princípios sobre fraturas rodrigo pastick fujino ortopedia traumatologia hospital da restauração
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Princípios Sobre FraturasRodrigo Pastick Fujino
Ortopedia Traumatologia
Hospital da Restauração
Esqueleto Humano Adulto: 206 ossos Criança: 300 ossos Maior osso:
Fêmur Menor osso:
Estribo Funções do esqueleto:
Sustentação do corpo Locomoção Proteção de órgãos vitais Inserção muscular Produção de céls sanguíneas Reserva de Ca
Traumas
Fraturas
Def: Perda da continuidade
óssea (completa ou incompleta)
Fisiopatologia das Fraturas: tensão empregada em um
osso, por ser superior à sua flexibilidade, produz uma descontinuidade óssea
FraturasHistórico
História:- Surgimento do homem- Brigas – guerras – disputas- Tratamento conservadores- Óbitos – aleijões
Grandes avanços:- Matheus – séc. XVIII (atadura gessada)- 1809 – Willian Thomas Green Morton (anestesia)- 1895 – Wilhelm K. Roentgen (RX)- Tratamento conservador- Tratamento incruento- Tratamento cruento
FraturasEpidemiologia:
Traumáticas:Acidentes de trânsitoAcidentes do trabalhoAcidentes domésticosPAFFraturas por traumatismos de alta energiaFraturas por traumatismos de baixa energia
(rotacionais)Fraturas patológicas:
(i.e: CAs ósseos)Fraturas por estresses
FraturasClassificação
• Qto à localização anatômica:- Intra capsular (intra articular)- Extra capsular (extra articular)
- Epifisária (proximal – distal)- Metafisária (proximal – dista)- Diafisária (1/3 proximal – médio – distal)
FraturasClassificação
Qto ao traço de fratura- Incompleto
- Galho verde- Fissura
- Completo- Fratura simples (espiral – oblíqua –
transversa)- Fratura em cunha (duplo traço – asa
de borboleta)- Fratura complexa (cominutiva)
FraturasClassificação
Qto a exposição óssea: Fechadas Abertas (Expostas)
Fraturas Expostas
Def: É toda fratura que possui uma solução de continuidade de seu foco e de seu hematoma com o meio externo.
Implica necessariamente em lesão de pele e partes moles adjacentes à fratura.
O diagnóstico de uma fratura exposta pode ser difícil porque a ferida pode estar longe do local de fratura.
Quando uma ferida ocorre no mesmo membro que uma fratura, esta deve ser considerada exposta até que se prove o contrário.
Fraturas Expostas
Três conseqüências podem advir de uma fratura exposta:
(1) a mais importante é a contaminação bacteriana pelo ambiente externo;
(2) esmagamento e desvitalização de partes moles;
(3) a destruição ou perda de partes moles que normalmente cobrem o osso pode retardar o processo de cicatrização do mesmo.
Fraturas Expostas
O prognóstico de uma fratura exposta depende:
primeiramente da quantidade de tecido desvitalizado
depois, do nível e tipo da contaminação bacteriana da mesma.
FraturasDiagnóstico
Quadro Clinico Relato (anamnese):
Estória de trauma Dor
Exame físico Dor e crepitação óssea Aumento de volume Impotência funcional Deformidade – mobilidade anômala (dolorosa) Lesão de partes moles associadas (i.e: exposição óssea) Avaliar lesão
Radiologico: RX (sempre no mínimo em 02 incidências) TAC, RNM etc.
Fratura ExpostasClassificação de Gustillo e Anderson
Tipo Ferimento Energia Contaminação Exemplo
I <01cm Pequena Pequena
II >01cm <10cm moderada moderada
III
>10cm elevada elevada
A: Cobertura óssea possivelB: Cobertura óssea não é possívelC: lesão vascular que necessite de reparo
Fraturas ExpostasClassificação Quanto ao Tempo de
Exposição
<6 horas: potencialmente contaminada <12 horas: contaminada >12 horas: infectada
Controle de Dano “Baseia-se nas respostas inflamatórias e metabólicas sistêmicas e
pós-trauma que colocam a vida em risco, controlando-as e retardando procedimentos até a estabilização do paciente, reduzindo óbitos”
Causa de óbitos: Falência metabólica em cirurgia por ser paciente “In extremis” Insucesso no difícil reparo definitivo de lesões de risco de vida
Estágios: Imediato: controle de hemorragia, ventilação e ou infecção que
coloquem a vida em risco Intermediário (08-24Hrs): Suporte avançado de vida e
estabilização no CTI Definitivo: Cirurgia agora em paciente já estável
FraturasTratamento
Objetivos: O mais importante objetivo final do tratamento de uma fratura
exposta é a restauração do membro e da capacidade funcional do paciente o mais rápido e completo possível.
Fratura exposta: Combate à infecção é primordial pois leva à mau união ou não união dos fragmentos e perda da função do membro. cirurgia de urgência
Fratura patológica (tratamento da fratura e da doença de base) Fratura por estresse (tratamento da fratura propriamente dita)
FraturasTratamento
Tratamento:- Provisório:
- Tala- Tração trans-esquelética- Tração com espuma (por cutânea)- Fixador externo
- Definitivo:- Redução incruenta + gesso- Redução cruenta + osteossíntese
Fraturas ExpostasTratamento
O princípio: transformar uma fratura exposta e potencialmente infectada em uma fratura fechada e limpa.
Fraturas ExpostasTratamento
Procedimento de Emergência Feita em bloco cirúrgico Irrigação Exaustiva
Ação mecânica SF 0,9% - 10L Diminuição bacteriana local
Fraturas ExpostasTratamento
Desbridamento agressivo Retirar tecidos
desvitalizados 04 C(s)
Cor Consistência Contratilidade Capacidade de Sangrar
Fraturas ExpostasTratamento
Estabilização da Fratura
Fratura Exposta
Antibioticoterapia: Em fraturas tipo I e II a maioria dos
ortopedistas ainda usa cefalosporinas. (Forma empírica)
Em fraturas bastante contaminadas adiciona-se penicilina para Clostrídios.
Para fraturas tipo III aminiglicosídeos também são adicionados.
Uma tarefa importante é que cada instituição monitore freqüentemente os organismos isolados das infecções e os respectivos antibiogramas que guiarão o antibiótico a ser utilizado.
Profilaxia do Tetano
Fratura Exposta
“Hoje não temos mais a opção entre violência e não-violência.É somente a escolha entre não-violência ou não-existência"
Martin Luther King
OBRIGADO!!!