de diferentes espeacutecies de fungos
fiacutelamentosos e leveduriformes e bacteacuterias entre elas Bacillus spp na comunidade
microbiana do biofertilizante produzido segundo meacutetodo adotado pelo Centro de
Agricultura Ecoloacutegica Ipecirc Os autores verificaram ainda uma reduccedilatildeo da comunidade
microbiana ao longo da digestatildeo reduccedilatildeo essa mais acentuada logo apoacutes o acreacutescimo
dos sais contendo micronutrientes A accedilatildeo dos sais pode ser tanto por aumento na
pressatildeo osmoacutetica quanto pelo efeito direto sobre os microrganismos Para o controle de
doenccedilas de plantas satildeo importantes a presenccedila dos metaboacutelitos produzidos pelos
organismos presentes no biofertilizante e os proacuteprios microrganismos vivos
Os microrganismos transformam o material orgacircnico (esterco soro de leite caldo
de frutas palhas restos industriais etc) e cinzas produzindo vitaminas aacutecidos e sais
complexos importantes para regular e tonificar o metabolismo das plantas impedindo o
desenvolvimento de pragas e doenccedilas (Pinheiro amp Barreto 2000)
Em estudos feitos com o biofertilizante liacutequido de bovinos foi observado a
presenccedila de inuacutemeros microorganismos como bacteacuterias leveduras e bacilos
principalmente do Bacillus subtilis Estes microorganismos sintetizam substacircncias
antibioacuteticas as quais demonstram ter grande accedilatildeo e eficiecircncia como substacircncias
fungiostaacuteticas e bacteriostaacuteticas de fitopatoacutegenos causadores de danos em lavouras
comerciais (Penteado 1999)
Aldrighi et al (2002) realizaram trabalho na UFPel relacionado agrave nutriccedilatildeo de
mudas de tomate (Floradade) produzidas no sistema ldquofloatingrdquo Utilizaram-se doses de
0 2 5 e 10 para o biofertilizante Super Magro e 0 e 1 para a urina de vaca
Concluiacuteram que estes natildeo interferem na produccedilatildeo das mudas e que provavelmente foi
influenciado pelo substrato utilizado (vermicomposto 75 e casca de arroz carbonizada
25) bem como o sistema de produccedilatildeo (floating)
Paglia et al (2002) citam que eacute possiacutevel produzir mudas de tomate (cultivar
Floradede) utilizando urina de vaca e biofertilizante Super Magro na aacutegua em sistema
ldquofloatingrdquo em trabalho realizado na UFPel O uso da urina de vaca a 1 e 5 e
20
biofertilizante Super Magro a 6 proporcionam uma elevaccedilatildeo do foacutesforo bem como o
Super Magro a 6 eleva os teores de Mg e Ca na aacutegua
251 Urina de vaca
As urinas de vaca contecircm nutrientes favoraacuteveis ao bom desenvolvimento das
plantas como potaacutessio soacutedio nitrogecircnio enxofre magneacutesio caacutelcio foacutesforo e traccedilos de
outros elementos Nas plantas funciona como um fertilizante natural tomando-as mais
resistentes ao ataque das pragas e doenccedilas Satildeo encontradas tambeacutem na urina outras
substacircncias como fenoacuteis e principalmente o catecol que esta associado agrave recuperaccedilatildeo
de plantas atacadas por fitopatoacutegenos por ser um produto anti-seacuteptico (Penteado 1999)
Para seu emprego a urina receacutem coletada deve ser armazenada sob condiccedilotildees
ambientais por trecircs dias para que se forme amocircnio importante produto a ser absorvido
pelas plantas Recomenda-se ainda que o armazenamento deva ser feito em recipiente
fechado para que natildeo ocorram perdas de nitrogecircnio Desta forma poderaacute permanecer
por ateacute um ano sem comprometer sua eficiecircncia
Em hortaliccedilas o uso da urina de vaca eacute recomendado em pulverizaccedilotildees foliares
semanais na concentraccedilatildeo de 05 para tomateiro pimentatildeo pepino feijatildeo vagem e
couve ou quinzenais a 1 para as culturas do quiabeiro jiloeiro e berinjela Para
fruteiras em geral a primeira aplicaccedilatildeo deve ser na concentraccedilatildeo aproximada de 5
realizada diretamente no solo e mensalmente devem ser realizadas pulverizaccedilotildees
foliares a 1 para plantas jovens e a 5 para plantas adultas (Penteado 1999)
Na aplicaccedilatildeo foliar deve-se ter cuidado com folhas e brotos novos e considerar que
o uso contiacutenuo pode ser toacutexico podendo afetar o solo causando a sua acidificaccedilatildeo
(Penteado 1999)
Na Estaccedilatildeo Experimental da PESAGRO no municiacutepio de Macaeacute Rio de Janeiro
estaacute se utilizando a urina de vaca leiteira Os pesquisadores descobriram que a urina de
vaca em lactaccedilatildeo produzia o efeito de recuperar plantas de abacaxi atacadas por uma
doenccedila conhecida como ldquofusairioserdquo Essa doenccedila quando ataca o abacaxi causa
perdas de ateacute 70 da safra Todos os agrotoacutexicos testados natildeo conseguiram controlar a
doenccedila Isto eacute um exemplo para que a universidade tenha uma nova percepccedilatildeo (Capra
1996) adotando medidas efetivas que contribuam na transiccedilatildeo agroecoloacutegica Com o
uso da urina de vaca leiteira numa lavoura de abacaxi atacada pela fusariose observou-
se agrave recuperaccedilatildeo do stand e os frutos produzidos apresentaram excelente padratildeo
21
comercial Descobriu-se que aleacutem funcionar como adubo e defensivo natural a urina de
vaca leiteira tambeacutem favorece a floraccedilatildeo de muitas plantas e pode ser usada no
tratamento de frutos e tubeacuterculos depois da colheita
A urina de vaca em lactaccedilatildeo tambeacutem estaacute sendo usada nas lavouras de cafeacute em
plantaccedilotildees de maracujaacute coco alface e outras hortaliccedilas Na regiatildeo centro-sul do Paranaacute
os agricultores estatildeo aplicando a urina de vaca leiteira nas lavouras de feijatildeo soja
batata cebola e milho (Penteado 1999)
252 Alhol
A maioria dos defensivos alternativos tais como calda bordalesa sulfocaacutelcica
aacutegua de cinza e cal biofertilizante enriquecido extrato de fumo entre outros precisa
ser misturada com um espalhante adesivo para quebrar a tensatildeo superficial da gota e
propiciar um melhor molhamento das folhas e demais partes pulverizadas assegurando
uma absorccedilatildeo mais efetiva e uma melhor accedilatildeo sobre as pragas e doenccedilas Quando as
gotas permanecem inteiras sobre a superfiacutecie folhar devido agrave falta de espalhante
adesivo pode-se danificar os tecidos vegetais pelc efeito-lente quando o sol incide
sobre elas Aleacutem disso a gota por natildeo se espalhar sobre toda superfiacutecie folhar
concentra nela e consequumlentemente sobre o tecido que estaacute em contato com ela uma
quantidade maior do produto aplicado Essa maior concentraccedilatildeo pode prejudicar a
absorccedilatildeo e lesionar os tecidos principalmente apoacutes a evaporaccedilatildeo da aacutegua contida na
gota por resultar em uma maior concentraccedilatildeo de sais no local especialmente quando se
aplicam por exemplo calda sulfocaacutelcica bordalesa biofertilizante enriquecido com
macro e micronutrientes (Claro 2001)
O alhol eacute um espalhante adesivo ecoloacutegico que tambeacutem auxilia no controle de
pragas E elaborado com aacutegua alho oacuteleo vegetal e sabatildeo neutro a partir da sabedoria
popular que menciona o alho como repelente de insetos Juacutenior Abreu amp Maiorano
(199-) indicam formulaccedilotildees contendo alho para o controle de pragas como nematoacuteides
(Meloidogyne incoacutegnita e M javanica) mosca do chifre lagarta na maccedilatilde pulgotildees
besouro da batata trips e para controle de doenccedilas fuacutengicas e bacterianas como miacuteldio
ferrugem fusariose helminthosporiose murchadeira (Pseudonamos solacearum)
bruzone do arroz (Pyricularia orysae) podridatildeo negra do repolho e couve-flor
(Xanthomonas campestris) Aleacutem disso o alho pelo seu bom teor em oacuteleo pode agir
tambeacutem como espalhante adesivo O sabatildeo tambeacutem eacute indicado como espalhante adesivo
22
e possui accedilatildeo contra certas pragas (pulgotildees) sendo que o oacuteleo vegetal eacute indicado no
controle de cochonilhas e usado como espalhante adesivo (Claro 2001)
253 Calda Bordalesa
A calda bordalesa eacute um tradicional defensivo agriacutecola que pode ser preparado na
propriedade com a mistura de sulfato de cobre cal virgem e aacutegua As concentraccedilotildees de
sulfato de cobre e cal satildeo distintas dependendo do objetivo do seu emprego
Geralmente diferem de acordo com o tipo de planta ou espeacutecie vegetal as condiccedilotildees
climaacuteticas o grau de infestaccedilatildeo da doenccedila e a fase de crescimento da planta Eacute indicada
para o controle de miacuteldio alternaacuteria botrytis e antracnose (Penteado 1999)
A calda bordalesa caracteriza-se pela sua importante accedilatildeo no controle de diversas
doenccedilas fungicas nas mais diversas espeacutecies de culturas Possui tambeacutem uma relativa
accedilatildeo bactericida e em alguns casos age como repelente de insetos Da mistura do
sulfato de cobre com a cal resulta uma soluccedilatildeo rica em macronutrientes e
micronutrientes Provavelmente os expressivos resultados obtidos com a aplicaccedilatildeo da
calda bordalesa devam-se natildeo somente a sua accedilatildeo fuacutengica e bactericida mas sobretudo
agrave influecircncia positiva que exerce no metabolismo das plantas ativando o processo
enzimaacutetico e estimulando a proteossiacutentese aumentando a resistecircncia das plantas (Claro
2 0 0 1 ) caracteriacutestica fundamental na agricultura sustentaacutevel
254 Biofertilizante Super Magro
A calda Super Magro eacute produto da fermentaccedilatildeo de estercos animais enriquecidos
por micronutrientes e outros produtos de origem animal obtendo-se uma calda
biofertilizante para aplicaccedilatildeo foliar nas plantas (Penteado 1999) jaacute foram observados
bons resultados principalmente nas culturas de uva maccedila pecircssego tomate batata e
hortaliccedilas em geral
E indicado como fonte suplementar de micronutrientes para as plantas inibidor
de fungos e bacteacuterias causadores de doenccedilas e para aumentar a resistecircncia contra insetos
e aacutecaros (Penteado 1999) i
Muller (1999) avaliou a influecircncia do biofertilizante Super Magro sobre as
culturas de tomate (Lycopersicon esculentum Mill) ervilha (Pisum sativum L) e
beterraba (Beta vulgaris L) O autor obteve cultivos com baixa severidade de doenccedilas e
23
insetos fitoacutefagos possivelmente por causa do manejo orgacircnico de produccedilatildeo Os
resultados das pulverizaccedilotildees das soluccedilotildees foliares variaram conforme a cultura e o
clima
255 Biofertilizante MB4
A utilizaccedilatildeo das farinhas de rochas eacute uma das teacutecnicas mais modernas usadas nos
uacuteltimos anos na agricultura O elevado nuacutemero de nutrientes contidos no MB4 como
cobre zinco manganecircs cobalto soacutedio alumiacutenio silicatos de magneacutesio ferro e caacutelcio
acompanhado de foacutesforo potaacutessio e enxofre reagem com a soluccedilatildeo do solo liberando
elementos essenciais ao desenvolvimento da vida microbiana os quais exercem um
papel fundamental atraveacutes de transformaccedilotildees quiacutemicas e do equiliacutebrio bioloacutegico
favorecendo o desenvolvimento sadio das plantas (Pinheiro amp Barreto 2000)
24
3 MATERIAL E MEacuteTODOS
31 Local de execuccedilatildeo do experimento
O presente trabalho foi conduzido no Centro de Pesquisa da Regiatildeo Sul
(FEPAGROSUL) no municiacutepio de Rio Grande nlt periacuteodo de 15 de maio a 26 de
agosto de 2 0 0 2
O solo eacute classificado como ldquoTuiardquo satildeo muito arenosos As massas aquaacuteticas do
Oceano Atlacircntico e Lagoa dos Patos influenciam ventos temperatura pressatildeo umidade
relativa e demais fatores climaacuteticos A topografia da regiatildeo litoracircnea eacute plana com
lenccediloacuteis freaacuteticos superficiais
32 Anaacutelise estatiacutestica
O experimento foi constituiacutedo em fatorial 3X3 (Quadro 1) com quatro repeticcedilotildees
no delineamento blocos ao acaso As variaacuteveis respostas foram submetidas agrave anaacutelise de
variaccedilatildeo e ao teste de Duncan a 5 de probabilidade para comparaccedilatildeo das meacutedias
utilizando-se o sistema SANEST (Zonta amp Machado 1984)
As anaacutelises estatiacutesticas das variaacuteveis estudadas encontram-se nos Apecircndices C D
Os resultados das respostas agronocircmicas e das determinaccedilotildees dos conteuacutedos dos
macronutrientes bem como os de raiz estatildeo nas tabelas de 1 a 3
25
As diferentes adubaccedilotildees seratildeo representadas durante a discussatildeo da seguinte
forma 1 VB (30 t ha 1 de vermicomposto) 15 VB (45 t ha 1 de vermicomposto) e EC
(60 t ha 1 de esterco de curral) 1 VB+SM+U+CB (30 t ha 1 de vermicomposto mais
super magro mais urina de vaca mais calda bordalesa) 15 VB+SM+U+CB (45 t ha 1 de
vermicomposto mais super magro mais urina de vaca mais calda bordalesa)
EC+SM+U+CB (60 t ha 1 de esterco de curral mais super magro mais urina de vaca
mais calda bordalesa) 1 VB+MB4 +U+CB (30 t ha 1 de vermicomposto mais MB4 mais
urina de vaca mais calda bordalesa) 15 VB+MB4 +U+CB (45 t ha 1 de vermicomposto
mais MB4 mais urina de vaca mais calda bordalesa) EC+MB4 +U+CB (60 t ha 1 esterco
de curral mais MB4 mais urina de vaca mais calda bordalesa)
QUADRO 1 Descriccedilatildeo dos fatores experimentais e respectivos niacuteveis
Niacuteveis Fator 1 ADUBACcedilAtildeO DE BASE
0 1 Vermicomposto (30 t ha1)
0 2 Vermicomposto (45 t ha1)
03 Esterco de curral (60 t ha1)
Niacuteveis Fator 2 BIOFERTILIZANTES LIacuteQUIDOS
0 1 Super magro (5) + Urina de Vaca + Calda Bordalesa
0 2 MB4 (10) + Urina de vaca + Calda Bordalesa
03 Ausecircncia (testemunha)
33 Tratamentos
Da combinaccedilatildeo entre niacuteveis e fatores foram obtidos 9 tratamentos que estatildeo
descritos no Quadro 2 bem como as doses de adubaccedilatildeo utilizadas no experimento
26
QUADRO 2 Tratamentos e doses de adubaccedilatildeo utilizadas no experimento
TRATAMENTOS
Ndeg FATOR I FATOR II
0 1 30 t ha de vermicomposto Super magro 5 Urina de vaca Calda Bordalesa
0 2 30 t harsquo de vermicomposto MB4 10 Urina de vaca Calda Bordalesa
03 30 t ha de vermicomposto - - -
04 45 t ha de vermicomposto Super magro 5 Urina de vaca Calda Bordalesa
05 45 t ha de vermicomposto MB4 10 Urina de vaca Calda Bordalesa
06 45 t ha de vermicomposto - - -
07 60 t hade esterco Super Magro 5 Urina de vaca Calda Bordalesa
08 60 t hade esterco MB4 10 Urina de vaca Calda Bordalesa
09 60 t hade esterco - - -
Cada parcela foi constituiacuteda por dois canteiros medindo 1 m de largura x 2 m de
comprimento perfazendo 075 m de aacuterea de aacuterea uacutetil (025 m de bordadura) Foi
utilizando semeadura a lanccedilo com densidade de 24 g canteiro1
O vermicomposto a urina de vaca o esterco de curral o alhol os biofertilizantes e
a calda bordalesa foram de procedecircncia do Centro de Pesquisa da Regiatildeo Sul O
vermicomposto de esterco bovino misturado agraves cascas de frutas foi processado pela
minhoca vermelha califomiana Eisenia foetida)
O biofertilizante Super Magro foi elaborado segundo a metodologia descrita pela
FEPAGROSUL utilizando-se os seguintes componentes 190 litros de aacutegua 22 litros
de leite 55 Kg de accediluacutecar mascavo 30 Kg de esterco fresco de bovinos 2 Kg de
Sulfato de zinco 2 Kg de sulfato de magneacutesio 2 Kg de cloreto de caacutelcio 1 Kg de aacutecido
boacuterico 300 g de sulfato de cobre 300 g de sulfato de ferro 300 g de sulfato de
manganecircs 100 g de molibdato de soacutedio 50 g de sulfato de cobalto 3 Kg de fosfato
natural 3 Kg de cinza e 200 g de farinha de osso
A urina de vaca em lactaccedilatildeo foi coletada pela manhatilde e armazenada em recipiente
fechado por trecircs dias em condiccedilotildees ambientais para que se formasse a amocircnia e natildeo
ocorresse perda de nitrogecircnio
28
Realizaram-se duas capinas manuais durante o experimento e em seguida como
cobertura se colocou casca de arroz Tambeacutem foi aplicado esterco de aves 30 dias antes
da colheita na quantidade de 05 Kg canteiro 1 como adubaccedilatildeo de cobertura
As pulverizaccedilotildees com os produtos iniciaram apoacutes 15 dias da germinaccedilatildeo
Realizou-se sete aplicaccedilotildees sendo que as duas primeiras foram feitas apenas com
Super Magro e MB4 Na terceira e na quarta aplicaccedilatildeo utilizou-se urina de vaca e calda
bordalesa em concentraccedilotildees menores (05 e 025 respectivamente) e na quinta
aplicaccedilatildeo as dosagens de urina de vaca e calda bordalesa foram elevadas para 1 0 e
05 respectivamente ateacute o final do experimento O alhol foi utilizado a partir da
terceira pulverizaccedilatildeo na quantidade de 2 e seguiu ateacute o final no dia 26 de agosto
quando as mudas foram colhidas e posteriormente analisadas as variaacuteveis
35 Observaccedilotildees agronocircmicas
Foram utilizadas 20 mudas de cebola para obtenccedilatildeo das meacutedias das variaacuteveis as
quais foram as seguintes
351 Fitomassa fresca da parte aeacuterea e raiacutezes
Foi realizada atraveacutes de uma balanccedila digital procedendo-se a pesagem de 20
mudas de cebola previamente lavadas e posteriormente secadas durante uma hora sobre
um tecido de algodatildeo agrave temperatura ambiente Processo idecircntico foi adotado com as
raiacutezes
352 Fitomassa seca da parte aeacuterea e raiacutezes
Esta variaacutevel foi obtida a partir da secagem preliminar em estufa de ar forccedilado
durante 48 horas a 65 C ateacute peso constante com posterior pesagem em balanccedila
analiacutetica
353 Altura da muda
A altura de muda foi medida a partir do colo das plantas ateacute sua uacuteltima folha
(ponto de crescimento) com uma reacutegua graduada de 40 cm
29
354 Diacircmetro do colo das plantas
Esta medida foi realizada no ponto de transplante a 2 mm das raiacutezes e utilizando-
se um paquiacutemetro SOMET
355 Sistema radicular
Ao teacutermino do experimento foram retiradas as raiacutezes das mesmas plantas que foram
utilizadas para as determinaccedilotildees realizadas na parte aeacuterea procedendo-se uma amostra
de solo com raiacutezes de 2 0 cm de largura x 2 0 cm de comprimento e 2 0 cm de altura
totalizando 8000 cm3
As raiacutezes apoacutes serem lavadas em aacutegua corrente foram pesadas acondicionadas em
sacos plaacutesticos e congeladas para posteriores anaacutelises pelo meacutetodo de Tennant (1975)
para a determinaccedilatildeo do comprimento e densidade
3551 Comprimento de raiz
Utilizou-se para a determinaccedilatildeo do comprimento de raiz as seguintes foacutermulas
1 = ndeg x 1114 x 1 onde
1 - comprimento de raiz de uma amostra uacutemida de 0 0 2 g
ndeg - nuacutemero de intercessotildees das raiacutezes com os lados da quadriacutecula da malha do
aparelho
1114 - constante
1 - medida lateral da quadriacutecula em cm
Tomando-se a fiacutetomassa seca e o comprimento da raiz da cada amostra
relacionou-se com a fiacutetomassa seca e o comprimento total da raiz da planta aplicando-
se a seguinte equaccedilatildeo
L = (FSR x 1) FSPA onde
L - comprimento total da raiz da planta (m)
FSR - fiacutetomassa seca de raiz
FSPA - fiacutetomassa seca da parte aeacuterea
L - comprimento de raiz de uma amostra uacutemida de 002g
3552 Densidade de raiz
A densidade foi determinada pela foacutermula
D = L 8000 onde
D - densidade de raiacutezes (m cm3)
30
L - comprimento total de raiacutezes (m)
8 0 0 0 - volume da amostra (cm3)
3553 Razatildeo parte aeacutereasistema radicular
Este paracircmetro foi obtido pela equaccedilatildeo
RPASR = FSPA FSR onde
RPASR - razatildeo parte aeacuterea sistema radicular
FSPA - fitomassa seca da parte aeacuterea
FSR - fitomassa seca do sistema radicular
36 Determinaccedilatildeo de macronutrientes no tecido vegetal
Os macronutrientes nitrogecircnio foacutesforo potaacutessio caacutelcio e magneacutesio foram
determinados no laboratoacuterio de Fertilidade e Anaacutelise de Plantas do Departamento de
Solos da UFPel atraveacutes dos meacutetodos descritos por Tedesco amp Gianello (1996)
31
4 RESULTADOS E DISCUSSAtildeO
41 Anaacutelise das variaacuteveis
A anaacutelise da variaccedilatildeo mostrou que houve diferenccedila significativa na interaccedilatildeo entre
os fatores de adubaccedilatildeo de base e biofertilizantes liacutequidos com exceccedilatildeo da variaacutevel altura
de planta para a qual somente a adubaccedilatildeo de base mostrou-se significativa (Apecircndices
C D e E Tabelas 1C 1D e 1E)
411 Anaacutelise da parte aeacuterea
Na Tabela 1 destacaram-se as adubaccedilotildees EC+SM+U+CB EC+MB4 +U+CB e EC
que diferiram significativamente das demais adubaccedilotildees para as variaacuteveis fiacutetomassa
fresca da parte aeacuterea (FFPA) fiacutetomassa seca da parte aeacuterea (FSPA) altura de planta
(AP) e diacircmetro do colo (DC)
32
TABELA 1 Produccedilatildeo de fitomassa fresca e seca (g) da parte aeacuterea altura de planta
(cm) e diacircmetro de colo (mm) de mudas de cebola Petrolini cultivadas
sob uma perspectiva agroecoloacutegica Pelotas-RS 2003
BIOFERTILIZANTES LIacuteQUIDOSADUBACcedilAtildeO S Magro + MB4 +DE BASE Urina + Calda Urina + Calda Testemunha
Bordalesa Bordalesa
30 t ha de vermicomposto 7015 c A45 t halsquo de vermicomposto 7824 b B60 t ha de esterco de curral 12248 a C
30 t ha de vermicomposto 667 c A45 t ha de vermicomposto 752 b A60 t ha de esterco de curral 1150a C
30 t ha de vermicomposto 2975 b A45 t harsquo de vermicomposto 2775 b A60 t ha de esterco de curral 3600 a B
30 t ha de vermicomposto 631 b A45 t ha de vermicomposto 6 2 2 b B60 t ha de esterco de curral 741 a C
-Fitomassa fresca (g)----------------6270 c B 6885 b A8832 b A 6308 c C
15082 a A 13934 a BmdashFitomassa seca (g)----------------
625 c A 655 b A830 b A 607 b B
1345 a A 1262 a B-Altura de planta (cm)----------------
2950 b A 3050 b A2937 b A 2950 b A 3975 a A 3622 a B
-Diacircmetro de colo (mm)---------------592 c B 599 b B 657 b A 609 b B 819a A________ 793a B
Meacutedias seguidas pela mesma letra minuacutescula para as colunas (adubaccedilatildeo de base) e maiuacutesculas para as linhas (biofertilizantes) natildeo diferem entre si pelo teste de Duncan a 5
O efeito positivo do esterco bovino pode ser atribuiacutedo agraves melhorias nas condiccedilotildees
fiacutesicas do solo por ele proporcionado Segundo Primavesi (1982) e Compagnoni amp
Putzolu (1985) o esterco bovino apresenta propriedades condicionadoras do solo dando
agraves plantas melhores condiccedilotildees de desenvolvimento elevando sobremaneira os
conteuacutedos de fitomassa fresca das plantas que refletiratildeo nas demais respostas
agronocircmicas
Analisando as adubaccedilotildees de base em relaccedilatildeo aos biofertilizantes observa-se que
para os tratamentos 1 VB (30 t ha 1 de vermicomposto) - natildeo houve influecircncia dos
biofertilizantes para as variaacuteveis FSPA e AP enquanto destacou-se o SM+U+CB para o
DC e SM+U+CB e ausecircncia da adubaccedilatildeo liacutequida para a FFPA mostrando que o uso
dos biofertilizantes natildeo influenciou esta variaacutevel 15 VB (45 t ha 1 de vermicomposto) -
verificou-se a eficiecircncia do uso do MB4 +U+CB para as variaacuteveis FFPA e DC Para a
variaacutevel FSPA destacaram-se os dois biofertilizantes utilizados jaacute para AP natildeo houve
33
influecircncia destes EC (60 t ha 1 de esterco de curral) - em todas as variaacuteveis observadas
na tabela 5 as respostas foram significativas utilizando MB4 +U+CB
As respostas encontradas no presente trabalho para as variaacuteveis AP e FSPA foram
superiores as obtidas por Dalponte (1990) quando utilizado 0 esterco de curral para
produccedilatildeo de mudas de cebola
Segundo Filgueira (2000) os solos da regiatildeo produtora de cebola do RS satildeo
pobres em foacutesforo disponiacutevel (15 mg Kg1) necessitando portanto de adubaccedilotildees
fosfatadas elevadas As respostas aqui obtidas podem ser justificadas pelos teores de
foacutesforo contido no MB4
Follet et al (1981) citam a importacircncia do uso de compostos orgacircnicos no solo
enfatizando os estercos no sentido da decomposiccedilatildeo continuada no fornecimento de
nutrientes e na liberaccedilatildeo lenta e gradual de aacutecidos orgacircnicos influenciando a liberaccedilatildeo
do foacutesforo O que provavelmente pode ser atribuiacutedo agraves respostas encontradas no
presente trabalho para 0 tratamento Esterco de curral mais MB4 e Urina mais Calda
Bordalesa
E importante destacar que 0 sistema de produccedilatildeo de mudas de cebola sob uma
perspectiva agroecoloacutegica mostra-se eficiente quando visualmente natildeo percebe-se
diferenccedila significativa entre os tratamentos (Apecircndice F Figura 2)
Conveacutem ressaltar que quando trabalhamos com agroecologia natildeo existem
receitas nem pacotes tecnoloacutegicos prontos Cada situaccedilatildeo deveraacute ser estudada em
particular para que se faccedila recomendaccedilotildees adequadas ao ambiente local uma vez que
as plantas se adaptam ao meio estando a nutriccedilatildeo encarregada de proteger e manter o
equiliacutebrio do organismo vegetal em funccedilatildeo das alteraccedilotildees externas
E fundamental que se compreenda os princiacutepios norteadores de todo o processo
que satildeo as bases da luta por uma sociedade mais justa dentro de um mundo econocircmico e
ambientalmente mais sustentaacutevel
412 Anaacutelise do sistema radicular
Os resultados obtidos nas anaacutelises do sistema radicular (Tabela 2) mostram
diferenccedilas significativas entre as adubaccedilotildees para as variaacuteveis fitomassa fresca de raiz
(FFR) fitomassa seca de raiz (FSR) comprimento de raiz (CR) razatildeo parte
aeacutereasistema radicular (RPASR) e densidade de raiz (DR)
34
TABELA 2 Produccedilatildeo de fitomassa fresca e seca (g) comprimento (cm) e densidade de
raiacutezes (m cm3) de mudas de cebola Petrolini cultivadas sob uma
perspectiva agroecoloacutegica e razatildeo parte aeacutereasistema radicular Pelotas-
RS 2003
BIOFERTILIZANTES LIacuteQUIDOSADUBACcedilAO DE BASE
S Magro + MB4 +Urina + Calda Urina + Calda Testemunha
Bordalesa Bordalesa
de vermicomposto de vermicomposto de esterco de curral
de vermicomposto de vermicomposto de esterco de curral
de vermicomposto de vermicomposto de esterco de curral
de vermicomposto de vermicomposto de esterco de curral
1540 c A 1576 b B 2427 a A
Fitomassa fresca (g)----------------1502 c B 1517 b AB 1658 b A 1446 c C 2336 a B 2360 a B
--------------------Fitomassa seca (g)-------------------196 b A 207 ab A 170 b A170 b A 199 b A 192 b A 344 a A 249 a B 327 a A
Comprimento de raiz(cm)---------------1237 b A 1158 b A 1158 a A1237 b A 1060 c B 1040 b B1433 a A 1296 a B 1040 b C
30 t ha 45 t ha 60 t ha
30 t ha 45 t ha 60 t ha
30 t halsquo 45 t ha 60 t ha
30 t ha 45 t ha 60 t ha
30 t ha de vermicomposto 45 t ha de vermicomposto60 t ha~ de esterco de curral__________________________ _________________________Meacutedias seguidas pela mesma letra minuacutescula para as colunas (adubaccedilatildeo de base) e maiuacutesculas para as linhas (biofertilizantes) natildeo diferem entre si pelo teste de Duncan a 5
-----Razatildeo Parte AeacutereaSistema Radicular------340 b AB 301c B 384 a A446 a A 415 b A 326 a B339 b B 546 a A 388 a B
-------------- Densidade de raiz (m cm3)------------367 a AB 414 a A 325 b B282 b B 301b B 405 a A347 ab A 231c B 324 b A
Em relaccedilatildeo agraves adubaccedilotildees de base destacou-se o EC (60 t ha 1 de esterco de curral)
para as variaacuteveis FFR e FSR Quando adicionado o SM+U+CB os resultados para FFR
foram ainda melhores bem como o CR As respostas obtidas para a RPASR foram
variadas em relaccedilatildeo agraves adubaccedilotildees apresentando melhores resultados para 15 VB (45 t
ha 1 de vermicomposto)+SM+U+CB e ainda melhor para EC (60 t ha 1 de esterco de
curral)+MB4 +U+CB As adubaccedilotildees de base 1 VB 15 VB e EC natildeo diferiram entre si
As adubaccedilotildees mais eficientes para a variaacutevel DR foram 1 VB+SM+U+CV que natildeo
diferiu da EC+SM+U+CB I VB+ MB4 +U+CB e agrave 15 VB foram melhores entre as
demais
35
Analisando os biofertilizantes em relaccedilatildeo a cada adubaccedilatildeo de base verifica-se que
para a 1 VB (30 t ha 1 de vermicomposto)+SM+U+CB destaca-se a variaacutevel FFR
poreacutem sem diferenccedila significativa de 1 VB os melhpres resultados para a variaacutevel DR
foram encontrados pelo tratamento 1 VB+MB4 +U+CB e 15 VB (45 t ha 1 de
vermicomposto) tambeacutem se considera eficiente o 1 VB+SM+U+CB que natildeo diferiu do
EC (esterco de curral) Quando se utilizou 15 VB+ MB4 +U+CB houve resposta
significativa para a variaacutevel FFR para FSR as respostas natildeo foram diferentes com a
aplicaccedilatildeo dos biofertilizantes para as variaacuteveis FSR e DR as adubaccedilotildees EC e
EC+SM+U+CB natildeo diferiram entre si
Embora as respostas estatiacutesticas tenham sido diferentes para as adubaccedilotildees
combinadas ou natildeo pode-se salientar a importacircncia do aacutecido indol-aceacutetico como jaacute
citado anteriormente para as variaacuteveis avaliadas na parte aeacuterea das mudas de cebola
Respostas semelhantes nesse sentido foram encontradas para a cultura da alface por
Quijano (1999) e Morselli (2001)
Pereira et al (2002) concluiacuteram em trabalho realizado com a cultivar de cebola
CNPF1 6400 em Minas Gerais que a utilizaccedilatildeo de 20 t ha de esterco de curral
proporcionou os melhores resultados para a produccedilatildeo de cebola
Silva Juacutenior amp Giorgi (1992) e Menezes Juacutenior (1998) citam que doses elevadas
de mateacuteria orgacircnica podem prejudicar a primeira fase da germinaccedilatildeo (embebiccedilatildeo) e
absorccedilatildeo de aacutegua pelas raiacutezes das placircntulas No entanto no presente trabalho este fato
natildeo ocorreu embora a dose de esterco utilizada tenha sido de 60 t ha 1 (dose maacutexima
recomendada segundo Nolla 1982)
413 Anaacutelise de macronutrientes no tecido vegetal
Os resultados dos conteuacutedos de nitrogecircnio foacutesforo potaacutessio caacutelcio e magneacutesio no
tecido vegetal sob diferentes adubaccedilotildees encontrados na Tabela 3 indicam mais uma
vez a superioridade da adubaccedilatildeo esterco com 0 uso ou natildeo de biofertilizantes
36
TABELA 3 Conteuacutedos (mg planta1) de nitrogecircnio foacutesforo potaacutessio caacutelcio e
magneacutesio no tecido vegetal de mudas de cebola Petrolini cultivadas sob
uma perspectiva agroecoloacutegica Pelotas-RS 2003
BIOFERTILIZANTES LIacuteQUIDOS i J B
ADUBACcedilAtildeO S Magro + MB4 +DE BASE Urina + Calda Urina + Calda Testemunha
Bordalesa Bordalesamg plantas1
---- Nitrogecircnio-----30 t ha de vermicomposto 16593 c AB 15451 c B 19050 b A45 t ha de vermicomposto 21444 b A 22888 b A 17852 b B60 t ha de esterco de curral 32606 a C 37593 a B 40816 a A
--------------- ------ Foacutesforo------- -------------30 t ha de vermicomposto 3098 c B 2802 c B 3999 b A45 t ha de vermicomposto 4109 b A 4135 b A 2788 c B60 t ha de esterco de curral 5300 a B 7577 a A 7565 a A
------- Potaacutessio------30 t ha de vermicomposto 24327 c A 19900 c B 24965 b A45 t ha de vermicomposto 29113b A 29812 b A 22031 b B60 t ha de esterco de curral 44070 a B 51976 a A 54101 a A
-------- Caacutelcio-------30 t ha de vermicomposto 5027 c A 4356 c A 4834 b A45 t ha de vermicomposto 6114b A 6963 b A 4379 b B60 t ha de esterco de curral 9030 a C 11451 a A 10331 a B
------Magneacutesio-----30 t ha de vermicomposto 1188 b A 914 c A 1202 b A45 t ha de vermicomposto 1231 b B 1582 b A 1176 b B60 t ha de esterco de curral 2136a B 2443 a A 2663 a AMeacutedias seguidas pela mesma letra minuacutescula para as colunas (adubaccedilatildeo de base) e maiuacutesculas para as linhas (biofertilizantes) natildeo diferem entre si pelo teste de Duncan a
Em relaccedilatildeo agraves adubaccedilotildees de base observa-se que o melhor tratamento foi o
esterco de curral para todas as variaacuteveis Para 1 VB (30 t ha^ 1 de vermicomposto) natildeo
houve resposta diferenciada com o uso de bofertilizantes para todas as variaacuteveis A
adubaccedilatildeo 15 VB (45 t ha 1 de vemicomposto) foi influenciada pelos biofertilizantes
para as variaacuteveis N P K e Ca enquanto que para Mg somente o MB4+U+CB o
influenciou O EC (esterco de curral) mostrou diferenccedila significativa apenas para as
variaacuteveis Ca e Mg quando adicionado MB4+U+CB
Segundo Peixoto (2000) eacute fundamental a adiccedilatildeo de adubos orgacircnico no cultivo de
hortaliccedilas seja na forma de esterco decomposto composto ou huacutemus de minhoca de
37
modo a fornecer melhorias nas propriedades do solo vindo a disponibilizar os nutrientes
as diferentes culturas
O esterco fresco conteacutem muita cama celuloacutesica e um elevado teor de aacutegua No
esterco curtido a celulose jaacute estaacute decomposta o teor de aacutegua estaacute reduzido agrave metade e os
nutrientes em uma forma mais assimilaacutevel e mais concentrada O esterco fresco pode
causar uma deficiecircncia temporaacuteria de nitrogecircnio no solo ao se decompor o que natildeo
acontece com o biestabilizado (Kiehl 1985)Ocorre uma diminuiccedilatildeo inicial no volume
de aacutegua retido no esterco de curral diminui inicialmente em tomo de 3581 liberando
posteriormente somente 496 evidenciando a sua capacidade de retenccedilatildeo de aacutegua
(Menezes Juacutenior 1998)
A utilizaccedilatildeo continuada de adubos nitrogenados minerais no solo altera o balanccedilo
do nitrogecircnio entre o solo e planta No meacutetodo biodinacircmico eacute sublinhada a importacircncia
dos adubos animais para o estabelecimento da fertilidade permanente dos solos (Koeff
et al 1983)
Para Guimaratildees (1997) os benefiacutecios que a mateacuteria orgacircnica imprime ao solo
principalmente melhorando a produtividade fertilidade e a influencia que as substancias
huacutemicas exercem sobre o ambiente dependem da qualidade e do teor de mateacuteria
orgacircnica do solo Estas substacircncias por conterem nutrientes em sua constituiccedilatildeo em uma
forma mais disponiacutevel para as plantas promovem um equiliacutebrio no ambiente no solo
(Kononova 1966)
Aproximadamente de 60 a 70 do total de carbono do solo ocorre na forma de
materiais huacutemicos (Griffith amp Schnitzer 1975) sendo a eles atribuiacutedo a manutenccedilatildeo da
bioestrutura do solo aumentando a capacidade de retenccedilatildeo de aacutegua (Brady 1999)
Conforme Compagnoni amp Putzolu (1985) os estercos bem como os demais
resiacuteduos orgacircnicos apresentam conteuacutedos diferentes de aacutecidos huacutemicos e fuumllvicos sendo
atribuiacutedo ao acido huacutemico uma accedilatildeo fitoestimulante semelhante aos fitohormocircnios por
favorecer o desenvolvimento do sistema radicular e crescimento do caule
Em trabalho realizado por Guimaratildees (1997) foi encontrado para aacutecidos huacutemicos
de esterco bovino uma relaccedilatildeo CN 1035 e para vermicomposto bovino 17
evidenciando que o esterco quando aplicado ao solo por apresentar uma relaccedilatildeo CN
proacutexima deste reage mais facilmente liberando nutrientes para as plantas sem alterar a
cadeia troacutefiacuteca Dados encontrados no presente trabalho demonstram a eficiecircncia do
esterco nesse sentido
38
De acordo com Morselli (2001) vaacuterios trabalhos citam comentam e discutem a
capacidade dos vermicompostos em proporcionar oacutetimas colheitas e favorecer a
precocidade das plantas cultivadas Poreacutem muitas vezes se observa que mesmo
suprindo essas plantas com nutrientes necessaacuterios atraveacutes de huacutemus de diferentes fontes
as respostas natildeo satildeo as mesmas para uma mesma cultivar
Por outro lado os resultados com o uso de substacircncias huacutemicas satildeo variaacuteveis e
dependem aleacutem da espeacutecie testada das substacircncias huacutemicas utilizadas sua
concentraccedilatildeo o grau de purificaccedilatildeo e das condiccedilotildees experimentais A resposta das
plantas aos aacutecidos huacutemicos e fuacutelvicos eacute dependente da mateacuteria prima original e da
espeacutecie vegetal pois materiais orgacircnicos diferentes apresentam aacutecidos huacutemicos e
fuacutelvicos diferentes (Businelli 1990)
Justificam-se os maiores conteuacutedos de nitrogecircnio foacutesforo potaacutessio e caacutelcio nas
adubaccedilotildees 15 VB (45 t ha 1 de vermicomposto) e biofertilizantes devido
provavelmente ao vermicomposto utilizado apresentar na sua constituiccedilatildeo teores
consideraacuteveis destes elementos aleacutem do que os biofertilizantes possam ter influenciado
na absorccedilatildeo atraveacutes de sua constituiccedilatildeo Tibau (1984) considera que a urina de vaca eacute
rica em aacutecido indol-aceacutetico e este influencia na absorccedilatildeo radicular O efeito positivo
deste tratamento provavelmente seja devido agrave quantidade aplicada
O biofertilizante que se destacou foi o MB4+U+CB em relaccedilatildeo ao EC (esterco de
curral) e eacute somente para a variaacutevel caacutelcio Isto provavelmente seja devido ao alto teor
deste elemento encontrado na sua constituiccedilatildeo (6872 g Kg1) e pela influecircncia positiva
que a calda bordalesa exerce no metabolismo das plantas atraveacutes dos nutrientes
contidos em sua formulaccedilatildeo O Ca controla a absorccedilatildeo radicular e retorna ao solo pelo
esterco e palhas por apresentar-se em maior quantidade em folhas e caules Depois de
localizado nas folhas fica imoacutevel favorecendo a resistecircncia da planta ao ataque de
fungos
Este trabalho avanccedila no estudo da agroecologia estando claro que todos os
criteacuterios tem caraacuteter dinacircmico de adequaccedilatildeo as mudanccedilas de um sistema de produccedilatildeo
em evoluccedilatildeo contribuindo na transiccedilatildeo para um padratildeo sustentaacutevel Cabe a pesquisa a
reorientaccedilatildeo para um enfoque ldquosistecircmicordquo isto eacute que permita integrar os diversos
componentes de um agroecossistema e a adoccedilatildeo de poliacuteticas puacuteblicas que promovam 0
fortalecimento e a expansatildeo da agricultura familiar
39
5 CONCLUSOtildeES
Considerando os resultados obtidos e as condiccedilotildees em que o estudo foi realizado
conclui-se que
bull As respostas agronocircmicas das mudas de cebola para os paracircmetros avaliados
satildeo mais satisfatoacuterias com a aplicaccedilatildeo de esterco de curral como adubaccedilatildeo de
base
bull Os biofertilizantes mais urina de vaca e calda bordalesa proporcionam
respostas satisfatoacuterias quando aplicados associados agraves adubaccedilotildees de base
bull O biofertilizante MB4 mais urina de vaca e calda bordalesa eacute mais eficiente
que o super magro mais urina e calda bordalesa quando aplicado associado agrave
adubaccedilatildeo de base esterco de curral para os conteuacutedos de fitomassa secae
fresca da parte aeacuterea das plantas altura e diacircmetro de colo das mudas de
cebola
bull Os biofertilizantes adicionados agrave adubaccedilatildeo de base 45 t harsquo 1 de vermicomposto
bovino mostram respostas significativas para os conteuacutedos de fitomassa seca
bull Os maiores conteuacutedos nutricionais para as mudas de cebola satildeo
proporcionados pela adubaccedilatildeo de base esterco de curral
bull A maior absorccedilatildeo de caacutelcio pelas mudas de cebola ocorre quando da adiccedilatildeo do
biofertilizante MB4 mais urina e calda bordalesa agrave adubaccedilatildeo de base esterco de
curral
40
6 REFEREcircNCIAS BIBLIOGRAacuteFICAS
ALDRIGHI CB ABREU CM PAGLIA AG MORSELLI TBGA FERNANDES HS Efeito da aplicaccedilatildeo de biofertilizante e urina de vaca em mudas de tomateiro Horticultura Brasileira v20 n2 julho 2002 Suplemento 2
ALTIERI M NICHOLLS C I Agroecologia Teoria praacutectica para umaAgricultura Sustentable Ia ed PNUMA 2000 Cap 2 4 Seacuterie textos baacutesicos para la formacioacuten ambiental
ALTIERI M Agroecologia bases cientiacuteficas para uma agricultura sustentaacutevelGuaiacuteba Agropecuaacuteria 2002 592 p
ANTONIOLLI Z I GIRACCA E M N CARDOSO S J T WIETHAN M M S FERRI M Iniciaccedilatildeo agrave Minhocultura Criaccedilatildeo em Cativeiro e Vermicompostagem Santa Maria UFSM 1996 p59-89
BAYER C MIELNICZUC J Dinacircmica e funccedilatildeo da mateacuteria orgacircnica In SANTOS G de A S e CAMARGO F A de O (ed) Fundamentos da mateacuteria orgacircnica do solo ecossistemas tropicais e subtropicais Porto Alegre Genesis 1999 p 3-23
BARRETTO D X Composto Orgacircnico In Praacutetica em Agricultura Orgacircnica Satildeo Paulo iacutecone Ed Ltda 1985 p 51-63
BETTIOL W Alguns produtos alternativos para o controle de doenccedilas de plantasem agricultura orgacircnica II Ciclo de palestras sobre agricultura orgacircnica Instituto Bioloacutegico Satildeo Paulo p52-63 1997
41
BETTIOL W TRACH R GALVAtildeO JAH Controle de doenccedilas de plantas com biofertilizantes Jaguariuacutena EMBRAPA-CNPMA 1997 22p (EMBRAPA- CNPMA Circular Teacutecnica 02)
BRADY N C Natureza e propriedades dos sotos Rio de Janeiro Freitas BastosS A 1979 647p
BRADY N C Organisms and ecology of the soil In The nature of properties of soils Simon amp Schuster A Viacon Company New Jersey1999 402-489p
BON1LLA J A Fundamentos da Agricultura Ecoloacutegica Sobrevivecircncia eQualidade de Vida Satildeo Paulo Nobel 1992
BUREacuteS S Substratos Ediciones Agroteacutecnicas S L Madrid Octubre 1997
BUS1NELLI M Chemical Composition and Enzymic Activity of some Worm Cast Plant Soil v 80 p 1-2 1990
CALEGARI A Espeacutecies para cobertura de solo In IAPAR (Instituto Agronocircmico de Paranaacute) Plantio Direto pequena propriedade sustentaacutevel organizador Moacir Darolt Londrina - PR 1998 65-93
CAMARGO P N D Manual de Adubaccedilatildeo Foliar Satildeo Paulo Herba 1975
CAPRA F A Teia da Vida Satildeo Paulo Cultrix 1997 256p
CAPRA F O Ponto de Mutaccedilatildeo 22 ed Satildeo Paulo Cultrix 2001 447p
CHABOUSSOU F Plantas doentes pelo uso de agrotoacutexicos (A Teoria da Trofobiose) Porto Alegre LPM 1987 253 p
CLARO S A Referencias tecnoloacutegicos para a agricultura familiar ecoloacutegica aexperiecircncia da Regiatildeo Centro-Serra do Rio Grande do Sul Porto Alegre EMATERRS-ASCAR 2001 250p
CLIVELA G Diagnoacutestico Agronocircmico da cebola no Rio Grande do Sul Porto Alegre EMATERRS 1995 8 6 p
COMISSAtildeO DE FERTILIDADE DO SOLO - RSSC Recomendaccedilotildees de adubaccedilatildeo e calagem para os estados do Rio Grande do Sul e Santa Catarina 3 ed Passo Fundo SBCS - Nuacutecleo Regional Sul 1995 223p
COMPAGNONI L PUTZOLU G Cria moderna de Ias lombrices y utilizacioacutenrentable dei humus Barcelona Editorial de Vecchi- SA 1985127p
COSTABEBER J A MOYANO E Transiccedilatildeo agroecoloacutegica e accedilatildeo social coletiva Agroecologia e Desenvolvimento Rural Sustentaacutevel Porto Alegre v l n4 p 50- 60 outdez 2 0 0 0
42
COSTA M B B da Adubaccedilatildeo orgacircnica Nova siacutentese e novo caminho para aagricultura Satildeo Paulo Ed iacutecone Ltda 1985 102p
COSTA NETO C Agricultura Sustentaacutevel Tecnologias e Sociedade In CARVALHO COSTA LF et al (org) Mundo Rural e Tempo Presente Rio de Janeiro Mauad 1999
DrsquoAG0ST1NI R L FANTINI A C Produccedilatildeo orgacircnica tambeacutem socialmente excludente Agroecologia e Desenvolvimento Rural Sustentaacutevel Porto Alegre v3 n l p57-61 2002
DALPONTE J C V Utilizaccedilatildeo de materiais orgacircnicos e fertilizante mineral na produccedilatildeo e qualidade de mudas e bulbos de cebola (Alliurn Cepa L) Pelotas-RS 1990 (Mestrado em Agronomia) - Faculdade de Agronomia Eliseu Maciel UFPel 1990
DEBARBA J F THOMAZELLI L F GANDIN C L SILVA E Cadeias produtivas do Estado de Santa Catarina Cebola Florianoacutepolis Epagri 1998 115 p (EPAGRI Boletim Teacutecnico 96)
DUFOUR F Os saacutebios loucos do agro-alimentar Le Monde Diplomatique ano 1 n4 p6-7 1999 (ed portuguesa)
EHLERS E Agricultura Sustetaacutevel Origem e perspectivas de um novo paradigma 2 ed Guaiacuteba Agropecuaacuteria 1999 157 p
FILGUEIRA F A R Novo Manual de olericultura agrotecnologia moderna na produccedilatildeo e comercializaccedilatildeo de hortaliccedilas Viccedilosa UFV 2000 402 p
FRASER G K Mateacuteria Orgacircnica Del Suelo In BEAR F E (ed) Quiacutemica dei Suelo Madrid Ed Agrociencia 1963
FOLLET R H MURPHY L S DONAHUE R L Fertilizers and soil amendments New Jersey Printice-Hall Inc 1981 557p
GARCIA A Revista dei Espacio Rural Georgica Zaragoza Escuela Politeacutecnica de Huesca n5 1997
GARCIA A Versatildeo preliminar de um Programa Estadual de Produccedilatildeo e Comercializaccedilatildeo de Bulbos e Sementes de CebolaEMBRAPAIPAGROMARAEMATER 6 8 pbdquo 1990 (Publicaccedilatildeo avulsa)
GIORGETT1 J R Produccedilatildeo e Comercializaccedilatildeo de Mudas de Tomate In Encontro Nacional de Produccedilatildeo e Abastecimento de Tomate 2 1991 Jaboticabal Satildeo Paulo Anais Jaboticabal UNESP 1991 p 242-244
GLIESSMAN S R Agroecologia Processos ecoloacutegicos em agricultura sustentaacutevelPorto Alegre Universidade Federal do Rio Grande do Sul - UFRGS 2000 653p
43
GLIESSMAN S R TURRIALBA C R Agroecologia Procesos Ecoloacutegicos en Agricultura Sostenible CATIE 2002 p 3-14
GNOATTO S C Caracterizaccedilatildeo quiacutemica de vermicompostos de diferentes substratos orgacircnicos Pelotas-RS 1999 38 f (Mestrado em Agronomia - Solos) - Faculdade de Agronomia Eliseu Maciel UFPel 1999
GOMES J C C BORBA M F S A moderna crise dos alimentos oportunidade para a agricultura familiar Emater Porto Alegre julset 2000 Disponiacutevel em lthttpwwwematertchebrdocsagroecorevistan313-artigo3htmgtAcesso em 24 fev 2002
GOMEZ H W Desenvolvimento sustentaacutevel agriacutecola e capitalismo In Desenvolvimento sustentaacutevel Necessidade eou disponibilidade Santa Cruz do Sul Nobel - UNISC 1997 p 65-77
GONZAacuteLEZ DE MOLINA M SEVILLA GUZMAacuteN E Ecologia campesinado e historia Para una reinterpretacioacuten dei desarrollo dei capitalismo en la agricultura In SEVILLA GUZMAacuteN E GONZAacuteLEZ DE MOLINA M (ed) Ecologia campesinado e historia Madrid La Piqueta 1993 p 23-129
GRIFFITH S A SCHNITZER M Analytical characteristic of humic and fulvic acids extracted from tropical volcanic soils Soil Sei Soc Am Proc v 39 p361-367 1975
GUIMARAtildeES E Caracterizaccedilatildeo quiacutemica estreptoscoacutepica e por anaacutelise teacutermica de aacutecidos huacutemicos e vermicompostos obtidos de estercos de diferentes animaisCuritiba 1997 Dissertaccedilatildeo (Mestrado em Quiacutemica) Universidade Federal do Paranaacute 1997
HESS A F Sociedade e meio ambiente uma relaccedilatildeo ambiacutegua Revista Cientiacutefica Rural Bageacute v 4 n2 p 167-1741999
ICEPA-SC Informes conjunturais sobre a cultura da cebola Disponiacutevel em lthttpwwwicepa combrgt Acesso em 23 jan 2003
JONES H A MANN L K Onions and their allies New York Interscience Publishers 1962 286 p
JUacuteNIOR H A de MAIORANO J A Receitas obtidas de extratos de plantasCampinas CATITerra Viva [199-] 10 f
KHATOUNIAN C A Ciclo de Palestras sobre Agricultura Orgacircnica 2a Ed SatildeoPaulo Fund Cargill 1997 149 p
KIEHL E J Fertilizantes Orgacircnicos Satildeo Paulo Ed Agronocircmica Ceres Ltda 1985 492p
44
KOEFF H H PETTERSSON B D SHAUMANN W Vida Vegetal solos e adubaccedilatildeo In Agricultura Biodinacircmica Satildeo Paulo Nobel 1983 p92-149
KONONOVA M M Soil organic matter The importance o f organic matter in soil formation and soil fertility New York Pergamqn Press 1961 p 165-200
KUHN T A Estrutura das Revoluccedilotildees Cientiacuteficas Satildeo Paulo Perspectiva 1989 257p
LANNA FCA ABREU C L ABREU J G SILVA V Resposta de cultivares de melancia cultivadas sob adubaccedilatildeo quiacutemica e orgacircnica Horticultura v 12 n l p85 1994
LEFF H Saber Ambiental Petroacutepolis Vozes 2001 343 p
MAGALHAtildeES J R Nutriccedilatildeo e adubaccedilatildeo da cebola In FERREIRA M E CASSTELLANE P D CRUZ M C P Nutriccedilatildeo e adubaccedilatildeo de hortaliccedilasPiracicaba POTAFOS 1993 p 381-393
MALAVOLTA E Elementos de nutriccedilatildeo mineral de plantas Satildeo Paulo Ed Agronocircmica Ceres Ltda 1980 251 p
MALAVOLTA E Manual de Quiacutemica Agriacutecola - Adubos e Adubaccedilatildeo 3a ed SatildeoPaulo Ed Agronocircmica Ceres Ltda 1981 606 p
MARTINEZ A A A grande e Poderosa Minhoca Jaboticabal Funep - Unesp1990 101 p
MARTINS S R Desenvolvimento e Sustentabilidade Horticultura Brasileira Brasiacutelia-DF v20 n2 julho 2002 Palestra apresentada no 42deg Congresso Brasileiro de Olericultura
MARTINS S R Limites Del Desarrollo Sostenible em Ameacuterica Latina En el marco de Ias poliacuteticas de (re)ajuste econocircmico Pelotas Editora UFPel 1997 135 P-
MARTINS S R Sustentabilidade na agricultura dimensotildees econocircmicas sociais e ambientais Revista Cientiacutefica Rural Bageacute v4 n 2 p 175-1871999
MATURANA H REZEPKA S N D E Formaccedilatildeo Humana e Capacitaccedilatildeo Rio de Janneiro Vozes 2000 8 6 p
MELLO A F SOBRINHO M O ARZOLLA S SILVEIRA R NETTO A C KIEHL J C Fertilidade do Solo Satildeo Paulo Nobel 1983
MENEZES JUacuteNIOR F O G D Caracterizaccedilatildeo de Diferentes substratos hortiacutecolas e seu efeito na produccedilatildeo de mudas de alface e couve-flor em ambiente protegido Pelotas 1998 141 p Dissertaccedilatildeo (Mestrado em Agronomia - Produccedilatildeo Vegetal) - Faculdade de Agronomia Eliseu Maciel UFPel 1998
45
MIBASA Mineraccedilatildeo Barreto SA Melhorador de Solos MB4 A Natureza Agradece Arapiraca-AL [199-] Folder
MINAMI K Os resumos da olericultura 2000 In AZEVEDO FILHO MARTINEZ FILHO (ed) Preccedilos agriacutecolas Piracicaba ESALQ 1999 p 4
MINAMI K Produccedilatildeo de Mudas de Alta Qualidade em Horticultura Satildeo Paulo TA Queiroz 1995
MORSELLI T B G A Cultivo sucessivo de alface sob adubaccedilatildeo orgacircnica em ambiente protegidoPelotas 2001 178 p Tese (Doutorado em Agronomia - Produccedilatildeo Vegetal) Faculdade de Agronomia Eliseu Maciel UFPel 2001
MORSELLI T B G A Resiacuteduos orgacircnicos em sistemas agriacutecolas Poliacutegrafo da Disciplina de Resiacuteduos orgacircnicos em sistemas agriacutecolas Curso de Poacutes-Graduaccedilatildeo em Agronomia-Produccedilatildeo Vegetal UFPel 2002
MULLER AM Efeitos da Aplicaccedilatildeo Foliar de um Biofertilizante Enriquecido no Estado fitossanitaacuterio de Tomate Ervilha e Beterraba Sob Manejo OrgacircnicoDissertaccedilatildeo (Mestrado no Programa de Poacutes-Graduaccedilatildeo em Agroecossistemas)1999 (Resumo)
NOLLA D Erosatildeo do Solo - O grande desafio Estado do Rio Grande do Sul SEAGRI desenvolvimento de recursos naturais renovaacuteveis 1982 412 p
PAGLIA AG MORSELLI TBGA PEIL RMN Teores de nutrientes pH e condutividade eleacutetrica da aacutegua em sistema ldquofloat^ngrdquo sob adiccedilatildeo de biofertilizantes Horticultura Brasileira v 20 n2 julho 2002 Suplemento 2
PAULUS G MULLER A BARCELLOS LAR Agroecologia aplicada praticas e meacutetodos para uma agricultura de base ecoloacutegica 2ed ver ampl Porto Alegre EMATERRS 2001 8 6 p
PEIXOTO R T dos G Composto orgacircnico aplicaccedilotildees benefiacutecios e restriccedilotildees de uso Horticultura Brasileira Brasiacutelia-DF v 18 p 56-64 julho 2000
PENTEADO SR Defensivos Alternativos e Naturais Satildeo Paulo 1999 95 p
PEREIRA AJ SOUZA RJ PEREIRA WR Efeito de diferentes doses de esterco de galinha e de curral sobre a produccedilatildeo de cebola Horticultura Brasileira v20 n2 julho 2002 Suplemento 2
PINHEIRO S BARRETO SB MB-4 agricultura sustentaacutevel trofobiose e biofertilizantes Fundaccedilatildeo Juquira CandiruMibasa 2000 273 p
PRIMAVESI A Agricultura Sustentaacutevel Satildeo Paulo Nobel 1992 142 p
PRIMAVESI A O manejo ecoloacutegico do solo Agricultura em regiotildees tropicais SatildeoPaulo Nobel 1982 541 p
46
PURCINO A A C ldquoNitrogecircniordquo Informe Agropecuaacuterio Belo Horizonte v7 n81 p 16-27 1981
QUIJANO F G Efeito da adubaccedilatildeo orgacircnica no desenvolvimento de duas cultivares de alface em ambiente protegido Pelotas 1999 116f Dissertaccedilatildeo (Mestrado em Agronomia - Produccedilatildeo Vegetal) Faculdade de Agronomia Eliseu Maciel UFPel 1999
RODRIGUES A N N Efeitos e residuais de superfosfato triplo sobre o rendimento de mateacuteria seca e absorccedilatildeo de foacutesforo pela aveia (Avena strigosa Schob) em solo Podzoacutelico Vermelho Escuro Porto Alegre 1984 59f Dissertaccedilatildeo (Mestrado em Agronomia) - Faculdade de Agronomia UFRGS 1984
RODRIGUES E T CASALI V W D Respostas da alface agrave adubaccedilatildeo orgacircnica II Teores conteuacutedos e utilizaccedilatildeo de macronutrientes em cultivares Rev Ceres Viccedilosa v 45 n 261 p 437-449 1998
SAMINEcircS T C O Produccedilatildeo orgacircnica de alimentos Horticultura Brasileira Brasiacutelia-DF v 17 n3 novembro 1999
SCHIEDECK G Ambiecircncia e resposta agronocircmica de meloeiro (Cucumis melo L) cultivado sob adubaccedilatildeo orgacircnica em ambiente protegido Pelotas lOOp Tese (Doutorado em Agronomia - Produccedilatildeo Vegetal) - Faculdade de Agronomia Eliseu Maciel UFPel 2002
SILVA JUacuteNIOR A A GIORGI E Substratos alternativos para a produccedilatildeo de mudas de tomate Agropecuaacuteria Catarinense Florianoacutepolis EPAGRI 1992 23 p
SILVA JUacuteNIOR A A MACEDO S G STUKER H Utilizaccedilatildeo de esterco de peru na produccedilatildeo de mudas de tomateiro Florianoacutepolis EPAGRI 1995 28 p (Boletim Teacutecnico 73)
TAGLIARI PS GRASSMANN H Minhoca a grande aliada da agricultura Agropecuaacuteria Catarinense v8 n l p 11-14 mar 1995
TEDESCO M J GIANELLO C Anaacutelises de solo plantas e outros materiais Porto Alegre Faculdade de Agronomia Departamento de Solos Universidade Federal do Rio Grande do Sul RS 1996
TENNANT D A Test of modified line intersect method of estimating root lenght Journal Ecology Oxford v 63 p 995-1001 1975
TIBAU A O Mateacuteria Orgacircnica do Solo Mateacuteria Orgacircnica e Fertilidade do SoloSatildeo Paulo Nobel 1984 p49-182
TIMM P J Anaacutelise comparativa dos sistemas de plantio convencional e cultivo miacutenimo de cebola sob adubaccedilatildeo orgacircnica e mineral Pelotas 2000 79 p Dissertaccedilatildeo (Mestrado em Agronomia - Produccedilatildeo Vegetal) - Faculdade de Agronomia Eliseu Maciel UFPel 2000
47
VALENZUELA HR CROSBY C Effect of compost applications on the yield of several vegetables in long-term organic farming experiments conduced in the tropics American Society Horticultural Science v33 n3 june 1998
VIGLIZZO E (ed) Subprograma Recursos Naturais y Sostenibilidad Agriacutecola documento marco Montevideo IICAPROCISUR 1995 p 75 - 78
WE1D J M TARDIN J M Proposta para a Ampliaccedilatildeo do Trabalho da ASPTA no Centro Sul do Paranaacute ASPTA Disponiacutevel em http wwwpronafgovbrEncontrotestosAS20PTA20Sul20ParanE1205 202002doc Acesso em 05 mai 2002
XAVIER SIMOacuteN F DOMINGUES D G Desenvolvimento Rural Sustentaacutevel uma perspectiva agroecoloacutegica Agroecologia e Desenvolvimento Rural Sustentaacutevel Porto Alegre EM ATERRS v2 n2 p 17-26 2001
ZABALETA J P Diagnoacutestico da Agricultura Familiar em Satildeo Joseacute do Norte - RSPelotas EMBRAPA-CPACT 1998 75 p (EMBRAPA-CPACT Documentos 44)
ZONTA E P MACHADO A A SILVEIRA P Sanest Sistema de anaacutelise estatiacutestica para microcomputadores Registrado na Secretaria Especial de Informaacutetica sob nuacutemero 066060 - categoria A Pelotas-RS Universidade Federal de Pelotas 1984
48
7 APEcircNDICE
APEcircNDICE A - Anaacutelise da adubaccedilatildeo de base e biofertilizantes utilizados na produccedilatildeo de mudas de cebola
TABELA 1 A Anaacutelise baacutesica do solo antes da incorporaccedilatildeo do feijatildeo miuacutedo + papua
Arg
pH IND
SMP
MO
P - n r - Na Al Ca__10Omlmdash
Mg
ppm -
6 53 67 089 8 6 27 1 04 05 0 2
Fonte LASFAEMUFPel (2002)
TABELA 2A Anaacutelise complementar do solo antes da incorporaccedilatildeo do feijatildeo-miuacutedo + papua
Cobre Zinco Manganecircs Ferro
(m v1)
04 05 26 007
Fonte LASFAEMUFPel (2002)
49
TABELA 3A Anaacutelise dos fertilizantes soacutelidos
Amostra pH limidade CN
C N P K Ca Mg
- g-ivg --
Cama de 849 2491 12 31042 2479 3888 3405 29875 463
aves
Esterco 74 3594 11 677 590 157 134 335 214
de curral
Huacutemus 684 5738 14 15965 1098 453 745 743 361
Fonte LASFAEMUFPel (2002)
TABELA 4A Anaacutelise quiacutemica dos biofertilizantes liacutequidos
Amostra N P K_ccedil H
Ca Mg Cu Zn Fe Mn
mdashgL bull
S Magro
m b 4
Urina
053
1652
8 2 2
008
395
0 0 0
149
1674
471
1902
6872
0 0 0
1150
4507
1172
7273
42
033
101389
920
0 0 0
6250
19458
781
35273
1123
0 2 1
Fonte LASFAEMUFPel (2002)
50
APEcircNDICE B - Condiccedilotildees climaacuteticas do local
TABELA 1B Condiccedilotildees de temperatura do local
___________ __________TEMPERATURA (degCgt
meses Meacutedia
Maacutexima
Meacutedia
MiacutenimaMeacutedia
Maacutexima
Absoluta
Miacutenima
Absoluta
Junho 225 87 156 320 25
Julho 225 85 155 285 30
Agosto 251 71 161 360 1 0
Fonte FEPAGROSCT 2002
TABELA 2B Condiccedilotildees de chuva do local
mdash CHUVA (mm)mdash
meses Ocorrida Normal Desvio Da Normal
Junho 1080 1 1 0 -2 0
Julho 1062 98 8 2
Agosto 1283 1 2 0 83
Fonte FEPAGROSCT 2002
51
TABELA 1C Produccedilatildeo de fitomassa fresca e seca (g) da parte aeacuterea altura de planta
(cm) e diacircmetro de colo (mm) de mudas de cebola Petrolini cultivadas
sob uma perspectiva agroecoloacutegica Pelotas-RS 2003
APEcircNDICE C - Anaacutelise estatiacutestica da parte aeacuterea
Causas G1 FFPA FSPA AP DC
da variaccedilatildeo --------- Quadrados meacutedios-
Blocos 3
Ad Base 2 175359071 1287102 2547419 1 11775
Biofertilizantes 2 126876 29011 87669ns 02185ns
Ad x Biofert 4 572378 31123 69106ns 04159
Resiacuteduo 24 34456 03048 27169 00290
Total 35
Meacutedia geral 93745 8772 320388 6741
CV 1980 6294 5145 2530
Significativo a 5ns Natildeo significativo
52
TABELA 1D Produccedilatildeo de fitomassa fresca e seca (g) comprimento (cm) e densidade
de raiacutezes (m cm3) de mudas de cebola Petrolini cultivadas sob uma
perspectiva agroecoloacutegica e razatildeo parte aeacutereasistema radicular Pelotas-
RS 2003
APEcircNDICE D - Anaacutelise estatiacutestica da raiz
Causas G1 FFR FSR CR RPASR DR
da variaccedilatildeo Quadrados meacutedios---------------
Blocos 3
Ad Base 2 27874 551 623 2 1 0 140
Biofertilizantes 2 178 0 1 0 ni 1504 l03ns 038ns
Ad x Biofert 4 190 058 318 294 183
Resiacuteduo 24 005 009 028 023 0 2 1
Total 35
Meacutedia geral 1818 228 184 387 333
C V 134 1356 448 1253 1396
Significativo a 5 ns Natildeo significativo
53
APEcircNDICE E - Anaacutelise estatiacutestica dos macronutrientes da parte aeacuterea da cebola
TABELA 1E Conteuacutedos (mg planta1) de nitrogecircnio foacutesforo potaacutessio caacutelcio e
magneacutesio no tecido vegetal de mud^s de cebola Petrolini cultivadas
sob uma perspectiva agroecoloacutegica Pelotas-RS 2003
Causas G1 bull N P K Ca Mg
da variaccedilatildeo
Blocos 3
Ad Base 2 13550306 446627 25509686 1031806 59007
Biofertilizantes 2 180610ns 16564 68153ns 39006 876ns
Ad x Biofert 4 454187 45743 1047539 46950 2464
Resiacuteduo 24 29769 1453 64313 3741 439
Total 35
Meacutedia geral 24921 4597 33366 6943 1615
C V 692 829 760 880 1297
Significativo a 5 ns Natildeo significativo
APEcircNDICE F - Fotos do experimento
FIGURA 2 Mudas de cebola (Allium cepa L) produzidas sob uma perspectiva agroecoloacutegica
APEcircNDICE F a Fotos do experimento
FIGURA 1 Adubaccedilatildeo verde com feijatildeo-miuacutedo e papuatilde utilizadas no manejo do solo
FIGURA 2 Mudas de cebola (Allium cepa L) produzidas sob urna perspectiva agroecoloacutegica
8
213 O Mercado de produtos agroecoloacutegicos
O mercado de alimentos produzidos sob a orientaccedilatildeo agroecoloacutegica produzidos
sem utilizaccedilatildeo de agrotoacutexicos ou adubos minerais tem aumentado vertiginosamente em
todo o mundo Alguns dados indicam que esse segmento cresce anualmente cerca de
20 nos Estados Unidos 40 na Europa e 50 no Brasil e para comprovar tais
iacutendices basta verificar a proliferaccedilatildeo das feiras de produtores ecoloacutegicos nas cidades o
aumento dos espaccedilos para esses produtos nas gocircndolas das grandes redes de
supermercados e os movimentos ambientalistas e de consumidores que buscam uma
alimentaccedilatildeo mais saudaacutevel (Schiedeck 2002)
Sem duacutevida antes de tudo cabe salientar que a crise atual evidencia o equiacutevoco da
adoccedilatildeo de um modelo de produccedilatildeotransformaccedilatildeo que natildeo tem outra ambiccedilatildeo que natildeo a
de se adaptar agrave globalizaccedilatildeo Cabe a consideraccedilatildeo feita por Dufour (1999) de que o
mercado natildeo eacute uacutenico e monoliacutetico e portanto a produccedilatildeo social da qualidade natildeo
significa mais do mesmo (a adaptaccedilatildeo do que jaacute natildeo serve)
Na realidade pode-se identificar claramente dois mercados de natureza
fundamentalmente oposta que segundo Gomes amp Borba (2000) satildeo o de produtos
baacutesicos (leite cereais carnes brancas e vermelhas) e o de produtos elaborados
socialmente e de grande valor agregado por serem justos socialmente O mercado
mundial dos produtos baacutesicos eacute alimentado pelos excedentes agriacutecolas de grandes
produtores (Uniatildeo Europeacuteia Estados Unidos e Canadaacute) tambeacutem a soja e carne de
frango brasileira e o trigo argentino e os preccedilos nesses mercados satildeo extremamente
baixos e permaneceratildeo assim por muito tempo segundo relatos recentes do Banco
Mundial
Para produzir a preccedilos tatildeo baixos eacute necessaacuterio lanccedilar matildeo de todo tipo de
artifiacutecio como os hormocircnios os organismos geneticamente modificados as farinhas
animais esquecendo o meio ambiente e convivendo com exploraccedilotildees gigantescas
concentraccedilatildeo na posse da terra e com uma minoria de beneficiaacuterios dos programas de
ajuda puacuteblica os agromanagers (Gomes amp Borba 2000)
O mercado de produtos elaborados e de valor agregado obedece a outras regras
Mesmo que os agricultores busquem a maximizaccedilatildeo da produtividade natildeo se enfrentam
diretamente A produccedilatildeo ocorre em zonas geograacuteficas bem definidas e permite valorizar
o ldquosavoir-fairerdquo ou ldquoknow-howrdquo (em outras palavras natildeo necessariamente mas o
conhecimento ldquotradicionalrdquo) contribuindo para uma verdadeira economia local Esta eacute a
9
agricultura que ao mesmo tempo produz gera e preserva empregos Para caminhar ateacute
ela eacute necessaacuteria uma ampla alianccedila entre agricultores consumidores e movimentos
sociais para frear esta forma de ditadura dos mercados fonte do poder das
transnacionais agro-alimentares e quiacutemicas (Dufour 1999)
Por outra parte o mercado natildeo eacute linear e abstrato como querem fazer crer A
produccedilatildeo e o consumo sempre estaratildeo localizados e seratildeo realizados por produtores e
consumidores concretos isto permite falar em convenccedilatildeo ou negociaccedilotildees onde a
qualidade seja considerada na originalidade no bem comum ou na confianccedila entre pares
e colada aos produtos ainda mais quando se trata de alimentos Isto soacute seraacute possiacutevel
no local (sem ignorar o global) e levando em conta indicaccedilotildees como denominaccedilatildeo
ou indicaccedilatildeo de origem de processo ou de qualidade etc relacionados agraves
especificidades dos produtos o que tambeacutem deve ser objeto de negociaccedilatildeo para cada
lugar (eacute preciso lembrar que a participaccedilatildeo e as relaccedilotildees interpessoais satildeo determinantes
ao longo do processo) A produccedilatildeo social da qualidade eacute vista como estrateacutegia que
adquire sentido se considerada para o espaccedilo da Agricultura Familiar onde ainda eacute
possiacutevel estabelecer laccedilos de solidariedade entre produtores e consumidores (Gomes amp
Borba 2000)
De acordo com DrsquoAgostini amp Fantini (2002) tanto ou mais do que compreender a
dinacircmica de processos dos quais resultam produtos interessantes eacute compreender e
humanizar a dinacircmica de interesses sobre esses processos e produtos Os mesmos
autores dizem ainda que natildeo seria a solidariedade humana (a virtude pressuposta) que
emerge em especial na produccedilatildeo agroecoloacutegica mas sim a emergecircncia da rica
propriedade humana a generosidade que permite praticaacute-la em qualquer relaccedilatildeo entre
os homens
22 A cultura da cebola (Alliunt cepa L) e sua importacircncia
A cultura da cebola foi introduzida pelos accedilorianos no Brasil no seacuteculo XVIII nos
municiacutepio de Mostardas Rio Grande e Satildeo Joseacute do Norte no Estado do Rio Grande do
Sul (Garcia 1990) sendo a terceira hortaliccedila de maior importacircncia econocircmica para o
paiacutes (ICEPA 2003) Nas regiotildees Sul e Sudeste a cebolicultura constitui-se em atividade
socioeconocircmica de significativa relevacircncia para os Estados de Satildeo Paulo Santa
10
Catarina e Rio Grande do Sul nos quais se concentram mais de 76 da produccedilatildeo
nacional (Debarba et a i 1998)
A mais importante regiatildeo produtora do Rio Grande do Sul estaacute situada no litoral
Sul englobando os municiacutepios de Rio Grande Tavares Satildeo Joseacute do Norte e Mostardas
(Garcia 1997) e segundo ICEPASC (2003) esses quatro municiacutepios respondem por
cerca de 70 da produccedilatildeo de cebola do RS
Timm (2000) cita que cerca de 16000 famiacutelias rurais no Rio Grande do Sul tem
na cultura da cebola o seu principal meio de subsistecircncia No Municiacutepio de Satildeo Joseacute do
Norte a produccedilatildeo de cebola constitui uma atividade econocircmica quase exclusiva onde a
descapitalizaccedilatildeo dos agricultores ocasionou o abandono do meio rural por muitos deles
que acabaram por estabelecerem-se na periferia da zona urbana (Garcia 1997)
Aleacutem da descapitalizaccedilatildeo do produtor ocorrem problemas como a erosatildeo do solo
que segundo Zabaleta (1998) ocorre principalmente devido agrave accedilatildeo dos ventos fortes e
constantes caracteriacutesticos na regiatildeo sul-litoracircnea bem como a topografia plana e os
solos muito arenosos com lenccediloacuteis freaacuteticos superficiais contribuem para o
empobrecimento dos solos da regiatildeo principalmente ao se comparar com outras aacutereas
onde a cebola participa de sistemas produtivos juntamente com a produccedilatildeo leiteira o
arroz e hortaliccedilas diversas (Timm 2000)
221 Caracteriacutesticas agronocircmicas da cebola
A cebola eacute uma aliaacuteceae a planta eacute tenra atinge 60 cm de altura e apresenta folhas
tubulares e cerosas O caule verdadeiro eacute um disco comprimido na base da planta de
onde partem as folhas e raiacutezes que satildeo fasciculadas pouco ramificadas explorando um
volume de solo equivalente a um cilindro com 60 cm de altura e 25 cm de diacircmetro
(Filgueira 2000)
Cada planta apresenta 20 a 200 raiacutezes normalmente espessas (05 a 1 mm de
diacircmetro) e com pouca ramificaccedilatildeo e poucos pecirclos absorventes O crescimento eacute
vertical estendendo-se de 40 a 80 cm de profundidade Poucas raiacutezes ocupam mais de
15 cm do raio em tomo do bulbo Estas caracteriacutesticas tecircm implicaccedilotildees peculiares
quanto acirc localizaccedilatildeo e ao suprimento de nutrientes (Quanto menor o diacircmetro e maior a
ocorrecircncia de pecirclos absorventes maior seraacute a superfiacutecie de raiacutezes e consequumlentemente a
absorccedilatildeo de nutrientes (Magalhatildees 1993)
11
A fase vegetativa do ciclo da planta termina com o amadurecimento do bulbo
todavia trata-se de uma planta bienal considerando acirceu ciclo vital completo isto eacute da
semeadura ateacute a produccedilatildeo de novas sementes Apoacutes um periacuteodo invemal sob baixas
temperaturas haacute emissatildeo de um pendatildeo floral que pode alcanccedilar 150 cm de altura
terminando por uma inflorescecircncia tipo umbela simples inicialmente recoberta por
uma peliacutecula formada por centenas de pequenas flores (Filgueira 2000)
Segundo Clivela (1995) os fatores climaacuteticos de modo geral natildeo satildeo limitantes
para a produccedilatildeo de bulbos de cebola no Rio Grande do Sul Filgueira (2000) enfatiza
que no Brasil eacute uma das raras culturas oleraacuteceas nas quais o fotoperiacuteodo pode tornar-se
o fator limitante ocorrendo frustraccedilotildees da colheita caso as exigecircncias da planta natildeo
sejam satisfeitas
222 A produccedilatildeo de mudas de hortaliccedilas
As mais importantes modificaccedilotildees no sistema de produccedilatildeo nos uacuteltimos anos tecircm
sido feitas na produccedilatildeo de mudas Hoje eacute uma realidade os produtores se
especializarem em produzir mudas principalmente no Estado de Satildeo Paulo Para tanto
se busca atraveacutes da pesquisa as melhores fontes e combinaccedilotildees de substratos associados
ao sistema de produccedilatildeo conveniente para cada espeacutecie a fim de se obter melhorias na
propriedade no solo e na Olericultura (Giorgetti 1991)
O sistema agroecoloacutegico torna-se importante uma vez que a base da Horticultura
moderna eacute a produccedilatildeo de mudas de alta qualidade (Minami1995) a produccedilatildeo de mudas
de hortaliccedilas tem sido citada como a etapa mais importante do sistema produtivo (Silva
Junior et al 1995) Segundo Filgueira (2000) nesta fase natildeo se pode cometer erros
pois posteriormente seraacute mais difiacutecil de corrigi-los visto que para o cultivo da cebola a
muda refletiraacute na qualidade do bulbo
As mudas de hortaliccedilas podem ser consideradas tolerantes e natildeo tolerantes ao
transplante e dependem principalmente das condiccedilotildees ambientais necessitando de
cuidados No caso da cebola como satildeo produzidas com raiz nua os cuidados devem ser
maiores pois dependendo do estado em que se encontram mais ou menos susceptiacuteveis
aos estresses quando em contato com o campo podem resultar em desastre (Minami
1999)
A quantidade de nutrientes extraiacuteda pelas hortaliccedilas durante a fase de muda varia
em funccedilatildeo da espeacutecie da variedade ou da cultivar e do prazo necessaacuterio para a formaccedilatildeo
13
O composto humificado ou curado eacute rico em nutrientes que passaram parcialmente
da forma orgacircnica para a forma mineral assimilaacutevel pelas raiacutezes e com maior teor
coloidal que atua como fertilizante e eacute responsaacutevel pela capacidade melhoradora do
solo (Barreto 1985)
Uma das principais alternativas em termos de adubaccedilatildeo orgacircnica eacute o
vermicomposto Ele eacute um adubo orgacircnico estaacutevel rico em nutrientes inodoro de
coloraccedilatildeo escura obtido a partir da atividade das minhocas que potencializam a mateacuteria
prima utilizada no processo (principalmente esterco de bovino) proporcionando
diversos benefiacutecios para as plantas (Timm 2000)
231 Efeitos da adubaccedilatildeo orgacircnica no solo
O solo funciona como um organismo vivo em 1 grama de solo saudaacutevel vive uma
comunidade bioloacutegica de aproximadamente 1 0 0 0 0 espeacutecies diferentes como minhocas
larvas besouros colecircmbolos aacutecaros algas bacteacuterias e fungos Estes organismos
necessitam de alimentos para viver principalmente carbono e nitrogecircnio que estatildeo
presentes na palhada das culturas e no esterco de animais Em funccedilatildeo disso eacute
importante que o solo tenha um determinado teor de mateacuteria orgacircnica para fornecer os
alimentos e energia que os microacutebios precisam para viver (Paulus et al 2001)
O homem atraveacutes dos diferentes sistemas de preparo do solo e cultivos contiacutenuos
ou natildeo altera o comportamento do mesmo em relaccedilatildeo agraves reaccedilotildees quiacutemicas
propriedades fiacutesicas como capacidade de retenccedilatildeo de aacutegua lixiviaccedilatildeo de nutrientes
erosatildeo e como consequumlecircncia afeta a qualidade de organismos presentes no solo (Brady
1999) reduzindo paulatinamente o teor de mateacuteria orgacircnica (Primavesi1982)
Nos uacuteltimos anos tem-se observado em diferentes paiacuteses a ampliaccedilatildeo do uso de
adubos orgacircnicos Alguns apresentam oacutetimos resultados enquanto outros se mostram
tecnicamente inadequados Os principais adubos orgacircnicos encontrados no mercado satildeo
fertilizantes orgacircnicos de origem animal compostos de lixo urbanos compostos de
produtos industriais e huacutemus de minhoca Nestes fertilizantes estatildeo presentes a maioria
dos macronutrientes (nitrogecircnio foacutesforo potaacutessio caacutelcio magneacutesio enxofre) e
micronutrientes (zinco cobre boro ferro cobalto)essenciais para as plantas e nem
sempre encontrados em muitos fertilizantes minerais bem como uma gama de
microorganismos que vatildeo beneficiar a fauna e a flora do solo (Brady 1979 Kiehl
1985 Costa 1985 Garcia 1997)
14
Os adubos orgacircnicos satildeo amplamente empregados nos sistemas de produccedilatildeo de
alface como condicionadores do ambiente quiacutemico e fiacutesico da rizosfera e
consequumlentemente na resposta bioloacutegica das plantas (Rodrigues amp Casali 1998)
Considerando as necessidades hortiacutecolas de maior competitividade e o fato de natildeo
ser subsidiada o crescimento populacional e a industrializaccedilatildeo representam fatores
determinantes na geraccedilatildeo diaacuteria de enormes volumes de resiacuteduos podendo ser utilizados
pelos produtores com um maior retomo econocircmico possiacutevel Ao mesmo tempo a
questatildeo ambiental assume cada vez mais destaque na sociedade moderna repercutindo
em poliacuteticas governamentais bem como no setor produtivo do paiacutes e do mundo
fazendo com que a relaccedilatildeo do homem com a natureza seja repensada (Morselli 2001)
232 Efeitos da adubaccedilatildeo orgacircnica nas culturas
Segundo Paulus et al (2001) a mateacuteria orgacircnica tambeacutem eacute fonte de nutrientes
especialmente nitrogecircnio foacutesforo enxofre e micronutrientes aleacutem disso tem
capacidade de ldquoprenderrdquo micronutrientes e alguns elementos toacutexicos para as plantas
como o alumiacutenio Por exemplo os micronutrientes depois de presos satildeo liberados
lentamente no solo onde satildeo gradativamente aproveitados pelas plantas
O uso dos fertilizantes minerais elevam o custo de produccedilatildeo pois satildeo necessaacuterias
altas doses para o fornecimento dos teores de nutrientes demandados Por isso eacute
importante a geraccedilatildeo de tecnologias que poupem o consumo de fertilizantes minerais
desejaacutevel com vista agrave diminuiccedilatildeo do custo de produccedilatildeo (Rodrigues 1984) A produccedilatildeo
de hortaliccedilas sob a orientaccedilatildeo agroecoloacutegica leva em consideraccedilatildeo natildeo apenas os custos
de produccedilatildeo como tambeacutem a dependecircncia dos insumos principalmente quando se
considera a ldquoteoria da trofobioserdquo pelos efeitos maleacuteficos que os nutrientes prontamente
assimilaacuteveis podem causar as plantas (Chaboussou 1987)
Para Compagnoni amp Putzolu (1985) o vermicomposto eacute um autecircntico fertilizante
bioloacutegico que atua como corretivo do solo determinando caracteriacutesticas importantes
para a microflora pelos aacutecidos huacutemicos e as substacircncias fitoestimulantes Os autores
consideram ainda que as dejeccedilotildees das oligoquetas proporcionam a formaccedilatildeo de huacutemus
permitindo melhorar o solo razatildeo pela qual satildeo destinados agrave horticultura com oacutetimas
vantagens fiacutesicas e microbioloacutegicas enriquecendo a camada araacutevel
Em experimentos desenvolvidos durante cinco anos para avaliar o efeito da
aplicaccedilatildeo de compostos eou adubos nas culturas de alface manjericatildeo espinafre e
15
pepino Valenzuela amp Crosby (1998) compararam as produccedilotildees obtidas com composto
e a fertilizaccedilatildeo padratildeo e concluiacuteram que a utilizaccedilatildeo do composto em 20 Mg ha 1 mais
N-quiacutemico foi o melhor tratamento em todas as culturas estudadas
233 Plantas de cobertura do solo
As plantas mais usadas para adubaccedilatildeo de cobertura do solo satildeo as leguminosas
pois estas tecircm a capacidade de fixar o nitrogecircnio atmosfeacuterico e disponibiliza-lo agrave
cultura Primavesi (1992) cita que utilizando-se mucuna ervilhaca feijatildeo-de-porco
feijatildeo-miuacutedo crotalaacuteria e outras natildeo haacute necessidade de utilizar tanto nitrogecircnio em
cobertura embora natildeo se dispense uma calagem mais frequumlente pois ocorre um pouco
de acidificaccedilatildeo no solo como com qualquer adubaccedilatildeo nitrogenada Segundo a mesma
autora algumas leguminosas tecircm a capacidade de mobilizar o foacutesforo como o caupi
(feijatildeo-miuacutedo) outras mobilizam o caacutelcio como tremoccedilo
Para Brady (1999) a adubaccedilatildeo verde traz grandes benefiacutecios como suprimento de
mateacuteria orgacircnica sendo consideraacutevel a quantidade de resiacuteduos orgacircnicos devolvidos ao
solo adiccedilatildeo de nitrogecircnio nutrientes e conservaccedilatildeo do solo
Calegari (1998) comenta que quanto aos aspectos fiacutesicos os resiacuteduos tendem a
contribuir para uma melhoria da estrutura do solo percebida pelo aumento da
estabilidade dos agregados em aacutegua aumento da capacidade de retenccedilatildeo hiacutedrica
elevaccedilatildeo dos iacutendices de infiltraccedilatildeo de aacutegua no solo aumento da porosidade melhor
aeraccedilatildeo e diminuiccedilatildeo da densidade do solo
De acordo com Timm (2000) o papuatilde eacute uma excelente alternativa como cobertura
de solo para o cultivo miacutenimo da cebola pois na eacutepoca do transplante das mudas seu
ciclo vegetativo estaacute completo natildeo necessitando o dessecamento outra vantagem eacute que
o papuatilde apresenta bom controle com relaccedilatildeo agraves plantas invasoras da cebola reduzindo
ao longo dos anos o nuacutemero de capinas e a aplicaccedilatildeo de herbicidas
234 Adubaccedilatildeo foliar
Segundo Malavolta (1981) a utilizaccedilatildeo da adubaccedilatildeo foliar eacute complemento da
adubaccedilatildeo de solo natildeo substituto da mesma no que diz respeito ao fornecimento de
nitrogecircnio foacutesforo e potaacutessio para as culturas Da mesma maneira que as raiacutezes podem
perder para o solo parte dos elementos absorvidos as folhas tambeacutem o fazem pela accedilatildeo
16
de fatores internos (desordem fisioloacutegica estado nutricional etc) e externos (chuvas
orvalho nutriccedilatildeo do sistema radicular luz temperatura etc)
Para Chaboussou (1987) as plantas adquirem o maacuteximo de resistecircncia bioloacutegica
atraveacutes da nutriccedilatildeo (trofos) equilibrada Obviamente para que isto ocorra eacute necessaacuterio
que o solo esteja em equiliacutebrio dinacircmico o ambiente seja o mais estaacutevel e as plantas
selecionadas ou melhor adaptadas para poderem suportar as alteraccedilotildees extemporacircneas
ocasionadas pelos fenocircmenos meteoroloacutegicos e nas fases fonoloacutegicas criacuteticas do
crescimento e desenvolvimento (Pinheiro amp Barreto 2000)
O lixiviado das folhas enriquece as camadas superiores do solo e tende a
contrabalanccedilar as perdas de zonas mais profundas e mais distantes acumulando-os nas
suas proximidades tambeacutem influencia o nuacutemero e o comportamento dos
microrganismos que por sua vez alteram o processo de gecircnese do solo sua textura e
fertilidade A lixiviaccedilatildeo assim se toma importante no desenvolvimento da sucessatildeo
ecoloacutegica devido agrave ciclagem de elementos (Malavolta 1980)
Conforme Camargo (1975) a utilizaccedilatildeo de adubos foliares substitui parcialmente
a adubaccedilatildeo radicular em 20 a 25 podendo ser utilizada em varias pulverizaccedilotildees
24 Vermicompostagem
E o processo que consiste em se submeter diferentes resiacuteduos orgacircnicos de
origem animal eou vegetal aos processos fermentativos e humificaccedilatildeo adicionando
minhocas do gecircnero Eiseina espeacutecie foetida ao material procurando obter um produto
curado em aproximadamente 45 - 60 dias (Compagnoni amp Putzolu 1985)
A vermicompostagem firmou-se no Brasil como atividade rentaacutevel produzindo
adubo de alta qualidade na deacutecada de 90 Na agricultura brasileira contudo haacute
preferecircncia pelos adubos quiacutemicos em funccedilatildeo de sua aquisiccedilatildeo financiada menor custo
e retomo imediato embora o impacto de seu uso contiacutenuo sobre o solo e os
microorganismos que nele vivem seja negativo (Tagliari amp Grassmann 1995)
Segundo Morselli (2002) a vermicompostagem difere da compostagem
convencional dentre outros pocircr formar substacircncias huacutemicas mais rapidamente ao sofrer
passagem pelo trato digestivo das minhocas A alirdentaccedilatildeo destas satildeo basicamente os
estercos e a disponibilidade desta mateacuteria prima bem como de ambiente protegido para
proceder a compostagem correta deste material satildeo indispensaacuteveis
17
Segundo Kiehl (1985) e Martinez (1990) o vermicomposto apresenta as seguintes
vantagens em relaccedilatildeo a compostagem permite a formaccedilatildeo de um produto curado em
menor espaccedilo de tempo promove a formaccedilatildeo de um material com maior
disponibilidade de nutrientes facilita o peneiramento natildeo havendo a necessidade de
revolvimento do material oferece vaacuterias fontes de renda pois aleacutem do huacutemus fornece
minhocas e raccedilatildeo e quando aplicado ao solo tende a melhorar as propriedades fiacutesicas
quiacutemicas e bioloacutegicas
241 Resiacuteduos utilizados na vermicompostagem
2411 Resiacuteduos de origem animal
Segundo Bureacutes (1997) o esterco eacute uma mistura de fezes urina e camas que
podem estar constituiacutedas de palhas folhas secas serragem turfa casca de arroz e ateacute
terra Esse apresenta pH neutro e densidade que varia de 030 a 090 Kg dm3 segundo
seu estado de decomposiccedilatildeo Eacute influenciado por vaacuterios fatores como espeacutecie animal
raccedila idade alimentaccedilatildeo material utilizado como cama e tratamento da mateacuteria-prima
esterco (Kiehl 1985) Dentre os fatores apontados um dos mais importantes eacute a
alimentaccedilatildeo do animal quanto mais rica a alimentaccedilatildeo mais rica seraacute as dejeccedilotildees
(Gnoatto 1999) O volume de bacteacuterias vivas ou mortas encontradas no esterco
representam 20 a 30 do total delas se originam grande parte do nitrogecircnio sob a
forma de proteiacutena (Morselli 2002)
A origem do material utilizado para a produccedilatildeo de vermicomposto eacute fundamental
pois soacute uma mateacuteria-prima de qualidade resultaraacute em um produto final de boa qualidade
Dentre os estercos o de aves eacute empregado empiricamente na adubaccedilatildeo de culturas
permanente ou natildeo com excelentes resultados apesar de sua simples composiccedilatildeo
meacutedia 2 de nitrogecircnio 2 de foacutesforo como P2 0 5 e 1 de K2 0 Poreacutem haacute uma
grande variaccedilatildeo na sua constituiccedilatildeo a qual dependeraacute do manejo animal atraveacutes das
camas finalidade da criaccedilatildeo e natureza das camas (Morselli 2002)
2412 Resiacuteduos de origem vegetal
A mateacuteria orgacircnica pode ser preservada no solo por vaacuterios processos seja pela
simples incorporaccedilatildeo de resiacuteduos de culturas rotaccedilatildeo de culturas adubaccedilatildeo verde ou
18
pela adiccedilatildeo de materiais orgacircnicos capazes de elevar e manter a produtividade do solo
Da decomposiccedilatildeo dos resiacuteduos orgacircnicos adicionados ao solo resulta a liberaccedilatildeo de
grande quantidade de nutrientes principalmente o nitrogecircnio o potaacutessio e o enxofre
Aleacutem disso diversos atributos quiacutemicos e fiacutesicos do solo satildeo alterados pela
decomposiccedilatildeo desses resiacuteduos destacando-se o aumento da capacidade de troca de
caacutetions o aumento da retenccedilatildeo de aacutegua a melhoria da estabilidade dos agregados e da
aeraccedilatildeo (Fraser1963 Malavolta 1981 Mello et al 1983 Bonilla 1992)
Segundo Purcino (1981) quando a relaccedilatildeo CN eacute menor que 30 como no caso do
esterco de curral ou da palha de leguminosas a disponibilidade de nitrogecircnio eacute
imediata mas acima deste valor ocorre imobilizaccedilatildeo crescente deste nutriente Por esse
motivo estes materiais devem ser submetidos a uma degradaccedilatildeo bioloacutegica antes de
serem adicionados ao solo
25 Biofertilizantes
No Brasil ocorrem problemas crescentes com materiais derivados de sistemas
intensivos de criaccedilatildeo animal que acumulam resiacuteduo^ orgacircnicos com graves problemas
de contaminaccedilatildeo de cursos de aacutegua que na maioria das vezes se acumulam em um
uacutenico lugar e natildeo satildeo reciclados (Viglizzo 1995)
Visando amenizar tais situaccedilotildees os meacutetodos alternativos de adubaccedilatildeo controle de
doenccedilas pragas e plantas indesejaacuteveis tecircm sido muito estudado Dentro dessa linha de
pesquisa destaca-se o uso de mateacuteria orgacircnica atraveacutes tanto de sua incorporaccedilatildeo ao
solo como de sua transformaccedilatildeo para uso posterior na forma de biofertilizantes
(Khatounian 1997 Bettiol et al 1997)
Na complexa e elevada comunidade microbiana dos biofertilizantes encontram-se
bacteacuterias fungos leveduriformes filamentosos e actinomicetos (Bettiol apud Penteado
1999)
O agregado de macro e micronutrientes periodicamente ativa e enriquece a
fermentaccedilatildeo O uso de farinha de rocha tem sido vantajoso por ter baixo custo
comparado com os sais concentrados e purificados aleacutem de trazer alguns elementos
traccedilos de vital importacircncia para os microrganismos do solo como por exemplo o Gaacutelio
o Iodo e o Vanaacutedio (M1BASA 199-) O agregado de farinha de rocha ou sais
purificados ao fermentado faz com que estes nutrientes passem a fazer parte dos
microrganismos ou dos produtos orgacircnicos liberados durante a fermentaccedilatildeo sendo que
19
o ataque dos microrganismos atraveacutes de suas enzimas consegue liberar os elementos natildeo
atacados pelos aacutecidos industriais (Pinheiro amp Barreto 2000)
Os biofertilizantes tecircm sido empregados na agricultura ecoloacutegica como adubo
foliar para aumentar a resistecircncia contra pragas e doenccedilas Aleacutem disso o processo de
produccedilatildeo eacute bastante simples e por isso eacute viaacutevel sua produccedilatildeo na propriedade desde que
tenha esterco disponiacutevel (Penteado 1999)
Bettiol et al (1997) verificaram a presenccedila de diferentes espeacutecies de fungos
fiacutelamentosos e leveduriformes e bacteacuterias entre elas Bacillus spp na comunidade
microbiana do biofertilizante produzido segundo meacutetodo adotado pelo Centro de
Agricultura Ecoloacutegica Ipecirc Os autores verificaram ainda uma reduccedilatildeo da comunidade
microbiana ao longo da digestatildeo reduccedilatildeo essa mais acentuada logo apoacutes o acreacutescimo
dos sais contendo micronutrientes A accedilatildeo dos sais pode ser tanto por aumento na
pressatildeo osmoacutetica quanto pelo efeito direto sobre os microrganismos Para o controle de
doenccedilas de plantas satildeo importantes a presenccedila dos metaboacutelitos produzidos pelos
organismos presentes no biofertilizante e os proacuteprios microrganismos vivos
Os microrganismos transformam o material orgacircnico (esterco soro de leite caldo
de frutas palhas restos industriais etc) e cinzas produzindo vitaminas aacutecidos e sais
complexos importantes para regular e tonificar o metabolismo das plantas impedindo o
desenvolvimento de pragas e doenccedilas (Pinheiro amp Barreto 2000)
Em estudos feitos com o biofertilizante liacutequido de bovinos foi observado a
presenccedila de inuacutemeros microorganismos como bacteacuterias leveduras e bacilos
principalmente do Bacillus subtilis Estes microorganismos sintetizam substacircncias
antibioacuteticas as quais demonstram ter grande accedilatildeo e eficiecircncia como substacircncias
fungiostaacuteticas e bacteriostaacuteticas de fitopatoacutegenos causadores de danos em lavouras
comerciais (Penteado 1999)
Aldrighi et al (2002) realizaram trabalho na UFPel relacionado agrave nutriccedilatildeo de
mudas de tomate (Floradade) produzidas no sistema ldquofloatingrdquo Utilizaram-se doses de
0 2 5 e 10 para o biofertilizante Super Magro e 0 e 1 para a urina de vaca
Concluiacuteram que estes natildeo interferem na produccedilatildeo das mudas e que provavelmente foi
influenciado pelo substrato utilizado (vermicomposto 75 e casca de arroz carbonizada
25) bem como o sistema de produccedilatildeo (floating)
Paglia et al (2002) citam que eacute possiacutevel produzir mudas de tomate (cultivar
Floradede) utilizando urina de vaca e biofertilizante Super Magro na aacutegua em sistema
ldquofloatingrdquo em trabalho realizado na UFPel O uso da urina de vaca a 1 e 5 e
20
biofertilizante Super Magro a 6 proporcionam uma elevaccedilatildeo do foacutesforo bem como o
Super Magro a 6 eleva os teores de Mg e Ca na aacutegua
251 Urina de vaca
As urinas de vaca contecircm nutrientes favoraacuteveis ao bom desenvolvimento das
plantas como potaacutessio soacutedio nitrogecircnio enxofre magneacutesio caacutelcio foacutesforo e traccedilos de
outros elementos Nas plantas funciona como um fertilizante natural tomando-as mais
resistentes ao ataque das pragas e doenccedilas Satildeo encontradas tambeacutem na urina outras
substacircncias como fenoacuteis e principalmente o catecol que esta associado agrave recuperaccedilatildeo
de plantas atacadas por fitopatoacutegenos por ser um produto anti-seacuteptico (Penteado 1999)
Para seu emprego a urina receacutem coletada deve ser armazenada sob condiccedilotildees
ambientais por trecircs dias para que se forme amocircnio importante produto a ser absorvido
pelas plantas Recomenda-se ainda que o armazenamento deva ser feito em recipiente
fechado para que natildeo ocorram perdas de nitrogecircnio Desta forma poderaacute permanecer
por ateacute um ano sem comprometer sua eficiecircncia
Em hortaliccedilas o uso da urina de vaca eacute recomendado em pulverizaccedilotildees foliares
semanais na concentraccedilatildeo de 05 para tomateiro pimentatildeo pepino feijatildeo vagem e
couve ou quinzenais a 1 para as culturas do quiabeiro jiloeiro e berinjela Para
fruteiras em geral a primeira aplicaccedilatildeo deve ser na concentraccedilatildeo aproximada de 5
realizada diretamente no solo e mensalmente devem ser realizadas pulverizaccedilotildees
foliares a 1 para plantas jovens e a 5 para plantas adultas (Penteado 1999)
Na aplicaccedilatildeo foliar deve-se ter cuidado com folhas e brotos novos e considerar que
o uso contiacutenuo pode ser toacutexico podendo afetar o solo causando a sua acidificaccedilatildeo
(Penteado 1999)
Na Estaccedilatildeo Experimental da PESAGRO no municiacutepio de Macaeacute Rio de Janeiro
estaacute se utilizando a urina de vaca leiteira Os pesquisadores descobriram que a urina de
vaca em lactaccedilatildeo produzia o efeito de recuperar plantas de abacaxi atacadas por uma
doenccedila conhecida como ldquofusairioserdquo Essa doenccedila quando ataca o abacaxi causa
perdas de ateacute 70 da safra Todos os agrotoacutexicos testados natildeo conseguiram controlar a
doenccedila Isto eacute um exemplo para que a universidade tenha uma nova percepccedilatildeo (Capra
1996) adotando medidas efetivas que contribuam na transiccedilatildeo agroecoloacutegica Com o
uso da urina de vaca leiteira numa lavoura de abacaxi atacada pela fusariose observou-
se agrave recuperaccedilatildeo do stand e os frutos produzidos apresentaram excelente padratildeo
21
comercial Descobriu-se que aleacutem funcionar como adubo e defensivo natural a urina de
vaca leiteira tambeacutem favorece a floraccedilatildeo de muitas plantas e pode ser usada no
tratamento de frutos e tubeacuterculos depois da colheita
A urina de vaca em lactaccedilatildeo tambeacutem estaacute sendo usada nas lavouras de cafeacute em
plantaccedilotildees de maracujaacute coco alface e outras hortaliccedilas Na regiatildeo centro-sul do Paranaacute
os agricultores estatildeo aplicando a urina de vaca leiteira nas lavouras de feijatildeo soja
batata cebola e milho (Penteado 1999)
252 Alhol
A maioria dos defensivos alternativos tais como calda bordalesa sulfocaacutelcica
aacutegua de cinza e cal biofertilizante enriquecido extrato de fumo entre outros precisa
ser misturada com um espalhante adesivo para quebrar a tensatildeo superficial da gota e
propiciar um melhor molhamento das folhas e demais partes pulverizadas assegurando
uma absorccedilatildeo mais efetiva e uma melhor accedilatildeo sobre as pragas e doenccedilas Quando as
gotas permanecem inteiras sobre a superfiacutecie folhar devido agrave falta de espalhante
adesivo pode-se danificar os tecidos vegetais pelc efeito-lente quando o sol incide
sobre elas Aleacutem disso a gota por natildeo se espalhar sobre toda superfiacutecie folhar
concentra nela e consequumlentemente sobre o tecido que estaacute em contato com ela uma
quantidade maior do produto aplicado Essa maior concentraccedilatildeo pode prejudicar a
absorccedilatildeo e lesionar os tecidos principalmente apoacutes a evaporaccedilatildeo da aacutegua contida na
gota por resultar em uma maior concentraccedilatildeo de sais no local especialmente quando se
aplicam por exemplo calda sulfocaacutelcica bordalesa biofertilizante enriquecido com
macro e micronutrientes (Claro 2001)
O alhol eacute um espalhante adesivo ecoloacutegico que tambeacutem auxilia no controle de
pragas E elaborado com aacutegua alho oacuteleo vegetal e sabatildeo neutro a partir da sabedoria
popular que menciona o alho como repelente de insetos Juacutenior Abreu amp Maiorano
(199-) indicam formulaccedilotildees contendo alho para o controle de pragas como nematoacuteides
(Meloidogyne incoacutegnita e M javanica) mosca do chifre lagarta na maccedilatilde pulgotildees
besouro da batata trips e para controle de doenccedilas fuacutengicas e bacterianas como miacuteldio
ferrugem fusariose helminthosporiose murchadeira (Pseudonamos solacearum)
bruzone do arroz (Pyricularia orysae) podridatildeo negra do repolho e couve-flor
(Xanthomonas campestris) Aleacutem disso o alho pelo seu bom teor em oacuteleo pode agir
tambeacutem como espalhante adesivo O sabatildeo tambeacutem eacute indicado como espalhante adesivo
22
e possui accedilatildeo contra certas pragas (pulgotildees) sendo que o oacuteleo vegetal eacute indicado no
controle de cochonilhas e usado como espalhante adesivo (Claro 2001)
253 Calda Bordalesa
A calda bordalesa eacute um tradicional defensivo agriacutecola que pode ser preparado na
propriedade com a mistura de sulfato de cobre cal virgem e aacutegua As concentraccedilotildees de
sulfato de cobre e cal satildeo distintas dependendo do objetivo do seu emprego
Geralmente diferem de acordo com o tipo de planta ou espeacutecie vegetal as condiccedilotildees
climaacuteticas o grau de infestaccedilatildeo da doenccedila e a fase de crescimento da planta Eacute indicada
para o controle de miacuteldio alternaacuteria botrytis e antracnose (Penteado 1999)
A calda bordalesa caracteriza-se pela sua importante accedilatildeo no controle de diversas
doenccedilas fungicas nas mais diversas espeacutecies de culturas Possui tambeacutem uma relativa
accedilatildeo bactericida e em alguns casos age como repelente de insetos Da mistura do
sulfato de cobre com a cal resulta uma soluccedilatildeo rica em macronutrientes e
micronutrientes Provavelmente os expressivos resultados obtidos com a aplicaccedilatildeo da
calda bordalesa devam-se natildeo somente a sua accedilatildeo fuacutengica e bactericida mas sobretudo
agrave influecircncia positiva que exerce no metabolismo das plantas ativando o processo
enzimaacutetico e estimulando a proteossiacutentese aumentando a resistecircncia das plantas (Claro
2 0 0 1 ) caracteriacutestica fundamental na agricultura sustentaacutevel
254 Biofertilizante Super Magro
A calda Super Magro eacute produto da fermentaccedilatildeo de estercos animais enriquecidos
por micronutrientes e outros produtos de origem animal obtendo-se uma calda
biofertilizante para aplicaccedilatildeo foliar nas plantas (Penteado 1999) jaacute foram observados
bons resultados principalmente nas culturas de uva maccedila pecircssego tomate batata e
hortaliccedilas em geral
E indicado como fonte suplementar de micronutrientes para as plantas inibidor
de fungos e bacteacuterias causadores de doenccedilas e para aumentar a resistecircncia contra insetos
e aacutecaros (Penteado 1999) i
Muller (1999) avaliou a influecircncia do biofertilizante Super Magro sobre as
culturas de tomate (Lycopersicon esculentum Mill) ervilha (Pisum sativum L) e
beterraba (Beta vulgaris L) O autor obteve cultivos com baixa severidade de doenccedilas e
23
insetos fitoacutefagos possivelmente por causa do manejo orgacircnico de produccedilatildeo Os
resultados das pulverizaccedilotildees das soluccedilotildees foliares variaram conforme a cultura e o
clima
255 Biofertilizante MB4
A utilizaccedilatildeo das farinhas de rochas eacute uma das teacutecnicas mais modernas usadas nos
uacuteltimos anos na agricultura O elevado nuacutemero de nutrientes contidos no MB4 como
cobre zinco manganecircs cobalto soacutedio alumiacutenio silicatos de magneacutesio ferro e caacutelcio
acompanhado de foacutesforo potaacutessio e enxofre reagem com a soluccedilatildeo do solo liberando
elementos essenciais ao desenvolvimento da vida microbiana os quais exercem um
papel fundamental atraveacutes de transformaccedilotildees quiacutemicas e do equiliacutebrio bioloacutegico
favorecendo o desenvolvimento sadio das plantas (Pinheiro amp Barreto 2000)
24
3 MATERIAL E MEacuteTODOS
31 Local de execuccedilatildeo do experimento
O presente trabalho foi conduzido no Centro de Pesquisa da Regiatildeo Sul
(FEPAGROSUL) no municiacutepio de Rio Grande nlt periacuteodo de 15 de maio a 26 de
agosto de 2 0 0 2
O solo eacute classificado como ldquoTuiardquo satildeo muito arenosos As massas aquaacuteticas do
Oceano Atlacircntico e Lagoa dos Patos influenciam ventos temperatura pressatildeo umidade
relativa e demais fatores climaacuteticos A topografia da regiatildeo litoracircnea eacute plana com
lenccediloacuteis freaacuteticos superficiais
32 Anaacutelise estatiacutestica
O experimento foi constituiacutedo em fatorial 3X3 (Quadro 1) com quatro repeticcedilotildees
no delineamento blocos ao acaso As variaacuteveis respostas foram submetidas agrave anaacutelise de
variaccedilatildeo e ao teste de Duncan a 5 de probabilidade para comparaccedilatildeo das meacutedias
utilizando-se o sistema SANEST (Zonta amp Machado 1984)
As anaacutelises estatiacutesticas das variaacuteveis estudadas encontram-se nos Apecircndices C D
Os resultados das respostas agronocircmicas e das determinaccedilotildees dos conteuacutedos dos
macronutrientes bem como os de raiz estatildeo nas tabelas de 1 a 3
25
As diferentes adubaccedilotildees seratildeo representadas durante a discussatildeo da seguinte
forma 1 VB (30 t ha 1 de vermicomposto) 15 VB (45 t ha 1 de vermicomposto) e EC
(60 t ha 1 de esterco de curral) 1 VB+SM+U+CB (30 t ha 1 de vermicomposto mais
super magro mais urina de vaca mais calda bordalesa) 15 VB+SM+U+CB (45 t ha 1 de
vermicomposto mais super magro mais urina de vaca mais calda bordalesa)
EC+SM+U+CB (60 t ha 1 de esterco de curral mais super magro mais urina de vaca
mais calda bordalesa) 1 VB+MB4 +U+CB (30 t ha 1 de vermicomposto mais MB4 mais
urina de vaca mais calda bordalesa) 15 VB+MB4 +U+CB (45 t ha 1 de vermicomposto
mais MB4 mais urina de vaca mais calda bordalesa) EC+MB4 +U+CB (60 t ha 1 esterco
de curral mais MB4 mais urina de vaca mais calda bordalesa)
QUADRO 1 Descriccedilatildeo dos fatores experimentais e respectivos niacuteveis
Niacuteveis Fator 1 ADUBACcedilAtildeO DE BASE
0 1 Vermicomposto (30 t ha1)
0 2 Vermicomposto (45 t ha1)
03 Esterco de curral (60 t ha1)
Niacuteveis Fator 2 BIOFERTILIZANTES LIacuteQUIDOS
0 1 Super magro (5) + Urina de Vaca + Calda Bordalesa
0 2 MB4 (10) + Urina de vaca + Calda Bordalesa
03 Ausecircncia (testemunha)
33 Tratamentos
Da combinaccedilatildeo entre niacuteveis e fatores foram obtidos 9 tratamentos que estatildeo
descritos no Quadro 2 bem como as doses de adubaccedilatildeo utilizadas no experimento
26
QUADRO 2 Tratamentos e doses de adubaccedilatildeo utilizadas no experimento
TRATAMENTOS
Ndeg FATOR I FATOR II
0 1 30 t ha de vermicomposto Super magro 5 Urina de vaca Calda Bordalesa
0 2 30 t harsquo de vermicomposto MB4 10 Urina de vaca Calda Bordalesa
03 30 t ha de vermicomposto - - -
04 45 t ha de vermicomposto Super magro 5 Urina de vaca Calda Bordalesa
05 45 t ha de vermicomposto MB4 10 Urina de vaca Calda Bordalesa
06 45 t ha de vermicomposto - - -
07 60 t hade esterco Super Magro 5 Urina de vaca Calda Bordalesa
08 60 t hade esterco MB4 10 Urina de vaca Calda Bordalesa
09 60 t hade esterco - - -
Cada parcela foi constituiacuteda por dois canteiros medindo 1 m de largura x 2 m de
comprimento perfazendo 075 m de aacuterea de aacuterea uacutetil (025 m de bordadura) Foi
utilizando semeadura a lanccedilo com densidade de 24 g canteiro1
O vermicomposto a urina de vaca o esterco de curral o alhol os biofertilizantes e
a calda bordalesa foram de procedecircncia do Centro de Pesquisa da Regiatildeo Sul O
vermicomposto de esterco bovino misturado agraves cascas de frutas foi processado pela
minhoca vermelha califomiana Eisenia foetida)
O biofertilizante Super Magro foi elaborado segundo a metodologia descrita pela
FEPAGROSUL utilizando-se os seguintes componentes 190 litros de aacutegua 22 litros
de leite 55 Kg de accediluacutecar mascavo 30 Kg de esterco fresco de bovinos 2 Kg de
Sulfato de zinco 2 Kg de sulfato de magneacutesio 2 Kg de cloreto de caacutelcio 1 Kg de aacutecido
boacuterico 300 g de sulfato de cobre 300 g de sulfato de ferro 300 g de sulfato de
manganecircs 100 g de molibdato de soacutedio 50 g de sulfato de cobalto 3 Kg de fosfato
natural 3 Kg de cinza e 200 g de farinha de osso
A urina de vaca em lactaccedilatildeo foi coletada pela manhatilde e armazenada em recipiente
fechado por trecircs dias em condiccedilotildees ambientais para que se formasse a amocircnia e natildeo
ocorresse perda de nitrogecircnio
28
Realizaram-se duas capinas manuais durante o experimento e em seguida como
cobertura se colocou casca de arroz Tambeacutem foi aplicado esterco de aves 30 dias antes
da colheita na quantidade de 05 Kg canteiro 1 como adubaccedilatildeo de cobertura
As pulverizaccedilotildees com os produtos iniciaram apoacutes 15 dias da germinaccedilatildeo
Realizou-se sete aplicaccedilotildees sendo que as duas primeiras foram feitas apenas com
Super Magro e MB4 Na terceira e na quarta aplicaccedilatildeo utilizou-se urina de vaca e calda
bordalesa em concentraccedilotildees menores (05 e 025 respectivamente) e na quinta
aplicaccedilatildeo as dosagens de urina de vaca e calda bordalesa foram elevadas para 1 0 e
05 respectivamente ateacute o final do experimento O alhol foi utilizado a partir da
terceira pulverizaccedilatildeo na quantidade de 2 e seguiu ateacute o final no dia 26 de agosto
quando as mudas foram colhidas e posteriormente analisadas as variaacuteveis
35 Observaccedilotildees agronocircmicas
Foram utilizadas 20 mudas de cebola para obtenccedilatildeo das meacutedias das variaacuteveis as
quais foram as seguintes
351 Fitomassa fresca da parte aeacuterea e raiacutezes
Foi realizada atraveacutes de uma balanccedila digital procedendo-se a pesagem de 20
mudas de cebola previamente lavadas e posteriormente secadas durante uma hora sobre
um tecido de algodatildeo agrave temperatura ambiente Processo idecircntico foi adotado com as
raiacutezes
352 Fitomassa seca da parte aeacuterea e raiacutezes
Esta variaacutevel foi obtida a partir da secagem preliminar em estufa de ar forccedilado
durante 48 horas a 65 C ateacute peso constante com posterior pesagem em balanccedila
analiacutetica
353 Altura da muda
A altura de muda foi medida a partir do colo das plantas ateacute sua uacuteltima folha
(ponto de crescimento) com uma reacutegua graduada de 40 cm
29
354 Diacircmetro do colo das plantas
Esta medida foi realizada no ponto de transplante a 2 mm das raiacutezes e utilizando-
se um paquiacutemetro SOMET
355 Sistema radicular
Ao teacutermino do experimento foram retiradas as raiacutezes das mesmas plantas que foram
utilizadas para as determinaccedilotildees realizadas na parte aeacuterea procedendo-se uma amostra
de solo com raiacutezes de 2 0 cm de largura x 2 0 cm de comprimento e 2 0 cm de altura
totalizando 8000 cm3
As raiacutezes apoacutes serem lavadas em aacutegua corrente foram pesadas acondicionadas em
sacos plaacutesticos e congeladas para posteriores anaacutelises pelo meacutetodo de Tennant (1975)
para a determinaccedilatildeo do comprimento e densidade
3551 Comprimento de raiz
Utilizou-se para a determinaccedilatildeo do comprimento de raiz as seguintes foacutermulas
1 = ndeg x 1114 x 1 onde
1 - comprimento de raiz de uma amostra uacutemida de 0 0 2 g
ndeg - nuacutemero de intercessotildees das raiacutezes com os lados da quadriacutecula da malha do
aparelho
1114 - constante
1 - medida lateral da quadriacutecula em cm
Tomando-se a fiacutetomassa seca e o comprimento da raiz da cada amostra
relacionou-se com a fiacutetomassa seca e o comprimento total da raiz da planta aplicando-
se a seguinte equaccedilatildeo
L = (FSR x 1) FSPA onde
L - comprimento total da raiz da planta (m)
FSR - fiacutetomassa seca de raiz
FSPA - fiacutetomassa seca da parte aeacuterea
L - comprimento de raiz de uma amostra uacutemida de 002g
3552 Densidade de raiz
A densidade foi determinada pela foacutermula
D = L 8000 onde
D - densidade de raiacutezes (m cm3)
30
L - comprimento total de raiacutezes (m)
8 0 0 0 - volume da amostra (cm3)
3553 Razatildeo parte aeacutereasistema radicular
Este paracircmetro foi obtido pela equaccedilatildeo
RPASR = FSPA FSR onde
RPASR - razatildeo parte aeacuterea sistema radicular
FSPA - fitomassa seca da parte aeacuterea
FSR - fitomassa seca do sistema radicular
36 Determinaccedilatildeo de macronutrientes no tecido vegetal
Os macronutrientes nitrogecircnio foacutesforo potaacutessio caacutelcio e magneacutesio foram
determinados no laboratoacuterio de Fertilidade e Anaacutelise de Plantas do Departamento de
Solos da UFPel atraveacutes dos meacutetodos descritos por Tedesco amp Gianello (1996)
31
4 RESULTADOS E DISCUSSAtildeO
41 Anaacutelise das variaacuteveis
A anaacutelise da variaccedilatildeo mostrou que houve diferenccedila significativa na interaccedilatildeo entre
os fatores de adubaccedilatildeo de base e biofertilizantes liacutequidos com exceccedilatildeo da variaacutevel altura
de planta para a qual somente a adubaccedilatildeo de base mostrou-se significativa (Apecircndices
C D e E Tabelas 1C 1D e 1E)
411 Anaacutelise da parte aeacuterea
Na Tabela 1 destacaram-se as adubaccedilotildees EC+SM+U+CB EC+MB4 +U+CB e EC
que diferiram significativamente das demais adubaccedilotildees para as variaacuteveis fiacutetomassa
fresca da parte aeacuterea (FFPA) fiacutetomassa seca da parte aeacuterea (FSPA) altura de planta
(AP) e diacircmetro do colo (DC)
32
TABELA 1 Produccedilatildeo de fitomassa fresca e seca (g) da parte aeacuterea altura de planta
(cm) e diacircmetro de colo (mm) de mudas de cebola Petrolini cultivadas
sob uma perspectiva agroecoloacutegica Pelotas-RS 2003
BIOFERTILIZANTES LIacuteQUIDOSADUBACcedilAtildeO S Magro + MB4 +DE BASE Urina + Calda Urina + Calda Testemunha
Bordalesa Bordalesa
30 t ha de vermicomposto 7015 c A45 t halsquo de vermicomposto 7824 b B60 t ha de esterco de curral 12248 a C
30 t ha de vermicomposto 667 c A45 t ha de vermicomposto 752 b A60 t ha de esterco de curral 1150a C
30 t ha de vermicomposto 2975 b A45 t harsquo de vermicomposto 2775 b A60 t ha de esterco de curral 3600 a B
30 t ha de vermicomposto 631 b A45 t ha de vermicomposto 6 2 2 b B60 t ha de esterco de curral 741 a C
-Fitomassa fresca (g)----------------6270 c B 6885 b A8832 b A 6308 c C
15082 a A 13934 a BmdashFitomassa seca (g)----------------
625 c A 655 b A830 b A 607 b B
1345 a A 1262 a B-Altura de planta (cm)----------------
2950 b A 3050 b A2937 b A 2950 b A 3975 a A 3622 a B
-Diacircmetro de colo (mm)---------------592 c B 599 b B 657 b A 609 b B 819a A________ 793a B
Meacutedias seguidas pela mesma letra minuacutescula para as colunas (adubaccedilatildeo de base) e maiuacutesculas para as linhas (biofertilizantes) natildeo diferem entre si pelo teste de Duncan a 5
O efeito positivo do esterco bovino pode ser atribuiacutedo agraves melhorias nas condiccedilotildees
fiacutesicas do solo por ele proporcionado Segundo Primavesi (1982) e Compagnoni amp
Putzolu (1985) o esterco bovino apresenta propriedades condicionadoras do solo dando
agraves plantas melhores condiccedilotildees de desenvolvimento elevando sobremaneira os
conteuacutedos de fitomassa fresca das plantas que refletiratildeo nas demais respostas
agronocircmicas
Analisando as adubaccedilotildees de base em relaccedilatildeo aos biofertilizantes observa-se que
para os tratamentos 1 VB (30 t ha 1 de vermicomposto) - natildeo houve influecircncia dos
biofertilizantes para as variaacuteveis FSPA e AP enquanto destacou-se o SM+U+CB para o
DC e SM+U+CB e ausecircncia da adubaccedilatildeo liacutequida para a FFPA mostrando que o uso
dos biofertilizantes natildeo influenciou esta variaacutevel 15 VB (45 t ha 1 de vermicomposto) -
verificou-se a eficiecircncia do uso do MB4 +U+CB para as variaacuteveis FFPA e DC Para a
variaacutevel FSPA destacaram-se os dois biofertilizantes utilizados jaacute para AP natildeo houve
33
influecircncia destes EC (60 t ha 1 de esterco de curral) - em todas as variaacuteveis observadas
na tabela 5 as respostas foram significativas utilizando MB4 +U+CB
As respostas encontradas no presente trabalho para as variaacuteveis AP e FSPA foram
superiores as obtidas por Dalponte (1990) quando utilizado 0 esterco de curral para
produccedilatildeo de mudas de cebola
Segundo Filgueira (2000) os solos da regiatildeo produtora de cebola do RS satildeo
pobres em foacutesforo disponiacutevel (15 mg Kg1) necessitando portanto de adubaccedilotildees
fosfatadas elevadas As respostas aqui obtidas podem ser justificadas pelos teores de
foacutesforo contido no MB4
Follet et al (1981) citam a importacircncia do uso de compostos orgacircnicos no solo
enfatizando os estercos no sentido da decomposiccedilatildeo continuada no fornecimento de
nutrientes e na liberaccedilatildeo lenta e gradual de aacutecidos orgacircnicos influenciando a liberaccedilatildeo
do foacutesforo O que provavelmente pode ser atribuiacutedo agraves respostas encontradas no
presente trabalho para 0 tratamento Esterco de curral mais MB4 e Urina mais Calda
Bordalesa
E importante destacar que 0 sistema de produccedilatildeo de mudas de cebola sob uma
perspectiva agroecoloacutegica mostra-se eficiente quando visualmente natildeo percebe-se
diferenccedila significativa entre os tratamentos (Apecircndice F Figura 2)
Conveacutem ressaltar que quando trabalhamos com agroecologia natildeo existem
receitas nem pacotes tecnoloacutegicos prontos Cada situaccedilatildeo deveraacute ser estudada em
particular para que se faccedila recomendaccedilotildees adequadas ao ambiente local uma vez que
as plantas se adaptam ao meio estando a nutriccedilatildeo encarregada de proteger e manter o
equiliacutebrio do organismo vegetal em funccedilatildeo das alteraccedilotildees externas
E fundamental que se compreenda os princiacutepios norteadores de todo o processo
que satildeo as bases da luta por uma sociedade mais justa dentro de um mundo econocircmico e
ambientalmente mais sustentaacutevel
412 Anaacutelise do sistema radicular
Os resultados obtidos nas anaacutelises do sistema radicular (Tabela 2) mostram
diferenccedilas significativas entre as adubaccedilotildees para as variaacuteveis fitomassa fresca de raiz
(FFR) fitomassa seca de raiz (FSR) comprimento de raiz (CR) razatildeo parte
aeacutereasistema radicular (RPASR) e densidade de raiz (DR)
34
TABELA 2 Produccedilatildeo de fitomassa fresca e seca (g) comprimento (cm) e densidade de
raiacutezes (m cm3) de mudas de cebola Petrolini cultivadas sob uma
perspectiva agroecoloacutegica e razatildeo parte aeacutereasistema radicular Pelotas-
RS 2003
BIOFERTILIZANTES LIacuteQUIDOSADUBACcedilAO DE BASE
S Magro + MB4 +Urina + Calda Urina + Calda Testemunha
Bordalesa Bordalesa
de vermicomposto de vermicomposto de esterco de curral
de vermicomposto de vermicomposto de esterco de curral
de vermicomposto de vermicomposto de esterco de curral
de vermicomposto de vermicomposto de esterco de curral
1540 c A 1576 b B 2427 a A
Fitomassa fresca (g)----------------1502 c B 1517 b AB 1658 b A 1446 c C 2336 a B 2360 a B
--------------------Fitomassa seca (g)-------------------196 b A 207 ab A 170 b A170 b A 199 b A 192 b A 344 a A 249 a B 327 a A
Comprimento de raiz(cm)---------------1237 b A 1158 b A 1158 a A1237 b A 1060 c B 1040 b B1433 a A 1296 a B 1040 b C
30 t ha 45 t ha 60 t ha
30 t ha 45 t ha 60 t ha
30 t halsquo 45 t ha 60 t ha
30 t ha 45 t ha 60 t ha
30 t ha de vermicomposto 45 t ha de vermicomposto60 t ha~ de esterco de curral__________________________ _________________________Meacutedias seguidas pela mesma letra minuacutescula para as colunas (adubaccedilatildeo de base) e maiuacutesculas para as linhas (biofertilizantes) natildeo diferem entre si pelo teste de Duncan a 5
-----Razatildeo Parte AeacutereaSistema Radicular------340 b AB 301c B 384 a A446 a A 415 b A 326 a B339 b B 546 a A 388 a B
-------------- Densidade de raiz (m cm3)------------367 a AB 414 a A 325 b B282 b B 301b B 405 a A347 ab A 231c B 324 b A
Em relaccedilatildeo agraves adubaccedilotildees de base destacou-se o EC (60 t ha 1 de esterco de curral)
para as variaacuteveis FFR e FSR Quando adicionado o SM+U+CB os resultados para FFR
foram ainda melhores bem como o CR As respostas obtidas para a RPASR foram
variadas em relaccedilatildeo agraves adubaccedilotildees apresentando melhores resultados para 15 VB (45 t
ha 1 de vermicomposto)+SM+U+CB e ainda melhor para EC (60 t ha 1 de esterco de
curral)+MB4 +U+CB As adubaccedilotildees de base 1 VB 15 VB e EC natildeo diferiram entre si
As adubaccedilotildees mais eficientes para a variaacutevel DR foram 1 VB+SM+U+CV que natildeo
diferiu da EC+SM+U+CB I VB+ MB4 +U+CB e agrave 15 VB foram melhores entre as
demais
35
Analisando os biofertilizantes em relaccedilatildeo a cada adubaccedilatildeo de base verifica-se que
para a 1 VB (30 t ha 1 de vermicomposto)+SM+U+CB destaca-se a variaacutevel FFR
poreacutem sem diferenccedila significativa de 1 VB os melhpres resultados para a variaacutevel DR
foram encontrados pelo tratamento 1 VB+MB4 +U+CB e 15 VB (45 t ha 1 de
vermicomposto) tambeacutem se considera eficiente o 1 VB+SM+U+CB que natildeo diferiu do
EC (esterco de curral) Quando se utilizou 15 VB+ MB4 +U+CB houve resposta
significativa para a variaacutevel FFR para FSR as respostas natildeo foram diferentes com a
aplicaccedilatildeo dos biofertilizantes para as variaacuteveis FSR e DR as adubaccedilotildees EC e
EC+SM+U+CB natildeo diferiram entre si
Embora as respostas estatiacutesticas tenham sido diferentes para as adubaccedilotildees
combinadas ou natildeo pode-se salientar a importacircncia do aacutecido indol-aceacutetico como jaacute
citado anteriormente para as variaacuteveis avaliadas na parte aeacuterea das mudas de cebola
Respostas semelhantes nesse sentido foram encontradas para a cultura da alface por
Quijano (1999) e Morselli (2001)
Pereira et al (2002) concluiacuteram em trabalho realizado com a cultivar de cebola
CNPF1 6400 em Minas Gerais que a utilizaccedilatildeo de 20 t ha de esterco de curral
proporcionou os melhores resultados para a produccedilatildeo de cebola
Silva Juacutenior amp Giorgi (1992) e Menezes Juacutenior (1998) citam que doses elevadas
de mateacuteria orgacircnica podem prejudicar a primeira fase da germinaccedilatildeo (embebiccedilatildeo) e
absorccedilatildeo de aacutegua pelas raiacutezes das placircntulas No entanto no presente trabalho este fato
natildeo ocorreu embora a dose de esterco utilizada tenha sido de 60 t ha 1 (dose maacutexima
recomendada segundo Nolla 1982)
413 Anaacutelise de macronutrientes no tecido vegetal
Os resultados dos conteuacutedos de nitrogecircnio foacutesforo potaacutessio caacutelcio e magneacutesio no
tecido vegetal sob diferentes adubaccedilotildees encontrados na Tabela 3 indicam mais uma
vez a superioridade da adubaccedilatildeo esterco com 0 uso ou natildeo de biofertilizantes
36
TABELA 3 Conteuacutedos (mg planta1) de nitrogecircnio foacutesforo potaacutessio caacutelcio e
magneacutesio no tecido vegetal de mudas de cebola Petrolini cultivadas sob
uma perspectiva agroecoloacutegica Pelotas-RS 2003
BIOFERTILIZANTES LIacuteQUIDOS i J B
ADUBACcedilAtildeO S Magro + MB4 +DE BASE Urina + Calda Urina + Calda Testemunha
Bordalesa Bordalesamg plantas1
---- Nitrogecircnio-----30 t ha de vermicomposto 16593 c AB 15451 c B 19050 b A45 t ha de vermicomposto 21444 b A 22888 b A 17852 b B60 t ha de esterco de curral 32606 a C 37593 a B 40816 a A
--------------- ------ Foacutesforo------- -------------30 t ha de vermicomposto 3098 c B 2802 c B 3999 b A45 t ha de vermicomposto 4109 b A 4135 b A 2788 c B60 t ha de esterco de curral 5300 a B 7577 a A 7565 a A
------- Potaacutessio------30 t ha de vermicomposto 24327 c A 19900 c B 24965 b A45 t ha de vermicomposto 29113b A 29812 b A 22031 b B60 t ha de esterco de curral 44070 a B 51976 a A 54101 a A
-------- Caacutelcio-------30 t ha de vermicomposto 5027 c A 4356 c A 4834 b A45 t ha de vermicomposto 6114b A 6963 b A 4379 b B60 t ha de esterco de curral 9030 a C 11451 a A 10331 a B
------Magneacutesio-----30 t ha de vermicomposto 1188 b A 914 c A 1202 b A45 t ha de vermicomposto 1231 b B 1582 b A 1176 b B60 t ha de esterco de curral 2136a B 2443 a A 2663 a AMeacutedias seguidas pela mesma letra minuacutescula para as colunas (adubaccedilatildeo de base) e maiuacutesculas para as linhas (biofertilizantes) natildeo diferem entre si pelo teste de Duncan a
Em relaccedilatildeo agraves adubaccedilotildees de base observa-se que o melhor tratamento foi o
esterco de curral para todas as variaacuteveis Para 1 VB (30 t ha^ 1 de vermicomposto) natildeo
houve resposta diferenciada com o uso de bofertilizantes para todas as variaacuteveis A
adubaccedilatildeo 15 VB (45 t ha 1 de vemicomposto) foi influenciada pelos biofertilizantes
para as variaacuteveis N P K e Ca enquanto que para Mg somente o MB4+U+CB o
influenciou O EC (esterco de curral) mostrou diferenccedila significativa apenas para as
variaacuteveis Ca e Mg quando adicionado MB4+U+CB
Segundo Peixoto (2000) eacute fundamental a adiccedilatildeo de adubos orgacircnico no cultivo de
hortaliccedilas seja na forma de esterco decomposto composto ou huacutemus de minhoca de
37
modo a fornecer melhorias nas propriedades do solo vindo a disponibilizar os nutrientes
as diferentes culturas
O esterco fresco conteacutem muita cama celuloacutesica e um elevado teor de aacutegua No
esterco curtido a celulose jaacute estaacute decomposta o teor de aacutegua estaacute reduzido agrave metade e os
nutrientes em uma forma mais assimilaacutevel e mais concentrada O esterco fresco pode
causar uma deficiecircncia temporaacuteria de nitrogecircnio no solo ao se decompor o que natildeo
acontece com o biestabilizado (Kiehl 1985)Ocorre uma diminuiccedilatildeo inicial no volume
de aacutegua retido no esterco de curral diminui inicialmente em tomo de 3581 liberando
posteriormente somente 496 evidenciando a sua capacidade de retenccedilatildeo de aacutegua
(Menezes Juacutenior 1998)
A utilizaccedilatildeo continuada de adubos nitrogenados minerais no solo altera o balanccedilo
do nitrogecircnio entre o solo e planta No meacutetodo biodinacircmico eacute sublinhada a importacircncia
dos adubos animais para o estabelecimento da fertilidade permanente dos solos (Koeff
et al 1983)
Para Guimaratildees (1997) os benefiacutecios que a mateacuteria orgacircnica imprime ao solo
principalmente melhorando a produtividade fertilidade e a influencia que as substancias
huacutemicas exercem sobre o ambiente dependem da qualidade e do teor de mateacuteria
orgacircnica do solo Estas substacircncias por conterem nutrientes em sua constituiccedilatildeo em uma
forma mais disponiacutevel para as plantas promovem um equiliacutebrio no ambiente no solo
(Kononova 1966)
Aproximadamente de 60 a 70 do total de carbono do solo ocorre na forma de
materiais huacutemicos (Griffith amp Schnitzer 1975) sendo a eles atribuiacutedo a manutenccedilatildeo da
bioestrutura do solo aumentando a capacidade de retenccedilatildeo de aacutegua (Brady 1999)
Conforme Compagnoni amp Putzolu (1985) os estercos bem como os demais
resiacuteduos orgacircnicos apresentam conteuacutedos diferentes de aacutecidos huacutemicos e fuumllvicos sendo
atribuiacutedo ao acido huacutemico uma accedilatildeo fitoestimulante semelhante aos fitohormocircnios por
favorecer o desenvolvimento do sistema radicular e crescimento do caule
Em trabalho realizado por Guimaratildees (1997) foi encontrado para aacutecidos huacutemicos
de esterco bovino uma relaccedilatildeo CN 1035 e para vermicomposto bovino 17
evidenciando que o esterco quando aplicado ao solo por apresentar uma relaccedilatildeo CN
proacutexima deste reage mais facilmente liberando nutrientes para as plantas sem alterar a
cadeia troacutefiacuteca Dados encontrados no presente trabalho demonstram a eficiecircncia do
esterco nesse sentido
38
De acordo com Morselli (2001) vaacuterios trabalhos citam comentam e discutem a
capacidade dos vermicompostos em proporcionar oacutetimas colheitas e favorecer a
precocidade das plantas cultivadas Poreacutem muitas vezes se observa que mesmo
suprindo essas plantas com nutrientes necessaacuterios atraveacutes de huacutemus de diferentes fontes
as respostas natildeo satildeo as mesmas para uma mesma cultivar
Por outro lado os resultados com o uso de substacircncias huacutemicas satildeo variaacuteveis e
dependem aleacutem da espeacutecie testada das substacircncias huacutemicas utilizadas sua
concentraccedilatildeo o grau de purificaccedilatildeo e das condiccedilotildees experimentais A resposta das
plantas aos aacutecidos huacutemicos e fuacutelvicos eacute dependente da mateacuteria prima original e da
espeacutecie vegetal pois materiais orgacircnicos diferentes apresentam aacutecidos huacutemicos e
fuacutelvicos diferentes (Businelli 1990)
Justificam-se os maiores conteuacutedos de nitrogecircnio foacutesforo potaacutessio e caacutelcio nas
adubaccedilotildees 15 VB (45 t ha 1 de vermicomposto) e biofertilizantes devido
provavelmente ao vermicomposto utilizado apresentar na sua constituiccedilatildeo teores
consideraacuteveis destes elementos aleacutem do que os biofertilizantes possam ter influenciado
na absorccedilatildeo atraveacutes de sua constituiccedilatildeo Tibau (1984) considera que a urina de vaca eacute
rica em aacutecido indol-aceacutetico e este influencia na absorccedilatildeo radicular O efeito positivo
deste tratamento provavelmente seja devido agrave quantidade aplicada
O biofertilizante que se destacou foi o MB4+U+CB em relaccedilatildeo ao EC (esterco de
curral) e eacute somente para a variaacutevel caacutelcio Isto provavelmente seja devido ao alto teor
deste elemento encontrado na sua constituiccedilatildeo (6872 g Kg1) e pela influecircncia positiva
que a calda bordalesa exerce no metabolismo das plantas atraveacutes dos nutrientes
contidos em sua formulaccedilatildeo O Ca controla a absorccedilatildeo radicular e retorna ao solo pelo
esterco e palhas por apresentar-se em maior quantidade em folhas e caules Depois de
localizado nas folhas fica imoacutevel favorecendo a resistecircncia da planta ao ataque de
fungos
Este trabalho avanccedila no estudo da agroecologia estando claro que todos os
criteacuterios tem caraacuteter dinacircmico de adequaccedilatildeo as mudanccedilas de um sistema de produccedilatildeo
em evoluccedilatildeo contribuindo na transiccedilatildeo para um padratildeo sustentaacutevel Cabe a pesquisa a
reorientaccedilatildeo para um enfoque ldquosistecircmicordquo isto eacute que permita integrar os diversos
componentes de um agroecossistema e a adoccedilatildeo de poliacuteticas puacuteblicas que promovam 0
fortalecimento e a expansatildeo da agricultura familiar
39
5 CONCLUSOtildeES
Considerando os resultados obtidos e as condiccedilotildees em que o estudo foi realizado
conclui-se que
bull As respostas agronocircmicas das mudas de cebola para os paracircmetros avaliados
satildeo mais satisfatoacuterias com a aplicaccedilatildeo de esterco de curral como adubaccedilatildeo de
base
bull Os biofertilizantes mais urina de vaca e calda bordalesa proporcionam
respostas satisfatoacuterias quando aplicados associados agraves adubaccedilotildees de base
bull O biofertilizante MB4 mais urina de vaca e calda bordalesa eacute mais eficiente
que o super magro mais urina e calda bordalesa quando aplicado associado agrave
adubaccedilatildeo de base esterco de curral para os conteuacutedos de fitomassa secae
fresca da parte aeacuterea das plantas altura e diacircmetro de colo das mudas de
cebola
bull Os biofertilizantes adicionados agrave adubaccedilatildeo de base 45 t harsquo 1 de vermicomposto
bovino mostram respostas significativas para os conteuacutedos de fitomassa seca
bull Os maiores conteuacutedos nutricionais para as mudas de cebola satildeo
proporcionados pela adubaccedilatildeo de base esterco de curral
bull A maior absorccedilatildeo de caacutelcio pelas mudas de cebola ocorre quando da adiccedilatildeo do
biofertilizante MB4 mais urina e calda bordalesa agrave adubaccedilatildeo de base esterco de
curral
40
6 REFEREcircNCIAS BIBLIOGRAacuteFICAS
ALDRIGHI CB ABREU CM PAGLIA AG MORSELLI TBGA FERNANDES HS Efeito da aplicaccedilatildeo de biofertilizante e urina de vaca em mudas de tomateiro Horticultura Brasileira v20 n2 julho 2002 Suplemento 2
ALTIERI M NICHOLLS C I Agroecologia Teoria praacutectica para umaAgricultura Sustentable Ia ed PNUMA 2000 Cap 2 4 Seacuterie textos baacutesicos para la formacioacuten ambiental
ALTIERI M Agroecologia bases cientiacuteficas para uma agricultura sustentaacutevelGuaiacuteba Agropecuaacuteria 2002 592 p
ANTONIOLLI Z I GIRACCA E M N CARDOSO S J T WIETHAN M M S FERRI M Iniciaccedilatildeo agrave Minhocultura Criaccedilatildeo em Cativeiro e Vermicompostagem Santa Maria UFSM 1996 p59-89
BAYER C MIELNICZUC J Dinacircmica e funccedilatildeo da mateacuteria orgacircnica In SANTOS G de A S e CAMARGO F A de O (ed) Fundamentos da mateacuteria orgacircnica do solo ecossistemas tropicais e subtropicais Porto Alegre Genesis 1999 p 3-23
BARRETTO D X Composto Orgacircnico In Praacutetica em Agricultura Orgacircnica Satildeo Paulo iacutecone Ed Ltda 1985 p 51-63
BETTIOL W Alguns produtos alternativos para o controle de doenccedilas de plantasem agricultura orgacircnica II Ciclo de palestras sobre agricultura orgacircnica Instituto Bioloacutegico Satildeo Paulo p52-63 1997
41
BETTIOL W TRACH R GALVAtildeO JAH Controle de doenccedilas de plantas com biofertilizantes Jaguariuacutena EMBRAPA-CNPMA 1997 22p (EMBRAPA- CNPMA Circular Teacutecnica 02)
BRADY N C Natureza e propriedades dos sotos Rio de Janeiro Freitas BastosS A 1979 647p
BRADY N C Organisms and ecology of the soil In The nature of properties of soils Simon amp Schuster A Viacon Company New Jersey1999 402-489p
BON1LLA J A Fundamentos da Agricultura Ecoloacutegica Sobrevivecircncia eQualidade de Vida Satildeo Paulo Nobel 1992
BUREacuteS S Substratos Ediciones Agroteacutecnicas S L Madrid Octubre 1997
BUS1NELLI M Chemical Composition and Enzymic Activity of some Worm Cast Plant Soil v 80 p 1-2 1990
CALEGARI A Espeacutecies para cobertura de solo In IAPAR (Instituto Agronocircmico de Paranaacute) Plantio Direto pequena propriedade sustentaacutevel organizador Moacir Darolt Londrina - PR 1998 65-93
CAMARGO P N D Manual de Adubaccedilatildeo Foliar Satildeo Paulo Herba 1975
CAPRA F A Teia da Vida Satildeo Paulo Cultrix 1997 256p
CAPRA F O Ponto de Mutaccedilatildeo 22 ed Satildeo Paulo Cultrix 2001 447p
CHABOUSSOU F Plantas doentes pelo uso de agrotoacutexicos (A Teoria da Trofobiose) Porto Alegre LPM 1987 253 p
CLARO S A Referencias tecnoloacutegicos para a agricultura familiar ecoloacutegica aexperiecircncia da Regiatildeo Centro-Serra do Rio Grande do Sul Porto Alegre EMATERRS-ASCAR 2001 250p
CLIVELA G Diagnoacutestico Agronocircmico da cebola no Rio Grande do Sul Porto Alegre EMATERRS 1995 8 6 p
COMISSAtildeO DE FERTILIDADE DO SOLO - RSSC Recomendaccedilotildees de adubaccedilatildeo e calagem para os estados do Rio Grande do Sul e Santa Catarina 3 ed Passo Fundo SBCS - Nuacutecleo Regional Sul 1995 223p
COMPAGNONI L PUTZOLU G Cria moderna de Ias lombrices y utilizacioacutenrentable dei humus Barcelona Editorial de Vecchi- SA 1985127p
COSTABEBER J A MOYANO E Transiccedilatildeo agroecoloacutegica e accedilatildeo social coletiva Agroecologia e Desenvolvimento Rural Sustentaacutevel Porto Alegre v l n4 p 50- 60 outdez 2 0 0 0
42
COSTA M B B da Adubaccedilatildeo orgacircnica Nova siacutentese e novo caminho para aagricultura Satildeo Paulo Ed iacutecone Ltda 1985 102p
COSTA NETO C Agricultura Sustentaacutevel Tecnologias e Sociedade In CARVALHO COSTA LF et al (org) Mundo Rural e Tempo Presente Rio de Janeiro Mauad 1999
DrsquoAG0ST1NI R L FANTINI A C Produccedilatildeo orgacircnica tambeacutem socialmente excludente Agroecologia e Desenvolvimento Rural Sustentaacutevel Porto Alegre v3 n l p57-61 2002
DALPONTE J C V Utilizaccedilatildeo de materiais orgacircnicos e fertilizante mineral na produccedilatildeo e qualidade de mudas e bulbos de cebola (Alliurn Cepa L) Pelotas-RS 1990 (Mestrado em Agronomia) - Faculdade de Agronomia Eliseu Maciel UFPel 1990
DEBARBA J F THOMAZELLI L F GANDIN C L SILVA E Cadeias produtivas do Estado de Santa Catarina Cebola Florianoacutepolis Epagri 1998 115 p (EPAGRI Boletim Teacutecnico 96)
DUFOUR F Os saacutebios loucos do agro-alimentar Le Monde Diplomatique ano 1 n4 p6-7 1999 (ed portuguesa)
EHLERS E Agricultura Sustetaacutevel Origem e perspectivas de um novo paradigma 2 ed Guaiacuteba Agropecuaacuteria 1999 157 p
FILGUEIRA F A R Novo Manual de olericultura agrotecnologia moderna na produccedilatildeo e comercializaccedilatildeo de hortaliccedilas Viccedilosa UFV 2000 402 p
FRASER G K Mateacuteria Orgacircnica Del Suelo In BEAR F E (ed) Quiacutemica dei Suelo Madrid Ed Agrociencia 1963
FOLLET R H MURPHY L S DONAHUE R L Fertilizers and soil amendments New Jersey Printice-Hall Inc 1981 557p
GARCIA A Revista dei Espacio Rural Georgica Zaragoza Escuela Politeacutecnica de Huesca n5 1997
GARCIA A Versatildeo preliminar de um Programa Estadual de Produccedilatildeo e Comercializaccedilatildeo de Bulbos e Sementes de CebolaEMBRAPAIPAGROMARAEMATER 6 8 pbdquo 1990 (Publicaccedilatildeo avulsa)
GIORGETT1 J R Produccedilatildeo e Comercializaccedilatildeo de Mudas de Tomate In Encontro Nacional de Produccedilatildeo e Abastecimento de Tomate 2 1991 Jaboticabal Satildeo Paulo Anais Jaboticabal UNESP 1991 p 242-244
GLIESSMAN S R Agroecologia Processos ecoloacutegicos em agricultura sustentaacutevelPorto Alegre Universidade Federal do Rio Grande do Sul - UFRGS 2000 653p
43
GLIESSMAN S R TURRIALBA C R Agroecologia Procesos Ecoloacutegicos en Agricultura Sostenible CATIE 2002 p 3-14
GNOATTO S C Caracterizaccedilatildeo quiacutemica de vermicompostos de diferentes substratos orgacircnicos Pelotas-RS 1999 38 f (Mestrado em Agronomia - Solos) - Faculdade de Agronomia Eliseu Maciel UFPel 1999
GOMES J C C BORBA M F S A moderna crise dos alimentos oportunidade para a agricultura familiar Emater Porto Alegre julset 2000 Disponiacutevel em lthttpwwwematertchebrdocsagroecorevistan313-artigo3htmgtAcesso em 24 fev 2002
GOMEZ H W Desenvolvimento sustentaacutevel agriacutecola e capitalismo In Desenvolvimento sustentaacutevel Necessidade eou disponibilidade Santa Cruz do Sul Nobel - UNISC 1997 p 65-77
GONZAacuteLEZ DE MOLINA M SEVILLA GUZMAacuteN E Ecologia campesinado e historia Para una reinterpretacioacuten dei desarrollo dei capitalismo en la agricultura In SEVILLA GUZMAacuteN E GONZAacuteLEZ DE MOLINA M (ed) Ecologia campesinado e historia Madrid La Piqueta 1993 p 23-129
GRIFFITH S A SCHNITZER M Analytical characteristic of humic and fulvic acids extracted from tropical volcanic soils Soil Sei Soc Am Proc v 39 p361-367 1975
GUIMARAtildeES E Caracterizaccedilatildeo quiacutemica estreptoscoacutepica e por anaacutelise teacutermica de aacutecidos huacutemicos e vermicompostos obtidos de estercos de diferentes animaisCuritiba 1997 Dissertaccedilatildeo (Mestrado em Quiacutemica) Universidade Federal do Paranaacute 1997
HESS A F Sociedade e meio ambiente uma relaccedilatildeo ambiacutegua Revista Cientiacutefica Rural Bageacute v 4 n2 p 167-1741999
ICEPA-SC Informes conjunturais sobre a cultura da cebola Disponiacutevel em lthttpwwwicepa combrgt Acesso em 23 jan 2003
JONES H A MANN L K Onions and their allies New York Interscience Publishers 1962 286 p
JUacuteNIOR H A de MAIORANO J A Receitas obtidas de extratos de plantasCampinas CATITerra Viva [199-] 10 f
KHATOUNIAN C A Ciclo de Palestras sobre Agricultura Orgacircnica 2a Ed SatildeoPaulo Fund Cargill 1997 149 p
KIEHL E J Fertilizantes Orgacircnicos Satildeo Paulo Ed Agronocircmica Ceres Ltda 1985 492p
44
KOEFF H H PETTERSSON B D SHAUMANN W Vida Vegetal solos e adubaccedilatildeo In Agricultura Biodinacircmica Satildeo Paulo Nobel 1983 p92-149
KONONOVA M M Soil organic matter The importance o f organic matter in soil formation and soil fertility New York Pergamqn Press 1961 p 165-200
KUHN T A Estrutura das Revoluccedilotildees Cientiacuteficas Satildeo Paulo Perspectiva 1989 257p
LANNA FCA ABREU C L ABREU J G SILVA V Resposta de cultivares de melancia cultivadas sob adubaccedilatildeo quiacutemica e orgacircnica Horticultura v 12 n l p85 1994
LEFF H Saber Ambiental Petroacutepolis Vozes 2001 343 p
MAGALHAtildeES J R Nutriccedilatildeo e adubaccedilatildeo da cebola In FERREIRA M E CASSTELLANE P D CRUZ M C P Nutriccedilatildeo e adubaccedilatildeo de hortaliccedilasPiracicaba POTAFOS 1993 p 381-393
MALAVOLTA E Elementos de nutriccedilatildeo mineral de plantas Satildeo Paulo Ed Agronocircmica Ceres Ltda 1980 251 p
MALAVOLTA E Manual de Quiacutemica Agriacutecola - Adubos e Adubaccedilatildeo 3a ed SatildeoPaulo Ed Agronocircmica Ceres Ltda 1981 606 p
MARTINEZ A A A grande e Poderosa Minhoca Jaboticabal Funep - Unesp1990 101 p
MARTINS S R Desenvolvimento e Sustentabilidade Horticultura Brasileira Brasiacutelia-DF v20 n2 julho 2002 Palestra apresentada no 42deg Congresso Brasileiro de Olericultura
MARTINS S R Limites Del Desarrollo Sostenible em Ameacuterica Latina En el marco de Ias poliacuteticas de (re)ajuste econocircmico Pelotas Editora UFPel 1997 135 P-
MARTINS S R Sustentabilidade na agricultura dimensotildees econocircmicas sociais e ambientais Revista Cientiacutefica Rural Bageacute v4 n 2 p 175-1871999
MATURANA H REZEPKA S N D E Formaccedilatildeo Humana e Capacitaccedilatildeo Rio de Janneiro Vozes 2000 8 6 p
MELLO A F SOBRINHO M O ARZOLLA S SILVEIRA R NETTO A C KIEHL J C Fertilidade do Solo Satildeo Paulo Nobel 1983
MENEZES JUacuteNIOR F O G D Caracterizaccedilatildeo de Diferentes substratos hortiacutecolas e seu efeito na produccedilatildeo de mudas de alface e couve-flor em ambiente protegido Pelotas 1998 141 p Dissertaccedilatildeo (Mestrado em Agronomia - Produccedilatildeo Vegetal) - Faculdade de Agronomia Eliseu Maciel UFPel 1998
45
MIBASA Mineraccedilatildeo Barreto SA Melhorador de Solos MB4 A Natureza Agradece Arapiraca-AL [199-] Folder
MINAMI K Os resumos da olericultura 2000 In AZEVEDO FILHO MARTINEZ FILHO (ed) Preccedilos agriacutecolas Piracicaba ESALQ 1999 p 4
MINAMI K Produccedilatildeo de Mudas de Alta Qualidade em Horticultura Satildeo Paulo TA Queiroz 1995
MORSELLI T B G A Cultivo sucessivo de alface sob adubaccedilatildeo orgacircnica em ambiente protegidoPelotas 2001 178 p Tese (Doutorado em Agronomia - Produccedilatildeo Vegetal) Faculdade de Agronomia Eliseu Maciel UFPel 2001
MORSELLI T B G A Resiacuteduos orgacircnicos em sistemas agriacutecolas Poliacutegrafo da Disciplina de Resiacuteduos orgacircnicos em sistemas agriacutecolas Curso de Poacutes-Graduaccedilatildeo em Agronomia-Produccedilatildeo Vegetal UFPel 2002
MULLER AM Efeitos da Aplicaccedilatildeo Foliar de um Biofertilizante Enriquecido no Estado fitossanitaacuterio de Tomate Ervilha e Beterraba Sob Manejo OrgacircnicoDissertaccedilatildeo (Mestrado no Programa de Poacutes-Graduaccedilatildeo em Agroecossistemas)1999 (Resumo)
NOLLA D Erosatildeo do Solo - O grande desafio Estado do Rio Grande do Sul SEAGRI desenvolvimento de recursos naturais renovaacuteveis 1982 412 p
PAGLIA AG MORSELLI TBGA PEIL RMN Teores de nutrientes pH e condutividade eleacutetrica da aacutegua em sistema ldquofloat^ngrdquo sob adiccedilatildeo de biofertilizantes Horticultura Brasileira v 20 n2 julho 2002 Suplemento 2
PAULUS G MULLER A BARCELLOS LAR Agroecologia aplicada praticas e meacutetodos para uma agricultura de base ecoloacutegica 2ed ver ampl Porto Alegre EMATERRS 2001 8 6 p
PEIXOTO R T dos G Composto orgacircnico aplicaccedilotildees benefiacutecios e restriccedilotildees de uso Horticultura Brasileira Brasiacutelia-DF v 18 p 56-64 julho 2000
PENTEADO SR Defensivos Alternativos e Naturais Satildeo Paulo 1999 95 p
PEREIRA AJ SOUZA RJ PEREIRA WR Efeito de diferentes doses de esterco de galinha e de curral sobre a produccedilatildeo de cebola Horticultura Brasileira v20 n2 julho 2002 Suplemento 2
PINHEIRO S BARRETO SB MB-4 agricultura sustentaacutevel trofobiose e biofertilizantes Fundaccedilatildeo Juquira CandiruMibasa 2000 273 p
PRIMAVESI A Agricultura Sustentaacutevel Satildeo Paulo Nobel 1992 142 p
PRIMAVESI A O manejo ecoloacutegico do solo Agricultura em regiotildees tropicais SatildeoPaulo Nobel 1982 541 p
46
PURCINO A A C ldquoNitrogecircniordquo Informe Agropecuaacuterio Belo Horizonte v7 n81 p 16-27 1981
QUIJANO F G Efeito da adubaccedilatildeo orgacircnica no desenvolvimento de duas cultivares de alface em ambiente protegido Pelotas 1999 116f Dissertaccedilatildeo (Mestrado em Agronomia - Produccedilatildeo Vegetal) Faculdade de Agronomia Eliseu Maciel UFPel 1999
RODRIGUES A N N Efeitos e residuais de superfosfato triplo sobre o rendimento de mateacuteria seca e absorccedilatildeo de foacutesforo pela aveia (Avena strigosa Schob) em solo Podzoacutelico Vermelho Escuro Porto Alegre 1984 59f Dissertaccedilatildeo (Mestrado em Agronomia) - Faculdade de Agronomia UFRGS 1984
RODRIGUES E T CASALI V W D Respostas da alface agrave adubaccedilatildeo orgacircnica II Teores conteuacutedos e utilizaccedilatildeo de macronutrientes em cultivares Rev Ceres Viccedilosa v 45 n 261 p 437-449 1998
SAMINEcircS T C O Produccedilatildeo orgacircnica de alimentos Horticultura Brasileira Brasiacutelia-DF v 17 n3 novembro 1999
SCHIEDECK G Ambiecircncia e resposta agronocircmica de meloeiro (Cucumis melo L) cultivado sob adubaccedilatildeo orgacircnica em ambiente protegido Pelotas lOOp Tese (Doutorado em Agronomia - Produccedilatildeo Vegetal) - Faculdade de Agronomia Eliseu Maciel UFPel 2002
SILVA JUacuteNIOR A A GIORGI E Substratos alternativos para a produccedilatildeo de mudas de tomate Agropecuaacuteria Catarinense Florianoacutepolis EPAGRI 1992 23 p
SILVA JUacuteNIOR A A MACEDO S G STUKER H Utilizaccedilatildeo de esterco de peru na produccedilatildeo de mudas de tomateiro Florianoacutepolis EPAGRI 1995 28 p (Boletim Teacutecnico 73)
TAGLIARI PS GRASSMANN H Minhoca a grande aliada da agricultura Agropecuaacuteria Catarinense v8 n l p 11-14 mar 1995
TEDESCO M J GIANELLO C Anaacutelises de solo plantas e outros materiais Porto Alegre Faculdade de Agronomia Departamento de Solos Universidade Federal do Rio Grande do Sul RS 1996
TENNANT D A Test of modified line intersect method of estimating root lenght Journal Ecology Oxford v 63 p 995-1001 1975
TIBAU A O Mateacuteria Orgacircnica do Solo Mateacuteria Orgacircnica e Fertilidade do SoloSatildeo Paulo Nobel 1984 p49-182
TIMM P J Anaacutelise comparativa dos sistemas de plantio convencional e cultivo miacutenimo de cebola sob adubaccedilatildeo orgacircnica e mineral Pelotas 2000 79 p Dissertaccedilatildeo (Mestrado em Agronomia - Produccedilatildeo Vegetal) - Faculdade de Agronomia Eliseu Maciel UFPel 2000
47
VALENZUELA HR CROSBY C Effect of compost applications on the yield of several vegetables in long-term organic farming experiments conduced in the tropics American Society Horticultural Science v33 n3 june 1998
VIGLIZZO E (ed) Subprograma Recursos Naturais y Sostenibilidad Agriacutecola documento marco Montevideo IICAPROCISUR 1995 p 75 - 78
WE1D J M TARDIN J M Proposta para a Ampliaccedilatildeo do Trabalho da ASPTA no Centro Sul do Paranaacute ASPTA Disponiacutevel em http wwwpronafgovbrEncontrotestosAS20PTA20Sul20ParanE1205 202002doc Acesso em 05 mai 2002
XAVIER SIMOacuteN F DOMINGUES D G Desenvolvimento Rural Sustentaacutevel uma perspectiva agroecoloacutegica Agroecologia e Desenvolvimento Rural Sustentaacutevel Porto Alegre EM ATERRS v2 n2 p 17-26 2001
ZABALETA J P Diagnoacutestico da Agricultura Familiar em Satildeo Joseacute do Norte - RSPelotas EMBRAPA-CPACT 1998 75 p (EMBRAPA-CPACT Documentos 44)
ZONTA E P MACHADO A A SILVEIRA P Sanest Sistema de anaacutelise estatiacutestica para microcomputadores Registrado na Secretaria Especial de Informaacutetica sob nuacutemero 066060 - categoria A Pelotas-RS Universidade Federal de Pelotas 1984
48
7 APEcircNDICE
APEcircNDICE A - Anaacutelise da adubaccedilatildeo de base e biofertilizantes utilizados na produccedilatildeo de mudas de cebola
TABELA 1 A Anaacutelise baacutesica do solo antes da incorporaccedilatildeo do feijatildeo miuacutedo + papua
Arg
pH IND
SMP
MO
P - n r - Na Al Ca__10Omlmdash
Mg
ppm -
6 53 67 089 8 6 27 1 04 05 0 2
Fonte LASFAEMUFPel (2002)
TABELA 2A Anaacutelise complementar do solo antes da incorporaccedilatildeo do feijatildeo-miuacutedo + papua
Cobre Zinco Manganecircs Ferro
(m v1)
04 05 26 007
Fonte LASFAEMUFPel (2002)
49
TABELA 3A Anaacutelise dos fertilizantes soacutelidos
Amostra pH limidade CN
C N P K Ca Mg
- g-ivg --
Cama de 849 2491 12 31042 2479 3888 3405 29875 463
aves
Esterco 74 3594 11 677 590 157 134 335 214
de curral
Huacutemus 684 5738 14 15965 1098 453 745 743 361
Fonte LASFAEMUFPel (2002)
TABELA 4A Anaacutelise quiacutemica dos biofertilizantes liacutequidos
Amostra N P K_ccedil H
Ca Mg Cu Zn Fe Mn
mdashgL bull
S Magro
m b 4
Urina
053
1652
8 2 2
008
395
0 0 0
149
1674
471
1902
6872
0 0 0
1150
4507
1172
7273
42
033
101389
920
0 0 0
6250
19458
781
35273
1123
0 2 1
Fonte LASFAEMUFPel (2002)
50
APEcircNDICE B - Condiccedilotildees climaacuteticas do local
TABELA 1B Condiccedilotildees de temperatura do local
___________ __________TEMPERATURA (degCgt
meses Meacutedia
Maacutexima
Meacutedia
MiacutenimaMeacutedia
Maacutexima
Absoluta
Miacutenima
Absoluta
Junho 225 87 156 320 25
Julho 225 85 155 285 30
Agosto 251 71 161 360 1 0
Fonte FEPAGROSCT 2002
TABELA 2B Condiccedilotildees de chuva do local
mdash CHUVA (mm)mdash
meses Ocorrida Normal Desvio Da Normal
Junho 1080 1 1 0 -2 0
Julho 1062 98 8 2
Agosto 1283 1 2 0 83
Fonte FEPAGROSCT 2002
51
TABELA 1C Produccedilatildeo de fitomassa fresca e seca (g) da parte aeacuterea altura de planta
(cm) e diacircmetro de colo (mm) de mudas de cebola Petrolini cultivadas
sob uma perspectiva agroecoloacutegica Pelotas-RS 2003
APEcircNDICE C - Anaacutelise estatiacutestica da parte aeacuterea
Causas G1 FFPA FSPA AP DC
da variaccedilatildeo --------- Quadrados meacutedios-
Blocos 3
Ad Base 2 175359071 1287102 2547419 1 11775
Biofertilizantes 2 126876 29011 87669ns 02185ns
Ad x Biofert 4 572378 31123 69106ns 04159
Resiacuteduo 24 34456 03048 27169 00290
Total 35
Meacutedia geral 93745 8772 320388 6741
CV 1980 6294 5145 2530
Significativo a 5ns Natildeo significativo
52
TABELA 1D Produccedilatildeo de fitomassa fresca e seca (g) comprimento (cm) e densidade
de raiacutezes (m cm3) de mudas de cebola Petrolini cultivadas sob uma
perspectiva agroecoloacutegica e razatildeo parte aeacutereasistema radicular Pelotas-
RS 2003
APEcircNDICE D - Anaacutelise estatiacutestica da raiz
Causas G1 FFR FSR CR RPASR DR
da variaccedilatildeo Quadrados meacutedios---------------
Blocos 3
Ad Base 2 27874 551 623 2 1 0 140
Biofertilizantes 2 178 0 1 0 ni 1504 l03ns 038ns
Ad x Biofert 4 190 058 318 294 183
Resiacuteduo 24 005 009 028 023 0 2 1
Total 35
Meacutedia geral 1818 228 184 387 333
C V 134 1356 448 1253 1396
Significativo a 5 ns Natildeo significativo
53
APEcircNDICE E - Anaacutelise estatiacutestica dos macronutrientes da parte aeacuterea da cebola
TABELA 1E Conteuacutedos (mg planta1) de nitrogecircnio foacutesforo potaacutessio caacutelcio e
magneacutesio no tecido vegetal de mud^s de cebola Petrolini cultivadas
sob uma perspectiva agroecoloacutegica Pelotas-RS 2003
Causas G1 bull N P K Ca Mg
da variaccedilatildeo
Blocos 3
Ad Base 2 13550306 446627 25509686 1031806 59007
Biofertilizantes 2 180610ns 16564 68153ns 39006 876ns
Ad x Biofert 4 454187 45743 1047539 46950 2464
Resiacuteduo 24 29769 1453 64313 3741 439
Total 35
Meacutedia geral 24921 4597 33366 6943 1615
C V 692 829 760 880 1297
Significativo a 5 ns Natildeo significativo
APEcircNDICE F - Fotos do experimento
FIGURA 2 Mudas de cebola (Allium cepa L) produzidas sob uma perspectiva agroecoloacutegica
APEcircNDICE F a Fotos do experimento
FIGURA 1 Adubaccedilatildeo verde com feijatildeo-miuacutedo e papuatilde utilizadas no manejo do solo
FIGURA 2 Mudas de cebola (Allium cepa L) produzidas sob urna perspectiva agroecoloacutegica
9
agricultura que ao mesmo tempo produz gera e preserva empregos Para caminhar ateacute
ela eacute necessaacuteria uma ampla alianccedila entre agricultores consumidores e movimentos
sociais para frear esta forma de ditadura dos mercados fonte do poder das
transnacionais agro-alimentares e quiacutemicas (Dufour 1999)
Por outra parte o mercado natildeo eacute linear e abstrato como querem fazer crer A
produccedilatildeo e o consumo sempre estaratildeo localizados e seratildeo realizados por produtores e
consumidores concretos isto permite falar em convenccedilatildeo ou negociaccedilotildees onde a
qualidade seja considerada na originalidade no bem comum ou na confianccedila entre pares
e colada aos produtos ainda mais quando se trata de alimentos Isto soacute seraacute possiacutevel
no local (sem ignorar o global) e levando em conta indicaccedilotildees como denominaccedilatildeo
ou indicaccedilatildeo de origem de processo ou de qualidade etc relacionados agraves
especificidades dos produtos o que tambeacutem deve ser objeto de negociaccedilatildeo para cada
lugar (eacute preciso lembrar que a participaccedilatildeo e as relaccedilotildees interpessoais satildeo determinantes
ao longo do processo) A produccedilatildeo social da qualidade eacute vista como estrateacutegia que
adquire sentido se considerada para o espaccedilo da Agricultura Familiar onde ainda eacute
possiacutevel estabelecer laccedilos de solidariedade entre produtores e consumidores (Gomes amp
Borba 2000)
De acordo com DrsquoAgostini amp Fantini (2002) tanto ou mais do que compreender a
dinacircmica de processos dos quais resultam produtos interessantes eacute compreender e
humanizar a dinacircmica de interesses sobre esses processos e produtos Os mesmos
autores dizem ainda que natildeo seria a solidariedade humana (a virtude pressuposta) que
emerge em especial na produccedilatildeo agroecoloacutegica mas sim a emergecircncia da rica
propriedade humana a generosidade que permite praticaacute-la em qualquer relaccedilatildeo entre
os homens
22 A cultura da cebola (Alliunt cepa L) e sua importacircncia
A cultura da cebola foi introduzida pelos accedilorianos no Brasil no seacuteculo XVIII nos
municiacutepio de Mostardas Rio Grande e Satildeo Joseacute do Norte no Estado do Rio Grande do
Sul (Garcia 1990) sendo a terceira hortaliccedila de maior importacircncia econocircmica para o
paiacutes (ICEPA 2003) Nas regiotildees Sul e Sudeste a cebolicultura constitui-se em atividade
socioeconocircmica de significativa relevacircncia para os Estados de Satildeo Paulo Santa
10
Catarina e Rio Grande do Sul nos quais se concentram mais de 76 da produccedilatildeo
nacional (Debarba et a i 1998)
A mais importante regiatildeo produtora do Rio Grande do Sul estaacute situada no litoral
Sul englobando os municiacutepios de Rio Grande Tavares Satildeo Joseacute do Norte e Mostardas
(Garcia 1997) e segundo ICEPASC (2003) esses quatro municiacutepios respondem por
cerca de 70 da produccedilatildeo de cebola do RS
Timm (2000) cita que cerca de 16000 famiacutelias rurais no Rio Grande do Sul tem
na cultura da cebola o seu principal meio de subsistecircncia No Municiacutepio de Satildeo Joseacute do
Norte a produccedilatildeo de cebola constitui uma atividade econocircmica quase exclusiva onde a
descapitalizaccedilatildeo dos agricultores ocasionou o abandono do meio rural por muitos deles
que acabaram por estabelecerem-se na periferia da zona urbana (Garcia 1997)
Aleacutem da descapitalizaccedilatildeo do produtor ocorrem problemas como a erosatildeo do solo
que segundo Zabaleta (1998) ocorre principalmente devido agrave accedilatildeo dos ventos fortes e
constantes caracteriacutesticos na regiatildeo sul-litoracircnea bem como a topografia plana e os
solos muito arenosos com lenccediloacuteis freaacuteticos superficiais contribuem para o
empobrecimento dos solos da regiatildeo principalmente ao se comparar com outras aacutereas
onde a cebola participa de sistemas produtivos juntamente com a produccedilatildeo leiteira o
arroz e hortaliccedilas diversas (Timm 2000)
221 Caracteriacutesticas agronocircmicas da cebola
A cebola eacute uma aliaacuteceae a planta eacute tenra atinge 60 cm de altura e apresenta folhas
tubulares e cerosas O caule verdadeiro eacute um disco comprimido na base da planta de
onde partem as folhas e raiacutezes que satildeo fasciculadas pouco ramificadas explorando um
volume de solo equivalente a um cilindro com 60 cm de altura e 25 cm de diacircmetro
(Filgueira 2000)
Cada planta apresenta 20 a 200 raiacutezes normalmente espessas (05 a 1 mm de
diacircmetro) e com pouca ramificaccedilatildeo e poucos pecirclos absorventes O crescimento eacute
vertical estendendo-se de 40 a 80 cm de profundidade Poucas raiacutezes ocupam mais de
15 cm do raio em tomo do bulbo Estas caracteriacutesticas tecircm implicaccedilotildees peculiares
quanto acirc localizaccedilatildeo e ao suprimento de nutrientes (Quanto menor o diacircmetro e maior a
ocorrecircncia de pecirclos absorventes maior seraacute a superfiacutecie de raiacutezes e consequumlentemente a
absorccedilatildeo de nutrientes (Magalhatildees 1993)
11
A fase vegetativa do ciclo da planta termina com o amadurecimento do bulbo
todavia trata-se de uma planta bienal considerando acirceu ciclo vital completo isto eacute da
semeadura ateacute a produccedilatildeo de novas sementes Apoacutes um periacuteodo invemal sob baixas
temperaturas haacute emissatildeo de um pendatildeo floral que pode alcanccedilar 150 cm de altura
terminando por uma inflorescecircncia tipo umbela simples inicialmente recoberta por
uma peliacutecula formada por centenas de pequenas flores (Filgueira 2000)
Segundo Clivela (1995) os fatores climaacuteticos de modo geral natildeo satildeo limitantes
para a produccedilatildeo de bulbos de cebola no Rio Grande do Sul Filgueira (2000) enfatiza
que no Brasil eacute uma das raras culturas oleraacuteceas nas quais o fotoperiacuteodo pode tornar-se
o fator limitante ocorrendo frustraccedilotildees da colheita caso as exigecircncias da planta natildeo
sejam satisfeitas
222 A produccedilatildeo de mudas de hortaliccedilas
As mais importantes modificaccedilotildees no sistema de produccedilatildeo nos uacuteltimos anos tecircm
sido feitas na produccedilatildeo de mudas Hoje eacute uma realidade os produtores se
especializarem em produzir mudas principalmente no Estado de Satildeo Paulo Para tanto
se busca atraveacutes da pesquisa as melhores fontes e combinaccedilotildees de substratos associados
ao sistema de produccedilatildeo conveniente para cada espeacutecie a fim de se obter melhorias na
propriedade no solo e na Olericultura (Giorgetti 1991)
O sistema agroecoloacutegico torna-se importante uma vez que a base da Horticultura
moderna eacute a produccedilatildeo de mudas de alta qualidade (Minami1995) a produccedilatildeo de mudas
de hortaliccedilas tem sido citada como a etapa mais importante do sistema produtivo (Silva
Junior et al 1995) Segundo Filgueira (2000) nesta fase natildeo se pode cometer erros
pois posteriormente seraacute mais difiacutecil de corrigi-los visto que para o cultivo da cebola a
muda refletiraacute na qualidade do bulbo
As mudas de hortaliccedilas podem ser consideradas tolerantes e natildeo tolerantes ao
transplante e dependem principalmente das condiccedilotildees ambientais necessitando de
cuidados No caso da cebola como satildeo produzidas com raiz nua os cuidados devem ser
maiores pois dependendo do estado em que se encontram mais ou menos susceptiacuteveis
aos estresses quando em contato com o campo podem resultar em desastre (Minami
1999)
A quantidade de nutrientes extraiacuteda pelas hortaliccedilas durante a fase de muda varia
em funccedilatildeo da espeacutecie da variedade ou da cultivar e do prazo necessaacuterio para a formaccedilatildeo
13
O composto humificado ou curado eacute rico em nutrientes que passaram parcialmente
da forma orgacircnica para a forma mineral assimilaacutevel pelas raiacutezes e com maior teor
coloidal que atua como fertilizante e eacute responsaacutevel pela capacidade melhoradora do
solo (Barreto 1985)
Uma das principais alternativas em termos de adubaccedilatildeo orgacircnica eacute o
vermicomposto Ele eacute um adubo orgacircnico estaacutevel rico em nutrientes inodoro de
coloraccedilatildeo escura obtido a partir da atividade das minhocas que potencializam a mateacuteria
prima utilizada no processo (principalmente esterco de bovino) proporcionando
diversos benefiacutecios para as plantas (Timm 2000)
231 Efeitos da adubaccedilatildeo orgacircnica no solo
O solo funciona como um organismo vivo em 1 grama de solo saudaacutevel vive uma
comunidade bioloacutegica de aproximadamente 1 0 0 0 0 espeacutecies diferentes como minhocas
larvas besouros colecircmbolos aacutecaros algas bacteacuterias e fungos Estes organismos
necessitam de alimentos para viver principalmente carbono e nitrogecircnio que estatildeo
presentes na palhada das culturas e no esterco de animais Em funccedilatildeo disso eacute
importante que o solo tenha um determinado teor de mateacuteria orgacircnica para fornecer os
alimentos e energia que os microacutebios precisam para viver (Paulus et al 2001)
O homem atraveacutes dos diferentes sistemas de preparo do solo e cultivos contiacutenuos
ou natildeo altera o comportamento do mesmo em relaccedilatildeo agraves reaccedilotildees quiacutemicas
propriedades fiacutesicas como capacidade de retenccedilatildeo de aacutegua lixiviaccedilatildeo de nutrientes
erosatildeo e como consequumlecircncia afeta a qualidade de organismos presentes no solo (Brady
1999) reduzindo paulatinamente o teor de mateacuteria orgacircnica (Primavesi1982)
Nos uacuteltimos anos tem-se observado em diferentes paiacuteses a ampliaccedilatildeo do uso de
adubos orgacircnicos Alguns apresentam oacutetimos resultados enquanto outros se mostram
tecnicamente inadequados Os principais adubos orgacircnicos encontrados no mercado satildeo
fertilizantes orgacircnicos de origem animal compostos de lixo urbanos compostos de
produtos industriais e huacutemus de minhoca Nestes fertilizantes estatildeo presentes a maioria
dos macronutrientes (nitrogecircnio foacutesforo potaacutessio caacutelcio magneacutesio enxofre) e
micronutrientes (zinco cobre boro ferro cobalto)essenciais para as plantas e nem
sempre encontrados em muitos fertilizantes minerais bem como uma gama de
microorganismos que vatildeo beneficiar a fauna e a flora do solo (Brady 1979 Kiehl
1985 Costa 1985 Garcia 1997)
14
Os adubos orgacircnicos satildeo amplamente empregados nos sistemas de produccedilatildeo de
alface como condicionadores do ambiente quiacutemico e fiacutesico da rizosfera e
consequumlentemente na resposta bioloacutegica das plantas (Rodrigues amp Casali 1998)
Considerando as necessidades hortiacutecolas de maior competitividade e o fato de natildeo
ser subsidiada o crescimento populacional e a industrializaccedilatildeo representam fatores
determinantes na geraccedilatildeo diaacuteria de enormes volumes de resiacuteduos podendo ser utilizados
pelos produtores com um maior retomo econocircmico possiacutevel Ao mesmo tempo a
questatildeo ambiental assume cada vez mais destaque na sociedade moderna repercutindo
em poliacuteticas governamentais bem como no setor produtivo do paiacutes e do mundo
fazendo com que a relaccedilatildeo do homem com a natureza seja repensada (Morselli 2001)
232 Efeitos da adubaccedilatildeo orgacircnica nas culturas
Segundo Paulus et al (2001) a mateacuteria orgacircnica tambeacutem eacute fonte de nutrientes
especialmente nitrogecircnio foacutesforo enxofre e micronutrientes aleacutem disso tem
capacidade de ldquoprenderrdquo micronutrientes e alguns elementos toacutexicos para as plantas
como o alumiacutenio Por exemplo os micronutrientes depois de presos satildeo liberados
lentamente no solo onde satildeo gradativamente aproveitados pelas plantas
O uso dos fertilizantes minerais elevam o custo de produccedilatildeo pois satildeo necessaacuterias
altas doses para o fornecimento dos teores de nutrientes demandados Por isso eacute
importante a geraccedilatildeo de tecnologias que poupem o consumo de fertilizantes minerais
desejaacutevel com vista agrave diminuiccedilatildeo do custo de produccedilatildeo (Rodrigues 1984) A produccedilatildeo
de hortaliccedilas sob a orientaccedilatildeo agroecoloacutegica leva em consideraccedilatildeo natildeo apenas os custos
de produccedilatildeo como tambeacutem a dependecircncia dos insumos principalmente quando se
considera a ldquoteoria da trofobioserdquo pelos efeitos maleacuteficos que os nutrientes prontamente
assimilaacuteveis podem causar as plantas (Chaboussou 1987)
Para Compagnoni amp Putzolu (1985) o vermicomposto eacute um autecircntico fertilizante
bioloacutegico que atua como corretivo do solo determinando caracteriacutesticas importantes
para a microflora pelos aacutecidos huacutemicos e as substacircncias fitoestimulantes Os autores
consideram ainda que as dejeccedilotildees das oligoquetas proporcionam a formaccedilatildeo de huacutemus
permitindo melhorar o solo razatildeo pela qual satildeo destinados agrave horticultura com oacutetimas
vantagens fiacutesicas e microbioloacutegicas enriquecendo a camada araacutevel
Em experimentos desenvolvidos durante cinco anos para avaliar o efeito da
aplicaccedilatildeo de compostos eou adubos nas culturas de alface manjericatildeo espinafre e
15
pepino Valenzuela amp Crosby (1998) compararam as produccedilotildees obtidas com composto
e a fertilizaccedilatildeo padratildeo e concluiacuteram que a utilizaccedilatildeo do composto em 20 Mg ha 1 mais
N-quiacutemico foi o melhor tratamento em todas as culturas estudadas
233 Plantas de cobertura do solo
As plantas mais usadas para adubaccedilatildeo de cobertura do solo satildeo as leguminosas
pois estas tecircm a capacidade de fixar o nitrogecircnio atmosfeacuterico e disponibiliza-lo agrave
cultura Primavesi (1992) cita que utilizando-se mucuna ervilhaca feijatildeo-de-porco
feijatildeo-miuacutedo crotalaacuteria e outras natildeo haacute necessidade de utilizar tanto nitrogecircnio em
cobertura embora natildeo se dispense uma calagem mais frequumlente pois ocorre um pouco
de acidificaccedilatildeo no solo como com qualquer adubaccedilatildeo nitrogenada Segundo a mesma
autora algumas leguminosas tecircm a capacidade de mobilizar o foacutesforo como o caupi
(feijatildeo-miuacutedo) outras mobilizam o caacutelcio como tremoccedilo
Para Brady (1999) a adubaccedilatildeo verde traz grandes benefiacutecios como suprimento de
mateacuteria orgacircnica sendo consideraacutevel a quantidade de resiacuteduos orgacircnicos devolvidos ao
solo adiccedilatildeo de nitrogecircnio nutrientes e conservaccedilatildeo do solo
Calegari (1998) comenta que quanto aos aspectos fiacutesicos os resiacuteduos tendem a
contribuir para uma melhoria da estrutura do solo percebida pelo aumento da
estabilidade dos agregados em aacutegua aumento da capacidade de retenccedilatildeo hiacutedrica
elevaccedilatildeo dos iacutendices de infiltraccedilatildeo de aacutegua no solo aumento da porosidade melhor
aeraccedilatildeo e diminuiccedilatildeo da densidade do solo
De acordo com Timm (2000) o papuatilde eacute uma excelente alternativa como cobertura
de solo para o cultivo miacutenimo da cebola pois na eacutepoca do transplante das mudas seu
ciclo vegetativo estaacute completo natildeo necessitando o dessecamento outra vantagem eacute que
o papuatilde apresenta bom controle com relaccedilatildeo agraves plantas invasoras da cebola reduzindo
ao longo dos anos o nuacutemero de capinas e a aplicaccedilatildeo de herbicidas
234 Adubaccedilatildeo foliar
Segundo Malavolta (1981) a utilizaccedilatildeo da adubaccedilatildeo foliar eacute complemento da
adubaccedilatildeo de solo natildeo substituto da mesma no que diz respeito ao fornecimento de
nitrogecircnio foacutesforo e potaacutessio para as culturas Da mesma maneira que as raiacutezes podem
perder para o solo parte dos elementos absorvidos as folhas tambeacutem o fazem pela accedilatildeo
16
de fatores internos (desordem fisioloacutegica estado nutricional etc) e externos (chuvas
orvalho nutriccedilatildeo do sistema radicular luz temperatura etc)
Para Chaboussou (1987) as plantas adquirem o maacuteximo de resistecircncia bioloacutegica
atraveacutes da nutriccedilatildeo (trofos) equilibrada Obviamente para que isto ocorra eacute necessaacuterio
que o solo esteja em equiliacutebrio dinacircmico o ambiente seja o mais estaacutevel e as plantas
selecionadas ou melhor adaptadas para poderem suportar as alteraccedilotildees extemporacircneas
ocasionadas pelos fenocircmenos meteoroloacutegicos e nas fases fonoloacutegicas criacuteticas do
crescimento e desenvolvimento (Pinheiro amp Barreto 2000)
O lixiviado das folhas enriquece as camadas superiores do solo e tende a
contrabalanccedilar as perdas de zonas mais profundas e mais distantes acumulando-os nas
suas proximidades tambeacutem influencia o nuacutemero e o comportamento dos
microrganismos que por sua vez alteram o processo de gecircnese do solo sua textura e
fertilidade A lixiviaccedilatildeo assim se toma importante no desenvolvimento da sucessatildeo
ecoloacutegica devido agrave ciclagem de elementos (Malavolta 1980)
Conforme Camargo (1975) a utilizaccedilatildeo de adubos foliares substitui parcialmente
a adubaccedilatildeo radicular em 20 a 25 podendo ser utilizada em varias pulverizaccedilotildees
24 Vermicompostagem
E o processo que consiste em se submeter diferentes resiacuteduos orgacircnicos de
origem animal eou vegetal aos processos fermentativos e humificaccedilatildeo adicionando
minhocas do gecircnero Eiseina espeacutecie foetida ao material procurando obter um produto
curado em aproximadamente 45 - 60 dias (Compagnoni amp Putzolu 1985)
A vermicompostagem firmou-se no Brasil como atividade rentaacutevel produzindo
adubo de alta qualidade na deacutecada de 90 Na agricultura brasileira contudo haacute
preferecircncia pelos adubos quiacutemicos em funccedilatildeo de sua aquisiccedilatildeo financiada menor custo
e retomo imediato embora o impacto de seu uso contiacutenuo sobre o solo e os
microorganismos que nele vivem seja negativo (Tagliari amp Grassmann 1995)
Segundo Morselli (2002) a vermicompostagem difere da compostagem
convencional dentre outros pocircr formar substacircncias huacutemicas mais rapidamente ao sofrer
passagem pelo trato digestivo das minhocas A alirdentaccedilatildeo destas satildeo basicamente os
estercos e a disponibilidade desta mateacuteria prima bem como de ambiente protegido para
proceder a compostagem correta deste material satildeo indispensaacuteveis
17
Segundo Kiehl (1985) e Martinez (1990) o vermicomposto apresenta as seguintes
vantagens em relaccedilatildeo a compostagem permite a formaccedilatildeo de um produto curado em
menor espaccedilo de tempo promove a formaccedilatildeo de um material com maior
disponibilidade de nutrientes facilita o peneiramento natildeo havendo a necessidade de
revolvimento do material oferece vaacuterias fontes de renda pois aleacutem do huacutemus fornece
minhocas e raccedilatildeo e quando aplicado ao solo tende a melhorar as propriedades fiacutesicas
quiacutemicas e bioloacutegicas
241 Resiacuteduos utilizados na vermicompostagem
2411 Resiacuteduos de origem animal
Segundo Bureacutes (1997) o esterco eacute uma mistura de fezes urina e camas que
podem estar constituiacutedas de palhas folhas secas serragem turfa casca de arroz e ateacute
terra Esse apresenta pH neutro e densidade que varia de 030 a 090 Kg dm3 segundo
seu estado de decomposiccedilatildeo Eacute influenciado por vaacuterios fatores como espeacutecie animal
raccedila idade alimentaccedilatildeo material utilizado como cama e tratamento da mateacuteria-prima
esterco (Kiehl 1985) Dentre os fatores apontados um dos mais importantes eacute a
alimentaccedilatildeo do animal quanto mais rica a alimentaccedilatildeo mais rica seraacute as dejeccedilotildees
(Gnoatto 1999) O volume de bacteacuterias vivas ou mortas encontradas no esterco
representam 20 a 30 do total delas se originam grande parte do nitrogecircnio sob a
forma de proteiacutena (Morselli 2002)
A origem do material utilizado para a produccedilatildeo de vermicomposto eacute fundamental
pois soacute uma mateacuteria-prima de qualidade resultaraacute em um produto final de boa qualidade
Dentre os estercos o de aves eacute empregado empiricamente na adubaccedilatildeo de culturas
permanente ou natildeo com excelentes resultados apesar de sua simples composiccedilatildeo
meacutedia 2 de nitrogecircnio 2 de foacutesforo como P2 0 5 e 1 de K2 0 Poreacutem haacute uma
grande variaccedilatildeo na sua constituiccedilatildeo a qual dependeraacute do manejo animal atraveacutes das
camas finalidade da criaccedilatildeo e natureza das camas (Morselli 2002)
2412 Resiacuteduos de origem vegetal
A mateacuteria orgacircnica pode ser preservada no solo por vaacuterios processos seja pela
simples incorporaccedilatildeo de resiacuteduos de culturas rotaccedilatildeo de culturas adubaccedilatildeo verde ou
18
pela adiccedilatildeo de materiais orgacircnicos capazes de elevar e manter a produtividade do solo
Da decomposiccedilatildeo dos resiacuteduos orgacircnicos adicionados ao solo resulta a liberaccedilatildeo de
grande quantidade de nutrientes principalmente o nitrogecircnio o potaacutessio e o enxofre
Aleacutem disso diversos atributos quiacutemicos e fiacutesicos do solo satildeo alterados pela
decomposiccedilatildeo desses resiacuteduos destacando-se o aumento da capacidade de troca de
caacutetions o aumento da retenccedilatildeo de aacutegua a melhoria da estabilidade dos agregados e da
aeraccedilatildeo (Fraser1963 Malavolta 1981 Mello et al 1983 Bonilla 1992)
Segundo Purcino (1981) quando a relaccedilatildeo CN eacute menor que 30 como no caso do
esterco de curral ou da palha de leguminosas a disponibilidade de nitrogecircnio eacute
imediata mas acima deste valor ocorre imobilizaccedilatildeo crescente deste nutriente Por esse
motivo estes materiais devem ser submetidos a uma degradaccedilatildeo bioloacutegica antes de
serem adicionados ao solo
25 Biofertilizantes
No Brasil ocorrem problemas crescentes com materiais derivados de sistemas
intensivos de criaccedilatildeo animal que acumulam resiacuteduo^ orgacircnicos com graves problemas
de contaminaccedilatildeo de cursos de aacutegua que na maioria das vezes se acumulam em um
uacutenico lugar e natildeo satildeo reciclados (Viglizzo 1995)
Visando amenizar tais situaccedilotildees os meacutetodos alternativos de adubaccedilatildeo controle de
doenccedilas pragas e plantas indesejaacuteveis tecircm sido muito estudado Dentro dessa linha de
pesquisa destaca-se o uso de mateacuteria orgacircnica atraveacutes tanto de sua incorporaccedilatildeo ao
solo como de sua transformaccedilatildeo para uso posterior na forma de biofertilizantes
(Khatounian 1997 Bettiol et al 1997)
Na complexa e elevada comunidade microbiana dos biofertilizantes encontram-se
bacteacuterias fungos leveduriformes filamentosos e actinomicetos (Bettiol apud Penteado
1999)
O agregado de macro e micronutrientes periodicamente ativa e enriquece a
fermentaccedilatildeo O uso de farinha de rocha tem sido vantajoso por ter baixo custo
comparado com os sais concentrados e purificados aleacutem de trazer alguns elementos
traccedilos de vital importacircncia para os microrganismos do solo como por exemplo o Gaacutelio
o Iodo e o Vanaacutedio (M1BASA 199-) O agregado de farinha de rocha ou sais
purificados ao fermentado faz com que estes nutrientes passem a fazer parte dos
microrganismos ou dos produtos orgacircnicos liberados durante a fermentaccedilatildeo sendo que
19
o ataque dos microrganismos atraveacutes de suas enzimas consegue liberar os elementos natildeo
atacados pelos aacutecidos industriais (Pinheiro amp Barreto 2000)
Os biofertilizantes tecircm sido empregados na agricultura ecoloacutegica como adubo
foliar para aumentar a resistecircncia contra pragas e doenccedilas Aleacutem disso o processo de
produccedilatildeo eacute bastante simples e por isso eacute viaacutevel sua produccedilatildeo na propriedade desde que
tenha esterco disponiacutevel (Penteado 1999)
Bettiol et al (1997) verificaram a presenccedila de diferentes espeacutecies de fungos
fiacutelamentosos e leveduriformes e bacteacuterias entre elas Bacillus spp na comunidade
microbiana do biofertilizante produzido segundo meacutetodo adotado pelo Centro de
Agricultura Ecoloacutegica Ipecirc Os autores verificaram ainda uma reduccedilatildeo da comunidade
microbiana ao longo da digestatildeo reduccedilatildeo essa mais acentuada logo apoacutes o acreacutescimo
dos sais contendo micronutrientes A accedilatildeo dos sais pode ser tanto por aumento na
pressatildeo osmoacutetica quanto pelo efeito direto sobre os microrganismos Para o controle de
doenccedilas de plantas satildeo importantes a presenccedila dos metaboacutelitos produzidos pelos
organismos presentes no biofertilizante e os proacuteprios microrganismos vivos
Os microrganismos transformam o material orgacircnico (esterco soro de leite caldo
de frutas palhas restos industriais etc) e cinzas produzindo vitaminas aacutecidos e sais
complexos importantes para regular e tonificar o metabolismo das plantas impedindo o
desenvolvimento de pragas e doenccedilas (Pinheiro amp Barreto 2000)
Em estudos feitos com o biofertilizante liacutequido de bovinos foi observado a
presenccedila de inuacutemeros microorganismos como bacteacuterias leveduras e bacilos
principalmente do Bacillus subtilis Estes microorganismos sintetizam substacircncias
antibioacuteticas as quais demonstram ter grande accedilatildeo e eficiecircncia como substacircncias
fungiostaacuteticas e bacteriostaacuteticas de fitopatoacutegenos causadores de danos em lavouras
comerciais (Penteado 1999)
Aldrighi et al (2002) realizaram trabalho na UFPel relacionado agrave nutriccedilatildeo de
mudas de tomate (Floradade) produzidas no sistema ldquofloatingrdquo Utilizaram-se doses de
0 2 5 e 10 para o biofertilizante Super Magro e 0 e 1 para a urina de vaca
Concluiacuteram que estes natildeo interferem na produccedilatildeo das mudas e que provavelmente foi
influenciado pelo substrato utilizado (vermicomposto 75 e casca de arroz carbonizada
25) bem como o sistema de produccedilatildeo (floating)
Paglia et al (2002) citam que eacute possiacutevel produzir mudas de tomate (cultivar
Floradede) utilizando urina de vaca e biofertilizante Super Magro na aacutegua em sistema
ldquofloatingrdquo em trabalho realizado na UFPel O uso da urina de vaca a 1 e 5 e
20
biofertilizante Super Magro a 6 proporcionam uma elevaccedilatildeo do foacutesforo bem como o
Super Magro a 6 eleva os teores de Mg e Ca na aacutegua
251 Urina de vaca
As urinas de vaca contecircm nutrientes favoraacuteveis ao bom desenvolvimento das
plantas como potaacutessio soacutedio nitrogecircnio enxofre magneacutesio caacutelcio foacutesforo e traccedilos de
outros elementos Nas plantas funciona como um fertilizante natural tomando-as mais
resistentes ao ataque das pragas e doenccedilas Satildeo encontradas tambeacutem na urina outras
substacircncias como fenoacuteis e principalmente o catecol que esta associado agrave recuperaccedilatildeo
de plantas atacadas por fitopatoacutegenos por ser um produto anti-seacuteptico (Penteado 1999)
Para seu emprego a urina receacutem coletada deve ser armazenada sob condiccedilotildees
ambientais por trecircs dias para que se forme amocircnio importante produto a ser absorvido
pelas plantas Recomenda-se ainda que o armazenamento deva ser feito em recipiente
fechado para que natildeo ocorram perdas de nitrogecircnio Desta forma poderaacute permanecer
por ateacute um ano sem comprometer sua eficiecircncia
Em hortaliccedilas o uso da urina de vaca eacute recomendado em pulverizaccedilotildees foliares
semanais na concentraccedilatildeo de 05 para tomateiro pimentatildeo pepino feijatildeo vagem e
couve ou quinzenais a 1 para as culturas do quiabeiro jiloeiro e berinjela Para
fruteiras em geral a primeira aplicaccedilatildeo deve ser na concentraccedilatildeo aproximada de 5
realizada diretamente no solo e mensalmente devem ser realizadas pulverizaccedilotildees
foliares a 1 para plantas jovens e a 5 para plantas adultas (Penteado 1999)
Na aplicaccedilatildeo foliar deve-se ter cuidado com folhas e brotos novos e considerar que
o uso contiacutenuo pode ser toacutexico podendo afetar o solo causando a sua acidificaccedilatildeo
(Penteado 1999)
Na Estaccedilatildeo Experimental da PESAGRO no municiacutepio de Macaeacute Rio de Janeiro
estaacute se utilizando a urina de vaca leiteira Os pesquisadores descobriram que a urina de
vaca em lactaccedilatildeo produzia o efeito de recuperar plantas de abacaxi atacadas por uma
doenccedila conhecida como ldquofusairioserdquo Essa doenccedila quando ataca o abacaxi causa
perdas de ateacute 70 da safra Todos os agrotoacutexicos testados natildeo conseguiram controlar a
doenccedila Isto eacute um exemplo para que a universidade tenha uma nova percepccedilatildeo (Capra
1996) adotando medidas efetivas que contribuam na transiccedilatildeo agroecoloacutegica Com o
uso da urina de vaca leiteira numa lavoura de abacaxi atacada pela fusariose observou-
se agrave recuperaccedilatildeo do stand e os frutos produzidos apresentaram excelente padratildeo
21
comercial Descobriu-se que aleacutem funcionar como adubo e defensivo natural a urina de
vaca leiteira tambeacutem favorece a floraccedilatildeo de muitas plantas e pode ser usada no
tratamento de frutos e tubeacuterculos depois da colheita
A urina de vaca em lactaccedilatildeo tambeacutem estaacute sendo usada nas lavouras de cafeacute em
plantaccedilotildees de maracujaacute coco alface e outras hortaliccedilas Na regiatildeo centro-sul do Paranaacute
os agricultores estatildeo aplicando a urina de vaca leiteira nas lavouras de feijatildeo soja
batata cebola e milho (Penteado 1999)
252 Alhol
A maioria dos defensivos alternativos tais como calda bordalesa sulfocaacutelcica
aacutegua de cinza e cal biofertilizante enriquecido extrato de fumo entre outros precisa
ser misturada com um espalhante adesivo para quebrar a tensatildeo superficial da gota e
propiciar um melhor molhamento das folhas e demais partes pulverizadas assegurando
uma absorccedilatildeo mais efetiva e uma melhor accedilatildeo sobre as pragas e doenccedilas Quando as
gotas permanecem inteiras sobre a superfiacutecie folhar devido agrave falta de espalhante
adesivo pode-se danificar os tecidos vegetais pelc efeito-lente quando o sol incide
sobre elas Aleacutem disso a gota por natildeo se espalhar sobre toda superfiacutecie folhar
concentra nela e consequumlentemente sobre o tecido que estaacute em contato com ela uma
quantidade maior do produto aplicado Essa maior concentraccedilatildeo pode prejudicar a
absorccedilatildeo e lesionar os tecidos principalmente apoacutes a evaporaccedilatildeo da aacutegua contida na
gota por resultar em uma maior concentraccedilatildeo de sais no local especialmente quando se
aplicam por exemplo calda sulfocaacutelcica bordalesa biofertilizante enriquecido com
macro e micronutrientes (Claro 2001)
O alhol eacute um espalhante adesivo ecoloacutegico que tambeacutem auxilia no controle de
pragas E elaborado com aacutegua alho oacuteleo vegetal e sabatildeo neutro a partir da sabedoria
popular que menciona o alho como repelente de insetos Juacutenior Abreu amp Maiorano
(199-) indicam formulaccedilotildees contendo alho para o controle de pragas como nematoacuteides
(Meloidogyne incoacutegnita e M javanica) mosca do chifre lagarta na maccedilatilde pulgotildees
besouro da batata trips e para controle de doenccedilas fuacutengicas e bacterianas como miacuteldio
ferrugem fusariose helminthosporiose murchadeira (Pseudonamos solacearum)
bruzone do arroz (Pyricularia orysae) podridatildeo negra do repolho e couve-flor
(Xanthomonas campestris) Aleacutem disso o alho pelo seu bom teor em oacuteleo pode agir
tambeacutem como espalhante adesivo O sabatildeo tambeacutem eacute indicado como espalhante adesivo
22
e possui accedilatildeo contra certas pragas (pulgotildees) sendo que o oacuteleo vegetal eacute indicado no
controle de cochonilhas e usado como espalhante adesivo (Claro 2001)
253 Calda Bordalesa
A calda bordalesa eacute um tradicional defensivo agriacutecola que pode ser preparado na
propriedade com a mistura de sulfato de cobre cal virgem e aacutegua As concentraccedilotildees de
sulfato de cobre e cal satildeo distintas dependendo do objetivo do seu emprego
Geralmente diferem de acordo com o tipo de planta ou espeacutecie vegetal as condiccedilotildees
climaacuteticas o grau de infestaccedilatildeo da doenccedila e a fase de crescimento da planta Eacute indicada
para o controle de miacuteldio alternaacuteria botrytis e antracnose (Penteado 1999)
A calda bordalesa caracteriza-se pela sua importante accedilatildeo no controle de diversas
doenccedilas fungicas nas mais diversas espeacutecies de culturas Possui tambeacutem uma relativa
accedilatildeo bactericida e em alguns casos age como repelente de insetos Da mistura do
sulfato de cobre com a cal resulta uma soluccedilatildeo rica em macronutrientes e
micronutrientes Provavelmente os expressivos resultados obtidos com a aplicaccedilatildeo da
calda bordalesa devam-se natildeo somente a sua accedilatildeo fuacutengica e bactericida mas sobretudo
agrave influecircncia positiva que exerce no metabolismo das plantas ativando o processo
enzimaacutetico e estimulando a proteossiacutentese aumentando a resistecircncia das plantas (Claro
2 0 0 1 ) caracteriacutestica fundamental na agricultura sustentaacutevel
254 Biofertilizante Super Magro
A calda Super Magro eacute produto da fermentaccedilatildeo de estercos animais enriquecidos
por micronutrientes e outros produtos de origem animal obtendo-se uma calda
biofertilizante para aplicaccedilatildeo foliar nas plantas (Penteado 1999) jaacute foram observados
bons resultados principalmente nas culturas de uva maccedila pecircssego tomate batata e
hortaliccedilas em geral
E indicado como fonte suplementar de micronutrientes para as plantas inibidor
de fungos e bacteacuterias causadores de doenccedilas e para aumentar a resistecircncia contra insetos
e aacutecaros (Penteado 1999) i
Muller (1999) avaliou a influecircncia do biofertilizante Super Magro sobre as
culturas de tomate (Lycopersicon esculentum Mill) ervilha (Pisum sativum L) e
beterraba (Beta vulgaris L) O autor obteve cultivos com baixa severidade de doenccedilas e
23
insetos fitoacutefagos possivelmente por causa do manejo orgacircnico de produccedilatildeo Os
resultados das pulverizaccedilotildees das soluccedilotildees foliares variaram conforme a cultura e o
clima
255 Biofertilizante MB4
A utilizaccedilatildeo das farinhas de rochas eacute uma das teacutecnicas mais modernas usadas nos
uacuteltimos anos na agricultura O elevado nuacutemero de nutrientes contidos no MB4 como
cobre zinco manganecircs cobalto soacutedio alumiacutenio silicatos de magneacutesio ferro e caacutelcio
acompanhado de foacutesforo potaacutessio e enxofre reagem com a soluccedilatildeo do solo liberando
elementos essenciais ao desenvolvimento da vida microbiana os quais exercem um
papel fundamental atraveacutes de transformaccedilotildees quiacutemicas e do equiliacutebrio bioloacutegico
favorecendo o desenvolvimento sadio das plantas (Pinheiro amp Barreto 2000)
24
3 MATERIAL E MEacuteTODOS
31 Local de execuccedilatildeo do experimento
O presente trabalho foi conduzido no Centro de Pesquisa da Regiatildeo Sul
(FEPAGROSUL) no municiacutepio de Rio Grande nlt periacuteodo de 15 de maio a 26 de
agosto de 2 0 0 2
O solo eacute classificado como ldquoTuiardquo satildeo muito arenosos As massas aquaacuteticas do
Oceano Atlacircntico e Lagoa dos Patos influenciam ventos temperatura pressatildeo umidade
relativa e demais fatores climaacuteticos A topografia da regiatildeo litoracircnea eacute plana com
lenccediloacuteis freaacuteticos superficiais
32 Anaacutelise estatiacutestica
O experimento foi constituiacutedo em fatorial 3X3 (Quadro 1) com quatro repeticcedilotildees
no delineamento blocos ao acaso As variaacuteveis respostas foram submetidas agrave anaacutelise de
variaccedilatildeo e ao teste de Duncan a 5 de probabilidade para comparaccedilatildeo das meacutedias
utilizando-se o sistema SANEST (Zonta amp Machado 1984)
As anaacutelises estatiacutesticas das variaacuteveis estudadas encontram-se nos Apecircndices C D
Os resultados das respostas agronocircmicas e das determinaccedilotildees dos conteuacutedos dos
macronutrientes bem como os de raiz estatildeo nas tabelas de 1 a 3
25
As diferentes adubaccedilotildees seratildeo representadas durante a discussatildeo da seguinte
forma 1 VB (30 t ha 1 de vermicomposto) 15 VB (45 t ha 1 de vermicomposto) e EC
(60 t ha 1 de esterco de curral) 1 VB+SM+U+CB (30 t ha 1 de vermicomposto mais
super magro mais urina de vaca mais calda bordalesa) 15 VB+SM+U+CB (45 t ha 1 de
vermicomposto mais super magro mais urina de vaca mais calda bordalesa)
EC+SM+U+CB (60 t ha 1 de esterco de curral mais super magro mais urina de vaca
mais calda bordalesa) 1 VB+MB4 +U+CB (30 t ha 1 de vermicomposto mais MB4 mais
urina de vaca mais calda bordalesa) 15 VB+MB4 +U+CB (45 t ha 1 de vermicomposto
mais MB4 mais urina de vaca mais calda bordalesa) EC+MB4 +U+CB (60 t ha 1 esterco
de curral mais MB4 mais urina de vaca mais calda bordalesa)
QUADRO 1 Descriccedilatildeo dos fatores experimentais e respectivos niacuteveis
Niacuteveis Fator 1 ADUBACcedilAtildeO DE BASE
0 1 Vermicomposto (30 t ha1)
0 2 Vermicomposto (45 t ha1)
03 Esterco de curral (60 t ha1)
Niacuteveis Fator 2 BIOFERTILIZANTES LIacuteQUIDOS
0 1 Super magro (5) + Urina de Vaca + Calda Bordalesa
0 2 MB4 (10) + Urina de vaca + Calda Bordalesa
03 Ausecircncia (testemunha)
33 Tratamentos
Da combinaccedilatildeo entre niacuteveis e fatores foram obtidos 9 tratamentos que estatildeo
descritos no Quadro 2 bem como as doses de adubaccedilatildeo utilizadas no experimento
26
QUADRO 2 Tratamentos e doses de adubaccedilatildeo utilizadas no experimento
TRATAMENTOS
Ndeg FATOR I FATOR II
0 1 30 t ha de vermicomposto Super magro 5 Urina de vaca Calda Bordalesa
0 2 30 t harsquo de vermicomposto MB4 10 Urina de vaca Calda Bordalesa
03 30 t ha de vermicomposto - - -
04 45 t ha de vermicomposto Super magro 5 Urina de vaca Calda Bordalesa
05 45 t ha de vermicomposto MB4 10 Urina de vaca Calda Bordalesa
06 45 t ha de vermicomposto - - -
07 60 t hade esterco Super Magro 5 Urina de vaca Calda Bordalesa
08 60 t hade esterco MB4 10 Urina de vaca Calda Bordalesa
09 60 t hade esterco - - -
Cada parcela foi constituiacuteda por dois canteiros medindo 1 m de largura x 2 m de
comprimento perfazendo 075 m de aacuterea de aacuterea uacutetil (025 m de bordadura) Foi
utilizando semeadura a lanccedilo com densidade de 24 g canteiro1
O vermicomposto a urina de vaca o esterco de curral o alhol os biofertilizantes e
a calda bordalesa foram de procedecircncia do Centro de Pesquisa da Regiatildeo Sul O
vermicomposto de esterco bovino misturado agraves cascas de frutas foi processado pela
minhoca vermelha califomiana Eisenia foetida)
O biofertilizante Super Magro foi elaborado segundo a metodologia descrita pela
FEPAGROSUL utilizando-se os seguintes componentes 190 litros de aacutegua 22 litros
de leite 55 Kg de accediluacutecar mascavo 30 Kg de esterco fresco de bovinos 2 Kg de
Sulfato de zinco 2 Kg de sulfato de magneacutesio 2 Kg de cloreto de caacutelcio 1 Kg de aacutecido
boacuterico 300 g de sulfato de cobre 300 g de sulfato de ferro 300 g de sulfato de
manganecircs 100 g de molibdato de soacutedio 50 g de sulfato de cobalto 3 Kg de fosfato
natural 3 Kg de cinza e 200 g de farinha de osso
A urina de vaca em lactaccedilatildeo foi coletada pela manhatilde e armazenada em recipiente
fechado por trecircs dias em condiccedilotildees ambientais para que se formasse a amocircnia e natildeo
ocorresse perda de nitrogecircnio
28
Realizaram-se duas capinas manuais durante o experimento e em seguida como
cobertura se colocou casca de arroz Tambeacutem foi aplicado esterco de aves 30 dias antes
da colheita na quantidade de 05 Kg canteiro 1 como adubaccedilatildeo de cobertura
As pulverizaccedilotildees com os produtos iniciaram apoacutes 15 dias da germinaccedilatildeo
Realizou-se sete aplicaccedilotildees sendo que as duas primeiras foram feitas apenas com
Super Magro e MB4 Na terceira e na quarta aplicaccedilatildeo utilizou-se urina de vaca e calda
bordalesa em concentraccedilotildees menores (05 e 025 respectivamente) e na quinta
aplicaccedilatildeo as dosagens de urina de vaca e calda bordalesa foram elevadas para 1 0 e
05 respectivamente ateacute o final do experimento O alhol foi utilizado a partir da
terceira pulverizaccedilatildeo na quantidade de 2 e seguiu ateacute o final no dia 26 de agosto
quando as mudas foram colhidas e posteriormente analisadas as variaacuteveis
35 Observaccedilotildees agronocircmicas
Foram utilizadas 20 mudas de cebola para obtenccedilatildeo das meacutedias das variaacuteveis as
quais foram as seguintes
351 Fitomassa fresca da parte aeacuterea e raiacutezes
Foi realizada atraveacutes de uma balanccedila digital procedendo-se a pesagem de 20
mudas de cebola previamente lavadas e posteriormente secadas durante uma hora sobre
um tecido de algodatildeo agrave temperatura ambiente Processo idecircntico foi adotado com as
raiacutezes
352 Fitomassa seca da parte aeacuterea e raiacutezes
Esta variaacutevel foi obtida a partir da secagem preliminar em estufa de ar forccedilado
durante 48 horas a 65 C ateacute peso constante com posterior pesagem em balanccedila
analiacutetica
353 Altura da muda
A altura de muda foi medida a partir do colo das plantas ateacute sua uacuteltima folha
(ponto de crescimento) com uma reacutegua graduada de 40 cm
29
354 Diacircmetro do colo das plantas
Esta medida foi realizada no ponto de transplante a 2 mm das raiacutezes e utilizando-
se um paquiacutemetro SOMET
355 Sistema radicular
Ao teacutermino do experimento foram retiradas as raiacutezes das mesmas plantas que foram
utilizadas para as determinaccedilotildees realizadas na parte aeacuterea procedendo-se uma amostra
de solo com raiacutezes de 2 0 cm de largura x 2 0 cm de comprimento e 2 0 cm de altura
totalizando 8000 cm3
As raiacutezes apoacutes serem lavadas em aacutegua corrente foram pesadas acondicionadas em
sacos plaacutesticos e congeladas para posteriores anaacutelises pelo meacutetodo de Tennant (1975)
para a determinaccedilatildeo do comprimento e densidade
3551 Comprimento de raiz
Utilizou-se para a determinaccedilatildeo do comprimento de raiz as seguintes foacutermulas
1 = ndeg x 1114 x 1 onde
1 - comprimento de raiz de uma amostra uacutemida de 0 0 2 g
ndeg - nuacutemero de intercessotildees das raiacutezes com os lados da quadriacutecula da malha do
aparelho
1114 - constante
1 - medida lateral da quadriacutecula em cm
Tomando-se a fiacutetomassa seca e o comprimento da raiz da cada amostra
relacionou-se com a fiacutetomassa seca e o comprimento total da raiz da planta aplicando-
se a seguinte equaccedilatildeo
L = (FSR x 1) FSPA onde
L - comprimento total da raiz da planta (m)
FSR - fiacutetomassa seca de raiz
FSPA - fiacutetomassa seca da parte aeacuterea
L - comprimento de raiz de uma amostra uacutemida de 002g
3552 Densidade de raiz
A densidade foi determinada pela foacutermula
D = L 8000 onde
D - densidade de raiacutezes (m cm3)
30
L - comprimento total de raiacutezes (m)
8 0 0 0 - volume da amostra (cm3)
3553 Razatildeo parte aeacutereasistema radicular
Este paracircmetro foi obtido pela equaccedilatildeo
RPASR = FSPA FSR onde
RPASR - razatildeo parte aeacuterea sistema radicular
FSPA - fitomassa seca da parte aeacuterea
FSR - fitomassa seca do sistema radicular
36 Determinaccedilatildeo de macronutrientes no tecido vegetal
Os macronutrientes nitrogecircnio foacutesforo potaacutessio caacutelcio e magneacutesio foram
determinados no laboratoacuterio de Fertilidade e Anaacutelise de Plantas do Departamento de
Solos da UFPel atraveacutes dos meacutetodos descritos por Tedesco amp Gianello (1996)
31
4 RESULTADOS E DISCUSSAtildeO
41 Anaacutelise das variaacuteveis
A anaacutelise da variaccedilatildeo mostrou que houve diferenccedila significativa na interaccedilatildeo entre
os fatores de adubaccedilatildeo de base e biofertilizantes liacutequidos com exceccedilatildeo da variaacutevel altura
de planta para a qual somente a adubaccedilatildeo de base mostrou-se significativa (Apecircndices
C D e E Tabelas 1C 1D e 1E)
411 Anaacutelise da parte aeacuterea
Na Tabela 1 destacaram-se as adubaccedilotildees EC+SM+U+CB EC+MB4 +U+CB e EC
que diferiram significativamente das demais adubaccedilotildees para as variaacuteveis fiacutetomassa
fresca da parte aeacuterea (FFPA) fiacutetomassa seca da parte aeacuterea (FSPA) altura de planta
(AP) e diacircmetro do colo (DC)
32
TABELA 1 Produccedilatildeo de fitomassa fresca e seca (g) da parte aeacuterea altura de planta
(cm) e diacircmetro de colo (mm) de mudas de cebola Petrolini cultivadas
sob uma perspectiva agroecoloacutegica Pelotas-RS 2003
BIOFERTILIZANTES LIacuteQUIDOSADUBACcedilAtildeO S Magro + MB4 +DE BASE Urina + Calda Urina + Calda Testemunha
Bordalesa Bordalesa
30 t ha de vermicomposto 7015 c A45 t halsquo de vermicomposto 7824 b B60 t ha de esterco de curral 12248 a C
30 t ha de vermicomposto 667 c A45 t ha de vermicomposto 752 b A60 t ha de esterco de curral 1150a C
30 t ha de vermicomposto 2975 b A45 t harsquo de vermicomposto 2775 b A60 t ha de esterco de curral 3600 a B
30 t ha de vermicomposto 631 b A45 t ha de vermicomposto 6 2 2 b B60 t ha de esterco de curral 741 a C
-Fitomassa fresca (g)----------------6270 c B 6885 b A8832 b A 6308 c C
15082 a A 13934 a BmdashFitomassa seca (g)----------------
625 c A 655 b A830 b A 607 b B
1345 a A 1262 a B-Altura de planta (cm)----------------
2950 b A 3050 b A2937 b A 2950 b A 3975 a A 3622 a B
-Diacircmetro de colo (mm)---------------592 c B 599 b B 657 b A 609 b B 819a A________ 793a B
Meacutedias seguidas pela mesma letra minuacutescula para as colunas (adubaccedilatildeo de base) e maiuacutesculas para as linhas (biofertilizantes) natildeo diferem entre si pelo teste de Duncan a 5
O efeito positivo do esterco bovino pode ser atribuiacutedo agraves melhorias nas condiccedilotildees
fiacutesicas do solo por ele proporcionado Segundo Primavesi (1982) e Compagnoni amp
Putzolu (1985) o esterco bovino apresenta propriedades condicionadoras do solo dando
agraves plantas melhores condiccedilotildees de desenvolvimento elevando sobremaneira os
conteuacutedos de fitomassa fresca das plantas que refletiratildeo nas demais respostas
agronocircmicas
Analisando as adubaccedilotildees de base em relaccedilatildeo aos biofertilizantes observa-se que
para os tratamentos 1 VB (30 t ha 1 de vermicomposto) - natildeo houve influecircncia dos
biofertilizantes para as variaacuteveis FSPA e AP enquanto destacou-se o SM+U+CB para o
DC e SM+U+CB e ausecircncia da adubaccedilatildeo liacutequida para a FFPA mostrando que o uso
dos biofertilizantes natildeo influenciou esta variaacutevel 15 VB (45 t ha 1 de vermicomposto) -
verificou-se a eficiecircncia do uso do MB4 +U+CB para as variaacuteveis FFPA e DC Para a
variaacutevel FSPA destacaram-se os dois biofertilizantes utilizados jaacute para AP natildeo houve
33
influecircncia destes EC (60 t ha 1 de esterco de curral) - em todas as variaacuteveis observadas
na tabela 5 as respostas foram significativas utilizando MB4 +U+CB
As respostas encontradas no presente trabalho para as variaacuteveis AP e FSPA foram
superiores as obtidas por Dalponte (1990) quando utilizado 0 esterco de curral para
produccedilatildeo de mudas de cebola
Segundo Filgueira (2000) os solos da regiatildeo produtora de cebola do RS satildeo
pobres em foacutesforo disponiacutevel (15 mg Kg1) necessitando portanto de adubaccedilotildees
fosfatadas elevadas As respostas aqui obtidas podem ser justificadas pelos teores de
foacutesforo contido no MB4
Follet et al (1981) citam a importacircncia do uso de compostos orgacircnicos no solo
enfatizando os estercos no sentido da decomposiccedilatildeo continuada no fornecimento de
nutrientes e na liberaccedilatildeo lenta e gradual de aacutecidos orgacircnicos influenciando a liberaccedilatildeo
do foacutesforo O que provavelmente pode ser atribuiacutedo agraves respostas encontradas no
presente trabalho para 0 tratamento Esterco de curral mais MB4 e Urina mais Calda
Bordalesa
E importante destacar que 0 sistema de produccedilatildeo de mudas de cebola sob uma
perspectiva agroecoloacutegica mostra-se eficiente quando visualmente natildeo percebe-se
diferenccedila significativa entre os tratamentos (Apecircndice F Figura 2)
Conveacutem ressaltar que quando trabalhamos com agroecologia natildeo existem
receitas nem pacotes tecnoloacutegicos prontos Cada situaccedilatildeo deveraacute ser estudada em
particular para que se faccedila recomendaccedilotildees adequadas ao ambiente local uma vez que
as plantas se adaptam ao meio estando a nutriccedilatildeo encarregada de proteger e manter o
equiliacutebrio do organismo vegetal em funccedilatildeo das alteraccedilotildees externas
E fundamental que se compreenda os princiacutepios norteadores de todo o processo
que satildeo as bases da luta por uma sociedade mais justa dentro de um mundo econocircmico e
ambientalmente mais sustentaacutevel
412 Anaacutelise do sistema radicular
Os resultados obtidos nas anaacutelises do sistema radicular (Tabela 2) mostram
diferenccedilas significativas entre as adubaccedilotildees para as variaacuteveis fitomassa fresca de raiz
(FFR) fitomassa seca de raiz (FSR) comprimento de raiz (CR) razatildeo parte
aeacutereasistema radicular (RPASR) e densidade de raiz (DR)
34
TABELA 2 Produccedilatildeo de fitomassa fresca e seca (g) comprimento (cm) e densidade de
raiacutezes (m cm3) de mudas de cebola Petrolini cultivadas sob uma
perspectiva agroecoloacutegica e razatildeo parte aeacutereasistema radicular Pelotas-
RS 2003
BIOFERTILIZANTES LIacuteQUIDOSADUBACcedilAO DE BASE
S Magro + MB4 +Urina + Calda Urina + Calda Testemunha
Bordalesa Bordalesa
de vermicomposto de vermicomposto de esterco de curral
de vermicomposto de vermicomposto de esterco de curral
de vermicomposto de vermicomposto de esterco de curral
de vermicomposto de vermicomposto de esterco de curral
1540 c A 1576 b B 2427 a A
Fitomassa fresca (g)----------------1502 c B 1517 b AB 1658 b A 1446 c C 2336 a B 2360 a B
--------------------Fitomassa seca (g)-------------------196 b A 207 ab A 170 b A170 b A 199 b A 192 b A 344 a A 249 a B 327 a A
Comprimento de raiz(cm)---------------1237 b A 1158 b A 1158 a A1237 b A 1060 c B 1040 b B1433 a A 1296 a B 1040 b C
30 t ha 45 t ha 60 t ha
30 t ha 45 t ha 60 t ha
30 t halsquo 45 t ha 60 t ha
30 t ha 45 t ha 60 t ha
30 t ha de vermicomposto 45 t ha de vermicomposto60 t ha~ de esterco de curral__________________________ _________________________Meacutedias seguidas pela mesma letra minuacutescula para as colunas (adubaccedilatildeo de base) e maiuacutesculas para as linhas (biofertilizantes) natildeo diferem entre si pelo teste de Duncan a 5
-----Razatildeo Parte AeacutereaSistema Radicular------340 b AB 301c B 384 a A446 a A 415 b A 326 a B339 b B 546 a A 388 a B
-------------- Densidade de raiz (m cm3)------------367 a AB 414 a A 325 b B282 b B 301b B 405 a A347 ab A 231c B 324 b A
Em relaccedilatildeo agraves adubaccedilotildees de base destacou-se o EC (60 t ha 1 de esterco de curral)
para as variaacuteveis FFR e FSR Quando adicionado o SM+U+CB os resultados para FFR
foram ainda melhores bem como o CR As respostas obtidas para a RPASR foram
variadas em relaccedilatildeo agraves adubaccedilotildees apresentando melhores resultados para 15 VB (45 t
ha 1 de vermicomposto)+SM+U+CB e ainda melhor para EC (60 t ha 1 de esterco de
curral)+MB4 +U+CB As adubaccedilotildees de base 1 VB 15 VB e EC natildeo diferiram entre si
As adubaccedilotildees mais eficientes para a variaacutevel DR foram 1 VB+SM+U+CV que natildeo
diferiu da EC+SM+U+CB I VB+ MB4 +U+CB e agrave 15 VB foram melhores entre as
demais
35
Analisando os biofertilizantes em relaccedilatildeo a cada adubaccedilatildeo de base verifica-se que
para a 1 VB (30 t ha 1 de vermicomposto)+SM+U+CB destaca-se a variaacutevel FFR
poreacutem sem diferenccedila significativa de 1 VB os melhpres resultados para a variaacutevel DR
foram encontrados pelo tratamento 1 VB+MB4 +U+CB e 15 VB (45 t ha 1 de
vermicomposto) tambeacutem se considera eficiente o 1 VB+SM+U+CB que natildeo diferiu do
EC (esterco de curral) Quando se utilizou 15 VB+ MB4 +U+CB houve resposta
significativa para a variaacutevel FFR para FSR as respostas natildeo foram diferentes com a
aplicaccedilatildeo dos biofertilizantes para as variaacuteveis FSR e DR as adubaccedilotildees EC e
EC+SM+U+CB natildeo diferiram entre si
Embora as respostas estatiacutesticas tenham sido diferentes para as adubaccedilotildees
combinadas ou natildeo pode-se salientar a importacircncia do aacutecido indol-aceacutetico como jaacute
citado anteriormente para as variaacuteveis avaliadas na parte aeacuterea das mudas de cebola
Respostas semelhantes nesse sentido foram encontradas para a cultura da alface por
Quijano (1999) e Morselli (2001)
Pereira et al (2002) concluiacuteram em trabalho realizado com a cultivar de cebola
CNPF1 6400 em Minas Gerais que a utilizaccedilatildeo de 20 t ha de esterco de curral
proporcionou os melhores resultados para a produccedilatildeo de cebola
Silva Juacutenior amp Giorgi (1992) e Menezes Juacutenior (1998) citam que doses elevadas
de mateacuteria orgacircnica podem prejudicar a primeira fase da germinaccedilatildeo (embebiccedilatildeo) e
absorccedilatildeo de aacutegua pelas raiacutezes das placircntulas No entanto no presente trabalho este fato
natildeo ocorreu embora a dose de esterco utilizada tenha sido de 60 t ha 1 (dose maacutexima
recomendada segundo Nolla 1982)
413 Anaacutelise de macronutrientes no tecido vegetal
Os resultados dos conteuacutedos de nitrogecircnio foacutesforo potaacutessio caacutelcio e magneacutesio no
tecido vegetal sob diferentes adubaccedilotildees encontrados na Tabela 3 indicam mais uma
vez a superioridade da adubaccedilatildeo esterco com 0 uso ou natildeo de biofertilizantes
36
TABELA 3 Conteuacutedos (mg planta1) de nitrogecircnio foacutesforo potaacutessio caacutelcio e
magneacutesio no tecido vegetal de mudas de cebola Petrolini cultivadas sob
uma perspectiva agroecoloacutegica Pelotas-RS 2003
BIOFERTILIZANTES LIacuteQUIDOS i J B
ADUBACcedilAtildeO S Magro + MB4 +DE BASE Urina + Calda Urina + Calda Testemunha
Bordalesa Bordalesamg plantas1
---- Nitrogecircnio-----30 t ha de vermicomposto 16593 c AB 15451 c B 19050 b A45 t ha de vermicomposto 21444 b A 22888 b A 17852 b B60 t ha de esterco de curral 32606 a C 37593 a B 40816 a A
--------------- ------ Foacutesforo------- -------------30 t ha de vermicomposto 3098 c B 2802 c B 3999 b A45 t ha de vermicomposto 4109 b A 4135 b A 2788 c B60 t ha de esterco de curral 5300 a B 7577 a A 7565 a A
------- Potaacutessio------30 t ha de vermicomposto 24327 c A 19900 c B 24965 b A45 t ha de vermicomposto 29113b A 29812 b A 22031 b B60 t ha de esterco de curral 44070 a B 51976 a A 54101 a A
-------- Caacutelcio-------30 t ha de vermicomposto 5027 c A 4356 c A 4834 b A45 t ha de vermicomposto 6114b A 6963 b A 4379 b B60 t ha de esterco de curral 9030 a C 11451 a A 10331 a B
------Magneacutesio-----30 t ha de vermicomposto 1188 b A 914 c A 1202 b A45 t ha de vermicomposto 1231 b B 1582 b A 1176 b B60 t ha de esterco de curral 2136a B 2443 a A 2663 a AMeacutedias seguidas pela mesma letra minuacutescula para as colunas (adubaccedilatildeo de base) e maiuacutesculas para as linhas (biofertilizantes) natildeo diferem entre si pelo teste de Duncan a
Em relaccedilatildeo agraves adubaccedilotildees de base observa-se que o melhor tratamento foi o
esterco de curral para todas as variaacuteveis Para 1 VB (30 t ha^ 1 de vermicomposto) natildeo
houve resposta diferenciada com o uso de bofertilizantes para todas as variaacuteveis A
adubaccedilatildeo 15 VB (45 t ha 1 de vemicomposto) foi influenciada pelos biofertilizantes
para as variaacuteveis N P K e Ca enquanto que para Mg somente o MB4+U+CB o
influenciou O EC (esterco de curral) mostrou diferenccedila significativa apenas para as
variaacuteveis Ca e Mg quando adicionado MB4+U+CB
Segundo Peixoto (2000) eacute fundamental a adiccedilatildeo de adubos orgacircnico no cultivo de
hortaliccedilas seja na forma de esterco decomposto composto ou huacutemus de minhoca de
37
modo a fornecer melhorias nas propriedades do solo vindo a disponibilizar os nutrientes
as diferentes culturas
O esterco fresco conteacutem muita cama celuloacutesica e um elevado teor de aacutegua No
esterco curtido a celulose jaacute estaacute decomposta o teor de aacutegua estaacute reduzido agrave metade e os
nutrientes em uma forma mais assimilaacutevel e mais concentrada O esterco fresco pode
causar uma deficiecircncia temporaacuteria de nitrogecircnio no solo ao se decompor o que natildeo
acontece com o biestabilizado (Kiehl 1985)Ocorre uma diminuiccedilatildeo inicial no volume
de aacutegua retido no esterco de curral diminui inicialmente em tomo de 3581 liberando
posteriormente somente 496 evidenciando a sua capacidade de retenccedilatildeo de aacutegua
(Menezes Juacutenior 1998)
A utilizaccedilatildeo continuada de adubos nitrogenados minerais no solo altera o balanccedilo
do nitrogecircnio entre o solo e planta No meacutetodo biodinacircmico eacute sublinhada a importacircncia
dos adubos animais para o estabelecimento da fertilidade permanente dos solos (Koeff
et al 1983)
Para Guimaratildees (1997) os benefiacutecios que a mateacuteria orgacircnica imprime ao solo
principalmente melhorando a produtividade fertilidade e a influencia que as substancias
huacutemicas exercem sobre o ambiente dependem da qualidade e do teor de mateacuteria
orgacircnica do solo Estas substacircncias por conterem nutrientes em sua constituiccedilatildeo em uma
forma mais disponiacutevel para as plantas promovem um equiliacutebrio no ambiente no solo
(Kononova 1966)
Aproximadamente de 60 a 70 do total de carbono do solo ocorre na forma de
materiais huacutemicos (Griffith amp Schnitzer 1975) sendo a eles atribuiacutedo a manutenccedilatildeo da
bioestrutura do solo aumentando a capacidade de retenccedilatildeo de aacutegua (Brady 1999)
Conforme Compagnoni amp Putzolu (1985) os estercos bem como os demais
resiacuteduos orgacircnicos apresentam conteuacutedos diferentes de aacutecidos huacutemicos e fuumllvicos sendo
atribuiacutedo ao acido huacutemico uma accedilatildeo fitoestimulante semelhante aos fitohormocircnios por
favorecer o desenvolvimento do sistema radicular e crescimento do caule
Em trabalho realizado por Guimaratildees (1997) foi encontrado para aacutecidos huacutemicos
de esterco bovino uma relaccedilatildeo CN 1035 e para vermicomposto bovino 17
evidenciando que o esterco quando aplicado ao solo por apresentar uma relaccedilatildeo CN
proacutexima deste reage mais facilmente liberando nutrientes para as plantas sem alterar a
cadeia troacutefiacuteca Dados encontrados no presente trabalho demonstram a eficiecircncia do
esterco nesse sentido
38
De acordo com Morselli (2001) vaacuterios trabalhos citam comentam e discutem a
capacidade dos vermicompostos em proporcionar oacutetimas colheitas e favorecer a
precocidade das plantas cultivadas Poreacutem muitas vezes se observa que mesmo
suprindo essas plantas com nutrientes necessaacuterios atraveacutes de huacutemus de diferentes fontes
as respostas natildeo satildeo as mesmas para uma mesma cultivar
Por outro lado os resultados com o uso de substacircncias huacutemicas satildeo variaacuteveis e
dependem aleacutem da espeacutecie testada das substacircncias huacutemicas utilizadas sua
concentraccedilatildeo o grau de purificaccedilatildeo e das condiccedilotildees experimentais A resposta das
plantas aos aacutecidos huacutemicos e fuacutelvicos eacute dependente da mateacuteria prima original e da
espeacutecie vegetal pois materiais orgacircnicos diferentes apresentam aacutecidos huacutemicos e
fuacutelvicos diferentes (Businelli 1990)
Justificam-se os maiores conteuacutedos de nitrogecircnio foacutesforo potaacutessio e caacutelcio nas
adubaccedilotildees 15 VB (45 t ha 1 de vermicomposto) e biofertilizantes devido
provavelmente ao vermicomposto utilizado apresentar na sua constituiccedilatildeo teores
consideraacuteveis destes elementos aleacutem do que os biofertilizantes possam ter influenciado
na absorccedilatildeo atraveacutes de sua constituiccedilatildeo Tibau (1984) considera que a urina de vaca eacute
rica em aacutecido indol-aceacutetico e este influencia na absorccedilatildeo radicular O efeito positivo
deste tratamento provavelmente seja devido agrave quantidade aplicada
O biofertilizante que se destacou foi o MB4+U+CB em relaccedilatildeo ao EC (esterco de
curral) e eacute somente para a variaacutevel caacutelcio Isto provavelmente seja devido ao alto teor
deste elemento encontrado na sua constituiccedilatildeo (6872 g Kg1) e pela influecircncia positiva
que a calda bordalesa exerce no metabolismo das plantas atraveacutes dos nutrientes
contidos em sua formulaccedilatildeo O Ca controla a absorccedilatildeo radicular e retorna ao solo pelo
esterco e palhas por apresentar-se em maior quantidade em folhas e caules Depois de
localizado nas folhas fica imoacutevel favorecendo a resistecircncia da planta ao ataque de
fungos
Este trabalho avanccedila no estudo da agroecologia estando claro que todos os
criteacuterios tem caraacuteter dinacircmico de adequaccedilatildeo as mudanccedilas de um sistema de produccedilatildeo
em evoluccedilatildeo contribuindo na transiccedilatildeo para um padratildeo sustentaacutevel Cabe a pesquisa a
reorientaccedilatildeo para um enfoque ldquosistecircmicordquo isto eacute que permita integrar os diversos
componentes de um agroecossistema e a adoccedilatildeo de poliacuteticas puacuteblicas que promovam 0
fortalecimento e a expansatildeo da agricultura familiar
39
5 CONCLUSOtildeES
Considerando os resultados obtidos e as condiccedilotildees em que o estudo foi realizado
conclui-se que
bull As respostas agronocircmicas das mudas de cebola para os paracircmetros avaliados
satildeo mais satisfatoacuterias com a aplicaccedilatildeo de esterco de curral como adubaccedilatildeo de
base
bull Os biofertilizantes mais urina de vaca e calda bordalesa proporcionam
respostas satisfatoacuterias quando aplicados associados agraves adubaccedilotildees de base
bull O biofertilizante MB4 mais urina de vaca e calda bordalesa eacute mais eficiente
que o super magro mais urina e calda bordalesa quando aplicado associado agrave
adubaccedilatildeo de base esterco de curral para os conteuacutedos de fitomassa secae
fresca da parte aeacuterea das plantas altura e diacircmetro de colo das mudas de
cebola
bull Os biofertilizantes adicionados agrave adubaccedilatildeo de base 45 t harsquo 1 de vermicomposto
bovino mostram respostas significativas para os conteuacutedos de fitomassa seca
bull Os maiores conteuacutedos nutricionais para as mudas de cebola satildeo
proporcionados pela adubaccedilatildeo de base esterco de curral
bull A maior absorccedilatildeo de caacutelcio pelas mudas de cebola ocorre quando da adiccedilatildeo do
biofertilizante MB4 mais urina e calda bordalesa agrave adubaccedilatildeo de base esterco de
curral
40
6 REFEREcircNCIAS BIBLIOGRAacuteFICAS
ALDRIGHI CB ABREU CM PAGLIA AG MORSELLI TBGA FERNANDES HS Efeito da aplicaccedilatildeo de biofertilizante e urina de vaca em mudas de tomateiro Horticultura Brasileira v20 n2 julho 2002 Suplemento 2
ALTIERI M NICHOLLS C I Agroecologia Teoria praacutectica para umaAgricultura Sustentable Ia ed PNUMA 2000 Cap 2 4 Seacuterie textos baacutesicos para la formacioacuten ambiental
ALTIERI M Agroecologia bases cientiacuteficas para uma agricultura sustentaacutevelGuaiacuteba Agropecuaacuteria 2002 592 p
ANTONIOLLI Z I GIRACCA E M N CARDOSO S J T WIETHAN M M S FERRI M Iniciaccedilatildeo agrave Minhocultura Criaccedilatildeo em Cativeiro e Vermicompostagem Santa Maria UFSM 1996 p59-89
BAYER C MIELNICZUC J Dinacircmica e funccedilatildeo da mateacuteria orgacircnica In SANTOS G de A S e CAMARGO F A de O (ed) Fundamentos da mateacuteria orgacircnica do solo ecossistemas tropicais e subtropicais Porto Alegre Genesis 1999 p 3-23
BARRETTO D X Composto Orgacircnico In Praacutetica em Agricultura Orgacircnica Satildeo Paulo iacutecone Ed Ltda 1985 p 51-63
BETTIOL W Alguns produtos alternativos para o controle de doenccedilas de plantasem agricultura orgacircnica II Ciclo de palestras sobre agricultura orgacircnica Instituto Bioloacutegico Satildeo Paulo p52-63 1997
41
BETTIOL W TRACH R GALVAtildeO JAH Controle de doenccedilas de plantas com biofertilizantes Jaguariuacutena EMBRAPA-CNPMA 1997 22p (EMBRAPA- CNPMA Circular Teacutecnica 02)
BRADY N C Natureza e propriedades dos sotos Rio de Janeiro Freitas BastosS A 1979 647p
BRADY N C Organisms and ecology of the soil In The nature of properties of soils Simon amp Schuster A Viacon Company New Jersey1999 402-489p
BON1LLA J A Fundamentos da Agricultura Ecoloacutegica Sobrevivecircncia eQualidade de Vida Satildeo Paulo Nobel 1992
BUREacuteS S Substratos Ediciones Agroteacutecnicas S L Madrid Octubre 1997
BUS1NELLI M Chemical Composition and Enzymic Activity of some Worm Cast Plant Soil v 80 p 1-2 1990
CALEGARI A Espeacutecies para cobertura de solo In IAPAR (Instituto Agronocircmico de Paranaacute) Plantio Direto pequena propriedade sustentaacutevel organizador Moacir Darolt Londrina - PR 1998 65-93
CAMARGO P N D Manual de Adubaccedilatildeo Foliar Satildeo Paulo Herba 1975
CAPRA F A Teia da Vida Satildeo Paulo Cultrix 1997 256p
CAPRA F O Ponto de Mutaccedilatildeo 22 ed Satildeo Paulo Cultrix 2001 447p
CHABOUSSOU F Plantas doentes pelo uso de agrotoacutexicos (A Teoria da Trofobiose) Porto Alegre LPM 1987 253 p
CLARO S A Referencias tecnoloacutegicos para a agricultura familiar ecoloacutegica aexperiecircncia da Regiatildeo Centro-Serra do Rio Grande do Sul Porto Alegre EMATERRS-ASCAR 2001 250p
CLIVELA G Diagnoacutestico Agronocircmico da cebola no Rio Grande do Sul Porto Alegre EMATERRS 1995 8 6 p
COMISSAtildeO DE FERTILIDADE DO SOLO - RSSC Recomendaccedilotildees de adubaccedilatildeo e calagem para os estados do Rio Grande do Sul e Santa Catarina 3 ed Passo Fundo SBCS - Nuacutecleo Regional Sul 1995 223p
COMPAGNONI L PUTZOLU G Cria moderna de Ias lombrices y utilizacioacutenrentable dei humus Barcelona Editorial de Vecchi- SA 1985127p
COSTABEBER J A MOYANO E Transiccedilatildeo agroecoloacutegica e accedilatildeo social coletiva Agroecologia e Desenvolvimento Rural Sustentaacutevel Porto Alegre v l n4 p 50- 60 outdez 2 0 0 0
42
COSTA M B B da Adubaccedilatildeo orgacircnica Nova siacutentese e novo caminho para aagricultura Satildeo Paulo Ed iacutecone Ltda 1985 102p
COSTA NETO C Agricultura Sustentaacutevel Tecnologias e Sociedade In CARVALHO COSTA LF et al (org) Mundo Rural e Tempo Presente Rio de Janeiro Mauad 1999
DrsquoAG0ST1NI R L FANTINI A C Produccedilatildeo orgacircnica tambeacutem socialmente excludente Agroecologia e Desenvolvimento Rural Sustentaacutevel Porto Alegre v3 n l p57-61 2002
DALPONTE J C V Utilizaccedilatildeo de materiais orgacircnicos e fertilizante mineral na produccedilatildeo e qualidade de mudas e bulbos de cebola (Alliurn Cepa L) Pelotas-RS 1990 (Mestrado em Agronomia) - Faculdade de Agronomia Eliseu Maciel UFPel 1990
DEBARBA J F THOMAZELLI L F GANDIN C L SILVA E Cadeias produtivas do Estado de Santa Catarina Cebola Florianoacutepolis Epagri 1998 115 p (EPAGRI Boletim Teacutecnico 96)
DUFOUR F Os saacutebios loucos do agro-alimentar Le Monde Diplomatique ano 1 n4 p6-7 1999 (ed portuguesa)
EHLERS E Agricultura Sustetaacutevel Origem e perspectivas de um novo paradigma 2 ed Guaiacuteba Agropecuaacuteria 1999 157 p
FILGUEIRA F A R Novo Manual de olericultura agrotecnologia moderna na produccedilatildeo e comercializaccedilatildeo de hortaliccedilas Viccedilosa UFV 2000 402 p
FRASER G K Mateacuteria Orgacircnica Del Suelo In BEAR F E (ed) Quiacutemica dei Suelo Madrid Ed Agrociencia 1963
FOLLET R H MURPHY L S DONAHUE R L Fertilizers and soil amendments New Jersey Printice-Hall Inc 1981 557p
GARCIA A Revista dei Espacio Rural Georgica Zaragoza Escuela Politeacutecnica de Huesca n5 1997
GARCIA A Versatildeo preliminar de um Programa Estadual de Produccedilatildeo e Comercializaccedilatildeo de Bulbos e Sementes de CebolaEMBRAPAIPAGROMARAEMATER 6 8 pbdquo 1990 (Publicaccedilatildeo avulsa)
GIORGETT1 J R Produccedilatildeo e Comercializaccedilatildeo de Mudas de Tomate In Encontro Nacional de Produccedilatildeo e Abastecimento de Tomate 2 1991 Jaboticabal Satildeo Paulo Anais Jaboticabal UNESP 1991 p 242-244
GLIESSMAN S R Agroecologia Processos ecoloacutegicos em agricultura sustentaacutevelPorto Alegre Universidade Federal do Rio Grande do Sul - UFRGS 2000 653p
43
GLIESSMAN S R TURRIALBA C R Agroecologia Procesos Ecoloacutegicos en Agricultura Sostenible CATIE 2002 p 3-14
GNOATTO S C Caracterizaccedilatildeo quiacutemica de vermicompostos de diferentes substratos orgacircnicos Pelotas-RS 1999 38 f (Mestrado em Agronomia - Solos) - Faculdade de Agronomia Eliseu Maciel UFPel 1999
GOMES J C C BORBA M F S A moderna crise dos alimentos oportunidade para a agricultura familiar Emater Porto Alegre julset 2000 Disponiacutevel em lthttpwwwematertchebrdocsagroecorevistan313-artigo3htmgtAcesso em 24 fev 2002
GOMEZ H W Desenvolvimento sustentaacutevel agriacutecola e capitalismo In Desenvolvimento sustentaacutevel Necessidade eou disponibilidade Santa Cruz do Sul Nobel - UNISC 1997 p 65-77
GONZAacuteLEZ DE MOLINA M SEVILLA GUZMAacuteN E Ecologia campesinado e historia Para una reinterpretacioacuten dei desarrollo dei capitalismo en la agricultura In SEVILLA GUZMAacuteN E GONZAacuteLEZ DE MOLINA M (ed) Ecologia campesinado e historia Madrid La Piqueta 1993 p 23-129
GRIFFITH S A SCHNITZER M Analytical characteristic of humic and fulvic acids extracted from tropical volcanic soils Soil Sei Soc Am Proc v 39 p361-367 1975
GUIMARAtildeES E Caracterizaccedilatildeo quiacutemica estreptoscoacutepica e por anaacutelise teacutermica de aacutecidos huacutemicos e vermicompostos obtidos de estercos de diferentes animaisCuritiba 1997 Dissertaccedilatildeo (Mestrado em Quiacutemica) Universidade Federal do Paranaacute 1997
HESS A F Sociedade e meio ambiente uma relaccedilatildeo ambiacutegua Revista Cientiacutefica Rural Bageacute v 4 n2 p 167-1741999
ICEPA-SC Informes conjunturais sobre a cultura da cebola Disponiacutevel em lthttpwwwicepa combrgt Acesso em 23 jan 2003
JONES H A MANN L K Onions and their allies New York Interscience Publishers 1962 286 p
JUacuteNIOR H A de MAIORANO J A Receitas obtidas de extratos de plantasCampinas CATITerra Viva [199-] 10 f
KHATOUNIAN C A Ciclo de Palestras sobre Agricultura Orgacircnica 2a Ed SatildeoPaulo Fund Cargill 1997 149 p
KIEHL E J Fertilizantes Orgacircnicos Satildeo Paulo Ed Agronocircmica Ceres Ltda 1985 492p
44
KOEFF H H PETTERSSON B D SHAUMANN W Vida Vegetal solos e adubaccedilatildeo In Agricultura Biodinacircmica Satildeo Paulo Nobel 1983 p92-149
KONONOVA M M Soil organic matter The importance o f organic matter in soil formation and soil fertility New York Pergamqn Press 1961 p 165-200
KUHN T A Estrutura das Revoluccedilotildees Cientiacuteficas Satildeo Paulo Perspectiva 1989 257p
LANNA FCA ABREU C L ABREU J G SILVA V Resposta de cultivares de melancia cultivadas sob adubaccedilatildeo quiacutemica e orgacircnica Horticultura v 12 n l p85 1994
LEFF H Saber Ambiental Petroacutepolis Vozes 2001 343 p
MAGALHAtildeES J R Nutriccedilatildeo e adubaccedilatildeo da cebola In FERREIRA M E CASSTELLANE P D CRUZ M C P Nutriccedilatildeo e adubaccedilatildeo de hortaliccedilasPiracicaba POTAFOS 1993 p 381-393
MALAVOLTA E Elementos de nutriccedilatildeo mineral de plantas Satildeo Paulo Ed Agronocircmica Ceres Ltda 1980 251 p
MALAVOLTA E Manual de Quiacutemica Agriacutecola - Adubos e Adubaccedilatildeo 3a ed SatildeoPaulo Ed Agronocircmica Ceres Ltda 1981 606 p
MARTINEZ A A A grande e Poderosa Minhoca Jaboticabal Funep - Unesp1990 101 p
MARTINS S R Desenvolvimento e Sustentabilidade Horticultura Brasileira Brasiacutelia-DF v20 n2 julho 2002 Palestra apresentada no 42deg Congresso Brasileiro de Olericultura
MARTINS S R Limites Del Desarrollo Sostenible em Ameacuterica Latina En el marco de Ias poliacuteticas de (re)ajuste econocircmico Pelotas Editora UFPel 1997 135 P-
MARTINS S R Sustentabilidade na agricultura dimensotildees econocircmicas sociais e ambientais Revista Cientiacutefica Rural Bageacute v4 n 2 p 175-1871999
MATURANA H REZEPKA S N D E Formaccedilatildeo Humana e Capacitaccedilatildeo Rio de Janneiro Vozes 2000 8 6 p
MELLO A F SOBRINHO M O ARZOLLA S SILVEIRA R NETTO A C KIEHL J C Fertilidade do Solo Satildeo Paulo Nobel 1983
MENEZES JUacuteNIOR F O G D Caracterizaccedilatildeo de Diferentes substratos hortiacutecolas e seu efeito na produccedilatildeo de mudas de alface e couve-flor em ambiente protegido Pelotas 1998 141 p Dissertaccedilatildeo (Mestrado em Agronomia - Produccedilatildeo Vegetal) - Faculdade de Agronomia Eliseu Maciel UFPel 1998
45
MIBASA Mineraccedilatildeo Barreto SA Melhorador de Solos MB4 A Natureza Agradece Arapiraca-AL [199-] Folder
MINAMI K Os resumos da olericultura 2000 In AZEVEDO FILHO MARTINEZ FILHO (ed) Preccedilos agriacutecolas Piracicaba ESALQ 1999 p 4
MINAMI K Produccedilatildeo de Mudas de Alta Qualidade em Horticultura Satildeo Paulo TA Queiroz 1995
MORSELLI T B G A Cultivo sucessivo de alface sob adubaccedilatildeo orgacircnica em ambiente protegidoPelotas 2001 178 p Tese (Doutorado em Agronomia - Produccedilatildeo Vegetal) Faculdade de Agronomia Eliseu Maciel UFPel 2001
MORSELLI T B G A Resiacuteduos orgacircnicos em sistemas agriacutecolas Poliacutegrafo da Disciplina de Resiacuteduos orgacircnicos em sistemas agriacutecolas Curso de Poacutes-Graduaccedilatildeo em Agronomia-Produccedilatildeo Vegetal UFPel 2002
MULLER AM Efeitos da Aplicaccedilatildeo Foliar de um Biofertilizante Enriquecido no Estado fitossanitaacuterio de Tomate Ervilha e Beterraba Sob Manejo OrgacircnicoDissertaccedilatildeo (Mestrado no Programa de Poacutes-Graduaccedilatildeo em Agroecossistemas)1999 (Resumo)
NOLLA D Erosatildeo do Solo - O grande desafio Estado do Rio Grande do Sul SEAGRI desenvolvimento de recursos naturais renovaacuteveis 1982 412 p
PAGLIA AG MORSELLI TBGA PEIL RMN Teores de nutrientes pH e condutividade eleacutetrica da aacutegua em sistema ldquofloat^ngrdquo sob adiccedilatildeo de biofertilizantes Horticultura Brasileira v 20 n2 julho 2002 Suplemento 2
PAULUS G MULLER A BARCELLOS LAR Agroecologia aplicada praticas e meacutetodos para uma agricultura de base ecoloacutegica 2ed ver ampl Porto Alegre EMATERRS 2001 8 6 p
PEIXOTO R T dos G Composto orgacircnico aplicaccedilotildees benefiacutecios e restriccedilotildees de uso Horticultura Brasileira Brasiacutelia-DF v 18 p 56-64 julho 2000
PENTEADO SR Defensivos Alternativos e Naturais Satildeo Paulo 1999 95 p
PEREIRA AJ SOUZA RJ PEREIRA WR Efeito de diferentes doses de esterco de galinha e de curral sobre a produccedilatildeo de cebola Horticultura Brasileira v20 n2 julho 2002 Suplemento 2
PINHEIRO S BARRETO SB MB-4 agricultura sustentaacutevel trofobiose e biofertilizantes Fundaccedilatildeo Juquira CandiruMibasa 2000 273 p
PRIMAVESI A Agricultura Sustentaacutevel Satildeo Paulo Nobel 1992 142 p
PRIMAVESI A O manejo ecoloacutegico do solo Agricultura em regiotildees tropicais SatildeoPaulo Nobel 1982 541 p
46
PURCINO A A C ldquoNitrogecircniordquo Informe Agropecuaacuterio Belo Horizonte v7 n81 p 16-27 1981
QUIJANO F G Efeito da adubaccedilatildeo orgacircnica no desenvolvimento de duas cultivares de alface em ambiente protegido Pelotas 1999 116f Dissertaccedilatildeo (Mestrado em Agronomia - Produccedilatildeo Vegetal) Faculdade de Agronomia Eliseu Maciel UFPel 1999
RODRIGUES A N N Efeitos e residuais de superfosfato triplo sobre o rendimento de mateacuteria seca e absorccedilatildeo de foacutesforo pela aveia (Avena strigosa Schob) em solo Podzoacutelico Vermelho Escuro Porto Alegre 1984 59f Dissertaccedilatildeo (Mestrado em Agronomia) - Faculdade de Agronomia UFRGS 1984
RODRIGUES E T CASALI V W D Respostas da alface agrave adubaccedilatildeo orgacircnica II Teores conteuacutedos e utilizaccedilatildeo de macronutrientes em cultivares Rev Ceres Viccedilosa v 45 n 261 p 437-449 1998
SAMINEcircS T C O Produccedilatildeo orgacircnica de alimentos Horticultura Brasileira Brasiacutelia-DF v 17 n3 novembro 1999
SCHIEDECK G Ambiecircncia e resposta agronocircmica de meloeiro (Cucumis melo L) cultivado sob adubaccedilatildeo orgacircnica em ambiente protegido Pelotas lOOp Tese (Doutorado em Agronomia - Produccedilatildeo Vegetal) - Faculdade de Agronomia Eliseu Maciel UFPel 2002
SILVA JUacuteNIOR A A GIORGI E Substratos alternativos para a produccedilatildeo de mudas de tomate Agropecuaacuteria Catarinense Florianoacutepolis EPAGRI 1992 23 p
SILVA JUacuteNIOR A A MACEDO S G STUKER H Utilizaccedilatildeo de esterco de peru na produccedilatildeo de mudas de tomateiro Florianoacutepolis EPAGRI 1995 28 p (Boletim Teacutecnico 73)
TAGLIARI PS GRASSMANN H Minhoca a grande aliada da agricultura Agropecuaacuteria Catarinense v8 n l p 11-14 mar 1995
TEDESCO M J GIANELLO C Anaacutelises de solo plantas e outros materiais Porto Alegre Faculdade de Agronomia Departamento de Solos Universidade Federal do Rio Grande do Sul RS 1996
TENNANT D A Test of modified line intersect method of estimating root lenght Journal Ecology Oxford v 63 p 995-1001 1975
TIBAU A O Mateacuteria Orgacircnica do Solo Mateacuteria Orgacircnica e Fertilidade do SoloSatildeo Paulo Nobel 1984 p49-182
TIMM P J Anaacutelise comparativa dos sistemas de plantio convencional e cultivo miacutenimo de cebola sob adubaccedilatildeo orgacircnica e mineral Pelotas 2000 79 p Dissertaccedilatildeo (Mestrado em Agronomia - Produccedilatildeo Vegetal) - Faculdade de Agronomia Eliseu Maciel UFPel 2000
47
VALENZUELA HR CROSBY C Effect of compost applications on the yield of several vegetables in long-term organic farming experiments conduced in the tropics American Society Horticultural Science v33 n3 june 1998
VIGLIZZO E (ed) Subprograma Recursos Naturais y Sostenibilidad Agriacutecola documento marco Montevideo IICAPROCISUR 1995 p 75 - 78
WE1D J M TARDIN J M Proposta para a Ampliaccedilatildeo do Trabalho da ASPTA no Centro Sul do Paranaacute ASPTA Disponiacutevel em http wwwpronafgovbrEncontrotestosAS20PTA20Sul20ParanE1205 202002doc Acesso em 05 mai 2002
XAVIER SIMOacuteN F DOMINGUES D G Desenvolvimento Rural Sustentaacutevel uma perspectiva agroecoloacutegica Agroecologia e Desenvolvimento Rural Sustentaacutevel Porto Alegre EM ATERRS v2 n2 p 17-26 2001
ZABALETA J P Diagnoacutestico da Agricultura Familiar em Satildeo Joseacute do Norte - RSPelotas EMBRAPA-CPACT 1998 75 p (EMBRAPA-CPACT Documentos 44)
ZONTA E P MACHADO A A SILVEIRA P Sanest Sistema de anaacutelise estatiacutestica para microcomputadores Registrado na Secretaria Especial de Informaacutetica sob nuacutemero 066060 - categoria A Pelotas-RS Universidade Federal de Pelotas 1984
48
7 APEcircNDICE
APEcircNDICE A - Anaacutelise da adubaccedilatildeo de base e biofertilizantes utilizados na produccedilatildeo de mudas de cebola
TABELA 1 A Anaacutelise baacutesica do solo antes da incorporaccedilatildeo do feijatildeo miuacutedo + papua
Arg
pH IND
SMP
MO
P - n r - Na Al Ca__10Omlmdash
Mg
ppm -
6 53 67 089 8 6 27 1 04 05 0 2
Fonte LASFAEMUFPel (2002)
TABELA 2A Anaacutelise complementar do solo antes da incorporaccedilatildeo do feijatildeo-miuacutedo + papua
Cobre Zinco Manganecircs Ferro
(m v1)
04 05 26 007
Fonte LASFAEMUFPel (2002)
49
TABELA 3A Anaacutelise dos fertilizantes soacutelidos
Amostra pH limidade CN
C N P K Ca Mg
- g-ivg --
Cama de 849 2491 12 31042 2479 3888 3405 29875 463
aves
Esterco 74 3594 11 677 590 157 134 335 214
de curral
Huacutemus 684 5738 14 15965 1098 453 745 743 361
Fonte LASFAEMUFPel (2002)
TABELA 4A Anaacutelise quiacutemica dos biofertilizantes liacutequidos
Amostra N P K_ccedil H
Ca Mg Cu Zn Fe Mn
mdashgL bull
S Magro
m b 4
Urina
053
1652
8 2 2
008
395
0 0 0
149
1674
471
1902
6872
0 0 0
1150
4507
1172
7273
42
033
101389
920
0 0 0
6250
19458
781
35273
1123
0 2 1
Fonte LASFAEMUFPel (2002)
50
APEcircNDICE B - Condiccedilotildees climaacuteticas do local
TABELA 1B Condiccedilotildees de temperatura do local
___________ __________TEMPERATURA (degCgt
meses Meacutedia
Maacutexima
Meacutedia
MiacutenimaMeacutedia
Maacutexima
Absoluta
Miacutenima
Absoluta
Junho 225 87 156 320 25
Julho 225 85 155 285 30
Agosto 251 71 161 360 1 0
Fonte FEPAGROSCT 2002
TABELA 2B Condiccedilotildees de chuva do local
mdash CHUVA (mm)mdash
meses Ocorrida Normal Desvio Da Normal
Junho 1080 1 1 0 -2 0
Julho 1062 98 8 2
Agosto 1283 1 2 0 83
Fonte FEPAGROSCT 2002
51
TABELA 1C Produccedilatildeo de fitomassa fresca e seca (g) da parte aeacuterea altura de planta
(cm) e diacircmetro de colo (mm) de mudas de cebola Petrolini cultivadas
sob uma perspectiva agroecoloacutegica Pelotas-RS 2003
APEcircNDICE C - Anaacutelise estatiacutestica da parte aeacuterea
Causas G1 FFPA FSPA AP DC
da variaccedilatildeo --------- Quadrados meacutedios-
Blocos 3
Ad Base 2 175359071 1287102 2547419 1 11775
Biofertilizantes 2 126876 29011 87669ns 02185ns
Ad x Biofert 4 572378 31123 69106ns 04159
Resiacuteduo 24 34456 03048 27169 00290
Total 35
Meacutedia geral 93745 8772 320388 6741
CV 1980 6294 5145 2530
Significativo a 5ns Natildeo significativo
52
TABELA 1D Produccedilatildeo de fitomassa fresca e seca (g) comprimento (cm) e densidade
de raiacutezes (m cm3) de mudas de cebola Petrolini cultivadas sob uma
perspectiva agroecoloacutegica e razatildeo parte aeacutereasistema radicular Pelotas-
RS 2003
APEcircNDICE D - Anaacutelise estatiacutestica da raiz
Causas G1 FFR FSR CR RPASR DR
da variaccedilatildeo Quadrados meacutedios---------------
Blocos 3
Ad Base 2 27874 551 623 2 1 0 140
Biofertilizantes 2 178 0 1 0 ni 1504 l03ns 038ns
Ad x Biofert 4 190 058 318 294 183
Resiacuteduo 24 005 009 028 023 0 2 1
Total 35
Meacutedia geral 1818 228 184 387 333
C V 134 1356 448 1253 1396
Significativo a 5 ns Natildeo significativo
53
APEcircNDICE E - Anaacutelise estatiacutestica dos macronutrientes da parte aeacuterea da cebola
TABELA 1E Conteuacutedos (mg planta1) de nitrogecircnio foacutesforo potaacutessio caacutelcio e
magneacutesio no tecido vegetal de mud^s de cebola Petrolini cultivadas
sob uma perspectiva agroecoloacutegica Pelotas-RS 2003
Causas G1 bull N P K Ca Mg
da variaccedilatildeo
Blocos 3
Ad Base 2 13550306 446627 25509686 1031806 59007
Biofertilizantes 2 180610ns 16564 68153ns 39006 876ns
Ad x Biofert 4 454187 45743 1047539 46950 2464
Resiacuteduo 24 29769 1453 64313 3741 439
Total 35
Meacutedia geral 24921 4597 33366 6943 1615
C V 692 829 760 880 1297
Significativo a 5 ns Natildeo significativo
APEcircNDICE F - Fotos do experimento
FIGURA 2 Mudas de cebola (Allium cepa L) produzidas sob uma perspectiva agroecoloacutegica
APEcircNDICE F a Fotos do experimento
FIGURA 1 Adubaccedilatildeo verde com feijatildeo-miuacutedo e papuatilde utilizadas no manejo do solo
FIGURA 2 Mudas de cebola (Allium cepa L) produzidas sob urna perspectiva agroecoloacutegica
10
Catarina e Rio Grande do Sul nos quais se concentram mais de 76 da produccedilatildeo
nacional (Debarba et a i 1998)
A mais importante regiatildeo produtora do Rio Grande do Sul estaacute situada no litoral
Sul englobando os municiacutepios de Rio Grande Tavares Satildeo Joseacute do Norte e Mostardas
(Garcia 1997) e segundo ICEPASC (2003) esses quatro municiacutepios respondem por
cerca de 70 da produccedilatildeo de cebola do RS
Timm (2000) cita que cerca de 16000 famiacutelias rurais no Rio Grande do Sul tem
na cultura da cebola o seu principal meio de subsistecircncia No Municiacutepio de Satildeo Joseacute do
Norte a produccedilatildeo de cebola constitui uma atividade econocircmica quase exclusiva onde a
descapitalizaccedilatildeo dos agricultores ocasionou o abandono do meio rural por muitos deles
que acabaram por estabelecerem-se na periferia da zona urbana (Garcia 1997)
Aleacutem da descapitalizaccedilatildeo do produtor ocorrem problemas como a erosatildeo do solo
que segundo Zabaleta (1998) ocorre principalmente devido agrave accedilatildeo dos ventos fortes e
constantes caracteriacutesticos na regiatildeo sul-litoracircnea bem como a topografia plana e os
solos muito arenosos com lenccediloacuteis freaacuteticos superficiais contribuem para o
empobrecimento dos solos da regiatildeo principalmente ao se comparar com outras aacutereas
onde a cebola participa de sistemas produtivos juntamente com a produccedilatildeo leiteira o
arroz e hortaliccedilas diversas (Timm 2000)
221 Caracteriacutesticas agronocircmicas da cebola
A cebola eacute uma aliaacuteceae a planta eacute tenra atinge 60 cm de altura e apresenta folhas
tubulares e cerosas O caule verdadeiro eacute um disco comprimido na base da planta de
onde partem as folhas e raiacutezes que satildeo fasciculadas pouco ramificadas explorando um
volume de solo equivalente a um cilindro com 60 cm de altura e 25 cm de diacircmetro
(Filgueira 2000)
Cada planta apresenta 20 a 200 raiacutezes normalmente espessas (05 a 1 mm de
diacircmetro) e com pouca ramificaccedilatildeo e poucos pecirclos absorventes O crescimento eacute
vertical estendendo-se de 40 a 80 cm de profundidade Poucas raiacutezes ocupam mais de
15 cm do raio em tomo do bulbo Estas caracteriacutesticas tecircm implicaccedilotildees peculiares
quanto acirc localizaccedilatildeo e ao suprimento de nutrientes (Quanto menor o diacircmetro e maior a
ocorrecircncia de pecirclos absorventes maior seraacute a superfiacutecie de raiacutezes e consequumlentemente a
absorccedilatildeo de nutrientes (Magalhatildees 1993)
11
A fase vegetativa do ciclo da planta termina com o amadurecimento do bulbo
todavia trata-se de uma planta bienal considerando acirceu ciclo vital completo isto eacute da
semeadura ateacute a produccedilatildeo de novas sementes Apoacutes um periacuteodo invemal sob baixas
temperaturas haacute emissatildeo de um pendatildeo floral que pode alcanccedilar 150 cm de altura
terminando por uma inflorescecircncia tipo umbela simples inicialmente recoberta por
uma peliacutecula formada por centenas de pequenas flores (Filgueira 2000)
Segundo Clivela (1995) os fatores climaacuteticos de modo geral natildeo satildeo limitantes
para a produccedilatildeo de bulbos de cebola no Rio Grande do Sul Filgueira (2000) enfatiza
que no Brasil eacute uma das raras culturas oleraacuteceas nas quais o fotoperiacuteodo pode tornar-se
o fator limitante ocorrendo frustraccedilotildees da colheita caso as exigecircncias da planta natildeo
sejam satisfeitas
222 A produccedilatildeo de mudas de hortaliccedilas
As mais importantes modificaccedilotildees no sistema de produccedilatildeo nos uacuteltimos anos tecircm
sido feitas na produccedilatildeo de mudas Hoje eacute uma realidade os produtores se
especializarem em produzir mudas principalmente no Estado de Satildeo Paulo Para tanto
se busca atraveacutes da pesquisa as melhores fontes e combinaccedilotildees de substratos associados
ao sistema de produccedilatildeo conveniente para cada espeacutecie a fim de se obter melhorias na
propriedade no solo e na Olericultura (Giorgetti 1991)
O sistema agroecoloacutegico torna-se importante uma vez que a base da Horticultura
moderna eacute a produccedilatildeo de mudas de alta qualidade (Minami1995) a produccedilatildeo de mudas
de hortaliccedilas tem sido citada como a etapa mais importante do sistema produtivo (Silva
Junior et al 1995) Segundo Filgueira (2000) nesta fase natildeo se pode cometer erros
pois posteriormente seraacute mais difiacutecil de corrigi-los visto que para o cultivo da cebola a
muda refletiraacute na qualidade do bulbo
As mudas de hortaliccedilas podem ser consideradas tolerantes e natildeo tolerantes ao
transplante e dependem principalmente das condiccedilotildees ambientais necessitando de
cuidados No caso da cebola como satildeo produzidas com raiz nua os cuidados devem ser
maiores pois dependendo do estado em que se encontram mais ou menos susceptiacuteveis
aos estresses quando em contato com o campo podem resultar em desastre (Minami
1999)
A quantidade de nutrientes extraiacuteda pelas hortaliccedilas durante a fase de muda varia
em funccedilatildeo da espeacutecie da variedade ou da cultivar e do prazo necessaacuterio para a formaccedilatildeo
13
O composto humificado ou curado eacute rico em nutrientes que passaram parcialmente
da forma orgacircnica para a forma mineral assimilaacutevel pelas raiacutezes e com maior teor
coloidal que atua como fertilizante e eacute responsaacutevel pela capacidade melhoradora do
solo (Barreto 1985)
Uma das principais alternativas em termos de adubaccedilatildeo orgacircnica eacute o
vermicomposto Ele eacute um adubo orgacircnico estaacutevel rico em nutrientes inodoro de
coloraccedilatildeo escura obtido a partir da atividade das minhocas que potencializam a mateacuteria
prima utilizada no processo (principalmente esterco de bovino) proporcionando
diversos benefiacutecios para as plantas (Timm 2000)
231 Efeitos da adubaccedilatildeo orgacircnica no solo
O solo funciona como um organismo vivo em 1 grama de solo saudaacutevel vive uma
comunidade bioloacutegica de aproximadamente 1 0 0 0 0 espeacutecies diferentes como minhocas
larvas besouros colecircmbolos aacutecaros algas bacteacuterias e fungos Estes organismos
necessitam de alimentos para viver principalmente carbono e nitrogecircnio que estatildeo
presentes na palhada das culturas e no esterco de animais Em funccedilatildeo disso eacute
importante que o solo tenha um determinado teor de mateacuteria orgacircnica para fornecer os
alimentos e energia que os microacutebios precisam para viver (Paulus et al 2001)
O homem atraveacutes dos diferentes sistemas de preparo do solo e cultivos contiacutenuos
ou natildeo altera o comportamento do mesmo em relaccedilatildeo agraves reaccedilotildees quiacutemicas
propriedades fiacutesicas como capacidade de retenccedilatildeo de aacutegua lixiviaccedilatildeo de nutrientes
erosatildeo e como consequumlecircncia afeta a qualidade de organismos presentes no solo (Brady
1999) reduzindo paulatinamente o teor de mateacuteria orgacircnica (Primavesi1982)
Nos uacuteltimos anos tem-se observado em diferentes paiacuteses a ampliaccedilatildeo do uso de
adubos orgacircnicos Alguns apresentam oacutetimos resultados enquanto outros se mostram
tecnicamente inadequados Os principais adubos orgacircnicos encontrados no mercado satildeo
fertilizantes orgacircnicos de origem animal compostos de lixo urbanos compostos de
produtos industriais e huacutemus de minhoca Nestes fertilizantes estatildeo presentes a maioria
dos macronutrientes (nitrogecircnio foacutesforo potaacutessio caacutelcio magneacutesio enxofre) e
micronutrientes (zinco cobre boro ferro cobalto)essenciais para as plantas e nem
sempre encontrados em muitos fertilizantes minerais bem como uma gama de
microorganismos que vatildeo beneficiar a fauna e a flora do solo (Brady 1979 Kiehl
1985 Costa 1985 Garcia 1997)
14
Os adubos orgacircnicos satildeo amplamente empregados nos sistemas de produccedilatildeo de
alface como condicionadores do ambiente quiacutemico e fiacutesico da rizosfera e
consequumlentemente na resposta bioloacutegica das plantas (Rodrigues amp Casali 1998)
Considerando as necessidades hortiacutecolas de maior competitividade e o fato de natildeo
ser subsidiada o crescimento populacional e a industrializaccedilatildeo representam fatores
determinantes na geraccedilatildeo diaacuteria de enormes volumes de resiacuteduos podendo ser utilizados
pelos produtores com um maior retomo econocircmico possiacutevel Ao mesmo tempo a
questatildeo ambiental assume cada vez mais destaque na sociedade moderna repercutindo
em poliacuteticas governamentais bem como no setor produtivo do paiacutes e do mundo
fazendo com que a relaccedilatildeo do homem com a natureza seja repensada (Morselli 2001)
232 Efeitos da adubaccedilatildeo orgacircnica nas culturas
Segundo Paulus et al (2001) a mateacuteria orgacircnica tambeacutem eacute fonte de nutrientes
especialmente nitrogecircnio foacutesforo enxofre e micronutrientes aleacutem disso tem
capacidade de ldquoprenderrdquo micronutrientes e alguns elementos toacutexicos para as plantas
como o alumiacutenio Por exemplo os micronutrientes depois de presos satildeo liberados
lentamente no solo onde satildeo gradativamente aproveitados pelas plantas
O uso dos fertilizantes minerais elevam o custo de produccedilatildeo pois satildeo necessaacuterias
altas doses para o fornecimento dos teores de nutrientes demandados Por isso eacute
importante a geraccedilatildeo de tecnologias que poupem o consumo de fertilizantes minerais
desejaacutevel com vista agrave diminuiccedilatildeo do custo de produccedilatildeo (Rodrigues 1984) A produccedilatildeo
de hortaliccedilas sob a orientaccedilatildeo agroecoloacutegica leva em consideraccedilatildeo natildeo apenas os custos
de produccedilatildeo como tambeacutem a dependecircncia dos insumos principalmente quando se
considera a ldquoteoria da trofobioserdquo pelos efeitos maleacuteficos que os nutrientes prontamente
assimilaacuteveis podem causar as plantas (Chaboussou 1987)
Para Compagnoni amp Putzolu (1985) o vermicomposto eacute um autecircntico fertilizante
bioloacutegico que atua como corretivo do solo determinando caracteriacutesticas importantes
para a microflora pelos aacutecidos huacutemicos e as substacircncias fitoestimulantes Os autores
consideram ainda que as dejeccedilotildees das oligoquetas proporcionam a formaccedilatildeo de huacutemus
permitindo melhorar o solo razatildeo pela qual satildeo destinados agrave horticultura com oacutetimas
vantagens fiacutesicas e microbioloacutegicas enriquecendo a camada araacutevel
Em experimentos desenvolvidos durante cinco anos para avaliar o efeito da
aplicaccedilatildeo de compostos eou adubos nas culturas de alface manjericatildeo espinafre e
15
pepino Valenzuela amp Crosby (1998) compararam as produccedilotildees obtidas com composto
e a fertilizaccedilatildeo padratildeo e concluiacuteram que a utilizaccedilatildeo do composto em 20 Mg ha 1 mais
N-quiacutemico foi o melhor tratamento em todas as culturas estudadas
233 Plantas de cobertura do solo
As plantas mais usadas para adubaccedilatildeo de cobertura do solo satildeo as leguminosas
pois estas tecircm a capacidade de fixar o nitrogecircnio atmosfeacuterico e disponibiliza-lo agrave
cultura Primavesi (1992) cita que utilizando-se mucuna ervilhaca feijatildeo-de-porco
feijatildeo-miuacutedo crotalaacuteria e outras natildeo haacute necessidade de utilizar tanto nitrogecircnio em
cobertura embora natildeo se dispense uma calagem mais frequumlente pois ocorre um pouco
de acidificaccedilatildeo no solo como com qualquer adubaccedilatildeo nitrogenada Segundo a mesma
autora algumas leguminosas tecircm a capacidade de mobilizar o foacutesforo como o caupi
(feijatildeo-miuacutedo) outras mobilizam o caacutelcio como tremoccedilo
Para Brady (1999) a adubaccedilatildeo verde traz grandes benefiacutecios como suprimento de
mateacuteria orgacircnica sendo consideraacutevel a quantidade de resiacuteduos orgacircnicos devolvidos ao
solo adiccedilatildeo de nitrogecircnio nutrientes e conservaccedilatildeo do solo
Calegari (1998) comenta que quanto aos aspectos fiacutesicos os resiacuteduos tendem a
contribuir para uma melhoria da estrutura do solo percebida pelo aumento da
estabilidade dos agregados em aacutegua aumento da capacidade de retenccedilatildeo hiacutedrica
elevaccedilatildeo dos iacutendices de infiltraccedilatildeo de aacutegua no solo aumento da porosidade melhor
aeraccedilatildeo e diminuiccedilatildeo da densidade do solo
De acordo com Timm (2000) o papuatilde eacute uma excelente alternativa como cobertura
de solo para o cultivo miacutenimo da cebola pois na eacutepoca do transplante das mudas seu
ciclo vegetativo estaacute completo natildeo necessitando o dessecamento outra vantagem eacute que
o papuatilde apresenta bom controle com relaccedilatildeo agraves plantas invasoras da cebola reduzindo
ao longo dos anos o nuacutemero de capinas e a aplicaccedilatildeo de herbicidas
234 Adubaccedilatildeo foliar
Segundo Malavolta (1981) a utilizaccedilatildeo da adubaccedilatildeo foliar eacute complemento da
adubaccedilatildeo de solo natildeo substituto da mesma no que diz respeito ao fornecimento de
nitrogecircnio foacutesforo e potaacutessio para as culturas Da mesma maneira que as raiacutezes podem
perder para o solo parte dos elementos absorvidos as folhas tambeacutem o fazem pela accedilatildeo
16
de fatores internos (desordem fisioloacutegica estado nutricional etc) e externos (chuvas
orvalho nutriccedilatildeo do sistema radicular luz temperatura etc)
Para Chaboussou (1987) as plantas adquirem o maacuteximo de resistecircncia bioloacutegica
atraveacutes da nutriccedilatildeo (trofos) equilibrada Obviamente para que isto ocorra eacute necessaacuterio
que o solo esteja em equiliacutebrio dinacircmico o ambiente seja o mais estaacutevel e as plantas
selecionadas ou melhor adaptadas para poderem suportar as alteraccedilotildees extemporacircneas
ocasionadas pelos fenocircmenos meteoroloacutegicos e nas fases fonoloacutegicas criacuteticas do
crescimento e desenvolvimento (Pinheiro amp Barreto 2000)
O lixiviado das folhas enriquece as camadas superiores do solo e tende a
contrabalanccedilar as perdas de zonas mais profundas e mais distantes acumulando-os nas
suas proximidades tambeacutem influencia o nuacutemero e o comportamento dos
microrganismos que por sua vez alteram o processo de gecircnese do solo sua textura e
fertilidade A lixiviaccedilatildeo assim se toma importante no desenvolvimento da sucessatildeo
ecoloacutegica devido agrave ciclagem de elementos (Malavolta 1980)
Conforme Camargo (1975) a utilizaccedilatildeo de adubos foliares substitui parcialmente
a adubaccedilatildeo radicular em 20 a 25 podendo ser utilizada em varias pulverizaccedilotildees
24 Vermicompostagem
E o processo que consiste em se submeter diferentes resiacuteduos orgacircnicos de
origem animal eou vegetal aos processos fermentativos e humificaccedilatildeo adicionando
minhocas do gecircnero Eiseina espeacutecie foetida ao material procurando obter um produto
curado em aproximadamente 45 - 60 dias (Compagnoni amp Putzolu 1985)
A vermicompostagem firmou-se no Brasil como atividade rentaacutevel produzindo
adubo de alta qualidade na deacutecada de 90 Na agricultura brasileira contudo haacute
preferecircncia pelos adubos quiacutemicos em funccedilatildeo de sua aquisiccedilatildeo financiada menor custo
e retomo imediato embora o impacto de seu uso contiacutenuo sobre o solo e os
microorganismos que nele vivem seja negativo (Tagliari amp Grassmann 1995)
Segundo Morselli (2002) a vermicompostagem difere da compostagem
convencional dentre outros pocircr formar substacircncias huacutemicas mais rapidamente ao sofrer
passagem pelo trato digestivo das minhocas A alirdentaccedilatildeo destas satildeo basicamente os
estercos e a disponibilidade desta mateacuteria prima bem como de ambiente protegido para
proceder a compostagem correta deste material satildeo indispensaacuteveis
17
Segundo Kiehl (1985) e Martinez (1990) o vermicomposto apresenta as seguintes
vantagens em relaccedilatildeo a compostagem permite a formaccedilatildeo de um produto curado em
menor espaccedilo de tempo promove a formaccedilatildeo de um material com maior
disponibilidade de nutrientes facilita o peneiramento natildeo havendo a necessidade de
revolvimento do material oferece vaacuterias fontes de renda pois aleacutem do huacutemus fornece
minhocas e raccedilatildeo e quando aplicado ao solo tende a melhorar as propriedades fiacutesicas
quiacutemicas e bioloacutegicas
241 Resiacuteduos utilizados na vermicompostagem
2411 Resiacuteduos de origem animal
Segundo Bureacutes (1997) o esterco eacute uma mistura de fezes urina e camas que
podem estar constituiacutedas de palhas folhas secas serragem turfa casca de arroz e ateacute
terra Esse apresenta pH neutro e densidade que varia de 030 a 090 Kg dm3 segundo
seu estado de decomposiccedilatildeo Eacute influenciado por vaacuterios fatores como espeacutecie animal
raccedila idade alimentaccedilatildeo material utilizado como cama e tratamento da mateacuteria-prima
esterco (Kiehl 1985) Dentre os fatores apontados um dos mais importantes eacute a
alimentaccedilatildeo do animal quanto mais rica a alimentaccedilatildeo mais rica seraacute as dejeccedilotildees
(Gnoatto 1999) O volume de bacteacuterias vivas ou mortas encontradas no esterco
representam 20 a 30 do total delas se originam grande parte do nitrogecircnio sob a
forma de proteiacutena (Morselli 2002)
A origem do material utilizado para a produccedilatildeo de vermicomposto eacute fundamental
pois soacute uma mateacuteria-prima de qualidade resultaraacute em um produto final de boa qualidade
Dentre os estercos o de aves eacute empregado empiricamente na adubaccedilatildeo de culturas
permanente ou natildeo com excelentes resultados apesar de sua simples composiccedilatildeo
meacutedia 2 de nitrogecircnio 2 de foacutesforo como P2 0 5 e 1 de K2 0 Poreacutem haacute uma
grande variaccedilatildeo na sua constituiccedilatildeo a qual dependeraacute do manejo animal atraveacutes das
camas finalidade da criaccedilatildeo e natureza das camas (Morselli 2002)
2412 Resiacuteduos de origem vegetal
A mateacuteria orgacircnica pode ser preservada no solo por vaacuterios processos seja pela
simples incorporaccedilatildeo de resiacuteduos de culturas rotaccedilatildeo de culturas adubaccedilatildeo verde ou
18
pela adiccedilatildeo de materiais orgacircnicos capazes de elevar e manter a produtividade do solo
Da decomposiccedilatildeo dos resiacuteduos orgacircnicos adicionados ao solo resulta a liberaccedilatildeo de
grande quantidade de nutrientes principalmente o nitrogecircnio o potaacutessio e o enxofre
Aleacutem disso diversos atributos quiacutemicos e fiacutesicos do solo satildeo alterados pela
decomposiccedilatildeo desses resiacuteduos destacando-se o aumento da capacidade de troca de
caacutetions o aumento da retenccedilatildeo de aacutegua a melhoria da estabilidade dos agregados e da
aeraccedilatildeo (Fraser1963 Malavolta 1981 Mello et al 1983 Bonilla 1992)
Segundo Purcino (1981) quando a relaccedilatildeo CN eacute menor que 30 como no caso do
esterco de curral ou da palha de leguminosas a disponibilidade de nitrogecircnio eacute
imediata mas acima deste valor ocorre imobilizaccedilatildeo crescente deste nutriente Por esse
motivo estes materiais devem ser submetidos a uma degradaccedilatildeo bioloacutegica antes de
serem adicionados ao solo
25 Biofertilizantes
No Brasil ocorrem problemas crescentes com materiais derivados de sistemas
intensivos de criaccedilatildeo animal que acumulam resiacuteduo^ orgacircnicos com graves problemas
de contaminaccedilatildeo de cursos de aacutegua que na maioria das vezes se acumulam em um
uacutenico lugar e natildeo satildeo reciclados (Viglizzo 1995)
Visando amenizar tais situaccedilotildees os meacutetodos alternativos de adubaccedilatildeo controle de
doenccedilas pragas e plantas indesejaacuteveis tecircm sido muito estudado Dentro dessa linha de
pesquisa destaca-se o uso de mateacuteria orgacircnica atraveacutes tanto de sua incorporaccedilatildeo ao
solo como de sua transformaccedilatildeo para uso posterior na forma de biofertilizantes
(Khatounian 1997 Bettiol et al 1997)
Na complexa e elevada comunidade microbiana dos biofertilizantes encontram-se
bacteacuterias fungos leveduriformes filamentosos e actinomicetos (Bettiol apud Penteado
1999)
O agregado de macro e micronutrientes periodicamente ativa e enriquece a
fermentaccedilatildeo O uso de farinha de rocha tem sido vantajoso por ter baixo custo
comparado com os sais concentrados e purificados aleacutem de trazer alguns elementos
traccedilos de vital importacircncia para os microrganismos do solo como por exemplo o Gaacutelio
o Iodo e o Vanaacutedio (M1BASA 199-) O agregado de farinha de rocha ou sais
purificados ao fermentado faz com que estes nutrientes passem a fazer parte dos
microrganismos ou dos produtos orgacircnicos liberados durante a fermentaccedilatildeo sendo que
19
o ataque dos microrganismos atraveacutes de suas enzimas consegue liberar os elementos natildeo
atacados pelos aacutecidos industriais (Pinheiro amp Barreto 2000)
Os biofertilizantes tecircm sido empregados na agricultura ecoloacutegica como adubo
foliar para aumentar a resistecircncia contra pragas e doenccedilas Aleacutem disso o processo de
produccedilatildeo eacute bastante simples e por isso eacute viaacutevel sua produccedilatildeo na propriedade desde que
tenha esterco disponiacutevel (Penteado 1999)
Bettiol et al (1997) verificaram a presenccedila de diferentes espeacutecies de fungos
fiacutelamentosos e leveduriformes e bacteacuterias entre elas Bacillus spp na comunidade
microbiana do biofertilizante produzido segundo meacutetodo adotado pelo Centro de
Agricultura Ecoloacutegica Ipecirc Os autores verificaram ainda uma reduccedilatildeo da comunidade
microbiana ao longo da digestatildeo reduccedilatildeo essa mais acentuada logo apoacutes o acreacutescimo
dos sais contendo micronutrientes A accedilatildeo dos sais pode ser tanto por aumento na
pressatildeo osmoacutetica quanto pelo efeito direto sobre os microrganismos Para o controle de
doenccedilas de plantas satildeo importantes a presenccedila dos metaboacutelitos produzidos pelos
organismos presentes no biofertilizante e os proacuteprios microrganismos vivos
Os microrganismos transformam o material orgacircnico (esterco soro de leite caldo
de frutas palhas restos industriais etc) e cinzas produzindo vitaminas aacutecidos e sais
complexos importantes para regular e tonificar o metabolismo das plantas impedindo o
desenvolvimento de pragas e doenccedilas (Pinheiro amp Barreto 2000)
Em estudos feitos com o biofertilizante liacutequido de bovinos foi observado a
presenccedila de inuacutemeros microorganismos como bacteacuterias leveduras e bacilos
principalmente do Bacillus subtilis Estes microorganismos sintetizam substacircncias
antibioacuteticas as quais demonstram ter grande accedilatildeo e eficiecircncia como substacircncias
fungiostaacuteticas e bacteriostaacuteticas de fitopatoacutegenos causadores de danos em lavouras
comerciais (Penteado 1999)
Aldrighi et al (2002) realizaram trabalho na UFPel relacionado agrave nutriccedilatildeo de
mudas de tomate (Floradade) produzidas no sistema ldquofloatingrdquo Utilizaram-se doses de
0 2 5 e 10 para o biofertilizante Super Magro e 0 e 1 para a urina de vaca
Concluiacuteram que estes natildeo interferem na produccedilatildeo das mudas e que provavelmente foi
influenciado pelo substrato utilizado (vermicomposto 75 e casca de arroz carbonizada
25) bem como o sistema de produccedilatildeo (floating)
Paglia et al (2002) citam que eacute possiacutevel produzir mudas de tomate (cultivar
Floradede) utilizando urina de vaca e biofertilizante Super Magro na aacutegua em sistema
ldquofloatingrdquo em trabalho realizado na UFPel O uso da urina de vaca a 1 e 5 e
20
biofertilizante Super Magro a 6 proporcionam uma elevaccedilatildeo do foacutesforo bem como o
Super Magro a 6 eleva os teores de Mg e Ca na aacutegua
251 Urina de vaca
As urinas de vaca contecircm nutrientes favoraacuteveis ao bom desenvolvimento das
plantas como potaacutessio soacutedio nitrogecircnio enxofre magneacutesio caacutelcio foacutesforo e traccedilos de
outros elementos Nas plantas funciona como um fertilizante natural tomando-as mais
resistentes ao ataque das pragas e doenccedilas Satildeo encontradas tambeacutem na urina outras
substacircncias como fenoacuteis e principalmente o catecol que esta associado agrave recuperaccedilatildeo
de plantas atacadas por fitopatoacutegenos por ser um produto anti-seacuteptico (Penteado 1999)
Para seu emprego a urina receacutem coletada deve ser armazenada sob condiccedilotildees
ambientais por trecircs dias para que se forme amocircnio importante produto a ser absorvido
pelas plantas Recomenda-se ainda que o armazenamento deva ser feito em recipiente
fechado para que natildeo ocorram perdas de nitrogecircnio Desta forma poderaacute permanecer
por ateacute um ano sem comprometer sua eficiecircncia
Em hortaliccedilas o uso da urina de vaca eacute recomendado em pulverizaccedilotildees foliares
semanais na concentraccedilatildeo de 05 para tomateiro pimentatildeo pepino feijatildeo vagem e
couve ou quinzenais a 1 para as culturas do quiabeiro jiloeiro e berinjela Para
fruteiras em geral a primeira aplicaccedilatildeo deve ser na concentraccedilatildeo aproximada de 5
realizada diretamente no solo e mensalmente devem ser realizadas pulverizaccedilotildees
foliares a 1 para plantas jovens e a 5 para plantas adultas (Penteado 1999)
Na aplicaccedilatildeo foliar deve-se ter cuidado com folhas e brotos novos e considerar que
o uso contiacutenuo pode ser toacutexico podendo afetar o solo causando a sua acidificaccedilatildeo
(Penteado 1999)
Na Estaccedilatildeo Experimental da PESAGRO no municiacutepio de Macaeacute Rio de Janeiro
estaacute se utilizando a urina de vaca leiteira Os pesquisadores descobriram que a urina de
vaca em lactaccedilatildeo produzia o efeito de recuperar plantas de abacaxi atacadas por uma
doenccedila conhecida como ldquofusairioserdquo Essa doenccedila quando ataca o abacaxi causa
perdas de ateacute 70 da safra Todos os agrotoacutexicos testados natildeo conseguiram controlar a
doenccedila Isto eacute um exemplo para que a universidade tenha uma nova percepccedilatildeo (Capra
1996) adotando medidas efetivas que contribuam na transiccedilatildeo agroecoloacutegica Com o
uso da urina de vaca leiteira numa lavoura de abacaxi atacada pela fusariose observou-
se agrave recuperaccedilatildeo do stand e os frutos produzidos apresentaram excelente padratildeo
21
comercial Descobriu-se que aleacutem funcionar como adubo e defensivo natural a urina de
vaca leiteira tambeacutem favorece a floraccedilatildeo de muitas plantas e pode ser usada no
tratamento de frutos e tubeacuterculos depois da colheita
A urina de vaca em lactaccedilatildeo tambeacutem estaacute sendo usada nas lavouras de cafeacute em
plantaccedilotildees de maracujaacute coco alface e outras hortaliccedilas Na regiatildeo centro-sul do Paranaacute
os agricultores estatildeo aplicando a urina de vaca leiteira nas lavouras de feijatildeo soja
batata cebola e milho (Penteado 1999)
252 Alhol
A maioria dos defensivos alternativos tais como calda bordalesa sulfocaacutelcica
aacutegua de cinza e cal biofertilizante enriquecido extrato de fumo entre outros precisa
ser misturada com um espalhante adesivo para quebrar a tensatildeo superficial da gota e
propiciar um melhor molhamento das folhas e demais partes pulverizadas assegurando
uma absorccedilatildeo mais efetiva e uma melhor accedilatildeo sobre as pragas e doenccedilas Quando as
gotas permanecem inteiras sobre a superfiacutecie folhar devido agrave falta de espalhante
adesivo pode-se danificar os tecidos vegetais pelc efeito-lente quando o sol incide
sobre elas Aleacutem disso a gota por natildeo se espalhar sobre toda superfiacutecie folhar
concentra nela e consequumlentemente sobre o tecido que estaacute em contato com ela uma
quantidade maior do produto aplicado Essa maior concentraccedilatildeo pode prejudicar a
absorccedilatildeo e lesionar os tecidos principalmente apoacutes a evaporaccedilatildeo da aacutegua contida na
gota por resultar em uma maior concentraccedilatildeo de sais no local especialmente quando se
aplicam por exemplo calda sulfocaacutelcica bordalesa biofertilizante enriquecido com
macro e micronutrientes (Claro 2001)
O alhol eacute um espalhante adesivo ecoloacutegico que tambeacutem auxilia no controle de
pragas E elaborado com aacutegua alho oacuteleo vegetal e sabatildeo neutro a partir da sabedoria
popular que menciona o alho como repelente de insetos Juacutenior Abreu amp Maiorano
(199-) indicam formulaccedilotildees contendo alho para o controle de pragas como nematoacuteides
(Meloidogyne incoacutegnita e M javanica) mosca do chifre lagarta na maccedilatilde pulgotildees
besouro da batata trips e para controle de doenccedilas fuacutengicas e bacterianas como miacuteldio
ferrugem fusariose helminthosporiose murchadeira (Pseudonamos solacearum)
bruzone do arroz (Pyricularia orysae) podridatildeo negra do repolho e couve-flor
(Xanthomonas campestris) Aleacutem disso o alho pelo seu bom teor em oacuteleo pode agir
tambeacutem como espalhante adesivo O sabatildeo tambeacutem eacute indicado como espalhante adesivo
22
e possui accedilatildeo contra certas pragas (pulgotildees) sendo que o oacuteleo vegetal eacute indicado no
controle de cochonilhas e usado como espalhante adesivo (Claro 2001)
253 Calda Bordalesa
A calda bordalesa eacute um tradicional defensivo agriacutecola que pode ser preparado na
propriedade com a mistura de sulfato de cobre cal virgem e aacutegua As concentraccedilotildees de
sulfato de cobre e cal satildeo distintas dependendo do objetivo do seu emprego
Geralmente diferem de acordo com o tipo de planta ou espeacutecie vegetal as condiccedilotildees
climaacuteticas o grau de infestaccedilatildeo da doenccedila e a fase de crescimento da planta Eacute indicada
para o controle de miacuteldio alternaacuteria botrytis e antracnose (Penteado 1999)
A calda bordalesa caracteriza-se pela sua importante accedilatildeo no controle de diversas
doenccedilas fungicas nas mais diversas espeacutecies de culturas Possui tambeacutem uma relativa
accedilatildeo bactericida e em alguns casos age como repelente de insetos Da mistura do
sulfato de cobre com a cal resulta uma soluccedilatildeo rica em macronutrientes e
micronutrientes Provavelmente os expressivos resultados obtidos com a aplicaccedilatildeo da
calda bordalesa devam-se natildeo somente a sua accedilatildeo fuacutengica e bactericida mas sobretudo
agrave influecircncia positiva que exerce no metabolismo das plantas ativando o processo
enzimaacutetico e estimulando a proteossiacutentese aumentando a resistecircncia das plantas (Claro
2 0 0 1 ) caracteriacutestica fundamental na agricultura sustentaacutevel
254 Biofertilizante Super Magro
A calda Super Magro eacute produto da fermentaccedilatildeo de estercos animais enriquecidos
por micronutrientes e outros produtos de origem animal obtendo-se uma calda
biofertilizante para aplicaccedilatildeo foliar nas plantas (Penteado 1999) jaacute foram observados
bons resultados principalmente nas culturas de uva maccedila pecircssego tomate batata e
hortaliccedilas em geral
E indicado como fonte suplementar de micronutrientes para as plantas inibidor
de fungos e bacteacuterias causadores de doenccedilas e para aumentar a resistecircncia contra insetos
e aacutecaros (Penteado 1999) i
Muller (1999) avaliou a influecircncia do biofertilizante Super Magro sobre as
culturas de tomate (Lycopersicon esculentum Mill) ervilha (Pisum sativum L) e
beterraba (Beta vulgaris L) O autor obteve cultivos com baixa severidade de doenccedilas e
23
insetos fitoacutefagos possivelmente por causa do manejo orgacircnico de produccedilatildeo Os
resultados das pulverizaccedilotildees das soluccedilotildees foliares variaram conforme a cultura e o
clima
255 Biofertilizante MB4
A utilizaccedilatildeo das farinhas de rochas eacute uma das teacutecnicas mais modernas usadas nos
uacuteltimos anos na agricultura O elevado nuacutemero de nutrientes contidos no MB4 como
cobre zinco manganecircs cobalto soacutedio alumiacutenio silicatos de magneacutesio ferro e caacutelcio
acompanhado de foacutesforo potaacutessio e enxofre reagem com a soluccedilatildeo do solo liberando
elementos essenciais ao desenvolvimento da vida microbiana os quais exercem um
papel fundamental atraveacutes de transformaccedilotildees quiacutemicas e do equiliacutebrio bioloacutegico
favorecendo o desenvolvimento sadio das plantas (Pinheiro amp Barreto 2000)
24
3 MATERIAL E MEacuteTODOS
31 Local de execuccedilatildeo do experimento
O presente trabalho foi conduzido no Centro de Pesquisa da Regiatildeo Sul
(FEPAGROSUL) no municiacutepio de Rio Grande nlt periacuteodo de 15 de maio a 26 de
agosto de 2 0 0 2
O solo eacute classificado como ldquoTuiardquo satildeo muito arenosos As massas aquaacuteticas do
Oceano Atlacircntico e Lagoa dos Patos influenciam ventos temperatura pressatildeo umidade
relativa e demais fatores climaacuteticos A topografia da regiatildeo litoracircnea eacute plana com
lenccediloacuteis freaacuteticos superficiais
32 Anaacutelise estatiacutestica
O experimento foi constituiacutedo em fatorial 3X3 (Quadro 1) com quatro repeticcedilotildees
no delineamento blocos ao acaso As variaacuteveis respostas foram submetidas agrave anaacutelise de
variaccedilatildeo e ao teste de Duncan a 5 de probabilidade para comparaccedilatildeo das meacutedias
utilizando-se o sistema SANEST (Zonta amp Machado 1984)
As anaacutelises estatiacutesticas das variaacuteveis estudadas encontram-se nos Apecircndices C D
Os resultados das respostas agronocircmicas e das determinaccedilotildees dos conteuacutedos dos
macronutrientes bem como os de raiz estatildeo nas tabelas de 1 a 3
25
As diferentes adubaccedilotildees seratildeo representadas durante a discussatildeo da seguinte
forma 1 VB (30 t ha 1 de vermicomposto) 15 VB (45 t ha 1 de vermicomposto) e EC
(60 t ha 1 de esterco de curral) 1 VB+SM+U+CB (30 t ha 1 de vermicomposto mais
super magro mais urina de vaca mais calda bordalesa) 15 VB+SM+U+CB (45 t ha 1 de
vermicomposto mais super magro mais urina de vaca mais calda bordalesa)
EC+SM+U+CB (60 t ha 1 de esterco de curral mais super magro mais urina de vaca
mais calda bordalesa) 1 VB+MB4 +U+CB (30 t ha 1 de vermicomposto mais MB4 mais
urina de vaca mais calda bordalesa) 15 VB+MB4 +U+CB (45 t ha 1 de vermicomposto
mais MB4 mais urina de vaca mais calda bordalesa) EC+MB4 +U+CB (60 t ha 1 esterco
de curral mais MB4 mais urina de vaca mais calda bordalesa)
QUADRO 1 Descriccedilatildeo dos fatores experimentais e respectivos niacuteveis
Niacuteveis Fator 1 ADUBACcedilAtildeO DE BASE
0 1 Vermicomposto (30 t ha1)
0 2 Vermicomposto (45 t ha1)
03 Esterco de curral (60 t ha1)
Niacuteveis Fator 2 BIOFERTILIZANTES LIacuteQUIDOS
0 1 Super magro (5) + Urina de Vaca + Calda Bordalesa
0 2 MB4 (10) + Urina de vaca + Calda Bordalesa
03 Ausecircncia (testemunha)
33 Tratamentos
Da combinaccedilatildeo entre niacuteveis e fatores foram obtidos 9 tratamentos que estatildeo
descritos no Quadro 2 bem como as doses de adubaccedilatildeo utilizadas no experimento
26
QUADRO 2 Tratamentos e doses de adubaccedilatildeo utilizadas no experimento
TRATAMENTOS
Ndeg FATOR I FATOR II
0 1 30 t ha de vermicomposto Super magro 5 Urina de vaca Calda Bordalesa
0 2 30 t harsquo de vermicomposto MB4 10 Urina de vaca Calda Bordalesa
03 30 t ha de vermicomposto - - -
04 45 t ha de vermicomposto Super magro 5 Urina de vaca Calda Bordalesa
05 45 t ha de vermicomposto MB4 10 Urina de vaca Calda Bordalesa
06 45 t ha de vermicomposto - - -
07 60 t hade esterco Super Magro 5 Urina de vaca Calda Bordalesa
08 60 t hade esterco MB4 10 Urina de vaca Calda Bordalesa
09 60 t hade esterco - - -
Cada parcela foi constituiacuteda por dois canteiros medindo 1 m de largura x 2 m de
comprimento perfazendo 075 m de aacuterea de aacuterea uacutetil (025 m de bordadura) Foi
utilizando semeadura a lanccedilo com densidade de 24 g canteiro1
O vermicomposto a urina de vaca o esterco de curral o alhol os biofertilizantes e
a calda bordalesa foram de procedecircncia do Centro de Pesquisa da Regiatildeo Sul O
vermicomposto de esterco bovino misturado agraves cascas de frutas foi processado pela
minhoca vermelha califomiana Eisenia foetida)
O biofertilizante Super Magro foi elaborado segundo a metodologia descrita pela
FEPAGROSUL utilizando-se os seguintes componentes 190 litros de aacutegua 22 litros
de leite 55 Kg de accediluacutecar mascavo 30 Kg de esterco fresco de bovinos 2 Kg de
Sulfato de zinco 2 Kg de sulfato de magneacutesio 2 Kg de cloreto de caacutelcio 1 Kg de aacutecido
boacuterico 300 g de sulfato de cobre 300 g de sulfato de ferro 300 g de sulfato de
manganecircs 100 g de molibdato de soacutedio 50 g de sulfato de cobalto 3 Kg de fosfato
natural 3 Kg de cinza e 200 g de farinha de osso
A urina de vaca em lactaccedilatildeo foi coletada pela manhatilde e armazenada em recipiente
fechado por trecircs dias em condiccedilotildees ambientais para que se formasse a amocircnia e natildeo
ocorresse perda de nitrogecircnio
28
Realizaram-se duas capinas manuais durante o experimento e em seguida como
cobertura se colocou casca de arroz Tambeacutem foi aplicado esterco de aves 30 dias antes
da colheita na quantidade de 05 Kg canteiro 1 como adubaccedilatildeo de cobertura
As pulverizaccedilotildees com os produtos iniciaram apoacutes 15 dias da germinaccedilatildeo
Realizou-se sete aplicaccedilotildees sendo que as duas primeiras foram feitas apenas com
Super Magro e MB4 Na terceira e na quarta aplicaccedilatildeo utilizou-se urina de vaca e calda
bordalesa em concentraccedilotildees menores (05 e 025 respectivamente) e na quinta
aplicaccedilatildeo as dosagens de urina de vaca e calda bordalesa foram elevadas para 1 0 e
05 respectivamente ateacute o final do experimento O alhol foi utilizado a partir da
terceira pulverizaccedilatildeo na quantidade de 2 e seguiu ateacute o final no dia 26 de agosto
quando as mudas foram colhidas e posteriormente analisadas as variaacuteveis
35 Observaccedilotildees agronocircmicas
Foram utilizadas 20 mudas de cebola para obtenccedilatildeo das meacutedias das variaacuteveis as
quais foram as seguintes
351 Fitomassa fresca da parte aeacuterea e raiacutezes
Foi realizada atraveacutes de uma balanccedila digital procedendo-se a pesagem de 20
mudas de cebola previamente lavadas e posteriormente secadas durante uma hora sobre
um tecido de algodatildeo agrave temperatura ambiente Processo idecircntico foi adotado com as
raiacutezes
352 Fitomassa seca da parte aeacuterea e raiacutezes
Esta variaacutevel foi obtida a partir da secagem preliminar em estufa de ar forccedilado
durante 48 horas a 65 C ateacute peso constante com posterior pesagem em balanccedila
analiacutetica
353 Altura da muda
A altura de muda foi medida a partir do colo das plantas ateacute sua uacuteltima folha
(ponto de crescimento) com uma reacutegua graduada de 40 cm
29
354 Diacircmetro do colo das plantas
Esta medida foi realizada no ponto de transplante a 2 mm das raiacutezes e utilizando-
se um paquiacutemetro SOMET
355 Sistema radicular
Ao teacutermino do experimento foram retiradas as raiacutezes das mesmas plantas que foram
utilizadas para as determinaccedilotildees realizadas na parte aeacuterea procedendo-se uma amostra
de solo com raiacutezes de 2 0 cm de largura x 2 0 cm de comprimento e 2 0 cm de altura
totalizando 8000 cm3
As raiacutezes apoacutes serem lavadas em aacutegua corrente foram pesadas acondicionadas em
sacos plaacutesticos e congeladas para posteriores anaacutelises pelo meacutetodo de Tennant (1975)
para a determinaccedilatildeo do comprimento e densidade
3551 Comprimento de raiz
Utilizou-se para a determinaccedilatildeo do comprimento de raiz as seguintes foacutermulas
1 = ndeg x 1114 x 1 onde
1 - comprimento de raiz de uma amostra uacutemida de 0 0 2 g
ndeg - nuacutemero de intercessotildees das raiacutezes com os lados da quadriacutecula da malha do
aparelho
1114 - constante
1 - medida lateral da quadriacutecula em cm
Tomando-se a fiacutetomassa seca e o comprimento da raiz da cada amostra
relacionou-se com a fiacutetomassa seca e o comprimento total da raiz da planta aplicando-
se a seguinte equaccedilatildeo
L = (FSR x 1) FSPA onde
L - comprimento total da raiz da planta (m)
FSR - fiacutetomassa seca de raiz
FSPA - fiacutetomassa seca da parte aeacuterea
L - comprimento de raiz de uma amostra uacutemida de 002g
3552 Densidade de raiz
A densidade foi determinada pela foacutermula
D = L 8000 onde
D - densidade de raiacutezes (m cm3)
30
L - comprimento total de raiacutezes (m)
8 0 0 0 - volume da amostra (cm3)
3553 Razatildeo parte aeacutereasistema radicular
Este paracircmetro foi obtido pela equaccedilatildeo
RPASR = FSPA FSR onde
RPASR - razatildeo parte aeacuterea sistema radicular
FSPA - fitomassa seca da parte aeacuterea
FSR - fitomassa seca do sistema radicular
36 Determinaccedilatildeo de macronutrientes no tecido vegetal
Os macronutrientes nitrogecircnio foacutesforo potaacutessio caacutelcio e magneacutesio foram
determinados no laboratoacuterio de Fertilidade e Anaacutelise de Plantas do Departamento de
Solos da UFPel atraveacutes dos meacutetodos descritos por Tedesco amp Gianello (1996)
31
4 RESULTADOS E DISCUSSAtildeO
41 Anaacutelise das variaacuteveis
A anaacutelise da variaccedilatildeo mostrou que houve diferenccedila significativa na interaccedilatildeo entre
os fatores de adubaccedilatildeo de base e biofertilizantes liacutequidos com exceccedilatildeo da variaacutevel altura
de planta para a qual somente a adubaccedilatildeo de base mostrou-se significativa (Apecircndices
C D e E Tabelas 1C 1D e 1E)
411 Anaacutelise da parte aeacuterea
Na Tabela 1 destacaram-se as adubaccedilotildees EC+SM+U+CB EC+MB4 +U+CB e EC
que diferiram significativamente das demais adubaccedilotildees para as variaacuteveis fiacutetomassa
fresca da parte aeacuterea (FFPA) fiacutetomassa seca da parte aeacuterea (FSPA) altura de planta
(AP) e diacircmetro do colo (DC)
32
TABELA 1 Produccedilatildeo de fitomassa fresca e seca (g) da parte aeacuterea altura de planta
(cm) e diacircmetro de colo (mm) de mudas de cebola Petrolini cultivadas
sob uma perspectiva agroecoloacutegica Pelotas-RS 2003
BIOFERTILIZANTES LIacuteQUIDOSADUBACcedilAtildeO S Magro + MB4 +DE BASE Urina + Calda Urina + Calda Testemunha
Bordalesa Bordalesa
30 t ha de vermicomposto 7015 c A45 t halsquo de vermicomposto 7824 b B60 t ha de esterco de curral 12248 a C
30 t ha de vermicomposto 667 c A45 t ha de vermicomposto 752 b A60 t ha de esterco de curral 1150a C
30 t ha de vermicomposto 2975 b A45 t harsquo de vermicomposto 2775 b A60 t ha de esterco de curral 3600 a B
30 t ha de vermicomposto 631 b A45 t ha de vermicomposto 6 2 2 b B60 t ha de esterco de curral 741 a C
-Fitomassa fresca (g)----------------6270 c B 6885 b A8832 b A 6308 c C
15082 a A 13934 a BmdashFitomassa seca (g)----------------
625 c A 655 b A830 b A 607 b B
1345 a A 1262 a B-Altura de planta (cm)----------------
2950 b A 3050 b A2937 b A 2950 b A 3975 a A 3622 a B
-Diacircmetro de colo (mm)---------------592 c B 599 b B 657 b A 609 b B 819a A________ 793a B
Meacutedias seguidas pela mesma letra minuacutescula para as colunas (adubaccedilatildeo de base) e maiuacutesculas para as linhas (biofertilizantes) natildeo diferem entre si pelo teste de Duncan a 5
O efeito positivo do esterco bovino pode ser atribuiacutedo agraves melhorias nas condiccedilotildees
fiacutesicas do solo por ele proporcionado Segundo Primavesi (1982) e Compagnoni amp
Putzolu (1985) o esterco bovino apresenta propriedades condicionadoras do solo dando
agraves plantas melhores condiccedilotildees de desenvolvimento elevando sobremaneira os
conteuacutedos de fitomassa fresca das plantas que refletiratildeo nas demais respostas
agronocircmicas
Analisando as adubaccedilotildees de base em relaccedilatildeo aos biofertilizantes observa-se que
para os tratamentos 1 VB (30 t ha 1 de vermicomposto) - natildeo houve influecircncia dos
biofertilizantes para as variaacuteveis FSPA e AP enquanto destacou-se o SM+U+CB para o
DC e SM+U+CB e ausecircncia da adubaccedilatildeo liacutequida para a FFPA mostrando que o uso
dos biofertilizantes natildeo influenciou esta variaacutevel 15 VB (45 t ha 1 de vermicomposto) -
verificou-se a eficiecircncia do uso do MB4 +U+CB para as variaacuteveis FFPA e DC Para a
variaacutevel FSPA destacaram-se os dois biofertilizantes utilizados jaacute para AP natildeo houve
33
influecircncia destes EC (60 t ha 1 de esterco de curral) - em todas as variaacuteveis observadas
na tabela 5 as respostas foram significativas utilizando MB4 +U+CB
As respostas encontradas no presente trabalho para as variaacuteveis AP e FSPA foram
superiores as obtidas por Dalponte (1990) quando utilizado 0 esterco de curral para
produccedilatildeo de mudas de cebola
Segundo Filgueira (2000) os solos da regiatildeo produtora de cebola do RS satildeo
pobres em foacutesforo disponiacutevel (15 mg Kg1) necessitando portanto de adubaccedilotildees
fosfatadas elevadas As respostas aqui obtidas podem ser justificadas pelos teores de
foacutesforo contido no MB4
Follet et al (1981) citam a importacircncia do uso de compostos orgacircnicos no solo
enfatizando os estercos no sentido da decomposiccedilatildeo continuada no fornecimento de
nutrientes e na liberaccedilatildeo lenta e gradual de aacutecidos orgacircnicos influenciando a liberaccedilatildeo
do foacutesforo O que provavelmente pode ser atribuiacutedo agraves respostas encontradas no
presente trabalho para 0 tratamento Esterco de curral mais MB4 e Urina mais Calda
Bordalesa
E importante destacar que 0 sistema de produccedilatildeo de mudas de cebola sob uma
perspectiva agroecoloacutegica mostra-se eficiente quando visualmente natildeo percebe-se
diferenccedila significativa entre os tratamentos (Apecircndice F Figura 2)
Conveacutem ressaltar que quando trabalhamos com agroecologia natildeo existem
receitas nem pacotes tecnoloacutegicos prontos Cada situaccedilatildeo deveraacute ser estudada em
particular para que se faccedila recomendaccedilotildees adequadas ao ambiente local uma vez que
as plantas se adaptam ao meio estando a nutriccedilatildeo encarregada de proteger e manter o
equiliacutebrio do organismo vegetal em funccedilatildeo das alteraccedilotildees externas
E fundamental que se compreenda os princiacutepios norteadores de todo o processo
que satildeo as bases da luta por uma sociedade mais justa dentro de um mundo econocircmico e
ambientalmente mais sustentaacutevel
412 Anaacutelise do sistema radicular
Os resultados obtidos nas anaacutelises do sistema radicular (Tabela 2) mostram
diferenccedilas significativas entre as adubaccedilotildees para as variaacuteveis fitomassa fresca de raiz
(FFR) fitomassa seca de raiz (FSR) comprimento de raiz (CR) razatildeo parte
aeacutereasistema radicular (RPASR) e densidade de raiz (DR)
34
TABELA 2 Produccedilatildeo de fitomassa fresca e seca (g) comprimento (cm) e densidade de
raiacutezes (m cm3) de mudas de cebola Petrolini cultivadas sob uma
perspectiva agroecoloacutegica e razatildeo parte aeacutereasistema radicular Pelotas-
RS 2003
BIOFERTILIZANTES LIacuteQUIDOSADUBACcedilAO DE BASE
S Magro + MB4 +Urina + Calda Urina + Calda Testemunha
Bordalesa Bordalesa
de vermicomposto de vermicomposto de esterco de curral
de vermicomposto de vermicomposto de esterco de curral
de vermicomposto de vermicomposto de esterco de curral
de vermicomposto de vermicomposto de esterco de curral
1540 c A 1576 b B 2427 a A
Fitomassa fresca (g)----------------1502 c B 1517 b AB 1658 b A 1446 c C 2336 a B 2360 a B
--------------------Fitomassa seca (g)-------------------196 b A 207 ab A 170 b A170 b A 199 b A 192 b A 344 a A 249 a B 327 a A
Comprimento de raiz(cm)---------------1237 b A 1158 b A 1158 a A1237 b A 1060 c B 1040 b B1433 a A 1296 a B 1040 b C
30 t ha 45 t ha 60 t ha
30 t ha 45 t ha 60 t ha
30 t halsquo 45 t ha 60 t ha
30 t ha 45 t ha 60 t ha
30 t ha de vermicomposto 45 t ha de vermicomposto60 t ha~ de esterco de curral__________________________ _________________________Meacutedias seguidas pela mesma letra minuacutescula para as colunas (adubaccedilatildeo de base) e maiuacutesculas para as linhas (biofertilizantes) natildeo diferem entre si pelo teste de Duncan a 5
-----Razatildeo Parte AeacutereaSistema Radicular------340 b AB 301c B 384 a A446 a A 415 b A 326 a B339 b B 546 a A 388 a B
-------------- Densidade de raiz (m cm3)------------367 a AB 414 a A 325 b B282 b B 301b B 405 a A347 ab A 231c B 324 b A
Em relaccedilatildeo agraves adubaccedilotildees de base destacou-se o EC (60 t ha 1 de esterco de curral)
para as variaacuteveis FFR e FSR Quando adicionado o SM+U+CB os resultados para FFR
foram ainda melhores bem como o CR As respostas obtidas para a RPASR foram
variadas em relaccedilatildeo agraves adubaccedilotildees apresentando melhores resultados para 15 VB (45 t
ha 1 de vermicomposto)+SM+U+CB e ainda melhor para EC (60 t ha 1 de esterco de
curral)+MB4 +U+CB As adubaccedilotildees de base 1 VB 15 VB e EC natildeo diferiram entre si
As adubaccedilotildees mais eficientes para a variaacutevel DR foram 1 VB+SM+U+CV que natildeo
diferiu da EC+SM+U+CB I VB+ MB4 +U+CB e agrave 15 VB foram melhores entre as
demais
35
Analisando os biofertilizantes em relaccedilatildeo a cada adubaccedilatildeo de base verifica-se que
para a 1 VB (30 t ha 1 de vermicomposto)+SM+U+CB destaca-se a variaacutevel FFR
poreacutem sem diferenccedila significativa de 1 VB os melhpres resultados para a variaacutevel DR
foram encontrados pelo tratamento 1 VB+MB4 +U+CB e 15 VB (45 t ha 1 de
vermicomposto) tambeacutem se considera eficiente o 1 VB+SM+U+CB que natildeo diferiu do
EC (esterco de curral) Quando se utilizou 15 VB+ MB4 +U+CB houve resposta
significativa para a variaacutevel FFR para FSR as respostas natildeo foram diferentes com a
aplicaccedilatildeo dos biofertilizantes para as variaacuteveis FSR e DR as adubaccedilotildees EC e
EC+SM+U+CB natildeo diferiram entre si
Embora as respostas estatiacutesticas tenham sido diferentes para as adubaccedilotildees
combinadas ou natildeo pode-se salientar a importacircncia do aacutecido indol-aceacutetico como jaacute
citado anteriormente para as variaacuteveis avaliadas na parte aeacuterea das mudas de cebola
Respostas semelhantes nesse sentido foram encontradas para a cultura da alface por
Quijano (1999) e Morselli (2001)
Pereira et al (2002) concluiacuteram em trabalho realizado com a cultivar de cebola
CNPF1 6400 em Minas Gerais que a utilizaccedilatildeo de 20 t ha de esterco de curral
proporcionou os melhores resultados para a produccedilatildeo de cebola
Silva Juacutenior amp Giorgi (1992) e Menezes Juacutenior (1998) citam que doses elevadas
de mateacuteria orgacircnica podem prejudicar a primeira fase da germinaccedilatildeo (embebiccedilatildeo) e
absorccedilatildeo de aacutegua pelas raiacutezes das placircntulas No entanto no presente trabalho este fato
natildeo ocorreu embora a dose de esterco utilizada tenha sido de 60 t ha 1 (dose maacutexima
recomendada segundo Nolla 1982)
413 Anaacutelise de macronutrientes no tecido vegetal
Os resultados dos conteuacutedos de nitrogecircnio foacutesforo potaacutessio caacutelcio e magneacutesio no
tecido vegetal sob diferentes adubaccedilotildees encontrados na Tabela 3 indicam mais uma
vez a superioridade da adubaccedilatildeo esterco com 0 uso ou natildeo de biofertilizantes
36
TABELA 3 Conteuacutedos (mg planta1) de nitrogecircnio foacutesforo potaacutessio caacutelcio e
magneacutesio no tecido vegetal de mudas de cebola Petrolini cultivadas sob
uma perspectiva agroecoloacutegica Pelotas-RS 2003
BIOFERTILIZANTES LIacuteQUIDOS i J B
ADUBACcedilAtildeO S Magro + MB4 +DE BASE Urina + Calda Urina + Calda Testemunha
Bordalesa Bordalesamg plantas1
---- Nitrogecircnio-----30 t ha de vermicomposto 16593 c AB 15451 c B 19050 b A45 t ha de vermicomposto 21444 b A 22888 b A 17852 b B60 t ha de esterco de curral 32606 a C 37593 a B 40816 a A
--------------- ------ Foacutesforo------- -------------30 t ha de vermicomposto 3098 c B 2802 c B 3999 b A45 t ha de vermicomposto 4109 b A 4135 b A 2788 c B60 t ha de esterco de curral 5300 a B 7577 a A 7565 a A
------- Potaacutessio------30 t ha de vermicomposto 24327 c A 19900 c B 24965 b A45 t ha de vermicomposto 29113b A 29812 b A 22031 b B60 t ha de esterco de curral 44070 a B 51976 a A 54101 a A
-------- Caacutelcio-------30 t ha de vermicomposto 5027 c A 4356 c A 4834 b A45 t ha de vermicomposto 6114b A 6963 b A 4379 b B60 t ha de esterco de curral 9030 a C 11451 a A 10331 a B
------Magneacutesio-----30 t ha de vermicomposto 1188 b A 914 c A 1202 b A45 t ha de vermicomposto 1231 b B 1582 b A 1176 b B60 t ha de esterco de curral 2136a B 2443 a A 2663 a AMeacutedias seguidas pela mesma letra minuacutescula para as colunas (adubaccedilatildeo de base) e maiuacutesculas para as linhas (biofertilizantes) natildeo diferem entre si pelo teste de Duncan a
Em relaccedilatildeo agraves adubaccedilotildees de base observa-se que o melhor tratamento foi o
esterco de curral para todas as variaacuteveis Para 1 VB (30 t ha^ 1 de vermicomposto) natildeo
houve resposta diferenciada com o uso de bofertilizantes para todas as variaacuteveis A
adubaccedilatildeo 15 VB (45 t ha 1 de vemicomposto) foi influenciada pelos biofertilizantes
para as variaacuteveis N P K e Ca enquanto que para Mg somente o MB4+U+CB o
influenciou O EC (esterco de curral) mostrou diferenccedila significativa apenas para as
variaacuteveis Ca e Mg quando adicionado MB4+U+CB
Segundo Peixoto (2000) eacute fundamental a adiccedilatildeo de adubos orgacircnico no cultivo de
hortaliccedilas seja na forma de esterco decomposto composto ou huacutemus de minhoca de
37
modo a fornecer melhorias nas propriedades do solo vindo a disponibilizar os nutrientes
as diferentes culturas
O esterco fresco conteacutem muita cama celuloacutesica e um elevado teor de aacutegua No
esterco curtido a celulose jaacute estaacute decomposta o teor de aacutegua estaacute reduzido agrave metade e os
nutrientes em uma forma mais assimilaacutevel e mais concentrada O esterco fresco pode
causar uma deficiecircncia temporaacuteria de nitrogecircnio no solo ao se decompor o que natildeo
acontece com o biestabilizado (Kiehl 1985)Ocorre uma diminuiccedilatildeo inicial no volume
de aacutegua retido no esterco de curral diminui inicialmente em tomo de 3581 liberando
posteriormente somente 496 evidenciando a sua capacidade de retenccedilatildeo de aacutegua
(Menezes Juacutenior 1998)
A utilizaccedilatildeo continuada de adubos nitrogenados minerais no solo altera o balanccedilo
do nitrogecircnio entre o solo e planta No meacutetodo biodinacircmico eacute sublinhada a importacircncia
dos adubos animais para o estabelecimento da fertilidade permanente dos solos (Koeff
et al 1983)
Para Guimaratildees (1997) os benefiacutecios que a mateacuteria orgacircnica imprime ao solo
principalmente melhorando a produtividade fertilidade e a influencia que as substancias
huacutemicas exercem sobre o ambiente dependem da qualidade e do teor de mateacuteria
orgacircnica do solo Estas substacircncias por conterem nutrientes em sua constituiccedilatildeo em uma
forma mais disponiacutevel para as plantas promovem um equiliacutebrio no ambiente no solo
(Kononova 1966)
Aproximadamente de 60 a 70 do total de carbono do solo ocorre na forma de
materiais huacutemicos (Griffith amp Schnitzer 1975) sendo a eles atribuiacutedo a manutenccedilatildeo da
bioestrutura do solo aumentando a capacidade de retenccedilatildeo de aacutegua (Brady 1999)
Conforme Compagnoni amp Putzolu (1985) os estercos bem como os demais
resiacuteduos orgacircnicos apresentam conteuacutedos diferentes de aacutecidos huacutemicos e fuumllvicos sendo
atribuiacutedo ao acido huacutemico uma accedilatildeo fitoestimulante semelhante aos fitohormocircnios por
favorecer o desenvolvimento do sistema radicular e crescimento do caule
Em trabalho realizado por Guimaratildees (1997) foi encontrado para aacutecidos huacutemicos
de esterco bovino uma relaccedilatildeo CN 1035 e para vermicomposto bovino 17
evidenciando que o esterco quando aplicado ao solo por apresentar uma relaccedilatildeo CN
proacutexima deste reage mais facilmente liberando nutrientes para as plantas sem alterar a
cadeia troacutefiacuteca Dados encontrados no presente trabalho demonstram a eficiecircncia do
esterco nesse sentido
38
De acordo com Morselli (2001) vaacuterios trabalhos citam comentam e discutem a
capacidade dos vermicompostos em proporcionar oacutetimas colheitas e favorecer a
precocidade das plantas cultivadas Poreacutem muitas vezes se observa que mesmo
suprindo essas plantas com nutrientes necessaacuterios atraveacutes de huacutemus de diferentes fontes
as respostas natildeo satildeo as mesmas para uma mesma cultivar
Por outro lado os resultados com o uso de substacircncias huacutemicas satildeo variaacuteveis e
dependem aleacutem da espeacutecie testada das substacircncias huacutemicas utilizadas sua
concentraccedilatildeo o grau de purificaccedilatildeo e das condiccedilotildees experimentais A resposta das
plantas aos aacutecidos huacutemicos e fuacutelvicos eacute dependente da mateacuteria prima original e da
espeacutecie vegetal pois materiais orgacircnicos diferentes apresentam aacutecidos huacutemicos e
fuacutelvicos diferentes (Businelli 1990)
Justificam-se os maiores conteuacutedos de nitrogecircnio foacutesforo potaacutessio e caacutelcio nas
adubaccedilotildees 15 VB (45 t ha 1 de vermicomposto) e biofertilizantes devido
provavelmente ao vermicomposto utilizado apresentar na sua constituiccedilatildeo teores
consideraacuteveis destes elementos aleacutem do que os biofertilizantes possam ter influenciado
na absorccedilatildeo atraveacutes de sua constituiccedilatildeo Tibau (1984) considera que a urina de vaca eacute
rica em aacutecido indol-aceacutetico e este influencia na absorccedilatildeo radicular O efeito positivo
deste tratamento provavelmente seja devido agrave quantidade aplicada
O biofertilizante que se destacou foi o MB4+U+CB em relaccedilatildeo ao EC (esterco de
curral) e eacute somente para a variaacutevel caacutelcio Isto provavelmente seja devido ao alto teor
deste elemento encontrado na sua constituiccedilatildeo (6872 g Kg1) e pela influecircncia positiva
que a calda bordalesa exerce no metabolismo das plantas atraveacutes dos nutrientes
contidos em sua formulaccedilatildeo O Ca controla a absorccedilatildeo radicular e retorna ao solo pelo
esterco e palhas por apresentar-se em maior quantidade em folhas e caules Depois de
localizado nas folhas fica imoacutevel favorecendo a resistecircncia da planta ao ataque de
fungos
Este trabalho avanccedila no estudo da agroecologia estando claro que todos os
criteacuterios tem caraacuteter dinacircmico de adequaccedilatildeo as mudanccedilas de um sistema de produccedilatildeo
em evoluccedilatildeo contribuindo na transiccedilatildeo para um padratildeo sustentaacutevel Cabe a pesquisa a
reorientaccedilatildeo para um enfoque ldquosistecircmicordquo isto eacute que permita integrar os diversos
componentes de um agroecossistema e a adoccedilatildeo de poliacuteticas puacuteblicas que promovam 0
fortalecimento e a expansatildeo da agricultura familiar
39
5 CONCLUSOtildeES
Considerando os resultados obtidos e as condiccedilotildees em que o estudo foi realizado
conclui-se que
bull As respostas agronocircmicas das mudas de cebola para os paracircmetros avaliados
satildeo mais satisfatoacuterias com a aplicaccedilatildeo de esterco de curral como adubaccedilatildeo de
base
bull Os biofertilizantes mais urina de vaca e calda bordalesa proporcionam
respostas satisfatoacuterias quando aplicados associados agraves adubaccedilotildees de base
bull O biofertilizante MB4 mais urina de vaca e calda bordalesa eacute mais eficiente
que o super magro mais urina e calda bordalesa quando aplicado associado agrave
adubaccedilatildeo de base esterco de curral para os conteuacutedos de fitomassa secae
fresca da parte aeacuterea das plantas altura e diacircmetro de colo das mudas de
cebola
bull Os biofertilizantes adicionados agrave adubaccedilatildeo de base 45 t harsquo 1 de vermicomposto
bovino mostram respostas significativas para os conteuacutedos de fitomassa seca
bull Os maiores conteuacutedos nutricionais para as mudas de cebola satildeo
proporcionados pela adubaccedilatildeo de base esterco de curral
bull A maior absorccedilatildeo de caacutelcio pelas mudas de cebola ocorre quando da adiccedilatildeo do
biofertilizante MB4 mais urina e calda bordalesa agrave adubaccedilatildeo de base esterco de
curral
40
6 REFEREcircNCIAS BIBLIOGRAacuteFICAS
ALDRIGHI CB ABREU CM PAGLIA AG MORSELLI TBGA FERNANDES HS Efeito da aplicaccedilatildeo de biofertilizante e urina de vaca em mudas de tomateiro Horticultura Brasileira v20 n2 julho 2002 Suplemento 2
ALTIERI M NICHOLLS C I Agroecologia Teoria praacutectica para umaAgricultura Sustentable Ia ed PNUMA 2000 Cap 2 4 Seacuterie textos baacutesicos para la formacioacuten ambiental
ALTIERI M Agroecologia bases cientiacuteficas para uma agricultura sustentaacutevelGuaiacuteba Agropecuaacuteria 2002 592 p
ANTONIOLLI Z I GIRACCA E M N CARDOSO S J T WIETHAN M M S FERRI M Iniciaccedilatildeo agrave Minhocultura Criaccedilatildeo em Cativeiro e Vermicompostagem Santa Maria UFSM 1996 p59-89
BAYER C MIELNICZUC J Dinacircmica e funccedilatildeo da mateacuteria orgacircnica In SANTOS G de A S e CAMARGO F A de O (ed) Fundamentos da mateacuteria orgacircnica do solo ecossistemas tropicais e subtropicais Porto Alegre Genesis 1999 p 3-23
BARRETTO D X Composto Orgacircnico In Praacutetica em Agricultura Orgacircnica Satildeo Paulo iacutecone Ed Ltda 1985 p 51-63
BETTIOL W Alguns produtos alternativos para o controle de doenccedilas de plantasem agricultura orgacircnica II Ciclo de palestras sobre agricultura orgacircnica Instituto Bioloacutegico Satildeo Paulo p52-63 1997
41
BETTIOL W TRACH R GALVAtildeO JAH Controle de doenccedilas de plantas com biofertilizantes Jaguariuacutena EMBRAPA-CNPMA 1997 22p (EMBRAPA- CNPMA Circular Teacutecnica 02)
BRADY N C Natureza e propriedades dos sotos Rio de Janeiro Freitas BastosS A 1979 647p
BRADY N C Organisms and ecology of the soil In The nature of properties of soils Simon amp Schuster A Viacon Company New Jersey1999 402-489p
BON1LLA J A Fundamentos da Agricultura Ecoloacutegica Sobrevivecircncia eQualidade de Vida Satildeo Paulo Nobel 1992
BUREacuteS S Substratos Ediciones Agroteacutecnicas S L Madrid Octubre 1997
BUS1NELLI M Chemical Composition and Enzymic Activity of some Worm Cast Plant Soil v 80 p 1-2 1990
CALEGARI A Espeacutecies para cobertura de solo In IAPAR (Instituto Agronocircmico de Paranaacute) Plantio Direto pequena propriedade sustentaacutevel organizador Moacir Darolt Londrina - PR 1998 65-93
CAMARGO P N D Manual de Adubaccedilatildeo Foliar Satildeo Paulo Herba 1975
CAPRA F A Teia da Vida Satildeo Paulo Cultrix 1997 256p
CAPRA F O Ponto de Mutaccedilatildeo 22 ed Satildeo Paulo Cultrix 2001 447p
CHABOUSSOU F Plantas doentes pelo uso de agrotoacutexicos (A Teoria da Trofobiose) Porto Alegre LPM 1987 253 p
CLARO S A Referencias tecnoloacutegicos para a agricultura familiar ecoloacutegica aexperiecircncia da Regiatildeo Centro-Serra do Rio Grande do Sul Porto Alegre EMATERRS-ASCAR 2001 250p
CLIVELA G Diagnoacutestico Agronocircmico da cebola no Rio Grande do Sul Porto Alegre EMATERRS 1995 8 6 p
COMISSAtildeO DE FERTILIDADE DO SOLO - RSSC Recomendaccedilotildees de adubaccedilatildeo e calagem para os estados do Rio Grande do Sul e Santa Catarina 3 ed Passo Fundo SBCS - Nuacutecleo Regional Sul 1995 223p
COMPAGNONI L PUTZOLU G Cria moderna de Ias lombrices y utilizacioacutenrentable dei humus Barcelona Editorial de Vecchi- SA 1985127p
COSTABEBER J A MOYANO E Transiccedilatildeo agroecoloacutegica e accedilatildeo social coletiva Agroecologia e Desenvolvimento Rural Sustentaacutevel Porto Alegre v l n4 p 50- 60 outdez 2 0 0 0
42
COSTA M B B da Adubaccedilatildeo orgacircnica Nova siacutentese e novo caminho para aagricultura Satildeo Paulo Ed iacutecone Ltda 1985 102p
COSTA NETO C Agricultura Sustentaacutevel Tecnologias e Sociedade In CARVALHO COSTA LF et al (org) Mundo Rural e Tempo Presente Rio de Janeiro Mauad 1999
DrsquoAG0ST1NI R L FANTINI A C Produccedilatildeo orgacircnica tambeacutem socialmente excludente Agroecologia e Desenvolvimento Rural Sustentaacutevel Porto Alegre v3 n l p57-61 2002
DALPONTE J C V Utilizaccedilatildeo de materiais orgacircnicos e fertilizante mineral na produccedilatildeo e qualidade de mudas e bulbos de cebola (Alliurn Cepa L) Pelotas-RS 1990 (Mestrado em Agronomia) - Faculdade de Agronomia Eliseu Maciel UFPel 1990
DEBARBA J F THOMAZELLI L F GANDIN C L SILVA E Cadeias produtivas do Estado de Santa Catarina Cebola Florianoacutepolis Epagri 1998 115 p (EPAGRI Boletim Teacutecnico 96)
DUFOUR F Os saacutebios loucos do agro-alimentar Le Monde Diplomatique ano 1 n4 p6-7 1999 (ed portuguesa)
EHLERS E Agricultura Sustetaacutevel Origem e perspectivas de um novo paradigma 2 ed Guaiacuteba Agropecuaacuteria 1999 157 p
FILGUEIRA F A R Novo Manual de olericultura agrotecnologia moderna na produccedilatildeo e comercializaccedilatildeo de hortaliccedilas Viccedilosa UFV 2000 402 p
FRASER G K Mateacuteria Orgacircnica Del Suelo In BEAR F E (ed) Quiacutemica dei Suelo Madrid Ed Agrociencia 1963
FOLLET R H MURPHY L S DONAHUE R L Fertilizers and soil amendments New Jersey Printice-Hall Inc 1981 557p
GARCIA A Revista dei Espacio Rural Georgica Zaragoza Escuela Politeacutecnica de Huesca n5 1997
GARCIA A Versatildeo preliminar de um Programa Estadual de Produccedilatildeo e Comercializaccedilatildeo de Bulbos e Sementes de CebolaEMBRAPAIPAGROMARAEMATER 6 8 pbdquo 1990 (Publicaccedilatildeo avulsa)
GIORGETT1 J R Produccedilatildeo e Comercializaccedilatildeo de Mudas de Tomate In Encontro Nacional de Produccedilatildeo e Abastecimento de Tomate 2 1991 Jaboticabal Satildeo Paulo Anais Jaboticabal UNESP 1991 p 242-244
GLIESSMAN S R Agroecologia Processos ecoloacutegicos em agricultura sustentaacutevelPorto Alegre Universidade Federal do Rio Grande do Sul - UFRGS 2000 653p
43
GLIESSMAN S R TURRIALBA C R Agroecologia Procesos Ecoloacutegicos en Agricultura Sostenible CATIE 2002 p 3-14
GNOATTO S C Caracterizaccedilatildeo quiacutemica de vermicompostos de diferentes substratos orgacircnicos Pelotas-RS 1999 38 f (Mestrado em Agronomia - Solos) - Faculdade de Agronomia Eliseu Maciel UFPel 1999
GOMES J C C BORBA M F S A moderna crise dos alimentos oportunidade para a agricultura familiar Emater Porto Alegre julset 2000 Disponiacutevel em lthttpwwwematertchebrdocsagroecorevistan313-artigo3htmgtAcesso em 24 fev 2002
GOMEZ H W Desenvolvimento sustentaacutevel agriacutecola e capitalismo In Desenvolvimento sustentaacutevel Necessidade eou disponibilidade Santa Cruz do Sul Nobel - UNISC 1997 p 65-77
GONZAacuteLEZ DE MOLINA M SEVILLA GUZMAacuteN E Ecologia campesinado e historia Para una reinterpretacioacuten dei desarrollo dei capitalismo en la agricultura In SEVILLA GUZMAacuteN E GONZAacuteLEZ DE MOLINA M (ed) Ecologia campesinado e historia Madrid La Piqueta 1993 p 23-129
GRIFFITH S A SCHNITZER M Analytical characteristic of humic and fulvic acids extracted from tropical volcanic soils Soil Sei Soc Am Proc v 39 p361-367 1975
GUIMARAtildeES E Caracterizaccedilatildeo quiacutemica estreptoscoacutepica e por anaacutelise teacutermica de aacutecidos huacutemicos e vermicompostos obtidos de estercos de diferentes animaisCuritiba 1997 Dissertaccedilatildeo (Mestrado em Quiacutemica) Universidade Federal do Paranaacute 1997
HESS A F Sociedade e meio ambiente uma relaccedilatildeo ambiacutegua Revista Cientiacutefica Rural Bageacute v 4 n2 p 167-1741999
ICEPA-SC Informes conjunturais sobre a cultura da cebola Disponiacutevel em lthttpwwwicepa combrgt Acesso em 23 jan 2003
JONES H A MANN L K Onions and their allies New York Interscience Publishers 1962 286 p
JUacuteNIOR H A de MAIORANO J A Receitas obtidas de extratos de plantasCampinas CATITerra Viva [199-] 10 f
KHATOUNIAN C A Ciclo de Palestras sobre Agricultura Orgacircnica 2a Ed SatildeoPaulo Fund Cargill 1997 149 p
KIEHL E J Fertilizantes Orgacircnicos Satildeo Paulo Ed Agronocircmica Ceres Ltda 1985 492p
44
KOEFF H H PETTERSSON B D SHAUMANN W Vida Vegetal solos e adubaccedilatildeo In Agricultura Biodinacircmica Satildeo Paulo Nobel 1983 p92-149
KONONOVA M M Soil organic matter The importance o f organic matter in soil formation and soil fertility New York Pergamqn Press 1961 p 165-200
KUHN T A Estrutura das Revoluccedilotildees Cientiacuteficas Satildeo Paulo Perspectiva 1989 257p
LANNA FCA ABREU C L ABREU J G SILVA V Resposta de cultivares de melancia cultivadas sob adubaccedilatildeo quiacutemica e orgacircnica Horticultura v 12 n l p85 1994
LEFF H Saber Ambiental Petroacutepolis Vozes 2001 343 p
MAGALHAtildeES J R Nutriccedilatildeo e adubaccedilatildeo da cebola In FERREIRA M E CASSTELLANE P D CRUZ M C P Nutriccedilatildeo e adubaccedilatildeo de hortaliccedilasPiracicaba POTAFOS 1993 p 381-393
MALAVOLTA E Elementos de nutriccedilatildeo mineral de plantas Satildeo Paulo Ed Agronocircmica Ceres Ltda 1980 251 p
MALAVOLTA E Manual de Quiacutemica Agriacutecola - Adubos e Adubaccedilatildeo 3a ed SatildeoPaulo Ed Agronocircmica Ceres Ltda 1981 606 p
MARTINEZ A A A grande e Poderosa Minhoca Jaboticabal Funep - Unesp1990 101 p
MARTINS S R Desenvolvimento e Sustentabilidade Horticultura Brasileira Brasiacutelia-DF v20 n2 julho 2002 Palestra apresentada no 42deg Congresso Brasileiro de Olericultura
MARTINS S R Limites Del Desarrollo Sostenible em Ameacuterica Latina En el marco de Ias poliacuteticas de (re)ajuste econocircmico Pelotas Editora UFPel 1997 135 P-
MARTINS S R Sustentabilidade na agricultura dimensotildees econocircmicas sociais e ambientais Revista Cientiacutefica Rural Bageacute v4 n 2 p 175-1871999
MATURANA H REZEPKA S N D E Formaccedilatildeo Humana e Capacitaccedilatildeo Rio de Janneiro Vozes 2000 8 6 p
MELLO A F SOBRINHO M O ARZOLLA S SILVEIRA R NETTO A C KIEHL J C Fertilidade do Solo Satildeo Paulo Nobel 1983
MENEZES JUacuteNIOR F O G D Caracterizaccedilatildeo de Diferentes substratos hortiacutecolas e seu efeito na produccedilatildeo de mudas de alface e couve-flor em ambiente protegido Pelotas 1998 141 p Dissertaccedilatildeo (Mestrado em Agronomia - Produccedilatildeo Vegetal) - Faculdade de Agronomia Eliseu Maciel UFPel 1998
45
MIBASA Mineraccedilatildeo Barreto SA Melhorador de Solos MB4 A Natureza Agradece Arapiraca-AL [199-] Folder
MINAMI K Os resumos da olericultura 2000 In AZEVEDO FILHO MARTINEZ FILHO (ed) Preccedilos agriacutecolas Piracicaba ESALQ 1999 p 4
MINAMI K Produccedilatildeo de Mudas de Alta Qualidade em Horticultura Satildeo Paulo TA Queiroz 1995
MORSELLI T B G A Cultivo sucessivo de alface sob adubaccedilatildeo orgacircnica em ambiente protegidoPelotas 2001 178 p Tese (Doutorado em Agronomia - Produccedilatildeo Vegetal) Faculdade de Agronomia Eliseu Maciel UFPel 2001
MORSELLI T B G A Resiacuteduos orgacircnicos em sistemas agriacutecolas Poliacutegrafo da Disciplina de Resiacuteduos orgacircnicos em sistemas agriacutecolas Curso de Poacutes-Graduaccedilatildeo em Agronomia-Produccedilatildeo Vegetal UFPel 2002
MULLER AM Efeitos da Aplicaccedilatildeo Foliar de um Biofertilizante Enriquecido no Estado fitossanitaacuterio de Tomate Ervilha e Beterraba Sob Manejo OrgacircnicoDissertaccedilatildeo (Mestrado no Programa de Poacutes-Graduaccedilatildeo em Agroecossistemas)1999 (Resumo)
NOLLA D Erosatildeo do Solo - O grande desafio Estado do Rio Grande do Sul SEAGRI desenvolvimento de recursos naturais renovaacuteveis 1982 412 p
PAGLIA AG MORSELLI TBGA PEIL RMN Teores de nutrientes pH e condutividade eleacutetrica da aacutegua em sistema ldquofloat^ngrdquo sob adiccedilatildeo de biofertilizantes Horticultura Brasileira v 20 n2 julho 2002 Suplemento 2
PAULUS G MULLER A BARCELLOS LAR Agroecologia aplicada praticas e meacutetodos para uma agricultura de base ecoloacutegica 2ed ver ampl Porto Alegre EMATERRS 2001 8 6 p
PEIXOTO R T dos G Composto orgacircnico aplicaccedilotildees benefiacutecios e restriccedilotildees de uso Horticultura Brasileira Brasiacutelia-DF v 18 p 56-64 julho 2000
PENTEADO SR Defensivos Alternativos e Naturais Satildeo Paulo 1999 95 p
PEREIRA AJ SOUZA RJ PEREIRA WR Efeito de diferentes doses de esterco de galinha e de curral sobre a produccedilatildeo de cebola Horticultura Brasileira v20 n2 julho 2002 Suplemento 2
PINHEIRO S BARRETO SB MB-4 agricultura sustentaacutevel trofobiose e biofertilizantes Fundaccedilatildeo Juquira CandiruMibasa 2000 273 p
PRIMAVESI A Agricultura Sustentaacutevel Satildeo Paulo Nobel 1992 142 p
PRIMAVESI A O manejo ecoloacutegico do solo Agricultura em regiotildees tropicais SatildeoPaulo Nobel 1982 541 p
46
PURCINO A A C ldquoNitrogecircniordquo Informe Agropecuaacuterio Belo Horizonte v7 n81 p 16-27 1981
QUIJANO F G Efeito da adubaccedilatildeo orgacircnica no desenvolvimento de duas cultivares de alface em ambiente protegido Pelotas 1999 116f Dissertaccedilatildeo (Mestrado em Agronomia - Produccedilatildeo Vegetal) Faculdade de Agronomia Eliseu Maciel UFPel 1999
RODRIGUES A N N Efeitos e residuais de superfosfato triplo sobre o rendimento de mateacuteria seca e absorccedilatildeo de foacutesforo pela aveia (Avena strigosa Schob) em solo Podzoacutelico Vermelho Escuro Porto Alegre 1984 59f Dissertaccedilatildeo (Mestrado em Agronomia) - Faculdade de Agronomia UFRGS 1984
RODRIGUES E T CASALI V W D Respostas da alface agrave adubaccedilatildeo orgacircnica II Teores conteuacutedos e utilizaccedilatildeo de macronutrientes em cultivares Rev Ceres Viccedilosa v 45 n 261 p 437-449 1998
SAMINEcircS T C O Produccedilatildeo orgacircnica de alimentos Horticultura Brasileira Brasiacutelia-DF v 17 n3 novembro 1999
SCHIEDECK G Ambiecircncia e resposta agronocircmica de meloeiro (Cucumis melo L) cultivado sob adubaccedilatildeo orgacircnica em ambiente protegido Pelotas lOOp Tese (Doutorado em Agronomia - Produccedilatildeo Vegetal) - Faculdade de Agronomia Eliseu Maciel UFPel 2002
SILVA JUacuteNIOR A A GIORGI E Substratos alternativos para a produccedilatildeo de mudas de tomate Agropecuaacuteria Catarinense Florianoacutepolis EPAGRI 1992 23 p
SILVA JUacuteNIOR A A MACEDO S G STUKER H Utilizaccedilatildeo de esterco de peru na produccedilatildeo de mudas de tomateiro Florianoacutepolis EPAGRI 1995 28 p (Boletim Teacutecnico 73)
TAGLIARI PS GRASSMANN H Minhoca a grande aliada da agricultura Agropecuaacuteria Catarinense v8 n l p 11-14 mar 1995
TEDESCO M J GIANELLO C Anaacutelises de solo plantas e outros materiais Porto Alegre Faculdade de Agronomia Departamento de Solos Universidade Federal do Rio Grande do Sul RS 1996
TENNANT D A Test of modified line intersect method of estimating root lenght Journal Ecology Oxford v 63 p 995-1001 1975
TIBAU A O Mateacuteria Orgacircnica do Solo Mateacuteria Orgacircnica e Fertilidade do SoloSatildeo Paulo Nobel 1984 p49-182
TIMM P J Anaacutelise comparativa dos sistemas de plantio convencional e cultivo miacutenimo de cebola sob adubaccedilatildeo orgacircnica e mineral Pelotas 2000 79 p Dissertaccedilatildeo (Mestrado em Agronomia - Produccedilatildeo Vegetal) - Faculdade de Agronomia Eliseu Maciel UFPel 2000
47
VALENZUELA HR CROSBY C Effect of compost applications on the yield of several vegetables in long-term organic farming experiments conduced in the tropics American Society Horticultural Science v33 n3 june 1998
VIGLIZZO E (ed) Subprograma Recursos Naturais y Sostenibilidad Agriacutecola documento marco Montevideo IICAPROCISUR 1995 p 75 - 78
WE1D J M TARDIN J M Proposta para a Ampliaccedilatildeo do Trabalho da ASPTA no Centro Sul do Paranaacute ASPTA Disponiacutevel em http wwwpronafgovbrEncontrotestosAS20PTA20Sul20ParanE1205 202002doc Acesso em 05 mai 2002
XAVIER SIMOacuteN F DOMINGUES D G Desenvolvimento Rural Sustentaacutevel uma perspectiva agroecoloacutegica Agroecologia e Desenvolvimento Rural Sustentaacutevel Porto Alegre EM ATERRS v2 n2 p 17-26 2001
ZABALETA J P Diagnoacutestico da Agricultura Familiar em Satildeo Joseacute do Norte - RSPelotas EMBRAPA-CPACT 1998 75 p (EMBRAPA-CPACT Documentos 44)
ZONTA E P MACHADO A A SILVEIRA P Sanest Sistema de anaacutelise estatiacutestica para microcomputadores Registrado na Secretaria Especial de Informaacutetica sob nuacutemero 066060 - categoria A Pelotas-RS Universidade Federal de Pelotas 1984
48
7 APEcircNDICE
APEcircNDICE A - Anaacutelise da adubaccedilatildeo de base e biofertilizantes utilizados na produccedilatildeo de mudas de cebola
TABELA 1 A Anaacutelise baacutesica do solo antes da incorporaccedilatildeo do feijatildeo miuacutedo + papua
Arg
pH IND
SMP
MO
P - n r - Na Al Ca__10Omlmdash
Mg
ppm -
6 53 67 089 8 6 27 1 04 05 0 2
Fonte LASFAEMUFPel (2002)
TABELA 2A Anaacutelise complementar do solo antes da incorporaccedilatildeo do feijatildeo-miuacutedo + papua
Cobre Zinco Manganecircs Ferro
(m v1)
04 05 26 007
Fonte LASFAEMUFPel (2002)
49
TABELA 3A Anaacutelise dos fertilizantes soacutelidos
Amostra pH limidade CN
C N P K Ca Mg
- g-ivg --
Cama de 849 2491 12 31042 2479 3888 3405 29875 463
aves
Esterco 74 3594 11 677 590 157 134 335 214
de curral
Huacutemus 684 5738 14 15965 1098 453 745 743 361
Fonte LASFAEMUFPel (2002)
TABELA 4A Anaacutelise quiacutemica dos biofertilizantes liacutequidos
Amostra N P K_ccedil H
Ca Mg Cu Zn Fe Mn
mdashgL bull
S Magro
m b 4
Urina
053
1652
8 2 2
008
395
0 0 0
149
1674
471
1902
6872
0 0 0
1150
4507
1172
7273
42
033
101389
920
0 0 0
6250
19458
781
35273
1123
0 2 1
Fonte LASFAEMUFPel (2002)
50
APEcircNDICE B - Condiccedilotildees climaacuteticas do local
TABELA 1B Condiccedilotildees de temperatura do local
___________ __________TEMPERATURA (degCgt
meses Meacutedia
Maacutexima
Meacutedia
MiacutenimaMeacutedia
Maacutexima
Absoluta
Miacutenima
Absoluta
Junho 225 87 156 320 25
Julho 225 85 155 285 30
Agosto 251 71 161 360 1 0
Fonte FEPAGROSCT 2002
TABELA 2B Condiccedilotildees de chuva do local
mdash CHUVA (mm)mdash
meses Ocorrida Normal Desvio Da Normal
Junho 1080 1 1 0 -2 0
Julho 1062 98 8 2
Agosto 1283 1 2 0 83
Fonte FEPAGROSCT 2002
51
TABELA 1C Produccedilatildeo de fitomassa fresca e seca (g) da parte aeacuterea altura de planta
(cm) e diacircmetro de colo (mm) de mudas de cebola Petrolini cultivadas
sob uma perspectiva agroecoloacutegica Pelotas-RS 2003
APEcircNDICE C - Anaacutelise estatiacutestica da parte aeacuterea
Causas G1 FFPA FSPA AP DC
da variaccedilatildeo --------- Quadrados meacutedios-
Blocos 3
Ad Base 2 175359071 1287102 2547419 1 11775
Biofertilizantes 2 126876 29011 87669ns 02185ns
Ad x Biofert 4 572378 31123 69106ns 04159
Resiacuteduo 24 34456 03048 27169 00290
Total 35
Meacutedia geral 93745 8772 320388 6741
CV 1980 6294 5145 2530
Significativo a 5ns Natildeo significativo
52
TABELA 1D Produccedilatildeo de fitomassa fresca e seca (g) comprimento (cm) e densidade
de raiacutezes (m cm3) de mudas de cebola Petrolini cultivadas sob uma
perspectiva agroecoloacutegica e razatildeo parte aeacutereasistema radicular Pelotas-
RS 2003
APEcircNDICE D - Anaacutelise estatiacutestica da raiz
Causas G1 FFR FSR CR RPASR DR
da variaccedilatildeo Quadrados meacutedios---------------
Blocos 3
Ad Base 2 27874 551 623 2 1 0 140
Biofertilizantes 2 178 0 1 0 ni 1504 l03ns 038ns
Ad x Biofert 4 190 058 318 294 183
Resiacuteduo 24 005 009 028 023 0 2 1
Total 35
Meacutedia geral 1818 228 184 387 333
C V 134 1356 448 1253 1396
Significativo a 5 ns Natildeo significativo
53
APEcircNDICE E - Anaacutelise estatiacutestica dos macronutrientes da parte aeacuterea da cebola
TABELA 1E Conteuacutedos (mg planta1) de nitrogecircnio foacutesforo potaacutessio caacutelcio e
magneacutesio no tecido vegetal de mud^s de cebola Petrolini cultivadas
sob uma perspectiva agroecoloacutegica Pelotas-RS 2003
Causas G1 bull N P K Ca Mg
da variaccedilatildeo
Blocos 3
Ad Base 2 13550306 446627 25509686 1031806 59007
Biofertilizantes 2 180610ns 16564 68153ns 39006 876ns
Ad x Biofert 4 454187 45743 1047539 46950 2464
Resiacuteduo 24 29769 1453 64313 3741 439
Total 35
Meacutedia geral 24921 4597 33366 6943 1615
C V 692 829 760 880 1297
Significativo a 5 ns Natildeo significativo
APEcircNDICE F - Fotos do experimento
FIGURA 2 Mudas de cebola (Allium cepa L) produzidas sob uma perspectiva agroecoloacutegica
APEcircNDICE F a Fotos do experimento
FIGURA 1 Adubaccedilatildeo verde com feijatildeo-miuacutedo e papuatilde utilizadas no manejo do solo
FIGURA 2 Mudas de cebola (Allium cepa L) produzidas sob urna perspectiva agroecoloacutegica
11
A fase vegetativa do ciclo da planta termina com o amadurecimento do bulbo
todavia trata-se de uma planta bienal considerando acirceu ciclo vital completo isto eacute da
semeadura ateacute a produccedilatildeo de novas sementes Apoacutes um periacuteodo invemal sob baixas
temperaturas haacute emissatildeo de um pendatildeo floral que pode alcanccedilar 150 cm de altura
terminando por uma inflorescecircncia tipo umbela simples inicialmente recoberta por
uma peliacutecula formada por centenas de pequenas flores (Filgueira 2000)
Segundo Clivela (1995) os fatores climaacuteticos de modo geral natildeo satildeo limitantes
para a produccedilatildeo de bulbos de cebola no Rio Grande do Sul Filgueira (2000) enfatiza
que no Brasil eacute uma das raras culturas oleraacuteceas nas quais o fotoperiacuteodo pode tornar-se
o fator limitante ocorrendo frustraccedilotildees da colheita caso as exigecircncias da planta natildeo
sejam satisfeitas
222 A produccedilatildeo de mudas de hortaliccedilas
As mais importantes modificaccedilotildees no sistema de produccedilatildeo nos uacuteltimos anos tecircm
sido feitas na produccedilatildeo de mudas Hoje eacute uma realidade os produtores se
especializarem em produzir mudas principalmente no Estado de Satildeo Paulo Para tanto
se busca atraveacutes da pesquisa as melhores fontes e combinaccedilotildees de substratos associados
ao sistema de produccedilatildeo conveniente para cada espeacutecie a fim de se obter melhorias na
propriedade no solo e na Olericultura (Giorgetti 1991)
O sistema agroecoloacutegico torna-se importante uma vez que a base da Horticultura
moderna eacute a produccedilatildeo de mudas de alta qualidade (Minami1995) a produccedilatildeo de mudas
de hortaliccedilas tem sido citada como a etapa mais importante do sistema produtivo (Silva
Junior et al 1995) Segundo Filgueira (2000) nesta fase natildeo se pode cometer erros
pois posteriormente seraacute mais difiacutecil de corrigi-los visto que para o cultivo da cebola a
muda refletiraacute na qualidade do bulbo
As mudas de hortaliccedilas podem ser consideradas tolerantes e natildeo tolerantes ao
transplante e dependem principalmente das condiccedilotildees ambientais necessitando de
cuidados No caso da cebola como satildeo produzidas com raiz nua os cuidados devem ser
maiores pois dependendo do estado em que se encontram mais ou menos susceptiacuteveis
aos estresses quando em contato com o campo podem resultar em desastre (Minami
1999)
A quantidade de nutrientes extraiacuteda pelas hortaliccedilas durante a fase de muda varia
em funccedilatildeo da espeacutecie da variedade ou da cultivar e do prazo necessaacuterio para a formaccedilatildeo
13
O composto humificado ou curado eacute rico em nutrientes que passaram parcialmente
da forma orgacircnica para a forma mineral assimilaacutevel pelas raiacutezes e com maior teor
coloidal que atua como fertilizante e eacute responsaacutevel pela capacidade melhoradora do
solo (Barreto 1985)
Uma das principais alternativas em termos de adubaccedilatildeo orgacircnica eacute o
vermicomposto Ele eacute um adubo orgacircnico estaacutevel rico em nutrientes inodoro de
coloraccedilatildeo escura obtido a partir da atividade das minhocas que potencializam a mateacuteria
prima utilizada no processo (principalmente esterco de bovino) proporcionando
diversos benefiacutecios para as plantas (Timm 2000)
231 Efeitos da adubaccedilatildeo orgacircnica no solo
O solo funciona como um organismo vivo em 1 grama de solo saudaacutevel vive uma
comunidade bioloacutegica de aproximadamente 1 0 0 0 0 espeacutecies diferentes como minhocas
larvas besouros colecircmbolos aacutecaros algas bacteacuterias e fungos Estes organismos
necessitam de alimentos para viver principalmente carbono e nitrogecircnio que estatildeo
presentes na palhada das culturas e no esterco de animais Em funccedilatildeo disso eacute
importante que o solo tenha um determinado teor de mateacuteria orgacircnica para fornecer os
alimentos e energia que os microacutebios precisam para viver (Paulus et al 2001)
O homem atraveacutes dos diferentes sistemas de preparo do solo e cultivos contiacutenuos
ou natildeo altera o comportamento do mesmo em relaccedilatildeo agraves reaccedilotildees quiacutemicas
propriedades fiacutesicas como capacidade de retenccedilatildeo de aacutegua lixiviaccedilatildeo de nutrientes
erosatildeo e como consequumlecircncia afeta a qualidade de organismos presentes no solo (Brady
1999) reduzindo paulatinamente o teor de mateacuteria orgacircnica (Primavesi1982)
Nos uacuteltimos anos tem-se observado em diferentes paiacuteses a ampliaccedilatildeo do uso de
adubos orgacircnicos Alguns apresentam oacutetimos resultados enquanto outros se mostram
tecnicamente inadequados Os principais adubos orgacircnicos encontrados no mercado satildeo
fertilizantes orgacircnicos de origem animal compostos de lixo urbanos compostos de
produtos industriais e huacutemus de minhoca Nestes fertilizantes estatildeo presentes a maioria
dos macronutrientes (nitrogecircnio foacutesforo potaacutessio caacutelcio magneacutesio enxofre) e
micronutrientes (zinco cobre boro ferro cobalto)essenciais para as plantas e nem
sempre encontrados em muitos fertilizantes minerais bem como uma gama de
microorganismos que vatildeo beneficiar a fauna e a flora do solo (Brady 1979 Kiehl
1985 Costa 1985 Garcia 1997)
14
Os adubos orgacircnicos satildeo amplamente empregados nos sistemas de produccedilatildeo de
alface como condicionadores do ambiente quiacutemico e fiacutesico da rizosfera e
consequumlentemente na resposta bioloacutegica das plantas (Rodrigues amp Casali 1998)
Considerando as necessidades hortiacutecolas de maior competitividade e o fato de natildeo
ser subsidiada o crescimento populacional e a industrializaccedilatildeo representam fatores
determinantes na geraccedilatildeo diaacuteria de enormes volumes de resiacuteduos podendo ser utilizados
pelos produtores com um maior retomo econocircmico possiacutevel Ao mesmo tempo a
questatildeo ambiental assume cada vez mais destaque na sociedade moderna repercutindo
em poliacuteticas governamentais bem como no setor produtivo do paiacutes e do mundo
fazendo com que a relaccedilatildeo do homem com a natureza seja repensada (Morselli 2001)
232 Efeitos da adubaccedilatildeo orgacircnica nas culturas
Segundo Paulus et al (2001) a mateacuteria orgacircnica tambeacutem eacute fonte de nutrientes
especialmente nitrogecircnio foacutesforo enxofre e micronutrientes aleacutem disso tem
capacidade de ldquoprenderrdquo micronutrientes e alguns elementos toacutexicos para as plantas
como o alumiacutenio Por exemplo os micronutrientes depois de presos satildeo liberados
lentamente no solo onde satildeo gradativamente aproveitados pelas plantas
O uso dos fertilizantes minerais elevam o custo de produccedilatildeo pois satildeo necessaacuterias
altas doses para o fornecimento dos teores de nutrientes demandados Por isso eacute
importante a geraccedilatildeo de tecnologias que poupem o consumo de fertilizantes minerais
desejaacutevel com vista agrave diminuiccedilatildeo do custo de produccedilatildeo (Rodrigues 1984) A produccedilatildeo
de hortaliccedilas sob a orientaccedilatildeo agroecoloacutegica leva em consideraccedilatildeo natildeo apenas os custos
de produccedilatildeo como tambeacutem a dependecircncia dos insumos principalmente quando se
considera a ldquoteoria da trofobioserdquo pelos efeitos maleacuteficos que os nutrientes prontamente
assimilaacuteveis podem causar as plantas (Chaboussou 1987)
Para Compagnoni amp Putzolu (1985) o vermicomposto eacute um autecircntico fertilizante
bioloacutegico que atua como corretivo do solo determinando caracteriacutesticas importantes
para a microflora pelos aacutecidos huacutemicos e as substacircncias fitoestimulantes Os autores
consideram ainda que as dejeccedilotildees das oligoquetas proporcionam a formaccedilatildeo de huacutemus
permitindo melhorar o solo razatildeo pela qual satildeo destinados agrave horticultura com oacutetimas
vantagens fiacutesicas e microbioloacutegicas enriquecendo a camada araacutevel
Em experimentos desenvolvidos durante cinco anos para avaliar o efeito da
aplicaccedilatildeo de compostos eou adubos nas culturas de alface manjericatildeo espinafre e
15
pepino Valenzuela amp Crosby (1998) compararam as produccedilotildees obtidas com composto
e a fertilizaccedilatildeo padratildeo e concluiacuteram que a utilizaccedilatildeo do composto em 20 Mg ha 1 mais
N-quiacutemico foi o melhor tratamento em todas as culturas estudadas
233 Plantas de cobertura do solo
As plantas mais usadas para adubaccedilatildeo de cobertura do solo satildeo as leguminosas
pois estas tecircm a capacidade de fixar o nitrogecircnio atmosfeacuterico e disponibiliza-lo agrave
cultura Primavesi (1992) cita que utilizando-se mucuna ervilhaca feijatildeo-de-porco
feijatildeo-miuacutedo crotalaacuteria e outras natildeo haacute necessidade de utilizar tanto nitrogecircnio em
cobertura embora natildeo se dispense uma calagem mais frequumlente pois ocorre um pouco
de acidificaccedilatildeo no solo como com qualquer adubaccedilatildeo nitrogenada Segundo a mesma
autora algumas leguminosas tecircm a capacidade de mobilizar o foacutesforo como o caupi
(feijatildeo-miuacutedo) outras mobilizam o caacutelcio como tremoccedilo
Para Brady (1999) a adubaccedilatildeo verde traz grandes benefiacutecios como suprimento de
mateacuteria orgacircnica sendo consideraacutevel a quantidade de resiacuteduos orgacircnicos devolvidos ao
solo adiccedilatildeo de nitrogecircnio nutrientes e conservaccedilatildeo do solo
Calegari (1998) comenta que quanto aos aspectos fiacutesicos os resiacuteduos tendem a
contribuir para uma melhoria da estrutura do solo percebida pelo aumento da
estabilidade dos agregados em aacutegua aumento da capacidade de retenccedilatildeo hiacutedrica
elevaccedilatildeo dos iacutendices de infiltraccedilatildeo de aacutegua no solo aumento da porosidade melhor
aeraccedilatildeo e diminuiccedilatildeo da densidade do solo
De acordo com Timm (2000) o papuatilde eacute uma excelente alternativa como cobertura
de solo para o cultivo miacutenimo da cebola pois na eacutepoca do transplante das mudas seu
ciclo vegetativo estaacute completo natildeo necessitando o dessecamento outra vantagem eacute que
o papuatilde apresenta bom controle com relaccedilatildeo agraves plantas invasoras da cebola reduzindo
ao longo dos anos o nuacutemero de capinas e a aplicaccedilatildeo de herbicidas
234 Adubaccedilatildeo foliar
Segundo Malavolta (1981) a utilizaccedilatildeo da adubaccedilatildeo foliar eacute complemento da
adubaccedilatildeo de solo natildeo substituto da mesma no que diz respeito ao fornecimento de
nitrogecircnio foacutesforo e potaacutessio para as culturas Da mesma maneira que as raiacutezes podem
perder para o solo parte dos elementos absorvidos as folhas tambeacutem o fazem pela accedilatildeo
16
de fatores internos (desordem fisioloacutegica estado nutricional etc) e externos (chuvas
orvalho nutriccedilatildeo do sistema radicular luz temperatura etc)
Para Chaboussou (1987) as plantas adquirem o maacuteximo de resistecircncia bioloacutegica
atraveacutes da nutriccedilatildeo (trofos) equilibrada Obviamente para que isto ocorra eacute necessaacuterio
que o solo esteja em equiliacutebrio dinacircmico o ambiente seja o mais estaacutevel e as plantas
selecionadas ou melhor adaptadas para poderem suportar as alteraccedilotildees extemporacircneas
ocasionadas pelos fenocircmenos meteoroloacutegicos e nas fases fonoloacutegicas criacuteticas do
crescimento e desenvolvimento (Pinheiro amp Barreto 2000)
O lixiviado das folhas enriquece as camadas superiores do solo e tende a
contrabalanccedilar as perdas de zonas mais profundas e mais distantes acumulando-os nas
suas proximidades tambeacutem influencia o nuacutemero e o comportamento dos
microrganismos que por sua vez alteram o processo de gecircnese do solo sua textura e
fertilidade A lixiviaccedilatildeo assim se toma importante no desenvolvimento da sucessatildeo
ecoloacutegica devido agrave ciclagem de elementos (Malavolta 1980)
Conforme Camargo (1975) a utilizaccedilatildeo de adubos foliares substitui parcialmente
a adubaccedilatildeo radicular em 20 a 25 podendo ser utilizada em varias pulverizaccedilotildees
24 Vermicompostagem
E o processo que consiste em se submeter diferentes resiacuteduos orgacircnicos de
origem animal eou vegetal aos processos fermentativos e humificaccedilatildeo adicionando
minhocas do gecircnero Eiseina espeacutecie foetida ao material procurando obter um produto
curado em aproximadamente 45 - 60 dias (Compagnoni amp Putzolu 1985)
A vermicompostagem firmou-se no Brasil como atividade rentaacutevel produzindo
adubo de alta qualidade na deacutecada de 90 Na agricultura brasileira contudo haacute
preferecircncia pelos adubos quiacutemicos em funccedilatildeo de sua aquisiccedilatildeo financiada menor custo
e retomo imediato embora o impacto de seu uso contiacutenuo sobre o solo e os
microorganismos que nele vivem seja negativo (Tagliari amp Grassmann 1995)
Segundo Morselli (2002) a vermicompostagem difere da compostagem
convencional dentre outros pocircr formar substacircncias huacutemicas mais rapidamente ao sofrer
passagem pelo trato digestivo das minhocas A alirdentaccedilatildeo destas satildeo basicamente os
estercos e a disponibilidade desta mateacuteria prima bem como de ambiente protegido para
proceder a compostagem correta deste material satildeo indispensaacuteveis
17
Segundo Kiehl (1985) e Martinez (1990) o vermicomposto apresenta as seguintes
vantagens em relaccedilatildeo a compostagem permite a formaccedilatildeo de um produto curado em
menor espaccedilo de tempo promove a formaccedilatildeo de um material com maior
disponibilidade de nutrientes facilita o peneiramento natildeo havendo a necessidade de
revolvimento do material oferece vaacuterias fontes de renda pois aleacutem do huacutemus fornece
minhocas e raccedilatildeo e quando aplicado ao solo tende a melhorar as propriedades fiacutesicas
quiacutemicas e bioloacutegicas
241 Resiacuteduos utilizados na vermicompostagem
2411 Resiacuteduos de origem animal
Segundo Bureacutes (1997) o esterco eacute uma mistura de fezes urina e camas que
podem estar constituiacutedas de palhas folhas secas serragem turfa casca de arroz e ateacute
terra Esse apresenta pH neutro e densidade que varia de 030 a 090 Kg dm3 segundo
seu estado de decomposiccedilatildeo Eacute influenciado por vaacuterios fatores como espeacutecie animal
raccedila idade alimentaccedilatildeo material utilizado como cama e tratamento da mateacuteria-prima
esterco (Kiehl 1985) Dentre os fatores apontados um dos mais importantes eacute a
alimentaccedilatildeo do animal quanto mais rica a alimentaccedilatildeo mais rica seraacute as dejeccedilotildees
(Gnoatto 1999) O volume de bacteacuterias vivas ou mortas encontradas no esterco
representam 20 a 30 do total delas se originam grande parte do nitrogecircnio sob a
forma de proteiacutena (Morselli 2002)
A origem do material utilizado para a produccedilatildeo de vermicomposto eacute fundamental
pois soacute uma mateacuteria-prima de qualidade resultaraacute em um produto final de boa qualidade
Dentre os estercos o de aves eacute empregado empiricamente na adubaccedilatildeo de culturas
permanente ou natildeo com excelentes resultados apesar de sua simples composiccedilatildeo
meacutedia 2 de nitrogecircnio 2 de foacutesforo como P2 0 5 e 1 de K2 0 Poreacutem haacute uma
grande variaccedilatildeo na sua constituiccedilatildeo a qual dependeraacute do manejo animal atraveacutes das
camas finalidade da criaccedilatildeo e natureza das camas (Morselli 2002)
2412 Resiacuteduos de origem vegetal
A mateacuteria orgacircnica pode ser preservada no solo por vaacuterios processos seja pela
simples incorporaccedilatildeo de resiacuteduos de culturas rotaccedilatildeo de culturas adubaccedilatildeo verde ou
18
pela adiccedilatildeo de materiais orgacircnicos capazes de elevar e manter a produtividade do solo
Da decomposiccedilatildeo dos resiacuteduos orgacircnicos adicionados ao solo resulta a liberaccedilatildeo de
grande quantidade de nutrientes principalmente o nitrogecircnio o potaacutessio e o enxofre
Aleacutem disso diversos atributos quiacutemicos e fiacutesicos do solo satildeo alterados pela
decomposiccedilatildeo desses resiacuteduos destacando-se o aumento da capacidade de troca de
caacutetions o aumento da retenccedilatildeo de aacutegua a melhoria da estabilidade dos agregados e da
aeraccedilatildeo (Fraser1963 Malavolta 1981 Mello et al 1983 Bonilla 1992)
Segundo Purcino (1981) quando a relaccedilatildeo CN eacute menor que 30 como no caso do
esterco de curral ou da palha de leguminosas a disponibilidade de nitrogecircnio eacute
imediata mas acima deste valor ocorre imobilizaccedilatildeo crescente deste nutriente Por esse
motivo estes materiais devem ser submetidos a uma degradaccedilatildeo bioloacutegica antes de
serem adicionados ao solo
25 Biofertilizantes
No Brasil ocorrem problemas crescentes com materiais derivados de sistemas
intensivos de criaccedilatildeo animal que acumulam resiacuteduo^ orgacircnicos com graves problemas
de contaminaccedilatildeo de cursos de aacutegua que na maioria das vezes se acumulam em um
uacutenico lugar e natildeo satildeo reciclados (Viglizzo 1995)
Visando amenizar tais situaccedilotildees os meacutetodos alternativos de adubaccedilatildeo controle de
doenccedilas pragas e plantas indesejaacuteveis tecircm sido muito estudado Dentro dessa linha de
pesquisa destaca-se o uso de mateacuteria orgacircnica atraveacutes tanto de sua incorporaccedilatildeo ao
solo como de sua transformaccedilatildeo para uso posterior na forma de biofertilizantes
(Khatounian 1997 Bettiol et al 1997)
Na complexa e elevada comunidade microbiana dos biofertilizantes encontram-se
bacteacuterias fungos leveduriformes filamentosos e actinomicetos (Bettiol apud Penteado
1999)
O agregado de macro e micronutrientes periodicamente ativa e enriquece a
fermentaccedilatildeo O uso de farinha de rocha tem sido vantajoso por ter baixo custo
comparado com os sais concentrados e purificados aleacutem de trazer alguns elementos
traccedilos de vital importacircncia para os microrganismos do solo como por exemplo o Gaacutelio
o Iodo e o Vanaacutedio (M1BASA 199-) O agregado de farinha de rocha ou sais
purificados ao fermentado faz com que estes nutrientes passem a fazer parte dos
microrganismos ou dos produtos orgacircnicos liberados durante a fermentaccedilatildeo sendo que
19
o ataque dos microrganismos atraveacutes de suas enzimas consegue liberar os elementos natildeo
atacados pelos aacutecidos industriais (Pinheiro amp Barreto 2000)
Os biofertilizantes tecircm sido empregados na agricultura ecoloacutegica como adubo
foliar para aumentar a resistecircncia contra pragas e doenccedilas Aleacutem disso o processo de
produccedilatildeo eacute bastante simples e por isso eacute viaacutevel sua produccedilatildeo na propriedade desde que
tenha esterco disponiacutevel (Penteado 1999)
Bettiol et al (1997) verificaram a presenccedila de diferentes espeacutecies de fungos
fiacutelamentosos e leveduriformes e bacteacuterias entre elas Bacillus spp na comunidade
microbiana do biofertilizante produzido segundo meacutetodo adotado pelo Centro de
Agricultura Ecoloacutegica Ipecirc Os autores verificaram ainda uma reduccedilatildeo da comunidade
microbiana ao longo da digestatildeo reduccedilatildeo essa mais acentuada logo apoacutes o acreacutescimo
dos sais contendo micronutrientes A accedilatildeo dos sais pode ser tanto por aumento na
pressatildeo osmoacutetica quanto pelo efeito direto sobre os microrganismos Para o controle de
doenccedilas de plantas satildeo importantes a presenccedila dos metaboacutelitos produzidos pelos
organismos presentes no biofertilizante e os proacuteprios microrganismos vivos
Os microrganismos transformam o material orgacircnico (esterco soro de leite caldo
de frutas palhas restos industriais etc) e cinzas produzindo vitaminas aacutecidos e sais
complexos importantes para regular e tonificar o metabolismo das plantas impedindo o
desenvolvimento de pragas e doenccedilas (Pinheiro amp Barreto 2000)
Em estudos feitos com o biofertilizante liacutequido de bovinos foi observado a
presenccedila de inuacutemeros microorganismos como bacteacuterias leveduras e bacilos
principalmente do Bacillus subtilis Estes microorganismos sintetizam substacircncias
antibioacuteticas as quais demonstram ter grande accedilatildeo e eficiecircncia como substacircncias
fungiostaacuteticas e bacteriostaacuteticas de fitopatoacutegenos causadores de danos em lavouras
comerciais (Penteado 1999)
Aldrighi et al (2002) realizaram trabalho na UFPel relacionado agrave nutriccedilatildeo de
mudas de tomate (Floradade) produzidas no sistema ldquofloatingrdquo Utilizaram-se doses de
0 2 5 e 10 para o biofertilizante Super Magro e 0 e 1 para a urina de vaca
Concluiacuteram que estes natildeo interferem na produccedilatildeo das mudas e que provavelmente foi
influenciado pelo substrato utilizado (vermicomposto 75 e casca de arroz carbonizada
25) bem como o sistema de produccedilatildeo (floating)
Paglia et al (2002) citam que eacute possiacutevel produzir mudas de tomate (cultivar
Floradede) utilizando urina de vaca e biofertilizante Super Magro na aacutegua em sistema
ldquofloatingrdquo em trabalho realizado na UFPel O uso da urina de vaca a 1 e 5 e
20
biofertilizante Super Magro a 6 proporcionam uma elevaccedilatildeo do foacutesforo bem como o
Super Magro a 6 eleva os teores de Mg e Ca na aacutegua
251 Urina de vaca
As urinas de vaca contecircm nutrientes favoraacuteveis ao bom desenvolvimento das
plantas como potaacutessio soacutedio nitrogecircnio enxofre magneacutesio caacutelcio foacutesforo e traccedilos de
outros elementos Nas plantas funciona como um fertilizante natural tomando-as mais
resistentes ao ataque das pragas e doenccedilas Satildeo encontradas tambeacutem na urina outras
substacircncias como fenoacuteis e principalmente o catecol que esta associado agrave recuperaccedilatildeo
de plantas atacadas por fitopatoacutegenos por ser um produto anti-seacuteptico (Penteado 1999)
Para seu emprego a urina receacutem coletada deve ser armazenada sob condiccedilotildees
ambientais por trecircs dias para que se forme amocircnio importante produto a ser absorvido
pelas plantas Recomenda-se ainda que o armazenamento deva ser feito em recipiente
fechado para que natildeo ocorram perdas de nitrogecircnio Desta forma poderaacute permanecer
por ateacute um ano sem comprometer sua eficiecircncia
Em hortaliccedilas o uso da urina de vaca eacute recomendado em pulverizaccedilotildees foliares
semanais na concentraccedilatildeo de 05 para tomateiro pimentatildeo pepino feijatildeo vagem e
couve ou quinzenais a 1 para as culturas do quiabeiro jiloeiro e berinjela Para
fruteiras em geral a primeira aplicaccedilatildeo deve ser na concentraccedilatildeo aproximada de 5
realizada diretamente no solo e mensalmente devem ser realizadas pulverizaccedilotildees
foliares a 1 para plantas jovens e a 5 para plantas adultas (Penteado 1999)
Na aplicaccedilatildeo foliar deve-se ter cuidado com folhas e brotos novos e considerar que
o uso contiacutenuo pode ser toacutexico podendo afetar o solo causando a sua acidificaccedilatildeo
(Penteado 1999)
Na Estaccedilatildeo Experimental da PESAGRO no municiacutepio de Macaeacute Rio de Janeiro
estaacute se utilizando a urina de vaca leiteira Os pesquisadores descobriram que a urina de
vaca em lactaccedilatildeo produzia o efeito de recuperar plantas de abacaxi atacadas por uma
doenccedila conhecida como ldquofusairioserdquo Essa doenccedila quando ataca o abacaxi causa
perdas de ateacute 70 da safra Todos os agrotoacutexicos testados natildeo conseguiram controlar a
doenccedila Isto eacute um exemplo para que a universidade tenha uma nova percepccedilatildeo (Capra
1996) adotando medidas efetivas que contribuam na transiccedilatildeo agroecoloacutegica Com o
uso da urina de vaca leiteira numa lavoura de abacaxi atacada pela fusariose observou-
se agrave recuperaccedilatildeo do stand e os frutos produzidos apresentaram excelente padratildeo
21
comercial Descobriu-se que aleacutem funcionar como adubo e defensivo natural a urina de
vaca leiteira tambeacutem favorece a floraccedilatildeo de muitas plantas e pode ser usada no
tratamento de frutos e tubeacuterculos depois da colheita
A urina de vaca em lactaccedilatildeo tambeacutem estaacute sendo usada nas lavouras de cafeacute em
plantaccedilotildees de maracujaacute coco alface e outras hortaliccedilas Na regiatildeo centro-sul do Paranaacute
os agricultores estatildeo aplicando a urina de vaca leiteira nas lavouras de feijatildeo soja
batata cebola e milho (Penteado 1999)
252 Alhol
A maioria dos defensivos alternativos tais como calda bordalesa sulfocaacutelcica
aacutegua de cinza e cal biofertilizante enriquecido extrato de fumo entre outros precisa
ser misturada com um espalhante adesivo para quebrar a tensatildeo superficial da gota e
propiciar um melhor molhamento das folhas e demais partes pulverizadas assegurando
uma absorccedilatildeo mais efetiva e uma melhor accedilatildeo sobre as pragas e doenccedilas Quando as
gotas permanecem inteiras sobre a superfiacutecie folhar devido agrave falta de espalhante
adesivo pode-se danificar os tecidos vegetais pelc efeito-lente quando o sol incide
sobre elas Aleacutem disso a gota por natildeo se espalhar sobre toda superfiacutecie folhar
concentra nela e consequumlentemente sobre o tecido que estaacute em contato com ela uma
quantidade maior do produto aplicado Essa maior concentraccedilatildeo pode prejudicar a
absorccedilatildeo e lesionar os tecidos principalmente apoacutes a evaporaccedilatildeo da aacutegua contida na
gota por resultar em uma maior concentraccedilatildeo de sais no local especialmente quando se
aplicam por exemplo calda sulfocaacutelcica bordalesa biofertilizante enriquecido com
macro e micronutrientes (Claro 2001)
O alhol eacute um espalhante adesivo ecoloacutegico que tambeacutem auxilia no controle de
pragas E elaborado com aacutegua alho oacuteleo vegetal e sabatildeo neutro a partir da sabedoria
popular que menciona o alho como repelente de insetos Juacutenior Abreu amp Maiorano
(199-) indicam formulaccedilotildees contendo alho para o controle de pragas como nematoacuteides
(Meloidogyne incoacutegnita e M javanica) mosca do chifre lagarta na maccedilatilde pulgotildees
besouro da batata trips e para controle de doenccedilas fuacutengicas e bacterianas como miacuteldio
ferrugem fusariose helminthosporiose murchadeira (Pseudonamos solacearum)
bruzone do arroz (Pyricularia orysae) podridatildeo negra do repolho e couve-flor
(Xanthomonas campestris) Aleacutem disso o alho pelo seu bom teor em oacuteleo pode agir
tambeacutem como espalhante adesivo O sabatildeo tambeacutem eacute indicado como espalhante adesivo
22
e possui accedilatildeo contra certas pragas (pulgotildees) sendo que o oacuteleo vegetal eacute indicado no
controle de cochonilhas e usado como espalhante adesivo (Claro 2001)
253 Calda Bordalesa
A calda bordalesa eacute um tradicional defensivo agriacutecola que pode ser preparado na
propriedade com a mistura de sulfato de cobre cal virgem e aacutegua As concentraccedilotildees de
sulfato de cobre e cal satildeo distintas dependendo do objetivo do seu emprego
Geralmente diferem de acordo com o tipo de planta ou espeacutecie vegetal as condiccedilotildees
climaacuteticas o grau de infestaccedilatildeo da doenccedila e a fase de crescimento da planta Eacute indicada
para o controle de miacuteldio alternaacuteria botrytis e antracnose (Penteado 1999)
A calda bordalesa caracteriza-se pela sua importante accedilatildeo no controle de diversas
doenccedilas fungicas nas mais diversas espeacutecies de culturas Possui tambeacutem uma relativa
accedilatildeo bactericida e em alguns casos age como repelente de insetos Da mistura do
sulfato de cobre com a cal resulta uma soluccedilatildeo rica em macronutrientes e
micronutrientes Provavelmente os expressivos resultados obtidos com a aplicaccedilatildeo da
calda bordalesa devam-se natildeo somente a sua accedilatildeo fuacutengica e bactericida mas sobretudo
agrave influecircncia positiva que exerce no metabolismo das plantas ativando o processo
enzimaacutetico e estimulando a proteossiacutentese aumentando a resistecircncia das plantas (Claro
2 0 0 1 ) caracteriacutestica fundamental na agricultura sustentaacutevel
254 Biofertilizante Super Magro
A calda Super Magro eacute produto da fermentaccedilatildeo de estercos animais enriquecidos
por micronutrientes e outros produtos de origem animal obtendo-se uma calda
biofertilizante para aplicaccedilatildeo foliar nas plantas (Penteado 1999) jaacute foram observados
bons resultados principalmente nas culturas de uva maccedila pecircssego tomate batata e
hortaliccedilas em geral
E indicado como fonte suplementar de micronutrientes para as plantas inibidor
de fungos e bacteacuterias causadores de doenccedilas e para aumentar a resistecircncia contra insetos
e aacutecaros (Penteado 1999) i
Muller (1999) avaliou a influecircncia do biofertilizante Super Magro sobre as
culturas de tomate (Lycopersicon esculentum Mill) ervilha (Pisum sativum L) e
beterraba (Beta vulgaris L) O autor obteve cultivos com baixa severidade de doenccedilas e
23
insetos fitoacutefagos possivelmente por causa do manejo orgacircnico de produccedilatildeo Os
resultados das pulverizaccedilotildees das soluccedilotildees foliares variaram conforme a cultura e o
clima
255 Biofertilizante MB4
A utilizaccedilatildeo das farinhas de rochas eacute uma das teacutecnicas mais modernas usadas nos
uacuteltimos anos na agricultura O elevado nuacutemero de nutrientes contidos no MB4 como
cobre zinco manganecircs cobalto soacutedio alumiacutenio silicatos de magneacutesio ferro e caacutelcio
acompanhado de foacutesforo potaacutessio e enxofre reagem com a soluccedilatildeo do solo liberando
elementos essenciais ao desenvolvimento da vida microbiana os quais exercem um
papel fundamental atraveacutes de transformaccedilotildees quiacutemicas e do equiliacutebrio bioloacutegico
favorecendo o desenvolvimento sadio das plantas (Pinheiro amp Barreto 2000)
24
3 MATERIAL E MEacuteTODOS
31 Local de execuccedilatildeo do experimento
O presente trabalho foi conduzido no Centro de Pesquisa da Regiatildeo Sul
(FEPAGROSUL) no municiacutepio de Rio Grande nlt periacuteodo de 15 de maio a 26 de
agosto de 2 0 0 2
O solo eacute classificado como ldquoTuiardquo satildeo muito arenosos As massas aquaacuteticas do
Oceano Atlacircntico e Lagoa dos Patos influenciam ventos temperatura pressatildeo umidade
relativa e demais fatores climaacuteticos A topografia da regiatildeo litoracircnea eacute plana com
lenccediloacuteis freaacuteticos superficiais
32 Anaacutelise estatiacutestica
O experimento foi constituiacutedo em fatorial 3X3 (Quadro 1) com quatro repeticcedilotildees
no delineamento blocos ao acaso As variaacuteveis respostas foram submetidas agrave anaacutelise de
variaccedilatildeo e ao teste de Duncan a 5 de probabilidade para comparaccedilatildeo das meacutedias
utilizando-se o sistema SANEST (Zonta amp Machado 1984)
As anaacutelises estatiacutesticas das variaacuteveis estudadas encontram-se nos Apecircndices C D
Os resultados das respostas agronocircmicas e das determinaccedilotildees dos conteuacutedos dos
macronutrientes bem como os de raiz estatildeo nas tabelas de 1 a 3
25
As diferentes adubaccedilotildees seratildeo representadas durante a discussatildeo da seguinte
forma 1 VB (30 t ha 1 de vermicomposto) 15 VB (45 t ha 1 de vermicomposto) e EC
(60 t ha 1 de esterco de curral) 1 VB+SM+U+CB (30 t ha 1 de vermicomposto mais
super magro mais urina de vaca mais calda bordalesa) 15 VB+SM+U+CB (45 t ha 1 de
vermicomposto mais super magro mais urina de vaca mais calda bordalesa)
EC+SM+U+CB (60 t ha 1 de esterco de curral mais super magro mais urina de vaca
mais calda bordalesa) 1 VB+MB4 +U+CB (30 t ha 1 de vermicomposto mais MB4 mais
urina de vaca mais calda bordalesa) 15 VB+MB4 +U+CB (45 t ha 1 de vermicomposto
mais MB4 mais urina de vaca mais calda bordalesa) EC+MB4 +U+CB (60 t ha 1 esterco
de curral mais MB4 mais urina de vaca mais calda bordalesa)
QUADRO 1 Descriccedilatildeo dos fatores experimentais e respectivos niacuteveis
Niacuteveis Fator 1 ADUBACcedilAtildeO DE BASE
0 1 Vermicomposto (30 t ha1)
0 2 Vermicomposto (45 t ha1)
03 Esterco de curral (60 t ha1)
Niacuteveis Fator 2 BIOFERTILIZANTES LIacuteQUIDOS
0 1 Super magro (5) + Urina de Vaca + Calda Bordalesa
0 2 MB4 (10) + Urina de vaca + Calda Bordalesa
03 Ausecircncia (testemunha)
33 Tratamentos
Da combinaccedilatildeo entre niacuteveis e fatores foram obtidos 9 tratamentos que estatildeo
descritos no Quadro 2 bem como as doses de adubaccedilatildeo utilizadas no experimento
26
QUADRO 2 Tratamentos e doses de adubaccedilatildeo utilizadas no experimento
TRATAMENTOS
Ndeg FATOR I FATOR II
0 1 30 t ha de vermicomposto Super magro 5 Urina de vaca Calda Bordalesa
0 2 30 t harsquo de vermicomposto MB4 10 Urina de vaca Calda Bordalesa
03 30 t ha de vermicomposto - - -
04 45 t ha de vermicomposto Super magro 5 Urina de vaca Calda Bordalesa
05 45 t ha de vermicomposto MB4 10 Urina de vaca Calda Bordalesa
06 45 t ha de vermicomposto - - -
07 60 t hade esterco Super Magro 5 Urina de vaca Calda Bordalesa
08 60 t hade esterco MB4 10 Urina de vaca Calda Bordalesa
09 60 t hade esterco - - -
Cada parcela foi constituiacuteda por dois canteiros medindo 1 m de largura x 2 m de
comprimento perfazendo 075 m de aacuterea de aacuterea uacutetil (025 m de bordadura) Foi
utilizando semeadura a lanccedilo com densidade de 24 g canteiro1
O vermicomposto a urina de vaca o esterco de curral o alhol os biofertilizantes e
a calda bordalesa foram de procedecircncia do Centro de Pesquisa da Regiatildeo Sul O
vermicomposto de esterco bovino misturado agraves cascas de frutas foi processado pela
minhoca vermelha califomiana Eisenia foetida)
O biofertilizante Super Magro foi elaborado segundo a metodologia descrita pela
FEPAGROSUL utilizando-se os seguintes componentes 190 litros de aacutegua 22 litros
de leite 55 Kg de accediluacutecar mascavo 30 Kg de esterco fresco de bovinos 2 Kg de
Sulfato de zinco 2 Kg de sulfato de magneacutesio 2 Kg de cloreto de caacutelcio 1 Kg de aacutecido
boacuterico 300 g de sulfato de cobre 300 g de sulfato de ferro 300 g de sulfato de
manganecircs 100 g de molibdato de soacutedio 50 g de sulfato de cobalto 3 Kg de fosfato
natural 3 Kg de cinza e 200 g de farinha de osso
A urina de vaca em lactaccedilatildeo foi coletada pela manhatilde e armazenada em recipiente
fechado por trecircs dias em condiccedilotildees ambientais para que se formasse a amocircnia e natildeo
ocorresse perda de nitrogecircnio
28
Realizaram-se duas capinas manuais durante o experimento e em seguida como
cobertura se colocou casca de arroz Tambeacutem foi aplicado esterco de aves 30 dias antes
da colheita na quantidade de 05 Kg canteiro 1 como adubaccedilatildeo de cobertura
As pulverizaccedilotildees com os produtos iniciaram apoacutes 15 dias da germinaccedilatildeo
Realizou-se sete aplicaccedilotildees sendo que as duas primeiras foram feitas apenas com
Super Magro e MB4 Na terceira e na quarta aplicaccedilatildeo utilizou-se urina de vaca e calda
bordalesa em concentraccedilotildees menores (05 e 025 respectivamente) e na quinta
aplicaccedilatildeo as dosagens de urina de vaca e calda bordalesa foram elevadas para 1 0 e
05 respectivamente ateacute o final do experimento O alhol foi utilizado a partir da
terceira pulverizaccedilatildeo na quantidade de 2 e seguiu ateacute o final no dia 26 de agosto
quando as mudas foram colhidas e posteriormente analisadas as variaacuteveis
35 Observaccedilotildees agronocircmicas
Foram utilizadas 20 mudas de cebola para obtenccedilatildeo das meacutedias das variaacuteveis as
quais foram as seguintes
351 Fitomassa fresca da parte aeacuterea e raiacutezes
Foi realizada atraveacutes de uma balanccedila digital procedendo-se a pesagem de 20
mudas de cebola previamente lavadas e posteriormente secadas durante uma hora sobre
um tecido de algodatildeo agrave temperatura ambiente Processo idecircntico foi adotado com as
raiacutezes
352 Fitomassa seca da parte aeacuterea e raiacutezes
Esta variaacutevel foi obtida a partir da secagem preliminar em estufa de ar forccedilado
durante 48 horas a 65 C ateacute peso constante com posterior pesagem em balanccedila
analiacutetica
353 Altura da muda
A altura de muda foi medida a partir do colo das plantas ateacute sua uacuteltima folha
(ponto de crescimento) com uma reacutegua graduada de 40 cm
29
354 Diacircmetro do colo das plantas
Esta medida foi realizada no ponto de transplante a 2 mm das raiacutezes e utilizando-
se um paquiacutemetro SOMET
355 Sistema radicular
Ao teacutermino do experimento foram retiradas as raiacutezes das mesmas plantas que foram
utilizadas para as determinaccedilotildees realizadas na parte aeacuterea procedendo-se uma amostra
de solo com raiacutezes de 2 0 cm de largura x 2 0 cm de comprimento e 2 0 cm de altura
totalizando 8000 cm3
As raiacutezes apoacutes serem lavadas em aacutegua corrente foram pesadas acondicionadas em
sacos plaacutesticos e congeladas para posteriores anaacutelises pelo meacutetodo de Tennant (1975)
para a determinaccedilatildeo do comprimento e densidade
3551 Comprimento de raiz
Utilizou-se para a determinaccedilatildeo do comprimento de raiz as seguintes foacutermulas
1 = ndeg x 1114 x 1 onde
1 - comprimento de raiz de uma amostra uacutemida de 0 0 2 g
ndeg - nuacutemero de intercessotildees das raiacutezes com os lados da quadriacutecula da malha do
aparelho
1114 - constante
1 - medida lateral da quadriacutecula em cm
Tomando-se a fiacutetomassa seca e o comprimento da raiz da cada amostra
relacionou-se com a fiacutetomassa seca e o comprimento total da raiz da planta aplicando-
se a seguinte equaccedilatildeo
L = (FSR x 1) FSPA onde
L - comprimento total da raiz da planta (m)
FSR - fiacutetomassa seca de raiz
FSPA - fiacutetomassa seca da parte aeacuterea
L - comprimento de raiz de uma amostra uacutemida de 002g
3552 Densidade de raiz
A densidade foi determinada pela foacutermula
D = L 8000 onde
D - densidade de raiacutezes (m cm3)
30
L - comprimento total de raiacutezes (m)
8 0 0 0 - volume da amostra (cm3)
3553 Razatildeo parte aeacutereasistema radicular
Este paracircmetro foi obtido pela equaccedilatildeo
RPASR = FSPA FSR onde
RPASR - razatildeo parte aeacuterea sistema radicular
FSPA - fitomassa seca da parte aeacuterea
FSR - fitomassa seca do sistema radicular
36 Determinaccedilatildeo de macronutrientes no tecido vegetal
Os macronutrientes nitrogecircnio foacutesforo potaacutessio caacutelcio e magneacutesio foram
determinados no laboratoacuterio de Fertilidade e Anaacutelise de Plantas do Departamento de
Solos da UFPel atraveacutes dos meacutetodos descritos por Tedesco amp Gianello (1996)
31
4 RESULTADOS E DISCUSSAtildeO
41 Anaacutelise das variaacuteveis
A anaacutelise da variaccedilatildeo mostrou que houve diferenccedila significativa na interaccedilatildeo entre
os fatores de adubaccedilatildeo de base e biofertilizantes liacutequidos com exceccedilatildeo da variaacutevel altura
de planta para a qual somente a adubaccedilatildeo de base mostrou-se significativa (Apecircndices
C D e E Tabelas 1C 1D e 1E)
411 Anaacutelise da parte aeacuterea
Na Tabela 1 destacaram-se as adubaccedilotildees EC+SM+U+CB EC+MB4 +U+CB e EC
que diferiram significativamente das demais adubaccedilotildees para as variaacuteveis fiacutetomassa
fresca da parte aeacuterea (FFPA) fiacutetomassa seca da parte aeacuterea (FSPA) altura de planta
(AP) e diacircmetro do colo (DC)
32
TABELA 1 Produccedilatildeo de fitomassa fresca e seca (g) da parte aeacuterea altura de planta
(cm) e diacircmetro de colo (mm) de mudas de cebola Petrolini cultivadas
sob uma perspectiva agroecoloacutegica Pelotas-RS 2003
BIOFERTILIZANTES LIacuteQUIDOSADUBACcedilAtildeO S Magro + MB4 +DE BASE Urina + Calda Urina + Calda Testemunha
Bordalesa Bordalesa
30 t ha de vermicomposto 7015 c A45 t halsquo de vermicomposto 7824 b B60 t ha de esterco de curral 12248 a C
30 t ha de vermicomposto 667 c A45 t ha de vermicomposto 752 b A60 t ha de esterco de curral 1150a C
30 t ha de vermicomposto 2975 b A45 t harsquo de vermicomposto 2775 b A60 t ha de esterco de curral 3600 a B
30 t ha de vermicomposto 631 b A45 t ha de vermicomposto 6 2 2 b B60 t ha de esterco de curral 741 a C
-Fitomassa fresca (g)----------------6270 c B 6885 b A8832 b A 6308 c C
15082 a A 13934 a BmdashFitomassa seca (g)----------------
625 c A 655 b A830 b A 607 b B
1345 a A 1262 a B-Altura de planta (cm)----------------
2950 b A 3050 b A2937 b A 2950 b A 3975 a A 3622 a B
-Diacircmetro de colo (mm)---------------592 c B 599 b B 657 b A 609 b B 819a A________ 793a B
Meacutedias seguidas pela mesma letra minuacutescula para as colunas (adubaccedilatildeo de base) e maiuacutesculas para as linhas (biofertilizantes) natildeo diferem entre si pelo teste de Duncan a 5
O efeito positivo do esterco bovino pode ser atribuiacutedo agraves melhorias nas condiccedilotildees
fiacutesicas do solo por ele proporcionado Segundo Primavesi (1982) e Compagnoni amp
Putzolu (1985) o esterco bovino apresenta propriedades condicionadoras do solo dando
agraves plantas melhores condiccedilotildees de desenvolvimento elevando sobremaneira os
conteuacutedos de fitomassa fresca das plantas que refletiratildeo nas demais respostas
agronocircmicas
Analisando as adubaccedilotildees de base em relaccedilatildeo aos biofertilizantes observa-se que
para os tratamentos 1 VB (30 t ha 1 de vermicomposto) - natildeo houve influecircncia dos
biofertilizantes para as variaacuteveis FSPA e AP enquanto destacou-se o SM+U+CB para o
DC e SM+U+CB e ausecircncia da adubaccedilatildeo liacutequida para a FFPA mostrando que o uso
dos biofertilizantes natildeo influenciou esta variaacutevel 15 VB (45 t ha 1 de vermicomposto) -
verificou-se a eficiecircncia do uso do MB4 +U+CB para as variaacuteveis FFPA e DC Para a
variaacutevel FSPA destacaram-se os dois biofertilizantes utilizados jaacute para AP natildeo houve
33
influecircncia destes EC (60 t ha 1 de esterco de curral) - em todas as variaacuteveis observadas
na tabela 5 as respostas foram significativas utilizando MB4 +U+CB
As respostas encontradas no presente trabalho para as variaacuteveis AP e FSPA foram
superiores as obtidas por Dalponte (1990) quando utilizado 0 esterco de curral para
produccedilatildeo de mudas de cebola
Segundo Filgueira (2000) os solos da regiatildeo produtora de cebola do RS satildeo
pobres em foacutesforo disponiacutevel (15 mg Kg1) necessitando portanto de adubaccedilotildees
fosfatadas elevadas As respostas aqui obtidas podem ser justificadas pelos teores de
foacutesforo contido no MB4
Follet et al (1981) citam a importacircncia do uso de compostos orgacircnicos no solo
enfatizando os estercos no sentido da decomposiccedilatildeo continuada no fornecimento de
nutrientes e na liberaccedilatildeo lenta e gradual de aacutecidos orgacircnicos influenciando a liberaccedilatildeo
do foacutesforo O que provavelmente pode ser atribuiacutedo agraves respostas encontradas no
presente trabalho para 0 tratamento Esterco de curral mais MB4 e Urina mais Calda
Bordalesa
E importante destacar que 0 sistema de produccedilatildeo de mudas de cebola sob uma
perspectiva agroecoloacutegica mostra-se eficiente quando visualmente natildeo percebe-se
diferenccedila significativa entre os tratamentos (Apecircndice F Figura 2)
Conveacutem ressaltar que quando trabalhamos com agroecologia natildeo existem
receitas nem pacotes tecnoloacutegicos prontos Cada situaccedilatildeo deveraacute ser estudada em
particular para que se faccedila recomendaccedilotildees adequadas ao ambiente local uma vez que
as plantas se adaptam ao meio estando a nutriccedilatildeo encarregada de proteger e manter o
equiliacutebrio do organismo vegetal em funccedilatildeo das alteraccedilotildees externas
E fundamental que se compreenda os princiacutepios norteadores de todo o processo
que satildeo as bases da luta por uma sociedade mais justa dentro de um mundo econocircmico e
ambientalmente mais sustentaacutevel
412 Anaacutelise do sistema radicular
Os resultados obtidos nas anaacutelises do sistema radicular (Tabela 2) mostram
diferenccedilas significativas entre as adubaccedilotildees para as variaacuteveis fitomassa fresca de raiz
(FFR) fitomassa seca de raiz (FSR) comprimento de raiz (CR) razatildeo parte
aeacutereasistema radicular (RPASR) e densidade de raiz (DR)
34
TABELA 2 Produccedilatildeo de fitomassa fresca e seca (g) comprimento (cm) e densidade de
raiacutezes (m cm3) de mudas de cebola Petrolini cultivadas sob uma
perspectiva agroecoloacutegica e razatildeo parte aeacutereasistema radicular Pelotas-
RS 2003
BIOFERTILIZANTES LIacuteQUIDOSADUBACcedilAO DE BASE
S Magro + MB4 +Urina + Calda Urina + Calda Testemunha
Bordalesa Bordalesa
de vermicomposto de vermicomposto de esterco de curral
de vermicomposto de vermicomposto de esterco de curral
de vermicomposto de vermicomposto de esterco de curral
de vermicomposto de vermicomposto de esterco de curral
1540 c A 1576 b B 2427 a A
Fitomassa fresca (g)----------------1502 c B 1517 b AB 1658 b A 1446 c C 2336 a B 2360 a B
--------------------Fitomassa seca (g)-------------------196 b A 207 ab A 170 b A170 b A 199 b A 192 b A 344 a A 249 a B 327 a A
Comprimento de raiz(cm)---------------1237 b A 1158 b A 1158 a A1237 b A 1060 c B 1040 b B1433 a A 1296 a B 1040 b C
30 t ha 45 t ha 60 t ha
30 t ha 45 t ha 60 t ha
30 t halsquo 45 t ha 60 t ha
30 t ha 45 t ha 60 t ha
30 t ha de vermicomposto 45 t ha de vermicomposto60 t ha~ de esterco de curral__________________________ _________________________Meacutedias seguidas pela mesma letra minuacutescula para as colunas (adubaccedilatildeo de base) e maiuacutesculas para as linhas (biofertilizantes) natildeo diferem entre si pelo teste de Duncan a 5
-----Razatildeo Parte AeacutereaSistema Radicular------340 b AB 301c B 384 a A446 a A 415 b A 326 a B339 b B 546 a A 388 a B
-------------- Densidade de raiz (m cm3)------------367 a AB 414 a A 325 b B282 b B 301b B 405 a A347 ab A 231c B 324 b A
Em relaccedilatildeo agraves adubaccedilotildees de base destacou-se o EC (60 t ha 1 de esterco de curral)
para as variaacuteveis FFR e FSR Quando adicionado o SM+U+CB os resultados para FFR
foram ainda melhores bem como o CR As respostas obtidas para a RPASR foram
variadas em relaccedilatildeo agraves adubaccedilotildees apresentando melhores resultados para 15 VB (45 t
ha 1 de vermicomposto)+SM+U+CB e ainda melhor para EC (60 t ha 1 de esterco de
curral)+MB4 +U+CB As adubaccedilotildees de base 1 VB 15 VB e EC natildeo diferiram entre si
As adubaccedilotildees mais eficientes para a variaacutevel DR foram 1 VB+SM+U+CV que natildeo
diferiu da EC+SM+U+CB I VB+ MB4 +U+CB e agrave 15 VB foram melhores entre as
demais
35
Analisando os biofertilizantes em relaccedilatildeo a cada adubaccedilatildeo de base verifica-se que
para a 1 VB (30 t ha 1 de vermicomposto)+SM+U+CB destaca-se a variaacutevel FFR
poreacutem sem diferenccedila significativa de 1 VB os melhpres resultados para a variaacutevel DR
foram encontrados pelo tratamento 1 VB+MB4 +U+CB e 15 VB (45 t ha 1 de
vermicomposto) tambeacutem se considera eficiente o 1 VB+SM+U+CB que natildeo diferiu do
EC (esterco de curral) Quando se utilizou 15 VB+ MB4 +U+CB houve resposta
significativa para a variaacutevel FFR para FSR as respostas natildeo foram diferentes com a
aplicaccedilatildeo dos biofertilizantes para as variaacuteveis FSR e DR as adubaccedilotildees EC e
EC+SM+U+CB natildeo diferiram entre si
Embora as respostas estatiacutesticas tenham sido diferentes para as adubaccedilotildees
combinadas ou natildeo pode-se salientar a importacircncia do aacutecido indol-aceacutetico como jaacute
citado anteriormente para as variaacuteveis avaliadas na parte aeacuterea das mudas de cebola
Respostas semelhantes nesse sentido foram encontradas para a cultura da alface por
Quijano (1999) e Morselli (2001)
Pereira et al (2002) concluiacuteram em trabalho realizado com a cultivar de cebola
CNPF1 6400 em Minas Gerais que a utilizaccedilatildeo de 20 t ha de esterco de curral
proporcionou os melhores resultados para a produccedilatildeo de cebola
Silva Juacutenior amp Giorgi (1992) e Menezes Juacutenior (1998) citam que doses elevadas
de mateacuteria orgacircnica podem prejudicar a primeira fase da germinaccedilatildeo (embebiccedilatildeo) e
absorccedilatildeo de aacutegua pelas raiacutezes das placircntulas No entanto no presente trabalho este fato
natildeo ocorreu embora a dose de esterco utilizada tenha sido de 60 t ha 1 (dose maacutexima
recomendada segundo Nolla 1982)
413 Anaacutelise de macronutrientes no tecido vegetal
Os resultados dos conteuacutedos de nitrogecircnio foacutesforo potaacutessio caacutelcio e magneacutesio no
tecido vegetal sob diferentes adubaccedilotildees encontrados na Tabela 3 indicam mais uma
vez a superioridade da adubaccedilatildeo esterco com 0 uso ou natildeo de biofertilizantes
36
TABELA 3 Conteuacutedos (mg planta1) de nitrogecircnio foacutesforo potaacutessio caacutelcio e
magneacutesio no tecido vegetal de mudas de cebola Petrolini cultivadas sob
uma perspectiva agroecoloacutegica Pelotas-RS 2003
BIOFERTILIZANTES LIacuteQUIDOS i J B
ADUBACcedilAtildeO S Magro + MB4 +DE BASE Urina + Calda Urina + Calda Testemunha
Bordalesa Bordalesamg plantas1
---- Nitrogecircnio-----30 t ha de vermicomposto 16593 c AB 15451 c B 19050 b A45 t ha de vermicomposto 21444 b A 22888 b A 17852 b B60 t ha de esterco de curral 32606 a C 37593 a B 40816 a A
--------------- ------ Foacutesforo------- -------------30 t ha de vermicomposto 3098 c B 2802 c B 3999 b A45 t ha de vermicomposto 4109 b A 4135 b A 2788 c B60 t ha de esterco de curral 5300 a B 7577 a A 7565 a A
------- Potaacutessio------30 t ha de vermicomposto 24327 c A 19900 c B 24965 b A45 t ha de vermicomposto 29113b A 29812 b A 22031 b B60 t ha de esterco de curral 44070 a B 51976 a A 54101 a A
-------- Caacutelcio-------30 t ha de vermicomposto 5027 c A 4356 c A 4834 b A45 t ha de vermicomposto 6114b A 6963 b A 4379 b B60 t ha de esterco de curral 9030 a C 11451 a A 10331 a B
------Magneacutesio-----30 t ha de vermicomposto 1188 b A 914 c A 1202 b A45 t ha de vermicomposto 1231 b B 1582 b A 1176 b B60 t ha de esterco de curral 2136a B 2443 a A 2663 a AMeacutedias seguidas pela mesma letra minuacutescula para as colunas (adubaccedilatildeo de base) e maiuacutesculas para as linhas (biofertilizantes) natildeo diferem entre si pelo teste de Duncan a
Em relaccedilatildeo agraves adubaccedilotildees de base observa-se que o melhor tratamento foi o
esterco de curral para todas as variaacuteveis Para 1 VB (30 t ha^ 1 de vermicomposto) natildeo
houve resposta diferenciada com o uso de bofertilizantes para todas as variaacuteveis A
adubaccedilatildeo 15 VB (45 t ha 1 de vemicomposto) foi influenciada pelos biofertilizantes
para as variaacuteveis N P K e Ca enquanto que para Mg somente o MB4+U+CB o
influenciou O EC (esterco de curral) mostrou diferenccedila significativa apenas para as
variaacuteveis Ca e Mg quando adicionado MB4+U+CB
Segundo Peixoto (2000) eacute fundamental a adiccedilatildeo de adubos orgacircnico no cultivo de
hortaliccedilas seja na forma de esterco decomposto composto ou huacutemus de minhoca de
37
modo a fornecer melhorias nas propriedades do solo vindo a disponibilizar os nutrientes
as diferentes culturas
O esterco fresco conteacutem muita cama celuloacutesica e um elevado teor de aacutegua No
esterco curtido a celulose jaacute estaacute decomposta o teor de aacutegua estaacute reduzido agrave metade e os
nutrientes em uma forma mais assimilaacutevel e mais concentrada O esterco fresco pode
causar uma deficiecircncia temporaacuteria de nitrogecircnio no solo ao se decompor o que natildeo
acontece com o biestabilizado (Kiehl 1985)Ocorre uma diminuiccedilatildeo inicial no volume
de aacutegua retido no esterco de curral diminui inicialmente em tomo de 3581 liberando
posteriormente somente 496 evidenciando a sua capacidade de retenccedilatildeo de aacutegua
(Menezes Juacutenior 1998)
A utilizaccedilatildeo continuada de adubos nitrogenados minerais no solo altera o balanccedilo
do nitrogecircnio entre o solo e planta No meacutetodo biodinacircmico eacute sublinhada a importacircncia
dos adubos animais para o estabelecimento da fertilidade permanente dos solos (Koeff
et al 1983)
Para Guimaratildees (1997) os benefiacutecios que a mateacuteria orgacircnica imprime ao solo
principalmente melhorando a produtividade fertilidade e a influencia que as substancias
huacutemicas exercem sobre o ambiente dependem da qualidade e do teor de mateacuteria
orgacircnica do solo Estas substacircncias por conterem nutrientes em sua constituiccedilatildeo em uma
forma mais disponiacutevel para as plantas promovem um equiliacutebrio no ambiente no solo
(Kononova 1966)
Aproximadamente de 60 a 70 do total de carbono do solo ocorre na forma de
materiais huacutemicos (Griffith amp Schnitzer 1975) sendo a eles atribuiacutedo a manutenccedilatildeo da
bioestrutura do solo aumentando a capacidade de retenccedilatildeo de aacutegua (Brady 1999)
Conforme Compagnoni amp Putzolu (1985) os estercos bem como os demais
resiacuteduos orgacircnicos apresentam conteuacutedos diferentes de aacutecidos huacutemicos e fuumllvicos sendo
atribuiacutedo ao acido huacutemico uma accedilatildeo fitoestimulante semelhante aos fitohormocircnios por
favorecer o desenvolvimento do sistema radicular e crescimento do caule
Em trabalho realizado por Guimaratildees (1997) foi encontrado para aacutecidos huacutemicos
de esterco bovino uma relaccedilatildeo CN 1035 e para vermicomposto bovino 17
evidenciando que o esterco quando aplicado ao solo por apresentar uma relaccedilatildeo CN
proacutexima deste reage mais facilmente liberando nutrientes para as plantas sem alterar a
cadeia troacutefiacuteca Dados encontrados no presente trabalho demonstram a eficiecircncia do
esterco nesse sentido
38
De acordo com Morselli (2001) vaacuterios trabalhos citam comentam e discutem a
capacidade dos vermicompostos em proporcionar oacutetimas colheitas e favorecer a
precocidade das plantas cultivadas Poreacutem muitas vezes se observa que mesmo
suprindo essas plantas com nutrientes necessaacuterios atraveacutes de huacutemus de diferentes fontes
as respostas natildeo satildeo as mesmas para uma mesma cultivar
Por outro lado os resultados com o uso de substacircncias huacutemicas satildeo variaacuteveis e
dependem aleacutem da espeacutecie testada das substacircncias huacutemicas utilizadas sua
concentraccedilatildeo o grau de purificaccedilatildeo e das condiccedilotildees experimentais A resposta das
plantas aos aacutecidos huacutemicos e fuacutelvicos eacute dependente da mateacuteria prima original e da
espeacutecie vegetal pois materiais orgacircnicos diferentes apresentam aacutecidos huacutemicos e
fuacutelvicos diferentes (Businelli 1990)
Justificam-se os maiores conteuacutedos de nitrogecircnio foacutesforo potaacutessio e caacutelcio nas
adubaccedilotildees 15 VB (45 t ha 1 de vermicomposto) e biofertilizantes devido
provavelmente ao vermicomposto utilizado apresentar na sua constituiccedilatildeo teores
consideraacuteveis destes elementos aleacutem do que os biofertilizantes possam ter influenciado
na absorccedilatildeo atraveacutes de sua constituiccedilatildeo Tibau (1984) considera que a urina de vaca eacute
rica em aacutecido indol-aceacutetico e este influencia na absorccedilatildeo radicular O efeito positivo
deste tratamento provavelmente seja devido agrave quantidade aplicada
O biofertilizante que se destacou foi o MB4+U+CB em relaccedilatildeo ao EC (esterco de
curral) e eacute somente para a variaacutevel caacutelcio Isto provavelmente seja devido ao alto teor
deste elemento encontrado na sua constituiccedilatildeo (6872 g Kg1) e pela influecircncia positiva
que a calda bordalesa exerce no metabolismo das plantas atraveacutes dos nutrientes
contidos em sua formulaccedilatildeo O Ca controla a absorccedilatildeo radicular e retorna ao solo pelo
esterco e palhas por apresentar-se em maior quantidade em folhas e caules Depois de
localizado nas folhas fica imoacutevel favorecendo a resistecircncia da planta ao ataque de
fungos
Este trabalho avanccedila no estudo da agroecologia estando claro que todos os
criteacuterios tem caraacuteter dinacircmico de adequaccedilatildeo as mudanccedilas de um sistema de produccedilatildeo
em evoluccedilatildeo contribuindo na transiccedilatildeo para um padratildeo sustentaacutevel Cabe a pesquisa a
reorientaccedilatildeo para um enfoque ldquosistecircmicordquo isto eacute que permita integrar os diversos
componentes de um agroecossistema e a adoccedilatildeo de poliacuteticas puacuteblicas que promovam 0
fortalecimento e a expansatildeo da agricultura familiar
39
5 CONCLUSOtildeES
Considerando os resultados obtidos e as condiccedilotildees em que o estudo foi realizado
conclui-se que
bull As respostas agronocircmicas das mudas de cebola para os paracircmetros avaliados
satildeo mais satisfatoacuterias com a aplicaccedilatildeo de esterco de curral como adubaccedilatildeo de
base
bull Os biofertilizantes mais urina de vaca e calda bordalesa proporcionam
respostas satisfatoacuterias quando aplicados associados agraves adubaccedilotildees de base
bull O biofertilizante MB4 mais urina de vaca e calda bordalesa eacute mais eficiente
que o super magro mais urina e calda bordalesa quando aplicado associado agrave
adubaccedilatildeo de base esterco de curral para os conteuacutedos de fitomassa secae
fresca da parte aeacuterea das plantas altura e diacircmetro de colo das mudas de
cebola
bull Os biofertilizantes adicionados agrave adubaccedilatildeo de base 45 t harsquo 1 de vermicomposto
bovino mostram respostas significativas para os conteuacutedos de fitomassa seca
bull Os maiores conteuacutedos nutricionais para as mudas de cebola satildeo
proporcionados pela adubaccedilatildeo de base esterco de curral
bull A maior absorccedilatildeo de caacutelcio pelas mudas de cebola ocorre quando da adiccedilatildeo do
biofertilizante MB4 mais urina e calda bordalesa agrave adubaccedilatildeo de base esterco de
curral
40
6 REFEREcircNCIAS BIBLIOGRAacuteFICAS
ALDRIGHI CB ABREU CM PAGLIA AG MORSELLI TBGA FERNANDES HS Efeito da aplicaccedilatildeo de biofertilizante e urina de vaca em mudas de tomateiro Horticultura Brasileira v20 n2 julho 2002 Suplemento 2
ALTIERI M NICHOLLS C I Agroecologia Teoria praacutectica para umaAgricultura Sustentable Ia ed PNUMA 2000 Cap 2 4 Seacuterie textos baacutesicos para la formacioacuten ambiental
ALTIERI M Agroecologia bases cientiacuteficas para uma agricultura sustentaacutevelGuaiacuteba Agropecuaacuteria 2002 592 p
ANTONIOLLI Z I GIRACCA E M N CARDOSO S J T WIETHAN M M S FERRI M Iniciaccedilatildeo agrave Minhocultura Criaccedilatildeo em Cativeiro e Vermicompostagem Santa Maria UFSM 1996 p59-89
BAYER C MIELNICZUC J Dinacircmica e funccedilatildeo da mateacuteria orgacircnica In SANTOS G de A S e CAMARGO F A de O (ed) Fundamentos da mateacuteria orgacircnica do solo ecossistemas tropicais e subtropicais Porto Alegre Genesis 1999 p 3-23
BARRETTO D X Composto Orgacircnico In Praacutetica em Agricultura Orgacircnica Satildeo Paulo iacutecone Ed Ltda 1985 p 51-63
BETTIOL W Alguns produtos alternativos para o controle de doenccedilas de plantasem agricultura orgacircnica II Ciclo de palestras sobre agricultura orgacircnica Instituto Bioloacutegico Satildeo Paulo p52-63 1997
41
BETTIOL W TRACH R GALVAtildeO JAH Controle de doenccedilas de plantas com biofertilizantes Jaguariuacutena EMBRAPA-CNPMA 1997 22p (EMBRAPA- CNPMA Circular Teacutecnica 02)
BRADY N C Natureza e propriedades dos sotos Rio de Janeiro Freitas BastosS A 1979 647p
BRADY N C Organisms and ecology of the soil In The nature of properties of soils Simon amp Schuster A Viacon Company New Jersey1999 402-489p
BON1LLA J A Fundamentos da Agricultura Ecoloacutegica Sobrevivecircncia eQualidade de Vida Satildeo Paulo Nobel 1992
BUREacuteS S Substratos Ediciones Agroteacutecnicas S L Madrid Octubre 1997
BUS1NELLI M Chemical Composition and Enzymic Activity of some Worm Cast Plant Soil v 80 p 1-2 1990
CALEGARI A Espeacutecies para cobertura de solo In IAPAR (Instituto Agronocircmico de Paranaacute) Plantio Direto pequena propriedade sustentaacutevel organizador Moacir Darolt Londrina - PR 1998 65-93
CAMARGO P N D Manual de Adubaccedilatildeo Foliar Satildeo Paulo Herba 1975
CAPRA F A Teia da Vida Satildeo Paulo Cultrix 1997 256p
CAPRA F O Ponto de Mutaccedilatildeo 22 ed Satildeo Paulo Cultrix 2001 447p
CHABOUSSOU F Plantas doentes pelo uso de agrotoacutexicos (A Teoria da Trofobiose) Porto Alegre LPM 1987 253 p
CLARO S A Referencias tecnoloacutegicos para a agricultura familiar ecoloacutegica aexperiecircncia da Regiatildeo Centro-Serra do Rio Grande do Sul Porto Alegre EMATERRS-ASCAR 2001 250p
CLIVELA G Diagnoacutestico Agronocircmico da cebola no Rio Grande do Sul Porto Alegre EMATERRS 1995 8 6 p
COMISSAtildeO DE FERTILIDADE DO SOLO - RSSC Recomendaccedilotildees de adubaccedilatildeo e calagem para os estados do Rio Grande do Sul e Santa Catarina 3 ed Passo Fundo SBCS - Nuacutecleo Regional Sul 1995 223p
COMPAGNONI L PUTZOLU G Cria moderna de Ias lombrices y utilizacioacutenrentable dei humus Barcelona Editorial de Vecchi- SA 1985127p
COSTABEBER J A MOYANO E Transiccedilatildeo agroecoloacutegica e accedilatildeo social coletiva Agroecologia e Desenvolvimento Rural Sustentaacutevel Porto Alegre v l n4 p 50- 60 outdez 2 0 0 0
42
COSTA M B B da Adubaccedilatildeo orgacircnica Nova siacutentese e novo caminho para aagricultura Satildeo Paulo Ed iacutecone Ltda 1985 102p
COSTA NETO C Agricultura Sustentaacutevel Tecnologias e Sociedade In CARVALHO COSTA LF et al (org) Mundo Rural e Tempo Presente Rio de Janeiro Mauad 1999
DrsquoAG0ST1NI R L FANTINI A C Produccedilatildeo orgacircnica tambeacutem socialmente excludente Agroecologia e Desenvolvimento Rural Sustentaacutevel Porto Alegre v3 n l p57-61 2002
DALPONTE J C V Utilizaccedilatildeo de materiais orgacircnicos e fertilizante mineral na produccedilatildeo e qualidade de mudas e bulbos de cebola (Alliurn Cepa L) Pelotas-RS 1990 (Mestrado em Agronomia) - Faculdade de Agronomia Eliseu Maciel UFPel 1990
DEBARBA J F THOMAZELLI L F GANDIN C L SILVA E Cadeias produtivas do Estado de Santa Catarina Cebola Florianoacutepolis Epagri 1998 115 p (EPAGRI Boletim Teacutecnico 96)
DUFOUR F Os saacutebios loucos do agro-alimentar Le Monde Diplomatique ano 1 n4 p6-7 1999 (ed portuguesa)
EHLERS E Agricultura Sustetaacutevel Origem e perspectivas de um novo paradigma 2 ed Guaiacuteba Agropecuaacuteria 1999 157 p
FILGUEIRA F A R Novo Manual de olericultura agrotecnologia moderna na produccedilatildeo e comercializaccedilatildeo de hortaliccedilas Viccedilosa UFV 2000 402 p
FRASER G K Mateacuteria Orgacircnica Del Suelo In BEAR F E (ed) Quiacutemica dei Suelo Madrid Ed Agrociencia 1963
FOLLET R H MURPHY L S DONAHUE R L Fertilizers and soil amendments New Jersey Printice-Hall Inc 1981 557p
GARCIA A Revista dei Espacio Rural Georgica Zaragoza Escuela Politeacutecnica de Huesca n5 1997
GARCIA A Versatildeo preliminar de um Programa Estadual de Produccedilatildeo e Comercializaccedilatildeo de Bulbos e Sementes de CebolaEMBRAPAIPAGROMARAEMATER 6 8 pbdquo 1990 (Publicaccedilatildeo avulsa)
GIORGETT1 J R Produccedilatildeo e Comercializaccedilatildeo de Mudas de Tomate In Encontro Nacional de Produccedilatildeo e Abastecimento de Tomate 2 1991 Jaboticabal Satildeo Paulo Anais Jaboticabal UNESP 1991 p 242-244
GLIESSMAN S R Agroecologia Processos ecoloacutegicos em agricultura sustentaacutevelPorto Alegre Universidade Federal do Rio Grande do Sul - UFRGS 2000 653p
43
GLIESSMAN S R TURRIALBA C R Agroecologia Procesos Ecoloacutegicos en Agricultura Sostenible CATIE 2002 p 3-14
GNOATTO S C Caracterizaccedilatildeo quiacutemica de vermicompostos de diferentes substratos orgacircnicos Pelotas-RS 1999 38 f (Mestrado em Agronomia - Solos) - Faculdade de Agronomia Eliseu Maciel UFPel 1999
GOMES J C C BORBA M F S A moderna crise dos alimentos oportunidade para a agricultura familiar Emater Porto Alegre julset 2000 Disponiacutevel em lthttpwwwematertchebrdocsagroecorevistan313-artigo3htmgtAcesso em 24 fev 2002
GOMEZ H W Desenvolvimento sustentaacutevel agriacutecola e capitalismo In Desenvolvimento sustentaacutevel Necessidade eou disponibilidade Santa Cruz do Sul Nobel - UNISC 1997 p 65-77
GONZAacuteLEZ DE MOLINA M SEVILLA GUZMAacuteN E Ecologia campesinado e historia Para una reinterpretacioacuten dei desarrollo dei capitalismo en la agricultura In SEVILLA GUZMAacuteN E GONZAacuteLEZ DE MOLINA M (ed) Ecologia campesinado e historia Madrid La Piqueta 1993 p 23-129
GRIFFITH S A SCHNITZER M Analytical characteristic of humic and fulvic acids extracted from tropical volcanic soils Soil Sei Soc Am Proc v 39 p361-367 1975
GUIMARAtildeES E Caracterizaccedilatildeo quiacutemica estreptoscoacutepica e por anaacutelise teacutermica de aacutecidos huacutemicos e vermicompostos obtidos de estercos de diferentes animaisCuritiba 1997 Dissertaccedilatildeo (Mestrado em Quiacutemica) Universidade Federal do Paranaacute 1997
HESS A F Sociedade e meio ambiente uma relaccedilatildeo ambiacutegua Revista Cientiacutefica Rural Bageacute v 4 n2 p 167-1741999
ICEPA-SC Informes conjunturais sobre a cultura da cebola Disponiacutevel em lthttpwwwicepa combrgt Acesso em 23 jan 2003
JONES H A MANN L K Onions and their allies New York Interscience Publishers 1962 286 p
JUacuteNIOR H A de MAIORANO J A Receitas obtidas de extratos de plantasCampinas CATITerra Viva [199-] 10 f
KHATOUNIAN C A Ciclo de Palestras sobre Agricultura Orgacircnica 2a Ed SatildeoPaulo Fund Cargill 1997 149 p
KIEHL E J Fertilizantes Orgacircnicos Satildeo Paulo Ed Agronocircmica Ceres Ltda 1985 492p
44
KOEFF H H PETTERSSON B D SHAUMANN W Vida Vegetal solos e adubaccedilatildeo In Agricultura Biodinacircmica Satildeo Paulo Nobel 1983 p92-149
KONONOVA M M Soil organic matter The importance o f organic matter in soil formation and soil fertility New York Pergamqn Press 1961 p 165-200
KUHN T A Estrutura das Revoluccedilotildees Cientiacuteficas Satildeo Paulo Perspectiva 1989 257p
LANNA FCA ABREU C L ABREU J G SILVA V Resposta de cultivares de melancia cultivadas sob adubaccedilatildeo quiacutemica e orgacircnica Horticultura v 12 n l p85 1994
LEFF H Saber Ambiental Petroacutepolis Vozes 2001 343 p
MAGALHAtildeES J R Nutriccedilatildeo e adubaccedilatildeo da cebola In FERREIRA M E CASSTELLANE P D CRUZ M C P Nutriccedilatildeo e adubaccedilatildeo de hortaliccedilasPiracicaba POTAFOS 1993 p 381-393
MALAVOLTA E Elementos de nutriccedilatildeo mineral de plantas Satildeo Paulo Ed Agronocircmica Ceres Ltda 1980 251 p
MALAVOLTA E Manual de Quiacutemica Agriacutecola - Adubos e Adubaccedilatildeo 3a ed SatildeoPaulo Ed Agronocircmica Ceres Ltda 1981 606 p
MARTINEZ A A A grande e Poderosa Minhoca Jaboticabal Funep - Unesp1990 101 p
MARTINS S R Desenvolvimento e Sustentabilidade Horticultura Brasileira Brasiacutelia-DF v20 n2 julho 2002 Palestra apresentada no 42deg Congresso Brasileiro de Olericultura
MARTINS S R Limites Del Desarrollo Sostenible em Ameacuterica Latina En el marco de Ias poliacuteticas de (re)ajuste econocircmico Pelotas Editora UFPel 1997 135 P-
MARTINS S R Sustentabilidade na agricultura dimensotildees econocircmicas sociais e ambientais Revista Cientiacutefica Rural Bageacute v4 n 2 p 175-1871999
MATURANA H REZEPKA S N D E Formaccedilatildeo Humana e Capacitaccedilatildeo Rio de Janneiro Vozes 2000 8 6 p
MELLO A F SOBRINHO M O ARZOLLA S SILVEIRA R NETTO A C KIEHL J C Fertilidade do Solo Satildeo Paulo Nobel 1983
MENEZES JUacuteNIOR F O G D Caracterizaccedilatildeo de Diferentes substratos hortiacutecolas e seu efeito na produccedilatildeo de mudas de alface e couve-flor em ambiente protegido Pelotas 1998 141 p Dissertaccedilatildeo (Mestrado em Agronomia - Produccedilatildeo Vegetal) - Faculdade de Agronomia Eliseu Maciel UFPel 1998
45
MIBASA Mineraccedilatildeo Barreto SA Melhorador de Solos MB4 A Natureza Agradece Arapiraca-AL [199-] Folder
MINAMI K Os resumos da olericultura 2000 In AZEVEDO FILHO MARTINEZ FILHO (ed) Preccedilos agriacutecolas Piracicaba ESALQ 1999 p 4
MINAMI K Produccedilatildeo de Mudas de Alta Qualidade em Horticultura Satildeo Paulo TA Queiroz 1995
MORSELLI T B G A Cultivo sucessivo de alface sob adubaccedilatildeo orgacircnica em ambiente protegidoPelotas 2001 178 p Tese (Doutorado em Agronomia - Produccedilatildeo Vegetal) Faculdade de Agronomia Eliseu Maciel UFPel 2001
MORSELLI T B G A Resiacuteduos orgacircnicos em sistemas agriacutecolas Poliacutegrafo da Disciplina de Resiacuteduos orgacircnicos em sistemas agriacutecolas Curso de Poacutes-Graduaccedilatildeo em Agronomia-Produccedilatildeo Vegetal UFPel 2002
MULLER AM Efeitos da Aplicaccedilatildeo Foliar de um Biofertilizante Enriquecido no Estado fitossanitaacuterio de Tomate Ervilha e Beterraba Sob Manejo OrgacircnicoDissertaccedilatildeo (Mestrado no Programa de Poacutes-Graduaccedilatildeo em Agroecossistemas)1999 (Resumo)
NOLLA D Erosatildeo do Solo - O grande desafio Estado do Rio Grande do Sul SEAGRI desenvolvimento de recursos naturais renovaacuteveis 1982 412 p
PAGLIA AG MORSELLI TBGA PEIL RMN Teores de nutrientes pH e condutividade eleacutetrica da aacutegua em sistema ldquofloat^ngrdquo sob adiccedilatildeo de biofertilizantes Horticultura Brasileira v 20 n2 julho 2002 Suplemento 2
PAULUS G MULLER A BARCELLOS LAR Agroecologia aplicada praticas e meacutetodos para uma agricultura de base ecoloacutegica 2ed ver ampl Porto Alegre EMATERRS 2001 8 6 p
PEIXOTO R T dos G Composto orgacircnico aplicaccedilotildees benefiacutecios e restriccedilotildees de uso Horticultura Brasileira Brasiacutelia-DF v 18 p 56-64 julho 2000
PENTEADO SR Defensivos Alternativos e Naturais Satildeo Paulo 1999 95 p
PEREIRA AJ SOUZA RJ PEREIRA WR Efeito de diferentes doses de esterco de galinha e de curral sobre a produccedilatildeo de cebola Horticultura Brasileira v20 n2 julho 2002 Suplemento 2
PINHEIRO S BARRETO SB MB-4 agricultura sustentaacutevel trofobiose e biofertilizantes Fundaccedilatildeo Juquira CandiruMibasa 2000 273 p
PRIMAVESI A Agricultura Sustentaacutevel Satildeo Paulo Nobel 1992 142 p
PRIMAVESI A O manejo ecoloacutegico do solo Agricultura em regiotildees tropicais SatildeoPaulo Nobel 1982 541 p
46
PURCINO A A C ldquoNitrogecircniordquo Informe Agropecuaacuterio Belo Horizonte v7 n81 p 16-27 1981
QUIJANO F G Efeito da adubaccedilatildeo orgacircnica no desenvolvimento de duas cultivares de alface em ambiente protegido Pelotas 1999 116f Dissertaccedilatildeo (Mestrado em Agronomia - Produccedilatildeo Vegetal) Faculdade de Agronomia Eliseu Maciel UFPel 1999
RODRIGUES A N N Efeitos e residuais de superfosfato triplo sobre o rendimento de mateacuteria seca e absorccedilatildeo de foacutesforo pela aveia (Avena strigosa Schob) em solo Podzoacutelico Vermelho Escuro Porto Alegre 1984 59f Dissertaccedilatildeo (Mestrado em Agronomia) - Faculdade de Agronomia UFRGS 1984
RODRIGUES E T CASALI V W D Respostas da alface agrave adubaccedilatildeo orgacircnica II Teores conteuacutedos e utilizaccedilatildeo de macronutrientes em cultivares Rev Ceres Viccedilosa v 45 n 261 p 437-449 1998
SAMINEcircS T C O Produccedilatildeo orgacircnica de alimentos Horticultura Brasileira Brasiacutelia-DF v 17 n3 novembro 1999
SCHIEDECK G Ambiecircncia e resposta agronocircmica de meloeiro (Cucumis melo L) cultivado sob adubaccedilatildeo orgacircnica em ambiente protegido Pelotas lOOp Tese (Doutorado em Agronomia - Produccedilatildeo Vegetal) - Faculdade de Agronomia Eliseu Maciel UFPel 2002
SILVA JUacuteNIOR A A GIORGI E Substratos alternativos para a produccedilatildeo de mudas de tomate Agropecuaacuteria Catarinense Florianoacutepolis EPAGRI 1992 23 p
SILVA JUacuteNIOR A A MACEDO S G STUKER H Utilizaccedilatildeo de esterco de peru na produccedilatildeo de mudas de tomateiro Florianoacutepolis EPAGRI 1995 28 p (Boletim Teacutecnico 73)
TAGLIARI PS GRASSMANN H Minhoca a grande aliada da agricultura Agropecuaacuteria Catarinense v8 n l p 11-14 mar 1995
TEDESCO M J GIANELLO C Anaacutelises de solo plantas e outros materiais Porto Alegre Faculdade de Agronomia Departamento de Solos Universidade Federal do Rio Grande do Sul RS 1996
TENNANT D A Test of modified line intersect method of estimating root lenght Journal Ecology Oxford v 63 p 995-1001 1975
TIBAU A O Mateacuteria Orgacircnica do Solo Mateacuteria Orgacircnica e Fertilidade do SoloSatildeo Paulo Nobel 1984 p49-182
TIMM P J Anaacutelise comparativa dos sistemas de plantio convencional e cultivo miacutenimo de cebola sob adubaccedilatildeo orgacircnica e mineral Pelotas 2000 79 p Dissertaccedilatildeo (Mestrado em Agronomia - Produccedilatildeo Vegetal) - Faculdade de Agronomia Eliseu Maciel UFPel 2000
47
VALENZUELA HR CROSBY C Effect of compost applications on the yield of several vegetables in long-term organic farming experiments conduced in the tropics American Society Horticultural Science v33 n3 june 1998
VIGLIZZO E (ed) Subprograma Recursos Naturais y Sostenibilidad Agriacutecola documento marco Montevideo IICAPROCISUR 1995 p 75 - 78
WE1D J M TARDIN J M Proposta para a Ampliaccedilatildeo do Trabalho da ASPTA no Centro Sul do Paranaacute ASPTA Disponiacutevel em http wwwpronafgovbrEncontrotestosAS20PTA20Sul20ParanE1205 202002doc Acesso em 05 mai 2002
XAVIER SIMOacuteN F DOMINGUES D G Desenvolvimento Rural Sustentaacutevel uma perspectiva agroecoloacutegica Agroecologia e Desenvolvimento Rural Sustentaacutevel Porto Alegre EM ATERRS v2 n2 p 17-26 2001
ZABALETA J P Diagnoacutestico da Agricultura Familiar em Satildeo Joseacute do Norte - RSPelotas EMBRAPA-CPACT 1998 75 p (EMBRAPA-CPACT Documentos 44)
ZONTA E P MACHADO A A SILVEIRA P Sanest Sistema de anaacutelise estatiacutestica para microcomputadores Registrado na Secretaria Especial de Informaacutetica sob nuacutemero 066060 - categoria A Pelotas-RS Universidade Federal de Pelotas 1984
48
7 APEcircNDICE
APEcircNDICE A - Anaacutelise da adubaccedilatildeo de base e biofertilizantes utilizados na produccedilatildeo de mudas de cebola
TABELA 1 A Anaacutelise baacutesica do solo antes da incorporaccedilatildeo do feijatildeo miuacutedo + papua
Arg
pH IND
SMP
MO
P - n r - Na Al Ca__10Omlmdash
Mg
ppm -
6 53 67 089 8 6 27 1 04 05 0 2
Fonte LASFAEMUFPel (2002)
TABELA 2A Anaacutelise complementar do solo antes da incorporaccedilatildeo do feijatildeo-miuacutedo + papua
Cobre Zinco Manganecircs Ferro
(m v1)
04 05 26 007
Fonte LASFAEMUFPel (2002)
49
TABELA 3A Anaacutelise dos fertilizantes soacutelidos
Amostra pH limidade CN
C N P K Ca Mg
- g-ivg --
Cama de 849 2491 12 31042 2479 3888 3405 29875 463
aves
Esterco 74 3594 11 677 590 157 134 335 214
de curral
Huacutemus 684 5738 14 15965 1098 453 745 743 361
Fonte LASFAEMUFPel (2002)
TABELA 4A Anaacutelise quiacutemica dos biofertilizantes liacutequidos
Amostra N P K_ccedil H
Ca Mg Cu Zn Fe Mn
mdashgL bull
S Magro
m b 4
Urina
053
1652
8 2 2
008
395
0 0 0
149
1674
471
1902
6872
0 0 0
1150
4507
1172
7273
42
033
101389
920
0 0 0
6250
19458
781
35273
1123
0 2 1
Fonte LASFAEMUFPel (2002)
50
APEcircNDICE B - Condiccedilotildees climaacuteticas do local
TABELA 1B Condiccedilotildees de temperatura do local
___________ __________TEMPERATURA (degCgt
meses Meacutedia
Maacutexima
Meacutedia
MiacutenimaMeacutedia
Maacutexima
Absoluta
Miacutenima
Absoluta
Junho 225 87 156 320 25
Julho 225 85 155 285 30
Agosto 251 71 161 360 1 0
Fonte FEPAGROSCT 2002
TABELA 2B Condiccedilotildees de chuva do local
mdash CHUVA (mm)mdash
meses Ocorrida Normal Desvio Da Normal
Junho 1080 1 1 0 -2 0
Julho 1062 98 8 2
Agosto 1283 1 2 0 83
Fonte FEPAGROSCT 2002
51
TABELA 1C Produccedilatildeo de fitomassa fresca e seca (g) da parte aeacuterea altura de planta
(cm) e diacircmetro de colo (mm) de mudas de cebola Petrolini cultivadas
sob uma perspectiva agroecoloacutegica Pelotas-RS 2003
APEcircNDICE C - Anaacutelise estatiacutestica da parte aeacuterea
Causas G1 FFPA FSPA AP DC
da variaccedilatildeo --------- Quadrados meacutedios-
Blocos 3
Ad Base 2 175359071 1287102 2547419 1 11775
Biofertilizantes 2 126876 29011 87669ns 02185ns
Ad x Biofert 4 572378 31123 69106ns 04159
Resiacuteduo 24 34456 03048 27169 00290
Total 35
Meacutedia geral 93745 8772 320388 6741
CV 1980 6294 5145 2530
Significativo a 5ns Natildeo significativo
52
TABELA 1D Produccedilatildeo de fitomassa fresca e seca (g) comprimento (cm) e densidade
de raiacutezes (m cm3) de mudas de cebola Petrolini cultivadas sob uma
perspectiva agroecoloacutegica e razatildeo parte aeacutereasistema radicular Pelotas-
RS 2003
APEcircNDICE D - Anaacutelise estatiacutestica da raiz
Causas G1 FFR FSR CR RPASR DR
da variaccedilatildeo Quadrados meacutedios---------------
Blocos 3
Ad Base 2 27874 551 623 2 1 0 140
Biofertilizantes 2 178 0 1 0 ni 1504 l03ns 038ns
Ad x Biofert 4 190 058 318 294 183
Resiacuteduo 24 005 009 028 023 0 2 1
Total 35
Meacutedia geral 1818 228 184 387 333
C V 134 1356 448 1253 1396
Significativo a 5 ns Natildeo significativo
53
APEcircNDICE E - Anaacutelise estatiacutestica dos macronutrientes da parte aeacuterea da cebola
TABELA 1E Conteuacutedos (mg planta1) de nitrogecircnio foacutesforo potaacutessio caacutelcio e
magneacutesio no tecido vegetal de mud^s de cebola Petrolini cultivadas
sob uma perspectiva agroecoloacutegica Pelotas-RS 2003
Causas G1 bull N P K Ca Mg
da variaccedilatildeo
Blocos 3
Ad Base 2 13550306 446627 25509686 1031806 59007
Biofertilizantes 2 180610ns 16564 68153ns 39006 876ns
Ad x Biofert 4 454187 45743 1047539 46950 2464
Resiacuteduo 24 29769 1453 64313 3741 439
Total 35
Meacutedia geral 24921 4597 33366 6943 1615
C V 692 829 760 880 1297
Significativo a 5 ns Natildeo significativo
APEcircNDICE F - Fotos do experimento
FIGURA 2 Mudas de cebola (Allium cepa L) produzidas sob uma perspectiva agroecoloacutegica
APEcircNDICE F a Fotos do experimento
FIGURA 1 Adubaccedilatildeo verde com feijatildeo-miuacutedo e papuatilde utilizadas no manejo do solo
FIGURA 2 Mudas de cebola (Allium cepa L) produzidas sob urna perspectiva agroecoloacutegica
13
O composto humificado ou curado eacute rico em nutrientes que passaram parcialmente
da forma orgacircnica para a forma mineral assimilaacutevel pelas raiacutezes e com maior teor
coloidal que atua como fertilizante e eacute responsaacutevel pela capacidade melhoradora do
solo (Barreto 1985)
Uma das principais alternativas em termos de adubaccedilatildeo orgacircnica eacute o
vermicomposto Ele eacute um adubo orgacircnico estaacutevel rico em nutrientes inodoro de
coloraccedilatildeo escura obtido a partir da atividade das minhocas que potencializam a mateacuteria
prima utilizada no processo (principalmente esterco de bovino) proporcionando
diversos benefiacutecios para as plantas (Timm 2000)
231 Efeitos da adubaccedilatildeo orgacircnica no solo
O solo funciona como um organismo vivo em 1 grama de solo saudaacutevel vive uma
comunidade bioloacutegica de aproximadamente 1 0 0 0 0 espeacutecies diferentes como minhocas
larvas besouros colecircmbolos aacutecaros algas bacteacuterias e fungos Estes organismos
necessitam de alimentos para viver principalmente carbono e nitrogecircnio que estatildeo
presentes na palhada das culturas e no esterco de animais Em funccedilatildeo disso eacute
importante que o solo tenha um determinado teor de mateacuteria orgacircnica para fornecer os
alimentos e energia que os microacutebios precisam para viver (Paulus et al 2001)
O homem atraveacutes dos diferentes sistemas de preparo do solo e cultivos contiacutenuos
ou natildeo altera o comportamento do mesmo em relaccedilatildeo agraves reaccedilotildees quiacutemicas
propriedades fiacutesicas como capacidade de retenccedilatildeo de aacutegua lixiviaccedilatildeo de nutrientes
erosatildeo e como consequumlecircncia afeta a qualidade de organismos presentes no solo (Brady
1999) reduzindo paulatinamente o teor de mateacuteria orgacircnica (Primavesi1982)
Nos uacuteltimos anos tem-se observado em diferentes paiacuteses a ampliaccedilatildeo do uso de
adubos orgacircnicos Alguns apresentam oacutetimos resultados enquanto outros se mostram
tecnicamente inadequados Os principais adubos orgacircnicos encontrados no mercado satildeo
fertilizantes orgacircnicos de origem animal compostos de lixo urbanos compostos de
produtos industriais e huacutemus de minhoca Nestes fertilizantes estatildeo presentes a maioria
dos macronutrientes (nitrogecircnio foacutesforo potaacutessio caacutelcio magneacutesio enxofre) e
micronutrientes (zinco cobre boro ferro cobalto)essenciais para as plantas e nem
sempre encontrados em muitos fertilizantes minerais bem como uma gama de
microorganismos que vatildeo beneficiar a fauna e a flora do solo (Brady 1979 Kiehl
1985 Costa 1985 Garcia 1997)
14
Os adubos orgacircnicos satildeo amplamente empregados nos sistemas de produccedilatildeo de
alface como condicionadores do ambiente quiacutemico e fiacutesico da rizosfera e
consequumlentemente na resposta bioloacutegica das plantas (Rodrigues amp Casali 1998)
Considerando as necessidades hortiacutecolas de maior competitividade e o fato de natildeo
ser subsidiada o crescimento populacional e a industrializaccedilatildeo representam fatores
determinantes na geraccedilatildeo diaacuteria de enormes volumes de resiacuteduos podendo ser utilizados
pelos produtores com um maior retomo econocircmico possiacutevel Ao mesmo tempo a
questatildeo ambiental assume cada vez mais destaque na sociedade moderna repercutindo
em poliacuteticas governamentais bem como no setor produtivo do paiacutes e do mundo
fazendo com que a relaccedilatildeo do homem com a natureza seja repensada (Morselli 2001)
232 Efeitos da adubaccedilatildeo orgacircnica nas culturas
Segundo Paulus et al (2001) a mateacuteria orgacircnica tambeacutem eacute fonte de nutrientes
especialmente nitrogecircnio foacutesforo enxofre e micronutrientes aleacutem disso tem
capacidade de ldquoprenderrdquo micronutrientes e alguns elementos toacutexicos para as plantas
como o alumiacutenio Por exemplo os micronutrientes depois de presos satildeo liberados
lentamente no solo onde satildeo gradativamente aproveitados pelas plantas
O uso dos fertilizantes minerais elevam o custo de produccedilatildeo pois satildeo necessaacuterias
altas doses para o fornecimento dos teores de nutrientes demandados Por isso eacute
importante a geraccedilatildeo de tecnologias que poupem o consumo de fertilizantes minerais
desejaacutevel com vista agrave diminuiccedilatildeo do custo de produccedilatildeo (Rodrigues 1984) A produccedilatildeo
de hortaliccedilas sob a orientaccedilatildeo agroecoloacutegica leva em consideraccedilatildeo natildeo apenas os custos
de produccedilatildeo como tambeacutem a dependecircncia dos insumos principalmente quando se
considera a ldquoteoria da trofobioserdquo pelos efeitos maleacuteficos que os nutrientes prontamente
assimilaacuteveis podem causar as plantas (Chaboussou 1987)
Para Compagnoni amp Putzolu (1985) o vermicomposto eacute um autecircntico fertilizante
bioloacutegico que atua como corretivo do solo determinando caracteriacutesticas importantes
para a microflora pelos aacutecidos huacutemicos e as substacircncias fitoestimulantes Os autores
consideram ainda que as dejeccedilotildees das oligoquetas proporcionam a formaccedilatildeo de huacutemus
permitindo melhorar o solo razatildeo pela qual satildeo destinados agrave horticultura com oacutetimas
vantagens fiacutesicas e microbioloacutegicas enriquecendo a camada araacutevel
Em experimentos desenvolvidos durante cinco anos para avaliar o efeito da
aplicaccedilatildeo de compostos eou adubos nas culturas de alface manjericatildeo espinafre e
15
pepino Valenzuela amp Crosby (1998) compararam as produccedilotildees obtidas com composto
e a fertilizaccedilatildeo padratildeo e concluiacuteram que a utilizaccedilatildeo do composto em 20 Mg ha 1 mais
N-quiacutemico foi o melhor tratamento em todas as culturas estudadas
233 Plantas de cobertura do solo
As plantas mais usadas para adubaccedilatildeo de cobertura do solo satildeo as leguminosas
pois estas tecircm a capacidade de fixar o nitrogecircnio atmosfeacuterico e disponibiliza-lo agrave
cultura Primavesi (1992) cita que utilizando-se mucuna ervilhaca feijatildeo-de-porco
feijatildeo-miuacutedo crotalaacuteria e outras natildeo haacute necessidade de utilizar tanto nitrogecircnio em
cobertura embora natildeo se dispense uma calagem mais frequumlente pois ocorre um pouco
de acidificaccedilatildeo no solo como com qualquer adubaccedilatildeo nitrogenada Segundo a mesma
autora algumas leguminosas tecircm a capacidade de mobilizar o foacutesforo como o caupi
(feijatildeo-miuacutedo) outras mobilizam o caacutelcio como tremoccedilo
Para Brady (1999) a adubaccedilatildeo verde traz grandes benefiacutecios como suprimento de
mateacuteria orgacircnica sendo consideraacutevel a quantidade de resiacuteduos orgacircnicos devolvidos ao
solo adiccedilatildeo de nitrogecircnio nutrientes e conservaccedilatildeo do solo
Calegari (1998) comenta que quanto aos aspectos fiacutesicos os resiacuteduos tendem a
contribuir para uma melhoria da estrutura do solo percebida pelo aumento da
estabilidade dos agregados em aacutegua aumento da capacidade de retenccedilatildeo hiacutedrica
elevaccedilatildeo dos iacutendices de infiltraccedilatildeo de aacutegua no solo aumento da porosidade melhor
aeraccedilatildeo e diminuiccedilatildeo da densidade do solo
De acordo com Timm (2000) o papuatilde eacute uma excelente alternativa como cobertura
de solo para o cultivo miacutenimo da cebola pois na eacutepoca do transplante das mudas seu
ciclo vegetativo estaacute completo natildeo necessitando o dessecamento outra vantagem eacute que
o papuatilde apresenta bom controle com relaccedilatildeo agraves plantas invasoras da cebola reduzindo
ao longo dos anos o nuacutemero de capinas e a aplicaccedilatildeo de herbicidas
234 Adubaccedilatildeo foliar
Segundo Malavolta (1981) a utilizaccedilatildeo da adubaccedilatildeo foliar eacute complemento da
adubaccedilatildeo de solo natildeo substituto da mesma no que diz respeito ao fornecimento de
nitrogecircnio foacutesforo e potaacutessio para as culturas Da mesma maneira que as raiacutezes podem
perder para o solo parte dos elementos absorvidos as folhas tambeacutem o fazem pela accedilatildeo
16
de fatores internos (desordem fisioloacutegica estado nutricional etc) e externos (chuvas
orvalho nutriccedilatildeo do sistema radicular luz temperatura etc)
Para Chaboussou (1987) as plantas adquirem o maacuteximo de resistecircncia bioloacutegica
atraveacutes da nutriccedilatildeo (trofos) equilibrada Obviamente para que isto ocorra eacute necessaacuterio
que o solo esteja em equiliacutebrio dinacircmico o ambiente seja o mais estaacutevel e as plantas
selecionadas ou melhor adaptadas para poderem suportar as alteraccedilotildees extemporacircneas
ocasionadas pelos fenocircmenos meteoroloacutegicos e nas fases fonoloacutegicas criacuteticas do
crescimento e desenvolvimento (Pinheiro amp Barreto 2000)
O lixiviado das folhas enriquece as camadas superiores do solo e tende a
contrabalanccedilar as perdas de zonas mais profundas e mais distantes acumulando-os nas
suas proximidades tambeacutem influencia o nuacutemero e o comportamento dos
microrganismos que por sua vez alteram o processo de gecircnese do solo sua textura e
fertilidade A lixiviaccedilatildeo assim se toma importante no desenvolvimento da sucessatildeo
ecoloacutegica devido agrave ciclagem de elementos (Malavolta 1980)
Conforme Camargo (1975) a utilizaccedilatildeo de adubos foliares substitui parcialmente
a adubaccedilatildeo radicular em 20 a 25 podendo ser utilizada em varias pulverizaccedilotildees
24 Vermicompostagem
E o processo que consiste em se submeter diferentes resiacuteduos orgacircnicos de
origem animal eou vegetal aos processos fermentativos e humificaccedilatildeo adicionando
minhocas do gecircnero Eiseina espeacutecie foetida ao material procurando obter um produto
curado em aproximadamente 45 - 60 dias (Compagnoni amp Putzolu 1985)
A vermicompostagem firmou-se no Brasil como atividade rentaacutevel produzindo
adubo de alta qualidade na deacutecada de 90 Na agricultura brasileira contudo haacute
preferecircncia pelos adubos quiacutemicos em funccedilatildeo de sua aquisiccedilatildeo financiada menor custo
e retomo imediato embora o impacto de seu uso contiacutenuo sobre o solo e os
microorganismos que nele vivem seja negativo (Tagliari amp Grassmann 1995)
Segundo Morselli (2002) a vermicompostagem difere da compostagem
convencional dentre outros pocircr formar substacircncias huacutemicas mais rapidamente ao sofrer
passagem pelo trato digestivo das minhocas A alirdentaccedilatildeo destas satildeo basicamente os
estercos e a disponibilidade desta mateacuteria prima bem como de ambiente protegido para
proceder a compostagem correta deste material satildeo indispensaacuteveis
17
Segundo Kiehl (1985) e Martinez (1990) o vermicomposto apresenta as seguintes
vantagens em relaccedilatildeo a compostagem permite a formaccedilatildeo de um produto curado em
menor espaccedilo de tempo promove a formaccedilatildeo de um material com maior
disponibilidade de nutrientes facilita o peneiramento natildeo havendo a necessidade de
revolvimento do material oferece vaacuterias fontes de renda pois aleacutem do huacutemus fornece
minhocas e raccedilatildeo e quando aplicado ao solo tende a melhorar as propriedades fiacutesicas
quiacutemicas e bioloacutegicas
241 Resiacuteduos utilizados na vermicompostagem
2411 Resiacuteduos de origem animal
Segundo Bureacutes (1997) o esterco eacute uma mistura de fezes urina e camas que
podem estar constituiacutedas de palhas folhas secas serragem turfa casca de arroz e ateacute
terra Esse apresenta pH neutro e densidade que varia de 030 a 090 Kg dm3 segundo
seu estado de decomposiccedilatildeo Eacute influenciado por vaacuterios fatores como espeacutecie animal
raccedila idade alimentaccedilatildeo material utilizado como cama e tratamento da mateacuteria-prima
esterco (Kiehl 1985) Dentre os fatores apontados um dos mais importantes eacute a
alimentaccedilatildeo do animal quanto mais rica a alimentaccedilatildeo mais rica seraacute as dejeccedilotildees
(Gnoatto 1999) O volume de bacteacuterias vivas ou mortas encontradas no esterco
representam 20 a 30 do total delas se originam grande parte do nitrogecircnio sob a
forma de proteiacutena (Morselli 2002)
A origem do material utilizado para a produccedilatildeo de vermicomposto eacute fundamental
pois soacute uma mateacuteria-prima de qualidade resultaraacute em um produto final de boa qualidade
Dentre os estercos o de aves eacute empregado empiricamente na adubaccedilatildeo de culturas
permanente ou natildeo com excelentes resultados apesar de sua simples composiccedilatildeo
meacutedia 2 de nitrogecircnio 2 de foacutesforo como P2 0 5 e 1 de K2 0 Poreacutem haacute uma
grande variaccedilatildeo na sua constituiccedilatildeo a qual dependeraacute do manejo animal atraveacutes das
camas finalidade da criaccedilatildeo e natureza das camas (Morselli 2002)
2412 Resiacuteduos de origem vegetal
A mateacuteria orgacircnica pode ser preservada no solo por vaacuterios processos seja pela
simples incorporaccedilatildeo de resiacuteduos de culturas rotaccedilatildeo de culturas adubaccedilatildeo verde ou
18
pela adiccedilatildeo de materiais orgacircnicos capazes de elevar e manter a produtividade do solo
Da decomposiccedilatildeo dos resiacuteduos orgacircnicos adicionados ao solo resulta a liberaccedilatildeo de
grande quantidade de nutrientes principalmente o nitrogecircnio o potaacutessio e o enxofre
Aleacutem disso diversos atributos quiacutemicos e fiacutesicos do solo satildeo alterados pela
decomposiccedilatildeo desses resiacuteduos destacando-se o aumento da capacidade de troca de
caacutetions o aumento da retenccedilatildeo de aacutegua a melhoria da estabilidade dos agregados e da
aeraccedilatildeo (Fraser1963 Malavolta 1981 Mello et al 1983 Bonilla 1992)
Segundo Purcino (1981) quando a relaccedilatildeo CN eacute menor que 30 como no caso do
esterco de curral ou da palha de leguminosas a disponibilidade de nitrogecircnio eacute
imediata mas acima deste valor ocorre imobilizaccedilatildeo crescente deste nutriente Por esse
motivo estes materiais devem ser submetidos a uma degradaccedilatildeo bioloacutegica antes de
serem adicionados ao solo
25 Biofertilizantes
No Brasil ocorrem problemas crescentes com materiais derivados de sistemas
intensivos de criaccedilatildeo animal que acumulam resiacuteduo^ orgacircnicos com graves problemas
de contaminaccedilatildeo de cursos de aacutegua que na maioria das vezes se acumulam em um
uacutenico lugar e natildeo satildeo reciclados (Viglizzo 1995)
Visando amenizar tais situaccedilotildees os meacutetodos alternativos de adubaccedilatildeo controle de
doenccedilas pragas e plantas indesejaacuteveis tecircm sido muito estudado Dentro dessa linha de
pesquisa destaca-se o uso de mateacuteria orgacircnica atraveacutes tanto de sua incorporaccedilatildeo ao
solo como de sua transformaccedilatildeo para uso posterior na forma de biofertilizantes
(Khatounian 1997 Bettiol et al 1997)
Na complexa e elevada comunidade microbiana dos biofertilizantes encontram-se
bacteacuterias fungos leveduriformes filamentosos e actinomicetos (Bettiol apud Penteado
1999)
O agregado de macro e micronutrientes periodicamente ativa e enriquece a
fermentaccedilatildeo O uso de farinha de rocha tem sido vantajoso por ter baixo custo
comparado com os sais concentrados e purificados aleacutem de trazer alguns elementos
traccedilos de vital importacircncia para os microrganismos do solo como por exemplo o Gaacutelio
o Iodo e o Vanaacutedio (M1BASA 199-) O agregado de farinha de rocha ou sais
purificados ao fermentado faz com que estes nutrientes passem a fazer parte dos
microrganismos ou dos produtos orgacircnicos liberados durante a fermentaccedilatildeo sendo que
19
o ataque dos microrganismos atraveacutes de suas enzimas consegue liberar os elementos natildeo
atacados pelos aacutecidos industriais (Pinheiro amp Barreto 2000)
Os biofertilizantes tecircm sido empregados na agricultura ecoloacutegica como adubo
foliar para aumentar a resistecircncia contra pragas e doenccedilas Aleacutem disso o processo de
produccedilatildeo eacute bastante simples e por isso eacute viaacutevel sua produccedilatildeo na propriedade desde que
tenha esterco disponiacutevel (Penteado 1999)
Bettiol et al (1997) verificaram a presenccedila de diferentes espeacutecies de fungos
fiacutelamentosos e leveduriformes e bacteacuterias entre elas Bacillus spp na comunidade
microbiana do biofertilizante produzido segundo meacutetodo adotado pelo Centro de
Agricultura Ecoloacutegica Ipecirc Os autores verificaram ainda uma reduccedilatildeo da comunidade
microbiana ao longo da digestatildeo reduccedilatildeo essa mais acentuada logo apoacutes o acreacutescimo
dos sais contendo micronutrientes A accedilatildeo dos sais pode ser tanto por aumento na
pressatildeo osmoacutetica quanto pelo efeito direto sobre os microrganismos Para o controle de
doenccedilas de plantas satildeo importantes a presenccedila dos metaboacutelitos produzidos pelos
organismos presentes no biofertilizante e os proacuteprios microrganismos vivos
Os microrganismos transformam o material orgacircnico (esterco soro de leite caldo
de frutas palhas restos industriais etc) e cinzas produzindo vitaminas aacutecidos e sais
complexos importantes para regular e tonificar o metabolismo das plantas impedindo o
desenvolvimento de pragas e doenccedilas (Pinheiro amp Barreto 2000)
Em estudos feitos com o biofertilizante liacutequido de bovinos foi observado a
presenccedila de inuacutemeros microorganismos como bacteacuterias leveduras e bacilos
principalmente do Bacillus subtilis Estes microorganismos sintetizam substacircncias
antibioacuteticas as quais demonstram ter grande accedilatildeo e eficiecircncia como substacircncias
fungiostaacuteticas e bacteriostaacuteticas de fitopatoacutegenos causadores de danos em lavouras
comerciais (Penteado 1999)
Aldrighi et al (2002) realizaram trabalho na UFPel relacionado agrave nutriccedilatildeo de
mudas de tomate (Floradade) produzidas no sistema ldquofloatingrdquo Utilizaram-se doses de
0 2 5 e 10 para o biofertilizante Super Magro e 0 e 1 para a urina de vaca
Concluiacuteram que estes natildeo interferem na produccedilatildeo das mudas e que provavelmente foi
influenciado pelo substrato utilizado (vermicomposto 75 e casca de arroz carbonizada
25) bem como o sistema de produccedilatildeo (floating)
Paglia et al (2002) citam que eacute possiacutevel produzir mudas de tomate (cultivar
Floradede) utilizando urina de vaca e biofertilizante Super Magro na aacutegua em sistema
ldquofloatingrdquo em trabalho realizado na UFPel O uso da urina de vaca a 1 e 5 e
20
biofertilizante Super Magro a 6 proporcionam uma elevaccedilatildeo do foacutesforo bem como o
Super Magro a 6 eleva os teores de Mg e Ca na aacutegua
251 Urina de vaca
As urinas de vaca contecircm nutrientes favoraacuteveis ao bom desenvolvimento das
plantas como potaacutessio soacutedio nitrogecircnio enxofre magneacutesio caacutelcio foacutesforo e traccedilos de
outros elementos Nas plantas funciona como um fertilizante natural tomando-as mais
resistentes ao ataque das pragas e doenccedilas Satildeo encontradas tambeacutem na urina outras
substacircncias como fenoacuteis e principalmente o catecol que esta associado agrave recuperaccedilatildeo
de plantas atacadas por fitopatoacutegenos por ser um produto anti-seacuteptico (Penteado 1999)
Para seu emprego a urina receacutem coletada deve ser armazenada sob condiccedilotildees
ambientais por trecircs dias para que se forme amocircnio importante produto a ser absorvido
pelas plantas Recomenda-se ainda que o armazenamento deva ser feito em recipiente
fechado para que natildeo ocorram perdas de nitrogecircnio Desta forma poderaacute permanecer
por ateacute um ano sem comprometer sua eficiecircncia
Em hortaliccedilas o uso da urina de vaca eacute recomendado em pulverizaccedilotildees foliares
semanais na concentraccedilatildeo de 05 para tomateiro pimentatildeo pepino feijatildeo vagem e
couve ou quinzenais a 1 para as culturas do quiabeiro jiloeiro e berinjela Para
fruteiras em geral a primeira aplicaccedilatildeo deve ser na concentraccedilatildeo aproximada de 5
realizada diretamente no solo e mensalmente devem ser realizadas pulverizaccedilotildees
foliares a 1 para plantas jovens e a 5 para plantas adultas (Penteado 1999)
Na aplicaccedilatildeo foliar deve-se ter cuidado com folhas e brotos novos e considerar que
o uso contiacutenuo pode ser toacutexico podendo afetar o solo causando a sua acidificaccedilatildeo
(Penteado 1999)
Na Estaccedilatildeo Experimental da PESAGRO no municiacutepio de Macaeacute Rio de Janeiro
estaacute se utilizando a urina de vaca leiteira Os pesquisadores descobriram que a urina de
vaca em lactaccedilatildeo produzia o efeito de recuperar plantas de abacaxi atacadas por uma
doenccedila conhecida como ldquofusairioserdquo Essa doenccedila quando ataca o abacaxi causa
perdas de ateacute 70 da safra Todos os agrotoacutexicos testados natildeo conseguiram controlar a
doenccedila Isto eacute um exemplo para que a universidade tenha uma nova percepccedilatildeo (Capra
1996) adotando medidas efetivas que contribuam na transiccedilatildeo agroecoloacutegica Com o
uso da urina de vaca leiteira numa lavoura de abacaxi atacada pela fusariose observou-
se agrave recuperaccedilatildeo do stand e os frutos produzidos apresentaram excelente padratildeo
21
comercial Descobriu-se que aleacutem funcionar como adubo e defensivo natural a urina de
vaca leiteira tambeacutem favorece a floraccedilatildeo de muitas plantas e pode ser usada no
tratamento de frutos e tubeacuterculos depois da colheita
A urina de vaca em lactaccedilatildeo tambeacutem estaacute sendo usada nas lavouras de cafeacute em
plantaccedilotildees de maracujaacute coco alface e outras hortaliccedilas Na regiatildeo centro-sul do Paranaacute
os agricultores estatildeo aplicando a urina de vaca leiteira nas lavouras de feijatildeo soja
batata cebola e milho (Penteado 1999)
252 Alhol
A maioria dos defensivos alternativos tais como calda bordalesa sulfocaacutelcica
aacutegua de cinza e cal biofertilizante enriquecido extrato de fumo entre outros precisa
ser misturada com um espalhante adesivo para quebrar a tensatildeo superficial da gota e
propiciar um melhor molhamento das folhas e demais partes pulverizadas assegurando
uma absorccedilatildeo mais efetiva e uma melhor accedilatildeo sobre as pragas e doenccedilas Quando as
gotas permanecem inteiras sobre a superfiacutecie folhar devido agrave falta de espalhante
adesivo pode-se danificar os tecidos vegetais pelc efeito-lente quando o sol incide
sobre elas Aleacutem disso a gota por natildeo se espalhar sobre toda superfiacutecie folhar
concentra nela e consequumlentemente sobre o tecido que estaacute em contato com ela uma
quantidade maior do produto aplicado Essa maior concentraccedilatildeo pode prejudicar a
absorccedilatildeo e lesionar os tecidos principalmente apoacutes a evaporaccedilatildeo da aacutegua contida na
gota por resultar em uma maior concentraccedilatildeo de sais no local especialmente quando se
aplicam por exemplo calda sulfocaacutelcica bordalesa biofertilizante enriquecido com
macro e micronutrientes (Claro 2001)
O alhol eacute um espalhante adesivo ecoloacutegico que tambeacutem auxilia no controle de
pragas E elaborado com aacutegua alho oacuteleo vegetal e sabatildeo neutro a partir da sabedoria
popular que menciona o alho como repelente de insetos Juacutenior Abreu amp Maiorano
(199-) indicam formulaccedilotildees contendo alho para o controle de pragas como nematoacuteides
(Meloidogyne incoacutegnita e M javanica) mosca do chifre lagarta na maccedilatilde pulgotildees
besouro da batata trips e para controle de doenccedilas fuacutengicas e bacterianas como miacuteldio
ferrugem fusariose helminthosporiose murchadeira (Pseudonamos solacearum)
bruzone do arroz (Pyricularia orysae) podridatildeo negra do repolho e couve-flor
(Xanthomonas campestris) Aleacutem disso o alho pelo seu bom teor em oacuteleo pode agir
tambeacutem como espalhante adesivo O sabatildeo tambeacutem eacute indicado como espalhante adesivo
22
e possui accedilatildeo contra certas pragas (pulgotildees) sendo que o oacuteleo vegetal eacute indicado no
controle de cochonilhas e usado como espalhante adesivo (Claro 2001)
253 Calda Bordalesa
A calda bordalesa eacute um tradicional defensivo agriacutecola que pode ser preparado na
propriedade com a mistura de sulfato de cobre cal virgem e aacutegua As concentraccedilotildees de
sulfato de cobre e cal satildeo distintas dependendo do objetivo do seu emprego
Geralmente diferem de acordo com o tipo de planta ou espeacutecie vegetal as condiccedilotildees
climaacuteticas o grau de infestaccedilatildeo da doenccedila e a fase de crescimento da planta Eacute indicada
para o controle de miacuteldio alternaacuteria botrytis e antracnose (Penteado 1999)
A calda bordalesa caracteriza-se pela sua importante accedilatildeo no controle de diversas
doenccedilas fungicas nas mais diversas espeacutecies de culturas Possui tambeacutem uma relativa
accedilatildeo bactericida e em alguns casos age como repelente de insetos Da mistura do
sulfato de cobre com a cal resulta uma soluccedilatildeo rica em macronutrientes e
micronutrientes Provavelmente os expressivos resultados obtidos com a aplicaccedilatildeo da
calda bordalesa devam-se natildeo somente a sua accedilatildeo fuacutengica e bactericida mas sobretudo
agrave influecircncia positiva que exerce no metabolismo das plantas ativando o processo
enzimaacutetico e estimulando a proteossiacutentese aumentando a resistecircncia das plantas (Claro
2 0 0 1 ) caracteriacutestica fundamental na agricultura sustentaacutevel
254 Biofertilizante Super Magro
A calda Super Magro eacute produto da fermentaccedilatildeo de estercos animais enriquecidos
por micronutrientes e outros produtos de origem animal obtendo-se uma calda
biofertilizante para aplicaccedilatildeo foliar nas plantas (Penteado 1999) jaacute foram observados
bons resultados principalmente nas culturas de uva maccedila pecircssego tomate batata e
hortaliccedilas em geral
E indicado como fonte suplementar de micronutrientes para as plantas inibidor
de fungos e bacteacuterias causadores de doenccedilas e para aumentar a resistecircncia contra insetos
e aacutecaros (Penteado 1999) i
Muller (1999) avaliou a influecircncia do biofertilizante Super Magro sobre as
culturas de tomate (Lycopersicon esculentum Mill) ervilha (Pisum sativum L) e
beterraba (Beta vulgaris L) O autor obteve cultivos com baixa severidade de doenccedilas e
23
insetos fitoacutefagos possivelmente por causa do manejo orgacircnico de produccedilatildeo Os
resultados das pulverizaccedilotildees das soluccedilotildees foliares variaram conforme a cultura e o
clima
255 Biofertilizante MB4
A utilizaccedilatildeo das farinhas de rochas eacute uma das teacutecnicas mais modernas usadas nos
uacuteltimos anos na agricultura O elevado nuacutemero de nutrientes contidos no MB4 como
cobre zinco manganecircs cobalto soacutedio alumiacutenio silicatos de magneacutesio ferro e caacutelcio
acompanhado de foacutesforo potaacutessio e enxofre reagem com a soluccedilatildeo do solo liberando
elementos essenciais ao desenvolvimento da vida microbiana os quais exercem um
papel fundamental atraveacutes de transformaccedilotildees quiacutemicas e do equiliacutebrio bioloacutegico
favorecendo o desenvolvimento sadio das plantas (Pinheiro amp Barreto 2000)
24
3 MATERIAL E MEacuteTODOS
31 Local de execuccedilatildeo do experimento
O presente trabalho foi conduzido no Centro de Pesquisa da Regiatildeo Sul
(FEPAGROSUL) no municiacutepio de Rio Grande nlt periacuteodo de 15 de maio a 26 de
agosto de 2 0 0 2
O solo eacute classificado como ldquoTuiardquo satildeo muito arenosos As massas aquaacuteticas do
Oceano Atlacircntico e Lagoa dos Patos influenciam ventos temperatura pressatildeo umidade
relativa e demais fatores climaacuteticos A topografia da regiatildeo litoracircnea eacute plana com
lenccediloacuteis freaacuteticos superficiais
32 Anaacutelise estatiacutestica
O experimento foi constituiacutedo em fatorial 3X3 (Quadro 1) com quatro repeticcedilotildees
no delineamento blocos ao acaso As variaacuteveis respostas foram submetidas agrave anaacutelise de
variaccedilatildeo e ao teste de Duncan a 5 de probabilidade para comparaccedilatildeo das meacutedias
utilizando-se o sistema SANEST (Zonta amp Machado 1984)
As anaacutelises estatiacutesticas das variaacuteveis estudadas encontram-se nos Apecircndices C D
Os resultados das respostas agronocircmicas e das determinaccedilotildees dos conteuacutedos dos
macronutrientes bem como os de raiz estatildeo nas tabelas de 1 a 3
25
As diferentes adubaccedilotildees seratildeo representadas durante a discussatildeo da seguinte
forma 1 VB (30 t ha 1 de vermicomposto) 15 VB (45 t ha 1 de vermicomposto) e EC
(60 t ha 1 de esterco de curral) 1 VB+SM+U+CB (30 t ha 1 de vermicomposto mais
super magro mais urina de vaca mais calda bordalesa) 15 VB+SM+U+CB (45 t ha 1 de
vermicomposto mais super magro mais urina de vaca mais calda bordalesa)
EC+SM+U+CB (60 t ha 1 de esterco de curral mais super magro mais urina de vaca
mais calda bordalesa) 1 VB+MB4 +U+CB (30 t ha 1 de vermicomposto mais MB4 mais
urina de vaca mais calda bordalesa) 15 VB+MB4 +U+CB (45 t ha 1 de vermicomposto
mais MB4 mais urina de vaca mais calda bordalesa) EC+MB4 +U+CB (60 t ha 1 esterco
de curral mais MB4 mais urina de vaca mais calda bordalesa)
QUADRO 1 Descriccedilatildeo dos fatores experimentais e respectivos niacuteveis
Niacuteveis Fator 1 ADUBACcedilAtildeO DE BASE
0 1 Vermicomposto (30 t ha1)
0 2 Vermicomposto (45 t ha1)
03 Esterco de curral (60 t ha1)
Niacuteveis Fator 2 BIOFERTILIZANTES LIacuteQUIDOS
0 1 Super magro (5) + Urina de Vaca + Calda Bordalesa
0 2 MB4 (10) + Urina de vaca + Calda Bordalesa
03 Ausecircncia (testemunha)
33 Tratamentos
Da combinaccedilatildeo entre niacuteveis e fatores foram obtidos 9 tratamentos que estatildeo
descritos no Quadro 2 bem como as doses de adubaccedilatildeo utilizadas no experimento
26
QUADRO 2 Tratamentos e doses de adubaccedilatildeo utilizadas no experimento
TRATAMENTOS
Ndeg FATOR I FATOR II
0 1 30 t ha de vermicomposto Super magro 5 Urina de vaca Calda Bordalesa
0 2 30 t harsquo de vermicomposto MB4 10 Urina de vaca Calda Bordalesa
03 30 t ha de vermicomposto - - -
04 45 t ha de vermicomposto Super magro 5 Urina de vaca Calda Bordalesa
05 45 t ha de vermicomposto MB4 10 Urina de vaca Calda Bordalesa
06 45 t ha de vermicomposto - - -
07 60 t hade esterco Super Magro 5 Urina de vaca Calda Bordalesa
08 60 t hade esterco MB4 10 Urina de vaca Calda Bordalesa
09 60 t hade esterco - - -
Cada parcela foi constituiacuteda por dois canteiros medindo 1 m de largura x 2 m de
comprimento perfazendo 075 m de aacuterea de aacuterea uacutetil (025 m de bordadura) Foi
utilizando semeadura a lanccedilo com densidade de 24 g canteiro1
O vermicomposto a urina de vaca o esterco de curral o alhol os biofertilizantes e
a calda bordalesa foram de procedecircncia do Centro de Pesquisa da Regiatildeo Sul O
vermicomposto de esterco bovino misturado agraves cascas de frutas foi processado pela
minhoca vermelha califomiana Eisenia foetida)
O biofertilizante Super Magro foi elaborado segundo a metodologia descrita pela
FEPAGROSUL utilizando-se os seguintes componentes 190 litros de aacutegua 22 litros
de leite 55 Kg de accediluacutecar mascavo 30 Kg de esterco fresco de bovinos 2 Kg de
Sulfato de zinco 2 Kg de sulfato de magneacutesio 2 Kg de cloreto de caacutelcio 1 Kg de aacutecido
boacuterico 300 g de sulfato de cobre 300 g de sulfato de ferro 300 g de sulfato de
manganecircs 100 g de molibdato de soacutedio 50 g de sulfato de cobalto 3 Kg de fosfato
natural 3 Kg de cinza e 200 g de farinha de osso
A urina de vaca em lactaccedilatildeo foi coletada pela manhatilde e armazenada em recipiente
fechado por trecircs dias em condiccedilotildees ambientais para que se formasse a amocircnia e natildeo
ocorresse perda de nitrogecircnio
28
Realizaram-se duas capinas manuais durante o experimento e em seguida como
cobertura se colocou casca de arroz Tambeacutem foi aplicado esterco de aves 30 dias antes
da colheita na quantidade de 05 Kg canteiro 1 como adubaccedilatildeo de cobertura
As pulverizaccedilotildees com os produtos iniciaram apoacutes 15 dias da germinaccedilatildeo
Realizou-se sete aplicaccedilotildees sendo que as duas primeiras foram feitas apenas com
Super Magro e MB4 Na terceira e na quarta aplicaccedilatildeo utilizou-se urina de vaca e calda
bordalesa em concentraccedilotildees menores (05 e 025 respectivamente) e na quinta
aplicaccedilatildeo as dosagens de urina de vaca e calda bordalesa foram elevadas para 1 0 e
05 respectivamente ateacute o final do experimento O alhol foi utilizado a partir da
terceira pulverizaccedilatildeo na quantidade de 2 e seguiu ateacute o final no dia 26 de agosto
quando as mudas foram colhidas e posteriormente analisadas as variaacuteveis
35 Observaccedilotildees agronocircmicas
Foram utilizadas 20 mudas de cebola para obtenccedilatildeo das meacutedias das variaacuteveis as
quais foram as seguintes
351 Fitomassa fresca da parte aeacuterea e raiacutezes
Foi realizada atraveacutes de uma balanccedila digital procedendo-se a pesagem de 20
mudas de cebola previamente lavadas e posteriormente secadas durante uma hora sobre
um tecido de algodatildeo agrave temperatura ambiente Processo idecircntico foi adotado com as
raiacutezes
352 Fitomassa seca da parte aeacuterea e raiacutezes
Esta variaacutevel foi obtida a partir da secagem preliminar em estufa de ar forccedilado
durante 48 horas a 65 C ateacute peso constante com posterior pesagem em balanccedila
analiacutetica
353 Altura da muda
A altura de muda foi medida a partir do colo das plantas ateacute sua uacuteltima folha
(ponto de crescimento) com uma reacutegua graduada de 40 cm
29
354 Diacircmetro do colo das plantas
Esta medida foi realizada no ponto de transplante a 2 mm das raiacutezes e utilizando-
se um paquiacutemetro SOMET
355 Sistema radicular
Ao teacutermino do experimento foram retiradas as raiacutezes das mesmas plantas que foram
utilizadas para as determinaccedilotildees realizadas na parte aeacuterea procedendo-se uma amostra
de solo com raiacutezes de 2 0 cm de largura x 2 0 cm de comprimento e 2 0 cm de altura
totalizando 8000 cm3
As raiacutezes apoacutes serem lavadas em aacutegua corrente foram pesadas acondicionadas em
sacos plaacutesticos e congeladas para posteriores anaacutelises pelo meacutetodo de Tennant (1975)
para a determinaccedilatildeo do comprimento e densidade
3551 Comprimento de raiz
Utilizou-se para a determinaccedilatildeo do comprimento de raiz as seguintes foacutermulas
1 = ndeg x 1114 x 1 onde
1 - comprimento de raiz de uma amostra uacutemida de 0 0 2 g
ndeg - nuacutemero de intercessotildees das raiacutezes com os lados da quadriacutecula da malha do
aparelho
1114 - constante
1 - medida lateral da quadriacutecula em cm
Tomando-se a fiacutetomassa seca e o comprimento da raiz da cada amostra
relacionou-se com a fiacutetomassa seca e o comprimento total da raiz da planta aplicando-
se a seguinte equaccedilatildeo
L = (FSR x 1) FSPA onde
L - comprimento total da raiz da planta (m)
FSR - fiacutetomassa seca de raiz
FSPA - fiacutetomassa seca da parte aeacuterea
L - comprimento de raiz de uma amostra uacutemida de 002g
3552 Densidade de raiz
A densidade foi determinada pela foacutermula
D = L 8000 onde
D - densidade de raiacutezes (m cm3)
30
L - comprimento total de raiacutezes (m)
8 0 0 0 - volume da amostra (cm3)
3553 Razatildeo parte aeacutereasistema radicular
Este paracircmetro foi obtido pela equaccedilatildeo
RPASR = FSPA FSR onde
RPASR - razatildeo parte aeacuterea sistema radicular
FSPA - fitomassa seca da parte aeacuterea
FSR - fitomassa seca do sistema radicular
36 Determinaccedilatildeo de macronutrientes no tecido vegetal
Os macronutrientes nitrogecircnio foacutesforo potaacutessio caacutelcio e magneacutesio foram
determinados no laboratoacuterio de Fertilidade e Anaacutelise de Plantas do Departamento de
Solos da UFPel atraveacutes dos meacutetodos descritos por Tedesco amp Gianello (1996)
31
4 RESULTADOS E DISCUSSAtildeO
41 Anaacutelise das variaacuteveis
A anaacutelise da variaccedilatildeo mostrou que houve diferenccedila significativa na interaccedilatildeo entre
os fatores de adubaccedilatildeo de base e biofertilizantes liacutequidos com exceccedilatildeo da variaacutevel altura
de planta para a qual somente a adubaccedilatildeo de base mostrou-se significativa (Apecircndices
C D e E Tabelas 1C 1D e 1E)
411 Anaacutelise da parte aeacuterea
Na Tabela 1 destacaram-se as adubaccedilotildees EC+SM+U+CB EC+MB4 +U+CB e EC
que diferiram significativamente das demais adubaccedilotildees para as variaacuteveis fiacutetomassa
fresca da parte aeacuterea (FFPA) fiacutetomassa seca da parte aeacuterea (FSPA) altura de planta
(AP) e diacircmetro do colo (DC)
32
TABELA 1 Produccedilatildeo de fitomassa fresca e seca (g) da parte aeacuterea altura de planta
(cm) e diacircmetro de colo (mm) de mudas de cebola Petrolini cultivadas
sob uma perspectiva agroecoloacutegica Pelotas-RS 2003
BIOFERTILIZANTES LIacuteQUIDOSADUBACcedilAtildeO S Magro + MB4 +DE BASE Urina + Calda Urina + Calda Testemunha
Bordalesa Bordalesa
30 t ha de vermicomposto 7015 c A45 t halsquo de vermicomposto 7824 b B60 t ha de esterco de curral 12248 a C
30 t ha de vermicomposto 667 c A45 t ha de vermicomposto 752 b A60 t ha de esterco de curral 1150a C
30 t ha de vermicomposto 2975 b A45 t harsquo de vermicomposto 2775 b A60 t ha de esterco de curral 3600 a B
30 t ha de vermicomposto 631 b A45 t ha de vermicomposto 6 2 2 b B60 t ha de esterco de curral 741 a C
-Fitomassa fresca (g)----------------6270 c B 6885 b A8832 b A 6308 c C
15082 a A 13934 a BmdashFitomassa seca (g)----------------
625 c A 655 b A830 b A 607 b B
1345 a A 1262 a B-Altura de planta (cm)----------------
2950 b A 3050 b A2937 b A 2950 b A 3975 a A 3622 a B
-Diacircmetro de colo (mm)---------------592 c B 599 b B 657 b A 609 b B 819a A________ 793a B
Meacutedias seguidas pela mesma letra minuacutescula para as colunas (adubaccedilatildeo de base) e maiuacutesculas para as linhas (biofertilizantes) natildeo diferem entre si pelo teste de Duncan a 5
O efeito positivo do esterco bovino pode ser atribuiacutedo agraves melhorias nas condiccedilotildees
fiacutesicas do solo por ele proporcionado Segundo Primavesi (1982) e Compagnoni amp
Putzolu (1985) o esterco bovino apresenta propriedades condicionadoras do solo dando
agraves plantas melhores condiccedilotildees de desenvolvimento elevando sobremaneira os
conteuacutedos de fitomassa fresca das plantas que refletiratildeo nas demais respostas
agronocircmicas
Analisando as adubaccedilotildees de base em relaccedilatildeo aos biofertilizantes observa-se que
para os tratamentos 1 VB (30 t ha 1 de vermicomposto) - natildeo houve influecircncia dos
biofertilizantes para as variaacuteveis FSPA e AP enquanto destacou-se o SM+U+CB para o
DC e SM+U+CB e ausecircncia da adubaccedilatildeo liacutequida para a FFPA mostrando que o uso
dos biofertilizantes natildeo influenciou esta variaacutevel 15 VB (45 t ha 1 de vermicomposto) -
verificou-se a eficiecircncia do uso do MB4 +U+CB para as variaacuteveis FFPA e DC Para a
variaacutevel FSPA destacaram-se os dois biofertilizantes utilizados jaacute para AP natildeo houve
33
influecircncia destes EC (60 t ha 1 de esterco de curral) - em todas as variaacuteveis observadas
na tabela 5 as respostas foram significativas utilizando MB4 +U+CB
As respostas encontradas no presente trabalho para as variaacuteveis AP e FSPA foram
superiores as obtidas por Dalponte (1990) quando utilizado 0 esterco de curral para
produccedilatildeo de mudas de cebola
Segundo Filgueira (2000) os solos da regiatildeo produtora de cebola do RS satildeo
pobres em foacutesforo disponiacutevel (15 mg Kg1) necessitando portanto de adubaccedilotildees
fosfatadas elevadas As respostas aqui obtidas podem ser justificadas pelos teores de
foacutesforo contido no MB4
Follet et al (1981) citam a importacircncia do uso de compostos orgacircnicos no solo
enfatizando os estercos no sentido da decomposiccedilatildeo continuada no fornecimento de
nutrientes e na liberaccedilatildeo lenta e gradual de aacutecidos orgacircnicos influenciando a liberaccedilatildeo
do foacutesforo O que provavelmente pode ser atribuiacutedo agraves respostas encontradas no
presente trabalho para 0 tratamento Esterco de curral mais MB4 e Urina mais Calda
Bordalesa
E importante destacar que 0 sistema de produccedilatildeo de mudas de cebola sob uma
perspectiva agroecoloacutegica mostra-se eficiente quando visualmente natildeo percebe-se
diferenccedila significativa entre os tratamentos (Apecircndice F Figura 2)
Conveacutem ressaltar que quando trabalhamos com agroecologia natildeo existem
receitas nem pacotes tecnoloacutegicos prontos Cada situaccedilatildeo deveraacute ser estudada em
particular para que se faccedila recomendaccedilotildees adequadas ao ambiente local uma vez que
as plantas se adaptam ao meio estando a nutriccedilatildeo encarregada de proteger e manter o
equiliacutebrio do organismo vegetal em funccedilatildeo das alteraccedilotildees externas
E fundamental que se compreenda os princiacutepios norteadores de todo o processo
que satildeo as bases da luta por uma sociedade mais justa dentro de um mundo econocircmico e
ambientalmente mais sustentaacutevel
412 Anaacutelise do sistema radicular
Os resultados obtidos nas anaacutelises do sistema radicular (Tabela 2) mostram
diferenccedilas significativas entre as adubaccedilotildees para as variaacuteveis fitomassa fresca de raiz
(FFR) fitomassa seca de raiz (FSR) comprimento de raiz (CR) razatildeo parte
aeacutereasistema radicular (RPASR) e densidade de raiz (DR)
34
TABELA 2 Produccedilatildeo de fitomassa fresca e seca (g) comprimento (cm) e densidade de
raiacutezes (m cm3) de mudas de cebola Petrolini cultivadas sob uma
perspectiva agroecoloacutegica e razatildeo parte aeacutereasistema radicular Pelotas-
RS 2003
BIOFERTILIZANTES LIacuteQUIDOSADUBACcedilAO DE BASE
S Magro + MB4 +Urina + Calda Urina + Calda Testemunha
Bordalesa Bordalesa
de vermicomposto de vermicomposto de esterco de curral
de vermicomposto de vermicomposto de esterco de curral
de vermicomposto de vermicomposto de esterco de curral
de vermicomposto de vermicomposto de esterco de curral
1540 c A 1576 b B 2427 a A
Fitomassa fresca (g)----------------1502 c B 1517 b AB 1658 b A 1446 c C 2336 a B 2360 a B
--------------------Fitomassa seca (g)-------------------196 b A 207 ab A 170 b A170 b A 199 b A 192 b A 344 a A 249 a B 327 a A
Comprimento de raiz(cm)---------------1237 b A 1158 b A 1158 a A1237 b A 1060 c B 1040 b B1433 a A 1296 a B 1040 b C
30 t ha 45 t ha 60 t ha
30 t ha 45 t ha 60 t ha
30 t halsquo 45 t ha 60 t ha
30 t ha 45 t ha 60 t ha
30 t ha de vermicomposto 45 t ha de vermicomposto60 t ha~ de esterco de curral__________________________ _________________________Meacutedias seguidas pela mesma letra minuacutescula para as colunas (adubaccedilatildeo de base) e maiuacutesculas para as linhas (biofertilizantes) natildeo diferem entre si pelo teste de Duncan a 5
-----Razatildeo Parte AeacutereaSistema Radicular------340 b AB 301c B 384 a A446 a A 415 b A 326 a B339 b B 546 a A 388 a B
-------------- Densidade de raiz (m cm3)------------367 a AB 414 a A 325 b B282 b B 301b B 405 a A347 ab A 231c B 324 b A
Em relaccedilatildeo agraves adubaccedilotildees de base destacou-se o EC (60 t ha 1 de esterco de curral)
para as variaacuteveis FFR e FSR Quando adicionado o SM+U+CB os resultados para FFR
foram ainda melhores bem como o CR As respostas obtidas para a RPASR foram
variadas em relaccedilatildeo agraves adubaccedilotildees apresentando melhores resultados para 15 VB (45 t
ha 1 de vermicomposto)+SM+U+CB e ainda melhor para EC (60 t ha 1 de esterco de
curral)+MB4 +U+CB As adubaccedilotildees de base 1 VB 15 VB e EC natildeo diferiram entre si
As adubaccedilotildees mais eficientes para a variaacutevel DR foram 1 VB+SM+U+CV que natildeo
diferiu da EC+SM+U+CB I VB+ MB4 +U+CB e agrave 15 VB foram melhores entre as
demais
35
Analisando os biofertilizantes em relaccedilatildeo a cada adubaccedilatildeo de base verifica-se que
para a 1 VB (30 t ha 1 de vermicomposto)+SM+U+CB destaca-se a variaacutevel FFR
poreacutem sem diferenccedila significativa de 1 VB os melhpres resultados para a variaacutevel DR
foram encontrados pelo tratamento 1 VB+MB4 +U+CB e 15 VB (45 t ha 1 de
vermicomposto) tambeacutem se considera eficiente o 1 VB+SM+U+CB que natildeo diferiu do
EC (esterco de curral) Quando se utilizou 15 VB+ MB4 +U+CB houve resposta
significativa para a variaacutevel FFR para FSR as respostas natildeo foram diferentes com a
aplicaccedilatildeo dos biofertilizantes para as variaacuteveis FSR e DR as adubaccedilotildees EC e
EC+SM+U+CB natildeo diferiram entre si
Embora as respostas estatiacutesticas tenham sido diferentes para as adubaccedilotildees
combinadas ou natildeo pode-se salientar a importacircncia do aacutecido indol-aceacutetico como jaacute
citado anteriormente para as variaacuteveis avaliadas na parte aeacuterea das mudas de cebola
Respostas semelhantes nesse sentido foram encontradas para a cultura da alface por
Quijano (1999) e Morselli (2001)
Pereira et al (2002) concluiacuteram em trabalho realizado com a cultivar de cebola
CNPF1 6400 em Minas Gerais que a utilizaccedilatildeo de 20 t ha de esterco de curral
proporcionou os melhores resultados para a produccedilatildeo de cebola
Silva Juacutenior amp Giorgi (1992) e Menezes Juacutenior (1998) citam que doses elevadas
de mateacuteria orgacircnica podem prejudicar a primeira fase da germinaccedilatildeo (embebiccedilatildeo) e
absorccedilatildeo de aacutegua pelas raiacutezes das placircntulas No entanto no presente trabalho este fato
natildeo ocorreu embora a dose de esterco utilizada tenha sido de 60 t ha 1 (dose maacutexima
recomendada segundo Nolla 1982)
413 Anaacutelise de macronutrientes no tecido vegetal
Os resultados dos conteuacutedos de nitrogecircnio foacutesforo potaacutessio caacutelcio e magneacutesio no
tecido vegetal sob diferentes adubaccedilotildees encontrados na Tabela 3 indicam mais uma
vez a superioridade da adubaccedilatildeo esterco com 0 uso ou natildeo de biofertilizantes
36
TABELA 3 Conteuacutedos (mg planta1) de nitrogecircnio foacutesforo potaacutessio caacutelcio e
magneacutesio no tecido vegetal de mudas de cebola Petrolini cultivadas sob
uma perspectiva agroecoloacutegica Pelotas-RS 2003
BIOFERTILIZANTES LIacuteQUIDOS i J B
ADUBACcedilAtildeO S Magro + MB4 +DE BASE Urina + Calda Urina + Calda Testemunha
Bordalesa Bordalesamg plantas1
---- Nitrogecircnio-----30 t ha de vermicomposto 16593 c AB 15451 c B 19050 b A45 t ha de vermicomposto 21444 b A 22888 b A 17852 b B60 t ha de esterco de curral 32606 a C 37593 a B 40816 a A
--------------- ------ Foacutesforo------- -------------30 t ha de vermicomposto 3098 c B 2802 c B 3999 b A45 t ha de vermicomposto 4109 b A 4135 b A 2788 c B60 t ha de esterco de curral 5300 a B 7577 a A 7565 a A
------- Potaacutessio------30 t ha de vermicomposto 24327 c A 19900 c B 24965 b A45 t ha de vermicomposto 29113b A 29812 b A 22031 b B60 t ha de esterco de curral 44070 a B 51976 a A 54101 a A
-------- Caacutelcio-------30 t ha de vermicomposto 5027 c A 4356 c A 4834 b A45 t ha de vermicomposto 6114b A 6963 b A 4379 b B60 t ha de esterco de curral 9030 a C 11451 a A 10331 a B
------Magneacutesio-----30 t ha de vermicomposto 1188 b A 914 c A 1202 b A45 t ha de vermicomposto 1231 b B 1582 b A 1176 b B60 t ha de esterco de curral 2136a B 2443 a A 2663 a AMeacutedias seguidas pela mesma letra minuacutescula para as colunas (adubaccedilatildeo de base) e maiuacutesculas para as linhas (biofertilizantes) natildeo diferem entre si pelo teste de Duncan a
Em relaccedilatildeo agraves adubaccedilotildees de base observa-se que o melhor tratamento foi o
esterco de curral para todas as variaacuteveis Para 1 VB (30 t ha^ 1 de vermicomposto) natildeo
houve resposta diferenciada com o uso de bofertilizantes para todas as variaacuteveis A
adubaccedilatildeo 15 VB (45 t ha 1 de vemicomposto) foi influenciada pelos biofertilizantes
para as variaacuteveis N P K e Ca enquanto que para Mg somente o MB4+U+CB o
influenciou O EC (esterco de curral) mostrou diferenccedila significativa apenas para as
variaacuteveis Ca e Mg quando adicionado MB4+U+CB
Segundo Peixoto (2000) eacute fundamental a adiccedilatildeo de adubos orgacircnico no cultivo de
hortaliccedilas seja na forma de esterco decomposto composto ou huacutemus de minhoca de
37
modo a fornecer melhorias nas propriedades do solo vindo a disponibilizar os nutrientes
as diferentes culturas
O esterco fresco conteacutem muita cama celuloacutesica e um elevado teor de aacutegua No
esterco curtido a celulose jaacute estaacute decomposta o teor de aacutegua estaacute reduzido agrave metade e os
nutrientes em uma forma mais assimilaacutevel e mais concentrada O esterco fresco pode
causar uma deficiecircncia temporaacuteria de nitrogecircnio no solo ao se decompor o que natildeo
acontece com o biestabilizado (Kiehl 1985)Ocorre uma diminuiccedilatildeo inicial no volume
de aacutegua retido no esterco de curral diminui inicialmente em tomo de 3581 liberando
posteriormente somente 496 evidenciando a sua capacidade de retenccedilatildeo de aacutegua
(Menezes Juacutenior 1998)
A utilizaccedilatildeo continuada de adubos nitrogenados minerais no solo altera o balanccedilo
do nitrogecircnio entre o solo e planta No meacutetodo biodinacircmico eacute sublinhada a importacircncia
dos adubos animais para o estabelecimento da fertilidade permanente dos solos (Koeff
et al 1983)
Para Guimaratildees (1997) os benefiacutecios que a mateacuteria orgacircnica imprime ao solo
principalmente melhorando a produtividade fertilidade e a influencia que as substancias
huacutemicas exercem sobre o ambiente dependem da qualidade e do teor de mateacuteria
orgacircnica do solo Estas substacircncias por conterem nutrientes em sua constituiccedilatildeo em uma
forma mais disponiacutevel para as plantas promovem um equiliacutebrio no ambiente no solo
(Kononova 1966)
Aproximadamente de 60 a 70 do total de carbono do solo ocorre na forma de
materiais huacutemicos (Griffith amp Schnitzer 1975) sendo a eles atribuiacutedo a manutenccedilatildeo da
bioestrutura do solo aumentando a capacidade de retenccedilatildeo de aacutegua (Brady 1999)
Conforme Compagnoni amp Putzolu (1985) os estercos bem como os demais
resiacuteduos orgacircnicos apresentam conteuacutedos diferentes de aacutecidos huacutemicos e fuumllvicos sendo
atribuiacutedo ao acido huacutemico uma accedilatildeo fitoestimulante semelhante aos fitohormocircnios por
favorecer o desenvolvimento do sistema radicular e crescimento do caule
Em trabalho realizado por Guimaratildees (1997) foi encontrado para aacutecidos huacutemicos
de esterco bovino uma relaccedilatildeo CN 1035 e para vermicomposto bovino 17
evidenciando que o esterco quando aplicado ao solo por apresentar uma relaccedilatildeo CN
proacutexima deste reage mais facilmente liberando nutrientes para as plantas sem alterar a
cadeia troacutefiacuteca Dados encontrados no presente trabalho demonstram a eficiecircncia do
esterco nesse sentido
38
De acordo com Morselli (2001) vaacuterios trabalhos citam comentam e discutem a
capacidade dos vermicompostos em proporcionar oacutetimas colheitas e favorecer a
precocidade das plantas cultivadas Poreacutem muitas vezes se observa que mesmo
suprindo essas plantas com nutrientes necessaacuterios atraveacutes de huacutemus de diferentes fontes
as respostas natildeo satildeo as mesmas para uma mesma cultivar
Por outro lado os resultados com o uso de substacircncias huacutemicas satildeo variaacuteveis e
dependem aleacutem da espeacutecie testada das substacircncias huacutemicas utilizadas sua
concentraccedilatildeo o grau de purificaccedilatildeo e das condiccedilotildees experimentais A resposta das
plantas aos aacutecidos huacutemicos e fuacutelvicos eacute dependente da mateacuteria prima original e da
espeacutecie vegetal pois materiais orgacircnicos diferentes apresentam aacutecidos huacutemicos e
fuacutelvicos diferentes (Businelli 1990)
Justificam-se os maiores conteuacutedos de nitrogecircnio foacutesforo potaacutessio e caacutelcio nas
adubaccedilotildees 15 VB (45 t ha 1 de vermicomposto) e biofertilizantes devido
provavelmente ao vermicomposto utilizado apresentar na sua constituiccedilatildeo teores
consideraacuteveis destes elementos aleacutem do que os biofertilizantes possam ter influenciado
na absorccedilatildeo atraveacutes de sua constituiccedilatildeo Tibau (1984) considera que a urina de vaca eacute
rica em aacutecido indol-aceacutetico e este influencia na absorccedilatildeo radicular O efeito positivo
deste tratamento provavelmente seja devido agrave quantidade aplicada
O biofertilizante que se destacou foi o MB4+U+CB em relaccedilatildeo ao EC (esterco de
curral) e eacute somente para a variaacutevel caacutelcio Isto provavelmente seja devido ao alto teor
deste elemento encontrado na sua constituiccedilatildeo (6872 g Kg1) e pela influecircncia positiva
que a calda bordalesa exerce no metabolismo das plantas atraveacutes dos nutrientes
contidos em sua formulaccedilatildeo O Ca controla a absorccedilatildeo radicular e retorna ao solo pelo
esterco e palhas por apresentar-se em maior quantidade em folhas e caules Depois de
localizado nas folhas fica imoacutevel favorecendo a resistecircncia da planta ao ataque de
fungos
Este trabalho avanccedila no estudo da agroecologia estando claro que todos os
criteacuterios tem caraacuteter dinacircmico de adequaccedilatildeo as mudanccedilas de um sistema de produccedilatildeo
em evoluccedilatildeo contribuindo na transiccedilatildeo para um padratildeo sustentaacutevel Cabe a pesquisa a
reorientaccedilatildeo para um enfoque ldquosistecircmicordquo isto eacute que permita integrar os diversos
componentes de um agroecossistema e a adoccedilatildeo de poliacuteticas puacuteblicas que promovam 0
fortalecimento e a expansatildeo da agricultura familiar
39
5 CONCLUSOtildeES
Considerando os resultados obtidos e as condiccedilotildees em que o estudo foi realizado
conclui-se que
bull As respostas agronocircmicas das mudas de cebola para os paracircmetros avaliados
satildeo mais satisfatoacuterias com a aplicaccedilatildeo de esterco de curral como adubaccedilatildeo de
base
bull Os biofertilizantes mais urina de vaca e calda bordalesa proporcionam
respostas satisfatoacuterias quando aplicados associados agraves adubaccedilotildees de base
bull O biofertilizante MB4 mais urina de vaca e calda bordalesa eacute mais eficiente
que o super magro mais urina e calda bordalesa quando aplicado associado agrave
adubaccedilatildeo de base esterco de curral para os conteuacutedos de fitomassa secae
fresca da parte aeacuterea das plantas altura e diacircmetro de colo das mudas de
cebola
bull Os biofertilizantes adicionados agrave adubaccedilatildeo de base 45 t harsquo 1 de vermicomposto
bovino mostram respostas significativas para os conteuacutedos de fitomassa seca
bull Os maiores conteuacutedos nutricionais para as mudas de cebola satildeo
proporcionados pela adubaccedilatildeo de base esterco de curral
bull A maior absorccedilatildeo de caacutelcio pelas mudas de cebola ocorre quando da adiccedilatildeo do
biofertilizante MB4 mais urina e calda bordalesa agrave adubaccedilatildeo de base esterco de
curral
40
6 REFEREcircNCIAS BIBLIOGRAacuteFICAS
ALDRIGHI CB ABREU CM PAGLIA AG MORSELLI TBGA FERNANDES HS Efeito da aplicaccedilatildeo de biofertilizante e urina de vaca em mudas de tomateiro Horticultura Brasileira v20 n2 julho 2002 Suplemento 2
ALTIERI M NICHOLLS C I Agroecologia Teoria praacutectica para umaAgricultura Sustentable Ia ed PNUMA 2000 Cap 2 4 Seacuterie textos baacutesicos para la formacioacuten ambiental
ALTIERI M Agroecologia bases cientiacuteficas para uma agricultura sustentaacutevelGuaiacuteba Agropecuaacuteria 2002 592 p
ANTONIOLLI Z I GIRACCA E M N CARDOSO S J T WIETHAN M M S FERRI M Iniciaccedilatildeo agrave Minhocultura Criaccedilatildeo em Cativeiro e Vermicompostagem Santa Maria UFSM 1996 p59-89
BAYER C MIELNICZUC J Dinacircmica e funccedilatildeo da mateacuteria orgacircnica In SANTOS G de A S e CAMARGO F A de O (ed) Fundamentos da mateacuteria orgacircnica do solo ecossistemas tropicais e subtropicais Porto Alegre Genesis 1999 p 3-23
BARRETTO D X Composto Orgacircnico In Praacutetica em Agricultura Orgacircnica Satildeo Paulo iacutecone Ed Ltda 1985 p 51-63
BETTIOL W Alguns produtos alternativos para o controle de doenccedilas de plantasem agricultura orgacircnica II Ciclo de palestras sobre agricultura orgacircnica Instituto Bioloacutegico Satildeo Paulo p52-63 1997
41
BETTIOL W TRACH R GALVAtildeO JAH Controle de doenccedilas de plantas com biofertilizantes Jaguariuacutena EMBRAPA-CNPMA 1997 22p (EMBRAPA- CNPMA Circular Teacutecnica 02)
BRADY N C Natureza e propriedades dos sotos Rio de Janeiro Freitas BastosS A 1979 647p
BRADY N C Organisms and ecology of the soil In The nature of properties of soils Simon amp Schuster A Viacon Company New Jersey1999 402-489p
BON1LLA J A Fundamentos da Agricultura Ecoloacutegica Sobrevivecircncia eQualidade de Vida Satildeo Paulo Nobel 1992
BUREacuteS S Substratos Ediciones Agroteacutecnicas S L Madrid Octubre 1997
BUS1NELLI M Chemical Composition and Enzymic Activity of some Worm Cast Plant Soil v 80 p 1-2 1990
CALEGARI A Espeacutecies para cobertura de solo In IAPAR (Instituto Agronocircmico de Paranaacute) Plantio Direto pequena propriedade sustentaacutevel organizador Moacir Darolt Londrina - PR 1998 65-93
CAMARGO P N D Manual de Adubaccedilatildeo Foliar Satildeo Paulo Herba 1975
CAPRA F A Teia da Vida Satildeo Paulo Cultrix 1997 256p
CAPRA F O Ponto de Mutaccedilatildeo 22 ed Satildeo Paulo Cultrix 2001 447p
CHABOUSSOU F Plantas doentes pelo uso de agrotoacutexicos (A Teoria da Trofobiose) Porto Alegre LPM 1987 253 p
CLARO S A Referencias tecnoloacutegicos para a agricultura familiar ecoloacutegica aexperiecircncia da Regiatildeo Centro-Serra do Rio Grande do Sul Porto Alegre EMATERRS-ASCAR 2001 250p
CLIVELA G Diagnoacutestico Agronocircmico da cebola no Rio Grande do Sul Porto Alegre EMATERRS 1995 8 6 p
COMISSAtildeO DE FERTILIDADE DO SOLO - RSSC Recomendaccedilotildees de adubaccedilatildeo e calagem para os estados do Rio Grande do Sul e Santa Catarina 3 ed Passo Fundo SBCS - Nuacutecleo Regional Sul 1995 223p
COMPAGNONI L PUTZOLU G Cria moderna de Ias lombrices y utilizacioacutenrentable dei humus Barcelona Editorial de Vecchi- SA 1985127p
COSTABEBER J A MOYANO E Transiccedilatildeo agroecoloacutegica e accedilatildeo social coletiva Agroecologia e Desenvolvimento Rural Sustentaacutevel Porto Alegre v l n4 p 50- 60 outdez 2 0 0 0
42
COSTA M B B da Adubaccedilatildeo orgacircnica Nova siacutentese e novo caminho para aagricultura Satildeo Paulo Ed iacutecone Ltda 1985 102p
COSTA NETO C Agricultura Sustentaacutevel Tecnologias e Sociedade In CARVALHO COSTA LF et al (org) Mundo Rural e Tempo Presente Rio de Janeiro Mauad 1999
DrsquoAG0ST1NI R L FANTINI A C Produccedilatildeo orgacircnica tambeacutem socialmente excludente Agroecologia e Desenvolvimento Rural Sustentaacutevel Porto Alegre v3 n l p57-61 2002
DALPONTE J C V Utilizaccedilatildeo de materiais orgacircnicos e fertilizante mineral na produccedilatildeo e qualidade de mudas e bulbos de cebola (Alliurn Cepa L) Pelotas-RS 1990 (Mestrado em Agronomia) - Faculdade de Agronomia Eliseu Maciel UFPel 1990
DEBARBA J F THOMAZELLI L F GANDIN C L SILVA E Cadeias produtivas do Estado de Santa Catarina Cebola Florianoacutepolis Epagri 1998 115 p (EPAGRI Boletim Teacutecnico 96)
DUFOUR F Os saacutebios loucos do agro-alimentar Le Monde Diplomatique ano 1 n4 p6-7 1999 (ed portuguesa)
EHLERS E Agricultura Sustetaacutevel Origem e perspectivas de um novo paradigma 2 ed Guaiacuteba Agropecuaacuteria 1999 157 p
FILGUEIRA F A R Novo Manual de olericultura agrotecnologia moderna na produccedilatildeo e comercializaccedilatildeo de hortaliccedilas Viccedilosa UFV 2000 402 p
FRASER G K Mateacuteria Orgacircnica Del Suelo In BEAR F E (ed) Quiacutemica dei Suelo Madrid Ed Agrociencia 1963
FOLLET R H MURPHY L S DONAHUE R L Fertilizers and soil amendments New Jersey Printice-Hall Inc 1981 557p
GARCIA A Revista dei Espacio Rural Georgica Zaragoza Escuela Politeacutecnica de Huesca n5 1997
GARCIA A Versatildeo preliminar de um Programa Estadual de Produccedilatildeo e Comercializaccedilatildeo de Bulbos e Sementes de CebolaEMBRAPAIPAGROMARAEMATER 6 8 pbdquo 1990 (Publicaccedilatildeo avulsa)
GIORGETT1 J R Produccedilatildeo e Comercializaccedilatildeo de Mudas de Tomate In Encontro Nacional de Produccedilatildeo e Abastecimento de Tomate 2 1991 Jaboticabal Satildeo Paulo Anais Jaboticabal UNESP 1991 p 242-244
GLIESSMAN S R Agroecologia Processos ecoloacutegicos em agricultura sustentaacutevelPorto Alegre Universidade Federal do Rio Grande do Sul - UFRGS 2000 653p
43
GLIESSMAN S R TURRIALBA C R Agroecologia Procesos Ecoloacutegicos en Agricultura Sostenible CATIE 2002 p 3-14
GNOATTO S C Caracterizaccedilatildeo quiacutemica de vermicompostos de diferentes substratos orgacircnicos Pelotas-RS 1999 38 f (Mestrado em Agronomia - Solos) - Faculdade de Agronomia Eliseu Maciel UFPel 1999
GOMES J C C BORBA M F S A moderna crise dos alimentos oportunidade para a agricultura familiar Emater Porto Alegre julset 2000 Disponiacutevel em lthttpwwwematertchebrdocsagroecorevistan313-artigo3htmgtAcesso em 24 fev 2002
GOMEZ H W Desenvolvimento sustentaacutevel agriacutecola e capitalismo In Desenvolvimento sustentaacutevel Necessidade eou disponibilidade Santa Cruz do Sul Nobel - UNISC 1997 p 65-77
GONZAacuteLEZ DE MOLINA M SEVILLA GUZMAacuteN E Ecologia campesinado e historia Para una reinterpretacioacuten dei desarrollo dei capitalismo en la agricultura In SEVILLA GUZMAacuteN E GONZAacuteLEZ DE MOLINA M (ed) Ecologia campesinado e historia Madrid La Piqueta 1993 p 23-129
GRIFFITH S A SCHNITZER M Analytical characteristic of humic and fulvic acids extracted from tropical volcanic soils Soil Sei Soc Am Proc v 39 p361-367 1975
GUIMARAtildeES E Caracterizaccedilatildeo quiacutemica estreptoscoacutepica e por anaacutelise teacutermica de aacutecidos huacutemicos e vermicompostos obtidos de estercos de diferentes animaisCuritiba 1997 Dissertaccedilatildeo (Mestrado em Quiacutemica) Universidade Federal do Paranaacute 1997
HESS A F Sociedade e meio ambiente uma relaccedilatildeo ambiacutegua Revista Cientiacutefica Rural Bageacute v 4 n2 p 167-1741999
ICEPA-SC Informes conjunturais sobre a cultura da cebola Disponiacutevel em lthttpwwwicepa combrgt Acesso em 23 jan 2003
JONES H A MANN L K Onions and their allies New York Interscience Publishers 1962 286 p
JUacuteNIOR H A de MAIORANO J A Receitas obtidas de extratos de plantasCampinas CATITerra Viva [199-] 10 f
KHATOUNIAN C A Ciclo de Palestras sobre Agricultura Orgacircnica 2a Ed SatildeoPaulo Fund Cargill 1997 149 p
KIEHL E J Fertilizantes Orgacircnicos Satildeo Paulo Ed Agronocircmica Ceres Ltda 1985 492p
44
KOEFF H H PETTERSSON B D SHAUMANN W Vida Vegetal solos e adubaccedilatildeo In Agricultura Biodinacircmica Satildeo Paulo Nobel 1983 p92-149
KONONOVA M M Soil organic matter The importance o f organic matter in soil formation and soil fertility New York Pergamqn Press 1961 p 165-200
KUHN T A Estrutura das Revoluccedilotildees Cientiacuteficas Satildeo Paulo Perspectiva 1989 257p
LANNA FCA ABREU C L ABREU J G SILVA V Resposta de cultivares de melancia cultivadas sob adubaccedilatildeo quiacutemica e orgacircnica Horticultura v 12 n l p85 1994
LEFF H Saber Ambiental Petroacutepolis Vozes 2001 343 p
MAGALHAtildeES J R Nutriccedilatildeo e adubaccedilatildeo da cebola In FERREIRA M E CASSTELLANE P D CRUZ M C P Nutriccedilatildeo e adubaccedilatildeo de hortaliccedilasPiracicaba POTAFOS 1993 p 381-393
MALAVOLTA E Elementos de nutriccedilatildeo mineral de plantas Satildeo Paulo Ed Agronocircmica Ceres Ltda 1980 251 p
MALAVOLTA E Manual de Quiacutemica Agriacutecola - Adubos e Adubaccedilatildeo 3a ed SatildeoPaulo Ed Agronocircmica Ceres Ltda 1981 606 p
MARTINEZ A A A grande e Poderosa Minhoca Jaboticabal Funep - Unesp1990 101 p
MARTINS S R Desenvolvimento e Sustentabilidade Horticultura Brasileira Brasiacutelia-DF v20 n2 julho 2002 Palestra apresentada no 42deg Congresso Brasileiro de Olericultura
MARTINS S R Limites Del Desarrollo Sostenible em Ameacuterica Latina En el marco de Ias poliacuteticas de (re)ajuste econocircmico Pelotas Editora UFPel 1997 135 P-
MARTINS S R Sustentabilidade na agricultura dimensotildees econocircmicas sociais e ambientais Revista Cientiacutefica Rural Bageacute v4 n 2 p 175-1871999
MATURANA H REZEPKA S N D E Formaccedilatildeo Humana e Capacitaccedilatildeo Rio de Janneiro Vozes 2000 8 6 p
MELLO A F SOBRINHO M O ARZOLLA S SILVEIRA R NETTO A C KIEHL J C Fertilidade do Solo Satildeo Paulo Nobel 1983
MENEZES JUacuteNIOR F O G D Caracterizaccedilatildeo de Diferentes substratos hortiacutecolas e seu efeito na produccedilatildeo de mudas de alface e couve-flor em ambiente protegido Pelotas 1998 141 p Dissertaccedilatildeo (Mestrado em Agronomia - Produccedilatildeo Vegetal) - Faculdade de Agronomia Eliseu Maciel UFPel 1998
45
MIBASA Mineraccedilatildeo Barreto SA Melhorador de Solos MB4 A Natureza Agradece Arapiraca-AL [199-] Folder
MINAMI K Os resumos da olericultura 2000 In AZEVEDO FILHO MARTINEZ FILHO (ed) Preccedilos agriacutecolas Piracicaba ESALQ 1999 p 4
MINAMI K Produccedilatildeo de Mudas de Alta Qualidade em Horticultura Satildeo Paulo TA Queiroz 1995
MORSELLI T B G A Cultivo sucessivo de alface sob adubaccedilatildeo orgacircnica em ambiente protegidoPelotas 2001 178 p Tese (Doutorado em Agronomia - Produccedilatildeo Vegetal) Faculdade de Agronomia Eliseu Maciel UFPel 2001
MORSELLI T B G A Resiacuteduos orgacircnicos em sistemas agriacutecolas Poliacutegrafo da Disciplina de Resiacuteduos orgacircnicos em sistemas agriacutecolas Curso de Poacutes-Graduaccedilatildeo em Agronomia-Produccedilatildeo Vegetal UFPel 2002
MULLER AM Efeitos da Aplicaccedilatildeo Foliar de um Biofertilizante Enriquecido no Estado fitossanitaacuterio de Tomate Ervilha e Beterraba Sob Manejo OrgacircnicoDissertaccedilatildeo (Mestrado no Programa de Poacutes-Graduaccedilatildeo em Agroecossistemas)1999 (Resumo)
NOLLA D Erosatildeo do Solo - O grande desafio Estado do Rio Grande do Sul SEAGRI desenvolvimento de recursos naturais renovaacuteveis 1982 412 p
PAGLIA AG MORSELLI TBGA PEIL RMN Teores de nutrientes pH e condutividade eleacutetrica da aacutegua em sistema ldquofloat^ngrdquo sob adiccedilatildeo de biofertilizantes Horticultura Brasileira v 20 n2 julho 2002 Suplemento 2
PAULUS G MULLER A BARCELLOS LAR Agroecologia aplicada praticas e meacutetodos para uma agricultura de base ecoloacutegica 2ed ver ampl Porto Alegre EMATERRS 2001 8 6 p
PEIXOTO R T dos G Composto orgacircnico aplicaccedilotildees benefiacutecios e restriccedilotildees de uso Horticultura Brasileira Brasiacutelia-DF v 18 p 56-64 julho 2000
PENTEADO SR Defensivos Alternativos e Naturais Satildeo Paulo 1999 95 p
PEREIRA AJ SOUZA RJ PEREIRA WR Efeito de diferentes doses de esterco de galinha e de curral sobre a produccedilatildeo de cebola Horticultura Brasileira v20 n2 julho 2002 Suplemento 2
PINHEIRO S BARRETO SB MB-4 agricultura sustentaacutevel trofobiose e biofertilizantes Fundaccedilatildeo Juquira CandiruMibasa 2000 273 p
PRIMAVESI A Agricultura Sustentaacutevel Satildeo Paulo Nobel 1992 142 p
PRIMAVESI A O manejo ecoloacutegico do solo Agricultura em regiotildees tropicais SatildeoPaulo Nobel 1982 541 p
46
PURCINO A A C ldquoNitrogecircniordquo Informe Agropecuaacuterio Belo Horizonte v7 n81 p 16-27 1981
QUIJANO F G Efeito da adubaccedilatildeo orgacircnica no desenvolvimento de duas cultivares de alface em ambiente protegido Pelotas 1999 116f Dissertaccedilatildeo (Mestrado em Agronomia - Produccedilatildeo Vegetal) Faculdade de Agronomia Eliseu Maciel UFPel 1999
RODRIGUES A N N Efeitos e residuais de superfosfato triplo sobre o rendimento de mateacuteria seca e absorccedilatildeo de foacutesforo pela aveia (Avena strigosa Schob) em solo Podzoacutelico Vermelho Escuro Porto Alegre 1984 59f Dissertaccedilatildeo (Mestrado em Agronomia) - Faculdade de Agronomia UFRGS 1984
RODRIGUES E T CASALI V W D Respostas da alface agrave adubaccedilatildeo orgacircnica II Teores conteuacutedos e utilizaccedilatildeo de macronutrientes em cultivares Rev Ceres Viccedilosa v 45 n 261 p 437-449 1998
SAMINEcircS T C O Produccedilatildeo orgacircnica de alimentos Horticultura Brasileira Brasiacutelia-DF v 17 n3 novembro 1999
SCHIEDECK G Ambiecircncia e resposta agronocircmica de meloeiro (Cucumis melo L) cultivado sob adubaccedilatildeo orgacircnica em ambiente protegido Pelotas lOOp Tese (Doutorado em Agronomia - Produccedilatildeo Vegetal) - Faculdade de Agronomia Eliseu Maciel UFPel 2002
SILVA JUacuteNIOR A A GIORGI E Substratos alternativos para a produccedilatildeo de mudas de tomate Agropecuaacuteria Catarinense Florianoacutepolis EPAGRI 1992 23 p
SILVA JUacuteNIOR A A MACEDO S G STUKER H Utilizaccedilatildeo de esterco de peru na produccedilatildeo de mudas de tomateiro Florianoacutepolis EPAGRI 1995 28 p (Boletim Teacutecnico 73)
TAGLIARI PS GRASSMANN H Minhoca a grande aliada da agricultura Agropecuaacuteria Catarinense v8 n l p 11-14 mar 1995
TEDESCO M J GIANELLO C Anaacutelises de solo plantas e outros materiais Porto Alegre Faculdade de Agronomia Departamento de Solos Universidade Federal do Rio Grande do Sul RS 1996
TENNANT D A Test of modified line intersect method of estimating root lenght Journal Ecology Oxford v 63 p 995-1001 1975
TIBAU A O Mateacuteria Orgacircnica do Solo Mateacuteria Orgacircnica e Fertilidade do SoloSatildeo Paulo Nobel 1984 p49-182
TIMM P J Anaacutelise comparativa dos sistemas de plantio convencional e cultivo miacutenimo de cebola sob adubaccedilatildeo orgacircnica e mineral Pelotas 2000 79 p Dissertaccedilatildeo (Mestrado em Agronomia - Produccedilatildeo Vegetal) - Faculdade de Agronomia Eliseu Maciel UFPel 2000
47
VALENZUELA HR CROSBY C Effect of compost applications on the yield of several vegetables in long-term organic farming experiments conduced in the tropics American Society Horticultural Science v33 n3 june 1998
VIGLIZZO E (ed) Subprograma Recursos Naturais y Sostenibilidad Agriacutecola documento marco Montevideo IICAPROCISUR 1995 p 75 - 78
WE1D J M TARDIN J M Proposta para a Ampliaccedilatildeo do Trabalho da ASPTA no Centro Sul do Paranaacute ASPTA Disponiacutevel em http wwwpronafgovbrEncontrotestosAS20PTA20Sul20ParanE1205 202002doc Acesso em 05 mai 2002
XAVIER SIMOacuteN F DOMINGUES D G Desenvolvimento Rural Sustentaacutevel uma perspectiva agroecoloacutegica Agroecologia e Desenvolvimento Rural Sustentaacutevel Porto Alegre EM ATERRS v2 n2 p 17-26 2001
ZABALETA J P Diagnoacutestico da Agricultura Familiar em Satildeo Joseacute do Norte - RSPelotas EMBRAPA-CPACT 1998 75 p (EMBRAPA-CPACT Documentos 44)
ZONTA E P MACHADO A A SILVEIRA P Sanest Sistema de anaacutelise estatiacutestica para microcomputadores Registrado na Secretaria Especial de Informaacutetica sob nuacutemero 066060 - categoria A Pelotas-RS Universidade Federal de Pelotas 1984
48
7 APEcircNDICE
APEcircNDICE A - Anaacutelise da adubaccedilatildeo de base e biofertilizantes utilizados na produccedilatildeo de mudas de cebola
TABELA 1 A Anaacutelise baacutesica do solo antes da incorporaccedilatildeo do feijatildeo miuacutedo + papua
Arg
pH IND
SMP
MO
P - n r - Na Al Ca__10Omlmdash
Mg
ppm -
6 53 67 089 8 6 27 1 04 05 0 2
Fonte LASFAEMUFPel (2002)
TABELA 2A Anaacutelise complementar do solo antes da incorporaccedilatildeo do feijatildeo-miuacutedo + papua
Cobre Zinco Manganecircs Ferro
(m v1)
04 05 26 007
Fonte LASFAEMUFPel (2002)
49
TABELA 3A Anaacutelise dos fertilizantes soacutelidos
Amostra pH limidade CN
C N P K Ca Mg
- g-ivg --
Cama de 849 2491 12 31042 2479 3888 3405 29875 463
aves
Esterco 74 3594 11 677 590 157 134 335 214
de curral
Huacutemus 684 5738 14 15965 1098 453 745 743 361
Fonte LASFAEMUFPel (2002)
TABELA 4A Anaacutelise quiacutemica dos biofertilizantes liacutequidos
Amostra N P K_ccedil H
Ca Mg Cu Zn Fe Mn
mdashgL bull
S Magro
m b 4
Urina
053
1652
8 2 2
008
395
0 0 0
149
1674
471
1902
6872
0 0 0
1150
4507
1172
7273
42
033
101389
920
0 0 0
6250
19458
781
35273
1123
0 2 1
Fonte LASFAEMUFPel (2002)
50
APEcircNDICE B - Condiccedilotildees climaacuteticas do local
TABELA 1B Condiccedilotildees de temperatura do local
___________ __________TEMPERATURA (degCgt
meses Meacutedia
Maacutexima
Meacutedia
MiacutenimaMeacutedia
Maacutexima
Absoluta
Miacutenima
Absoluta
Junho 225 87 156 320 25
Julho 225 85 155 285 30
Agosto 251 71 161 360 1 0
Fonte FEPAGROSCT 2002
TABELA 2B Condiccedilotildees de chuva do local
mdash CHUVA (mm)mdash
meses Ocorrida Normal Desvio Da Normal
Junho 1080 1 1 0 -2 0
Julho 1062 98 8 2
Agosto 1283 1 2 0 83
Fonte FEPAGROSCT 2002
51
TABELA 1C Produccedilatildeo de fitomassa fresca e seca (g) da parte aeacuterea altura de planta
(cm) e diacircmetro de colo (mm) de mudas de cebola Petrolini cultivadas
sob uma perspectiva agroecoloacutegica Pelotas-RS 2003
APEcircNDICE C - Anaacutelise estatiacutestica da parte aeacuterea
Causas G1 FFPA FSPA AP DC
da variaccedilatildeo --------- Quadrados meacutedios-
Blocos 3
Ad Base 2 175359071 1287102 2547419 1 11775
Biofertilizantes 2 126876 29011 87669ns 02185ns
Ad x Biofert 4 572378 31123 69106ns 04159
Resiacuteduo 24 34456 03048 27169 00290
Total 35
Meacutedia geral 93745 8772 320388 6741
CV 1980 6294 5145 2530
Significativo a 5ns Natildeo significativo
52
TABELA 1D Produccedilatildeo de fitomassa fresca e seca (g) comprimento (cm) e densidade
de raiacutezes (m cm3) de mudas de cebola Petrolini cultivadas sob uma
perspectiva agroecoloacutegica e razatildeo parte aeacutereasistema radicular Pelotas-
RS 2003
APEcircNDICE D - Anaacutelise estatiacutestica da raiz
Causas G1 FFR FSR CR RPASR DR
da variaccedilatildeo Quadrados meacutedios---------------
Blocos 3
Ad Base 2 27874 551 623 2 1 0 140
Biofertilizantes 2 178 0 1 0 ni 1504 l03ns 038ns
Ad x Biofert 4 190 058 318 294 183
Resiacuteduo 24 005 009 028 023 0 2 1
Total 35
Meacutedia geral 1818 228 184 387 333
C V 134 1356 448 1253 1396
Significativo a 5 ns Natildeo significativo
53
APEcircNDICE E - Anaacutelise estatiacutestica dos macronutrientes da parte aeacuterea da cebola
TABELA 1E Conteuacutedos (mg planta1) de nitrogecircnio foacutesforo potaacutessio caacutelcio e
magneacutesio no tecido vegetal de mud^s de cebola Petrolini cultivadas
sob uma perspectiva agroecoloacutegica Pelotas-RS 2003
Causas G1 bull N P K Ca Mg
da variaccedilatildeo
Blocos 3
Ad Base 2 13550306 446627 25509686 1031806 59007
Biofertilizantes 2 180610ns 16564 68153ns 39006 876ns
Ad x Biofert 4 454187 45743 1047539 46950 2464
Resiacuteduo 24 29769 1453 64313 3741 439
Total 35
Meacutedia geral 24921 4597 33366 6943 1615
C V 692 829 760 880 1297
Significativo a 5 ns Natildeo significativo
APEcircNDICE F - Fotos do experimento
FIGURA 2 Mudas de cebola (Allium cepa L) produzidas sob uma perspectiva agroecoloacutegica
APEcircNDICE F a Fotos do experimento
FIGURA 1 Adubaccedilatildeo verde com feijatildeo-miuacutedo e papuatilde utilizadas no manejo do solo
FIGURA 2 Mudas de cebola (Allium cepa L) produzidas sob urna perspectiva agroecoloacutegica
14
Os adubos orgacircnicos satildeo amplamente empregados nos sistemas de produccedilatildeo de
alface como condicionadores do ambiente quiacutemico e fiacutesico da rizosfera e
consequumlentemente na resposta bioloacutegica das plantas (Rodrigues amp Casali 1998)
Considerando as necessidades hortiacutecolas de maior competitividade e o fato de natildeo
ser subsidiada o crescimento populacional e a industrializaccedilatildeo representam fatores
determinantes na geraccedilatildeo diaacuteria de enormes volumes de resiacuteduos podendo ser utilizados
pelos produtores com um maior retomo econocircmico possiacutevel Ao mesmo tempo a
questatildeo ambiental assume cada vez mais destaque na sociedade moderna repercutindo
em poliacuteticas governamentais bem como no setor produtivo do paiacutes e do mundo
fazendo com que a relaccedilatildeo do homem com a natureza seja repensada (Morselli 2001)
232 Efeitos da adubaccedilatildeo orgacircnica nas culturas
Segundo Paulus et al (2001) a mateacuteria orgacircnica tambeacutem eacute fonte de nutrientes
especialmente nitrogecircnio foacutesforo enxofre e micronutrientes aleacutem disso tem
capacidade de ldquoprenderrdquo micronutrientes e alguns elementos toacutexicos para as plantas
como o alumiacutenio Por exemplo os micronutrientes depois de presos satildeo liberados
lentamente no solo onde satildeo gradativamente aproveitados pelas plantas
O uso dos fertilizantes minerais elevam o custo de produccedilatildeo pois satildeo necessaacuterias
altas doses para o fornecimento dos teores de nutrientes demandados Por isso eacute
importante a geraccedilatildeo de tecnologias que poupem o consumo de fertilizantes minerais
desejaacutevel com vista agrave diminuiccedilatildeo do custo de produccedilatildeo (Rodrigues 1984) A produccedilatildeo
de hortaliccedilas sob a orientaccedilatildeo agroecoloacutegica leva em consideraccedilatildeo natildeo apenas os custos
de produccedilatildeo como tambeacutem a dependecircncia dos insumos principalmente quando se
considera a ldquoteoria da trofobioserdquo pelos efeitos maleacuteficos que os nutrientes prontamente
assimilaacuteveis podem causar as plantas (Chaboussou 1987)
Para Compagnoni amp Putzolu (1985) o vermicomposto eacute um autecircntico fertilizante
bioloacutegico que atua como corretivo do solo determinando caracteriacutesticas importantes
para a microflora pelos aacutecidos huacutemicos e as substacircncias fitoestimulantes Os autores
consideram ainda que as dejeccedilotildees das oligoquetas proporcionam a formaccedilatildeo de huacutemus
permitindo melhorar o solo razatildeo pela qual satildeo destinados agrave horticultura com oacutetimas
vantagens fiacutesicas e microbioloacutegicas enriquecendo a camada araacutevel
Em experimentos desenvolvidos durante cinco anos para avaliar o efeito da
aplicaccedilatildeo de compostos eou adubos nas culturas de alface manjericatildeo espinafre e
15
pepino Valenzuela amp Crosby (1998) compararam as produccedilotildees obtidas com composto
e a fertilizaccedilatildeo padratildeo e concluiacuteram que a utilizaccedilatildeo do composto em 20 Mg ha 1 mais
N-quiacutemico foi o melhor tratamento em todas as culturas estudadas
233 Plantas de cobertura do solo
As plantas mais usadas para adubaccedilatildeo de cobertura do solo satildeo as leguminosas
pois estas tecircm a capacidade de fixar o nitrogecircnio atmosfeacuterico e disponibiliza-lo agrave
cultura Primavesi (1992) cita que utilizando-se mucuna ervilhaca feijatildeo-de-porco
feijatildeo-miuacutedo crotalaacuteria e outras natildeo haacute necessidade de utilizar tanto nitrogecircnio em
cobertura embora natildeo se dispense uma calagem mais frequumlente pois ocorre um pouco
de acidificaccedilatildeo no solo como com qualquer adubaccedilatildeo nitrogenada Segundo a mesma
autora algumas leguminosas tecircm a capacidade de mobilizar o foacutesforo como o caupi
(feijatildeo-miuacutedo) outras mobilizam o caacutelcio como tremoccedilo
Para Brady (1999) a adubaccedilatildeo verde traz grandes benefiacutecios como suprimento de
mateacuteria orgacircnica sendo consideraacutevel a quantidade de resiacuteduos orgacircnicos devolvidos ao
solo adiccedilatildeo de nitrogecircnio nutrientes e conservaccedilatildeo do solo
Calegari (1998) comenta que quanto aos aspectos fiacutesicos os resiacuteduos tendem a
contribuir para uma melhoria da estrutura do solo percebida pelo aumento da
estabilidade dos agregados em aacutegua aumento da capacidade de retenccedilatildeo hiacutedrica
elevaccedilatildeo dos iacutendices de infiltraccedilatildeo de aacutegua no solo aumento da porosidade melhor
aeraccedilatildeo e diminuiccedilatildeo da densidade do solo
De acordo com Timm (2000) o papuatilde eacute uma excelente alternativa como cobertura
de solo para o cultivo miacutenimo da cebola pois na eacutepoca do transplante das mudas seu
ciclo vegetativo estaacute completo natildeo necessitando o dessecamento outra vantagem eacute que
o papuatilde apresenta bom controle com relaccedilatildeo agraves plantas invasoras da cebola reduzindo
ao longo dos anos o nuacutemero de capinas e a aplicaccedilatildeo de herbicidas
234 Adubaccedilatildeo foliar
Segundo Malavolta (1981) a utilizaccedilatildeo da adubaccedilatildeo foliar eacute complemento da
adubaccedilatildeo de solo natildeo substituto da mesma no que diz respeito ao fornecimento de
nitrogecircnio foacutesforo e potaacutessio para as culturas Da mesma maneira que as raiacutezes podem
perder para o solo parte dos elementos absorvidos as folhas tambeacutem o fazem pela accedilatildeo
16
de fatores internos (desordem fisioloacutegica estado nutricional etc) e externos (chuvas
orvalho nutriccedilatildeo do sistema radicular luz temperatura etc)
Para Chaboussou (1987) as plantas adquirem o maacuteximo de resistecircncia bioloacutegica
atraveacutes da nutriccedilatildeo (trofos) equilibrada Obviamente para que isto ocorra eacute necessaacuterio
que o solo esteja em equiliacutebrio dinacircmico o ambiente seja o mais estaacutevel e as plantas
selecionadas ou melhor adaptadas para poderem suportar as alteraccedilotildees extemporacircneas
ocasionadas pelos fenocircmenos meteoroloacutegicos e nas fases fonoloacutegicas criacuteticas do
crescimento e desenvolvimento (Pinheiro amp Barreto 2000)
O lixiviado das folhas enriquece as camadas superiores do solo e tende a
contrabalanccedilar as perdas de zonas mais profundas e mais distantes acumulando-os nas
suas proximidades tambeacutem influencia o nuacutemero e o comportamento dos
microrganismos que por sua vez alteram o processo de gecircnese do solo sua textura e
fertilidade A lixiviaccedilatildeo assim se toma importante no desenvolvimento da sucessatildeo
ecoloacutegica devido agrave ciclagem de elementos (Malavolta 1980)
Conforme Camargo (1975) a utilizaccedilatildeo de adubos foliares substitui parcialmente
a adubaccedilatildeo radicular em 20 a 25 podendo ser utilizada em varias pulverizaccedilotildees
24 Vermicompostagem
E o processo que consiste em se submeter diferentes resiacuteduos orgacircnicos de
origem animal eou vegetal aos processos fermentativos e humificaccedilatildeo adicionando
minhocas do gecircnero Eiseina espeacutecie foetida ao material procurando obter um produto
curado em aproximadamente 45 - 60 dias (Compagnoni amp Putzolu 1985)
A vermicompostagem firmou-se no Brasil como atividade rentaacutevel produzindo
adubo de alta qualidade na deacutecada de 90 Na agricultura brasileira contudo haacute
preferecircncia pelos adubos quiacutemicos em funccedilatildeo de sua aquisiccedilatildeo financiada menor custo
e retomo imediato embora o impacto de seu uso contiacutenuo sobre o solo e os
microorganismos que nele vivem seja negativo (Tagliari amp Grassmann 1995)
Segundo Morselli (2002) a vermicompostagem difere da compostagem
convencional dentre outros pocircr formar substacircncias huacutemicas mais rapidamente ao sofrer
passagem pelo trato digestivo das minhocas A alirdentaccedilatildeo destas satildeo basicamente os
estercos e a disponibilidade desta mateacuteria prima bem como de ambiente protegido para
proceder a compostagem correta deste material satildeo indispensaacuteveis
17
Segundo Kiehl (1985) e Martinez (1990) o vermicomposto apresenta as seguintes
vantagens em relaccedilatildeo a compostagem permite a formaccedilatildeo de um produto curado em
menor espaccedilo de tempo promove a formaccedilatildeo de um material com maior
disponibilidade de nutrientes facilita o peneiramento natildeo havendo a necessidade de
revolvimento do material oferece vaacuterias fontes de renda pois aleacutem do huacutemus fornece
minhocas e raccedilatildeo e quando aplicado ao solo tende a melhorar as propriedades fiacutesicas
quiacutemicas e bioloacutegicas
241 Resiacuteduos utilizados na vermicompostagem
2411 Resiacuteduos de origem animal
Segundo Bureacutes (1997) o esterco eacute uma mistura de fezes urina e camas que
podem estar constituiacutedas de palhas folhas secas serragem turfa casca de arroz e ateacute
terra Esse apresenta pH neutro e densidade que varia de 030 a 090 Kg dm3 segundo
seu estado de decomposiccedilatildeo Eacute influenciado por vaacuterios fatores como espeacutecie animal
raccedila idade alimentaccedilatildeo material utilizado como cama e tratamento da mateacuteria-prima
esterco (Kiehl 1985) Dentre os fatores apontados um dos mais importantes eacute a
alimentaccedilatildeo do animal quanto mais rica a alimentaccedilatildeo mais rica seraacute as dejeccedilotildees
(Gnoatto 1999) O volume de bacteacuterias vivas ou mortas encontradas no esterco
representam 20 a 30 do total delas se originam grande parte do nitrogecircnio sob a
forma de proteiacutena (Morselli 2002)
A origem do material utilizado para a produccedilatildeo de vermicomposto eacute fundamental
pois soacute uma mateacuteria-prima de qualidade resultaraacute em um produto final de boa qualidade
Dentre os estercos o de aves eacute empregado empiricamente na adubaccedilatildeo de culturas
permanente ou natildeo com excelentes resultados apesar de sua simples composiccedilatildeo
meacutedia 2 de nitrogecircnio 2 de foacutesforo como P2 0 5 e 1 de K2 0 Poreacutem haacute uma
grande variaccedilatildeo na sua constituiccedilatildeo a qual dependeraacute do manejo animal atraveacutes das
camas finalidade da criaccedilatildeo e natureza das camas (Morselli 2002)
2412 Resiacuteduos de origem vegetal
A mateacuteria orgacircnica pode ser preservada no solo por vaacuterios processos seja pela
simples incorporaccedilatildeo de resiacuteduos de culturas rotaccedilatildeo de culturas adubaccedilatildeo verde ou
18
pela adiccedilatildeo de materiais orgacircnicos capazes de elevar e manter a produtividade do solo
Da decomposiccedilatildeo dos resiacuteduos orgacircnicos adicionados ao solo resulta a liberaccedilatildeo de
grande quantidade de nutrientes principalmente o nitrogecircnio o potaacutessio e o enxofre
Aleacutem disso diversos atributos quiacutemicos e fiacutesicos do solo satildeo alterados pela
decomposiccedilatildeo desses resiacuteduos destacando-se o aumento da capacidade de troca de
caacutetions o aumento da retenccedilatildeo de aacutegua a melhoria da estabilidade dos agregados e da
aeraccedilatildeo (Fraser1963 Malavolta 1981 Mello et al 1983 Bonilla 1992)
Segundo Purcino (1981) quando a relaccedilatildeo CN eacute menor que 30 como no caso do
esterco de curral ou da palha de leguminosas a disponibilidade de nitrogecircnio eacute
imediata mas acima deste valor ocorre imobilizaccedilatildeo crescente deste nutriente Por esse
motivo estes materiais devem ser submetidos a uma degradaccedilatildeo bioloacutegica antes de
serem adicionados ao solo
25 Biofertilizantes
No Brasil ocorrem problemas crescentes com materiais derivados de sistemas
intensivos de criaccedilatildeo animal que acumulam resiacuteduo^ orgacircnicos com graves problemas
de contaminaccedilatildeo de cursos de aacutegua que na maioria das vezes se acumulam em um
uacutenico lugar e natildeo satildeo reciclados (Viglizzo 1995)
Visando amenizar tais situaccedilotildees os meacutetodos alternativos de adubaccedilatildeo controle de
doenccedilas pragas e plantas indesejaacuteveis tecircm sido muito estudado Dentro dessa linha de
pesquisa destaca-se o uso de mateacuteria orgacircnica atraveacutes tanto de sua incorporaccedilatildeo ao
solo como de sua transformaccedilatildeo para uso posterior na forma de biofertilizantes
(Khatounian 1997 Bettiol et al 1997)
Na complexa e elevada comunidade microbiana dos biofertilizantes encontram-se
bacteacuterias fungos leveduriformes filamentosos e actinomicetos (Bettiol apud Penteado
1999)
O agregado de macro e micronutrientes periodicamente ativa e enriquece a
fermentaccedilatildeo O uso de farinha de rocha tem sido vantajoso por ter baixo custo
comparado com os sais concentrados e purificados aleacutem de trazer alguns elementos
traccedilos de vital importacircncia para os microrganismos do solo como por exemplo o Gaacutelio
o Iodo e o Vanaacutedio (M1BASA 199-) O agregado de farinha de rocha ou sais
purificados ao fermentado faz com que estes nutrientes passem a fazer parte dos
microrganismos ou dos produtos orgacircnicos liberados durante a fermentaccedilatildeo sendo que
19
o ataque dos microrganismos atraveacutes de suas enzimas consegue liberar os elementos natildeo
atacados pelos aacutecidos industriais (Pinheiro amp Barreto 2000)
Os biofertilizantes tecircm sido empregados na agricultura ecoloacutegica como adubo
foliar para aumentar a resistecircncia contra pragas e doenccedilas Aleacutem disso o processo de
produccedilatildeo eacute bastante simples e por isso eacute viaacutevel sua produccedilatildeo na propriedade desde que
tenha esterco disponiacutevel (Penteado 1999)
Bettiol et al (1997) verificaram a presenccedila de diferentes espeacutecies de fungos
fiacutelamentosos e leveduriformes e bacteacuterias entre elas Bacillus spp na comunidade
microbiana do biofertilizante produzido segundo meacutetodo adotado pelo Centro de
Agricultura Ecoloacutegica Ipecirc Os autores verificaram ainda uma reduccedilatildeo da comunidade
microbiana ao longo da digestatildeo reduccedilatildeo essa mais acentuada logo apoacutes o acreacutescimo
dos sais contendo micronutrientes A accedilatildeo dos sais pode ser tanto por aumento na
pressatildeo osmoacutetica quanto pelo efeito direto sobre os microrganismos Para o controle de
doenccedilas de plantas satildeo importantes a presenccedila dos metaboacutelitos produzidos pelos
organismos presentes no biofertilizante e os proacuteprios microrganismos vivos
Os microrganismos transformam o material orgacircnico (esterco soro de leite caldo
de frutas palhas restos industriais etc) e cinzas produzindo vitaminas aacutecidos e sais
complexos importantes para regular e tonificar o metabolismo das plantas impedindo o
desenvolvimento de pragas e doenccedilas (Pinheiro amp Barreto 2000)
Em estudos feitos com o biofertilizante liacutequido de bovinos foi observado a
presenccedila de inuacutemeros microorganismos como bacteacuterias leveduras e bacilos
principalmente do Bacillus subtilis Estes microorganismos sintetizam substacircncias
antibioacuteticas as quais demonstram ter grande accedilatildeo e eficiecircncia como substacircncias
fungiostaacuteticas e bacteriostaacuteticas de fitopatoacutegenos causadores de danos em lavouras
comerciais (Penteado 1999)
Aldrighi et al (2002) realizaram trabalho na UFPel relacionado agrave nutriccedilatildeo de
mudas de tomate (Floradade) produzidas no sistema ldquofloatingrdquo Utilizaram-se doses de
0 2 5 e 10 para o biofertilizante Super Magro e 0 e 1 para a urina de vaca
Concluiacuteram que estes natildeo interferem na produccedilatildeo das mudas e que provavelmente foi
influenciado pelo substrato utilizado (vermicomposto 75 e casca de arroz carbonizada
25) bem como o sistema de produccedilatildeo (floating)
Paglia et al (2002) citam que eacute possiacutevel produzir mudas de tomate (cultivar
Floradede) utilizando urina de vaca e biofertilizante Super Magro na aacutegua em sistema
ldquofloatingrdquo em trabalho realizado na UFPel O uso da urina de vaca a 1 e 5 e
20
biofertilizante Super Magro a 6 proporcionam uma elevaccedilatildeo do foacutesforo bem como o
Super Magro a 6 eleva os teores de Mg e Ca na aacutegua
251 Urina de vaca
As urinas de vaca contecircm nutrientes favoraacuteveis ao bom desenvolvimento das
plantas como potaacutessio soacutedio nitrogecircnio enxofre magneacutesio caacutelcio foacutesforo e traccedilos de
outros elementos Nas plantas funciona como um fertilizante natural tomando-as mais
resistentes ao ataque das pragas e doenccedilas Satildeo encontradas tambeacutem na urina outras
substacircncias como fenoacuteis e principalmente o catecol que esta associado agrave recuperaccedilatildeo
de plantas atacadas por fitopatoacutegenos por ser um produto anti-seacuteptico (Penteado 1999)
Para seu emprego a urina receacutem coletada deve ser armazenada sob condiccedilotildees
ambientais por trecircs dias para que se forme amocircnio importante produto a ser absorvido
pelas plantas Recomenda-se ainda que o armazenamento deva ser feito em recipiente
fechado para que natildeo ocorram perdas de nitrogecircnio Desta forma poderaacute permanecer
por ateacute um ano sem comprometer sua eficiecircncia
Em hortaliccedilas o uso da urina de vaca eacute recomendado em pulverizaccedilotildees foliares
semanais na concentraccedilatildeo de 05 para tomateiro pimentatildeo pepino feijatildeo vagem e
couve ou quinzenais a 1 para as culturas do quiabeiro jiloeiro e berinjela Para
fruteiras em geral a primeira aplicaccedilatildeo deve ser na concentraccedilatildeo aproximada de 5
realizada diretamente no solo e mensalmente devem ser realizadas pulverizaccedilotildees
foliares a 1 para plantas jovens e a 5 para plantas adultas (Penteado 1999)
Na aplicaccedilatildeo foliar deve-se ter cuidado com folhas e brotos novos e considerar que
o uso contiacutenuo pode ser toacutexico podendo afetar o solo causando a sua acidificaccedilatildeo
(Penteado 1999)
Na Estaccedilatildeo Experimental da PESAGRO no municiacutepio de Macaeacute Rio de Janeiro
estaacute se utilizando a urina de vaca leiteira Os pesquisadores descobriram que a urina de
vaca em lactaccedilatildeo produzia o efeito de recuperar plantas de abacaxi atacadas por uma
doenccedila conhecida como ldquofusairioserdquo Essa doenccedila quando ataca o abacaxi causa
perdas de ateacute 70 da safra Todos os agrotoacutexicos testados natildeo conseguiram controlar a
doenccedila Isto eacute um exemplo para que a universidade tenha uma nova percepccedilatildeo (Capra
1996) adotando medidas efetivas que contribuam na transiccedilatildeo agroecoloacutegica Com o
uso da urina de vaca leiteira numa lavoura de abacaxi atacada pela fusariose observou-
se agrave recuperaccedilatildeo do stand e os frutos produzidos apresentaram excelente padratildeo
21
comercial Descobriu-se que aleacutem funcionar como adubo e defensivo natural a urina de
vaca leiteira tambeacutem favorece a floraccedilatildeo de muitas plantas e pode ser usada no
tratamento de frutos e tubeacuterculos depois da colheita
A urina de vaca em lactaccedilatildeo tambeacutem estaacute sendo usada nas lavouras de cafeacute em
plantaccedilotildees de maracujaacute coco alface e outras hortaliccedilas Na regiatildeo centro-sul do Paranaacute
os agricultores estatildeo aplicando a urina de vaca leiteira nas lavouras de feijatildeo soja
batata cebola e milho (Penteado 1999)
252 Alhol
A maioria dos defensivos alternativos tais como calda bordalesa sulfocaacutelcica
aacutegua de cinza e cal biofertilizante enriquecido extrato de fumo entre outros precisa
ser misturada com um espalhante adesivo para quebrar a tensatildeo superficial da gota e
propiciar um melhor molhamento das folhas e demais partes pulverizadas assegurando
uma absorccedilatildeo mais efetiva e uma melhor accedilatildeo sobre as pragas e doenccedilas Quando as
gotas permanecem inteiras sobre a superfiacutecie folhar devido agrave falta de espalhante
adesivo pode-se danificar os tecidos vegetais pelc efeito-lente quando o sol incide
sobre elas Aleacutem disso a gota por natildeo se espalhar sobre toda superfiacutecie folhar
concentra nela e consequumlentemente sobre o tecido que estaacute em contato com ela uma
quantidade maior do produto aplicado Essa maior concentraccedilatildeo pode prejudicar a
absorccedilatildeo e lesionar os tecidos principalmente apoacutes a evaporaccedilatildeo da aacutegua contida na
gota por resultar em uma maior concentraccedilatildeo de sais no local especialmente quando se
aplicam por exemplo calda sulfocaacutelcica bordalesa biofertilizante enriquecido com
macro e micronutrientes (Claro 2001)
O alhol eacute um espalhante adesivo ecoloacutegico que tambeacutem auxilia no controle de
pragas E elaborado com aacutegua alho oacuteleo vegetal e sabatildeo neutro a partir da sabedoria
popular que menciona o alho como repelente de insetos Juacutenior Abreu amp Maiorano
(199-) indicam formulaccedilotildees contendo alho para o controle de pragas como nematoacuteides
(Meloidogyne incoacutegnita e M javanica) mosca do chifre lagarta na maccedilatilde pulgotildees
besouro da batata trips e para controle de doenccedilas fuacutengicas e bacterianas como miacuteldio
ferrugem fusariose helminthosporiose murchadeira (Pseudonamos solacearum)
bruzone do arroz (Pyricularia orysae) podridatildeo negra do repolho e couve-flor
(Xanthomonas campestris) Aleacutem disso o alho pelo seu bom teor em oacuteleo pode agir
tambeacutem como espalhante adesivo O sabatildeo tambeacutem eacute indicado como espalhante adesivo
22
e possui accedilatildeo contra certas pragas (pulgotildees) sendo que o oacuteleo vegetal eacute indicado no
controle de cochonilhas e usado como espalhante adesivo (Claro 2001)
253 Calda Bordalesa
A calda bordalesa eacute um tradicional defensivo agriacutecola que pode ser preparado na
propriedade com a mistura de sulfato de cobre cal virgem e aacutegua As concentraccedilotildees de
sulfato de cobre e cal satildeo distintas dependendo do objetivo do seu emprego
Geralmente diferem de acordo com o tipo de planta ou espeacutecie vegetal as condiccedilotildees
climaacuteticas o grau de infestaccedilatildeo da doenccedila e a fase de crescimento da planta Eacute indicada
para o controle de miacuteldio alternaacuteria botrytis e antracnose (Penteado 1999)
A calda bordalesa caracteriza-se pela sua importante accedilatildeo no controle de diversas
doenccedilas fungicas nas mais diversas espeacutecies de culturas Possui tambeacutem uma relativa
accedilatildeo bactericida e em alguns casos age como repelente de insetos Da mistura do
sulfato de cobre com a cal resulta uma soluccedilatildeo rica em macronutrientes e
micronutrientes Provavelmente os expressivos resultados obtidos com a aplicaccedilatildeo da
calda bordalesa devam-se natildeo somente a sua accedilatildeo fuacutengica e bactericida mas sobretudo
agrave influecircncia positiva que exerce no metabolismo das plantas ativando o processo
enzimaacutetico e estimulando a proteossiacutentese aumentando a resistecircncia das plantas (Claro
2 0 0 1 ) caracteriacutestica fundamental na agricultura sustentaacutevel
254 Biofertilizante Super Magro
A calda Super Magro eacute produto da fermentaccedilatildeo de estercos animais enriquecidos
por micronutrientes e outros produtos de origem animal obtendo-se uma calda
biofertilizante para aplicaccedilatildeo foliar nas plantas (Penteado 1999) jaacute foram observados
bons resultados principalmente nas culturas de uva maccedila pecircssego tomate batata e
hortaliccedilas em geral
E indicado como fonte suplementar de micronutrientes para as plantas inibidor
de fungos e bacteacuterias causadores de doenccedilas e para aumentar a resistecircncia contra insetos
e aacutecaros (Penteado 1999) i
Muller (1999) avaliou a influecircncia do biofertilizante Super Magro sobre as
culturas de tomate (Lycopersicon esculentum Mill) ervilha (Pisum sativum L) e
beterraba (Beta vulgaris L) O autor obteve cultivos com baixa severidade de doenccedilas e
23
insetos fitoacutefagos possivelmente por causa do manejo orgacircnico de produccedilatildeo Os
resultados das pulverizaccedilotildees das soluccedilotildees foliares variaram conforme a cultura e o
clima
255 Biofertilizante MB4
A utilizaccedilatildeo das farinhas de rochas eacute uma das teacutecnicas mais modernas usadas nos
uacuteltimos anos na agricultura O elevado nuacutemero de nutrientes contidos no MB4 como
cobre zinco manganecircs cobalto soacutedio alumiacutenio silicatos de magneacutesio ferro e caacutelcio
acompanhado de foacutesforo potaacutessio e enxofre reagem com a soluccedilatildeo do solo liberando
elementos essenciais ao desenvolvimento da vida microbiana os quais exercem um
papel fundamental atraveacutes de transformaccedilotildees quiacutemicas e do equiliacutebrio bioloacutegico
favorecendo o desenvolvimento sadio das plantas (Pinheiro amp Barreto 2000)
24
3 MATERIAL E MEacuteTODOS
31 Local de execuccedilatildeo do experimento
O presente trabalho foi conduzido no Centro de Pesquisa da Regiatildeo Sul
(FEPAGROSUL) no municiacutepio de Rio Grande nlt periacuteodo de 15 de maio a 26 de
agosto de 2 0 0 2
O solo eacute classificado como ldquoTuiardquo satildeo muito arenosos As massas aquaacuteticas do
Oceano Atlacircntico e Lagoa dos Patos influenciam ventos temperatura pressatildeo umidade
relativa e demais fatores climaacuteticos A topografia da regiatildeo litoracircnea eacute plana com
lenccediloacuteis freaacuteticos superficiais
32 Anaacutelise estatiacutestica
O experimento foi constituiacutedo em fatorial 3X3 (Quadro 1) com quatro repeticcedilotildees
no delineamento blocos ao acaso As variaacuteveis respostas foram submetidas agrave anaacutelise de
variaccedilatildeo e ao teste de Duncan a 5 de probabilidade para comparaccedilatildeo das meacutedias
utilizando-se o sistema SANEST (Zonta amp Machado 1984)
As anaacutelises estatiacutesticas das variaacuteveis estudadas encontram-se nos Apecircndices C D
Os resultados das respostas agronocircmicas e das determinaccedilotildees dos conteuacutedos dos
macronutrientes bem como os de raiz estatildeo nas tabelas de 1 a 3
25
As diferentes adubaccedilotildees seratildeo representadas durante a discussatildeo da seguinte
forma 1 VB (30 t ha 1 de vermicomposto) 15 VB (45 t ha 1 de vermicomposto) e EC
(60 t ha 1 de esterco de curral) 1 VB+SM+U+CB (30 t ha 1 de vermicomposto mais
super magro mais urina de vaca mais calda bordalesa) 15 VB+SM+U+CB (45 t ha 1 de
vermicomposto mais super magro mais urina de vaca mais calda bordalesa)
EC+SM+U+CB (60 t ha 1 de esterco de curral mais super magro mais urina de vaca
mais calda bordalesa) 1 VB+MB4 +U+CB (30 t ha 1 de vermicomposto mais MB4 mais
urina de vaca mais calda bordalesa) 15 VB+MB4 +U+CB (45 t ha 1 de vermicomposto
mais MB4 mais urina de vaca mais calda bordalesa) EC+MB4 +U+CB (60 t ha 1 esterco
de curral mais MB4 mais urina de vaca mais calda bordalesa)
QUADRO 1 Descriccedilatildeo dos fatores experimentais e respectivos niacuteveis
Niacuteveis Fator 1 ADUBACcedilAtildeO DE BASE
0 1 Vermicomposto (30 t ha1)
0 2 Vermicomposto (45 t ha1)
03 Esterco de curral (60 t ha1)
Niacuteveis Fator 2 BIOFERTILIZANTES LIacuteQUIDOS
0 1 Super magro (5) + Urina de Vaca + Calda Bordalesa
0 2 MB4 (10) + Urina de vaca + Calda Bordalesa
03 Ausecircncia (testemunha)
33 Tratamentos
Da combinaccedilatildeo entre niacuteveis e fatores foram obtidos 9 tratamentos que estatildeo
descritos no Quadro 2 bem como as doses de adubaccedilatildeo utilizadas no experimento
26
QUADRO 2 Tratamentos e doses de adubaccedilatildeo utilizadas no experimento
TRATAMENTOS
Ndeg FATOR I FATOR II
0 1 30 t ha de vermicomposto Super magro 5 Urina de vaca Calda Bordalesa
0 2 30 t harsquo de vermicomposto MB4 10 Urina de vaca Calda Bordalesa
03 30 t ha de vermicomposto - - -
04 45 t ha de vermicomposto Super magro 5 Urina de vaca Calda Bordalesa
05 45 t ha de vermicomposto MB4 10 Urina de vaca Calda Bordalesa
06 45 t ha de vermicomposto - - -
07 60 t hade esterco Super Magro 5 Urina de vaca Calda Bordalesa
08 60 t hade esterco MB4 10 Urina de vaca Calda Bordalesa
09 60 t hade esterco - - -
Cada parcela foi constituiacuteda por dois canteiros medindo 1 m de largura x 2 m de
comprimento perfazendo 075 m de aacuterea de aacuterea uacutetil (025 m de bordadura) Foi
utilizando semeadura a lanccedilo com densidade de 24 g canteiro1
O vermicomposto a urina de vaca o esterco de curral o alhol os biofertilizantes e
a calda bordalesa foram de procedecircncia do Centro de Pesquisa da Regiatildeo Sul O
vermicomposto de esterco bovino misturado agraves cascas de frutas foi processado pela
minhoca vermelha califomiana Eisenia foetida)
O biofertilizante Super Magro foi elaborado segundo a metodologia descrita pela
FEPAGROSUL utilizando-se os seguintes componentes 190 litros de aacutegua 22 litros
de leite 55 Kg de accediluacutecar mascavo 30 Kg de esterco fresco de bovinos 2 Kg de
Sulfato de zinco 2 Kg de sulfato de magneacutesio 2 Kg de cloreto de caacutelcio 1 Kg de aacutecido
boacuterico 300 g de sulfato de cobre 300 g de sulfato de ferro 300 g de sulfato de
manganecircs 100 g de molibdato de soacutedio 50 g de sulfato de cobalto 3 Kg de fosfato
natural 3 Kg de cinza e 200 g de farinha de osso
A urina de vaca em lactaccedilatildeo foi coletada pela manhatilde e armazenada em recipiente
fechado por trecircs dias em condiccedilotildees ambientais para que se formasse a amocircnia e natildeo
ocorresse perda de nitrogecircnio
28
Realizaram-se duas capinas manuais durante o experimento e em seguida como
cobertura se colocou casca de arroz Tambeacutem foi aplicado esterco de aves 30 dias antes
da colheita na quantidade de 05 Kg canteiro 1 como adubaccedilatildeo de cobertura
As pulverizaccedilotildees com os produtos iniciaram apoacutes 15 dias da germinaccedilatildeo
Realizou-se sete aplicaccedilotildees sendo que as duas primeiras foram feitas apenas com
Super Magro e MB4 Na terceira e na quarta aplicaccedilatildeo utilizou-se urina de vaca e calda
bordalesa em concentraccedilotildees menores (05 e 025 respectivamente) e na quinta
aplicaccedilatildeo as dosagens de urina de vaca e calda bordalesa foram elevadas para 1 0 e
05 respectivamente ateacute o final do experimento O alhol foi utilizado a partir da
terceira pulverizaccedilatildeo na quantidade de 2 e seguiu ateacute o final no dia 26 de agosto
quando as mudas foram colhidas e posteriormente analisadas as variaacuteveis
35 Observaccedilotildees agronocircmicas
Foram utilizadas 20 mudas de cebola para obtenccedilatildeo das meacutedias das variaacuteveis as
quais foram as seguintes
351 Fitomassa fresca da parte aeacuterea e raiacutezes
Foi realizada atraveacutes de uma balanccedila digital procedendo-se a pesagem de 20
mudas de cebola previamente lavadas e posteriormente secadas durante uma hora sobre
um tecido de algodatildeo agrave temperatura ambiente Processo idecircntico foi adotado com as
raiacutezes
352 Fitomassa seca da parte aeacuterea e raiacutezes
Esta variaacutevel foi obtida a partir da secagem preliminar em estufa de ar forccedilado
durante 48 horas a 65 C ateacute peso constante com posterior pesagem em balanccedila
analiacutetica
353 Altura da muda
A altura de muda foi medida a partir do colo das plantas ateacute sua uacuteltima folha
(ponto de crescimento) com uma reacutegua graduada de 40 cm
29
354 Diacircmetro do colo das plantas
Esta medida foi realizada no ponto de transplante a 2 mm das raiacutezes e utilizando-
se um paquiacutemetro SOMET
355 Sistema radicular
Ao teacutermino do experimento foram retiradas as raiacutezes das mesmas plantas que foram
utilizadas para as determinaccedilotildees realizadas na parte aeacuterea procedendo-se uma amostra
de solo com raiacutezes de 2 0 cm de largura x 2 0 cm de comprimento e 2 0 cm de altura
totalizando 8000 cm3
As raiacutezes apoacutes serem lavadas em aacutegua corrente foram pesadas acondicionadas em
sacos plaacutesticos e congeladas para posteriores anaacutelises pelo meacutetodo de Tennant (1975)
para a determinaccedilatildeo do comprimento e densidade
3551 Comprimento de raiz
Utilizou-se para a determinaccedilatildeo do comprimento de raiz as seguintes foacutermulas
1 = ndeg x 1114 x 1 onde
1 - comprimento de raiz de uma amostra uacutemida de 0 0 2 g
ndeg - nuacutemero de intercessotildees das raiacutezes com os lados da quadriacutecula da malha do
aparelho
1114 - constante
1 - medida lateral da quadriacutecula em cm
Tomando-se a fiacutetomassa seca e o comprimento da raiz da cada amostra
relacionou-se com a fiacutetomassa seca e o comprimento total da raiz da planta aplicando-
se a seguinte equaccedilatildeo
L = (FSR x 1) FSPA onde
L - comprimento total da raiz da planta (m)
FSR - fiacutetomassa seca de raiz
FSPA - fiacutetomassa seca da parte aeacuterea
L - comprimento de raiz de uma amostra uacutemida de 002g
3552 Densidade de raiz
A densidade foi determinada pela foacutermula
D = L 8000 onde
D - densidade de raiacutezes (m cm3)
30
L - comprimento total de raiacutezes (m)
8 0 0 0 - volume da amostra (cm3)
3553 Razatildeo parte aeacutereasistema radicular
Este paracircmetro foi obtido pela equaccedilatildeo
RPASR = FSPA FSR onde
RPASR - razatildeo parte aeacuterea sistema radicular
FSPA - fitomassa seca da parte aeacuterea
FSR - fitomassa seca do sistema radicular
36 Determinaccedilatildeo de macronutrientes no tecido vegetal
Os macronutrientes nitrogecircnio foacutesforo potaacutessio caacutelcio e magneacutesio foram
determinados no laboratoacuterio de Fertilidade e Anaacutelise de Plantas do Departamento de
Solos da UFPel atraveacutes dos meacutetodos descritos por Tedesco amp Gianello (1996)
31
4 RESULTADOS E DISCUSSAtildeO
41 Anaacutelise das variaacuteveis
A anaacutelise da variaccedilatildeo mostrou que houve diferenccedila significativa na interaccedilatildeo entre
os fatores de adubaccedilatildeo de base e biofertilizantes liacutequidos com exceccedilatildeo da variaacutevel altura
de planta para a qual somente a adubaccedilatildeo de base mostrou-se significativa (Apecircndices
C D e E Tabelas 1C 1D e 1E)
411 Anaacutelise da parte aeacuterea
Na Tabela 1 destacaram-se as adubaccedilotildees EC+SM+U+CB EC+MB4 +U+CB e EC
que diferiram significativamente das demais adubaccedilotildees para as variaacuteveis fiacutetomassa
fresca da parte aeacuterea (FFPA) fiacutetomassa seca da parte aeacuterea (FSPA) altura de planta
(AP) e diacircmetro do colo (DC)
32
TABELA 1 Produccedilatildeo de fitomassa fresca e seca (g) da parte aeacuterea altura de planta
(cm) e diacircmetro de colo (mm) de mudas de cebola Petrolini cultivadas
sob uma perspectiva agroecoloacutegica Pelotas-RS 2003
BIOFERTILIZANTES LIacuteQUIDOSADUBACcedilAtildeO S Magro + MB4 +DE BASE Urina + Calda Urina + Calda Testemunha
Bordalesa Bordalesa
30 t ha de vermicomposto 7015 c A45 t halsquo de vermicomposto 7824 b B60 t ha de esterco de curral 12248 a C
30 t ha de vermicomposto 667 c A45 t ha de vermicomposto 752 b A60 t ha de esterco de curral 1150a C
30 t ha de vermicomposto 2975 b A45 t harsquo de vermicomposto 2775 b A60 t ha de esterco de curral 3600 a B
30 t ha de vermicomposto 631 b A45 t ha de vermicomposto 6 2 2 b B60 t ha de esterco de curral 741 a C
-Fitomassa fresca (g)----------------6270 c B 6885 b A8832 b A 6308 c C
15082 a A 13934 a BmdashFitomassa seca (g)----------------
625 c A 655 b A830 b A 607 b B
1345 a A 1262 a B-Altura de planta (cm)----------------
2950 b A 3050 b A2937 b A 2950 b A 3975 a A 3622 a B
-Diacircmetro de colo (mm)---------------592 c B 599 b B 657 b A 609 b B 819a A________ 793a B
Meacutedias seguidas pela mesma letra minuacutescula para as colunas (adubaccedilatildeo de base) e maiuacutesculas para as linhas (biofertilizantes) natildeo diferem entre si pelo teste de Duncan a 5
O efeito positivo do esterco bovino pode ser atribuiacutedo agraves melhorias nas condiccedilotildees
fiacutesicas do solo por ele proporcionado Segundo Primavesi (1982) e Compagnoni amp
Putzolu (1985) o esterco bovino apresenta propriedades condicionadoras do solo dando
agraves plantas melhores condiccedilotildees de desenvolvimento elevando sobremaneira os
conteuacutedos de fitomassa fresca das plantas que refletiratildeo nas demais respostas
agronocircmicas
Analisando as adubaccedilotildees de base em relaccedilatildeo aos biofertilizantes observa-se que
para os tratamentos 1 VB (30 t ha 1 de vermicomposto) - natildeo houve influecircncia dos
biofertilizantes para as variaacuteveis FSPA e AP enquanto destacou-se o SM+U+CB para o
DC e SM+U+CB e ausecircncia da adubaccedilatildeo liacutequida para a FFPA mostrando que o uso
dos biofertilizantes natildeo influenciou esta variaacutevel 15 VB (45 t ha 1 de vermicomposto) -
verificou-se a eficiecircncia do uso do MB4 +U+CB para as variaacuteveis FFPA e DC Para a
variaacutevel FSPA destacaram-se os dois biofertilizantes utilizados jaacute para AP natildeo houve
33
influecircncia destes EC (60 t ha 1 de esterco de curral) - em todas as variaacuteveis observadas
na tabela 5 as respostas foram significativas utilizando MB4 +U+CB
As respostas encontradas no presente trabalho para as variaacuteveis AP e FSPA foram
superiores as obtidas por Dalponte (1990) quando utilizado 0 esterco de curral para
produccedilatildeo de mudas de cebola
Segundo Filgueira (2000) os solos da regiatildeo produtora de cebola do RS satildeo
pobres em foacutesforo disponiacutevel (15 mg Kg1) necessitando portanto de adubaccedilotildees
fosfatadas elevadas As respostas aqui obtidas podem ser justificadas pelos teores de
foacutesforo contido no MB4
Follet et al (1981) citam a importacircncia do uso de compostos orgacircnicos no solo
enfatizando os estercos no sentido da decomposiccedilatildeo continuada no fornecimento de
nutrientes e na liberaccedilatildeo lenta e gradual de aacutecidos orgacircnicos influenciando a liberaccedilatildeo
do foacutesforo O que provavelmente pode ser atribuiacutedo agraves respostas encontradas no
presente trabalho para 0 tratamento Esterco de curral mais MB4 e Urina mais Calda
Bordalesa
E importante destacar que 0 sistema de produccedilatildeo de mudas de cebola sob uma
perspectiva agroecoloacutegica mostra-se eficiente quando visualmente natildeo percebe-se
diferenccedila significativa entre os tratamentos (Apecircndice F Figura 2)
Conveacutem ressaltar que quando trabalhamos com agroecologia natildeo existem
receitas nem pacotes tecnoloacutegicos prontos Cada situaccedilatildeo deveraacute ser estudada em
particular para que se faccedila recomendaccedilotildees adequadas ao ambiente local uma vez que
as plantas se adaptam ao meio estando a nutriccedilatildeo encarregada de proteger e manter o
equiliacutebrio do organismo vegetal em funccedilatildeo das alteraccedilotildees externas
E fundamental que se compreenda os princiacutepios norteadores de todo o processo
que satildeo as bases da luta por uma sociedade mais justa dentro de um mundo econocircmico e
ambientalmente mais sustentaacutevel
412 Anaacutelise do sistema radicular
Os resultados obtidos nas anaacutelises do sistema radicular (Tabela 2) mostram
diferenccedilas significativas entre as adubaccedilotildees para as variaacuteveis fitomassa fresca de raiz
(FFR) fitomassa seca de raiz (FSR) comprimento de raiz (CR) razatildeo parte
aeacutereasistema radicular (RPASR) e densidade de raiz (DR)
34
TABELA 2 Produccedilatildeo de fitomassa fresca e seca (g) comprimento (cm) e densidade de
raiacutezes (m cm3) de mudas de cebola Petrolini cultivadas sob uma
perspectiva agroecoloacutegica e razatildeo parte aeacutereasistema radicular Pelotas-
RS 2003
BIOFERTILIZANTES LIacuteQUIDOSADUBACcedilAO DE BASE
S Magro + MB4 +Urina + Calda Urina + Calda Testemunha
Bordalesa Bordalesa
de vermicomposto de vermicomposto de esterco de curral
de vermicomposto de vermicomposto de esterco de curral
de vermicomposto de vermicomposto de esterco de curral
de vermicomposto de vermicomposto de esterco de curral
1540 c A 1576 b B 2427 a A
Fitomassa fresca (g)----------------1502 c B 1517 b AB 1658 b A 1446 c C 2336 a B 2360 a B
--------------------Fitomassa seca (g)-------------------196 b A 207 ab A 170 b A170 b A 199 b A 192 b A 344 a A 249 a B 327 a A
Comprimento de raiz(cm)---------------1237 b A 1158 b A 1158 a A1237 b A 1060 c B 1040 b B1433 a A 1296 a B 1040 b C
30 t ha 45 t ha 60 t ha
30 t ha 45 t ha 60 t ha
30 t halsquo 45 t ha 60 t ha
30 t ha 45 t ha 60 t ha
30 t ha de vermicomposto 45 t ha de vermicomposto60 t ha~ de esterco de curral__________________________ _________________________Meacutedias seguidas pela mesma letra minuacutescula para as colunas (adubaccedilatildeo de base) e maiuacutesculas para as linhas (biofertilizantes) natildeo diferem entre si pelo teste de Duncan a 5
-----Razatildeo Parte AeacutereaSistema Radicular------340 b AB 301c B 384 a A446 a A 415 b A 326 a B339 b B 546 a A 388 a B
-------------- Densidade de raiz (m cm3)------------367 a AB 414 a A 325 b B282 b B 301b B 405 a A347 ab A 231c B 324 b A
Em relaccedilatildeo agraves adubaccedilotildees de base destacou-se o EC (60 t ha 1 de esterco de curral)
para as variaacuteveis FFR e FSR Quando adicionado o SM+U+CB os resultados para FFR
foram ainda melhores bem como o CR As respostas obtidas para a RPASR foram
variadas em relaccedilatildeo agraves adubaccedilotildees apresentando melhores resultados para 15 VB (45 t
ha 1 de vermicomposto)+SM+U+CB e ainda melhor para EC (60 t ha 1 de esterco de
curral)+MB4 +U+CB As adubaccedilotildees de base 1 VB 15 VB e EC natildeo diferiram entre si
As adubaccedilotildees mais eficientes para a variaacutevel DR foram 1 VB+SM+U+CV que natildeo
diferiu da EC+SM+U+CB I VB+ MB4 +U+CB e agrave 15 VB foram melhores entre as
demais
35
Analisando os biofertilizantes em relaccedilatildeo a cada adubaccedilatildeo de base verifica-se que
para a 1 VB (30 t ha 1 de vermicomposto)+SM+U+CB destaca-se a variaacutevel FFR
poreacutem sem diferenccedila significativa de 1 VB os melhpres resultados para a variaacutevel DR
foram encontrados pelo tratamento 1 VB+MB4 +U+CB e 15 VB (45 t ha 1 de
vermicomposto) tambeacutem se considera eficiente o 1 VB+SM+U+CB que natildeo diferiu do
EC (esterco de curral) Quando se utilizou 15 VB+ MB4 +U+CB houve resposta
significativa para a variaacutevel FFR para FSR as respostas natildeo foram diferentes com a
aplicaccedilatildeo dos biofertilizantes para as variaacuteveis FSR e DR as adubaccedilotildees EC e
EC+SM+U+CB natildeo diferiram entre si
Embora as respostas estatiacutesticas tenham sido diferentes para as adubaccedilotildees
combinadas ou natildeo pode-se salientar a importacircncia do aacutecido indol-aceacutetico como jaacute
citado anteriormente para as variaacuteveis avaliadas na parte aeacuterea das mudas de cebola
Respostas semelhantes nesse sentido foram encontradas para a cultura da alface por
Quijano (1999) e Morselli (2001)
Pereira et al (2002) concluiacuteram em trabalho realizado com a cultivar de cebola
CNPF1 6400 em Minas Gerais que a utilizaccedilatildeo de 20 t ha de esterco de curral
proporcionou os melhores resultados para a produccedilatildeo de cebola
Silva Juacutenior amp Giorgi (1992) e Menezes Juacutenior (1998) citam que doses elevadas
de mateacuteria orgacircnica podem prejudicar a primeira fase da germinaccedilatildeo (embebiccedilatildeo) e
absorccedilatildeo de aacutegua pelas raiacutezes das placircntulas No entanto no presente trabalho este fato
natildeo ocorreu embora a dose de esterco utilizada tenha sido de 60 t ha 1 (dose maacutexima
recomendada segundo Nolla 1982)
413 Anaacutelise de macronutrientes no tecido vegetal
Os resultados dos conteuacutedos de nitrogecircnio foacutesforo potaacutessio caacutelcio e magneacutesio no
tecido vegetal sob diferentes adubaccedilotildees encontrados na Tabela 3 indicam mais uma
vez a superioridade da adubaccedilatildeo esterco com 0 uso ou natildeo de biofertilizantes
36
TABELA 3 Conteuacutedos (mg planta1) de nitrogecircnio foacutesforo potaacutessio caacutelcio e
magneacutesio no tecido vegetal de mudas de cebola Petrolini cultivadas sob
uma perspectiva agroecoloacutegica Pelotas-RS 2003
BIOFERTILIZANTES LIacuteQUIDOS i J B
ADUBACcedilAtildeO S Magro + MB4 +DE BASE Urina + Calda Urina + Calda Testemunha
Bordalesa Bordalesamg plantas1
---- Nitrogecircnio-----30 t ha de vermicomposto 16593 c AB 15451 c B 19050 b A45 t ha de vermicomposto 21444 b A 22888 b A 17852 b B60 t ha de esterco de curral 32606 a C 37593 a B 40816 a A
--------------- ------ Foacutesforo------- -------------30 t ha de vermicomposto 3098 c B 2802 c B 3999 b A45 t ha de vermicomposto 4109 b A 4135 b A 2788 c B60 t ha de esterco de curral 5300 a B 7577 a A 7565 a A
------- Potaacutessio------30 t ha de vermicomposto 24327 c A 19900 c B 24965 b A45 t ha de vermicomposto 29113b A 29812 b A 22031 b B60 t ha de esterco de curral 44070 a B 51976 a A 54101 a A
-------- Caacutelcio-------30 t ha de vermicomposto 5027 c A 4356 c A 4834 b A45 t ha de vermicomposto 6114b A 6963 b A 4379 b B60 t ha de esterco de curral 9030 a C 11451 a A 10331 a B
------Magneacutesio-----30 t ha de vermicomposto 1188 b A 914 c A 1202 b A45 t ha de vermicomposto 1231 b B 1582 b A 1176 b B60 t ha de esterco de curral 2136a B 2443 a A 2663 a AMeacutedias seguidas pela mesma letra minuacutescula para as colunas (adubaccedilatildeo de base) e maiuacutesculas para as linhas (biofertilizantes) natildeo diferem entre si pelo teste de Duncan a
Em relaccedilatildeo agraves adubaccedilotildees de base observa-se que o melhor tratamento foi o
esterco de curral para todas as variaacuteveis Para 1 VB (30 t ha^ 1 de vermicomposto) natildeo
houve resposta diferenciada com o uso de bofertilizantes para todas as variaacuteveis A
adubaccedilatildeo 15 VB (45 t ha 1 de vemicomposto) foi influenciada pelos biofertilizantes
para as variaacuteveis N P K e Ca enquanto que para Mg somente o MB4+U+CB o
influenciou O EC (esterco de curral) mostrou diferenccedila significativa apenas para as
variaacuteveis Ca e Mg quando adicionado MB4+U+CB
Segundo Peixoto (2000) eacute fundamental a adiccedilatildeo de adubos orgacircnico no cultivo de
hortaliccedilas seja na forma de esterco decomposto composto ou huacutemus de minhoca de
37
modo a fornecer melhorias nas propriedades do solo vindo a disponibilizar os nutrientes
as diferentes culturas
O esterco fresco conteacutem muita cama celuloacutesica e um elevado teor de aacutegua No
esterco curtido a celulose jaacute estaacute decomposta o teor de aacutegua estaacute reduzido agrave metade e os
nutrientes em uma forma mais assimilaacutevel e mais concentrada O esterco fresco pode
causar uma deficiecircncia temporaacuteria de nitrogecircnio no solo ao se decompor o que natildeo
acontece com o biestabilizado (Kiehl 1985)Ocorre uma diminuiccedilatildeo inicial no volume
de aacutegua retido no esterco de curral diminui inicialmente em tomo de 3581 liberando
posteriormente somente 496 evidenciando a sua capacidade de retenccedilatildeo de aacutegua
(Menezes Juacutenior 1998)
A utilizaccedilatildeo continuada de adubos nitrogenados minerais no solo altera o balanccedilo
do nitrogecircnio entre o solo e planta No meacutetodo biodinacircmico eacute sublinhada a importacircncia
dos adubos animais para o estabelecimento da fertilidade permanente dos solos (Koeff
et al 1983)
Para Guimaratildees (1997) os benefiacutecios que a mateacuteria orgacircnica imprime ao solo
principalmente melhorando a produtividade fertilidade e a influencia que as substancias
huacutemicas exercem sobre o ambiente dependem da qualidade e do teor de mateacuteria
orgacircnica do solo Estas substacircncias por conterem nutrientes em sua constituiccedilatildeo em uma
forma mais disponiacutevel para as plantas promovem um equiliacutebrio no ambiente no solo
(Kononova 1966)
Aproximadamente de 60 a 70 do total de carbono do solo ocorre na forma de
materiais huacutemicos (Griffith amp Schnitzer 1975) sendo a eles atribuiacutedo a manutenccedilatildeo da
bioestrutura do solo aumentando a capacidade de retenccedilatildeo de aacutegua (Brady 1999)
Conforme Compagnoni amp Putzolu (1985) os estercos bem como os demais
resiacuteduos orgacircnicos apresentam conteuacutedos diferentes de aacutecidos huacutemicos e fuumllvicos sendo
atribuiacutedo ao acido huacutemico uma accedilatildeo fitoestimulante semelhante aos fitohormocircnios por
favorecer o desenvolvimento do sistema radicular e crescimento do caule
Em trabalho realizado por Guimaratildees (1997) foi encontrado para aacutecidos huacutemicos
de esterco bovino uma relaccedilatildeo CN 1035 e para vermicomposto bovino 17
evidenciando que o esterco quando aplicado ao solo por apresentar uma relaccedilatildeo CN
proacutexima deste reage mais facilmente liberando nutrientes para as plantas sem alterar a
cadeia troacutefiacuteca Dados encontrados no presente trabalho demonstram a eficiecircncia do
esterco nesse sentido
38
De acordo com Morselli (2001) vaacuterios trabalhos citam comentam e discutem a
capacidade dos vermicompostos em proporcionar oacutetimas colheitas e favorecer a
precocidade das plantas cultivadas Poreacutem muitas vezes se observa que mesmo
suprindo essas plantas com nutrientes necessaacuterios atraveacutes de huacutemus de diferentes fontes
as respostas natildeo satildeo as mesmas para uma mesma cultivar
Por outro lado os resultados com o uso de substacircncias huacutemicas satildeo variaacuteveis e
dependem aleacutem da espeacutecie testada das substacircncias huacutemicas utilizadas sua
concentraccedilatildeo o grau de purificaccedilatildeo e das condiccedilotildees experimentais A resposta das
plantas aos aacutecidos huacutemicos e fuacutelvicos eacute dependente da mateacuteria prima original e da
espeacutecie vegetal pois materiais orgacircnicos diferentes apresentam aacutecidos huacutemicos e
fuacutelvicos diferentes (Businelli 1990)
Justificam-se os maiores conteuacutedos de nitrogecircnio foacutesforo potaacutessio e caacutelcio nas
adubaccedilotildees 15 VB (45 t ha 1 de vermicomposto) e biofertilizantes devido
provavelmente ao vermicomposto utilizado apresentar na sua constituiccedilatildeo teores
consideraacuteveis destes elementos aleacutem do que os biofertilizantes possam ter influenciado
na absorccedilatildeo atraveacutes de sua constituiccedilatildeo Tibau (1984) considera que a urina de vaca eacute
rica em aacutecido indol-aceacutetico e este influencia na absorccedilatildeo radicular O efeito positivo
deste tratamento provavelmente seja devido agrave quantidade aplicada
O biofertilizante que se destacou foi o MB4+U+CB em relaccedilatildeo ao EC (esterco de
curral) e eacute somente para a variaacutevel caacutelcio Isto provavelmente seja devido ao alto teor
deste elemento encontrado na sua constituiccedilatildeo (6872 g Kg1) e pela influecircncia positiva
que a calda bordalesa exerce no metabolismo das plantas atraveacutes dos nutrientes
contidos em sua formulaccedilatildeo O Ca controla a absorccedilatildeo radicular e retorna ao solo pelo
esterco e palhas por apresentar-se em maior quantidade em folhas e caules Depois de
localizado nas folhas fica imoacutevel favorecendo a resistecircncia da planta ao ataque de
fungos
Este trabalho avanccedila no estudo da agroecologia estando claro que todos os
criteacuterios tem caraacuteter dinacircmico de adequaccedilatildeo as mudanccedilas de um sistema de produccedilatildeo
em evoluccedilatildeo contribuindo na transiccedilatildeo para um padratildeo sustentaacutevel Cabe a pesquisa a
reorientaccedilatildeo para um enfoque ldquosistecircmicordquo isto eacute que permita integrar os diversos
componentes de um agroecossistema e a adoccedilatildeo de poliacuteticas puacuteblicas que promovam 0
fortalecimento e a expansatildeo da agricultura familiar
39
5 CONCLUSOtildeES
Considerando os resultados obtidos e as condiccedilotildees em que o estudo foi realizado
conclui-se que
bull As respostas agronocircmicas das mudas de cebola para os paracircmetros avaliados
satildeo mais satisfatoacuterias com a aplicaccedilatildeo de esterco de curral como adubaccedilatildeo de
base
bull Os biofertilizantes mais urina de vaca e calda bordalesa proporcionam
respostas satisfatoacuterias quando aplicados associados agraves adubaccedilotildees de base
bull O biofertilizante MB4 mais urina de vaca e calda bordalesa eacute mais eficiente
que o super magro mais urina e calda bordalesa quando aplicado associado agrave
adubaccedilatildeo de base esterco de curral para os conteuacutedos de fitomassa secae
fresca da parte aeacuterea das plantas altura e diacircmetro de colo das mudas de
cebola
bull Os biofertilizantes adicionados agrave adubaccedilatildeo de base 45 t harsquo 1 de vermicomposto
bovino mostram respostas significativas para os conteuacutedos de fitomassa seca
bull Os maiores conteuacutedos nutricionais para as mudas de cebola satildeo
proporcionados pela adubaccedilatildeo de base esterco de curral
bull A maior absorccedilatildeo de caacutelcio pelas mudas de cebola ocorre quando da adiccedilatildeo do
biofertilizante MB4 mais urina e calda bordalesa agrave adubaccedilatildeo de base esterco de
curral
40
6 REFEREcircNCIAS BIBLIOGRAacuteFICAS
ALDRIGHI CB ABREU CM PAGLIA AG MORSELLI TBGA FERNANDES HS Efeito da aplicaccedilatildeo de biofertilizante e urina de vaca em mudas de tomateiro Horticultura Brasileira v20 n2 julho 2002 Suplemento 2
ALTIERI M NICHOLLS C I Agroecologia Teoria praacutectica para umaAgricultura Sustentable Ia ed PNUMA 2000 Cap 2 4 Seacuterie textos baacutesicos para la formacioacuten ambiental
ALTIERI M Agroecologia bases cientiacuteficas para uma agricultura sustentaacutevelGuaiacuteba Agropecuaacuteria 2002 592 p
ANTONIOLLI Z I GIRACCA E M N CARDOSO S J T WIETHAN M M S FERRI M Iniciaccedilatildeo agrave Minhocultura Criaccedilatildeo em Cativeiro e Vermicompostagem Santa Maria UFSM 1996 p59-89
BAYER C MIELNICZUC J Dinacircmica e funccedilatildeo da mateacuteria orgacircnica In SANTOS G de A S e CAMARGO F A de O (ed) Fundamentos da mateacuteria orgacircnica do solo ecossistemas tropicais e subtropicais Porto Alegre Genesis 1999 p 3-23
BARRETTO D X Composto Orgacircnico In Praacutetica em Agricultura Orgacircnica Satildeo Paulo iacutecone Ed Ltda 1985 p 51-63
BETTIOL W Alguns produtos alternativos para o controle de doenccedilas de plantasem agricultura orgacircnica II Ciclo de palestras sobre agricultura orgacircnica Instituto Bioloacutegico Satildeo Paulo p52-63 1997
41
BETTIOL W TRACH R GALVAtildeO JAH Controle de doenccedilas de plantas com biofertilizantes Jaguariuacutena EMBRAPA-CNPMA 1997 22p (EMBRAPA- CNPMA Circular Teacutecnica 02)
BRADY N C Natureza e propriedades dos sotos Rio de Janeiro Freitas BastosS A 1979 647p
BRADY N C Organisms and ecology of the soil In The nature of properties of soils Simon amp Schuster A Viacon Company New Jersey1999 402-489p
BON1LLA J A Fundamentos da Agricultura Ecoloacutegica Sobrevivecircncia eQualidade de Vida Satildeo Paulo Nobel 1992
BUREacuteS S Substratos Ediciones Agroteacutecnicas S L Madrid Octubre 1997
BUS1NELLI M Chemical Composition and Enzymic Activity of some Worm Cast Plant Soil v 80 p 1-2 1990
CALEGARI A Espeacutecies para cobertura de solo In IAPAR (Instituto Agronocircmico de Paranaacute) Plantio Direto pequena propriedade sustentaacutevel organizador Moacir Darolt Londrina - PR 1998 65-93
CAMARGO P N D Manual de Adubaccedilatildeo Foliar Satildeo Paulo Herba 1975
CAPRA F A Teia da Vida Satildeo Paulo Cultrix 1997 256p
CAPRA F O Ponto de Mutaccedilatildeo 22 ed Satildeo Paulo Cultrix 2001 447p
CHABOUSSOU F Plantas doentes pelo uso de agrotoacutexicos (A Teoria da Trofobiose) Porto Alegre LPM 1987 253 p
CLARO S A Referencias tecnoloacutegicos para a agricultura familiar ecoloacutegica aexperiecircncia da Regiatildeo Centro-Serra do Rio Grande do Sul Porto Alegre EMATERRS-ASCAR 2001 250p
CLIVELA G Diagnoacutestico Agronocircmico da cebola no Rio Grande do Sul Porto Alegre EMATERRS 1995 8 6 p
COMISSAtildeO DE FERTILIDADE DO SOLO - RSSC Recomendaccedilotildees de adubaccedilatildeo e calagem para os estados do Rio Grande do Sul e Santa Catarina 3 ed Passo Fundo SBCS - Nuacutecleo Regional Sul 1995 223p
COMPAGNONI L PUTZOLU G Cria moderna de Ias lombrices y utilizacioacutenrentable dei humus Barcelona Editorial de Vecchi- SA 1985127p
COSTABEBER J A MOYANO E Transiccedilatildeo agroecoloacutegica e accedilatildeo social coletiva Agroecologia e Desenvolvimento Rural Sustentaacutevel Porto Alegre v l n4 p 50- 60 outdez 2 0 0 0
42
COSTA M B B da Adubaccedilatildeo orgacircnica Nova siacutentese e novo caminho para aagricultura Satildeo Paulo Ed iacutecone Ltda 1985 102p
COSTA NETO C Agricultura Sustentaacutevel Tecnologias e Sociedade In CARVALHO COSTA LF et al (org) Mundo Rural e Tempo Presente Rio de Janeiro Mauad 1999
DrsquoAG0ST1NI R L FANTINI A C Produccedilatildeo orgacircnica tambeacutem socialmente excludente Agroecologia e Desenvolvimento Rural Sustentaacutevel Porto Alegre v3 n l p57-61 2002
DALPONTE J C V Utilizaccedilatildeo de materiais orgacircnicos e fertilizante mineral na produccedilatildeo e qualidade de mudas e bulbos de cebola (Alliurn Cepa L) Pelotas-RS 1990 (Mestrado em Agronomia) - Faculdade de Agronomia Eliseu Maciel UFPel 1990
DEBARBA J F THOMAZELLI L F GANDIN C L SILVA E Cadeias produtivas do Estado de Santa Catarina Cebola Florianoacutepolis Epagri 1998 115 p (EPAGRI Boletim Teacutecnico 96)
DUFOUR F Os saacutebios loucos do agro-alimentar Le Monde Diplomatique ano 1 n4 p6-7 1999 (ed portuguesa)
EHLERS E Agricultura Sustetaacutevel Origem e perspectivas de um novo paradigma 2 ed Guaiacuteba Agropecuaacuteria 1999 157 p
FILGUEIRA F A R Novo Manual de olericultura agrotecnologia moderna na produccedilatildeo e comercializaccedilatildeo de hortaliccedilas Viccedilosa UFV 2000 402 p
FRASER G K Mateacuteria Orgacircnica Del Suelo In BEAR F E (ed) Quiacutemica dei Suelo Madrid Ed Agrociencia 1963
FOLLET R H MURPHY L S DONAHUE R L Fertilizers and soil amendments New Jersey Printice-Hall Inc 1981 557p
GARCIA A Revista dei Espacio Rural Georgica Zaragoza Escuela Politeacutecnica de Huesca n5 1997
GARCIA A Versatildeo preliminar de um Programa Estadual de Produccedilatildeo e Comercializaccedilatildeo de Bulbos e Sementes de CebolaEMBRAPAIPAGROMARAEMATER 6 8 pbdquo 1990 (Publicaccedilatildeo avulsa)
GIORGETT1 J R Produccedilatildeo e Comercializaccedilatildeo de Mudas de Tomate In Encontro Nacional de Produccedilatildeo e Abastecimento de Tomate 2 1991 Jaboticabal Satildeo Paulo Anais Jaboticabal UNESP 1991 p 242-244
GLIESSMAN S R Agroecologia Processos ecoloacutegicos em agricultura sustentaacutevelPorto Alegre Universidade Federal do Rio Grande do Sul - UFRGS 2000 653p
43
GLIESSMAN S R TURRIALBA C R Agroecologia Procesos Ecoloacutegicos en Agricultura Sostenible CATIE 2002 p 3-14
GNOATTO S C Caracterizaccedilatildeo quiacutemica de vermicompostos de diferentes substratos orgacircnicos Pelotas-RS 1999 38 f (Mestrado em Agronomia - Solos) - Faculdade de Agronomia Eliseu Maciel UFPel 1999
GOMES J C C BORBA M F S A moderna crise dos alimentos oportunidade para a agricultura familiar Emater Porto Alegre julset 2000 Disponiacutevel em lthttpwwwematertchebrdocsagroecorevistan313-artigo3htmgtAcesso em 24 fev 2002
GOMEZ H W Desenvolvimento sustentaacutevel agriacutecola e capitalismo In Desenvolvimento sustentaacutevel Necessidade eou disponibilidade Santa Cruz do Sul Nobel - UNISC 1997 p 65-77
GONZAacuteLEZ DE MOLINA M SEVILLA GUZMAacuteN E Ecologia campesinado e historia Para una reinterpretacioacuten dei desarrollo dei capitalismo en la agricultura In SEVILLA GUZMAacuteN E GONZAacuteLEZ DE MOLINA M (ed) Ecologia campesinado e historia Madrid La Piqueta 1993 p 23-129
GRIFFITH S A SCHNITZER M Analytical characteristic of humic and fulvic acids extracted from tropical volcanic soils Soil Sei Soc Am Proc v 39 p361-367 1975
GUIMARAtildeES E Caracterizaccedilatildeo quiacutemica estreptoscoacutepica e por anaacutelise teacutermica de aacutecidos huacutemicos e vermicompostos obtidos de estercos de diferentes animaisCuritiba 1997 Dissertaccedilatildeo (Mestrado em Quiacutemica) Universidade Federal do Paranaacute 1997
HESS A F Sociedade e meio ambiente uma relaccedilatildeo ambiacutegua Revista Cientiacutefica Rural Bageacute v 4 n2 p 167-1741999
ICEPA-SC Informes conjunturais sobre a cultura da cebola Disponiacutevel em lthttpwwwicepa combrgt Acesso em 23 jan 2003
JONES H A MANN L K Onions and their allies New York Interscience Publishers 1962 286 p
JUacuteNIOR H A de MAIORANO J A Receitas obtidas de extratos de plantasCampinas CATITerra Viva [199-] 10 f
KHATOUNIAN C A Ciclo de Palestras sobre Agricultura Orgacircnica 2a Ed SatildeoPaulo Fund Cargill 1997 149 p
KIEHL E J Fertilizantes Orgacircnicos Satildeo Paulo Ed Agronocircmica Ceres Ltda 1985 492p
44
KOEFF H H PETTERSSON B D SHAUMANN W Vida Vegetal solos e adubaccedilatildeo In Agricultura Biodinacircmica Satildeo Paulo Nobel 1983 p92-149
KONONOVA M M Soil organic matter The importance o f organic matter in soil formation and soil fertility New York Pergamqn Press 1961 p 165-200
KUHN T A Estrutura das Revoluccedilotildees Cientiacuteficas Satildeo Paulo Perspectiva 1989 257p
LANNA FCA ABREU C L ABREU J G SILVA V Resposta de cultivares de melancia cultivadas sob adubaccedilatildeo quiacutemica e orgacircnica Horticultura v 12 n l p85 1994
LEFF H Saber Ambiental Petroacutepolis Vozes 2001 343 p
MAGALHAtildeES J R Nutriccedilatildeo e adubaccedilatildeo da cebola In FERREIRA M E CASSTELLANE P D CRUZ M C P Nutriccedilatildeo e adubaccedilatildeo de hortaliccedilasPiracicaba POTAFOS 1993 p 381-393
MALAVOLTA E Elementos de nutriccedilatildeo mineral de plantas Satildeo Paulo Ed Agronocircmica Ceres Ltda 1980 251 p
MALAVOLTA E Manual de Quiacutemica Agriacutecola - Adubos e Adubaccedilatildeo 3a ed SatildeoPaulo Ed Agronocircmica Ceres Ltda 1981 606 p
MARTINEZ A A A grande e Poderosa Minhoca Jaboticabal Funep - Unesp1990 101 p
MARTINS S R Desenvolvimento e Sustentabilidade Horticultura Brasileira Brasiacutelia-DF v20 n2 julho 2002 Palestra apresentada no 42deg Congresso Brasileiro de Olericultura
MARTINS S R Limites Del Desarrollo Sostenible em Ameacuterica Latina En el marco de Ias poliacuteticas de (re)ajuste econocircmico Pelotas Editora UFPel 1997 135 P-
MARTINS S R Sustentabilidade na agricultura dimensotildees econocircmicas sociais e ambientais Revista Cientiacutefica Rural Bageacute v4 n 2 p 175-1871999
MATURANA H REZEPKA S N D E Formaccedilatildeo Humana e Capacitaccedilatildeo Rio de Janneiro Vozes 2000 8 6 p
MELLO A F SOBRINHO M O ARZOLLA S SILVEIRA R NETTO A C KIEHL J C Fertilidade do Solo Satildeo Paulo Nobel 1983
MENEZES JUacuteNIOR F O G D Caracterizaccedilatildeo de Diferentes substratos hortiacutecolas e seu efeito na produccedilatildeo de mudas de alface e couve-flor em ambiente protegido Pelotas 1998 141 p Dissertaccedilatildeo (Mestrado em Agronomia - Produccedilatildeo Vegetal) - Faculdade de Agronomia Eliseu Maciel UFPel 1998
45
MIBASA Mineraccedilatildeo Barreto SA Melhorador de Solos MB4 A Natureza Agradece Arapiraca-AL [199-] Folder
MINAMI K Os resumos da olericultura 2000 In AZEVEDO FILHO MARTINEZ FILHO (ed) Preccedilos agriacutecolas Piracicaba ESALQ 1999 p 4
MINAMI K Produccedilatildeo de Mudas de Alta Qualidade em Horticultura Satildeo Paulo TA Queiroz 1995
MORSELLI T B G A Cultivo sucessivo de alface sob adubaccedilatildeo orgacircnica em ambiente protegidoPelotas 2001 178 p Tese (Doutorado em Agronomia - Produccedilatildeo Vegetal) Faculdade de Agronomia Eliseu Maciel UFPel 2001
MORSELLI T B G A Resiacuteduos orgacircnicos em sistemas agriacutecolas Poliacutegrafo da Disciplina de Resiacuteduos orgacircnicos em sistemas agriacutecolas Curso de Poacutes-Graduaccedilatildeo em Agronomia-Produccedilatildeo Vegetal UFPel 2002
MULLER AM Efeitos da Aplicaccedilatildeo Foliar de um Biofertilizante Enriquecido no Estado fitossanitaacuterio de Tomate Ervilha e Beterraba Sob Manejo OrgacircnicoDissertaccedilatildeo (Mestrado no Programa de Poacutes-Graduaccedilatildeo em Agroecossistemas)1999 (Resumo)
NOLLA D Erosatildeo do Solo - O grande desafio Estado do Rio Grande do Sul SEAGRI desenvolvimento de recursos naturais renovaacuteveis 1982 412 p
PAGLIA AG MORSELLI TBGA PEIL RMN Teores de nutrientes pH e condutividade eleacutetrica da aacutegua em sistema ldquofloat^ngrdquo sob adiccedilatildeo de biofertilizantes Horticultura Brasileira v 20 n2 julho 2002 Suplemento 2
PAULUS G MULLER A BARCELLOS LAR Agroecologia aplicada praticas e meacutetodos para uma agricultura de base ecoloacutegica 2ed ver ampl Porto Alegre EMATERRS 2001 8 6 p
PEIXOTO R T dos G Composto orgacircnico aplicaccedilotildees benefiacutecios e restriccedilotildees de uso Horticultura Brasileira Brasiacutelia-DF v 18 p 56-64 julho 2000
PENTEADO SR Defensivos Alternativos e Naturais Satildeo Paulo 1999 95 p
PEREIRA AJ SOUZA RJ PEREIRA WR Efeito de diferentes doses de esterco de galinha e de curral sobre a produccedilatildeo de cebola Horticultura Brasileira v20 n2 julho 2002 Suplemento 2
PINHEIRO S BARRETO SB MB-4 agricultura sustentaacutevel trofobiose e biofertilizantes Fundaccedilatildeo Juquira CandiruMibasa 2000 273 p
PRIMAVESI A Agricultura Sustentaacutevel Satildeo Paulo Nobel 1992 142 p
PRIMAVESI A O manejo ecoloacutegico do solo Agricultura em regiotildees tropicais SatildeoPaulo Nobel 1982 541 p
46
PURCINO A A C ldquoNitrogecircniordquo Informe Agropecuaacuterio Belo Horizonte v7 n81 p 16-27 1981
QUIJANO F G Efeito da adubaccedilatildeo orgacircnica no desenvolvimento de duas cultivares de alface em ambiente protegido Pelotas 1999 116f Dissertaccedilatildeo (Mestrado em Agronomia - Produccedilatildeo Vegetal) Faculdade de Agronomia Eliseu Maciel UFPel 1999
RODRIGUES A N N Efeitos e residuais de superfosfato triplo sobre o rendimento de mateacuteria seca e absorccedilatildeo de foacutesforo pela aveia (Avena strigosa Schob) em solo Podzoacutelico Vermelho Escuro Porto Alegre 1984 59f Dissertaccedilatildeo (Mestrado em Agronomia) - Faculdade de Agronomia UFRGS 1984
RODRIGUES E T CASALI V W D Respostas da alface agrave adubaccedilatildeo orgacircnica II Teores conteuacutedos e utilizaccedilatildeo de macronutrientes em cultivares Rev Ceres Viccedilosa v 45 n 261 p 437-449 1998
SAMINEcircS T C O Produccedilatildeo orgacircnica de alimentos Horticultura Brasileira Brasiacutelia-DF v 17 n3 novembro 1999
SCHIEDECK G Ambiecircncia e resposta agronocircmica de meloeiro (Cucumis melo L) cultivado sob adubaccedilatildeo orgacircnica em ambiente protegido Pelotas lOOp Tese (Doutorado em Agronomia - Produccedilatildeo Vegetal) - Faculdade de Agronomia Eliseu Maciel UFPel 2002
SILVA JUacuteNIOR A A GIORGI E Substratos alternativos para a produccedilatildeo de mudas de tomate Agropecuaacuteria Catarinense Florianoacutepolis EPAGRI 1992 23 p
SILVA JUacuteNIOR A A MACEDO S G STUKER H Utilizaccedilatildeo de esterco de peru na produccedilatildeo de mudas de tomateiro Florianoacutepolis EPAGRI 1995 28 p (Boletim Teacutecnico 73)
TAGLIARI PS GRASSMANN H Minhoca a grande aliada da agricultura Agropecuaacuteria Catarinense v8 n l p 11-14 mar 1995
TEDESCO M J GIANELLO C Anaacutelises de solo plantas e outros materiais Porto Alegre Faculdade de Agronomia Departamento de Solos Universidade Federal do Rio Grande do Sul RS 1996
TENNANT D A Test of modified line intersect method of estimating root lenght Journal Ecology Oxford v 63 p 995-1001 1975
TIBAU A O Mateacuteria Orgacircnica do Solo Mateacuteria Orgacircnica e Fertilidade do SoloSatildeo Paulo Nobel 1984 p49-182
TIMM P J Anaacutelise comparativa dos sistemas de plantio convencional e cultivo miacutenimo de cebola sob adubaccedilatildeo orgacircnica e mineral Pelotas 2000 79 p Dissertaccedilatildeo (Mestrado em Agronomia - Produccedilatildeo Vegetal) - Faculdade de Agronomia Eliseu Maciel UFPel 2000
47
VALENZUELA HR CROSBY C Effect of compost applications on the yield of several vegetables in long-term organic farming experiments conduced in the tropics American Society Horticultural Science v33 n3 june 1998
VIGLIZZO E (ed) Subprograma Recursos Naturais y Sostenibilidad Agriacutecola documento marco Montevideo IICAPROCISUR 1995 p 75 - 78
WE1D J M TARDIN J M Proposta para a Ampliaccedilatildeo do Trabalho da ASPTA no Centro Sul do Paranaacute ASPTA Disponiacutevel em http wwwpronafgovbrEncontrotestosAS20PTA20Sul20ParanE1205 202002doc Acesso em 05 mai 2002
XAVIER SIMOacuteN F DOMINGUES D G Desenvolvimento Rural Sustentaacutevel uma perspectiva agroecoloacutegica Agroecologia e Desenvolvimento Rural Sustentaacutevel Porto Alegre EM ATERRS v2 n2 p 17-26 2001
ZABALETA J P Diagnoacutestico da Agricultura Familiar em Satildeo Joseacute do Norte - RSPelotas EMBRAPA-CPACT 1998 75 p (EMBRAPA-CPACT Documentos 44)
ZONTA E P MACHADO A A SILVEIRA P Sanest Sistema de anaacutelise estatiacutestica para microcomputadores Registrado na Secretaria Especial de Informaacutetica sob nuacutemero 066060 - categoria A Pelotas-RS Universidade Federal de Pelotas 1984
48
7 APEcircNDICE
APEcircNDICE A - Anaacutelise da adubaccedilatildeo de base e biofertilizantes utilizados na produccedilatildeo de mudas de cebola
TABELA 1 A Anaacutelise baacutesica do solo antes da incorporaccedilatildeo do feijatildeo miuacutedo + papua
Arg
pH IND
SMP
MO
P - n r - Na Al Ca__10Omlmdash
Mg
ppm -
6 53 67 089 8 6 27 1 04 05 0 2
Fonte LASFAEMUFPel (2002)
TABELA 2A Anaacutelise complementar do solo antes da incorporaccedilatildeo do feijatildeo-miuacutedo + papua
Cobre Zinco Manganecircs Ferro
(m v1)
04 05 26 007
Fonte LASFAEMUFPel (2002)
49
TABELA 3A Anaacutelise dos fertilizantes soacutelidos
Amostra pH limidade CN
C N P K Ca Mg
- g-ivg --
Cama de 849 2491 12 31042 2479 3888 3405 29875 463
aves
Esterco 74 3594 11 677 590 157 134 335 214
de curral
Huacutemus 684 5738 14 15965 1098 453 745 743 361
Fonte LASFAEMUFPel (2002)
TABELA 4A Anaacutelise quiacutemica dos biofertilizantes liacutequidos
Amostra N P K_ccedil H
Ca Mg Cu Zn Fe Mn
mdashgL bull
S Magro
m b 4
Urina
053
1652
8 2 2
008
395
0 0 0
149
1674
471
1902
6872
0 0 0
1150
4507
1172
7273
42
033
101389
920
0 0 0
6250
19458
781
35273
1123
0 2 1
Fonte LASFAEMUFPel (2002)
50
APEcircNDICE B - Condiccedilotildees climaacuteticas do local
TABELA 1B Condiccedilotildees de temperatura do local
___________ __________TEMPERATURA (degCgt
meses Meacutedia
Maacutexima
Meacutedia
MiacutenimaMeacutedia
Maacutexima
Absoluta
Miacutenima
Absoluta
Junho 225 87 156 320 25
Julho 225 85 155 285 30
Agosto 251 71 161 360 1 0
Fonte FEPAGROSCT 2002
TABELA 2B Condiccedilotildees de chuva do local
mdash CHUVA (mm)mdash
meses Ocorrida Normal Desvio Da Normal
Junho 1080 1 1 0 -2 0
Julho 1062 98 8 2
Agosto 1283 1 2 0 83
Fonte FEPAGROSCT 2002
51
TABELA 1C Produccedilatildeo de fitomassa fresca e seca (g) da parte aeacuterea altura de planta
(cm) e diacircmetro de colo (mm) de mudas de cebola Petrolini cultivadas
sob uma perspectiva agroecoloacutegica Pelotas-RS 2003
APEcircNDICE C - Anaacutelise estatiacutestica da parte aeacuterea
Causas G1 FFPA FSPA AP DC
da variaccedilatildeo --------- Quadrados meacutedios-
Blocos 3
Ad Base 2 175359071 1287102 2547419 1 11775
Biofertilizantes 2 126876 29011 87669ns 02185ns
Ad x Biofert 4 572378 31123 69106ns 04159
Resiacuteduo 24 34456 03048 27169 00290
Total 35
Meacutedia geral 93745 8772 320388 6741
CV 1980 6294 5145 2530
Significativo a 5ns Natildeo significativo
52
TABELA 1D Produccedilatildeo de fitomassa fresca e seca (g) comprimento (cm) e densidade
de raiacutezes (m cm3) de mudas de cebola Petrolini cultivadas sob uma
perspectiva agroecoloacutegica e razatildeo parte aeacutereasistema radicular Pelotas-
RS 2003
APEcircNDICE D - Anaacutelise estatiacutestica da raiz
Causas G1 FFR FSR CR RPASR DR
da variaccedilatildeo Quadrados meacutedios---------------
Blocos 3
Ad Base 2 27874 551 623 2 1 0 140
Biofertilizantes 2 178 0 1 0 ni 1504 l03ns 038ns
Ad x Biofert 4 190 058 318 294 183
Resiacuteduo 24 005 009 028 023 0 2 1
Total 35
Meacutedia geral 1818 228 184 387 333
C V 134 1356 448 1253 1396
Significativo a 5 ns Natildeo significativo
53
APEcircNDICE E - Anaacutelise estatiacutestica dos macronutrientes da parte aeacuterea da cebola
TABELA 1E Conteuacutedos (mg planta1) de nitrogecircnio foacutesforo potaacutessio caacutelcio e
magneacutesio no tecido vegetal de mud^s de cebola Petrolini cultivadas
sob uma perspectiva agroecoloacutegica Pelotas-RS 2003
Causas G1 bull N P K Ca Mg
da variaccedilatildeo
Blocos 3
Ad Base 2 13550306 446627 25509686 1031806 59007
Biofertilizantes 2 180610ns 16564 68153ns 39006 876ns
Ad x Biofert 4 454187 45743 1047539 46950 2464
Resiacuteduo 24 29769 1453 64313 3741 439
Total 35
Meacutedia geral 24921 4597 33366 6943 1615
C V 692 829 760 880 1297
Significativo a 5 ns Natildeo significativo
APEcircNDICE F - Fotos do experimento
FIGURA 2 Mudas de cebola (Allium cepa L) produzidas sob uma perspectiva agroecoloacutegica
APEcircNDICE F a Fotos do experimento
FIGURA 1 Adubaccedilatildeo verde com feijatildeo-miuacutedo e papuatilde utilizadas no manejo do solo
FIGURA 2 Mudas de cebola (Allium cepa L) produzidas sob urna perspectiva agroecoloacutegica
15
pepino Valenzuela amp Crosby (1998) compararam as produccedilotildees obtidas com composto
e a fertilizaccedilatildeo padratildeo e concluiacuteram que a utilizaccedilatildeo do composto em 20 Mg ha 1 mais
N-quiacutemico foi o melhor tratamento em todas as culturas estudadas
233 Plantas de cobertura do solo
As plantas mais usadas para adubaccedilatildeo de cobertura do solo satildeo as leguminosas
pois estas tecircm a capacidade de fixar o nitrogecircnio atmosfeacuterico e disponibiliza-lo agrave
cultura Primavesi (1992) cita que utilizando-se mucuna ervilhaca feijatildeo-de-porco
feijatildeo-miuacutedo crotalaacuteria e outras natildeo haacute necessidade de utilizar tanto nitrogecircnio em
cobertura embora natildeo se dispense uma calagem mais frequumlente pois ocorre um pouco
de acidificaccedilatildeo no solo como com qualquer adubaccedilatildeo nitrogenada Segundo a mesma
autora algumas leguminosas tecircm a capacidade de mobilizar o foacutesforo como o caupi
(feijatildeo-miuacutedo) outras mobilizam o caacutelcio como tremoccedilo
Para Brady (1999) a adubaccedilatildeo verde traz grandes benefiacutecios como suprimento de
mateacuteria orgacircnica sendo consideraacutevel a quantidade de resiacuteduos orgacircnicos devolvidos ao
solo adiccedilatildeo de nitrogecircnio nutrientes e conservaccedilatildeo do solo
Calegari (1998) comenta que quanto aos aspectos fiacutesicos os resiacuteduos tendem a
contribuir para uma melhoria da estrutura do solo percebida pelo aumento da
estabilidade dos agregados em aacutegua aumento da capacidade de retenccedilatildeo hiacutedrica
elevaccedilatildeo dos iacutendices de infiltraccedilatildeo de aacutegua no solo aumento da porosidade melhor
aeraccedilatildeo e diminuiccedilatildeo da densidade do solo
De acordo com Timm (2000) o papuatilde eacute uma excelente alternativa como cobertura
de solo para o cultivo miacutenimo da cebola pois na eacutepoca do transplante das mudas seu
ciclo vegetativo estaacute completo natildeo necessitando o dessecamento outra vantagem eacute que
o papuatilde apresenta bom controle com relaccedilatildeo agraves plantas invasoras da cebola reduzindo
ao longo dos anos o nuacutemero de capinas e a aplicaccedilatildeo de herbicidas
234 Adubaccedilatildeo foliar
Segundo Malavolta (1981) a utilizaccedilatildeo da adubaccedilatildeo foliar eacute complemento da
adubaccedilatildeo de solo natildeo substituto da mesma no que diz respeito ao fornecimento de
nitrogecircnio foacutesforo e potaacutessio para as culturas Da mesma maneira que as raiacutezes podem
perder para o solo parte dos elementos absorvidos as folhas tambeacutem o fazem pela accedilatildeo
16
de fatores internos (desordem fisioloacutegica estado nutricional etc) e externos (chuvas
orvalho nutriccedilatildeo do sistema radicular luz temperatura etc)
Para Chaboussou (1987) as plantas adquirem o maacuteximo de resistecircncia bioloacutegica
atraveacutes da nutriccedilatildeo (trofos) equilibrada Obviamente para que isto ocorra eacute necessaacuterio
que o solo esteja em equiliacutebrio dinacircmico o ambiente seja o mais estaacutevel e as plantas
selecionadas ou melhor adaptadas para poderem suportar as alteraccedilotildees extemporacircneas
ocasionadas pelos fenocircmenos meteoroloacutegicos e nas fases fonoloacutegicas criacuteticas do
crescimento e desenvolvimento (Pinheiro amp Barreto 2000)
O lixiviado das folhas enriquece as camadas superiores do solo e tende a
contrabalanccedilar as perdas de zonas mais profundas e mais distantes acumulando-os nas
suas proximidades tambeacutem influencia o nuacutemero e o comportamento dos
microrganismos que por sua vez alteram o processo de gecircnese do solo sua textura e
fertilidade A lixiviaccedilatildeo assim se toma importante no desenvolvimento da sucessatildeo
ecoloacutegica devido agrave ciclagem de elementos (Malavolta 1980)
Conforme Camargo (1975) a utilizaccedilatildeo de adubos foliares substitui parcialmente
a adubaccedilatildeo radicular em 20 a 25 podendo ser utilizada em varias pulverizaccedilotildees
24 Vermicompostagem
E o processo que consiste em se submeter diferentes resiacuteduos orgacircnicos de
origem animal eou vegetal aos processos fermentativos e humificaccedilatildeo adicionando
minhocas do gecircnero Eiseina espeacutecie foetida ao material procurando obter um produto
curado em aproximadamente 45 - 60 dias (Compagnoni amp Putzolu 1985)
A vermicompostagem firmou-se no Brasil como atividade rentaacutevel produzindo
adubo de alta qualidade na deacutecada de 90 Na agricultura brasileira contudo haacute
preferecircncia pelos adubos quiacutemicos em funccedilatildeo de sua aquisiccedilatildeo financiada menor custo
e retomo imediato embora o impacto de seu uso contiacutenuo sobre o solo e os
microorganismos que nele vivem seja negativo (Tagliari amp Grassmann 1995)
Segundo Morselli (2002) a vermicompostagem difere da compostagem
convencional dentre outros pocircr formar substacircncias huacutemicas mais rapidamente ao sofrer
passagem pelo trato digestivo das minhocas A alirdentaccedilatildeo destas satildeo basicamente os
estercos e a disponibilidade desta mateacuteria prima bem como de ambiente protegido para
proceder a compostagem correta deste material satildeo indispensaacuteveis
17
Segundo Kiehl (1985) e Martinez (1990) o vermicomposto apresenta as seguintes
vantagens em relaccedilatildeo a compostagem permite a formaccedilatildeo de um produto curado em
menor espaccedilo de tempo promove a formaccedilatildeo de um material com maior
disponibilidade de nutrientes facilita o peneiramento natildeo havendo a necessidade de
revolvimento do material oferece vaacuterias fontes de renda pois aleacutem do huacutemus fornece
minhocas e raccedilatildeo e quando aplicado ao solo tende a melhorar as propriedades fiacutesicas
quiacutemicas e bioloacutegicas
241 Resiacuteduos utilizados na vermicompostagem
2411 Resiacuteduos de origem animal
Segundo Bureacutes (1997) o esterco eacute uma mistura de fezes urina e camas que
podem estar constituiacutedas de palhas folhas secas serragem turfa casca de arroz e ateacute
terra Esse apresenta pH neutro e densidade que varia de 030 a 090 Kg dm3 segundo
seu estado de decomposiccedilatildeo Eacute influenciado por vaacuterios fatores como espeacutecie animal
raccedila idade alimentaccedilatildeo material utilizado como cama e tratamento da mateacuteria-prima
esterco (Kiehl 1985) Dentre os fatores apontados um dos mais importantes eacute a
alimentaccedilatildeo do animal quanto mais rica a alimentaccedilatildeo mais rica seraacute as dejeccedilotildees
(Gnoatto 1999) O volume de bacteacuterias vivas ou mortas encontradas no esterco
representam 20 a 30 do total delas se originam grande parte do nitrogecircnio sob a
forma de proteiacutena (Morselli 2002)
A origem do material utilizado para a produccedilatildeo de vermicomposto eacute fundamental
pois soacute uma mateacuteria-prima de qualidade resultaraacute em um produto final de boa qualidade
Dentre os estercos o de aves eacute empregado empiricamente na adubaccedilatildeo de culturas
permanente ou natildeo com excelentes resultados apesar de sua simples composiccedilatildeo
meacutedia 2 de nitrogecircnio 2 de foacutesforo como P2 0 5 e 1 de K2 0 Poreacutem haacute uma
grande variaccedilatildeo na sua constituiccedilatildeo a qual dependeraacute do manejo animal atraveacutes das
camas finalidade da criaccedilatildeo e natureza das camas (Morselli 2002)
2412 Resiacuteduos de origem vegetal
A mateacuteria orgacircnica pode ser preservada no solo por vaacuterios processos seja pela
simples incorporaccedilatildeo de resiacuteduos de culturas rotaccedilatildeo de culturas adubaccedilatildeo verde ou
18
pela adiccedilatildeo de materiais orgacircnicos capazes de elevar e manter a produtividade do solo
Da decomposiccedilatildeo dos resiacuteduos orgacircnicos adicionados ao solo resulta a liberaccedilatildeo de
grande quantidade de nutrientes principalmente o nitrogecircnio o potaacutessio e o enxofre
Aleacutem disso diversos atributos quiacutemicos e fiacutesicos do solo satildeo alterados pela
decomposiccedilatildeo desses resiacuteduos destacando-se o aumento da capacidade de troca de
caacutetions o aumento da retenccedilatildeo de aacutegua a melhoria da estabilidade dos agregados e da
aeraccedilatildeo (Fraser1963 Malavolta 1981 Mello et al 1983 Bonilla 1992)
Segundo Purcino (1981) quando a relaccedilatildeo CN eacute menor que 30 como no caso do
esterco de curral ou da palha de leguminosas a disponibilidade de nitrogecircnio eacute
imediata mas acima deste valor ocorre imobilizaccedilatildeo crescente deste nutriente Por esse
motivo estes materiais devem ser submetidos a uma degradaccedilatildeo bioloacutegica antes de
serem adicionados ao solo
25 Biofertilizantes
No Brasil ocorrem problemas crescentes com materiais derivados de sistemas
intensivos de criaccedilatildeo animal que acumulam resiacuteduo^ orgacircnicos com graves problemas
de contaminaccedilatildeo de cursos de aacutegua que na maioria das vezes se acumulam em um
uacutenico lugar e natildeo satildeo reciclados (Viglizzo 1995)
Visando amenizar tais situaccedilotildees os meacutetodos alternativos de adubaccedilatildeo controle de
doenccedilas pragas e plantas indesejaacuteveis tecircm sido muito estudado Dentro dessa linha de
pesquisa destaca-se o uso de mateacuteria orgacircnica atraveacutes tanto de sua incorporaccedilatildeo ao
solo como de sua transformaccedilatildeo para uso posterior na forma de biofertilizantes
(Khatounian 1997 Bettiol et al 1997)
Na complexa e elevada comunidade microbiana dos biofertilizantes encontram-se
bacteacuterias fungos leveduriformes filamentosos e actinomicetos (Bettiol apud Penteado
1999)
O agregado de macro e micronutrientes periodicamente ativa e enriquece a
fermentaccedilatildeo O uso de farinha de rocha tem sido vantajoso por ter baixo custo
comparado com os sais concentrados e purificados aleacutem de trazer alguns elementos
traccedilos de vital importacircncia para os microrganismos do solo como por exemplo o Gaacutelio
o Iodo e o Vanaacutedio (M1BASA 199-) O agregado de farinha de rocha ou sais
purificados ao fermentado faz com que estes nutrientes passem a fazer parte dos
microrganismos ou dos produtos orgacircnicos liberados durante a fermentaccedilatildeo sendo que
19
o ataque dos microrganismos atraveacutes de suas enzimas consegue liberar os elementos natildeo
atacados pelos aacutecidos industriais (Pinheiro amp Barreto 2000)
Os biofertilizantes tecircm sido empregados na agricultura ecoloacutegica como adubo
foliar para aumentar a resistecircncia contra pragas e doenccedilas Aleacutem disso o processo de
produccedilatildeo eacute bastante simples e por isso eacute viaacutevel sua produccedilatildeo na propriedade desde que
tenha esterco disponiacutevel (Penteado 1999)
Bettiol et al (1997) verificaram a presenccedila de diferentes espeacutecies de fungos
fiacutelamentosos e leveduriformes e bacteacuterias entre elas Bacillus spp na comunidade
microbiana do biofertilizante produzido segundo meacutetodo adotado pelo Centro de
Agricultura Ecoloacutegica Ipecirc Os autores verificaram ainda uma reduccedilatildeo da comunidade
microbiana ao longo da digestatildeo reduccedilatildeo essa mais acentuada logo apoacutes o acreacutescimo
dos sais contendo micronutrientes A accedilatildeo dos sais pode ser tanto por aumento na
pressatildeo osmoacutetica quanto pelo efeito direto sobre os microrganismos Para o controle de
doenccedilas de plantas satildeo importantes a presenccedila dos metaboacutelitos produzidos pelos
organismos presentes no biofertilizante e os proacuteprios microrganismos vivos
Os microrganismos transformam o material orgacircnico (esterco soro de leite caldo
de frutas palhas restos industriais etc) e cinzas produzindo vitaminas aacutecidos e sais
complexos importantes para regular e tonificar o metabolismo das plantas impedindo o
desenvolvimento de pragas e doenccedilas (Pinheiro amp Barreto 2000)
Em estudos feitos com o biofertilizante liacutequido de bovinos foi observado a
presenccedila de inuacutemeros microorganismos como bacteacuterias leveduras e bacilos
principalmente do Bacillus subtilis Estes microorganismos sintetizam substacircncias
antibioacuteticas as quais demonstram ter grande accedilatildeo e eficiecircncia como substacircncias
fungiostaacuteticas e bacteriostaacuteticas de fitopatoacutegenos causadores de danos em lavouras
comerciais (Penteado 1999)
Aldrighi et al (2002) realizaram trabalho na UFPel relacionado agrave nutriccedilatildeo de
mudas de tomate (Floradade) produzidas no sistema ldquofloatingrdquo Utilizaram-se doses de
0 2 5 e 10 para o biofertilizante Super Magro e 0 e 1 para a urina de vaca
Concluiacuteram que estes natildeo interferem na produccedilatildeo das mudas e que provavelmente foi
influenciado pelo substrato utilizado (vermicomposto 75 e casca de arroz carbonizada
25) bem como o sistema de produccedilatildeo (floating)
Paglia et al (2002) citam que eacute possiacutevel produzir mudas de tomate (cultivar
Floradede) utilizando urina de vaca e biofertilizante Super Magro na aacutegua em sistema
ldquofloatingrdquo em trabalho realizado na UFPel O uso da urina de vaca a 1 e 5 e
20
biofertilizante Super Magro a 6 proporcionam uma elevaccedilatildeo do foacutesforo bem como o
Super Magro a 6 eleva os teores de Mg e Ca na aacutegua
251 Urina de vaca
As urinas de vaca contecircm nutrientes favoraacuteveis ao bom desenvolvimento das
plantas como potaacutessio soacutedio nitrogecircnio enxofre magneacutesio caacutelcio foacutesforo e traccedilos de
outros elementos Nas plantas funciona como um fertilizante natural tomando-as mais
resistentes ao ataque das pragas e doenccedilas Satildeo encontradas tambeacutem na urina outras
substacircncias como fenoacuteis e principalmente o catecol que esta associado agrave recuperaccedilatildeo
de plantas atacadas por fitopatoacutegenos por ser um produto anti-seacuteptico (Penteado 1999)
Para seu emprego a urina receacutem coletada deve ser armazenada sob condiccedilotildees
ambientais por trecircs dias para que se forme amocircnio importante produto a ser absorvido
pelas plantas Recomenda-se ainda que o armazenamento deva ser feito em recipiente
fechado para que natildeo ocorram perdas de nitrogecircnio Desta forma poderaacute permanecer
por ateacute um ano sem comprometer sua eficiecircncia
Em hortaliccedilas o uso da urina de vaca eacute recomendado em pulverizaccedilotildees foliares
semanais na concentraccedilatildeo de 05 para tomateiro pimentatildeo pepino feijatildeo vagem e
couve ou quinzenais a 1 para as culturas do quiabeiro jiloeiro e berinjela Para
fruteiras em geral a primeira aplicaccedilatildeo deve ser na concentraccedilatildeo aproximada de 5
realizada diretamente no solo e mensalmente devem ser realizadas pulverizaccedilotildees
foliares a 1 para plantas jovens e a 5 para plantas adultas (Penteado 1999)
Na aplicaccedilatildeo foliar deve-se ter cuidado com folhas e brotos novos e considerar que
o uso contiacutenuo pode ser toacutexico podendo afetar o solo causando a sua acidificaccedilatildeo
(Penteado 1999)
Na Estaccedilatildeo Experimental da PESAGRO no municiacutepio de Macaeacute Rio de Janeiro
estaacute se utilizando a urina de vaca leiteira Os pesquisadores descobriram que a urina de
vaca em lactaccedilatildeo produzia o efeito de recuperar plantas de abacaxi atacadas por uma
doenccedila conhecida como ldquofusairioserdquo Essa doenccedila quando ataca o abacaxi causa
perdas de ateacute 70 da safra Todos os agrotoacutexicos testados natildeo conseguiram controlar a
doenccedila Isto eacute um exemplo para que a universidade tenha uma nova percepccedilatildeo (Capra
1996) adotando medidas efetivas que contribuam na transiccedilatildeo agroecoloacutegica Com o
uso da urina de vaca leiteira numa lavoura de abacaxi atacada pela fusariose observou-
se agrave recuperaccedilatildeo do stand e os frutos produzidos apresentaram excelente padratildeo
21
comercial Descobriu-se que aleacutem funcionar como adubo e defensivo natural a urina de
vaca leiteira tambeacutem favorece a floraccedilatildeo de muitas plantas e pode ser usada no
tratamento de frutos e tubeacuterculos depois da colheita
A urina de vaca em lactaccedilatildeo tambeacutem estaacute sendo usada nas lavouras de cafeacute em
plantaccedilotildees de maracujaacute coco alface e outras hortaliccedilas Na regiatildeo centro-sul do Paranaacute
os agricultores estatildeo aplicando a urina de vaca leiteira nas lavouras de feijatildeo soja
batata cebola e milho (Penteado 1999)
252 Alhol
A maioria dos defensivos alternativos tais como calda bordalesa sulfocaacutelcica
aacutegua de cinza e cal biofertilizante enriquecido extrato de fumo entre outros precisa
ser misturada com um espalhante adesivo para quebrar a tensatildeo superficial da gota e
propiciar um melhor molhamento das folhas e demais partes pulverizadas assegurando
uma absorccedilatildeo mais efetiva e uma melhor accedilatildeo sobre as pragas e doenccedilas Quando as
gotas permanecem inteiras sobre a superfiacutecie folhar devido agrave falta de espalhante
adesivo pode-se danificar os tecidos vegetais pelc efeito-lente quando o sol incide
sobre elas Aleacutem disso a gota por natildeo se espalhar sobre toda superfiacutecie folhar
concentra nela e consequumlentemente sobre o tecido que estaacute em contato com ela uma
quantidade maior do produto aplicado Essa maior concentraccedilatildeo pode prejudicar a
absorccedilatildeo e lesionar os tecidos principalmente apoacutes a evaporaccedilatildeo da aacutegua contida na
gota por resultar em uma maior concentraccedilatildeo de sais no local especialmente quando se
aplicam por exemplo calda sulfocaacutelcica bordalesa biofertilizante enriquecido com
macro e micronutrientes (Claro 2001)
O alhol eacute um espalhante adesivo ecoloacutegico que tambeacutem auxilia no controle de
pragas E elaborado com aacutegua alho oacuteleo vegetal e sabatildeo neutro a partir da sabedoria
popular que menciona o alho como repelente de insetos Juacutenior Abreu amp Maiorano
(199-) indicam formulaccedilotildees contendo alho para o controle de pragas como nematoacuteides
(Meloidogyne incoacutegnita e M javanica) mosca do chifre lagarta na maccedilatilde pulgotildees
besouro da batata trips e para controle de doenccedilas fuacutengicas e bacterianas como miacuteldio
ferrugem fusariose helminthosporiose murchadeira (Pseudonamos solacearum)
bruzone do arroz (Pyricularia orysae) podridatildeo negra do repolho e couve-flor
(Xanthomonas campestris) Aleacutem disso o alho pelo seu bom teor em oacuteleo pode agir
tambeacutem como espalhante adesivo O sabatildeo tambeacutem eacute indicado como espalhante adesivo
22
e possui accedilatildeo contra certas pragas (pulgotildees) sendo que o oacuteleo vegetal eacute indicado no
controle de cochonilhas e usado como espalhante adesivo (Claro 2001)
253 Calda Bordalesa
A calda bordalesa eacute um tradicional defensivo agriacutecola que pode ser preparado na
propriedade com a mistura de sulfato de cobre cal virgem e aacutegua As concentraccedilotildees de
sulfato de cobre e cal satildeo distintas dependendo do objetivo do seu emprego
Geralmente diferem de acordo com o tipo de planta ou espeacutecie vegetal as condiccedilotildees
climaacuteticas o grau de infestaccedilatildeo da doenccedila e a fase de crescimento da planta Eacute indicada
para o controle de miacuteldio alternaacuteria botrytis e antracnose (Penteado 1999)
A calda bordalesa caracteriza-se pela sua importante accedilatildeo no controle de diversas
doenccedilas fungicas nas mais diversas espeacutecies de culturas Possui tambeacutem uma relativa
accedilatildeo bactericida e em alguns casos age como repelente de insetos Da mistura do
sulfato de cobre com a cal resulta uma soluccedilatildeo rica em macronutrientes e
micronutrientes Provavelmente os expressivos resultados obtidos com a aplicaccedilatildeo da
calda bordalesa devam-se natildeo somente a sua accedilatildeo fuacutengica e bactericida mas sobretudo
agrave influecircncia positiva que exerce no metabolismo das plantas ativando o processo
enzimaacutetico e estimulando a proteossiacutentese aumentando a resistecircncia das plantas (Claro
2 0 0 1 ) caracteriacutestica fundamental na agricultura sustentaacutevel
254 Biofertilizante Super Magro
A calda Super Magro eacute produto da fermentaccedilatildeo de estercos animais enriquecidos
por micronutrientes e outros produtos de origem animal obtendo-se uma calda
biofertilizante para aplicaccedilatildeo foliar nas plantas (Penteado 1999) jaacute foram observados
bons resultados principalmente nas culturas de uva maccedila pecircssego tomate batata e
hortaliccedilas em geral
E indicado como fonte suplementar de micronutrientes para as plantas inibidor
de fungos e bacteacuterias causadores de doenccedilas e para aumentar a resistecircncia contra insetos
e aacutecaros (Penteado 1999) i
Muller (1999) avaliou a influecircncia do biofertilizante Super Magro sobre as
culturas de tomate (Lycopersicon esculentum Mill) ervilha (Pisum sativum L) e
beterraba (Beta vulgaris L) O autor obteve cultivos com baixa severidade de doenccedilas e
23
insetos fitoacutefagos possivelmente por causa do manejo orgacircnico de produccedilatildeo Os
resultados das pulverizaccedilotildees das soluccedilotildees foliares variaram conforme a cultura e o
clima
255 Biofertilizante MB4
A utilizaccedilatildeo das farinhas de rochas eacute uma das teacutecnicas mais modernas usadas nos
uacuteltimos anos na agricultura O elevado nuacutemero de nutrientes contidos no MB4 como
cobre zinco manganecircs cobalto soacutedio alumiacutenio silicatos de magneacutesio ferro e caacutelcio
acompanhado de foacutesforo potaacutessio e enxofre reagem com a soluccedilatildeo do solo liberando
elementos essenciais ao desenvolvimento da vida microbiana os quais exercem um
papel fundamental atraveacutes de transformaccedilotildees quiacutemicas e do equiliacutebrio bioloacutegico
favorecendo o desenvolvimento sadio das plantas (Pinheiro amp Barreto 2000)
24
3 MATERIAL E MEacuteTODOS
31 Local de execuccedilatildeo do experimento
O presente trabalho foi conduzido no Centro de Pesquisa da Regiatildeo Sul
(FEPAGROSUL) no municiacutepio de Rio Grande nlt periacuteodo de 15 de maio a 26 de
agosto de 2 0 0 2
O solo eacute classificado como ldquoTuiardquo satildeo muito arenosos As massas aquaacuteticas do
Oceano Atlacircntico e Lagoa dos Patos influenciam ventos temperatura pressatildeo umidade
relativa e demais fatores climaacuteticos A topografia da regiatildeo litoracircnea eacute plana com
lenccediloacuteis freaacuteticos superficiais
32 Anaacutelise estatiacutestica
O experimento foi constituiacutedo em fatorial 3X3 (Quadro 1) com quatro repeticcedilotildees
no delineamento blocos ao acaso As variaacuteveis respostas foram submetidas agrave anaacutelise de
variaccedilatildeo e ao teste de Duncan a 5 de probabilidade para comparaccedilatildeo das meacutedias
utilizando-se o sistema SANEST (Zonta amp Machado 1984)
As anaacutelises estatiacutesticas das variaacuteveis estudadas encontram-se nos Apecircndices C D
Os resultados das respostas agronocircmicas e das determinaccedilotildees dos conteuacutedos dos
macronutrientes bem como os de raiz estatildeo nas tabelas de 1 a 3
25
As diferentes adubaccedilotildees seratildeo representadas durante a discussatildeo da seguinte
forma 1 VB (30 t ha 1 de vermicomposto) 15 VB (45 t ha 1 de vermicomposto) e EC
(60 t ha 1 de esterco de curral) 1 VB+SM+U+CB (30 t ha 1 de vermicomposto mais
super magro mais urina de vaca mais calda bordalesa) 15 VB+SM+U+CB (45 t ha 1 de
vermicomposto mais super magro mais urina de vaca mais calda bordalesa)
EC+SM+U+CB (60 t ha 1 de esterco de curral mais super magro mais urina de vaca
mais calda bordalesa) 1 VB+MB4 +U+CB (30 t ha 1 de vermicomposto mais MB4 mais
urina de vaca mais calda bordalesa) 15 VB+MB4 +U+CB (45 t ha 1 de vermicomposto
mais MB4 mais urina de vaca mais calda bordalesa) EC+MB4 +U+CB (60 t ha 1 esterco
de curral mais MB4 mais urina de vaca mais calda bordalesa)
QUADRO 1 Descriccedilatildeo dos fatores experimentais e respectivos niacuteveis
Niacuteveis Fator 1 ADUBACcedilAtildeO DE BASE
0 1 Vermicomposto (30 t ha1)
0 2 Vermicomposto (45 t ha1)
03 Esterco de curral (60 t ha1)
Niacuteveis Fator 2 BIOFERTILIZANTES LIacuteQUIDOS
0 1 Super magro (5) + Urina de Vaca + Calda Bordalesa
0 2 MB4 (10) + Urina de vaca + Calda Bordalesa
03 Ausecircncia (testemunha)
33 Tratamentos
Da combinaccedilatildeo entre niacuteveis e fatores foram obtidos 9 tratamentos que estatildeo
descritos no Quadro 2 bem como as doses de adubaccedilatildeo utilizadas no experimento
26
QUADRO 2 Tratamentos e doses de adubaccedilatildeo utilizadas no experimento
TRATAMENTOS
Ndeg FATOR I FATOR II
0 1 30 t ha de vermicomposto Super magro 5 Urina de vaca Calda Bordalesa
0 2 30 t harsquo de vermicomposto MB4 10 Urina de vaca Calda Bordalesa
03 30 t ha de vermicomposto - - -
04 45 t ha de vermicomposto Super magro 5 Urina de vaca Calda Bordalesa
05 45 t ha de vermicomposto MB4 10 Urina de vaca Calda Bordalesa
06 45 t ha de vermicomposto - - -
07 60 t hade esterco Super Magro 5 Urina de vaca Calda Bordalesa
08 60 t hade esterco MB4 10 Urina de vaca Calda Bordalesa
09 60 t hade esterco - - -
Cada parcela foi constituiacuteda por dois canteiros medindo 1 m de largura x 2 m de
comprimento perfazendo 075 m de aacuterea de aacuterea uacutetil (025 m de bordadura) Foi
utilizando semeadura a lanccedilo com densidade de 24 g canteiro1
O vermicomposto a urina de vaca o esterco de curral o alhol os biofertilizantes e
a calda bordalesa foram de procedecircncia do Centro de Pesquisa da Regiatildeo Sul O
vermicomposto de esterco bovino misturado agraves cascas de frutas foi processado pela
minhoca vermelha califomiana Eisenia foetida)
O biofertilizante Super Magro foi elaborado segundo a metodologia descrita pela
FEPAGROSUL utilizando-se os seguintes componentes 190 litros de aacutegua 22 litros
de leite 55 Kg de accediluacutecar mascavo 30 Kg de esterco fresco de bovinos 2 Kg de
Sulfato de zinco 2 Kg de sulfato de magneacutesio 2 Kg de cloreto de caacutelcio 1 Kg de aacutecido
boacuterico 300 g de sulfato de cobre 300 g de sulfato de ferro 300 g de sulfato de
manganecircs 100 g de molibdato de soacutedio 50 g de sulfato de cobalto 3 Kg de fosfato
natural 3 Kg de cinza e 200 g de farinha de osso
A urina de vaca em lactaccedilatildeo foi coletada pela manhatilde e armazenada em recipiente
fechado por trecircs dias em condiccedilotildees ambientais para que se formasse a amocircnia e natildeo
ocorresse perda de nitrogecircnio
28
Realizaram-se duas capinas manuais durante o experimento e em seguida como
cobertura se colocou casca de arroz Tambeacutem foi aplicado esterco de aves 30 dias antes
da colheita na quantidade de 05 Kg canteiro 1 como adubaccedilatildeo de cobertura
As pulverizaccedilotildees com os produtos iniciaram apoacutes 15 dias da germinaccedilatildeo
Realizou-se sete aplicaccedilotildees sendo que as duas primeiras foram feitas apenas com
Super Magro e MB4 Na terceira e na quarta aplicaccedilatildeo utilizou-se urina de vaca e calda
bordalesa em concentraccedilotildees menores (05 e 025 respectivamente) e na quinta
aplicaccedilatildeo as dosagens de urina de vaca e calda bordalesa foram elevadas para 1 0 e
05 respectivamente ateacute o final do experimento O alhol foi utilizado a partir da
terceira pulverizaccedilatildeo na quantidade de 2 e seguiu ateacute o final no dia 26 de agosto
quando as mudas foram colhidas e posteriormente analisadas as variaacuteveis
35 Observaccedilotildees agronocircmicas
Foram utilizadas 20 mudas de cebola para obtenccedilatildeo das meacutedias das variaacuteveis as
quais foram as seguintes
351 Fitomassa fresca da parte aeacuterea e raiacutezes
Foi realizada atraveacutes de uma balanccedila digital procedendo-se a pesagem de 20
mudas de cebola previamente lavadas e posteriormente secadas durante uma hora sobre
um tecido de algodatildeo agrave temperatura ambiente Processo idecircntico foi adotado com as
raiacutezes
352 Fitomassa seca da parte aeacuterea e raiacutezes
Esta variaacutevel foi obtida a partir da secagem preliminar em estufa de ar forccedilado
durante 48 horas a 65 C ateacute peso constante com posterior pesagem em balanccedila
analiacutetica
353 Altura da muda
A altura de muda foi medida a partir do colo das plantas ateacute sua uacuteltima folha
(ponto de crescimento) com uma reacutegua graduada de 40 cm
29
354 Diacircmetro do colo das plantas
Esta medida foi realizada no ponto de transplante a 2 mm das raiacutezes e utilizando-
se um paquiacutemetro SOMET
355 Sistema radicular
Ao teacutermino do experimento foram retiradas as raiacutezes das mesmas plantas que foram
utilizadas para as determinaccedilotildees realizadas na parte aeacuterea procedendo-se uma amostra
de solo com raiacutezes de 2 0 cm de largura x 2 0 cm de comprimento e 2 0 cm de altura
totalizando 8000 cm3
As raiacutezes apoacutes serem lavadas em aacutegua corrente foram pesadas acondicionadas em
sacos plaacutesticos e congeladas para posteriores anaacutelises pelo meacutetodo de Tennant (1975)
para a determinaccedilatildeo do comprimento e densidade
3551 Comprimento de raiz
Utilizou-se para a determinaccedilatildeo do comprimento de raiz as seguintes foacutermulas
1 = ndeg x 1114 x 1 onde
1 - comprimento de raiz de uma amostra uacutemida de 0 0 2 g
ndeg - nuacutemero de intercessotildees das raiacutezes com os lados da quadriacutecula da malha do
aparelho
1114 - constante
1 - medida lateral da quadriacutecula em cm
Tomando-se a fiacutetomassa seca e o comprimento da raiz da cada amostra
relacionou-se com a fiacutetomassa seca e o comprimento total da raiz da planta aplicando-
se a seguinte equaccedilatildeo
L = (FSR x 1) FSPA onde
L - comprimento total da raiz da planta (m)
FSR - fiacutetomassa seca de raiz
FSPA - fiacutetomassa seca da parte aeacuterea
L - comprimento de raiz de uma amostra uacutemida de 002g
3552 Densidade de raiz
A densidade foi determinada pela foacutermula
D = L 8000 onde
D - densidade de raiacutezes (m cm3)
30
L - comprimento total de raiacutezes (m)
8 0 0 0 - volume da amostra (cm3)
3553 Razatildeo parte aeacutereasistema radicular
Este paracircmetro foi obtido pela equaccedilatildeo
RPASR = FSPA FSR onde
RPASR - razatildeo parte aeacuterea sistema radicular
FSPA - fitomassa seca da parte aeacuterea
FSR - fitomassa seca do sistema radicular
36 Determinaccedilatildeo de macronutrientes no tecido vegetal
Os macronutrientes nitrogecircnio foacutesforo potaacutessio caacutelcio e magneacutesio foram
determinados no laboratoacuterio de Fertilidade e Anaacutelise de Plantas do Departamento de
Solos da UFPel atraveacutes dos meacutetodos descritos por Tedesco amp Gianello (1996)
31
4 RESULTADOS E DISCUSSAtildeO
41 Anaacutelise das variaacuteveis
A anaacutelise da variaccedilatildeo mostrou que houve diferenccedila significativa na interaccedilatildeo entre
os fatores de adubaccedilatildeo de base e biofertilizantes liacutequidos com exceccedilatildeo da variaacutevel altura
de planta para a qual somente a adubaccedilatildeo de base mostrou-se significativa (Apecircndices
C D e E Tabelas 1C 1D e 1E)
411 Anaacutelise da parte aeacuterea
Na Tabela 1 destacaram-se as adubaccedilotildees EC+SM+U+CB EC+MB4 +U+CB e EC
que diferiram significativamente das demais adubaccedilotildees para as variaacuteveis fiacutetomassa
fresca da parte aeacuterea (FFPA) fiacutetomassa seca da parte aeacuterea (FSPA) altura de planta
(AP) e diacircmetro do colo (DC)
32
TABELA 1 Produccedilatildeo de fitomassa fresca e seca (g) da parte aeacuterea altura de planta
(cm) e diacircmetro de colo (mm) de mudas de cebola Petrolini cultivadas
sob uma perspectiva agroecoloacutegica Pelotas-RS 2003
BIOFERTILIZANTES LIacuteQUIDOSADUBACcedilAtildeO S Magro + MB4 +DE BASE Urina + Calda Urina + Calda Testemunha
Bordalesa Bordalesa
30 t ha de vermicomposto 7015 c A45 t halsquo de vermicomposto 7824 b B60 t ha de esterco de curral 12248 a C
30 t ha de vermicomposto 667 c A45 t ha de vermicomposto 752 b A60 t ha de esterco de curral 1150a C
30 t ha de vermicomposto 2975 b A45 t harsquo de vermicomposto 2775 b A60 t ha de esterco de curral 3600 a B
30 t ha de vermicomposto 631 b A45 t ha de vermicomposto 6 2 2 b B60 t ha de esterco de curral 741 a C
-Fitomassa fresca (g)----------------6270 c B 6885 b A8832 b A 6308 c C
15082 a A 13934 a BmdashFitomassa seca (g)----------------
625 c A 655 b A830 b A 607 b B
1345 a A 1262 a B-Altura de planta (cm)----------------
2950 b A 3050 b A2937 b A 2950 b A 3975 a A 3622 a B
-Diacircmetro de colo (mm)---------------592 c B 599 b B 657 b A 609 b B 819a A________ 793a B
Meacutedias seguidas pela mesma letra minuacutescula para as colunas (adubaccedilatildeo de base) e maiuacutesculas para as linhas (biofertilizantes) natildeo diferem entre si pelo teste de Duncan a 5
O efeito positivo do esterco bovino pode ser atribuiacutedo agraves melhorias nas condiccedilotildees
fiacutesicas do solo por ele proporcionado Segundo Primavesi (1982) e Compagnoni amp
Putzolu (1985) o esterco bovino apresenta propriedades condicionadoras do solo dando
agraves plantas melhores condiccedilotildees de desenvolvimento elevando sobremaneira os
conteuacutedos de fitomassa fresca das plantas que refletiratildeo nas demais respostas
agronocircmicas
Analisando as adubaccedilotildees de base em relaccedilatildeo aos biofertilizantes observa-se que
para os tratamentos 1 VB (30 t ha 1 de vermicomposto) - natildeo houve influecircncia dos
biofertilizantes para as variaacuteveis FSPA e AP enquanto destacou-se o SM+U+CB para o
DC e SM+U+CB e ausecircncia da adubaccedilatildeo liacutequida para a FFPA mostrando que o uso
dos biofertilizantes natildeo influenciou esta variaacutevel 15 VB (45 t ha 1 de vermicomposto) -
verificou-se a eficiecircncia do uso do MB4 +U+CB para as variaacuteveis FFPA e DC Para a
variaacutevel FSPA destacaram-se os dois biofertilizantes utilizados jaacute para AP natildeo houve
33
influecircncia destes EC (60 t ha 1 de esterco de curral) - em todas as variaacuteveis observadas
na tabela 5 as respostas foram significativas utilizando MB4 +U+CB
As respostas encontradas no presente trabalho para as variaacuteveis AP e FSPA foram
superiores as obtidas por Dalponte (1990) quando utilizado 0 esterco de curral para
produccedilatildeo de mudas de cebola
Segundo Filgueira (2000) os solos da regiatildeo produtora de cebola do RS satildeo
pobres em foacutesforo disponiacutevel (15 mg Kg1) necessitando portanto de adubaccedilotildees
fosfatadas elevadas As respostas aqui obtidas podem ser justificadas pelos teores de
foacutesforo contido no MB4
Follet et al (1981) citam a importacircncia do uso de compostos orgacircnicos no solo
enfatizando os estercos no sentido da decomposiccedilatildeo continuada no fornecimento de
nutrientes e na liberaccedilatildeo lenta e gradual de aacutecidos orgacircnicos influenciando a liberaccedilatildeo
do foacutesforo O que provavelmente pode ser atribuiacutedo agraves respostas encontradas no
presente trabalho para 0 tratamento Esterco de curral mais MB4 e Urina mais Calda
Bordalesa
E importante destacar que 0 sistema de produccedilatildeo de mudas de cebola sob uma
perspectiva agroecoloacutegica mostra-se eficiente quando visualmente natildeo percebe-se
diferenccedila significativa entre os tratamentos (Apecircndice F Figura 2)
Conveacutem ressaltar que quando trabalhamos com agroecologia natildeo existem
receitas nem pacotes tecnoloacutegicos prontos Cada situaccedilatildeo deveraacute ser estudada em
particular para que se faccedila recomendaccedilotildees adequadas ao ambiente local uma vez que
as plantas se adaptam ao meio estando a nutriccedilatildeo encarregada de proteger e manter o
equiliacutebrio do organismo vegetal em funccedilatildeo das alteraccedilotildees externas
E fundamental que se compreenda os princiacutepios norteadores de todo o processo
que satildeo as bases da luta por uma sociedade mais justa dentro de um mundo econocircmico e
ambientalmente mais sustentaacutevel
412 Anaacutelise do sistema radicular
Os resultados obtidos nas anaacutelises do sistema radicular (Tabela 2) mostram
diferenccedilas significativas entre as adubaccedilotildees para as variaacuteveis fitomassa fresca de raiz
(FFR) fitomassa seca de raiz (FSR) comprimento de raiz (CR) razatildeo parte
aeacutereasistema radicular (RPASR) e densidade de raiz (DR)
34
TABELA 2 Produccedilatildeo de fitomassa fresca e seca (g) comprimento (cm) e densidade de
raiacutezes (m cm3) de mudas de cebola Petrolini cultivadas sob uma
perspectiva agroecoloacutegica e razatildeo parte aeacutereasistema radicular Pelotas-
RS 2003
BIOFERTILIZANTES LIacuteQUIDOSADUBACcedilAO DE BASE
S Magro + MB4 +Urina + Calda Urina + Calda Testemunha
Bordalesa Bordalesa
de vermicomposto de vermicomposto de esterco de curral
de vermicomposto de vermicomposto de esterco de curral
de vermicomposto de vermicomposto de esterco de curral
de vermicomposto de vermicomposto de esterco de curral
1540 c A 1576 b B 2427 a A
Fitomassa fresca (g)----------------1502 c B 1517 b AB 1658 b A 1446 c C 2336 a B 2360 a B
--------------------Fitomassa seca (g)-------------------196 b A 207 ab A 170 b A170 b A 199 b A 192 b A 344 a A 249 a B 327 a A
Comprimento de raiz(cm)---------------1237 b A 1158 b A 1158 a A1237 b A 1060 c B 1040 b B1433 a A 1296 a B 1040 b C
30 t ha 45 t ha 60 t ha
30 t ha 45 t ha 60 t ha
30 t halsquo 45 t ha 60 t ha
30 t ha 45 t ha 60 t ha
30 t ha de vermicomposto 45 t ha de vermicomposto60 t ha~ de esterco de curral__________________________ _________________________Meacutedias seguidas pela mesma letra minuacutescula para as colunas (adubaccedilatildeo de base) e maiuacutesculas para as linhas (biofertilizantes) natildeo diferem entre si pelo teste de Duncan a 5
-----Razatildeo Parte AeacutereaSistema Radicular------340 b AB 301c B 384 a A446 a A 415 b A 326 a B339 b B 546 a A 388 a B
-------------- Densidade de raiz (m cm3)------------367 a AB 414 a A 325 b B282 b B 301b B 405 a A347 ab A 231c B 324 b A
Em relaccedilatildeo agraves adubaccedilotildees de base destacou-se o EC (60 t ha 1 de esterco de curral)
para as variaacuteveis FFR e FSR Quando adicionado o SM+U+CB os resultados para FFR
foram ainda melhores bem como o CR As respostas obtidas para a RPASR foram
variadas em relaccedilatildeo agraves adubaccedilotildees apresentando melhores resultados para 15 VB (45 t
ha 1 de vermicomposto)+SM+U+CB e ainda melhor para EC (60 t ha 1 de esterco de
curral)+MB4 +U+CB As adubaccedilotildees de base 1 VB 15 VB e EC natildeo diferiram entre si
As adubaccedilotildees mais eficientes para a variaacutevel DR foram 1 VB+SM+U+CV que natildeo
diferiu da EC+SM+U+CB I VB+ MB4 +U+CB e agrave 15 VB foram melhores entre as
demais
35
Analisando os biofertilizantes em relaccedilatildeo a cada adubaccedilatildeo de base verifica-se que
para a 1 VB (30 t ha 1 de vermicomposto)+SM+U+CB destaca-se a variaacutevel FFR
poreacutem sem diferenccedila significativa de 1 VB os melhpres resultados para a variaacutevel DR
foram encontrados pelo tratamento 1 VB+MB4 +U+CB e 15 VB (45 t ha 1 de
vermicomposto) tambeacutem se considera eficiente o 1 VB+SM+U+CB que natildeo diferiu do
EC (esterco de curral) Quando se utilizou 15 VB+ MB4 +U+CB houve resposta
significativa para a variaacutevel FFR para FSR as respostas natildeo foram diferentes com a
aplicaccedilatildeo dos biofertilizantes para as variaacuteveis FSR e DR as adubaccedilotildees EC e
EC+SM+U+CB natildeo diferiram entre si
Embora as respostas estatiacutesticas tenham sido diferentes para as adubaccedilotildees
combinadas ou natildeo pode-se salientar a importacircncia do aacutecido indol-aceacutetico como jaacute
citado anteriormente para as variaacuteveis avaliadas na parte aeacuterea das mudas de cebola
Respostas semelhantes nesse sentido foram encontradas para a cultura da alface por
Quijano (1999) e Morselli (2001)
Pereira et al (2002) concluiacuteram em trabalho realizado com a cultivar de cebola
CNPF1 6400 em Minas Gerais que a utilizaccedilatildeo de 20 t ha de esterco de curral
proporcionou os melhores resultados para a produccedilatildeo de cebola
Silva Juacutenior amp Giorgi (1992) e Menezes Juacutenior (1998) citam que doses elevadas
de mateacuteria orgacircnica podem prejudicar a primeira fase da germinaccedilatildeo (embebiccedilatildeo) e
absorccedilatildeo de aacutegua pelas raiacutezes das placircntulas No entanto no presente trabalho este fato
natildeo ocorreu embora a dose de esterco utilizada tenha sido de 60 t ha 1 (dose maacutexima
recomendada segundo Nolla 1982)
413 Anaacutelise de macronutrientes no tecido vegetal
Os resultados dos conteuacutedos de nitrogecircnio foacutesforo potaacutessio caacutelcio e magneacutesio no
tecido vegetal sob diferentes adubaccedilotildees encontrados na Tabela 3 indicam mais uma
vez a superioridade da adubaccedilatildeo esterco com 0 uso ou natildeo de biofertilizantes
36
TABELA 3 Conteuacutedos (mg planta1) de nitrogecircnio foacutesforo potaacutessio caacutelcio e
magneacutesio no tecido vegetal de mudas de cebola Petrolini cultivadas sob
uma perspectiva agroecoloacutegica Pelotas-RS 2003
BIOFERTILIZANTES LIacuteQUIDOS i J B
ADUBACcedilAtildeO S Magro + MB4 +DE BASE Urina + Calda Urina + Calda Testemunha
Bordalesa Bordalesamg plantas1
---- Nitrogecircnio-----30 t ha de vermicomposto 16593 c AB 15451 c B 19050 b A45 t ha de vermicomposto 21444 b A 22888 b A 17852 b B60 t ha de esterco de curral 32606 a C 37593 a B 40816 a A
--------------- ------ Foacutesforo------- -------------30 t ha de vermicomposto 3098 c B 2802 c B 3999 b A45 t ha de vermicomposto 4109 b A 4135 b A 2788 c B60 t ha de esterco de curral 5300 a B 7577 a A 7565 a A
------- Potaacutessio------30 t ha de vermicomposto 24327 c A 19900 c B 24965 b A45 t ha de vermicomposto 29113b A 29812 b A 22031 b B60 t ha de esterco de curral 44070 a B 51976 a A 54101 a A
-------- Caacutelcio-------30 t ha de vermicomposto 5027 c A 4356 c A 4834 b A45 t ha de vermicomposto 6114b A 6963 b A 4379 b B60 t ha de esterco de curral 9030 a C 11451 a A 10331 a B
------Magneacutesio-----30 t ha de vermicomposto 1188 b A 914 c A 1202 b A45 t ha de vermicomposto 1231 b B 1582 b A 1176 b B60 t ha de esterco de curral 2136a B 2443 a A 2663 a AMeacutedias seguidas pela mesma letra minuacutescula para as colunas (adubaccedilatildeo de base) e maiuacutesculas para as linhas (biofertilizantes) natildeo diferem entre si pelo teste de Duncan a
Em relaccedilatildeo agraves adubaccedilotildees de base observa-se que o melhor tratamento foi o
esterco de curral para todas as variaacuteveis Para 1 VB (30 t ha^ 1 de vermicomposto) natildeo
houve resposta diferenciada com o uso de bofertilizantes para todas as variaacuteveis A
adubaccedilatildeo 15 VB (45 t ha 1 de vemicomposto) foi influenciada pelos biofertilizantes
para as variaacuteveis N P K e Ca enquanto que para Mg somente o MB4+U+CB o
influenciou O EC (esterco de curral) mostrou diferenccedila significativa apenas para as
variaacuteveis Ca e Mg quando adicionado MB4+U+CB
Segundo Peixoto (2000) eacute fundamental a adiccedilatildeo de adubos orgacircnico no cultivo de
hortaliccedilas seja na forma de esterco decomposto composto ou huacutemus de minhoca de
37
modo a fornecer melhorias nas propriedades do solo vindo a disponibilizar os nutrientes
as diferentes culturas
O esterco fresco conteacutem muita cama celuloacutesica e um elevado teor de aacutegua No
esterco curtido a celulose jaacute estaacute decomposta o teor de aacutegua estaacute reduzido agrave metade e os
nutrientes em uma forma mais assimilaacutevel e mais concentrada O esterco fresco pode
causar uma deficiecircncia temporaacuteria de nitrogecircnio no solo ao se decompor o que natildeo
acontece com o biestabilizado (Kiehl 1985)Ocorre uma diminuiccedilatildeo inicial no volume
de aacutegua retido no esterco de curral diminui inicialmente em tomo de 3581 liberando
posteriormente somente 496 evidenciando a sua capacidade de retenccedilatildeo de aacutegua
(Menezes Juacutenior 1998)
A utilizaccedilatildeo continuada de adubos nitrogenados minerais no solo altera o balanccedilo
do nitrogecircnio entre o solo e planta No meacutetodo biodinacircmico eacute sublinhada a importacircncia
dos adubos animais para o estabelecimento da fertilidade permanente dos solos (Koeff
et al 1983)
Para Guimaratildees (1997) os benefiacutecios que a mateacuteria orgacircnica imprime ao solo
principalmente melhorando a produtividade fertilidade e a influencia que as substancias
huacutemicas exercem sobre o ambiente dependem da qualidade e do teor de mateacuteria
orgacircnica do solo Estas substacircncias por conterem nutrientes em sua constituiccedilatildeo em uma
forma mais disponiacutevel para as plantas promovem um equiliacutebrio no ambiente no solo
(Kononova 1966)
Aproximadamente de 60 a 70 do total de carbono do solo ocorre na forma de
materiais huacutemicos (Griffith amp Schnitzer 1975) sendo a eles atribuiacutedo a manutenccedilatildeo da
bioestrutura do solo aumentando a capacidade de retenccedilatildeo de aacutegua (Brady 1999)
Conforme Compagnoni amp Putzolu (1985) os estercos bem como os demais
resiacuteduos orgacircnicos apresentam conteuacutedos diferentes de aacutecidos huacutemicos e fuumllvicos sendo
atribuiacutedo ao acido huacutemico uma accedilatildeo fitoestimulante semelhante aos fitohormocircnios por
favorecer o desenvolvimento do sistema radicular e crescimento do caule
Em trabalho realizado por Guimaratildees (1997) foi encontrado para aacutecidos huacutemicos
de esterco bovino uma relaccedilatildeo CN 1035 e para vermicomposto bovino 17
evidenciando que o esterco quando aplicado ao solo por apresentar uma relaccedilatildeo CN
proacutexima deste reage mais facilmente liberando nutrientes para as plantas sem alterar a
cadeia troacutefiacuteca Dados encontrados no presente trabalho demonstram a eficiecircncia do
esterco nesse sentido
38
De acordo com Morselli (2001) vaacuterios trabalhos citam comentam e discutem a
capacidade dos vermicompostos em proporcionar oacutetimas colheitas e favorecer a
precocidade das plantas cultivadas Poreacutem muitas vezes se observa que mesmo
suprindo essas plantas com nutrientes necessaacuterios atraveacutes de huacutemus de diferentes fontes
as respostas natildeo satildeo as mesmas para uma mesma cultivar
Por outro lado os resultados com o uso de substacircncias huacutemicas satildeo variaacuteveis e
dependem aleacutem da espeacutecie testada das substacircncias huacutemicas utilizadas sua
concentraccedilatildeo o grau de purificaccedilatildeo e das condiccedilotildees experimentais A resposta das
plantas aos aacutecidos huacutemicos e fuacutelvicos eacute dependente da mateacuteria prima original e da
espeacutecie vegetal pois materiais orgacircnicos diferentes apresentam aacutecidos huacutemicos e
fuacutelvicos diferentes (Businelli 1990)
Justificam-se os maiores conteuacutedos de nitrogecircnio foacutesforo potaacutessio e caacutelcio nas
adubaccedilotildees 15 VB (45 t ha 1 de vermicomposto) e biofertilizantes devido
provavelmente ao vermicomposto utilizado apresentar na sua constituiccedilatildeo teores
consideraacuteveis destes elementos aleacutem do que os biofertilizantes possam ter influenciado
na absorccedilatildeo atraveacutes de sua constituiccedilatildeo Tibau (1984) considera que a urina de vaca eacute
rica em aacutecido indol-aceacutetico e este influencia na absorccedilatildeo radicular O efeito positivo
deste tratamento provavelmente seja devido agrave quantidade aplicada
O biofertilizante que se destacou foi o MB4+U+CB em relaccedilatildeo ao EC (esterco de
curral) e eacute somente para a variaacutevel caacutelcio Isto provavelmente seja devido ao alto teor
deste elemento encontrado na sua constituiccedilatildeo (6872 g Kg1) e pela influecircncia positiva
que a calda bordalesa exerce no metabolismo das plantas atraveacutes dos nutrientes
contidos em sua formulaccedilatildeo O Ca controla a absorccedilatildeo radicular e retorna ao solo pelo
esterco e palhas por apresentar-se em maior quantidade em folhas e caules Depois de
localizado nas folhas fica imoacutevel favorecendo a resistecircncia da planta ao ataque de
fungos
Este trabalho avanccedila no estudo da agroecologia estando claro que todos os
criteacuterios tem caraacuteter dinacircmico de adequaccedilatildeo as mudanccedilas de um sistema de produccedilatildeo
em evoluccedilatildeo contribuindo na transiccedilatildeo para um padratildeo sustentaacutevel Cabe a pesquisa a
reorientaccedilatildeo para um enfoque ldquosistecircmicordquo isto eacute que permita integrar os diversos
componentes de um agroecossistema e a adoccedilatildeo de poliacuteticas puacuteblicas que promovam 0
fortalecimento e a expansatildeo da agricultura familiar
39
5 CONCLUSOtildeES
Considerando os resultados obtidos e as condiccedilotildees em que o estudo foi realizado
conclui-se que
bull As respostas agronocircmicas das mudas de cebola para os paracircmetros avaliados
satildeo mais satisfatoacuterias com a aplicaccedilatildeo de esterco de curral como adubaccedilatildeo de
base
bull Os biofertilizantes mais urina de vaca e calda bordalesa proporcionam
respostas satisfatoacuterias quando aplicados associados agraves adubaccedilotildees de base
bull O biofertilizante MB4 mais urina de vaca e calda bordalesa eacute mais eficiente
que o super magro mais urina e calda bordalesa quando aplicado associado agrave
adubaccedilatildeo de base esterco de curral para os conteuacutedos de fitomassa secae
fresca da parte aeacuterea das plantas altura e diacircmetro de colo das mudas de
cebola
bull Os biofertilizantes adicionados agrave adubaccedilatildeo de base 45 t harsquo 1 de vermicomposto
bovino mostram respostas significativas para os conteuacutedos de fitomassa seca
bull Os maiores conteuacutedos nutricionais para as mudas de cebola satildeo
proporcionados pela adubaccedilatildeo de base esterco de curral
bull A maior absorccedilatildeo de caacutelcio pelas mudas de cebola ocorre quando da adiccedilatildeo do
biofertilizante MB4 mais urina e calda bordalesa agrave adubaccedilatildeo de base esterco de
curral
40
6 REFEREcircNCIAS BIBLIOGRAacuteFICAS
ALDRIGHI CB ABREU CM PAGLIA AG MORSELLI TBGA FERNANDES HS Efeito da aplicaccedilatildeo de biofertilizante e urina de vaca em mudas de tomateiro Horticultura Brasileira v20 n2 julho 2002 Suplemento 2
ALTIERI M NICHOLLS C I Agroecologia Teoria praacutectica para umaAgricultura Sustentable Ia ed PNUMA 2000 Cap 2 4 Seacuterie textos baacutesicos para la formacioacuten ambiental
ALTIERI M Agroecologia bases cientiacuteficas para uma agricultura sustentaacutevelGuaiacuteba Agropecuaacuteria 2002 592 p
ANTONIOLLI Z I GIRACCA E M N CARDOSO S J T WIETHAN M M S FERRI M Iniciaccedilatildeo agrave Minhocultura Criaccedilatildeo em Cativeiro e Vermicompostagem Santa Maria UFSM 1996 p59-89
BAYER C MIELNICZUC J Dinacircmica e funccedilatildeo da mateacuteria orgacircnica In SANTOS G de A S e CAMARGO F A de O (ed) Fundamentos da mateacuteria orgacircnica do solo ecossistemas tropicais e subtropicais Porto Alegre Genesis 1999 p 3-23
BARRETTO D X Composto Orgacircnico In Praacutetica em Agricultura Orgacircnica Satildeo Paulo iacutecone Ed Ltda 1985 p 51-63
BETTIOL W Alguns produtos alternativos para o controle de doenccedilas de plantasem agricultura orgacircnica II Ciclo de palestras sobre agricultura orgacircnica Instituto Bioloacutegico Satildeo Paulo p52-63 1997
41
BETTIOL W TRACH R GALVAtildeO JAH Controle de doenccedilas de plantas com biofertilizantes Jaguariuacutena EMBRAPA-CNPMA 1997 22p (EMBRAPA- CNPMA Circular Teacutecnica 02)
BRADY N C Natureza e propriedades dos sotos Rio de Janeiro Freitas BastosS A 1979 647p
BRADY N C Organisms and ecology of the soil In The nature of properties of soils Simon amp Schuster A Viacon Company New Jersey1999 402-489p
BON1LLA J A Fundamentos da Agricultura Ecoloacutegica Sobrevivecircncia eQualidade de Vida Satildeo Paulo Nobel 1992
BUREacuteS S Substratos Ediciones Agroteacutecnicas S L Madrid Octubre 1997
BUS1NELLI M Chemical Composition and Enzymic Activity of some Worm Cast Plant Soil v 80 p 1-2 1990
CALEGARI A Espeacutecies para cobertura de solo In IAPAR (Instituto Agronocircmico de Paranaacute) Plantio Direto pequena propriedade sustentaacutevel organizador Moacir Darolt Londrina - PR 1998 65-93
CAMARGO P N D Manual de Adubaccedilatildeo Foliar Satildeo Paulo Herba 1975
CAPRA F A Teia da Vida Satildeo Paulo Cultrix 1997 256p
CAPRA F O Ponto de Mutaccedilatildeo 22 ed Satildeo Paulo Cultrix 2001 447p
CHABOUSSOU F Plantas doentes pelo uso de agrotoacutexicos (A Teoria da Trofobiose) Porto Alegre LPM 1987 253 p
CLARO S A Referencias tecnoloacutegicos para a agricultura familiar ecoloacutegica aexperiecircncia da Regiatildeo Centro-Serra do Rio Grande do Sul Porto Alegre EMATERRS-ASCAR 2001 250p
CLIVELA G Diagnoacutestico Agronocircmico da cebola no Rio Grande do Sul Porto Alegre EMATERRS 1995 8 6 p
COMISSAtildeO DE FERTILIDADE DO SOLO - RSSC Recomendaccedilotildees de adubaccedilatildeo e calagem para os estados do Rio Grande do Sul e Santa Catarina 3 ed Passo Fundo SBCS - Nuacutecleo Regional Sul 1995 223p
COMPAGNONI L PUTZOLU G Cria moderna de Ias lombrices y utilizacioacutenrentable dei humus Barcelona Editorial de Vecchi- SA 1985127p
COSTABEBER J A MOYANO E Transiccedilatildeo agroecoloacutegica e accedilatildeo social coletiva Agroecologia e Desenvolvimento Rural Sustentaacutevel Porto Alegre v l n4 p 50- 60 outdez 2 0 0 0
42
COSTA M B B da Adubaccedilatildeo orgacircnica Nova siacutentese e novo caminho para aagricultura Satildeo Paulo Ed iacutecone Ltda 1985 102p
COSTA NETO C Agricultura Sustentaacutevel Tecnologias e Sociedade In CARVALHO COSTA LF et al (org) Mundo Rural e Tempo Presente Rio de Janeiro Mauad 1999
DrsquoAG0ST1NI R L FANTINI A C Produccedilatildeo orgacircnica tambeacutem socialmente excludente Agroecologia e Desenvolvimento Rural Sustentaacutevel Porto Alegre v3 n l p57-61 2002
DALPONTE J C V Utilizaccedilatildeo de materiais orgacircnicos e fertilizante mineral na produccedilatildeo e qualidade de mudas e bulbos de cebola (Alliurn Cepa L) Pelotas-RS 1990 (Mestrado em Agronomia) - Faculdade de Agronomia Eliseu Maciel UFPel 1990
DEBARBA J F THOMAZELLI L F GANDIN C L SILVA E Cadeias produtivas do Estado de Santa Catarina Cebola Florianoacutepolis Epagri 1998 115 p (EPAGRI Boletim Teacutecnico 96)
DUFOUR F Os saacutebios loucos do agro-alimentar Le Monde Diplomatique ano 1 n4 p6-7 1999 (ed portuguesa)
EHLERS E Agricultura Sustetaacutevel Origem e perspectivas de um novo paradigma 2 ed Guaiacuteba Agropecuaacuteria 1999 157 p
FILGUEIRA F A R Novo Manual de olericultura agrotecnologia moderna na produccedilatildeo e comercializaccedilatildeo de hortaliccedilas Viccedilosa UFV 2000 402 p
FRASER G K Mateacuteria Orgacircnica Del Suelo In BEAR F E (ed) Quiacutemica dei Suelo Madrid Ed Agrociencia 1963
FOLLET R H MURPHY L S DONAHUE R L Fertilizers and soil amendments New Jersey Printice-Hall Inc 1981 557p
GARCIA A Revista dei Espacio Rural Georgica Zaragoza Escuela Politeacutecnica de Huesca n5 1997
GARCIA A Versatildeo preliminar de um Programa Estadual de Produccedilatildeo e Comercializaccedilatildeo de Bulbos e Sementes de CebolaEMBRAPAIPAGROMARAEMATER 6 8 pbdquo 1990 (Publicaccedilatildeo avulsa)
GIORGETT1 J R Produccedilatildeo e Comercializaccedilatildeo de Mudas de Tomate In Encontro Nacional de Produccedilatildeo e Abastecimento de Tomate 2 1991 Jaboticabal Satildeo Paulo Anais Jaboticabal UNESP 1991 p 242-244
GLIESSMAN S R Agroecologia Processos ecoloacutegicos em agricultura sustentaacutevelPorto Alegre Universidade Federal do Rio Grande do Sul - UFRGS 2000 653p
43
GLIESSMAN S R TURRIALBA C R Agroecologia Procesos Ecoloacutegicos en Agricultura Sostenible CATIE 2002 p 3-14
GNOATTO S C Caracterizaccedilatildeo quiacutemica de vermicompostos de diferentes substratos orgacircnicos Pelotas-RS 1999 38 f (Mestrado em Agronomia - Solos) - Faculdade de Agronomia Eliseu Maciel UFPel 1999
GOMES J C C BORBA M F S A moderna crise dos alimentos oportunidade para a agricultura familiar Emater Porto Alegre julset 2000 Disponiacutevel em lthttpwwwematertchebrdocsagroecorevistan313-artigo3htmgtAcesso em 24 fev 2002
GOMEZ H W Desenvolvimento sustentaacutevel agriacutecola e capitalismo In Desenvolvimento sustentaacutevel Necessidade eou disponibilidade Santa Cruz do Sul Nobel - UNISC 1997 p 65-77
GONZAacuteLEZ DE MOLINA M SEVILLA GUZMAacuteN E Ecologia campesinado e historia Para una reinterpretacioacuten dei desarrollo dei capitalismo en la agricultura In SEVILLA GUZMAacuteN E GONZAacuteLEZ DE MOLINA M (ed) Ecologia campesinado e historia Madrid La Piqueta 1993 p 23-129
GRIFFITH S A SCHNITZER M Analytical characteristic of humic and fulvic acids extracted from tropical volcanic soils Soil Sei Soc Am Proc v 39 p361-367 1975
GUIMARAtildeES E Caracterizaccedilatildeo quiacutemica estreptoscoacutepica e por anaacutelise teacutermica de aacutecidos huacutemicos e vermicompostos obtidos de estercos de diferentes animaisCuritiba 1997 Dissertaccedilatildeo (Mestrado em Quiacutemica) Universidade Federal do Paranaacute 1997
HESS A F Sociedade e meio ambiente uma relaccedilatildeo ambiacutegua Revista Cientiacutefica Rural Bageacute v 4 n2 p 167-1741999
ICEPA-SC Informes conjunturais sobre a cultura da cebola Disponiacutevel em lthttpwwwicepa combrgt Acesso em 23 jan 2003
JONES H A MANN L K Onions and their allies New York Interscience Publishers 1962 286 p
JUacuteNIOR H A de MAIORANO J A Receitas obtidas de extratos de plantasCampinas CATITerra Viva [199-] 10 f
KHATOUNIAN C A Ciclo de Palestras sobre Agricultura Orgacircnica 2a Ed SatildeoPaulo Fund Cargill 1997 149 p
KIEHL E J Fertilizantes Orgacircnicos Satildeo Paulo Ed Agronocircmica Ceres Ltda 1985 492p
44
KOEFF H H PETTERSSON B D SHAUMANN W Vida Vegetal solos e adubaccedilatildeo In Agricultura Biodinacircmica Satildeo Paulo Nobel 1983 p92-149
KONONOVA M M Soil organic matter The importance o f organic matter in soil formation and soil fertility New York Pergamqn Press 1961 p 165-200
KUHN T A Estrutura das Revoluccedilotildees Cientiacuteficas Satildeo Paulo Perspectiva 1989 257p
LANNA FCA ABREU C L ABREU J G SILVA V Resposta de cultivares de melancia cultivadas sob adubaccedilatildeo quiacutemica e orgacircnica Horticultura v 12 n l p85 1994
LEFF H Saber Ambiental Petroacutepolis Vozes 2001 343 p
MAGALHAtildeES J R Nutriccedilatildeo e adubaccedilatildeo da cebola In FERREIRA M E CASSTELLANE P D CRUZ M C P Nutriccedilatildeo e adubaccedilatildeo de hortaliccedilasPiracicaba POTAFOS 1993 p 381-393
MALAVOLTA E Elementos de nutriccedilatildeo mineral de plantas Satildeo Paulo Ed Agronocircmica Ceres Ltda 1980 251 p
MALAVOLTA E Manual de Quiacutemica Agriacutecola - Adubos e Adubaccedilatildeo 3a ed SatildeoPaulo Ed Agronocircmica Ceres Ltda 1981 606 p
MARTINEZ A A A grande e Poderosa Minhoca Jaboticabal Funep - Unesp1990 101 p
MARTINS S R Desenvolvimento e Sustentabilidade Horticultura Brasileira Brasiacutelia-DF v20 n2 julho 2002 Palestra apresentada no 42deg Congresso Brasileiro de Olericultura
MARTINS S R Limites Del Desarrollo Sostenible em Ameacuterica Latina En el marco de Ias poliacuteticas de (re)ajuste econocircmico Pelotas Editora UFPel 1997 135 P-
MARTINS S R Sustentabilidade na agricultura dimensotildees econocircmicas sociais e ambientais Revista Cientiacutefica Rural Bageacute v4 n 2 p 175-1871999
MATURANA H REZEPKA S N D E Formaccedilatildeo Humana e Capacitaccedilatildeo Rio de Janneiro Vozes 2000 8 6 p
MELLO A F SOBRINHO M O ARZOLLA S SILVEIRA R NETTO A C KIEHL J C Fertilidade do Solo Satildeo Paulo Nobel 1983
MENEZES JUacuteNIOR F O G D Caracterizaccedilatildeo de Diferentes substratos hortiacutecolas e seu efeito na produccedilatildeo de mudas de alface e couve-flor em ambiente protegido Pelotas 1998 141 p Dissertaccedilatildeo (Mestrado em Agronomia - Produccedilatildeo Vegetal) - Faculdade de Agronomia Eliseu Maciel UFPel 1998
45
MIBASA Mineraccedilatildeo Barreto SA Melhorador de Solos MB4 A Natureza Agradece Arapiraca-AL [199-] Folder
MINAMI K Os resumos da olericultura 2000 In AZEVEDO FILHO MARTINEZ FILHO (ed) Preccedilos agriacutecolas Piracicaba ESALQ 1999 p 4
MINAMI K Produccedilatildeo de Mudas de Alta Qualidade em Horticultura Satildeo Paulo TA Queiroz 1995
MORSELLI T B G A Cultivo sucessivo de alface sob adubaccedilatildeo orgacircnica em ambiente protegidoPelotas 2001 178 p Tese (Doutorado em Agronomia - Produccedilatildeo Vegetal) Faculdade de Agronomia Eliseu Maciel UFPel 2001
MORSELLI T B G A Resiacuteduos orgacircnicos em sistemas agriacutecolas Poliacutegrafo da Disciplina de Resiacuteduos orgacircnicos em sistemas agriacutecolas Curso de Poacutes-Graduaccedilatildeo em Agronomia-Produccedilatildeo Vegetal UFPel 2002
MULLER AM Efeitos da Aplicaccedilatildeo Foliar de um Biofertilizante Enriquecido no Estado fitossanitaacuterio de Tomate Ervilha e Beterraba Sob Manejo OrgacircnicoDissertaccedilatildeo (Mestrado no Programa de Poacutes-Graduaccedilatildeo em Agroecossistemas)1999 (Resumo)
NOLLA D Erosatildeo do Solo - O grande desafio Estado do Rio Grande do Sul SEAGRI desenvolvimento de recursos naturais renovaacuteveis 1982 412 p
PAGLIA AG MORSELLI TBGA PEIL RMN Teores de nutrientes pH e condutividade eleacutetrica da aacutegua em sistema ldquofloat^ngrdquo sob adiccedilatildeo de biofertilizantes Horticultura Brasileira v 20 n2 julho 2002 Suplemento 2
PAULUS G MULLER A BARCELLOS LAR Agroecologia aplicada praticas e meacutetodos para uma agricultura de base ecoloacutegica 2ed ver ampl Porto Alegre EMATERRS 2001 8 6 p
PEIXOTO R T dos G Composto orgacircnico aplicaccedilotildees benefiacutecios e restriccedilotildees de uso Horticultura Brasileira Brasiacutelia-DF v 18 p 56-64 julho 2000
PENTEADO SR Defensivos Alternativos e Naturais Satildeo Paulo 1999 95 p
PEREIRA AJ SOUZA RJ PEREIRA WR Efeito de diferentes doses de esterco de galinha e de curral sobre a produccedilatildeo de cebola Horticultura Brasileira v20 n2 julho 2002 Suplemento 2
PINHEIRO S BARRETO SB MB-4 agricultura sustentaacutevel trofobiose e biofertilizantes Fundaccedilatildeo Juquira CandiruMibasa 2000 273 p
PRIMAVESI A Agricultura Sustentaacutevel Satildeo Paulo Nobel 1992 142 p
PRIMAVESI A O manejo ecoloacutegico do solo Agricultura em regiotildees tropicais SatildeoPaulo Nobel 1982 541 p
46
PURCINO A A C ldquoNitrogecircniordquo Informe Agropecuaacuterio Belo Horizonte v7 n81 p 16-27 1981
QUIJANO F G Efeito da adubaccedilatildeo orgacircnica no desenvolvimento de duas cultivares de alface em ambiente protegido Pelotas 1999 116f Dissertaccedilatildeo (Mestrado em Agronomia - Produccedilatildeo Vegetal) Faculdade de Agronomia Eliseu Maciel UFPel 1999
RODRIGUES A N N Efeitos e residuais de superfosfato triplo sobre o rendimento de mateacuteria seca e absorccedilatildeo de foacutesforo pela aveia (Avena strigosa Schob) em solo Podzoacutelico Vermelho Escuro Porto Alegre 1984 59f Dissertaccedilatildeo (Mestrado em Agronomia) - Faculdade de Agronomia UFRGS 1984
RODRIGUES E T CASALI V W D Respostas da alface agrave adubaccedilatildeo orgacircnica II Teores conteuacutedos e utilizaccedilatildeo de macronutrientes em cultivares Rev Ceres Viccedilosa v 45 n 261 p 437-449 1998
SAMINEcircS T C O Produccedilatildeo orgacircnica de alimentos Horticultura Brasileira Brasiacutelia-DF v 17 n3 novembro 1999
SCHIEDECK G Ambiecircncia e resposta agronocircmica de meloeiro (Cucumis melo L) cultivado sob adubaccedilatildeo orgacircnica em ambiente protegido Pelotas lOOp Tese (Doutorado em Agronomia - Produccedilatildeo Vegetal) - Faculdade de Agronomia Eliseu Maciel UFPel 2002
SILVA JUacuteNIOR A A GIORGI E Substratos alternativos para a produccedilatildeo de mudas de tomate Agropecuaacuteria Catarinense Florianoacutepolis EPAGRI 1992 23 p
SILVA JUacuteNIOR A A MACEDO S G STUKER H Utilizaccedilatildeo de esterco de peru na produccedilatildeo de mudas de tomateiro Florianoacutepolis EPAGRI 1995 28 p (Boletim Teacutecnico 73)
TAGLIARI PS GRASSMANN H Minhoca a grande aliada da agricultura Agropecuaacuteria Catarinense v8 n l p 11-14 mar 1995
TEDESCO M J GIANELLO C Anaacutelises de solo plantas e outros materiais Porto Alegre Faculdade de Agronomia Departamento de Solos Universidade Federal do Rio Grande do Sul RS 1996
TENNANT D A Test of modified line intersect method of estimating root lenght Journal Ecology Oxford v 63 p 995-1001 1975
TIBAU A O Mateacuteria Orgacircnica do Solo Mateacuteria Orgacircnica e Fertilidade do SoloSatildeo Paulo Nobel 1984 p49-182
TIMM P J Anaacutelise comparativa dos sistemas de plantio convencional e cultivo miacutenimo de cebola sob adubaccedilatildeo orgacircnica e mineral Pelotas 2000 79 p Dissertaccedilatildeo (Mestrado em Agronomia - Produccedilatildeo Vegetal) - Faculdade de Agronomia Eliseu Maciel UFPel 2000
47
VALENZUELA HR CROSBY C Effect of compost applications on the yield of several vegetables in long-term organic farming experiments conduced in the tropics American Society Horticultural Science v33 n3 june 1998
VIGLIZZO E (ed) Subprograma Recursos Naturais y Sostenibilidad Agriacutecola documento marco Montevideo IICAPROCISUR 1995 p 75 - 78
WE1D J M TARDIN J M Proposta para a Ampliaccedilatildeo do Trabalho da ASPTA no Centro Sul do Paranaacute ASPTA Disponiacutevel em http wwwpronafgovbrEncontrotestosAS20PTA20Sul20ParanE1205 202002doc Acesso em 05 mai 2002
XAVIER SIMOacuteN F DOMINGUES D G Desenvolvimento Rural Sustentaacutevel uma perspectiva agroecoloacutegica Agroecologia e Desenvolvimento Rural Sustentaacutevel Porto Alegre EM ATERRS v2 n2 p 17-26 2001
ZABALETA J P Diagnoacutestico da Agricultura Familiar em Satildeo Joseacute do Norte - RSPelotas EMBRAPA-CPACT 1998 75 p (EMBRAPA-CPACT Documentos 44)
ZONTA E P MACHADO A A SILVEIRA P Sanest Sistema de anaacutelise estatiacutestica para microcomputadores Registrado na Secretaria Especial de Informaacutetica sob nuacutemero 066060 - categoria A Pelotas-RS Universidade Federal de Pelotas 1984
48
7 APEcircNDICE
APEcircNDICE A - Anaacutelise da adubaccedilatildeo de base e biofertilizantes utilizados na produccedilatildeo de mudas de cebola
TABELA 1 A Anaacutelise baacutesica do solo antes da incorporaccedilatildeo do feijatildeo miuacutedo + papua
Arg
pH IND
SMP
MO
P - n r - Na Al Ca__10Omlmdash
Mg
ppm -
6 53 67 089 8 6 27 1 04 05 0 2
Fonte LASFAEMUFPel (2002)
TABELA 2A Anaacutelise complementar do solo antes da incorporaccedilatildeo do feijatildeo-miuacutedo + papua
Cobre Zinco Manganecircs Ferro
(m v1)
04 05 26 007
Fonte LASFAEMUFPel (2002)
49
TABELA 3A Anaacutelise dos fertilizantes soacutelidos
Amostra pH limidade CN
C N P K Ca Mg
- g-ivg --
Cama de 849 2491 12 31042 2479 3888 3405 29875 463
aves
Esterco 74 3594 11 677 590 157 134 335 214
de curral
Huacutemus 684 5738 14 15965 1098 453 745 743 361
Fonte LASFAEMUFPel (2002)
TABELA 4A Anaacutelise quiacutemica dos biofertilizantes liacutequidos
Amostra N P K_ccedil H
Ca Mg Cu Zn Fe Mn
mdashgL bull
S Magro
m b 4
Urina
053
1652
8 2 2
008
395
0 0 0
149
1674
471
1902
6872
0 0 0
1150
4507
1172
7273
42
033
101389
920
0 0 0
6250
19458
781
35273
1123
0 2 1
Fonte LASFAEMUFPel (2002)
50
APEcircNDICE B - Condiccedilotildees climaacuteticas do local
TABELA 1B Condiccedilotildees de temperatura do local
___________ __________TEMPERATURA (degCgt
meses Meacutedia
Maacutexima
Meacutedia
MiacutenimaMeacutedia
Maacutexima
Absoluta
Miacutenima
Absoluta
Junho 225 87 156 320 25
Julho 225 85 155 285 30
Agosto 251 71 161 360 1 0
Fonte FEPAGROSCT 2002
TABELA 2B Condiccedilotildees de chuva do local
mdash CHUVA (mm)mdash
meses Ocorrida Normal Desvio Da Normal
Junho 1080 1 1 0 -2 0
Julho 1062 98 8 2
Agosto 1283 1 2 0 83
Fonte FEPAGROSCT 2002
51
TABELA 1C Produccedilatildeo de fitomassa fresca e seca (g) da parte aeacuterea altura de planta
(cm) e diacircmetro de colo (mm) de mudas de cebola Petrolini cultivadas
sob uma perspectiva agroecoloacutegica Pelotas-RS 2003
APEcircNDICE C - Anaacutelise estatiacutestica da parte aeacuterea
Causas G1 FFPA FSPA AP DC
da variaccedilatildeo --------- Quadrados meacutedios-
Blocos 3
Ad Base 2 175359071 1287102 2547419 1 11775
Biofertilizantes 2 126876 29011 87669ns 02185ns
Ad x Biofert 4 572378 31123 69106ns 04159
Resiacuteduo 24 34456 03048 27169 00290
Total 35
Meacutedia geral 93745 8772 320388 6741
CV 1980 6294 5145 2530
Significativo a 5ns Natildeo significativo
52
TABELA 1D Produccedilatildeo de fitomassa fresca e seca (g) comprimento (cm) e densidade
de raiacutezes (m cm3) de mudas de cebola Petrolini cultivadas sob uma
perspectiva agroecoloacutegica e razatildeo parte aeacutereasistema radicular Pelotas-
RS 2003
APEcircNDICE D - Anaacutelise estatiacutestica da raiz
Causas G1 FFR FSR CR RPASR DR
da variaccedilatildeo Quadrados meacutedios---------------
Blocos 3
Ad Base 2 27874 551 623 2 1 0 140
Biofertilizantes 2 178 0 1 0 ni 1504 l03ns 038ns
Ad x Biofert 4 190 058 318 294 183
Resiacuteduo 24 005 009 028 023 0 2 1
Total 35
Meacutedia geral 1818 228 184 387 333
C V 134 1356 448 1253 1396
Significativo a 5 ns Natildeo significativo
53
APEcircNDICE E - Anaacutelise estatiacutestica dos macronutrientes da parte aeacuterea da cebola
TABELA 1E Conteuacutedos (mg planta1) de nitrogecircnio foacutesforo potaacutessio caacutelcio e
magneacutesio no tecido vegetal de mud^s de cebola Petrolini cultivadas
sob uma perspectiva agroecoloacutegica Pelotas-RS 2003
Causas G1 bull N P K Ca Mg
da variaccedilatildeo
Blocos 3
Ad Base 2 13550306 446627 25509686 1031806 59007
Biofertilizantes 2 180610ns 16564 68153ns 39006 876ns
Ad x Biofert 4 454187 45743 1047539 46950 2464
Resiacuteduo 24 29769 1453 64313 3741 439
Total 35
Meacutedia geral 24921 4597 33366 6943 1615
C V 692 829 760 880 1297
Significativo a 5 ns Natildeo significativo
APEcircNDICE F - Fotos do experimento
FIGURA 2 Mudas de cebola (Allium cepa L) produzidas sob uma perspectiva agroecoloacutegica
APEcircNDICE F a Fotos do experimento
FIGURA 1 Adubaccedilatildeo verde com feijatildeo-miuacutedo e papuatilde utilizadas no manejo do solo
FIGURA 2 Mudas de cebola (Allium cepa L) produzidas sob urna perspectiva agroecoloacutegica
16
de fatores internos (desordem fisioloacutegica estado nutricional etc) e externos (chuvas
orvalho nutriccedilatildeo do sistema radicular luz temperatura etc)
Para Chaboussou (1987) as plantas adquirem o maacuteximo de resistecircncia bioloacutegica
atraveacutes da nutriccedilatildeo (trofos) equilibrada Obviamente para que isto ocorra eacute necessaacuterio
que o solo esteja em equiliacutebrio dinacircmico o ambiente seja o mais estaacutevel e as plantas
selecionadas ou melhor adaptadas para poderem suportar as alteraccedilotildees extemporacircneas
ocasionadas pelos fenocircmenos meteoroloacutegicos e nas fases fonoloacutegicas criacuteticas do
crescimento e desenvolvimento (Pinheiro amp Barreto 2000)
O lixiviado das folhas enriquece as camadas superiores do solo e tende a
contrabalanccedilar as perdas de zonas mais profundas e mais distantes acumulando-os nas
suas proximidades tambeacutem influencia o nuacutemero e o comportamento dos
microrganismos que por sua vez alteram o processo de gecircnese do solo sua textura e
fertilidade A lixiviaccedilatildeo assim se toma importante no desenvolvimento da sucessatildeo
ecoloacutegica devido agrave ciclagem de elementos (Malavolta 1980)
Conforme Camargo (1975) a utilizaccedilatildeo de adubos foliares substitui parcialmente
a adubaccedilatildeo radicular em 20 a 25 podendo ser utilizada em varias pulverizaccedilotildees
24 Vermicompostagem
E o processo que consiste em se submeter diferentes resiacuteduos orgacircnicos de
origem animal eou vegetal aos processos fermentativos e humificaccedilatildeo adicionando
minhocas do gecircnero Eiseina espeacutecie foetida ao material procurando obter um produto
curado em aproximadamente 45 - 60 dias (Compagnoni amp Putzolu 1985)
A vermicompostagem firmou-se no Brasil como atividade rentaacutevel produzindo
adubo de alta qualidade na deacutecada de 90 Na agricultura brasileira contudo haacute
preferecircncia pelos adubos quiacutemicos em funccedilatildeo de sua aquisiccedilatildeo financiada menor custo
e retomo imediato embora o impacto de seu uso contiacutenuo sobre o solo e os
microorganismos que nele vivem seja negativo (Tagliari amp Grassmann 1995)
Segundo Morselli (2002) a vermicompostagem difere da compostagem
convencional dentre outros pocircr formar substacircncias huacutemicas mais rapidamente ao sofrer
passagem pelo trato digestivo das minhocas A alirdentaccedilatildeo destas satildeo basicamente os
estercos e a disponibilidade desta mateacuteria prima bem como de ambiente protegido para
proceder a compostagem correta deste material satildeo indispensaacuteveis
17
Segundo Kiehl (1985) e Martinez (1990) o vermicomposto apresenta as seguintes
vantagens em relaccedilatildeo a compostagem permite a formaccedilatildeo de um produto curado em
menor espaccedilo de tempo promove a formaccedilatildeo de um material com maior
disponibilidade de nutrientes facilita o peneiramento natildeo havendo a necessidade de
revolvimento do material oferece vaacuterias fontes de renda pois aleacutem do huacutemus fornece
minhocas e raccedilatildeo e quando aplicado ao solo tende a melhorar as propriedades fiacutesicas
quiacutemicas e bioloacutegicas
241 Resiacuteduos utilizados na vermicompostagem
2411 Resiacuteduos de origem animal
Segundo Bureacutes (1997) o esterco eacute uma mistura de fezes urina e camas que
podem estar constituiacutedas de palhas folhas secas serragem turfa casca de arroz e ateacute
terra Esse apresenta pH neutro e densidade que varia de 030 a 090 Kg dm3 segundo
seu estado de decomposiccedilatildeo Eacute influenciado por vaacuterios fatores como espeacutecie animal
raccedila idade alimentaccedilatildeo material utilizado como cama e tratamento da mateacuteria-prima
esterco (Kiehl 1985) Dentre os fatores apontados um dos mais importantes eacute a
alimentaccedilatildeo do animal quanto mais rica a alimentaccedilatildeo mais rica seraacute as dejeccedilotildees
(Gnoatto 1999) O volume de bacteacuterias vivas ou mortas encontradas no esterco
representam 20 a 30 do total delas se originam grande parte do nitrogecircnio sob a
forma de proteiacutena (Morselli 2002)
A origem do material utilizado para a produccedilatildeo de vermicomposto eacute fundamental
pois soacute uma mateacuteria-prima de qualidade resultaraacute em um produto final de boa qualidade
Dentre os estercos o de aves eacute empregado empiricamente na adubaccedilatildeo de culturas
permanente ou natildeo com excelentes resultados apesar de sua simples composiccedilatildeo
meacutedia 2 de nitrogecircnio 2 de foacutesforo como P2 0 5 e 1 de K2 0 Poreacutem haacute uma
grande variaccedilatildeo na sua constituiccedilatildeo a qual dependeraacute do manejo animal atraveacutes das
camas finalidade da criaccedilatildeo e natureza das camas (Morselli 2002)
2412 Resiacuteduos de origem vegetal
A mateacuteria orgacircnica pode ser preservada no solo por vaacuterios processos seja pela
simples incorporaccedilatildeo de resiacuteduos de culturas rotaccedilatildeo de culturas adubaccedilatildeo verde ou
18
pela adiccedilatildeo de materiais orgacircnicos capazes de elevar e manter a produtividade do solo
Da decomposiccedilatildeo dos resiacuteduos orgacircnicos adicionados ao solo resulta a liberaccedilatildeo de
grande quantidade de nutrientes principalmente o nitrogecircnio o potaacutessio e o enxofre
Aleacutem disso diversos atributos quiacutemicos e fiacutesicos do solo satildeo alterados pela
decomposiccedilatildeo desses resiacuteduos destacando-se o aumento da capacidade de troca de
caacutetions o aumento da retenccedilatildeo de aacutegua a melhoria da estabilidade dos agregados e da
aeraccedilatildeo (Fraser1963 Malavolta 1981 Mello et al 1983 Bonilla 1992)
Segundo Purcino (1981) quando a relaccedilatildeo CN eacute menor que 30 como no caso do
esterco de curral ou da palha de leguminosas a disponibilidade de nitrogecircnio eacute
imediata mas acima deste valor ocorre imobilizaccedilatildeo crescente deste nutriente Por esse
motivo estes materiais devem ser submetidos a uma degradaccedilatildeo bioloacutegica antes de
serem adicionados ao solo
25 Biofertilizantes
No Brasil ocorrem problemas crescentes com materiais derivados de sistemas
intensivos de criaccedilatildeo animal que acumulam resiacuteduo^ orgacircnicos com graves problemas
de contaminaccedilatildeo de cursos de aacutegua que na maioria das vezes se acumulam em um
uacutenico lugar e natildeo satildeo reciclados (Viglizzo 1995)
Visando amenizar tais situaccedilotildees os meacutetodos alternativos de adubaccedilatildeo controle de
doenccedilas pragas e plantas indesejaacuteveis tecircm sido muito estudado Dentro dessa linha de
pesquisa destaca-se o uso de mateacuteria orgacircnica atraveacutes tanto de sua incorporaccedilatildeo ao
solo como de sua transformaccedilatildeo para uso posterior na forma de biofertilizantes
(Khatounian 1997 Bettiol et al 1997)
Na complexa e elevada comunidade microbiana dos biofertilizantes encontram-se
bacteacuterias fungos leveduriformes filamentosos e actinomicetos (Bettiol apud Penteado
1999)
O agregado de macro e micronutrientes periodicamente ativa e enriquece a
fermentaccedilatildeo O uso de farinha de rocha tem sido vantajoso por ter baixo custo
comparado com os sais concentrados e purificados aleacutem de trazer alguns elementos
traccedilos de vital importacircncia para os microrganismos do solo como por exemplo o Gaacutelio
o Iodo e o Vanaacutedio (M1BASA 199-) O agregado de farinha de rocha ou sais
purificados ao fermentado faz com que estes nutrientes passem a fazer parte dos
microrganismos ou dos produtos orgacircnicos liberados durante a fermentaccedilatildeo sendo que
19
o ataque dos microrganismos atraveacutes de suas enzimas consegue liberar os elementos natildeo
atacados pelos aacutecidos industriais (Pinheiro amp Barreto 2000)
Os biofertilizantes tecircm sido empregados na agricultura ecoloacutegica como adubo
foliar para aumentar a resistecircncia contra pragas e doenccedilas Aleacutem disso o processo de
produccedilatildeo eacute bastante simples e por isso eacute viaacutevel sua produccedilatildeo na propriedade desde que
tenha esterco disponiacutevel (Penteado 1999)
Bettiol et al (1997) verificaram a presenccedila de diferentes espeacutecies de fungos
fiacutelamentosos e leveduriformes e bacteacuterias entre elas Bacillus spp na comunidade
microbiana do biofertilizante produzido segundo meacutetodo adotado pelo Centro de
Agricultura Ecoloacutegica Ipecirc Os autores verificaram ainda uma reduccedilatildeo da comunidade
microbiana ao longo da digestatildeo reduccedilatildeo essa mais acentuada logo apoacutes o acreacutescimo
dos sais contendo micronutrientes A accedilatildeo dos sais pode ser tanto por aumento na
pressatildeo osmoacutetica quanto pelo efeito direto sobre os microrganismos Para o controle de
doenccedilas de plantas satildeo importantes a presenccedila dos metaboacutelitos produzidos pelos
organismos presentes no biofertilizante e os proacuteprios microrganismos vivos
Os microrganismos transformam o material orgacircnico (esterco soro de leite caldo
de frutas palhas restos industriais etc) e cinzas produzindo vitaminas aacutecidos e sais
complexos importantes para regular e tonificar o metabolismo das plantas impedindo o
desenvolvimento de pragas e doenccedilas (Pinheiro amp Barreto 2000)
Em estudos feitos com o biofertilizante liacutequido de bovinos foi observado a
presenccedila de inuacutemeros microorganismos como bacteacuterias leveduras e bacilos
principalmente do Bacillus subtilis Estes microorganismos sintetizam substacircncias
antibioacuteticas as quais demonstram ter grande accedilatildeo e eficiecircncia como substacircncias
fungiostaacuteticas e bacteriostaacuteticas de fitopatoacutegenos causadores de danos em lavouras
comerciais (Penteado 1999)
Aldrighi et al (2002) realizaram trabalho na UFPel relacionado agrave nutriccedilatildeo de
mudas de tomate (Floradade) produzidas no sistema ldquofloatingrdquo Utilizaram-se doses de
0 2 5 e 10 para o biofertilizante Super Magro e 0 e 1 para a urina de vaca
Concluiacuteram que estes natildeo interferem na produccedilatildeo das mudas e que provavelmente foi
influenciado pelo substrato utilizado (vermicomposto 75 e casca de arroz carbonizada
25) bem como o sistema de produccedilatildeo (floating)
Paglia et al (2002) citam que eacute possiacutevel produzir mudas de tomate (cultivar
Floradede) utilizando urina de vaca e biofertilizante Super Magro na aacutegua em sistema
ldquofloatingrdquo em trabalho realizado na UFPel O uso da urina de vaca a 1 e 5 e
20
biofertilizante Super Magro a 6 proporcionam uma elevaccedilatildeo do foacutesforo bem como o
Super Magro a 6 eleva os teores de Mg e Ca na aacutegua
251 Urina de vaca
As urinas de vaca contecircm nutrientes favoraacuteveis ao bom desenvolvimento das
plantas como potaacutessio soacutedio nitrogecircnio enxofre magneacutesio caacutelcio foacutesforo e traccedilos de
outros elementos Nas plantas funciona como um fertilizante natural tomando-as mais
resistentes ao ataque das pragas e doenccedilas Satildeo encontradas tambeacutem na urina outras
substacircncias como fenoacuteis e principalmente o catecol que esta associado agrave recuperaccedilatildeo
de plantas atacadas por fitopatoacutegenos por ser um produto anti-seacuteptico (Penteado 1999)
Para seu emprego a urina receacutem coletada deve ser armazenada sob condiccedilotildees
ambientais por trecircs dias para que se forme amocircnio importante produto a ser absorvido
pelas plantas Recomenda-se ainda que o armazenamento deva ser feito em recipiente
fechado para que natildeo ocorram perdas de nitrogecircnio Desta forma poderaacute permanecer
por ateacute um ano sem comprometer sua eficiecircncia
Em hortaliccedilas o uso da urina de vaca eacute recomendado em pulverizaccedilotildees foliares
semanais na concentraccedilatildeo de 05 para tomateiro pimentatildeo pepino feijatildeo vagem e
couve ou quinzenais a 1 para as culturas do quiabeiro jiloeiro e berinjela Para
fruteiras em geral a primeira aplicaccedilatildeo deve ser na concentraccedilatildeo aproximada de 5
realizada diretamente no solo e mensalmente devem ser realizadas pulverizaccedilotildees
foliares a 1 para plantas jovens e a 5 para plantas adultas (Penteado 1999)
Na aplicaccedilatildeo foliar deve-se ter cuidado com folhas e brotos novos e considerar que
o uso contiacutenuo pode ser toacutexico podendo afetar o solo causando a sua acidificaccedilatildeo
(Penteado 1999)
Na Estaccedilatildeo Experimental da PESAGRO no municiacutepio de Macaeacute Rio de Janeiro
estaacute se utilizando a urina de vaca leiteira Os pesquisadores descobriram que a urina de
vaca em lactaccedilatildeo produzia o efeito de recuperar plantas de abacaxi atacadas por uma
doenccedila conhecida como ldquofusairioserdquo Essa doenccedila quando ataca o abacaxi causa
perdas de ateacute 70 da safra Todos os agrotoacutexicos testados natildeo conseguiram controlar a
doenccedila Isto eacute um exemplo para que a universidade tenha uma nova percepccedilatildeo (Capra
1996) adotando medidas efetivas que contribuam na transiccedilatildeo agroecoloacutegica Com o
uso da urina de vaca leiteira numa lavoura de abacaxi atacada pela fusariose observou-
se agrave recuperaccedilatildeo do stand e os frutos produzidos apresentaram excelente padratildeo
21
comercial Descobriu-se que aleacutem funcionar como adubo e defensivo natural a urina de
vaca leiteira tambeacutem favorece a floraccedilatildeo de muitas plantas e pode ser usada no
tratamento de frutos e tubeacuterculos depois da colheita
A urina de vaca em lactaccedilatildeo tambeacutem estaacute sendo usada nas lavouras de cafeacute em
plantaccedilotildees de maracujaacute coco alface e outras hortaliccedilas Na regiatildeo centro-sul do Paranaacute
os agricultores estatildeo aplicando a urina de vaca leiteira nas lavouras de feijatildeo soja
batata cebola e milho (Penteado 1999)
252 Alhol
A maioria dos defensivos alternativos tais como calda bordalesa sulfocaacutelcica
aacutegua de cinza e cal biofertilizante enriquecido extrato de fumo entre outros precisa
ser misturada com um espalhante adesivo para quebrar a tensatildeo superficial da gota e
propiciar um melhor molhamento das folhas e demais partes pulverizadas assegurando
uma absorccedilatildeo mais efetiva e uma melhor accedilatildeo sobre as pragas e doenccedilas Quando as
gotas permanecem inteiras sobre a superfiacutecie folhar devido agrave falta de espalhante
adesivo pode-se danificar os tecidos vegetais pelc efeito-lente quando o sol incide
sobre elas Aleacutem disso a gota por natildeo se espalhar sobre toda superfiacutecie folhar
concentra nela e consequumlentemente sobre o tecido que estaacute em contato com ela uma
quantidade maior do produto aplicado Essa maior concentraccedilatildeo pode prejudicar a
absorccedilatildeo e lesionar os tecidos principalmente apoacutes a evaporaccedilatildeo da aacutegua contida na
gota por resultar em uma maior concentraccedilatildeo de sais no local especialmente quando se
aplicam por exemplo calda sulfocaacutelcica bordalesa biofertilizante enriquecido com
macro e micronutrientes (Claro 2001)
O alhol eacute um espalhante adesivo ecoloacutegico que tambeacutem auxilia no controle de
pragas E elaborado com aacutegua alho oacuteleo vegetal e sabatildeo neutro a partir da sabedoria
popular que menciona o alho como repelente de insetos Juacutenior Abreu amp Maiorano
(199-) indicam formulaccedilotildees contendo alho para o controle de pragas como nematoacuteides
(Meloidogyne incoacutegnita e M javanica) mosca do chifre lagarta na maccedilatilde pulgotildees
besouro da batata trips e para controle de doenccedilas fuacutengicas e bacterianas como miacuteldio
ferrugem fusariose helminthosporiose murchadeira (Pseudonamos solacearum)
bruzone do arroz (Pyricularia orysae) podridatildeo negra do repolho e couve-flor
(Xanthomonas campestris) Aleacutem disso o alho pelo seu bom teor em oacuteleo pode agir
tambeacutem como espalhante adesivo O sabatildeo tambeacutem eacute indicado como espalhante adesivo
22
e possui accedilatildeo contra certas pragas (pulgotildees) sendo que o oacuteleo vegetal eacute indicado no
controle de cochonilhas e usado como espalhante adesivo (Claro 2001)
253 Calda Bordalesa
A calda bordalesa eacute um tradicional defensivo agriacutecola que pode ser preparado na
propriedade com a mistura de sulfato de cobre cal virgem e aacutegua As concentraccedilotildees de
sulfato de cobre e cal satildeo distintas dependendo do objetivo do seu emprego
Geralmente diferem de acordo com o tipo de planta ou espeacutecie vegetal as condiccedilotildees
climaacuteticas o grau de infestaccedilatildeo da doenccedila e a fase de crescimento da planta Eacute indicada
para o controle de miacuteldio alternaacuteria botrytis e antracnose (Penteado 1999)
A calda bordalesa caracteriza-se pela sua importante accedilatildeo no controle de diversas
doenccedilas fungicas nas mais diversas espeacutecies de culturas Possui tambeacutem uma relativa
accedilatildeo bactericida e em alguns casos age como repelente de insetos Da mistura do
sulfato de cobre com a cal resulta uma soluccedilatildeo rica em macronutrientes e
micronutrientes Provavelmente os expressivos resultados obtidos com a aplicaccedilatildeo da
calda bordalesa devam-se natildeo somente a sua accedilatildeo fuacutengica e bactericida mas sobretudo
agrave influecircncia positiva que exerce no metabolismo das plantas ativando o processo
enzimaacutetico e estimulando a proteossiacutentese aumentando a resistecircncia das plantas (Claro
2 0 0 1 ) caracteriacutestica fundamental na agricultura sustentaacutevel
254 Biofertilizante Super Magro
A calda Super Magro eacute produto da fermentaccedilatildeo de estercos animais enriquecidos
por micronutrientes e outros produtos de origem animal obtendo-se uma calda
biofertilizante para aplicaccedilatildeo foliar nas plantas (Penteado 1999) jaacute foram observados
bons resultados principalmente nas culturas de uva maccedila pecircssego tomate batata e
hortaliccedilas em geral
E indicado como fonte suplementar de micronutrientes para as plantas inibidor
de fungos e bacteacuterias causadores de doenccedilas e para aumentar a resistecircncia contra insetos
e aacutecaros (Penteado 1999) i
Muller (1999) avaliou a influecircncia do biofertilizante Super Magro sobre as
culturas de tomate (Lycopersicon esculentum Mill) ervilha (Pisum sativum L) e
beterraba (Beta vulgaris L) O autor obteve cultivos com baixa severidade de doenccedilas e
23
insetos fitoacutefagos possivelmente por causa do manejo orgacircnico de produccedilatildeo Os
resultados das pulverizaccedilotildees das soluccedilotildees foliares variaram conforme a cultura e o
clima
255 Biofertilizante MB4
A utilizaccedilatildeo das farinhas de rochas eacute uma das teacutecnicas mais modernas usadas nos
uacuteltimos anos na agricultura O elevado nuacutemero de nutrientes contidos no MB4 como
cobre zinco manganecircs cobalto soacutedio alumiacutenio silicatos de magneacutesio ferro e caacutelcio
acompanhado de foacutesforo potaacutessio e enxofre reagem com a soluccedilatildeo do solo liberando
elementos essenciais ao desenvolvimento da vida microbiana os quais exercem um
papel fundamental atraveacutes de transformaccedilotildees quiacutemicas e do equiliacutebrio bioloacutegico
favorecendo o desenvolvimento sadio das plantas (Pinheiro amp Barreto 2000)
24
3 MATERIAL E MEacuteTODOS
31 Local de execuccedilatildeo do experimento
O presente trabalho foi conduzido no Centro de Pesquisa da Regiatildeo Sul
(FEPAGROSUL) no municiacutepio de Rio Grande nlt periacuteodo de 15 de maio a 26 de
agosto de 2 0 0 2
O solo eacute classificado como ldquoTuiardquo satildeo muito arenosos As massas aquaacuteticas do
Oceano Atlacircntico e Lagoa dos Patos influenciam ventos temperatura pressatildeo umidade
relativa e demais fatores climaacuteticos A topografia da regiatildeo litoracircnea eacute plana com
lenccediloacuteis freaacuteticos superficiais
32 Anaacutelise estatiacutestica
O experimento foi constituiacutedo em fatorial 3X3 (Quadro 1) com quatro repeticcedilotildees
no delineamento blocos ao acaso As variaacuteveis respostas foram submetidas agrave anaacutelise de
variaccedilatildeo e ao teste de Duncan a 5 de probabilidade para comparaccedilatildeo das meacutedias
utilizando-se o sistema SANEST (Zonta amp Machado 1984)
As anaacutelises estatiacutesticas das variaacuteveis estudadas encontram-se nos Apecircndices C D
Os resultados das respostas agronocircmicas e das determinaccedilotildees dos conteuacutedos dos
macronutrientes bem como os de raiz estatildeo nas tabelas de 1 a 3
25
As diferentes adubaccedilotildees seratildeo representadas durante a discussatildeo da seguinte
forma 1 VB (30 t ha 1 de vermicomposto) 15 VB (45 t ha 1 de vermicomposto) e EC
(60 t ha 1 de esterco de curral) 1 VB+SM+U+CB (30 t ha 1 de vermicomposto mais
super magro mais urina de vaca mais calda bordalesa) 15 VB+SM+U+CB (45 t ha 1 de
vermicomposto mais super magro mais urina de vaca mais calda bordalesa)
EC+SM+U+CB (60 t ha 1 de esterco de curral mais super magro mais urina de vaca
mais calda bordalesa) 1 VB+MB4 +U+CB (30 t ha 1 de vermicomposto mais MB4 mais
urina de vaca mais calda bordalesa) 15 VB+MB4 +U+CB (45 t ha 1 de vermicomposto
mais MB4 mais urina de vaca mais calda bordalesa) EC+MB4 +U+CB (60 t ha 1 esterco
de curral mais MB4 mais urina de vaca mais calda bordalesa)
QUADRO 1 Descriccedilatildeo dos fatores experimentais e respectivos niacuteveis
Niacuteveis Fator 1 ADUBACcedilAtildeO DE BASE
0 1 Vermicomposto (30 t ha1)
0 2 Vermicomposto (45 t ha1)
03 Esterco de curral (60 t ha1)
Niacuteveis Fator 2 BIOFERTILIZANTES LIacuteQUIDOS
0 1 Super magro (5) + Urina de Vaca + Calda Bordalesa
0 2 MB4 (10) + Urina de vaca + Calda Bordalesa
03 Ausecircncia (testemunha)
33 Tratamentos
Da combinaccedilatildeo entre niacuteveis e fatores foram obtidos 9 tratamentos que estatildeo
descritos no Quadro 2 bem como as doses de adubaccedilatildeo utilizadas no experimento
26
QUADRO 2 Tratamentos e doses de adubaccedilatildeo utilizadas no experimento
TRATAMENTOS
Ndeg FATOR I FATOR II
0 1 30 t ha de vermicomposto Super magro 5 Urina de vaca Calda Bordalesa
0 2 30 t harsquo de vermicomposto MB4 10 Urina de vaca Calda Bordalesa
03 30 t ha de vermicomposto - - -
04 45 t ha de vermicomposto Super magro 5 Urina de vaca Calda Bordalesa
05 45 t ha de vermicomposto MB4 10 Urina de vaca Calda Bordalesa
06 45 t ha de vermicomposto - - -
07 60 t hade esterco Super Magro 5 Urina de vaca Calda Bordalesa
08 60 t hade esterco MB4 10 Urina de vaca Calda Bordalesa
09 60 t hade esterco - - -
Cada parcela foi constituiacuteda por dois canteiros medindo 1 m de largura x 2 m de
comprimento perfazendo 075 m de aacuterea de aacuterea uacutetil (025 m de bordadura) Foi
utilizando semeadura a lanccedilo com densidade de 24 g canteiro1
O vermicomposto a urina de vaca o esterco de curral o alhol os biofertilizantes e
a calda bordalesa foram de procedecircncia do Centro de Pesquisa da Regiatildeo Sul O
vermicomposto de esterco bovino misturado agraves cascas de frutas foi processado pela
minhoca vermelha califomiana Eisenia foetida)
O biofertilizante Super Magro foi elaborado segundo a metodologia descrita pela
FEPAGROSUL utilizando-se os seguintes componentes 190 litros de aacutegua 22 litros
de leite 55 Kg de accediluacutecar mascavo 30 Kg de esterco fresco de bovinos 2 Kg de
Sulfato de zinco 2 Kg de sulfato de magneacutesio 2 Kg de cloreto de caacutelcio 1 Kg de aacutecido
boacuterico 300 g de sulfato de cobre 300 g de sulfato de ferro 300 g de sulfato de
manganecircs 100 g de molibdato de soacutedio 50 g de sulfato de cobalto 3 Kg de fosfato
natural 3 Kg de cinza e 200 g de farinha de osso
A urina de vaca em lactaccedilatildeo foi coletada pela manhatilde e armazenada em recipiente
fechado por trecircs dias em condiccedilotildees ambientais para que se formasse a amocircnia e natildeo
ocorresse perda de nitrogecircnio
28
Realizaram-se duas capinas manuais durante o experimento e em seguida como
cobertura se colocou casca de arroz Tambeacutem foi aplicado esterco de aves 30 dias antes
da colheita na quantidade de 05 Kg canteiro 1 como adubaccedilatildeo de cobertura
As pulverizaccedilotildees com os produtos iniciaram apoacutes 15 dias da germinaccedilatildeo
Realizou-se sete aplicaccedilotildees sendo que as duas primeiras foram feitas apenas com
Super Magro e MB4 Na terceira e na quarta aplicaccedilatildeo utilizou-se urina de vaca e calda
bordalesa em concentraccedilotildees menores (05 e 025 respectivamente) e na quinta
aplicaccedilatildeo as dosagens de urina de vaca e calda bordalesa foram elevadas para 1 0 e
05 respectivamente ateacute o final do experimento O alhol foi utilizado a partir da
terceira pulverizaccedilatildeo na quantidade de 2 e seguiu ateacute o final no dia 26 de agosto
quando as mudas foram colhidas e posteriormente analisadas as variaacuteveis
35 Observaccedilotildees agronocircmicas
Foram utilizadas 20 mudas de cebola para obtenccedilatildeo das meacutedias das variaacuteveis as
quais foram as seguintes
351 Fitomassa fresca da parte aeacuterea e raiacutezes
Foi realizada atraveacutes de uma balanccedila digital procedendo-se a pesagem de 20
mudas de cebola previamente lavadas e posteriormente secadas durante uma hora sobre
um tecido de algodatildeo agrave temperatura ambiente Processo idecircntico foi adotado com as
raiacutezes
352 Fitomassa seca da parte aeacuterea e raiacutezes
Esta variaacutevel foi obtida a partir da secagem preliminar em estufa de ar forccedilado
durante 48 horas a 65 C ateacute peso constante com posterior pesagem em balanccedila
analiacutetica
353 Altura da muda
A altura de muda foi medida a partir do colo das plantas ateacute sua uacuteltima folha
(ponto de crescimento) com uma reacutegua graduada de 40 cm
29
354 Diacircmetro do colo das plantas
Esta medida foi realizada no ponto de transplante a 2 mm das raiacutezes e utilizando-
se um paquiacutemetro SOMET
355 Sistema radicular
Ao teacutermino do experimento foram retiradas as raiacutezes das mesmas plantas que foram
utilizadas para as determinaccedilotildees realizadas na parte aeacuterea procedendo-se uma amostra
de solo com raiacutezes de 2 0 cm de largura x 2 0 cm de comprimento e 2 0 cm de altura
totalizando 8000 cm3
As raiacutezes apoacutes serem lavadas em aacutegua corrente foram pesadas acondicionadas em
sacos plaacutesticos e congeladas para posteriores anaacutelises pelo meacutetodo de Tennant (1975)
para a determinaccedilatildeo do comprimento e densidade
3551 Comprimento de raiz
Utilizou-se para a determinaccedilatildeo do comprimento de raiz as seguintes foacutermulas
1 = ndeg x 1114 x 1 onde
1 - comprimento de raiz de uma amostra uacutemida de 0 0 2 g
ndeg - nuacutemero de intercessotildees das raiacutezes com os lados da quadriacutecula da malha do
aparelho
1114 - constante
1 - medida lateral da quadriacutecula em cm
Tomando-se a fiacutetomassa seca e o comprimento da raiz da cada amostra
relacionou-se com a fiacutetomassa seca e o comprimento total da raiz da planta aplicando-
se a seguinte equaccedilatildeo
L = (FSR x 1) FSPA onde
L - comprimento total da raiz da planta (m)
FSR - fiacutetomassa seca de raiz
FSPA - fiacutetomassa seca da parte aeacuterea
L - comprimento de raiz de uma amostra uacutemida de 002g
3552 Densidade de raiz
A densidade foi determinada pela foacutermula
D = L 8000 onde
D - densidade de raiacutezes (m cm3)
30
L - comprimento total de raiacutezes (m)
8 0 0 0 - volume da amostra (cm3)
3553 Razatildeo parte aeacutereasistema radicular
Este paracircmetro foi obtido pela equaccedilatildeo
RPASR = FSPA FSR onde
RPASR - razatildeo parte aeacuterea sistema radicular
FSPA - fitomassa seca da parte aeacuterea
FSR - fitomassa seca do sistema radicular
36 Determinaccedilatildeo de macronutrientes no tecido vegetal
Os macronutrientes nitrogecircnio foacutesforo potaacutessio caacutelcio e magneacutesio foram
determinados no laboratoacuterio de Fertilidade e Anaacutelise de Plantas do Departamento de
Solos da UFPel atraveacutes dos meacutetodos descritos por Tedesco amp Gianello (1996)
31
4 RESULTADOS E DISCUSSAtildeO
41 Anaacutelise das variaacuteveis
A anaacutelise da variaccedilatildeo mostrou que houve diferenccedila significativa na interaccedilatildeo entre
os fatores de adubaccedilatildeo de base e biofertilizantes liacutequidos com exceccedilatildeo da variaacutevel altura
de planta para a qual somente a adubaccedilatildeo de base mostrou-se significativa (Apecircndices
C D e E Tabelas 1C 1D e 1E)
411 Anaacutelise da parte aeacuterea
Na Tabela 1 destacaram-se as adubaccedilotildees EC+SM+U+CB EC+MB4 +U+CB e EC
que diferiram significativamente das demais adubaccedilotildees para as variaacuteveis fiacutetomassa
fresca da parte aeacuterea (FFPA) fiacutetomassa seca da parte aeacuterea (FSPA) altura de planta
(AP) e diacircmetro do colo (DC)
32
TABELA 1 Produccedilatildeo de fitomassa fresca e seca (g) da parte aeacuterea altura de planta
(cm) e diacircmetro de colo (mm) de mudas de cebola Petrolini cultivadas
sob uma perspectiva agroecoloacutegica Pelotas-RS 2003
BIOFERTILIZANTES LIacuteQUIDOSADUBACcedilAtildeO S Magro + MB4 +DE BASE Urina + Calda Urina + Calda Testemunha
Bordalesa Bordalesa
30 t ha de vermicomposto 7015 c A45 t halsquo de vermicomposto 7824 b B60 t ha de esterco de curral 12248 a C
30 t ha de vermicomposto 667 c A45 t ha de vermicomposto 752 b A60 t ha de esterco de curral 1150a C
30 t ha de vermicomposto 2975 b A45 t harsquo de vermicomposto 2775 b A60 t ha de esterco de curral 3600 a B
30 t ha de vermicomposto 631 b A45 t ha de vermicomposto 6 2 2 b B60 t ha de esterco de curral 741 a C
-Fitomassa fresca (g)----------------6270 c B 6885 b A8832 b A 6308 c C
15082 a A 13934 a BmdashFitomassa seca (g)----------------
625 c A 655 b A830 b A 607 b B
1345 a A 1262 a B-Altura de planta (cm)----------------
2950 b A 3050 b A2937 b A 2950 b A 3975 a A 3622 a B
-Diacircmetro de colo (mm)---------------592 c B 599 b B 657 b A 609 b B 819a A________ 793a B
Meacutedias seguidas pela mesma letra minuacutescula para as colunas (adubaccedilatildeo de base) e maiuacutesculas para as linhas (biofertilizantes) natildeo diferem entre si pelo teste de Duncan a 5
O efeito positivo do esterco bovino pode ser atribuiacutedo agraves melhorias nas condiccedilotildees
fiacutesicas do solo por ele proporcionado Segundo Primavesi (1982) e Compagnoni amp
Putzolu (1985) o esterco bovino apresenta propriedades condicionadoras do solo dando
agraves plantas melhores condiccedilotildees de desenvolvimento elevando sobremaneira os
conteuacutedos de fitomassa fresca das plantas que refletiratildeo nas demais respostas
agronocircmicas
Analisando as adubaccedilotildees de base em relaccedilatildeo aos biofertilizantes observa-se que
para os tratamentos 1 VB (30 t ha 1 de vermicomposto) - natildeo houve influecircncia dos
biofertilizantes para as variaacuteveis FSPA e AP enquanto destacou-se o SM+U+CB para o
DC e SM+U+CB e ausecircncia da adubaccedilatildeo liacutequida para a FFPA mostrando que o uso
dos biofertilizantes natildeo influenciou esta variaacutevel 15 VB (45 t ha 1 de vermicomposto) -
verificou-se a eficiecircncia do uso do MB4 +U+CB para as variaacuteveis FFPA e DC Para a
variaacutevel FSPA destacaram-se os dois biofertilizantes utilizados jaacute para AP natildeo houve
33
influecircncia destes EC (60 t ha 1 de esterco de curral) - em todas as variaacuteveis observadas
na tabela 5 as respostas foram significativas utilizando MB4 +U+CB
As respostas encontradas no presente trabalho para as variaacuteveis AP e FSPA foram
superiores as obtidas por Dalponte (1990) quando utilizado 0 esterco de curral para
produccedilatildeo de mudas de cebola
Segundo Filgueira (2000) os solos da regiatildeo produtora de cebola do RS satildeo
pobres em foacutesforo disponiacutevel (15 mg Kg1) necessitando portanto de adubaccedilotildees
fosfatadas elevadas As respostas aqui obtidas podem ser justificadas pelos teores de
foacutesforo contido no MB4
Follet et al (1981) citam a importacircncia do uso de compostos orgacircnicos no solo
enfatizando os estercos no sentido da decomposiccedilatildeo continuada no fornecimento de
nutrientes e na liberaccedilatildeo lenta e gradual de aacutecidos orgacircnicos influenciando a liberaccedilatildeo
do foacutesforo O que provavelmente pode ser atribuiacutedo agraves respostas encontradas no
presente trabalho para 0 tratamento Esterco de curral mais MB4 e Urina mais Calda
Bordalesa
E importante destacar que 0 sistema de produccedilatildeo de mudas de cebola sob uma
perspectiva agroecoloacutegica mostra-se eficiente quando visualmente natildeo percebe-se
diferenccedila significativa entre os tratamentos (Apecircndice F Figura 2)
Conveacutem ressaltar que quando trabalhamos com agroecologia natildeo existem
receitas nem pacotes tecnoloacutegicos prontos Cada situaccedilatildeo deveraacute ser estudada em
particular para que se faccedila recomendaccedilotildees adequadas ao ambiente local uma vez que
as plantas se adaptam ao meio estando a nutriccedilatildeo encarregada de proteger e manter o
equiliacutebrio do organismo vegetal em funccedilatildeo das alteraccedilotildees externas
E fundamental que se compreenda os princiacutepios norteadores de todo o processo
que satildeo as bases da luta por uma sociedade mais justa dentro de um mundo econocircmico e
ambientalmente mais sustentaacutevel
412 Anaacutelise do sistema radicular
Os resultados obtidos nas anaacutelises do sistema radicular (Tabela 2) mostram
diferenccedilas significativas entre as adubaccedilotildees para as variaacuteveis fitomassa fresca de raiz
(FFR) fitomassa seca de raiz (FSR) comprimento de raiz (CR) razatildeo parte
aeacutereasistema radicular (RPASR) e densidade de raiz (DR)
34
TABELA 2 Produccedilatildeo de fitomassa fresca e seca (g) comprimento (cm) e densidade de
raiacutezes (m cm3) de mudas de cebola Petrolini cultivadas sob uma
perspectiva agroecoloacutegica e razatildeo parte aeacutereasistema radicular Pelotas-
RS 2003
BIOFERTILIZANTES LIacuteQUIDOSADUBACcedilAO DE BASE
S Magro + MB4 +Urina + Calda Urina + Calda Testemunha
Bordalesa Bordalesa
de vermicomposto de vermicomposto de esterco de curral
de vermicomposto de vermicomposto de esterco de curral
de vermicomposto de vermicomposto de esterco de curral
de vermicomposto de vermicomposto de esterco de curral
1540 c A 1576 b B 2427 a A
Fitomassa fresca (g)----------------1502 c B 1517 b AB 1658 b A 1446 c C 2336 a B 2360 a B
--------------------Fitomassa seca (g)-------------------196 b A 207 ab A 170 b A170 b A 199 b A 192 b A 344 a A 249 a B 327 a A
Comprimento de raiz(cm)---------------1237 b A 1158 b A 1158 a A1237 b A 1060 c B 1040 b B1433 a A 1296 a B 1040 b C
30 t ha 45 t ha 60 t ha
30 t ha 45 t ha 60 t ha
30 t halsquo 45 t ha 60 t ha
30 t ha 45 t ha 60 t ha
30 t ha de vermicomposto 45 t ha de vermicomposto60 t ha~ de esterco de curral__________________________ _________________________Meacutedias seguidas pela mesma letra minuacutescula para as colunas (adubaccedilatildeo de base) e maiuacutesculas para as linhas (biofertilizantes) natildeo diferem entre si pelo teste de Duncan a 5
-----Razatildeo Parte AeacutereaSistema Radicular------340 b AB 301c B 384 a A446 a A 415 b A 326 a B339 b B 546 a A 388 a B
-------------- Densidade de raiz (m cm3)------------367 a AB 414 a A 325 b B282 b B 301b B 405 a A347 ab A 231c B 324 b A
Em relaccedilatildeo agraves adubaccedilotildees de base destacou-se o EC (60 t ha 1 de esterco de curral)
para as variaacuteveis FFR e FSR Quando adicionado o SM+U+CB os resultados para FFR
foram ainda melhores bem como o CR As respostas obtidas para a RPASR foram
variadas em relaccedilatildeo agraves adubaccedilotildees apresentando melhores resultados para 15 VB (45 t
ha 1 de vermicomposto)+SM+U+CB e ainda melhor para EC (60 t ha 1 de esterco de
curral)+MB4 +U+CB As adubaccedilotildees de base 1 VB 15 VB e EC natildeo diferiram entre si
As adubaccedilotildees mais eficientes para a variaacutevel DR foram 1 VB+SM+U+CV que natildeo
diferiu da EC+SM+U+CB I VB+ MB4 +U+CB e agrave 15 VB foram melhores entre as
demais
35
Analisando os biofertilizantes em relaccedilatildeo a cada adubaccedilatildeo de base verifica-se que
para a 1 VB (30 t ha 1 de vermicomposto)+SM+U+CB destaca-se a variaacutevel FFR
poreacutem sem diferenccedila significativa de 1 VB os melhpres resultados para a variaacutevel DR
foram encontrados pelo tratamento 1 VB+MB4 +U+CB e 15 VB (45 t ha 1 de
vermicomposto) tambeacutem se considera eficiente o 1 VB+SM+U+CB que natildeo diferiu do
EC (esterco de curral) Quando se utilizou 15 VB+ MB4 +U+CB houve resposta
significativa para a variaacutevel FFR para FSR as respostas natildeo foram diferentes com a
aplicaccedilatildeo dos biofertilizantes para as variaacuteveis FSR e DR as adubaccedilotildees EC e
EC+SM+U+CB natildeo diferiram entre si
Embora as respostas estatiacutesticas tenham sido diferentes para as adubaccedilotildees
combinadas ou natildeo pode-se salientar a importacircncia do aacutecido indol-aceacutetico como jaacute
citado anteriormente para as variaacuteveis avaliadas na parte aeacuterea das mudas de cebola
Respostas semelhantes nesse sentido foram encontradas para a cultura da alface por
Quijano (1999) e Morselli (2001)
Pereira et al (2002) concluiacuteram em trabalho realizado com a cultivar de cebola
CNPF1 6400 em Minas Gerais que a utilizaccedilatildeo de 20 t ha de esterco de curral
proporcionou os melhores resultados para a produccedilatildeo de cebola
Silva Juacutenior amp Giorgi (1992) e Menezes Juacutenior (1998) citam que doses elevadas
de mateacuteria orgacircnica podem prejudicar a primeira fase da germinaccedilatildeo (embebiccedilatildeo) e
absorccedilatildeo de aacutegua pelas raiacutezes das placircntulas No entanto no presente trabalho este fato
natildeo ocorreu embora a dose de esterco utilizada tenha sido de 60 t ha 1 (dose maacutexima
recomendada segundo Nolla 1982)
413 Anaacutelise de macronutrientes no tecido vegetal
Os resultados dos conteuacutedos de nitrogecircnio foacutesforo potaacutessio caacutelcio e magneacutesio no
tecido vegetal sob diferentes adubaccedilotildees encontrados na Tabela 3 indicam mais uma
vez a superioridade da adubaccedilatildeo esterco com 0 uso ou natildeo de biofertilizantes
36
TABELA 3 Conteuacutedos (mg planta1) de nitrogecircnio foacutesforo potaacutessio caacutelcio e
magneacutesio no tecido vegetal de mudas de cebola Petrolini cultivadas sob
uma perspectiva agroecoloacutegica Pelotas-RS 2003
BIOFERTILIZANTES LIacuteQUIDOS i J B
ADUBACcedilAtildeO S Magro + MB4 +DE BASE Urina + Calda Urina + Calda Testemunha
Bordalesa Bordalesamg plantas1
---- Nitrogecircnio-----30 t ha de vermicomposto 16593 c AB 15451 c B 19050 b A45 t ha de vermicomposto 21444 b A 22888 b A 17852 b B60 t ha de esterco de curral 32606 a C 37593 a B 40816 a A
--------------- ------ Foacutesforo------- -------------30 t ha de vermicomposto 3098 c B 2802 c B 3999 b A45 t ha de vermicomposto 4109 b A 4135 b A 2788 c B60 t ha de esterco de curral 5300 a B 7577 a A 7565 a A
------- Potaacutessio------30 t ha de vermicomposto 24327 c A 19900 c B 24965 b A45 t ha de vermicomposto 29113b A 29812 b A 22031 b B60 t ha de esterco de curral 44070 a B 51976 a A 54101 a A
-------- Caacutelcio-------30 t ha de vermicomposto 5027 c A 4356 c A 4834 b A45 t ha de vermicomposto 6114b A 6963 b A 4379 b B60 t ha de esterco de curral 9030 a C 11451 a A 10331 a B
------Magneacutesio-----30 t ha de vermicomposto 1188 b A 914 c A 1202 b A45 t ha de vermicomposto 1231 b B 1582 b A 1176 b B60 t ha de esterco de curral 2136a B 2443 a A 2663 a AMeacutedias seguidas pela mesma letra minuacutescula para as colunas (adubaccedilatildeo de base) e maiuacutesculas para as linhas (biofertilizantes) natildeo diferem entre si pelo teste de Duncan a
Em relaccedilatildeo agraves adubaccedilotildees de base observa-se que o melhor tratamento foi o
esterco de curral para todas as variaacuteveis Para 1 VB (30 t ha^ 1 de vermicomposto) natildeo
houve resposta diferenciada com o uso de bofertilizantes para todas as variaacuteveis A
adubaccedilatildeo 15 VB (45 t ha 1 de vemicomposto) foi influenciada pelos biofertilizantes
para as variaacuteveis N P K e Ca enquanto que para Mg somente o MB4+U+CB o
influenciou O EC (esterco de curral) mostrou diferenccedila significativa apenas para as
variaacuteveis Ca e Mg quando adicionado MB4+U+CB
Segundo Peixoto (2000) eacute fundamental a adiccedilatildeo de adubos orgacircnico no cultivo de
hortaliccedilas seja na forma de esterco decomposto composto ou huacutemus de minhoca de
37
modo a fornecer melhorias nas propriedades do solo vindo a disponibilizar os nutrientes
as diferentes culturas
O esterco fresco conteacutem muita cama celuloacutesica e um elevado teor de aacutegua No
esterco curtido a celulose jaacute estaacute decomposta o teor de aacutegua estaacute reduzido agrave metade e os
nutrientes em uma forma mais assimilaacutevel e mais concentrada O esterco fresco pode
causar uma deficiecircncia temporaacuteria de nitrogecircnio no solo ao se decompor o que natildeo
acontece com o biestabilizado (Kiehl 1985)Ocorre uma diminuiccedilatildeo inicial no volume
de aacutegua retido no esterco de curral diminui inicialmente em tomo de 3581 liberando
posteriormente somente 496 evidenciando a sua capacidade de retenccedilatildeo de aacutegua
(Menezes Juacutenior 1998)
A utilizaccedilatildeo continuada de adubos nitrogenados minerais no solo altera o balanccedilo
do nitrogecircnio entre o solo e planta No meacutetodo biodinacircmico eacute sublinhada a importacircncia
dos adubos animais para o estabelecimento da fertilidade permanente dos solos (Koeff
et al 1983)
Para Guimaratildees (1997) os benefiacutecios que a mateacuteria orgacircnica imprime ao solo
principalmente melhorando a produtividade fertilidade e a influencia que as substancias
huacutemicas exercem sobre o ambiente dependem da qualidade e do teor de mateacuteria
orgacircnica do solo Estas substacircncias por conterem nutrientes em sua constituiccedilatildeo em uma
forma mais disponiacutevel para as plantas promovem um equiliacutebrio no ambiente no solo
(Kononova 1966)
Aproximadamente de 60 a 70 do total de carbono do solo ocorre na forma de
materiais huacutemicos (Griffith amp Schnitzer 1975) sendo a eles atribuiacutedo a manutenccedilatildeo da
bioestrutura do solo aumentando a capacidade de retenccedilatildeo de aacutegua (Brady 1999)
Conforme Compagnoni amp Putzolu (1985) os estercos bem como os demais
resiacuteduos orgacircnicos apresentam conteuacutedos diferentes de aacutecidos huacutemicos e fuumllvicos sendo
atribuiacutedo ao acido huacutemico uma accedilatildeo fitoestimulante semelhante aos fitohormocircnios por
favorecer o desenvolvimento do sistema radicular e crescimento do caule
Em trabalho realizado por Guimaratildees (1997) foi encontrado para aacutecidos huacutemicos
de esterco bovino uma relaccedilatildeo CN 1035 e para vermicomposto bovino 17
evidenciando que o esterco quando aplicado ao solo por apresentar uma relaccedilatildeo CN
proacutexima deste reage mais facilmente liberando nutrientes para as plantas sem alterar a
cadeia troacutefiacuteca Dados encontrados no presente trabalho demonstram a eficiecircncia do
esterco nesse sentido
38
De acordo com Morselli (2001) vaacuterios trabalhos citam comentam e discutem a
capacidade dos vermicompostos em proporcionar oacutetimas colheitas e favorecer a
precocidade das plantas cultivadas Poreacutem muitas vezes se observa que mesmo
suprindo essas plantas com nutrientes necessaacuterios atraveacutes de huacutemus de diferentes fontes
as respostas natildeo satildeo as mesmas para uma mesma cultivar
Por outro lado os resultados com o uso de substacircncias huacutemicas satildeo variaacuteveis e
dependem aleacutem da espeacutecie testada das substacircncias huacutemicas utilizadas sua
concentraccedilatildeo o grau de purificaccedilatildeo e das condiccedilotildees experimentais A resposta das
plantas aos aacutecidos huacutemicos e fuacutelvicos eacute dependente da mateacuteria prima original e da
espeacutecie vegetal pois materiais orgacircnicos diferentes apresentam aacutecidos huacutemicos e
fuacutelvicos diferentes (Businelli 1990)
Justificam-se os maiores conteuacutedos de nitrogecircnio foacutesforo potaacutessio e caacutelcio nas
adubaccedilotildees 15 VB (45 t ha 1 de vermicomposto) e biofertilizantes devido
provavelmente ao vermicomposto utilizado apresentar na sua constituiccedilatildeo teores
consideraacuteveis destes elementos aleacutem do que os biofertilizantes possam ter influenciado
na absorccedilatildeo atraveacutes de sua constituiccedilatildeo Tibau (1984) considera que a urina de vaca eacute
rica em aacutecido indol-aceacutetico e este influencia na absorccedilatildeo radicular O efeito positivo
deste tratamento provavelmente seja devido agrave quantidade aplicada
O biofertilizante que se destacou foi o MB4+U+CB em relaccedilatildeo ao EC (esterco de
curral) e eacute somente para a variaacutevel caacutelcio Isto provavelmente seja devido ao alto teor
deste elemento encontrado na sua constituiccedilatildeo (6872 g Kg1) e pela influecircncia positiva
que a calda bordalesa exerce no metabolismo das plantas atraveacutes dos nutrientes
contidos em sua formulaccedilatildeo O Ca controla a absorccedilatildeo radicular e retorna ao solo pelo
esterco e palhas por apresentar-se em maior quantidade em folhas e caules Depois de
localizado nas folhas fica imoacutevel favorecendo a resistecircncia da planta ao ataque de
fungos
Este trabalho avanccedila no estudo da agroecologia estando claro que todos os
criteacuterios tem caraacuteter dinacircmico de adequaccedilatildeo as mudanccedilas de um sistema de produccedilatildeo
em evoluccedilatildeo contribuindo na transiccedilatildeo para um padratildeo sustentaacutevel Cabe a pesquisa a
reorientaccedilatildeo para um enfoque ldquosistecircmicordquo isto eacute que permita integrar os diversos
componentes de um agroecossistema e a adoccedilatildeo de poliacuteticas puacuteblicas que promovam 0
fortalecimento e a expansatildeo da agricultura familiar
39
5 CONCLUSOtildeES
Considerando os resultados obtidos e as condiccedilotildees em que o estudo foi realizado
conclui-se que
bull As respostas agronocircmicas das mudas de cebola para os paracircmetros avaliados
satildeo mais satisfatoacuterias com a aplicaccedilatildeo de esterco de curral como adubaccedilatildeo de
base
bull Os biofertilizantes mais urina de vaca e calda bordalesa proporcionam
respostas satisfatoacuterias quando aplicados associados agraves adubaccedilotildees de base
bull O biofertilizante MB4 mais urina de vaca e calda bordalesa eacute mais eficiente
que o super magro mais urina e calda bordalesa quando aplicado associado agrave
adubaccedilatildeo de base esterco de curral para os conteuacutedos de fitomassa secae
fresca da parte aeacuterea das plantas altura e diacircmetro de colo das mudas de
cebola
bull Os biofertilizantes adicionados agrave adubaccedilatildeo de base 45 t harsquo 1 de vermicomposto
bovino mostram respostas significativas para os conteuacutedos de fitomassa seca
bull Os maiores conteuacutedos nutricionais para as mudas de cebola satildeo
proporcionados pela adubaccedilatildeo de base esterco de curral
bull A maior absorccedilatildeo de caacutelcio pelas mudas de cebola ocorre quando da adiccedilatildeo do
biofertilizante MB4 mais urina e calda bordalesa agrave adubaccedilatildeo de base esterco de
curral
40
6 REFEREcircNCIAS BIBLIOGRAacuteFICAS
ALDRIGHI CB ABREU CM PAGLIA AG MORSELLI TBGA FERNANDES HS Efeito da aplicaccedilatildeo de biofertilizante e urina de vaca em mudas de tomateiro Horticultura Brasileira v20 n2 julho 2002 Suplemento 2
ALTIERI M NICHOLLS C I Agroecologia Teoria praacutectica para umaAgricultura Sustentable Ia ed PNUMA 2000 Cap 2 4 Seacuterie textos baacutesicos para la formacioacuten ambiental
ALTIERI M Agroecologia bases cientiacuteficas para uma agricultura sustentaacutevelGuaiacuteba Agropecuaacuteria 2002 592 p
ANTONIOLLI Z I GIRACCA E M N CARDOSO S J T WIETHAN M M S FERRI M Iniciaccedilatildeo agrave Minhocultura Criaccedilatildeo em Cativeiro e Vermicompostagem Santa Maria UFSM 1996 p59-89
BAYER C MIELNICZUC J Dinacircmica e funccedilatildeo da mateacuteria orgacircnica In SANTOS G de A S e CAMARGO F A de O (ed) Fundamentos da mateacuteria orgacircnica do solo ecossistemas tropicais e subtropicais Porto Alegre Genesis 1999 p 3-23
BARRETTO D X Composto Orgacircnico In Praacutetica em Agricultura Orgacircnica Satildeo Paulo iacutecone Ed Ltda 1985 p 51-63
BETTIOL W Alguns produtos alternativos para o controle de doenccedilas de plantasem agricultura orgacircnica II Ciclo de palestras sobre agricultura orgacircnica Instituto Bioloacutegico Satildeo Paulo p52-63 1997
41
BETTIOL W TRACH R GALVAtildeO JAH Controle de doenccedilas de plantas com biofertilizantes Jaguariuacutena EMBRAPA-CNPMA 1997 22p (EMBRAPA- CNPMA Circular Teacutecnica 02)
BRADY N C Natureza e propriedades dos sotos Rio de Janeiro Freitas BastosS A 1979 647p
BRADY N C Organisms and ecology of the soil In The nature of properties of soils Simon amp Schuster A Viacon Company New Jersey1999 402-489p
BON1LLA J A Fundamentos da Agricultura Ecoloacutegica Sobrevivecircncia eQualidade de Vida Satildeo Paulo Nobel 1992
BUREacuteS S Substratos Ediciones Agroteacutecnicas S L Madrid Octubre 1997
BUS1NELLI M Chemical Composition and Enzymic Activity of some Worm Cast Plant Soil v 80 p 1-2 1990
CALEGARI A Espeacutecies para cobertura de solo In IAPAR (Instituto Agronocircmico de Paranaacute) Plantio Direto pequena propriedade sustentaacutevel organizador Moacir Darolt Londrina - PR 1998 65-93
CAMARGO P N D Manual de Adubaccedilatildeo Foliar Satildeo Paulo Herba 1975
CAPRA F A Teia da Vida Satildeo Paulo Cultrix 1997 256p
CAPRA F O Ponto de Mutaccedilatildeo 22 ed Satildeo Paulo Cultrix 2001 447p
CHABOUSSOU F Plantas doentes pelo uso de agrotoacutexicos (A Teoria da Trofobiose) Porto Alegre LPM 1987 253 p
CLARO S A Referencias tecnoloacutegicos para a agricultura familiar ecoloacutegica aexperiecircncia da Regiatildeo Centro-Serra do Rio Grande do Sul Porto Alegre EMATERRS-ASCAR 2001 250p
CLIVELA G Diagnoacutestico Agronocircmico da cebola no Rio Grande do Sul Porto Alegre EMATERRS 1995 8 6 p
COMISSAtildeO DE FERTILIDADE DO SOLO - RSSC Recomendaccedilotildees de adubaccedilatildeo e calagem para os estados do Rio Grande do Sul e Santa Catarina 3 ed Passo Fundo SBCS - Nuacutecleo Regional Sul 1995 223p
COMPAGNONI L PUTZOLU G Cria moderna de Ias lombrices y utilizacioacutenrentable dei humus Barcelona Editorial de Vecchi- SA 1985127p
COSTABEBER J A MOYANO E Transiccedilatildeo agroecoloacutegica e accedilatildeo social coletiva Agroecologia e Desenvolvimento Rural Sustentaacutevel Porto Alegre v l n4 p 50- 60 outdez 2 0 0 0
42
COSTA M B B da Adubaccedilatildeo orgacircnica Nova siacutentese e novo caminho para aagricultura Satildeo Paulo Ed iacutecone Ltda 1985 102p
COSTA NETO C Agricultura Sustentaacutevel Tecnologias e Sociedade In CARVALHO COSTA LF et al (org) Mundo Rural e Tempo Presente Rio de Janeiro Mauad 1999
DrsquoAG0ST1NI R L FANTINI A C Produccedilatildeo orgacircnica tambeacutem socialmente excludente Agroecologia e Desenvolvimento Rural Sustentaacutevel Porto Alegre v3 n l p57-61 2002
DALPONTE J C V Utilizaccedilatildeo de materiais orgacircnicos e fertilizante mineral na produccedilatildeo e qualidade de mudas e bulbos de cebola (Alliurn Cepa L) Pelotas-RS 1990 (Mestrado em Agronomia) - Faculdade de Agronomia Eliseu Maciel UFPel 1990
DEBARBA J F THOMAZELLI L F GANDIN C L SILVA E Cadeias produtivas do Estado de Santa Catarina Cebola Florianoacutepolis Epagri 1998 115 p (EPAGRI Boletim Teacutecnico 96)
DUFOUR F Os saacutebios loucos do agro-alimentar Le Monde Diplomatique ano 1 n4 p6-7 1999 (ed portuguesa)
EHLERS E Agricultura Sustetaacutevel Origem e perspectivas de um novo paradigma 2 ed Guaiacuteba Agropecuaacuteria 1999 157 p
FILGUEIRA F A R Novo Manual de olericultura agrotecnologia moderna na produccedilatildeo e comercializaccedilatildeo de hortaliccedilas Viccedilosa UFV 2000 402 p
FRASER G K Mateacuteria Orgacircnica Del Suelo In BEAR F E (ed) Quiacutemica dei Suelo Madrid Ed Agrociencia 1963
FOLLET R H MURPHY L S DONAHUE R L Fertilizers and soil amendments New Jersey Printice-Hall Inc 1981 557p
GARCIA A Revista dei Espacio Rural Georgica Zaragoza Escuela Politeacutecnica de Huesca n5 1997
GARCIA A Versatildeo preliminar de um Programa Estadual de Produccedilatildeo e Comercializaccedilatildeo de Bulbos e Sementes de CebolaEMBRAPAIPAGROMARAEMATER 6 8 pbdquo 1990 (Publicaccedilatildeo avulsa)
GIORGETT1 J R Produccedilatildeo e Comercializaccedilatildeo de Mudas de Tomate In Encontro Nacional de Produccedilatildeo e Abastecimento de Tomate 2 1991 Jaboticabal Satildeo Paulo Anais Jaboticabal UNESP 1991 p 242-244
GLIESSMAN S R Agroecologia Processos ecoloacutegicos em agricultura sustentaacutevelPorto Alegre Universidade Federal do Rio Grande do Sul - UFRGS 2000 653p
43
GLIESSMAN S R TURRIALBA C R Agroecologia Procesos Ecoloacutegicos en Agricultura Sostenible CATIE 2002 p 3-14
GNOATTO S C Caracterizaccedilatildeo quiacutemica de vermicompostos de diferentes substratos orgacircnicos Pelotas-RS 1999 38 f (Mestrado em Agronomia - Solos) - Faculdade de Agronomia Eliseu Maciel UFPel 1999
GOMES J C C BORBA M F S A moderna crise dos alimentos oportunidade para a agricultura familiar Emater Porto Alegre julset 2000 Disponiacutevel em lthttpwwwematertchebrdocsagroecorevistan313-artigo3htmgtAcesso em 24 fev 2002
GOMEZ H W Desenvolvimento sustentaacutevel agriacutecola e capitalismo In Desenvolvimento sustentaacutevel Necessidade eou disponibilidade Santa Cruz do Sul Nobel - UNISC 1997 p 65-77
GONZAacuteLEZ DE MOLINA M SEVILLA GUZMAacuteN E Ecologia campesinado e historia Para una reinterpretacioacuten dei desarrollo dei capitalismo en la agricultura In SEVILLA GUZMAacuteN E GONZAacuteLEZ DE MOLINA M (ed) Ecologia campesinado e historia Madrid La Piqueta 1993 p 23-129
GRIFFITH S A SCHNITZER M Analytical characteristic of humic and fulvic acids extracted from tropical volcanic soils Soil Sei Soc Am Proc v 39 p361-367 1975
GUIMARAtildeES E Caracterizaccedilatildeo quiacutemica estreptoscoacutepica e por anaacutelise teacutermica de aacutecidos huacutemicos e vermicompostos obtidos de estercos de diferentes animaisCuritiba 1997 Dissertaccedilatildeo (Mestrado em Quiacutemica) Universidade Federal do Paranaacute 1997
HESS A F Sociedade e meio ambiente uma relaccedilatildeo ambiacutegua Revista Cientiacutefica Rural Bageacute v 4 n2 p 167-1741999
ICEPA-SC Informes conjunturais sobre a cultura da cebola Disponiacutevel em lthttpwwwicepa combrgt Acesso em 23 jan 2003
JONES H A MANN L K Onions and their allies New York Interscience Publishers 1962 286 p
JUacuteNIOR H A de MAIORANO J A Receitas obtidas de extratos de plantasCampinas CATITerra Viva [199-] 10 f
KHATOUNIAN C A Ciclo de Palestras sobre Agricultura Orgacircnica 2a Ed SatildeoPaulo Fund Cargill 1997 149 p
KIEHL E J Fertilizantes Orgacircnicos Satildeo Paulo Ed Agronocircmica Ceres Ltda 1985 492p
44
KOEFF H H PETTERSSON B D SHAUMANN W Vida Vegetal solos e adubaccedilatildeo In Agricultura Biodinacircmica Satildeo Paulo Nobel 1983 p92-149
KONONOVA M M Soil organic matter The importance o f organic matter in soil formation and soil fertility New York Pergamqn Press 1961 p 165-200
KUHN T A Estrutura das Revoluccedilotildees Cientiacuteficas Satildeo Paulo Perspectiva 1989 257p
LANNA FCA ABREU C L ABREU J G SILVA V Resposta de cultivares de melancia cultivadas sob adubaccedilatildeo quiacutemica e orgacircnica Horticultura v 12 n l p85 1994
LEFF H Saber Ambiental Petroacutepolis Vozes 2001 343 p
MAGALHAtildeES J R Nutriccedilatildeo e adubaccedilatildeo da cebola In FERREIRA M E CASSTELLANE P D CRUZ M C P Nutriccedilatildeo e adubaccedilatildeo de hortaliccedilasPiracicaba POTAFOS 1993 p 381-393
MALAVOLTA E Elementos de nutriccedilatildeo mineral de plantas Satildeo Paulo Ed Agronocircmica Ceres Ltda 1980 251 p
MALAVOLTA E Manual de Quiacutemica Agriacutecola - Adubos e Adubaccedilatildeo 3a ed SatildeoPaulo Ed Agronocircmica Ceres Ltda 1981 606 p
MARTINEZ A A A grande e Poderosa Minhoca Jaboticabal Funep - Unesp1990 101 p
MARTINS S R Desenvolvimento e Sustentabilidade Horticultura Brasileira Brasiacutelia-DF v20 n2 julho 2002 Palestra apresentada no 42deg Congresso Brasileiro de Olericultura
MARTINS S R Limites Del Desarrollo Sostenible em Ameacuterica Latina En el marco de Ias poliacuteticas de (re)ajuste econocircmico Pelotas Editora UFPel 1997 135 P-
MARTINS S R Sustentabilidade na agricultura dimensotildees econocircmicas sociais e ambientais Revista Cientiacutefica Rural Bageacute v4 n 2 p 175-1871999
MATURANA H REZEPKA S N D E Formaccedilatildeo Humana e Capacitaccedilatildeo Rio de Janneiro Vozes 2000 8 6 p
MELLO A F SOBRINHO M O ARZOLLA S SILVEIRA R NETTO A C KIEHL J C Fertilidade do Solo Satildeo Paulo Nobel 1983
MENEZES JUacuteNIOR F O G D Caracterizaccedilatildeo de Diferentes substratos hortiacutecolas e seu efeito na produccedilatildeo de mudas de alface e couve-flor em ambiente protegido Pelotas 1998 141 p Dissertaccedilatildeo (Mestrado em Agronomia - Produccedilatildeo Vegetal) - Faculdade de Agronomia Eliseu Maciel UFPel 1998
45
MIBASA Mineraccedilatildeo Barreto SA Melhorador de Solos MB4 A Natureza Agradece Arapiraca-AL [199-] Folder
MINAMI K Os resumos da olericultura 2000 In AZEVEDO FILHO MARTINEZ FILHO (ed) Preccedilos agriacutecolas Piracicaba ESALQ 1999 p 4
MINAMI K Produccedilatildeo de Mudas de Alta Qualidade em Horticultura Satildeo Paulo TA Queiroz 1995
MORSELLI T B G A Cultivo sucessivo de alface sob adubaccedilatildeo orgacircnica em ambiente protegidoPelotas 2001 178 p Tese (Doutorado em Agronomia - Produccedilatildeo Vegetal) Faculdade de Agronomia Eliseu Maciel UFPel 2001
MORSELLI T B G A Resiacuteduos orgacircnicos em sistemas agriacutecolas Poliacutegrafo da Disciplina de Resiacuteduos orgacircnicos em sistemas agriacutecolas Curso de Poacutes-Graduaccedilatildeo em Agronomia-Produccedilatildeo Vegetal UFPel 2002
MULLER AM Efeitos da Aplicaccedilatildeo Foliar de um Biofertilizante Enriquecido no Estado fitossanitaacuterio de Tomate Ervilha e Beterraba Sob Manejo OrgacircnicoDissertaccedilatildeo (Mestrado no Programa de Poacutes-Graduaccedilatildeo em Agroecossistemas)1999 (Resumo)
NOLLA D Erosatildeo do Solo - O grande desafio Estado do Rio Grande do Sul SEAGRI desenvolvimento de recursos naturais renovaacuteveis 1982 412 p
PAGLIA AG MORSELLI TBGA PEIL RMN Teores de nutrientes pH e condutividade eleacutetrica da aacutegua em sistema ldquofloat^ngrdquo sob adiccedilatildeo de biofertilizantes Horticultura Brasileira v 20 n2 julho 2002 Suplemento 2
PAULUS G MULLER A BARCELLOS LAR Agroecologia aplicada praticas e meacutetodos para uma agricultura de base ecoloacutegica 2ed ver ampl Porto Alegre EMATERRS 2001 8 6 p
PEIXOTO R T dos G Composto orgacircnico aplicaccedilotildees benefiacutecios e restriccedilotildees de uso Horticultura Brasileira Brasiacutelia-DF v 18 p 56-64 julho 2000
PENTEADO SR Defensivos Alternativos e Naturais Satildeo Paulo 1999 95 p
PEREIRA AJ SOUZA RJ PEREIRA WR Efeito de diferentes doses de esterco de galinha e de curral sobre a produccedilatildeo de cebola Horticultura Brasileira v20 n2 julho 2002 Suplemento 2
PINHEIRO S BARRETO SB MB-4 agricultura sustentaacutevel trofobiose e biofertilizantes Fundaccedilatildeo Juquira CandiruMibasa 2000 273 p
PRIMAVESI A Agricultura Sustentaacutevel Satildeo Paulo Nobel 1992 142 p
PRIMAVESI A O manejo ecoloacutegico do solo Agricultura em regiotildees tropicais SatildeoPaulo Nobel 1982 541 p
46
PURCINO A A C ldquoNitrogecircniordquo Informe Agropecuaacuterio Belo Horizonte v7 n81 p 16-27 1981
QUIJANO F G Efeito da adubaccedilatildeo orgacircnica no desenvolvimento de duas cultivares de alface em ambiente protegido Pelotas 1999 116f Dissertaccedilatildeo (Mestrado em Agronomia - Produccedilatildeo Vegetal) Faculdade de Agronomia Eliseu Maciel UFPel 1999
RODRIGUES A N N Efeitos e residuais de superfosfato triplo sobre o rendimento de mateacuteria seca e absorccedilatildeo de foacutesforo pela aveia (Avena strigosa Schob) em solo Podzoacutelico Vermelho Escuro Porto Alegre 1984 59f Dissertaccedilatildeo (Mestrado em Agronomia) - Faculdade de Agronomia UFRGS 1984
RODRIGUES E T CASALI V W D Respostas da alface agrave adubaccedilatildeo orgacircnica II Teores conteuacutedos e utilizaccedilatildeo de macronutrientes em cultivares Rev Ceres Viccedilosa v 45 n 261 p 437-449 1998
SAMINEcircS T C O Produccedilatildeo orgacircnica de alimentos Horticultura Brasileira Brasiacutelia-DF v 17 n3 novembro 1999
SCHIEDECK G Ambiecircncia e resposta agronocircmica de meloeiro (Cucumis melo L) cultivado sob adubaccedilatildeo orgacircnica em ambiente protegido Pelotas lOOp Tese (Doutorado em Agronomia - Produccedilatildeo Vegetal) - Faculdade de Agronomia Eliseu Maciel UFPel 2002
SILVA JUacuteNIOR A A GIORGI E Substratos alternativos para a produccedilatildeo de mudas de tomate Agropecuaacuteria Catarinense Florianoacutepolis EPAGRI 1992 23 p
SILVA JUacuteNIOR A A MACEDO S G STUKER H Utilizaccedilatildeo de esterco de peru na produccedilatildeo de mudas de tomateiro Florianoacutepolis EPAGRI 1995 28 p (Boletim Teacutecnico 73)
TAGLIARI PS GRASSMANN H Minhoca a grande aliada da agricultura Agropecuaacuteria Catarinense v8 n l p 11-14 mar 1995
TEDESCO M J GIANELLO C Anaacutelises de solo plantas e outros materiais Porto Alegre Faculdade de Agronomia Departamento de Solos Universidade Federal do Rio Grande do Sul RS 1996
TENNANT D A Test of modified line intersect method of estimating root lenght Journal Ecology Oxford v 63 p 995-1001 1975
TIBAU A O Mateacuteria Orgacircnica do Solo Mateacuteria Orgacircnica e Fertilidade do SoloSatildeo Paulo Nobel 1984 p49-182
TIMM P J Anaacutelise comparativa dos sistemas de plantio convencional e cultivo miacutenimo de cebola sob adubaccedilatildeo orgacircnica e mineral Pelotas 2000 79 p Dissertaccedilatildeo (Mestrado em Agronomia - Produccedilatildeo Vegetal) - Faculdade de Agronomia Eliseu Maciel UFPel 2000
47
VALENZUELA HR CROSBY C Effect of compost applications on the yield of several vegetables in long-term organic farming experiments conduced in the tropics American Society Horticultural Science v33 n3 june 1998
VIGLIZZO E (ed) Subprograma Recursos Naturais y Sostenibilidad Agriacutecola documento marco Montevideo IICAPROCISUR 1995 p 75 - 78
WE1D J M TARDIN J M Proposta para a Ampliaccedilatildeo do Trabalho da ASPTA no Centro Sul do Paranaacute ASPTA Disponiacutevel em http wwwpronafgovbrEncontrotestosAS20PTA20Sul20ParanE1205 202002doc Acesso em 05 mai 2002
XAVIER SIMOacuteN F DOMINGUES D G Desenvolvimento Rural Sustentaacutevel uma perspectiva agroecoloacutegica Agroecologia e Desenvolvimento Rural Sustentaacutevel Porto Alegre EM ATERRS v2 n2 p 17-26 2001
ZABALETA J P Diagnoacutestico da Agricultura Familiar em Satildeo Joseacute do Norte - RSPelotas EMBRAPA-CPACT 1998 75 p (EMBRAPA-CPACT Documentos 44)
ZONTA E P MACHADO A A SILVEIRA P Sanest Sistema de anaacutelise estatiacutestica para microcomputadores Registrado na Secretaria Especial de Informaacutetica sob nuacutemero 066060 - categoria A Pelotas-RS Universidade Federal de Pelotas 1984
48
7 APEcircNDICE
APEcircNDICE A - Anaacutelise da adubaccedilatildeo de base e biofertilizantes utilizados na produccedilatildeo de mudas de cebola
TABELA 1 A Anaacutelise baacutesica do solo antes da incorporaccedilatildeo do feijatildeo miuacutedo + papua
Arg
pH IND
SMP
MO
P - n r - Na Al Ca__10Omlmdash
Mg
ppm -
6 53 67 089 8 6 27 1 04 05 0 2
Fonte LASFAEMUFPel (2002)
TABELA 2A Anaacutelise complementar do solo antes da incorporaccedilatildeo do feijatildeo-miuacutedo + papua
Cobre Zinco Manganecircs Ferro
(m v1)
04 05 26 007
Fonte LASFAEMUFPel (2002)
49
TABELA 3A Anaacutelise dos fertilizantes soacutelidos
Amostra pH limidade CN
C N P K Ca Mg
- g-ivg --
Cama de 849 2491 12 31042 2479 3888 3405 29875 463
aves
Esterco 74 3594 11 677 590 157 134 335 214
de curral
Huacutemus 684 5738 14 15965 1098 453 745 743 361
Fonte LASFAEMUFPel (2002)
TABELA 4A Anaacutelise quiacutemica dos biofertilizantes liacutequidos
Amostra N P K_ccedil H
Ca Mg Cu Zn Fe Mn
mdashgL bull
S Magro
m b 4
Urina
053
1652
8 2 2
008
395
0 0 0
149
1674
471
1902
6872
0 0 0
1150
4507
1172
7273
42
033
101389
920
0 0 0
6250
19458
781
35273
1123
0 2 1
Fonte LASFAEMUFPel (2002)
50
APEcircNDICE B - Condiccedilotildees climaacuteticas do local
TABELA 1B Condiccedilotildees de temperatura do local
___________ __________TEMPERATURA (degCgt
meses Meacutedia
Maacutexima
Meacutedia
MiacutenimaMeacutedia
Maacutexima
Absoluta
Miacutenima
Absoluta
Junho 225 87 156 320 25
Julho 225 85 155 285 30
Agosto 251 71 161 360 1 0
Fonte FEPAGROSCT 2002
TABELA 2B Condiccedilotildees de chuva do local
mdash CHUVA (mm)mdash
meses Ocorrida Normal Desvio Da Normal
Junho 1080 1 1 0 -2 0
Julho 1062 98 8 2
Agosto 1283 1 2 0 83
Fonte FEPAGROSCT 2002
51
TABELA 1C Produccedilatildeo de fitomassa fresca e seca (g) da parte aeacuterea altura de planta
(cm) e diacircmetro de colo (mm) de mudas de cebola Petrolini cultivadas
sob uma perspectiva agroecoloacutegica Pelotas-RS 2003
APEcircNDICE C - Anaacutelise estatiacutestica da parte aeacuterea
Causas G1 FFPA FSPA AP DC
da variaccedilatildeo --------- Quadrados meacutedios-
Blocos 3
Ad Base 2 175359071 1287102 2547419 1 11775
Biofertilizantes 2 126876 29011 87669ns 02185ns
Ad x Biofert 4 572378 31123 69106ns 04159
Resiacuteduo 24 34456 03048 27169 00290
Total 35
Meacutedia geral 93745 8772 320388 6741
CV 1980 6294 5145 2530
Significativo a 5ns Natildeo significativo
52
TABELA 1D Produccedilatildeo de fitomassa fresca e seca (g) comprimento (cm) e densidade
de raiacutezes (m cm3) de mudas de cebola Petrolini cultivadas sob uma
perspectiva agroecoloacutegica e razatildeo parte aeacutereasistema radicular Pelotas-
RS 2003
APEcircNDICE D - Anaacutelise estatiacutestica da raiz
Causas G1 FFR FSR CR RPASR DR
da variaccedilatildeo Quadrados meacutedios---------------
Blocos 3
Ad Base 2 27874 551 623 2 1 0 140
Biofertilizantes 2 178 0 1 0 ni 1504 l03ns 038ns
Ad x Biofert 4 190 058 318 294 183
Resiacuteduo 24 005 009 028 023 0 2 1
Total 35
Meacutedia geral 1818 228 184 387 333
C V 134 1356 448 1253 1396
Significativo a 5 ns Natildeo significativo
53
APEcircNDICE E - Anaacutelise estatiacutestica dos macronutrientes da parte aeacuterea da cebola
TABELA 1E Conteuacutedos (mg planta1) de nitrogecircnio foacutesforo potaacutessio caacutelcio e
magneacutesio no tecido vegetal de mud^s de cebola Petrolini cultivadas
sob uma perspectiva agroecoloacutegica Pelotas-RS 2003
Causas G1 bull N P K Ca Mg
da variaccedilatildeo
Blocos 3
Ad Base 2 13550306 446627 25509686 1031806 59007
Biofertilizantes 2 180610ns 16564 68153ns 39006 876ns
Ad x Biofert 4 454187 45743 1047539 46950 2464
Resiacuteduo 24 29769 1453 64313 3741 439
Total 35
Meacutedia geral 24921 4597 33366 6943 1615
C V 692 829 760 880 1297
Significativo a 5 ns Natildeo significativo
APEcircNDICE F - Fotos do experimento
FIGURA 2 Mudas de cebola (Allium cepa L) produzidas sob uma perspectiva agroecoloacutegica
APEcircNDICE F a Fotos do experimento
FIGURA 1 Adubaccedilatildeo verde com feijatildeo-miuacutedo e papuatilde utilizadas no manejo do solo
FIGURA 2 Mudas de cebola (Allium cepa L) produzidas sob urna perspectiva agroecoloacutegica
17
Segundo Kiehl (1985) e Martinez (1990) o vermicomposto apresenta as seguintes
vantagens em relaccedilatildeo a compostagem permite a formaccedilatildeo de um produto curado em
menor espaccedilo de tempo promove a formaccedilatildeo de um material com maior
disponibilidade de nutrientes facilita o peneiramento natildeo havendo a necessidade de
revolvimento do material oferece vaacuterias fontes de renda pois aleacutem do huacutemus fornece
minhocas e raccedilatildeo e quando aplicado ao solo tende a melhorar as propriedades fiacutesicas
quiacutemicas e bioloacutegicas
241 Resiacuteduos utilizados na vermicompostagem
2411 Resiacuteduos de origem animal
Segundo Bureacutes (1997) o esterco eacute uma mistura de fezes urina e camas que
podem estar constituiacutedas de palhas folhas secas serragem turfa casca de arroz e ateacute
terra Esse apresenta pH neutro e densidade que varia de 030 a 090 Kg dm3 segundo
seu estado de decomposiccedilatildeo Eacute influenciado por vaacuterios fatores como espeacutecie animal
raccedila idade alimentaccedilatildeo material utilizado como cama e tratamento da mateacuteria-prima
esterco (Kiehl 1985) Dentre os fatores apontados um dos mais importantes eacute a
alimentaccedilatildeo do animal quanto mais rica a alimentaccedilatildeo mais rica seraacute as dejeccedilotildees
(Gnoatto 1999) O volume de bacteacuterias vivas ou mortas encontradas no esterco
representam 20 a 30 do total delas se originam grande parte do nitrogecircnio sob a
forma de proteiacutena (Morselli 2002)
A origem do material utilizado para a produccedilatildeo de vermicomposto eacute fundamental
pois soacute uma mateacuteria-prima de qualidade resultaraacute em um produto final de boa qualidade
Dentre os estercos o de aves eacute empregado empiricamente na adubaccedilatildeo de culturas
permanente ou natildeo com excelentes resultados apesar de sua simples composiccedilatildeo
meacutedia 2 de nitrogecircnio 2 de foacutesforo como P2 0 5 e 1 de K2 0 Poreacutem haacute uma
grande variaccedilatildeo na sua constituiccedilatildeo a qual dependeraacute do manejo animal atraveacutes das
camas finalidade da criaccedilatildeo e natureza das camas (Morselli 2002)
2412 Resiacuteduos de origem vegetal
A mateacuteria orgacircnica pode ser preservada no solo por vaacuterios processos seja pela
simples incorporaccedilatildeo de resiacuteduos de culturas rotaccedilatildeo de culturas adubaccedilatildeo verde ou
18
pela adiccedilatildeo de materiais orgacircnicos capazes de elevar e manter a produtividade do solo
Da decomposiccedilatildeo dos resiacuteduos orgacircnicos adicionados ao solo resulta a liberaccedilatildeo de
grande quantidade de nutrientes principalmente o nitrogecircnio o potaacutessio e o enxofre
Aleacutem disso diversos atributos quiacutemicos e fiacutesicos do solo satildeo alterados pela
decomposiccedilatildeo desses resiacuteduos destacando-se o aumento da capacidade de troca de
caacutetions o aumento da retenccedilatildeo de aacutegua a melhoria da estabilidade dos agregados e da
aeraccedilatildeo (Fraser1963 Malavolta 1981 Mello et al 1983 Bonilla 1992)
Segundo Purcino (1981) quando a relaccedilatildeo CN eacute menor que 30 como no caso do
esterco de curral ou da palha de leguminosas a disponibilidade de nitrogecircnio eacute
imediata mas acima deste valor ocorre imobilizaccedilatildeo crescente deste nutriente Por esse
motivo estes materiais devem ser submetidos a uma degradaccedilatildeo bioloacutegica antes de
serem adicionados ao solo
25 Biofertilizantes
No Brasil ocorrem problemas crescentes com materiais derivados de sistemas
intensivos de criaccedilatildeo animal que acumulam resiacuteduo^ orgacircnicos com graves problemas
de contaminaccedilatildeo de cursos de aacutegua que na maioria das vezes se acumulam em um
uacutenico lugar e natildeo satildeo reciclados (Viglizzo 1995)
Visando amenizar tais situaccedilotildees os meacutetodos alternativos de adubaccedilatildeo controle de
doenccedilas pragas e plantas indesejaacuteveis tecircm sido muito estudado Dentro dessa linha de
pesquisa destaca-se o uso de mateacuteria orgacircnica atraveacutes tanto de sua incorporaccedilatildeo ao
solo como de sua transformaccedilatildeo para uso posterior na forma de biofertilizantes
(Khatounian 1997 Bettiol et al 1997)
Na complexa e elevada comunidade microbiana dos biofertilizantes encontram-se
bacteacuterias fungos leveduriformes filamentosos e actinomicetos (Bettiol apud Penteado
1999)
O agregado de macro e micronutrientes periodicamente ativa e enriquece a
fermentaccedilatildeo O uso de farinha de rocha tem sido vantajoso por ter baixo custo
comparado com os sais concentrados e purificados aleacutem de trazer alguns elementos
traccedilos de vital importacircncia para os microrganismos do solo como por exemplo o Gaacutelio
o Iodo e o Vanaacutedio (M1BASA 199-) O agregado de farinha de rocha ou sais
purificados ao fermentado faz com que estes nutrientes passem a fazer parte dos
microrganismos ou dos produtos orgacircnicos liberados durante a fermentaccedilatildeo sendo que
19
o ataque dos microrganismos atraveacutes de suas enzimas consegue liberar os elementos natildeo
atacados pelos aacutecidos industriais (Pinheiro amp Barreto 2000)
Os biofertilizantes tecircm sido empregados na agricultura ecoloacutegica como adubo
foliar para aumentar a resistecircncia contra pragas e doenccedilas Aleacutem disso o processo de
produccedilatildeo eacute bastante simples e por isso eacute viaacutevel sua produccedilatildeo na propriedade desde que
tenha esterco disponiacutevel (Penteado 1999)
Bettiol et al (1997) verificaram a presenccedila de diferentes espeacutecies de fungos
fiacutelamentosos e leveduriformes e bacteacuterias entre elas Bacillus spp na comunidade
microbiana do biofertilizante produzido segundo meacutetodo adotado pelo Centro de
Agricultura Ecoloacutegica Ipecirc Os autores verificaram ainda uma reduccedilatildeo da comunidade
microbiana ao longo da digestatildeo reduccedilatildeo essa mais acentuada logo apoacutes o acreacutescimo
dos sais contendo micronutrientes A accedilatildeo dos sais pode ser tanto por aumento na
pressatildeo osmoacutetica quanto pelo efeito direto sobre os microrganismos Para o controle de
doenccedilas de plantas satildeo importantes a presenccedila dos metaboacutelitos produzidos pelos
organismos presentes no biofertilizante e os proacuteprios microrganismos vivos
Os microrganismos transformam o material orgacircnico (esterco soro de leite caldo
de frutas palhas restos industriais etc) e cinzas produzindo vitaminas aacutecidos e sais
complexos importantes para regular e tonificar o metabolismo das plantas impedindo o
desenvolvimento de pragas e doenccedilas (Pinheiro amp Barreto 2000)
Em estudos feitos com o biofertilizante liacutequido de bovinos foi observado a
presenccedila de inuacutemeros microorganismos como bacteacuterias leveduras e bacilos
principalmente do Bacillus subtilis Estes microorganismos sintetizam substacircncias
antibioacuteticas as quais demonstram ter grande accedilatildeo e eficiecircncia como substacircncias
fungiostaacuteticas e bacteriostaacuteticas de fitopatoacutegenos causadores de danos em lavouras
comerciais (Penteado 1999)
Aldrighi et al (2002) realizaram trabalho na UFPel relacionado agrave nutriccedilatildeo de
mudas de tomate (Floradade) produzidas no sistema ldquofloatingrdquo Utilizaram-se doses de
0 2 5 e 10 para o biofertilizante Super Magro e 0 e 1 para a urina de vaca
Concluiacuteram que estes natildeo interferem na produccedilatildeo das mudas e que provavelmente foi
influenciado pelo substrato utilizado (vermicomposto 75 e casca de arroz carbonizada
25) bem como o sistema de produccedilatildeo (floating)
Paglia et al (2002) citam que eacute possiacutevel produzir mudas de tomate (cultivar
Floradede) utilizando urina de vaca e biofertilizante Super Magro na aacutegua em sistema
ldquofloatingrdquo em trabalho realizado na UFPel O uso da urina de vaca a 1 e 5 e
20
biofertilizante Super Magro a 6 proporcionam uma elevaccedilatildeo do foacutesforo bem como o
Super Magro a 6 eleva os teores de Mg e Ca na aacutegua
251 Urina de vaca
As urinas de vaca contecircm nutrientes favoraacuteveis ao bom desenvolvimento das
plantas como potaacutessio soacutedio nitrogecircnio enxofre magneacutesio caacutelcio foacutesforo e traccedilos de
outros elementos Nas plantas funciona como um fertilizante natural tomando-as mais
resistentes ao ataque das pragas e doenccedilas Satildeo encontradas tambeacutem na urina outras
substacircncias como fenoacuteis e principalmente o catecol que esta associado agrave recuperaccedilatildeo
de plantas atacadas por fitopatoacutegenos por ser um produto anti-seacuteptico (Penteado 1999)
Para seu emprego a urina receacutem coletada deve ser armazenada sob condiccedilotildees
ambientais por trecircs dias para que se forme amocircnio importante produto a ser absorvido
pelas plantas Recomenda-se ainda que o armazenamento deva ser feito em recipiente
fechado para que natildeo ocorram perdas de nitrogecircnio Desta forma poderaacute permanecer
por ateacute um ano sem comprometer sua eficiecircncia
Em hortaliccedilas o uso da urina de vaca eacute recomendado em pulverizaccedilotildees foliares
semanais na concentraccedilatildeo de 05 para tomateiro pimentatildeo pepino feijatildeo vagem e
couve ou quinzenais a 1 para as culturas do quiabeiro jiloeiro e berinjela Para
fruteiras em geral a primeira aplicaccedilatildeo deve ser na concentraccedilatildeo aproximada de 5
realizada diretamente no solo e mensalmente devem ser realizadas pulverizaccedilotildees
foliares a 1 para plantas jovens e a 5 para plantas adultas (Penteado 1999)
Na aplicaccedilatildeo foliar deve-se ter cuidado com folhas e brotos novos e considerar que
o uso contiacutenuo pode ser toacutexico podendo afetar o solo causando a sua acidificaccedilatildeo
(Penteado 1999)
Na Estaccedilatildeo Experimental da PESAGRO no municiacutepio de Macaeacute Rio de Janeiro
estaacute se utilizando a urina de vaca leiteira Os pesquisadores descobriram que a urina de
vaca em lactaccedilatildeo produzia o efeito de recuperar plantas de abacaxi atacadas por uma
doenccedila conhecida como ldquofusairioserdquo Essa doenccedila quando ataca o abacaxi causa
perdas de ateacute 70 da safra Todos os agrotoacutexicos testados natildeo conseguiram controlar a
doenccedila Isto eacute um exemplo para que a universidade tenha uma nova percepccedilatildeo (Capra
1996) adotando medidas efetivas que contribuam na transiccedilatildeo agroecoloacutegica Com o
uso da urina de vaca leiteira numa lavoura de abacaxi atacada pela fusariose observou-
se agrave recuperaccedilatildeo do stand e os frutos produzidos apresentaram excelente padratildeo
21
comercial Descobriu-se que aleacutem funcionar como adubo e defensivo natural a urina de
vaca leiteira tambeacutem favorece a floraccedilatildeo de muitas plantas e pode ser usada no
tratamento de frutos e tubeacuterculos depois da colheita
A urina de vaca em lactaccedilatildeo tambeacutem estaacute sendo usada nas lavouras de cafeacute em
plantaccedilotildees de maracujaacute coco alface e outras hortaliccedilas Na regiatildeo centro-sul do Paranaacute
os agricultores estatildeo aplicando a urina de vaca leiteira nas lavouras de feijatildeo soja
batata cebola e milho (Penteado 1999)
252 Alhol
A maioria dos defensivos alternativos tais como calda bordalesa sulfocaacutelcica
aacutegua de cinza e cal biofertilizante enriquecido extrato de fumo entre outros precisa
ser misturada com um espalhante adesivo para quebrar a tensatildeo superficial da gota e
propiciar um melhor molhamento das folhas e demais partes pulverizadas assegurando
uma absorccedilatildeo mais efetiva e uma melhor accedilatildeo sobre as pragas e doenccedilas Quando as
gotas permanecem inteiras sobre a superfiacutecie folhar devido agrave falta de espalhante
adesivo pode-se danificar os tecidos vegetais pelc efeito-lente quando o sol incide
sobre elas Aleacutem disso a gota por natildeo se espalhar sobre toda superfiacutecie folhar
concentra nela e consequumlentemente sobre o tecido que estaacute em contato com ela uma
quantidade maior do produto aplicado Essa maior concentraccedilatildeo pode prejudicar a
absorccedilatildeo e lesionar os tecidos principalmente apoacutes a evaporaccedilatildeo da aacutegua contida na
gota por resultar em uma maior concentraccedilatildeo de sais no local especialmente quando se
aplicam por exemplo calda sulfocaacutelcica bordalesa biofertilizante enriquecido com
macro e micronutrientes (Claro 2001)
O alhol eacute um espalhante adesivo ecoloacutegico que tambeacutem auxilia no controle de
pragas E elaborado com aacutegua alho oacuteleo vegetal e sabatildeo neutro a partir da sabedoria
popular que menciona o alho como repelente de insetos Juacutenior Abreu amp Maiorano
(199-) indicam formulaccedilotildees contendo alho para o controle de pragas como nematoacuteides
(Meloidogyne incoacutegnita e M javanica) mosca do chifre lagarta na maccedilatilde pulgotildees
besouro da batata trips e para controle de doenccedilas fuacutengicas e bacterianas como miacuteldio
ferrugem fusariose helminthosporiose murchadeira (Pseudonamos solacearum)
bruzone do arroz (Pyricularia orysae) podridatildeo negra do repolho e couve-flor
(Xanthomonas campestris) Aleacutem disso o alho pelo seu bom teor em oacuteleo pode agir
tambeacutem como espalhante adesivo O sabatildeo tambeacutem eacute indicado como espalhante adesivo
22
e possui accedilatildeo contra certas pragas (pulgotildees) sendo que o oacuteleo vegetal eacute indicado no
controle de cochonilhas e usado como espalhante adesivo (Claro 2001)
253 Calda Bordalesa
A calda bordalesa eacute um tradicional defensivo agriacutecola que pode ser preparado na
propriedade com a mistura de sulfato de cobre cal virgem e aacutegua As concentraccedilotildees de
sulfato de cobre e cal satildeo distintas dependendo do objetivo do seu emprego
Geralmente diferem de acordo com o tipo de planta ou espeacutecie vegetal as condiccedilotildees
climaacuteticas o grau de infestaccedilatildeo da doenccedila e a fase de crescimento da planta Eacute indicada
para o controle de miacuteldio alternaacuteria botrytis e antracnose (Penteado 1999)
A calda bordalesa caracteriza-se pela sua importante accedilatildeo no controle de diversas
doenccedilas fungicas nas mais diversas espeacutecies de culturas Possui tambeacutem uma relativa
accedilatildeo bactericida e em alguns casos age como repelente de insetos Da mistura do
sulfato de cobre com a cal resulta uma soluccedilatildeo rica em macronutrientes e
micronutrientes Provavelmente os expressivos resultados obtidos com a aplicaccedilatildeo da
calda bordalesa devam-se natildeo somente a sua accedilatildeo fuacutengica e bactericida mas sobretudo
agrave influecircncia positiva que exerce no metabolismo das plantas ativando o processo
enzimaacutetico e estimulando a proteossiacutentese aumentando a resistecircncia das plantas (Claro
2 0 0 1 ) caracteriacutestica fundamental na agricultura sustentaacutevel
254 Biofertilizante Super Magro
A calda Super Magro eacute produto da fermentaccedilatildeo de estercos animais enriquecidos
por micronutrientes e outros produtos de origem animal obtendo-se uma calda
biofertilizante para aplicaccedilatildeo foliar nas plantas (Penteado 1999) jaacute foram observados
bons resultados principalmente nas culturas de uva maccedila pecircssego tomate batata e
hortaliccedilas em geral
E indicado como fonte suplementar de micronutrientes para as plantas inibidor
de fungos e bacteacuterias causadores de doenccedilas e para aumentar a resistecircncia contra insetos
e aacutecaros (Penteado 1999) i
Muller (1999) avaliou a influecircncia do biofertilizante Super Magro sobre as
culturas de tomate (Lycopersicon esculentum Mill) ervilha (Pisum sativum L) e
beterraba (Beta vulgaris L) O autor obteve cultivos com baixa severidade de doenccedilas e
23
insetos fitoacutefagos possivelmente por causa do manejo orgacircnico de produccedilatildeo Os
resultados das pulverizaccedilotildees das soluccedilotildees foliares variaram conforme a cultura e o
clima
255 Biofertilizante MB4
A utilizaccedilatildeo das farinhas de rochas eacute uma das teacutecnicas mais modernas usadas nos
uacuteltimos anos na agricultura O elevado nuacutemero de nutrientes contidos no MB4 como
cobre zinco manganecircs cobalto soacutedio alumiacutenio silicatos de magneacutesio ferro e caacutelcio
acompanhado de foacutesforo potaacutessio e enxofre reagem com a soluccedilatildeo do solo liberando
elementos essenciais ao desenvolvimento da vida microbiana os quais exercem um
papel fundamental atraveacutes de transformaccedilotildees quiacutemicas e do equiliacutebrio bioloacutegico
favorecendo o desenvolvimento sadio das plantas (Pinheiro amp Barreto 2000)
24
3 MATERIAL E MEacuteTODOS
31 Local de execuccedilatildeo do experimento
O presente trabalho foi conduzido no Centro de Pesquisa da Regiatildeo Sul
(FEPAGROSUL) no municiacutepio de Rio Grande nlt periacuteodo de 15 de maio a 26 de
agosto de 2 0 0 2
O solo eacute classificado como ldquoTuiardquo satildeo muito arenosos As massas aquaacuteticas do
Oceano Atlacircntico e Lagoa dos Patos influenciam ventos temperatura pressatildeo umidade
relativa e demais fatores climaacuteticos A topografia da regiatildeo litoracircnea eacute plana com
lenccediloacuteis freaacuteticos superficiais
32 Anaacutelise estatiacutestica
O experimento foi constituiacutedo em fatorial 3X3 (Quadro 1) com quatro repeticcedilotildees
no delineamento blocos ao acaso As variaacuteveis respostas foram submetidas agrave anaacutelise de
variaccedilatildeo e ao teste de Duncan a 5 de probabilidade para comparaccedilatildeo das meacutedias
utilizando-se o sistema SANEST (Zonta amp Machado 1984)
As anaacutelises estatiacutesticas das variaacuteveis estudadas encontram-se nos Apecircndices C D
Os resultados das respostas agronocircmicas e das determinaccedilotildees dos conteuacutedos dos
macronutrientes bem como os de raiz estatildeo nas tabelas de 1 a 3
25
As diferentes adubaccedilotildees seratildeo representadas durante a discussatildeo da seguinte
forma 1 VB (30 t ha 1 de vermicomposto) 15 VB (45 t ha 1 de vermicomposto) e EC
(60 t ha 1 de esterco de curral) 1 VB+SM+U+CB (30 t ha 1 de vermicomposto mais
super magro mais urina de vaca mais calda bordalesa) 15 VB+SM+U+CB (45 t ha 1 de
vermicomposto mais super magro mais urina de vaca mais calda bordalesa)
EC+SM+U+CB (60 t ha 1 de esterco de curral mais super magro mais urina de vaca
mais calda bordalesa) 1 VB+MB4 +U+CB (30 t ha 1 de vermicomposto mais MB4 mais
urina de vaca mais calda bordalesa) 15 VB+MB4 +U+CB (45 t ha 1 de vermicomposto
mais MB4 mais urina de vaca mais calda bordalesa) EC+MB4 +U+CB (60 t ha 1 esterco
de curral mais MB4 mais urina de vaca mais calda bordalesa)
QUADRO 1 Descriccedilatildeo dos fatores experimentais e respectivos niacuteveis
Niacuteveis Fator 1 ADUBACcedilAtildeO DE BASE
0 1 Vermicomposto (30 t ha1)
0 2 Vermicomposto (45 t ha1)
03 Esterco de curral (60 t ha1)
Niacuteveis Fator 2 BIOFERTILIZANTES LIacuteQUIDOS
0 1 Super magro (5) + Urina de Vaca + Calda Bordalesa
0 2 MB4 (10) + Urina de vaca + Calda Bordalesa
03 Ausecircncia (testemunha)
33 Tratamentos
Da combinaccedilatildeo entre niacuteveis e fatores foram obtidos 9 tratamentos que estatildeo
descritos no Quadro 2 bem como as doses de adubaccedilatildeo utilizadas no experimento
26
QUADRO 2 Tratamentos e doses de adubaccedilatildeo utilizadas no experimento
TRATAMENTOS
Ndeg FATOR I FATOR II
0 1 30 t ha de vermicomposto Super magro 5 Urina de vaca Calda Bordalesa
0 2 30 t harsquo de vermicomposto MB4 10 Urina de vaca Calda Bordalesa
03 30 t ha de vermicomposto - - -
04 45 t ha de vermicomposto Super magro 5 Urina de vaca Calda Bordalesa
05 45 t ha de vermicomposto MB4 10 Urina de vaca Calda Bordalesa
06 45 t ha de vermicomposto - - -
07 60 t hade esterco Super Magro 5 Urina de vaca Calda Bordalesa
08 60 t hade esterco MB4 10 Urina de vaca Calda Bordalesa
09 60 t hade esterco - - -
Cada parcela foi constituiacuteda por dois canteiros medindo 1 m de largura x 2 m de
comprimento perfazendo 075 m de aacuterea de aacuterea uacutetil (025 m de bordadura) Foi
utilizando semeadura a lanccedilo com densidade de 24 g canteiro1
O vermicomposto a urina de vaca o esterco de curral o alhol os biofertilizantes e
a calda bordalesa foram de procedecircncia do Centro de Pesquisa da Regiatildeo Sul O
vermicomposto de esterco bovino misturado agraves cascas de frutas foi processado pela
minhoca vermelha califomiana Eisenia foetida)
O biofertilizante Super Magro foi elaborado segundo a metodologia descrita pela
FEPAGROSUL utilizando-se os seguintes componentes 190 litros de aacutegua 22 litros
de leite 55 Kg de accediluacutecar mascavo 30 Kg de esterco fresco de bovinos 2 Kg de
Sulfato de zinco 2 Kg de sulfato de magneacutesio 2 Kg de cloreto de caacutelcio 1 Kg de aacutecido
boacuterico 300 g de sulfato de cobre 300 g de sulfato de ferro 300 g de sulfato de
manganecircs 100 g de molibdato de soacutedio 50 g de sulfato de cobalto 3 Kg de fosfato
natural 3 Kg de cinza e 200 g de farinha de osso
A urina de vaca em lactaccedilatildeo foi coletada pela manhatilde e armazenada em recipiente
fechado por trecircs dias em condiccedilotildees ambientais para que se formasse a amocircnia e natildeo
ocorresse perda de nitrogecircnio
28
Realizaram-se duas capinas manuais durante o experimento e em seguida como
cobertura se colocou casca de arroz Tambeacutem foi aplicado esterco de aves 30 dias antes
da colheita na quantidade de 05 Kg canteiro 1 como adubaccedilatildeo de cobertura
As pulverizaccedilotildees com os produtos iniciaram apoacutes 15 dias da germinaccedilatildeo
Realizou-se sete aplicaccedilotildees sendo que as duas primeiras foram feitas apenas com
Super Magro e MB4 Na terceira e na quarta aplicaccedilatildeo utilizou-se urina de vaca e calda
bordalesa em concentraccedilotildees menores (05 e 025 respectivamente) e na quinta
aplicaccedilatildeo as dosagens de urina de vaca e calda bordalesa foram elevadas para 1 0 e
05 respectivamente ateacute o final do experimento O alhol foi utilizado a partir da
terceira pulverizaccedilatildeo na quantidade de 2 e seguiu ateacute o final no dia 26 de agosto
quando as mudas foram colhidas e posteriormente analisadas as variaacuteveis
35 Observaccedilotildees agronocircmicas
Foram utilizadas 20 mudas de cebola para obtenccedilatildeo das meacutedias das variaacuteveis as
quais foram as seguintes
351 Fitomassa fresca da parte aeacuterea e raiacutezes
Foi realizada atraveacutes de uma balanccedila digital procedendo-se a pesagem de 20
mudas de cebola previamente lavadas e posteriormente secadas durante uma hora sobre
um tecido de algodatildeo agrave temperatura ambiente Processo idecircntico foi adotado com as
raiacutezes
352 Fitomassa seca da parte aeacuterea e raiacutezes
Esta variaacutevel foi obtida a partir da secagem preliminar em estufa de ar forccedilado
durante 48 horas a 65 C ateacute peso constante com posterior pesagem em balanccedila
analiacutetica
353 Altura da muda
A altura de muda foi medida a partir do colo das plantas ateacute sua uacuteltima folha
(ponto de crescimento) com uma reacutegua graduada de 40 cm
29
354 Diacircmetro do colo das plantas
Esta medida foi realizada no ponto de transplante a 2 mm das raiacutezes e utilizando-
se um paquiacutemetro SOMET
355 Sistema radicular
Ao teacutermino do experimento foram retiradas as raiacutezes das mesmas plantas que foram
utilizadas para as determinaccedilotildees realizadas na parte aeacuterea procedendo-se uma amostra
de solo com raiacutezes de 2 0 cm de largura x 2 0 cm de comprimento e 2 0 cm de altura
totalizando 8000 cm3
As raiacutezes apoacutes serem lavadas em aacutegua corrente foram pesadas acondicionadas em
sacos plaacutesticos e congeladas para posteriores anaacutelises pelo meacutetodo de Tennant (1975)
para a determinaccedilatildeo do comprimento e densidade
3551 Comprimento de raiz
Utilizou-se para a determinaccedilatildeo do comprimento de raiz as seguintes foacutermulas
1 = ndeg x 1114 x 1 onde
1 - comprimento de raiz de uma amostra uacutemida de 0 0 2 g
ndeg - nuacutemero de intercessotildees das raiacutezes com os lados da quadriacutecula da malha do
aparelho
1114 - constante
1 - medida lateral da quadriacutecula em cm
Tomando-se a fiacutetomassa seca e o comprimento da raiz da cada amostra
relacionou-se com a fiacutetomassa seca e o comprimento total da raiz da planta aplicando-
se a seguinte equaccedilatildeo
L = (FSR x 1) FSPA onde
L - comprimento total da raiz da planta (m)
FSR - fiacutetomassa seca de raiz
FSPA - fiacutetomassa seca da parte aeacuterea
L - comprimento de raiz de uma amostra uacutemida de 002g
3552 Densidade de raiz
A densidade foi determinada pela foacutermula
D = L 8000 onde
D - densidade de raiacutezes (m cm3)
30
L - comprimento total de raiacutezes (m)
8 0 0 0 - volume da amostra (cm3)
3553 Razatildeo parte aeacutereasistema radicular
Este paracircmetro foi obtido pela equaccedilatildeo
RPASR = FSPA FSR onde
RPASR - razatildeo parte aeacuterea sistema radicular
FSPA - fitomassa seca da parte aeacuterea
FSR - fitomassa seca do sistema radicular
36 Determinaccedilatildeo de macronutrientes no tecido vegetal
Os macronutrientes nitrogecircnio foacutesforo potaacutessio caacutelcio e magneacutesio foram
determinados no laboratoacuterio de Fertilidade e Anaacutelise de Plantas do Departamento de
Solos da UFPel atraveacutes dos meacutetodos descritos por Tedesco amp Gianello (1996)
31
4 RESULTADOS E DISCUSSAtildeO
41 Anaacutelise das variaacuteveis
A anaacutelise da variaccedilatildeo mostrou que houve diferenccedila significativa na interaccedilatildeo entre
os fatores de adubaccedilatildeo de base e biofertilizantes liacutequidos com exceccedilatildeo da variaacutevel altura
de planta para a qual somente a adubaccedilatildeo de base mostrou-se significativa (Apecircndices
C D e E Tabelas 1C 1D e 1E)
411 Anaacutelise da parte aeacuterea
Na Tabela 1 destacaram-se as adubaccedilotildees EC+SM+U+CB EC+MB4 +U+CB e EC
que diferiram significativamente das demais adubaccedilotildees para as variaacuteveis fiacutetomassa
fresca da parte aeacuterea (FFPA) fiacutetomassa seca da parte aeacuterea (FSPA) altura de planta
(AP) e diacircmetro do colo (DC)
32
TABELA 1 Produccedilatildeo de fitomassa fresca e seca (g) da parte aeacuterea altura de planta
(cm) e diacircmetro de colo (mm) de mudas de cebola Petrolini cultivadas
sob uma perspectiva agroecoloacutegica Pelotas-RS 2003
BIOFERTILIZANTES LIacuteQUIDOSADUBACcedilAtildeO S Magro + MB4 +DE BASE Urina + Calda Urina + Calda Testemunha
Bordalesa Bordalesa
30 t ha de vermicomposto 7015 c A45 t halsquo de vermicomposto 7824 b B60 t ha de esterco de curral 12248 a C
30 t ha de vermicomposto 667 c A45 t ha de vermicomposto 752 b A60 t ha de esterco de curral 1150a C
30 t ha de vermicomposto 2975 b A45 t harsquo de vermicomposto 2775 b A60 t ha de esterco de curral 3600 a B
30 t ha de vermicomposto 631 b A45 t ha de vermicomposto 6 2 2 b B60 t ha de esterco de curral 741 a C
-Fitomassa fresca (g)----------------6270 c B 6885 b A8832 b A 6308 c C
15082 a A 13934 a BmdashFitomassa seca (g)----------------
625 c A 655 b A830 b A 607 b B
1345 a A 1262 a B-Altura de planta (cm)----------------
2950 b A 3050 b A2937 b A 2950 b A 3975 a A 3622 a B
-Diacircmetro de colo (mm)---------------592 c B 599 b B 657 b A 609 b B 819a A________ 793a B
Meacutedias seguidas pela mesma letra minuacutescula para as colunas (adubaccedilatildeo de base) e maiuacutesculas para as linhas (biofertilizantes) natildeo diferem entre si pelo teste de Duncan a 5
O efeito positivo do esterco bovino pode ser atribuiacutedo agraves melhorias nas condiccedilotildees
fiacutesicas do solo por ele proporcionado Segundo Primavesi (1982) e Compagnoni amp
Putzolu (1985) o esterco bovino apresenta propriedades condicionadoras do solo dando
agraves plantas melhores condiccedilotildees de desenvolvimento elevando sobremaneira os
conteuacutedos de fitomassa fresca das plantas que refletiratildeo nas demais respostas
agronocircmicas
Analisando as adubaccedilotildees de base em relaccedilatildeo aos biofertilizantes observa-se que
para os tratamentos 1 VB (30 t ha 1 de vermicomposto) - natildeo houve influecircncia dos
biofertilizantes para as variaacuteveis FSPA e AP enquanto destacou-se o SM+U+CB para o
DC e SM+U+CB e ausecircncia da adubaccedilatildeo liacutequida para a FFPA mostrando que o uso
dos biofertilizantes natildeo influenciou esta variaacutevel 15 VB (45 t ha 1 de vermicomposto) -
verificou-se a eficiecircncia do uso do MB4 +U+CB para as variaacuteveis FFPA e DC Para a
variaacutevel FSPA destacaram-se os dois biofertilizantes utilizados jaacute para AP natildeo houve
33
influecircncia destes EC (60 t ha 1 de esterco de curral) - em todas as variaacuteveis observadas
na tabela 5 as respostas foram significativas utilizando MB4 +U+CB
As respostas encontradas no presente trabalho para as variaacuteveis AP e FSPA foram
superiores as obtidas por Dalponte (1990) quando utilizado 0 esterco de curral para
produccedilatildeo de mudas de cebola
Segundo Filgueira (2000) os solos da regiatildeo produtora de cebola do RS satildeo
pobres em foacutesforo disponiacutevel (15 mg Kg1) necessitando portanto de adubaccedilotildees
fosfatadas elevadas As respostas aqui obtidas podem ser justificadas pelos teores de
foacutesforo contido no MB4
Follet et al (1981) citam a importacircncia do uso de compostos orgacircnicos no solo
enfatizando os estercos no sentido da decomposiccedilatildeo continuada no fornecimento de
nutrientes e na liberaccedilatildeo lenta e gradual de aacutecidos orgacircnicos influenciando a liberaccedilatildeo
do foacutesforo O que provavelmente pode ser atribuiacutedo agraves respostas encontradas no
presente trabalho para 0 tratamento Esterco de curral mais MB4 e Urina mais Calda
Bordalesa
E importante destacar que 0 sistema de produccedilatildeo de mudas de cebola sob uma
perspectiva agroecoloacutegica mostra-se eficiente quando visualmente natildeo percebe-se
diferenccedila significativa entre os tratamentos (Apecircndice F Figura 2)
Conveacutem ressaltar que quando trabalhamos com agroecologia natildeo existem
receitas nem pacotes tecnoloacutegicos prontos Cada situaccedilatildeo deveraacute ser estudada em
particular para que se faccedila recomendaccedilotildees adequadas ao ambiente local uma vez que
as plantas se adaptam ao meio estando a nutriccedilatildeo encarregada de proteger e manter o
equiliacutebrio do organismo vegetal em funccedilatildeo das alteraccedilotildees externas
E fundamental que se compreenda os princiacutepios norteadores de todo o processo
que satildeo as bases da luta por uma sociedade mais justa dentro de um mundo econocircmico e
ambientalmente mais sustentaacutevel
412 Anaacutelise do sistema radicular
Os resultados obtidos nas anaacutelises do sistema radicular (Tabela 2) mostram
diferenccedilas significativas entre as adubaccedilotildees para as variaacuteveis fitomassa fresca de raiz
(FFR) fitomassa seca de raiz (FSR) comprimento de raiz (CR) razatildeo parte
aeacutereasistema radicular (RPASR) e densidade de raiz (DR)
34
TABELA 2 Produccedilatildeo de fitomassa fresca e seca (g) comprimento (cm) e densidade de
raiacutezes (m cm3) de mudas de cebola Petrolini cultivadas sob uma
perspectiva agroecoloacutegica e razatildeo parte aeacutereasistema radicular Pelotas-
RS 2003
BIOFERTILIZANTES LIacuteQUIDOSADUBACcedilAO DE BASE
S Magro + MB4 +Urina + Calda Urina + Calda Testemunha
Bordalesa Bordalesa
de vermicomposto de vermicomposto de esterco de curral
de vermicomposto de vermicomposto de esterco de curral
de vermicomposto de vermicomposto de esterco de curral
de vermicomposto de vermicomposto de esterco de curral
1540 c A 1576 b B 2427 a A
Fitomassa fresca (g)----------------1502 c B 1517 b AB 1658 b A 1446 c C 2336 a B 2360 a B
--------------------Fitomassa seca (g)-------------------196 b A 207 ab A 170 b A170 b A 199 b A 192 b A 344 a A 249 a B 327 a A
Comprimento de raiz(cm)---------------1237 b A 1158 b A 1158 a A1237 b A 1060 c B 1040 b B1433 a A 1296 a B 1040 b C
30 t ha 45 t ha 60 t ha
30 t ha 45 t ha 60 t ha
30 t halsquo 45 t ha 60 t ha
30 t ha 45 t ha 60 t ha
30 t ha de vermicomposto 45 t ha de vermicomposto60 t ha~ de esterco de curral__________________________ _________________________Meacutedias seguidas pela mesma letra minuacutescula para as colunas (adubaccedilatildeo de base) e maiuacutesculas para as linhas (biofertilizantes) natildeo diferem entre si pelo teste de Duncan a 5
-----Razatildeo Parte AeacutereaSistema Radicular------340 b AB 301c B 384 a A446 a A 415 b A 326 a B339 b B 546 a A 388 a B
-------------- Densidade de raiz (m cm3)------------367 a AB 414 a A 325 b B282 b B 301b B 405 a A347 ab A 231c B 324 b A
Em relaccedilatildeo agraves adubaccedilotildees de base destacou-se o EC (60 t ha 1 de esterco de curral)
para as variaacuteveis FFR e FSR Quando adicionado o SM+U+CB os resultados para FFR
foram ainda melhores bem como o CR As respostas obtidas para a RPASR foram
variadas em relaccedilatildeo agraves adubaccedilotildees apresentando melhores resultados para 15 VB (45 t
ha 1 de vermicomposto)+SM+U+CB e ainda melhor para EC (60 t ha 1 de esterco de
curral)+MB4 +U+CB As adubaccedilotildees de base 1 VB 15 VB e EC natildeo diferiram entre si
As adubaccedilotildees mais eficientes para a variaacutevel DR foram 1 VB+SM+U+CV que natildeo
diferiu da EC+SM+U+CB I VB+ MB4 +U+CB e agrave 15 VB foram melhores entre as
demais
35
Analisando os biofertilizantes em relaccedilatildeo a cada adubaccedilatildeo de base verifica-se que
para a 1 VB (30 t ha 1 de vermicomposto)+SM+U+CB destaca-se a variaacutevel FFR
poreacutem sem diferenccedila significativa de 1 VB os melhpres resultados para a variaacutevel DR
foram encontrados pelo tratamento 1 VB+MB4 +U+CB e 15 VB (45 t ha 1 de
vermicomposto) tambeacutem se considera eficiente o 1 VB+SM+U+CB que natildeo diferiu do
EC (esterco de curral) Quando se utilizou 15 VB+ MB4 +U+CB houve resposta
significativa para a variaacutevel FFR para FSR as respostas natildeo foram diferentes com a
aplicaccedilatildeo dos biofertilizantes para as variaacuteveis FSR e DR as adubaccedilotildees EC e
EC+SM+U+CB natildeo diferiram entre si
Embora as respostas estatiacutesticas tenham sido diferentes para as adubaccedilotildees
combinadas ou natildeo pode-se salientar a importacircncia do aacutecido indol-aceacutetico como jaacute
citado anteriormente para as variaacuteveis avaliadas na parte aeacuterea das mudas de cebola
Respostas semelhantes nesse sentido foram encontradas para a cultura da alface por
Quijano (1999) e Morselli (2001)
Pereira et al (2002) concluiacuteram em trabalho realizado com a cultivar de cebola
CNPF1 6400 em Minas Gerais que a utilizaccedilatildeo de 20 t ha de esterco de curral
proporcionou os melhores resultados para a produccedilatildeo de cebola
Silva Juacutenior amp Giorgi (1992) e Menezes Juacutenior (1998) citam que doses elevadas
de mateacuteria orgacircnica podem prejudicar a primeira fase da germinaccedilatildeo (embebiccedilatildeo) e
absorccedilatildeo de aacutegua pelas raiacutezes das placircntulas No entanto no presente trabalho este fato
natildeo ocorreu embora a dose de esterco utilizada tenha sido de 60 t ha 1 (dose maacutexima
recomendada segundo Nolla 1982)
413 Anaacutelise de macronutrientes no tecido vegetal
Os resultados dos conteuacutedos de nitrogecircnio foacutesforo potaacutessio caacutelcio e magneacutesio no
tecido vegetal sob diferentes adubaccedilotildees encontrados na Tabela 3 indicam mais uma
vez a superioridade da adubaccedilatildeo esterco com 0 uso ou natildeo de biofertilizantes
36
TABELA 3 Conteuacutedos (mg planta1) de nitrogecircnio foacutesforo potaacutessio caacutelcio e
magneacutesio no tecido vegetal de mudas de cebola Petrolini cultivadas sob
uma perspectiva agroecoloacutegica Pelotas-RS 2003
BIOFERTILIZANTES LIacuteQUIDOS i J B
ADUBACcedilAtildeO S Magro + MB4 +DE BASE Urina + Calda Urina + Calda Testemunha
Bordalesa Bordalesamg plantas1
---- Nitrogecircnio-----30 t ha de vermicomposto 16593 c AB 15451 c B 19050 b A45 t ha de vermicomposto 21444 b A 22888 b A 17852 b B60 t ha de esterco de curral 32606 a C 37593 a B 40816 a A
--------------- ------ Foacutesforo------- -------------30 t ha de vermicomposto 3098 c B 2802 c B 3999 b A45 t ha de vermicomposto 4109 b A 4135 b A 2788 c B60 t ha de esterco de curral 5300 a B 7577 a A 7565 a A
------- Potaacutessio------30 t ha de vermicomposto 24327 c A 19900 c B 24965 b A45 t ha de vermicomposto 29113b A 29812 b A 22031 b B60 t ha de esterco de curral 44070 a B 51976 a A 54101 a A
-------- Caacutelcio-------30 t ha de vermicomposto 5027 c A 4356 c A 4834 b A45 t ha de vermicomposto 6114b A 6963 b A 4379 b B60 t ha de esterco de curral 9030 a C 11451 a A 10331 a B
------Magneacutesio-----30 t ha de vermicomposto 1188 b A 914 c A 1202 b A45 t ha de vermicomposto 1231 b B 1582 b A 1176 b B60 t ha de esterco de curral 2136a B 2443 a A 2663 a AMeacutedias seguidas pela mesma letra minuacutescula para as colunas (adubaccedilatildeo de base) e maiuacutesculas para as linhas (biofertilizantes) natildeo diferem entre si pelo teste de Duncan a
Em relaccedilatildeo agraves adubaccedilotildees de base observa-se que o melhor tratamento foi o
esterco de curral para todas as variaacuteveis Para 1 VB (30 t ha^ 1 de vermicomposto) natildeo
houve resposta diferenciada com o uso de bofertilizantes para todas as variaacuteveis A
adubaccedilatildeo 15 VB (45 t ha 1 de vemicomposto) foi influenciada pelos biofertilizantes
para as variaacuteveis N P K e Ca enquanto que para Mg somente o MB4+U+CB o
influenciou O EC (esterco de curral) mostrou diferenccedila significativa apenas para as
variaacuteveis Ca e Mg quando adicionado MB4+U+CB
Segundo Peixoto (2000) eacute fundamental a adiccedilatildeo de adubos orgacircnico no cultivo de
hortaliccedilas seja na forma de esterco decomposto composto ou huacutemus de minhoca de
37
modo a fornecer melhorias nas propriedades do solo vindo a disponibilizar os nutrientes
as diferentes culturas
O esterco fresco conteacutem muita cama celuloacutesica e um elevado teor de aacutegua No
esterco curtido a celulose jaacute estaacute decomposta o teor de aacutegua estaacute reduzido agrave metade e os
nutrientes em uma forma mais assimilaacutevel e mais concentrada O esterco fresco pode
causar uma deficiecircncia temporaacuteria de nitrogecircnio no solo ao se decompor o que natildeo
acontece com o biestabilizado (Kiehl 1985)Ocorre uma diminuiccedilatildeo inicial no volume
de aacutegua retido no esterco de curral diminui inicialmente em tomo de 3581 liberando
posteriormente somente 496 evidenciando a sua capacidade de retenccedilatildeo de aacutegua
(Menezes Juacutenior 1998)
A utilizaccedilatildeo continuada de adubos nitrogenados minerais no solo altera o balanccedilo
do nitrogecircnio entre o solo e planta No meacutetodo biodinacircmico eacute sublinhada a importacircncia
dos adubos animais para o estabelecimento da fertilidade permanente dos solos (Koeff
et al 1983)
Para Guimaratildees (1997) os benefiacutecios que a mateacuteria orgacircnica imprime ao solo
principalmente melhorando a produtividade fertilidade e a influencia que as substancias
huacutemicas exercem sobre o ambiente dependem da qualidade e do teor de mateacuteria
orgacircnica do solo Estas substacircncias por conterem nutrientes em sua constituiccedilatildeo em uma
forma mais disponiacutevel para as plantas promovem um equiliacutebrio no ambiente no solo
(Kononova 1966)
Aproximadamente de 60 a 70 do total de carbono do solo ocorre na forma de
materiais huacutemicos (Griffith amp Schnitzer 1975) sendo a eles atribuiacutedo a manutenccedilatildeo da
bioestrutura do solo aumentando a capacidade de retenccedilatildeo de aacutegua (Brady 1999)
Conforme Compagnoni amp Putzolu (1985) os estercos bem como os demais
resiacuteduos orgacircnicos apresentam conteuacutedos diferentes de aacutecidos huacutemicos e fuumllvicos sendo
atribuiacutedo ao acido huacutemico uma accedilatildeo fitoestimulante semelhante aos fitohormocircnios por
favorecer o desenvolvimento do sistema radicular e crescimento do caule
Em trabalho realizado por Guimaratildees (1997) foi encontrado para aacutecidos huacutemicos
de esterco bovino uma relaccedilatildeo CN 1035 e para vermicomposto bovino 17
evidenciando que o esterco quando aplicado ao solo por apresentar uma relaccedilatildeo CN
proacutexima deste reage mais facilmente liberando nutrientes para as plantas sem alterar a
cadeia troacutefiacuteca Dados encontrados no presente trabalho demonstram a eficiecircncia do
esterco nesse sentido
38
De acordo com Morselli (2001) vaacuterios trabalhos citam comentam e discutem a
capacidade dos vermicompostos em proporcionar oacutetimas colheitas e favorecer a
precocidade das plantas cultivadas Poreacutem muitas vezes se observa que mesmo
suprindo essas plantas com nutrientes necessaacuterios atraveacutes de huacutemus de diferentes fontes
as respostas natildeo satildeo as mesmas para uma mesma cultivar
Por outro lado os resultados com o uso de substacircncias huacutemicas satildeo variaacuteveis e
dependem aleacutem da espeacutecie testada das substacircncias huacutemicas utilizadas sua
concentraccedilatildeo o grau de purificaccedilatildeo e das condiccedilotildees experimentais A resposta das
plantas aos aacutecidos huacutemicos e fuacutelvicos eacute dependente da mateacuteria prima original e da
espeacutecie vegetal pois materiais orgacircnicos diferentes apresentam aacutecidos huacutemicos e
fuacutelvicos diferentes (Businelli 1990)
Justificam-se os maiores conteuacutedos de nitrogecircnio foacutesforo potaacutessio e caacutelcio nas
adubaccedilotildees 15 VB (45 t ha 1 de vermicomposto) e biofertilizantes devido
provavelmente ao vermicomposto utilizado apresentar na sua constituiccedilatildeo teores
consideraacuteveis destes elementos aleacutem do que os biofertilizantes possam ter influenciado
na absorccedilatildeo atraveacutes de sua constituiccedilatildeo Tibau (1984) considera que a urina de vaca eacute
rica em aacutecido indol-aceacutetico e este influencia na absorccedilatildeo radicular O efeito positivo
deste tratamento provavelmente seja devido agrave quantidade aplicada
O biofertilizante que se destacou foi o MB4+U+CB em relaccedilatildeo ao EC (esterco de
curral) e eacute somente para a variaacutevel caacutelcio Isto provavelmente seja devido ao alto teor
deste elemento encontrado na sua constituiccedilatildeo (6872 g Kg1) e pela influecircncia positiva
que a calda bordalesa exerce no metabolismo das plantas atraveacutes dos nutrientes
contidos em sua formulaccedilatildeo O Ca controla a absorccedilatildeo radicular e retorna ao solo pelo
esterco e palhas por apresentar-se em maior quantidade em folhas e caules Depois de
localizado nas folhas fica imoacutevel favorecendo a resistecircncia da planta ao ataque de
fungos
Este trabalho avanccedila no estudo da agroecologia estando claro que todos os
criteacuterios tem caraacuteter dinacircmico de adequaccedilatildeo as mudanccedilas de um sistema de produccedilatildeo
em evoluccedilatildeo contribuindo na transiccedilatildeo para um padratildeo sustentaacutevel Cabe a pesquisa a
reorientaccedilatildeo para um enfoque ldquosistecircmicordquo isto eacute que permita integrar os diversos
componentes de um agroecossistema e a adoccedilatildeo de poliacuteticas puacuteblicas que promovam 0
fortalecimento e a expansatildeo da agricultura familiar
39
5 CONCLUSOtildeES
Considerando os resultados obtidos e as condiccedilotildees em que o estudo foi realizado
conclui-se que
bull As respostas agronocircmicas das mudas de cebola para os paracircmetros avaliados
satildeo mais satisfatoacuterias com a aplicaccedilatildeo de esterco de curral como adubaccedilatildeo de
base
bull Os biofertilizantes mais urina de vaca e calda bordalesa proporcionam
respostas satisfatoacuterias quando aplicados associados agraves adubaccedilotildees de base
bull O biofertilizante MB4 mais urina de vaca e calda bordalesa eacute mais eficiente
que o super magro mais urina e calda bordalesa quando aplicado associado agrave
adubaccedilatildeo de base esterco de curral para os conteuacutedos de fitomassa secae
fresca da parte aeacuterea das plantas altura e diacircmetro de colo das mudas de
cebola
bull Os biofertilizantes adicionados agrave adubaccedilatildeo de base 45 t harsquo 1 de vermicomposto
bovino mostram respostas significativas para os conteuacutedos de fitomassa seca
bull Os maiores conteuacutedos nutricionais para as mudas de cebola satildeo
proporcionados pela adubaccedilatildeo de base esterco de curral
bull A maior absorccedilatildeo de caacutelcio pelas mudas de cebola ocorre quando da adiccedilatildeo do
biofertilizante MB4 mais urina e calda bordalesa agrave adubaccedilatildeo de base esterco de
curral
40
6 REFEREcircNCIAS BIBLIOGRAacuteFICAS
ALDRIGHI CB ABREU CM PAGLIA AG MORSELLI TBGA FERNANDES HS Efeito da aplicaccedilatildeo de biofertilizante e urina de vaca em mudas de tomateiro Horticultura Brasileira v20 n2 julho 2002 Suplemento 2
ALTIERI M NICHOLLS C I Agroecologia Teoria praacutectica para umaAgricultura Sustentable Ia ed PNUMA 2000 Cap 2 4 Seacuterie textos baacutesicos para la formacioacuten ambiental
ALTIERI M Agroecologia bases cientiacuteficas para uma agricultura sustentaacutevelGuaiacuteba Agropecuaacuteria 2002 592 p
ANTONIOLLI Z I GIRACCA E M N CARDOSO S J T WIETHAN M M S FERRI M Iniciaccedilatildeo agrave Minhocultura Criaccedilatildeo em Cativeiro e Vermicompostagem Santa Maria UFSM 1996 p59-89
BAYER C MIELNICZUC J Dinacircmica e funccedilatildeo da mateacuteria orgacircnica In SANTOS G de A S e CAMARGO F A de O (ed) Fundamentos da mateacuteria orgacircnica do solo ecossistemas tropicais e subtropicais Porto Alegre Genesis 1999 p 3-23
BARRETTO D X Composto Orgacircnico In Praacutetica em Agricultura Orgacircnica Satildeo Paulo iacutecone Ed Ltda 1985 p 51-63
BETTIOL W Alguns produtos alternativos para o controle de doenccedilas de plantasem agricultura orgacircnica II Ciclo de palestras sobre agricultura orgacircnica Instituto Bioloacutegico Satildeo Paulo p52-63 1997
41
BETTIOL W TRACH R GALVAtildeO JAH Controle de doenccedilas de plantas com biofertilizantes Jaguariuacutena EMBRAPA-CNPMA 1997 22p (EMBRAPA- CNPMA Circular Teacutecnica 02)
BRADY N C Natureza e propriedades dos sotos Rio de Janeiro Freitas BastosS A 1979 647p
BRADY N C Organisms and ecology of the soil In The nature of properties of soils Simon amp Schuster A Viacon Company New Jersey1999 402-489p
BON1LLA J A Fundamentos da Agricultura Ecoloacutegica Sobrevivecircncia eQualidade de Vida Satildeo Paulo Nobel 1992
BUREacuteS S Substratos Ediciones Agroteacutecnicas S L Madrid Octubre 1997
BUS1NELLI M Chemical Composition and Enzymic Activity of some Worm Cast Plant Soil v 80 p 1-2 1990
CALEGARI A Espeacutecies para cobertura de solo In IAPAR (Instituto Agronocircmico de Paranaacute) Plantio Direto pequena propriedade sustentaacutevel organizador Moacir Darolt Londrina - PR 1998 65-93
CAMARGO P N D Manual de Adubaccedilatildeo Foliar Satildeo Paulo Herba 1975
CAPRA F A Teia da Vida Satildeo Paulo Cultrix 1997 256p
CAPRA F O Ponto de Mutaccedilatildeo 22 ed Satildeo Paulo Cultrix 2001 447p
CHABOUSSOU F Plantas doentes pelo uso de agrotoacutexicos (A Teoria da Trofobiose) Porto Alegre LPM 1987 253 p
CLARO S A Referencias tecnoloacutegicos para a agricultura familiar ecoloacutegica aexperiecircncia da Regiatildeo Centro-Serra do Rio Grande do Sul Porto Alegre EMATERRS-ASCAR 2001 250p
CLIVELA G Diagnoacutestico Agronocircmico da cebola no Rio Grande do Sul Porto Alegre EMATERRS 1995 8 6 p
COMISSAtildeO DE FERTILIDADE DO SOLO - RSSC Recomendaccedilotildees de adubaccedilatildeo e calagem para os estados do Rio Grande do Sul e Santa Catarina 3 ed Passo Fundo SBCS - Nuacutecleo Regional Sul 1995 223p
COMPAGNONI L PUTZOLU G Cria moderna de Ias lombrices y utilizacioacutenrentable dei humus Barcelona Editorial de Vecchi- SA 1985127p
COSTABEBER J A MOYANO E Transiccedilatildeo agroecoloacutegica e accedilatildeo social coletiva Agroecologia e Desenvolvimento Rural Sustentaacutevel Porto Alegre v l n4 p 50- 60 outdez 2 0 0 0
42
COSTA M B B da Adubaccedilatildeo orgacircnica Nova siacutentese e novo caminho para aagricultura Satildeo Paulo Ed iacutecone Ltda 1985 102p
COSTA NETO C Agricultura Sustentaacutevel Tecnologias e Sociedade In CARVALHO COSTA LF et al (org) Mundo Rural e Tempo Presente Rio de Janeiro Mauad 1999
DrsquoAG0ST1NI R L FANTINI A C Produccedilatildeo orgacircnica tambeacutem socialmente excludente Agroecologia e Desenvolvimento Rural Sustentaacutevel Porto Alegre v3 n l p57-61 2002
DALPONTE J C V Utilizaccedilatildeo de materiais orgacircnicos e fertilizante mineral na produccedilatildeo e qualidade de mudas e bulbos de cebola (Alliurn Cepa L) Pelotas-RS 1990 (Mestrado em Agronomia) - Faculdade de Agronomia Eliseu Maciel UFPel 1990
DEBARBA J F THOMAZELLI L F GANDIN C L SILVA E Cadeias produtivas do Estado de Santa Catarina Cebola Florianoacutepolis Epagri 1998 115 p (EPAGRI Boletim Teacutecnico 96)
DUFOUR F Os saacutebios loucos do agro-alimentar Le Monde Diplomatique ano 1 n4 p6-7 1999 (ed portuguesa)
EHLERS E Agricultura Sustetaacutevel Origem e perspectivas de um novo paradigma 2 ed Guaiacuteba Agropecuaacuteria 1999 157 p
FILGUEIRA F A R Novo Manual de olericultura agrotecnologia moderna na produccedilatildeo e comercializaccedilatildeo de hortaliccedilas Viccedilosa UFV 2000 402 p
FRASER G K Mateacuteria Orgacircnica Del Suelo In BEAR F E (ed) Quiacutemica dei Suelo Madrid Ed Agrociencia 1963
FOLLET R H MURPHY L S DONAHUE R L Fertilizers and soil amendments New Jersey Printice-Hall Inc 1981 557p
GARCIA A Revista dei Espacio Rural Georgica Zaragoza Escuela Politeacutecnica de Huesca n5 1997
GARCIA A Versatildeo preliminar de um Programa Estadual de Produccedilatildeo e Comercializaccedilatildeo de Bulbos e Sementes de CebolaEMBRAPAIPAGROMARAEMATER 6 8 pbdquo 1990 (Publicaccedilatildeo avulsa)
GIORGETT1 J R Produccedilatildeo e Comercializaccedilatildeo de Mudas de Tomate In Encontro Nacional de Produccedilatildeo e Abastecimento de Tomate 2 1991 Jaboticabal Satildeo Paulo Anais Jaboticabal UNESP 1991 p 242-244
GLIESSMAN S R Agroecologia Processos ecoloacutegicos em agricultura sustentaacutevelPorto Alegre Universidade Federal do Rio Grande do Sul - UFRGS 2000 653p
43
GLIESSMAN S R TURRIALBA C R Agroecologia Procesos Ecoloacutegicos en Agricultura Sostenible CATIE 2002 p 3-14
GNOATTO S C Caracterizaccedilatildeo quiacutemica de vermicompostos de diferentes substratos orgacircnicos Pelotas-RS 1999 38 f (Mestrado em Agronomia - Solos) - Faculdade de Agronomia Eliseu Maciel UFPel 1999
GOMES J C C BORBA M F S A moderna crise dos alimentos oportunidade para a agricultura familiar Emater Porto Alegre julset 2000 Disponiacutevel em lthttpwwwematertchebrdocsagroecorevistan313-artigo3htmgtAcesso em 24 fev 2002
GOMEZ H W Desenvolvimento sustentaacutevel agriacutecola e capitalismo In Desenvolvimento sustentaacutevel Necessidade eou disponibilidade Santa Cruz do Sul Nobel - UNISC 1997 p 65-77
GONZAacuteLEZ DE MOLINA M SEVILLA GUZMAacuteN E Ecologia campesinado e historia Para una reinterpretacioacuten dei desarrollo dei capitalismo en la agricultura In SEVILLA GUZMAacuteN E GONZAacuteLEZ DE MOLINA M (ed) Ecologia campesinado e historia Madrid La Piqueta 1993 p 23-129
GRIFFITH S A SCHNITZER M Analytical characteristic of humic and fulvic acids extracted from tropical volcanic soils Soil Sei Soc Am Proc v 39 p361-367 1975
GUIMARAtildeES E Caracterizaccedilatildeo quiacutemica estreptoscoacutepica e por anaacutelise teacutermica de aacutecidos huacutemicos e vermicompostos obtidos de estercos de diferentes animaisCuritiba 1997 Dissertaccedilatildeo (Mestrado em Quiacutemica) Universidade Federal do Paranaacute 1997
HESS A F Sociedade e meio ambiente uma relaccedilatildeo ambiacutegua Revista Cientiacutefica Rural Bageacute v 4 n2 p 167-1741999
ICEPA-SC Informes conjunturais sobre a cultura da cebola Disponiacutevel em lthttpwwwicepa combrgt Acesso em 23 jan 2003
JONES H A MANN L K Onions and their allies New York Interscience Publishers 1962 286 p
JUacuteNIOR H A de MAIORANO J A Receitas obtidas de extratos de plantasCampinas CATITerra Viva [199-] 10 f
KHATOUNIAN C A Ciclo de Palestras sobre Agricultura Orgacircnica 2a Ed SatildeoPaulo Fund Cargill 1997 149 p
KIEHL E J Fertilizantes Orgacircnicos Satildeo Paulo Ed Agronocircmica Ceres Ltda 1985 492p
44
KOEFF H H PETTERSSON B D SHAUMANN W Vida Vegetal solos e adubaccedilatildeo In Agricultura Biodinacircmica Satildeo Paulo Nobel 1983 p92-149
KONONOVA M M Soil organic matter The importance o f organic matter in soil formation and soil fertility New York Pergamqn Press 1961 p 165-200
KUHN T A Estrutura das Revoluccedilotildees Cientiacuteficas Satildeo Paulo Perspectiva 1989 257p
LANNA FCA ABREU C L ABREU J G SILVA V Resposta de cultivares de melancia cultivadas sob adubaccedilatildeo quiacutemica e orgacircnica Horticultura v 12 n l p85 1994
LEFF H Saber Ambiental Petroacutepolis Vozes 2001 343 p
MAGALHAtildeES J R Nutriccedilatildeo e adubaccedilatildeo da cebola In FERREIRA M E CASSTELLANE P D CRUZ M C P Nutriccedilatildeo e adubaccedilatildeo de hortaliccedilasPiracicaba POTAFOS 1993 p 381-393
MALAVOLTA E Elementos de nutriccedilatildeo mineral de plantas Satildeo Paulo Ed Agronocircmica Ceres Ltda 1980 251 p
MALAVOLTA E Manual de Quiacutemica Agriacutecola - Adubos e Adubaccedilatildeo 3a ed SatildeoPaulo Ed Agronocircmica Ceres Ltda 1981 606 p
MARTINEZ A A A grande e Poderosa Minhoca Jaboticabal Funep - Unesp1990 101 p
MARTINS S R Desenvolvimento e Sustentabilidade Horticultura Brasileira Brasiacutelia-DF v20 n2 julho 2002 Palestra apresentada no 42deg Congresso Brasileiro de Olericultura
MARTINS S R Limites Del Desarrollo Sostenible em Ameacuterica Latina En el marco de Ias poliacuteticas de (re)ajuste econocircmico Pelotas Editora UFPel 1997 135 P-
MARTINS S R Sustentabilidade na agricultura dimensotildees econocircmicas sociais e ambientais Revista Cientiacutefica Rural Bageacute v4 n 2 p 175-1871999
MATURANA H REZEPKA S N D E Formaccedilatildeo Humana e Capacitaccedilatildeo Rio de Janneiro Vozes 2000 8 6 p
MELLO A F SOBRINHO M O ARZOLLA S SILVEIRA R NETTO A C KIEHL J C Fertilidade do Solo Satildeo Paulo Nobel 1983
MENEZES JUacuteNIOR F O G D Caracterizaccedilatildeo de Diferentes substratos hortiacutecolas e seu efeito na produccedilatildeo de mudas de alface e couve-flor em ambiente protegido Pelotas 1998 141 p Dissertaccedilatildeo (Mestrado em Agronomia - Produccedilatildeo Vegetal) - Faculdade de Agronomia Eliseu Maciel UFPel 1998
45
MIBASA Mineraccedilatildeo Barreto SA Melhorador de Solos MB4 A Natureza Agradece Arapiraca-AL [199-] Folder
MINAMI K Os resumos da olericultura 2000 In AZEVEDO FILHO MARTINEZ FILHO (ed) Preccedilos agriacutecolas Piracicaba ESALQ 1999 p 4
MINAMI K Produccedilatildeo de Mudas de Alta Qualidade em Horticultura Satildeo Paulo TA Queiroz 1995
MORSELLI T B G A Cultivo sucessivo de alface sob adubaccedilatildeo orgacircnica em ambiente protegidoPelotas 2001 178 p Tese (Doutorado em Agronomia - Produccedilatildeo Vegetal) Faculdade de Agronomia Eliseu Maciel UFPel 2001
MORSELLI T B G A Resiacuteduos orgacircnicos em sistemas agriacutecolas Poliacutegrafo da Disciplina de Resiacuteduos orgacircnicos em sistemas agriacutecolas Curso de Poacutes-Graduaccedilatildeo em Agronomia-Produccedilatildeo Vegetal UFPel 2002
MULLER AM Efeitos da Aplicaccedilatildeo Foliar de um Biofertilizante Enriquecido no Estado fitossanitaacuterio de Tomate Ervilha e Beterraba Sob Manejo OrgacircnicoDissertaccedilatildeo (Mestrado no Programa de Poacutes-Graduaccedilatildeo em Agroecossistemas)1999 (Resumo)
NOLLA D Erosatildeo do Solo - O grande desafio Estado do Rio Grande do Sul SEAGRI desenvolvimento de recursos naturais renovaacuteveis 1982 412 p
PAGLIA AG MORSELLI TBGA PEIL RMN Teores de nutrientes pH e condutividade eleacutetrica da aacutegua em sistema ldquofloat^ngrdquo sob adiccedilatildeo de biofertilizantes Horticultura Brasileira v 20 n2 julho 2002 Suplemento 2
PAULUS G MULLER A BARCELLOS LAR Agroecologia aplicada praticas e meacutetodos para uma agricultura de base ecoloacutegica 2ed ver ampl Porto Alegre EMATERRS 2001 8 6 p
PEIXOTO R T dos G Composto orgacircnico aplicaccedilotildees benefiacutecios e restriccedilotildees de uso Horticultura Brasileira Brasiacutelia-DF v 18 p 56-64 julho 2000
PENTEADO SR Defensivos Alternativos e Naturais Satildeo Paulo 1999 95 p
PEREIRA AJ SOUZA RJ PEREIRA WR Efeito de diferentes doses de esterco de galinha e de curral sobre a produccedilatildeo de cebola Horticultura Brasileira v20 n2 julho 2002 Suplemento 2
PINHEIRO S BARRETO SB MB-4 agricultura sustentaacutevel trofobiose e biofertilizantes Fundaccedilatildeo Juquira CandiruMibasa 2000 273 p
PRIMAVESI A Agricultura Sustentaacutevel Satildeo Paulo Nobel 1992 142 p
PRIMAVESI A O manejo ecoloacutegico do solo Agricultura em regiotildees tropicais SatildeoPaulo Nobel 1982 541 p
46
PURCINO A A C ldquoNitrogecircniordquo Informe Agropecuaacuterio Belo Horizonte v7 n81 p 16-27 1981
QUIJANO F G Efeito da adubaccedilatildeo orgacircnica no desenvolvimento de duas cultivares de alface em ambiente protegido Pelotas 1999 116f Dissertaccedilatildeo (Mestrado em Agronomia - Produccedilatildeo Vegetal) Faculdade de Agronomia Eliseu Maciel UFPel 1999
RODRIGUES A N N Efeitos e residuais de superfosfato triplo sobre o rendimento de mateacuteria seca e absorccedilatildeo de foacutesforo pela aveia (Avena strigosa Schob) em solo Podzoacutelico Vermelho Escuro Porto Alegre 1984 59f Dissertaccedilatildeo (Mestrado em Agronomia) - Faculdade de Agronomia UFRGS 1984
RODRIGUES E T CASALI V W D Respostas da alface agrave adubaccedilatildeo orgacircnica II Teores conteuacutedos e utilizaccedilatildeo de macronutrientes em cultivares Rev Ceres Viccedilosa v 45 n 261 p 437-449 1998
SAMINEcircS T C O Produccedilatildeo orgacircnica de alimentos Horticultura Brasileira Brasiacutelia-DF v 17 n3 novembro 1999
SCHIEDECK G Ambiecircncia e resposta agronocircmica de meloeiro (Cucumis melo L) cultivado sob adubaccedilatildeo orgacircnica em ambiente protegido Pelotas lOOp Tese (Doutorado em Agronomia - Produccedilatildeo Vegetal) - Faculdade de Agronomia Eliseu Maciel UFPel 2002
SILVA JUacuteNIOR A A GIORGI E Substratos alternativos para a produccedilatildeo de mudas de tomate Agropecuaacuteria Catarinense Florianoacutepolis EPAGRI 1992 23 p
SILVA JUacuteNIOR A A MACEDO S G STUKER H Utilizaccedilatildeo de esterco de peru na produccedilatildeo de mudas de tomateiro Florianoacutepolis EPAGRI 1995 28 p (Boletim Teacutecnico 73)
TAGLIARI PS GRASSMANN H Minhoca a grande aliada da agricultura Agropecuaacuteria Catarinense v8 n l p 11-14 mar 1995
TEDESCO M J GIANELLO C Anaacutelises de solo plantas e outros materiais Porto Alegre Faculdade de Agronomia Departamento de Solos Universidade Federal do Rio Grande do Sul RS 1996
TENNANT D A Test of modified line intersect method of estimating root lenght Journal Ecology Oxford v 63 p 995-1001 1975
TIBAU A O Mateacuteria Orgacircnica do Solo Mateacuteria Orgacircnica e Fertilidade do SoloSatildeo Paulo Nobel 1984 p49-182
TIMM P J Anaacutelise comparativa dos sistemas de plantio convencional e cultivo miacutenimo de cebola sob adubaccedilatildeo orgacircnica e mineral Pelotas 2000 79 p Dissertaccedilatildeo (Mestrado em Agronomia - Produccedilatildeo Vegetal) - Faculdade de Agronomia Eliseu Maciel UFPel 2000
47
VALENZUELA HR CROSBY C Effect of compost applications on the yield of several vegetables in long-term organic farming experiments conduced in the tropics American Society Horticultural Science v33 n3 june 1998
VIGLIZZO E (ed) Subprograma Recursos Naturais y Sostenibilidad Agriacutecola documento marco Montevideo IICAPROCISUR 1995 p 75 - 78
WE1D J M TARDIN J M Proposta para a Ampliaccedilatildeo do Trabalho da ASPTA no Centro Sul do Paranaacute ASPTA Disponiacutevel em http wwwpronafgovbrEncontrotestosAS20PTA20Sul20ParanE1205 202002doc Acesso em 05 mai 2002
XAVIER SIMOacuteN F DOMINGUES D G Desenvolvimento Rural Sustentaacutevel uma perspectiva agroecoloacutegica Agroecologia e Desenvolvimento Rural Sustentaacutevel Porto Alegre EM ATERRS v2 n2 p 17-26 2001
ZABALETA J P Diagnoacutestico da Agricultura Familiar em Satildeo Joseacute do Norte - RSPelotas EMBRAPA-CPACT 1998 75 p (EMBRAPA-CPACT Documentos 44)
ZONTA E P MACHADO A A SILVEIRA P Sanest Sistema de anaacutelise estatiacutestica para microcomputadores Registrado na Secretaria Especial de Informaacutetica sob nuacutemero 066060 - categoria A Pelotas-RS Universidade Federal de Pelotas 1984
48
7 APEcircNDICE
APEcircNDICE A - Anaacutelise da adubaccedilatildeo de base e biofertilizantes utilizados na produccedilatildeo de mudas de cebola
TABELA 1 A Anaacutelise baacutesica do solo antes da incorporaccedilatildeo do feijatildeo miuacutedo + papua
Arg
pH IND
SMP
MO
P - n r - Na Al Ca__10Omlmdash
Mg
ppm -
6 53 67 089 8 6 27 1 04 05 0 2
Fonte LASFAEMUFPel (2002)
TABELA 2A Anaacutelise complementar do solo antes da incorporaccedilatildeo do feijatildeo-miuacutedo + papua
Cobre Zinco Manganecircs Ferro
(m v1)
04 05 26 007
Fonte LASFAEMUFPel (2002)
49
TABELA 3A Anaacutelise dos fertilizantes soacutelidos
Amostra pH limidade CN
C N P K Ca Mg
- g-ivg --
Cama de 849 2491 12 31042 2479 3888 3405 29875 463
aves
Esterco 74 3594 11 677 590 157 134 335 214
de curral
Huacutemus 684 5738 14 15965 1098 453 745 743 361
Fonte LASFAEMUFPel (2002)
TABELA 4A Anaacutelise quiacutemica dos biofertilizantes liacutequidos
Amostra N P K_ccedil H
Ca Mg Cu Zn Fe Mn
mdashgL bull
S Magro
m b 4
Urina
053
1652
8 2 2
008
395
0 0 0
149
1674
471
1902
6872
0 0 0
1150
4507
1172
7273
42
033
101389
920
0 0 0
6250
19458
781
35273
1123
0 2 1
Fonte LASFAEMUFPel (2002)
50
APEcircNDICE B - Condiccedilotildees climaacuteticas do local
TABELA 1B Condiccedilotildees de temperatura do local
___________ __________TEMPERATURA (degCgt
meses Meacutedia
Maacutexima
Meacutedia
MiacutenimaMeacutedia
Maacutexima
Absoluta
Miacutenima
Absoluta
Junho 225 87 156 320 25
Julho 225 85 155 285 30
Agosto 251 71 161 360 1 0
Fonte FEPAGROSCT 2002
TABELA 2B Condiccedilotildees de chuva do local
mdash CHUVA (mm)mdash
meses Ocorrida Normal Desvio Da Normal
Junho 1080 1 1 0 -2 0
Julho 1062 98 8 2
Agosto 1283 1 2 0 83
Fonte FEPAGROSCT 2002
51
TABELA 1C Produccedilatildeo de fitomassa fresca e seca (g) da parte aeacuterea altura de planta
(cm) e diacircmetro de colo (mm) de mudas de cebola Petrolini cultivadas
sob uma perspectiva agroecoloacutegica Pelotas-RS 2003
APEcircNDICE C - Anaacutelise estatiacutestica da parte aeacuterea
Causas G1 FFPA FSPA AP DC
da variaccedilatildeo --------- Quadrados meacutedios-
Blocos 3
Ad Base 2 175359071 1287102 2547419 1 11775
Biofertilizantes 2 126876 29011 87669ns 02185ns
Ad x Biofert 4 572378 31123 69106ns 04159
Resiacuteduo 24 34456 03048 27169 00290
Total 35
Meacutedia geral 93745 8772 320388 6741
CV 1980 6294 5145 2530
Significativo a 5ns Natildeo significativo
52
TABELA 1D Produccedilatildeo de fitomassa fresca e seca (g) comprimento (cm) e densidade
de raiacutezes (m cm3) de mudas de cebola Petrolini cultivadas sob uma
perspectiva agroecoloacutegica e razatildeo parte aeacutereasistema radicular Pelotas-
RS 2003
APEcircNDICE D - Anaacutelise estatiacutestica da raiz
Causas G1 FFR FSR CR RPASR DR
da variaccedilatildeo Quadrados meacutedios---------------
Blocos 3
Ad Base 2 27874 551 623 2 1 0 140
Biofertilizantes 2 178 0 1 0 ni 1504 l03ns 038ns
Ad x Biofert 4 190 058 318 294 183
Resiacuteduo 24 005 009 028 023 0 2 1
Total 35
Meacutedia geral 1818 228 184 387 333
C V 134 1356 448 1253 1396
Significativo a 5 ns Natildeo significativo
53
APEcircNDICE E - Anaacutelise estatiacutestica dos macronutrientes da parte aeacuterea da cebola
TABELA 1E Conteuacutedos (mg planta1) de nitrogecircnio foacutesforo potaacutessio caacutelcio e
magneacutesio no tecido vegetal de mud^s de cebola Petrolini cultivadas
sob uma perspectiva agroecoloacutegica Pelotas-RS 2003
Causas G1 bull N P K Ca Mg
da variaccedilatildeo
Blocos 3
Ad Base 2 13550306 446627 25509686 1031806 59007
Biofertilizantes 2 180610ns 16564 68153ns 39006 876ns
Ad x Biofert 4 454187 45743 1047539 46950 2464
Resiacuteduo 24 29769 1453 64313 3741 439
Total 35
Meacutedia geral 24921 4597 33366 6943 1615
C V 692 829 760 880 1297
Significativo a 5 ns Natildeo significativo
APEcircNDICE F - Fotos do experimento
FIGURA 2 Mudas de cebola (Allium cepa L) produzidas sob uma perspectiva agroecoloacutegica
APEcircNDICE F a Fotos do experimento
FIGURA 1 Adubaccedilatildeo verde com feijatildeo-miuacutedo e papuatilde utilizadas no manejo do solo
FIGURA 2 Mudas de cebola (Allium cepa L) produzidas sob urna perspectiva agroecoloacutegica
18
pela adiccedilatildeo de materiais orgacircnicos capazes de elevar e manter a produtividade do solo
Da decomposiccedilatildeo dos resiacuteduos orgacircnicos adicionados ao solo resulta a liberaccedilatildeo de
grande quantidade de nutrientes principalmente o nitrogecircnio o potaacutessio e o enxofre
Aleacutem disso diversos atributos quiacutemicos e fiacutesicos do solo satildeo alterados pela
decomposiccedilatildeo desses resiacuteduos destacando-se o aumento da capacidade de troca de
caacutetions o aumento da retenccedilatildeo de aacutegua a melhoria da estabilidade dos agregados e da
aeraccedilatildeo (Fraser1963 Malavolta 1981 Mello et al 1983 Bonilla 1992)
Segundo Purcino (1981) quando a relaccedilatildeo CN eacute menor que 30 como no caso do
esterco de curral ou da palha de leguminosas a disponibilidade de nitrogecircnio eacute
imediata mas acima deste valor ocorre imobilizaccedilatildeo crescente deste nutriente Por esse
motivo estes materiais devem ser submetidos a uma degradaccedilatildeo bioloacutegica antes de
serem adicionados ao solo
25 Biofertilizantes
No Brasil ocorrem problemas crescentes com materiais derivados de sistemas
intensivos de criaccedilatildeo animal que acumulam resiacuteduo^ orgacircnicos com graves problemas
de contaminaccedilatildeo de cursos de aacutegua que na maioria das vezes se acumulam em um
uacutenico lugar e natildeo satildeo reciclados (Viglizzo 1995)
Visando amenizar tais situaccedilotildees os meacutetodos alternativos de adubaccedilatildeo controle de
doenccedilas pragas e plantas indesejaacuteveis tecircm sido muito estudado Dentro dessa linha de
pesquisa destaca-se o uso de mateacuteria orgacircnica atraveacutes tanto de sua incorporaccedilatildeo ao
solo como de sua transformaccedilatildeo para uso posterior na forma de biofertilizantes
(Khatounian 1997 Bettiol et al 1997)
Na complexa e elevada comunidade microbiana dos biofertilizantes encontram-se
bacteacuterias fungos leveduriformes filamentosos e actinomicetos (Bettiol apud Penteado
1999)
O agregado de macro e micronutrientes periodicamente ativa e enriquece a
fermentaccedilatildeo O uso de farinha de rocha tem sido vantajoso por ter baixo custo
comparado com os sais concentrados e purificados aleacutem de trazer alguns elementos
traccedilos de vital importacircncia para os microrganismos do solo como por exemplo o Gaacutelio
o Iodo e o Vanaacutedio (M1BASA 199-) O agregado de farinha de rocha ou sais
purificados ao fermentado faz com que estes nutrientes passem a fazer parte dos
microrganismos ou dos produtos orgacircnicos liberados durante a fermentaccedilatildeo sendo que
19
o ataque dos microrganismos atraveacutes de suas enzimas consegue liberar os elementos natildeo
atacados pelos aacutecidos industriais (Pinheiro amp Barreto 2000)
Os biofertilizantes tecircm sido empregados na agricultura ecoloacutegica como adubo
foliar para aumentar a resistecircncia contra pragas e doenccedilas Aleacutem disso o processo de
produccedilatildeo eacute bastante simples e por isso eacute viaacutevel sua produccedilatildeo na propriedade desde que
tenha esterco disponiacutevel (Penteado 1999)
Bettiol et al (1997) verificaram a presenccedila de diferentes espeacutecies de fungos
fiacutelamentosos e leveduriformes e bacteacuterias entre elas Bacillus spp na comunidade
microbiana do biofertilizante produzido segundo meacutetodo adotado pelo Centro de
Agricultura Ecoloacutegica Ipecirc Os autores verificaram ainda uma reduccedilatildeo da comunidade
microbiana ao longo da digestatildeo reduccedilatildeo essa mais acentuada logo apoacutes o acreacutescimo
dos sais contendo micronutrientes A accedilatildeo dos sais pode ser tanto por aumento na
pressatildeo osmoacutetica quanto pelo efeito direto sobre os microrganismos Para o controle de
doenccedilas de plantas satildeo importantes a presenccedila dos metaboacutelitos produzidos pelos
organismos presentes no biofertilizante e os proacuteprios microrganismos vivos
Os microrganismos transformam o material orgacircnico (esterco soro de leite caldo
de frutas palhas restos industriais etc) e cinzas produzindo vitaminas aacutecidos e sais
complexos importantes para regular e tonificar o metabolismo das plantas impedindo o
desenvolvimento de pragas e doenccedilas (Pinheiro amp Barreto 2000)
Em estudos feitos com o biofertilizante liacutequido de bovinos foi observado a
presenccedila de inuacutemeros microorganismos como bacteacuterias leveduras e bacilos
principalmente do Bacillus subtilis Estes microorganismos sintetizam substacircncias
antibioacuteticas as quais demonstram ter grande accedilatildeo e eficiecircncia como substacircncias
fungiostaacuteticas e bacteriostaacuteticas de fitopatoacutegenos causadores de danos em lavouras
comerciais (Penteado 1999)
Aldrighi et al (2002) realizaram trabalho na UFPel relacionado agrave nutriccedilatildeo de
mudas de tomate (Floradade) produzidas no sistema ldquofloatingrdquo Utilizaram-se doses de
0 2 5 e 10 para o biofertilizante Super Magro e 0 e 1 para a urina de vaca
Concluiacuteram que estes natildeo interferem na produccedilatildeo das mudas e que provavelmente foi
influenciado pelo substrato utilizado (vermicomposto 75 e casca de arroz carbonizada
25) bem como o sistema de produccedilatildeo (floating)
Paglia et al (2002) citam que eacute possiacutevel produzir mudas de tomate (cultivar
Floradede) utilizando urina de vaca e biofertilizante Super Magro na aacutegua em sistema
ldquofloatingrdquo em trabalho realizado na UFPel O uso da urina de vaca a 1 e 5 e
20
biofertilizante Super Magro a 6 proporcionam uma elevaccedilatildeo do foacutesforo bem como o
Super Magro a 6 eleva os teores de Mg e Ca na aacutegua
251 Urina de vaca
As urinas de vaca contecircm nutrientes favoraacuteveis ao bom desenvolvimento das
plantas como potaacutessio soacutedio nitrogecircnio enxofre magneacutesio caacutelcio foacutesforo e traccedilos de
outros elementos Nas plantas funciona como um fertilizante natural tomando-as mais
resistentes ao ataque das pragas e doenccedilas Satildeo encontradas tambeacutem na urina outras
substacircncias como fenoacuteis e principalmente o catecol que esta associado agrave recuperaccedilatildeo
de plantas atacadas por fitopatoacutegenos por ser um produto anti-seacuteptico (Penteado 1999)
Para seu emprego a urina receacutem coletada deve ser armazenada sob condiccedilotildees
ambientais por trecircs dias para que se forme amocircnio importante produto a ser absorvido
pelas plantas Recomenda-se ainda que o armazenamento deva ser feito em recipiente
fechado para que natildeo ocorram perdas de nitrogecircnio Desta forma poderaacute permanecer
por ateacute um ano sem comprometer sua eficiecircncia
Em hortaliccedilas o uso da urina de vaca eacute recomendado em pulverizaccedilotildees foliares
semanais na concentraccedilatildeo de 05 para tomateiro pimentatildeo pepino feijatildeo vagem e
couve ou quinzenais a 1 para as culturas do quiabeiro jiloeiro e berinjela Para
fruteiras em geral a primeira aplicaccedilatildeo deve ser na concentraccedilatildeo aproximada de 5
realizada diretamente no solo e mensalmente devem ser realizadas pulverizaccedilotildees
foliares a 1 para plantas jovens e a 5 para plantas adultas (Penteado 1999)
Na aplicaccedilatildeo foliar deve-se ter cuidado com folhas e brotos novos e considerar que
o uso contiacutenuo pode ser toacutexico podendo afetar o solo causando a sua acidificaccedilatildeo
(Penteado 1999)
Na Estaccedilatildeo Experimental da PESAGRO no municiacutepio de Macaeacute Rio de Janeiro
estaacute se utilizando a urina de vaca leiteira Os pesquisadores descobriram que a urina de
vaca em lactaccedilatildeo produzia o efeito de recuperar plantas de abacaxi atacadas por uma
doenccedila conhecida como ldquofusairioserdquo Essa doenccedila quando ataca o abacaxi causa
perdas de ateacute 70 da safra Todos os agrotoacutexicos testados natildeo conseguiram controlar a
doenccedila Isto eacute um exemplo para que a universidade tenha uma nova percepccedilatildeo (Capra
1996) adotando medidas efetivas que contribuam na transiccedilatildeo agroecoloacutegica Com o
uso da urina de vaca leiteira numa lavoura de abacaxi atacada pela fusariose observou-
se agrave recuperaccedilatildeo do stand e os frutos produzidos apresentaram excelente padratildeo
21
comercial Descobriu-se que aleacutem funcionar como adubo e defensivo natural a urina de
vaca leiteira tambeacutem favorece a floraccedilatildeo de muitas plantas e pode ser usada no
tratamento de frutos e tubeacuterculos depois da colheita
A urina de vaca em lactaccedilatildeo tambeacutem estaacute sendo usada nas lavouras de cafeacute em
plantaccedilotildees de maracujaacute coco alface e outras hortaliccedilas Na regiatildeo centro-sul do Paranaacute
os agricultores estatildeo aplicando a urina de vaca leiteira nas lavouras de feijatildeo soja
batata cebola e milho (Penteado 1999)
252 Alhol
A maioria dos defensivos alternativos tais como calda bordalesa sulfocaacutelcica
aacutegua de cinza e cal biofertilizante enriquecido extrato de fumo entre outros precisa
ser misturada com um espalhante adesivo para quebrar a tensatildeo superficial da gota e
propiciar um melhor molhamento das folhas e demais partes pulverizadas assegurando
uma absorccedilatildeo mais efetiva e uma melhor accedilatildeo sobre as pragas e doenccedilas Quando as
gotas permanecem inteiras sobre a superfiacutecie folhar devido agrave falta de espalhante
adesivo pode-se danificar os tecidos vegetais pelc efeito-lente quando o sol incide
sobre elas Aleacutem disso a gota por natildeo se espalhar sobre toda superfiacutecie folhar
concentra nela e consequumlentemente sobre o tecido que estaacute em contato com ela uma
quantidade maior do produto aplicado Essa maior concentraccedilatildeo pode prejudicar a
absorccedilatildeo e lesionar os tecidos principalmente apoacutes a evaporaccedilatildeo da aacutegua contida na
gota por resultar em uma maior concentraccedilatildeo de sais no local especialmente quando se
aplicam por exemplo calda sulfocaacutelcica bordalesa biofertilizante enriquecido com
macro e micronutrientes (Claro 2001)
O alhol eacute um espalhante adesivo ecoloacutegico que tambeacutem auxilia no controle de
pragas E elaborado com aacutegua alho oacuteleo vegetal e sabatildeo neutro a partir da sabedoria
popular que menciona o alho como repelente de insetos Juacutenior Abreu amp Maiorano
(199-) indicam formulaccedilotildees contendo alho para o controle de pragas como nematoacuteides
(Meloidogyne incoacutegnita e M javanica) mosca do chifre lagarta na maccedilatilde pulgotildees
besouro da batata trips e para controle de doenccedilas fuacutengicas e bacterianas como miacuteldio
ferrugem fusariose helminthosporiose murchadeira (Pseudonamos solacearum)
bruzone do arroz (Pyricularia orysae) podridatildeo negra do repolho e couve-flor
(Xanthomonas campestris) Aleacutem disso o alho pelo seu bom teor em oacuteleo pode agir
tambeacutem como espalhante adesivo O sabatildeo tambeacutem eacute indicado como espalhante adesivo
22
e possui accedilatildeo contra certas pragas (pulgotildees) sendo que o oacuteleo vegetal eacute indicado no
controle de cochonilhas e usado como espalhante adesivo (Claro 2001)
253 Calda Bordalesa
A calda bordalesa eacute um tradicional defensivo agriacutecola que pode ser preparado na
propriedade com a mistura de sulfato de cobre cal virgem e aacutegua As concentraccedilotildees de
sulfato de cobre e cal satildeo distintas dependendo do objetivo do seu emprego
Geralmente diferem de acordo com o tipo de planta ou espeacutecie vegetal as condiccedilotildees
climaacuteticas o grau de infestaccedilatildeo da doenccedila e a fase de crescimento da planta Eacute indicada
para o controle de miacuteldio alternaacuteria botrytis e antracnose (Penteado 1999)
A calda bordalesa caracteriza-se pela sua importante accedilatildeo no controle de diversas
doenccedilas fungicas nas mais diversas espeacutecies de culturas Possui tambeacutem uma relativa
accedilatildeo bactericida e em alguns casos age como repelente de insetos Da mistura do
sulfato de cobre com a cal resulta uma soluccedilatildeo rica em macronutrientes e
micronutrientes Provavelmente os expressivos resultados obtidos com a aplicaccedilatildeo da
calda bordalesa devam-se natildeo somente a sua accedilatildeo fuacutengica e bactericida mas sobretudo
agrave influecircncia positiva que exerce no metabolismo das plantas ativando o processo
enzimaacutetico e estimulando a proteossiacutentese aumentando a resistecircncia das plantas (Claro
2 0 0 1 ) caracteriacutestica fundamental na agricultura sustentaacutevel
254 Biofertilizante Super Magro
A calda Super Magro eacute produto da fermentaccedilatildeo de estercos animais enriquecidos
por micronutrientes e outros produtos de origem animal obtendo-se uma calda
biofertilizante para aplicaccedilatildeo foliar nas plantas (Penteado 1999) jaacute foram observados
bons resultados principalmente nas culturas de uva maccedila pecircssego tomate batata e
hortaliccedilas em geral
E indicado como fonte suplementar de micronutrientes para as plantas inibidor
de fungos e bacteacuterias causadores de doenccedilas e para aumentar a resistecircncia contra insetos
e aacutecaros (Penteado 1999) i
Muller (1999) avaliou a influecircncia do biofertilizante Super Magro sobre as
culturas de tomate (Lycopersicon esculentum Mill) ervilha (Pisum sativum L) e
beterraba (Beta vulgaris L) O autor obteve cultivos com baixa severidade de doenccedilas e
23
insetos fitoacutefagos possivelmente por causa do manejo orgacircnico de produccedilatildeo Os
resultados das pulverizaccedilotildees das soluccedilotildees foliares variaram conforme a cultura e o
clima
255 Biofertilizante MB4
A utilizaccedilatildeo das farinhas de rochas eacute uma das teacutecnicas mais modernas usadas nos
uacuteltimos anos na agricultura O elevado nuacutemero de nutrientes contidos no MB4 como
cobre zinco manganecircs cobalto soacutedio alumiacutenio silicatos de magneacutesio ferro e caacutelcio
acompanhado de foacutesforo potaacutessio e enxofre reagem com a soluccedilatildeo do solo liberando
elementos essenciais ao desenvolvimento da vida microbiana os quais exercem um
papel fundamental atraveacutes de transformaccedilotildees quiacutemicas e do equiliacutebrio bioloacutegico
favorecendo o desenvolvimento sadio das plantas (Pinheiro amp Barreto 2000)
24
3 MATERIAL E MEacuteTODOS
31 Local de execuccedilatildeo do experimento
O presente trabalho foi conduzido no Centro de Pesquisa da Regiatildeo Sul
(FEPAGROSUL) no municiacutepio de Rio Grande nlt periacuteodo de 15 de maio a 26 de
agosto de 2 0 0 2
O solo eacute classificado como ldquoTuiardquo satildeo muito arenosos As massas aquaacuteticas do
Oceano Atlacircntico e Lagoa dos Patos influenciam ventos temperatura pressatildeo umidade
relativa e demais fatores climaacuteticos A topografia da regiatildeo litoracircnea eacute plana com
lenccediloacuteis freaacuteticos superficiais
32 Anaacutelise estatiacutestica
O experimento foi constituiacutedo em fatorial 3X3 (Quadro 1) com quatro repeticcedilotildees
no delineamento blocos ao acaso As variaacuteveis respostas foram submetidas agrave anaacutelise de
variaccedilatildeo e ao teste de Duncan a 5 de probabilidade para comparaccedilatildeo das meacutedias
utilizando-se o sistema SANEST (Zonta amp Machado 1984)
As anaacutelises estatiacutesticas das variaacuteveis estudadas encontram-se nos Apecircndices C D
Os resultados das respostas agronocircmicas e das determinaccedilotildees dos conteuacutedos dos
macronutrientes bem como os de raiz estatildeo nas tabelas de 1 a 3
25
As diferentes adubaccedilotildees seratildeo representadas durante a discussatildeo da seguinte
forma 1 VB (30 t ha 1 de vermicomposto) 15 VB (45 t ha 1 de vermicomposto) e EC
(60 t ha 1 de esterco de curral) 1 VB+SM+U+CB (30 t ha 1 de vermicomposto mais
super magro mais urina de vaca mais calda bordalesa) 15 VB+SM+U+CB (45 t ha 1 de
vermicomposto mais super magro mais urina de vaca mais calda bordalesa)
EC+SM+U+CB (60 t ha 1 de esterco de curral mais super magro mais urina de vaca
mais calda bordalesa) 1 VB+MB4 +U+CB (30 t ha 1 de vermicomposto mais MB4 mais
urina de vaca mais calda bordalesa) 15 VB+MB4 +U+CB (45 t ha 1 de vermicomposto
mais MB4 mais urina de vaca mais calda bordalesa) EC+MB4 +U+CB (60 t ha 1 esterco
de curral mais MB4 mais urina de vaca mais calda bordalesa)
QUADRO 1 Descriccedilatildeo dos fatores experimentais e respectivos niacuteveis
Niacuteveis Fator 1 ADUBACcedilAtildeO DE BASE
0 1 Vermicomposto (30 t ha1)
0 2 Vermicomposto (45 t ha1)
03 Esterco de curral (60 t ha1)
Niacuteveis Fator 2 BIOFERTILIZANTES LIacuteQUIDOS
0 1 Super magro (5) + Urina de Vaca + Calda Bordalesa
0 2 MB4 (10) + Urina de vaca + Calda Bordalesa
03 Ausecircncia (testemunha)
33 Tratamentos
Da combinaccedilatildeo entre niacuteveis e fatores foram obtidos 9 tratamentos que estatildeo
descritos no Quadro 2 bem como as doses de adubaccedilatildeo utilizadas no experimento
26
QUADRO 2 Tratamentos e doses de adubaccedilatildeo utilizadas no experimento
TRATAMENTOS
Ndeg FATOR I FATOR II
0 1 30 t ha de vermicomposto Super magro 5 Urina de vaca Calda Bordalesa
0 2 30 t harsquo de vermicomposto MB4 10 Urina de vaca Calda Bordalesa
03 30 t ha de vermicomposto - - -
04 45 t ha de vermicomposto Super magro 5 Urina de vaca Calda Bordalesa
05 45 t ha de vermicomposto MB4 10 Urina de vaca Calda Bordalesa
06 45 t ha de vermicomposto - - -
07 60 t hade esterco Super Magro 5 Urina de vaca Calda Bordalesa
08 60 t hade esterco MB4 10 Urina de vaca Calda Bordalesa
09 60 t hade esterco - - -
Cada parcela foi constituiacuteda por dois canteiros medindo 1 m de largura x 2 m de
comprimento perfazendo 075 m de aacuterea de aacuterea uacutetil (025 m de bordadura) Foi
utilizando semeadura a lanccedilo com densidade de 24 g canteiro1
O vermicomposto a urina de vaca o esterco de curral o alhol os biofertilizantes e
a calda bordalesa foram de procedecircncia do Centro de Pesquisa da Regiatildeo Sul O
vermicomposto de esterco bovino misturado agraves cascas de frutas foi processado pela
minhoca vermelha califomiana Eisenia foetida)
O biofertilizante Super Magro foi elaborado segundo a metodologia descrita pela
FEPAGROSUL utilizando-se os seguintes componentes 190 litros de aacutegua 22 litros
de leite 55 Kg de accediluacutecar mascavo 30 Kg de esterco fresco de bovinos 2 Kg de
Sulfato de zinco 2 Kg de sulfato de magneacutesio 2 Kg de cloreto de caacutelcio 1 Kg de aacutecido
boacuterico 300 g de sulfato de cobre 300 g de sulfato de ferro 300 g de sulfato de
manganecircs 100 g de molibdato de soacutedio 50 g de sulfato de cobalto 3 Kg de fosfato
natural 3 Kg de cinza e 200 g de farinha de osso
A urina de vaca em lactaccedilatildeo foi coletada pela manhatilde e armazenada em recipiente
fechado por trecircs dias em condiccedilotildees ambientais para que se formasse a amocircnia e natildeo
ocorresse perda de nitrogecircnio
28
Realizaram-se duas capinas manuais durante o experimento e em seguida como
cobertura se colocou casca de arroz Tambeacutem foi aplicado esterco de aves 30 dias antes
da colheita na quantidade de 05 Kg canteiro 1 como adubaccedilatildeo de cobertura
As pulverizaccedilotildees com os produtos iniciaram apoacutes 15 dias da germinaccedilatildeo
Realizou-se sete aplicaccedilotildees sendo que as duas primeiras foram feitas apenas com
Super Magro e MB4 Na terceira e na quarta aplicaccedilatildeo utilizou-se urina de vaca e calda
bordalesa em concentraccedilotildees menores (05 e 025 respectivamente) e na quinta
aplicaccedilatildeo as dosagens de urina de vaca e calda bordalesa foram elevadas para 1 0 e
05 respectivamente ateacute o final do experimento O alhol foi utilizado a partir da
terceira pulverizaccedilatildeo na quantidade de 2 e seguiu ateacute o final no dia 26 de agosto
quando as mudas foram colhidas e posteriormente analisadas as variaacuteveis
35 Observaccedilotildees agronocircmicas
Foram utilizadas 20 mudas de cebola para obtenccedilatildeo das meacutedias das variaacuteveis as
quais foram as seguintes
351 Fitomassa fresca da parte aeacuterea e raiacutezes
Foi realizada atraveacutes de uma balanccedila digital procedendo-se a pesagem de 20
mudas de cebola previamente lavadas e posteriormente secadas durante uma hora sobre
um tecido de algodatildeo agrave temperatura ambiente Processo idecircntico foi adotado com as
raiacutezes
352 Fitomassa seca da parte aeacuterea e raiacutezes
Esta variaacutevel foi obtida a partir da secagem preliminar em estufa de ar forccedilado
durante 48 horas a 65 C ateacute peso constante com posterior pesagem em balanccedila
analiacutetica
353 Altura da muda
A altura de muda foi medida a partir do colo das plantas ateacute sua uacuteltima folha
(ponto de crescimento) com uma reacutegua graduada de 40 cm
29
354 Diacircmetro do colo das plantas
Esta medida foi realizada no ponto de transplante a 2 mm das raiacutezes e utilizando-
se um paquiacutemetro SOMET
355 Sistema radicular
Ao teacutermino do experimento foram retiradas as raiacutezes das mesmas plantas que foram
utilizadas para as determinaccedilotildees realizadas na parte aeacuterea procedendo-se uma amostra
de solo com raiacutezes de 2 0 cm de largura x 2 0 cm de comprimento e 2 0 cm de altura
totalizando 8000 cm3
As raiacutezes apoacutes serem lavadas em aacutegua corrente foram pesadas acondicionadas em
sacos plaacutesticos e congeladas para posteriores anaacutelises pelo meacutetodo de Tennant (1975)
para a determinaccedilatildeo do comprimento e densidade
3551 Comprimento de raiz
Utilizou-se para a determinaccedilatildeo do comprimento de raiz as seguintes foacutermulas
1 = ndeg x 1114 x 1 onde
1 - comprimento de raiz de uma amostra uacutemida de 0 0 2 g
ndeg - nuacutemero de intercessotildees das raiacutezes com os lados da quadriacutecula da malha do
aparelho
1114 - constante
1 - medida lateral da quadriacutecula em cm
Tomando-se a fiacutetomassa seca e o comprimento da raiz da cada amostra
relacionou-se com a fiacutetomassa seca e o comprimento total da raiz da planta aplicando-
se a seguinte equaccedilatildeo
L = (FSR x 1) FSPA onde
L - comprimento total da raiz da planta (m)
FSR - fiacutetomassa seca de raiz
FSPA - fiacutetomassa seca da parte aeacuterea
L - comprimento de raiz de uma amostra uacutemida de 002g
3552 Densidade de raiz
A densidade foi determinada pela foacutermula
D = L 8000 onde
D - densidade de raiacutezes (m cm3)
30
L - comprimento total de raiacutezes (m)
8 0 0 0 - volume da amostra (cm3)
3553 Razatildeo parte aeacutereasistema radicular
Este paracircmetro foi obtido pela equaccedilatildeo
RPASR = FSPA FSR onde
RPASR - razatildeo parte aeacuterea sistema radicular
FSPA - fitomassa seca da parte aeacuterea
FSR - fitomassa seca do sistema radicular
36 Determinaccedilatildeo de macronutrientes no tecido vegetal
Os macronutrientes nitrogecircnio foacutesforo potaacutessio caacutelcio e magneacutesio foram
determinados no laboratoacuterio de Fertilidade e Anaacutelise de Plantas do Departamento de
Solos da UFPel atraveacutes dos meacutetodos descritos por Tedesco amp Gianello (1996)
31
4 RESULTADOS E DISCUSSAtildeO
41 Anaacutelise das variaacuteveis
A anaacutelise da variaccedilatildeo mostrou que houve diferenccedila significativa na interaccedilatildeo entre
os fatores de adubaccedilatildeo de base e biofertilizantes liacutequidos com exceccedilatildeo da variaacutevel altura
de planta para a qual somente a adubaccedilatildeo de base mostrou-se significativa (Apecircndices
C D e E Tabelas 1C 1D e 1E)
411 Anaacutelise da parte aeacuterea
Na Tabela 1 destacaram-se as adubaccedilotildees EC+SM+U+CB EC+MB4 +U+CB e EC
que diferiram significativamente das demais adubaccedilotildees para as variaacuteveis fiacutetomassa
fresca da parte aeacuterea (FFPA) fiacutetomassa seca da parte aeacuterea (FSPA) altura de planta
(AP) e diacircmetro do colo (DC)
32
TABELA 1 Produccedilatildeo de fitomassa fresca e seca (g) da parte aeacuterea altura de planta
(cm) e diacircmetro de colo (mm) de mudas de cebola Petrolini cultivadas
sob uma perspectiva agroecoloacutegica Pelotas-RS 2003
BIOFERTILIZANTES LIacuteQUIDOSADUBACcedilAtildeO S Magro + MB4 +DE BASE Urina + Calda Urina + Calda Testemunha
Bordalesa Bordalesa
30 t ha de vermicomposto 7015 c A45 t halsquo de vermicomposto 7824 b B60 t ha de esterco de curral 12248 a C
30 t ha de vermicomposto 667 c A45 t ha de vermicomposto 752 b A60 t ha de esterco de curral 1150a C
30 t ha de vermicomposto 2975 b A45 t harsquo de vermicomposto 2775 b A60 t ha de esterco de curral 3600 a B
30 t ha de vermicomposto 631 b A45 t ha de vermicomposto 6 2 2 b B60 t ha de esterco de curral 741 a C
-Fitomassa fresca (g)----------------6270 c B 6885 b A8832 b A 6308 c C
15082 a A 13934 a BmdashFitomassa seca (g)----------------
625 c A 655 b A830 b A 607 b B
1345 a A 1262 a B-Altura de planta (cm)----------------
2950 b A 3050 b A2937 b A 2950 b A 3975 a A 3622 a B
-Diacircmetro de colo (mm)---------------592 c B 599 b B 657 b A 609 b B 819a A________ 793a B
Meacutedias seguidas pela mesma letra minuacutescula para as colunas (adubaccedilatildeo de base) e maiuacutesculas para as linhas (biofertilizantes) natildeo diferem entre si pelo teste de Duncan a 5
O efeito positivo do esterco bovino pode ser atribuiacutedo agraves melhorias nas condiccedilotildees
fiacutesicas do solo por ele proporcionado Segundo Primavesi (1982) e Compagnoni amp
Putzolu (1985) o esterco bovino apresenta propriedades condicionadoras do solo dando
agraves plantas melhores condiccedilotildees de desenvolvimento elevando sobremaneira os
conteuacutedos de fitomassa fresca das plantas que refletiratildeo nas demais respostas
agronocircmicas
Analisando as adubaccedilotildees de base em relaccedilatildeo aos biofertilizantes observa-se que
para os tratamentos 1 VB (30 t ha 1 de vermicomposto) - natildeo houve influecircncia dos
biofertilizantes para as variaacuteveis FSPA e AP enquanto destacou-se o SM+U+CB para o
DC e SM+U+CB e ausecircncia da adubaccedilatildeo liacutequida para a FFPA mostrando que o uso
dos biofertilizantes natildeo influenciou esta variaacutevel 15 VB (45 t ha 1 de vermicomposto) -
verificou-se a eficiecircncia do uso do MB4 +U+CB para as variaacuteveis FFPA e DC Para a
variaacutevel FSPA destacaram-se os dois biofertilizantes utilizados jaacute para AP natildeo houve
33
influecircncia destes EC (60 t ha 1 de esterco de curral) - em todas as variaacuteveis observadas
na tabela 5 as respostas foram significativas utilizando MB4 +U+CB
As respostas encontradas no presente trabalho para as variaacuteveis AP e FSPA foram
superiores as obtidas por Dalponte (1990) quando utilizado 0 esterco de curral para
produccedilatildeo de mudas de cebola
Segundo Filgueira (2000) os solos da regiatildeo produtora de cebola do RS satildeo
pobres em foacutesforo disponiacutevel (15 mg Kg1) necessitando portanto de adubaccedilotildees
fosfatadas elevadas As respostas aqui obtidas podem ser justificadas pelos teores de
foacutesforo contido no MB4
Follet et al (1981) citam a importacircncia do uso de compostos orgacircnicos no solo
enfatizando os estercos no sentido da decomposiccedilatildeo continuada no fornecimento de
nutrientes e na liberaccedilatildeo lenta e gradual de aacutecidos orgacircnicos influenciando a liberaccedilatildeo
do foacutesforo O que provavelmente pode ser atribuiacutedo agraves respostas encontradas no
presente trabalho para 0 tratamento Esterco de curral mais MB4 e Urina mais Calda
Bordalesa
E importante destacar que 0 sistema de produccedilatildeo de mudas de cebola sob uma
perspectiva agroecoloacutegica mostra-se eficiente quando visualmente natildeo percebe-se
diferenccedila significativa entre os tratamentos (Apecircndice F Figura 2)
Conveacutem ressaltar que quando trabalhamos com agroecologia natildeo existem
receitas nem pacotes tecnoloacutegicos prontos Cada situaccedilatildeo deveraacute ser estudada em
particular para que se faccedila recomendaccedilotildees adequadas ao ambiente local uma vez que
as plantas se adaptam ao meio estando a nutriccedilatildeo encarregada de proteger e manter o
equiliacutebrio do organismo vegetal em funccedilatildeo das alteraccedilotildees externas
E fundamental que se compreenda os princiacutepios norteadores de todo o processo
que satildeo as bases da luta por uma sociedade mais justa dentro de um mundo econocircmico e
ambientalmente mais sustentaacutevel
412 Anaacutelise do sistema radicular
Os resultados obtidos nas anaacutelises do sistema radicular (Tabela 2) mostram
diferenccedilas significativas entre as adubaccedilotildees para as variaacuteveis fitomassa fresca de raiz
(FFR) fitomassa seca de raiz (FSR) comprimento de raiz (CR) razatildeo parte
aeacutereasistema radicular (RPASR) e densidade de raiz (DR)
34
TABELA 2 Produccedilatildeo de fitomassa fresca e seca (g) comprimento (cm) e densidade de
raiacutezes (m cm3) de mudas de cebola Petrolini cultivadas sob uma
perspectiva agroecoloacutegica e razatildeo parte aeacutereasistema radicular Pelotas-
RS 2003
BIOFERTILIZANTES LIacuteQUIDOSADUBACcedilAO DE BASE
S Magro + MB4 +Urina + Calda Urina + Calda Testemunha
Bordalesa Bordalesa
de vermicomposto de vermicomposto de esterco de curral
de vermicomposto de vermicomposto de esterco de curral
de vermicomposto de vermicomposto de esterco de curral
de vermicomposto de vermicomposto de esterco de curral
1540 c A 1576 b B 2427 a A
Fitomassa fresca (g)----------------1502 c B 1517 b AB 1658 b A 1446 c C 2336 a B 2360 a B
--------------------Fitomassa seca (g)-------------------196 b A 207 ab A 170 b A170 b A 199 b A 192 b A 344 a A 249 a B 327 a A
Comprimento de raiz(cm)---------------1237 b A 1158 b A 1158 a A1237 b A 1060 c B 1040 b B1433 a A 1296 a B 1040 b C
30 t ha 45 t ha 60 t ha
30 t ha 45 t ha 60 t ha
30 t halsquo 45 t ha 60 t ha
30 t ha 45 t ha 60 t ha
30 t ha de vermicomposto 45 t ha de vermicomposto60 t ha~ de esterco de curral__________________________ _________________________Meacutedias seguidas pela mesma letra minuacutescula para as colunas (adubaccedilatildeo de base) e maiuacutesculas para as linhas (biofertilizantes) natildeo diferem entre si pelo teste de Duncan a 5
-----Razatildeo Parte AeacutereaSistema Radicular------340 b AB 301c B 384 a A446 a A 415 b A 326 a B339 b B 546 a A 388 a B
-------------- Densidade de raiz (m cm3)------------367 a AB 414 a A 325 b B282 b B 301b B 405 a A347 ab A 231c B 324 b A
Em relaccedilatildeo agraves adubaccedilotildees de base destacou-se o EC (60 t ha 1 de esterco de curral)
para as variaacuteveis FFR e FSR Quando adicionado o SM+U+CB os resultados para FFR
foram ainda melhores bem como o CR As respostas obtidas para a RPASR foram
variadas em relaccedilatildeo agraves adubaccedilotildees apresentando melhores resultados para 15 VB (45 t
ha 1 de vermicomposto)+SM+U+CB e ainda melhor para EC (60 t ha 1 de esterco de
curral)+MB4 +U+CB As adubaccedilotildees de base 1 VB 15 VB e EC natildeo diferiram entre si
As adubaccedilotildees mais eficientes para a variaacutevel DR foram 1 VB+SM+U+CV que natildeo
diferiu da EC+SM+U+CB I VB+ MB4 +U+CB e agrave 15 VB foram melhores entre as
demais
35
Analisando os biofertilizantes em relaccedilatildeo a cada adubaccedilatildeo de base verifica-se que
para a 1 VB (30 t ha 1 de vermicomposto)+SM+U+CB destaca-se a variaacutevel FFR
poreacutem sem diferenccedila significativa de 1 VB os melhpres resultados para a variaacutevel DR
foram encontrados pelo tratamento 1 VB+MB4 +U+CB e 15 VB (45 t ha 1 de
vermicomposto) tambeacutem se considera eficiente o 1 VB+SM+U+CB que natildeo diferiu do
EC (esterco de curral) Quando se utilizou 15 VB+ MB4 +U+CB houve resposta
significativa para a variaacutevel FFR para FSR as respostas natildeo foram diferentes com a
aplicaccedilatildeo dos biofertilizantes para as variaacuteveis FSR e DR as adubaccedilotildees EC e
EC+SM+U+CB natildeo diferiram entre si
Embora as respostas estatiacutesticas tenham sido diferentes para as adubaccedilotildees
combinadas ou natildeo pode-se salientar a importacircncia do aacutecido indol-aceacutetico como jaacute
citado anteriormente para as variaacuteveis avaliadas na parte aeacuterea das mudas de cebola
Respostas semelhantes nesse sentido foram encontradas para a cultura da alface por
Quijano (1999) e Morselli (2001)
Pereira et al (2002) concluiacuteram em trabalho realizado com a cultivar de cebola
CNPF1 6400 em Minas Gerais que a utilizaccedilatildeo de 20 t ha de esterco de curral
proporcionou os melhores resultados para a produccedilatildeo de cebola
Silva Juacutenior amp Giorgi (1992) e Menezes Juacutenior (1998) citam que doses elevadas
de mateacuteria orgacircnica podem prejudicar a primeira fase da germinaccedilatildeo (embebiccedilatildeo) e
absorccedilatildeo de aacutegua pelas raiacutezes das placircntulas No entanto no presente trabalho este fato
natildeo ocorreu embora a dose de esterco utilizada tenha sido de 60 t ha 1 (dose maacutexima
recomendada segundo Nolla 1982)
413 Anaacutelise de macronutrientes no tecido vegetal
Os resultados dos conteuacutedos de nitrogecircnio foacutesforo potaacutessio caacutelcio e magneacutesio no
tecido vegetal sob diferentes adubaccedilotildees encontrados na Tabela 3 indicam mais uma
vez a superioridade da adubaccedilatildeo esterco com 0 uso ou natildeo de biofertilizantes
36
TABELA 3 Conteuacutedos (mg planta1) de nitrogecircnio foacutesforo potaacutessio caacutelcio e
magneacutesio no tecido vegetal de mudas de cebola Petrolini cultivadas sob
uma perspectiva agroecoloacutegica Pelotas-RS 2003
BIOFERTILIZANTES LIacuteQUIDOS i J B
ADUBACcedilAtildeO S Magro + MB4 +DE BASE Urina + Calda Urina + Calda Testemunha
Bordalesa Bordalesamg plantas1
---- Nitrogecircnio-----30 t ha de vermicomposto 16593 c AB 15451 c B 19050 b A45 t ha de vermicomposto 21444 b A 22888 b A 17852 b B60 t ha de esterco de curral 32606 a C 37593 a B 40816 a A
--------------- ------ Foacutesforo------- -------------30 t ha de vermicomposto 3098 c B 2802 c B 3999 b A45 t ha de vermicomposto 4109 b A 4135 b A 2788 c B60 t ha de esterco de curral 5300 a B 7577 a A 7565 a A
------- Potaacutessio------30 t ha de vermicomposto 24327 c A 19900 c B 24965 b A45 t ha de vermicomposto 29113b A 29812 b A 22031 b B60 t ha de esterco de curral 44070 a B 51976 a A 54101 a A
-------- Caacutelcio-------30 t ha de vermicomposto 5027 c A 4356 c A 4834 b A45 t ha de vermicomposto 6114b A 6963 b A 4379 b B60 t ha de esterco de curral 9030 a C 11451 a A 10331 a B
------Magneacutesio-----30 t ha de vermicomposto 1188 b A 914 c A 1202 b A45 t ha de vermicomposto 1231 b B 1582 b A 1176 b B60 t ha de esterco de curral 2136a B 2443 a A 2663 a AMeacutedias seguidas pela mesma letra minuacutescula para as colunas (adubaccedilatildeo de base) e maiuacutesculas para as linhas (biofertilizantes) natildeo diferem entre si pelo teste de Duncan a
Em relaccedilatildeo agraves adubaccedilotildees de base observa-se que o melhor tratamento foi o
esterco de curral para todas as variaacuteveis Para 1 VB (30 t ha^ 1 de vermicomposto) natildeo
houve resposta diferenciada com o uso de bofertilizantes para todas as variaacuteveis A
adubaccedilatildeo 15 VB (45 t ha 1 de vemicomposto) foi influenciada pelos biofertilizantes
para as variaacuteveis N P K e Ca enquanto que para Mg somente o MB4+U+CB o
influenciou O EC (esterco de curral) mostrou diferenccedila significativa apenas para as
variaacuteveis Ca e Mg quando adicionado MB4+U+CB
Segundo Peixoto (2000) eacute fundamental a adiccedilatildeo de adubos orgacircnico no cultivo de
hortaliccedilas seja na forma de esterco decomposto composto ou huacutemus de minhoca de
37
modo a fornecer melhorias nas propriedades do solo vindo a disponibilizar os nutrientes
as diferentes culturas
O esterco fresco conteacutem muita cama celuloacutesica e um elevado teor de aacutegua No
esterco curtido a celulose jaacute estaacute decomposta o teor de aacutegua estaacute reduzido agrave metade e os
nutrientes em uma forma mais assimilaacutevel e mais concentrada O esterco fresco pode
causar uma deficiecircncia temporaacuteria de nitrogecircnio no solo ao se decompor o que natildeo
acontece com o biestabilizado (Kiehl 1985)Ocorre uma diminuiccedilatildeo inicial no volume
de aacutegua retido no esterco de curral diminui inicialmente em tomo de 3581 liberando
posteriormente somente 496 evidenciando a sua capacidade de retenccedilatildeo de aacutegua
(Menezes Juacutenior 1998)
A utilizaccedilatildeo continuada de adubos nitrogenados minerais no solo altera o balanccedilo
do nitrogecircnio entre o solo e planta No meacutetodo biodinacircmico eacute sublinhada a importacircncia
dos adubos animais para o estabelecimento da fertilidade permanente dos solos (Koeff
et al 1983)
Para Guimaratildees (1997) os benefiacutecios que a mateacuteria orgacircnica imprime ao solo
principalmente melhorando a produtividade fertilidade e a influencia que as substancias
huacutemicas exercem sobre o ambiente dependem da qualidade e do teor de mateacuteria
orgacircnica do solo Estas substacircncias por conterem nutrientes em sua constituiccedilatildeo em uma
forma mais disponiacutevel para as plantas promovem um equiliacutebrio no ambiente no solo
(Kononova 1966)
Aproximadamente de 60 a 70 do total de carbono do solo ocorre na forma de
materiais huacutemicos (Griffith amp Schnitzer 1975) sendo a eles atribuiacutedo a manutenccedilatildeo da
bioestrutura do solo aumentando a capacidade de retenccedilatildeo de aacutegua (Brady 1999)
Conforme Compagnoni amp Putzolu (1985) os estercos bem como os demais
resiacuteduos orgacircnicos apresentam conteuacutedos diferentes de aacutecidos huacutemicos e fuumllvicos sendo
atribuiacutedo ao acido huacutemico uma accedilatildeo fitoestimulante semelhante aos fitohormocircnios por
favorecer o desenvolvimento do sistema radicular e crescimento do caule
Em trabalho realizado por Guimaratildees (1997) foi encontrado para aacutecidos huacutemicos
de esterco bovino uma relaccedilatildeo CN 1035 e para vermicomposto bovino 17
evidenciando que o esterco quando aplicado ao solo por apresentar uma relaccedilatildeo CN
proacutexima deste reage mais facilmente liberando nutrientes para as plantas sem alterar a
cadeia troacutefiacuteca Dados encontrados no presente trabalho demonstram a eficiecircncia do
esterco nesse sentido
38
De acordo com Morselli (2001) vaacuterios trabalhos citam comentam e discutem a
capacidade dos vermicompostos em proporcionar oacutetimas colheitas e favorecer a
precocidade das plantas cultivadas Poreacutem muitas vezes se observa que mesmo
suprindo essas plantas com nutrientes necessaacuterios atraveacutes de huacutemus de diferentes fontes
as respostas natildeo satildeo as mesmas para uma mesma cultivar
Por outro lado os resultados com o uso de substacircncias huacutemicas satildeo variaacuteveis e
dependem aleacutem da espeacutecie testada das substacircncias huacutemicas utilizadas sua
concentraccedilatildeo o grau de purificaccedilatildeo e das condiccedilotildees experimentais A resposta das
plantas aos aacutecidos huacutemicos e fuacutelvicos eacute dependente da mateacuteria prima original e da
espeacutecie vegetal pois materiais orgacircnicos diferentes apresentam aacutecidos huacutemicos e
fuacutelvicos diferentes (Businelli 1990)
Justificam-se os maiores conteuacutedos de nitrogecircnio foacutesforo potaacutessio e caacutelcio nas
adubaccedilotildees 15 VB (45 t ha 1 de vermicomposto) e biofertilizantes devido
provavelmente ao vermicomposto utilizado apresentar na sua constituiccedilatildeo teores
consideraacuteveis destes elementos aleacutem do que os biofertilizantes possam ter influenciado
na absorccedilatildeo atraveacutes de sua constituiccedilatildeo Tibau (1984) considera que a urina de vaca eacute
rica em aacutecido indol-aceacutetico e este influencia na absorccedilatildeo radicular O efeito positivo
deste tratamento provavelmente seja devido agrave quantidade aplicada
O biofertilizante que se destacou foi o MB4+U+CB em relaccedilatildeo ao EC (esterco de
curral) e eacute somente para a variaacutevel caacutelcio Isto provavelmente seja devido ao alto teor
deste elemento encontrado na sua constituiccedilatildeo (6872 g Kg1) e pela influecircncia positiva
que a calda bordalesa exerce no metabolismo das plantas atraveacutes dos nutrientes
contidos em sua formulaccedilatildeo O Ca controla a absorccedilatildeo radicular e retorna ao solo pelo
esterco e palhas por apresentar-se em maior quantidade em folhas e caules Depois de
localizado nas folhas fica imoacutevel favorecendo a resistecircncia da planta ao ataque de
fungos
Este trabalho avanccedila no estudo da agroecologia estando claro que todos os
criteacuterios tem caraacuteter dinacircmico de adequaccedilatildeo as mudanccedilas de um sistema de produccedilatildeo
em evoluccedilatildeo contribuindo na transiccedilatildeo para um padratildeo sustentaacutevel Cabe a pesquisa a
reorientaccedilatildeo para um enfoque ldquosistecircmicordquo isto eacute que permita integrar os diversos
componentes de um agroecossistema e a adoccedilatildeo de poliacuteticas puacuteblicas que promovam 0
fortalecimento e a expansatildeo da agricultura familiar
39
5 CONCLUSOtildeES
Considerando os resultados obtidos e as condiccedilotildees em que o estudo foi realizado
conclui-se que
bull As respostas agronocircmicas das mudas de cebola para os paracircmetros avaliados
satildeo mais satisfatoacuterias com a aplicaccedilatildeo de esterco de curral como adubaccedilatildeo de
base
bull Os biofertilizantes mais urina de vaca e calda bordalesa proporcionam
respostas satisfatoacuterias quando aplicados associados agraves adubaccedilotildees de base
bull O biofertilizante MB4 mais urina de vaca e calda bordalesa eacute mais eficiente
que o super magro mais urina e calda bordalesa quando aplicado associado agrave
adubaccedilatildeo de base esterco de curral para os conteuacutedos de fitomassa secae
fresca da parte aeacuterea das plantas altura e diacircmetro de colo das mudas de
cebola
bull Os biofertilizantes adicionados agrave adubaccedilatildeo de base 45 t harsquo 1 de vermicomposto
bovino mostram respostas significativas para os conteuacutedos de fitomassa seca
bull Os maiores conteuacutedos nutricionais para as mudas de cebola satildeo
proporcionados pela adubaccedilatildeo de base esterco de curral
bull A maior absorccedilatildeo de caacutelcio pelas mudas de cebola ocorre quando da adiccedilatildeo do
biofertilizante MB4 mais urina e calda bordalesa agrave adubaccedilatildeo de base esterco de
curral
40
6 REFEREcircNCIAS BIBLIOGRAacuteFICAS
ALDRIGHI CB ABREU CM PAGLIA AG MORSELLI TBGA FERNANDES HS Efeito da aplicaccedilatildeo de biofertilizante e urina de vaca em mudas de tomateiro Horticultura Brasileira v20 n2 julho 2002 Suplemento 2
ALTIERI M NICHOLLS C I Agroecologia Teoria praacutectica para umaAgricultura Sustentable Ia ed PNUMA 2000 Cap 2 4 Seacuterie textos baacutesicos para la formacioacuten ambiental
ALTIERI M Agroecologia bases cientiacuteficas para uma agricultura sustentaacutevelGuaiacuteba Agropecuaacuteria 2002 592 p
ANTONIOLLI Z I GIRACCA E M N CARDOSO S J T WIETHAN M M S FERRI M Iniciaccedilatildeo agrave Minhocultura Criaccedilatildeo em Cativeiro e Vermicompostagem Santa Maria UFSM 1996 p59-89
BAYER C MIELNICZUC J Dinacircmica e funccedilatildeo da mateacuteria orgacircnica In SANTOS G de A S e CAMARGO F A de O (ed) Fundamentos da mateacuteria orgacircnica do solo ecossistemas tropicais e subtropicais Porto Alegre Genesis 1999 p 3-23
BARRETTO D X Composto Orgacircnico In Praacutetica em Agricultura Orgacircnica Satildeo Paulo iacutecone Ed Ltda 1985 p 51-63
BETTIOL W Alguns produtos alternativos para o controle de doenccedilas de plantasem agricultura orgacircnica II Ciclo de palestras sobre agricultura orgacircnica Instituto Bioloacutegico Satildeo Paulo p52-63 1997
41
BETTIOL W TRACH R GALVAtildeO JAH Controle de doenccedilas de plantas com biofertilizantes Jaguariuacutena EMBRAPA-CNPMA 1997 22p (EMBRAPA- CNPMA Circular Teacutecnica 02)
BRADY N C Natureza e propriedades dos sotos Rio de Janeiro Freitas BastosS A 1979 647p
BRADY N C Organisms and ecology of the soil In The nature of properties of soils Simon amp Schuster A Viacon Company New Jersey1999 402-489p
BON1LLA J A Fundamentos da Agricultura Ecoloacutegica Sobrevivecircncia eQualidade de Vida Satildeo Paulo Nobel 1992
BUREacuteS S Substratos Ediciones Agroteacutecnicas S L Madrid Octubre 1997
BUS1NELLI M Chemical Composition and Enzymic Activity of some Worm Cast Plant Soil v 80 p 1-2 1990
CALEGARI A Espeacutecies para cobertura de solo In IAPAR (Instituto Agronocircmico de Paranaacute) Plantio Direto pequena propriedade sustentaacutevel organizador Moacir Darolt Londrina - PR 1998 65-93
CAMARGO P N D Manual de Adubaccedilatildeo Foliar Satildeo Paulo Herba 1975
CAPRA F A Teia da Vida Satildeo Paulo Cultrix 1997 256p
CAPRA F O Ponto de Mutaccedilatildeo 22 ed Satildeo Paulo Cultrix 2001 447p
CHABOUSSOU F Plantas doentes pelo uso de agrotoacutexicos (A Teoria da Trofobiose) Porto Alegre LPM 1987 253 p
CLARO S A Referencias tecnoloacutegicos para a agricultura familiar ecoloacutegica aexperiecircncia da Regiatildeo Centro-Serra do Rio Grande do Sul Porto Alegre EMATERRS-ASCAR 2001 250p
CLIVELA G Diagnoacutestico Agronocircmico da cebola no Rio Grande do Sul Porto Alegre EMATERRS 1995 8 6 p
COMISSAtildeO DE FERTILIDADE DO SOLO - RSSC Recomendaccedilotildees de adubaccedilatildeo e calagem para os estados do Rio Grande do Sul e Santa Catarina 3 ed Passo Fundo SBCS - Nuacutecleo Regional Sul 1995 223p
COMPAGNONI L PUTZOLU G Cria moderna de Ias lombrices y utilizacioacutenrentable dei humus Barcelona Editorial de Vecchi- SA 1985127p
COSTABEBER J A MOYANO E Transiccedilatildeo agroecoloacutegica e accedilatildeo social coletiva Agroecologia e Desenvolvimento Rural Sustentaacutevel Porto Alegre v l n4 p 50- 60 outdez 2 0 0 0
42
COSTA M B B da Adubaccedilatildeo orgacircnica Nova siacutentese e novo caminho para aagricultura Satildeo Paulo Ed iacutecone Ltda 1985 102p
COSTA NETO C Agricultura Sustentaacutevel Tecnologias e Sociedade In CARVALHO COSTA LF et al (org) Mundo Rural e Tempo Presente Rio de Janeiro Mauad 1999
DrsquoAG0ST1NI R L FANTINI A C Produccedilatildeo orgacircnica tambeacutem socialmente excludente Agroecologia e Desenvolvimento Rural Sustentaacutevel Porto Alegre v3 n l p57-61 2002
DALPONTE J C V Utilizaccedilatildeo de materiais orgacircnicos e fertilizante mineral na produccedilatildeo e qualidade de mudas e bulbos de cebola (Alliurn Cepa L) Pelotas-RS 1990 (Mestrado em Agronomia) - Faculdade de Agronomia Eliseu Maciel UFPel 1990
DEBARBA J F THOMAZELLI L F GANDIN C L SILVA E Cadeias produtivas do Estado de Santa Catarina Cebola Florianoacutepolis Epagri 1998 115 p (EPAGRI Boletim Teacutecnico 96)
DUFOUR F Os saacutebios loucos do agro-alimentar Le Monde Diplomatique ano 1 n4 p6-7 1999 (ed portuguesa)
EHLERS E Agricultura Sustetaacutevel Origem e perspectivas de um novo paradigma 2 ed Guaiacuteba Agropecuaacuteria 1999 157 p
FILGUEIRA F A R Novo Manual de olericultura agrotecnologia moderna na produccedilatildeo e comercializaccedilatildeo de hortaliccedilas Viccedilosa UFV 2000 402 p
FRASER G K Mateacuteria Orgacircnica Del Suelo In BEAR F E (ed) Quiacutemica dei Suelo Madrid Ed Agrociencia 1963
FOLLET R H MURPHY L S DONAHUE R L Fertilizers and soil amendments New Jersey Printice-Hall Inc 1981 557p
GARCIA A Revista dei Espacio Rural Georgica Zaragoza Escuela Politeacutecnica de Huesca n5 1997
GARCIA A Versatildeo preliminar de um Programa Estadual de Produccedilatildeo e Comercializaccedilatildeo de Bulbos e Sementes de CebolaEMBRAPAIPAGROMARAEMATER 6 8 pbdquo 1990 (Publicaccedilatildeo avulsa)
GIORGETT1 J R Produccedilatildeo e Comercializaccedilatildeo de Mudas de Tomate In Encontro Nacional de Produccedilatildeo e Abastecimento de Tomate 2 1991 Jaboticabal Satildeo Paulo Anais Jaboticabal UNESP 1991 p 242-244
GLIESSMAN S R Agroecologia Processos ecoloacutegicos em agricultura sustentaacutevelPorto Alegre Universidade Federal do Rio Grande do Sul - UFRGS 2000 653p
43
GLIESSMAN S R TURRIALBA C R Agroecologia Procesos Ecoloacutegicos en Agricultura Sostenible CATIE 2002 p 3-14
GNOATTO S C Caracterizaccedilatildeo quiacutemica de vermicompostos de diferentes substratos orgacircnicos Pelotas-RS 1999 38 f (Mestrado em Agronomia - Solos) - Faculdade de Agronomia Eliseu Maciel UFPel 1999
GOMES J C C BORBA M F S A moderna crise dos alimentos oportunidade para a agricultura familiar Emater Porto Alegre julset 2000 Disponiacutevel em lthttpwwwematertchebrdocsagroecorevistan313-artigo3htmgtAcesso em 24 fev 2002
GOMEZ H W Desenvolvimento sustentaacutevel agriacutecola e capitalismo In Desenvolvimento sustentaacutevel Necessidade eou disponibilidade Santa Cruz do Sul Nobel - UNISC 1997 p 65-77
GONZAacuteLEZ DE MOLINA M SEVILLA GUZMAacuteN E Ecologia campesinado e historia Para una reinterpretacioacuten dei desarrollo dei capitalismo en la agricultura In SEVILLA GUZMAacuteN E GONZAacuteLEZ DE MOLINA M (ed) Ecologia campesinado e historia Madrid La Piqueta 1993 p 23-129
GRIFFITH S A SCHNITZER M Analytical characteristic of humic and fulvic acids extracted from tropical volcanic soils Soil Sei Soc Am Proc v 39 p361-367 1975
GUIMARAtildeES E Caracterizaccedilatildeo quiacutemica estreptoscoacutepica e por anaacutelise teacutermica de aacutecidos huacutemicos e vermicompostos obtidos de estercos de diferentes animaisCuritiba 1997 Dissertaccedilatildeo (Mestrado em Quiacutemica) Universidade Federal do Paranaacute 1997
HESS A F Sociedade e meio ambiente uma relaccedilatildeo ambiacutegua Revista Cientiacutefica Rural Bageacute v 4 n2 p 167-1741999
ICEPA-SC Informes conjunturais sobre a cultura da cebola Disponiacutevel em lthttpwwwicepa combrgt Acesso em 23 jan 2003
JONES H A MANN L K Onions and their allies New York Interscience Publishers 1962 286 p
JUacuteNIOR H A de MAIORANO J A Receitas obtidas de extratos de plantasCampinas CATITerra Viva [199-] 10 f
KHATOUNIAN C A Ciclo de Palestras sobre Agricultura Orgacircnica 2a Ed SatildeoPaulo Fund Cargill 1997 149 p
KIEHL E J Fertilizantes Orgacircnicos Satildeo Paulo Ed Agronocircmica Ceres Ltda 1985 492p
44
KOEFF H H PETTERSSON B D SHAUMANN W Vida Vegetal solos e adubaccedilatildeo In Agricultura Biodinacircmica Satildeo Paulo Nobel 1983 p92-149
KONONOVA M M Soil organic matter The importance o f organic matter in soil formation and soil fertility New York Pergamqn Press 1961 p 165-200
KUHN T A Estrutura das Revoluccedilotildees Cientiacuteficas Satildeo Paulo Perspectiva 1989 257p
LANNA FCA ABREU C L ABREU J G SILVA V Resposta de cultivares de melancia cultivadas sob adubaccedilatildeo quiacutemica e orgacircnica Horticultura v 12 n l p85 1994
LEFF H Saber Ambiental Petroacutepolis Vozes 2001 343 p
MAGALHAtildeES J R Nutriccedilatildeo e adubaccedilatildeo da cebola In FERREIRA M E CASSTELLANE P D CRUZ M C P Nutriccedilatildeo e adubaccedilatildeo de hortaliccedilasPiracicaba POTAFOS 1993 p 381-393
MALAVOLTA E Elementos de nutriccedilatildeo mineral de plantas Satildeo Paulo Ed Agronocircmica Ceres Ltda 1980 251 p
MALAVOLTA E Manual de Quiacutemica Agriacutecola - Adubos e Adubaccedilatildeo 3a ed SatildeoPaulo Ed Agronocircmica Ceres Ltda 1981 606 p
MARTINEZ A A A grande e Poderosa Minhoca Jaboticabal Funep - Unesp1990 101 p
MARTINS S R Desenvolvimento e Sustentabilidade Horticultura Brasileira Brasiacutelia-DF v20 n2 julho 2002 Palestra apresentada no 42deg Congresso Brasileiro de Olericultura
MARTINS S R Limites Del Desarrollo Sostenible em Ameacuterica Latina En el marco de Ias poliacuteticas de (re)ajuste econocircmico Pelotas Editora UFPel 1997 135 P-
MARTINS S R Sustentabilidade na agricultura dimensotildees econocircmicas sociais e ambientais Revista Cientiacutefica Rural Bageacute v4 n 2 p 175-1871999
MATURANA H REZEPKA S N D E Formaccedilatildeo Humana e Capacitaccedilatildeo Rio de Janneiro Vozes 2000 8 6 p
MELLO A F SOBRINHO M O ARZOLLA S SILVEIRA R NETTO A C KIEHL J C Fertilidade do Solo Satildeo Paulo Nobel 1983
MENEZES JUacuteNIOR F O G D Caracterizaccedilatildeo de Diferentes substratos hortiacutecolas e seu efeito na produccedilatildeo de mudas de alface e couve-flor em ambiente protegido Pelotas 1998 141 p Dissertaccedilatildeo (Mestrado em Agronomia - Produccedilatildeo Vegetal) - Faculdade de Agronomia Eliseu Maciel UFPel 1998
45
MIBASA Mineraccedilatildeo Barreto SA Melhorador de Solos MB4 A Natureza Agradece Arapiraca-AL [199-] Folder
MINAMI K Os resumos da olericultura 2000 In AZEVEDO FILHO MARTINEZ FILHO (ed) Preccedilos agriacutecolas Piracicaba ESALQ 1999 p 4
MINAMI K Produccedilatildeo de Mudas de Alta Qualidade em Horticultura Satildeo Paulo TA Queiroz 1995
MORSELLI T B G A Cultivo sucessivo de alface sob adubaccedilatildeo orgacircnica em ambiente protegidoPelotas 2001 178 p Tese (Doutorado em Agronomia - Produccedilatildeo Vegetal) Faculdade de Agronomia Eliseu Maciel UFPel 2001
MORSELLI T B G A Resiacuteduos orgacircnicos em sistemas agriacutecolas Poliacutegrafo da Disciplina de Resiacuteduos orgacircnicos em sistemas agriacutecolas Curso de Poacutes-Graduaccedilatildeo em Agronomia-Produccedilatildeo Vegetal UFPel 2002
MULLER AM Efeitos da Aplicaccedilatildeo Foliar de um Biofertilizante Enriquecido no Estado fitossanitaacuterio de Tomate Ervilha e Beterraba Sob Manejo OrgacircnicoDissertaccedilatildeo (Mestrado no Programa de Poacutes-Graduaccedilatildeo em Agroecossistemas)1999 (Resumo)
NOLLA D Erosatildeo do Solo - O grande desafio Estado do Rio Grande do Sul SEAGRI desenvolvimento de recursos naturais renovaacuteveis 1982 412 p
PAGLIA AG MORSELLI TBGA PEIL RMN Teores de nutrientes pH e condutividade eleacutetrica da aacutegua em sistema ldquofloat^ngrdquo sob adiccedilatildeo de biofertilizantes Horticultura Brasileira v 20 n2 julho 2002 Suplemento 2
PAULUS G MULLER A BARCELLOS LAR Agroecologia aplicada praticas e meacutetodos para uma agricultura de base ecoloacutegica 2ed ver ampl Porto Alegre EMATERRS 2001 8 6 p
PEIXOTO R T dos G Composto orgacircnico aplicaccedilotildees benefiacutecios e restriccedilotildees de uso Horticultura Brasileira Brasiacutelia-DF v 18 p 56-64 julho 2000
PENTEADO SR Defensivos Alternativos e Naturais Satildeo Paulo 1999 95 p
PEREIRA AJ SOUZA RJ PEREIRA WR Efeito de diferentes doses de esterco de galinha e de curral sobre a produccedilatildeo de cebola Horticultura Brasileira v20 n2 julho 2002 Suplemento 2
PINHEIRO S BARRETO SB MB-4 agricultura sustentaacutevel trofobiose e biofertilizantes Fundaccedilatildeo Juquira CandiruMibasa 2000 273 p
PRIMAVESI A Agricultura Sustentaacutevel Satildeo Paulo Nobel 1992 142 p
PRIMAVESI A O manejo ecoloacutegico do solo Agricultura em regiotildees tropicais SatildeoPaulo Nobel 1982 541 p
46
PURCINO A A C ldquoNitrogecircniordquo Informe Agropecuaacuterio Belo Horizonte v7 n81 p 16-27 1981
QUIJANO F G Efeito da adubaccedilatildeo orgacircnica no desenvolvimento de duas cultivares de alface em ambiente protegido Pelotas 1999 116f Dissertaccedilatildeo (Mestrado em Agronomia - Produccedilatildeo Vegetal) Faculdade de Agronomia Eliseu Maciel UFPel 1999
RODRIGUES A N N Efeitos e residuais de superfosfato triplo sobre o rendimento de mateacuteria seca e absorccedilatildeo de foacutesforo pela aveia (Avena strigosa Schob) em solo Podzoacutelico Vermelho Escuro Porto Alegre 1984 59f Dissertaccedilatildeo (Mestrado em Agronomia) - Faculdade de Agronomia UFRGS 1984
RODRIGUES E T CASALI V W D Respostas da alface agrave adubaccedilatildeo orgacircnica II Teores conteuacutedos e utilizaccedilatildeo de macronutrientes em cultivares Rev Ceres Viccedilosa v 45 n 261 p 437-449 1998
SAMINEcircS T C O Produccedilatildeo orgacircnica de alimentos Horticultura Brasileira Brasiacutelia-DF v 17 n3 novembro 1999
SCHIEDECK G Ambiecircncia e resposta agronocircmica de meloeiro (Cucumis melo L) cultivado sob adubaccedilatildeo orgacircnica em ambiente protegido Pelotas lOOp Tese (Doutorado em Agronomia - Produccedilatildeo Vegetal) - Faculdade de Agronomia Eliseu Maciel UFPel 2002
SILVA JUacuteNIOR A A GIORGI E Substratos alternativos para a produccedilatildeo de mudas de tomate Agropecuaacuteria Catarinense Florianoacutepolis EPAGRI 1992 23 p
SILVA JUacuteNIOR A A MACEDO S G STUKER H Utilizaccedilatildeo de esterco de peru na produccedilatildeo de mudas de tomateiro Florianoacutepolis EPAGRI 1995 28 p (Boletim Teacutecnico 73)
TAGLIARI PS GRASSMANN H Minhoca a grande aliada da agricultura Agropecuaacuteria Catarinense v8 n l p 11-14 mar 1995
TEDESCO M J GIANELLO C Anaacutelises de solo plantas e outros materiais Porto Alegre Faculdade de Agronomia Departamento de Solos Universidade Federal do Rio Grande do Sul RS 1996
TENNANT D A Test of modified line intersect method of estimating root lenght Journal Ecology Oxford v 63 p 995-1001 1975
TIBAU A O Mateacuteria Orgacircnica do Solo Mateacuteria Orgacircnica e Fertilidade do SoloSatildeo Paulo Nobel 1984 p49-182
TIMM P J Anaacutelise comparativa dos sistemas de plantio convencional e cultivo miacutenimo de cebola sob adubaccedilatildeo orgacircnica e mineral Pelotas 2000 79 p Dissertaccedilatildeo (Mestrado em Agronomia - Produccedilatildeo Vegetal) - Faculdade de Agronomia Eliseu Maciel UFPel 2000
47
VALENZUELA HR CROSBY C Effect of compost applications on the yield of several vegetables in long-term organic farming experiments conduced in the tropics American Society Horticultural Science v33 n3 june 1998
VIGLIZZO E (ed) Subprograma Recursos Naturais y Sostenibilidad Agriacutecola documento marco Montevideo IICAPROCISUR 1995 p 75 - 78
WE1D J M TARDIN J M Proposta para a Ampliaccedilatildeo do Trabalho da ASPTA no Centro Sul do Paranaacute ASPTA Disponiacutevel em http wwwpronafgovbrEncontrotestosAS20PTA20Sul20ParanE1205 202002doc Acesso em 05 mai 2002
XAVIER SIMOacuteN F DOMINGUES D G Desenvolvimento Rural Sustentaacutevel uma perspectiva agroecoloacutegica Agroecologia e Desenvolvimento Rural Sustentaacutevel Porto Alegre EM ATERRS v2 n2 p 17-26 2001
ZABALETA J P Diagnoacutestico da Agricultura Familiar em Satildeo Joseacute do Norte - RSPelotas EMBRAPA-CPACT 1998 75 p (EMBRAPA-CPACT Documentos 44)
ZONTA E P MACHADO A A SILVEIRA P Sanest Sistema de anaacutelise estatiacutestica para microcomputadores Registrado na Secretaria Especial de Informaacutetica sob nuacutemero 066060 - categoria A Pelotas-RS Universidade Federal de Pelotas 1984
48
7 APEcircNDICE
APEcircNDICE A - Anaacutelise da adubaccedilatildeo de base e biofertilizantes utilizados na produccedilatildeo de mudas de cebola
TABELA 1 A Anaacutelise baacutesica do solo antes da incorporaccedilatildeo do feijatildeo miuacutedo + papua
Arg
pH IND
SMP
MO
P - n r - Na Al Ca__10Omlmdash
Mg
ppm -
6 53 67 089 8 6 27 1 04 05 0 2
Fonte LASFAEMUFPel (2002)
TABELA 2A Anaacutelise complementar do solo antes da incorporaccedilatildeo do feijatildeo-miuacutedo + papua
Cobre Zinco Manganecircs Ferro
(m v1)
04 05 26 007
Fonte LASFAEMUFPel (2002)
49
TABELA 3A Anaacutelise dos fertilizantes soacutelidos
Amostra pH limidade CN
C N P K Ca Mg
- g-ivg --
Cama de 849 2491 12 31042 2479 3888 3405 29875 463
aves
Esterco 74 3594 11 677 590 157 134 335 214
de curral
Huacutemus 684 5738 14 15965 1098 453 745 743 361
Fonte LASFAEMUFPel (2002)
TABELA 4A Anaacutelise quiacutemica dos biofertilizantes liacutequidos
Amostra N P K_ccedil H
Ca Mg Cu Zn Fe Mn
mdashgL bull
S Magro
m b 4
Urina
053
1652
8 2 2
008
395
0 0 0
149
1674
471
1902
6872
0 0 0
1150
4507
1172
7273
42
033
101389
920
0 0 0
6250
19458
781
35273
1123
0 2 1
Fonte LASFAEMUFPel (2002)
50
APEcircNDICE B - Condiccedilotildees climaacuteticas do local
TABELA 1B Condiccedilotildees de temperatura do local
___________ __________TEMPERATURA (degCgt
meses Meacutedia
Maacutexima
Meacutedia
MiacutenimaMeacutedia
Maacutexima
Absoluta
Miacutenima
Absoluta
Junho 225 87 156 320 25
Julho 225 85 155 285 30
Agosto 251 71 161 360 1 0
Fonte FEPAGROSCT 2002
TABELA 2B Condiccedilotildees de chuva do local
mdash CHUVA (mm)mdash
meses Ocorrida Normal Desvio Da Normal
Junho 1080 1 1 0 -2 0
Julho 1062 98 8 2
Agosto 1283 1 2 0 83
Fonte FEPAGROSCT 2002
51
TABELA 1C Produccedilatildeo de fitomassa fresca e seca (g) da parte aeacuterea altura de planta
(cm) e diacircmetro de colo (mm) de mudas de cebola Petrolini cultivadas
sob uma perspectiva agroecoloacutegica Pelotas-RS 2003
APEcircNDICE C - Anaacutelise estatiacutestica da parte aeacuterea
Causas G1 FFPA FSPA AP DC
da variaccedilatildeo --------- Quadrados meacutedios-
Blocos 3
Ad Base 2 175359071 1287102 2547419 1 11775
Biofertilizantes 2 126876 29011 87669ns 02185ns
Ad x Biofert 4 572378 31123 69106ns 04159
Resiacuteduo 24 34456 03048 27169 00290
Total 35
Meacutedia geral 93745 8772 320388 6741
CV 1980 6294 5145 2530
Significativo a 5ns Natildeo significativo
52
TABELA 1D Produccedilatildeo de fitomassa fresca e seca (g) comprimento (cm) e densidade
de raiacutezes (m cm3) de mudas de cebola Petrolini cultivadas sob uma
perspectiva agroecoloacutegica e razatildeo parte aeacutereasistema radicular Pelotas-
RS 2003
APEcircNDICE D - Anaacutelise estatiacutestica da raiz
Causas G1 FFR FSR CR RPASR DR
da variaccedilatildeo Quadrados meacutedios---------------
Blocos 3
Ad Base 2 27874 551 623 2 1 0 140
Biofertilizantes 2 178 0 1 0 ni 1504 l03ns 038ns
Ad x Biofert 4 190 058 318 294 183
Resiacuteduo 24 005 009 028 023 0 2 1
Total 35
Meacutedia geral 1818 228 184 387 333
C V 134 1356 448 1253 1396
Significativo a 5 ns Natildeo significativo
53
APEcircNDICE E - Anaacutelise estatiacutestica dos macronutrientes da parte aeacuterea da cebola
TABELA 1E Conteuacutedos (mg planta1) de nitrogecircnio foacutesforo potaacutessio caacutelcio e
magneacutesio no tecido vegetal de mud^s de cebola Petrolini cultivadas
sob uma perspectiva agroecoloacutegica Pelotas-RS 2003
Causas G1 bull N P K Ca Mg
da variaccedilatildeo
Blocos 3
Ad Base 2 13550306 446627 25509686 1031806 59007
Biofertilizantes 2 180610ns 16564 68153ns 39006 876ns
Ad x Biofert 4 454187 45743 1047539 46950 2464
Resiacuteduo 24 29769 1453 64313 3741 439
Total 35
Meacutedia geral 24921 4597 33366 6943 1615
C V 692 829 760 880 1297
Significativo a 5 ns Natildeo significativo
APEcircNDICE F - Fotos do experimento
FIGURA 2 Mudas de cebola (Allium cepa L) produzidas sob uma perspectiva agroecoloacutegica
APEcircNDICE F a Fotos do experimento
FIGURA 1 Adubaccedilatildeo verde com feijatildeo-miuacutedo e papuatilde utilizadas no manejo do solo
FIGURA 2 Mudas de cebola (Allium cepa L) produzidas sob urna perspectiva agroecoloacutegica
19
o ataque dos microrganismos atraveacutes de suas enzimas consegue liberar os elementos natildeo
atacados pelos aacutecidos industriais (Pinheiro amp Barreto 2000)
Os biofertilizantes tecircm sido empregados na agricultura ecoloacutegica como adubo
foliar para aumentar a resistecircncia contra pragas e doenccedilas Aleacutem disso o processo de
produccedilatildeo eacute bastante simples e por isso eacute viaacutevel sua produccedilatildeo na propriedade desde que
tenha esterco disponiacutevel (Penteado 1999)
Bettiol et al (1997) verificaram a presenccedila de diferentes espeacutecies de fungos
fiacutelamentosos e leveduriformes e bacteacuterias entre elas Bacillus spp na comunidade
microbiana do biofertilizante produzido segundo meacutetodo adotado pelo Centro de
Agricultura Ecoloacutegica Ipecirc Os autores verificaram ainda uma reduccedilatildeo da comunidade
microbiana ao longo da digestatildeo reduccedilatildeo essa mais acentuada logo apoacutes o acreacutescimo
dos sais contendo micronutrientes A accedilatildeo dos sais pode ser tanto por aumento na
pressatildeo osmoacutetica quanto pelo efeito direto sobre os microrganismos Para o controle de
doenccedilas de plantas satildeo importantes a presenccedila dos metaboacutelitos produzidos pelos
organismos presentes no biofertilizante e os proacuteprios microrganismos vivos
Os microrganismos transformam o material orgacircnico (esterco soro de leite caldo
de frutas palhas restos industriais etc) e cinzas produzindo vitaminas aacutecidos e sais
complexos importantes para regular e tonificar o metabolismo das plantas impedindo o
desenvolvimento de pragas e doenccedilas (Pinheiro amp Barreto 2000)
Em estudos feitos com o biofertilizante liacutequido de bovinos foi observado a
presenccedila de inuacutemeros microorganismos como bacteacuterias leveduras e bacilos
principalmente do Bacillus subtilis Estes microorganismos sintetizam substacircncias
antibioacuteticas as quais demonstram ter grande accedilatildeo e eficiecircncia como substacircncias
fungiostaacuteticas e bacteriostaacuteticas de fitopatoacutegenos causadores de danos em lavouras
comerciais (Penteado 1999)
Aldrighi et al (2002) realizaram trabalho na UFPel relacionado agrave nutriccedilatildeo de
mudas de tomate (Floradade) produzidas no sistema ldquofloatingrdquo Utilizaram-se doses de
0 2 5 e 10 para o biofertilizante Super Magro e 0 e 1 para a urina de vaca
Concluiacuteram que estes natildeo interferem na produccedilatildeo das mudas e que provavelmente foi
influenciado pelo substrato utilizado (vermicomposto 75 e casca de arroz carbonizada
25) bem como o sistema de produccedilatildeo (floating)
Paglia et al (2002) citam que eacute possiacutevel produzir mudas de tomate (cultivar
Floradede) utilizando urina de vaca e biofertilizante Super Magro na aacutegua em sistema
ldquofloatingrdquo em trabalho realizado na UFPel O uso da urina de vaca a 1 e 5 e
20
biofertilizante Super Magro a 6 proporcionam uma elevaccedilatildeo do foacutesforo bem como o
Super Magro a 6 eleva os teores de Mg e Ca na aacutegua
251 Urina de vaca
As urinas de vaca contecircm nutrientes favoraacuteveis ao bom desenvolvimento das
plantas como potaacutessio soacutedio nitrogecircnio enxofre magneacutesio caacutelcio foacutesforo e traccedilos de
outros elementos Nas plantas funciona como um fertilizante natural tomando-as mais
resistentes ao ataque das pragas e doenccedilas Satildeo encontradas tambeacutem na urina outras
substacircncias como fenoacuteis e principalmente o catecol que esta associado agrave recuperaccedilatildeo
de plantas atacadas por fitopatoacutegenos por ser um produto anti-seacuteptico (Penteado 1999)
Para seu emprego a urina receacutem coletada deve ser armazenada sob condiccedilotildees
ambientais por trecircs dias para que se forme amocircnio importante produto a ser absorvido
pelas plantas Recomenda-se ainda que o armazenamento deva ser feito em recipiente
fechado para que natildeo ocorram perdas de nitrogecircnio Desta forma poderaacute permanecer
por ateacute um ano sem comprometer sua eficiecircncia
Em hortaliccedilas o uso da urina de vaca eacute recomendado em pulverizaccedilotildees foliares
semanais na concentraccedilatildeo de 05 para tomateiro pimentatildeo pepino feijatildeo vagem e
couve ou quinzenais a 1 para as culturas do quiabeiro jiloeiro e berinjela Para
fruteiras em geral a primeira aplicaccedilatildeo deve ser na concentraccedilatildeo aproximada de 5
realizada diretamente no solo e mensalmente devem ser realizadas pulverizaccedilotildees
foliares a 1 para plantas jovens e a 5 para plantas adultas (Penteado 1999)
Na aplicaccedilatildeo foliar deve-se ter cuidado com folhas e brotos novos e considerar que
o uso contiacutenuo pode ser toacutexico podendo afetar o solo causando a sua acidificaccedilatildeo
(Penteado 1999)
Na Estaccedilatildeo Experimental da PESAGRO no municiacutepio de Macaeacute Rio de Janeiro
estaacute se utilizando a urina de vaca leiteira Os pesquisadores descobriram que a urina de
vaca em lactaccedilatildeo produzia o efeito de recuperar plantas de abacaxi atacadas por uma
doenccedila conhecida como ldquofusairioserdquo Essa doenccedila quando ataca o abacaxi causa
perdas de ateacute 70 da safra Todos os agrotoacutexicos testados natildeo conseguiram controlar a
doenccedila Isto eacute um exemplo para que a universidade tenha uma nova percepccedilatildeo (Capra
1996) adotando medidas efetivas que contribuam na transiccedilatildeo agroecoloacutegica Com o
uso da urina de vaca leiteira numa lavoura de abacaxi atacada pela fusariose observou-
se agrave recuperaccedilatildeo do stand e os frutos produzidos apresentaram excelente padratildeo
21
comercial Descobriu-se que aleacutem funcionar como adubo e defensivo natural a urina de
vaca leiteira tambeacutem favorece a floraccedilatildeo de muitas plantas e pode ser usada no
tratamento de frutos e tubeacuterculos depois da colheita
A urina de vaca em lactaccedilatildeo tambeacutem estaacute sendo usada nas lavouras de cafeacute em
plantaccedilotildees de maracujaacute coco alface e outras hortaliccedilas Na regiatildeo centro-sul do Paranaacute
os agricultores estatildeo aplicando a urina de vaca leiteira nas lavouras de feijatildeo soja
batata cebola e milho (Penteado 1999)
252 Alhol
A maioria dos defensivos alternativos tais como calda bordalesa sulfocaacutelcica
aacutegua de cinza e cal biofertilizante enriquecido extrato de fumo entre outros precisa
ser misturada com um espalhante adesivo para quebrar a tensatildeo superficial da gota e
propiciar um melhor molhamento das folhas e demais partes pulverizadas assegurando
uma absorccedilatildeo mais efetiva e uma melhor accedilatildeo sobre as pragas e doenccedilas Quando as
gotas permanecem inteiras sobre a superfiacutecie folhar devido agrave falta de espalhante
adesivo pode-se danificar os tecidos vegetais pelc efeito-lente quando o sol incide
sobre elas Aleacutem disso a gota por natildeo se espalhar sobre toda superfiacutecie folhar
concentra nela e consequumlentemente sobre o tecido que estaacute em contato com ela uma
quantidade maior do produto aplicado Essa maior concentraccedilatildeo pode prejudicar a
absorccedilatildeo e lesionar os tecidos principalmente apoacutes a evaporaccedilatildeo da aacutegua contida na
gota por resultar em uma maior concentraccedilatildeo de sais no local especialmente quando se
aplicam por exemplo calda sulfocaacutelcica bordalesa biofertilizante enriquecido com
macro e micronutrientes (Claro 2001)
O alhol eacute um espalhante adesivo ecoloacutegico que tambeacutem auxilia no controle de
pragas E elaborado com aacutegua alho oacuteleo vegetal e sabatildeo neutro a partir da sabedoria
popular que menciona o alho como repelente de insetos Juacutenior Abreu amp Maiorano
(199-) indicam formulaccedilotildees contendo alho para o controle de pragas como nematoacuteides
(Meloidogyne incoacutegnita e M javanica) mosca do chifre lagarta na maccedilatilde pulgotildees
besouro da batata trips e para controle de doenccedilas fuacutengicas e bacterianas como miacuteldio
ferrugem fusariose helminthosporiose murchadeira (Pseudonamos solacearum)
bruzone do arroz (Pyricularia orysae) podridatildeo negra do repolho e couve-flor
(Xanthomonas campestris) Aleacutem disso o alho pelo seu bom teor em oacuteleo pode agir
tambeacutem como espalhante adesivo O sabatildeo tambeacutem eacute indicado como espalhante adesivo
22
e possui accedilatildeo contra certas pragas (pulgotildees) sendo que o oacuteleo vegetal eacute indicado no
controle de cochonilhas e usado como espalhante adesivo (Claro 2001)
253 Calda Bordalesa
A calda bordalesa eacute um tradicional defensivo agriacutecola que pode ser preparado na
propriedade com a mistura de sulfato de cobre cal virgem e aacutegua As concentraccedilotildees de
sulfato de cobre e cal satildeo distintas dependendo do objetivo do seu emprego
Geralmente diferem de acordo com o tipo de planta ou espeacutecie vegetal as condiccedilotildees
climaacuteticas o grau de infestaccedilatildeo da doenccedila e a fase de crescimento da planta Eacute indicada
para o controle de miacuteldio alternaacuteria botrytis e antracnose (Penteado 1999)
A calda bordalesa caracteriza-se pela sua importante accedilatildeo no controle de diversas
doenccedilas fungicas nas mais diversas espeacutecies de culturas Possui tambeacutem uma relativa
accedilatildeo bactericida e em alguns casos age como repelente de insetos Da mistura do
sulfato de cobre com a cal resulta uma soluccedilatildeo rica em macronutrientes e
micronutrientes Provavelmente os expressivos resultados obtidos com a aplicaccedilatildeo da
calda bordalesa devam-se natildeo somente a sua accedilatildeo fuacutengica e bactericida mas sobretudo
agrave influecircncia positiva que exerce no metabolismo das plantas ativando o processo
enzimaacutetico e estimulando a proteossiacutentese aumentando a resistecircncia das plantas (Claro
2 0 0 1 ) caracteriacutestica fundamental na agricultura sustentaacutevel
254 Biofertilizante Super Magro
A calda Super Magro eacute produto da fermentaccedilatildeo de estercos animais enriquecidos
por micronutrientes e outros produtos de origem animal obtendo-se uma calda
biofertilizante para aplicaccedilatildeo foliar nas plantas (Penteado 1999) jaacute foram observados
bons resultados principalmente nas culturas de uva maccedila pecircssego tomate batata e
hortaliccedilas em geral
E indicado como fonte suplementar de micronutrientes para as plantas inibidor
de fungos e bacteacuterias causadores de doenccedilas e para aumentar a resistecircncia contra insetos
e aacutecaros (Penteado 1999) i
Muller (1999) avaliou a influecircncia do biofertilizante Super Magro sobre as
culturas de tomate (Lycopersicon esculentum Mill) ervilha (Pisum sativum L) e
beterraba (Beta vulgaris L) O autor obteve cultivos com baixa severidade de doenccedilas e
23
insetos fitoacutefagos possivelmente por causa do manejo orgacircnico de produccedilatildeo Os
resultados das pulverizaccedilotildees das soluccedilotildees foliares variaram conforme a cultura e o
clima
255 Biofertilizante MB4
A utilizaccedilatildeo das farinhas de rochas eacute uma das teacutecnicas mais modernas usadas nos
uacuteltimos anos na agricultura O elevado nuacutemero de nutrientes contidos no MB4 como
cobre zinco manganecircs cobalto soacutedio alumiacutenio silicatos de magneacutesio ferro e caacutelcio
acompanhado de foacutesforo potaacutessio e enxofre reagem com a soluccedilatildeo do solo liberando
elementos essenciais ao desenvolvimento da vida microbiana os quais exercem um
papel fundamental atraveacutes de transformaccedilotildees quiacutemicas e do equiliacutebrio bioloacutegico
favorecendo o desenvolvimento sadio das plantas (Pinheiro amp Barreto 2000)
24
3 MATERIAL E MEacuteTODOS
31 Local de execuccedilatildeo do experimento
O presente trabalho foi conduzido no Centro de Pesquisa da Regiatildeo Sul
(FEPAGROSUL) no municiacutepio de Rio Grande nlt periacuteodo de 15 de maio a 26 de
agosto de 2 0 0 2
O solo eacute classificado como ldquoTuiardquo satildeo muito arenosos As massas aquaacuteticas do
Oceano Atlacircntico e Lagoa dos Patos influenciam ventos temperatura pressatildeo umidade
relativa e demais fatores climaacuteticos A topografia da regiatildeo litoracircnea eacute plana com
lenccediloacuteis freaacuteticos superficiais
32 Anaacutelise estatiacutestica
O experimento foi constituiacutedo em fatorial 3X3 (Quadro 1) com quatro repeticcedilotildees
no delineamento blocos ao acaso As variaacuteveis respostas foram submetidas agrave anaacutelise de
variaccedilatildeo e ao teste de Duncan a 5 de probabilidade para comparaccedilatildeo das meacutedias
utilizando-se o sistema SANEST (Zonta amp Machado 1984)
As anaacutelises estatiacutesticas das variaacuteveis estudadas encontram-se nos Apecircndices C D
Os resultados das respostas agronocircmicas e das determinaccedilotildees dos conteuacutedos dos
macronutrientes bem como os de raiz estatildeo nas tabelas de 1 a 3
25
As diferentes adubaccedilotildees seratildeo representadas durante a discussatildeo da seguinte
forma 1 VB (30 t ha 1 de vermicomposto) 15 VB (45 t ha 1 de vermicomposto) e EC
(60 t ha 1 de esterco de curral) 1 VB+SM+U+CB (30 t ha 1 de vermicomposto mais
super magro mais urina de vaca mais calda bordalesa) 15 VB+SM+U+CB (45 t ha 1 de
vermicomposto mais super magro mais urina de vaca mais calda bordalesa)
EC+SM+U+CB (60 t ha 1 de esterco de curral mais super magro mais urina de vaca
mais calda bordalesa) 1 VB+MB4 +U+CB (30 t ha 1 de vermicomposto mais MB4 mais
urina de vaca mais calda bordalesa) 15 VB+MB4 +U+CB (45 t ha 1 de vermicomposto
mais MB4 mais urina de vaca mais calda bordalesa) EC+MB4 +U+CB (60 t ha 1 esterco
de curral mais MB4 mais urina de vaca mais calda bordalesa)
QUADRO 1 Descriccedilatildeo dos fatores experimentais e respectivos niacuteveis
Niacuteveis Fator 1 ADUBACcedilAtildeO DE BASE
0 1 Vermicomposto (30 t ha1)
0 2 Vermicomposto (45 t ha1)
03 Esterco de curral (60 t ha1)
Niacuteveis Fator 2 BIOFERTILIZANTES LIacuteQUIDOS
0 1 Super magro (5) + Urina de Vaca + Calda Bordalesa
0 2 MB4 (10) + Urina de vaca + Calda Bordalesa
03 Ausecircncia (testemunha)
33 Tratamentos
Da combinaccedilatildeo entre niacuteveis e fatores foram obtidos 9 tratamentos que estatildeo
descritos no Quadro 2 bem como as doses de adubaccedilatildeo utilizadas no experimento
26
QUADRO 2 Tratamentos e doses de adubaccedilatildeo utilizadas no experimento
TRATAMENTOS
Ndeg FATOR I FATOR II
0 1 30 t ha de vermicomposto Super magro 5 Urina de vaca Calda Bordalesa
0 2 30 t harsquo de vermicomposto MB4 10 Urina de vaca Calda Bordalesa
03 30 t ha de vermicomposto - - -
04 45 t ha de vermicomposto Super magro 5 Urina de vaca Calda Bordalesa
05 45 t ha de vermicomposto MB4 10 Urina de vaca Calda Bordalesa
06 45 t ha de vermicomposto - - -
07 60 t hade esterco Super Magro 5 Urina de vaca Calda Bordalesa
08 60 t hade esterco MB4 10 Urina de vaca Calda Bordalesa
09 60 t hade esterco - - -
Cada parcela foi constituiacuteda por dois canteiros medindo 1 m de largura x 2 m de
comprimento perfazendo 075 m de aacuterea de aacuterea uacutetil (025 m de bordadura) Foi
utilizando semeadura a lanccedilo com densidade de 24 g canteiro1
O vermicomposto a urina de vaca o esterco de curral o alhol os biofertilizantes e
a calda bordalesa foram de procedecircncia do Centro de Pesquisa da Regiatildeo Sul O
vermicomposto de esterco bovino misturado agraves cascas de frutas foi processado pela
minhoca vermelha califomiana Eisenia foetida)
O biofertilizante Super Magro foi elaborado segundo a metodologia descrita pela
FEPAGROSUL utilizando-se os seguintes componentes 190 litros de aacutegua 22 litros
de leite 55 Kg de accediluacutecar mascavo 30 Kg de esterco fresco de bovinos 2 Kg de
Sulfato de zinco 2 Kg de sulfato de magneacutesio 2 Kg de cloreto de caacutelcio 1 Kg de aacutecido
boacuterico 300 g de sulfato de cobre 300 g de sulfato de ferro 300 g de sulfato de
manganecircs 100 g de molibdato de soacutedio 50 g de sulfato de cobalto 3 Kg de fosfato
natural 3 Kg de cinza e 200 g de farinha de osso
A urina de vaca em lactaccedilatildeo foi coletada pela manhatilde e armazenada em recipiente
fechado por trecircs dias em condiccedilotildees ambientais para que se formasse a amocircnia e natildeo
ocorresse perda de nitrogecircnio
28
Realizaram-se duas capinas manuais durante o experimento e em seguida como
cobertura se colocou casca de arroz Tambeacutem foi aplicado esterco de aves 30 dias antes
da colheita na quantidade de 05 Kg canteiro 1 como adubaccedilatildeo de cobertura
As pulverizaccedilotildees com os produtos iniciaram apoacutes 15 dias da germinaccedilatildeo
Realizou-se sete aplicaccedilotildees sendo que as duas primeiras foram feitas apenas com
Super Magro e MB4 Na terceira e na quarta aplicaccedilatildeo utilizou-se urina de vaca e calda
bordalesa em concentraccedilotildees menores (05 e 025 respectivamente) e na quinta
aplicaccedilatildeo as dosagens de urina de vaca e calda bordalesa foram elevadas para 1 0 e
05 respectivamente ateacute o final do experimento O alhol foi utilizado a partir da
terceira pulverizaccedilatildeo na quantidade de 2 e seguiu ateacute o final no dia 26 de agosto
quando as mudas foram colhidas e posteriormente analisadas as variaacuteveis
35 Observaccedilotildees agronocircmicas
Foram utilizadas 20 mudas de cebola para obtenccedilatildeo das meacutedias das variaacuteveis as
quais foram as seguintes
351 Fitomassa fresca da parte aeacuterea e raiacutezes
Foi realizada atraveacutes de uma balanccedila digital procedendo-se a pesagem de 20
mudas de cebola previamente lavadas e posteriormente secadas durante uma hora sobre
um tecido de algodatildeo agrave temperatura ambiente Processo idecircntico foi adotado com as
raiacutezes
352 Fitomassa seca da parte aeacuterea e raiacutezes
Esta variaacutevel foi obtida a partir da secagem preliminar em estufa de ar forccedilado
durante 48 horas a 65 C ateacute peso constante com posterior pesagem em balanccedila
analiacutetica
353 Altura da muda
A altura de muda foi medida a partir do colo das plantas ateacute sua uacuteltima folha
(ponto de crescimento) com uma reacutegua graduada de 40 cm
29
354 Diacircmetro do colo das plantas
Esta medida foi realizada no ponto de transplante a 2 mm das raiacutezes e utilizando-
se um paquiacutemetro SOMET
355 Sistema radicular
Ao teacutermino do experimento foram retiradas as raiacutezes das mesmas plantas que foram
utilizadas para as determinaccedilotildees realizadas na parte aeacuterea procedendo-se uma amostra
de solo com raiacutezes de 2 0 cm de largura x 2 0 cm de comprimento e 2 0 cm de altura
totalizando 8000 cm3
As raiacutezes apoacutes serem lavadas em aacutegua corrente foram pesadas acondicionadas em
sacos plaacutesticos e congeladas para posteriores anaacutelises pelo meacutetodo de Tennant (1975)
para a determinaccedilatildeo do comprimento e densidade
3551 Comprimento de raiz
Utilizou-se para a determinaccedilatildeo do comprimento de raiz as seguintes foacutermulas
1 = ndeg x 1114 x 1 onde
1 - comprimento de raiz de uma amostra uacutemida de 0 0 2 g
ndeg - nuacutemero de intercessotildees das raiacutezes com os lados da quadriacutecula da malha do
aparelho
1114 - constante
1 - medida lateral da quadriacutecula em cm
Tomando-se a fiacutetomassa seca e o comprimento da raiz da cada amostra
relacionou-se com a fiacutetomassa seca e o comprimento total da raiz da planta aplicando-
se a seguinte equaccedilatildeo
L = (FSR x 1) FSPA onde
L - comprimento total da raiz da planta (m)
FSR - fiacutetomassa seca de raiz
FSPA - fiacutetomassa seca da parte aeacuterea
L - comprimento de raiz de uma amostra uacutemida de 002g
3552 Densidade de raiz
A densidade foi determinada pela foacutermula
D = L 8000 onde
D - densidade de raiacutezes (m cm3)
30
L - comprimento total de raiacutezes (m)
8 0 0 0 - volume da amostra (cm3)
3553 Razatildeo parte aeacutereasistema radicular
Este paracircmetro foi obtido pela equaccedilatildeo
RPASR = FSPA FSR onde
RPASR - razatildeo parte aeacuterea sistema radicular
FSPA - fitomassa seca da parte aeacuterea
FSR - fitomassa seca do sistema radicular
36 Determinaccedilatildeo de macronutrientes no tecido vegetal
Os macronutrientes nitrogecircnio foacutesforo potaacutessio caacutelcio e magneacutesio foram
determinados no laboratoacuterio de Fertilidade e Anaacutelise de Plantas do Departamento de
Solos da UFPel atraveacutes dos meacutetodos descritos por Tedesco amp Gianello (1996)
31
4 RESULTADOS E DISCUSSAtildeO
41 Anaacutelise das variaacuteveis
A anaacutelise da variaccedilatildeo mostrou que houve diferenccedila significativa na interaccedilatildeo entre
os fatores de adubaccedilatildeo de base e biofertilizantes liacutequidos com exceccedilatildeo da variaacutevel altura
de planta para a qual somente a adubaccedilatildeo de base mostrou-se significativa (Apecircndices
C D e E Tabelas 1C 1D e 1E)
411 Anaacutelise da parte aeacuterea
Na Tabela 1 destacaram-se as adubaccedilotildees EC+SM+U+CB EC+MB4 +U+CB e EC
que diferiram significativamente das demais adubaccedilotildees para as variaacuteveis fiacutetomassa
fresca da parte aeacuterea (FFPA) fiacutetomassa seca da parte aeacuterea (FSPA) altura de planta
(AP) e diacircmetro do colo (DC)
32
TABELA 1 Produccedilatildeo de fitomassa fresca e seca (g) da parte aeacuterea altura de planta
(cm) e diacircmetro de colo (mm) de mudas de cebola Petrolini cultivadas
sob uma perspectiva agroecoloacutegica Pelotas-RS 2003
BIOFERTILIZANTES LIacuteQUIDOSADUBACcedilAtildeO S Magro + MB4 +DE BASE Urina + Calda Urina + Calda Testemunha
Bordalesa Bordalesa
30 t ha de vermicomposto 7015 c A45 t halsquo de vermicomposto 7824 b B60 t ha de esterco de curral 12248 a C
30 t ha de vermicomposto 667 c A45 t ha de vermicomposto 752 b A60 t ha de esterco de curral 1150a C
30 t ha de vermicomposto 2975 b A45 t harsquo de vermicomposto 2775 b A60 t ha de esterco de curral 3600 a B
30 t ha de vermicomposto 631 b A45 t ha de vermicomposto 6 2 2 b B60 t ha de esterco de curral 741 a C
-Fitomassa fresca (g)----------------6270 c B 6885 b A8832 b A 6308 c C
15082 a A 13934 a BmdashFitomassa seca (g)----------------
625 c A 655 b A830 b A 607 b B
1345 a A 1262 a B-Altura de planta (cm)----------------
2950 b A 3050 b A2937 b A 2950 b A 3975 a A 3622 a B
-Diacircmetro de colo (mm)---------------592 c B 599 b B 657 b A 609 b B 819a A________ 793a B
Meacutedias seguidas pela mesma letra minuacutescula para as colunas (adubaccedilatildeo de base) e maiuacutesculas para as linhas (biofertilizantes) natildeo diferem entre si pelo teste de Duncan a 5
O efeito positivo do esterco bovino pode ser atribuiacutedo agraves melhorias nas condiccedilotildees
fiacutesicas do solo por ele proporcionado Segundo Primavesi (1982) e Compagnoni amp
Putzolu (1985) o esterco bovino apresenta propriedades condicionadoras do solo dando
agraves plantas melhores condiccedilotildees de desenvolvimento elevando sobremaneira os
conteuacutedos de fitomassa fresca das plantas que refletiratildeo nas demais respostas
agronocircmicas
Analisando as adubaccedilotildees de base em relaccedilatildeo aos biofertilizantes observa-se que
para os tratamentos 1 VB (30 t ha 1 de vermicomposto) - natildeo houve influecircncia dos
biofertilizantes para as variaacuteveis FSPA e AP enquanto destacou-se o SM+U+CB para o
DC e SM+U+CB e ausecircncia da adubaccedilatildeo liacutequida para a FFPA mostrando que o uso
dos biofertilizantes natildeo influenciou esta variaacutevel 15 VB (45 t ha 1 de vermicomposto) -
verificou-se a eficiecircncia do uso do MB4 +U+CB para as variaacuteveis FFPA e DC Para a
variaacutevel FSPA destacaram-se os dois biofertilizantes utilizados jaacute para AP natildeo houve
33
influecircncia destes EC (60 t ha 1 de esterco de curral) - em todas as variaacuteveis observadas
na tabela 5 as respostas foram significativas utilizando MB4 +U+CB
As respostas encontradas no presente trabalho para as variaacuteveis AP e FSPA foram
superiores as obtidas por Dalponte (1990) quando utilizado 0 esterco de curral para
produccedilatildeo de mudas de cebola
Segundo Filgueira (2000) os solos da regiatildeo produtora de cebola do RS satildeo
pobres em foacutesforo disponiacutevel (15 mg Kg1) necessitando portanto de adubaccedilotildees
fosfatadas elevadas As respostas aqui obtidas podem ser justificadas pelos teores de
foacutesforo contido no MB4
Follet et al (1981) citam a importacircncia do uso de compostos orgacircnicos no solo
enfatizando os estercos no sentido da decomposiccedilatildeo continuada no fornecimento de
nutrientes e na liberaccedilatildeo lenta e gradual de aacutecidos orgacircnicos influenciando a liberaccedilatildeo
do foacutesforo O que provavelmente pode ser atribuiacutedo agraves respostas encontradas no
presente trabalho para 0 tratamento Esterco de curral mais MB4 e Urina mais Calda
Bordalesa
E importante destacar que 0 sistema de produccedilatildeo de mudas de cebola sob uma
perspectiva agroecoloacutegica mostra-se eficiente quando visualmente natildeo percebe-se
diferenccedila significativa entre os tratamentos (Apecircndice F Figura 2)
Conveacutem ressaltar que quando trabalhamos com agroecologia natildeo existem
receitas nem pacotes tecnoloacutegicos prontos Cada situaccedilatildeo deveraacute ser estudada em
particular para que se faccedila recomendaccedilotildees adequadas ao ambiente local uma vez que
as plantas se adaptam ao meio estando a nutriccedilatildeo encarregada de proteger e manter o
equiliacutebrio do organismo vegetal em funccedilatildeo das alteraccedilotildees externas
E fundamental que se compreenda os princiacutepios norteadores de todo o processo
que satildeo as bases da luta por uma sociedade mais justa dentro de um mundo econocircmico e
ambientalmente mais sustentaacutevel
412 Anaacutelise do sistema radicular
Os resultados obtidos nas anaacutelises do sistema radicular (Tabela 2) mostram
diferenccedilas significativas entre as adubaccedilotildees para as variaacuteveis fitomassa fresca de raiz
(FFR) fitomassa seca de raiz (FSR) comprimento de raiz (CR) razatildeo parte
aeacutereasistema radicular (RPASR) e densidade de raiz (DR)
34
TABELA 2 Produccedilatildeo de fitomassa fresca e seca (g) comprimento (cm) e densidade de
raiacutezes (m cm3) de mudas de cebola Petrolini cultivadas sob uma
perspectiva agroecoloacutegica e razatildeo parte aeacutereasistema radicular Pelotas-
RS 2003
BIOFERTILIZANTES LIacuteQUIDOSADUBACcedilAO DE BASE
S Magro + MB4 +Urina + Calda Urina + Calda Testemunha
Bordalesa Bordalesa
de vermicomposto de vermicomposto de esterco de curral
de vermicomposto de vermicomposto de esterco de curral
de vermicomposto de vermicomposto de esterco de curral
de vermicomposto de vermicomposto de esterco de curral
1540 c A 1576 b B 2427 a A
Fitomassa fresca (g)----------------1502 c B 1517 b AB 1658 b A 1446 c C 2336 a B 2360 a B
--------------------Fitomassa seca (g)-------------------196 b A 207 ab A 170 b A170 b A 199 b A 192 b A 344 a A 249 a B 327 a A
Comprimento de raiz(cm)---------------1237 b A 1158 b A 1158 a A1237 b A 1060 c B 1040 b B1433 a A 1296 a B 1040 b C
30 t ha 45 t ha 60 t ha
30 t ha 45 t ha 60 t ha
30 t halsquo 45 t ha 60 t ha
30 t ha 45 t ha 60 t ha
30 t ha de vermicomposto 45 t ha de vermicomposto60 t ha~ de esterco de curral__________________________ _________________________Meacutedias seguidas pela mesma letra minuacutescula para as colunas (adubaccedilatildeo de base) e maiuacutesculas para as linhas (biofertilizantes) natildeo diferem entre si pelo teste de Duncan a 5
-----Razatildeo Parte AeacutereaSistema Radicular------340 b AB 301c B 384 a A446 a A 415 b A 326 a B339 b B 546 a A 388 a B
-------------- Densidade de raiz (m cm3)------------367 a AB 414 a A 325 b B282 b B 301b B 405 a A347 ab A 231c B 324 b A
Em relaccedilatildeo agraves adubaccedilotildees de base destacou-se o EC (60 t ha 1 de esterco de curral)
para as variaacuteveis FFR e FSR Quando adicionado o SM+U+CB os resultados para FFR
foram ainda melhores bem como o CR As respostas obtidas para a RPASR foram
variadas em relaccedilatildeo agraves adubaccedilotildees apresentando melhores resultados para 15 VB (45 t
ha 1 de vermicomposto)+SM+U+CB e ainda melhor para EC (60 t ha 1 de esterco de
curral)+MB4 +U+CB As adubaccedilotildees de base 1 VB 15 VB e EC natildeo diferiram entre si
As adubaccedilotildees mais eficientes para a variaacutevel DR foram 1 VB+SM+U+CV que natildeo
diferiu da EC+SM+U+CB I VB+ MB4 +U+CB e agrave 15 VB foram melhores entre as
demais
35
Analisando os biofertilizantes em relaccedilatildeo a cada adubaccedilatildeo de base verifica-se que
para a 1 VB (30 t ha 1 de vermicomposto)+SM+U+CB destaca-se a variaacutevel FFR
poreacutem sem diferenccedila significativa de 1 VB os melhpres resultados para a variaacutevel DR
foram encontrados pelo tratamento 1 VB+MB4 +U+CB e 15 VB (45 t ha 1 de
vermicomposto) tambeacutem se considera eficiente o 1 VB+SM+U+CB que natildeo diferiu do
EC (esterco de curral) Quando se utilizou 15 VB+ MB4 +U+CB houve resposta
significativa para a variaacutevel FFR para FSR as respostas natildeo foram diferentes com a
aplicaccedilatildeo dos biofertilizantes para as variaacuteveis FSR e DR as adubaccedilotildees EC e
EC+SM+U+CB natildeo diferiram entre si
Embora as respostas estatiacutesticas tenham sido diferentes para as adubaccedilotildees
combinadas ou natildeo pode-se salientar a importacircncia do aacutecido indol-aceacutetico como jaacute
citado anteriormente para as variaacuteveis avaliadas na parte aeacuterea das mudas de cebola
Respostas semelhantes nesse sentido foram encontradas para a cultura da alface por
Quijano (1999) e Morselli (2001)
Pereira et al (2002) concluiacuteram em trabalho realizado com a cultivar de cebola
CNPF1 6400 em Minas Gerais que a utilizaccedilatildeo de 20 t ha de esterco de curral
proporcionou os melhores resultados para a produccedilatildeo de cebola
Silva Juacutenior amp Giorgi (1992) e Menezes Juacutenior (1998) citam que doses elevadas
de mateacuteria orgacircnica podem prejudicar a primeira fase da germinaccedilatildeo (embebiccedilatildeo) e
absorccedilatildeo de aacutegua pelas raiacutezes das placircntulas No entanto no presente trabalho este fato
natildeo ocorreu embora a dose de esterco utilizada tenha sido de 60 t ha 1 (dose maacutexima
recomendada segundo Nolla 1982)
413 Anaacutelise de macronutrientes no tecido vegetal
Os resultados dos conteuacutedos de nitrogecircnio foacutesforo potaacutessio caacutelcio e magneacutesio no
tecido vegetal sob diferentes adubaccedilotildees encontrados na Tabela 3 indicam mais uma
vez a superioridade da adubaccedilatildeo esterco com 0 uso ou natildeo de biofertilizantes
36
TABELA 3 Conteuacutedos (mg planta1) de nitrogecircnio foacutesforo potaacutessio caacutelcio e
magneacutesio no tecido vegetal de mudas de cebola Petrolini cultivadas sob
uma perspectiva agroecoloacutegica Pelotas-RS 2003
BIOFERTILIZANTES LIacuteQUIDOS i J B
ADUBACcedilAtildeO S Magro + MB4 +DE BASE Urina + Calda Urina + Calda Testemunha
Bordalesa Bordalesamg plantas1
---- Nitrogecircnio-----30 t ha de vermicomposto 16593 c AB 15451 c B 19050 b A45 t ha de vermicomposto 21444 b A 22888 b A 17852 b B60 t ha de esterco de curral 32606 a C 37593 a B 40816 a A
--------------- ------ Foacutesforo------- -------------30 t ha de vermicomposto 3098 c B 2802 c B 3999 b A45 t ha de vermicomposto 4109 b A 4135 b A 2788 c B60 t ha de esterco de curral 5300 a B 7577 a A 7565 a A
------- Potaacutessio------30 t ha de vermicomposto 24327 c A 19900 c B 24965 b A45 t ha de vermicomposto 29113b A 29812 b A 22031 b B60 t ha de esterco de curral 44070 a B 51976 a A 54101 a A
-------- Caacutelcio-------30 t ha de vermicomposto 5027 c A 4356 c A 4834 b A45 t ha de vermicomposto 6114b A 6963 b A 4379 b B60 t ha de esterco de curral 9030 a C 11451 a A 10331 a B
------Magneacutesio-----30 t ha de vermicomposto 1188 b A 914 c A 1202 b A45 t ha de vermicomposto 1231 b B 1582 b A 1176 b B60 t ha de esterco de curral 2136a B 2443 a A 2663 a AMeacutedias seguidas pela mesma letra minuacutescula para as colunas (adubaccedilatildeo de base) e maiuacutesculas para as linhas (biofertilizantes) natildeo diferem entre si pelo teste de Duncan a
Em relaccedilatildeo agraves adubaccedilotildees de base observa-se que o melhor tratamento foi o
esterco de curral para todas as variaacuteveis Para 1 VB (30 t ha^ 1 de vermicomposto) natildeo
houve resposta diferenciada com o uso de bofertilizantes para todas as variaacuteveis A
adubaccedilatildeo 15 VB (45 t ha 1 de vemicomposto) foi influenciada pelos biofertilizantes
para as variaacuteveis N P K e Ca enquanto que para Mg somente o MB4+U+CB o
influenciou O EC (esterco de curral) mostrou diferenccedila significativa apenas para as
variaacuteveis Ca e Mg quando adicionado MB4+U+CB
Segundo Peixoto (2000) eacute fundamental a adiccedilatildeo de adubos orgacircnico no cultivo de
hortaliccedilas seja na forma de esterco decomposto composto ou huacutemus de minhoca de
37
modo a fornecer melhorias nas propriedades do solo vindo a disponibilizar os nutrientes
as diferentes culturas
O esterco fresco conteacutem muita cama celuloacutesica e um elevado teor de aacutegua No
esterco curtido a celulose jaacute estaacute decomposta o teor de aacutegua estaacute reduzido agrave metade e os
nutrientes em uma forma mais assimilaacutevel e mais concentrada O esterco fresco pode
causar uma deficiecircncia temporaacuteria de nitrogecircnio no solo ao se decompor o que natildeo
acontece com o biestabilizado (Kiehl 1985)Ocorre uma diminuiccedilatildeo inicial no volume
de aacutegua retido no esterco de curral diminui inicialmente em tomo de 3581 liberando
posteriormente somente 496 evidenciando a sua capacidade de retenccedilatildeo de aacutegua
(Menezes Juacutenior 1998)
A utilizaccedilatildeo continuada de adubos nitrogenados minerais no solo altera o balanccedilo
do nitrogecircnio entre o solo e planta No meacutetodo biodinacircmico eacute sublinhada a importacircncia
dos adubos animais para o estabelecimento da fertilidade permanente dos solos (Koeff
et al 1983)
Para Guimaratildees (1997) os benefiacutecios que a mateacuteria orgacircnica imprime ao solo
principalmente melhorando a produtividade fertilidade e a influencia que as substancias
huacutemicas exercem sobre o ambiente dependem da qualidade e do teor de mateacuteria
orgacircnica do solo Estas substacircncias por conterem nutrientes em sua constituiccedilatildeo em uma
forma mais disponiacutevel para as plantas promovem um equiliacutebrio no ambiente no solo
(Kononova 1966)
Aproximadamente de 60 a 70 do total de carbono do solo ocorre na forma de
materiais huacutemicos (Griffith amp Schnitzer 1975) sendo a eles atribuiacutedo a manutenccedilatildeo da
bioestrutura do solo aumentando a capacidade de retenccedilatildeo de aacutegua (Brady 1999)
Conforme Compagnoni amp Putzolu (1985) os estercos bem como os demais
resiacuteduos orgacircnicos apresentam conteuacutedos diferentes de aacutecidos huacutemicos e fuumllvicos sendo
atribuiacutedo ao acido huacutemico uma accedilatildeo fitoestimulante semelhante aos fitohormocircnios por
favorecer o desenvolvimento do sistema radicular e crescimento do caule
Em trabalho realizado por Guimaratildees (1997) foi encontrado para aacutecidos huacutemicos
de esterco bovino uma relaccedilatildeo CN 1035 e para vermicomposto bovino 17
evidenciando que o esterco quando aplicado ao solo por apresentar uma relaccedilatildeo CN
proacutexima deste reage mais facilmente liberando nutrientes para as plantas sem alterar a
cadeia troacutefiacuteca Dados encontrados no presente trabalho demonstram a eficiecircncia do
esterco nesse sentido
38
De acordo com Morselli (2001) vaacuterios trabalhos citam comentam e discutem a
capacidade dos vermicompostos em proporcionar oacutetimas colheitas e favorecer a
precocidade das plantas cultivadas Poreacutem muitas vezes se observa que mesmo
suprindo essas plantas com nutrientes necessaacuterios atraveacutes de huacutemus de diferentes fontes
as respostas natildeo satildeo as mesmas para uma mesma cultivar
Por outro lado os resultados com o uso de substacircncias huacutemicas satildeo variaacuteveis e
dependem aleacutem da espeacutecie testada das substacircncias huacutemicas utilizadas sua
concentraccedilatildeo o grau de purificaccedilatildeo e das condiccedilotildees experimentais A resposta das
plantas aos aacutecidos huacutemicos e fuacutelvicos eacute dependente da mateacuteria prima original e da
espeacutecie vegetal pois materiais orgacircnicos diferentes apresentam aacutecidos huacutemicos e
fuacutelvicos diferentes (Businelli 1990)
Justificam-se os maiores conteuacutedos de nitrogecircnio foacutesforo potaacutessio e caacutelcio nas
adubaccedilotildees 15 VB (45 t ha 1 de vermicomposto) e biofertilizantes devido
provavelmente ao vermicomposto utilizado apresentar na sua constituiccedilatildeo teores
consideraacuteveis destes elementos aleacutem do que os biofertilizantes possam ter influenciado
na absorccedilatildeo atraveacutes de sua constituiccedilatildeo Tibau (1984) considera que a urina de vaca eacute
rica em aacutecido indol-aceacutetico e este influencia na absorccedilatildeo radicular O efeito positivo
deste tratamento provavelmente seja devido agrave quantidade aplicada
O biofertilizante que se destacou foi o MB4+U+CB em relaccedilatildeo ao EC (esterco de
curral) e eacute somente para a variaacutevel caacutelcio Isto provavelmente seja devido ao alto teor
deste elemento encontrado na sua constituiccedilatildeo (6872 g Kg1) e pela influecircncia positiva
que a calda bordalesa exerce no metabolismo das plantas atraveacutes dos nutrientes
contidos em sua formulaccedilatildeo O Ca controla a absorccedilatildeo radicular e retorna ao solo pelo
esterco e palhas por apresentar-se em maior quantidade em folhas e caules Depois de
localizado nas folhas fica imoacutevel favorecendo a resistecircncia da planta ao ataque de
fungos
Este trabalho avanccedila no estudo da agroecologia estando claro que todos os
criteacuterios tem caraacuteter dinacircmico de adequaccedilatildeo as mudanccedilas de um sistema de produccedilatildeo
em evoluccedilatildeo contribuindo na transiccedilatildeo para um padratildeo sustentaacutevel Cabe a pesquisa a
reorientaccedilatildeo para um enfoque ldquosistecircmicordquo isto eacute que permita integrar os diversos
componentes de um agroecossistema e a adoccedilatildeo de poliacuteticas puacuteblicas que promovam 0
fortalecimento e a expansatildeo da agricultura familiar
39
5 CONCLUSOtildeES
Considerando os resultados obtidos e as condiccedilotildees em que o estudo foi realizado
conclui-se que
bull As respostas agronocircmicas das mudas de cebola para os paracircmetros avaliados
satildeo mais satisfatoacuterias com a aplicaccedilatildeo de esterco de curral como adubaccedilatildeo de
base
bull Os biofertilizantes mais urina de vaca e calda bordalesa proporcionam
respostas satisfatoacuterias quando aplicados associados agraves adubaccedilotildees de base
bull O biofertilizante MB4 mais urina de vaca e calda bordalesa eacute mais eficiente
que o super magro mais urina e calda bordalesa quando aplicado associado agrave
adubaccedilatildeo de base esterco de curral para os conteuacutedos de fitomassa secae
fresca da parte aeacuterea das plantas altura e diacircmetro de colo das mudas de
cebola
bull Os biofertilizantes adicionados agrave adubaccedilatildeo de base 45 t harsquo 1 de vermicomposto
bovino mostram respostas significativas para os conteuacutedos de fitomassa seca
bull Os maiores conteuacutedos nutricionais para as mudas de cebola satildeo
proporcionados pela adubaccedilatildeo de base esterco de curral
bull A maior absorccedilatildeo de caacutelcio pelas mudas de cebola ocorre quando da adiccedilatildeo do
biofertilizante MB4 mais urina e calda bordalesa agrave adubaccedilatildeo de base esterco de
curral
40
6 REFEREcircNCIAS BIBLIOGRAacuteFICAS
ALDRIGHI CB ABREU CM PAGLIA AG MORSELLI TBGA FERNANDES HS Efeito da aplicaccedilatildeo de biofertilizante e urina de vaca em mudas de tomateiro Horticultura Brasileira v20 n2 julho 2002 Suplemento 2
ALTIERI M NICHOLLS C I Agroecologia Teoria praacutectica para umaAgricultura Sustentable Ia ed PNUMA 2000 Cap 2 4 Seacuterie textos baacutesicos para la formacioacuten ambiental
ALTIERI M Agroecologia bases cientiacuteficas para uma agricultura sustentaacutevelGuaiacuteba Agropecuaacuteria 2002 592 p
ANTONIOLLI Z I GIRACCA E M N CARDOSO S J T WIETHAN M M S FERRI M Iniciaccedilatildeo agrave Minhocultura Criaccedilatildeo em Cativeiro e Vermicompostagem Santa Maria UFSM 1996 p59-89
BAYER C MIELNICZUC J Dinacircmica e funccedilatildeo da mateacuteria orgacircnica In SANTOS G de A S e CAMARGO F A de O (ed) Fundamentos da mateacuteria orgacircnica do solo ecossistemas tropicais e subtropicais Porto Alegre Genesis 1999 p 3-23
BARRETTO D X Composto Orgacircnico In Praacutetica em Agricultura Orgacircnica Satildeo Paulo iacutecone Ed Ltda 1985 p 51-63
BETTIOL W Alguns produtos alternativos para o controle de doenccedilas de plantasem agricultura orgacircnica II Ciclo de palestras sobre agricultura orgacircnica Instituto Bioloacutegico Satildeo Paulo p52-63 1997
41
BETTIOL W TRACH R GALVAtildeO JAH Controle de doenccedilas de plantas com biofertilizantes Jaguariuacutena EMBRAPA-CNPMA 1997 22p (EMBRAPA- CNPMA Circular Teacutecnica 02)
BRADY N C Natureza e propriedades dos sotos Rio de Janeiro Freitas BastosS A 1979 647p
BRADY N C Organisms and ecology of the soil In The nature of properties of soils Simon amp Schuster A Viacon Company New Jersey1999 402-489p
BON1LLA J A Fundamentos da Agricultura Ecoloacutegica Sobrevivecircncia eQualidade de Vida Satildeo Paulo Nobel 1992
BUREacuteS S Substratos Ediciones Agroteacutecnicas S L Madrid Octubre 1997
BUS1NELLI M Chemical Composition and Enzymic Activity of some Worm Cast Plant Soil v 80 p 1-2 1990
CALEGARI A Espeacutecies para cobertura de solo In IAPAR (Instituto Agronocircmico de Paranaacute) Plantio Direto pequena propriedade sustentaacutevel organizador Moacir Darolt Londrina - PR 1998 65-93
CAMARGO P N D Manual de Adubaccedilatildeo Foliar Satildeo Paulo Herba 1975
CAPRA F A Teia da Vida Satildeo Paulo Cultrix 1997 256p
CAPRA F O Ponto de Mutaccedilatildeo 22 ed Satildeo Paulo Cultrix 2001 447p
CHABOUSSOU F Plantas doentes pelo uso de agrotoacutexicos (A Teoria da Trofobiose) Porto Alegre LPM 1987 253 p
CLARO S A Referencias tecnoloacutegicos para a agricultura familiar ecoloacutegica aexperiecircncia da Regiatildeo Centro-Serra do Rio Grande do Sul Porto Alegre EMATERRS-ASCAR 2001 250p
CLIVELA G Diagnoacutestico Agronocircmico da cebola no Rio Grande do Sul Porto Alegre EMATERRS 1995 8 6 p
COMISSAtildeO DE FERTILIDADE DO SOLO - RSSC Recomendaccedilotildees de adubaccedilatildeo e calagem para os estados do Rio Grande do Sul e Santa Catarina 3 ed Passo Fundo SBCS - Nuacutecleo Regional Sul 1995 223p
COMPAGNONI L PUTZOLU G Cria moderna de Ias lombrices y utilizacioacutenrentable dei humus Barcelona Editorial de Vecchi- SA 1985127p
COSTABEBER J A MOYANO E Transiccedilatildeo agroecoloacutegica e accedilatildeo social coletiva Agroecologia e Desenvolvimento Rural Sustentaacutevel Porto Alegre v l n4 p 50- 60 outdez 2 0 0 0
42
COSTA M B B da Adubaccedilatildeo orgacircnica Nova siacutentese e novo caminho para aagricultura Satildeo Paulo Ed iacutecone Ltda 1985 102p
COSTA NETO C Agricultura Sustentaacutevel Tecnologias e Sociedade In CARVALHO COSTA LF et al (org) Mundo Rural e Tempo Presente Rio de Janeiro Mauad 1999
DrsquoAG0ST1NI R L FANTINI A C Produccedilatildeo orgacircnica tambeacutem socialmente excludente Agroecologia e Desenvolvimento Rural Sustentaacutevel Porto Alegre v3 n l p57-61 2002
DALPONTE J C V Utilizaccedilatildeo de materiais orgacircnicos e fertilizante mineral na produccedilatildeo e qualidade de mudas e bulbos de cebola (Alliurn Cepa L) Pelotas-RS 1990 (Mestrado em Agronomia) - Faculdade de Agronomia Eliseu Maciel UFPel 1990
DEBARBA J F THOMAZELLI L F GANDIN C L SILVA E Cadeias produtivas do Estado de Santa Catarina Cebola Florianoacutepolis Epagri 1998 115 p (EPAGRI Boletim Teacutecnico 96)
DUFOUR F Os saacutebios loucos do agro-alimentar Le Monde Diplomatique ano 1 n4 p6-7 1999 (ed portuguesa)
EHLERS E Agricultura Sustetaacutevel Origem e perspectivas de um novo paradigma 2 ed Guaiacuteba Agropecuaacuteria 1999 157 p
FILGUEIRA F A R Novo Manual de olericultura agrotecnologia moderna na produccedilatildeo e comercializaccedilatildeo de hortaliccedilas Viccedilosa UFV 2000 402 p
FRASER G K Mateacuteria Orgacircnica Del Suelo In BEAR F E (ed) Quiacutemica dei Suelo Madrid Ed Agrociencia 1963
FOLLET R H MURPHY L S DONAHUE R L Fertilizers and soil amendments New Jersey Printice-Hall Inc 1981 557p
GARCIA A Revista dei Espacio Rural Georgica Zaragoza Escuela Politeacutecnica de Huesca n5 1997
GARCIA A Versatildeo preliminar de um Programa Estadual de Produccedilatildeo e Comercializaccedilatildeo de Bulbos e Sementes de CebolaEMBRAPAIPAGROMARAEMATER 6 8 pbdquo 1990 (Publicaccedilatildeo avulsa)
GIORGETT1 J R Produccedilatildeo e Comercializaccedilatildeo de Mudas de Tomate In Encontro Nacional de Produccedilatildeo e Abastecimento de Tomate 2 1991 Jaboticabal Satildeo Paulo Anais Jaboticabal UNESP 1991 p 242-244
GLIESSMAN S R Agroecologia Processos ecoloacutegicos em agricultura sustentaacutevelPorto Alegre Universidade Federal do Rio Grande do Sul - UFRGS 2000 653p
43
GLIESSMAN S R TURRIALBA C R Agroecologia Procesos Ecoloacutegicos en Agricultura Sostenible CATIE 2002 p 3-14
GNOATTO S C Caracterizaccedilatildeo quiacutemica de vermicompostos de diferentes substratos orgacircnicos Pelotas-RS 1999 38 f (Mestrado em Agronomia - Solos) - Faculdade de Agronomia Eliseu Maciel UFPel 1999
GOMES J C C BORBA M F S A moderna crise dos alimentos oportunidade para a agricultura familiar Emater Porto Alegre julset 2000 Disponiacutevel em lthttpwwwematertchebrdocsagroecorevistan313-artigo3htmgtAcesso em 24 fev 2002
GOMEZ H W Desenvolvimento sustentaacutevel agriacutecola e capitalismo In Desenvolvimento sustentaacutevel Necessidade eou disponibilidade Santa Cruz do Sul Nobel - UNISC 1997 p 65-77
GONZAacuteLEZ DE MOLINA M SEVILLA GUZMAacuteN E Ecologia campesinado e historia Para una reinterpretacioacuten dei desarrollo dei capitalismo en la agricultura In SEVILLA GUZMAacuteN E GONZAacuteLEZ DE MOLINA M (ed) Ecologia campesinado e historia Madrid La Piqueta 1993 p 23-129
GRIFFITH S A SCHNITZER M Analytical characteristic of humic and fulvic acids extracted from tropical volcanic soils Soil Sei Soc Am Proc v 39 p361-367 1975
GUIMARAtildeES E Caracterizaccedilatildeo quiacutemica estreptoscoacutepica e por anaacutelise teacutermica de aacutecidos huacutemicos e vermicompostos obtidos de estercos de diferentes animaisCuritiba 1997 Dissertaccedilatildeo (Mestrado em Quiacutemica) Universidade Federal do Paranaacute 1997
HESS A F Sociedade e meio ambiente uma relaccedilatildeo ambiacutegua Revista Cientiacutefica Rural Bageacute v 4 n2 p 167-1741999
ICEPA-SC Informes conjunturais sobre a cultura da cebola Disponiacutevel em lthttpwwwicepa combrgt Acesso em 23 jan 2003
JONES H A MANN L K Onions and their allies New York Interscience Publishers 1962 286 p
JUacuteNIOR H A de MAIORANO J A Receitas obtidas de extratos de plantasCampinas CATITerra Viva [199-] 10 f
KHATOUNIAN C A Ciclo de Palestras sobre Agricultura Orgacircnica 2a Ed SatildeoPaulo Fund Cargill 1997 149 p
KIEHL E J Fertilizantes Orgacircnicos Satildeo Paulo Ed Agronocircmica Ceres Ltda 1985 492p
44
KOEFF H H PETTERSSON B D SHAUMANN W Vida Vegetal solos e adubaccedilatildeo In Agricultura Biodinacircmica Satildeo Paulo Nobel 1983 p92-149
KONONOVA M M Soil organic matter The importance o f organic matter in soil formation and soil fertility New York Pergamqn Press 1961 p 165-200
KUHN T A Estrutura das Revoluccedilotildees Cientiacuteficas Satildeo Paulo Perspectiva 1989 257p
LANNA FCA ABREU C L ABREU J G SILVA V Resposta de cultivares de melancia cultivadas sob adubaccedilatildeo quiacutemica e orgacircnica Horticultura v 12 n l p85 1994
LEFF H Saber Ambiental Petroacutepolis Vozes 2001 343 p
MAGALHAtildeES J R Nutriccedilatildeo e adubaccedilatildeo da cebola In FERREIRA M E CASSTELLANE P D CRUZ M C P Nutriccedilatildeo e adubaccedilatildeo de hortaliccedilasPiracicaba POTAFOS 1993 p 381-393
MALAVOLTA E Elementos de nutriccedilatildeo mineral de plantas Satildeo Paulo Ed Agronocircmica Ceres Ltda 1980 251 p
MALAVOLTA E Manual de Quiacutemica Agriacutecola - Adubos e Adubaccedilatildeo 3a ed SatildeoPaulo Ed Agronocircmica Ceres Ltda 1981 606 p
MARTINEZ A A A grande e Poderosa Minhoca Jaboticabal Funep - Unesp1990 101 p
MARTINS S R Desenvolvimento e Sustentabilidade Horticultura Brasileira Brasiacutelia-DF v20 n2 julho 2002 Palestra apresentada no 42deg Congresso Brasileiro de Olericultura
MARTINS S R Limites Del Desarrollo Sostenible em Ameacuterica Latina En el marco de Ias poliacuteticas de (re)ajuste econocircmico Pelotas Editora UFPel 1997 135 P-
MARTINS S R Sustentabilidade na agricultura dimensotildees econocircmicas sociais e ambientais Revista Cientiacutefica Rural Bageacute v4 n 2 p 175-1871999
MATURANA H REZEPKA S N D E Formaccedilatildeo Humana e Capacitaccedilatildeo Rio de Janneiro Vozes 2000 8 6 p
MELLO A F SOBRINHO M O ARZOLLA S SILVEIRA R NETTO A C KIEHL J C Fertilidade do Solo Satildeo Paulo Nobel 1983
MENEZES JUacuteNIOR F O G D Caracterizaccedilatildeo de Diferentes substratos hortiacutecolas e seu efeito na produccedilatildeo de mudas de alface e couve-flor em ambiente protegido Pelotas 1998 141 p Dissertaccedilatildeo (Mestrado em Agronomia - Produccedilatildeo Vegetal) - Faculdade de Agronomia Eliseu Maciel UFPel 1998
45
MIBASA Mineraccedilatildeo Barreto SA Melhorador de Solos MB4 A Natureza Agradece Arapiraca-AL [199-] Folder
MINAMI K Os resumos da olericultura 2000 In AZEVEDO FILHO MARTINEZ FILHO (ed) Preccedilos agriacutecolas Piracicaba ESALQ 1999 p 4
MINAMI K Produccedilatildeo de Mudas de Alta Qualidade em Horticultura Satildeo Paulo TA Queiroz 1995
MORSELLI T B G A Cultivo sucessivo de alface sob adubaccedilatildeo orgacircnica em ambiente protegidoPelotas 2001 178 p Tese (Doutorado em Agronomia - Produccedilatildeo Vegetal) Faculdade de Agronomia Eliseu Maciel UFPel 2001
MORSELLI T B G A Resiacuteduos orgacircnicos em sistemas agriacutecolas Poliacutegrafo da Disciplina de Resiacuteduos orgacircnicos em sistemas agriacutecolas Curso de Poacutes-Graduaccedilatildeo em Agronomia-Produccedilatildeo Vegetal UFPel 2002
MULLER AM Efeitos da Aplicaccedilatildeo Foliar de um Biofertilizante Enriquecido no Estado fitossanitaacuterio de Tomate Ervilha e Beterraba Sob Manejo OrgacircnicoDissertaccedilatildeo (Mestrado no Programa de Poacutes-Graduaccedilatildeo em Agroecossistemas)1999 (Resumo)
NOLLA D Erosatildeo do Solo - O grande desafio Estado do Rio Grande do Sul SEAGRI desenvolvimento de recursos naturais renovaacuteveis 1982 412 p
PAGLIA AG MORSELLI TBGA PEIL RMN Teores de nutrientes pH e condutividade eleacutetrica da aacutegua em sistema ldquofloat^ngrdquo sob adiccedilatildeo de biofertilizantes Horticultura Brasileira v 20 n2 julho 2002 Suplemento 2
PAULUS G MULLER A BARCELLOS LAR Agroecologia aplicada praticas e meacutetodos para uma agricultura de base ecoloacutegica 2ed ver ampl Porto Alegre EMATERRS 2001 8 6 p
PEIXOTO R T dos G Composto orgacircnico aplicaccedilotildees benefiacutecios e restriccedilotildees de uso Horticultura Brasileira Brasiacutelia-DF v 18 p 56-64 julho 2000
PENTEADO SR Defensivos Alternativos e Naturais Satildeo Paulo 1999 95 p
PEREIRA AJ SOUZA RJ PEREIRA WR Efeito de diferentes doses de esterco de galinha e de curral sobre a produccedilatildeo de cebola Horticultura Brasileira v20 n2 julho 2002 Suplemento 2
PINHEIRO S BARRETO SB MB-4 agricultura sustentaacutevel trofobiose e biofertilizantes Fundaccedilatildeo Juquira CandiruMibasa 2000 273 p
PRIMAVESI A Agricultura Sustentaacutevel Satildeo Paulo Nobel 1992 142 p
PRIMAVESI A O manejo ecoloacutegico do solo Agricultura em regiotildees tropicais SatildeoPaulo Nobel 1982 541 p
46
PURCINO A A C ldquoNitrogecircniordquo Informe Agropecuaacuterio Belo Horizonte v7 n81 p 16-27 1981
QUIJANO F G Efeito da adubaccedilatildeo orgacircnica no desenvolvimento de duas cultivares de alface em ambiente protegido Pelotas 1999 116f Dissertaccedilatildeo (Mestrado em Agronomia - Produccedilatildeo Vegetal) Faculdade de Agronomia Eliseu Maciel UFPel 1999
RODRIGUES A N N Efeitos e residuais de superfosfato triplo sobre o rendimento de mateacuteria seca e absorccedilatildeo de foacutesforo pela aveia (Avena strigosa Schob) em solo Podzoacutelico Vermelho Escuro Porto Alegre 1984 59f Dissertaccedilatildeo (Mestrado em Agronomia) - Faculdade de Agronomia UFRGS 1984
RODRIGUES E T CASALI V W D Respostas da alface agrave adubaccedilatildeo orgacircnica II Teores conteuacutedos e utilizaccedilatildeo de macronutrientes em cultivares Rev Ceres Viccedilosa v 45 n 261 p 437-449 1998
SAMINEcircS T C O Produccedilatildeo orgacircnica de alimentos Horticultura Brasileira Brasiacutelia-DF v 17 n3 novembro 1999
SCHIEDECK G Ambiecircncia e resposta agronocircmica de meloeiro (Cucumis melo L) cultivado sob adubaccedilatildeo orgacircnica em ambiente protegido Pelotas lOOp Tese (Doutorado em Agronomia - Produccedilatildeo Vegetal) - Faculdade de Agronomia Eliseu Maciel UFPel 2002
SILVA JUacuteNIOR A A GIORGI E Substratos alternativos para a produccedilatildeo de mudas de tomate Agropecuaacuteria Catarinense Florianoacutepolis EPAGRI 1992 23 p
SILVA JUacuteNIOR A A MACEDO S G STUKER H Utilizaccedilatildeo de esterco de peru na produccedilatildeo de mudas de tomateiro Florianoacutepolis EPAGRI 1995 28 p (Boletim Teacutecnico 73)
TAGLIARI PS GRASSMANN H Minhoca a grande aliada da agricultura Agropecuaacuteria Catarinense v8 n l p 11-14 mar 1995
TEDESCO M J GIANELLO C Anaacutelises de solo plantas e outros materiais Porto Alegre Faculdade de Agronomia Departamento de Solos Universidade Federal do Rio Grande do Sul RS 1996
TENNANT D A Test of modified line intersect method of estimating root lenght Journal Ecology Oxford v 63 p 995-1001 1975
TIBAU A O Mateacuteria Orgacircnica do Solo Mateacuteria Orgacircnica e Fertilidade do SoloSatildeo Paulo Nobel 1984 p49-182
TIMM P J Anaacutelise comparativa dos sistemas de plantio convencional e cultivo miacutenimo de cebola sob adubaccedilatildeo orgacircnica e mineral Pelotas 2000 79 p Dissertaccedilatildeo (Mestrado em Agronomia - Produccedilatildeo Vegetal) - Faculdade de Agronomia Eliseu Maciel UFPel 2000
47
VALENZUELA HR CROSBY C Effect of compost applications on the yield of several vegetables in long-term organic farming experiments conduced in the tropics American Society Horticultural Science v33 n3 june 1998
VIGLIZZO E (ed) Subprograma Recursos Naturais y Sostenibilidad Agriacutecola documento marco Montevideo IICAPROCISUR 1995 p 75 - 78
WE1D J M TARDIN J M Proposta para a Ampliaccedilatildeo do Trabalho da ASPTA no Centro Sul do Paranaacute ASPTA Disponiacutevel em http wwwpronafgovbrEncontrotestosAS20PTA20Sul20ParanE1205 202002doc Acesso em 05 mai 2002
XAVIER SIMOacuteN F DOMINGUES D G Desenvolvimento Rural Sustentaacutevel uma perspectiva agroecoloacutegica Agroecologia e Desenvolvimento Rural Sustentaacutevel Porto Alegre EM ATERRS v2 n2 p 17-26 2001
ZABALETA J P Diagnoacutestico da Agricultura Familiar em Satildeo Joseacute do Norte - RSPelotas EMBRAPA-CPACT 1998 75 p (EMBRAPA-CPACT Documentos 44)
ZONTA E P MACHADO A A SILVEIRA P Sanest Sistema de anaacutelise estatiacutestica para microcomputadores Registrado na Secretaria Especial de Informaacutetica sob nuacutemero 066060 - categoria A Pelotas-RS Universidade Federal de Pelotas 1984
48
7 APEcircNDICE
APEcircNDICE A - Anaacutelise da adubaccedilatildeo de base e biofertilizantes utilizados na produccedilatildeo de mudas de cebola
TABELA 1 A Anaacutelise baacutesica do solo antes da incorporaccedilatildeo do feijatildeo miuacutedo + papua
Arg
pH IND
SMP
MO
P - n r - Na Al Ca__10Omlmdash
Mg
ppm -
6 53 67 089 8 6 27 1 04 05 0 2
Fonte LASFAEMUFPel (2002)
TABELA 2A Anaacutelise complementar do solo antes da incorporaccedilatildeo do feijatildeo-miuacutedo + papua
Cobre Zinco Manganecircs Ferro
(m v1)
04 05 26 007
Fonte LASFAEMUFPel (2002)
49
TABELA 3A Anaacutelise dos fertilizantes soacutelidos
Amostra pH limidade CN
C N P K Ca Mg
- g-ivg --
Cama de 849 2491 12 31042 2479 3888 3405 29875 463
aves
Esterco 74 3594 11 677 590 157 134 335 214
de curral
Huacutemus 684 5738 14 15965 1098 453 745 743 361
Fonte LASFAEMUFPel (2002)
TABELA 4A Anaacutelise quiacutemica dos biofertilizantes liacutequidos
Amostra N P K_ccedil H
Ca Mg Cu Zn Fe Mn
mdashgL bull
S Magro
m b 4
Urina
053
1652
8 2 2
008
395
0 0 0
149
1674
471
1902
6872
0 0 0
1150
4507
1172
7273
42
033
101389
920
0 0 0
6250
19458
781
35273
1123
0 2 1
Fonte LASFAEMUFPel (2002)
50
APEcircNDICE B - Condiccedilotildees climaacuteticas do local
TABELA 1B Condiccedilotildees de temperatura do local
___________ __________TEMPERATURA (degCgt
meses Meacutedia
Maacutexima
Meacutedia
MiacutenimaMeacutedia
Maacutexima
Absoluta
Miacutenima
Absoluta
Junho 225 87 156 320 25
Julho 225 85 155 285 30
Agosto 251 71 161 360 1 0
Fonte FEPAGROSCT 2002
TABELA 2B Condiccedilotildees de chuva do local
mdash CHUVA (mm)mdash
meses Ocorrida Normal Desvio Da Normal
Junho 1080 1 1 0 -2 0
Julho 1062 98 8 2
Agosto 1283 1 2 0 83
Fonte FEPAGROSCT 2002
51
TABELA 1C Produccedilatildeo de fitomassa fresca e seca (g) da parte aeacuterea altura de planta
(cm) e diacircmetro de colo (mm) de mudas de cebola Petrolini cultivadas
sob uma perspectiva agroecoloacutegica Pelotas-RS 2003
APEcircNDICE C - Anaacutelise estatiacutestica da parte aeacuterea
Causas G1 FFPA FSPA AP DC
da variaccedilatildeo --------- Quadrados meacutedios-
Blocos 3
Ad Base 2 175359071 1287102 2547419 1 11775
Biofertilizantes 2 126876 29011 87669ns 02185ns
Ad x Biofert 4 572378 31123 69106ns 04159
Resiacuteduo 24 34456 03048 27169 00290
Total 35
Meacutedia geral 93745 8772 320388 6741
CV 1980 6294 5145 2530
Significativo a 5ns Natildeo significativo
52
TABELA 1D Produccedilatildeo de fitomassa fresca e seca (g) comprimento (cm) e densidade
de raiacutezes (m cm3) de mudas de cebola Petrolini cultivadas sob uma
perspectiva agroecoloacutegica e razatildeo parte aeacutereasistema radicular Pelotas-
RS 2003
APEcircNDICE D - Anaacutelise estatiacutestica da raiz
Causas G1 FFR FSR CR RPASR DR
da variaccedilatildeo Quadrados meacutedios---------------
Blocos 3
Ad Base 2 27874 551 623 2 1 0 140
Biofertilizantes 2 178 0 1 0 ni 1504 l03ns 038ns
Ad x Biofert 4 190 058 318 294 183
Resiacuteduo 24 005 009 028 023 0 2 1
Total 35
Meacutedia geral 1818 228 184 387 333
C V 134 1356 448 1253 1396
Significativo a 5 ns Natildeo significativo
53
APEcircNDICE E - Anaacutelise estatiacutestica dos macronutrientes da parte aeacuterea da cebola
TABELA 1E Conteuacutedos (mg planta1) de nitrogecircnio foacutesforo potaacutessio caacutelcio e
magneacutesio no tecido vegetal de mud^s de cebola Petrolini cultivadas
sob uma perspectiva agroecoloacutegica Pelotas-RS 2003
Causas G1 bull N P K Ca Mg
da variaccedilatildeo
Blocos 3
Ad Base 2 13550306 446627 25509686 1031806 59007
Biofertilizantes 2 180610ns 16564 68153ns 39006 876ns
Ad x Biofert 4 454187 45743 1047539 46950 2464
Resiacuteduo 24 29769 1453 64313 3741 439
Total 35
Meacutedia geral 24921 4597 33366 6943 1615
C V 692 829 760 880 1297
Significativo a 5 ns Natildeo significativo
APEcircNDICE F - Fotos do experimento
FIGURA 2 Mudas de cebola (Allium cepa L) produzidas sob uma perspectiva agroecoloacutegica
APEcircNDICE F a Fotos do experimento
FIGURA 1 Adubaccedilatildeo verde com feijatildeo-miuacutedo e papuatilde utilizadas no manejo do solo
FIGURA 2 Mudas de cebola (Allium cepa L) produzidas sob urna perspectiva agroecoloacutegica
20
biofertilizante Super Magro a 6 proporcionam uma elevaccedilatildeo do foacutesforo bem como o
Super Magro a 6 eleva os teores de Mg e Ca na aacutegua
251 Urina de vaca
As urinas de vaca contecircm nutrientes favoraacuteveis ao bom desenvolvimento das
plantas como potaacutessio soacutedio nitrogecircnio enxofre magneacutesio caacutelcio foacutesforo e traccedilos de
outros elementos Nas plantas funciona como um fertilizante natural tomando-as mais
resistentes ao ataque das pragas e doenccedilas Satildeo encontradas tambeacutem na urina outras
substacircncias como fenoacuteis e principalmente o catecol que esta associado agrave recuperaccedilatildeo
de plantas atacadas por fitopatoacutegenos por ser um produto anti-seacuteptico (Penteado 1999)
Para seu emprego a urina receacutem coletada deve ser armazenada sob condiccedilotildees
ambientais por trecircs dias para que se forme amocircnio importante produto a ser absorvido
pelas plantas Recomenda-se ainda que o armazenamento deva ser feito em recipiente
fechado para que natildeo ocorram perdas de nitrogecircnio Desta forma poderaacute permanecer
por ateacute um ano sem comprometer sua eficiecircncia
Em hortaliccedilas o uso da urina de vaca eacute recomendado em pulverizaccedilotildees foliares
semanais na concentraccedilatildeo de 05 para tomateiro pimentatildeo pepino feijatildeo vagem e
couve ou quinzenais a 1 para as culturas do quiabeiro jiloeiro e berinjela Para
fruteiras em geral a primeira aplicaccedilatildeo deve ser na concentraccedilatildeo aproximada de 5
realizada diretamente no solo e mensalmente devem ser realizadas pulverizaccedilotildees
foliares a 1 para plantas jovens e a 5 para plantas adultas (Penteado 1999)
Na aplicaccedilatildeo foliar deve-se ter cuidado com folhas e brotos novos e considerar que
o uso contiacutenuo pode ser toacutexico podendo afetar o solo causando a sua acidificaccedilatildeo
(Penteado 1999)
Na Estaccedilatildeo Experimental da PESAGRO no municiacutepio de Macaeacute Rio de Janeiro
estaacute se utilizando a urina de vaca leiteira Os pesquisadores descobriram que a urina de
vaca em lactaccedilatildeo produzia o efeito de recuperar plantas de abacaxi atacadas por uma
doenccedila conhecida como ldquofusairioserdquo Essa doenccedila quando ataca o abacaxi causa
perdas de ateacute 70 da safra Todos os agrotoacutexicos testados natildeo conseguiram controlar a
doenccedila Isto eacute um exemplo para que a universidade tenha uma nova percepccedilatildeo (Capra
1996) adotando medidas efetivas que contribuam na transiccedilatildeo agroecoloacutegica Com o
uso da urina de vaca leiteira numa lavoura de abacaxi atacada pela fusariose observou-
se agrave recuperaccedilatildeo do stand e os frutos produzidos apresentaram excelente padratildeo
21
comercial Descobriu-se que aleacutem funcionar como adubo e defensivo natural a urina de
vaca leiteira tambeacutem favorece a floraccedilatildeo de muitas plantas e pode ser usada no
tratamento de frutos e tubeacuterculos depois da colheita
A urina de vaca em lactaccedilatildeo tambeacutem estaacute sendo usada nas lavouras de cafeacute em
plantaccedilotildees de maracujaacute coco alface e outras hortaliccedilas Na regiatildeo centro-sul do Paranaacute
os agricultores estatildeo aplicando a urina de vaca leiteira nas lavouras de feijatildeo soja
batata cebola e milho (Penteado 1999)
252 Alhol
A maioria dos defensivos alternativos tais como calda bordalesa sulfocaacutelcica
aacutegua de cinza e cal biofertilizante enriquecido extrato de fumo entre outros precisa
ser misturada com um espalhante adesivo para quebrar a tensatildeo superficial da gota e
propiciar um melhor molhamento das folhas e demais partes pulverizadas assegurando
uma absorccedilatildeo mais efetiva e uma melhor accedilatildeo sobre as pragas e doenccedilas Quando as
gotas permanecem inteiras sobre a superfiacutecie folhar devido agrave falta de espalhante
adesivo pode-se danificar os tecidos vegetais pelc efeito-lente quando o sol incide
sobre elas Aleacutem disso a gota por natildeo se espalhar sobre toda superfiacutecie folhar
concentra nela e consequumlentemente sobre o tecido que estaacute em contato com ela uma
quantidade maior do produto aplicado Essa maior concentraccedilatildeo pode prejudicar a
absorccedilatildeo e lesionar os tecidos principalmente apoacutes a evaporaccedilatildeo da aacutegua contida na
gota por resultar em uma maior concentraccedilatildeo de sais no local especialmente quando se
aplicam por exemplo calda sulfocaacutelcica bordalesa biofertilizante enriquecido com
macro e micronutrientes (Claro 2001)
O alhol eacute um espalhante adesivo ecoloacutegico que tambeacutem auxilia no controle de
pragas E elaborado com aacutegua alho oacuteleo vegetal e sabatildeo neutro a partir da sabedoria
popular que menciona o alho como repelente de insetos Juacutenior Abreu amp Maiorano
(199-) indicam formulaccedilotildees contendo alho para o controle de pragas como nematoacuteides
(Meloidogyne incoacutegnita e M javanica) mosca do chifre lagarta na maccedilatilde pulgotildees
besouro da batata trips e para controle de doenccedilas fuacutengicas e bacterianas como miacuteldio
ferrugem fusariose helminthosporiose murchadeira (Pseudonamos solacearum)
bruzone do arroz (Pyricularia orysae) podridatildeo negra do repolho e couve-flor
(Xanthomonas campestris) Aleacutem disso o alho pelo seu bom teor em oacuteleo pode agir
tambeacutem como espalhante adesivo O sabatildeo tambeacutem eacute indicado como espalhante adesivo
22
e possui accedilatildeo contra certas pragas (pulgotildees) sendo que o oacuteleo vegetal eacute indicado no
controle de cochonilhas e usado como espalhante adesivo (Claro 2001)
253 Calda Bordalesa
A calda bordalesa eacute um tradicional defensivo agriacutecola que pode ser preparado na
propriedade com a mistura de sulfato de cobre cal virgem e aacutegua As concentraccedilotildees de
sulfato de cobre e cal satildeo distintas dependendo do objetivo do seu emprego
Geralmente diferem de acordo com o tipo de planta ou espeacutecie vegetal as condiccedilotildees
climaacuteticas o grau de infestaccedilatildeo da doenccedila e a fase de crescimento da planta Eacute indicada
para o controle de miacuteldio alternaacuteria botrytis e antracnose (Penteado 1999)
A calda bordalesa caracteriza-se pela sua importante accedilatildeo no controle de diversas
doenccedilas fungicas nas mais diversas espeacutecies de culturas Possui tambeacutem uma relativa
accedilatildeo bactericida e em alguns casos age como repelente de insetos Da mistura do
sulfato de cobre com a cal resulta uma soluccedilatildeo rica em macronutrientes e
micronutrientes Provavelmente os expressivos resultados obtidos com a aplicaccedilatildeo da
calda bordalesa devam-se natildeo somente a sua accedilatildeo fuacutengica e bactericida mas sobretudo
agrave influecircncia positiva que exerce no metabolismo das plantas ativando o processo
enzimaacutetico e estimulando a proteossiacutentese aumentando a resistecircncia das plantas (Claro
2 0 0 1 ) caracteriacutestica fundamental na agricultura sustentaacutevel
254 Biofertilizante Super Magro
A calda Super Magro eacute produto da fermentaccedilatildeo de estercos animais enriquecidos
por micronutrientes e outros produtos de origem animal obtendo-se uma calda
biofertilizante para aplicaccedilatildeo foliar nas plantas (Penteado 1999) jaacute foram observados
bons resultados principalmente nas culturas de uva maccedila pecircssego tomate batata e
hortaliccedilas em geral
E indicado como fonte suplementar de micronutrientes para as plantas inibidor
de fungos e bacteacuterias causadores de doenccedilas e para aumentar a resistecircncia contra insetos
e aacutecaros (Penteado 1999) i
Muller (1999) avaliou a influecircncia do biofertilizante Super Magro sobre as
culturas de tomate (Lycopersicon esculentum Mill) ervilha (Pisum sativum L) e
beterraba (Beta vulgaris L) O autor obteve cultivos com baixa severidade de doenccedilas e
23
insetos fitoacutefagos possivelmente por causa do manejo orgacircnico de produccedilatildeo Os
resultados das pulverizaccedilotildees das soluccedilotildees foliares variaram conforme a cultura e o
clima
255 Biofertilizante MB4
A utilizaccedilatildeo das farinhas de rochas eacute uma das teacutecnicas mais modernas usadas nos
uacuteltimos anos na agricultura O elevado nuacutemero de nutrientes contidos no MB4 como
cobre zinco manganecircs cobalto soacutedio alumiacutenio silicatos de magneacutesio ferro e caacutelcio
acompanhado de foacutesforo potaacutessio e enxofre reagem com a soluccedilatildeo do solo liberando
elementos essenciais ao desenvolvimento da vida microbiana os quais exercem um
papel fundamental atraveacutes de transformaccedilotildees quiacutemicas e do equiliacutebrio bioloacutegico
favorecendo o desenvolvimento sadio das plantas (Pinheiro amp Barreto 2000)
24
3 MATERIAL E MEacuteTODOS
31 Local de execuccedilatildeo do experimento
O presente trabalho foi conduzido no Centro de Pesquisa da Regiatildeo Sul
(FEPAGROSUL) no municiacutepio de Rio Grande nlt periacuteodo de 15 de maio a 26 de
agosto de 2 0 0 2
O solo eacute classificado como ldquoTuiardquo satildeo muito arenosos As massas aquaacuteticas do
Oceano Atlacircntico e Lagoa dos Patos influenciam ventos temperatura pressatildeo umidade
relativa e demais fatores climaacuteticos A topografia da regiatildeo litoracircnea eacute plana com
lenccediloacuteis freaacuteticos superficiais
32 Anaacutelise estatiacutestica
O experimento foi constituiacutedo em fatorial 3X3 (Quadro 1) com quatro repeticcedilotildees
no delineamento blocos ao acaso As variaacuteveis respostas foram submetidas agrave anaacutelise de
variaccedilatildeo e ao teste de Duncan a 5 de probabilidade para comparaccedilatildeo das meacutedias
utilizando-se o sistema SANEST (Zonta amp Machado 1984)
As anaacutelises estatiacutesticas das variaacuteveis estudadas encontram-se nos Apecircndices C D
Os resultados das respostas agronocircmicas e das determinaccedilotildees dos conteuacutedos dos
macronutrientes bem como os de raiz estatildeo nas tabelas de 1 a 3
25
As diferentes adubaccedilotildees seratildeo representadas durante a discussatildeo da seguinte
forma 1 VB (30 t ha 1 de vermicomposto) 15 VB (45 t ha 1 de vermicomposto) e EC
(60 t ha 1 de esterco de curral) 1 VB+SM+U+CB (30 t ha 1 de vermicomposto mais
super magro mais urina de vaca mais calda bordalesa) 15 VB+SM+U+CB (45 t ha 1 de
vermicomposto mais super magro mais urina de vaca mais calda bordalesa)
EC+SM+U+CB (60 t ha 1 de esterco de curral mais super magro mais urina de vaca
mais calda bordalesa) 1 VB+MB4 +U+CB (30 t ha 1 de vermicomposto mais MB4 mais
urina de vaca mais calda bordalesa) 15 VB+MB4 +U+CB (45 t ha 1 de vermicomposto
mais MB4 mais urina de vaca mais calda bordalesa) EC+MB4 +U+CB (60 t ha 1 esterco
de curral mais MB4 mais urina de vaca mais calda bordalesa)
QUADRO 1 Descriccedilatildeo dos fatores experimentais e respectivos niacuteveis
Niacuteveis Fator 1 ADUBACcedilAtildeO DE BASE
0 1 Vermicomposto (30 t ha1)
0 2 Vermicomposto (45 t ha1)
03 Esterco de curral (60 t ha1)
Niacuteveis Fator 2 BIOFERTILIZANTES LIacuteQUIDOS
0 1 Super magro (5) + Urina de Vaca + Calda Bordalesa
0 2 MB4 (10) + Urina de vaca + Calda Bordalesa
03 Ausecircncia (testemunha)
33 Tratamentos
Da combinaccedilatildeo entre niacuteveis e fatores foram obtidos 9 tratamentos que estatildeo
descritos no Quadro 2 bem como as doses de adubaccedilatildeo utilizadas no experimento
26
QUADRO 2 Tratamentos e doses de adubaccedilatildeo utilizadas no experimento
TRATAMENTOS
Ndeg FATOR I FATOR II
0 1 30 t ha de vermicomposto Super magro 5 Urina de vaca Calda Bordalesa
0 2 30 t harsquo de vermicomposto MB4 10 Urina de vaca Calda Bordalesa
03 30 t ha de vermicomposto - - -
04 45 t ha de vermicomposto Super magro 5 Urina de vaca Calda Bordalesa
05 45 t ha de vermicomposto MB4 10 Urina de vaca Calda Bordalesa
06 45 t ha de vermicomposto - - -
07 60 t hade esterco Super Magro 5 Urina de vaca Calda Bordalesa
08 60 t hade esterco MB4 10 Urina de vaca Calda Bordalesa
09 60 t hade esterco - - -
Cada parcela foi constituiacuteda por dois canteiros medindo 1 m de largura x 2 m de
comprimento perfazendo 075 m de aacuterea de aacuterea uacutetil (025 m de bordadura) Foi
utilizando semeadura a lanccedilo com densidade de 24 g canteiro1
O vermicomposto a urina de vaca o esterco de curral o alhol os biofertilizantes e
a calda bordalesa foram de procedecircncia do Centro de Pesquisa da Regiatildeo Sul O
vermicomposto de esterco bovino misturado agraves cascas de frutas foi processado pela
minhoca vermelha califomiana Eisenia foetida)
O biofertilizante Super Magro foi elaborado segundo a metodologia descrita pela
FEPAGROSUL utilizando-se os seguintes componentes 190 litros de aacutegua 22 litros
de leite 55 Kg de accediluacutecar mascavo 30 Kg de esterco fresco de bovinos 2 Kg de
Sulfato de zinco 2 Kg de sulfato de magneacutesio 2 Kg de cloreto de caacutelcio 1 Kg de aacutecido
boacuterico 300 g de sulfato de cobre 300 g de sulfato de ferro 300 g de sulfato de
manganecircs 100 g de molibdato de soacutedio 50 g de sulfato de cobalto 3 Kg de fosfato
natural 3 Kg de cinza e 200 g de farinha de osso
A urina de vaca em lactaccedilatildeo foi coletada pela manhatilde e armazenada em recipiente
fechado por trecircs dias em condiccedilotildees ambientais para que se formasse a amocircnia e natildeo
ocorresse perda de nitrogecircnio
28
Realizaram-se duas capinas manuais durante o experimento e em seguida como
cobertura se colocou casca de arroz Tambeacutem foi aplicado esterco de aves 30 dias antes
da colheita na quantidade de 05 Kg canteiro 1 como adubaccedilatildeo de cobertura
As pulverizaccedilotildees com os produtos iniciaram apoacutes 15 dias da germinaccedilatildeo
Realizou-se sete aplicaccedilotildees sendo que as duas primeiras foram feitas apenas com
Super Magro e MB4 Na terceira e na quarta aplicaccedilatildeo utilizou-se urina de vaca e calda
bordalesa em concentraccedilotildees menores (05 e 025 respectivamente) e na quinta
aplicaccedilatildeo as dosagens de urina de vaca e calda bordalesa foram elevadas para 1 0 e
05 respectivamente ateacute o final do experimento O alhol foi utilizado a partir da
terceira pulverizaccedilatildeo na quantidade de 2 e seguiu ateacute o final no dia 26 de agosto
quando as mudas foram colhidas e posteriormente analisadas as variaacuteveis
35 Observaccedilotildees agronocircmicas
Foram utilizadas 20 mudas de cebola para obtenccedilatildeo das meacutedias das variaacuteveis as
quais foram as seguintes
351 Fitomassa fresca da parte aeacuterea e raiacutezes
Foi realizada atraveacutes de uma balanccedila digital procedendo-se a pesagem de 20
mudas de cebola previamente lavadas e posteriormente secadas durante uma hora sobre
um tecido de algodatildeo agrave temperatura ambiente Processo idecircntico foi adotado com as
raiacutezes
352 Fitomassa seca da parte aeacuterea e raiacutezes
Esta variaacutevel foi obtida a partir da secagem preliminar em estufa de ar forccedilado
durante 48 horas a 65 C ateacute peso constante com posterior pesagem em balanccedila
analiacutetica
353 Altura da muda
A altura de muda foi medida a partir do colo das plantas ateacute sua uacuteltima folha
(ponto de crescimento) com uma reacutegua graduada de 40 cm
29
354 Diacircmetro do colo das plantas
Esta medida foi realizada no ponto de transplante a 2 mm das raiacutezes e utilizando-
se um paquiacutemetro SOMET
355 Sistema radicular
Ao teacutermino do experimento foram retiradas as raiacutezes das mesmas plantas que foram
utilizadas para as determinaccedilotildees realizadas na parte aeacuterea procedendo-se uma amostra
de solo com raiacutezes de 2 0 cm de largura x 2 0 cm de comprimento e 2 0 cm de altura
totalizando 8000 cm3
As raiacutezes apoacutes serem lavadas em aacutegua corrente foram pesadas acondicionadas em
sacos plaacutesticos e congeladas para posteriores anaacutelises pelo meacutetodo de Tennant (1975)
para a determinaccedilatildeo do comprimento e densidade
3551 Comprimento de raiz
Utilizou-se para a determinaccedilatildeo do comprimento de raiz as seguintes foacutermulas
1 = ndeg x 1114 x 1 onde
1 - comprimento de raiz de uma amostra uacutemida de 0 0 2 g
ndeg - nuacutemero de intercessotildees das raiacutezes com os lados da quadriacutecula da malha do
aparelho
1114 - constante
1 - medida lateral da quadriacutecula em cm
Tomando-se a fiacutetomassa seca e o comprimento da raiz da cada amostra
relacionou-se com a fiacutetomassa seca e o comprimento total da raiz da planta aplicando-
se a seguinte equaccedilatildeo
L = (FSR x 1) FSPA onde
L - comprimento total da raiz da planta (m)
FSR - fiacutetomassa seca de raiz
FSPA - fiacutetomassa seca da parte aeacuterea
L - comprimento de raiz de uma amostra uacutemida de 002g
3552 Densidade de raiz
A densidade foi determinada pela foacutermula
D = L 8000 onde
D - densidade de raiacutezes (m cm3)
30
L - comprimento total de raiacutezes (m)
8 0 0 0 - volume da amostra (cm3)
3553 Razatildeo parte aeacutereasistema radicular
Este paracircmetro foi obtido pela equaccedilatildeo
RPASR = FSPA FSR onde
RPASR - razatildeo parte aeacuterea sistema radicular
FSPA - fitomassa seca da parte aeacuterea
FSR - fitomassa seca do sistema radicular
36 Determinaccedilatildeo de macronutrientes no tecido vegetal
Os macronutrientes nitrogecircnio foacutesforo potaacutessio caacutelcio e magneacutesio foram
determinados no laboratoacuterio de Fertilidade e Anaacutelise de Plantas do Departamento de
Solos da UFPel atraveacutes dos meacutetodos descritos por Tedesco amp Gianello (1996)
31
4 RESULTADOS E DISCUSSAtildeO
41 Anaacutelise das variaacuteveis
A anaacutelise da variaccedilatildeo mostrou que houve diferenccedila significativa na interaccedilatildeo entre
os fatores de adubaccedilatildeo de base e biofertilizantes liacutequidos com exceccedilatildeo da variaacutevel altura
de planta para a qual somente a adubaccedilatildeo de base mostrou-se significativa (Apecircndices
C D e E Tabelas 1C 1D e 1E)
411 Anaacutelise da parte aeacuterea
Na Tabela 1 destacaram-se as adubaccedilotildees EC+SM+U+CB EC+MB4 +U+CB e EC
que diferiram significativamente das demais adubaccedilotildees para as variaacuteveis fiacutetomassa
fresca da parte aeacuterea (FFPA) fiacutetomassa seca da parte aeacuterea (FSPA) altura de planta
(AP) e diacircmetro do colo (DC)
32
TABELA 1 Produccedilatildeo de fitomassa fresca e seca (g) da parte aeacuterea altura de planta
(cm) e diacircmetro de colo (mm) de mudas de cebola Petrolini cultivadas
sob uma perspectiva agroecoloacutegica Pelotas-RS 2003
BIOFERTILIZANTES LIacuteQUIDOSADUBACcedilAtildeO S Magro + MB4 +DE BASE Urina + Calda Urina + Calda Testemunha
Bordalesa Bordalesa
30 t ha de vermicomposto 7015 c A45 t halsquo de vermicomposto 7824 b B60 t ha de esterco de curral 12248 a C
30 t ha de vermicomposto 667 c A45 t ha de vermicomposto 752 b A60 t ha de esterco de curral 1150a C
30 t ha de vermicomposto 2975 b A45 t harsquo de vermicomposto 2775 b A60 t ha de esterco de curral 3600 a B
30 t ha de vermicomposto 631 b A45 t ha de vermicomposto 6 2 2 b B60 t ha de esterco de curral 741 a C
-Fitomassa fresca (g)----------------6270 c B 6885 b A8832 b A 6308 c C
15082 a A 13934 a BmdashFitomassa seca (g)----------------
625 c A 655 b A830 b A 607 b B
1345 a A 1262 a B-Altura de planta (cm)----------------
2950 b A 3050 b A2937 b A 2950 b A 3975 a A 3622 a B
-Diacircmetro de colo (mm)---------------592 c B 599 b B 657 b A 609 b B 819a A________ 793a B
Meacutedias seguidas pela mesma letra minuacutescula para as colunas (adubaccedilatildeo de base) e maiuacutesculas para as linhas (biofertilizantes) natildeo diferem entre si pelo teste de Duncan a 5
O efeito positivo do esterco bovino pode ser atribuiacutedo agraves melhorias nas condiccedilotildees
fiacutesicas do solo por ele proporcionado Segundo Primavesi (1982) e Compagnoni amp
Putzolu (1985) o esterco bovino apresenta propriedades condicionadoras do solo dando
agraves plantas melhores condiccedilotildees de desenvolvimento elevando sobremaneira os
conteuacutedos de fitomassa fresca das plantas que refletiratildeo nas demais respostas
agronocircmicas
Analisando as adubaccedilotildees de base em relaccedilatildeo aos biofertilizantes observa-se que
para os tratamentos 1 VB (30 t ha 1 de vermicomposto) - natildeo houve influecircncia dos
biofertilizantes para as variaacuteveis FSPA e AP enquanto destacou-se o SM+U+CB para o
DC e SM+U+CB e ausecircncia da adubaccedilatildeo liacutequida para a FFPA mostrando que o uso
dos biofertilizantes natildeo influenciou esta variaacutevel 15 VB (45 t ha 1 de vermicomposto) -
verificou-se a eficiecircncia do uso do MB4 +U+CB para as variaacuteveis FFPA e DC Para a
variaacutevel FSPA destacaram-se os dois biofertilizantes utilizados jaacute para AP natildeo houve
33
influecircncia destes EC (60 t ha 1 de esterco de curral) - em todas as variaacuteveis observadas
na tabela 5 as respostas foram significativas utilizando MB4 +U+CB
As respostas encontradas no presente trabalho para as variaacuteveis AP e FSPA foram
superiores as obtidas por Dalponte (1990) quando utilizado 0 esterco de curral para
produccedilatildeo de mudas de cebola
Segundo Filgueira (2000) os solos da regiatildeo produtora de cebola do RS satildeo
pobres em foacutesforo disponiacutevel (15 mg Kg1) necessitando portanto de adubaccedilotildees
fosfatadas elevadas As respostas aqui obtidas podem ser justificadas pelos teores de
foacutesforo contido no MB4
Follet et al (1981) citam a importacircncia do uso de compostos orgacircnicos no solo
enfatizando os estercos no sentido da decomposiccedilatildeo continuada no fornecimento de
nutrientes e na liberaccedilatildeo lenta e gradual de aacutecidos orgacircnicos influenciando a liberaccedilatildeo
do foacutesforo O que provavelmente pode ser atribuiacutedo agraves respostas encontradas no
presente trabalho para 0 tratamento Esterco de curral mais MB4 e Urina mais Calda
Bordalesa
E importante destacar que 0 sistema de produccedilatildeo de mudas de cebola sob uma
perspectiva agroecoloacutegica mostra-se eficiente quando visualmente natildeo percebe-se
diferenccedila significativa entre os tratamentos (Apecircndice F Figura 2)
Conveacutem ressaltar que quando trabalhamos com agroecologia natildeo existem
receitas nem pacotes tecnoloacutegicos prontos Cada situaccedilatildeo deveraacute ser estudada em
particular para que se faccedila recomendaccedilotildees adequadas ao ambiente local uma vez que
as plantas se adaptam ao meio estando a nutriccedilatildeo encarregada de proteger e manter o
equiliacutebrio do organismo vegetal em funccedilatildeo das alteraccedilotildees externas
E fundamental que se compreenda os princiacutepios norteadores de todo o processo
que satildeo as bases da luta por uma sociedade mais justa dentro de um mundo econocircmico e
ambientalmente mais sustentaacutevel
412 Anaacutelise do sistema radicular
Os resultados obtidos nas anaacutelises do sistema radicular (Tabela 2) mostram
diferenccedilas significativas entre as adubaccedilotildees para as variaacuteveis fitomassa fresca de raiz
(FFR) fitomassa seca de raiz (FSR) comprimento de raiz (CR) razatildeo parte
aeacutereasistema radicular (RPASR) e densidade de raiz (DR)
34
TABELA 2 Produccedilatildeo de fitomassa fresca e seca (g) comprimento (cm) e densidade de
raiacutezes (m cm3) de mudas de cebola Petrolini cultivadas sob uma
perspectiva agroecoloacutegica e razatildeo parte aeacutereasistema radicular Pelotas-
RS 2003
BIOFERTILIZANTES LIacuteQUIDOSADUBACcedilAO DE BASE
S Magro + MB4 +Urina + Calda Urina + Calda Testemunha
Bordalesa Bordalesa
de vermicomposto de vermicomposto de esterco de curral
de vermicomposto de vermicomposto de esterco de curral
de vermicomposto de vermicomposto de esterco de curral
de vermicomposto de vermicomposto de esterco de curral
1540 c A 1576 b B 2427 a A
Fitomassa fresca (g)----------------1502 c B 1517 b AB 1658 b A 1446 c C 2336 a B 2360 a B
--------------------Fitomassa seca (g)-------------------196 b A 207 ab A 170 b A170 b A 199 b A 192 b A 344 a A 249 a B 327 a A
Comprimento de raiz(cm)---------------1237 b A 1158 b A 1158 a A1237 b A 1060 c B 1040 b B1433 a A 1296 a B 1040 b C
30 t ha 45 t ha 60 t ha
30 t ha 45 t ha 60 t ha
30 t halsquo 45 t ha 60 t ha
30 t ha 45 t ha 60 t ha
30 t ha de vermicomposto 45 t ha de vermicomposto60 t ha~ de esterco de curral__________________________ _________________________Meacutedias seguidas pela mesma letra minuacutescula para as colunas (adubaccedilatildeo de base) e maiuacutesculas para as linhas (biofertilizantes) natildeo diferem entre si pelo teste de Duncan a 5
-----Razatildeo Parte AeacutereaSistema Radicular------340 b AB 301c B 384 a A446 a A 415 b A 326 a B339 b B 546 a A 388 a B
-------------- Densidade de raiz (m cm3)------------367 a AB 414 a A 325 b B282 b B 301b B 405 a A347 ab A 231c B 324 b A
Em relaccedilatildeo agraves adubaccedilotildees de base destacou-se o EC (60 t ha 1 de esterco de curral)
para as variaacuteveis FFR e FSR Quando adicionado o SM+U+CB os resultados para FFR
foram ainda melhores bem como o CR As respostas obtidas para a RPASR foram
variadas em relaccedilatildeo agraves adubaccedilotildees apresentando melhores resultados para 15 VB (45 t
ha 1 de vermicomposto)+SM+U+CB e ainda melhor para EC (60 t ha 1 de esterco de
curral)+MB4 +U+CB As adubaccedilotildees de base 1 VB 15 VB e EC natildeo diferiram entre si
As adubaccedilotildees mais eficientes para a variaacutevel DR foram 1 VB+SM+U+CV que natildeo
diferiu da EC+SM+U+CB I VB+ MB4 +U+CB e agrave 15 VB foram melhores entre as
demais
35
Analisando os biofertilizantes em relaccedilatildeo a cada adubaccedilatildeo de base verifica-se que
para a 1 VB (30 t ha 1 de vermicomposto)+SM+U+CB destaca-se a variaacutevel FFR
poreacutem sem diferenccedila significativa de 1 VB os melhpres resultados para a variaacutevel DR
foram encontrados pelo tratamento 1 VB+MB4 +U+CB e 15 VB (45 t ha 1 de
vermicomposto) tambeacutem se considera eficiente o 1 VB+SM+U+CB que natildeo diferiu do
EC (esterco de curral) Quando se utilizou 15 VB+ MB4 +U+CB houve resposta
significativa para a variaacutevel FFR para FSR as respostas natildeo foram diferentes com a
aplicaccedilatildeo dos biofertilizantes para as variaacuteveis FSR e DR as adubaccedilotildees EC e
EC+SM+U+CB natildeo diferiram entre si
Embora as respostas estatiacutesticas tenham sido diferentes para as adubaccedilotildees
combinadas ou natildeo pode-se salientar a importacircncia do aacutecido indol-aceacutetico como jaacute
citado anteriormente para as variaacuteveis avaliadas na parte aeacuterea das mudas de cebola
Respostas semelhantes nesse sentido foram encontradas para a cultura da alface por
Quijano (1999) e Morselli (2001)
Pereira et al (2002) concluiacuteram em trabalho realizado com a cultivar de cebola
CNPF1 6400 em Minas Gerais que a utilizaccedilatildeo de 20 t ha de esterco de curral
proporcionou os melhores resultados para a produccedilatildeo de cebola
Silva Juacutenior amp Giorgi (1992) e Menezes Juacutenior (1998) citam que doses elevadas
de mateacuteria orgacircnica podem prejudicar a primeira fase da germinaccedilatildeo (embebiccedilatildeo) e
absorccedilatildeo de aacutegua pelas raiacutezes das placircntulas No entanto no presente trabalho este fato
natildeo ocorreu embora a dose de esterco utilizada tenha sido de 60 t ha 1 (dose maacutexima
recomendada segundo Nolla 1982)
413 Anaacutelise de macronutrientes no tecido vegetal
Os resultados dos conteuacutedos de nitrogecircnio foacutesforo potaacutessio caacutelcio e magneacutesio no
tecido vegetal sob diferentes adubaccedilotildees encontrados na Tabela 3 indicam mais uma
vez a superioridade da adubaccedilatildeo esterco com 0 uso ou natildeo de biofertilizantes
36
TABELA 3 Conteuacutedos (mg planta1) de nitrogecircnio foacutesforo potaacutessio caacutelcio e
magneacutesio no tecido vegetal de mudas de cebola Petrolini cultivadas sob
uma perspectiva agroecoloacutegica Pelotas-RS 2003
BIOFERTILIZANTES LIacuteQUIDOS i J B
ADUBACcedilAtildeO S Magro + MB4 +DE BASE Urina + Calda Urina + Calda Testemunha
Bordalesa Bordalesamg plantas1
---- Nitrogecircnio-----30 t ha de vermicomposto 16593 c AB 15451 c B 19050 b A45 t ha de vermicomposto 21444 b A 22888 b A 17852 b B60 t ha de esterco de curral 32606 a C 37593 a B 40816 a A
--------------- ------ Foacutesforo------- -------------30 t ha de vermicomposto 3098 c B 2802 c B 3999 b A45 t ha de vermicomposto 4109 b A 4135 b A 2788 c B60 t ha de esterco de curral 5300 a B 7577 a A 7565 a A
------- Potaacutessio------30 t ha de vermicomposto 24327 c A 19900 c B 24965 b A45 t ha de vermicomposto 29113b A 29812 b A 22031 b B60 t ha de esterco de curral 44070 a B 51976 a A 54101 a A
-------- Caacutelcio-------30 t ha de vermicomposto 5027 c A 4356 c A 4834 b A45 t ha de vermicomposto 6114b A 6963 b A 4379 b B60 t ha de esterco de curral 9030 a C 11451 a A 10331 a B
------Magneacutesio-----30 t ha de vermicomposto 1188 b A 914 c A 1202 b A45 t ha de vermicomposto 1231 b B 1582 b A 1176 b B60 t ha de esterco de curral 2136a B 2443 a A 2663 a AMeacutedias seguidas pela mesma letra minuacutescula para as colunas (adubaccedilatildeo de base) e maiuacutesculas para as linhas (biofertilizantes) natildeo diferem entre si pelo teste de Duncan a
Em relaccedilatildeo agraves adubaccedilotildees de base observa-se que o melhor tratamento foi o
esterco de curral para todas as variaacuteveis Para 1 VB (30 t ha^ 1 de vermicomposto) natildeo
houve resposta diferenciada com o uso de bofertilizantes para todas as variaacuteveis A
adubaccedilatildeo 15 VB (45 t ha 1 de vemicomposto) foi influenciada pelos biofertilizantes
para as variaacuteveis N P K e Ca enquanto que para Mg somente o MB4+U+CB o
influenciou O EC (esterco de curral) mostrou diferenccedila significativa apenas para as
variaacuteveis Ca e Mg quando adicionado MB4+U+CB
Segundo Peixoto (2000) eacute fundamental a adiccedilatildeo de adubos orgacircnico no cultivo de
hortaliccedilas seja na forma de esterco decomposto composto ou huacutemus de minhoca de
37
modo a fornecer melhorias nas propriedades do solo vindo a disponibilizar os nutrientes
as diferentes culturas
O esterco fresco conteacutem muita cama celuloacutesica e um elevado teor de aacutegua No
esterco curtido a celulose jaacute estaacute decomposta o teor de aacutegua estaacute reduzido agrave metade e os
nutrientes em uma forma mais assimilaacutevel e mais concentrada O esterco fresco pode
causar uma deficiecircncia temporaacuteria de nitrogecircnio no solo ao se decompor o que natildeo
acontece com o biestabilizado (Kiehl 1985)Ocorre uma diminuiccedilatildeo inicial no volume
de aacutegua retido no esterco de curral diminui inicialmente em tomo de 3581 liberando
posteriormente somente 496 evidenciando a sua capacidade de retenccedilatildeo de aacutegua
(Menezes Juacutenior 1998)
A utilizaccedilatildeo continuada de adubos nitrogenados minerais no solo altera o balanccedilo
do nitrogecircnio entre o solo e planta No meacutetodo biodinacircmico eacute sublinhada a importacircncia
dos adubos animais para o estabelecimento da fertilidade permanente dos solos (Koeff
et al 1983)
Para Guimaratildees (1997) os benefiacutecios que a mateacuteria orgacircnica imprime ao solo
principalmente melhorando a produtividade fertilidade e a influencia que as substancias
huacutemicas exercem sobre o ambiente dependem da qualidade e do teor de mateacuteria
orgacircnica do solo Estas substacircncias por conterem nutrientes em sua constituiccedilatildeo em uma
forma mais disponiacutevel para as plantas promovem um equiliacutebrio no ambiente no solo
(Kononova 1966)
Aproximadamente de 60 a 70 do total de carbono do solo ocorre na forma de
materiais huacutemicos (Griffith amp Schnitzer 1975) sendo a eles atribuiacutedo a manutenccedilatildeo da
bioestrutura do solo aumentando a capacidade de retenccedilatildeo de aacutegua (Brady 1999)
Conforme Compagnoni amp Putzolu (1985) os estercos bem como os demais
resiacuteduos orgacircnicos apresentam conteuacutedos diferentes de aacutecidos huacutemicos e fuumllvicos sendo
atribuiacutedo ao acido huacutemico uma accedilatildeo fitoestimulante semelhante aos fitohormocircnios por
favorecer o desenvolvimento do sistema radicular e crescimento do caule
Em trabalho realizado por Guimaratildees (1997) foi encontrado para aacutecidos huacutemicos
de esterco bovino uma relaccedilatildeo CN 1035 e para vermicomposto bovino 17
evidenciando que o esterco quando aplicado ao solo por apresentar uma relaccedilatildeo CN
proacutexima deste reage mais facilmente liberando nutrientes para as plantas sem alterar a
cadeia troacutefiacuteca Dados encontrados no presente trabalho demonstram a eficiecircncia do
esterco nesse sentido
38
De acordo com Morselli (2001) vaacuterios trabalhos citam comentam e discutem a
capacidade dos vermicompostos em proporcionar oacutetimas colheitas e favorecer a
precocidade das plantas cultivadas Poreacutem muitas vezes se observa que mesmo
suprindo essas plantas com nutrientes necessaacuterios atraveacutes de huacutemus de diferentes fontes
as respostas natildeo satildeo as mesmas para uma mesma cultivar
Por outro lado os resultados com o uso de substacircncias huacutemicas satildeo variaacuteveis e
dependem aleacutem da espeacutecie testada das substacircncias huacutemicas utilizadas sua
concentraccedilatildeo o grau de purificaccedilatildeo e das condiccedilotildees experimentais A resposta das
plantas aos aacutecidos huacutemicos e fuacutelvicos eacute dependente da mateacuteria prima original e da
espeacutecie vegetal pois materiais orgacircnicos diferentes apresentam aacutecidos huacutemicos e
fuacutelvicos diferentes (Businelli 1990)
Justificam-se os maiores conteuacutedos de nitrogecircnio foacutesforo potaacutessio e caacutelcio nas
adubaccedilotildees 15 VB (45 t ha 1 de vermicomposto) e biofertilizantes devido
provavelmente ao vermicomposto utilizado apresentar na sua constituiccedilatildeo teores
consideraacuteveis destes elementos aleacutem do que os biofertilizantes possam ter influenciado
na absorccedilatildeo atraveacutes de sua constituiccedilatildeo Tibau (1984) considera que a urina de vaca eacute
rica em aacutecido indol-aceacutetico e este influencia na absorccedilatildeo radicular O efeito positivo
deste tratamento provavelmente seja devido agrave quantidade aplicada
O biofertilizante que se destacou foi o MB4+U+CB em relaccedilatildeo ao EC (esterco de
curral) e eacute somente para a variaacutevel caacutelcio Isto provavelmente seja devido ao alto teor
deste elemento encontrado na sua constituiccedilatildeo (6872 g Kg1) e pela influecircncia positiva
que a calda bordalesa exerce no metabolismo das plantas atraveacutes dos nutrientes
contidos em sua formulaccedilatildeo O Ca controla a absorccedilatildeo radicular e retorna ao solo pelo
esterco e palhas por apresentar-se em maior quantidade em folhas e caules Depois de
localizado nas folhas fica imoacutevel favorecendo a resistecircncia da planta ao ataque de
fungos
Este trabalho avanccedila no estudo da agroecologia estando claro que todos os
criteacuterios tem caraacuteter dinacircmico de adequaccedilatildeo as mudanccedilas de um sistema de produccedilatildeo
em evoluccedilatildeo contribuindo na transiccedilatildeo para um padratildeo sustentaacutevel Cabe a pesquisa a
reorientaccedilatildeo para um enfoque ldquosistecircmicordquo isto eacute que permita integrar os diversos
componentes de um agroecossistema e a adoccedilatildeo de poliacuteticas puacuteblicas que promovam 0
fortalecimento e a expansatildeo da agricultura familiar
39
5 CONCLUSOtildeES
Considerando os resultados obtidos e as condiccedilotildees em que o estudo foi realizado
conclui-se que
bull As respostas agronocircmicas das mudas de cebola para os paracircmetros avaliados
satildeo mais satisfatoacuterias com a aplicaccedilatildeo de esterco de curral como adubaccedilatildeo de
base
bull Os biofertilizantes mais urina de vaca e calda bordalesa proporcionam
respostas satisfatoacuterias quando aplicados associados agraves adubaccedilotildees de base
bull O biofertilizante MB4 mais urina de vaca e calda bordalesa eacute mais eficiente
que o super magro mais urina e calda bordalesa quando aplicado associado agrave
adubaccedilatildeo de base esterco de curral para os conteuacutedos de fitomassa secae
fresca da parte aeacuterea das plantas altura e diacircmetro de colo das mudas de
cebola
bull Os biofertilizantes adicionados agrave adubaccedilatildeo de base 45 t harsquo 1 de vermicomposto
bovino mostram respostas significativas para os conteuacutedos de fitomassa seca
bull Os maiores conteuacutedos nutricionais para as mudas de cebola satildeo
proporcionados pela adubaccedilatildeo de base esterco de curral
bull A maior absorccedilatildeo de caacutelcio pelas mudas de cebola ocorre quando da adiccedilatildeo do
biofertilizante MB4 mais urina e calda bordalesa agrave adubaccedilatildeo de base esterco de
curral
40
6 REFEREcircNCIAS BIBLIOGRAacuteFICAS
ALDRIGHI CB ABREU CM PAGLIA AG MORSELLI TBGA FERNANDES HS Efeito da aplicaccedilatildeo de biofertilizante e urina de vaca em mudas de tomateiro Horticultura Brasileira v20 n2 julho 2002 Suplemento 2
ALTIERI M NICHOLLS C I Agroecologia Teoria praacutectica para umaAgricultura Sustentable Ia ed PNUMA 2000 Cap 2 4 Seacuterie textos baacutesicos para la formacioacuten ambiental
ALTIERI M Agroecologia bases cientiacuteficas para uma agricultura sustentaacutevelGuaiacuteba Agropecuaacuteria 2002 592 p
ANTONIOLLI Z I GIRACCA E M N CARDOSO S J T WIETHAN M M S FERRI M Iniciaccedilatildeo agrave Minhocultura Criaccedilatildeo em Cativeiro e Vermicompostagem Santa Maria UFSM 1996 p59-89
BAYER C MIELNICZUC J Dinacircmica e funccedilatildeo da mateacuteria orgacircnica In SANTOS G de A S e CAMARGO F A de O (ed) Fundamentos da mateacuteria orgacircnica do solo ecossistemas tropicais e subtropicais Porto Alegre Genesis 1999 p 3-23
BARRETTO D X Composto Orgacircnico In Praacutetica em Agricultura Orgacircnica Satildeo Paulo iacutecone Ed Ltda 1985 p 51-63
BETTIOL W Alguns produtos alternativos para o controle de doenccedilas de plantasem agricultura orgacircnica II Ciclo de palestras sobre agricultura orgacircnica Instituto Bioloacutegico Satildeo Paulo p52-63 1997
41
BETTIOL W TRACH R GALVAtildeO JAH Controle de doenccedilas de plantas com biofertilizantes Jaguariuacutena EMBRAPA-CNPMA 1997 22p (EMBRAPA- CNPMA Circular Teacutecnica 02)
BRADY N C Natureza e propriedades dos sotos Rio de Janeiro Freitas BastosS A 1979 647p
BRADY N C Organisms and ecology of the soil In The nature of properties of soils Simon amp Schuster A Viacon Company New Jersey1999 402-489p
BON1LLA J A Fundamentos da Agricultura Ecoloacutegica Sobrevivecircncia eQualidade de Vida Satildeo Paulo Nobel 1992
BUREacuteS S Substratos Ediciones Agroteacutecnicas S L Madrid Octubre 1997
BUS1NELLI M Chemical Composition and Enzymic Activity of some Worm Cast Plant Soil v 80 p 1-2 1990
CALEGARI A Espeacutecies para cobertura de solo In IAPAR (Instituto Agronocircmico de Paranaacute) Plantio Direto pequena propriedade sustentaacutevel organizador Moacir Darolt Londrina - PR 1998 65-93
CAMARGO P N D Manual de Adubaccedilatildeo Foliar Satildeo Paulo Herba 1975
CAPRA F A Teia da Vida Satildeo Paulo Cultrix 1997 256p
CAPRA F O Ponto de Mutaccedilatildeo 22 ed Satildeo Paulo Cultrix 2001 447p
CHABOUSSOU F Plantas doentes pelo uso de agrotoacutexicos (A Teoria da Trofobiose) Porto Alegre LPM 1987 253 p
CLARO S A Referencias tecnoloacutegicos para a agricultura familiar ecoloacutegica aexperiecircncia da Regiatildeo Centro-Serra do Rio Grande do Sul Porto Alegre EMATERRS-ASCAR 2001 250p
CLIVELA G Diagnoacutestico Agronocircmico da cebola no Rio Grande do Sul Porto Alegre EMATERRS 1995 8 6 p
COMISSAtildeO DE FERTILIDADE DO SOLO - RSSC Recomendaccedilotildees de adubaccedilatildeo e calagem para os estados do Rio Grande do Sul e Santa Catarina 3 ed Passo Fundo SBCS - Nuacutecleo Regional Sul 1995 223p
COMPAGNONI L PUTZOLU G Cria moderna de Ias lombrices y utilizacioacutenrentable dei humus Barcelona Editorial de Vecchi- SA 1985127p
COSTABEBER J A MOYANO E Transiccedilatildeo agroecoloacutegica e accedilatildeo social coletiva Agroecologia e Desenvolvimento Rural Sustentaacutevel Porto Alegre v l n4 p 50- 60 outdez 2 0 0 0
42
COSTA M B B da Adubaccedilatildeo orgacircnica Nova siacutentese e novo caminho para aagricultura Satildeo Paulo Ed iacutecone Ltda 1985 102p
COSTA NETO C Agricultura Sustentaacutevel Tecnologias e Sociedade In CARVALHO COSTA LF et al (org) Mundo Rural e Tempo Presente Rio de Janeiro Mauad 1999
DrsquoAG0ST1NI R L FANTINI A C Produccedilatildeo orgacircnica tambeacutem socialmente excludente Agroecologia e Desenvolvimento Rural Sustentaacutevel Porto Alegre v3 n l p57-61 2002
DALPONTE J C V Utilizaccedilatildeo de materiais orgacircnicos e fertilizante mineral na produccedilatildeo e qualidade de mudas e bulbos de cebola (Alliurn Cepa L) Pelotas-RS 1990 (Mestrado em Agronomia) - Faculdade de Agronomia Eliseu Maciel UFPel 1990
DEBARBA J F THOMAZELLI L F GANDIN C L SILVA E Cadeias produtivas do Estado de Santa Catarina Cebola Florianoacutepolis Epagri 1998 115 p (EPAGRI Boletim Teacutecnico 96)
DUFOUR F Os saacutebios loucos do agro-alimentar Le Monde Diplomatique ano 1 n4 p6-7 1999 (ed portuguesa)
EHLERS E Agricultura Sustetaacutevel Origem e perspectivas de um novo paradigma 2 ed Guaiacuteba Agropecuaacuteria 1999 157 p
FILGUEIRA F A R Novo Manual de olericultura agrotecnologia moderna na produccedilatildeo e comercializaccedilatildeo de hortaliccedilas Viccedilosa UFV 2000 402 p
FRASER G K Mateacuteria Orgacircnica Del Suelo In BEAR F E (ed) Quiacutemica dei Suelo Madrid Ed Agrociencia 1963
FOLLET R H MURPHY L S DONAHUE R L Fertilizers and soil amendments New Jersey Printice-Hall Inc 1981 557p
GARCIA A Revista dei Espacio Rural Georgica Zaragoza Escuela Politeacutecnica de Huesca n5 1997
GARCIA A Versatildeo preliminar de um Programa Estadual de Produccedilatildeo e Comercializaccedilatildeo de Bulbos e Sementes de CebolaEMBRAPAIPAGROMARAEMATER 6 8 pbdquo 1990 (Publicaccedilatildeo avulsa)
GIORGETT1 J R Produccedilatildeo e Comercializaccedilatildeo de Mudas de Tomate In Encontro Nacional de Produccedilatildeo e Abastecimento de Tomate 2 1991 Jaboticabal Satildeo Paulo Anais Jaboticabal UNESP 1991 p 242-244
GLIESSMAN S R Agroecologia Processos ecoloacutegicos em agricultura sustentaacutevelPorto Alegre Universidade Federal do Rio Grande do Sul - UFRGS 2000 653p
43
GLIESSMAN S R TURRIALBA C R Agroecologia Procesos Ecoloacutegicos en Agricultura Sostenible CATIE 2002 p 3-14
GNOATTO S C Caracterizaccedilatildeo quiacutemica de vermicompostos de diferentes substratos orgacircnicos Pelotas-RS 1999 38 f (Mestrado em Agronomia - Solos) - Faculdade de Agronomia Eliseu Maciel UFPel 1999
GOMES J C C BORBA M F S A moderna crise dos alimentos oportunidade para a agricultura familiar Emater Porto Alegre julset 2000 Disponiacutevel em lthttpwwwematertchebrdocsagroecorevistan313-artigo3htmgtAcesso em 24 fev 2002
GOMEZ H W Desenvolvimento sustentaacutevel agriacutecola e capitalismo In Desenvolvimento sustentaacutevel Necessidade eou disponibilidade Santa Cruz do Sul Nobel - UNISC 1997 p 65-77
GONZAacuteLEZ DE MOLINA M SEVILLA GUZMAacuteN E Ecologia campesinado e historia Para una reinterpretacioacuten dei desarrollo dei capitalismo en la agricultura In SEVILLA GUZMAacuteN E GONZAacuteLEZ DE MOLINA M (ed) Ecologia campesinado e historia Madrid La Piqueta 1993 p 23-129
GRIFFITH S A SCHNITZER M Analytical characteristic of humic and fulvic acids extracted from tropical volcanic soils Soil Sei Soc Am Proc v 39 p361-367 1975
GUIMARAtildeES E Caracterizaccedilatildeo quiacutemica estreptoscoacutepica e por anaacutelise teacutermica de aacutecidos huacutemicos e vermicompostos obtidos de estercos de diferentes animaisCuritiba 1997 Dissertaccedilatildeo (Mestrado em Quiacutemica) Universidade Federal do Paranaacute 1997
HESS A F Sociedade e meio ambiente uma relaccedilatildeo ambiacutegua Revista Cientiacutefica Rural Bageacute v 4 n2 p 167-1741999
ICEPA-SC Informes conjunturais sobre a cultura da cebola Disponiacutevel em lthttpwwwicepa combrgt Acesso em 23 jan 2003
JONES H A MANN L K Onions and their allies New York Interscience Publishers 1962 286 p
JUacuteNIOR H A de MAIORANO J A Receitas obtidas de extratos de plantasCampinas CATITerra Viva [199-] 10 f
KHATOUNIAN C A Ciclo de Palestras sobre Agricultura Orgacircnica 2a Ed SatildeoPaulo Fund Cargill 1997 149 p
KIEHL E J Fertilizantes Orgacircnicos Satildeo Paulo Ed Agronocircmica Ceres Ltda 1985 492p
44
KOEFF H H PETTERSSON B D SHAUMANN W Vida Vegetal solos e adubaccedilatildeo In Agricultura Biodinacircmica Satildeo Paulo Nobel 1983 p92-149
KONONOVA M M Soil organic matter The importance o f organic matter in soil formation and soil fertility New York Pergamqn Press 1961 p 165-200
KUHN T A Estrutura das Revoluccedilotildees Cientiacuteficas Satildeo Paulo Perspectiva 1989 257p
LANNA FCA ABREU C L ABREU J G SILVA V Resposta de cultivares de melancia cultivadas sob adubaccedilatildeo quiacutemica e orgacircnica Horticultura v 12 n l p85 1994
LEFF H Saber Ambiental Petroacutepolis Vozes 2001 343 p
MAGALHAtildeES J R Nutriccedilatildeo e adubaccedilatildeo da cebola In FERREIRA M E CASSTELLANE P D CRUZ M C P Nutriccedilatildeo e adubaccedilatildeo de hortaliccedilasPiracicaba POTAFOS 1993 p 381-393
MALAVOLTA E Elementos de nutriccedilatildeo mineral de plantas Satildeo Paulo Ed Agronocircmica Ceres Ltda 1980 251 p
MALAVOLTA E Manual de Quiacutemica Agriacutecola - Adubos e Adubaccedilatildeo 3a ed SatildeoPaulo Ed Agronocircmica Ceres Ltda 1981 606 p
MARTINEZ A A A grande e Poderosa Minhoca Jaboticabal Funep - Unesp1990 101 p
MARTINS S R Desenvolvimento e Sustentabilidade Horticultura Brasileira Brasiacutelia-DF v20 n2 julho 2002 Palestra apresentada no 42deg Congresso Brasileiro de Olericultura
MARTINS S R Limites Del Desarrollo Sostenible em Ameacuterica Latina En el marco de Ias poliacuteticas de (re)ajuste econocircmico Pelotas Editora UFPel 1997 135 P-
MARTINS S R Sustentabilidade na agricultura dimensotildees econocircmicas sociais e ambientais Revista Cientiacutefica Rural Bageacute v4 n 2 p 175-1871999
MATURANA H REZEPKA S N D E Formaccedilatildeo Humana e Capacitaccedilatildeo Rio de Janneiro Vozes 2000 8 6 p
MELLO A F SOBRINHO M O ARZOLLA S SILVEIRA R NETTO A C KIEHL J C Fertilidade do Solo Satildeo Paulo Nobel 1983
MENEZES JUacuteNIOR F O G D Caracterizaccedilatildeo de Diferentes substratos hortiacutecolas e seu efeito na produccedilatildeo de mudas de alface e couve-flor em ambiente protegido Pelotas 1998 141 p Dissertaccedilatildeo (Mestrado em Agronomia - Produccedilatildeo Vegetal) - Faculdade de Agronomia Eliseu Maciel UFPel 1998
45
MIBASA Mineraccedilatildeo Barreto SA Melhorador de Solos MB4 A Natureza Agradece Arapiraca-AL [199-] Folder
MINAMI K Os resumos da olericultura 2000 In AZEVEDO FILHO MARTINEZ FILHO (ed) Preccedilos agriacutecolas Piracicaba ESALQ 1999 p 4
MINAMI K Produccedilatildeo de Mudas de Alta Qualidade em Horticultura Satildeo Paulo TA Queiroz 1995
MORSELLI T B G A Cultivo sucessivo de alface sob adubaccedilatildeo orgacircnica em ambiente protegidoPelotas 2001 178 p Tese (Doutorado em Agronomia - Produccedilatildeo Vegetal) Faculdade de Agronomia Eliseu Maciel UFPel 2001
MORSELLI T B G A Resiacuteduos orgacircnicos em sistemas agriacutecolas Poliacutegrafo da Disciplina de Resiacuteduos orgacircnicos em sistemas agriacutecolas Curso de Poacutes-Graduaccedilatildeo em Agronomia-Produccedilatildeo Vegetal UFPel 2002
MULLER AM Efeitos da Aplicaccedilatildeo Foliar de um Biofertilizante Enriquecido no Estado fitossanitaacuterio de Tomate Ervilha e Beterraba Sob Manejo OrgacircnicoDissertaccedilatildeo (Mestrado no Programa de Poacutes-Graduaccedilatildeo em Agroecossistemas)1999 (Resumo)
NOLLA D Erosatildeo do Solo - O grande desafio Estado do Rio Grande do Sul SEAGRI desenvolvimento de recursos naturais renovaacuteveis 1982 412 p
PAGLIA AG MORSELLI TBGA PEIL RMN Teores de nutrientes pH e condutividade eleacutetrica da aacutegua em sistema ldquofloat^ngrdquo sob adiccedilatildeo de biofertilizantes Horticultura Brasileira v 20 n2 julho 2002 Suplemento 2
PAULUS G MULLER A BARCELLOS LAR Agroecologia aplicada praticas e meacutetodos para uma agricultura de base ecoloacutegica 2ed ver ampl Porto Alegre EMATERRS 2001 8 6 p
PEIXOTO R T dos G Composto orgacircnico aplicaccedilotildees benefiacutecios e restriccedilotildees de uso Horticultura Brasileira Brasiacutelia-DF v 18 p 56-64 julho 2000
PENTEADO SR Defensivos Alternativos e Naturais Satildeo Paulo 1999 95 p
PEREIRA AJ SOUZA RJ PEREIRA WR Efeito de diferentes doses de esterco de galinha e de curral sobre a produccedilatildeo de cebola Horticultura Brasileira v20 n2 julho 2002 Suplemento 2
PINHEIRO S BARRETO SB MB-4 agricultura sustentaacutevel trofobiose e biofertilizantes Fundaccedilatildeo Juquira CandiruMibasa 2000 273 p
PRIMAVESI A Agricultura Sustentaacutevel Satildeo Paulo Nobel 1992 142 p
PRIMAVESI A O manejo ecoloacutegico do solo Agricultura em regiotildees tropicais SatildeoPaulo Nobel 1982 541 p
46
PURCINO A A C ldquoNitrogecircniordquo Informe Agropecuaacuterio Belo Horizonte v7 n81 p 16-27 1981
QUIJANO F G Efeito da adubaccedilatildeo orgacircnica no desenvolvimento de duas cultivares de alface em ambiente protegido Pelotas 1999 116f Dissertaccedilatildeo (Mestrado em Agronomia - Produccedilatildeo Vegetal) Faculdade de Agronomia Eliseu Maciel UFPel 1999
RODRIGUES A N N Efeitos e residuais de superfosfato triplo sobre o rendimento de mateacuteria seca e absorccedilatildeo de foacutesforo pela aveia (Avena strigosa Schob) em solo Podzoacutelico Vermelho Escuro Porto Alegre 1984 59f Dissertaccedilatildeo (Mestrado em Agronomia) - Faculdade de Agronomia UFRGS 1984
RODRIGUES E T CASALI V W D Respostas da alface agrave adubaccedilatildeo orgacircnica II Teores conteuacutedos e utilizaccedilatildeo de macronutrientes em cultivares Rev Ceres Viccedilosa v 45 n 261 p 437-449 1998
SAMINEcircS T C O Produccedilatildeo orgacircnica de alimentos Horticultura Brasileira Brasiacutelia-DF v 17 n3 novembro 1999
SCHIEDECK G Ambiecircncia e resposta agronocircmica de meloeiro (Cucumis melo L) cultivado sob adubaccedilatildeo orgacircnica em ambiente protegido Pelotas lOOp Tese (Doutorado em Agronomia - Produccedilatildeo Vegetal) - Faculdade de Agronomia Eliseu Maciel UFPel 2002
SILVA JUacuteNIOR A A GIORGI E Substratos alternativos para a produccedilatildeo de mudas de tomate Agropecuaacuteria Catarinense Florianoacutepolis EPAGRI 1992 23 p
SILVA JUacuteNIOR A A MACEDO S G STUKER H Utilizaccedilatildeo de esterco de peru na produccedilatildeo de mudas de tomateiro Florianoacutepolis EPAGRI 1995 28 p (Boletim Teacutecnico 73)
TAGLIARI PS GRASSMANN H Minhoca a grande aliada da agricultura Agropecuaacuteria Catarinense v8 n l p 11-14 mar 1995
TEDESCO M J GIANELLO C Anaacutelises de solo plantas e outros materiais Porto Alegre Faculdade de Agronomia Departamento de Solos Universidade Federal do Rio Grande do Sul RS 1996
TENNANT D A Test of modified line intersect method of estimating root lenght Journal Ecology Oxford v 63 p 995-1001 1975
TIBAU A O Mateacuteria Orgacircnica do Solo Mateacuteria Orgacircnica e Fertilidade do SoloSatildeo Paulo Nobel 1984 p49-182
TIMM P J Anaacutelise comparativa dos sistemas de plantio convencional e cultivo miacutenimo de cebola sob adubaccedilatildeo orgacircnica e mineral Pelotas 2000 79 p Dissertaccedilatildeo (Mestrado em Agronomia - Produccedilatildeo Vegetal) - Faculdade de Agronomia Eliseu Maciel UFPel 2000
47
VALENZUELA HR CROSBY C Effect of compost applications on the yield of several vegetables in long-term organic farming experiments conduced in the tropics American Society Horticultural Science v33 n3 june 1998
VIGLIZZO E (ed) Subprograma Recursos Naturais y Sostenibilidad Agriacutecola documento marco Montevideo IICAPROCISUR 1995 p 75 - 78
WE1D J M TARDIN J M Proposta para a Ampliaccedilatildeo do Trabalho da ASPTA no Centro Sul do Paranaacute ASPTA Disponiacutevel em http wwwpronafgovbrEncontrotestosAS20PTA20Sul20ParanE1205 202002doc Acesso em 05 mai 2002
XAVIER SIMOacuteN F DOMINGUES D G Desenvolvimento Rural Sustentaacutevel uma perspectiva agroecoloacutegica Agroecologia e Desenvolvimento Rural Sustentaacutevel Porto Alegre EM ATERRS v2 n2 p 17-26 2001
ZABALETA J P Diagnoacutestico da Agricultura Familiar em Satildeo Joseacute do Norte - RSPelotas EMBRAPA-CPACT 1998 75 p (EMBRAPA-CPACT Documentos 44)
ZONTA E P MACHADO A A SILVEIRA P Sanest Sistema de anaacutelise estatiacutestica para microcomputadores Registrado na Secretaria Especial de Informaacutetica sob nuacutemero 066060 - categoria A Pelotas-RS Universidade Federal de Pelotas 1984
48
7 APEcircNDICE
APEcircNDICE A - Anaacutelise da adubaccedilatildeo de base e biofertilizantes utilizados na produccedilatildeo de mudas de cebola
TABELA 1 A Anaacutelise baacutesica do solo antes da incorporaccedilatildeo do feijatildeo miuacutedo + papua
Arg
pH IND
SMP
MO
P - n r - Na Al Ca__10Omlmdash
Mg
ppm -
6 53 67 089 8 6 27 1 04 05 0 2
Fonte LASFAEMUFPel (2002)
TABELA 2A Anaacutelise complementar do solo antes da incorporaccedilatildeo do feijatildeo-miuacutedo + papua
Cobre Zinco Manganecircs Ferro
(m v1)
04 05 26 007
Fonte LASFAEMUFPel (2002)
49
TABELA 3A Anaacutelise dos fertilizantes soacutelidos
Amostra pH limidade CN
C N P K Ca Mg
- g-ivg --
Cama de 849 2491 12 31042 2479 3888 3405 29875 463
aves
Esterco 74 3594 11 677 590 157 134 335 214
de curral
Huacutemus 684 5738 14 15965 1098 453 745 743 361
Fonte LASFAEMUFPel (2002)
TABELA 4A Anaacutelise quiacutemica dos biofertilizantes liacutequidos
Amostra N P K_ccedil H
Ca Mg Cu Zn Fe Mn
mdashgL bull
S Magro
m b 4
Urina
053
1652
8 2 2
008
395
0 0 0
149
1674
471
1902
6872
0 0 0
1150
4507
1172
7273
42
033
101389
920
0 0 0
6250
19458
781
35273
1123
0 2 1
Fonte LASFAEMUFPel (2002)
50
APEcircNDICE B - Condiccedilotildees climaacuteticas do local
TABELA 1B Condiccedilotildees de temperatura do local
___________ __________TEMPERATURA (degCgt
meses Meacutedia
Maacutexima
Meacutedia
MiacutenimaMeacutedia
Maacutexima
Absoluta
Miacutenima
Absoluta
Junho 225 87 156 320 25
Julho 225 85 155 285 30
Agosto 251 71 161 360 1 0
Fonte FEPAGROSCT 2002
TABELA 2B Condiccedilotildees de chuva do local
mdash CHUVA (mm)mdash
meses Ocorrida Normal Desvio Da Normal
Junho 1080 1 1 0 -2 0
Julho 1062 98 8 2
Agosto 1283 1 2 0 83
Fonte FEPAGROSCT 2002
51
TABELA 1C Produccedilatildeo de fitomassa fresca e seca (g) da parte aeacuterea altura de planta
(cm) e diacircmetro de colo (mm) de mudas de cebola Petrolini cultivadas
sob uma perspectiva agroecoloacutegica Pelotas-RS 2003
APEcircNDICE C - Anaacutelise estatiacutestica da parte aeacuterea
Causas G1 FFPA FSPA AP DC
da variaccedilatildeo --------- Quadrados meacutedios-
Blocos 3
Ad Base 2 175359071 1287102 2547419 1 11775
Biofertilizantes 2 126876 29011 87669ns 02185ns
Ad x Biofert 4 572378 31123 69106ns 04159
Resiacuteduo 24 34456 03048 27169 00290
Total 35
Meacutedia geral 93745 8772 320388 6741
CV 1980 6294 5145 2530
Significativo a 5ns Natildeo significativo
52
TABELA 1D Produccedilatildeo de fitomassa fresca e seca (g) comprimento (cm) e densidade
de raiacutezes (m cm3) de mudas de cebola Petrolini cultivadas sob uma
perspectiva agroecoloacutegica e razatildeo parte aeacutereasistema radicular Pelotas-
RS 2003
APEcircNDICE D - Anaacutelise estatiacutestica da raiz
Causas G1 FFR FSR CR RPASR DR
da variaccedilatildeo Quadrados meacutedios---------------
Blocos 3
Ad Base 2 27874 551 623 2 1 0 140
Biofertilizantes 2 178 0 1 0 ni 1504 l03ns 038ns
Ad x Biofert 4 190 058 318 294 183
Resiacuteduo 24 005 009 028 023 0 2 1
Total 35
Meacutedia geral 1818 228 184 387 333
C V 134 1356 448 1253 1396
Significativo a 5 ns Natildeo significativo
53
APEcircNDICE E - Anaacutelise estatiacutestica dos macronutrientes da parte aeacuterea da cebola
TABELA 1E Conteuacutedos (mg planta1) de nitrogecircnio foacutesforo potaacutessio caacutelcio e
magneacutesio no tecido vegetal de mud^s de cebola Petrolini cultivadas
sob uma perspectiva agroecoloacutegica Pelotas-RS 2003
Causas G1 bull N P K Ca Mg
da variaccedilatildeo
Blocos 3
Ad Base 2 13550306 446627 25509686 1031806 59007
Biofertilizantes 2 180610ns 16564 68153ns 39006 876ns
Ad x Biofert 4 454187 45743 1047539 46950 2464
Resiacuteduo 24 29769 1453 64313 3741 439
Total 35
Meacutedia geral 24921 4597 33366 6943 1615
C V 692 829 760 880 1297
Significativo a 5 ns Natildeo significativo
APEcircNDICE F - Fotos do experimento
FIGURA 2 Mudas de cebola (Allium cepa L) produzidas sob uma perspectiva agroecoloacutegica
APEcircNDICE F a Fotos do experimento
FIGURA 1 Adubaccedilatildeo verde com feijatildeo-miuacutedo e papuatilde utilizadas no manejo do solo
FIGURA 2 Mudas de cebola (Allium cepa L) produzidas sob urna perspectiva agroecoloacutegica
21
comercial Descobriu-se que aleacutem funcionar como adubo e defensivo natural a urina de
vaca leiteira tambeacutem favorece a floraccedilatildeo de muitas plantas e pode ser usada no
tratamento de frutos e tubeacuterculos depois da colheita
A urina de vaca em lactaccedilatildeo tambeacutem estaacute sendo usada nas lavouras de cafeacute em
plantaccedilotildees de maracujaacute coco alface e outras hortaliccedilas Na regiatildeo centro-sul do Paranaacute
os agricultores estatildeo aplicando a urina de vaca leiteira nas lavouras de feijatildeo soja
batata cebola e milho (Penteado 1999)
252 Alhol
A maioria dos defensivos alternativos tais como calda bordalesa sulfocaacutelcica
aacutegua de cinza e cal biofertilizante enriquecido extrato de fumo entre outros precisa
ser misturada com um espalhante adesivo para quebrar a tensatildeo superficial da gota e
propiciar um melhor molhamento das folhas e demais partes pulverizadas assegurando
uma absorccedilatildeo mais efetiva e uma melhor accedilatildeo sobre as pragas e doenccedilas Quando as
gotas permanecem inteiras sobre a superfiacutecie folhar devido agrave falta de espalhante
adesivo pode-se danificar os tecidos vegetais pelc efeito-lente quando o sol incide
sobre elas Aleacutem disso a gota por natildeo se espalhar sobre toda superfiacutecie folhar
concentra nela e consequumlentemente sobre o tecido que estaacute em contato com ela uma
quantidade maior do produto aplicado Essa maior concentraccedilatildeo pode prejudicar a
absorccedilatildeo e lesionar os tecidos principalmente apoacutes a evaporaccedilatildeo da aacutegua contida na
gota por resultar em uma maior concentraccedilatildeo de sais no local especialmente quando se
aplicam por exemplo calda sulfocaacutelcica bordalesa biofertilizante enriquecido com
macro e micronutrientes (Claro 2001)
O alhol eacute um espalhante adesivo ecoloacutegico que tambeacutem auxilia no controle de
pragas E elaborado com aacutegua alho oacuteleo vegetal e sabatildeo neutro a partir da sabedoria
popular que menciona o alho como repelente de insetos Juacutenior Abreu amp Maiorano
(199-) indicam formulaccedilotildees contendo alho para o controle de pragas como nematoacuteides
(Meloidogyne incoacutegnita e M javanica) mosca do chifre lagarta na maccedilatilde pulgotildees
besouro da batata trips e para controle de doenccedilas fuacutengicas e bacterianas como miacuteldio
ferrugem fusariose helminthosporiose murchadeira (Pseudonamos solacearum)
bruzone do arroz (Pyricularia orysae) podridatildeo negra do repolho e couve-flor
(Xanthomonas campestris) Aleacutem disso o alho pelo seu bom teor em oacuteleo pode agir
tambeacutem como espalhante adesivo O sabatildeo tambeacutem eacute indicado como espalhante adesivo
22
e possui accedilatildeo contra certas pragas (pulgotildees) sendo que o oacuteleo vegetal eacute indicado no
controle de cochonilhas e usado como espalhante adesivo (Claro 2001)
253 Calda Bordalesa
A calda bordalesa eacute um tradicional defensivo agriacutecola que pode ser preparado na
propriedade com a mistura de sulfato de cobre cal virgem e aacutegua As concentraccedilotildees de
sulfato de cobre e cal satildeo distintas dependendo do objetivo do seu emprego
Geralmente diferem de acordo com o tipo de planta ou espeacutecie vegetal as condiccedilotildees
climaacuteticas o grau de infestaccedilatildeo da doenccedila e a fase de crescimento da planta Eacute indicada
para o controle de miacuteldio alternaacuteria botrytis e antracnose (Penteado 1999)
A calda bordalesa caracteriza-se pela sua importante accedilatildeo no controle de diversas
doenccedilas fungicas nas mais diversas espeacutecies de culturas Possui tambeacutem uma relativa
accedilatildeo bactericida e em alguns casos age como repelente de insetos Da mistura do
sulfato de cobre com a cal resulta uma soluccedilatildeo rica em macronutrientes e
micronutrientes Provavelmente os expressivos resultados obtidos com a aplicaccedilatildeo da
calda bordalesa devam-se natildeo somente a sua accedilatildeo fuacutengica e bactericida mas sobretudo
agrave influecircncia positiva que exerce no metabolismo das plantas ativando o processo
enzimaacutetico e estimulando a proteossiacutentese aumentando a resistecircncia das plantas (Claro
2 0 0 1 ) caracteriacutestica fundamental na agricultura sustentaacutevel
254 Biofertilizante Super Magro
A calda Super Magro eacute produto da fermentaccedilatildeo de estercos animais enriquecidos
por micronutrientes e outros produtos de origem animal obtendo-se uma calda
biofertilizante para aplicaccedilatildeo foliar nas plantas (Penteado 1999) jaacute foram observados
bons resultados principalmente nas culturas de uva maccedila pecircssego tomate batata e
hortaliccedilas em geral
E indicado como fonte suplementar de micronutrientes para as plantas inibidor
de fungos e bacteacuterias causadores de doenccedilas e para aumentar a resistecircncia contra insetos
e aacutecaros (Penteado 1999) i
Muller (1999) avaliou a influecircncia do biofertilizante Super Magro sobre as
culturas de tomate (Lycopersicon esculentum Mill) ervilha (Pisum sativum L) e
beterraba (Beta vulgaris L) O autor obteve cultivos com baixa severidade de doenccedilas e
23
insetos fitoacutefagos possivelmente por causa do manejo orgacircnico de produccedilatildeo Os
resultados das pulverizaccedilotildees das soluccedilotildees foliares variaram conforme a cultura e o
clima
255 Biofertilizante MB4
A utilizaccedilatildeo das farinhas de rochas eacute uma das teacutecnicas mais modernas usadas nos
uacuteltimos anos na agricultura O elevado nuacutemero de nutrientes contidos no MB4 como
cobre zinco manganecircs cobalto soacutedio alumiacutenio silicatos de magneacutesio ferro e caacutelcio
acompanhado de foacutesforo potaacutessio e enxofre reagem com a soluccedilatildeo do solo liberando
elementos essenciais ao desenvolvimento da vida microbiana os quais exercem um
papel fundamental atraveacutes de transformaccedilotildees quiacutemicas e do equiliacutebrio bioloacutegico
favorecendo o desenvolvimento sadio das plantas (Pinheiro amp Barreto 2000)
24
3 MATERIAL E MEacuteTODOS
31 Local de execuccedilatildeo do experimento
O presente trabalho foi conduzido no Centro de Pesquisa da Regiatildeo Sul
(FEPAGROSUL) no municiacutepio de Rio Grande nlt periacuteodo de 15 de maio a 26 de
agosto de 2 0 0 2
O solo eacute classificado como ldquoTuiardquo satildeo muito arenosos As massas aquaacuteticas do
Oceano Atlacircntico e Lagoa dos Patos influenciam ventos temperatura pressatildeo umidade
relativa e demais fatores climaacuteticos A topografia da regiatildeo litoracircnea eacute plana com
lenccediloacuteis freaacuteticos superficiais
32 Anaacutelise estatiacutestica
O experimento foi constituiacutedo em fatorial 3X3 (Quadro 1) com quatro repeticcedilotildees
no delineamento blocos ao acaso As variaacuteveis respostas foram submetidas agrave anaacutelise de
variaccedilatildeo e ao teste de Duncan a 5 de probabilidade para comparaccedilatildeo das meacutedias
utilizando-se o sistema SANEST (Zonta amp Machado 1984)
As anaacutelises estatiacutesticas das variaacuteveis estudadas encontram-se nos Apecircndices C D
Os resultados das respostas agronocircmicas e das determinaccedilotildees dos conteuacutedos dos
macronutrientes bem como os de raiz estatildeo nas tabelas de 1 a 3
25
As diferentes adubaccedilotildees seratildeo representadas durante a discussatildeo da seguinte
forma 1 VB (30 t ha 1 de vermicomposto) 15 VB (45 t ha 1 de vermicomposto) e EC
(60 t ha 1 de esterco de curral) 1 VB+SM+U+CB (30 t ha 1 de vermicomposto mais
super magro mais urina de vaca mais calda bordalesa) 15 VB+SM+U+CB (45 t ha 1 de
vermicomposto mais super magro mais urina de vaca mais calda bordalesa)
EC+SM+U+CB (60 t ha 1 de esterco de curral mais super magro mais urina de vaca
mais calda bordalesa) 1 VB+MB4 +U+CB (30 t ha 1 de vermicomposto mais MB4 mais
urina de vaca mais calda bordalesa) 15 VB+MB4 +U+CB (45 t ha 1 de vermicomposto
mais MB4 mais urina de vaca mais calda bordalesa) EC+MB4 +U+CB (60 t ha 1 esterco
de curral mais MB4 mais urina de vaca mais calda bordalesa)
QUADRO 1 Descriccedilatildeo dos fatores experimentais e respectivos niacuteveis
Niacuteveis Fator 1 ADUBACcedilAtildeO DE BASE
0 1 Vermicomposto (30 t ha1)
0 2 Vermicomposto (45 t ha1)
03 Esterco de curral (60 t ha1)
Niacuteveis Fator 2 BIOFERTILIZANTES LIacuteQUIDOS
0 1 Super magro (5) + Urina de Vaca + Calda Bordalesa
0 2 MB4 (10) + Urina de vaca + Calda Bordalesa
03 Ausecircncia (testemunha)
33 Tratamentos
Da combinaccedilatildeo entre niacuteveis e fatores foram obtidos 9 tratamentos que estatildeo
descritos no Quadro 2 bem como as doses de adubaccedilatildeo utilizadas no experimento
26
QUADRO 2 Tratamentos e doses de adubaccedilatildeo utilizadas no experimento
TRATAMENTOS
Ndeg FATOR I FATOR II
0 1 30 t ha de vermicomposto Super magro 5 Urina de vaca Calda Bordalesa
0 2 30 t harsquo de vermicomposto MB4 10 Urina de vaca Calda Bordalesa
03 30 t ha de vermicomposto - - -
04 45 t ha de vermicomposto Super magro 5 Urina de vaca Calda Bordalesa
05 45 t ha de vermicomposto MB4 10 Urina de vaca Calda Bordalesa
06 45 t ha de vermicomposto - - -
07 60 t hade esterco Super Magro 5 Urina de vaca Calda Bordalesa
08 60 t hade esterco MB4 10 Urina de vaca Calda Bordalesa
09 60 t hade esterco - - -
Cada parcela foi constituiacuteda por dois canteiros medindo 1 m de largura x 2 m de
comprimento perfazendo 075 m de aacuterea de aacuterea uacutetil (025 m de bordadura) Foi
utilizando semeadura a lanccedilo com densidade de 24 g canteiro1
O vermicomposto a urina de vaca o esterco de curral o alhol os biofertilizantes e
a calda bordalesa foram de procedecircncia do Centro de Pesquisa da Regiatildeo Sul O
vermicomposto de esterco bovino misturado agraves cascas de frutas foi processado pela
minhoca vermelha califomiana Eisenia foetida)
O biofertilizante Super Magro foi elaborado segundo a metodologia descrita pela
FEPAGROSUL utilizando-se os seguintes componentes 190 litros de aacutegua 22 litros
de leite 55 Kg de accediluacutecar mascavo 30 Kg de esterco fresco de bovinos 2 Kg de
Sulfato de zinco 2 Kg de sulfato de magneacutesio 2 Kg de cloreto de caacutelcio 1 Kg de aacutecido
boacuterico 300 g de sulfato de cobre 300 g de sulfato de ferro 300 g de sulfato de
manganecircs 100 g de molibdato de soacutedio 50 g de sulfato de cobalto 3 Kg de fosfato
natural 3 Kg de cinza e 200 g de farinha de osso
A urina de vaca em lactaccedilatildeo foi coletada pela manhatilde e armazenada em recipiente
fechado por trecircs dias em condiccedilotildees ambientais para que se formasse a amocircnia e natildeo
ocorresse perda de nitrogecircnio
28
Realizaram-se duas capinas manuais durante o experimento e em seguida como
cobertura se colocou casca de arroz Tambeacutem foi aplicado esterco de aves 30 dias antes
da colheita na quantidade de 05 Kg canteiro 1 como adubaccedilatildeo de cobertura
As pulverizaccedilotildees com os produtos iniciaram apoacutes 15 dias da germinaccedilatildeo
Realizou-se sete aplicaccedilotildees sendo que as duas primeiras foram feitas apenas com
Super Magro e MB4 Na terceira e na quarta aplicaccedilatildeo utilizou-se urina de vaca e calda
bordalesa em concentraccedilotildees menores (05 e 025 respectivamente) e na quinta
aplicaccedilatildeo as dosagens de urina de vaca e calda bordalesa foram elevadas para 1 0 e
05 respectivamente ateacute o final do experimento O alhol foi utilizado a partir da
terceira pulverizaccedilatildeo na quantidade de 2 e seguiu ateacute o final no dia 26 de agosto
quando as mudas foram colhidas e posteriormente analisadas as variaacuteveis
35 Observaccedilotildees agronocircmicas
Foram utilizadas 20 mudas de cebola para obtenccedilatildeo das meacutedias das variaacuteveis as
quais foram as seguintes
351 Fitomassa fresca da parte aeacuterea e raiacutezes
Foi realizada atraveacutes de uma balanccedila digital procedendo-se a pesagem de 20
mudas de cebola previamente lavadas e posteriormente secadas durante uma hora sobre
um tecido de algodatildeo agrave temperatura ambiente Processo idecircntico foi adotado com as
raiacutezes
352 Fitomassa seca da parte aeacuterea e raiacutezes
Esta variaacutevel foi obtida a partir da secagem preliminar em estufa de ar forccedilado
durante 48 horas a 65 C ateacute peso constante com posterior pesagem em balanccedila
analiacutetica
353 Altura da muda
A altura de muda foi medida a partir do colo das plantas ateacute sua uacuteltima folha
(ponto de crescimento) com uma reacutegua graduada de 40 cm
29
354 Diacircmetro do colo das plantas
Esta medida foi realizada no ponto de transplante a 2 mm das raiacutezes e utilizando-
se um paquiacutemetro SOMET
355 Sistema radicular
Ao teacutermino do experimento foram retiradas as raiacutezes das mesmas plantas que foram
utilizadas para as determinaccedilotildees realizadas na parte aeacuterea procedendo-se uma amostra
de solo com raiacutezes de 2 0 cm de largura x 2 0 cm de comprimento e 2 0 cm de altura
totalizando 8000 cm3
As raiacutezes apoacutes serem lavadas em aacutegua corrente foram pesadas acondicionadas em
sacos plaacutesticos e congeladas para posteriores anaacutelises pelo meacutetodo de Tennant (1975)
para a determinaccedilatildeo do comprimento e densidade
3551 Comprimento de raiz
Utilizou-se para a determinaccedilatildeo do comprimento de raiz as seguintes foacutermulas
1 = ndeg x 1114 x 1 onde
1 - comprimento de raiz de uma amostra uacutemida de 0 0 2 g
ndeg - nuacutemero de intercessotildees das raiacutezes com os lados da quadriacutecula da malha do
aparelho
1114 - constante
1 - medida lateral da quadriacutecula em cm
Tomando-se a fiacutetomassa seca e o comprimento da raiz da cada amostra
relacionou-se com a fiacutetomassa seca e o comprimento total da raiz da planta aplicando-
se a seguinte equaccedilatildeo
L = (FSR x 1) FSPA onde
L - comprimento total da raiz da planta (m)
FSR - fiacutetomassa seca de raiz
FSPA - fiacutetomassa seca da parte aeacuterea
L - comprimento de raiz de uma amostra uacutemida de 002g
3552 Densidade de raiz
A densidade foi determinada pela foacutermula
D = L 8000 onde
D - densidade de raiacutezes (m cm3)
30
L - comprimento total de raiacutezes (m)
8 0 0 0 - volume da amostra (cm3)
3553 Razatildeo parte aeacutereasistema radicular
Este paracircmetro foi obtido pela equaccedilatildeo
RPASR = FSPA FSR onde
RPASR - razatildeo parte aeacuterea sistema radicular
FSPA - fitomassa seca da parte aeacuterea
FSR - fitomassa seca do sistema radicular
36 Determinaccedilatildeo de macronutrientes no tecido vegetal
Os macronutrientes nitrogecircnio foacutesforo potaacutessio caacutelcio e magneacutesio foram
determinados no laboratoacuterio de Fertilidade e Anaacutelise de Plantas do Departamento de
Solos da UFPel atraveacutes dos meacutetodos descritos por Tedesco amp Gianello (1996)
31
4 RESULTADOS E DISCUSSAtildeO
41 Anaacutelise das variaacuteveis
A anaacutelise da variaccedilatildeo mostrou que houve diferenccedila significativa na interaccedilatildeo entre
os fatores de adubaccedilatildeo de base e biofertilizantes liacutequidos com exceccedilatildeo da variaacutevel altura
de planta para a qual somente a adubaccedilatildeo de base mostrou-se significativa (Apecircndices
C D e E Tabelas 1C 1D e 1E)
411 Anaacutelise da parte aeacuterea
Na Tabela 1 destacaram-se as adubaccedilotildees EC+SM+U+CB EC+MB4 +U+CB e EC
que diferiram significativamente das demais adubaccedilotildees para as variaacuteveis fiacutetomassa
fresca da parte aeacuterea (FFPA) fiacutetomassa seca da parte aeacuterea (FSPA) altura de planta
(AP) e diacircmetro do colo (DC)
32
TABELA 1 Produccedilatildeo de fitomassa fresca e seca (g) da parte aeacuterea altura de planta
(cm) e diacircmetro de colo (mm) de mudas de cebola Petrolini cultivadas
sob uma perspectiva agroecoloacutegica Pelotas-RS 2003
BIOFERTILIZANTES LIacuteQUIDOSADUBACcedilAtildeO S Magro + MB4 +DE BASE Urina + Calda Urina + Calda Testemunha
Bordalesa Bordalesa
30 t ha de vermicomposto 7015 c A45 t halsquo de vermicomposto 7824 b B60 t ha de esterco de curral 12248 a C
30 t ha de vermicomposto 667 c A45 t ha de vermicomposto 752 b A60 t ha de esterco de curral 1150a C
30 t ha de vermicomposto 2975 b A45 t harsquo de vermicomposto 2775 b A60 t ha de esterco de curral 3600 a B
30 t ha de vermicomposto 631 b A45 t ha de vermicomposto 6 2 2 b B60 t ha de esterco de curral 741 a C
-Fitomassa fresca (g)----------------6270 c B 6885 b A8832 b A 6308 c C
15082 a A 13934 a BmdashFitomassa seca (g)----------------
625 c A 655 b A830 b A 607 b B
1345 a A 1262 a B-Altura de planta (cm)----------------
2950 b A 3050 b A2937 b A 2950 b A 3975 a A 3622 a B
-Diacircmetro de colo (mm)---------------592 c B 599 b B 657 b A 609 b B 819a A________ 793a B
Meacutedias seguidas pela mesma letra minuacutescula para as colunas (adubaccedilatildeo de base) e maiuacutesculas para as linhas (biofertilizantes) natildeo diferem entre si pelo teste de Duncan a 5
O efeito positivo do esterco bovino pode ser atribuiacutedo agraves melhorias nas condiccedilotildees
fiacutesicas do solo por ele proporcionado Segundo Primavesi (1982) e Compagnoni amp
Putzolu (1985) o esterco bovino apresenta propriedades condicionadoras do solo dando
agraves plantas melhores condiccedilotildees de desenvolvimento elevando sobremaneira os
conteuacutedos de fitomassa fresca das plantas que refletiratildeo nas demais respostas
agronocircmicas
Analisando as adubaccedilotildees de base em relaccedilatildeo aos biofertilizantes observa-se que
para os tratamentos 1 VB (30 t ha 1 de vermicomposto) - natildeo houve influecircncia dos
biofertilizantes para as variaacuteveis FSPA e AP enquanto destacou-se o SM+U+CB para o
DC e SM+U+CB e ausecircncia da adubaccedilatildeo liacutequida para a FFPA mostrando que o uso
dos biofertilizantes natildeo influenciou esta variaacutevel 15 VB (45 t ha 1 de vermicomposto) -
verificou-se a eficiecircncia do uso do MB4 +U+CB para as variaacuteveis FFPA e DC Para a
variaacutevel FSPA destacaram-se os dois biofertilizantes utilizados jaacute para AP natildeo houve
33
influecircncia destes EC (60 t ha 1 de esterco de curral) - em todas as variaacuteveis observadas
na tabela 5 as respostas foram significativas utilizando MB4 +U+CB
As respostas encontradas no presente trabalho para as variaacuteveis AP e FSPA foram
superiores as obtidas por Dalponte (1990) quando utilizado 0 esterco de curral para
produccedilatildeo de mudas de cebola
Segundo Filgueira (2000) os solos da regiatildeo produtora de cebola do RS satildeo
pobres em foacutesforo disponiacutevel (15 mg Kg1) necessitando portanto de adubaccedilotildees
fosfatadas elevadas As respostas aqui obtidas podem ser justificadas pelos teores de
foacutesforo contido no MB4
Follet et al (1981) citam a importacircncia do uso de compostos orgacircnicos no solo
enfatizando os estercos no sentido da decomposiccedilatildeo continuada no fornecimento de
nutrientes e na liberaccedilatildeo lenta e gradual de aacutecidos orgacircnicos influenciando a liberaccedilatildeo
do foacutesforo O que provavelmente pode ser atribuiacutedo agraves respostas encontradas no
presente trabalho para 0 tratamento Esterco de curral mais MB4 e Urina mais Calda
Bordalesa
E importante destacar que 0 sistema de produccedilatildeo de mudas de cebola sob uma
perspectiva agroecoloacutegica mostra-se eficiente quando visualmente natildeo percebe-se
diferenccedila significativa entre os tratamentos (Apecircndice F Figura 2)
Conveacutem ressaltar que quando trabalhamos com agroecologia natildeo existem
receitas nem pacotes tecnoloacutegicos prontos Cada situaccedilatildeo deveraacute ser estudada em
particular para que se faccedila recomendaccedilotildees adequadas ao ambiente local uma vez que
as plantas se adaptam ao meio estando a nutriccedilatildeo encarregada de proteger e manter o
equiliacutebrio do organismo vegetal em funccedilatildeo das alteraccedilotildees externas
E fundamental que se compreenda os princiacutepios norteadores de todo o processo
que satildeo as bases da luta por uma sociedade mais justa dentro de um mundo econocircmico e
ambientalmente mais sustentaacutevel
412 Anaacutelise do sistema radicular
Os resultados obtidos nas anaacutelises do sistema radicular (Tabela 2) mostram
diferenccedilas significativas entre as adubaccedilotildees para as variaacuteveis fitomassa fresca de raiz
(FFR) fitomassa seca de raiz (FSR) comprimento de raiz (CR) razatildeo parte
aeacutereasistema radicular (RPASR) e densidade de raiz (DR)
34
TABELA 2 Produccedilatildeo de fitomassa fresca e seca (g) comprimento (cm) e densidade de
raiacutezes (m cm3) de mudas de cebola Petrolini cultivadas sob uma
perspectiva agroecoloacutegica e razatildeo parte aeacutereasistema radicular Pelotas-
RS 2003
BIOFERTILIZANTES LIacuteQUIDOSADUBACcedilAO DE BASE
S Magro + MB4 +Urina + Calda Urina + Calda Testemunha
Bordalesa Bordalesa
de vermicomposto de vermicomposto de esterco de curral
de vermicomposto de vermicomposto de esterco de curral
de vermicomposto de vermicomposto de esterco de curral
de vermicomposto de vermicomposto de esterco de curral
1540 c A 1576 b B 2427 a A
Fitomassa fresca (g)----------------1502 c B 1517 b AB 1658 b A 1446 c C 2336 a B 2360 a B
--------------------Fitomassa seca (g)-------------------196 b A 207 ab A 170 b A170 b A 199 b A 192 b A 344 a A 249 a B 327 a A
Comprimento de raiz(cm)---------------1237 b A 1158 b A 1158 a A1237 b A 1060 c B 1040 b B1433 a A 1296 a B 1040 b C
30 t ha 45 t ha 60 t ha
30 t ha 45 t ha 60 t ha
30 t halsquo 45 t ha 60 t ha
30 t ha 45 t ha 60 t ha
30 t ha de vermicomposto 45 t ha de vermicomposto60 t ha~ de esterco de curral__________________________ _________________________Meacutedias seguidas pela mesma letra minuacutescula para as colunas (adubaccedilatildeo de base) e maiuacutesculas para as linhas (biofertilizantes) natildeo diferem entre si pelo teste de Duncan a 5
-----Razatildeo Parte AeacutereaSistema Radicular------340 b AB 301c B 384 a A446 a A 415 b A 326 a B339 b B 546 a A 388 a B
-------------- Densidade de raiz (m cm3)------------367 a AB 414 a A 325 b B282 b B 301b B 405 a A347 ab A 231c B 324 b A
Em relaccedilatildeo agraves adubaccedilotildees de base destacou-se o EC (60 t ha 1 de esterco de curral)
para as variaacuteveis FFR e FSR Quando adicionado o SM+U+CB os resultados para FFR
foram ainda melhores bem como o CR As respostas obtidas para a RPASR foram
variadas em relaccedilatildeo agraves adubaccedilotildees apresentando melhores resultados para 15 VB (45 t
ha 1 de vermicomposto)+SM+U+CB e ainda melhor para EC (60 t ha 1 de esterco de
curral)+MB4 +U+CB As adubaccedilotildees de base 1 VB 15 VB e EC natildeo diferiram entre si
As adubaccedilotildees mais eficientes para a variaacutevel DR foram 1 VB+SM+U+CV que natildeo
diferiu da EC+SM+U+CB I VB+ MB4 +U+CB e agrave 15 VB foram melhores entre as
demais
35
Analisando os biofertilizantes em relaccedilatildeo a cada adubaccedilatildeo de base verifica-se que
para a 1 VB (30 t ha 1 de vermicomposto)+SM+U+CB destaca-se a variaacutevel FFR
poreacutem sem diferenccedila significativa de 1 VB os melhpres resultados para a variaacutevel DR
foram encontrados pelo tratamento 1 VB+MB4 +U+CB e 15 VB (45 t ha 1 de
vermicomposto) tambeacutem se considera eficiente o 1 VB+SM+U+CB que natildeo diferiu do
EC (esterco de curral) Quando se utilizou 15 VB+ MB4 +U+CB houve resposta
significativa para a variaacutevel FFR para FSR as respostas natildeo foram diferentes com a
aplicaccedilatildeo dos biofertilizantes para as variaacuteveis FSR e DR as adubaccedilotildees EC e
EC+SM+U+CB natildeo diferiram entre si
Embora as respostas estatiacutesticas tenham sido diferentes para as adubaccedilotildees
combinadas ou natildeo pode-se salientar a importacircncia do aacutecido indol-aceacutetico como jaacute
citado anteriormente para as variaacuteveis avaliadas na parte aeacuterea das mudas de cebola
Respostas semelhantes nesse sentido foram encontradas para a cultura da alface por
Quijano (1999) e Morselli (2001)
Pereira et al (2002) concluiacuteram em trabalho realizado com a cultivar de cebola
CNPF1 6400 em Minas Gerais que a utilizaccedilatildeo de 20 t ha de esterco de curral
proporcionou os melhores resultados para a produccedilatildeo de cebola
Silva Juacutenior amp Giorgi (1992) e Menezes Juacutenior (1998) citam que doses elevadas
de mateacuteria orgacircnica podem prejudicar a primeira fase da germinaccedilatildeo (embebiccedilatildeo) e
absorccedilatildeo de aacutegua pelas raiacutezes das placircntulas No entanto no presente trabalho este fato
natildeo ocorreu embora a dose de esterco utilizada tenha sido de 60 t ha 1 (dose maacutexima
recomendada segundo Nolla 1982)
413 Anaacutelise de macronutrientes no tecido vegetal
Os resultados dos conteuacutedos de nitrogecircnio foacutesforo potaacutessio caacutelcio e magneacutesio no
tecido vegetal sob diferentes adubaccedilotildees encontrados na Tabela 3 indicam mais uma
vez a superioridade da adubaccedilatildeo esterco com 0 uso ou natildeo de biofertilizantes
36
TABELA 3 Conteuacutedos (mg planta1) de nitrogecircnio foacutesforo potaacutessio caacutelcio e
magneacutesio no tecido vegetal de mudas de cebola Petrolini cultivadas sob
uma perspectiva agroecoloacutegica Pelotas-RS 2003
BIOFERTILIZANTES LIacuteQUIDOS i J B
ADUBACcedilAtildeO S Magro + MB4 +DE BASE Urina + Calda Urina + Calda Testemunha
Bordalesa Bordalesamg plantas1
---- Nitrogecircnio-----30 t ha de vermicomposto 16593 c AB 15451 c B 19050 b A45 t ha de vermicomposto 21444 b A 22888 b A 17852 b B60 t ha de esterco de curral 32606 a C 37593 a B 40816 a A
--------------- ------ Foacutesforo------- -------------30 t ha de vermicomposto 3098 c B 2802 c B 3999 b A45 t ha de vermicomposto 4109 b A 4135 b A 2788 c B60 t ha de esterco de curral 5300 a B 7577 a A 7565 a A
------- Potaacutessio------30 t ha de vermicomposto 24327 c A 19900 c B 24965 b A45 t ha de vermicomposto 29113b A 29812 b A 22031 b B60 t ha de esterco de curral 44070 a B 51976 a A 54101 a A
-------- Caacutelcio-------30 t ha de vermicomposto 5027 c A 4356 c A 4834 b A45 t ha de vermicomposto 6114b A 6963 b A 4379 b B60 t ha de esterco de curral 9030 a C 11451 a A 10331 a B
------Magneacutesio-----30 t ha de vermicomposto 1188 b A 914 c A 1202 b A45 t ha de vermicomposto 1231 b B 1582 b A 1176 b B60 t ha de esterco de curral 2136a B 2443 a A 2663 a AMeacutedias seguidas pela mesma letra minuacutescula para as colunas (adubaccedilatildeo de base) e maiuacutesculas para as linhas (biofertilizantes) natildeo diferem entre si pelo teste de Duncan a
Em relaccedilatildeo agraves adubaccedilotildees de base observa-se que o melhor tratamento foi o
esterco de curral para todas as variaacuteveis Para 1 VB (30 t ha^ 1 de vermicomposto) natildeo
houve resposta diferenciada com o uso de bofertilizantes para todas as variaacuteveis A
adubaccedilatildeo 15 VB (45 t ha 1 de vemicomposto) foi influenciada pelos biofertilizantes
para as variaacuteveis N P K e Ca enquanto que para Mg somente o MB4+U+CB o
influenciou O EC (esterco de curral) mostrou diferenccedila significativa apenas para as
variaacuteveis Ca e Mg quando adicionado MB4+U+CB
Segundo Peixoto (2000) eacute fundamental a adiccedilatildeo de adubos orgacircnico no cultivo de
hortaliccedilas seja na forma de esterco decomposto composto ou huacutemus de minhoca de
37
modo a fornecer melhorias nas propriedades do solo vindo a disponibilizar os nutrientes
as diferentes culturas
O esterco fresco conteacutem muita cama celuloacutesica e um elevado teor de aacutegua No
esterco curtido a celulose jaacute estaacute decomposta o teor de aacutegua estaacute reduzido agrave metade e os
nutrientes em uma forma mais assimilaacutevel e mais concentrada O esterco fresco pode
causar uma deficiecircncia temporaacuteria de nitrogecircnio no solo ao se decompor o que natildeo
acontece com o biestabilizado (Kiehl 1985)Ocorre uma diminuiccedilatildeo inicial no volume
de aacutegua retido no esterco de curral diminui inicialmente em tomo de 3581 liberando
posteriormente somente 496 evidenciando a sua capacidade de retenccedilatildeo de aacutegua
(Menezes Juacutenior 1998)
A utilizaccedilatildeo continuada de adubos nitrogenados minerais no solo altera o balanccedilo
do nitrogecircnio entre o solo e planta No meacutetodo biodinacircmico eacute sublinhada a importacircncia
dos adubos animais para o estabelecimento da fertilidade permanente dos solos (Koeff
et al 1983)
Para Guimaratildees (1997) os benefiacutecios que a mateacuteria orgacircnica imprime ao solo
principalmente melhorando a produtividade fertilidade e a influencia que as substancias
huacutemicas exercem sobre o ambiente dependem da qualidade e do teor de mateacuteria
orgacircnica do solo Estas substacircncias por conterem nutrientes em sua constituiccedilatildeo em uma
forma mais disponiacutevel para as plantas promovem um equiliacutebrio no ambiente no solo
(Kononova 1966)
Aproximadamente de 60 a 70 do total de carbono do solo ocorre na forma de
materiais huacutemicos (Griffith amp Schnitzer 1975) sendo a eles atribuiacutedo a manutenccedilatildeo da
bioestrutura do solo aumentando a capacidade de retenccedilatildeo de aacutegua (Brady 1999)
Conforme Compagnoni amp Putzolu (1985) os estercos bem como os demais
resiacuteduos orgacircnicos apresentam conteuacutedos diferentes de aacutecidos huacutemicos e fuumllvicos sendo
atribuiacutedo ao acido huacutemico uma accedilatildeo fitoestimulante semelhante aos fitohormocircnios por
favorecer o desenvolvimento do sistema radicular e crescimento do caule
Em trabalho realizado por Guimaratildees (1997) foi encontrado para aacutecidos huacutemicos
de esterco bovino uma relaccedilatildeo CN 1035 e para vermicomposto bovino 17
evidenciando que o esterco quando aplicado ao solo por apresentar uma relaccedilatildeo CN
proacutexima deste reage mais facilmente liberando nutrientes para as plantas sem alterar a
cadeia troacutefiacuteca Dados encontrados no presente trabalho demonstram a eficiecircncia do
esterco nesse sentido
38
De acordo com Morselli (2001) vaacuterios trabalhos citam comentam e discutem a
capacidade dos vermicompostos em proporcionar oacutetimas colheitas e favorecer a
precocidade das plantas cultivadas Poreacutem muitas vezes se observa que mesmo
suprindo essas plantas com nutrientes necessaacuterios atraveacutes de huacutemus de diferentes fontes
as respostas natildeo satildeo as mesmas para uma mesma cultivar
Por outro lado os resultados com o uso de substacircncias huacutemicas satildeo variaacuteveis e
dependem aleacutem da espeacutecie testada das substacircncias huacutemicas utilizadas sua
concentraccedilatildeo o grau de purificaccedilatildeo e das condiccedilotildees experimentais A resposta das
plantas aos aacutecidos huacutemicos e fuacutelvicos eacute dependente da mateacuteria prima original e da
espeacutecie vegetal pois materiais orgacircnicos diferentes apresentam aacutecidos huacutemicos e
fuacutelvicos diferentes (Businelli 1990)
Justificam-se os maiores conteuacutedos de nitrogecircnio foacutesforo potaacutessio e caacutelcio nas
adubaccedilotildees 15 VB (45 t ha 1 de vermicomposto) e biofertilizantes devido
provavelmente ao vermicomposto utilizado apresentar na sua constituiccedilatildeo teores
consideraacuteveis destes elementos aleacutem do que os biofertilizantes possam ter influenciado
na absorccedilatildeo atraveacutes de sua constituiccedilatildeo Tibau (1984) considera que a urina de vaca eacute
rica em aacutecido indol-aceacutetico e este influencia na absorccedilatildeo radicular O efeito positivo
deste tratamento provavelmente seja devido agrave quantidade aplicada
O biofertilizante que se destacou foi o MB4+U+CB em relaccedilatildeo ao EC (esterco de
curral) e eacute somente para a variaacutevel caacutelcio Isto provavelmente seja devido ao alto teor
deste elemento encontrado na sua constituiccedilatildeo (6872 g Kg1) e pela influecircncia positiva
que a calda bordalesa exerce no metabolismo das plantas atraveacutes dos nutrientes
contidos em sua formulaccedilatildeo O Ca controla a absorccedilatildeo radicular e retorna ao solo pelo
esterco e palhas por apresentar-se em maior quantidade em folhas e caules Depois de
localizado nas folhas fica imoacutevel favorecendo a resistecircncia da planta ao ataque de
fungos
Este trabalho avanccedila no estudo da agroecologia estando claro que todos os
criteacuterios tem caraacuteter dinacircmico de adequaccedilatildeo as mudanccedilas de um sistema de produccedilatildeo
em evoluccedilatildeo contribuindo na transiccedilatildeo para um padratildeo sustentaacutevel Cabe a pesquisa a
reorientaccedilatildeo para um enfoque ldquosistecircmicordquo isto eacute que permita integrar os diversos
componentes de um agroecossistema e a adoccedilatildeo de poliacuteticas puacuteblicas que promovam 0
fortalecimento e a expansatildeo da agricultura familiar
39
5 CONCLUSOtildeES
Considerando os resultados obtidos e as condiccedilotildees em que o estudo foi realizado
conclui-se que
bull As respostas agronocircmicas das mudas de cebola para os paracircmetros avaliados
satildeo mais satisfatoacuterias com a aplicaccedilatildeo de esterco de curral como adubaccedilatildeo de
base
bull Os biofertilizantes mais urina de vaca e calda bordalesa proporcionam
respostas satisfatoacuterias quando aplicados associados agraves adubaccedilotildees de base
bull O biofertilizante MB4 mais urina de vaca e calda bordalesa eacute mais eficiente
que o super magro mais urina e calda bordalesa quando aplicado associado agrave
adubaccedilatildeo de base esterco de curral para os conteuacutedos de fitomassa secae
fresca da parte aeacuterea das plantas altura e diacircmetro de colo das mudas de
cebola
bull Os biofertilizantes adicionados agrave adubaccedilatildeo de base 45 t harsquo 1 de vermicomposto
bovino mostram respostas significativas para os conteuacutedos de fitomassa seca
bull Os maiores conteuacutedos nutricionais para as mudas de cebola satildeo
proporcionados pela adubaccedilatildeo de base esterco de curral
bull A maior absorccedilatildeo de caacutelcio pelas mudas de cebola ocorre quando da adiccedilatildeo do
biofertilizante MB4 mais urina e calda bordalesa agrave adubaccedilatildeo de base esterco de
curral
40
6 REFEREcircNCIAS BIBLIOGRAacuteFICAS
ALDRIGHI CB ABREU CM PAGLIA AG MORSELLI TBGA FERNANDES HS Efeito da aplicaccedilatildeo de biofertilizante e urina de vaca em mudas de tomateiro Horticultura Brasileira v20 n2 julho 2002 Suplemento 2
ALTIERI M NICHOLLS C I Agroecologia Teoria praacutectica para umaAgricultura Sustentable Ia ed PNUMA 2000 Cap 2 4 Seacuterie textos baacutesicos para la formacioacuten ambiental
ALTIERI M Agroecologia bases cientiacuteficas para uma agricultura sustentaacutevelGuaiacuteba Agropecuaacuteria 2002 592 p
ANTONIOLLI Z I GIRACCA E M N CARDOSO S J T WIETHAN M M S FERRI M Iniciaccedilatildeo agrave Minhocultura Criaccedilatildeo em Cativeiro e Vermicompostagem Santa Maria UFSM 1996 p59-89
BAYER C MIELNICZUC J Dinacircmica e funccedilatildeo da mateacuteria orgacircnica In SANTOS G de A S e CAMARGO F A de O (ed) Fundamentos da mateacuteria orgacircnica do solo ecossistemas tropicais e subtropicais Porto Alegre Genesis 1999 p 3-23
BARRETTO D X Composto Orgacircnico In Praacutetica em Agricultura Orgacircnica Satildeo Paulo iacutecone Ed Ltda 1985 p 51-63
BETTIOL W Alguns produtos alternativos para o controle de doenccedilas de plantasem agricultura orgacircnica II Ciclo de palestras sobre agricultura orgacircnica Instituto Bioloacutegico Satildeo Paulo p52-63 1997
41
BETTIOL W TRACH R GALVAtildeO JAH Controle de doenccedilas de plantas com biofertilizantes Jaguariuacutena EMBRAPA-CNPMA 1997 22p (EMBRAPA- CNPMA Circular Teacutecnica 02)
BRADY N C Natureza e propriedades dos sotos Rio de Janeiro Freitas BastosS A 1979 647p
BRADY N C Organisms and ecology of the soil In The nature of properties of soils Simon amp Schuster A Viacon Company New Jersey1999 402-489p
BON1LLA J A Fundamentos da Agricultura Ecoloacutegica Sobrevivecircncia eQualidade de Vida Satildeo Paulo Nobel 1992
BUREacuteS S Substratos Ediciones Agroteacutecnicas S L Madrid Octubre 1997
BUS1NELLI M Chemical Composition and Enzymic Activity of some Worm Cast Plant Soil v 80 p 1-2 1990
CALEGARI A Espeacutecies para cobertura de solo In IAPAR (Instituto Agronocircmico de Paranaacute) Plantio Direto pequena propriedade sustentaacutevel organizador Moacir Darolt Londrina - PR 1998 65-93
CAMARGO P N D Manual de Adubaccedilatildeo Foliar Satildeo Paulo Herba 1975
CAPRA F A Teia da Vida Satildeo Paulo Cultrix 1997 256p
CAPRA F O Ponto de Mutaccedilatildeo 22 ed Satildeo Paulo Cultrix 2001 447p
CHABOUSSOU F Plantas doentes pelo uso de agrotoacutexicos (A Teoria da Trofobiose) Porto Alegre LPM 1987 253 p
CLARO S A Referencias tecnoloacutegicos para a agricultura familiar ecoloacutegica aexperiecircncia da Regiatildeo Centro-Serra do Rio Grande do Sul Porto Alegre EMATERRS-ASCAR 2001 250p
CLIVELA G Diagnoacutestico Agronocircmico da cebola no Rio Grande do Sul Porto Alegre EMATERRS 1995 8 6 p
COMISSAtildeO DE FERTILIDADE DO SOLO - RSSC Recomendaccedilotildees de adubaccedilatildeo e calagem para os estados do Rio Grande do Sul e Santa Catarina 3 ed Passo Fundo SBCS - Nuacutecleo Regional Sul 1995 223p
COMPAGNONI L PUTZOLU G Cria moderna de Ias lombrices y utilizacioacutenrentable dei humus Barcelona Editorial de Vecchi- SA 1985127p
COSTABEBER J A MOYANO E Transiccedilatildeo agroecoloacutegica e accedilatildeo social coletiva Agroecologia e Desenvolvimento Rural Sustentaacutevel Porto Alegre v l n4 p 50- 60 outdez 2 0 0 0
42
COSTA M B B da Adubaccedilatildeo orgacircnica Nova siacutentese e novo caminho para aagricultura Satildeo Paulo Ed iacutecone Ltda 1985 102p
COSTA NETO C Agricultura Sustentaacutevel Tecnologias e Sociedade In CARVALHO COSTA LF et al (org) Mundo Rural e Tempo Presente Rio de Janeiro Mauad 1999
DrsquoAG0ST1NI R L FANTINI A C Produccedilatildeo orgacircnica tambeacutem socialmente excludente Agroecologia e Desenvolvimento Rural Sustentaacutevel Porto Alegre v3 n l p57-61 2002
DALPONTE J C V Utilizaccedilatildeo de materiais orgacircnicos e fertilizante mineral na produccedilatildeo e qualidade de mudas e bulbos de cebola (Alliurn Cepa L) Pelotas-RS 1990 (Mestrado em Agronomia) - Faculdade de Agronomia Eliseu Maciel UFPel 1990
DEBARBA J F THOMAZELLI L F GANDIN C L SILVA E Cadeias produtivas do Estado de Santa Catarina Cebola Florianoacutepolis Epagri 1998 115 p (EPAGRI Boletim Teacutecnico 96)
DUFOUR F Os saacutebios loucos do agro-alimentar Le Monde Diplomatique ano 1 n4 p6-7 1999 (ed portuguesa)
EHLERS E Agricultura Sustetaacutevel Origem e perspectivas de um novo paradigma 2 ed Guaiacuteba Agropecuaacuteria 1999 157 p
FILGUEIRA F A R Novo Manual de olericultura agrotecnologia moderna na produccedilatildeo e comercializaccedilatildeo de hortaliccedilas Viccedilosa UFV 2000 402 p
FRASER G K Mateacuteria Orgacircnica Del Suelo In BEAR F E (ed) Quiacutemica dei Suelo Madrid Ed Agrociencia 1963
FOLLET R H MURPHY L S DONAHUE R L Fertilizers and soil amendments New Jersey Printice-Hall Inc 1981 557p
GARCIA A Revista dei Espacio Rural Georgica Zaragoza Escuela Politeacutecnica de Huesca n5 1997
GARCIA A Versatildeo preliminar de um Programa Estadual de Produccedilatildeo e Comercializaccedilatildeo de Bulbos e Sementes de CebolaEMBRAPAIPAGROMARAEMATER 6 8 pbdquo 1990 (Publicaccedilatildeo avulsa)
GIORGETT1 J R Produccedilatildeo e Comercializaccedilatildeo de Mudas de Tomate In Encontro Nacional de Produccedilatildeo e Abastecimento de Tomate 2 1991 Jaboticabal Satildeo Paulo Anais Jaboticabal UNESP 1991 p 242-244
GLIESSMAN S R Agroecologia Processos ecoloacutegicos em agricultura sustentaacutevelPorto Alegre Universidade Federal do Rio Grande do Sul - UFRGS 2000 653p
43
GLIESSMAN S R TURRIALBA C R Agroecologia Procesos Ecoloacutegicos en Agricultura Sostenible CATIE 2002 p 3-14
GNOATTO S C Caracterizaccedilatildeo quiacutemica de vermicompostos de diferentes substratos orgacircnicos Pelotas-RS 1999 38 f (Mestrado em Agronomia - Solos) - Faculdade de Agronomia Eliseu Maciel UFPel 1999
GOMES J C C BORBA M F S A moderna crise dos alimentos oportunidade para a agricultura familiar Emater Porto Alegre julset 2000 Disponiacutevel em lthttpwwwematertchebrdocsagroecorevistan313-artigo3htmgtAcesso em 24 fev 2002
GOMEZ H W Desenvolvimento sustentaacutevel agriacutecola e capitalismo In Desenvolvimento sustentaacutevel Necessidade eou disponibilidade Santa Cruz do Sul Nobel - UNISC 1997 p 65-77
GONZAacuteLEZ DE MOLINA M SEVILLA GUZMAacuteN E Ecologia campesinado e historia Para una reinterpretacioacuten dei desarrollo dei capitalismo en la agricultura In SEVILLA GUZMAacuteN E GONZAacuteLEZ DE MOLINA M (ed) Ecologia campesinado e historia Madrid La Piqueta 1993 p 23-129
GRIFFITH S A SCHNITZER M Analytical characteristic of humic and fulvic acids extracted from tropical volcanic soils Soil Sei Soc Am Proc v 39 p361-367 1975
GUIMARAtildeES E Caracterizaccedilatildeo quiacutemica estreptoscoacutepica e por anaacutelise teacutermica de aacutecidos huacutemicos e vermicompostos obtidos de estercos de diferentes animaisCuritiba 1997 Dissertaccedilatildeo (Mestrado em Quiacutemica) Universidade Federal do Paranaacute 1997
HESS A F Sociedade e meio ambiente uma relaccedilatildeo ambiacutegua Revista Cientiacutefica Rural Bageacute v 4 n2 p 167-1741999
ICEPA-SC Informes conjunturais sobre a cultura da cebola Disponiacutevel em lthttpwwwicepa combrgt Acesso em 23 jan 2003
JONES H A MANN L K Onions and their allies New York Interscience Publishers 1962 286 p
JUacuteNIOR H A de MAIORANO J A Receitas obtidas de extratos de plantasCampinas CATITerra Viva [199-] 10 f
KHATOUNIAN C A Ciclo de Palestras sobre Agricultura Orgacircnica 2a Ed SatildeoPaulo Fund Cargill 1997 149 p
KIEHL E J Fertilizantes Orgacircnicos Satildeo Paulo Ed Agronocircmica Ceres Ltda 1985 492p
44
KOEFF H H PETTERSSON B D SHAUMANN W Vida Vegetal solos e adubaccedilatildeo In Agricultura Biodinacircmica Satildeo Paulo Nobel 1983 p92-149
KONONOVA M M Soil organic matter The importance o f organic matter in soil formation and soil fertility New York Pergamqn Press 1961 p 165-200
KUHN T A Estrutura das Revoluccedilotildees Cientiacuteficas Satildeo Paulo Perspectiva 1989 257p
LANNA FCA ABREU C L ABREU J G SILVA V Resposta de cultivares de melancia cultivadas sob adubaccedilatildeo quiacutemica e orgacircnica Horticultura v 12 n l p85 1994
LEFF H Saber Ambiental Petroacutepolis Vozes 2001 343 p
MAGALHAtildeES J R Nutriccedilatildeo e adubaccedilatildeo da cebola In FERREIRA M E CASSTELLANE P D CRUZ M C P Nutriccedilatildeo e adubaccedilatildeo de hortaliccedilasPiracicaba POTAFOS 1993 p 381-393
MALAVOLTA E Elementos de nutriccedilatildeo mineral de plantas Satildeo Paulo Ed Agronocircmica Ceres Ltda 1980 251 p
MALAVOLTA E Manual de Quiacutemica Agriacutecola - Adubos e Adubaccedilatildeo 3a ed SatildeoPaulo Ed Agronocircmica Ceres Ltda 1981 606 p
MARTINEZ A A A grande e Poderosa Minhoca Jaboticabal Funep - Unesp1990 101 p
MARTINS S R Desenvolvimento e Sustentabilidade Horticultura Brasileira Brasiacutelia-DF v20 n2 julho 2002 Palestra apresentada no 42deg Congresso Brasileiro de Olericultura
MARTINS S R Limites Del Desarrollo Sostenible em Ameacuterica Latina En el marco de Ias poliacuteticas de (re)ajuste econocircmico Pelotas Editora UFPel 1997 135 P-
MARTINS S R Sustentabilidade na agricultura dimensotildees econocircmicas sociais e ambientais Revista Cientiacutefica Rural Bageacute v4 n 2 p 175-1871999
MATURANA H REZEPKA S N D E Formaccedilatildeo Humana e Capacitaccedilatildeo Rio de Janneiro Vozes 2000 8 6 p
MELLO A F SOBRINHO M O ARZOLLA S SILVEIRA R NETTO A C KIEHL J C Fertilidade do Solo Satildeo Paulo Nobel 1983
MENEZES JUacuteNIOR F O G D Caracterizaccedilatildeo de Diferentes substratos hortiacutecolas e seu efeito na produccedilatildeo de mudas de alface e couve-flor em ambiente protegido Pelotas 1998 141 p Dissertaccedilatildeo (Mestrado em Agronomia - Produccedilatildeo Vegetal) - Faculdade de Agronomia Eliseu Maciel UFPel 1998
45
MIBASA Mineraccedilatildeo Barreto SA Melhorador de Solos MB4 A Natureza Agradece Arapiraca-AL [199-] Folder
MINAMI K Os resumos da olericultura 2000 In AZEVEDO FILHO MARTINEZ FILHO (ed) Preccedilos agriacutecolas Piracicaba ESALQ 1999 p 4
MINAMI K Produccedilatildeo de Mudas de Alta Qualidade em Horticultura Satildeo Paulo TA Queiroz 1995
MORSELLI T B G A Cultivo sucessivo de alface sob adubaccedilatildeo orgacircnica em ambiente protegidoPelotas 2001 178 p Tese (Doutorado em Agronomia - Produccedilatildeo Vegetal) Faculdade de Agronomia Eliseu Maciel UFPel 2001
MORSELLI T B G A Resiacuteduos orgacircnicos em sistemas agriacutecolas Poliacutegrafo da Disciplina de Resiacuteduos orgacircnicos em sistemas agriacutecolas Curso de Poacutes-Graduaccedilatildeo em Agronomia-Produccedilatildeo Vegetal UFPel 2002
MULLER AM Efeitos da Aplicaccedilatildeo Foliar de um Biofertilizante Enriquecido no Estado fitossanitaacuterio de Tomate Ervilha e Beterraba Sob Manejo OrgacircnicoDissertaccedilatildeo (Mestrado no Programa de Poacutes-Graduaccedilatildeo em Agroecossistemas)1999 (Resumo)
NOLLA D Erosatildeo do Solo - O grande desafio Estado do Rio Grande do Sul SEAGRI desenvolvimento de recursos naturais renovaacuteveis 1982 412 p
PAGLIA AG MORSELLI TBGA PEIL RMN Teores de nutrientes pH e condutividade eleacutetrica da aacutegua em sistema ldquofloat^ngrdquo sob adiccedilatildeo de biofertilizantes Horticultura Brasileira v 20 n2 julho 2002 Suplemento 2
PAULUS G MULLER A BARCELLOS LAR Agroecologia aplicada praticas e meacutetodos para uma agricultura de base ecoloacutegica 2ed ver ampl Porto Alegre EMATERRS 2001 8 6 p
PEIXOTO R T dos G Composto orgacircnico aplicaccedilotildees benefiacutecios e restriccedilotildees de uso Horticultura Brasileira Brasiacutelia-DF v 18 p 56-64 julho 2000
PENTEADO SR Defensivos Alternativos e Naturais Satildeo Paulo 1999 95 p
PEREIRA AJ SOUZA RJ PEREIRA WR Efeito de diferentes doses de esterco de galinha e de curral sobre a produccedilatildeo de cebola Horticultura Brasileira v20 n2 julho 2002 Suplemento 2
PINHEIRO S BARRETO SB MB-4 agricultura sustentaacutevel trofobiose e biofertilizantes Fundaccedilatildeo Juquira CandiruMibasa 2000 273 p
PRIMAVESI A Agricultura Sustentaacutevel Satildeo Paulo Nobel 1992 142 p
PRIMAVESI A O manejo ecoloacutegico do solo Agricultura em regiotildees tropicais SatildeoPaulo Nobel 1982 541 p
46
PURCINO A A C ldquoNitrogecircniordquo Informe Agropecuaacuterio Belo Horizonte v7 n81 p 16-27 1981
QUIJANO F G Efeito da adubaccedilatildeo orgacircnica no desenvolvimento de duas cultivares de alface em ambiente protegido Pelotas 1999 116f Dissertaccedilatildeo (Mestrado em Agronomia - Produccedilatildeo Vegetal) Faculdade de Agronomia Eliseu Maciel UFPel 1999
RODRIGUES A N N Efeitos e residuais de superfosfato triplo sobre o rendimento de mateacuteria seca e absorccedilatildeo de foacutesforo pela aveia (Avena strigosa Schob) em solo Podzoacutelico Vermelho Escuro Porto Alegre 1984 59f Dissertaccedilatildeo (Mestrado em Agronomia) - Faculdade de Agronomia UFRGS 1984
RODRIGUES E T CASALI V W D Respostas da alface agrave adubaccedilatildeo orgacircnica II Teores conteuacutedos e utilizaccedilatildeo de macronutrientes em cultivares Rev Ceres Viccedilosa v 45 n 261 p 437-449 1998
SAMINEcircS T C O Produccedilatildeo orgacircnica de alimentos Horticultura Brasileira Brasiacutelia-DF v 17 n3 novembro 1999
SCHIEDECK G Ambiecircncia e resposta agronocircmica de meloeiro (Cucumis melo L) cultivado sob adubaccedilatildeo orgacircnica em ambiente protegido Pelotas lOOp Tese (Doutorado em Agronomia - Produccedilatildeo Vegetal) - Faculdade de Agronomia Eliseu Maciel UFPel 2002
SILVA JUacuteNIOR A A GIORGI E Substratos alternativos para a produccedilatildeo de mudas de tomate Agropecuaacuteria Catarinense Florianoacutepolis EPAGRI 1992 23 p
SILVA JUacuteNIOR A A MACEDO S G STUKER H Utilizaccedilatildeo de esterco de peru na produccedilatildeo de mudas de tomateiro Florianoacutepolis EPAGRI 1995 28 p (Boletim Teacutecnico 73)
TAGLIARI PS GRASSMANN H Minhoca a grande aliada da agricultura Agropecuaacuteria Catarinense v8 n l p 11-14 mar 1995
TEDESCO M J GIANELLO C Anaacutelises de solo plantas e outros materiais Porto Alegre Faculdade de Agronomia Departamento de Solos Universidade Federal do Rio Grande do Sul RS 1996
TENNANT D A Test of modified line intersect method of estimating root lenght Journal Ecology Oxford v 63 p 995-1001 1975
TIBAU A O Mateacuteria Orgacircnica do Solo Mateacuteria Orgacircnica e Fertilidade do SoloSatildeo Paulo Nobel 1984 p49-182
TIMM P J Anaacutelise comparativa dos sistemas de plantio convencional e cultivo miacutenimo de cebola sob adubaccedilatildeo orgacircnica e mineral Pelotas 2000 79 p Dissertaccedilatildeo (Mestrado em Agronomia - Produccedilatildeo Vegetal) - Faculdade de Agronomia Eliseu Maciel UFPel 2000
47
VALENZUELA HR CROSBY C Effect of compost applications on the yield of several vegetables in long-term organic farming experiments conduced in the tropics American Society Horticultural Science v33 n3 june 1998
VIGLIZZO E (ed) Subprograma Recursos Naturais y Sostenibilidad Agriacutecola documento marco Montevideo IICAPROCISUR 1995 p 75 - 78
WE1D J M TARDIN J M Proposta para a Ampliaccedilatildeo do Trabalho da ASPTA no Centro Sul do Paranaacute ASPTA Disponiacutevel em http wwwpronafgovbrEncontrotestosAS20PTA20Sul20ParanE1205 202002doc Acesso em 05 mai 2002
XAVIER SIMOacuteN F DOMINGUES D G Desenvolvimento Rural Sustentaacutevel uma perspectiva agroecoloacutegica Agroecologia e Desenvolvimento Rural Sustentaacutevel Porto Alegre EM ATERRS v2 n2 p 17-26 2001
ZABALETA J P Diagnoacutestico da Agricultura Familiar em Satildeo Joseacute do Norte - RSPelotas EMBRAPA-CPACT 1998 75 p (EMBRAPA-CPACT Documentos 44)
ZONTA E P MACHADO A A SILVEIRA P Sanest Sistema de anaacutelise estatiacutestica para microcomputadores Registrado na Secretaria Especial de Informaacutetica sob nuacutemero 066060 - categoria A Pelotas-RS Universidade Federal de Pelotas 1984
48
7 APEcircNDICE
APEcircNDICE A - Anaacutelise da adubaccedilatildeo de base e biofertilizantes utilizados na produccedilatildeo de mudas de cebola
TABELA 1 A Anaacutelise baacutesica do solo antes da incorporaccedilatildeo do feijatildeo miuacutedo + papua
Arg
pH IND
SMP
MO
P - n r - Na Al Ca__10Omlmdash
Mg
ppm -
6 53 67 089 8 6 27 1 04 05 0 2
Fonte LASFAEMUFPel (2002)
TABELA 2A Anaacutelise complementar do solo antes da incorporaccedilatildeo do feijatildeo-miuacutedo + papua
Cobre Zinco Manganecircs Ferro
(m v1)
04 05 26 007
Fonte LASFAEMUFPel (2002)
49
TABELA 3A Anaacutelise dos fertilizantes soacutelidos
Amostra pH limidade CN
C N P K Ca Mg
- g-ivg --
Cama de 849 2491 12 31042 2479 3888 3405 29875 463
aves
Esterco 74 3594 11 677 590 157 134 335 214
de curral
Huacutemus 684 5738 14 15965 1098 453 745 743 361
Fonte LASFAEMUFPel (2002)
TABELA 4A Anaacutelise quiacutemica dos biofertilizantes liacutequidos
Amostra N P K_ccedil H
Ca Mg Cu Zn Fe Mn
mdashgL bull
S Magro
m b 4
Urina
053
1652
8 2 2
008
395
0 0 0
149
1674
471
1902
6872
0 0 0
1150
4507
1172
7273
42
033
101389
920
0 0 0
6250
19458
781
35273
1123
0 2 1
Fonte LASFAEMUFPel (2002)
50
APEcircNDICE B - Condiccedilotildees climaacuteticas do local
TABELA 1B Condiccedilotildees de temperatura do local
___________ __________TEMPERATURA (degCgt
meses Meacutedia
Maacutexima
Meacutedia
MiacutenimaMeacutedia
Maacutexima
Absoluta
Miacutenima
Absoluta
Junho 225 87 156 320 25
Julho 225 85 155 285 30
Agosto 251 71 161 360 1 0
Fonte FEPAGROSCT 2002
TABELA 2B Condiccedilotildees de chuva do local
mdash CHUVA (mm)mdash
meses Ocorrida Normal Desvio Da Normal
Junho 1080 1 1 0 -2 0
Julho 1062 98 8 2
Agosto 1283 1 2 0 83
Fonte FEPAGROSCT 2002
51
TABELA 1C Produccedilatildeo de fitomassa fresca e seca (g) da parte aeacuterea altura de planta
(cm) e diacircmetro de colo (mm) de mudas de cebola Petrolini cultivadas
sob uma perspectiva agroecoloacutegica Pelotas-RS 2003
APEcircNDICE C - Anaacutelise estatiacutestica da parte aeacuterea
Causas G1 FFPA FSPA AP DC
da variaccedilatildeo --------- Quadrados meacutedios-
Blocos 3
Ad Base 2 175359071 1287102 2547419 1 11775
Biofertilizantes 2 126876 29011 87669ns 02185ns
Ad x Biofert 4 572378 31123 69106ns 04159
Resiacuteduo 24 34456 03048 27169 00290
Total 35
Meacutedia geral 93745 8772 320388 6741
CV 1980 6294 5145 2530
Significativo a 5ns Natildeo significativo
52
TABELA 1D Produccedilatildeo de fitomassa fresca e seca (g) comprimento (cm) e densidade
de raiacutezes (m cm3) de mudas de cebola Petrolini cultivadas sob uma
perspectiva agroecoloacutegica e razatildeo parte aeacutereasistema radicular Pelotas-
RS 2003
APEcircNDICE D - Anaacutelise estatiacutestica da raiz
Causas G1 FFR FSR CR RPASR DR
da variaccedilatildeo Quadrados meacutedios---------------
Blocos 3
Ad Base 2 27874 551 623 2 1 0 140
Biofertilizantes 2 178 0 1 0 ni 1504 l03ns 038ns
Ad x Biofert 4 190 058 318 294 183
Resiacuteduo 24 005 009 028 023 0 2 1
Total 35
Meacutedia geral 1818 228 184 387 333
C V 134 1356 448 1253 1396
Significativo a 5 ns Natildeo significativo
53
APEcircNDICE E - Anaacutelise estatiacutestica dos macronutrientes da parte aeacuterea da cebola
TABELA 1E Conteuacutedos (mg planta1) de nitrogecircnio foacutesforo potaacutessio caacutelcio e
magneacutesio no tecido vegetal de mud^s de cebola Petrolini cultivadas
sob uma perspectiva agroecoloacutegica Pelotas-RS 2003
Causas G1 bull N P K Ca Mg
da variaccedilatildeo
Blocos 3
Ad Base 2 13550306 446627 25509686 1031806 59007
Biofertilizantes 2 180610ns 16564 68153ns 39006 876ns
Ad x Biofert 4 454187 45743 1047539 46950 2464
Resiacuteduo 24 29769 1453 64313 3741 439
Total 35
Meacutedia geral 24921 4597 33366 6943 1615
C V 692 829 760 880 1297
Significativo a 5 ns Natildeo significativo
APEcircNDICE F - Fotos do experimento
FIGURA 2 Mudas de cebola (Allium cepa L) produzidas sob uma perspectiva agroecoloacutegica
APEcircNDICE F a Fotos do experimento
FIGURA 1 Adubaccedilatildeo verde com feijatildeo-miuacutedo e papuatilde utilizadas no manejo do solo
FIGURA 2 Mudas de cebola (Allium cepa L) produzidas sob urna perspectiva agroecoloacutegica
22
e possui accedilatildeo contra certas pragas (pulgotildees) sendo que o oacuteleo vegetal eacute indicado no
controle de cochonilhas e usado como espalhante adesivo (Claro 2001)
253 Calda Bordalesa
A calda bordalesa eacute um tradicional defensivo agriacutecola que pode ser preparado na
propriedade com a mistura de sulfato de cobre cal virgem e aacutegua As concentraccedilotildees de
sulfato de cobre e cal satildeo distintas dependendo do objetivo do seu emprego
Geralmente diferem de acordo com o tipo de planta ou espeacutecie vegetal as condiccedilotildees
climaacuteticas o grau de infestaccedilatildeo da doenccedila e a fase de crescimento da planta Eacute indicada
para o controle de miacuteldio alternaacuteria botrytis e antracnose (Penteado 1999)
A calda bordalesa caracteriza-se pela sua importante accedilatildeo no controle de diversas
doenccedilas fungicas nas mais diversas espeacutecies de culturas Possui tambeacutem uma relativa
accedilatildeo bactericida e em alguns casos age como repelente de insetos Da mistura do
sulfato de cobre com a cal resulta uma soluccedilatildeo rica em macronutrientes e
micronutrientes Provavelmente os expressivos resultados obtidos com a aplicaccedilatildeo da
calda bordalesa devam-se natildeo somente a sua accedilatildeo fuacutengica e bactericida mas sobretudo
agrave influecircncia positiva que exerce no metabolismo das plantas ativando o processo
enzimaacutetico e estimulando a proteossiacutentese aumentando a resistecircncia das plantas (Claro
2 0 0 1 ) caracteriacutestica fundamental na agricultura sustentaacutevel
254 Biofertilizante Super Magro
A calda Super Magro eacute produto da fermentaccedilatildeo de estercos animais enriquecidos
por micronutrientes e outros produtos de origem animal obtendo-se uma calda
biofertilizante para aplicaccedilatildeo foliar nas plantas (Penteado 1999) jaacute foram observados
bons resultados principalmente nas culturas de uva maccedila pecircssego tomate batata e
hortaliccedilas em geral
E indicado como fonte suplementar de micronutrientes para as plantas inibidor
de fungos e bacteacuterias causadores de doenccedilas e para aumentar a resistecircncia contra insetos
e aacutecaros (Penteado 1999) i
Muller (1999) avaliou a influecircncia do biofertilizante Super Magro sobre as
culturas de tomate (Lycopersicon esculentum Mill) ervilha (Pisum sativum L) e
beterraba (Beta vulgaris L) O autor obteve cultivos com baixa severidade de doenccedilas e
23
insetos fitoacutefagos possivelmente por causa do manejo orgacircnico de produccedilatildeo Os
resultados das pulverizaccedilotildees das soluccedilotildees foliares variaram conforme a cultura e o
clima
255 Biofertilizante MB4
A utilizaccedilatildeo das farinhas de rochas eacute uma das teacutecnicas mais modernas usadas nos
uacuteltimos anos na agricultura O elevado nuacutemero de nutrientes contidos no MB4 como
cobre zinco manganecircs cobalto soacutedio alumiacutenio silicatos de magneacutesio ferro e caacutelcio
acompanhado de foacutesforo potaacutessio e enxofre reagem com a soluccedilatildeo do solo liberando
elementos essenciais ao desenvolvimento da vida microbiana os quais exercem um
papel fundamental atraveacutes de transformaccedilotildees quiacutemicas e do equiliacutebrio bioloacutegico
favorecendo o desenvolvimento sadio das plantas (Pinheiro amp Barreto 2000)
24
3 MATERIAL E MEacuteTODOS
31 Local de execuccedilatildeo do experimento
O presente trabalho foi conduzido no Centro de Pesquisa da Regiatildeo Sul
(FEPAGROSUL) no municiacutepio de Rio Grande nlt periacuteodo de 15 de maio a 26 de
agosto de 2 0 0 2
O solo eacute classificado como ldquoTuiardquo satildeo muito arenosos As massas aquaacuteticas do
Oceano Atlacircntico e Lagoa dos Patos influenciam ventos temperatura pressatildeo umidade
relativa e demais fatores climaacuteticos A topografia da regiatildeo litoracircnea eacute plana com
lenccediloacuteis freaacuteticos superficiais
32 Anaacutelise estatiacutestica
O experimento foi constituiacutedo em fatorial 3X3 (Quadro 1) com quatro repeticcedilotildees
no delineamento blocos ao acaso As variaacuteveis respostas foram submetidas agrave anaacutelise de
variaccedilatildeo e ao teste de Duncan a 5 de probabilidade para comparaccedilatildeo das meacutedias
utilizando-se o sistema SANEST (Zonta amp Machado 1984)
As anaacutelises estatiacutesticas das variaacuteveis estudadas encontram-se nos Apecircndices C D
Os resultados das respostas agronocircmicas e das determinaccedilotildees dos conteuacutedos dos
macronutrientes bem como os de raiz estatildeo nas tabelas de 1 a 3
25
As diferentes adubaccedilotildees seratildeo representadas durante a discussatildeo da seguinte
forma 1 VB (30 t ha 1 de vermicomposto) 15 VB (45 t ha 1 de vermicomposto) e EC
(60 t ha 1 de esterco de curral) 1 VB+SM+U+CB (30 t ha 1 de vermicomposto mais
super magro mais urina de vaca mais calda bordalesa) 15 VB+SM+U+CB (45 t ha 1 de
vermicomposto mais super magro mais urina de vaca mais calda bordalesa)
EC+SM+U+CB (60 t ha 1 de esterco de curral mais super magro mais urina de vaca
mais calda bordalesa) 1 VB+MB4 +U+CB (30 t ha 1 de vermicomposto mais MB4 mais
urina de vaca mais calda bordalesa) 15 VB+MB4 +U+CB (45 t ha 1 de vermicomposto
mais MB4 mais urina de vaca mais calda bordalesa) EC+MB4 +U+CB (60 t ha 1 esterco
de curral mais MB4 mais urina de vaca mais calda bordalesa)
QUADRO 1 Descriccedilatildeo dos fatores experimentais e respectivos niacuteveis
Niacuteveis Fator 1 ADUBACcedilAtildeO DE BASE
0 1 Vermicomposto (30 t ha1)
0 2 Vermicomposto (45 t ha1)
03 Esterco de curral (60 t ha1)
Niacuteveis Fator 2 BIOFERTILIZANTES LIacuteQUIDOS
0 1 Super magro (5) + Urina de Vaca + Calda Bordalesa
0 2 MB4 (10) + Urina de vaca + Calda Bordalesa
03 Ausecircncia (testemunha)
33 Tratamentos
Da combinaccedilatildeo entre niacuteveis e fatores foram obtidos 9 tratamentos que estatildeo
descritos no Quadro 2 bem como as doses de adubaccedilatildeo utilizadas no experimento
26
QUADRO 2 Tratamentos e doses de adubaccedilatildeo utilizadas no experimento
TRATAMENTOS
Ndeg FATOR I FATOR II
0 1 30 t ha de vermicomposto Super magro 5 Urina de vaca Calda Bordalesa
0 2 30 t harsquo de vermicomposto MB4 10 Urina de vaca Calda Bordalesa
03 30 t ha de vermicomposto - - -
04 45 t ha de vermicomposto Super magro 5 Urina de vaca Calda Bordalesa
05 45 t ha de vermicomposto MB4 10 Urina de vaca Calda Bordalesa
06 45 t ha de vermicomposto - - -
07 60 t hade esterco Super Magro 5 Urina de vaca Calda Bordalesa
08 60 t hade esterco MB4 10 Urina de vaca Calda Bordalesa
09 60 t hade esterco - - -
Cada parcela foi constituiacuteda por dois canteiros medindo 1 m de largura x 2 m de
comprimento perfazendo 075 m de aacuterea de aacuterea uacutetil (025 m de bordadura) Foi
utilizando semeadura a lanccedilo com densidade de 24 g canteiro1
O vermicomposto a urina de vaca o esterco de curral o alhol os biofertilizantes e
a calda bordalesa foram de procedecircncia do Centro de Pesquisa da Regiatildeo Sul O
vermicomposto de esterco bovino misturado agraves cascas de frutas foi processado pela
minhoca vermelha califomiana Eisenia foetida)
O biofertilizante Super Magro foi elaborado segundo a metodologia descrita pela
FEPAGROSUL utilizando-se os seguintes componentes 190 litros de aacutegua 22 litros
de leite 55 Kg de accediluacutecar mascavo 30 Kg de esterco fresco de bovinos 2 Kg de
Sulfato de zinco 2 Kg de sulfato de magneacutesio 2 Kg de cloreto de caacutelcio 1 Kg de aacutecido
boacuterico 300 g de sulfato de cobre 300 g de sulfato de ferro 300 g de sulfato de
manganecircs 100 g de molibdato de soacutedio 50 g de sulfato de cobalto 3 Kg de fosfato
natural 3 Kg de cinza e 200 g de farinha de osso
A urina de vaca em lactaccedilatildeo foi coletada pela manhatilde e armazenada em recipiente
fechado por trecircs dias em condiccedilotildees ambientais para que se formasse a amocircnia e natildeo
ocorresse perda de nitrogecircnio
28
Realizaram-se duas capinas manuais durante o experimento e em seguida como
cobertura se colocou casca de arroz Tambeacutem foi aplicado esterco de aves 30 dias antes
da colheita na quantidade de 05 Kg canteiro 1 como adubaccedilatildeo de cobertura
As pulverizaccedilotildees com os produtos iniciaram apoacutes 15 dias da germinaccedilatildeo
Realizou-se sete aplicaccedilotildees sendo que as duas primeiras foram feitas apenas com
Super Magro e MB4 Na terceira e na quarta aplicaccedilatildeo utilizou-se urina de vaca e calda
bordalesa em concentraccedilotildees menores (05 e 025 respectivamente) e na quinta
aplicaccedilatildeo as dosagens de urina de vaca e calda bordalesa foram elevadas para 1 0 e
05 respectivamente ateacute o final do experimento O alhol foi utilizado a partir da
terceira pulverizaccedilatildeo na quantidade de 2 e seguiu ateacute o final no dia 26 de agosto
quando as mudas foram colhidas e posteriormente analisadas as variaacuteveis
35 Observaccedilotildees agronocircmicas
Foram utilizadas 20 mudas de cebola para obtenccedilatildeo das meacutedias das variaacuteveis as
quais foram as seguintes
351 Fitomassa fresca da parte aeacuterea e raiacutezes
Foi realizada atraveacutes de uma balanccedila digital procedendo-se a pesagem de 20
mudas de cebola previamente lavadas e posteriormente secadas durante uma hora sobre
um tecido de algodatildeo agrave temperatura ambiente Processo idecircntico foi adotado com as
raiacutezes
352 Fitomassa seca da parte aeacuterea e raiacutezes
Esta variaacutevel foi obtida a partir da secagem preliminar em estufa de ar forccedilado
durante 48 horas a 65 C ateacute peso constante com posterior pesagem em balanccedila
analiacutetica
353 Altura da muda
A altura de muda foi medida a partir do colo das plantas ateacute sua uacuteltima folha
(ponto de crescimento) com uma reacutegua graduada de 40 cm
29
354 Diacircmetro do colo das plantas
Esta medida foi realizada no ponto de transplante a 2 mm das raiacutezes e utilizando-
se um paquiacutemetro SOMET
355 Sistema radicular
Ao teacutermino do experimento foram retiradas as raiacutezes das mesmas plantas que foram
utilizadas para as determinaccedilotildees realizadas na parte aeacuterea procedendo-se uma amostra
de solo com raiacutezes de 2 0 cm de largura x 2 0 cm de comprimento e 2 0 cm de altura
totalizando 8000 cm3
As raiacutezes apoacutes serem lavadas em aacutegua corrente foram pesadas acondicionadas em
sacos plaacutesticos e congeladas para posteriores anaacutelises pelo meacutetodo de Tennant (1975)
para a determinaccedilatildeo do comprimento e densidade
3551 Comprimento de raiz
Utilizou-se para a determinaccedilatildeo do comprimento de raiz as seguintes foacutermulas
1 = ndeg x 1114 x 1 onde
1 - comprimento de raiz de uma amostra uacutemida de 0 0 2 g
ndeg - nuacutemero de intercessotildees das raiacutezes com os lados da quadriacutecula da malha do
aparelho
1114 - constante
1 - medida lateral da quadriacutecula em cm
Tomando-se a fiacutetomassa seca e o comprimento da raiz da cada amostra
relacionou-se com a fiacutetomassa seca e o comprimento total da raiz da planta aplicando-
se a seguinte equaccedilatildeo
L = (FSR x 1) FSPA onde
L - comprimento total da raiz da planta (m)
FSR - fiacutetomassa seca de raiz
FSPA - fiacutetomassa seca da parte aeacuterea
L - comprimento de raiz de uma amostra uacutemida de 002g
3552 Densidade de raiz
A densidade foi determinada pela foacutermula
D = L 8000 onde
D - densidade de raiacutezes (m cm3)
30
L - comprimento total de raiacutezes (m)
8 0 0 0 - volume da amostra (cm3)
3553 Razatildeo parte aeacutereasistema radicular
Este paracircmetro foi obtido pela equaccedilatildeo
RPASR = FSPA FSR onde
RPASR - razatildeo parte aeacuterea sistema radicular
FSPA - fitomassa seca da parte aeacuterea
FSR - fitomassa seca do sistema radicular
36 Determinaccedilatildeo de macronutrientes no tecido vegetal
Os macronutrientes nitrogecircnio foacutesforo potaacutessio caacutelcio e magneacutesio foram
determinados no laboratoacuterio de Fertilidade e Anaacutelise de Plantas do Departamento de
Solos da UFPel atraveacutes dos meacutetodos descritos por Tedesco amp Gianello (1996)
31
4 RESULTADOS E DISCUSSAtildeO
41 Anaacutelise das variaacuteveis
A anaacutelise da variaccedilatildeo mostrou que houve diferenccedila significativa na interaccedilatildeo entre
os fatores de adubaccedilatildeo de base e biofertilizantes liacutequidos com exceccedilatildeo da variaacutevel altura
de planta para a qual somente a adubaccedilatildeo de base mostrou-se significativa (Apecircndices
C D e E Tabelas 1C 1D e 1E)
411 Anaacutelise da parte aeacuterea
Na Tabela 1 destacaram-se as adubaccedilotildees EC+SM+U+CB EC+MB4 +U+CB e EC
que diferiram significativamente das demais adubaccedilotildees para as variaacuteveis fiacutetomassa
fresca da parte aeacuterea (FFPA) fiacutetomassa seca da parte aeacuterea (FSPA) altura de planta
(AP) e diacircmetro do colo (DC)
32
TABELA 1 Produccedilatildeo de fitomassa fresca e seca (g) da parte aeacuterea altura de planta
(cm) e diacircmetro de colo (mm) de mudas de cebola Petrolini cultivadas
sob uma perspectiva agroecoloacutegica Pelotas-RS 2003
BIOFERTILIZANTES LIacuteQUIDOSADUBACcedilAtildeO S Magro + MB4 +DE BASE Urina + Calda Urina + Calda Testemunha
Bordalesa Bordalesa
30 t ha de vermicomposto 7015 c A45 t halsquo de vermicomposto 7824 b B60 t ha de esterco de curral 12248 a C
30 t ha de vermicomposto 667 c A45 t ha de vermicomposto 752 b A60 t ha de esterco de curral 1150a C
30 t ha de vermicomposto 2975 b A45 t harsquo de vermicomposto 2775 b A60 t ha de esterco de curral 3600 a B
30 t ha de vermicomposto 631 b A45 t ha de vermicomposto 6 2 2 b B60 t ha de esterco de curral 741 a C
-Fitomassa fresca (g)----------------6270 c B 6885 b A8832 b A 6308 c C
15082 a A 13934 a BmdashFitomassa seca (g)----------------
625 c A 655 b A830 b A 607 b B
1345 a A 1262 a B-Altura de planta (cm)----------------
2950 b A 3050 b A2937 b A 2950 b A 3975 a A 3622 a B
-Diacircmetro de colo (mm)---------------592 c B 599 b B 657 b A 609 b B 819a A________ 793a B
Meacutedias seguidas pela mesma letra minuacutescula para as colunas (adubaccedilatildeo de base) e maiuacutesculas para as linhas (biofertilizantes) natildeo diferem entre si pelo teste de Duncan a 5
O efeito positivo do esterco bovino pode ser atribuiacutedo agraves melhorias nas condiccedilotildees
fiacutesicas do solo por ele proporcionado Segundo Primavesi (1982) e Compagnoni amp
Putzolu (1985) o esterco bovino apresenta propriedades condicionadoras do solo dando
agraves plantas melhores condiccedilotildees de desenvolvimento elevando sobremaneira os
conteuacutedos de fitomassa fresca das plantas que refletiratildeo nas demais respostas
agronocircmicas
Analisando as adubaccedilotildees de base em relaccedilatildeo aos biofertilizantes observa-se que
para os tratamentos 1 VB (30 t ha 1 de vermicomposto) - natildeo houve influecircncia dos
biofertilizantes para as variaacuteveis FSPA e AP enquanto destacou-se o SM+U+CB para o
DC e SM+U+CB e ausecircncia da adubaccedilatildeo liacutequida para a FFPA mostrando que o uso
dos biofertilizantes natildeo influenciou esta variaacutevel 15 VB (45 t ha 1 de vermicomposto) -
verificou-se a eficiecircncia do uso do MB4 +U+CB para as variaacuteveis FFPA e DC Para a
variaacutevel FSPA destacaram-se os dois biofertilizantes utilizados jaacute para AP natildeo houve
33
influecircncia destes EC (60 t ha 1 de esterco de curral) - em todas as variaacuteveis observadas
na tabela 5 as respostas foram significativas utilizando MB4 +U+CB
As respostas encontradas no presente trabalho para as variaacuteveis AP e FSPA foram
superiores as obtidas por Dalponte (1990) quando utilizado 0 esterco de curral para
produccedilatildeo de mudas de cebola
Segundo Filgueira (2000) os solos da regiatildeo produtora de cebola do RS satildeo
pobres em foacutesforo disponiacutevel (15 mg Kg1) necessitando portanto de adubaccedilotildees
fosfatadas elevadas As respostas aqui obtidas podem ser justificadas pelos teores de
foacutesforo contido no MB4
Follet et al (1981) citam a importacircncia do uso de compostos orgacircnicos no solo
enfatizando os estercos no sentido da decomposiccedilatildeo continuada no fornecimento de
nutrientes e na liberaccedilatildeo lenta e gradual de aacutecidos orgacircnicos influenciando a liberaccedilatildeo
do foacutesforo O que provavelmente pode ser atribuiacutedo agraves respostas encontradas no
presente trabalho para 0 tratamento Esterco de curral mais MB4 e Urina mais Calda
Bordalesa
E importante destacar que 0 sistema de produccedilatildeo de mudas de cebola sob uma
perspectiva agroecoloacutegica mostra-se eficiente quando visualmente natildeo percebe-se
diferenccedila significativa entre os tratamentos (Apecircndice F Figura 2)
Conveacutem ressaltar que quando trabalhamos com agroecologia natildeo existem
receitas nem pacotes tecnoloacutegicos prontos Cada situaccedilatildeo deveraacute ser estudada em
particular para que se faccedila recomendaccedilotildees adequadas ao ambiente local uma vez que
as plantas se adaptam ao meio estando a nutriccedilatildeo encarregada de proteger e manter o
equiliacutebrio do organismo vegetal em funccedilatildeo das alteraccedilotildees externas
E fundamental que se compreenda os princiacutepios norteadores de todo o processo
que satildeo as bases da luta por uma sociedade mais justa dentro de um mundo econocircmico e
ambientalmente mais sustentaacutevel
412 Anaacutelise do sistema radicular
Os resultados obtidos nas anaacutelises do sistema radicular (Tabela 2) mostram
diferenccedilas significativas entre as adubaccedilotildees para as variaacuteveis fitomassa fresca de raiz
(FFR) fitomassa seca de raiz (FSR) comprimento de raiz (CR) razatildeo parte
aeacutereasistema radicular (RPASR) e densidade de raiz (DR)
34
TABELA 2 Produccedilatildeo de fitomassa fresca e seca (g) comprimento (cm) e densidade de
raiacutezes (m cm3) de mudas de cebola Petrolini cultivadas sob uma
perspectiva agroecoloacutegica e razatildeo parte aeacutereasistema radicular Pelotas-
RS 2003
BIOFERTILIZANTES LIacuteQUIDOSADUBACcedilAO DE BASE
S Magro + MB4 +Urina + Calda Urina + Calda Testemunha
Bordalesa Bordalesa
de vermicomposto de vermicomposto de esterco de curral
de vermicomposto de vermicomposto de esterco de curral
de vermicomposto de vermicomposto de esterco de curral
de vermicomposto de vermicomposto de esterco de curral
1540 c A 1576 b B 2427 a A
Fitomassa fresca (g)----------------1502 c B 1517 b AB 1658 b A 1446 c C 2336 a B 2360 a B
--------------------Fitomassa seca (g)-------------------196 b A 207 ab A 170 b A170 b A 199 b A 192 b A 344 a A 249 a B 327 a A
Comprimento de raiz(cm)---------------1237 b A 1158 b A 1158 a A1237 b A 1060 c B 1040 b B1433 a A 1296 a B 1040 b C
30 t ha 45 t ha 60 t ha
30 t ha 45 t ha 60 t ha
30 t halsquo 45 t ha 60 t ha
30 t ha 45 t ha 60 t ha
30 t ha de vermicomposto 45 t ha de vermicomposto60 t ha~ de esterco de curral__________________________ _________________________Meacutedias seguidas pela mesma letra minuacutescula para as colunas (adubaccedilatildeo de base) e maiuacutesculas para as linhas (biofertilizantes) natildeo diferem entre si pelo teste de Duncan a 5
-----Razatildeo Parte AeacutereaSistema Radicular------340 b AB 301c B 384 a A446 a A 415 b A 326 a B339 b B 546 a A 388 a B
-------------- Densidade de raiz (m cm3)------------367 a AB 414 a A 325 b B282 b B 301b B 405 a A347 ab A 231c B 324 b A
Em relaccedilatildeo agraves adubaccedilotildees de base destacou-se o EC (60 t ha 1 de esterco de curral)
para as variaacuteveis FFR e FSR Quando adicionado o SM+U+CB os resultados para FFR
foram ainda melhores bem como o CR As respostas obtidas para a RPASR foram
variadas em relaccedilatildeo agraves adubaccedilotildees apresentando melhores resultados para 15 VB (45 t
ha 1 de vermicomposto)+SM+U+CB e ainda melhor para EC (60 t ha 1 de esterco de
curral)+MB4 +U+CB As adubaccedilotildees de base 1 VB 15 VB e EC natildeo diferiram entre si
As adubaccedilotildees mais eficientes para a variaacutevel DR foram 1 VB+SM+U+CV que natildeo
diferiu da EC+SM+U+CB I VB+ MB4 +U+CB e agrave 15 VB foram melhores entre as
demais
35
Analisando os biofertilizantes em relaccedilatildeo a cada adubaccedilatildeo de base verifica-se que
para a 1 VB (30 t ha 1 de vermicomposto)+SM+U+CB destaca-se a variaacutevel FFR
poreacutem sem diferenccedila significativa de 1 VB os melhpres resultados para a variaacutevel DR
foram encontrados pelo tratamento 1 VB+MB4 +U+CB e 15 VB (45 t ha 1 de
vermicomposto) tambeacutem se considera eficiente o 1 VB+SM+U+CB que natildeo diferiu do
EC (esterco de curral) Quando se utilizou 15 VB+ MB4 +U+CB houve resposta
significativa para a variaacutevel FFR para FSR as respostas natildeo foram diferentes com a
aplicaccedilatildeo dos biofertilizantes para as variaacuteveis FSR e DR as adubaccedilotildees EC e
EC+SM+U+CB natildeo diferiram entre si
Embora as respostas estatiacutesticas tenham sido diferentes para as adubaccedilotildees
combinadas ou natildeo pode-se salientar a importacircncia do aacutecido indol-aceacutetico como jaacute
citado anteriormente para as variaacuteveis avaliadas na parte aeacuterea das mudas de cebola
Respostas semelhantes nesse sentido foram encontradas para a cultura da alface por
Quijano (1999) e Morselli (2001)
Pereira et al (2002) concluiacuteram em trabalho realizado com a cultivar de cebola
CNPF1 6400 em Minas Gerais que a utilizaccedilatildeo de 20 t ha de esterco de curral
proporcionou os melhores resultados para a produccedilatildeo de cebola
Silva Juacutenior amp Giorgi (1992) e Menezes Juacutenior (1998) citam que doses elevadas
de mateacuteria orgacircnica podem prejudicar a primeira fase da germinaccedilatildeo (embebiccedilatildeo) e
absorccedilatildeo de aacutegua pelas raiacutezes das placircntulas No entanto no presente trabalho este fato
natildeo ocorreu embora a dose de esterco utilizada tenha sido de 60 t ha 1 (dose maacutexima
recomendada segundo Nolla 1982)
413 Anaacutelise de macronutrientes no tecido vegetal
Os resultados dos conteuacutedos de nitrogecircnio foacutesforo potaacutessio caacutelcio e magneacutesio no
tecido vegetal sob diferentes adubaccedilotildees encontrados na Tabela 3 indicam mais uma
vez a superioridade da adubaccedilatildeo esterco com 0 uso ou natildeo de biofertilizantes
36
TABELA 3 Conteuacutedos (mg planta1) de nitrogecircnio foacutesforo potaacutessio caacutelcio e
magneacutesio no tecido vegetal de mudas de cebola Petrolini cultivadas sob
uma perspectiva agroecoloacutegica Pelotas-RS 2003
BIOFERTILIZANTES LIacuteQUIDOS i J B
ADUBACcedilAtildeO S Magro + MB4 +DE BASE Urina + Calda Urina + Calda Testemunha
Bordalesa Bordalesamg plantas1
---- Nitrogecircnio-----30 t ha de vermicomposto 16593 c AB 15451 c B 19050 b A45 t ha de vermicomposto 21444 b A 22888 b A 17852 b B60 t ha de esterco de curral 32606 a C 37593 a B 40816 a A
--------------- ------ Foacutesforo------- -------------30 t ha de vermicomposto 3098 c B 2802 c B 3999 b A45 t ha de vermicomposto 4109 b A 4135 b A 2788 c B60 t ha de esterco de curral 5300 a B 7577 a A 7565 a A
------- Potaacutessio------30 t ha de vermicomposto 24327 c A 19900 c B 24965 b A45 t ha de vermicomposto 29113b A 29812 b A 22031 b B60 t ha de esterco de curral 44070 a B 51976 a A 54101 a A
-------- Caacutelcio-------30 t ha de vermicomposto 5027 c A 4356 c A 4834 b A45 t ha de vermicomposto 6114b A 6963 b A 4379 b B60 t ha de esterco de curral 9030 a C 11451 a A 10331 a B
------Magneacutesio-----30 t ha de vermicomposto 1188 b A 914 c A 1202 b A45 t ha de vermicomposto 1231 b B 1582 b A 1176 b B60 t ha de esterco de curral 2136a B 2443 a A 2663 a AMeacutedias seguidas pela mesma letra minuacutescula para as colunas (adubaccedilatildeo de base) e maiuacutesculas para as linhas (biofertilizantes) natildeo diferem entre si pelo teste de Duncan a
Em relaccedilatildeo agraves adubaccedilotildees de base observa-se que o melhor tratamento foi o
esterco de curral para todas as variaacuteveis Para 1 VB (30 t ha^ 1 de vermicomposto) natildeo
houve resposta diferenciada com o uso de bofertilizantes para todas as variaacuteveis A
adubaccedilatildeo 15 VB (45 t ha 1 de vemicomposto) foi influenciada pelos biofertilizantes
para as variaacuteveis N P K e Ca enquanto que para Mg somente o MB4+U+CB o
influenciou O EC (esterco de curral) mostrou diferenccedila significativa apenas para as
variaacuteveis Ca e Mg quando adicionado MB4+U+CB
Segundo Peixoto (2000) eacute fundamental a adiccedilatildeo de adubos orgacircnico no cultivo de
hortaliccedilas seja na forma de esterco decomposto composto ou huacutemus de minhoca de
37
modo a fornecer melhorias nas propriedades do solo vindo a disponibilizar os nutrientes
as diferentes culturas
O esterco fresco conteacutem muita cama celuloacutesica e um elevado teor de aacutegua No
esterco curtido a celulose jaacute estaacute decomposta o teor de aacutegua estaacute reduzido agrave metade e os
nutrientes em uma forma mais assimilaacutevel e mais concentrada O esterco fresco pode
causar uma deficiecircncia temporaacuteria de nitrogecircnio no solo ao se decompor o que natildeo
acontece com o biestabilizado (Kiehl 1985)Ocorre uma diminuiccedilatildeo inicial no volume
de aacutegua retido no esterco de curral diminui inicialmente em tomo de 3581 liberando
posteriormente somente 496 evidenciando a sua capacidade de retenccedilatildeo de aacutegua
(Menezes Juacutenior 1998)
A utilizaccedilatildeo continuada de adubos nitrogenados minerais no solo altera o balanccedilo
do nitrogecircnio entre o solo e planta No meacutetodo biodinacircmico eacute sublinhada a importacircncia
dos adubos animais para o estabelecimento da fertilidade permanente dos solos (Koeff
et al 1983)
Para Guimaratildees (1997) os benefiacutecios que a mateacuteria orgacircnica imprime ao solo
principalmente melhorando a produtividade fertilidade e a influencia que as substancias
huacutemicas exercem sobre o ambiente dependem da qualidade e do teor de mateacuteria
orgacircnica do solo Estas substacircncias por conterem nutrientes em sua constituiccedilatildeo em uma
forma mais disponiacutevel para as plantas promovem um equiliacutebrio no ambiente no solo
(Kononova 1966)
Aproximadamente de 60 a 70 do total de carbono do solo ocorre na forma de
materiais huacutemicos (Griffith amp Schnitzer 1975) sendo a eles atribuiacutedo a manutenccedilatildeo da
bioestrutura do solo aumentando a capacidade de retenccedilatildeo de aacutegua (Brady 1999)
Conforme Compagnoni amp Putzolu (1985) os estercos bem como os demais
resiacuteduos orgacircnicos apresentam conteuacutedos diferentes de aacutecidos huacutemicos e fuumllvicos sendo
atribuiacutedo ao acido huacutemico uma accedilatildeo fitoestimulante semelhante aos fitohormocircnios por
favorecer o desenvolvimento do sistema radicular e crescimento do caule
Em trabalho realizado por Guimaratildees (1997) foi encontrado para aacutecidos huacutemicos
de esterco bovino uma relaccedilatildeo CN 1035 e para vermicomposto bovino 17
evidenciando que o esterco quando aplicado ao solo por apresentar uma relaccedilatildeo CN
proacutexima deste reage mais facilmente liberando nutrientes para as plantas sem alterar a
cadeia troacutefiacuteca Dados encontrados no presente trabalho demonstram a eficiecircncia do
esterco nesse sentido
38
De acordo com Morselli (2001) vaacuterios trabalhos citam comentam e discutem a
capacidade dos vermicompostos em proporcionar oacutetimas colheitas e favorecer a
precocidade das plantas cultivadas Poreacutem muitas vezes se observa que mesmo
suprindo essas plantas com nutrientes necessaacuterios atraveacutes de huacutemus de diferentes fontes
as respostas natildeo satildeo as mesmas para uma mesma cultivar
Por outro lado os resultados com o uso de substacircncias huacutemicas satildeo variaacuteveis e
dependem aleacutem da espeacutecie testada das substacircncias huacutemicas utilizadas sua
concentraccedilatildeo o grau de purificaccedilatildeo e das condiccedilotildees experimentais A resposta das
plantas aos aacutecidos huacutemicos e fuacutelvicos eacute dependente da mateacuteria prima original e da
espeacutecie vegetal pois materiais orgacircnicos diferentes apresentam aacutecidos huacutemicos e
fuacutelvicos diferentes (Businelli 1990)
Justificam-se os maiores conteuacutedos de nitrogecircnio foacutesforo potaacutessio e caacutelcio nas
adubaccedilotildees 15 VB (45 t ha 1 de vermicomposto) e biofertilizantes devido
provavelmente ao vermicomposto utilizado apresentar na sua constituiccedilatildeo teores
consideraacuteveis destes elementos aleacutem do que os biofertilizantes possam ter influenciado
na absorccedilatildeo atraveacutes de sua constituiccedilatildeo Tibau (1984) considera que a urina de vaca eacute
rica em aacutecido indol-aceacutetico e este influencia na absorccedilatildeo radicular O efeito positivo
deste tratamento provavelmente seja devido agrave quantidade aplicada
O biofertilizante que se destacou foi o MB4+U+CB em relaccedilatildeo ao EC (esterco de
curral) e eacute somente para a variaacutevel caacutelcio Isto provavelmente seja devido ao alto teor
deste elemento encontrado na sua constituiccedilatildeo (6872 g Kg1) e pela influecircncia positiva
que a calda bordalesa exerce no metabolismo das plantas atraveacutes dos nutrientes
contidos em sua formulaccedilatildeo O Ca controla a absorccedilatildeo radicular e retorna ao solo pelo
esterco e palhas por apresentar-se em maior quantidade em folhas e caules Depois de
localizado nas folhas fica imoacutevel favorecendo a resistecircncia da planta ao ataque de
fungos
Este trabalho avanccedila no estudo da agroecologia estando claro que todos os
criteacuterios tem caraacuteter dinacircmico de adequaccedilatildeo as mudanccedilas de um sistema de produccedilatildeo
em evoluccedilatildeo contribuindo na transiccedilatildeo para um padratildeo sustentaacutevel Cabe a pesquisa a
reorientaccedilatildeo para um enfoque ldquosistecircmicordquo isto eacute que permita integrar os diversos
componentes de um agroecossistema e a adoccedilatildeo de poliacuteticas puacuteblicas que promovam 0
fortalecimento e a expansatildeo da agricultura familiar
39
5 CONCLUSOtildeES
Considerando os resultados obtidos e as condiccedilotildees em que o estudo foi realizado
conclui-se que
bull As respostas agronocircmicas das mudas de cebola para os paracircmetros avaliados
satildeo mais satisfatoacuterias com a aplicaccedilatildeo de esterco de curral como adubaccedilatildeo de
base
bull Os biofertilizantes mais urina de vaca e calda bordalesa proporcionam
respostas satisfatoacuterias quando aplicados associados agraves adubaccedilotildees de base
bull O biofertilizante MB4 mais urina de vaca e calda bordalesa eacute mais eficiente
que o super magro mais urina e calda bordalesa quando aplicado associado agrave
adubaccedilatildeo de base esterco de curral para os conteuacutedos de fitomassa secae
fresca da parte aeacuterea das plantas altura e diacircmetro de colo das mudas de
cebola
bull Os biofertilizantes adicionados agrave adubaccedilatildeo de base 45 t harsquo 1 de vermicomposto
bovino mostram respostas significativas para os conteuacutedos de fitomassa seca
bull Os maiores conteuacutedos nutricionais para as mudas de cebola satildeo
proporcionados pela adubaccedilatildeo de base esterco de curral
bull A maior absorccedilatildeo de caacutelcio pelas mudas de cebola ocorre quando da adiccedilatildeo do
biofertilizante MB4 mais urina e calda bordalesa agrave adubaccedilatildeo de base esterco de
curral
40
6 REFEREcircNCIAS BIBLIOGRAacuteFICAS
ALDRIGHI CB ABREU CM PAGLIA AG MORSELLI TBGA FERNANDES HS Efeito da aplicaccedilatildeo de biofertilizante e urina de vaca em mudas de tomateiro Horticultura Brasileira v20 n2 julho 2002 Suplemento 2
ALTIERI M NICHOLLS C I Agroecologia Teoria praacutectica para umaAgricultura Sustentable Ia ed PNUMA 2000 Cap 2 4 Seacuterie textos baacutesicos para la formacioacuten ambiental
ALTIERI M Agroecologia bases cientiacuteficas para uma agricultura sustentaacutevelGuaiacuteba Agropecuaacuteria 2002 592 p
ANTONIOLLI Z I GIRACCA E M N CARDOSO S J T WIETHAN M M S FERRI M Iniciaccedilatildeo agrave Minhocultura Criaccedilatildeo em Cativeiro e Vermicompostagem Santa Maria UFSM 1996 p59-89
BAYER C MIELNICZUC J Dinacircmica e funccedilatildeo da mateacuteria orgacircnica In SANTOS G de A S e CAMARGO F A de O (ed) Fundamentos da mateacuteria orgacircnica do solo ecossistemas tropicais e subtropicais Porto Alegre Genesis 1999 p 3-23
BARRETTO D X Composto Orgacircnico In Praacutetica em Agricultura Orgacircnica Satildeo Paulo iacutecone Ed Ltda 1985 p 51-63
BETTIOL W Alguns produtos alternativos para o controle de doenccedilas de plantasem agricultura orgacircnica II Ciclo de palestras sobre agricultura orgacircnica Instituto Bioloacutegico Satildeo Paulo p52-63 1997
41
BETTIOL W TRACH R GALVAtildeO JAH Controle de doenccedilas de plantas com biofertilizantes Jaguariuacutena EMBRAPA-CNPMA 1997 22p (EMBRAPA- CNPMA Circular Teacutecnica 02)
BRADY N C Natureza e propriedades dos sotos Rio de Janeiro Freitas BastosS A 1979 647p
BRADY N C Organisms and ecology of the soil In The nature of properties of soils Simon amp Schuster A Viacon Company New Jersey1999 402-489p
BON1LLA J A Fundamentos da Agricultura Ecoloacutegica Sobrevivecircncia eQualidade de Vida Satildeo Paulo Nobel 1992
BUREacuteS S Substratos Ediciones Agroteacutecnicas S L Madrid Octubre 1997
BUS1NELLI M Chemical Composition and Enzymic Activity of some Worm Cast Plant Soil v 80 p 1-2 1990
CALEGARI A Espeacutecies para cobertura de solo In IAPAR (Instituto Agronocircmico de Paranaacute) Plantio Direto pequena propriedade sustentaacutevel organizador Moacir Darolt Londrina - PR 1998 65-93
CAMARGO P N D Manual de Adubaccedilatildeo Foliar Satildeo Paulo Herba 1975
CAPRA F A Teia da Vida Satildeo Paulo Cultrix 1997 256p
CAPRA F O Ponto de Mutaccedilatildeo 22 ed Satildeo Paulo Cultrix 2001 447p
CHABOUSSOU F Plantas doentes pelo uso de agrotoacutexicos (A Teoria da Trofobiose) Porto Alegre LPM 1987 253 p
CLARO S A Referencias tecnoloacutegicos para a agricultura familiar ecoloacutegica aexperiecircncia da Regiatildeo Centro-Serra do Rio Grande do Sul Porto Alegre EMATERRS-ASCAR 2001 250p
CLIVELA G Diagnoacutestico Agronocircmico da cebola no Rio Grande do Sul Porto Alegre EMATERRS 1995 8 6 p
COMISSAtildeO DE FERTILIDADE DO SOLO - RSSC Recomendaccedilotildees de adubaccedilatildeo e calagem para os estados do Rio Grande do Sul e Santa Catarina 3 ed Passo Fundo SBCS - Nuacutecleo Regional Sul 1995 223p
COMPAGNONI L PUTZOLU G Cria moderna de Ias lombrices y utilizacioacutenrentable dei humus Barcelona Editorial de Vecchi- SA 1985127p
COSTABEBER J A MOYANO E Transiccedilatildeo agroecoloacutegica e accedilatildeo social coletiva Agroecologia e Desenvolvimento Rural Sustentaacutevel Porto Alegre v l n4 p 50- 60 outdez 2 0 0 0
42
COSTA M B B da Adubaccedilatildeo orgacircnica Nova siacutentese e novo caminho para aagricultura Satildeo Paulo Ed iacutecone Ltda 1985 102p
COSTA NETO C Agricultura Sustentaacutevel Tecnologias e Sociedade In CARVALHO COSTA LF et al (org) Mundo Rural e Tempo Presente Rio de Janeiro Mauad 1999
DrsquoAG0ST1NI R L FANTINI A C Produccedilatildeo orgacircnica tambeacutem socialmente excludente Agroecologia e Desenvolvimento Rural Sustentaacutevel Porto Alegre v3 n l p57-61 2002
DALPONTE J C V Utilizaccedilatildeo de materiais orgacircnicos e fertilizante mineral na produccedilatildeo e qualidade de mudas e bulbos de cebola (Alliurn Cepa L) Pelotas-RS 1990 (Mestrado em Agronomia) - Faculdade de Agronomia Eliseu Maciel UFPel 1990
DEBARBA J F THOMAZELLI L F GANDIN C L SILVA E Cadeias produtivas do Estado de Santa Catarina Cebola Florianoacutepolis Epagri 1998 115 p (EPAGRI Boletim Teacutecnico 96)
DUFOUR F Os saacutebios loucos do agro-alimentar Le Monde Diplomatique ano 1 n4 p6-7 1999 (ed portuguesa)
EHLERS E Agricultura Sustetaacutevel Origem e perspectivas de um novo paradigma 2 ed Guaiacuteba Agropecuaacuteria 1999 157 p
FILGUEIRA F A R Novo Manual de olericultura agrotecnologia moderna na produccedilatildeo e comercializaccedilatildeo de hortaliccedilas Viccedilosa UFV 2000 402 p
FRASER G K Mateacuteria Orgacircnica Del Suelo In BEAR F E (ed) Quiacutemica dei Suelo Madrid Ed Agrociencia 1963
FOLLET R H MURPHY L S DONAHUE R L Fertilizers and soil amendments New Jersey Printice-Hall Inc 1981 557p
GARCIA A Revista dei Espacio Rural Georgica Zaragoza Escuela Politeacutecnica de Huesca n5 1997
GARCIA A Versatildeo preliminar de um Programa Estadual de Produccedilatildeo e Comercializaccedilatildeo de Bulbos e Sementes de CebolaEMBRAPAIPAGROMARAEMATER 6 8 pbdquo 1990 (Publicaccedilatildeo avulsa)
GIORGETT1 J R Produccedilatildeo e Comercializaccedilatildeo de Mudas de Tomate In Encontro Nacional de Produccedilatildeo e Abastecimento de Tomate 2 1991 Jaboticabal Satildeo Paulo Anais Jaboticabal UNESP 1991 p 242-244
GLIESSMAN S R Agroecologia Processos ecoloacutegicos em agricultura sustentaacutevelPorto Alegre Universidade Federal do Rio Grande do Sul - UFRGS 2000 653p
43
GLIESSMAN S R TURRIALBA C R Agroecologia Procesos Ecoloacutegicos en Agricultura Sostenible CATIE 2002 p 3-14
GNOATTO S C Caracterizaccedilatildeo quiacutemica de vermicompostos de diferentes substratos orgacircnicos Pelotas-RS 1999 38 f (Mestrado em Agronomia - Solos) - Faculdade de Agronomia Eliseu Maciel UFPel 1999
GOMES J C C BORBA M F S A moderna crise dos alimentos oportunidade para a agricultura familiar Emater Porto Alegre julset 2000 Disponiacutevel em lthttpwwwematertchebrdocsagroecorevistan313-artigo3htmgtAcesso em 24 fev 2002
GOMEZ H W Desenvolvimento sustentaacutevel agriacutecola e capitalismo In Desenvolvimento sustentaacutevel Necessidade eou disponibilidade Santa Cruz do Sul Nobel - UNISC 1997 p 65-77
GONZAacuteLEZ DE MOLINA M SEVILLA GUZMAacuteN E Ecologia campesinado e historia Para una reinterpretacioacuten dei desarrollo dei capitalismo en la agricultura In SEVILLA GUZMAacuteN E GONZAacuteLEZ DE MOLINA M (ed) Ecologia campesinado e historia Madrid La Piqueta 1993 p 23-129
GRIFFITH S A SCHNITZER M Analytical characteristic of humic and fulvic acids extracted from tropical volcanic soils Soil Sei Soc Am Proc v 39 p361-367 1975
GUIMARAtildeES E Caracterizaccedilatildeo quiacutemica estreptoscoacutepica e por anaacutelise teacutermica de aacutecidos huacutemicos e vermicompostos obtidos de estercos de diferentes animaisCuritiba 1997 Dissertaccedilatildeo (Mestrado em Quiacutemica) Universidade Federal do Paranaacute 1997
HESS A F Sociedade e meio ambiente uma relaccedilatildeo ambiacutegua Revista Cientiacutefica Rural Bageacute v 4 n2 p 167-1741999
ICEPA-SC Informes conjunturais sobre a cultura da cebola Disponiacutevel em lthttpwwwicepa combrgt Acesso em 23 jan 2003
JONES H A MANN L K Onions and their allies New York Interscience Publishers 1962 286 p
JUacuteNIOR H A de MAIORANO J A Receitas obtidas de extratos de plantasCampinas CATITerra Viva [199-] 10 f
KHATOUNIAN C A Ciclo de Palestras sobre Agricultura Orgacircnica 2a Ed SatildeoPaulo Fund Cargill 1997 149 p
KIEHL E J Fertilizantes Orgacircnicos Satildeo Paulo Ed Agronocircmica Ceres Ltda 1985 492p
44
KOEFF H H PETTERSSON B D SHAUMANN W Vida Vegetal solos e adubaccedilatildeo In Agricultura Biodinacircmica Satildeo Paulo Nobel 1983 p92-149
KONONOVA M M Soil organic matter The importance o f organic matter in soil formation and soil fertility New York Pergamqn Press 1961 p 165-200
KUHN T A Estrutura das Revoluccedilotildees Cientiacuteficas Satildeo Paulo Perspectiva 1989 257p
LANNA FCA ABREU C L ABREU J G SILVA V Resposta de cultivares de melancia cultivadas sob adubaccedilatildeo quiacutemica e orgacircnica Horticultura v 12 n l p85 1994
LEFF H Saber Ambiental Petroacutepolis Vozes 2001 343 p
MAGALHAtildeES J R Nutriccedilatildeo e adubaccedilatildeo da cebola In FERREIRA M E CASSTELLANE P D CRUZ M C P Nutriccedilatildeo e adubaccedilatildeo de hortaliccedilasPiracicaba POTAFOS 1993 p 381-393
MALAVOLTA E Elementos de nutriccedilatildeo mineral de plantas Satildeo Paulo Ed Agronocircmica Ceres Ltda 1980 251 p
MALAVOLTA E Manual de Quiacutemica Agriacutecola - Adubos e Adubaccedilatildeo 3a ed SatildeoPaulo Ed Agronocircmica Ceres Ltda 1981 606 p
MARTINEZ A A A grande e Poderosa Minhoca Jaboticabal Funep - Unesp1990 101 p
MARTINS S R Desenvolvimento e Sustentabilidade Horticultura Brasileira Brasiacutelia-DF v20 n2 julho 2002 Palestra apresentada no 42deg Congresso Brasileiro de Olericultura
MARTINS S R Limites Del Desarrollo Sostenible em Ameacuterica Latina En el marco de Ias poliacuteticas de (re)ajuste econocircmico Pelotas Editora UFPel 1997 135 P-
MARTINS S R Sustentabilidade na agricultura dimensotildees econocircmicas sociais e ambientais Revista Cientiacutefica Rural Bageacute v4 n 2 p 175-1871999
MATURANA H REZEPKA S N D E Formaccedilatildeo Humana e Capacitaccedilatildeo Rio de Janneiro Vozes 2000 8 6 p
MELLO A F SOBRINHO M O ARZOLLA S SILVEIRA R NETTO A C KIEHL J C Fertilidade do Solo Satildeo Paulo Nobel 1983
MENEZES JUacuteNIOR F O G D Caracterizaccedilatildeo de Diferentes substratos hortiacutecolas e seu efeito na produccedilatildeo de mudas de alface e couve-flor em ambiente protegido Pelotas 1998 141 p Dissertaccedilatildeo (Mestrado em Agronomia - Produccedilatildeo Vegetal) - Faculdade de Agronomia Eliseu Maciel UFPel 1998
45
MIBASA Mineraccedilatildeo Barreto SA Melhorador de Solos MB4 A Natureza Agradece Arapiraca-AL [199-] Folder
MINAMI K Os resumos da olericultura 2000 In AZEVEDO FILHO MARTINEZ FILHO (ed) Preccedilos agriacutecolas Piracicaba ESALQ 1999 p 4
MINAMI K Produccedilatildeo de Mudas de Alta Qualidade em Horticultura Satildeo Paulo TA Queiroz 1995
MORSELLI T B G A Cultivo sucessivo de alface sob adubaccedilatildeo orgacircnica em ambiente protegidoPelotas 2001 178 p Tese (Doutorado em Agronomia - Produccedilatildeo Vegetal) Faculdade de Agronomia Eliseu Maciel UFPel 2001
MORSELLI T B G A Resiacuteduos orgacircnicos em sistemas agriacutecolas Poliacutegrafo da Disciplina de Resiacuteduos orgacircnicos em sistemas agriacutecolas Curso de Poacutes-Graduaccedilatildeo em Agronomia-Produccedilatildeo Vegetal UFPel 2002
MULLER AM Efeitos da Aplicaccedilatildeo Foliar de um Biofertilizante Enriquecido no Estado fitossanitaacuterio de Tomate Ervilha e Beterraba Sob Manejo OrgacircnicoDissertaccedilatildeo (Mestrado no Programa de Poacutes-Graduaccedilatildeo em Agroecossistemas)1999 (Resumo)
NOLLA D Erosatildeo do Solo - O grande desafio Estado do Rio Grande do Sul SEAGRI desenvolvimento de recursos naturais renovaacuteveis 1982 412 p
PAGLIA AG MORSELLI TBGA PEIL RMN Teores de nutrientes pH e condutividade eleacutetrica da aacutegua em sistema ldquofloat^ngrdquo sob adiccedilatildeo de biofertilizantes Horticultura Brasileira v 20 n2 julho 2002 Suplemento 2
PAULUS G MULLER A BARCELLOS LAR Agroecologia aplicada praticas e meacutetodos para uma agricultura de base ecoloacutegica 2ed ver ampl Porto Alegre EMATERRS 2001 8 6 p
PEIXOTO R T dos G Composto orgacircnico aplicaccedilotildees benefiacutecios e restriccedilotildees de uso Horticultura Brasileira Brasiacutelia-DF v 18 p 56-64 julho 2000
PENTEADO SR Defensivos Alternativos e Naturais Satildeo Paulo 1999 95 p
PEREIRA AJ SOUZA RJ PEREIRA WR Efeito de diferentes doses de esterco de galinha e de curral sobre a produccedilatildeo de cebola Horticultura Brasileira v20 n2 julho 2002 Suplemento 2
PINHEIRO S BARRETO SB MB-4 agricultura sustentaacutevel trofobiose e biofertilizantes Fundaccedilatildeo Juquira CandiruMibasa 2000 273 p
PRIMAVESI A Agricultura Sustentaacutevel Satildeo Paulo Nobel 1992 142 p
PRIMAVESI A O manejo ecoloacutegico do solo Agricultura em regiotildees tropicais SatildeoPaulo Nobel 1982 541 p
46
PURCINO A A C ldquoNitrogecircniordquo Informe Agropecuaacuterio Belo Horizonte v7 n81 p 16-27 1981
QUIJANO F G Efeito da adubaccedilatildeo orgacircnica no desenvolvimento de duas cultivares de alface em ambiente protegido Pelotas 1999 116f Dissertaccedilatildeo (Mestrado em Agronomia - Produccedilatildeo Vegetal) Faculdade de Agronomia Eliseu Maciel UFPel 1999
RODRIGUES A N N Efeitos e residuais de superfosfato triplo sobre o rendimento de mateacuteria seca e absorccedilatildeo de foacutesforo pela aveia (Avena strigosa Schob) em solo Podzoacutelico Vermelho Escuro Porto Alegre 1984 59f Dissertaccedilatildeo (Mestrado em Agronomia) - Faculdade de Agronomia UFRGS 1984
RODRIGUES E T CASALI V W D Respostas da alface agrave adubaccedilatildeo orgacircnica II Teores conteuacutedos e utilizaccedilatildeo de macronutrientes em cultivares Rev Ceres Viccedilosa v 45 n 261 p 437-449 1998
SAMINEcircS T C O Produccedilatildeo orgacircnica de alimentos Horticultura Brasileira Brasiacutelia-DF v 17 n3 novembro 1999
SCHIEDECK G Ambiecircncia e resposta agronocircmica de meloeiro (Cucumis melo L) cultivado sob adubaccedilatildeo orgacircnica em ambiente protegido Pelotas lOOp Tese (Doutorado em Agronomia - Produccedilatildeo Vegetal) - Faculdade de Agronomia Eliseu Maciel UFPel 2002
SILVA JUacuteNIOR A A GIORGI E Substratos alternativos para a produccedilatildeo de mudas de tomate Agropecuaacuteria Catarinense Florianoacutepolis EPAGRI 1992 23 p
SILVA JUacuteNIOR A A MACEDO S G STUKER H Utilizaccedilatildeo de esterco de peru na produccedilatildeo de mudas de tomateiro Florianoacutepolis EPAGRI 1995 28 p (Boletim Teacutecnico 73)
TAGLIARI PS GRASSMANN H Minhoca a grande aliada da agricultura Agropecuaacuteria Catarinense v8 n l p 11-14 mar 1995
TEDESCO M J GIANELLO C Anaacutelises de solo plantas e outros materiais Porto Alegre Faculdade de Agronomia Departamento de Solos Universidade Federal do Rio Grande do Sul RS 1996
TENNANT D A Test of modified line intersect method of estimating root lenght Journal Ecology Oxford v 63 p 995-1001 1975
TIBAU A O Mateacuteria Orgacircnica do Solo Mateacuteria Orgacircnica e Fertilidade do SoloSatildeo Paulo Nobel 1984 p49-182
TIMM P J Anaacutelise comparativa dos sistemas de plantio convencional e cultivo miacutenimo de cebola sob adubaccedilatildeo orgacircnica e mineral Pelotas 2000 79 p Dissertaccedilatildeo (Mestrado em Agronomia - Produccedilatildeo Vegetal) - Faculdade de Agronomia Eliseu Maciel UFPel 2000
47
VALENZUELA HR CROSBY C Effect of compost applications on the yield of several vegetables in long-term organic farming experiments conduced in the tropics American Society Horticultural Science v33 n3 june 1998
VIGLIZZO E (ed) Subprograma Recursos Naturais y Sostenibilidad Agriacutecola documento marco Montevideo IICAPROCISUR 1995 p 75 - 78
WE1D J M TARDIN J M Proposta para a Ampliaccedilatildeo do Trabalho da ASPTA no Centro Sul do Paranaacute ASPTA Disponiacutevel em http wwwpronafgovbrEncontrotestosAS20PTA20Sul20ParanE1205 202002doc Acesso em 05 mai 2002
XAVIER SIMOacuteN F DOMINGUES D G Desenvolvimento Rural Sustentaacutevel uma perspectiva agroecoloacutegica Agroecologia e Desenvolvimento Rural Sustentaacutevel Porto Alegre EM ATERRS v2 n2 p 17-26 2001
ZABALETA J P Diagnoacutestico da Agricultura Familiar em Satildeo Joseacute do Norte - RSPelotas EMBRAPA-CPACT 1998 75 p (EMBRAPA-CPACT Documentos 44)
ZONTA E P MACHADO A A SILVEIRA P Sanest Sistema de anaacutelise estatiacutestica para microcomputadores Registrado na Secretaria Especial de Informaacutetica sob nuacutemero 066060 - categoria A Pelotas-RS Universidade Federal de Pelotas 1984
48
7 APEcircNDICE
APEcircNDICE A - Anaacutelise da adubaccedilatildeo de base e biofertilizantes utilizados na produccedilatildeo de mudas de cebola
TABELA 1 A Anaacutelise baacutesica do solo antes da incorporaccedilatildeo do feijatildeo miuacutedo + papua
Arg
pH IND
SMP
MO
P - n r - Na Al Ca__10Omlmdash
Mg
ppm -
6 53 67 089 8 6 27 1 04 05 0 2
Fonte LASFAEMUFPel (2002)
TABELA 2A Anaacutelise complementar do solo antes da incorporaccedilatildeo do feijatildeo-miuacutedo + papua
Cobre Zinco Manganecircs Ferro
(m v1)
04 05 26 007
Fonte LASFAEMUFPel (2002)
49
TABELA 3A Anaacutelise dos fertilizantes soacutelidos
Amostra pH limidade CN
C N P K Ca Mg
- g-ivg --
Cama de 849 2491 12 31042 2479 3888 3405 29875 463
aves
Esterco 74 3594 11 677 590 157 134 335 214
de curral
Huacutemus 684 5738 14 15965 1098 453 745 743 361
Fonte LASFAEMUFPel (2002)
TABELA 4A Anaacutelise quiacutemica dos biofertilizantes liacutequidos
Amostra N P K_ccedil H
Ca Mg Cu Zn Fe Mn
mdashgL bull
S Magro
m b 4
Urina
053
1652
8 2 2
008
395
0 0 0
149
1674
471
1902
6872
0 0 0
1150
4507
1172
7273
42
033
101389
920
0 0 0
6250
19458
781
35273
1123
0 2 1
Fonte LASFAEMUFPel (2002)
50
APEcircNDICE B - Condiccedilotildees climaacuteticas do local
TABELA 1B Condiccedilotildees de temperatura do local
___________ __________TEMPERATURA (degCgt
meses Meacutedia
Maacutexima
Meacutedia
MiacutenimaMeacutedia
Maacutexima
Absoluta
Miacutenima
Absoluta
Junho 225 87 156 320 25
Julho 225 85 155 285 30
Agosto 251 71 161 360 1 0
Fonte FEPAGROSCT 2002
TABELA 2B Condiccedilotildees de chuva do local
mdash CHUVA (mm)mdash
meses Ocorrida Normal Desvio Da Normal
Junho 1080 1 1 0 -2 0
Julho 1062 98 8 2
Agosto 1283 1 2 0 83
Fonte FEPAGROSCT 2002
51
TABELA 1C Produccedilatildeo de fitomassa fresca e seca (g) da parte aeacuterea altura de planta
(cm) e diacircmetro de colo (mm) de mudas de cebola Petrolini cultivadas
sob uma perspectiva agroecoloacutegica Pelotas-RS 2003
APEcircNDICE C - Anaacutelise estatiacutestica da parte aeacuterea
Causas G1 FFPA FSPA AP DC
da variaccedilatildeo --------- Quadrados meacutedios-
Blocos 3
Ad Base 2 175359071 1287102 2547419 1 11775
Biofertilizantes 2 126876 29011 87669ns 02185ns
Ad x Biofert 4 572378 31123 69106ns 04159
Resiacuteduo 24 34456 03048 27169 00290
Total 35
Meacutedia geral 93745 8772 320388 6741
CV 1980 6294 5145 2530
Significativo a 5ns Natildeo significativo
52
TABELA 1D Produccedilatildeo de fitomassa fresca e seca (g) comprimento (cm) e densidade
de raiacutezes (m cm3) de mudas de cebola Petrolini cultivadas sob uma
perspectiva agroecoloacutegica e razatildeo parte aeacutereasistema radicular Pelotas-
RS 2003
APEcircNDICE D - Anaacutelise estatiacutestica da raiz
Causas G1 FFR FSR CR RPASR DR
da variaccedilatildeo Quadrados meacutedios---------------
Blocos 3
Ad Base 2 27874 551 623 2 1 0 140
Biofertilizantes 2 178 0 1 0 ni 1504 l03ns 038ns
Ad x Biofert 4 190 058 318 294 183
Resiacuteduo 24 005 009 028 023 0 2 1
Total 35
Meacutedia geral 1818 228 184 387 333
C V 134 1356 448 1253 1396
Significativo a 5 ns Natildeo significativo
53
APEcircNDICE E - Anaacutelise estatiacutestica dos macronutrientes da parte aeacuterea da cebola
TABELA 1E Conteuacutedos (mg planta1) de nitrogecircnio foacutesforo potaacutessio caacutelcio e
magneacutesio no tecido vegetal de mud^s de cebola Petrolini cultivadas
sob uma perspectiva agroecoloacutegica Pelotas-RS 2003
Causas G1 bull N P K Ca Mg
da variaccedilatildeo
Blocos 3
Ad Base 2 13550306 446627 25509686 1031806 59007
Biofertilizantes 2 180610ns 16564 68153ns 39006 876ns
Ad x Biofert 4 454187 45743 1047539 46950 2464
Resiacuteduo 24 29769 1453 64313 3741 439
Total 35
Meacutedia geral 24921 4597 33366 6943 1615
C V 692 829 760 880 1297
Significativo a 5 ns Natildeo significativo
APEcircNDICE F - Fotos do experimento
FIGURA 2 Mudas de cebola (Allium cepa L) produzidas sob uma perspectiva agroecoloacutegica
APEcircNDICE F a Fotos do experimento
FIGURA 1 Adubaccedilatildeo verde com feijatildeo-miuacutedo e papuatilde utilizadas no manejo do solo
FIGURA 2 Mudas de cebola (Allium cepa L) produzidas sob urna perspectiva agroecoloacutegica
23
insetos fitoacutefagos possivelmente por causa do manejo orgacircnico de produccedilatildeo Os
resultados das pulverizaccedilotildees das soluccedilotildees foliares variaram conforme a cultura e o
clima
255 Biofertilizante MB4
A utilizaccedilatildeo das farinhas de rochas eacute uma das teacutecnicas mais modernas usadas nos
uacuteltimos anos na agricultura O elevado nuacutemero de nutrientes contidos no MB4 como
cobre zinco manganecircs cobalto soacutedio alumiacutenio silicatos de magneacutesio ferro e caacutelcio
acompanhado de foacutesforo potaacutessio e enxofre reagem com a soluccedilatildeo do solo liberando
elementos essenciais ao desenvolvimento da vida microbiana os quais exercem um
papel fundamental atraveacutes de transformaccedilotildees quiacutemicas e do equiliacutebrio bioloacutegico
favorecendo o desenvolvimento sadio das plantas (Pinheiro amp Barreto 2000)
24
3 MATERIAL E MEacuteTODOS
31 Local de execuccedilatildeo do experimento
O presente trabalho foi conduzido no Centro de Pesquisa da Regiatildeo Sul
(FEPAGROSUL) no municiacutepio de Rio Grande nlt periacuteodo de 15 de maio a 26 de
agosto de 2 0 0 2
O solo eacute classificado como ldquoTuiardquo satildeo muito arenosos As massas aquaacuteticas do
Oceano Atlacircntico e Lagoa dos Patos influenciam ventos temperatura pressatildeo umidade
relativa e demais fatores climaacuteticos A topografia da regiatildeo litoracircnea eacute plana com
lenccediloacuteis freaacuteticos superficiais
32 Anaacutelise estatiacutestica
O experimento foi constituiacutedo em fatorial 3X3 (Quadro 1) com quatro repeticcedilotildees
no delineamento blocos ao acaso As variaacuteveis respostas foram submetidas agrave anaacutelise de
variaccedilatildeo e ao teste de Duncan a 5 de probabilidade para comparaccedilatildeo das meacutedias
utilizando-se o sistema SANEST (Zonta amp Machado 1984)
As anaacutelises estatiacutesticas das variaacuteveis estudadas encontram-se nos Apecircndices C D
Os resultados das respostas agronocircmicas e das determinaccedilotildees dos conteuacutedos dos
macronutrientes bem como os de raiz estatildeo nas tabelas de 1 a 3
25
As diferentes adubaccedilotildees seratildeo representadas durante a discussatildeo da seguinte
forma 1 VB (30 t ha 1 de vermicomposto) 15 VB (45 t ha 1 de vermicomposto) e EC
(60 t ha 1 de esterco de curral) 1 VB+SM+U+CB (30 t ha 1 de vermicomposto mais
super magro mais urina de vaca mais calda bordalesa) 15 VB+SM+U+CB (45 t ha 1 de
vermicomposto mais super magro mais urina de vaca mais calda bordalesa)
EC+SM+U+CB (60 t ha 1 de esterco de curral mais super magro mais urina de vaca
mais calda bordalesa) 1 VB+MB4 +U+CB (30 t ha 1 de vermicomposto mais MB4 mais
urina de vaca mais calda bordalesa) 15 VB+MB4 +U+CB (45 t ha 1 de vermicomposto
mais MB4 mais urina de vaca mais calda bordalesa) EC+MB4 +U+CB (60 t ha 1 esterco
de curral mais MB4 mais urina de vaca mais calda bordalesa)
QUADRO 1 Descriccedilatildeo dos fatores experimentais e respectivos niacuteveis
Niacuteveis Fator 1 ADUBACcedilAtildeO DE BASE
0 1 Vermicomposto (30 t ha1)
0 2 Vermicomposto (45 t ha1)
03 Esterco de curral (60 t ha1)
Niacuteveis Fator 2 BIOFERTILIZANTES LIacuteQUIDOS
0 1 Super magro (5) + Urina de Vaca + Calda Bordalesa
0 2 MB4 (10) + Urina de vaca + Calda Bordalesa
03 Ausecircncia (testemunha)
33 Tratamentos
Da combinaccedilatildeo entre niacuteveis e fatores foram obtidos 9 tratamentos que estatildeo
descritos no Quadro 2 bem como as doses de adubaccedilatildeo utilizadas no experimento
26
QUADRO 2 Tratamentos e doses de adubaccedilatildeo utilizadas no experimento
TRATAMENTOS
Ndeg FATOR I FATOR II
0 1 30 t ha de vermicomposto Super magro 5 Urina de vaca Calda Bordalesa
0 2 30 t harsquo de vermicomposto MB4 10 Urina de vaca Calda Bordalesa
03 30 t ha de vermicomposto - - -
04 45 t ha de vermicomposto Super magro 5 Urina de vaca Calda Bordalesa
05 45 t ha de vermicomposto MB4 10 Urina de vaca Calda Bordalesa
06 45 t ha de vermicomposto - - -
07 60 t hade esterco Super Magro 5 Urina de vaca Calda Bordalesa
08 60 t hade esterco MB4 10 Urina de vaca Calda Bordalesa
09 60 t hade esterco - - -
Cada parcela foi constituiacuteda por dois canteiros medindo 1 m de largura x 2 m de
comprimento perfazendo 075 m de aacuterea de aacuterea uacutetil (025 m de bordadura) Foi
utilizando semeadura a lanccedilo com densidade de 24 g canteiro1
O vermicomposto a urina de vaca o esterco de curral o alhol os biofertilizantes e
a calda bordalesa foram de procedecircncia do Centro de Pesquisa da Regiatildeo Sul O
vermicomposto de esterco bovino misturado agraves cascas de frutas foi processado pela
minhoca vermelha califomiana Eisenia foetida)
O biofertilizante Super Magro foi elaborado segundo a metodologia descrita pela
FEPAGROSUL utilizando-se os seguintes componentes 190 litros de aacutegua 22 litros
de leite 55 Kg de accediluacutecar mascavo 30 Kg de esterco fresco de bovinos 2 Kg de
Sulfato de zinco 2 Kg de sulfato de magneacutesio 2 Kg de cloreto de caacutelcio 1 Kg de aacutecido
boacuterico 300 g de sulfato de cobre 300 g de sulfato de ferro 300 g de sulfato de
manganecircs 100 g de molibdato de soacutedio 50 g de sulfato de cobalto 3 Kg de fosfato
natural 3 Kg de cinza e 200 g de farinha de osso
A urina de vaca em lactaccedilatildeo foi coletada pela manhatilde e armazenada em recipiente
fechado por trecircs dias em condiccedilotildees ambientais para que se formasse a amocircnia e natildeo
ocorresse perda de nitrogecircnio
28
Realizaram-se duas capinas manuais durante o experimento e em seguida como
cobertura se colocou casca de arroz Tambeacutem foi aplicado esterco de aves 30 dias antes
da colheita na quantidade de 05 Kg canteiro 1 como adubaccedilatildeo de cobertura
As pulverizaccedilotildees com os produtos iniciaram apoacutes 15 dias da germinaccedilatildeo
Realizou-se sete aplicaccedilotildees sendo que as duas primeiras foram feitas apenas com
Super Magro e MB4 Na terceira e na quarta aplicaccedilatildeo utilizou-se urina de vaca e calda
bordalesa em concentraccedilotildees menores (05 e 025 respectivamente) e na quinta
aplicaccedilatildeo as dosagens de urina de vaca e calda bordalesa foram elevadas para 1 0 e
05 respectivamente ateacute o final do experimento O alhol foi utilizado a partir da
terceira pulverizaccedilatildeo na quantidade de 2 e seguiu ateacute o final no dia 26 de agosto
quando as mudas foram colhidas e posteriormente analisadas as variaacuteveis
35 Observaccedilotildees agronocircmicas
Foram utilizadas 20 mudas de cebola para obtenccedilatildeo das meacutedias das variaacuteveis as
quais foram as seguintes
351 Fitomassa fresca da parte aeacuterea e raiacutezes
Foi realizada atraveacutes de uma balanccedila digital procedendo-se a pesagem de 20
mudas de cebola previamente lavadas e posteriormente secadas durante uma hora sobre
um tecido de algodatildeo agrave temperatura ambiente Processo idecircntico foi adotado com as
raiacutezes
352 Fitomassa seca da parte aeacuterea e raiacutezes
Esta variaacutevel foi obtida a partir da secagem preliminar em estufa de ar forccedilado
durante 48 horas a 65 C ateacute peso constante com posterior pesagem em balanccedila
analiacutetica
353 Altura da muda
A altura de muda foi medida a partir do colo das plantas ateacute sua uacuteltima folha
(ponto de crescimento) com uma reacutegua graduada de 40 cm
29
354 Diacircmetro do colo das plantas
Esta medida foi realizada no ponto de transplante a 2 mm das raiacutezes e utilizando-
se um paquiacutemetro SOMET
355 Sistema radicular
Ao teacutermino do experimento foram retiradas as raiacutezes das mesmas plantas que foram
utilizadas para as determinaccedilotildees realizadas na parte aeacuterea procedendo-se uma amostra
de solo com raiacutezes de 2 0 cm de largura x 2 0 cm de comprimento e 2 0 cm de altura
totalizando 8000 cm3
As raiacutezes apoacutes serem lavadas em aacutegua corrente foram pesadas acondicionadas em
sacos plaacutesticos e congeladas para posteriores anaacutelises pelo meacutetodo de Tennant (1975)
para a determinaccedilatildeo do comprimento e densidade
3551 Comprimento de raiz
Utilizou-se para a determinaccedilatildeo do comprimento de raiz as seguintes foacutermulas
1 = ndeg x 1114 x 1 onde
1 - comprimento de raiz de uma amostra uacutemida de 0 0 2 g
ndeg - nuacutemero de intercessotildees das raiacutezes com os lados da quadriacutecula da malha do
aparelho
1114 - constante
1 - medida lateral da quadriacutecula em cm
Tomando-se a fiacutetomassa seca e o comprimento da raiz da cada amostra
relacionou-se com a fiacutetomassa seca e o comprimento total da raiz da planta aplicando-
se a seguinte equaccedilatildeo
L = (FSR x 1) FSPA onde
L - comprimento total da raiz da planta (m)
FSR - fiacutetomassa seca de raiz
FSPA - fiacutetomassa seca da parte aeacuterea
L - comprimento de raiz de uma amostra uacutemida de 002g
3552 Densidade de raiz
A densidade foi determinada pela foacutermula
D = L 8000 onde
D - densidade de raiacutezes (m cm3)
30
L - comprimento total de raiacutezes (m)
8 0 0 0 - volume da amostra (cm3)
3553 Razatildeo parte aeacutereasistema radicular
Este paracircmetro foi obtido pela equaccedilatildeo
RPASR = FSPA FSR onde
RPASR - razatildeo parte aeacuterea sistema radicular
FSPA - fitomassa seca da parte aeacuterea
FSR - fitomassa seca do sistema radicular
36 Determinaccedilatildeo de macronutrientes no tecido vegetal
Os macronutrientes nitrogecircnio foacutesforo potaacutessio caacutelcio e magneacutesio foram
determinados no laboratoacuterio de Fertilidade e Anaacutelise de Plantas do Departamento de
Solos da UFPel atraveacutes dos meacutetodos descritos por Tedesco amp Gianello (1996)
31
4 RESULTADOS E DISCUSSAtildeO
41 Anaacutelise das variaacuteveis
A anaacutelise da variaccedilatildeo mostrou que houve diferenccedila significativa na interaccedilatildeo entre
os fatores de adubaccedilatildeo de base e biofertilizantes liacutequidos com exceccedilatildeo da variaacutevel altura
de planta para a qual somente a adubaccedilatildeo de base mostrou-se significativa (Apecircndices
C D e E Tabelas 1C 1D e 1E)
411 Anaacutelise da parte aeacuterea
Na Tabela 1 destacaram-se as adubaccedilotildees EC+SM+U+CB EC+MB4 +U+CB e EC
que diferiram significativamente das demais adubaccedilotildees para as variaacuteveis fiacutetomassa
fresca da parte aeacuterea (FFPA) fiacutetomassa seca da parte aeacuterea (FSPA) altura de planta
(AP) e diacircmetro do colo (DC)
32
TABELA 1 Produccedilatildeo de fitomassa fresca e seca (g) da parte aeacuterea altura de planta
(cm) e diacircmetro de colo (mm) de mudas de cebola Petrolini cultivadas
sob uma perspectiva agroecoloacutegica Pelotas-RS 2003
BIOFERTILIZANTES LIacuteQUIDOSADUBACcedilAtildeO S Magro + MB4 +DE BASE Urina + Calda Urina + Calda Testemunha
Bordalesa Bordalesa
30 t ha de vermicomposto 7015 c A45 t halsquo de vermicomposto 7824 b B60 t ha de esterco de curral 12248 a C
30 t ha de vermicomposto 667 c A45 t ha de vermicomposto 752 b A60 t ha de esterco de curral 1150a C
30 t ha de vermicomposto 2975 b A45 t harsquo de vermicomposto 2775 b A60 t ha de esterco de curral 3600 a B
30 t ha de vermicomposto 631 b A45 t ha de vermicomposto 6 2 2 b B60 t ha de esterco de curral 741 a C
-Fitomassa fresca (g)----------------6270 c B 6885 b A8832 b A 6308 c C
15082 a A 13934 a BmdashFitomassa seca (g)----------------
625 c A 655 b A830 b A 607 b B
1345 a A 1262 a B-Altura de planta (cm)----------------
2950 b A 3050 b A2937 b A 2950 b A 3975 a A 3622 a B
-Diacircmetro de colo (mm)---------------592 c B 599 b B 657 b A 609 b B 819a A________ 793a B
Meacutedias seguidas pela mesma letra minuacutescula para as colunas (adubaccedilatildeo de base) e maiuacutesculas para as linhas (biofertilizantes) natildeo diferem entre si pelo teste de Duncan a 5
O efeito positivo do esterco bovino pode ser atribuiacutedo agraves melhorias nas condiccedilotildees
fiacutesicas do solo por ele proporcionado Segundo Primavesi (1982) e Compagnoni amp
Putzolu (1985) o esterco bovino apresenta propriedades condicionadoras do solo dando
agraves plantas melhores condiccedilotildees de desenvolvimento elevando sobremaneira os
conteuacutedos de fitomassa fresca das plantas que refletiratildeo nas demais respostas
agronocircmicas
Analisando as adubaccedilotildees de base em relaccedilatildeo aos biofertilizantes observa-se que
para os tratamentos 1 VB (30 t ha 1 de vermicomposto) - natildeo houve influecircncia dos
biofertilizantes para as variaacuteveis FSPA e AP enquanto destacou-se o SM+U+CB para o
DC e SM+U+CB e ausecircncia da adubaccedilatildeo liacutequida para a FFPA mostrando que o uso
dos biofertilizantes natildeo influenciou esta variaacutevel 15 VB (45 t ha 1 de vermicomposto) -
verificou-se a eficiecircncia do uso do MB4 +U+CB para as variaacuteveis FFPA e DC Para a
variaacutevel FSPA destacaram-se os dois biofertilizantes utilizados jaacute para AP natildeo houve
33
influecircncia destes EC (60 t ha 1 de esterco de curral) - em todas as variaacuteveis observadas
na tabela 5 as respostas foram significativas utilizando MB4 +U+CB
As respostas encontradas no presente trabalho para as variaacuteveis AP e FSPA foram
superiores as obtidas por Dalponte (1990) quando utilizado 0 esterco de curral para
produccedilatildeo de mudas de cebola
Segundo Filgueira (2000) os solos da regiatildeo produtora de cebola do RS satildeo
pobres em foacutesforo disponiacutevel (15 mg Kg1) necessitando portanto de adubaccedilotildees
fosfatadas elevadas As respostas aqui obtidas podem ser justificadas pelos teores de
foacutesforo contido no MB4
Follet et al (1981) citam a importacircncia do uso de compostos orgacircnicos no solo
enfatizando os estercos no sentido da decomposiccedilatildeo continuada no fornecimento de
nutrientes e na liberaccedilatildeo lenta e gradual de aacutecidos orgacircnicos influenciando a liberaccedilatildeo
do foacutesforo O que provavelmente pode ser atribuiacutedo agraves respostas encontradas no
presente trabalho para 0 tratamento Esterco de curral mais MB4 e Urina mais Calda
Bordalesa
E importante destacar que 0 sistema de produccedilatildeo de mudas de cebola sob uma
perspectiva agroecoloacutegica mostra-se eficiente quando visualmente natildeo percebe-se
diferenccedila significativa entre os tratamentos (Apecircndice F Figura 2)
Conveacutem ressaltar que quando trabalhamos com agroecologia natildeo existem
receitas nem pacotes tecnoloacutegicos prontos Cada situaccedilatildeo deveraacute ser estudada em
particular para que se faccedila recomendaccedilotildees adequadas ao ambiente local uma vez que
as plantas se adaptam ao meio estando a nutriccedilatildeo encarregada de proteger e manter o
equiliacutebrio do organismo vegetal em funccedilatildeo das alteraccedilotildees externas
E fundamental que se compreenda os princiacutepios norteadores de todo o processo
que satildeo as bases da luta por uma sociedade mais justa dentro de um mundo econocircmico e
ambientalmente mais sustentaacutevel
412 Anaacutelise do sistema radicular
Os resultados obtidos nas anaacutelises do sistema radicular (Tabela 2) mostram
diferenccedilas significativas entre as adubaccedilotildees para as variaacuteveis fitomassa fresca de raiz
(FFR) fitomassa seca de raiz (FSR) comprimento de raiz (CR) razatildeo parte
aeacutereasistema radicular (RPASR) e densidade de raiz (DR)
34
TABELA 2 Produccedilatildeo de fitomassa fresca e seca (g) comprimento (cm) e densidade de
raiacutezes (m cm3) de mudas de cebola Petrolini cultivadas sob uma
perspectiva agroecoloacutegica e razatildeo parte aeacutereasistema radicular Pelotas-
RS 2003
BIOFERTILIZANTES LIacuteQUIDOSADUBACcedilAO DE BASE
S Magro + MB4 +Urina + Calda Urina + Calda Testemunha
Bordalesa Bordalesa
de vermicomposto de vermicomposto de esterco de curral
de vermicomposto de vermicomposto de esterco de curral
de vermicomposto de vermicomposto de esterco de curral
de vermicomposto de vermicomposto de esterco de curral
1540 c A 1576 b B 2427 a A
Fitomassa fresca (g)----------------1502 c B 1517 b AB 1658 b A 1446 c C 2336 a B 2360 a B
--------------------Fitomassa seca (g)-------------------196 b A 207 ab A 170 b A170 b A 199 b A 192 b A 344 a A 249 a B 327 a A
Comprimento de raiz(cm)---------------1237 b A 1158 b A 1158 a A1237 b A 1060 c B 1040 b B1433 a A 1296 a B 1040 b C
30 t ha 45 t ha 60 t ha
30 t ha 45 t ha 60 t ha
30 t halsquo 45 t ha 60 t ha
30 t ha 45 t ha 60 t ha
30 t ha de vermicomposto 45 t ha de vermicomposto60 t ha~ de esterco de curral__________________________ _________________________Meacutedias seguidas pela mesma letra minuacutescula para as colunas (adubaccedilatildeo de base) e maiuacutesculas para as linhas (biofertilizantes) natildeo diferem entre si pelo teste de Duncan a 5
-----Razatildeo Parte AeacutereaSistema Radicular------340 b AB 301c B 384 a A446 a A 415 b A 326 a B339 b B 546 a A 388 a B
-------------- Densidade de raiz (m cm3)------------367 a AB 414 a A 325 b B282 b B 301b B 405 a A347 ab A 231c B 324 b A
Em relaccedilatildeo agraves adubaccedilotildees de base destacou-se o EC (60 t ha 1 de esterco de curral)
para as variaacuteveis FFR e FSR Quando adicionado o SM+U+CB os resultados para FFR
foram ainda melhores bem como o CR As respostas obtidas para a RPASR foram
variadas em relaccedilatildeo agraves adubaccedilotildees apresentando melhores resultados para 15 VB (45 t
ha 1 de vermicomposto)+SM+U+CB e ainda melhor para EC (60 t ha 1 de esterco de
curral)+MB4 +U+CB As adubaccedilotildees de base 1 VB 15 VB e EC natildeo diferiram entre si
As adubaccedilotildees mais eficientes para a variaacutevel DR foram 1 VB+SM+U+CV que natildeo
diferiu da EC+SM+U+CB I VB+ MB4 +U+CB e agrave 15 VB foram melhores entre as
demais
35
Analisando os biofertilizantes em relaccedilatildeo a cada adubaccedilatildeo de base verifica-se que
para a 1 VB (30 t ha 1 de vermicomposto)+SM+U+CB destaca-se a variaacutevel FFR
poreacutem sem diferenccedila significativa de 1 VB os melhpres resultados para a variaacutevel DR
foram encontrados pelo tratamento 1 VB+MB4 +U+CB e 15 VB (45 t ha 1 de
vermicomposto) tambeacutem se considera eficiente o 1 VB+SM+U+CB que natildeo diferiu do
EC (esterco de curral) Quando se utilizou 15 VB+ MB4 +U+CB houve resposta
significativa para a variaacutevel FFR para FSR as respostas natildeo foram diferentes com a
aplicaccedilatildeo dos biofertilizantes para as variaacuteveis FSR e DR as adubaccedilotildees EC e
EC+SM+U+CB natildeo diferiram entre si
Embora as respostas estatiacutesticas tenham sido diferentes para as adubaccedilotildees
combinadas ou natildeo pode-se salientar a importacircncia do aacutecido indol-aceacutetico como jaacute
citado anteriormente para as variaacuteveis avaliadas na parte aeacuterea das mudas de cebola
Respostas semelhantes nesse sentido foram encontradas para a cultura da alface por
Quijano (1999) e Morselli (2001)
Pereira et al (2002) concluiacuteram em trabalho realizado com a cultivar de cebola
CNPF1 6400 em Minas Gerais que a utilizaccedilatildeo de 20 t ha de esterco de curral
proporcionou os melhores resultados para a produccedilatildeo de cebola
Silva Juacutenior amp Giorgi (1992) e Menezes Juacutenior (1998) citam que doses elevadas
de mateacuteria orgacircnica podem prejudicar a primeira fase da germinaccedilatildeo (embebiccedilatildeo) e
absorccedilatildeo de aacutegua pelas raiacutezes das placircntulas No entanto no presente trabalho este fato
natildeo ocorreu embora a dose de esterco utilizada tenha sido de 60 t ha 1 (dose maacutexima
recomendada segundo Nolla 1982)
413 Anaacutelise de macronutrientes no tecido vegetal
Os resultados dos conteuacutedos de nitrogecircnio foacutesforo potaacutessio caacutelcio e magneacutesio no
tecido vegetal sob diferentes adubaccedilotildees encontrados na Tabela 3 indicam mais uma
vez a superioridade da adubaccedilatildeo esterco com 0 uso ou natildeo de biofertilizantes
36
TABELA 3 Conteuacutedos (mg planta1) de nitrogecircnio foacutesforo potaacutessio caacutelcio e
magneacutesio no tecido vegetal de mudas de cebola Petrolini cultivadas sob
uma perspectiva agroecoloacutegica Pelotas-RS 2003
BIOFERTILIZANTES LIacuteQUIDOS i J B
ADUBACcedilAtildeO S Magro + MB4 +DE BASE Urina + Calda Urina + Calda Testemunha
Bordalesa Bordalesamg plantas1
---- Nitrogecircnio-----30 t ha de vermicomposto 16593 c AB 15451 c B 19050 b A45 t ha de vermicomposto 21444 b A 22888 b A 17852 b B60 t ha de esterco de curral 32606 a C 37593 a B 40816 a A
--------------- ------ Foacutesforo------- -------------30 t ha de vermicomposto 3098 c B 2802 c B 3999 b A45 t ha de vermicomposto 4109 b A 4135 b A 2788 c B60 t ha de esterco de curral 5300 a B 7577 a A 7565 a A
------- Potaacutessio------30 t ha de vermicomposto 24327 c A 19900 c B 24965 b A45 t ha de vermicomposto 29113b A 29812 b A 22031 b B60 t ha de esterco de curral 44070 a B 51976 a A 54101 a A
-------- Caacutelcio-------30 t ha de vermicomposto 5027 c A 4356 c A 4834 b A45 t ha de vermicomposto 6114b A 6963 b A 4379 b B60 t ha de esterco de curral 9030 a C 11451 a A 10331 a B
------Magneacutesio-----30 t ha de vermicomposto 1188 b A 914 c A 1202 b A45 t ha de vermicomposto 1231 b B 1582 b A 1176 b B60 t ha de esterco de curral 2136a B 2443 a A 2663 a AMeacutedias seguidas pela mesma letra minuacutescula para as colunas (adubaccedilatildeo de base) e maiuacutesculas para as linhas (biofertilizantes) natildeo diferem entre si pelo teste de Duncan a
Em relaccedilatildeo agraves adubaccedilotildees de base observa-se que o melhor tratamento foi o
esterco de curral para todas as variaacuteveis Para 1 VB (30 t ha^ 1 de vermicomposto) natildeo
houve resposta diferenciada com o uso de bofertilizantes para todas as variaacuteveis A
adubaccedilatildeo 15 VB (45 t ha 1 de vemicomposto) foi influenciada pelos biofertilizantes
para as variaacuteveis N P K e Ca enquanto que para Mg somente o MB4+U+CB o
influenciou O EC (esterco de curral) mostrou diferenccedila significativa apenas para as
variaacuteveis Ca e Mg quando adicionado MB4+U+CB
Segundo Peixoto (2000) eacute fundamental a adiccedilatildeo de adubos orgacircnico no cultivo de
hortaliccedilas seja na forma de esterco decomposto composto ou huacutemus de minhoca de
37
modo a fornecer melhorias nas propriedades do solo vindo a disponibilizar os nutrientes
as diferentes culturas
O esterco fresco conteacutem muita cama celuloacutesica e um elevado teor de aacutegua No
esterco curtido a celulose jaacute estaacute decomposta o teor de aacutegua estaacute reduzido agrave metade e os
nutrientes em uma forma mais assimilaacutevel e mais concentrada O esterco fresco pode
causar uma deficiecircncia temporaacuteria de nitrogecircnio no solo ao se decompor o que natildeo
acontece com o biestabilizado (Kiehl 1985)Ocorre uma diminuiccedilatildeo inicial no volume
de aacutegua retido no esterco de curral diminui inicialmente em tomo de 3581 liberando
posteriormente somente 496 evidenciando a sua capacidade de retenccedilatildeo de aacutegua
(Menezes Juacutenior 1998)
A utilizaccedilatildeo continuada de adubos nitrogenados minerais no solo altera o balanccedilo
do nitrogecircnio entre o solo e planta No meacutetodo biodinacircmico eacute sublinhada a importacircncia
dos adubos animais para o estabelecimento da fertilidade permanente dos solos (Koeff
et al 1983)
Para Guimaratildees (1997) os benefiacutecios que a mateacuteria orgacircnica imprime ao solo
principalmente melhorando a produtividade fertilidade e a influencia que as substancias
huacutemicas exercem sobre o ambiente dependem da qualidade e do teor de mateacuteria
orgacircnica do solo Estas substacircncias por conterem nutrientes em sua constituiccedilatildeo em uma
forma mais disponiacutevel para as plantas promovem um equiliacutebrio no ambiente no solo
(Kononova 1966)
Aproximadamente de 60 a 70 do total de carbono do solo ocorre na forma de
materiais huacutemicos (Griffith amp Schnitzer 1975) sendo a eles atribuiacutedo a manutenccedilatildeo da
bioestrutura do solo aumentando a capacidade de retenccedilatildeo de aacutegua (Brady 1999)
Conforme Compagnoni amp Putzolu (1985) os estercos bem como os demais
resiacuteduos orgacircnicos apresentam conteuacutedos diferentes de aacutecidos huacutemicos e fuumllvicos sendo
atribuiacutedo ao acido huacutemico uma accedilatildeo fitoestimulante semelhante aos fitohormocircnios por
favorecer o desenvolvimento do sistema radicular e crescimento do caule
Em trabalho realizado por Guimaratildees (1997) foi encontrado para aacutecidos huacutemicos
de esterco bovino uma relaccedilatildeo CN 1035 e para vermicomposto bovino 17
evidenciando que o esterco quando aplicado ao solo por apresentar uma relaccedilatildeo CN
proacutexima deste reage mais facilmente liberando nutrientes para as plantas sem alterar a
cadeia troacutefiacuteca Dados encontrados no presente trabalho demonstram a eficiecircncia do
esterco nesse sentido
38
De acordo com Morselli (2001) vaacuterios trabalhos citam comentam e discutem a
capacidade dos vermicompostos em proporcionar oacutetimas colheitas e favorecer a
precocidade das plantas cultivadas Poreacutem muitas vezes se observa que mesmo
suprindo essas plantas com nutrientes necessaacuterios atraveacutes de huacutemus de diferentes fontes
as respostas natildeo satildeo as mesmas para uma mesma cultivar
Por outro lado os resultados com o uso de substacircncias huacutemicas satildeo variaacuteveis e
dependem aleacutem da espeacutecie testada das substacircncias huacutemicas utilizadas sua
concentraccedilatildeo o grau de purificaccedilatildeo e das condiccedilotildees experimentais A resposta das
plantas aos aacutecidos huacutemicos e fuacutelvicos eacute dependente da mateacuteria prima original e da
espeacutecie vegetal pois materiais orgacircnicos diferentes apresentam aacutecidos huacutemicos e
fuacutelvicos diferentes (Businelli 1990)
Justificam-se os maiores conteuacutedos de nitrogecircnio foacutesforo potaacutessio e caacutelcio nas
adubaccedilotildees 15 VB (45 t ha 1 de vermicomposto) e biofertilizantes devido
provavelmente ao vermicomposto utilizado apresentar na sua constituiccedilatildeo teores
consideraacuteveis destes elementos aleacutem do que os biofertilizantes possam ter influenciado
na absorccedilatildeo atraveacutes de sua constituiccedilatildeo Tibau (1984) considera que a urina de vaca eacute
rica em aacutecido indol-aceacutetico e este influencia na absorccedilatildeo radicular O efeito positivo
deste tratamento provavelmente seja devido agrave quantidade aplicada
O biofertilizante que se destacou foi o MB4+U+CB em relaccedilatildeo ao EC (esterco de
curral) e eacute somente para a variaacutevel caacutelcio Isto provavelmente seja devido ao alto teor
deste elemento encontrado na sua constituiccedilatildeo (6872 g Kg1) e pela influecircncia positiva
que a calda bordalesa exerce no metabolismo das plantas atraveacutes dos nutrientes
contidos em sua formulaccedilatildeo O Ca controla a absorccedilatildeo radicular e retorna ao solo pelo
esterco e palhas por apresentar-se em maior quantidade em folhas e caules Depois de
localizado nas folhas fica imoacutevel favorecendo a resistecircncia da planta ao ataque de
fungos
Este trabalho avanccedila no estudo da agroecologia estando claro que todos os
criteacuterios tem caraacuteter dinacircmico de adequaccedilatildeo as mudanccedilas de um sistema de produccedilatildeo
em evoluccedilatildeo contribuindo na transiccedilatildeo para um padratildeo sustentaacutevel Cabe a pesquisa a
reorientaccedilatildeo para um enfoque ldquosistecircmicordquo isto eacute que permita integrar os diversos
componentes de um agroecossistema e a adoccedilatildeo de poliacuteticas puacuteblicas que promovam 0
fortalecimento e a expansatildeo da agricultura familiar
39
5 CONCLUSOtildeES
Considerando os resultados obtidos e as condiccedilotildees em que o estudo foi realizado
conclui-se que
bull As respostas agronocircmicas das mudas de cebola para os paracircmetros avaliados
satildeo mais satisfatoacuterias com a aplicaccedilatildeo de esterco de curral como adubaccedilatildeo de
base
bull Os biofertilizantes mais urina de vaca e calda bordalesa proporcionam
respostas satisfatoacuterias quando aplicados associados agraves adubaccedilotildees de base
bull O biofertilizante MB4 mais urina de vaca e calda bordalesa eacute mais eficiente
que o super magro mais urina e calda bordalesa quando aplicado associado agrave
adubaccedilatildeo de base esterco de curral para os conteuacutedos de fitomassa secae
fresca da parte aeacuterea das plantas altura e diacircmetro de colo das mudas de
cebola
bull Os biofertilizantes adicionados agrave adubaccedilatildeo de base 45 t harsquo 1 de vermicomposto
bovino mostram respostas significativas para os conteuacutedos de fitomassa seca
bull Os maiores conteuacutedos nutricionais para as mudas de cebola satildeo
proporcionados pela adubaccedilatildeo de base esterco de curral
bull A maior absorccedilatildeo de caacutelcio pelas mudas de cebola ocorre quando da adiccedilatildeo do
biofertilizante MB4 mais urina e calda bordalesa agrave adubaccedilatildeo de base esterco de
curral
40
6 REFEREcircNCIAS BIBLIOGRAacuteFICAS
ALDRIGHI CB ABREU CM PAGLIA AG MORSELLI TBGA FERNANDES HS Efeito da aplicaccedilatildeo de biofertilizante e urina de vaca em mudas de tomateiro Horticultura Brasileira v20 n2 julho 2002 Suplemento 2
ALTIERI M NICHOLLS C I Agroecologia Teoria praacutectica para umaAgricultura Sustentable Ia ed PNUMA 2000 Cap 2 4 Seacuterie textos baacutesicos para la formacioacuten ambiental
ALTIERI M Agroecologia bases cientiacuteficas para uma agricultura sustentaacutevelGuaiacuteba Agropecuaacuteria 2002 592 p
ANTONIOLLI Z I GIRACCA E M N CARDOSO S J T WIETHAN M M S FERRI M Iniciaccedilatildeo agrave Minhocultura Criaccedilatildeo em Cativeiro e Vermicompostagem Santa Maria UFSM 1996 p59-89
BAYER C MIELNICZUC J Dinacircmica e funccedilatildeo da mateacuteria orgacircnica In SANTOS G de A S e CAMARGO F A de O (ed) Fundamentos da mateacuteria orgacircnica do solo ecossistemas tropicais e subtropicais Porto Alegre Genesis 1999 p 3-23
BARRETTO D X Composto Orgacircnico In Praacutetica em Agricultura Orgacircnica Satildeo Paulo iacutecone Ed Ltda 1985 p 51-63
BETTIOL W Alguns produtos alternativos para o controle de doenccedilas de plantasem agricultura orgacircnica II Ciclo de palestras sobre agricultura orgacircnica Instituto Bioloacutegico Satildeo Paulo p52-63 1997
41
BETTIOL W TRACH R GALVAtildeO JAH Controle de doenccedilas de plantas com biofertilizantes Jaguariuacutena EMBRAPA-CNPMA 1997 22p (EMBRAPA- CNPMA Circular Teacutecnica 02)
BRADY N C Natureza e propriedades dos sotos Rio de Janeiro Freitas BastosS A 1979 647p
BRADY N C Organisms and ecology of the soil In The nature of properties of soils Simon amp Schuster A Viacon Company New Jersey1999 402-489p
BON1LLA J A Fundamentos da Agricultura Ecoloacutegica Sobrevivecircncia eQualidade de Vida Satildeo Paulo Nobel 1992
BUREacuteS S Substratos Ediciones Agroteacutecnicas S L Madrid Octubre 1997
BUS1NELLI M Chemical Composition and Enzymic Activity of some Worm Cast Plant Soil v 80 p 1-2 1990
CALEGARI A Espeacutecies para cobertura de solo In IAPAR (Instituto Agronocircmico de Paranaacute) Plantio Direto pequena propriedade sustentaacutevel organizador Moacir Darolt Londrina - PR 1998 65-93
CAMARGO P N D Manual de Adubaccedilatildeo Foliar Satildeo Paulo Herba 1975
CAPRA F A Teia da Vida Satildeo Paulo Cultrix 1997 256p
CAPRA F O Ponto de Mutaccedilatildeo 22 ed Satildeo Paulo Cultrix 2001 447p
CHABOUSSOU F Plantas doentes pelo uso de agrotoacutexicos (A Teoria da Trofobiose) Porto Alegre LPM 1987 253 p
CLARO S A Referencias tecnoloacutegicos para a agricultura familiar ecoloacutegica aexperiecircncia da Regiatildeo Centro-Serra do Rio Grande do Sul Porto Alegre EMATERRS-ASCAR 2001 250p
CLIVELA G Diagnoacutestico Agronocircmico da cebola no Rio Grande do Sul Porto Alegre EMATERRS 1995 8 6 p
COMISSAtildeO DE FERTILIDADE DO SOLO - RSSC Recomendaccedilotildees de adubaccedilatildeo e calagem para os estados do Rio Grande do Sul e Santa Catarina 3 ed Passo Fundo SBCS - Nuacutecleo Regional Sul 1995 223p
COMPAGNONI L PUTZOLU G Cria moderna de Ias lombrices y utilizacioacutenrentable dei humus Barcelona Editorial de Vecchi- SA 1985127p
COSTABEBER J A MOYANO E Transiccedilatildeo agroecoloacutegica e accedilatildeo social coletiva Agroecologia e Desenvolvimento Rural Sustentaacutevel Porto Alegre v l n4 p 50- 60 outdez 2 0 0 0
42
COSTA M B B da Adubaccedilatildeo orgacircnica Nova siacutentese e novo caminho para aagricultura Satildeo Paulo Ed iacutecone Ltda 1985 102p
COSTA NETO C Agricultura Sustentaacutevel Tecnologias e Sociedade In CARVALHO COSTA LF et al (org) Mundo Rural e Tempo Presente Rio de Janeiro Mauad 1999
DrsquoAG0ST1NI R L FANTINI A C Produccedilatildeo orgacircnica tambeacutem socialmente excludente Agroecologia e Desenvolvimento Rural Sustentaacutevel Porto Alegre v3 n l p57-61 2002
DALPONTE J C V Utilizaccedilatildeo de materiais orgacircnicos e fertilizante mineral na produccedilatildeo e qualidade de mudas e bulbos de cebola (Alliurn Cepa L) Pelotas-RS 1990 (Mestrado em Agronomia) - Faculdade de Agronomia Eliseu Maciel UFPel 1990
DEBARBA J F THOMAZELLI L F GANDIN C L SILVA E Cadeias produtivas do Estado de Santa Catarina Cebola Florianoacutepolis Epagri 1998 115 p (EPAGRI Boletim Teacutecnico 96)
DUFOUR F Os saacutebios loucos do agro-alimentar Le Monde Diplomatique ano 1 n4 p6-7 1999 (ed portuguesa)
EHLERS E Agricultura Sustetaacutevel Origem e perspectivas de um novo paradigma 2 ed Guaiacuteba Agropecuaacuteria 1999 157 p
FILGUEIRA F A R Novo Manual de olericultura agrotecnologia moderna na produccedilatildeo e comercializaccedilatildeo de hortaliccedilas Viccedilosa UFV 2000 402 p
FRASER G K Mateacuteria Orgacircnica Del Suelo In BEAR F E (ed) Quiacutemica dei Suelo Madrid Ed Agrociencia 1963
FOLLET R H MURPHY L S DONAHUE R L Fertilizers and soil amendments New Jersey Printice-Hall Inc 1981 557p
GARCIA A Revista dei Espacio Rural Georgica Zaragoza Escuela Politeacutecnica de Huesca n5 1997
GARCIA A Versatildeo preliminar de um Programa Estadual de Produccedilatildeo e Comercializaccedilatildeo de Bulbos e Sementes de CebolaEMBRAPAIPAGROMARAEMATER 6 8 pbdquo 1990 (Publicaccedilatildeo avulsa)
GIORGETT1 J R Produccedilatildeo e Comercializaccedilatildeo de Mudas de Tomate In Encontro Nacional de Produccedilatildeo e Abastecimento de Tomate 2 1991 Jaboticabal Satildeo Paulo Anais Jaboticabal UNESP 1991 p 242-244
GLIESSMAN S R Agroecologia Processos ecoloacutegicos em agricultura sustentaacutevelPorto Alegre Universidade Federal do Rio Grande do Sul - UFRGS 2000 653p
43
GLIESSMAN S R TURRIALBA C R Agroecologia Procesos Ecoloacutegicos en Agricultura Sostenible CATIE 2002 p 3-14
GNOATTO S C Caracterizaccedilatildeo quiacutemica de vermicompostos de diferentes substratos orgacircnicos Pelotas-RS 1999 38 f (Mestrado em Agronomia - Solos) - Faculdade de Agronomia Eliseu Maciel UFPel 1999
GOMES J C C BORBA M F S A moderna crise dos alimentos oportunidade para a agricultura familiar Emater Porto Alegre julset 2000 Disponiacutevel em lthttpwwwematertchebrdocsagroecorevistan313-artigo3htmgtAcesso em 24 fev 2002
GOMEZ H W Desenvolvimento sustentaacutevel agriacutecola e capitalismo In Desenvolvimento sustentaacutevel Necessidade eou disponibilidade Santa Cruz do Sul Nobel - UNISC 1997 p 65-77
GONZAacuteLEZ DE MOLINA M SEVILLA GUZMAacuteN E Ecologia campesinado e historia Para una reinterpretacioacuten dei desarrollo dei capitalismo en la agricultura In SEVILLA GUZMAacuteN E GONZAacuteLEZ DE MOLINA M (ed) Ecologia campesinado e historia Madrid La Piqueta 1993 p 23-129
GRIFFITH S A SCHNITZER M Analytical characteristic of humic and fulvic acids extracted from tropical volcanic soils Soil Sei Soc Am Proc v 39 p361-367 1975
GUIMARAtildeES E Caracterizaccedilatildeo quiacutemica estreptoscoacutepica e por anaacutelise teacutermica de aacutecidos huacutemicos e vermicompostos obtidos de estercos de diferentes animaisCuritiba 1997 Dissertaccedilatildeo (Mestrado em Quiacutemica) Universidade Federal do Paranaacute 1997
HESS A F Sociedade e meio ambiente uma relaccedilatildeo ambiacutegua Revista Cientiacutefica Rural Bageacute v 4 n2 p 167-1741999
ICEPA-SC Informes conjunturais sobre a cultura da cebola Disponiacutevel em lthttpwwwicepa combrgt Acesso em 23 jan 2003
JONES H A MANN L K Onions and their allies New York Interscience Publishers 1962 286 p
JUacuteNIOR H A de MAIORANO J A Receitas obtidas de extratos de plantasCampinas CATITerra Viva [199-] 10 f
KHATOUNIAN C A Ciclo de Palestras sobre Agricultura Orgacircnica 2a Ed SatildeoPaulo Fund Cargill 1997 149 p
KIEHL E J Fertilizantes Orgacircnicos Satildeo Paulo Ed Agronocircmica Ceres Ltda 1985 492p
44
KOEFF H H PETTERSSON B D SHAUMANN W Vida Vegetal solos e adubaccedilatildeo In Agricultura Biodinacircmica Satildeo Paulo Nobel 1983 p92-149
KONONOVA M M Soil organic matter The importance o f organic matter in soil formation and soil fertility New York Pergamqn Press 1961 p 165-200
KUHN T A Estrutura das Revoluccedilotildees Cientiacuteficas Satildeo Paulo Perspectiva 1989 257p
LANNA FCA ABREU C L ABREU J G SILVA V Resposta de cultivares de melancia cultivadas sob adubaccedilatildeo quiacutemica e orgacircnica Horticultura v 12 n l p85 1994
LEFF H Saber Ambiental Petroacutepolis Vozes 2001 343 p
MAGALHAtildeES J R Nutriccedilatildeo e adubaccedilatildeo da cebola In FERREIRA M E CASSTELLANE P D CRUZ M C P Nutriccedilatildeo e adubaccedilatildeo de hortaliccedilasPiracicaba POTAFOS 1993 p 381-393
MALAVOLTA E Elementos de nutriccedilatildeo mineral de plantas Satildeo Paulo Ed Agronocircmica Ceres Ltda 1980 251 p
MALAVOLTA E Manual de Quiacutemica Agriacutecola - Adubos e Adubaccedilatildeo 3a ed SatildeoPaulo Ed Agronocircmica Ceres Ltda 1981 606 p
MARTINEZ A A A grande e Poderosa Minhoca Jaboticabal Funep - Unesp1990 101 p
MARTINS S R Desenvolvimento e Sustentabilidade Horticultura Brasileira Brasiacutelia-DF v20 n2 julho 2002 Palestra apresentada no 42deg Congresso Brasileiro de Olericultura
MARTINS S R Limites Del Desarrollo Sostenible em Ameacuterica Latina En el marco de Ias poliacuteticas de (re)ajuste econocircmico Pelotas Editora UFPel 1997 135 P-
MARTINS S R Sustentabilidade na agricultura dimensotildees econocircmicas sociais e ambientais Revista Cientiacutefica Rural Bageacute v4 n 2 p 175-1871999
MATURANA H REZEPKA S N D E Formaccedilatildeo Humana e Capacitaccedilatildeo Rio de Janneiro Vozes 2000 8 6 p
MELLO A F SOBRINHO M O ARZOLLA S SILVEIRA R NETTO A C KIEHL J C Fertilidade do Solo Satildeo Paulo Nobel 1983
MENEZES JUacuteNIOR F O G D Caracterizaccedilatildeo de Diferentes substratos hortiacutecolas e seu efeito na produccedilatildeo de mudas de alface e couve-flor em ambiente protegido Pelotas 1998 141 p Dissertaccedilatildeo (Mestrado em Agronomia - Produccedilatildeo Vegetal) - Faculdade de Agronomia Eliseu Maciel UFPel 1998
45
MIBASA Mineraccedilatildeo Barreto SA Melhorador de Solos MB4 A Natureza Agradece Arapiraca-AL [199-] Folder
MINAMI K Os resumos da olericultura 2000 In AZEVEDO FILHO MARTINEZ FILHO (ed) Preccedilos agriacutecolas Piracicaba ESALQ 1999 p 4
MINAMI K Produccedilatildeo de Mudas de Alta Qualidade em Horticultura Satildeo Paulo TA Queiroz 1995
MORSELLI T B G A Cultivo sucessivo de alface sob adubaccedilatildeo orgacircnica em ambiente protegidoPelotas 2001 178 p Tese (Doutorado em Agronomia - Produccedilatildeo Vegetal) Faculdade de Agronomia Eliseu Maciel UFPel 2001
MORSELLI T B G A Resiacuteduos orgacircnicos em sistemas agriacutecolas Poliacutegrafo da Disciplina de Resiacuteduos orgacircnicos em sistemas agriacutecolas Curso de Poacutes-Graduaccedilatildeo em Agronomia-Produccedilatildeo Vegetal UFPel 2002
MULLER AM Efeitos da Aplicaccedilatildeo Foliar de um Biofertilizante Enriquecido no Estado fitossanitaacuterio de Tomate Ervilha e Beterraba Sob Manejo OrgacircnicoDissertaccedilatildeo (Mestrado no Programa de Poacutes-Graduaccedilatildeo em Agroecossistemas)1999 (Resumo)
NOLLA D Erosatildeo do Solo - O grande desafio Estado do Rio Grande do Sul SEAGRI desenvolvimento de recursos naturais renovaacuteveis 1982 412 p
PAGLIA AG MORSELLI TBGA PEIL RMN Teores de nutrientes pH e condutividade eleacutetrica da aacutegua em sistema ldquofloat^ngrdquo sob adiccedilatildeo de biofertilizantes Horticultura Brasileira v 20 n2 julho 2002 Suplemento 2
PAULUS G MULLER A BARCELLOS LAR Agroecologia aplicada praticas e meacutetodos para uma agricultura de base ecoloacutegica 2ed ver ampl Porto Alegre EMATERRS 2001 8 6 p
PEIXOTO R T dos G Composto orgacircnico aplicaccedilotildees benefiacutecios e restriccedilotildees de uso Horticultura Brasileira Brasiacutelia-DF v 18 p 56-64 julho 2000
PENTEADO SR Defensivos Alternativos e Naturais Satildeo Paulo 1999 95 p
PEREIRA AJ SOUZA RJ PEREIRA WR Efeito de diferentes doses de esterco de galinha e de curral sobre a produccedilatildeo de cebola Horticultura Brasileira v20 n2 julho 2002 Suplemento 2
PINHEIRO S BARRETO SB MB-4 agricultura sustentaacutevel trofobiose e biofertilizantes Fundaccedilatildeo Juquira CandiruMibasa 2000 273 p
PRIMAVESI A Agricultura Sustentaacutevel Satildeo Paulo Nobel 1992 142 p
PRIMAVESI A O manejo ecoloacutegico do solo Agricultura em regiotildees tropicais SatildeoPaulo Nobel 1982 541 p
46
PURCINO A A C ldquoNitrogecircniordquo Informe Agropecuaacuterio Belo Horizonte v7 n81 p 16-27 1981
QUIJANO F G Efeito da adubaccedilatildeo orgacircnica no desenvolvimento de duas cultivares de alface em ambiente protegido Pelotas 1999 116f Dissertaccedilatildeo (Mestrado em Agronomia - Produccedilatildeo Vegetal) Faculdade de Agronomia Eliseu Maciel UFPel 1999
RODRIGUES A N N Efeitos e residuais de superfosfato triplo sobre o rendimento de mateacuteria seca e absorccedilatildeo de foacutesforo pela aveia (Avena strigosa Schob) em solo Podzoacutelico Vermelho Escuro Porto Alegre 1984 59f Dissertaccedilatildeo (Mestrado em Agronomia) - Faculdade de Agronomia UFRGS 1984
RODRIGUES E T CASALI V W D Respostas da alface agrave adubaccedilatildeo orgacircnica II Teores conteuacutedos e utilizaccedilatildeo de macronutrientes em cultivares Rev Ceres Viccedilosa v 45 n 261 p 437-449 1998
SAMINEcircS T C O Produccedilatildeo orgacircnica de alimentos Horticultura Brasileira Brasiacutelia-DF v 17 n3 novembro 1999
SCHIEDECK G Ambiecircncia e resposta agronocircmica de meloeiro (Cucumis melo L) cultivado sob adubaccedilatildeo orgacircnica em ambiente protegido Pelotas lOOp Tese (Doutorado em Agronomia - Produccedilatildeo Vegetal) - Faculdade de Agronomia Eliseu Maciel UFPel 2002
SILVA JUacuteNIOR A A GIORGI E Substratos alternativos para a produccedilatildeo de mudas de tomate Agropecuaacuteria Catarinense Florianoacutepolis EPAGRI 1992 23 p
SILVA JUacuteNIOR A A MACEDO S G STUKER H Utilizaccedilatildeo de esterco de peru na produccedilatildeo de mudas de tomateiro Florianoacutepolis EPAGRI 1995 28 p (Boletim Teacutecnico 73)
TAGLIARI PS GRASSMANN H Minhoca a grande aliada da agricultura Agropecuaacuteria Catarinense v8 n l p 11-14 mar 1995
TEDESCO M J GIANELLO C Anaacutelises de solo plantas e outros materiais Porto Alegre Faculdade de Agronomia Departamento de Solos Universidade Federal do Rio Grande do Sul RS 1996
TENNANT D A Test of modified line intersect method of estimating root lenght Journal Ecology Oxford v 63 p 995-1001 1975
TIBAU A O Mateacuteria Orgacircnica do Solo Mateacuteria Orgacircnica e Fertilidade do SoloSatildeo Paulo Nobel 1984 p49-182
TIMM P J Anaacutelise comparativa dos sistemas de plantio convencional e cultivo miacutenimo de cebola sob adubaccedilatildeo orgacircnica e mineral Pelotas 2000 79 p Dissertaccedilatildeo (Mestrado em Agronomia - Produccedilatildeo Vegetal) - Faculdade de Agronomia Eliseu Maciel UFPel 2000
47
VALENZUELA HR CROSBY C Effect of compost applications on the yield of several vegetables in long-term organic farming experiments conduced in the tropics American Society Horticultural Science v33 n3 june 1998
VIGLIZZO E (ed) Subprograma Recursos Naturais y Sostenibilidad Agriacutecola documento marco Montevideo IICAPROCISUR 1995 p 75 - 78
WE1D J M TARDIN J M Proposta para a Ampliaccedilatildeo do Trabalho da ASPTA no Centro Sul do Paranaacute ASPTA Disponiacutevel em http wwwpronafgovbrEncontrotestosAS20PTA20Sul20ParanE1205 202002doc Acesso em 05 mai 2002
XAVIER SIMOacuteN F DOMINGUES D G Desenvolvimento Rural Sustentaacutevel uma perspectiva agroecoloacutegica Agroecologia e Desenvolvimento Rural Sustentaacutevel Porto Alegre EM ATERRS v2 n2 p 17-26 2001
ZABALETA J P Diagnoacutestico da Agricultura Familiar em Satildeo Joseacute do Norte - RSPelotas EMBRAPA-CPACT 1998 75 p (EMBRAPA-CPACT Documentos 44)
ZONTA E P MACHADO A A SILVEIRA P Sanest Sistema de anaacutelise estatiacutestica para microcomputadores Registrado na Secretaria Especial de Informaacutetica sob nuacutemero 066060 - categoria A Pelotas-RS Universidade Federal de Pelotas 1984
48
7 APEcircNDICE
APEcircNDICE A - Anaacutelise da adubaccedilatildeo de base e biofertilizantes utilizados na produccedilatildeo de mudas de cebola
TABELA 1 A Anaacutelise baacutesica do solo antes da incorporaccedilatildeo do feijatildeo miuacutedo + papua
Arg
pH IND
SMP
MO
P - n r - Na Al Ca__10Omlmdash
Mg
ppm -
6 53 67 089 8 6 27 1 04 05 0 2
Fonte LASFAEMUFPel (2002)
TABELA 2A Anaacutelise complementar do solo antes da incorporaccedilatildeo do feijatildeo-miuacutedo + papua
Cobre Zinco Manganecircs Ferro
(m v1)
04 05 26 007
Fonte LASFAEMUFPel (2002)
49
TABELA 3A Anaacutelise dos fertilizantes soacutelidos
Amostra pH limidade CN
C N P K Ca Mg
- g-ivg --
Cama de 849 2491 12 31042 2479 3888 3405 29875 463
aves
Esterco 74 3594 11 677 590 157 134 335 214
de curral
Huacutemus 684 5738 14 15965 1098 453 745 743 361
Fonte LASFAEMUFPel (2002)
TABELA 4A Anaacutelise quiacutemica dos biofertilizantes liacutequidos
Amostra N P K_ccedil H
Ca Mg Cu Zn Fe Mn
mdashgL bull
S Magro
m b 4
Urina
053
1652
8 2 2
008
395
0 0 0
149
1674
471
1902
6872
0 0 0
1150
4507
1172
7273
42
033
101389
920
0 0 0
6250
19458
781
35273
1123
0 2 1
Fonte LASFAEMUFPel (2002)
50
APEcircNDICE B - Condiccedilotildees climaacuteticas do local
TABELA 1B Condiccedilotildees de temperatura do local
___________ __________TEMPERATURA (degCgt
meses Meacutedia
Maacutexima
Meacutedia
MiacutenimaMeacutedia
Maacutexima
Absoluta
Miacutenima
Absoluta
Junho 225 87 156 320 25
Julho 225 85 155 285 30
Agosto 251 71 161 360 1 0
Fonte FEPAGROSCT 2002
TABELA 2B Condiccedilotildees de chuva do local
mdash CHUVA (mm)mdash
meses Ocorrida Normal Desvio Da Normal
Junho 1080 1 1 0 -2 0
Julho 1062 98 8 2
Agosto 1283 1 2 0 83
Fonte FEPAGROSCT 2002
51
TABELA 1C Produccedilatildeo de fitomassa fresca e seca (g) da parte aeacuterea altura de planta
(cm) e diacircmetro de colo (mm) de mudas de cebola Petrolini cultivadas
sob uma perspectiva agroecoloacutegica Pelotas-RS 2003
APEcircNDICE C - Anaacutelise estatiacutestica da parte aeacuterea
Causas G1 FFPA FSPA AP DC
da variaccedilatildeo --------- Quadrados meacutedios-
Blocos 3
Ad Base 2 175359071 1287102 2547419 1 11775
Biofertilizantes 2 126876 29011 87669ns 02185ns
Ad x Biofert 4 572378 31123 69106ns 04159
Resiacuteduo 24 34456 03048 27169 00290
Total 35
Meacutedia geral 93745 8772 320388 6741
CV 1980 6294 5145 2530
Significativo a 5ns Natildeo significativo
52
TABELA 1D Produccedilatildeo de fitomassa fresca e seca (g) comprimento (cm) e densidade
de raiacutezes (m cm3) de mudas de cebola Petrolini cultivadas sob uma
perspectiva agroecoloacutegica e razatildeo parte aeacutereasistema radicular Pelotas-
RS 2003
APEcircNDICE D - Anaacutelise estatiacutestica da raiz
Causas G1 FFR FSR CR RPASR DR
da variaccedilatildeo Quadrados meacutedios---------------
Blocos 3
Ad Base 2 27874 551 623 2 1 0 140
Biofertilizantes 2 178 0 1 0 ni 1504 l03ns 038ns
Ad x Biofert 4 190 058 318 294 183
Resiacuteduo 24 005 009 028 023 0 2 1
Total 35
Meacutedia geral 1818 228 184 387 333
C V 134 1356 448 1253 1396
Significativo a 5 ns Natildeo significativo
53
APEcircNDICE E - Anaacutelise estatiacutestica dos macronutrientes da parte aeacuterea da cebola
TABELA 1E Conteuacutedos (mg planta1) de nitrogecircnio foacutesforo potaacutessio caacutelcio e
magneacutesio no tecido vegetal de mud^s de cebola Petrolini cultivadas
sob uma perspectiva agroecoloacutegica Pelotas-RS 2003
Causas G1 bull N P K Ca Mg
da variaccedilatildeo
Blocos 3
Ad Base 2 13550306 446627 25509686 1031806 59007
Biofertilizantes 2 180610ns 16564 68153ns 39006 876ns
Ad x Biofert 4 454187 45743 1047539 46950 2464
Resiacuteduo 24 29769 1453 64313 3741 439
Total 35
Meacutedia geral 24921 4597 33366 6943 1615
C V 692 829 760 880 1297
Significativo a 5 ns Natildeo significativo
APEcircNDICE F - Fotos do experimento
FIGURA 2 Mudas de cebola (Allium cepa L) produzidas sob uma perspectiva agroecoloacutegica
APEcircNDICE F a Fotos do experimento
FIGURA 1 Adubaccedilatildeo verde com feijatildeo-miuacutedo e papuatilde utilizadas no manejo do solo
FIGURA 2 Mudas de cebola (Allium cepa L) produzidas sob urna perspectiva agroecoloacutegica
24
3 MATERIAL E MEacuteTODOS
31 Local de execuccedilatildeo do experimento
O presente trabalho foi conduzido no Centro de Pesquisa da Regiatildeo Sul
(FEPAGROSUL) no municiacutepio de Rio Grande nlt periacuteodo de 15 de maio a 26 de
agosto de 2 0 0 2
O solo eacute classificado como ldquoTuiardquo satildeo muito arenosos As massas aquaacuteticas do
Oceano Atlacircntico e Lagoa dos Patos influenciam ventos temperatura pressatildeo umidade
relativa e demais fatores climaacuteticos A topografia da regiatildeo litoracircnea eacute plana com
lenccediloacuteis freaacuteticos superficiais
32 Anaacutelise estatiacutestica
O experimento foi constituiacutedo em fatorial 3X3 (Quadro 1) com quatro repeticcedilotildees
no delineamento blocos ao acaso As variaacuteveis respostas foram submetidas agrave anaacutelise de
variaccedilatildeo e ao teste de Duncan a 5 de probabilidade para comparaccedilatildeo das meacutedias
utilizando-se o sistema SANEST (Zonta amp Machado 1984)
As anaacutelises estatiacutesticas das variaacuteveis estudadas encontram-se nos Apecircndices C D
Os resultados das respostas agronocircmicas e das determinaccedilotildees dos conteuacutedos dos
macronutrientes bem como os de raiz estatildeo nas tabelas de 1 a 3
25
As diferentes adubaccedilotildees seratildeo representadas durante a discussatildeo da seguinte
forma 1 VB (30 t ha 1 de vermicomposto) 15 VB (45 t ha 1 de vermicomposto) e EC
(60 t ha 1 de esterco de curral) 1 VB+SM+U+CB (30 t ha 1 de vermicomposto mais
super magro mais urina de vaca mais calda bordalesa) 15 VB+SM+U+CB (45 t ha 1 de
vermicomposto mais super magro mais urina de vaca mais calda bordalesa)
EC+SM+U+CB (60 t ha 1 de esterco de curral mais super magro mais urina de vaca
mais calda bordalesa) 1 VB+MB4 +U+CB (30 t ha 1 de vermicomposto mais MB4 mais
urina de vaca mais calda bordalesa) 15 VB+MB4 +U+CB (45 t ha 1 de vermicomposto
mais MB4 mais urina de vaca mais calda bordalesa) EC+MB4 +U+CB (60 t ha 1 esterco
de curral mais MB4 mais urina de vaca mais calda bordalesa)
QUADRO 1 Descriccedilatildeo dos fatores experimentais e respectivos niacuteveis
Niacuteveis Fator 1 ADUBACcedilAtildeO DE BASE
0 1 Vermicomposto (30 t ha1)
0 2 Vermicomposto (45 t ha1)
03 Esterco de curral (60 t ha1)
Niacuteveis Fator 2 BIOFERTILIZANTES LIacuteQUIDOS
0 1 Super magro (5) + Urina de Vaca + Calda Bordalesa
0 2 MB4 (10) + Urina de vaca + Calda Bordalesa
03 Ausecircncia (testemunha)
33 Tratamentos
Da combinaccedilatildeo entre niacuteveis e fatores foram obtidos 9 tratamentos que estatildeo
descritos no Quadro 2 bem como as doses de adubaccedilatildeo utilizadas no experimento
26
QUADRO 2 Tratamentos e doses de adubaccedilatildeo utilizadas no experimento
TRATAMENTOS
Ndeg FATOR I FATOR II
0 1 30 t ha de vermicomposto Super magro 5 Urina de vaca Calda Bordalesa
0 2 30 t harsquo de vermicomposto MB4 10 Urina de vaca Calda Bordalesa
03 30 t ha de vermicomposto - - -
04 45 t ha de vermicomposto Super magro 5 Urina de vaca Calda Bordalesa
05 45 t ha de vermicomposto MB4 10 Urina de vaca Calda Bordalesa
06 45 t ha de vermicomposto - - -
07 60 t hade esterco Super Magro 5 Urina de vaca Calda Bordalesa
08 60 t hade esterco MB4 10 Urina de vaca Calda Bordalesa
09 60 t hade esterco - - -
Cada parcela foi constituiacuteda por dois canteiros medindo 1 m de largura x 2 m de
comprimento perfazendo 075 m de aacuterea de aacuterea uacutetil (025 m de bordadura) Foi
utilizando semeadura a lanccedilo com densidade de 24 g canteiro1
O vermicomposto a urina de vaca o esterco de curral o alhol os biofertilizantes e
a calda bordalesa foram de procedecircncia do Centro de Pesquisa da Regiatildeo Sul O
vermicomposto de esterco bovino misturado agraves cascas de frutas foi processado pela
minhoca vermelha califomiana Eisenia foetida)
O biofertilizante Super Magro foi elaborado segundo a metodologia descrita pela
FEPAGROSUL utilizando-se os seguintes componentes 190 litros de aacutegua 22 litros
de leite 55 Kg de accediluacutecar mascavo 30 Kg de esterco fresco de bovinos 2 Kg de
Sulfato de zinco 2 Kg de sulfato de magneacutesio 2 Kg de cloreto de caacutelcio 1 Kg de aacutecido
boacuterico 300 g de sulfato de cobre 300 g de sulfato de ferro 300 g de sulfato de
manganecircs 100 g de molibdato de soacutedio 50 g de sulfato de cobalto 3 Kg de fosfato
natural 3 Kg de cinza e 200 g de farinha de osso
A urina de vaca em lactaccedilatildeo foi coletada pela manhatilde e armazenada em recipiente
fechado por trecircs dias em condiccedilotildees ambientais para que se formasse a amocircnia e natildeo
ocorresse perda de nitrogecircnio
28
Realizaram-se duas capinas manuais durante o experimento e em seguida como
cobertura se colocou casca de arroz Tambeacutem foi aplicado esterco de aves 30 dias antes
da colheita na quantidade de 05 Kg canteiro 1 como adubaccedilatildeo de cobertura
As pulverizaccedilotildees com os produtos iniciaram apoacutes 15 dias da germinaccedilatildeo
Realizou-se sete aplicaccedilotildees sendo que as duas primeiras foram feitas apenas com
Super Magro e MB4 Na terceira e na quarta aplicaccedilatildeo utilizou-se urina de vaca e calda
bordalesa em concentraccedilotildees menores (05 e 025 respectivamente) e na quinta
aplicaccedilatildeo as dosagens de urina de vaca e calda bordalesa foram elevadas para 1 0 e
05 respectivamente ateacute o final do experimento O alhol foi utilizado a partir da
terceira pulverizaccedilatildeo na quantidade de 2 e seguiu ateacute o final no dia 26 de agosto
quando as mudas foram colhidas e posteriormente analisadas as variaacuteveis
35 Observaccedilotildees agronocircmicas
Foram utilizadas 20 mudas de cebola para obtenccedilatildeo das meacutedias das variaacuteveis as
quais foram as seguintes
351 Fitomassa fresca da parte aeacuterea e raiacutezes
Foi realizada atraveacutes de uma balanccedila digital procedendo-se a pesagem de 20
mudas de cebola previamente lavadas e posteriormente secadas durante uma hora sobre
um tecido de algodatildeo agrave temperatura ambiente Processo idecircntico foi adotado com as
raiacutezes
352 Fitomassa seca da parte aeacuterea e raiacutezes
Esta variaacutevel foi obtida a partir da secagem preliminar em estufa de ar forccedilado
durante 48 horas a 65 C ateacute peso constante com posterior pesagem em balanccedila
analiacutetica
353 Altura da muda
A altura de muda foi medida a partir do colo das plantas ateacute sua uacuteltima folha
(ponto de crescimento) com uma reacutegua graduada de 40 cm
29
354 Diacircmetro do colo das plantas
Esta medida foi realizada no ponto de transplante a 2 mm das raiacutezes e utilizando-
se um paquiacutemetro SOMET
355 Sistema radicular
Ao teacutermino do experimento foram retiradas as raiacutezes das mesmas plantas que foram
utilizadas para as determinaccedilotildees realizadas na parte aeacuterea procedendo-se uma amostra
de solo com raiacutezes de 2 0 cm de largura x 2 0 cm de comprimento e 2 0 cm de altura
totalizando 8000 cm3
As raiacutezes apoacutes serem lavadas em aacutegua corrente foram pesadas acondicionadas em
sacos plaacutesticos e congeladas para posteriores anaacutelises pelo meacutetodo de Tennant (1975)
para a determinaccedilatildeo do comprimento e densidade
3551 Comprimento de raiz
Utilizou-se para a determinaccedilatildeo do comprimento de raiz as seguintes foacutermulas
1 = ndeg x 1114 x 1 onde
1 - comprimento de raiz de uma amostra uacutemida de 0 0 2 g
ndeg - nuacutemero de intercessotildees das raiacutezes com os lados da quadriacutecula da malha do
aparelho
1114 - constante
1 - medida lateral da quadriacutecula em cm
Tomando-se a fiacutetomassa seca e o comprimento da raiz da cada amostra
relacionou-se com a fiacutetomassa seca e o comprimento total da raiz da planta aplicando-
se a seguinte equaccedilatildeo
L = (FSR x 1) FSPA onde
L - comprimento total da raiz da planta (m)
FSR - fiacutetomassa seca de raiz
FSPA - fiacutetomassa seca da parte aeacuterea
L - comprimento de raiz de uma amostra uacutemida de 002g
3552 Densidade de raiz
A densidade foi determinada pela foacutermula
D = L 8000 onde
D - densidade de raiacutezes (m cm3)
30
L - comprimento total de raiacutezes (m)
8 0 0 0 - volume da amostra (cm3)
3553 Razatildeo parte aeacutereasistema radicular
Este paracircmetro foi obtido pela equaccedilatildeo
RPASR = FSPA FSR onde
RPASR - razatildeo parte aeacuterea sistema radicular
FSPA - fitomassa seca da parte aeacuterea
FSR - fitomassa seca do sistema radicular
36 Determinaccedilatildeo de macronutrientes no tecido vegetal
Os macronutrientes nitrogecircnio foacutesforo potaacutessio caacutelcio e magneacutesio foram
determinados no laboratoacuterio de Fertilidade e Anaacutelise de Plantas do Departamento de
Solos da UFPel atraveacutes dos meacutetodos descritos por Tedesco amp Gianello (1996)
31
4 RESULTADOS E DISCUSSAtildeO
41 Anaacutelise das variaacuteveis
A anaacutelise da variaccedilatildeo mostrou que houve diferenccedila significativa na interaccedilatildeo entre
os fatores de adubaccedilatildeo de base e biofertilizantes liacutequidos com exceccedilatildeo da variaacutevel altura
de planta para a qual somente a adubaccedilatildeo de base mostrou-se significativa (Apecircndices
C D e E Tabelas 1C 1D e 1E)
411 Anaacutelise da parte aeacuterea
Na Tabela 1 destacaram-se as adubaccedilotildees EC+SM+U+CB EC+MB4 +U+CB e EC
que diferiram significativamente das demais adubaccedilotildees para as variaacuteveis fiacutetomassa
fresca da parte aeacuterea (FFPA) fiacutetomassa seca da parte aeacuterea (FSPA) altura de planta
(AP) e diacircmetro do colo (DC)
32
TABELA 1 Produccedilatildeo de fitomassa fresca e seca (g) da parte aeacuterea altura de planta
(cm) e diacircmetro de colo (mm) de mudas de cebola Petrolini cultivadas
sob uma perspectiva agroecoloacutegica Pelotas-RS 2003
BIOFERTILIZANTES LIacuteQUIDOSADUBACcedilAtildeO S Magro + MB4 +DE BASE Urina + Calda Urina + Calda Testemunha
Bordalesa Bordalesa
30 t ha de vermicomposto 7015 c A45 t halsquo de vermicomposto 7824 b B60 t ha de esterco de curral 12248 a C
30 t ha de vermicomposto 667 c A45 t ha de vermicomposto 752 b A60 t ha de esterco de curral 1150a C
30 t ha de vermicomposto 2975 b A45 t harsquo de vermicomposto 2775 b A60 t ha de esterco de curral 3600 a B
30 t ha de vermicomposto 631 b A45 t ha de vermicomposto 6 2 2 b B60 t ha de esterco de curral 741 a C
-Fitomassa fresca (g)----------------6270 c B 6885 b A8832 b A 6308 c C
15082 a A 13934 a BmdashFitomassa seca (g)----------------
625 c A 655 b A830 b A 607 b B
1345 a A 1262 a B-Altura de planta (cm)----------------
2950 b A 3050 b A2937 b A 2950 b A 3975 a A 3622 a B
-Diacircmetro de colo (mm)---------------592 c B 599 b B 657 b A 609 b B 819a A________ 793a B
Meacutedias seguidas pela mesma letra minuacutescula para as colunas (adubaccedilatildeo de base) e maiuacutesculas para as linhas (biofertilizantes) natildeo diferem entre si pelo teste de Duncan a 5
O efeito positivo do esterco bovino pode ser atribuiacutedo agraves melhorias nas condiccedilotildees
fiacutesicas do solo por ele proporcionado Segundo Primavesi (1982) e Compagnoni amp
Putzolu (1985) o esterco bovino apresenta propriedades condicionadoras do solo dando
agraves plantas melhores condiccedilotildees de desenvolvimento elevando sobremaneira os
conteuacutedos de fitomassa fresca das plantas que refletiratildeo nas demais respostas
agronocircmicas
Analisando as adubaccedilotildees de base em relaccedilatildeo aos biofertilizantes observa-se que
para os tratamentos 1 VB (30 t ha 1 de vermicomposto) - natildeo houve influecircncia dos
biofertilizantes para as variaacuteveis FSPA e AP enquanto destacou-se o SM+U+CB para o
DC e SM+U+CB e ausecircncia da adubaccedilatildeo liacutequida para a FFPA mostrando que o uso
dos biofertilizantes natildeo influenciou esta variaacutevel 15 VB (45 t ha 1 de vermicomposto) -
verificou-se a eficiecircncia do uso do MB4 +U+CB para as variaacuteveis FFPA e DC Para a
variaacutevel FSPA destacaram-se os dois biofertilizantes utilizados jaacute para AP natildeo houve
33
influecircncia destes EC (60 t ha 1 de esterco de curral) - em todas as variaacuteveis observadas
na tabela 5 as respostas foram significativas utilizando MB4 +U+CB
As respostas encontradas no presente trabalho para as variaacuteveis AP e FSPA foram
superiores as obtidas por Dalponte (1990) quando utilizado 0 esterco de curral para
produccedilatildeo de mudas de cebola
Segundo Filgueira (2000) os solos da regiatildeo produtora de cebola do RS satildeo
pobres em foacutesforo disponiacutevel (15 mg Kg1) necessitando portanto de adubaccedilotildees
fosfatadas elevadas As respostas aqui obtidas podem ser justificadas pelos teores de
foacutesforo contido no MB4
Follet et al (1981) citam a importacircncia do uso de compostos orgacircnicos no solo
enfatizando os estercos no sentido da decomposiccedilatildeo continuada no fornecimento de
nutrientes e na liberaccedilatildeo lenta e gradual de aacutecidos orgacircnicos influenciando a liberaccedilatildeo
do foacutesforo O que provavelmente pode ser atribuiacutedo agraves respostas encontradas no
presente trabalho para 0 tratamento Esterco de curral mais MB4 e Urina mais Calda
Bordalesa
E importante destacar que 0 sistema de produccedilatildeo de mudas de cebola sob uma
perspectiva agroecoloacutegica mostra-se eficiente quando visualmente natildeo percebe-se
diferenccedila significativa entre os tratamentos (Apecircndice F Figura 2)
Conveacutem ressaltar que quando trabalhamos com agroecologia natildeo existem
receitas nem pacotes tecnoloacutegicos prontos Cada situaccedilatildeo deveraacute ser estudada em
particular para que se faccedila recomendaccedilotildees adequadas ao ambiente local uma vez que
as plantas se adaptam ao meio estando a nutriccedilatildeo encarregada de proteger e manter o
equiliacutebrio do organismo vegetal em funccedilatildeo das alteraccedilotildees externas
E fundamental que se compreenda os princiacutepios norteadores de todo o processo
que satildeo as bases da luta por uma sociedade mais justa dentro de um mundo econocircmico e
ambientalmente mais sustentaacutevel
412 Anaacutelise do sistema radicular
Os resultados obtidos nas anaacutelises do sistema radicular (Tabela 2) mostram
diferenccedilas significativas entre as adubaccedilotildees para as variaacuteveis fitomassa fresca de raiz
(FFR) fitomassa seca de raiz (FSR) comprimento de raiz (CR) razatildeo parte
aeacutereasistema radicular (RPASR) e densidade de raiz (DR)
34
TABELA 2 Produccedilatildeo de fitomassa fresca e seca (g) comprimento (cm) e densidade de
raiacutezes (m cm3) de mudas de cebola Petrolini cultivadas sob uma
perspectiva agroecoloacutegica e razatildeo parte aeacutereasistema radicular Pelotas-
RS 2003
BIOFERTILIZANTES LIacuteQUIDOSADUBACcedilAO DE BASE
S Magro + MB4 +Urina + Calda Urina + Calda Testemunha
Bordalesa Bordalesa
de vermicomposto de vermicomposto de esterco de curral
de vermicomposto de vermicomposto de esterco de curral
de vermicomposto de vermicomposto de esterco de curral
de vermicomposto de vermicomposto de esterco de curral
1540 c A 1576 b B 2427 a A
Fitomassa fresca (g)----------------1502 c B 1517 b AB 1658 b A 1446 c C 2336 a B 2360 a B
--------------------Fitomassa seca (g)-------------------196 b A 207 ab A 170 b A170 b A 199 b A 192 b A 344 a A 249 a B 327 a A
Comprimento de raiz(cm)---------------1237 b A 1158 b A 1158 a A1237 b A 1060 c B 1040 b B1433 a A 1296 a B 1040 b C
30 t ha 45 t ha 60 t ha
30 t ha 45 t ha 60 t ha
30 t halsquo 45 t ha 60 t ha
30 t ha 45 t ha 60 t ha
30 t ha de vermicomposto 45 t ha de vermicomposto60 t ha~ de esterco de curral__________________________ _________________________Meacutedias seguidas pela mesma letra minuacutescula para as colunas (adubaccedilatildeo de base) e maiuacutesculas para as linhas (biofertilizantes) natildeo diferem entre si pelo teste de Duncan a 5
-----Razatildeo Parte AeacutereaSistema Radicular------340 b AB 301c B 384 a A446 a A 415 b A 326 a B339 b B 546 a A 388 a B
-------------- Densidade de raiz (m cm3)------------367 a AB 414 a A 325 b B282 b B 301b B 405 a A347 ab A 231c B 324 b A
Em relaccedilatildeo agraves adubaccedilotildees de base destacou-se o EC (60 t ha 1 de esterco de curral)
para as variaacuteveis FFR e FSR Quando adicionado o SM+U+CB os resultados para FFR
foram ainda melhores bem como o CR As respostas obtidas para a RPASR foram
variadas em relaccedilatildeo agraves adubaccedilotildees apresentando melhores resultados para 15 VB (45 t
ha 1 de vermicomposto)+SM+U+CB e ainda melhor para EC (60 t ha 1 de esterco de
curral)+MB4 +U+CB As adubaccedilotildees de base 1 VB 15 VB e EC natildeo diferiram entre si
As adubaccedilotildees mais eficientes para a variaacutevel DR foram 1 VB+SM+U+CV que natildeo
diferiu da EC+SM+U+CB I VB+ MB4 +U+CB e agrave 15 VB foram melhores entre as
demais
35
Analisando os biofertilizantes em relaccedilatildeo a cada adubaccedilatildeo de base verifica-se que
para a 1 VB (30 t ha 1 de vermicomposto)+SM+U+CB destaca-se a variaacutevel FFR
poreacutem sem diferenccedila significativa de 1 VB os melhpres resultados para a variaacutevel DR
foram encontrados pelo tratamento 1 VB+MB4 +U+CB e 15 VB (45 t ha 1 de
vermicomposto) tambeacutem se considera eficiente o 1 VB+SM+U+CB que natildeo diferiu do
EC (esterco de curral) Quando se utilizou 15 VB+ MB4 +U+CB houve resposta
significativa para a variaacutevel FFR para FSR as respostas natildeo foram diferentes com a
aplicaccedilatildeo dos biofertilizantes para as variaacuteveis FSR e DR as adubaccedilotildees EC e
EC+SM+U+CB natildeo diferiram entre si
Embora as respostas estatiacutesticas tenham sido diferentes para as adubaccedilotildees
combinadas ou natildeo pode-se salientar a importacircncia do aacutecido indol-aceacutetico como jaacute
citado anteriormente para as variaacuteveis avaliadas na parte aeacuterea das mudas de cebola
Respostas semelhantes nesse sentido foram encontradas para a cultura da alface por
Quijano (1999) e Morselli (2001)
Pereira et al (2002) concluiacuteram em trabalho realizado com a cultivar de cebola
CNPF1 6400 em Minas Gerais que a utilizaccedilatildeo de 20 t ha de esterco de curral
proporcionou os melhores resultados para a produccedilatildeo de cebola
Silva Juacutenior amp Giorgi (1992) e Menezes Juacutenior (1998) citam que doses elevadas
de mateacuteria orgacircnica podem prejudicar a primeira fase da germinaccedilatildeo (embebiccedilatildeo) e
absorccedilatildeo de aacutegua pelas raiacutezes das placircntulas No entanto no presente trabalho este fato
natildeo ocorreu embora a dose de esterco utilizada tenha sido de 60 t ha 1 (dose maacutexima
recomendada segundo Nolla 1982)
413 Anaacutelise de macronutrientes no tecido vegetal
Os resultados dos conteuacutedos de nitrogecircnio foacutesforo potaacutessio caacutelcio e magneacutesio no
tecido vegetal sob diferentes adubaccedilotildees encontrados na Tabela 3 indicam mais uma
vez a superioridade da adubaccedilatildeo esterco com 0 uso ou natildeo de biofertilizantes
36
TABELA 3 Conteuacutedos (mg planta1) de nitrogecircnio foacutesforo potaacutessio caacutelcio e
magneacutesio no tecido vegetal de mudas de cebola Petrolini cultivadas sob
uma perspectiva agroecoloacutegica Pelotas-RS 2003
BIOFERTILIZANTES LIacuteQUIDOS i J B
ADUBACcedilAtildeO S Magro + MB4 +DE BASE Urina + Calda Urina + Calda Testemunha
Bordalesa Bordalesamg plantas1
---- Nitrogecircnio-----30 t ha de vermicomposto 16593 c AB 15451 c B 19050 b A45 t ha de vermicomposto 21444 b A 22888 b A 17852 b B60 t ha de esterco de curral 32606 a C 37593 a B 40816 a A
--------------- ------ Foacutesforo------- -------------30 t ha de vermicomposto 3098 c B 2802 c B 3999 b A45 t ha de vermicomposto 4109 b A 4135 b A 2788 c B60 t ha de esterco de curral 5300 a B 7577 a A 7565 a A
------- Potaacutessio------30 t ha de vermicomposto 24327 c A 19900 c B 24965 b A45 t ha de vermicomposto 29113b A 29812 b A 22031 b B60 t ha de esterco de curral 44070 a B 51976 a A 54101 a A
-------- Caacutelcio-------30 t ha de vermicomposto 5027 c A 4356 c A 4834 b A45 t ha de vermicomposto 6114b A 6963 b A 4379 b B60 t ha de esterco de curral 9030 a C 11451 a A 10331 a B
------Magneacutesio-----30 t ha de vermicomposto 1188 b A 914 c A 1202 b A45 t ha de vermicomposto 1231 b B 1582 b A 1176 b B60 t ha de esterco de curral 2136a B 2443 a A 2663 a AMeacutedias seguidas pela mesma letra minuacutescula para as colunas (adubaccedilatildeo de base) e maiuacutesculas para as linhas (biofertilizantes) natildeo diferem entre si pelo teste de Duncan a
Em relaccedilatildeo agraves adubaccedilotildees de base observa-se que o melhor tratamento foi o
esterco de curral para todas as variaacuteveis Para 1 VB (30 t ha^ 1 de vermicomposto) natildeo
houve resposta diferenciada com o uso de bofertilizantes para todas as variaacuteveis A
adubaccedilatildeo 15 VB (45 t ha 1 de vemicomposto) foi influenciada pelos biofertilizantes
para as variaacuteveis N P K e Ca enquanto que para Mg somente o MB4+U+CB o
influenciou O EC (esterco de curral) mostrou diferenccedila significativa apenas para as
variaacuteveis Ca e Mg quando adicionado MB4+U+CB
Segundo Peixoto (2000) eacute fundamental a adiccedilatildeo de adubos orgacircnico no cultivo de
hortaliccedilas seja na forma de esterco decomposto composto ou huacutemus de minhoca de
37
modo a fornecer melhorias nas propriedades do solo vindo a disponibilizar os nutrientes
as diferentes culturas
O esterco fresco conteacutem muita cama celuloacutesica e um elevado teor de aacutegua No
esterco curtido a celulose jaacute estaacute decomposta o teor de aacutegua estaacute reduzido agrave metade e os
nutrientes em uma forma mais assimilaacutevel e mais concentrada O esterco fresco pode
causar uma deficiecircncia temporaacuteria de nitrogecircnio no solo ao se decompor o que natildeo
acontece com o biestabilizado (Kiehl 1985)Ocorre uma diminuiccedilatildeo inicial no volume
de aacutegua retido no esterco de curral diminui inicialmente em tomo de 3581 liberando
posteriormente somente 496 evidenciando a sua capacidade de retenccedilatildeo de aacutegua
(Menezes Juacutenior 1998)
A utilizaccedilatildeo continuada de adubos nitrogenados minerais no solo altera o balanccedilo
do nitrogecircnio entre o solo e planta No meacutetodo biodinacircmico eacute sublinhada a importacircncia
dos adubos animais para o estabelecimento da fertilidade permanente dos solos (Koeff
et al 1983)
Para Guimaratildees (1997) os benefiacutecios que a mateacuteria orgacircnica imprime ao solo
principalmente melhorando a produtividade fertilidade e a influencia que as substancias
huacutemicas exercem sobre o ambiente dependem da qualidade e do teor de mateacuteria
orgacircnica do solo Estas substacircncias por conterem nutrientes em sua constituiccedilatildeo em uma
forma mais disponiacutevel para as plantas promovem um equiliacutebrio no ambiente no solo
(Kononova 1966)
Aproximadamente de 60 a 70 do total de carbono do solo ocorre na forma de
materiais huacutemicos (Griffith amp Schnitzer 1975) sendo a eles atribuiacutedo a manutenccedilatildeo da
bioestrutura do solo aumentando a capacidade de retenccedilatildeo de aacutegua (Brady 1999)
Conforme Compagnoni amp Putzolu (1985) os estercos bem como os demais
resiacuteduos orgacircnicos apresentam conteuacutedos diferentes de aacutecidos huacutemicos e fuumllvicos sendo
atribuiacutedo ao acido huacutemico uma accedilatildeo fitoestimulante semelhante aos fitohormocircnios por
favorecer o desenvolvimento do sistema radicular e crescimento do caule
Em trabalho realizado por Guimaratildees (1997) foi encontrado para aacutecidos huacutemicos
de esterco bovino uma relaccedilatildeo CN 1035 e para vermicomposto bovino 17
evidenciando que o esterco quando aplicado ao solo por apresentar uma relaccedilatildeo CN
proacutexima deste reage mais facilmente liberando nutrientes para as plantas sem alterar a
cadeia troacutefiacuteca Dados encontrados no presente trabalho demonstram a eficiecircncia do
esterco nesse sentido
38
De acordo com Morselli (2001) vaacuterios trabalhos citam comentam e discutem a
capacidade dos vermicompostos em proporcionar oacutetimas colheitas e favorecer a
precocidade das plantas cultivadas Poreacutem muitas vezes se observa que mesmo
suprindo essas plantas com nutrientes necessaacuterios atraveacutes de huacutemus de diferentes fontes
as respostas natildeo satildeo as mesmas para uma mesma cultivar
Por outro lado os resultados com o uso de substacircncias huacutemicas satildeo variaacuteveis e
dependem aleacutem da espeacutecie testada das substacircncias huacutemicas utilizadas sua
concentraccedilatildeo o grau de purificaccedilatildeo e das condiccedilotildees experimentais A resposta das
plantas aos aacutecidos huacutemicos e fuacutelvicos eacute dependente da mateacuteria prima original e da
espeacutecie vegetal pois materiais orgacircnicos diferentes apresentam aacutecidos huacutemicos e
fuacutelvicos diferentes (Businelli 1990)
Justificam-se os maiores conteuacutedos de nitrogecircnio foacutesforo potaacutessio e caacutelcio nas
adubaccedilotildees 15 VB (45 t ha 1 de vermicomposto) e biofertilizantes devido
provavelmente ao vermicomposto utilizado apresentar na sua constituiccedilatildeo teores
consideraacuteveis destes elementos aleacutem do que os biofertilizantes possam ter influenciado
na absorccedilatildeo atraveacutes de sua constituiccedilatildeo Tibau (1984) considera que a urina de vaca eacute
rica em aacutecido indol-aceacutetico e este influencia na absorccedilatildeo radicular O efeito positivo
deste tratamento provavelmente seja devido agrave quantidade aplicada
O biofertilizante que se destacou foi o MB4+U+CB em relaccedilatildeo ao EC (esterco de
curral) e eacute somente para a variaacutevel caacutelcio Isto provavelmente seja devido ao alto teor
deste elemento encontrado na sua constituiccedilatildeo (6872 g Kg1) e pela influecircncia positiva
que a calda bordalesa exerce no metabolismo das plantas atraveacutes dos nutrientes
contidos em sua formulaccedilatildeo O Ca controla a absorccedilatildeo radicular e retorna ao solo pelo
esterco e palhas por apresentar-se em maior quantidade em folhas e caules Depois de
localizado nas folhas fica imoacutevel favorecendo a resistecircncia da planta ao ataque de
fungos
Este trabalho avanccedila no estudo da agroecologia estando claro que todos os
criteacuterios tem caraacuteter dinacircmico de adequaccedilatildeo as mudanccedilas de um sistema de produccedilatildeo
em evoluccedilatildeo contribuindo na transiccedilatildeo para um padratildeo sustentaacutevel Cabe a pesquisa a
reorientaccedilatildeo para um enfoque ldquosistecircmicordquo isto eacute que permita integrar os diversos
componentes de um agroecossistema e a adoccedilatildeo de poliacuteticas puacuteblicas que promovam 0
fortalecimento e a expansatildeo da agricultura familiar
39
5 CONCLUSOtildeES
Considerando os resultados obtidos e as condiccedilotildees em que o estudo foi realizado
conclui-se que
bull As respostas agronocircmicas das mudas de cebola para os paracircmetros avaliados
satildeo mais satisfatoacuterias com a aplicaccedilatildeo de esterco de curral como adubaccedilatildeo de
base
bull Os biofertilizantes mais urina de vaca e calda bordalesa proporcionam
respostas satisfatoacuterias quando aplicados associados agraves adubaccedilotildees de base
bull O biofertilizante MB4 mais urina de vaca e calda bordalesa eacute mais eficiente
que o super magro mais urina e calda bordalesa quando aplicado associado agrave
adubaccedilatildeo de base esterco de curral para os conteuacutedos de fitomassa secae
fresca da parte aeacuterea das plantas altura e diacircmetro de colo das mudas de
cebola
bull Os biofertilizantes adicionados agrave adubaccedilatildeo de base 45 t harsquo 1 de vermicomposto
bovino mostram respostas significativas para os conteuacutedos de fitomassa seca
bull Os maiores conteuacutedos nutricionais para as mudas de cebola satildeo
proporcionados pela adubaccedilatildeo de base esterco de curral
bull A maior absorccedilatildeo de caacutelcio pelas mudas de cebola ocorre quando da adiccedilatildeo do
biofertilizante MB4 mais urina e calda bordalesa agrave adubaccedilatildeo de base esterco de
curral
40
6 REFEREcircNCIAS BIBLIOGRAacuteFICAS
ALDRIGHI CB ABREU CM PAGLIA AG MORSELLI TBGA FERNANDES HS Efeito da aplicaccedilatildeo de biofertilizante e urina de vaca em mudas de tomateiro Horticultura Brasileira v20 n2 julho 2002 Suplemento 2
ALTIERI M NICHOLLS C I Agroecologia Teoria praacutectica para umaAgricultura Sustentable Ia ed PNUMA 2000 Cap 2 4 Seacuterie textos baacutesicos para la formacioacuten ambiental
ALTIERI M Agroecologia bases cientiacuteficas para uma agricultura sustentaacutevelGuaiacuteba Agropecuaacuteria 2002 592 p
ANTONIOLLI Z I GIRACCA E M N CARDOSO S J T WIETHAN M M S FERRI M Iniciaccedilatildeo agrave Minhocultura Criaccedilatildeo em Cativeiro e Vermicompostagem Santa Maria UFSM 1996 p59-89
BAYER C MIELNICZUC J Dinacircmica e funccedilatildeo da mateacuteria orgacircnica In SANTOS G de A S e CAMARGO F A de O (ed) Fundamentos da mateacuteria orgacircnica do solo ecossistemas tropicais e subtropicais Porto Alegre Genesis 1999 p 3-23
BARRETTO D X Composto Orgacircnico In Praacutetica em Agricultura Orgacircnica Satildeo Paulo iacutecone Ed Ltda 1985 p 51-63
BETTIOL W Alguns produtos alternativos para o controle de doenccedilas de plantasem agricultura orgacircnica II Ciclo de palestras sobre agricultura orgacircnica Instituto Bioloacutegico Satildeo Paulo p52-63 1997
41
BETTIOL W TRACH R GALVAtildeO JAH Controle de doenccedilas de plantas com biofertilizantes Jaguariuacutena EMBRAPA-CNPMA 1997 22p (EMBRAPA- CNPMA Circular Teacutecnica 02)
BRADY N C Natureza e propriedades dos sotos Rio de Janeiro Freitas BastosS A 1979 647p
BRADY N C Organisms and ecology of the soil In The nature of properties of soils Simon amp Schuster A Viacon Company New Jersey1999 402-489p
BON1LLA J A Fundamentos da Agricultura Ecoloacutegica Sobrevivecircncia eQualidade de Vida Satildeo Paulo Nobel 1992
BUREacuteS S Substratos Ediciones Agroteacutecnicas S L Madrid Octubre 1997
BUS1NELLI M Chemical Composition and Enzymic Activity of some Worm Cast Plant Soil v 80 p 1-2 1990
CALEGARI A Espeacutecies para cobertura de solo In IAPAR (Instituto Agronocircmico de Paranaacute) Plantio Direto pequena propriedade sustentaacutevel organizador Moacir Darolt Londrina - PR 1998 65-93
CAMARGO P N D Manual de Adubaccedilatildeo Foliar Satildeo Paulo Herba 1975
CAPRA F A Teia da Vida Satildeo Paulo Cultrix 1997 256p
CAPRA F O Ponto de Mutaccedilatildeo 22 ed Satildeo Paulo Cultrix 2001 447p
CHABOUSSOU F Plantas doentes pelo uso de agrotoacutexicos (A Teoria da Trofobiose) Porto Alegre LPM 1987 253 p
CLARO S A Referencias tecnoloacutegicos para a agricultura familiar ecoloacutegica aexperiecircncia da Regiatildeo Centro-Serra do Rio Grande do Sul Porto Alegre EMATERRS-ASCAR 2001 250p
CLIVELA G Diagnoacutestico Agronocircmico da cebola no Rio Grande do Sul Porto Alegre EMATERRS 1995 8 6 p
COMISSAtildeO DE FERTILIDADE DO SOLO - RSSC Recomendaccedilotildees de adubaccedilatildeo e calagem para os estados do Rio Grande do Sul e Santa Catarina 3 ed Passo Fundo SBCS - Nuacutecleo Regional Sul 1995 223p
COMPAGNONI L PUTZOLU G Cria moderna de Ias lombrices y utilizacioacutenrentable dei humus Barcelona Editorial de Vecchi- SA 1985127p
COSTABEBER J A MOYANO E Transiccedilatildeo agroecoloacutegica e accedilatildeo social coletiva Agroecologia e Desenvolvimento Rural Sustentaacutevel Porto Alegre v l n4 p 50- 60 outdez 2 0 0 0
42
COSTA M B B da Adubaccedilatildeo orgacircnica Nova siacutentese e novo caminho para aagricultura Satildeo Paulo Ed iacutecone Ltda 1985 102p
COSTA NETO C Agricultura Sustentaacutevel Tecnologias e Sociedade In CARVALHO COSTA LF et al (org) Mundo Rural e Tempo Presente Rio de Janeiro Mauad 1999
DrsquoAG0ST1NI R L FANTINI A C Produccedilatildeo orgacircnica tambeacutem socialmente excludente Agroecologia e Desenvolvimento Rural Sustentaacutevel Porto Alegre v3 n l p57-61 2002
DALPONTE J C V Utilizaccedilatildeo de materiais orgacircnicos e fertilizante mineral na produccedilatildeo e qualidade de mudas e bulbos de cebola (Alliurn Cepa L) Pelotas-RS 1990 (Mestrado em Agronomia) - Faculdade de Agronomia Eliseu Maciel UFPel 1990
DEBARBA J F THOMAZELLI L F GANDIN C L SILVA E Cadeias produtivas do Estado de Santa Catarina Cebola Florianoacutepolis Epagri 1998 115 p (EPAGRI Boletim Teacutecnico 96)
DUFOUR F Os saacutebios loucos do agro-alimentar Le Monde Diplomatique ano 1 n4 p6-7 1999 (ed portuguesa)
EHLERS E Agricultura Sustetaacutevel Origem e perspectivas de um novo paradigma 2 ed Guaiacuteba Agropecuaacuteria 1999 157 p
FILGUEIRA F A R Novo Manual de olericultura agrotecnologia moderna na produccedilatildeo e comercializaccedilatildeo de hortaliccedilas Viccedilosa UFV 2000 402 p
FRASER G K Mateacuteria Orgacircnica Del Suelo In BEAR F E (ed) Quiacutemica dei Suelo Madrid Ed Agrociencia 1963
FOLLET R H MURPHY L S DONAHUE R L Fertilizers and soil amendments New Jersey Printice-Hall Inc 1981 557p
GARCIA A Revista dei Espacio Rural Georgica Zaragoza Escuela Politeacutecnica de Huesca n5 1997
GARCIA A Versatildeo preliminar de um Programa Estadual de Produccedilatildeo e Comercializaccedilatildeo de Bulbos e Sementes de CebolaEMBRAPAIPAGROMARAEMATER 6 8 pbdquo 1990 (Publicaccedilatildeo avulsa)
GIORGETT1 J R Produccedilatildeo e Comercializaccedilatildeo de Mudas de Tomate In Encontro Nacional de Produccedilatildeo e Abastecimento de Tomate 2 1991 Jaboticabal Satildeo Paulo Anais Jaboticabal UNESP 1991 p 242-244
GLIESSMAN S R Agroecologia Processos ecoloacutegicos em agricultura sustentaacutevelPorto Alegre Universidade Federal do Rio Grande do Sul - UFRGS 2000 653p
43
GLIESSMAN S R TURRIALBA C R Agroecologia Procesos Ecoloacutegicos en Agricultura Sostenible CATIE 2002 p 3-14
GNOATTO S C Caracterizaccedilatildeo quiacutemica de vermicompostos de diferentes substratos orgacircnicos Pelotas-RS 1999 38 f (Mestrado em Agronomia - Solos) - Faculdade de Agronomia Eliseu Maciel UFPel 1999
GOMES J C C BORBA M F S A moderna crise dos alimentos oportunidade para a agricultura familiar Emater Porto Alegre julset 2000 Disponiacutevel em lthttpwwwematertchebrdocsagroecorevistan313-artigo3htmgtAcesso em 24 fev 2002
GOMEZ H W Desenvolvimento sustentaacutevel agriacutecola e capitalismo In Desenvolvimento sustentaacutevel Necessidade eou disponibilidade Santa Cruz do Sul Nobel - UNISC 1997 p 65-77
GONZAacuteLEZ DE MOLINA M SEVILLA GUZMAacuteN E Ecologia campesinado e historia Para una reinterpretacioacuten dei desarrollo dei capitalismo en la agricultura In SEVILLA GUZMAacuteN E GONZAacuteLEZ DE MOLINA M (ed) Ecologia campesinado e historia Madrid La Piqueta 1993 p 23-129
GRIFFITH S A SCHNITZER M Analytical characteristic of humic and fulvic acids extracted from tropical volcanic soils Soil Sei Soc Am Proc v 39 p361-367 1975
GUIMARAtildeES E Caracterizaccedilatildeo quiacutemica estreptoscoacutepica e por anaacutelise teacutermica de aacutecidos huacutemicos e vermicompostos obtidos de estercos de diferentes animaisCuritiba 1997 Dissertaccedilatildeo (Mestrado em Quiacutemica) Universidade Federal do Paranaacute 1997
HESS A F Sociedade e meio ambiente uma relaccedilatildeo ambiacutegua Revista Cientiacutefica Rural Bageacute v 4 n2 p 167-1741999
ICEPA-SC Informes conjunturais sobre a cultura da cebola Disponiacutevel em lthttpwwwicepa combrgt Acesso em 23 jan 2003
JONES H A MANN L K Onions and their allies New York Interscience Publishers 1962 286 p
JUacuteNIOR H A de MAIORANO J A Receitas obtidas de extratos de plantasCampinas CATITerra Viva [199-] 10 f
KHATOUNIAN C A Ciclo de Palestras sobre Agricultura Orgacircnica 2a Ed SatildeoPaulo Fund Cargill 1997 149 p
KIEHL E J Fertilizantes Orgacircnicos Satildeo Paulo Ed Agronocircmica Ceres Ltda 1985 492p
44
KOEFF H H PETTERSSON B D SHAUMANN W Vida Vegetal solos e adubaccedilatildeo In Agricultura Biodinacircmica Satildeo Paulo Nobel 1983 p92-149
KONONOVA M M Soil organic matter The importance o f organic matter in soil formation and soil fertility New York Pergamqn Press 1961 p 165-200
KUHN T A Estrutura das Revoluccedilotildees Cientiacuteficas Satildeo Paulo Perspectiva 1989 257p
LANNA FCA ABREU C L ABREU J G SILVA V Resposta de cultivares de melancia cultivadas sob adubaccedilatildeo quiacutemica e orgacircnica Horticultura v 12 n l p85 1994
LEFF H Saber Ambiental Petroacutepolis Vozes 2001 343 p
MAGALHAtildeES J R Nutriccedilatildeo e adubaccedilatildeo da cebola In FERREIRA M E CASSTELLANE P D CRUZ M C P Nutriccedilatildeo e adubaccedilatildeo de hortaliccedilasPiracicaba POTAFOS 1993 p 381-393
MALAVOLTA E Elementos de nutriccedilatildeo mineral de plantas Satildeo Paulo Ed Agronocircmica Ceres Ltda 1980 251 p
MALAVOLTA E Manual de Quiacutemica Agriacutecola - Adubos e Adubaccedilatildeo 3a ed SatildeoPaulo Ed Agronocircmica Ceres Ltda 1981 606 p
MARTINEZ A A A grande e Poderosa Minhoca Jaboticabal Funep - Unesp1990 101 p
MARTINS S R Desenvolvimento e Sustentabilidade Horticultura Brasileira Brasiacutelia-DF v20 n2 julho 2002 Palestra apresentada no 42deg Congresso Brasileiro de Olericultura
MARTINS S R Limites Del Desarrollo Sostenible em Ameacuterica Latina En el marco de Ias poliacuteticas de (re)ajuste econocircmico Pelotas Editora UFPel 1997 135 P-
MARTINS S R Sustentabilidade na agricultura dimensotildees econocircmicas sociais e ambientais Revista Cientiacutefica Rural Bageacute v4 n 2 p 175-1871999
MATURANA H REZEPKA S N D E Formaccedilatildeo Humana e Capacitaccedilatildeo Rio de Janneiro Vozes 2000 8 6 p
MELLO A F SOBRINHO M O ARZOLLA S SILVEIRA R NETTO A C KIEHL J C Fertilidade do Solo Satildeo Paulo Nobel 1983
MENEZES JUacuteNIOR F O G D Caracterizaccedilatildeo de Diferentes substratos hortiacutecolas e seu efeito na produccedilatildeo de mudas de alface e couve-flor em ambiente protegido Pelotas 1998 141 p Dissertaccedilatildeo (Mestrado em Agronomia - Produccedilatildeo Vegetal) - Faculdade de Agronomia Eliseu Maciel UFPel 1998
45
MIBASA Mineraccedilatildeo Barreto SA Melhorador de Solos MB4 A Natureza Agradece Arapiraca-AL [199-] Folder
MINAMI K Os resumos da olericultura 2000 In AZEVEDO FILHO MARTINEZ FILHO (ed) Preccedilos agriacutecolas Piracicaba ESALQ 1999 p 4
MINAMI K Produccedilatildeo de Mudas de Alta Qualidade em Horticultura Satildeo Paulo TA Queiroz 1995
MORSELLI T B G A Cultivo sucessivo de alface sob adubaccedilatildeo orgacircnica em ambiente protegidoPelotas 2001 178 p Tese (Doutorado em Agronomia - Produccedilatildeo Vegetal) Faculdade de Agronomia Eliseu Maciel UFPel 2001
MORSELLI T B G A Resiacuteduos orgacircnicos em sistemas agriacutecolas Poliacutegrafo da Disciplina de Resiacuteduos orgacircnicos em sistemas agriacutecolas Curso de Poacutes-Graduaccedilatildeo em Agronomia-Produccedilatildeo Vegetal UFPel 2002
MULLER AM Efeitos da Aplicaccedilatildeo Foliar de um Biofertilizante Enriquecido no Estado fitossanitaacuterio de Tomate Ervilha e Beterraba Sob Manejo OrgacircnicoDissertaccedilatildeo (Mestrado no Programa de Poacutes-Graduaccedilatildeo em Agroecossistemas)1999 (Resumo)
NOLLA D Erosatildeo do Solo - O grande desafio Estado do Rio Grande do Sul SEAGRI desenvolvimento de recursos naturais renovaacuteveis 1982 412 p
PAGLIA AG MORSELLI TBGA PEIL RMN Teores de nutrientes pH e condutividade eleacutetrica da aacutegua em sistema ldquofloat^ngrdquo sob adiccedilatildeo de biofertilizantes Horticultura Brasileira v 20 n2 julho 2002 Suplemento 2
PAULUS G MULLER A BARCELLOS LAR Agroecologia aplicada praticas e meacutetodos para uma agricultura de base ecoloacutegica 2ed ver ampl Porto Alegre EMATERRS 2001 8 6 p
PEIXOTO R T dos G Composto orgacircnico aplicaccedilotildees benefiacutecios e restriccedilotildees de uso Horticultura Brasileira Brasiacutelia-DF v 18 p 56-64 julho 2000
PENTEADO SR Defensivos Alternativos e Naturais Satildeo Paulo 1999 95 p
PEREIRA AJ SOUZA RJ PEREIRA WR Efeito de diferentes doses de esterco de galinha e de curral sobre a produccedilatildeo de cebola Horticultura Brasileira v20 n2 julho 2002 Suplemento 2
PINHEIRO S BARRETO SB MB-4 agricultura sustentaacutevel trofobiose e biofertilizantes Fundaccedilatildeo Juquira CandiruMibasa 2000 273 p
PRIMAVESI A Agricultura Sustentaacutevel Satildeo Paulo Nobel 1992 142 p
PRIMAVESI A O manejo ecoloacutegico do solo Agricultura em regiotildees tropicais SatildeoPaulo Nobel 1982 541 p
46
PURCINO A A C ldquoNitrogecircniordquo Informe Agropecuaacuterio Belo Horizonte v7 n81 p 16-27 1981
QUIJANO F G Efeito da adubaccedilatildeo orgacircnica no desenvolvimento de duas cultivares de alface em ambiente protegido Pelotas 1999 116f Dissertaccedilatildeo (Mestrado em Agronomia - Produccedilatildeo Vegetal) Faculdade de Agronomia Eliseu Maciel UFPel 1999
RODRIGUES A N N Efeitos e residuais de superfosfato triplo sobre o rendimento de mateacuteria seca e absorccedilatildeo de foacutesforo pela aveia (Avena strigosa Schob) em solo Podzoacutelico Vermelho Escuro Porto Alegre 1984 59f Dissertaccedilatildeo (Mestrado em Agronomia) - Faculdade de Agronomia UFRGS 1984
RODRIGUES E T CASALI V W D Respostas da alface agrave adubaccedilatildeo orgacircnica II Teores conteuacutedos e utilizaccedilatildeo de macronutrientes em cultivares Rev Ceres Viccedilosa v 45 n 261 p 437-449 1998
SAMINEcircS T C O Produccedilatildeo orgacircnica de alimentos Horticultura Brasileira Brasiacutelia-DF v 17 n3 novembro 1999
SCHIEDECK G Ambiecircncia e resposta agronocircmica de meloeiro (Cucumis melo L) cultivado sob adubaccedilatildeo orgacircnica em ambiente protegido Pelotas lOOp Tese (Doutorado em Agronomia - Produccedilatildeo Vegetal) - Faculdade de Agronomia Eliseu Maciel UFPel 2002
SILVA JUacuteNIOR A A GIORGI E Substratos alternativos para a produccedilatildeo de mudas de tomate Agropecuaacuteria Catarinense Florianoacutepolis EPAGRI 1992 23 p
SILVA JUacuteNIOR A A MACEDO S G STUKER H Utilizaccedilatildeo de esterco de peru na produccedilatildeo de mudas de tomateiro Florianoacutepolis EPAGRI 1995 28 p (Boletim Teacutecnico 73)
TAGLIARI PS GRASSMANN H Minhoca a grande aliada da agricultura Agropecuaacuteria Catarinense v8 n l p 11-14 mar 1995
TEDESCO M J GIANELLO C Anaacutelises de solo plantas e outros materiais Porto Alegre Faculdade de Agronomia Departamento de Solos Universidade Federal do Rio Grande do Sul RS 1996
TENNANT D A Test of modified line intersect method of estimating root lenght Journal Ecology Oxford v 63 p 995-1001 1975
TIBAU A O Mateacuteria Orgacircnica do Solo Mateacuteria Orgacircnica e Fertilidade do SoloSatildeo Paulo Nobel 1984 p49-182
TIMM P J Anaacutelise comparativa dos sistemas de plantio convencional e cultivo miacutenimo de cebola sob adubaccedilatildeo orgacircnica e mineral Pelotas 2000 79 p Dissertaccedilatildeo (Mestrado em Agronomia - Produccedilatildeo Vegetal) - Faculdade de Agronomia Eliseu Maciel UFPel 2000
47
VALENZUELA HR CROSBY C Effect of compost applications on the yield of several vegetables in long-term organic farming experiments conduced in the tropics American Society Horticultural Science v33 n3 june 1998
VIGLIZZO E (ed) Subprograma Recursos Naturais y Sostenibilidad Agriacutecola documento marco Montevideo IICAPROCISUR 1995 p 75 - 78
WE1D J M TARDIN J M Proposta para a Ampliaccedilatildeo do Trabalho da ASPTA no Centro Sul do Paranaacute ASPTA Disponiacutevel em http wwwpronafgovbrEncontrotestosAS20PTA20Sul20ParanE1205 202002doc Acesso em 05 mai 2002
XAVIER SIMOacuteN F DOMINGUES D G Desenvolvimento Rural Sustentaacutevel uma perspectiva agroecoloacutegica Agroecologia e Desenvolvimento Rural Sustentaacutevel Porto Alegre EM ATERRS v2 n2 p 17-26 2001
ZABALETA J P Diagnoacutestico da Agricultura Familiar em Satildeo Joseacute do Norte - RSPelotas EMBRAPA-CPACT 1998 75 p (EMBRAPA-CPACT Documentos 44)
ZONTA E P MACHADO A A SILVEIRA P Sanest Sistema de anaacutelise estatiacutestica para microcomputadores Registrado na Secretaria Especial de Informaacutetica sob nuacutemero 066060 - categoria A Pelotas-RS Universidade Federal de Pelotas 1984
48
7 APEcircNDICE
APEcircNDICE A - Anaacutelise da adubaccedilatildeo de base e biofertilizantes utilizados na produccedilatildeo de mudas de cebola
TABELA 1 A Anaacutelise baacutesica do solo antes da incorporaccedilatildeo do feijatildeo miuacutedo + papua
Arg
pH IND
SMP
MO
P - n r - Na Al Ca__10Omlmdash
Mg
ppm -
6 53 67 089 8 6 27 1 04 05 0 2
Fonte LASFAEMUFPel (2002)
TABELA 2A Anaacutelise complementar do solo antes da incorporaccedilatildeo do feijatildeo-miuacutedo + papua
Cobre Zinco Manganecircs Ferro
(m v1)
04 05 26 007
Fonte LASFAEMUFPel (2002)
49
TABELA 3A Anaacutelise dos fertilizantes soacutelidos
Amostra pH limidade CN
C N P K Ca Mg
- g-ivg --
Cama de 849 2491 12 31042 2479 3888 3405 29875 463
aves
Esterco 74 3594 11 677 590 157 134 335 214
de curral
Huacutemus 684 5738 14 15965 1098 453 745 743 361
Fonte LASFAEMUFPel (2002)
TABELA 4A Anaacutelise quiacutemica dos biofertilizantes liacutequidos
Amostra N P K_ccedil H
Ca Mg Cu Zn Fe Mn
mdashgL bull
S Magro
m b 4
Urina
053
1652
8 2 2
008
395
0 0 0
149
1674
471
1902
6872
0 0 0
1150
4507
1172
7273
42
033
101389
920
0 0 0
6250
19458
781
35273
1123
0 2 1
Fonte LASFAEMUFPel (2002)
50
APEcircNDICE B - Condiccedilotildees climaacuteticas do local
TABELA 1B Condiccedilotildees de temperatura do local
___________ __________TEMPERATURA (degCgt
meses Meacutedia
Maacutexima
Meacutedia
MiacutenimaMeacutedia
Maacutexima
Absoluta
Miacutenima
Absoluta
Junho 225 87 156 320 25
Julho 225 85 155 285 30
Agosto 251 71 161 360 1 0
Fonte FEPAGROSCT 2002
TABELA 2B Condiccedilotildees de chuva do local
mdash CHUVA (mm)mdash
meses Ocorrida Normal Desvio Da Normal
Junho 1080 1 1 0 -2 0
Julho 1062 98 8 2
Agosto 1283 1 2 0 83
Fonte FEPAGROSCT 2002
51
TABELA 1C Produccedilatildeo de fitomassa fresca e seca (g) da parte aeacuterea altura de planta
(cm) e diacircmetro de colo (mm) de mudas de cebola Petrolini cultivadas
sob uma perspectiva agroecoloacutegica Pelotas-RS 2003
APEcircNDICE C - Anaacutelise estatiacutestica da parte aeacuterea
Causas G1 FFPA FSPA AP DC
da variaccedilatildeo --------- Quadrados meacutedios-
Blocos 3
Ad Base 2 175359071 1287102 2547419 1 11775
Biofertilizantes 2 126876 29011 87669ns 02185ns
Ad x Biofert 4 572378 31123 69106ns 04159
Resiacuteduo 24 34456 03048 27169 00290
Total 35
Meacutedia geral 93745 8772 320388 6741
CV 1980 6294 5145 2530
Significativo a 5ns Natildeo significativo
52
TABELA 1D Produccedilatildeo de fitomassa fresca e seca (g) comprimento (cm) e densidade
de raiacutezes (m cm3) de mudas de cebola Petrolini cultivadas sob uma
perspectiva agroecoloacutegica e razatildeo parte aeacutereasistema radicular Pelotas-
RS 2003
APEcircNDICE D - Anaacutelise estatiacutestica da raiz
Causas G1 FFR FSR CR RPASR DR
da variaccedilatildeo Quadrados meacutedios---------------
Blocos 3
Ad Base 2 27874 551 623 2 1 0 140
Biofertilizantes 2 178 0 1 0 ni 1504 l03ns 038ns
Ad x Biofert 4 190 058 318 294 183
Resiacuteduo 24 005 009 028 023 0 2 1
Total 35
Meacutedia geral 1818 228 184 387 333
C V 134 1356 448 1253 1396
Significativo a 5 ns Natildeo significativo
53
APEcircNDICE E - Anaacutelise estatiacutestica dos macronutrientes da parte aeacuterea da cebola
TABELA 1E Conteuacutedos (mg planta1) de nitrogecircnio foacutesforo potaacutessio caacutelcio e
magneacutesio no tecido vegetal de mud^s de cebola Petrolini cultivadas
sob uma perspectiva agroecoloacutegica Pelotas-RS 2003
Causas G1 bull N P K Ca Mg
da variaccedilatildeo
Blocos 3
Ad Base 2 13550306 446627 25509686 1031806 59007
Biofertilizantes 2 180610ns 16564 68153ns 39006 876ns
Ad x Biofert 4 454187 45743 1047539 46950 2464
Resiacuteduo 24 29769 1453 64313 3741 439
Total 35
Meacutedia geral 24921 4597 33366 6943 1615
C V 692 829 760 880 1297
Significativo a 5 ns Natildeo significativo
APEcircNDICE F - Fotos do experimento
FIGURA 2 Mudas de cebola (Allium cepa L) produzidas sob uma perspectiva agroecoloacutegica
APEcircNDICE F a Fotos do experimento
FIGURA 1 Adubaccedilatildeo verde com feijatildeo-miuacutedo e papuatilde utilizadas no manejo do solo
FIGURA 2 Mudas de cebola (Allium cepa L) produzidas sob urna perspectiva agroecoloacutegica
25
As diferentes adubaccedilotildees seratildeo representadas durante a discussatildeo da seguinte
forma 1 VB (30 t ha 1 de vermicomposto) 15 VB (45 t ha 1 de vermicomposto) e EC
(60 t ha 1 de esterco de curral) 1 VB+SM+U+CB (30 t ha 1 de vermicomposto mais
super magro mais urina de vaca mais calda bordalesa) 15 VB+SM+U+CB (45 t ha 1 de
vermicomposto mais super magro mais urina de vaca mais calda bordalesa)
EC+SM+U+CB (60 t ha 1 de esterco de curral mais super magro mais urina de vaca
mais calda bordalesa) 1 VB+MB4 +U+CB (30 t ha 1 de vermicomposto mais MB4 mais
urina de vaca mais calda bordalesa) 15 VB+MB4 +U+CB (45 t ha 1 de vermicomposto
mais MB4 mais urina de vaca mais calda bordalesa) EC+MB4 +U+CB (60 t ha 1 esterco
de curral mais MB4 mais urina de vaca mais calda bordalesa)
QUADRO 1 Descriccedilatildeo dos fatores experimentais e respectivos niacuteveis
Niacuteveis Fator 1 ADUBACcedilAtildeO DE BASE
0 1 Vermicomposto (30 t ha1)
0 2 Vermicomposto (45 t ha1)
03 Esterco de curral (60 t ha1)
Niacuteveis Fator 2 BIOFERTILIZANTES LIacuteQUIDOS
0 1 Super magro (5) + Urina de Vaca + Calda Bordalesa
0 2 MB4 (10) + Urina de vaca + Calda Bordalesa
03 Ausecircncia (testemunha)
33 Tratamentos
Da combinaccedilatildeo entre niacuteveis e fatores foram obtidos 9 tratamentos que estatildeo
descritos no Quadro 2 bem como as doses de adubaccedilatildeo utilizadas no experimento
26
QUADRO 2 Tratamentos e doses de adubaccedilatildeo utilizadas no experimento
TRATAMENTOS
Ndeg FATOR I FATOR II
0 1 30 t ha de vermicomposto Super magro 5 Urina de vaca Calda Bordalesa
0 2 30 t harsquo de vermicomposto MB4 10 Urina de vaca Calda Bordalesa
03 30 t ha de vermicomposto - - -
04 45 t ha de vermicomposto Super magro 5 Urina de vaca Calda Bordalesa
05 45 t ha de vermicomposto MB4 10 Urina de vaca Calda Bordalesa
06 45 t ha de vermicomposto - - -
07 60 t hade esterco Super Magro 5 Urina de vaca Calda Bordalesa
08 60 t hade esterco MB4 10 Urina de vaca Calda Bordalesa
09 60 t hade esterco - - -
Cada parcela foi constituiacuteda por dois canteiros medindo 1 m de largura x 2 m de
comprimento perfazendo 075 m de aacuterea de aacuterea uacutetil (025 m de bordadura) Foi
utilizando semeadura a lanccedilo com densidade de 24 g canteiro1
O vermicomposto a urina de vaca o esterco de curral o alhol os biofertilizantes e
a calda bordalesa foram de procedecircncia do Centro de Pesquisa da Regiatildeo Sul O
vermicomposto de esterco bovino misturado agraves cascas de frutas foi processado pela
minhoca vermelha califomiana Eisenia foetida)
O biofertilizante Super Magro foi elaborado segundo a metodologia descrita pela
FEPAGROSUL utilizando-se os seguintes componentes 190 litros de aacutegua 22 litros
de leite 55 Kg de accediluacutecar mascavo 30 Kg de esterco fresco de bovinos 2 Kg de
Sulfato de zinco 2 Kg de sulfato de magneacutesio 2 Kg de cloreto de caacutelcio 1 Kg de aacutecido
boacuterico 300 g de sulfato de cobre 300 g de sulfato de ferro 300 g de sulfato de
manganecircs 100 g de molibdato de soacutedio 50 g de sulfato de cobalto 3 Kg de fosfato
natural 3 Kg de cinza e 200 g de farinha de osso
A urina de vaca em lactaccedilatildeo foi coletada pela manhatilde e armazenada em recipiente
fechado por trecircs dias em condiccedilotildees ambientais para que se formasse a amocircnia e natildeo
ocorresse perda de nitrogecircnio
28
Realizaram-se duas capinas manuais durante o experimento e em seguida como
cobertura se colocou casca de arroz Tambeacutem foi aplicado esterco de aves 30 dias antes
da colheita na quantidade de 05 Kg canteiro 1 como adubaccedilatildeo de cobertura
As pulverizaccedilotildees com os produtos iniciaram apoacutes 15 dias da germinaccedilatildeo
Realizou-se sete aplicaccedilotildees sendo que as duas primeiras foram feitas apenas com
Super Magro e MB4 Na terceira e na quarta aplicaccedilatildeo utilizou-se urina de vaca e calda
bordalesa em concentraccedilotildees menores (05 e 025 respectivamente) e na quinta
aplicaccedilatildeo as dosagens de urina de vaca e calda bordalesa foram elevadas para 1 0 e
05 respectivamente ateacute o final do experimento O alhol foi utilizado a partir da
terceira pulverizaccedilatildeo na quantidade de 2 e seguiu ateacute o final no dia 26 de agosto
quando as mudas foram colhidas e posteriormente analisadas as variaacuteveis
35 Observaccedilotildees agronocircmicas
Foram utilizadas 20 mudas de cebola para obtenccedilatildeo das meacutedias das variaacuteveis as
quais foram as seguintes
351 Fitomassa fresca da parte aeacuterea e raiacutezes
Foi realizada atraveacutes de uma balanccedila digital procedendo-se a pesagem de 20
mudas de cebola previamente lavadas e posteriormente secadas durante uma hora sobre
um tecido de algodatildeo agrave temperatura ambiente Processo idecircntico foi adotado com as
raiacutezes
352 Fitomassa seca da parte aeacuterea e raiacutezes
Esta variaacutevel foi obtida a partir da secagem preliminar em estufa de ar forccedilado
durante 48 horas a 65 C ateacute peso constante com posterior pesagem em balanccedila
analiacutetica
353 Altura da muda
A altura de muda foi medida a partir do colo das plantas ateacute sua uacuteltima folha
(ponto de crescimento) com uma reacutegua graduada de 40 cm
29
354 Diacircmetro do colo das plantas
Esta medida foi realizada no ponto de transplante a 2 mm das raiacutezes e utilizando-
se um paquiacutemetro SOMET
355 Sistema radicular
Ao teacutermino do experimento foram retiradas as raiacutezes das mesmas plantas que foram
utilizadas para as determinaccedilotildees realizadas na parte aeacuterea procedendo-se uma amostra
de solo com raiacutezes de 2 0 cm de largura x 2 0 cm de comprimento e 2 0 cm de altura
totalizando 8000 cm3
As raiacutezes apoacutes serem lavadas em aacutegua corrente foram pesadas acondicionadas em
sacos plaacutesticos e congeladas para posteriores anaacutelises pelo meacutetodo de Tennant (1975)
para a determinaccedilatildeo do comprimento e densidade
3551 Comprimento de raiz
Utilizou-se para a determinaccedilatildeo do comprimento de raiz as seguintes foacutermulas
1 = ndeg x 1114 x 1 onde
1 - comprimento de raiz de uma amostra uacutemida de 0 0 2 g
ndeg - nuacutemero de intercessotildees das raiacutezes com os lados da quadriacutecula da malha do
aparelho
1114 - constante
1 - medida lateral da quadriacutecula em cm
Tomando-se a fiacutetomassa seca e o comprimento da raiz da cada amostra
relacionou-se com a fiacutetomassa seca e o comprimento total da raiz da planta aplicando-
se a seguinte equaccedilatildeo
L = (FSR x 1) FSPA onde
L - comprimento total da raiz da planta (m)
FSR - fiacutetomassa seca de raiz
FSPA - fiacutetomassa seca da parte aeacuterea
L - comprimento de raiz de uma amostra uacutemida de 002g
3552 Densidade de raiz
A densidade foi determinada pela foacutermula
D = L 8000 onde
D - densidade de raiacutezes (m cm3)
30
L - comprimento total de raiacutezes (m)
8 0 0 0 - volume da amostra (cm3)
3553 Razatildeo parte aeacutereasistema radicular
Este paracircmetro foi obtido pela equaccedilatildeo
RPASR = FSPA FSR onde
RPASR - razatildeo parte aeacuterea sistema radicular
FSPA - fitomassa seca da parte aeacuterea
FSR - fitomassa seca do sistema radicular
36 Determinaccedilatildeo de macronutrientes no tecido vegetal
Os macronutrientes nitrogecircnio foacutesforo potaacutessio caacutelcio e magneacutesio foram
determinados no laboratoacuterio de Fertilidade e Anaacutelise de Plantas do Departamento de
Solos da UFPel atraveacutes dos meacutetodos descritos por Tedesco amp Gianello (1996)
31
4 RESULTADOS E DISCUSSAtildeO
41 Anaacutelise das variaacuteveis
A anaacutelise da variaccedilatildeo mostrou que houve diferenccedila significativa na interaccedilatildeo entre
os fatores de adubaccedilatildeo de base e biofertilizantes liacutequidos com exceccedilatildeo da variaacutevel altura
de planta para a qual somente a adubaccedilatildeo de base mostrou-se significativa (Apecircndices
C D e E Tabelas 1C 1D e 1E)
411 Anaacutelise da parte aeacuterea
Na Tabela 1 destacaram-se as adubaccedilotildees EC+SM+U+CB EC+MB4 +U+CB e EC
que diferiram significativamente das demais adubaccedilotildees para as variaacuteveis fiacutetomassa
fresca da parte aeacuterea (FFPA) fiacutetomassa seca da parte aeacuterea (FSPA) altura de planta
(AP) e diacircmetro do colo (DC)
32
TABELA 1 Produccedilatildeo de fitomassa fresca e seca (g) da parte aeacuterea altura de planta
(cm) e diacircmetro de colo (mm) de mudas de cebola Petrolini cultivadas
sob uma perspectiva agroecoloacutegica Pelotas-RS 2003
BIOFERTILIZANTES LIacuteQUIDOSADUBACcedilAtildeO S Magro + MB4 +DE BASE Urina + Calda Urina + Calda Testemunha
Bordalesa Bordalesa
30 t ha de vermicomposto 7015 c A45 t halsquo de vermicomposto 7824 b B60 t ha de esterco de curral 12248 a C
30 t ha de vermicomposto 667 c A45 t ha de vermicomposto 752 b A60 t ha de esterco de curral 1150a C
30 t ha de vermicomposto 2975 b A45 t harsquo de vermicomposto 2775 b A60 t ha de esterco de curral 3600 a B
30 t ha de vermicomposto 631 b A45 t ha de vermicomposto 6 2 2 b B60 t ha de esterco de curral 741 a C
-Fitomassa fresca (g)----------------6270 c B 6885 b A8832 b A 6308 c C
15082 a A 13934 a BmdashFitomassa seca (g)----------------
625 c A 655 b A830 b A 607 b B
1345 a A 1262 a B-Altura de planta (cm)----------------
2950 b A 3050 b A2937 b A 2950 b A 3975 a A 3622 a B
-Diacircmetro de colo (mm)---------------592 c B 599 b B 657 b A 609 b B 819a A________ 793a B
Meacutedias seguidas pela mesma letra minuacutescula para as colunas (adubaccedilatildeo de base) e maiuacutesculas para as linhas (biofertilizantes) natildeo diferem entre si pelo teste de Duncan a 5
O efeito positivo do esterco bovino pode ser atribuiacutedo agraves melhorias nas condiccedilotildees
fiacutesicas do solo por ele proporcionado Segundo Primavesi (1982) e Compagnoni amp
Putzolu (1985) o esterco bovino apresenta propriedades condicionadoras do solo dando
agraves plantas melhores condiccedilotildees de desenvolvimento elevando sobremaneira os
conteuacutedos de fitomassa fresca das plantas que refletiratildeo nas demais respostas
agronocircmicas
Analisando as adubaccedilotildees de base em relaccedilatildeo aos biofertilizantes observa-se que
para os tratamentos 1 VB (30 t ha 1 de vermicomposto) - natildeo houve influecircncia dos
biofertilizantes para as variaacuteveis FSPA e AP enquanto destacou-se o SM+U+CB para o
DC e SM+U+CB e ausecircncia da adubaccedilatildeo liacutequida para a FFPA mostrando que o uso
dos biofertilizantes natildeo influenciou esta variaacutevel 15 VB (45 t ha 1 de vermicomposto) -
verificou-se a eficiecircncia do uso do MB4 +U+CB para as variaacuteveis FFPA e DC Para a
variaacutevel FSPA destacaram-se os dois biofertilizantes utilizados jaacute para AP natildeo houve
33
influecircncia destes EC (60 t ha 1 de esterco de curral) - em todas as variaacuteveis observadas
na tabela 5 as respostas foram significativas utilizando MB4 +U+CB
As respostas encontradas no presente trabalho para as variaacuteveis AP e FSPA foram
superiores as obtidas por Dalponte (1990) quando utilizado 0 esterco de curral para
produccedilatildeo de mudas de cebola
Segundo Filgueira (2000) os solos da regiatildeo produtora de cebola do RS satildeo
pobres em foacutesforo disponiacutevel (15 mg Kg1) necessitando portanto de adubaccedilotildees
fosfatadas elevadas As respostas aqui obtidas podem ser justificadas pelos teores de
foacutesforo contido no MB4
Follet et al (1981) citam a importacircncia do uso de compostos orgacircnicos no solo
enfatizando os estercos no sentido da decomposiccedilatildeo continuada no fornecimento de
nutrientes e na liberaccedilatildeo lenta e gradual de aacutecidos orgacircnicos influenciando a liberaccedilatildeo
do foacutesforo O que provavelmente pode ser atribuiacutedo agraves respostas encontradas no
presente trabalho para 0 tratamento Esterco de curral mais MB4 e Urina mais Calda
Bordalesa
E importante destacar que 0 sistema de produccedilatildeo de mudas de cebola sob uma
perspectiva agroecoloacutegica mostra-se eficiente quando visualmente natildeo percebe-se
diferenccedila significativa entre os tratamentos (Apecircndice F Figura 2)
Conveacutem ressaltar que quando trabalhamos com agroecologia natildeo existem
receitas nem pacotes tecnoloacutegicos prontos Cada situaccedilatildeo deveraacute ser estudada em
particular para que se faccedila recomendaccedilotildees adequadas ao ambiente local uma vez que
as plantas se adaptam ao meio estando a nutriccedilatildeo encarregada de proteger e manter o
equiliacutebrio do organismo vegetal em funccedilatildeo das alteraccedilotildees externas
E fundamental que se compreenda os princiacutepios norteadores de todo o processo
que satildeo as bases da luta por uma sociedade mais justa dentro de um mundo econocircmico e
ambientalmente mais sustentaacutevel
412 Anaacutelise do sistema radicular
Os resultados obtidos nas anaacutelises do sistema radicular (Tabela 2) mostram
diferenccedilas significativas entre as adubaccedilotildees para as variaacuteveis fitomassa fresca de raiz
(FFR) fitomassa seca de raiz (FSR) comprimento de raiz (CR) razatildeo parte
aeacutereasistema radicular (RPASR) e densidade de raiz (DR)
34
TABELA 2 Produccedilatildeo de fitomassa fresca e seca (g) comprimento (cm) e densidade de
raiacutezes (m cm3) de mudas de cebola Petrolini cultivadas sob uma
perspectiva agroecoloacutegica e razatildeo parte aeacutereasistema radicular Pelotas-
RS 2003
BIOFERTILIZANTES LIacuteQUIDOSADUBACcedilAO DE BASE
S Magro + MB4 +Urina + Calda Urina + Calda Testemunha
Bordalesa Bordalesa
de vermicomposto de vermicomposto de esterco de curral
de vermicomposto de vermicomposto de esterco de curral
de vermicomposto de vermicomposto de esterco de curral
de vermicomposto de vermicomposto de esterco de curral
1540 c A 1576 b B 2427 a A
Fitomassa fresca (g)----------------1502 c B 1517 b AB 1658 b A 1446 c C 2336 a B 2360 a B
--------------------Fitomassa seca (g)-------------------196 b A 207 ab A 170 b A170 b A 199 b A 192 b A 344 a A 249 a B 327 a A
Comprimento de raiz(cm)---------------1237 b A 1158 b A 1158 a A1237 b A 1060 c B 1040 b B1433 a A 1296 a B 1040 b C
30 t ha 45 t ha 60 t ha
30 t ha 45 t ha 60 t ha
30 t halsquo 45 t ha 60 t ha
30 t ha 45 t ha 60 t ha
30 t ha de vermicomposto 45 t ha de vermicomposto60 t ha~ de esterco de curral__________________________ _________________________Meacutedias seguidas pela mesma letra minuacutescula para as colunas (adubaccedilatildeo de base) e maiuacutesculas para as linhas (biofertilizantes) natildeo diferem entre si pelo teste de Duncan a 5
-----Razatildeo Parte AeacutereaSistema Radicular------340 b AB 301c B 384 a A446 a A 415 b A 326 a B339 b B 546 a A 388 a B
-------------- Densidade de raiz (m cm3)------------367 a AB 414 a A 325 b B282 b B 301b B 405 a A347 ab A 231c B 324 b A
Em relaccedilatildeo agraves adubaccedilotildees de base destacou-se o EC (60 t ha 1 de esterco de curral)
para as variaacuteveis FFR e FSR Quando adicionado o SM+U+CB os resultados para FFR
foram ainda melhores bem como o CR As respostas obtidas para a RPASR foram
variadas em relaccedilatildeo agraves adubaccedilotildees apresentando melhores resultados para 15 VB (45 t
ha 1 de vermicomposto)+SM+U+CB e ainda melhor para EC (60 t ha 1 de esterco de
curral)+MB4 +U+CB As adubaccedilotildees de base 1 VB 15 VB e EC natildeo diferiram entre si
As adubaccedilotildees mais eficientes para a variaacutevel DR foram 1 VB+SM+U+CV que natildeo
diferiu da EC+SM+U+CB I VB+ MB4 +U+CB e agrave 15 VB foram melhores entre as
demais
35
Analisando os biofertilizantes em relaccedilatildeo a cada adubaccedilatildeo de base verifica-se que
para a 1 VB (30 t ha 1 de vermicomposto)+SM+U+CB destaca-se a variaacutevel FFR
poreacutem sem diferenccedila significativa de 1 VB os melhpres resultados para a variaacutevel DR
foram encontrados pelo tratamento 1 VB+MB4 +U+CB e 15 VB (45 t ha 1 de
vermicomposto) tambeacutem se considera eficiente o 1 VB+SM+U+CB que natildeo diferiu do
EC (esterco de curral) Quando se utilizou 15 VB+ MB4 +U+CB houve resposta
significativa para a variaacutevel FFR para FSR as respostas natildeo foram diferentes com a
aplicaccedilatildeo dos biofertilizantes para as variaacuteveis FSR e DR as adubaccedilotildees EC e
EC+SM+U+CB natildeo diferiram entre si
Embora as respostas estatiacutesticas tenham sido diferentes para as adubaccedilotildees
combinadas ou natildeo pode-se salientar a importacircncia do aacutecido indol-aceacutetico como jaacute
citado anteriormente para as variaacuteveis avaliadas na parte aeacuterea das mudas de cebola
Respostas semelhantes nesse sentido foram encontradas para a cultura da alface por
Quijano (1999) e Morselli (2001)
Pereira et al (2002) concluiacuteram em trabalho realizado com a cultivar de cebola
CNPF1 6400 em Minas Gerais que a utilizaccedilatildeo de 20 t ha de esterco de curral
proporcionou os melhores resultados para a produccedilatildeo de cebola
Silva Juacutenior amp Giorgi (1992) e Menezes Juacutenior (1998) citam que doses elevadas
de mateacuteria orgacircnica podem prejudicar a primeira fase da germinaccedilatildeo (embebiccedilatildeo) e
absorccedilatildeo de aacutegua pelas raiacutezes das placircntulas No entanto no presente trabalho este fato
natildeo ocorreu embora a dose de esterco utilizada tenha sido de 60 t ha 1 (dose maacutexima
recomendada segundo Nolla 1982)
413 Anaacutelise de macronutrientes no tecido vegetal
Os resultados dos conteuacutedos de nitrogecircnio foacutesforo potaacutessio caacutelcio e magneacutesio no
tecido vegetal sob diferentes adubaccedilotildees encontrados na Tabela 3 indicam mais uma
vez a superioridade da adubaccedilatildeo esterco com 0 uso ou natildeo de biofertilizantes
36
TABELA 3 Conteuacutedos (mg planta1) de nitrogecircnio foacutesforo potaacutessio caacutelcio e
magneacutesio no tecido vegetal de mudas de cebola Petrolini cultivadas sob
uma perspectiva agroecoloacutegica Pelotas-RS 2003
BIOFERTILIZANTES LIacuteQUIDOS i J B
ADUBACcedilAtildeO S Magro + MB4 +DE BASE Urina + Calda Urina + Calda Testemunha
Bordalesa Bordalesamg plantas1
---- Nitrogecircnio-----30 t ha de vermicomposto 16593 c AB 15451 c B 19050 b A45 t ha de vermicomposto 21444 b A 22888 b A 17852 b B60 t ha de esterco de curral 32606 a C 37593 a B 40816 a A
--------------- ------ Foacutesforo------- -------------30 t ha de vermicomposto 3098 c B 2802 c B 3999 b A45 t ha de vermicomposto 4109 b A 4135 b A 2788 c B60 t ha de esterco de curral 5300 a B 7577 a A 7565 a A
------- Potaacutessio------30 t ha de vermicomposto 24327 c A 19900 c B 24965 b A45 t ha de vermicomposto 29113b A 29812 b A 22031 b B60 t ha de esterco de curral 44070 a B 51976 a A 54101 a A
-------- Caacutelcio-------30 t ha de vermicomposto 5027 c A 4356 c A 4834 b A45 t ha de vermicomposto 6114b A 6963 b A 4379 b B60 t ha de esterco de curral 9030 a C 11451 a A 10331 a B
------Magneacutesio-----30 t ha de vermicomposto 1188 b A 914 c A 1202 b A45 t ha de vermicomposto 1231 b B 1582 b A 1176 b B60 t ha de esterco de curral 2136a B 2443 a A 2663 a AMeacutedias seguidas pela mesma letra minuacutescula para as colunas (adubaccedilatildeo de base) e maiuacutesculas para as linhas (biofertilizantes) natildeo diferem entre si pelo teste de Duncan a
Em relaccedilatildeo agraves adubaccedilotildees de base observa-se que o melhor tratamento foi o
esterco de curral para todas as variaacuteveis Para 1 VB (30 t ha^ 1 de vermicomposto) natildeo
houve resposta diferenciada com o uso de bofertilizantes para todas as variaacuteveis A
adubaccedilatildeo 15 VB (45 t ha 1 de vemicomposto) foi influenciada pelos biofertilizantes
para as variaacuteveis N P K e Ca enquanto que para Mg somente o MB4+U+CB o
influenciou O EC (esterco de curral) mostrou diferenccedila significativa apenas para as
variaacuteveis Ca e Mg quando adicionado MB4+U+CB
Segundo Peixoto (2000) eacute fundamental a adiccedilatildeo de adubos orgacircnico no cultivo de
hortaliccedilas seja na forma de esterco decomposto composto ou huacutemus de minhoca de
37
modo a fornecer melhorias nas propriedades do solo vindo a disponibilizar os nutrientes
as diferentes culturas
O esterco fresco conteacutem muita cama celuloacutesica e um elevado teor de aacutegua No
esterco curtido a celulose jaacute estaacute decomposta o teor de aacutegua estaacute reduzido agrave metade e os
nutrientes em uma forma mais assimilaacutevel e mais concentrada O esterco fresco pode
causar uma deficiecircncia temporaacuteria de nitrogecircnio no solo ao se decompor o que natildeo
acontece com o biestabilizado (Kiehl 1985)Ocorre uma diminuiccedilatildeo inicial no volume
de aacutegua retido no esterco de curral diminui inicialmente em tomo de 3581 liberando
posteriormente somente 496 evidenciando a sua capacidade de retenccedilatildeo de aacutegua
(Menezes Juacutenior 1998)
A utilizaccedilatildeo continuada de adubos nitrogenados minerais no solo altera o balanccedilo
do nitrogecircnio entre o solo e planta No meacutetodo biodinacircmico eacute sublinhada a importacircncia
dos adubos animais para o estabelecimento da fertilidade permanente dos solos (Koeff
et al 1983)
Para Guimaratildees (1997) os benefiacutecios que a mateacuteria orgacircnica imprime ao solo
principalmente melhorando a produtividade fertilidade e a influencia que as substancias
huacutemicas exercem sobre o ambiente dependem da qualidade e do teor de mateacuteria
orgacircnica do solo Estas substacircncias por conterem nutrientes em sua constituiccedilatildeo em uma
forma mais disponiacutevel para as plantas promovem um equiliacutebrio no ambiente no solo
(Kononova 1966)
Aproximadamente de 60 a 70 do total de carbono do solo ocorre na forma de
materiais huacutemicos (Griffith amp Schnitzer 1975) sendo a eles atribuiacutedo a manutenccedilatildeo da
bioestrutura do solo aumentando a capacidade de retenccedilatildeo de aacutegua (Brady 1999)
Conforme Compagnoni amp Putzolu (1985) os estercos bem como os demais
resiacuteduos orgacircnicos apresentam conteuacutedos diferentes de aacutecidos huacutemicos e fuumllvicos sendo
atribuiacutedo ao acido huacutemico uma accedilatildeo fitoestimulante semelhante aos fitohormocircnios por
favorecer o desenvolvimento do sistema radicular e crescimento do caule
Em trabalho realizado por Guimaratildees (1997) foi encontrado para aacutecidos huacutemicos
de esterco bovino uma relaccedilatildeo CN 1035 e para vermicomposto bovino 17
evidenciando que o esterco quando aplicado ao solo por apresentar uma relaccedilatildeo CN
proacutexima deste reage mais facilmente liberando nutrientes para as plantas sem alterar a
cadeia troacutefiacuteca Dados encontrados no presente trabalho demonstram a eficiecircncia do
esterco nesse sentido
38
De acordo com Morselli (2001) vaacuterios trabalhos citam comentam e discutem a
capacidade dos vermicompostos em proporcionar oacutetimas colheitas e favorecer a
precocidade das plantas cultivadas Poreacutem muitas vezes se observa que mesmo
suprindo essas plantas com nutrientes necessaacuterios atraveacutes de huacutemus de diferentes fontes
as respostas natildeo satildeo as mesmas para uma mesma cultivar
Por outro lado os resultados com o uso de substacircncias huacutemicas satildeo variaacuteveis e
dependem aleacutem da espeacutecie testada das substacircncias huacutemicas utilizadas sua
concentraccedilatildeo o grau de purificaccedilatildeo e das condiccedilotildees experimentais A resposta das
plantas aos aacutecidos huacutemicos e fuacutelvicos eacute dependente da mateacuteria prima original e da
espeacutecie vegetal pois materiais orgacircnicos diferentes apresentam aacutecidos huacutemicos e
fuacutelvicos diferentes (Businelli 1990)
Justificam-se os maiores conteuacutedos de nitrogecircnio foacutesforo potaacutessio e caacutelcio nas
adubaccedilotildees 15 VB (45 t ha 1 de vermicomposto) e biofertilizantes devido
provavelmente ao vermicomposto utilizado apresentar na sua constituiccedilatildeo teores
consideraacuteveis destes elementos aleacutem do que os biofertilizantes possam ter influenciado
na absorccedilatildeo atraveacutes de sua constituiccedilatildeo Tibau (1984) considera que a urina de vaca eacute
rica em aacutecido indol-aceacutetico e este influencia na absorccedilatildeo radicular O efeito positivo
deste tratamento provavelmente seja devido agrave quantidade aplicada
O biofertilizante que se destacou foi o MB4+U+CB em relaccedilatildeo ao EC (esterco de
curral) e eacute somente para a variaacutevel caacutelcio Isto provavelmente seja devido ao alto teor
deste elemento encontrado na sua constituiccedilatildeo (6872 g Kg1) e pela influecircncia positiva
que a calda bordalesa exerce no metabolismo das plantas atraveacutes dos nutrientes
contidos em sua formulaccedilatildeo O Ca controla a absorccedilatildeo radicular e retorna ao solo pelo
esterco e palhas por apresentar-se em maior quantidade em folhas e caules Depois de
localizado nas folhas fica imoacutevel favorecendo a resistecircncia da planta ao ataque de
fungos
Este trabalho avanccedila no estudo da agroecologia estando claro que todos os
criteacuterios tem caraacuteter dinacircmico de adequaccedilatildeo as mudanccedilas de um sistema de produccedilatildeo
em evoluccedilatildeo contribuindo na transiccedilatildeo para um padratildeo sustentaacutevel Cabe a pesquisa a
reorientaccedilatildeo para um enfoque ldquosistecircmicordquo isto eacute que permita integrar os diversos
componentes de um agroecossistema e a adoccedilatildeo de poliacuteticas puacuteblicas que promovam 0
fortalecimento e a expansatildeo da agricultura familiar
39
5 CONCLUSOtildeES
Considerando os resultados obtidos e as condiccedilotildees em que o estudo foi realizado
conclui-se que
bull As respostas agronocircmicas das mudas de cebola para os paracircmetros avaliados
satildeo mais satisfatoacuterias com a aplicaccedilatildeo de esterco de curral como adubaccedilatildeo de
base
bull Os biofertilizantes mais urina de vaca e calda bordalesa proporcionam
respostas satisfatoacuterias quando aplicados associados agraves adubaccedilotildees de base
bull O biofertilizante MB4 mais urina de vaca e calda bordalesa eacute mais eficiente
que o super magro mais urina e calda bordalesa quando aplicado associado agrave
adubaccedilatildeo de base esterco de curral para os conteuacutedos de fitomassa secae
fresca da parte aeacuterea das plantas altura e diacircmetro de colo das mudas de
cebola
bull Os biofertilizantes adicionados agrave adubaccedilatildeo de base 45 t harsquo 1 de vermicomposto
bovino mostram respostas significativas para os conteuacutedos de fitomassa seca
bull Os maiores conteuacutedos nutricionais para as mudas de cebola satildeo
proporcionados pela adubaccedilatildeo de base esterco de curral
bull A maior absorccedilatildeo de caacutelcio pelas mudas de cebola ocorre quando da adiccedilatildeo do
biofertilizante MB4 mais urina e calda bordalesa agrave adubaccedilatildeo de base esterco de
curral
40
6 REFEREcircNCIAS BIBLIOGRAacuteFICAS
ALDRIGHI CB ABREU CM PAGLIA AG MORSELLI TBGA FERNANDES HS Efeito da aplicaccedilatildeo de biofertilizante e urina de vaca em mudas de tomateiro Horticultura Brasileira v20 n2 julho 2002 Suplemento 2
ALTIERI M NICHOLLS C I Agroecologia Teoria praacutectica para umaAgricultura Sustentable Ia ed PNUMA 2000 Cap 2 4 Seacuterie textos baacutesicos para la formacioacuten ambiental
ALTIERI M Agroecologia bases cientiacuteficas para uma agricultura sustentaacutevelGuaiacuteba Agropecuaacuteria 2002 592 p
ANTONIOLLI Z I GIRACCA E M N CARDOSO S J T WIETHAN M M S FERRI M Iniciaccedilatildeo agrave Minhocultura Criaccedilatildeo em Cativeiro e Vermicompostagem Santa Maria UFSM 1996 p59-89
BAYER C MIELNICZUC J Dinacircmica e funccedilatildeo da mateacuteria orgacircnica In SANTOS G de A S e CAMARGO F A de O (ed) Fundamentos da mateacuteria orgacircnica do solo ecossistemas tropicais e subtropicais Porto Alegre Genesis 1999 p 3-23
BARRETTO D X Composto Orgacircnico In Praacutetica em Agricultura Orgacircnica Satildeo Paulo iacutecone Ed Ltda 1985 p 51-63
BETTIOL W Alguns produtos alternativos para o controle de doenccedilas de plantasem agricultura orgacircnica II Ciclo de palestras sobre agricultura orgacircnica Instituto Bioloacutegico Satildeo Paulo p52-63 1997
41
BETTIOL W TRACH R GALVAtildeO JAH Controle de doenccedilas de plantas com biofertilizantes Jaguariuacutena EMBRAPA-CNPMA 1997 22p (EMBRAPA- CNPMA Circular Teacutecnica 02)
BRADY N C Natureza e propriedades dos sotos Rio de Janeiro Freitas BastosS A 1979 647p
BRADY N C Organisms and ecology of the soil In The nature of properties of soils Simon amp Schuster A Viacon Company New Jersey1999 402-489p
BON1LLA J A Fundamentos da Agricultura Ecoloacutegica Sobrevivecircncia eQualidade de Vida Satildeo Paulo Nobel 1992
BUREacuteS S Substratos Ediciones Agroteacutecnicas S L Madrid Octubre 1997
BUS1NELLI M Chemical Composition and Enzymic Activity of some Worm Cast Plant Soil v 80 p 1-2 1990
CALEGARI A Espeacutecies para cobertura de solo In IAPAR (Instituto Agronocircmico de Paranaacute) Plantio Direto pequena propriedade sustentaacutevel organizador Moacir Darolt Londrina - PR 1998 65-93
CAMARGO P N D Manual de Adubaccedilatildeo Foliar Satildeo Paulo Herba 1975
CAPRA F A Teia da Vida Satildeo Paulo Cultrix 1997 256p
CAPRA F O Ponto de Mutaccedilatildeo 22 ed Satildeo Paulo Cultrix 2001 447p
CHABOUSSOU F Plantas doentes pelo uso de agrotoacutexicos (A Teoria da Trofobiose) Porto Alegre LPM 1987 253 p
CLARO S A Referencias tecnoloacutegicos para a agricultura familiar ecoloacutegica aexperiecircncia da Regiatildeo Centro-Serra do Rio Grande do Sul Porto Alegre EMATERRS-ASCAR 2001 250p
CLIVELA G Diagnoacutestico Agronocircmico da cebola no Rio Grande do Sul Porto Alegre EMATERRS 1995 8 6 p
COMISSAtildeO DE FERTILIDADE DO SOLO - RSSC Recomendaccedilotildees de adubaccedilatildeo e calagem para os estados do Rio Grande do Sul e Santa Catarina 3 ed Passo Fundo SBCS - Nuacutecleo Regional Sul 1995 223p
COMPAGNONI L PUTZOLU G Cria moderna de Ias lombrices y utilizacioacutenrentable dei humus Barcelona Editorial de Vecchi- SA 1985127p
COSTABEBER J A MOYANO E Transiccedilatildeo agroecoloacutegica e accedilatildeo social coletiva Agroecologia e Desenvolvimento Rural Sustentaacutevel Porto Alegre v l n4 p 50- 60 outdez 2 0 0 0
42
COSTA M B B da Adubaccedilatildeo orgacircnica Nova siacutentese e novo caminho para aagricultura Satildeo Paulo Ed iacutecone Ltda 1985 102p
COSTA NETO C Agricultura Sustentaacutevel Tecnologias e Sociedade In CARVALHO COSTA LF et al (org) Mundo Rural e Tempo Presente Rio de Janeiro Mauad 1999
DrsquoAG0ST1NI R L FANTINI A C Produccedilatildeo orgacircnica tambeacutem socialmente excludente Agroecologia e Desenvolvimento Rural Sustentaacutevel Porto Alegre v3 n l p57-61 2002
DALPONTE J C V Utilizaccedilatildeo de materiais orgacircnicos e fertilizante mineral na produccedilatildeo e qualidade de mudas e bulbos de cebola (Alliurn Cepa L) Pelotas-RS 1990 (Mestrado em Agronomia) - Faculdade de Agronomia Eliseu Maciel UFPel 1990
DEBARBA J F THOMAZELLI L F GANDIN C L SILVA E Cadeias produtivas do Estado de Santa Catarina Cebola Florianoacutepolis Epagri 1998 115 p (EPAGRI Boletim Teacutecnico 96)
DUFOUR F Os saacutebios loucos do agro-alimentar Le Monde Diplomatique ano 1 n4 p6-7 1999 (ed portuguesa)
EHLERS E Agricultura Sustetaacutevel Origem e perspectivas de um novo paradigma 2 ed Guaiacuteba Agropecuaacuteria 1999 157 p
FILGUEIRA F A R Novo Manual de olericultura agrotecnologia moderna na produccedilatildeo e comercializaccedilatildeo de hortaliccedilas Viccedilosa UFV 2000 402 p
FRASER G K Mateacuteria Orgacircnica Del Suelo In BEAR F E (ed) Quiacutemica dei Suelo Madrid Ed Agrociencia 1963
FOLLET R H MURPHY L S DONAHUE R L Fertilizers and soil amendments New Jersey Printice-Hall Inc 1981 557p
GARCIA A Revista dei Espacio Rural Georgica Zaragoza Escuela Politeacutecnica de Huesca n5 1997
GARCIA A Versatildeo preliminar de um Programa Estadual de Produccedilatildeo e Comercializaccedilatildeo de Bulbos e Sementes de CebolaEMBRAPAIPAGROMARAEMATER 6 8 pbdquo 1990 (Publicaccedilatildeo avulsa)
GIORGETT1 J R Produccedilatildeo e Comercializaccedilatildeo de Mudas de Tomate In Encontro Nacional de Produccedilatildeo e Abastecimento de Tomate 2 1991 Jaboticabal Satildeo Paulo Anais Jaboticabal UNESP 1991 p 242-244
GLIESSMAN S R Agroecologia Processos ecoloacutegicos em agricultura sustentaacutevelPorto Alegre Universidade Federal do Rio Grande do Sul - UFRGS 2000 653p
43
GLIESSMAN S R TURRIALBA C R Agroecologia Procesos Ecoloacutegicos en Agricultura Sostenible CATIE 2002 p 3-14
GNOATTO S C Caracterizaccedilatildeo quiacutemica de vermicompostos de diferentes substratos orgacircnicos Pelotas-RS 1999 38 f (Mestrado em Agronomia - Solos) - Faculdade de Agronomia Eliseu Maciel UFPel 1999
GOMES J C C BORBA M F S A moderna crise dos alimentos oportunidade para a agricultura familiar Emater Porto Alegre julset 2000 Disponiacutevel em lthttpwwwematertchebrdocsagroecorevistan313-artigo3htmgtAcesso em 24 fev 2002
GOMEZ H W Desenvolvimento sustentaacutevel agriacutecola e capitalismo In Desenvolvimento sustentaacutevel Necessidade eou disponibilidade Santa Cruz do Sul Nobel - UNISC 1997 p 65-77
GONZAacuteLEZ DE MOLINA M SEVILLA GUZMAacuteN E Ecologia campesinado e historia Para una reinterpretacioacuten dei desarrollo dei capitalismo en la agricultura In SEVILLA GUZMAacuteN E GONZAacuteLEZ DE MOLINA M (ed) Ecologia campesinado e historia Madrid La Piqueta 1993 p 23-129
GRIFFITH S A SCHNITZER M Analytical characteristic of humic and fulvic acids extracted from tropical volcanic soils Soil Sei Soc Am Proc v 39 p361-367 1975
GUIMARAtildeES E Caracterizaccedilatildeo quiacutemica estreptoscoacutepica e por anaacutelise teacutermica de aacutecidos huacutemicos e vermicompostos obtidos de estercos de diferentes animaisCuritiba 1997 Dissertaccedilatildeo (Mestrado em Quiacutemica) Universidade Federal do Paranaacute 1997
HESS A F Sociedade e meio ambiente uma relaccedilatildeo ambiacutegua Revista Cientiacutefica Rural Bageacute v 4 n2 p 167-1741999
ICEPA-SC Informes conjunturais sobre a cultura da cebola Disponiacutevel em lthttpwwwicepa combrgt Acesso em 23 jan 2003
JONES H A MANN L K Onions and their allies New York Interscience Publishers 1962 286 p
JUacuteNIOR H A de MAIORANO J A Receitas obtidas de extratos de plantasCampinas CATITerra Viva [199-] 10 f
KHATOUNIAN C A Ciclo de Palestras sobre Agricultura Orgacircnica 2a Ed SatildeoPaulo Fund Cargill 1997 149 p
KIEHL E J Fertilizantes Orgacircnicos Satildeo Paulo Ed Agronocircmica Ceres Ltda 1985 492p
44
KOEFF H H PETTERSSON B D SHAUMANN W Vida Vegetal solos e adubaccedilatildeo In Agricultura Biodinacircmica Satildeo Paulo Nobel 1983 p92-149
KONONOVA M M Soil organic matter The importance o f organic matter in soil formation and soil fertility New York Pergamqn Press 1961 p 165-200
KUHN T A Estrutura das Revoluccedilotildees Cientiacuteficas Satildeo Paulo Perspectiva 1989 257p
LANNA FCA ABREU C L ABREU J G SILVA V Resposta de cultivares de melancia cultivadas sob adubaccedilatildeo quiacutemica e orgacircnica Horticultura v 12 n l p85 1994
LEFF H Saber Ambiental Petroacutepolis Vozes 2001 343 p
MAGALHAtildeES J R Nutriccedilatildeo e adubaccedilatildeo da cebola In FERREIRA M E CASSTELLANE P D CRUZ M C P Nutriccedilatildeo e adubaccedilatildeo de hortaliccedilasPiracicaba POTAFOS 1993 p 381-393
MALAVOLTA E Elementos de nutriccedilatildeo mineral de plantas Satildeo Paulo Ed Agronocircmica Ceres Ltda 1980 251 p
MALAVOLTA E Manual de Quiacutemica Agriacutecola - Adubos e Adubaccedilatildeo 3a ed SatildeoPaulo Ed Agronocircmica Ceres Ltda 1981 606 p
MARTINEZ A A A grande e Poderosa Minhoca Jaboticabal Funep - Unesp1990 101 p
MARTINS S R Desenvolvimento e Sustentabilidade Horticultura Brasileira Brasiacutelia-DF v20 n2 julho 2002 Palestra apresentada no 42deg Congresso Brasileiro de Olericultura
MARTINS S R Limites Del Desarrollo Sostenible em Ameacuterica Latina En el marco de Ias poliacuteticas de (re)ajuste econocircmico Pelotas Editora UFPel 1997 135 P-
MARTINS S R Sustentabilidade na agricultura dimensotildees econocircmicas sociais e ambientais Revista Cientiacutefica Rural Bageacute v4 n 2 p 175-1871999
MATURANA H REZEPKA S N D E Formaccedilatildeo Humana e Capacitaccedilatildeo Rio de Janneiro Vozes 2000 8 6 p
MELLO A F SOBRINHO M O ARZOLLA S SILVEIRA R NETTO A C KIEHL J C Fertilidade do Solo Satildeo Paulo Nobel 1983
MENEZES JUacuteNIOR F O G D Caracterizaccedilatildeo de Diferentes substratos hortiacutecolas e seu efeito na produccedilatildeo de mudas de alface e couve-flor em ambiente protegido Pelotas 1998 141 p Dissertaccedilatildeo (Mestrado em Agronomia - Produccedilatildeo Vegetal) - Faculdade de Agronomia Eliseu Maciel UFPel 1998
45
MIBASA Mineraccedilatildeo Barreto SA Melhorador de Solos MB4 A Natureza Agradece Arapiraca-AL [199-] Folder
MINAMI K Os resumos da olericultura 2000 In AZEVEDO FILHO MARTINEZ FILHO (ed) Preccedilos agriacutecolas Piracicaba ESALQ 1999 p 4
MINAMI K Produccedilatildeo de Mudas de Alta Qualidade em Horticultura Satildeo Paulo TA Queiroz 1995
MORSELLI T B G A Cultivo sucessivo de alface sob adubaccedilatildeo orgacircnica em ambiente protegidoPelotas 2001 178 p Tese (Doutorado em Agronomia - Produccedilatildeo Vegetal) Faculdade de Agronomia Eliseu Maciel UFPel 2001
MORSELLI T B G A Resiacuteduos orgacircnicos em sistemas agriacutecolas Poliacutegrafo da Disciplina de Resiacuteduos orgacircnicos em sistemas agriacutecolas Curso de Poacutes-Graduaccedilatildeo em Agronomia-Produccedilatildeo Vegetal UFPel 2002
MULLER AM Efeitos da Aplicaccedilatildeo Foliar de um Biofertilizante Enriquecido no Estado fitossanitaacuterio de Tomate Ervilha e Beterraba Sob Manejo OrgacircnicoDissertaccedilatildeo (Mestrado no Programa de Poacutes-Graduaccedilatildeo em Agroecossistemas)1999 (Resumo)
NOLLA D Erosatildeo do Solo - O grande desafio Estado do Rio Grande do Sul SEAGRI desenvolvimento de recursos naturais renovaacuteveis 1982 412 p
PAGLIA AG MORSELLI TBGA PEIL RMN Teores de nutrientes pH e condutividade eleacutetrica da aacutegua em sistema ldquofloat^ngrdquo sob adiccedilatildeo de biofertilizantes Horticultura Brasileira v 20 n2 julho 2002 Suplemento 2
PAULUS G MULLER A BARCELLOS LAR Agroecologia aplicada praticas e meacutetodos para uma agricultura de base ecoloacutegica 2ed ver ampl Porto Alegre EMATERRS 2001 8 6 p
PEIXOTO R T dos G Composto orgacircnico aplicaccedilotildees benefiacutecios e restriccedilotildees de uso Horticultura Brasileira Brasiacutelia-DF v 18 p 56-64 julho 2000
PENTEADO SR Defensivos Alternativos e Naturais Satildeo Paulo 1999 95 p
PEREIRA AJ SOUZA RJ PEREIRA WR Efeito de diferentes doses de esterco de galinha e de curral sobre a produccedilatildeo de cebola Horticultura Brasileira v20 n2 julho 2002 Suplemento 2
PINHEIRO S BARRETO SB MB-4 agricultura sustentaacutevel trofobiose e biofertilizantes Fundaccedilatildeo Juquira CandiruMibasa 2000 273 p
PRIMAVESI A Agricultura Sustentaacutevel Satildeo Paulo Nobel 1992 142 p
PRIMAVESI A O manejo ecoloacutegico do solo Agricultura em regiotildees tropicais SatildeoPaulo Nobel 1982 541 p
46
PURCINO A A C ldquoNitrogecircniordquo Informe Agropecuaacuterio Belo Horizonte v7 n81 p 16-27 1981
QUIJANO F G Efeito da adubaccedilatildeo orgacircnica no desenvolvimento de duas cultivares de alface em ambiente protegido Pelotas 1999 116f Dissertaccedilatildeo (Mestrado em Agronomia - Produccedilatildeo Vegetal) Faculdade de Agronomia Eliseu Maciel UFPel 1999
RODRIGUES A N N Efeitos e residuais de superfosfato triplo sobre o rendimento de mateacuteria seca e absorccedilatildeo de foacutesforo pela aveia (Avena strigosa Schob) em solo Podzoacutelico Vermelho Escuro Porto Alegre 1984 59f Dissertaccedilatildeo (Mestrado em Agronomia) - Faculdade de Agronomia UFRGS 1984
RODRIGUES E T CASALI V W D Respostas da alface agrave adubaccedilatildeo orgacircnica II Teores conteuacutedos e utilizaccedilatildeo de macronutrientes em cultivares Rev Ceres Viccedilosa v 45 n 261 p 437-449 1998
SAMINEcircS T C O Produccedilatildeo orgacircnica de alimentos Horticultura Brasileira Brasiacutelia-DF v 17 n3 novembro 1999
SCHIEDECK G Ambiecircncia e resposta agronocircmica de meloeiro (Cucumis melo L) cultivado sob adubaccedilatildeo orgacircnica em ambiente protegido Pelotas lOOp Tese (Doutorado em Agronomia - Produccedilatildeo Vegetal) - Faculdade de Agronomia Eliseu Maciel UFPel 2002
SILVA JUacuteNIOR A A GIORGI E Substratos alternativos para a produccedilatildeo de mudas de tomate Agropecuaacuteria Catarinense Florianoacutepolis EPAGRI 1992 23 p
SILVA JUacuteNIOR A A MACEDO S G STUKER H Utilizaccedilatildeo de esterco de peru na produccedilatildeo de mudas de tomateiro Florianoacutepolis EPAGRI 1995 28 p (Boletim Teacutecnico 73)
TAGLIARI PS GRASSMANN H Minhoca a grande aliada da agricultura Agropecuaacuteria Catarinense v8 n l p 11-14 mar 1995
TEDESCO M J GIANELLO C Anaacutelises de solo plantas e outros materiais Porto Alegre Faculdade de Agronomia Departamento de Solos Universidade Federal do Rio Grande do Sul RS 1996
TENNANT D A Test of modified line intersect method of estimating root lenght Journal Ecology Oxford v 63 p 995-1001 1975
TIBAU A O Mateacuteria Orgacircnica do Solo Mateacuteria Orgacircnica e Fertilidade do SoloSatildeo Paulo Nobel 1984 p49-182
TIMM P J Anaacutelise comparativa dos sistemas de plantio convencional e cultivo miacutenimo de cebola sob adubaccedilatildeo orgacircnica e mineral Pelotas 2000 79 p Dissertaccedilatildeo (Mestrado em Agronomia - Produccedilatildeo Vegetal) - Faculdade de Agronomia Eliseu Maciel UFPel 2000
47
VALENZUELA HR CROSBY C Effect of compost applications on the yield of several vegetables in long-term organic farming experiments conduced in the tropics American Society Horticultural Science v33 n3 june 1998
VIGLIZZO E (ed) Subprograma Recursos Naturais y Sostenibilidad Agriacutecola documento marco Montevideo IICAPROCISUR 1995 p 75 - 78
WE1D J M TARDIN J M Proposta para a Ampliaccedilatildeo do Trabalho da ASPTA no Centro Sul do Paranaacute ASPTA Disponiacutevel em http wwwpronafgovbrEncontrotestosAS20PTA20Sul20ParanE1205 202002doc Acesso em 05 mai 2002
XAVIER SIMOacuteN F DOMINGUES D G Desenvolvimento Rural Sustentaacutevel uma perspectiva agroecoloacutegica Agroecologia e Desenvolvimento Rural Sustentaacutevel Porto Alegre EM ATERRS v2 n2 p 17-26 2001
ZABALETA J P Diagnoacutestico da Agricultura Familiar em Satildeo Joseacute do Norte - RSPelotas EMBRAPA-CPACT 1998 75 p (EMBRAPA-CPACT Documentos 44)
ZONTA E P MACHADO A A SILVEIRA P Sanest Sistema de anaacutelise estatiacutestica para microcomputadores Registrado na Secretaria Especial de Informaacutetica sob nuacutemero 066060 - categoria A Pelotas-RS Universidade Federal de Pelotas 1984
48
7 APEcircNDICE
APEcircNDICE A - Anaacutelise da adubaccedilatildeo de base e biofertilizantes utilizados na produccedilatildeo de mudas de cebola
TABELA 1 A Anaacutelise baacutesica do solo antes da incorporaccedilatildeo do feijatildeo miuacutedo + papua
Arg
pH IND
SMP
MO
P - n r - Na Al Ca__10Omlmdash
Mg
ppm -
6 53 67 089 8 6 27 1 04 05 0 2
Fonte LASFAEMUFPel (2002)
TABELA 2A Anaacutelise complementar do solo antes da incorporaccedilatildeo do feijatildeo-miuacutedo + papua
Cobre Zinco Manganecircs Ferro
(m v1)
04 05 26 007
Fonte LASFAEMUFPel (2002)
49
TABELA 3A Anaacutelise dos fertilizantes soacutelidos
Amostra pH limidade CN
C N P K Ca Mg
- g-ivg --
Cama de 849 2491 12 31042 2479 3888 3405 29875 463
aves
Esterco 74 3594 11 677 590 157 134 335 214
de curral
Huacutemus 684 5738 14 15965 1098 453 745 743 361
Fonte LASFAEMUFPel (2002)
TABELA 4A Anaacutelise quiacutemica dos biofertilizantes liacutequidos
Amostra N P K_ccedil H
Ca Mg Cu Zn Fe Mn
mdashgL bull
S Magro
m b 4
Urina
053
1652
8 2 2
008
395
0 0 0
149
1674
471
1902
6872
0 0 0
1150
4507
1172
7273
42
033
101389
920
0 0 0
6250
19458
781
35273
1123
0 2 1
Fonte LASFAEMUFPel (2002)
50
APEcircNDICE B - Condiccedilotildees climaacuteticas do local
TABELA 1B Condiccedilotildees de temperatura do local
___________ __________TEMPERATURA (degCgt
meses Meacutedia
Maacutexima
Meacutedia
MiacutenimaMeacutedia
Maacutexima
Absoluta
Miacutenima
Absoluta
Junho 225 87 156 320 25
Julho 225 85 155 285 30
Agosto 251 71 161 360 1 0
Fonte FEPAGROSCT 2002
TABELA 2B Condiccedilotildees de chuva do local
mdash CHUVA (mm)mdash
meses Ocorrida Normal Desvio Da Normal
Junho 1080 1 1 0 -2 0
Julho 1062 98 8 2
Agosto 1283 1 2 0 83
Fonte FEPAGROSCT 2002
51
TABELA 1C Produccedilatildeo de fitomassa fresca e seca (g) da parte aeacuterea altura de planta
(cm) e diacircmetro de colo (mm) de mudas de cebola Petrolini cultivadas
sob uma perspectiva agroecoloacutegica Pelotas-RS 2003
APEcircNDICE C - Anaacutelise estatiacutestica da parte aeacuterea
Causas G1 FFPA FSPA AP DC
da variaccedilatildeo --------- Quadrados meacutedios-
Blocos 3
Ad Base 2 175359071 1287102 2547419 1 11775
Biofertilizantes 2 126876 29011 87669ns 02185ns
Ad x Biofert 4 572378 31123 69106ns 04159
Resiacuteduo 24 34456 03048 27169 00290
Total 35
Meacutedia geral 93745 8772 320388 6741
CV 1980 6294 5145 2530
Significativo a 5ns Natildeo significativo
52
TABELA 1D Produccedilatildeo de fitomassa fresca e seca (g) comprimento (cm) e densidade
de raiacutezes (m cm3) de mudas de cebola Petrolini cultivadas sob uma
perspectiva agroecoloacutegica e razatildeo parte aeacutereasistema radicular Pelotas-
RS 2003
APEcircNDICE D - Anaacutelise estatiacutestica da raiz
Causas G1 FFR FSR CR RPASR DR
da variaccedilatildeo Quadrados meacutedios---------------
Blocos 3
Ad Base 2 27874 551 623 2 1 0 140
Biofertilizantes 2 178 0 1 0 ni 1504 l03ns 038ns
Ad x Biofert 4 190 058 318 294 183
Resiacuteduo 24 005 009 028 023 0 2 1
Total 35
Meacutedia geral 1818 228 184 387 333
C V 134 1356 448 1253 1396
Significativo a 5 ns Natildeo significativo
53
APEcircNDICE E - Anaacutelise estatiacutestica dos macronutrientes da parte aeacuterea da cebola
TABELA 1E Conteuacutedos (mg planta1) de nitrogecircnio foacutesforo potaacutessio caacutelcio e
magneacutesio no tecido vegetal de mud^s de cebola Petrolini cultivadas
sob uma perspectiva agroecoloacutegica Pelotas-RS 2003
Causas G1 bull N P K Ca Mg
da variaccedilatildeo
Blocos 3
Ad Base 2 13550306 446627 25509686 1031806 59007
Biofertilizantes 2 180610ns 16564 68153ns 39006 876ns
Ad x Biofert 4 454187 45743 1047539 46950 2464
Resiacuteduo 24 29769 1453 64313 3741 439
Total 35
Meacutedia geral 24921 4597 33366 6943 1615
C V 692 829 760 880 1297
Significativo a 5 ns Natildeo significativo
APEcircNDICE F - Fotos do experimento
FIGURA 2 Mudas de cebola (Allium cepa L) produzidas sob uma perspectiva agroecoloacutegica
APEcircNDICE F a Fotos do experimento
FIGURA 1 Adubaccedilatildeo verde com feijatildeo-miuacutedo e papuatilde utilizadas no manejo do solo
FIGURA 2 Mudas de cebola (Allium cepa L) produzidas sob urna perspectiva agroecoloacutegica
26
QUADRO 2 Tratamentos e doses de adubaccedilatildeo utilizadas no experimento
TRATAMENTOS
Ndeg FATOR I FATOR II
0 1 30 t ha de vermicomposto Super magro 5 Urina de vaca Calda Bordalesa
0 2 30 t harsquo de vermicomposto MB4 10 Urina de vaca Calda Bordalesa
03 30 t ha de vermicomposto - - -
04 45 t ha de vermicomposto Super magro 5 Urina de vaca Calda Bordalesa
05 45 t ha de vermicomposto MB4 10 Urina de vaca Calda Bordalesa
06 45 t ha de vermicomposto - - -
07 60 t hade esterco Super Magro 5 Urina de vaca Calda Bordalesa
08 60 t hade esterco MB4 10 Urina de vaca Calda Bordalesa
09 60 t hade esterco - - -
Cada parcela foi constituiacuteda por dois canteiros medindo 1 m de largura x 2 m de
comprimento perfazendo 075 m de aacuterea de aacuterea uacutetil (025 m de bordadura) Foi
utilizando semeadura a lanccedilo com densidade de 24 g canteiro1
O vermicomposto a urina de vaca o esterco de curral o alhol os biofertilizantes e
a calda bordalesa foram de procedecircncia do Centro de Pesquisa da Regiatildeo Sul O
vermicomposto de esterco bovino misturado agraves cascas de frutas foi processado pela
minhoca vermelha califomiana Eisenia foetida)
O biofertilizante Super Magro foi elaborado segundo a metodologia descrita pela
FEPAGROSUL utilizando-se os seguintes componentes 190 litros de aacutegua 22 litros
de leite 55 Kg de accediluacutecar mascavo 30 Kg de esterco fresco de bovinos 2 Kg de
Sulfato de zinco 2 Kg de sulfato de magneacutesio 2 Kg de cloreto de caacutelcio 1 Kg de aacutecido
boacuterico 300 g de sulfato de cobre 300 g de sulfato de ferro 300 g de sulfato de
manganecircs 100 g de molibdato de soacutedio 50 g de sulfato de cobalto 3 Kg de fosfato
natural 3 Kg de cinza e 200 g de farinha de osso
A urina de vaca em lactaccedilatildeo foi coletada pela manhatilde e armazenada em recipiente
fechado por trecircs dias em condiccedilotildees ambientais para que se formasse a amocircnia e natildeo
ocorresse perda de nitrogecircnio
28
Realizaram-se duas capinas manuais durante o experimento e em seguida como
cobertura se colocou casca de arroz Tambeacutem foi aplicado esterco de aves 30 dias antes
da colheita na quantidade de 05 Kg canteiro 1 como adubaccedilatildeo de cobertura
As pulverizaccedilotildees com os produtos iniciaram apoacutes 15 dias da germinaccedilatildeo
Realizou-se sete aplicaccedilotildees sendo que as duas primeiras foram feitas apenas com
Super Magro e MB4 Na terceira e na quarta aplicaccedilatildeo utilizou-se urina de vaca e calda
bordalesa em concentraccedilotildees menores (05 e 025 respectivamente) e na quinta
aplicaccedilatildeo as dosagens de urina de vaca e calda bordalesa foram elevadas para 1 0 e
05 respectivamente ateacute o final do experimento O alhol foi utilizado a partir da
terceira pulverizaccedilatildeo na quantidade de 2 e seguiu ateacute o final no dia 26 de agosto
quando as mudas foram colhidas e posteriormente analisadas as variaacuteveis
35 Observaccedilotildees agronocircmicas
Foram utilizadas 20 mudas de cebola para obtenccedilatildeo das meacutedias das variaacuteveis as
quais foram as seguintes
351 Fitomassa fresca da parte aeacuterea e raiacutezes
Foi realizada atraveacutes de uma balanccedila digital procedendo-se a pesagem de 20
mudas de cebola previamente lavadas e posteriormente secadas durante uma hora sobre
um tecido de algodatildeo agrave temperatura ambiente Processo idecircntico foi adotado com as
raiacutezes
352 Fitomassa seca da parte aeacuterea e raiacutezes
Esta variaacutevel foi obtida a partir da secagem preliminar em estufa de ar forccedilado
durante 48 horas a 65 C ateacute peso constante com posterior pesagem em balanccedila
analiacutetica
353 Altura da muda
A altura de muda foi medida a partir do colo das plantas ateacute sua uacuteltima folha
(ponto de crescimento) com uma reacutegua graduada de 40 cm
29
354 Diacircmetro do colo das plantas
Esta medida foi realizada no ponto de transplante a 2 mm das raiacutezes e utilizando-
se um paquiacutemetro SOMET
355 Sistema radicular
Ao teacutermino do experimento foram retiradas as raiacutezes das mesmas plantas que foram
utilizadas para as determinaccedilotildees realizadas na parte aeacuterea procedendo-se uma amostra
de solo com raiacutezes de 2 0 cm de largura x 2 0 cm de comprimento e 2 0 cm de altura
totalizando 8000 cm3
As raiacutezes apoacutes serem lavadas em aacutegua corrente foram pesadas acondicionadas em
sacos plaacutesticos e congeladas para posteriores anaacutelises pelo meacutetodo de Tennant (1975)
para a determinaccedilatildeo do comprimento e densidade
3551 Comprimento de raiz
Utilizou-se para a determinaccedilatildeo do comprimento de raiz as seguintes foacutermulas
1 = ndeg x 1114 x 1 onde
1 - comprimento de raiz de uma amostra uacutemida de 0 0 2 g
ndeg - nuacutemero de intercessotildees das raiacutezes com os lados da quadriacutecula da malha do
aparelho
1114 - constante
1 - medida lateral da quadriacutecula em cm
Tomando-se a fiacutetomassa seca e o comprimento da raiz da cada amostra
relacionou-se com a fiacutetomassa seca e o comprimento total da raiz da planta aplicando-
se a seguinte equaccedilatildeo
L = (FSR x 1) FSPA onde
L - comprimento total da raiz da planta (m)
FSR - fiacutetomassa seca de raiz
FSPA - fiacutetomassa seca da parte aeacuterea
L - comprimento de raiz de uma amostra uacutemida de 002g
3552 Densidade de raiz
A densidade foi determinada pela foacutermula
D = L 8000 onde
D - densidade de raiacutezes (m cm3)
30
L - comprimento total de raiacutezes (m)
8 0 0 0 - volume da amostra (cm3)
3553 Razatildeo parte aeacutereasistema radicular
Este paracircmetro foi obtido pela equaccedilatildeo
RPASR = FSPA FSR onde
RPASR - razatildeo parte aeacuterea sistema radicular
FSPA - fitomassa seca da parte aeacuterea
FSR - fitomassa seca do sistema radicular
36 Determinaccedilatildeo de macronutrientes no tecido vegetal
Os macronutrientes nitrogecircnio foacutesforo potaacutessio caacutelcio e magneacutesio foram
determinados no laboratoacuterio de Fertilidade e Anaacutelise de Plantas do Departamento de
Solos da UFPel atraveacutes dos meacutetodos descritos por Tedesco amp Gianello (1996)
31
4 RESULTADOS E DISCUSSAtildeO
41 Anaacutelise das variaacuteveis
A anaacutelise da variaccedilatildeo mostrou que houve diferenccedila significativa na interaccedilatildeo entre
os fatores de adubaccedilatildeo de base e biofertilizantes liacutequidos com exceccedilatildeo da variaacutevel altura
de planta para a qual somente a adubaccedilatildeo de base mostrou-se significativa (Apecircndices
C D e E Tabelas 1C 1D e 1E)
411 Anaacutelise da parte aeacuterea
Na Tabela 1 destacaram-se as adubaccedilotildees EC+SM+U+CB EC+MB4 +U+CB e EC
que diferiram significativamente das demais adubaccedilotildees para as variaacuteveis fiacutetomassa
fresca da parte aeacuterea (FFPA) fiacutetomassa seca da parte aeacuterea (FSPA) altura de planta
(AP) e diacircmetro do colo (DC)
32
TABELA 1 Produccedilatildeo de fitomassa fresca e seca (g) da parte aeacuterea altura de planta
(cm) e diacircmetro de colo (mm) de mudas de cebola Petrolini cultivadas
sob uma perspectiva agroecoloacutegica Pelotas-RS 2003
BIOFERTILIZANTES LIacuteQUIDOSADUBACcedilAtildeO S Magro + MB4 +DE BASE Urina + Calda Urina + Calda Testemunha
Bordalesa Bordalesa
30 t ha de vermicomposto 7015 c A45 t halsquo de vermicomposto 7824 b B60 t ha de esterco de curral 12248 a C
30 t ha de vermicomposto 667 c A45 t ha de vermicomposto 752 b A60 t ha de esterco de curral 1150a C
30 t ha de vermicomposto 2975 b A45 t harsquo de vermicomposto 2775 b A60 t ha de esterco de curral 3600 a B
30 t ha de vermicomposto 631 b A45 t ha de vermicomposto 6 2 2 b B60 t ha de esterco de curral 741 a C
-Fitomassa fresca (g)----------------6270 c B 6885 b A8832 b A 6308 c C
15082 a A 13934 a BmdashFitomassa seca (g)----------------
625 c A 655 b A830 b A 607 b B
1345 a A 1262 a B-Altura de planta (cm)----------------
2950 b A 3050 b A2937 b A 2950 b A 3975 a A 3622 a B
-Diacircmetro de colo (mm)---------------592 c B 599 b B 657 b A 609 b B 819a A________ 793a B
Meacutedias seguidas pela mesma letra minuacutescula para as colunas (adubaccedilatildeo de base) e maiuacutesculas para as linhas (biofertilizantes) natildeo diferem entre si pelo teste de Duncan a 5
O efeito positivo do esterco bovino pode ser atribuiacutedo agraves melhorias nas condiccedilotildees
fiacutesicas do solo por ele proporcionado Segundo Primavesi (1982) e Compagnoni amp
Putzolu (1985) o esterco bovino apresenta propriedades condicionadoras do solo dando
agraves plantas melhores condiccedilotildees de desenvolvimento elevando sobremaneira os
conteuacutedos de fitomassa fresca das plantas que refletiratildeo nas demais respostas
agronocircmicas
Analisando as adubaccedilotildees de base em relaccedilatildeo aos biofertilizantes observa-se que
para os tratamentos 1 VB (30 t ha 1 de vermicomposto) - natildeo houve influecircncia dos
biofertilizantes para as variaacuteveis FSPA e AP enquanto destacou-se o SM+U+CB para o
DC e SM+U+CB e ausecircncia da adubaccedilatildeo liacutequida para a FFPA mostrando que o uso
dos biofertilizantes natildeo influenciou esta variaacutevel 15 VB (45 t ha 1 de vermicomposto) -
verificou-se a eficiecircncia do uso do MB4 +U+CB para as variaacuteveis FFPA e DC Para a
variaacutevel FSPA destacaram-se os dois biofertilizantes utilizados jaacute para AP natildeo houve
33
influecircncia destes EC (60 t ha 1 de esterco de curral) - em todas as variaacuteveis observadas
na tabela 5 as respostas foram significativas utilizando MB4 +U+CB
As respostas encontradas no presente trabalho para as variaacuteveis AP e FSPA foram
superiores as obtidas por Dalponte (1990) quando utilizado 0 esterco de curral para
produccedilatildeo de mudas de cebola
Segundo Filgueira (2000) os solos da regiatildeo produtora de cebola do RS satildeo
pobres em foacutesforo disponiacutevel (15 mg Kg1) necessitando portanto de adubaccedilotildees
fosfatadas elevadas As respostas aqui obtidas podem ser justificadas pelos teores de
foacutesforo contido no MB4
Follet et al (1981) citam a importacircncia do uso de compostos orgacircnicos no solo
enfatizando os estercos no sentido da decomposiccedilatildeo continuada no fornecimento de
nutrientes e na liberaccedilatildeo lenta e gradual de aacutecidos orgacircnicos influenciando a liberaccedilatildeo
do foacutesforo O que provavelmente pode ser atribuiacutedo agraves respostas encontradas no
presente trabalho para 0 tratamento Esterco de curral mais MB4 e Urina mais Calda
Bordalesa
E importante destacar que 0 sistema de produccedilatildeo de mudas de cebola sob uma
perspectiva agroecoloacutegica mostra-se eficiente quando visualmente natildeo percebe-se
diferenccedila significativa entre os tratamentos (Apecircndice F Figura 2)
Conveacutem ressaltar que quando trabalhamos com agroecologia natildeo existem
receitas nem pacotes tecnoloacutegicos prontos Cada situaccedilatildeo deveraacute ser estudada em
particular para que se faccedila recomendaccedilotildees adequadas ao ambiente local uma vez que
as plantas se adaptam ao meio estando a nutriccedilatildeo encarregada de proteger e manter o
equiliacutebrio do organismo vegetal em funccedilatildeo das alteraccedilotildees externas
E fundamental que se compreenda os princiacutepios norteadores de todo o processo
que satildeo as bases da luta por uma sociedade mais justa dentro de um mundo econocircmico e
ambientalmente mais sustentaacutevel
412 Anaacutelise do sistema radicular
Os resultados obtidos nas anaacutelises do sistema radicular (Tabela 2) mostram
diferenccedilas significativas entre as adubaccedilotildees para as variaacuteveis fitomassa fresca de raiz
(FFR) fitomassa seca de raiz (FSR) comprimento de raiz (CR) razatildeo parte
aeacutereasistema radicular (RPASR) e densidade de raiz (DR)
34
TABELA 2 Produccedilatildeo de fitomassa fresca e seca (g) comprimento (cm) e densidade de
raiacutezes (m cm3) de mudas de cebola Petrolini cultivadas sob uma
perspectiva agroecoloacutegica e razatildeo parte aeacutereasistema radicular Pelotas-
RS 2003
BIOFERTILIZANTES LIacuteQUIDOSADUBACcedilAO DE BASE
S Magro + MB4 +Urina + Calda Urina + Calda Testemunha
Bordalesa Bordalesa
de vermicomposto de vermicomposto de esterco de curral
de vermicomposto de vermicomposto de esterco de curral
de vermicomposto de vermicomposto de esterco de curral
de vermicomposto de vermicomposto de esterco de curral
1540 c A 1576 b B 2427 a A
Fitomassa fresca (g)----------------1502 c B 1517 b AB 1658 b A 1446 c C 2336 a B 2360 a B
--------------------Fitomassa seca (g)-------------------196 b A 207 ab A 170 b A170 b A 199 b A 192 b A 344 a A 249 a B 327 a A
Comprimento de raiz(cm)---------------1237 b A 1158 b A 1158 a A1237 b A 1060 c B 1040 b B1433 a A 1296 a B 1040 b C
30 t ha 45 t ha 60 t ha
30 t ha 45 t ha 60 t ha
30 t halsquo 45 t ha 60 t ha
30 t ha 45 t ha 60 t ha
30 t ha de vermicomposto 45 t ha de vermicomposto60 t ha~ de esterco de curral__________________________ _________________________Meacutedias seguidas pela mesma letra minuacutescula para as colunas (adubaccedilatildeo de base) e maiuacutesculas para as linhas (biofertilizantes) natildeo diferem entre si pelo teste de Duncan a 5
-----Razatildeo Parte AeacutereaSistema Radicular------340 b AB 301c B 384 a A446 a A 415 b A 326 a B339 b B 546 a A 388 a B
-------------- Densidade de raiz (m cm3)------------367 a AB 414 a A 325 b B282 b B 301b B 405 a A347 ab A 231c B 324 b A
Em relaccedilatildeo agraves adubaccedilotildees de base destacou-se o EC (60 t ha 1 de esterco de curral)
para as variaacuteveis FFR e FSR Quando adicionado o SM+U+CB os resultados para FFR
foram ainda melhores bem como o CR As respostas obtidas para a RPASR foram
variadas em relaccedilatildeo agraves adubaccedilotildees apresentando melhores resultados para 15 VB (45 t
ha 1 de vermicomposto)+SM+U+CB e ainda melhor para EC (60 t ha 1 de esterco de
curral)+MB4 +U+CB As adubaccedilotildees de base 1 VB 15 VB e EC natildeo diferiram entre si
As adubaccedilotildees mais eficientes para a variaacutevel DR foram 1 VB+SM+U+CV que natildeo
diferiu da EC+SM+U+CB I VB+ MB4 +U+CB e agrave 15 VB foram melhores entre as
demais
35
Analisando os biofertilizantes em relaccedilatildeo a cada adubaccedilatildeo de base verifica-se que
para a 1 VB (30 t ha 1 de vermicomposto)+SM+U+CB destaca-se a variaacutevel FFR
poreacutem sem diferenccedila significativa de 1 VB os melhpres resultados para a variaacutevel DR
foram encontrados pelo tratamento 1 VB+MB4 +U+CB e 15 VB (45 t ha 1 de
vermicomposto) tambeacutem se considera eficiente o 1 VB+SM+U+CB que natildeo diferiu do
EC (esterco de curral) Quando se utilizou 15 VB+ MB4 +U+CB houve resposta
significativa para a variaacutevel FFR para FSR as respostas natildeo foram diferentes com a
aplicaccedilatildeo dos biofertilizantes para as variaacuteveis FSR e DR as adubaccedilotildees EC e
EC+SM+U+CB natildeo diferiram entre si
Embora as respostas estatiacutesticas tenham sido diferentes para as adubaccedilotildees
combinadas ou natildeo pode-se salientar a importacircncia do aacutecido indol-aceacutetico como jaacute
citado anteriormente para as variaacuteveis avaliadas na parte aeacuterea das mudas de cebola
Respostas semelhantes nesse sentido foram encontradas para a cultura da alface por
Quijano (1999) e Morselli (2001)
Pereira et al (2002) concluiacuteram em trabalho realizado com a cultivar de cebola
CNPF1 6400 em Minas Gerais que a utilizaccedilatildeo de 20 t ha de esterco de curral
proporcionou os melhores resultados para a produccedilatildeo de cebola
Silva Juacutenior amp Giorgi (1992) e Menezes Juacutenior (1998) citam que doses elevadas
de mateacuteria orgacircnica podem prejudicar a primeira fase da germinaccedilatildeo (embebiccedilatildeo) e
absorccedilatildeo de aacutegua pelas raiacutezes das placircntulas No entanto no presente trabalho este fato
natildeo ocorreu embora a dose de esterco utilizada tenha sido de 60 t ha 1 (dose maacutexima
recomendada segundo Nolla 1982)
413 Anaacutelise de macronutrientes no tecido vegetal
Os resultados dos conteuacutedos de nitrogecircnio foacutesforo potaacutessio caacutelcio e magneacutesio no
tecido vegetal sob diferentes adubaccedilotildees encontrados na Tabela 3 indicam mais uma
vez a superioridade da adubaccedilatildeo esterco com 0 uso ou natildeo de biofertilizantes
36
TABELA 3 Conteuacutedos (mg planta1) de nitrogecircnio foacutesforo potaacutessio caacutelcio e
magneacutesio no tecido vegetal de mudas de cebola Petrolini cultivadas sob
uma perspectiva agroecoloacutegica Pelotas-RS 2003
BIOFERTILIZANTES LIacuteQUIDOS i J B
ADUBACcedilAtildeO S Magro + MB4 +DE BASE Urina + Calda Urina + Calda Testemunha
Bordalesa Bordalesamg plantas1
---- Nitrogecircnio-----30 t ha de vermicomposto 16593 c AB 15451 c B 19050 b A45 t ha de vermicomposto 21444 b A 22888 b A 17852 b B60 t ha de esterco de curral 32606 a C 37593 a B 40816 a A
--------------- ------ Foacutesforo------- -------------30 t ha de vermicomposto 3098 c B 2802 c B 3999 b A45 t ha de vermicomposto 4109 b A 4135 b A 2788 c B60 t ha de esterco de curral 5300 a B 7577 a A 7565 a A
------- Potaacutessio------30 t ha de vermicomposto 24327 c A 19900 c B 24965 b A45 t ha de vermicomposto 29113b A 29812 b A 22031 b B60 t ha de esterco de curral 44070 a B 51976 a A 54101 a A
-------- Caacutelcio-------30 t ha de vermicomposto 5027 c A 4356 c A 4834 b A45 t ha de vermicomposto 6114b A 6963 b A 4379 b B60 t ha de esterco de curral 9030 a C 11451 a A 10331 a B
------Magneacutesio-----30 t ha de vermicomposto 1188 b A 914 c A 1202 b A45 t ha de vermicomposto 1231 b B 1582 b A 1176 b B60 t ha de esterco de curral 2136a B 2443 a A 2663 a AMeacutedias seguidas pela mesma letra minuacutescula para as colunas (adubaccedilatildeo de base) e maiuacutesculas para as linhas (biofertilizantes) natildeo diferem entre si pelo teste de Duncan a
Em relaccedilatildeo agraves adubaccedilotildees de base observa-se que o melhor tratamento foi o
esterco de curral para todas as variaacuteveis Para 1 VB (30 t ha^ 1 de vermicomposto) natildeo
houve resposta diferenciada com o uso de bofertilizantes para todas as variaacuteveis A
adubaccedilatildeo 15 VB (45 t ha 1 de vemicomposto) foi influenciada pelos biofertilizantes
para as variaacuteveis N P K e Ca enquanto que para Mg somente o MB4+U+CB o
influenciou O EC (esterco de curral) mostrou diferenccedila significativa apenas para as
variaacuteveis Ca e Mg quando adicionado MB4+U+CB
Segundo Peixoto (2000) eacute fundamental a adiccedilatildeo de adubos orgacircnico no cultivo de
hortaliccedilas seja na forma de esterco decomposto composto ou huacutemus de minhoca de
37
modo a fornecer melhorias nas propriedades do solo vindo a disponibilizar os nutrientes
as diferentes culturas
O esterco fresco conteacutem muita cama celuloacutesica e um elevado teor de aacutegua No
esterco curtido a celulose jaacute estaacute decomposta o teor de aacutegua estaacute reduzido agrave metade e os
nutrientes em uma forma mais assimilaacutevel e mais concentrada O esterco fresco pode
causar uma deficiecircncia temporaacuteria de nitrogecircnio no solo ao se decompor o que natildeo
acontece com o biestabilizado (Kiehl 1985)Ocorre uma diminuiccedilatildeo inicial no volume
de aacutegua retido no esterco de curral diminui inicialmente em tomo de 3581 liberando
posteriormente somente 496 evidenciando a sua capacidade de retenccedilatildeo de aacutegua
(Menezes Juacutenior 1998)
A utilizaccedilatildeo continuada de adubos nitrogenados minerais no solo altera o balanccedilo
do nitrogecircnio entre o solo e planta No meacutetodo biodinacircmico eacute sublinhada a importacircncia
dos adubos animais para o estabelecimento da fertilidade permanente dos solos (Koeff
et al 1983)
Para Guimaratildees (1997) os benefiacutecios que a mateacuteria orgacircnica imprime ao solo
principalmente melhorando a produtividade fertilidade e a influencia que as substancias
huacutemicas exercem sobre o ambiente dependem da qualidade e do teor de mateacuteria
orgacircnica do solo Estas substacircncias por conterem nutrientes em sua constituiccedilatildeo em uma
forma mais disponiacutevel para as plantas promovem um equiliacutebrio no ambiente no solo
(Kononova 1966)
Aproximadamente de 60 a 70 do total de carbono do solo ocorre na forma de
materiais huacutemicos (Griffith amp Schnitzer 1975) sendo a eles atribuiacutedo a manutenccedilatildeo da
bioestrutura do solo aumentando a capacidade de retenccedilatildeo de aacutegua (Brady 1999)
Conforme Compagnoni amp Putzolu (1985) os estercos bem como os demais
resiacuteduos orgacircnicos apresentam conteuacutedos diferentes de aacutecidos huacutemicos e fuumllvicos sendo
atribuiacutedo ao acido huacutemico uma accedilatildeo fitoestimulante semelhante aos fitohormocircnios por
favorecer o desenvolvimento do sistema radicular e crescimento do caule
Em trabalho realizado por Guimaratildees (1997) foi encontrado para aacutecidos huacutemicos
de esterco bovino uma relaccedilatildeo CN 1035 e para vermicomposto bovino 17
evidenciando que o esterco quando aplicado ao solo por apresentar uma relaccedilatildeo CN
proacutexima deste reage mais facilmente liberando nutrientes para as plantas sem alterar a
cadeia troacutefiacuteca Dados encontrados no presente trabalho demonstram a eficiecircncia do
esterco nesse sentido
38
De acordo com Morselli (2001) vaacuterios trabalhos citam comentam e discutem a
capacidade dos vermicompostos em proporcionar oacutetimas colheitas e favorecer a
precocidade das plantas cultivadas Poreacutem muitas vezes se observa que mesmo
suprindo essas plantas com nutrientes necessaacuterios atraveacutes de huacutemus de diferentes fontes
as respostas natildeo satildeo as mesmas para uma mesma cultivar
Por outro lado os resultados com o uso de substacircncias huacutemicas satildeo variaacuteveis e
dependem aleacutem da espeacutecie testada das substacircncias huacutemicas utilizadas sua
concentraccedilatildeo o grau de purificaccedilatildeo e das condiccedilotildees experimentais A resposta das
plantas aos aacutecidos huacutemicos e fuacutelvicos eacute dependente da mateacuteria prima original e da
espeacutecie vegetal pois materiais orgacircnicos diferentes apresentam aacutecidos huacutemicos e
fuacutelvicos diferentes (Businelli 1990)
Justificam-se os maiores conteuacutedos de nitrogecircnio foacutesforo potaacutessio e caacutelcio nas
adubaccedilotildees 15 VB (45 t ha 1 de vermicomposto) e biofertilizantes devido
provavelmente ao vermicomposto utilizado apresentar na sua constituiccedilatildeo teores
consideraacuteveis destes elementos aleacutem do que os biofertilizantes possam ter influenciado
na absorccedilatildeo atraveacutes de sua constituiccedilatildeo Tibau (1984) considera que a urina de vaca eacute
rica em aacutecido indol-aceacutetico e este influencia na absorccedilatildeo radicular O efeito positivo
deste tratamento provavelmente seja devido agrave quantidade aplicada
O biofertilizante que se destacou foi o MB4+U+CB em relaccedilatildeo ao EC (esterco de
curral) e eacute somente para a variaacutevel caacutelcio Isto provavelmente seja devido ao alto teor
deste elemento encontrado na sua constituiccedilatildeo (6872 g Kg1) e pela influecircncia positiva
que a calda bordalesa exerce no metabolismo das plantas atraveacutes dos nutrientes
contidos em sua formulaccedilatildeo O Ca controla a absorccedilatildeo radicular e retorna ao solo pelo
esterco e palhas por apresentar-se em maior quantidade em folhas e caules Depois de
localizado nas folhas fica imoacutevel favorecendo a resistecircncia da planta ao ataque de
fungos
Este trabalho avanccedila no estudo da agroecologia estando claro que todos os
criteacuterios tem caraacuteter dinacircmico de adequaccedilatildeo as mudanccedilas de um sistema de produccedilatildeo
em evoluccedilatildeo contribuindo na transiccedilatildeo para um padratildeo sustentaacutevel Cabe a pesquisa a
reorientaccedilatildeo para um enfoque ldquosistecircmicordquo isto eacute que permita integrar os diversos
componentes de um agroecossistema e a adoccedilatildeo de poliacuteticas puacuteblicas que promovam 0
fortalecimento e a expansatildeo da agricultura familiar
39
5 CONCLUSOtildeES
Considerando os resultados obtidos e as condiccedilotildees em que o estudo foi realizado
conclui-se que
bull As respostas agronocircmicas das mudas de cebola para os paracircmetros avaliados
satildeo mais satisfatoacuterias com a aplicaccedilatildeo de esterco de curral como adubaccedilatildeo de
base
bull Os biofertilizantes mais urina de vaca e calda bordalesa proporcionam
respostas satisfatoacuterias quando aplicados associados agraves adubaccedilotildees de base
bull O biofertilizante MB4 mais urina de vaca e calda bordalesa eacute mais eficiente
que o super magro mais urina e calda bordalesa quando aplicado associado agrave
adubaccedilatildeo de base esterco de curral para os conteuacutedos de fitomassa secae
fresca da parte aeacuterea das plantas altura e diacircmetro de colo das mudas de
cebola
bull Os biofertilizantes adicionados agrave adubaccedilatildeo de base 45 t harsquo 1 de vermicomposto
bovino mostram respostas significativas para os conteuacutedos de fitomassa seca
bull Os maiores conteuacutedos nutricionais para as mudas de cebola satildeo
proporcionados pela adubaccedilatildeo de base esterco de curral
bull A maior absorccedilatildeo de caacutelcio pelas mudas de cebola ocorre quando da adiccedilatildeo do
biofertilizante MB4 mais urina e calda bordalesa agrave adubaccedilatildeo de base esterco de
curral
40
6 REFEREcircNCIAS BIBLIOGRAacuteFICAS
ALDRIGHI CB ABREU CM PAGLIA AG MORSELLI TBGA FERNANDES HS Efeito da aplicaccedilatildeo de biofertilizante e urina de vaca em mudas de tomateiro Horticultura Brasileira v20 n2 julho 2002 Suplemento 2
ALTIERI M NICHOLLS C I Agroecologia Teoria praacutectica para umaAgricultura Sustentable Ia ed PNUMA 2000 Cap 2 4 Seacuterie textos baacutesicos para la formacioacuten ambiental
ALTIERI M Agroecologia bases cientiacuteficas para uma agricultura sustentaacutevelGuaiacuteba Agropecuaacuteria 2002 592 p
ANTONIOLLI Z I GIRACCA E M N CARDOSO S J T WIETHAN M M S FERRI M Iniciaccedilatildeo agrave Minhocultura Criaccedilatildeo em Cativeiro e Vermicompostagem Santa Maria UFSM 1996 p59-89
BAYER C MIELNICZUC J Dinacircmica e funccedilatildeo da mateacuteria orgacircnica In SANTOS G de A S e CAMARGO F A de O (ed) Fundamentos da mateacuteria orgacircnica do solo ecossistemas tropicais e subtropicais Porto Alegre Genesis 1999 p 3-23
BARRETTO D X Composto Orgacircnico In Praacutetica em Agricultura Orgacircnica Satildeo Paulo iacutecone Ed Ltda 1985 p 51-63
BETTIOL W Alguns produtos alternativos para o controle de doenccedilas de plantasem agricultura orgacircnica II Ciclo de palestras sobre agricultura orgacircnica Instituto Bioloacutegico Satildeo Paulo p52-63 1997
41
BETTIOL W TRACH R GALVAtildeO JAH Controle de doenccedilas de plantas com biofertilizantes Jaguariuacutena EMBRAPA-CNPMA 1997 22p (EMBRAPA- CNPMA Circular Teacutecnica 02)
BRADY N C Natureza e propriedades dos sotos Rio de Janeiro Freitas BastosS A 1979 647p
BRADY N C Organisms and ecology of the soil In The nature of properties of soils Simon amp Schuster A Viacon Company New Jersey1999 402-489p
BON1LLA J A Fundamentos da Agricultura Ecoloacutegica Sobrevivecircncia eQualidade de Vida Satildeo Paulo Nobel 1992
BUREacuteS S Substratos Ediciones Agroteacutecnicas S L Madrid Octubre 1997
BUS1NELLI M Chemical Composition and Enzymic Activity of some Worm Cast Plant Soil v 80 p 1-2 1990
CALEGARI A Espeacutecies para cobertura de solo In IAPAR (Instituto Agronocircmico de Paranaacute) Plantio Direto pequena propriedade sustentaacutevel organizador Moacir Darolt Londrina - PR 1998 65-93
CAMARGO P N D Manual de Adubaccedilatildeo Foliar Satildeo Paulo Herba 1975
CAPRA F A Teia da Vida Satildeo Paulo Cultrix 1997 256p
CAPRA F O Ponto de Mutaccedilatildeo 22 ed Satildeo Paulo Cultrix 2001 447p
CHABOUSSOU F Plantas doentes pelo uso de agrotoacutexicos (A Teoria da Trofobiose) Porto Alegre LPM 1987 253 p
CLARO S A Referencias tecnoloacutegicos para a agricultura familiar ecoloacutegica aexperiecircncia da Regiatildeo Centro-Serra do Rio Grande do Sul Porto Alegre EMATERRS-ASCAR 2001 250p
CLIVELA G Diagnoacutestico Agronocircmico da cebola no Rio Grande do Sul Porto Alegre EMATERRS 1995 8 6 p
COMISSAtildeO DE FERTILIDADE DO SOLO - RSSC Recomendaccedilotildees de adubaccedilatildeo e calagem para os estados do Rio Grande do Sul e Santa Catarina 3 ed Passo Fundo SBCS - Nuacutecleo Regional Sul 1995 223p
COMPAGNONI L PUTZOLU G Cria moderna de Ias lombrices y utilizacioacutenrentable dei humus Barcelona Editorial de Vecchi- SA 1985127p
COSTABEBER J A MOYANO E Transiccedilatildeo agroecoloacutegica e accedilatildeo social coletiva Agroecologia e Desenvolvimento Rural Sustentaacutevel Porto Alegre v l n4 p 50- 60 outdez 2 0 0 0
42
COSTA M B B da Adubaccedilatildeo orgacircnica Nova siacutentese e novo caminho para aagricultura Satildeo Paulo Ed iacutecone Ltda 1985 102p
COSTA NETO C Agricultura Sustentaacutevel Tecnologias e Sociedade In CARVALHO COSTA LF et al (org) Mundo Rural e Tempo Presente Rio de Janeiro Mauad 1999
DrsquoAG0ST1NI R L FANTINI A C Produccedilatildeo orgacircnica tambeacutem socialmente excludente Agroecologia e Desenvolvimento Rural Sustentaacutevel Porto Alegre v3 n l p57-61 2002
DALPONTE J C V Utilizaccedilatildeo de materiais orgacircnicos e fertilizante mineral na produccedilatildeo e qualidade de mudas e bulbos de cebola (Alliurn Cepa L) Pelotas-RS 1990 (Mestrado em Agronomia) - Faculdade de Agronomia Eliseu Maciel UFPel 1990
DEBARBA J F THOMAZELLI L F GANDIN C L SILVA E Cadeias produtivas do Estado de Santa Catarina Cebola Florianoacutepolis Epagri 1998 115 p (EPAGRI Boletim Teacutecnico 96)
DUFOUR F Os saacutebios loucos do agro-alimentar Le Monde Diplomatique ano 1 n4 p6-7 1999 (ed portuguesa)
EHLERS E Agricultura Sustetaacutevel Origem e perspectivas de um novo paradigma 2 ed Guaiacuteba Agropecuaacuteria 1999 157 p
FILGUEIRA F A R Novo Manual de olericultura agrotecnologia moderna na produccedilatildeo e comercializaccedilatildeo de hortaliccedilas Viccedilosa UFV 2000 402 p
FRASER G K Mateacuteria Orgacircnica Del Suelo In BEAR F E (ed) Quiacutemica dei Suelo Madrid Ed Agrociencia 1963
FOLLET R H MURPHY L S DONAHUE R L Fertilizers and soil amendments New Jersey Printice-Hall Inc 1981 557p
GARCIA A Revista dei Espacio Rural Georgica Zaragoza Escuela Politeacutecnica de Huesca n5 1997
GARCIA A Versatildeo preliminar de um Programa Estadual de Produccedilatildeo e Comercializaccedilatildeo de Bulbos e Sementes de CebolaEMBRAPAIPAGROMARAEMATER 6 8 pbdquo 1990 (Publicaccedilatildeo avulsa)
GIORGETT1 J R Produccedilatildeo e Comercializaccedilatildeo de Mudas de Tomate In Encontro Nacional de Produccedilatildeo e Abastecimento de Tomate 2 1991 Jaboticabal Satildeo Paulo Anais Jaboticabal UNESP 1991 p 242-244
GLIESSMAN S R Agroecologia Processos ecoloacutegicos em agricultura sustentaacutevelPorto Alegre Universidade Federal do Rio Grande do Sul - UFRGS 2000 653p
43
GLIESSMAN S R TURRIALBA C R Agroecologia Procesos Ecoloacutegicos en Agricultura Sostenible CATIE 2002 p 3-14
GNOATTO S C Caracterizaccedilatildeo quiacutemica de vermicompostos de diferentes substratos orgacircnicos Pelotas-RS 1999 38 f (Mestrado em Agronomia - Solos) - Faculdade de Agronomia Eliseu Maciel UFPel 1999
GOMES J C C BORBA M F S A moderna crise dos alimentos oportunidade para a agricultura familiar Emater Porto Alegre julset 2000 Disponiacutevel em lthttpwwwematertchebrdocsagroecorevistan313-artigo3htmgtAcesso em 24 fev 2002
GOMEZ H W Desenvolvimento sustentaacutevel agriacutecola e capitalismo In Desenvolvimento sustentaacutevel Necessidade eou disponibilidade Santa Cruz do Sul Nobel - UNISC 1997 p 65-77
GONZAacuteLEZ DE MOLINA M SEVILLA GUZMAacuteN E Ecologia campesinado e historia Para una reinterpretacioacuten dei desarrollo dei capitalismo en la agricultura In SEVILLA GUZMAacuteN E GONZAacuteLEZ DE MOLINA M (ed) Ecologia campesinado e historia Madrid La Piqueta 1993 p 23-129
GRIFFITH S A SCHNITZER M Analytical characteristic of humic and fulvic acids extracted from tropical volcanic soils Soil Sei Soc Am Proc v 39 p361-367 1975
GUIMARAtildeES E Caracterizaccedilatildeo quiacutemica estreptoscoacutepica e por anaacutelise teacutermica de aacutecidos huacutemicos e vermicompostos obtidos de estercos de diferentes animaisCuritiba 1997 Dissertaccedilatildeo (Mestrado em Quiacutemica) Universidade Federal do Paranaacute 1997
HESS A F Sociedade e meio ambiente uma relaccedilatildeo ambiacutegua Revista Cientiacutefica Rural Bageacute v 4 n2 p 167-1741999
ICEPA-SC Informes conjunturais sobre a cultura da cebola Disponiacutevel em lthttpwwwicepa combrgt Acesso em 23 jan 2003
JONES H A MANN L K Onions and their allies New York Interscience Publishers 1962 286 p
JUacuteNIOR H A de MAIORANO J A Receitas obtidas de extratos de plantasCampinas CATITerra Viva [199-] 10 f
KHATOUNIAN C A Ciclo de Palestras sobre Agricultura Orgacircnica 2a Ed SatildeoPaulo Fund Cargill 1997 149 p
KIEHL E J Fertilizantes Orgacircnicos Satildeo Paulo Ed Agronocircmica Ceres Ltda 1985 492p
44
KOEFF H H PETTERSSON B D SHAUMANN W Vida Vegetal solos e adubaccedilatildeo In Agricultura Biodinacircmica Satildeo Paulo Nobel 1983 p92-149
KONONOVA M M Soil organic matter The importance o f organic matter in soil formation and soil fertility New York Pergamqn Press 1961 p 165-200
KUHN T A Estrutura das Revoluccedilotildees Cientiacuteficas Satildeo Paulo Perspectiva 1989 257p
LANNA FCA ABREU C L ABREU J G SILVA V Resposta de cultivares de melancia cultivadas sob adubaccedilatildeo quiacutemica e orgacircnica Horticultura v 12 n l p85 1994
LEFF H Saber Ambiental Petroacutepolis Vozes 2001 343 p
MAGALHAtildeES J R Nutriccedilatildeo e adubaccedilatildeo da cebola In FERREIRA M E CASSTELLANE P D CRUZ M C P Nutriccedilatildeo e adubaccedilatildeo de hortaliccedilasPiracicaba POTAFOS 1993 p 381-393
MALAVOLTA E Elementos de nutriccedilatildeo mineral de plantas Satildeo Paulo Ed Agronocircmica Ceres Ltda 1980 251 p
MALAVOLTA E Manual de Quiacutemica Agriacutecola - Adubos e Adubaccedilatildeo 3a ed SatildeoPaulo Ed Agronocircmica Ceres Ltda 1981 606 p
MARTINEZ A A A grande e Poderosa Minhoca Jaboticabal Funep - Unesp1990 101 p
MARTINS S R Desenvolvimento e Sustentabilidade Horticultura Brasileira Brasiacutelia-DF v20 n2 julho 2002 Palestra apresentada no 42deg Congresso Brasileiro de Olericultura
MARTINS S R Limites Del Desarrollo Sostenible em Ameacuterica Latina En el marco de Ias poliacuteticas de (re)ajuste econocircmico Pelotas Editora UFPel 1997 135 P-
MARTINS S R Sustentabilidade na agricultura dimensotildees econocircmicas sociais e ambientais Revista Cientiacutefica Rural Bageacute v4 n 2 p 175-1871999
MATURANA H REZEPKA S N D E Formaccedilatildeo Humana e Capacitaccedilatildeo Rio de Janneiro Vozes 2000 8 6 p
MELLO A F SOBRINHO M O ARZOLLA S SILVEIRA R NETTO A C KIEHL J C Fertilidade do Solo Satildeo Paulo Nobel 1983
MENEZES JUacuteNIOR F O G D Caracterizaccedilatildeo de Diferentes substratos hortiacutecolas e seu efeito na produccedilatildeo de mudas de alface e couve-flor em ambiente protegido Pelotas 1998 141 p Dissertaccedilatildeo (Mestrado em Agronomia - Produccedilatildeo Vegetal) - Faculdade de Agronomia Eliseu Maciel UFPel 1998
45
MIBASA Mineraccedilatildeo Barreto SA Melhorador de Solos MB4 A Natureza Agradece Arapiraca-AL [199-] Folder
MINAMI K Os resumos da olericultura 2000 In AZEVEDO FILHO MARTINEZ FILHO (ed) Preccedilos agriacutecolas Piracicaba ESALQ 1999 p 4
MINAMI K Produccedilatildeo de Mudas de Alta Qualidade em Horticultura Satildeo Paulo TA Queiroz 1995
MORSELLI T B G A Cultivo sucessivo de alface sob adubaccedilatildeo orgacircnica em ambiente protegidoPelotas 2001 178 p Tese (Doutorado em Agronomia - Produccedilatildeo Vegetal) Faculdade de Agronomia Eliseu Maciel UFPel 2001
MORSELLI T B G A Resiacuteduos orgacircnicos em sistemas agriacutecolas Poliacutegrafo da Disciplina de Resiacuteduos orgacircnicos em sistemas agriacutecolas Curso de Poacutes-Graduaccedilatildeo em Agronomia-Produccedilatildeo Vegetal UFPel 2002
MULLER AM Efeitos da Aplicaccedilatildeo Foliar de um Biofertilizante Enriquecido no Estado fitossanitaacuterio de Tomate Ervilha e Beterraba Sob Manejo OrgacircnicoDissertaccedilatildeo (Mestrado no Programa de Poacutes-Graduaccedilatildeo em Agroecossistemas)1999 (Resumo)
NOLLA D Erosatildeo do Solo - O grande desafio Estado do Rio Grande do Sul SEAGRI desenvolvimento de recursos naturais renovaacuteveis 1982 412 p
PAGLIA AG MORSELLI TBGA PEIL RMN Teores de nutrientes pH e condutividade eleacutetrica da aacutegua em sistema ldquofloat^ngrdquo sob adiccedilatildeo de biofertilizantes Horticultura Brasileira v 20 n2 julho 2002 Suplemento 2
PAULUS G MULLER A BARCELLOS LAR Agroecologia aplicada praticas e meacutetodos para uma agricultura de base ecoloacutegica 2ed ver ampl Porto Alegre EMATERRS 2001 8 6 p
PEIXOTO R T dos G Composto orgacircnico aplicaccedilotildees benefiacutecios e restriccedilotildees de uso Horticultura Brasileira Brasiacutelia-DF v 18 p 56-64 julho 2000
PENTEADO SR Defensivos Alternativos e Naturais Satildeo Paulo 1999 95 p
PEREIRA AJ SOUZA RJ PEREIRA WR Efeito de diferentes doses de esterco de galinha e de curral sobre a produccedilatildeo de cebola Horticultura Brasileira v20 n2 julho 2002 Suplemento 2
PINHEIRO S BARRETO SB MB-4 agricultura sustentaacutevel trofobiose e biofertilizantes Fundaccedilatildeo Juquira CandiruMibasa 2000 273 p
PRIMAVESI A Agricultura Sustentaacutevel Satildeo Paulo Nobel 1992 142 p
PRIMAVESI A O manejo ecoloacutegico do solo Agricultura em regiotildees tropicais SatildeoPaulo Nobel 1982 541 p
46
PURCINO A A C ldquoNitrogecircniordquo Informe Agropecuaacuterio Belo Horizonte v7 n81 p 16-27 1981
QUIJANO F G Efeito da adubaccedilatildeo orgacircnica no desenvolvimento de duas cultivares de alface em ambiente protegido Pelotas 1999 116f Dissertaccedilatildeo (Mestrado em Agronomia - Produccedilatildeo Vegetal) Faculdade de Agronomia Eliseu Maciel UFPel 1999
RODRIGUES A N N Efeitos e residuais de superfosfato triplo sobre o rendimento de mateacuteria seca e absorccedilatildeo de foacutesforo pela aveia (Avena strigosa Schob) em solo Podzoacutelico Vermelho Escuro Porto Alegre 1984 59f Dissertaccedilatildeo (Mestrado em Agronomia) - Faculdade de Agronomia UFRGS 1984
RODRIGUES E T CASALI V W D Respostas da alface agrave adubaccedilatildeo orgacircnica II Teores conteuacutedos e utilizaccedilatildeo de macronutrientes em cultivares Rev Ceres Viccedilosa v 45 n 261 p 437-449 1998
SAMINEcircS T C O Produccedilatildeo orgacircnica de alimentos Horticultura Brasileira Brasiacutelia-DF v 17 n3 novembro 1999
SCHIEDECK G Ambiecircncia e resposta agronocircmica de meloeiro (Cucumis melo L) cultivado sob adubaccedilatildeo orgacircnica em ambiente protegido Pelotas lOOp Tese (Doutorado em Agronomia - Produccedilatildeo Vegetal) - Faculdade de Agronomia Eliseu Maciel UFPel 2002
SILVA JUacuteNIOR A A GIORGI E Substratos alternativos para a produccedilatildeo de mudas de tomate Agropecuaacuteria Catarinense Florianoacutepolis EPAGRI 1992 23 p
SILVA JUacuteNIOR A A MACEDO S G STUKER H Utilizaccedilatildeo de esterco de peru na produccedilatildeo de mudas de tomateiro Florianoacutepolis EPAGRI 1995 28 p (Boletim Teacutecnico 73)
TAGLIARI PS GRASSMANN H Minhoca a grande aliada da agricultura Agropecuaacuteria Catarinense v8 n l p 11-14 mar 1995
TEDESCO M J GIANELLO C Anaacutelises de solo plantas e outros materiais Porto Alegre Faculdade de Agronomia Departamento de Solos Universidade Federal do Rio Grande do Sul RS 1996
TENNANT D A Test of modified line intersect method of estimating root lenght Journal Ecology Oxford v 63 p 995-1001 1975
TIBAU A O Mateacuteria Orgacircnica do Solo Mateacuteria Orgacircnica e Fertilidade do SoloSatildeo Paulo Nobel 1984 p49-182
TIMM P J Anaacutelise comparativa dos sistemas de plantio convencional e cultivo miacutenimo de cebola sob adubaccedilatildeo orgacircnica e mineral Pelotas 2000 79 p Dissertaccedilatildeo (Mestrado em Agronomia - Produccedilatildeo Vegetal) - Faculdade de Agronomia Eliseu Maciel UFPel 2000
47
VALENZUELA HR CROSBY C Effect of compost applications on the yield of several vegetables in long-term organic farming experiments conduced in the tropics American Society Horticultural Science v33 n3 june 1998
VIGLIZZO E (ed) Subprograma Recursos Naturais y Sostenibilidad Agriacutecola documento marco Montevideo IICAPROCISUR 1995 p 75 - 78
WE1D J M TARDIN J M Proposta para a Ampliaccedilatildeo do Trabalho da ASPTA no Centro Sul do Paranaacute ASPTA Disponiacutevel em http wwwpronafgovbrEncontrotestosAS20PTA20Sul20ParanE1205 202002doc Acesso em 05 mai 2002
XAVIER SIMOacuteN F DOMINGUES D G Desenvolvimento Rural Sustentaacutevel uma perspectiva agroecoloacutegica Agroecologia e Desenvolvimento Rural Sustentaacutevel Porto Alegre EM ATERRS v2 n2 p 17-26 2001
ZABALETA J P Diagnoacutestico da Agricultura Familiar em Satildeo Joseacute do Norte - RSPelotas EMBRAPA-CPACT 1998 75 p (EMBRAPA-CPACT Documentos 44)
ZONTA E P MACHADO A A SILVEIRA P Sanest Sistema de anaacutelise estatiacutestica para microcomputadores Registrado na Secretaria Especial de Informaacutetica sob nuacutemero 066060 - categoria A Pelotas-RS Universidade Federal de Pelotas 1984
48
7 APEcircNDICE
APEcircNDICE A - Anaacutelise da adubaccedilatildeo de base e biofertilizantes utilizados na produccedilatildeo de mudas de cebola
TABELA 1 A Anaacutelise baacutesica do solo antes da incorporaccedilatildeo do feijatildeo miuacutedo + papua
Arg
pH IND
SMP
MO
P - n r - Na Al Ca__10Omlmdash
Mg
ppm -
6 53 67 089 8 6 27 1 04 05 0 2
Fonte LASFAEMUFPel (2002)
TABELA 2A Anaacutelise complementar do solo antes da incorporaccedilatildeo do feijatildeo-miuacutedo + papua
Cobre Zinco Manganecircs Ferro
(m v1)
04 05 26 007
Fonte LASFAEMUFPel (2002)
49
TABELA 3A Anaacutelise dos fertilizantes soacutelidos
Amostra pH limidade CN
C N P K Ca Mg
- g-ivg --
Cama de 849 2491 12 31042 2479 3888 3405 29875 463
aves
Esterco 74 3594 11 677 590 157 134 335 214
de curral
Huacutemus 684 5738 14 15965 1098 453 745 743 361
Fonte LASFAEMUFPel (2002)
TABELA 4A Anaacutelise quiacutemica dos biofertilizantes liacutequidos
Amostra N P K_ccedil H
Ca Mg Cu Zn Fe Mn
mdashgL bull
S Magro
m b 4
Urina
053
1652
8 2 2
008
395
0 0 0
149
1674
471
1902
6872
0 0 0
1150
4507
1172
7273
42
033
101389
920
0 0 0
6250
19458
781
35273
1123
0 2 1
Fonte LASFAEMUFPel (2002)
50
APEcircNDICE B - Condiccedilotildees climaacuteticas do local
TABELA 1B Condiccedilotildees de temperatura do local
___________ __________TEMPERATURA (degCgt
meses Meacutedia
Maacutexima
Meacutedia
MiacutenimaMeacutedia
Maacutexima
Absoluta
Miacutenima
Absoluta
Junho 225 87 156 320 25
Julho 225 85 155 285 30
Agosto 251 71 161 360 1 0
Fonte FEPAGROSCT 2002
TABELA 2B Condiccedilotildees de chuva do local
mdash CHUVA (mm)mdash
meses Ocorrida Normal Desvio Da Normal
Junho 1080 1 1 0 -2 0
Julho 1062 98 8 2
Agosto 1283 1 2 0 83
Fonte FEPAGROSCT 2002
51
TABELA 1C Produccedilatildeo de fitomassa fresca e seca (g) da parte aeacuterea altura de planta
(cm) e diacircmetro de colo (mm) de mudas de cebola Petrolini cultivadas
sob uma perspectiva agroecoloacutegica Pelotas-RS 2003
APEcircNDICE C - Anaacutelise estatiacutestica da parte aeacuterea
Causas G1 FFPA FSPA AP DC
da variaccedilatildeo --------- Quadrados meacutedios-
Blocos 3
Ad Base 2 175359071 1287102 2547419 1 11775
Biofertilizantes 2 126876 29011 87669ns 02185ns
Ad x Biofert 4 572378 31123 69106ns 04159
Resiacuteduo 24 34456 03048 27169 00290
Total 35
Meacutedia geral 93745 8772 320388 6741
CV 1980 6294 5145 2530
Significativo a 5ns Natildeo significativo
52
TABELA 1D Produccedilatildeo de fitomassa fresca e seca (g) comprimento (cm) e densidade
de raiacutezes (m cm3) de mudas de cebola Petrolini cultivadas sob uma
perspectiva agroecoloacutegica e razatildeo parte aeacutereasistema radicular Pelotas-
RS 2003
APEcircNDICE D - Anaacutelise estatiacutestica da raiz
Causas G1 FFR FSR CR RPASR DR
da variaccedilatildeo Quadrados meacutedios---------------
Blocos 3
Ad Base 2 27874 551 623 2 1 0 140
Biofertilizantes 2 178 0 1 0 ni 1504 l03ns 038ns
Ad x Biofert 4 190 058 318 294 183
Resiacuteduo 24 005 009 028 023 0 2 1
Total 35
Meacutedia geral 1818 228 184 387 333
C V 134 1356 448 1253 1396
Significativo a 5 ns Natildeo significativo
53
APEcircNDICE E - Anaacutelise estatiacutestica dos macronutrientes da parte aeacuterea da cebola
TABELA 1E Conteuacutedos (mg planta1) de nitrogecircnio foacutesforo potaacutessio caacutelcio e
magneacutesio no tecido vegetal de mud^s de cebola Petrolini cultivadas
sob uma perspectiva agroecoloacutegica Pelotas-RS 2003
Causas G1 bull N P K Ca Mg
da variaccedilatildeo
Blocos 3
Ad Base 2 13550306 446627 25509686 1031806 59007
Biofertilizantes 2 180610ns 16564 68153ns 39006 876ns
Ad x Biofert 4 454187 45743 1047539 46950 2464
Resiacuteduo 24 29769 1453 64313 3741 439
Total 35
Meacutedia geral 24921 4597 33366 6943 1615
C V 692 829 760 880 1297
Significativo a 5 ns Natildeo significativo
APEcircNDICE F - Fotos do experimento
FIGURA 2 Mudas de cebola (Allium cepa L) produzidas sob uma perspectiva agroecoloacutegica
APEcircNDICE F a Fotos do experimento
FIGURA 1 Adubaccedilatildeo verde com feijatildeo-miuacutedo e papuatilde utilizadas no manejo do solo
FIGURA 2 Mudas de cebola (Allium cepa L) produzidas sob urna perspectiva agroecoloacutegica
28
Realizaram-se duas capinas manuais durante o experimento e em seguida como
cobertura se colocou casca de arroz Tambeacutem foi aplicado esterco de aves 30 dias antes
da colheita na quantidade de 05 Kg canteiro 1 como adubaccedilatildeo de cobertura
As pulverizaccedilotildees com os produtos iniciaram apoacutes 15 dias da germinaccedilatildeo
Realizou-se sete aplicaccedilotildees sendo que as duas primeiras foram feitas apenas com
Super Magro e MB4 Na terceira e na quarta aplicaccedilatildeo utilizou-se urina de vaca e calda
bordalesa em concentraccedilotildees menores (05 e 025 respectivamente) e na quinta
aplicaccedilatildeo as dosagens de urina de vaca e calda bordalesa foram elevadas para 1 0 e
05 respectivamente ateacute o final do experimento O alhol foi utilizado a partir da
terceira pulverizaccedilatildeo na quantidade de 2 e seguiu ateacute o final no dia 26 de agosto
quando as mudas foram colhidas e posteriormente analisadas as variaacuteveis
35 Observaccedilotildees agronocircmicas
Foram utilizadas 20 mudas de cebola para obtenccedilatildeo das meacutedias das variaacuteveis as
quais foram as seguintes
351 Fitomassa fresca da parte aeacuterea e raiacutezes
Foi realizada atraveacutes de uma balanccedila digital procedendo-se a pesagem de 20
mudas de cebola previamente lavadas e posteriormente secadas durante uma hora sobre
um tecido de algodatildeo agrave temperatura ambiente Processo idecircntico foi adotado com as
raiacutezes
352 Fitomassa seca da parte aeacuterea e raiacutezes
Esta variaacutevel foi obtida a partir da secagem preliminar em estufa de ar forccedilado
durante 48 horas a 65 C ateacute peso constante com posterior pesagem em balanccedila
analiacutetica
353 Altura da muda
A altura de muda foi medida a partir do colo das plantas ateacute sua uacuteltima folha
(ponto de crescimento) com uma reacutegua graduada de 40 cm
29
354 Diacircmetro do colo das plantas
Esta medida foi realizada no ponto de transplante a 2 mm das raiacutezes e utilizando-
se um paquiacutemetro SOMET
355 Sistema radicular
Ao teacutermino do experimento foram retiradas as raiacutezes das mesmas plantas que foram
utilizadas para as determinaccedilotildees realizadas na parte aeacuterea procedendo-se uma amostra
de solo com raiacutezes de 2 0 cm de largura x 2 0 cm de comprimento e 2 0 cm de altura
totalizando 8000 cm3
As raiacutezes apoacutes serem lavadas em aacutegua corrente foram pesadas acondicionadas em
sacos plaacutesticos e congeladas para posteriores anaacutelises pelo meacutetodo de Tennant (1975)
para a determinaccedilatildeo do comprimento e densidade
3551 Comprimento de raiz
Utilizou-se para a determinaccedilatildeo do comprimento de raiz as seguintes foacutermulas
1 = ndeg x 1114 x 1 onde
1 - comprimento de raiz de uma amostra uacutemida de 0 0 2 g
ndeg - nuacutemero de intercessotildees das raiacutezes com os lados da quadriacutecula da malha do
aparelho
1114 - constante
1 - medida lateral da quadriacutecula em cm
Tomando-se a fiacutetomassa seca e o comprimento da raiz da cada amostra
relacionou-se com a fiacutetomassa seca e o comprimento total da raiz da planta aplicando-
se a seguinte equaccedilatildeo
L = (FSR x 1) FSPA onde
L - comprimento total da raiz da planta (m)
FSR - fiacutetomassa seca de raiz
FSPA - fiacutetomassa seca da parte aeacuterea
L - comprimento de raiz de uma amostra uacutemida de 002g
3552 Densidade de raiz
A densidade foi determinada pela foacutermula
D = L 8000 onde
D - densidade de raiacutezes (m cm3)
30
L - comprimento total de raiacutezes (m)
8 0 0 0 - volume da amostra (cm3)
3553 Razatildeo parte aeacutereasistema radicular
Este paracircmetro foi obtido pela equaccedilatildeo
RPASR = FSPA FSR onde
RPASR - razatildeo parte aeacuterea sistema radicular
FSPA - fitomassa seca da parte aeacuterea
FSR - fitomassa seca do sistema radicular
36 Determinaccedilatildeo de macronutrientes no tecido vegetal
Os macronutrientes nitrogecircnio foacutesforo potaacutessio caacutelcio e magneacutesio foram
determinados no laboratoacuterio de Fertilidade e Anaacutelise de Plantas do Departamento de
Solos da UFPel atraveacutes dos meacutetodos descritos por Tedesco amp Gianello (1996)
31
4 RESULTADOS E DISCUSSAtildeO
41 Anaacutelise das variaacuteveis
A anaacutelise da variaccedilatildeo mostrou que houve diferenccedila significativa na interaccedilatildeo entre
os fatores de adubaccedilatildeo de base e biofertilizantes liacutequidos com exceccedilatildeo da variaacutevel altura
de planta para a qual somente a adubaccedilatildeo de base mostrou-se significativa (Apecircndices
C D e E Tabelas 1C 1D e 1E)
411 Anaacutelise da parte aeacuterea
Na Tabela 1 destacaram-se as adubaccedilotildees EC+SM+U+CB EC+MB4 +U+CB e EC
que diferiram significativamente das demais adubaccedilotildees para as variaacuteveis fiacutetomassa
fresca da parte aeacuterea (FFPA) fiacutetomassa seca da parte aeacuterea (FSPA) altura de planta
(AP) e diacircmetro do colo (DC)
32
TABELA 1 Produccedilatildeo de fitomassa fresca e seca (g) da parte aeacuterea altura de planta
(cm) e diacircmetro de colo (mm) de mudas de cebola Petrolini cultivadas
sob uma perspectiva agroecoloacutegica Pelotas-RS 2003
BIOFERTILIZANTES LIacuteQUIDOSADUBACcedilAtildeO S Magro + MB4 +DE BASE Urina + Calda Urina + Calda Testemunha
Bordalesa Bordalesa
30 t ha de vermicomposto 7015 c A45 t halsquo de vermicomposto 7824 b B60 t ha de esterco de curral 12248 a C
30 t ha de vermicomposto 667 c A45 t ha de vermicomposto 752 b A60 t ha de esterco de curral 1150a C
30 t ha de vermicomposto 2975 b A45 t harsquo de vermicomposto 2775 b A60 t ha de esterco de curral 3600 a B
30 t ha de vermicomposto 631 b A45 t ha de vermicomposto 6 2 2 b B60 t ha de esterco de curral 741 a C
-Fitomassa fresca (g)----------------6270 c B 6885 b A8832 b A 6308 c C
15082 a A 13934 a BmdashFitomassa seca (g)----------------
625 c A 655 b A830 b A 607 b B
1345 a A 1262 a B-Altura de planta (cm)----------------
2950 b A 3050 b A2937 b A 2950 b A 3975 a A 3622 a B
-Diacircmetro de colo (mm)---------------592 c B 599 b B 657 b A 609 b B 819a A________ 793a B
Meacutedias seguidas pela mesma letra minuacutescula para as colunas (adubaccedilatildeo de base) e maiuacutesculas para as linhas (biofertilizantes) natildeo diferem entre si pelo teste de Duncan a 5
O efeito positivo do esterco bovino pode ser atribuiacutedo agraves melhorias nas condiccedilotildees
fiacutesicas do solo por ele proporcionado Segundo Primavesi (1982) e Compagnoni amp
Putzolu (1985) o esterco bovino apresenta propriedades condicionadoras do solo dando
agraves plantas melhores condiccedilotildees de desenvolvimento elevando sobremaneira os
conteuacutedos de fitomassa fresca das plantas que refletiratildeo nas demais respostas
agronocircmicas
Analisando as adubaccedilotildees de base em relaccedilatildeo aos biofertilizantes observa-se que
para os tratamentos 1 VB (30 t ha 1 de vermicomposto) - natildeo houve influecircncia dos
biofertilizantes para as variaacuteveis FSPA e AP enquanto destacou-se o SM+U+CB para o
DC e SM+U+CB e ausecircncia da adubaccedilatildeo liacutequida para a FFPA mostrando que o uso
dos biofertilizantes natildeo influenciou esta variaacutevel 15 VB (45 t ha 1 de vermicomposto) -
verificou-se a eficiecircncia do uso do MB4 +U+CB para as variaacuteveis FFPA e DC Para a
variaacutevel FSPA destacaram-se os dois biofertilizantes utilizados jaacute para AP natildeo houve
33
influecircncia destes EC (60 t ha 1 de esterco de curral) - em todas as variaacuteveis observadas
na tabela 5 as respostas foram significativas utilizando MB4 +U+CB
As respostas encontradas no presente trabalho para as variaacuteveis AP e FSPA foram
superiores as obtidas por Dalponte (1990) quando utilizado 0 esterco de curral para
produccedilatildeo de mudas de cebola
Segundo Filgueira (2000) os solos da regiatildeo produtora de cebola do RS satildeo
pobres em foacutesforo disponiacutevel (15 mg Kg1) necessitando portanto de adubaccedilotildees
fosfatadas elevadas As respostas aqui obtidas podem ser justificadas pelos teores de
foacutesforo contido no MB4
Follet et al (1981) citam a importacircncia do uso de compostos orgacircnicos no solo
enfatizando os estercos no sentido da decomposiccedilatildeo continuada no fornecimento de
nutrientes e na liberaccedilatildeo lenta e gradual de aacutecidos orgacircnicos influenciando a liberaccedilatildeo
do foacutesforo O que provavelmente pode ser atribuiacutedo agraves respostas encontradas no
presente trabalho para 0 tratamento Esterco de curral mais MB4 e Urina mais Calda
Bordalesa
E importante destacar que 0 sistema de produccedilatildeo de mudas de cebola sob uma
perspectiva agroecoloacutegica mostra-se eficiente quando visualmente natildeo percebe-se
diferenccedila significativa entre os tratamentos (Apecircndice F Figura 2)
Conveacutem ressaltar que quando trabalhamos com agroecologia natildeo existem
receitas nem pacotes tecnoloacutegicos prontos Cada situaccedilatildeo deveraacute ser estudada em
particular para que se faccedila recomendaccedilotildees adequadas ao ambiente local uma vez que
as plantas se adaptam ao meio estando a nutriccedilatildeo encarregada de proteger e manter o
equiliacutebrio do organismo vegetal em funccedilatildeo das alteraccedilotildees externas
E fundamental que se compreenda os princiacutepios norteadores de todo o processo
que satildeo as bases da luta por uma sociedade mais justa dentro de um mundo econocircmico e
ambientalmente mais sustentaacutevel
412 Anaacutelise do sistema radicular
Os resultados obtidos nas anaacutelises do sistema radicular (Tabela 2) mostram
diferenccedilas significativas entre as adubaccedilotildees para as variaacuteveis fitomassa fresca de raiz
(FFR) fitomassa seca de raiz (FSR) comprimento de raiz (CR) razatildeo parte
aeacutereasistema radicular (RPASR) e densidade de raiz (DR)
34
TABELA 2 Produccedilatildeo de fitomassa fresca e seca (g) comprimento (cm) e densidade de
raiacutezes (m cm3) de mudas de cebola Petrolini cultivadas sob uma
perspectiva agroecoloacutegica e razatildeo parte aeacutereasistema radicular Pelotas-
RS 2003
BIOFERTILIZANTES LIacuteQUIDOSADUBACcedilAO DE BASE
S Magro + MB4 +Urina + Calda Urina + Calda Testemunha
Bordalesa Bordalesa
de vermicomposto de vermicomposto de esterco de curral
de vermicomposto de vermicomposto de esterco de curral
de vermicomposto de vermicomposto de esterco de curral
de vermicomposto de vermicomposto de esterco de curral
1540 c A 1576 b B 2427 a A
Fitomassa fresca (g)----------------1502 c B 1517 b AB 1658 b A 1446 c C 2336 a B 2360 a B
--------------------Fitomassa seca (g)-------------------196 b A 207 ab A 170 b A170 b A 199 b A 192 b A 344 a A 249 a B 327 a A
Comprimento de raiz(cm)---------------1237 b A 1158 b A 1158 a A1237 b A 1060 c B 1040 b B1433 a A 1296 a B 1040 b C
30 t ha 45 t ha 60 t ha
30 t ha 45 t ha 60 t ha
30 t halsquo 45 t ha 60 t ha
30 t ha 45 t ha 60 t ha
30 t ha de vermicomposto 45 t ha de vermicomposto60 t ha~ de esterco de curral__________________________ _________________________Meacutedias seguidas pela mesma letra minuacutescula para as colunas (adubaccedilatildeo de base) e maiuacutesculas para as linhas (biofertilizantes) natildeo diferem entre si pelo teste de Duncan a 5
-----Razatildeo Parte AeacutereaSistema Radicular------340 b AB 301c B 384 a A446 a A 415 b A 326 a B339 b B 546 a A 388 a B
-------------- Densidade de raiz (m cm3)------------367 a AB 414 a A 325 b B282 b B 301b B 405 a A347 ab A 231c B 324 b A
Em relaccedilatildeo agraves adubaccedilotildees de base destacou-se o EC (60 t ha 1 de esterco de curral)
para as variaacuteveis FFR e FSR Quando adicionado o SM+U+CB os resultados para FFR
foram ainda melhores bem como o CR As respostas obtidas para a RPASR foram
variadas em relaccedilatildeo agraves adubaccedilotildees apresentando melhores resultados para 15 VB (45 t
ha 1 de vermicomposto)+SM+U+CB e ainda melhor para EC (60 t ha 1 de esterco de
curral)+MB4 +U+CB As adubaccedilotildees de base 1 VB 15 VB e EC natildeo diferiram entre si
As adubaccedilotildees mais eficientes para a variaacutevel DR foram 1 VB+SM+U+CV que natildeo
diferiu da EC+SM+U+CB I VB+ MB4 +U+CB e agrave 15 VB foram melhores entre as
demais
35
Analisando os biofertilizantes em relaccedilatildeo a cada adubaccedilatildeo de base verifica-se que
para a 1 VB (30 t ha 1 de vermicomposto)+SM+U+CB destaca-se a variaacutevel FFR
poreacutem sem diferenccedila significativa de 1 VB os melhpres resultados para a variaacutevel DR
foram encontrados pelo tratamento 1 VB+MB4 +U+CB e 15 VB (45 t ha 1 de
vermicomposto) tambeacutem se considera eficiente o 1 VB+SM+U+CB que natildeo diferiu do
EC (esterco de curral) Quando se utilizou 15 VB+ MB4 +U+CB houve resposta
significativa para a variaacutevel FFR para FSR as respostas natildeo foram diferentes com a
aplicaccedilatildeo dos biofertilizantes para as variaacuteveis FSR e DR as adubaccedilotildees EC e
EC+SM+U+CB natildeo diferiram entre si
Embora as respostas estatiacutesticas tenham sido diferentes para as adubaccedilotildees
combinadas ou natildeo pode-se salientar a importacircncia do aacutecido indol-aceacutetico como jaacute
citado anteriormente para as variaacuteveis avaliadas na parte aeacuterea das mudas de cebola
Respostas semelhantes nesse sentido foram encontradas para a cultura da alface por
Quijano (1999) e Morselli (2001)
Pereira et al (2002) concluiacuteram em trabalho realizado com a cultivar de cebola
CNPF1 6400 em Minas Gerais que a utilizaccedilatildeo de 20 t ha de esterco de curral
proporcionou os melhores resultados para a produccedilatildeo de cebola
Silva Juacutenior amp Giorgi (1992) e Menezes Juacutenior (1998) citam que doses elevadas
de mateacuteria orgacircnica podem prejudicar a primeira fase da germinaccedilatildeo (embebiccedilatildeo) e
absorccedilatildeo de aacutegua pelas raiacutezes das placircntulas No entanto no presente trabalho este fato
natildeo ocorreu embora a dose de esterco utilizada tenha sido de 60 t ha 1 (dose maacutexima
recomendada segundo Nolla 1982)
413 Anaacutelise de macronutrientes no tecido vegetal
Os resultados dos conteuacutedos de nitrogecircnio foacutesforo potaacutessio caacutelcio e magneacutesio no
tecido vegetal sob diferentes adubaccedilotildees encontrados na Tabela 3 indicam mais uma
vez a superioridade da adubaccedilatildeo esterco com 0 uso ou natildeo de biofertilizantes
36
TABELA 3 Conteuacutedos (mg planta1) de nitrogecircnio foacutesforo potaacutessio caacutelcio e
magneacutesio no tecido vegetal de mudas de cebola Petrolini cultivadas sob
uma perspectiva agroecoloacutegica Pelotas-RS 2003
BIOFERTILIZANTES LIacuteQUIDOS i J B
ADUBACcedilAtildeO S Magro + MB4 +DE BASE Urina + Calda Urina + Calda Testemunha
Bordalesa Bordalesamg plantas1
---- Nitrogecircnio-----30 t ha de vermicomposto 16593 c AB 15451 c B 19050 b A45 t ha de vermicomposto 21444 b A 22888 b A 17852 b B60 t ha de esterco de curral 32606 a C 37593 a B 40816 a A
--------------- ------ Foacutesforo------- -------------30 t ha de vermicomposto 3098 c B 2802 c B 3999 b A45 t ha de vermicomposto 4109 b A 4135 b A 2788 c B60 t ha de esterco de curral 5300 a B 7577 a A 7565 a A
------- Potaacutessio------30 t ha de vermicomposto 24327 c A 19900 c B 24965 b A45 t ha de vermicomposto 29113b A 29812 b A 22031 b B60 t ha de esterco de curral 44070 a B 51976 a A 54101 a A
-------- Caacutelcio-------30 t ha de vermicomposto 5027 c A 4356 c A 4834 b A45 t ha de vermicomposto 6114b A 6963 b A 4379 b B60 t ha de esterco de curral 9030 a C 11451 a A 10331 a B
------Magneacutesio-----30 t ha de vermicomposto 1188 b A 914 c A 1202 b A45 t ha de vermicomposto 1231 b B 1582 b A 1176 b B60 t ha de esterco de curral 2136a B 2443 a A 2663 a AMeacutedias seguidas pela mesma letra minuacutescula para as colunas (adubaccedilatildeo de base) e maiuacutesculas para as linhas (biofertilizantes) natildeo diferem entre si pelo teste de Duncan a
Em relaccedilatildeo agraves adubaccedilotildees de base observa-se que o melhor tratamento foi o
esterco de curral para todas as variaacuteveis Para 1 VB (30 t ha^ 1 de vermicomposto) natildeo
houve resposta diferenciada com o uso de bofertilizantes para todas as variaacuteveis A
adubaccedilatildeo 15 VB (45 t ha 1 de vemicomposto) foi influenciada pelos biofertilizantes
para as variaacuteveis N P K e Ca enquanto que para Mg somente o MB4+U+CB o
influenciou O EC (esterco de curral) mostrou diferenccedila significativa apenas para as
variaacuteveis Ca e Mg quando adicionado MB4+U+CB
Segundo Peixoto (2000) eacute fundamental a adiccedilatildeo de adubos orgacircnico no cultivo de
hortaliccedilas seja na forma de esterco decomposto composto ou huacutemus de minhoca de
37
modo a fornecer melhorias nas propriedades do solo vindo a disponibilizar os nutrientes
as diferentes culturas
O esterco fresco conteacutem muita cama celuloacutesica e um elevado teor de aacutegua No
esterco curtido a celulose jaacute estaacute decomposta o teor de aacutegua estaacute reduzido agrave metade e os
nutrientes em uma forma mais assimilaacutevel e mais concentrada O esterco fresco pode
causar uma deficiecircncia temporaacuteria de nitrogecircnio no solo ao se decompor o que natildeo
acontece com o biestabilizado (Kiehl 1985)Ocorre uma diminuiccedilatildeo inicial no volume
de aacutegua retido no esterco de curral diminui inicialmente em tomo de 3581 liberando
posteriormente somente 496 evidenciando a sua capacidade de retenccedilatildeo de aacutegua
(Menezes Juacutenior 1998)
A utilizaccedilatildeo continuada de adubos nitrogenados minerais no solo altera o balanccedilo
do nitrogecircnio entre o solo e planta No meacutetodo biodinacircmico eacute sublinhada a importacircncia
dos adubos animais para o estabelecimento da fertilidade permanente dos solos (Koeff
et al 1983)
Para Guimaratildees (1997) os benefiacutecios que a mateacuteria orgacircnica imprime ao solo
principalmente melhorando a produtividade fertilidade e a influencia que as substancias
huacutemicas exercem sobre o ambiente dependem da qualidade e do teor de mateacuteria
orgacircnica do solo Estas substacircncias por conterem nutrientes em sua constituiccedilatildeo em uma
forma mais disponiacutevel para as plantas promovem um equiliacutebrio no ambiente no solo
(Kononova 1966)
Aproximadamente de 60 a 70 do total de carbono do solo ocorre na forma de
materiais huacutemicos (Griffith amp Schnitzer 1975) sendo a eles atribuiacutedo a manutenccedilatildeo da
bioestrutura do solo aumentando a capacidade de retenccedilatildeo de aacutegua (Brady 1999)
Conforme Compagnoni amp Putzolu (1985) os estercos bem como os demais
resiacuteduos orgacircnicos apresentam conteuacutedos diferentes de aacutecidos huacutemicos e fuumllvicos sendo
atribuiacutedo ao acido huacutemico uma accedilatildeo fitoestimulante semelhante aos fitohormocircnios por
favorecer o desenvolvimento do sistema radicular e crescimento do caule
Em trabalho realizado por Guimaratildees (1997) foi encontrado para aacutecidos huacutemicos
de esterco bovino uma relaccedilatildeo CN 1035 e para vermicomposto bovino 17
evidenciando que o esterco quando aplicado ao solo por apresentar uma relaccedilatildeo CN
proacutexima deste reage mais facilmente liberando nutrientes para as plantas sem alterar a
cadeia troacutefiacuteca Dados encontrados no presente trabalho demonstram a eficiecircncia do
esterco nesse sentido
38
De acordo com Morselli (2001) vaacuterios trabalhos citam comentam e discutem a
capacidade dos vermicompostos em proporcionar oacutetimas colheitas e favorecer a
precocidade das plantas cultivadas Poreacutem muitas vezes se observa que mesmo
suprindo essas plantas com nutrientes necessaacuterios atraveacutes de huacutemus de diferentes fontes
as respostas natildeo satildeo as mesmas para uma mesma cultivar
Por outro lado os resultados com o uso de substacircncias huacutemicas satildeo variaacuteveis e
dependem aleacutem da espeacutecie testada das substacircncias huacutemicas utilizadas sua
concentraccedilatildeo o grau de purificaccedilatildeo e das condiccedilotildees experimentais A resposta das
plantas aos aacutecidos huacutemicos e fuacutelvicos eacute dependente da mateacuteria prima original e da
espeacutecie vegetal pois materiais orgacircnicos diferentes apresentam aacutecidos huacutemicos e
fuacutelvicos diferentes (Businelli 1990)
Justificam-se os maiores conteuacutedos de nitrogecircnio foacutesforo potaacutessio e caacutelcio nas
adubaccedilotildees 15 VB (45 t ha 1 de vermicomposto) e biofertilizantes devido
provavelmente ao vermicomposto utilizado apresentar na sua constituiccedilatildeo teores
consideraacuteveis destes elementos aleacutem do que os biofertilizantes possam ter influenciado
na absorccedilatildeo atraveacutes de sua constituiccedilatildeo Tibau (1984) considera que a urina de vaca eacute
rica em aacutecido indol-aceacutetico e este influencia na absorccedilatildeo radicular O efeito positivo
deste tratamento provavelmente seja devido agrave quantidade aplicada
O biofertilizante que se destacou foi o MB4+U+CB em relaccedilatildeo ao EC (esterco de
curral) e eacute somente para a variaacutevel caacutelcio Isto provavelmente seja devido ao alto teor
deste elemento encontrado na sua constituiccedilatildeo (6872 g Kg1) e pela influecircncia positiva
que a calda bordalesa exerce no metabolismo das plantas atraveacutes dos nutrientes
contidos em sua formulaccedilatildeo O Ca controla a absorccedilatildeo radicular e retorna ao solo pelo
esterco e palhas por apresentar-se em maior quantidade em folhas e caules Depois de
localizado nas folhas fica imoacutevel favorecendo a resistecircncia da planta ao ataque de
fungos
Este trabalho avanccedila no estudo da agroecologia estando claro que todos os
criteacuterios tem caraacuteter dinacircmico de adequaccedilatildeo as mudanccedilas de um sistema de produccedilatildeo
em evoluccedilatildeo contribuindo na transiccedilatildeo para um padratildeo sustentaacutevel Cabe a pesquisa a
reorientaccedilatildeo para um enfoque ldquosistecircmicordquo isto eacute que permita integrar os diversos
componentes de um agroecossistema e a adoccedilatildeo de poliacuteticas puacuteblicas que promovam 0
fortalecimento e a expansatildeo da agricultura familiar
39
5 CONCLUSOtildeES
Considerando os resultados obtidos e as condiccedilotildees em que o estudo foi realizado
conclui-se que
bull As respostas agronocircmicas das mudas de cebola para os paracircmetros avaliados
satildeo mais satisfatoacuterias com a aplicaccedilatildeo de esterco de curral como adubaccedilatildeo de
base
bull Os biofertilizantes mais urina de vaca e calda bordalesa proporcionam
respostas satisfatoacuterias quando aplicados associados agraves adubaccedilotildees de base
bull O biofertilizante MB4 mais urina de vaca e calda bordalesa eacute mais eficiente
que o super magro mais urina e calda bordalesa quando aplicado associado agrave
adubaccedilatildeo de base esterco de curral para os conteuacutedos de fitomassa secae
fresca da parte aeacuterea das plantas altura e diacircmetro de colo das mudas de
cebola
bull Os biofertilizantes adicionados agrave adubaccedilatildeo de base 45 t harsquo 1 de vermicomposto
bovino mostram respostas significativas para os conteuacutedos de fitomassa seca
bull Os maiores conteuacutedos nutricionais para as mudas de cebola satildeo
proporcionados pela adubaccedilatildeo de base esterco de curral
bull A maior absorccedilatildeo de caacutelcio pelas mudas de cebola ocorre quando da adiccedilatildeo do
biofertilizante MB4 mais urina e calda bordalesa agrave adubaccedilatildeo de base esterco de
curral
40
6 REFEREcircNCIAS BIBLIOGRAacuteFICAS
ALDRIGHI CB ABREU CM PAGLIA AG MORSELLI TBGA FERNANDES HS Efeito da aplicaccedilatildeo de biofertilizante e urina de vaca em mudas de tomateiro Horticultura Brasileira v20 n2 julho 2002 Suplemento 2
ALTIERI M NICHOLLS C I Agroecologia Teoria praacutectica para umaAgricultura Sustentable Ia ed PNUMA 2000 Cap 2 4 Seacuterie textos baacutesicos para la formacioacuten ambiental
ALTIERI M Agroecologia bases cientiacuteficas para uma agricultura sustentaacutevelGuaiacuteba Agropecuaacuteria 2002 592 p
ANTONIOLLI Z I GIRACCA E M N CARDOSO S J T WIETHAN M M S FERRI M Iniciaccedilatildeo agrave Minhocultura Criaccedilatildeo em Cativeiro e Vermicompostagem Santa Maria UFSM 1996 p59-89
BAYER C MIELNICZUC J Dinacircmica e funccedilatildeo da mateacuteria orgacircnica In SANTOS G de A S e CAMARGO F A de O (ed) Fundamentos da mateacuteria orgacircnica do solo ecossistemas tropicais e subtropicais Porto Alegre Genesis 1999 p 3-23
BARRETTO D X Composto Orgacircnico In Praacutetica em Agricultura Orgacircnica Satildeo Paulo iacutecone Ed Ltda 1985 p 51-63
BETTIOL W Alguns produtos alternativos para o controle de doenccedilas de plantasem agricultura orgacircnica II Ciclo de palestras sobre agricultura orgacircnica Instituto Bioloacutegico Satildeo Paulo p52-63 1997
41
BETTIOL W TRACH R GALVAtildeO JAH Controle de doenccedilas de plantas com biofertilizantes Jaguariuacutena EMBRAPA-CNPMA 1997 22p (EMBRAPA- CNPMA Circular Teacutecnica 02)
BRADY N C Natureza e propriedades dos sotos Rio de Janeiro Freitas BastosS A 1979 647p
BRADY N C Organisms and ecology of the soil In The nature of properties of soils Simon amp Schuster A Viacon Company New Jersey1999 402-489p
BON1LLA J A Fundamentos da Agricultura Ecoloacutegica Sobrevivecircncia eQualidade de Vida Satildeo Paulo Nobel 1992
BUREacuteS S Substratos Ediciones Agroteacutecnicas S L Madrid Octubre 1997
BUS1NELLI M Chemical Composition and Enzymic Activity of some Worm Cast Plant Soil v 80 p 1-2 1990
CALEGARI A Espeacutecies para cobertura de solo In IAPAR (Instituto Agronocircmico de Paranaacute) Plantio Direto pequena propriedade sustentaacutevel organizador Moacir Darolt Londrina - PR 1998 65-93
CAMARGO P N D Manual de Adubaccedilatildeo Foliar Satildeo Paulo Herba 1975
CAPRA F A Teia da Vida Satildeo Paulo Cultrix 1997 256p
CAPRA F O Ponto de Mutaccedilatildeo 22 ed Satildeo Paulo Cultrix 2001 447p
CHABOUSSOU F Plantas doentes pelo uso de agrotoacutexicos (A Teoria da Trofobiose) Porto Alegre LPM 1987 253 p
CLARO S A Referencias tecnoloacutegicos para a agricultura familiar ecoloacutegica aexperiecircncia da Regiatildeo Centro-Serra do Rio Grande do Sul Porto Alegre EMATERRS-ASCAR 2001 250p
CLIVELA G Diagnoacutestico Agronocircmico da cebola no Rio Grande do Sul Porto Alegre EMATERRS 1995 8 6 p
COMISSAtildeO DE FERTILIDADE DO SOLO - RSSC Recomendaccedilotildees de adubaccedilatildeo e calagem para os estados do Rio Grande do Sul e Santa Catarina 3 ed Passo Fundo SBCS - Nuacutecleo Regional Sul 1995 223p
COMPAGNONI L PUTZOLU G Cria moderna de Ias lombrices y utilizacioacutenrentable dei humus Barcelona Editorial de Vecchi- SA 1985127p
COSTABEBER J A MOYANO E Transiccedilatildeo agroecoloacutegica e accedilatildeo social coletiva Agroecologia e Desenvolvimento Rural Sustentaacutevel Porto Alegre v l n4 p 50- 60 outdez 2 0 0 0
42
COSTA M B B da Adubaccedilatildeo orgacircnica Nova siacutentese e novo caminho para aagricultura Satildeo Paulo Ed iacutecone Ltda 1985 102p
COSTA NETO C Agricultura Sustentaacutevel Tecnologias e Sociedade In CARVALHO COSTA LF et al (org) Mundo Rural e Tempo Presente Rio de Janeiro Mauad 1999
DrsquoAG0ST1NI R L FANTINI A C Produccedilatildeo orgacircnica tambeacutem socialmente excludente Agroecologia e Desenvolvimento Rural Sustentaacutevel Porto Alegre v3 n l p57-61 2002
DALPONTE J C V Utilizaccedilatildeo de materiais orgacircnicos e fertilizante mineral na produccedilatildeo e qualidade de mudas e bulbos de cebola (Alliurn Cepa L) Pelotas-RS 1990 (Mestrado em Agronomia) - Faculdade de Agronomia Eliseu Maciel UFPel 1990
DEBARBA J F THOMAZELLI L F GANDIN C L SILVA E Cadeias produtivas do Estado de Santa Catarina Cebola Florianoacutepolis Epagri 1998 115 p (EPAGRI Boletim Teacutecnico 96)
DUFOUR F Os saacutebios loucos do agro-alimentar Le Monde Diplomatique ano 1 n4 p6-7 1999 (ed portuguesa)
EHLERS E Agricultura Sustetaacutevel Origem e perspectivas de um novo paradigma 2 ed Guaiacuteba Agropecuaacuteria 1999 157 p
FILGUEIRA F A R Novo Manual de olericultura agrotecnologia moderna na produccedilatildeo e comercializaccedilatildeo de hortaliccedilas Viccedilosa UFV 2000 402 p
FRASER G K Mateacuteria Orgacircnica Del Suelo In BEAR F E (ed) Quiacutemica dei Suelo Madrid Ed Agrociencia 1963
FOLLET R H MURPHY L S DONAHUE R L Fertilizers and soil amendments New Jersey Printice-Hall Inc 1981 557p
GARCIA A Revista dei Espacio Rural Georgica Zaragoza Escuela Politeacutecnica de Huesca n5 1997
GARCIA A Versatildeo preliminar de um Programa Estadual de Produccedilatildeo e Comercializaccedilatildeo de Bulbos e Sementes de CebolaEMBRAPAIPAGROMARAEMATER 6 8 pbdquo 1990 (Publicaccedilatildeo avulsa)
GIORGETT1 J R Produccedilatildeo e Comercializaccedilatildeo de Mudas de Tomate In Encontro Nacional de Produccedilatildeo e Abastecimento de Tomate 2 1991 Jaboticabal Satildeo Paulo Anais Jaboticabal UNESP 1991 p 242-244
GLIESSMAN S R Agroecologia Processos ecoloacutegicos em agricultura sustentaacutevelPorto Alegre Universidade Federal do Rio Grande do Sul - UFRGS 2000 653p
43
GLIESSMAN S R TURRIALBA C R Agroecologia Procesos Ecoloacutegicos en Agricultura Sostenible CATIE 2002 p 3-14
GNOATTO S C Caracterizaccedilatildeo quiacutemica de vermicompostos de diferentes substratos orgacircnicos Pelotas-RS 1999 38 f (Mestrado em Agronomia - Solos) - Faculdade de Agronomia Eliseu Maciel UFPel 1999
GOMES J C C BORBA M F S A moderna crise dos alimentos oportunidade para a agricultura familiar Emater Porto Alegre julset 2000 Disponiacutevel em lthttpwwwematertchebrdocsagroecorevistan313-artigo3htmgtAcesso em 24 fev 2002
GOMEZ H W Desenvolvimento sustentaacutevel agriacutecola e capitalismo In Desenvolvimento sustentaacutevel Necessidade eou disponibilidade Santa Cruz do Sul Nobel - UNISC 1997 p 65-77
GONZAacuteLEZ DE MOLINA M SEVILLA GUZMAacuteN E Ecologia campesinado e historia Para una reinterpretacioacuten dei desarrollo dei capitalismo en la agricultura In SEVILLA GUZMAacuteN E GONZAacuteLEZ DE MOLINA M (ed) Ecologia campesinado e historia Madrid La Piqueta 1993 p 23-129
GRIFFITH S A SCHNITZER M Analytical characteristic of humic and fulvic acids extracted from tropical volcanic soils Soil Sei Soc Am Proc v 39 p361-367 1975
GUIMARAtildeES E Caracterizaccedilatildeo quiacutemica estreptoscoacutepica e por anaacutelise teacutermica de aacutecidos huacutemicos e vermicompostos obtidos de estercos de diferentes animaisCuritiba 1997 Dissertaccedilatildeo (Mestrado em Quiacutemica) Universidade Federal do Paranaacute 1997
HESS A F Sociedade e meio ambiente uma relaccedilatildeo ambiacutegua Revista Cientiacutefica Rural Bageacute v 4 n2 p 167-1741999
ICEPA-SC Informes conjunturais sobre a cultura da cebola Disponiacutevel em lthttpwwwicepa combrgt Acesso em 23 jan 2003
JONES H A MANN L K Onions and their allies New York Interscience Publishers 1962 286 p
JUacuteNIOR H A de MAIORANO J A Receitas obtidas de extratos de plantasCampinas CATITerra Viva [199-] 10 f
KHATOUNIAN C A Ciclo de Palestras sobre Agricultura Orgacircnica 2a Ed SatildeoPaulo Fund Cargill 1997 149 p
KIEHL E J Fertilizantes Orgacircnicos Satildeo Paulo Ed Agronocircmica Ceres Ltda 1985 492p
44
KOEFF H H PETTERSSON B D SHAUMANN W Vida Vegetal solos e adubaccedilatildeo In Agricultura Biodinacircmica Satildeo Paulo Nobel 1983 p92-149
KONONOVA M M Soil organic matter The importance o f organic matter in soil formation and soil fertility New York Pergamqn Press 1961 p 165-200
KUHN T A Estrutura das Revoluccedilotildees Cientiacuteficas Satildeo Paulo Perspectiva 1989 257p
LANNA FCA ABREU C L ABREU J G SILVA V Resposta de cultivares de melancia cultivadas sob adubaccedilatildeo quiacutemica e orgacircnica Horticultura v 12 n l p85 1994
LEFF H Saber Ambiental Petroacutepolis Vozes 2001 343 p
MAGALHAtildeES J R Nutriccedilatildeo e adubaccedilatildeo da cebola In FERREIRA M E CASSTELLANE P D CRUZ M C P Nutriccedilatildeo e adubaccedilatildeo de hortaliccedilasPiracicaba POTAFOS 1993 p 381-393
MALAVOLTA E Elementos de nutriccedilatildeo mineral de plantas Satildeo Paulo Ed Agronocircmica Ceres Ltda 1980 251 p
MALAVOLTA E Manual de Quiacutemica Agriacutecola - Adubos e Adubaccedilatildeo 3a ed SatildeoPaulo Ed Agronocircmica Ceres Ltda 1981 606 p
MARTINEZ A A A grande e Poderosa Minhoca Jaboticabal Funep - Unesp1990 101 p
MARTINS S R Desenvolvimento e Sustentabilidade Horticultura Brasileira Brasiacutelia-DF v20 n2 julho 2002 Palestra apresentada no 42deg Congresso Brasileiro de Olericultura
MARTINS S R Limites Del Desarrollo Sostenible em Ameacuterica Latina En el marco de Ias poliacuteticas de (re)ajuste econocircmico Pelotas Editora UFPel 1997 135 P-
MARTINS S R Sustentabilidade na agricultura dimensotildees econocircmicas sociais e ambientais Revista Cientiacutefica Rural Bageacute v4 n 2 p 175-1871999
MATURANA H REZEPKA S N D E Formaccedilatildeo Humana e Capacitaccedilatildeo Rio de Janneiro Vozes 2000 8 6 p
MELLO A F SOBRINHO M O ARZOLLA S SILVEIRA R NETTO A C KIEHL J C Fertilidade do Solo Satildeo Paulo Nobel 1983
MENEZES JUacuteNIOR F O G D Caracterizaccedilatildeo de Diferentes substratos hortiacutecolas e seu efeito na produccedilatildeo de mudas de alface e couve-flor em ambiente protegido Pelotas 1998 141 p Dissertaccedilatildeo (Mestrado em Agronomia - Produccedilatildeo Vegetal) - Faculdade de Agronomia Eliseu Maciel UFPel 1998
45
MIBASA Mineraccedilatildeo Barreto SA Melhorador de Solos MB4 A Natureza Agradece Arapiraca-AL [199-] Folder
MINAMI K Os resumos da olericultura 2000 In AZEVEDO FILHO MARTINEZ FILHO (ed) Preccedilos agriacutecolas Piracicaba ESALQ 1999 p 4
MINAMI K Produccedilatildeo de Mudas de Alta Qualidade em Horticultura Satildeo Paulo TA Queiroz 1995
MORSELLI T B G A Cultivo sucessivo de alface sob adubaccedilatildeo orgacircnica em ambiente protegidoPelotas 2001 178 p Tese (Doutorado em Agronomia - Produccedilatildeo Vegetal) Faculdade de Agronomia Eliseu Maciel UFPel 2001
MORSELLI T B G A Resiacuteduos orgacircnicos em sistemas agriacutecolas Poliacutegrafo da Disciplina de Resiacuteduos orgacircnicos em sistemas agriacutecolas Curso de Poacutes-Graduaccedilatildeo em Agronomia-Produccedilatildeo Vegetal UFPel 2002
MULLER AM Efeitos da Aplicaccedilatildeo Foliar de um Biofertilizante Enriquecido no Estado fitossanitaacuterio de Tomate Ervilha e Beterraba Sob Manejo OrgacircnicoDissertaccedilatildeo (Mestrado no Programa de Poacutes-Graduaccedilatildeo em Agroecossistemas)1999 (Resumo)
NOLLA D Erosatildeo do Solo - O grande desafio Estado do Rio Grande do Sul SEAGRI desenvolvimento de recursos naturais renovaacuteveis 1982 412 p
PAGLIA AG MORSELLI TBGA PEIL RMN Teores de nutrientes pH e condutividade eleacutetrica da aacutegua em sistema ldquofloat^ngrdquo sob adiccedilatildeo de biofertilizantes Horticultura Brasileira v 20 n2 julho 2002 Suplemento 2
PAULUS G MULLER A BARCELLOS LAR Agroecologia aplicada praticas e meacutetodos para uma agricultura de base ecoloacutegica 2ed ver ampl Porto Alegre EMATERRS 2001 8 6 p
PEIXOTO R T dos G Composto orgacircnico aplicaccedilotildees benefiacutecios e restriccedilotildees de uso Horticultura Brasileira Brasiacutelia-DF v 18 p 56-64 julho 2000
PENTEADO SR Defensivos Alternativos e Naturais Satildeo Paulo 1999 95 p
PEREIRA AJ SOUZA RJ PEREIRA WR Efeito de diferentes doses de esterco de galinha e de curral sobre a produccedilatildeo de cebola Horticultura Brasileira v20 n2 julho 2002 Suplemento 2
PINHEIRO S BARRETO SB MB-4 agricultura sustentaacutevel trofobiose e biofertilizantes Fundaccedilatildeo Juquira CandiruMibasa 2000 273 p
PRIMAVESI A Agricultura Sustentaacutevel Satildeo Paulo Nobel 1992 142 p
PRIMAVESI A O manejo ecoloacutegico do solo Agricultura em regiotildees tropicais SatildeoPaulo Nobel 1982 541 p
46
PURCINO A A C ldquoNitrogecircniordquo Informe Agropecuaacuterio Belo Horizonte v7 n81 p 16-27 1981
QUIJANO F G Efeito da adubaccedilatildeo orgacircnica no desenvolvimento de duas cultivares de alface em ambiente protegido Pelotas 1999 116f Dissertaccedilatildeo (Mestrado em Agronomia - Produccedilatildeo Vegetal) Faculdade de Agronomia Eliseu Maciel UFPel 1999
RODRIGUES A N N Efeitos e residuais de superfosfato triplo sobre o rendimento de mateacuteria seca e absorccedilatildeo de foacutesforo pela aveia (Avena strigosa Schob) em solo Podzoacutelico Vermelho Escuro Porto Alegre 1984 59f Dissertaccedilatildeo (Mestrado em Agronomia) - Faculdade de Agronomia UFRGS 1984
RODRIGUES E T CASALI V W D Respostas da alface agrave adubaccedilatildeo orgacircnica II Teores conteuacutedos e utilizaccedilatildeo de macronutrientes em cultivares Rev Ceres Viccedilosa v 45 n 261 p 437-449 1998
SAMINEcircS T C O Produccedilatildeo orgacircnica de alimentos Horticultura Brasileira Brasiacutelia-DF v 17 n3 novembro 1999
SCHIEDECK G Ambiecircncia e resposta agronocircmica de meloeiro (Cucumis melo L) cultivado sob adubaccedilatildeo orgacircnica em ambiente protegido Pelotas lOOp Tese (Doutorado em Agronomia - Produccedilatildeo Vegetal) - Faculdade de Agronomia Eliseu Maciel UFPel 2002
SILVA JUacuteNIOR A A GIORGI E Substratos alternativos para a produccedilatildeo de mudas de tomate Agropecuaacuteria Catarinense Florianoacutepolis EPAGRI 1992 23 p
SILVA JUacuteNIOR A A MACEDO S G STUKER H Utilizaccedilatildeo de esterco de peru na produccedilatildeo de mudas de tomateiro Florianoacutepolis EPAGRI 1995 28 p (Boletim Teacutecnico 73)
TAGLIARI PS GRASSMANN H Minhoca a grande aliada da agricultura Agropecuaacuteria Catarinense v8 n l p 11-14 mar 1995
TEDESCO M J GIANELLO C Anaacutelises de solo plantas e outros materiais Porto Alegre Faculdade de Agronomia Departamento de Solos Universidade Federal do Rio Grande do Sul RS 1996
TENNANT D A Test of modified line intersect method of estimating root lenght Journal Ecology Oxford v 63 p 995-1001 1975
TIBAU A O Mateacuteria Orgacircnica do Solo Mateacuteria Orgacircnica e Fertilidade do SoloSatildeo Paulo Nobel 1984 p49-182
TIMM P J Anaacutelise comparativa dos sistemas de plantio convencional e cultivo miacutenimo de cebola sob adubaccedilatildeo orgacircnica e mineral Pelotas 2000 79 p Dissertaccedilatildeo (Mestrado em Agronomia - Produccedilatildeo Vegetal) - Faculdade de Agronomia Eliseu Maciel UFPel 2000
47
VALENZUELA HR CROSBY C Effect of compost applications on the yield of several vegetables in long-term organic farming experiments conduced in the tropics American Society Horticultural Science v33 n3 june 1998
VIGLIZZO E (ed) Subprograma Recursos Naturais y Sostenibilidad Agriacutecola documento marco Montevideo IICAPROCISUR 1995 p 75 - 78
WE1D J M TARDIN J M Proposta para a Ampliaccedilatildeo do Trabalho da ASPTA no Centro Sul do Paranaacute ASPTA Disponiacutevel em http wwwpronafgovbrEncontrotestosAS20PTA20Sul20ParanE1205 202002doc Acesso em 05 mai 2002
XAVIER SIMOacuteN F DOMINGUES D G Desenvolvimento Rural Sustentaacutevel uma perspectiva agroecoloacutegica Agroecologia e Desenvolvimento Rural Sustentaacutevel Porto Alegre EM ATERRS v2 n2 p 17-26 2001
ZABALETA J P Diagnoacutestico da Agricultura Familiar em Satildeo Joseacute do Norte - RSPelotas EMBRAPA-CPACT 1998 75 p (EMBRAPA-CPACT Documentos 44)
ZONTA E P MACHADO A A SILVEIRA P Sanest Sistema de anaacutelise estatiacutestica para microcomputadores Registrado na Secretaria Especial de Informaacutetica sob nuacutemero 066060 - categoria A Pelotas-RS Universidade Federal de Pelotas 1984
48
7 APEcircNDICE
APEcircNDICE A - Anaacutelise da adubaccedilatildeo de base e biofertilizantes utilizados na produccedilatildeo de mudas de cebola
TABELA 1 A Anaacutelise baacutesica do solo antes da incorporaccedilatildeo do feijatildeo miuacutedo + papua
Arg
pH IND
SMP
MO
P - n r - Na Al Ca__10Omlmdash
Mg
ppm -
6 53 67 089 8 6 27 1 04 05 0 2
Fonte LASFAEMUFPel (2002)
TABELA 2A Anaacutelise complementar do solo antes da incorporaccedilatildeo do feijatildeo-miuacutedo + papua
Cobre Zinco Manganecircs Ferro
(m v1)
04 05 26 007
Fonte LASFAEMUFPel (2002)
49
TABELA 3A Anaacutelise dos fertilizantes soacutelidos
Amostra pH limidade CN
C N P K Ca Mg
- g-ivg --
Cama de 849 2491 12 31042 2479 3888 3405 29875 463
aves
Esterco 74 3594 11 677 590 157 134 335 214
de curral
Huacutemus 684 5738 14 15965 1098 453 745 743 361
Fonte LASFAEMUFPel (2002)
TABELA 4A Anaacutelise quiacutemica dos biofertilizantes liacutequidos
Amostra N P K_ccedil H
Ca Mg Cu Zn Fe Mn
mdashgL bull
S Magro
m b 4
Urina
053
1652
8 2 2
008
395
0 0 0
149
1674
471
1902
6872
0 0 0
1150
4507
1172
7273
42
033
101389
920
0 0 0
6250
19458
781
35273
1123
0 2 1
Fonte LASFAEMUFPel (2002)
50
APEcircNDICE B - Condiccedilotildees climaacuteticas do local
TABELA 1B Condiccedilotildees de temperatura do local
___________ __________TEMPERATURA (degCgt
meses Meacutedia
Maacutexima
Meacutedia
MiacutenimaMeacutedia
Maacutexima
Absoluta
Miacutenima
Absoluta
Junho 225 87 156 320 25
Julho 225 85 155 285 30
Agosto 251 71 161 360 1 0
Fonte FEPAGROSCT 2002
TABELA 2B Condiccedilotildees de chuva do local
mdash CHUVA (mm)mdash
meses Ocorrida Normal Desvio Da Normal
Junho 1080 1 1 0 -2 0
Julho 1062 98 8 2
Agosto 1283 1 2 0 83
Fonte FEPAGROSCT 2002
51
TABELA 1C Produccedilatildeo de fitomassa fresca e seca (g) da parte aeacuterea altura de planta
(cm) e diacircmetro de colo (mm) de mudas de cebola Petrolini cultivadas
sob uma perspectiva agroecoloacutegica Pelotas-RS 2003
APEcircNDICE C - Anaacutelise estatiacutestica da parte aeacuterea
Causas G1 FFPA FSPA AP DC
da variaccedilatildeo --------- Quadrados meacutedios-
Blocos 3
Ad Base 2 175359071 1287102 2547419 1 11775
Biofertilizantes 2 126876 29011 87669ns 02185ns
Ad x Biofert 4 572378 31123 69106ns 04159
Resiacuteduo 24 34456 03048 27169 00290
Total 35
Meacutedia geral 93745 8772 320388 6741
CV 1980 6294 5145 2530
Significativo a 5ns Natildeo significativo
52
TABELA 1D Produccedilatildeo de fitomassa fresca e seca (g) comprimento (cm) e densidade
de raiacutezes (m cm3) de mudas de cebola Petrolini cultivadas sob uma
perspectiva agroecoloacutegica e razatildeo parte aeacutereasistema radicular Pelotas-
RS 2003
APEcircNDICE D - Anaacutelise estatiacutestica da raiz
Causas G1 FFR FSR CR RPASR DR
da variaccedilatildeo Quadrados meacutedios---------------
Blocos 3
Ad Base 2 27874 551 623 2 1 0 140
Biofertilizantes 2 178 0 1 0 ni 1504 l03ns 038ns
Ad x Biofert 4 190 058 318 294 183
Resiacuteduo 24 005 009 028 023 0 2 1
Total 35
Meacutedia geral 1818 228 184 387 333
C V 134 1356 448 1253 1396
Significativo a 5 ns Natildeo significativo
53
APEcircNDICE E - Anaacutelise estatiacutestica dos macronutrientes da parte aeacuterea da cebola
TABELA 1E Conteuacutedos (mg planta1) de nitrogecircnio foacutesforo potaacutessio caacutelcio e
magneacutesio no tecido vegetal de mud^s de cebola Petrolini cultivadas
sob uma perspectiva agroecoloacutegica Pelotas-RS 2003
Causas G1 bull N P K Ca Mg
da variaccedilatildeo
Blocos 3
Ad Base 2 13550306 446627 25509686 1031806 59007
Biofertilizantes 2 180610ns 16564 68153ns 39006 876ns
Ad x Biofert 4 454187 45743 1047539 46950 2464
Resiacuteduo 24 29769 1453 64313 3741 439
Total 35
Meacutedia geral 24921 4597 33366 6943 1615
C V 692 829 760 880 1297
Significativo a 5 ns Natildeo significativo
APEcircNDICE F - Fotos do experimento
FIGURA 2 Mudas de cebola (Allium cepa L) produzidas sob uma perspectiva agroecoloacutegica
APEcircNDICE F a Fotos do experimento
FIGURA 1 Adubaccedilatildeo verde com feijatildeo-miuacutedo e papuatilde utilizadas no manejo do solo
FIGURA 2 Mudas de cebola (Allium cepa L) produzidas sob urna perspectiva agroecoloacutegica
29
354 Diacircmetro do colo das plantas
Esta medida foi realizada no ponto de transplante a 2 mm das raiacutezes e utilizando-
se um paquiacutemetro SOMET
355 Sistema radicular
Ao teacutermino do experimento foram retiradas as raiacutezes das mesmas plantas que foram
utilizadas para as determinaccedilotildees realizadas na parte aeacuterea procedendo-se uma amostra
de solo com raiacutezes de 2 0 cm de largura x 2 0 cm de comprimento e 2 0 cm de altura
totalizando 8000 cm3
As raiacutezes apoacutes serem lavadas em aacutegua corrente foram pesadas acondicionadas em
sacos plaacutesticos e congeladas para posteriores anaacutelises pelo meacutetodo de Tennant (1975)
para a determinaccedilatildeo do comprimento e densidade
3551 Comprimento de raiz
Utilizou-se para a determinaccedilatildeo do comprimento de raiz as seguintes foacutermulas
1 = ndeg x 1114 x 1 onde
1 - comprimento de raiz de uma amostra uacutemida de 0 0 2 g
ndeg - nuacutemero de intercessotildees das raiacutezes com os lados da quadriacutecula da malha do
aparelho
1114 - constante
1 - medida lateral da quadriacutecula em cm
Tomando-se a fiacutetomassa seca e o comprimento da raiz da cada amostra
relacionou-se com a fiacutetomassa seca e o comprimento total da raiz da planta aplicando-
se a seguinte equaccedilatildeo
L = (FSR x 1) FSPA onde
L - comprimento total da raiz da planta (m)
FSR - fiacutetomassa seca de raiz
FSPA - fiacutetomassa seca da parte aeacuterea
L - comprimento de raiz de uma amostra uacutemida de 002g
3552 Densidade de raiz
A densidade foi determinada pela foacutermula
D = L 8000 onde
D - densidade de raiacutezes (m cm3)
30
L - comprimento total de raiacutezes (m)
8 0 0 0 - volume da amostra (cm3)
3553 Razatildeo parte aeacutereasistema radicular
Este paracircmetro foi obtido pela equaccedilatildeo
RPASR = FSPA FSR onde
RPASR - razatildeo parte aeacuterea sistema radicular
FSPA - fitomassa seca da parte aeacuterea
FSR - fitomassa seca do sistema radicular
36 Determinaccedilatildeo de macronutrientes no tecido vegetal
Os macronutrientes nitrogecircnio foacutesforo potaacutessio caacutelcio e magneacutesio foram
determinados no laboratoacuterio de Fertilidade e Anaacutelise de Plantas do Departamento de
Solos da UFPel atraveacutes dos meacutetodos descritos por Tedesco amp Gianello (1996)
31
4 RESULTADOS E DISCUSSAtildeO
41 Anaacutelise das variaacuteveis
A anaacutelise da variaccedilatildeo mostrou que houve diferenccedila significativa na interaccedilatildeo entre
os fatores de adubaccedilatildeo de base e biofertilizantes liacutequidos com exceccedilatildeo da variaacutevel altura
de planta para a qual somente a adubaccedilatildeo de base mostrou-se significativa (Apecircndices
C D e E Tabelas 1C 1D e 1E)
411 Anaacutelise da parte aeacuterea
Na Tabela 1 destacaram-se as adubaccedilotildees EC+SM+U+CB EC+MB4 +U+CB e EC
que diferiram significativamente das demais adubaccedilotildees para as variaacuteveis fiacutetomassa
fresca da parte aeacuterea (FFPA) fiacutetomassa seca da parte aeacuterea (FSPA) altura de planta
(AP) e diacircmetro do colo (DC)
32
TABELA 1 Produccedilatildeo de fitomassa fresca e seca (g) da parte aeacuterea altura de planta
(cm) e diacircmetro de colo (mm) de mudas de cebola Petrolini cultivadas
sob uma perspectiva agroecoloacutegica Pelotas-RS 2003
BIOFERTILIZANTES LIacuteQUIDOSADUBACcedilAtildeO S Magro + MB4 +DE BASE Urina + Calda Urina + Calda Testemunha
Bordalesa Bordalesa
30 t ha de vermicomposto 7015 c A45 t halsquo de vermicomposto 7824 b B60 t ha de esterco de curral 12248 a C
30 t ha de vermicomposto 667 c A45 t ha de vermicomposto 752 b A60 t ha de esterco de curral 1150a C
30 t ha de vermicomposto 2975 b A45 t harsquo de vermicomposto 2775 b A60 t ha de esterco de curral 3600 a B
30 t ha de vermicomposto 631 b A45 t ha de vermicomposto 6 2 2 b B60 t ha de esterco de curral 741 a C
-Fitomassa fresca (g)----------------6270 c B 6885 b A8832 b A 6308 c C
15082 a A 13934 a BmdashFitomassa seca (g)----------------
625 c A 655 b A830 b A 607 b B
1345 a A 1262 a B-Altura de planta (cm)----------------
2950 b A 3050 b A2937 b A 2950 b A 3975 a A 3622 a B
-Diacircmetro de colo (mm)---------------592 c B 599 b B 657 b A 609 b B 819a A________ 793a B
Meacutedias seguidas pela mesma letra minuacutescula para as colunas (adubaccedilatildeo de base) e maiuacutesculas para as linhas (biofertilizantes) natildeo diferem entre si pelo teste de Duncan a 5
O efeito positivo do esterco bovino pode ser atribuiacutedo agraves melhorias nas condiccedilotildees
fiacutesicas do solo por ele proporcionado Segundo Primavesi (1982) e Compagnoni amp
Putzolu (1985) o esterco bovino apresenta propriedades condicionadoras do solo dando
agraves plantas melhores condiccedilotildees de desenvolvimento elevando sobremaneira os
conteuacutedos de fitomassa fresca das plantas que refletiratildeo nas demais respostas
agronocircmicas
Analisando as adubaccedilotildees de base em relaccedilatildeo aos biofertilizantes observa-se que
para os tratamentos 1 VB (30 t ha 1 de vermicomposto) - natildeo houve influecircncia dos
biofertilizantes para as variaacuteveis FSPA e AP enquanto destacou-se o SM+U+CB para o
DC e SM+U+CB e ausecircncia da adubaccedilatildeo liacutequida para a FFPA mostrando que o uso
dos biofertilizantes natildeo influenciou esta variaacutevel 15 VB (45 t ha 1 de vermicomposto) -
verificou-se a eficiecircncia do uso do MB4 +U+CB para as variaacuteveis FFPA e DC Para a
variaacutevel FSPA destacaram-se os dois biofertilizantes utilizados jaacute para AP natildeo houve
33
influecircncia destes EC (60 t ha 1 de esterco de curral) - em todas as variaacuteveis observadas
na tabela 5 as respostas foram significativas utilizando MB4 +U+CB
As respostas encontradas no presente trabalho para as variaacuteveis AP e FSPA foram
superiores as obtidas por Dalponte (1990) quando utilizado 0 esterco de curral para
produccedilatildeo de mudas de cebola
Segundo Filgueira (2000) os solos da regiatildeo produtora de cebola do RS satildeo
pobres em foacutesforo disponiacutevel (15 mg Kg1) necessitando portanto de adubaccedilotildees
fosfatadas elevadas As respostas aqui obtidas podem ser justificadas pelos teores de
foacutesforo contido no MB4
Follet et al (1981) citam a importacircncia do uso de compostos orgacircnicos no solo
enfatizando os estercos no sentido da decomposiccedilatildeo continuada no fornecimento de
nutrientes e na liberaccedilatildeo lenta e gradual de aacutecidos orgacircnicos influenciando a liberaccedilatildeo
do foacutesforo O que provavelmente pode ser atribuiacutedo agraves respostas encontradas no
presente trabalho para 0 tratamento Esterco de curral mais MB4 e Urina mais Calda
Bordalesa
E importante destacar que 0 sistema de produccedilatildeo de mudas de cebola sob uma
perspectiva agroecoloacutegica mostra-se eficiente quando visualmente natildeo percebe-se
diferenccedila significativa entre os tratamentos (Apecircndice F Figura 2)
Conveacutem ressaltar que quando trabalhamos com agroecologia natildeo existem
receitas nem pacotes tecnoloacutegicos prontos Cada situaccedilatildeo deveraacute ser estudada em
particular para que se faccedila recomendaccedilotildees adequadas ao ambiente local uma vez que
as plantas se adaptam ao meio estando a nutriccedilatildeo encarregada de proteger e manter o
equiliacutebrio do organismo vegetal em funccedilatildeo das alteraccedilotildees externas
E fundamental que se compreenda os princiacutepios norteadores de todo o processo
que satildeo as bases da luta por uma sociedade mais justa dentro de um mundo econocircmico e
ambientalmente mais sustentaacutevel
412 Anaacutelise do sistema radicular
Os resultados obtidos nas anaacutelises do sistema radicular (Tabela 2) mostram
diferenccedilas significativas entre as adubaccedilotildees para as variaacuteveis fitomassa fresca de raiz
(FFR) fitomassa seca de raiz (FSR) comprimento de raiz (CR) razatildeo parte
aeacutereasistema radicular (RPASR) e densidade de raiz (DR)
34
TABELA 2 Produccedilatildeo de fitomassa fresca e seca (g) comprimento (cm) e densidade de
raiacutezes (m cm3) de mudas de cebola Petrolini cultivadas sob uma
perspectiva agroecoloacutegica e razatildeo parte aeacutereasistema radicular Pelotas-
RS 2003
BIOFERTILIZANTES LIacuteQUIDOSADUBACcedilAO DE BASE
S Magro + MB4 +Urina + Calda Urina + Calda Testemunha
Bordalesa Bordalesa
de vermicomposto de vermicomposto de esterco de curral
de vermicomposto de vermicomposto de esterco de curral
de vermicomposto de vermicomposto de esterco de curral
de vermicomposto de vermicomposto de esterco de curral
1540 c A 1576 b B 2427 a A
Fitomassa fresca (g)----------------1502 c B 1517 b AB 1658 b A 1446 c C 2336 a B 2360 a B
--------------------Fitomassa seca (g)-------------------196 b A 207 ab A 170 b A170 b A 199 b A 192 b A 344 a A 249 a B 327 a A
Comprimento de raiz(cm)---------------1237 b A 1158 b A 1158 a A1237 b A 1060 c B 1040 b B1433 a A 1296 a B 1040 b C
30 t ha 45 t ha 60 t ha
30 t ha 45 t ha 60 t ha
30 t halsquo 45 t ha 60 t ha
30 t ha 45 t ha 60 t ha
30 t ha de vermicomposto 45 t ha de vermicomposto60 t ha~ de esterco de curral__________________________ _________________________Meacutedias seguidas pela mesma letra minuacutescula para as colunas (adubaccedilatildeo de base) e maiuacutesculas para as linhas (biofertilizantes) natildeo diferem entre si pelo teste de Duncan a 5
-----Razatildeo Parte AeacutereaSistema Radicular------340 b AB 301c B 384 a A446 a A 415 b A 326 a B339 b B 546 a A 388 a B
-------------- Densidade de raiz (m cm3)------------367 a AB 414 a A 325 b B282 b B 301b B 405 a A347 ab A 231c B 324 b A
Em relaccedilatildeo agraves adubaccedilotildees de base destacou-se o EC (60 t ha 1 de esterco de curral)
para as variaacuteveis FFR e FSR Quando adicionado o SM+U+CB os resultados para FFR
foram ainda melhores bem como o CR As respostas obtidas para a RPASR foram
variadas em relaccedilatildeo agraves adubaccedilotildees apresentando melhores resultados para 15 VB (45 t
ha 1 de vermicomposto)+SM+U+CB e ainda melhor para EC (60 t ha 1 de esterco de
curral)+MB4 +U+CB As adubaccedilotildees de base 1 VB 15 VB e EC natildeo diferiram entre si
As adubaccedilotildees mais eficientes para a variaacutevel DR foram 1 VB+SM+U+CV que natildeo
diferiu da EC+SM+U+CB I VB+ MB4 +U+CB e agrave 15 VB foram melhores entre as
demais
35
Analisando os biofertilizantes em relaccedilatildeo a cada adubaccedilatildeo de base verifica-se que
para a 1 VB (30 t ha 1 de vermicomposto)+SM+U+CB destaca-se a variaacutevel FFR
poreacutem sem diferenccedila significativa de 1 VB os melhpres resultados para a variaacutevel DR
foram encontrados pelo tratamento 1 VB+MB4 +U+CB e 15 VB (45 t ha 1 de
vermicomposto) tambeacutem se considera eficiente o 1 VB+SM+U+CB que natildeo diferiu do
EC (esterco de curral) Quando se utilizou 15 VB+ MB4 +U+CB houve resposta
significativa para a variaacutevel FFR para FSR as respostas natildeo foram diferentes com a
aplicaccedilatildeo dos biofertilizantes para as variaacuteveis FSR e DR as adubaccedilotildees EC e
EC+SM+U+CB natildeo diferiram entre si
Embora as respostas estatiacutesticas tenham sido diferentes para as adubaccedilotildees
combinadas ou natildeo pode-se salientar a importacircncia do aacutecido indol-aceacutetico como jaacute
citado anteriormente para as variaacuteveis avaliadas na parte aeacuterea das mudas de cebola
Respostas semelhantes nesse sentido foram encontradas para a cultura da alface por
Quijano (1999) e Morselli (2001)
Pereira et al (2002) concluiacuteram em trabalho realizado com a cultivar de cebola
CNPF1 6400 em Minas Gerais que a utilizaccedilatildeo de 20 t ha de esterco de curral
proporcionou os melhores resultados para a produccedilatildeo de cebola
Silva Juacutenior amp Giorgi (1992) e Menezes Juacutenior (1998) citam que doses elevadas
de mateacuteria orgacircnica podem prejudicar a primeira fase da germinaccedilatildeo (embebiccedilatildeo) e
absorccedilatildeo de aacutegua pelas raiacutezes das placircntulas No entanto no presente trabalho este fato
natildeo ocorreu embora a dose de esterco utilizada tenha sido de 60 t ha 1 (dose maacutexima
recomendada segundo Nolla 1982)
413 Anaacutelise de macronutrientes no tecido vegetal
Os resultados dos conteuacutedos de nitrogecircnio foacutesforo potaacutessio caacutelcio e magneacutesio no
tecido vegetal sob diferentes adubaccedilotildees encontrados na Tabela 3 indicam mais uma
vez a superioridade da adubaccedilatildeo esterco com 0 uso ou natildeo de biofertilizantes
36
TABELA 3 Conteuacutedos (mg planta1) de nitrogecircnio foacutesforo potaacutessio caacutelcio e
magneacutesio no tecido vegetal de mudas de cebola Petrolini cultivadas sob
uma perspectiva agroecoloacutegica Pelotas-RS 2003
BIOFERTILIZANTES LIacuteQUIDOS i J B
ADUBACcedilAtildeO S Magro + MB4 +DE BASE Urina + Calda Urina + Calda Testemunha
Bordalesa Bordalesamg plantas1
---- Nitrogecircnio-----30 t ha de vermicomposto 16593 c AB 15451 c B 19050 b A45 t ha de vermicomposto 21444 b A 22888 b A 17852 b B60 t ha de esterco de curral 32606 a C 37593 a B 40816 a A
--------------- ------ Foacutesforo------- -------------30 t ha de vermicomposto 3098 c B 2802 c B 3999 b A45 t ha de vermicomposto 4109 b A 4135 b A 2788 c B60 t ha de esterco de curral 5300 a B 7577 a A 7565 a A
------- Potaacutessio------30 t ha de vermicomposto 24327 c A 19900 c B 24965 b A45 t ha de vermicomposto 29113b A 29812 b A 22031 b B60 t ha de esterco de curral 44070 a B 51976 a A 54101 a A
-------- Caacutelcio-------30 t ha de vermicomposto 5027 c A 4356 c A 4834 b A45 t ha de vermicomposto 6114b A 6963 b A 4379 b B60 t ha de esterco de curral 9030 a C 11451 a A 10331 a B
------Magneacutesio-----30 t ha de vermicomposto 1188 b A 914 c A 1202 b A45 t ha de vermicomposto 1231 b B 1582 b A 1176 b B60 t ha de esterco de curral 2136a B 2443 a A 2663 a AMeacutedias seguidas pela mesma letra minuacutescula para as colunas (adubaccedilatildeo de base) e maiuacutesculas para as linhas (biofertilizantes) natildeo diferem entre si pelo teste de Duncan a
Em relaccedilatildeo agraves adubaccedilotildees de base observa-se que o melhor tratamento foi o
esterco de curral para todas as variaacuteveis Para 1 VB (30 t ha^ 1 de vermicomposto) natildeo
houve resposta diferenciada com o uso de bofertilizantes para todas as variaacuteveis A
adubaccedilatildeo 15 VB (45 t ha 1 de vemicomposto) foi influenciada pelos biofertilizantes
para as variaacuteveis N P K e Ca enquanto que para Mg somente o MB4+U+CB o
influenciou O EC (esterco de curral) mostrou diferenccedila significativa apenas para as
variaacuteveis Ca e Mg quando adicionado MB4+U+CB
Segundo Peixoto (2000) eacute fundamental a adiccedilatildeo de adubos orgacircnico no cultivo de
hortaliccedilas seja na forma de esterco decomposto composto ou huacutemus de minhoca de
37
modo a fornecer melhorias nas propriedades do solo vindo a disponibilizar os nutrientes
as diferentes culturas
O esterco fresco conteacutem muita cama celuloacutesica e um elevado teor de aacutegua No
esterco curtido a celulose jaacute estaacute decomposta o teor de aacutegua estaacute reduzido agrave metade e os
nutrientes em uma forma mais assimilaacutevel e mais concentrada O esterco fresco pode
causar uma deficiecircncia temporaacuteria de nitrogecircnio no solo ao se decompor o que natildeo
acontece com o biestabilizado (Kiehl 1985)Ocorre uma diminuiccedilatildeo inicial no volume
de aacutegua retido no esterco de curral diminui inicialmente em tomo de 3581 liberando
posteriormente somente 496 evidenciando a sua capacidade de retenccedilatildeo de aacutegua
(Menezes Juacutenior 1998)
A utilizaccedilatildeo continuada de adubos nitrogenados minerais no solo altera o balanccedilo
do nitrogecircnio entre o solo e planta No meacutetodo biodinacircmico eacute sublinhada a importacircncia
dos adubos animais para o estabelecimento da fertilidade permanente dos solos (Koeff
et al 1983)
Para Guimaratildees (1997) os benefiacutecios que a mateacuteria orgacircnica imprime ao solo
principalmente melhorando a produtividade fertilidade e a influencia que as substancias
huacutemicas exercem sobre o ambiente dependem da qualidade e do teor de mateacuteria
orgacircnica do solo Estas substacircncias por conterem nutrientes em sua constituiccedilatildeo em uma
forma mais disponiacutevel para as plantas promovem um equiliacutebrio no ambiente no solo
(Kononova 1966)
Aproximadamente de 60 a 70 do total de carbono do solo ocorre na forma de
materiais huacutemicos (Griffith amp Schnitzer 1975) sendo a eles atribuiacutedo a manutenccedilatildeo da
bioestrutura do solo aumentando a capacidade de retenccedilatildeo de aacutegua (Brady 1999)
Conforme Compagnoni amp Putzolu (1985) os estercos bem como os demais
resiacuteduos orgacircnicos apresentam conteuacutedos diferentes de aacutecidos huacutemicos e fuumllvicos sendo
atribuiacutedo ao acido huacutemico uma accedilatildeo fitoestimulante semelhante aos fitohormocircnios por
favorecer o desenvolvimento do sistema radicular e crescimento do caule
Em trabalho realizado por Guimaratildees (1997) foi encontrado para aacutecidos huacutemicos
de esterco bovino uma relaccedilatildeo CN 1035 e para vermicomposto bovino 17
evidenciando que o esterco quando aplicado ao solo por apresentar uma relaccedilatildeo CN
proacutexima deste reage mais facilmente liberando nutrientes para as plantas sem alterar a
cadeia troacutefiacuteca Dados encontrados no presente trabalho demonstram a eficiecircncia do
esterco nesse sentido
38
De acordo com Morselli (2001) vaacuterios trabalhos citam comentam e discutem a
capacidade dos vermicompostos em proporcionar oacutetimas colheitas e favorecer a
precocidade das plantas cultivadas Poreacutem muitas vezes se observa que mesmo
suprindo essas plantas com nutrientes necessaacuterios atraveacutes de huacutemus de diferentes fontes
as respostas natildeo satildeo as mesmas para uma mesma cultivar
Por outro lado os resultados com o uso de substacircncias huacutemicas satildeo variaacuteveis e
dependem aleacutem da espeacutecie testada das substacircncias huacutemicas utilizadas sua
concentraccedilatildeo o grau de purificaccedilatildeo e das condiccedilotildees experimentais A resposta das
plantas aos aacutecidos huacutemicos e fuacutelvicos eacute dependente da mateacuteria prima original e da
espeacutecie vegetal pois materiais orgacircnicos diferentes apresentam aacutecidos huacutemicos e
fuacutelvicos diferentes (Businelli 1990)
Justificam-se os maiores conteuacutedos de nitrogecircnio foacutesforo potaacutessio e caacutelcio nas
adubaccedilotildees 15 VB (45 t ha 1 de vermicomposto) e biofertilizantes devido
provavelmente ao vermicomposto utilizado apresentar na sua constituiccedilatildeo teores
consideraacuteveis destes elementos aleacutem do que os biofertilizantes possam ter influenciado
na absorccedilatildeo atraveacutes de sua constituiccedilatildeo Tibau (1984) considera que a urina de vaca eacute
rica em aacutecido indol-aceacutetico e este influencia na absorccedilatildeo radicular O efeito positivo
deste tratamento provavelmente seja devido agrave quantidade aplicada
O biofertilizante que se destacou foi o MB4+U+CB em relaccedilatildeo ao EC (esterco de
curral) e eacute somente para a variaacutevel caacutelcio Isto provavelmente seja devido ao alto teor
deste elemento encontrado na sua constituiccedilatildeo (6872 g Kg1) e pela influecircncia positiva
que a calda bordalesa exerce no metabolismo das plantas atraveacutes dos nutrientes
contidos em sua formulaccedilatildeo O Ca controla a absorccedilatildeo radicular e retorna ao solo pelo
esterco e palhas por apresentar-se em maior quantidade em folhas e caules Depois de
localizado nas folhas fica imoacutevel favorecendo a resistecircncia da planta ao ataque de
fungos
Este trabalho avanccedila no estudo da agroecologia estando claro que todos os
criteacuterios tem caraacuteter dinacircmico de adequaccedilatildeo as mudanccedilas de um sistema de produccedilatildeo
em evoluccedilatildeo contribuindo na transiccedilatildeo para um padratildeo sustentaacutevel Cabe a pesquisa a
reorientaccedilatildeo para um enfoque ldquosistecircmicordquo isto eacute que permita integrar os diversos
componentes de um agroecossistema e a adoccedilatildeo de poliacuteticas puacuteblicas que promovam 0
fortalecimento e a expansatildeo da agricultura familiar
39
5 CONCLUSOtildeES
Considerando os resultados obtidos e as condiccedilotildees em que o estudo foi realizado
conclui-se que
bull As respostas agronocircmicas das mudas de cebola para os paracircmetros avaliados
satildeo mais satisfatoacuterias com a aplicaccedilatildeo de esterco de curral como adubaccedilatildeo de
base
bull Os biofertilizantes mais urina de vaca e calda bordalesa proporcionam
respostas satisfatoacuterias quando aplicados associados agraves adubaccedilotildees de base
bull O biofertilizante MB4 mais urina de vaca e calda bordalesa eacute mais eficiente
que o super magro mais urina e calda bordalesa quando aplicado associado agrave
adubaccedilatildeo de base esterco de curral para os conteuacutedos de fitomassa secae
fresca da parte aeacuterea das plantas altura e diacircmetro de colo das mudas de
cebola
bull Os biofertilizantes adicionados agrave adubaccedilatildeo de base 45 t harsquo 1 de vermicomposto
bovino mostram respostas significativas para os conteuacutedos de fitomassa seca
bull Os maiores conteuacutedos nutricionais para as mudas de cebola satildeo
proporcionados pela adubaccedilatildeo de base esterco de curral
bull A maior absorccedilatildeo de caacutelcio pelas mudas de cebola ocorre quando da adiccedilatildeo do
biofertilizante MB4 mais urina e calda bordalesa agrave adubaccedilatildeo de base esterco de
curral
40
6 REFEREcircNCIAS BIBLIOGRAacuteFICAS
ALDRIGHI CB ABREU CM PAGLIA AG MORSELLI TBGA FERNANDES HS Efeito da aplicaccedilatildeo de biofertilizante e urina de vaca em mudas de tomateiro Horticultura Brasileira v20 n2 julho 2002 Suplemento 2
ALTIERI M NICHOLLS C I Agroecologia Teoria praacutectica para umaAgricultura Sustentable Ia ed PNUMA 2000 Cap 2 4 Seacuterie textos baacutesicos para la formacioacuten ambiental
ALTIERI M Agroecologia bases cientiacuteficas para uma agricultura sustentaacutevelGuaiacuteba Agropecuaacuteria 2002 592 p
ANTONIOLLI Z I GIRACCA E M N CARDOSO S J T WIETHAN M M S FERRI M Iniciaccedilatildeo agrave Minhocultura Criaccedilatildeo em Cativeiro e Vermicompostagem Santa Maria UFSM 1996 p59-89
BAYER C MIELNICZUC J Dinacircmica e funccedilatildeo da mateacuteria orgacircnica In SANTOS G de A S e CAMARGO F A de O (ed) Fundamentos da mateacuteria orgacircnica do solo ecossistemas tropicais e subtropicais Porto Alegre Genesis 1999 p 3-23
BARRETTO D X Composto Orgacircnico In Praacutetica em Agricultura Orgacircnica Satildeo Paulo iacutecone Ed Ltda 1985 p 51-63
BETTIOL W Alguns produtos alternativos para o controle de doenccedilas de plantasem agricultura orgacircnica II Ciclo de palestras sobre agricultura orgacircnica Instituto Bioloacutegico Satildeo Paulo p52-63 1997
41
BETTIOL W TRACH R GALVAtildeO JAH Controle de doenccedilas de plantas com biofertilizantes Jaguariuacutena EMBRAPA-CNPMA 1997 22p (EMBRAPA- CNPMA Circular Teacutecnica 02)
BRADY N C Natureza e propriedades dos sotos Rio de Janeiro Freitas BastosS A 1979 647p
BRADY N C Organisms and ecology of the soil In The nature of properties of soils Simon amp Schuster A Viacon Company New Jersey1999 402-489p
BON1LLA J A Fundamentos da Agricultura Ecoloacutegica Sobrevivecircncia eQualidade de Vida Satildeo Paulo Nobel 1992
BUREacuteS S Substratos Ediciones Agroteacutecnicas S L Madrid Octubre 1997
BUS1NELLI M Chemical Composition and Enzymic Activity of some Worm Cast Plant Soil v 80 p 1-2 1990
CALEGARI A Espeacutecies para cobertura de solo In IAPAR (Instituto Agronocircmico de Paranaacute) Plantio Direto pequena propriedade sustentaacutevel organizador Moacir Darolt Londrina - PR 1998 65-93
CAMARGO P N D Manual de Adubaccedilatildeo Foliar Satildeo Paulo Herba 1975
CAPRA F A Teia da Vida Satildeo Paulo Cultrix 1997 256p
CAPRA F O Ponto de Mutaccedilatildeo 22 ed Satildeo Paulo Cultrix 2001 447p
CHABOUSSOU F Plantas doentes pelo uso de agrotoacutexicos (A Teoria da Trofobiose) Porto Alegre LPM 1987 253 p
CLARO S A Referencias tecnoloacutegicos para a agricultura familiar ecoloacutegica aexperiecircncia da Regiatildeo Centro-Serra do Rio Grande do Sul Porto Alegre EMATERRS-ASCAR 2001 250p
CLIVELA G Diagnoacutestico Agronocircmico da cebola no Rio Grande do Sul Porto Alegre EMATERRS 1995 8 6 p
COMISSAtildeO DE FERTILIDADE DO SOLO - RSSC Recomendaccedilotildees de adubaccedilatildeo e calagem para os estados do Rio Grande do Sul e Santa Catarina 3 ed Passo Fundo SBCS - Nuacutecleo Regional Sul 1995 223p
COMPAGNONI L PUTZOLU G Cria moderna de Ias lombrices y utilizacioacutenrentable dei humus Barcelona Editorial de Vecchi- SA 1985127p
COSTABEBER J A MOYANO E Transiccedilatildeo agroecoloacutegica e accedilatildeo social coletiva Agroecologia e Desenvolvimento Rural Sustentaacutevel Porto Alegre v l n4 p 50- 60 outdez 2 0 0 0
42
COSTA M B B da Adubaccedilatildeo orgacircnica Nova siacutentese e novo caminho para aagricultura Satildeo Paulo Ed iacutecone Ltda 1985 102p
COSTA NETO C Agricultura Sustentaacutevel Tecnologias e Sociedade In CARVALHO COSTA LF et al (org) Mundo Rural e Tempo Presente Rio de Janeiro Mauad 1999
DrsquoAG0ST1NI R L FANTINI A C Produccedilatildeo orgacircnica tambeacutem socialmente excludente Agroecologia e Desenvolvimento Rural Sustentaacutevel Porto Alegre v3 n l p57-61 2002
DALPONTE J C V Utilizaccedilatildeo de materiais orgacircnicos e fertilizante mineral na produccedilatildeo e qualidade de mudas e bulbos de cebola (Alliurn Cepa L) Pelotas-RS 1990 (Mestrado em Agronomia) - Faculdade de Agronomia Eliseu Maciel UFPel 1990
DEBARBA J F THOMAZELLI L F GANDIN C L SILVA E Cadeias produtivas do Estado de Santa Catarina Cebola Florianoacutepolis Epagri 1998 115 p (EPAGRI Boletim Teacutecnico 96)
DUFOUR F Os saacutebios loucos do agro-alimentar Le Monde Diplomatique ano 1 n4 p6-7 1999 (ed portuguesa)
EHLERS E Agricultura Sustetaacutevel Origem e perspectivas de um novo paradigma 2 ed Guaiacuteba Agropecuaacuteria 1999 157 p
FILGUEIRA F A R Novo Manual de olericultura agrotecnologia moderna na produccedilatildeo e comercializaccedilatildeo de hortaliccedilas Viccedilosa UFV 2000 402 p
FRASER G K Mateacuteria Orgacircnica Del Suelo In BEAR F E (ed) Quiacutemica dei Suelo Madrid Ed Agrociencia 1963
FOLLET R H MURPHY L S DONAHUE R L Fertilizers and soil amendments New Jersey Printice-Hall Inc 1981 557p
GARCIA A Revista dei Espacio Rural Georgica Zaragoza Escuela Politeacutecnica de Huesca n5 1997
GARCIA A Versatildeo preliminar de um Programa Estadual de Produccedilatildeo e Comercializaccedilatildeo de Bulbos e Sementes de CebolaEMBRAPAIPAGROMARAEMATER 6 8 pbdquo 1990 (Publicaccedilatildeo avulsa)
GIORGETT1 J R Produccedilatildeo e Comercializaccedilatildeo de Mudas de Tomate In Encontro Nacional de Produccedilatildeo e Abastecimento de Tomate 2 1991 Jaboticabal Satildeo Paulo Anais Jaboticabal UNESP 1991 p 242-244
GLIESSMAN S R Agroecologia Processos ecoloacutegicos em agricultura sustentaacutevelPorto Alegre Universidade Federal do Rio Grande do Sul - UFRGS 2000 653p
43
GLIESSMAN S R TURRIALBA C R Agroecologia Procesos Ecoloacutegicos en Agricultura Sostenible CATIE 2002 p 3-14
GNOATTO S C Caracterizaccedilatildeo quiacutemica de vermicompostos de diferentes substratos orgacircnicos Pelotas-RS 1999 38 f (Mestrado em Agronomia - Solos) - Faculdade de Agronomia Eliseu Maciel UFPel 1999
GOMES J C C BORBA M F S A moderna crise dos alimentos oportunidade para a agricultura familiar Emater Porto Alegre julset 2000 Disponiacutevel em lthttpwwwematertchebrdocsagroecorevistan313-artigo3htmgtAcesso em 24 fev 2002
GOMEZ H W Desenvolvimento sustentaacutevel agriacutecola e capitalismo In Desenvolvimento sustentaacutevel Necessidade eou disponibilidade Santa Cruz do Sul Nobel - UNISC 1997 p 65-77
GONZAacuteLEZ DE MOLINA M SEVILLA GUZMAacuteN E Ecologia campesinado e historia Para una reinterpretacioacuten dei desarrollo dei capitalismo en la agricultura In SEVILLA GUZMAacuteN E GONZAacuteLEZ DE MOLINA M (ed) Ecologia campesinado e historia Madrid La Piqueta 1993 p 23-129
GRIFFITH S A SCHNITZER M Analytical characteristic of humic and fulvic acids extracted from tropical volcanic soils Soil Sei Soc Am Proc v 39 p361-367 1975
GUIMARAtildeES E Caracterizaccedilatildeo quiacutemica estreptoscoacutepica e por anaacutelise teacutermica de aacutecidos huacutemicos e vermicompostos obtidos de estercos de diferentes animaisCuritiba 1997 Dissertaccedilatildeo (Mestrado em Quiacutemica) Universidade Federal do Paranaacute 1997
HESS A F Sociedade e meio ambiente uma relaccedilatildeo ambiacutegua Revista Cientiacutefica Rural Bageacute v 4 n2 p 167-1741999
ICEPA-SC Informes conjunturais sobre a cultura da cebola Disponiacutevel em lthttpwwwicepa combrgt Acesso em 23 jan 2003
JONES H A MANN L K Onions and their allies New York Interscience Publishers 1962 286 p
JUacuteNIOR H A de MAIORANO J A Receitas obtidas de extratos de plantasCampinas CATITerra Viva [199-] 10 f
KHATOUNIAN C A Ciclo de Palestras sobre Agricultura Orgacircnica 2a Ed SatildeoPaulo Fund Cargill 1997 149 p
KIEHL E J Fertilizantes Orgacircnicos Satildeo Paulo Ed Agronocircmica Ceres Ltda 1985 492p
44
KOEFF H H PETTERSSON B D SHAUMANN W Vida Vegetal solos e adubaccedilatildeo In Agricultura Biodinacircmica Satildeo Paulo Nobel 1983 p92-149
KONONOVA M M Soil organic matter The importance o f organic matter in soil formation and soil fertility New York Pergamqn Press 1961 p 165-200
KUHN T A Estrutura das Revoluccedilotildees Cientiacuteficas Satildeo Paulo Perspectiva 1989 257p
LANNA FCA ABREU C L ABREU J G SILVA V Resposta de cultivares de melancia cultivadas sob adubaccedilatildeo quiacutemica e orgacircnica Horticultura v 12 n l p85 1994
LEFF H Saber Ambiental Petroacutepolis Vozes 2001 343 p
MAGALHAtildeES J R Nutriccedilatildeo e adubaccedilatildeo da cebola In FERREIRA M E CASSTELLANE P D CRUZ M C P Nutriccedilatildeo e adubaccedilatildeo de hortaliccedilasPiracicaba POTAFOS 1993 p 381-393
MALAVOLTA E Elementos de nutriccedilatildeo mineral de plantas Satildeo Paulo Ed Agronocircmica Ceres Ltda 1980 251 p
MALAVOLTA E Manual de Quiacutemica Agriacutecola - Adubos e Adubaccedilatildeo 3a ed SatildeoPaulo Ed Agronocircmica Ceres Ltda 1981 606 p
MARTINEZ A A A grande e Poderosa Minhoca Jaboticabal Funep - Unesp1990 101 p
MARTINS S R Desenvolvimento e Sustentabilidade Horticultura Brasileira Brasiacutelia-DF v20 n2 julho 2002 Palestra apresentada no 42deg Congresso Brasileiro de Olericultura
MARTINS S R Limites Del Desarrollo Sostenible em Ameacuterica Latina En el marco de Ias poliacuteticas de (re)ajuste econocircmico Pelotas Editora UFPel 1997 135 P-
MARTINS S R Sustentabilidade na agricultura dimensotildees econocircmicas sociais e ambientais Revista Cientiacutefica Rural Bageacute v4 n 2 p 175-1871999
MATURANA H REZEPKA S N D E Formaccedilatildeo Humana e Capacitaccedilatildeo Rio de Janneiro Vozes 2000 8 6 p
MELLO A F SOBRINHO M O ARZOLLA S SILVEIRA R NETTO A C KIEHL J C Fertilidade do Solo Satildeo Paulo Nobel 1983
MENEZES JUacuteNIOR F O G D Caracterizaccedilatildeo de Diferentes substratos hortiacutecolas e seu efeito na produccedilatildeo de mudas de alface e couve-flor em ambiente protegido Pelotas 1998 141 p Dissertaccedilatildeo (Mestrado em Agronomia - Produccedilatildeo Vegetal) - Faculdade de Agronomia Eliseu Maciel UFPel 1998
45
MIBASA Mineraccedilatildeo Barreto SA Melhorador de Solos MB4 A Natureza Agradece Arapiraca-AL [199-] Folder
MINAMI K Os resumos da olericultura 2000 In AZEVEDO FILHO MARTINEZ FILHO (ed) Preccedilos agriacutecolas Piracicaba ESALQ 1999 p 4
MINAMI K Produccedilatildeo de Mudas de Alta Qualidade em Horticultura Satildeo Paulo TA Queiroz 1995
MORSELLI T B G A Cultivo sucessivo de alface sob adubaccedilatildeo orgacircnica em ambiente protegidoPelotas 2001 178 p Tese (Doutorado em Agronomia - Produccedilatildeo Vegetal) Faculdade de Agronomia Eliseu Maciel UFPel 2001
MORSELLI T B G A Resiacuteduos orgacircnicos em sistemas agriacutecolas Poliacutegrafo da Disciplina de Resiacuteduos orgacircnicos em sistemas agriacutecolas Curso de Poacutes-Graduaccedilatildeo em Agronomia-Produccedilatildeo Vegetal UFPel 2002
MULLER AM Efeitos da Aplicaccedilatildeo Foliar de um Biofertilizante Enriquecido no Estado fitossanitaacuterio de Tomate Ervilha e Beterraba Sob Manejo OrgacircnicoDissertaccedilatildeo (Mestrado no Programa de Poacutes-Graduaccedilatildeo em Agroecossistemas)1999 (Resumo)
NOLLA D Erosatildeo do Solo - O grande desafio Estado do Rio Grande do Sul SEAGRI desenvolvimento de recursos naturais renovaacuteveis 1982 412 p
PAGLIA AG MORSELLI TBGA PEIL RMN Teores de nutrientes pH e condutividade eleacutetrica da aacutegua em sistema ldquofloat^ngrdquo sob adiccedilatildeo de biofertilizantes Horticultura Brasileira v 20 n2 julho 2002 Suplemento 2
PAULUS G MULLER A BARCELLOS LAR Agroecologia aplicada praticas e meacutetodos para uma agricultura de base ecoloacutegica 2ed ver ampl Porto Alegre EMATERRS 2001 8 6 p
PEIXOTO R T dos G Composto orgacircnico aplicaccedilotildees benefiacutecios e restriccedilotildees de uso Horticultura Brasileira Brasiacutelia-DF v 18 p 56-64 julho 2000
PENTEADO SR Defensivos Alternativos e Naturais Satildeo Paulo 1999 95 p
PEREIRA AJ SOUZA RJ PEREIRA WR Efeito de diferentes doses de esterco de galinha e de curral sobre a produccedilatildeo de cebola Horticultura Brasileira v20 n2 julho 2002 Suplemento 2
PINHEIRO S BARRETO SB MB-4 agricultura sustentaacutevel trofobiose e biofertilizantes Fundaccedilatildeo Juquira CandiruMibasa 2000 273 p
PRIMAVESI A Agricultura Sustentaacutevel Satildeo Paulo Nobel 1992 142 p
PRIMAVESI A O manejo ecoloacutegico do solo Agricultura em regiotildees tropicais SatildeoPaulo Nobel 1982 541 p
46
PURCINO A A C ldquoNitrogecircniordquo Informe Agropecuaacuterio Belo Horizonte v7 n81 p 16-27 1981
QUIJANO F G Efeito da adubaccedilatildeo orgacircnica no desenvolvimento de duas cultivares de alface em ambiente protegido Pelotas 1999 116f Dissertaccedilatildeo (Mestrado em Agronomia - Produccedilatildeo Vegetal) Faculdade de Agronomia Eliseu Maciel UFPel 1999
RODRIGUES A N N Efeitos e residuais de superfosfato triplo sobre o rendimento de mateacuteria seca e absorccedilatildeo de foacutesforo pela aveia (Avena strigosa Schob) em solo Podzoacutelico Vermelho Escuro Porto Alegre 1984 59f Dissertaccedilatildeo (Mestrado em Agronomia) - Faculdade de Agronomia UFRGS 1984
RODRIGUES E T CASALI V W D Respostas da alface agrave adubaccedilatildeo orgacircnica II Teores conteuacutedos e utilizaccedilatildeo de macronutrientes em cultivares Rev Ceres Viccedilosa v 45 n 261 p 437-449 1998
SAMINEcircS T C O Produccedilatildeo orgacircnica de alimentos Horticultura Brasileira Brasiacutelia-DF v 17 n3 novembro 1999
SCHIEDECK G Ambiecircncia e resposta agronocircmica de meloeiro (Cucumis melo L) cultivado sob adubaccedilatildeo orgacircnica em ambiente protegido Pelotas lOOp Tese (Doutorado em Agronomia - Produccedilatildeo Vegetal) - Faculdade de Agronomia Eliseu Maciel UFPel 2002
SILVA JUacuteNIOR A A GIORGI E Substratos alternativos para a produccedilatildeo de mudas de tomate Agropecuaacuteria Catarinense Florianoacutepolis EPAGRI 1992 23 p
SILVA JUacuteNIOR A A MACEDO S G STUKER H Utilizaccedilatildeo de esterco de peru na produccedilatildeo de mudas de tomateiro Florianoacutepolis EPAGRI 1995 28 p (Boletim Teacutecnico 73)
TAGLIARI PS GRASSMANN H Minhoca a grande aliada da agricultura Agropecuaacuteria Catarinense v8 n l p 11-14 mar 1995
TEDESCO M J GIANELLO C Anaacutelises de solo plantas e outros materiais Porto Alegre Faculdade de Agronomia Departamento de Solos Universidade Federal do Rio Grande do Sul RS 1996
TENNANT D A Test of modified line intersect method of estimating root lenght Journal Ecology Oxford v 63 p 995-1001 1975
TIBAU A O Mateacuteria Orgacircnica do Solo Mateacuteria Orgacircnica e Fertilidade do SoloSatildeo Paulo Nobel 1984 p49-182
TIMM P J Anaacutelise comparativa dos sistemas de plantio convencional e cultivo miacutenimo de cebola sob adubaccedilatildeo orgacircnica e mineral Pelotas 2000 79 p Dissertaccedilatildeo (Mestrado em Agronomia - Produccedilatildeo Vegetal) - Faculdade de Agronomia Eliseu Maciel UFPel 2000
47
VALENZUELA HR CROSBY C Effect of compost applications on the yield of several vegetables in long-term organic farming experiments conduced in the tropics American Society Horticultural Science v33 n3 june 1998
VIGLIZZO E (ed) Subprograma Recursos Naturais y Sostenibilidad Agriacutecola documento marco Montevideo IICAPROCISUR 1995 p 75 - 78
WE1D J M TARDIN J M Proposta para a Ampliaccedilatildeo do Trabalho da ASPTA no Centro Sul do Paranaacute ASPTA Disponiacutevel em http wwwpronafgovbrEncontrotestosAS20PTA20Sul20ParanE1205 202002doc Acesso em 05 mai 2002
XAVIER SIMOacuteN F DOMINGUES D G Desenvolvimento Rural Sustentaacutevel uma perspectiva agroecoloacutegica Agroecologia e Desenvolvimento Rural Sustentaacutevel Porto Alegre EM ATERRS v2 n2 p 17-26 2001
ZABALETA J P Diagnoacutestico da Agricultura Familiar em Satildeo Joseacute do Norte - RSPelotas EMBRAPA-CPACT 1998 75 p (EMBRAPA-CPACT Documentos 44)
ZONTA E P MACHADO A A SILVEIRA P Sanest Sistema de anaacutelise estatiacutestica para microcomputadores Registrado na Secretaria Especial de Informaacutetica sob nuacutemero 066060 - categoria A Pelotas-RS Universidade Federal de Pelotas 1984
48
7 APEcircNDICE
APEcircNDICE A - Anaacutelise da adubaccedilatildeo de base e biofertilizantes utilizados na produccedilatildeo de mudas de cebola
TABELA 1 A Anaacutelise baacutesica do solo antes da incorporaccedilatildeo do feijatildeo miuacutedo + papua
Arg
pH IND
SMP
MO
P - n r - Na Al Ca__10Omlmdash
Mg
ppm -
6 53 67 089 8 6 27 1 04 05 0 2
Fonte LASFAEMUFPel (2002)
TABELA 2A Anaacutelise complementar do solo antes da incorporaccedilatildeo do feijatildeo-miuacutedo + papua
Cobre Zinco Manganecircs Ferro
(m v1)
04 05 26 007
Fonte LASFAEMUFPel (2002)
49
TABELA 3A Anaacutelise dos fertilizantes soacutelidos
Amostra pH limidade CN
C N P K Ca Mg
- g-ivg --
Cama de 849 2491 12 31042 2479 3888 3405 29875 463
aves
Esterco 74 3594 11 677 590 157 134 335 214
de curral
Huacutemus 684 5738 14 15965 1098 453 745 743 361
Fonte LASFAEMUFPel (2002)
TABELA 4A Anaacutelise quiacutemica dos biofertilizantes liacutequidos
Amostra N P K_ccedil H
Ca Mg Cu Zn Fe Mn
mdashgL bull
S Magro
m b 4
Urina
053
1652
8 2 2
008
395
0 0 0
149
1674
471
1902
6872
0 0 0
1150
4507
1172
7273
42
033
101389
920
0 0 0
6250
19458
781
35273
1123
0 2 1
Fonte LASFAEMUFPel (2002)
50
APEcircNDICE B - Condiccedilotildees climaacuteticas do local
TABELA 1B Condiccedilotildees de temperatura do local
___________ __________TEMPERATURA (degCgt
meses Meacutedia
Maacutexima
Meacutedia
MiacutenimaMeacutedia
Maacutexima
Absoluta
Miacutenima
Absoluta
Junho 225 87 156 320 25
Julho 225 85 155 285 30
Agosto 251 71 161 360 1 0
Fonte FEPAGROSCT 2002
TABELA 2B Condiccedilotildees de chuva do local
mdash CHUVA (mm)mdash
meses Ocorrida Normal Desvio Da Normal
Junho 1080 1 1 0 -2 0
Julho 1062 98 8 2
Agosto 1283 1 2 0 83
Fonte FEPAGROSCT 2002
51
TABELA 1C Produccedilatildeo de fitomassa fresca e seca (g) da parte aeacuterea altura de planta
(cm) e diacircmetro de colo (mm) de mudas de cebola Petrolini cultivadas
sob uma perspectiva agroecoloacutegica Pelotas-RS 2003
APEcircNDICE C - Anaacutelise estatiacutestica da parte aeacuterea
Causas G1 FFPA FSPA AP DC
da variaccedilatildeo --------- Quadrados meacutedios-
Blocos 3
Ad Base 2 175359071 1287102 2547419 1 11775
Biofertilizantes 2 126876 29011 87669ns 02185ns
Ad x Biofert 4 572378 31123 69106ns 04159
Resiacuteduo 24 34456 03048 27169 00290
Total 35
Meacutedia geral 93745 8772 320388 6741
CV 1980 6294 5145 2530
Significativo a 5ns Natildeo significativo
52
TABELA 1D Produccedilatildeo de fitomassa fresca e seca (g) comprimento (cm) e densidade
de raiacutezes (m cm3) de mudas de cebola Petrolini cultivadas sob uma
perspectiva agroecoloacutegica e razatildeo parte aeacutereasistema radicular Pelotas-
RS 2003
APEcircNDICE D - Anaacutelise estatiacutestica da raiz
Causas G1 FFR FSR CR RPASR DR
da variaccedilatildeo Quadrados meacutedios---------------
Blocos 3
Ad Base 2 27874 551 623 2 1 0 140
Biofertilizantes 2 178 0 1 0 ni 1504 l03ns 038ns
Ad x Biofert 4 190 058 318 294 183
Resiacuteduo 24 005 009 028 023 0 2 1
Total 35
Meacutedia geral 1818 228 184 387 333
C V 134 1356 448 1253 1396
Significativo a 5 ns Natildeo significativo
53
APEcircNDICE E - Anaacutelise estatiacutestica dos macronutrientes da parte aeacuterea da cebola
TABELA 1E Conteuacutedos (mg planta1) de nitrogecircnio foacutesforo potaacutessio caacutelcio e
magneacutesio no tecido vegetal de mud^s de cebola Petrolini cultivadas
sob uma perspectiva agroecoloacutegica Pelotas-RS 2003
Causas G1 bull N P K Ca Mg
da variaccedilatildeo
Blocos 3
Ad Base 2 13550306 446627 25509686 1031806 59007
Biofertilizantes 2 180610ns 16564 68153ns 39006 876ns
Ad x Biofert 4 454187 45743 1047539 46950 2464
Resiacuteduo 24 29769 1453 64313 3741 439
Total 35
Meacutedia geral 24921 4597 33366 6943 1615
C V 692 829 760 880 1297
Significativo a 5 ns Natildeo significativo
APEcircNDICE F - Fotos do experimento
FIGURA 2 Mudas de cebola (Allium cepa L) produzidas sob uma perspectiva agroecoloacutegica
APEcircNDICE F a Fotos do experimento
FIGURA 1 Adubaccedilatildeo verde com feijatildeo-miuacutedo e papuatilde utilizadas no manejo do solo
FIGURA 2 Mudas de cebola (Allium cepa L) produzidas sob urna perspectiva agroecoloacutegica
30
L - comprimento total de raiacutezes (m)
8 0 0 0 - volume da amostra (cm3)
3553 Razatildeo parte aeacutereasistema radicular
Este paracircmetro foi obtido pela equaccedilatildeo
RPASR = FSPA FSR onde
RPASR - razatildeo parte aeacuterea sistema radicular
FSPA - fitomassa seca da parte aeacuterea
FSR - fitomassa seca do sistema radicular
36 Determinaccedilatildeo de macronutrientes no tecido vegetal
Os macronutrientes nitrogecircnio foacutesforo potaacutessio caacutelcio e magneacutesio foram
determinados no laboratoacuterio de Fertilidade e Anaacutelise de Plantas do Departamento de
Solos da UFPel atraveacutes dos meacutetodos descritos por Tedesco amp Gianello (1996)
31
4 RESULTADOS E DISCUSSAtildeO
41 Anaacutelise das variaacuteveis
A anaacutelise da variaccedilatildeo mostrou que houve diferenccedila significativa na interaccedilatildeo entre
os fatores de adubaccedilatildeo de base e biofertilizantes liacutequidos com exceccedilatildeo da variaacutevel altura
de planta para a qual somente a adubaccedilatildeo de base mostrou-se significativa (Apecircndices
C D e E Tabelas 1C 1D e 1E)
411 Anaacutelise da parte aeacuterea
Na Tabela 1 destacaram-se as adubaccedilotildees EC+SM+U+CB EC+MB4 +U+CB e EC
que diferiram significativamente das demais adubaccedilotildees para as variaacuteveis fiacutetomassa
fresca da parte aeacuterea (FFPA) fiacutetomassa seca da parte aeacuterea (FSPA) altura de planta
(AP) e diacircmetro do colo (DC)
32
TABELA 1 Produccedilatildeo de fitomassa fresca e seca (g) da parte aeacuterea altura de planta
(cm) e diacircmetro de colo (mm) de mudas de cebola Petrolini cultivadas
sob uma perspectiva agroecoloacutegica Pelotas-RS 2003
BIOFERTILIZANTES LIacuteQUIDOSADUBACcedilAtildeO S Magro + MB4 +DE BASE Urina + Calda Urina + Calda Testemunha
Bordalesa Bordalesa
30 t ha de vermicomposto 7015 c A45 t halsquo de vermicomposto 7824 b B60 t ha de esterco de curral 12248 a C
30 t ha de vermicomposto 667 c A45 t ha de vermicomposto 752 b A60 t ha de esterco de curral 1150a C
30 t ha de vermicomposto 2975 b A45 t harsquo de vermicomposto 2775 b A60 t ha de esterco de curral 3600 a B
30 t ha de vermicomposto 631 b A45 t ha de vermicomposto 6 2 2 b B60 t ha de esterco de curral 741 a C
-Fitomassa fresca (g)----------------6270 c B 6885 b A8832 b A 6308 c C
15082 a A 13934 a BmdashFitomassa seca (g)----------------
625 c A 655 b A830 b A 607 b B
1345 a A 1262 a B-Altura de planta (cm)----------------
2950 b A 3050 b A2937 b A 2950 b A 3975 a A 3622 a B
-Diacircmetro de colo (mm)---------------592 c B 599 b B 657 b A 609 b B 819a A________ 793a B
Meacutedias seguidas pela mesma letra minuacutescula para as colunas (adubaccedilatildeo de base) e maiuacutesculas para as linhas (biofertilizantes) natildeo diferem entre si pelo teste de Duncan a 5
O efeito positivo do esterco bovino pode ser atribuiacutedo agraves melhorias nas condiccedilotildees
fiacutesicas do solo por ele proporcionado Segundo Primavesi (1982) e Compagnoni amp
Putzolu (1985) o esterco bovino apresenta propriedades condicionadoras do solo dando
agraves plantas melhores condiccedilotildees de desenvolvimento elevando sobremaneira os
conteuacutedos de fitomassa fresca das plantas que refletiratildeo nas demais respostas
agronocircmicas
Analisando as adubaccedilotildees de base em relaccedilatildeo aos biofertilizantes observa-se que
para os tratamentos 1 VB (30 t ha 1 de vermicomposto) - natildeo houve influecircncia dos
biofertilizantes para as variaacuteveis FSPA e AP enquanto destacou-se o SM+U+CB para o
DC e SM+U+CB e ausecircncia da adubaccedilatildeo liacutequida para a FFPA mostrando que o uso
dos biofertilizantes natildeo influenciou esta variaacutevel 15 VB (45 t ha 1 de vermicomposto) -
verificou-se a eficiecircncia do uso do MB4 +U+CB para as variaacuteveis FFPA e DC Para a
variaacutevel FSPA destacaram-se os dois biofertilizantes utilizados jaacute para AP natildeo houve
33
influecircncia destes EC (60 t ha 1 de esterco de curral) - em todas as variaacuteveis observadas
na tabela 5 as respostas foram significativas utilizando MB4 +U+CB
As respostas encontradas no presente trabalho para as variaacuteveis AP e FSPA foram
superiores as obtidas por Dalponte (1990) quando utilizado 0 esterco de curral para
produccedilatildeo de mudas de cebola
Segundo Filgueira (2000) os solos da regiatildeo produtora de cebola do RS satildeo
pobres em foacutesforo disponiacutevel (15 mg Kg1) necessitando portanto de adubaccedilotildees
fosfatadas elevadas As respostas aqui obtidas podem ser justificadas pelos teores de
foacutesforo contido no MB4
Follet et al (1981) citam a importacircncia do uso de compostos orgacircnicos no solo
enfatizando os estercos no sentido da decomposiccedilatildeo continuada no fornecimento de
nutrientes e na liberaccedilatildeo lenta e gradual de aacutecidos orgacircnicos influenciando a liberaccedilatildeo
do foacutesforo O que provavelmente pode ser atribuiacutedo agraves respostas encontradas no
presente trabalho para 0 tratamento Esterco de curral mais MB4 e Urina mais Calda
Bordalesa
E importante destacar que 0 sistema de produccedilatildeo de mudas de cebola sob uma
perspectiva agroecoloacutegica mostra-se eficiente quando visualmente natildeo percebe-se
diferenccedila significativa entre os tratamentos (Apecircndice F Figura 2)
Conveacutem ressaltar que quando trabalhamos com agroecologia natildeo existem
receitas nem pacotes tecnoloacutegicos prontos Cada situaccedilatildeo deveraacute ser estudada em
particular para que se faccedila recomendaccedilotildees adequadas ao ambiente local uma vez que
as plantas se adaptam ao meio estando a nutriccedilatildeo encarregada de proteger e manter o
equiliacutebrio do organismo vegetal em funccedilatildeo das alteraccedilotildees externas
E fundamental que se compreenda os princiacutepios norteadores de todo o processo
que satildeo as bases da luta por uma sociedade mais justa dentro de um mundo econocircmico e
ambientalmente mais sustentaacutevel
412 Anaacutelise do sistema radicular
Os resultados obtidos nas anaacutelises do sistema radicular (Tabela 2) mostram
diferenccedilas significativas entre as adubaccedilotildees para as variaacuteveis fitomassa fresca de raiz
(FFR) fitomassa seca de raiz (FSR) comprimento de raiz (CR) razatildeo parte
aeacutereasistema radicular (RPASR) e densidade de raiz (DR)
34
TABELA 2 Produccedilatildeo de fitomassa fresca e seca (g) comprimento (cm) e densidade de
raiacutezes (m cm3) de mudas de cebola Petrolini cultivadas sob uma
perspectiva agroecoloacutegica e razatildeo parte aeacutereasistema radicular Pelotas-
RS 2003
BIOFERTILIZANTES LIacuteQUIDOSADUBACcedilAO DE BASE
S Magro + MB4 +Urina + Calda Urina + Calda Testemunha
Bordalesa Bordalesa
de vermicomposto de vermicomposto de esterco de curral
de vermicomposto de vermicomposto de esterco de curral
de vermicomposto de vermicomposto de esterco de curral
de vermicomposto de vermicomposto de esterco de curral
1540 c A 1576 b B 2427 a A
Fitomassa fresca (g)----------------1502 c B 1517 b AB 1658 b A 1446 c C 2336 a B 2360 a B
--------------------Fitomassa seca (g)-------------------196 b A 207 ab A 170 b A170 b A 199 b A 192 b A 344 a A 249 a B 327 a A
Comprimento de raiz(cm)---------------1237 b A 1158 b A 1158 a A1237 b A 1060 c B 1040 b B1433 a A 1296 a B 1040 b C
30 t ha 45 t ha 60 t ha
30 t ha 45 t ha 60 t ha
30 t halsquo 45 t ha 60 t ha
30 t ha 45 t ha 60 t ha
30 t ha de vermicomposto 45 t ha de vermicomposto60 t ha~ de esterco de curral__________________________ _________________________Meacutedias seguidas pela mesma letra minuacutescula para as colunas (adubaccedilatildeo de base) e maiuacutesculas para as linhas (biofertilizantes) natildeo diferem entre si pelo teste de Duncan a 5
-----Razatildeo Parte AeacutereaSistema Radicular------340 b AB 301c B 384 a A446 a A 415 b A 326 a B339 b B 546 a A 388 a B
-------------- Densidade de raiz (m cm3)------------367 a AB 414 a A 325 b B282 b B 301b B 405 a A347 ab A 231c B 324 b A
Em relaccedilatildeo agraves adubaccedilotildees de base destacou-se o EC (60 t ha 1 de esterco de curral)
para as variaacuteveis FFR e FSR Quando adicionado o SM+U+CB os resultados para FFR
foram ainda melhores bem como o CR As respostas obtidas para a RPASR foram
variadas em relaccedilatildeo agraves adubaccedilotildees apresentando melhores resultados para 15 VB (45 t
ha 1 de vermicomposto)+SM+U+CB e ainda melhor para EC (60 t ha 1 de esterco de
curral)+MB4 +U+CB As adubaccedilotildees de base 1 VB 15 VB e EC natildeo diferiram entre si
As adubaccedilotildees mais eficientes para a variaacutevel DR foram 1 VB+SM+U+CV que natildeo
diferiu da EC+SM+U+CB I VB+ MB4 +U+CB e agrave 15 VB foram melhores entre as
demais
35
Analisando os biofertilizantes em relaccedilatildeo a cada adubaccedilatildeo de base verifica-se que
para a 1 VB (30 t ha 1 de vermicomposto)+SM+U+CB destaca-se a variaacutevel FFR
poreacutem sem diferenccedila significativa de 1 VB os melhpres resultados para a variaacutevel DR
foram encontrados pelo tratamento 1 VB+MB4 +U+CB e 15 VB (45 t ha 1 de
vermicomposto) tambeacutem se considera eficiente o 1 VB+SM+U+CB que natildeo diferiu do
EC (esterco de curral) Quando se utilizou 15 VB+ MB4 +U+CB houve resposta
significativa para a variaacutevel FFR para FSR as respostas natildeo foram diferentes com a
aplicaccedilatildeo dos biofertilizantes para as variaacuteveis FSR e DR as adubaccedilotildees EC e
EC+SM+U+CB natildeo diferiram entre si
Embora as respostas estatiacutesticas tenham sido diferentes para as adubaccedilotildees
combinadas ou natildeo pode-se salientar a importacircncia do aacutecido indol-aceacutetico como jaacute
citado anteriormente para as variaacuteveis avaliadas na parte aeacuterea das mudas de cebola
Respostas semelhantes nesse sentido foram encontradas para a cultura da alface por
Quijano (1999) e Morselli (2001)
Pereira et al (2002) concluiacuteram em trabalho realizado com a cultivar de cebola
CNPF1 6400 em Minas Gerais que a utilizaccedilatildeo de 20 t ha de esterco de curral
proporcionou os melhores resultados para a produccedilatildeo de cebola
Silva Juacutenior amp Giorgi (1992) e Menezes Juacutenior (1998) citam que doses elevadas
de mateacuteria orgacircnica podem prejudicar a primeira fase da germinaccedilatildeo (embebiccedilatildeo) e
absorccedilatildeo de aacutegua pelas raiacutezes das placircntulas No entanto no presente trabalho este fato
natildeo ocorreu embora a dose de esterco utilizada tenha sido de 60 t ha 1 (dose maacutexima
recomendada segundo Nolla 1982)
413 Anaacutelise de macronutrientes no tecido vegetal
Os resultados dos conteuacutedos de nitrogecircnio foacutesforo potaacutessio caacutelcio e magneacutesio no
tecido vegetal sob diferentes adubaccedilotildees encontrados na Tabela 3 indicam mais uma
vez a superioridade da adubaccedilatildeo esterco com 0 uso ou natildeo de biofertilizantes
36
TABELA 3 Conteuacutedos (mg planta1) de nitrogecircnio foacutesforo potaacutessio caacutelcio e
magneacutesio no tecido vegetal de mudas de cebola Petrolini cultivadas sob
uma perspectiva agroecoloacutegica Pelotas-RS 2003
BIOFERTILIZANTES LIacuteQUIDOS i J B
ADUBACcedilAtildeO S Magro + MB4 +DE BASE Urina + Calda Urina + Calda Testemunha
Bordalesa Bordalesamg plantas1
---- Nitrogecircnio-----30 t ha de vermicomposto 16593 c AB 15451 c B 19050 b A45 t ha de vermicomposto 21444 b A 22888 b A 17852 b B60 t ha de esterco de curral 32606 a C 37593 a B 40816 a A
--------------- ------ Foacutesforo------- -------------30 t ha de vermicomposto 3098 c B 2802 c B 3999 b A45 t ha de vermicomposto 4109 b A 4135 b A 2788 c B60 t ha de esterco de curral 5300 a B 7577 a A 7565 a A
------- Potaacutessio------30 t ha de vermicomposto 24327 c A 19900 c B 24965 b A45 t ha de vermicomposto 29113b A 29812 b A 22031 b B60 t ha de esterco de curral 44070 a B 51976 a A 54101 a A
-------- Caacutelcio-------30 t ha de vermicomposto 5027 c A 4356 c A 4834 b A45 t ha de vermicomposto 6114b A 6963 b A 4379 b B60 t ha de esterco de curral 9030 a C 11451 a A 10331 a B
------Magneacutesio-----30 t ha de vermicomposto 1188 b A 914 c A 1202 b A45 t ha de vermicomposto 1231 b B 1582 b A 1176 b B60 t ha de esterco de curral 2136a B 2443 a A 2663 a AMeacutedias seguidas pela mesma letra minuacutescula para as colunas (adubaccedilatildeo de base) e maiuacutesculas para as linhas (biofertilizantes) natildeo diferem entre si pelo teste de Duncan a
Em relaccedilatildeo agraves adubaccedilotildees de base observa-se que o melhor tratamento foi o
esterco de curral para todas as variaacuteveis Para 1 VB (30 t ha^ 1 de vermicomposto) natildeo
houve resposta diferenciada com o uso de bofertilizantes para todas as variaacuteveis A
adubaccedilatildeo 15 VB (45 t ha 1 de vemicomposto) foi influenciada pelos biofertilizantes
para as variaacuteveis N P K e Ca enquanto que para Mg somente o MB4+U+CB o
influenciou O EC (esterco de curral) mostrou diferenccedila significativa apenas para as
variaacuteveis Ca e Mg quando adicionado MB4+U+CB
Segundo Peixoto (2000) eacute fundamental a adiccedilatildeo de adubos orgacircnico no cultivo de
hortaliccedilas seja na forma de esterco decomposto composto ou huacutemus de minhoca de
37
modo a fornecer melhorias nas propriedades do solo vindo a disponibilizar os nutrientes
as diferentes culturas
O esterco fresco conteacutem muita cama celuloacutesica e um elevado teor de aacutegua No
esterco curtido a celulose jaacute estaacute decomposta o teor de aacutegua estaacute reduzido agrave metade e os
nutrientes em uma forma mais assimilaacutevel e mais concentrada O esterco fresco pode
causar uma deficiecircncia temporaacuteria de nitrogecircnio no solo ao se decompor o que natildeo
acontece com o biestabilizado (Kiehl 1985)Ocorre uma diminuiccedilatildeo inicial no volume
de aacutegua retido no esterco de curral diminui inicialmente em tomo de 3581 liberando
posteriormente somente 496 evidenciando a sua capacidade de retenccedilatildeo de aacutegua
(Menezes Juacutenior 1998)
A utilizaccedilatildeo continuada de adubos nitrogenados minerais no solo altera o balanccedilo
do nitrogecircnio entre o solo e planta No meacutetodo biodinacircmico eacute sublinhada a importacircncia
dos adubos animais para o estabelecimento da fertilidade permanente dos solos (Koeff
et al 1983)
Para Guimaratildees (1997) os benefiacutecios que a mateacuteria orgacircnica imprime ao solo
principalmente melhorando a produtividade fertilidade e a influencia que as substancias
huacutemicas exercem sobre o ambiente dependem da qualidade e do teor de mateacuteria
orgacircnica do solo Estas substacircncias por conterem nutrientes em sua constituiccedilatildeo em uma
forma mais disponiacutevel para as plantas promovem um equiliacutebrio no ambiente no solo
(Kononova 1966)
Aproximadamente de 60 a 70 do total de carbono do solo ocorre na forma de
materiais huacutemicos (Griffith amp Schnitzer 1975) sendo a eles atribuiacutedo a manutenccedilatildeo da
bioestrutura do solo aumentando a capacidade de retenccedilatildeo de aacutegua (Brady 1999)
Conforme Compagnoni amp Putzolu (1985) os estercos bem como os demais
resiacuteduos orgacircnicos apresentam conteuacutedos diferentes de aacutecidos huacutemicos e fuumllvicos sendo
atribuiacutedo ao acido huacutemico uma accedilatildeo fitoestimulante semelhante aos fitohormocircnios por
favorecer o desenvolvimento do sistema radicular e crescimento do caule
Em trabalho realizado por Guimaratildees (1997) foi encontrado para aacutecidos huacutemicos
de esterco bovino uma relaccedilatildeo CN 1035 e para vermicomposto bovino 17
evidenciando que o esterco quando aplicado ao solo por apresentar uma relaccedilatildeo CN
proacutexima deste reage mais facilmente liberando nutrientes para as plantas sem alterar a
cadeia troacutefiacuteca Dados encontrados no presente trabalho demonstram a eficiecircncia do
esterco nesse sentido
38
De acordo com Morselli (2001) vaacuterios trabalhos citam comentam e discutem a
capacidade dos vermicompostos em proporcionar oacutetimas colheitas e favorecer a
precocidade das plantas cultivadas Poreacutem muitas vezes se observa que mesmo
suprindo essas plantas com nutrientes necessaacuterios atraveacutes de huacutemus de diferentes fontes
as respostas natildeo satildeo as mesmas para uma mesma cultivar
Por outro lado os resultados com o uso de substacircncias huacutemicas satildeo variaacuteveis e
dependem aleacutem da espeacutecie testada das substacircncias huacutemicas utilizadas sua
concentraccedilatildeo o grau de purificaccedilatildeo e das condiccedilotildees experimentais A resposta das
plantas aos aacutecidos huacutemicos e fuacutelvicos eacute dependente da mateacuteria prima original e da
espeacutecie vegetal pois materiais orgacircnicos diferentes apresentam aacutecidos huacutemicos e
fuacutelvicos diferentes (Businelli 1990)
Justificam-se os maiores conteuacutedos de nitrogecircnio foacutesforo potaacutessio e caacutelcio nas
adubaccedilotildees 15 VB (45 t ha 1 de vermicomposto) e biofertilizantes devido
provavelmente ao vermicomposto utilizado apresentar na sua constituiccedilatildeo teores
consideraacuteveis destes elementos aleacutem do que os biofertilizantes possam ter influenciado
na absorccedilatildeo atraveacutes de sua constituiccedilatildeo Tibau (1984) considera que a urina de vaca eacute
rica em aacutecido indol-aceacutetico e este influencia na absorccedilatildeo radicular O efeito positivo
deste tratamento provavelmente seja devido agrave quantidade aplicada
O biofertilizante que se destacou foi o MB4+U+CB em relaccedilatildeo ao EC (esterco de
curral) e eacute somente para a variaacutevel caacutelcio Isto provavelmente seja devido ao alto teor
deste elemento encontrado na sua constituiccedilatildeo (6872 g Kg1) e pela influecircncia positiva
que a calda bordalesa exerce no metabolismo das plantas atraveacutes dos nutrientes
contidos em sua formulaccedilatildeo O Ca controla a absorccedilatildeo radicular e retorna ao solo pelo
esterco e palhas por apresentar-se em maior quantidade em folhas e caules Depois de
localizado nas folhas fica imoacutevel favorecendo a resistecircncia da planta ao ataque de
fungos
Este trabalho avanccedila no estudo da agroecologia estando claro que todos os
criteacuterios tem caraacuteter dinacircmico de adequaccedilatildeo as mudanccedilas de um sistema de produccedilatildeo
em evoluccedilatildeo contribuindo na transiccedilatildeo para um padratildeo sustentaacutevel Cabe a pesquisa a
reorientaccedilatildeo para um enfoque ldquosistecircmicordquo isto eacute que permita integrar os diversos
componentes de um agroecossistema e a adoccedilatildeo de poliacuteticas puacuteblicas que promovam 0
fortalecimento e a expansatildeo da agricultura familiar
39
5 CONCLUSOtildeES
Considerando os resultados obtidos e as condiccedilotildees em que o estudo foi realizado
conclui-se que
bull As respostas agronocircmicas das mudas de cebola para os paracircmetros avaliados
satildeo mais satisfatoacuterias com a aplicaccedilatildeo de esterco de curral como adubaccedilatildeo de
base
bull Os biofertilizantes mais urina de vaca e calda bordalesa proporcionam
respostas satisfatoacuterias quando aplicados associados agraves adubaccedilotildees de base
bull O biofertilizante MB4 mais urina de vaca e calda bordalesa eacute mais eficiente
que o super magro mais urina e calda bordalesa quando aplicado associado agrave
adubaccedilatildeo de base esterco de curral para os conteuacutedos de fitomassa secae
fresca da parte aeacuterea das plantas altura e diacircmetro de colo das mudas de
cebola
bull Os biofertilizantes adicionados agrave adubaccedilatildeo de base 45 t harsquo 1 de vermicomposto
bovino mostram respostas significativas para os conteuacutedos de fitomassa seca
bull Os maiores conteuacutedos nutricionais para as mudas de cebola satildeo
proporcionados pela adubaccedilatildeo de base esterco de curral
bull A maior absorccedilatildeo de caacutelcio pelas mudas de cebola ocorre quando da adiccedilatildeo do
biofertilizante MB4 mais urina e calda bordalesa agrave adubaccedilatildeo de base esterco de
curral
40
6 REFEREcircNCIAS BIBLIOGRAacuteFICAS
ALDRIGHI CB ABREU CM PAGLIA AG MORSELLI TBGA FERNANDES HS Efeito da aplicaccedilatildeo de biofertilizante e urina de vaca em mudas de tomateiro Horticultura Brasileira v20 n2 julho 2002 Suplemento 2
ALTIERI M NICHOLLS C I Agroecologia Teoria praacutectica para umaAgricultura Sustentable Ia ed PNUMA 2000 Cap 2 4 Seacuterie textos baacutesicos para la formacioacuten ambiental
ALTIERI M Agroecologia bases cientiacuteficas para uma agricultura sustentaacutevelGuaiacuteba Agropecuaacuteria 2002 592 p
ANTONIOLLI Z I GIRACCA E M N CARDOSO S J T WIETHAN M M S FERRI M Iniciaccedilatildeo agrave Minhocultura Criaccedilatildeo em Cativeiro e Vermicompostagem Santa Maria UFSM 1996 p59-89
BAYER C MIELNICZUC J Dinacircmica e funccedilatildeo da mateacuteria orgacircnica In SANTOS G de A S e CAMARGO F A de O (ed) Fundamentos da mateacuteria orgacircnica do solo ecossistemas tropicais e subtropicais Porto Alegre Genesis 1999 p 3-23
BARRETTO D X Composto Orgacircnico In Praacutetica em Agricultura Orgacircnica Satildeo Paulo iacutecone Ed Ltda 1985 p 51-63
BETTIOL W Alguns produtos alternativos para o controle de doenccedilas de plantasem agricultura orgacircnica II Ciclo de palestras sobre agricultura orgacircnica Instituto Bioloacutegico Satildeo Paulo p52-63 1997
41
BETTIOL W TRACH R GALVAtildeO JAH Controle de doenccedilas de plantas com biofertilizantes Jaguariuacutena EMBRAPA-CNPMA 1997 22p (EMBRAPA- CNPMA Circular Teacutecnica 02)
BRADY N C Natureza e propriedades dos sotos Rio de Janeiro Freitas BastosS A 1979 647p
BRADY N C Organisms and ecology of the soil In The nature of properties of soils Simon amp Schuster A Viacon Company New Jersey1999 402-489p
BON1LLA J A Fundamentos da Agricultura Ecoloacutegica Sobrevivecircncia eQualidade de Vida Satildeo Paulo Nobel 1992
BUREacuteS S Substratos Ediciones Agroteacutecnicas S L Madrid Octubre 1997
BUS1NELLI M Chemical Composition and Enzymic Activity of some Worm Cast Plant Soil v 80 p 1-2 1990
CALEGARI A Espeacutecies para cobertura de solo In IAPAR (Instituto Agronocircmico de Paranaacute) Plantio Direto pequena propriedade sustentaacutevel organizador Moacir Darolt Londrina - PR 1998 65-93
CAMARGO P N D Manual de Adubaccedilatildeo Foliar Satildeo Paulo Herba 1975
CAPRA F A Teia da Vida Satildeo Paulo Cultrix 1997 256p
CAPRA F O Ponto de Mutaccedilatildeo 22 ed Satildeo Paulo Cultrix 2001 447p
CHABOUSSOU F Plantas doentes pelo uso de agrotoacutexicos (A Teoria da Trofobiose) Porto Alegre LPM 1987 253 p
CLARO S A Referencias tecnoloacutegicos para a agricultura familiar ecoloacutegica aexperiecircncia da Regiatildeo Centro-Serra do Rio Grande do Sul Porto Alegre EMATERRS-ASCAR 2001 250p
CLIVELA G Diagnoacutestico Agronocircmico da cebola no Rio Grande do Sul Porto Alegre EMATERRS 1995 8 6 p
COMISSAtildeO DE FERTILIDADE DO SOLO - RSSC Recomendaccedilotildees de adubaccedilatildeo e calagem para os estados do Rio Grande do Sul e Santa Catarina 3 ed Passo Fundo SBCS - Nuacutecleo Regional Sul 1995 223p
COMPAGNONI L PUTZOLU G Cria moderna de Ias lombrices y utilizacioacutenrentable dei humus Barcelona Editorial de Vecchi- SA 1985127p
COSTABEBER J A MOYANO E Transiccedilatildeo agroecoloacutegica e accedilatildeo social coletiva Agroecologia e Desenvolvimento Rural Sustentaacutevel Porto Alegre v l n4 p 50- 60 outdez 2 0 0 0
42
COSTA M B B da Adubaccedilatildeo orgacircnica Nova siacutentese e novo caminho para aagricultura Satildeo Paulo Ed iacutecone Ltda 1985 102p
COSTA NETO C Agricultura Sustentaacutevel Tecnologias e Sociedade In CARVALHO COSTA LF et al (org) Mundo Rural e Tempo Presente Rio de Janeiro Mauad 1999
DrsquoAG0ST1NI R L FANTINI A C Produccedilatildeo orgacircnica tambeacutem socialmente excludente Agroecologia e Desenvolvimento Rural Sustentaacutevel Porto Alegre v3 n l p57-61 2002
DALPONTE J C V Utilizaccedilatildeo de materiais orgacircnicos e fertilizante mineral na produccedilatildeo e qualidade de mudas e bulbos de cebola (Alliurn Cepa L) Pelotas-RS 1990 (Mestrado em Agronomia) - Faculdade de Agronomia Eliseu Maciel UFPel 1990
DEBARBA J F THOMAZELLI L F GANDIN C L SILVA E Cadeias produtivas do Estado de Santa Catarina Cebola Florianoacutepolis Epagri 1998 115 p (EPAGRI Boletim Teacutecnico 96)
DUFOUR F Os saacutebios loucos do agro-alimentar Le Monde Diplomatique ano 1 n4 p6-7 1999 (ed portuguesa)
EHLERS E Agricultura Sustetaacutevel Origem e perspectivas de um novo paradigma 2 ed Guaiacuteba Agropecuaacuteria 1999 157 p
FILGUEIRA F A R Novo Manual de olericultura agrotecnologia moderna na produccedilatildeo e comercializaccedilatildeo de hortaliccedilas Viccedilosa UFV 2000 402 p
FRASER G K Mateacuteria Orgacircnica Del Suelo In BEAR F E (ed) Quiacutemica dei Suelo Madrid Ed Agrociencia 1963
FOLLET R H MURPHY L S DONAHUE R L Fertilizers and soil amendments New Jersey Printice-Hall Inc 1981 557p
GARCIA A Revista dei Espacio Rural Georgica Zaragoza Escuela Politeacutecnica de Huesca n5 1997
GARCIA A Versatildeo preliminar de um Programa Estadual de Produccedilatildeo e Comercializaccedilatildeo de Bulbos e Sementes de CebolaEMBRAPAIPAGROMARAEMATER 6 8 pbdquo 1990 (Publicaccedilatildeo avulsa)
GIORGETT1 J R Produccedilatildeo e Comercializaccedilatildeo de Mudas de Tomate In Encontro Nacional de Produccedilatildeo e Abastecimento de Tomate 2 1991 Jaboticabal Satildeo Paulo Anais Jaboticabal UNESP 1991 p 242-244
GLIESSMAN S R Agroecologia Processos ecoloacutegicos em agricultura sustentaacutevelPorto Alegre Universidade Federal do Rio Grande do Sul - UFRGS 2000 653p
43
GLIESSMAN S R TURRIALBA C R Agroecologia Procesos Ecoloacutegicos en Agricultura Sostenible CATIE 2002 p 3-14
GNOATTO S C Caracterizaccedilatildeo quiacutemica de vermicompostos de diferentes substratos orgacircnicos Pelotas-RS 1999 38 f (Mestrado em Agronomia - Solos) - Faculdade de Agronomia Eliseu Maciel UFPel 1999
GOMES J C C BORBA M F S A moderna crise dos alimentos oportunidade para a agricultura familiar Emater Porto Alegre julset 2000 Disponiacutevel em lthttpwwwematertchebrdocsagroecorevistan313-artigo3htmgtAcesso em 24 fev 2002
GOMEZ H W Desenvolvimento sustentaacutevel agriacutecola e capitalismo In Desenvolvimento sustentaacutevel Necessidade eou disponibilidade Santa Cruz do Sul Nobel - UNISC 1997 p 65-77
GONZAacuteLEZ DE MOLINA M SEVILLA GUZMAacuteN E Ecologia campesinado e historia Para una reinterpretacioacuten dei desarrollo dei capitalismo en la agricultura In SEVILLA GUZMAacuteN E GONZAacuteLEZ DE MOLINA M (ed) Ecologia campesinado e historia Madrid La Piqueta 1993 p 23-129
GRIFFITH S A SCHNITZER M Analytical characteristic of humic and fulvic acids extracted from tropical volcanic soils Soil Sei Soc Am Proc v 39 p361-367 1975
GUIMARAtildeES E Caracterizaccedilatildeo quiacutemica estreptoscoacutepica e por anaacutelise teacutermica de aacutecidos huacutemicos e vermicompostos obtidos de estercos de diferentes animaisCuritiba 1997 Dissertaccedilatildeo (Mestrado em Quiacutemica) Universidade Federal do Paranaacute 1997
HESS A F Sociedade e meio ambiente uma relaccedilatildeo ambiacutegua Revista Cientiacutefica Rural Bageacute v 4 n2 p 167-1741999
ICEPA-SC Informes conjunturais sobre a cultura da cebola Disponiacutevel em lthttpwwwicepa combrgt Acesso em 23 jan 2003
JONES H A MANN L K Onions and their allies New York Interscience Publishers 1962 286 p
JUacuteNIOR H A de MAIORANO J A Receitas obtidas de extratos de plantasCampinas CATITerra Viva [199-] 10 f
KHATOUNIAN C A Ciclo de Palestras sobre Agricultura Orgacircnica 2a Ed SatildeoPaulo Fund Cargill 1997 149 p
KIEHL E J Fertilizantes Orgacircnicos Satildeo Paulo Ed Agronocircmica Ceres Ltda 1985 492p
44
KOEFF H H PETTERSSON B D SHAUMANN W Vida Vegetal solos e adubaccedilatildeo In Agricultura Biodinacircmica Satildeo Paulo Nobel 1983 p92-149
KONONOVA M M Soil organic matter The importance o f organic matter in soil formation and soil fertility New York Pergamqn Press 1961 p 165-200
KUHN T A Estrutura das Revoluccedilotildees Cientiacuteficas Satildeo Paulo Perspectiva 1989 257p
LANNA FCA ABREU C L ABREU J G SILVA V Resposta de cultivares de melancia cultivadas sob adubaccedilatildeo quiacutemica e orgacircnica Horticultura v 12 n l p85 1994
LEFF H Saber Ambiental Petroacutepolis Vozes 2001 343 p
MAGALHAtildeES J R Nutriccedilatildeo e adubaccedilatildeo da cebola In FERREIRA M E CASSTELLANE P D CRUZ M C P Nutriccedilatildeo e adubaccedilatildeo de hortaliccedilasPiracicaba POTAFOS 1993 p 381-393
MALAVOLTA E Elementos de nutriccedilatildeo mineral de plantas Satildeo Paulo Ed Agronocircmica Ceres Ltda 1980 251 p
MALAVOLTA E Manual de Quiacutemica Agriacutecola - Adubos e Adubaccedilatildeo 3a ed SatildeoPaulo Ed Agronocircmica Ceres Ltda 1981 606 p
MARTINEZ A A A grande e Poderosa Minhoca Jaboticabal Funep - Unesp1990 101 p
MARTINS S R Desenvolvimento e Sustentabilidade Horticultura Brasileira Brasiacutelia-DF v20 n2 julho 2002 Palestra apresentada no 42deg Congresso Brasileiro de Olericultura
MARTINS S R Limites Del Desarrollo Sostenible em Ameacuterica Latina En el marco de Ias poliacuteticas de (re)ajuste econocircmico Pelotas Editora UFPel 1997 135 P-
MARTINS S R Sustentabilidade na agricultura dimensotildees econocircmicas sociais e ambientais Revista Cientiacutefica Rural Bageacute v4 n 2 p 175-1871999
MATURANA H REZEPKA S N D E Formaccedilatildeo Humana e Capacitaccedilatildeo Rio de Janneiro Vozes 2000 8 6 p
MELLO A F SOBRINHO M O ARZOLLA S SILVEIRA R NETTO A C KIEHL J C Fertilidade do Solo Satildeo Paulo Nobel 1983
MENEZES JUacuteNIOR F O G D Caracterizaccedilatildeo de Diferentes substratos hortiacutecolas e seu efeito na produccedilatildeo de mudas de alface e couve-flor em ambiente protegido Pelotas 1998 141 p Dissertaccedilatildeo (Mestrado em Agronomia - Produccedilatildeo Vegetal) - Faculdade de Agronomia Eliseu Maciel UFPel 1998
45
MIBASA Mineraccedilatildeo Barreto SA Melhorador de Solos MB4 A Natureza Agradece Arapiraca-AL [199-] Folder
MINAMI K Os resumos da olericultura 2000 In AZEVEDO FILHO MARTINEZ FILHO (ed) Preccedilos agriacutecolas Piracicaba ESALQ 1999 p 4
MINAMI K Produccedilatildeo de Mudas de Alta Qualidade em Horticultura Satildeo Paulo TA Queiroz 1995
MORSELLI T B G A Cultivo sucessivo de alface sob adubaccedilatildeo orgacircnica em ambiente protegidoPelotas 2001 178 p Tese (Doutorado em Agronomia - Produccedilatildeo Vegetal) Faculdade de Agronomia Eliseu Maciel UFPel 2001
MORSELLI T B G A Resiacuteduos orgacircnicos em sistemas agriacutecolas Poliacutegrafo da Disciplina de Resiacuteduos orgacircnicos em sistemas agriacutecolas Curso de Poacutes-Graduaccedilatildeo em Agronomia-Produccedilatildeo Vegetal UFPel 2002
MULLER AM Efeitos da Aplicaccedilatildeo Foliar de um Biofertilizante Enriquecido no Estado fitossanitaacuterio de Tomate Ervilha e Beterraba Sob Manejo OrgacircnicoDissertaccedilatildeo (Mestrado no Programa de Poacutes-Graduaccedilatildeo em Agroecossistemas)1999 (Resumo)
NOLLA D Erosatildeo do Solo - O grande desafio Estado do Rio Grande do Sul SEAGRI desenvolvimento de recursos naturais renovaacuteveis 1982 412 p
PAGLIA AG MORSELLI TBGA PEIL RMN Teores de nutrientes pH e condutividade eleacutetrica da aacutegua em sistema ldquofloat^ngrdquo sob adiccedilatildeo de biofertilizantes Horticultura Brasileira v 20 n2 julho 2002 Suplemento 2
PAULUS G MULLER A BARCELLOS LAR Agroecologia aplicada praticas e meacutetodos para uma agricultura de base ecoloacutegica 2ed ver ampl Porto Alegre EMATERRS 2001 8 6 p
PEIXOTO R T dos G Composto orgacircnico aplicaccedilotildees benefiacutecios e restriccedilotildees de uso Horticultura Brasileira Brasiacutelia-DF v 18 p 56-64 julho 2000
PENTEADO SR Defensivos Alternativos e Naturais Satildeo Paulo 1999 95 p
PEREIRA AJ SOUZA RJ PEREIRA WR Efeito de diferentes doses de esterco de galinha e de curral sobre a produccedilatildeo de cebola Horticultura Brasileira v20 n2 julho 2002 Suplemento 2
PINHEIRO S BARRETO SB MB-4 agricultura sustentaacutevel trofobiose e biofertilizantes Fundaccedilatildeo Juquira CandiruMibasa 2000 273 p
PRIMAVESI A Agricultura Sustentaacutevel Satildeo Paulo Nobel 1992 142 p
PRIMAVESI A O manejo ecoloacutegico do solo Agricultura em regiotildees tropicais SatildeoPaulo Nobel 1982 541 p
46
PURCINO A A C ldquoNitrogecircniordquo Informe Agropecuaacuterio Belo Horizonte v7 n81 p 16-27 1981
QUIJANO F G Efeito da adubaccedilatildeo orgacircnica no desenvolvimento de duas cultivares de alface em ambiente protegido Pelotas 1999 116f Dissertaccedilatildeo (Mestrado em Agronomia - Produccedilatildeo Vegetal) Faculdade de Agronomia Eliseu Maciel UFPel 1999
RODRIGUES A N N Efeitos e residuais de superfosfato triplo sobre o rendimento de mateacuteria seca e absorccedilatildeo de foacutesforo pela aveia (Avena strigosa Schob) em solo Podzoacutelico Vermelho Escuro Porto Alegre 1984 59f Dissertaccedilatildeo (Mestrado em Agronomia) - Faculdade de Agronomia UFRGS 1984
RODRIGUES E T CASALI V W D Respostas da alface agrave adubaccedilatildeo orgacircnica II Teores conteuacutedos e utilizaccedilatildeo de macronutrientes em cultivares Rev Ceres Viccedilosa v 45 n 261 p 437-449 1998
SAMINEcircS T C O Produccedilatildeo orgacircnica de alimentos Horticultura Brasileira Brasiacutelia-DF v 17 n3 novembro 1999
SCHIEDECK G Ambiecircncia e resposta agronocircmica de meloeiro (Cucumis melo L) cultivado sob adubaccedilatildeo orgacircnica em ambiente protegido Pelotas lOOp Tese (Doutorado em Agronomia - Produccedilatildeo Vegetal) - Faculdade de Agronomia Eliseu Maciel UFPel 2002
SILVA JUacuteNIOR A A GIORGI E Substratos alternativos para a produccedilatildeo de mudas de tomate Agropecuaacuteria Catarinense Florianoacutepolis EPAGRI 1992 23 p
SILVA JUacuteNIOR A A MACEDO S G STUKER H Utilizaccedilatildeo de esterco de peru na produccedilatildeo de mudas de tomateiro Florianoacutepolis EPAGRI 1995 28 p (Boletim Teacutecnico 73)
TAGLIARI PS GRASSMANN H Minhoca a grande aliada da agricultura Agropecuaacuteria Catarinense v8 n l p 11-14 mar 1995
TEDESCO M J GIANELLO C Anaacutelises de solo plantas e outros materiais Porto Alegre Faculdade de Agronomia Departamento de Solos Universidade Federal do Rio Grande do Sul RS 1996
TENNANT D A Test of modified line intersect method of estimating root lenght Journal Ecology Oxford v 63 p 995-1001 1975
TIBAU A O Mateacuteria Orgacircnica do Solo Mateacuteria Orgacircnica e Fertilidade do SoloSatildeo Paulo Nobel 1984 p49-182
TIMM P J Anaacutelise comparativa dos sistemas de plantio convencional e cultivo miacutenimo de cebola sob adubaccedilatildeo orgacircnica e mineral Pelotas 2000 79 p Dissertaccedilatildeo (Mestrado em Agronomia - Produccedilatildeo Vegetal) - Faculdade de Agronomia Eliseu Maciel UFPel 2000
47
VALENZUELA HR CROSBY C Effect of compost applications on the yield of several vegetables in long-term organic farming experiments conduced in the tropics American Society Horticultural Science v33 n3 june 1998
VIGLIZZO E (ed) Subprograma Recursos Naturais y Sostenibilidad Agriacutecola documento marco Montevideo IICAPROCISUR 1995 p 75 - 78
WE1D J M TARDIN J M Proposta para a Ampliaccedilatildeo do Trabalho da ASPTA no Centro Sul do Paranaacute ASPTA Disponiacutevel em http wwwpronafgovbrEncontrotestosAS20PTA20Sul20ParanE1205 202002doc Acesso em 05 mai 2002
XAVIER SIMOacuteN F DOMINGUES D G Desenvolvimento Rural Sustentaacutevel uma perspectiva agroecoloacutegica Agroecologia e Desenvolvimento Rural Sustentaacutevel Porto Alegre EM ATERRS v2 n2 p 17-26 2001
ZABALETA J P Diagnoacutestico da Agricultura Familiar em Satildeo Joseacute do Norte - RSPelotas EMBRAPA-CPACT 1998 75 p (EMBRAPA-CPACT Documentos 44)
ZONTA E P MACHADO A A SILVEIRA P Sanest Sistema de anaacutelise estatiacutestica para microcomputadores Registrado na Secretaria Especial de Informaacutetica sob nuacutemero 066060 - categoria A Pelotas-RS Universidade Federal de Pelotas 1984
48
7 APEcircNDICE
APEcircNDICE A - Anaacutelise da adubaccedilatildeo de base e biofertilizantes utilizados na produccedilatildeo de mudas de cebola
TABELA 1 A Anaacutelise baacutesica do solo antes da incorporaccedilatildeo do feijatildeo miuacutedo + papua
Arg
pH IND
SMP
MO
P - n r - Na Al Ca__10Omlmdash
Mg
ppm -
6 53 67 089 8 6 27 1 04 05 0 2
Fonte LASFAEMUFPel (2002)
TABELA 2A Anaacutelise complementar do solo antes da incorporaccedilatildeo do feijatildeo-miuacutedo + papua
Cobre Zinco Manganecircs Ferro
(m v1)
04 05 26 007
Fonte LASFAEMUFPel (2002)
49
TABELA 3A Anaacutelise dos fertilizantes soacutelidos
Amostra pH limidade CN
C N P K Ca Mg
- g-ivg --
Cama de 849 2491 12 31042 2479 3888 3405 29875 463
aves
Esterco 74 3594 11 677 590 157 134 335 214
de curral
Huacutemus 684 5738 14 15965 1098 453 745 743 361
Fonte LASFAEMUFPel (2002)
TABELA 4A Anaacutelise quiacutemica dos biofertilizantes liacutequidos
Amostra N P K_ccedil H
Ca Mg Cu Zn Fe Mn
mdashgL bull
S Magro
m b 4
Urina
053
1652
8 2 2
008
395
0 0 0
149
1674
471
1902
6872
0 0 0
1150
4507
1172
7273
42
033
101389
920
0 0 0
6250
19458
781
35273
1123
0 2 1
Fonte LASFAEMUFPel (2002)
50
APEcircNDICE B - Condiccedilotildees climaacuteticas do local
TABELA 1B Condiccedilotildees de temperatura do local
___________ __________TEMPERATURA (degCgt
meses Meacutedia
Maacutexima
Meacutedia
MiacutenimaMeacutedia
Maacutexima
Absoluta
Miacutenima
Absoluta
Junho 225 87 156 320 25
Julho 225 85 155 285 30
Agosto 251 71 161 360 1 0
Fonte FEPAGROSCT 2002
TABELA 2B Condiccedilotildees de chuva do local
mdash CHUVA (mm)mdash
meses Ocorrida Normal Desvio Da Normal
Junho 1080 1 1 0 -2 0
Julho 1062 98 8 2
Agosto 1283 1 2 0 83
Fonte FEPAGROSCT 2002
51
TABELA 1C Produccedilatildeo de fitomassa fresca e seca (g) da parte aeacuterea altura de planta
(cm) e diacircmetro de colo (mm) de mudas de cebola Petrolini cultivadas
sob uma perspectiva agroecoloacutegica Pelotas-RS 2003
APEcircNDICE C - Anaacutelise estatiacutestica da parte aeacuterea
Causas G1 FFPA FSPA AP DC
da variaccedilatildeo --------- Quadrados meacutedios-
Blocos 3
Ad Base 2 175359071 1287102 2547419 1 11775
Biofertilizantes 2 126876 29011 87669ns 02185ns
Ad x Biofert 4 572378 31123 69106ns 04159
Resiacuteduo 24 34456 03048 27169 00290
Total 35
Meacutedia geral 93745 8772 320388 6741
CV 1980 6294 5145 2530
Significativo a 5ns Natildeo significativo
52
TABELA 1D Produccedilatildeo de fitomassa fresca e seca (g) comprimento (cm) e densidade
de raiacutezes (m cm3) de mudas de cebola Petrolini cultivadas sob uma
perspectiva agroecoloacutegica e razatildeo parte aeacutereasistema radicular Pelotas-
RS 2003
APEcircNDICE D - Anaacutelise estatiacutestica da raiz
Causas G1 FFR FSR CR RPASR DR
da variaccedilatildeo Quadrados meacutedios---------------
Blocos 3
Ad Base 2 27874 551 623 2 1 0 140
Biofertilizantes 2 178 0 1 0 ni 1504 l03ns 038ns
Ad x Biofert 4 190 058 318 294 183
Resiacuteduo 24 005 009 028 023 0 2 1
Total 35
Meacutedia geral 1818 228 184 387 333
C V 134 1356 448 1253 1396
Significativo a 5 ns Natildeo significativo
53
APEcircNDICE E - Anaacutelise estatiacutestica dos macronutrientes da parte aeacuterea da cebola
TABELA 1E Conteuacutedos (mg planta1) de nitrogecircnio foacutesforo potaacutessio caacutelcio e
magneacutesio no tecido vegetal de mud^s de cebola Petrolini cultivadas
sob uma perspectiva agroecoloacutegica Pelotas-RS 2003
Causas G1 bull N P K Ca Mg
da variaccedilatildeo
Blocos 3
Ad Base 2 13550306 446627 25509686 1031806 59007
Biofertilizantes 2 180610ns 16564 68153ns 39006 876ns
Ad x Biofert 4 454187 45743 1047539 46950 2464
Resiacuteduo 24 29769 1453 64313 3741 439
Total 35
Meacutedia geral 24921 4597 33366 6943 1615
C V 692 829 760 880 1297
Significativo a 5 ns Natildeo significativo
APEcircNDICE F - Fotos do experimento
FIGURA 2 Mudas de cebola (Allium cepa L) produzidas sob uma perspectiva agroecoloacutegica
APEcircNDICE F a Fotos do experimento
FIGURA 1 Adubaccedilatildeo verde com feijatildeo-miuacutedo e papuatilde utilizadas no manejo do solo
FIGURA 2 Mudas de cebola (Allium cepa L) produzidas sob urna perspectiva agroecoloacutegica
31
4 RESULTADOS E DISCUSSAtildeO
41 Anaacutelise das variaacuteveis
A anaacutelise da variaccedilatildeo mostrou que houve diferenccedila significativa na interaccedilatildeo entre
os fatores de adubaccedilatildeo de base e biofertilizantes liacutequidos com exceccedilatildeo da variaacutevel altura
de planta para a qual somente a adubaccedilatildeo de base mostrou-se significativa (Apecircndices
C D e E Tabelas 1C 1D e 1E)
411 Anaacutelise da parte aeacuterea
Na Tabela 1 destacaram-se as adubaccedilotildees EC+SM+U+CB EC+MB4 +U+CB e EC
que diferiram significativamente das demais adubaccedilotildees para as variaacuteveis fiacutetomassa
fresca da parte aeacuterea (FFPA) fiacutetomassa seca da parte aeacuterea (FSPA) altura de planta
(AP) e diacircmetro do colo (DC)
32
TABELA 1 Produccedilatildeo de fitomassa fresca e seca (g) da parte aeacuterea altura de planta
(cm) e diacircmetro de colo (mm) de mudas de cebola Petrolini cultivadas
sob uma perspectiva agroecoloacutegica Pelotas-RS 2003
BIOFERTILIZANTES LIacuteQUIDOSADUBACcedilAtildeO S Magro + MB4 +DE BASE Urina + Calda Urina + Calda Testemunha
Bordalesa Bordalesa
30 t ha de vermicomposto 7015 c A45 t halsquo de vermicomposto 7824 b B60 t ha de esterco de curral 12248 a C
30 t ha de vermicomposto 667 c A45 t ha de vermicomposto 752 b A60 t ha de esterco de curral 1150a C
30 t ha de vermicomposto 2975 b A45 t harsquo de vermicomposto 2775 b A60 t ha de esterco de curral 3600 a B
30 t ha de vermicomposto 631 b A45 t ha de vermicomposto 6 2 2 b B60 t ha de esterco de curral 741 a C
-Fitomassa fresca (g)----------------6270 c B 6885 b A8832 b A 6308 c C
15082 a A 13934 a BmdashFitomassa seca (g)----------------
625 c A 655 b A830 b A 607 b B
1345 a A 1262 a B-Altura de planta (cm)----------------
2950 b A 3050 b A2937 b A 2950 b A 3975 a A 3622 a B
-Diacircmetro de colo (mm)---------------592 c B 599 b B 657 b A 609 b B 819a A________ 793a B
Meacutedias seguidas pela mesma letra minuacutescula para as colunas (adubaccedilatildeo de base) e maiuacutesculas para as linhas (biofertilizantes) natildeo diferem entre si pelo teste de Duncan a 5
O efeito positivo do esterco bovino pode ser atribuiacutedo agraves melhorias nas condiccedilotildees
fiacutesicas do solo por ele proporcionado Segundo Primavesi (1982) e Compagnoni amp
Putzolu (1985) o esterco bovino apresenta propriedades condicionadoras do solo dando
agraves plantas melhores condiccedilotildees de desenvolvimento elevando sobremaneira os
conteuacutedos de fitomassa fresca das plantas que refletiratildeo nas demais respostas
agronocircmicas
Analisando as adubaccedilotildees de base em relaccedilatildeo aos biofertilizantes observa-se que
para os tratamentos 1 VB (30 t ha 1 de vermicomposto) - natildeo houve influecircncia dos
biofertilizantes para as variaacuteveis FSPA e AP enquanto destacou-se o SM+U+CB para o
DC e SM+U+CB e ausecircncia da adubaccedilatildeo liacutequida para a FFPA mostrando que o uso
dos biofertilizantes natildeo influenciou esta variaacutevel 15 VB (45 t ha 1 de vermicomposto) -
verificou-se a eficiecircncia do uso do MB4 +U+CB para as variaacuteveis FFPA e DC Para a
variaacutevel FSPA destacaram-se os dois biofertilizantes utilizados jaacute para AP natildeo houve
33
influecircncia destes EC (60 t ha 1 de esterco de curral) - em todas as variaacuteveis observadas
na tabela 5 as respostas foram significativas utilizando MB4 +U+CB
As respostas encontradas no presente trabalho para as variaacuteveis AP e FSPA foram
superiores as obtidas por Dalponte (1990) quando utilizado 0 esterco de curral para
produccedilatildeo de mudas de cebola
Segundo Filgueira (2000) os solos da regiatildeo produtora de cebola do RS satildeo
pobres em foacutesforo disponiacutevel (15 mg Kg1) necessitando portanto de adubaccedilotildees
fosfatadas elevadas As respostas aqui obtidas podem ser justificadas pelos teores de
foacutesforo contido no MB4
Follet et al (1981) citam a importacircncia do uso de compostos orgacircnicos no solo
enfatizando os estercos no sentido da decomposiccedilatildeo continuada no fornecimento de
nutrientes e na liberaccedilatildeo lenta e gradual de aacutecidos orgacircnicos influenciando a liberaccedilatildeo
do foacutesforo O que provavelmente pode ser atribuiacutedo agraves respostas encontradas no
presente trabalho para 0 tratamento Esterco de curral mais MB4 e Urina mais Calda
Bordalesa
E importante destacar que 0 sistema de produccedilatildeo de mudas de cebola sob uma
perspectiva agroecoloacutegica mostra-se eficiente quando visualmente natildeo percebe-se
diferenccedila significativa entre os tratamentos (Apecircndice F Figura 2)
Conveacutem ressaltar que quando trabalhamos com agroecologia natildeo existem
receitas nem pacotes tecnoloacutegicos prontos Cada situaccedilatildeo deveraacute ser estudada em
particular para que se faccedila recomendaccedilotildees adequadas ao ambiente local uma vez que
as plantas se adaptam ao meio estando a nutriccedilatildeo encarregada de proteger e manter o
equiliacutebrio do organismo vegetal em funccedilatildeo das alteraccedilotildees externas
E fundamental que se compreenda os princiacutepios norteadores de todo o processo
que satildeo as bases da luta por uma sociedade mais justa dentro de um mundo econocircmico e
ambientalmente mais sustentaacutevel
412 Anaacutelise do sistema radicular
Os resultados obtidos nas anaacutelises do sistema radicular (Tabela 2) mostram
diferenccedilas significativas entre as adubaccedilotildees para as variaacuteveis fitomassa fresca de raiz
(FFR) fitomassa seca de raiz (FSR) comprimento de raiz (CR) razatildeo parte
aeacutereasistema radicular (RPASR) e densidade de raiz (DR)
34
TABELA 2 Produccedilatildeo de fitomassa fresca e seca (g) comprimento (cm) e densidade de
raiacutezes (m cm3) de mudas de cebola Petrolini cultivadas sob uma
perspectiva agroecoloacutegica e razatildeo parte aeacutereasistema radicular Pelotas-
RS 2003
BIOFERTILIZANTES LIacuteQUIDOSADUBACcedilAO DE BASE
S Magro + MB4 +Urina + Calda Urina + Calda Testemunha
Bordalesa Bordalesa
de vermicomposto de vermicomposto de esterco de curral
de vermicomposto de vermicomposto de esterco de curral
de vermicomposto de vermicomposto de esterco de curral
de vermicomposto de vermicomposto de esterco de curral
1540 c A 1576 b B 2427 a A
Fitomassa fresca (g)----------------1502 c B 1517 b AB 1658 b A 1446 c C 2336 a B 2360 a B
--------------------Fitomassa seca (g)-------------------196 b A 207 ab A 170 b A170 b A 199 b A 192 b A 344 a A 249 a B 327 a A
Comprimento de raiz(cm)---------------1237 b A 1158 b A 1158 a A1237 b A 1060 c B 1040 b B1433 a A 1296 a B 1040 b C
30 t ha 45 t ha 60 t ha
30 t ha 45 t ha 60 t ha
30 t halsquo 45 t ha 60 t ha
30 t ha 45 t ha 60 t ha
30 t ha de vermicomposto 45 t ha de vermicomposto60 t ha~ de esterco de curral__________________________ _________________________Meacutedias seguidas pela mesma letra minuacutescula para as colunas (adubaccedilatildeo de base) e maiuacutesculas para as linhas (biofertilizantes) natildeo diferem entre si pelo teste de Duncan a 5
-----Razatildeo Parte AeacutereaSistema Radicular------340 b AB 301c B 384 a A446 a A 415 b A 326 a B339 b B 546 a A 388 a B
-------------- Densidade de raiz (m cm3)------------367 a AB 414 a A 325 b B282 b B 301b B 405 a A347 ab A 231c B 324 b A
Em relaccedilatildeo agraves adubaccedilotildees de base destacou-se o EC (60 t ha 1 de esterco de curral)
para as variaacuteveis FFR e FSR Quando adicionado o SM+U+CB os resultados para FFR
foram ainda melhores bem como o CR As respostas obtidas para a RPASR foram
variadas em relaccedilatildeo agraves adubaccedilotildees apresentando melhores resultados para 15 VB (45 t
ha 1 de vermicomposto)+SM+U+CB e ainda melhor para EC (60 t ha 1 de esterco de
curral)+MB4 +U+CB As adubaccedilotildees de base 1 VB 15 VB e EC natildeo diferiram entre si
As adubaccedilotildees mais eficientes para a variaacutevel DR foram 1 VB+SM+U+CV que natildeo
diferiu da EC+SM+U+CB I VB+ MB4 +U+CB e agrave 15 VB foram melhores entre as
demais
35
Analisando os biofertilizantes em relaccedilatildeo a cada adubaccedilatildeo de base verifica-se que
para a 1 VB (30 t ha 1 de vermicomposto)+SM+U+CB destaca-se a variaacutevel FFR
poreacutem sem diferenccedila significativa de 1 VB os melhpres resultados para a variaacutevel DR
foram encontrados pelo tratamento 1 VB+MB4 +U+CB e 15 VB (45 t ha 1 de
vermicomposto) tambeacutem se considera eficiente o 1 VB+SM+U+CB que natildeo diferiu do
EC (esterco de curral) Quando se utilizou 15 VB+ MB4 +U+CB houve resposta
significativa para a variaacutevel FFR para FSR as respostas natildeo foram diferentes com a
aplicaccedilatildeo dos biofertilizantes para as variaacuteveis FSR e DR as adubaccedilotildees EC e
EC+SM+U+CB natildeo diferiram entre si
Embora as respostas estatiacutesticas tenham sido diferentes para as adubaccedilotildees
combinadas ou natildeo pode-se salientar a importacircncia do aacutecido indol-aceacutetico como jaacute
citado anteriormente para as variaacuteveis avaliadas na parte aeacuterea das mudas de cebola
Respostas semelhantes nesse sentido foram encontradas para a cultura da alface por
Quijano (1999) e Morselli (2001)
Pereira et al (2002) concluiacuteram em trabalho realizado com a cultivar de cebola
CNPF1 6400 em Minas Gerais que a utilizaccedilatildeo de 20 t ha de esterco de curral
proporcionou os melhores resultados para a produccedilatildeo de cebola
Silva Juacutenior amp Giorgi (1992) e Menezes Juacutenior (1998) citam que doses elevadas
de mateacuteria orgacircnica podem prejudicar a primeira fase da germinaccedilatildeo (embebiccedilatildeo) e
absorccedilatildeo de aacutegua pelas raiacutezes das placircntulas No entanto no presente trabalho este fato
natildeo ocorreu embora a dose de esterco utilizada tenha sido de 60 t ha 1 (dose maacutexima
recomendada segundo Nolla 1982)
413 Anaacutelise de macronutrientes no tecido vegetal
Os resultados dos conteuacutedos de nitrogecircnio foacutesforo potaacutessio caacutelcio e magneacutesio no
tecido vegetal sob diferentes adubaccedilotildees encontrados na Tabela 3 indicam mais uma
vez a superioridade da adubaccedilatildeo esterco com 0 uso ou natildeo de biofertilizantes
36
TABELA 3 Conteuacutedos (mg planta1) de nitrogecircnio foacutesforo potaacutessio caacutelcio e
magneacutesio no tecido vegetal de mudas de cebola Petrolini cultivadas sob
uma perspectiva agroecoloacutegica Pelotas-RS 2003
BIOFERTILIZANTES LIacuteQUIDOS i J B
ADUBACcedilAtildeO S Magro + MB4 +DE BASE Urina + Calda Urina + Calda Testemunha
Bordalesa Bordalesamg plantas1
---- Nitrogecircnio-----30 t ha de vermicomposto 16593 c AB 15451 c B 19050 b A45 t ha de vermicomposto 21444 b A 22888 b A 17852 b B60 t ha de esterco de curral 32606 a C 37593 a B 40816 a A
--------------- ------ Foacutesforo------- -------------30 t ha de vermicomposto 3098 c B 2802 c B 3999 b A45 t ha de vermicomposto 4109 b A 4135 b A 2788 c B60 t ha de esterco de curral 5300 a B 7577 a A 7565 a A
------- Potaacutessio------30 t ha de vermicomposto 24327 c A 19900 c B 24965 b A45 t ha de vermicomposto 29113b A 29812 b A 22031 b B60 t ha de esterco de curral 44070 a B 51976 a A 54101 a A
-------- Caacutelcio-------30 t ha de vermicomposto 5027 c A 4356 c A 4834 b A45 t ha de vermicomposto 6114b A 6963 b A 4379 b B60 t ha de esterco de curral 9030 a C 11451 a A 10331 a B
------Magneacutesio-----30 t ha de vermicomposto 1188 b A 914 c A 1202 b A45 t ha de vermicomposto 1231 b B 1582 b A 1176 b B60 t ha de esterco de curral 2136a B 2443 a A 2663 a AMeacutedias seguidas pela mesma letra minuacutescula para as colunas (adubaccedilatildeo de base) e maiuacutesculas para as linhas (biofertilizantes) natildeo diferem entre si pelo teste de Duncan a
Em relaccedilatildeo agraves adubaccedilotildees de base observa-se que o melhor tratamento foi o
esterco de curral para todas as variaacuteveis Para 1 VB (30 t ha^ 1 de vermicomposto) natildeo
houve resposta diferenciada com o uso de bofertilizantes para todas as variaacuteveis A
adubaccedilatildeo 15 VB (45 t ha 1 de vemicomposto) foi influenciada pelos biofertilizantes
para as variaacuteveis N P K e Ca enquanto que para Mg somente o MB4+U+CB o
influenciou O EC (esterco de curral) mostrou diferenccedila significativa apenas para as
variaacuteveis Ca e Mg quando adicionado MB4+U+CB
Segundo Peixoto (2000) eacute fundamental a adiccedilatildeo de adubos orgacircnico no cultivo de
hortaliccedilas seja na forma de esterco decomposto composto ou huacutemus de minhoca de
37
modo a fornecer melhorias nas propriedades do solo vindo a disponibilizar os nutrientes
as diferentes culturas
O esterco fresco conteacutem muita cama celuloacutesica e um elevado teor de aacutegua No
esterco curtido a celulose jaacute estaacute decomposta o teor de aacutegua estaacute reduzido agrave metade e os
nutrientes em uma forma mais assimilaacutevel e mais concentrada O esterco fresco pode
causar uma deficiecircncia temporaacuteria de nitrogecircnio no solo ao se decompor o que natildeo
acontece com o biestabilizado (Kiehl 1985)Ocorre uma diminuiccedilatildeo inicial no volume
de aacutegua retido no esterco de curral diminui inicialmente em tomo de 3581 liberando
posteriormente somente 496 evidenciando a sua capacidade de retenccedilatildeo de aacutegua
(Menezes Juacutenior 1998)
A utilizaccedilatildeo continuada de adubos nitrogenados minerais no solo altera o balanccedilo
do nitrogecircnio entre o solo e planta No meacutetodo biodinacircmico eacute sublinhada a importacircncia
dos adubos animais para o estabelecimento da fertilidade permanente dos solos (Koeff
et al 1983)
Para Guimaratildees (1997) os benefiacutecios que a mateacuteria orgacircnica imprime ao solo
principalmente melhorando a produtividade fertilidade e a influencia que as substancias
huacutemicas exercem sobre o ambiente dependem da qualidade e do teor de mateacuteria
orgacircnica do solo Estas substacircncias por conterem nutrientes em sua constituiccedilatildeo em uma
forma mais disponiacutevel para as plantas promovem um equiliacutebrio no ambiente no solo
(Kononova 1966)
Aproximadamente de 60 a 70 do total de carbono do solo ocorre na forma de
materiais huacutemicos (Griffith amp Schnitzer 1975) sendo a eles atribuiacutedo a manutenccedilatildeo da
bioestrutura do solo aumentando a capacidade de retenccedilatildeo de aacutegua (Brady 1999)
Conforme Compagnoni amp Putzolu (1985) os estercos bem como os demais
resiacuteduos orgacircnicos apresentam conteuacutedos diferentes de aacutecidos huacutemicos e fuumllvicos sendo
atribuiacutedo ao acido huacutemico uma accedilatildeo fitoestimulante semelhante aos fitohormocircnios por
favorecer o desenvolvimento do sistema radicular e crescimento do caule
Em trabalho realizado por Guimaratildees (1997) foi encontrado para aacutecidos huacutemicos
de esterco bovino uma relaccedilatildeo CN 1035 e para vermicomposto bovino 17
evidenciando que o esterco quando aplicado ao solo por apresentar uma relaccedilatildeo CN
proacutexima deste reage mais facilmente liberando nutrientes para as plantas sem alterar a
cadeia troacutefiacuteca Dados encontrados no presente trabalho demonstram a eficiecircncia do
esterco nesse sentido
38
De acordo com Morselli (2001) vaacuterios trabalhos citam comentam e discutem a
capacidade dos vermicompostos em proporcionar oacutetimas colheitas e favorecer a
precocidade das plantas cultivadas Poreacutem muitas vezes se observa que mesmo
suprindo essas plantas com nutrientes necessaacuterios atraveacutes de huacutemus de diferentes fontes
as respostas natildeo satildeo as mesmas para uma mesma cultivar
Por outro lado os resultados com o uso de substacircncias huacutemicas satildeo variaacuteveis e
dependem aleacutem da espeacutecie testada das substacircncias huacutemicas utilizadas sua
concentraccedilatildeo o grau de purificaccedilatildeo e das condiccedilotildees experimentais A resposta das
plantas aos aacutecidos huacutemicos e fuacutelvicos eacute dependente da mateacuteria prima original e da
espeacutecie vegetal pois materiais orgacircnicos diferentes apresentam aacutecidos huacutemicos e
fuacutelvicos diferentes (Businelli 1990)
Justificam-se os maiores conteuacutedos de nitrogecircnio foacutesforo potaacutessio e caacutelcio nas
adubaccedilotildees 15 VB (45 t ha 1 de vermicomposto) e biofertilizantes devido
provavelmente ao vermicomposto utilizado apresentar na sua constituiccedilatildeo teores
consideraacuteveis destes elementos aleacutem do que os biofertilizantes possam ter influenciado
na absorccedilatildeo atraveacutes de sua constituiccedilatildeo Tibau (1984) considera que a urina de vaca eacute
rica em aacutecido indol-aceacutetico e este influencia na absorccedilatildeo radicular O efeito positivo
deste tratamento provavelmente seja devido agrave quantidade aplicada
O biofertilizante que se destacou foi o MB4+U+CB em relaccedilatildeo ao EC (esterco de
curral) e eacute somente para a variaacutevel caacutelcio Isto provavelmente seja devido ao alto teor
deste elemento encontrado na sua constituiccedilatildeo (6872 g Kg1) e pela influecircncia positiva
que a calda bordalesa exerce no metabolismo das plantas atraveacutes dos nutrientes
contidos em sua formulaccedilatildeo O Ca controla a absorccedilatildeo radicular e retorna ao solo pelo
esterco e palhas por apresentar-se em maior quantidade em folhas e caules Depois de
localizado nas folhas fica imoacutevel favorecendo a resistecircncia da planta ao ataque de
fungos
Este trabalho avanccedila no estudo da agroecologia estando claro que todos os
criteacuterios tem caraacuteter dinacircmico de adequaccedilatildeo as mudanccedilas de um sistema de produccedilatildeo
em evoluccedilatildeo contribuindo na transiccedilatildeo para um padratildeo sustentaacutevel Cabe a pesquisa a
reorientaccedilatildeo para um enfoque ldquosistecircmicordquo isto eacute que permita integrar os diversos
componentes de um agroecossistema e a adoccedilatildeo de poliacuteticas puacuteblicas que promovam 0
fortalecimento e a expansatildeo da agricultura familiar
39
5 CONCLUSOtildeES
Considerando os resultados obtidos e as condiccedilotildees em que o estudo foi realizado
conclui-se que
bull As respostas agronocircmicas das mudas de cebola para os paracircmetros avaliados
satildeo mais satisfatoacuterias com a aplicaccedilatildeo de esterco de curral como adubaccedilatildeo de
base
bull Os biofertilizantes mais urina de vaca e calda bordalesa proporcionam
respostas satisfatoacuterias quando aplicados associados agraves adubaccedilotildees de base
bull O biofertilizante MB4 mais urina de vaca e calda bordalesa eacute mais eficiente
que o super magro mais urina e calda bordalesa quando aplicado associado agrave
adubaccedilatildeo de base esterco de curral para os conteuacutedos de fitomassa secae
fresca da parte aeacuterea das plantas altura e diacircmetro de colo das mudas de
cebola
bull Os biofertilizantes adicionados agrave adubaccedilatildeo de base 45 t harsquo 1 de vermicomposto
bovino mostram respostas significativas para os conteuacutedos de fitomassa seca
bull Os maiores conteuacutedos nutricionais para as mudas de cebola satildeo
proporcionados pela adubaccedilatildeo de base esterco de curral
bull A maior absorccedilatildeo de caacutelcio pelas mudas de cebola ocorre quando da adiccedilatildeo do
biofertilizante MB4 mais urina e calda bordalesa agrave adubaccedilatildeo de base esterco de
curral
40
6 REFEREcircNCIAS BIBLIOGRAacuteFICAS
ALDRIGHI CB ABREU CM PAGLIA AG MORSELLI TBGA FERNANDES HS Efeito da aplicaccedilatildeo de biofertilizante e urina de vaca em mudas de tomateiro Horticultura Brasileira v20 n2 julho 2002 Suplemento 2
ALTIERI M NICHOLLS C I Agroecologia Teoria praacutectica para umaAgricultura Sustentable Ia ed PNUMA 2000 Cap 2 4 Seacuterie textos baacutesicos para la formacioacuten ambiental
ALTIERI M Agroecologia bases cientiacuteficas para uma agricultura sustentaacutevelGuaiacuteba Agropecuaacuteria 2002 592 p
ANTONIOLLI Z I GIRACCA E M N CARDOSO S J T WIETHAN M M S FERRI M Iniciaccedilatildeo agrave Minhocultura Criaccedilatildeo em Cativeiro e Vermicompostagem Santa Maria UFSM 1996 p59-89
BAYER C MIELNICZUC J Dinacircmica e funccedilatildeo da mateacuteria orgacircnica In SANTOS G de A S e CAMARGO F A de O (ed) Fundamentos da mateacuteria orgacircnica do solo ecossistemas tropicais e subtropicais Porto Alegre Genesis 1999 p 3-23
BARRETTO D X Composto Orgacircnico In Praacutetica em Agricultura Orgacircnica Satildeo Paulo iacutecone Ed Ltda 1985 p 51-63
BETTIOL W Alguns produtos alternativos para o controle de doenccedilas de plantasem agricultura orgacircnica II Ciclo de palestras sobre agricultura orgacircnica Instituto Bioloacutegico Satildeo Paulo p52-63 1997
41
BETTIOL W TRACH R GALVAtildeO JAH Controle de doenccedilas de plantas com biofertilizantes Jaguariuacutena EMBRAPA-CNPMA 1997 22p (EMBRAPA- CNPMA Circular Teacutecnica 02)
BRADY N C Natureza e propriedades dos sotos Rio de Janeiro Freitas BastosS A 1979 647p
BRADY N C Organisms and ecology of the soil In The nature of properties of soils Simon amp Schuster A Viacon Company New Jersey1999 402-489p
BON1LLA J A Fundamentos da Agricultura Ecoloacutegica Sobrevivecircncia eQualidade de Vida Satildeo Paulo Nobel 1992
BUREacuteS S Substratos Ediciones Agroteacutecnicas S L Madrid Octubre 1997
BUS1NELLI M Chemical Composition and Enzymic Activity of some Worm Cast Plant Soil v 80 p 1-2 1990
CALEGARI A Espeacutecies para cobertura de solo In IAPAR (Instituto Agronocircmico de Paranaacute) Plantio Direto pequena propriedade sustentaacutevel organizador Moacir Darolt Londrina - PR 1998 65-93
CAMARGO P N D Manual de Adubaccedilatildeo Foliar Satildeo Paulo Herba 1975
CAPRA F A Teia da Vida Satildeo Paulo Cultrix 1997 256p
CAPRA F O Ponto de Mutaccedilatildeo 22 ed Satildeo Paulo Cultrix 2001 447p
CHABOUSSOU F Plantas doentes pelo uso de agrotoacutexicos (A Teoria da Trofobiose) Porto Alegre LPM 1987 253 p
CLARO S A Referencias tecnoloacutegicos para a agricultura familiar ecoloacutegica aexperiecircncia da Regiatildeo Centro-Serra do Rio Grande do Sul Porto Alegre EMATERRS-ASCAR 2001 250p
CLIVELA G Diagnoacutestico Agronocircmico da cebola no Rio Grande do Sul Porto Alegre EMATERRS 1995 8 6 p
COMISSAtildeO DE FERTILIDADE DO SOLO - RSSC Recomendaccedilotildees de adubaccedilatildeo e calagem para os estados do Rio Grande do Sul e Santa Catarina 3 ed Passo Fundo SBCS - Nuacutecleo Regional Sul 1995 223p
COMPAGNONI L PUTZOLU G Cria moderna de Ias lombrices y utilizacioacutenrentable dei humus Barcelona Editorial de Vecchi- SA 1985127p
COSTABEBER J A MOYANO E Transiccedilatildeo agroecoloacutegica e accedilatildeo social coletiva Agroecologia e Desenvolvimento Rural Sustentaacutevel Porto Alegre v l n4 p 50- 60 outdez 2 0 0 0
42
COSTA M B B da Adubaccedilatildeo orgacircnica Nova siacutentese e novo caminho para aagricultura Satildeo Paulo Ed iacutecone Ltda 1985 102p
COSTA NETO C Agricultura Sustentaacutevel Tecnologias e Sociedade In CARVALHO COSTA LF et al (org) Mundo Rural e Tempo Presente Rio de Janeiro Mauad 1999
DrsquoAG0ST1NI R L FANTINI A C Produccedilatildeo orgacircnica tambeacutem socialmente excludente Agroecologia e Desenvolvimento Rural Sustentaacutevel Porto Alegre v3 n l p57-61 2002
DALPONTE J C V Utilizaccedilatildeo de materiais orgacircnicos e fertilizante mineral na produccedilatildeo e qualidade de mudas e bulbos de cebola (Alliurn Cepa L) Pelotas-RS 1990 (Mestrado em Agronomia) - Faculdade de Agronomia Eliseu Maciel UFPel 1990
DEBARBA J F THOMAZELLI L F GANDIN C L SILVA E Cadeias produtivas do Estado de Santa Catarina Cebola Florianoacutepolis Epagri 1998 115 p (EPAGRI Boletim Teacutecnico 96)
DUFOUR F Os saacutebios loucos do agro-alimentar Le Monde Diplomatique ano 1 n4 p6-7 1999 (ed portuguesa)
EHLERS E Agricultura Sustetaacutevel Origem e perspectivas de um novo paradigma 2 ed Guaiacuteba Agropecuaacuteria 1999 157 p
FILGUEIRA F A R Novo Manual de olericultura agrotecnologia moderna na produccedilatildeo e comercializaccedilatildeo de hortaliccedilas Viccedilosa UFV 2000 402 p
FRASER G K Mateacuteria Orgacircnica Del Suelo In BEAR F E (ed) Quiacutemica dei Suelo Madrid Ed Agrociencia 1963
FOLLET R H MURPHY L S DONAHUE R L Fertilizers and soil amendments New Jersey Printice-Hall Inc 1981 557p
GARCIA A Revista dei Espacio Rural Georgica Zaragoza Escuela Politeacutecnica de Huesca n5 1997
GARCIA A Versatildeo preliminar de um Programa Estadual de Produccedilatildeo e Comercializaccedilatildeo de Bulbos e Sementes de CebolaEMBRAPAIPAGROMARAEMATER 6 8 pbdquo 1990 (Publicaccedilatildeo avulsa)
GIORGETT1 J R Produccedilatildeo e Comercializaccedilatildeo de Mudas de Tomate In Encontro Nacional de Produccedilatildeo e Abastecimento de Tomate 2 1991 Jaboticabal Satildeo Paulo Anais Jaboticabal UNESP 1991 p 242-244
GLIESSMAN S R Agroecologia Processos ecoloacutegicos em agricultura sustentaacutevelPorto Alegre Universidade Federal do Rio Grande do Sul - UFRGS 2000 653p
43
GLIESSMAN S R TURRIALBA C R Agroecologia Procesos Ecoloacutegicos en Agricultura Sostenible CATIE 2002 p 3-14
GNOATTO S C Caracterizaccedilatildeo quiacutemica de vermicompostos de diferentes substratos orgacircnicos Pelotas-RS 1999 38 f (Mestrado em Agronomia - Solos) - Faculdade de Agronomia Eliseu Maciel UFPel 1999
GOMES J C C BORBA M F S A moderna crise dos alimentos oportunidade para a agricultura familiar Emater Porto Alegre julset 2000 Disponiacutevel em lthttpwwwematertchebrdocsagroecorevistan313-artigo3htmgtAcesso em 24 fev 2002
GOMEZ H W Desenvolvimento sustentaacutevel agriacutecola e capitalismo In Desenvolvimento sustentaacutevel Necessidade eou disponibilidade Santa Cruz do Sul Nobel - UNISC 1997 p 65-77
GONZAacuteLEZ DE MOLINA M SEVILLA GUZMAacuteN E Ecologia campesinado e historia Para una reinterpretacioacuten dei desarrollo dei capitalismo en la agricultura In SEVILLA GUZMAacuteN E GONZAacuteLEZ DE MOLINA M (ed) Ecologia campesinado e historia Madrid La Piqueta 1993 p 23-129
GRIFFITH S A SCHNITZER M Analytical characteristic of humic and fulvic acids extracted from tropical volcanic soils Soil Sei Soc Am Proc v 39 p361-367 1975
GUIMARAtildeES E Caracterizaccedilatildeo quiacutemica estreptoscoacutepica e por anaacutelise teacutermica de aacutecidos huacutemicos e vermicompostos obtidos de estercos de diferentes animaisCuritiba 1997 Dissertaccedilatildeo (Mestrado em Quiacutemica) Universidade Federal do Paranaacute 1997
HESS A F Sociedade e meio ambiente uma relaccedilatildeo ambiacutegua Revista Cientiacutefica Rural Bageacute v 4 n2 p 167-1741999
ICEPA-SC Informes conjunturais sobre a cultura da cebola Disponiacutevel em lthttpwwwicepa combrgt Acesso em 23 jan 2003
JONES H A MANN L K Onions and their allies New York Interscience Publishers 1962 286 p
JUacuteNIOR H A de MAIORANO J A Receitas obtidas de extratos de plantasCampinas CATITerra Viva [199-] 10 f
KHATOUNIAN C A Ciclo de Palestras sobre Agricultura Orgacircnica 2a Ed SatildeoPaulo Fund Cargill 1997 149 p
KIEHL E J Fertilizantes Orgacircnicos Satildeo Paulo Ed Agronocircmica Ceres Ltda 1985 492p
44
KOEFF H H PETTERSSON B D SHAUMANN W Vida Vegetal solos e adubaccedilatildeo In Agricultura Biodinacircmica Satildeo Paulo Nobel 1983 p92-149
KONONOVA M M Soil organic matter The importance o f organic matter in soil formation and soil fertility New York Pergamqn Press 1961 p 165-200
KUHN T A Estrutura das Revoluccedilotildees Cientiacuteficas Satildeo Paulo Perspectiva 1989 257p
LANNA FCA ABREU C L ABREU J G SILVA V Resposta de cultivares de melancia cultivadas sob adubaccedilatildeo quiacutemica e orgacircnica Horticultura v 12 n l p85 1994
LEFF H Saber Ambiental Petroacutepolis Vozes 2001 343 p
MAGALHAtildeES J R Nutriccedilatildeo e adubaccedilatildeo da cebola In FERREIRA M E CASSTELLANE P D CRUZ M C P Nutriccedilatildeo e adubaccedilatildeo de hortaliccedilasPiracicaba POTAFOS 1993 p 381-393
MALAVOLTA E Elementos de nutriccedilatildeo mineral de plantas Satildeo Paulo Ed Agronocircmica Ceres Ltda 1980 251 p
MALAVOLTA E Manual de Quiacutemica Agriacutecola - Adubos e Adubaccedilatildeo 3a ed SatildeoPaulo Ed Agronocircmica Ceres Ltda 1981 606 p
MARTINEZ A A A grande e Poderosa Minhoca Jaboticabal Funep - Unesp1990 101 p
MARTINS S R Desenvolvimento e Sustentabilidade Horticultura Brasileira Brasiacutelia-DF v20 n2 julho 2002 Palestra apresentada no 42deg Congresso Brasileiro de Olericultura
MARTINS S R Limites Del Desarrollo Sostenible em Ameacuterica Latina En el marco de Ias poliacuteticas de (re)ajuste econocircmico Pelotas Editora UFPel 1997 135 P-
MARTINS S R Sustentabilidade na agricultura dimensotildees econocircmicas sociais e ambientais Revista Cientiacutefica Rural Bageacute v4 n 2 p 175-1871999
MATURANA H REZEPKA S N D E Formaccedilatildeo Humana e Capacitaccedilatildeo Rio de Janneiro Vozes 2000 8 6 p
MELLO A F SOBRINHO M O ARZOLLA S SILVEIRA R NETTO A C KIEHL J C Fertilidade do Solo Satildeo Paulo Nobel 1983
MENEZES JUacuteNIOR F O G D Caracterizaccedilatildeo de Diferentes substratos hortiacutecolas e seu efeito na produccedilatildeo de mudas de alface e couve-flor em ambiente protegido Pelotas 1998 141 p Dissertaccedilatildeo (Mestrado em Agronomia - Produccedilatildeo Vegetal) - Faculdade de Agronomia Eliseu Maciel UFPel 1998
45
MIBASA Mineraccedilatildeo Barreto SA Melhorador de Solos MB4 A Natureza Agradece Arapiraca-AL [199-] Folder
MINAMI K Os resumos da olericultura 2000 In AZEVEDO FILHO MARTINEZ FILHO (ed) Preccedilos agriacutecolas Piracicaba ESALQ 1999 p 4
MINAMI K Produccedilatildeo de Mudas de Alta Qualidade em Horticultura Satildeo Paulo TA Queiroz 1995
MORSELLI T B G A Cultivo sucessivo de alface sob adubaccedilatildeo orgacircnica em ambiente protegidoPelotas 2001 178 p Tese (Doutorado em Agronomia - Produccedilatildeo Vegetal) Faculdade de Agronomia Eliseu Maciel UFPel 2001
MORSELLI T B G A Resiacuteduos orgacircnicos em sistemas agriacutecolas Poliacutegrafo da Disciplina de Resiacuteduos orgacircnicos em sistemas agriacutecolas Curso de Poacutes-Graduaccedilatildeo em Agronomia-Produccedilatildeo Vegetal UFPel 2002
MULLER AM Efeitos da Aplicaccedilatildeo Foliar de um Biofertilizante Enriquecido no Estado fitossanitaacuterio de Tomate Ervilha e Beterraba Sob Manejo OrgacircnicoDissertaccedilatildeo (Mestrado no Programa de Poacutes-Graduaccedilatildeo em Agroecossistemas)1999 (Resumo)
NOLLA D Erosatildeo do Solo - O grande desafio Estado do Rio Grande do Sul SEAGRI desenvolvimento de recursos naturais renovaacuteveis 1982 412 p
PAGLIA AG MORSELLI TBGA PEIL RMN Teores de nutrientes pH e condutividade eleacutetrica da aacutegua em sistema ldquofloat^ngrdquo sob adiccedilatildeo de biofertilizantes Horticultura Brasileira v 20 n2 julho 2002 Suplemento 2
PAULUS G MULLER A BARCELLOS LAR Agroecologia aplicada praticas e meacutetodos para uma agricultura de base ecoloacutegica 2ed ver ampl Porto Alegre EMATERRS 2001 8 6 p
PEIXOTO R T dos G Composto orgacircnico aplicaccedilotildees benefiacutecios e restriccedilotildees de uso Horticultura Brasileira Brasiacutelia-DF v 18 p 56-64 julho 2000
PENTEADO SR Defensivos Alternativos e Naturais Satildeo Paulo 1999 95 p
PEREIRA AJ SOUZA RJ PEREIRA WR Efeito de diferentes doses de esterco de galinha e de curral sobre a produccedilatildeo de cebola Horticultura Brasileira v20 n2 julho 2002 Suplemento 2
PINHEIRO S BARRETO SB MB-4 agricultura sustentaacutevel trofobiose e biofertilizantes Fundaccedilatildeo Juquira CandiruMibasa 2000 273 p
PRIMAVESI A Agricultura Sustentaacutevel Satildeo Paulo Nobel 1992 142 p
PRIMAVESI A O manejo ecoloacutegico do solo Agricultura em regiotildees tropicais SatildeoPaulo Nobel 1982 541 p
46
PURCINO A A C ldquoNitrogecircniordquo Informe Agropecuaacuterio Belo Horizonte v7 n81 p 16-27 1981
QUIJANO F G Efeito da adubaccedilatildeo orgacircnica no desenvolvimento de duas cultivares de alface em ambiente protegido Pelotas 1999 116f Dissertaccedilatildeo (Mestrado em Agronomia - Produccedilatildeo Vegetal) Faculdade de Agronomia Eliseu Maciel UFPel 1999
RODRIGUES A N N Efeitos e residuais de superfosfato triplo sobre o rendimento de mateacuteria seca e absorccedilatildeo de foacutesforo pela aveia (Avena strigosa Schob) em solo Podzoacutelico Vermelho Escuro Porto Alegre 1984 59f Dissertaccedilatildeo (Mestrado em Agronomia) - Faculdade de Agronomia UFRGS 1984
RODRIGUES E T CASALI V W D Respostas da alface agrave adubaccedilatildeo orgacircnica II Teores conteuacutedos e utilizaccedilatildeo de macronutrientes em cultivares Rev Ceres Viccedilosa v 45 n 261 p 437-449 1998
SAMINEcircS T C O Produccedilatildeo orgacircnica de alimentos Horticultura Brasileira Brasiacutelia-DF v 17 n3 novembro 1999
SCHIEDECK G Ambiecircncia e resposta agronocircmica de meloeiro (Cucumis melo L) cultivado sob adubaccedilatildeo orgacircnica em ambiente protegido Pelotas lOOp Tese (Doutorado em Agronomia - Produccedilatildeo Vegetal) - Faculdade de Agronomia Eliseu Maciel UFPel 2002
SILVA JUacuteNIOR A A GIORGI E Substratos alternativos para a produccedilatildeo de mudas de tomate Agropecuaacuteria Catarinense Florianoacutepolis EPAGRI 1992 23 p
SILVA JUacuteNIOR A A MACEDO S G STUKER H Utilizaccedilatildeo de esterco de peru na produccedilatildeo de mudas de tomateiro Florianoacutepolis EPAGRI 1995 28 p (Boletim Teacutecnico 73)
TAGLIARI PS GRASSMANN H Minhoca a grande aliada da agricultura Agropecuaacuteria Catarinense v8 n l p 11-14 mar 1995
TEDESCO M J GIANELLO C Anaacutelises de solo plantas e outros materiais Porto Alegre Faculdade de Agronomia Departamento de Solos Universidade Federal do Rio Grande do Sul RS 1996
TENNANT D A Test of modified line intersect method of estimating root lenght Journal Ecology Oxford v 63 p 995-1001 1975
TIBAU A O Mateacuteria Orgacircnica do Solo Mateacuteria Orgacircnica e Fertilidade do SoloSatildeo Paulo Nobel 1984 p49-182
TIMM P J Anaacutelise comparativa dos sistemas de plantio convencional e cultivo miacutenimo de cebola sob adubaccedilatildeo orgacircnica e mineral Pelotas 2000 79 p Dissertaccedilatildeo (Mestrado em Agronomia - Produccedilatildeo Vegetal) - Faculdade de Agronomia Eliseu Maciel UFPel 2000
47
VALENZUELA HR CROSBY C Effect of compost applications on the yield of several vegetables in long-term organic farming experiments conduced in the tropics American Society Horticultural Science v33 n3 june 1998
VIGLIZZO E (ed) Subprograma Recursos Naturais y Sostenibilidad Agriacutecola documento marco Montevideo IICAPROCISUR 1995 p 75 - 78
WE1D J M TARDIN J M Proposta para a Ampliaccedilatildeo do Trabalho da ASPTA no Centro Sul do Paranaacute ASPTA Disponiacutevel em http wwwpronafgovbrEncontrotestosAS20PTA20Sul20ParanE1205 202002doc Acesso em 05 mai 2002
XAVIER SIMOacuteN F DOMINGUES D G Desenvolvimento Rural Sustentaacutevel uma perspectiva agroecoloacutegica Agroecologia e Desenvolvimento Rural Sustentaacutevel Porto Alegre EM ATERRS v2 n2 p 17-26 2001
ZABALETA J P Diagnoacutestico da Agricultura Familiar em Satildeo Joseacute do Norte - RSPelotas EMBRAPA-CPACT 1998 75 p (EMBRAPA-CPACT Documentos 44)
ZONTA E P MACHADO A A SILVEIRA P Sanest Sistema de anaacutelise estatiacutestica para microcomputadores Registrado na Secretaria Especial de Informaacutetica sob nuacutemero 066060 - categoria A Pelotas-RS Universidade Federal de Pelotas 1984
48
7 APEcircNDICE
APEcircNDICE A - Anaacutelise da adubaccedilatildeo de base e biofertilizantes utilizados na produccedilatildeo de mudas de cebola
TABELA 1 A Anaacutelise baacutesica do solo antes da incorporaccedilatildeo do feijatildeo miuacutedo + papua
Arg
pH IND
SMP
MO
P - n r - Na Al Ca__10Omlmdash
Mg
ppm -
6 53 67 089 8 6 27 1 04 05 0 2
Fonte LASFAEMUFPel (2002)
TABELA 2A Anaacutelise complementar do solo antes da incorporaccedilatildeo do feijatildeo-miuacutedo + papua
Cobre Zinco Manganecircs Ferro
(m v1)
04 05 26 007
Fonte LASFAEMUFPel (2002)
49
TABELA 3A Anaacutelise dos fertilizantes soacutelidos
Amostra pH limidade CN
C N P K Ca Mg
- g-ivg --
Cama de 849 2491 12 31042 2479 3888 3405 29875 463
aves
Esterco 74 3594 11 677 590 157 134 335 214
de curral
Huacutemus 684 5738 14 15965 1098 453 745 743 361
Fonte LASFAEMUFPel (2002)
TABELA 4A Anaacutelise quiacutemica dos biofertilizantes liacutequidos
Amostra N P K_ccedil H
Ca Mg Cu Zn Fe Mn
mdashgL bull
S Magro
m b 4
Urina
053
1652
8 2 2
008
395
0 0 0
149
1674
471
1902
6872
0 0 0
1150
4507
1172
7273
42
033
101389
920
0 0 0
6250
19458
781
35273
1123
0 2 1
Fonte LASFAEMUFPel (2002)
50
APEcircNDICE B - Condiccedilotildees climaacuteticas do local
TABELA 1B Condiccedilotildees de temperatura do local
___________ __________TEMPERATURA (degCgt
meses Meacutedia
Maacutexima
Meacutedia
MiacutenimaMeacutedia
Maacutexima
Absoluta
Miacutenima
Absoluta
Junho 225 87 156 320 25
Julho 225 85 155 285 30
Agosto 251 71 161 360 1 0
Fonte FEPAGROSCT 2002
TABELA 2B Condiccedilotildees de chuva do local
mdash CHUVA (mm)mdash
meses Ocorrida Normal Desvio Da Normal
Junho 1080 1 1 0 -2 0
Julho 1062 98 8 2
Agosto 1283 1 2 0 83
Fonte FEPAGROSCT 2002
51
TABELA 1C Produccedilatildeo de fitomassa fresca e seca (g) da parte aeacuterea altura de planta
(cm) e diacircmetro de colo (mm) de mudas de cebola Petrolini cultivadas
sob uma perspectiva agroecoloacutegica Pelotas-RS 2003
APEcircNDICE C - Anaacutelise estatiacutestica da parte aeacuterea
Causas G1 FFPA FSPA AP DC
da variaccedilatildeo --------- Quadrados meacutedios-
Blocos 3
Ad Base 2 175359071 1287102 2547419 1 11775
Biofertilizantes 2 126876 29011 87669ns 02185ns
Ad x Biofert 4 572378 31123 69106ns 04159
Resiacuteduo 24 34456 03048 27169 00290
Total 35
Meacutedia geral 93745 8772 320388 6741
CV 1980 6294 5145 2530
Significativo a 5ns Natildeo significativo
52
TABELA 1D Produccedilatildeo de fitomassa fresca e seca (g) comprimento (cm) e densidade
de raiacutezes (m cm3) de mudas de cebola Petrolini cultivadas sob uma
perspectiva agroecoloacutegica e razatildeo parte aeacutereasistema radicular Pelotas-
RS 2003
APEcircNDICE D - Anaacutelise estatiacutestica da raiz
Causas G1 FFR FSR CR RPASR DR
da variaccedilatildeo Quadrados meacutedios---------------
Blocos 3
Ad Base 2 27874 551 623 2 1 0 140
Biofertilizantes 2 178 0 1 0 ni 1504 l03ns 038ns
Ad x Biofert 4 190 058 318 294 183
Resiacuteduo 24 005 009 028 023 0 2 1
Total 35
Meacutedia geral 1818 228 184 387 333
C V 134 1356 448 1253 1396
Significativo a 5 ns Natildeo significativo
53
APEcircNDICE E - Anaacutelise estatiacutestica dos macronutrientes da parte aeacuterea da cebola
TABELA 1E Conteuacutedos (mg planta1) de nitrogecircnio foacutesforo potaacutessio caacutelcio e
magneacutesio no tecido vegetal de mud^s de cebola Petrolini cultivadas
sob uma perspectiva agroecoloacutegica Pelotas-RS 2003
Causas G1 bull N P K Ca Mg
da variaccedilatildeo
Blocos 3
Ad Base 2 13550306 446627 25509686 1031806 59007
Biofertilizantes 2 180610ns 16564 68153ns 39006 876ns
Ad x Biofert 4 454187 45743 1047539 46950 2464
Resiacuteduo 24 29769 1453 64313 3741 439
Total 35
Meacutedia geral 24921 4597 33366 6943 1615
C V 692 829 760 880 1297
Significativo a 5 ns Natildeo significativo
APEcircNDICE F - Fotos do experimento
FIGURA 2 Mudas de cebola (Allium cepa L) produzidas sob uma perspectiva agroecoloacutegica
APEcircNDICE F a Fotos do experimento
FIGURA 1 Adubaccedilatildeo verde com feijatildeo-miuacutedo e papuatilde utilizadas no manejo do solo
FIGURA 2 Mudas de cebola (Allium cepa L) produzidas sob urna perspectiva agroecoloacutegica
32
TABELA 1 Produccedilatildeo de fitomassa fresca e seca (g) da parte aeacuterea altura de planta
(cm) e diacircmetro de colo (mm) de mudas de cebola Petrolini cultivadas
sob uma perspectiva agroecoloacutegica Pelotas-RS 2003
BIOFERTILIZANTES LIacuteQUIDOSADUBACcedilAtildeO S Magro + MB4 +DE BASE Urina + Calda Urina + Calda Testemunha
Bordalesa Bordalesa
30 t ha de vermicomposto 7015 c A45 t halsquo de vermicomposto 7824 b B60 t ha de esterco de curral 12248 a C
30 t ha de vermicomposto 667 c A45 t ha de vermicomposto 752 b A60 t ha de esterco de curral 1150a C
30 t ha de vermicomposto 2975 b A45 t harsquo de vermicomposto 2775 b A60 t ha de esterco de curral 3600 a B
30 t ha de vermicomposto 631 b A45 t ha de vermicomposto 6 2 2 b B60 t ha de esterco de curral 741 a C
-Fitomassa fresca (g)----------------6270 c B 6885 b A8832 b A 6308 c C
15082 a A 13934 a BmdashFitomassa seca (g)----------------
625 c A 655 b A830 b A 607 b B
1345 a A 1262 a B-Altura de planta (cm)----------------
2950 b A 3050 b A2937 b A 2950 b A 3975 a A 3622 a B
-Diacircmetro de colo (mm)---------------592 c B 599 b B 657 b A 609 b B 819a A________ 793a B
Meacutedias seguidas pela mesma letra minuacutescula para as colunas (adubaccedilatildeo de base) e maiuacutesculas para as linhas (biofertilizantes) natildeo diferem entre si pelo teste de Duncan a 5
O efeito positivo do esterco bovino pode ser atribuiacutedo agraves melhorias nas condiccedilotildees
fiacutesicas do solo por ele proporcionado Segundo Primavesi (1982) e Compagnoni amp
Putzolu (1985) o esterco bovino apresenta propriedades condicionadoras do solo dando
agraves plantas melhores condiccedilotildees de desenvolvimento elevando sobremaneira os
conteuacutedos de fitomassa fresca das plantas que refletiratildeo nas demais respostas
agronocircmicas
Analisando as adubaccedilotildees de base em relaccedilatildeo aos biofertilizantes observa-se que
para os tratamentos 1 VB (30 t ha 1 de vermicomposto) - natildeo houve influecircncia dos
biofertilizantes para as variaacuteveis FSPA e AP enquanto destacou-se o SM+U+CB para o
DC e SM+U+CB e ausecircncia da adubaccedilatildeo liacutequida para a FFPA mostrando que o uso
dos biofertilizantes natildeo influenciou esta variaacutevel 15 VB (45 t ha 1 de vermicomposto) -
verificou-se a eficiecircncia do uso do MB4 +U+CB para as variaacuteveis FFPA e DC Para a
variaacutevel FSPA destacaram-se os dois biofertilizantes utilizados jaacute para AP natildeo houve
33
influecircncia destes EC (60 t ha 1 de esterco de curral) - em todas as variaacuteveis observadas
na tabela 5 as respostas foram significativas utilizando MB4 +U+CB
As respostas encontradas no presente trabalho para as variaacuteveis AP e FSPA foram
superiores as obtidas por Dalponte (1990) quando utilizado 0 esterco de curral para
produccedilatildeo de mudas de cebola
Segundo Filgueira (2000) os solos da regiatildeo produtora de cebola do RS satildeo
pobres em foacutesforo disponiacutevel (15 mg Kg1) necessitando portanto de adubaccedilotildees
fosfatadas elevadas As respostas aqui obtidas podem ser justificadas pelos teores de
foacutesforo contido no MB4
Follet et al (1981) citam a importacircncia do uso de compostos orgacircnicos no solo
enfatizando os estercos no sentido da decomposiccedilatildeo continuada no fornecimento de
nutrientes e na liberaccedilatildeo lenta e gradual de aacutecidos orgacircnicos influenciando a liberaccedilatildeo
do foacutesforo O que provavelmente pode ser atribuiacutedo agraves respostas encontradas no
presente trabalho para 0 tratamento Esterco de curral mais MB4 e Urina mais Calda
Bordalesa
E importante destacar que 0 sistema de produccedilatildeo de mudas de cebola sob uma
perspectiva agroecoloacutegica mostra-se eficiente quando visualmente natildeo percebe-se
diferenccedila significativa entre os tratamentos (Apecircndice F Figura 2)
Conveacutem ressaltar que quando trabalhamos com agroecologia natildeo existem
receitas nem pacotes tecnoloacutegicos prontos Cada situaccedilatildeo deveraacute ser estudada em
particular para que se faccedila recomendaccedilotildees adequadas ao ambiente local uma vez que
as plantas se adaptam ao meio estando a nutriccedilatildeo encarregada de proteger e manter o
equiliacutebrio do organismo vegetal em funccedilatildeo das alteraccedilotildees externas
E fundamental que se compreenda os princiacutepios norteadores de todo o processo
que satildeo as bases da luta por uma sociedade mais justa dentro de um mundo econocircmico e
ambientalmente mais sustentaacutevel
412 Anaacutelise do sistema radicular
Os resultados obtidos nas anaacutelises do sistema radicular (Tabela 2) mostram
diferenccedilas significativas entre as adubaccedilotildees para as variaacuteveis fitomassa fresca de raiz
(FFR) fitomassa seca de raiz (FSR) comprimento de raiz (CR) razatildeo parte
aeacutereasistema radicular (RPASR) e densidade de raiz (DR)
34
TABELA 2 Produccedilatildeo de fitomassa fresca e seca (g) comprimento (cm) e densidade de
raiacutezes (m cm3) de mudas de cebola Petrolini cultivadas sob uma
perspectiva agroecoloacutegica e razatildeo parte aeacutereasistema radicular Pelotas-
RS 2003
BIOFERTILIZANTES LIacuteQUIDOSADUBACcedilAO DE BASE
S Magro + MB4 +Urina + Calda Urina + Calda Testemunha
Bordalesa Bordalesa
de vermicomposto de vermicomposto de esterco de curral
de vermicomposto de vermicomposto de esterco de curral
de vermicomposto de vermicomposto de esterco de curral
de vermicomposto de vermicomposto de esterco de curral
1540 c A 1576 b B 2427 a A
Fitomassa fresca (g)----------------1502 c B 1517 b AB 1658 b A 1446 c C 2336 a B 2360 a B
--------------------Fitomassa seca (g)-------------------196 b A 207 ab A 170 b A170 b A 199 b A 192 b A 344 a A 249 a B 327 a A
Comprimento de raiz(cm)---------------1237 b A 1158 b A 1158 a A1237 b A 1060 c B 1040 b B1433 a A 1296 a B 1040 b C
30 t ha 45 t ha 60 t ha
30 t ha 45 t ha 60 t ha
30 t halsquo 45 t ha 60 t ha
30 t ha 45 t ha 60 t ha
30 t ha de vermicomposto 45 t ha de vermicomposto60 t ha~ de esterco de curral__________________________ _________________________Meacutedias seguidas pela mesma letra minuacutescula para as colunas (adubaccedilatildeo de base) e maiuacutesculas para as linhas (biofertilizantes) natildeo diferem entre si pelo teste de Duncan a 5
-----Razatildeo Parte AeacutereaSistema Radicular------340 b AB 301c B 384 a A446 a A 415 b A 326 a B339 b B 546 a A 388 a B
-------------- Densidade de raiz (m cm3)------------367 a AB 414 a A 325 b B282 b B 301b B 405 a A347 ab A 231c B 324 b A
Em relaccedilatildeo agraves adubaccedilotildees de base destacou-se o EC (60 t ha 1 de esterco de curral)
para as variaacuteveis FFR e FSR Quando adicionado o SM+U+CB os resultados para FFR
foram ainda melhores bem como o CR As respostas obtidas para a RPASR foram
variadas em relaccedilatildeo agraves adubaccedilotildees apresentando melhores resultados para 15 VB (45 t
ha 1 de vermicomposto)+SM+U+CB e ainda melhor para EC (60 t ha 1 de esterco de
curral)+MB4 +U+CB As adubaccedilotildees de base 1 VB 15 VB e EC natildeo diferiram entre si
As adubaccedilotildees mais eficientes para a variaacutevel DR foram 1 VB+SM+U+CV que natildeo
diferiu da EC+SM+U+CB I VB+ MB4 +U+CB e agrave 15 VB foram melhores entre as
demais
35
Analisando os biofertilizantes em relaccedilatildeo a cada adubaccedilatildeo de base verifica-se que
para a 1 VB (30 t ha 1 de vermicomposto)+SM+U+CB destaca-se a variaacutevel FFR
poreacutem sem diferenccedila significativa de 1 VB os melhpres resultados para a variaacutevel DR
foram encontrados pelo tratamento 1 VB+MB4 +U+CB e 15 VB (45 t ha 1 de
vermicomposto) tambeacutem se considera eficiente o 1 VB+SM+U+CB que natildeo diferiu do
EC (esterco de curral) Quando se utilizou 15 VB+ MB4 +U+CB houve resposta
significativa para a variaacutevel FFR para FSR as respostas natildeo foram diferentes com a
aplicaccedilatildeo dos biofertilizantes para as variaacuteveis FSR e DR as adubaccedilotildees EC e
EC+SM+U+CB natildeo diferiram entre si
Embora as respostas estatiacutesticas tenham sido diferentes para as adubaccedilotildees
combinadas ou natildeo pode-se salientar a importacircncia do aacutecido indol-aceacutetico como jaacute
citado anteriormente para as variaacuteveis avaliadas na parte aeacuterea das mudas de cebola
Respostas semelhantes nesse sentido foram encontradas para a cultura da alface por
Quijano (1999) e Morselli (2001)
Pereira et al (2002) concluiacuteram em trabalho realizado com a cultivar de cebola
CNPF1 6400 em Minas Gerais que a utilizaccedilatildeo de 20 t ha de esterco de curral
proporcionou os melhores resultados para a produccedilatildeo de cebola
Silva Juacutenior amp Giorgi (1992) e Menezes Juacutenior (1998) citam que doses elevadas
de mateacuteria orgacircnica podem prejudicar a primeira fase da germinaccedilatildeo (embebiccedilatildeo) e
absorccedilatildeo de aacutegua pelas raiacutezes das placircntulas No entanto no presente trabalho este fato
natildeo ocorreu embora a dose de esterco utilizada tenha sido de 60 t ha 1 (dose maacutexima
recomendada segundo Nolla 1982)
413 Anaacutelise de macronutrientes no tecido vegetal
Os resultados dos conteuacutedos de nitrogecircnio foacutesforo potaacutessio caacutelcio e magneacutesio no
tecido vegetal sob diferentes adubaccedilotildees encontrados na Tabela 3 indicam mais uma
vez a superioridade da adubaccedilatildeo esterco com 0 uso ou natildeo de biofertilizantes
36
TABELA 3 Conteuacutedos (mg planta1) de nitrogecircnio foacutesforo potaacutessio caacutelcio e
magneacutesio no tecido vegetal de mudas de cebola Petrolini cultivadas sob
uma perspectiva agroecoloacutegica Pelotas-RS 2003
BIOFERTILIZANTES LIacuteQUIDOS i J B
ADUBACcedilAtildeO S Magro + MB4 +DE BASE Urina + Calda Urina + Calda Testemunha
Bordalesa Bordalesamg plantas1
---- Nitrogecircnio-----30 t ha de vermicomposto 16593 c AB 15451 c B 19050 b A45 t ha de vermicomposto 21444 b A 22888 b A 17852 b B60 t ha de esterco de curral 32606 a C 37593 a B 40816 a A
--------------- ------ Foacutesforo------- -------------30 t ha de vermicomposto 3098 c B 2802 c B 3999 b A45 t ha de vermicomposto 4109 b A 4135 b A 2788 c B60 t ha de esterco de curral 5300 a B 7577 a A 7565 a A
------- Potaacutessio------30 t ha de vermicomposto 24327 c A 19900 c B 24965 b A45 t ha de vermicomposto 29113b A 29812 b A 22031 b B60 t ha de esterco de curral 44070 a B 51976 a A 54101 a A
-------- Caacutelcio-------30 t ha de vermicomposto 5027 c A 4356 c A 4834 b A45 t ha de vermicomposto 6114b A 6963 b A 4379 b B60 t ha de esterco de curral 9030 a C 11451 a A 10331 a B
------Magneacutesio-----30 t ha de vermicomposto 1188 b A 914 c A 1202 b A45 t ha de vermicomposto 1231 b B 1582 b A 1176 b B60 t ha de esterco de curral 2136a B 2443 a A 2663 a AMeacutedias seguidas pela mesma letra minuacutescula para as colunas (adubaccedilatildeo de base) e maiuacutesculas para as linhas (biofertilizantes) natildeo diferem entre si pelo teste de Duncan a
Em relaccedilatildeo agraves adubaccedilotildees de base observa-se que o melhor tratamento foi o
esterco de curral para todas as variaacuteveis Para 1 VB (30 t ha^ 1 de vermicomposto) natildeo
houve resposta diferenciada com o uso de bofertilizantes para todas as variaacuteveis A
adubaccedilatildeo 15 VB (45 t ha 1 de vemicomposto) foi influenciada pelos biofertilizantes
para as variaacuteveis N P K e Ca enquanto que para Mg somente o MB4+U+CB o
influenciou O EC (esterco de curral) mostrou diferenccedila significativa apenas para as
variaacuteveis Ca e Mg quando adicionado MB4+U+CB
Segundo Peixoto (2000) eacute fundamental a adiccedilatildeo de adubos orgacircnico no cultivo de
hortaliccedilas seja na forma de esterco decomposto composto ou huacutemus de minhoca de
37
modo a fornecer melhorias nas propriedades do solo vindo a disponibilizar os nutrientes
as diferentes culturas
O esterco fresco conteacutem muita cama celuloacutesica e um elevado teor de aacutegua No
esterco curtido a celulose jaacute estaacute decomposta o teor de aacutegua estaacute reduzido agrave metade e os
nutrientes em uma forma mais assimilaacutevel e mais concentrada O esterco fresco pode
causar uma deficiecircncia temporaacuteria de nitrogecircnio no solo ao se decompor o que natildeo
acontece com o biestabilizado (Kiehl 1985)Ocorre uma diminuiccedilatildeo inicial no volume
de aacutegua retido no esterco de curral diminui inicialmente em tomo de 3581 liberando
posteriormente somente 496 evidenciando a sua capacidade de retenccedilatildeo de aacutegua
(Menezes Juacutenior 1998)
A utilizaccedilatildeo continuada de adubos nitrogenados minerais no solo altera o balanccedilo
do nitrogecircnio entre o solo e planta No meacutetodo biodinacircmico eacute sublinhada a importacircncia
dos adubos animais para o estabelecimento da fertilidade permanente dos solos (Koeff
et al 1983)
Para Guimaratildees (1997) os benefiacutecios que a mateacuteria orgacircnica imprime ao solo
principalmente melhorando a produtividade fertilidade e a influencia que as substancias
huacutemicas exercem sobre o ambiente dependem da qualidade e do teor de mateacuteria
orgacircnica do solo Estas substacircncias por conterem nutrientes em sua constituiccedilatildeo em uma
forma mais disponiacutevel para as plantas promovem um equiliacutebrio no ambiente no solo
(Kononova 1966)
Aproximadamente de 60 a 70 do total de carbono do solo ocorre na forma de
materiais huacutemicos (Griffith amp Schnitzer 1975) sendo a eles atribuiacutedo a manutenccedilatildeo da
bioestrutura do solo aumentando a capacidade de retenccedilatildeo de aacutegua (Brady 1999)
Conforme Compagnoni amp Putzolu (1985) os estercos bem como os demais
resiacuteduos orgacircnicos apresentam conteuacutedos diferentes de aacutecidos huacutemicos e fuumllvicos sendo
atribuiacutedo ao acido huacutemico uma accedilatildeo fitoestimulante semelhante aos fitohormocircnios por
favorecer o desenvolvimento do sistema radicular e crescimento do caule
Em trabalho realizado por Guimaratildees (1997) foi encontrado para aacutecidos huacutemicos
de esterco bovino uma relaccedilatildeo CN 1035 e para vermicomposto bovino 17
evidenciando que o esterco quando aplicado ao solo por apresentar uma relaccedilatildeo CN
proacutexima deste reage mais facilmente liberando nutrientes para as plantas sem alterar a
cadeia troacutefiacuteca Dados encontrados no presente trabalho demonstram a eficiecircncia do
esterco nesse sentido
38
De acordo com Morselli (2001) vaacuterios trabalhos citam comentam e discutem a
capacidade dos vermicompostos em proporcionar oacutetimas colheitas e favorecer a
precocidade das plantas cultivadas Poreacutem muitas vezes se observa que mesmo
suprindo essas plantas com nutrientes necessaacuterios atraveacutes de huacutemus de diferentes fontes
as respostas natildeo satildeo as mesmas para uma mesma cultivar
Por outro lado os resultados com o uso de substacircncias huacutemicas satildeo variaacuteveis e
dependem aleacutem da espeacutecie testada das substacircncias huacutemicas utilizadas sua
concentraccedilatildeo o grau de purificaccedilatildeo e das condiccedilotildees experimentais A resposta das
plantas aos aacutecidos huacutemicos e fuacutelvicos eacute dependente da mateacuteria prima original e da
espeacutecie vegetal pois materiais orgacircnicos diferentes apresentam aacutecidos huacutemicos e
fuacutelvicos diferentes (Businelli 1990)
Justificam-se os maiores conteuacutedos de nitrogecircnio foacutesforo potaacutessio e caacutelcio nas
adubaccedilotildees 15 VB (45 t ha 1 de vermicomposto) e biofertilizantes devido
provavelmente ao vermicomposto utilizado apresentar na sua constituiccedilatildeo teores
consideraacuteveis destes elementos aleacutem do que os biofertilizantes possam ter influenciado
na absorccedilatildeo atraveacutes de sua constituiccedilatildeo Tibau (1984) considera que a urina de vaca eacute
rica em aacutecido indol-aceacutetico e este influencia na absorccedilatildeo radicular O efeito positivo
deste tratamento provavelmente seja devido agrave quantidade aplicada
O biofertilizante que se destacou foi o MB4+U+CB em relaccedilatildeo ao EC (esterco de
curral) e eacute somente para a variaacutevel caacutelcio Isto provavelmente seja devido ao alto teor
deste elemento encontrado na sua constituiccedilatildeo (6872 g Kg1) e pela influecircncia positiva
que a calda bordalesa exerce no metabolismo das plantas atraveacutes dos nutrientes
contidos em sua formulaccedilatildeo O Ca controla a absorccedilatildeo radicular e retorna ao solo pelo
esterco e palhas por apresentar-se em maior quantidade em folhas e caules Depois de
localizado nas folhas fica imoacutevel favorecendo a resistecircncia da planta ao ataque de
fungos
Este trabalho avanccedila no estudo da agroecologia estando claro que todos os
criteacuterios tem caraacuteter dinacircmico de adequaccedilatildeo as mudanccedilas de um sistema de produccedilatildeo
em evoluccedilatildeo contribuindo na transiccedilatildeo para um padratildeo sustentaacutevel Cabe a pesquisa a
reorientaccedilatildeo para um enfoque ldquosistecircmicordquo isto eacute que permita integrar os diversos
componentes de um agroecossistema e a adoccedilatildeo de poliacuteticas puacuteblicas que promovam 0
fortalecimento e a expansatildeo da agricultura familiar
39
5 CONCLUSOtildeES
Considerando os resultados obtidos e as condiccedilotildees em que o estudo foi realizado
conclui-se que
bull As respostas agronocircmicas das mudas de cebola para os paracircmetros avaliados
satildeo mais satisfatoacuterias com a aplicaccedilatildeo de esterco de curral como adubaccedilatildeo de
base
bull Os biofertilizantes mais urina de vaca e calda bordalesa proporcionam
respostas satisfatoacuterias quando aplicados associados agraves adubaccedilotildees de base
bull O biofertilizante MB4 mais urina de vaca e calda bordalesa eacute mais eficiente
que o super magro mais urina e calda bordalesa quando aplicado associado agrave
adubaccedilatildeo de base esterco de curral para os conteuacutedos de fitomassa secae
fresca da parte aeacuterea das plantas altura e diacircmetro de colo das mudas de
cebola
bull Os biofertilizantes adicionados agrave adubaccedilatildeo de base 45 t harsquo 1 de vermicomposto
bovino mostram respostas significativas para os conteuacutedos de fitomassa seca
bull Os maiores conteuacutedos nutricionais para as mudas de cebola satildeo
proporcionados pela adubaccedilatildeo de base esterco de curral
bull A maior absorccedilatildeo de caacutelcio pelas mudas de cebola ocorre quando da adiccedilatildeo do
biofertilizante MB4 mais urina e calda bordalesa agrave adubaccedilatildeo de base esterco de
curral
40
6 REFEREcircNCIAS BIBLIOGRAacuteFICAS
ALDRIGHI CB ABREU CM PAGLIA AG MORSELLI TBGA FERNANDES HS Efeito da aplicaccedilatildeo de biofertilizante e urina de vaca em mudas de tomateiro Horticultura Brasileira v20 n2 julho 2002 Suplemento 2
ALTIERI M NICHOLLS C I Agroecologia Teoria praacutectica para umaAgricultura Sustentable Ia ed PNUMA 2000 Cap 2 4 Seacuterie textos baacutesicos para la formacioacuten ambiental
ALTIERI M Agroecologia bases cientiacuteficas para uma agricultura sustentaacutevelGuaiacuteba Agropecuaacuteria 2002 592 p
ANTONIOLLI Z I GIRACCA E M N CARDOSO S J T WIETHAN M M S FERRI M Iniciaccedilatildeo agrave Minhocultura Criaccedilatildeo em Cativeiro e Vermicompostagem Santa Maria UFSM 1996 p59-89
BAYER C MIELNICZUC J Dinacircmica e funccedilatildeo da mateacuteria orgacircnica In SANTOS G de A S e CAMARGO F A de O (ed) Fundamentos da mateacuteria orgacircnica do solo ecossistemas tropicais e subtropicais Porto Alegre Genesis 1999 p 3-23
BARRETTO D X Composto Orgacircnico In Praacutetica em Agricultura Orgacircnica Satildeo Paulo iacutecone Ed Ltda 1985 p 51-63
BETTIOL W Alguns produtos alternativos para o controle de doenccedilas de plantasem agricultura orgacircnica II Ciclo de palestras sobre agricultura orgacircnica Instituto Bioloacutegico Satildeo Paulo p52-63 1997
41
BETTIOL W TRACH R GALVAtildeO JAH Controle de doenccedilas de plantas com biofertilizantes Jaguariuacutena EMBRAPA-CNPMA 1997 22p (EMBRAPA- CNPMA Circular Teacutecnica 02)
BRADY N C Natureza e propriedades dos sotos Rio de Janeiro Freitas BastosS A 1979 647p
BRADY N C Organisms and ecology of the soil In The nature of properties of soils Simon amp Schuster A Viacon Company New Jersey1999 402-489p
BON1LLA J A Fundamentos da Agricultura Ecoloacutegica Sobrevivecircncia eQualidade de Vida Satildeo Paulo Nobel 1992
BUREacuteS S Substratos Ediciones Agroteacutecnicas S L Madrid Octubre 1997
BUS1NELLI M Chemical Composition and Enzymic Activity of some Worm Cast Plant Soil v 80 p 1-2 1990
CALEGARI A Espeacutecies para cobertura de solo In IAPAR (Instituto Agronocircmico de Paranaacute) Plantio Direto pequena propriedade sustentaacutevel organizador Moacir Darolt Londrina - PR 1998 65-93
CAMARGO P N D Manual de Adubaccedilatildeo Foliar Satildeo Paulo Herba 1975
CAPRA F A Teia da Vida Satildeo Paulo Cultrix 1997 256p
CAPRA F O Ponto de Mutaccedilatildeo 22 ed Satildeo Paulo Cultrix 2001 447p
CHABOUSSOU F Plantas doentes pelo uso de agrotoacutexicos (A Teoria da Trofobiose) Porto Alegre LPM 1987 253 p
CLARO S A Referencias tecnoloacutegicos para a agricultura familiar ecoloacutegica aexperiecircncia da Regiatildeo Centro-Serra do Rio Grande do Sul Porto Alegre EMATERRS-ASCAR 2001 250p
CLIVELA G Diagnoacutestico Agronocircmico da cebola no Rio Grande do Sul Porto Alegre EMATERRS 1995 8 6 p
COMISSAtildeO DE FERTILIDADE DO SOLO - RSSC Recomendaccedilotildees de adubaccedilatildeo e calagem para os estados do Rio Grande do Sul e Santa Catarina 3 ed Passo Fundo SBCS - Nuacutecleo Regional Sul 1995 223p
COMPAGNONI L PUTZOLU G Cria moderna de Ias lombrices y utilizacioacutenrentable dei humus Barcelona Editorial de Vecchi- SA 1985127p
COSTABEBER J A MOYANO E Transiccedilatildeo agroecoloacutegica e accedilatildeo social coletiva Agroecologia e Desenvolvimento Rural Sustentaacutevel Porto Alegre v l n4 p 50- 60 outdez 2 0 0 0
42
COSTA M B B da Adubaccedilatildeo orgacircnica Nova siacutentese e novo caminho para aagricultura Satildeo Paulo Ed iacutecone Ltda 1985 102p
COSTA NETO C Agricultura Sustentaacutevel Tecnologias e Sociedade In CARVALHO COSTA LF et al (org) Mundo Rural e Tempo Presente Rio de Janeiro Mauad 1999
DrsquoAG0ST1NI R L FANTINI A C Produccedilatildeo orgacircnica tambeacutem socialmente excludente Agroecologia e Desenvolvimento Rural Sustentaacutevel Porto Alegre v3 n l p57-61 2002
DALPONTE J C V Utilizaccedilatildeo de materiais orgacircnicos e fertilizante mineral na produccedilatildeo e qualidade de mudas e bulbos de cebola (Alliurn Cepa L) Pelotas-RS 1990 (Mestrado em Agronomia) - Faculdade de Agronomia Eliseu Maciel UFPel 1990
DEBARBA J F THOMAZELLI L F GANDIN C L SILVA E Cadeias produtivas do Estado de Santa Catarina Cebola Florianoacutepolis Epagri 1998 115 p (EPAGRI Boletim Teacutecnico 96)
DUFOUR F Os saacutebios loucos do agro-alimentar Le Monde Diplomatique ano 1 n4 p6-7 1999 (ed portuguesa)
EHLERS E Agricultura Sustetaacutevel Origem e perspectivas de um novo paradigma 2 ed Guaiacuteba Agropecuaacuteria 1999 157 p
FILGUEIRA F A R Novo Manual de olericultura agrotecnologia moderna na produccedilatildeo e comercializaccedilatildeo de hortaliccedilas Viccedilosa UFV 2000 402 p
FRASER G K Mateacuteria Orgacircnica Del Suelo In BEAR F E (ed) Quiacutemica dei Suelo Madrid Ed Agrociencia 1963
FOLLET R H MURPHY L S DONAHUE R L Fertilizers and soil amendments New Jersey Printice-Hall Inc 1981 557p
GARCIA A Revista dei Espacio Rural Georgica Zaragoza Escuela Politeacutecnica de Huesca n5 1997
GARCIA A Versatildeo preliminar de um Programa Estadual de Produccedilatildeo e Comercializaccedilatildeo de Bulbos e Sementes de CebolaEMBRAPAIPAGROMARAEMATER 6 8 pbdquo 1990 (Publicaccedilatildeo avulsa)
GIORGETT1 J R Produccedilatildeo e Comercializaccedilatildeo de Mudas de Tomate In Encontro Nacional de Produccedilatildeo e Abastecimento de Tomate 2 1991 Jaboticabal Satildeo Paulo Anais Jaboticabal UNESP 1991 p 242-244
GLIESSMAN S R Agroecologia Processos ecoloacutegicos em agricultura sustentaacutevelPorto Alegre Universidade Federal do Rio Grande do Sul - UFRGS 2000 653p
43
GLIESSMAN S R TURRIALBA C R Agroecologia Procesos Ecoloacutegicos en Agricultura Sostenible CATIE 2002 p 3-14
GNOATTO S C Caracterizaccedilatildeo quiacutemica de vermicompostos de diferentes substratos orgacircnicos Pelotas-RS 1999 38 f (Mestrado em Agronomia - Solos) - Faculdade de Agronomia Eliseu Maciel UFPel 1999
GOMES J C C BORBA M F S A moderna crise dos alimentos oportunidade para a agricultura familiar Emater Porto Alegre julset 2000 Disponiacutevel em lthttpwwwematertchebrdocsagroecorevistan313-artigo3htmgtAcesso em 24 fev 2002
GOMEZ H W Desenvolvimento sustentaacutevel agriacutecola e capitalismo In Desenvolvimento sustentaacutevel Necessidade eou disponibilidade Santa Cruz do Sul Nobel - UNISC 1997 p 65-77
GONZAacuteLEZ DE MOLINA M SEVILLA GUZMAacuteN E Ecologia campesinado e historia Para una reinterpretacioacuten dei desarrollo dei capitalismo en la agricultura In SEVILLA GUZMAacuteN E GONZAacuteLEZ DE MOLINA M (ed) Ecologia campesinado e historia Madrid La Piqueta 1993 p 23-129
GRIFFITH S A SCHNITZER M Analytical characteristic of humic and fulvic acids extracted from tropical volcanic soils Soil Sei Soc Am Proc v 39 p361-367 1975
GUIMARAtildeES E Caracterizaccedilatildeo quiacutemica estreptoscoacutepica e por anaacutelise teacutermica de aacutecidos huacutemicos e vermicompostos obtidos de estercos de diferentes animaisCuritiba 1997 Dissertaccedilatildeo (Mestrado em Quiacutemica) Universidade Federal do Paranaacute 1997
HESS A F Sociedade e meio ambiente uma relaccedilatildeo ambiacutegua Revista Cientiacutefica Rural Bageacute v 4 n2 p 167-1741999
ICEPA-SC Informes conjunturais sobre a cultura da cebola Disponiacutevel em lthttpwwwicepa combrgt Acesso em 23 jan 2003
JONES H A MANN L K Onions and their allies New York Interscience Publishers 1962 286 p
JUacuteNIOR H A de MAIORANO J A Receitas obtidas de extratos de plantasCampinas CATITerra Viva [199-] 10 f
KHATOUNIAN C A Ciclo de Palestras sobre Agricultura Orgacircnica 2a Ed SatildeoPaulo Fund Cargill 1997 149 p
KIEHL E J Fertilizantes Orgacircnicos Satildeo Paulo Ed Agronocircmica Ceres Ltda 1985 492p
44
KOEFF H H PETTERSSON B D SHAUMANN W Vida Vegetal solos e adubaccedilatildeo In Agricultura Biodinacircmica Satildeo Paulo Nobel 1983 p92-149
KONONOVA M M Soil organic matter The importance o f organic matter in soil formation and soil fertility New York Pergamqn Press 1961 p 165-200
KUHN T A Estrutura das Revoluccedilotildees Cientiacuteficas Satildeo Paulo Perspectiva 1989 257p
LANNA FCA ABREU C L ABREU J G SILVA V Resposta de cultivares de melancia cultivadas sob adubaccedilatildeo quiacutemica e orgacircnica Horticultura v 12 n l p85 1994
LEFF H Saber Ambiental Petroacutepolis Vozes 2001 343 p
MAGALHAtildeES J R Nutriccedilatildeo e adubaccedilatildeo da cebola In FERREIRA M E CASSTELLANE P D CRUZ M C P Nutriccedilatildeo e adubaccedilatildeo de hortaliccedilasPiracicaba POTAFOS 1993 p 381-393
MALAVOLTA E Elementos de nutriccedilatildeo mineral de plantas Satildeo Paulo Ed Agronocircmica Ceres Ltda 1980 251 p
MALAVOLTA E Manual de Quiacutemica Agriacutecola - Adubos e Adubaccedilatildeo 3a ed SatildeoPaulo Ed Agronocircmica Ceres Ltda 1981 606 p
MARTINEZ A A A grande e Poderosa Minhoca Jaboticabal Funep - Unesp1990 101 p
MARTINS S R Desenvolvimento e Sustentabilidade Horticultura Brasileira Brasiacutelia-DF v20 n2 julho 2002 Palestra apresentada no 42deg Congresso Brasileiro de Olericultura
MARTINS S R Limites Del Desarrollo Sostenible em Ameacuterica Latina En el marco de Ias poliacuteticas de (re)ajuste econocircmico Pelotas Editora UFPel 1997 135 P-
MARTINS S R Sustentabilidade na agricultura dimensotildees econocircmicas sociais e ambientais Revista Cientiacutefica Rural Bageacute v4 n 2 p 175-1871999
MATURANA H REZEPKA S N D E Formaccedilatildeo Humana e Capacitaccedilatildeo Rio de Janneiro Vozes 2000 8 6 p
MELLO A F SOBRINHO M O ARZOLLA S SILVEIRA R NETTO A C KIEHL J C Fertilidade do Solo Satildeo Paulo Nobel 1983
MENEZES JUacuteNIOR F O G D Caracterizaccedilatildeo de Diferentes substratos hortiacutecolas e seu efeito na produccedilatildeo de mudas de alface e couve-flor em ambiente protegido Pelotas 1998 141 p Dissertaccedilatildeo (Mestrado em Agronomia - Produccedilatildeo Vegetal) - Faculdade de Agronomia Eliseu Maciel UFPel 1998
45
MIBASA Mineraccedilatildeo Barreto SA Melhorador de Solos MB4 A Natureza Agradece Arapiraca-AL [199-] Folder
MINAMI K Os resumos da olericultura 2000 In AZEVEDO FILHO MARTINEZ FILHO (ed) Preccedilos agriacutecolas Piracicaba ESALQ 1999 p 4
MINAMI K Produccedilatildeo de Mudas de Alta Qualidade em Horticultura Satildeo Paulo TA Queiroz 1995
MORSELLI T B G A Cultivo sucessivo de alface sob adubaccedilatildeo orgacircnica em ambiente protegidoPelotas 2001 178 p Tese (Doutorado em Agronomia - Produccedilatildeo Vegetal) Faculdade de Agronomia Eliseu Maciel UFPel 2001
MORSELLI T B G A Resiacuteduos orgacircnicos em sistemas agriacutecolas Poliacutegrafo da Disciplina de Resiacuteduos orgacircnicos em sistemas agriacutecolas Curso de Poacutes-Graduaccedilatildeo em Agronomia-Produccedilatildeo Vegetal UFPel 2002
MULLER AM Efeitos da Aplicaccedilatildeo Foliar de um Biofertilizante Enriquecido no Estado fitossanitaacuterio de Tomate Ervilha e Beterraba Sob Manejo OrgacircnicoDissertaccedilatildeo (Mestrado no Programa de Poacutes-Graduaccedilatildeo em Agroecossistemas)1999 (Resumo)
NOLLA D Erosatildeo do Solo - O grande desafio Estado do Rio Grande do Sul SEAGRI desenvolvimento de recursos naturais renovaacuteveis 1982 412 p
PAGLIA AG MORSELLI TBGA PEIL RMN Teores de nutrientes pH e condutividade eleacutetrica da aacutegua em sistema ldquofloat^ngrdquo sob adiccedilatildeo de biofertilizantes Horticultura Brasileira v 20 n2 julho 2002 Suplemento 2
PAULUS G MULLER A BARCELLOS LAR Agroecologia aplicada praticas e meacutetodos para uma agricultura de base ecoloacutegica 2ed ver ampl Porto Alegre EMATERRS 2001 8 6 p
PEIXOTO R T dos G Composto orgacircnico aplicaccedilotildees benefiacutecios e restriccedilotildees de uso Horticultura Brasileira Brasiacutelia-DF v 18 p 56-64 julho 2000
PENTEADO SR Defensivos Alternativos e Naturais Satildeo Paulo 1999 95 p
PEREIRA AJ SOUZA RJ PEREIRA WR Efeito de diferentes doses de esterco de galinha e de curral sobre a produccedilatildeo de cebola Horticultura Brasileira v20 n2 julho 2002 Suplemento 2
PINHEIRO S BARRETO SB MB-4 agricultura sustentaacutevel trofobiose e biofertilizantes Fundaccedilatildeo Juquira CandiruMibasa 2000 273 p
PRIMAVESI A Agricultura Sustentaacutevel Satildeo Paulo Nobel 1992 142 p
PRIMAVESI A O manejo ecoloacutegico do solo Agricultura em regiotildees tropicais SatildeoPaulo Nobel 1982 541 p
46
PURCINO A A C ldquoNitrogecircniordquo Informe Agropecuaacuterio Belo Horizonte v7 n81 p 16-27 1981
QUIJANO F G Efeito da adubaccedilatildeo orgacircnica no desenvolvimento de duas cultivares de alface em ambiente protegido Pelotas 1999 116f Dissertaccedilatildeo (Mestrado em Agronomia - Produccedilatildeo Vegetal) Faculdade de Agronomia Eliseu Maciel UFPel 1999
RODRIGUES A N N Efeitos e residuais de superfosfato triplo sobre o rendimento de mateacuteria seca e absorccedilatildeo de foacutesforo pela aveia (Avena strigosa Schob) em solo Podzoacutelico Vermelho Escuro Porto Alegre 1984 59f Dissertaccedilatildeo (Mestrado em Agronomia) - Faculdade de Agronomia UFRGS 1984
RODRIGUES E T CASALI V W D Respostas da alface agrave adubaccedilatildeo orgacircnica II Teores conteuacutedos e utilizaccedilatildeo de macronutrientes em cultivares Rev Ceres Viccedilosa v 45 n 261 p 437-449 1998
SAMINEcircS T C O Produccedilatildeo orgacircnica de alimentos Horticultura Brasileira Brasiacutelia-DF v 17 n3 novembro 1999
SCHIEDECK G Ambiecircncia e resposta agronocircmica de meloeiro (Cucumis melo L) cultivado sob adubaccedilatildeo orgacircnica em ambiente protegido Pelotas lOOp Tese (Doutorado em Agronomia - Produccedilatildeo Vegetal) - Faculdade de Agronomia Eliseu Maciel UFPel 2002
SILVA JUacuteNIOR A A GIORGI E Substratos alternativos para a produccedilatildeo de mudas de tomate Agropecuaacuteria Catarinense Florianoacutepolis EPAGRI 1992 23 p
SILVA JUacuteNIOR A A MACEDO S G STUKER H Utilizaccedilatildeo de esterco de peru na produccedilatildeo de mudas de tomateiro Florianoacutepolis EPAGRI 1995 28 p (Boletim Teacutecnico 73)
TAGLIARI PS GRASSMANN H Minhoca a grande aliada da agricultura Agropecuaacuteria Catarinense v8 n l p 11-14 mar 1995
TEDESCO M J GIANELLO C Anaacutelises de solo plantas e outros materiais Porto Alegre Faculdade de Agronomia Departamento de Solos Universidade Federal do Rio Grande do Sul RS 1996
TENNANT D A Test of modified line intersect method of estimating root lenght Journal Ecology Oxford v 63 p 995-1001 1975
TIBAU A O Mateacuteria Orgacircnica do Solo Mateacuteria Orgacircnica e Fertilidade do SoloSatildeo Paulo Nobel 1984 p49-182
TIMM P J Anaacutelise comparativa dos sistemas de plantio convencional e cultivo miacutenimo de cebola sob adubaccedilatildeo orgacircnica e mineral Pelotas 2000 79 p Dissertaccedilatildeo (Mestrado em Agronomia - Produccedilatildeo Vegetal) - Faculdade de Agronomia Eliseu Maciel UFPel 2000
47
VALENZUELA HR CROSBY C Effect of compost applications on the yield of several vegetables in long-term organic farming experiments conduced in the tropics American Society Horticultural Science v33 n3 june 1998
VIGLIZZO E (ed) Subprograma Recursos Naturais y Sostenibilidad Agriacutecola documento marco Montevideo IICAPROCISUR 1995 p 75 - 78
WE1D J M TARDIN J M Proposta para a Ampliaccedilatildeo do Trabalho da ASPTA no Centro Sul do Paranaacute ASPTA Disponiacutevel em http wwwpronafgovbrEncontrotestosAS20PTA20Sul20ParanE1205 202002doc Acesso em 05 mai 2002
XAVIER SIMOacuteN F DOMINGUES D G Desenvolvimento Rural Sustentaacutevel uma perspectiva agroecoloacutegica Agroecologia e Desenvolvimento Rural Sustentaacutevel Porto Alegre EM ATERRS v2 n2 p 17-26 2001
ZABALETA J P Diagnoacutestico da Agricultura Familiar em Satildeo Joseacute do Norte - RSPelotas EMBRAPA-CPACT 1998 75 p (EMBRAPA-CPACT Documentos 44)
ZONTA E P MACHADO A A SILVEIRA P Sanest Sistema de anaacutelise estatiacutestica para microcomputadores Registrado na Secretaria Especial de Informaacutetica sob nuacutemero 066060 - categoria A Pelotas-RS Universidade Federal de Pelotas 1984
48
7 APEcircNDICE
APEcircNDICE A - Anaacutelise da adubaccedilatildeo de base e biofertilizantes utilizados na produccedilatildeo de mudas de cebola
TABELA 1 A Anaacutelise baacutesica do solo antes da incorporaccedilatildeo do feijatildeo miuacutedo + papua
Arg
pH IND
SMP
MO
P - n r - Na Al Ca__10Omlmdash
Mg
ppm -
6 53 67 089 8 6 27 1 04 05 0 2
Fonte LASFAEMUFPel (2002)
TABELA 2A Anaacutelise complementar do solo antes da incorporaccedilatildeo do feijatildeo-miuacutedo + papua
Cobre Zinco Manganecircs Ferro
(m v1)
04 05 26 007
Fonte LASFAEMUFPel (2002)
49
TABELA 3A Anaacutelise dos fertilizantes soacutelidos
Amostra pH limidade CN
C N P K Ca Mg
- g-ivg --
Cama de 849 2491 12 31042 2479 3888 3405 29875 463
aves
Esterco 74 3594 11 677 590 157 134 335 214
de curral
Huacutemus 684 5738 14 15965 1098 453 745 743 361
Fonte LASFAEMUFPel (2002)
TABELA 4A Anaacutelise quiacutemica dos biofertilizantes liacutequidos
Amostra N P K_ccedil H
Ca Mg Cu Zn Fe Mn
mdashgL bull
S Magro
m b 4
Urina
053
1652
8 2 2
008
395
0 0 0
149
1674
471
1902
6872
0 0 0
1150
4507
1172
7273
42
033
101389
920
0 0 0
6250
19458
781
35273
1123
0 2 1
Fonte LASFAEMUFPel (2002)
50
APEcircNDICE B - Condiccedilotildees climaacuteticas do local
TABELA 1B Condiccedilotildees de temperatura do local
___________ __________TEMPERATURA (degCgt
meses Meacutedia
Maacutexima
Meacutedia
MiacutenimaMeacutedia
Maacutexima
Absoluta
Miacutenima
Absoluta
Junho 225 87 156 320 25
Julho 225 85 155 285 30
Agosto 251 71 161 360 1 0
Fonte FEPAGROSCT 2002
TABELA 2B Condiccedilotildees de chuva do local
mdash CHUVA (mm)mdash
meses Ocorrida Normal Desvio Da Normal
Junho 1080 1 1 0 -2 0
Julho 1062 98 8 2
Agosto 1283 1 2 0 83
Fonte FEPAGROSCT 2002
51
TABELA 1C Produccedilatildeo de fitomassa fresca e seca (g) da parte aeacuterea altura de planta
(cm) e diacircmetro de colo (mm) de mudas de cebola Petrolini cultivadas
sob uma perspectiva agroecoloacutegica Pelotas-RS 2003
APEcircNDICE C - Anaacutelise estatiacutestica da parte aeacuterea
Causas G1 FFPA FSPA AP DC
da variaccedilatildeo --------- Quadrados meacutedios-
Blocos 3
Ad Base 2 175359071 1287102 2547419 1 11775
Biofertilizantes 2 126876 29011 87669ns 02185ns
Ad x Biofert 4 572378 31123 69106ns 04159
Resiacuteduo 24 34456 03048 27169 00290
Total 35
Meacutedia geral 93745 8772 320388 6741
CV 1980 6294 5145 2530
Significativo a 5ns Natildeo significativo
52
TABELA 1D Produccedilatildeo de fitomassa fresca e seca (g) comprimento (cm) e densidade
de raiacutezes (m cm3) de mudas de cebola Petrolini cultivadas sob uma
perspectiva agroecoloacutegica e razatildeo parte aeacutereasistema radicular Pelotas-
RS 2003
APEcircNDICE D - Anaacutelise estatiacutestica da raiz
Causas G1 FFR FSR CR RPASR DR
da variaccedilatildeo Quadrados meacutedios---------------
Blocos 3
Ad Base 2 27874 551 623 2 1 0 140
Biofertilizantes 2 178 0 1 0 ni 1504 l03ns 038ns
Ad x Biofert 4 190 058 318 294 183
Resiacuteduo 24 005 009 028 023 0 2 1
Total 35
Meacutedia geral 1818 228 184 387 333
C V 134 1356 448 1253 1396
Significativo a 5 ns Natildeo significativo
53
APEcircNDICE E - Anaacutelise estatiacutestica dos macronutrientes da parte aeacuterea da cebola
TABELA 1E Conteuacutedos (mg planta1) de nitrogecircnio foacutesforo potaacutessio caacutelcio e
magneacutesio no tecido vegetal de mud^s de cebola Petrolini cultivadas
sob uma perspectiva agroecoloacutegica Pelotas-RS 2003
Causas G1 bull N P K Ca Mg
da variaccedilatildeo
Blocos 3
Ad Base 2 13550306 446627 25509686 1031806 59007
Biofertilizantes 2 180610ns 16564 68153ns 39006 876ns
Ad x Biofert 4 454187 45743 1047539 46950 2464
Resiacuteduo 24 29769 1453 64313 3741 439
Total 35
Meacutedia geral 24921 4597 33366 6943 1615
C V 692 829 760 880 1297
Significativo a 5 ns Natildeo significativo
APEcircNDICE F - Fotos do experimento
FIGURA 2 Mudas de cebola (Allium cepa L) produzidas sob uma perspectiva agroecoloacutegica
APEcircNDICE F a Fotos do experimento
FIGURA 1 Adubaccedilatildeo verde com feijatildeo-miuacutedo e papuatilde utilizadas no manejo do solo
FIGURA 2 Mudas de cebola (Allium cepa L) produzidas sob urna perspectiva agroecoloacutegica
33
influecircncia destes EC (60 t ha 1 de esterco de curral) - em todas as variaacuteveis observadas
na tabela 5 as respostas foram significativas utilizando MB4 +U+CB
As respostas encontradas no presente trabalho para as variaacuteveis AP e FSPA foram
superiores as obtidas por Dalponte (1990) quando utilizado 0 esterco de curral para
produccedilatildeo de mudas de cebola
Segundo Filgueira (2000) os solos da regiatildeo produtora de cebola do RS satildeo
pobres em foacutesforo disponiacutevel (15 mg Kg1) necessitando portanto de adubaccedilotildees
fosfatadas elevadas As respostas aqui obtidas podem ser justificadas pelos teores de
foacutesforo contido no MB4
Follet et al (1981) citam a importacircncia do uso de compostos orgacircnicos no solo
enfatizando os estercos no sentido da decomposiccedilatildeo continuada no fornecimento de
nutrientes e na liberaccedilatildeo lenta e gradual de aacutecidos orgacircnicos influenciando a liberaccedilatildeo
do foacutesforo O que provavelmente pode ser atribuiacutedo agraves respostas encontradas no
presente trabalho para 0 tratamento Esterco de curral mais MB4 e Urina mais Calda
Bordalesa
E importante destacar que 0 sistema de produccedilatildeo de mudas de cebola sob uma
perspectiva agroecoloacutegica mostra-se eficiente quando visualmente natildeo percebe-se
diferenccedila significativa entre os tratamentos (Apecircndice F Figura 2)
Conveacutem ressaltar que quando trabalhamos com agroecologia natildeo existem
receitas nem pacotes tecnoloacutegicos prontos Cada situaccedilatildeo deveraacute ser estudada em
particular para que se faccedila recomendaccedilotildees adequadas ao ambiente local uma vez que
as plantas se adaptam ao meio estando a nutriccedilatildeo encarregada de proteger e manter o
equiliacutebrio do organismo vegetal em funccedilatildeo das alteraccedilotildees externas
E fundamental que se compreenda os princiacutepios norteadores de todo o processo
que satildeo as bases da luta por uma sociedade mais justa dentro de um mundo econocircmico e
ambientalmente mais sustentaacutevel
412 Anaacutelise do sistema radicular
Os resultados obtidos nas anaacutelises do sistema radicular (Tabela 2) mostram
diferenccedilas significativas entre as adubaccedilotildees para as variaacuteveis fitomassa fresca de raiz
(FFR) fitomassa seca de raiz (FSR) comprimento de raiz (CR) razatildeo parte
aeacutereasistema radicular (RPASR) e densidade de raiz (DR)
34
TABELA 2 Produccedilatildeo de fitomassa fresca e seca (g) comprimento (cm) e densidade de
raiacutezes (m cm3) de mudas de cebola Petrolini cultivadas sob uma
perspectiva agroecoloacutegica e razatildeo parte aeacutereasistema radicular Pelotas-
RS 2003
BIOFERTILIZANTES LIacuteQUIDOSADUBACcedilAO DE BASE
S Magro + MB4 +Urina + Calda Urina + Calda Testemunha
Bordalesa Bordalesa
de vermicomposto de vermicomposto de esterco de curral
de vermicomposto de vermicomposto de esterco de curral
de vermicomposto de vermicomposto de esterco de curral
de vermicomposto de vermicomposto de esterco de curral
1540 c A 1576 b B 2427 a A
Fitomassa fresca (g)----------------1502 c B 1517 b AB 1658 b A 1446 c C 2336 a B 2360 a B
--------------------Fitomassa seca (g)-------------------196 b A 207 ab A 170 b A170 b A 199 b A 192 b A 344 a A 249 a B 327 a A
Comprimento de raiz(cm)---------------1237 b A 1158 b A 1158 a A1237 b A 1060 c B 1040 b B1433 a A 1296 a B 1040 b C
30 t ha 45 t ha 60 t ha
30 t ha 45 t ha 60 t ha
30 t halsquo 45 t ha 60 t ha
30 t ha 45 t ha 60 t ha
30 t ha de vermicomposto 45 t ha de vermicomposto60 t ha~ de esterco de curral__________________________ _________________________Meacutedias seguidas pela mesma letra minuacutescula para as colunas (adubaccedilatildeo de base) e maiuacutesculas para as linhas (biofertilizantes) natildeo diferem entre si pelo teste de Duncan a 5
-----Razatildeo Parte AeacutereaSistema Radicular------340 b AB 301c B 384 a A446 a A 415 b A 326 a B339 b B 546 a A 388 a B
-------------- Densidade de raiz (m cm3)------------367 a AB 414 a A 325 b B282 b B 301b B 405 a A347 ab A 231c B 324 b A
Em relaccedilatildeo agraves adubaccedilotildees de base destacou-se o EC (60 t ha 1 de esterco de curral)
para as variaacuteveis FFR e FSR Quando adicionado o SM+U+CB os resultados para FFR
foram ainda melhores bem como o CR As respostas obtidas para a RPASR foram
variadas em relaccedilatildeo agraves adubaccedilotildees apresentando melhores resultados para 15 VB (45 t
ha 1 de vermicomposto)+SM+U+CB e ainda melhor para EC (60 t ha 1 de esterco de
curral)+MB4 +U+CB As adubaccedilotildees de base 1 VB 15 VB e EC natildeo diferiram entre si
As adubaccedilotildees mais eficientes para a variaacutevel DR foram 1 VB+SM+U+CV que natildeo
diferiu da EC+SM+U+CB I VB+ MB4 +U+CB e agrave 15 VB foram melhores entre as
demais
35
Analisando os biofertilizantes em relaccedilatildeo a cada adubaccedilatildeo de base verifica-se que
para a 1 VB (30 t ha 1 de vermicomposto)+SM+U+CB destaca-se a variaacutevel FFR
poreacutem sem diferenccedila significativa de 1 VB os melhpres resultados para a variaacutevel DR
foram encontrados pelo tratamento 1 VB+MB4 +U+CB e 15 VB (45 t ha 1 de
vermicomposto) tambeacutem se considera eficiente o 1 VB+SM+U+CB que natildeo diferiu do
EC (esterco de curral) Quando se utilizou 15 VB+ MB4 +U+CB houve resposta
significativa para a variaacutevel FFR para FSR as respostas natildeo foram diferentes com a
aplicaccedilatildeo dos biofertilizantes para as variaacuteveis FSR e DR as adubaccedilotildees EC e
EC+SM+U+CB natildeo diferiram entre si
Embora as respostas estatiacutesticas tenham sido diferentes para as adubaccedilotildees
combinadas ou natildeo pode-se salientar a importacircncia do aacutecido indol-aceacutetico como jaacute
citado anteriormente para as variaacuteveis avaliadas na parte aeacuterea das mudas de cebola
Respostas semelhantes nesse sentido foram encontradas para a cultura da alface por
Quijano (1999) e Morselli (2001)
Pereira et al (2002) concluiacuteram em trabalho realizado com a cultivar de cebola
CNPF1 6400 em Minas Gerais que a utilizaccedilatildeo de 20 t ha de esterco de curral
proporcionou os melhores resultados para a produccedilatildeo de cebola
Silva Juacutenior amp Giorgi (1992) e Menezes Juacutenior (1998) citam que doses elevadas
de mateacuteria orgacircnica podem prejudicar a primeira fase da germinaccedilatildeo (embebiccedilatildeo) e
absorccedilatildeo de aacutegua pelas raiacutezes das placircntulas No entanto no presente trabalho este fato
natildeo ocorreu embora a dose de esterco utilizada tenha sido de 60 t ha 1 (dose maacutexima
recomendada segundo Nolla 1982)
413 Anaacutelise de macronutrientes no tecido vegetal
Os resultados dos conteuacutedos de nitrogecircnio foacutesforo potaacutessio caacutelcio e magneacutesio no
tecido vegetal sob diferentes adubaccedilotildees encontrados na Tabela 3 indicam mais uma
vez a superioridade da adubaccedilatildeo esterco com 0 uso ou natildeo de biofertilizantes
36
TABELA 3 Conteuacutedos (mg planta1) de nitrogecircnio foacutesforo potaacutessio caacutelcio e
magneacutesio no tecido vegetal de mudas de cebola Petrolini cultivadas sob
uma perspectiva agroecoloacutegica Pelotas-RS 2003
BIOFERTILIZANTES LIacuteQUIDOS i J B
ADUBACcedilAtildeO S Magro + MB4 +DE BASE Urina + Calda Urina + Calda Testemunha
Bordalesa Bordalesamg plantas1
---- Nitrogecircnio-----30 t ha de vermicomposto 16593 c AB 15451 c B 19050 b A45 t ha de vermicomposto 21444 b A 22888 b A 17852 b B60 t ha de esterco de curral 32606 a C 37593 a B 40816 a A
--------------- ------ Foacutesforo------- -------------30 t ha de vermicomposto 3098 c B 2802 c B 3999 b A45 t ha de vermicomposto 4109 b A 4135 b A 2788 c B60 t ha de esterco de curral 5300 a B 7577 a A 7565 a A
------- Potaacutessio------30 t ha de vermicomposto 24327 c A 19900 c B 24965 b A45 t ha de vermicomposto 29113b A 29812 b A 22031 b B60 t ha de esterco de curral 44070 a B 51976 a A 54101 a A
-------- Caacutelcio-------30 t ha de vermicomposto 5027 c A 4356 c A 4834 b A45 t ha de vermicomposto 6114b A 6963 b A 4379 b B60 t ha de esterco de curral 9030 a C 11451 a A 10331 a B
------Magneacutesio-----30 t ha de vermicomposto 1188 b A 914 c A 1202 b A45 t ha de vermicomposto 1231 b B 1582 b A 1176 b B60 t ha de esterco de curral 2136a B 2443 a A 2663 a AMeacutedias seguidas pela mesma letra minuacutescula para as colunas (adubaccedilatildeo de base) e maiuacutesculas para as linhas (biofertilizantes) natildeo diferem entre si pelo teste de Duncan a
Em relaccedilatildeo agraves adubaccedilotildees de base observa-se que o melhor tratamento foi o
esterco de curral para todas as variaacuteveis Para 1 VB (30 t ha^ 1 de vermicomposto) natildeo
houve resposta diferenciada com o uso de bofertilizantes para todas as variaacuteveis A
adubaccedilatildeo 15 VB (45 t ha 1 de vemicomposto) foi influenciada pelos biofertilizantes
para as variaacuteveis N P K e Ca enquanto que para Mg somente o MB4+U+CB o
influenciou O EC (esterco de curral) mostrou diferenccedila significativa apenas para as
variaacuteveis Ca e Mg quando adicionado MB4+U+CB
Segundo Peixoto (2000) eacute fundamental a adiccedilatildeo de adubos orgacircnico no cultivo de
hortaliccedilas seja na forma de esterco decomposto composto ou huacutemus de minhoca de
37
modo a fornecer melhorias nas propriedades do solo vindo a disponibilizar os nutrientes
as diferentes culturas
O esterco fresco conteacutem muita cama celuloacutesica e um elevado teor de aacutegua No
esterco curtido a celulose jaacute estaacute decomposta o teor de aacutegua estaacute reduzido agrave metade e os
nutrientes em uma forma mais assimilaacutevel e mais concentrada O esterco fresco pode
causar uma deficiecircncia temporaacuteria de nitrogecircnio no solo ao se decompor o que natildeo
acontece com o biestabilizado (Kiehl 1985)Ocorre uma diminuiccedilatildeo inicial no volume
de aacutegua retido no esterco de curral diminui inicialmente em tomo de 3581 liberando
posteriormente somente 496 evidenciando a sua capacidade de retenccedilatildeo de aacutegua
(Menezes Juacutenior 1998)
A utilizaccedilatildeo continuada de adubos nitrogenados minerais no solo altera o balanccedilo
do nitrogecircnio entre o solo e planta No meacutetodo biodinacircmico eacute sublinhada a importacircncia
dos adubos animais para o estabelecimento da fertilidade permanente dos solos (Koeff
et al 1983)
Para Guimaratildees (1997) os benefiacutecios que a mateacuteria orgacircnica imprime ao solo
principalmente melhorando a produtividade fertilidade e a influencia que as substancias
huacutemicas exercem sobre o ambiente dependem da qualidade e do teor de mateacuteria
orgacircnica do solo Estas substacircncias por conterem nutrientes em sua constituiccedilatildeo em uma
forma mais disponiacutevel para as plantas promovem um equiliacutebrio no ambiente no solo
(Kononova 1966)
Aproximadamente de 60 a 70 do total de carbono do solo ocorre na forma de
materiais huacutemicos (Griffith amp Schnitzer 1975) sendo a eles atribuiacutedo a manutenccedilatildeo da
bioestrutura do solo aumentando a capacidade de retenccedilatildeo de aacutegua (Brady 1999)
Conforme Compagnoni amp Putzolu (1985) os estercos bem como os demais
resiacuteduos orgacircnicos apresentam conteuacutedos diferentes de aacutecidos huacutemicos e fuumllvicos sendo
atribuiacutedo ao acido huacutemico uma accedilatildeo fitoestimulante semelhante aos fitohormocircnios por
favorecer o desenvolvimento do sistema radicular e crescimento do caule
Em trabalho realizado por Guimaratildees (1997) foi encontrado para aacutecidos huacutemicos
de esterco bovino uma relaccedilatildeo CN 1035 e para vermicomposto bovino 17
evidenciando que o esterco quando aplicado ao solo por apresentar uma relaccedilatildeo CN
proacutexima deste reage mais facilmente liberando nutrientes para as plantas sem alterar a
cadeia troacutefiacuteca Dados encontrados no presente trabalho demonstram a eficiecircncia do
esterco nesse sentido
38
De acordo com Morselli (2001) vaacuterios trabalhos citam comentam e discutem a
capacidade dos vermicompostos em proporcionar oacutetimas colheitas e favorecer a
precocidade das plantas cultivadas Poreacutem muitas vezes se observa que mesmo
suprindo essas plantas com nutrientes necessaacuterios atraveacutes de huacutemus de diferentes fontes
as respostas natildeo satildeo as mesmas para uma mesma cultivar
Por outro lado os resultados com o uso de substacircncias huacutemicas satildeo variaacuteveis e
dependem aleacutem da espeacutecie testada das substacircncias huacutemicas utilizadas sua
concentraccedilatildeo o grau de purificaccedilatildeo e das condiccedilotildees experimentais A resposta das
plantas aos aacutecidos huacutemicos e fuacutelvicos eacute dependente da mateacuteria prima original e da
espeacutecie vegetal pois materiais orgacircnicos diferentes apresentam aacutecidos huacutemicos e
fuacutelvicos diferentes (Businelli 1990)
Justificam-se os maiores conteuacutedos de nitrogecircnio foacutesforo potaacutessio e caacutelcio nas
adubaccedilotildees 15 VB (45 t ha 1 de vermicomposto) e biofertilizantes devido
provavelmente ao vermicomposto utilizado apresentar na sua constituiccedilatildeo teores
consideraacuteveis destes elementos aleacutem do que os biofertilizantes possam ter influenciado
na absorccedilatildeo atraveacutes de sua constituiccedilatildeo Tibau (1984) considera que a urina de vaca eacute
rica em aacutecido indol-aceacutetico e este influencia na absorccedilatildeo radicular O efeito positivo
deste tratamento provavelmente seja devido agrave quantidade aplicada
O biofertilizante que se destacou foi o MB4+U+CB em relaccedilatildeo ao EC (esterco de
curral) e eacute somente para a variaacutevel caacutelcio Isto provavelmente seja devido ao alto teor
deste elemento encontrado na sua constituiccedilatildeo (6872 g Kg1) e pela influecircncia positiva
que a calda bordalesa exerce no metabolismo das plantas atraveacutes dos nutrientes
contidos em sua formulaccedilatildeo O Ca controla a absorccedilatildeo radicular e retorna ao solo pelo
esterco e palhas por apresentar-se em maior quantidade em folhas e caules Depois de
localizado nas folhas fica imoacutevel favorecendo a resistecircncia da planta ao ataque de
fungos
Este trabalho avanccedila no estudo da agroecologia estando claro que todos os
criteacuterios tem caraacuteter dinacircmico de adequaccedilatildeo as mudanccedilas de um sistema de produccedilatildeo
em evoluccedilatildeo contribuindo na transiccedilatildeo para um padratildeo sustentaacutevel Cabe a pesquisa a
reorientaccedilatildeo para um enfoque ldquosistecircmicordquo isto eacute que permita integrar os diversos
componentes de um agroecossistema e a adoccedilatildeo de poliacuteticas puacuteblicas que promovam 0
fortalecimento e a expansatildeo da agricultura familiar
39
5 CONCLUSOtildeES
Considerando os resultados obtidos e as condiccedilotildees em que o estudo foi realizado
conclui-se que
bull As respostas agronocircmicas das mudas de cebola para os paracircmetros avaliados
satildeo mais satisfatoacuterias com a aplicaccedilatildeo de esterco de curral como adubaccedilatildeo de
base
bull Os biofertilizantes mais urina de vaca e calda bordalesa proporcionam
respostas satisfatoacuterias quando aplicados associados agraves adubaccedilotildees de base
bull O biofertilizante MB4 mais urina de vaca e calda bordalesa eacute mais eficiente
que o super magro mais urina e calda bordalesa quando aplicado associado agrave
adubaccedilatildeo de base esterco de curral para os conteuacutedos de fitomassa secae
fresca da parte aeacuterea das plantas altura e diacircmetro de colo das mudas de
cebola
bull Os biofertilizantes adicionados agrave adubaccedilatildeo de base 45 t harsquo 1 de vermicomposto
bovino mostram respostas significativas para os conteuacutedos de fitomassa seca
bull Os maiores conteuacutedos nutricionais para as mudas de cebola satildeo
proporcionados pela adubaccedilatildeo de base esterco de curral
bull A maior absorccedilatildeo de caacutelcio pelas mudas de cebola ocorre quando da adiccedilatildeo do
biofertilizante MB4 mais urina e calda bordalesa agrave adubaccedilatildeo de base esterco de
curral
40
6 REFEREcircNCIAS BIBLIOGRAacuteFICAS
ALDRIGHI CB ABREU CM PAGLIA AG MORSELLI TBGA FERNANDES HS Efeito da aplicaccedilatildeo de biofertilizante e urina de vaca em mudas de tomateiro Horticultura Brasileira v20 n2 julho 2002 Suplemento 2
ALTIERI M NICHOLLS C I Agroecologia Teoria praacutectica para umaAgricultura Sustentable Ia ed PNUMA 2000 Cap 2 4 Seacuterie textos baacutesicos para la formacioacuten ambiental
ALTIERI M Agroecologia bases cientiacuteficas para uma agricultura sustentaacutevelGuaiacuteba Agropecuaacuteria 2002 592 p
ANTONIOLLI Z I GIRACCA E M N CARDOSO S J T WIETHAN M M S FERRI M Iniciaccedilatildeo agrave Minhocultura Criaccedilatildeo em Cativeiro e Vermicompostagem Santa Maria UFSM 1996 p59-89
BAYER C MIELNICZUC J Dinacircmica e funccedilatildeo da mateacuteria orgacircnica In SANTOS G de A S e CAMARGO F A de O (ed) Fundamentos da mateacuteria orgacircnica do solo ecossistemas tropicais e subtropicais Porto Alegre Genesis 1999 p 3-23
BARRETTO D X Composto Orgacircnico In Praacutetica em Agricultura Orgacircnica Satildeo Paulo iacutecone Ed Ltda 1985 p 51-63
BETTIOL W Alguns produtos alternativos para o controle de doenccedilas de plantasem agricultura orgacircnica II Ciclo de palestras sobre agricultura orgacircnica Instituto Bioloacutegico Satildeo Paulo p52-63 1997
41
BETTIOL W TRACH R GALVAtildeO JAH Controle de doenccedilas de plantas com biofertilizantes Jaguariuacutena EMBRAPA-CNPMA 1997 22p (EMBRAPA- CNPMA Circular Teacutecnica 02)
BRADY N C Natureza e propriedades dos sotos Rio de Janeiro Freitas BastosS A 1979 647p
BRADY N C Organisms and ecology of the soil In The nature of properties of soils Simon amp Schuster A Viacon Company New Jersey1999 402-489p
BON1LLA J A Fundamentos da Agricultura Ecoloacutegica Sobrevivecircncia eQualidade de Vida Satildeo Paulo Nobel 1992
BUREacuteS S Substratos Ediciones Agroteacutecnicas S L Madrid Octubre 1997
BUS1NELLI M Chemical Composition and Enzymic Activity of some Worm Cast Plant Soil v 80 p 1-2 1990
CALEGARI A Espeacutecies para cobertura de solo In IAPAR (Instituto Agronocircmico de Paranaacute) Plantio Direto pequena propriedade sustentaacutevel organizador Moacir Darolt Londrina - PR 1998 65-93
CAMARGO P N D Manual de Adubaccedilatildeo Foliar Satildeo Paulo Herba 1975
CAPRA F A Teia da Vida Satildeo Paulo Cultrix 1997 256p
CAPRA F O Ponto de Mutaccedilatildeo 22 ed Satildeo Paulo Cultrix 2001 447p
CHABOUSSOU F Plantas doentes pelo uso de agrotoacutexicos (A Teoria da Trofobiose) Porto Alegre LPM 1987 253 p
CLARO S A Referencias tecnoloacutegicos para a agricultura familiar ecoloacutegica aexperiecircncia da Regiatildeo Centro-Serra do Rio Grande do Sul Porto Alegre EMATERRS-ASCAR 2001 250p
CLIVELA G Diagnoacutestico Agronocircmico da cebola no Rio Grande do Sul Porto Alegre EMATERRS 1995 8 6 p
COMISSAtildeO DE FERTILIDADE DO SOLO - RSSC Recomendaccedilotildees de adubaccedilatildeo e calagem para os estados do Rio Grande do Sul e Santa Catarina 3 ed Passo Fundo SBCS - Nuacutecleo Regional Sul 1995 223p
COMPAGNONI L PUTZOLU G Cria moderna de Ias lombrices y utilizacioacutenrentable dei humus Barcelona Editorial de Vecchi- SA 1985127p
COSTABEBER J A MOYANO E Transiccedilatildeo agroecoloacutegica e accedilatildeo social coletiva Agroecologia e Desenvolvimento Rural Sustentaacutevel Porto Alegre v l n4 p 50- 60 outdez 2 0 0 0
42
COSTA M B B da Adubaccedilatildeo orgacircnica Nova siacutentese e novo caminho para aagricultura Satildeo Paulo Ed iacutecone Ltda 1985 102p
COSTA NETO C Agricultura Sustentaacutevel Tecnologias e Sociedade In CARVALHO COSTA LF et al (org) Mundo Rural e Tempo Presente Rio de Janeiro Mauad 1999
DrsquoAG0ST1NI R L FANTINI A C Produccedilatildeo orgacircnica tambeacutem socialmente excludente Agroecologia e Desenvolvimento Rural Sustentaacutevel Porto Alegre v3 n l p57-61 2002
DALPONTE J C V Utilizaccedilatildeo de materiais orgacircnicos e fertilizante mineral na produccedilatildeo e qualidade de mudas e bulbos de cebola (Alliurn Cepa L) Pelotas-RS 1990 (Mestrado em Agronomia) - Faculdade de Agronomia Eliseu Maciel UFPel 1990
DEBARBA J F THOMAZELLI L F GANDIN C L SILVA E Cadeias produtivas do Estado de Santa Catarina Cebola Florianoacutepolis Epagri 1998 115 p (EPAGRI Boletim Teacutecnico 96)
DUFOUR F Os saacutebios loucos do agro-alimentar Le Monde Diplomatique ano 1 n4 p6-7 1999 (ed portuguesa)
EHLERS E Agricultura Sustetaacutevel Origem e perspectivas de um novo paradigma 2 ed Guaiacuteba Agropecuaacuteria 1999 157 p
FILGUEIRA F A R Novo Manual de olericultura agrotecnologia moderna na produccedilatildeo e comercializaccedilatildeo de hortaliccedilas Viccedilosa UFV 2000 402 p
FRASER G K Mateacuteria Orgacircnica Del Suelo In BEAR F E (ed) Quiacutemica dei Suelo Madrid Ed Agrociencia 1963
FOLLET R H MURPHY L S DONAHUE R L Fertilizers and soil amendments New Jersey Printice-Hall Inc 1981 557p
GARCIA A Revista dei Espacio Rural Georgica Zaragoza Escuela Politeacutecnica de Huesca n5 1997
GARCIA A Versatildeo preliminar de um Programa Estadual de Produccedilatildeo e Comercializaccedilatildeo de Bulbos e Sementes de CebolaEMBRAPAIPAGROMARAEMATER 6 8 pbdquo 1990 (Publicaccedilatildeo avulsa)
GIORGETT1 J R Produccedilatildeo e Comercializaccedilatildeo de Mudas de Tomate In Encontro Nacional de Produccedilatildeo e Abastecimento de Tomate 2 1991 Jaboticabal Satildeo Paulo Anais Jaboticabal UNESP 1991 p 242-244
GLIESSMAN S R Agroecologia Processos ecoloacutegicos em agricultura sustentaacutevelPorto Alegre Universidade Federal do Rio Grande do Sul - UFRGS 2000 653p
43
GLIESSMAN S R TURRIALBA C R Agroecologia Procesos Ecoloacutegicos en Agricultura Sostenible CATIE 2002 p 3-14
GNOATTO S C Caracterizaccedilatildeo quiacutemica de vermicompostos de diferentes substratos orgacircnicos Pelotas-RS 1999 38 f (Mestrado em Agronomia - Solos) - Faculdade de Agronomia Eliseu Maciel UFPel 1999
GOMES J C C BORBA M F S A moderna crise dos alimentos oportunidade para a agricultura familiar Emater Porto Alegre julset 2000 Disponiacutevel em lthttpwwwematertchebrdocsagroecorevistan313-artigo3htmgtAcesso em 24 fev 2002
GOMEZ H W Desenvolvimento sustentaacutevel agriacutecola e capitalismo In Desenvolvimento sustentaacutevel Necessidade eou disponibilidade Santa Cruz do Sul Nobel - UNISC 1997 p 65-77
GONZAacuteLEZ DE MOLINA M SEVILLA GUZMAacuteN E Ecologia campesinado e historia Para una reinterpretacioacuten dei desarrollo dei capitalismo en la agricultura In SEVILLA GUZMAacuteN E GONZAacuteLEZ DE MOLINA M (ed) Ecologia campesinado e historia Madrid La Piqueta 1993 p 23-129
GRIFFITH S A SCHNITZER M Analytical characteristic of humic and fulvic acids extracted from tropical volcanic soils Soil Sei Soc Am Proc v 39 p361-367 1975
GUIMARAtildeES E Caracterizaccedilatildeo quiacutemica estreptoscoacutepica e por anaacutelise teacutermica de aacutecidos huacutemicos e vermicompostos obtidos de estercos de diferentes animaisCuritiba 1997 Dissertaccedilatildeo (Mestrado em Quiacutemica) Universidade Federal do Paranaacute 1997
HESS A F Sociedade e meio ambiente uma relaccedilatildeo ambiacutegua Revista Cientiacutefica Rural Bageacute v 4 n2 p 167-1741999
ICEPA-SC Informes conjunturais sobre a cultura da cebola Disponiacutevel em lthttpwwwicepa combrgt Acesso em 23 jan 2003
JONES H A MANN L K Onions and their allies New York Interscience Publishers 1962 286 p
JUacuteNIOR H A de MAIORANO J A Receitas obtidas de extratos de plantasCampinas CATITerra Viva [199-] 10 f
KHATOUNIAN C A Ciclo de Palestras sobre Agricultura Orgacircnica 2a Ed SatildeoPaulo Fund Cargill 1997 149 p
KIEHL E J Fertilizantes Orgacircnicos Satildeo Paulo Ed Agronocircmica Ceres Ltda 1985 492p
44
KOEFF H H PETTERSSON B D SHAUMANN W Vida Vegetal solos e adubaccedilatildeo In Agricultura Biodinacircmica Satildeo Paulo Nobel 1983 p92-149
KONONOVA M M Soil organic matter The importance o f organic matter in soil formation and soil fertility New York Pergamqn Press 1961 p 165-200
KUHN T A Estrutura das Revoluccedilotildees Cientiacuteficas Satildeo Paulo Perspectiva 1989 257p
LANNA FCA ABREU C L ABREU J G SILVA V Resposta de cultivares de melancia cultivadas sob adubaccedilatildeo quiacutemica e orgacircnica Horticultura v 12 n l p85 1994
LEFF H Saber Ambiental Petroacutepolis Vozes 2001 343 p
MAGALHAtildeES J R Nutriccedilatildeo e adubaccedilatildeo da cebola In FERREIRA M E CASSTELLANE P D CRUZ M C P Nutriccedilatildeo e adubaccedilatildeo de hortaliccedilasPiracicaba POTAFOS 1993 p 381-393
MALAVOLTA E Elementos de nutriccedilatildeo mineral de plantas Satildeo Paulo Ed Agronocircmica Ceres Ltda 1980 251 p
MALAVOLTA E Manual de Quiacutemica Agriacutecola - Adubos e Adubaccedilatildeo 3a ed SatildeoPaulo Ed Agronocircmica Ceres Ltda 1981 606 p
MARTINEZ A A A grande e Poderosa Minhoca Jaboticabal Funep - Unesp1990 101 p
MARTINS S R Desenvolvimento e Sustentabilidade Horticultura Brasileira Brasiacutelia-DF v20 n2 julho 2002 Palestra apresentada no 42deg Congresso Brasileiro de Olericultura
MARTINS S R Limites Del Desarrollo Sostenible em Ameacuterica Latina En el marco de Ias poliacuteticas de (re)ajuste econocircmico Pelotas Editora UFPel 1997 135 P-
MARTINS S R Sustentabilidade na agricultura dimensotildees econocircmicas sociais e ambientais Revista Cientiacutefica Rural Bageacute v4 n 2 p 175-1871999
MATURANA H REZEPKA S N D E Formaccedilatildeo Humana e Capacitaccedilatildeo Rio de Janneiro Vozes 2000 8 6 p
MELLO A F SOBRINHO M O ARZOLLA S SILVEIRA R NETTO A C KIEHL J C Fertilidade do Solo Satildeo Paulo Nobel 1983
MENEZES JUacuteNIOR F O G D Caracterizaccedilatildeo de Diferentes substratos hortiacutecolas e seu efeito na produccedilatildeo de mudas de alface e couve-flor em ambiente protegido Pelotas 1998 141 p Dissertaccedilatildeo (Mestrado em Agronomia - Produccedilatildeo Vegetal) - Faculdade de Agronomia Eliseu Maciel UFPel 1998
45
MIBASA Mineraccedilatildeo Barreto SA Melhorador de Solos MB4 A Natureza Agradece Arapiraca-AL [199-] Folder
MINAMI K Os resumos da olericultura 2000 In AZEVEDO FILHO MARTINEZ FILHO (ed) Preccedilos agriacutecolas Piracicaba ESALQ 1999 p 4
MINAMI K Produccedilatildeo de Mudas de Alta Qualidade em Horticultura Satildeo Paulo TA Queiroz 1995
MORSELLI T B G A Cultivo sucessivo de alface sob adubaccedilatildeo orgacircnica em ambiente protegidoPelotas 2001 178 p Tese (Doutorado em Agronomia - Produccedilatildeo Vegetal) Faculdade de Agronomia Eliseu Maciel UFPel 2001
MORSELLI T B G A Resiacuteduos orgacircnicos em sistemas agriacutecolas Poliacutegrafo da Disciplina de Resiacuteduos orgacircnicos em sistemas agriacutecolas Curso de Poacutes-Graduaccedilatildeo em Agronomia-Produccedilatildeo Vegetal UFPel 2002
MULLER AM Efeitos da Aplicaccedilatildeo Foliar de um Biofertilizante Enriquecido no Estado fitossanitaacuterio de Tomate Ervilha e Beterraba Sob Manejo OrgacircnicoDissertaccedilatildeo (Mestrado no Programa de Poacutes-Graduaccedilatildeo em Agroecossistemas)1999 (Resumo)
NOLLA D Erosatildeo do Solo - O grande desafio Estado do Rio Grande do Sul SEAGRI desenvolvimento de recursos naturais renovaacuteveis 1982 412 p
PAGLIA AG MORSELLI TBGA PEIL RMN Teores de nutrientes pH e condutividade eleacutetrica da aacutegua em sistema ldquofloat^ngrdquo sob adiccedilatildeo de biofertilizantes Horticultura Brasileira v 20 n2 julho 2002 Suplemento 2
PAULUS G MULLER A BARCELLOS LAR Agroecologia aplicada praticas e meacutetodos para uma agricultura de base ecoloacutegica 2ed ver ampl Porto Alegre EMATERRS 2001 8 6 p
PEIXOTO R T dos G Composto orgacircnico aplicaccedilotildees benefiacutecios e restriccedilotildees de uso Horticultura Brasileira Brasiacutelia-DF v 18 p 56-64 julho 2000
PENTEADO SR Defensivos Alternativos e Naturais Satildeo Paulo 1999 95 p
PEREIRA AJ SOUZA RJ PEREIRA WR Efeito de diferentes doses de esterco de galinha e de curral sobre a produccedilatildeo de cebola Horticultura Brasileira v20 n2 julho 2002 Suplemento 2
PINHEIRO S BARRETO SB MB-4 agricultura sustentaacutevel trofobiose e biofertilizantes Fundaccedilatildeo Juquira CandiruMibasa 2000 273 p
PRIMAVESI A Agricultura Sustentaacutevel Satildeo Paulo Nobel 1992 142 p
PRIMAVESI A O manejo ecoloacutegico do solo Agricultura em regiotildees tropicais SatildeoPaulo Nobel 1982 541 p
46
PURCINO A A C ldquoNitrogecircniordquo Informe Agropecuaacuterio Belo Horizonte v7 n81 p 16-27 1981
QUIJANO F G Efeito da adubaccedilatildeo orgacircnica no desenvolvimento de duas cultivares de alface em ambiente protegido Pelotas 1999 116f Dissertaccedilatildeo (Mestrado em Agronomia - Produccedilatildeo Vegetal) Faculdade de Agronomia Eliseu Maciel UFPel 1999
RODRIGUES A N N Efeitos e residuais de superfosfato triplo sobre o rendimento de mateacuteria seca e absorccedilatildeo de foacutesforo pela aveia (Avena strigosa Schob) em solo Podzoacutelico Vermelho Escuro Porto Alegre 1984 59f Dissertaccedilatildeo (Mestrado em Agronomia) - Faculdade de Agronomia UFRGS 1984
RODRIGUES E T CASALI V W D Respostas da alface agrave adubaccedilatildeo orgacircnica II Teores conteuacutedos e utilizaccedilatildeo de macronutrientes em cultivares Rev Ceres Viccedilosa v 45 n 261 p 437-449 1998
SAMINEcircS T C O Produccedilatildeo orgacircnica de alimentos Horticultura Brasileira Brasiacutelia-DF v 17 n3 novembro 1999
SCHIEDECK G Ambiecircncia e resposta agronocircmica de meloeiro (Cucumis melo L) cultivado sob adubaccedilatildeo orgacircnica em ambiente protegido Pelotas lOOp Tese (Doutorado em Agronomia - Produccedilatildeo Vegetal) - Faculdade de Agronomia Eliseu Maciel UFPel 2002
SILVA JUacuteNIOR A A GIORGI E Substratos alternativos para a produccedilatildeo de mudas de tomate Agropecuaacuteria Catarinense Florianoacutepolis EPAGRI 1992 23 p
SILVA JUacuteNIOR A A MACEDO S G STUKER H Utilizaccedilatildeo de esterco de peru na produccedilatildeo de mudas de tomateiro Florianoacutepolis EPAGRI 1995 28 p (Boletim Teacutecnico 73)
TAGLIARI PS GRASSMANN H Minhoca a grande aliada da agricultura Agropecuaacuteria Catarinense v8 n l p 11-14 mar 1995
TEDESCO M J GIANELLO C Anaacutelises de solo plantas e outros materiais Porto Alegre Faculdade de Agronomia Departamento de Solos Universidade Federal do Rio Grande do Sul RS 1996
TENNANT D A Test of modified line intersect method of estimating root lenght Journal Ecology Oxford v 63 p 995-1001 1975
TIBAU A O Mateacuteria Orgacircnica do Solo Mateacuteria Orgacircnica e Fertilidade do SoloSatildeo Paulo Nobel 1984 p49-182
TIMM P J Anaacutelise comparativa dos sistemas de plantio convencional e cultivo miacutenimo de cebola sob adubaccedilatildeo orgacircnica e mineral Pelotas 2000 79 p Dissertaccedilatildeo (Mestrado em Agronomia - Produccedilatildeo Vegetal) - Faculdade de Agronomia Eliseu Maciel UFPel 2000
47
VALENZUELA HR CROSBY C Effect of compost applications on the yield of several vegetables in long-term organic farming experiments conduced in the tropics American Society Horticultural Science v33 n3 june 1998
VIGLIZZO E (ed) Subprograma Recursos Naturais y Sostenibilidad Agriacutecola documento marco Montevideo IICAPROCISUR 1995 p 75 - 78
WE1D J M TARDIN J M Proposta para a Ampliaccedilatildeo do Trabalho da ASPTA no Centro Sul do Paranaacute ASPTA Disponiacutevel em http wwwpronafgovbrEncontrotestosAS20PTA20Sul20ParanE1205 202002doc Acesso em 05 mai 2002
XAVIER SIMOacuteN F DOMINGUES D G Desenvolvimento Rural Sustentaacutevel uma perspectiva agroecoloacutegica Agroecologia e Desenvolvimento Rural Sustentaacutevel Porto Alegre EM ATERRS v2 n2 p 17-26 2001
ZABALETA J P Diagnoacutestico da Agricultura Familiar em Satildeo Joseacute do Norte - RSPelotas EMBRAPA-CPACT 1998 75 p (EMBRAPA-CPACT Documentos 44)
ZONTA E P MACHADO A A SILVEIRA P Sanest Sistema de anaacutelise estatiacutestica para microcomputadores Registrado na Secretaria Especial de Informaacutetica sob nuacutemero 066060 - categoria A Pelotas-RS Universidade Federal de Pelotas 1984
48
7 APEcircNDICE
APEcircNDICE A - Anaacutelise da adubaccedilatildeo de base e biofertilizantes utilizados na produccedilatildeo de mudas de cebola
TABELA 1 A Anaacutelise baacutesica do solo antes da incorporaccedilatildeo do feijatildeo miuacutedo + papua
Arg
pH IND
SMP
MO
P - n r - Na Al Ca__10Omlmdash
Mg
ppm -
6 53 67 089 8 6 27 1 04 05 0 2
Fonte LASFAEMUFPel (2002)
TABELA 2A Anaacutelise complementar do solo antes da incorporaccedilatildeo do feijatildeo-miuacutedo + papua
Cobre Zinco Manganecircs Ferro
(m v1)
04 05 26 007
Fonte LASFAEMUFPel (2002)
49
TABELA 3A Anaacutelise dos fertilizantes soacutelidos
Amostra pH limidade CN
C N P K Ca Mg
- g-ivg --
Cama de 849 2491 12 31042 2479 3888 3405 29875 463
aves
Esterco 74 3594 11 677 590 157 134 335 214
de curral
Huacutemus 684 5738 14 15965 1098 453 745 743 361
Fonte LASFAEMUFPel (2002)
TABELA 4A Anaacutelise quiacutemica dos biofertilizantes liacutequidos
Amostra N P K_ccedil H
Ca Mg Cu Zn Fe Mn
mdashgL bull
S Magro
m b 4
Urina
053
1652
8 2 2
008
395
0 0 0
149
1674
471
1902
6872
0 0 0
1150
4507
1172
7273
42
033
101389
920
0 0 0
6250
19458
781
35273
1123
0 2 1
Fonte LASFAEMUFPel (2002)
50
APEcircNDICE B - Condiccedilotildees climaacuteticas do local
TABELA 1B Condiccedilotildees de temperatura do local
___________ __________TEMPERATURA (degCgt
meses Meacutedia
Maacutexima
Meacutedia
MiacutenimaMeacutedia
Maacutexima
Absoluta
Miacutenima
Absoluta
Junho 225 87 156 320 25
Julho 225 85 155 285 30
Agosto 251 71 161 360 1 0
Fonte FEPAGROSCT 2002
TABELA 2B Condiccedilotildees de chuva do local
mdash CHUVA (mm)mdash
meses Ocorrida Normal Desvio Da Normal
Junho 1080 1 1 0 -2 0
Julho 1062 98 8 2
Agosto 1283 1 2 0 83
Fonte FEPAGROSCT 2002
51
TABELA 1C Produccedilatildeo de fitomassa fresca e seca (g) da parte aeacuterea altura de planta
(cm) e diacircmetro de colo (mm) de mudas de cebola Petrolini cultivadas
sob uma perspectiva agroecoloacutegica Pelotas-RS 2003
APEcircNDICE C - Anaacutelise estatiacutestica da parte aeacuterea
Causas G1 FFPA FSPA AP DC
da variaccedilatildeo --------- Quadrados meacutedios-
Blocos 3
Ad Base 2 175359071 1287102 2547419 1 11775
Biofertilizantes 2 126876 29011 87669ns 02185ns
Ad x Biofert 4 572378 31123 69106ns 04159
Resiacuteduo 24 34456 03048 27169 00290
Total 35
Meacutedia geral 93745 8772 320388 6741
CV 1980 6294 5145 2530
Significativo a 5ns Natildeo significativo
52
TABELA 1D Produccedilatildeo de fitomassa fresca e seca (g) comprimento (cm) e densidade
de raiacutezes (m cm3) de mudas de cebola Petrolini cultivadas sob uma
perspectiva agroecoloacutegica e razatildeo parte aeacutereasistema radicular Pelotas-
RS 2003
APEcircNDICE D - Anaacutelise estatiacutestica da raiz
Causas G1 FFR FSR CR RPASR DR
da variaccedilatildeo Quadrados meacutedios---------------
Blocos 3
Ad Base 2 27874 551 623 2 1 0 140
Biofertilizantes 2 178 0 1 0 ni 1504 l03ns 038ns
Ad x Biofert 4 190 058 318 294 183
Resiacuteduo 24 005 009 028 023 0 2 1
Total 35
Meacutedia geral 1818 228 184 387 333
C V 134 1356 448 1253 1396
Significativo a 5 ns Natildeo significativo
53
APEcircNDICE E - Anaacutelise estatiacutestica dos macronutrientes da parte aeacuterea da cebola
TABELA 1E Conteuacutedos (mg planta1) de nitrogecircnio foacutesforo potaacutessio caacutelcio e
magneacutesio no tecido vegetal de mud^s de cebola Petrolini cultivadas
sob uma perspectiva agroecoloacutegica Pelotas-RS 2003
Causas G1 bull N P K Ca Mg
da variaccedilatildeo
Blocos 3
Ad Base 2 13550306 446627 25509686 1031806 59007
Biofertilizantes 2 180610ns 16564 68153ns 39006 876ns
Ad x Biofert 4 454187 45743 1047539 46950 2464
Resiacuteduo 24 29769 1453 64313 3741 439
Total 35
Meacutedia geral 24921 4597 33366 6943 1615
C V 692 829 760 880 1297
Significativo a 5 ns Natildeo significativo
APEcircNDICE F - Fotos do experimento
FIGURA 2 Mudas de cebola (Allium cepa L) produzidas sob uma perspectiva agroecoloacutegica
APEcircNDICE F a Fotos do experimento
FIGURA 1 Adubaccedilatildeo verde com feijatildeo-miuacutedo e papuatilde utilizadas no manejo do solo
FIGURA 2 Mudas de cebola (Allium cepa L) produzidas sob urna perspectiva agroecoloacutegica
34
TABELA 2 Produccedilatildeo de fitomassa fresca e seca (g) comprimento (cm) e densidade de
raiacutezes (m cm3) de mudas de cebola Petrolini cultivadas sob uma
perspectiva agroecoloacutegica e razatildeo parte aeacutereasistema radicular Pelotas-
RS 2003
BIOFERTILIZANTES LIacuteQUIDOSADUBACcedilAO DE BASE
S Magro + MB4 +Urina + Calda Urina + Calda Testemunha
Bordalesa Bordalesa
de vermicomposto de vermicomposto de esterco de curral
de vermicomposto de vermicomposto de esterco de curral
de vermicomposto de vermicomposto de esterco de curral
de vermicomposto de vermicomposto de esterco de curral
1540 c A 1576 b B 2427 a A
Fitomassa fresca (g)----------------1502 c B 1517 b AB 1658 b A 1446 c C 2336 a B 2360 a B
--------------------Fitomassa seca (g)-------------------196 b A 207 ab A 170 b A170 b A 199 b A 192 b A 344 a A 249 a B 327 a A
Comprimento de raiz(cm)---------------1237 b A 1158 b A 1158 a A1237 b A 1060 c B 1040 b B1433 a A 1296 a B 1040 b C
30 t ha 45 t ha 60 t ha
30 t ha 45 t ha 60 t ha
30 t halsquo 45 t ha 60 t ha
30 t ha 45 t ha 60 t ha
30 t ha de vermicomposto 45 t ha de vermicomposto60 t ha~ de esterco de curral__________________________ _________________________Meacutedias seguidas pela mesma letra minuacutescula para as colunas (adubaccedilatildeo de base) e maiuacutesculas para as linhas (biofertilizantes) natildeo diferem entre si pelo teste de Duncan a 5
-----Razatildeo Parte AeacutereaSistema Radicular------340 b AB 301c B 384 a A446 a A 415 b A 326 a B339 b B 546 a A 388 a B
-------------- Densidade de raiz (m cm3)------------367 a AB 414 a A 325 b B282 b B 301b B 405 a A347 ab A 231c B 324 b A
Em relaccedilatildeo agraves adubaccedilotildees de base destacou-se o EC (60 t ha 1 de esterco de curral)
para as variaacuteveis FFR e FSR Quando adicionado o SM+U+CB os resultados para FFR
foram ainda melhores bem como o CR As respostas obtidas para a RPASR foram
variadas em relaccedilatildeo agraves adubaccedilotildees apresentando melhores resultados para 15 VB (45 t
ha 1 de vermicomposto)+SM+U+CB e ainda melhor para EC (60 t ha 1 de esterco de
curral)+MB4 +U+CB As adubaccedilotildees de base 1 VB 15 VB e EC natildeo diferiram entre si
As adubaccedilotildees mais eficientes para a variaacutevel DR foram 1 VB+SM+U+CV que natildeo
diferiu da EC+SM+U+CB I VB+ MB4 +U+CB e agrave 15 VB foram melhores entre as
demais
35
Analisando os biofertilizantes em relaccedilatildeo a cada adubaccedilatildeo de base verifica-se que
para a 1 VB (30 t ha 1 de vermicomposto)+SM+U+CB destaca-se a variaacutevel FFR
poreacutem sem diferenccedila significativa de 1 VB os melhpres resultados para a variaacutevel DR
foram encontrados pelo tratamento 1 VB+MB4 +U+CB e 15 VB (45 t ha 1 de
vermicomposto) tambeacutem se considera eficiente o 1 VB+SM+U+CB que natildeo diferiu do
EC (esterco de curral) Quando se utilizou 15 VB+ MB4 +U+CB houve resposta
significativa para a variaacutevel FFR para FSR as respostas natildeo foram diferentes com a
aplicaccedilatildeo dos biofertilizantes para as variaacuteveis FSR e DR as adubaccedilotildees EC e
EC+SM+U+CB natildeo diferiram entre si
Embora as respostas estatiacutesticas tenham sido diferentes para as adubaccedilotildees
combinadas ou natildeo pode-se salientar a importacircncia do aacutecido indol-aceacutetico como jaacute
citado anteriormente para as variaacuteveis avaliadas na parte aeacuterea das mudas de cebola
Respostas semelhantes nesse sentido foram encontradas para a cultura da alface por
Quijano (1999) e Morselli (2001)
Pereira et al (2002) concluiacuteram em trabalho realizado com a cultivar de cebola
CNPF1 6400 em Minas Gerais que a utilizaccedilatildeo de 20 t ha de esterco de curral
proporcionou os melhores resultados para a produccedilatildeo de cebola
Silva Juacutenior amp Giorgi (1992) e Menezes Juacutenior (1998) citam que doses elevadas
de mateacuteria orgacircnica podem prejudicar a primeira fase da germinaccedilatildeo (embebiccedilatildeo) e
absorccedilatildeo de aacutegua pelas raiacutezes das placircntulas No entanto no presente trabalho este fato
natildeo ocorreu embora a dose de esterco utilizada tenha sido de 60 t ha 1 (dose maacutexima
recomendada segundo Nolla 1982)
413 Anaacutelise de macronutrientes no tecido vegetal
Os resultados dos conteuacutedos de nitrogecircnio foacutesforo potaacutessio caacutelcio e magneacutesio no
tecido vegetal sob diferentes adubaccedilotildees encontrados na Tabela 3 indicam mais uma
vez a superioridade da adubaccedilatildeo esterco com 0 uso ou natildeo de biofertilizantes
36
TABELA 3 Conteuacutedos (mg planta1) de nitrogecircnio foacutesforo potaacutessio caacutelcio e
magneacutesio no tecido vegetal de mudas de cebola Petrolini cultivadas sob
uma perspectiva agroecoloacutegica Pelotas-RS 2003
BIOFERTILIZANTES LIacuteQUIDOS i J B
ADUBACcedilAtildeO S Magro + MB4 +DE BASE Urina + Calda Urina + Calda Testemunha
Bordalesa Bordalesamg plantas1
---- Nitrogecircnio-----30 t ha de vermicomposto 16593 c AB 15451 c B 19050 b A45 t ha de vermicomposto 21444 b A 22888 b A 17852 b B60 t ha de esterco de curral 32606 a C 37593 a B 40816 a A
--------------- ------ Foacutesforo------- -------------30 t ha de vermicomposto 3098 c B 2802 c B 3999 b A45 t ha de vermicomposto 4109 b A 4135 b A 2788 c B60 t ha de esterco de curral 5300 a B 7577 a A 7565 a A
------- Potaacutessio------30 t ha de vermicomposto 24327 c A 19900 c B 24965 b A45 t ha de vermicomposto 29113b A 29812 b A 22031 b B60 t ha de esterco de curral 44070 a B 51976 a A 54101 a A
-------- Caacutelcio-------30 t ha de vermicomposto 5027 c A 4356 c A 4834 b A45 t ha de vermicomposto 6114b A 6963 b A 4379 b B60 t ha de esterco de curral 9030 a C 11451 a A 10331 a B
------Magneacutesio-----30 t ha de vermicomposto 1188 b A 914 c A 1202 b A45 t ha de vermicomposto 1231 b B 1582 b A 1176 b B60 t ha de esterco de curral 2136a B 2443 a A 2663 a AMeacutedias seguidas pela mesma letra minuacutescula para as colunas (adubaccedilatildeo de base) e maiuacutesculas para as linhas (biofertilizantes) natildeo diferem entre si pelo teste de Duncan a
Em relaccedilatildeo agraves adubaccedilotildees de base observa-se que o melhor tratamento foi o
esterco de curral para todas as variaacuteveis Para 1 VB (30 t ha^ 1 de vermicomposto) natildeo
houve resposta diferenciada com o uso de bofertilizantes para todas as variaacuteveis A
adubaccedilatildeo 15 VB (45 t ha 1 de vemicomposto) foi influenciada pelos biofertilizantes
para as variaacuteveis N P K e Ca enquanto que para Mg somente o MB4+U+CB o
influenciou O EC (esterco de curral) mostrou diferenccedila significativa apenas para as
variaacuteveis Ca e Mg quando adicionado MB4+U+CB
Segundo Peixoto (2000) eacute fundamental a adiccedilatildeo de adubos orgacircnico no cultivo de
hortaliccedilas seja na forma de esterco decomposto composto ou huacutemus de minhoca de
37
modo a fornecer melhorias nas propriedades do solo vindo a disponibilizar os nutrientes
as diferentes culturas
O esterco fresco conteacutem muita cama celuloacutesica e um elevado teor de aacutegua No
esterco curtido a celulose jaacute estaacute decomposta o teor de aacutegua estaacute reduzido agrave metade e os
nutrientes em uma forma mais assimilaacutevel e mais concentrada O esterco fresco pode
causar uma deficiecircncia temporaacuteria de nitrogecircnio no solo ao se decompor o que natildeo
acontece com o biestabilizado (Kiehl 1985)Ocorre uma diminuiccedilatildeo inicial no volume
de aacutegua retido no esterco de curral diminui inicialmente em tomo de 3581 liberando
posteriormente somente 496 evidenciando a sua capacidade de retenccedilatildeo de aacutegua
(Menezes Juacutenior 1998)
A utilizaccedilatildeo continuada de adubos nitrogenados minerais no solo altera o balanccedilo
do nitrogecircnio entre o solo e planta No meacutetodo biodinacircmico eacute sublinhada a importacircncia
dos adubos animais para o estabelecimento da fertilidade permanente dos solos (Koeff
et al 1983)
Para Guimaratildees (1997) os benefiacutecios que a mateacuteria orgacircnica imprime ao solo
principalmente melhorando a produtividade fertilidade e a influencia que as substancias
huacutemicas exercem sobre o ambiente dependem da qualidade e do teor de mateacuteria
orgacircnica do solo Estas substacircncias por conterem nutrientes em sua constituiccedilatildeo em uma
forma mais disponiacutevel para as plantas promovem um equiliacutebrio no ambiente no solo
(Kononova 1966)
Aproximadamente de 60 a 70 do total de carbono do solo ocorre na forma de
materiais huacutemicos (Griffith amp Schnitzer 1975) sendo a eles atribuiacutedo a manutenccedilatildeo da
bioestrutura do solo aumentando a capacidade de retenccedilatildeo de aacutegua (Brady 1999)
Conforme Compagnoni amp Putzolu (1985) os estercos bem como os demais
resiacuteduos orgacircnicos apresentam conteuacutedos diferentes de aacutecidos huacutemicos e fuumllvicos sendo
atribuiacutedo ao acido huacutemico uma accedilatildeo fitoestimulante semelhante aos fitohormocircnios por
favorecer o desenvolvimento do sistema radicular e crescimento do caule
Em trabalho realizado por Guimaratildees (1997) foi encontrado para aacutecidos huacutemicos
de esterco bovino uma relaccedilatildeo CN 1035 e para vermicomposto bovino 17
evidenciando que o esterco quando aplicado ao solo por apresentar uma relaccedilatildeo CN
proacutexima deste reage mais facilmente liberando nutrientes para as plantas sem alterar a
cadeia troacutefiacuteca Dados encontrados no presente trabalho demonstram a eficiecircncia do
esterco nesse sentido
38
De acordo com Morselli (2001) vaacuterios trabalhos citam comentam e discutem a
capacidade dos vermicompostos em proporcionar oacutetimas colheitas e favorecer a
precocidade das plantas cultivadas Poreacutem muitas vezes se observa que mesmo
suprindo essas plantas com nutrientes necessaacuterios atraveacutes de huacutemus de diferentes fontes
as respostas natildeo satildeo as mesmas para uma mesma cultivar
Por outro lado os resultados com o uso de substacircncias huacutemicas satildeo variaacuteveis e
dependem aleacutem da espeacutecie testada das substacircncias huacutemicas utilizadas sua
concentraccedilatildeo o grau de purificaccedilatildeo e das condiccedilotildees experimentais A resposta das
plantas aos aacutecidos huacutemicos e fuacutelvicos eacute dependente da mateacuteria prima original e da
espeacutecie vegetal pois materiais orgacircnicos diferentes apresentam aacutecidos huacutemicos e
fuacutelvicos diferentes (Businelli 1990)
Justificam-se os maiores conteuacutedos de nitrogecircnio foacutesforo potaacutessio e caacutelcio nas
adubaccedilotildees 15 VB (45 t ha 1 de vermicomposto) e biofertilizantes devido
provavelmente ao vermicomposto utilizado apresentar na sua constituiccedilatildeo teores
consideraacuteveis destes elementos aleacutem do que os biofertilizantes possam ter influenciado
na absorccedilatildeo atraveacutes de sua constituiccedilatildeo Tibau (1984) considera que a urina de vaca eacute
rica em aacutecido indol-aceacutetico e este influencia na absorccedilatildeo radicular O efeito positivo
deste tratamento provavelmente seja devido agrave quantidade aplicada
O biofertilizante que se destacou foi o MB4+U+CB em relaccedilatildeo ao EC (esterco de
curral) e eacute somente para a variaacutevel caacutelcio Isto provavelmente seja devido ao alto teor
deste elemento encontrado na sua constituiccedilatildeo (6872 g Kg1) e pela influecircncia positiva
que a calda bordalesa exerce no metabolismo das plantas atraveacutes dos nutrientes
contidos em sua formulaccedilatildeo O Ca controla a absorccedilatildeo radicular e retorna ao solo pelo
esterco e palhas por apresentar-se em maior quantidade em folhas e caules Depois de
localizado nas folhas fica imoacutevel favorecendo a resistecircncia da planta ao ataque de
fungos
Este trabalho avanccedila no estudo da agroecologia estando claro que todos os
criteacuterios tem caraacuteter dinacircmico de adequaccedilatildeo as mudanccedilas de um sistema de produccedilatildeo
em evoluccedilatildeo contribuindo na transiccedilatildeo para um padratildeo sustentaacutevel Cabe a pesquisa a
reorientaccedilatildeo para um enfoque ldquosistecircmicordquo isto eacute que permita integrar os diversos
componentes de um agroecossistema e a adoccedilatildeo de poliacuteticas puacuteblicas que promovam 0
fortalecimento e a expansatildeo da agricultura familiar
39
5 CONCLUSOtildeES
Considerando os resultados obtidos e as condiccedilotildees em que o estudo foi realizado
conclui-se que
bull As respostas agronocircmicas das mudas de cebola para os paracircmetros avaliados
satildeo mais satisfatoacuterias com a aplicaccedilatildeo de esterco de curral como adubaccedilatildeo de
base
bull Os biofertilizantes mais urina de vaca e calda bordalesa proporcionam
respostas satisfatoacuterias quando aplicados associados agraves adubaccedilotildees de base
bull O biofertilizante MB4 mais urina de vaca e calda bordalesa eacute mais eficiente
que o super magro mais urina e calda bordalesa quando aplicado associado agrave
adubaccedilatildeo de base esterco de curral para os conteuacutedos de fitomassa secae
fresca da parte aeacuterea das plantas altura e diacircmetro de colo das mudas de
cebola
bull Os biofertilizantes adicionados agrave adubaccedilatildeo de base 45 t harsquo 1 de vermicomposto
bovino mostram respostas significativas para os conteuacutedos de fitomassa seca
bull Os maiores conteuacutedos nutricionais para as mudas de cebola satildeo
proporcionados pela adubaccedilatildeo de base esterco de curral
bull A maior absorccedilatildeo de caacutelcio pelas mudas de cebola ocorre quando da adiccedilatildeo do
biofertilizante MB4 mais urina e calda bordalesa agrave adubaccedilatildeo de base esterco de
curral
40
6 REFEREcircNCIAS BIBLIOGRAacuteFICAS
ALDRIGHI CB ABREU CM PAGLIA AG MORSELLI TBGA FERNANDES HS Efeito da aplicaccedilatildeo de biofertilizante e urina de vaca em mudas de tomateiro Horticultura Brasileira v20 n2 julho 2002 Suplemento 2
ALTIERI M NICHOLLS C I Agroecologia Teoria praacutectica para umaAgricultura Sustentable Ia ed PNUMA 2000 Cap 2 4 Seacuterie textos baacutesicos para la formacioacuten ambiental
ALTIERI M Agroecologia bases cientiacuteficas para uma agricultura sustentaacutevelGuaiacuteba Agropecuaacuteria 2002 592 p
ANTONIOLLI Z I GIRACCA E M N CARDOSO S J T WIETHAN M M S FERRI M Iniciaccedilatildeo agrave Minhocultura Criaccedilatildeo em Cativeiro e Vermicompostagem Santa Maria UFSM 1996 p59-89
BAYER C MIELNICZUC J Dinacircmica e funccedilatildeo da mateacuteria orgacircnica In SANTOS G de A S e CAMARGO F A de O (ed) Fundamentos da mateacuteria orgacircnica do solo ecossistemas tropicais e subtropicais Porto Alegre Genesis 1999 p 3-23
BARRETTO D X Composto Orgacircnico In Praacutetica em Agricultura Orgacircnica Satildeo Paulo iacutecone Ed Ltda 1985 p 51-63
BETTIOL W Alguns produtos alternativos para o controle de doenccedilas de plantasem agricultura orgacircnica II Ciclo de palestras sobre agricultura orgacircnica Instituto Bioloacutegico Satildeo Paulo p52-63 1997
41
BETTIOL W TRACH R GALVAtildeO JAH Controle de doenccedilas de plantas com biofertilizantes Jaguariuacutena EMBRAPA-CNPMA 1997 22p (EMBRAPA- CNPMA Circular Teacutecnica 02)
BRADY N C Natureza e propriedades dos sotos Rio de Janeiro Freitas BastosS A 1979 647p
BRADY N C Organisms and ecology of the soil In The nature of properties of soils Simon amp Schuster A Viacon Company New Jersey1999 402-489p
BON1LLA J A Fundamentos da Agricultura Ecoloacutegica Sobrevivecircncia eQualidade de Vida Satildeo Paulo Nobel 1992
BUREacuteS S Substratos Ediciones Agroteacutecnicas S L Madrid Octubre 1997
BUS1NELLI M Chemical Composition and Enzymic Activity of some Worm Cast Plant Soil v 80 p 1-2 1990
CALEGARI A Espeacutecies para cobertura de solo In IAPAR (Instituto Agronocircmico de Paranaacute) Plantio Direto pequena propriedade sustentaacutevel organizador Moacir Darolt Londrina - PR 1998 65-93
CAMARGO P N D Manual de Adubaccedilatildeo Foliar Satildeo Paulo Herba 1975
CAPRA F A Teia da Vida Satildeo Paulo Cultrix 1997 256p
CAPRA F O Ponto de Mutaccedilatildeo 22 ed Satildeo Paulo Cultrix 2001 447p
CHABOUSSOU F Plantas doentes pelo uso de agrotoacutexicos (A Teoria da Trofobiose) Porto Alegre LPM 1987 253 p
CLARO S A Referencias tecnoloacutegicos para a agricultura familiar ecoloacutegica aexperiecircncia da Regiatildeo Centro-Serra do Rio Grande do Sul Porto Alegre EMATERRS-ASCAR 2001 250p
CLIVELA G Diagnoacutestico Agronocircmico da cebola no Rio Grande do Sul Porto Alegre EMATERRS 1995 8 6 p
COMISSAtildeO DE FERTILIDADE DO SOLO - RSSC Recomendaccedilotildees de adubaccedilatildeo e calagem para os estados do Rio Grande do Sul e Santa Catarina 3 ed Passo Fundo SBCS - Nuacutecleo Regional Sul 1995 223p
COMPAGNONI L PUTZOLU G Cria moderna de Ias lombrices y utilizacioacutenrentable dei humus Barcelona Editorial de Vecchi- SA 1985127p
COSTABEBER J A MOYANO E Transiccedilatildeo agroecoloacutegica e accedilatildeo social coletiva Agroecologia e Desenvolvimento Rural Sustentaacutevel Porto Alegre v l n4 p 50- 60 outdez 2 0 0 0
42
COSTA M B B da Adubaccedilatildeo orgacircnica Nova siacutentese e novo caminho para aagricultura Satildeo Paulo Ed iacutecone Ltda 1985 102p
COSTA NETO C Agricultura Sustentaacutevel Tecnologias e Sociedade In CARVALHO COSTA LF et al (org) Mundo Rural e Tempo Presente Rio de Janeiro Mauad 1999
DrsquoAG0ST1NI R L FANTINI A C Produccedilatildeo orgacircnica tambeacutem socialmente excludente Agroecologia e Desenvolvimento Rural Sustentaacutevel Porto Alegre v3 n l p57-61 2002
DALPONTE J C V Utilizaccedilatildeo de materiais orgacircnicos e fertilizante mineral na produccedilatildeo e qualidade de mudas e bulbos de cebola (Alliurn Cepa L) Pelotas-RS 1990 (Mestrado em Agronomia) - Faculdade de Agronomia Eliseu Maciel UFPel 1990
DEBARBA J F THOMAZELLI L F GANDIN C L SILVA E Cadeias produtivas do Estado de Santa Catarina Cebola Florianoacutepolis Epagri 1998 115 p (EPAGRI Boletim Teacutecnico 96)
DUFOUR F Os saacutebios loucos do agro-alimentar Le Monde Diplomatique ano 1 n4 p6-7 1999 (ed portuguesa)
EHLERS E Agricultura Sustetaacutevel Origem e perspectivas de um novo paradigma 2 ed Guaiacuteba Agropecuaacuteria 1999 157 p
FILGUEIRA F A R Novo Manual de olericultura agrotecnologia moderna na produccedilatildeo e comercializaccedilatildeo de hortaliccedilas Viccedilosa UFV 2000 402 p
FRASER G K Mateacuteria Orgacircnica Del Suelo In BEAR F E (ed) Quiacutemica dei Suelo Madrid Ed Agrociencia 1963
FOLLET R H MURPHY L S DONAHUE R L Fertilizers and soil amendments New Jersey Printice-Hall Inc 1981 557p
GARCIA A Revista dei Espacio Rural Georgica Zaragoza Escuela Politeacutecnica de Huesca n5 1997
GARCIA A Versatildeo preliminar de um Programa Estadual de Produccedilatildeo e Comercializaccedilatildeo de Bulbos e Sementes de CebolaEMBRAPAIPAGROMARAEMATER 6 8 pbdquo 1990 (Publicaccedilatildeo avulsa)
GIORGETT1 J R Produccedilatildeo e Comercializaccedilatildeo de Mudas de Tomate In Encontro Nacional de Produccedilatildeo e Abastecimento de Tomate 2 1991 Jaboticabal Satildeo Paulo Anais Jaboticabal UNESP 1991 p 242-244
GLIESSMAN S R Agroecologia Processos ecoloacutegicos em agricultura sustentaacutevelPorto Alegre Universidade Federal do Rio Grande do Sul - UFRGS 2000 653p
43
GLIESSMAN S R TURRIALBA C R Agroecologia Procesos Ecoloacutegicos en Agricultura Sostenible CATIE 2002 p 3-14
GNOATTO S C Caracterizaccedilatildeo quiacutemica de vermicompostos de diferentes substratos orgacircnicos Pelotas-RS 1999 38 f (Mestrado em Agronomia - Solos) - Faculdade de Agronomia Eliseu Maciel UFPel 1999
GOMES J C C BORBA M F S A moderna crise dos alimentos oportunidade para a agricultura familiar Emater Porto Alegre julset 2000 Disponiacutevel em lthttpwwwematertchebrdocsagroecorevistan313-artigo3htmgtAcesso em 24 fev 2002
GOMEZ H W Desenvolvimento sustentaacutevel agriacutecola e capitalismo In Desenvolvimento sustentaacutevel Necessidade eou disponibilidade Santa Cruz do Sul Nobel - UNISC 1997 p 65-77
GONZAacuteLEZ DE MOLINA M SEVILLA GUZMAacuteN E Ecologia campesinado e historia Para una reinterpretacioacuten dei desarrollo dei capitalismo en la agricultura In SEVILLA GUZMAacuteN E GONZAacuteLEZ DE MOLINA M (ed) Ecologia campesinado e historia Madrid La Piqueta 1993 p 23-129
GRIFFITH S A SCHNITZER M Analytical characteristic of humic and fulvic acids extracted from tropical volcanic soils Soil Sei Soc Am Proc v 39 p361-367 1975
GUIMARAtildeES E Caracterizaccedilatildeo quiacutemica estreptoscoacutepica e por anaacutelise teacutermica de aacutecidos huacutemicos e vermicompostos obtidos de estercos de diferentes animaisCuritiba 1997 Dissertaccedilatildeo (Mestrado em Quiacutemica) Universidade Federal do Paranaacute 1997
HESS A F Sociedade e meio ambiente uma relaccedilatildeo ambiacutegua Revista Cientiacutefica Rural Bageacute v 4 n2 p 167-1741999
ICEPA-SC Informes conjunturais sobre a cultura da cebola Disponiacutevel em lthttpwwwicepa combrgt Acesso em 23 jan 2003
JONES H A MANN L K Onions and their allies New York Interscience Publishers 1962 286 p
JUacuteNIOR H A de MAIORANO J A Receitas obtidas de extratos de plantasCampinas CATITerra Viva [199-] 10 f
KHATOUNIAN C A Ciclo de Palestras sobre Agricultura Orgacircnica 2a Ed SatildeoPaulo Fund Cargill 1997 149 p
KIEHL E J Fertilizantes Orgacircnicos Satildeo Paulo Ed Agronocircmica Ceres Ltda 1985 492p
44
KOEFF H H PETTERSSON B D SHAUMANN W Vida Vegetal solos e adubaccedilatildeo In Agricultura Biodinacircmica Satildeo Paulo Nobel 1983 p92-149
KONONOVA M M Soil organic matter The importance o f organic matter in soil formation and soil fertility New York Pergamqn Press 1961 p 165-200
KUHN T A Estrutura das Revoluccedilotildees Cientiacuteficas Satildeo Paulo Perspectiva 1989 257p
LANNA FCA ABREU C L ABREU J G SILVA V Resposta de cultivares de melancia cultivadas sob adubaccedilatildeo quiacutemica e orgacircnica Horticultura v 12 n l p85 1994
LEFF H Saber Ambiental Petroacutepolis Vozes 2001 343 p
MAGALHAtildeES J R Nutriccedilatildeo e adubaccedilatildeo da cebola In FERREIRA M E CASSTELLANE P D CRUZ M C P Nutriccedilatildeo e adubaccedilatildeo de hortaliccedilasPiracicaba POTAFOS 1993 p 381-393
MALAVOLTA E Elementos de nutriccedilatildeo mineral de plantas Satildeo Paulo Ed Agronocircmica Ceres Ltda 1980 251 p
MALAVOLTA E Manual de Quiacutemica Agriacutecola - Adubos e Adubaccedilatildeo 3a ed SatildeoPaulo Ed Agronocircmica Ceres Ltda 1981 606 p
MARTINEZ A A A grande e Poderosa Minhoca Jaboticabal Funep - Unesp1990 101 p
MARTINS S R Desenvolvimento e Sustentabilidade Horticultura Brasileira Brasiacutelia-DF v20 n2 julho 2002 Palestra apresentada no 42deg Congresso Brasileiro de Olericultura
MARTINS S R Limites Del Desarrollo Sostenible em Ameacuterica Latina En el marco de Ias poliacuteticas de (re)ajuste econocircmico Pelotas Editora UFPel 1997 135 P-
MARTINS S R Sustentabilidade na agricultura dimensotildees econocircmicas sociais e ambientais Revista Cientiacutefica Rural Bageacute v4 n 2 p 175-1871999
MATURANA H REZEPKA S N D E Formaccedilatildeo Humana e Capacitaccedilatildeo Rio de Janneiro Vozes 2000 8 6 p
MELLO A F SOBRINHO M O ARZOLLA S SILVEIRA R NETTO A C KIEHL J C Fertilidade do Solo Satildeo Paulo Nobel 1983
MENEZES JUacuteNIOR F O G D Caracterizaccedilatildeo de Diferentes substratos hortiacutecolas e seu efeito na produccedilatildeo de mudas de alface e couve-flor em ambiente protegido Pelotas 1998 141 p Dissertaccedilatildeo (Mestrado em Agronomia - Produccedilatildeo Vegetal) - Faculdade de Agronomia Eliseu Maciel UFPel 1998
45
MIBASA Mineraccedilatildeo Barreto SA Melhorador de Solos MB4 A Natureza Agradece Arapiraca-AL [199-] Folder
MINAMI K Os resumos da olericultura 2000 In AZEVEDO FILHO MARTINEZ FILHO (ed) Preccedilos agriacutecolas Piracicaba ESALQ 1999 p 4
MINAMI K Produccedilatildeo de Mudas de Alta Qualidade em Horticultura Satildeo Paulo TA Queiroz 1995
MORSELLI T B G A Cultivo sucessivo de alface sob adubaccedilatildeo orgacircnica em ambiente protegidoPelotas 2001 178 p Tese (Doutorado em Agronomia - Produccedilatildeo Vegetal) Faculdade de Agronomia Eliseu Maciel UFPel 2001
MORSELLI T B G A Resiacuteduos orgacircnicos em sistemas agriacutecolas Poliacutegrafo da Disciplina de Resiacuteduos orgacircnicos em sistemas agriacutecolas Curso de Poacutes-Graduaccedilatildeo em Agronomia-Produccedilatildeo Vegetal UFPel 2002
MULLER AM Efeitos da Aplicaccedilatildeo Foliar de um Biofertilizante Enriquecido no Estado fitossanitaacuterio de Tomate Ervilha e Beterraba Sob Manejo OrgacircnicoDissertaccedilatildeo (Mestrado no Programa de Poacutes-Graduaccedilatildeo em Agroecossistemas)1999 (Resumo)
NOLLA D Erosatildeo do Solo - O grande desafio Estado do Rio Grande do Sul SEAGRI desenvolvimento de recursos naturais renovaacuteveis 1982 412 p
PAGLIA AG MORSELLI TBGA PEIL RMN Teores de nutrientes pH e condutividade eleacutetrica da aacutegua em sistema ldquofloat^ngrdquo sob adiccedilatildeo de biofertilizantes Horticultura Brasileira v 20 n2 julho 2002 Suplemento 2
PAULUS G MULLER A BARCELLOS LAR Agroecologia aplicada praticas e meacutetodos para uma agricultura de base ecoloacutegica 2ed ver ampl Porto Alegre EMATERRS 2001 8 6 p
PEIXOTO R T dos G Composto orgacircnico aplicaccedilotildees benefiacutecios e restriccedilotildees de uso Horticultura Brasileira Brasiacutelia-DF v 18 p 56-64 julho 2000
PENTEADO SR Defensivos Alternativos e Naturais Satildeo Paulo 1999 95 p
PEREIRA AJ SOUZA RJ PEREIRA WR Efeito de diferentes doses de esterco de galinha e de curral sobre a produccedilatildeo de cebola Horticultura Brasileira v20 n2 julho 2002 Suplemento 2
PINHEIRO S BARRETO SB MB-4 agricultura sustentaacutevel trofobiose e biofertilizantes Fundaccedilatildeo Juquira CandiruMibasa 2000 273 p
PRIMAVESI A Agricultura Sustentaacutevel Satildeo Paulo Nobel 1992 142 p
PRIMAVESI A O manejo ecoloacutegico do solo Agricultura em regiotildees tropicais SatildeoPaulo Nobel 1982 541 p
46
PURCINO A A C ldquoNitrogecircniordquo Informe Agropecuaacuterio Belo Horizonte v7 n81 p 16-27 1981
QUIJANO F G Efeito da adubaccedilatildeo orgacircnica no desenvolvimento de duas cultivares de alface em ambiente protegido Pelotas 1999 116f Dissertaccedilatildeo (Mestrado em Agronomia - Produccedilatildeo Vegetal) Faculdade de Agronomia Eliseu Maciel UFPel 1999
RODRIGUES A N N Efeitos e residuais de superfosfato triplo sobre o rendimento de mateacuteria seca e absorccedilatildeo de foacutesforo pela aveia (Avena strigosa Schob) em solo Podzoacutelico Vermelho Escuro Porto Alegre 1984 59f Dissertaccedilatildeo (Mestrado em Agronomia) - Faculdade de Agronomia UFRGS 1984
RODRIGUES E T CASALI V W D Respostas da alface agrave adubaccedilatildeo orgacircnica II Teores conteuacutedos e utilizaccedilatildeo de macronutrientes em cultivares Rev Ceres Viccedilosa v 45 n 261 p 437-449 1998
SAMINEcircS T C O Produccedilatildeo orgacircnica de alimentos Horticultura Brasileira Brasiacutelia-DF v 17 n3 novembro 1999
SCHIEDECK G Ambiecircncia e resposta agronocircmica de meloeiro (Cucumis melo L) cultivado sob adubaccedilatildeo orgacircnica em ambiente protegido Pelotas lOOp Tese (Doutorado em Agronomia - Produccedilatildeo Vegetal) - Faculdade de Agronomia Eliseu Maciel UFPel 2002
SILVA JUacuteNIOR A A GIORGI E Substratos alternativos para a produccedilatildeo de mudas de tomate Agropecuaacuteria Catarinense Florianoacutepolis EPAGRI 1992 23 p
SILVA JUacuteNIOR A A MACEDO S G STUKER H Utilizaccedilatildeo de esterco de peru na produccedilatildeo de mudas de tomateiro Florianoacutepolis EPAGRI 1995 28 p (Boletim Teacutecnico 73)
TAGLIARI PS GRASSMANN H Minhoca a grande aliada da agricultura Agropecuaacuteria Catarinense v8 n l p 11-14 mar 1995
TEDESCO M J GIANELLO C Anaacutelises de solo plantas e outros materiais Porto Alegre Faculdade de Agronomia Departamento de Solos Universidade Federal do Rio Grande do Sul RS 1996
TENNANT D A Test of modified line intersect method of estimating root lenght Journal Ecology Oxford v 63 p 995-1001 1975
TIBAU A O Mateacuteria Orgacircnica do Solo Mateacuteria Orgacircnica e Fertilidade do SoloSatildeo Paulo Nobel 1984 p49-182
TIMM P J Anaacutelise comparativa dos sistemas de plantio convencional e cultivo miacutenimo de cebola sob adubaccedilatildeo orgacircnica e mineral Pelotas 2000 79 p Dissertaccedilatildeo (Mestrado em Agronomia - Produccedilatildeo Vegetal) - Faculdade de Agronomia Eliseu Maciel UFPel 2000
47
VALENZUELA HR CROSBY C Effect of compost applications on the yield of several vegetables in long-term organic farming experiments conduced in the tropics American Society Horticultural Science v33 n3 june 1998
VIGLIZZO E (ed) Subprograma Recursos Naturais y Sostenibilidad Agriacutecola documento marco Montevideo IICAPROCISUR 1995 p 75 - 78
WE1D J M TARDIN J M Proposta para a Ampliaccedilatildeo do Trabalho da ASPTA no Centro Sul do Paranaacute ASPTA Disponiacutevel em http wwwpronafgovbrEncontrotestosAS20PTA20Sul20ParanE1205 202002doc Acesso em 05 mai 2002
XAVIER SIMOacuteN F DOMINGUES D G Desenvolvimento Rural Sustentaacutevel uma perspectiva agroecoloacutegica Agroecologia e Desenvolvimento Rural Sustentaacutevel Porto Alegre EM ATERRS v2 n2 p 17-26 2001
ZABALETA J P Diagnoacutestico da Agricultura Familiar em Satildeo Joseacute do Norte - RSPelotas EMBRAPA-CPACT 1998 75 p (EMBRAPA-CPACT Documentos 44)
ZONTA E P MACHADO A A SILVEIRA P Sanest Sistema de anaacutelise estatiacutestica para microcomputadores Registrado na Secretaria Especial de Informaacutetica sob nuacutemero 066060 - categoria A Pelotas-RS Universidade Federal de Pelotas 1984
48
7 APEcircNDICE
APEcircNDICE A - Anaacutelise da adubaccedilatildeo de base e biofertilizantes utilizados na produccedilatildeo de mudas de cebola
TABELA 1 A Anaacutelise baacutesica do solo antes da incorporaccedilatildeo do feijatildeo miuacutedo + papua
Arg
pH IND
SMP
MO
P - n r - Na Al Ca__10Omlmdash
Mg
ppm -
6 53 67 089 8 6 27 1 04 05 0 2
Fonte LASFAEMUFPel (2002)
TABELA 2A Anaacutelise complementar do solo antes da incorporaccedilatildeo do feijatildeo-miuacutedo + papua
Cobre Zinco Manganecircs Ferro
(m v1)
04 05 26 007
Fonte LASFAEMUFPel (2002)
49
TABELA 3A Anaacutelise dos fertilizantes soacutelidos
Amostra pH limidade CN
C N P K Ca Mg
- g-ivg --
Cama de 849 2491 12 31042 2479 3888 3405 29875 463
aves
Esterco 74 3594 11 677 590 157 134 335 214
de curral
Huacutemus 684 5738 14 15965 1098 453 745 743 361
Fonte LASFAEMUFPel (2002)
TABELA 4A Anaacutelise quiacutemica dos biofertilizantes liacutequidos
Amostra N P K_ccedil H
Ca Mg Cu Zn Fe Mn
mdashgL bull
S Magro
m b 4
Urina
053
1652
8 2 2
008
395
0 0 0
149
1674
471
1902
6872
0 0 0
1150
4507
1172
7273
42
033
101389
920
0 0 0
6250
19458
781
35273
1123
0 2 1
Fonte LASFAEMUFPel (2002)
50
APEcircNDICE B - Condiccedilotildees climaacuteticas do local
TABELA 1B Condiccedilotildees de temperatura do local
___________ __________TEMPERATURA (degCgt
meses Meacutedia
Maacutexima
Meacutedia
MiacutenimaMeacutedia
Maacutexima
Absoluta
Miacutenima
Absoluta
Junho 225 87 156 320 25
Julho 225 85 155 285 30
Agosto 251 71 161 360 1 0
Fonte FEPAGROSCT 2002
TABELA 2B Condiccedilotildees de chuva do local
mdash CHUVA (mm)mdash
meses Ocorrida Normal Desvio Da Normal
Junho 1080 1 1 0 -2 0
Julho 1062 98 8 2
Agosto 1283 1 2 0 83
Fonte FEPAGROSCT 2002
51
TABELA 1C Produccedilatildeo de fitomassa fresca e seca (g) da parte aeacuterea altura de planta
(cm) e diacircmetro de colo (mm) de mudas de cebola Petrolini cultivadas
sob uma perspectiva agroecoloacutegica Pelotas-RS 2003
APEcircNDICE C - Anaacutelise estatiacutestica da parte aeacuterea
Causas G1 FFPA FSPA AP DC
da variaccedilatildeo --------- Quadrados meacutedios-
Blocos 3
Ad Base 2 175359071 1287102 2547419 1 11775
Biofertilizantes 2 126876 29011 87669ns 02185ns
Ad x Biofert 4 572378 31123 69106ns 04159
Resiacuteduo 24 34456 03048 27169 00290
Total 35
Meacutedia geral 93745 8772 320388 6741
CV 1980 6294 5145 2530
Significativo a 5ns Natildeo significativo
52
TABELA 1D Produccedilatildeo de fitomassa fresca e seca (g) comprimento (cm) e densidade
de raiacutezes (m cm3) de mudas de cebola Petrolini cultivadas sob uma
perspectiva agroecoloacutegica e razatildeo parte aeacutereasistema radicular Pelotas-
RS 2003
APEcircNDICE D - Anaacutelise estatiacutestica da raiz
Causas G1 FFR FSR CR RPASR DR
da variaccedilatildeo Quadrados meacutedios---------------
Blocos 3
Ad Base 2 27874 551 623 2 1 0 140
Biofertilizantes 2 178 0 1 0 ni 1504 l03ns 038ns
Ad x Biofert 4 190 058 318 294 183
Resiacuteduo 24 005 009 028 023 0 2 1
Total 35
Meacutedia geral 1818 228 184 387 333
C V 134 1356 448 1253 1396
Significativo a 5 ns Natildeo significativo
53
APEcircNDICE E - Anaacutelise estatiacutestica dos macronutrientes da parte aeacuterea da cebola
TABELA 1E Conteuacutedos (mg planta1) de nitrogecircnio foacutesforo potaacutessio caacutelcio e
magneacutesio no tecido vegetal de mud^s de cebola Petrolini cultivadas
sob uma perspectiva agroecoloacutegica Pelotas-RS 2003
Causas G1 bull N P K Ca Mg
da variaccedilatildeo
Blocos 3
Ad Base 2 13550306 446627 25509686 1031806 59007
Biofertilizantes 2 180610ns 16564 68153ns 39006 876ns
Ad x Biofert 4 454187 45743 1047539 46950 2464
Resiacuteduo 24 29769 1453 64313 3741 439
Total 35
Meacutedia geral 24921 4597 33366 6943 1615
C V 692 829 760 880 1297
Significativo a 5 ns Natildeo significativo
APEcircNDICE F - Fotos do experimento
FIGURA 2 Mudas de cebola (Allium cepa L) produzidas sob uma perspectiva agroecoloacutegica
APEcircNDICE F a Fotos do experimento
FIGURA 1 Adubaccedilatildeo verde com feijatildeo-miuacutedo e papuatilde utilizadas no manejo do solo
FIGURA 2 Mudas de cebola (Allium cepa L) produzidas sob urna perspectiva agroecoloacutegica
35
Analisando os biofertilizantes em relaccedilatildeo a cada adubaccedilatildeo de base verifica-se que
para a 1 VB (30 t ha 1 de vermicomposto)+SM+U+CB destaca-se a variaacutevel FFR
poreacutem sem diferenccedila significativa de 1 VB os melhpres resultados para a variaacutevel DR
foram encontrados pelo tratamento 1 VB+MB4 +U+CB e 15 VB (45 t ha 1 de
vermicomposto) tambeacutem se considera eficiente o 1 VB+SM+U+CB que natildeo diferiu do
EC (esterco de curral) Quando se utilizou 15 VB+ MB4 +U+CB houve resposta
significativa para a variaacutevel FFR para FSR as respostas natildeo foram diferentes com a
aplicaccedilatildeo dos biofertilizantes para as variaacuteveis FSR e DR as adubaccedilotildees EC e
EC+SM+U+CB natildeo diferiram entre si
Embora as respostas estatiacutesticas tenham sido diferentes para as adubaccedilotildees
combinadas ou natildeo pode-se salientar a importacircncia do aacutecido indol-aceacutetico como jaacute
citado anteriormente para as variaacuteveis avaliadas na parte aeacuterea das mudas de cebola
Respostas semelhantes nesse sentido foram encontradas para a cultura da alface por
Quijano (1999) e Morselli (2001)
Pereira et al (2002) concluiacuteram em trabalho realizado com a cultivar de cebola
CNPF1 6400 em Minas Gerais que a utilizaccedilatildeo de 20 t ha de esterco de curral
proporcionou os melhores resultados para a produccedilatildeo de cebola
Silva Juacutenior amp Giorgi (1992) e Menezes Juacutenior (1998) citam que doses elevadas
de mateacuteria orgacircnica podem prejudicar a primeira fase da germinaccedilatildeo (embebiccedilatildeo) e
absorccedilatildeo de aacutegua pelas raiacutezes das placircntulas No entanto no presente trabalho este fato
natildeo ocorreu embora a dose de esterco utilizada tenha sido de 60 t ha 1 (dose maacutexima
recomendada segundo Nolla 1982)
413 Anaacutelise de macronutrientes no tecido vegetal
Os resultados dos conteuacutedos de nitrogecircnio foacutesforo potaacutessio caacutelcio e magneacutesio no
tecido vegetal sob diferentes adubaccedilotildees encontrados na Tabela 3 indicam mais uma
vez a superioridade da adubaccedilatildeo esterco com 0 uso ou natildeo de biofertilizantes
36
TABELA 3 Conteuacutedos (mg planta1) de nitrogecircnio foacutesforo potaacutessio caacutelcio e
magneacutesio no tecido vegetal de mudas de cebola Petrolini cultivadas sob
uma perspectiva agroecoloacutegica Pelotas-RS 2003
BIOFERTILIZANTES LIacuteQUIDOS i J B
ADUBACcedilAtildeO S Magro + MB4 +DE BASE Urina + Calda Urina + Calda Testemunha
Bordalesa Bordalesamg plantas1
---- Nitrogecircnio-----30 t ha de vermicomposto 16593 c AB 15451 c B 19050 b A45 t ha de vermicomposto 21444 b A 22888 b A 17852 b B60 t ha de esterco de curral 32606 a C 37593 a B 40816 a A
--------------- ------ Foacutesforo------- -------------30 t ha de vermicomposto 3098 c B 2802 c B 3999 b A45 t ha de vermicomposto 4109 b A 4135 b A 2788 c B60 t ha de esterco de curral 5300 a B 7577 a A 7565 a A
------- Potaacutessio------30 t ha de vermicomposto 24327 c A 19900 c B 24965 b A45 t ha de vermicomposto 29113b A 29812 b A 22031 b B60 t ha de esterco de curral 44070 a B 51976 a A 54101 a A
-------- Caacutelcio-------30 t ha de vermicomposto 5027 c A 4356 c A 4834 b A45 t ha de vermicomposto 6114b A 6963 b A 4379 b B60 t ha de esterco de curral 9030 a C 11451 a A 10331 a B
------Magneacutesio-----30 t ha de vermicomposto 1188 b A 914 c A 1202 b A45 t ha de vermicomposto 1231 b B 1582 b A 1176 b B60 t ha de esterco de curral 2136a B 2443 a A 2663 a AMeacutedias seguidas pela mesma letra minuacutescula para as colunas (adubaccedilatildeo de base) e maiuacutesculas para as linhas (biofertilizantes) natildeo diferem entre si pelo teste de Duncan a
Em relaccedilatildeo agraves adubaccedilotildees de base observa-se que o melhor tratamento foi o
esterco de curral para todas as variaacuteveis Para 1 VB (30 t ha^ 1 de vermicomposto) natildeo
houve resposta diferenciada com o uso de bofertilizantes para todas as variaacuteveis A
adubaccedilatildeo 15 VB (45 t ha 1 de vemicomposto) foi influenciada pelos biofertilizantes
para as variaacuteveis N P K e Ca enquanto que para Mg somente o MB4+U+CB o
influenciou O EC (esterco de curral) mostrou diferenccedila significativa apenas para as
variaacuteveis Ca e Mg quando adicionado MB4+U+CB
Segundo Peixoto (2000) eacute fundamental a adiccedilatildeo de adubos orgacircnico no cultivo de
hortaliccedilas seja na forma de esterco decomposto composto ou huacutemus de minhoca de
37
modo a fornecer melhorias nas propriedades do solo vindo a disponibilizar os nutrientes
as diferentes culturas
O esterco fresco conteacutem muita cama celuloacutesica e um elevado teor de aacutegua No
esterco curtido a celulose jaacute estaacute decomposta o teor de aacutegua estaacute reduzido agrave metade e os
nutrientes em uma forma mais assimilaacutevel e mais concentrada O esterco fresco pode
causar uma deficiecircncia temporaacuteria de nitrogecircnio no solo ao se decompor o que natildeo
acontece com o biestabilizado (Kiehl 1985)Ocorre uma diminuiccedilatildeo inicial no volume
de aacutegua retido no esterco de curral diminui inicialmente em tomo de 3581 liberando
posteriormente somente 496 evidenciando a sua capacidade de retenccedilatildeo de aacutegua
(Menezes Juacutenior 1998)
A utilizaccedilatildeo continuada de adubos nitrogenados minerais no solo altera o balanccedilo
do nitrogecircnio entre o solo e planta No meacutetodo biodinacircmico eacute sublinhada a importacircncia
dos adubos animais para o estabelecimento da fertilidade permanente dos solos (Koeff
et al 1983)
Para Guimaratildees (1997) os benefiacutecios que a mateacuteria orgacircnica imprime ao solo
principalmente melhorando a produtividade fertilidade e a influencia que as substancias
huacutemicas exercem sobre o ambiente dependem da qualidade e do teor de mateacuteria
orgacircnica do solo Estas substacircncias por conterem nutrientes em sua constituiccedilatildeo em uma
forma mais disponiacutevel para as plantas promovem um equiliacutebrio no ambiente no solo
(Kononova 1966)
Aproximadamente de 60 a 70 do total de carbono do solo ocorre na forma de
materiais huacutemicos (Griffith amp Schnitzer 1975) sendo a eles atribuiacutedo a manutenccedilatildeo da
bioestrutura do solo aumentando a capacidade de retenccedilatildeo de aacutegua (Brady 1999)
Conforme Compagnoni amp Putzolu (1985) os estercos bem como os demais
resiacuteduos orgacircnicos apresentam conteuacutedos diferentes de aacutecidos huacutemicos e fuumllvicos sendo
atribuiacutedo ao acido huacutemico uma accedilatildeo fitoestimulante semelhante aos fitohormocircnios por
favorecer o desenvolvimento do sistema radicular e crescimento do caule
Em trabalho realizado por Guimaratildees (1997) foi encontrado para aacutecidos huacutemicos
de esterco bovino uma relaccedilatildeo CN 1035 e para vermicomposto bovino 17
evidenciando que o esterco quando aplicado ao solo por apresentar uma relaccedilatildeo CN
proacutexima deste reage mais facilmente liberando nutrientes para as plantas sem alterar a
cadeia troacutefiacuteca Dados encontrados no presente trabalho demonstram a eficiecircncia do
esterco nesse sentido
38
De acordo com Morselli (2001) vaacuterios trabalhos citam comentam e discutem a
capacidade dos vermicompostos em proporcionar oacutetimas colheitas e favorecer a
precocidade das plantas cultivadas Poreacutem muitas vezes se observa que mesmo
suprindo essas plantas com nutrientes necessaacuterios atraveacutes de huacutemus de diferentes fontes
as respostas natildeo satildeo as mesmas para uma mesma cultivar
Por outro lado os resultados com o uso de substacircncias huacutemicas satildeo variaacuteveis e
dependem aleacutem da espeacutecie testada das substacircncias huacutemicas utilizadas sua
concentraccedilatildeo o grau de purificaccedilatildeo e das condiccedilotildees experimentais A resposta das
plantas aos aacutecidos huacutemicos e fuacutelvicos eacute dependente da mateacuteria prima original e da
espeacutecie vegetal pois materiais orgacircnicos diferentes apresentam aacutecidos huacutemicos e
fuacutelvicos diferentes (Businelli 1990)
Justificam-se os maiores conteuacutedos de nitrogecircnio foacutesforo potaacutessio e caacutelcio nas
adubaccedilotildees 15 VB (45 t ha 1 de vermicomposto) e biofertilizantes devido
provavelmente ao vermicomposto utilizado apresentar na sua constituiccedilatildeo teores
consideraacuteveis destes elementos aleacutem do que os biofertilizantes possam ter influenciado
na absorccedilatildeo atraveacutes de sua constituiccedilatildeo Tibau (1984) considera que a urina de vaca eacute
rica em aacutecido indol-aceacutetico e este influencia na absorccedilatildeo radicular O efeito positivo
deste tratamento provavelmente seja devido agrave quantidade aplicada
O biofertilizante que se destacou foi o MB4+U+CB em relaccedilatildeo ao EC (esterco de
curral) e eacute somente para a variaacutevel caacutelcio Isto provavelmente seja devido ao alto teor
deste elemento encontrado na sua constituiccedilatildeo (6872 g Kg1) e pela influecircncia positiva
que a calda bordalesa exerce no metabolismo das plantas atraveacutes dos nutrientes
contidos em sua formulaccedilatildeo O Ca controla a absorccedilatildeo radicular e retorna ao solo pelo
esterco e palhas por apresentar-se em maior quantidade em folhas e caules Depois de
localizado nas folhas fica imoacutevel favorecendo a resistecircncia da planta ao ataque de
fungos
Este trabalho avanccedila no estudo da agroecologia estando claro que todos os
criteacuterios tem caraacuteter dinacircmico de adequaccedilatildeo as mudanccedilas de um sistema de produccedilatildeo
em evoluccedilatildeo contribuindo na transiccedilatildeo para um padratildeo sustentaacutevel Cabe a pesquisa a
reorientaccedilatildeo para um enfoque ldquosistecircmicordquo isto eacute que permita integrar os diversos
componentes de um agroecossistema e a adoccedilatildeo de poliacuteticas puacuteblicas que promovam 0
fortalecimento e a expansatildeo da agricultura familiar
39
5 CONCLUSOtildeES
Considerando os resultados obtidos e as condiccedilotildees em que o estudo foi realizado
conclui-se que
bull As respostas agronocircmicas das mudas de cebola para os paracircmetros avaliados
satildeo mais satisfatoacuterias com a aplicaccedilatildeo de esterco de curral como adubaccedilatildeo de
base
bull Os biofertilizantes mais urina de vaca e calda bordalesa proporcionam
respostas satisfatoacuterias quando aplicados associados agraves adubaccedilotildees de base
bull O biofertilizante MB4 mais urina de vaca e calda bordalesa eacute mais eficiente
que o super magro mais urina e calda bordalesa quando aplicado associado agrave
adubaccedilatildeo de base esterco de curral para os conteuacutedos de fitomassa secae
fresca da parte aeacuterea das plantas altura e diacircmetro de colo das mudas de
cebola
bull Os biofertilizantes adicionados agrave adubaccedilatildeo de base 45 t harsquo 1 de vermicomposto
bovino mostram respostas significativas para os conteuacutedos de fitomassa seca
bull Os maiores conteuacutedos nutricionais para as mudas de cebola satildeo
proporcionados pela adubaccedilatildeo de base esterco de curral
bull A maior absorccedilatildeo de caacutelcio pelas mudas de cebola ocorre quando da adiccedilatildeo do
biofertilizante MB4 mais urina e calda bordalesa agrave adubaccedilatildeo de base esterco de
curral
40
6 REFEREcircNCIAS BIBLIOGRAacuteFICAS
ALDRIGHI CB ABREU CM PAGLIA AG MORSELLI TBGA FERNANDES HS Efeito da aplicaccedilatildeo de biofertilizante e urina de vaca em mudas de tomateiro Horticultura Brasileira v20 n2 julho 2002 Suplemento 2
ALTIERI M NICHOLLS C I Agroecologia Teoria praacutectica para umaAgricultura Sustentable Ia ed PNUMA 2000 Cap 2 4 Seacuterie textos baacutesicos para la formacioacuten ambiental
ALTIERI M Agroecologia bases cientiacuteficas para uma agricultura sustentaacutevelGuaiacuteba Agropecuaacuteria 2002 592 p
ANTONIOLLI Z I GIRACCA E M N CARDOSO S J T WIETHAN M M S FERRI M Iniciaccedilatildeo agrave Minhocultura Criaccedilatildeo em Cativeiro e Vermicompostagem Santa Maria UFSM 1996 p59-89
BAYER C MIELNICZUC J Dinacircmica e funccedilatildeo da mateacuteria orgacircnica In SANTOS G de A S e CAMARGO F A de O (ed) Fundamentos da mateacuteria orgacircnica do solo ecossistemas tropicais e subtropicais Porto Alegre Genesis 1999 p 3-23
BARRETTO D X Composto Orgacircnico In Praacutetica em Agricultura Orgacircnica Satildeo Paulo iacutecone Ed Ltda 1985 p 51-63
BETTIOL W Alguns produtos alternativos para o controle de doenccedilas de plantasem agricultura orgacircnica II Ciclo de palestras sobre agricultura orgacircnica Instituto Bioloacutegico Satildeo Paulo p52-63 1997
41
BETTIOL W TRACH R GALVAtildeO JAH Controle de doenccedilas de plantas com biofertilizantes Jaguariuacutena EMBRAPA-CNPMA 1997 22p (EMBRAPA- CNPMA Circular Teacutecnica 02)
BRADY N C Natureza e propriedades dos sotos Rio de Janeiro Freitas BastosS A 1979 647p
BRADY N C Organisms and ecology of the soil In The nature of properties of soils Simon amp Schuster A Viacon Company New Jersey1999 402-489p
BON1LLA J A Fundamentos da Agricultura Ecoloacutegica Sobrevivecircncia eQualidade de Vida Satildeo Paulo Nobel 1992
BUREacuteS S Substratos Ediciones Agroteacutecnicas S L Madrid Octubre 1997
BUS1NELLI M Chemical Composition and Enzymic Activity of some Worm Cast Plant Soil v 80 p 1-2 1990
CALEGARI A Espeacutecies para cobertura de solo In IAPAR (Instituto Agronocircmico de Paranaacute) Plantio Direto pequena propriedade sustentaacutevel organizador Moacir Darolt Londrina - PR 1998 65-93
CAMARGO P N D Manual de Adubaccedilatildeo Foliar Satildeo Paulo Herba 1975
CAPRA F A Teia da Vida Satildeo Paulo Cultrix 1997 256p
CAPRA F O Ponto de Mutaccedilatildeo 22 ed Satildeo Paulo Cultrix 2001 447p
CHABOUSSOU F Plantas doentes pelo uso de agrotoacutexicos (A Teoria da Trofobiose) Porto Alegre LPM 1987 253 p
CLARO S A Referencias tecnoloacutegicos para a agricultura familiar ecoloacutegica aexperiecircncia da Regiatildeo Centro-Serra do Rio Grande do Sul Porto Alegre EMATERRS-ASCAR 2001 250p
CLIVELA G Diagnoacutestico Agronocircmico da cebola no Rio Grande do Sul Porto Alegre EMATERRS 1995 8 6 p
COMISSAtildeO DE FERTILIDADE DO SOLO - RSSC Recomendaccedilotildees de adubaccedilatildeo e calagem para os estados do Rio Grande do Sul e Santa Catarina 3 ed Passo Fundo SBCS - Nuacutecleo Regional Sul 1995 223p
COMPAGNONI L PUTZOLU G Cria moderna de Ias lombrices y utilizacioacutenrentable dei humus Barcelona Editorial de Vecchi- SA 1985127p
COSTABEBER J A MOYANO E Transiccedilatildeo agroecoloacutegica e accedilatildeo social coletiva Agroecologia e Desenvolvimento Rural Sustentaacutevel Porto Alegre v l n4 p 50- 60 outdez 2 0 0 0
42
COSTA M B B da Adubaccedilatildeo orgacircnica Nova siacutentese e novo caminho para aagricultura Satildeo Paulo Ed iacutecone Ltda 1985 102p
COSTA NETO C Agricultura Sustentaacutevel Tecnologias e Sociedade In CARVALHO COSTA LF et al (org) Mundo Rural e Tempo Presente Rio de Janeiro Mauad 1999
DrsquoAG0ST1NI R L FANTINI A C Produccedilatildeo orgacircnica tambeacutem socialmente excludente Agroecologia e Desenvolvimento Rural Sustentaacutevel Porto Alegre v3 n l p57-61 2002
DALPONTE J C V Utilizaccedilatildeo de materiais orgacircnicos e fertilizante mineral na produccedilatildeo e qualidade de mudas e bulbos de cebola (Alliurn Cepa L) Pelotas-RS 1990 (Mestrado em Agronomia) - Faculdade de Agronomia Eliseu Maciel UFPel 1990
DEBARBA J F THOMAZELLI L F GANDIN C L SILVA E Cadeias produtivas do Estado de Santa Catarina Cebola Florianoacutepolis Epagri 1998 115 p (EPAGRI Boletim Teacutecnico 96)
DUFOUR F Os saacutebios loucos do agro-alimentar Le Monde Diplomatique ano 1 n4 p6-7 1999 (ed portuguesa)
EHLERS E Agricultura Sustetaacutevel Origem e perspectivas de um novo paradigma 2 ed Guaiacuteba Agropecuaacuteria 1999 157 p
FILGUEIRA F A R Novo Manual de olericultura agrotecnologia moderna na produccedilatildeo e comercializaccedilatildeo de hortaliccedilas Viccedilosa UFV 2000 402 p
FRASER G K Mateacuteria Orgacircnica Del Suelo In BEAR F E (ed) Quiacutemica dei Suelo Madrid Ed Agrociencia 1963
FOLLET R H MURPHY L S DONAHUE R L Fertilizers and soil amendments New Jersey Printice-Hall Inc 1981 557p
GARCIA A Revista dei Espacio Rural Georgica Zaragoza Escuela Politeacutecnica de Huesca n5 1997
GARCIA A Versatildeo preliminar de um Programa Estadual de Produccedilatildeo e Comercializaccedilatildeo de Bulbos e Sementes de CebolaEMBRAPAIPAGROMARAEMATER 6 8 pbdquo 1990 (Publicaccedilatildeo avulsa)
GIORGETT1 J R Produccedilatildeo e Comercializaccedilatildeo de Mudas de Tomate In Encontro Nacional de Produccedilatildeo e Abastecimento de Tomate 2 1991 Jaboticabal Satildeo Paulo Anais Jaboticabal UNESP 1991 p 242-244
GLIESSMAN S R Agroecologia Processos ecoloacutegicos em agricultura sustentaacutevelPorto Alegre Universidade Federal do Rio Grande do Sul - UFRGS 2000 653p
43
GLIESSMAN S R TURRIALBA C R Agroecologia Procesos Ecoloacutegicos en Agricultura Sostenible CATIE 2002 p 3-14
GNOATTO S C Caracterizaccedilatildeo quiacutemica de vermicompostos de diferentes substratos orgacircnicos Pelotas-RS 1999 38 f (Mestrado em Agronomia - Solos) - Faculdade de Agronomia Eliseu Maciel UFPel 1999
GOMES J C C BORBA M F S A moderna crise dos alimentos oportunidade para a agricultura familiar Emater Porto Alegre julset 2000 Disponiacutevel em lthttpwwwematertchebrdocsagroecorevistan313-artigo3htmgtAcesso em 24 fev 2002
GOMEZ H W Desenvolvimento sustentaacutevel agriacutecola e capitalismo In Desenvolvimento sustentaacutevel Necessidade eou disponibilidade Santa Cruz do Sul Nobel - UNISC 1997 p 65-77
GONZAacuteLEZ DE MOLINA M SEVILLA GUZMAacuteN E Ecologia campesinado e historia Para una reinterpretacioacuten dei desarrollo dei capitalismo en la agricultura In SEVILLA GUZMAacuteN E GONZAacuteLEZ DE MOLINA M (ed) Ecologia campesinado e historia Madrid La Piqueta 1993 p 23-129
GRIFFITH S A SCHNITZER M Analytical characteristic of humic and fulvic acids extracted from tropical volcanic soils Soil Sei Soc Am Proc v 39 p361-367 1975
GUIMARAtildeES E Caracterizaccedilatildeo quiacutemica estreptoscoacutepica e por anaacutelise teacutermica de aacutecidos huacutemicos e vermicompostos obtidos de estercos de diferentes animaisCuritiba 1997 Dissertaccedilatildeo (Mestrado em Quiacutemica) Universidade Federal do Paranaacute 1997
HESS A F Sociedade e meio ambiente uma relaccedilatildeo ambiacutegua Revista Cientiacutefica Rural Bageacute v 4 n2 p 167-1741999
ICEPA-SC Informes conjunturais sobre a cultura da cebola Disponiacutevel em lthttpwwwicepa combrgt Acesso em 23 jan 2003
JONES H A MANN L K Onions and their allies New York Interscience Publishers 1962 286 p
JUacuteNIOR H A de MAIORANO J A Receitas obtidas de extratos de plantasCampinas CATITerra Viva [199-] 10 f
KHATOUNIAN C A Ciclo de Palestras sobre Agricultura Orgacircnica 2a Ed SatildeoPaulo Fund Cargill 1997 149 p
KIEHL E J Fertilizantes Orgacircnicos Satildeo Paulo Ed Agronocircmica Ceres Ltda 1985 492p
44
KOEFF H H PETTERSSON B D SHAUMANN W Vida Vegetal solos e adubaccedilatildeo In Agricultura Biodinacircmica Satildeo Paulo Nobel 1983 p92-149
KONONOVA M M Soil organic matter The importance o f organic matter in soil formation and soil fertility New York Pergamqn Press 1961 p 165-200
KUHN T A Estrutura das Revoluccedilotildees Cientiacuteficas Satildeo Paulo Perspectiva 1989 257p
LANNA FCA ABREU C L ABREU J G SILVA V Resposta de cultivares de melancia cultivadas sob adubaccedilatildeo quiacutemica e orgacircnica Horticultura v 12 n l p85 1994
LEFF H Saber Ambiental Petroacutepolis Vozes 2001 343 p
MAGALHAtildeES J R Nutriccedilatildeo e adubaccedilatildeo da cebola In FERREIRA M E CASSTELLANE P D CRUZ M C P Nutriccedilatildeo e adubaccedilatildeo de hortaliccedilasPiracicaba POTAFOS 1993 p 381-393
MALAVOLTA E Elementos de nutriccedilatildeo mineral de plantas Satildeo Paulo Ed Agronocircmica Ceres Ltda 1980 251 p
MALAVOLTA E Manual de Quiacutemica Agriacutecola - Adubos e Adubaccedilatildeo 3a ed SatildeoPaulo Ed Agronocircmica Ceres Ltda 1981 606 p
MARTINEZ A A A grande e Poderosa Minhoca Jaboticabal Funep - Unesp1990 101 p
MARTINS S R Desenvolvimento e Sustentabilidade Horticultura Brasileira Brasiacutelia-DF v20 n2 julho 2002 Palestra apresentada no 42deg Congresso Brasileiro de Olericultura
MARTINS S R Limites Del Desarrollo Sostenible em Ameacuterica Latina En el marco de Ias poliacuteticas de (re)ajuste econocircmico Pelotas Editora UFPel 1997 135 P-
MARTINS S R Sustentabilidade na agricultura dimensotildees econocircmicas sociais e ambientais Revista Cientiacutefica Rural Bageacute v4 n 2 p 175-1871999
MATURANA H REZEPKA S N D E Formaccedilatildeo Humana e Capacitaccedilatildeo Rio de Janneiro Vozes 2000 8 6 p
MELLO A F SOBRINHO M O ARZOLLA S SILVEIRA R NETTO A C KIEHL J C Fertilidade do Solo Satildeo Paulo Nobel 1983
MENEZES JUacuteNIOR F O G D Caracterizaccedilatildeo de Diferentes substratos hortiacutecolas e seu efeito na produccedilatildeo de mudas de alface e couve-flor em ambiente protegido Pelotas 1998 141 p Dissertaccedilatildeo (Mestrado em Agronomia - Produccedilatildeo Vegetal) - Faculdade de Agronomia Eliseu Maciel UFPel 1998
45
MIBASA Mineraccedilatildeo Barreto SA Melhorador de Solos MB4 A Natureza Agradece Arapiraca-AL [199-] Folder
MINAMI K Os resumos da olericultura 2000 In AZEVEDO FILHO MARTINEZ FILHO (ed) Preccedilos agriacutecolas Piracicaba ESALQ 1999 p 4
MINAMI K Produccedilatildeo de Mudas de Alta Qualidade em Horticultura Satildeo Paulo TA Queiroz 1995
MORSELLI T B G A Cultivo sucessivo de alface sob adubaccedilatildeo orgacircnica em ambiente protegidoPelotas 2001 178 p Tese (Doutorado em Agronomia - Produccedilatildeo Vegetal) Faculdade de Agronomia Eliseu Maciel UFPel 2001
MORSELLI T B G A Resiacuteduos orgacircnicos em sistemas agriacutecolas Poliacutegrafo da Disciplina de Resiacuteduos orgacircnicos em sistemas agriacutecolas Curso de Poacutes-Graduaccedilatildeo em Agronomia-Produccedilatildeo Vegetal UFPel 2002
MULLER AM Efeitos da Aplicaccedilatildeo Foliar de um Biofertilizante Enriquecido no Estado fitossanitaacuterio de Tomate Ervilha e Beterraba Sob Manejo OrgacircnicoDissertaccedilatildeo (Mestrado no Programa de Poacutes-Graduaccedilatildeo em Agroecossistemas)1999 (Resumo)
NOLLA D Erosatildeo do Solo - O grande desafio Estado do Rio Grande do Sul SEAGRI desenvolvimento de recursos naturais renovaacuteveis 1982 412 p
PAGLIA AG MORSELLI TBGA PEIL RMN Teores de nutrientes pH e condutividade eleacutetrica da aacutegua em sistema ldquofloat^ngrdquo sob adiccedilatildeo de biofertilizantes Horticultura Brasileira v 20 n2 julho 2002 Suplemento 2
PAULUS G MULLER A BARCELLOS LAR Agroecologia aplicada praticas e meacutetodos para uma agricultura de base ecoloacutegica 2ed ver ampl Porto Alegre EMATERRS 2001 8 6 p
PEIXOTO R T dos G Composto orgacircnico aplicaccedilotildees benefiacutecios e restriccedilotildees de uso Horticultura Brasileira Brasiacutelia-DF v 18 p 56-64 julho 2000
PENTEADO SR Defensivos Alternativos e Naturais Satildeo Paulo 1999 95 p
PEREIRA AJ SOUZA RJ PEREIRA WR Efeito de diferentes doses de esterco de galinha e de curral sobre a produccedilatildeo de cebola Horticultura Brasileira v20 n2 julho 2002 Suplemento 2
PINHEIRO S BARRETO SB MB-4 agricultura sustentaacutevel trofobiose e biofertilizantes Fundaccedilatildeo Juquira CandiruMibasa 2000 273 p
PRIMAVESI A Agricultura Sustentaacutevel Satildeo Paulo Nobel 1992 142 p
PRIMAVESI A O manejo ecoloacutegico do solo Agricultura em regiotildees tropicais SatildeoPaulo Nobel 1982 541 p
46
PURCINO A A C ldquoNitrogecircniordquo Informe Agropecuaacuterio Belo Horizonte v7 n81 p 16-27 1981
QUIJANO F G Efeito da adubaccedilatildeo orgacircnica no desenvolvimento de duas cultivares de alface em ambiente protegido Pelotas 1999 116f Dissertaccedilatildeo (Mestrado em Agronomia - Produccedilatildeo Vegetal) Faculdade de Agronomia Eliseu Maciel UFPel 1999
RODRIGUES A N N Efeitos e residuais de superfosfato triplo sobre o rendimento de mateacuteria seca e absorccedilatildeo de foacutesforo pela aveia (Avena strigosa Schob) em solo Podzoacutelico Vermelho Escuro Porto Alegre 1984 59f Dissertaccedilatildeo (Mestrado em Agronomia) - Faculdade de Agronomia UFRGS 1984
RODRIGUES E T CASALI V W D Respostas da alface agrave adubaccedilatildeo orgacircnica II Teores conteuacutedos e utilizaccedilatildeo de macronutrientes em cultivares Rev Ceres Viccedilosa v 45 n 261 p 437-449 1998
SAMINEcircS T C O Produccedilatildeo orgacircnica de alimentos Horticultura Brasileira Brasiacutelia-DF v 17 n3 novembro 1999
SCHIEDECK G Ambiecircncia e resposta agronocircmica de meloeiro (Cucumis melo L) cultivado sob adubaccedilatildeo orgacircnica em ambiente protegido Pelotas lOOp Tese (Doutorado em Agronomia - Produccedilatildeo Vegetal) - Faculdade de Agronomia Eliseu Maciel UFPel 2002
SILVA JUacuteNIOR A A GIORGI E Substratos alternativos para a produccedilatildeo de mudas de tomate Agropecuaacuteria Catarinense Florianoacutepolis EPAGRI 1992 23 p
SILVA JUacuteNIOR A A MACEDO S G STUKER H Utilizaccedilatildeo de esterco de peru na produccedilatildeo de mudas de tomateiro Florianoacutepolis EPAGRI 1995 28 p (Boletim Teacutecnico 73)
TAGLIARI PS GRASSMANN H Minhoca a grande aliada da agricultura Agropecuaacuteria Catarinense v8 n l p 11-14 mar 1995
TEDESCO M J GIANELLO C Anaacutelises de solo plantas e outros materiais Porto Alegre Faculdade de Agronomia Departamento de Solos Universidade Federal do Rio Grande do Sul RS 1996
TENNANT D A Test of modified line intersect method of estimating root lenght Journal Ecology Oxford v 63 p 995-1001 1975
TIBAU A O Mateacuteria Orgacircnica do Solo Mateacuteria Orgacircnica e Fertilidade do SoloSatildeo Paulo Nobel 1984 p49-182
TIMM P J Anaacutelise comparativa dos sistemas de plantio convencional e cultivo miacutenimo de cebola sob adubaccedilatildeo orgacircnica e mineral Pelotas 2000 79 p Dissertaccedilatildeo (Mestrado em Agronomia - Produccedilatildeo Vegetal) - Faculdade de Agronomia Eliseu Maciel UFPel 2000
47
VALENZUELA HR CROSBY C Effect of compost applications on the yield of several vegetables in long-term organic farming experiments conduced in the tropics American Society Horticultural Science v33 n3 june 1998
VIGLIZZO E (ed) Subprograma Recursos Naturais y Sostenibilidad Agriacutecola documento marco Montevideo IICAPROCISUR 1995 p 75 - 78
WE1D J M TARDIN J M Proposta para a Ampliaccedilatildeo do Trabalho da ASPTA no Centro Sul do Paranaacute ASPTA Disponiacutevel em http wwwpronafgovbrEncontrotestosAS20PTA20Sul20ParanE1205 202002doc Acesso em 05 mai 2002
XAVIER SIMOacuteN F DOMINGUES D G Desenvolvimento Rural Sustentaacutevel uma perspectiva agroecoloacutegica Agroecologia e Desenvolvimento Rural Sustentaacutevel Porto Alegre EM ATERRS v2 n2 p 17-26 2001
ZABALETA J P Diagnoacutestico da Agricultura Familiar em Satildeo Joseacute do Norte - RSPelotas EMBRAPA-CPACT 1998 75 p (EMBRAPA-CPACT Documentos 44)
ZONTA E P MACHADO A A SILVEIRA P Sanest Sistema de anaacutelise estatiacutestica para microcomputadores Registrado na Secretaria Especial de Informaacutetica sob nuacutemero 066060 - categoria A Pelotas-RS Universidade Federal de Pelotas 1984
48
7 APEcircNDICE
APEcircNDICE A - Anaacutelise da adubaccedilatildeo de base e biofertilizantes utilizados na produccedilatildeo de mudas de cebola
TABELA 1 A Anaacutelise baacutesica do solo antes da incorporaccedilatildeo do feijatildeo miuacutedo + papua
Arg
pH IND
SMP
MO
P - n r - Na Al Ca__10Omlmdash
Mg
ppm -
6 53 67 089 8 6 27 1 04 05 0 2
Fonte LASFAEMUFPel (2002)
TABELA 2A Anaacutelise complementar do solo antes da incorporaccedilatildeo do feijatildeo-miuacutedo + papua
Cobre Zinco Manganecircs Ferro
(m v1)
04 05 26 007
Fonte LASFAEMUFPel (2002)
49
TABELA 3A Anaacutelise dos fertilizantes soacutelidos
Amostra pH limidade CN
C N P K Ca Mg
- g-ivg --
Cama de 849 2491 12 31042 2479 3888 3405 29875 463
aves
Esterco 74 3594 11 677 590 157 134 335 214
de curral
Huacutemus 684 5738 14 15965 1098 453 745 743 361
Fonte LASFAEMUFPel (2002)
TABELA 4A Anaacutelise quiacutemica dos biofertilizantes liacutequidos
Amostra N P K_ccedil H
Ca Mg Cu Zn Fe Mn
mdashgL bull
S Magro
m b 4
Urina
053
1652
8 2 2
008
395
0 0 0
149
1674
471
1902
6872
0 0 0
1150
4507
1172
7273
42
033
101389
920
0 0 0
6250
19458
781
35273
1123
0 2 1
Fonte LASFAEMUFPel (2002)
50
APEcircNDICE B - Condiccedilotildees climaacuteticas do local
TABELA 1B Condiccedilotildees de temperatura do local
___________ __________TEMPERATURA (degCgt
meses Meacutedia
Maacutexima
Meacutedia
MiacutenimaMeacutedia
Maacutexima
Absoluta
Miacutenima
Absoluta
Junho 225 87 156 320 25
Julho 225 85 155 285 30
Agosto 251 71 161 360 1 0
Fonte FEPAGROSCT 2002
TABELA 2B Condiccedilotildees de chuva do local
mdash CHUVA (mm)mdash
meses Ocorrida Normal Desvio Da Normal
Junho 1080 1 1 0 -2 0
Julho 1062 98 8 2
Agosto 1283 1 2 0 83
Fonte FEPAGROSCT 2002
51
TABELA 1C Produccedilatildeo de fitomassa fresca e seca (g) da parte aeacuterea altura de planta
(cm) e diacircmetro de colo (mm) de mudas de cebola Petrolini cultivadas
sob uma perspectiva agroecoloacutegica Pelotas-RS 2003
APEcircNDICE C - Anaacutelise estatiacutestica da parte aeacuterea
Causas G1 FFPA FSPA AP DC
da variaccedilatildeo --------- Quadrados meacutedios-
Blocos 3
Ad Base 2 175359071 1287102 2547419 1 11775
Biofertilizantes 2 126876 29011 87669ns 02185ns
Ad x Biofert 4 572378 31123 69106ns 04159
Resiacuteduo 24 34456 03048 27169 00290
Total 35
Meacutedia geral 93745 8772 320388 6741
CV 1980 6294 5145 2530
Significativo a 5ns Natildeo significativo
52
TABELA 1D Produccedilatildeo de fitomassa fresca e seca (g) comprimento (cm) e densidade
de raiacutezes (m cm3) de mudas de cebola Petrolini cultivadas sob uma
perspectiva agroecoloacutegica e razatildeo parte aeacutereasistema radicular Pelotas-
RS 2003
APEcircNDICE D - Anaacutelise estatiacutestica da raiz
Causas G1 FFR FSR CR RPASR DR
da variaccedilatildeo Quadrados meacutedios---------------
Blocos 3
Ad Base 2 27874 551 623 2 1 0 140
Biofertilizantes 2 178 0 1 0 ni 1504 l03ns 038ns
Ad x Biofert 4 190 058 318 294 183
Resiacuteduo 24 005 009 028 023 0 2 1
Total 35
Meacutedia geral 1818 228 184 387 333
C V 134 1356 448 1253 1396
Significativo a 5 ns Natildeo significativo
53
APEcircNDICE E - Anaacutelise estatiacutestica dos macronutrientes da parte aeacuterea da cebola
TABELA 1E Conteuacutedos (mg planta1) de nitrogecircnio foacutesforo potaacutessio caacutelcio e
magneacutesio no tecido vegetal de mud^s de cebola Petrolini cultivadas
sob uma perspectiva agroecoloacutegica Pelotas-RS 2003
Causas G1 bull N P K Ca Mg
da variaccedilatildeo
Blocos 3
Ad Base 2 13550306 446627 25509686 1031806 59007
Biofertilizantes 2 180610ns 16564 68153ns 39006 876ns
Ad x Biofert 4 454187 45743 1047539 46950 2464
Resiacuteduo 24 29769 1453 64313 3741 439
Total 35
Meacutedia geral 24921 4597 33366 6943 1615
C V 692 829 760 880 1297
Significativo a 5 ns Natildeo significativo
APEcircNDICE F - Fotos do experimento
FIGURA 2 Mudas de cebola (Allium cepa L) produzidas sob uma perspectiva agroecoloacutegica
APEcircNDICE F a Fotos do experimento
FIGURA 1 Adubaccedilatildeo verde com feijatildeo-miuacutedo e papuatilde utilizadas no manejo do solo
FIGURA 2 Mudas de cebola (Allium cepa L) produzidas sob urna perspectiva agroecoloacutegica
36
TABELA 3 Conteuacutedos (mg planta1) de nitrogecircnio foacutesforo potaacutessio caacutelcio e
magneacutesio no tecido vegetal de mudas de cebola Petrolini cultivadas sob
uma perspectiva agroecoloacutegica Pelotas-RS 2003
BIOFERTILIZANTES LIacuteQUIDOS i J B
ADUBACcedilAtildeO S Magro + MB4 +DE BASE Urina + Calda Urina + Calda Testemunha
Bordalesa Bordalesamg plantas1
---- Nitrogecircnio-----30 t ha de vermicomposto 16593 c AB 15451 c B 19050 b A45 t ha de vermicomposto 21444 b A 22888 b A 17852 b B60 t ha de esterco de curral 32606 a C 37593 a B 40816 a A
--------------- ------ Foacutesforo------- -------------30 t ha de vermicomposto 3098 c B 2802 c B 3999 b A45 t ha de vermicomposto 4109 b A 4135 b A 2788 c B60 t ha de esterco de curral 5300 a B 7577 a A 7565 a A
------- Potaacutessio------30 t ha de vermicomposto 24327 c A 19900 c B 24965 b A45 t ha de vermicomposto 29113b A 29812 b A 22031 b B60 t ha de esterco de curral 44070 a B 51976 a A 54101 a A
-------- Caacutelcio-------30 t ha de vermicomposto 5027 c A 4356 c A 4834 b A45 t ha de vermicomposto 6114b A 6963 b A 4379 b B60 t ha de esterco de curral 9030 a C 11451 a A 10331 a B
------Magneacutesio-----30 t ha de vermicomposto 1188 b A 914 c A 1202 b A45 t ha de vermicomposto 1231 b B 1582 b A 1176 b B60 t ha de esterco de curral 2136a B 2443 a A 2663 a AMeacutedias seguidas pela mesma letra minuacutescula para as colunas (adubaccedilatildeo de base) e maiuacutesculas para as linhas (biofertilizantes) natildeo diferem entre si pelo teste de Duncan a
Em relaccedilatildeo agraves adubaccedilotildees de base observa-se que o melhor tratamento foi o
esterco de curral para todas as variaacuteveis Para 1 VB (30 t ha^ 1 de vermicomposto) natildeo
houve resposta diferenciada com o uso de bofertilizantes para todas as variaacuteveis A
adubaccedilatildeo 15 VB (45 t ha 1 de vemicomposto) foi influenciada pelos biofertilizantes
para as variaacuteveis N P K e Ca enquanto que para Mg somente o MB4+U+CB o
influenciou O EC (esterco de curral) mostrou diferenccedila significativa apenas para as
variaacuteveis Ca e Mg quando adicionado MB4+U+CB
Segundo Peixoto (2000) eacute fundamental a adiccedilatildeo de adubos orgacircnico no cultivo de
hortaliccedilas seja na forma de esterco decomposto composto ou huacutemus de minhoca de
37
modo a fornecer melhorias nas propriedades do solo vindo a disponibilizar os nutrientes
as diferentes culturas
O esterco fresco conteacutem muita cama celuloacutesica e um elevado teor de aacutegua No
esterco curtido a celulose jaacute estaacute decomposta o teor de aacutegua estaacute reduzido agrave metade e os
nutrientes em uma forma mais assimilaacutevel e mais concentrada O esterco fresco pode
causar uma deficiecircncia temporaacuteria de nitrogecircnio no solo ao se decompor o que natildeo
acontece com o biestabilizado (Kiehl 1985)Ocorre uma diminuiccedilatildeo inicial no volume
de aacutegua retido no esterco de curral diminui inicialmente em tomo de 3581 liberando
posteriormente somente 496 evidenciando a sua capacidade de retenccedilatildeo de aacutegua
(Menezes Juacutenior 1998)
A utilizaccedilatildeo continuada de adubos nitrogenados minerais no solo altera o balanccedilo
do nitrogecircnio entre o solo e planta No meacutetodo biodinacircmico eacute sublinhada a importacircncia
dos adubos animais para o estabelecimento da fertilidade permanente dos solos (Koeff
et al 1983)
Para Guimaratildees (1997) os benefiacutecios que a mateacuteria orgacircnica imprime ao solo
principalmente melhorando a produtividade fertilidade e a influencia que as substancias
huacutemicas exercem sobre o ambiente dependem da qualidade e do teor de mateacuteria
orgacircnica do solo Estas substacircncias por conterem nutrientes em sua constituiccedilatildeo em uma
forma mais disponiacutevel para as plantas promovem um equiliacutebrio no ambiente no solo
(Kononova 1966)
Aproximadamente de 60 a 70 do total de carbono do solo ocorre na forma de
materiais huacutemicos (Griffith amp Schnitzer 1975) sendo a eles atribuiacutedo a manutenccedilatildeo da
bioestrutura do solo aumentando a capacidade de retenccedilatildeo de aacutegua (Brady 1999)
Conforme Compagnoni amp Putzolu (1985) os estercos bem como os demais
resiacuteduos orgacircnicos apresentam conteuacutedos diferentes de aacutecidos huacutemicos e fuumllvicos sendo
atribuiacutedo ao acido huacutemico uma accedilatildeo fitoestimulante semelhante aos fitohormocircnios por
favorecer o desenvolvimento do sistema radicular e crescimento do caule
Em trabalho realizado por Guimaratildees (1997) foi encontrado para aacutecidos huacutemicos
de esterco bovino uma relaccedilatildeo CN 1035 e para vermicomposto bovino 17
evidenciando que o esterco quando aplicado ao solo por apresentar uma relaccedilatildeo CN
proacutexima deste reage mais facilmente liberando nutrientes para as plantas sem alterar a
cadeia troacutefiacuteca Dados encontrados no presente trabalho demonstram a eficiecircncia do
esterco nesse sentido
38
De acordo com Morselli (2001) vaacuterios trabalhos citam comentam e discutem a
capacidade dos vermicompostos em proporcionar oacutetimas colheitas e favorecer a
precocidade das plantas cultivadas Poreacutem muitas vezes se observa que mesmo
suprindo essas plantas com nutrientes necessaacuterios atraveacutes de huacutemus de diferentes fontes
as respostas natildeo satildeo as mesmas para uma mesma cultivar
Por outro lado os resultados com o uso de substacircncias huacutemicas satildeo variaacuteveis e
dependem aleacutem da espeacutecie testada das substacircncias huacutemicas utilizadas sua
concentraccedilatildeo o grau de purificaccedilatildeo e das condiccedilotildees experimentais A resposta das
plantas aos aacutecidos huacutemicos e fuacutelvicos eacute dependente da mateacuteria prima original e da
espeacutecie vegetal pois materiais orgacircnicos diferentes apresentam aacutecidos huacutemicos e
fuacutelvicos diferentes (Businelli 1990)
Justificam-se os maiores conteuacutedos de nitrogecircnio foacutesforo potaacutessio e caacutelcio nas
adubaccedilotildees 15 VB (45 t ha 1 de vermicomposto) e biofertilizantes devido
provavelmente ao vermicomposto utilizado apresentar na sua constituiccedilatildeo teores
consideraacuteveis destes elementos aleacutem do que os biofertilizantes possam ter influenciado
na absorccedilatildeo atraveacutes de sua constituiccedilatildeo Tibau (1984) considera que a urina de vaca eacute
rica em aacutecido indol-aceacutetico e este influencia na absorccedilatildeo radicular O efeito positivo
deste tratamento provavelmente seja devido agrave quantidade aplicada
O biofertilizante que se destacou foi o MB4+U+CB em relaccedilatildeo ao EC (esterco de
curral) e eacute somente para a variaacutevel caacutelcio Isto provavelmente seja devido ao alto teor
deste elemento encontrado na sua constituiccedilatildeo (6872 g Kg1) e pela influecircncia positiva
que a calda bordalesa exerce no metabolismo das plantas atraveacutes dos nutrientes
contidos em sua formulaccedilatildeo O Ca controla a absorccedilatildeo radicular e retorna ao solo pelo
esterco e palhas por apresentar-se em maior quantidade em folhas e caules Depois de
localizado nas folhas fica imoacutevel favorecendo a resistecircncia da planta ao ataque de
fungos
Este trabalho avanccedila no estudo da agroecologia estando claro que todos os
criteacuterios tem caraacuteter dinacircmico de adequaccedilatildeo as mudanccedilas de um sistema de produccedilatildeo
em evoluccedilatildeo contribuindo na transiccedilatildeo para um padratildeo sustentaacutevel Cabe a pesquisa a
reorientaccedilatildeo para um enfoque ldquosistecircmicordquo isto eacute que permita integrar os diversos
componentes de um agroecossistema e a adoccedilatildeo de poliacuteticas puacuteblicas que promovam 0
fortalecimento e a expansatildeo da agricultura familiar
39
5 CONCLUSOtildeES
Considerando os resultados obtidos e as condiccedilotildees em que o estudo foi realizado
conclui-se que
bull As respostas agronocircmicas das mudas de cebola para os paracircmetros avaliados
satildeo mais satisfatoacuterias com a aplicaccedilatildeo de esterco de curral como adubaccedilatildeo de
base
bull Os biofertilizantes mais urina de vaca e calda bordalesa proporcionam
respostas satisfatoacuterias quando aplicados associados agraves adubaccedilotildees de base
bull O biofertilizante MB4 mais urina de vaca e calda bordalesa eacute mais eficiente
que o super magro mais urina e calda bordalesa quando aplicado associado agrave
adubaccedilatildeo de base esterco de curral para os conteuacutedos de fitomassa secae
fresca da parte aeacuterea das plantas altura e diacircmetro de colo das mudas de
cebola
bull Os biofertilizantes adicionados agrave adubaccedilatildeo de base 45 t harsquo 1 de vermicomposto
bovino mostram respostas significativas para os conteuacutedos de fitomassa seca
bull Os maiores conteuacutedos nutricionais para as mudas de cebola satildeo
proporcionados pela adubaccedilatildeo de base esterco de curral
bull A maior absorccedilatildeo de caacutelcio pelas mudas de cebola ocorre quando da adiccedilatildeo do
biofertilizante MB4 mais urina e calda bordalesa agrave adubaccedilatildeo de base esterco de
curral
40
6 REFEREcircNCIAS BIBLIOGRAacuteFICAS
ALDRIGHI CB ABREU CM PAGLIA AG MORSELLI TBGA FERNANDES HS Efeito da aplicaccedilatildeo de biofertilizante e urina de vaca em mudas de tomateiro Horticultura Brasileira v20 n2 julho 2002 Suplemento 2
ALTIERI M NICHOLLS C I Agroecologia Teoria praacutectica para umaAgricultura Sustentable Ia ed PNUMA 2000 Cap 2 4 Seacuterie textos baacutesicos para la formacioacuten ambiental
ALTIERI M Agroecologia bases cientiacuteficas para uma agricultura sustentaacutevelGuaiacuteba Agropecuaacuteria 2002 592 p
ANTONIOLLI Z I GIRACCA E M N CARDOSO S J T WIETHAN M M S FERRI M Iniciaccedilatildeo agrave Minhocultura Criaccedilatildeo em Cativeiro e Vermicompostagem Santa Maria UFSM 1996 p59-89
BAYER C MIELNICZUC J Dinacircmica e funccedilatildeo da mateacuteria orgacircnica In SANTOS G de A S e CAMARGO F A de O (ed) Fundamentos da mateacuteria orgacircnica do solo ecossistemas tropicais e subtropicais Porto Alegre Genesis 1999 p 3-23
BARRETTO D X Composto Orgacircnico In Praacutetica em Agricultura Orgacircnica Satildeo Paulo iacutecone Ed Ltda 1985 p 51-63
BETTIOL W Alguns produtos alternativos para o controle de doenccedilas de plantasem agricultura orgacircnica II Ciclo de palestras sobre agricultura orgacircnica Instituto Bioloacutegico Satildeo Paulo p52-63 1997
41
BETTIOL W TRACH R GALVAtildeO JAH Controle de doenccedilas de plantas com biofertilizantes Jaguariuacutena EMBRAPA-CNPMA 1997 22p (EMBRAPA- CNPMA Circular Teacutecnica 02)
BRADY N C Natureza e propriedades dos sotos Rio de Janeiro Freitas BastosS A 1979 647p
BRADY N C Organisms and ecology of the soil In The nature of properties of soils Simon amp Schuster A Viacon Company New Jersey1999 402-489p
BON1LLA J A Fundamentos da Agricultura Ecoloacutegica Sobrevivecircncia eQualidade de Vida Satildeo Paulo Nobel 1992
BUREacuteS S Substratos Ediciones Agroteacutecnicas S L Madrid Octubre 1997
BUS1NELLI M Chemical Composition and Enzymic Activity of some Worm Cast Plant Soil v 80 p 1-2 1990
CALEGARI A Espeacutecies para cobertura de solo In IAPAR (Instituto Agronocircmico de Paranaacute) Plantio Direto pequena propriedade sustentaacutevel organizador Moacir Darolt Londrina - PR 1998 65-93
CAMARGO P N D Manual de Adubaccedilatildeo Foliar Satildeo Paulo Herba 1975
CAPRA F A Teia da Vida Satildeo Paulo Cultrix 1997 256p
CAPRA F O Ponto de Mutaccedilatildeo 22 ed Satildeo Paulo Cultrix 2001 447p
CHABOUSSOU F Plantas doentes pelo uso de agrotoacutexicos (A Teoria da Trofobiose) Porto Alegre LPM 1987 253 p
CLARO S A Referencias tecnoloacutegicos para a agricultura familiar ecoloacutegica aexperiecircncia da Regiatildeo Centro-Serra do Rio Grande do Sul Porto Alegre EMATERRS-ASCAR 2001 250p
CLIVELA G Diagnoacutestico Agronocircmico da cebola no Rio Grande do Sul Porto Alegre EMATERRS 1995 8 6 p
COMISSAtildeO DE FERTILIDADE DO SOLO - RSSC Recomendaccedilotildees de adubaccedilatildeo e calagem para os estados do Rio Grande do Sul e Santa Catarina 3 ed Passo Fundo SBCS - Nuacutecleo Regional Sul 1995 223p
COMPAGNONI L PUTZOLU G Cria moderna de Ias lombrices y utilizacioacutenrentable dei humus Barcelona Editorial de Vecchi- SA 1985127p
COSTABEBER J A MOYANO E Transiccedilatildeo agroecoloacutegica e accedilatildeo social coletiva Agroecologia e Desenvolvimento Rural Sustentaacutevel Porto Alegre v l n4 p 50- 60 outdez 2 0 0 0
42
COSTA M B B da Adubaccedilatildeo orgacircnica Nova siacutentese e novo caminho para aagricultura Satildeo Paulo Ed iacutecone Ltda 1985 102p
COSTA NETO C Agricultura Sustentaacutevel Tecnologias e Sociedade In CARVALHO COSTA LF et al (org) Mundo Rural e Tempo Presente Rio de Janeiro Mauad 1999
DrsquoAG0ST1NI R L FANTINI A C Produccedilatildeo orgacircnica tambeacutem socialmente excludente Agroecologia e Desenvolvimento Rural Sustentaacutevel Porto Alegre v3 n l p57-61 2002
DALPONTE J C V Utilizaccedilatildeo de materiais orgacircnicos e fertilizante mineral na produccedilatildeo e qualidade de mudas e bulbos de cebola (Alliurn Cepa L) Pelotas-RS 1990 (Mestrado em Agronomia) - Faculdade de Agronomia Eliseu Maciel UFPel 1990
DEBARBA J F THOMAZELLI L F GANDIN C L SILVA E Cadeias produtivas do Estado de Santa Catarina Cebola Florianoacutepolis Epagri 1998 115 p (EPAGRI Boletim Teacutecnico 96)
DUFOUR F Os saacutebios loucos do agro-alimentar Le Monde Diplomatique ano 1 n4 p6-7 1999 (ed portuguesa)
EHLERS E Agricultura Sustetaacutevel Origem e perspectivas de um novo paradigma 2 ed Guaiacuteba Agropecuaacuteria 1999 157 p
FILGUEIRA F A R Novo Manual de olericultura agrotecnologia moderna na produccedilatildeo e comercializaccedilatildeo de hortaliccedilas Viccedilosa UFV 2000 402 p
FRASER G K Mateacuteria Orgacircnica Del Suelo In BEAR F E (ed) Quiacutemica dei Suelo Madrid Ed Agrociencia 1963
FOLLET R H MURPHY L S DONAHUE R L Fertilizers and soil amendments New Jersey Printice-Hall Inc 1981 557p
GARCIA A Revista dei Espacio Rural Georgica Zaragoza Escuela Politeacutecnica de Huesca n5 1997
GARCIA A Versatildeo preliminar de um Programa Estadual de Produccedilatildeo e Comercializaccedilatildeo de Bulbos e Sementes de CebolaEMBRAPAIPAGROMARAEMATER 6 8 pbdquo 1990 (Publicaccedilatildeo avulsa)
GIORGETT1 J R Produccedilatildeo e Comercializaccedilatildeo de Mudas de Tomate In Encontro Nacional de Produccedilatildeo e Abastecimento de Tomate 2 1991 Jaboticabal Satildeo Paulo Anais Jaboticabal UNESP 1991 p 242-244
GLIESSMAN S R Agroecologia Processos ecoloacutegicos em agricultura sustentaacutevelPorto Alegre Universidade Federal do Rio Grande do Sul - UFRGS 2000 653p
43
GLIESSMAN S R TURRIALBA C R Agroecologia Procesos Ecoloacutegicos en Agricultura Sostenible CATIE 2002 p 3-14
GNOATTO S C Caracterizaccedilatildeo quiacutemica de vermicompostos de diferentes substratos orgacircnicos Pelotas-RS 1999 38 f (Mestrado em Agronomia - Solos) - Faculdade de Agronomia Eliseu Maciel UFPel 1999
GOMES J C C BORBA M F S A moderna crise dos alimentos oportunidade para a agricultura familiar Emater Porto Alegre julset 2000 Disponiacutevel em lthttpwwwematertchebrdocsagroecorevistan313-artigo3htmgtAcesso em 24 fev 2002
GOMEZ H W Desenvolvimento sustentaacutevel agriacutecola e capitalismo In Desenvolvimento sustentaacutevel Necessidade eou disponibilidade Santa Cruz do Sul Nobel - UNISC 1997 p 65-77
GONZAacuteLEZ DE MOLINA M SEVILLA GUZMAacuteN E Ecologia campesinado e historia Para una reinterpretacioacuten dei desarrollo dei capitalismo en la agricultura In SEVILLA GUZMAacuteN E GONZAacuteLEZ DE MOLINA M (ed) Ecologia campesinado e historia Madrid La Piqueta 1993 p 23-129
GRIFFITH S A SCHNITZER M Analytical characteristic of humic and fulvic acids extracted from tropical volcanic soils Soil Sei Soc Am Proc v 39 p361-367 1975
GUIMARAtildeES E Caracterizaccedilatildeo quiacutemica estreptoscoacutepica e por anaacutelise teacutermica de aacutecidos huacutemicos e vermicompostos obtidos de estercos de diferentes animaisCuritiba 1997 Dissertaccedilatildeo (Mestrado em Quiacutemica) Universidade Federal do Paranaacute 1997
HESS A F Sociedade e meio ambiente uma relaccedilatildeo ambiacutegua Revista Cientiacutefica Rural Bageacute v 4 n2 p 167-1741999
ICEPA-SC Informes conjunturais sobre a cultura da cebola Disponiacutevel em lthttpwwwicepa combrgt Acesso em 23 jan 2003
JONES H A MANN L K Onions and their allies New York Interscience Publishers 1962 286 p
JUacuteNIOR H A de MAIORANO J A Receitas obtidas de extratos de plantasCampinas CATITerra Viva [199-] 10 f
KHATOUNIAN C A Ciclo de Palestras sobre Agricultura Orgacircnica 2a Ed SatildeoPaulo Fund Cargill 1997 149 p
KIEHL E J Fertilizantes Orgacircnicos Satildeo Paulo Ed Agronocircmica Ceres Ltda 1985 492p
44
KOEFF H H PETTERSSON B D SHAUMANN W Vida Vegetal solos e adubaccedilatildeo In Agricultura Biodinacircmica Satildeo Paulo Nobel 1983 p92-149
KONONOVA M M Soil organic matter The importance o f organic matter in soil formation and soil fertility New York Pergamqn Press 1961 p 165-200
KUHN T A Estrutura das Revoluccedilotildees Cientiacuteficas Satildeo Paulo Perspectiva 1989 257p
LANNA FCA ABREU C L ABREU J G SILVA V Resposta de cultivares de melancia cultivadas sob adubaccedilatildeo quiacutemica e orgacircnica Horticultura v 12 n l p85 1994
LEFF H Saber Ambiental Petroacutepolis Vozes 2001 343 p
MAGALHAtildeES J R Nutriccedilatildeo e adubaccedilatildeo da cebola In FERREIRA M E CASSTELLANE P D CRUZ M C P Nutriccedilatildeo e adubaccedilatildeo de hortaliccedilasPiracicaba POTAFOS 1993 p 381-393
MALAVOLTA E Elementos de nutriccedilatildeo mineral de plantas Satildeo Paulo Ed Agronocircmica Ceres Ltda 1980 251 p
MALAVOLTA E Manual de Quiacutemica Agriacutecola - Adubos e Adubaccedilatildeo 3a ed SatildeoPaulo Ed Agronocircmica Ceres Ltda 1981 606 p
MARTINEZ A A A grande e Poderosa Minhoca Jaboticabal Funep - Unesp1990 101 p
MARTINS S R Desenvolvimento e Sustentabilidade Horticultura Brasileira Brasiacutelia-DF v20 n2 julho 2002 Palestra apresentada no 42deg Congresso Brasileiro de Olericultura
MARTINS S R Limites Del Desarrollo Sostenible em Ameacuterica Latina En el marco de Ias poliacuteticas de (re)ajuste econocircmico Pelotas Editora UFPel 1997 135 P-
MARTINS S R Sustentabilidade na agricultura dimensotildees econocircmicas sociais e ambientais Revista Cientiacutefica Rural Bageacute v4 n 2 p 175-1871999
MATURANA H REZEPKA S N D E Formaccedilatildeo Humana e Capacitaccedilatildeo Rio de Janneiro Vozes 2000 8 6 p
MELLO A F SOBRINHO M O ARZOLLA S SILVEIRA R NETTO A C KIEHL J C Fertilidade do Solo Satildeo Paulo Nobel 1983
MENEZES JUacuteNIOR F O G D Caracterizaccedilatildeo de Diferentes substratos hortiacutecolas e seu efeito na produccedilatildeo de mudas de alface e couve-flor em ambiente protegido Pelotas 1998 141 p Dissertaccedilatildeo (Mestrado em Agronomia - Produccedilatildeo Vegetal) - Faculdade de Agronomia Eliseu Maciel UFPel 1998
45
MIBASA Mineraccedilatildeo Barreto SA Melhorador de Solos MB4 A Natureza Agradece Arapiraca-AL [199-] Folder
MINAMI K Os resumos da olericultura 2000 In AZEVEDO FILHO MARTINEZ FILHO (ed) Preccedilos agriacutecolas Piracicaba ESALQ 1999 p 4
MINAMI K Produccedilatildeo de Mudas de Alta Qualidade em Horticultura Satildeo Paulo TA Queiroz 1995
MORSELLI T B G A Cultivo sucessivo de alface sob adubaccedilatildeo orgacircnica em ambiente protegidoPelotas 2001 178 p Tese (Doutorado em Agronomia - Produccedilatildeo Vegetal) Faculdade de Agronomia Eliseu Maciel UFPel 2001
MORSELLI T B G A Resiacuteduos orgacircnicos em sistemas agriacutecolas Poliacutegrafo da Disciplina de Resiacuteduos orgacircnicos em sistemas agriacutecolas Curso de Poacutes-Graduaccedilatildeo em Agronomia-Produccedilatildeo Vegetal UFPel 2002
MULLER AM Efeitos da Aplicaccedilatildeo Foliar de um Biofertilizante Enriquecido no Estado fitossanitaacuterio de Tomate Ervilha e Beterraba Sob Manejo OrgacircnicoDissertaccedilatildeo (Mestrado no Programa de Poacutes-Graduaccedilatildeo em Agroecossistemas)1999 (Resumo)
NOLLA D Erosatildeo do Solo - O grande desafio Estado do Rio Grande do Sul SEAGRI desenvolvimento de recursos naturais renovaacuteveis 1982 412 p
PAGLIA AG MORSELLI TBGA PEIL RMN Teores de nutrientes pH e condutividade eleacutetrica da aacutegua em sistema ldquofloat^ngrdquo sob adiccedilatildeo de biofertilizantes Horticultura Brasileira v 20 n2 julho 2002 Suplemento 2
PAULUS G MULLER A BARCELLOS LAR Agroecologia aplicada praticas e meacutetodos para uma agricultura de base ecoloacutegica 2ed ver ampl Porto Alegre EMATERRS 2001 8 6 p
PEIXOTO R T dos G Composto orgacircnico aplicaccedilotildees benefiacutecios e restriccedilotildees de uso Horticultura Brasileira Brasiacutelia-DF v 18 p 56-64 julho 2000
PENTEADO SR Defensivos Alternativos e Naturais Satildeo Paulo 1999 95 p
PEREIRA AJ SOUZA RJ PEREIRA WR Efeito de diferentes doses de esterco de galinha e de curral sobre a produccedilatildeo de cebola Horticultura Brasileira v20 n2 julho 2002 Suplemento 2
PINHEIRO S BARRETO SB MB-4 agricultura sustentaacutevel trofobiose e biofertilizantes Fundaccedilatildeo Juquira CandiruMibasa 2000 273 p
PRIMAVESI A Agricultura Sustentaacutevel Satildeo Paulo Nobel 1992 142 p
PRIMAVESI A O manejo ecoloacutegico do solo Agricultura em regiotildees tropicais SatildeoPaulo Nobel 1982 541 p
46
PURCINO A A C ldquoNitrogecircniordquo Informe Agropecuaacuterio Belo Horizonte v7 n81 p 16-27 1981
QUIJANO F G Efeito da adubaccedilatildeo orgacircnica no desenvolvimento de duas cultivares de alface em ambiente protegido Pelotas 1999 116f Dissertaccedilatildeo (Mestrado em Agronomia - Produccedilatildeo Vegetal) Faculdade de Agronomia Eliseu Maciel UFPel 1999
RODRIGUES A N N Efeitos e residuais de superfosfato triplo sobre o rendimento de mateacuteria seca e absorccedilatildeo de foacutesforo pela aveia (Avena strigosa Schob) em solo Podzoacutelico Vermelho Escuro Porto Alegre 1984 59f Dissertaccedilatildeo (Mestrado em Agronomia) - Faculdade de Agronomia UFRGS 1984
RODRIGUES E T CASALI V W D Respostas da alface agrave adubaccedilatildeo orgacircnica II Teores conteuacutedos e utilizaccedilatildeo de macronutrientes em cultivares Rev Ceres Viccedilosa v 45 n 261 p 437-449 1998
SAMINEcircS T C O Produccedilatildeo orgacircnica de alimentos Horticultura Brasileira Brasiacutelia-DF v 17 n3 novembro 1999
SCHIEDECK G Ambiecircncia e resposta agronocircmica de meloeiro (Cucumis melo L) cultivado sob adubaccedilatildeo orgacircnica em ambiente protegido Pelotas lOOp Tese (Doutorado em Agronomia - Produccedilatildeo Vegetal) - Faculdade de Agronomia Eliseu Maciel UFPel 2002
SILVA JUacuteNIOR A A GIORGI E Substratos alternativos para a produccedilatildeo de mudas de tomate Agropecuaacuteria Catarinense Florianoacutepolis EPAGRI 1992 23 p
SILVA JUacuteNIOR A A MACEDO S G STUKER H Utilizaccedilatildeo de esterco de peru na produccedilatildeo de mudas de tomateiro Florianoacutepolis EPAGRI 1995 28 p (Boletim Teacutecnico 73)
TAGLIARI PS GRASSMANN H Minhoca a grande aliada da agricultura Agropecuaacuteria Catarinense v8 n l p 11-14 mar 1995
TEDESCO M J GIANELLO C Anaacutelises de solo plantas e outros materiais Porto Alegre Faculdade de Agronomia Departamento de Solos Universidade Federal do Rio Grande do Sul RS 1996
TENNANT D A Test of modified line intersect method of estimating root lenght Journal Ecology Oxford v 63 p 995-1001 1975
TIBAU A O Mateacuteria Orgacircnica do Solo Mateacuteria Orgacircnica e Fertilidade do SoloSatildeo Paulo Nobel 1984 p49-182
TIMM P J Anaacutelise comparativa dos sistemas de plantio convencional e cultivo miacutenimo de cebola sob adubaccedilatildeo orgacircnica e mineral Pelotas 2000 79 p Dissertaccedilatildeo (Mestrado em Agronomia - Produccedilatildeo Vegetal) - Faculdade de Agronomia Eliseu Maciel UFPel 2000
47
VALENZUELA HR CROSBY C Effect of compost applications on the yield of several vegetables in long-term organic farming experiments conduced in the tropics American Society Horticultural Science v33 n3 june 1998
VIGLIZZO E (ed) Subprograma Recursos Naturais y Sostenibilidad Agriacutecola documento marco Montevideo IICAPROCISUR 1995 p 75 - 78
WE1D J M TARDIN J M Proposta para a Ampliaccedilatildeo do Trabalho da ASPTA no Centro Sul do Paranaacute ASPTA Disponiacutevel em http wwwpronafgovbrEncontrotestosAS20PTA20Sul20ParanE1205 202002doc Acesso em 05 mai 2002
XAVIER SIMOacuteN F DOMINGUES D G Desenvolvimento Rural Sustentaacutevel uma perspectiva agroecoloacutegica Agroecologia e Desenvolvimento Rural Sustentaacutevel Porto Alegre EM ATERRS v2 n2 p 17-26 2001
ZABALETA J P Diagnoacutestico da Agricultura Familiar em Satildeo Joseacute do Norte - RSPelotas EMBRAPA-CPACT 1998 75 p (EMBRAPA-CPACT Documentos 44)
ZONTA E P MACHADO A A SILVEIRA P Sanest Sistema de anaacutelise estatiacutestica para microcomputadores Registrado na Secretaria Especial de Informaacutetica sob nuacutemero 066060 - categoria A Pelotas-RS Universidade Federal de Pelotas 1984
48
7 APEcircNDICE
APEcircNDICE A - Anaacutelise da adubaccedilatildeo de base e biofertilizantes utilizados na produccedilatildeo de mudas de cebola
TABELA 1 A Anaacutelise baacutesica do solo antes da incorporaccedilatildeo do feijatildeo miuacutedo + papua
Arg
pH IND
SMP
MO
P - n r - Na Al Ca__10Omlmdash
Mg
ppm -
6 53 67 089 8 6 27 1 04 05 0 2
Fonte LASFAEMUFPel (2002)
TABELA 2A Anaacutelise complementar do solo antes da incorporaccedilatildeo do feijatildeo-miuacutedo + papua
Cobre Zinco Manganecircs Ferro
(m v1)
04 05 26 007
Fonte LASFAEMUFPel (2002)
49
TABELA 3A Anaacutelise dos fertilizantes soacutelidos
Amostra pH limidade CN
C N P K Ca Mg
- g-ivg --
Cama de 849 2491 12 31042 2479 3888 3405 29875 463
aves
Esterco 74 3594 11 677 590 157 134 335 214
de curral
Huacutemus 684 5738 14 15965 1098 453 745 743 361
Fonte LASFAEMUFPel (2002)
TABELA 4A Anaacutelise quiacutemica dos biofertilizantes liacutequidos
Amostra N P K_ccedil H
Ca Mg Cu Zn Fe Mn
mdashgL bull
S Magro
m b 4
Urina
053
1652
8 2 2
008
395
0 0 0
149
1674
471
1902
6872
0 0 0
1150
4507
1172
7273
42
033
101389
920
0 0 0
6250
19458
781
35273
1123
0 2 1
Fonte LASFAEMUFPel (2002)
50
APEcircNDICE B - Condiccedilotildees climaacuteticas do local
TABELA 1B Condiccedilotildees de temperatura do local
___________ __________TEMPERATURA (degCgt
meses Meacutedia
Maacutexima
Meacutedia
MiacutenimaMeacutedia
Maacutexima
Absoluta
Miacutenima
Absoluta
Junho 225 87 156 320 25
Julho 225 85 155 285 30
Agosto 251 71 161 360 1 0
Fonte FEPAGROSCT 2002
TABELA 2B Condiccedilotildees de chuva do local
mdash CHUVA (mm)mdash
meses Ocorrida Normal Desvio Da Normal
Junho 1080 1 1 0 -2 0
Julho 1062 98 8 2
Agosto 1283 1 2 0 83
Fonte FEPAGROSCT 2002
51
TABELA 1C Produccedilatildeo de fitomassa fresca e seca (g) da parte aeacuterea altura de planta
(cm) e diacircmetro de colo (mm) de mudas de cebola Petrolini cultivadas
sob uma perspectiva agroecoloacutegica Pelotas-RS 2003
APEcircNDICE C - Anaacutelise estatiacutestica da parte aeacuterea
Causas G1 FFPA FSPA AP DC
da variaccedilatildeo --------- Quadrados meacutedios-
Blocos 3
Ad Base 2 175359071 1287102 2547419 1 11775
Biofertilizantes 2 126876 29011 87669ns 02185ns
Ad x Biofert 4 572378 31123 69106ns 04159
Resiacuteduo 24 34456 03048 27169 00290
Total 35
Meacutedia geral 93745 8772 320388 6741
CV 1980 6294 5145 2530
Significativo a 5ns Natildeo significativo
52
TABELA 1D Produccedilatildeo de fitomassa fresca e seca (g) comprimento (cm) e densidade
de raiacutezes (m cm3) de mudas de cebola Petrolini cultivadas sob uma
perspectiva agroecoloacutegica e razatildeo parte aeacutereasistema radicular Pelotas-
RS 2003
APEcircNDICE D - Anaacutelise estatiacutestica da raiz
Causas G1 FFR FSR CR RPASR DR
da variaccedilatildeo Quadrados meacutedios---------------
Blocos 3
Ad Base 2 27874 551 623 2 1 0 140
Biofertilizantes 2 178 0 1 0 ni 1504 l03ns 038ns
Ad x Biofert 4 190 058 318 294 183
Resiacuteduo 24 005 009 028 023 0 2 1
Total 35
Meacutedia geral 1818 228 184 387 333
C V 134 1356 448 1253 1396
Significativo a 5 ns Natildeo significativo
53
APEcircNDICE E - Anaacutelise estatiacutestica dos macronutrientes da parte aeacuterea da cebola
TABELA 1E Conteuacutedos (mg planta1) de nitrogecircnio foacutesforo potaacutessio caacutelcio e
magneacutesio no tecido vegetal de mud^s de cebola Petrolini cultivadas
sob uma perspectiva agroecoloacutegica Pelotas-RS 2003
Causas G1 bull N P K Ca Mg
da variaccedilatildeo
Blocos 3
Ad Base 2 13550306 446627 25509686 1031806 59007
Biofertilizantes 2 180610ns 16564 68153ns 39006 876ns
Ad x Biofert 4 454187 45743 1047539 46950 2464
Resiacuteduo 24 29769 1453 64313 3741 439
Total 35
Meacutedia geral 24921 4597 33366 6943 1615
C V 692 829 760 880 1297
Significativo a 5 ns Natildeo significativo
APEcircNDICE F - Fotos do experimento
FIGURA 2 Mudas de cebola (Allium cepa L) produzidas sob uma perspectiva agroecoloacutegica
APEcircNDICE F a Fotos do experimento
FIGURA 1 Adubaccedilatildeo verde com feijatildeo-miuacutedo e papuatilde utilizadas no manejo do solo
FIGURA 2 Mudas de cebola (Allium cepa L) produzidas sob urna perspectiva agroecoloacutegica
37
modo a fornecer melhorias nas propriedades do solo vindo a disponibilizar os nutrientes
as diferentes culturas
O esterco fresco conteacutem muita cama celuloacutesica e um elevado teor de aacutegua No
esterco curtido a celulose jaacute estaacute decomposta o teor de aacutegua estaacute reduzido agrave metade e os
nutrientes em uma forma mais assimilaacutevel e mais concentrada O esterco fresco pode
causar uma deficiecircncia temporaacuteria de nitrogecircnio no solo ao se decompor o que natildeo
acontece com o biestabilizado (Kiehl 1985)Ocorre uma diminuiccedilatildeo inicial no volume
de aacutegua retido no esterco de curral diminui inicialmente em tomo de 3581 liberando
posteriormente somente 496 evidenciando a sua capacidade de retenccedilatildeo de aacutegua
(Menezes Juacutenior 1998)
A utilizaccedilatildeo continuada de adubos nitrogenados minerais no solo altera o balanccedilo
do nitrogecircnio entre o solo e planta No meacutetodo biodinacircmico eacute sublinhada a importacircncia
dos adubos animais para o estabelecimento da fertilidade permanente dos solos (Koeff
et al 1983)
Para Guimaratildees (1997) os benefiacutecios que a mateacuteria orgacircnica imprime ao solo
principalmente melhorando a produtividade fertilidade e a influencia que as substancias
huacutemicas exercem sobre o ambiente dependem da qualidade e do teor de mateacuteria
orgacircnica do solo Estas substacircncias por conterem nutrientes em sua constituiccedilatildeo em uma
forma mais disponiacutevel para as plantas promovem um equiliacutebrio no ambiente no solo
(Kononova 1966)
Aproximadamente de 60 a 70 do total de carbono do solo ocorre na forma de
materiais huacutemicos (Griffith amp Schnitzer 1975) sendo a eles atribuiacutedo a manutenccedilatildeo da
bioestrutura do solo aumentando a capacidade de retenccedilatildeo de aacutegua (Brady 1999)
Conforme Compagnoni amp Putzolu (1985) os estercos bem como os demais
resiacuteduos orgacircnicos apresentam conteuacutedos diferentes de aacutecidos huacutemicos e fuumllvicos sendo
atribuiacutedo ao acido huacutemico uma accedilatildeo fitoestimulante semelhante aos fitohormocircnios por
favorecer o desenvolvimento do sistema radicular e crescimento do caule
Em trabalho realizado por Guimaratildees (1997) foi encontrado para aacutecidos huacutemicos
de esterco bovino uma relaccedilatildeo CN 1035 e para vermicomposto bovino 17
evidenciando que o esterco quando aplicado ao solo por apresentar uma relaccedilatildeo CN
proacutexima deste reage mais facilmente liberando nutrientes para as plantas sem alterar a
cadeia troacutefiacuteca Dados encontrados no presente trabalho demonstram a eficiecircncia do
esterco nesse sentido
38
De acordo com Morselli (2001) vaacuterios trabalhos citam comentam e discutem a
capacidade dos vermicompostos em proporcionar oacutetimas colheitas e favorecer a
precocidade das plantas cultivadas Poreacutem muitas vezes se observa que mesmo
suprindo essas plantas com nutrientes necessaacuterios atraveacutes de huacutemus de diferentes fontes
as respostas natildeo satildeo as mesmas para uma mesma cultivar
Por outro lado os resultados com o uso de substacircncias huacutemicas satildeo variaacuteveis e
dependem aleacutem da espeacutecie testada das substacircncias huacutemicas utilizadas sua
concentraccedilatildeo o grau de purificaccedilatildeo e das condiccedilotildees experimentais A resposta das
plantas aos aacutecidos huacutemicos e fuacutelvicos eacute dependente da mateacuteria prima original e da
espeacutecie vegetal pois materiais orgacircnicos diferentes apresentam aacutecidos huacutemicos e
fuacutelvicos diferentes (Businelli 1990)
Justificam-se os maiores conteuacutedos de nitrogecircnio foacutesforo potaacutessio e caacutelcio nas
adubaccedilotildees 15 VB (45 t ha 1 de vermicomposto) e biofertilizantes devido
provavelmente ao vermicomposto utilizado apresentar na sua constituiccedilatildeo teores
consideraacuteveis destes elementos aleacutem do que os biofertilizantes possam ter influenciado
na absorccedilatildeo atraveacutes de sua constituiccedilatildeo Tibau (1984) considera que a urina de vaca eacute
rica em aacutecido indol-aceacutetico e este influencia na absorccedilatildeo radicular O efeito positivo
deste tratamento provavelmente seja devido agrave quantidade aplicada
O biofertilizante que se destacou foi o MB4+U+CB em relaccedilatildeo ao EC (esterco de
curral) e eacute somente para a variaacutevel caacutelcio Isto provavelmente seja devido ao alto teor
deste elemento encontrado na sua constituiccedilatildeo (6872 g Kg1) e pela influecircncia positiva
que a calda bordalesa exerce no metabolismo das plantas atraveacutes dos nutrientes
contidos em sua formulaccedilatildeo O Ca controla a absorccedilatildeo radicular e retorna ao solo pelo
esterco e palhas por apresentar-se em maior quantidade em folhas e caules Depois de
localizado nas folhas fica imoacutevel favorecendo a resistecircncia da planta ao ataque de
fungos
Este trabalho avanccedila no estudo da agroecologia estando claro que todos os
criteacuterios tem caraacuteter dinacircmico de adequaccedilatildeo as mudanccedilas de um sistema de produccedilatildeo
em evoluccedilatildeo contribuindo na transiccedilatildeo para um padratildeo sustentaacutevel Cabe a pesquisa a
reorientaccedilatildeo para um enfoque ldquosistecircmicordquo isto eacute que permita integrar os diversos
componentes de um agroecossistema e a adoccedilatildeo de poliacuteticas puacuteblicas que promovam 0
fortalecimento e a expansatildeo da agricultura familiar
39
5 CONCLUSOtildeES
Considerando os resultados obtidos e as condiccedilotildees em que o estudo foi realizado
conclui-se que
bull As respostas agronocircmicas das mudas de cebola para os paracircmetros avaliados
satildeo mais satisfatoacuterias com a aplicaccedilatildeo de esterco de curral como adubaccedilatildeo de
base
bull Os biofertilizantes mais urina de vaca e calda bordalesa proporcionam
respostas satisfatoacuterias quando aplicados associados agraves adubaccedilotildees de base
bull O biofertilizante MB4 mais urina de vaca e calda bordalesa eacute mais eficiente
que o super magro mais urina e calda bordalesa quando aplicado associado agrave
adubaccedilatildeo de base esterco de curral para os conteuacutedos de fitomassa secae
fresca da parte aeacuterea das plantas altura e diacircmetro de colo das mudas de
cebola
bull Os biofertilizantes adicionados agrave adubaccedilatildeo de base 45 t harsquo 1 de vermicomposto
bovino mostram respostas significativas para os conteuacutedos de fitomassa seca
bull Os maiores conteuacutedos nutricionais para as mudas de cebola satildeo
proporcionados pela adubaccedilatildeo de base esterco de curral
bull A maior absorccedilatildeo de caacutelcio pelas mudas de cebola ocorre quando da adiccedilatildeo do
biofertilizante MB4 mais urina e calda bordalesa agrave adubaccedilatildeo de base esterco de
curral
40
6 REFEREcircNCIAS BIBLIOGRAacuteFICAS
ALDRIGHI CB ABREU CM PAGLIA AG MORSELLI TBGA FERNANDES HS Efeito da aplicaccedilatildeo de biofertilizante e urina de vaca em mudas de tomateiro Horticultura Brasileira v20 n2 julho 2002 Suplemento 2
ALTIERI M NICHOLLS C I Agroecologia Teoria praacutectica para umaAgricultura Sustentable Ia ed PNUMA 2000 Cap 2 4 Seacuterie textos baacutesicos para la formacioacuten ambiental
ALTIERI M Agroecologia bases cientiacuteficas para uma agricultura sustentaacutevelGuaiacuteba Agropecuaacuteria 2002 592 p
ANTONIOLLI Z I GIRACCA E M N CARDOSO S J T WIETHAN M M S FERRI M Iniciaccedilatildeo agrave Minhocultura Criaccedilatildeo em Cativeiro e Vermicompostagem Santa Maria UFSM 1996 p59-89
BAYER C MIELNICZUC J Dinacircmica e funccedilatildeo da mateacuteria orgacircnica In SANTOS G de A S e CAMARGO F A de O (ed) Fundamentos da mateacuteria orgacircnica do solo ecossistemas tropicais e subtropicais Porto Alegre Genesis 1999 p 3-23
BARRETTO D X Composto Orgacircnico In Praacutetica em Agricultura Orgacircnica Satildeo Paulo iacutecone Ed Ltda 1985 p 51-63
BETTIOL W Alguns produtos alternativos para o controle de doenccedilas de plantasem agricultura orgacircnica II Ciclo de palestras sobre agricultura orgacircnica Instituto Bioloacutegico Satildeo Paulo p52-63 1997
41
BETTIOL W TRACH R GALVAtildeO JAH Controle de doenccedilas de plantas com biofertilizantes Jaguariuacutena EMBRAPA-CNPMA 1997 22p (EMBRAPA- CNPMA Circular Teacutecnica 02)
BRADY N C Natureza e propriedades dos sotos Rio de Janeiro Freitas BastosS A 1979 647p
BRADY N C Organisms and ecology of the soil In The nature of properties of soils Simon amp Schuster A Viacon Company New Jersey1999 402-489p
BON1LLA J A Fundamentos da Agricultura Ecoloacutegica Sobrevivecircncia eQualidade de Vida Satildeo Paulo Nobel 1992
BUREacuteS S Substratos Ediciones Agroteacutecnicas S L Madrid Octubre 1997
BUS1NELLI M Chemical Composition and Enzymic Activity of some Worm Cast Plant Soil v 80 p 1-2 1990
CALEGARI A Espeacutecies para cobertura de solo In IAPAR (Instituto Agronocircmico de Paranaacute) Plantio Direto pequena propriedade sustentaacutevel organizador Moacir Darolt Londrina - PR 1998 65-93
CAMARGO P N D Manual de Adubaccedilatildeo Foliar Satildeo Paulo Herba 1975
CAPRA F A Teia da Vida Satildeo Paulo Cultrix 1997 256p
CAPRA F O Ponto de Mutaccedilatildeo 22 ed Satildeo Paulo Cultrix 2001 447p
CHABOUSSOU F Plantas doentes pelo uso de agrotoacutexicos (A Teoria da Trofobiose) Porto Alegre LPM 1987 253 p
CLARO S A Referencias tecnoloacutegicos para a agricultura familiar ecoloacutegica aexperiecircncia da Regiatildeo Centro-Serra do Rio Grande do Sul Porto Alegre EMATERRS-ASCAR 2001 250p
CLIVELA G Diagnoacutestico Agronocircmico da cebola no Rio Grande do Sul Porto Alegre EMATERRS 1995 8 6 p
COMISSAtildeO DE FERTILIDADE DO SOLO - RSSC Recomendaccedilotildees de adubaccedilatildeo e calagem para os estados do Rio Grande do Sul e Santa Catarina 3 ed Passo Fundo SBCS - Nuacutecleo Regional Sul 1995 223p
COMPAGNONI L PUTZOLU G Cria moderna de Ias lombrices y utilizacioacutenrentable dei humus Barcelona Editorial de Vecchi- SA 1985127p
COSTABEBER J A MOYANO E Transiccedilatildeo agroecoloacutegica e accedilatildeo social coletiva Agroecologia e Desenvolvimento Rural Sustentaacutevel Porto Alegre v l n4 p 50- 60 outdez 2 0 0 0
42
COSTA M B B da Adubaccedilatildeo orgacircnica Nova siacutentese e novo caminho para aagricultura Satildeo Paulo Ed iacutecone Ltda 1985 102p
COSTA NETO C Agricultura Sustentaacutevel Tecnologias e Sociedade In CARVALHO COSTA LF et al (org) Mundo Rural e Tempo Presente Rio de Janeiro Mauad 1999
DrsquoAG0ST1NI R L FANTINI A C Produccedilatildeo orgacircnica tambeacutem socialmente excludente Agroecologia e Desenvolvimento Rural Sustentaacutevel Porto Alegre v3 n l p57-61 2002
DALPONTE J C V Utilizaccedilatildeo de materiais orgacircnicos e fertilizante mineral na produccedilatildeo e qualidade de mudas e bulbos de cebola (Alliurn Cepa L) Pelotas-RS 1990 (Mestrado em Agronomia) - Faculdade de Agronomia Eliseu Maciel UFPel 1990
DEBARBA J F THOMAZELLI L F GANDIN C L SILVA E Cadeias produtivas do Estado de Santa Catarina Cebola Florianoacutepolis Epagri 1998 115 p (EPAGRI Boletim Teacutecnico 96)
DUFOUR F Os saacutebios loucos do agro-alimentar Le Monde Diplomatique ano 1 n4 p6-7 1999 (ed portuguesa)
EHLERS E Agricultura Sustetaacutevel Origem e perspectivas de um novo paradigma 2 ed Guaiacuteba Agropecuaacuteria 1999 157 p
FILGUEIRA F A R Novo Manual de olericultura agrotecnologia moderna na produccedilatildeo e comercializaccedilatildeo de hortaliccedilas Viccedilosa UFV 2000 402 p
FRASER G K Mateacuteria Orgacircnica Del Suelo In BEAR F E (ed) Quiacutemica dei Suelo Madrid Ed Agrociencia 1963
FOLLET R H MURPHY L S DONAHUE R L Fertilizers and soil amendments New Jersey Printice-Hall Inc 1981 557p
GARCIA A Revista dei Espacio Rural Georgica Zaragoza Escuela Politeacutecnica de Huesca n5 1997
GARCIA A Versatildeo preliminar de um Programa Estadual de Produccedilatildeo e Comercializaccedilatildeo de Bulbos e Sementes de CebolaEMBRAPAIPAGROMARAEMATER 6 8 pbdquo 1990 (Publicaccedilatildeo avulsa)
GIORGETT1 J R Produccedilatildeo e Comercializaccedilatildeo de Mudas de Tomate In Encontro Nacional de Produccedilatildeo e Abastecimento de Tomate 2 1991 Jaboticabal Satildeo Paulo Anais Jaboticabal UNESP 1991 p 242-244
GLIESSMAN S R Agroecologia Processos ecoloacutegicos em agricultura sustentaacutevelPorto Alegre Universidade Federal do Rio Grande do Sul - UFRGS 2000 653p
43
GLIESSMAN S R TURRIALBA C R Agroecologia Procesos Ecoloacutegicos en Agricultura Sostenible CATIE 2002 p 3-14
GNOATTO S C Caracterizaccedilatildeo quiacutemica de vermicompostos de diferentes substratos orgacircnicos Pelotas-RS 1999 38 f (Mestrado em Agronomia - Solos) - Faculdade de Agronomia Eliseu Maciel UFPel 1999
GOMES J C C BORBA M F S A moderna crise dos alimentos oportunidade para a agricultura familiar Emater Porto Alegre julset 2000 Disponiacutevel em lthttpwwwematertchebrdocsagroecorevistan313-artigo3htmgtAcesso em 24 fev 2002
GOMEZ H W Desenvolvimento sustentaacutevel agriacutecola e capitalismo In Desenvolvimento sustentaacutevel Necessidade eou disponibilidade Santa Cruz do Sul Nobel - UNISC 1997 p 65-77
GONZAacuteLEZ DE MOLINA M SEVILLA GUZMAacuteN E Ecologia campesinado e historia Para una reinterpretacioacuten dei desarrollo dei capitalismo en la agricultura In SEVILLA GUZMAacuteN E GONZAacuteLEZ DE MOLINA M (ed) Ecologia campesinado e historia Madrid La Piqueta 1993 p 23-129
GRIFFITH S A SCHNITZER M Analytical characteristic of humic and fulvic acids extracted from tropical volcanic soils Soil Sei Soc Am Proc v 39 p361-367 1975
GUIMARAtildeES E Caracterizaccedilatildeo quiacutemica estreptoscoacutepica e por anaacutelise teacutermica de aacutecidos huacutemicos e vermicompostos obtidos de estercos de diferentes animaisCuritiba 1997 Dissertaccedilatildeo (Mestrado em Quiacutemica) Universidade Federal do Paranaacute 1997
HESS A F Sociedade e meio ambiente uma relaccedilatildeo ambiacutegua Revista Cientiacutefica Rural Bageacute v 4 n2 p 167-1741999
ICEPA-SC Informes conjunturais sobre a cultura da cebola Disponiacutevel em lthttpwwwicepa combrgt Acesso em 23 jan 2003
JONES H A MANN L K Onions and their allies New York Interscience Publishers 1962 286 p
JUacuteNIOR H A de MAIORANO J A Receitas obtidas de extratos de plantasCampinas CATITerra Viva [199-] 10 f
KHATOUNIAN C A Ciclo de Palestras sobre Agricultura Orgacircnica 2a Ed SatildeoPaulo Fund Cargill 1997 149 p
KIEHL E J Fertilizantes Orgacircnicos Satildeo Paulo Ed Agronocircmica Ceres Ltda 1985 492p
44
KOEFF H H PETTERSSON B D SHAUMANN W Vida Vegetal solos e adubaccedilatildeo In Agricultura Biodinacircmica Satildeo Paulo Nobel 1983 p92-149
KONONOVA M M Soil organic matter The importance o f organic matter in soil formation and soil fertility New York Pergamqn Press 1961 p 165-200
KUHN T A Estrutura das Revoluccedilotildees Cientiacuteficas Satildeo Paulo Perspectiva 1989 257p
LANNA FCA ABREU C L ABREU J G SILVA V Resposta de cultivares de melancia cultivadas sob adubaccedilatildeo quiacutemica e orgacircnica Horticultura v 12 n l p85 1994
LEFF H Saber Ambiental Petroacutepolis Vozes 2001 343 p
MAGALHAtildeES J R Nutriccedilatildeo e adubaccedilatildeo da cebola In FERREIRA M E CASSTELLANE P D CRUZ M C P Nutriccedilatildeo e adubaccedilatildeo de hortaliccedilasPiracicaba POTAFOS 1993 p 381-393
MALAVOLTA E Elementos de nutriccedilatildeo mineral de plantas Satildeo Paulo Ed Agronocircmica Ceres Ltda 1980 251 p
MALAVOLTA E Manual de Quiacutemica Agriacutecola - Adubos e Adubaccedilatildeo 3a ed SatildeoPaulo Ed Agronocircmica Ceres Ltda 1981 606 p
MARTINEZ A A A grande e Poderosa Minhoca Jaboticabal Funep - Unesp1990 101 p
MARTINS S R Desenvolvimento e Sustentabilidade Horticultura Brasileira Brasiacutelia-DF v20 n2 julho 2002 Palestra apresentada no 42deg Congresso Brasileiro de Olericultura
MARTINS S R Limites Del Desarrollo Sostenible em Ameacuterica Latina En el marco de Ias poliacuteticas de (re)ajuste econocircmico Pelotas Editora UFPel 1997 135 P-
MARTINS S R Sustentabilidade na agricultura dimensotildees econocircmicas sociais e ambientais Revista Cientiacutefica Rural Bageacute v4 n 2 p 175-1871999
MATURANA H REZEPKA S N D E Formaccedilatildeo Humana e Capacitaccedilatildeo Rio de Janneiro Vozes 2000 8 6 p
MELLO A F SOBRINHO M O ARZOLLA S SILVEIRA R NETTO A C KIEHL J C Fertilidade do Solo Satildeo Paulo Nobel 1983
MENEZES JUacuteNIOR F O G D Caracterizaccedilatildeo de Diferentes substratos hortiacutecolas e seu efeito na produccedilatildeo de mudas de alface e couve-flor em ambiente protegido Pelotas 1998 141 p Dissertaccedilatildeo (Mestrado em Agronomia - Produccedilatildeo Vegetal) - Faculdade de Agronomia Eliseu Maciel UFPel 1998
45
MIBASA Mineraccedilatildeo Barreto SA Melhorador de Solos MB4 A Natureza Agradece Arapiraca-AL [199-] Folder
MINAMI K Os resumos da olericultura 2000 In AZEVEDO FILHO MARTINEZ FILHO (ed) Preccedilos agriacutecolas Piracicaba ESALQ 1999 p 4
MINAMI K Produccedilatildeo de Mudas de Alta Qualidade em Horticultura Satildeo Paulo TA Queiroz 1995
MORSELLI T B G A Cultivo sucessivo de alface sob adubaccedilatildeo orgacircnica em ambiente protegidoPelotas 2001 178 p Tese (Doutorado em Agronomia - Produccedilatildeo Vegetal) Faculdade de Agronomia Eliseu Maciel UFPel 2001
MORSELLI T B G A Resiacuteduos orgacircnicos em sistemas agriacutecolas Poliacutegrafo da Disciplina de Resiacuteduos orgacircnicos em sistemas agriacutecolas Curso de Poacutes-Graduaccedilatildeo em Agronomia-Produccedilatildeo Vegetal UFPel 2002
MULLER AM Efeitos da Aplicaccedilatildeo Foliar de um Biofertilizante Enriquecido no Estado fitossanitaacuterio de Tomate Ervilha e Beterraba Sob Manejo OrgacircnicoDissertaccedilatildeo (Mestrado no Programa de Poacutes-Graduaccedilatildeo em Agroecossistemas)1999 (Resumo)
NOLLA D Erosatildeo do Solo - O grande desafio Estado do Rio Grande do Sul SEAGRI desenvolvimento de recursos naturais renovaacuteveis 1982 412 p
PAGLIA AG MORSELLI TBGA PEIL RMN Teores de nutrientes pH e condutividade eleacutetrica da aacutegua em sistema ldquofloat^ngrdquo sob adiccedilatildeo de biofertilizantes Horticultura Brasileira v 20 n2 julho 2002 Suplemento 2
PAULUS G MULLER A BARCELLOS LAR Agroecologia aplicada praticas e meacutetodos para uma agricultura de base ecoloacutegica 2ed ver ampl Porto Alegre EMATERRS 2001 8 6 p
PEIXOTO R T dos G Composto orgacircnico aplicaccedilotildees benefiacutecios e restriccedilotildees de uso Horticultura Brasileira Brasiacutelia-DF v 18 p 56-64 julho 2000
PENTEADO SR Defensivos Alternativos e Naturais Satildeo Paulo 1999 95 p
PEREIRA AJ SOUZA RJ PEREIRA WR Efeito de diferentes doses de esterco de galinha e de curral sobre a produccedilatildeo de cebola Horticultura Brasileira v20 n2 julho 2002 Suplemento 2
PINHEIRO S BARRETO SB MB-4 agricultura sustentaacutevel trofobiose e biofertilizantes Fundaccedilatildeo Juquira CandiruMibasa 2000 273 p
PRIMAVESI A Agricultura Sustentaacutevel Satildeo Paulo Nobel 1992 142 p
PRIMAVESI A O manejo ecoloacutegico do solo Agricultura em regiotildees tropicais SatildeoPaulo Nobel 1982 541 p
46
PURCINO A A C ldquoNitrogecircniordquo Informe Agropecuaacuterio Belo Horizonte v7 n81 p 16-27 1981
QUIJANO F G Efeito da adubaccedilatildeo orgacircnica no desenvolvimento de duas cultivares de alface em ambiente protegido Pelotas 1999 116f Dissertaccedilatildeo (Mestrado em Agronomia - Produccedilatildeo Vegetal) Faculdade de Agronomia Eliseu Maciel UFPel 1999
RODRIGUES A N N Efeitos e residuais de superfosfato triplo sobre o rendimento de mateacuteria seca e absorccedilatildeo de foacutesforo pela aveia (Avena strigosa Schob) em solo Podzoacutelico Vermelho Escuro Porto Alegre 1984 59f Dissertaccedilatildeo (Mestrado em Agronomia) - Faculdade de Agronomia UFRGS 1984
RODRIGUES E T CASALI V W D Respostas da alface agrave adubaccedilatildeo orgacircnica II Teores conteuacutedos e utilizaccedilatildeo de macronutrientes em cultivares Rev Ceres Viccedilosa v 45 n 261 p 437-449 1998
SAMINEcircS T C O Produccedilatildeo orgacircnica de alimentos Horticultura Brasileira Brasiacutelia-DF v 17 n3 novembro 1999
SCHIEDECK G Ambiecircncia e resposta agronocircmica de meloeiro (Cucumis melo L) cultivado sob adubaccedilatildeo orgacircnica em ambiente protegido Pelotas lOOp Tese (Doutorado em Agronomia - Produccedilatildeo Vegetal) - Faculdade de Agronomia Eliseu Maciel UFPel 2002
SILVA JUacuteNIOR A A GIORGI E Substratos alternativos para a produccedilatildeo de mudas de tomate Agropecuaacuteria Catarinense Florianoacutepolis EPAGRI 1992 23 p
SILVA JUacuteNIOR A A MACEDO S G STUKER H Utilizaccedilatildeo de esterco de peru na produccedilatildeo de mudas de tomateiro Florianoacutepolis EPAGRI 1995 28 p (Boletim Teacutecnico 73)
TAGLIARI PS GRASSMANN H Minhoca a grande aliada da agricultura Agropecuaacuteria Catarinense v8 n l p 11-14 mar 1995
TEDESCO M J GIANELLO C Anaacutelises de solo plantas e outros materiais Porto Alegre Faculdade de Agronomia Departamento de Solos Universidade Federal do Rio Grande do Sul RS 1996
TENNANT D A Test of modified line intersect method of estimating root lenght Journal Ecology Oxford v 63 p 995-1001 1975
TIBAU A O Mateacuteria Orgacircnica do Solo Mateacuteria Orgacircnica e Fertilidade do SoloSatildeo Paulo Nobel 1984 p49-182
TIMM P J Anaacutelise comparativa dos sistemas de plantio convencional e cultivo miacutenimo de cebola sob adubaccedilatildeo orgacircnica e mineral Pelotas 2000 79 p Dissertaccedilatildeo (Mestrado em Agronomia - Produccedilatildeo Vegetal) - Faculdade de Agronomia Eliseu Maciel UFPel 2000
47
VALENZUELA HR CROSBY C Effect of compost applications on the yield of several vegetables in long-term organic farming experiments conduced in the tropics American Society Horticultural Science v33 n3 june 1998
VIGLIZZO E (ed) Subprograma Recursos Naturais y Sostenibilidad Agriacutecola documento marco Montevideo IICAPROCISUR 1995 p 75 - 78
WE1D J M TARDIN J M Proposta para a Ampliaccedilatildeo do Trabalho da ASPTA no Centro Sul do Paranaacute ASPTA Disponiacutevel em http wwwpronafgovbrEncontrotestosAS20PTA20Sul20ParanE1205 202002doc Acesso em 05 mai 2002
XAVIER SIMOacuteN F DOMINGUES D G Desenvolvimento Rural Sustentaacutevel uma perspectiva agroecoloacutegica Agroecologia e Desenvolvimento Rural Sustentaacutevel Porto Alegre EM ATERRS v2 n2 p 17-26 2001
ZABALETA J P Diagnoacutestico da Agricultura Familiar em Satildeo Joseacute do Norte - RSPelotas EMBRAPA-CPACT 1998 75 p (EMBRAPA-CPACT Documentos 44)
ZONTA E P MACHADO A A SILVEIRA P Sanest Sistema de anaacutelise estatiacutestica para microcomputadores Registrado na Secretaria Especial de Informaacutetica sob nuacutemero 066060 - categoria A Pelotas-RS Universidade Federal de Pelotas 1984
48
7 APEcircNDICE
APEcircNDICE A - Anaacutelise da adubaccedilatildeo de base e biofertilizantes utilizados na produccedilatildeo de mudas de cebola
TABELA 1 A Anaacutelise baacutesica do solo antes da incorporaccedilatildeo do feijatildeo miuacutedo + papua
Arg
pH IND
SMP
MO
P - n r - Na Al Ca__10Omlmdash
Mg
ppm -
6 53 67 089 8 6 27 1 04 05 0 2
Fonte LASFAEMUFPel (2002)
TABELA 2A Anaacutelise complementar do solo antes da incorporaccedilatildeo do feijatildeo-miuacutedo + papua
Cobre Zinco Manganecircs Ferro
(m v1)
04 05 26 007
Fonte LASFAEMUFPel (2002)
49
TABELA 3A Anaacutelise dos fertilizantes soacutelidos
Amostra pH limidade CN
C N P K Ca Mg
- g-ivg --
Cama de 849 2491 12 31042 2479 3888 3405 29875 463
aves
Esterco 74 3594 11 677 590 157 134 335 214
de curral
Huacutemus 684 5738 14 15965 1098 453 745 743 361
Fonte LASFAEMUFPel (2002)
TABELA 4A Anaacutelise quiacutemica dos biofertilizantes liacutequidos
Amostra N P K_ccedil H
Ca Mg Cu Zn Fe Mn
mdashgL bull
S Magro
m b 4
Urina
053
1652
8 2 2
008
395
0 0 0
149
1674
471
1902
6872
0 0 0
1150
4507
1172
7273
42
033
101389
920
0 0 0
6250
19458
781
35273
1123
0 2 1
Fonte LASFAEMUFPel (2002)
50
APEcircNDICE B - Condiccedilotildees climaacuteticas do local
TABELA 1B Condiccedilotildees de temperatura do local
___________ __________TEMPERATURA (degCgt
meses Meacutedia
Maacutexima
Meacutedia
MiacutenimaMeacutedia
Maacutexima
Absoluta
Miacutenima
Absoluta
Junho 225 87 156 320 25
Julho 225 85 155 285 30
Agosto 251 71 161 360 1 0
Fonte FEPAGROSCT 2002
TABELA 2B Condiccedilotildees de chuva do local
mdash CHUVA (mm)mdash
meses Ocorrida Normal Desvio Da Normal
Junho 1080 1 1 0 -2 0
Julho 1062 98 8 2
Agosto 1283 1 2 0 83
Fonte FEPAGROSCT 2002
51
TABELA 1C Produccedilatildeo de fitomassa fresca e seca (g) da parte aeacuterea altura de planta
(cm) e diacircmetro de colo (mm) de mudas de cebola Petrolini cultivadas
sob uma perspectiva agroecoloacutegica Pelotas-RS 2003
APEcircNDICE C - Anaacutelise estatiacutestica da parte aeacuterea
Causas G1 FFPA FSPA AP DC
da variaccedilatildeo --------- Quadrados meacutedios-
Blocos 3
Ad Base 2 175359071 1287102 2547419 1 11775
Biofertilizantes 2 126876 29011 87669ns 02185ns
Ad x Biofert 4 572378 31123 69106ns 04159
Resiacuteduo 24 34456 03048 27169 00290
Total 35
Meacutedia geral 93745 8772 320388 6741
CV 1980 6294 5145 2530
Significativo a 5ns Natildeo significativo
52
TABELA 1D Produccedilatildeo de fitomassa fresca e seca (g) comprimento (cm) e densidade
de raiacutezes (m cm3) de mudas de cebola Petrolini cultivadas sob uma
perspectiva agroecoloacutegica e razatildeo parte aeacutereasistema radicular Pelotas-
RS 2003
APEcircNDICE D - Anaacutelise estatiacutestica da raiz
Causas G1 FFR FSR CR RPASR DR
da variaccedilatildeo Quadrados meacutedios---------------
Blocos 3
Ad Base 2 27874 551 623 2 1 0 140
Biofertilizantes 2 178 0 1 0 ni 1504 l03ns 038ns
Ad x Biofert 4 190 058 318 294 183
Resiacuteduo 24 005 009 028 023 0 2 1
Total 35
Meacutedia geral 1818 228 184 387 333
C V 134 1356 448 1253 1396
Significativo a 5 ns Natildeo significativo
53
APEcircNDICE E - Anaacutelise estatiacutestica dos macronutrientes da parte aeacuterea da cebola
TABELA 1E Conteuacutedos (mg planta1) de nitrogecircnio foacutesforo potaacutessio caacutelcio e
magneacutesio no tecido vegetal de mud^s de cebola Petrolini cultivadas
sob uma perspectiva agroecoloacutegica Pelotas-RS 2003
Causas G1 bull N P K Ca Mg
da variaccedilatildeo
Blocos 3
Ad Base 2 13550306 446627 25509686 1031806 59007
Biofertilizantes 2 180610ns 16564 68153ns 39006 876ns
Ad x Biofert 4 454187 45743 1047539 46950 2464
Resiacuteduo 24 29769 1453 64313 3741 439
Total 35
Meacutedia geral 24921 4597 33366 6943 1615
C V 692 829 760 880 1297
Significativo a 5 ns Natildeo significativo
APEcircNDICE F - Fotos do experimento
FIGURA 2 Mudas de cebola (Allium cepa L) produzidas sob uma perspectiva agroecoloacutegica
APEcircNDICE F a Fotos do experimento
FIGURA 1 Adubaccedilatildeo verde com feijatildeo-miuacutedo e papuatilde utilizadas no manejo do solo
FIGURA 2 Mudas de cebola (Allium cepa L) produzidas sob urna perspectiva agroecoloacutegica
38
De acordo com Morselli (2001) vaacuterios trabalhos citam comentam e discutem a
capacidade dos vermicompostos em proporcionar oacutetimas colheitas e favorecer a
precocidade das plantas cultivadas Poreacutem muitas vezes se observa que mesmo
suprindo essas plantas com nutrientes necessaacuterios atraveacutes de huacutemus de diferentes fontes
as respostas natildeo satildeo as mesmas para uma mesma cultivar
Por outro lado os resultados com o uso de substacircncias huacutemicas satildeo variaacuteveis e
dependem aleacutem da espeacutecie testada das substacircncias huacutemicas utilizadas sua
concentraccedilatildeo o grau de purificaccedilatildeo e das condiccedilotildees experimentais A resposta das
plantas aos aacutecidos huacutemicos e fuacutelvicos eacute dependente da mateacuteria prima original e da
espeacutecie vegetal pois materiais orgacircnicos diferentes apresentam aacutecidos huacutemicos e
fuacutelvicos diferentes (Businelli 1990)
Justificam-se os maiores conteuacutedos de nitrogecircnio foacutesforo potaacutessio e caacutelcio nas
adubaccedilotildees 15 VB (45 t ha 1 de vermicomposto) e biofertilizantes devido
provavelmente ao vermicomposto utilizado apresentar na sua constituiccedilatildeo teores
consideraacuteveis destes elementos aleacutem do que os biofertilizantes possam ter influenciado
na absorccedilatildeo atraveacutes de sua constituiccedilatildeo Tibau (1984) considera que a urina de vaca eacute
rica em aacutecido indol-aceacutetico e este influencia na absorccedilatildeo radicular O efeito positivo
deste tratamento provavelmente seja devido agrave quantidade aplicada
O biofertilizante que se destacou foi o MB4+U+CB em relaccedilatildeo ao EC (esterco de
curral) e eacute somente para a variaacutevel caacutelcio Isto provavelmente seja devido ao alto teor
deste elemento encontrado na sua constituiccedilatildeo (6872 g Kg1) e pela influecircncia positiva
que a calda bordalesa exerce no metabolismo das plantas atraveacutes dos nutrientes
contidos em sua formulaccedilatildeo O Ca controla a absorccedilatildeo radicular e retorna ao solo pelo
esterco e palhas por apresentar-se em maior quantidade em folhas e caules Depois de
localizado nas folhas fica imoacutevel favorecendo a resistecircncia da planta ao ataque de
fungos
Este trabalho avanccedila no estudo da agroecologia estando claro que todos os
criteacuterios tem caraacuteter dinacircmico de adequaccedilatildeo as mudanccedilas de um sistema de produccedilatildeo
em evoluccedilatildeo contribuindo na transiccedilatildeo para um padratildeo sustentaacutevel Cabe a pesquisa a
reorientaccedilatildeo para um enfoque ldquosistecircmicordquo isto eacute que permita integrar os diversos
componentes de um agroecossistema e a adoccedilatildeo de poliacuteticas puacuteblicas que promovam 0
fortalecimento e a expansatildeo da agricultura familiar
39
5 CONCLUSOtildeES
Considerando os resultados obtidos e as condiccedilotildees em que o estudo foi realizado
conclui-se que
bull As respostas agronocircmicas das mudas de cebola para os paracircmetros avaliados
satildeo mais satisfatoacuterias com a aplicaccedilatildeo de esterco de curral como adubaccedilatildeo de
base
bull Os biofertilizantes mais urina de vaca e calda bordalesa proporcionam
respostas satisfatoacuterias quando aplicados associados agraves adubaccedilotildees de base
bull O biofertilizante MB4 mais urina de vaca e calda bordalesa eacute mais eficiente
que o super magro mais urina e calda bordalesa quando aplicado associado agrave
adubaccedilatildeo de base esterco de curral para os conteuacutedos de fitomassa secae
fresca da parte aeacuterea das plantas altura e diacircmetro de colo das mudas de
cebola
bull Os biofertilizantes adicionados agrave adubaccedilatildeo de base 45 t harsquo 1 de vermicomposto
bovino mostram respostas significativas para os conteuacutedos de fitomassa seca
bull Os maiores conteuacutedos nutricionais para as mudas de cebola satildeo
proporcionados pela adubaccedilatildeo de base esterco de curral
bull A maior absorccedilatildeo de caacutelcio pelas mudas de cebola ocorre quando da adiccedilatildeo do
biofertilizante MB4 mais urina e calda bordalesa agrave adubaccedilatildeo de base esterco de
curral
40
6 REFEREcircNCIAS BIBLIOGRAacuteFICAS
ALDRIGHI CB ABREU CM PAGLIA AG MORSELLI TBGA FERNANDES HS Efeito da aplicaccedilatildeo de biofertilizante e urina de vaca em mudas de tomateiro Horticultura Brasileira v20 n2 julho 2002 Suplemento 2
ALTIERI M NICHOLLS C I Agroecologia Teoria praacutectica para umaAgricultura Sustentable Ia ed PNUMA 2000 Cap 2 4 Seacuterie textos baacutesicos para la formacioacuten ambiental
ALTIERI M Agroecologia bases cientiacuteficas para uma agricultura sustentaacutevelGuaiacuteba Agropecuaacuteria 2002 592 p
ANTONIOLLI Z I GIRACCA E M N CARDOSO S J T WIETHAN M M S FERRI M Iniciaccedilatildeo agrave Minhocultura Criaccedilatildeo em Cativeiro e Vermicompostagem Santa Maria UFSM 1996 p59-89
BAYER C MIELNICZUC J Dinacircmica e funccedilatildeo da mateacuteria orgacircnica In SANTOS G de A S e CAMARGO F A de O (ed) Fundamentos da mateacuteria orgacircnica do solo ecossistemas tropicais e subtropicais Porto Alegre Genesis 1999 p 3-23
BARRETTO D X Composto Orgacircnico In Praacutetica em Agricultura Orgacircnica Satildeo Paulo iacutecone Ed Ltda 1985 p 51-63
BETTIOL W Alguns produtos alternativos para o controle de doenccedilas de plantasem agricultura orgacircnica II Ciclo de palestras sobre agricultura orgacircnica Instituto Bioloacutegico Satildeo Paulo p52-63 1997
41
BETTIOL W TRACH R GALVAtildeO JAH Controle de doenccedilas de plantas com biofertilizantes Jaguariuacutena EMBRAPA-CNPMA 1997 22p (EMBRAPA- CNPMA Circular Teacutecnica 02)
BRADY N C Natureza e propriedades dos sotos Rio de Janeiro Freitas BastosS A 1979 647p
BRADY N C Organisms and ecology of the soil In The nature of properties of soils Simon amp Schuster A Viacon Company New Jersey1999 402-489p
BON1LLA J A Fundamentos da Agricultura Ecoloacutegica Sobrevivecircncia eQualidade de Vida Satildeo Paulo Nobel 1992
BUREacuteS S Substratos Ediciones Agroteacutecnicas S L Madrid Octubre 1997
BUS1NELLI M Chemical Composition and Enzymic Activity of some Worm Cast Plant Soil v 80 p 1-2 1990
CALEGARI A Espeacutecies para cobertura de solo In IAPAR (Instituto Agronocircmico de Paranaacute) Plantio Direto pequena propriedade sustentaacutevel organizador Moacir Darolt Londrina - PR 1998 65-93
CAMARGO P N D Manual de Adubaccedilatildeo Foliar Satildeo Paulo Herba 1975
CAPRA F A Teia da Vida Satildeo Paulo Cultrix 1997 256p
CAPRA F O Ponto de Mutaccedilatildeo 22 ed Satildeo Paulo Cultrix 2001 447p
CHABOUSSOU F Plantas doentes pelo uso de agrotoacutexicos (A Teoria da Trofobiose) Porto Alegre LPM 1987 253 p
CLARO S A Referencias tecnoloacutegicos para a agricultura familiar ecoloacutegica aexperiecircncia da Regiatildeo Centro-Serra do Rio Grande do Sul Porto Alegre EMATERRS-ASCAR 2001 250p
CLIVELA G Diagnoacutestico Agronocircmico da cebola no Rio Grande do Sul Porto Alegre EMATERRS 1995 8 6 p
COMISSAtildeO DE FERTILIDADE DO SOLO - RSSC Recomendaccedilotildees de adubaccedilatildeo e calagem para os estados do Rio Grande do Sul e Santa Catarina 3 ed Passo Fundo SBCS - Nuacutecleo Regional Sul 1995 223p
COMPAGNONI L PUTZOLU G Cria moderna de Ias lombrices y utilizacioacutenrentable dei humus Barcelona Editorial de Vecchi- SA 1985127p
COSTABEBER J A MOYANO E Transiccedilatildeo agroecoloacutegica e accedilatildeo social coletiva Agroecologia e Desenvolvimento Rural Sustentaacutevel Porto Alegre v l n4 p 50- 60 outdez 2 0 0 0
42
COSTA M B B da Adubaccedilatildeo orgacircnica Nova siacutentese e novo caminho para aagricultura Satildeo Paulo Ed iacutecone Ltda 1985 102p
COSTA NETO C Agricultura Sustentaacutevel Tecnologias e Sociedade In CARVALHO COSTA LF et al (org) Mundo Rural e Tempo Presente Rio de Janeiro Mauad 1999
DrsquoAG0ST1NI R L FANTINI A C Produccedilatildeo orgacircnica tambeacutem socialmente excludente Agroecologia e Desenvolvimento Rural Sustentaacutevel Porto Alegre v3 n l p57-61 2002
DALPONTE J C V Utilizaccedilatildeo de materiais orgacircnicos e fertilizante mineral na produccedilatildeo e qualidade de mudas e bulbos de cebola (Alliurn Cepa L) Pelotas-RS 1990 (Mestrado em Agronomia) - Faculdade de Agronomia Eliseu Maciel UFPel 1990
DEBARBA J F THOMAZELLI L F GANDIN C L SILVA E Cadeias produtivas do Estado de Santa Catarina Cebola Florianoacutepolis Epagri 1998 115 p (EPAGRI Boletim Teacutecnico 96)
DUFOUR F Os saacutebios loucos do agro-alimentar Le Monde Diplomatique ano 1 n4 p6-7 1999 (ed portuguesa)
EHLERS E Agricultura Sustetaacutevel Origem e perspectivas de um novo paradigma 2 ed Guaiacuteba Agropecuaacuteria 1999 157 p
FILGUEIRA F A R Novo Manual de olericultura agrotecnologia moderna na produccedilatildeo e comercializaccedilatildeo de hortaliccedilas Viccedilosa UFV 2000 402 p
FRASER G K Mateacuteria Orgacircnica Del Suelo In BEAR F E (ed) Quiacutemica dei Suelo Madrid Ed Agrociencia 1963
FOLLET R H MURPHY L S DONAHUE R L Fertilizers and soil amendments New Jersey Printice-Hall Inc 1981 557p
GARCIA A Revista dei Espacio Rural Georgica Zaragoza Escuela Politeacutecnica de Huesca n5 1997
GARCIA A Versatildeo preliminar de um Programa Estadual de Produccedilatildeo e Comercializaccedilatildeo de Bulbos e Sementes de CebolaEMBRAPAIPAGROMARAEMATER 6 8 pbdquo 1990 (Publicaccedilatildeo avulsa)
GIORGETT1 J R Produccedilatildeo e Comercializaccedilatildeo de Mudas de Tomate In Encontro Nacional de Produccedilatildeo e Abastecimento de Tomate 2 1991 Jaboticabal Satildeo Paulo Anais Jaboticabal UNESP 1991 p 242-244
GLIESSMAN S R Agroecologia Processos ecoloacutegicos em agricultura sustentaacutevelPorto Alegre Universidade Federal do Rio Grande do Sul - UFRGS 2000 653p
43
GLIESSMAN S R TURRIALBA C R Agroecologia Procesos Ecoloacutegicos en Agricultura Sostenible CATIE 2002 p 3-14
GNOATTO S C Caracterizaccedilatildeo quiacutemica de vermicompostos de diferentes substratos orgacircnicos Pelotas-RS 1999 38 f (Mestrado em Agronomia - Solos) - Faculdade de Agronomia Eliseu Maciel UFPel 1999
GOMES J C C BORBA M F S A moderna crise dos alimentos oportunidade para a agricultura familiar Emater Porto Alegre julset 2000 Disponiacutevel em lthttpwwwematertchebrdocsagroecorevistan313-artigo3htmgtAcesso em 24 fev 2002
GOMEZ H W Desenvolvimento sustentaacutevel agriacutecola e capitalismo In Desenvolvimento sustentaacutevel Necessidade eou disponibilidade Santa Cruz do Sul Nobel - UNISC 1997 p 65-77
GONZAacuteLEZ DE MOLINA M SEVILLA GUZMAacuteN E Ecologia campesinado e historia Para una reinterpretacioacuten dei desarrollo dei capitalismo en la agricultura In SEVILLA GUZMAacuteN E GONZAacuteLEZ DE MOLINA M (ed) Ecologia campesinado e historia Madrid La Piqueta 1993 p 23-129
GRIFFITH S A SCHNITZER M Analytical characteristic of humic and fulvic acids extracted from tropical volcanic soils Soil Sei Soc Am Proc v 39 p361-367 1975
GUIMARAtildeES E Caracterizaccedilatildeo quiacutemica estreptoscoacutepica e por anaacutelise teacutermica de aacutecidos huacutemicos e vermicompostos obtidos de estercos de diferentes animaisCuritiba 1997 Dissertaccedilatildeo (Mestrado em Quiacutemica) Universidade Federal do Paranaacute 1997
HESS A F Sociedade e meio ambiente uma relaccedilatildeo ambiacutegua Revista Cientiacutefica Rural Bageacute v 4 n2 p 167-1741999
ICEPA-SC Informes conjunturais sobre a cultura da cebola Disponiacutevel em lthttpwwwicepa combrgt Acesso em 23 jan 2003
JONES H A MANN L K Onions and their allies New York Interscience Publishers 1962 286 p
JUacuteNIOR H A de MAIORANO J A Receitas obtidas de extratos de plantasCampinas CATITerra Viva [199-] 10 f
KHATOUNIAN C A Ciclo de Palestras sobre Agricultura Orgacircnica 2a Ed SatildeoPaulo Fund Cargill 1997 149 p
KIEHL E J Fertilizantes Orgacircnicos Satildeo Paulo Ed Agronocircmica Ceres Ltda 1985 492p
44
KOEFF H H PETTERSSON B D SHAUMANN W Vida Vegetal solos e adubaccedilatildeo In Agricultura Biodinacircmica Satildeo Paulo Nobel 1983 p92-149
KONONOVA M M Soil organic matter The importance o f organic matter in soil formation and soil fertility New York Pergamqn Press 1961 p 165-200
KUHN T A Estrutura das Revoluccedilotildees Cientiacuteficas Satildeo Paulo Perspectiva 1989 257p
LANNA FCA ABREU C L ABREU J G SILVA V Resposta de cultivares de melancia cultivadas sob adubaccedilatildeo quiacutemica e orgacircnica Horticultura v 12 n l p85 1994
LEFF H Saber Ambiental Petroacutepolis Vozes 2001 343 p
MAGALHAtildeES J R Nutriccedilatildeo e adubaccedilatildeo da cebola In FERREIRA M E CASSTELLANE P D CRUZ M C P Nutriccedilatildeo e adubaccedilatildeo de hortaliccedilasPiracicaba POTAFOS 1993 p 381-393
MALAVOLTA E Elementos de nutriccedilatildeo mineral de plantas Satildeo Paulo Ed Agronocircmica Ceres Ltda 1980 251 p
MALAVOLTA E Manual de Quiacutemica Agriacutecola - Adubos e Adubaccedilatildeo 3a ed SatildeoPaulo Ed Agronocircmica Ceres Ltda 1981 606 p
MARTINEZ A A A grande e Poderosa Minhoca Jaboticabal Funep - Unesp1990 101 p
MARTINS S R Desenvolvimento e Sustentabilidade Horticultura Brasileira Brasiacutelia-DF v20 n2 julho 2002 Palestra apresentada no 42deg Congresso Brasileiro de Olericultura
MARTINS S R Limites Del Desarrollo Sostenible em Ameacuterica Latina En el marco de Ias poliacuteticas de (re)ajuste econocircmico Pelotas Editora UFPel 1997 135 P-
MARTINS S R Sustentabilidade na agricultura dimensotildees econocircmicas sociais e ambientais Revista Cientiacutefica Rural Bageacute v4 n 2 p 175-1871999
MATURANA H REZEPKA S N D E Formaccedilatildeo Humana e Capacitaccedilatildeo Rio de Janneiro Vozes 2000 8 6 p
MELLO A F SOBRINHO M O ARZOLLA S SILVEIRA R NETTO A C KIEHL J C Fertilidade do Solo Satildeo Paulo Nobel 1983
MENEZES JUacuteNIOR F O G D Caracterizaccedilatildeo de Diferentes substratos hortiacutecolas e seu efeito na produccedilatildeo de mudas de alface e couve-flor em ambiente protegido Pelotas 1998 141 p Dissertaccedilatildeo (Mestrado em Agronomia - Produccedilatildeo Vegetal) - Faculdade de Agronomia Eliseu Maciel UFPel 1998
45
MIBASA Mineraccedilatildeo Barreto SA Melhorador de Solos MB4 A Natureza Agradece Arapiraca-AL [199-] Folder
MINAMI K Os resumos da olericultura 2000 In AZEVEDO FILHO MARTINEZ FILHO (ed) Preccedilos agriacutecolas Piracicaba ESALQ 1999 p 4
MINAMI K Produccedilatildeo de Mudas de Alta Qualidade em Horticultura Satildeo Paulo TA Queiroz 1995
MORSELLI T B G A Cultivo sucessivo de alface sob adubaccedilatildeo orgacircnica em ambiente protegidoPelotas 2001 178 p Tese (Doutorado em Agronomia - Produccedilatildeo Vegetal) Faculdade de Agronomia Eliseu Maciel UFPel 2001
MORSELLI T B G A Resiacuteduos orgacircnicos em sistemas agriacutecolas Poliacutegrafo da Disciplina de Resiacuteduos orgacircnicos em sistemas agriacutecolas Curso de Poacutes-Graduaccedilatildeo em Agronomia-Produccedilatildeo Vegetal UFPel 2002
MULLER AM Efeitos da Aplicaccedilatildeo Foliar de um Biofertilizante Enriquecido no Estado fitossanitaacuterio de Tomate Ervilha e Beterraba Sob Manejo OrgacircnicoDissertaccedilatildeo (Mestrado no Programa de Poacutes-Graduaccedilatildeo em Agroecossistemas)1999 (Resumo)
NOLLA D Erosatildeo do Solo - O grande desafio Estado do Rio Grande do Sul SEAGRI desenvolvimento de recursos naturais renovaacuteveis 1982 412 p
PAGLIA AG MORSELLI TBGA PEIL RMN Teores de nutrientes pH e condutividade eleacutetrica da aacutegua em sistema ldquofloat^ngrdquo sob adiccedilatildeo de biofertilizantes Horticultura Brasileira v 20 n2 julho 2002 Suplemento 2
PAULUS G MULLER A BARCELLOS LAR Agroecologia aplicada praticas e meacutetodos para uma agricultura de base ecoloacutegica 2ed ver ampl Porto Alegre EMATERRS 2001 8 6 p
PEIXOTO R T dos G Composto orgacircnico aplicaccedilotildees benefiacutecios e restriccedilotildees de uso Horticultura Brasileira Brasiacutelia-DF v 18 p 56-64 julho 2000
PENTEADO SR Defensivos Alternativos e Naturais Satildeo Paulo 1999 95 p
PEREIRA AJ SOUZA RJ PEREIRA WR Efeito de diferentes doses de esterco de galinha e de curral sobre a produccedilatildeo de cebola Horticultura Brasileira v20 n2 julho 2002 Suplemento 2
PINHEIRO S BARRETO SB MB-4 agricultura sustentaacutevel trofobiose e biofertilizantes Fundaccedilatildeo Juquira CandiruMibasa 2000 273 p
PRIMAVESI A Agricultura Sustentaacutevel Satildeo Paulo Nobel 1992 142 p
PRIMAVESI A O manejo ecoloacutegico do solo Agricultura em regiotildees tropicais SatildeoPaulo Nobel 1982 541 p
46
PURCINO A A C ldquoNitrogecircniordquo Informe Agropecuaacuterio Belo Horizonte v7 n81 p 16-27 1981
QUIJANO F G Efeito da adubaccedilatildeo orgacircnica no desenvolvimento de duas cultivares de alface em ambiente protegido Pelotas 1999 116f Dissertaccedilatildeo (Mestrado em Agronomia - Produccedilatildeo Vegetal) Faculdade de Agronomia Eliseu Maciel UFPel 1999
RODRIGUES A N N Efeitos e residuais de superfosfato triplo sobre o rendimento de mateacuteria seca e absorccedilatildeo de foacutesforo pela aveia (Avena strigosa Schob) em solo Podzoacutelico Vermelho Escuro Porto Alegre 1984 59f Dissertaccedilatildeo (Mestrado em Agronomia) - Faculdade de Agronomia UFRGS 1984
RODRIGUES E T CASALI V W D Respostas da alface agrave adubaccedilatildeo orgacircnica II Teores conteuacutedos e utilizaccedilatildeo de macronutrientes em cultivares Rev Ceres Viccedilosa v 45 n 261 p 437-449 1998
SAMINEcircS T C O Produccedilatildeo orgacircnica de alimentos Horticultura Brasileira Brasiacutelia-DF v 17 n3 novembro 1999
SCHIEDECK G Ambiecircncia e resposta agronocircmica de meloeiro (Cucumis melo L) cultivado sob adubaccedilatildeo orgacircnica em ambiente protegido Pelotas lOOp Tese (Doutorado em Agronomia - Produccedilatildeo Vegetal) - Faculdade de Agronomia Eliseu Maciel UFPel 2002
SILVA JUacuteNIOR A A GIORGI E Substratos alternativos para a produccedilatildeo de mudas de tomate Agropecuaacuteria Catarinense Florianoacutepolis EPAGRI 1992 23 p
SILVA JUacuteNIOR A A MACEDO S G STUKER H Utilizaccedilatildeo de esterco de peru na produccedilatildeo de mudas de tomateiro Florianoacutepolis EPAGRI 1995 28 p (Boletim Teacutecnico 73)
TAGLIARI PS GRASSMANN H Minhoca a grande aliada da agricultura Agropecuaacuteria Catarinense v8 n l p 11-14 mar 1995
TEDESCO M J GIANELLO C Anaacutelises de solo plantas e outros materiais Porto Alegre Faculdade de Agronomia Departamento de Solos Universidade Federal do Rio Grande do Sul RS 1996
TENNANT D A Test of modified line intersect method of estimating root lenght Journal Ecology Oxford v 63 p 995-1001 1975
TIBAU A O Mateacuteria Orgacircnica do Solo Mateacuteria Orgacircnica e Fertilidade do SoloSatildeo Paulo Nobel 1984 p49-182
TIMM P J Anaacutelise comparativa dos sistemas de plantio convencional e cultivo miacutenimo de cebola sob adubaccedilatildeo orgacircnica e mineral Pelotas 2000 79 p Dissertaccedilatildeo (Mestrado em Agronomia - Produccedilatildeo Vegetal) - Faculdade de Agronomia Eliseu Maciel UFPel 2000
47
VALENZUELA HR CROSBY C Effect of compost applications on the yield of several vegetables in long-term organic farming experiments conduced in the tropics American Society Horticultural Science v33 n3 june 1998
VIGLIZZO E (ed) Subprograma Recursos Naturais y Sostenibilidad Agriacutecola documento marco Montevideo IICAPROCISUR 1995 p 75 - 78
WE1D J M TARDIN J M Proposta para a Ampliaccedilatildeo do Trabalho da ASPTA no Centro Sul do Paranaacute ASPTA Disponiacutevel em http wwwpronafgovbrEncontrotestosAS20PTA20Sul20ParanE1205 202002doc Acesso em 05 mai 2002
XAVIER SIMOacuteN F DOMINGUES D G Desenvolvimento Rural Sustentaacutevel uma perspectiva agroecoloacutegica Agroecologia e Desenvolvimento Rural Sustentaacutevel Porto Alegre EM ATERRS v2 n2 p 17-26 2001
ZABALETA J P Diagnoacutestico da Agricultura Familiar em Satildeo Joseacute do Norte - RSPelotas EMBRAPA-CPACT 1998 75 p (EMBRAPA-CPACT Documentos 44)
ZONTA E P MACHADO A A SILVEIRA P Sanest Sistema de anaacutelise estatiacutestica para microcomputadores Registrado na Secretaria Especial de Informaacutetica sob nuacutemero 066060 - categoria A Pelotas-RS Universidade Federal de Pelotas 1984
48
7 APEcircNDICE
APEcircNDICE A - Anaacutelise da adubaccedilatildeo de base e biofertilizantes utilizados na produccedilatildeo de mudas de cebola
TABELA 1 A Anaacutelise baacutesica do solo antes da incorporaccedilatildeo do feijatildeo miuacutedo + papua
Arg
pH IND
SMP
MO
P - n r - Na Al Ca__10Omlmdash
Mg
ppm -
6 53 67 089 8 6 27 1 04 05 0 2
Fonte LASFAEMUFPel (2002)
TABELA 2A Anaacutelise complementar do solo antes da incorporaccedilatildeo do feijatildeo-miuacutedo + papua
Cobre Zinco Manganecircs Ferro
(m v1)
04 05 26 007
Fonte LASFAEMUFPel (2002)
49
TABELA 3A Anaacutelise dos fertilizantes soacutelidos
Amostra pH limidade CN
C N P K Ca Mg
- g-ivg --
Cama de 849 2491 12 31042 2479 3888 3405 29875 463
aves
Esterco 74 3594 11 677 590 157 134 335 214
de curral
Huacutemus 684 5738 14 15965 1098 453 745 743 361
Fonte LASFAEMUFPel (2002)
TABELA 4A Anaacutelise quiacutemica dos biofertilizantes liacutequidos
Amostra N P K_ccedil H
Ca Mg Cu Zn Fe Mn
mdashgL bull
S Magro
m b 4
Urina
053
1652
8 2 2
008
395
0 0 0
149
1674
471
1902
6872
0 0 0
1150
4507
1172
7273
42
033
101389
920
0 0 0
6250
19458
781
35273
1123
0 2 1
Fonte LASFAEMUFPel (2002)
50
APEcircNDICE B - Condiccedilotildees climaacuteticas do local
TABELA 1B Condiccedilotildees de temperatura do local
___________ __________TEMPERATURA (degCgt
meses Meacutedia
Maacutexima
Meacutedia
MiacutenimaMeacutedia
Maacutexima
Absoluta
Miacutenima
Absoluta
Junho 225 87 156 320 25
Julho 225 85 155 285 30
Agosto 251 71 161 360 1 0
Fonte FEPAGROSCT 2002
TABELA 2B Condiccedilotildees de chuva do local
mdash CHUVA (mm)mdash
meses Ocorrida Normal Desvio Da Normal
Junho 1080 1 1 0 -2 0
Julho 1062 98 8 2
Agosto 1283 1 2 0 83
Fonte FEPAGROSCT 2002
51
TABELA 1C Produccedilatildeo de fitomassa fresca e seca (g) da parte aeacuterea altura de planta
(cm) e diacircmetro de colo (mm) de mudas de cebola Petrolini cultivadas
sob uma perspectiva agroecoloacutegica Pelotas-RS 2003
APEcircNDICE C - Anaacutelise estatiacutestica da parte aeacuterea
Causas G1 FFPA FSPA AP DC
da variaccedilatildeo --------- Quadrados meacutedios-
Blocos 3
Ad Base 2 175359071 1287102 2547419 1 11775
Biofertilizantes 2 126876 29011 87669ns 02185ns
Ad x Biofert 4 572378 31123 69106ns 04159
Resiacuteduo 24 34456 03048 27169 00290
Total 35
Meacutedia geral 93745 8772 320388 6741
CV 1980 6294 5145 2530
Significativo a 5ns Natildeo significativo
52
TABELA 1D Produccedilatildeo de fitomassa fresca e seca (g) comprimento (cm) e densidade
de raiacutezes (m cm3) de mudas de cebola Petrolini cultivadas sob uma
perspectiva agroecoloacutegica e razatildeo parte aeacutereasistema radicular Pelotas-
RS 2003
APEcircNDICE D - Anaacutelise estatiacutestica da raiz
Causas G1 FFR FSR CR RPASR DR
da variaccedilatildeo Quadrados meacutedios---------------
Blocos 3
Ad Base 2 27874 551 623 2 1 0 140
Biofertilizantes 2 178 0 1 0 ni 1504 l03ns 038ns
Ad x Biofert 4 190 058 318 294 183
Resiacuteduo 24 005 009 028 023 0 2 1
Total 35
Meacutedia geral 1818 228 184 387 333
C V 134 1356 448 1253 1396
Significativo a 5 ns Natildeo significativo
53
APEcircNDICE E - Anaacutelise estatiacutestica dos macronutrientes da parte aeacuterea da cebola
TABELA 1E Conteuacutedos (mg planta1) de nitrogecircnio foacutesforo potaacutessio caacutelcio e
magneacutesio no tecido vegetal de mud^s de cebola Petrolini cultivadas
sob uma perspectiva agroecoloacutegica Pelotas-RS 2003
Causas G1 bull N P K Ca Mg
da variaccedilatildeo
Blocos 3
Ad Base 2 13550306 446627 25509686 1031806 59007
Biofertilizantes 2 180610ns 16564 68153ns 39006 876ns
Ad x Biofert 4 454187 45743 1047539 46950 2464
Resiacuteduo 24 29769 1453 64313 3741 439
Total 35
Meacutedia geral 24921 4597 33366 6943 1615
C V 692 829 760 880 1297
Significativo a 5 ns Natildeo significativo
APEcircNDICE F - Fotos do experimento
FIGURA 2 Mudas de cebola (Allium cepa L) produzidas sob uma perspectiva agroecoloacutegica
APEcircNDICE F a Fotos do experimento
FIGURA 1 Adubaccedilatildeo verde com feijatildeo-miuacutedo e papuatilde utilizadas no manejo do solo
FIGURA 2 Mudas de cebola (Allium cepa L) produzidas sob urna perspectiva agroecoloacutegica
39
5 CONCLUSOtildeES
Considerando os resultados obtidos e as condiccedilotildees em que o estudo foi realizado
conclui-se que
bull As respostas agronocircmicas das mudas de cebola para os paracircmetros avaliados
satildeo mais satisfatoacuterias com a aplicaccedilatildeo de esterco de curral como adubaccedilatildeo de
base
bull Os biofertilizantes mais urina de vaca e calda bordalesa proporcionam
respostas satisfatoacuterias quando aplicados associados agraves adubaccedilotildees de base
bull O biofertilizante MB4 mais urina de vaca e calda bordalesa eacute mais eficiente
que o super magro mais urina e calda bordalesa quando aplicado associado agrave
adubaccedilatildeo de base esterco de curral para os conteuacutedos de fitomassa secae
fresca da parte aeacuterea das plantas altura e diacircmetro de colo das mudas de
cebola
bull Os biofertilizantes adicionados agrave adubaccedilatildeo de base 45 t harsquo 1 de vermicomposto
bovino mostram respostas significativas para os conteuacutedos de fitomassa seca
bull Os maiores conteuacutedos nutricionais para as mudas de cebola satildeo
proporcionados pela adubaccedilatildeo de base esterco de curral
bull A maior absorccedilatildeo de caacutelcio pelas mudas de cebola ocorre quando da adiccedilatildeo do
biofertilizante MB4 mais urina e calda bordalesa agrave adubaccedilatildeo de base esterco de
curral
40
6 REFEREcircNCIAS BIBLIOGRAacuteFICAS
ALDRIGHI CB ABREU CM PAGLIA AG MORSELLI TBGA FERNANDES HS Efeito da aplicaccedilatildeo de biofertilizante e urina de vaca em mudas de tomateiro Horticultura Brasileira v20 n2 julho 2002 Suplemento 2
ALTIERI M NICHOLLS C I Agroecologia Teoria praacutectica para umaAgricultura Sustentable Ia ed PNUMA 2000 Cap 2 4 Seacuterie textos baacutesicos para la formacioacuten ambiental
ALTIERI M Agroecologia bases cientiacuteficas para uma agricultura sustentaacutevelGuaiacuteba Agropecuaacuteria 2002 592 p
ANTONIOLLI Z I GIRACCA E M N CARDOSO S J T WIETHAN M M S FERRI M Iniciaccedilatildeo agrave Minhocultura Criaccedilatildeo em Cativeiro e Vermicompostagem Santa Maria UFSM 1996 p59-89
BAYER C MIELNICZUC J Dinacircmica e funccedilatildeo da mateacuteria orgacircnica In SANTOS G de A S e CAMARGO F A de O (ed) Fundamentos da mateacuteria orgacircnica do solo ecossistemas tropicais e subtropicais Porto Alegre Genesis 1999 p 3-23
BARRETTO D X Composto Orgacircnico In Praacutetica em Agricultura Orgacircnica Satildeo Paulo iacutecone Ed Ltda 1985 p 51-63
BETTIOL W Alguns produtos alternativos para o controle de doenccedilas de plantasem agricultura orgacircnica II Ciclo de palestras sobre agricultura orgacircnica Instituto Bioloacutegico Satildeo Paulo p52-63 1997
41
BETTIOL W TRACH R GALVAtildeO JAH Controle de doenccedilas de plantas com biofertilizantes Jaguariuacutena EMBRAPA-CNPMA 1997 22p (EMBRAPA- CNPMA Circular Teacutecnica 02)
BRADY N C Natureza e propriedades dos sotos Rio de Janeiro Freitas BastosS A 1979 647p
BRADY N C Organisms and ecology of the soil In The nature of properties of soils Simon amp Schuster A Viacon Company New Jersey1999 402-489p
BON1LLA J A Fundamentos da Agricultura Ecoloacutegica Sobrevivecircncia eQualidade de Vida Satildeo Paulo Nobel 1992
BUREacuteS S Substratos Ediciones Agroteacutecnicas S L Madrid Octubre 1997
BUS1NELLI M Chemical Composition and Enzymic Activity of some Worm Cast Plant Soil v 80 p 1-2 1990
CALEGARI A Espeacutecies para cobertura de solo In IAPAR (Instituto Agronocircmico de Paranaacute) Plantio Direto pequena propriedade sustentaacutevel organizador Moacir Darolt Londrina - PR 1998 65-93
CAMARGO P N D Manual de Adubaccedilatildeo Foliar Satildeo Paulo Herba 1975
CAPRA F A Teia da Vida Satildeo Paulo Cultrix 1997 256p
CAPRA F O Ponto de Mutaccedilatildeo 22 ed Satildeo Paulo Cultrix 2001 447p
CHABOUSSOU F Plantas doentes pelo uso de agrotoacutexicos (A Teoria da Trofobiose) Porto Alegre LPM 1987 253 p
CLARO S A Referencias tecnoloacutegicos para a agricultura familiar ecoloacutegica aexperiecircncia da Regiatildeo Centro-Serra do Rio Grande do Sul Porto Alegre EMATERRS-ASCAR 2001 250p
CLIVELA G Diagnoacutestico Agronocircmico da cebola no Rio Grande do Sul Porto Alegre EMATERRS 1995 8 6 p
COMISSAtildeO DE FERTILIDADE DO SOLO - RSSC Recomendaccedilotildees de adubaccedilatildeo e calagem para os estados do Rio Grande do Sul e Santa Catarina 3 ed Passo Fundo SBCS - Nuacutecleo Regional Sul 1995 223p
COMPAGNONI L PUTZOLU G Cria moderna de Ias lombrices y utilizacioacutenrentable dei humus Barcelona Editorial de Vecchi- SA 1985127p
COSTABEBER J A MOYANO E Transiccedilatildeo agroecoloacutegica e accedilatildeo social coletiva Agroecologia e Desenvolvimento Rural Sustentaacutevel Porto Alegre v l n4 p 50- 60 outdez 2 0 0 0
42
COSTA M B B da Adubaccedilatildeo orgacircnica Nova siacutentese e novo caminho para aagricultura Satildeo Paulo Ed iacutecone Ltda 1985 102p
COSTA NETO C Agricultura Sustentaacutevel Tecnologias e Sociedade In CARVALHO COSTA LF et al (org) Mundo Rural e Tempo Presente Rio de Janeiro Mauad 1999
DrsquoAG0ST1NI R L FANTINI A C Produccedilatildeo orgacircnica tambeacutem socialmente excludente Agroecologia e Desenvolvimento Rural Sustentaacutevel Porto Alegre v3 n l p57-61 2002
DALPONTE J C V Utilizaccedilatildeo de materiais orgacircnicos e fertilizante mineral na produccedilatildeo e qualidade de mudas e bulbos de cebola (Alliurn Cepa L) Pelotas-RS 1990 (Mestrado em Agronomia) - Faculdade de Agronomia Eliseu Maciel UFPel 1990
DEBARBA J F THOMAZELLI L F GANDIN C L SILVA E Cadeias produtivas do Estado de Santa Catarina Cebola Florianoacutepolis Epagri 1998 115 p (EPAGRI Boletim Teacutecnico 96)
DUFOUR F Os saacutebios loucos do agro-alimentar Le Monde Diplomatique ano 1 n4 p6-7 1999 (ed portuguesa)
EHLERS E Agricultura Sustetaacutevel Origem e perspectivas de um novo paradigma 2 ed Guaiacuteba Agropecuaacuteria 1999 157 p
FILGUEIRA F A R Novo Manual de olericultura agrotecnologia moderna na produccedilatildeo e comercializaccedilatildeo de hortaliccedilas Viccedilosa UFV 2000 402 p
FRASER G K Mateacuteria Orgacircnica Del Suelo In BEAR F E (ed) Quiacutemica dei Suelo Madrid Ed Agrociencia 1963
FOLLET R H MURPHY L S DONAHUE R L Fertilizers and soil amendments New Jersey Printice-Hall Inc 1981 557p
GARCIA A Revista dei Espacio Rural Georgica Zaragoza Escuela Politeacutecnica de Huesca n5 1997
GARCIA A Versatildeo preliminar de um Programa Estadual de Produccedilatildeo e Comercializaccedilatildeo de Bulbos e Sementes de CebolaEMBRAPAIPAGROMARAEMATER 6 8 pbdquo 1990 (Publicaccedilatildeo avulsa)
GIORGETT1 J R Produccedilatildeo e Comercializaccedilatildeo de Mudas de Tomate In Encontro Nacional de Produccedilatildeo e Abastecimento de Tomate 2 1991 Jaboticabal Satildeo Paulo Anais Jaboticabal UNESP 1991 p 242-244
GLIESSMAN S R Agroecologia Processos ecoloacutegicos em agricultura sustentaacutevelPorto Alegre Universidade Federal do Rio Grande do Sul - UFRGS 2000 653p
43
GLIESSMAN S R TURRIALBA C R Agroecologia Procesos Ecoloacutegicos en Agricultura Sostenible CATIE 2002 p 3-14
GNOATTO S C Caracterizaccedilatildeo quiacutemica de vermicompostos de diferentes substratos orgacircnicos Pelotas-RS 1999 38 f (Mestrado em Agronomia - Solos) - Faculdade de Agronomia Eliseu Maciel UFPel 1999
GOMES J C C BORBA M F S A moderna crise dos alimentos oportunidade para a agricultura familiar Emater Porto Alegre julset 2000 Disponiacutevel em lthttpwwwematertchebrdocsagroecorevistan313-artigo3htmgtAcesso em 24 fev 2002
GOMEZ H W Desenvolvimento sustentaacutevel agriacutecola e capitalismo In Desenvolvimento sustentaacutevel Necessidade eou disponibilidade Santa Cruz do Sul Nobel - UNISC 1997 p 65-77
GONZAacuteLEZ DE MOLINA M SEVILLA GUZMAacuteN E Ecologia campesinado e historia Para una reinterpretacioacuten dei desarrollo dei capitalismo en la agricultura In SEVILLA GUZMAacuteN E GONZAacuteLEZ DE MOLINA M (ed) Ecologia campesinado e historia Madrid La Piqueta 1993 p 23-129
GRIFFITH S A SCHNITZER M Analytical characteristic of humic and fulvic acids extracted from tropical volcanic soils Soil Sei Soc Am Proc v 39 p361-367 1975
GUIMARAtildeES E Caracterizaccedilatildeo quiacutemica estreptoscoacutepica e por anaacutelise teacutermica de aacutecidos huacutemicos e vermicompostos obtidos de estercos de diferentes animaisCuritiba 1997 Dissertaccedilatildeo (Mestrado em Quiacutemica) Universidade Federal do Paranaacute 1997
HESS A F Sociedade e meio ambiente uma relaccedilatildeo ambiacutegua Revista Cientiacutefica Rural Bageacute v 4 n2 p 167-1741999
ICEPA-SC Informes conjunturais sobre a cultura da cebola Disponiacutevel em lthttpwwwicepa combrgt Acesso em 23 jan 2003
JONES H A MANN L K Onions and their allies New York Interscience Publishers 1962 286 p
JUacuteNIOR H A de MAIORANO J A Receitas obtidas de extratos de plantasCampinas CATITerra Viva [199-] 10 f
KHATOUNIAN C A Ciclo de Palestras sobre Agricultura Orgacircnica 2a Ed SatildeoPaulo Fund Cargill 1997 149 p
KIEHL E J Fertilizantes Orgacircnicos Satildeo Paulo Ed Agronocircmica Ceres Ltda 1985 492p
44
KOEFF H H PETTERSSON B D SHAUMANN W Vida Vegetal solos e adubaccedilatildeo In Agricultura Biodinacircmica Satildeo Paulo Nobel 1983 p92-149
KONONOVA M M Soil organic matter The importance o f organic matter in soil formation and soil fertility New York Pergamqn Press 1961 p 165-200
KUHN T A Estrutura das Revoluccedilotildees Cientiacuteficas Satildeo Paulo Perspectiva 1989 257p
LANNA FCA ABREU C L ABREU J G SILVA V Resposta de cultivares de melancia cultivadas sob adubaccedilatildeo quiacutemica e orgacircnica Horticultura v 12 n l p85 1994
LEFF H Saber Ambiental Petroacutepolis Vozes 2001 343 p
MAGALHAtildeES J R Nutriccedilatildeo e adubaccedilatildeo da cebola In FERREIRA M E CASSTELLANE P D CRUZ M C P Nutriccedilatildeo e adubaccedilatildeo de hortaliccedilasPiracicaba POTAFOS 1993 p 381-393
MALAVOLTA E Elementos de nutriccedilatildeo mineral de plantas Satildeo Paulo Ed Agronocircmica Ceres Ltda 1980 251 p
MALAVOLTA E Manual de Quiacutemica Agriacutecola - Adubos e Adubaccedilatildeo 3a ed SatildeoPaulo Ed Agronocircmica Ceres Ltda 1981 606 p
MARTINEZ A A A grande e Poderosa Minhoca Jaboticabal Funep - Unesp1990 101 p
MARTINS S R Desenvolvimento e Sustentabilidade Horticultura Brasileira Brasiacutelia-DF v20 n2 julho 2002 Palestra apresentada no 42deg Congresso Brasileiro de Olericultura
MARTINS S R Limites Del Desarrollo Sostenible em Ameacuterica Latina En el marco de Ias poliacuteticas de (re)ajuste econocircmico Pelotas Editora UFPel 1997 135 P-
MARTINS S R Sustentabilidade na agricultura dimensotildees econocircmicas sociais e ambientais Revista Cientiacutefica Rural Bageacute v4 n 2 p 175-1871999
MATURANA H REZEPKA S N D E Formaccedilatildeo Humana e Capacitaccedilatildeo Rio de Janneiro Vozes 2000 8 6 p
MELLO A F SOBRINHO M O ARZOLLA S SILVEIRA R NETTO A C KIEHL J C Fertilidade do Solo Satildeo Paulo Nobel 1983
MENEZES JUacuteNIOR F O G D Caracterizaccedilatildeo de Diferentes substratos hortiacutecolas e seu efeito na produccedilatildeo de mudas de alface e couve-flor em ambiente protegido Pelotas 1998 141 p Dissertaccedilatildeo (Mestrado em Agronomia - Produccedilatildeo Vegetal) - Faculdade de Agronomia Eliseu Maciel UFPel 1998
45
MIBASA Mineraccedilatildeo Barreto SA Melhorador de Solos MB4 A Natureza Agradece Arapiraca-AL [199-] Folder
MINAMI K Os resumos da olericultura 2000 In AZEVEDO FILHO MARTINEZ FILHO (ed) Preccedilos agriacutecolas Piracicaba ESALQ 1999 p 4
MINAMI K Produccedilatildeo de Mudas de Alta Qualidade em Horticultura Satildeo Paulo TA Queiroz 1995
MORSELLI T B G A Cultivo sucessivo de alface sob adubaccedilatildeo orgacircnica em ambiente protegidoPelotas 2001 178 p Tese (Doutorado em Agronomia - Produccedilatildeo Vegetal) Faculdade de Agronomia Eliseu Maciel UFPel 2001
MORSELLI T B G A Resiacuteduos orgacircnicos em sistemas agriacutecolas Poliacutegrafo da Disciplina de Resiacuteduos orgacircnicos em sistemas agriacutecolas Curso de Poacutes-Graduaccedilatildeo em Agronomia-Produccedilatildeo Vegetal UFPel 2002
MULLER AM Efeitos da Aplicaccedilatildeo Foliar de um Biofertilizante Enriquecido no Estado fitossanitaacuterio de Tomate Ervilha e Beterraba Sob Manejo OrgacircnicoDissertaccedilatildeo (Mestrado no Programa de Poacutes-Graduaccedilatildeo em Agroecossistemas)1999 (Resumo)
NOLLA D Erosatildeo do Solo - O grande desafio Estado do Rio Grande do Sul SEAGRI desenvolvimento de recursos naturais renovaacuteveis 1982 412 p
PAGLIA AG MORSELLI TBGA PEIL RMN Teores de nutrientes pH e condutividade eleacutetrica da aacutegua em sistema ldquofloat^ngrdquo sob adiccedilatildeo de biofertilizantes Horticultura Brasileira v 20 n2 julho 2002 Suplemento 2
PAULUS G MULLER A BARCELLOS LAR Agroecologia aplicada praticas e meacutetodos para uma agricultura de base ecoloacutegica 2ed ver ampl Porto Alegre EMATERRS 2001 8 6 p
PEIXOTO R T dos G Composto orgacircnico aplicaccedilotildees benefiacutecios e restriccedilotildees de uso Horticultura Brasileira Brasiacutelia-DF v 18 p 56-64 julho 2000
PENTEADO SR Defensivos Alternativos e Naturais Satildeo Paulo 1999 95 p
PEREIRA AJ SOUZA RJ PEREIRA WR Efeito de diferentes doses de esterco de galinha e de curral sobre a produccedilatildeo de cebola Horticultura Brasileira v20 n2 julho 2002 Suplemento 2
PINHEIRO S BARRETO SB MB-4 agricultura sustentaacutevel trofobiose e biofertilizantes Fundaccedilatildeo Juquira CandiruMibasa 2000 273 p
PRIMAVESI A Agricultura Sustentaacutevel Satildeo Paulo Nobel 1992 142 p
PRIMAVESI A O manejo ecoloacutegico do solo Agricultura em regiotildees tropicais SatildeoPaulo Nobel 1982 541 p
46
PURCINO A A C ldquoNitrogecircniordquo Informe Agropecuaacuterio Belo Horizonte v7 n81 p 16-27 1981
QUIJANO F G Efeito da adubaccedilatildeo orgacircnica no desenvolvimento de duas cultivares de alface em ambiente protegido Pelotas 1999 116f Dissertaccedilatildeo (Mestrado em Agronomia - Produccedilatildeo Vegetal) Faculdade de Agronomia Eliseu Maciel UFPel 1999
RODRIGUES A N N Efeitos e residuais de superfosfato triplo sobre o rendimento de mateacuteria seca e absorccedilatildeo de foacutesforo pela aveia (Avena strigosa Schob) em solo Podzoacutelico Vermelho Escuro Porto Alegre 1984 59f Dissertaccedilatildeo (Mestrado em Agronomia) - Faculdade de Agronomia UFRGS 1984
RODRIGUES E T CASALI V W D Respostas da alface agrave adubaccedilatildeo orgacircnica II Teores conteuacutedos e utilizaccedilatildeo de macronutrientes em cultivares Rev Ceres Viccedilosa v 45 n 261 p 437-449 1998
SAMINEcircS T C O Produccedilatildeo orgacircnica de alimentos Horticultura Brasileira Brasiacutelia-DF v 17 n3 novembro 1999
SCHIEDECK G Ambiecircncia e resposta agronocircmica de meloeiro (Cucumis melo L) cultivado sob adubaccedilatildeo orgacircnica em ambiente protegido Pelotas lOOp Tese (Doutorado em Agronomia - Produccedilatildeo Vegetal) - Faculdade de Agronomia Eliseu Maciel UFPel 2002
SILVA JUacuteNIOR A A GIORGI E Substratos alternativos para a produccedilatildeo de mudas de tomate Agropecuaacuteria Catarinense Florianoacutepolis EPAGRI 1992 23 p
SILVA JUacuteNIOR A A MACEDO S G STUKER H Utilizaccedilatildeo de esterco de peru na produccedilatildeo de mudas de tomateiro Florianoacutepolis EPAGRI 1995 28 p (Boletim Teacutecnico 73)
TAGLIARI PS GRASSMANN H Minhoca a grande aliada da agricultura Agropecuaacuteria Catarinense v8 n l p 11-14 mar 1995
TEDESCO M J GIANELLO C Anaacutelises de solo plantas e outros materiais Porto Alegre Faculdade de Agronomia Departamento de Solos Universidade Federal do Rio Grande do Sul RS 1996
TENNANT D A Test of modified line intersect method of estimating root lenght Journal Ecology Oxford v 63 p 995-1001 1975
TIBAU A O Mateacuteria Orgacircnica do Solo Mateacuteria Orgacircnica e Fertilidade do SoloSatildeo Paulo Nobel 1984 p49-182
TIMM P J Anaacutelise comparativa dos sistemas de plantio convencional e cultivo miacutenimo de cebola sob adubaccedilatildeo orgacircnica e mineral Pelotas 2000 79 p Dissertaccedilatildeo (Mestrado em Agronomia - Produccedilatildeo Vegetal) - Faculdade de Agronomia Eliseu Maciel UFPel 2000
47
VALENZUELA HR CROSBY C Effect of compost applications on the yield of several vegetables in long-term organic farming experiments conduced in the tropics American Society Horticultural Science v33 n3 june 1998
VIGLIZZO E (ed) Subprograma Recursos Naturais y Sostenibilidad Agriacutecola documento marco Montevideo IICAPROCISUR 1995 p 75 - 78
WE1D J M TARDIN J M Proposta para a Ampliaccedilatildeo do Trabalho da ASPTA no Centro Sul do Paranaacute ASPTA Disponiacutevel em http wwwpronafgovbrEncontrotestosAS20PTA20Sul20ParanE1205 202002doc Acesso em 05 mai 2002
XAVIER SIMOacuteN F DOMINGUES D G Desenvolvimento Rural Sustentaacutevel uma perspectiva agroecoloacutegica Agroecologia e Desenvolvimento Rural Sustentaacutevel Porto Alegre EM ATERRS v2 n2 p 17-26 2001
ZABALETA J P Diagnoacutestico da Agricultura Familiar em Satildeo Joseacute do Norte - RSPelotas EMBRAPA-CPACT 1998 75 p (EMBRAPA-CPACT Documentos 44)
ZONTA E P MACHADO A A SILVEIRA P Sanest Sistema de anaacutelise estatiacutestica para microcomputadores Registrado na Secretaria Especial de Informaacutetica sob nuacutemero 066060 - categoria A Pelotas-RS Universidade Federal de Pelotas 1984
48
7 APEcircNDICE
APEcircNDICE A - Anaacutelise da adubaccedilatildeo de base e biofertilizantes utilizados na produccedilatildeo de mudas de cebola
TABELA 1 A Anaacutelise baacutesica do solo antes da incorporaccedilatildeo do feijatildeo miuacutedo + papua
Arg
pH IND
SMP
MO
P - n r - Na Al Ca__10Omlmdash
Mg
ppm -
6 53 67 089 8 6 27 1 04 05 0 2
Fonte LASFAEMUFPel (2002)
TABELA 2A Anaacutelise complementar do solo antes da incorporaccedilatildeo do feijatildeo-miuacutedo + papua
Cobre Zinco Manganecircs Ferro
(m v1)
04 05 26 007
Fonte LASFAEMUFPel (2002)
49
TABELA 3A Anaacutelise dos fertilizantes soacutelidos
Amostra pH limidade CN
C N P K Ca Mg
- g-ivg --
Cama de 849 2491 12 31042 2479 3888 3405 29875 463
aves
Esterco 74 3594 11 677 590 157 134 335 214
de curral
Huacutemus 684 5738 14 15965 1098 453 745 743 361
Fonte LASFAEMUFPel (2002)
TABELA 4A Anaacutelise quiacutemica dos biofertilizantes liacutequidos
Amostra N P K_ccedil H
Ca Mg Cu Zn Fe Mn
mdashgL bull
S Magro
m b 4
Urina
053
1652
8 2 2
008
395
0 0 0
149
1674
471
1902
6872
0 0 0
1150
4507
1172
7273
42
033
101389
920
0 0 0
6250
19458
781
35273
1123
0 2 1
Fonte LASFAEMUFPel (2002)
50
APEcircNDICE B - Condiccedilotildees climaacuteticas do local
TABELA 1B Condiccedilotildees de temperatura do local
___________ __________TEMPERATURA (degCgt
meses Meacutedia
Maacutexima
Meacutedia
MiacutenimaMeacutedia
Maacutexima
Absoluta
Miacutenima
Absoluta
Junho 225 87 156 320 25
Julho 225 85 155 285 30
Agosto 251 71 161 360 1 0
Fonte FEPAGROSCT 2002
TABELA 2B Condiccedilotildees de chuva do local
mdash CHUVA (mm)mdash
meses Ocorrida Normal Desvio Da Normal
Junho 1080 1 1 0 -2 0
Julho 1062 98 8 2
Agosto 1283 1 2 0 83
Fonte FEPAGROSCT 2002
51
TABELA 1C Produccedilatildeo de fitomassa fresca e seca (g) da parte aeacuterea altura de planta
(cm) e diacircmetro de colo (mm) de mudas de cebola Petrolini cultivadas
sob uma perspectiva agroecoloacutegica Pelotas-RS 2003
APEcircNDICE C - Anaacutelise estatiacutestica da parte aeacuterea
Causas G1 FFPA FSPA AP DC
da variaccedilatildeo --------- Quadrados meacutedios-
Blocos 3
Ad Base 2 175359071 1287102 2547419 1 11775
Biofertilizantes 2 126876 29011 87669ns 02185ns
Ad x Biofert 4 572378 31123 69106ns 04159
Resiacuteduo 24 34456 03048 27169 00290
Total 35
Meacutedia geral 93745 8772 320388 6741
CV 1980 6294 5145 2530
Significativo a 5ns Natildeo significativo
52
TABELA 1D Produccedilatildeo de fitomassa fresca e seca (g) comprimento (cm) e densidade
de raiacutezes (m cm3) de mudas de cebola Petrolini cultivadas sob uma
perspectiva agroecoloacutegica e razatildeo parte aeacutereasistema radicular Pelotas-
RS 2003
APEcircNDICE D - Anaacutelise estatiacutestica da raiz
Causas G1 FFR FSR CR RPASR DR
da variaccedilatildeo Quadrados meacutedios---------------
Blocos 3
Ad Base 2 27874 551 623 2 1 0 140
Biofertilizantes 2 178 0 1 0 ni 1504 l03ns 038ns
Ad x Biofert 4 190 058 318 294 183
Resiacuteduo 24 005 009 028 023 0 2 1
Total 35
Meacutedia geral 1818 228 184 387 333
C V 134 1356 448 1253 1396
Significativo a 5 ns Natildeo significativo
53
APEcircNDICE E - Anaacutelise estatiacutestica dos macronutrientes da parte aeacuterea da cebola
TABELA 1E Conteuacutedos (mg planta1) de nitrogecircnio foacutesforo potaacutessio caacutelcio e
magneacutesio no tecido vegetal de mud^s de cebola Petrolini cultivadas
sob uma perspectiva agroecoloacutegica Pelotas-RS 2003
Causas G1 bull N P K Ca Mg
da variaccedilatildeo
Blocos 3
Ad Base 2 13550306 446627 25509686 1031806 59007
Biofertilizantes 2 180610ns 16564 68153ns 39006 876ns
Ad x Biofert 4 454187 45743 1047539 46950 2464
Resiacuteduo 24 29769 1453 64313 3741 439
Total 35
Meacutedia geral 24921 4597 33366 6943 1615
C V 692 829 760 880 1297
Significativo a 5 ns Natildeo significativo
APEcircNDICE F - Fotos do experimento
FIGURA 2 Mudas de cebola (Allium cepa L) produzidas sob uma perspectiva agroecoloacutegica
APEcircNDICE F a Fotos do experimento
FIGURA 1 Adubaccedilatildeo verde com feijatildeo-miuacutedo e papuatilde utilizadas no manejo do solo
FIGURA 2 Mudas de cebola (Allium cepa L) produzidas sob urna perspectiva agroecoloacutegica
40
6 REFEREcircNCIAS BIBLIOGRAacuteFICAS
ALDRIGHI CB ABREU CM PAGLIA AG MORSELLI TBGA FERNANDES HS Efeito da aplicaccedilatildeo de biofertilizante e urina de vaca em mudas de tomateiro Horticultura Brasileira v20 n2 julho 2002 Suplemento 2
ALTIERI M NICHOLLS C I Agroecologia Teoria praacutectica para umaAgricultura Sustentable Ia ed PNUMA 2000 Cap 2 4 Seacuterie textos baacutesicos para la formacioacuten ambiental
ALTIERI M Agroecologia bases cientiacuteficas para uma agricultura sustentaacutevelGuaiacuteba Agropecuaacuteria 2002 592 p
ANTONIOLLI Z I GIRACCA E M N CARDOSO S J T WIETHAN M M S FERRI M Iniciaccedilatildeo agrave Minhocultura Criaccedilatildeo em Cativeiro e Vermicompostagem Santa Maria UFSM 1996 p59-89
BAYER C MIELNICZUC J Dinacircmica e funccedilatildeo da mateacuteria orgacircnica In SANTOS G de A S e CAMARGO F A de O (ed) Fundamentos da mateacuteria orgacircnica do solo ecossistemas tropicais e subtropicais Porto Alegre Genesis 1999 p 3-23
BARRETTO D X Composto Orgacircnico In Praacutetica em Agricultura Orgacircnica Satildeo Paulo iacutecone Ed Ltda 1985 p 51-63
BETTIOL W Alguns produtos alternativos para o controle de doenccedilas de plantasem agricultura orgacircnica II Ciclo de palestras sobre agricultura orgacircnica Instituto Bioloacutegico Satildeo Paulo p52-63 1997
41
BETTIOL W TRACH R GALVAtildeO JAH Controle de doenccedilas de plantas com biofertilizantes Jaguariuacutena EMBRAPA-CNPMA 1997 22p (EMBRAPA- CNPMA Circular Teacutecnica 02)
BRADY N C Natureza e propriedades dos sotos Rio de Janeiro Freitas BastosS A 1979 647p
BRADY N C Organisms and ecology of the soil In The nature of properties of soils Simon amp Schuster A Viacon Company New Jersey1999 402-489p
BON1LLA J A Fundamentos da Agricultura Ecoloacutegica Sobrevivecircncia eQualidade de Vida Satildeo Paulo Nobel 1992
BUREacuteS S Substratos Ediciones Agroteacutecnicas S L Madrid Octubre 1997
BUS1NELLI M Chemical Composition and Enzymic Activity of some Worm Cast Plant Soil v 80 p 1-2 1990
CALEGARI A Espeacutecies para cobertura de solo In IAPAR (Instituto Agronocircmico de Paranaacute) Plantio Direto pequena propriedade sustentaacutevel organizador Moacir Darolt Londrina - PR 1998 65-93
CAMARGO P N D Manual de Adubaccedilatildeo Foliar Satildeo Paulo Herba 1975
CAPRA F A Teia da Vida Satildeo Paulo Cultrix 1997 256p
CAPRA F O Ponto de Mutaccedilatildeo 22 ed Satildeo Paulo Cultrix 2001 447p
CHABOUSSOU F Plantas doentes pelo uso de agrotoacutexicos (A Teoria da Trofobiose) Porto Alegre LPM 1987 253 p
CLARO S A Referencias tecnoloacutegicos para a agricultura familiar ecoloacutegica aexperiecircncia da Regiatildeo Centro-Serra do Rio Grande do Sul Porto Alegre EMATERRS-ASCAR 2001 250p
CLIVELA G Diagnoacutestico Agronocircmico da cebola no Rio Grande do Sul Porto Alegre EMATERRS 1995 8 6 p
COMISSAtildeO DE FERTILIDADE DO SOLO - RSSC Recomendaccedilotildees de adubaccedilatildeo e calagem para os estados do Rio Grande do Sul e Santa Catarina 3 ed Passo Fundo SBCS - Nuacutecleo Regional Sul 1995 223p
COMPAGNONI L PUTZOLU G Cria moderna de Ias lombrices y utilizacioacutenrentable dei humus Barcelona Editorial de Vecchi- SA 1985127p
COSTABEBER J A MOYANO E Transiccedilatildeo agroecoloacutegica e accedilatildeo social coletiva Agroecologia e Desenvolvimento Rural Sustentaacutevel Porto Alegre v l n4 p 50- 60 outdez 2 0 0 0
42
COSTA M B B da Adubaccedilatildeo orgacircnica Nova siacutentese e novo caminho para aagricultura Satildeo Paulo Ed iacutecone Ltda 1985 102p
COSTA NETO C Agricultura Sustentaacutevel Tecnologias e Sociedade In CARVALHO COSTA LF et al (org) Mundo Rural e Tempo Presente Rio de Janeiro Mauad 1999
DrsquoAG0ST1NI R L FANTINI A C Produccedilatildeo orgacircnica tambeacutem socialmente excludente Agroecologia e Desenvolvimento Rural Sustentaacutevel Porto Alegre v3 n l p57-61 2002
DALPONTE J C V Utilizaccedilatildeo de materiais orgacircnicos e fertilizante mineral na produccedilatildeo e qualidade de mudas e bulbos de cebola (Alliurn Cepa L) Pelotas-RS 1990 (Mestrado em Agronomia) - Faculdade de Agronomia Eliseu Maciel UFPel 1990
DEBARBA J F THOMAZELLI L F GANDIN C L SILVA E Cadeias produtivas do Estado de Santa Catarina Cebola Florianoacutepolis Epagri 1998 115 p (EPAGRI Boletim Teacutecnico 96)
DUFOUR F Os saacutebios loucos do agro-alimentar Le Monde Diplomatique ano 1 n4 p6-7 1999 (ed portuguesa)
EHLERS E Agricultura Sustetaacutevel Origem e perspectivas de um novo paradigma 2 ed Guaiacuteba Agropecuaacuteria 1999 157 p
FILGUEIRA F A R Novo Manual de olericultura agrotecnologia moderna na produccedilatildeo e comercializaccedilatildeo de hortaliccedilas Viccedilosa UFV 2000 402 p
FRASER G K Mateacuteria Orgacircnica Del Suelo In BEAR F E (ed) Quiacutemica dei Suelo Madrid Ed Agrociencia 1963
FOLLET R H MURPHY L S DONAHUE R L Fertilizers and soil amendments New Jersey Printice-Hall Inc 1981 557p
GARCIA A Revista dei Espacio Rural Georgica Zaragoza Escuela Politeacutecnica de Huesca n5 1997
GARCIA A Versatildeo preliminar de um Programa Estadual de Produccedilatildeo e Comercializaccedilatildeo de Bulbos e Sementes de CebolaEMBRAPAIPAGROMARAEMATER 6 8 pbdquo 1990 (Publicaccedilatildeo avulsa)
GIORGETT1 J R Produccedilatildeo e Comercializaccedilatildeo de Mudas de Tomate In Encontro Nacional de Produccedilatildeo e Abastecimento de Tomate 2 1991 Jaboticabal Satildeo Paulo Anais Jaboticabal UNESP 1991 p 242-244
GLIESSMAN S R Agroecologia Processos ecoloacutegicos em agricultura sustentaacutevelPorto Alegre Universidade Federal do Rio Grande do Sul - UFRGS 2000 653p
43
GLIESSMAN S R TURRIALBA C R Agroecologia Procesos Ecoloacutegicos en Agricultura Sostenible CATIE 2002 p 3-14
GNOATTO S C Caracterizaccedilatildeo quiacutemica de vermicompostos de diferentes substratos orgacircnicos Pelotas-RS 1999 38 f (Mestrado em Agronomia - Solos) - Faculdade de Agronomia Eliseu Maciel UFPel 1999
GOMES J C C BORBA M F S A moderna crise dos alimentos oportunidade para a agricultura familiar Emater Porto Alegre julset 2000 Disponiacutevel em lthttpwwwematertchebrdocsagroecorevistan313-artigo3htmgtAcesso em 24 fev 2002
GOMEZ H W Desenvolvimento sustentaacutevel agriacutecola e capitalismo In Desenvolvimento sustentaacutevel Necessidade eou disponibilidade Santa Cruz do Sul Nobel - UNISC 1997 p 65-77
GONZAacuteLEZ DE MOLINA M SEVILLA GUZMAacuteN E Ecologia campesinado e historia Para una reinterpretacioacuten dei desarrollo dei capitalismo en la agricultura In SEVILLA GUZMAacuteN E GONZAacuteLEZ DE MOLINA M (ed) Ecologia campesinado e historia Madrid La Piqueta 1993 p 23-129
GRIFFITH S A SCHNITZER M Analytical characteristic of humic and fulvic acids extracted from tropical volcanic soils Soil Sei Soc Am Proc v 39 p361-367 1975
GUIMARAtildeES E Caracterizaccedilatildeo quiacutemica estreptoscoacutepica e por anaacutelise teacutermica de aacutecidos huacutemicos e vermicompostos obtidos de estercos de diferentes animaisCuritiba 1997 Dissertaccedilatildeo (Mestrado em Quiacutemica) Universidade Federal do Paranaacute 1997
HESS A F Sociedade e meio ambiente uma relaccedilatildeo ambiacutegua Revista Cientiacutefica Rural Bageacute v 4 n2 p 167-1741999
ICEPA-SC Informes conjunturais sobre a cultura da cebola Disponiacutevel em lthttpwwwicepa combrgt Acesso em 23 jan 2003
JONES H A MANN L K Onions and their allies New York Interscience Publishers 1962 286 p
JUacuteNIOR H A de MAIORANO J A Receitas obtidas de extratos de plantasCampinas CATITerra Viva [199-] 10 f
KHATOUNIAN C A Ciclo de Palestras sobre Agricultura Orgacircnica 2a Ed SatildeoPaulo Fund Cargill 1997 149 p
KIEHL E J Fertilizantes Orgacircnicos Satildeo Paulo Ed Agronocircmica Ceres Ltda 1985 492p
44
KOEFF H H PETTERSSON B D SHAUMANN W Vida Vegetal solos e adubaccedilatildeo In Agricultura Biodinacircmica Satildeo Paulo Nobel 1983 p92-149
KONONOVA M M Soil organic matter The importance o f organic matter in soil formation and soil fertility New York Pergamqn Press 1961 p 165-200
KUHN T A Estrutura das Revoluccedilotildees Cientiacuteficas Satildeo Paulo Perspectiva 1989 257p
LANNA FCA ABREU C L ABREU J G SILVA V Resposta de cultivares de melancia cultivadas sob adubaccedilatildeo quiacutemica e orgacircnica Horticultura v 12 n l p85 1994
LEFF H Saber Ambiental Petroacutepolis Vozes 2001 343 p
MAGALHAtildeES J R Nutriccedilatildeo e adubaccedilatildeo da cebola In FERREIRA M E CASSTELLANE P D CRUZ M C P Nutriccedilatildeo e adubaccedilatildeo de hortaliccedilasPiracicaba POTAFOS 1993 p 381-393
MALAVOLTA E Elementos de nutriccedilatildeo mineral de plantas Satildeo Paulo Ed Agronocircmica Ceres Ltda 1980 251 p
MALAVOLTA E Manual de Quiacutemica Agriacutecola - Adubos e Adubaccedilatildeo 3a ed SatildeoPaulo Ed Agronocircmica Ceres Ltda 1981 606 p
MARTINEZ A A A grande e Poderosa Minhoca Jaboticabal Funep - Unesp1990 101 p
MARTINS S R Desenvolvimento e Sustentabilidade Horticultura Brasileira Brasiacutelia-DF v20 n2 julho 2002 Palestra apresentada no 42deg Congresso Brasileiro de Olericultura
MARTINS S R Limites Del Desarrollo Sostenible em Ameacuterica Latina En el marco de Ias poliacuteticas de (re)ajuste econocircmico Pelotas Editora UFPel 1997 135 P-
MARTINS S R Sustentabilidade na agricultura dimensotildees econocircmicas sociais e ambientais Revista Cientiacutefica Rural Bageacute v4 n 2 p 175-1871999
MATURANA H REZEPKA S N D E Formaccedilatildeo Humana e Capacitaccedilatildeo Rio de Janneiro Vozes 2000 8 6 p
MELLO A F SOBRINHO M O ARZOLLA S SILVEIRA R NETTO A C KIEHL J C Fertilidade do Solo Satildeo Paulo Nobel 1983
MENEZES JUacuteNIOR F O G D Caracterizaccedilatildeo de Diferentes substratos hortiacutecolas e seu efeito na produccedilatildeo de mudas de alface e couve-flor em ambiente protegido Pelotas 1998 141 p Dissertaccedilatildeo (Mestrado em Agronomia - Produccedilatildeo Vegetal) - Faculdade de Agronomia Eliseu Maciel UFPel 1998
45
MIBASA Mineraccedilatildeo Barreto SA Melhorador de Solos MB4 A Natureza Agradece Arapiraca-AL [199-] Folder
MINAMI K Os resumos da olericultura 2000 In AZEVEDO FILHO MARTINEZ FILHO (ed) Preccedilos agriacutecolas Piracicaba ESALQ 1999 p 4
MINAMI K Produccedilatildeo de Mudas de Alta Qualidade em Horticultura Satildeo Paulo TA Queiroz 1995
MORSELLI T B G A Cultivo sucessivo de alface sob adubaccedilatildeo orgacircnica em ambiente protegidoPelotas 2001 178 p Tese (Doutorado em Agronomia - Produccedilatildeo Vegetal) Faculdade de Agronomia Eliseu Maciel UFPel 2001
MORSELLI T B G A Resiacuteduos orgacircnicos em sistemas agriacutecolas Poliacutegrafo da Disciplina de Resiacuteduos orgacircnicos em sistemas agriacutecolas Curso de Poacutes-Graduaccedilatildeo em Agronomia-Produccedilatildeo Vegetal UFPel 2002
MULLER AM Efeitos da Aplicaccedilatildeo Foliar de um Biofertilizante Enriquecido no Estado fitossanitaacuterio de Tomate Ervilha e Beterraba Sob Manejo OrgacircnicoDissertaccedilatildeo (Mestrado no Programa de Poacutes-Graduaccedilatildeo em Agroecossistemas)1999 (Resumo)
NOLLA D Erosatildeo do Solo - O grande desafio Estado do Rio Grande do Sul SEAGRI desenvolvimento de recursos naturais renovaacuteveis 1982 412 p
PAGLIA AG MORSELLI TBGA PEIL RMN Teores de nutrientes pH e condutividade eleacutetrica da aacutegua em sistema ldquofloat^ngrdquo sob adiccedilatildeo de biofertilizantes Horticultura Brasileira v 20 n2 julho 2002 Suplemento 2
PAULUS G MULLER A BARCELLOS LAR Agroecologia aplicada praticas e meacutetodos para uma agricultura de base ecoloacutegica 2ed ver ampl Porto Alegre EMATERRS 2001 8 6 p
PEIXOTO R T dos G Composto orgacircnico aplicaccedilotildees benefiacutecios e restriccedilotildees de uso Horticultura Brasileira Brasiacutelia-DF v 18 p 56-64 julho 2000
PENTEADO SR Defensivos Alternativos e Naturais Satildeo Paulo 1999 95 p
PEREIRA AJ SOUZA RJ PEREIRA WR Efeito de diferentes doses de esterco de galinha e de curral sobre a produccedilatildeo de cebola Horticultura Brasileira v20 n2 julho 2002 Suplemento 2
PINHEIRO S BARRETO SB MB-4 agricultura sustentaacutevel trofobiose e biofertilizantes Fundaccedilatildeo Juquira CandiruMibasa 2000 273 p
PRIMAVESI A Agricultura Sustentaacutevel Satildeo Paulo Nobel 1992 142 p
PRIMAVESI A O manejo ecoloacutegico do solo Agricultura em regiotildees tropicais SatildeoPaulo Nobel 1982 541 p
46
PURCINO A A C ldquoNitrogecircniordquo Informe Agropecuaacuterio Belo Horizonte v7 n81 p 16-27 1981
QUIJANO F G Efeito da adubaccedilatildeo orgacircnica no desenvolvimento de duas cultivares de alface em ambiente protegido Pelotas 1999 116f Dissertaccedilatildeo (Mestrado em Agronomia - Produccedilatildeo Vegetal) Faculdade de Agronomia Eliseu Maciel UFPel 1999
RODRIGUES A N N Efeitos e residuais de superfosfato triplo sobre o rendimento de mateacuteria seca e absorccedilatildeo de foacutesforo pela aveia (Avena strigosa Schob) em solo Podzoacutelico Vermelho Escuro Porto Alegre 1984 59f Dissertaccedilatildeo (Mestrado em Agronomia) - Faculdade de Agronomia UFRGS 1984
RODRIGUES E T CASALI V W D Respostas da alface agrave adubaccedilatildeo orgacircnica II Teores conteuacutedos e utilizaccedilatildeo de macronutrientes em cultivares Rev Ceres Viccedilosa v 45 n 261 p 437-449 1998
SAMINEcircS T C O Produccedilatildeo orgacircnica de alimentos Horticultura Brasileira Brasiacutelia-DF v 17 n3 novembro 1999
SCHIEDECK G Ambiecircncia e resposta agronocircmica de meloeiro (Cucumis melo L) cultivado sob adubaccedilatildeo orgacircnica em ambiente protegido Pelotas lOOp Tese (Doutorado em Agronomia - Produccedilatildeo Vegetal) - Faculdade de Agronomia Eliseu Maciel UFPel 2002
SILVA JUacuteNIOR A A GIORGI E Substratos alternativos para a produccedilatildeo de mudas de tomate Agropecuaacuteria Catarinense Florianoacutepolis EPAGRI 1992 23 p
SILVA JUacuteNIOR A A MACEDO S G STUKER H Utilizaccedilatildeo de esterco de peru na produccedilatildeo de mudas de tomateiro Florianoacutepolis EPAGRI 1995 28 p (Boletim Teacutecnico 73)
TAGLIARI PS GRASSMANN H Minhoca a grande aliada da agricultura Agropecuaacuteria Catarinense v8 n l p 11-14 mar 1995
TEDESCO M J GIANELLO C Anaacutelises de solo plantas e outros materiais Porto Alegre Faculdade de Agronomia Departamento de Solos Universidade Federal do Rio Grande do Sul RS 1996
TENNANT D A Test of modified line intersect method of estimating root lenght Journal Ecology Oxford v 63 p 995-1001 1975
TIBAU A O Mateacuteria Orgacircnica do Solo Mateacuteria Orgacircnica e Fertilidade do SoloSatildeo Paulo Nobel 1984 p49-182
TIMM P J Anaacutelise comparativa dos sistemas de plantio convencional e cultivo miacutenimo de cebola sob adubaccedilatildeo orgacircnica e mineral Pelotas 2000 79 p Dissertaccedilatildeo (Mestrado em Agronomia - Produccedilatildeo Vegetal) - Faculdade de Agronomia Eliseu Maciel UFPel 2000
47
VALENZUELA HR CROSBY C Effect of compost applications on the yield of several vegetables in long-term organic farming experiments conduced in the tropics American Society Horticultural Science v33 n3 june 1998
VIGLIZZO E (ed) Subprograma Recursos Naturais y Sostenibilidad Agriacutecola documento marco Montevideo IICAPROCISUR 1995 p 75 - 78
WE1D J M TARDIN J M Proposta para a Ampliaccedilatildeo do Trabalho da ASPTA no Centro Sul do Paranaacute ASPTA Disponiacutevel em http wwwpronafgovbrEncontrotestosAS20PTA20Sul20ParanE1205 202002doc Acesso em 05 mai 2002
XAVIER SIMOacuteN F DOMINGUES D G Desenvolvimento Rural Sustentaacutevel uma perspectiva agroecoloacutegica Agroecologia e Desenvolvimento Rural Sustentaacutevel Porto Alegre EM ATERRS v2 n2 p 17-26 2001
ZABALETA J P Diagnoacutestico da Agricultura Familiar em Satildeo Joseacute do Norte - RSPelotas EMBRAPA-CPACT 1998 75 p (EMBRAPA-CPACT Documentos 44)
ZONTA E P MACHADO A A SILVEIRA P Sanest Sistema de anaacutelise estatiacutestica para microcomputadores Registrado na Secretaria Especial de Informaacutetica sob nuacutemero 066060 - categoria A Pelotas-RS Universidade Federal de Pelotas 1984
48
7 APEcircNDICE
APEcircNDICE A - Anaacutelise da adubaccedilatildeo de base e biofertilizantes utilizados na produccedilatildeo de mudas de cebola
TABELA 1 A Anaacutelise baacutesica do solo antes da incorporaccedilatildeo do feijatildeo miuacutedo + papua
Arg
pH IND
SMP
MO
P - n r - Na Al Ca__10Omlmdash
Mg
ppm -
6 53 67 089 8 6 27 1 04 05 0 2
Fonte LASFAEMUFPel (2002)
TABELA 2A Anaacutelise complementar do solo antes da incorporaccedilatildeo do feijatildeo-miuacutedo + papua
Cobre Zinco Manganecircs Ferro
(m v1)
04 05 26 007
Fonte LASFAEMUFPel (2002)
49
TABELA 3A Anaacutelise dos fertilizantes soacutelidos
Amostra pH limidade CN
C N P K Ca Mg
- g-ivg --
Cama de 849 2491 12 31042 2479 3888 3405 29875 463
aves
Esterco 74 3594 11 677 590 157 134 335 214
de curral
Huacutemus 684 5738 14 15965 1098 453 745 743 361
Fonte LASFAEMUFPel (2002)
TABELA 4A Anaacutelise quiacutemica dos biofertilizantes liacutequidos
Amostra N P K_ccedil H
Ca Mg Cu Zn Fe Mn
mdashgL bull
S Magro
m b 4
Urina
053
1652
8 2 2
008
395
0 0 0
149
1674
471
1902
6872
0 0 0
1150
4507
1172
7273
42
033
101389
920
0 0 0
6250
19458
781
35273
1123
0 2 1
Fonte LASFAEMUFPel (2002)
50
APEcircNDICE B - Condiccedilotildees climaacuteticas do local
TABELA 1B Condiccedilotildees de temperatura do local
___________ __________TEMPERATURA (degCgt
meses Meacutedia
Maacutexima
Meacutedia
MiacutenimaMeacutedia
Maacutexima
Absoluta
Miacutenima
Absoluta
Junho 225 87 156 320 25
Julho 225 85 155 285 30
Agosto 251 71 161 360 1 0
Fonte FEPAGROSCT 2002
TABELA 2B Condiccedilotildees de chuva do local
mdash CHUVA (mm)mdash
meses Ocorrida Normal Desvio Da Normal
Junho 1080 1 1 0 -2 0
Julho 1062 98 8 2
Agosto 1283 1 2 0 83
Fonte FEPAGROSCT 2002
51
TABELA 1C Produccedilatildeo de fitomassa fresca e seca (g) da parte aeacuterea altura de planta
(cm) e diacircmetro de colo (mm) de mudas de cebola Petrolini cultivadas
sob uma perspectiva agroecoloacutegica Pelotas-RS 2003
APEcircNDICE C - Anaacutelise estatiacutestica da parte aeacuterea
Causas G1 FFPA FSPA AP DC
da variaccedilatildeo --------- Quadrados meacutedios-
Blocos 3
Ad Base 2 175359071 1287102 2547419 1 11775
Biofertilizantes 2 126876 29011 87669ns 02185ns
Ad x Biofert 4 572378 31123 69106ns 04159
Resiacuteduo 24 34456 03048 27169 00290
Total 35
Meacutedia geral 93745 8772 320388 6741
CV 1980 6294 5145 2530
Significativo a 5ns Natildeo significativo
52
TABELA 1D Produccedilatildeo de fitomassa fresca e seca (g) comprimento (cm) e densidade
de raiacutezes (m cm3) de mudas de cebola Petrolini cultivadas sob uma
perspectiva agroecoloacutegica e razatildeo parte aeacutereasistema radicular Pelotas-
RS 2003
APEcircNDICE D - Anaacutelise estatiacutestica da raiz
Causas G1 FFR FSR CR RPASR DR
da variaccedilatildeo Quadrados meacutedios---------------
Blocos 3
Ad Base 2 27874 551 623 2 1 0 140
Biofertilizantes 2 178 0 1 0 ni 1504 l03ns 038ns
Ad x Biofert 4 190 058 318 294 183
Resiacuteduo 24 005 009 028 023 0 2 1
Total 35
Meacutedia geral 1818 228 184 387 333
C V 134 1356 448 1253 1396
Significativo a 5 ns Natildeo significativo
53
APEcircNDICE E - Anaacutelise estatiacutestica dos macronutrientes da parte aeacuterea da cebola
TABELA 1E Conteuacutedos (mg planta1) de nitrogecircnio foacutesforo potaacutessio caacutelcio e
magneacutesio no tecido vegetal de mud^s de cebola Petrolini cultivadas
sob uma perspectiva agroecoloacutegica Pelotas-RS 2003
Causas G1 bull N P K Ca Mg
da variaccedilatildeo
Blocos 3
Ad Base 2 13550306 446627 25509686 1031806 59007
Biofertilizantes 2 180610ns 16564 68153ns 39006 876ns
Ad x Biofert 4 454187 45743 1047539 46950 2464
Resiacuteduo 24 29769 1453 64313 3741 439
Total 35
Meacutedia geral 24921 4597 33366 6943 1615
C V 692 829 760 880 1297
Significativo a 5 ns Natildeo significativo
APEcircNDICE F - Fotos do experimento
FIGURA 2 Mudas de cebola (Allium cepa L) produzidas sob uma perspectiva agroecoloacutegica
APEcircNDICE F a Fotos do experimento
FIGURA 1 Adubaccedilatildeo verde com feijatildeo-miuacutedo e papuatilde utilizadas no manejo do solo
FIGURA 2 Mudas de cebola (Allium cepa L) produzidas sob urna perspectiva agroecoloacutegica
41
BETTIOL W TRACH R GALVAtildeO JAH Controle de doenccedilas de plantas com biofertilizantes Jaguariuacutena EMBRAPA-CNPMA 1997 22p (EMBRAPA- CNPMA Circular Teacutecnica 02)
BRADY N C Natureza e propriedades dos sotos Rio de Janeiro Freitas BastosS A 1979 647p
BRADY N C Organisms and ecology of the soil In The nature of properties of soils Simon amp Schuster A Viacon Company New Jersey1999 402-489p
BON1LLA J A Fundamentos da Agricultura Ecoloacutegica Sobrevivecircncia eQualidade de Vida Satildeo Paulo Nobel 1992
BUREacuteS S Substratos Ediciones Agroteacutecnicas S L Madrid Octubre 1997
BUS1NELLI M Chemical Composition and Enzymic Activity of some Worm Cast Plant Soil v 80 p 1-2 1990
CALEGARI A Espeacutecies para cobertura de solo In IAPAR (Instituto Agronocircmico de Paranaacute) Plantio Direto pequena propriedade sustentaacutevel organizador Moacir Darolt Londrina - PR 1998 65-93
CAMARGO P N D Manual de Adubaccedilatildeo Foliar Satildeo Paulo Herba 1975
CAPRA F A Teia da Vida Satildeo Paulo Cultrix 1997 256p
CAPRA F O Ponto de Mutaccedilatildeo 22 ed Satildeo Paulo Cultrix 2001 447p
CHABOUSSOU F Plantas doentes pelo uso de agrotoacutexicos (A Teoria da Trofobiose) Porto Alegre LPM 1987 253 p
CLARO S A Referencias tecnoloacutegicos para a agricultura familiar ecoloacutegica aexperiecircncia da Regiatildeo Centro-Serra do Rio Grande do Sul Porto Alegre EMATERRS-ASCAR 2001 250p
CLIVELA G Diagnoacutestico Agronocircmico da cebola no Rio Grande do Sul Porto Alegre EMATERRS 1995 8 6 p
COMISSAtildeO DE FERTILIDADE DO SOLO - RSSC Recomendaccedilotildees de adubaccedilatildeo e calagem para os estados do Rio Grande do Sul e Santa Catarina 3 ed Passo Fundo SBCS - Nuacutecleo Regional Sul 1995 223p
COMPAGNONI L PUTZOLU G Cria moderna de Ias lombrices y utilizacioacutenrentable dei humus Barcelona Editorial de Vecchi- SA 1985127p
COSTABEBER J A MOYANO E Transiccedilatildeo agroecoloacutegica e accedilatildeo social coletiva Agroecologia e Desenvolvimento Rural Sustentaacutevel Porto Alegre v l n4 p 50- 60 outdez 2 0 0 0
42
COSTA M B B da Adubaccedilatildeo orgacircnica Nova siacutentese e novo caminho para aagricultura Satildeo Paulo Ed iacutecone Ltda 1985 102p
COSTA NETO C Agricultura Sustentaacutevel Tecnologias e Sociedade In CARVALHO COSTA LF et al (org) Mundo Rural e Tempo Presente Rio de Janeiro Mauad 1999
DrsquoAG0ST1NI R L FANTINI A C Produccedilatildeo orgacircnica tambeacutem socialmente excludente Agroecologia e Desenvolvimento Rural Sustentaacutevel Porto Alegre v3 n l p57-61 2002
DALPONTE J C V Utilizaccedilatildeo de materiais orgacircnicos e fertilizante mineral na produccedilatildeo e qualidade de mudas e bulbos de cebola (Alliurn Cepa L) Pelotas-RS 1990 (Mestrado em Agronomia) - Faculdade de Agronomia Eliseu Maciel UFPel 1990
DEBARBA J F THOMAZELLI L F GANDIN C L SILVA E Cadeias produtivas do Estado de Santa Catarina Cebola Florianoacutepolis Epagri 1998 115 p (EPAGRI Boletim Teacutecnico 96)
DUFOUR F Os saacutebios loucos do agro-alimentar Le Monde Diplomatique ano 1 n4 p6-7 1999 (ed portuguesa)
EHLERS E Agricultura Sustetaacutevel Origem e perspectivas de um novo paradigma 2 ed Guaiacuteba Agropecuaacuteria 1999 157 p
FILGUEIRA F A R Novo Manual de olericultura agrotecnologia moderna na produccedilatildeo e comercializaccedilatildeo de hortaliccedilas Viccedilosa UFV 2000 402 p
FRASER G K Mateacuteria Orgacircnica Del Suelo In BEAR F E (ed) Quiacutemica dei Suelo Madrid Ed Agrociencia 1963
FOLLET R H MURPHY L S DONAHUE R L Fertilizers and soil amendments New Jersey Printice-Hall Inc 1981 557p
GARCIA A Revista dei Espacio Rural Georgica Zaragoza Escuela Politeacutecnica de Huesca n5 1997
GARCIA A Versatildeo preliminar de um Programa Estadual de Produccedilatildeo e Comercializaccedilatildeo de Bulbos e Sementes de CebolaEMBRAPAIPAGROMARAEMATER 6 8 pbdquo 1990 (Publicaccedilatildeo avulsa)
GIORGETT1 J R Produccedilatildeo e Comercializaccedilatildeo de Mudas de Tomate In Encontro Nacional de Produccedilatildeo e Abastecimento de Tomate 2 1991 Jaboticabal Satildeo Paulo Anais Jaboticabal UNESP 1991 p 242-244
GLIESSMAN S R Agroecologia Processos ecoloacutegicos em agricultura sustentaacutevelPorto Alegre Universidade Federal do Rio Grande do Sul - UFRGS 2000 653p
43
GLIESSMAN S R TURRIALBA C R Agroecologia Procesos Ecoloacutegicos en Agricultura Sostenible CATIE 2002 p 3-14
GNOATTO S C Caracterizaccedilatildeo quiacutemica de vermicompostos de diferentes substratos orgacircnicos Pelotas-RS 1999 38 f (Mestrado em Agronomia - Solos) - Faculdade de Agronomia Eliseu Maciel UFPel 1999
GOMES J C C BORBA M F S A moderna crise dos alimentos oportunidade para a agricultura familiar Emater Porto Alegre julset 2000 Disponiacutevel em lthttpwwwematertchebrdocsagroecorevistan313-artigo3htmgtAcesso em 24 fev 2002
GOMEZ H W Desenvolvimento sustentaacutevel agriacutecola e capitalismo In Desenvolvimento sustentaacutevel Necessidade eou disponibilidade Santa Cruz do Sul Nobel - UNISC 1997 p 65-77
GONZAacuteLEZ DE MOLINA M SEVILLA GUZMAacuteN E Ecologia campesinado e historia Para una reinterpretacioacuten dei desarrollo dei capitalismo en la agricultura In SEVILLA GUZMAacuteN E GONZAacuteLEZ DE MOLINA M (ed) Ecologia campesinado e historia Madrid La Piqueta 1993 p 23-129
GRIFFITH S A SCHNITZER M Analytical characteristic of humic and fulvic acids extracted from tropical volcanic soils Soil Sei Soc Am Proc v 39 p361-367 1975
GUIMARAtildeES E Caracterizaccedilatildeo quiacutemica estreptoscoacutepica e por anaacutelise teacutermica de aacutecidos huacutemicos e vermicompostos obtidos de estercos de diferentes animaisCuritiba 1997 Dissertaccedilatildeo (Mestrado em Quiacutemica) Universidade Federal do Paranaacute 1997
HESS A F Sociedade e meio ambiente uma relaccedilatildeo ambiacutegua Revista Cientiacutefica Rural Bageacute v 4 n2 p 167-1741999
ICEPA-SC Informes conjunturais sobre a cultura da cebola Disponiacutevel em lthttpwwwicepa combrgt Acesso em 23 jan 2003
JONES H A MANN L K Onions and their allies New York Interscience Publishers 1962 286 p
JUacuteNIOR H A de MAIORANO J A Receitas obtidas de extratos de plantasCampinas CATITerra Viva [199-] 10 f
KHATOUNIAN C A Ciclo de Palestras sobre Agricultura Orgacircnica 2a Ed SatildeoPaulo Fund Cargill 1997 149 p
KIEHL E J Fertilizantes Orgacircnicos Satildeo Paulo Ed Agronocircmica Ceres Ltda 1985 492p
44
KOEFF H H PETTERSSON B D SHAUMANN W Vida Vegetal solos e adubaccedilatildeo In Agricultura Biodinacircmica Satildeo Paulo Nobel 1983 p92-149
KONONOVA M M Soil organic matter The importance o f organic matter in soil formation and soil fertility New York Pergamqn Press 1961 p 165-200
KUHN T A Estrutura das Revoluccedilotildees Cientiacuteficas Satildeo Paulo Perspectiva 1989 257p
LANNA FCA ABREU C L ABREU J G SILVA V Resposta de cultivares de melancia cultivadas sob adubaccedilatildeo quiacutemica e orgacircnica Horticultura v 12 n l p85 1994
LEFF H Saber Ambiental Petroacutepolis Vozes 2001 343 p
MAGALHAtildeES J R Nutriccedilatildeo e adubaccedilatildeo da cebola In FERREIRA M E CASSTELLANE P D CRUZ M C P Nutriccedilatildeo e adubaccedilatildeo de hortaliccedilasPiracicaba POTAFOS 1993 p 381-393
MALAVOLTA E Elementos de nutriccedilatildeo mineral de plantas Satildeo Paulo Ed Agronocircmica Ceres Ltda 1980 251 p
MALAVOLTA E Manual de Quiacutemica Agriacutecola - Adubos e Adubaccedilatildeo 3a ed SatildeoPaulo Ed Agronocircmica Ceres Ltda 1981 606 p
MARTINEZ A A A grande e Poderosa Minhoca Jaboticabal Funep - Unesp1990 101 p
MARTINS S R Desenvolvimento e Sustentabilidade Horticultura Brasileira Brasiacutelia-DF v20 n2 julho 2002 Palestra apresentada no 42deg Congresso Brasileiro de Olericultura
MARTINS S R Limites Del Desarrollo Sostenible em Ameacuterica Latina En el marco de Ias poliacuteticas de (re)ajuste econocircmico Pelotas Editora UFPel 1997 135 P-
MARTINS S R Sustentabilidade na agricultura dimensotildees econocircmicas sociais e ambientais Revista Cientiacutefica Rural Bageacute v4 n 2 p 175-1871999
MATURANA H REZEPKA S N D E Formaccedilatildeo Humana e Capacitaccedilatildeo Rio de Janneiro Vozes 2000 8 6 p
MELLO A F SOBRINHO M O ARZOLLA S SILVEIRA R NETTO A C KIEHL J C Fertilidade do Solo Satildeo Paulo Nobel 1983
MENEZES JUacuteNIOR F O G D Caracterizaccedilatildeo de Diferentes substratos hortiacutecolas e seu efeito na produccedilatildeo de mudas de alface e couve-flor em ambiente protegido Pelotas 1998 141 p Dissertaccedilatildeo (Mestrado em Agronomia - Produccedilatildeo Vegetal) - Faculdade de Agronomia Eliseu Maciel UFPel 1998
45
MIBASA Mineraccedilatildeo Barreto SA Melhorador de Solos MB4 A Natureza Agradece Arapiraca-AL [199-] Folder
MINAMI K Os resumos da olericultura 2000 In AZEVEDO FILHO MARTINEZ FILHO (ed) Preccedilos agriacutecolas Piracicaba ESALQ 1999 p 4
MINAMI K Produccedilatildeo de Mudas de Alta Qualidade em Horticultura Satildeo Paulo TA Queiroz 1995
MORSELLI T B G A Cultivo sucessivo de alface sob adubaccedilatildeo orgacircnica em ambiente protegidoPelotas 2001 178 p Tese (Doutorado em Agronomia - Produccedilatildeo Vegetal) Faculdade de Agronomia Eliseu Maciel UFPel 2001
MORSELLI T B G A Resiacuteduos orgacircnicos em sistemas agriacutecolas Poliacutegrafo da Disciplina de Resiacuteduos orgacircnicos em sistemas agriacutecolas Curso de Poacutes-Graduaccedilatildeo em Agronomia-Produccedilatildeo Vegetal UFPel 2002
MULLER AM Efeitos da Aplicaccedilatildeo Foliar de um Biofertilizante Enriquecido no Estado fitossanitaacuterio de Tomate Ervilha e Beterraba Sob Manejo OrgacircnicoDissertaccedilatildeo (Mestrado no Programa de Poacutes-Graduaccedilatildeo em Agroecossistemas)1999 (Resumo)
NOLLA D Erosatildeo do Solo - O grande desafio Estado do Rio Grande do Sul SEAGRI desenvolvimento de recursos naturais renovaacuteveis 1982 412 p
PAGLIA AG MORSELLI TBGA PEIL RMN Teores de nutrientes pH e condutividade eleacutetrica da aacutegua em sistema ldquofloat^ngrdquo sob adiccedilatildeo de biofertilizantes Horticultura Brasileira v 20 n2 julho 2002 Suplemento 2
PAULUS G MULLER A BARCELLOS LAR Agroecologia aplicada praticas e meacutetodos para uma agricultura de base ecoloacutegica 2ed ver ampl Porto Alegre EMATERRS 2001 8 6 p
PEIXOTO R T dos G Composto orgacircnico aplicaccedilotildees benefiacutecios e restriccedilotildees de uso Horticultura Brasileira Brasiacutelia-DF v 18 p 56-64 julho 2000
PENTEADO SR Defensivos Alternativos e Naturais Satildeo Paulo 1999 95 p
PEREIRA AJ SOUZA RJ PEREIRA WR Efeito de diferentes doses de esterco de galinha e de curral sobre a produccedilatildeo de cebola Horticultura Brasileira v20 n2 julho 2002 Suplemento 2
PINHEIRO S BARRETO SB MB-4 agricultura sustentaacutevel trofobiose e biofertilizantes Fundaccedilatildeo Juquira CandiruMibasa 2000 273 p
PRIMAVESI A Agricultura Sustentaacutevel Satildeo Paulo Nobel 1992 142 p
PRIMAVESI A O manejo ecoloacutegico do solo Agricultura em regiotildees tropicais SatildeoPaulo Nobel 1982 541 p
46
PURCINO A A C ldquoNitrogecircniordquo Informe Agropecuaacuterio Belo Horizonte v7 n81 p 16-27 1981
QUIJANO F G Efeito da adubaccedilatildeo orgacircnica no desenvolvimento de duas cultivares de alface em ambiente protegido Pelotas 1999 116f Dissertaccedilatildeo (Mestrado em Agronomia - Produccedilatildeo Vegetal) Faculdade de Agronomia Eliseu Maciel UFPel 1999
RODRIGUES A N N Efeitos e residuais de superfosfato triplo sobre o rendimento de mateacuteria seca e absorccedilatildeo de foacutesforo pela aveia (Avena strigosa Schob) em solo Podzoacutelico Vermelho Escuro Porto Alegre 1984 59f Dissertaccedilatildeo (Mestrado em Agronomia) - Faculdade de Agronomia UFRGS 1984
RODRIGUES E T CASALI V W D Respostas da alface agrave adubaccedilatildeo orgacircnica II Teores conteuacutedos e utilizaccedilatildeo de macronutrientes em cultivares Rev Ceres Viccedilosa v 45 n 261 p 437-449 1998
SAMINEcircS T C O Produccedilatildeo orgacircnica de alimentos Horticultura Brasileira Brasiacutelia-DF v 17 n3 novembro 1999
SCHIEDECK G Ambiecircncia e resposta agronocircmica de meloeiro (Cucumis melo L) cultivado sob adubaccedilatildeo orgacircnica em ambiente protegido Pelotas lOOp Tese (Doutorado em Agronomia - Produccedilatildeo Vegetal) - Faculdade de Agronomia Eliseu Maciel UFPel 2002
SILVA JUacuteNIOR A A GIORGI E Substratos alternativos para a produccedilatildeo de mudas de tomate Agropecuaacuteria Catarinense Florianoacutepolis EPAGRI 1992 23 p
SILVA JUacuteNIOR A A MACEDO S G STUKER H Utilizaccedilatildeo de esterco de peru na produccedilatildeo de mudas de tomateiro Florianoacutepolis EPAGRI 1995 28 p (Boletim Teacutecnico 73)
TAGLIARI PS GRASSMANN H Minhoca a grande aliada da agricultura Agropecuaacuteria Catarinense v8 n l p 11-14 mar 1995
TEDESCO M J GIANELLO C Anaacutelises de solo plantas e outros materiais Porto Alegre Faculdade de Agronomia Departamento de Solos Universidade Federal do Rio Grande do Sul RS 1996
TENNANT D A Test of modified line intersect method of estimating root lenght Journal Ecology Oxford v 63 p 995-1001 1975
TIBAU A O Mateacuteria Orgacircnica do Solo Mateacuteria Orgacircnica e Fertilidade do SoloSatildeo Paulo Nobel 1984 p49-182
TIMM P J Anaacutelise comparativa dos sistemas de plantio convencional e cultivo miacutenimo de cebola sob adubaccedilatildeo orgacircnica e mineral Pelotas 2000 79 p Dissertaccedilatildeo (Mestrado em Agronomia - Produccedilatildeo Vegetal) - Faculdade de Agronomia Eliseu Maciel UFPel 2000
47
VALENZUELA HR CROSBY C Effect of compost applications on the yield of several vegetables in long-term organic farming experiments conduced in the tropics American Society Horticultural Science v33 n3 june 1998
VIGLIZZO E (ed) Subprograma Recursos Naturais y Sostenibilidad Agriacutecola documento marco Montevideo IICAPROCISUR 1995 p 75 - 78
WE1D J M TARDIN J M Proposta para a Ampliaccedilatildeo do Trabalho da ASPTA no Centro Sul do Paranaacute ASPTA Disponiacutevel em http wwwpronafgovbrEncontrotestosAS20PTA20Sul20ParanE1205 202002doc Acesso em 05 mai 2002
XAVIER SIMOacuteN F DOMINGUES D G Desenvolvimento Rural Sustentaacutevel uma perspectiva agroecoloacutegica Agroecologia e Desenvolvimento Rural Sustentaacutevel Porto Alegre EM ATERRS v2 n2 p 17-26 2001
ZABALETA J P Diagnoacutestico da Agricultura Familiar em Satildeo Joseacute do Norte - RSPelotas EMBRAPA-CPACT 1998 75 p (EMBRAPA-CPACT Documentos 44)
ZONTA E P MACHADO A A SILVEIRA P Sanest Sistema de anaacutelise estatiacutestica para microcomputadores Registrado na Secretaria Especial de Informaacutetica sob nuacutemero 066060 - categoria A Pelotas-RS Universidade Federal de Pelotas 1984
48
7 APEcircNDICE
APEcircNDICE A - Anaacutelise da adubaccedilatildeo de base e biofertilizantes utilizados na produccedilatildeo de mudas de cebola
TABELA 1 A Anaacutelise baacutesica do solo antes da incorporaccedilatildeo do feijatildeo miuacutedo + papua
Arg
pH IND
SMP
MO
P - n r - Na Al Ca__10Omlmdash
Mg
ppm -
6 53 67 089 8 6 27 1 04 05 0 2
Fonte LASFAEMUFPel (2002)
TABELA 2A Anaacutelise complementar do solo antes da incorporaccedilatildeo do feijatildeo-miuacutedo + papua
Cobre Zinco Manganecircs Ferro
(m v1)
04 05 26 007
Fonte LASFAEMUFPel (2002)
49
TABELA 3A Anaacutelise dos fertilizantes soacutelidos
Amostra pH limidade CN
C N P K Ca Mg
- g-ivg --
Cama de 849 2491 12 31042 2479 3888 3405 29875 463
aves
Esterco 74 3594 11 677 590 157 134 335 214
de curral
Huacutemus 684 5738 14 15965 1098 453 745 743 361
Fonte LASFAEMUFPel (2002)
TABELA 4A Anaacutelise quiacutemica dos biofertilizantes liacutequidos
Amostra N P K_ccedil H
Ca Mg Cu Zn Fe Mn
mdashgL bull
S Magro
m b 4
Urina
053
1652
8 2 2
008
395
0 0 0
149
1674
471
1902
6872
0 0 0
1150
4507
1172
7273
42
033
101389
920
0 0 0
6250
19458
781
35273
1123
0 2 1
Fonte LASFAEMUFPel (2002)
50
APEcircNDICE B - Condiccedilotildees climaacuteticas do local
TABELA 1B Condiccedilotildees de temperatura do local
___________ __________TEMPERATURA (degCgt
meses Meacutedia
Maacutexima
Meacutedia
MiacutenimaMeacutedia
Maacutexima
Absoluta
Miacutenima
Absoluta
Junho 225 87 156 320 25
Julho 225 85 155 285 30
Agosto 251 71 161 360 1 0
Fonte FEPAGROSCT 2002
TABELA 2B Condiccedilotildees de chuva do local
mdash CHUVA (mm)mdash
meses Ocorrida Normal Desvio Da Normal
Junho 1080 1 1 0 -2 0
Julho 1062 98 8 2
Agosto 1283 1 2 0 83
Fonte FEPAGROSCT 2002
51
TABELA 1C Produccedilatildeo de fitomassa fresca e seca (g) da parte aeacuterea altura de planta
(cm) e diacircmetro de colo (mm) de mudas de cebola Petrolini cultivadas
sob uma perspectiva agroecoloacutegica Pelotas-RS 2003
APEcircNDICE C - Anaacutelise estatiacutestica da parte aeacuterea
Causas G1 FFPA FSPA AP DC
da variaccedilatildeo --------- Quadrados meacutedios-
Blocos 3
Ad Base 2 175359071 1287102 2547419 1 11775
Biofertilizantes 2 126876 29011 87669ns 02185ns
Ad x Biofert 4 572378 31123 69106ns 04159
Resiacuteduo 24 34456 03048 27169 00290
Total 35
Meacutedia geral 93745 8772 320388 6741
CV 1980 6294 5145 2530
Significativo a 5ns Natildeo significativo
52
TABELA 1D Produccedilatildeo de fitomassa fresca e seca (g) comprimento (cm) e densidade
de raiacutezes (m cm3) de mudas de cebola Petrolini cultivadas sob uma
perspectiva agroecoloacutegica e razatildeo parte aeacutereasistema radicular Pelotas-
RS 2003
APEcircNDICE D - Anaacutelise estatiacutestica da raiz
Causas G1 FFR FSR CR RPASR DR
da variaccedilatildeo Quadrados meacutedios---------------
Blocos 3
Ad Base 2 27874 551 623 2 1 0 140
Biofertilizantes 2 178 0 1 0 ni 1504 l03ns 038ns
Ad x Biofert 4 190 058 318 294 183
Resiacuteduo 24 005 009 028 023 0 2 1
Total 35
Meacutedia geral 1818 228 184 387 333
C V 134 1356 448 1253 1396
Significativo a 5 ns Natildeo significativo
53
APEcircNDICE E - Anaacutelise estatiacutestica dos macronutrientes da parte aeacuterea da cebola
TABELA 1E Conteuacutedos (mg planta1) de nitrogecircnio foacutesforo potaacutessio caacutelcio e
magneacutesio no tecido vegetal de mud^s de cebola Petrolini cultivadas
sob uma perspectiva agroecoloacutegica Pelotas-RS 2003
Causas G1 bull N P K Ca Mg
da variaccedilatildeo
Blocos 3
Ad Base 2 13550306 446627 25509686 1031806 59007
Biofertilizantes 2 180610ns 16564 68153ns 39006 876ns
Ad x Biofert 4 454187 45743 1047539 46950 2464
Resiacuteduo 24 29769 1453 64313 3741 439
Total 35
Meacutedia geral 24921 4597 33366 6943 1615
C V 692 829 760 880 1297
Significativo a 5 ns Natildeo significativo
APEcircNDICE F - Fotos do experimento
FIGURA 2 Mudas de cebola (Allium cepa L) produzidas sob uma perspectiva agroecoloacutegica
APEcircNDICE F a Fotos do experimento
FIGURA 1 Adubaccedilatildeo verde com feijatildeo-miuacutedo e papuatilde utilizadas no manejo do solo
FIGURA 2 Mudas de cebola (Allium cepa L) produzidas sob urna perspectiva agroecoloacutegica
42
COSTA M B B da Adubaccedilatildeo orgacircnica Nova siacutentese e novo caminho para aagricultura Satildeo Paulo Ed iacutecone Ltda 1985 102p
COSTA NETO C Agricultura Sustentaacutevel Tecnologias e Sociedade In CARVALHO COSTA LF et al (org) Mundo Rural e Tempo Presente Rio de Janeiro Mauad 1999
DrsquoAG0ST1NI R L FANTINI A C Produccedilatildeo orgacircnica tambeacutem socialmente excludente Agroecologia e Desenvolvimento Rural Sustentaacutevel Porto Alegre v3 n l p57-61 2002
DALPONTE J C V Utilizaccedilatildeo de materiais orgacircnicos e fertilizante mineral na produccedilatildeo e qualidade de mudas e bulbos de cebola (Alliurn Cepa L) Pelotas-RS 1990 (Mestrado em Agronomia) - Faculdade de Agronomia Eliseu Maciel UFPel 1990
DEBARBA J F THOMAZELLI L F GANDIN C L SILVA E Cadeias produtivas do Estado de Santa Catarina Cebola Florianoacutepolis Epagri 1998 115 p (EPAGRI Boletim Teacutecnico 96)
DUFOUR F Os saacutebios loucos do agro-alimentar Le Monde Diplomatique ano 1 n4 p6-7 1999 (ed portuguesa)
EHLERS E Agricultura Sustetaacutevel Origem e perspectivas de um novo paradigma 2 ed Guaiacuteba Agropecuaacuteria 1999 157 p
FILGUEIRA F A R Novo Manual de olericultura agrotecnologia moderna na produccedilatildeo e comercializaccedilatildeo de hortaliccedilas Viccedilosa UFV 2000 402 p
FRASER G K Mateacuteria Orgacircnica Del Suelo In BEAR F E (ed) Quiacutemica dei Suelo Madrid Ed Agrociencia 1963
FOLLET R H MURPHY L S DONAHUE R L Fertilizers and soil amendments New Jersey Printice-Hall Inc 1981 557p
GARCIA A Revista dei Espacio Rural Georgica Zaragoza Escuela Politeacutecnica de Huesca n5 1997
GARCIA A Versatildeo preliminar de um Programa Estadual de Produccedilatildeo e Comercializaccedilatildeo de Bulbos e Sementes de CebolaEMBRAPAIPAGROMARAEMATER 6 8 pbdquo 1990 (Publicaccedilatildeo avulsa)
GIORGETT1 J R Produccedilatildeo e Comercializaccedilatildeo de Mudas de Tomate In Encontro Nacional de Produccedilatildeo e Abastecimento de Tomate 2 1991 Jaboticabal Satildeo Paulo Anais Jaboticabal UNESP 1991 p 242-244
GLIESSMAN S R Agroecologia Processos ecoloacutegicos em agricultura sustentaacutevelPorto Alegre Universidade Federal do Rio Grande do Sul - UFRGS 2000 653p
43
GLIESSMAN S R TURRIALBA C R Agroecologia Procesos Ecoloacutegicos en Agricultura Sostenible CATIE 2002 p 3-14
GNOATTO S C Caracterizaccedilatildeo quiacutemica de vermicompostos de diferentes substratos orgacircnicos Pelotas-RS 1999 38 f (Mestrado em Agronomia - Solos) - Faculdade de Agronomia Eliseu Maciel UFPel 1999
GOMES J C C BORBA M F S A moderna crise dos alimentos oportunidade para a agricultura familiar Emater Porto Alegre julset 2000 Disponiacutevel em lthttpwwwematertchebrdocsagroecorevistan313-artigo3htmgtAcesso em 24 fev 2002
GOMEZ H W Desenvolvimento sustentaacutevel agriacutecola e capitalismo In Desenvolvimento sustentaacutevel Necessidade eou disponibilidade Santa Cruz do Sul Nobel - UNISC 1997 p 65-77
GONZAacuteLEZ DE MOLINA M SEVILLA GUZMAacuteN E Ecologia campesinado e historia Para una reinterpretacioacuten dei desarrollo dei capitalismo en la agricultura In SEVILLA GUZMAacuteN E GONZAacuteLEZ DE MOLINA M (ed) Ecologia campesinado e historia Madrid La Piqueta 1993 p 23-129
GRIFFITH S A SCHNITZER M Analytical characteristic of humic and fulvic acids extracted from tropical volcanic soils Soil Sei Soc Am Proc v 39 p361-367 1975
GUIMARAtildeES E Caracterizaccedilatildeo quiacutemica estreptoscoacutepica e por anaacutelise teacutermica de aacutecidos huacutemicos e vermicompostos obtidos de estercos de diferentes animaisCuritiba 1997 Dissertaccedilatildeo (Mestrado em Quiacutemica) Universidade Federal do Paranaacute 1997
HESS A F Sociedade e meio ambiente uma relaccedilatildeo ambiacutegua Revista Cientiacutefica Rural Bageacute v 4 n2 p 167-1741999
ICEPA-SC Informes conjunturais sobre a cultura da cebola Disponiacutevel em lthttpwwwicepa combrgt Acesso em 23 jan 2003
JONES H A MANN L K Onions and their allies New York Interscience Publishers 1962 286 p
JUacuteNIOR H A de MAIORANO J A Receitas obtidas de extratos de plantasCampinas CATITerra Viva [199-] 10 f
KHATOUNIAN C A Ciclo de Palestras sobre Agricultura Orgacircnica 2a Ed SatildeoPaulo Fund Cargill 1997 149 p
KIEHL E J Fertilizantes Orgacircnicos Satildeo Paulo Ed Agronocircmica Ceres Ltda 1985 492p
44
KOEFF H H PETTERSSON B D SHAUMANN W Vida Vegetal solos e adubaccedilatildeo In Agricultura Biodinacircmica Satildeo Paulo Nobel 1983 p92-149
KONONOVA M M Soil organic matter The importance o f organic matter in soil formation and soil fertility New York Pergamqn Press 1961 p 165-200
KUHN T A Estrutura das Revoluccedilotildees Cientiacuteficas Satildeo Paulo Perspectiva 1989 257p
LANNA FCA ABREU C L ABREU J G SILVA V Resposta de cultivares de melancia cultivadas sob adubaccedilatildeo quiacutemica e orgacircnica Horticultura v 12 n l p85 1994
LEFF H Saber Ambiental Petroacutepolis Vozes 2001 343 p
MAGALHAtildeES J R Nutriccedilatildeo e adubaccedilatildeo da cebola In FERREIRA M E CASSTELLANE P D CRUZ M C P Nutriccedilatildeo e adubaccedilatildeo de hortaliccedilasPiracicaba POTAFOS 1993 p 381-393
MALAVOLTA E Elementos de nutriccedilatildeo mineral de plantas Satildeo Paulo Ed Agronocircmica Ceres Ltda 1980 251 p
MALAVOLTA E Manual de Quiacutemica Agriacutecola - Adubos e Adubaccedilatildeo 3a ed SatildeoPaulo Ed Agronocircmica Ceres Ltda 1981 606 p
MARTINEZ A A A grande e Poderosa Minhoca Jaboticabal Funep - Unesp1990 101 p
MARTINS S R Desenvolvimento e Sustentabilidade Horticultura Brasileira Brasiacutelia-DF v20 n2 julho 2002 Palestra apresentada no 42deg Congresso Brasileiro de Olericultura
MARTINS S R Limites Del Desarrollo Sostenible em Ameacuterica Latina En el marco de Ias poliacuteticas de (re)ajuste econocircmico Pelotas Editora UFPel 1997 135 P-
MARTINS S R Sustentabilidade na agricultura dimensotildees econocircmicas sociais e ambientais Revista Cientiacutefica Rural Bageacute v4 n 2 p 175-1871999
MATURANA H REZEPKA S N D E Formaccedilatildeo Humana e Capacitaccedilatildeo Rio de Janneiro Vozes 2000 8 6 p
MELLO A F SOBRINHO M O ARZOLLA S SILVEIRA R NETTO A C KIEHL J C Fertilidade do Solo Satildeo Paulo Nobel 1983
MENEZES JUacuteNIOR F O G D Caracterizaccedilatildeo de Diferentes substratos hortiacutecolas e seu efeito na produccedilatildeo de mudas de alface e couve-flor em ambiente protegido Pelotas 1998 141 p Dissertaccedilatildeo (Mestrado em Agronomia - Produccedilatildeo Vegetal) - Faculdade de Agronomia Eliseu Maciel UFPel 1998
45
MIBASA Mineraccedilatildeo Barreto SA Melhorador de Solos MB4 A Natureza Agradece Arapiraca-AL [199-] Folder
MINAMI K Os resumos da olericultura 2000 In AZEVEDO FILHO MARTINEZ FILHO (ed) Preccedilos agriacutecolas Piracicaba ESALQ 1999 p 4
MINAMI K Produccedilatildeo de Mudas de Alta Qualidade em Horticultura Satildeo Paulo TA Queiroz 1995
MORSELLI T B G A Cultivo sucessivo de alface sob adubaccedilatildeo orgacircnica em ambiente protegidoPelotas 2001 178 p Tese (Doutorado em Agronomia - Produccedilatildeo Vegetal) Faculdade de Agronomia Eliseu Maciel UFPel 2001
MORSELLI T B G A Resiacuteduos orgacircnicos em sistemas agriacutecolas Poliacutegrafo da Disciplina de Resiacuteduos orgacircnicos em sistemas agriacutecolas Curso de Poacutes-Graduaccedilatildeo em Agronomia-Produccedilatildeo Vegetal UFPel 2002
MULLER AM Efeitos da Aplicaccedilatildeo Foliar de um Biofertilizante Enriquecido no Estado fitossanitaacuterio de Tomate Ervilha e Beterraba Sob Manejo OrgacircnicoDissertaccedilatildeo (Mestrado no Programa de Poacutes-Graduaccedilatildeo em Agroecossistemas)1999 (Resumo)
NOLLA D Erosatildeo do Solo - O grande desafio Estado do Rio Grande do Sul SEAGRI desenvolvimento de recursos naturais renovaacuteveis 1982 412 p
PAGLIA AG MORSELLI TBGA PEIL RMN Teores de nutrientes pH e condutividade eleacutetrica da aacutegua em sistema ldquofloat^ngrdquo sob adiccedilatildeo de biofertilizantes Horticultura Brasileira v 20 n2 julho 2002 Suplemento 2
PAULUS G MULLER A BARCELLOS LAR Agroecologia aplicada praticas e meacutetodos para uma agricultura de base ecoloacutegica 2ed ver ampl Porto Alegre EMATERRS 2001 8 6 p
PEIXOTO R T dos G Composto orgacircnico aplicaccedilotildees benefiacutecios e restriccedilotildees de uso Horticultura Brasileira Brasiacutelia-DF v 18 p 56-64 julho 2000
PENTEADO SR Defensivos Alternativos e Naturais Satildeo Paulo 1999 95 p
PEREIRA AJ SOUZA RJ PEREIRA WR Efeito de diferentes doses de esterco de galinha e de curral sobre a produccedilatildeo de cebola Horticultura Brasileira v20 n2 julho 2002 Suplemento 2
PINHEIRO S BARRETO SB MB-4 agricultura sustentaacutevel trofobiose e biofertilizantes Fundaccedilatildeo Juquira CandiruMibasa 2000 273 p
PRIMAVESI A Agricultura Sustentaacutevel Satildeo Paulo Nobel 1992 142 p
PRIMAVESI A O manejo ecoloacutegico do solo Agricultura em regiotildees tropicais SatildeoPaulo Nobel 1982 541 p
46
PURCINO A A C ldquoNitrogecircniordquo Informe Agropecuaacuterio Belo Horizonte v7 n81 p 16-27 1981
QUIJANO F G Efeito da adubaccedilatildeo orgacircnica no desenvolvimento de duas cultivares de alface em ambiente protegido Pelotas 1999 116f Dissertaccedilatildeo (Mestrado em Agronomia - Produccedilatildeo Vegetal) Faculdade de Agronomia Eliseu Maciel UFPel 1999
RODRIGUES A N N Efeitos e residuais de superfosfato triplo sobre o rendimento de mateacuteria seca e absorccedilatildeo de foacutesforo pela aveia (Avena strigosa Schob) em solo Podzoacutelico Vermelho Escuro Porto Alegre 1984 59f Dissertaccedilatildeo (Mestrado em Agronomia) - Faculdade de Agronomia UFRGS 1984
RODRIGUES E T CASALI V W D Respostas da alface agrave adubaccedilatildeo orgacircnica II Teores conteuacutedos e utilizaccedilatildeo de macronutrientes em cultivares Rev Ceres Viccedilosa v 45 n 261 p 437-449 1998
SAMINEcircS T C O Produccedilatildeo orgacircnica de alimentos Horticultura Brasileira Brasiacutelia-DF v 17 n3 novembro 1999
SCHIEDECK G Ambiecircncia e resposta agronocircmica de meloeiro (Cucumis melo L) cultivado sob adubaccedilatildeo orgacircnica em ambiente protegido Pelotas lOOp Tese (Doutorado em Agronomia - Produccedilatildeo Vegetal) - Faculdade de Agronomia Eliseu Maciel UFPel 2002
SILVA JUacuteNIOR A A GIORGI E Substratos alternativos para a produccedilatildeo de mudas de tomate Agropecuaacuteria Catarinense Florianoacutepolis EPAGRI 1992 23 p
SILVA JUacuteNIOR A A MACEDO S G STUKER H Utilizaccedilatildeo de esterco de peru na produccedilatildeo de mudas de tomateiro Florianoacutepolis EPAGRI 1995 28 p (Boletim Teacutecnico 73)
TAGLIARI PS GRASSMANN H Minhoca a grande aliada da agricultura Agropecuaacuteria Catarinense v8 n l p 11-14 mar 1995
TEDESCO M J GIANELLO C Anaacutelises de solo plantas e outros materiais Porto Alegre Faculdade de Agronomia Departamento de Solos Universidade Federal do Rio Grande do Sul RS 1996
TENNANT D A Test of modified line intersect method of estimating root lenght Journal Ecology Oxford v 63 p 995-1001 1975
TIBAU A O Mateacuteria Orgacircnica do Solo Mateacuteria Orgacircnica e Fertilidade do SoloSatildeo Paulo Nobel 1984 p49-182
TIMM P J Anaacutelise comparativa dos sistemas de plantio convencional e cultivo miacutenimo de cebola sob adubaccedilatildeo orgacircnica e mineral Pelotas 2000 79 p Dissertaccedilatildeo (Mestrado em Agronomia - Produccedilatildeo Vegetal) - Faculdade de Agronomia Eliseu Maciel UFPel 2000
47
VALENZUELA HR CROSBY C Effect of compost applications on the yield of several vegetables in long-term organic farming experiments conduced in the tropics American Society Horticultural Science v33 n3 june 1998
VIGLIZZO E (ed) Subprograma Recursos Naturais y Sostenibilidad Agriacutecola documento marco Montevideo IICAPROCISUR 1995 p 75 - 78
WE1D J M TARDIN J M Proposta para a Ampliaccedilatildeo do Trabalho da ASPTA no Centro Sul do Paranaacute ASPTA Disponiacutevel em http wwwpronafgovbrEncontrotestosAS20PTA20Sul20ParanE1205 202002doc Acesso em 05 mai 2002
XAVIER SIMOacuteN F DOMINGUES D G Desenvolvimento Rural Sustentaacutevel uma perspectiva agroecoloacutegica Agroecologia e Desenvolvimento Rural Sustentaacutevel Porto Alegre EM ATERRS v2 n2 p 17-26 2001
ZABALETA J P Diagnoacutestico da Agricultura Familiar em Satildeo Joseacute do Norte - RSPelotas EMBRAPA-CPACT 1998 75 p (EMBRAPA-CPACT Documentos 44)
ZONTA E P MACHADO A A SILVEIRA P Sanest Sistema de anaacutelise estatiacutestica para microcomputadores Registrado na Secretaria Especial de Informaacutetica sob nuacutemero 066060 - categoria A Pelotas-RS Universidade Federal de Pelotas 1984
48
7 APEcircNDICE
APEcircNDICE A - Anaacutelise da adubaccedilatildeo de base e biofertilizantes utilizados na produccedilatildeo de mudas de cebola
TABELA 1 A Anaacutelise baacutesica do solo antes da incorporaccedilatildeo do feijatildeo miuacutedo + papua
Arg
pH IND
SMP
MO
P - n r - Na Al Ca__10Omlmdash
Mg
ppm -
6 53 67 089 8 6 27 1 04 05 0 2
Fonte LASFAEMUFPel (2002)
TABELA 2A Anaacutelise complementar do solo antes da incorporaccedilatildeo do feijatildeo-miuacutedo + papua
Cobre Zinco Manganecircs Ferro
(m v1)
04 05 26 007
Fonte LASFAEMUFPel (2002)
49
TABELA 3A Anaacutelise dos fertilizantes soacutelidos
Amostra pH limidade CN
C N P K Ca Mg
- g-ivg --
Cama de 849 2491 12 31042 2479 3888 3405 29875 463
aves
Esterco 74 3594 11 677 590 157 134 335 214
de curral
Huacutemus 684 5738 14 15965 1098 453 745 743 361
Fonte LASFAEMUFPel (2002)
TABELA 4A Anaacutelise quiacutemica dos biofertilizantes liacutequidos
Amostra N P K_ccedil H
Ca Mg Cu Zn Fe Mn
mdashgL bull
S Magro
m b 4
Urina
053
1652
8 2 2
008
395
0 0 0
149
1674
471
1902
6872
0 0 0
1150
4507
1172
7273
42
033
101389
920
0 0 0
6250
19458
781
35273
1123
0 2 1
Fonte LASFAEMUFPel (2002)
50
APEcircNDICE B - Condiccedilotildees climaacuteticas do local
TABELA 1B Condiccedilotildees de temperatura do local
___________ __________TEMPERATURA (degCgt
meses Meacutedia
Maacutexima
Meacutedia
MiacutenimaMeacutedia
Maacutexima
Absoluta
Miacutenima
Absoluta
Junho 225 87 156 320 25
Julho 225 85 155 285 30
Agosto 251 71 161 360 1 0
Fonte FEPAGROSCT 2002
TABELA 2B Condiccedilotildees de chuva do local
mdash CHUVA (mm)mdash
meses Ocorrida Normal Desvio Da Normal
Junho 1080 1 1 0 -2 0
Julho 1062 98 8 2
Agosto 1283 1 2 0 83
Fonte FEPAGROSCT 2002
51
TABELA 1C Produccedilatildeo de fitomassa fresca e seca (g) da parte aeacuterea altura de planta
(cm) e diacircmetro de colo (mm) de mudas de cebola Petrolini cultivadas
sob uma perspectiva agroecoloacutegica Pelotas-RS 2003
APEcircNDICE C - Anaacutelise estatiacutestica da parte aeacuterea
Causas G1 FFPA FSPA AP DC
da variaccedilatildeo --------- Quadrados meacutedios-
Blocos 3
Ad Base 2 175359071 1287102 2547419 1 11775
Biofertilizantes 2 126876 29011 87669ns 02185ns
Ad x Biofert 4 572378 31123 69106ns 04159
Resiacuteduo 24 34456 03048 27169 00290
Total 35
Meacutedia geral 93745 8772 320388 6741
CV 1980 6294 5145 2530
Significativo a 5ns Natildeo significativo
52
TABELA 1D Produccedilatildeo de fitomassa fresca e seca (g) comprimento (cm) e densidade
de raiacutezes (m cm3) de mudas de cebola Petrolini cultivadas sob uma
perspectiva agroecoloacutegica e razatildeo parte aeacutereasistema radicular Pelotas-
RS 2003
APEcircNDICE D - Anaacutelise estatiacutestica da raiz
Causas G1 FFR FSR CR RPASR DR
da variaccedilatildeo Quadrados meacutedios---------------
Blocos 3
Ad Base 2 27874 551 623 2 1 0 140
Biofertilizantes 2 178 0 1 0 ni 1504 l03ns 038ns
Ad x Biofert 4 190 058 318 294 183
Resiacuteduo 24 005 009 028 023 0 2 1
Total 35
Meacutedia geral 1818 228 184 387 333
C V 134 1356 448 1253 1396
Significativo a 5 ns Natildeo significativo
53
APEcircNDICE E - Anaacutelise estatiacutestica dos macronutrientes da parte aeacuterea da cebola
TABELA 1E Conteuacutedos (mg planta1) de nitrogecircnio foacutesforo potaacutessio caacutelcio e
magneacutesio no tecido vegetal de mud^s de cebola Petrolini cultivadas
sob uma perspectiva agroecoloacutegica Pelotas-RS 2003
Causas G1 bull N P K Ca Mg
da variaccedilatildeo
Blocos 3
Ad Base 2 13550306 446627 25509686 1031806 59007
Biofertilizantes 2 180610ns 16564 68153ns 39006 876ns
Ad x Biofert 4 454187 45743 1047539 46950 2464
Resiacuteduo 24 29769 1453 64313 3741 439
Total 35
Meacutedia geral 24921 4597 33366 6943 1615
C V 692 829 760 880 1297
Significativo a 5 ns Natildeo significativo
APEcircNDICE F - Fotos do experimento
FIGURA 2 Mudas de cebola (Allium cepa L) produzidas sob uma perspectiva agroecoloacutegica
APEcircNDICE F a Fotos do experimento
FIGURA 1 Adubaccedilatildeo verde com feijatildeo-miuacutedo e papuatilde utilizadas no manejo do solo
FIGURA 2 Mudas de cebola (Allium cepa L) produzidas sob urna perspectiva agroecoloacutegica
43
GLIESSMAN S R TURRIALBA C R Agroecologia Procesos Ecoloacutegicos en Agricultura Sostenible CATIE 2002 p 3-14
GNOATTO S C Caracterizaccedilatildeo quiacutemica de vermicompostos de diferentes substratos orgacircnicos Pelotas-RS 1999 38 f (Mestrado em Agronomia - Solos) - Faculdade de Agronomia Eliseu Maciel UFPel 1999
GOMES J C C BORBA M F S A moderna crise dos alimentos oportunidade para a agricultura familiar Emater Porto Alegre julset 2000 Disponiacutevel em lthttpwwwematertchebrdocsagroecorevistan313-artigo3htmgtAcesso em 24 fev 2002
GOMEZ H W Desenvolvimento sustentaacutevel agriacutecola e capitalismo In Desenvolvimento sustentaacutevel Necessidade eou disponibilidade Santa Cruz do Sul Nobel - UNISC 1997 p 65-77
GONZAacuteLEZ DE MOLINA M SEVILLA GUZMAacuteN E Ecologia campesinado e historia Para una reinterpretacioacuten dei desarrollo dei capitalismo en la agricultura In SEVILLA GUZMAacuteN E GONZAacuteLEZ DE MOLINA M (ed) Ecologia campesinado e historia Madrid La Piqueta 1993 p 23-129
GRIFFITH S A SCHNITZER M Analytical characteristic of humic and fulvic acids extracted from tropical volcanic soils Soil Sei Soc Am Proc v 39 p361-367 1975
GUIMARAtildeES E Caracterizaccedilatildeo quiacutemica estreptoscoacutepica e por anaacutelise teacutermica de aacutecidos huacutemicos e vermicompostos obtidos de estercos de diferentes animaisCuritiba 1997 Dissertaccedilatildeo (Mestrado em Quiacutemica) Universidade Federal do Paranaacute 1997
HESS A F Sociedade e meio ambiente uma relaccedilatildeo ambiacutegua Revista Cientiacutefica Rural Bageacute v 4 n2 p 167-1741999
ICEPA-SC Informes conjunturais sobre a cultura da cebola Disponiacutevel em lthttpwwwicepa combrgt Acesso em 23 jan 2003
JONES H A MANN L K Onions and their allies New York Interscience Publishers 1962 286 p
JUacuteNIOR H A de MAIORANO J A Receitas obtidas de extratos de plantasCampinas CATITerra Viva [199-] 10 f
KHATOUNIAN C A Ciclo de Palestras sobre Agricultura Orgacircnica 2a Ed SatildeoPaulo Fund Cargill 1997 149 p
KIEHL E J Fertilizantes Orgacircnicos Satildeo Paulo Ed Agronocircmica Ceres Ltda 1985 492p
44
KOEFF H H PETTERSSON B D SHAUMANN W Vida Vegetal solos e adubaccedilatildeo In Agricultura Biodinacircmica Satildeo Paulo Nobel 1983 p92-149
KONONOVA M M Soil organic matter The importance o f organic matter in soil formation and soil fertility New York Pergamqn Press 1961 p 165-200
KUHN T A Estrutura das Revoluccedilotildees Cientiacuteficas Satildeo Paulo Perspectiva 1989 257p
LANNA FCA ABREU C L ABREU J G SILVA V Resposta de cultivares de melancia cultivadas sob adubaccedilatildeo quiacutemica e orgacircnica Horticultura v 12 n l p85 1994
LEFF H Saber Ambiental Petroacutepolis Vozes 2001 343 p
MAGALHAtildeES J R Nutriccedilatildeo e adubaccedilatildeo da cebola In FERREIRA M E CASSTELLANE P D CRUZ M C P Nutriccedilatildeo e adubaccedilatildeo de hortaliccedilasPiracicaba POTAFOS 1993 p 381-393
MALAVOLTA E Elementos de nutriccedilatildeo mineral de plantas Satildeo Paulo Ed Agronocircmica Ceres Ltda 1980 251 p
MALAVOLTA E Manual de Quiacutemica Agriacutecola - Adubos e Adubaccedilatildeo 3a ed SatildeoPaulo Ed Agronocircmica Ceres Ltda 1981 606 p
MARTINEZ A A A grande e Poderosa Minhoca Jaboticabal Funep - Unesp1990 101 p
MARTINS S R Desenvolvimento e Sustentabilidade Horticultura Brasileira Brasiacutelia-DF v20 n2 julho 2002 Palestra apresentada no 42deg Congresso Brasileiro de Olericultura
MARTINS S R Limites Del Desarrollo Sostenible em Ameacuterica Latina En el marco de Ias poliacuteticas de (re)ajuste econocircmico Pelotas Editora UFPel 1997 135 P-
MARTINS S R Sustentabilidade na agricultura dimensotildees econocircmicas sociais e ambientais Revista Cientiacutefica Rural Bageacute v4 n 2 p 175-1871999
MATURANA H REZEPKA S N D E Formaccedilatildeo Humana e Capacitaccedilatildeo Rio de Janneiro Vozes 2000 8 6 p
MELLO A F SOBRINHO M O ARZOLLA S SILVEIRA R NETTO A C KIEHL J C Fertilidade do Solo Satildeo Paulo Nobel 1983
MENEZES JUacuteNIOR F O G D Caracterizaccedilatildeo de Diferentes substratos hortiacutecolas e seu efeito na produccedilatildeo de mudas de alface e couve-flor em ambiente protegido Pelotas 1998 141 p Dissertaccedilatildeo (Mestrado em Agronomia - Produccedilatildeo Vegetal) - Faculdade de Agronomia Eliseu Maciel UFPel 1998
45
MIBASA Mineraccedilatildeo Barreto SA Melhorador de Solos MB4 A Natureza Agradece Arapiraca-AL [199-] Folder
MINAMI K Os resumos da olericultura 2000 In AZEVEDO FILHO MARTINEZ FILHO (ed) Preccedilos agriacutecolas Piracicaba ESALQ 1999 p 4
MINAMI K Produccedilatildeo de Mudas de Alta Qualidade em Horticultura Satildeo Paulo TA Queiroz 1995
MORSELLI T B G A Cultivo sucessivo de alface sob adubaccedilatildeo orgacircnica em ambiente protegidoPelotas 2001 178 p Tese (Doutorado em Agronomia - Produccedilatildeo Vegetal) Faculdade de Agronomia Eliseu Maciel UFPel 2001
MORSELLI T B G A Resiacuteduos orgacircnicos em sistemas agriacutecolas Poliacutegrafo da Disciplina de Resiacuteduos orgacircnicos em sistemas agriacutecolas Curso de Poacutes-Graduaccedilatildeo em Agronomia-Produccedilatildeo Vegetal UFPel 2002
MULLER AM Efeitos da Aplicaccedilatildeo Foliar de um Biofertilizante Enriquecido no Estado fitossanitaacuterio de Tomate Ervilha e Beterraba Sob Manejo OrgacircnicoDissertaccedilatildeo (Mestrado no Programa de Poacutes-Graduaccedilatildeo em Agroecossistemas)1999 (Resumo)
NOLLA D Erosatildeo do Solo - O grande desafio Estado do Rio Grande do Sul SEAGRI desenvolvimento de recursos naturais renovaacuteveis 1982 412 p
PAGLIA AG MORSELLI TBGA PEIL RMN Teores de nutrientes pH e condutividade eleacutetrica da aacutegua em sistema ldquofloat^ngrdquo sob adiccedilatildeo de biofertilizantes Horticultura Brasileira v 20 n2 julho 2002 Suplemento 2
PAULUS G MULLER A BARCELLOS LAR Agroecologia aplicada praticas e meacutetodos para uma agricultura de base ecoloacutegica 2ed ver ampl Porto Alegre EMATERRS 2001 8 6 p
PEIXOTO R T dos G Composto orgacircnico aplicaccedilotildees benefiacutecios e restriccedilotildees de uso Horticultura Brasileira Brasiacutelia-DF v 18 p 56-64 julho 2000
PENTEADO SR Defensivos Alternativos e Naturais Satildeo Paulo 1999 95 p
PEREIRA AJ SOUZA RJ PEREIRA WR Efeito de diferentes doses de esterco de galinha e de curral sobre a produccedilatildeo de cebola Horticultura Brasileira v20 n2 julho 2002 Suplemento 2
PINHEIRO S BARRETO SB MB-4 agricultura sustentaacutevel trofobiose e biofertilizantes Fundaccedilatildeo Juquira CandiruMibasa 2000 273 p
PRIMAVESI A Agricultura Sustentaacutevel Satildeo Paulo Nobel 1992 142 p
PRIMAVESI A O manejo ecoloacutegico do solo Agricultura em regiotildees tropicais SatildeoPaulo Nobel 1982 541 p
46
PURCINO A A C ldquoNitrogecircniordquo Informe Agropecuaacuterio Belo Horizonte v7 n81 p 16-27 1981
QUIJANO F G Efeito da adubaccedilatildeo orgacircnica no desenvolvimento de duas cultivares de alface em ambiente protegido Pelotas 1999 116f Dissertaccedilatildeo (Mestrado em Agronomia - Produccedilatildeo Vegetal) Faculdade de Agronomia Eliseu Maciel UFPel 1999
RODRIGUES A N N Efeitos e residuais de superfosfato triplo sobre o rendimento de mateacuteria seca e absorccedilatildeo de foacutesforo pela aveia (Avena strigosa Schob) em solo Podzoacutelico Vermelho Escuro Porto Alegre 1984 59f Dissertaccedilatildeo (Mestrado em Agronomia) - Faculdade de Agronomia UFRGS 1984
RODRIGUES E T CASALI V W D Respostas da alface agrave adubaccedilatildeo orgacircnica II Teores conteuacutedos e utilizaccedilatildeo de macronutrientes em cultivares Rev Ceres Viccedilosa v 45 n 261 p 437-449 1998
SAMINEcircS T C O Produccedilatildeo orgacircnica de alimentos Horticultura Brasileira Brasiacutelia-DF v 17 n3 novembro 1999
SCHIEDECK G Ambiecircncia e resposta agronocircmica de meloeiro (Cucumis melo L) cultivado sob adubaccedilatildeo orgacircnica em ambiente protegido Pelotas lOOp Tese (Doutorado em Agronomia - Produccedilatildeo Vegetal) - Faculdade de Agronomia Eliseu Maciel UFPel 2002
SILVA JUacuteNIOR A A GIORGI E Substratos alternativos para a produccedilatildeo de mudas de tomate Agropecuaacuteria Catarinense Florianoacutepolis EPAGRI 1992 23 p
SILVA JUacuteNIOR A A MACEDO S G STUKER H Utilizaccedilatildeo de esterco de peru na produccedilatildeo de mudas de tomateiro Florianoacutepolis EPAGRI 1995 28 p (Boletim Teacutecnico 73)
TAGLIARI PS GRASSMANN H Minhoca a grande aliada da agricultura Agropecuaacuteria Catarinense v8 n l p 11-14 mar 1995
TEDESCO M J GIANELLO C Anaacutelises de solo plantas e outros materiais Porto Alegre Faculdade de Agronomia Departamento de Solos Universidade Federal do Rio Grande do Sul RS 1996
TENNANT D A Test of modified line intersect method of estimating root lenght Journal Ecology Oxford v 63 p 995-1001 1975
TIBAU A O Mateacuteria Orgacircnica do Solo Mateacuteria Orgacircnica e Fertilidade do SoloSatildeo Paulo Nobel 1984 p49-182
TIMM P J Anaacutelise comparativa dos sistemas de plantio convencional e cultivo miacutenimo de cebola sob adubaccedilatildeo orgacircnica e mineral Pelotas 2000 79 p Dissertaccedilatildeo (Mestrado em Agronomia - Produccedilatildeo Vegetal) - Faculdade de Agronomia Eliseu Maciel UFPel 2000
47
VALENZUELA HR CROSBY C Effect of compost applications on the yield of several vegetables in long-term organic farming experiments conduced in the tropics American Society Horticultural Science v33 n3 june 1998
VIGLIZZO E (ed) Subprograma Recursos Naturais y Sostenibilidad Agriacutecola documento marco Montevideo IICAPROCISUR 1995 p 75 - 78
WE1D J M TARDIN J M Proposta para a Ampliaccedilatildeo do Trabalho da ASPTA no Centro Sul do Paranaacute ASPTA Disponiacutevel em http wwwpronafgovbrEncontrotestosAS20PTA20Sul20ParanE1205 202002doc Acesso em 05 mai 2002
XAVIER SIMOacuteN F DOMINGUES D G Desenvolvimento Rural Sustentaacutevel uma perspectiva agroecoloacutegica Agroecologia e Desenvolvimento Rural Sustentaacutevel Porto Alegre EM ATERRS v2 n2 p 17-26 2001
ZABALETA J P Diagnoacutestico da Agricultura Familiar em Satildeo Joseacute do Norte - RSPelotas EMBRAPA-CPACT 1998 75 p (EMBRAPA-CPACT Documentos 44)
ZONTA E P MACHADO A A SILVEIRA P Sanest Sistema de anaacutelise estatiacutestica para microcomputadores Registrado na Secretaria Especial de Informaacutetica sob nuacutemero 066060 - categoria A Pelotas-RS Universidade Federal de Pelotas 1984
48
7 APEcircNDICE
APEcircNDICE A - Anaacutelise da adubaccedilatildeo de base e biofertilizantes utilizados na produccedilatildeo de mudas de cebola
TABELA 1 A Anaacutelise baacutesica do solo antes da incorporaccedilatildeo do feijatildeo miuacutedo + papua
Arg
pH IND
SMP
MO
P - n r - Na Al Ca__10Omlmdash
Mg
ppm -
6 53 67 089 8 6 27 1 04 05 0 2
Fonte LASFAEMUFPel (2002)
TABELA 2A Anaacutelise complementar do solo antes da incorporaccedilatildeo do feijatildeo-miuacutedo + papua
Cobre Zinco Manganecircs Ferro
(m v1)
04 05 26 007
Fonte LASFAEMUFPel (2002)
49
TABELA 3A Anaacutelise dos fertilizantes soacutelidos
Amostra pH limidade CN
C N P K Ca Mg
- g-ivg --
Cama de 849 2491 12 31042 2479 3888 3405 29875 463
aves
Esterco 74 3594 11 677 590 157 134 335 214
de curral
Huacutemus 684 5738 14 15965 1098 453 745 743 361
Fonte LASFAEMUFPel (2002)
TABELA 4A Anaacutelise quiacutemica dos biofertilizantes liacutequidos
Amostra N P K_ccedil H
Ca Mg Cu Zn Fe Mn
mdashgL bull
S Magro
m b 4
Urina
053
1652
8 2 2
008
395
0 0 0
149
1674
471
1902
6872
0 0 0
1150
4507
1172
7273
42
033
101389
920
0 0 0
6250
19458
781
35273
1123
0 2 1
Fonte LASFAEMUFPel (2002)
50
APEcircNDICE B - Condiccedilotildees climaacuteticas do local
TABELA 1B Condiccedilotildees de temperatura do local
___________ __________TEMPERATURA (degCgt
meses Meacutedia
Maacutexima
Meacutedia
MiacutenimaMeacutedia
Maacutexima
Absoluta
Miacutenima
Absoluta
Junho 225 87 156 320 25
Julho 225 85 155 285 30
Agosto 251 71 161 360 1 0
Fonte FEPAGROSCT 2002
TABELA 2B Condiccedilotildees de chuva do local
mdash CHUVA (mm)mdash
meses Ocorrida Normal Desvio Da Normal
Junho 1080 1 1 0 -2 0
Julho 1062 98 8 2
Agosto 1283 1 2 0 83
Fonte FEPAGROSCT 2002
51
TABELA 1C Produccedilatildeo de fitomassa fresca e seca (g) da parte aeacuterea altura de planta
(cm) e diacircmetro de colo (mm) de mudas de cebola Petrolini cultivadas
sob uma perspectiva agroecoloacutegica Pelotas-RS 2003
APEcircNDICE C - Anaacutelise estatiacutestica da parte aeacuterea
Causas G1 FFPA FSPA AP DC
da variaccedilatildeo --------- Quadrados meacutedios-
Blocos 3
Ad Base 2 175359071 1287102 2547419 1 11775
Biofertilizantes 2 126876 29011 87669ns 02185ns
Ad x Biofert 4 572378 31123 69106ns 04159
Resiacuteduo 24 34456 03048 27169 00290
Total 35
Meacutedia geral 93745 8772 320388 6741
CV 1980 6294 5145 2530
Significativo a 5ns Natildeo significativo
52
TABELA 1D Produccedilatildeo de fitomassa fresca e seca (g) comprimento (cm) e densidade
de raiacutezes (m cm3) de mudas de cebola Petrolini cultivadas sob uma
perspectiva agroecoloacutegica e razatildeo parte aeacutereasistema radicular Pelotas-
RS 2003
APEcircNDICE D - Anaacutelise estatiacutestica da raiz
Causas G1 FFR FSR CR RPASR DR
da variaccedilatildeo Quadrados meacutedios---------------
Blocos 3
Ad Base 2 27874 551 623 2 1 0 140
Biofertilizantes 2 178 0 1 0 ni 1504 l03ns 038ns
Ad x Biofert 4 190 058 318 294 183
Resiacuteduo 24 005 009 028 023 0 2 1
Total 35
Meacutedia geral 1818 228 184 387 333
C V 134 1356 448 1253 1396
Significativo a 5 ns Natildeo significativo
53
APEcircNDICE E - Anaacutelise estatiacutestica dos macronutrientes da parte aeacuterea da cebola
TABELA 1E Conteuacutedos (mg planta1) de nitrogecircnio foacutesforo potaacutessio caacutelcio e
magneacutesio no tecido vegetal de mud^s de cebola Petrolini cultivadas
sob uma perspectiva agroecoloacutegica Pelotas-RS 2003
Causas G1 bull N P K Ca Mg
da variaccedilatildeo
Blocos 3
Ad Base 2 13550306 446627 25509686 1031806 59007
Biofertilizantes 2 180610ns 16564 68153ns 39006 876ns
Ad x Biofert 4 454187 45743 1047539 46950 2464
Resiacuteduo 24 29769 1453 64313 3741 439
Total 35
Meacutedia geral 24921 4597 33366 6943 1615
C V 692 829 760 880 1297
Significativo a 5 ns Natildeo significativo
APEcircNDICE F - Fotos do experimento
FIGURA 2 Mudas de cebola (Allium cepa L) produzidas sob uma perspectiva agroecoloacutegica
APEcircNDICE F a Fotos do experimento
FIGURA 1 Adubaccedilatildeo verde com feijatildeo-miuacutedo e papuatilde utilizadas no manejo do solo
FIGURA 2 Mudas de cebola (Allium cepa L) produzidas sob urna perspectiva agroecoloacutegica
44
KOEFF H H PETTERSSON B D SHAUMANN W Vida Vegetal solos e adubaccedilatildeo In Agricultura Biodinacircmica Satildeo Paulo Nobel 1983 p92-149
KONONOVA M M Soil organic matter The importance o f organic matter in soil formation and soil fertility New York Pergamqn Press 1961 p 165-200
KUHN T A Estrutura das Revoluccedilotildees Cientiacuteficas Satildeo Paulo Perspectiva 1989 257p
LANNA FCA ABREU C L ABREU J G SILVA V Resposta de cultivares de melancia cultivadas sob adubaccedilatildeo quiacutemica e orgacircnica Horticultura v 12 n l p85 1994
LEFF H Saber Ambiental Petroacutepolis Vozes 2001 343 p
MAGALHAtildeES J R Nutriccedilatildeo e adubaccedilatildeo da cebola In FERREIRA M E CASSTELLANE P D CRUZ M C P Nutriccedilatildeo e adubaccedilatildeo de hortaliccedilasPiracicaba POTAFOS 1993 p 381-393
MALAVOLTA E Elementos de nutriccedilatildeo mineral de plantas Satildeo Paulo Ed Agronocircmica Ceres Ltda 1980 251 p
MALAVOLTA E Manual de Quiacutemica Agriacutecola - Adubos e Adubaccedilatildeo 3a ed SatildeoPaulo Ed Agronocircmica Ceres Ltda 1981 606 p
MARTINEZ A A A grande e Poderosa Minhoca Jaboticabal Funep - Unesp1990 101 p
MARTINS S R Desenvolvimento e Sustentabilidade Horticultura Brasileira Brasiacutelia-DF v20 n2 julho 2002 Palestra apresentada no 42deg Congresso Brasileiro de Olericultura
MARTINS S R Limites Del Desarrollo Sostenible em Ameacuterica Latina En el marco de Ias poliacuteticas de (re)ajuste econocircmico Pelotas Editora UFPel 1997 135 P-
MARTINS S R Sustentabilidade na agricultura dimensotildees econocircmicas sociais e ambientais Revista Cientiacutefica Rural Bageacute v4 n 2 p 175-1871999
MATURANA H REZEPKA S N D E Formaccedilatildeo Humana e Capacitaccedilatildeo Rio de Janneiro Vozes 2000 8 6 p
MELLO A F SOBRINHO M O ARZOLLA S SILVEIRA R NETTO A C KIEHL J C Fertilidade do Solo Satildeo Paulo Nobel 1983
MENEZES JUacuteNIOR F O G D Caracterizaccedilatildeo de Diferentes substratos hortiacutecolas e seu efeito na produccedilatildeo de mudas de alface e couve-flor em ambiente protegido Pelotas 1998 141 p Dissertaccedilatildeo (Mestrado em Agronomia - Produccedilatildeo Vegetal) - Faculdade de Agronomia Eliseu Maciel UFPel 1998
45
MIBASA Mineraccedilatildeo Barreto SA Melhorador de Solos MB4 A Natureza Agradece Arapiraca-AL [199-] Folder
MINAMI K Os resumos da olericultura 2000 In AZEVEDO FILHO MARTINEZ FILHO (ed) Preccedilos agriacutecolas Piracicaba ESALQ 1999 p 4
MINAMI K Produccedilatildeo de Mudas de Alta Qualidade em Horticultura Satildeo Paulo TA Queiroz 1995
MORSELLI T B G A Cultivo sucessivo de alface sob adubaccedilatildeo orgacircnica em ambiente protegidoPelotas 2001 178 p Tese (Doutorado em Agronomia - Produccedilatildeo Vegetal) Faculdade de Agronomia Eliseu Maciel UFPel 2001
MORSELLI T B G A Resiacuteduos orgacircnicos em sistemas agriacutecolas Poliacutegrafo da Disciplina de Resiacuteduos orgacircnicos em sistemas agriacutecolas Curso de Poacutes-Graduaccedilatildeo em Agronomia-Produccedilatildeo Vegetal UFPel 2002
MULLER AM Efeitos da Aplicaccedilatildeo Foliar de um Biofertilizante Enriquecido no Estado fitossanitaacuterio de Tomate Ervilha e Beterraba Sob Manejo OrgacircnicoDissertaccedilatildeo (Mestrado no Programa de Poacutes-Graduaccedilatildeo em Agroecossistemas)1999 (Resumo)
NOLLA D Erosatildeo do Solo - O grande desafio Estado do Rio Grande do Sul SEAGRI desenvolvimento de recursos naturais renovaacuteveis 1982 412 p
PAGLIA AG MORSELLI TBGA PEIL RMN Teores de nutrientes pH e condutividade eleacutetrica da aacutegua em sistema ldquofloat^ngrdquo sob adiccedilatildeo de biofertilizantes Horticultura Brasileira v 20 n2 julho 2002 Suplemento 2
PAULUS G MULLER A BARCELLOS LAR Agroecologia aplicada praticas e meacutetodos para uma agricultura de base ecoloacutegica 2ed ver ampl Porto Alegre EMATERRS 2001 8 6 p
PEIXOTO R T dos G Composto orgacircnico aplicaccedilotildees benefiacutecios e restriccedilotildees de uso Horticultura Brasileira Brasiacutelia-DF v 18 p 56-64 julho 2000
PENTEADO SR Defensivos Alternativos e Naturais Satildeo Paulo 1999 95 p
PEREIRA AJ SOUZA RJ PEREIRA WR Efeito de diferentes doses de esterco de galinha e de curral sobre a produccedilatildeo de cebola Horticultura Brasileira v20 n2 julho 2002 Suplemento 2
PINHEIRO S BARRETO SB MB-4 agricultura sustentaacutevel trofobiose e biofertilizantes Fundaccedilatildeo Juquira CandiruMibasa 2000 273 p
PRIMAVESI A Agricultura Sustentaacutevel Satildeo Paulo Nobel 1992 142 p
PRIMAVESI A O manejo ecoloacutegico do solo Agricultura em regiotildees tropicais SatildeoPaulo Nobel 1982 541 p
46
PURCINO A A C ldquoNitrogecircniordquo Informe Agropecuaacuterio Belo Horizonte v7 n81 p 16-27 1981
QUIJANO F G Efeito da adubaccedilatildeo orgacircnica no desenvolvimento de duas cultivares de alface em ambiente protegido Pelotas 1999 116f Dissertaccedilatildeo (Mestrado em Agronomia - Produccedilatildeo Vegetal) Faculdade de Agronomia Eliseu Maciel UFPel 1999
RODRIGUES A N N Efeitos e residuais de superfosfato triplo sobre o rendimento de mateacuteria seca e absorccedilatildeo de foacutesforo pela aveia (Avena strigosa Schob) em solo Podzoacutelico Vermelho Escuro Porto Alegre 1984 59f Dissertaccedilatildeo (Mestrado em Agronomia) - Faculdade de Agronomia UFRGS 1984
RODRIGUES E T CASALI V W D Respostas da alface agrave adubaccedilatildeo orgacircnica II Teores conteuacutedos e utilizaccedilatildeo de macronutrientes em cultivares Rev Ceres Viccedilosa v 45 n 261 p 437-449 1998
SAMINEcircS T C O Produccedilatildeo orgacircnica de alimentos Horticultura Brasileira Brasiacutelia-DF v 17 n3 novembro 1999
SCHIEDECK G Ambiecircncia e resposta agronocircmica de meloeiro (Cucumis melo L) cultivado sob adubaccedilatildeo orgacircnica em ambiente protegido Pelotas lOOp Tese (Doutorado em Agronomia - Produccedilatildeo Vegetal) - Faculdade de Agronomia Eliseu Maciel UFPel 2002
SILVA JUacuteNIOR A A GIORGI E Substratos alternativos para a produccedilatildeo de mudas de tomate Agropecuaacuteria Catarinense Florianoacutepolis EPAGRI 1992 23 p
SILVA JUacuteNIOR A A MACEDO S G STUKER H Utilizaccedilatildeo de esterco de peru na produccedilatildeo de mudas de tomateiro Florianoacutepolis EPAGRI 1995 28 p (Boletim Teacutecnico 73)
TAGLIARI PS GRASSMANN H Minhoca a grande aliada da agricultura Agropecuaacuteria Catarinense v8 n l p 11-14 mar 1995
TEDESCO M J GIANELLO C Anaacutelises de solo plantas e outros materiais Porto Alegre Faculdade de Agronomia Departamento de Solos Universidade Federal do Rio Grande do Sul RS 1996
TENNANT D A Test of modified line intersect method of estimating root lenght Journal Ecology Oxford v 63 p 995-1001 1975
TIBAU A O Mateacuteria Orgacircnica do Solo Mateacuteria Orgacircnica e Fertilidade do SoloSatildeo Paulo Nobel 1984 p49-182
TIMM P J Anaacutelise comparativa dos sistemas de plantio convencional e cultivo miacutenimo de cebola sob adubaccedilatildeo orgacircnica e mineral Pelotas 2000 79 p Dissertaccedilatildeo (Mestrado em Agronomia - Produccedilatildeo Vegetal) - Faculdade de Agronomia Eliseu Maciel UFPel 2000
47
VALENZUELA HR CROSBY C Effect of compost applications on the yield of several vegetables in long-term organic farming experiments conduced in the tropics American Society Horticultural Science v33 n3 june 1998
VIGLIZZO E (ed) Subprograma Recursos Naturais y Sostenibilidad Agriacutecola documento marco Montevideo IICAPROCISUR 1995 p 75 - 78
WE1D J M TARDIN J M Proposta para a Ampliaccedilatildeo do Trabalho da ASPTA no Centro Sul do Paranaacute ASPTA Disponiacutevel em http wwwpronafgovbrEncontrotestosAS20PTA20Sul20ParanE1205 202002doc Acesso em 05 mai 2002
XAVIER SIMOacuteN F DOMINGUES D G Desenvolvimento Rural Sustentaacutevel uma perspectiva agroecoloacutegica Agroecologia e Desenvolvimento Rural Sustentaacutevel Porto Alegre EM ATERRS v2 n2 p 17-26 2001
ZABALETA J P Diagnoacutestico da Agricultura Familiar em Satildeo Joseacute do Norte - RSPelotas EMBRAPA-CPACT 1998 75 p (EMBRAPA-CPACT Documentos 44)
ZONTA E P MACHADO A A SILVEIRA P Sanest Sistema de anaacutelise estatiacutestica para microcomputadores Registrado na Secretaria Especial de Informaacutetica sob nuacutemero 066060 - categoria A Pelotas-RS Universidade Federal de Pelotas 1984
48
7 APEcircNDICE
APEcircNDICE A - Anaacutelise da adubaccedilatildeo de base e biofertilizantes utilizados na produccedilatildeo de mudas de cebola
TABELA 1 A Anaacutelise baacutesica do solo antes da incorporaccedilatildeo do feijatildeo miuacutedo + papua
Arg
pH IND
SMP
MO
P - n r - Na Al Ca__10Omlmdash
Mg
ppm -
6 53 67 089 8 6 27 1 04 05 0 2
Fonte LASFAEMUFPel (2002)
TABELA 2A Anaacutelise complementar do solo antes da incorporaccedilatildeo do feijatildeo-miuacutedo + papua
Cobre Zinco Manganecircs Ferro
(m v1)
04 05 26 007
Fonte LASFAEMUFPel (2002)
49
TABELA 3A Anaacutelise dos fertilizantes soacutelidos
Amostra pH limidade CN
C N P K Ca Mg
- g-ivg --
Cama de 849 2491 12 31042 2479 3888 3405 29875 463
aves
Esterco 74 3594 11 677 590 157 134 335 214
de curral
Huacutemus 684 5738 14 15965 1098 453 745 743 361
Fonte LASFAEMUFPel (2002)
TABELA 4A Anaacutelise quiacutemica dos biofertilizantes liacutequidos
Amostra N P K_ccedil H
Ca Mg Cu Zn Fe Mn
mdashgL bull
S Magro
m b 4
Urina
053
1652
8 2 2
008
395
0 0 0
149
1674
471
1902
6872
0 0 0
1150
4507
1172
7273
42
033
101389
920
0 0 0
6250
19458
781
35273
1123
0 2 1
Fonte LASFAEMUFPel (2002)
50
APEcircNDICE B - Condiccedilotildees climaacuteticas do local
TABELA 1B Condiccedilotildees de temperatura do local
___________ __________TEMPERATURA (degCgt
meses Meacutedia
Maacutexima
Meacutedia
MiacutenimaMeacutedia
Maacutexima
Absoluta
Miacutenima
Absoluta
Junho 225 87 156 320 25
Julho 225 85 155 285 30
Agosto 251 71 161 360 1 0
Fonte FEPAGROSCT 2002
TABELA 2B Condiccedilotildees de chuva do local
mdash CHUVA (mm)mdash
meses Ocorrida Normal Desvio Da Normal
Junho 1080 1 1 0 -2 0
Julho 1062 98 8 2
Agosto 1283 1 2 0 83
Fonte FEPAGROSCT 2002
51
TABELA 1C Produccedilatildeo de fitomassa fresca e seca (g) da parte aeacuterea altura de planta
(cm) e diacircmetro de colo (mm) de mudas de cebola Petrolini cultivadas
sob uma perspectiva agroecoloacutegica Pelotas-RS 2003
APEcircNDICE C - Anaacutelise estatiacutestica da parte aeacuterea
Causas G1 FFPA FSPA AP DC
da variaccedilatildeo --------- Quadrados meacutedios-
Blocos 3
Ad Base 2 175359071 1287102 2547419 1 11775
Biofertilizantes 2 126876 29011 87669ns 02185ns
Ad x Biofert 4 572378 31123 69106ns 04159
Resiacuteduo 24 34456 03048 27169 00290
Total 35
Meacutedia geral 93745 8772 320388 6741
CV 1980 6294 5145 2530
Significativo a 5ns Natildeo significativo
52
TABELA 1D Produccedilatildeo de fitomassa fresca e seca (g) comprimento (cm) e densidade
de raiacutezes (m cm3) de mudas de cebola Petrolini cultivadas sob uma
perspectiva agroecoloacutegica e razatildeo parte aeacutereasistema radicular Pelotas-
RS 2003
APEcircNDICE D - Anaacutelise estatiacutestica da raiz
Causas G1 FFR FSR CR RPASR DR
da variaccedilatildeo Quadrados meacutedios---------------
Blocos 3
Ad Base 2 27874 551 623 2 1 0 140
Biofertilizantes 2 178 0 1 0 ni 1504 l03ns 038ns
Ad x Biofert 4 190 058 318 294 183
Resiacuteduo 24 005 009 028 023 0 2 1
Total 35
Meacutedia geral 1818 228 184 387 333
C V 134 1356 448 1253 1396
Significativo a 5 ns Natildeo significativo
53
APEcircNDICE E - Anaacutelise estatiacutestica dos macronutrientes da parte aeacuterea da cebola
TABELA 1E Conteuacutedos (mg planta1) de nitrogecircnio foacutesforo potaacutessio caacutelcio e
magneacutesio no tecido vegetal de mud^s de cebola Petrolini cultivadas
sob uma perspectiva agroecoloacutegica Pelotas-RS 2003
Causas G1 bull N P K Ca Mg
da variaccedilatildeo
Blocos 3
Ad Base 2 13550306 446627 25509686 1031806 59007
Biofertilizantes 2 180610ns 16564 68153ns 39006 876ns
Ad x Biofert 4 454187 45743 1047539 46950 2464
Resiacuteduo 24 29769 1453 64313 3741 439
Total 35
Meacutedia geral 24921 4597 33366 6943 1615
C V 692 829 760 880 1297
Significativo a 5 ns Natildeo significativo
APEcircNDICE F - Fotos do experimento
FIGURA 2 Mudas de cebola (Allium cepa L) produzidas sob uma perspectiva agroecoloacutegica
APEcircNDICE F a Fotos do experimento
FIGURA 1 Adubaccedilatildeo verde com feijatildeo-miuacutedo e papuatilde utilizadas no manejo do solo
FIGURA 2 Mudas de cebola (Allium cepa L) produzidas sob urna perspectiva agroecoloacutegica
45
MIBASA Mineraccedilatildeo Barreto SA Melhorador de Solos MB4 A Natureza Agradece Arapiraca-AL [199-] Folder
MINAMI K Os resumos da olericultura 2000 In AZEVEDO FILHO MARTINEZ FILHO (ed) Preccedilos agriacutecolas Piracicaba ESALQ 1999 p 4
MINAMI K Produccedilatildeo de Mudas de Alta Qualidade em Horticultura Satildeo Paulo TA Queiroz 1995
MORSELLI T B G A Cultivo sucessivo de alface sob adubaccedilatildeo orgacircnica em ambiente protegidoPelotas 2001 178 p Tese (Doutorado em Agronomia - Produccedilatildeo Vegetal) Faculdade de Agronomia Eliseu Maciel UFPel 2001
MORSELLI T B G A Resiacuteduos orgacircnicos em sistemas agriacutecolas Poliacutegrafo da Disciplina de Resiacuteduos orgacircnicos em sistemas agriacutecolas Curso de Poacutes-Graduaccedilatildeo em Agronomia-Produccedilatildeo Vegetal UFPel 2002
MULLER AM Efeitos da Aplicaccedilatildeo Foliar de um Biofertilizante Enriquecido no Estado fitossanitaacuterio de Tomate Ervilha e Beterraba Sob Manejo OrgacircnicoDissertaccedilatildeo (Mestrado no Programa de Poacutes-Graduaccedilatildeo em Agroecossistemas)1999 (Resumo)
NOLLA D Erosatildeo do Solo - O grande desafio Estado do Rio Grande do Sul SEAGRI desenvolvimento de recursos naturais renovaacuteveis 1982 412 p
PAGLIA AG MORSELLI TBGA PEIL RMN Teores de nutrientes pH e condutividade eleacutetrica da aacutegua em sistema ldquofloat^ngrdquo sob adiccedilatildeo de biofertilizantes Horticultura Brasileira v 20 n2 julho 2002 Suplemento 2
PAULUS G MULLER A BARCELLOS LAR Agroecologia aplicada praticas e meacutetodos para uma agricultura de base ecoloacutegica 2ed ver ampl Porto Alegre EMATERRS 2001 8 6 p
PEIXOTO R T dos G Composto orgacircnico aplicaccedilotildees benefiacutecios e restriccedilotildees de uso Horticultura Brasileira Brasiacutelia-DF v 18 p 56-64 julho 2000
PENTEADO SR Defensivos Alternativos e Naturais Satildeo Paulo 1999 95 p
PEREIRA AJ SOUZA RJ PEREIRA WR Efeito de diferentes doses de esterco de galinha e de curral sobre a produccedilatildeo de cebola Horticultura Brasileira v20 n2 julho 2002 Suplemento 2
PINHEIRO S BARRETO SB MB-4 agricultura sustentaacutevel trofobiose e biofertilizantes Fundaccedilatildeo Juquira CandiruMibasa 2000 273 p
PRIMAVESI A Agricultura Sustentaacutevel Satildeo Paulo Nobel 1992 142 p
PRIMAVESI A O manejo ecoloacutegico do solo Agricultura em regiotildees tropicais SatildeoPaulo Nobel 1982 541 p
46
PURCINO A A C ldquoNitrogecircniordquo Informe Agropecuaacuterio Belo Horizonte v7 n81 p 16-27 1981
QUIJANO F G Efeito da adubaccedilatildeo orgacircnica no desenvolvimento de duas cultivares de alface em ambiente protegido Pelotas 1999 116f Dissertaccedilatildeo (Mestrado em Agronomia - Produccedilatildeo Vegetal) Faculdade de Agronomia Eliseu Maciel UFPel 1999
RODRIGUES A N N Efeitos e residuais de superfosfato triplo sobre o rendimento de mateacuteria seca e absorccedilatildeo de foacutesforo pela aveia (Avena strigosa Schob) em solo Podzoacutelico Vermelho Escuro Porto Alegre 1984 59f Dissertaccedilatildeo (Mestrado em Agronomia) - Faculdade de Agronomia UFRGS 1984
RODRIGUES E T CASALI V W D Respostas da alface agrave adubaccedilatildeo orgacircnica II Teores conteuacutedos e utilizaccedilatildeo de macronutrientes em cultivares Rev Ceres Viccedilosa v 45 n 261 p 437-449 1998
SAMINEcircS T C O Produccedilatildeo orgacircnica de alimentos Horticultura Brasileira Brasiacutelia-DF v 17 n3 novembro 1999
SCHIEDECK G Ambiecircncia e resposta agronocircmica de meloeiro (Cucumis melo L) cultivado sob adubaccedilatildeo orgacircnica em ambiente protegido Pelotas lOOp Tese (Doutorado em Agronomia - Produccedilatildeo Vegetal) - Faculdade de Agronomia Eliseu Maciel UFPel 2002
SILVA JUacuteNIOR A A GIORGI E Substratos alternativos para a produccedilatildeo de mudas de tomate Agropecuaacuteria Catarinense Florianoacutepolis EPAGRI 1992 23 p
SILVA JUacuteNIOR A A MACEDO S G STUKER H Utilizaccedilatildeo de esterco de peru na produccedilatildeo de mudas de tomateiro Florianoacutepolis EPAGRI 1995 28 p (Boletim Teacutecnico 73)
TAGLIARI PS GRASSMANN H Minhoca a grande aliada da agricultura Agropecuaacuteria Catarinense v8 n l p 11-14 mar 1995
TEDESCO M J GIANELLO C Anaacutelises de solo plantas e outros materiais Porto Alegre Faculdade de Agronomia Departamento de Solos Universidade Federal do Rio Grande do Sul RS 1996
TENNANT D A Test of modified line intersect method of estimating root lenght Journal Ecology Oxford v 63 p 995-1001 1975
TIBAU A O Mateacuteria Orgacircnica do Solo Mateacuteria Orgacircnica e Fertilidade do SoloSatildeo Paulo Nobel 1984 p49-182
TIMM P J Anaacutelise comparativa dos sistemas de plantio convencional e cultivo miacutenimo de cebola sob adubaccedilatildeo orgacircnica e mineral Pelotas 2000 79 p Dissertaccedilatildeo (Mestrado em Agronomia - Produccedilatildeo Vegetal) - Faculdade de Agronomia Eliseu Maciel UFPel 2000
47
VALENZUELA HR CROSBY C Effect of compost applications on the yield of several vegetables in long-term organic farming experiments conduced in the tropics American Society Horticultural Science v33 n3 june 1998
VIGLIZZO E (ed) Subprograma Recursos Naturais y Sostenibilidad Agriacutecola documento marco Montevideo IICAPROCISUR 1995 p 75 - 78
WE1D J M TARDIN J M Proposta para a Ampliaccedilatildeo do Trabalho da ASPTA no Centro Sul do Paranaacute ASPTA Disponiacutevel em http wwwpronafgovbrEncontrotestosAS20PTA20Sul20ParanE1205 202002doc Acesso em 05 mai 2002
XAVIER SIMOacuteN F DOMINGUES D G Desenvolvimento Rural Sustentaacutevel uma perspectiva agroecoloacutegica Agroecologia e Desenvolvimento Rural Sustentaacutevel Porto Alegre EM ATERRS v2 n2 p 17-26 2001
ZABALETA J P Diagnoacutestico da Agricultura Familiar em Satildeo Joseacute do Norte - RSPelotas EMBRAPA-CPACT 1998 75 p (EMBRAPA-CPACT Documentos 44)
ZONTA E P MACHADO A A SILVEIRA P Sanest Sistema de anaacutelise estatiacutestica para microcomputadores Registrado na Secretaria Especial de Informaacutetica sob nuacutemero 066060 - categoria A Pelotas-RS Universidade Federal de Pelotas 1984
48
7 APEcircNDICE
APEcircNDICE A - Anaacutelise da adubaccedilatildeo de base e biofertilizantes utilizados na produccedilatildeo de mudas de cebola
TABELA 1 A Anaacutelise baacutesica do solo antes da incorporaccedilatildeo do feijatildeo miuacutedo + papua
Arg
pH IND
SMP
MO
P - n r - Na Al Ca__10Omlmdash
Mg
ppm -
6 53 67 089 8 6 27 1 04 05 0 2
Fonte LASFAEMUFPel (2002)
TABELA 2A Anaacutelise complementar do solo antes da incorporaccedilatildeo do feijatildeo-miuacutedo + papua
Cobre Zinco Manganecircs Ferro
(m v1)
04 05 26 007
Fonte LASFAEMUFPel (2002)
49
TABELA 3A Anaacutelise dos fertilizantes soacutelidos
Amostra pH limidade CN
C N P K Ca Mg
- g-ivg --
Cama de 849 2491 12 31042 2479 3888 3405 29875 463
aves
Esterco 74 3594 11 677 590 157 134 335 214
de curral
Huacutemus 684 5738 14 15965 1098 453 745 743 361
Fonte LASFAEMUFPel (2002)
TABELA 4A Anaacutelise quiacutemica dos biofertilizantes liacutequidos
Amostra N P K_ccedil H
Ca Mg Cu Zn Fe Mn
mdashgL bull
S Magro
m b 4
Urina
053
1652
8 2 2
008
395
0 0 0
149
1674
471
1902
6872
0 0 0
1150
4507
1172
7273
42
033
101389
920
0 0 0
6250
19458
781
35273
1123
0 2 1
Fonte LASFAEMUFPel (2002)
50
APEcircNDICE B - Condiccedilotildees climaacuteticas do local
TABELA 1B Condiccedilotildees de temperatura do local
___________ __________TEMPERATURA (degCgt
meses Meacutedia
Maacutexima
Meacutedia
MiacutenimaMeacutedia
Maacutexima
Absoluta
Miacutenima
Absoluta
Junho 225 87 156 320 25
Julho 225 85 155 285 30
Agosto 251 71 161 360 1 0
Fonte FEPAGROSCT 2002
TABELA 2B Condiccedilotildees de chuva do local
mdash CHUVA (mm)mdash
meses Ocorrida Normal Desvio Da Normal
Junho 1080 1 1 0 -2 0
Julho 1062 98 8 2
Agosto 1283 1 2 0 83
Fonte FEPAGROSCT 2002
51
TABELA 1C Produccedilatildeo de fitomassa fresca e seca (g) da parte aeacuterea altura de planta
(cm) e diacircmetro de colo (mm) de mudas de cebola Petrolini cultivadas
sob uma perspectiva agroecoloacutegica Pelotas-RS 2003
APEcircNDICE C - Anaacutelise estatiacutestica da parte aeacuterea
Causas G1 FFPA FSPA AP DC
da variaccedilatildeo --------- Quadrados meacutedios-
Blocos 3
Ad Base 2 175359071 1287102 2547419 1 11775
Biofertilizantes 2 126876 29011 87669ns 02185ns
Ad x Biofert 4 572378 31123 69106ns 04159
Resiacuteduo 24 34456 03048 27169 00290
Total 35
Meacutedia geral 93745 8772 320388 6741
CV 1980 6294 5145 2530
Significativo a 5ns Natildeo significativo
52
TABELA 1D Produccedilatildeo de fitomassa fresca e seca (g) comprimento (cm) e densidade
de raiacutezes (m cm3) de mudas de cebola Petrolini cultivadas sob uma
perspectiva agroecoloacutegica e razatildeo parte aeacutereasistema radicular Pelotas-
RS 2003
APEcircNDICE D - Anaacutelise estatiacutestica da raiz
Causas G1 FFR FSR CR RPASR DR
da variaccedilatildeo Quadrados meacutedios---------------
Blocos 3
Ad Base 2 27874 551 623 2 1 0 140
Biofertilizantes 2 178 0 1 0 ni 1504 l03ns 038ns
Ad x Biofert 4 190 058 318 294 183
Resiacuteduo 24 005 009 028 023 0 2 1
Total 35
Meacutedia geral 1818 228 184 387 333
C V 134 1356 448 1253 1396
Significativo a 5 ns Natildeo significativo
53
APEcircNDICE E - Anaacutelise estatiacutestica dos macronutrientes da parte aeacuterea da cebola
TABELA 1E Conteuacutedos (mg planta1) de nitrogecircnio foacutesforo potaacutessio caacutelcio e
magneacutesio no tecido vegetal de mud^s de cebola Petrolini cultivadas
sob uma perspectiva agroecoloacutegica Pelotas-RS 2003
Causas G1 bull N P K Ca Mg
da variaccedilatildeo
Blocos 3
Ad Base 2 13550306 446627 25509686 1031806 59007
Biofertilizantes 2 180610ns 16564 68153ns 39006 876ns
Ad x Biofert 4 454187 45743 1047539 46950 2464
Resiacuteduo 24 29769 1453 64313 3741 439
Total 35
Meacutedia geral 24921 4597 33366 6943 1615
C V 692 829 760 880 1297
Significativo a 5 ns Natildeo significativo
APEcircNDICE F - Fotos do experimento
FIGURA 2 Mudas de cebola (Allium cepa L) produzidas sob uma perspectiva agroecoloacutegica
APEcircNDICE F a Fotos do experimento
FIGURA 1 Adubaccedilatildeo verde com feijatildeo-miuacutedo e papuatilde utilizadas no manejo do solo
FIGURA 2 Mudas de cebola (Allium cepa L) produzidas sob urna perspectiva agroecoloacutegica
46
PURCINO A A C ldquoNitrogecircniordquo Informe Agropecuaacuterio Belo Horizonte v7 n81 p 16-27 1981
QUIJANO F G Efeito da adubaccedilatildeo orgacircnica no desenvolvimento de duas cultivares de alface em ambiente protegido Pelotas 1999 116f Dissertaccedilatildeo (Mestrado em Agronomia - Produccedilatildeo Vegetal) Faculdade de Agronomia Eliseu Maciel UFPel 1999
RODRIGUES A N N Efeitos e residuais de superfosfato triplo sobre o rendimento de mateacuteria seca e absorccedilatildeo de foacutesforo pela aveia (Avena strigosa Schob) em solo Podzoacutelico Vermelho Escuro Porto Alegre 1984 59f Dissertaccedilatildeo (Mestrado em Agronomia) - Faculdade de Agronomia UFRGS 1984
RODRIGUES E T CASALI V W D Respostas da alface agrave adubaccedilatildeo orgacircnica II Teores conteuacutedos e utilizaccedilatildeo de macronutrientes em cultivares Rev Ceres Viccedilosa v 45 n 261 p 437-449 1998
SAMINEcircS T C O Produccedilatildeo orgacircnica de alimentos Horticultura Brasileira Brasiacutelia-DF v 17 n3 novembro 1999
SCHIEDECK G Ambiecircncia e resposta agronocircmica de meloeiro (Cucumis melo L) cultivado sob adubaccedilatildeo orgacircnica em ambiente protegido Pelotas lOOp Tese (Doutorado em Agronomia - Produccedilatildeo Vegetal) - Faculdade de Agronomia Eliseu Maciel UFPel 2002
SILVA JUacuteNIOR A A GIORGI E Substratos alternativos para a produccedilatildeo de mudas de tomate Agropecuaacuteria Catarinense Florianoacutepolis EPAGRI 1992 23 p
SILVA JUacuteNIOR A A MACEDO S G STUKER H Utilizaccedilatildeo de esterco de peru na produccedilatildeo de mudas de tomateiro Florianoacutepolis EPAGRI 1995 28 p (Boletim Teacutecnico 73)
TAGLIARI PS GRASSMANN H Minhoca a grande aliada da agricultura Agropecuaacuteria Catarinense v8 n l p 11-14 mar 1995
TEDESCO M J GIANELLO C Anaacutelises de solo plantas e outros materiais Porto Alegre Faculdade de Agronomia Departamento de Solos Universidade Federal do Rio Grande do Sul RS 1996
TENNANT D A Test of modified line intersect method of estimating root lenght Journal Ecology Oxford v 63 p 995-1001 1975
TIBAU A O Mateacuteria Orgacircnica do Solo Mateacuteria Orgacircnica e Fertilidade do SoloSatildeo Paulo Nobel 1984 p49-182
TIMM P J Anaacutelise comparativa dos sistemas de plantio convencional e cultivo miacutenimo de cebola sob adubaccedilatildeo orgacircnica e mineral Pelotas 2000 79 p Dissertaccedilatildeo (Mestrado em Agronomia - Produccedilatildeo Vegetal) - Faculdade de Agronomia Eliseu Maciel UFPel 2000
47
VALENZUELA HR CROSBY C Effect of compost applications on the yield of several vegetables in long-term organic farming experiments conduced in the tropics American Society Horticultural Science v33 n3 june 1998
VIGLIZZO E (ed) Subprograma Recursos Naturais y Sostenibilidad Agriacutecola documento marco Montevideo IICAPROCISUR 1995 p 75 - 78
WE1D J M TARDIN J M Proposta para a Ampliaccedilatildeo do Trabalho da ASPTA no Centro Sul do Paranaacute ASPTA Disponiacutevel em http wwwpronafgovbrEncontrotestosAS20PTA20Sul20ParanE1205 202002doc Acesso em 05 mai 2002
XAVIER SIMOacuteN F DOMINGUES D G Desenvolvimento Rural Sustentaacutevel uma perspectiva agroecoloacutegica Agroecologia e Desenvolvimento Rural Sustentaacutevel Porto Alegre EM ATERRS v2 n2 p 17-26 2001
ZABALETA J P Diagnoacutestico da Agricultura Familiar em Satildeo Joseacute do Norte - RSPelotas EMBRAPA-CPACT 1998 75 p (EMBRAPA-CPACT Documentos 44)
ZONTA E P MACHADO A A SILVEIRA P Sanest Sistema de anaacutelise estatiacutestica para microcomputadores Registrado na Secretaria Especial de Informaacutetica sob nuacutemero 066060 - categoria A Pelotas-RS Universidade Federal de Pelotas 1984
48
7 APEcircNDICE
APEcircNDICE A - Anaacutelise da adubaccedilatildeo de base e biofertilizantes utilizados na produccedilatildeo de mudas de cebola
TABELA 1 A Anaacutelise baacutesica do solo antes da incorporaccedilatildeo do feijatildeo miuacutedo + papua
Arg
pH IND
SMP
MO
P - n r - Na Al Ca__10Omlmdash
Mg
ppm -
6 53 67 089 8 6 27 1 04 05 0 2
Fonte LASFAEMUFPel (2002)
TABELA 2A Anaacutelise complementar do solo antes da incorporaccedilatildeo do feijatildeo-miuacutedo + papua
Cobre Zinco Manganecircs Ferro
(m v1)
04 05 26 007
Fonte LASFAEMUFPel (2002)
49
TABELA 3A Anaacutelise dos fertilizantes soacutelidos
Amostra pH limidade CN
C N P K Ca Mg
- g-ivg --
Cama de 849 2491 12 31042 2479 3888 3405 29875 463
aves
Esterco 74 3594 11 677 590 157 134 335 214
de curral
Huacutemus 684 5738 14 15965 1098 453 745 743 361
Fonte LASFAEMUFPel (2002)
TABELA 4A Anaacutelise quiacutemica dos biofertilizantes liacutequidos
Amostra N P K_ccedil H
Ca Mg Cu Zn Fe Mn
mdashgL bull
S Magro
m b 4
Urina
053
1652
8 2 2
008
395
0 0 0
149
1674
471
1902
6872
0 0 0
1150
4507
1172
7273
42
033
101389
920
0 0 0
6250
19458
781
35273
1123
0 2 1
Fonte LASFAEMUFPel (2002)
50
APEcircNDICE B - Condiccedilotildees climaacuteticas do local
TABELA 1B Condiccedilotildees de temperatura do local
___________ __________TEMPERATURA (degCgt
meses Meacutedia
Maacutexima
Meacutedia
MiacutenimaMeacutedia
Maacutexima
Absoluta
Miacutenima
Absoluta
Junho 225 87 156 320 25
Julho 225 85 155 285 30
Agosto 251 71 161 360 1 0
Fonte FEPAGROSCT 2002
TABELA 2B Condiccedilotildees de chuva do local
mdash CHUVA (mm)mdash
meses Ocorrida Normal Desvio Da Normal
Junho 1080 1 1 0 -2 0
Julho 1062 98 8 2
Agosto 1283 1 2 0 83
Fonte FEPAGROSCT 2002
51
TABELA 1C Produccedilatildeo de fitomassa fresca e seca (g) da parte aeacuterea altura de planta
(cm) e diacircmetro de colo (mm) de mudas de cebola Petrolini cultivadas
sob uma perspectiva agroecoloacutegica Pelotas-RS 2003
APEcircNDICE C - Anaacutelise estatiacutestica da parte aeacuterea
Causas G1 FFPA FSPA AP DC
da variaccedilatildeo --------- Quadrados meacutedios-
Blocos 3
Ad Base 2 175359071 1287102 2547419 1 11775
Biofertilizantes 2 126876 29011 87669ns 02185ns
Ad x Biofert 4 572378 31123 69106ns 04159
Resiacuteduo 24 34456 03048 27169 00290
Total 35
Meacutedia geral 93745 8772 320388 6741
CV 1980 6294 5145 2530
Significativo a 5ns Natildeo significativo
52
TABELA 1D Produccedilatildeo de fitomassa fresca e seca (g) comprimento (cm) e densidade
de raiacutezes (m cm3) de mudas de cebola Petrolini cultivadas sob uma
perspectiva agroecoloacutegica e razatildeo parte aeacutereasistema radicular Pelotas-
RS 2003
APEcircNDICE D - Anaacutelise estatiacutestica da raiz
Causas G1 FFR FSR CR RPASR DR
da variaccedilatildeo Quadrados meacutedios---------------
Blocos 3
Ad Base 2 27874 551 623 2 1 0 140
Biofertilizantes 2 178 0 1 0 ni 1504 l03ns 038ns
Ad x Biofert 4 190 058 318 294 183
Resiacuteduo 24 005 009 028 023 0 2 1
Total 35
Meacutedia geral 1818 228 184 387 333
C V 134 1356 448 1253 1396
Significativo a 5 ns Natildeo significativo
53
APEcircNDICE E - Anaacutelise estatiacutestica dos macronutrientes da parte aeacuterea da cebola
TABELA 1E Conteuacutedos (mg planta1) de nitrogecircnio foacutesforo potaacutessio caacutelcio e
magneacutesio no tecido vegetal de mud^s de cebola Petrolini cultivadas
sob uma perspectiva agroecoloacutegica Pelotas-RS 2003
Causas G1 bull N P K Ca Mg
da variaccedilatildeo
Blocos 3
Ad Base 2 13550306 446627 25509686 1031806 59007
Biofertilizantes 2 180610ns 16564 68153ns 39006 876ns
Ad x Biofert 4 454187 45743 1047539 46950 2464
Resiacuteduo 24 29769 1453 64313 3741 439
Total 35
Meacutedia geral 24921 4597 33366 6943 1615
C V 692 829 760 880 1297
Significativo a 5 ns Natildeo significativo
APEcircNDICE F - Fotos do experimento
FIGURA 2 Mudas de cebola (Allium cepa L) produzidas sob uma perspectiva agroecoloacutegica
APEcircNDICE F a Fotos do experimento
FIGURA 1 Adubaccedilatildeo verde com feijatildeo-miuacutedo e papuatilde utilizadas no manejo do solo
FIGURA 2 Mudas de cebola (Allium cepa L) produzidas sob urna perspectiva agroecoloacutegica
47
VALENZUELA HR CROSBY C Effect of compost applications on the yield of several vegetables in long-term organic farming experiments conduced in the tropics American Society Horticultural Science v33 n3 june 1998
VIGLIZZO E (ed) Subprograma Recursos Naturais y Sostenibilidad Agriacutecola documento marco Montevideo IICAPROCISUR 1995 p 75 - 78
WE1D J M TARDIN J M Proposta para a Ampliaccedilatildeo do Trabalho da ASPTA no Centro Sul do Paranaacute ASPTA Disponiacutevel em http wwwpronafgovbrEncontrotestosAS20PTA20Sul20ParanE1205 202002doc Acesso em 05 mai 2002
XAVIER SIMOacuteN F DOMINGUES D G Desenvolvimento Rural Sustentaacutevel uma perspectiva agroecoloacutegica Agroecologia e Desenvolvimento Rural Sustentaacutevel Porto Alegre EM ATERRS v2 n2 p 17-26 2001
ZABALETA J P Diagnoacutestico da Agricultura Familiar em Satildeo Joseacute do Norte - RSPelotas EMBRAPA-CPACT 1998 75 p (EMBRAPA-CPACT Documentos 44)
ZONTA E P MACHADO A A SILVEIRA P Sanest Sistema de anaacutelise estatiacutestica para microcomputadores Registrado na Secretaria Especial de Informaacutetica sob nuacutemero 066060 - categoria A Pelotas-RS Universidade Federal de Pelotas 1984
48
7 APEcircNDICE
APEcircNDICE A - Anaacutelise da adubaccedilatildeo de base e biofertilizantes utilizados na produccedilatildeo de mudas de cebola
TABELA 1 A Anaacutelise baacutesica do solo antes da incorporaccedilatildeo do feijatildeo miuacutedo + papua
Arg
pH IND
SMP
MO
P - n r - Na Al Ca__10Omlmdash
Mg
ppm -
6 53 67 089 8 6 27 1 04 05 0 2
Fonte LASFAEMUFPel (2002)
TABELA 2A Anaacutelise complementar do solo antes da incorporaccedilatildeo do feijatildeo-miuacutedo + papua
Cobre Zinco Manganecircs Ferro
(m v1)
04 05 26 007
Fonte LASFAEMUFPel (2002)
49
TABELA 3A Anaacutelise dos fertilizantes soacutelidos
Amostra pH limidade CN
C N P K Ca Mg
- g-ivg --
Cama de 849 2491 12 31042 2479 3888 3405 29875 463
aves
Esterco 74 3594 11 677 590 157 134 335 214
de curral
Huacutemus 684 5738 14 15965 1098 453 745 743 361
Fonte LASFAEMUFPel (2002)
TABELA 4A Anaacutelise quiacutemica dos biofertilizantes liacutequidos
Amostra N P K_ccedil H
Ca Mg Cu Zn Fe Mn
mdashgL bull
S Magro
m b 4
Urina
053
1652
8 2 2
008
395
0 0 0
149
1674
471
1902
6872
0 0 0
1150
4507
1172
7273
42
033
101389
920
0 0 0
6250
19458
781
35273
1123
0 2 1
Fonte LASFAEMUFPel (2002)
50
APEcircNDICE B - Condiccedilotildees climaacuteticas do local
TABELA 1B Condiccedilotildees de temperatura do local
___________ __________TEMPERATURA (degCgt
meses Meacutedia
Maacutexima
Meacutedia
MiacutenimaMeacutedia
Maacutexima
Absoluta
Miacutenima
Absoluta
Junho 225 87 156 320 25
Julho 225 85 155 285 30
Agosto 251 71 161 360 1 0
Fonte FEPAGROSCT 2002
TABELA 2B Condiccedilotildees de chuva do local
mdash CHUVA (mm)mdash
meses Ocorrida Normal Desvio Da Normal
Junho 1080 1 1 0 -2 0
Julho 1062 98 8 2
Agosto 1283 1 2 0 83
Fonte FEPAGROSCT 2002
51
TABELA 1C Produccedilatildeo de fitomassa fresca e seca (g) da parte aeacuterea altura de planta
(cm) e diacircmetro de colo (mm) de mudas de cebola Petrolini cultivadas
sob uma perspectiva agroecoloacutegica Pelotas-RS 2003
APEcircNDICE C - Anaacutelise estatiacutestica da parte aeacuterea
Causas G1 FFPA FSPA AP DC
da variaccedilatildeo --------- Quadrados meacutedios-
Blocos 3
Ad Base 2 175359071 1287102 2547419 1 11775
Biofertilizantes 2 126876 29011 87669ns 02185ns
Ad x Biofert 4 572378 31123 69106ns 04159
Resiacuteduo 24 34456 03048 27169 00290
Total 35
Meacutedia geral 93745 8772 320388 6741
CV 1980 6294 5145 2530
Significativo a 5ns Natildeo significativo
52
TABELA 1D Produccedilatildeo de fitomassa fresca e seca (g) comprimento (cm) e densidade
de raiacutezes (m cm3) de mudas de cebola Petrolini cultivadas sob uma
perspectiva agroecoloacutegica e razatildeo parte aeacutereasistema radicular Pelotas-
RS 2003
APEcircNDICE D - Anaacutelise estatiacutestica da raiz
Causas G1 FFR FSR CR RPASR DR
da variaccedilatildeo Quadrados meacutedios---------------
Blocos 3
Ad Base 2 27874 551 623 2 1 0 140
Biofertilizantes 2 178 0 1 0 ni 1504 l03ns 038ns
Ad x Biofert 4 190 058 318 294 183
Resiacuteduo 24 005 009 028 023 0 2 1
Total 35
Meacutedia geral 1818 228 184 387 333
C V 134 1356 448 1253 1396
Significativo a 5 ns Natildeo significativo
53
APEcircNDICE E - Anaacutelise estatiacutestica dos macronutrientes da parte aeacuterea da cebola
TABELA 1E Conteuacutedos (mg planta1) de nitrogecircnio foacutesforo potaacutessio caacutelcio e
magneacutesio no tecido vegetal de mud^s de cebola Petrolini cultivadas
sob uma perspectiva agroecoloacutegica Pelotas-RS 2003
Causas G1 bull N P K Ca Mg
da variaccedilatildeo
Blocos 3
Ad Base 2 13550306 446627 25509686 1031806 59007
Biofertilizantes 2 180610ns 16564 68153ns 39006 876ns
Ad x Biofert 4 454187 45743 1047539 46950 2464
Resiacuteduo 24 29769 1453 64313 3741 439
Total 35
Meacutedia geral 24921 4597 33366 6943 1615
C V 692 829 760 880 1297
Significativo a 5 ns Natildeo significativo
APEcircNDICE F - Fotos do experimento
FIGURA 2 Mudas de cebola (Allium cepa L) produzidas sob uma perspectiva agroecoloacutegica
APEcircNDICE F a Fotos do experimento
FIGURA 1 Adubaccedilatildeo verde com feijatildeo-miuacutedo e papuatilde utilizadas no manejo do solo
FIGURA 2 Mudas de cebola (Allium cepa L) produzidas sob urna perspectiva agroecoloacutegica
48
7 APEcircNDICE
APEcircNDICE A - Anaacutelise da adubaccedilatildeo de base e biofertilizantes utilizados na produccedilatildeo de mudas de cebola
TABELA 1 A Anaacutelise baacutesica do solo antes da incorporaccedilatildeo do feijatildeo miuacutedo + papua
Arg
pH IND
SMP
MO
P - n r - Na Al Ca__10Omlmdash
Mg
ppm -
6 53 67 089 8 6 27 1 04 05 0 2
Fonte LASFAEMUFPel (2002)
TABELA 2A Anaacutelise complementar do solo antes da incorporaccedilatildeo do feijatildeo-miuacutedo + papua
Cobre Zinco Manganecircs Ferro
(m v1)
04 05 26 007
Fonte LASFAEMUFPel (2002)
49
TABELA 3A Anaacutelise dos fertilizantes soacutelidos
Amostra pH limidade CN
C N P K Ca Mg
- g-ivg --
Cama de 849 2491 12 31042 2479 3888 3405 29875 463
aves
Esterco 74 3594 11 677 590 157 134 335 214
de curral
Huacutemus 684 5738 14 15965 1098 453 745 743 361
Fonte LASFAEMUFPel (2002)
TABELA 4A Anaacutelise quiacutemica dos biofertilizantes liacutequidos
Amostra N P K_ccedil H
Ca Mg Cu Zn Fe Mn
mdashgL bull
S Magro
m b 4
Urina
053
1652
8 2 2
008
395
0 0 0
149
1674
471
1902
6872
0 0 0
1150
4507
1172
7273
42
033
101389
920
0 0 0
6250
19458
781
35273
1123
0 2 1
Fonte LASFAEMUFPel (2002)
50
APEcircNDICE B - Condiccedilotildees climaacuteticas do local
TABELA 1B Condiccedilotildees de temperatura do local
___________ __________TEMPERATURA (degCgt
meses Meacutedia
Maacutexima
Meacutedia
MiacutenimaMeacutedia
Maacutexima
Absoluta
Miacutenima
Absoluta
Junho 225 87 156 320 25
Julho 225 85 155 285 30
Agosto 251 71 161 360 1 0
Fonte FEPAGROSCT 2002
TABELA 2B Condiccedilotildees de chuva do local
mdash CHUVA (mm)mdash
meses Ocorrida Normal Desvio Da Normal
Junho 1080 1 1 0 -2 0
Julho 1062 98 8 2
Agosto 1283 1 2 0 83
Fonte FEPAGROSCT 2002
51
TABELA 1C Produccedilatildeo de fitomassa fresca e seca (g) da parte aeacuterea altura de planta
(cm) e diacircmetro de colo (mm) de mudas de cebola Petrolini cultivadas
sob uma perspectiva agroecoloacutegica Pelotas-RS 2003
APEcircNDICE C - Anaacutelise estatiacutestica da parte aeacuterea
Causas G1 FFPA FSPA AP DC
da variaccedilatildeo --------- Quadrados meacutedios-
Blocos 3
Ad Base 2 175359071 1287102 2547419 1 11775
Biofertilizantes 2 126876 29011 87669ns 02185ns
Ad x Biofert 4 572378 31123 69106ns 04159
Resiacuteduo 24 34456 03048 27169 00290
Total 35
Meacutedia geral 93745 8772 320388 6741
CV 1980 6294 5145 2530
Significativo a 5ns Natildeo significativo
52
TABELA 1D Produccedilatildeo de fitomassa fresca e seca (g) comprimento (cm) e densidade
de raiacutezes (m cm3) de mudas de cebola Petrolini cultivadas sob uma
perspectiva agroecoloacutegica e razatildeo parte aeacutereasistema radicular Pelotas-
RS 2003
APEcircNDICE D - Anaacutelise estatiacutestica da raiz
Causas G1 FFR FSR CR RPASR DR
da variaccedilatildeo Quadrados meacutedios---------------
Blocos 3
Ad Base 2 27874 551 623 2 1 0 140
Biofertilizantes 2 178 0 1 0 ni 1504 l03ns 038ns
Ad x Biofert 4 190 058 318 294 183
Resiacuteduo 24 005 009 028 023 0 2 1
Total 35
Meacutedia geral 1818 228 184 387 333
C V 134 1356 448 1253 1396
Significativo a 5 ns Natildeo significativo
53
APEcircNDICE E - Anaacutelise estatiacutestica dos macronutrientes da parte aeacuterea da cebola
TABELA 1E Conteuacutedos (mg planta1) de nitrogecircnio foacutesforo potaacutessio caacutelcio e
magneacutesio no tecido vegetal de mud^s de cebola Petrolini cultivadas
sob uma perspectiva agroecoloacutegica Pelotas-RS 2003
Causas G1 bull N P K Ca Mg
da variaccedilatildeo
Blocos 3
Ad Base 2 13550306 446627 25509686 1031806 59007
Biofertilizantes 2 180610ns 16564 68153ns 39006 876ns
Ad x Biofert 4 454187 45743 1047539 46950 2464
Resiacuteduo 24 29769 1453 64313 3741 439
Total 35
Meacutedia geral 24921 4597 33366 6943 1615
C V 692 829 760 880 1297
Significativo a 5 ns Natildeo significativo
APEcircNDICE F - Fotos do experimento
FIGURA 2 Mudas de cebola (Allium cepa L) produzidas sob uma perspectiva agroecoloacutegica
APEcircNDICE F a Fotos do experimento
FIGURA 1 Adubaccedilatildeo verde com feijatildeo-miuacutedo e papuatilde utilizadas no manejo do solo
FIGURA 2 Mudas de cebola (Allium cepa L) produzidas sob urna perspectiva agroecoloacutegica
49
TABELA 3A Anaacutelise dos fertilizantes soacutelidos
Amostra pH limidade CN
C N P K Ca Mg
- g-ivg --
Cama de 849 2491 12 31042 2479 3888 3405 29875 463
aves
Esterco 74 3594 11 677 590 157 134 335 214
de curral
Huacutemus 684 5738 14 15965 1098 453 745 743 361
Fonte LASFAEMUFPel (2002)
TABELA 4A Anaacutelise quiacutemica dos biofertilizantes liacutequidos
Amostra N P K_ccedil H
Ca Mg Cu Zn Fe Mn
mdashgL bull
S Magro
m b 4
Urina
053
1652
8 2 2
008
395
0 0 0
149
1674
471
1902
6872
0 0 0
1150
4507
1172
7273
42
033
101389
920
0 0 0
6250
19458
781
35273
1123
0 2 1
Fonte LASFAEMUFPel (2002)
50
APEcircNDICE B - Condiccedilotildees climaacuteticas do local
TABELA 1B Condiccedilotildees de temperatura do local
___________ __________TEMPERATURA (degCgt
meses Meacutedia
Maacutexima
Meacutedia
MiacutenimaMeacutedia
Maacutexima
Absoluta
Miacutenima
Absoluta
Junho 225 87 156 320 25
Julho 225 85 155 285 30
Agosto 251 71 161 360 1 0
Fonte FEPAGROSCT 2002
TABELA 2B Condiccedilotildees de chuva do local
mdash CHUVA (mm)mdash
meses Ocorrida Normal Desvio Da Normal
Junho 1080 1 1 0 -2 0
Julho 1062 98 8 2
Agosto 1283 1 2 0 83
Fonte FEPAGROSCT 2002
51
TABELA 1C Produccedilatildeo de fitomassa fresca e seca (g) da parte aeacuterea altura de planta
(cm) e diacircmetro de colo (mm) de mudas de cebola Petrolini cultivadas
sob uma perspectiva agroecoloacutegica Pelotas-RS 2003
APEcircNDICE C - Anaacutelise estatiacutestica da parte aeacuterea
Causas G1 FFPA FSPA AP DC
da variaccedilatildeo --------- Quadrados meacutedios-
Blocos 3
Ad Base 2 175359071 1287102 2547419 1 11775
Biofertilizantes 2 126876 29011 87669ns 02185ns
Ad x Biofert 4 572378 31123 69106ns 04159
Resiacuteduo 24 34456 03048 27169 00290
Total 35
Meacutedia geral 93745 8772 320388 6741
CV 1980 6294 5145 2530
Significativo a 5ns Natildeo significativo
52
TABELA 1D Produccedilatildeo de fitomassa fresca e seca (g) comprimento (cm) e densidade
de raiacutezes (m cm3) de mudas de cebola Petrolini cultivadas sob uma
perspectiva agroecoloacutegica e razatildeo parte aeacutereasistema radicular Pelotas-
RS 2003
APEcircNDICE D - Anaacutelise estatiacutestica da raiz
Causas G1 FFR FSR CR RPASR DR
da variaccedilatildeo Quadrados meacutedios---------------
Blocos 3
Ad Base 2 27874 551 623 2 1 0 140
Biofertilizantes 2 178 0 1 0 ni 1504 l03ns 038ns
Ad x Biofert 4 190 058 318 294 183
Resiacuteduo 24 005 009 028 023 0 2 1
Total 35
Meacutedia geral 1818 228 184 387 333
C V 134 1356 448 1253 1396
Significativo a 5 ns Natildeo significativo
53
APEcircNDICE E - Anaacutelise estatiacutestica dos macronutrientes da parte aeacuterea da cebola
TABELA 1E Conteuacutedos (mg planta1) de nitrogecircnio foacutesforo potaacutessio caacutelcio e
magneacutesio no tecido vegetal de mud^s de cebola Petrolini cultivadas
sob uma perspectiva agroecoloacutegica Pelotas-RS 2003
Causas G1 bull N P K Ca Mg
da variaccedilatildeo
Blocos 3
Ad Base 2 13550306 446627 25509686 1031806 59007
Biofertilizantes 2 180610ns 16564 68153ns 39006 876ns
Ad x Biofert 4 454187 45743 1047539 46950 2464
Resiacuteduo 24 29769 1453 64313 3741 439
Total 35
Meacutedia geral 24921 4597 33366 6943 1615
C V 692 829 760 880 1297
Significativo a 5 ns Natildeo significativo
APEcircNDICE F - Fotos do experimento
FIGURA 2 Mudas de cebola (Allium cepa L) produzidas sob uma perspectiva agroecoloacutegica
APEcircNDICE F a Fotos do experimento
FIGURA 1 Adubaccedilatildeo verde com feijatildeo-miuacutedo e papuatilde utilizadas no manejo do solo
FIGURA 2 Mudas de cebola (Allium cepa L) produzidas sob urna perspectiva agroecoloacutegica
50
APEcircNDICE B - Condiccedilotildees climaacuteticas do local
TABELA 1B Condiccedilotildees de temperatura do local
___________ __________TEMPERATURA (degCgt
meses Meacutedia
Maacutexima
Meacutedia
MiacutenimaMeacutedia
Maacutexima
Absoluta
Miacutenima
Absoluta
Junho 225 87 156 320 25
Julho 225 85 155 285 30
Agosto 251 71 161 360 1 0
Fonte FEPAGROSCT 2002
TABELA 2B Condiccedilotildees de chuva do local
mdash CHUVA (mm)mdash
meses Ocorrida Normal Desvio Da Normal
Junho 1080 1 1 0 -2 0
Julho 1062 98 8 2
Agosto 1283 1 2 0 83
Fonte FEPAGROSCT 2002
51
TABELA 1C Produccedilatildeo de fitomassa fresca e seca (g) da parte aeacuterea altura de planta
(cm) e diacircmetro de colo (mm) de mudas de cebola Petrolini cultivadas
sob uma perspectiva agroecoloacutegica Pelotas-RS 2003
APEcircNDICE C - Anaacutelise estatiacutestica da parte aeacuterea
Causas G1 FFPA FSPA AP DC
da variaccedilatildeo --------- Quadrados meacutedios-
Blocos 3
Ad Base 2 175359071 1287102 2547419 1 11775
Biofertilizantes 2 126876 29011 87669ns 02185ns
Ad x Biofert 4 572378 31123 69106ns 04159
Resiacuteduo 24 34456 03048 27169 00290
Total 35
Meacutedia geral 93745 8772 320388 6741
CV 1980 6294 5145 2530
Significativo a 5ns Natildeo significativo
52
TABELA 1D Produccedilatildeo de fitomassa fresca e seca (g) comprimento (cm) e densidade
de raiacutezes (m cm3) de mudas de cebola Petrolini cultivadas sob uma
perspectiva agroecoloacutegica e razatildeo parte aeacutereasistema radicular Pelotas-
RS 2003
APEcircNDICE D - Anaacutelise estatiacutestica da raiz
Causas G1 FFR FSR CR RPASR DR
da variaccedilatildeo Quadrados meacutedios---------------
Blocos 3
Ad Base 2 27874 551 623 2 1 0 140
Biofertilizantes 2 178 0 1 0 ni 1504 l03ns 038ns
Ad x Biofert 4 190 058 318 294 183
Resiacuteduo 24 005 009 028 023 0 2 1
Total 35
Meacutedia geral 1818 228 184 387 333
C V 134 1356 448 1253 1396
Significativo a 5 ns Natildeo significativo
53
APEcircNDICE E - Anaacutelise estatiacutestica dos macronutrientes da parte aeacuterea da cebola
TABELA 1E Conteuacutedos (mg planta1) de nitrogecircnio foacutesforo potaacutessio caacutelcio e
magneacutesio no tecido vegetal de mud^s de cebola Petrolini cultivadas
sob uma perspectiva agroecoloacutegica Pelotas-RS 2003
Causas G1 bull N P K Ca Mg
da variaccedilatildeo
Blocos 3
Ad Base 2 13550306 446627 25509686 1031806 59007
Biofertilizantes 2 180610ns 16564 68153ns 39006 876ns
Ad x Biofert 4 454187 45743 1047539 46950 2464
Resiacuteduo 24 29769 1453 64313 3741 439
Total 35
Meacutedia geral 24921 4597 33366 6943 1615
C V 692 829 760 880 1297
Significativo a 5 ns Natildeo significativo
APEcircNDICE F - Fotos do experimento
FIGURA 2 Mudas de cebola (Allium cepa L) produzidas sob uma perspectiva agroecoloacutegica
APEcircNDICE F a Fotos do experimento
FIGURA 1 Adubaccedilatildeo verde com feijatildeo-miuacutedo e papuatilde utilizadas no manejo do solo
FIGURA 2 Mudas de cebola (Allium cepa L) produzidas sob urna perspectiva agroecoloacutegica
51
TABELA 1C Produccedilatildeo de fitomassa fresca e seca (g) da parte aeacuterea altura de planta
(cm) e diacircmetro de colo (mm) de mudas de cebola Petrolini cultivadas
sob uma perspectiva agroecoloacutegica Pelotas-RS 2003
APEcircNDICE C - Anaacutelise estatiacutestica da parte aeacuterea
Causas G1 FFPA FSPA AP DC
da variaccedilatildeo --------- Quadrados meacutedios-
Blocos 3
Ad Base 2 175359071 1287102 2547419 1 11775
Biofertilizantes 2 126876 29011 87669ns 02185ns
Ad x Biofert 4 572378 31123 69106ns 04159
Resiacuteduo 24 34456 03048 27169 00290
Total 35
Meacutedia geral 93745 8772 320388 6741
CV 1980 6294 5145 2530
Significativo a 5ns Natildeo significativo
52
TABELA 1D Produccedilatildeo de fitomassa fresca e seca (g) comprimento (cm) e densidade
de raiacutezes (m cm3) de mudas de cebola Petrolini cultivadas sob uma
perspectiva agroecoloacutegica e razatildeo parte aeacutereasistema radicular Pelotas-
RS 2003
APEcircNDICE D - Anaacutelise estatiacutestica da raiz
Causas G1 FFR FSR CR RPASR DR
da variaccedilatildeo Quadrados meacutedios---------------
Blocos 3
Ad Base 2 27874 551 623 2 1 0 140
Biofertilizantes 2 178 0 1 0 ni 1504 l03ns 038ns
Ad x Biofert 4 190 058 318 294 183
Resiacuteduo 24 005 009 028 023 0 2 1
Total 35
Meacutedia geral 1818 228 184 387 333
C V 134 1356 448 1253 1396
Significativo a 5 ns Natildeo significativo
53
APEcircNDICE E - Anaacutelise estatiacutestica dos macronutrientes da parte aeacuterea da cebola
TABELA 1E Conteuacutedos (mg planta1) de nitrogecircnio foacutesforo potaacutessio caacutelcio e
magneacutesio no tecido vegetal de mud^s de cebola Petrolini cultivadas
sob uma perspectiva agroecoloacutegica Pelotas-RS 2003
Causas G1 bull N P K Ca Mg
da variaccedilatildeo
Blocos 3
Ad Base 2 13550306 446627 25509686 1031806 59007
Biofertilizantes 2 180610ns 16564 68153ns 39006 876ns
Ad x Biofert 4 454187 45743 1047539 46950 2464
Resiacuteduo 24 29769 1453 64313 3741 439
Total 35
Meacutedia geral 24921 4597 33366 6943 1615
C V 692 829 760 880 1297
Significativo a 5 ns Natildeo significativo
APEcircNDICE F - Fotos do experimento
FIGURA 2 Mudas de cebola (Allium cepa L) produzidas sob uma perspectiva agroecoloacutegica
APEcircNDICE F a Fotos do experimento
FIGURA 1 Adubaccedilatildeo verde com feijatildeo-miuacutedo e papuatilde utilizadas no manejo do solo
FIGURA 2 Mudas de cebola (Allium cepa L) produzidas sob urna perspectiva agroecoloacutegica
52
TABELA 1D Produccedilatildeo de fitomassa fresca e seca (g) comprimento (cm) e densidade
de raiacutezes (m cm3) de mudas de cebola Petrolini cultivadas sob uma
perspectiva agroecoloacutegica e razatildeo parte aeacutereasistema radicular Pelotas-
RS 2003
APEcircNDICE D - Anaacutelise estatiacutestica da raiz
Causas G1 FFR FSR CR RPASR DR
da variaccedilatildeo Quadrados meacutedios---------------
Blocos 3
Ad Base 2 27874 551 623 2 1 0 140
Biofertilizantes 2 178 0 1 0 ni 1504 l03ns 038ns
Ad x Biofert 4 190 058 318 294 183
Resiacuteduo 24 005 009 028 023 0 2 1
Total 35
Meacutedia geral 1818 228 184 387 333
C V 134 1356 448 1253 1396
Significativo a 5 ns Natildeo significativo
53
APEcircNDICE E - Anaacutelise estatiacutestica dos macronutrientes da parte aeacuterea da cebola
TABELA 1E Conteuacutedos (mg planta1) de nitrogecircnio foacutesforo potaacutessio caacutelcio e
magneacutesio no tecido vegetal de mud^s de cebola Petrolini cultivadas
sob uma perspectiva agroecoloacutegica Pelotas-RS 2003
Causas G1 bull N P K Ca Mg
da variaccedilatildeo
Blocos 3
Ad Base 2 13550306 446627 25509686 1031806 59007
Biofertilizantes 2 180610ns 16564 68153ns 39006 876ns
Ad x Biofert 4 454187 45743 1047539 46950 2464
Resiacuteduo 24 29769 1453 64313 3741 439
Total 35
Meacutedia geral 24921 4597 33366 6943 1615
C V 692 829 760 880 1297
Significativo a 5 ns Natildeo significativo
APEcircNDICE F - Fotos do experimento
FIGURA 2 Mudas de cebola (Allium cepa L) produzidas sob uma perspectiva agroecoloacutegica
APEcircNDICE F a Fotos do experimento
FIGURA 1 Adubaccedilatildeo verde com feijatildeo-miuacutedo e papuatilde utilizadas no manejo do solo
FIGURA 2 Mudas de cebola (Allium cepa L) produzidas sob urna perspectiva agroecoloacutegica
53
APEcircNDICE E - Anaacutelise estatiacutestica dos macronutrientes da parte aeacuterea da cebola
TABELA 1E Conteuacutedos (mg planta1) de nitrogecircnio foacutesforo potaacutessio caacutelcio e
magneacutesio no tecido vegetal de mud^s de cebola Petrolini cultivadas
sob uma perspectiva agroecoloacutegica Pelotas-RS 2003
Causas G1 bull N P K Ca Mg
da variaccedilatildeo
Blocos 3
Ad Base 2 13550306 446627 25509686 1031806 59007
Biofertilizantes 2 180610ns 16564 68153ns 39006 876ns
Ad x Biofert 4 454187 45743 1047539 46950 2464
Resiacuteduo 24 29769 1453 64313 3741 439
Total 35
Meacutedia geral 24921 4597 33366 6943 1615
C V 692 829 760 880 1297
Significativo a 5 ns Natildeo significativo
APEcircNDICE F - Fotos do experimento
FIGURA 2 Mudas de cebola (Allium cepa L) produzidas sob uma perspectiva agroecoloacutegica
APEcircNDICE F a Fotos do experimento
FIGURA 1 Adubaccedilatildeo verde com feijatildeo-miuacutedo e papuatilde utilizadas no manejo do solo
FIGURA 2 Mudas de cebola (Allium cepa L) produzidas sob urna perspectiva agroecoloacutegica
APEcircNDICE F - Fotos do experimento
FIGURA 2 Mudas de cebola (Allium cepa L) produzidas sob uma perspectiva agroecoloacutegica
APEcircNDICE F a Fotos do experimento
FIGURA 1 Adubaccedilatildeo verde com feijatildeo-miuacutedo e papuatilde utilizadas no manejo do solo
FIGURA 2 Mudas de cebola (Allium cepa L) produzidas sob urna perspectiva agroecoloacutegica